AM Í BIA - Nuno Oliveira CMS

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AM Í BIA - Nuno Oliveira CMS
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VIAGEM AO PAÍS CENÁRIO
Difícil tarefa esta a de traduzir por palavras aquilo que só a alma sente
e os olhos conseguem ver. Mas, prometo, darei o meu melhor. Desconhecida da maioria, a Namíbia
é uma terra que mais parece um país de cenário. Com paisagens deslumbrantes e de uma extensão ilimitada,
este é o reino do espaço, de uma outra escala, onde a mão humana quase não se avista.
POR KATYA DELIMBEUF | FOTOS DE NUNO OLIVEIRA
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De África volta-se com uma doença incurável.
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NOS DESERTOS DO PAÍS CENÁRIO
Um ardor febril, como se o sol se infiltrasse nas veias e nos fervesse o sangue
até cedermos à tentação de voltar. Quem vai a África volta sempre, e volta sempre diferente.
Só percebe quem foi. África negra é o domínio do tacto, do olfacto, do gosto, da sensação.
A Namíbia faz parte desse território, a um tempo quente
e avassalador, doce e pacífico. Esta, caro leitor, é a viagem de uma vida.
K
ora!, diz Rudi a Oma, cumprimentando-a. Oma é a chefe da aldeia
himba onde nos encontramos, em pleno deserto do Namibe. Está
à frente da tribo porque os homens foram para fora – levaram o
gado para as pastagens, do outro lado da fronteira, em Angola. Só
ficaram as mulheres e as crianças, repartidas por seis frágeis palhotas,
com tecto de argila seca e pálidas condições de salubridade. Oma, a
anciã, é uma mulher magra, de olhos pequenos e cuja idade
ninguém sabe ao certo. Tem uma cara muito carismática e está
encostada à sua palhota, à luz doce do fim de tarde. Como todos os
himbas, o corpo e a face são cor de cobre, à conta da argila vermelha
com que se untam até aos cabelos. Está praticamente nua, à excepção de um pano que lhe cobre a
cintura e o baixo-ventre, de colares e pulseiras que lhe comprovam o estatuto, e do laço de couro
que todas usam à cabeça, símbolo de que são mulheres casadas. Ao lado de Oma está outra mulher,
mais nova, bonita, com um enorme búzio ao pescoço – prova de fertilidade, passada de mãe para
filha. É a sua cunhada.
Rudi, o nosso guia, faz-nos sinal para nos aproximarmos. Cumprimentamos as mulheres
presentes, começando por Oma, claro. Ao fim de alguns minutos, estamos sentados à volta da
fogueira, elas a fumar cachimbo, com os dois dentes da frente cortados em v segundo a tradição
himba. Que experiência extraordinária! Estamos aqui, no meio do deserto do Namibe, sentados à
fogueira com os himbas, um dos últimos povos nómadas de África. Ao centro da aldeia, uma cerca
de madeira delimita um espaço circular, à frente do qual se erguem uma série de pedras levantadas
em semicírculo. Este é o “fogo sagrado”, a divindade que os himbas reverenciam, e pisar aquela
fogueira ou entrar naquele espaço é uma enorme ofensa para eles. Numa cabana mais à frente, há
três crianças à porta. Lá dentro está um recém-nascido, com um dia de vida apenas. A sua tez ainda
é branca. A mãe, ao lado, parece de perfeita saúde. Só quando atingir um ano de idade é que este
bebé receberá um nome, justamente por a mortalidade infantil ser muito elevada. Aos dez anos, as
meninas serão oferecidas aos tios, para casarem, e assim perpetuarem um modo de vida que se
repete há vários séculos.
MALIBU, A BABY-SITTER
Como manda a tradição, é uma menina
himba de sete anos que vem tomar conta
de um bebé. Não nos esquecemos
da alegria com que nos recebeu
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ESPAÇO E LIBERDADE
Da esquerda para a direita, o Land Rover que é a “ferramenta” que nos leva a todo o lado; numa aldeia himba entre as mulheres;
a paisagem deslumbrante de Serra Cafema, na fronteira com Angola; e Rudi, o nosso guia, num dos momentos em que
nos contava histórias desta montanha
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NOS DESERTOS DO PAÍS CENÁRIO
A imensidão, o espaço e a liberdade
são as sensações que nos tocam quando nos aventuramos pelas montanhas
em direcção às dunas. Esperava-nos um dia inesquecível, daqueles que marcam
uma vida para sempre...
