EXPORTAÇÃO - 29.08.13: 85% do couro brasileiro

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EXPORTAÇÃO - 29.08.13: 85% do couro brasileiro
:: SINDICARNE - Sindicato da Indústria de Carnes & Derivados no Estado do PARANÁ ::
EXPORTAÇÃO - 29.08.13: 85% do couro brasileiro vai para mercados sensíveis a
preocupações ambientais
Cerca de 40% da carne bovina e 85% da produção de couro atendem a mercados que são potencialmente sensíveis a
preocupações ambientais, fornecendo uma explicação parcial para a razão pela qual os produtores brasileiros assumiram
recentemente compromissos para reduzir o desmatamento na produção de gado, descobriu um novo estudo publicado no
Tropical Conservation Science.
A pesquisa, conduzida por Nathalie Walker e Sabrina Patel, da Federação Nacional da Vida Selvagem, e Kemel Kalif, da
Amigos da Terra – Amazônia Brasileira, usou dados do governo para estimar a proporção de carne bovina e
produção de couro que chega a mercados ambientalmente sensíveis. Eles descobriram que a grande maioria das
exportações de couro “pode ser considerada suscetível à demanda por produtos que não desmatam.”
Para a carne bovina, a proporção é substancialmente menor, mas ainda significativa. É importante ressaltar que 80% da
carne bovina brasileira é consumida internamente, indicando que “a preocupação do consumidor no Brasil com o
desmatamento relacionado à indústria do gado é vital para apoiar e aumentar ações na indústria para reduzir o
desmatamento”, de acordo com os autores.
As descobertas fornecem uma hipótese sobre a razão pela qual quatro grandes frigoríficos em 2009 assinaram uma
moratória sobre desmatamento na produção de gado. A moratória, que foi estabelecida em resposta a um relatório do
Greenpeace que relacionava o desmatamento da Amazônia a grandes marcas ocidentais, comprometeu as companhias
a evitarem compras de gado de fazendas onde a derrubada de florestas ocorreu após outubro de 2009. O acordo levou
os frigoríficos a suspenderem compras de 221 fazendas nos primeiros nove meses de validade.
Contudo, a moratória não se aplica a todos os produtores de gado na Amazônia brasileira, especialmente ao mercado de
gado clandestino, que os pesquisadores estimam que é responsável por pelo menos 26% da produção na região.
“A indústria de abate clandestino é, por definição, outro setor que não deve responder à demanda do
mercado”, escreveram eles. “Devido à sua natureza ilegal, não é possível determinar se o tamanho médio,
a densidade do rebanho das fazendas ou o nível de desmatamento nas fazendas fornecedoras de matadouros
clandestinos diferem das fazendas de fornecimento legal.”
“Nossa estimativa de que 26% dos abates no Brasil são parte da indústria clandestina é similar a dados da
produção ilegal na indústria de laticínios, onde estima-se que 20% da produção de laticínios não seja nem controlada nem
inspecionada. Entretanto, alguns acreditam que a proporção do mercado que é clandestina é muito maior.”
No entanto, Walker, Patel e Kalif observam que a moratória “tem o potencial tornar um terço da indústria do gado
livre de desmatamento”. Eles argumentam que uma melhor governança, regras de concessão de empréstimo
mais rígidas e outras iniciativas podem ajudar a reduzir a indústria clandestina. Fonte: Agrolink – a informação é
do Carbono Brasil
http://www.sindicarne.com.br
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Produzido em: 30 September, 2016, 05:37

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