Folha - Edição 218.p65

Transcrição

Folha - Edição 218.p65
MAIO | 2007
FOLHA DA LARANJEIRA 1
INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO DE MORADORES E AMIGOS DE LARANJEIRAS - AMAL ANO XXVII | Nº 218 | MAIO | 2007
Conselho Escola Comunidade
gera polêmica em Laranjeiras
Caso você não conheça e nem
tenha ouvido falar do Conselho
Escola Comunidade (CEC), não
se assuste. Certamente você não
é o primeiro a desconhecer este
órgão criado pela Secretaria
Municipal de Educação e que
deveria ajudar no desenvolvimento, manutenção e acompanhamento do orçamento das
escolas municipais cariocas. Os
pais de alunos matriculados na
rede pública de ensino, quando
questionados pela reportagem do
jornal Folha da Laranjeira, também
não souberam dizer o que era e
para que servia o CEC. Em
Laranjeiras, a Associação de
Moradores e Amigos de Laranjeiras
(Amal)
não
possui
um
representante nas escolas do bairro,
já que as escolas nunca a
convocaram para uma reunião.
Páginas 6 e 7
Nesta Edição:
Artigo: o historiador Milton Teixeira fala sobre o
antigo Instituto Pasteur;
Pan-americano: Saiba como participar como voluntário no maior evento esportivo.
Conheça o novo site da Amal
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Rua Pinheiro Machado, 31 - 2º andar - Tel.: 2530 2013
2 FOLHA DA LARANJEIRA
MAIO | 2007
PALAVRA DO PRESIDENTE
Marcus Vinicius Seixas
Anúncios alcoólicos
muito bem remunerados
Há em nossa sociedade, no
momento, um debate que já estava passando da hora de acontecer: a ocorrência de anúncios
de bebidas alcoólicas sem restrição nos meios de comunicação.
Diz a indústria que a propaganda não induz ninguém ao vício,
apenas “defende” a marca num
mercado competitivo. Ora, como
é que justificam o crescimento
do número de jovens bebedores,
em especial de cerveja, nos últimos tempos, conforme estatísticas oficiais ? Ainda por cima,
temos Zeca Pagodinho tecendo
loas à bebida da qual é regiamente pago, e ainda, Ivete Sangalo,
também membro do time dos
incentivadores de cerveja, mas teve
o disparate de afirmar, em entrevista ao Jornal Nacional, sobre o
seu trabalho intenso durante o
carnaval: “cuido muito bem da
minha saúde não fumo nem bebo”.
Então, cara-pálida, podemos concluir que para ela a saúde dos
outros deve se danar ? Faz muito
bem o ministro da Saúde José
Gomes Temporão, ao “partir pra
cima” da falta de controle na propaganda de bebidas alcoólicas. A
população, em especial, os pais
de crianças e adolescentes agradecem e o apóiam. Parabéns
ministro.
Artes plásticas invadem as
ruas de Laranjeiras
A proposta do diretor de comunicação da Amal, Gilson Nazareth,
de levar arte para as praças vem dando certo. Todos os sábados, de
10h. às 16h. os moradores do bairro podem ver o trabalho de artistas
da região expostos na rua General Glicério, defronte a casa de festas
Os Pequeninos. Na foto, os artistas Lu Sarmento e Oswaldo Davim.
Futebol campeão em Laranjeiras
A escolinha de futebol
da Amal, coordenada pelo
professor Giovanni Nogueira vem colecionando títulos por onde passa. Na comemoração dos 110 anos
do Clube de Regatas
Boqueirão, os jovens foram
campeões em nada menos
que em seis categorias. Criada em 1996, a escolhinha
tem 280 alunos entre 5 e 21 anos. As aulas acontecem às segundas, terças e
quintas no Aterro do Flamengo e aos sábados na quadra da Amal. Mais
informações pelos telefones 2215 0408 / 9439 3000 / 9360 0834
Onde encontrar a
Folha da Laranjeira
Contigráfica - Rua das Laranjeiras, 48
R. das Laranjeiras 76 – Banca do Rogério
Banca do Paulinho - Rua das Laranjeiras esquina com Pinheiro Machado.