O DIA CAI E REGRESSAMOS AO LODGE DE SERRA CAFEMA, a norte da
Namíbia, junto à fronteira, onde o rio Cunene cria um oásis de verde no meio
da aridez do deserto. Aqui, a areia junta-se à vegetação, numa combinação
invulgar de dunas cor de laranja e tufos de erva. Imerso no meio das árvores,
ladeado pelo rio, pejado de crocodilos, o campo de Serra Cafema é um hino ao
bom gosto e ao conforto, dentro da simplicidade rústica dos materiais da
natureza. Os oito bungalows, distribuídos ao longo de passadeiras de madeira
construídas em altura, com os ramos das árvores quase ao nível do visitante, têm
tecto de colmo, chão de madeira vermelha, e uma cama colonial gigantesca,
envolvida em dossel branco. O alpendre, com vista para as dunas e as suas
cambiantes, é a “cereja em cima do bolo”. Como em todos os locais na
Namíbia, aqui estamos completamente isolados do mundo: não há televisão,
nem Internet, nem cobertura de rede, nem sequer telefone. Por isso, é só você e
a sua cara-metade. Ou você e você...
Foram os himbas que, em escassos três meses, puseram de pé o lodge de
Serra Cafema. Aliás, a terra onde o campo se encontra é alugada pela
Wilderness Safaris (que nos ajudou a preparar esta viagem) a esta tribo. Essa é de
resto uma das filosofias desta empresa, que inteligentemente procura desenvolver
as áreas em que se instala juntamente com as populações locais. A terra é alugada
às tribos, as pessoas são formadas para trabalharem nos lodges e, passados alguns
anos, tornam-se auto-suficientes. Importa acrescentar que a Wilderness se
especializa em safaris de altíssima qualidade e tem por objectivo (mais que
conseguido, garantimos-lhe) proporcionar experiências inesquecíveis ao viajante.
O que começou em 1983 como o sonho de dois homens que queriam beber um
gin tónico fresco ao pôr do Sol é hoje uma organização que marca presença em
oito países, com mais de 6o lodges e uma impressionante qualidade e
personalização de serviços.
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NA ALDEIA HIMBA...
... o contraste entre gerações
HABITAT DE CROCODILOS SELVAGENS, é o rio Cunene que ladeia o lodge de Serra Cafema
num passeio de barco, há tempo para UM PIQUENIQUE EM ANGOLA
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A PERDER DE VISTA
Da varanda do quarto do Serra Cafema, as dunas
e os seus cambiantes provocados pelo vento são
o melhor calmante para estes dias
SERRA CAFEMA LODGE
Os quartos têm todos os confortos mas mantêm a simplicidade rústica
dos materiais da natureza. É um dos lodges que integram este programa
de viagem. Para reservar, consulte o nosso guia na página 133
NO LODGE DE SERRA CAFEMA, madeiras, vimes e troncos de árvore esculpidos...
aqui reina o bom gosto apenas com OS MATERIAIS QUE A NATUREZA DÁ
5H30, DESPERTAR. Em África, os dias começam cedo, tanto por causa do calor, como
para desfrutar em pleno da beleza da alvorada. O costumeiro “toc toc” na porta do quarto
arranca-nos do sono santo com promessas de aventuras. É Rudi, o nosso guia, que nos vem
acordar. Às 6h já estamos a tomar o pequeno-almoço e, pouco depois, montamos nas motoquatro e fazemo-nos aos trilhos de montanha. Sentimo-nos uns aventureiros, em direcção às
dunas laranja. Pelo caminho, Rudi vai-nos explicando os factos do deserto. “É muito divertido andar de motoquatro, mas também temos de aprender um bocadinho, sim…?” Oriundo
da etnia damara, sabe falar a linguagem dos “cliques”. Pedimos-lhe demonstração pronta, ao
que nos responde com uma frase com quatro “cliques” diferentes… “Vamos dançar?”
ANGOLA AQUI TÃO PERTO
É proibido nadar no rio Cunene, mas os passeios
de lancha têm paragem habitual ao pôr do Sol,
para um gin tónico de brinde ao fim do dia
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A MONTANHA oferece-nos as paisagens mais extraordinárias. Tufos de relva verde mesclam-se com a areia alaranjada das dunas. Por vezes, o deserto dá lugar à pradaria, com longas
extensões planas de erva clara onde antílopes e gazelas correm elegantemente à nossa
passagem. A sensação é indescritível. São 7h da manhã de um domingo (é preciso alguém
lembrar-nos), e nós algures no deserto do Namibe… Um pouco mais à frente, chegamos
finalmente às dunas, altivas e imponentes. Aqui “não se pode andar muito depressa nem
muito devagar…”, explica Rudi. Estamos confusos... Rapidamente a dúvida dá lugar à
incrível sensação de liberdade de subir e descer estas dunas a alta velocidade. Soltam-se os
ímpetos e aventuramo-nos agora em curvas íngremes, cortamos as dunas a meio…
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BIG DADDY
É a duna mais alta do deserto do Namibe
e tem cerca de 300m.
Suba, sente-se e deixe-se ficar...
