Untitled - Sociedade Brasileira de Anestesiologia
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ÍNDICE 4 Editorial 5 Cartas 6 Perguntas e Respostas 14 Provas da SBA 2002 15 Comissão de assuntos internacionais A Federação Mundial de Sociedades de Anestesiologistas 16 Defesa Profissional Uma questão de princípios Alerta SINVS/Anvisa/Ufarm 17 Parecer Uma visão jurídica sobre as Transfusões de Sangue 19 1ª Fórum Regional AMB 20 XXVI JONNA - Fortaleza/CE 22 Saudação aos participantes da XXVI JONNA 23 Diversos A cooperação é o nome do jogo 24 A reestruturação do Serviço de Anestesia em um hospital privado 26 Cerca de 300 anestesiologistas participam da 37ª Josulbra 27 Curso SAVA é realizado em Gramado/RS 28 Notícias Regionais 30 36ª JASB e 12ª JAES Curso SAVA 33 Novos Membros 36 33ª Jornada do Brasil Central 37 A Celebration of 75 years 38 Programa Científico Oficial da SBA Anestesia em revista - março/abril, 2002 - 3 EXPEDIENTE Anestesia em Revista é uma publicação da Sociedade Brasileira de Anestesiologia Departamento de Anestesiologia da Associação Médica Brasileira Rua Professor Alfredo Gomes, 36 Botafogo - Rio de Janeiro 22.251 - 080 - RJ Tel.: 2537-8100 Fax: 2537-8188 Conselho Editorial Carlos Alberto Pereira de Moura Consuelo Plemont Maia Esaú Barbosa Magalhães Filho James Toniolo Manica Luiz Carlos Bastos Salles Pedro Thadeu Galvão Vianna Roberto Bastos da Serra Freire Diretor Responsável James Toniolo Manica Editor David Telio Duarte 17.672 - DRT/RJ Programação Visual Ito Oliveira Lopes - 12516 - DRT/RJ Wellington Luiz Rocha Lopes Impressão e Acabamento MasterGraph Tiragem 7.000 exemplares Distribuição gratuita IMPORTANTE Cadastre seu e-mail na SBA Visite o site da SBA na Internet http: www.sba.com.br EDITORIAL Há poucos dias a Diretoria da SBA enviou aos sócios uma circular chamando a atenção para a atual situação do nosso mercado de trabalho. Retrata-se ali, de forma concisa, alguns dos principais aspectos envolvidos na questão: honorários progressivamente reduzidos ou, no mínimo sem reajuste; aumento da carga tributária, especialmente sobre as Cooperativas; e a pletora médica tornando os espaços mais disputados e o trabalho do profissional menos valorizado. O alarme já soou há um bom tempo, mas a preocupação se intensifica quando um governo Dr. James Manica (Sergipe) abre concurso oferecendo pouco mais de trezentos reais ao mês por 30 horas semanais. Há alguns anos, ao recebermos a visita de uma colega anestesiologista venezuelana, professora universitária, tivemos a oportunidade de saber, entre surpresos e consternados, que o ganho de um professor de Medicina em seu país, em horário integral, era cerca de 300 dólares, o equivalente na época a 300 reais. Agora, há quem nos ofereça 300 reais por demanda semelhante (130 dólares). Mais um pouco e começamos a torcer por um mercado aberto na América Latina para podermos disputar os trezentos dólares no país vizinho. Esse cálculo simples e essa situação, na verdade extraídos de um universo bem mais amplo, apenas ilustram uma realidade que tem se deteriorado rapidamente, inclusive em regiões tradicionalmente privilegiadas. Estaria a Anestesia se tornando uma atividade economicamente desinteressante? No nosso entendimento, para que a remuneração do médico não decline e possa melhorar é necessária a combinação de dois fatores: crescimento econômico do país, que nos é relativamente intangível, e unidade associativa, que está ao nosso alcance e mais do que nunca nos é necessária. A Anestesia em Revista traz matéria do Diretor de Defesa Profissional da SAEB, Dr. Altamirando Lima de Santana que aborda as questões éticas nas relações econômicas dos anestesiologistas. Há um artigo jurídico assinado pelo Dr. José Antonio Tedeschi, Juiz de Direito, tratando da responsabilidade nas transfusões sangüíneas e outro sobre a organização do Serviço de Anestesia pelo colega Dr. Florentino Mendes da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre. Há uma matéria sobre como aconteceu a Josulbra em Gramado e o sucesso do SAVA. Da JONNA em Fortaleza trazemos a mensagem do Dr. Carlos Alberto Pereira de Moura, presidente da SBA, que atualiza para todos colegas o desenvolvimento dos trabalhos e acontecimentos no âmbito associativo e de defesa profissional. Há, ainda, os programas científicos da JASB, em Vitória, e da Jornada do Brasil Central, em Palmas e muitas, muitas Perguntas e Respostas. Boa leitura! Dr. James Manica Diretor do Departamento Administrativo da SBA 4 - março/abril, 2002 - Anestesia em revista CARTAS Distinguished Service Award de 2002 Cumpre-me informar V.Sa. que fui comunicado pela American Society of Regional Anesthesia and Pain Medicine que fui escolhido para receber o Distinguished Service Award de 2002. A Cerimônia de premiação acontecerá em Chicago, nos dias 25-28 de Abril de 2002, durante o 27th Annual Meeting da ASRA. Desde a instituição do prêmio em 1987, dezenove anestesiologistas foram indicados para o mesmo. Destes, apenas 3 foram Europeus. Pela primeira vez a indicação vai para um anestesiologista fora do circuito Europa-USA. Estar incluído entre personalidades como Aaron Gissen, Raymond Fink, Gertie Marx, Jess Weiss, Gerard Ostheimer, entre outros, é certamente uma grande honra. O título que me foi conferido de Fellow Australian and New Zealand College of Anaesthetists, em 1994 e o Distinguished Service Award da ASRA, que agora recebo, serão talvez as maiores homenagens e o maior reconhecimento que terei da comunidade científica internacional em minha carreira médica. Esteja certo que junto com o meu nome, sempre esteve, lado a lado, o da Sociedade Brasileira de Anestesiologia e os das instituições que representei. Espero, com isso, ter contribuído para engrandecer o nome da anestesiologia brasileira além de nossas fronteiras. Atenciosamente, Prof. Dr. José Carlos A. Car valho Vaga para anestesista O Hospital das Clínicas Primavera necessita de um anestesista, caso tenha alguma informação favor avisar pelo telefone(66) 498-1055 falar com o Dr. Paulo, ou através do e-mail: [email protected] <mailto:[email protected]> End.: Rua Benjamim Cerutti, 351 Bairro Castelandia - CEP: 78850-000 Primavera do Leste - MT Site da SBA Hoje tive oportunidade de visitar o site da Sociedade Brasileira de Anestesiologia e quero parabenizar a todos pelo design, informações gerais, conteúdo, etc. Fácil de navegar, bastante informativa e um bom exemplo de site para outras sociedades médicas no Brasil. Atenciosamente, también un método válido más de comunicación y enriquecimiento mutuo entre las distintas Sociedades Miembro de CLASA. Sin otro particular, y esperando una respuesta positiva por parte de su Sociedad, saludamos a Ud. con la consideración más distinguida. Juan Carlos Flores Presidente FAAAR Josafa Silva Marketing Hospitalar/Pharmacia do Brasil Cursos argentinos Tenemos el agrado de dirigirnos a Ud. con el fin de informarle e invitar a los socios de la Sociedad, a participar de nuestros Cursos del Programa de Actualización Profesional a Distancia, a los efectos de que puedan tener acceso a la actualización de diversos tópicos que hacen a la anestesiología, en la cómoda y eficaz modalidad de Educación a Distancia. Este año, se dictarán los Cursos de Anestesia en Obstetricia y Anestesiología y Trauma. Los colegas alumnos del país que soliciten la inscripción a cualquiera de los cursos ofrecidos, serán asistidos por un colega argentino, el cual será su tutor durante la realización de dicho entrenamiento. El tutor, en este caso, será el Director de los cursos arriba mencionados. La comunicación se establecerá vía correo electrónico, la que consideramos más fluida, amén de la constante supervisión didáctica de la pedagoga del Programa. Con la inscripción a cada curso, el interesado recibirá el material didáctico, que comprende los distintos módulos de acuerdo al curso seleccionado. Los requisitos para ser inscripto son la presentación de una nota con el aval de la Sociedad Miembro de CLASA, firmada por el Presidente de dicha Sociedad, y el pago de US 300.- más gastos de envío del material didáctico. Señor Presidente, estamos persuadidos que ésta no es sólo una forma de acercamiento desde lo científico, sino Conselho Federal de Medicina O Conselho Federal de Medicina tem a honra de convidar para a Solenidade de Posse de sua Diretoria, eleita para o período de abril 2002 - outubro 2004, que será realizada às 20h do dia 10.04.02, em sua sede no SGAS 915 Lote 72 Brasília - DF. Após a Solenidade de Posse, haverá o lançamento da Publicação conjunta do Conselho Federal de Medicina e do Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal Admirável Mundo Médico, seguido de Coquetel de Confraternização. DIRETORIA ELEITA Dr. Edson de Oliveira Andrade Presidente Dra. Lívia Barros Garção 1ª Vice-Presidente Dr. Marco Antonio Becker 2º Vice-Presidente Dr. Abdon José Murad Neto 3º Vice-Presidente Dr. Rubens dos Santos Silva Secretário Geral Dr. Luiz Salvador de Miranda Sá Júnior 1º Secretário Dr. Francisco das Chagas Dias Monteiro 2º Secretário Dr. Genário Alves Barbosa 1º Tesoureiro Dra. Maria Fratari Tavares de Souza 2ª Tesoureira Dr. Roberto Luiz DAvila Corregedor Anestesia em revista - março/abril, 2002 - 5 PERGUNTAS & RESPOSTAS Urgência e estômago cheio Pergunta Tendo em vista que fomos nomeada para emitir parecer em sindicância envolvendo um médico ortopedista e um anestesiologista, solicitamos desta presidência a gentileza de nos responder aos seguintes quesitos: 1 - Paciente menor, de 6 anos de idade, apresentando fratura exposta, puntiforme de úmero, dá entrada no Serviço de Emergência. A acompanhante refere que a criança teria se alimentado pouco antes de sofrer o acidente que resultou na fratura do membro. O ortopedista indica o tratamento imediato, sob anestesia, para a menor. O anestesista alega o perigo de anestesiar uma criança com o estômago repleto. Perguntamos: a anestesia para esta criança, neste caso, neste momento, é totalmente contra-indicada? 2 - Se a anestesia não for totalmente contra-indicada, qual seria a anestesia mais adequada neste caso? 3 - O bom senso mostra que seria melhor atrasar o tratamento da fratura, deixando a criança em jejum, para se evitar risco anestésico, mesmo correndo maior risco de aumentar o risco de infecção da fratura exposta? Resposta Quesito 1: O paciente com estômago cheio é uma contra-indicação para anestesia, salvo, nas indicações emergenciais feitas pelo cirurgião. Neste caso, o anestesiologista deve alertar a equipe e aos familiares responsáveis para o risco da bronco-aspiração do conteúdo estomacal. Frente a esta situação a equipe irá analisar o custo/benefício e optar para a conduta que melhor atenda ao paciente. Quesito 2: A anestesia ideal em situações de estômago cheio é o bloqueio do trajeto nervoso da região a ser operada. Entretanto, tratando-se de criança com 6 anos de idade este bloqueio anestésico, possivelmente, seja inviável de ser feito. Nesta situação, após a opção do ortopedista pela cirurgia de emergência, só nos resta realizar a anestesia geral 6 - março/abril, 2002 - Anestesia em revista com indução e intubação orotraqueal seqüencial rápida. Antes, todas as medidas de prevenção de vômitos e aspiração devem ser tomadas. Quesito 3: Caso o ortopedista venha alegar a necessidade imperiosa da intervenção cirúrgica, devido ao grande risco de infecção da fratura exposta, a anestesia deve ser realizada segundo a técnica sugerida na resposta ao quesito 2. Dr. Pedro Thadeu Galvão Vianna Diretor do Departamento Científico da SBA Complicações da máscara laríngea Pergunta Gostaria de enviar um alerta para ser publicado na Anestesia em Revista, a respeito dos graves riscos do uso da máscara laríngea em pacientes submetidos a cirurgias com indicação absoluta de intubação. Lamentavelmente tenho sido chamado, como endoscopista, para intubação de emergência em pacientes com via aérea difícil durante cirurgias de grande porte (laparoscópicas, ortopédicas, entre outras), mantidos sob anestesia geral por tempo prolongado com o uso de máscara laríngea. Este procedimento tem-se mostrado inseguro nestes casos, ocasionando dificuldade em manter-se a permeabilidade de vias aéreas, ventilação adequada e até a aspiração maciça. Como o melhor tratamento de acidentes ou complicações é a prevenção, acredito que a indicação e o uso da máscara laríngea deve-se restringir às suas indicações habituais, para que não ocorra excesso de indicação, com graves riscos para os pacientes. Resposta Gostaria de agradecer o interesse e a preocupação, para que se divulgue no Brasil, complicações com o uso inadequado da máscara laríngea. Realmente, complicações poderão existir, tratando-se de técnica relativamente nova e com recente expansão de uso. Concordamos que a Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) deveria dar amplo ensinamento desta técnica, salientando, principalmente para a possibilidade de complicações e limitações. No caso particular da máscara laríngea, este mister foi feito até a exaustão e assim podemos enumerar: 1. Há na Revista Brasileira de Anestesiologia 11 artigos sobre o assunto. Um deles é a revisão escrita por autoridades internacionais e com 89 citações. Brimacombe JR, Silvia LC A Máscara Laríngea - Considerações práticas para anestesia Rev Bras Anestesiol 1997; 47: 48-60 Estes artigos estão na edição impressa e que é distribuída a todos os sócios da SBA, inclusive os médicos que estão nos Programas dos Centros de Ensino e Treinamento credenciados pela Sociedade. No final de 2001 todas estas publicações foram gravadas em disco CD e distribuído para a mesma população alvo. Este mesmo assunto é encontrado no portal da Internet www.sba.com.br 2. Durante o ano de 2001 foi realizado o Curso Suporte Avançado da Vida (SAVA) que, entre vários assuntos, aborda os diversos métodos de manutenção das vias aéreas (incluindo-se a máscara laríngea). Foram 5 cursos realizados em vários locais do Brasil. Os responsáveis pela realização do Curso SAVA, são: o Professor Adjunto da UNIFESP David Ferez e sua equipe. Devido a compra dos equipamentos e grande número de instrutores, este Curso está sendo oneroso para a SBA, mas, acredita-se que, o retorno seja compensador. 3. No período de 17 a 21 de novembro de 2001, na cidade de RecifePe, foi realizado o 48º Congresso Brasileiro de Anestesiologia sob os auspícios da SBA. Dentre os vários conferencistas nacionais e internacionais, estava o criador da máscara laríngea o médico inglês AIJ Brain. 4. No âmbito regional a Sociedade PERGUNTAS & RESPOSTAS Brasileira de Anestesiologia (SAESP) editou: Fortuna AO, Melhado VB, Fortuna A Máscara Laríngea In: Vianna PTG et al - Saesp: atualização em anestesiologia São Paulo: Âmbito Editores Ltda,1996:9-40. Desse modo, o assunto máscara laríngea está sendo amplamente divulgado em todo o território nacional. Dr. Antonio Rober to Carraretto Presidente da Comissão de Normas Técnicas da SBA Agulhas descartáveis em raquianestesia Pergunta Gostaria de receber um e-mail com alguma resolução da SBA ou CFM, sobre a recomendação ou obrigatoriedade do uso de agulha descartável para raquianestesia. Resposta Não existem determinações legais para o uso de agulhas descartáveis, de uso único, para a realização dos bloqueios no neuro-eixo. Por se tratar de região nobre do corpo humano onde as conseqüências de uma falha no processo de processamento, a reutilização de um material com deformações e fadiga - de difícil análise técnica no momento da realização da anestesia - nos levam as seguintes considerações: Tendo o médico o compromisso de: Sob o ponto de vista do Código de Ética Médica: Art. 5º - O médico deve aprimorar continuamente seus conhecimentos e usar o melhor do progresso científico em benefício do paciente. Art. 8º - O médico não pode, em qualquer circunstância ou sob qualquer pretexto, renunciar à sua liberdade profissional, devendo evitar que quaisquer restrições ou imposições possam prejudicar a eficácia e correção do seu trabalho; Sob o ponto de vista da Resolução CFM 1.363/93: Considerando que é dever do médico guardar absoluto respeito pela vida humana, não podendo, seja qual for a circunstância, praticar atos que a afetem ou concorram para prejudicá-la; Considerando que o alvo de toda a atenção do médico é a saúde de ser humano, em benefício da qual deverá agir com o máximo de zelo e o melhor de sua capacidade profissional; Resolve: Art. 1 - Determinar aos médicos que praticam anestesia que: V - Todas as conseqüências decorrentes do ato anestésico são da responsabilidade direta e pessoal do médico anestesista; Sob o ponto de vista do Código Civil: Art. 1538 - No caso de ferimento ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das despesas do tratamento e dos lucros cessantes até o fim da convalescença, além de lhe pagar a importância da multa no grau médio da pena criminal correspondente. § 1º - Esta soma será duplicada, se do ferimento resultar aleijão ou deformidade. § 2º - Se o ofendido, aleijado ou deformado, for mulher solteira ou viúva, ainda capaz de casar, a indenização consistirá em dotá-la, segundo as posses do ofensor, as circunstâncias do ofendido e a gravidade do defeito. Art. 1539 - Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício ou profissão, ou se lhe diminua o valor do trabalho, a indenização, além das despesas do tratamento e lucros cessantes até o fim da convalescença, incluirá uma pensão correspondente à importância do trabalho, para que se inabilitou, ou da depreciação, que ele sofreu. O ponto de vista da Divisão Nacional de Vigilância Sanitária de Medicamentos - DIMED: Portaria nº 04, de 07 de fevereiro de 1986, sobre artigos descartáveis, por analogia, podem ser aplicado as agulhas reutilizáveis: Entende-se por riscos reais ou potenciais à saúde do usuário aqueles que decorrem de: a) transmissão de agentes infecciosos; b) toxicidade decorrente de resíduos de produto ou substância empregados nos usos antecedentes ou no reprocessamento, e de alterações físicoquímicas do material com que é fabricado o correlato, em decorrência ou dos usos prévios ou do reprocessamento; c) alterações das características físicas, químicas e biológicas originais do produto ou de sua funcionalidade em decorrência da fadiga, dos usos prévios ou de reprocessamento, com implicações para uso seguro e satisfatório para o qual foi fabricado. Apresentamos as seguintes considerações: 1 - As agulhas utilizadas para o bloqueio epidural possuem grosso calibre e como todas as agulhas apresentam a dificuldade da limpeza, principalmente a interna (lúmen). 