DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS MARÇO/2015

Transcrição

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS MARÇO/2015
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
MARÇO/2015
| 1
SUMÁRIO
PRESS RELEASE ........................................................................................................................................................................ 6
FATO RELEVANTE ....................................................................................................................................................................... 8
DESTAQUES FINANCEIROS ......................................................................................................................................................... 8
DESTAQUES OPERACIONAIS ..................................................................................................................................................... 10
GUIDANCE ................................................................................................................................................................................ 12
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO .......................................................................................................................................... 13
CENÁRIO ECONÔMICO ............................................................................................................................................................. 14
DESEMPENHO CONSOLIDADO ................................................................................................................................................. 14
Lucro Líquido........................................................................................................................................................................ 14
Patrimônio Líquido............................................................................................................................................................... 15
Ativo Total............................................................................................................................................................................ 15
Operações de Crédito .......................................................................................................................................................... 16
Recursos Captados e Administrados .................................................................................................................................... 17
PRODUTOS, SERVIÇOS E CANAIS .............................................................................................................................................. 18
Vero ..................................................................................................................................................................................... 18
Cartão Banricompras ........................................................................................................................................................... 18
Cartões de Crédito ............................................................................................................................................................... 18
Seguros, Previdência e Capitalização ................................................................................................................................... 18
Correspondentes Banrisul - Banriponto............................................................................................................................... 18
Canais Eletrônicos ................................................................................................................................................................ 18
Ações com o Poder Público .................................................................................................................................................. 19
REDE DE ATENDIMENTO BANRISUL ......................................................................................................................................... 19
EMPRESAS CONTROLADAS E COLIGADAS ................................................................................................................................ 19
Banrisul S.A. Administradora de Consórcios ........................................................................................................................ 19
Banrisul S.A. Corretora de Valores Mobiliários e Câmbio .................................................................................................... 19
Banrisul Armazéns Gerais S.A. ............................................................................................................................................. 20
Banrisul Cartões S.A. ............................................................................................................................................................ 20
Bem Promotora de Vendas e Serviços S.A. .......................................................................................................................... 20
GOVERNANÇA CORPORATIVA .................................................................................................................................................. 20
Estrutura Acionária .............................................................................................................................................................. 20
Política de Distribuição de Juros sobre o Capital Próprio/Dividendos ................................................................................. 21
CONTROLES INTERNOS E COMPLIANCE ................................................................................................................................... 21
GESTÃO DE RISCOS ................................................................................................................................................................... 21
Gerenciamento de Capital ................................................................................................................................................... 21
Risco de Crédito ................................................................................................................................................................... 22
Risco de Mercado ................................................................................................................................................................ 22
Risco de Liquidez .................................................................................................................................................................. 22
Risco Operacional ................................................................................................................................................................ 23
Índice de Basileia ................................................................................................................................................................. 23
MODERNIZAÇÃO TECNOLÓGICA .............................................................................................................................................. 23
RECURSOS HUMANOS .............................................................................................................................................................. 24
MARKETING .............................................................................................................................................................................. 24
SUSTENTABILIDADE .................................................................................................................................................................. 25
RECONHECIMENTOS ................................................................................................................................................................ 25
AGRADECIMENTOS................................................................................................................................................................... 25
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS............................................................................................................................................ 26
BALANÇOS PATRIMONIAIS ....................................................................................................................................................... 27
DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO .......................................................................................................................................... 31
DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA ............................................................................................................................... 32
DEMONSTRAÇÕES DO VALOR ADICIONADO ............................................................................................................................ 33
DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO .............................................................................................. 34
NOTAS EXPLICATIVAS ............................................................................................................................................................ 35
NOTA 01 - CONTEXTO OPERACIONAL ...................................................................................................................................... 36
NOTA 02 - APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INTERMEDIÁRIAS ............................................................. 36
2 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
NOTA 03 - PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS .......................................................................................................................... 37
NOTA 04 - APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ ....................................................................................................... 44
NOTA 05 - TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS ............................................... 44
NOTA 06 - CRÉDITOS VINCULADOS .......................................................................................................................................... 47
NOTA 07 - OPERAÇÕES DE CRÉDITO, ARRENDAMENTO MERCANTIL E OUTROS CRÉDITOS COM CARACTERÍSTICA DE CRÉDITO .... 48
NOTA 08 - OUTROS CRÉDITOS.................................................................................................................................................. 52
NOTA 09 – OUTROS VALORES E BENS ...................................................................................................................................... 52
NOTA 10 - PERMANENTE.......................................................................................................................................................... 53
NOTA 11 - DEPÓSITOS, CAPTAÇÕES NO MERCADO ABERTO E RECURSOS DE ACEITES E EMISSÃO DE TÍTULOS ..................... 54
NOTA 12 - OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS........................................................................................................................... 54
NOTA 13 - OBRIGAÇÕES POR REPASSES ................................................................................................................................... 54
NOTA 14 - OUTRAS OBRIGAÇÕES ............................................................................................................................................. 55
NOTA 15 - PROVISÕES, ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES ................................................................................................... 56
NOTA 16 - RECEITAS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS .................................................................................................................. 58
NOTA 17 - RENDAS DE TARIFAS BANCÁRIAS ............................................................................................................................ 58
NOTA 18 - DESPESAS DE PESSOAL ............................................................................................................................................ 58
NOTA 19 - OUTRAS DESPESAS ADMINISTRATIVAS ................................................................................................................... 58
NOTA 20 - OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS .......................................................................................................................... 59
NOTA 21 - OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS ......................................................................................................................... 59
NOTA 22 - PATRIMÔNIO LÍQUIDO - BANRISUL ......................................................................................................................... 59
NOTA 23 - COMPROMISSOS, GARANTIAS E OUTROS ............................................................................................................... 61
NOTA 24 - IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ...................................................................................................... 62
NOTA 25 - OBRIGAÇÕES COM BENEFÍCIOS DE LONGO PRAZO PÓS-EMPREGO A EMPREGADOS ............................................ 63
NOTA 26 - INSTRUMENTOS E GESTÃO DE RISCOS FINANCEIROS ............................................................................................. 73
NOTA 27 - TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS ........................................................................................................... 78
NOTA 28 - IMPACTO DA APLICAÇÃO DAS NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE .................................................... 83
NOTA 29 - AUTORIZAÇÃO PARA CONCLUSÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INTERMEDIÁRIAS ................................. 84
RELATÓRIO ............................................................................................................................................................................ 85
RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ................................................... 86
ANÁLISE DE DESEMPENHO..................................................................................................................................................... 87
SUMÁRIO EXECUTIVO 1T15...................................................................................................................................................... 89
MERCADO COMPETITIVO ......................................................................................................................................................... 90
MARGEM ANALÍTICA ................................................................................................................................................................ 91
Desempenho da Intermediação Financeira ......................................................................................................................... 91
Variações nas Receitas e Despesas de Juros: Volumes e Taxas ........................................................................................... 92
DESEMPENHO NO MERCADO ACIONÁRIO ............................................................................................................................... 94
EVOLUÇÃO PATRIMONIAL ........................................................................................................................................................ 96
Ativos Totais......................................................................................................................................................................... 96
Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos ................................................................................ 96
Operações de Crédito .......................................................................................................................................................... 98
Índice de Cobertura ........................................................................................................................................................... 103
Índice de Inadimplência ..................................................................................................................................................... 104
Captação de Recursos ........................................................................................................................................................ 105
Recursos Administrados..................................................................................................................................................... 106
Patrimônio Líquido............................................................................................................................................................. 106
Índice de Basileia ............................................................................................................................................................... 107
EVOLUÇÃO DAS CONTAS DE RESULTADO .............................................................................................................................. 108
Lucro Líquido...................................................................................................................................................................... 108
Receitas da Intermediação Financeira ............................................................................................................................... 109
Receitas de Operações de Crédito, Arrendamento Mercantil e Venda ou Transferência de Ativos Financeiros .............. 110
Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos ............................... 112
Resultado de Operações de Câmbio .................................................................................................................................. 113
Resultado das Aplicações Compulsórias ............................................................................................................................ 113
Despesas da Intermediação Financeira.............................................................................................................................. 114
Despesas de Captação no Mercado ................................................................................................................................... 114
Despesas de Empréstimos, Cessões e Repasses ................................................................................................................ 115
Custo de Captação ............................................................................................................................................................. 116
| 3
Despesas de Provisão para Operações de Crédito ............................................................................................................. 116
Margem Financeira ............................................................................................................................................................ 117
Receitas de Prestação de Serviços e Tarifas Bancárias ...................................................................................................... 118
Despesas Administrativas Recorrentes .............................................................................................................................. 118
Outras Receitas Operacionais Recorrentes ........................................................................................................................ 119
Outras Despesas Operacionais Recorrentes ...................................................................................................................... 119
BALANÇO PATRIMONIAL CONSOLIDADO RESUMIDO ............................................................................................................ 121
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO RESUMIDO ....................................................................................................................... 122
Índice de Gráficos
Gráfico 1: Lucro Líquido ........................................................................................................................................ 15
Gráfico 2: Evolução do Patrimônio Líquido ........................................................................................................... 15
Gráfico 3: Evolução do Ativo Total ........................................................................................................................ 16
Gráfico 4: Evolução das Operações de Crédito ..................................................................................................... 17
Gráfico 5: Estrutura Acionária ............................................................................................................................... 20
Gráfico 6: Volume Financeiro, Volume de Negócios e Quantidade de Ações ...................................................... 94
Gráfico 7: Ativo Total ............................................................................................................................................ 96
Gráfico 8: Títulos e Valores Mobiliários e Aplicações Interfinanceiras de Liquidez ............................................. 97
Gráfico 9: Relações Interfinanceiras e Interdependências ................................................................................... 97
Gráfico 10: Operações de Crédito ......................................................................................................................... 98
Gráfico 11: Evolução das Operações de Crédito Comercial Pessoa Física e Jurídica .......................................... 100
Gráfico 12: Carteira de Crédito por Níveis de Risco ........................................................................................... 102
Gráfico 13: Composição da Provisão para Operações de Crédito ...................................................................... 103
Gráfico 14: Índice de Cobertura .......................................................................................................................... 104
Gráfico 15: Índice de Inadimplência.................................................................................................................... 104
Gráfico 16: Recursos Captados e Administrados ................................................................................................ 106
Gráfico 17: Patrimônio Líquido ........................................................................................................................... 106
Gráfico 18: Índice de Basileia .............................................................................................................................. 107
Gráfico 19: Lucro Líquido .................................................................................................................................... 108
Gráfico 20: Índice de Eficiência Recorrente ........................................................................................................ 109
Gráfico 21: Receitas da Intermediação Financeira.............................................................................................. 110
Gráfico 22: Receitas de Operações de Crédito, Arrendamento Mercantil e Venda ou Transferência de Ativos Financeiros . 110
Gráfico 23: Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos .... 113
Gráfico 24: Resultado de Operações de Câmbio ................................................................................................ 113
Gráfico 25: Resultado das Aplicações Compulsórias ........................................................................................... 114
Gráfico 26: Despesas da Intermediação Financeira ............................................................................................ 114
Gráfico 27: Despesas de Captação no Mercado ................................................................................................. 115
Gráfico 28: Despesas de Empréstimos, Cessões e Repasses............................................................................... 115
Gráfico 29: Despesas de Provisão para Operações de Crédito ........................................................................... 117
Gráfico 30: Margem Financeira........................................................................................................................... 117
Gráfico 31: Receita de Prestação de Serviços e Tarifas Bancárias ...................................................................... 118
Gráfico 32: Despesas Administrativas Recorrentes ............................................................................................ 119
Gráfico 33: Outras Receitas Operacionais Recorrentes ...................................................................................... 119
Gráfico 34: Outras Despesas Operacionais Recorrentes..................................................................................... 120
Índice de Tabelas
Tabela 1: Indicadores Econômico-Financeiros ........................................................................................................ 9
Tabela 2: Demonstrativo dos Principais Itens de Resultado ................................................................................... 8
Tabela 3: Demonstrativo Lucro Líquido Contábil x Lucro Líquido Ajustado............................................................ 9
Tabela 4: Demonstrativo da Evolução Patrimonial ............................................................................................... 10
4 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
Tabela 5: Outros Indicadores ................................................................................................................................ 11
Tabela 6: Perspectivas Banrisul ............................................................................................................................. 12
Tabela 7: Indicadores Econômico-Financeiros ...................................................................................................... 97
Tabela 8: Mercado Competitivo............................................................................................................................ 90
Tabela 9: Margem Analítica .................................................................................................................................. 92
Tabela 10: Variações nas Receitas e Despesas de Juros: Volumes e Taxas........................................................... 93
Tabela 11: Ações de Comunicação e Relacionamento .......................................................................................... 94
Tabela 12: Classificação de Agências de Rating .................................................................................................... 95
Tabela 13: Composição do Crédito Pessoa Jurídica por Porte de Empresa .......................................................... 98
Tabela 14: Composição do Crédito por Setor de Atividade .................................................................................. 99
Tabela 15: Composição do Crédito por Carteira ................................................................................................... 99
Tabela 16: Composição do Crédito Comercial Pessoa Física e Pessoa Jurídica................................................... 101
Tabela 17: Composição dos Volumes Concedidos de Crédito por Linhas de Financiamento ............................. 102
Tabela 18: Saldo das Provisões para Perdas ....................................................................................................... 103
Tabela 19: Composição de Recursos Captados por Produto .............................................................................. 105
Tabela 20: Receitas do Crédito Comercial - Pessoa Física e Jurídica ................................................................... 111
Tabela 21: Taxas Médias Mensais do Crédito Comercial - Pessoa Física e Jurídica ............................................ 112
Tabela 22: Custo de Captação ............................................................................................................................. 116
Tabela 23: Balanço Patrimonial Consolidado Resumido .................................................................................... 121
Tabela 24: Demonstração de Resultado Resumido ........................................................................................... 122
| 5
PRESS RELEASE
BOVESPA:
BRSR3, BRSR5, BRSR6
Este Press Release pode conter informações
sobre eventos futuros. Tais informações não
seriam apenas fatos históricos, mas
refletiriam os desejos e as expectativas da
direção da Companhia. As palavras
“antecipa”, “deseja”, “espera”, “prevê”,
“planeja”, “prediz”, “projeta”, “almeja” e
similares pretendem identificar afirmações
que, necessariamente, envolvem riscos
conhecidos e desconhecidos.
Riscos conhecidos incluem incertezas que
não são limitadas ao impacto da
competitividade dos preços e serviços,
aceitação dos serviços no mercado,
transações de serviço da Companhia e de
seus
competidores,
aprovação
regulamentar, flutuação da moeda,
mudanças no mix de serviços oferecidos e
outros riscos descritos nos relatórios da
Companhia. Este Press Release está
atualizado até a presente data e o Banrisul
poderá ou não atualizá-lo mediante novas
informações e/ou acontecimentos futuros.
6 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
TABELA 1: INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS
1.052,7
869,2
1.052,7
998,5
979,3
942,9
869,2
1T15 /
1T14
21,1%
Despesas com Provisão para Operações de Crédito
404,6
196,4
404,6
237,1
209,3
141,5
196,4
106,0%
70,7%
Resultado Bruto da Intermediação Financeira
648,1
672,8
648,1
761,4
769,9
801,4
672,8
-3,7%
-14,9%
Receita da Intermediação Financeira
2.929,3
1.758,9
2.929,3
2.330,6
2.285,8
1.821,4
1.758,9
66,5%
25,7%
Despesa da Intermediação Financeira
2.281,2
1.086,1
2.281,2
1.569,2
1.515,8
1.019,9
1.086,1
110,0%
45,4%
Receita de Serviços e Tarifas Bancárias
324,9
268,5
324,9
333,1
308,4
286,4
268,5
21,0%
-2,5%
Despesas Administrativas Recorrentes (1)
719,7
632,7
719,7
747,4
689,9
672,4
632,7
13,8%
-3,7%
Outras Despesas Operacionais Recorrentes
101,6
90,1
101,6
101,7
86,0
69,5
90,1
12,7%
-0,1%
Outras Receitas Operacionais Recorrentes
123,7
60,1
123,7
93,9
97,5
69,8
60,1
106,0%
31,7%
Lucro Líquido Ajustado
147,0
137,9
147,0
177,0
215,3
222,7
137,9
6,6%
-17,0%
Lucro Líquido
147,0
77,8
147,0
248,2
215,3
150,1
77,8
Principais Itens de Resultado - R$ Milhões
Margem Financeira
Principais Itens Patrimoniais - R$ Milhões
1T15
1T14
1T15
4T14
3T14
2T14
1T14
1T15 /
4T14
5,4%
89,1%
-40,8%
Mar 2015/ Mar 2015/
Mar 2014
Mar 2014 Dez 2014
57.445,8
6,8%
3,0%
Mar 2015
Mar 2014
Mar 2015
Dez 2014
Set 2014
Jun 2014
Ativos Totais
61.357,3
57.445,8
61.357,3
59.561,7
59.092,2
57.212,1
Títulos e Valores Mobiliários (2)
14.645,9
12.634,6
14.645,9
14.599,0
12.719,5
12.654,7
12.634,6
15,9%
0,3%
Carteira de Crédito Total
31.027,0
27.252,2
31.027,0
30.487,0
29.950,8
28.062,4
27.252,2
13,9%
1,8%
Provisão para Operações de Crédito
1.861,0
1.595,2
1.861,0
1.694,0
1.713,8
1.622,6
1.595,2
16,7%
9,9%
Créditos em Atraso > 60 dias
1.324,0
1.124,7
1.324,0
1.169,1
1.221,9
1.126,5
1.124,7
17,7%
13,2%
Créditos em Atraso > 90 dias
1.102,5
942,9
1.102,5
1.034,4
1.058,6
990,2
942,9
16,9%
6,6%
49.248,5
43.035,3
49.248,5
48.064,9
46.397,0
44.622,1
43.035,3
14,4%
2,5%
Patrimônio Líquido
5.742,2
5.161,3
5.742,2
5.671,3
5.420,7
5.273,6
5.161,3
11,3%
1,2%
Patrimônio de Referência (3)
6.927,7
6.532,9
6.927,7
7.062,3
6.812,6
6.663,2
6.532,9
6,0%
-1,9%
Recursos Captados e Administrados
Patrimônio Líquido Médio
5.706,7
5.155,5
5.706,7
5.546,0
5.347,2
5.217,5
5.155,5
10,7%
2,9%
Ativo Total Médio
60.459,5
55.328,2
60.459,5
59.326,9
58.152,1
57.328,9
55.328,2
9,3%
1,9%
Ativos Rentáveis Médios
55.443,2
51.420,4
55.443,2
53.756,4
52.432,6
51.650,7
51.420,4
1T15
1T14
1T15
4T14
3T14
2T14
1T14
3,1%
1T15 /
4T14
-4,1%
-24,1%
77,0
66,1
77,0
80,3
67,7
66,6
66,1
7,8%
1T15 /
1T14
16,5%
4.498,7
5.365,7
4.498,7
5.930,1
6.011,9
4.396,5
5.365,7
-16,2%
Valor Patrimonial por Ação
14,03
12,60
14,03
13,87*
13,25
12,89
12,60
11,3%
1,2%
Preço Médio da Ação (R$)
12,23
11,40
12,23
13,91
13,26
11,84
11,40
7,3%
-12,1%
89,5%
-41,0%
Principais Inf. do Mercado Acionário - R$ Milhões
Juros sobre Capital Próprio/Dividendos (4)
Valor de Mercado
Lucro Líquido por Ação (R$)
0,36
0,19
0,36
0,61
0,53
0,37
0,19
Índices Financeiros
1T15
1T14
1T15
4T14
3T14
2T14
1T14
ROAA Recorrente Anualizado (5)
1,0%
1,0%
1,0%
1,2%
1,5%
1,6%
1,0%
ROAE Recorrente Anualizado (6)
10,7%
11,1%
10,7%
13,4%
17,1%
18,2%
11,1%
Índice de Eficiência Recorrente (7)
53,9%
55,1%
53,9%
55,3%
55,2%
55,9%
55,1%
Margem Financeira (8)
7,81%
6,93%
7,81%
7,64%
7,68%
7,50%
6,93%
4,6%
4,4%
4,6%
4,6%
4,5%
4,5%
4,4%
4,27%
4,13%
4,27%
3,83%
4,08%
4,02%
4,13%
Custo Operacional Recorrente
Índice de Inadimplência > 60 dias (9)
Índice de Inadimplência > 90 dias (10)
3,55%
3,46%
3,55%
3,39%
3,53%
3,53%
3,46%
Índice de Cobertura 60 dias (11)
140,6%
141,8%
140,6%
144,9%
140,3%
144,0%
141,8%
Índice de Cobertura 90 dias (12)
168,8%
169,2%
168,8%
163,8%
161,9%
163,9%
169,2%
6,0%
5,9%
6,0%
5,6%
5,7%
5,8%
5,9%
17,0%
16,8%
17,0%
17,8%
17,2%
16,5%
16,8%
Índice de Provisionamento (13)
Índice de Basileia (14)
Indicadores Estruturais
Mar 2015
Mar 2014
Mar 2015
Dez 2014
Set 2014
Jun 2014
Mar 2014
Agências
531
515
531
528
524
522
515
Postos de Atendimento Bancário
206
214
206
206
208
210
214
Pontos de Atendimento Eletrônico
593
600
593
594
604
589
600
11.588
11.967
11.588
11.636
11.679
11.718
11.967
Colaboradores
Indicadores Econômicos
1T15
1T14
1T15
4T14
3T14
2T14
1T14
Selic Efetiva Acumulada
2,82%
2,42%
2,82%
2,78%
2,75%
2,53%
2,42%
Taxa de Câmbio (R$/US$ - final de período)
Variação Cambial (%)
IGP-M
3,21
2,26
3,21
2,66
2,45
2,20
2,26
20,77%
-3,40%
20,77%
8,37%
11,28%
-2,67%
-3,40%
2,02%
2,55%
2,02%
1,89%
-0,68%
-0,10%
2,55%
IPCA
3,83%
2,18%
*Revisado
(1) Inclui despesas de pessoal e outras despesas administrativas.
(2) Inclui aplicações interfinanceiras de liquidez e deduz as obrigações
compromissadas.
(3) Durante o ano de 2014, calculado com base no Conglomerado Financeiro. A
partir de 2015, conforme previsto nas Resoluções CMN nº 4.192/13 e nº 4.193/13,
calculado com base no Conglomerado Prudencial.
(4) Juros sobre o capital próprio e dividendos pagos e/ou distribuídos (antes da
retenção do Imposto de Renda).
(5) Lucro líquido sobre ativo total médio.
(6) Lucro líquido sobre patrimônio líquido médio.
3,83%
1,72%
0,83%
1,54%
2,18%
(7) Índice de eficiência – acumulado no período dos últimos 12 meses. Despesas de
pessoal + outras despesas administrativas / margem financeira + renda de
prestação de serviços + (outras receitas operacionais – outras despesas
operacionais).
(8) Margem financeira em percentual dos ativos rentáveis.
(9) Atrasos > 60 dias / carteira de crédito.
(10) Atrasos > 90 dias / carteira de crédito.
(11) Provisão para devedores duvidosos / atrasos > 60 dias.
(12) Provisão para devedores duvidosos / atrasos > 90 dias.
(13) Provisão para devedores duvidosos / carteira de crédito.
(14) Durante o ano de 2014, calculado com base no Conglomerado Financeiro. A
partir de 2015, conforme previsto nas Resoluções CMN nº 4.192/13 e nº 4.193/13,
calculado com base no Conglomerado Prudencial.
| 7
FATO RELEVANTE
No dia 16 abril de 2015, tomou posse a nova Diretoria do Banrisul. Assumiram a presidência e vice-presidência
do Banrisul, os Executivos Luiz Gonzaga Veras Mota e Irany de Oliveira Sant’Anna Junior. As Diretorias de
Tecnologia da Informação, Administração de Recursos de Terceiros, Planejamento e Expansão de Negócios,
Comercial, Crédito, Financeira e de Relações com Investidores e Administrativa foram ocupadas,
respectivamente, pelos Executivos Jorge Fernando Krug Santos, Jorge Luiz Oliveira Loureiro, Júlio Francisco
Gregory Brunet, Leodir Antônio Araldi, Oberdan Celestino de Almeida, Ricardo Richiniti Hingel e Suzana Flores
Cogo. A nova Diretoria elegeu como pilares institucionais da gestão tornar o Banrisul um banco cada vez mais
moderno, sustentável, eficiente e atuante prestador de serviços à comunidade.
DESTAQUES FINANCEIROS
Apresentamos abaixo, de forma sintética, o desempenho registrado pelo Banrisul no 1T15. A Análise de
Desempenho, o Relatório da Administração, as Demonstrações Financeiras e as Notas Explicativas estão
disponibilizadas no site www.banrisul.com.br/ri.
TABELA 2: DEMONSTRATIVO DOS PRINCIPAIS ITENS DE RESULTADO
1.052,7
869,2
1.052,7
998,5
979,3
942,9
869,2
1T15 /
1T14
21,1%
Despesas de Provisão p/ Operações de Crédito
404,6
196,4
404,6
237,1
209,3
141,5
196,4
106,0%
70,7%
Resultado Bruto da Intermediação Financeira
648,1
672,8
648,1
761,4
769,9
801,4
672,8
-3,7%
-14,9%
Receita de Serviços e Tarifas Bancárias
324,9
268,5
324,9
333,1
308,4
286,4
268,5
21,0%
-2,5%
Despesas Administrativas Recorrentes
719,7
632,7
719,7
747,4
689,9
672,4
632,7
13,8%
-3,7%
Resultado Operacional
187,9
109,0
187,9
367,2
318,6
168,9
109,0
72,4%
-48,8%
Lucro Líquido Consolidado
147,0
77,8
147,0
248,2
215,3
150,1
77,8
89,1%
-40,8%
Lucro Líquido Ajustado a Eventos Não Recorrentes
147,0
137,9
147,0
177,0
215,3
222,7
137,9
6,6%
-17,0%
Resultado - R$ Milhões
Margem Financeira Líquida
1T15
1T14
1T15
4T14
3T14
2T14
1T14
1T15 /
4T14
5,4%
O lucro líquido alcançou R$147,0 milhões no 1T15, 6,6% acima do lucro líquido recorrente registrado no 1T14 e
17,0% abaixo do resultado líquido recorrente do 4T14. A rentabilidade anualizada sobre o patrimônio líquido
médio atingiu 10,7% no 1T15 frente aos 11,1% do 1T14.
O desempenho do Banrisul no 1T15 reflete o maior fluxo de provisões de crédito; o crescimento da margem
financeira, favorecido pela reprecificação dos ativos ao longo do exercício de 2014 em linha com a elevação dos
juros básicos da economia; o aumento das receitas de tarifas e serviços relacionadas aos negócios de
adquirência, seguros, previdência e capitalização; e a ampliação das despesas administrativas, principalmente,
as associadas à rede de adquirência e à originação de crédito fora da rede de agências. Em relação ao trimestre
anterior, o resultado também está influenciado pelo aumento de despesas com provisionamento para perdas
em operações de crédito, pela ampliação da margem financeira e pela redução das receitas de serviços e
tarifas bancárias e das despesas administrativas por fatores de caráter sazonal.
A margem financeira apurada no 1T15, R$1.052,7 milhões, apresentou crescimento de R$183,5 milhões ou
21,1% em relação ao valor alcançado no 1T14 e incremento de R$54,2 milhões ou 5,4% na comparação com o
4T14. O crescimento da margem financeira proveio da recuperação dos spreads dos ativos a partir da
consolidação da trajetória de elevação da Taxa Selic.
As despesas de provisão com operações de crédito, R$404,6 milhões, apresentaram expansão de R$208,2
milhões ou 106,0% na comparação com o 1T14 e crescimento de R$167,6 milhões ou 70,7% em relação ao
valor apurado no 4T14. Os créditos classificados no risco normal apresentaram melhora de 0,6 pp. nos últimos
doze meses. Contudo, a rolagem da carteira em atraso exigiu provisões em níveis mais elevados de rating, num
contexto de aumento do saldo de crédito e de maior fluxo de baixas de operações para prejuízo em relação ao
apurado no 1T14.
8 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
As receitas de prestação de serviços e de tarifas bancárias, R$324,9 milhões no 1T15, foram positivamente
influenciadas pelo desempenho da Banrisul Cartões e pelos negócios com seguros, previdência e capitalização.
Do incremento de R$56,4 milhões ou 21,0% em receitas de serviços e tarifas comparados 1T15 vs 1T14, R$30,2
milhões são decorrentes da adquirência e vouchers e R$6,1 milhões provenientes de seguros, previdência e
capitalização. Na comparação com 4T14, as receitas de serviços e de tarifas bancárias do 1T15 reduziram R$8,2
milhões ou 2,5%, influenciadas, especialmente, pelo caráter de sazonalidade dos períodos.
As despesas administrativas, R$719,7 milhões no 1T15, apresentaram aumento de R$87,1 milhões ou 13,8%
na comparação com as despesas recorrentes do 1T14 e redução de R$27,7 milhões ou 3,7% em relação ao
4T14. Outras despesas administrativas representaram R$43,8 milhões do incremento de despesas registrado
no 1T15 vs 1T14, performance proveniente, em especial, das despesas com originação de crédito consignado
na plataforma extra rede de agências e das despesas relacionadas aos negócios de adquirência. No último
trimestre, outras despesas administrativas reduziram R$15,9 milhões ou 4,5%, influenciadas pelo menor fluxo
de despesas com originação de crédito nos correspondentes, refletindo o ambiente de ajustes ao novo marco
regulatório em vigência para reconhecimento de despesas com originação de créditos. Despesas de pessoal
acrescentaram R$43,3 milhões no 1T15 comparado ao 1T14, face ao dissídio coletivo da categoria e aos novos
níveis de contribuição do patrocinador aos planos de previdência complementar no contexto de
equacionamento do déficit do PBI. No último trimestre, despesas de pessoal, influenciadas pelo efeito férias,
que se concentram no início do ano, apresentaram redução de R$11,9 milhões ou 3,0% frente às despesas
contabilizadas no 4T14. O índice de cobertura de despesas de pessoal recorrentes com receitas de serviços e
tarifas bancárias atingiu 84,6% no 1T15, acima dos 78,9% apurado no 1T14.
O índice de eficiência recorrente, calculado no período de doze meses até março de 2015, alcançou
53,9%, 1,2 pp. abaixo do obtido no mesmo período até março de 2014, refletindo a ampliação da margem
financeira e das receitas com serviços e tarifas bancárias, efeito minimizado, em parte, pela elevação das
despesas administrativas.
Na tabela a seguir, a reconciliação entre resultado contábil e lucro líquido ajustado demonstrando os
eventos extraordinários que impactaram o resultado do Banco:
TABELA 3: DEMONSTRATIVO LUCRO LÍQUIDO CONTÁBIL X LUCRO LÍQUIDO AJUSTADO
Eventos Extraordinários - R$ Milhões
Lucro Líquido Ajustado
Eventos Extraordinários
1T15
1T14
1T15
4T14
3T14
2T14
1T14
147,0
137,9
147,0
177,0
215,3
222,7
137,9
-
(60,1)
-
71,1
-
(72,6)
(60,1)
Reestruturação Planos FBSS – Incentivos à Migração (1)
-
(30,7)
-
-
-
(173,8)
(30,7)
PAI - Plano de Aposentadoria Incentivada (2)
-
(67,3)
-
-
-
3,2
(67,3)
Convênio de Distribuição de Seguros (3)
-
-
-
115,0
-
-
-
Efeitos Fiscais
-
37,9
-
(43,9)
-
98,0
37,9
Lucro Líquido Contábil
147,0
77,8
147,0
248,2
215,3
150,1
77,8
ROAA Ajustado
1,0%
1,0%
1,0%
1,2%
1,5%
1,6%
1,0%
ROAE Ajustado
10,7%
11,1%
10,7%
13,4%
17,1%
18,2%
11,1%
Índice de Eficiência Ajustado
53,9%
55,1%
53,9%
55,3%
55,2%
55,9%
55,1%
(1) Reestruturação dos planos de benefícios pós-emprego da Fundação Banrisul de Seguridade Social concluída no 1S14. As despesas com os planos criados
somaram R$288,1 milhões, dos quais R$31,9 milhões pagos aos participantes do Plano de Benefícios Definido - PBI como incentivos à migração e R$256,2
milhões aportados diretamente no PB Saldado e FBPrev II, minimizado pelo ganho atuarial de R$83,6 milhões, decorrente do efeito de cálculos de liquidação
dos direitos dos participantes migrantes do PBI sobre a parcela de obrigações do patrocinador.
(2) Plano para desligamento dos empregados aptos à aposentadoria oficial e complementar em 2014, com adesão de 554 empregados.
(3) Acordo de distribuição de produtos de seguro de vida e previdência da Icatu Seguros nos canais Banrisul. Será criada uma joint venture, na qual o Banrisul
será detentor de 49,99% do Capital.
A reconciliação entre lucro contábil e o resultado recorrente foi utilizada para demonstração dos indicadores
de retorno sobre patrimônio líquido e sobre ativos e de eficiência dos trimestres de 2014. O ROAE apresentou
redução de 0,4 pp. em relação ao indicador apurado no 1T14 e diminuição de 2,7 pp. frente ao índice do 4T14,
devido à elevação das despesas com provisões de crédito, ainda que o desempenho da margem financeira e
das receitas de serviços e tarifas bancárias, minimizado pelo crescimento das despesas administrativas, tenha
sido favorável.
| 9
DESTAQUES OPERACIONAIS
TABELA 4: DEMONSTRATIVO DA EVOLUÇÃO PATRIMONIAL
Evolução Patrimonial - R$ Milhões
Mar 2015
Dez 2014
Set 2014
Jun 2014
Ativos Totais
61.357,3
59.561,7
59.092,2
57.212,1
Mar 2015/ Mar 2015/
Mar 2014 Dez 2014
57.445,8
6,8%
3,0%
Operações de Crédito
31.027,0
30.487,0
29.950,8
28.062,4
27.252,2
13,9%
1,8%
TVM + Aplicações Interfinanceiras - Obrigações Compromissadas
14.645,9
14.599,0
12.719,5
12.654,7
12.634,6
15,9%
0,3%
Recursos Captados e Administrados
49.248,5
48.064,9
46.397,0
44.622,1
43.035,3
14,4%
2,5%
5.742,2
5.671,3
5.420,7
5.273,6
5.161,3
11,3%
1,2%
Patrimônio Líquido
Mar 2014
Ao final de março de 2015, os ativos totais alcançaram saldo de R$61.357,3 milhões, com expansão de
R$3.911,5 milhões em relação a março de 2014 e incremento de R$1.795,6 milhões na comparação com
dezembro de 2014. O crescimento dos ativos, em doze meses, proveio, especialmente, da expansão de
R$3.924,8 milhões na captação de depósitos. No que se refere à alocação, as operações de crédito
apresentaram incremento de R$3.774,8 milhões, compondo 50,6% do saldo de ativos do Banco. No último
trimestre, o aumento dos ativos reflete, em especial, o incremento de depósitos, em R$559,7 milhões, das
dívidas subordinadas, em R$449,6 milhões, e da captação no mercado aberto em R$445,1 milhões. No que se
refere à alocação dos recursos, os créditos vinculados aos depósitos compulsórios no Banco Central, os ativos
de crédito e a tesouraria apresentaram crescimento no período.
Os ativos de crédito alcançaram R$32.392,9 milhões no conceito ampliado, com incremento de 14,1% nos doze
meses. Descontadas as operações de coobrigação em garantias prestadas, o crescimento do crédito foi de
R$3.774,8 milhões, desempenho motivado, especialmente, pelo incremento de R$1.602,3 milhões da carteira
comercial e de R$634,6 milhões provenientes da aquisição de carteiras com coobrigação, conforme facultado
pelas Circulares nº 3.712 e nº 3.715 do Banco Central do Brasil. Os financiamentos de longo prazo
apresentaram aumento de R$596,4 milhões, o crédito imobiliário agregou à carteira R$592,5 milhões e o
crédito rural registrou expansão de R$274,1 milhões em doze meses. Em relação ao trimestre anterior, a
carteira de crédito registrou expansão de R$540,0 milhões, favorecida, em especial, pelo crescimento do
crédito comercial, em R$351,2 milhões, e dos financiamentos de longo prazo, no valor de R$183,2 milhões.
Os títulos e valores mobiliários (TVM) e as aplicações interfinanceiras de liquidez totalizaram R$14.645,9
milhões ao final de março de 2015, valor líquido das obrigações por operações compromissadas, com aumento
de R$2.011,3 milhões nos doze meses. Em relação a dezembro de 2014, o saldo de TVM e aplicações
interfinanceiras de liquidez apresentou relativa estabilidade, refletindo, em especial, o direcionamento de
recursos para cumprimento de depósitos compulsórios no Banco Central do Brasil, face à expansão do saldo de
depósitos no período.
Os recursos captados e administrados, constituídos por depósitos, recursos em letras, dívidas subordinadas e
recursos de terceiros administrados, totalizaram R$49.248,5 milhões, com expansão de R$6.213,3 milhões em
doze meses, desempenho motivado, especialmente, pelo incremento de R$3.924,8 milhões em depósitos e
R$1.379,8 milhões em recursos de terceiros administrados. Na comparação com dezembro de 2014, os
recursos captados e administrados registraram expansão de R$1.183,6 milhões, com destaque para o
incremento de R$888,8 milhões em depósitos a prazo.
O patrimônio líquido alcançou R$5.742,2 milhões em março de 2015, R$580,8 milhões acima da posição de
março de 2014 e R$70,8 milhões acima do saldo de dezembro de 2014. As evoluções refletem a incorporação
dos resultados gerados, deduzidos os pagamentos de dividendos e juros sobre o capital próprio, além do
remensuramento do passivo atuarial do plano de benefícios pós-emprego ajustado pelo efeito tributário,
conforme aplicação das regras contábeis previstas no CPC 33 (R1).
O Banrisul recolheu e provisionou R$159,4 milhões em impostos e contribuições próprios relativos ao 1T15. Os
tributos retidos e repassados, incidentes diretamente sobre a intermediação financeira e demais pagamentos,
somaram R$218,4 milhões.
10 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
TABELA 5: OUTROS INDICADORES
Indicadores - %
1T15
1T14
1T15
4T14
3T14
2T14
1T14
Margem Financeira sobre Ativos Rentáveis
7,81%
6,93%
7,81%
7,64%
7,68%
7,50%
6,93%
Índice de Basileia (1)
17,0%
16,8%
17,0%
17,8%
17,2%
16,5%
16,8%
Carteira de Crédito Risco Normal/Carteira Total
90,5%
89,9%
90,5%
91,3%
90,4%
90,0%
89,9%
9,5%
10,1%
9,5%
8,7%
9,6%
10,0%
10,1%
Índice de Inadimplência 60 dias
4,27%
4,13%
4,27%
3,83%
4,08%
4,02%
4,13%
Índice de Inadimplência 90 dias
3,55%
3,46%
3,55%
3,39%
3,53%
3,53%
3,46%
Índice de Cobertura 60 dias
140,6%
141,8%
140,6%
144,9%
140,3%
144,0%
141,8%
Índice de Cobertura 90 dias
168,8%
169,2%
168,8%
163,8%
161,9%
163,9%
169,2%
Carteira de Crédito Risco 1 e 2/Carteira Total
Índice de Provisionamento
6,0%
5,9%
6,0%
5,6%
5,7%
5,8%
5,9%
(1) Durante o ano de 2014, calculado com base no Conglomerado Financeiro. A partir de 2015, conforme previsto nas Resoluções CMN nº 4.192/13 e nº
4.193/13, calculado com base no Conglomerado Prudencial.
A ampliação da margem financeira sobre ativos rentáveis, comparados 1T15 vs 1T14, decorre,
especialmente, da variação das receitas produzidas pelo aumento de taxas sobre ativos rentáveis em nível
superior às despesas geradas pela variação de preços sobre passivos onerosos, em linha com a elevação dos
juros básicos. O ritmo de repricing da carteira de ativos se acelerou nos últimos trimestres face ao aumento
da taxa de juros da economia, com consequente recomposição dos spreads. A melhoria dos fluxos de
margens trimestrais reflete também a continuidade de crescimento dos saldos da carteira de ati vos.
O índice de inadimplência de 60 dias alcançou 4,27% em março de 2015, com aumento de 0,14 pp. nos doze
meses e de 0,44 pp. nos últimos três meses. O total de operações em atraso atingiu R$1.324,0 milhões no
período, com acréscimo de R$199,3 milhões ou 17,7% em relação ao montante registrado em março de
2014. O índice de inadimplência de 90 dias registrou 3,55%, representado por R$1.102,5 milhões de
operações de crédito vencidas. O índice de atraso de 90 dias apresentou crescimento de 0,09 pp. em doze
meses e de 0,16 pp. no último trimestre.
O índice de cobertura alcançou 140,6% em proporção das operações em atraso acima de 60 dias, indicador
inferior ao apurado em março de 2014 (141,8%) e registrado em dezembro de 2014 (144,9%). O índice de 90
dias atingiu 168,8%, menor que o de março de 2014 (169,2%) e maior que o de dezembro de 2014 (163,8%). O
indicador foi influenciado pelo aumento do montante de operações de crédito em atraso e pela rolagem da
carteira por rating.
O índice de provisionamento alcançou 6,0% do saldo de crédito em março de 2015, 0,1 pp. acima do
indicador de março de 2014 e 0,4 pp. na comparação com dezembro de 2014. O saldo de provisão
apresentou aumento de R$265,7 milhões, face ao incremento do saldo dos ativos de crédito, e a carteira
de crédito classificada por rating apresentou melhora em doze meses. Nos últimos três meses, o saldo de
provisões registrou crescimento de R$167,0 milhões e a representatividade da carteira de crédito de risco
normal sobre a carteira total apresentou redução de 0,8 pp.
| 11
GUIDANCE
Os indicadores de performance projetados para 2015, divulgados na publicação do balanço anual de 2014, estão
mantidos. As metas de incremento para o crédito deverão confirmar a trajetória de crescimento traçada para o
ano. A rolagem de operações de crédito específicas do segmento corporativo em níveis de rating mais elevados
exigiu ajustes no fluxo de PDD. Contudo, a qualidade da carteira e a continuidade de forte política de cobrança
de créditos vencidos sustentam a expectativa de manutenção de índices de provisionamento dentro dos
intervalos estabelecidos para 2015.
Os indicadores de margem sobre ativos rentáveis seguem trajetória de recuperação, decorrente do natural
movimento de reprecificação da carteira de ativos, com consequente, elevação de spreads, num ambiente de
elevação da taxa básica de juros. Os indicadores de retorno sobre patrimônio líquido e sobre ativos médios
deverão beneficiar-se da melhoria das margens financeiras e da consolidação das receitas com serviços e tarifas
provenientes, em especial, dos negócios com adquirência, seguros, previdência e capitalização, recuperando o
desempenho sazonalmente mais modesto verificado no primeiro trimestre de 2015.
Em relação à eficiência, a esperada convergência para níveis mais favoráveis começa a se delinear, na medida
em que a maturação de novos negócios promove a elevação da cobertura de despesas com receitas de serviços
e tarifas.
TABELA 6: PERSPECTIVAS BANRISUL
Ano 2015
Perspectivas Banrisul
Projetado
Carteira de Crédito Total
9% a 13%
Crédito Comercial Pessoa Física
10% a 14%
Crédito Comercial Pessoa Jurídica
8% a 12%
Crédito Imobiliário
9% a 13%
Despesa Provisão Crédito / Carteira Crédito
2,5% a 3,5%
Saldo de Provisão / Carteira de Crédito
5,5% a 6,5%
Captação Total
10% a 14%
Rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido Médio
14% a 17%
Índice de Eficiência
52% a 56%
Margem Financeira Líquida sobre Ativos Rentáveis
7% a 8%
Porto Alegre, 13 de maio de 2015.
12 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
RELATÓRIO DA
ADMINISTRAÇÃO
Apresentamos o Relatório da Administração e as
Demonstrações Contábeis do Banco do Estado do Rio
Grande do Sul S.A., relativos ao primeiro trimestre de
2015, elaborados de acordo com as normas
estabelecidas pela Comissão de Valores Mobiliários e
pelo Banco Central do Brasil.
| 13
CENÁRIO ECONÔMICO
No primeiro trimestre de 2015, a dinâmica econômica internacional foi determinada pelo desempenho
desigual entre as principais economias do mundo. De um lado, a Europa manteve-se como principal foco de
preocupação, a despeito da atuação mais firme das autoridades europeias no sentido de reverter o atual
cenário de crescimento fraco, desemprego elevado e risco de deflação em alguns países. Por sua vez, o
desempenho recente da economia chinesa manteve evidências de desaceleração, alinhada à continuidade do
programa de rebalanceamento, que prevê a transição de um modelo econômico baseado em investimentos
públicos para outro voltado ao dinamismo do consumo interno. Do lado oposto, a economia norte-americana
reforçou trajetória de consolidação do movimento de recuperação, sustentando fluxo acentuado de capitais
em direção ao País e intensificando a tendência de valorização mundial do Dólar, sob a expectativa de
mudanças na política monetária, com aumento cauteloso dos juros básicos.