R. Gago Coutinho 94 - Banca do Pq.
Guinle
Rua das Laranjeiras, 1 – Banca do Jonas
Rua Gago Coutinho, 43 – Banca do
Edigley
Lgo do Machado, 21 – Sendas
Rua das Laranjeiras, 335 – Banca do
Gigio
R. das Laranjeiras, 192 – Banca do Zé Luiz
R. Pereira da Silva, 164 - Banca do Zé Luiz
R. Pereira da Silva, 660 – Banca do
Francisco
R. Conde de Baependi, 78 – Banca do Russo
R. Senador Correia, 66 – Banca da Kenge
R. Senador Correia, 33 – Banca do
Vicente
R. Senador Correia, 15 – Banca do Pedro
R. das Laranjeiras, 374 – Banca do José
R. General Glicério, 15 – Banca do Carlos
R. Alice, 35 – Banca do Fred
R. Soares Cabral, 47 – Banca do João
R. das Laranjeiras, 387 – Banca do Joel
AMAL participa do
Congresso da Fam-Rio
A AMAL foi uma das 120
Associações de Moradores do Rio
de Janeiro que participou do 4º
Congresso da FAM-RIO, que ocorreu
nos dias 27, 28 e 29 de abril de
2007 no Centro Cultural da Ação
da Cidadania. Foram votadas várias deliberações que vão nortear
a atuação da FAM-RIO nos próximos 3 anos, e foi eleita a nova
Diretoria que tem como Presidente a dinâmica Márcia Vera de
Vasconcellos. A vice presidente da
AMAL M. da Glória F. Souza foi
eleita Diretora de Direitos Humanos e Cidadania da FAM-RIO; e
colaborou na parte cultural do Congresso, fazendo um Desfile de Roupas Artesanais confeccionadas por
senhoras dos comitês da Ação da
Cidadania da comunidade Tavares
Bastos e da Cidade de Deus. As
modelos foram várias jovens e senhoras participantes do Congresso, que gostaram muito da experiência. Compareceram ao Congresso o presidente da AMAL Marcus
Vinicius Seixas, o secretário-geral
– Salatiel Pereira da Silva, a diretora de Cultura Flora Saleto, a
Diretora de Assuntos Jurídicos
Regina Yolanda A Carquejo e Maria
da Glória F. Souza.
Uma publicação da Associação de Moradores e
Amigos de Laranjeiras (AMAL)
Rua Pinheiro Machado, 31/2º - CEP 22231-090
E-mail: [email protected]
Tel.: 2530-2013
CNPJ 30495998/0001-03
DIRETORIA EXECUTIVA DA AMAL
Presidente
Marcus Vinicius Seixas
1ª Vice-Presidente
Maria da Glória de Souza
2ª Vice-Presidente
Maria José Gonçalves Lobo
Tesoureiro
Alexandre Spiguel
Secretário-Geral
Salatiel Pereira da Silva
Dir. de Urbanismo e Meio-Ambiente
Fábio Brinco do Amaral
Dir. de Cultura e Patrimônio Histórico
Flora Soleto
Dir. de Esporte e Lazer
Giovanni Nogueira da Silva
Dir. de Comunicação e Assistência Social
Gilson Nazareth
Dir. de Assuntos Comunitários
Paulo César de Carvalho
Dir de Assuntos Jurídicos
Regina Yolanda A. Carquejo
Conselho Fiscal
José Antonio Affonso
Edson Galdeano
Helena Mori
Suplente: Flávio Lázaro
FOLHA DA LARANJEIRA
Editores Responsáveis
Aline Garcia e Fábio Amaral
Conselho Editorial
Diretoria da Amal
Colaboradores
Gilson Nazareth
Projeto Gráfico e Diagramação
Minas de Idéias Comunicação Integrada
Edição, Arte e Fotografia
Aline Garcia, Fábio Amaral e Sérgio
Caddah
Marketing
Edson Santos (2558 3751 / 2265 5972)
Redação
2558 3751 / [email protected]
Gráfica
Jornal do Commercio
Tiragem: 10.000
Distribuição Gratuita
Os artigos assinados são de responsabilidade
dos autores, não representando, necessariamente,
a opinião da AMAL.