2 - A presença de resíduos de matéria orgânica, fragmentos de pele, pêlos ou outros materiais, no lúmen - orifício interno - e encaixes podem, durante a realização de um bloqueio, ser injetados no próximo paciente. 3 - A inativação de endotoxinas só é alcançada através de calor seco, a 250 graus Celsius, por 60 minutos. Este processo não é o convencionalmente adotado nos hospitais, para as agulhas. 4 - As substâncias utilizadas para a limpeza química podem acumular no interior das agulhas, e posteriormente serem injetadas no espaço epidural e produzir neurites químicas. 5 - Os agentes de limpeza e/ou os esterilizantes podem reagir com os materiais e formar novos resíduos tóxicos. 6 - O etilenoglicol formado pela reação do óxido de etileno e resquícios de água (deixados do enxague) é uma substância neurotóxica. 7 - Qualquer deficiência no processo de controle do preparo e esterilização pode levar a conseqüências danosas. Anestesia em revista - março/abril, 2002 - 7 PERGUNTAS & RESPOSTAS 8 - Se todo o hospital - ambulatórios, enfermarias e apartamentos - utiliza agulhas descartáveis para injeções intravenosas, por que as agulhas que estarão em contato próximo ao nobre Sistema Nervoso não deveriam ser da mesma qualidade? 9 - A deformação e alterações das características físicas (resistência e corte) podem levar a quebra da agulha ou a produção de fragmentos desta, provocando maior lesão tecidual - no caso de uma punção acidental de dura-mater, com uma agulha usada, de corte rombo, a lesão - do orifício formado, será maior que o provocado pela agulha nova - de corte afiado. As agulhas para o bloqueio subaracnóideo possuem pontas e estruturas ainda mais delicadas, principalmente a ponta, que se deforma em contato com estruturas ósseas e calcificações, tornando a romba e sem o corte adequado. 10 - O processo de preparo, limpeza e reesterilização não é tão simples quanto parece e a garantia de suas etapas pode ser duvidosa - Será que compensa a perda de tempo e o custo do reprocessamento de uma agulha? Não menos questionável deve ser o risco de trauma e perfuração dos funcionários envolvidos no processamento da agulha e a transmissão de doenças a estes funcionários. 11 - Caso seja feita a opção pela reutilização a limpeza deverá ser física que pode levar a alteração da estrutura e formação se resíduos e / ou química - que pode deixar resíduos. Ambos os resíduos podem ser nocivos para os pacientes, causando até lesões neurológicas irreversíveis como neurites e paraplegias. 12 - Existe a necessidade da garantia de todas as etapas do Processo de Reprocessamento deste material. Na vigência de uma lesão a um paciente, de quem seria a responsabilidade? - Hospital? Funcionário(s) do Reprocessamento? Anestesiologista? - Como provar? 13 - O mesmo pensamento é válido para as agulhas de bloqueio subaracnóideo, porém com os agravantes de: 8 - março/abril, 2002 - Anestesia em revista maior invasão do sistema nervoso, maior dificuldade de limpeza, menor resistência mecânica. cirúrgica; além de conhecimento clínico e técnico relativo a esta nova proposta terapêutica. 14 - O custo da utilização de uma agulha descartável durante uma anestesia sobre o neuro-eixo é desprezível em relação ao benefício e segurança proporcionado pelo uso de um dispositivo novo e de uso único. Em situações de lesão e dano a um paciente a economia realizada será de difícil justificativa ou ausente. Resposta 15 - Milhares de reais são desperdiçados, com ou sem planejamento, no sistema de saúde - por exemplo: os exames desnecessários que custam centenas de vezes o preço de uma agulha, que tem contato direto e invasivo com o sistema nervoso. Os que se recusam a pagar esta simples agulha, conhecedores destes riscos, ainda gostariam de ser anestesiados por uma agulha não-descartável? Eis o nosso parecer Comissão de Normas Técnicas - SBA, 2001 Honorários em obesidade mórbida A cirurgia para tratamento da obesidade mórbida está prevista nas Listas de Procedimentos da AMB, versões 96 e 99. Ocorre que a maioria dos planos de saúde ou UNIMEDs, por não adotarem tais listas como referência para remuneração profissional, acabam por penalizar aqueles que praticam tais atos. A inclusão desse procedimento deve ser proposta a cada plano, através de sua Regional ou Cooperativa local, com a base de argumentos suficiente para mostrar a complexidade e responsabilidade do nosso ato, além do argumento de que tal ato já está previsto nessas versões. O código sugerido pode ser o que já existe na Lista 96 - 43 02 021-6 e a remuneração de R$ 330,00 (trezentos e trinta reais), que equivale ao porte 6, 1100 CHs (das listas anteriores) com base do CH a R$ 0,30 (trinta centavos). Dr. Rober to Bastos da Serra Freire Diretor do Departamento de Defesa Profissional da SBA Pergunta Venho através desta, solicitar a orientação, referente a cobrança de honorários médicos no que se refere a cirurgia de obesidade mórbida (Cirurgia de Capella e suas variantes). Há algum consenso em relação aos honorários relativos a este procedimento? Temos enfrentado problemas referente aos honorários a serem cobrados, pois tal procedimento não se encontra codificado na lista de procedimemtos médicos da AMB. Por outro lado alguns convênios entendem, se tratar de uma combinação de procedimentos, já codificados em lista citada; posição esta que discordamos. Entendemos se tratar de uma cirurgia de maior complexidade e portanto de maior risco anestésico-cirúrgico, exigindo investimento em equipamentos, tanto na área anestésica, como na área Termo de Consentimento Pergunta Recentemente temos visto que algumas sociedades, como a de Otorrino, Ortopedia, Urologia, etc, tem estimulado o Termo de Consentimento em cirurgia, onde se relata estar esclarecido de todos os possíveis riscos. Vi também em uma ficha de anestesia em um livro em inglês - onde ao final da Avaliação Pré-Anestésica o paciente assina, informando que todos os riscos foram informados, desde a perda dentária até risco de vida. Gostaria de saber qual o parecer da Sociedade, e se existe já um modelo, que me possa ser enviado, apesar de saber que em livros de direito considerar que estes termos atenuam, mas não impedem uma ação indenizatória. PERGUNTAS & RESPOSTAS Resposta O termo de consentimento esclarecido é um dos documentos importantes que devem estar acostados ao prontuário médico. Suas características básicas é que além de ser livre, esclarecido, renovável e revogável. Evidentemente que o fato de ter tal documento não exime qualquer um de ser demandado, mas é entendimento da maioria que é melhor tê-lo do que não. A SBA possui um modelo, que anexamos para seu conhecimento. Dr. Rober to Bastos da Serra Freire Diretor do Departamento de Defesa Profissional da SBA Termo de Consentimento Paciente: Declarante Anestesiologista(s): [em caso de equipe, relacionar todos os nomes] Hospital: Procedimentos Cirúrgicos/Diagnósticos: Data: Hora: Declaro, para fins legais, 1- Que estou ciente que, a meu (nosso) pedido, estarei (o paciente acima denominado estará) sendo submetido à anestesia para o procedimento referenciado, na data e hospital designados, a ser aplicada pelo(s) anestesiologista(s) acima denominado(s); 2- Que tive total e integral conhecimento dos fatores que envolvem o ato anestésico em questão, através da explanação que foi prestada pelo Médico Anestesiologista que me(o) examinou, tendo tido a oportunidade de receber esclarecimentos, e todas as informações necessárias a minha (nossa) perfeita compreensão dos aspectos ligados ao ato anestésico a qual submeter-me-ei (submeter-se-á); 3- Que reconheço (reconhecemos) que o(s) Médico(s) Anestesiologista(s) que aplicará(rão) a anestesia exerce atividade de meio, ou seja, obriga-se a prestar seus serviços da melhor forma e condições que lhe forem possíveis, agindo com a melhor técnica, zelo profissional e diligência em busca de seus objetivos; 4- Que, a fim de prevenir e afastar eventuais problemas, foram prestadas ao Médico anestesiologista que me(o) examinou todas as informações relativas às condições médicas, físicas e psicológicas da minha pessoa (do paciente), sem qualquer fato ou elemento, informações estas que foram transcritas para a Ficha de Avaliação Pré-Anestésica; 5- Que foram informados pelo Médico Anestesiologista os riscos inerentes e naturais ao ato anestésico;* 6- Que meu internamento (o internamento do paciente) no Hospital referenciado deu-se por livre e espontânea vontade, e que tenho (temos) conhecimento que o(s) Médico(s) Anestesiologista(s) apenas se responsabiliza(m) pelos procedimentos de sua especialidade, não se obrigando ou se responsabilizando pela qualidade dos serviços que serão prestados pela instituição hospitalar ou por outros profissionais que participem do ato cirúrgico, bem como do tratamento ou internamento como um todo; 7- Que em retribuição ao atendimento anestésico, efetuarei (efetuaremos) o pagamento, em favor do(s) Médico(s) Anestesiologista(s), a título de honorários médicos, a importância de R$ _________, da seguinte forma: _________________ ;** 8- Finalmente, declaro que tenho conhecimento que o valor supra refere-se tão somente aos honorários médicos do(s) Anestesiologista(s); independentemente de exames, medicamentos, equipamentos e outros recursos que se fizerem necessários, mesmo que conseqüentes ao ato anestésico, os quais serão pagos separadamente; A presente declaração foi lida e compreendida em todos os seus termos. (Local), de de Assinatura do Declarante a mais inócua para cirurgia de varizes (membros inf.) e videoartroscopia de joelho, em regime ambulatorial? Peridural com 20 ml de lidocaína 2% (com adrenalina) ou Bloqueios subaracnóideo com 10 mg de bupivacaína hiperbárica e agulha 29G? Resposta A indicação da técnica anestésica é de inteira responsabilidade do anestesiologista e deve ser feita respeitandose dentre outros parâmetros a autonomia do paciente, ou seja desde que não haja uma contra-indicação à técnica pretendida por esse, não se deve assumir uma atitude paternalista, qual seja a de impor a nossa vontade. Objetivamente quanto ao questionado se qual a técnica mais inócua para videoartoscopia de joelho acreditamos que não existe uma padrão, não só para o caso apontado, mas para qualquer procedimento cirúrgico. Cada paciente tem sua condição clínica e emocional, cada cirurgião comporta-se de maneira distinta diante do procedimento que executa e a própria estrutura hospitalar tanto técnica como de recursos humanos, também deve ser levada em consideração ao se ponderar qual técnica anestésica é a mais adequada. Concluindo, cabe ao anestesiologista analisar as mais diversas circunstâncias e optar por aquilo que considerar ser mais seguro para o paciente. Dr. Rober to Bastos da Serra Freire Diretor do Departamento de Defesa Profissional da SBA Testemunhas: Manômetro de mercúrio Escolha da técnica Pergunta Em função da tendência do anestesiologista a sofrer processos judiciais, venho pela presente, consultar-lhes sobre quatro situações, a saber: Qual das seguintes técnicas a Comissão de Anestesia Regional julga ser Pergunta Solicito parecer desta Sociedade sobre o uso de Bulbo de Mercúrio (cachimbo) para medida invasiva de pressão arterial. O uso deste método de monitorização representa infração à alguma norma técnica da SAESP, SBA ou CFM? Anestesia em revista - março/abril, 2002 - 9 PERGUNTAS & RESPOSTAS Resposta É amplamente difundido em nosso país a utilização de um sistema com um manômetro contendo mercúrio para a medida direta da pressão arterial, por método invasivo. O equipamento destinado a esta medida, que pode apresentar variações de construção e dimensões, é composto básicamente de: 1 - Um tubo de vidro, com a forma da letra U, com uma haste curta (aproximadamente 5 cm de comprimento) e grande volume, e a outra haste longa (aproximadamente 40 cm) e pequeno volume. 2 - Um tubo extensor flexível, geralmente de PVC ou análogo, com aproximadamente 120 cm, que conecta o tubo em U a uma válvula de 3 vias (torneira ou three-way). 3 - Um cateter para a punção arterial ligado ao sistema - Tubo em U + tubo extensor. 4 - Um sistema para a infusão de solução anticoagulante, geralmente heparina. 5 - Mercúrio metálico. 6 - Solução fisiológica (NaCl 0,9%) heparinizada. 7 - Uma placa com graduação milimétrica, geralmente metálica, com dispositivos para a fixação do sistema de medição e a sua fixação a um suporte (suporte para soro). Os itens de 1 a 6 deste sistema devem estar esterilizados pois entram em contato com o sistema arterial do paciente, através da punção de uma artéria. Em alguns serviços, por razões práticas do manuseio, esteriliza-se todo o sistema (itens 1 a 7). Existem variações com relação a posição de montagem da válvula de 3 vias: 1) proximal ao paciente, conectado ao cateter ou 2) no meio do tubo extensor. Quando este sistema é construído adequadamente, com dimensões e volumes corretos, não deve ocorrer a possibilidade da passagem de mercúrio do sistema para a artéria do paciente. A conexão deste sistema a uma artéria puncionada transmite a pressão arte10 - março/abril, 2002 - Anestesia em revista rial para este sistema de vasos comunicantes, com diâmetros diferentes, de modo que a variação de 1 cm do nível do mercúrio na haste curta gera uma variação de aproximadamente 40 cm na haste longa. Esta diferença ocorre principalmente devido as diferenças entre as áreas das secções transversas das duas hastes. Como recomendações para a montagem do sistema sugerimos: 1 - Conhecimento do funcionamento do sistema. 2 - Montagem através de procedimento estéril. 3 - Cuidado com o manuseio do mercúrio. 4 - Preenchimento do sistema com a solução fisiológica heparinizada, com a retirada das bolhas de ar. 5 - Uso de tubos e válvula de 3 vias com conectores Luer-Lock para evitar a desconexão acidental. 6 - Manutenção da altura adequada do sistema (nivelamento) relativo ao nível da pressão a ser medida. 7 - Revisão periódica do funcionamento do sistema, durante a monitorização. 8 - Cuidados adicionais durante o transporte e mobilização do paciente. Os incidentes mais comuns durante o uso destes sistemas de medida são: 1 - Operação inadequada - confusão no manuseio da válvula de 3 vias, com desvio acidental do fluxo . 2 - Desconexão de uma ou mais partes do sistema podendo ocasionar hemorragia. 3 - Obstrução do sistema com medida errônea da pressão 4 - Nivelamento inadequado - inicial ou após mudança de posição do paciente. 5 - Quebra do tubo de vidro durante a montagem, uso ou transporte. 6 - Derramanento do mercúrio durante a montagem ou durante um incidente. 7 - Fixação inadequada do sistema ao suporte causando queda acidental. Além dos riscos para o paciente, deste sistema de medição da pressão arterial, devemos levar em consideração os riscos de intoxicação pelo manuseio do mercúrio. O mercúrio é um metal pesado, altamente tóxico e acumulativo nas redes tróficas. Pode causar morbidade e mortalidade ao homem. A absorção pode ser por diversas vias (inalação, ingestão, pela pele e injeção) e formas (metal, compostos e vapor). O processo de esterilização do mercúrio em estufas pode transformar o ambiente contaminado, com níveis perigosos, a ponto de desenvolver intoxicação mercurial. Do ponto de vista de saúde ocupacional as formas mais importantes do mercúrio são: O mercúrio em estado de vapor, os sais de mercúrio e os derivados de aquil mercúrio. Desde o preparo, o uso e o reprocessamento do mercúrio, para uma nova utilização, os profissionais que manuseiam e os presentes estão expostos aos riscos. Os serviços que utilizam mercúrio devem receber orientações sobre o manuseio e uso, dos órgãos e comissões de segurança do trabalho da instituição. O custo dos monitores eletrônicos, com transdutores eletromecânicos, para a medida da pressão arterial está compatível com a relação de benefícios proporcionada. A integração com outros monitores, através de módulos, proporciona uma redução do custo de aquisição com a centralização dos dados. Um monitor eletrônico de pressão arterial, por método invasivo, apresenta as seguintes vantagens: 1 - Não necessita o uso do manômetro de mercúrio. 2 - Informa as pressões sistólica, média e diastólica. 3 - Permite a visualização das curvas de pressão. 4 - Permite o registro dos valores das pressões e curvas. 