No Brasil, a perspectiva de normalização dos juros nos EUA, combinada às incertezas na seara política e à
atividade econômica fragilizada, acrescentou maior volatilidade e aversão ao risco nos mercados domésticos,
aumentando as pressões de desvalorização da moeda brasileira, o que contribuiu para a aceleração
inflacionária e, em última análise, para o prolongamento do ciclo de elevação dos juros básicos. Alinhado a esse
cenário, o mercado de crédito registrou crescimento modesto, retratando, de um lado, o aumento dos custos
de concessão por parte de instituições financeiras, e, de outro, a desalavancagem de famílias e empresas, num
contexto em que a confiança, tanto de consumidores quanto de empresários, continuou enfraquecida, com
reflexos adversos sobre os resultados do consumo e do investimento, os quais se apresentaram contidos e
inferiores ao observado em anos recentes.
Na economia do Rio Grande do Sul, prevaleceram os efeitos negativos sobre a atividade, em particular no setor
industrial, relacionados ao ambiente de desaceleração da demanda agregada, de aumento dos custos de
produção e de crise econômica em importantes parceiros comerciais, ainda que a relevante desvalorização do
Real frente ao Dólar tenha contribuído para evitar uma deterioração ainda mais pronunciada da balança
comercial. Com efeito, de janeiro a março de 2015, o saldo comercial do período registrou superávit de
US$535,3 milhões, frente a déficit de US$137,3 milhões no mesmo período de 2014. Esse resultado decorreu
da redução das importações, que passaram de US$3,4 bilhões para US$2,6 bilhões, já que as exportações
também apresentaram recuo, passando de US$3,3 bilhões para US$3,1 bilhões, considerando a mesma base de
comparação.
DESEMPENHO CONSOLIDADO
L UCRO L ÍQUIDO
O lucro líquido alcançado no primeiro trimestre de 2015 somou R$147,0 milhões, com expansão de R$9,1
milhões ou 6,6% na comparação com o resultado recorrente registrado no mesmo período de 2014. O
desempenho no trimestre reflete a ampliação de receitas e de despesas com juros, associada à elevação da
Taxa Selic, e o aumento dos níveis de inadimplência, que requisitou maior volume de despesas com provisão de
crédito, assim como a performance de receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias e de despesas
administrativas, ambas influenciadas pelo aumento de negócios com cartões e na plataforma extra rede de
agências.
Do resultado de R$147,0 milhões, R$77,0 milhões foram destinados para pagamentos de juros sobre capital
próprio, R$70,0 milhões foram os lucros retidos do período. A riqueza gerada pelo Banrisul, medida pelo
conceito de valor adicionado, no trimestre, alcançou o total de R$681,6 milhões, dos quais R$353,5 milhões ou
51,9% foram para pagamento do quadro funcional, R$159,4 milhões ou 23,4% para pagamento de impostos,
taxas e contribuições, R$21,6 milhões ou 3,1%, para remuneração de capitais de terceiros e R$147,1 milhões
ou 21,6%, para remuneração de capitais próprios.
14 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
Gráfico 1: Lucro Líquido - R$ Milhões
Variação %
6,6% *
248,2
222,7 ¹
215,3
177,0 ¹
137,9 ¹
150,1
147,0
77,8
ROAE
*
137,9 ¹
147,0
77,8
11,1%
18,2%
17,1%
13,4%
10,7%
11,1%
10,7%
1T14
2T14
3T14
4T14
1T15
1T14
1T15
¹ Lucro Líquido Ajustado.
* Com base no Lucro Líquido Ajustado.
P ATRIMÔNIO L ÍQUIDO
O patrimônio líquido alcançou R$5.742,2 milhões no final de março de 2015. A expansão de 11,3% em um ano
decorre da incorporação dos resultados gerados, deduzidos os pagamentos e provisionamento de dividendos e
juros sobre o capital próprio, além do remensuramento do passivo atuarial, após atualização das premissas do
PBI, líquido do efeito atuarial de redução e liquidação de direitos dos participantes do Plano, evento ocorrido
em 2014. A rentabilidade anualizada sobre o patrimônio líquido médio atingiu 10,7% no período.
Gráfico 2: Evolução do Patrimônio Líquido - R$ Milhões
Variação %
3 meses 6 meses 12 meses
11,3%
1,2%
5,9%
5.161,3
Mar/14
5.273,6
Jun/14
5.671,3
5.742,2
Dez/14
Mar/15
5.420,7
Set/14
A TIVO T OTAL
Os ativos totais registraram saldo de R$61.357,3 milhões ao final março de 2015, com incremento de 6,8% em
relação aos R$57.445,8 milhões registrados em março de 2014, aumento proveniente da expansão dos
depósitos, das obrigações por empréstimos e repasses e das dívidas subordinadas, recursos que foram
direcionados, principalmente, para operações de crédito. Na composição dos ativos, destaca-se a
representatividade de 50,6% de operações de crédito, 31,6% de títulos e valores mobiliários e aplicações
interfinanceiras de liquidez, 11,8% de relações interfinanceiras e interdependências e 6,0% por outros ativos.
Os títulos e valores mobiliários e as aplicações interfinanceiras de liquidez apresentaram saldo de R$19.409,3
milhões ao final de março de 2015, posição semelhante à registrada no ano anterior. O Banrisul possui
capacidade financeira, comprovada através de estudos técnicos desenvolvidos internamente, e intenção de
manter até o vencimento os títulos classificados na categoria “mantidos até o vencimento”, conforme disposto
no artigo 8º da Circular nº 3.068, de 08.11.2001, do Banco Central do Brasil.
| 15
Gráfico 3: Evolução do Ativo Total - R$ Milhões
3 meses
3,0%
61.357,3
59.092,2
59.561,7
1,6%
1,5%
1,2%
1,0%
Jun/14
Set/14
Dez/14
Mar/15
57.445,8
57.212,1
1,0%
Mar/14
ROAA
Trimestral
…
Variação %
6 meses 12 meses
6,8%
3,8%
O PERAÇÕES DE C RÉDITO
O saldo da carteira de crédito, no conceito ampliado, que inclui coobrigação de riscos em garantias prestadas,
apresentou elevação de R$4.005,6 milhões ou 14,1% em doze meses. Excluídas as garantias prestadas, o saldo
das operações de crédito do Banrisul totalizou R$31.027,0 milhões em março de 2015, com expansão de 13,9%
ou R$3.774,8 milhões frente ao ano anterior, face, principalmente, à carteira comercial, que alcançou saldo de
R$20.539,7 milhões, com aumento de R$1.602,3 milhões ou 8,5% em um ano. No primeiro trimestre de 2015,
o saldo de operações de crédito cresceu R$540,0 milhões ou 1,8%.
A classificação da carteira por níveis de risco segue procedimentos estabelecidos pela Resolução nº 2.682/99
do Conselho Monetário Nacional. No final do primeiro trimestre de 2015, as operações classificadas como Risco
Normal, que abrangem os níveis AA até C, somaram R$28.089,4 milhões, representando 90,5% do total da
carteira. As operações classificadas como Risco 1, que incluem os níveis D a G, totalizaram R$1.840,0 milhões,
compondo 5,9% da carteira. O Risco 2, formado exclusivamente por operações de nível H, totalizou R$1.097,6
milhões ou 3,6% do total.
As operações de crédito comercial destinadas às pessoas físicas totalizaram R$10.932,0 milhões em março de
2015. A expansão de 5,2% ou R$540,5 milhões em doze meses decorreu, principalmente, do aumento do
crédito pessoal consignado. Acrescentando ao crédito comercial pessoa física as transferências de ativos,
R$969,2 milhões, contabilizadas conforme Carta Circular nº 3.543 de 26/03/12 do Banco Central do Brasil em
créditos vinculados a operações adquiridas, o saldo foi de R$11.901,2 milhões ao final do trimestre. Desse
montante, R$8.990,2 milhões referem-se a créditos consignados, dos quais R$4.792,7 milhões gerados nas
agências do Banrisul, saldo 6,9% acima do obtido no final de março de 2014; R$3.054,5 milhões originados
através dos Correspondentes, com crescimento de 12,5% em doze meses, e R$1.143,0 milhões, 43,3% acima
do registrado no ano anterior, relativos a operações adquiridas de outras instituições.
Em relação a março de 2014, as operações de crédito comercial pessoa jurídica apresentaram crescimento de
R$1.061,8 milhões ou 12,4% atingindo saldo de R$9.607,7 milhões. Entre as ações empreendidas de janeiro a
março de 2015 relativas ao segmento, destacam-se a ampliação da atuação no mercado de adquirência, que
impulsionou os negócios e sustentou o giro às empresas, bem como ajustes na política de renegociação de
crédito da pessoa jurídica. As linhas de capital de giro do Banrisul fecharam o período com saldo de R$6.973,7
milhões.
A carteira de crédito imobiliário apresentou saldo de R$3.406,0 milhões ao final de março de 2015, com
incremento de 21,1% ou R$592,5 milhões em relação a março de 2014. Entre as ações do trimestre, destaca-se
a adoção de política de certificação profissional aos correspondentes imobiliários contratados e aos
empregados que atuam com o produto crédito imobiliário, com vistas à qualificação no atendimento.
No crédito rural, a carteira registrou saldo de R$2.627,9 milhões no final de março de 2015, com crescimento
de 11,6% ou R$274,1 milhões na comparação com o mesmo período de 2014. As ações voltadas para o setor
16 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
rural incluem a participação da Instituição na Expodireto, com destaque para o volume de financiamentos de
máquinas e equipamentos, a abertura da safra de inverno, bem como a disponibilização de dotação para o
financiamento nas feiras de bovinos e ovinos do Estado.
A carteira de financiamento de longo prazo registrou saldo de R$2.554,9 milhões no final do primeiro trimestre
de 2015, com expansão de 30,5% ou R$596,4 milhões em relação ao mesmo período de 2014. Em março de
2015, o Banrisul disponibilizou nova linha de financiamento para inovação, denominada Inovacred Expresso.
Com dotação disponível de R$80,0 milhões, a linha é destinada aos investimentos em inovação de empresas
com receitas até R$16,0 milhões ao ano, permitindo financiar investimentos necessários ao desenvolvimento
de produtos ou serviços inovadores.
O saldo das operações de adiantamento de contratos de câmbio (ACC) e de adiantamentos sobre cambiais
entregues (ACE) atingiu R$760,9 milhões no final de março de 2015, com expansão de 11,3% ou R$77,2
milhões em comparação com o mesmo período de 2014.
A carteira de microcrédito encerrou março de 2015 com saldo de R$189,5 milhões. De janeiro a março de
2015, através do Programa Gaúcho de Microcrédito, iniciativa do Governo do Estado em parceria com o
Banrisul e Instituições de Microcrédito, foram concedidos R$17,3 milhões em 5.660 operações de microcrédito.
Gráfico 4: Evolução das Operações de Crédito - R$ Milhões
Variação %
3 meses
1,8%
27.252,2
% sobre os
Ativos 0
6 meses
3,6%
12 meses
13,9%
29.950,8
30.487,0
31.027,0
28.062,4
47,4%
49,0%
50,7%
51,2%
50,6%
Mar/14
Jun/14
Set/14
Dez/14
Mar/15
R ECURSOS C APTADOS E A DMINISTRADOS
Ao final do primeiro trimestre de 2015, o total de recursos captados e administrados apresentou saldo de
R$49.248,5 milhões. Os depósitos totais alcançaram R$34.695,1 milhões no final de março de 2015, com
incremento de 12,8% ou R$3.924,8 milhões em relação a março de 2014. O Banco manteve a política de
captação pulverizada. Os depósitos a prazo, que compõem 47,5% dos recursos captados e administrados,
apresentaram saldo de R$23.411,6 milhões, com expansão de 14,9% ou R$3.027,9 milhões em doze meses. Os
depósitos de poupança, 15,7% da captação total, aumentaram em 7,2% ou R$517,2 milhões, somando R$7.729,0
milhões. Já os depósitos à vista, que compõem 5,5% do montante total de recursos, apresentaram retração de
4,3% ou R$119,0 milhões em doze meses e totalizaram valor de R$2.669,8 milhões. Os recursos de letras,
provenientes das letras financeiras e imobiliárias, que compõem 5,7% da captação total, cresceram R$84,8
milhões, encerrando o trimestre com saldo de R$2.817,7 milhões. As dívidas subordinadas, compondo 5,4% da
captação total, registraram saldo de R$2.672,2 milhões, com incremento de 44,6% ou R$823,8 milhões. Os
recursos de terceiros administrados atingiram R$9.063,6 milhões, 18,4% da captação total ao final de março de
2015, ficando 18,0% ou R$1.379,8 milhões acima do valor de março de 2014.
| 17
PRODUTOS, SERVIÇOS E CANAIS
V ERO
A Vero, rede multibandeiras que oferece aos estabelecimentos comerciais uma ampla variedade de produtos e
serviços que auxiliam no incremento das vendas, encerrou o primeiro trimestre de 2015, com 54,1 milhões de
transações capturadas e volume financeiro transacionado de R$4.379,2 milhões, 44,4% acima do apurado no
mesmo período de 2014. As operações com cartões de débito, de janeiro a março de 2015, registraram 42,4
milhões de transações, no valor de R$3.048,8 milhões, e as operações com cartões de crédito atingiram 11,7
milhões de transações, no montante de R$1.330,4 milhões. A captura dos cartões das bandeiras MasterCard,
VISA e VerdeCard apresentaram expansão na quantidade transacionada de 90,3%, 81,4% e 46,3%,
respectivamente, na comparação com o primeiro trimestre de 2014.
C ARTÃO B ANRICOMPRAS
Produto exclusivo do cliente Banrisul, que utiliza o cartão de conta corrente para efetuar o pagamento de suas
compras em estabelecimentos credenciados. Os pagamentos podem ser feitos à vista ou de forma pré-datada
e parcelada, sem cobrança de anuidade ou de juros, com o diferencial de segurança associado à utilização de
cartão com chip. Utilizando o Cartão Banricompras os clientes acumulam pontos no Banriclube Plus, produto
no qual o cliente é recompensado pelo consumo de produtos e serviços, valorando o seu relacionamento com
o Banco e possibilitando sua fidelização.
No primeiro trimestre de 2015, as operações com o cartão Banricompras totalizaram R$2,1 bilhões, 11,4%
acima do alcançado no mesmo período de 2014, totalizando 25,7 milhões de transações.
C ARTÕES DE C RÉDITO
Março de 2015 encerrou com uma base de 722 mil cartões de crédito nas bandeiras VISA e MasterCard,
representando crescimento de 18,0% em relação a março de 2014. No período, os cartões de crédito
possibilitaram movimentação financeira de R$828,0 milhões, em 9,0 milhões de transações, expansão de
28,3% e 25,0% respectivamente. As receitas de crédito e tarifas com cartões de crédito PF e as receitas com
cartões BNDES somaram R$57,5 milhões, 35,5% acima do primeiro trimestre de 2014.
S EGUROS , P REVIDÊNCIA E C APITALIZAÇÃO
Ao final do trimestre, o Banrisul registrou 1,7 milhão de operações ativas de seguros, previdência e
capitalização. As receitas, do primeiro trimestre de 2015, alcançaram R$37,6 milhões, com incremento de
36,3% em relação ao mesmo período de 2014.
Em continuidade ao processo de qualificação do atendimento e agilização dos procedimentos para venda de
seguros, o Banrisul, a partir de março de 2015, disponibilizou de forma automatizada, por meio de Proposta
Eletrônica, a contratação da modalidade Seguro Fácil Mais. Foram também realinhados outros dois produtos: o
AP Premiável Mais, com o aumento do valor de participação nos sorteios, de R$20,0 mil para R$30,0 mil; e o
BanrisuLar, com novas faixas de coberturas, totalizando nove opções, que vão de R$150,0 mil a R$400,0 mil,
além da ampliação da cobertura para os demais Estados, não mais limitado ao Rio Grande do Sul e à Santa
Catarina.
C ORRESPONDENTES B ANRISUL - B ANRIPONTO
Ao final de março de 2015, a Rede alcançou 1.567 Banripontos ativos. De janeiro a março de 2015, foram
efetuadas 15,5 milhões de transações, movimentando R$5.024,8 milhões, volume 8,4% acima do contabilizado
no mesmo período de 2014. Os Correspondentes Banripontos responderam pela abertura de 320 contas
correntes e originaram R$3,2 milhões em 1.633 operações de créditos consignados INSS nos três primeiros
meses de 2015.
C ANAIS E LETRÔNICOS
O atendimento que oferece suporte por telefone aos usuários dos canais Home Banking, Office Banking e MBanking, durante os três primeiros meses de 2015, recebeu 32,4 mil ligações. A Agência Virtual Banrisul
18 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
efetuou 41,0 milhões de operações de janeiro a março de 2015 e movimentou o montante de R$41.846,2
milhões. Em relação ao mesmo período de 2014, a quantidade de transações apresentou crescimento de
11,8%, e o valor movimentado expandiu 12,6%, com destaque para o M-Banking, com incremento de 247,2%,
em um ano, no volume transacionado, reflexo da aceitação por parte dos clientes e dos importantes
investimentos em tecnologia e segurança que o Banrisul vem realizando.
O Banrifone, canal de relacionamento através do qual o cliente realiza consultas a saldos, solicitações de
serviços e transações bancárias por telefone, recebeu, até março de 2015, aproximadamente, 930,9 mil
acessos no atendimento eletrônico e 90,7 mil no personalizado, o que gerou movimentação financeira de
R$61,0 milhões. No mesmo período, o Call Center de Agências, canal de atendimento telefônico que captura
ligações de clientes pessoa física direcionadas às agências, atendeu 268,1 mil ligações, das quais 45% foram
solucionadas no próprio canal sem a necessidade de transferi-las para a agência.
A ÇÕES COM O P ODER P ÚBLICO
É propósito do Banrisul o fortalecimento de parcerias com o setor público. Com o poder público estadual, de
janeiro a março de 2015, foi ação de destaque a arrecadação do IPVA, onde a Secretaria da Fazenda concedeu
benefícios especiais para antecipação ou parcelamento do imposto, gerando o recebimento de 1,5 milhão de
documentos, no montante de R$5,6 bilhões.
Em relação ao segmento municipal, no primeiro trimestre de 2015, o Banrisul priorizou a revisão dos contratos
e a atualização das tarifas praticadas aos municípios que efetuam a arrecadação de seus tributos (IPTU, ISSQN e
taxas) através da Instituição.
REDE DE ATENDIMENTO BANRISUL
No primeiro trimestre de 2015, a Rede de Atendimento Banrisul atingiu 1.330 pontos, distribuídos em 531
agências, das quais 486 no Rio Grande do Sul, 30 em Santa Catarina, 13 nos demais estados brasileiros e 2 no
exterior, 206 Postos de Atendimento Bancário e 593 Pontos de Atendimento Eletrônico. De janeiro a março de
2015, foram disponibilizadas três novas agências Banrisul, sendo duas no Rio Grande do Sul e uma em Santa
Catarina.
No verão 2015, o Banrisul ampliou o horário de atendimento em 30 minutos nas agências do Litoral Norte do
Estado, passando a atender das 9h30min às 15h. Além disso, esteve presente com mais de 400 pontos de
atendimento no litoral gaúcho e catarinense, proporcionando aos clientes, em férias no litoral, tranquilidade e
segurança.
EMPRESAS CONTROLADAS E COLIGADAS
B ANRISUL S.A. A DMINISTRADORA DE C ONSÓRCIOS
A Banrisul Consórcios administra grupos de consórcios para a aquisição de imóveis, automóveis, tratores,
caminhões e motocicletas. No término de março de 2015, a Empresa, com uma base de clientes ativos de
39.117 consorciados, totalizou R$1,7 bilhão em volume de cartas de crédito. No primeiro trimestre de 2015,
ocorreram 1,8 mil contemplações, colocando à disposição volume de crédito de R$64,0 milhões para aquisição
de bens de consumo. O lucro líquido registrado no trimestre alcançou R$6,3 milhões.
B ANRISUL S.A. C ORRETORA DE V ALORES M OBILIÁRIOS E C ÂMBIO
Durante os três primeiros meses de 2015, a Banrisul Corretora intermediou R$178,8 milhões em operações,
das quais R$147,3 milhões ou 82,3% foram efetuadas via Home Broker. O lucro líquido acumulado, no período,
foi de R$348,2 mil.
| 19
B ANRISUL A RMAZÉNS G ERAIS S.A.
A Banrisul Armazéns Gerais atua como permissionária da Receita Federal, nos setores de importação e
exportação, envolvendo atividades de armazenamento e movimentação de mercadorias e como armazém
geral. Entre suas principais ações, no primeiro trimestre de 2015, destacaram-se os investimentos em
tecnologia através da integração dos sistemas de gestão. No trimestre, o lucro líquido acumulado registrado foi
de R$792,0 mil.
B ANRISUL C ARTÕES S.A.
A Vero encerrou março de 2015 com mais de 166 mil estabelecimentos credenciados e volume financeiro
transacionado de R$4.379,2 milhões, 44,4% acima do apurado no ano anterior.
O segmento de cartões de benefícios e empresariais BanriCard, ao final do primeiro trimestre de 2015, contava
com mais de 784 mil usuários, 9,6 mil empresas conveniadas e mais de 107 mil estabelecimentos credenciados.
De janeiro a março, foram realizadas 5,1 milhões de transações. O lucro líquido acumulado no trimestre da
Banrisul Cartões foi de R$33,5 milhões.
B EM P ROMOTORA DE V ENDAS E S ERVIÇOS S.A.
A promotora de vendas Bem Produtos e Serviços atua na prestação de serviço de originação de crédito
consignado para aposentados e pensionistas do INSS, funcionários públicos e servidores das Forças Armadas. O
saldo de operações de crédito do Banrisul, originadas através da Rede Bem, alcançou R$3.054,5 milhões ao
final de março de 2015, com crescimento de 12,5% em doze meses. O lucro líquido alcançado no trimestre foi
de R$1,6 milhão.
GOVERNANÇA CORPORATIVA
Listado no Nível 1 de Governança Corporativa da BM&FBovespa S.A. - Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros,
o Banrisul atende integralmente os requisitos desse nível de listagem e, em linha com as melhores práticas de
mercado, também exigências dos demais níveis de Governança Corporativa, conferindo-lhe maior
transparência, equidade e adequada prestação de contas, reforçando sua credibilidade e o interesse de
investidores e clientes.
De acordo com a Instrução nº 381 da Comissão de Valores Mobiliários, o Banrisul informa que a empresa Ernst
& Young Auditores Independentes S/S, contratada em 2011, por meio do processo licitatório (Concorrência
97/2010), estabelecido pela Lei nº 8.666/93, que institui normas para licitações e contratos da Administração
Pública, prestou serviços exclusivamente relacionados à auditoria externa no primeiro trimestre de 2015.
E STRUTURA A CIONÁRIA
O Banco apresenta dispersão acionária superior à exigida pelo Nível 1 de Governança Corporativa: 42,8% do
total das ações do Banco são de titularidade de acionistas sem vínculos com a Instituição, enquanto que o
mínimo exigido é de 25%. A estrutura acionária está apresentada a seguir.
Gráfico 5: Estrutura Acionária
20 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
P OLÍTICA DE D ISTRIBUIÇÃO DE J UROS SOBRE O C APITAL P RÓPRIO /D IVIDENDOS
O Banco mantém, desde o início de 2008, política de pagamento trimestral de juros sobre o capital próprio e,
historicamente, tem remunerado os seus acionistas com pagamento de juros sobre o capital próprio e
dividendos superiores ao mínimo exigido. No final do primeiro trimestre de 2015, líquidos de imposto de renda
na fonte, foram pagos e/ou provisionados R$72,2 milhões a título de juros sobre o capital próprio e dividendos.
CONTROLES INTERNOS E COMPLIANCE
No primeiro trimestre de 2015, embasado na Lei Anticorrupção (Lei 12.846/13), o Banco, com o objetivo de
monitorar e reforçar a mitigação dos riscos inerentes às suas atividades, executou ações relevantes para o
avanço do projeto iniciado com o plano de comunicação interna, implementado no final de 2014. Ações essas
que foram baseadas no aprimoramento dos mecanismos de controles internos como políticas, código de
conduta, treinamento, canais de denúncia e diretrizes voltadas ao relacionamento com terceiros, a fim de
ressaltar a importância das condutas éticas no ambiente corporativo.
Concomitantemente, o Banrisul buscou promover e levar a efeito os procedimentos de Compliance mediante a
extensão da metodologia de Avaliação da Eficácia dos Controles Internos para outros processos institucionais.
A partir dessa avaliação, é possível estabelecer e analisar os controles existentes, a representatividade dos
riscos e, por consequência, proporcionar o acompanhamento permanente dos planos fixados para as correções
que se fizerem necessárias, além dos ajustes requeridos ao final dos resultados obtidos.
GESTÃO DE RISCOS
A gestão de riscos é ferramenta estratégica fundamental para uma instituição financeira. O constante
aperfeiçoamento nos processos de identificação, mensuração, monitoramento, controle e mitigação de riscos
possibilita tornar mais apuradas as boas práticas de governança em relação aos objetivos, políticas e
estratégias da Instituição.
O processo de gestão de riscos conta com a participação de todas as camadas hierárquicas da Instituição,
abrangendo desde as unidades de negócios até o Conselho de Administração. O controle do risco do Banrisul e
das empresas do grupo é centralizado em unidade específica. Os processos são mapeados, classificados e
consolidados de acordo com as características de exposições das operações e em conformidade com as
recomendações dos órgãos reguladores, sendo que a Estrutura de Gestão de Riscos é composta basicamente
pela Unidade de Gestão de Riscos Corporativos, pelos Comitês de Gestão, pela Diretoria de Controle e Risco e
pelo Conselho de Administração. Nesse contexto, a Unidade de Gestão de Riscos Corporativos é responsável
pela gestão dos riscos de crédito, mercado, liquidez, operacional e de capital. A Diretoria de Controle e Risco é
responsável por essa Unidade e o Conselho de Administração é responsável pelas informações divulgadas
relativas ao gerenciamento de riscos.
O aprimoramento sistemático de políticas e estratégias para o gerenciamento de riscos, sistemas de controles
internos e normas de segurança integradas aos objetivos estratégicos e mercadológicos da Instituição são
processos contínuos no escopo das Estruturas de Gestão. A descrição das Estruturas de Gerenciamento de
Riscos de Crédito, Mercado, Liquidez, Operacional e Gestão de Capital, bem como outros relatórios públicos
referentes à Gestão de Riscos no Banrisul estão disponíveis no site de Relações com Investidores do Banrisul,
no caminho: Governança Corporativa > Gerenciamento de Riscos, e são revisadas com periodicidade mínima
anual.
G ERENCIAMENTO DE C APITAL
Em consonância com a Resolução nº 3.988/11 do Banco Central do Brasil, o processo de gerenciamento de
capital contempla o monitoramento e controle do capital do Grupo Banrisul, avalia e planeja metas e a
| 21
necessidade de capital para fazer face aos riscos que a Instituição está sujeita, considerando os objetivos
estratégicos da Instituição.
No primeiro trimestre de 2015, o Banco passou a elaborar o Demonstrativo de Limites Operacionais – DLO.
Esse documento demonstra os cálculos utilizados para apuração do Patrimônio de Referência e dos
Requerimentos Mínimos de Capital com base no Balancete Patrimonial Analítico do Conglomerado Prudencial,
o qual é composto pelas empresas Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A., Banrisul S.A. Corretora de
Valores Mobiliários e Câmbio, Banrisul Cartões S.A. e Banrisul S.A. Administradora de Consórcios, conforme
regulamentação vigente.
R ISCO DE C RÉDITO
A política interna adotada pelo Banrisul para mensurar o risco de crédito considera a probabilidade de
inadimplência do tomador ou contraparte referente às suas obrigações contratuais. Essa mensuração, que
reflete as expectativas de perdas, é incorporada à gestão operacional do Banco, conforme determina o Órgão
Regulador, e está alicerçada no princípio da decisão técnica colegiada e nas metodologias estatísticas de
Application e Behaviour Score. Para tanto, estão definidas alçadas de concessão de crédito e limites de risco
correspondentes a diversos níveis decisórios. Esse processo visa agilizar a concessão de crédito, com base em
limites tecnicamente pré-definidos, de acordo com a exposição que a Instituição está disposta a operar,
atendendo o binômio risco x retorno.
Durante o trimestre, o Banrisul, visando à qualificação da carteira de crédito e buscando maior segurança na
operacionalidade de operações, readequou limites de crédito, implantou controles de reserva de margem e
melhorias no sistema de cadastros.
R ISCO DE M ERCADO
O risco de mercado é definido como sendo a probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados
ou no capital, devido a movimentos nos preços de mercado dos instrumentos financeiros, provocados por
flutuações em cotações de ações, preços de mercadorias, taxas de juro, taxas de câmbio. O gerenciamento
desse tipo de risco está segregado entre operações classificadas na carteira de negociação (trading book), que
compreende as operações em instrumentos financeiros detidos com intenção de negociação, destinados para
revenda, e operações classificadas na carteira de não negociação (banking book), que compreende todas as
operações da Instituição não classificadas na carteira de negociação, ou seja, carteira de crédito, carteira de
títulos mantidos até o vencimento, captação de depósito a prazo, depósito de poupança e demais operações
mantidas até o vencimento.
Para realizar a apuração do risco de mercado das exposições ao risco de taxa de juros pré-fixado da carteira
trading e das exposições aos fatores das operações da carteira banking, é utilizada a metodologia Value at Risk
(VaR). Já para a apuração do risco das exposições em cupons de moedas estrangeiras, cupons de índices de
preços e de taxa de juros das operações da carteira trading, é usado o modelo Maturity Ladder.
Nos primeiros três meses de 2015, visando a qualificação das informações e buscando maior segurança no
sistema de risco de mercado, o Banco implementou melhorias na operacionalidade e novos controles desse
tipo de risco.
R ISCO DE L IQUIDEZ
O risco de liquidez está relacionado à possibilidade da instituição não ser capaz de honrar seus compromissos
no vencimento, ou de não conseguir liquidar uma posição a preço de mercado, sendo classificado em risco de
liquidez de fluxo de caixa e risco de liquidez de mercado. O risco de liquidez de fluxo de caixa está associado à
possibilidade da instituição não ser capaz de honrar de forma eficiente suas obrigações, esperadas e
inesperadas, correntes ou futuras, sem afetar suas operações diárias e sem incorrer em perdas significativas de
recursos; e o risco de liquidez de mercado considera a possibilidade da instituição não conseguir negociar a
preço de mercado uma posição, em função do seu tamanho elevado em relação ao volume transacionado ou
com impactos negativos sobre seu preço, em decorrência da falta de liquidez no mercado.
22 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
A Instituição monitora o risco de liquidez através da análise de indicadores de liquidez. São elaborados
relatórios periódicos sobre o gerenciamento desse tipo de risco, os quais são encaminhados aos Comitês,
Diretoria e Conselho de Administração. Anualmente, ou em prazos menores, caso necessário, é exposta ao
Conselho de Administração, a Política de Gerenciamento de Risco de Liquidez, que contém as diretrizes para
gestão desse tipo de risco, levando em conta o orçamento, o planejamento financeiro, os limites de risco e a
otimização dos recursos disponíveis.
R ISCO O PERACIONAL
O Banco Central do Brasil, através da Resolução nº 3.380/06, define o risco operacional como sendo a
possibilidade de ocorrência de perdas, resultantes de falhas, deficiências, ou inadequação de processos
internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos. O objetivo do seu gerenciamento é obter o controle
sobre os riscos inerentes ao negócio e gerenciá-los, no intuito de reduzir a possibilidade de ocorrências, ou
minimizar possíveis impactos, buscando salvaguardar os interesses do Banco, clientes e investidores.
No primeiro trimestre de 2015, destaca-se a aprovação das ações de mitigação propostas aos riscos
identificados no Ciclo IV de Análise de Riscos Operacionais. Além disso, foram conduzidas análises de riscos
operacionais no processo CSA – Control Self Assessment – em unidades específicas, e foi dado andamento à
análise de riscos para a recertificação PCI DSS. No âmbito do risco socioambiental, está sendo elaborada a
política institucional de gerenciamento desse tipo de risco, com o envolvimento de diversas unidades do
Banco, no sentido de atender à Resolução 4.327/14, do Banco Central do Brasil.
Í NDICE DE B ASILEIA
Conforme previsto nas Resoluções do CMN nº 4.192/13 e nº 4.193/13, a partir de 1º de janeiro de 2015 a
apuração do Capital Regulamentar e dos Ativos Ponderados pelo Risco devem ter como base o Conglomerado
Prudencial, o que dá início a uma nova série de informações, não havendo comparabilidade com as divulgações
anteriores, cujos dados foram apurados com base no Conglomerado Financeiro. A diferença na apuração entre
os dois conglomerados é devido à inclusão das empresas assemelhadas a instituições financeiras na
consolidação do Conglomerado Prudencial (Banrisul S.A. Administradora de Consórcios e Banrisul Cartões S.A.).
O Patrimônio de Referência do Conglomerado Prudencial totalizou R$6.927,7 milhões em março de 2015,
resultado do somatório do Nível I, R$5.684,1 milhões, e do Nível II, R$1.243,6 milhões. A apuração do Nível II
foi influenciada pela aplicação do cronograma de ajustes prudenciais, que reduziu em 30,0% o montante da
dívida subordinada sobre o valor contábil de dezembro de 2012.
A exposição total dos Ativos Ponderados pelo Risco - RWATOTAL atingiu R$40.787,5 milhões, com destaque para
a parcela de risco de crédito que foi de R$34.347,5 milhões. As demais parcelas encerraram em R$759,3
milhões para o risco de mercado e R$5.680,7 milhões para o risco operacional.
Considerando-se os valores realizados do Patrimônio de Referência e dos Ativos Ponderados pelo Risco - RWA,
o Índice de Basileia atingiu 17,0% em março de 2015. Para o Capital Principal e Capital de Nível I, o índice foi de
13,9%, ambos superiores ao mínimo exigido. Com base no Conglomerado Financeiro, para fins gerenciais, a
apuração dos índices de capital sinalizou Índice de Basileia de 17,1% e de 14,0% para os Índices de Capital
Principal e de Nível I.
MODERNIZAÇÃO TECNOLÓGICA
Os investimentos em hardware, software e manutenção de bens patrimoniais somaram R$78,6 milhões no
primeiro trimestre de 2015. Entre as realizações relacionadas à Infraestrutura de TI, destacam-se (i) a
conectividade entre redes Banrisul e Bem Produtos e Serviços, empresa que opera na geração de crédito
consignado; (ii) operacionalização de nova comunicação através de fibra ótica, fornecida pela operadora
PROCEMPA, com velocidade de 100 Mbps, entre o CPD Central e o prédio onde estão localizados áreas
| 23
administrativas do Banco (Sistemas, Segurança Lógica e Negócios Especiais); e (iii) entrega de infraestrutura de
troca de arquivos, caminho crítico para o projeto Conecta-CETIP.
Quanto aos sistemas, citam-se (i) a criação de painel de monitoração multidimensional para a Rede Vero que
tem o objetivo de monitorar o comportamento do produto em uma abordagem proativa, diferentemente da
monitoração de ativos tradicional.
Na área de Segurança de TI, foram destaques (i) a realização da recertificação PIN Security Program, do PCI
(Payment Card Industry), exigida pelas bandeiras de cartões para garantir o nível de segurança em operações
de capturas de senhas e gerenciamento de chaves criptográficas; (ii) o incremento da segurança nos canais de
Internet Banking e Mobile Banking, com a ampliação do uso das soluções de proteção e segurança Trusteer
Rapport e OTP - One Time Password; (iii) a promoção da campanha Vamos criar uma internet melhor juntos,
através do Facebook e do Portal Institucional do Banrisul, em consonância com a campanha mundial do Dia da
Internet Segura, a fim de promover a conscientização sobre o uso seguro e responsável do Internet Banking.
RECURSOS HUMANOS
Ao final de março de 2015, a Instituição contava com um quadro de 11.588 empregados. Durante o primeiro
trimestre de 2015, foram efetuados 311 cursos de aperfeiçoamento, com 7.156 participações. Para isso, o
Banrisul investiu R$916,8 mil, dos quais R$409,1 mil foram direcionados a programas de graduação, pósgraduação e cursos de idiomas.
No primeiro trimestre de 2015, a Universidade Corporativa Banrisul coordenou a participação de mais de 360
empregados em pesquisa sobre Motivações, Atitudes e Opiniões no Trabalho, um levantamento feito em
parceria com a Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, Escola de Ciências
Sociais da Universidade de Évora - ambas de Portugal - e a Escola de Negócios da Universidade do Vale do Rio
dos Sinos (Unisinos). A pesquisa servirá de base para a implementação de ações de treinamento e
desenvolvimento de empregados.
MARKETING
A estratégia comercial e de marketing do primeiro trimestre de 2015 centrou-se no fortalecimento dos
relacionamentos comerciais existentes e na fidelização de clientes. Nos primeiros três meses do ano, foram
implementadas ações voltadas ao público jovem, como o lançamento de modalidade específica de consórcio,
iniciativa que possibilita ao Banco a prospecção de novos clientes e promoção de educação financeira. No
período, foram ampliados os serviços de Certificação Digital e iniciadas as operações de Cofre Inteligente, em
parceria com empresas de transporte de valores.
Como patrocinador, no primeiro trimestre de 2015, a Instituição apoiou diversos projetos na capital e no
interior do Estado, e esteve presente em feiras, expofeiras, eventos culturais, esportivos, de cunho social, de
sustentabilidade e de benefício à saúde e educação. Parte desses projetos são patrocinados ao amparo de
incentivos fiscais concedidos pelas leis federais. Dentre os projetos de maior expressão patrocinados
destacaram-se: Casa de Cultura Mario Quintana, Cinemateca Paulo Amorim e a 16ª edição do Porto Verão
Alegre. Importantes projetos de cunho esportivo, tais como futebol, futsal, vela, remo, tênis e basquete,
também foram apoiados com o patrocínio Banrisul.
De janeiro a março de 2015, em termos de publicidade, foram divulgadas as linhas de crédito para antecipação
do valor da restituição de IRPF 2014 e do 13º salário 2015, bem como para pagamento do IPTU e IPVA com
desconto à vista. Destacou-se, no período, a continuidade da campanha Aqui é Banri, destacando a
simplicidade e a praticidade do produto Banricompras, bem como sua proximidade com o público gaúcho.
24 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
SUSTENTABILIDADE
Na linha da responsabilidade corporativa, dois eventos merecem destaque no primeiro trimestre de 2015. Em
fevereiro de 2015, foi inaugurado o Espaço Memória Banrisul na Agência Central do Banco em Porto Alegre. A
exposição permanente destaca pontos significativos da trajetória da Instituição e do contexto socioeconômico
em que se desenvolveu, por meio do uso de fotos, documentos e equipamentos antigos. A iniciativa é do
Museu Banrisul que fez 35 anos em março.
Outro motivo de satisfação foi a marca de 14 anos, celebrada em março de 2015, do Programa Reciclar. A
iniciativa é precursora na prática de gerenciamento de resíduos em instituições financeiras, trabalhando com
ações voltadas ao público interno e comunidades. Com o Reciclar e outros programas institucionais, o Banrisul
trabalha ativamente nos locais em que está inserido, tendo participado, no primeiro trimestre, de eventos
como o JardinAção, o Movimento Educação pela Paz Sepé Tiaraju e a 2ª Semana Nacional de Educação
Financeira, promovida pela a Federação Nacional dos Bancos (FENABAN).
RECONHECIMENTOS
Fevereiro/2015. Banrisul está entre os bancos mais valiosos do mundo.
O Banrisul foi relacionado no 293° lugar em ranking dos 500 bancos com as marcas mais valiosas do mundo, o
Top 500 Banking Brands, no setor financeiro, em levantamento elaborado pela consultoria Brand Finance em
parceria com a revista inglesa The Banker.
Março/2015. Banrisul é uma das marcas mais lembradas e preferidas no RS.
O Banrisul foi destaque no estudo Marcas de Quem Decide como uma das marcas mais lembradas e preferidas
na categoria Banco, conforme pesquisa realizada pelo Jornal do Comércio e a Qualidata Informações
Estratégicas.
AGRADECIMENTOS
Sob nova administração desde 16 de abril de 2015, o Banrisul avança no propósito de ser um banco moderno,
sustentável e eficiente, por meio dos diversos canais de inserção na comunidade. E agradece aos clientes, por
escolherem o Banrisul como seu banco, aos investidores e ao Governo do Estado pela parceria e confiança, e
aos empregados, pelo empenho e dedicação.