A seção Cartas é aberta à participação dos
moradores e amigos de Laranjeiras.
[email protected]
A FOLHA DA LARANJEIRA se reserva o
direito de selecionar as cartas e editá-las,
quando necessário.
MAIO | 2007
Memória do Bairro
Antigo Instituto Pasteur
FOLHA DA LARANJEIRA 3
(RUA DAS LARANJEIRAS, 308)
Prof. Milton de Mendonça Teixeira
Grande casarão senhorial em
sobrado, no estilo eclético, erguido
na segunda metade do século XIX,
e que passou a abrigar, desde o dia
25 de fevereiro de 1888, o Instituto
Pasteur. Foi fundado pela Santa Casa
de Misericórdia com a colaboração
do Governo Imperial, para tratamento da raiva, pelo método descoberto em 1885 pelo benemérito
sábio francês Louis Pasteur.
Foi seu primeiro Diretor o
médico e professor da Faculdade
de Medicina Dr. Augusto Ferreira
dos Santos (1849-1903), que estagiara
em Paris com o sábio francês desde
12 de maio de 1886. De regresso
ao Rio, em 1887, ele conseguiu
que o Provedor da Santa Casa, Barão
de Cotegipe, adquirisse a dita residência, sita na Rua das Laranjeiras, antigo 84; e equipamentos
científicos na Europa, bem como
providenciasse as obras de adaptação da grande casa para ser o
mais avançado laboratório de pesquisas sobre a raiva das três Américas. Ainda em obras, no dia 9 de
fevereiro de 1888 se fez a primeira
inoculação anti-rábica no Brasil.
Em 1910, o Instituto Pasteur,
então dirigido pelo médico Samuel
Pertence, foi transferido para a
Rua das Marrecas, 25, Centro. Depois
de passar por vários usos e de
permanecer fechada por anos a
fio, passou a ocupar a velha residência um curso de idiomas.
A casa é tombada pela
Municipalidade.
Nota da redação: Atualmente
a casa funciona como curso de
inglês CCAA e pizzaria Hideaway
JOGOS PAN-AMERICANOS 2007
Curso de guias cívicos na Amal
M. Glória Souza
Os Jogos Pan-Americanos acontecerão na cidade do Rio de Janeiro de 13 a 19 de Julho de 2007,
com a participação de 5.500 atletas de 42 países em 28 modalidades esportivas. A cidade deve
receber cerca de 500 mil visitantes, entre turistas e delegações.
Os Jogos Pan-Americanos são
uma versão continental dos Jogos
Olímpicos, realizados de 4 em 4
anos, sempre um ano antes dos
Jogos Olímpicos. Sua 1ª edição
foi em 1951 em Buenos Aires, e
já passou por várias cidades do
continente, inclusive por São Paulo em 1963.
O Programa de Guias Cívicos e
o Curso de Brigada Socorrista fazem
parte do Projeto de Segurança para
os Jogos Pan-Americanos Rio 2007,
da SENASP, do Ministério da Justiça, com o apóio da FIRJAN (Federação das Indústrias do Rio de
Janeiro) e do SESI. Na implantação
do programa devemos destacar a
atuação do Coordenador Geral de
Ações Integradas José Hilário Nunes
Medeiros, da dinâmica Maria Célia,
Claudete, Luciana e Fernanda do
Projeto Espaços Urbanos Seguros,
entre outros. Os Jogos serão
marcantes pelo desempenho dos
atletas e por mostrar que a atividade esportiva pode ser ferramenta importante de inclusão social.
