Untitled - Sociedade Brasileira de Anestesiologia

Transcrição

Untitled - Sociedade Brasileira de Anestesiologia
ÍNDICE
4
Editorial
5
Cartas
6
Perguntas e Respostas
14 Provas da SBA 2002
15
Comissão de assuntos internacionais
A Federação Mundial de Sociedades de Anestesiologistas
16
Defesa Profissional
Uma questão de princípios
Alerta SINVS/Anvisa/Ufarm
17
Parecer
Uma visão jurídica sobre as Transfusões de Sangue
19
1ª Fórum Regional AMB
20
XXVI JONNA - Fortaleza/CE
22
Saudação aos participantes da XXVI JONNA
23
Diversos
A cooperação é o nome do jogo
24
A reestruturação do Serviço de Anestesia em um hospital privado
26
Cerca de 300 anestesiologistas participam da 37ª Josulbra
27
Curso SAVA é realizado em Gramado/RS
28
Notícias Regionais
30
36ª JASB e 12ª JAES
Curso SAVA
33
Novos Membros
36
33ª Jornada do Brasil Central
37
A Celebration of 75 years
38
Programa Científico Oficial da SBA
Anestesia em revista - março/abril, 2002 - 3
EXPEDIENTE
Anestesia em Revista é uma
publicação da Sociedade Brasileira
de Anestesiologia Departamento de
Anestesiologia da Associação
Médica Brasileira
Rua Professor Alfredo Gomes, 36
Botafogo - Rio de Janeiro
22.251 - 080 - RJ
Tel.: 2537-8100
Fax: 2537-8188
Conselho Editorial
Carlos Alberto Pereira de Moura
Consuelo Plemont Maia
Esaú Barbosa Magalhães Filho
James Toniolo Manica
Luiz Carlos Bastos Salles
Pedro Thadeu Galvão Vianna
Roberto Bastos da Serra Freire
Diretor Responsável
James Toniolo Manica
Editor
David Telio Duarte
17.672 - DRT/RJ
Programação Visual
Ito Oliveira Lopes - 12516 - DRT/RJ
Wellington Luiz Rocha Lopes
Impressão e Acabamento
MasterGraph
Tiragem
7.000 exemplares
Distribuição gratuita
IMPORTANTE
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Visite o site da SBA na Internet
http: www.sba.com.br
EDITORIAL
Há poucos dias a Diretoria da SBA
enviou aos sócios uma circular chamando a atenção para a atual situação do nosso mercado de trabalho. Retrata-se ali, de
forma concisa, alguns dos principais aspectos envolvidos na questão: honorários progressivamente reduzidos ou, no mínimo sem reajuste; aumento da carga tributária, especialmente sobre as Cooperativas; e a pletora médica tornando os espaços mais disputados e o trabalho do profissional menos valorizado. O alarme já
soou há um bom tempo, mas a preocupação se intensifica quando um governo
Dr. James Manica
(Sergipe) abre concurso oferecendo pouco mais de trezentos reais ao mês por 30 horas semanais. Há alguns anos, ao
recebermos a visita de uma colega anestesiologista venezuelana, professora
universitária, tivemos a oportunidade de saber, entre surpresos e consternados,
que o ganho de um professor de Medicina em seu país, em horário integral, era
cerca de 300 dólares, o equivalente na época a 300 reais. Agora, há quem nos
ofereça 300 reais por demanda semelhante (130 dólares). Mais um pouco e
começamos a torcer por um mercado aberto na América Latina para podermos
disputar os trezentos dólares no país vizinho. Esse cálculo simples e essa situação, na verdade extraídos de um universo bem mais amplo, apenas ilustram
uma realidade que tem se deteriorado rapidamente, inclusive em regiões tradicionalmente privilegiadas. Estaria a Anestesia se tornando uma atividade
economicamente desinteressante?
No nosso entendimento, para que a remuneração do médico não decline
e possa melhorar é necessária a combinação de dois fatores: crescimento econômico do país, que nos é relativamente intangível, e unidade associativa, que
está ao nosso alcance e mais do que nunca nos é necessária.
A Anestesia em Revista traz matéria do Diretor de Defesa Profissional da
SAEB, Dr. Altamirando Lima de Santana que aborda as questões éticas nas
relações econômicas dos anestesiologistas. Há um artigo jurídico assinado
pelo Dr. José Antonio Tedeschi, Juiz de Direito, tratando da responsabilidade
nas transfusões sangüíneas e outro sobre a organização do Serviço de Anestesia
pelo colega Dr. Florentino Mendes da Santa Casa de Misericórdia de Porto
Alegre. Há uma matéria sobre como aconteceu a Josulbra em Gramado e o
sucesso do SAVA. Da JONNA em Fortaleza trazemos a mensagem do Dr.
Carlos Alberto Pereira de Moura, presidente da SBA, que atualiza para todos
colegas o desenvolvimento dos trabalhos e acontecimentos no âmbito
associativo e de defesa profissional. Há, ainda, os programas científicos da
JASB, em Vitória, e da Jornada do Brasil Central, em Palmas e muitas, muitas
Perguntas e Respostas. Boa leitura!
Dr. James Manica
Diretor do Departamento Administrativo da SBA
4 - março/abril, 2002 - Anestesia em revista
CARTAS
Distinguished Service Award
de 2002
Cumpre-me informar V.Sa. que fui
comunicado pela American Society of
Regional Anesthesia and Pain
Medicine que fui escolhido para receber o Distinguished Service Award
de 2002.
A Cerimônia de premiação acontecerá em Chicago, nos dias 25-28 de
Abril de 2002, durante o 27th Annual
Meeting da ASRA.
Desde a instituição do prêmio em
1987, dezenove anestesiologistas foram
indicados para o mesmo. Destes, apenas
3 foram Europeus. Pela primeira vez a
indicação vai para um anestesiologista
fora do circuito Europa-USA. Estar incluído entre personalidades como Aaron
Gissen, Raymond Fink, Gertie Marx, Jess
Weiss, Gerard Ostheimer, entre outros, é
certamente uma grande honra.
O título que me foi conferido de
Fellow Australian and New Zealand
College of Anaesthetists, em 1994 e o
Distinguished Service Award da ASRA,
que agora recebo, serão talvez as maiores homenagens e o maior reconhecimento que terei da comunidade científica internacional em minha carreira médica.
Esteja certo que junto com o meu
nome, sempre esteve, lado a lado, o da
Sociedade Brasileira de Anestesiologia
e os das instituições que representei. Espero, com isso, ter contribuído para engrandecer o nome da anestesiologia brasileira além de nossas fronteiras.
Atenciosamente,
Prof. Dr. José Carlos A. Car valho
Vaga para anestesista
O Hospital das Clínicas Primavera
necessita de um anestesista, caso tenha
alguma informação favor avisar pelo telefone(66) 498-1055 falar com o Dr. Paulo, ou através do e-mail:
[email protected]
<mailto:[email protected]>
End.: Rua Benjamim Cerutti, 351
Bairro Castelandia - CEP: 78850-000
Primavera do Leste - MT
Site da SBA
Hoje tive oportunidade de visitar
o site da Sociedade Brasileira de
Anestesiologia e quero parabenizar a todos pelo design, informações gerais, conteúdo, etc.
Fácil de navegar, bastante informativa e um bom exemplo de site para outras sociedades médicas no Brasil.
Atenciosamente,
también un método válido más de
comunicación y enriquecimiento mutuo
entre las distintas Sociedades Miembro
de CLASA.
Sin otro particular, y esperando una
respuesta positiva por parte de su
Sociedad, saludamos a Ud. con la
consideración más distinguida.
Juan Carlos Flores
Presidente FAAAR
Josafa Silva
Marketing Hospitalar/Pharmacia do Brasil
Cursos argentinos
Tenemos el agrado de dirigirnos a
Ud. con el fin de informarle e invitar a
los socios de la Sociedad, a participar de
nuestros Cursos del Programa de
Actualización Profesional a Distancia, a
los efectos de que puedan tener acceso a
la actualización de diversos tópicos que
hacen a la anestesiología, en la cómoda
y eficaz modalidad de Educación a Distancia. Este año, se dictarán los Cursos
de Anestesia en “Obstetricia” y
“Anestesiología y Trauma”.
Los colegas alumnos del país que
soliciten la inscripción a cualquiera de
los cursos ofrecidos, serán asistidos por
un colega argentino, el cual será su tutor
durante la realización de dicho
entrenamiento. El tutor, en este caso,
será el Director de los cursos arriba mencionados. La comunicación se
establecerá vía correo electrónico, la que
consideramos más fluida, amén de la
constante supervisión didáctica de la
pedagoga del Programa. Con la
inscripción a cada curso, el interesado
recibirá el material didáctico, que
comprende los distintos módulos de
acuerdo al curso seleccionado.
Los requisitos para ser inscripto son
la presentación de una nota con el aval
de la Sociedad Miembro de CLASA, firmada por el Presidente de dicha
Sociedad, y el pago de US 300.- más gastos de envío del material didáctico.
Señor Presidente, estamos persuadidos que ésta no es sólo una forma de
acercamiento desde lo científico, sino
Conselho Federal de
Medicina
O Conselho Federal de Medicina
tem a honra de convidar para a Solenidade de Posse de sua Diretoria, eleita para
o período de abril 2002 - outubro 2004,
que será realizada às 20h do dia 10.04.02,
em sua sede no SGAS 915 Lote 72 Brasília - DF.
Após a Solenidade de Posse, haverá o lançamento da Publicação conjunta
do Conselho Federal de Medicina e do
Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal “Admirável Mundo Médico”, seguido de Coquetel de Confraternização.
DIRETORIA ELEITA
Dr. Edson de Oliveira Andrade
Presidente
Dra. Lívia Barros Garção
1ª Vice-Presidente
Dr. Marco Antonio Becker
2º Vice-Presidente
Dr. Abdon José Murad Neto
3º Vice-Presidente
Dr. Rubens dos Santos Silva
Secretário Geral
Dr. Luiz Salvador de Miranda Sá Júnior
1º Secretário
Dr. Francisco das Chagas Dias Monteiro
2º Secretário
Dr. Genário Alves Barbosa
1º Tesoureiro
Dra. Maria Fratari Tavares de Souza
2ª Tesoureira
Dr. Roberto Luiz D’Avila
Corregedor
Anestesia em revista - março/abril, 2002 - 5
PERGUNTAS & RESPOSTAS
Urgência e estômago cheio
Pergunta
Tendo em vista que fomos nomeada para emitir parecer em sindicância
envolvendo um médico ortopedista e um
anestesiologista, solicitamos desta presidência a gentileza de nos responder aos
seguintes quesitos:
1 - Paciente menor, de 6 anos de
idade, apresentando fratura exposta,
puntiforme de úmero, dá entrada no Serviço de Emergência. A acompanhante
refere que a criança teria se alimentado
pouco antes de sofrer o acidente que resultou na fratura do membro. O
ortopedista indica o tratamento imediato, sob anestesia, para a menor. O
anestesista alega o perigo de anestesiar
uma criança com o estômago repleto.
Perguntamos: a anestesia para esta criança, neste caso, neste momento, é totalmente contra-indicada?
2 - Se a anestesia não for totalmente contra-indicada, qual seria a anestesia
mais adequada neste caso?
3 - O bom senso mostra que seria
melhor atrasar o tratamento da fratura,
deixando a criança em jejum, para se
evitar risco anestésico, mesmo correndo
maior risco de aumentar o risco de infecção da fratura exposta?
Resposta
Quesito 1: O paciente com estômago cheio é uma contra-indicação para
anestesia, salvo, nas indicações emergenciais feitas pelo cirurgião. Neste caso,
o anestesiologista deve alertar a equipe
e aos familiares responsáveis para o risco da bronco-aspiração do conteúdo estomacal. Frente a esta situação a equipe
irá analisar o custo/benefício e optar para
a conduta que melhor atenda ao paciente.
Quesito 2: A anestesia ideal em
situações de estômago cheio é o bloqueio do trajeto nervoso da região a ser
operada. Entretanto, tratando-se de criança com 6 anos de idade este bloqueio
anestésico, possivelmente, seja inviável
de ser feito. Nesta situação, após a opção
do ortopedista pela cirurgia de emergência, só nos resta realizar a anestesia geral
6 - março/abril, 2002 - Anestesia em revista
com indução e intubação orotraqueal
seqüencial rápida. Antes, todas as medidas de prevenção de vômitos e aspiração
devem ser tomadas.
Quesito 3: Caso o ortopedista venha alegar a necessidade imperiosa da
intervenção cirúrgica, devido ao grande
risco de infecção da fratura exposta, a
anestesia deve ser realizada segundo a
técnica sugerida na resposta ao quesito 2.
Dr. Pedro Thadeu Galvão Vianna
Diretor do Departamento Científico da SBA
Complicações da máscara
laríngea
Pergunta
Gostaria de enviar um alerta para
ser publicado na Anestesia em Revista,
a respeito dos graves riscos do uso da máscara laríngea em pacientes submetidos a
cirurgias com indicação absoluta de
intubação.
Lamentavelmente tenho sido chamado, como endoscopista, para intubação de emergência em pacientes com
via aérea difícil durante cirurgias de
grande porte (laparoscópicas, ortopédicas, entre outras), mantidos sob anestesia
geral por tempo prolongado com o uso
de máscara laríngea. Este procedimento tem-se mostrado inseguro nestes casos, ocasionando dificuldade em manter-se a permeabilidade de vias aéreas,
ventilação adequada e até a aspiração
maciça.
Como o melhor tratamento de acidentes ou complicações é a prevenção,
acredito que a indicação e o uso da máscara laríngea deve-se restringir às suas
indicações habituais, para que não ocorra excesso de indicação, com graves riscos para os pacientes.
Resposta
Gostaria de agradecer o interesse e
a preocupação, para que se divulgue no
Brasil, complicações com o uso inadequado da máscara laríngea.
Realmente, complicações poderão
existir, tratando-se de técnica relativamente nova e com recente expansão de uso.
Concordamos que a Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) deveria
dar amplo ensinamento desta técnica,
salientando, principalmente para a possibilidade de complicações e limitações.
No caso particular da máscara laríngea,
este mister foi feito até a exaustão e assim podemos enumerar:
1. Há na Revista Brasileira de
Anestesiologia 11 artigos sobre o assunto. Um deles é a revisão escrita por autoridades internacionais e com 89 citações.
Brimacombe JR, Silvia LC A Máscara Laríngea - Considerações práticas
para anestesia Rev Bras Anestesiol 1997;
47: 48-60
Estes artigos estão na edição impressa e que é distribuída a todos os
sócios da SBA, inclusive os médicos
que estão nos Programas dos Centros
de Ensino e Treinamento credenciados
pela Sociedade. No final de 2001 todas estas publicações foram gravadas
em disco CD e distribuído para a mesma população alvo. Este mesmo assunto é encontrado no portal da Internet
www.sba.com.br
2. Durante o ano de 2001 foi realizado o Curso Suporte Avançado da Vida
(SAVA) que, entre vários assuntos, aborda os diversos métodos de manutenção
das vias aéreas (incluindo-se a máscara
laríngea). Foram 5 cursos realizados em
vários locais do Brasil. Os responsáveis
pela realização do Curso SAVA, são: o
Professor Adjunto da UNIFESP David
Ferez e sua equipe. Devido a compra
dos equipamentos e grande número de
instrutores, este Curso está sendo oneroso para a SBA, mas, acredita-se que, o
retorno seja compensador.
3. No período de 17 a 21 de novembro de 2001, na cidade de RecifePe, foi realizado o 48º Congresso Brasileiro de Anestesiologia sob os auspícios
da SBA. Dentre os vários conferencistas
nacionais e internacionais, estava o criador da máscara laríngea o médico inglês
AIJ Brain.
4. No âmbito regional a Sociedade
PERGUNTAS & RESPOSTAS
Brasileira de Anestesiologia (SAESP)
editou: Fortuna AO, Melhado VB, Fortuna A Máscara Laríngea In: Vianna PTG
et al - Saesp: atualização em anestesiologia São Paulo: Âmbito Editores
Ltda,1996:9-40.
Desse modo, o assunto máscara
laríngea está sendo amplamente divulgado em todo o território nacional.
Dr. Antonio Rober to Carraretto
Presidente da Comissão de Normas Técnicas da SBA
Agulhas descartáveis em
raquianestesia
Pergunta
Gostaria de receber um e-mail com
alguma resolução da SBA ou CFM, sobre a recomendação ou obrigatoriedade
do uso de agulha descartável para raquianestesia.
Resposta
Não existem determinações legais
para o uso de agulhas descartáveis, de
uso único, para a realização dos bloqueios no neuro-eixo.
Por se tratar de região nobre do corpo humano onde as conseqüências de
uma falha no processo de processamento,
a reutilização de um material com deformações e fadiga - de difícil análise técnica no momento da realização da
anestesia - nos levam as seguintes considerações:
Tendo o médico o compromisso de:
Sob o ponto de vista do Código de
Ética Médica:
Art. 5º - O médico deve aprimorar
continuamente seus conhecimentos e
usar o melhor do progresso científico em
benefício do paciente.
Art. 8º - O médico não pode, em
qualquer circunstância ou sob qualquer
pretexto, renunciar à sua liberdade profissional, devendo evitar que quaisquer restrições ou imposições possam prejudicar
a eficácia e correção do seu trabalho;
Sob o ponto de vista da Resolução
CFM 1.363/93:
Considerando que é dever do médico guardar absoluto respeito pela vida
humana, não podendo, seja qual for a circunstância, praticar atos que a afetem ou
concorram para prejudicá-la;
Considerando que o alvo de toda a
atenção do médico é a saúde de ser humano, em benefício da qual deverá agir
com o máximo de zelo e o melhor de sua
capacidade profissional;
Resolve:
Art. 1 - Determinar aos médicos que
praticam anestesia que:
V - Todas as conseqüências decorrentes do ato anestésico são da responsabilidade direta e pessoal do médico
anestesista;
Sob o ponto de vista do Código Civil:
Art. 1538 - No caso de ferimento
ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das despesas do tratamento e dos lucros cessantes até o fim
da convalescença, além de lhe pagar a
importância da multa no grau médio da
pena criminal correspondente.
§ 1º - Esta soma será duplicada, se
do ferimento resultar aleijão ou deformidade.
§ 2º - Se o ofendido, aleijado ou
deformado, for mulher solteira ou viúva,
ainda capaz de casar, a indenização consistirá em dotá-la, segundo as posses do
ofensor, as circunstâncias do ofendido e
a gravidade do defeito.
Art. 1539 - Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício ou profissão, ou se lhe diminua o valor do trabalho, a indenização,
além das despesas do tratamento e lucros
cessantes até o fim da convalescença, incluirá uma pensão correspondente à importância do trabalho, para que se inabilitou, ou da depreciação, que ele sofreu.
O ponto de vista da Divisão Nacional de Vigilância Sanitária de Medicamentos - DIMED: Portaria nº 04, de 07
de fevereiro de 1986, sobre artigos descartáveis, por analogia, podem ser aplicado as agulhas reutilizáveis:
Entende-se por riscos reais ou potenciais à saúde do usuário aqueles que
decorrem de:
a) transmissão de agentes infecciosos;
b) toxicidade decorrente de resíduos de produto ou substância empregados
nos usos antecedentes ou no
reprocessamento, e de alterações físicoquímicas do material com que é fabricado o correlato, em decorrência ou dos usos
prévios ou do reprocessamento;
c) alterações das características físicas, químicas e biológicas originais do
produto ou de sua funcionalidade em decorrência da fadiga, dos usos prévios ou
de reprocessamento, com implicações
para uso seguro e satisfatório para o qual
foi fabricado.
Apresentamos as seguintes considerações:
1 - As agulhas utilizadas para o bloqueio epidural possuem grosso calibre e
como todas as agulhas apresentam a dificuldade da limpeza, principalmente a
interna (lúmen).
2 - A presença de resíduos de matéria orgânica, fragmentos de pele, pêlos
ou outros materiais, no lúmen - orifício
interno - e encaixes podem, durante a
realização de um bloqueio, ser injetados
no “próximo paciente”.
3 - A inativação de endotoxinas só
é alcançada através de calor seco, a 250
graus Celsius, por 60 minutos. Este processo não é o convencionalmente adotado nos hospitais, para as agulhas.
4 - As substâncias utilizadas para a
limpeza química podem acumular no
interior das agulhas, e posteriormente
serem injetadas no espaço epidural e produzir neurites químicas.