Diretoria
| 25
DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
26 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
BALANÇOS PATRIMONIAIS
Em 31 de março de 2015 e 2014
(Valores em Milhares de Reais)
Banrisul
ATIVO
CIRCULANTE
DISPONIBILIDADES
APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ (Nota 04)
Aplicações no Mercado Aberto
Banrisul Consolidado
2015
2014
2015
2014
26.414.822
28.082.049
27.540.482
28.684.960
691.811
728.368
691.850
728.491
6.422
971.502
26.644
989.798
-
879.999
20.222
898.295
Aplicações em Depósitos Interfinanceiros
TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS
DERIVATIVOS (Nota 05)
6.422
91.503
6.422
91.503
3.763.313
5.795.244
4.032.882
5.942.490
Carteira Própria
1.211.607
871.247
1.551.067
1.018.486
Vinculados a Compromissos de Recompra
2.457.232
4.049.523
2.387.334
4.049.523
78.751
32.457
78.751
32.457
-
735.659
-
735.659
15.723
106.358
15.723
106.358
-
-
7
7
6.409.178
6.510.826
6.409.178
6.510.826
179.758
295.745
179.758
295.745
6.189.772
6.163.729
6.189.772
6.163.729
53
48
53
48
Instrumentos Financeiros Derivativos
Vinculados ao Banco Central
Vinculados à Prestação de Garantias
Moedas de Privatização
RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS
Pagamentos e Recebimentos a Liquidar
Créditos Vinculados (Nota 06)
Depósitos no Banco Central
Convênios
Correspondentes
RELAÇÕES INTERDEPENDÊNCIAS
Recursos em Trânsito de Terceiros
39.595
51.304
39.595
51.304
54.987
106.414
54.987
106.414
4.413
2.718
4.413
2.718
Transferências Internas de Recursos
50.574
103.696
50.574
103.696
OPERAÇÕES DE CRÉDITO (Nota 07)
12.336.924
11.574.786
12.336.924
11.574.786
Operações de Crédito
Setor Público
12.936
13.711
12.936
13.711
Setor Privado
12.646.044
11.943.663
12.646.044
11.943.663
Operações de Crédito Vinculadas a Cessão
Provisão para Perdas em Operações de Crédito
OPERAÇÕES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL (Nota 07)
7.431
8.541
7.431
8.541
(329.487)
(391.129)
(329.487)
(391.129)
31.515
34.325
31.515
34.325
Operações de Arrendamento a Receber
Setor Público
2.752
1.507
2.752
1.507
Setor Privado
30.282
35.595
30.282
35.595
Provisão para Créditos de Arrendamento Mercantil
(1.519)
(2.777)
(1.519)
(2.777)
3.019.493
2.243.520
3.854.662
2.680.237
Carteira de Câmbio
944.915
767.878
944.915
767.878
Rendas a Receber
OUTROS CRÉDITOS (Nota 08)
128.480
91.735
129.840
99.050
Negociação e Intermediação de Valores
-
-
1.537
3.164
Créditos Específicos
-
-
69
46
2.045.533
1.467.541
2.881.804
1.896.544
Provisão para Outros Créditos
(99.435)
(83.634)
(103.503)
(86.445)
OUTROS VALORES E BENS (Nota 09)
101.179
117.064
101.840
117.593
Outros Valores e Bens
2.412
2.121
2.508
2.228
Despesas Antecipadas
98.767
114.943
99.332
115.365
Diversos
| 27
Banrisul
ATIVO (continuação)
Banrisul Consolidado
2015
2014
2015
2014
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS
DERIVATIVOS (Nota 05)
33.475.031
28.468.366
33.546.934
28.493.504
15.343.170
12.965.127
15.349.730
12.969.052
Carteira Própria
10.182.512
8.935.890
10.182.512
8.935.890
2.388.924
3.314.950
2.388.924
3.314.950
Instrumentos Financeiros Derivativos
980.609
247.707
980.609
247.707
Vinculados ao Banco Central
821.599
-
821.599
-
Vinculados à Prestação de Garantias
969.526
466.580
976.086
470.505
RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS
769.977
738.474
769.977
738.474
Sistema Financeiro da Habitação
769.977
738.474
769.977
738.474
OPERAÇÕES DE CRÉDITO (Nota 07)
15.131.657
13.062.956
15.131.657
13.062.956
Vinculados a Compromissos de Recompra
Créditos Vinculados (Nota 06)
Operações de Crédito
Setor Público
80.935
77.569
80.935
77.569
Setor Privado
16.419.138
14.026.996
16.419.138
14.026.996
Operações de Crédito Vinculadas a Cessão
Provisão para Perdas em Operações de Crédito
OPERAÇÕES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL (Nota 07)
55.714
70.470
55.714
70.470
(1.424.130)
(1.112.079)
(1.424.130)
(1.112.079)
35.327
37.942
35.327
37.942
1.452
2.418
1.452
2.418
Operações de Arrendamento a Receber
Setor Público
Setor Privado
40.046
39.940
40.046
39.940
(6.171)
(4.416)
(6.171)
(4.416)
2.016.449
1.471.901
2.081.792
1.493.114
2.732
2.053
2.732
2.053
-
5.072
-
5.072
2.062.568
1.523.582
2.127.911
1.544.795
Provisão para Outros Créditos
(48.851)
(58.806)
(48.851)
(58.806)
OUTROS VALORES E BENS (Nota 09)
178.451
191.966
178.451
191.966
71.612
57.577
71.612
57.577
Provisão para Desvalorização
(21.552)
(10.127)
(21.552)
(10.127)
Despesas Antecipadas
128.391
144.516
128.391
144.516
PERMANENTE
841.324
721.945
269.877
267.300
INVESTIMENTOS (Nota 10 (a))
651.932
530.177
59.278
60.355
Participação em Coligadas e Controladas no País (Nota 02 (c))
645.263
523.508
52.115
53.143
Outros Investimentos
11.454
11.454
12.054
12.104
Provisão para Perdas
(4.785)
(4.785)
(4.891)
(4.892)
IMOBILIZADO DE USO (Nota 10 (b))
171.855
162.335
191.846
176.317
Imóveis de Uso
114.470
115.410
126.125
126.959
Provisão para Créditos de Arrendamento Mercantil
OUTROS CRÉDITOS (Nota 08)
Carteira de Câmbio
Rendas a Receber
Diversos
Outros Valores e Bens
Outras Imobilizações de Uso
Depreciação Acumulada
INTANGÍVEL (Nota 10 (c))
Ativos Intangíveis
Amortização Acumulada
TOTAL DO ATIVO
558.623
543.884
579.263
557.206
(501.238)
(496.959)
(513.542)
(507.848)
17.537
29.433
18.753
30.628
149.154
142.519
151.938
144.636
(131.617)
(113.086)
(133.185)
(114.008)
60.731.177
57.272.360
61.357.293
57.445.764
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
28 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
Banrisul
PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Banrisul Consolidado
2015
2014
2015
2014
CIRCULANTE
28.561.437
30.083.133
29.181.978
30.251.651
DEPÓSITOS (Nota 11)
15.278.439
15.572.906
15.113.819
15.412.986
Depósitos à Vista
2.672.436
2.799.232
2.669.795
2.788.778
Depósitos de Poupança
7.728.974
7.211.775
7.728.974
7.211.775
561.695
57.123
561.695
57.123
Depósitos a Prazo
4.315.334
5.504.776
4.153.355
5.355.310
CAPTAÇÕES NO MERCADO ABERTO (Nota 11)
4.832.986
7.337.343
4.763.323
7.266.753
Carteira Própria
4.832.986
7.337.343
4.763.323
7.266.753
RECURSOS DE ACEITES E EMISSÃO DE TÍTULOS (Nota 11)
1.392.354
433.391
1.392.354
433.391
Recursos de Letras Imobiliárias, Hipotecárias, de Crédito e Similares
1.392.354
433.391
1.392.354
433.391
RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS
276.951
482.171
276.951
482.171
Recebimentos e Pagamentos a Liquidar
477.876
Depósitos Interfinanceiros
273.450
477.876
273.450
Repasses Interfinanceiros
1.438
-
1.438
-
Correspondentes
2.063
4.295
2.063
4.295
RELAÇÕES INTERDEPENDÊNCIAS
305.223
357.590
305.223
357.590
Recursos em Trânsito de Terceiros
304.449
356.277
304.449
356.277
774
1.313
774
1.313
1.689.701
1.199.555
1.690.134
1.199.613
-
-
433
58
1.689.701
1.199.555
1.689.701
1.199.555
OBRIGAÇÕES POR REPASSES DO PAÍS - INSTITUIÇÕES OFICIAIS (Nota 13)
740.858
599.577
740.858
599.577
Tesouro Nacional
119.655
106.825
119.655
106.825
BNDES
400.153
295.065
400.153
295.065
6.213
6.507
6.213
6.507
214.804
191.180
214.804
191.180
33
-
33
-
OBRIGAÇÕES POR REPASSES DO EXTERIOR (Nota 13)
6.914
-
6.914
-
Repasses do Exterior
6.914
-
6.914
-
11.022
17.125
11.022
17.125
Transferências Internas de Recursos
OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS
Empréstimos no País - Outras Instituições
Empréstimos no Exterior (Nota 12)
CEF
FINAME
Outras Instituições Oficiais
INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS (Nota 05 (d))
Instrumentos Financeiros Derivativos
OUTRAS OBRIGAÇÕES (Nota 14)
Cobrança e Arrecadação de Tributos e Assemelhados
11.022
17.125
11.022
17.125
4.026.989
4.083.475
4.881.380
4.482.445
147.184
165.882
147.184
165.882
Carteira de Câmbio
40.774
110.056
40.774
110.056
Sociais e Estatutárias
34.962
92.990
35.015
93.038
213.908
157.807
242.932
179.294
Fiscais e Previdenciárias
Negociação e Intermediação de Valores
Fundos Financeiros e de Desenvolvimento
Dívidas Subordinadas
Diversas
-
-
1.407
2.767
1.537.218
1.437.968
1.537.218
1.437.968
186.150
133.835
186.150
133.835
1.866.793
1.984.937
2.690.700
2.359.605
| 29
Banrisul
PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO (continuação)
Banrisul Consolidado
2015
2014
2015
2014
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
26.429.784
22.029.811
26.433.163
22.032.803
DEPÓSITOS (Nota 11)
19.581.281
15.357.334
19.581.281
15.357.334
323.051
328.938
323.051
328.938
19.258.230
15.028.396
19.258.230
15.028.396
RECURSOS DE ACEITES E EMISSÃO DE TÍTULOS (Nota 11)
1.425.316
2.299.499
1.425.316
2.299.499
Recursos de Letras Imobiliárias, Hipotecárias, de Crédito e Similares
1.425.316
2.299.499
1.425.316
2.299.499
RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS
-
4.313
-
4.313
Repasses Interfinanceiros
-
4.313
-
4.313
5.618
-
8.907
1.320
-
-
3.289
1.320
5.618
-
5.618
-
2.020.077
1.746.999
2.020.077
1.746.999
Depósitos Interfinanceiros
Depósitos a Prazo
OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS
Empréstimos no País - Outras Instituições
Empréstimos no Exterior (Nota 12)
OBRIGAÇÕES POR REPASSES DO PAÍS - INSTITUIÇÕES OFICIAIS (Nota 13)
Tesouro Nacional
BNDES
CEF
1.093
1.669
1.093
1.669
1.251.557
1.033.266
1.251.557
1.033.266
54.971
57.250
54.971
57.250
712.289
654.814
712.289
654.814
167
-
167
-
OBRIGAÇÕES POR REPASSES DO EXTERIOR (Nota 13)
13.364
-
13.364
-
Repasses do Exterior
13.364
-
13.364
-
-
14.084
-
14.084
FINAME
Outras Instituições Oficiais
INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS (Nota 05 (d))
Instrumentos Financeiros Derivativos
-
14.084
-
14.084
3.384.128
2.607.582
3.384.218
2.609.254
466.555
447.435
466.645
449.107
67.843
68.372
67.843
68.372
2.486.013
1.714.482
2.486.013
1.714.482
363.717
377.293
363.717
377.293
PATRIMÔNIO LÍQUIDO (Nota 22)
5.739.956
5.159.416
5.742.152
5.161.310
Capital Social de Domiciliados no País
4.000.000
3.750.000
4.000.000
3.750.000
Reservas de Capital
4.511
4.511
4.511
4.511
Reservas de Lucros
1.698.569
1.621.614
1.698.569
1.621.614
(33.164)
(228.351)
(33.164)
(228.351)
70.040
11.642
70.040
11.642
-
-
2.196
1.894
60.731.177
57.272.360
61.357.293
57.445.764
OUTRAS OBRIGAÇÕES (Nota 14)
Fiscais e Previdenciárias
Fundos Financeiros e de Desenvolvimento
Dívidas Subordinadas
Diversas
Ajustes de Avaliação Patrimonial
Lucros Acumulados
Participação de Acionistas Não Controladores
TOTAL DO PASSIVO E DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
30 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO
Períodos findos em 31 de março de 2015 e 2014
(Valores em Milhares de Reais, exceto Lucro Líquido por Ação)
01/01 a
31/03/2015
Banrisul
01/01 a
31/03/2014
RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA
2.922.179
1.756.534
2.929.301
1.758.890
Operações de Crédito
1.583.707
1.156.853
1.583.707
1.156.853
3.855
2.724
3.855
2.724
Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários
498.315
427.236
505.437
429.592
Resultado com Instrumentos Financeiros Derivativos
452.806
8.958
452.806
8.958
Resultado de Operações de Câmbio
193.146
10.289
193.146
10.289
Resultado das Aplicações Compulsórias
165.345
142.418
165.345
142.418
25.005
8.056
25.005
8.056
DESPESAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA
(2.287.515)
(1.092.212)
(2.281.238)
(1.086.128)
Operações de Captação no Mercado
(830.033)
Operações de Arrendamento Mercantil
Operações de Venda ou Transferência de Ativos Financeiros
Banrisul Consolidado
01/01 a
01/01 a
31/03/2015 31/03/2014
(1.478.455)
(836.139)
(1.472.050)
Operações de Empréstimos, Cessões e Repasses
(404.573)
(59.697)
(404.568)
(59.699)
Provisão para Operações de Crédito (Nota 07 (e))
(404.487)
(196.376)
(404.620)
(196.396)
RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA
OUTRAS RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS
Receitas de Prestação de Serviços (Nota 16)
634.664
664.322
648.063
672.762
(468.265)
(572.160)
(460.154)
(563.742)
37.151
32.264
58.810
51.003
171.077
151.481
266.082
217.524
Despesas de Pessoal (Nota 18)
(381.419)
(405.827)
(383.811)
(407.838)
Outras Despesas Administrativas (Nota 19)
(292.192)
(265.595)
(335.906)
(292.154)
(69.916)
(60.735)
(88.283)
(73.733)
41.675
33.327
794
2.193
Outras Receitas Operacionais (Nota 20)
124.760
62.106
123.731
60.078
Outras Despesas Operacionais (Nota 21)
(99.401)
(119.181)
(101.571)
(120.815)
RESULTADO OPERACIONAL
RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DOS EMPREGADOS
SOBRE O LUCRO
166.399
92.162
187.909
109.020
166.399
92.162
187.909
109.020
4.655
8.443
(16.725)
(8.319)
(91.166)
(34.069)
(112.951)
(50.498)
Rendas de Tarifas Bancárias (Nota 17)
Despesas Tributárias
Resultado de Participação em Coligadas e Controladas (Nota 02 (c))
IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (Nota 24 (a))
Corrente
Diferido
PARTICIPAÇÕES DOS EMPREGADOS NO RESULTADO
95.821
42.512
96.226
42.179
(24.022)
(22.837)
(24.052)
(22.858)
PARTICIPAÇÃO MINORITÁRIA NO RESULTADO
-
-
(100)
(75)
LUCRO LÍQUIDO DO PERÍODO
147.032
77.768
147.032
77.768
Número de Ações em Circulação – Milhares (Nota 22 (a))
408.974
408.974
-
-
Lucro Líquido por Lote de Mil Ações do Capital Social - R$
359,51
190,15
-
-
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
| 31
DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA
Períodos findos em 31 de março de 2015 e 2014
(Valores em Milhares de Reais)
Lucro Ajustado antes da Tributação e Participação dos Empregados
Lucro antes da Tributação e Participação dos Empregados
Ajustes ao Lucro antes da Tributação e Participação dos Empregados
Depreciação e Amortização
Resultado de Participações em Coligadas e Controladas
Resultado de Atualização da Dívida Subordinada
Provisão para Operações de Crédito
Provisão (Reversão) para Perdas de Securitização
Provisão para Contingência
Variação de Ativos e Obrigações
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS
Ajustes de Avaliação Patrimonial
Redução em Aplicações de Depósitos Interfinanceiros
(Aumento) Redução em Títulos e Valores Mobiliários
Aumento em Instrumentos Financeiros Derivativos
Aumento em Relações Interfinanceiras e Interdependências
Aumento em Operações de Crédito
(Aumento) Redução em Operações de Arrendamento Mercantil
(Aumento) Redução em Outros Créditos
(Aumento) Redução em Outros Valores e Bens
Aumento em Depósitos
Aumento em Captação no Mercado Aberto
Aumento (Redução) em Recursos de Aceites e Emissão de Títulos
Aumento em Obrigações por Empréstimos e Repasses
Aumento (Redução) em Outras Obrigações
Imposto de Renda e Contribuição Social Pagos
CAIXA LÍQUIDO PROVENIENTE (UTILIZADO) NAS ATIVIDADES OPERACIONAIS
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
Alienação de Investimentos
Alienação de Imobilizado de Uso
Aquisição de Investimentos
Aquisição de Imobilizado de Uso
Aplicação no Intangível
CAIXA LÍQUIDO PROVENIENTE (UTILIZADO) NAS ATIVIDADES DE
INVESTIMENTO
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Dívidas Subordinadas
Pagamento de Juros da Dívida Subordinada
Juros sobre o Capital Próprio Pagos
Dividendos Complementares Recebidos de Coligada
Variação na Participação dos Acionistas Minoritários
CAIXA LÍQUIDO PROVENIENTE (UTILIZADO) NAS ATIVIDADES DE
FINANCIAMENTO
AUMENTO (REDUÇÃO) LÍQUIDA DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
Disponibilidades
Aplicações Interfinanceiras de Liquidez (Nota 04)
CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA NO INÍCIO DO PERÍODO
Disponibilidades
Aplicações Interfinanceiras de Liquidez (Nota 04)
CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA NO FIM DO PERÍODO
01/01 a
31/03/2015
1.118.707
166.399
Banrisul
01/01 a
31/03/2014
283.477
92.162
14.524
(41.675)
524.140
404.487
(1)
50.833
(1.058.021)
16.321
(33.327)
(26.646)
196.376
58
38.533
270.884
15.199
(794)
524.140
404.620
(1)
52.085
(1.122.000)
16.628
(2.193)
(26.646)
196.396
58
37.872
223.831
668
10.330
(504.051)
(324.969)
(781.362)
2.296
(271.660)
28.025
556.887
444.818
(20.122)
300.683
(408.398)
(91.166)
60.686
(88)
36.642
(445.185)
(45.282)
(1.912.243)
(915.694)
(2.465)
99.306
(77.512)
31.525
3.046.642
227.008
60.015
202.284
(34.069)
554.361
668
(20.552)
(504.051)
(324.969)
(781.362)
2.296
(284.685)
27.798
559.656
445.087
(20.122)
300.607
(409.420)
(112.951)
61.158
(88)
36.642
(567.531)
(45.282)
(1.912.243)
(915.694)
(2.465)
106.157
(77.647)
125.722
3.046.046
227.008
60.000
193.704
(50.498)
554.966
215
64
(100)
(16.314)
(1.658)
423
35
(282)
(10.330)
(2.544)
99
730
(100)
(17.298)
(1.662)
282
36
(282)
(10.658)
(2.544)
(17.793)
(12.698)
(18.231)
(13.166)
(534)
(73.966)
(76.992)
-
82.872
(69.403)
(66.126)
-
(534)
(73.966)
(76.992)
603
99
82.872
(69.403)
(66.126)
74
(151.492)
(108.599)
797.517
9.315
806.832
691.811
6.422
698.233
(52.657)
489.006
737.919
472.945
1.210.864
728.368
971.502
1.699.870
(150.790)
(107.863)
797.643
28.714
826.357
691.850
26.644
718.494
(52.583)
489.217
737.962
491.110
1.229.072
728.491
989.798
1.718.289
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
32 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
Banrisul Consolidado
01/01 a
01/01 a
31/03/2015 31/03/2014
1.183.158
331.135
187.909
109.020
DEMONSTRAÇÕES DO VALOR ADICIONADO
Períodos findos em 31 de março de 2015 e 2014
(Valores em Milhares de Reais)
Banrisul
Banrisul Consolidado
01/01 a
31/03/2015
01/01 a
31/03/2014
01/01 a
31/03/2015
01/01 a
31/03/2014
RECEITAS (a)
2.850.202
1.806.465
2.972.826
1.891.555
Intermediação Financeira
2.921.701
1.756.990
2.928.823
1.759.346
208.228
183.745
324.892
268.527
(404.487)
(196.376)
(404.620)
(196.396)
Prestação de Serviços e Rendas de Tarifas Bancárias
Provisão para Operações de Crédito
Outras
124.760
62.106
123.731
60.078
1.883.028
895.836
1.876.618
889.732
INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (c)
355.041
350.310
400.244
378.358
Materiais, Energia e Outros
231.476
260.451
245.454
271.828
Serviços de Terceiros
106.074
DESPESAS DE INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA (b)
124.043
89.403
155.268
Perda (Recuperação) de Valores Ativos
(478)
456
(478)
456
VALOR ADICIONADO BRUTO (d=a-b-c)
612.133
560.319
695.964
623.465
DEPRECIAÇÃO E AMORTIZAÇÃO (e)
14.524
16.321
15.199
16.628
597.609
543.998
680.765
606.837
VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA (g)
41.675
33.327
794
2.193
Resultado de Participações em Coligadas e Controladas
41.675
33.327
794
2.193
VALOR ADICIONADO A DISTRIBUIR (h=f+g)
639.284
577.325
681.559
609.030
DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO
639.284
577.325
681.559
609.030
Pessoal
351.163
366.463
353.481
368.408
Remuneração Direta
267.008
282.922
268.737
284.262
Benefícios
67.776
64.588
68.105
64.973
FGTS
16.379
18.953
16.639
19.173
Impostos, Taxas e Contribuições
119.539
114.493
159.390
144.340
Federais
108.003
103.938
141.582
129.332
6
5
13
9
Municipais
11.530
10.550
17.795
14.999
Remuneração de Capitais de Terceiros
21.550
18.601
21.556
18.439
Aluguéis
21.550
18.601
21.556
18.439
147.032
77.768
147.132
77.843
Juros sobre o Capital Próprio
76.992
66.126
76.992
66.126
Lucros Retidos do Período
70.040
11.642
70.040
11.642
-
-
100
75
VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE (f=d-e)
Estaduais
Remuneração de Capitais Próprios
Participação dos não Controladores nos Lucros Retidos
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
| 33
DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Períodos findos em 31 de março de 2015 e 2014
(Valores em Milhares de Reais)
Capital Social
Reservas de
Capital
Subvenções para
Investimentos
Legal
Estatutária
Para
Expansão
3.750.000
4.511
318.159
1.063.670
239.785
(6.209)
(222.054)
Ajustes de Avaliação Patrimonial
-
-
-
-
-
(192)
104
-
(88)
Lucro Líquido do Período
-
-
-
-
-
-
-
77.768
77.768
-
-
-
-
-
-
-
(66.126)
(66.126)
Em 31 de março de 2014
3.750.000
4.511
318.159
1.063.670
239.785
(6.401)
(221.950)
11.642
5.159.416
Em 01 de janeiro de 2015
4.000.000
4.511
348.549
1.205.402
144.618
(7.686)
(26.146)
-
5.669.248
Ajustes de Avaliação Patrimonial
-
-
-
-
-
668
-
-
668
Lucro Líquido do Período
-
-
-
-
-
-
-
147.032
147.032
Em 01 de janeiro de 2014
Reservas de Lucros
Ajustes de Avaliação Patrimonial
Títulos Disponíveis para
Outros Ajustes de
Venda (Nota 05 (b)) Avaliação Patrimonial
Lucros
Acumulados
TOTAL
-
5.147.862
Destinação do Lucro Líquido (Nota 22 (b))
Juros sobre o Capital Próprio
Destinação do Lucro Líquido (Nota 22 (b))
Juros sobre o Capital Próprio
Em 31 de março de 2015
-
-
-
-
-
-
-
(76.992)
(76.992)
4.000.000
4.511
348.549
1.205.402
144.618
(7.018)
(26.146)
70.040
5.739.956
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
34 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
NOTAS
EXPLICATIVAS
Apresentamos a seguir as notas explicativas que
integram o conjunto das demonstrações financeiras
individuais e consolidadas do Banco do Estado do Rio
Grande do Sul S.A. (Banrisul), com os valores
expressos em milhares de reais (Exceto quando
indicado de outra forma) e distribuídas da seguinte
forma:
| 35
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INTERMEDIÁRIAS
NOTA 01 - CONTEXTO OPERACIONAL
O Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. (“Banrisul” ou “Instituição”) é uma sociedade anônima de capital
aberto que atua sob a forma de banco múltiplo e opera nas carteiras comercial, de crédito, de financiamento e
de investimento, de crédito imobiliário, de desenvolvimento, de arrendamento mercantil e de investimentos,
inclusive nas de operações de câmbio, corretagem de títulos e valores mobiliários e administração de cartões
de crédito e consórcios. As operações são conduzidas por um conjunto de Instituições que agem de forma
integrada no mercado financeiro. O Banrisul atua, também, como instrumento de execução da política
econômico-financeira do Estado do Rio Grande do Sul, em consonância com os planos e programas do Governo
Estadual.
NOTA 02 - APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INTERMEDIÁRIAS
(a) As demonstrações financeiras intermediárias individuais e consolidadas foram elaboradas de acordo com as
práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às instituições financeiras, normas e instruções do Banco
Central do Brasil e da Comissão de Valores Mobiliários - CVM, que incluem práticas e estimativas contábeis no
que se refere à constituição de provisões e determinação de certos valores dos ativos integrantes de sua
carteira de Títulos e Valores Mobiliários, Instrumentos Financeiros Derivativos e Imposto Diferido. Dessa forma,
quando da efetiva liquidação financeira desses ativos e provisões, os resultados auferidos podem ser diferentes
dos estimados.
(b) As demonstrações financeiras intermediárias individuais do Banrisul incluem as operações realizadas no
país, bem como a consolidação de suas dependências no exterior (Miami e Grand Cayman). A soma dos ativos
e dos passivos e os resultados gerados pelas dependências no exterior, antes das eliminações de consolidação,
estão assim resumidos:
Ativo
Operações de Crédito
Operações com Sede no Brasil
Outras Operações de Crédito
Outros Ativos
Imobilizado de Uso
Total do Ativo
Passivo
Depósitos
Operações com Sede no Brasil
Outros Depósitos
Outras Obrigações
Outros Passivos
Patrimônio Líquido
Total do Passivo e do Patrimônio Líquido
Demonstração do Resultado
Receitas da Intermediação Financeira
Despesas da Intermediação Financeira
Outras Despesas, Líquidas
Lucro Líquido do Período
2015
1.002.715
768.809
233.906
79.838
16
1.082.569
2014
648.385
489.513
158.872
106.152
754.537
110.255
54.728
55.527
324
714.809
257.181
1.082.569
01/01 a 31/03/2015
9.878
(317)
(6.624)
2.937
136.248
64.608
71.640
443.544
1.761
172.984
754.537
01/01 a 31/03/2014
6.043
(226)
(3.915)
1.902
Os efeitos da variação cambial sobre as operações nas dependências no exterior estão distribuídos nas linhas
da demonstração do resultado conforme a natureza das contas patrimoniais correspondentes.
(c) As demonstrações financeiras intermediárias consolidadas incluem as operações do Banrisul, das
dependências no exterior e das empresas controladas, cujos investimentos, em 31 de março de 2015,
totalizaram R$593.148 (2014 - R$470.365), geraram um resultado positivo de equivalência patrimonial no
período de R$40.881 (2014 - R$31.134) e estão apresentados no quadro a seguir:
36 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
Principais Informações sobre os Investimentos em Controladas:
Milhares de Ações/Quotas
Ações Ordinárias
Ações Preferenciais
Participação no Capital Social Ajustada (%)
Capital Social
Patrimônio Líquido
Lucro Líquido do Período
Valores Líquidos Eliminados na Consolidação (Nota 27)
Saldos Ativos (Passivos)
31 de março de 2015
31 de março de 2014
Receitas (Despesas)
31 de março de 2015
31 de março de 2014
Valor Contábil do Investimento
31 de março de 2015
31 de março de 2014
Resultado de Participações em Controladas
31 de março de 2015
31 de março de 2014
Banrisul
Armazéns
Gerais S.A.
Banrisul S.A.
Corretora de Valores
Mobiliários e Câmbio
Banrisul S.A.
Administradora de
Consórcios
Banrisul
Cartões
S.A.
Total
696
99,498
31.550
34.639
792
10.000
19.616
98,984
70.000
77.033
348
89.500
99,683
155.600
185.129
6.303
2.780
99,785
150.000
258.126
33.537
-
2.587
(69.036)
(154.479)
(485.135)
207
(70.063)
(144.883)
(499.613)
(706.063)
(714.352)
(486)
(724)
(1.629)
11.919
9.080
(358)
(581)
(2.186)
7.348
4.223
34.511
76.596
190.825
291.216
593.148
31.683
75.561
170.629
192.492
470.365
788
345
6.283
33.465
40.881
374
90
5.442
25.228
31.134
(d) Na elaboração das demonstrações financeiras intermediárias consolidadas foram eliminadas as
participações entre as empresas consolidadas, os saldos de balanço e o resultado das transações, bem como
foram destacadas as parcelas do resultado do período e do patrimônio líquido referentes às participações dos
acionistas minoritários.
(e) As Operações de Arrendamento Mercantil Financeiro são apresentadas a valor presente dos contratos no
Balanço Patrimonial e as receitas e despesas relacionadas, que representam o resultado financeiro dessas
operações, estão apresentadas, de forma agrupada, na rubrica Operações de Arrendamento Mercantil, na
Demonstração do Resultado.
NOTA 03 - PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS
As principais práticas contábeis adotadas para elaboração das demonstrações financeiras intermediárias
consolidadas foram:
(a) Apuração do Resultado
O resultado é apurado com base no regime de competência.
(b) Aplicações Interfinanceiras de Liquidez
Representam os recursos aplicados no mercado interbancário. São apresentadas pelo valor presente,
calculadas pro rata dia com base na variação do indexador e na taxa de juros pactuadas.
(c) Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos
De acordo com a Circular n° 3.068/01 do Bacen e regulamentação complementar, são classificados e avaliados
em três categorias específicas, atendendo os critérios de contabilização:
(i) Títulos para Negociação - incluem os títulos e valores mobiliários adquiridos com o objetivo de serem
negociados frequentemente e de forma ativa, avaliados pelo valor de mercado, sendo os ganhos e as perdas
sobre esses títulos reconhecidos na demonstração do resultado.
| 37
(ii) Títulos Disponíveis para Venda - incluem os títulos e valores mobiliários utilizados como parte da estratégia
para a administração do risco de variação nas taxas de juros e podem ser negociados como resultado dessas
variações, por mudanças nas condições de pagamento ou outros fatores. Esses títulos são ajustados pelo valor
de mercado, sendo os seus rendimentos auferidos reconhecidos no resultado. Os ganhos e as perdas,
decorrentes das variações do valor de mercado e ainda não realizados, são reconhecidos em conta específica
do patrimônio líquido, deduzidos dos correspondentes efeitos tributários, quando aplicável, denominada
"Ajustes de Avaliação Patrimonial" até a sua realização por venda.
Os ganhos e as perdas, quando realizados, serão reconhecidos na data da negociação na demonstração do
resultado, em contrapartida da mesma conta específica do patrimônio líquido, deduzidos dos correspondentes
efeitos tributários, quando aplicável.
(iii) Títulos Mantidos até o Vencimento - incluem os títulos e valores mobiliários para os quais a Administração
possui a intenção e a capacidade financeira de mantê-los até o vencimento, sendo registrados ao custo de
aquisição, desde que não hajam perdas de caráter permanente, atualizados pro rata temporis em
contrapartida ao resultado do período. A capacidade financeira é definida em projeções de fluxo de caixa,
desconsiderando a possibilidade de venda desses títulos.
(iv) Instrumentos Financeiros Derivativos - são classificados, na data de sua aquisição, de acordo com a
intenção da Administração em utilizá-los como instrumento de proteção (hedge) ou não, conforme a Circular n°
3.082/02 do Bacen. As operações que utilizam instrumentos financeiros derivativos, efetuadas por solicitação
de clientes, por conta própria, ou que não atendam aos critérios de proteção (principalmente derivativos
utilizados para administrar a exposição global de risco), são contabilizadas pelo valor de mercado, com os
ganhos e as perdas realizados e não realizados, reconhecidos diretamente na demonstração do resultado.
Inicialmente, os derivativos são reconhecidos pelo valor justo na data em que um contrato de derivativos é
celebrado e são, subsequentemente, remensurados ao seu valor justo. O método para reconhecer o ganho ou
a perda resultante depende do fato do derivativo ser designado ou não como um instrumento de hedge nos
casos de adoção da contabilidade de hedge ou hedge accounting. Sendo este o caso, o método depende da
natureza do item que está sendo protegido por hedge. O Banrisul adota a contabilidade de hedge ou hedge
accounting e designa os derivativos contratados para proteção da dívida subordinada (Nota 14) como hedge do
valor justo de ativos ou passivos reconhecidos ou de um compromisso firme (hedge de risco de mercado).
O Banrisul documenta, no início da operação, a relação entre os instrumentos de hedge e os itens protegidos
por hedge, assim como os objetivos da gestão de risco e a estratégia para a realização de várias operações de
hedge. O Banrisul também documenta sua avaliação, tanto no início do hedge como de forma contínua, de que
os derivativos usados nas operações de hedge são altamente eficazes na compensação de variações no valor
justo ou nos fluxos de caixa dos itens protegidos por hedge.
Os valores justos dos vários instrumentos derivativos usados para fins de hedge estão divulgados na Nota 05. O
valor justo total de um derivativo de hedge é classificado como ativo ou passivo não circulante, quando o
vencimento remanescente do item protegido por hedge for superior a 12 meses, e, como ativo ou passivo
circulante, quando o vencimento remanescente do item protegido por hedge for inferior a 12 meses.
Hedge de Risco de Mercado - são classificados nesta categoria os instrumentos financeiros derivativos que se
destinam a compensar riscos decorrentes da exposição à variação no valor de mercado do item objeto de
hedge.
O Banrisul considerou nesta categoria os derivativos contratados com objetivo de proteção da variação de
moeda estrangeira oriunda da emissão da dívida denominada em US$ com nocional de 775 milhões com
vencimento em 02 de fevereiro de 2022, descrito na Nota 14. Na data de 31 de março de 2015, os únicos
derivativos vigentes referem-se aos swaps.
38 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
As variações no valor justo de derivativos designados e qualificados como hedge de risco de mercado são
registradas na demonstração do resultado, com quaisquer variações no valor justo do ativo ou passivo
protegido por hedge que são atribuíveis ao risco protegido (Nota 05 (d)). O ganho ou perda relacionado com
essa operação é reconhecido na demonstração do resultado como "Resultado Bruto da Intermediação
Financeira".
(d) Operações de Crédito, Arrendamento Mercantil e Outros Créditos
Todas as operações de crédito e arrendamento mercantil têm os seus riscos classificados de acordo com
julgamento da Administração, levando em consideração a conjuntura econômica, a experiência passada e os
riscos específicos em relação às operações, aos devedores e aos garantidores, observando os parâmetros
estabelecidos pela Resolução n° 2.682/99, do Conselho Monetário Nacional - CMN, que requer a análise
periódica da carteira e sua classificação em nove níveis de risco, de AA até H. A tabela com o resumo dessa
classificação está apresentada na Nota 07.
As operações de crédito e arrendamento mercantil são registradas a valor presente, calculadas pro rata dia
com base no indexador e na taxa de juros pactuados, sendo atualizadas até o sexagésimo dia de atraso. Após
esse prazo, o reconhecimento de receita ao resultado ocorre quando efetivamente recebidas as operações.
Os riscos das operações ativas renegociadas são definidos conforme critério da Resolução n° 2.682/99, ou seja,
permanecem no rating que se encontravam antes da renegociação e as renegociações de operações de crédito
que foram anteriormente baixadas contra a provisão, que estavam em contas de compensação, são
classificadas como nível H. Os eventuais ganhos provenientes da renegociação somente serão reconhecidos
como receita quando efetivamente recebidos.
(e) Outros Créditos – Operações com Cartão de Crédito
Os valores a faturar estão representados por valores a receber dos usuários de cartão de crédito pela utilização
em estabelecimentos conveniados às bandeiras Banricompras, Visa e MasterCard. Estes valores são
contabilizados em títulos e créditos a receber, sem característica de crédito, sendo que as operações
parceladas onde o Banrisul é o emissor e o saldo devedor das operações cujos pagamentos foram efetuados
pelo valor mínimo da fatura (rotativo), são reclassificados para Operações de Crédito.
(f) Provisão para Perdas em Operações de Crédito, Arrendamento Mercantil e Outros Créditos
Constituída em montante considerado suficiente para cobertura de eventuais perdas, suportadas na
classificação de risco do cliente, em função da análise periódica da qualidade do cliente e não apenas com base
nos percentuais mínimos de provisionamento requeridos pela Resolução n° 2.682/99, do Conselho Monetário
Nacional - CMN, quando da ocorrência de inadimplência.
Em 31 de março de 2015, o valor total da provisão para perdas em operações de crédito, arrendamento
mercantil e outros créditos, conforme demonstrado na Nota 07, é superior ao valor mínimo que seria exigido
considerando tão somente o rating das operações com base no número de dias em atraso previstos na
Resolução n° 2.682/99, procedimento este adotado pela Administração desde a edição da referida norma para
fazer em face de possíveis eventos não capturados pelo modelo de rating de clientes com base nas respectivas
faixas de atraso.
(g) Ativo Permanente
Demonstrado ao custo de aquisição, considerando os seguintes aspectos:
(i) Avaliação dos investimentos em controladas e coligadas pelo método da equivalência patrimonial, tomando
por base as demonstrações financeiras intermediárias levantadas, observando as mesmas práticas contábeis
do controlador, ou seja, práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às instituições financeiras autorizadas
| 39
a operar pelo Banco Central do Brasil. Os outros investimentos são registrados pelos seus valores de custo e,
quando aplicável, são ajustados por provisões para perdas;
(ii) Ágio - corresponde ao valor excedente pago na aquisição de investimentos decorrente da expectativa de
rentabilidade futura. Não possui prazo de vida útil definida e são submetidos anualmente ao teste de redução
ao valor recuperável de ativos;
(iii) Depreciação do imobilizado de uso pelo método linear de acordo com a vida útil econômica estimada dos
bens, considerando as taxas mínimas anuais divulgadas na Nota 10; e
(iv) Os ativos intangíveis são compostos basicamente por aplicações de recursos cujos benefícios decorrentes
ocorrerão em exercícios futuros. Esse grupo está representado por contratos de prestação de serviços
bancários e de aquisição de software. A amortização é calculada pelo método linear às taxas divulgadas na
Nota 10.
A Instituição revisa anualmente se há alguma indicação de perdas no valor recuperável dos ativos. Eventuais
perdas, quando identificadas, são reconhecidas no resultado do período. Durante o período findo em 31 de
março de 2015, a Instituição não verificou a existência de indicadores de que determinados ativos
permanentes poderiam estar acima do valor recuperável e, consequentemente, não foi reconhecida nenhuma
provisão para perda do valor recuperável destes ativos.
(h) Ativos e Passivos Denominados em Moeda Estrangeira
Os saldos ativos e passivos das dependências no exterior, assim como os demais ativos e passivos em moeda
estrangeira, decorrentes de operações realizadas pelo Banrisul e suas controladas, foram convertidos pela taxa
de câmbio vigente na data do fechamento das demonstrações financeiras intermediárias.
(i) Depósitos, Captações no Mercado Aberto, Obrigações por Empréstimos e Repasses e Fundo Financeiro e
de Desenvolvimento
São demonstrados pelos valores das exigibilidades considerando os encargos exigíveis até a data das
demonstrações financeiras intermediárias, reconhecidos em base pro rata dia.
Conforme determinado pela Lei n° 12.069/04 e Lei n° 12.585/06 do Governo do Estado do Rio Grande do Sul,
até 85% do saldo dos valores depositados judicialmente no Banrisul por terceiros, quando solicitado, deverá
ser disponibilizado ao Estado do Rio Grande do Sul e o saldo remanescente é mantido no Banrisul para
constituição de fundo. Os valores repassados ao Estado são controlados em conta de compensação e a parcela
retida é registrada na rubrica Outras Obrigações, conforme descrito na Nota 23 (a). As despesas com encargos
sobre o saldo remanescente são registradas na rubrica de Despesas de Empréstimos, Cessões e Repasses.
(j) Ativos e Passivos Contingentes e Obrigações Legais, Fiscais e Previdenciárias
O reconhecimento, a mensuração e a divulgação dos ativos e passivos contingentes, e das obrigações legais são
efetuados de acordo com os critérios definidos na Resolução n° 3.823/09 e Pronunciamento Técnico CPC 25,
emitido pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), sendo provisionados com base na opinião de
assessores legais, por meio da utilização de modelos e critérios que permitam a sua mensuração da forma mais
adequada possível, apesar da incerteza inerente ao seu prazo e valor de desfecho de causa. A seguir, o critério
utilizado segundo a natureza da contingência:
(i) Contingências Ativas - não são reconhecidas nas demonstrações financeiras intermediárias, exceto quando
existem evidências que propiciam a garantia de sua realização sobre as quais não cabem mais recursos;
(ii) Contingências Passivas - são reconhecidas nas demonstrações financeiras intermediárias quando, com base
na opinião de assessores jurídicos e da Administração, for considerado provável o risco de perda de uma ação
40 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
judicial ou administrativa, com uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações e quando os
montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. Podem ser:
Provisões para Riscos Trabalhistas - constituídas para as ações trabalhistas ajuizadas contra o Banrisul, no
momento da notificação judicial e cujo risco de perda é considerado provável. O valor é apurado de acordo
com a estimativa de desembolso feita pela Administração, revisada tempestivamente com base em subsídios
recebidos dos assessores legais, sendo ajustadas ao valor do depósito de execução quando este é exigido.
Provisões para Riscos Cíveis - constituídas no momento da notificação judicial e ajustadas mensalmente pelo
valor indenizatório pretendido, nas provas apresentadas e na avaliação de assessores legais que considera
jurisprudência, subsídios fáticos levantados, provas produzidas nos autos e decisões judiciais que vierem a ser
proferidas na ação, quanto ao grau de risco de perda da ação judicial.
Provisões para Riscos Fiscais e Previdenciários - referem-se, basicamente, a exigíveis relativos a tributos cuja
legalidade ou constitucionalidade é objeto de contestação administrativa ou judicial, cuja probabilidade de
perda é considerada provável e que estão constituídas pelo valor integral em discussão. Para causas que têm os
respectivos depósitos em garantia, os valores envolvidos não se encontram atualizados, exceto no momento da
expedição do alvará de levantamento, em razão da ação julgada favorável.
Os passivos contingentes avaliados como perdas possíveis são divulgados, e aqueles não mensuráveis com
suficiente segurança, bem como de perdas remotas, não são provisionados e/ou divulgados;
(iii) Obrigações Legais, Fiscais e Previdenciárias - são registradas como exigíveis independentemente da
avaliação quanto a probabilidade de perda.
(k) Outros Ativos e Passivos Circulantes e a Longo Prazo
São demonstrados pelos valores de realização e/ou exigibilidade, incluindo os rendimentos e encargos
incorridos até a data do balanço, calculados pro rata dia e, quando aplicável, o efeito dos ajustes para reduzir o
custo de ativos ao seu valor de mercado ou de realização. Os saldos realizáveis e exigíveis em até doze meses
são classificados no ativo e passivo circulante, respectivamente.
(l) Imposto de Renda e Contribuição Social
São computados pela aplicação das alíquotas vigentes de 15% para Contribuição Social (9% para empresas não
financeiras) e de 15% (mais adicional de 10% conforme a legislação) para Imposto de Renda sobre o lucro
tributável apurado no período, ajustado por diferenças permanentes. O imposto de renda e a contribuição
social diferidos foram calculados com base nas alíquotas vigentes na data das demonstrações financeiras
intermediárias, sobre as diferenças temporárias, e registrados na rubrica Outros Créditos, em contrapartida do
Resultado do Período. A realização destes créditos tributários ocorrerá quando da realização das diferenças
temporárias e respectivas provisões constituídas.
(m) Obrigações com Benefícios de Longo Prazo Pós-Emprego a Empregados
Obrigações de Aposentadoria - o Banrisul é patrocinador da FBSS - Fundação Banrisul de Seguridade Social e
da Cabergs – Caixa de Assistência dos Empregados do Banco do Estado do Rio Grande do Sul que,
respectivamente, asseguram a complementação dos benefícios de aposentadoria e assistência médica a seus
funcionários.
(i) Planos de Previdência - o Banrisul é patrocinador de planos dos tipos “benefício definido” e de
“contribuição variável”.
Um plano de benefício definido é diferente de um plano de contribuição definida. Em geral, os planos de
benefício definido estabelecem um valor de benefício de aposentadoria que um empregado receberá em sua
| 41
aposentadoria, normalmente dependente de um ou mais fatores, como idade, tempo de serviço e
remuneração.
O passivo reconhecido no balanço patrimonial com relação aos planos de pensão de benefício definido é o
valor presente da obrigação de benefício definido na data do balanço, menos o valor justo dos ativos do plano.
A obrigação de benefício definido é calculada anualmente por atuários independentes, usando o método da
unidade de crédito projetada. O valor presente da obrigação de benefício definido é determinado mediante o
desconto das saídas futuras estimadas de caixa, usando taxas de juros condizentes com os rendimentos de
mercado, as quais são denominadas na moeda em que os benefícios serão pagos e que tenham prazos de
vencimento próximos daqueles da respectiva obrigação do plano de pensão.
A avaliação atuarial é elaborada com base em premissas e projeções de taxas de juros, inflação, aumentos dos
benefícios, expectativa de vida, efeito de qualquer limite sobre a parcela do empregador no custo dos
benefícios futuros, contribuições de empregados ou de terceiros que reduzam o custo final desses benefícios
para a entidade, etc. A avaliação atuarial e suas premissas e projeções são atualizadas em bases anuais, ao final
de cada exercício. Os ganhos e perdas atuariais decorrentes de ajuste pela experiência e nas mudanças das
premissas atuariais são registrados diretamente no patrimônio líquido, como outros resultados abrangentes,
quando ocorrerem.
O custeio dos benefícios concedidos pelos planos de benefícios definidos é estabelecido separadamente para
cada plano, utilizando o Método do Crédito Unitário Projetado. Os custos de serviços passados, quando
ocorrem, são reconhecidos imediatamente no resultado.
Os planos de contribuição variável abrangem benefícios com características de contribuição definida, que são a
aposentadoria normal, a aposentadoria antecipada e o auxílio funeral. Neste caso, o Banrisul não tem qualquer
obrigação adicional de pagamento depois que a contribuição é efetuada. As contribuições são reconhecidas
como despesa de benefícios a empregados, quando devidas. As contribuições feitas antecipadamente são
reconhecidas como um ativo na proporção em que um reembolso em dinheiro ou uma redução dos
pagamentos futuros estiver disponível. Além destes, há benefícios com características de benefício definido,
que são aposentadoria por invalidez, benefício proporcional, auxílio doença, abono anual, benefício mínimo e
pensão por morte.
(ii) Planos de Saúde - são benefícios assegurados pela Caixa de Assistência dos Empregados do Banco do
Estado do Rio Grande do Sul – (Cabergs), que oferecem benefícios de assistência médica em geral e cujo
custeio é estabelecido por meio de convênio de adesão.
O Banco oferece ainda benefício de assistência médica pós-aposentadoria a seus empregados. Os custos
esperados desses benefícios são acumulados durante o período de emprego, usando a mesma metodologia
contábil usada para os planos de pensão de benefício definido. Os ganhos e perdas atuariais decorrentes de
ajustes com base na experiência e mudanças das premissas atuariais são debitados ou creditados ao
patrimônio líquido, em outros componentes do resultado abrangente. Essas obrigações são avaliadas,
anualmente, por atuários independentes e qualificados.
Os ativos do plano não estão disponíveis aos credores do Banrisul e não podem ser pagos diretamente a ele. O
valor justo baseia-se em informações sobre preço de mercado e, no caso de títulos cotados, nas cotações
existentes no mercado. O valor de qualquer ativo de benefício definido reconhecido é limitado à soma de
qualquer custo de serviço passado ainda não reconhecido e ao valor presente de qualquer benefício
econômico disponível na forma de reduções nas contribuições patronais futuras ao plano.
(iii) Prêmio Aposentadoria - para os empregados que se aposentam, é concedido um prêmio aposentadoria,
proporcional à remuneração mensal fixa do funcionário, vigente na época da aposentadoria.