5 - Apresenta maior facilidade para a transferência do paciente. Os pacientes e procedimentos que utilizam esta modalidade de monitorização geram uma cobrança para a utili- PERGUNTAS & RESPOSTAS zação, justificando a sua aquisição. Deve-se levar em consideração a diminuição dos riscos para o paciente e a equipe (esterilização, sala de cirurgia, UTI,...). Conclusão Por apresentarem menores riscos para os pacientes e equipes envolvidas no tratamento, maiores informações sobre a hemodinâmica, medidas mais precisas e registros das medidas, recomendamos que deve ser incentivado a substituição dos sistemas com manômetros de mercúrio, por sistemas com transdutores e monitores eletrônicos, para a medida da pressão arterial por método invasivo. Comissão de Normas Técinas SBA/2002 Referências recomendadas Os riscos do uso do mercúrio metálico para medir a pressão arterial média (PAM), de autoria da enfermeira Maria Cristina Ferreira Quelhas, UNICAMP Campinas, SP. Monitorização da pressão arterial: a placa de mercúrio, de autoria do Dr. Florentino Fernandes Mendes, TSASBA, Porto Alegre - RS. Relatório Manipulação de Mercúrio na Central de Material Esterilizado do HC - Riscos de Intoxicação - Parecer do SST no. 029/89. Recuperação pós-anestésica Pergunta Gostaria de informações sobre recuperação pós-anestésica: 1- Se guarda relação com número de leitos e cirurgias; 2- Se guarda relação com o número de leitos e Anestesiologistas; 3- Equipamentos de monitorização existente e obrigatório e, em relação ao número de leitos. Resposta Em resposta a sua solicitação sobre número de leitos da sala de recuperação pós-anestésica (SRA), é encontrado em: Abrão J Recuperação anestésica In: Manica J (editor) Anestesiologia Princípios e Técnicas, Porto Alegre: Artes Médicas, 1997, p. 731-43, o seguinte: O número de leitos da SRA varia com o movimento cirúrgico de cada hospital e o tipo predominante de cirurgia. Hospitais que lidam mais com obstétricia ou cirurgias de curta duração deverão ter mais leitos de recuperação em relação ao número de salas de cirurgia. Essa relação deve ser adequada as necessidades locais. Em termos médios, pode-se dizer que deve ter cerca de 1,5 leitos de recuperação para cada sala de cirurgia. Estas informações não podiam ser diferentes da existente no art 2º, parágrafo VI da Resolução CFM nº 1.363/93 que reza: Todo paciente após a cirurgia deverá ser removido para a sala de recuperação pós-anestésica, cuja capacidade operativa deve guardar relação direta com a programação do centro cirúrgico. Com relação a terceira pergunta: Equipamentos de monitorização existente e obrigatório e, em relação ao número de leitos não existe uma legislação especifica, mas, considerando-se que o paciente na SRA está submetido aos mesmos riscos da sala de cirurgia, deve ser aplicado a SRA, as mesmas condições mínimas de segurança para a prática de anestesia e que estão regulamentadas na Resolução CFM nº 1.363/93. Dr. Pedro Thadeu Galvão Vianna Diretor do Departamento Científico da SBA Época da anuidade Pergunta Acho que estou chovendo no molhado, mas não custa alertá-los que mais uma vez os senhores, que agora estão no comando da nossa sociedade, pisaram na bola, pois a cobrança da anuidade continua a ser na época mais inadequada para nós sócios. Será que não conseguem mudar tal coisa, ou será que só são promessas? Resposta Em resposta ao questionamento encaminhado em 26/02/2002, esclarecemos que a data de cobrança da anuidade está estabelecida no Artigo 19 do Estatuto da SBA. Somente a Assembléia de Representantes, está apta a promover mudanças, de acordo com o Capítulo XVI do Estatuto. Dr. Luiz Carlos Bastos Salles Tesoureiro da SBA Título de Especialista em Anestesiologia Pergunta O SIMERS - Sindicato Médico do Rio Grande do Sul, vem procurando ampliar seu universo de ações na área de atuação, no intuito de cada vez mais fortalecer a classe médica no Estado e no País. Nesse sentido, recentemente foi criada a Associação Médica Luso-Brasileira. Esta Entidade tem por objetivo principal promover troca de experiências sindicais e científicas entre o Brasil e o continente europeu. Além dessa iniciativa, outros contatos estão sendo mantidos, com a finalidade de gerar acordos que possibilitem ao profissional brasileiro vivenciar experiências no exterior e, da mesma forma, atrair universitários do exterior para conhecer a realidade brasileira. Dentro desse contexto, solicitamos informações acerca do processo de reconhecimento do título de especialista aos profissionais que estudaram no exterior, brasileiros ou estrangeiros, em especial quanto aos pré-requisitos para realização da prova. Essa informação tem caráter estratégico para as negociações que serão conduzidas nos próximos dias. Resposta O médico não membro da SBA que esteja em situação regular no Conselho Regional de Medicina, poderá requisitar a expedição do Título de Especialista em Anestesiologia desde que seja aprovado em concurso de Provas Escrita e Anestesia em revista - março/abril, 2002 - 11 PERGUNTAS & RESPOSTAS Prático-Oral, realizadas anualmente por ocasião do CBA, de acordo com regulamento próprio. O médico não membro da SBA que esteja em situação regular no Conselho Regional de Medicina, poderá solicitar sua admissão na SBA, na categoria de Membro Ativo, desde que seja aprovado em concurso de Provas Escrita e Oral, realizadas anualmente por ocasião do CBA, de acordo com regulamento próprio, e desde que satisfaça as seguintes exigências: I - Seja indicado por dois membros ativos da SBA quando da inscrição para a prova escrita. II - Apresente Certificado de Conclusão de Residência Médica em Anestesiologia reconhecido pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) e que o mesmo tenha sido expedido por uma instituição credenciada pela CNRM para desenvolver programa de Residência, ou; III - Apresente certificado de conclusão de curso de especialização realizado no exterior assinado pelo Responsável e acompanhado de histórico detalhado do mesmo; a) esta documentação deverá ser encaminhada à secretaria da SBA, com 180 (cento e oitenta) dias de antecedência, para que seja apreciada pela Comissão de Ensino e Treinamento. IV - Comprove ser graduado em Medicina há no mínimo cinco anos. Dr. Pedro Thadeu Galvão Vianna Diretor do Departamento Científico da SBA Anestesia pelo não-anestesiologista Pergunta Gostaria de saber se existe algum documento que proíba a realização de anestesia por médico não-anestesiologista. Resposta O médico no Brasil ao receber seu diploma e registrá-lo no CRM pode exercer a Medicina amplamente desde que 12 - março/abril, 2002 - Anestesia em revista não divulgue especialidade da qual não tenha título registrado nesse órgão. Logo um não especialista pode realizar procedimentos anestésicos, desde que não se apresente como tal. No entanto qualquer médico está sujeito ao Código de Ética Médica e às resoluções emanadas pelos Conselho Federal de Medicina e ao Regional de seu estado de atuação. A Secretaria de Assistência à Saúde, através da portaria 98 de 26 de março de 1999, determinou o cadastramento e recadastramento de médicos anestesiologistas, com Título de Especialista registrado no CRM, para atuarem junto aos usuários do SUS. No entanto abriu exceção permitindo o cadastramento de não especialistas em municípios onde não hajam os primeiros ou ainda seu número seja insuficiente para atender a demanda de usuários desse sistema. Dr. Rober to Bastos da Serra Freire Diretor do Departamento de Defesa Profissional da SBA Estágio no exterior Pergunta Sou estudante do 5o ano da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto USP, e tenho grande interesse em conhecer melhor a área de Anestesiologia. A todos os quintanistas, minha faculdade oferece um período de um mês para estágio optativo, que pode ser feito no Brasil ou no exterior. Gostaria de saber dos senhores se haveria possibilidade de tentar conseguir, com a vossa colaboração, um estágio no exterior, em algum centro de referência, seja na Europa ou nos Estados Unidos. Acredito que teria condições de custear a passagem, mas por não ter contato algum com médicos anestesiologistas no Brasil, e muito menos fora, estou com dificuldade para saber inclusive por onde começar, aonde ou quem procurar. Ficaria muito agradecida se pudesse contar com qualquer tipo de apoio dos senhores. Resposta O nosso conselho é você, inicialmente, procurar a Disciplina de Anestesiologia da sua Faculdade, pois, vários Anestesiologistas desta Instituição frequentaram Serviços de Anestesiologia no exterior e estão aptos para serem intermediários deste estágio no exterior. Além disso, esta proximidade, irá facilitar a necessária troca de correspondência para obtenção deste estágio. Dr. Pedro Thadeu Galvão Vianna Diretor do Departamento Científico da SBA Torcicolo congênito Pergunta Eu tenho um problema chamado pelos médicos de torcicolo congênito. Tenho 24 anos e me informaram que deveria ter feito a cirurgia a bem mais tempo. Embora isto tenha me causado uma ligeira deformação na simetria da minha face e eu tenha o esternocleidomastóideo extremamente rígido e mais curto no lado esquerdo, fora as dores que sinto, consigo viver normalmente. Estas dores me causam um incômodo. Há vezes em que se tornam mais fortes, mas no normal já me acostumei. Gostaria de solucionar este problema. Os médicos dizem que a simetria da minha face não tem mais volta mesmo que tenha sido pouco alterada. Minhas dúvidas são as seguintes: - Gostaria que se possível me indicassem algum médico ou alguns médicos de cirurgia de cabeça e pescoço no RS. - Quanto a anestesia tenho muito medo. A primeira vez que lembro de ir consultar o médico me disse que era uma cirurgia delicada que por ser no lado esquerdo do pesoço teria que separar a veia do coração ....É este medo que me incomoda. Já fui duas vezes para fazer esta cirurgia e tenho um medo profundo de morrer, coisas deste tipo. Desculpe se parece feio dizer isto para um homem da minha idade, mas gostaria muito de superar isto resolver meu problema antes que eu tenha prejuízos mais aparentes na minha coluna. PERGUNTAS & RESPOSTAS Resposta Grato por ter enviado a sua mensagem via e-mail. Meus cumprimentos pelo seu comportamento sereno diante da doença. O seu receio é perfeitamente justificável diante do desconhecido. Este, só será minimizado quando você estiver bem esclarecido a respeito do seu tratamento. O pedido para indicação de médico para o seu tratamento fica prejudicado por vários motivos e entre eles não ser esta a área de nossa atuação. Entretanto, o Rio Grande do Sul dispõe de excelentes especialistas e para você obter a resposta desejada é só conversar com o médico da sua confiança. Com relação ao seu temor da anestesia a nossa sugestão é procurar o anestesiologista na sua região e numa entrevista tudo estará esclarecido. Para finalizar, recomendamos a leitura do livro Anestesia - A vitória sobre a dor. Este livro foi editado na comemoração dos 50 anos da Sociedade de Anestesiologia do Rio Grande do Sul (SARGS) em 2001. O livro poderá ser obtido na SARGS - Av. Ipiranga,5311sala 106 CEP: 90610-001- Porto Alegre Fone/Fax (51) 339 3581 e 336 1799 ou no portal http:\\www.sargs.org.br . Existindo dificuldade na obtenção do mesmo, por favor, envie o seu endereço que teremos o máximo prazer em servi-lo. Dr. Pedro Thadeu Galvão Vianna Diretor do Departamento Científico da SBA Usinas concentradoras de O 2 Pergunta Sou Diretor Técnico de um hospital em Ribeirão Preto e gostaria de saber se a SBA tem alguma posição sobre as usinas de O2? Resposta A Sociedade Brasileira de Anestesiologia tem promovido discussões sobre o assunto na tentativa de deixar os seus associados devidamente esclarecidos sobre a matéria em pauta. Entretan- to, a decisão final sobre o uso ou não desses equipamentos é de competência exclusiva dos médicos usuários e dentro desse grupo se encontram os anestesiologistas. A nossa sugestão é que seja promovido o debate entre os especialistas interessados nesses equipamentos. Complementando nossa correspondência anterior - C.SBA-1106/02 encaminhamos Resolução do CFM nº 1355/92. Dr. Pedro Thadeu Galvão Vianna Diretor do Departamento Científico da SBA Resolução CFM Nº 1355/92 O CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, no uso das atribuições que lhe confere a Lei nº 3.268, de 30 de setembro de 1957, regulamentada pelo Decreto 44.045, de 19 de julho de 1958, e CONSIDERANDO ser dever do Médico guardar absoluto respeito pela vida humana, atuando sempre em benefício do paciente, não podendo, seja qual for a circunstância, praticar atos que afetem ou concorram para prejudicar sua saúde; CONSIDERANDO que o médico investido em função de Direção tem o dever de assegurar as condições necessárias para o desempenho ético-profissional da medicina; CONSIDERANDO os Pareceres Técnicos da Comissão de Normas Técnicas da Sociedade Brasileira de Anestesiologia e do Ministério da Saúde, a respeito das usinas concentradoras de oxigênio; CONSIDERANDO, finalmente, o que ficou decidido na Sessão Plenária do Conselho Federal de Medicina, realizada em 14 de agosto de 1992. RESOLVE: 1 - Estabelecer, como parâmetro mínimo de segurança, a concentração de oxigênio igual ou maior que 92% para a utilização hospitalar, devendo tal valor integrar a farmacopéia brasileira. 2 - Aprovar os seguintes padrões mínimos para a instalação e funcionamento das usinas concentradoras de oxigênio: a - A Usina Concentradora de Oxigênio deverá ter medidor que indique continuamente a concentração do oxigênio que está sendo fornecido. b - Que possua um sistema para interromper automaticamente o funcionamento da usina quando o teor do oxigênio na mistura for inferior a 92%. c - Que seja mantido o sistema usual de Oxigênio, que deverá entrar em funcionamento automaticamente, em qualquer instante em que a usina processadora interrompa sua produção. d - Que existam filtros que assegurem o grau de pureza, de forma que a mistura de gases não contenha elementos danosos à saúde, inclusive argônio com concentração superior a 5% ou nitrogênio em concentração superior a 4%. e - Que periodicamente seja efetuado um controle da composição dos gases (análises qualitativa e quantitativa) que permita absoluta segurança do sistema, sob a responsabilidade do Diretor Técnico da instituição. f - Que existam na instituição placas indicadoras do sistema utilizado. g - Que os aparelhos de anestesia sejam providos de analisadores de oxigênio (oxímetro de linha), quando utilizarem mistura com outros gases. 3 - Determinar que não podem ser efetuadas anestesias em circuito fechado, utilizando a mistura de gases produzida pela usina. 4 - Recomendar aos Hospitais Universitários que façam análise prospectiva, permitindo o aperfeiçoamento do sistema. 5 - Recomendar ao Ministério da Saúde que discipline o uso dessa tecnologia no sistema de saúde do País, através de normas e regulamentos técnicos que assegurem os padrões propostos. Brasília-DF, 14 de agosto de 1992. IVAN DE ARAÚJO MOURA FÉ Presidente HERCULES SIDNEI PIRES LIBERAL Secretário-Geral Publicada no D.O.U. dia 11.09.92 Página 12648 Anestesia em revista - março/abril, 2002 - 13 Provas da SBA 2002 INFORMAÇÕES COMUNS A TODAS AS PROVAS RELACIONADAS NESTA NOTA Valor: R$ 290,00 (Duzentos e Noventa Reais) Forma de Pagamento: Preferencialmente, por medida de segurança, deverá ser efetuado depósito bancário e envio do comprovante, juntamente com requerimento solicitando inscrição, via fax. Favorecido: Sociedade Brasileira de Anestesiologia Depositante: não esquecer de colocar o nome Banco Real agência: 0826 C/C - 7805109-6 Banco do Brasil agência: 287-9 C/C - 12497-4 Fax: (21) 2537-8188 OBS: Favor ligar confirmando o recebimento do fax de forma legível e anotar o nome, dia e hora do funcionário que o atendeu. A SBA não se responsabiliza por inscrição de candidato que até 08 dias antes da prova não tenha reclamado a não confirmação da mesma. ATENÇÃO: O prazo de inscrição é Regulamentar, assim sendo, não poderá ser prorrogado. Avise aos seus colegas. Caso prefira enviar o cheque pelo correio, favor enviar com Aviso de Recebimento ou Sedex. SEGUNDO SEMESTRE Todas as provas terão o mesmo prazo de vencimento de inscrição. Prazo de Inscrição: até 12 de agosto de 2002 TÍTULO SUPERIOR EM ANESTESIOLOGIA (TSA) Regulamento e Programa: disponíveis na home-page da SBA para download. Programa será encaminhado junto com a confirmação de inscrição. ESCRITA Dia: 09 de novembro de 2002 Hora: 8:00 (quatro horas de duração - 100 questões de múltipla escolha) Local: a ser confirmado pela Comissão Executiva do 49º CBA Joinville/SC ORAL Dia: novembro de 2002 - realizada sempre nos dias que antecedem a abertura do CBA (o número de dias, dependerá do total de inscritos) Local: a ser confirmado pela Comissão Executiva do 49º CBA Joinville/SC MUDANÇA DE CATEGORIA DE MEMBRO ADJUNTO PARA MEMBRO ATIVO ORAL Dia: novembro de 2002- realizada sempre nos dias que antecedem a abertura do CBA (o número de dias, dependerá do total de inscritos) Local: a ser confirmado pela Comissão Executiva do 49º CBA Joinville/SC INGRESSO NA CATEGORIA DE MEMBRO ATIVO Regulamento e Programa: disponíveis na home-page da SBA para download. Programa será encaminhado junto com a confirmação de inscrição. ESCRITA Dia: 08 de novembro de 2002 Hora: 14:00 (duas horas de duração - 50 questões de múltipla escolha) Local: a ser confirmado pela Comissão Executiva do 49º CBA Joinville/SC ORAL Dia: novembro de 2002- realizada sempre nos dias que antecedem a abertura do CBA (o número de dias, dependerá do total de inscritos) Local: a ser confirmado pela Comissão Executiva do 49º CBA Joinville/SC OBS: Só serão admitidos como membro ativo da SBA, os médicos aprovados na prova oral. TÍTULO DE ESPECIALISTA EM ANESTESIOLOGIA (TEA) Regulamento e Programa: disponíveis na home-page da SBA para download. Programa será encaminhado junto com a confirmação de inscrição. ESCRITA Dia: 09 de novembro de 2002 Hora: 8:00 (quatro horas de duração - 10 questões dissertativas) Local: a ser confirmado pela Comissão Executiva do 49º CBA Joinville/SC A partir do ano 2001 as provas escrita e oral para obtenção do TEA, também passaram a ser realizadas em anos distintos. PROVA NACIONAL MÉDICOS EM ESPECIALIZAÇÃO 2002 Regulamento e Programa: disponíveis na home-page da SBA para download. Programa será encaminhado junto com a confirmação de inscrição. 14/Dezembro/2002 ESCRITA Dia: 08 de novembro de 2002 Hora: 14:00 (duas horas de duração - 50 questões de múltipla escolha) Local: a ser confirmado pela Comissão Executiva do 49º CBA Joinville/SC Informações sobre o local: consulte a Regional do seu Estado. 