No total, 10.500 jovens de 14 a
24 anos, vão atuar de forma volun-
tária nos Jogos como Guias
Cívicos e 1.000 Brigadistas
Socorristas. São jovens de
149 Comunidades do Rio de
Janeiro, localizadas no entorno dos locais de realização das competições. Os
jovens estão fazendo um
curso com aulas de Cidadania, Espanhol e Turismo.
Na sede da AMAL está
funcionando uma dessas turmas do curso de Guias
Cívicos, com jovens de várias comunidades próximas,
que participam, também do Projeto de Esporte e Cidadania, do
Diretor de Esporte e Lazer da AMAL
Giovanni Nogueira da Silva. O Presidente da AMAL Marcus Vinicius
de Seixas e todos os diretores da
AMAL estão de parabéns por terem cedido espaço na Associação
para o funcionamento dessa turma de Guias Cívicos.
Amal realiza I Fórum de Síndicos de 2007
Segurança pública e população
de rua foram os assuntos centrais do
primeiro fórum de síndicos organizado pela Associação de Moradores
e Amigos de Laranjeiras em 2007. A
intenção da diretoria é tornar o evento
mensal e com isso chamar a atenção
das autoridades para as questões levantadas pelos moradores.
- Esse é um movimento muito
importante. Fazer uma reunião de síndico mensal significa estar em contato
intenso entre os moradores e os órgãos governamentais – afirma o pre-
sidente da Amal Marcus Vinicius Seixas.
Outro ponto de discussão levantado pelos síndicos que marcaram
presença no evento foi a questão das
vans irregulares que circulam no bairro
e a iluminação da rua Alice, que vem
deixando a desejar. Representando o
subprefeito Marcelo Maywald, Maria
Helena anotou todas as reivindicações e fez questão de esclarecer todas as dúvidas dos presentes.
Se boa parte da reunião serviu
para críticas e pedidos, por outro
lado os moradores elogiaram a atu-
ação da subprefeitura no
caso da praça Ben
Gurion, que após ser alvo
de crítica por parte da
população começou a sofrer reparos.
Também estiveram
presente no Fórum um
representante da Polícia
Militar, o presidente da
Flama e o presidente do
Conselho Comunitário de
Segurança
Pública,
Moisés.
4 FOLHA DA LARANJEIRA
MAIO | 2007
Respirar é Renascer
Nos tornamos um ser independente
no mundo, separado de nossa mãe quando
é cortado o cordão umbilical e acontece
nossa primeira respiração e a partir dai
continuamos nossa caminhada neste mundo
até a hora do nosso último suspiro, quando esta vida termina. A respiração é universalmente considerada como um instrumento importante para o desenvolvimento físico, psicológico e espiritual.
Mesmo assim, passamos nossas vidas utilizando nem um quarta parte de
nossa capacidade respiratória, e isto se
deve em grande parte ao trauma do
Studio Surya de Yoga - Rua das Laranjeiras, 63 / sobrado
Tel.: (21) 2205 9971 / 2558 7054 www.devavasant.com
nascimento que faz com que utilizemos
nossa respiração mais para inibir do que
para integrar nossos sentimentos.
Por isto, liberar a respiração é resgatar as primeiras impressões do bebê , o
trauma do nascimento que ficou registrado no inconsciente e que mais tarde
se transforma em padrões de comportamentos limitadores de nossa expressão.
A técnica do Renascimento cria a
possibilidade de reverter as impressões
negativas do nascimento liberando e curando os traumas perinatais : concepção,
gestação, nascimento. Mas seus benefícios
vão além pois esta técnica atua como
um processo de purificação do corpo e
da psique, fazendo com que aflorem e
se dissolvam tudo aquilo que bloqueia o
fluxo natural da energia no corpo.