42 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
Adicionalmente, o resultado da avaliação atuarial pode gerar um ativo a ser reconhecido. Esse ativo é
registrado pela Instituição somente quando:
 ela controla um recurso, que é a capacidade de utilizar o excedente para gerar benefícios futuros;
 esse controle é o resultado de acontecimentos passados (contribuições pagas pela Instituição e serviço
prestado pelo funcionário); e
 estão disponíveis benefícios econômicos futuros para a Instituição na forma de redução em contribuições
futuras ou de restituição de dinheiro, seja diretamente para a Instituição, seja indiretamente para compensar a
insuficiência de outro plano de benefício pós-emprego (obedecida a legislação pertinente).
Os compromissos com esses três tipos de benefícios pós-emprego são avaliados e revisados anualmente por
atuários independentes e qualificados.
(n) Caixa e Equivalentes de Caixa
Para fins de demonstrações dos fluxos de caixa (conforme disposto na Resolução – CMN n° 3.604/08), caixa e
equivalentes de caixa correspondem aos saldos de disponibilidades e de aplicações interfinanceiras de liquidez
imediatamente conversíveis, ou com prazo de vencimento original igual ou inferior a 90 dias e que apresentem
risco insignificante de mudança em seu valor justo.
(o) Lucro por Ação
A Instituição efetua os cálculos do lucro por lote de mil ações, utilizando o número médio ponderado de ações
ordinárias e preferenciais totais em circulação, durante o período correspondente ao resultado.
A divulgação do lucro por ação é efetuada de acordo com os critérios definidos na Deliberação CVM n° 636/10.
(p) Outros Valores e Bens
Compostos basicamente por Bens Não Destinados a Uso, correspondentes a imóveis disponíveis para venda,
próprios desativados e recebidos em dação de pagamento, os quais são ajustados a valor de mercado por meio
da constituição de provisão, de acordo com as normas vigentes; e Despesas Antecipadas, correspondentes a
aplicações de recursos cujos benefícios decorrentes ocorrerão em exercícios futuros, compostos basicamente
por custo de originação de crédito - correspondentes bancários.
O Banrisul, a partir do exercício de 2015, opta pela adoção da alteração ocorrida na Resolução n° 4.294/13 do
Bacen, que regulamenta a forma de pagamento da remuneração sobre a contratação de correspondentes no
País e a Circular n° 3.738/14 do Bacen que estabelece procedimentos para a contabilização da remuneração de
correspondentes no País conforme Art. 1° descritos nos parágrafos a seguir:
§ 1° Fica facultado o registro no Ativo: (i) de até dois terços da remuneração referente a originação ocorrida no
ano de 2015, devendo a parcela restante ser contabilizada como despesa do período; e (ii) de até um terço da
despesa referente a originação ocorrida no ano de 2016, devendo a parcela restante ser contabilizada como
despesa do período.
§ 2° A partir de 1° de janeiro de 2017, a remuneração deve ser reconhecida integralmente como despesa.
§ 3° Os valores registrados no ativo com base na faculdade prevista no § 1° devem ser integralmente
amortizados, de forma linear, no prazo máximo de 36 meses, contados a partir de seu registro no ativo, ou
imediatamente, quando da liquidação ou da baixa da operação por qualquer motivo.
§ 4° A partir de 1° de janeiro de 2020, todos os valores eventualmente registrados no ativo, relativos a
remuneração de correspondentes no País, devem ser imediatamente baixados, tendo como contrapartida a
adequada conta de despesa do período, sendo vedado qualquer registro adicional ou a manutenção de valores
dessa natureza no ativo.
| 43
Os efeitos dessa opção estão registrados nas Notas 09 e 19.
NOTA 04 - APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ
2015
-
Banrisul
2014
879.999
Banrisul Consolidado
2015
2014
20.222
898.295
Aplicações no Mercado Aberto
Revendas a Liquidar - Posição Bancada
Notas do Tesouro Nacional - NTN
879.999
879.999
Certificados de Depósito Bancário
379
Outros
19.843
18.296
Aplicações em Depósitos Interfinanceiros
6.422
91.503
6.422
91.503
Aplicações em Depósitos Interfinanceiros (1)
6.422
91.503
6.422
91.503
Total
6.422
971.502
26.644
989.798
(1) Em 31 de março de 2015 e 2014, o Banrisul não possui Aplicações em Depósitos Interfinanceiros com prazo de vencimento superio r a noventa dias da data
da aplicação.
NOTA 05 - TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS
A Carteira de Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos tem a seguinte composição:
Títulos para Negociação
Títulos Disponíveis para Venda
Títulos Mantidos até o Vencimento
Instrumentos Financeiros Derivativos
Total
2015
2.823.021
641.118
14.582.984
1.059.360
19.106.483
Banrisul
2014
4.081.471
896.193
13.502.543
280.164
18.760.371
2015
3.090.114
643.594
14.589.544
1.059.360
19.382.612
Banrisul Consolidado
2014
4.102.892
1.022.018
13.506.468
280.164
18.911.542
O valor de mercado, apresentado nos quadros a seguir, foi apurado da seguinte forma: Títulos Públicos
Federais que possuem negociações ativas são apurados com base nos preços divulgados pela Anbima; Ações de
Companhias Abertas é utilizado o preço médio da última negociação do dia; Cotas de Fundo de Investimento
são atualizadas, diariamente, pelo respectivo valor da cota divulgada pelo Administrador; e para os títulos que
não possuem preços divulgados (principalmente CVS) o Banrisul adota técnica interna de precificação como
parâmetro para cálculo do valor de mercado.
(a) Títulos para Negociação
Composição da Carteira de Títulos para Negociação por tipo de papel e pelo valor de mercado:
Letras Financeiras do Tesouro - LFT
Cessão Fiduciária - LFT
Cotas de Fundo de Renda Fixa
Cotas de Fundo Referenciado
Outras Cotas de Fundos
Total
2015
2.807.299
15.722
2.823.021
Banrisul
2014
4.067.339
14.132
4.081.471
2015
2.807.299
15.722
263.431
292
3.370
3.090.114
Banrisul Consolidado
2014
4.067.339
14.132
19.243
2.178
4.102.892
Custo de
Aquisição Atualizado
267.093
15.722
2.237.858
570.577
3.091.250
4.101.448
Banrisul Consolidado
Valor de
Mercado
267.093
15.722
2.236.296
571.003
3.090.114
4.102.892
Composição por Prazo de Vencimento:
Vencimentos
Sem Vencimento
De 1 a 3 anos
De 3 a 5 anos
De 5 a 15 anos
Total em 2015
Total em 2014
44 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
Custo de
Aquisição Atualizado
15.722
2.237.858
570.577
2.824.157
4.080.027
Banrisul
Valor de
Mercado
15.722
2.236.296
571.003
2.823.021
4.081.471
De acordo com os normativos do Banco Central do Brasil, esses títulos foram classificados no Ativo Circulante e
avaliados pelo seu valor de mercado.
(b) Títulos Disponíveis para Venda
Composição da Carteira de Títulos Disponíveis para Venda por tipo de papel e pelo valor de mercado:
Letras Financeiras do Tesouro - LFT
Ações de Companhias Abertas
Certificados de Privatização
Cotas de Fundo de Renda Fixa
Cotas de Fundo Imobiliário
Outras Cotas de Fundos
Total
2015
609.144
11.131
20.749
94
641.118
Banrisul
2014
884.883
11.221
89
896.193
2015
609.144
12.038
7
20.749
1.562
94
643.594
Banrisul Consolidado
2014
884.883
12.317
6
123.058
1.665
89
1.022.018
Custo de
Aquisição Atualizado
46.035
609.257
655.292
1.032.686
Banrisul Consolidado
Valor de
Mercado
34.450
609.144
643.594
1.022.018
Composição por Prazo de Vencimento:
Vencimentos
Sem Vencimento
De 1 a 3 anos
Total em 2015
Total em 2014
Custo de
Aquisição Atualizado
42.710
609.257
651.967
906.267
Banrisul
Valor de
Mercado
31.974
609.144
641.118
896.193
Os efeitos decorrentes do ajuste a valor de mercado em 31 de março de 2015, no montante de R$10.849
(2014 – R$10.074), foram levados a conta específica do Patrimônio Líquido, deduzidos dos efeitos tributários
de R$4.340 (2014 – R$4.029), além de R$849, líquido dos efeitos tributários de R$340, referente a ajuste de
marcação a mercado de títulos de empresas controladas, lançados na rubrica Outros Créditos.
(c) Títulos Mantidos até o Vencimento
A composição da Carteira de Títulos Mantidos até o Vencimento por tipo de papel, demonstrada pelo seu valor
de custo acrescido dos rendimentos, é a seguinte:
Títulos Públicos Federais
Letras Financeiras do Tesouro - LFT
Títulos Públicos Federais - CVS
Certificados Recebíveis Imobiliários - CRI
Nota Promissória Comercial - NPC
Debêntures
Letras Financeiras
Outros
Total em 2015
Total em 2014
Custo de
Aquisição Atualizado
Banrisul
Valor de
Mercado
13.488.067
127.779
2.286
50.183
191.112
723.551
6
14.582.984
13.502.543
13.485.327
90.536
1.758
57.927
194.946
695.008
6
14.525.508
13.469.976
Banrisul Consolidado
Custo de
Valor de
Aquisição Atualizado
Mercado
13.494.627
127.779
2.286
50.183
191.112
723.551
6
14.589.544
13.506.468
13.491.887
90.536
1.758
57.927
194.946
695.008
6
14.532.068
13.473.901
Composição por Prazo de Vencimento:
Vencimentos
Até 3 meses
De 3 a 12 meses
De 1 a 3 anos
De 3 a 5 anos
De 5 a 15 anos
Acima de 15 anos
Total
2015
50.189
779.378
5.296.818
7.823.897
631.767
935
14.582.984
Banrisul
2014
6
1.577.199
563.267
11.224.498
136.457
1.116
13.502.543
2015
50.189
779.378
5.296.818
7.830.457
631.767
935
14.589.544
Banrisul Consolidado
2014
6
1.577.199
563.267
11.228.423
136.457
1.116
13.506.468
| 45
A Administração declara que dispõe de capacidade financeira para manter esses títulos até o vencimento.
(d) Instrumentos Financeiros Derivativos
O Banrisul participa de operações envolvendo instrumentos financeiros derivativos na modalidade swap,
registrados em contas patrimoniais e de compensação, que se destinam a atender necessidades próprias para
administrar sua exposição global.
A utilização dos instrumentos financeiros derivativos tem por objetivo, predominantemente, de mitigar os
riscos decorrentes das oscilações cambiais da operação de captação externa efetuada pelo Banrisul, citada na
Nota 14, que resultam na conversão dessas taxas para a variação da taxa CDI.
Com esse objetivo, as operações com instrumentos derivativos na modalidade swap são de longo prazo,
acompanhando o fluxo e vencimento da captação externa, vencendo à medida que frações da captação
externa são protegidas por hedge natural.
As operações baseiam-se em contratos de balcão registrados na CETIP S/A – Mercados Organizados, e têm
como contrapartes instituições financeiras classificadas como de primeira linha.
O quadro a seguir demonstra a efetividade da estrutura de hedge accounting (hedge contábil) desenvolvida
pelo Banco, demonstrando o valor de curva, de mercado e ajuste a mercado do objeto (dívida subordinada) e
do instrumento de hedge (swaps):
Derivativos Usados como “Hedge” de Valor Justo
Instrumento de “Hedge”
Contratos de “Swap”
Moeda Estrangeira – Dólar
Objeto de “Hedge”
Dívida Subordinada (Nota 14)
Moeda Estrangeira – Dólar
Banrisul e Banrisul Consolidado
2015
2014
Ajuste a
Valor de
Mercado
Mercado
Valor Referencial
dos Contratos
Valor de
Curva
Valor de
Mercado
1.503.160
1.503.160
1.012.396
1.012.396
1.048.338
1.048.338
35.942
35.942
248.955
248.955
1.446.225
1.446.225
2.556.264
2.556.264
2.611.720
2.611.720
55.456
55.456
(1.800.740)
(1.800.740)
O quadro a seguir apresenta a composição dos instrumentos financeiros derivativos (ativos e passivos),
demonstrado pelo seu valor de curva e valor de mercado:
Swaps
Ativo
Moeda Estrangeira (USD) + 7,375% a.a.
Passivo
% do CDI
Ajuste Líquido em 2015
Ajuste Líquido em 2014
(1) Valores demonstrados líquidos do valor de referência.
Banrisul e Banrisul Consolidado
Ajustes ao Valor de
Valor de
Mercado no Resultado (1)
Mercado (1)
Valor de
Referência
Valor de Curva
a Receber/a Pagar (1)
1.503.160
1.053.956
35.985
1.089.941
1.503.160
(41.560)
1.012.396
(43)
35.942
(41.603)
1.048.338
234.882
14.073
248.955
O quadro a seguir apresenta as informações dos instrumentos financeiros derivativos segregados por prazo de
vencimento dos ajustes:
Banrisul e Banrisul Consolidado
Valor de
Referência
Swaps
Ativo
Moeda Estrangeira (USD) +7,375% a.a.
1.503.160
Passivo
% do CDI
1.503.160
Ajuste Líquido em 2015
Ajuste Líquido em 2014
(1) Valores demonstrados líquidos do valor de referência.
46 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
Valor de
Mercado (1)
De 3 a 12
meses
De 1 a 3 anos
De 3 a 5 anos
De 5 a 15 anos
1.089.941
74.742
134.240
116.783
764.176
(41.603)
1.048.338
248.955
(7.013)
67.729
15.332
(10.911)
123.329
29.414
(7.348)
109.435
26.420
(16.331)
747.845
177.789
O Banrisul ou as contrapartes estão sujeitas à prestação e a eventuais suplementações de garantias reais,
reciprocamente, caso os instrumentos financeiros derivativos superem os limites de valor de mercado
estipulados contratualmente.
A margem recebida em garantia das operações com instrumentos financeiros derivativos pelo Banrisul é
composta por títulos públicos federais, no montante de R$990.905 e por Depósitos Interfinanceiros, no valor
de R$203.484.
O Banco utiliza-se da estrutura de hedge accounting (hedge contábil) previstas nas normas do Banco Central do
Brasil e a efetividade esperada desde a designação dos instrumentos de proteção e no decorrer da operação
está em conformidade com o estabelecido pelo Banco Central do Brasil.
NOTA 06 - CRÉDITOS VINCULADOS
Banrisul e Banrisul Consolidado
Descrição
Forma de Remuneração
2015
2014
Depósitos Compulsórios - Bacen
6.189.772
6.163.729
Depósitos à Vista e Outros Recursos
Sem Remuneração
652.838
647.861
Exigibilidade Adicional
SELIC
2.279.588
1.907.963
Depósitos de Poupança
Poupança
1.514.392
1.429.691
Recursos a Prazo
SELIC
1.742.954
2.178.214
Créditos Vinculados ao SFH
769.977
738.474
Carteira Adquirida
Taxa Pré-fixada 14,07% a.a.
497.745
486.601
Carteira Adquirida
Taxa Referencial + Juros (1)
270.053
249.791
Carteira Própria
Taxa Referencial + Juros (1)
2.179
2.082
Correspondentes
Sem Remuneração
39.595
51.304
Convênios
SELIC
53
48
Total
6.999.397
6.953.555
(1) Refere-se a créditos junto ao FCVS atualizados de acordo com a remuneração dos recursos originários sendo TR + 6,17% para créditos o riundos de recursos
próprios e TR + 3,12% para créditos oriundos de recursos do FGTS.
Créditos Vinculados ao SFH - Carteira Adquirida - de outubro de 2002 a março de 2005, o Banrisul adquiriu do
Governo do Estado do Rio Grande do Sul, com cláusula de garantia de realização financeira para eventuais
contratos não performados, quando da conversão em CVS, créditos do Fundo de Compensação de Variações
Salariais (FCVS). Em 31 de março de 2015, os créditos estão avaliados pelo valor de custo e acrescidos dos
rendimentos incorridos até a data das demonstrações financeiras intermediárias, no valor de R$767.798
(2014 - R$736.392). O seu valor de face é de R$883.468 (2014 - R$873.798). Esses créditos serão convertidos
em títulos CVS conforme processos de homologação e novação, cujo processo encontra-se fora do prazo
inicialmente previsto pela Administração, sendo os montantes já vencidos apresentados separadamente e
atualizados por variação de TR mais juros. Apesar de não existir definição de prazo, os valores de mercado, no
momento da emissão dos títulos, poderão ser significativamente diferentes dos valores contábeis.
Créditos Vinculados ao SFH - Carteira Própria - referem-se a créditos com o FCVS originários de créditos
imobiliários, com recursos da carteira própria, já homologados pelo órgão gestor do FCVS.
| 47
NOTA 07 - OPERAÇÕES DE CRÉDITO, ARRENDAMENTO MERCANTIL E OUTROS CRÉDITOS COM CARACTERÍSTICA DE CRÉDITO
As tabelas a seguir compreendem os saldos de operações de crédito e da carteira de câmbio e de arrendamento mercantil.
(a) Composição por Tipo de Operação e Níveis de Risco:
Banrisul e Banrisul Consolidado
AA
2015
2014
1.997.160
10.648.006
3.611.802
1.403.511
805.373
319.563
247.355
122.632
894.301
20.049.703
18.519.450
329.819
1.105.562
1.293.600
229.598
43.503
11.175
6.241
8.243
24.283
3.052.024
2.384.714
Financiamentos Rurais e Agroindustriais
1.375.930
546.471
351.723
161.720
98.260
6.356
10.140
8.588
68.519
2.627.707
2.340.302
Financiamentos Imobiliários
1.887.663
841.990
419.548
94.041
35.763
5.887
7.545
3.890
46.538
3.342.865
2.734.517
42.237
17.213
1.274
1.103
970
72
-
-
276
63.145
79.011
-
86.754
-
-
-
-
-
-
-
86.754
82.955
5.632.809
13.245.996
5.677.947
1.889.973
983.869
343.053
271.281
143.353
1.033.917
29.222.198
26.140.949
6.178
17.808
28.845
8.888
6.029
254
649
691
5.190
74.532
79.460
68.896
164.641
300.346
65.137
44.687
2.530
-
19.191
26.163
691.591
663.382
161
4.292
10.671
5.884
11.587
4.089
-
490
32.262
69.436
33.765
-
960.960
-
-
-
-
8.272
-
-
969.232
334.678
5.708.044
14.393.697
6.017.809
1.969.882
1.046.172
349.926
280.202
163.725
1.097.532
31.026.989
27.252.234
1.365.947
1.135.055
32.392.936
28.387.289
Empréstimos e Títulos Descontados
Financiamentos
Créditos Vinculados a Cessão (1)
Financiamentos de Infraestrutura e Desenvolvimento
Subtotal de Operações de Crédito
Operações de Arrendamento Mercantil
Adiantamentos sobre Contratos de Câmbio
(2)
Outros Créditos (3)
Créditos Vinculados a Operações Adquiridas em Cessão
Total de Operações com Características de Crédito
A
B
C
D
E
F
G
H
Coobrigações e Riscos em Garantias Prestadas (4)
Total Geral em 2015
349.926
280.202
163.725
1.097.532
Total de Operações com Características de Crédito em 2014
3.922.680
11.162.875
5.556.838
3.862.700
1.045.919
531.464
(1) Créditos Vinculados a Cessão - referem-se ao contrato de cessão de créditos com coobrigação onde o Banco cedeu à CIBRASEC operações de crédito imobiliário.
(2) A conta Adiantamentos sobre Contratos de Câmbio está classificada como redutora de “Outras Obrigações - Carteira de Câmbio” (Nota 14).
(3) Outros Créditos - referem-se a créditos de securitização e a rendas a receber sobre contratos de câmbio e créditos decorrentes de contratos de exportação.
(4) Coobrigações e Riscos em Garantias Prestadas - contabilizados em contas de compensação.
338.894
101.781
729.083
48 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
5.708.044
14.393.697
6.017.809
1.969.882
1.046.172
27.252.234
(b) Composição dos Clientes por Faixa de Vencimento e Níveis de Risco:
Banrisul e Banrisul Consolidado
Operações em Curso Normal
AA
A
B
C
5.702.485
14.355.323
5.796.432
1.675.480
678.767
180.309
62.905
60.163
01 a 30 dias
316.270
818.982
534.287
151.108
62.206
13.661
4.105
31 a 60 dias
291.344
829.473
448.673
141.167
60.881
10.031
3.880
61 a 90 dias
526.039
773.767
447.615
161.111
61.751
12.725
91 a 180 dias
396.751
1.800.480
1.012.320
258.377
75.839
181 a 360 dias
845.575
2.284.654
962.363
298.929
97.562
Acima de 360 dias
3.326.506
7.847.967
2.391.174
664.788
Parcelas Vencidas
5.559
38.374
41.670
Até 14 dias
5.559
38.374
41.670
5.708.044
14.393.697
5.838.102
Parcelas Vincendas
Subtotal
D
E
F
G
H
2015
2014
318.668
28.830.532
25.276.580
2.161
8.155
1.910.935
1.752.480
4.318
10.421
1.800.188
1.714.622
19.173
3.952
23.513
2.029.646
1.787.177
19.575
4.587
16.028
34.388
3.618.345
3.331.773
32.571
8.062
5.466
23.025
4.558.207
3.979.340
320.528
91.746
23.098
28.238
219.166
14.913.211
12.711.188
13.710
14.647
5.660
1.431
682
1.847
123.580
90.603
13.710
14.647
5.660
1.431
682
1.847
123.580
90.603
1.689.190
693.414
185.969
64.336
60.845
320.515
28.954.112
25.367.183
Operações em Curso Anormal
Parcelas Vincendas
-
-
153.085
209.479
283.430
105.932
124.398
64.292
427.323
1.367.939
1.353.209
01 a 30 dias
-
-
6.422
10.032
9.757
4.682
6.818
2.528
16.231
56.470
53.101
31 a 60 dias
-
-
5.999
9.066
9.128
4.423
6.578
2.474
15.761
53.429
49.968
61 a 90 dias
-
-
5.471
8.681
8.752
4.328
6.202
2.254
15.130
50.818
49.956
91 a 180 dias
-
-
16.779
23.494
24.990
12.027
17.924
6.608
44.543
146.365
134.390
181 a 360 dias
-
-
25.293
39.060
47.047
19.454
30.577
11.448
77.363
250.242
229.778
Acima de 360 dias
-
-
93.121
119.146
183.756
61.018
56.299
38.980
258.295
810.615
836.016
Parcelas Vencidas
-
-
26.622
71.213
69.328
58.025
91.468
38.588
349.694
704.938
531.842
01 a 14 dias
-
-
321
3.865
3.494
1.839
1.894
1.318
6.590
19.321
16.295
15 a 30 dias
-
-
24.735
17.405
16.119
5.176
6.731
2.513
12.495
85.174
88.698
31 a 60 dias
-
-
1.566
48.648
17.446
9.434
9.396
4.962
25.218
116.670
83.348
61 a 90 dias
-
-
-
1.295
27.428
8.442
9.865
6.956
22.958
76.944
64.707
91 a 180 dias
-
-
-
-
4.841
20.941
23.749
21.012
113.758
184.301
138.410
181 a 360 dias
-
-
-
-
-
12.193
39.833
1.827
134.932
188.785
116.880
Acima de 360 dias
-
-
-
-
-
-
-
-
33.743
33.743
23.504
Subtotal
-
-
179.707
280.692
352.758
163.957
215.866
102.880
777.017
2.072.877
1.885.051
Total em 2015
5.708.044
14.393.697
6.017.809
1.969.882
1.046.172
349.926
280.202
163.725
1.097.532
31.026.989
Total em 2014
3.922.680
11.162.875
5.556.838
3.862.700
1.045.919
531.464
338.894
101.781
729.083
27.252.234
| 49
(c) Composição da Carteira por Setor de Atividade:
Banrisul e Banrisul Consolidado
2015
2014
Setor Público Municipal
Governo - Administração Direta e Indireta
98.075
95.205
Total Setor Público
98.075
95.205
Setor Privado
Rural
2.627.868
2.353.766
Indústria
5.806.400
4.724.406
Comércio
3.428.419
3.078.450
Serviços e Outros
3.753.756
3.454.304
Pessoa Física (1)
11.906.461
10.732.576
Habitação
3.406.010
2.813.527
Total Setor Privado
30.928.914
27.157.029
Total
31.026.989
27.252.234
(1) Do montante de R$1.142.991 (2014 - R$797.587) de operações de compra de carteira de crédito consignado, com coobrigação de outras instituições
financeiras, R$969.232 (2014 - R$334.678) referem-se a créditos vinculados a Operações Adquiridas em Cessão conforme Carta Circular n° 3.543/12 do Bacen e
R$173.759 (2014 – R$462.909) referem-se a Operações de Crédito com Coobrigação.
(i) Do montante total de créditos consignados adquiridos, o Banco é detentor de créditos no valor de
R$109.927 (2014 - R$177.836) a receber em 31 de março de 2015 junto aos devedores por intermédio do
Banco Cruzeiro do Sul - Em Liquidação Extrajudicial desde 14 de setembro de 2012. O Banco Cruzeiro do Sul –
Em Liquidação Extrajudicial vem repassando ao Banco as parcelas recebidas, identificadas e conciliadas das
operações de crédito consignado onde o Banco é detentor das operações junto ao devedor. Desde 14 de
setembro de 2012 o Banrisul recebeu R$312.913 do Banco Cruzeiro do Sul - Em Liquidação Extrajudicial por
conta destes contratos.
As operações que se encontram nesta condição no Banco estão sendo analisadas individualmente quanto ao
atraso no repasse dos recursos e estão provisionadas de acordo com a Resolução n° 2.682/99 do Conselho
Monetário Nacional.
A Administração do Banco acompanha atentamente a evolução da solvência desta carteira desde quando o
Banco Cruzeiro do Sul em atividade normal, após em Regime de Administração Especial Temporária – RAET, e
agora em Liquidação Extrajudicial, portanto não espera perdas na realização destes créditos.
(ii) O Banrisul também é detentor de créditos consignados no valor de R$66.126 (2014 – R$126.088) a receber
em 31 de março de 2015 junto aos devedores, na sua maioria aposentados pelo INSS, por intermédio do Banco
Rural S.A. – Em Liquidação Extrajudicial, cujo processo de liquidação extrajudicial foi decretado em 02 de
agosto de 2013 pelo Banco Central do Brasil. O Banco Rural S.A. – Em Liquidação Extrajudicial vem repassando
ao Banco as parcelas recebidas, identificadas e conciliadas dessas operações. O montante repassado desde o
processo de liquidação extrajudicial foi de R$132.834 por conta destes contratos.
As operações que se encontram nesta condição no Banco estão sendo analisadas individualmente quanto ao
atraso no repasse dos recursos, e estão provisionadas de acordo com a Resolução n° 2.682/99 do Conselho
Monetário Nacional.
(d) Concentração das Operações de Crédito:
Principal Devedor
10 Maiores Devedores Seguintes
20 Maiores Devedores Seguintes
50 Maiores Devedores Seguintes
100 Maiores Devedores Seguintes
50 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
Valor
681.337
1.654.225
1.226.953
1.833.057
2.077.897
2015
% da Carteira
2,20
5,33
3,95
5,91
6,70
Banrisul e Banrisul Consolidado
2014
Valor
% da Carteira
374.028
1,37
1.236.236
4,54
1.266.173
4,65
1.790.986
6,57
1.926.120
7,07
(e) Movimentação da Provisão para Perdas em Operações de Crédito, Arrendamento Mercantil e Outros
Créditos com Característica de Crédito:
A movimentação da Provisão para Perdas em Operações de Crédito, Arrendamento Mercantil e Outros
Créditos, exclusivamente com características de crédito, é a seguinte:
Saldo da Provisão para Perdas em Operações de Crédito em 1° de janeiro
Constituição Líquida do Período
Baixas para Contas de Compensação
Provisão para Perdas em Operações de Crédito por Níveis de Risco
Provisão sobre Operações de Crédito
Provisão sobre Operações de Arrendamento Mercantil
Provisão sobre Outros Créditos com Característica de Crédito (Nota 08)
Banrisul e Banrisul Consolidado
01/01 a 31/03/2015
01/01 a 31/03/2014
1.693.995
1.586.263
404.487
196.376
(237.503)
(187.394)
1.860.979
1.595.245
1.753.617
1.503.208
7.690
7.193
99.672
84.844
Em 31 de março de 2015 e 2014, não houve constituição da despesa com a provisão para Outros Créditos –
Títulos e Créditos a Receber sem característica de crédito, e no consolidado houve a constituição de R$133
(2014 – R$20).
(f) Composição da Provisão para Operações de Crédito, Arrendamento Mercantil e Outros Créditos com
Característica de Crédito por Níveis de Risco:
Níveis de Risco
AA
A
B
C
D
E
F
G
H
Total em 2015
Total em 2014
Carteira de Crédito
5.708.044
14.393.697
6.017.809
1.969.882
1.046.172
349.926
280.202
163.725
1.097.532
31.026.989
27.252.234
Provisionamento Mínimo Requerido
pela Resolução n° 2.682/99
0,00%
0,50%
1,00%
3,00%
10,00%
30,00%
50,00%
70,00%
100,00%
Provisão Mínima
Requerida
71.968
60.178
59.097
104.617
104.978
140.102
114.607
1.097.532
1.753.079
1.461.071
Banrisul e Banrisul Consolidado
Provisão Existente
Provisão Adicional
(Nota 03(f))
Total
14.394
86.362
12.036
72.214
29.548
88.645
20.923
125.540
11.002
115.980
15.085
155.187
4.912
119.519
1.097.532
107.900
1.860.979
1.595.245
134.174
As operações de crédito baixadas a prejuízo no período findo em 31 de março de 2015, mantidas pelo valor
atualizado até a data da respectiva baixa em conta de compensação, montavam R$237.503 (2014 - R$187.394).
As recuperações por recebimento das Operações de Crédito anteriormente baixadas como prejuízo foram
reconhecidas como Receitas de Operações de Créditos e atingiram R$72.920 (2014 - R$26.246) no período
findo em 31 de março de 2015, líquidas das perdas geradas nessas recuperações.
Conforme Resolução n° 2.682/99, do Conselho Monetário Nacional - CMN, as operações renegociadas no
período findo em 31 de março de 2015 montavam R$183.070 (2014 – R$118.943).
| 51
NOTA 08 - OUTROS CRÉDITOS
2015
947.647
918.625
22.192
(14.952)
21.782
128.480
35.954
90.185
2.341
Banrisul
2014
769.931
707.207
68.428
(19.859)
14.155
96.807
15.655
80.403
749
2.991.123
27.187
25.979
1.162.191
219.062
45.192
47.522
26.571
710.768
59.856
233.410
98.707
334.678
(142.440)
(84.844)
(57.596)
3.715.421
Banrisul Consolidado
2015
2014
947.647
769.931
918.625
707.207
22.192
68.428
(14.952)
(19.859)
21.782
14.155
129.840
104.122
500
90.185
80.403
37.314
22.470
2.341
749
1.537
3.164
1.537
3.164
69
46
69
46
5.009.715
3.441.339
19.094
27.638
7.131
30.194
1.249.757
1.166.506
220.948
230.619
64.661
53.028
91.329
47.523
2.735
26.571
1.643.874
1.129.022
86.065
60.105
296.161
233.410
358.728
102.045
969.232
334.678
(152.354)
(145.251)
(99.672)
(84.844)
(52.682)
(60.407)
5.936.454
4.173.351
Carteira de Câmbio
Câmbio Comprado a Liquidar
Direitos sobre Vendas de Câmbio
Adiantamentos em Moeda Nacional Recebidos
Rendas a Receber de Adiantamentos Concedidos
Rendas a Receber
Dividendos e Bonificações em Dinheiro a Receber
Serviços Prestados a Receber
Rendas a Receber MDR (Merchant Discount Rate)
Outros
Negociação e Intermediação de Valores
Negociação e Intermediação de Valores
Créditos Específicos
Créditos Específicos
Diversos
4.108.101
Adiantamentos a Empregados
18.678
Adiantamentos para Pagamentos por Nossa Conta
6.475
Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos (Nota 24 (b))
1.245.976
Devedores por Depósito em Garantia (Nota 15 (b))
208.589
Impostos e Contribuições a Compensar
52.450
Pagamentos a Ressarcir
91.248
Operações de Crédito Vinculadas a Cessão
2.735
Títulos e Créditos a Receber (1)
774.612
Superávit Planos de Benefícios (Nota 25)
85.686
Transações com Cartões de Crédito
296.161
Devedores Diversos - País
356.259
Créditos Vinculados a Operações Adquiridas em Cessão (Nota 07 (c))
969.232
(148.286)
Provisão para Outros Créditos
(99.672)
Com Característica de Crédito (Nota 07 (e))
(48.614)
Sem Característica de Crédito
5.035.942
Total de Outros Créditos
(1) Títulos e Créditos a Receber estão compostos principalmente por:
(a) Créditos de precatórios junto ao Tesouro Nacional. No primeiro trimestre de 2005, mantendo a política de recuperação de créditos, o Banrisul recebeu
como dação em pagamento, para quitação de empréstimos em atraso de empresas que pertenciam a um mesmo Grupo Econômico. O efetivo recebimento
destes títulos depende do desfecho de ação judicial entre o Grupo Econômico e a União, e a liberação de depósitos judiciais que vem sendo efetuados pela
União conforme fluxo de liquidação original dos precatórios. A Administração entende que não há necessidade de constituição de provisão para perda. Esses
títulos, em 31 de março de 2015, totalizavam R$115.337 (2014 - R$109.039) e são remunerados pela variação de índice de preços IPCA-E e juros.
(b) Outros Créditos sem Característica de Crédito, com o Setor Público Municipal, no valor de R$72.250 (2014 - R$74.749) relativos a direitos recebíveis
adquiridos do Governo do Estado do Rio Grande do Sul ou de entidades por ele controladas, com remuneração de 0,5% a 12,4% a.a. e indexados à TR e ao IGPM com vencimento até 2030.
(c) Cartões de Débitos e Adquirência - referem-se a direitos a receber dos usuários do Banricompras e emissões das bandeiras Visa, MasterCard e VerdeCard
utilizados na rede de adquirência. Em 31 de março de 2015 totalizava R$502.372 e no consolidado R$1.365.774.
NOTA 09 – OUTROS VALORES E BENS
Banrisul
Banrisul Consolidado
2015
2014
2015
2014
Outros Valores e Bens
74.024
59.698
74.120
59.805
Bens Não de Uso Próprio
71.612
57.598
71.700
57.687
Outros
2.412
2.100
2.420
2.118
Provisão para Desvalorização
(21.552)
(10.127)
(21.552)
(10.127)
Despesas Antecipadas
227.158
259.459
227.723
259.881
Custo de Originação de Crédito – Correspondentes Bancários (1)
205.372
230.670
205.372
230.670
Outros
21.786
28.789
22.351
29.211
Total
279.630
309.030
280.291
309.559
(1) Do montante de R$205.372, R$7.663 refere-se as operações contratadas a partir de 2015 conforme Circular n° 3.738/14 do Bacen.
52 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
NOTA 10 - PERMANENTE
(a) Investimentos
Banrisul
Banrisul Consolidado
2015
2014
2015
2014
Participações em Controladas e Coligadas no País
645.263
523.508
52.115
53.143
Participações em Controladas (Nota 02 (c))
593.148
470.365
Participações em Coligadas
14.681
15.709
14.681
15.709
Ágio na Aquisição de Investimentos (1)
37.434
37.434
37.434
37.434
Outros Investimentos
11.454
11.454
12.054
12.104
Provisão para Perdas
(4.785)
(4.785)
(4.891)
(4.892)
Total
651.932
530.177
59.278
60.355
(1) O ágio de R$37.434 representa o benefício econômico futuro decorrente da aquisição da Bem Promotora de Vendas e Serviços S.A. O valor da equivalência
patrimonial desse investimento em 31 de março de 2015 totalizava R$794 (2014 – R$2.193).
(b) Imobilizado
Imobilizado de Uso
Imóveis de Uso
Outras Imobilizações de Uso
Móveis e Equipamentos em Estoque
Instalações
Móveis e Equipamentos de Uso
Outros
Sistema de Comunicação
Sistema de Processamento de Dados
Sistema de Segurança
Sistema de Transportes
Total em 2015
Total em 2014
Imobilizado de Uso
Imóveis de Uso
Outras Imobilizações de Uso
Móveis e Equipamentos em Estoque
Imobilizações em Curso
Instalações
Móveis e Equipamentos de Uso
Outros
Sistema de Comunicação
Sistema de Processamento de Dados
Sistema de Segurança
Sistema de Transportes
Total em 2015
Total em 2014
Saldo Líquido
em 2015
19.104
Banrisul
Saldo Líquido
em 2014
19.960
Taxa
4%
Custo Original
114.470
Depreciação
Acumulada
(95.366)
10%
10%
7.950
154.528
94.145
(102.843)
(62.584)
7.950
51.685
31.561
23.207
35.194
28.079
10%
20%
10%
20%
4.963
281.763
11.870
3.404
673.093
659.294
(3.818)
(225.993)
(7.984)
(2.650)
(501.238)
(496.959)
1.145
55.770
3.886
754
171.855
362
50.912
3.427
1.194
Taxa
4%
Custo Original
126.125
Depreciação
Acumulada
(100.564)
Saldo Líquido
em 2015
25.561
Banrisul Consolidado
Saldo Líquido
em 2014
26.489
10%
10%
7.950
752
161.603
99.647
(105.028)
(65.427)
7.950
752
56.575
34.220
23.207
541
38.950
30.722
10%
20%
10%
20%
8.492
282.783
11.870
6.166
705.388
684.165
(4.415)
(226.637)
(7.984)
(3.487)
(513.542)
(507.848)
4.077
56.146
3.886
2.679
191.846
370
51.209
3.427
1.402
162.335
176.317
(c) Intangível
Saldo
Líquido
em 2015
Banrisul
Saldo
Líquido
em 2014
Banrisul Consolidado
Saldo
Saldo
Líquido
Líquido
em 2015
em 2014
Custo
Amortização
Ativos Intangíveis
Taxa
Original
Acumulada
Direitos por Aquisição de Folhas de Pagamento (1)
Setor Público
20%
65.604
(65.379)
225
10.588
225
10.588
Setor Privado
20%
23.312
(21.783)
1.529
5.359
1.529
5.359
Aquisição de Software
20%
58.520
(43.787)
14.733
12.425
15.150
12.425
Outros
1.718
(668)
1.050
1.061
1.849
2.256
Total em 2015
149.154
(131.617)
17.537
18.753
Total em 2014
142.519
(113.086)
29.433
30.628
(1) Referem-se aos contratos firmados com o setor público e com entidades do setor privado, para garantir exclusividade na manutenção dos serviços
bancários de processamento de créditos de folha de pagamento e de prioridade no canal de consignação de empréstimos para os respectivos funcionários,
bem como a manutenção da carteira de cobrança, de serviços de pagamento aos seus fornecedores e outros serviços bancários. Esses contratos possuem
vigência por cinco anos, sendo amortizados pelo prazo contratual decorrido. Não foram identificadas perdas no valor recuperável destes ativos.
| 53
NOTA 11 - DEPÓSITOS, CAPTAÇÕES NO MERCADO ABERTO E RECURSOS DE ACEITES E
EMISSÃO DE TÍTULOS
Banrisul
Depósitos
À Vista (1)
Poupança (1)
Interfinanceiros
A Prazo (2)
Total
Captação no Mercado Aberto
Carteira Própria (3)
Total
Sem
Vencimento
Até
3 meses
De 3 a
12 meses
Acima de
12 meses
2015
2014
2.672.436
7.728.974
5.552
10.406.962
230.252
1.621.730
1.851.982
331.443
2.688.052
3.019.495
323.051
19.258.230
19.581.281
2.672.436
7.728.974
884.746
23.573.564
34.859.720
2.799.232
7.211.775
386.061
20.533.172
30.930.240
-
4.832.986
4.832.986
-
-
4.832.986
4.832.986
7.337.343
7.337.343
-
137.352
137.352
1.255.002
1.255.002
1.425.316
1.425.316
2.817.670
2.817.670
2.732.890
2.732.890
Sem
Vencimento
Até
3 meses
De 3 a
12 meses
Acima de
12 meses
Recursos de Aceites e Emissão de Títulos
Recursos de Letras Imobiliárias, Hipotecárias, de Crédito e
Similares (4)
Total
Banrisul Consolidado
2015
2014
Depósitos
À Vista (1)
2.669.795
2.669.795
2.788.778
Poupança (1)
7.728.974
7.728.974
7.211.775
Interfinanceiros
230.252
331.443
323.051
884.746
386.061
A Prazo (2)
5.552
1.621.730
2.526.073
19.258.230
23.411.585
20.383.706
Total
10.404.321
1.851.982
2.857.516
19.581.281
34.695.100
30.770.320
Captação no Mercado Aberto
Carteira Própria (3)
4.763.323
4.763.323
7.266.753
Total
4.763.323
4.763.323
7.266.753
Recursos de Aceites e Emissão de Títulos
Recursos de Letras Imobiliárias, Hipotecárias, de Crédito e
Similares (4)
137.352
1.255.002
1.425.316
2.817.670
2.732.890
Total
137.352
1.255.002
1.425.316
2.817.670
2.732.890
(1) Classificados como sem vencimento, pois não existe data de vencimento contratual.
(2) Considera os prazos estabelecidos nas aplicações.
As captações em depósitos a prazo são realizadas com pessoas físicas ou jurídicas, nas modalidades de encargos pós ou pré-fixados, os quais correspondem a
94,34% e 5,66% do total da carteira, respectivamente. A taxa média de captação para os depósitos pós-fixados corresponde a 81,08% (2014 – 72,69%) da
variação do CDI, e para os pré-fixados 8,89% (2014 – 7,58%) ao ano.
(3) As captações por meio de operações compromissadas - carteira própria - no mercado aberto, realizadas com instituições financeiras, têm taxa média de
captação de 100% da variação do CDI.
(4) Do montante de R$2.817.670 (2014 – R$2.732.890), R$1.631.559 (2014 – R$1.814.004) refere-se à emissão de Letras Financeiras ocorrida em 01, 02 e 05 de
agosto de 2013, realizada em 3 séries, com vencimentos finais em 2, 3 e 4 anos respectivamente, contados da data da emissão. O percentual da taxa foi
indexado ao DI, limitado à taxa de até 108%, 109% e 110% da variação acumulada da Taxa DI. Os Juros Remuneratórios das Letras Financeiras serão pagos
semestralmente.
NOTA 12 - OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS
No Exterior - são representadas por recursos captados de bancos no exterior para aplicação em operações
comerciais de câmbio incorrendo à variação cambial das respectivas moedas, acrescida de juros a taxas entre
0,62% a 3,82% (2014 – 0,90% a 3,37%) ao ano, com vencimento máximo em até 1.501 dias (2014 – 360 dias), e
apresenta saldo de R$1.695.319 (2014 – R$1.199.555).
NOTA 13 - OBRIGAÇÕES POR REPASSES
Até 90 dias
De 91 a 360 dias
De 1 a 3 anos
De 3 a 5 anos
Acima de 5 anos
Total
Repasses do País - Instituições Oficiais
2015
2014
215.870
175.828
524.988
423.749
868.969
731.960
524.825
447.171
626.283
567.868
2.760.935
2.346.576
Repasses do Exterior
2015
2014
1.520
5.394
13.364
20.278
-
Banrisul e Banrisul Consolidado
Total
2015
2014
217.390
175.828
530.382
423.749
882.333
731.960
524.825
447.171
626.283
567.868
2.781.213
2.346.576
Os recursos internos para repasses representam, basicamente, captações de Instituições Oficiais (BNDES,
FINAME, Caixa Econômica Federal e FINEP). Essas obrigações têm vencimentos mensais até janeiro de 2030,
54 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
com incidência de encargos financeiros nas operações pós-fixadas de 0,40% a 8,00% (2014 – 0,40% a 8,61%) ao
ano, além das variações dos indexadores (TJLP, URTJ-01, Dólar, Cesta de Moedas, UPRD e SELIC), e nas
obrigações pré-fixadas até 11,00% (2014 – 11,00%) ao ano. Os recursos são repassados aos clientes nos
mesmos prazos e taxas de captação, acrescidas de comissão de intermediação. Como garantia desses recursos,
foram repassadas as garantias recebidas nas operações de crédito correspondentes.