5 - Os agentes de limpeza e/ou os
esterilizantes podem reagir com os materiais e formar novos resíduos tóxicos.
6 - O etilenoglicol formado pela reação do óxido de etileno e resquícios de
água (deixados do enxague) é uma substância neurotóxica.
7 - Qualquer deficiência no processo de controle do preparo e esterilização
pode levar a conseqüências danosas.
Anestesia em revista - março/abril, 2002 - 7
PERGUNTAS & RESPOSTAS
8 - Se todo o hospital - ambulatórios, enfermarias e apartamentos - utiliza
agulhas descartáveis para injeções intravenosas, por que as agulhas que estarão
em contato próximo ao nobre Sistema
Nervoso não deveriam ser da mesma
qualidade?
9 - A deformação e alterações das
características físicas (resistência e corte) podem levar a quebra da agulha ou a
produção de fragmentos desta, provocando maior lesão tecidual - no caso de uma
punção acidental de dura-mater, com
uma agulha usada, de corte rombo, a lesão - do orifício formado, será maior que
o provocado pela agulha nova - de corte
afiado. As agulhas para o bloqueio
subaracnóideo possuem pontas e estruturas ainda mais delicadas, principalmente a ponta, que se deforma em contato
com estruturas ósseas e calcificações,
tornando a romba e sem o corte adequado.
10 - O processo de preparo, limpeza e reesterilização não é tão simples
quanto parece e a garantia de suas etapas
pode ser duvidosa - Será que compensa a
perda de tempo e o custo do reprocessamento de uma agulha? Não menos
questionável deve ser o risco de trauma
e perfuração dos funcionários envolvidos
no processamento da agulha e a transmissão de doenças a estes funcionários.
11 - Caso seja feita a opção pela
reutilização a limpeza deverá ser física que pode levar a alteração da estrutura e
formação se resíduos e / ou química - que
pode deixar resíduos. Ambos os resíduos
podem ser nocivos para os pacientes, causando até lesões neurológicas irreversíveis como neurites e paraplegias.
12 - Existe a necessidade da garantia de todas as etapas do “Processo de
Reprocessamento” deste material. Na
vigência de uma lesão a um paciente, de
quem seria a responsabilidade? - Hospital? Funcionário(s) do Reprocessamento?
Anestesiologista? - Como provar?
13 - O mesmo pensamento é válido para as agulhas de bloqueio subaracnóideo, porém com os agravantes de:
8 - março/abril, 2002 - Anestesia em revista
maior invasão do sistema nervoso, maior
dificuldade de limpeza, menor resistência mecânica.
cirúrgica; além de conhecimento clínico
e técnico relativo a esta nova proposta
terapêutica.
14 - O custo da utilização de uma
agulha descartável durante uma anestesia
sobre o neuro-eixo é desprezível em relação ao benefício e segurança proporcionado pelo uso de um dispositivo novo
e de uso único. Em situações de lesão e
dano a um paciente a economia realizada será de difícil justificativa ou ausente.
Resposta
15 - Milhares de reais são desperdiçados, com ou sem planejamento, no sistema de saúde - por exemplo: os exames
desnecessários que custam centenas de
vezes o preço de uma agulha, que tem
contato direto e invasivo com o sistema
nervoso. Os que se recusam a pagar esta
simples agulha, conhecedores destes riscos, ainda gostariam de ser anestesiados
por uma agulha não-descartável?
Eis o nosso parecer
Comissão de Normas Técnicas - SBA, 2001
Honorários em obesidade
mórbida
A cirurgia para tratamento da obesidade mórbida está prevista nas Listas
de Procedimentos da AMB, versões 96 e
99. Ocorre que a maioria dos planos de
saúde ou UNIMEDs, por não adotarem
tais listas como referência para remuneração profissional, acabam por penalizar
aqueles que praticam tais atos.
A inclusão desse procedimento
deve ser proposta a cada plano, através
de sua Regional ou Cooperativa local,
com a base de argumentos suficiente
para mostrar a complexidade e responsabilidade do nosso ato, além do argumento de que tal ato já está previsto nessas versões.
O código sugerido pode ser o que
já existe na Lista 96 - 43 02 021-6 e a
remuneração de R$ 330,00 (trezentos e
trinta reais), que equivale ao porte 6,
1100 CHs (das listas anteriores) com base
do CH a R$ 0,30 (trinta centavos).
Dr. Rober to Bastos da Serra Freire
Diretor do Departamento de
Defesa Profissional da SBA
Pergunta
Venho através desta, solicitar a orientação, referente a cobrança de honorários médicos no que se refere a “cirurgia
de obesidade mórbida” (Cirurgia de
Capella e suas variantes).
Há algum consenso em relação aos
honorários relativos a este procedimento?
Temos enfrentado problemas referente aos honorários a serem cobrados,
pois tal procedimento não se encontra
codificado na lista de procedimemtos
médicos da AMB. Por outro lado alguns
convênios entendem, se tratar de uma
combinação de procedimentos, já codificados em lista citada; posição esta que
discordamos.
Entendemos se tratar de uma cirurgia de maior complexidade e portanto
de maior risco anestésico-cirúrgico, exigindo investimento em equipamentos,
tanto na área anestésica, como na área
Termo de Consentimento
Pergunta
Recentemente temos visto que algumas sociedades, como a de Otorrino,
Ortopedia, Urologia, etc, tem estimulado o Termo de Consentimento em cirurgia, onde se relata estar esclarecido
de todos os possíveis riscos. Vi também
em uma ficha de anestesia em um livro
em inglês - onde ao final da Avaliação
Pré-Anestésica o paciente assina, informando que todos os riscos foram informados, desde a perda dentária até risco
de vida.
Gostaria de saber qual o parecer da
Sociedade, e se existe já um modelo, que
me possa ser enviado, apesar de saber
que em livros de direito considerar que
estes termos atenuam, mas não impedem
uma ação indenizatória.
PERGUNTAS & RESPOSTAS
Resposta
O termo de consentimento esclarecido é um dos documentos importantes que devem estar acostados ao prontuário médico. Suas características básicas é que além de ser livre, esclarecido,
renovável e revogável. Evidentemente
que o fato de ter tal documento não exime qualquer um de ser demandado, mas
é entendimento da maioria que é melhor tê-lo do que não.
A SBA possui um modelo, que anexamos para seu conhecimento.
Dr. Rober to Bastos da Serra Freire
Diretor do Departamento de
Defesa Profissional da SBA
Termo de Consentimento
Paciente:
Declarante
Anestesiologista(s): [em caso de equipe,
relacionar todos os nomes]
Hospital:
Procedimentos Cirúrgicos/Diagnósticos:
Data:
Hora:
Declaro, para fins legais, 1- Que
estou ciente que, a meu (nosso) pedido,
estarei (o paciente acima denominado estará) sendo submetido à anestesia para o
procedimento referenciado, na data e hospital designados, a ser aplicada pelo(s)
anestesiologista(s) acima denominado(s);
2- Que tive total e integral conhecimento
dos fatores que envolvem o ato anestésico
em questão, através da explanação que foi
prestada pelo Médico Anestesiologista que
me(o) examinou, tendo tido a oportunidade de receber esclarecimentos, e todas as
informações necessárias a minha (nossa)
perfeita compreensão dos aspectos ligados
ao ato anestésico a qual submeter-me-ei
(submeter-se-á); 3- Que reconheço (reconhecemos) que o(s) Médico(s)
Anestesiologista(s) que aplicará(rão) a
anestesia exerce atividade de meio, ou
seja, obriga-se a prestar seus serviços da
melhor forma e condições que lhe forem
possíveis, agindo com a melhor técnica,
zelo profissional e diligência em busca de
seus objetivos; 4- Que, a fim de prevenir e
afastar eventuais problemas, foram prestadas ao Médico anestesiologista que me(o)
examinou todas as informações relativas
às condições médicas, físicas e psicológicas da minha pessoa (do paciente), sem
qualquer fato ou elemento, informações
estas que foram transcritas para a Ficha de
Avaliação Pré-Anestésica; 5- Que foram
informados pelo Médico Anestesiologista
os riscos inerentes e naturais ao ato anestésico;* 6- Que meu internamento (o internamento do paciente) no Hospital
referenciado deu-se por livre e espontânea vontade, e que tenho (temos) conhecimento que o(s) Médico(s) Anestesiologista(s) apenas se responsabiliza(m)
pelos procedimentos de sua especialidade, não se obrigando ou se responsabilizando pela qualidade dos serviços que serão prestados pela instituição hospitalar ou
por outros profissionais que participem do
ato cirúrgico, bem como do tratamento ou
internamento como um todo; 7- Que em
retribuição ao atendimento anestésico, efetuarei (efetuaremos) o pagamento, em favor do(s) Médico(s) Anestesiologista(s), a
título de honorários médicos, a importância de R$ _________, da seguinte forma:
_________________ ;** 8- Finalmente,
declaro que tenho conhecimento que o
valor supra refere-se tão somente aos honorários médicos do(s) Anestesiologista(s);
independentemente de exames, medicamentos, equipamentos e outros recursos
que se fizerem necessários, mesmo que
conseqüentes ao ato anestésico, os quais
serão pagos separadamente; A presente
declaração foi lida e compreendida em todos os seus termos.
(Local),
de
de
Assinatura do Declarante
a mais inócua para cirurgia de varizes
(membros inf.) e videoartroscopia de joelho, em regime ambulatorial?
Peridural com 20 ml de lidocaína
2% (com adrenalina) ou Bloqueios
subaracnóideo com 10 mg de bupivacaína hiperbárica e agulha 29G?
Resposta
A indicação da técnica anestésica é
de inteira responsabilidade do anestesiologista e deve ser feita respeitandose dentre outros parâmetros a autonomia
do paciente, ou seja desde que não haja
uma contra-indicação à técnica pretendida por esse, não se deve assumir uma
atitude paternalista, qual seja a de impor
a nossa vontade.
Objetivamente quanto ao questionado se qual a técnica mais inócua para
videoartoscopia de joelho acreditamos
que não existe uma “padrão”, não só para
o caso apontado, mas para qualquer procedimento cirúrgico.
Cada paciente tem sua condição clínica e emocional, cada cirurgião comporta-se de maneira distinta diante do
procedimento que executa e a própria
estrutura hospitalar tanto técnica como
de recursos humanos, também deve ser
levada em consideração ao se ponderar
qual técnica anestésica é a mais adequada.
Concluindo, cabe ao anestesiologista analisar as mais diversas circunstâncias e optar por aquilo que considerar ser
mais seguro para o paciente.
Dr. Rober to Bastos da Serra Freire
Diretor do Departamento de
Defesa Profissional da SBA
Testemunhas:
Manômetro de mercúrio
Escolha da técnica
Pergunta
Em função da tendência do anestesiologista a sofrer processos judiciais,
venho pela presente, consultar-lhes sobre quatro situações, a saber:
Qual das seguintes técnicas a Comissão de Anestesia Regional julga ser
Pergunta
Solicito parecer desta Sociedade
sobre o uso de Bulbo de Mercúrio (“cachimbo”) para medida invasiva de pressão arterial.
O uso deste método de monitorização representa infração à alguma
norma técnica da SAESP, SBA ou
CFM?
Anestesia em revista - março/abril, 2002 - 9
PERGUNTAS & RESPOSTAS
Resposta
É amplamente difundido em nosso país a utilização de um sistema com
um manômetro contendo mercúrio para
a medida direta da pressão arterial, por
método invasivo.
O equipamento destinado a esta
medida, que pode apresentar variações
de construção e dimensões, é composto
básicamente de:
1 - Um tubo de vidro, com a forma
da letra “U”, com uma haste curta (aproximadamente 5 cm de comprimento) e
grande volume, e a outra haste longa
(aproximadamente 40 cm) e pequeno
volume.
2 - Um tubo extensor flexível, geralmente de PVC ou análogo, com aproximadamente 120 cm, que conecta o
tubo em U a uma válvula de 3 vias (torneira ou three-way).
3 - Um cateter para a punção arterial ligado ao sistema - Tubo em U + tubo
extensor.
4 - Um sistema para a infusão de
solução anticoagulante, geralmente
heparina.
5 - Mercúrio metálico.
6 - Solução fisiológica (NaCl 0,9%)
heparinizada.
7 - Uma placa com graduação milimétrica, geralmente metálica, com dispositivos para a fixação do sistema de
medição e a sua fixação a um suporte (suporte para soro).
Os itens de 1 a 6 deste sistema devem estar esterilizados pois entram em
contato com o sistema arterial do paciente, através da punção de uma artéria.
Em alguns serviços, por razões práticas
do manuseio, esteriliza-se todo o sistema (itens 1 a 7).
Existem variações com relação a
posição de montagem da válvula de 3
vias: 1) proximal ao paciente, conectado
ao cateter ou 2) no meio do tubo
extensor.
Quando este sistema é construído
adequadamente, com dimensões e volumes corretos, não deve ocorrer a possibilidade da passagem de mercúrio do sistema para a artéria do paciente.
A conexão deste sistema a uma artéria puncionada transmite a pressão arte10 - março/abril, 2002 - Anestesia em revista
rial para este sistema de vasos comunicantes, com diâmetros diferentes, de
modo que a variação de 1 cm do nível do
mercúrio na haste curta gera uma variação de aproximadamente 40 cm na haste
longa. Esta diferença ocorre principalmente devido as diferenças entre as áreas das secções transversas das duas hastes.
Como recomendações para a montagem do sistema sugerimos:
1 - Conhecimento do funcionamento do sistema.
2 - Montagem através de procedimento estéril.
3 - Cuidado com o manuseio do
mercúrio.
4 - Preenchimento do sistema com
a solução fisiológica heparinizada, com
a retirada das bolhas de ar.
5 - Uso de tubos e válvula de 3 vias
com conectores Luer-Lock para evitar a
desconexão acidental.
6 - Manutenção da altura adequada
do sistema (nivelamento) relativo ao nível da pressão a ser medida.
7 - Revisão periódica do funcionamento do sistema, durante a monitorização.
8 - Cuidados adicionais durante
o transporte e mobilização do paciente.
Os incidentes mais comuns durante o uso destes sistemas de medida são:
1 - Operação inadequada - confusão no manuseio da válvula de 3 vias,
com desvio acidental do fluxo .
2 - Desconexão de uma ou mais
partes do sistema podendo ocasionar hemorragia.
3 - Obstrução do sistema com medida errônea da pressão
4 - Nivelamento inadequado - inicial ou após mudança de posição do paciente.
5 - Quebra do tubo de vidro durante a montagem, uso ou transporte.
6 - Derramanento do mercúrio durante a montagem ou durante um incidente.
7 - Fixação inadequada do sistema
ao suporte causando queda acidental.
Além dos riscos para o paciente,
deste sistema de medição da pressão arterial, devemos levar em consideração
os riscos de intoxicação pelo manuseio
do mercúrio.
O mercúrio é um metal pesado, altamente tóxico e acumulativo nas redes
tróficas. Pode causar morbidade e mortalidade ao homem.
A absorção pode ser por diversas
vias (inalação, ingestão, pela pele e injeção) e formas (metal, compostos e vapor).
O processo de esterilização do mercúrio em estufas pode transformar o ambiente contaminado, com níveis perigosos, a ponto de desenvolver intoxicação
mercurial.
Do ponto de vista de saúde ocupacional as formas mais importantes do
mercúrio são: O mercúrio em estado de
vapor, os sais de mercúrio e os derivados
de aquil mercúrio.
Desde o preparo, o uso e o reprocessamento do mercúrio, para uma nova
utilização, os profissionais que manuseiam e os presentes estão expostos aos riscos.
Os serviços que utilizam mercúrio
devem receber orientações sobre o manuseio e uso, dos órgãos e comissões de
segurança do trabalho da instituição.
O custo dos monitores eletrônicos,
com transdutores eletromecânicos, para
a medida da pressão arterial está compatível com a relação de benefícios proporcionada. A integração com outros
monitores, através de módulos, proporciona uma redução do custo de aquisição
com a centralização dos dados.
Um monitor eletrônico de pressão
arterial, por método invasivo, apresenta
as seguintes vantagens:
1 - Não necessita o uso do manômetro de mercúrio.
2 - Informa as pressões sistólica,
média e diastólica.
3 - Permite a visualização das curvas de pressão.
4 - Permite o registro dos valores
das pressões e curvas.
5 - Apresenta maior facilidade para
a transferência do paciente.
Os pacientes e procedimentos que
utilizam esta modalidade de monitorização geram uma cobrança para a utili-
PERGUNTAS & RESPOSTAS
zação, justificando a sua aquisição.
Deve-se levar em consideração a diminuição dos riscos para o paciente e a equipe (esterilização, sala de cirurgia,
UTI,...).
Conclusão
Por apresentarem menores riscos
para os pacientes e equipes envolvidas
no tratamento, maiores informações sobre a hemodinâmica, medidas mais precisas e registros das medidas, recomendamos que deve ser incentivado a substituição dos sistemas com manômetros de
mercúrio, por sistemas com transdutores
e monitores eletrônicos, para a medida da
pressão arterial por método invasivo.
Comissão de Normas Técinas SBA/2002
Referências recomendadas
Os riscos do uso do mercúrio metálico para medir a pressão arterial média
(PAM), de autoria da enfermeira Maria
Cristina Ferreira Quelhas, UNICAMP Campinas, SP.
Monitorização da pressão arterial:
a placa de mercúrio, de autoria do Dr.
Florentino Fernandes Mendes, TSASBA, Porto Alegre - RS.
Relatório Manipulação de Mercúrio na Central de Material Esterilizado
do HC - Riscos de Intoxicação - Parecer
do SST no. 029/89.
Recuperação pós-anestésica
Pergunta
Gostaria de informações sobre recuperação pós-anestésica:
1- Se guarda relação com número
de leitos e cirurgias;
2- Se guarda relação com o número
de leitos e Anestesiologistas;
3- Equipamentos de monitorização
existente e obrigatório e, em relação ao
número de leitos.
Resposta
Em resposta a sua solicitação sobre número de leitos da sala de recuperação pós-anestésica (SRA), é encontrado em:
Abrão J Recuperação anestésica
In: Manica J (editor) Anestesiologia Princípios e Técnicas, Porto Alegre:
Artes Médicas, 1997, p. 731-43, o seguinte:
“ O número de leitos da SRA varia
com o movimento cirúrgico de cada
hospital e o tipo predominante de cirurgia. Hospitais que lidam mais com
obstétricia ou cirurgias de curta duração
deverão ter mais leitos de recuperação
em relação ao número de salas de cirurgia. Essa relação deve ser adequada as
necessidades locais. Em termos médios, pode-se dizer que deve ter cerca de
1,5 leitos de recuperação para cada sala
de cirurgia.”
Estas informações não podiam ser
diferentes da existente no art 2º, parágrafo VI da Resolução CFM nº 1.363/93
que reza:
“Todo paciente após a cirurgia deverá ser removido para a sala de recuperação pós-anestésica, cuja capacidade operativa deve guardar relação direta com a programação do centro cirúrgico.”
Com relação a terceira pergunta:
“Equipamentos de monitorização existente e obrigatório e, em relação ao número de leitos” não existe uma legislação especifica, mas, considerando-se
que o paciente na SRA está submetido
aos mesmos riscos da sala de cirurgia,
deve ser aplicado a SRA, as mesmas
condições mínimas de segurança para
a prática de anestesia e que estão regulamentadas na Resolução CFM nº
1.363/93.
Dr. Pedro Thadeu Galvão Vianna
Diretor do Departamento Científico da SBA
Época da anuidade
Pergunta
Acho que estou “chovendo no molhado”, mas não custa alertá-los que mais
uma vez os senhores, que agora estão no
comando da nossa sociedade, pisaram na
bola, pois a cobrança da anuidade continua
a ser na época mais inadequada para nós
sócios. Será que não conseguem mudar tal
coisa, ou será que só são promessas?
Resposta
Em resposta ao questionamento
encaminhado em 26/02/2002, esclarecemos que a data de cobrança da anuidade
está estabelecida no Artigo 19 do Estatuto da SBA. Somente a Assembléia de
Representantes, está apta a promover
mudanças, de acordo com o Capítulo XVI
do Estatuto.
Dr. Luiz Carlos Bastos Salles
Tesoureiro da SBA
Título de Especialista em
Anestesiologia
Pergunta
O SIMERS - Sindicato Médico do
Rio Grande do Sul, vem procurando ampliar seu universo de ações na área de
atuação, no intuito de cada vez mais fortalecer a classe médica no Estado e no
País.