É importante a participação de um
terapeuta competente que crie um clima
de confiança e esteja apto a lidar com
os problemas psicológicos que possam vir à superfície durante o processo da respiração do Renascimento.
Venha conhecer! Experimente
uma sessão de Renascimento!
MAIO | 2007
FOLHA DA LARANJEIRA 5
6 FOLHA DA LARANJEIRA
MAIO | 2007
Conselho Escola Comunidade
não funciona como deveria
Fotos Mariana Tavares
Mariana Tavares
Caso você não conheça e nem
tenha ouvido falar do Conselho
Escola Comunidade (CEC), não se
assuste. Certamente você não é o
primeiro a desconhecer este órgão
criado pela Secretaria Municipal de
Educação e que deveria ajudar no
desenvolvimento, manutenção e
acompanhamento do orçamento das
escolas municipais cariocas. Os pais
de alunos matriculados na rede
pública de ensino, quando
questionados pela reportagem do
jornal Folha da Laranjeira, também
não souberam dizer o que era e para
que servia o CEC. Em Laranjeiras,
nem mesmo a Associação de
Moradores e Amigos de Laranjeiras
(AMAL) possui um representante nas
escolas do bairro, já que as escolas
não se comunicam.
Kelly Martins, mãe de dois alunos da Escola Municipal Anne Frank
é uma das muitas pessoas que não
sabem para que serve o Conselho.
“Eu não sei o que é isso. É o quê?”
Sua filha Camila, de 11 anos, também não sabe. “Eu nunca ouvi falar
aqui na escola”.
Segundo a diretora da Anne Frank,
Neuza Duarte Rodrigues, o conselho
tem funcionado corretamente.
- Os gastos são previstos com o
CEC, grêmio da escola e com os
alunos representantes. No mural da
escola, há o relatório de prestação
de contas, com todos os gastos.
Ao ser questionada sobre a participação do representante da Amal
no conselho da escola, a diretora se
esquivou.
- Não tem representante de Associação de Moradores. Eles vieram,
disseram que voltariam, mas não
voltaram.
Gilson Nazaré, diretor da Amal,
contraria Neuza.
- Não é verdade. Nós nunca fomos à escola Anne Frank e eles nunca nos procuraram.
Algumas pessoas confundem o
Conselho com reunião de pais.
Nereide de Barros tem duas netas
que estudam na Anne Frank e
também não sabia da existência
do CEC.
- Eu sei que tem reunião de pais
na escola que falam sobre o
desempenho dos alunos, mas não sei
de reuniões de prestação de contas.
“Voto de silêncio”
O diretor da Associação,
Gilson Nazareth, participou há
alguns anos do CEC da Escola
Municipal José de Alencar, porém, com a mudança na direção
da escola, a Amal deixou de
fazer parte do Conselho.
- Participei do CEC na época
em que a diretora era a Lílian Leão.
Depois que ela deixou o cargo,
procurei a escola, deixei meu car-
tão, mas não fui chamado até hoje.
De acordo com a
diretora da escola, o
CEC funciona corretamente, mas nenhuma informação pode
ser dada, sem a autorização
da
Coordenadoria Regional de Educação
(CRE). A Folha da Laranjeira tentou entrevistar a Coordenadora do CRE, Maria Inez
e a Secretária Municipal de Educação,
Sônia Mograbi, mas
até o fechamento não
obteve resposta de
suas respectivas assessorias.
Outra que seguiu
a “lei do silêncio” foi
a diretora da escola
Senador Corrêa, Fernanda Cerqueira,
que apenas disse que “é opcional
para o Conselho ter um representante da Amal.”
O presidente da Amal discorda. Segundo Marcus Vinícius, “está
na resolução que a Amal tem o
direito de participar do CEC e
cabe à escola nos procurar para
que isso se realize, já que está na
resolução que a diretora é a presidente do Conselho”.