AO AMANHECER...
... o espectáculo das dunas é uma dádiva divina,
em jogos de vermelho e negro. As acácias mortas
são outra visão frequente – e marcante
AS DUNAS MAIS ALTAS DO MUNDO esperam-nos em Sossusvlei
são as figuras de areia que povoam o deserto do Namibe de RESPEITÁVEIS 40 MIL ANOS
A melhor surpresa está guardada para o fim: descer uma duna quase a pique… A
altura e a vertigem da inclinação deixa-nos apreensivos. ”Quem quer ir primeiro?”,
pergunta Rudi. Não há voluntários. Finalmente, um de nós decide-se. Rudi dá boleia até meio da duna, explicando como largar o travão durante alguns segundos e
deixar deslizar a motoquatro até voltar a travar. “Largar e travar, largar e travar”. Visto
de cima, parece um acto de loucura… mas “aqui vai disto!” É óptimo e libertador, e
o melhor mesmo, se tiver coragem, é esquecer o travão e deixar-se ir duna abaixo.
De Serra Cafema voamos para sudeste. Aqui, a avioneta é o meio de transporte
usual, e habituamo-nos a apanhá-lo com a facilidade de quem chama um táxi.
Destino: Sossusvlei, ao encontro das maiores dunas do mundo. Podem chegar aos
3oom e estendem-se por 2.oookm de comprimento por 15okm de largura, neste
deserto do Namibe que tem 4o.ooo anos... Às 4h3o da manhã, o habitual “toc toc”
na porta do quarto. Desta vez é Sam, o nosso guia aqui no Little Kulala, o lodge que
escolhemos para dormir nesta região. Uma hora depois, quando nos fazemos à estrada,
o sol é ainda uma ínfima linha laranja no horizonte, e as dunas são como ondas com
duas faces: uma negra, outra ocre, com uma serpente a dividi-las.
À MEDIDA QUE O SOL DESPONTA, faixas progressivamente maiores da montanha
vão enrubescendo, até o enorme maciço de Sossusvlei ficar completamente rubro,
qual pavão orgulhoso que recebe uma dádiva do Sol. É uma oferta divina esta paisagem. Às 6h3o da manhã, já uma fila de formiguinhas (pessoas) sobe atarefadamente
uma das dunas. Nós fazemo-lo mais à frente, que dunas não faltam e queremos uma
só para nós. Às mais bonitas são dados números: existem 58 dunas numeradas, e
preparamo-nos agora para subir o Big Daddy. Com 3oom de altura, é a maior duna
do deserto do Namibe.
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SAM
Foi o nosso guia em Sossusvlei. No Little Kulala,
sobe sem esforço as dunas Big Daddy ou Big Mama,
e vai dando dicas sobre tudo o que nos rodeia
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Dead Vlei, cenário de filme.
No sopé da duna, uma planície com uma cobertura glaciar
a contrastar com o laranja da areia. Outra recordação para a vida
e um autêntico paraíso de fotógrafos…
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LITTLE KULALA LODGE
Em Sossusvlei. Os oito “quartos” são cabanas
individuais com uma pequena piscina para pôr o corpo
de molho e um duche exterior
MADEIRA E COLMO bastam para ter todo o conforto nas cabanas do Little Kulala Lodge
interiores simples e um sossego absoluto num LUGAR PERFEITO PARA DESCANSAR
A AREIA DAS DUNAS DE SOSSUSVLEI é macia e fofa, e os pés enterram-se à medida que
subimos no vértice, como na aresta de uma pirâmide. Equilíbrio, precisa-se! Agora o vento
sopra com força, assobia nos ouvidos e os grãos de areia fustigam as pernas. Subir o Big
Daddy é um valente exercício – afinal, são 3oom em equilibrismo, na areia fina. E quando
chegar a altura de descer, até pode fazê-lo a correr, que as pernas enterram-se até aos joelhos…
Como a seguir a uma dura prova há sempre uma recompensa, o prémio encontra-se no
sopé da duna: Dead Vlei (“vlei” significa planície) é um autêntico cenário de filme. Parece
uma planície glaciar ou a cobertura de açúcar de um bolo, onde os esqueletos de árvores
mortas rompem o chão e estendem os ramos para o céu como garras, como se tivessem
expressão... É um lugar incrivelmente cénico, e o que poderia parecer desolador adquire
contornos de grande beleza. O vermelho das dunas cruza-se com o branco do chão
calcificado, o azul do céu e o negro das acácias centenárias. Um cenário onde facilmente
poderia ser filmado um episódio da Guerra das Estrelas. E onde se sente uma paz...
ESTADO SELVAGEM
Entre a paisagem desértica e o silêncio de Sossusvlei,
estar no quarto do Little Kulala com vista para
a planície é por si só uma experiência, como é dormir
no terraço privativo sob as estrelas ...