Nesse sentido, recentemente foi
criada a Associação Médica Luso-Brasileira. Esta Entidade tem por objetivo principal promover troca de experiências sindicais e científicas entre o Brasil e o continente europeu. Além dessa iniciativa,
outros contatos estão sendo mantidos,
com a finalidade de gerar acordos que
possibilitem ao profissional brasileiro
vivenciar experiências no exterior e, da
mesma forma, atrair universitários do exterior para conhecer a realidade brasileira.
Dentro desse contexto, solicitamos
informações acerca do processo de reconhecimento do título de especialista aos
profissionais que estudaram no exterior,
brasileiros ou estrangeiros, em especial
quanto aos pré-requisitos para realização
da prova. Essa informação tem caráter
estratégico para as negociações que serão conduzidas nos próximos dias.
Resposta
O médico não membro da SBA que
esteja em situação regular no Conselho
Regional de Medicina, poderá requisitar
a expedição do Título de Especialista
em Anestesiologia desde que seja aprovado em concurso de Provas Escrita e
Anestesia em revista - março/abril, 2002 - 11
PERGUNTAS & RESPOSTAS
Prático-Oral, realizadas anualmente por
ocasião do CBA, de acordo com regulamento próprio.
O médico não membro da SBA que
esteja em situação regular no Conselho
Regional de Medicina, poderá solicitar
sua admissão na SBA, na categoria de
Membro Ativo, desde que seja aprovado
em concurso de Provas Escrita e Oral,
realizadas anualmente por ocasião do
CBA, de acordo com regulamento próprio, e desde que satisfaça as seguintes
exigências:
I - Seja indicado por dois membros
ativos da SBA quando da inscrição para a
prova escrita.
II - Apresente Certificado de Conclusão de Residência Médica em Anestesiologia reconhecido pela Comissão
Nacional de Residência Médica
(CNRM) e que o mesmo tenha sido expedido por uma instituição credenciada
pela CNRM para desenvolver programa
de Residência, ou;
III - Apresente certificado de conclusão de curso de especialização realizado no exterior assinado pelo Responsável e acompanhado de histórico detalhado do mesmo;
a) esta documentação deverá ser
encaminhada à secretaria da SBA, com
180 (cento e oitenta) dias de antecedência, para que seja apreciada pela Comissão de Ensino e Treinamento.
IV - Comprove ser graduado em
Medicina há no mínimo cinco anos.
Dr. Pedro Thadeu Galvão Vianna
Diretor do Departamento Científico da SBA
Anestesia pelo
não-anestesiologista
Pergunta
Gostaria de saber se existe algum
documento que proíba a realização de
anestesia por médico não-anestesiologista.
Resposta
O médico no Brasil ao receber seu
diploma e registrá-lo no CRM pode exercer a Medicina amplamente desde que
12 - março/abril, 2002 - Anestesia em revista
não divulgue especialidade da qual não
tenha título registrado nesse órgão. Logo
um não especialista pode realizar procedimentos anestésicos, desde que não se
apresente como tal.
No entanto qualquer médico está
sujeito ao Código de Ética Médica e às
resoluções emanadas pelos Conselho
Federal de Medicina e ao Regional de
seu estado de atuação.
A Secretaria de Assistência à Saúde, através da portaria 98 de 26 de março
de 1999, determinou o cadastramento e
recadastramento de médicos anestesiologistas, com Título de Especialista
registrado no CRM, para atuarem junto
aos usuários do SUS. No entanto abriu
exceção permitindo o cadastramento de
não especialistas em municípios onde
não hajam os primeiros ou ainda seu número seja insuficiente para atender a
demanda de usuários desse sistema.
Dr. Rober to Bastos da Serra Freire
Diretor do Departamento de
Defesa Profissional da SBA
Estágio no exterior
Pergunta
Sou estudante do 5o ano da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto USP, e tenho grande interesse em conhecer melhor a área de Anestesiologia.
A todos os quintanistas, minha faculdade oferece um período de um mês
para estágio optativo, que pode ser feito
no Brasil ou no exterior.
Gostaria de saber dos senhores se
haveria possibilidade de tentar conseguir, com a vossa colaboração, um estágio no exterior, em algum centro de referência, seja na Europa ou nos Estados
Unidos.
Acredito que teria condições de
custear a passagem, mas por não ter contato algum com médicos anestesiologistas no Brasil, e muito menos fora, estou com dificuldade para saber inclusive
por onde começar, aonde ou quem procurar.
Ficaria muito agradecida se pudesse contar com qualquer tipo de apoio dos
senhores.
Resposta
O nosso conselho é você, inicialmente, procurar a Disciplina de Anestesiologia da sua Faculdade, pois, vários Anestesiologistas desta Instituição
frequentaram Serviços de Anestesiologia no exterior e estão aptos para
serem intermediários deste estágio no
exterior. Além disso, esta proximidade,
irá facilitar a necessária troca de correspondência para obtenção deste estágio.
Dr. Pedro Thadeu Galvão Vianna
Diretor do Departamento Científico da SBA
Torcicolo congênito
Pergunta
Eu tenho um problema chamado
pelos médicos de torcicolo congênito.
Tenho 24 anos e me informaram que deveria ter feito a cirurgia a bem mais tempo. Embora isto tenha me causado uma
ligeira deformação na simetria da minha
face e eu tenha o esternocleidomastóideo
extremamente rígido e mais curto no
lado “esquerdo”, fora as dores que sinto,
consigo viver normalmente. Estas dores
me causam um incômodo.
Há vezes em que se tornam mais
fortes, mas no normal já me acostumei.
Gostaria de solucionar este problema. Os médicos dizem que a simetria da
minha face não tem mais volta mesmo
que tenha sido pouco alterada.
Minhas dúvidas são as seguintes:
- Gostaria que se possível me indicassem algum médico ou alguns médicos
de cirurgia de cabeça e pescoço no RS.
- Quanto a anestesia tenho muito
medo. A primeira vez que lembro de ir
consultar o médico me disse que era
uma cirurgia delicada que por ser no
lado esquerdo do pesoço teria que separar a veia do coração ....É este medo
que me incomoda.
Já fui duas vezes para fazer esta cirurgia e tenho um medo profundo de
morrer, coisas deste tipo. Desculpe se
parece feio dizer isto para um homem da
minha idade, mas gostaria muito de superar isto resolver meu problema antes
que eu tenha prejuízos mais aparentes
na minha coluna.
PERGUNTAS & RESPOSTAS
Resposta
Grato por ter enviado a sua mensagem via e-mail.
Meus cumprimentos pelo seu comportamento sereno diante da doença.
O seu receio é perfeitamente justificável diante do desconhecido. Este, só
será minimizado quando você estiver
bem esclarecido a respeito do seu tratamento.
O pedido para indicação de médico para o seu tratamento fica prejudicado por vários motivos e entre eles não
ser esta a área de nossa atuação. Entretanto, o Rio Grande do Sul dispõe de excelentes especialistas e para você obter
a resposta desejada é só conversar com o
médico da sua confiança.
Com relação ao seu temor da anestesia a nossa sugestão é procurar o anestesiologista na sua região e numa entrevista tudo estará esclarecido.
Para finalizar, recomendamos a leitura do livro “Anestesia - A vitória sobre
a dor”. Este livro foi editado na comemoração dos 50 anos da Sociedade de
Anestesiologia do Rio Grande do Sul
(SARGS) em 2001. O livro poderá ser
obtido na SARGS - Av. Ipiranga,5311sala 106 CEP: 90610-001- Porto Alegre Fone/Fax (51) 339 3581 e 336 1799 ou
no portal http:\\www.sargs.org.br .
Existindo dificuldade na obtenção do
mesmo, por favor, envie o seu endereço
que teremos o máximo prazer em servi-lo.
Dr. Pedro Thadeu Galvão Vianna
Diretor do Departamento Científico da SBA
Usinas concentradoras de O 2
Pergunta
Sou Diretor Técnico de um hospital em Ribeirão Preto e gostaria de saber
se a SBA tem alguma posição sobre as
usinas de O2?
Resposta
A Sociedade Brasileira de Anestesiologia tem promovido discussões sobre o assunto na tentativa de deixar os
seus associados devidamente esclarecidos sobre a matéria em pauta. Entretan-
to, a decisão final sobre o uso ou não
desses equipamentos é de competência exclusiva dos médicos usuários e
dentro desse grupo se encontram os
anestesiologistas. A nossa sugestão é
que seja promovido o debate entre os
especialistas interessados nesses equipamentos.
Complementando nossa correspondência anterior - C.SBA-1106/02 encaminhamos Resolução do CFM nº 1355/92.
Dr. Pedro Thadeu Galvão Vianna
Diretor do Departamento Científico da SBA
Resolução CFM Nº 1355/92
O CONSELHO FEDERAL DE
MEDICINA, no uso das atribuições que
lhe confere a Lei nº 3.268, de 30 de setembro de 1957, regulamentada pelo Decreto
44.045, de 19 de julho de 1958, e
CONSIDERANDO ser dever do
Médico guardar absoluto respeito pela vida
humana, atuando sempre em benefício do
paciente, não podendo, seja qual for a circunstância, praticar atos que afetem ou concorram para prejudicar sua saúde;
CONSIDERANDO que o médico
investido em função de Direção tem o
dever de assegurar as condições necessárias para o desempenho ético-profissional da medicina;
CONSIDERANDO os Pareceres
Técnicos da Comissão de Normas Técnicas da Sociedade Brasileira de Anestesiologia e do Ministério da Saúde, a
respeito das usinas concentradoras de oxigênio;
CONSIDERANDO, finalmente, o
que ficou decidido na Sessão Plenária do
Conselho Federal de Medicina, realizada em 14 de agosto de 1992.
RESOLVE:
1 - Estabelecer, como parâmetro
mínimo de segurança, a concentração de
oxigênio igual ou maior que 92% para a
utilização hospitalar, devendo tal valor
integrar a farmacopéia brasileira.
2 - Aprovar os seguintes padrões
mínimos para a instalação e funcionamento das usinas concentradoras de oxigênio:
a - A Usina Concentradora de Oxigênio deverá ter medidor que indique
continuamente a concentração do oxigênio que está sendo fornecido.
b - Que possua um sistema para interromper automaticamente o funcionamento da usina quando o teor do oxigênio na mistura for inferior a 92%.
c - Que seja mantido o sistema usual de Oxigênio, que deverá entrar em
funcionamento automaticamente, em
qualquer instante em que a usina processadora interrompa sua produção.
d - Que existam filtros que assegurem o grau de pureza, de forma que
a mistura de gases não contenha elementos danosos à saúde, inclusive
argônio com concentração superior a
5% ou nitrogênio em concentração superior a 4%.
e - Que periodicamente seja efetuado um controle da composição dos gases (análises qualitativa e quantitativa)
que permita absoluta segurança do sistema, sob a responsabilidade do Diretor
Técnico da instituição.
f - Que existam na instituição placas indicadoras do sistema utilizado.
g - Que os aparelhos de anestesia
sejam providos de analisadores de oxigênio (oxímetro de linha), quando utilizarem mistura com outros gases.
3 - Determinar que não podem ser
efetuadas anestesias em circuito fechado, utilizando a mistura de gases produzida pela usina.
4 - Recomendar aos Hospitais Universitários que façam análise prospectiva, permitindo o aperfeiçoamento
do sistema.
5 - Recomendar ao Ministério da
Saúde que discipline o uso dessa
tecnologia no sistema de saúde do País,
através de normas e regulamentos técnicos que assegurem os padrões propostos.
Brasília-DF, 14 de agosto de 1992.
IVAN DE ARAÚJO MOURA FÉ
Presidente
HERCULES SIDNEI PIRES LIBERAL
Secretário-Geral
Publicada no D.O.U. dia 11.09.92
Página 12648
Anestesia em revista - março/abril, 2002 - 13
Provas da SBA 2002
INFORMAÇÕES COMUNS A TODAS AS PROVAS RELACIONADAS NESTA NOTA
Valor: R$ 290,00 (Duzentos e Noventa Reais)
Forma de Pagamento: Preferencialmente, por medida de segurança, deverá ser efetuado depósito bancário e envio do comprovante, juntamente com requerimento solicitando inscrição, via fax.
Favorecido: Sociedade Brasileira de Anestesiologia
Depositante: não esquecer de colocar o nome
Banco Real agência: 0826 C/C - 7805109-6
Banco do Brasil agência: 287-9 C/C - 12497-4
Fax: (21) 2537-8188
OBS: Favor ligar confirmando o recebimento do fax de forma legível e anotar o nome, dia e hora do funcionário que o atendeu. A SBA
não se responsabiliza por inscrição de candidato que até 08 dias
antes da prova não tenha reclamado a não confirmação da mesma.
ATENÇÃO: O prazo de inscrição é Regulamentar, assim sendo,
não poderá ser prorrogado. Avise aos seus colegas.
Caso prefira enviar o cheque pelo correio, favor enviar com Aviso de
Recebimento ou Sedex.
SEGUNDO SEMESTRE
Todas as provas terão o mesmo prazo de vencimento de inscrição.
Prazo de Inscrição: até 12 de agosto de 2002
TÍTULO SUPERIOR EM ANESTESIOLOGIA (TSA)
Regulamento e Programa: disponíveis na home-page da SBA para
“download”. Programa será encaminhado junto com a confirmação
de inscrição.
ESCRITA
Dia: 09 de novembro de 2002
Hora: 8:00 (quatro horas de duração - 100 questões de múltipla escolha)
Local: a ser confirmado pela Comissão Executiva do 49º CBA
Joinville/SC
ORAL
Dia: novembro de 2002 - realizada sempre nos dias que antecedem a
abertura do CBA (o número de dias, dependerá do total de inscritos)
Local: a ser confirmado pela Comissão Executiva do 49º CBA
Joinville/SC
MUDANÇA DE CATEGORIA DE MEMBRO
ADJUNTO PARA MEMBRO ATIVO
ORAL
Dia: novembro de 2002- realizada sempre nos dias que antecedem a
abertura do CBA (o número de dias, dependerá do total de inscritos)
Local: a ser confirmado pela Comissão Executiva do 49º CBA
Joinville/SC
INGRESSO NA CATEGORIA DE MEMBRO ATIVO
Regulamento e Programa: disponíveis na home-page da SBA para
“download”. Programa será encaminhado junto com a confirmação
de inscrição.
ESCRITA
Dia: 08 de novembro de 2002
Hora: 14:00 (duas horas de duração - 50 questões de múltipla escolha)
Local: a ser confirmado pela Comissão Executiva do 49º CBA
Joinville/SC
ORAL
Dia: novembro de 2002- realizada sempre nos dias que antecedem a
abertura do CBA (o número de dias, dependerá do total de inscritos)
Local: a ser confirmado pela Comissão Executiva do 49º CBA
Joinville/SC
OBS: Só serão admitidos como membro ativo da SBA, os médicos
aprovados na prova oral.
TÍTULO DE ESPECIALISTA
EM ANESTESIOLOGIA (TEA)
Regulamento e Programa: disponíveis na home-page da SBA para
“download”. Programa será encaminhado junto com a confirmação
de inscrição.
ESCRITA
Dia: 09 de novembro de 2002
Hora: 8:00 (quatro horas de duração - 10 questões dissertativas)
Local: a ser confirmado pela Comissão Executiva do 49º CBA
Joinville/SC
A partir do ano 2001 as provas escrita e oral para obtenção do
TEA, também passaram a ser realizadas em anos distintos.
PROVA NACIONAL
MÉDICOS EM ESPECIALIZAÇÃO – 2002
Regulamento e Programa: disponíveis na home-page da SBA para
“download”. Programa será encaminhado junto com a confirmação
de inscrição.
14/Dezembro/2002
ESCRITA
Dia: 08 de novembro de 2002
Hora: 14:00 (duas horas de duração - 50 questões de múltipla escolha)
Local: a ser confirmado pela Comissão Executiva do 49º CBA
Joinville/SC
Informações sobre o local: consulte a Regional do seu Estado.
14 - março/abril, 2002 - Anestesia em revista
ME1 – 14:00 às 16:00 horas (horário de Brasília)
ME2 – 17:00 às 19:00 horas (horário de Brasília)
COMISSÃO DE
DE ASSUNTOS
ASSUNTOS INTERNCIONAIS
INTERNCIONAIS
COMISSÃO
A Federação Mundial de
Sociedades de Anestesiologistas
A World Federation of Societies of
Anesthesiologists (WFSA) foi formalmente
constituída no Congresso Mundial de
Anestesiologistas em Scheveningen,
Holanda, em 1955. Houve 28 sociedades membros fundadoras.
Os objetivos da WFSA são tornar
disponíveis os mais elevados padrões de
anestesia, alívio da dor e ressuscitação a
todas pessoas do mundo e disseminar o
mesmo entre elas.
A WFSA promove um Congresso a
cada 4 anos durante o qual os delegados
de todas sociedades membros nacionais
se encontram em pelo menos duas assembléias gerais.
A WFSA tem também seções regionais. A Confederação de Sociedades Européias de Anestesiologia (CENSA) promove um congresso em anos alternados e a
Seção Regional Ásia-Australiana (AARS)
a cada 4 anos. A Confederação de Sociedades Latino-Americanas de Anestesiologia
(CLASA) realiza congressos em anos ímpares alternados. A Seção Regional Africana (ARS) foi estabelecida em Harare,
Zimbábue, em abril de 1997 e realizou seu
primeiro congresso em 2001.
Os próximos congressos serão
Congresso Mundial
Paris
Durban
2004
2008
CENSA
Glasgow
2003
AARS
Kuala Lumpur
Singapura
2002
2006
CLASA
Guatemala
2003
A WFSA é uma organização nãogovernamental com relações com a Organização Mundial da Saúde (OMS), com
quem trabalhou estreitamente, no passado, ao estabelecer centros de treinamento em anestesia em Caracas e Manila.
Novos centros de treinamento anestésicos foram estabelecidos na África do Sul,
no Pacífico Sul e na Tailândia. Está também em ligação com o Conselho para
Organizações Internacionais (CIOMS), a
Organização de Padrões Internacionais
(ISO), a Associação Internacional para o
Estudo da Dor (IASP) e a Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO).
As publicações da WFSA incluem
um Newsletter. Um Relato Anual é publicado e reúne a relação das Sociedades
membros, o livro de endereços dos Comitês e um calendário dos Congressos
Internacionais.
A Federação patrocina o Update in
Anaesthesia, uma publicação de educação
continuada dirigida para o mundo em desenvolvimento. É apresentado em 5 línguas: francês, espanhol, russo, mandarim
e inglês. A WFSA está ajudando a desenvolver um manual básico de anestesia,
Anaesthesia at the District Hospital em conjunto com a OMS. Está ajudando a custear a Intensive Care in the Tropics.
A WFSA custeia programas educacionais que têm iniciado ou patrocinado cursos intensivos na África Leste e Oeste,
Fidji, o antigo bloco do leste europeu,
América Central e do Sul, região da
Tailândia, Caribe e o longínquo oriente.
A WFSA também promove Cursos
de Atendimento Primário ao Trauma
adaptados aos países em desenvolvimento e Cursos sobre Manutenção e Reparos
de Equipamentos Essenciais na África.
Questionamentos devem ser dirigidos ao Profº A. E. E. Meursing,
Honorary Secretary. WFSA Office: Level
8, Imperial House, 15-19 Kingsway,
London WC2B 6TH, United Kingdom.
Tel: +44 20 7836 5652
Fax: +44 20 7836 5616 e-mail:
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Diretoria atual - (até abril de 2004)
President: Dr. T. C. Kester Brown (Austrália)
Secretary: Profa Anneke E. E. Meursing
(Malawi)
Treasurer: Dr. Richard G. Walsh (Austrália)
Chair, Executive Commitee: Profo David R.
Bevan (Canadá)
Assistant Secretary: Dr. John Moyers
(EUA)
Vice Chair, Executive Commitee: Profa Maria Janecsko (Hungria)
Standing Commitees
Chair, Education Committee: Dr. Angela
Enright (Canadá)
Chair, Publications Committee: Dr. Roger
Eltringham (RU)
Chair, Statutes & Bylaws Committee: Dr.
David J. Wilkinson (RU)
Chair, Finance Committee: Dr. Jerrold H.