14 - março/abril, 2002 - Anestesia em revista ME1 14:00 às 16:00 horas (horário de Brasília) ME2 17:00 às 19:00 horas (horário de Brasília) COMISSÃO DE DE ASSUNTOS ASSUNTOS INTERNCIONAIS INTERNCIONAIS COMISSÃO A Federação Mundial de Sociedades de Anestesiologistas A World Federation of Societies of Anesthesiologists (WFSA) foi formalmente constituída no Congresso Mundial de Anestesiologistas em Scheveningen, Holanda, em 1955. Houve 28 sociedades membros fundadoras. Os objetivos da WFSA são tornar disponíveis os mais elevados padrões de anestesia, alívio da dor e ressuscitação a todas pessoas do mundo e disseminar o mesmo entre elas. A WFSA promove um Congresso a cada 4 anos durante o qual os delegados de todas sociedades membros nacionais se encontram em pelo menos duas assembléias gerais. A WFSA tem também seções regionais. A Confederação de Sociedades Européias de Anestesiologia (CENSA) promove um congresso em anos alternados e a Seção Regional Ásia-Australiana (AARS) a cada 4 anos. A Confederação de Sociedades Latino-Americanas de Anestesiologia (CLASA) realiza congressos em anos ímpares alternados. A Seção Regional Africana (ARS) foi estabelecida em Harare, Zimbábue, em abril de 1997 e realizou seu primeiro congresso em 2001. Os próximos congressos serão Congresso Mundial Paris Durban 2004 2008 CENSA Glasgow 2003 AARS Kuala Lumpur Singapura 2002 2006 CLASA Guatemala 2003 A WFSA é uma organização nãogovernamental com relações com a Organização Mundial da Saúde (OMS), com quem trabalhou estreitamente, no passado, ao estabelecer centros de treinamento em anestesia em Caracas e Manila. Novos centros de treinamento anestésicos foram estabelecidos na África do Sul, no Pacífico Sul e na Tailândia. Está também em ligação com o Conselho para Organizações Internacionais (CIOMS), a Organização de Padrões Internacionais (ISO), a Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP) e a Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO). As publicações da WFSA incluem um Newsletter. Um Relato Anual é publicado e reúne a relação das Sociedades membros, o livro de endereços dos Comitês e um calendário dos Congressos Internacionais. A Federação patrocina o Update in Anaesthesia, uma publicação de educação continuada dirigida para o mundo em desenvolvimento. É apresentado em 5 línguas: francês, espanhol, russo, mandarim e inglês. A WFSA está ajudando a desenvolver um manual básico de anestesia, Anaesthesia at the District Hospital em conjunto com a OMS. Está ajudando a custear a Intensive Care in the Tropics. A WFSA custeia programas educacionais que têm iniciado ou patrocinado cursos intensivos na África Leste e Oeste, Fidji, o antigo bloco do leste europeu, América Central e do Sul, região da Tailândia, Caribe e o longínquo oriente. A WFSA também promove Cursos de Atendimento Primário ao Trauma adaptados aos países em desenvolvimento e Cursos sobre Manutenção e Reparos de Equipamentos Essenciais na África. Questionamentos devem ser dirigidos ao Profº A. E. E. Meursing, Honorary Secretary. WFSA Office: Level 8, Imperial House, 15-19 Kingsway, London WC2B 6TH, United Kingdom. Tel: +44 20 7836 5652 Fax: +44 20 7836 5616 e-mail: [email protected] <mailto:[email protected]> e [email protected] <mailto:[email protected]> Diretoria atual - (até abril de 2004) President: Dr. T. C. Kester Brown (Austrália) Secretary: Profa Anneke E. E. Meursing (Malawi) Treasurer: Dr. Richard G. Walsh (Austrália) Chair, Executive Commitee: Profo David R. Bevan (Canadá) Assistant Secretary: Dr. John Moyers (EUA) Vice Chair, Executive Commitee: Profa Maria Janecsko (Hungria) Standing Commitees Chair, Education Committee: Dr. Angela Enright (Canadá) Chair, Publications Committee: Dr. Roger Eltringham (RU) Chair, Statutes & Bylaws Committee: Dr. David J. Wilkinson (RU) Chair, Finance Committee: Dr. Jerrold H. Fontenot Specialist Commites Chair, Committee on Obsthetric Anaesthesia: Dr. David Bogod (RU) Chair, Committee of Paediatric Anaesthesia: Dr. Luz H. Patiño Sanchez (Colômbia) Chair, Committee for Pain Relief: Dr. Dilip Pawar (India) Chair, Committee on Resuscitation, Trauma and Intensive Care Medicine: Profº Mohamed A. Seraj (Arábia Saudita) Chair, Committee on Technology, Information & Equipment: Profa Ira J. Rampil (EUA) Chair, Committee for Safety & Quality of Practice: Profo Klaus Geiger (Alemanha) WHO Liaison Officer: Dr. Michael Dobson (RU) Honorary Archivist: Dr. Joseph Rupreth (Holanda) COMO VOCÊ PODE AJUDAR! WFSA Manual _______________________________________________ US$ 10,00 Estetoscópio ________________________________________________ US$ 25,00 Conjunto de materiais educacionais _____________________________ US$ 500,00 Kit de ressuscitação __________________________________________ US$ 1.000,00 Bomba de infusão ____________________________________________ US$ 2.500,00 Conjunto eletrônico __________________________________________ US$ 3.500,00 Ventilador Oxyvent ou monitor cardio-respiratório _________________ US$ 5.000,00 Unidade anestésica e ventilador ________________________________ US$ 7.500,00 Um ano de educação pós-graduada ______________________________ US$ 10.000,00 Um Curso Nacional de Anestesia completo ______________________ US$ 25.000,00 Uma workstation de anestesia completa ___________________________ US$ 50.000,00 Anestesia em revista - março/abril, 2002 - 15 DEFESA DEFESA PROFISSIONAL PROFISSIONAL A Uma questão de princípios lém de suas atividades no cam- po científico e da educação continuada, a Sociedade de Anestesiologia do Estado da Bahia (SAEB) vem, ao longo do tempo, exercendo um papel aglutinador dos médicos anestesiologistas em defesa dos seus direitos profissionais, laborando sempre por uma boa medicina, em que a relação médico paciente é o seu foco principal. A interposição dos planos de saúde entre médicos e pacientes praticamente destruiu a relação de confiança, respeito e fraternidade que sempre existiu entre ambos. Não podemos negar a importância e os benefícios de uma apólice de seguro, seja ela direcionada à saúde ou a qualquer outro tipo de risco em que o cidadão ou os seus bens estejam vulneráveis. A contribuição de muitos suporta os percalços de poucos, contanto que o seguro seja feito em bases atuariais corretas e gerenciado com competência e lisura. Nos casos dos planos de saúde essas regras básicas nem sempre têm sido observadas: muitos aventureiros aparecem e desaparecem da praça, passando o calote em segurados, médicos e hospitais. A nova legislação que disciplina a matéria criou a Agência Nacional de Saúde e estabeleceu algumas salvaguardas em benefício dos segurados deixando os médicos e hospitais a mercê de sua própria sorte. Os hospitais pela natureza de sua estrutura jurídica e administrativa, bem ou mal, encontram os meios para se defenderem. Os médicos, por sua vez, ficam completamente órfãos, entregues ao seu peculiar amadorismo gerencial, desorganizados e desunidos, ignorando sua força - se organizados e unidos fossem. A única paternidade capaz de protegê-los é sua unidade e organização através das lideranças de suas entidades representativas, fundamentadas na ética profissional e pessoal de cada um, cristalizado numa relação médico paciente, em que os direitos e deveres de ambas a partes sejam respeitados. A maioria dos planos de saúde se queixa de dificuldades financeiras. Ë certo que os custos da medicina assistencial aumentaram, mas também, é verdade que os planos aumentaram e muito os valores cobrados dos segurados. O que não aumentou nestes últimos sete anos foram os honorários médicos. No somatório das despesas médico-hospitalares os gastos com os médicos estão por volta de vinte a vinte e cinco por cento e os honorários de anestesia variam de um e meio a dois por cento. A remuneração dos médicos em relação aos custos de materiais e medicamentos representam verdadeiras migalhas. É chegado o momento de se rever essa situação extremamente difícil, sob pena de sermos deletados das decisões sobre o nosso trabalho. Não existe medicina sem médicos e os médicos precisam ser remunerados dignamente para que possam ter tranqüilidade e segurança para desempenhar a sua tarefa. Nos Altamirando Santana últimos dois anos que passamos pela Presidência da SAEB e atualmente como Diretor de Defesa Profissional temos lutado pela organização e união dos médicos anestesiologistas em torno de princípios capazes de estabelecer uma relação direta entre quem realiza e quem utiliza os nossos serviços. O entendimento direto entre as partes interessadas, confere aos pacientes ou seus responsáveis, o poder de avaliar a qualidade do serviço e atenção que lhes são prestadas, evitando as glosas e calotes impostos pelos intermediários. Altamirando Santana Diretor de Defesa Profissional da SAEB Alerta SNVS/Anvisa/Ufarm nº 15, de 27 de dezembro de 2001 A Unidade de Farmacovigilância/ ANVISA recebeu duas notificações de reações adversas graves associadas ao halotano, líquido anestésico inalatório, utilizado na pediatria. Sendo um potente anestésico que permite a perda da consciência suave e bastante rápida, o halotano tem evolução terapêutica imediatamente. É indicado para a indução e manutenção de anestesia geral, em todos os tipos de cirurgias, para pacientes de todas as idades. Freqüentemente é administrado com outros medicamentos para a 16 - março/abril, 2002 - Anestesia em revista indução ou suplementação da anestesia. Os dois casos de parada cardiorespiratória associados com o anestésico halotano, ocorreram com crianças. A Unidade de Farmacovigilância está analisando os casos para as providências cabíveis, e concomitantemente recomenda que: O halotano deve ser usado em vaporizadores que permitem razoável aproximação com o consumo e débito do mesmo ou em vaporizadores do tipo calibrado; O paciente deve ser monitorado cuidadosamente em relação aos sinais de superdosagem (queda de pressão arterial, pulso e ventilação); Deve haver suporte respiratório e circulatório e controle dos distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-básico; Assegure uma ventilação adequada da sala onde o halotano estiver sendo administrado; Solicitamos que os profissionais de saúde e usuários de medicamentos notifiquem a suspeita de qualquer reação adversa ou interação medicamentosa por meio dos formulários da Anvisa. PARECER Uma visão jurídica sobre as TRANSFUSÕES DE SANGUE Dr. José Antonio Tedeschi Juiz de Direito Tópicos I. Do direito à vida e à integridade física 1. Proteção constitucional (CR, art. 5º, caput). 2. Proteção infra-constitucional (CP, art. 129). II. Da regulamentação legal da transfusão de sangue III. Da escusa de consciência IV. Problemática do tema à luz da jurisprudência. I. 1. A vida, como objeto de direito tutelado pela Constituição da República, deve ser entendida, sem que com isso intentemos dar uma definição do instituto, como sendo mais abrangente do que seu sentido meramente biológico, de incessante auto-atividade funcional, peculiar à matéria orgânica. Como adverte o constitucionalista José Afonso da Silva, é mais um processo (processo vital) que se instaura com a concepção (ou germinação vegetal), transforma-se, progride, mantendo sua identidade, até que muda de qualidade, deixando então de ser vida para ser morte. Tudo que interfere em prejuízo deste fluir espontâneo e incessante contraria a vida. O direito à vida, tutelado pelo legislador constituinte de 1988, como o direito à existência, consiste, segundo o mesmo autor, no direito de estar vivo, de lutar pelo viver, de defender a própria vida, de permanecer vivo. É o direito de não ter interrompido o processo vital senão pela morte espontânea e inevitável. Como tal, é assegurado a todo indivíduo (ser dotado de vida) pelo art. 5º, caput, da Constituição da República, ao tratar dos direitos e garantias individuais, como sendo o mais básico, a fonte primária de todos os outros bens jurídicos. Dispensável dizer que o direito à vida, garantido pela Carta Política de 1988, traz ínsito o direito à integridade física. 2. Porque assegura a Lei Maior o direito à vida, é que a legislação penal pune todas as formas de vulneração da integridade física do indivíduo. A característica do ordenamento jurídico penal que primeiro salta aos olhos, leciona Francisco de Assis Toledo, é a sua finalidade preventiva: antes de punir, ou com o punir, quer evitar o crime. Assim, por meio da elaboração dos tipos delitivos (modelos de comportamento humano) revela o legislador penal, de modo nítido e visível, aos que estejam submetidos às leis do País, aquilo que lhes é vigorosamente vedado fazer ou deixar de fazer (...). Por meio da cominação de penas, para o comportamento tipificado como ilícito penal, visa o legislador atingir o sentimento de temor (intimidação) ou o sentimento ético das pessoas, a fim de que seja evitada a conduta proibida (prevenção geral). Falhando essa ameaça, ou esse apelo, transforma-se a pena abstratamente cominada, com a sentença criminal, em realidade concreta, e passa, na fase de execução, a atuar sobre a pessoa do condenado, ensejando sua possível emenda ou efetiva neutralização (prevenção especial). De relevo, nesse passo, atentarmos ao caráter fragmentário do Direito Penal: dentre a multidão de fatos ilícitos possíveis, somente alguns, os mais graves, são selecionados para serem alcançados pelas malhas do ordenamento penal. Todavia, na construção do injusto típico penal, opera esse mesmo ordenamento autonomamente, sem subalternidade a outros ramos do direito. Dentre todos os tipos penais previstos na lei penal codificada em pro- teção à integridade física, interessa-nos o delito de lesão corporal (CP, art. 129). Pode ser simples (CP, art. 129, caput), grave (CP, art. 129, § 1º), gravíssima (CP, art. 129, § 2º), seguida de morte (CP, art. 129, § 3º), privilegiada (CP, art. 129, § 4º) ou culposa (CP, art. 129, § 6º), bem como sofrer exasperação na reprimenda em atenção a condições especiais do ofendido (CP, art. 129, § 7º). II. A transfusão de sangue, entre nós, não tem merecido maior atenção por parte do legislador. Não obstante, é comando constitucional (CR, art. 199, § 4º) a elaboração de lei que disporá, entre outros tópicos, sobre a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização. O tema também mereceu atenção por parte do constituinte bandeirante, como se vê do art. 225, e §§, da Carta Política Paulista de 05 de outubro de 1989. Anestesia em revista - março/abril, 2002 - 17 A Lei nº 7.649, de 25 de janeiro de 1988, é que prevê o cadastro obrigatório de doadores de sangue, tendo sido regulamentada pelo Dec. nº 95.721, de 11 de fevereiro de 1988. Essa legislação, anterior à Carta de 1988, foi por ela recepcionada. III. O legislador constituinte de 1988 previu, ainda, a inviolabilidade da liberdade de consciência e de crença (CR, art. 5º, VI) e, como seu consectário, a possibilidade de invocação de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa fixada em lei (CR, art. 5º, VIII). IV. Quid juris há, durante a realização de procedimento médico-hospitalar, invocação de família de paciente, de escusa de consciência, fundada como ocorre mais freqüentemente em motivos religiosos, para impedir transfusão de sangue que seria imprescindível à manutenção da vida do enfermo? A questão não é nova, ao menos para a jurisprudência; não obstante, temos que sempre foi enfrentada cautelosamente, em razão, no mais das vezes, da ausência de regulamentação legal específica sobre o tema e, mais, em face da própria peculiaridade da questão. Qual a solução? Sendo a transfusão de sangue medida recomendável (embora, em um primeiro momento, ainda não imprescindível), a invocação, pela família do paciente, da escusa de consciência tem o condão de obstar ao médico a realização daquele procedimento, sob pena de, em o fazendo, responder o profissional de saúde, in thesi, pelo delito de lesão corporal leve. O próprio beneficiário da transfusão, aliás, se consciente estiver, poderá manifestar resistência à realização desse procedimento. E, ainda assim, estará o médico impedido de proceder à transfusão. Outra é a solução, porém, se a medida em testilha se revela imprescindível, única a garantir a sobrevivência do enfermo. Em casos tais, não se cogita de resistência do paciente mesmo, que em geral encontra-se inconsciente, quer em razão da gravidade de seu quadro (traumático), quer por ação de sedativos que minoram seu sofrimento. Falam, então, por ele, seus familiares. A resistência da família, em autorizar a transfusão, quando se revela esse 18 - março/abril, 2002 - Anestesia em revista procedimento imprescindível para a manutenção da vida do paciente, ainda que fundada em motivos religiosos, não tem mais o condão de impedir a atuação médica nesse sentido . É que, embora a conduta do médico continue típica, isto é, continue correspondendo à previsão abstrata da figura delitiva de lesão corporal, reveste-se, em razão da necessidade da transfusão, de excludente de ilicitude, consistente no estado de necessidade (CP, art. 24, caput). Eis a orientação pretoriana CONSTRANGIMENTO ILEGAL - Inteligência do art. 146, § 3º, I, do Código Penal. Uma vez comprovado efetivo perigo de vida para a vítima, não cometeria delito nenhum o médico que, mesmo contrariando a vontade expressa dos por ela responsáveis, à mesma tivesse ministrado transfusão de sangue . Ao revés, adentra então à seara da ilegalidade a conduta dos familiares do paciente: OMISSÃO DE SOCORRO E PERICLITAÇÃO DE VIDA - Negativa de autorização para transfusão de sangue por motivos religiosos - Crime impossível - Inocorrência - Inteligência dos arts. 132, 135 e 17, do Código Penal. Acusadas que em nome de seita religiosa e das orientações nela recebidas deixam de permitir transfusão de sangue em menor, possibilitando a consumação da omissão de socorro e da periclitação de vida, praticam em tese os delitos dos arts. 132 e 135 do CP . PERIGO PARA A VIDA OU SAÚDE DE OUTREM - Caracterização em tese - Parente de menor que, por impedimento religioso, não autoriza transfusão de sangue prescrita por médico como medida de urgência - Ciência de risco de vida a que a criança estava exposta - Dolo eventual caracterizado - Justa causa para a ação penal - Habeas Corpus denegado - Inteligência do art. 132 do CP . PERIGO PARA A VIDA E SAÚDE DE OUTREM - Art. 132 do CP Vítima menor com comprovada anemia profunda. Transfusão de sangue preconizada por médico como terapia urgente. Proibição de sua realização pelos agentes. Perigo demonstrado. Ordem denegada. Precedentes. O art. 132 do CP pune a situação de perigo criada pela conduta ou omissão do agente, presente ao menos consciência de tal situação, dolo eventual. A vida humana é um bem coletivo, que interessa mais à socie- dade que ao indivíduo, egoisticamente, e a lei vigente exerce opção axiológica pela vida e pela saúde, inadmitindo a exposição desses valores primordiais na expressão literal de seu texto, a perigo direto e iminente. Comprovados, prima facie, a presença de perigo para a vida da vítima, portadora de anemia profunda, a indicação em princípio correta, da transfusão de sangue e a negativa de autorização das acusadas para a sua realização, está presente, em tese, conduta típica e punível, e a sua eventual descriminação exigiria análise crítica e valorativa de provas, incabível no âmbito estreito do habeas corpus . No mesmo sentido, entendimento firmado pelo E. Superior Tribunal de Justiça . Não obstante a licitude de que viria a se revestir, em casos tais, a conduta médica, recomendam os Tribunais que se socorra, o hospital, nessas situações emergenciais, do Judiciário, através de alvará judicial , como forma de obter a imprescindível autorização para vulnerar a integridade física do paciente, sem o risco de ver-se processar pela prática de lesão corporal. Argumentar-se-ia que o inquérito policial instaurado, a partir da transfusão feita sem autorização de familiares, para salvar a vida da vítima, poderia ser arquivado de plano ou, se não apurada de forma segura o bastante a caracterização de excludente de ilicitude, a decisão final na ação penal que a ele se seguiria fatalmente levaria à absolvição do médico. É até provável que assim se dê. Mas o pleito de alvará judicial utilizado, também, em casos extremos, para a realização do aborto legal medida rápida e de pronta eficácia, poupa sem dúvidas o médico, sua equipe e a direção do hospital de eventuais dissabores policiais. Unesp - Botucatu, 18 de outubro de 1999. Bibliografia Constituição da República Federativa do Brasil, 05.out.1988 Constituição do Estado de São Paulo, 05.out.1989 Código Penal Brasileiro Curso de Direito Constitucional Positivo, de José A. da Silva, Ed. RT, 6ª ed., 1990. Princípios Básicos de Direito Penal, de Francisco de Assis Toledo, Ed. Saraiva, 4ª ed., 1991. Revistas de Jurisprudência. Legislação correlata. 