Gilson Nazaré assegurou ter ido
à escola logo que ela foi reaberta,
em 2003 e deixado seu cartão para
contato, novamente sem sucesso.
“Até hoje não entraram em contato com a Amal.” Alguns pais de
alunos que não quiseram se identificar e os próprios alunos da
escola não sabiam o que era e
nem para que servia o Conselho.
“Despreparo”
A diretora da Escola Albert Schweitzer Luci Rafael (E) diz que o CEC funciona. Já o
presidente da Amal Marcus Vinicius (D) questiona a forma como ele vem sendo conduzido
Na Escola Municipal Albert
Schweitzer, ninguém tinha autorização para falar sobre o CEC, a
não ser a diretora Luci Rafael. A
Nereide Barros e as
netas alunas da Escola
Anne Frank: nenhuma
delas conhece o CEC
professora de Educação Física da
escola, Cláudia Leite, explicou como
o CEC funciona.
- Há a participação dos pais,
funcionários de apoio, professores
e alunos.
Mesmo sem ter comparecido a
nenhuma reunião do Conselho, a
professora afirma que o CEC é
bem atuante.
Apesar dos pais dos alunos
não conhecerem o CEC, a diretora
da escola garante que ele é divulgado e funciona bem.
- O CEC é divulgado na época
das eleições e nas reuniões escolares, além de ter destaque nos conselhos de classe. Além disso, nas
reuniões fazemos todo o planejamento do uso das verbas em conjunto com o Conselho - diz Luci.
Quando questionada sobre a
participação de um representante
da Amal ela justifica dizendo que
a associação não mandou nenhum
representante, sendo que na realidade era a direção quem deveria
convocar os representantes.
(continua na página 7)
MAIO | 2007
FOLHA DA LARANJEIRA 7
Amal quer participação
ativa nos CEC’s
O fato de não haver nenhum
representante da Associação de Moradores participando dos CECs das
escolas públicas de Laranjeiras preocupa muito o presidente da Amal.
- Os CECs não estão funcionando corretamente e nós temos
direito a ter uma participação mais
efetiva – diz Marcus.
O diretor da Amal sugere uma
maior fiscalização por parte da
Secretaria de Educação e da CRE.
- Seria bom que a CRE verificasse as atas das escolas, porque
se tiver alguém assinando em nome
da Amal, nós desconhecemos. Se
houver assinatura, não tem a nossa autorização. Queremos que os
Conselhos funcionem devidamente, discutam, fiscalizem. Queremos exercer o nosso direito de
cidadão – conclui.
Como deveria funcionar o CEC
O Conselho Escola Comunidade surgiu em 1984, através da resolução SME
nº 212 da Secretaria Municipal de Educação. Ele tem como objetivo “valorizar a
representatividade para uma educação
cidadã, fazer da escola um espaço legítimo para a reflexão e discussão da sociedade e fazer do CEC elo integrador
entre escola, família e comunidade”. Ele
deve ser composto pelo diretor da escola, dois responsáveis por alunos, três professores ou especialistas da educação, dois
alunos, um funcionário ligado à educação e um representante da associação
de moradores, que integrariam o CEC
através de eleições feitas a cada dois
anos. Os componentes do CEC não re-
MA
CRO &
MACRO
MICRO
Por Gilson Nazareth*
Há 20 anos, então uma jovem
recém casada, Flora Soleto, começou a construir efetivamente,
o que, antes, fora somente um
sonho: UM CURSO DE DESENHO
PARA JOVENS E IDOSOS.
Na ocasião não havia a preocu-
cebem nenhuma remuneração, porém o
projeto recebe recursos da prefeitura, através do SDP (Sistema Descentralizado de
Pagamento) e do PDDE (Programa Dinheiro Direto nas Escolas), que é do governo federal. Essa verba deve ser utilizada em benefício do aluno e o Conselho deve prestar contas de como esse
dinheiro está sendo usado. Os representantes CEC devem se reunir para elaborarem propostas e apresentá-las ao diretor da escola. Uma vez que isso é feito,
deve ser feita uma reunião com o diretor
para discutí-las. O papel do CEC vai desde a organização de turmas até a participação na elaboração e desenvolvimento
do projeto político-pedagógico da escola.