Fontenot
Specialist Commites
Chair, Committee on Obsthetric Anaesthesia:
Dr. David Bogod (RU)
Chair, Committee of Paediatric Anaesthesia:
Dr. Luz H. Patiño Sanchez (Colômbia)
Chair, Committee for Pain Relief: Dr. Dilip
Pawar (India)
Chair, Committee on Resuscitation, Trauma
and Intensive Care Medicine: Profº
Mohamed A. Seraj (Arábia Saudita)
Chair, Committee on Technology,
Information & Equipment: Profa Ira J.
Rampil (EUA)
Chair, Committee for Safety & Quality of
Practice: Profo Klaus Geiger (Alemanha)
WHO Liaison Officer: Dr. Michael
Dobson (RU)
Honorary Archivist: Dr. Joseph Rupreth
(Holanda)
COMO VOCÊ PODE AJUDAR!
WFSA Manual _______________________________________________ US$
10,00
Estetoscópio ________________________________________________ US$
25,00
Conjunto de materiais educacionais _____________________________ US$
500,00
Kit de ressuscitação __________________________________________ US$ 1.000,00
Bomba de infusão ____________________________________________ US$ 2.500,00
Conjunto eletrônico __________________________________________ US$ 3.500,00
Ventilador Oxyvent ou monitor cardio-respiratório _________________ US$ 5.000,00
Unidade anestésica e ventilador ________________________________ US$ 7.500,00
Um ano de educação pós-graduada ______________________________ US$ 10.000,00
Um Curso Nacional de Anestesia completo ______________________ US$ 25.000,00
Uma workstation de anestesia completa ___________________________ US$ 50.000,00
Anestesia em revista - março/abril, 2002 - 15
DEFESA
DEFESA PROFISSIONAL
PROFISSIONAL
A
Uma questão de princípios
lém de suas atividades no cam-
po científico e da educação continuada, a Sociedade de Anestesiologia do Estado da Bahia (SAEB)
vem, ao longo do tempo, exercendo um
papel aglutinador dos médicos
anestesiologistas em defesa dos seus direitos profissionais, laborando sempre
por uma boa medicina, em que a relação
médico paciente é o seu foco principal.
A interposição dos planos de saúde entre médicos e pacientes praticamente
destruiu a relação de confiança, respeito
e fraternidade que sempre existiu entre
ambos. Não podemos negar a importância e os benefícios de uma apólice de
seguro, seja ela direcionada à saúde ou a
qualquer outro tipo de risco em que o
cidadão ou os seus bens estejam vulneráveis. A contribuição de muitos suporta
os percalços de poucos, contanto que o
seguro seja feito em bases atuariais corretas e gerenciado com competência e
lisura. Nos casos dos planos de saúde
essas regras básicas nem sempre têm sido
observadas: muitos aventureiros aparecem e desaparecem da praça, passando o
calote em segurados, médicos e hospitais. A nova legislação que disciplina a
matéria criou a Agência Nacional de Saúde e estabeleceu algumas salvaguardas
em benefício dos segurados deixando os
médicos e hospitais a mercê de sua própria sorte. Os hospitais pela natureza de
sua estrutura jurídica e administrativa,
bem ou mal, encontram os meios para se
defenderem. Os médicos, por sua vez,
ficam completamente órfãos, entregues
ao seu peculiar amadorismo gerencial,
desorganizados e desunidos, ignorando
sua força - se organizados e unidos fossem. A única paternidade capaz de
protegê-los é sua unidade e organização
através das lideranças de suas entidades
representativas, fundamentadas na ética
profissional e pessoal de cada um, cristalizado numa relação médico paciente,
em que os direitos e deveres de ambas a
partes sejam respeitados. A maioria dos
planos de saúde se queixa de dificuldades financeiras. Ë certo que os custos da
medicina assistencial aumentaram, mas
também, é verdade que os planos aumentaram e muito os valores cobrados dos
segurados. O que não aumentou nestes
últimos sete anos foram os honorários
médicos. No somatório das despesas
médico-hospitalares os gastos com os
médicos estão por volta de vinte a vinte
e cinco por cento e os honorários de
anestesia variam de um e meio a dois
por cento. A remuneração dos médicos
em relação aos custos de materiais e medicamentos representam verdadeiras migalhas. É chegado o momento de se rever essa situação extremamente difícil,
sob pena de sermos deletados das decisões sobre o nosso trabalho. Não existe
medicina sem médicos e os médicos precisam ser remunerados dignamente para
que possam ter tranqüilidade e segurança para desempenhar a sua tarefa. Nos
Altamirando Santana
últimos dois anos que passamos pela
Presidência da SAEB e atualmente
como Diretor de Defesa Profissional
temos lutado pela organização e união
dos médicos anestesiologistas em torno de princípios capazes de estabelecer
uma relação direta entre quem realiza e
quem utiliza os nossos serviços. O entendimento direto entre as partes interessadas, confere aos pacientes ou seus
responsáveis, o poder de avaliar a qualidade do serviço e atenção que lhes são
prestadas, evitando as glosas e calotes
impostos pelos intermediários.
Altamirando Santana
Diretor de Defesa Profissional da SAEB
Alerta SNVS/Anvisa/Ufarm nº 15, de 27 de dezembro de 2001
A Unidade de Farmacovigilância/
ANVISA recebeu duas notificações de
reações adversas graves associadas ao
halotano, líquido anestésico inalatório,
utilizado na pediatria.
Sendo um potente anestésico que
permite a perda da consciência suave e
bastante rápida, o halotano tem evolução terapêutica imediatamente. É indicado para a indução e manutenção de
anestesia geral, em todos os tipos de
cirurgias, para pacientes de todas as
idades. Freqüentemente é administrado com outros medicamentos para a
16 - março/abril, 2002 - Anestesia em revista
indução ou suplementação da anestesia.
Os dois casos de parada cardiorespiratória associados com o anestésico
halotano, ocorreram com crianças. A Unidade de Farmacovigilância está analisando os casos para as providências cabíveis,
e concomitantemente recomenda que:
O halotano deve ser usado em
vaporizadores que permitem razoável
aproximação com o consumo e débito
do mesmo ou em vaporizadores do tipo
calibrado;
O paciente deve ser monitorado
cuidadosamente em relação aos sinais de
superdosagem (queda de pressão arterial, pulso e ventilação);
Deve haver suporte respiratório e
circulatório e controle dos distúrbios
hidroeletrolíticos e ácido-básico;
Assegure uma ventilação adequada da sala onde o halotano estiver sendo
administrado;
Solicitamos que os profissionais de
saúde e usuários de medicamentos notifiquem a suspeita de qualquer reação adversa ou interação medicamentosa por
meio dos formulários da Anvisa.
PARECER
Uma visão jurídica sobre as
TRANSFUSÕES DE SANGUE
Dr. José Antonio Tedeschi
Juiz de Direito
Tópicos
I. Do direito à vida e à integridade
física
1. Proteção constitucional (CR, art.
5º, caput).
2. Proteção infra-constitucional (CP,
art. 129).
II. Da regulamentação legal da
transfusão de sangue
III. Da escusa de consciência
IV. Problemática do tema à luz da
jurisprudência.
I. 1. A vida, como objeto de direito
tutelado pela Constituição da República, deve ser entendida, sem que com isso
intentemos dar uma definição do instituto, como sendo mais abrangente do que
seu sentido meramente biológico, de incessante auto-atividade funcional, peculiar à matéria orgânica. Como adverte o
constitucionalista José Afonso da Silva, é
mais um processo (processo vital) que se instaura com a concepção (ou germinação
vegetal), transforma-se, progride, mantendo sua identidade, até que muda de qualidade, deixando então de ser vida para ser
morte. Tudo que interfere em prejuízo
deste fluir espontâneo e incessante contraria a vida.
O direito à vida, tutelado pelo legislador constituinte de 1988, como o
direito à existência, consiste, segundo o
mesmo autor, no direito de estar vivo, de
lutar pelo viver, de defender a própria vida,
de permanecer vivo. É o direito de não ter
interrompido o processo vital senão pela
morte espontânea e inevitável.
Como tal, é assegurado a todo indivíduo (ser dotado de vida) pelo art. 5º,
caput, da Constituição da República, ao
tratar dos direitos e garantias individuais, como sendo o mais básico, a fonte
primária de todos os outros bens jurídicos.
Dispensável dizer que o direito à
vida, garantido pela Carta Política de
1988, traz ínsito o direito à integridade
física.
2. Porque assegura a Lei Maior o direito à vida, é que a legislação penal pune
todas as formas de vulneração da integridade física do indivíduo.
A característica do ordenamento
jurídico penal que primeiro salta aos
olhos, leciona Francisco de Assis
Toledo, é a sua finalidade preventiva:
antes de punir, ou com o punir, quer evitar
o crime. Assim, por meio da elaboração dos
tipos delitivos (modelos de comportamento humano) revela o legislador penal,
de modo nítido e visível, aos que estejam
submetidos às leis do País, aquilo que lhes é
vigorosamente vedado fazer ou deixar de
fazer (...). Por meio da cominação de penas,
para o comportamento tipificado como ilícito penal, visa o legislador atingir o sentimento de temor (intimidação) ou o sentimento ético das pessoas, a fim de que seja
evitada a conduta proibida (prevenção
geral). Falhando essa ameaça, ou esse apelo, transforma-se a pena abstratamente
cominada, com a sentença criminal, em realidade concreta, e passa, na fase de execução, a atuar sobre a pessoa do condenado,
ensejando sua possível emenda ou efetiva neutralização (prevenção especial).
De relevo, nesse passo, atentarmos ao caráter fragmentário do
Direito Penal: dentre a multidão de
fatos ilícitos possíveis, somente alguns, os mais graves, são selecionados para serem alcançados pelas
malhas do ordenamento penal. Todavia, na construção do injusto típico penal, opera esse mesmo ordenamento autonomamente, sem subalternidade a outros ramos do direito.
Dentre todos os tipos penais previstos na lei penal codificada em pro-
teção à integridade física, interessa-nos o
delito de lesão corporal (CP, art. 129). Pode
ser simples (CP, art. 129, caput), grave (CP,
art. 129, § 1º), gravíssima (CP, art. 129, §
2º), seguida de morte (CP, art. 129, § 3º),
privilegiada (CP, art. 129, § 4º) ou culposa
(CP, art. 129, § 6º), bem como sofrer exasperação na reprimenda em atenção a condições especiais do ofendido (CP, art. 129,
§ 7º).
II. A transfusão de sangue, entre
nós, não tem merecido maior atenção por
parte do legislador. Não obstante, é comando constitucional (CR, art. 199, § 4º)
a elaboração de lei que disporá, entre
outros tópicos, sobre a coleta, processamento
e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização.
O tema também mereceu atenção
por parte do constituinte bandeirante,
como se vê do art. 225, e §§, da Carta Política Paulista de 05 de outubro de 1989.
Anestesia em revista - março/abril, 2002 - 17
A Lei nº 7.649, de 25 de janeiro de
1988, é que prevê o cadastro obrigatório
de doadores de sangue, tendo sido regulamentada pelo Dec. nº 95.721, de 11 de
fevereiro de 1988. Essa legislação, anterior à Carta de 1988, foi por ela recepcionada.
III. O legislador constituinte de 1988
previu, ainda, a inviolabilidade da liberdade de consciência e de crença (CR, art.
5º, VI) e, como seu consectário, a possibilidade de invocação de crença religiosa
ou de convicção filosófica ou política para
eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa fixada em lei (CR, art. 5º, VIII).
IV. Quid juris há, durante a realização de procedimento médico-hospitalar,
invocação de família de paciente, de escusa de consciência, fundada — como
ocorre mais freqüentemente — em
motivos religiosos, para impedir transfusão de sangue que seria imprescindível
à manutenção da vida do enfermo?
A questão não é nova, ao menos
para a jurisprudência; não obstante, temos que sempre foi enfrentada cautelosamente, em razão, no mais das vezes,
da ausência de regulamentação legal específica sobre o tema e, mais, em face da
própria peculiaridade da questão.
Qual a solução?
Sendo a transfusão de sangue medida recomendável (embora, em um primeiro momento, ainda não imprescindível),
a invocação, pela família do paciente, da
escusa de consciência tem o condão de
obstar ao médico a realização daquele
procedimento, sob pena de, em o fazendo, responder o profissional de saúde, in
thesi, pelo delito de lesão corporal leve.
O próprio beneficiário da transfusão,
aliás, se consciente estiver, poderá manifestar resistência à realização desse procedimento. E, ainda assim, estará o médico impedido de proceder à transfusão.
Outra é a solução, porém, se a medida
em testilha se revela imprescindível, única
a garantir a sobrevivência do enfermo.
Em casos tais, não se cogita de resistência do paciente mesmo, que em
geral encontra-se inconsciente, quer em
razão da gravidade de seu quadro (traumático), quer por ação de sedativos que
minoram seu sofrimento.
Falam, então, por ele, seus familiares.
A resistência da família, em autorizar a transfusão, quando se revela esse
18 - março/abril, 2002 - Anestesia em revista
procedimento imprescindível para a
manutenção da vida do paciente, ainda
que fundada em motivos religiosos, não
tem mais o condão de impedir a atuação
médica nesse sentido .
É que, embora a conduta do médico
continue típica, isto é, continue correspondendo à previsão abstrata da figura
delitiva de lesão corporal, reveste-se, em
razão da necessidade da transfusão, de
excludente de ilicitude, consistente no
estado de necessidade (CP, art. 24, caput).
Eis a orientação pretoriana
CONSTRANGIMENTO ILEGAL - Inteligência do art. 146, § 3º, I, do
Código Penal.
Uma vez comprovado efetivo perigo de
vida para a vítima, não cometeria delito nenhum o médico que, mesmo contrariando a vontade expressa dos por ela responsáveis, à mesma
tivesse ministrado transfusão de sangue .
Ao revés, adentra então à seara da
ilegalidade a conduta dos familiares do
paciente:
OMISSÃO DE SOCORRO E
PERICLITAÇÃO DE VIDA - Negativa
de autorização para transfusão de sangue
por motivos religiosos - Crime impossível - Inocorrência - Inteligência dos arts.
132, 135 e 17, do Código Penal.
Acusadas que em nome de seita religiosa e das orientações nela recebidas deixam de
permitir transfusão de sangue em menor,
possibilitando a consumação da omissão de
socorro e da periclitação de vida, praticam
em tese os delitos dos arts. 132 e 135 do CP .
PERIGO PARA A VIDA OU SAÚDE
DE OUTREM - Caracterização em tese - Parente de menor que, por impedimento religioso,
não autoriza transfusão de sangue prescrita
por médico como medida de urgência - Ciência
de risco de vida a que a criança estava exposta
- Dolo eventual caracterizado - Justa causa
para a ação penal - “Habeas Corpus”
denegado - Inteligência do art. 132 do CP .
PERIGO PARA A VIDA E SAÚDE DE OUTREM - Art. 132 do CP Vítima menor com comprovada anemia
profunda. Transfusão de sangue preconizada por médico como terapia urgente.
Proibição de sua realização pelos agentes. Perigo demonstrado. Ordem denegada. Precedentes.
O art. 132 do CP pune a situação de
perigo criada pela conduta ou omissão do
agente, presente ao menos consciência de tal
situação, dolo eventual. A vida humana é
um bem coletivo, que interessa mais à socie-
dade que ao indivíduo, egoisticamente, e a
lei vigente exerce opção axiológica pela vida
e pela saúde, inadmitindo a exposição desses
valores primordiais na expressão literal de
seu texto, “a perigo direto e iminente”. Comprovados, “prima facie”, a presença de perigo para a vida da vítima, portadora de
anemia profunda, a indicação em princípio correta, da transfusão de sangue e a negativa de autorização das acusadas para a
sua realização, está presente, em tese, conduta típica e punível, e a sua eventual
descriminação exigiria análise crítica e
valorativa de provas, incabível no âmbito
estreito do “habeas corpus” .
No mesmo sentido, entendimento firmado pelo E. Superior Tribunal de Justiça .
Não obstante a licitude de que viria a
se revestir, em casos tais, a conduta médica,
recomendam os Tribunais que se socorra, o
hospital, nessas situações emergenciais, do
Judiciário, através de alvará judicial , como
forma de obter a imprescindível autorização para vulnerar a integridade física do paciente, sem o risco de ver-se processar pela
prática de lesão corporal.
Argumentar-se-ia que o inquérito
policial instaurado, a partir da transfusão
feita sem autorização de familiares, para
salvar a vida da vítima, poderia ser arquivado de plano ou, se não apurada de forma segura o bastante a caracterização de
excludente de ilicitude, a decisão final
na ação penal que a ele se seguiria fatalmente levaria à absolvição do médico.
É até provável que assim se dê. Mas
o pleito de alvará judicial — utilizado,
também, em casos extremos, para a realização do aborto legal — medida rápida e
de pronta eficácia, poupa sem dúvidas o
médico, sua equipe e a direção do hospital de eventuais dissabores policiais.
Unesp - Botucatu, 18 de outubro de
1999.
Bibliografia
Constituição da República Federativa do Brasil, 05.out.1988
Constituição do Estado de São Paulo,
05.out.1989
Código Penal Brasileiro
“Curso de Direito Constitucional Positivo”,
de José A. da Silva, Ed. RT, 6ª ed., 1990.
“Princípios Básicos de Direito Penal”, de Francisco de Assis Toledo, Ed. Saraiva, 4ª ed., 1991.
Revistas de Jurisprudência.
Legislação correlata.
1º FÓRUM REGIONAL AMB
Novas Escolas de Medicina:
Realidade ou Oportunismo
CARTA DE CURITIBA
Relatório Final - Curitiba, 17 de abril de 2002
Considerando que existem hoje no Brasil cerca de 100 escolas de Medicina, que oferecem anualmente, aproximadamente, 10
mil vagas e que mais de 50% destes futuros médicos começarão a
clinicar sem conseguir uma vaga nas residências médicas, etapa de
treinamento complementar fundamental na formação do médico,
e que a grande maioria encontra-se concentrada nas capitais;
Considerando que, enquanto a Organização Mundial de
Saúde preconiza 1 médico/1.000 hab., no Brasil a média observada é de 1 médico/673 hab. e nos estados sulinos os dados
abaixo indicam que não há carência de médicos.
Quadro 1 - Média de médicos por habitante na Região Sul
Estado
Rio Grande do Sul
Santa Catarina
Paraná
Capital
1/154
1/180
1/228
Interior
1/930
1/1057
1/1097
Total
1/536
1/769
1/702
Quadro 2 - Número de Faculdades e vaga na Região Sul
Estado
Rio Grande do Sul
Santa Catarina
Paraná
Região Sul
Nº Faculdades
10
06
06
22
Nº Vaga/Ano
858
394
516
1.768
Considerando que as universidades federais e privadas
são de competência legislatória da união e que aos estados
cabe a competência legislatória da união e que aos estados
cabe a competência legislativa plena para atender às suas peculiaridades, com ressalva de que a superveniência de lei federal sobre normas gerais, suspende a eficácia da lei estadual,
no que àquela for contrária;
Considerando que as faculdades têm autonomia, porém
não soberania, para aumentar o nº de vagas;
Considerando que, segundo as normas vigentes, a autorização de funcionamento ocorre mediante análise exclusiva do
projeto pedagógico do novo curso (não sendo avaliadas as condições de oferta), que serão avaliados pelo CNE, o das instituições privadas; pelo CEE, o das comunitárias e estaduais, e pelo
MEC, o das públicas federais;
As entidades da Região Sul, abaixo-assinadas, reunidas
em Curitiba, na sede da Associação Médica do Paraná, dia 17
de abril de 2002, para o FÓRUM REGIONAL NOVAS ESCOLAS DE MEDICINA: REALIDADE OU OPORTUNISMO,
baseadas no suporte legal de atribuição de legitimidade para
defesa de interesses difusos ou coletivos da classe, acordam,
como medidas prioritárias, que deva haver:
- Atuação de forma consensual junto às instâncias representativas da sociedade, inclusive envolvendo o Conselho Estadual de Educação, a exemplo de Santa Catarina;
- Implantação de mudanças nas estratégias de marketing perante a opinião pública, demonstrando que estão preocupa-
-
-
-
-
-
das em assegurar condições para que cada médico recémformado tenha competência plena para exercer sua profissão e que são favoráveis á abertura de novas escolas médicas, desde que atendidos os requisitos necessários, com
condições plenas de funcionamento;
Definição de critérios de avaliação abrangente do recémformado, que contemplem aspectos cognitivos, atitudes e
habilidades;
Definição de política rigorosa de avaliação para a manutenção da escola e do exercício da profissão;
Definição de parâmetros para avaliar necessidade social e requisitos técnicos para a abertura de novas escolas de medicina;
Acompanhamento da política de expansão de vagas em
graduação de forma associada com a de residência médica
e de pós-graduação;
A alteração da Lei nº 9.394 LDB, dando força pra os conselhos nacional e estaduais de saúde opinarem, em caráter
terminativo, no que diz respeito à necessidade social. Após
o que, há que se obter instrução normativa junto aos Conselhos Estaduais de Educação, referendando a mudança;
Obter a aprovação de leis estaduais de regulamentação, criação, autorização de funcionamento e abertura de novas
vagas, avaliação e reconhecimento dos cursos de graduação na área médica;
Como poder de pressão, usar o recurso da iniciativa de
certificação de acreditação às escolas;
Critérios federais e estaduais disciplinando o exercício do
profissional de ensino médico;
Modificação da legislação, restabelecendo o parecer do
CNS referente à necessidade social;
Criação de novas escolas médicas só com o preenchimento
das condições plenas e reais do critério Muito Bom, segundo avaliação SESU-MEC;
Participação da Associação Médica Brasileira, Conselho Federal de Medicina e Federação Nacional dos Médicos - Confederação Médica Brasileira como representantes natos da
sociedade organizada nas atividades dos CEEM-MEC;
Aumento da oferta de vagas só em escolas médicas com
condições de oferta de ensino Muito Bom, segundo avaliação SESU-MEC;
Avaliação permanente por Teste de Progresso do alunado,
de acordo com modelo utilizado na Universidade Estadual
de londrina;
Criação de dispositivo para que as entidades médicas, diante de avaliação de escola que não tenha observado os requisitos SESU-MEC, acionem o Ministério Público pedindo o seu fechamento, a bem do interesse público;
Definição, para aprovação em fórum nacional, do conceito
de necessidade social para a autorização de criação de escolas médicas.