NOTA 14 - OUTRAS OBRIGAÇÕES
Banrisul
Banrisul Consolidado
2015
2014
2015
2014
147.184
147.184
Cobrança e Arrecadação de Tributos e Assemelhados
165.882
165.882
146.919
146.919
Recebimento de Tributos Federais
165.617
165.617
265
265
Outros
265
265
40.774
40.774
Carteira de Câmbio
110.056
110.056
22.176
22.176
Câmbio Vendido a Liquidar
68.098
68.098
(4.655)
(4.655)
Importação Financiada Câmbio Contratado
(2.044)
(2.044)
714.844
714.844
Obrigações por Compras de Câmbio
707.384
707.384
(691.591)
(691.591)
Adiantamentos sobre Contratos de Câmbio (Nota 07 (a))
(663.382)
(663.382)
34.962
35.015
Sociais e Estatutárias
92.990
93.038
12.805
12.858
Dividendos e Bonificações a Pagar
70.181
70.229
22.157
22.157
Gratificações e Participações a Pagar
22.809
22.809
680.463
709.577
Fiscais e Previdenciárias
605.242
628.401
71.763
79.020
Impostos e Contribuições a Recolher
84.311
89.407
91.166
112.894
Imposto de Renda e Contribuições sobre o Lucro
34.104
50.476
50.978
51.107
Provisão para Impostos e Contribuições Diferidos (Nota 24 (b))
39.391
39.505
466.556
466.556
Provisão para Riscos Fiscais (Nota 15 (b))
447.436
449.013
1.407
Negociação e Intermediação de Valores
2.767
1.407
Negociação e Intermediação de Valores
2.767
1.605.061
1.605.061
Fundos Financeiros e de Desenvolvimento
1.506.340
1.506.340
1.492.397
1.492.397
Obrigações para Fundos Financeiros e de Desenvolvimento (Nota 23(a))
1.394.914
1.394.914
112.664
112.664
Outros
111.426
111.426
2.672.163
2.672.163
Dívidas Subordinadas (1)
1.848.317
1.848.317
2.611.720
2.611.720
Dívidas Subordinadas Marcação a Mercado (Nota 05)
1.800.740
1.800.740
60.443
60.443
Ágio/Deságio e Encargos a Incorporar
47.577
47.577
2.230.510
3.054.417
Diversas
2.362.230
2.736.898
119.662
119.920
Credores por Recursos a Liberar
111.356
111.584
56.624
56.624
Obrigações por Operações Vinculadas a Cessão
71.242
71.242
5.062
5.171
Obrigações por Aquisição de Bens e Direitos
4.241
4.355
70.244
70.244
Obrigações por Convênios Oficiais
204
204
505.445
1.195.562
Obrigações de Lojistas a Pagar Adquirência
490.354
749.559
270.936
258.021
Provisões para Férias e Outros Encargos
292.082
279.956
67.643
67.643
Parcelamento do Déficit Atuarial da Fundação Banrisul (Nota 25)
68.204
68.204
232.939
241.129
Provisões para Ações Trabalhistas (Nota 15 (b))
186.180
193.427
134.134
134.134
Multas Câmbio Bacen (Nota 15(b))
129.229
129.229
7.089
7.089
Provisão para Outros Riscos Fiscais (Nota 15 (b))
15.792
15.827
1.904
1.904
Provisão para Perdas de Securitização (2)
3.218
3.218
129.261
129.641
Provisão Benefício Pós-Emprego
427.564
429.826
97.094
97.921
Provisão para Riscos Cíveis (Nota 15 (b))
95.193
95.475
13.887
13.887
Provisão Proveniente da Companhia União de Seguros Gerais (GESB)
9.796
9.796
5.446
5.446
Recursos de FGTS para Amortizações
4.930
4.930
117.123
250.287
Credores Diversos - País
89.669
204.149
248.849
248.849
Transações com Cartões a Pagar
198.528
198.528
147.168
150.945
Outros
164.448
167.389
7.411.117
8.265.598
Total de Outras Obrigações
6.691.057
7.091.699
(1) Dívidas Subordinadas – o Banrisul concluiu o processo de emissão de títulos de dívidas subordinadas no exterior, conforme descrito a seguir:
(a) Em 26 de janeiro de 2012, com volume total captado de US$ 500 milhões (500 milhões de dólares norte-americanos). A liquidação financeira da operação
foi efetivada em 02 de fevereiro de 2012 e tem prazo de 10 anos, com vencimento em 02 de fevereiro de 2022.
O cupom de juros pactuados é de 7,375% a.a., pagáveis semestralmente a partir da data da efetivação. O preço de emissão correspondeu a 99,131% do valor
de face dos títulos vendidos, o que resulta em uma taxa de juros efetiva de 7,50% a.a.
(b) Em 26 de novembro de 2012, com volume total captado de US$ 275 milhões (275 milhões de dólares norte-americanos). A liquidação financeira da
operação foi efetivada em 03 de dezembro de 2012, com vencimento em 02 de fevereiro de 2022.
O cupom de juros pactuados é de 7,375% a.a., pagáveis semestralmente a partir da data da efetivação. O preço de emissão correspondeu a 109,943% do valor
de face dos títulos vendidos, o que resulta em uma taxa de juros efetiva de 5,95% a.a. Essa captação, até junho de 2013, foi avaliada ao custo amortizado.
Conforme descrito na Nota 03 (c), os derivativos contratados para proteção do risco de variação de moeda estrangeira e taxas de juros, oriunda da emissão
dessa dívida, foram designados como hedge de risco de mercado.
(2) A Administração do Banrisul mantém provisão relativa a coobrigações de créditos securitizados junto ao Tesouro Nacional que monta R$10.282 (2014 R$12.216), controladas em conta de compensação, sendo de responsabilidade de mutuários do setor rural.
| 55
NOTA 15 - PROVISÕES, ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES
O Banrisul e suas controladas, na execução de suas atividades normais, são parte em processos judiciais e
administrativos de natureza tributária, trabalhista e cível.
As provisões foram constituídas tendo como base a opinião de assessores legais, através da utilização de
modelos e critérios que permitam a sua mensuração, apesar da incerteza inerente ao seu prazo e ao desfecho
de causa. O Banrisul provisiona integralmente o valor das ações cuja avaliação é classificada como provável.
A Administração entende que as provisões constituídas são suficientes para atender eventuais perdas
decorrentes de processos judiciais.
(a) Ativos Contingentes
Em 31 de março de 2015 e 2014, não foram reconhecidos contabilmente ativos contingentes e não existem
processos em curso com ganhos prováveis.
(b) Movimentação das Provisões
Banrisul
Total
894.689
51.746
(913)
(7.710)
937.812
208.589
Saldo Inicial em 31/12/2014
Constituição e Atualização Monetária
Reversão da Provisão
Baixas por Pagamento
Saldo Final em 31/03/2015
Depósitos em Garantia (Nota 08)
Fiscais
469.074
4.943
(372)
473.645
10.802
Trabalhistas
195.114
43.426
(5.601)
232.939
105.787
Cíveis
97.635
2.109
(541)
(2.109)
97.094
92.000
Outros
132.866
1.268
134.134
-
Saldo Inicial em 31/12/2014
Constituição e Atualização Monetária
Reversão da Provisão
Baixas por Pagamento
Saldo Final em 31/03/2015
Depósitos em Garantia (Nota 08)
Fiscais
469.074
4.943
(372)
473.645
12.418
Trabalhistas
202.520
44.299
(66)
(5.624)
241.129
111.103
Cíveis
98.020
2.556
(543)
(2.112)
97.921
97.427
Banrisul Consolidado
Outros
Total
132.866
902.480
1.268
53.066
(981)
(7.736)
134.134
946.829
220.948
Provisões Fiscais
(i) Provisões de contingências fiscais referem-se basicamente a exigíveis relativos a tributos cuja legalidade ou
constitucionalidade é objeto de contestação administrativa ou judicial e a probabilidade de perda é
considerada provável, e são constituídas pelo valor integral em discussão. Para causas que dispõem dos
respectivos depósitos em garantia, os valores envolvidos não se encontram atualizados. No momento da
expedição do alvará de levantamento, em razão da ação julgada favorável, os valores são atualizados e
resgatados.
A principal causa de natureza fiscal refere-se ao imposto de renda e contribuição social sobre a dedução da
despesa oriunda da quitação do déficit atuarial na Fundação Banrisul de Seguridade Social, questionada pela
Secretaria da Receita Federal para o período de 1998 a 2005, no montante de R$466.556 (2014 - R$447.436). O
Banrisul, por meio de seus assessores jurídicos, vem discutindo judicialmente o assunto, e registrou provisão
para contingências no valor estimado da perda.
(ii) Notificação fiscal de débito junto ao FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação referente
salário-educação classificada como provável pelos nossos assessores e com provisão no montante de R$6.749
(2014 - R$15.247) e no Consolidado R$6.749 (2014 – R$15.247).
56 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
Existem ainda contingências fiscais que, de acordo com a sua natureza, são consideradas como de perda
possível, no montante de R$59.529 (2014 - R$50.643) e no Consolidado R$99.227 (2014 - R$90.496). De acordo
com as práticas contábeis não foi registrada provisão para contingências.
Provisões Trabalhistas
Decorrem de processos, na área trabalhista, geralmente ajuizados por empregados, ex-empregados,
empregados de empresas terceirizadas, Associações, Sindicatos e Ministério Público tendo como objeto a
suposta violação de direitos trabalhistas.
Registra-se a provisão constituída para as ações trabalhistas ajuizadas contra o Banrisul, na ocasião da
notificação judicial, cujo risco de perda do pedido é considerado provável. O valor da provisão é apurado de
acordo com a estimativa de desembolso feita por nossa Administração, revisada periodicamente com base em
subsídios recebidos de nossos assessores legais, sendo ajustadas ao valor do depósito de execução quando
estes são exigidos. Da provisão mencionada, está depositado judicialmente o montante de R$77.500 (2014 R$114.987) e no Consolidado R$81.948 (2014 - R$118.889). Adicionalmente, o valor de R$28.287 (2014 R$26.373) e no Consolidado R$29.155 (2014 - R$27.375) foi exigido para os recursos processuais.
Existem ainda contingências trabalhistas que são consideradas como de perda possível, no montante de
R$946.709 (2014 – R$532.151) e no consolidado R$956.143 (2014 – R$541.007), que de acordo com a natureza
destes processos refere-se principalmente a pedidos de horas extras, reintegração e equiparação salarial. De
acordo com as práticas contábeis não foi registrada provisão para contingências.
Provisões Cíveis
Ações de caráter indenizatório referem-se à indenização por dano material e/ou moral, referentes à relação de
consumo, versando, principalmente, sobre questões atinentes a cartões de crédito, crédito direto ao
consumidor, contas correntes, cobrança e empréstimos.
Registram a provisão constituída, no momento do recebimento da citação inicial, e são ajustadas
mensalmente, pelo valor indenizatório pretendido, nas provas apresentadas e na avaliação de assessores
jurídicos, a qual leva em conta a jurisprudência, subsídios fáticos levantados, provas produzidas nos autos e as
decisões judiciais que vierem a ser proferidas na ação, quanto ao grau de risco de perda da ação judicial. Da
provisão mencionada, está depositado judicialmente o montante de R$92.000 (2014 - R$73.854) e no
Consolidado R$97.427 (2014 - R$78.929).
Existem ainda R$1.445.584 (2014 – R$1.268.187) e no Consolidado R$1.449.460 (2014 – R$1.272.870) relativos
a processos movidos por terceiros contra a Instituição, cuja natureza destes processos refere-se principalmente
a cadernetas de poupança, danos morais, repetição do indébito e financiamento imobiliário, que a assessoria
jurídica classifica como de perdas possíveis e, portanto, não foram provisionados.
Outros
Em 29 de setembro de 2000, o Banrisul recebeu autuação imposta pelo Banco Central do Brasil em conexão
com processos administrativos abertos por aquela Autoridade Monetária, relativamente a supostas
irregularidades cometidas em operações de câmbio entre 1987 e 1989. Em deliberação administrativa de
segunda instância, foi determinado ao Banrisul o pagamento de multa equivalente a 100% do valor das
operações supostamente irregulares, decisão essa que está sendo contestada judicialmente por sua
Administração, que de forma preventiva e atendendo aos requisitos do Bacen, decidiu pela constituição de
provisão para possíveis perdas no montante de R$134.134 (2014 - R$129.229).
| 57
NOTA 16 - RECEITAS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
Administração de Fundos
Rendas de Cobrança e de Serviços de Custódia
Rendas de Garantias Prestadas
Rendas de Taxas de Administração de Consórcios
Rendas de Corretagens de Operações
Serviços de Administração Convênio Banricard
Serviços de Administração Rede de Adquirência Vero
Outras Receitas de Serviços
Total
01/01 a
31/03/2015
21.421
14.110
1.620
37.151
Banrisul
01/01 a
31/03/2014
18.566
12.935
763
32.264
01/01 a
31/03/2015
21.421
14.110
1.620
9.177
412
1.559
6.572
3.939
58.810
Banrisul Consolidado
01/01 a
31/03/2014
18.566
12.935
763
8.193
361
1.534
5.381
3.270
51.003
01/01 a
31/03/2015
3.679
9.490
40.455
3.282
93.076
6.681
1.732
1.219
2.142
9.321
171.077
85.912
85.165
Banrisul
01/01 a
31/03/2014
3.567
8.830
34.434
3.113
85.771
5.098
1.677
1.302
1.896
5.793
151.481
80.723
70.758
01/01 a
31/03/2015
85.223
9.782
3.679
9.490
40.455
3.282
93.076
6.681
1.732
1.219
2.142
9.321
266.082
87.213
178.869
Banrisul Consolidado
01/01 a
31/03/2014
57.726
8.320
3.567
8.830
34.434
3.113
85.771
5.098
1.677
1.302
1.896
5.790
217.524
81.383
136.141
NOTA 17 - RENDAS DE TARIFAS BANCÁRIAS
Rede de Adquirência Vero
Tarifas Voucher
Devolução de Cheques
Débitos em Conta
Serviços de Arrecadação
Transações com Cheques
Tarifas Bancárias de Contas Correntes
Cartão de Crédito
Tarifas de Saques
Tarifas de Uso da Agência Virtual
Tarifas de Fiança Bancária
Outras Receitas de Tarifas
Total
Pessoas Físicas
Pessoas Jurídicas
NOTA 18 - DESPESAS DE PESSOAL
Banrisul
Banrisul Consolidado
01/01 a
01/01 a
01/01 a
01/01 a
31/03/2015
31/03/2014
31/03/2015
31/03/2014
211.411
213.008
Remuneração Direta (1)
240.059
241.350
66.862
67.188
Benefícios
62.788
63.140
102.232
102.698
Encargos Sociais (1)
101.180
101.515
914
917
Treinamentos
1.800
1.833
381.419
383.811
Total
405.827
407.838
(1) Nas despesas de Remuneração Direta e Encargos Sociais está incluído, em 2014, o montante de R$64.104, referente aos incentivos concedidos e
provisionados no âmbito do PAI – Programa de Aposentadoria Incentivada com os respectivos encargos.
NOTA 19 - OUTRAS DESPESAS ADMINISTRATIVAS
Banrisul
Banrisul Consolidado
01/01 a
01/01 a
01/01 a
01/01 a
31/03/2015
31/03/2014
31/03/2015
31/03/2014
44.311
54.343
Processamento de Dados e Telecomunicações
48.069
56.161
34.319
34.319
Vigilância, Segurança e Transporte de Valores
34.093
34.093
14.524
15.199
Amortização e Depreciação
16.321
16.628
23.985
23.990
Aluguéis e Condomínios
21.618
21.455
4.236
5.250
Materiais
3.718
3.748
124.043
155.268
Serviços de Terceiros (1)
89.403
106.074
13.071
13.242
Propaganda, Promoções e Publicidade (2)
20.360
20.586
9.223
9.254
Manutenção e Conservação
9.055
9.206
7.065
7.174
Água, Energia e Gás
5.864
5.956
7.170
7.173
Serviços do Sistema Financeiro
7.369
7.377
10.245
10.694
Outras
9.725
10.870
292.192
335.906
Total
265.595
292.154
(1) Do montante de R$124.043, R$61.721 (2014 – R$40.245) são provenientes de despesas dos serviços com originação de crédito consignado através do canal
Bem Promotora de Vendas e Serviços S.A., sendo deste valor R$4.550 referente as operações contratadas em 2015, já sob as regras emanadas na Resolução n°
4.294/13 e Circular n° 3.738/14 do Bacen.
(2) É composto principalmente por R$1.792 (2014 - R$11.773) de despesa com propaganda institucional e R$10.507 (2014 - R$6.539) de programa de
divulgação por meio de eventos e clubes esportivos.
58 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
NOTA 20 - OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS
Recuperação de Encargos e Despesas
Reversão de Provisões Operacionais para:
Trabalhistas
Cíveis
Fiscais
Outros
Perdas de Securitização
Tarifas Interbancárias
Ajuste Cambial - Dependências no Exterior
Títulos de Créditos a Receber
Fundo de Reserva - Depósito Judicial - Lei n° 12.069
Comissão e Taxa de Administração sobre Colocação de Seguros
Receitas Diversas com Cartões
Lucros na Venda de Bens
Reversão de Provisões para Pagamentos a Efetuar
Receitas de Adquirência - Antecipação Operações Performadas
Outras Receitas Operacionais
Total
01/01 a
31/03/2015
26.187
Banrisul
01/01 a
31/03/2014
22.588
541
372
61
1
5.731
43.732
1.684
10.115
6.000
16.591
454
6.804
6.487
124.760
40
1.796
5.738
1.629
5.929
2.000
11.331
598
4.276
6.181
62.106
Banrisul Consolidado
01/01 a
01/01 a
31/03/2015
31/03/2014
10.470
11.930
66
543
372
61
1
5.731
43.732
1.684
10.115
6.000
16.591
454
6.804
11.500
9.607
123.731
935
40
1.796
5.738
1.629
5.929
2.000
11.331
598
4.276
6.187
7.689
60.078
NOTA 21 - OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS
Banrisul
Banrisul Consolidado
01/01 a
01/01 a
01/01 a
01/01 a
31/03/2015
31/03/2014
31/03/2015
31/03/2014
Descontos Concedidos em Renegociações
8.698
4.790
8.698
4.790
Despesas com Provisões Trabalhistas
43.426
17.425
44.299
17.617
Despesas com Provisões de Imóveis - Bens não de Uso
436
14
436
14
Despesas com Provisões para Perdas de Securitização
58
58
Despesas com Provisões para Ações Cíveis
2.109
15.596
2.556
15.667
Despesas com Arrecadação de Tributos Federais
900
1.163
900
1.163
Despesas com Atualização da Provisão para Riscos Fiscais (CS/IR)
4.943
4.419
4.943
4.430
Atualização Monetária Multas Câmbio - Bacen
1.268
1.133
1.268
1.133
Atualização Monetária da Dívida Contratada da Fundação Banrisul
2.074
2.622
2.076
2.622
Despesas com Provisão para Dívidas Assumidas junto ao GESB
2.389
362
2.389
362
Ajuste Cambial – Dependências no Exterior
6.018
6.018
Despesas com Cartões
6.032
4.060
6.032
4.060
Bônus BanriClube de Vantagens
5.281
866
5.281
866
Incentivo à Migração - Planos FBSS (1)
57
30.701
57
30.701
Outras Despesas Operacionais
21.788
29.954
22.636
31.314
Total
99.401
119.181
101.571
120.815
(1) Refere-se aos incentivos oferecidos pelo Banco aos participantes do Plano de Benefícios PBI que migraram suas reservas para o Plano de Benefícios Saldado
ou Plano de Benefícios FBPREV II.
NOTA 22 - PATRIMÔNIO LÍQUIDO - BANRISUL
(a) Capital Social
O Capital Social do Banrisul em 31 de março de 2015 é de R$4.000.000, subscrito e integralizado, representado
por 408.974 mil ações, sem valor nominal, conforme tabela a seguir:
ON
Estado do Rio Grande do Sul
Fundação Banrisul de Seguridade Social
Instituto de Previdência do Estado do
Rio Grande do Sul
Outros
Total
PNA
PNB
Total
Quantidade
%
Quantidade
%
Quantidade
%
Quantidade
%
204.199.859
99,59
2.721.484
77,11
26.086.957
13,02
233.008.300
56,97
449.054
0,22
158.983
4,50
-
-
608.037
0,15
44.934
0,02
168.612
4,78
-
-
213.546
0,05
349.548
0,17
480.272
13,61
174.314.774
86,98
175.144.594
42,83
205.043.395
100,00
3.529.351
100,00
200.401.731
100,00
408.974.477
100,00
| 59
No período, houve a conversão de ações, principalmente entre PNA e PNB, no montante de 2.100 ações, em
virtude das solicitações dos acionistas.
A Assembleia Geral Extraordinária de Acionistas, realizada em 30 de abril de 2014, aprovou aumento de capital
mediante aproveitamento de Reservas de Lucro, no montante de R$250.000, sem emissão de novas ações,
homologado pelo Bacen em 26 de maio de 2014.
As ações preferenciais não têm direito a voto e têm a seguinte remuneração:
Ações Preferenciais Classe A:
(i) Prioridade no recebimento de um dividendo fixo preferencial, não cumulativo, de 6% (seis por cento) ao
ano, calculado sobre o quociente resultante da divisão do valor do capital social pelo número de ações que o
compõem;
(ii) Direito de participar, depois de pagar às ações Ordinárias e Preferenciais Classe B um dividendo igual ao
pago a tais ações, na distribuição de quaisquer outros dividendos ou bonificações em dinheiro distribuídos pela
sociedade, em igualdade de condições com as ações Ordinárias e Preferenciais Classe B, com o acréscimo de
10% (dez por cento) sobre o valor pago a tais ações;
(iii) Participação nos aumentos de capital decorrentes da capitalização de reservas, em igualdade de condições
com as ações Ordinárias e Preferenciais Classe B; e
(iv) Prioridade no reembolso de capital, sem prêmio.
Ações Preferenciais Classe B:
(i) Participação nos aumentos de capital decorrentes da capitalização de reservas, em igualdade de condições
com as ações Ordinárias e Preferenciais Classe A; e
(ii) Prioridade no reembolso de capital, sem prêmio.
(b) Distribuição de Resultado
O Lucro Líquido do Exercício, ajustado nos termos da Lei n° 6.404/76, terá as seguintes destinações: (i) 5% para
constituição da Reserva Legal, que não excederá 20% do Capital Social; (ii) 25% para constituição de Reserva
Estatutária; e (iii) Dividendos Mínimos Obrigatórios de 25% do Lucro Líquido Ajustado. O lucro restante terá a
destinação determinada pela Assembleia Geral.
A Reserva Estatutária terá por finalidade garantir recursos para investimentos e aplicação na área de
informática, e está limitada a 70% do Capital Social Integralizado.
A Reserva de Expansão tem como finalidade a retenção de lucros para financiar projeto de investimento em
capital fixo ou circulante, justificado em orçamento de capital proposto pela Administração e aprovado pela
Assembleia Geral.
Em 30 de abril de 2014, em Assembleia Geral Ordinária, foi aprovada a proposta de distribuição de dividendos
adicionais para o exercício de 2014 no percentual equivalente a 15% do Lucro Líquido Ajustado, perfazendo o
total de 40%.
A política de remuneração do capital adotada pelo Banrisul visa distribuir juros sobre o capital próprio no valor
máximo dedutível calculado em conformidade com a legislação vigente, os quais são computados, líquidos de
Imposto de Renda na Fonte, no cálculo dos dividendos obrigatórios do exercício previsto no Estatuto Social.
Conforme facultado pela Lei n° 9.249/95 e pela Deliberação CVM n° 207/96 e Política de Pagamento trimestral
de juros sobre o capital próprio, a Administração do Banrisul pagou o montante de R$76.992, referente aos
juros sobre o capital próprio do primeiro trimestre de 2015 (2014 - R$66.126), imputado aos dividendos,
líquido do imposto de renda retido na fonte.
60 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
O pagamento desses juros sobre o capital próprio resultou em um benefício tributário para o Banrisul na
ordem de R$30.797 (2014 - R$26.451) (Nota 24 (a)).
NOTA 23 - COMPROMISSOS, GARANTIAS E OUTROS
(a) Em 22 de abril de 2004, foi sancionada a Lei Estadual n° 12.069, alterada pela Lei n° 12.585 de 29 de agosto
de 2006, mediante a qual o Banrisul, quando solicitado, deverá disponibilizar ao Estado do Rio Grande do Sul
até 85% dos depósitos judiciais efetuados por terceiros junto ao Banrisul (excetuando-se aqueles cuja parte
litigante seja Município). A parcela não disponibilizada deverá constituir fundo de reserva destinado a garantir
a restituição dos referidos depósitos judiciais. Em 31 de março de 2015, o montante de depósitos judiciais
efetuados por terceiros no Banrisul, atualizado pela variação da TR acrescida de juros de 6,17% a.a. até a data
do balanço totalizava R$9.852.193 (2014 - R$8.559.076), do qual R$8.348.000 (2014 - R$7.158.000) foi
transferido para o Estado, mediante sua solicitação, e baixado das respectivas contas patrimoniais. O saldo
remanescente, que constitui a disponibilidade do fundo anteriormente mencionado, administrado pelo
Banrisul, está registrado na rubrica Obrigações para Fundos Financeiros e de Desenvolvimento (Nota 14).
(b) Avais e fianças prestados a clientes montam R$1.286.184 (2014 - R$1.048.188), estão sujeitos a encargos
financeiros e contam com garantias dos beneficiários.
(c) O Banrisul é responsável pela custódia de 694.553 mil títulos de clientes (2014 – 518.326 mil).
(d) O Banrisul possui créditos abertos para importação e créditos de exportação confirmados no valor de
R$69.481 (2014 – R$74.651) e coobrigações em cessões de crédito no valor de R$10.282 (2014 – R$12.216).
(e) O Banrisul é administrador de diversos fundos e carteiras, que apresentaram os seguintes patrimônios
líquidos:
Banrisul
Banrisul Consolidado
2015
2014
2015
2014
Fundos de Investimentos (1)
8.211.097
5.986.572
8.211.097
5.986.572
Fundos de Investimentos em Cotas de Fundos de Investimentos
177.748
136.250
177.748
136.250
Fundos de Ações
53.426
69.639
53.426
69.639
Fundos de Aposentadoria Programada Individual
18.251
18.130
18.251
18.130
Fundo para Garantia de Liquidez dos Títulos da Dívida Pública do Estado do RS
226.488
1.638.092
226.488
1.638.092
Carteiras Administradas
601.783
1.471.744
601.783
1.471.744
Clubes de Investimentos
1.295
1.419
Total
9.288.793
9.320.427
9.290.088
9.321.846
(1) As carteiras dos fundos de investimentos são compostas principalmente por títulos de renda fixa e de renda variável, e seus valores de patrimônio líquido
encontram-se ajustados pelas respectivas marcações a mercado na data-base.
(f) A controlada Banrisul S.A. Administradora de Consórcios é responsável pela administração de 166 grupos
(171 em 2014) de consórcios distribuídos entre imóveis, motos, veículos e tratores que reúnem 39.117
consorciados ativos (38.564 em 2014).
(g) O Banrisul aluga imóveis, principalmente utilizados para instalação de agências, com base em contrato
padrão, o qual pode ser cancelado por sua vontade e inclui o direito de opção de renovação e cláusulas de
reajuste. O total dos pagamentos mínimos futuros dos aluguéis contratados não canceláveis em 31 de março
de 2015 é de R$277.229, sendo R$69.376 com vencimento até um ano, R$174.656 de um a cinco anos e
R$33.197 acima de cinco anos. Os pagamentos de aluguéis reconhecidos como despesas no período
totalizaram R$21.554 (2014 – R$18.601).
| 61
NOTA 24 - IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
(a) Reconciliação da Despesa/Receita de Imposto de Renda e Contribuição Social
Lucro do Período antes da Tributação e Participações
Imposto de Renda sobre o Lucro - Alíquota 25%
Contribuição Social sobre o Lucro - Alíquota 9%
Contribuição Social sobre o Lucro - Alíquota 15%
Total do Imposto de Renda e Contribuição Social pelas Alíquotas Efetivas
Ajuste Multa Câmbio
Participação dos Empregados nos Resultados
Juros sobre o Capital Próprio (Nota 22 (b))
Resultado de Equivalência e Variação Cambial de Agências
Outras Adições, Líquidas das Exclusões
Total do Imposto de Renda e Contribuição Social
Corrente
Diferido
01/01 a
31/03/2015
166.399
(41.600)
(24.960)
(66.560)
(507)
9.609
30.797
35.338
(4.022)
4.655
(91.166)
95.821
Banrisul
01/01 a
31/03/2014
92.162
(23.041)
(13.824)
(36.865)
(453)
9.135
26.451
11.684
(1.509)
8.443
(34.069)
42.512
Banrisul Consolidado
01/01 a
01/01 a
31/03/2015
31/03/2014
187.909
109.020
(46.977)
(27.255)
(5.560)
(4.319)
(18.919)
(9.154)
(71.456)
(40.728)
(507)
(453)
9.609
9.135
30.797
26.451
17.493
(2.407)
(2.661)
(317)
(16.725)
(8.319)
(112.951)
(50.498)
96.226
42.179
(b) Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos
Em 31 de março de 2015 o Banrisul possuía créditos tributários de imposto de renda e contribuição social
diferidos sobre diferenças temporárias, demonstradas a seguir:
(i) Créditos Tributários
Os saldos de créditos tributários, segregados em função das origens e desembolsos efetuados, estão
representados por:
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa
Provisão para Riscos Trabalhistas
Provisão para Riscos Fiscais
Outras Provisões Temporárias
Total dos Créditos Tributários sobre Diferenças Temporárias
Créditos não Registrados
Total de Créditos Tributários Registrados (Nota 08)
Obrigações Fiscais Diferidas
Crédito Tributário Líquido das Obrigações Diferidas
Saldo em
31/12/2014
789.152
78.046
100.903
181.583
1.149.684
(23)
1.149.661
(49.961)
1.099.700
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa
Provisão para Riscos Trabalhistas
Provisão para Riscos Fiscais
Outras Provisões Temporárias
Total dos Créditos Tributários sobre Diferenças Temporárias
Créditos não Registrados
Total de Créditos Tributários Registrados (Nota 08)
Obrigações Fiscais Diferidas
Crédito Tributário Líquido das Obrigações Diferidas
Saldo em
31/12/2014
789.382
80.783
100.925
181.878
1.152.968
(23)
1.152.945
(50.104)
1.102.841
62 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
Banrisul
Saldo em
31/03/2015
861.362
93.176
102.726
188.735
1.245.999
(23)
1.245.976
(50.978)
1.194.998
Constituição
153.670
17.370
1.977
7.891
180.908
180.908
(1.017)
179.891
Realização
81.460
2.240
154
739
84.593
84.593
84.593
Constituição
153.658
17.786
2.066
7.903
181.413
181.413
(1.003)
180.410
Banrisul Consolidado
Saldo em
Realização
31/03/2015
81.460
861.580
2.248
96.321
154
102.837
739
189.042
84.601
1.249.780
(23)
84.601
1.249.757
(51.107)
84.601
1.198.650
A expectativa de realização desses créditos é a seguinte:
Ano
2015
2016
2017
2018
2019
2020 a 2022
2023 a 2024
Após 2025
Total em 31/03/2015
Total em 31/03/2014
Imposto de Renda
198.571
125.037
121.416
106.790
65.837
100.738
60.346
14
778.749
726.384
Diferenças Temporárias
Contribuição Social
119.143
75.022
72.849
64.074
39.502
60.443
36.208
9
467.250
435.830
Total
317.714
200.059
194.265
170.864
105.339
161.181
96.554
23
1.245.999
1.162.214
Banrisul
Banrisul Consolidado
Totais Registrados
317.714
200.059
194.265
170.864
105.339
161.181
96.554
1.245.976
1.162.191
Totais Registrados
318.029
200.479
194.685
171.284
105.759
162.260
97.261
1.249.757
1.166.506
O valor presente total dos créditos tributários é de R$916.644, calculados de acordo com a expectativa de
realização das diferenças temporárias pela taxa média de captação, projetada para os períodos
correspondentes.
(ii) Obrigações Fiscais Diferidas
Os saldos da Provisão para Impostos e Contribuições Diferidos estão representados por:
Superveniência de Depreciação
Títulos Próprios Disponíveis para Venda
Ajuste a Valor de Mercado dos Títulos para Negociação
Superávit Atuarial
Total
2015
(16.558)
45
(191)
(34.274)
(50.978)
Banrisul
2014
(15.401)
(46)
(23.944)
(39.391)
Banrisul Consolidado
2015
2014
(16.558)
(15.401)
45
(46)
(191)
(30)
(34.403)
(24.028)
(51.107)
(39.505)
NOTA 25 - OBRIGAÇÕES COM BENEFÍCIOS DE LONGO PRAZO PÓS-EMPREGO A
EMPREGADOS
O resumo da composição do (ativo)/passivo atuarial líquido para os exercícios findos em 31 de dezembro de
2014 e 2013, preparados com base no laudo atuarial de 31 de dezembro de 2014 e de acordo com CPC 33 (R1),
bem como a composição dos saldos relativos ao primeiro trimestre de 2015 é demonstrado a seguir:
Obrigações (Ativo) Registradas no Balanço Patrimonial com Benefícos de:
31/03/2015
31/12/2014
31/12/2013
Planos de Previdência
Plano de Benefícios I (PBI)
104.163
110.729
449.707
Plano de Benefícios Saldado (PBS)
4.910
7.149
Plano de Benefícios FBPREV II (FBPREV II)
363
(144)
Plano de Benefícios FBPREV (FBPREV)
351
265
492
Planos de Saúde, Odontológico e Medicamento
(86.179)
(85.921)
(60.105)
Prêmio Aposentadoria (1)
127.382
123.532
109.930
Total
150.990
155.610
500.024
(1) A esse montante deverá ser considerado o valor de R$49.284 (2013 – R$43.818) referente à complementação de encargos incidentes sobre a provisão de
prêmio de aposentadoria, totalizando R$172.655 (2013 – R$153.748).
(a) Descrição dos Benefícios de Longo Prazo
O Banrisul é o principal patrocinador da Fundação Banrisul de Seguridade Social, que tem como principais
objetivos a complementação de benefícios assegurados e prestados pela Previdência Social aos funcionários do
Banrisul, da Banrisul Cartões S.A., da própria Fundação e da Caixa de Assistência dos Empregados do Banco do
Estado do Rio Grande do Sul (Cabergs), assim como a execução de programas assistenciais promovidos por
seus mantenedores.
| 63
A Política Previdencial do Banrisul executada pela Fundação Banrisul de Seguridade Social (FBSS), instituída em
29 de janeiro de 1963 em conformidade com a legislação então vigente, tem como fundamentação legal o
artigo 202 da Constituição Federal de 5 de outubro de 1988, as Leis Complementares de n° s 108 e 109 de 29 de
maio de 2001, demais normas legais em vigor emanadas por órgãos reguladores ligados ao Ministério de
Previdência e Assistência Social (MPAS), como a Superintendência Nacional de Previdência Complementar
(Previc) e o Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC), o Estatuto Social da Entidade Gestora e
respectivos regulamentos dos Planos de Benefícios, também em concordância com a Resolução de nº 3.792 do
Conselho Monetário Nacional de 24 de setembro de 2009, em que são nomeados pelo Conselho Deliberativo
do Fundo de Pensão os Administradores Tecnicamente Qualificados para a Gestão dos Investimentos.
A Fundação Banrisul de Seguridade Social é dotada de autonomia administrativa, tendo como finalidade
instituir planos de benefícios de natureza previdenciária aos seus participantes, empregados das
patrocinadoras e respectivos beneficiários, mediante contribuições específicas, estabelecidas em seus planos e
respectivos regulamentos.
A partir de 6 de julho de 2009, foi aprovado um novo plano de benefícios de aposentadoria, denominado
Banrisulprev (atualmente denominado FBPREV), que passou a ser oferecido aos empregados não associados ao
Plano de Benefícios I. Esse novo plano, do tipo “contribuição variável”, entrou em funcionamento em
novembro de 2009. De sua implantação em diante, o Plano de Benefícios I foi fechado para novas adesões.
Com a aprovação pela Previc dos novos planos de benefícios ao final de 2013, a Fundação Banrisul iniciou, em
03 de fevereiro de 2014, o processo de migração voluntária e incentivada dos Participantes e Assistidos do
Plano de Benefícios I para: (i) Plano Saldado, que é constituído no modelo de Benefício Definido, no qual o
montante acumulado por todos os participantes fica em uma conta coletiva, e (ii) Plano FBPREV II, que é
constituído no modelo contribuição variável, sendo contribuição definida na fase de acúmulo de reserva e
benefício definido durante o pagamento do benefício vitalício. O referido processo de migração foi encerrado
em 03 de abril de 2014.
Em junho de 2014, por força dos dispositivos regulamentares, os patrocinadores efetuaram o aporte dos
recursos relativos aos incentivos dos patrocinadores ao processo de migração. No caso do Patrocinador
Banrisul, o valor aportado, calculado em fevereiro de 2013, corrigido pelo INPC e acrescido de juros de 5,5%
a.a., é de R$255.064, que foram transferidos para os novos planos.
Após a reestruturação do plano, a parcela remanescente da dívida contratada no montante de R$67.643 em 31
de março de 2015 (2014 – R$68.204), foi distribuida da seguinte forma: Plano de Benefícios I (PBI) o valor de
R$38.340, Plano de Benefícios Saldado (PBS) o valor de R$12.047 e Plano de Benefícios FBPREV II (FBPREV II) o
valor de R$17.256 e registrado na rubrica Outras Obrigações (Nota 14). Essa dívida é paga acrescida de juros de
6% a.a. e atualizada pela variação do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna – (IGP-DI), por meio de
atualizações e pagamentos mensais, com prazo final em 2028.
Após o processo de migração encerrado em 03 de abril de 2014, apresenta-se a seguir a quantidade de
participantes em seus respectivos planos:
Participantes
Ativos
Aposentados
Inválidos
Pensionistas
Total
PBI antes da Migração
8.145
4.779
41
1.135
14.100
PBI após a Migração
1.021
3.577
819
5.417
Plano Saldado
1.715
1.110
291
3.116
Plano FBPREV II
5.409
92
41
25
5.567
Os Planos de Benefícios que dão suporte à Política de Previdência Complementar do Banco se fundamentam
nos respectivos Regulamentos dos Planos, nos quais constam todos os direitos e obrigações dos Participantes
e, das Patrocinadoras, o Plano de Custeio Atuarial, os prazos legais, a forma de pagamento das contribuições
mensais e dos benefícios, o tempo de contribuição mínima e outros parâmetros necessários para o
64 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
dimensionamento atuarial. Todos os Regulamentos são aprovados pelos órgãos legais internos de gestão,
pela(s) Patrocinadora(s) e pelos órgãos federais de supervisão e regulação conforme legislação em vigor.
O conjunto de hipóteses e métodos atuariais adotados nos cálculos atuariais resultou de um processo de
interação entre a consultoria atuarial externa responsável pelos cálculos atuariais dos Planos de Benefícios
administrados pela Fundação Banrisul, a Diretoria Executiva e os representantes do Conselho Deliberativo da
Fundação, e conta com o aval das patrocinadoras dos Planos de Benefícios I e Saldado (modalidade de
“benefício definido”) e dos Planos FBPREV e FBPREV II (modalidade de “contribuição variável”), conforme
determina a Resolução CGPC n° 18/2006, alterada pela Resolução CNPC n° 9/2012.
(b) Principais Premissas
As principais premissas a seguir foram calculadas com base nas informações vigentes em 31 de dezembro de
2014 e 2013, sendo revisadas anualmente.
Hipóteses Econômicas
Taxa de Desconto Nominal
Taxa de Inflação de Longo Prazo
Taxa de Crescimento Salarial Futuro
Taxa de Crescimento dos Benefícios da Previdência Social e dos Limites
Taxa de Crescimento do Custo Farmácia
Hipóteses Demográficas
Tábua de Mortalidade de Válido
31/12/2014
11,17% a.a.
4,50% a.a.
8,22% a.a.
4,50% a.a.
5,50% a.a.
31/12/2013
10,56% a.a.
4,50% a.a.
8,22% a.a.
4,50% a.a.
5,50% a.a.
Tábua de Mortalidade de Inválidos
31/12/2014
AT-2000, específica por sexo, constituída com
base na AT-2000 Basic suavizada em 10%.
RRB 1983 desagravada em 50%.
31/12/2013
AT-2000 Basic desagravada em 10%, segregada por
sexo
RRB 1983 desagravada em 50%
Tábua de Entrada em Invalidez
Light Forte, específica por sexo.
Light Forte, específica por sexo
Tábua de Rotatividade
Experiência da consultoria atuarial ajustada à
experiência das patrocinadoras agravada em
125%.
Experiência da consultoria atuarial ajustada à
experiência das patrocinadoras agravada em 125%
As premissas referentes à experiência de mortalidade são estabelecidas com base em opinião de atuários,
ajustadas de acordo com o perfil demográfico dos empregados do Banrisul.
Outras premissas importantes para as obrigações de planos de pensão se baseiam, em parte, em condições
atuais do mercado.
(c) Principais Riscos Atuariais
O Banrisul e a Fundação Banrisul de Seguridade Social juntos poderão realizar estudos de confrontação
ativo/passivo com o objetivo de buscar operações no mercado financeiro de capitais e de seguros, visando à
redução ou eliminação dos riscos atuariais dos Planos.
Através de seus planos de benefícios definidos, o Banrisul está exposto a uma série de riscos, sendo os mais
significativos:
Volatilidade dos Ativos - as obrigações do plano são calculadas usando uma taxa de desconto que é
estabelecida com base na rentabilidade de títulos privados ou do governo, na ausência de mercado ativo; caso
os ativos do plano não atinjam essa rentabilidade, isso criará um déficit. Os planos do Brasil e dos Estados
Unidos mantêm uma proporção significativa de ações, cujo rendimento se espera que supere o dos títulos
privados no longo prazo, enquanto resultará em volatilidade e risco no curto prazo.
Variação na Rentabilidade dos Títulos - uma diminuição na rentabilidade de títulos privados ou
governamentais resultará no aumento das obrigações do plano, embora essa variação seja compensada
parcialmente por um aumento no valor justo dos títulos detidos pelos planos.
Risco de Inflação - algumas obrigações dos planos de pensão do Grupo são vinculadas à inflação, sendo que
uma inflação maior levará a um maior nível de obrigações (embora, em muitos casos, existam limites ao nível
de reajustes inflacionários permitidos para proteger o plano contra taxas extremas de inflação). A maior parte
| 65
dos ativos do plano ou não são afetados (títulos com juros pré-fixados) ou têm uma pequena correlação
(ações) com a inflação, o que significa que uma alta na inflação resultará também em alta no déficit.
Expectativa de Vida - a maior parte das obrigações dos planos consiste na concessão de benefícios vitalícios
aos participantes. Por essa razão, aumentos na expectativa de vida resultarão em aumento nas obrigações dos
planos.
(d) Descrições dos Planos e Outros Benefícios de Longo Prazo
Plano de Benefícios I (PBI) - os benefícios assegurados por este plano, na modalidade de “benefício definido”,
abrangem aposentadoria, pensão por morte, auxílio-doença, auxílio-reclusão, auxílio-funeral e abono anual.
A contribuição normal do participante ativo corresponde a uma importância mensal equivalente ao produto da
aplicação das seguintes taxas:
(i) Um percentual geral fixado em 3% (três por cento) aplicável ao salário de participação;
(ii) Um primeiro percentual adicional igual a 2% (dois por cento), aplicável ao excesso (se existir) do salário de
participação sobre a metade do maior salário de benefício da Previdência Social; e
(iii) Um segundo percentual adicional igual a 7% (sete por cento), aplicável ao excesso (se existir) do salário de
participação sobre o maior salário de benefício da Previdência Social.
O valor atual de obrigações de planos de pensão de benefício definido é obtido por cálculos atuariais, que
utilizam um conjunto de premissas econômicas, financeiras e biométricas. Entre as premissas usadas na
determinação do custo (receita) líquido para esses planos, está a taxa de desconto. Quaisquer mudanças
nessas premissas afetarão o valor contábil das obrigações dos planos de pensão.
O Banrisul determina a taxa de desconto apropriada ao final de cada exercício, observando os princípios
estabelecidos pela Deliberação CVM n° 695/12, a qual é usada para determinar o valor presente de futuras
saídas de caixa estimadas, que devem ser necessárias para liquidar as obrigações de planos de pensão. Ao
determinar a taxa de desconto apropriada, o Banrisul considera as taxas de juros de títulos do Tesouro
Nacional, denominados em reais, a moeda em que os benefícios serão pagos, e que têm prazos de
vencimentos próximos dos prazos das respectivas obrigações.
Em conformidade com a Instrução Previc n° 09, de 14 de dezembro de 2010, combinadas com a Instrução
Previc n° 01, de 12 de abril de 2013, a Fundação Banrisul de Seguridade Social elabora estudos visando ao
estabelecimento do perfil dos vencimentos das obrigações do Plano de Benefícios I com a apuração do
duration e outras análises de distribuição do pagamento dos benefícios.
Plano de Benefícios Saldado (PBS) - os benefícios assegurados por este plano, na modalidade de “benefício
definido”, abrangem benefício saldado de aposentadoria, benefício saldado de invalidez, pensão por morte,
auxílio-funeral e abono anual.
Não haverá contribuição normal ao plano de benefício saldado e, quando estiver apto a se aposentar, receberá
um benefício proporcional ao tempo que contribuiu ao PBI.
Plano de Benefícios FBPREV II - os benefícios assegurados por esse plano, na modalidade de “contribuição
variável”, abrangem benefícios com características de contribuição definida, que são a aposentadoria normal,
aposentadoria antecipada e auxílio-funeral, e benefícios com características de benefício definido, que são a
aposentadoria por invalidez, benefício proporcional, auxílio-doença, abono anual, benefício mínimo e pensão
por morte.