Cursos da Amal
Preços populares
O custo mensal de cada curso é de R$ 40, com exceção das aulas de alfabetização, que são gratuitas.
Veja a programação.
Segunda-feira
19h às 21h - Alfabetização (Grátis) - Sala 2
19h às 21h – A arte de
pensar (filosofia para os
não filósofos) – Prof.
Márcio Salgado – Sala 1
Quinta-feira
16h às 17h – Arte da
Reciclagem – Profº
Hércules Dias – Sala 2
17h às 18h – Dança do
ventre – Profª Raddha –
Sala 1
Terça-feira
Quarta-feira
12h às 14h – Iniciação
musical – Profª. Flora Soleto
14h às 16h – Genealogia
– Profº Gilson Nazareth –
Sala 2
16h às 17h – Arte da
reciclagem – Profº. Hércules
17h às 18h – Dança do ventre – Profª Raddha – Sl1
16h às 18h – Cultura Brasileira – Profº Gilson
Nazareth – Sala 2
16h. às 18h. - Aula de
Desenho - Profª Flora
Soleto.
19h às 20h – Forró –
Profº Cadu – Sala 1
Sexta-feira
18:30h. às 20h. – Inglês
18h. às 19:30h - Dança de
Salão - Profº Caio Monatte.
19h às 21h30 – Japonês –
Profª Helena Mori – Sala 2
18h30 às 20h – Contação
de história – Profª Patrícia
Duarte – Sala 1
19h às 20h – Aula de forró
– Profº Cadu – Sala 1
19h às 20h – Alfabetização (Grátis) – Sala2
Sábado
8h às 10h – Futsal – Profº
Giovani (Quadra)
10h às 12h – Aula de Teatro – Profª Cristina –
Sala 1
Ligue para
2530 2013
Cursos de desenho em Laranjeiras
pação, que há hoje, com a terceira
idade, e seu projeto foi muito criticado.
Para que um velho iria querer
iniciar uma carreira? Flora Soleto nos
explica: “não penso em meus alunos como, forçosamente, artistas plásticos a serem descobertos. Minha
proposta é primeiro, que a criança
e o idoso se descubra a si mesmo;
se forem talentos tanto melhor.”
Os cursos, hoje, se desenvolvem
em três espaços. 1- Praça Del Prete,
Laranjeiras, todo sábado das 10 às
17 horas ao ar livre. 2- Sede da
AMAL, terças (12h às 14h) e quartas
(16h às 18h) e 3- Ateliê de Flora
Soleto em dia e hora a combinar.
Flora Soleto tem preocupação com
a classe média empobrecida que deixou
de dar aos seus filhos uma formação
artística tão necessária. Também com
os aposentados, ou em vias de se
aposentarem, que estão sem perspec-
tiva econômica para fluírem um lazer
ou cultivarem sua vida interior.
Flora Soleto quer retribuir à
sociedade o privilégio que teve de
uma educação esmerada, hoje inacessível à pequena burguesia.
Os baixíssimos preços precisam ser ditos, fazem parte da doação da artista à sociedade.
Na praça são 5 reais por aluno
pagos na hora. Na AMAL, 40 reais por
mês em grupo ou 80 reais individual.
No ateliê 50 reais por mês em grupo
ou 100 reais por mês individual.
As informações desses preços
não é uma propaganda, que estejamos fazendo, mas o testemunho
do desprendimento e espírito
público da professora.
Foto Sérgio Caddah / Minas de Idéias
Informações e inscrições
pelos telefones: 2530-2013
(AMAL de 13h30 às 21h) 25582176 (Flora).