Associação Médica do Rio Grande do Sul
Associação Médica de Santa Catarina
Associação Médica do Paraná
Anestesia em revista - março/abril, 2002 - 19
XXVI JONNA - FORTALEZA / CE
Discurso do presidente da SBA na
solenidade de abertura
28 de março de 2002
Dr. Carlos Alberto Pereira de Moura
E
stamos iniciando as atividades
científicas do calendário oficial da SBA neste segundo ano
do novo milênio. Temos o prazer de começar nossos trabalhos nesta cidade
aprazível de Fortaleza, que eu gostaria
de chamar de terra do sol e terra da alegria. Na última oportunidade em que
aqui estivemos, durante o 45º. CBA, em
1998, no ano do cinqüentenário da SBA,
pudemos constatar que o sol é uma característica marcante desta cidade. O calor decorrente do astro rei e dos colegas
que compõem a Sociedade de Anestesiologia do Estado do Ceará tornam o
clima propício para momentos de intensa alegria e descontração.
Neste clima que se mantém ao longo dos anos, acrescido da união
associativa que nos orgulhamos de possuir, é que mais uma vez voltamos ao
Ceará, voltamos a Fortaleza, para que
possamos tratar de todos os assuntos que
envolvem nossa especialidade.
Na área científica já podemos prever que teremos novamente um sucesso
garantido. A programação cuidadosamente elaborada pela Comissão Executiva,
garante o pleno êxito deste evento. Antecipadamente a Diretoria da SBA parabeniza a todos que, de qualquer forma,
com muita vontade e espírito associativo
propiciaram a realização desta JONNA.
Esta Jornada que congrega todos os estados das regiões norte e nordeste de nosso País, distantes entre si por muitos quilômetros, porém muito próximos em suas
características regionais, procura sempre
deixar uma posição marcante dentro da
estrutura da nossa SBA.
Destas regiões, surgiram e ainda
surgem grandes lideranças científicoasociativas na SBA. Neste momento
onde mais uma vez podemos ter a presença de um grande número de membros da SBA, daqui e todo o restante do
Brasil, devemos deixar marcada nestas
palavras a satisfação que nossa Sociedade teve e ainda tem de poder contar com
esses colegas.
Do Amazonas até a Bahia todos os
componentes dessas Regionais são os
responsáveis pela prática e o ensino da
anestesiologia nessa imensa área do nosso território nacional. E, por conseguinte, também são, juntamente com os demais membros das outras regionais, responsáveis pela manutenção da segunda
maior Sociedade de Anestesiologia pertencente a Federação Mundial de Sociedades de Anestesiologia.
É um trabalho duro, de muita dedicação, passível de muitas críticas e também de muitos elogios; mas nossa união
faz a diferença e permite que alcancemos os objetivos programados.
Neste ano de 2002, dando continuidade ao trabalho iniciado nas gestões
que nos antecederam continuamos envolvidos junto com a AMB e o CFM na
edição do novo Rol de Procedimentos
Médicos que será brevemente editado.
Esta proposição conta com a participação da FIPE a qual foi contratada pela
AMB visando nos orientar adequadamente quanto a hierarquização dos procedimentos médicos.
No dia 27 de fevereiro estivemos
Da esquerda para a direita: Mairton Lucena, Francisco Monteiro, Geraldo Teixeira Botrel, Plínio de Oliveiro Holanda, João Flávio Lessa Nogueira, Carlos Alberto Pereira de
Moura, Renato Almeida Couto de Castro, Mário José da Conceição, Florentino Cardoso, José Sábados Pereira Pontes e José Rangel.
20 - março/abril, 2002 - Anestesia em revista
na AMB e recebemos a relação dos procedimentos médicos, bem como a
hierarquização dos portes anestésicos,
conforme proposto pela FIPE, para que
efetuássemos a distribuição desses portes em todos os procedimentos listados.
Somos a única Sociedade de Especialidade que teve a oportunidade de
valorizar seu ato médico através dos portes anestésicos. A quantificação dos portes foi feita pela FIPE após análise técnica realizada a partir das informações
prestadas pela SBA referentes as características dos diferentes procedimentos,
as quais envolviam, tempo de duração,
grau de complexidade, local de realização, de cada procedimento.
A FIPE usou como referencial para
hierarquização dos portes anestésicos, a
consulta médica. Assim sendo, todos os
portes bem como os procedimentos médicos das outras especialidades foram
quantificados em UTM - Unidade de
Trabalho Médico a partir da quantificação
em UTM da consulta médica.
Realizamos uma reunião na sede
da SBA no dia 09 de março onde participaram a diretoria da SBA, a CHM, o Presidente da Febracan e o Secretário do
Conselho de Defesa Profissional, para
que colocássemos os portes anestésicos
em todos os procedimentos. Nesta reunião decidimos encaminhar uma
quantificação em UTM diferente da apresentada pela FIPE e também alteramos
a classificação dos portes de vários procedimentos anestésicos. Utilizamos
como nosso referencial a LPA/SBA aprovada pela AR de 1997 a qual já estava
totalmente contemplada na LPM-99 da
AMB. Nosso objetivo ao propormos tais
modificações foi o de corrigir distorções
que são do conhecimento de todos.
A estratégia de implantação do
novo rol de procedimentos médicos
hierarquizados está sendo elaborada por
uma assessoria jurídica contratada pela
AMB especialmente para este fim
objetivando evitar novos embates com
o CADE. A proposta que vem sendo apresentada e que será aplicada é a de que o
novo Rol seja implantado, através de
uma Resolução do Conselho Federal de
Medicina, que é autarquia que regulamenta o exercício da atividade médica
em nosso País. Essa estratégia merece
toda a nossa aprovação e apoio.
Nossa gestão pretende deixar solidificado a proposta de enfrentarmos,
realmente de frente, o problema da
drogadição entre os anestesiologistas. A
Comissão Temporária nomeada pela diretoria terá seu mandato renovado ao
longo deste ano para que possamos tratar deste assunto da melhor forma possível.
Na Assembléia de Representantes
do 49º. CBA, em Joinville, estamos apresentando uma proposta de criação da
Comissão de Saúde Ocupacional, vinculada ao Departamento de Defesa Profissional. Esperamos contar com o apoio de
todos. No mês de abril, durante a JAERJ/
2002, será realizado um painel sobre este
assunto no qual teremos a participação
dos Presidentes da SBA, AMB - Dr.
Eleuses Vieira de Paiva e do CFM - Dr.
Edson de Oliveira Andrade. Também fará
parte deste painel o Profº Dr. Ronaldo
Ramos Laranjeiras, titular da disciplina
de Psiquiatria da Escola Paulista de Medicina. Como debatedores teremos todos
os membros da Comissão Temporária de
Saúde Ocupacional, doutores: Gastão
Fernandes Duval Neto, Maria Anita
Spíndola Baz Batti, Reinaldo de Assis
Espíndola, Cristina Barreto Campello
Roichman e José Luiz Gomes do Amaral,
bem como o Presidente da SAERJ - Dr.
Ismar Cavalcanti.
Também estamos providenciando
a edição de um manual sobre Drogadição, cujo texto nos foi autorizado traduzir e publicar pela ASA. Consideramos
extremamente necessário a abordagem
desse problema de todas as maneiras possíveis, objetivando-se oferecer aos colegas comprometidos, adequada orientação e tratamento.
Quanto ao nosso curso - Suporte
Avançado de Vida em Anestesia, SAVA,
estamos trabalhando no sentido de sua
solidificação e ampliação no que diz respeito a formação de novos instrutores.
Nesta jornada tivemos a realização de
mais um curso SAVA o qual temos a certeza que foi do agrado de todos, apesar
de alguns contratempos de ordem fiscal
e de transporte. A diretoria da SBA quer
deixar registrado seus agradecimentos a
Regional do Ceará e aos instrutores por
mais essa edição do SAVA.
Precisamos formar mais instrutores. Essa é a etapa que pretendemos
ampliar. Neste SAVA de Fortaleza já
contamos com seis novos instrutores que
foram formados no ano passado e são
todos pertencentes a Regional da Bahia.
A eles e a SAEB que tanto se empenhou na formação desses instrutores
deixamos também registrado nossos
agradecimentos.
Com instrutores espalhados pelo
Brasil poderemos realizar mais cursos
desse tipo com qualidade técnico-científica e com diminuição dos custos. Atualmente o SAVA está sendo realizado nos
eventos oficiais da SBA (Jornadas Regionais e CBA) e toda sua despesa é paga
parte pela SBA (2/3) e parte pela regional (1/3).
Meus amigos, independente de
qualquer idéia, de qualquer projeto, nossa diretoria quer que toda a estrutura da
SBA possa ser colocada à disposição de
todos os seus membros. Agradecemos
imensamente os elogios, acatamos as sugestões e analisamos as críticas sempre
buscando o bem comum de todos os que
constituem a SBA. Qualquer membro da
SBA terá resposta a sua solicitação no
menor período de tempo possível. Pode
ser que a resposta não seja aquela que
ele gostaria de receber mas, nesses casos, procuraremos de forma democrática
mostrar que a SBA tem como objetivo
maior atender a todos e não a um de seus
membros de forma isolada.
Conviver em Sociedade é conviver sempre de maneira unida e poder
usufruir dos resultados positivos que alcançamos bem como amargar aqueles
que julgamos negativos para nossa especialidade. Todos os membros da SBA têm
o direito de ter idéias, apresentar projetos, mas, tem o dever de levar suas idéias e seus projetos a SBA, para que possam ser encaminhados da melhor maneira possível procurando ajudar a todos. Só
conseguiremos manter nossa grandeza
quando agirmos pensando na coletividade. Isoladamente não conseguiremos
sustentar nossas idéias e consolidar nossos projetos. Precisamos da marca SBA,
e para tal devemos manter nossa Sociedade sempre unida para que essa marca
mantenha sua força e sua grandeza. A
SBA somos todos nós e todos nós precisamos manter a união e o respeito por
nossa instituição, para que possamos
sempre obter resultados positivos para
nossa classe.
Nesta terra do sol, nesta terra da alegria, vamos trabalhar para o bem comum
de nossa Sociedade.
Tenhamos todos uma excelente
Jornada. Boa Noite.
Anestesia em revista - março/abril, 2002 - 21
Saudação aos participantes da
XXVI JONNA
É
Dr. João Flavio Lessa Nogueira - Presidente da XXVI JONNA
com o singular dever de presidente da Sociedade de
Anestesiologia do Estado do
Ceará, que em meu nome e
em nome de todos os anestesiologistas
cearenses, damos as boas vindas aos participantes desta XXVI Jornada Norte e
Nordeste de Anestesiologia, a nossa querida JONNA.
E é também, com o coração caldeado, afagado e exaurido em emoções,
que pretendemos nestes dois dias concebidos, ora perlustrar os caminhos da
ciência anestesiológica, ora abrir o claustro da nossa hospitalidade, seja questionando e debatendo novos e modernos
temas científicos, seja propiciando a todos, momentos alegres, saudáveis e
descontraídos, próprios da índole da família Fortalezense. Certamente beberemos a largos haustos, os conceitos emitidos em toda a atividade científica desta
JONNA, pois que, todos os temas aqui
apostos, estarão sob a tutela discursiva
de lídimos representantes do coral científico da anestesiologia brasileira. Há
ainda a ressaltar, a presença entre nos para
este mister, do Dr. Paul White, que atravessou as Américas, para nos repassar
experiências e manejos, da anestesia
ambulatorial, tão praticada em nossos dias
Haverá pois, minhas senhoras e
meus senhores, neste evento, uma postura didática dentro da órbita do habitual, entretanto e, com certeza, ela será
enxertada com os avanços da nossa especialidade. Discutiremos obviamente
também, com a ajuda caudatária da lógica e do bom senso, questionamentos relativos ao exercício profissional. E vejam bem, sob essa óptica, não nos atrai,
como possa parecer, o negativismo tão
em moda, mas, torna-se-nos imperioso,
uma discussão alargada onde possamos
perquirir novos caminhos, questionar teses discursivas em vigor na nossa SBA,
avaliar e discutir as distorções pecu22 - março/abril, 2002 - Anestesia em revista
Dr. João Flavio Lessa Nogueira - Presidente da SAEC
niárias que empobrecem e dificultam a
profissão do anestesiologista. Enfim, tentaremos oxigenar o status quo da especialidade, para que, o profissional da
anestesia, dono do sono e dos sonhos,
possa novamente ter esperanças.
Meus caríssimos participantes da
XXVI JONNA, em tempos primevos, não
muito distantes e vários aqui lembram
bem, cansamos de mourejar em hospitais obsoletos e desassistidos; vencemos
esta etapa, quase. Hoje em tempos modernos, porém, estamos subordinados a
uma pândega bem mais trágica: A desvalorização da especialidade. E pasmem,
não aludimos apenas, a degeneração
argentaria, ora em curso, dentre os nossos profissionais da medicina, mas
antevemos por aprofundamento crescente da crise, o que é bem mais grave “a
fuga de jovens especialistas e em conseqüência o provável tombamento da especialidade para profissionais de outra
área, como ocorrera nos Estados Unidos
da América. E não precisamos lembrar
que somos, os nossos mandatários, bons
copiadores das más práticas. Queira Deus
estejamos enganados.
Os tempos mudaram. Nos somos
porém valentes, e felizes os valentes que
aceitam com ânimo semelhante, a derrota ou as palmas. Sabemos que entre a
mão e a espiga há o muro, e por isso mesmo, jamais será nosso o hábito de posturas acomodadas ou submissas, pois que,
já se estabeleceu entre nos, uma endogamia, firmada em velhas e vitoriosas
lutas. A SAEC e A SBA estuário de grandes batalhas, estão ai, com as suas histórias, para testemunhar.
Meus queridos colegas, as nossas
atitudes, e isto dizemos sem que pareça
presunção, são afrescos memorialistas, de
recepções passadas, que a nossa SAEC já
proporcionou aos seus convidados. Nos
cearenses, sempre tivemos gestos solidários e partilháveis, e hoje, mais do que
nunca, as nossas palavras estão atreladas
às sobras e vitórias deste evento, no viés
inconfundível da ética e da boa prática
anestesiológica. Parece-nos verdadeiro,
que hoje, vamos exaurir nossas virtudes,
vestindo o gibão dos devotados, para que
possamos, humildemente, ostentar o sorriso dos vitoriosos
Quero agradecer a todos que nos
auxiliaram na organização e realização
deste evento científico-associativo. Aos
laboratórios sempre parceiros importantes. Aos queridos funcionários da Saec,
em especial a nossa secretária Sra. Rosângela pelo empenho e dedicação demonstrados. Aos componentes da comissão científica composta pelos estimados colegas Dr. Gerson Sabóia, Dra.
Sara Lúcia Cavalcante, Dr. Mauro
Gifone, Dr. Oziel Lima, presididos
pelo diretor científico da Saec Dr. Plínio
Holanda. Aos componentes da Comissão Social composta pelas colegas Dra.
Eneida Coutinho, Dra. Maria Claudia
Façanha, Dra. Maria Novaes, Dra.
Fabiana, Dra. Riane Azevedo e o Dr.
Ricardo Falcão. Ao Dr. Marcus Vinícius
Lopes, Responsável pela comissão de
finanças. Faço um agradecimento todo
especial minha querida esposa, Dora e
aos Meus filhos João Flávio, Daniel e
Bruno, razão maior da minha existência
e estímulo constante para dedicação ao
trabalho e ao amor à família, por terem
aceitado as horas ausentes de seus convívios, enquanto trabalhava pelo sucesso desta Jonna.
Da direita para a esquerda: Dr. Carlos Alberto Pereira de Moura, Dr. João Pereira Junior e
Dr. Pedro Thadeu Galvão Vianna
E aos nossos convidados, lembramos que “o coração, é também, o pêndulo universal dos ritmos como disse Raul
Pompéia, por isso, meus caros visitantes,
divirtam-se à vontade, tomem conta desta cidade, das suas luas, das suas tardes
solferinas, e das suas memoriáveis facetas
do bom humor nordestino. Enfim, durante estes dois dias, Fortaleza é vossa! Sejam bem vindos e boa Jornada.
Muito obrigado!
DIVERSOS
DIVERSOS
A cooperação é o nome do jogo
A aprovação das diretrizes para o treinamento
em ecocardiografia transesofágica perioperatória, nos EUA
Com este título, o Dr. Roger
Moore, Presidente da Society of
Cardiovascular Anesthesiologists (SCA), inicia a sua mensagem na publicação
Newsletter da ASA( American Society
of Anesthesiologists) de fevereiro de
2002. A notícia que nos é dada é bastante promissora. Comunica aos anestesiologistas associados da ASA que, após
um longo período, foram finalizadas as
diretrizes para o treinamento em ecocardiografia transesofágica perioperatória. Entretanto, o que mais se destaca
nesta reportagem, e que, também, faz jus
ao título da mensagem, é que tais diretrizes só foram possíveis devido ao árduo e longo trabalho das comissões criadas pelas Sociedades de Ecocardiografia
Americana (American Society of
Echocardiography-ASE) e a SCA ( com a
cobertura da ASA). As diretrizes
estabelecidas deverão ser apresentadas
em publicações de ambas as Sociedades,
mas, as mesmas, já estão disponíveis no
portal da SCA: www. scahq.org.
A seguir, Dr. Moore faz o histórico
destas negociações, que retroagem a década de 80, e aponta alguns fatores que
contribuíram para esta longa demora,tais
como: a cultura das Instituições envolvidas, os níveis de treinamento dos especialistas, a qualidade da avaliação
ecocardiográfica e o alto custo do procedimento.
Até o presente momento, aqui no
Brasil, o assunto não foi oficialmente discutido entre as Sociedades interessadas,
ou seja, a SBA e a Sociedade Brasileira
de Cardiologia. Na verdade, diversos
colegas, em ambas as Sociedades, têm
manifestado a sua opinião pessoal sobre
o assunto. O Comitê de Cirurgia
Cardiovascular e Torácica da SBA está
iniciando estes contatos que poderão
resultar, num futuro próximo, no aprofundadamento da discussão sobre a atua-
ção do anestesiologista no uso da
monitorização pela ecocardiografia
transesofágica, em cirurgias cardíacas.
Vale também ressaltar, que esta monitorização pelo ecocardiógrafo transesofágico não deverá ficar restrita, exclusivamente, às cirurgias cardíacas e haverá indicação para o seu uso em pacientes
submetidos a cirurgias de outras especialidades. Acredita-se que, no futuro, com
a diminuição do custo dos equipamentos, os anestesiologistas poderão contar,
também, com a monitoração pelo
ecocardiografo transesofágico, em procedimentos de menor complexidade
e,também, em pacientes com menores
comprometimentos hemodinâmicos.