1º FÓRUM REGIONAL AMB Novas Escolas de Medicina: Realidade ou Oportunismo CARTA DE CURITIBA Relatório Final - Curitiba, 17 de abril de 2002 Considerando que existem hoje no Brasil cerca de 100 escolas de Medicina, que oferecem anualmente, aproximadamente, 10 mil vagas e que mais de 50% destes futuros médicos começarão a clinicar sem conseguir uma vaga nas residências médicas, etapa de treinamento complementar fundamental na formação do médico, e que a grande maioria encontra-se concentrada nas capitais; Considerando que, enquanto a Organização Mundial de Saúde preconiza 1 médico/1.000 hab., no Brasil a média observada é de 1 médico/673 hab. e nos estados sulinos os dados abaixo indicam que não há carência de médicos. Quadro 1 - Média de médicos por habitante na Região Sul Estado Rio Grande do Sul Santa Catarina Paraná Capital 1/154 1/180 1/228 Interior 1/930 1/1057 1/1097 Total 1/536 1/769 1/702 Quadro 2 - Número de Faculdades e vaga na Região Sul Estado Rio Grande do Sul Santa Catarina Paraná Região Sul Nº Faculdades 10 06 06 22 Nº Vaga/Ano 858 394 516 1.768 Considerando que as universidades federais e privadas são de competência legislatória da união e que aos estados cabe a competência legislatória da união e que aos estados cabe a competência legislativa plena para atender às suas peculiaridades, com ressalva de que a superveniência de lei federal sobre normas gerais, suspende a eficácia da lei estadual, no que àquela for contrária; Considerando que as faculdades têm autonomia, porém não soberania, para aumentar o nº de vagas; Considerando que, segundo as normas vigentes, a autorização de funcionamento ocorre mediante análise exclusiva do projeto pedagógico do novo curso (não sendo avaliadas as condições de oferta), que serão avaliados pelo CNE, o das instituições privadas; pelo CEE, o das comunitárias e estaduais, e pelo MEC, o das públicas federais; As entidades da Região Sul, abaixo-assinadas, reunidas em Curitiba, na sede da Associação Médica do Paraná, dia 17 de abril de 2002, para o FÓRUM REGIONAL NOVAS ESCOLAS DE MEDICINA: REALIDADE OU OPORTUNISMO, baseadas no suporte legal de atribuição de legitimidade para defesa de interesses difusos ou coletivos da classe, acordam, como medidas prioritárias, que deva haver: - Atuação de forma consensual junto às instâncias representativas da sociedade, inclusive envolvendo o Conselho Estadual de Educação, a exemplo de Santa Catarina; - Implantação de mudanças nas estratégias de marketing perante a opinião pública, demonstrando que estão preocupa- - - - - - das em assegurar condições para que cada médico recémformado tenha competência plena para exercer sua profissão e que são favoráveis á abertura de novas escolas médicas, desde que atendidos os requisitos necessários, com condições plenas de funcionamento; Definição de critérios de avaliação abrangente do recémformado, que contemplem aspectos cognitivos, atitudes e habilidades; Definição de política rigorosa de avaliação para a manutenção da escola e do exercício da profissão; Definição de parâmetros para avaliar necessidade social e requisitos técnicos para a abertura de novas escolas de medicina; Acompanhamento da política de expansão de vagas em graduação de forma associada com a de residência médica e de pós-graduação; A alteração da Lei nº 9.394 LDB, dando força pra os conselhos nacional e estaduais de saúde opinarem, em caráter terminativo, no que diz respeito à necessidade social. Após o que, há que se obter instrução normativa junto aos Conselhos Estaduais de Educação, referendando a mudança; Obter a aprovação de leis estaduais de regulamentação, criação, autorização de funcionamento e abertura de novas vagas, avaliação e reconhecimento dos cursos de graduação na área médica; Como poder de pressão, usar o recurso da iniciativa de certificação de acreditação às escolas; Critérios federais e estaduais disciplinando o exercício do profissional de ensino médico; Modificação da legislação, restabelecendo o parecer do CNS referente à necessidade social; Criação de novas escolas médicas só com o preenchimento das condições plenas e reais do critério Muito Bom, segundo avaliação SESU-MEC; Participação da Associação Médica Brasileira, Conselho Federal de Medicina e Federação Nacional dos Médicos - Confederação Médica Brasileira como representantes natos da sociedade organizada nas atividades dos CEEM-MEC; Aumento da oferta de vagas só em escolas médicas com condições de oferta de ensino Muito Bom, segundo avaliação SESU-MEC; Avaliação permanente por Teste de Progresso do alunado, de acordo com modelo utilizado na Universidade Estadual de londrina; Criação de dispositivo para que as entidades médicas, diante de avaliação de escola que não tenha observado os requisitos SESU-MEC, acionem o Ministério Público pedindo o seu fechamento, a bem do interesse público; Definição, para aprovação em fórum nacional, do conceito de necessidade social para a autorização de criação de escolas médicas. Associação Médica do Rio Grande do Sul Associação Médica de Santa Catarina Associação Médica do Paraná Anestesia em revista - março/abril, 2002 - 19 XXVI JONNA - FORTALEZA / CE Discurso do presidente da SBA na solenidade de abertura 28 de março de 2002 Dr. Carlos Alberto Pereira de Moura E stamos iniciando as atividades científicas do calendário oficial da SBA neste segundo ano do novo milênio. Temos o prazer de começar nossos trabalhos nesta cidade aprazível de Fortaleza, que eu gostaria de chamar de terra do sol e terra da alegria. Na última oportunidade em que aqui estivemos, durante o 45º. CBA, em 1998, no ano do cinqüentenário da SBA, pudemos constatar que o sol é uma característica marcante desta cidade. O calor decorrente do astro rei e dos colegas que compõem a Sociedade de Anestesiologia do Estado do Ceará tornam o clima propício para momentos de intensa alegria e descontração. Neste clima que se mantém ao longo dos anos, acrescido da união associativa que nos orgulhamos de possuir, é que mais uma vez voltamos ao Ceará, voltamos a Fortaleza, para que possamos tratar de todos os assuntos que envolvem nossa especialidade. Na área científica já podemos prever que teremos novamente um sucesso garantido. A programação cuidadosamente elaborada pela Comissão Executiva, garante o pleno êxito deste evento. Antecipadamente a Diretoria da SBA parabeniza a todos que, de qualquer forma, com muita vontade e espírito associativo propiciaram a realização desta JONNA. Esta Jornada que congrega todos os estados das regiões norte e nordeste de nosso País, distantes entre si por muitos quilômetros, porém muito próximos em suas características regionais, procura sempre deixar uma posição marcante dentro da estrutura da nossa SBA. Destas regiões, surgiram e ainda surgem grandes lideranças científicoasociativas na SBA. Neste momento onde mais uma vez podemos ter a presença de um grande número de membros da SBA, daqui e todo o restante do Brasil, devemos deixar marcada nestas palavras a satisfação que nossa Sociedade teve e ainda tem de poder contar com esses colegas. Do Amazonas até a Bahia todos os componentes dessas Regionais são os responsáveis pela prática e o ensino da anestesiologia nessa imensa área do nosso território nacional. E, por conseguinte, também são, juntamente com os demais membros das outras regionais, responsáveis pela manutenção da segunda maior Sociedade de Anestesiologia pertencente a Federação Mundial de Sociedades de Anestesiologia. É um trabalho duro, de muita dedicação, passível de muitas críticas e também de muitos elogios; mas nossa união faz a diferença e permite que alcancemos os objetivos programados. Neste ano de 2002, dando continuidade ao trabalho iniciado nas gestões que nos antecederam continuamos envolvidos junto com a AMB e o CFM na edição do novo Rol de Procedimentos Médicos que será brevemente editado. Esta proposição conta com a participação da FIPE a qual foi contratada pela AMB visando nos orientar adequadamente quanto a hierarquização dos procedimentos médicos. No dia 27 de fevereiro estivemos Da esquerda para a direita: Mairton Lucena, Francisco Monteiro, Geraldo Teixeira Botrel, Plínio de Oliveiro Holanda, João Flávio Lessa Nogueira, Carlos Alberto Pereira de Moura, Renato Almeida Couto de Castro, Mário José da Conceição, Florentino Cardoso, José Sábados Pereira Pontes e José Rangel. 20 - março/abril, 2002 - Anestesia em revista na AMB e recebemos a relação dos procedimentos médicos, bem como a hierarquização dos portes anestésicos, conforme proposto pela FIPE, para que efetuássemos a distribuição desses portes em todos os procedimentos listados. Somos a única Sociedade de Especialidade que teve a oportunidade de valorizar seu ato médico através dos portes anestésicos. A quantificação dos portes foi feita pela FIPE após análise técnica realizada a partir das informações prestadas pela SBA referentes as características dos diferentes procedimentos, as quais envolviam, tempo de duração, grau de complexidade, local de realização, de cada procedimento. A FIPE usou como referencial para hierarquização dos portes anestésicos, a consulta médica. Assim sendo, todos os portes bem como os procedimentos médicos das outras especialidades foram quantificados em UTM - Unidade de Trabalho Médico a partir da quantificação em UTM da consulta médica. Realizamos uma reunião na sede da SBA no dia 09 de março onde participaram a diretoria da SBA, a CHM, o Presidente da Febracan e o Secretário do Conselho de Defesa Profissional, para que colocássemos os portes anestésicos em todos os procedimentos. Nesta reunião decidimos encaminhar uma quantificação em UTM diferente da apresentada pela FIPE e também alteramos a classificação dos portes de vários procedimentos anestésicos. Utilizamos como nosso referencial a LPA/SBA aprovada pela AR de 1997 a qual já estava totalmente contemplada na LPM-99 da AMB. Nosso objetivo ao propormos tais modificações foi o de corrigir distorções que são do conhecimento de todos. A estratégia de implantação do novo rol de procedimentos médicos hierarquizados está sendo elaborada por uma assessoria jurídica contratada pela AMB especialmente para este fim objetivando evitar novos embates com o CADE. A proposta que vem sendo apresentada e que será aplicada é a de que o novo Rol seja implantado, através de uma Resolução do Conselho Federal de Medicina, que é autarquia que regulamenta o exercício da atividade médica em nosso País. Essa estratégia merece toda a nossa aprovação e apoio. Nossa gestão pretende deixar solidificado a proposta de enfrentarmos, realmente de frente, o problema da drogadição entre os anestesiologistas. A Comissão Temporária nomeada pela diretoria terá seu mandato renovado ao longo deste ano para que possamos tratar deste assunto da melhor forma possível. Na Assembléia de Representantes do 49º. CBA, em Joinville, estamos apresentando uma proposta de criação da Comissão de Saúde Ocupacional, vinculada ao Departamento de Defesa Profissional. Esperamos contar com o apoio de todos. No mês de abril, durante a JAERJ/ 2002, será realizado um painel sobre este assunto no qual teremos a participação dos Presidentes da SBA, AMB - Dr. Eleuses Vieira de Paiva e do CFM - Dr. Edson de Oliveira Andrade. Também fará parte deste painel o Profº Dr. Ronaldo Ramos Laranjeiras, titular da disciplina de Psiquiatria da Escola Paulista de Medicina. Como debatedores teremos todos os membros da Comissão Temporária de Saúde Ocupacional, doutores: Gastão Fernandes Duval Neto, Maria Anita Spíndola Baz Batti, Reinaldo de Assis Espíndola, Cristina Barreto Campello Roichman e José Luiz Gomes do Amaral, bem como o Presidente da SAERJ - Dr. Ismar Cavalcanti. Também estamos providenciando a edição de um manual sobre Drogadição, cujo texto nos foi autorizado traduzir e publicar pela ASA. Consideramos extremamente necessário a abordagem desse problema de todas as maneiras possíveis, objetivando-se oferecer aos colegas comprometidos, adequada orientação e tratamento. Quanto ao nosso curso - Suporte Avançado de Vida em Anestesia, SAVA, estamos trabalhando no sentido de sua solidificação e ampliação no que diz respeito a formação de novos instrutores. Nesta jornada tivemos a realização de mais um curso SAVA o qual temos a certeza que foi do agrado de todos, apesar de alguns contratempos de ordem fiscal e de transporte. A diretoria da SBA quer deixar registrado seus agradecimentos a Regional do Ceará e aos instrutores por mais essa edição do SAVA. Precisamos formar mais instrutores. Essa é a etapa que pretendemos ampliar. Neste SAVA de Fortaleza já contamos com seis novos instrutores que foram formados no ano passado e são todos pertencentes a Regional da Bahia. A eles e a SAEB que tanto se empenhou na formação desses instrutores deixamos também registrado nossos agradecimentos. Com instrutores espalhados pelo Brasil poderemos realizar mais cursos desse tipo com qualidade técnico-científica e com diminuição dos custos. Atualmente o SAVA está sendo realizado nos eventos oficiais da SBA (Jornadas Regionais e CBA) e toda sua despesa é paga parte pela SBA (2/3) e parte pela regional (1/3). Meus amigos, independente de qualquer idéia, de qualquer projeto, nossa diretoria quer que toda a estrutura da SBA possa ser colocada à disposição de todos os seus membros. Agradecemos imensamente os elogios, acatamos as sugestões e analisamos as críticas sempre buscando o bem comum de todos os que constituem a SBA. Qualquer membro da SBA terá resposta a sua solicitação no menor período de tempo possível. Pode ser que a resposta não seja aquela que ele gostaria de receber mas, nesses casos, procuraremos de forma democrática mostrar que a SBA tem como objetivo maior atender a todos e não a um de seus membros de forma isolada. Conviver em Sociedade é conviver sempre de maneira unida e poder usufruir dos resultados positivos que alcançamos bem como amargar aqueles que julgamos negativos para nossa especialidade. Todos os membros da SBA têm o direito de ter idéias, apresentar projetos, mas, tem o dever de levar suas idéias e seus projetos a SBA, para que possam ser encaminhados da melhor maneira possível procurando ajudar a todos. Só conseguiremos manter nossa grandeza quando agirmos pensando na coletividade. Isoladamente não conseguiremos sustentar nossas idéias e consolidar nossos projetos. Precisamos da marca SBA, e para tal devemos manter nossa Sociedade sempre unida para que essa marca mantenha sua força e sua grandeza. A SBA somos todos nós e todos nós precisamos manter a união e o respeito por nossa instituição, para que possamos sempre obter resultados positivos para nossa classe. Nesta terra do sol, nesta terra da alegria, vamos trabalhar para o bem comum de nossa Sociedade. Tenhamos todos uma excelente Jornada. Boa Noite. Anestesia em revista - março/abril, 2002 - 21 Saudação aos participantes da XXVI JONNA É Dr. João Flavio Lessa Nogueira - Presidente da XXVI JONNA com o singular dever de presidente da Sociedade de Anestesiologia do Estado do Ceará, que em meu nome e em nome de todos os anestesiologistas cearenses, damos as boas vindas aos participantes desta XXVI Jornada Norte e Nordeste de Anestesiologia, a nossa querida JONNA. E é também, com o coração caldeado, afagado e exaurido em emoções, que pretendemos nestes dois dias concebidos, ora perlustrar os caminhos da ciência anestesiológica, ora abrir o claustro da nossa hospitalidade, seja questionando e debatendo novos e modernos temas científicos, seja propiciando a todos, momentos alegres, saudáveis e descontraídos, próprios da índole da família Fortalezense. Certamente beberemos a largos haustos, os conceitos emitidos em toda a atividade científica desta JONNA, pois que, todos os temas aqui apostos, estarão sob a tutela discursiva de lídimos representantes do coral científico da anestesiologia brasileira. Há ainda a ressaltar, a presença entre nos para este mister, do Dr. Paul White, que atravessou as Américas, para nos repassar experiências e manejos, da anestesia ambulatorial, tão praticada em nossos dias Haverá pois, minhas senhoras e meus senhores, neste evento, uma postura didática dentro da órbita do habitual, entretanto e, com certeza, ela será enxertada com os avanços da nossa especialidade. Discutiremos obviamente também, com a ajuda