A contribuição normal do participante é composta de três parcelas:
(i) Parcela básica: 3% a 5% aplicado sobre o salário de participação;
66 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
(ii) Parcela adicional: pode variar entre 5% e 10% aplicado sobre a parcela do salário de participação que
exceder a 9 (nove) unidades de referência; e
(iii) Parcela variável: percentual aplicado sobre o salário de participação, determinado anualmente pelo
atuário, para cobrir 50% dos custos dos benefícios de risco e das despesas administrativas do plano.
Além da contribuição normal, o participante poderá efetuar contribuições facultativas, não inferiores a 1 (uma)
unidade de referência, não acompanhadas pelo patrocinador.
O Banrisul contribui paritariamente às contribuições normais dos participantes.
Plano de Benefícios FBPREV (anteriormente denominado Banrisulprev) - os benefícios assegurados por esse
plano, na modalidade de “contribuição variável”, abrangem benefícios com características de contribuição
definida, que são a aposentadoria normal, aposentadoria antecipada e auxílio-funeral, e benefícios com
características de benefício definido, que são a aposentadoria por invalidez, benefício proporcional, auxíliodoença, abono anual, benefício mínimo e pensão por morte.
A contribuição normal do participante é composta de três parcelas:
(i) Parcela básica: 1% a 3% aplicado sobre o salário de participação;
(ii) Parcela adicional: pode variar entre 1% e 7,5% aplicado sobre a parcela do salário de participação que
exceder a 9 (nove) unidades de referência; e
(iii) Parcela variável: percentual aplicado sobre o salário de participação, determinado anualmente pelo
atuário, para cobrir 50% dos custos dos benefícios de risco e das despesas administrativas do plano.
Além da contribuição normal, o participante poderá efetuar contribuições facultativas, não inferiores a 1 (uma)
unidade de referência, não acompanhadas pelo patrocinador.
O Banrisul contribui paritariamente às contribuições normais dos participantes.
Plano de Saúde, Odontológico e Auxílio Medicamento - o Banrisul oferece planos de saúde e odontológico e
auxílio-medicamento, por meio da Cabergs, a seus funcionários ativos e aos aposentados pela Fundação
Banrisul.
Prêmio Aposentadoria (Benefício Pós-Emprego) - o Banrisul concede aos seus funcionários um prêmio por
aposentadoria que é pago integralmente na data em que o funcionário se desliga da empresa por
aposentadoria.
| 67
A composição do ativo/ (passivo) atuarial líquido preparado com base no laudo atuarial de 31 de dezembro de 2014 e 2013 de acordo com CPC 33 (R1) e a movimentação do
primeiro trimestre de 2015 é demonstrada a seguir:
Movimentação da Posição Líquida do Balanço em 31/03/2015
Valor Presente das Obrigações Atuariais
Plano de Benefícios I
Plano Saldado
Plano FBPREV II
Plano FBPREV
Plano de Saúde
Prêmio Aposentadoria
(1.839.982)
(924.156)
(47.472)
(4.647)
(138.333)
Valor Justo dos Ativos
1.735.819
919.540
54.959
4.303
227.249
-
Superávit/ (Déficit)
(104.163)
(4.616)
7.487
(344)
88.916
(127.382)
-
(294)
(7.850)
(7)
(2.737)
-
(104.163)
(4.910)
(363)
(351)
86.179
(127.382)
Teto do Ativo
Ativo (Passivo) Atuarial Líquido
Movimentação da Posição Líquida do Balanço em 31/12/2014
(127.382)
Plano de Benefícios I
Plano Saldado
Plano FBPREV II
Plano FBPREV
Plano de Saúde
Prêmio Aposentadoria
(1.834.273)
(913.080)
(46.146)
(4.120)
(133.635)
(123.532)
Valor Justo dos Ativos
1.723.544
906.217
53.933
3.862
219.556
-
Superávit/ (Déficit)
(110.729)
(6.863)
7.787
(258)
85.921
(123.532)
Valor Presente das Obrigações Atuariais
Teto do Ativo
-
(286)
(7.643)
(7)
-
-
(110.729)
(7.149)
144
(265)
85.921
(123.532)
Plano de Benefícios I
Plano Saldado
Plano FBPREV II
Plano FBPREV
Plano de Saúde
Prêmio Aposentadoria
(3.205.596)
-
-
(2.078)
(132.981)
(109.930)
Valor Justo dos Ativos
2.755.889
-
-
1.586
193.086
-
Superávit/ (Déficit)
(449.707)
-
-
(492)
60.105
(109.930)
Ativo (Passivo) Atuarial Líquido
(449.707)
-
-
(492)
60.105
(109.930)
Plano de Benefícios I
Plano Saldado
Plano FBPREV II
Plano FBPREV
Plano de Saúde
Prêmio Aposentadoria
Ativo (Passivo) Atuarial Líquido
Movimentação da Posição Líquida do Balanço em 31/12/2013
Valor Presente das Obrigações Atuariais
Movimentação do Valor Presente das Obrigações Atuariais em 31/03/2015
Valor Presente das Obrigações Atuariais em 1° de Janeiro
Custo de Serviço Corrente
Custo Financeiro
Contribuições dos Participantes do Plano
Benefícios Pagos sobre Ativos do Plano
Valor Presente das Obrigações Atuariais no Final do Período
68 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
1.834.273
913.080
46.146
4.120
133.635
261
-
629
308
346
123.532
951
48.407
24.473
1.254
115
3.628
2.899
-
14.749
1.449
-
219
724
(57.708)
(14.846)
(557)
(115)
-
-
1.839.982
924.156
47.472
4.647
138.333
127.382
Movimentação do Valor Presente das Obrigações Atuariais em 31/12/2014
Plano de Benefícios I
Plano Saldado
Plano FBPREV II
Plano FBPREV
Plano de Saúde
Prêmio Aposentadoria
3.205.596
-
-
2.078
132.981
109.930
5.367
-
250
(41)
1.448
3.348
246.431
55.993
2.329
202
13.860
9.605
Contribuições dos Participantes do Plano
32.795
2.434
-
759
-
-
(Ganhos) /Perdas Atuariais - Experiência
70.677
8.331
8.558
1.350
390
20.003
(Ganhos) /Perdas Atuariais - Premissas Financeiras
(125.733)
(44.460)
(1.658)
(220)
(9.121)
(3.768)
Benefícios Pagos sobre Ativos do Plano
(203.936)
(38.961)
(1.682)
(8)
(3.493)
-
-
-
-
-
(2.430)
(15.586)
Mudança de Plano
-
952.789
38.349
-
-
-
Redução do Plano
(308.817)
-
-
-
-
-
(1.088.107)
(23.046)
-
-
-
-
1.834.273
913.080
46.146
4.120
133.635
123.532
Plano de Benefícios I
Plano Saldado
Plano FBPREV II
Plano FBPREV
Plano de Saúde
Prêmio Aposentadoria
3.681.721
-
-
1.482
149.144
110.307
26.603
-
-
91
1.508
3.735
309.835
-
-
117
12.827
8.224
Contribuições dos Participantes do Plano
26.086
-
-
699
-
-
(Ganhos) /Perdas Atuariais - Experiência
342.621
-
-
508
14.044
2.178
(Ganhos) /Perdas Atuariais - Premissas Financeiras
(967.100)
-
-
(381)
(39.348)
(11.311)
Benefícios Pagos sobre Ativos do Plano
(214.170)
-
-
(438)
(2.911)
-
-
-
-
-
(2.283)
(3.203)
3.205.596
-
-
2.078
132.981
109.930
Plano de Benefícios I
Plano Saldado
Plano FBPREV II
Plano FBPREV
Plano de Saúde
Prêmio Aposentadoria
Valor Presente das Obrigações Atuariais em 1° de Janeiro
Custo de Serviço Corrente
Custo Financeiro
Benefícios Pagos Diretamente pela Companhia
(Ganhos) /Perdas na Liquidação
Valor Presente das Obrigações Atuariais no Final do Período
Movimentação do Valor Presente das Obrigações Atuariais em 31/12/2013
Valor Presente das Obrigações Atuariais em 1° de Janeiro
Custo de Serviço Corrente
Custo Financeiro
Benefícios Pagos Diretamente pela Companhia
Valor Presente das Obrigações Atuariais no Final do Período
Movimentação do Valor Justo dos Ativos do Plano em 31/03/2015
Valor Justo dos Ativos do Plano em 1° de Janeiro
1.723.544
906.217
53.933
3.862
219.556
-
46.490
24.670
1.583
142
6.068
-
Contribuições do Empregador
8.744
2.050
-
195
901
-
Contribuições dos Empregados
14.749
1.449
-
219
724
-
(57.708)
(14.846)
(557)
(115)
-
-
1.735.819
919.540
54.959
4.303
227.249
-
Retorno Esperado sobre os Ativos do Plano
Benefícios Pagos
Valor Justo dos Ativos do Plano no Final do Período
| 69
Movimentação do Valor Justo dos Ativos do Plano em 31/12/2014
Plano de Benefícios I
Plano Saldado
Plano FBPREV II
Plano FBPREV
Plano de Saúde
Prêmio Aposentadoria
2.755.889
-
-
1.586
193.086
-
Receitas de Juros sobre os Ativos do Plano
222.500
56.006
2.609
221
20.029
-
Retorno Esperado sobre os Ativos do Plano
156.165
(6.876)
9.881
610
6.441
-
Contribuições do Empregador
33.259
5.061
724
694
-
-
Contribuições dos Empregados
32.795
2.434
-
759
-
-
(203.936)
(38.961)
(1.682)
(8)
-
-
Transferências de Pagamentos
-
907.110
42.401
-
-
-
(Ganhos) /Perdas na Liquidação
-
(18.557)
-
-
-
-
(1.273.128)
-
-
-
-
-
1.723.544
906.217
53.933
3.862
219.556
-
Plano de Benefícios I
Plano Saldado
Plano FBPREV II
Plano FBPREV
Plano de Saúde
Prêmio Aposentadoria
3.236.083
-
-
851
167.355
-
275.167
-
-
102
14.099
-
(598.498)
-
-
(308)
11.632
-
Contribuições do Empregador
31.221
-
-
680
-
-
Contribuições dos Empregados
26.086
-
-
699
-
-
Benefícios Pagos
(214.170)
-
-
(438)
-
-
Valor Justo dos Ativos do Plano no Final do Período
2.755.889
-
-
1.586
193.086
-
Plano de Benefícios I
Plano Saldado
Plano FBPREV II
Plano FBPREV
Plano de Saúde
Prêmio Aposentadoria
Valor Justo dos Ativos do Plano em 1° de Janeiro
Benefícios Pagos
Transferência de Ativos devido à Migração de Participantes
Valor Justo dos Ativos do Plano no Final do Período
Movimentação do Valor Justo dos Ativos do Plano em 31/12/2013
Valor Justo dos Ativos do Plano em 1° de Janeiro
Receitas de Juros sobre os Ativos do Plano
Retorno Esperado sobre os Ativos do Plano
Movimentação do Ativo (Passivo) Atuarial Líquido do Plano em 31/03/2015
Ativo (Passivo) Atuarial Líquido no Final do Período Anterior
Custo dos Serviços Correntes
Juros sobre o Ativo/(Passivo) do Benefício Líquido
Contribuições do Empregador
Ativo (Passivo) Atuarial Líquido no Final do Período Atual
Movimentação do Ativo (Passivo) Atuarial Líquido do Plano em 31/12/2014
(110.729)
(7.149)
144
(265)
85.921
(261)
-
(629)
(308)
(346)
(123.532)
(951)
(1.917)
189
122
27
(297)
(2.899)
8.744
2.050
-
195
901
-
(104.163)
(4.910)
(363)
(351)
86.179
(127.382)
Plano de Benefícios I
Plano Saldado
Plano FBPREV II
Plano FBPREV
Plano de Saúde
Prêmio Aposentadoria
Ativo (Passivo) Atuarial Líquido no Final do Período Anterior
(449.707)
-
-
(492)
60.105
(109.930)
Custo dos Serviços Correntes
1.391.557
(948.300)
(38.599)
40
(1.448)
(3.348)
Juros sobre o Ativo/(Passivo) do Benefício Líquido
(23.931)
13
26
20
6.169
(9.605)
Efeitos da Correção Reconhecidos no Resultado Abrangente
211.221
28.967
(4.408)
(527)
15.172
(16.235)
33.259
5.061
724
694
5.923
-
-
-
-
-
-
15.586
-
Contribuições do Empregador
Benefícios Pagos
Transferências de Pagamentos
Transferência de Ativos devido à Migração de Participantes
Ativo (Passivo) Atuarial Líquido no Final do Período Atual
70 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
-
907.110
42.401
-
-
(1.273.128)
-
-
-
-
-
(110.729)
(7.149)
144
(265)
85.921
(123.532)
Movimentação do Ativo (Passivo) Atuarial Líquido do Plano em 31/12/2013
Plano de Benefícios I
Plano Saldado
Plano FBPREV II
Plano FBPREV
Plano de Saúde
Prêmio Aposentadoria
(445.638)
-
-
(631)
18.211
(110.307)
Custo dos Serviços Correntes
(26.603)
-
-
(91)
(1.508)
(3.735)
Juros sobre o Ativo/(Passivo) do Benefício Líquido
(34.668)
-
-
(15)
1.272
(8.224)
Efeitos da Correção Reconhecidos no Resultado Abrangente
25.981
-
-
(435)
36.936
9.133
Contribuições do Empregador
31.221
-
-
680
5.194
-
-
-
-
-
-
3.203
(449.707)
-
-
(492)
60.105
(109.930)
Plano de Benefícios I
Plano Saldado
Plano FBPREV II
Plano FBPREV
Plano de Saúde
Prêmio Aposentadoria
Ativo (Passivo) Atuarial Líquido no Final do Período Anterior
Benefícios Pagos
Ativo (Passivo) Atuarial Líquido no Final do Período Atual
Custo Estimado do Benefício Definido para o Exercício de 2015
Custo dos Serviços Correntes
1.043
-
2.515
1.232
1.385
3.805
Juros Líquido sobre o Passivo/(Ativo) Atuarial
7.669
(755)
(489)
(106)
1.614
11.595
Despesa/(Receita) Atuarial Estimada
8.712
(755)
2.026
1.126
2.999
15.400
As estimativas de pagamentos de benefícios para os próximos 10 anos são demonstradas a seguir:
Período do Pagamento Estimado
2015
200.088
Plano Saldado
73.371
Plano FBPREV II
2.463
Plano FBPREV
26
Plano de Saúde
7.414
Prêmio Aposentadoria
39.461
2016
207.621
78.659
2.542
24
7.667
10.057
2017
214.575
83.891
2.620
27
8.545
8.601
2018
221.739
88.637
2.697
30
9.282
8.942
2019
228.673
92.685
2.770
34
10.089
8.935
1.239.872
522.088
14.831
240
66.798
78.419
Plano de Benefícios I
Plano Saldado
Plano FBPREV II
Plano FBPREV
Plano de Saúde
Prêmio Aposentadoria
827
1.505
5.335
4.696
5.638
11.630
3.673
1.301
102
-
4.557
-
-
-
40
2
-
-
829
295
29
1
947
-
5.329
3.101
5.506
4.699
11.142
11.630
2020 a 2024
Plano de Benefícios I
Outros dados acerca dos planos são demonstrados a seguir:
Quantidade de Participantes em 31/12/2014
Ativos
Aposentados
Aposentados por Invalidez
Pensionistas
Total
Quantidade de Participantes em 31/12/2013
Plano de Benefícios I
Plano Saldado
Plano FBPREV II
Plano FBPREV
Plano de Saúde
Prêmio Aposentadoria
Ativos
7.241
-
-
4.274
5.376
11.783
Aposentados
4.740
-
-
-
4.320
-
Pensionistas
1.118
-
-
1
967
-
13.099
-
-
4.275
10.663
11.783
Total
| 71
(e) Análise de Sensibilidade
As premissas adotadas para o cálculo atuarial do plano de benefício definido têm um efeito significativo sobre
os montantes divulgados. Apresenta-se a seguir o impacto no cálculo dos benefícios considerando a alteração
das premissas assumidas.
Plano de Benefícios I (PBI) – 31/12/2014
Impacto em R$ Mil
Efeito na Obrigação
(99.136)
Descrição da Premissa
Dados Considerados no Laudo Atuarial
Avaliação do Impacto
Taxa de Desconto
11,68%
Aumento de 0,5%
Taxa de Desconto
10,64%
Redução de 0,5%
107.650
Tábua de Mortalidade
AT -2000 (1)
Aumento de 10%
(40.156)
Tábua de Mortalidade
AT -2000 (1)
Redução de 10%
43.516
Descrição da Premissa
Dados Considerados no Laudo Atuarial
Avaliação do Impacto
Taxa de Desconto
11,68%
Aumento de 0,5%
Taxa de Desconto
10,64%
Redução de 0,5%
52.030
Tábua de Mortalidade
AT -2000 (1)
Aumento de 10%
(14.595)
Tábua de Mortalidade
AT -2000 (1)
Redução de 10%
15.738
Plano de Benefícios Saldado (PBS) – 31/12/2014
Impacto em R$ Mil
Efeito na Obrigação
(47.611)
Plano de Benefícios FBPREV II (FBPREV II) – 31/12/2014
Descrição da Premissa
Dados Considerados no Laudo Atuarial
Avaliação do Impacto
Taxa de Desconto
11,68%
Aumento de 0,5%
Impacto em R$ Mil
Efeito na Obrigação
(1.808)
Taxa de Desconto
10,64%
Redução de 0,5%
1.938
Tábua de Mortalidade
AT -2000 (2) agravada em 10%
Aumento de 10%
671
Tábua de Mortalidade
AT -2000 (2) desagravada em 10%
Redução de 10%
(635)
Plano de Benefícios FBPREV (FBPREV) – 31/12/2014
Descrição da Premissa
Dados Considerados no Laudo Atuarial
Avaliação do Impacto
Taxa de Desconto
11,68%
Aumento de 0,5%
Impacto em R$ Mil
Efeito na Obrigação
(175)
Taxa de Desconto
10,64%
Redução de 0,5%
188
Tábua de Mortalidade
AT -2000(2) agravada em 10%
Aumento de 10%
170
Tábua de Mortalidade
AT -2000(2) desagravada em 10%
Redução de 10%
(177)
Descrição da Premissa
Dados Considerados no Laudo Atuarial
Avaliação do Impacto
Taxa de Desconto
11,17%
Aumento de 0,5%
Impacto em R$ Mil
Efeito na Obrigação
(2.209)
Taxa de Desconto
11,17%
Redução de 0,5%
2.394
Tábua de Mortalidade
AT -2000(3)
Aumento de 10%
(798)
Tábua de Mortalidade
AT -2000(3)
Redução de 10%
864
Descrição da Premissa
Dados Considerados no Laudo Atuarial
Avaliação do Impacto
Taxa de Desconto
11,17%
Aumento de 0,5%
Taxa de Desconto
11,17%
Plano de Saúde – 31/12/2014
Auxílio Medicamento – 31/12/2014
Impacto em R$ Mil
Efeito na Obrigação
(4.600)
Redução de 0,5%
5.125
Tábua de Mortalidade
Aumento de 10%
(2.124)
Tábua de Mortalidade
Redução de 10%
2.376
Prêmio Aposentadoria – 31/12/2014
Descrição da Premissa
Dados Considerados no Laudo Atuarial
Avaliação do Impacto
Taxa de Desconto
11,68%
Aumento de 0,5%
Impacto em R$ Mil
Efeito na Obrigação
(3.039)
Taxa de Desconto
10,64%
Redução de 0,5%
3.232
Tábua de Mortalidade
AT -2000(2) agravada em 10%
Aumento de 10%
(229)
Tábua de Mortalidade
AT -2000(2) desagravada em 10%
Redução de 10%
230
(1) AT – 2000 Basic segregada por sexo suavizada em 10%
(2) AT – 2000 Basic suavizada em 10%
(3) AT – 2000 suavizada em 10%
72 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
NOTA 26 - INSTRUMENTOS E GESTÃO DE RISCOS FINANCEIROS
A gestão dos riscos de crédito, de mercado, de liquidez e operacional, intrínsecos à área financeira, é
ferramenta estratégica e fundamental para o Banrisul. O constante aperfeiçoamento nos processos de
identificação, mensuração, monitoramento, controle e mitigação de riscos possibilitam tornar mais apuradas as
boas práticas de governança alinhadas aos objetivos, políticas e estratégias da Instituição.
Risco de Crédito
É a possibilidade de ocorrência de perdas associadas ao não cumprimento, pelo tomador ou contraparte, de
suas respectivas obrigações financeiras nos termos pactuados, à desvalorização de contrato de crédito
decorrente da deterioração na classificação de risco do tomador, à redução de ganhos ou remunerações, às
vantagens concedidas na renegociação e aos custos de recuperação.
A estrutura de avaliação de risco de crédito está alicerçada em metodologias estatísticas de Application e
Behaviour Score e/ou no princípio de decisão técnica colegiada, sendo definidas alçadas de concessão de
crédito correspondentes aos níveis decisórios que abrangem desde a extensa rede de agências, em suas
diversas categorias de porte, até as esferas diretivas e seus Comitês de Crédito e de Risco da Direção-Geral,
Diretoria e Conselho de Administração. Esse processo visa agilizar a concessão de crédito, com base em limites
tecnicamente pré-definidos, de acordo com a exposição que a Instituição esteja disposta a operar com cada
cliente, seja Pessoa Física (PF) ou Pessoa Jurídica (PJ), atendendo ao binômio risco x retorno. A descrição desta
estrutura está disponibilizada no site http://www.banrisul.com.br, na rota: “Relações com
Investidores/Governança Corporativa/Gerenciamento de Riscos/Estrutura de Gerenciamento de Risco de
Crédito”.
A contínua e crescente implementação de metodologias estatísticas para avaliação do risco de clientes, o
aprimoramento da segmentação de clientes, a parametrização de políticas de crédito e regras de negócios,
aliada à otimização dos controles das informações cadastrais por meio de um modelo de certificação,
intensificam e fortalecem as avaliações. A adoção e o aprimoramento dos sistemas de Application e Behaviour
Score oportunizam o estabelecimento de créditos pré-aprovados de acordo com as classificações de risco
previstas nos modelos estatísticos, que são mais atrativos para manejo com crédito massificado.
Para o segmento Corporate, o Banrisul adota estudos técnicos efetuados por área interna de análise de riscos,
que avaliam as empresas sob o prisma financeiro, de gestão, mercadológico e produtivo, com revisões
periódicas, observando ainda os cenários econômicos, com a inserção das empresas nesses ambientes. A
gestão da exposição ao risco de crédito tem como diretriz a postura seletiva e conservadora da Instituição,
seguindo estratégias definidas pela Diretoria e pelo Conselho de Administração.
(a) Mensuração do Risco de Crédito
Operações de Crédito - o Banrisul avalia a probabilidade de inadimplência de contrapartes individualmente,
por meio de ferramentas de classificação projetadas para diferentes categorias de contrapartes. Essas
ferramentas, que foram desenvolvidas internamente e combinam análise estatística e opinião da equipe de
crédito, são validadas, quando apropriado, por meio da comparação com dados externos disponíveis. As
ferramentas de classificação são mantidas sob análise e atualizadas quando necessário. Regularmente, a
Administração valida o desempenho da classificação e de seu poder de previsão com relação a eventos de
inadimplência.
A exposição à inadimplência baseia-se nos montantes que podem ser devidos ao Banrisul no momento da
inadimplência. Por exemplo, no caso de um empréstimo, é o valor nominal.
(b) Controle do Limite de Risco e Políticas de Mitigação
O Banrisul administra, limita e controla concentrações de risco de crédito. Dentre os procedimentos adotados,
pode-se destacar:
| 73
(i) A Administração estrutura os níveis de risco que assume, estabelecendo limites sobre a extensão de risco
aceitável com relação a um devedor específico, a grupos de devedores e a segmentos da indústria. Esses riscos
são monitorados rotativamente e sujeitos a revisões anuais, ou mais frequentes, quando necessário. Os limites
sobre o nível de risco de crédito por produto e setor da indústria são aprovados pela Diretoria e pelo Conselho
de Administração, se for o caso;
(ii) A exposição a qualquer tomador de empréstimo, inclusive aos agentes financeiros, no caso de contraparte,
é adicionalmente restrita por sublimites que cobrem eventuais exposições registradas e não registradas no
Balanço Patrimonial. As exposições reais, de acordo com os limites estabelecidos, são controladas
mensalmente; e
(iii) A exposição ao risco de crédito é também administrada por meio de análise regular dos tomadores de
empréstimos, efetivos e potenciais, quanto aos pagamentos do principal e dos juros e da alteração da situação
cadastral e de seus limites, quando apropriado.
(c) Compromissos Relacionados a Crédito
Compromissos de crédito, não canceláveis incondicional e unilateralmente pela Instituição, representam
porções não utilizadas pela contraparte de limites contratados, tipicamente atribuídos a modalidades de
capital de giro, cheque especial, cartões de crédito, entre outros. Ainda, referem-se a contratos cujos recursos
serão liberados mediante o cumprimento de alguma exigência contratual, conforme cronograma de etapas de
construção, como ocorre em alguns contratos imobiliários.
O valor contratual representa o risco de crédito máximo nessas modalidades, no caso de a contraparte
efetivamente utilizar o recurso disponível. Contudo, a exposição a perdas resultantes desses contratos é
inferior ao total de compromissos a liberar, visto que uma parte destes expira sem a sua completa utilização,
seja por decisão do cliente, seja por determinação do Banrisul, que adota critérios para a disponibilização
desses recursos, conforme exigência de cumprimento de determinadas cláusulas contratuais.
(d) Créditos a Liberar
Créditos a liberar são os desembolsos futuros relativos a operações de crédito contratadas,
independentemente de serem ou não condicionadas ao cumprimento pelo devedor de condições préespecificadas. O valor da exposição relativa aos créditos a liberar, corresponde ao somatório das parcelas de
operações de crédito a liberar em até 360 dias.
Risco de Mercado
O Banrisul está exposto aos riscos de mercado decorrentes da possibilidade de perda financeira por oscilação
dos preços e taxas de juros de mercados das suas operações, em razão do descasamento de prazos entre ativos
e passivos, moedas e indexadores.
O Banrisul está exposto ao risco cambial decorrente de exposições de moeda estrangeira, basicamente com
relação ao dólar dos Estados Unidos. O risco cambial decorre da operação de captação externa descrito na
Nota 14. Para administrar seu risco cambial, o Banrisul usa contratos de derivativos como instrumento de
proteção (hedge de risco de mercado), conforme descrito na Nota 03 (c).
O gerenciamento do Risco de Mercado no Banrisul é realizado pela Unidade de Gestão de Riscos Corporativos a
qual é responsável por executar e atualizar anualmente a política e as estratégias de gerenciamento do risco de
mercado do Banrisul, estabelecer limites operacionais para acompanhar as exposições ao risco, identificar,
avaliar, monitorar e controlar a exposição aos riscos das carteiras de negociação e não negociação.
O risco de mercado é apurado tanto para as operações classificadas na carteira de negociação quanto para as
operações não classificadas na carteira de negociação. A Carteira Trading compreende as operações em
instrumentos financeiros detidos com intenção de negociação, destinados para revenda, obtenção de
benefícios da flutuação dos preços ou realização de arbitragem. A Carteira Banking compreende todas as
74 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
operações da Instituição não classificadas na carteira de negociação, sem intenção de venda, ou seja, carteira
de crédito, carteira de títulos mantidos até o vencimento, captação de depósito a prazo, depósito de poupança
e demais operações mantidas até o vencimento.
Na mensuração do risco de mercado da Carteira Trading utilizamos a metodologia Value at Risk (VaR) para a
apuração da exposição das operações com fator de risco de taxas de juros pré-fixadas. O VaR é uma medida da
perda máxima esperada em valores monetários sob condições normais de mercado, em um horizonte de
tempo determinado de dez dias, com um nível de probabilidade de 99%, utilizado para mensurar as exposições
sujeitas a risco de mercado. Para a apuração das exposições nos demais indexadores é utilizada a metodologia
Maturity Ladder.
A apuração do risco das operações da Carteira Banking é realizada por meio de modelo próprio da Instituição e
a metodologia utilizada é o VaR.
A Instituição também realiza trimestralmente análise de sensibilidade com base em cenários específicos para
cada fator de risco. O objetivo é mensurar o impacto das oscilações de mercado sobre as carteiras da
Instituição e a sua capacidade de recuperação em um eventual agravamento de crise.
Análise de Sensibilidade da Carteira Trading - buscando aprimorar a gestão de riscos e estar em conformidade
com as práticas e governança corporativa e atender as exigências da Instrução Normativa CVM n° 475 de 17 de
dezembro de 2008, o Banrisul realizou a análise de sensibilidade das suas posições classificadas na carteira de
negociação (Trading Book) sem considerar os instrumentos financeiros derivativos. Foram aplicados choques
para mais e para menos nos seguintes Cenários: 1% (Cenário 1), 25% (Cenário 2) e 50% (Cenário 3).
Carteira de Negociação - para a elaboração dos cenários que compõem o quadro de análises de sensibilidade
foram levadas em consideração as situações propostas pela Instrução Normativa CVM n° 475/08, no qual
seriam as seguintes condições:
Cenário 1: Situação provável. Foi considerada como premissa a deterioração de 1% nas variáveis de risco de
mercado, levando-se em consideração as condições existentes em 31/03/2015.
Cenário 2: Situação possível. Foi considerada como premissa a elevação de 25% nas variáveis de risco de
mercado, levando-se em consideração as condições existentes em 31/03/2015.
Cenário 3: Situação remota. Foi considerada como premissa a elevação de 50% nas variáveis de risco de
mercado, levando-se em consideração as condições existentes em 31/03/2015.
O quadro a seguir apresenta a maior perda esperada considerando os cenários 1, 2 e 3 e suas variações para
mais ou para menos.
Para o Fator de Risco “Moeda Estrangeira”, foi considerada a cotação de R$3,2080 de 31/03/2015 (PTAX Bacen).
As análises de sensibilidade a seguir identificadas, não consideram a capacidade de reação das áreas de risco e
de tesouraria, pois uma vez constatada perda relativa a estas posições, medidas mitigadoras do risco são
rapidamente acionadas, minimizando a possibilidade de perdas significativas.
Teste de Sensibilidade: Carteira Trading
Cenários
1
1%
2
25%
3
50%
(*) Exposição Inexistente para a data analisada
Taxa de Juros (*)
-
Fatores de Risco
Moedas
1.392
34.795
69.591
Ações
124
3.108
6.215
Total
1.516
37.903
75.806
Definições:
Taxa de Juros – exposições sujeitas às variações de taxas de juros pré-fixadas e cupons de taxas de juros.
Moeda Estrangeira – exposições sujeitas à variação cambial.
| 75
Renda Variável – exposições sujeitas à variação do preço de ações.
Analisando os resultados, identifica-se no Fator de Risco “Moedas Estrangeiras” a maior perda esperada, que
representa aproximadamente 65,79% de toda a perda esperada para os três cenários. Observamos que a perda
esperada no Cenário 2 foi 25 vezes maior que no Cenário 1. Do Cenário 2 para o Cenário 3, a variação é de
100%. A maior perda esperada nestes Cenários do Teste de Sensibilidade, ocorre no Cenário 3 (65,8%), no valor
total de R$75.806.
Análise de Sensibilidade de Instrumentos Financeiros Derivativos - o Banrisul também realizou a análise de
sensibilidade de suas posições em instrumentos financeiros derivativos (Carteira Trading) e das operações de
captação externa realizadas em 02/02/2012 no valor de USD 500 milhões e 03/12/2012 no valor de USD 275
milhões, com vencimento em 02/02/2022, contabilizadas na Carteira Banking (Nota 14). Foram aplicados
choques para mais ou para menos nos Cenários I, II e III.
A aplicação dos choques sobre o valor da moeda estrangeira “Dólar – US$” considera a cotação de R$3,2080 de
31/03/2015 (PTAX - Bacen).
O Cenário I é o mais provável e considera as variações esperadas pelo Banrisul em relação às curvas de
referência de mercado (BM&FBovespa), utilizadas para efetuar a marcação desses instrumentos financeiros. Os
Cenários II e III são definidos de acordo com a Instrução n° 475/08 da CVM, que determina que os cenários de
alta devam contemplar variações de +25% e +50% e os cenários de queda variações de -25% e -50%.
Portanto, o Cenário I é definido pela alta de 1% do cupom de dólar, o Cenário II pela alta de 25% do cupom de
dólar e o Cenário III pela alta de 50% do cupom de dólar de acordo com a posição do Banrisul, levando-se em
consideração as condições existentes em 31/03/2015.
As análises de sensibilidade demonstradas a seguir foram estabelecidas com o uso de premissas e pressupostos
em relação a eventos futuros. Os cenários estimados revelam os impactos no resultado para cada cenário em
uma posição estática da carteira para o dia 31/03/2015.
O quadro a seguir demonstra a probabilidade do impacto no fluxo de caixa nos três cenários das exposições em
instrumentos financeiros derivativos (Carteira Trading ou para negociação) e no instrumento objeto de
proteção (Carteira Banking ou mantidos até o vencimento) em 31/03/2015.
Carteira Trading e Banking
Operação
Carteira
Swap
Trading
Dívida I
Banking
Efeito Líquido
Cenário I
Cenário II
Cenário III
Alta do Cupom de US$
(10.113)
Item Objeto de Proteção
Alta do Cupom de US$
7.634
Risco
(180.543)
(333.048)
176.799
(3.744)
328.530
(4.518)
(2.479)
Cupom de Dólar Americano (USD): Todos os produtos que possuem variações de preço atreladas a variações do
dólar americano e da taxa de juros em dólar americano.
Adicionalmente, ressalta-se que os resultados apresentados não se traduzem necessariamente em resultados
contábeis, pois o estudo tem fins exclusivos de divulgação da exposição a riscos e as respectivas ações de
proteção considerando o valor justo dos instrumentos financeiros, dissociado de quaisquer práticas contábeis
adotadas pela Instituição.
O Banrisul considera que o risco de estar passivo em CDI por ocasião dos swaps seria a elevação da taxa CDI e
este seria compensado pelo aumento das receitas oriundas de suas operações de aplicação atreladas ao CDI.
76 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
Risco de Liquidez
A definição de Risco de Liquidez consiste na possibilidade da ocorrência de perdas resultantes da falta de
recursos líquidos suficientes para fazer frente às obrigações de pagamentos – esperados e inesperados,
correntes e futuros – num horizonte de tempo definido, e também, na impossibilidade de negociar a preços de
mercado uma determinada posição, devido ao seu tamanho elevado em relação ao volume normalmente
transacionado ou em razão de alguma descontinuidade do próprio mercado.
O risco de liquidez dos negócios bancários pode ter a sua origem no momento em que estes são gerados,
ocasionado pela dificuldade na captação de recursos necessários para financiar ativos, o que conduz,
normalmente, a acréscimos nos custos de captação; ou pelas dificuldades de liquidação das obrigações para
com terceiros, induzidas por descasamentos nos prazos de vencimento de ativos e passivos.
O Banrisul estabelece limites operacionais para o Risco de Liquidez consistente com as estratégias de negócios
do Banco, para os instrumentos financeiros e demais exposições, cujos cumprimentos dos parâmetros de
grandeza são analisados regularmente pelos Comitês de Riscos Corporativos e de Gestão Bancária e
submetidos a instâncias diretivas, visando a garantir sua operacionalidade de forma eficaz pelos gestores.
O gerenciamento do risco de liquidez no Banrisul é realizado pela Unidade de Gestão de Riscos Corporativos a
qual é responsável por executar e atualizar anualmente a política e as estratégias de gerenciamento do risco de
liquidez do Banco.
A gestão da liquidez encontra-se centralizada na Tesouraria e tem como objetivo manter um nível satisfatório
de disponibilidades para fazer face às necessidades financeiras no curto, médio e longo prazo, tanto em cenário
normal como em cenário de crise, com adoção de ações corretivas, caso necessário.
No processo de controle são monitorados os descasamentos oriundos do uso de passivos de curto prazo para
lastrear ativos de longo prazo, a fim de evitar deficiências de liquidez e garantir que as reservas da Instituição
sejam suficientes para fazer frente às necessidades diárias de caixa, tanto cíclicas como não cíclicas, assim
como também as necessidades de longo prazo. O Banrisul mantém níveis mínimos de ativos com alta liquidez
de mercado, juntamente com o acesso a outras fontes de liquidez, assim como busca assegurar uma base de
operações de captação (funding) adequadamente diversificada, cumprindo os níveis mínimos exigidos pelos
requerimentos regulatórios.
No âmbito de Contingência de Liquidez, a Instituição tem como objetivo identificar antecipadamente e
minimizar eventuais crises e seus potenciais efeitos na continuidade dos negócios. Os parâmetros utilizados
para a identificação das situações de crises consistem numa gama de responsabilidades e de procedimentos a
serem seguidos de modo a garantir a estabilidade do nível de liquidez requerido.
De acordo com os requerimentos normativos constantes na Resolução nº 4.090/12, do CMN e na Circular nº
3.393/08, do Bacen, é elaborado e enviado mensalmente ao Bacen o Demonstrativo de Risco de Liquidez (DRL),
contemplando os ativos negociáveis, os passivos exigíveis, a programação para alocação de ativos e captação
de passivos, as estimativas dos cenários de estresse para liquidez, os planos de contingência e a concentração
da captação.
Periodicamente, relatórios são enviados aos Comitês, Comissões, Diretoria e Conselho de Administração,
contendo as análises acerca do DRL e demais informações referentes ao gerenciamento do risco de liquidez.
Anualmente, ou em periodicidade menor, caso necessário, é proposta ao Conselho de Administração, a Política
de Gerenciamento de Risco de Liquidez, contendo as diretrizes para a gestão do risco, considerando o
orçamento, o planejamento financeiro, os limites de riscos e a otimização dos recursos disponíveis.
Índice de Basileia
Conforme previsto nas Resoluções CMN nº 4.192/13 e nº 4.193/13, a partir de 1º de janeiro de 2015 a
apuração do Capital Regulamentar e dos Ativos Ponderados pelo Risco deve ter como base o Conglomerado
| 77
Prudencial, o que dá início a uma nova série de informações, não havendo comparabilidade com as divulgações
anteriores, cuja base era o Conglomerado Financeiro.
A Resolução 4.193/13 definiu os limites mínimos para o Capital Principal, para Capital de Nível I e para o
Patrimônio de Referência, além da introdução do Adicional de Capital Principal. Em março de 2015, os limites
mínimos de capital exigidos foram de 11,00% para o Índice de Basileia (Patrimônio de Referência), 6,0% para o
Índice de Nível I e de 4,5% para o Índice de Capital Principal. O Adicional de Capital Principal, que será exigido a
partir de 1° de janeiro de 2016, inicia com requerimento de 0,625%, conforme definido pela Circular Bacen nº
3.741/14, e corresponde à aplicação dos percentuais relativos aos limites inferiores de que trata a Resolução
CMN nº 4.193/13.
Os Índices calculados para o Conglomerado Prudencial em março de 2015 são: Índice de Basileia – 16,98%;
Índice de Capital Principal – 13,94% e Índice de Nível I – 13,94%, ambos apresentando folga em relação aos
mínimos exigidos, conforme o quadro a seguir:
Banrisul Conglomerado Prudencial
Patrimônio de Referência (PR)
Nível I
Capital Principal
Capital Social
Reserva de Capital, Reavaliação e de Lucros
Contas de Resultado Credoras
Deduções do Capital Principal exceto Ajustes Prudenciais
Avaliação Patrimonial e TVM
Ações em Tesouraria e Outros Instrumentos de Emissão Própria
Contas de Resultado Devedoras
Ajustes Prudenciais
Exceto Participações não Consolidadas e Crédito Tributário
Nível II
Instrumentos Elegíveis ao Nível II
Ativos Ponderados pelo Risco - RWA
Risco de Crédito (RWACPAD)
Risco de Mercado (RWAMPAD)
Risco de Juros (RWAJUR1)
Risco de Ações (RWAACS)
Risco Taxa de Câmbio (RWACAM)
Risco Operacional (RWAOPAD)
Carteira Banking (RBAN)
Margem sobre o PR considerando Rban
Índice de Basileia (Fator de Risco/PRE)
Índice de Nível I %
Índice de Capital Principal %
Índice de Basileia Amplo %
Índice de Imobilização %
2015
6.927.654
5.684.051
5.684.051
4.004.490
1.703.080
3.709.608
3.677.222
33.164
4.490
3.639.568
55.905
55.905
1.243.603
1.243.603
40.787.506
34.347.548
759.259
52
18.081
741.126
5.680.699
791.208
1.649.820
16,98%
13,94%
13,94%
14,44%
4,02%
NOTA 27 - TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS
(a) O Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. mantém relacionamentos comerciais com o Governo do
Estado do Rio Grande do Sul e as empresas por ele controladas, Companhia Estadual de Energia Elétrica - CEEE,
Companhia Riograndense de Saneamento - CORSAN, Companhia de Gás do Rio Grande do Sul - SULGÁS,
Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul S.A. - CEASA, Companhia Estadual de Silos e Armazéns - CESA,
Companhia Rio-grandense de Artes Gráficas - CORAG, Companhia Riograndense de Mineração - CRM,
Companhia de Processamento de Dados do Estado do Rio Grande do Sul – PROCERGS, Badesul
Desenvolvimento S.A. – Agência de Fomento/RS e Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul - BRDE,
e as empresas controladas indiretamente, Fundação Banrisul de Seguridade Social – FBSS e Cabergs - Caixa de
Assistência dos Empregados do Banco do Estado do Rio Grande do Sul a seguir demonstradas:
Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Em 28 de junho de 2012 foi estabelecido Termo de Convênio de n° 1.201/12 entre o Banrisul e o Estado do Rio
Grande do Sul, no qual o Estado assegura ao Banrisul a exclusividade na prestação dos serviços bancários
relacionados com o pagamento de pessoal dos servidores ativos e inativos, pensionistas vitalícios e especiais do
Poder Executivo (Administração Direta), e dos pensionistas previdenciários (Instituto de Previdência do Estado
78 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
do Rio Grande do Sul – IPERGS) pelo prazo de cinco anos e mantendo a concessão do canal, pelo Estado, para
realização de empréstimos consignados em folha de pagamento. No mesmo Termo de Convênio, em razão da
reciprocidade na prestação de serviços, o Banrisul libera o Estado do Rio Grande do Sul de qualquer custo
associado à prestação dos serviços bancários de arrecadação de receitas e tributos estaduais, débitos em
contas correntes, extratos de FGTS e serviços de cobrança de créditos imobiliários.
O Banrisul também é prestador de serviços nos repasses financeiros realizados pelas secretarias quanto à
destinação de valores vinculados aos programas sociais e efetua serviços de atualização de dados cadastrais de
servidores inativos e de detentores de pensões especiais ou vitalícias oriundas da Administração Direta. Esses
serviços não são remunerados.
Além disso, o Banrisul efetua o pagamento de fornecedores relacionados ao sistema de Finanças Públicas e
processa as movimentações relacionadas ao Sistema Integrado de Administração de Caixa – SIAC, responsável
por centralizar em conta bancária única as disponibilidades dos órgãos da Administração Direta e Indireta do
Estado e de suas controladas. Esses serviços não são remunerados.
O Banrisul também efetua para diversas fundações e autarquias outros serviços de cobrança por meio de
arrecadação e fornecimento de cartão-refeição e combustível. Esses serviços geraram, no período findo em 31
de março de 2015, receita no valor de R$2.237. O Banrisul disponibiliza a solução para gestão de compras
eletrônicas por meio do Portal de Compras Pregão On Line, e esse serviço não é remunerado.
O Banrisul adquiriu direitos de créditos do FCVS, conforme descrito na Nota 06. Em 31 de março de 2015, os
créditos estão avaliados pelo valor de custo e acrescidos de rendimentos incorridos até a data das
demonstrações financeiras intermediárias, no valor de R$769.977.
O Banrisul tem contratos de arrendamento de imóveis pertencentes ao Estado, que geraram, no período findo
em 31 de março de 2015, despesas no montante de R$409.
O Banrisul dispõe de acordo com o Estado de cessão de funcionários, segundo o qual o Estado cedeu 08 (oito)
funcionários e recebeu 10 (dez) funcionários alocados em secretarias e fundações. Os custos com esses
funcionários são ressarcidos pelas partes.
Companhia Estadual de Energia Elétrica - CEEE
O Banrisul é responsável pela prestação de serviços bancários relacionados ao pagamento de pessoal e tem
contrato de concessão de empréstimos consignados em folha de pagamento. O Banco é também agente
arrecadador pelo serviço de arrecadação das contas de consumo emitidas pela CEEE e, no período findo em 31
de março de 2015, foi remunerado em R$901 por esses serviços. O Banrisul disponibiliza a solução para gestão
de compras eletrônicas por meio do Portal de Compras Pregão On Line.