Membros do Comitê de Cirurgia
Cardiovascular e Torácica
(Presidente e os dois membros)
Diretor Científico da SBA
Anestesia em revista - março/abril, 2002 - 23
A reestruturação do Serviço de
Anestesia em um hospital privado
N
o bojo de um planejamento global de modernização dos
serviços médico-hospitalares prestados pela Santa Casa
de Misericórdia de Porto Alegre foi desenvolvida, há pouco
mais de um ano, a reestruturação do Serviço de Anestesia
da Policlínica Santa Clara – o núcleo cirúrgico de maior produção
dentre os hospitais do Complexo, com cerca de 1.600 procedimentos
anestésicos/ano. Para levar a cabo o desafio foi convidado o colega
Florentino Fernandes Mendes TSA-SBA, que neste artigo expõe alguns aspectos da estratégia utilizada.
Em plena nova economia, quando tecnologias inéditas
surgem a todo o momento, o fator humano ainda é o que mais
preocupa os executivos de todo o mundo. Em levantamento
finalizado no ano de 2.001 na University of Michigan Business
School foram levantados pela ordem de importância, de uma
extensa lista, os dez principais desafios que preocupam os
líderes empresarias (quadro 1).
Com pequena variação poder-se-ia dizer que esses deveriam ser os principais problemas a preocupar os anestesiologistas. Com efeito, ao assumirmos a direção do Serviço de
Anestesiologia Santa Casa procuramos, já no primeiro dia,
mudar o comportamento e a postura do anestesiologista. (Quadro 2) De passivo para ativo e de reativo para pró-ativo. Entendendo que esta mudança seria vital para a implantação das
modificações necessárias para a melhoria dos serviços prestados e a valorização dos anestesiologistas. O primeiro passo foi
retirar os 50 colegas do centro cirúrgico e mergulhá-los num
curso de gestão em Centro Cirúrgico. Um curso realizado em
parceria com uma empresa que desenvolve capacitação de
Recursos Humanos para empresas. O mesmo treinamento dado
aos executivos á disposição dos anestesiologistas. Na verdade,
o curso teve de ser adaptado à realidade de um Centro Cirúrgico e de anestesiologistas. A metodologia e o conteúdo do curso foram importantes para o início de uma nova etapa.
O grupo incorporou a idéia de ser uma empresa prestadora
de um serviço chamado saúde. Definiu-se, a seguir, a Missão, a
Visão, os Valores (quadro 2) e os Produtos do Serviço de
Anestesia da Santa Casa (SASC), todos alinhados, como não
poderia deixar de ser, com aqueles definidos pela instituição
hospitalar.
Princípios do SASC (quadro 2)
Missão
Proporcionar conforto e segurança ao paciente anestesiado
ou com dor, com eficiência e eficácia, com os melhores recursos
técnicos, científicos e humanos, com o menor custo.
Visão
Ser referência em Anestesiologia nas áreas de avaliação
pré-operatória, anestesia obstétrica, tratamento da dor, anestesia
com baixos fluxos e pesquisa.
Valores
Ética, coleguismo, honestidade, proficiência, cooperação,
responsabilidade, bom relacionamento e comprometimento
com a instituição.
Os passos seguintes foram o planejamento estratégico, a
definição do portfolio, a determinação de manter o foco, a implantação de melhorias, a elaboração de relatórios de atividades, a avaliação de resultados, a correção de rumos.
Para cumprir suas finalidades o serviço foi estruturado
em quatro divisões principais:
1. Núcleo de Avaliação Pré-Operatória
Ambulatorial – Com o objetivo de avaliar e otimizar
Quadro 1 – Dez principais desafios
ao líder empresarial
Quadro 2 – Princípios – Sete hábitos
das pessoas altamente eficazes
Atrair, manter e desenvolver talentos
Manter um ambiente de alto desempenho
Pensar e planejar estrategicamente
Gerenciar o tempo e o estresse
Produzir produtos e serviços de alta qualidade
Permanecer à frente da concorrência
Aumentar a satisfação dos clientes
Alinhar visão, estratégia e ação
Manter o equilíbrio entre trabalho
e vida pessoal
• Melhorar os processos internos
• Ser pró-ativo (iniciativa/responsabilidade)
• Começar com o objetivo em mente
(visão/valores)
• Primeiro o mais importante
(integridade/execução)
• Pensar em ganha/ganha
(respeito/benefícios mútuos)
• Primeiro compreender (compreensão mútua)
• Criar sinergismo (cooperação criativa)
• Reciclar-se (renovação)
•
•
•
•
•
•
•
•
•
24 - março/abril, 2002 - Anestesia em revista
o preparo pré-operatório dos pacientes cirúrgicos; garantindo conforto, tranqüilidade e segurança, com economia e racionalização de meios.
2. Núcleo de Analgesia e Anestesia Obstétrica –
Com o objetivo de desenvolver a anestesia obstétrica
e a assistência anestesiológica ao trabalho de parto,
universalizando a analgesia e contribuindo para o desenvolvimento da especialidade; garantindo a
humanização do atendimento para mães, bebês e familiares.
3. Núcleo de Tratamento da Dor Aguda – Com o
objetivo de proporcionar alívio da dor para toda a clientela da Santa Casa, com segurança atenção e conforto, contribuindo para o desenvolvimento e difusão das
técnicas de analgesia; garantindo qualidade de vida e
rapidez na recuperação. Com redução de custos.
4. Núcleo de Anestesia com Baixos Fluxos – Com
o objetivo de difundir a técnica, reduzir custos e qualificar a assistência ao paciente; viabilizando o atendimento e garantindo a continuidade dos serviços.
Ao longo do tempo, consideram-se três constantes: os
princípios (eles são permanentes e inquestionáveis); as mudanças (elas sempre vão ocorrer); a escolha (a liberdade de
poder decidir como responder às mudanças).
As melhores respostas são sempre aquelas que estão em
consonância com os princípios. Se os anestesiologistas se concentrarem no destino final vão chegar lá. Para isso, no entanto
é fundamental que suas práticas estejam alinhadas com suas
palavras e princípios. O ser humano precisa deixar um legado
para que sua vida tenha sentido. Com posturas baseadas em
princípios, a liderança terá condições de conferir poder aos
anestesiologistas, no sentido mais profundo, e de remover
barreiras e obstáculos que destruam o compromisso, a
criatividade e tudo o que as pessoas têm capacidade de oferecer.
Na avaliação realizada após o primeiro ano da implantação da nova filosofia e atitude, identificamos 57 melhorias.
Dentre as quais destacamos:
Produtividade (em 12 meses – números arredondados)
§ 15.500 anestesias realizadas
§ 300 analgesias obstétricas
§ 380 analgesias espinhais pós-operatórias (agosto a dezembro)
§ 11.000 avaliações pré-anestésicas
§ 120 pacientes no Consultório de Dor Crônica e Dor no Câncer
§ 80 pacientes na UTI Pós-Cirúrgica da SR
Científicas
§
§
§
§
§
§
16 temas livres apresentados em Congressos
8 capítulos de livro escrito
2 artigos aceitos para publicação
4 cursos organizados (1 por cada núcleo)
25 palestras realizadas por membros do SASC
17 anestesiologistas participaram de congressos da especialidade
A continuidade, o desenvolvimento de novas melhorias
e o aprimoramento dos recursos humanos são tão importantes
para a manutenção do projeto quanto foram a motivação e o
treinamento para seu início. Embora seja indispensável manter o planejamento para desempenhar a Missão, a sobrevivência passa pela sustentação econômica e pela demonstração do
papel estratégico que o serviço de anestesia desempenha dentro da organização hospitalar. Finalizando, gostaríamos de afirmar que o gerenciamento do Centro Cirúrgico deveria merecer maior atenção por parte dos anestesiologistas.
Administrativas
§ Valorização e efetivação dos anestesiologistas do serviço
§ Re-estruturação da Sala de Recuperação, com anestesiologista durante 24 horas
§ Programa de analgesia obstétrica
§ Criação da UTI pós-cirúrgica na Sala de Recuperação
§ Elaboração e lançamento do projeto cinco anos de pesquisa
em Anestesiologia
§ Criação do consultório para tratamento da dor crônica
Qualificação Profissional
§
§
§
§
§
§
Programa de atualização científica (semanal)
Estímulo à obtenção do Título Superior em Anetesiologia
Apoio à realização de mestrado
Apoio à realização de doutorado
Estímulo à participação em Congressos e Jornadas
Estímulo à pesquisa e à produção científica
Anestesia em revista - março/abril, 2002 - 25
A
Cerca de 300 anestesiologistas
participam da 37a Josulbra
37ª Jornada Sulbrasileira de
Anestesiologia (Josulbra), realizada nos dias 12 e 13 de abril,
no Hotel Serra Azul, em Gramado, reuniu cerca de 300 anestesiologistas do
país para debater a especialidade, tendências e as novidades na área. Paralelamente ao evento, foi realizado o 2 o
Fórum de Ensino dos Centros de Ensino
e Treinamento (CETs) da região Sul e o
curso de Suporte Avançado de Vida em
Anestesia (SAVA).
Uma inovação no evento foi o
Anestesia no Sofá, um formato informal e
interativo de palestras instituído pela
SARGS. Durante a Josulbra, foram abordados temas como anestésicos locais,
bases farmacológicas para escolha da técnica anestésica, dor aguda, bloqueios regionais, monitorização, entre outros assuntos. Também foram apresentados casos clínicos em várias áreas, como
peridural em pediatria, paciente asmático, obesidade mórbida etc.
“Com o pensamento positivo e a
união de todos os membros das regionais
que compõem a região sul de nosso País,
vamos participar intensamente de todas as
atividades propostas para que nos lembremos sempre desta jornada como um marco importante na vida da anestesiologia
brasileira”, salientou o presidente da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA),
Carlos Alberto Pereira de Moura, durante
a abertura oficial do evento. Em seu discurso, ele falou das atividades da SBA e
perspectivas para 2002.
Já o presidente da Sociedade de
Anestesiologia do Rio Grande do Sul
(SARGS), Jordão Chaves de Andrade, falou sobre a importância da busca pelo
aprimoramento científico e associativo,
principalmente em tempos de grande
evolução tecnológica e um mundo
globalizado como o atual.
“Optamos por um programa científico altamente interativo, buscando a
troca efetiva de experiências.
Trouxemos, com o apoio da SBA, o Curso SAVA. Criamos o “Anestesia no Sofá”,
uma maneira diferente de conversar
26 - março/abril, 2002 - Anestesia em revista
Anestesia”, citou o presidente da
Josulbra, Ildo Meyer.
A abertura oficial também contou
com a participação dos presidentes das
regionais Maria Anita Spindolla Batti (SC)
e Rohnelt Machado de Oliveira (PR), e
do presidente de honra da Josulbra, Paulo
Henrique Leggerini Pereira.
Durante a Josulbra, também foi abordada a criação, manutenção e desenvolvimento das cooperativas médicas. O debate sobre o movimento de cooperativas no
Brasil, que iniciou há 25 anos, teve a coordenação do Dr. Antônio Leite Oliva Filho
(Paraná) e contou com os anestesiologistas
Silvio Carlos de Medeiros Perez (RS), Antônio de Oliveira Quevedo (RS), Rogean
Rodrigues Nunes (Ceará), Roberto Bastos
da Serra Freire (Paraná) e Geraldo Botrel
(Minas Gerais).
Os participantes da Josulbra também puderam acompanhar passo a passo
como deve ser realizada uma consulta
pré-anestésica. O presidente do conselho
Superior da SBA, Renato Almeida Couto
de Castro, demonstrou quais as questões
que precisam ser esclarecidas numa consulta pré-anestésica, tais como doenças na
família, uso de droga, gravidez, histórico
de cirurgias, medicamentos que utiliza
etc. “No exame pré-anestésico procuramos identificar se há alguma patologia”,
explica Renato de Castro. “Os cuidados
devem começar na consulta”, enfatiza o
anestesiologista M. Gouveia, que também participou do debate.
O sucesso da
Josulbra
Ildo Meyer*
“O sucesso de uma jornada não se
mede pelo número de participantes
e expositores. O termômetro é a participação ativa dos inscritos. As salas
de reuniões estiveram lotadas. A
interação entre palestrantes e platéia
intensa, as visitas aos patrocinadores
constantes, a animação nas festas
contagiantes. Enfim, a Josulbra de
Gramado 2002 vai deixar saudades
aos 300 anestesiologistas que puderam desfrutar de um final de semana
científico, cultural, associativo,
gastronômico, turístico e, com certeza, frutífero na vida de todos”.
*Presidente da Josulbra
Curso SAVA
é realizado em
Gramado/RS
O
curso de Suporte Avançado de
Vida em Anestesia (SAVA),
promovido pela Sociedade
Brasileira de Anestesiologia (SBA) e
apoiado pela Sociedade de Anestesiologia do Rio Grande do Sul (SARGS),
foi realizado nos dias 11 e 12 de abril, no
Hotel Serra Azul, em Gramado/RS,
paralelamente à 37a Josulbra.
O encontro teve como objetivos
difundir o aprendizado em reanimação;
prevenir eventos críticos em anestesiologia; discutir novas técnicas; e
reconhecer e tratar os principais eventos
críticos em anestesiologia. “Trata-se de
um curso específico que objetiva treinar
os anestesiologistas da melhor forma
possível para o atendimento de complicações graves, emergenciais, que
possam ocorrer durante um ato anestésico cirúrgico ou fora dele”, explica o
presidente da SBA, Dr. Carlos Alberto
Pereira de Moura.
O conteúdo programático do
curso, com carga horária de 18h, foi
elaborado contemplando os mais graves
e freqüentes problemas vividos pelos
anestesiologistas na clínica diária. Estes
eventos necessitam de um diagnóstico
rápido e preciso. O programa, que inclui
prática e teoria, tem capacidade máxima
de 35 participantes e é oferecido a todos
os anestesiologistas com intuito de
alcançar a excelência no aprendizado.
Conforme o presidente, o SAVA é
uma iniciativa da SBA implementada em
2001 que está sendo um grande sucesso.
“Estamos trabalhando no sentido de
providenciarmos, em curto prazo, a
formação de novos instrutores”, afirma.
E destaca: “Com instrutores espalhados
pelo Brasil poderemos realizar mais
cursos desse tipo, com qualidade técnicocientífica e com diminuição dos custos”.
Atualmente, o SAVA está sendo reali-
zado nos eventos oficiais da SBA
(Jornadas Regionais e CBA) e as despesas
são pagas pela SBA (2/3) e pela regional
(1/3).
Mariana Turkenicz
Enfato Comunicação Empresarial
(51) 3333.7832/ 3333.9912
[email protected]
<mailto:[email protected]>
www.enfato.com.br <http://
www.enfato.com.br>
Anestesia em revista - março/abril, 2002 - 27
NOTÍCIAS REGIONAIS
MINAS GERAIS
Anestesia: 30 anos de história em MG
Os anestesistas mineiros celebram
os 30 anos da Sociedade de Anestesiologia de Minas Gerais, Samg. Fundada em 17 de março de 1972, a entidade
congrega hoje aproximadamente 700 especialistas que militam no Estado de
Minas Gerais, interessados em fomentar
o aperfeiçoamento e a difusão da Anestesiologia e todas as suas áreas afins.
Seus principais objetivos vêm sendo a promoção, o incentivo e a divulgação de atividades científicas relacionadas com a especialidade, além de defender uma prática médica firmemente baseada nos mais altos princípios éticos.
A Anestesiologia, ao longo de sua
história recente, não só tem contribuído
de forma significativa para o progresso
da Medicina, como vem transformandose progressivamente. O anestesiologista
deixou de ser aquele profissional que
apenas faz o “paciente dormir”. Pelo seu
PERNAMBUCO
X Jornada de Anestesiologia do
Estado de Pernambuco - JAEPE
13 e 14 de setembro de 2002
Local: Mar Hotel Recife - Recife/PE
Informações:Secretaria da SAEPE
Tel: (81) 3228-0624 - Fax: (81) 3228-1177
E-mail: [email protected]
<mailto:[email protected]>
Home-Page: <http://www.saepe.org.br>
BAHIA
7º ENAI-Ba - Encontro de Anestesiologia
do Interior da Bahia
25 de maio de 2002 - Local: Lençóis/BA
16ª JORBA - Jornada Baiana de
Anestesiologia
20 a 21 de setembro de 2002 - Local:
Salvador/Ba
Celebração ao dia do Anestesiologista
Outubro - Local: Sede da SAEB
Encerramento do Programa Científico
Novembro - Local: Sede da SAEB
Informações:Secretaria da SAEB
Tel: (71) 247-4333 - Fax: (71) 235-3133
E-mail: [email protected]
<mailto:[email protected]>
28 - março/abril, 2002 - Anestesia em revista
envolvimento na fase mais crítica do processo e também devido a seus conhecimentos de fisiopatologia, farmacologia
clínica, prática na emergência cardiorrespiratória, familiaridade no manuseio de analgésicos e hipnóticos potentes e conhecimento das repercussões do
ato anestésico-cirúrgico, a participação
do anestesiologista assumiu caráter importante nos resultados.
Felizmente, o consultório de avaliação pré-operatória é uma realidade
cada vez mais freqüente, possibilitando
ao anestesiologista avaliar seu paciente e planejar antecipadamente suas condutas, oferecendo ao paciente e os familiares a possibilidade de conhecer o
profissional e/ou equipe, esclarecer dúvidas e receios.
Os grandes avanços em meios diagnósticos, em monitorização, em novas drogas e técnicas viabilizam que pacientes
graves e procedimentos delicados possam
acontecer. A Anestesiologia foi uma das
especialidades que dessas inovações mais
se beneficiou, tendo como resultado significativa redução da morbidade e da mor-
talidade anestésicas. A assistência e o tratamento da dor são procedimentos fundamentais para a redução das complicações
pós-operatórias, da mesma forma que a atuação do anestesiologista nas clínicas de tratamento da dor.
Avaliando todas essas conquistas,
temos muito a comemorar, juntamente
com as entidades às quais estamos ligados: a Sociedade Brasileira de Anestesiologia e a Associação Médica de Minas
Gerais. Buscando estimular um alto diferencial técnico-científico, aliado a uma
prática firmemente baseada em padrões
éticos e morais, a Samg deseja continuar
a ser um exemplo de união, organização
e base científica, mas nunca corporativismo. Com certeza, o grande beneficiado é aquele que representa a razão de
ser do nosso trabalho: o paciente.
Dr.ª Ana Maria Vilela Bastos
Ferreira
Presidente da Sociedade de
Anestesiologia de Minas Gerais
Estado de Minas, 22/03/02
MATO GROSSO
DO SUL
Comunico aos Senhores que após
quarenta dias de inúmeras negociações,
não foi possível chegar a um acordo entre os anestesiologistas de Campo Grande e a Unimed.
se episódio, seria de bom senso dos diretores da Unimed convocar os anestesiologistas da cidade para firmarem um
contrato de prestação de serviço (treceirização).
Infelizmente o caminho foi a demissão voluntária dos cooperados.
Por fim comunico também que todos os outros convênios - (inclusive o
CIEFAS) aceitaram nossa proposta.
Assim a partir de 21/03/02 fica
suspenso o atendimento aos usuários da
Unimed nas cirurgias eletivas. Nesse
caso os anestesilogistas cobrarão antecipadamente do paciente o valor reinvidicado, que receberão nota fiscal de serviço para posterior ressarcimento.
Nas cirurgias de emergência e urgência aplica-se anestesia e depois discute-se o pagamento.
Entendemos que para por fim nes-
Circula hoje nos dois maiores jornais da cidade, um comunicado a população com os devidos esclarecimentos.
O MOVIMENTO FOI VITORIOSO GRAÇAS A NOSSA LUTA E
UNIÃO.