caudatária da lógica e do bom senso, questionamentos relativos ao exercício profissional. E vejam bem, sob essa óptica, não nos atrai, como possa parecer, o negativismo tão em moda, mas, torna-se-nos imperioso, uma discussão alargada onde possamos perquirir novos caminhos, questionar teses discursivas em vigor na nossa SBA, avaliar e discutir as distorções pecu22 - março/abril, 2002 - Anestesia em revista Dr. João Flavio Lessa Nogueira - Presidente da SAEC niárias que empobrecem e dificultam a profissão do anestesiologista. Enfim, tentaremos oxigenar o status quo da especialidade, para que, o profissional da anestesia, dono do sono e dos sonhos, possa novamente ter esperanças. Meus caríssimos participantes da XXVI JONNA, em tempos primevos, não muito distantes e vários aqui lembram bem, cansamos de mourejar em hospitais obsoletos e desassistidos; vencemos esta etapa, quase. Hoje em tempos modernos, porém, estamos subordinados a uma pândega bem mais trágica: A desvalorização da especialidade. E pasmem, não aludimos apenas, a degeneração argentaria, ora em curso, dentre os nossos profissionais da medicina, mas antevemos por aprofundamento crescente da crise, o que é bem mais grave a fuga de jovens especialistas e em conseqüência o provável tombamento da especialidade para profissionais de outra área, como ocorrera nos Estados Unidos da América. E não precisamos lembrar que somos, os nossos mandatários, bons copiadores das más práticas. Queira Deus estejamos enganados. Os tempos mudaram. Nos somos porém valentes, e felizes os valentes que aceitam com ânimo semelhante, a derrota ou as palmas. Sabemos que entre a mão e a espiga há o muro, e por isso mesmo, jamais será nosso o hábito de posturas acomodadas ou submissas, pois que, já se estabeleceu entre nos, uma endogamia, firmada em velhas e vitoriosas lutas. A SAEC e A SBA estuário de grandes batalhas, estão ai, com as suas histórias, para testemunhar. Meus queridos colegas, as nossas atitudes, e isto dizemos sem que pareça presunção, são afrescos memorialistas, de recepções passadas, que a nossa SAEC já proporcionou aos seus convidados. Nos cearenses, sempre tivemos gestos solidários e partilháveis, e hoje, mais do que nunca, as nossas palavras estão atreladas às sobras e vitórias deste evento, no viés inconfundível da ética e da boa prática anestesiológica. Parece-nos verdadeiro, que hoje, vamos exaurir nossas virtudes, vestindo o gibão dos devotados, para que possamos, humildemente, ostentar o sorriso dos vitoriosos Quero agradecer a todos que nos auxiliaram na organização e realização deste evento científico-associativo. Aos laboratórios sempre parceiros importantes. Aos queridos funcionários da Saec, em especial a nossa secretária Sra. Rosângela pelo empenho e dedicação demonstrados. Aos componentes da comissão científica composta pelos estimados colegas Dr. Gerson Sabóia, Dra. Sara Lúcia Cavalcante, Dr. Mauro Gifone, Dr. Oziel Lima, presididos pelo diretor científico da Saec Dr. Plínio Holanda. Aos componentes da Comissão Social composta pelas colegas Dra. Eneida Coutinho, Dra. Maria Claudia Façanha, Dra. Maria Novaes, Dra. Fabiana, Dra. Riane Azevedo e o Dr. Ricardo Falcão. Ao Dr. Marcus Vinícius Lopes, Responsável pela comissão de finanças. Faço um agradecimento todo especial minha querida esposa, Dora e aos Meus filhos João Flávio, Daniel e Bruno, razão maior da minha existência e estímulo constante para dedicação ao trabalho e ao amor à família, por terem aceitado as horas ausentes de seus convívios, enquanto trabalhava pelo sucesso desta Jonna. Da direita para a esquerda: Dr. Carlos Alberto Pereira de Moura, Dr. João Pereira Junior e Dr. Pedro Thadeu Galvão Vianna E aos nossos convidados, lembramos que o coração, é também, o pêndulo universal dos ritmos como disse Raul Pompéia, por isso, meus caros visitantes, divirtam-se à vontade, tomem conta desta cidade, das suas luas, das suas tardes solferinas, e das suas memoriáveis facetas do bom humor nordestino. Enfim, durante estes dois dias, Fortaleza é vossa! Sejam bem vindos e boa Jornada. Muito obrigado! DIVERSOS DIVERSOS A cooperação é o nome do jogo A aprovação das diretrizes para o treinamento em ecocardiografia transesofágica perioperatória, nos EUA Com este título, o Dr. Roger Moore, Presidente da Society of Cardiovascular Anesthesiologists (SCA), inicia a sua mensagem na publicação Newsletter da ASA( American Society of Anesthesiologists) de fevereiro de 2002. A notícia que nos é dada é bastante promissora. Comunica aos anestesiologistas associados da ASA que, após um longo período, foram finalizadas as diretrizes para o treinamento em ecocardiografia transesofágica perioperatória. Entretanto, o que mais se destaca nesta reportagem, e que, também, faz jus ao título da mensagem, é que tais diretrizes só foram possíveis devido ao árduo e longo trabalho das comissões criadas pelas Sociedades de Ecocardiografia Americana (American Society of Echocardiography-ASE) e a SCA ( com a cobertura da ASA). As diretrizes estabelecidas deverão ser apresentadas em publicações de ambas as Sociedades, mas, as mesmas, já estão disponíveis no portal da SCA: www. scahq.org. A seguir, Dr. Moore faz o histórico destas negociações, que retroagem a década de 80, e aponta alguns fatores que contribuíram para esta longa demora,tais como: a cultura das Instituições envolvidas, os níveis de treinamento dos especialistas, a qualidade da avaliação ecocardiográfica e o alto custo do procedimento. Até o presente momento, aqui no Brasil, o assunto não foi oficialmente discutido entre as Sociedades interessadas, ou seja, a SBA e a Sociedade Brasileira de Cardiologia. Na verdade, diversos colegas, em ambas as Sociedades, têm manifestado a sua opinião pessoal sobre o assunto. O Comitê de Cirurgia Cardiovascular e Torácica da SBA está iniciando estes contatos que poderão resultar, num futuro próximo, no aprofundadamento da discussão sobre a atua- ção do anestesiologista no uso da monitorização pela ecocardiografia transesofágica, em cirurgias cardíacas. Vale também ressaltar, que esta monitorização pelo ecocardiógrafo transesofágico não deverá ficar restrita, exclusivamente, às cirurgias cardíacas e haverá indicação para o seu uso em pacientes submetidos a cirurgias de outras especialidades. Acredita-se que, no futuro, com a diminuição do custo dos equipamentos, os anestesiologistas poderão contar, também, com a monitoração pelo ecocardiografo transesofágico, em procedimentos de menor complexidade e,também, em pacientes com menores comprometimentos hemodinâmicos. Membros do Comitê de Cirurgia Cardiovascular e Torácica (Presidente e os dois membros) Diretor Científico da SBA Anestesia em revista - março/abril, 2002 - 23 A reestruturação do Serviço de Anestesia em um hospital privado N o bojo de um planejamento global de modernização dos serviços médico-hospitalares prestados pela Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre foi desenvolvida, há pouco mais de um ano, a reestruturação do Serviço de Anestesia da Policlínica Santa Clara o núcleo cirúrgico de maior produção dentre os hospitais do Complexo, com cerca de 1.600 procedimentos anestésicos/ano. Para levar a cabo o desafio foi convidado o colega Florentino Fernandes Mendes TSA-SBA, que neste artigo expõe alguns aspectos da estratégia utilizada. Em plena nova economia, quando tecnologias inéditas surgem a todo o momento, o fator humano ainda é o que mais preocupa os executivos de todo o mundo. Em levantamento finalizado no ano de 2.001 na University of Michigan Business School foram levantados pela ordem de importância, de uma extensa lista, os dez principais desafios que preocupam os líderes empresarias (quadro 1). Com pequena variação poder-se-ia dizer que esses deveriam ser os principais problemas a preocupar os anestesiologistas. Com efeito, ao assumirmos a direção do Serviço de Anestesiologia Santa Casa procuramos, já no primeiro dia, mudar o comportamento e a postura do anestesiologista. (Quadro 2) De passivo para ativo e de reativo para pró-ativo. Entendendo que esta mudança seria vital para a implantação das modificações necessárias para a melhoria dos serviços prestados e a valorização dos anestesiologistas. O primeiro passo foi retirar os 50 colegas do centro cirúrgico e mergulhá-los num curso de gestão em Centro Cirúrgico. Um curso realizado em parceria com uma empresa que desenvolve capacitação de Recursos Humanos para empresas. O mesmo treinamento dado aos executivos á disposição dos anestesiologistas. Na verdade, o curso teve de ser adaptado à realidade de um Centro Cirúrgico e de anestesiologistas. A metodologia e o conteúdo do curso foram importantes para o início de uma nova etapa. O grupo incorporou a idéia de ser uma empresa prestadora de um serviço chamado saúde. Definiu-se, a seguir, a Missão, a Visão, os Valores (quadro 2) e os Produtos do Serviço de Anestesia da Santa Casa (SASC), todos alinhados, como não poderia deixar de ser, com aqueles definidos pela instituição hospitalar. Princípios do SASC (quadro 2) Missão Proporcionar conforto e segurança ao paciente anestesiado ou com dor, com eficiência e eficácia, com os melhores recursos técnicos, científicos e humanos, com o menor custo. Visão Ser referência em Anestesiologia nas áreas de avaliação pré-operatória, anestesia obstétrica, tratamento da dor, anestesia com baixos fluxos e pesquisa. Valores Ética, coleguismo, honestidade, proficiência, cooperação, responsabilidade, bom relacionamento e comprometimento com a instituição. Os passos seguintes foram o planejamento estratégico, a definição do portfolio, a determinação de manter o foco, a implantação de melhorias, a elaboração de relatórios de atividades, a avaliação de resultados, a correção de rumos. Para cumprir suas finalidades o serviço foi estruturado em quatro divisões principais: 1. Núcleo de Avaliação Pré-Operatória Ambulatorial Com o objetivo de avaliar e otimizar Quadro 1 Dez principais desafios ao líder empresarial Quadro 2 Princípios Sete hábitos das pessoas altamente eficazes Atrair, manter e desenvolver talentos Manter um ambiente de alto desempenho Pensar e planejar estrategicamente Gerenciar o tempo e o estresse Produzir produtos e serviços de alta qualidade Permanecer à frente da concorrência Aumentar a satisfação dos clientes Alinhar visão, estratégia e ação Manter o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal Melhorar os processos internos Ser pró-ativo (iniciativa/responsabilidade) Começar com o objetivo em mente (visão/valores) Primeiro o mais importante (integridade/execução) Pensar em ganha/ganha (respeito/benefícios mútuos) Primeiro compreender (compreensão mútua) Criar sinergismo (cooperação criativa) Reciclar-se (renovação) 24 - março/abril, 2002 - Anestesia em revista o preparo pré-operatório dos pacientes cirúrgicos; garantindo conforto, tranqüilidade e segurança, com economia e racionalização de meios. 2. Núcleo de Analgesia e Anestesia Obstétrica Com o objetivo de desenvolver a anestesia obstétrica e a assistência anestesiológica ao trabalho de parto, universalizando a analgesia e contribuindo para o desenvolvimento da especialidade; garantindo a humanização do atendimento para mães, bebês e familiares. 3. Núcleo de Tratamento da Dor Aguda Com o objetivo de proporcionar alívio da dor para toda a clientela da Santa Casa, com segurança atenção e conforto, contribuindo para o desenvolvimento e difusão das técnicas de analgesia; garantindo qualidade de vida e rapidez na recuperação. Com redução de custos. 4. Núcleo de Anestesia com Baixos Fluxos Com o objetivo de difundir a técnica, reduzir custos e qualificar a assistência ao paciente; viabilizando o atendimento e garantindo a continuidade dos serviços. Ao longo do tempo, consideram-se três constantes: os princípios (eles são permanentes e inquestionáveis); as mudanças (elas sempre vão ocorrer); a escolha (a liberdade de poder decidir como responder às mudanças). As melhores respostas são sempre aquelas que estão em consonância com os princípios. Se os anestesiologistas se concentrarem no destino final vão chegar lá. Para isso, no entanto é fundamental que suas práticas estejam alinhadas com suas palavras e princípios. O ser humano precisa deixar um legado para que sua vida tenha sentido. Com posturas baseadas em princípios, a liderança terá condições de conferir poder aos anestesiologistas, no sentido mais profundo, e de remover barreiras e obstáculos que destruam o compromisso, a criatividade e tudo o que as pessoas têm capacidade de oferecer. Na avaliação realizada após o primeiro ano da implantação da nova filosofia e atitude, identificamos 57 melhorias. Dentre as quais destacamos: Produtividade (em 12 meses números arredondados) § 15.500 anestesias realizadas § 300 analgesias obstétricas § 380 analgesias espinhais pós-operatórias (agosto a dezembro) § 11.000 avaliações pré-anestésicas § 120 pacientes no Consultório de Dor Crônica e Dor no Câncer § 80 pacientes na UTI Pós-Cirúrgica da SR Científicas § § § § § § 16 temas livres apresentados em Congressos 8 capítulos de livro escrito 2 artigos aceitos para publicação 4 cursos organizados (1 por cada núcleo) 25 palestras realizadas por membros do SASC 17 anestesiologistas participaram de congressos da especialidade A continuidade, o desenvolvimento de novas melhorias e o aprimoramento dos recursos humanos são tão importantes para a manutenção do projeto quanto foram a motivação e o treinamento para seu início. Embora seja indispensável manter o planejamento para desempenhar a Missão, a sobrevivência passa pela sustentação econômica e pela demonstração do papel estratégico que o serviço de anestesia desempenha dentro da organização hospitalar. Finalizando, gostaríamos de afirmar que o gerenciamento do Centro Cirúrgico deveria merecer maior atenção por parte dos anestesiologistas. Administrativas § Valorização e efetivação dos anestesiologistas do serviço § Re-estruturação da Sala de Recuperação, com anestesiologista durante 24 horas § Programa de analgesia obstétrica § Criação da UTI pós-cirúrgica na Sala de Recuperação § Elaboração e lançamento do projeto cinco anos de pesquisa em Anestesiologia § Criação do consultório para tratamento da dor crônica Qualificação Profissional § § § § § § Programa de atualização científica (semanal) Estímulo à obtenção do Título Superior em Anetesiologia Apoio à realização de mestrado Apoio à realização de doutorado Estímulo à participação em Congressos e Jornadas Estímulo à pesquisa e à produção científica Anestesia em revista - março/abril, 2002 - 25 A Cerca de 300 anestesiologistas participam da 37a Josulbra 37ª Jornada Sulbrasileira de Anestesiologia (Josulbra), realizada nos dias 12 e 13 de abril, no Hotel Serra Azul, em Gramado, reuniu cerca de 300 anestesiologistas do país para debater a especialidade, tendências e as novidades na área. Paralelamente ao evento, foi realizado o 2 o Fórum de Ensino dos Centros de Ensino e Treinamento (CETs) da região Sul e o curso de Suporte Avançado de Vida em Anestesia (SAVA). Uma inovação no evento foi o Anestesia no Sofá, um formato informal e interativo de palestras instituído pela SARGS. Durante a Josulbra, foram abordados temas como anestésicos locais, bases farmacológicas para escolha da técnica anestésica, dor aguda, bloqueios regionais, monitorização, entre outros assuntos. Também foram apresentados casos clínicos em várias áreas, como peridural em pediatria, paciente asmático, obesidade mórbida etc. Com o pensamento positivo e a união de todos os membros das regionais que compõem a região sul de nosso País, vamos participar intensamente de todas as atividades propostas para que nos lembremos sempre desta jornada como um marco importante na vida da anestesiologia brasileira, salientou o presidente da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA), Carlos Alberto Pereira de Moura, durante a abertura oficial do evento. Em seu discurso, ele falou das atividades da SBA e perspectivas para 2002. Já o presidente da Sociedade de Anestesiologia do Rio Grande do Sul (SARGS), Jordão Chaves de Andrade, falou sobre a importância da busca pelo aprimoramento científico e associativo, principalmente em tempos de grande evolução tecnológica e um mundo globalizado como o atual. Optamos por um programa científico altamente interativo, buscando a troca efetiva de experiências. Trouxemos, com o apoio da SBA, o Curso SAVA. Criamos o Anestesia no Sofá, uma maneira diferente de conversar 26 - março/abril, 2002 - Anestesia em revista Anestesia, citou o presidente da Josulbra, Ildo Meyer. A abertura oficial também contou com a participação dos presidentes das regionais Maria Anita Spindolla Batti (SC) e Rohnelt Machado de Oliveira (PR), e do presidente de honra da Josulbra, Paulo Henrique Leggerini Pereira. Durante a Josulbra, também foi abordada a criação, manutenção e desenvolvimento das cooperativas médicas. O debate sobre o movimento de cooperativas no Brasil, que iniciou há 25 anos, teve a coordenação do Dr. Antônio Leite Oliva Filho (Paraná) e contou com os anestesiologistas Silvio Carlos de Medeiros Perez (RS), Antônio de Oliveira Quevedo (RS), Rogean Rodrigues Nunes (Ceará), Roberto Bastos da Serra Freire (Paraná) e Geraldo Botrel (Minas Gerais). Os participantes da Josulbra também puderam acompanhar passo a passo como deve ser realizada uma consulta pré-anestésica. O presidente do conselho Superior da SBA, Renato Almeida Couto de Castro, demonstrou quais as questões que precisam ser esclarecidas numa consulta pré-anestésica, tais como doenças na família, uso de droga, gravidez, histórico de cirurgias, medicamentos que utiliza etc. No exame pré-anestésico procuramos identificar se há alguma patologia, explica Renato de Castro. Os cuidados devem começar na consulta, enfatiza o anestesiologista M. Gouveia, que também participou do debate. O sucesso da Josulbra Ildo Meyer* O sucesso de uma jornada não se mede pelo número de participantes e expositores. O termômetro é a participação ativa dos inscritos. As salas de reuniões estiveram lotadas. A interação entre palestrantes e platéia intensa, as visitas aos patrocinadores