Companhia Riograndense de Saneamento - CORSAN
O Banrisul é responsável pela prestação de serviços bancários relacionados com o pagamento de pessoal. O
Banco é também agente arrecadador das contas de consumo emitidas pela CORSAN e, no período findo em 31
de março de 2015, foi remunerado em R$1.232 por esses serviços. O Banrisul disponibiliza a solução para
gestão de compras eletrônicas por meio do Portal de Compras Pregão On Line.
O Banrisul é interveniente para operacionalizar o fluxo financeiro previsto nos contratos dessa companhia com
o BNDES. Não existem garantias prestadas e/ou remuneração atrelada a essas operações.
SULGÁS, CEASA, CESA, CORAG, CRM e PROCERGS
O Banrisul é responsável pela prestação de serviços bancários relacionados com o pagamento de pessoal com
as empresas acima mencionadas, mantendo também contrato de concessão de empréstimos consignados em
folha de pagamento. Com a SULGÁS, a CESA e a PROCERGS o serviço de cobrança escritural emitido por essas
| 79
companhias remunerou o Banco em R$61, no período findo em 31 de março de 2015. O fornecimento de
cartão-refeição e/ou combustível para a SULGÁS, a CESA, a CORAG e a CRM também são de responsabilidade
do Banrisul. O Banrisul disponibiliza a solução para gestão de compras eletrônicas por meio do Portal de
Compras Pregão On Line.
A SULGÁS dispõe ainda de aplicações financeiras com remuneração atrelada à variação do CDI, bem como o
Banrisul é interveniente para operacionalizar o fluxo financeiro previsto nos contratos dessa companhia com o
BNDES. Não existem garantias prestadas e/ou remuneração atrelada a essas operações.
Badesul Desenvolvimento S.A. - Agência de Fomento/RS
O Banrisul é responsável pela prestação de serviços bancários relacionados com o pagamento de pessoal e tem
contrato de concessão de empréstimos consignados em folha de pagamento. O serviço de cobrança escritural e
o fornecimento de cartão-refeição também são de responsabilidade do Banrisul e, para tanto, no período findo
em 31 de março de 2015, o Banco foi remunerado em R$24 sobre esses serviços. O Banrisul disponibiliza a
solução para gestão de compras eletrônicas por meio do Portal de Compras Pregão On Line.
O Banrisul tem acordo de cessão de empregados, segundo o qual cedeu 03 (três) de seus funcionários e
recebeu 1 (um). Os custos desse acordo são ressarcidos pelas partes.
Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul - BRDE
O Banrisul é responsável pela prestação de serviços bancários relacionados com o pagamento de pessoal e tem
contrato de concessão de empréstimos consignados em folha de pagamento relativos aos funcionários
alocados no Rio Grande do Sul, sendo também responsável pelo serviço de cobrança escritural.
Fundação Banrisul de Seguridade Social - FBSS
Conforme descrito na Nota 25, o Banrisul tem dívida contratada em 31 de março de 1998 relativa à parcela
remanescente do déficit atuarial, no montante de R$67.643. Essa dívida é paga acrescida de juros de 6% a.a. e
atualizada pela variação do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna – IGP-DI, por meio de atualizações
mensais, com prazo final em 2028.
Para a complementação de benefícios assegurados e prestados pela Previdência Social aos funcionários, o
Banrisul contribuiu para a Fundação, no período findo em 31 de março de 2015, com o montante de R$23.120.
O Banrisul é responsável pela prestação de serviços bancários relacionados com o pagamento de pessoal bem
como de aposentadorias e pensões dos beneficiários da Fundação Banrisul.
A Fundação dispõe também de fundo de investimento exclusivo administrado pelo Banrisul. As aplicações
financeiras efetuadas pela Fundação com o Banrisul são remuneradas com taxas atreladas à variação do CDI.
O Banrisul tem contratos de arrendamento de imóveis pertencentes à Fundação Banrisul, que geraram, no
período findo em 31 de março de 2015, despesas no montante de R$2.521.
Caixa de Assistência dos Empregados do Banco do Estado do Rio Grande do Sul - Cabergs
O Banrisul oferece benefícios de assistência médica e odontológica a seus funcionários e aposentados pela
Fundação Banrisul, que geraram, no período findo em 31 de março de 2015, despesas no montante de
R$9.668.
O Banrisul é responsável pela prestação de serviços bancários relacionados com o pagamento de pessoal e de
fornecedores. A Cabergs dispõe de fundo de investimento exclusivo administrado pelo Banrisul. As aplicações
financeiras efetuadas pela Cabergs com o Banrisul são remuneradas com taxas atreladas à variação do CDI.
80 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
O Banrisul disponibiliza a solução para gestão de compras eletrônicas por meio do Portal de Compras Pregão
On Line e esse serviço não é remunerado.
Todas as transações remuneradas foram contratadas a taxas compatíveis com as praticadas com terceiros,
vigentes nas datas das operações.
Bem Promotora de Vendas e Serviços S.A.
Com o objetivo de ampliar canais de relacionamento com clientes em escala nacional, o Banrisul mantém uma
parceria com a promotora de vendas Bem Promotora de Vendas e Serviços S.A. para atuar na geração de
crédito consignado.
Sobre os serviços prestados de originação de crédito consignado por meio dos convênios, o Banrisul pagou
para a Bem Promotora de Vendas e Serviços S.A., no período findo em 31 de março de 2015, o montante de
R$17.843 a título de comissões e taxas de performance.
Fundos de Investimentos e Carteiras Administradas
O Banrisul é administrador de diversos fundos e carteiras administradas, que são compostas principalmente
por títulos de renda fixa e de renda variável.
O Administrador foi responsável pela realização, como contraparte, das operações compromissadas dos
Fundos que tiveram como lastro títulos públicos federais. Essas operações apresentaram no período um
volume médio diário de R$2.992.040, que representou 33,2% sobre o patrimônio líquido médio dos fundos.
Essas operações foram realizadas em condições de mercado no que se refere a prazos e taxas praticadas.
A Banrisul S.A. Corretora de Valores Mobiliários e Câmbio foi responsável pela realização, como contraparte,
das operações de compra e venda de ações dos Fundos de Ações administrados pelo Banrisul realizadas no
período. Essas operações apresentaram um volume de R$2.397, que representou 4,0% sobre o patrimônio
líquido médio dos fundos de ações no mesmo período, e foram realizadas a preço de mercado por meio de
pregão eletrônico da BM&FBovespa. Essas operações incorreram em uma corretagem de R$1.
As transações com controladores e controladas estão demonstradas a seguir:
Ativos (Passivos)
Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Serviços de Arrecadação
Outros Créditos
Depósitos à Vista
Captações no Mercado Aberto (1)
Outras Obrigações
Empresas Controladas
Outros Créditos
Depósitos à Vista
Depósitos a Prazo
Captações no Mercado Aberto(1)
Outras Obrigações
Fundação Banrisul de Seguridade Social
Outras Obrigações
Total
(1) Estas captações são remuneradas a 100% da taxa Selic.
2015
(391.694)
16.774
(166.013)
(226.488)
(15.967)
(706.063)
44.570
(2.641)
(161.979)
(69.663)
(516.350)
(68.411)
(68.411)
(1.166.168)
2014
(1.816.324)
5.072
15.566
(150.230)
(1.638.092)
(48.640)
(714.352)
18.607
(10.455)
(149.466)
(70.590)
(502.448)
(68.821)
(68.821)
(2.599.497)
01/01 a
31/03/2015
(17.982)
(17.573)
(409)
9.080
16.223
(4.450)
(2.188)
(505)
(4.319)
(4.319)
(13.221)
Banrisul
Receitas (Despesas)
01/01 a
31/03/2014
(60.344)
(60.074)
(270)
4.223
11.033
(4.410)
(1.809)
(591)
(1.901)
(1.901)
(58.022)
| 81
Ativos (Passivos)
Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Disponibilidades
Serviços de Arrecadação
Outros Créditos
Depósitos à Vista
Captações no Mercado Aberto (1)
Outras Obrigações
Fundação Banrisul de Seguridade Social
Outras Obrigações
Total
(1) Estas captações são remuneradas a 100% da taxa Selic.
2015
(369.173)
19.843
19.452
(166.013)
(226.488)
(15.967)
(68.411)
(68.411)
(437.584)
2014
(1.794.953)
18.296
5.072
18.641
(150.230)
(1.638.092)
(48.640)
(68.821)
(68.821)
(1.863.774)
01/01 a
31/03/2015
(17.420)
544
18
(17.573)
(409)
(4.319)
(4.319)
(21.739)
Banrisul Consolidado
Receitas (Despesas)
01/01 a
31/03/2014
(59.788)
437
119
(60.074)
(270)
(1.901)
(1.901)
(61.689)
(b) Remuneração do Pessoal-Chave da Administração
Anualmente, na Assembleia Geral Ordinária, são fixados:
(i) O montante global anual da remuneração dos Administradores, dos membros do Conselho de
Administração, dos membros do Conselho Fiscal e dos membros do Comitê de Auditoria, conforme determina
o Estatuto Social; e
(ii) A verba destinada a custear planos de previdência complementar aberta dos administradores, dentro do
plano de previdência destinado aos funcionários e administradores do Banrisul e das suas controladas.
Em 2014, foi deliberado o valor máximo individual anual de R$448 para remuneração dos Diretores (proventos
e gratificações), do Conselho de Administração, do Conselho Fiscal e do Comitê de Auditoria.
No período findo em 31 de março de 2015, as remunerações estão demonstradas a seguir:
Benefícios de Curto Prazo
Proventos
Gratificações
Encargos Sociais
Total
01/01 a 31/03/2015
640
37
213
890
01/01 a 31/03/2014
800
9
166
975
O Banrisul custeia planos de previdência complementar de contribuição definida aos administradores que
pertencem ao quadro de funcionários. No período findo em 31 de março de 2015 as contribuições à Fundação
Banrisul de Seguridade Social montavam R$16 (2014 – R$16).
O Banrisul dispõe de seguro de responsabilidade civil para os diretores e membros dos conselhos, e pagou
prêmio de seguro no montante de R$725.
O Banrisul não tem benefícios de longo prazo, de rescisão de contrato de trabalho ou remuneração baseada
em ações para seu pessoal-chave da Administração.
(c) Outras Informações
(i) Conforme legislação em vigor, as instituições financeiras não podem conceder empréstimos ou
adiantamentos para:
 Diretores e membros dos conselhos consultivos ou administrativo, fiscais e semelhantes, bem como aos
respectivos cônjuges e parentes até o 2º grau;
 Pessoas físicas ou jurídicas que participem de seu capital, com mais de 10%; e
 Pessoas jurídicas que participem com capital de mais de 10%, a própria instituição financeira, quaisquer
diretores ou administradores da própria instituição, bem como seus cônjuges e respectivos parentes até o 2º
grau.
82 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
Dessa forma, não são efetuados pelo Banrisul empréstimos ou adiantamentos a qualquer subsidiária, membros
do Conselho de Administração ou da Diretoria Executiva e seus familiares.
(ii) Em dezembro de 2014, em continuidade ao fato relevante divulgado em data 14/07/2014, foi assinado
contrato de parceria entre Banrisul e a Icatu Seguros S.A. para constituição de empresa seguradora no ramo de
vida e previdência. Em janeiro de 2015, a SUSEP autorizou o Banrisul a ingressar como parte integrante da
holding denominada Banrisul Icatu Participações S.A., que deterá a totalidade do capital social da nova
companhia de seguros, chamada Rio Grande Seguros e Previdência S.A. A operação também contou com as
aprovações do Banco Central do Brasil e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE. A
constituição dos atos societários encontra-se em andamento.
(d) Participação Acionária
Os membros da Diretoria, do Conselho de Administração, do Conselho Fiscal e do Comitê de Auditoria têm, em
conjunto, a seguinte participação acionária no Banrisul em 31 de março de 2015:
Ações
Ações Ordinárias
Ações Preferenciais
Total de Ações
Quantidade
105
294
399
NOTA 28 - IMPACTO DA APLICAÇÃO DAS NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE
Durante o processo de convergência com as normas internacionais de contabilidade, algumas normas e suas
interpretações foram emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), as quais serão aplicáveis às
instituições financeiras somente quando aprovadas pelo CMN. Atualmente as instituições financeiras e demais
instituições reguladas pelo Banco Central devem adotar os seguintes pronunciamentos:
Pronunciamento Conceitual Básico (R1);
Redução ao Valor Recuperável de Ativos (CPC 01(R1));
Demonstração do Fluxo de Caixa (CPC 03(R2));
Divulgação sobre Partes Relacionadas (CPC 05(R1));
Pagamento Baseado em Ações (CPC 10(R1));
Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro (CPC 23);
Eventos Subsequentes (CPC 24); e
Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes (CPC 25).
A Resolução n° 3.786/09 do CMN e as Circulares n° 3.472/09 e n° 3.516/10 do Bacen, estabeleceram que as
instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Bacen, constituídas sob a forma de
companhia aberta ou que sejam obrigadas a constituir Comitê de Auditoria devem, a partir de 31 de dezembro
de 2010, elaborar anualmente e divulgar em até 90 dias após a data-base de 31 de dezembro suas
demonstrações contábeis consolidadas, preparadas de acordo com as normas internacionais de contabilidade
(IFRS), seguindo os pronunciamentos internacionais emitidos pelo IASB - International Accounting Standards
Board.
O Banrisul, em 06 de março de 2015, disponibilizou no site www.banrisul.com.br/ri assim como, na CVM
(www.cvm.gov.br), as demonstrações contábeis de 31 de dezembro de 2014, elaboradas de acordo com as
Normas Internacionais de Relatórios Financeiros - IFRS. Na avaliação da Administração, as reconciliações entre
o lucro líquido e patrimônio líquido em 31 de março de 2015 são consistentes com os valores apresentados nas
reconciliações de 31 de dezembro de 2014.
| 83
NOTA 29 - AUTORIZAÇÃO PARA CONCLUSÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
INTERMEDIÁRIAS
A Administração do Banrisul autorizou a conclusão das presentes demonstrações financeiras intermediárias em
05 de maio de 2015.
DIRETORIA
LUIZ GONZAGA VERAS MOTA
Presidente
IRANY DE OLIVEIRA SANT’ANNA JUNIOR
Vice-Presidente
JORGE FERNANDO KRUG SANTOS
JORGE LUIZ OLIVEIRA LOUREIRO
JÚLIO FRANCISCO GREGORY BRUNET
LEODIR ANTÔNIO ARALDI
OBERDAN CELESTINO DE ALMEIDA
RICARDO RICHINITI HINGEL
SUZANA FLORES COGO
Diretores
WERNER KÖHLER
Contador CRCRS 38.534
84 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
RELATÓRIO
| 85
RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Aos
Administradores e Acionistas do
Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A.
Porto Alegre – RS
Revisamos os balanços patrimoniais, individual e consolidado, do Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A.
(“Banco”), em 31 de março de 2015, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio
líquido e dos fluxos de caixa para o período de três meses findo naquela data, incluindo as notas explicativas.
A Administração do Banco é responsável pela elaboração e apresentação adequada dessas informações contábeis
intermediárias de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, aplicáveis às instituições autorizadas a
funcionar pelo Banco Central do Brasil. Nossa responsabilidade é a de expressar uma conclusão sobre essas
informações contábeis intermediárias com base em nossa revisão.
Alcance da revisão
Conduzimos nossa revisão de acordo com as normas brasileiras e internacionais de revisão (NBC TR 2410 - Revisão
de Informações Intermediárias Executada pelo Auditor da Entidade e ISRE 2410 - Review of Interim Financial
Information Performed by the Independent Auditor of the Entity, respectivamente). Uma revisão de informações
intermediárias consiste na realização de indagações, principalmente às pessoas responsáveis pelos assuntos
financeiros e contábeis e na aplicação de procedimentos analíticos e de outros procedimentos de revisão. O alcance
de uma revisão é significativamente menor do que o de uma auditoria conduzida de acordo com as normas de
auditoria e, consequentemente, não nos permitiu obter segurança de que tomamos conhecimento de todos os
assuntos significativos que poderiam ser identificados em uma auditoria. Portanto, não expressamos uma opinião de
auditoria.
Conclusão sobre as informações contábeis intermediárias
Com base em nossa revisão, não temos conhecimento de nenhum fato que nos leve a acreditar que as informações
contábeis intermediárias individuais e consolidadas não foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de
acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo Banco
Central do Brasil.
Outros assuntos
Demonstração do valor adicionado
Revisamos, também, as demonstrações, individual e consolidada, do valor adicionado (DVA) referente ao período
de três meses findo em 31 de março de 2015, preparadas sob a responsabilidade da Administração do Banco, cuja
apresentação nas informações contábeis intermediárias é requerida de acordo com as normas expedidas pela CVM
- Comissão de Valores Mobiliários, e considerada informação suplementar para fins do Banco Central do Brasil e
Conselho Monetário Nacional, que não requerem a apresentação da DVA. Essas demonstrações foram submetidas
aos mesmos procedimentos de revisão descritos anteriormente e, com base em nossa revisão, não temos
conhecimento de nenhum fato que nos leve a acreditar que não foram elaboradas, em todos os seus aspectos
relevantes, de forma consistente com as informações contábeis intermediárias individuais e consolidadas tomadas
em conjunto.
Porto Alegre (RS), 5 de maio de 2015.
ERNST & YOUNG
Auditores Independentes S.S.
CRC 2SP-015.199/O-6/F-RS
86 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
Dario Ramos da Cunha
Contador CRC1SP214144/O-1
ANÁLISE DE
DESEMPENHO
ANÁLISE DE
DESEMPENHO
Apresentamos a Análise de Desempenho do Banco do
Estado do Rio Grande do Sul, relativa ao primeiro
trimestre de 2015.
Apresentamos a Análise de Desempenho do Banco do Estado
do Rio Grande do Sul, relativa ao ano de 2014 e ao quarto
trimestre de 2014.
| 87
TABELA 7: INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS
1.052,7
869,2
1.052,7
998,5
979,3
942,9
869,2
1T15 /
1T14
21,1%
Despesas com Provisão para Operações de Crédito
404,6
196,4
404,6
237,1
209,3
141,5
196,4
106,0%
70,7%
Resultado Bruto da Intermediação Financeira
648,1
672,8
648,1
761,4
769,9
801,4
672,8
-3,7%
-14,9%
Receita da Intermediação Financeira
2.929,3
1.758,9
2.929,3
2.330,6
2.285,8
1.821,4
1.758,9
66,5%
25,7%
Despesa da Intermediação Financeira
2.281,2
1.086,1
2.281,2
1.569,2
1.515,8
1.019,9
1.086,1
110,0%
45,4%
Receita de Serviços e Tarifas Bancárias
324,9
268,5
324,9
333,1
308,4
286,4
268,5
21,0%
-2,5%
Despesas Administrativas Recorrentes (1)
719,7
632,7
719,7
747,4
689,9
672,4
632,7
13,8%
-3,7%
Outras Despesas Operacionais Recorrentes
101,6
90,1
101,6
101,7
86,0
69,5
90,1
12,7%
-0,1%
Outras Receitas Operacionais Recorrentes
123,7
60,1
123,7
93,9
97,5
69,8
60,1
106,0%
31,7%
Lucro Líquido Ajustado
147,0
137,9
147,0
177,0
215,3
222,7
137,9
6,6%
-17,0%
Lucro Líquido
147,0
77,8
147,0
248,2
215,3
150,1
77,8
Mar 2015
Mar 2014
Mar 2015
Dez 2014
Set 2014
Jun 2014
Ativos Totais
61.357,3
57.445,8
61.357,3
59.561,7
59.092,2
57.212,1
Títulos e Valores Mobiliários (2)
14.645,9
12.634,6
14.645,9
14.599,0
12.719,5
12.654,7
12.634,6
15,9%
0,3%
Carteira de Crédito Total
31.027,0
27.252,2
31.027,0
30.487,0
29.950,8
28.062,4
27.252,2
13,9%
1,8%
Provisão para Operações de Crédito
1.861,0
1.595,2
1.861,0
1.694,0
1.713,8
1.622,6
1.595,2
16,7%
9,9%
Créditos em Atraso > 60 dias
1.324,0
1.124,7
1.324,0
1.169,1
1.221,9
1.126,5
1.124,7
17,7%
13,2%
Principais Itens de Resultado - R$ Milhões
Margem Financeira
Principais Itens Patrimoniais - R$ Milhões
Créditos em Atraso > 90 dias
1T15
1T14
1T15
4T14
3T14
2T14
1T14
1T15 /
4T14
5,4%
89,1%
-40,8%
Mar 2015/ Mar 2015/
Mar 2014
Mar 2014 Dez 2014
57.445,8
6,8%
3,0%
1.102,5
942,9
1.102,5
1.034,4
1.058,6
990,2
942,9
16,9%
6,6%
49.248,5
43.035,3
49.248,5
48.064,9
46.397,0
44.622,1
43.035,3
14,4%
2,5%
Patrimônio Líquido
5.742,2
5.161,3
5.742,2
5.671,3
5.420,7
5.273,6
5.161,3
11,3%
1,2%
Patrimônio de Referência (3)
6.927,7
6.532,9
6.927,7
7.062,3
6.812,6
6.663,2
6.532,9
6,0%
-1,9%
Recursos Captados e Administrados
Patrimônio Líquido Médio
5.706,7
5.155,5
5.706,7
5.546,0
5.347,2
5.217,5
5.155,5
10,7%
2,9%
Ativo Total Médio
60.459,5
55.328,2
60.459,5
59.326,9
58.152,1
57.328,9
55.328,2
9,3%
1,9%
Ativos Rentáveis Médios
55.443,2
51.420,4
55.443,2
53.756,4
52.432,6
51.650,7
51.420,4
Principais Inf. do Mercado Acionário - R$ Milhões
1T15
1T14
1T15
4T14
3T14
2T14
1T14
Juros sobre Capital Próprio/Dividendos (4)
77,0
66,1
77,0
80,3
67,7
66,6
66,1
7,8%
1T15 /
1T14
16,5%
3,1%
1T15/
4T14
-4,1%
4.498,7
5.365,7
4.498,7
5.930,1
6.011,9
4.396,5
5.365,7
-16,2%
-24,1%
Valor Patrimonial por Ação
14,03
12,60
14,03
13,87*
13,25
12,89
12,60
11,3%
1,2%
Preço Médio da Ação (R$)
12,23
11,40
12,23
13,91
13,26
11,84
11,40
7,3%
-12,1%
89,5%
-41,0%
Valor de Mercado
Lucro Líquido por Ação (R$)
0,36
0,19
0,36
0,61
0,53
0,37
0,19
Índices Financeiros
1T15
1T14
1T15
4T14
3T14
2T14
1T14
ROAA Recorrente Anualizado (5)
1,0%
1,0%
1,0%
1,2%
1,5%
1,6%
1,0%
ROAE Recorrente Anualizado (6)
10,7%
11,1%
10,7%
13,4%
17,1%
18,2%
11,1%
Índice de Eficiência Recorrente (7)
53,9%
55,1%
53,9%
55,3%
55,2%
55,9%
55,1%
Margem Financeira (8)
7,81%
6,93%
7,81%
7,64%
7,68%
7,50%
6,93%
4,6%
4,4%
4,6%
4,6%
4,5%
4,5%
4,4%
4,27%
4,13%
4,27%
3,83%
4,08%
4,02%
4,13%
Custo Operacional Recorrente
Índice de Inadimplência > 60 dias (9)
Índice de Inadimplência > 90 dias (10)
3,55%
3,46%
3,55%
3,39%
3,53%
3,53%
3,46%
Índice de Cobertura 60 dias (11)
140,6%
141,8%
140,6%
144,9%
140,3%
144,0%
141,8%
Índice de Cobertura 90 dias (12)
168,8%
169,2%
168,8%
163,8%
161,9%
163,9%
169,2%
6,0%
5,9%
6,0%
5,6%
5,7%
5,8%
5,9%
17,0%
16,8%
17,0%
17,8%
17,2%
16,5%
16,8%
Índice de Provisionamento (13)
Índice de Basileia (14)
Indicadores Estruturais
Mar 2015
Mar 2014
Mar 2015
Dez 2014
Set 2014
Jun 2014
Mar 2014
Agências
531
515
531
528
524
522
515
Postos de Atendimento Bancário
206
214
206
206
208
210
214
Pontos de Atendimento Eletrônico
593
600
593
594
604
589
600
11.588
11.967
11.588
11.636
11.679
11.718
11.967
Colaboradores
Indicadores Econômicos
1T15
1T14
1T15
4T14
3T14
2T14
1T14
Selic Efetiva Acumulada
2,82%
2,42%
2,82%
2,78%
2,75%
2,53%
2,42%
Taxa de Câmbio (R$/US$ - final de período)
Variação Cambial (%)
IGP-M
3,21
2,26
3,21
2,66
2,45
2,20
2,26
20,77%
-3,40%
20,77%
8,37%
11,28%
-2,67%
-3,40%
2,02%
2,55%
2,02%
1,89%
-0,68%
-0,10%
2,55%
IPCA
3,83%
2,18%
*Revisado
(1) Inclui despesas de pessoal e outras despesas administrativas.
(2) Inclui aplicações interfinanceiras de liquidez e deduz as obrigações
compromissadas.
(3) Durante o ano de 2014, calculado com base no Conglomerado Financeiro. A
partir de 2015, conforme previsto nas Resoluções CMN nº 4.192/13 e nº 4.193/13,
calculado com base no Conglomerado Prudencial.
(4) Juros sobre o capital próprio e dividendos pagos e/ou distribuídos (antes da
retenção do Imposto de Renda).
(5) Lucro líquido sobre ativo total médio.
(6) Lucro líquido sobre patrimônio líquido médio.
88 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
3,83%
1,72%
0,83%
1,54%
2,18%
(7) Índice de eficiência – acumulado no período dos últimos 12 meses. Despesas de
pessoal + outras despesas administrativas / margem financeira + renda de
prestação de serviços + (outras receitas operacionais – outras despesas
operacionais).
(8) Margem financeira em percentual dos ativos rentáveis.
(9) Atrasos > 60 dias / carteira de crédito.
(10) Atrasos > 90 dias / carteira de crédito.
(11) Provisão para devedores duvidosos / atrasos > 60 dias.
(12) Provisão para devedores duvidosos / atrasos > 90 dias.
(13) Provisão para devedores duvidosos / carteira de crédito.
(14) Durante o ano de 2014, calculado com base no Conglomerado Financeiro. A
partir de 2015, conforme previsto nas Resoluções CMN nº 4.192/13 e nº 4.193/13,
calculado com base no Conglomerado Prudencial.
SUMÁRIO EXECUTIVO 1T15
No dia 16 abril de 2015, tomou posse a nova Diretoria do Banrisul. A composição da Diretoria Executiva e seus
propósitos, bem como os fatores que afetaram o desempenho do 1T15 estão resumidamente destacados a
seguir.
Assumiram a presidência e vice-presidência do Banrisul, os Executivos Luiz Gonzaga Veras Mota e Irany de
Oliveira Sant’Anna Junior. As Diretorias de Tecnologia da Informação, Administração de Recursos de
Terceiros, Planejamento e Expansão de Negócios, Comercial, Crédito, Financeira e de Relações com
Investidores e Administrativa foram ocupadas respectivamente, pelos Executivos Jorge Fernando Krug
Santos, Jorge Luiz Oliveira Loureiro, Júlio Francisco Gregory Brunet, Leodir Antônio Araldi, Oberdan
Celestino de Almeida, Ricardo Richiniti Hingel e Suzana Flores Cogo. A nova Diretoria elegeu como pilares
institucionais da gestão tornar o Banrisul um banco cada vez mais moderno, sustentável, eficiente e
atuante prestador de serviços à comunidade.
O Banrisul apurou lucro líquido de R$147,0 milhões no 1T15, R$9,1 milhões ou 6,6% acima do resultado
recorrente registrado no 1T14 e R$30,0 milhões ou 17,0% abaixo do obtido no 4T14. O desempenho no
trimestre reflete a ampliação de receitas e de despesas com juros e o aumento dos níveis de
inadimplência, assim como a performance de receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias e de
despesas administrativas, ambas influenciadas pelo aumento de negócios com cartões e de operações de
crédito originadas na plataforma extra rede de agências. Em relação ao 4T14, tanto as receitas de serviços
quanto as despesas administrativas foram impactadas por eventos de natureza sazonal.
A margem financeira do 1T15 alcançou R$1.052,7 milhões, R$183,5 milhões ou 21,1% superior em
relação àquela registrada no 1T14. Na comparação com o 4T14, a margem financeira apresentou
incremento de R$54,2 milhões ou 5,4%. A evolução da margem financeira é explicada pela recuperação
dos spreads e pela elevação do saldo de operações de crédito.
As despesas de provisão com operações de crédito somaram R$404,6 milhões no 1T15, com incremento
de R$208,2 milhões frente ao fluxo apurado no 1T14 e R$167,6 milhões em relação ao 4T14. Nos últimos
doze meses, a carteira de crédito classificada por rating apresentou melhora de 0,6 pp. no risco normal. O
índice de inadimplência de 60 dias, 4,27%, aumentou 0,14 pp. em doze meses e 0,44 pp. no último
trimestre. O índice de atraso de 90 dias, 3,55%, apresentou incremento de 0,09 pp. em doze meses e de
0,16 pp. no último trimestre. O aumento de despesas refletiu a rolagem da carteira em atraso que exigiu
provisões em níveis mais elevados de rating, num contexto de aumento do saldo de crédito e de maior
fluxo de baixas de operações para prejuízo em relação ao apurado no 1T14.
As receitas de prestação de serviços e de tarifas bancárias seguem influenciadas pelo desempenho da
Banrisul Cartões e pelos negócios com seguros, previdência e capitalização. O fluxo de receitas do 1T15
superou em R$56,4 milhões ou 21,0% o valor registrado no 1T14, dos quais R$36,3 milhões provenientes
do incremento de negócios com adquirência e vouchers e com seguros, previdência e capitalização. Em
relação ao 4T14, as receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias apresentaram retração de R$8,2
milhões ou 2,5%, face à redução sazonal de início de ano.
As despesas administrativas, R$719,7 milhões no 1T15, apresentaram aumento de R$87,1 milhões ou
13,8% frente às despesas recorrentes do 1T14. Em relação ao 4T14, o fluxo de despesas administrativas
apresentou redução de R$27,7 milhões ou 3,7%. Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior,
o aumento de despesas reflete, especialmente, o incremento de custos associados à rede de adquirência
e à originação de crédito em plataforma extra rede de agências. No último trimestre, o menor fluxo de
despesas incorpora o efeito férias que afeta as despesas de pessoal no início do ano.
O índice de eficiência calculado com base nas despesas recorrentes alcançou 53,9% considerando o fluxo
acumulado nos últimos doze meses até março de 2015. A trajetória favorável do indicador reflete a
| 89
ampliação da margem financeira e das receitas com serviços e tarifas bancárias, efeito minimizado, em
parte, pela elevação das despesas administrativas.
Os ativos totais alcançaram saldo de R$61.357,3 milhões em março de 2015, com expansão de 6,8% em
relação a março de 2014 e de 3,0% frente dezembro de 2014. Os ativos de crédito alcançaram R$32.392,9
milhões no conceito ampliado. Descontadas as operações de coobrigação em garantias prestadas, o saldo
de operações de crédito apresentou incremento de 13,9% em doze meses e 1,8% no último trimestre. O
desempenho do crédito, em doze meses, foi motivado, principalmente, pela expansão do segmento
empresarial. A performance do último trimestre foi favorecida, em especial, pelo desempenho da carteira
comercial pessoa física.
O patrimônio líquido alcançou R$5.742,2 milhões em março de 2015, 11,3% acima da posição de março
de 2014 e 1,2% acima de dezembro de 2014. Os recursos captados e administrados somaram R$49.248,5
milhões, 14,4% acima do saldo de março de 2014 e 2,5% acima da posição de dezembro de 2014,
desempenho motivado especialmente pelo incremento na captação de depósitos a prazo.
MERCADO COMPETITIVO
No mercado competitivo, a Instituição ocupava, em dezembro de 2014, a 11ª posição em ativos totais entre os
bancos que compõem o Sistema Financeiro Nacional (SFN), 11ª posição em patrimônio líquido, 7ª posição em
depósitos totais e 7ª em número de agências, conforme ranking divulgado pelo Banco Central do Brasil,
excluído o BNDES.
O Banrisul registrou, nos três meses, ganhos de market share de 0,9048 pp. na captação de depósitos a prazo
no mercado financeiro nacional, reflexo da variação positiva desses depósitos em 14,9%, frente à retração de
8,6% verificada no Sistema Financeiro Nacional nos últimos doze meses. Em relação aos depósitos à vista, a
representatividade do Banrisul nesses recursos no mercado nacional alcançou 1,7588% em março de 2015
frente ao indicador de março de 2014, 1,7236%; e nos depósitos de poupança, a participação do Banrisul no
SFN apresentou redução de 0,0057 pp. frente ao indicador de março de 2014, alcançando representatividade
de 1,1710% em março de 2014. No saldo total de crédito, o Banco apresentou crescimento de 13,9% nos doze
meses enquanto as instituições do SFN apresentaram elevação de 11,2% no mesmo período. A
representatividade da Instituição no saldo de operações de crédito do SFN atingiu, em março de 2015,
1,0139%, frente à participação de 0,9876% em março de 2014.
No mercado regional, o Banrisul apresentou ampliação na participação dos depósitos a prazo em 2,9917 pp.
nos doze meses, alcançando 40,1701% em dezembro de 2014, aumento nos depósitos à vista, em 0,9894 pp., e
crescimento de 0,2303 pp. nos depósitos de poupança no mesmo período. A representatividade do saldo de
operações de crédito do Banco no mercado do Rio Grande do Sul alcançou 16,8603% em dezembro de 2014,
com redução de 0,1730 pp. frente à representatividade de dezembro de 2013.
TABELA 8: MERCADO COMPETITIVO
Brasil
Depósito à Vista
Poupança
Depósito a Prazo
Operações de Crédito
Nº de Agências
(1) Última informação divulgada.
(2) Última informação disponível.
Mar/15 (1)
1,7588%
1,1710%
4,4257%
1,0139%
2,2761%
90 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
Rio Grande do Sul
Mar/14
1,7236%
1,1767%
3,5209%
0,9876%
2,2316%
Dez/14 (2)
28,4692%
14,9406%
40,1701%
16,8603%
27,0240%
Dez/13
27,4798%
14,7103%
37,1784%
17,0333%
26,3453%
MARGEM ANALÍTICA
D ESEMPENHO DA I NTERMEDIAÇÃO F INANCEIRA
A margem analítica apresentada foi apurada com base nos saldos médios de ativos e passivos, calculados a
partir dos saldos finais dos meses que compõem os respectivos períodos analisados. A tabela apresenta os
ativos geradores de receitas e os passivos onerosos, os correspondentes valores de receitas da intermediação
financeira sobre ativos e despesas da intermediação financeira sobre passivos, bem como as taxas médias
efetivas geradas.
As operações de crédito incluem adiantamentos de contratos de câmbio e operações de arrendamento
mercantil, que são demonstradas pelo valor presente líquido dos contratos de arrendamento. As rendas de
operações de crédito vencidas há mais de 60 dias, independentemente de seu nível de risco, somente são
reconhecidas como receitas quando efetivamente recebidas.
Os saldos médios das aplicações interfinanceiras de liquidez, os recursos aplicados ou captados no mercado
interbancário correspondem ao valor de resgate, deduzidos das receitas ou despesas a apropriar equivalentes
a períodos futuros. Os saldos médios dos depósitos, captações no mercado aberto e obrigações por
empréstimos e repasses incluem os encargos exigíveis até a data de encerramento das demonstrações
financeiras, reconhecidos em base pro rata die. No que se refere às despesas vinculadas a essas rubricas,
àquelas relativas a depósitos incluem as despesas pelas contribuições ao Fundo Garantidor de Crédito - FGC.
A trajetória da margem sobre ativos rentáveis foi crescente no 1T15 em relação ao observado no 1T14. Os
ativos médios rentáveis cresceram 7,8%, e os passivos onerosos, 9,0%, na comparação entre 1T15 vs 1T14. A
margem absoluta do 1T15 apresentou expansão de 21,1% e a margem relativa cresceu 0,21 pp. frente à
apurada no 1T14.
O crescimento da Taxa Selic efetiva no período refletiu no aumento das taxas dos ativos rentáveis e dos
passivos onerosos. Além dos juros básicos da economia que referenciam as operações no setor financeiro, a
estrutura de ativos e passivos e também os prazos de contratação são fatores determinantes na formação da
margem auferida a cada período.
A representatividade dos ativos de crédito no total de ativos médios rentáveis apresentou crescimento de 3,0
pp. na comparação entre 1T15 vs 1T14, atingindo 53,4%. As operações de tesouraria reduziram a participação
no total de ativos rentáveis, passando de 36,2% no 1T14 para 34,0% no 1T15. Os compulsórios diminuíram a
representatividade no total de ativos rentáveis em 0,8 pp. alcançando 11,2% no 1T15.
Em relação aos passivos onerosos, o saldo médio dos depósitos a prazo representou 47,9% desses passivos no
1T15 frente aos 46,3% no 1T14. Os depósitos de poupança se mantiveram relativamente estáveis, com
retração de 0,1 pp. na representatividade sobre os passivos onerosos, atingindo 16,2% no 1T15. A captação no
mercado aberto alcançou participação de 10,2% dos passivos onerosos no 1T15, com decréscimo de 4,6 pp. na
comparação com o 1T14. Dentre os outros passivos onerosos, os recursos por aceite e emissão de títulos
apresentaram retração de 0,2 pp., alcançando participação de 5,9% no 1T15.
Os resultados dessas variações em conjunto ocasionaram aumento de 0,18 pp. no spread, que atingiu 1,72% no
1T15.
| 91
TABELA 9: MARGEM ANALÍTICA - R$ MILHÕES
1T15
1T14
2014
2013
Balanço
Médio
Receita
Despesa
Taxa
Média
Balanço
Médio
Receita
Despesa
Taxa
Média
Balanço
Médio
Receita
Despesa
Taxa
Média
Balanço
Médio
Receita
Despesa
Taxa
Média
Ativos Rentáveis
55.443,2
2.929,3
5,28%
51.420,4
1.758,9
3,42%
52.315,0
8.196,7
15,67%
47.137,1
6.572,5
13,94%
Operações de Créditos
29.580,2
1.805,7
6,10%
25.907,5
1.177,9
4,55%
27.311,5
5.486,8
20,09%
24.373,7
4.807,8
19,73%
19,9
6,5
32,61%
478,4
7,4
1,55%
225,9
33,1
14,67%
2.401,2
201,5
8,39%
18.846,9
951,6
5,05%
18.046,4
429,1
2,38%
17.741,4
2.036,3
11,48%
16.036,2
1.231,9
7,68%
5,8
0,0
0,65%
80,0
1,9
2,41%
133,6
9,9
7,45%
91,6
7,2
7,88%
6.990,3
165,4
2,37%
6.908,1
142,5
2,06%
6.902,6
630,4
9,13%
4.234,4
324,1
7,66%
6.225,1
150,3
2,41%
6.174,4
127,7
2,07%
6.153,1
571,0
9,28%
3.525,7
266,2
7,55%
765,2
15,1
1,98%
733,6
14,8
2,02%
749,5
59,4
7,93%
708,7
58,0
8,18%
5.731,2
-
-
5.068,9
-
-
5.370,3
-
-
4.036,9
-
-
Ativos Totais
61.174,4
2.929,3
4,79%
56.489,3
1.758,9
3,11%
57.685,3
8.196,7
14,21%
51.174,0
6.572,5
12,84%
Passivos Onerosos
47.946,3
(1.876,6)
3,91%
43.979,7
(889,7)
2,02%
44.904,0
(4.406,8)
9,81%
39.475,4
(2.906,0)
7,36%
761,0
(14,2)
1,86%
377,9
(8,2)
2,18%
434,4
(38,8)
8,93%
372,5
(23,6)
6,32%
Compromissos de Revendas
TVM e Instrumentos Financeiros Derivativos
Depósitos Interbancários
Outros Ativos Rentáveis
Compulsórios
Outros
Ativos Não Rentáveis
Depósitos Interfinanceiros
Poupança
7.790,4
(133,2)
1,71%
7.159,0
(116,6)
1,63%
7.411,7
(493,5)
6,66%
6.414,9
(374,1)
5,83%
22.979,3
(565,2)
2,46%
20.360,7
(429,0)
2,11%
21.161,1
(1.923,5)
9,09%
18.822,6
(1.320,0)
7,01%
Captações no Mercado Aberto
4.869,7
(145,8)
2,99%
6.502,1
(145,4)
2,24%
5.857,1
(619,4)
10,58%
4.976,0
(419,5)
8,43%
Dívida Subordinada
2.460,0
(534,5)
21,73%
1.884,5
(66,4)
3,52%
1.947,9
(513,9)
26,38%
1.790,3
(212,0)
11,84%
Obrigações por Empréstimos e Repasses
4.347,0
(351,0)
8,07%
3.568,1
(26,9)
0,75%
3.710,3
(371,3)
10,01%
3.044,4
(241,9)
7,95%
Depósitos a Prazo
No País
2.738,2
(31,9)
1,17%
2.301,7
(23,7)
1,03%
2.429,6
(102,6)
4,22%
1.931,8
(86,9)
4,50%
Exterior
1.608,9
(319,0)
19,83%
1.266,4
(3,1)
0,25%
1.280,6
(268,8)
20,99%
1.112,6
(155,0)
13,93%
Outros
4.738,9
(132,7)
2,80%
4.127,4
(97,3)
2,36%
4.381,5
(446,3)
10,19%
4.054,7
(314,9)
7,77%
Passivos Não Onerosos
7.488,3
-
-
7.307,8
-
-
7.433,2
-
-
6.760,7
-
-
Patrimônio Líquido
5.739,7
-
-
5.201,7
-
-
5.348,1
-
-
4.937,9
-
61.174,4
(1.876,6)
3,07%
56.489,3
(889,7)
1,58%
57.685,3
(4.406,8)
7,64%
51.174,0
(2.906,0)
5,68%
1.052,7
1,90%
869,2
1,69%
3.789,8
7,24%
3.666,5
7,78%
Passivos e PL
Spread
Margem
Margem Anualizada
1,72%
7,81%
1,54%
6,93%
6,57%
7,24%
-
7,16%
7,78%
V ARIAÇÕES NAS R ECEITAS E D ESPESAS DE J UROS : V OLUMES E T AXAS
A tabela abaixo apresenta a alocação das variações nas receitas e despesas de juros pela mudança no volume
médio dos ativos rentáveis e dos passivos onerosos e pela variação da taxa média de juros sobre esses ativos e
passivos: (i) 1T15 vs 1T14, (ii) 2014 vs 2013 e (iii) 2013 vs 2012.
As variações no volume e na taxa de juros foram calculadas com base nas movimentações dos saldos médios
durante o período e nas variações das taxas médias de juros sobre os ativos geradores de receitas e passivos
geradores de despesas. A variação de taxa foi calculada pela oscilação na taxa de juros no período multiplicada
pela média dos ativos geradores de receitas ou pela média dos passivos onerosos no segundo período. A
variação de volume foi computada como a diferença entre o volume de juros do período mais recente e o
anterior.
A variação positiva das receitas geradas pelos ativos rentáveis no 1T15, em R$1.170,5 milhões, está associada
ao aumento das taxas médias, que motivou aumento das rendas em R$974,6 milhões, principalmente nas
receitas de tesouraria, e ao incremento do volume médio dos ativos rentáveis, que resultou em ganhos de
R$195,9 milhões, principalmente no crédito.
A ampliação das despesas geradas pelos passivos onerosos no 1T15 em relação ao 1T14, em R$986,8 milhões,
está vinculada, principalmente, à elevação das taxas médias, que motivou a ampliação das despesas em
R$862,6 milhões, especialmente, da dívida subordinada e das obrigações por empréstimos e repasses. O
incremento do volume de captação de recursos resultou no aumento das despesas em R$124,3 milhões.
O ganho gerado com o aumento do volume médio dos ativos rentáveis em valor mais expressivo que os ônus
imputados aos passivos onerosos, em R$71,6 milhões, e o incremento na variação das taxas médias dos ativos
rentáveis mais expressivo que o volume das despesas geradas pela elevação das taxas médias dos passivos
92 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
onerosos, gerou um ganho de R$112,0 milhões. O fluxo do 1T15 gerou ampliação da margem analítica em
R$183,7 milhões.