Saudações
Reinaldo de Assis Espindola
Presidente SAEMS
Sociedade de
Anestesiologia do
Estado do
Maranhão - SAEM
Biênio 2002/2003
Retificação da composição
da Diretoria da SAEB
Presidente
Maria Jucinalva Lima Costa
Vice-presidente
Samuel José de Oliveira
Secretario-geral
Adhemar Chagas Valverde
Primeiro Secretario
Ricardo Almeida de Azevedo
Primeiro Tesoureiro
Danilo Gil de Menezes
Segundo Tesoureiro
Vania Delfina Borba Gonçalves
Diretor Científico
Túlio César Azevedo Alves
Diretor de Defesa Profissional
Altamirando Lima de Santana
Comissão Científica
Túlio César Azevedo Alves
Edilma Maria Lima Dorea
Demétrio Gomes de Almeida
Comissão de Defesa Profissional
Leda Maria Froes Miranda
Mauro Roberto dos Reis Azi
Conselho Superior
Altamirando Lima de Santana - Presidente
Clicio de Oliveira Costa
Marco Aurélio Oliveira Guerra
Onsly Fernandes de Canedo
Nova Diretoria
Presidente
Maria do Amparo Soares Brandão
Vice-Presidente
José Francisco Rodrigues Abreu
1º Secretário
João de Oliveira Prazeres
2º Secretário
Evaldo Eloi da Luz Monteiro
Sociedade de Anestesiologia do Estado do
Amazonas - SAEAM - Biênio 2002/2003
1º Tesoureiro
Jorge Luís Ribeiro da Costa
2º Tesoureiro
Maria Elisa Silva Lobato
Nova Diretoria
Presidente
Secretária
Tesoureiro
Dir. Científico
Diretor Científico
Ferdnand Edson de Castro
Cremilda Pinheiro Dias
Liliane Barbosa da Silva
Rildo Guilherme de O. Gomes
Paula Diefenbach
Conselho Fiscal
Carlos Celso Gomes Nunes
Felipe Martins da Luz Neto
Jonas Eloy da Luz
VIII Sábado da Raque
Hotel Deville Curitiba
20 de Julho de 2002 - Curitiba - PR
Da cocaína à ropivacaína. Existe o anestésico ideal para Raquianestesia?
Anatomia da Raquianestesia: velhos e novos conceitos.
Fisiologia da Raquianestesia. Quais as implicações para o seu manuseio?
Bloqueio motor na Raquianestesia. Quando é possível a alta hospitalar?
Raquianestesia no recém-nato e lactente. É seguro?
Opióides na Raquianestesia. Quando e como usá-los?
Raquianestesia unilateral. Como e por que fazer?
Cefaléia com agulhas de fino calibre: incidência, gravidade e tratamento.
Raquianestesia em cirurgia cardíaca. É viável?
Analgesia de parto. Qual a importância atual da Raquianestesia?
Bradicardia e hipotensão na Raquianestesia. Esperada ou súbita?
Complicações neurológicas da Raquianestesia.
Falhas na Raquianestesia. Por quê e o que fazer?
Há necessidade da adição de glicose aos anestésicos locais na Raquianestesia?
A Diretoria da Sociedade
Brasileira de Anestesiologia
encaminha a todos os Centros
de Ensino e Treinamento, os
Sumários Correntes,
publicação feita pela SBA,
contendo o índice de todos os
periódicos existentes na
Biblioteca sem ônus.
Utilize e Divulgue
Anestesia em revista - março/abril, 2002 - 29
36ª JASB
Jornada de Anestesiologia
12ª JAES do Espírito Santo
Jornada de Anestesiologia
do Sudeste Brasileiro
20, 21 e 22 de junho de 2002
Dr. James Toniolo Manica
Departamento Administrativo
Presidentes de Regionais do
Sudeste
Dr. Humberto Ribeiro do Val
SAES
Sociedade de Anestesiologia do
Estado do Espírito Santo
Dr. Ismar Lima Cavalcanti
SAERJ
Sociedade de Anestesiologia do
Estado do Rio de Janeiro
Hotel Porto do Sol
CURSO SAVA
Suporte Avançado da Vida em Anestesiologia
18 e 19 de junho de 2002
Comissão Científica e
Organizadora
Dr. Antônio Roberto Carrareto
Dra. Eliana Cristina Murari Sudré
Dr. Manoel Gonçalves Carneiro Neto
Dr. Humberto Ribeiro do Val
Dr. Marcus Vinícius Azevedo Tanure
Dra. Celestina Andrade Carvalho
Dr. Cassiano Franco Bernardes
Diretoria da SAES
Dr. Humberto Ribeiro do Val
Presidente
Dr. Marcus Vinícius Azevedo Tanure
Vice-presidente
Dra. Celestina Andrade Carvalho
Secretária
30 - março/abril, 2002 - Anestesia em revista
Dr. Cassiano Franco Bernardes
Tesoureiro
Dra. Eliana Cristina Murari Sudré
Diretora Científica
Diretoria da SBA
Dr. Carlos Alberto Pereira de Moura
Presidente
Dr. Esaú Barbosa Magalhães Filho
Vice-presidente
Dra. Consuelo Plemont Maia
Secretária Geral
Dr. Luiz Carlos Bastos Salles
Tesoureiro
Dr. Roberto Bastos da Serra Freire
Defesa Profissional
Dr. Pedro Thadeu Galvão Vianna
Departamento Científico
Dr. David Ferez
SAESP
Sociedade de Anestesiologia do
Estado de São Paulo
Dra. Ana Maria Vilela Bastos Fereira
SAMG
Sociedade de Anestesiologia do
Estado de Minas Gerais
PROGRAMA:
20/06/2002 - Quinta-feira
14:00 - 14:30h
Cooperativismo - O que é?
Conferencista:
Dr. Marcus Vinicius A. Tanure (ES)
14:30 - 15:00h
SBA: Quo Vadis?
Conferencista:
Dr. Carlos Alberto Pereira de Moura (RJ)
15:00 - 15:20h
Intervalo
15:20 - 16:30h
Mesa Redonda:
O Anestesista e a Lei
15:20 - 15:50h
Consentimento Informado
Dr. Marcos Botelho da Fonseca Lima
(CREMERJ)
15:50 - 16:20h
Resolução do CFM e CRM
Dr. Iramar de Paula Posso (SP)
16:20 - 16:50h
Anestesia Defensiva
Dr. M. A. Gouveia (RJ)
16:50 - 17:50h
Atualização em Hemoterapia
Conferencista:
Dr. Enis Donizette (SP)
17:05 - 17:45h
Debate
20:00h
Abertura
Entrega de Prêmios
Premiação:
1ª lugar: Ventilogos Emergência
2ª lugar: Barash 2000 ou similar
21/06/2002 - Sexta-feira
09:00 - 09:30h
Atualização do anestesiologista
via Internet
Conferencista:
Dr. Antônio Roberto Carrareto (ES)
Presidente:
09:30 - 10:00h
Via aérea difícil
Conferencista:
Dr. M. A. Gouveia (RJ)
Presidente:
10:00 - 10:20h
Intervalo
13:30 - 14:20h
Simpósio Satélite:
Bloqueadores Neuro-Musculares
Coordenador:
16:15 - 16:35h
Peridural torácica em cirurgia
cardíaca
Dr. Jaci Custódio Jorge (MG)
13:30 - 13:55h
Novos Agentes
Dra. Rita de Cássia Rodrigues (SP)
16:35 - 17:05h
Farmacoeconomia em Anestesia
Dr. Sérgio Ricardo Botrel e Silva (MG)
13:55 - 14:20h
Monitorização do Bloqueo
Neuro-Muscular
Dr. José Mariano de Moraes (MG)
17:05 - 17:30h
Jejum pré-anestesico
Dr. Antônio Vanderley Ortenzzi (SP)
14:20 - 14:30h
Intervalo
14:30 - 15: 00h
Monitorização do SNC
Conferencista: Dr. Pedro Thadeu
Galvão Vianna (SP)
Presidente:
15:00 - 15:30h
Anestesia para cirurgia plástica
Conferencista:
Dr. Cassiano Franco Bernardes (ES)
Presidente:
15:30 - 15:50h
Intervalo
15:50 - 17:50h
Mini-conferências:
Presidente:
15:50 - 16:15h
Tromboprofilaxia X Bloqueios no
neuro eixo
Dr. Sérgio Ricardo Botrel e Silva (MG)
17:30 - 17:55h
Anestesia no grande queimado
Dr. Marcus Vinicius de Azevedo
Tanure (ES)
Sala B
14:00 - 16:30 h
WORKSHOP
B.BRAUN
Anestesia Regional
22/06/2002 - Sábado
09:00 - 09:30h
Anestesia para endarterectomia
de carótida
Conferencista:
Dr. Enis Donizetti Silva (SP)
Presidente:
09:30 - 10:00h
Fisiopatologia da Ventilação
Mecânica em Pediatria
Conferencista:
Dr. Humberto Ribeiro do Val (ES)
Presidente:
10:20 - 11:50h
Mini-Conferências
Presidente:
10:20 - 10:40 h
Opióides - Estado atual
Dr. Luis Fernando de Oliveira (RJ)
10:40 - 11:00h
Novos Agonistas (alfa2)
Dra. Eliana Cristina Murari Sudré (ES)
11:00 - 11:20h
Anestesia com baixos fluxos
Dr. João Pereira Júnior (DF)
11:20 - 11:50h
Anestesia endovenosa total
Dr. Alfredo Augusto Vieira Portella (RJ)
12:00h
Almoço
Sala A
Anestesia em revista - março/abril, 2002 - 31
INFORMAÇÕES GERAIS:
10:00 - 10:20h
Intervalo
10:20 - 12:00h
Mesa Redonda:
Anestesia Pediátrica:
Estado atual
Moderador:
10:20 - 10:40h
Indução e Manutenção em
anestesia pediatria
Dr. Kleber Costa de Castro Pires (MG)
10:40 - 11:00h
Anestesia ambulatorial
Dr. Pedro Paulo Vanzillota (RJ)
11:00 - 11:20h
Bloqueios de neuro-eixo em
cirurgia pediátrica
Dr. Paulo Antônio de Mattos Gouvêa (ES)
11:20 - 11:40h
Tratamento da dor em pediatria
Dr. Pedro Paulo Vanzillota (RJ)
11:40 - 11:55h
Debate
12:00 - 14:00h
Almoço
14:00 - 14:30h
Anestesia para obesidade mórbida
Conferencista:
Dra. Eliana Cristina Murari Sudré (ES)
Presidente:
14:30 - 16:00h
Mesa Redonda:
Estado atual da anestesia obstétrica
Moderador:
14:30 - 15:00h
Parto natural
Dr. Paulo Batistuta (ES)
15:00 - 15:30h
Analgesia para o parto
Dr. Itagyba Martins Miranda Chaves (MG)
15:30 - 16:00h
Anestesia para cesareana
Dr. Américo M. Yamashita (SP)
16:00 - 16:15h
Debate
16:00h
Encerramento
32 - março/abril, 2002 - Anestesia em revista
Local:
Hotel Porto do Sol
Av. Dante Micheline, 3957
Jardim Camburi - Vitória - ES
Tel: (27) 3337.2244
Juntamente com o crachá e pasta no início
do evento
Secretaria Executiva:
AMES PROMOTORA DE EVENTOS
Rua Francisco Rubim - 395 - Bento
Ferreira
29050-680 - Vitória - ES
Tel. (27) 33241333
e-mail : [email protected]
<mailto:[email protected]>
Acompanhante- É obrigatório o uso do
crachá de acompanhante para participação
da programação os quais deverão ser
retirados na secretaria no local.
Novos inscritos - Serão entregue ao
final do evento
Certificados e Recibos
Pré-inscritos - Serão entregue
Slide-desk - Solicitamos aos palestrantes e
conferencistas que compareçam à central de
slide-desk com 40 minutos de antecedência
para a entrega de material áudio-visual e
que os mesmos sejam retirados logo após o
término de sua apresentação.
VALOR DAS INSCRIÇÕES
Categoria
Sócio SBA
Aspirante/Estudante
Acompanhantes
Não sócio
Até dia 07/05
R$ 100,00
R$ 70,00
R$ 50,00
R$ 150,00
No evento
R$ 150,00
R$ 120,00
R$ 50,00
R$ 200,00
Econômica Federal - Agência: 2042
Operação: 003 - conta corrente 2772-2:
passar um fax: (27) 3324.1333 do
comprovante de depósito e ficha
preenchida
• O valor da inscrição será considerado de
acordo com a data de postagem
Para se inscrever:
• Enviar cheque nominal cruzado,
juntamente com a ficha de inscrição
preenchida para à Ames - Promotora de
Eventos - Rua Francisco Rubim, 395 Bento Ferreira - Vitória - ES. 29050-680
• Ou depósito bancário Banco: Caixa
FICHA DE INSCRIÇÃO:
Nome completo ____________________________________________________________
Nome para crachá __________________________________________________________
Endereço ___________________________________________________________________
Cep ___________________ Cidade _____________________________ Estado _________
Fone _________________________________ fax: __________________________________
E.mail ________________________________
valor da inscrição
_________________________
valor do acompanhante
_________________________
Total: R$
_________________________
nome acompanhante _______________________________________________________
Data _______ /_________________ / _______
Agência Oficial de Turismo:
MPS - VIAGENS E
TURISMO
E.mail:
[email protected]
<mailto:[email protected]>
Tel:(27) 3225.6866 - Fax: 3227.8480
Expositores:
Colaboradores:
Dr. Carlos Alberto Pereira de Moura
Presidente da SBA
Dr. Humberto Ribeiro do Val
SAES - Sociedade de Anestesiologia
do Estado do Espírito Santo
Dr. Ismar Lima Cavalcanti
SAERJ - Sociedade de Anestesiologia
do Estado do Rio de Janeiro
Dr. David Ferez
SAESP -Sociedade de Anestesiologia
do Estado de São Paulo
Dra. Ana Maria Vilela Bastos Fereira
SAMG - Sociedade de Anestesiologia
do Estado de Minas Gerais
Aspirante/Estudante:
ATIVOS
NOVOS MEMBROS
Adriana Cristine Pereira
Adriane Ferreira Bonatto
Afonso Cláudio dos Reis e Carvalho
Alberto Mavignier Gattass Orro
Alberto Vieira Pantoja
Alex Chain Bernini
Alex Makoto Takagi
Alexander Alves da Silva
Alexandre de Menezes Liberato de
Mattos
Alexandre Magno Fontenele Martins
Alexandre Teobaldo Tomasi
Alvaro Luis Alves Batista
Amanda Simoni Valentini
Amauri Moreira da Silva
Ana Marcia Sousa da Cunha Oliveira
Anderson Marcelo Manfio
André D Urso Saavedra
André Luis da Silva Freitas
Andre Ricardo Pessoa Sousa
Andréa Campos Ferraz
Andréa de Freitas Correia
Andréa Renata Machado Mesquita
Angela Jacobs Artico
Antonio Carlos Clarindo
Antonio Carlos de Molla
Antônio Flávio Dias Goulart
Arthur Vitor Rosenti Segurado
Basilio Afonso Ribeiro Silva
Beatriz Garcia Sluminsky
Bernardo Souza Freitas
Brenda Soneghet Giurizatto
Carla Cristina da Silva Freire
Carla Márcia Soares
Carla Maria de Souza
Carla Souza Gonçalves
Carlo André Bacchi
Carlos Alberto Campos Falcão Filho
Carlos Eduardo Ferraresi de Andrade
Carlos Escobar Vásquez
Carlos Renato Resende de Freitas
Carolina Rebello Pereira
Carolina Ribeiro Mello Zorzi
Cassiano Hamacek de Freitas
Cesar Taia
Claudio Arantes
Cleudson Garcia Montali
Cristiane Franco Floresi de Oliveira
Cristiane Maria de Pontes Teixeira
Cristiane Valeria de Sousa Caratin
Cristiano Souza dos Santos
Cristovam Alves de Lira
Daniel Carlos Cagnolati
Daniel Garcia Júnior
Daniela Cristina P.Salvatori Santos
Daniela Santos Medeiros da Silva
Danielle Alves Borba
Danilo Bermudes Massone
Dario Nazareth de Aquino
Débora de Oliveira Dias
Diana Mara Gomes Bezerra
Diego Marcelo May
Edgar Shigueru Koguti
Ediélison de Carvalho Szuberski
Edmar Cardoso Barbosa Júnior
Edmur Agostinho de Paula Júnior
Edna Oliveira Leite
Eduardo Moreira Furtado Lima
Eduardo Tsuyoshi Yamaguchi
Elayne Francis Leal Leite
Elialba de Farias Cascudo
Eliane Gomes Netto
Eric Schalch
Ernani Atie Xavier de Brito
Ernesto Leonardo Carpio Penã
Fabiana Sebben
Fabrício Caron
Fabrício Modesto dos Reis Costa
Fabricio Oliveira Moraes
Fabrizio Oliveira de Vasconcellos
Fauze Dallal
Felipe Ozelame de Almeida
Felippe Loureiro Pereira Soares
Fernanda Fischer Estivalet
Fernando Villacrez Flores
Fernando Xavier Ferreira
Flávio Aparecido Pereira
Flávio Diogo Ferreira
Flávio Hülse Pederneiras
Flávio Luiz do Amaral
Francisco de Melo Segundo
Gilberto Zuluaga Posada
Gilvandro Sadalla Mendes
Gislaine Mauro
Giuseppina Elena Bruno
Glauber Gouvêa
Glaucia Serenato
Gustavo Mascarenhas Vieira
Gustavo Prosperi Bicalho
Hadwa Margoth Abujder Olmos
Harábia Verena Carneiro da Costa
Helio Wolff
Hermitom Sales Faria
Hermógenes Ferreira de Sousa
Hiver Frank Garcia Macedo
Humberto Lopes do Nascimento
Jacqueline Toshiko Hirahara
Jayme dos Santos Martins Júnior
Jean Abreu Machado
Joana de Almeida Figueiredo
João Fernando de Andrade Meira
João Henrique Peatfield Fanstone
José Eduardo de Assis Silva
José Guilherme de Oliveira Costa
José Meneses de Morais Filho
José Trindade da Costa Júnior
Josilene Pereira de Moraes
Juliano Erdmann Nunes
Julio Cesar Portugal Prates de Mattos
Julio Cesar Zorzin
Juruena de Andrade Lopes
Keyla Blair de Oliveira
Klaus Carvalho Lustosa
Kleber de Moraes
Leandro Marinho da Cunha
Lemuel Silva Paredes
Leonardo Miranda
Leonidas Cardoso
Liciane Souza da Silva
Luciana Mandia Sampaio
Luciano Pires Caniato
Luiz Carlos Vasconcelos de Moraes
Júnior
Manoel Pessôa Filho
Marcelo de Souza Almeida
Marcelo Messias de Miranda
Marcelo Neves Silva
Marcelo Oguido
Anestesia em revista - março/abril, 2002 - 33
Marcelo Paczko Bozko
Marcelo Pires de Souza
Marcelo Seabra Bernardi
Marcelo Uthida Tukiyama
Marcelo Valverde
Marcelo Zanettini Masella
Marcílio de Almeida Coelho
Marco Túlio Nomelini Marques da Silva
Marcos Tadeu Parron Fernandes
Marcus Cavalcante de OIiveira
Marcus Vinícius Camarcio Lemes
Maria de Fátima Ramos Bravo
Maria do Socorro Abrantes de Oliveira
Marina Rosa da Silva Filha
Matheus Felipe de Oliveira Salvalaggio
Mauro Martins Puppin
Melisa Nucci Brandão
Nasser Nadim Hussein
Necime Lopes da Silva Neto
Olinto Adolfo dos Santos
Pablo Pedroso Guttemberg