constantes, a animação nas festas contagiantes. Enfim, a Josulbra de Gramado 2002 vai deixar saudades aos 300 anestesiologistas que puderam desfrutar de um final de semana científico, cultural, associativo, gastronômico, turístico e, com certeza, frutífero na vida de todos. *Presidente da Josulbra Curso SAVA é realizado em Gramado/RS O curso de Suporte Avançado de Vida em Anestesia (SAVA), promovido pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) e apoiado pela Sociedade de Anestesiologia do Rio Grande do Sul (SARGS), foi realizado nos dias 11 e 12 de abril, no Hotel Serra Azul, em Gramado/RS, paralelamente à 37a Josulbra. O encontro teve como objetivos difundir o aprendizado em reanimação; prevenir eventos críticos em anestesiologia; discutir novas técnicas; e reconhecer e tratar os principais eventos críticos em anestesiologia. Trata-se de um curso específico que objetiva treinar os anestesiologistas da melhor forma possível para o atendimento de complicações graves, emergenciais, que possam ocorrer durante um ato anestésico cirúrgico ou fora dele, explica o presidente da SBA, Dr. Carlos Alberto Pereira de Moura. O conteúdo programático do curso, com carga horária de 18h, foi elaborado contemplando os mais graves e freqüentes problemas vividos pelos anestesiologistas na clínica diária. Estes eventos necessitam de um diagnóstico rápido e preciso. O programa, que inclui prática e teoria, tem capacidade máxima de 35 participantes e é oferecido a todos os anestesiologistas com intuito de alcançar a excelência no aprendizado. Conforme o presidente, o SAVA é uma iniciativa da SBA implementada em 2001 que está sendo um grande sucesso. Estamos trabalhando no sentido de providenciarmos, em curto prazo, a formação de novos instrutores, afirma. E destaca: Com instrutores espalhados pelo Brasil poderemos realizar mais cursos desse tipo, com qualidade técnicocientífica e com diminuição dos custos. Atualmente, o SAVA está sendo reali- zado nos eventos oficiais da SBA (Jornadas Regionais e CBA) e as despesas são pagas pela SBA (2/3) e pela regional (1/3). Mariana Turkenicz Enfato Comunicação Empresarial (51) 3333.7832/ 3333.9912 [email protected] <mailto:[email protected]> www.enfato.com.br <http:// www.enfato.com.br> Anestesia em revista - março/abril, 2002 - 27 NOTÍCIAS REGIONAIS MINAS GERAIS Anestesia: 30 anos de história em MG Os anestesistas mineiros celebram os 30 anos da Sociedade de Anestesiologia de Minas Gerais, Samg. Fundada em 17 de março de 1972, a entidade congrega hoje aproximadamente 700 especialistas que militam no Estado de Minas Gerais, interessados em fomentar o aperfeiçoamento e a difusão da Anestesiologia e todas as suas áreas afins. Seus principais objetivos vêm sendo a promoção, o incentivo e a divulgação de atividades científicas relacionadas com a especialidade, além de defender uma prática médica firmemente baseada nos mais altos princípios éticos. A Anestesiologia, ao longo de sua história recente, não só tem contribuído de forma significativa para o progresso da Medicina, como vem transformandose progressivamente. O anestesiologista deixou de ser aquele profissional que apenas faz o paciente dormir. Pelo seu PERNAMBUCO X Jornada de Anestesiologia do Estado de Pernambuco - JAEPE 13 e 14 de setembro de 2002 Local: Mar Hotel Recife - Recife/PE Informações:Secretaria da SAEPE Tel: (81) 3228-0624 - Fax: (81) 3228-1177 E-mail: [email protected] <mailto:[email protected]> Home-Page: <http://www.saepe.org.br> BAHIA 7º ENAI-Ba - Encontro de Anestesiologia do Interior da Bahia 25 de maio de 2002 - Local: Lençóis/BA 16ª JORBA - Jornada Baiana de Anestesiologia 20 a 21 de setembro de 2002 - Local: Salvador/Ba Celebração ao dia do Anestesiologista Outubro - Local: Sede da SAEB Encerramento do Programa Científico Novembro - Local: Sede da SAEB Informações:Secretaria da SAEB Tel: (71) 247-4333 - Fax: (71) 235-3133 E-mail: [email protected] <mailto:[email protected]> 28 - março/abril, 2002 - Anestesia em revista envolvimento na fase mais crítica do processo e também devido a seus conhecimentos de fisiopatologia, farmacologia clínica, prática na emergência cardiorrespiratória, familiaridade no manuseio de analgésicos e hipnóticos potentes e conhecimento das repercussões do ato anestésico-cirúrgico, a participação do anestesiologista assumiu caráter importante nos resultados. Felizmente, o consultório de avaliação pré-operatória é uma realidade cada vez mais freqüente, possibilitando ao anestesiologista avaliar seu paciente e planejar antecipadamente suas condutas, oferecendo ao paciente e os familiares a possibilidade de conhecer o profissional e/ou equipe, esclarecer dúvidas e receios. Os grandes avanços em meios diagnósticos, em monitorização, em novas drogas e técnicas viabilizam que pacientes graves e procedimentos delicados possam acontecer. A Anestesiologia foi uma das especialidades que dessas inovações mais se beneficiou, tendo como resultado significativa redução da morbidade e da mor- talidade anestésicas. A assistência e o tratamento da dor são procedimentos fundamentais para a redução das complicações pós-operatórias, da mesma forma que a atuação do anestesiologista nas clínicas de tratamento da dor. Avaliando todas essas conquistas, temos muito a comemorar, juntamente com as entidades às quais estamos ligados: a Sociedade Brasileira de Anestesiologia e a Associação Médica de Minas Gerais. Buscando estimular um alto diferencial técnico-científico, aliado a uma prática firmemente baseada em padrões éticos e morais, a Samg deseja continuar a ser um exemplo de união, organização e base científica, mas nunca corporativismo. Com certeza, o grande beneficiado é aquele que representa a razão de ser do nosso trabalho: o paciente. Dr.ª Ana Maria Vilela Bastos Ferreira Presidente da Sociedade de Anestesiologia de Minas Gerais Estado de Minas, 22/03/02 MATO GROSSO DO SUL Comunico aos Senhores que após quarenta dias de inúmeras negociações, não foi possível chegar a um acordo entre os anestesiologistas de Campo Grande e a Unimed. se episódio, seria de bom senso dos diretores da Unimed convocar os anestesiologistas da cidade para firmarem um contrato de prestação de serviço (treceirização). Infelizmente o caminho foi a demissão voluntária dos cooperados. Por fim comunico também que todos os outros convênios - (inclusive o CIEFAS) aceitaram nossa proposta. Assim a partir de 21/03/02 fica suspenso o atendimento aos usuários da Unimed nas cirurgias eletivas. Nesse caso os anestesilogistas cobrarão antecipadamente do paciente o valor reinvidicado, que receberão nota fiscal de serviço para posterior ressarcimento. Nas cirurgias de emergência e urgência aplica-se anestesia e depois discute-se o pagamento. Entendemos que para por fim nes- Circula hoje nos dois maiores jornais da cidade, um comunicado a população com os devidos esclarecimentos. O MOVIMENTO FOI VITORIOSO GRAÇAS A NOSSA LUTA E UNIÃO. Saudações Reinaldo de Assis Espindola Presidente SAEMS Sociedade de Anestesiologia do Estado do Maranhão - SAEM Biênio 2002/2003 Retificação da composição da Diretoria da SAEB Presidente Maria Jucinalva Lima Costa Vice-presidente Samuel José de Oliveira Secretario-geral Adhemar Chagas Valverde Primeiro Secretario Ricardo Almeida de Azevedo Primeiro Tesoureiro Danilo Gil de Menezes Segundo Tesoureiro Vania Delfina Borba Gonçalves Diretor Científico Túlio César Azevedo Alves Diretor de Defesa Profissional Altamirando Lima de Santana Comissão Científica Túlio César Azevedo Alves Edilma Maria Lima Dorea Demétrio Gomes de Almeida Comissão de Defesa Profissional Leda Maria Froes Miranda Mauro Roberto dos Reis Azi Conselho Superior Altamirando Lima de Santana - Presidente Clicio de Oliveira Costa Marco Aurélio Oliveira Guerra Onsly Fernandes de Canedo Nova Diretoria Presidente Maria do Amparo Soares Brandão Vice-Presidente José Francisco Rodrigues Abreu 1º Secretário João de Oliveira Prazeres 2º Secretário Evaldo Eloi da Luz Monteiro Sociedade de Anestesiologia do Estado do Amazonas - SAEAM - Biênio 2002/2003 1º Tesoureiro Jorge Luís Ribeiro da Costa 2º Tesoureiro Maria Elisa Silva Lobato Nova Diretoria Presidente Secretária Tesoureiro Dir. Científico Diretor Científico Ferdnand Edson de Castro Cremilda Pinheiro Dias Liliane Barbosa da Silva Rildo Guilherme de O. Gomes Paula Diefenbach Conselho Fiscal Carlos Celso Gomes Nunes Felipe Martins da Luz Neto Jonas Eloy da Luz VIII Sábado da Raque Hotel Deville Curitiba 20 de Julho de 2002 - Curitiba - PR Da cocaína à ropivacaína. Existe o anestésico ideal para Raquianestesia? Anatomia da Raquianestesia: velhos e novos conceitos. Fisiologia da Raquianestesia. Quais as implicações para o seu manuseio? Bloqueio motor na Raquianestesia. Quando é possível a alta hospitalar? Raquianestesia no recém-nato e lactente. É seguro? Opióides na Raquianestesia. Quando e como usá-los? Raquianestesia unilateral. Como e por que fazer? Cefaléia com agulhas de fino calibre: incidência, gravidade e tratamento. Raquianestesia em cirurgia cardíaca. É viável? Analgesia de parto. Qual a importância atual da Raquianestesia? Bradicardia e hipotensão na Raquianestesia. Esperada ou súbita? Complicações neurológicas da Raquianestesia. Falhas na Raquianestesia. Por quê e o que fazer? Há necessidade da adição de glicose aos anestésicos locais na Raquianestesia? A Diretoria da Sociedade Brasileira de Anestesiologia encaminha a todos os Centros de Ensino e Treinamento, os Sumários Correntes, publicação feita pela SBA, contendo o índice de todos os periódicos existentes na Biblioteca sem ônus. Utilize e Divulgue Anestesia em revista - março/abril, 2002 - 29 36ª JASB Jornada de Anestesiologia 12ª JAES do Espírito Santo Jornada de Anestesiologia do Sudeste Brasileiro 20, 21 e 22 de junho de 2002 Dr. James Toniolo Manica Departamento Administrativo Presidentes de Regionais do Sudeste Dr. Humberto Ribeiro do Val SAES Sociedade de Anestesiologia do Estado do Espírito Santo Dr. Ismar Lima Cavalcanti SAERJ Sociedade de Anestesiologia do Estado do Rio de Janeiro Hotel Porto do Sol CURSO SAVA Suporte Avançado da Vida em Anestesiologia 18 e 19 de junho de 2002 Comissão Científica e Organizadora Dr. Antônio Roberto Carrareto Dra. Eliana Cristina Murari Sudré Dr. Manoel Gonçalves Carneiro Neto Dr. Humberto Ribeiro do Val Dr. Marcus Vinícius Azevedo Tanure Dra. Celestina Andrade Carvalho Dr. Cassiano Franco Bernardes Diretoria da SAES Dr. Humberto Ribeiro do Val Presidente Dr. Marcus Vinícius Azevedo Tanure Vice-presidente Dra. Celestina Andrade Carvalho Secretária 30 - março/abril, 2002 - Anestesia em revista Dr. Cassiano Franco Bernardes Tesoureiro Dra. Eliana Cristina Murari Sudré Diretora Científica Diretoria da SBA Dr. Carlos Alberto Pereira de Moura Presidente Dr. Esaú Barbosa Magalhães Filho Vice-presidente Dra. Consuelo Plemont Maia Secretária Geral Dr. Luiz Carlos Bastos Salles Tesoureiro Dr. Roberto Bastos da Serra Freire Defesa Profissional Dr. Pedro Thadeu Galvão Vianna Departamento Científico Dr. David Ferez SAESP Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo Dra. Ana Maria Vilela Bastos Fereira SAMG Sociedade de Anestesiologia do Estado de Minas Gerais PROGRAMA: 20/06/2002 - Quinta-feira 14:00 - 14:30h Cooperativismo - O que é? Conferencista: Dr. Marcus Vinicius A. Tanure (ES) 14:30 - 15:00h SBA: Quo Vadis? Conferencista: Dr. Carlos Alberto Pereira de Moura (RJ) 15:00 - 15:20h Intervalo 15:20 - 16:30h Mesa Redonda: O Anestesista e a Lei 15:20 - 15:50h Consentimento Informado Dr. Marcos Botelho da Fonseca Lima (CREMERJ) 15:50 - 16:20h Resolução do CFM e CRM Dr. Iramar de Paula Posso (SP) 16:20 - 16:50h Anestesia Defensiva Dr. M. A. Gouveia (RJ) 16:50 - 17:50h Atualização em Hemoterapia Conferencista: Dr. Enis Donizette (SP) 17:05 - 17:45h Debate 20:00h Abertura Entrega de Prêmios Premiação: 1ª lugar: Ventilogos Emergência 2ª lugar: Barash 2000 ou similar 21/06/2002 - Sexta-feira 09:00 - 09:30h Atualização do anestesiologista via Internet Conferencista: Dr. Antônio Roberto Carrareto (ES) Presidente: 09:30 - 10:00h Via aérea difícil Conferencista: Dr. M. A. Gouveia (RJ) Presidente: 10:00 - 10:20h Intervalo 13:30 - 14:20h Simpósio Satélite: Bloqueadores Neuro-Musculares Coordenador: 16:15 - 16:35h Peridural torácica em cirurgia cardíaca Dr. Jaci Custódio Jorge (MG) 13:30 - 13:55h Novos Agentes Dra. Rita de Cássia Rodrigues (SP) 16:35 - 17:05h Farmacoeconomia em Anestesia Dr. Sérgio Ricardo Botrel e Silva (MG) 13:55 - 14:20h Monitorização do Bloqueo Neuro-Muscular Dr. José Mariano de Moraes (MG) 17:05 - 17:30h Jejum pré-anestesico Dr. Antônio Vanderley Ortenzzi (SP) 14:20 - 14:30h Intervalo 14:30 - 15: 00h Monitorização do SNC Conferencista: Dr. Pedro Thadeu Galvão Vianna (SP) Presidente: 15:00 - 15:30h Anestesia para cirurgia plástica Conferencista: Dr. Cassiano Franco Bernardes (ES) Presidente: 15:30 - 15:50h Intervalo 15:50 - 17:50h Mini-conferências: Presidente: 15:50 - 16:15h Tromboprofilaxia X Bloqueios no neuro eixo Dr. Sérgio Ricardo Botrel e Silva (MG) 17:30 - 17:55h Anestesia no grande queimado Dr. Marcus Vinicius de Azevedo Tanure (ES) Sala B 14:00 - 16:30 h WORKSHOP B.BRAUN Anestesia Regional 22/06/2002 - Sábado 09:00 - 09:30h Anestesia para endarterectomia de carótida Conferencista: Dr. Enis Donizetti Silva (SP) Presidente: 09:30 - 10:00h Fisiopatologia da Ventilação Mecânica em Pediatria Conferencista: Dr. Humberto Ribeiro do Val (ES) Presidente: 10:20 - 11:50h Mini-Conferências Presidente: 10:20 - 10:40 h Opióides - Estado atual Dr. Luis Fernando de Oliveira (RJ) 10:40 - 11:00h Novos Agonistas (alfa2) Dra. Eliana Cristina Murari Sudré (ES) 11:00 - 11:20h Anestesia com baixos fluxos Dr. João Pereira Júnior (DF) 11:20 - 11:50h Anestesia endovenosa total Dr. Alfredo Augusto Vieira Portella (RJ) 12:00h Almoço Sala A Anestesia em revista - março/abril, 2002 - 31 INFORMAÇÕES GERAIS: 10:00 - 10:20h Intervalo 10:20 - 12:00h Mesa Redonda: Anestesia Pediátrica: Estado atual Moderador: 10:20 - 10:40h Indução e Manutenção em anestesia pediatria Dr. Kleber Costa de Castro Pires (MG) 10:40 - 11:00h Anestesia ambulatorial Dr. Pedro Paulo Vanzillota (RJ) 11:00 - 11:20h Bloqueios de neuro-eixo em cirurgia pediátrica Dr. Paulo Antônio de Mattos Gouvêa (ES) 11:20 - 11:40h Tratamento da dor em pediatria Dr. Pedro Paulo Vanzillota (RJ) 11:40 - 11:55h Debate 12:00 - 14:00h Almoço 14:00 - 14:30h Anestesia para obesidade mórbida Conferencista: Dra. Eliana Cristina Murari Sudré (ES) Presidente: 14:30 - 16:00h Mesa Redonda: Estado atual da anestesia obstétrica Moderador: 14:30 - 15:00h Parto natural Dr. Paulo Batistuta (ES) 15:00 - 15:30h Analgesia para o parto Dr. Itagyba Martins Miranda Chaves (MG) 15:30 - 16:00h Anestesia para cesareana Dr. Américo M. Yamashita (SP) 16:00 - 16:15h Debate 16:00h Encerramento 32 - março/abril, 2002 - Anestesia em revista Local: Hotel Porto do Sol Av. Dante Micheline, 3957 Jardim Camburi - Vitória - ES Tel: (27) 3337.2244 Juntamente com o crachá e pasta no início do evento Secretaria Executiva: AMES PROMOTORA DE EVENTOS Rua Francisco Rubim - 395 - Bento Ferreira 29050-680 - Vitória - ES Tel. (27) 33241333 e-mail : [email protected] <mailto:[email protected]> Acompanhante- É obrigatório o uso do crachá de acompanhante para participação da programação os quais deverão ser retirados na secretaria no local. Novos inscritos - Serão entregue ao final do evento Certificados e Recibos Pré-inscritos - Serão entregue Slide-desk - Solicitamos aos palestrantes e conferencistas que compareçam à central de slide-desk com 40 minutos de antecedência para a entrega de material áudio-visual e que os mesmos sejam retirados logo após o término de sua apresentação. VALOR DAS INSCRIÇÕES Categoria Sócio SBA Aspirante/Estudante Acompanhantes Não sócio Até dia 07/05 R$ 100,00 R$ 70,00 R$ 50,00 R$ 150,00 No evento R$ 150,00 R$ 120,00 R$ 50,00 R$ 200,00 Econômica Federal - Agência: 2042 Operação: 003 - conta corrente 2772-2: passar um fax: (27) 3324.1333 do comprovante de depósito e ficha preenchida O valor da inscrição será considerado de acordo com a data de postagem Para se inscrever: Enviar cheque nominal cruzado, juntamente com a ficha de inscrição preenchida para à Ames - Promotora de Eventos - Rua Francisco Rubim, 395 Bento Ferreira - Vitória - ES. 29050-680 Ou depósito bancário Banco: Caixa FICHA DE INSCRIÇÃO: Nome completo ____________________________________________________________ Nome para crachá __________________________________________________________ Endereço ___________________________________________________________________ Cep ___________________ Cidade _____________________________ Estado _________ Fone _________________________________ fax: __________________________________ E.mail ________________________________ valor da inscrição _________________________ valor do acompanhante _________________________ Total: R$ _________________________ nome acompanhante _______________________________________________________ Data _______ /_________________ / _______ Agência Oficial de Turismo: MPS - VIAGENS E TURISMO E.mail: [email protected] <mailto:[email protected]> Tel:(27) 3225.6866 - Fax: 3227.8480 Expositores: Colaboradores: Dr. Carlos Alberto Pereira de Moura Presidente da SBA Dr. Humberto Ribeiro do Val SAES - Sociedade de Anestesiologia do Estado do Espírito Santo Dr. Ismar Lima Cavalcanti SAERJ - Sociedade de Anestesiologia do Estado do Rio de Janeiro Dr. David Ferez SAESP -Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo Dra. Ana Maria Vilela Bastos Fereira SAMG - Sociedade de Anestesiologia do Estado de Minas Gerais Aspirante/Estudante: ATIVOS NOVOS MEMBROS Adriana Cristine Pereira Adriane Ferreira Bonatto Afonso Cláudio dos Reis e Carvalho Alberto Mavignier Gattass Orro Alberto Vieira Pantoja Alex Chain Bernini Alex Makoto Takagi Alexander Alves da Silva Alexandre de Menezes Liberato de Mattos Alexandre Magno Fontenele Martins Alexandre Teobaldo Tomasi Alvaro Luis Alves Batista Amanda Simoni Valentini Amauri Moreira da Silva Ana Marcia Sousa da Cunha Oliveira Anderson Marcelo Manfio André D Urso Saavedra André Luis da Silva Freitas Andre Ricardo Pessoa Sousa