Às 9h3o, paramos para um brunch retemperador. Debaixo da sombra de uma acácia de
copa larga, Sam instala duas mesas de madeira, estende uma toalha de motivos africanos, tira
copos e pratos de alumínio e até instala um lava-mãos…! Depois, retira da lancheira pão,
compota, iogurtes, carnes frias, queijo, chamuças, almôndegas, coxas de frango, salada de
beterraba, pasta, cerveja, sumos, chá, café… Uff! A geleira mais parece a mala do Sport Billy,
donde sai tudo e mais alguma coisa. Deixamo-nos ficar languidamente à sombra, onde a
temperatura contrasta com o calor abrasador que está ao sol. Corre uma brisa e o piquenique
tem sabor de recordações de infância felizes.
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LITTLE ONGAVA LODGE
Às portas do Parque Nacional de Etosha,
um lodge onde tudo é um hino ao bom gosto
APENAS TRÊS CABANAS e os serões à conversa com os proprietários
depois de um dia de safari, o reencontro com a EXCLUSIVIDADE EM LITTLE ONGAVA
A PROPÓSITO DE A NAMÍBIA ser um país de outra escala, talvez ajude perceber
que, apesar de ser do tamanho da França e da Inglaterra juntas, conta apenas 1,8
milhões de habitantes. Colónia alemã com o nome de Sudoeste Africano, em
1949 foi anexada pela África do Sul e em 199o tornou-se independente. Desta
vez, a sombra do biplano leva-nos de novo para norte, até ao luxo requintado do
Little Ongava. É uma propriedade privada de 3o.ooo hectares, a dez minutos do
Parque Nacional de Etosha, com uma imensa zona de savana. Mais verde e mais
húmida do que o deserto de onde vimos, é uma lufada de ar fresco na viagem.
Vivem aqui inúmeras espécies animais, e é normal vermos famílias de girafas ou
de leões a saciarem-se no bebedouro a poucos metros da cabana onde jantamos.
ANDREW SHAANA
O chef do Little Ongava mima cada hóspede
individualmente. “Eu faço amor com a minha comida”
é a explicação para a sua paixão pelo mester
Entregamo-nos nas mãos diligentes de Andrew Shaana, o jovem chef do Little
Ongava que pergunta a cada um dos seus hóspedes o que gosta e não gosta. “Eu
faço amor com a minha comida”, diz-nos para explicar a paixão com que cozinha.
Filho de um activista pró-independência, Andrew viveu quatro anos na Austrália,
onde aprendeu o ofício, e onze em Inglaterra, antes de regressar à sua terra natal.
Dono de um humor requintado, é costume juntar-se aos hóspedes a seguir ao jantar.
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SALA COM VISTA PARA A SAVANA
Chamam “sala” a esta cabana exterior privativa que há nos três quartos superexclusivos do Little Ongava.
A melhor vista ao acordar...
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NOS DESERTOS DO PAÍS CENÁRIO
Brindar ao pôr do Sol
é um ritual que se repete sem falhas, todos os dias...
uma saudação a estas paisagens imensas, aos momentos que vamos guardar
na memória e a uma viagem que apetece repetir. Amanhã!
Como só há três (“pequenas”) cabanas (de 1oom2, melhores do que
qualquer apartamento, com direito a piscina no terraço), as refeições são
sempre familiares, com um máximo de nove pessoas – seis hóspedes e os
guias. Janta-se no terraço, iluminados pelas estrelas, e o serão prolonga-se
em agradáveis conversas onde se trocam experiências de viagens e vivências.
Não faltam histórias de encontros imediatos com leões contadas por guias
experientes, nem o som dos grilos como música de fundo.
O Little Ongava é perfeito para se passar dois ou três dias – um para ir
ao Parque Nacional de Etosha ver as espécies animais que por aqui abundam; outro para fazer um safari nocturno (sabia que safari quer dizer viagem, em swahili?); e o último para desfrutar em pleno dos aposentos de lorde, que quase não dão vontade de sair dos quartos. Seja mergulhado na piscina, com vista para a savana, ou na sua sala privativa (uma cabana de tecto
de colmo, ao lado do terraço), tudo aqui apela ao requinte e ao romance.
Da Namíbia ficam-nos momentos arrepiantes, de uma África quente,
com cheiro a liberdade. Ficam-nos as paisagens, de uma outra escala; a
qualidade do serviço e a elevadíssima personalização – as camas abertas a
meio da tarde, os brindes ao pôr do Sol, o acordar de manhã por alguém
que nos vem bater à porta… E o lema da Wilderness Safaris: Our journeys
change people’s lives. Na hora da despedida, todas as gargantas se apertam
num nó. Ninguém sai daqui facilmente. E parte-se com uma única ideia
em mente: voltar. E
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