* Gilson Nazareth é Mestre em
Educação pelo IESAE - FGV e
Doutor em Comunicação e Cultura pela ECO - UFRJ
8 FOLHA DA LARANJEIRA
Nesta edição o nosso jornal traz um guia de
alguns dos melhores lugares para quem quer
comer bem sem precisar ir muito longe de casa.
Faça sua programação e bom apetite!
Churrascaria Gaúcha
MAIO | 2007
Brasa Grill
Hideaway
Recém-inaugurado
no Largo do Machado,
o Brasa Grill apresenta um buffet a quilo variado, com churrasco
de primeiríssima qualidade. O restaurante
também tem as opções a la carte com massas,
culinária oriental, aves e peixes. Quem não
quiser sair de casa ainda tem a opção de pedir
em casa. www.brasagrill.com.br
A melhor pizza
do bairro com a
melhor programação musical:
Terça: Chopp em
dobro, com a Banda Foco tocando Jazz e MPB
Quarta: Quintal das Laranjeiras, com samba
e choro.
Quinta: Promoção Pizza com sobremesa, para
animar o Flashback
Rua Min. Tavares de Lira, 43 Tel.: 2556 0565
Rua das Laranjeiras, 308 Tel: 2285 0921
Cortiço
Casa do Minho
Tradicional em Laranjeiras, a Gaúcha além de
oferecer excelente churrasco, tem uma diversificada programação musical
de terça-feira a domingo, sempre depois das
20h. Em seu cardápio, a churrascaria traz mais
de 100 pratos quentes e frios e um ambiente
com total segurança. Ideal para quem quer promover festas de aniversário ou encontro com os
amigos. www.gauchachurrascaria.com.br
Além da deliciosa
comida caseira, que
mantém a casa sempre
cheia, servida diariamente entre as 11h. e
16h, a partir das 18h.
serve comida a la carte,
deliciosos petiscos e pizzas com sabores
inigualáveis. A casa tombada pelo patrimônio
histórico dispõe de um ambiente aconchegante
e famililar. Vale à pena desfrutar do melhor bar
e pizzaria do bairro. (Gepark)
Rua das Laranjeiras, 114 Tel.: 2558 2558
Rua das Laranjeiras, 20 Tel.: 2557 1447
Cortiço
“Restaurante Costa Verde”
Cozinha típica portuguesa e brasileira
De 3ª a 6ª feira - aberto para jantar
Funciona para almoço:
Sábado: Feijoada Completa (rodízio R$ 20,00)
Domingo: Cozido à Portuguesa - p/ 2 pessoas (R$ 30,00)
Serviço de Buffet
Com salão de festas de casamento - Aniversário Batizados e festas em geral - Estacionamento próprio.
www.casadominho-rj.com.br
Rua Cosme Velho, 60 Tel.: 2225 1820
Jukilo é a novidade na Adega do Juca
Restaurante agora é self-service com grande variedade até as 16h.
Especialidades em frutos do mar.
Comidas e quitutes portugueses
a la carte após as 16h.
Promoção do Mês:
Bacalhau à trasmontana
para duas ou três pessoas
Nossos endereços:
Adega do Juca
Rua Gago Coutinho, 37B (Laranjeiras)
Tel.: 2585 7011
Botequim do Serafim
Rua Alice, 24 (Laranjeiras)
Tel.: 2225 2843
Taberna do Juca
Rua Mem de Sá, 65 (Centro)
Tel.: 2221 9839
Boteco do Juca
Rua Mem de Sá, 95 (Centro)
Tel.: 2242 5372
Galeto do Juca
Av. Presidente Kenned, 1484 (Caxias)
Tel.: 2671 3330
Tasca do Edgard
Rua Mário Portela, 16 (Laranjeiras)
Tel.: 2558 5585
Adega do Juca: rua Paissandu, 122 - Flamengo - Tel.: 2245 0858