Patricia Aletheia Alves da Silva
Patrícia Macedo Blasques
Patrícia Regina Abdala de Araújo
Paula Regina Confortini
Paulo Celso Osaki
Paulo Gonçalves Simplício
Paulo Henrique Botelho Cançado
Paulo Sérgio da Paixão
Rachel Souza de Queiroz Varella
Rafael Resende Calluf
Rafael Villela Silva Derré Torres
Ranieri Pereira de Assis
Raquel Vasconcelos Umakoshi
Renam Myazi
Renata Almeida Pires Fabbri
Renata Dutra de Paula
Renato Frederico Fernandes Picarelli
Renatta Maria Figueiras Pradines
Ricardo Alvim Brêtas
Ricardo Vieira Carlos
Roberto Araújo Ruzi
Roberto Yura
Rodrigo Leal Alves
Rodrigo Otávio Silva Gonzalez
Rodrigo Pereira Diaz André
Rogerio Coutinho Regis
Rogerio do Amaral
Rogerio Shiguetoshi Miura
Rogério William Firmino
Ronei Bittencourt Machado Júnior
Ronie Oliveira de Souza
Rudimar Pereira de Oliveira
Sérgio Honorato de Matos
Sheila Braga Machado
Sidney Umakoshi
Siguero Taia Filho
Silvia Leticia Almeida da Silva
Steven Vinicio Kimball Morello
Tathiana Ribeiro Carneiro
Tiago de Souza Papotti
Vamberto Raphael Vicente
Vanessa Heinke Siqueira
Vanessa Helena Gabilheri
Vanessa Henriques Carvalho
Vanina Marisa de Vera Dominguez
Vincenzo Leto Barone Neto
Vinicius Salles Martins
Viviane Wosny
Wagner Roberto Cirillo
Waldykson Fernando de Souza
Wanderlei Domingos da Costa Junior
Washington Luis de Oliveira
Weberton Gomes Silva
William Cintra Vieira Filho
Yuri Moreira Soares
Zelma Zevoni Pereira Abnader
ASPIRANTES
N O V O S
M E M B R O S
Abraão Pereira Filho
Adriana de Oliveira Cordeiro
Adriane Kania
Adriano Costa Vasconcelos
Afranio Modesto Júnior
Alan Castoldi Medeiros
Alex Gonçalves Belote
Alexandre Luiz Teixeira Brasil
Alexandre Minoru Fukusato
Alexandre Nogueira Santos
Aloísio Tarsio Pereira de Azevedo Júnior
Ana Claudia de Melo Barros
André Eduardo Sartorato
André Luiz Campos Marvila
André Rosso
Andréa Inácio
Andreia Miranda de Carvalho
Angela Kaori Susume
34 - março/abril, 2002 - Anestesia em revista
Arion Salgado da Fontoura
Augusto José Pedrosa de Medeiros
Aureli Nunes Machado
Axhilles Lopes M.A. Lemos
Beatriz Dias Caldas de Moraes
Beatriz Sander
Beatriz Vieira Espíndola
Betina Ribeiro Borges
Bruno Alves Salvador
Bruno Salomé de Morais
Carlos Alberto de Paiva Chaves
Carlos Antonio Júnior
Carlos Eduardo David de Almeida
Carolina Pereira da Silva Almada
Cássio Henrique de Arruda Régis
Cassius Fonseca Andrade
Catarina Izabel Lopes Albuquerque
Cesar Collyer Carvalho
Charles Farah Serednicki
Cheila Mayorca de Faria
Christiano Chi Hão Chao
Cinara Siqueira dos Santos
Cinthia Francalacci
Claiton Pires de Oliveira
Claudia Marquez Simões
Cláudia Regina da Costa Freitas
Cleber José Carvalho do Amarante
Cristiana Melo de Araújo
Cristiano Natan Nuhllmann Schneider
Cristina Flávia Silva Andrada
Daniel Farias Mendes
Daniel Franklin Rossiter Pinheiro
Daniel Ibanhes Nunes
Daniel Rodrigues de Oliveira
Daniel Segabinazzi
Daniel Sousa César
Daniel Volquind
Daniel Zanatto Nobre
Daniela Boni
Daniela Tchernin Wofchuk
Danielle Beltrão Trevelin
Dario Vianna Abrão
Denis Ricardo Horbach
Edgar Biaggio Solano
Eduardo Antonio Santos Soares
Eduardo Jorge Hansen Sturn
Eli Mendes Siqueira Júnior
Endrigo de Paiva Bueno
Eudes Marques Pereira Filho
Fabiana Rosa Tavares
Fabiano Frank
Fábio Hideki Hiratsuka
Fábio Vinicius Benevenuto Feltrim
Felipe José Vieira Figueiredo
Felipe Rech Borges
Felipe Silveira Bergamaschi
Fernanda Albuquerque dos Santos
Fernando Oetterer Arruda
Filipe Sant Anna dos Santos
Flavia Pinho Cavalcanti
Francisco Alvim Leite Lopes
Frederico Simão da Silva Guimarães
Giovani Romon
Giuliano Bottin
Giuliano Ribeiro Gonçalves Lima
Gleice Agnes Almeida Reinert
Grazielle Sales Diniz
Griziella Januário de Andrade
Guacyra Muzzi Martins Cabral
Guinther Giroldo Badessa
Gustavo de Moraes Ferreira
Gustavo Ferst Kleiniibing
Gustavo Jaccoud de Oliveira Costa
Gustavo José Somm
Gustavo Luchi Boos
Gustavo Nagasawa Miki
Helen Medrado David Pereira
Hélio Pitombeira de Araújo Filho
Hermínio Asevedo Neto
Hernando Mauro Diógenes Aquino
Iara Ferreira da Silva
Idalécio Barreto Fernandes
Igor Esper Alihieviski
Izabel Ribeiro da Silva
Janice Molinar de Castro
Janilson Nascimento Alencar
Joana Lily Dwan
João Augusto Fraga Júnior
João Pedro de Souza Macêdo
Joelson Yoshinori Yamasaki
José Carlos Dantas Arboés
José Luis Menezes de Braz
Juliana Mara Cruz
Juliana Monteiro Corrêa
Juliana Palhares dos Santos
Juliano Câmara da Silva
Juliano de Campos Magalhães
Júlio Moschioni Moneda
Junio Alves Valadão
Karina Losovoi Boquino
Kátia Simone Corrêa da Silva
Kênia Nunes Sant Ana Bastos
Land Jane Alves de Lima
Leandro Rodrigues da Silva
Leandro Turra Oliveira
Lee Yung
Leonardo Padovani Trivelato
Leonardo Ribeiro Salomão
Leonardo Schonhorst
Lilian Ponte Troviscal
Lilian Visccarra Mottona
Lorena Lopes Pires Martins e Souza
Lucas Busnardo Ramadan
Lucia Helena Rodrigues Martins
Luciana Moraes dos Santos
Luciana Reis Ribas
Luciano Akira Takaesu
Luciano Ferreira da Invenção
Luciano Luiz de Medeiros
Luciene Monteiro de Barros Rodrigues
Luis Antonio Gonzalez
Luis Fernando Guilhen Benedetti
Luiz Eduardo de Paula Gomes Miziara
Luiz Ferreira Maracajá Neto
Luiz Guilherme Villares da Costa
Marcel Veronez Vitoreli
Marcelo Araujo Moura
Marcelo Gelmini
Marcelo Pires Fiorini
Marcelo Souza Cruz
Marcelo Tonel Kober
Marcia Maria Prado Fonseca
Márcio Luiz Beccarini
Marcos Vieira Cunha
Maria Fernanda Bertacchi
Mario Roberto Ogleari
Martin Ernesto Franco
Mauricio Teruaki Kataoka
Mauro Prado da Silva
Mayara Guedes Cavalcanti
Michel Salles Pompeo
Mineia Caroline de Morais Reis
Monia Di Lara Dias
Noelia Norka Gonzalez Muñoz
Otto Mittermayer
Patrícia Fernandes Alves
Paula Reichert Leite
Paulo Eduardo Tonin Valmorbida
Paulo Henrique Silva Mariano
Pedro Ferretti Pinheiro
Perlla Ismália de Oliveira
Rafael Dias Sayão Lobato
Rafael Py Gonçalves Flôres
Raphael de Figueiredo Bastos
Raul Colembergue Silveira
Regina Helena Carvalho de Mattos
Regis Faria Colares
Renata Gomes Ferreira
Renata Lin
Roberto Ballaben Carloni
Roberto de Góis Déda
Rodolfo Fernando de Medeiros Souza
Rodrigo Betiol Petri
Rogério Guimarães Cardoso
Sandro Boaretto Paula Vasconcelos
Sanja Patricia Sousa de Oliveira
Sara Rosa Figueira
Sergio Augusto Rodrigues
Sérgio Vinicius Pereira de Melo
Silvana Odilia Perez
Silvia Cristina de Albuquerque Ribeira
Simone Moises Abrahão
Stanislaw Ivo Machado
Stella Maris Couto dos Santos
Taís Fonseca Goulart
Thais Correia Ieone
Thiana Yamaguti
Ubirajara de Oliveira Júnior
Valdemar de Souza
Valdir Jucoski
Vanessa Lombardi de Souza Pinto
Vladimir Magalhães Seixas Filho
Anestesia em revista - março/abril, 2002 - 35
33ºJORNADA DO BRASIL CENTRAL
PALMAS, TO - 8 e 9/08/2002
8/8/2002 – QUINTA-FEIRA
08:00 às 08:30h
TRABALHO DE PARTO,
FISIOLOGIA E MECANISMO
DA DOR
Palestrante: Dr. Luiz Anzoategui
08:30 às 09:00h
JEJUM E ANESTESIA
OBSTÉTRICA. COMO EVITAR
ACIDENTES?
Palestrante: Dr. Geová Luiz F.
Epaminondas
09:00 às 09:30h
PERDAS VOLÊMICAS DO
PARTO. QUANDO E COMO
REPOR?
Palestrante: Dr. José Carlos de
Almeida Carvalho
09:30 às 10:00h
MODIFICAÇÕES DO CANAL
VERTEBRAL DA GRÁVIDA
INTERFEREM NA
DISPERSÃO DOS
ANESTÉSICOS LOCAIS?
RAQUI X PERIDURAL
Palestrante: Dr. José Carlos de
Almeida Carvalho
10:00 às 10:30h
INTERVALO
DROGAS ADITIVAS. COMO
ABORDAR?
Palestrante: Dr. Carlos Eduardo
Lopes Nunes
15:00 às 15:30h
GESTANTE GRANDE OBESA
EM TRABALHO DE PARTO.
ESTRATEGIAS DE
ANESTESIA.
Palestrante: Dr. Raimundo Rebuglio
15:30 às 16:00h
DEFORMIDADES OSTEO ARTICULARES E DOENÇAS
DA MEDULA ESPINHAL
IMPEDEM O USO DE
BLOQUEIOS CENTRAIS?
Palestrante: Dr. Manoel Moreira
16:00 às 16:30h
INTERVALO
16:30 às 18:00h
DISCUSSÃO DE CASOS
CLÍNICOS:ASPECTOS
TÉCNICOS EM ANESTESIA
OBSTETRICA.
Palestrantes: Drs. José Carlos de
Almeida Carvalho, Américo M.
Yamashita, Carlos Eduardo Lopes
Nunes
ABERTURA DA JORNADA
9/8/2002 – SEXTA-FEIRA
10:30 às 11:00h
DROGAS ANESTÉSICAS
COMPROMETEM A
VITALIDADE FETAL
NEONATAL?
Palestrante: Dr. Américo Massafuni
Yamashita
08:00 às 08:30h
CONDUTA ANESTÉSICA NA
GESTANTE HIV+
Palestrante: Dr. Joaquim Lucas de
Carvalho
11:00 às 11:30h
COMO O
ANESTESIOLOGISTA DEVE
PARTICIPAR DA
REANIMAÇÃO DO RN?
Palestrante: Dr. Waldir Medrado
08:30 às 09:00h
COMO CONVERTER
ANESTESIA PROGRAMADA
OU REALIZADA?
Palestrante: Dr. Manoel Moreira
12:00 às 14:00h – ALMOÇO
14:00 às 14:30h
GESTANTE COM CRISE
ASMÁTICA: RISCO DE VIDA
PARA A MÃE E CONCEPTO?
Palestrante: Dr. Américo Massafuni
Yamashita
14:30 às 15:00h
GESTANTE EM USO DE
36 - março/abril, 2002 - Anestesia em revista
09:00 às 09:30h
MESA REDONDA
ANALGESIA DE PARTO, O
QUE EU FAÇO?
- DUPLA PUNÇÃO
- PERIDURAL CONTÍNUA
- SISTÊMICA
Palestrantes: Drs. José Carlos de
Almeida Carvalho, Américo
Massafuni Yamashita, Fernando
Carneiro
10:00 às 10:30h
INTERVALO
10:30 às 11:00h
ALTERAÇÕES TERMICAS
APÓS BLOQUEIO CENTRAL
EM TRABALHO DE PARTO.
COMO ABORDAR?
Palestrante: Dr. Carlos Eduardo
Lopes Nunes
11:00 às 12:00h
DISCUSSÃO
12:00 às 14:00h – ALMOÇO
14:00 às 14:30h
INTOXICAÇÃO POR
ANESTÉSICO LOCAL
DURANTE A ANESTESIA
PERIDURAL. O QUE FAZER?
Palestrante: Dr. Waldir Medrado
14:30 às 15:00h
CEFALÉIA PÓS - PUNÇÃO DE
DURAMATER, O QUE
FAZER?
Palestrante: Dr. Fernando Carneiro
15:00 às 15:30h
HEMATOMA SUB-DURAL, O
QUE FAZER?
Palestrante: Dr. Fernando Carneiro
15:30 às 16:00h
INTERVALO
16:00 às 17:00h
DISCUSSÃO DE CASOS
CLINICOS: ASPECTOS
ÉTICOS DA ANESTESIA
OBSTETRICA.
Palestrantes: Drs. Américo
Massafuni Yamashita, José Carlos
de Almeida Carvalho, Manoel
Moreira
17:00 às 18:00h
DISCUSSÃO
21:00 h
JANTAR DE ENCERRAMENTO
RALPH M.WATERS, MD
Professionalism in Anesthesiology
A Celebration of 75 years
6-8 de junho de 2002
The Concourse Hotel & Governor´s Club Madison, Wisconsin, U.S.A.
Este encontro irá celebrar a chegada de Ralph M. Waters,
MD, em Madison, Wisconsin, em 1927, e explorar seu legado na
prática e de profissionalismo na anestesia.
PROGRAMA
3:15 PM Refreshment break
3:30PM Plenary Session Speaker
Topic: Ralph Waters and research
4:30PM Dinner on your own
Thusday June 6, 2002
Saturday June 8, 2002
4:00 PM Opening Ceremonies
Welcome remarks by state official, university official,
state society President
Plenary Session Speaker
Topic: Ralph Waters and his role in American
anesthesiology: an overview
Reception
Dinner on your own
7:00 AM Continental breakfast
Friday June 7, 2002
10:30 Refreshment break
7:00 AM Continental breakfast
10:45 Two concurrent sessions
Three papers each (10-45-11:15, 11:15-11:45,
11:45-12:15, includes questions)
8:00 AM Plenary Session Speaker
Topic: University of Wisconsin in 1927
9:00 AM Two concurrent sessions
Three papers each (9-9:30, 9:30-10, 10-10:30, includes
questions)
10:30 Refreshment break
10:45 Two concurrent sessions
Three papers each (10-45-11:15, 11:15-11:45,
11:45-12:15, includes questions)
12:30 PM Lunch
Plenary Session Speaker
Topic: Ralph Waters and medical education
1:45 PM Two concurrent sessions
Three papers each (1:45-2:15, 2:15-2:45, 2:45-3:15,
includes questions)
8:00 AM Plenary Session Speaker
Topic: Ralph Waters and organized anesthesia
9:00 AM Two concurrent sessions
Three papers each (9-9:30, 9:30-10, 10-10:30, includes
questions)
12:30 PM Lunch
Plenary Session Speaker
Topic: Ralph Waters’ international influence
Afternoon at leisure
6:00 PM Banquet and Resident Graduation
Plenary session speaker
Para inscrever-se ou
outras informações:
Fone: 608 / 262-1397
Fax: 608 / 257-5280
Web site: www.concursehotel.com
<http://www.concursehotel.com>
Anestesia em revista - março/abril, 2002 - 37
Programa Científico Oficial da SBA
N a c i o n a l o e o I n t e r n a c i o n a l
2002
MAIO
09 A 10 - OAA ANUAL MEETING NOTTINGHAM - UK
17 A 19 - 36ª JOPA - JORNADA
PAULISTA DE ANESTESIOLOGIA MAKSOUD PLAZA - SÃO PAULO.
25 - 7º ENAI-Ba - ENCONTRO DE
ANESTESIOLOGIA DO INTERIOR
DA BAHIA - LENCÓIS/BA
29 A 01 JUNHO - CONGRESSO
MUNDIAL DE ANESTESIA
REGIONAL E TERAPIA DA DOR BARCELONA, ESPANHA www.esraeurope.org <http://
www.esraeurope.org>
JUNHO
14 A 15 - IV JORNADA DE
ANESTESIOLOGIA DO INTERIOR
DE PERNAMBUCO - CARUARU/PE.
20 A 22 - 36ª JASB - JORNADA DE
ANESTESIOLOGIA DO SUDESTE
BRASILEIRO E 12ª JAES JORNADA DE ANESTESIOLOGIA
DO ESTADO DO ESPÍRITO
SANTO- VITÓRIA/ES
JULHO
17 A 22 - 10TH WORLD CONGRESS
ON PAIN - Contact:
[email protected]
<mailto:[email protected]>
23 A 25 - 9º TEORIA E PRÁTICA DE
ANESTESIA REGIONAL E
CONTROLE DA DOR - SÃO PAULO
- SP - www.lasra.com.br <http://
www.lasra.com.br>
SETEMBRO
07 A 08 - XIII JORNADA MINEIRA
DE ANESTESIOLOGIA - ARAXÁ/
MG
10 A 14 - XXXVI CONGRESSO
MEXICANO DE
ANESTESIOLOGIA - VERA CRUZ/
MEXICO - Informações
[email protected]
<mailto:[email protected]>
13 A 14 - X JAEPE - JORNADA DE
ANESTESIOLOGIA DO ESTADO
DE PERNAMBUCO.
20 A 21 - 16ª JORBA - JORNADA
BAIANA DE ANESTESIOLOGIA SALVADOR/BA
26 A 29 - XXXI CONGRESSO
ARGENTINO DE
ANESTESIOLOGIA - BUENOS
AIRES/ARGENTINA [email protected]
10 A 13 - 11TH ASIAN
AUSTRALIAN CONGRESS OF
ANAESTHESIOLOGISTS SHANGRILA HOTEL - KUALA
LUMPUR - MALAYSIA - Contact:
[email protected]
<mailto:[email protected]>,
Home-Page: <http://
www.11thaaca.com>
OUTUBRO
20 - VIII - SÁBADO DE
RAQUIANESTESIA - CURITIBA/PR.
12 A 16 - ASA ANNUAL MEETING ORLANDO, FLORIDA - USA Contact: [email protected]
AGOSTO
08 E 09 - 33ª JORNADA DE
ANESTESIOLOGIA DO BRASIL
CENTRAL - PALMAS/TO [email protected]
<mailto:[email protected]>
38 - março/abril, 2002 - Anestesia em revista
3 A 5 - CONGRESSO NACIONAL
DA SOCIEDADE PORTUGUESA
DE ANESTESIOLOGIA E
CONGRESSO LUSO-BRASILEIRO COIMBRA/PORTUGAL Informações: [email protected]
NOVEMBRO
1 A 2 - CONGRESSO CHILENO DE
ANESTESIOLOGIA E CONGRESSO
DA LASRA - PUCÓN/CHILE informações: [email protected]
<mailto:[email protected]>
5 A 9 - XVI CONGRESO
VENEZOLANO DE
ANESTESIOLOGÍA - MÉRIDA/
VENEZOELA - Informações:
[email protected]
<mailto:[email protected]>
6 A 9 - V CONGRESSO CENTROAMERICANO DE
ANESTESIOLOGIA - SAN PEDRO
SULA/HONDURAS informações:
[email protected]
09 A 14 - 49º CONGRESSO
BRASILEIRO DE
ANESTESIOLOGIA E CONGRESSO
SULAMERICANO DE
ANESTESIOLOGIA - JOINVILLE SC
2003
MARÇO
20 A 22 - XXVII JORNADA NORTENORDESTE DE
ANESTESIOLOGIA - JOÃO
PESSOA/PB - Informações: SAEPB
(83) 244-8322
JUNHO
01 A 07 - 12TH EUROPEAN
CONGRESS OF
ANAESTHESIOLOGY - ESA/EAA/
CENSA/WFSA - BIRMINGHAM - UK
- Contact: [email protected]
<mailto:[email protected]>
OUTUBRO
11 A 15 - ASA ANNUAL MEETING SAN FRANCISCO - USA - Contact:
[email protected]
NOVEMBRO
10 A 15 - XXVII CONGRESSO
LATINO-AMERICANO DE
ANESTESIOLOGIA - GUATEMALA
www.clasa2003.guatemala.org <http://
www.clasa2003.guatemala.org>
22 A 26 - 50º CONGRESSO
BRASILEIRO DE
ANESTESIOLOGIA
Brasília /DF

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Anestesia em Revista março-abril 2008.p65 Departamento de Anestesiologia da Associação Médica Brasileira Rua Professor Alfredo Gomes, 36 Botafogo - Rio de Janeiro - RJ CEP: 22.251-080 Tel.: (21) 2537-8100 Fax: (21) 2537-8188

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