Andréa Campos Ferraz Andréa de Freitas Correia Andréa Renata Machado Mesquita Angela Jacobs Artico Antonio Carlos Clarindo Antonio Carlos de Molla Antônio Flávio Dias Goulart Arthur Vitor Rosenti Segurado Basilio Afonso Ribeiro Silva Beatriz Garcia Sluminsky Bernardo Souza Freitas Brenda Soneghet Giurizatto Carla Cristina da Silva Freire Carla Márcia Soares Carla Maria de Souza Carla Souza Gonçalves Carlo André Bacchi Carlos Alberto Campos Falcão Filho Carlos Eduardo Ferraresi de Andrade Carlos Escobar Vásquez Carlos Renato Resende de Freitas Carolina Rebello Pereira Carolina Ribeiro Mello Zorzi Cassiano Hamacek de Freitas Cesar Taia Claudio Arantes Cleudson Garcia Montali Cristiane Franco Floresi de Oliveira Cristiane Maria de Pontes Teixeira Cristiane Valeria de Sousa Caratin Cristiano Souza dos Santos Cristovam Alves de Lira Daniel Carlos Cagnolati Daniel Garcia Júnior Daniela Cristina P.Salvatori Santos Daniela Santos Medeiros da Silva Danielle Alves Borba Danilo Bermudes Massone Dario Nazareth de Aquino Débora de Oliveira Dias Diana Mara Gomes Bezerra Diego Marcelo May Edgar Shigueru Koguti Ediélison de Carvalho Szuberski Edmar Cardoso Barbosa Júnior Edmur Agostinho de Paula Júnior Edna Oliveira Leite Eduardo Moreira Furtado Lima Eduardo Tsuyoshi Yamaguchi Elayne Francis Leal Leite Elialba de Farias Cascudo Eliane Gomes Netto Eric Schalch Ernani Atie Xavier de Brito Ernesto Leonardo Carpio Penã Fabiana Sebben Fabrício Caron Fabrício Modesto dos Reis Costa Fabricio Oliveira Moraes Fabrizio Oliveira de Vasconcellos Fauze Dallal Felipe Ozelame de Almeida Felippe Loureiro Pereira Soares Fernanda Fischer Estivalet Fernando Villacrez Flores Fernando Xavier Ferreira Flávio Aparecido Pereira Flávio Diogo Ferreira Flávio Hülse Pederneiras Flávio Luiz do Amaral Francisco de Melo Segundo Gilberto Zuluaga Posada Gilvandro Sadalla Mendes Gislaine Mauro Giuseppina Elena Bruno Glauber Gouvêa Glaucia Serenato Gustavo Mascarenhas Vieira Gustavo Prosperi Bicalho Hadwa Margoth Abujder Olmos Harábia Verena Carneiro da Costa Helio Wolff Hermitom Sales Faria Hermógenes Ferreira de Sousa Hiver Frank Garcia Macedo Humberto Lopes do Nascimento Jacqueline Toshiko Hirahara Jayme dos Santos Martins Júnior Jean Abreu Machado Joana de Almeida Figueiredo João Fernando de Andrade Meira João Henrique Peatfield Fanstone José Eduardo de Assis Silva José Guilherme de Oliveira Costa José Meneses de Morais Filho José Trindade da Costa Júnior Josilene Pereira de Moraes Juliano Erdmann Nunes Julio Cesar Portugal Prates de Mattos Julio Cesar Zorzin Juruena de Andrade Lopes Keyla Blair de Oliveira Klaus Carvalho Lustosa Kleber de Moraes Leandro Marinho da Cunha Lemuel Silva Paredes Leonardo Miranda Leonidas Cardoso Liciane Souza da Silva Luciana Mandia Sampaio Luciano Pires Caniato Luiz Carlos Vasconcelos de Moraes Júnior Manoel Pessôa Filho Marcelo de Souza Almeida Marcelo Messias de Miranda Marcelo Neves Silva Marcelo Oguido Anestesia em revista - março/abril, 2002 - 33 Marcelo Paczko Bozko Marcelo Pires de Souza Marcelo Seabra Bernardi Marcelo Uthida Tukiyama Marcelo Valverde Marcelo Zanettini Masella Marcílio de Almeida Coelho Marco Túlio Nomelini Marques da Silva Marcos Tadeu Parron Fernandes Marcus Cavalcante de OIiveira Marcus Vinícius Camarcio Lemes Maria de Fátima Ramos Bravo Maria do Socorro Abrantes de Oliveira Marina Rosa da Silva Filha Matheus Felipe de Oliveira Salvalaggio Mauro Martins Puppin Melisa Nucci Brandão Nasser Nadim Hussein Necime Lopes da Silva Neto Olinto Adolfo dos Santos Pablo Pedroso Guttemberg Patricia Aletheia Alves da Silva Patrícia Macedo Blasques Patrícia Regina Abdala de Araújo Paula Regina Confortini Paulo Celso Osaki Paulo Gonçalves Simplício Paulo Henrique Botelho Cançado Paulo Sérgio da Paixão Rachel Souza de Queiroz Varella Rafael Resende Calluf Rafael Villela Silva Derré Torres Ranieri Pereira de Assis Raquel Vasconcelos Umakoshi Renam Myazi Renata Almeida Pires Fabbri Renata Dutra de Paula Renato Frederico Fernandes Picarelli Renatta Maria Figueiras Pradines Ricardo Alvim Brêtas Ricardo Vieira Carlos Roberto Araújo Ruzi Roberto Yura Rodrigo Leal Alves Rodrigo Otávio Silva Gonzalez Rodrigo Pereira Diaz André Rogerio Coutinho Regis Rogerio do Amaral Rogerio Shiguetoshi Miura Rogério William Firmino Ronei Bittencourt Machado Júnior Ronie Oliveira de Souza Rudimar Pereira de Oliveira Sérgio Honorato de Matos Sheila Braga Machado Sidney Umakoshi Siguero Taia Filho Silvia Leticia Almeida da Silva Steven Vinicio Kimball Morello Tathiana Ribeiro Carneiro Tiago de Souza Papotti Vamberto Raphael Vicente Vanessa Heinke Siqueira Vanessa Helena Gabilheri Vanessa Henriques Carvalho Vanina Marisa de Vera Dominguez Vincenzo Leto Barone Neto Vinicius Salles Martins Viviane Wosny Wagner Roberto Cirillo Waldykson Fernando de Souza Wanderlei Domingos da Costa Junior Washington Luis de Oliveira Weberton Gomes Silva William Cintra Vieira Filho Yuri Moreira Soares Zelma Zevoni Pereira Abnader ASPIRANTES N O V O S M E M B R O S Abraão Pereira Filho Adriana de Oliveira Cordeiro Adriane Kania Adriano Costa Vasconcelos Afranio Modesto Júnior Alan Castoldi Medeiros Alex Gonçalves Belote Alexandre Luiz Teixeira Brasil Alexandre Minoru Fukusato Alexandre Nogueira Santos Aloísio Tarsio Pereira de Azevedo Júnior Ana Claudia de Melo Barros André Eduardo Sartorato André Luiz Campos Marvila André Rosso Andréa Inácio Andreia Miranda de Carvalho Angela Kaori Susume 34 - março/abril, 2002 - Anestesia em revista Arion Salgado da Fontoura Augusto José Pedrosa de Medeiros Aureli Nunes Machado Axhilles Lopes M.A. Lemos Beatriz Dias Caldas de Moraes Beatriz Sander Beatriz Vieira Espíndola Betina Ribeiro Borges Bruno Alves Salvador Bruno Salomé de Morais Carlos Alberto de Paiva Chaves Carlos Antonio Júnior Carlos Eduardo David de Almeida Carolina Pereira da Silva Almada Cássio Henrique de Arruda Régis Cassius Fonseca Andrade Catarina Izabel Lopes Albuquerque Cesar Collyer Carvalho Charles Farah Serednicki Cheila Mayorca de Faria Christiano Chi Hão Chao Cinara Siqueira dos Santos Cinthia Francalacci Claiton Pires de Oliveira Claudia Marquez Simões Cláudia Regina da Costa Freitas Cleber José Carvalho do Amarante Cristiana Melo de Araújo Cristiano Natan Nuhllmann Schneider Cristina Flávia Silva Andrada Daniel Farias Mendes Daniel Franklin Rossiter Pinheiro Daniel Ibanhes Nunes Daniel Rodrigues de Oliveira Daniel Segabinazzi Daniel Sousa César Daniel Volquind Daniel Zanatto Nobre Daniela Boni Daniela Tchernin Wofchuk Danielle Beltrão Trevelin Dario Vianna Abrão Denis Ricardo Horbach Edgar Biaggio Solano Eduardo Antonio Santos Soares Eduardo Jorge Hansen Sturn Eli Mendes Siqueira Júnior Endrigo de Paiva Bueno Eudes Marques Pereira Filho Fabiana Rosa Tavares Fabiano Frank Fábio Hideki Hiratsuka Fábio Vinicius Benevenuto Feltrim Felipe José Vieira Figueiredo Felipe Rech Borges Felipe Silveira Bergamaschi Fernanda Albuquerque dos Santos Fernando Oetterer Arruda Filipe Sant Anna dos Santos Flavia Pinho Cavalcanti Francisco Alvim Leite Lopes Frederico Simão da Silva Guimarães Giovani Romon Giuliano Bottin Giuliano Ribeiro Gonçalves Lima Gleice Agnes Almeida Reinert Grazielle Sales Diniz Griziella Januário de Andrade Guacyra Muzzi Martins Cabral Guinther Giroldo Badessa Gustavo de Moraes Ferreira Gustavo Ferst Kleiniibing Gustavo Jaccoud de Oliveira Costa Gustavo José Somm Gustavo Luchi Boos Gustavo Nagasawa Miki Helen Medrado David Pereira Hélio Pitombeira de Araújo Filho Hermínio Asevedo Neto Hernando Mauro Diógenes Aquino Iara Ferreira da Silva Idalécio Barreto Fernandes Igor Esper Alihieviski Izabel Ribeiro da Silva Janice Molinar de Castro Janilson Nascimento Alencar Joana Lily Dwan João Augusto Fraga Júnior João Pedro de Souza Macêdo Joelson Yoshinori Yamasaki José Carlos Dantas Arboés José Luis Menezes de Braz Juliana Mara Cruz Juliana Monteiro Corrêa Juliana Palhares dos Santos Juliano Câmara da Silva Juliano de Campos Magalhães Júlio Moschioni Moneda Junio Alves Valadão Karina Losovoi Boquino Kátia Simone Corrêa da Silva Kênia Nunes Sant Ana Bastos Land Jane Alves de Lima Leandro Rodrigues da Silva Leandro Turra Oliveira Lee Yung Leonardo Padovani Trivelato Leonardo Ribeiro Salomão Leonardo Schonhorst Lilian Ponte Troviscal Lilian Visccarra Mottona Lorena Lopes Pires Martins e Souza Lucas Busnardo Ramadan Lucia Helena Rodrigues Martins Luciana Moraes dos Santos Luciana Reis Ribas Luciano Akira Takaesu Luciano Ferreira da Invenção Luciano Luiz de Medeiros Luciene Monteiro de Barros Rodrigues Luis Antonio Gonzalez Luis Fernando Guilhen Benedetti Luiz Eduardo de Paula Gomes Miziara Luiz Ferreira Maracajá Neto Luiz Guilherme Villares da Costa Marcel Veronez Vitoreli Marcelo Araujo Moura Marcelo Gelmini Marcelo Pires Fiorini Marcelo Souza Cruz Marcelo Tonel Kober Marcia Maria Prado Fonseca Márcio Luiz Beccarini Marcos Vieira Cunha Maria Fernanda Bertacchi Mario Roberto Ogleari Martin Ernesto Franco Mauricio Teruaki Kataoka Mauro Prado da Silva Mayara Guedes Cavalcanti Michel Salles Pompeo Mineia Caroline de Morais Reis Monia Di Lara Dias Noelia Norka Gonzalez Muñoz Otto Mittermayer Patrícia Fernandes Alves Paula Reichert Leite Paulo Eduardo Tonin Valmorbida Paulo Henrique Silva Mariano Pedro Ferretti Pinheiro Perlla Ismália de Oliveira Rafael Dias Sayão Lobato Rafael Py Gonçalves Flôres Raphael de Figueiredo Bastos Raul Colembergue Silveira Regina Helena Carvalho de Mattos Regis Faria Colares Renata Gomes Ferreira Renata Lin Roberto Ballaben Carloni Roberto de Góis Déda Rodolfo Fernando de Medeiros Souza Rodrigo Betiol Petri Rogério Guimarães Cardoso Sandro Boaretto Paula Vasconcelos Sanja Patricia Sousa de Oliveira Sara Rosa Figueira Sergio Augusto Rodrigues Sérgio Vinicius Pereira de Melo Silvana Odilia Perez Silvia Cristina de Albuquerque Ribeira Simone Moises Abrahão Stanislaw Ivo Machado Stella Maris Couto dos Santos Taís Fonseca Goulart Thais Correia Ieone Thiana Yamaguti Ubirajara de Oliveira Júnior Valdemar de Souza Valdir Jucoski Vanessa Lombardi de Souza Pinto Vladimir Magalhães Seixas Filho Anestesia em revista - março/abril, 2002 - 35 33ºJORNADA DO BRASIL CENTRAL PALMAS, TO - 8 e 9/08/2002 8/8/2002 QUINTA-FEIRA 08:00 às 08:30h TRABALHO DE PARTO, FISIOLOGIA E MECANISMO DA DOR Palestrante: Dr. Luiz Anzoategui 08:30 às 09:00h JEJUM E ANESTESIA OBSTÉTRICA. COMO EVITAR ACIDENTES? Palestrante: Dr. Geová Luiz F. Epaminondas 09:00 às 09:30h PERDAS VOLÊMICAS DO PARTO. QUANDO E COMO REPOR? Palestrante: Dr. José Carlos de Almeida Carvalho 09:30 às 10:00h MODIFICAÇÕES DO CANAL VERTEBRAL DA GRÁVIDA INTERFEREM NA DISPERSÃO DOS ANESTÉSICOS LOCAIS? RAQUI X PERIDURAL Palestrante: Dr. José Carlos de Almeida Carvalho 10:00 às 10:30h INTERVALO DROGAS ADITIVAS. COMO ABORDAR? Palestrante: Dr. Carlos Eduardo Lopes Nunes 15:00 às 15:30h GESTANTE GRANDE OBESA EM TRABALHO DE PARTO. ESTRATEGIAS DE ANESTESIA. Palestrante: Dr. Raimundo Rebuglio 15:30 às 16:00h DEFORMIDADES OSTEO ARTICULARES E DOENÇAS DA MEDULA ESPINHAL IMPEDEM O USO DE BLOQUEIOS CENTRAIS? Palestrante: Dr. Manoel Moreira 16:00 às 16:30h INTERVALO 16:30 às 18:00h DISCUSSÃO DE CASOS CLÍNICOS:ASPECTOS TÉCNICOS EM ANESTESIA OBSTETRICA. Palestrantes: Drs. José Carlos de Almeida Carvalho, Américo M. Yamashita, Carlos Eduardo Lopes Nunes ABERTURA DA JORNADA 9/8/2002 SEXTA-FEIRA 10:30 às 11:00h DROGAS ANESTÉSICAS COMPROMETEM A VITALIDADE FETAL NEONATAL? Palestrante: Dr. Américo Massafuni Yamashita 08:00 às 08:30h CONDUTA ANESTÉSICA NA GESTANTE HIV+ Palestrante: Dr. Joaquim Lucas de Carvalho 11:00 às 11:30h COMO O ANESTESIOLOGISTA DEVE PARTICIPAR DA REANIMAÇÃO DO RN? Palestrante: Dr. Waldir Medrado 08:30 às 09:00h COMO CONVERTER ANESTESIA PROGRAMADA OU REALIZADA? Palestrante: Dr. Manoel Moreira 12:00 às 14:00h ALMOÇO 14:00 às 14:30h GESTANTE COM CRISE ASMÁTICA: RISCO DE VIDA PARA A MÃE E CONCEPTO? Palestrante: Dr. Américo Massafuni Yamashita 14:30 às 15:00h GESTANTE EM USO DE 36 - março/abril, 2002 - Anestesia em revista 09:00 às 09:30h MESA REDONDA ANALGESIA DE PARTO, O QUE EU FAÇO? - DUPLA PUNÇÃO - PERIDURAL CONTÍNUA - SISTÊMICA Palestrantes: Drs. José Carlos de Almeida Carvalho, Américo Massafuni Yamashita, Fernando Carneiro 10:00 às 10:30h INTERVALO 10:30 às 11:00h ALTERAÇÕES TERMICAS APÓS BLOQUEIO CENTRAL EM TRABALHO DE PARTO. COMO ABORDAR? Palestrante: Dr. Carlos Eduardo Lopes Nunes 11:00 às 12:00h DISCUSSÃO 12:00 às 14:00h ALMOÇO 14:00 às 14:30h INTOXICAÇÃO POR ANESTÉSICO LOCAL DURANTE A ANESTESIA PERIDURAL. O QUE FAZER? Palestrante: Dr. Waldir Medrado 14:30 às 15:00h CEFALÉIA PÓS - PUNÇÃO DE DURAMATER, O QUE FAZER? Palestrante: Dr. Fernando Carneiro 15:00 às 15:30h HEMATOMA SUB-DURAL, O QUE FAZER? Palestrante: Dr. Fernando Carneiro 15:30 às 16:00h INTERVALO 16:00 às 17:00h DISCUSSÃO DE CASOS CLINICOS: ASPECTOS ÉTICOS DA ANESTESIA OBSTETRICA. Palestrantes: Drs. Américo Massafuni Yamashita, José Carlos de Almeida Carvalho, Manoel Moreira 17:00 às 18:00h DISCUSSÃO 21:00 h JANTAR DE ENCERRAMENTO RALPH M.WATERS, MD Professionalism in Anesthesiology A Celebration of 75 years 6-8 de junho de 2002 The Concourse Hotel & Governor´s Club Madison, Wisconsin, U.S.A. Este encontro irá celebrar a chegada de Ralph M. Waters, MD, em Madison, Wisconsin, em 1927, e explorar seu legado na prática e de profissionalismo na anestesia. PROGRAMA 3:15 PM Refreshment break 3:30PM Plenary Session Speaker Topic: Ralph Waters and research 4:30PM Dinner on your own Thusday June 6, 2002 Saturday June 8, 2002 4:00 PM Opening Ceremonies Welcome remarks by state official, university official, state society President Plenary Session Speaker Topic: Ralph Waters and his role in American anesthesiology: an overview Reception Dinner on your own 7:00 AM Continental breakfast Friday June 7, 2002 10:30 Refreshment break 7:00 AM Continental breakfast 10:45 Two concurrent sessions Three papers each (10-45-11:15, 11:15-11:45, 11:45-12:15, includes questions) 8:00 AM Plenary Session Speaker Topic: University of Wisconsin in 1927 9:00 AM Two concurrent sessions Three papers each (9-9:30, 9:30-10, 10-10:30, includes questions) 10:30 Refreshment break 10:45 Two concurrent sessions Three papers each (10-45-11:15, 11:15-11:45, 11:45-12:15, includes questions) 12:30 PM Lunch Plenary Session Speaker Topic: Ralph Waters and medical education 1:45 PM Two concurrent sessions Three papers each (1:45-2:15, 2:15-2:45, 2:45-3:15, includes questions) 8:00 AM Plenary Session Speaker Topic: Ralph Waters and organized anesthesia 9:00 AM Two concurrent sessions Three papers each (9-9:30, 9:30-10, 10-10:30, includes questions) 12:30 PM Lunch Plenary Session Speaker Topic: Ralph Waters international influence Afternoon at leisure 6:00 PM Banquet and Resident Graduation Plenary session speaker Para inscrever-se ou outras informações: Fone: 608 / 262-1397 Fax: 608 / 257-5280 Web site: www.concursehotel.com <http://www.concursehotel.com> Anestesia em revista - março/abril, 2002 - 37 Programa Científico Oficial da SBA N a c i o n a l o e o I n t e r n a c i o n a l 2002 MAIO 09 A 10 - OAA ANUAL MEETING NOTTINGHAM - UK 17 A 19 - 36ª JOPA - JORNADA PAULISTA DE ANESTESIOLOGIA MAKSOUD PLAZA - SÃO PAULO. 25 - 7º ENAI-Ba - ENCONTRO DE ANESTESIOLOGIA DO INTERIOR DA BAHIA - LENCÓIS/BA 29 A 01 JUNHO - CONGRESSO MUNDIAL DE ANESTESIA REGIONAL E TERAPIA DA DOR BARCELONA, ESPANHA www.esraeurope.org <http:// www.esraeurope.org> JUNHO 14 A 15 - IV JORNADA DE ANESTESIOLOGIA DO INTERIOR DE PERNAMBUCO - CARUARU/PE. 20 A 22 - 36ª JASB - JORNADA DE ANESTESIOLOGIA DO SUDESTE BRASILEIRO E 12ª JAES JORNADA DE ANESTESIOLOGIA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO- VITÓRIA/ES JULHO 17 A 22 - 10TH WORLD CONGRESS ON PAIN - Contact: [email protected] <mailto:[email protected]> 23 A 25 - 9º TEORIA E PRÁTICA DE ANESTESIA REGIONAL E CONTROLE DA DOR - SÃO PAULO - SP - www.lasra.com.br <http:// www.lasra.com.br> SETEMBRO 07 A 08 - XIII JORNADA MINEIRA DE ANESTESIOLOGIA - ARAXÁ/ MG 10 A 14 - XXXVI CONGRESSO MEXICANO DE ANESTESIOLOGIA - VERA CRUZ/ MEXICO - Informações [email protected] <mailto:[email protected]> 13 A 14 - X JAEPE - JORNADA DE ANESTESIOLOGIA DO ESTADO DE PERNAMBUCO. 20 A 21 - 16ª JORBA - JORNADA BAIANA DE ANESTESIOLOGIA SALVADOR/BA 26 A 29 - XXXI CONGRESSO ARGENTINO DE ANESTESIOLOGIA - BUENOS AIRES/ARGENTINA [email protected] 10 A 13 - 11TH ASIAN AUSTRALIAN CONGRESS OF ANAESTHESIOLOGISTS SHANGRILA HOTEL - KUALA LUMPUR - MALAYSIA - Contact: [email protected] <mailto:[email protected]>, Home-Page: <http:// www.11thaaca.com> OUTUBRO 20 - VIII - SÁBADO DE RAQUIANESTESIA - CURITIBA/PR. 12 A 16 - ASA ANNUAL MEETING ORLANDO, FLORIDA - USA Contact: [email protected] AGOSTO 08 E 09 - 33ª JORNADA DE ANESTESIOLOGIA DO BRASIL CENTRAL - PALMAS/TO [email protected] <mailto:[email protected]> 38 - março/abril, 2002 - Anestesia em revista 3 A 5 - CONGRESSO NACIONAL DA SOCIEDADE PORTUGUESA DE ANESTESIOLOGIA E CONGRESSO LUSO-BRASILEIRO COIMBRA/PORTUGAL Informações: [email protected] NOVEMBRO 1 A 2 - CONGRESSO CHILENO DE ANESTESIOLOGIA E CONGRESSO DA LASRA - PUCÓN/CHILE informações: [email protected] <mailto:[email protected]> 5 A 9 - XVI CONGRESO VENEZOLANO DE ANESTESIOLOGÍA - MÉRIDA/ VENEZOELA - Informações: [email protected] <mailto:[email protected]> 6 A 9 - V CONGRESSO CENTROAMERICANO DE ANESTESIOLOGIA - SAN PEDRO SULA/HONDURAS informações: [email protected] 09 A 14 - 49º CONGRESSO BRASILEIRO DE ANESTESIOLOGIA E CONGRESSO SULAMERICANO DE ANESTESIOLOGIA - JOINVILLE SC 2003 MARÇO 20 A 22 - XXVII JORNADA NORTENORDESTE DE ANESTESIOLOGIA - JOÃO PESSOA/PB - Informações: SAEPB (83) 244-8322 JUNHO 01 A 07 - 12TH EUROPEAN CONGRESS OF ANAESTHESIOLOGY - ESA/EAA/ CENSA/WFSA - BIRMINGHAM - UK - Contact: [email protected] <mailto:[email protected]> OUTUBRO 11 A 15 - ASA ANNUAL MEETING SAN FRANCISCO - USA - Contact: [email protected] NOVEMBRO 10 A 15 - XXVII CONGRESSO LATINO-AMERICANO DE ANESTESIOLOGIA - GUATEMALA www.clasa2003.guatemala.org <http:// www.clasa2003.guatemala.org> 22 A 26 - 50º CONGRESSO BRASILEIRO DE ANESTESIOLOGIA Brasília /DF
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Anestesia em Revista março-abril 2008.p65
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