TABELA 10: VARIAÇÕES NAS RECEITAS E DESPESAS DE JUROS: VOLUMES E TAXAS - R$ MILHÕES
1T15/1T14
Aumento / Redução
Devido a Variação em:
Taxa
Variação
Volume
Juros
Líquida
Ativos Rentáveis
Operações de Crédito, Arrendamento
Mercantil e Outros Créditos
Compromissos de Revendas
Operações com TVM e Instrumentos
Financeiros Derivativos
Depósitos Interbancários
Compulsórios
2014/2013
Aumento / Redução
Devido a Variação em:
Taxa
Variação
Volume
Juros
Líquida
2013/2012
Aumento / Redução
Devido a Variação em:
Taxa
Variação
Volume
Juros
Líquida
183,7
444,1
627,8
588,8
90,2
679,0
260,8
(213,2)
47,6
(13,6)
12,7
(0,9)
(257,4)
89,0
(168,4)
(119,9)
9,9
(110,1)
19,9
502,7
522,5
142,5
662,0
804,5
401,0
(137,4)
263,6
4,3
1,1
(6,2)
21,6
(1,9)
22,6
3,1
233,1
(0,4)
71,7
2,7
304,8
(1,1)
35,6
0,3
(12,0)
(0,8)
23,6
Outros
Total de Ativos Rentáveis
Passivos Onerosos
0,6
195,9
(0,3)
974,6
0,3
1.170,5
3,1
713,2
(1,7)
910,9
1,4
1.624,1
4,2
580,5
(1,9)
(354,4)
2,3
226,1
Depósitos Interfinanceiros
Depósitos de Poupança
(6,9)
(10,6)
1,0
(6,1)
(5,9)
(16,7)
(4,4)
(62,4)
(10,8)
(56,9)
(15,2)
(119,3)
(11,0)
(54,9)
(1,7)
8,9
(12,6)
(46,1)
(59,2)
1,3
(26,1)
(7,1)
(15,6)
(124,3)
(77,1)
(1,7)
(441,9)
(316,9)
(19,8)
(862,6)
(136,2)
(0,5)
(468,0)
(324,1)
(35,5)
(986,8)
(178,4)
(82,0)
(20,2)
(59,2)
(27,0)
(433,6)
(425,2)
(117,9)
(281,7)
(70,3)
(104,4)
(1.067,2)
(603,5)
(199,9)
(301,9)
(129,5)
(131,4)
(1.500,8)
(216,2)
(259,4)
(158,2)
(48,0)
120,1
(627,7)
34,9
12,1
286,2
(20,2)
17,2
337,5
(181,3)
(247,3)
128,0
(68,2)
137,3
(290,2)
Depósitos a Prazo
Captações no Mercado Aberto
Dívida Subordinada
Obrigações por Empréstimos e Repasses
Outros
Total de Passivos Onerosos
| 93
DESEMPENHO NO MERCADO ACIONÁRIO
A BM&FBovespa S.A. - Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros possui três níveis diferentes de práticas de
governança corporativa, Nível 1 de Governança, Nível 2 de Governança e Novo Mercado, que se diferenciam
pelo grau das exigências destas práticas. O Banrisul aderiu ao Nível 1 de Governança, em julho de 2007,
reforçando o seu comprometimento com as boas práticas de governança corporativa. Além disso, o Banco
adotou voluntariamente determinadas regras dos demais níveis diferenciados de Governança Corporativa,
reforçando e consolidando relação de transparência com clientes e investidores, construída pela disseminação
de dados e informações ao mercado, proporcionando oportuno conhecimento sobre os negócios do Banco.
O capital social do Banrisul, em março de 2015, era de R$4.000,0 milhões, representado por 408.974.477
ações, sendo 205.043.395 ações ordinárias e 203.931.082 ações preferenciais, na forma escritural e sem valor
nominal. O maior acionista do Banco é o Governo do Estado do Rio Grande do Sul, que detém diretamente
99,6% do capital votante e 56,9% do capital total.
Em 31 de março de 2015, havia 62.329 acionistas com domicílio no Brasil (98,3% do total de acionistas e 60,6%
do total das ações) e 1.053 acionistas residentes no exterior (1,7% dos acionistas e 39,4% das ações).
No total, o Banrisul faz parte da composição de oito índices da BM&FBovespa. No final do mês de março de
2015, a ação PNB (BRSR6) estava entre as 100 ações mais negociadas na BM&FBovespa, listada na 72ª posição
do ranking anual.
O Banrisul participa de eventos para divulgação, tais como os promovidos pela APIMEC (Associação dos
Analistas e Profissionais de Investimentos do Mercado de Capitais), mantendo comunicação ágil e equânime
para atender investidores, acionistas e interessados. Também participa de conferências e roadshows nacionais
e internacionais com investidores institucionais. No primeiro trimestre de 2015, foram realizadas 47 reuniões,
teleconferências e eventos no exterior, com a participação de 206 interessados, que promoveram
oportunidades de interação com analistas de mercado, investidores e acionistas pessoas físicas e jurídicas,
nacionais e estrangeiros.
TABELA 11: AÇÕES DE COMUNICAÇÃO E RELACIONAMENTO
1T15
Reuniões
18
Teleconferências
29
Eventos no Exterior (1)
Reuniões APIMEC
Total
47
(1) 2014 Boston, Chicago, Londres, Nova Iorque, Paris, Roterdam, Wilmington, Zurique.
4T14
3T14
2T14
1T14
31
35
24
90
7
39
3
49
7
37
25
69
24
30
54
No 1T15, o volume financeiro médio negociado diariamente cresceu 45,1% em relação ao apurado no 1T14; no
mesmo período, o número de negócios médio diário cresceu 60,1%. No último trimestre, o volume financeiro
diminuiu 4,1%, enquanto que o número de negócios cresceu 6,7%.
Gráfico 6: Volume Financeiro, Volume de Negócios e Quantidade de Ações
94 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
Em março de 2015, o valor de mercado do Banrisul atingiu R$4.498,7 milhões, queda de 16,2% na comparação
com março de 2014 e de 24,1% em relação a dezembro de 2014. Estimativas de resultados do Banrisul,
elaboradas de forma independente por corretoras e bancos de investimento, estão disponíveis no site de
Relações com Investidores (www.banrisul.com.br/ri).
Em março de 2014, com a revisão do rating soberano do Brasil, foram alteradas as perspectivas de rating
relativas às instituições financeiras brasileiras, tendo o risco do Banrisul sido alterado de “perspectiva estável”
para “negativa”. Em agosto de 2014, foi emitida avaliação da agência Fitch Ratings, a qual reafirmou a
perspectiva “positiva” e os ratings de longo prazo ‘AA-‘ e de curto prazo ‘F1+’ em escala nacional do Banrisul,
reforçando a solidez financeira da Instituição e o compromisso no aprimoramento da gestão e no alinhamento
com as melhores práticas de Governança Corporativa. A S&P, em janeiro de 2015, reafirmou os ratings ‘BBB-’
na escala global e ‘brAAA’ na Escala Nacional Brasil para o Banco.
TABELA 12: CLASSIFICAÇÃO DE AGÊNCIAS DE RATING
Fitch Ratings
Escala Global
Viabilidade
bb+
Força
Financeira
D+
Perfil de
Crédito
Individual
bbb+
Moeda Local
Longo Prazo
Curto Prazo
BB+
B
BB+
Moody’s Investors Service
Escala Global
Moeda Local
Longo Prazo
Baa3
Escala Nacional
Moeda Estrangeira
Longo Prazo
Curto Prazo
Curto Prazo
P-3
B
Nacional
Longo Prazo
Curto Prazo
AA-
F1+
Escala Nacional
Moeda Estrangeira
Longo Prazo
Baa3
Standard & Poor’s
Curto Prazo
P-3
Escala Global
Moeda Local
Moeda Estrangeira
Longo Prazo
Curto Prazo
Longo Prazo
Curto Prazo
BBBBBBAustin Rating
Escala Nacional
Curto Prazo
A-1
Risk Bank
Nacional
Longo Prazo
Aaa.br
Curto Prazo
BR-1
Escala Nacional
Nacional
Longo Prazo
brAAA
Longo Prazo
AA-
9,49
| 95
EVOLUÇÃO PATRIMONIAL
A TIVOS T OTAIS
Os ativos totais somaram R$61.357,3 milhões em março de 2015, estando compostos por (i) 50,6% de
operações de crédito, (ii) 31,6% de títulos e valores mobiliários e aplicações interfinanceiras de liquidez, (iii)
11,8% de relações interfinanceiras e interdependências, e (iv) 6,0% de outros ativos. Em relação à
tempestividade dos ativos, classificavam-se, em sua maioria, no longo prazo. A composição de ativos, com
vencimento até 360 dias, está concentrada nas operações de crédito e arrendamento mercantil, nas relações
interfinanceiras e interdependências e nos títulos e valores mobiliários, instrumentos financeiros derivativos e
aplicações interfinanceiras de liquidez, representando, respectivamente, 44,9%, 23,5% e 14,7% do saldo das
aplicações em curto prazo. No que se refere aos ativos com vencimento acima de 360 dias, destaca-se a
participação dos títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos e das operações de crédito
e arrendamento mercantil, compondo, respectivamente, 45,8% e 45,2% dos ativos de longo prazo.
O acréscimo de 6,8% ou R$3.911,5 milhões no saldo dos ativos em relação a março de 2014 proveio,
especialmente, da expansão na captação de depósitos, em R$3.924,8 milhões, da elevação das obrigações por
empréstimos e repasses, em R$932,7 milhões, do crescimento da dívida subordinada, em R$823,8 milhões,
movimento minimizado, em parte, pela redução das operações compromissadas, em R$2.503,4 milhões. Os
recursos captados foram direcionados para operações de crédito, que apresentaram incremento de R$3.774,8
milhões.
Na comparação com dezembro de 2014, os ativos apresentaram expansão de 3,0% ou R$1.795,6 milhões. A
evolução teve como origem o incremento dos depósitos, em R$559,7 milhões, das dívidas subordinadas, em
R$449,6 milhões, o acréscimo das operações compromissadas, em R$445,1 milhões, a expansão das relações
interfinanceiras e interdependência, em R$353,7 milhões, e o crescimento das obrigações por empréstimos e
repasses, em R$300,6 milhões, movimento em parte compensado pela redução dos fundos financeiros e de
desenvolvimento, em R$475,6 milhões. Em relação à alocação dos ativos, as relações interfinanceiras
apresentaram expansão de R$722,8 milhões, as operações de crédito apresentaram crescimento de R$540,0
milhões e a tesouraria apresentou elevação de R$492,0 milhões no período.
Gráfico 7: Ativo Total - R$ Milhões
Variação %
3 meses 12 meses
3,0%
6,8%
59.092,2
59.561,7
61.357,3
57.445,8
57.212,1
1,0%
1,6%
1,5%
1,2%
1,0%
Mar/14
Jun/14
Set/14
Dez/14
Mar/15
ROAA
Trimestral
…
T ÍTULOS E V ALORES M OBILIÁRIOS E I NSTRUMENTOS F INANCEIROS D ERIVATIVOS
As aplicações em títulos e valores mobiliários, incluídos os instrumentos financeiros derivativos, somadas às
aplicações interfinanceiras de liquidez e deduzidas das obrigações por operações compromissadas, totalizaram
R$14.645,9 milhões em março de 2015, apresentando crescimento de 15,9% ou R$2.011,3 milhões na
comparação com março de 2014, e relativa estabilidade, com aumento de 0,3% ou R$46,9 milhões em relação
a dezembro de 2014.
Em relação à composição das aplicações em tesouraria, 75,2% são de títulos mantidos até o vencimento, no
montante de R$14.589,5 milhões, 15,9% de títulos mantidos para negociação, no montante de R$3.090,1
96 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
milhões, 5,5% de instrumentos financeiros derivativos, cujo saldo alcançou R$1.059,4 milhões, 3,3% de títulos
disponíveis para venda, que somaram R$643,6 milhões, e 0,1% em aplicações interfinanceiras de liquidez, que
atingiram R$26,7 milhões, totalizando R$19.409,3 milhões em ativos de tesouraria.
Quanto aos emissores dos títulos que compõem a tesouraria, são, em sua maioria, de papeis públicos, que,
somados, representam 87,9% das aplicações em tesouraria.
Gráfico 8: Títulos e Valores Mobiliários e Aplicações Interfinanceiras de Liquidez (1) - R$ Milhões
Variação %
3 meses
0,3%
12 meses
15,9%
12.634,6
12.654,7
12.719,5
Mar/14
Jun/14
Set/14
14.599,0
14.645,9
Dez/14
Mar/15
(1) Deduzidos de obrigações compromissadas.
Relações Interfinanceiras e Interdependências
As relações interfinanceiras e interdependências totalizaram R$7.234,1 milhões em março de 2015, com
redução de 1,7% ou R$121,6 milhões em relação a março de 2014 e aumento de 10,4% ou R$678,6 milhões na
comparação com dezembro de 2014.
O saldo das relações interfinanceiras e interdependências apresentou decréscimo, influenciado pela trajetória
dos créditos vinculados aos serviços de compensação, com redução de R$116,0 milhões nos doze meses.
No último trimestre, o saldo das relações interfinanceiras e interdependências apresentou expansão
influenciada pelo aumento dos créditos vinculados aos depósitos compulsórios no Banco Central, em R$530,9
milhões, face ao aumento do saldo dos depósitos a prazo.
Gráfico 9: Relações Interfinanceiras e Interdependências - R$ Milhões
Variação %
3 meses 12 meses
10,4%
-1,7%
7.355,7
7.662,9
7.234,1
7.105,1
6.555,5
Mar/14
Jun/14
Set/14
Dez/14
Mar/15
| 97
O PERAÇÕES DE C RÉDITO
A carteira de crédito do Banrisul totalizou R$31.027,0 milhões em março de 2015, saldo 13,9% ou R$3.774,8
milhões acima do alcançado em março de 2014 e aumento de 1,8% ou R$540,0 milhões em relação a
dezembro de 2014.
Nos doze meses, a ampliação do saldo de crédito proveio, especialmente, do aumento da carteira comercial,
do financiamento a longo prazo, do financiamento imobiliário e dos créditos vinculados a operações adquiridas
em cessão, esses últimos, motivados pela aquisição de carteiras de crédito com coobrigação, de bancos
elegíveis no âmbito da Circular nº 3.712 do Banco Central, de julho/2014, política adotada para minimizar o
efeito da redução de remuneração sobre recolhimentos compulsórios.
Nos últimos três meses, a ampliação dos ativos de crédito decorreu, principalmente, do crédito comercial e do
financiamento de longo prazo. O saldo da carteira de crédito ampliada, que inclui coobrigações e riscos em
garantias prestadas, apresentou crescimento de 14,1% ou R$4.005,6 milhões em relação a março de 2014 e de
1,8% ou R$577,3 milhões na comparação com dezembro de 2014.
Gráfico 10: Operações de Crédito - R$ Milhões
Variação %
12 meses
13,9%
3 meses
1,8%
27.252,2
% sobre os
Ativos 0
29.950,8
30.487,0
31.027,0
28.062,4
47,4%
49,0%
50,7%
51,2%
50,6%
Mar/14
Jun/14
Set/14
Dez/14
Mar/15
Composição do Crédito por Porte de Empresa
As operações de crédito ao segmento empresarial totalizaram R$14.732,7 milhões em março de 2015, compondo
47,5% da carteira total de crédito. Do montante de crédito aplicado na pessoa jurídica, 57,9% estão alocados em
crédito às micro, pequenas e médias empresas.
Na comparação com março de 2014, o saldo de crédito às micro, pequenas e médias empresas apresentou
incremento de R$889,7 milhões, influenciado, especialmente, pelo crescimento do saldo das médias empresas. O
saldo às grandes empresas registrou elevação de R$839,0 milhões no período.
Em relação a dezembro de 2014, observou-se expansão de R$180,8 milhões no crédito aplicado nas micro,
pequenas e médias empresas, em especial, nas empresas de médio porte.
TABELA 13: COMPOSIÇÃO DO CRÉDITO PESSOA JURÍDICA POR PORTE DE EMPRESA - R$ MILHÕES
Mar 2015
Dez 2014
Mar 2014
Mar 2015/ Mar 2015/
% Cart.
% Cart.
% Cart.
Dez 2014 Mar 2014
Saldo
% PJ
Saldo
% PJ
Saldo
% PJ
Total
Total
Total
Grandes Empresas
6.205,9
42,1%
20,0%
6.243,2
42,8%
20,5%
5.366,9
41,3%
19,7%
-0,6%
15,6%
Total Média/Pequena/Micro
8.526,7
57,9%
27,5%
8.345,9
57,2%
27,4%
7.637,1
58,7%
28,0%
2,2%
11,6%
Médias Empresas
6.274,3
42,6%
20,2%
6.182,0
42,4%
20,3%
5.373,3
41,3%
19,7%
1,5%
16,8%
Pequenas Empresas
1.808,7
12,3%
5,8%
1.722,9
11,8%
5,7%
1.386,1
10,7%
5,1%
5,0%
30,5%
Microempresas
443,8
3,0%
1,4%
441,0
3,0%
1,4%
877,7
6,7%
3,2%
0,6%
-49,4%
Total PJ
14.732,7
100,0%
47,5% 14.589,1
100,0%
47,9% 13.004,0
100%
47,7%
1,0%
13,3%
O critério utilizado foi: Faturamento médio mensal: Microempresas até R$30 mil, Pequenas até R$300 mil, Médias até R$25 milhões. Para Grandes empresas:
faturamento médio mensal acima de R$25 milhões ou Ativo Total acima de R$240 milhões.
Porte
98 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
Composição do Crédito por Setor de Atividade
Na formação da carteira de crédito por atividade, o setor privado atingiu 99,7% dos ativos de crédito em março
de 2015. A carteira de crédito por setor de atividade é composta, especialmente, por pessoa física, 38,4% do
total, e por indústria, 18,7% dos ativos de crédito do Banco segmentados por atividade.
Em relação a março de 2014, o crescimento do crédito proveio, especialmente, da pessoa física e dos setores
da indústria, da habitação, e do comércio.
No último trimestre, destaca-se a ampliação das operações de crédito à indústria, pessoa física, habitação, e
comércio. No mesmo período, o crédito aos setores serviços e outros e rural apresentaram redução.
TABELA 14: COMPOSIÇÃO DO CRÉDITO POR SETOR DE ATIVIDADE - R$ MILHÕES
27.157,0
2.353,8
4.724,4
Mar 2015/
Dez 2014
1,8%
-4,4%
6,9%
Mar 2015/
Mar 2014
13,9%
11,6%
22,9%
3.143,3
3.490,9
10.976,6
3.078,4
3.454,3
10.732,6
2,8%
-3,4%
1,7%
11,4%
8,7%
10,9%
2.962,1
95,9
28.062,4
2.813,5
95,2
27.252,2
3,8%
6,2%
1,8%
21,1%
3,0%
13,9%
Mar 2015
Dez 2014
Set 2014
Jun 2014
Mar 2014
Setor Privado
Rural
Indústria
30.928,9
2.627,9
5.806,4
30.394,7
2.749,6
5.433,9
29.856,8
2.739,7
5.240,2
27.966,6
2.531,6
4.862,1
Comércio
Serviços e Outros
Pessoa Física
3.428,4
3.753,8
11.906,5
3.336,5
3.885,8
11.708,7
3.229,6
3.602,1
11.924,5
Habitação
Setor Público
Total
3.406,0
98,1
31.027,0
3.280,2
92,3
30.487,0
3.120,7
94,0
29.950,8
Composição do Crédito por Carteira
A composição por carteira demonstra os recursos livres e direcionados aplicados em ativos de crédito. A
carteira comercial, o arrendamento mercantil, os créditos vinculados a operações adquiridas em cessão e o
setor público têm como origem recursos livres de depósitos e capital próprio, e representavam 69,9% do total
da carteira de crédito em março de 2015. As carteiras de financiamento de longo prazo, rural, imobiliário e
câmbio, provêm, em sua maioria, de fontes específicas de recursos, compondo os créditos direcionados, e
participavam com 30,1% do valor aplicado em março de 2015.
TABELA 15: COMPOSIÇÃO DO CRÉDITO POR CARTEIRA - R$ MILHÕES
Operações de Crédito
Mar 2015
Dez 2014
Set 2014
Jun 2014
Setor Privado
Câmbio
Comercial
Pessoa Física
Cartão de Crédito
Empréstimos e Títulos Descontados - PF
Financiamento Direto ao Consumidor - PF
Pessoa Jurídica
Créditos no Exterior
Empréstimos e Títulos Descontados - PJ
Financiamento Direto ao Consumidor - PJ
Financiamento de Longo Prazo
Imobiliário
30.928,9
760,9
20.539,7
10.932,0
115,6
10.585,2
231,1
9.607,7
233,9
9.114,1
259,7
2.554,9
3.406,0
30.394,7
738,7
20.188,5
10.710,7
99,9
10.376,0
234,8
9.477,8
198,7
9.014,9
264,2
2.371,7
3.280,2
29.856,8
755,5
20.021,5
10.894,4
102,1
10.579,0
213,3
9.127,2
161,0
8.731,9
234,3
2.123,5
3.120,7
27.966,6
730,3
19.553,0
10.743,4
97,7
10.440,9
204,8
8.809,6
155,9
8.436,6
217,2
1.889,8
2.962,1
Leasing
Rural (1)
Créditos Vinculados a Op. Adquiridas Cessão
Setor Público
Total Oper. com Caract. Concessão de Crédito
Coobrigações e Riscos em Garantias Prestadas
Total
(1) Inclui créditos de securitização.
70,3
2.627,9
969,2
98,1
31.027,0
1.365,9
32.392,9
73,0
2.749,6
993,0
92,3
30.487,0
1.328,7
31.815,7
71,3
2.739,7
1.024,5
94,0
29.950,8
1.241,4
31.192,2
72,2
2.531,6
227,7
95,9
28.062,4
1.247,3
29.309,8
27.157,0
683,7
18.937,3
10.391,5
95,1
10.093,5
202,9
8.545,9
158,9
8.171,0
216,0
1.958,5
2.813,5
Mar 2015/
Dez 2014
1,8%
3,0%
1,7%
2,1%
15,7%
2,0%
-1,6%
1,4%
17,7%
1,1%
-1,7%
7,7%
3,8%
Mar 2015/
Mar 2014
13,9%
11,3%
8,5%
5,2%
21,7%
4,9%
13,9%
12,4%
47,2%
11,5%
20,2%
30,5%
21,1%
75,5
2.353,8
334,7
95,2
27.252,2
1.135,1
28.387,3
-3,7%
-4,4%
-2,4%
6,2%
1,8%
2,8%
1,8%
-6,9%
11,6%
189,6%
3,0%
13,9%
20,3%
14,1%
Mar 2014
| 99
A carteira comercial totalizou R$20.539,7 milhões em março de 2015, compondo 66,2% do saldo total de
operações de crédito do Banco e responsável por 42,4% do incremento total dos ativos de crédito nos doze
meses e 65,0% nos últimos três meses.
Gráfico 11: Evolução das Operações de Crédito Comercial Pessoa Física e Jurídica - R$ Milhões
Variação %
Pessoa Física
Variação %
3 meses
2,1%
12 meses
5,2%
3 meses
1,4%
10.894,4
10.743,4
10.391,5
8.545,9
Mar/14
8.809,6
Jun/14
Pessoa Física
Pessoa Jurídica
12 meses
12,4%
10.932,0
10.710,7
9.127,2
Set/14
9.477,8
Dez/14
9.607,7
Mar/15
Pessoa Jurídica
Em relação à composição do crédito comercial, o segmento pessoa física correspondeu a 53,2% do saldo da
carteira comercial e 35,2% do total das operações de crédito do Banco em março de 2015. O segmento
empresarial representou, no mesmo período, 46,8% do saldo do crédito comercial e 31,0% do montante total
de crédito.
A carteira de crédito imobiliário alcançou o montante de R$3.406,0 milhões em março de 2015, com acréscimo
de 21,1% ou R$592,5 milhões em doze meses e incremento de 3,8% ou R$125,8 milhões em três meses. O
crédito imobiliário representava 11,0% dos ativos de crédito do Banco em março de 2015. No montante de
crédito imobiliário está incluído o valor de R$63,1 milhões referente à operação de cessão de crédito
imobiliário com coobrigação.
O saldo do crédito rural totalizou R$2.627,9 milhões em março de 2015, com expansão de 11,6% ou R$274,1
milhões na comparação com março de 2014 e redução de 4,4% ou R$121,7 milhões em relação a dezembro de
2014. O crédito rural representava 8,5% da carteira de crédito do Banco em março de 2015. O desempenho do
crédito rural foi favorecido pela participação do Banco em diversas feiras durante o período.
Os financiamentos de longo prazo alcançaram R$2.554,9 milhões em março de 2015, com incremento de
30,5% ou R$596,4 milhões em doze meses e crescimento de 7,7% ou R$183,2 milhões nos últimos três meses.
As variações dos períodos se justificam, especialmente, pelo incremento dos financiamentos em moeda
estrangeira.
A carteira de câmbio registrou R$760,9 milhões em março de 2015, com ampliação de 11,3% ou R$77,2
milhões em relação a março de 2014 e de 3,0% ou R$22,2 milhões na comparação com dezembro de 2014.
Crédito Comercial
O crédito comercial pessoa física atingiu saldo de R$10.932,0 milhões em março de 2015, com incremento de
5,2% ou R$540,5 milhões em relação a março de 2014 e de 2,1% ou R$221,3 milhões na comparação com
dezembro de 2014.
A ampliação do crédito comercial à pessoa física na comparação com março de 2014 proveio, especialmente,
da elevação do saldo da carteira de crédito consignado, que representou 66,8% do crescimento dessa carteira
no período. Nos últimos três meses, a expansão da carteira comercial pessoa física decorreu da trajetória
ascendente do crédito pessoal consignado e do cheque especial.
100 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
O crédito consignado totalizou R$8.020,9 milhões em março de 2015, perfazendo 73,4% da carteira comercial
pessoa física e 39,1% do crédito comercial, com incremento de 4,7% ou R$361,2 milhões em doze meses e de
1,1% ou R$84,1 milhões nos últimos três meses. Dentre as linhas de crédito consignado, R$4.792,7 milhões
corresponde ao saldo gerado na rede Banrisul, cujo incremento foi de 6,9% ou R$310,6 milhões em doze meses
e de 2,1% ou R$98,3 milhões no último trimestre. O saldo de crédito originado pelos correspondentes,
representando 38,1% do crédito consignado do Banco, alcançou R$3.054,5 milhões em março de 2015, com
expansão de 12,5% ou R$339,8 milhões em doze meses e relativa estabilidade nos últimos três meses, com
aumento de 0,4% ou R$12,3 milhões no período. O restante, R$173,8 milhões, corresponde a carteiras
adquiridas com coobrigação.
O crédito consignado somado às transferências de ativos, R$969,2 milhões, contabilizadas conforme Carta
Circular nº 3.543 de 26/03/12 do Banco Central do Brasil em créditos vinculados a operações adquiridas em
cessão, alcançou R$8.990,2 milhões em março de 2015. Desse montante, o crédito adquirido com coobrigação
alcançou R$1.143,0 milhões em março de 2015, com incremento de R$345,4 milhões nos doze meses, face à
aquisição de carteiras de crédito consignado motivada por mudanças nas regras de recolhimento compulsório.
O crédito comercial pessoa jurídica atingiu R$9.607,7 milhões em março de 2015, com evolução de 12,4% ou
R$1.061,8 milhões em relação a março de 2014 e aumento de 1,4% ou R$129,8 milhões na comparação com
dezembro de 2014. A carteira comercial do segmento empresarial está composta, principalmente, por linhas
de capital de giro, 72,6% do crédito comercial à pessoa jurídica e 34,0% do total do crédito comercial.
A trajetória do crédito comercial à pessoa jurídica foi influenciada, especialmente, pelo incremento das linhas
de capital de giro e conta garantida, responsáveis, respectivamente, por 59,2% e 15,0% do crescimento da
carteira comercial ao segmento empresarial nos doze meses. Na comparação com dezembro de 2014, a
variação positiva do crédito comercial à pessoa jurídica foi influenciada pelo aumento na conta garantida em
R$108,9 milhões.
TABELA 16: COMPOSIÇÃO DO CRÉDITO COMERCIAL PESSOA FÍSICA E PESSOA JURÍDICA - R$ MILHÕES
10.391,5
7.576,8
82,9
3,2
72,9
619,7
380,1
275,2
563,4
95,1
722,3
8.545,9
30,7
42,2
4.849,8
1.495,6
19,1
121,9
252,2
Mar 2015/
Dez 2014
2,1%
1,0%
2,4%
7,4%
0,6%
15,5%
5,6%
0,2%
11,7%
15,7%
-6,4%
1,4%
-4,4%
2,1%
-1,6%
-0,2%
-2,6%
-0,8%
-1,1%
Mar 2015/
Mar 2014
5,2%
4,8%
-6,9%
69,9%
1,3%
-0,1%
10,9%
-7,0%
14,6%
21,7%
7,2%
12,4%
1,0%
20,6%
12,9%
0,1%
-18,5%
30,9%
19,9%
682,8
319,5
96,3
158,9
477,0
18.937,3
14,8%
0,6%
20,1%
17,7%
14,5%
1,7%
23,4%
15,9%
10,7%
47,2%
9,3%
8,5%
Mar 2015
Dez 2014
Set 2014
Jun 2014
Mar 2014
Pessoa Física
Crédito Pessoal - Consignado
Aquisição Bens - Consignado
Aquisição Bens - Outros Bens
Aquisição Bens - Veículos
Cheque Especial
Crédito 1 Minuto
Crédito Pessoal Automático
Crédito Pessoal - Não Consignado
Cartão de Crédito
Outros - PF
Pessoa Jurídica
Aquisição Bens - Outros Bens
Aquisição Bens - Veículos
Capital de Giro - CEB
Capital de Giro - CGB
CDCI
Compror
Conta Devedora Caução - CCC
10.932,0
7.943,7
77,2
5,4
73,9
619,1
421,6
255,8
645,6
115,6
774,0
9.607,7
31,0
50,9
5.476,2
1.497,5
15,5
159,6
302,3
10.710,7
7.861,4
75,4
5,0
73,5
536,2
399,2
255,3
577,7
99,9
827,0
9.477,8
32,4
49,8
5.567,4
1.501,2
15,9
160,8
305,6
10.894,4
7.885,3
67,6
4,5
68,3
604,1
404,3
267,9
680,6
102,1
809,7
9.127,2
34,5
45,9
5.343,7
1.395,3
16,0
134,5
269,7
10.743,4
7.830,1
73,5
3,6
69,9
617,4
395,4
272,6
612,9
97,7
770,3
8.809,6
32,5
44,2
5.045,7
1.467,2
16,2
121,8
260,5
Conta Garantida
Desconto de Recebíveis
Vendor
Crédito no Exterior
Outros - PJ
Total
842,6
370,2
106,6
233,9
521,5
20.539,7
733,7
368,0
88,7
198,7
455,4
20.188,5
750,5
358,1
107,2
161,0
510,8
20.021,5
750,2
330,3
91,2
155,9
494,0
19.553,0
| 101
Composição da Concessão por Linhas de Financiamento
No 1T15, a concessão de ativos de crédito totalizou R$11.403,4 milhões, com crescimento de 10,4% ou
R$1.077,4 milhões frente ao volume concedido no 1T14 e redução de 9,7% ou R$1.218,7 milhões em relação
ao 4T14.
Na comparação entre 1T15 vs 1T14, o incremento no volume concedido proveio da carteira comercial, com
crescimento de 10,3% ou R$929,7 milhões, especialmente nas linhas de capital de giro e conta garantida, e de
27,6% ou R$82,8 milhões nas linhas de câmbio, fluxo, em parte, compensado pela redução do financiamento a
longo prazo em 14,6% ou R$52,7 milhões.
No que se refere ao comparativo 1T15 vs 4T14, a trajetória da concessão de crédito proveio do decréscimo na
carteira comercial em R$1.033,7 milhões, especialmente nas linhas de crédito pessoal e de capital de giro, da
redução dos volumes concedidos em financiamentos do rural, em R$200,6 milhões, e em financiamentos a
longo prazo, em R$117,3 milhões, fluxo não compensado pela expansão das linhas de crédito de câmbio em
R$135,1 milhões.
TABELA 17: COMPOSIÇÃO DOS VOLUMES CONCEDIDOS DE CRÉDITO POR LINHAS DE FINANCIAMENTO - R$ MILHÕES
Operações de Crédito
Câmbio
Comercial
Cheque Especial
Crédito Pessoal
Conta Garantida
Capital de Giro
Desconto de Recebíveis
Outros
Financiamento a Longo Prazo
Financiamento Imobiliário
Leasing
Financiamento Rural
Total
1T15
1T14
4T14
3T14
2T14
382,2
9.992,1
2.293,1
1.812,8
2.472,5
2.099,7
577,4
736,6
308,1
257,1
2,2
461,7
11.403,4
299,5
9.062,4
2.217,5
1.938,4
247,1
11.025,8
2.459,5
2.133,5
410,8
10.825,7
2.353,6
2.600,1
400,3
9.777,0
2.310,4
1.825,3
2.194,3
1.560,2
518,1
2.479,9
2.395,8
645,9
2.367,4
2.082,0
622,0
2.358,2
1.849,6
608,3
633,9
360,7
182,6
6,1
414,8
10.326,1
911,2
425,3
253,6
8,0
662,3
12.622,1
800,6
331,0
286,0
5,3
745,1
12.603,9
825,2
299,9
275,8
4,1
831,8
11.588,9
1T15/
1T14
27,6%
10,3%
3,4%
-6,5%
12,7%
34,6%
11,5%
16,2%
-14,6%
40,8%
-63,3%
11,3%
10,4%
1T15/
4T14
54,7%
-9,4%
-6,8%
-15,0%
-0,3%
-12,4%
-10,6%
-19,2%
-27,6%
1,4%
-72,2%
-30,3%
-9,7%
Composição do Crédito por Rating
As operações de crédito de risco normal classificadas de AA a C, segundo normas estabelecidas pela Resolução
nº 2.682/99 do Conselho Monetário Nacional, representavam 90,5% da carteira de crédito em março de 2015.
O indicador apresentou melhora de 0,6 pp. frente ao obtido em março de 2014 e redução de 0,8 pp. em
relação a dezembro de 2014.
Gráfico 12: Carteira de Crédito por Níveis de Risco (%)
89,9%
7,4%
2,7%
Mar/14
90,0%
90,4%
91,3%
7,2%
6,6%
3,0%
5,5%
3,2%
2,8%
Jun/14
Risco Normal ("AA" a "C")
102 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
Set/14
Dez/14
Risco 1 ("D" a "G")
90,5%
5,9%
3,6%
Mar/15
Risco 2 ("H")
Provisão para Operações de Crédito
As provisões para perdas com operações de crédito somaram R$1.861,0 milhões em março de 2015,
representando 6,0% da carteira de crédito. O indicador aumentou 0,1 pp. frente ao índice de março de 2014 e
0,4 pp. em relação a dezembro de 2014. A variação no saldo de provisões para operações de crédito nos
períodos comentados reflete a ampliação da carteira de crédito e dos atrasos.
Gráfico 13: Composição da Provisão para Operações de Crédito - R$ Milhões
Variação % Operações de Crédito
3 meses 6 meses 12 meses
3,6%
13,9%
1,8%
27.252,2
Variação %
3 meses
9,9%
31.027,0
30.487,0
29.950,8
28.062,4
Saldo de Provisão
6 meses 12 meses
16,7%
8,6%
5,9%
5,8%
5,7%
5,6%
6,0%
1.595,2
1.622,6
1.713,8
1.694,0
1.861,0
Mar/14
Jun/14
Set/14
Operações de Crédito
Dez/14
Mar/15
Saldo de Provisão
A provisão para perdas com créditos, em março de 2015, apresentava a seguinte composição, segundo
critérios da Resolução nº 2.682/99 do Conselho Monetário Nacional, e complementos:
(i) R$902,3 milhões para operações com parcelas vencidas há mais de 60 dias;
(ii) R$850,8 milhões para contratos vincendos ou que apresentavam parcelas vencidas há menos de 60 dias;
(iii) R$107,9 milhões referentes à provisão excedente ao mínimo exigido pela Resolução nº 2.682/99, do
Conselho Monetário Nacional, constituída em função da análise periódica da qualidade do cliente efetuada
pela administração, com vistas à cobertura de possíveis eventos não capturados pelo modelo de rating de
clientes.
TABELA 18: SALDO DAS PROVISÕES PARA PERDAS - R$ MILHÕES
Níveis de
Provisão
Risco
Requerida %
Carteira
Total
AA
A
B
C
D
E
F
G
H
5.708,0
14.393,7
6.017,8
1.969,9
1.046,2
349,9
280,2
163,7
1.097,5
Total
0,00%
0,50%
1,00%
3,00%
10,00%
30,00%
50,00%
70,00%
100,00%
31.027,0
Participação
Relativa
Acumulada %
18,40%
64,79%
84,18%
90,53%
93,90%
95,03%
95,93%
96,46%
100,00%
Provisão
Adicional
Provisão
Total
0,0
72,0
60,2
57,8
85,2
65,6
55,3
48,8
406,0
0,0
14,4
12,0
29,5
20,9
11,0
15,1
4,9
0,0
0,0
86,4
72,2
88,6
125,5
116,0
155,2
119,5
1.097,5
Provisão
sobre a
Carteira %
0,00%
0,60%
1,20%
4,50%
12,00%
33,14%
55,38%
73,00%
100,00%
850,8
107,9
1.861,0
6,00%
Provisão Mínima
Créditos
Vencidos
Créditos a
Vencer
0,0
0,0
0,0
43,2
194,2
131,3
169,7
94,1
691,5
5.708,0
14.393,7
6.017,8
1.926,6
852,0
218,6
110,5
69,7
406,0
0,0
0,0
0,0
1,3
19,4
39,4
84,8
65,8
691,5
1.324,0
29.703,0
902,3
Vencidos
A Vencer
Í NDICE DE C OBERTURA
O índice de cobertura representa a relação entre provisão para perdas com créditos e o saldo das operações
vencidas que não geram receitas, evidenciando a capacidade das provisões em cobrir a inadimplência.
| 103
Gráfico 14: Índice de Cobertura
90 dias
169,2%
168,8%
163,9%
161,9%
163,8%
141,8%
144,0%
140,3%
144,9%
140,6%
Mar/14
Jun/14
Set/14
Dez/14
Mar/15
60 dias0
Em março de 2015, o índice de cobertura das operações em atraso acima de 60 dias atingiu 140,6%, indicador
abaixo daqueles registrados em março de 2014 e em dezembro de 2014. Considerando o índice de 90 dias, a
cobertura das provisões em relação às operações atrasadas alcançou 168,8%, menor que o índice de março de
2014 e maior que o indicador de dezembro de 2014. Os índices refletem o aumento no montante de operações
de crédito em atraso.
Í NDICE DE I NADIMPLÊNCIA
O índice de inadimplência representa o volume de operações de crédito vencidas há mais de 60 dias e há mais
de 90 dias em relação ao volume total de operações de crédito ativas.
Gráfico 15: Índice de Inadimplência
90 dias0
3,53%
3,53%
3,39%
4,13%
4,02%
4,08%
3,83%
Mar/14
Jun/14
Set/14
Dez/14
3,46%
3,55%
60 dias0
4,27%
Mar/15
A inadimplência acima de 60 dias do Banrisul atingiu 4,27% das operações de crédito em março de 2015, com
aumento de 0,14 pp. frente ao indicador de março de 2014 e de 0,44 pp. frente ao indicador de dezembro de
2014. O montante de operações de crédito em atraso superior a 60 dias totalizou R$1.324,0 milhões em março
de 2015, crescimento de 17,7% frente ao saldo de março de 2014 e de 13,2% em relação a dezembro de 2014.
A inadimplência acima de 90 dias alcançou 3,55% em março de 2015, 0,09 pp. acima do indicador de março de
2014 e 0,16 pp. superior ao índice de dezembro de 2014. O saldo de operações de crédito vencidas há mais de
90 dias somou R$1.102,5 milhões, com crescimento de 16,9% em relação a março de 2014 e de 6,6% na
comparação com dezembro de 2014.
104 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
O montante referente às parcelas vencidas das operações adquiridas do Banco Cruzeiro do Sul, atualmente em
liquidação extrajudicial, representava, em março de 2015, 5,3% do saldo de operações vencidas há mais de 60
dias e 6,1% do valor vencido há mais de 90 dias do Banrisul. Os índices de inadimplência de 60 dias e de 90 dias
do Banrisul alcançariam, respectivamente, 4,04% e 3,34%, caso não fossem considerados os atrasos específicos
dessa operação.
C APTAÇÃO DE R ECURSOS
Os recursos captados, constituídos por depósitos, recursos em letras e dívida subordinada, alcançaram
R$40.184,9 milhões em março de 2015, com incremento de 13,7% ou R$4.833,4 milhões nos doze meses e
expansão de 2,5% ou R$989,2 milhões em três meses. A trajetória do saldo de recursos captados nos doze
meses foi influenciada, especialmente, pela expansão dos depósitos, que representaram 81,2% do incremento
dos recursos captados no período.
TABELA 19: COMPOSIÇÃO DE RECURSOS CAPTADOS POR PRODUTO - R$ MILHÕES
30.770,3
20.383,7
Mar 2015/
Dez 2014
1,6%
3,9%
Mar 2015/
Mar 2014
12,8%
14,9%
3.277,5
7.376,3
423,6
2.729,9
1.848,4
36.534,8
2.788,8
7.211,8
386,1
2.732,9
1.848,3
35.351,5
-18,6%
-0,4%
55,3%
-0,7%
20,2%
2,5%
-4,3%
7,2%
129,2%
3,1%
44,6%
13,7%
8.087,3
44.622,1
7.683,8
43.035,3
2,2%
2,5%
18,0%
14,4%
Mar 2015
Dez 2014
Set 2014
Jun 2014
Mar 2014
Depósitos Totais
Depósitos a Prazo
34.695,1
23.411,6
34.135,4
22.522,8
32.920,1
21.925,0
31.956,5
20.879,1
Depósitos à Vista
Depósitos de Poupança
Depósitos Interfinanceiros
Recursos em Letras (1)
Dívida Subordinada
Total
2.669,8
7.729,0
884,7
2.817,7
2.672,2
40.184,9
3.280,8
7.762,0
569,9
2.837,8
2.222,5
39.195,8
2.961,2
7.583,3
450,5
2.794,6
1.983,7
37.698,4
9.063,6
49.248,5
8.869,2
48.064,9
8.698,6
46.397,0
Recursos Administrados
Total Recursos Captados e Administrados
(1) Letras Financeiras e Imobiliárias.
Depósitos Totais
Os depósitos totais somaram R$34.695,1 milhões em março de 2015, posição 12,8% ou R$3.924,8 milhões
acima do saldo de março de 2014 e 1,6% ou R$559,7 milhões acima do saldo de dezembro de 2014. Nos doze
meses, a expansão dos depósitos foi influenciada especialmente pelo crescimento dos depósitos a prazo. Nos
últimos três meses, o incremento dos depósitos foi motivado, principalmente, pelo crescimento dos depósitos
a prazo e dos depósitos interfinanceiros.
Depósitos à Vista - Os depósitos à vista alcançaram R$2.669,8 milhões em março de 2015, com redução de
4,3% ou R$119,0 milhões nos doze meses e decréscimo de 18,6% ou R$611,0 milhões nos três meses. O
movimento em três meses foi afetado pela sazonal ampliação da renda ao final do ano, refletindo no aumento
dos recursos em conta corrente.
Depósitos de Poupança - Os depósitos de poupança somaram R$7.729,0 milhões em março de 2015, com
crescimento de 7,2% ou R$517,2 milhões em relação a março de 2014 e relativa estabilidade, com retração de
0,4% ou R$33,1 milhões frente ao saldo de dezembro de 2014. A desaceleração do saldo dessa linha de
investimento está sendo influenciada pela migração dos recursos, devido à inflação pressionada e à elevação
dos juros.
Depósitos a Prazo - Os depósitos a prazo são o principal instrumento de captação do Banco. Em março de
2015, o montante captado em depósitos a prazo alcançou R$23.411,6 milhões, com incremento de 14,9% ou
R$3.027,9 milhões em relação a março de 2014 e 3,9% ou R$888,8 milhões na comparação com dezembro de
2014.
| 105
Dívida Subordinada
As dívidas subordinadas totalizaram R$2.672,2 milhões em março de 2015, com crescimento de 44,6% ou
R$823,8 milhões nos doze meses e elevação de 20,2% ou R$449,6 milhões nos três meses, refletindo a variação
cambial ocorrida nos períodos.
Recursos em Letras
O saldo de letras financeiras e imobiliárias alcançou R$2.817,7 milhões em março de 2015, com crescimento de
3,1% ou R$84,8 milhões nos doze meses e redução de 0,7% ou R$20,1 milhões nos últimos três meses.
R ECURSOS A DMINISTRADOS
Os recursos de terceiros administrados alcançaram R$9.063,6 milhões em março de 2015, com aumento de
18,0% ou R$1.379,8 milhões na comparação com março de 2014 e elevação de 2,2% ou R$194,4 milhões na
comparação com dezembro de 2014.
Gráfico 16: Recursos Captados e Administrados - R$ Milhões
Variação %
3 meses 12 meses
14,4%
2,5%
43.035,3
44.622,1
46.397,0
48.064,9
49.248,5
8.698,6
9.063,6
8.087,3
8.869,2
7.683,8
35.351,5
36.534,8
37.698,4
39.195,8
40.184,9
Mar/14
Jun/14
Set/14
Dez/14
Mar/15
Total dos Recursos Captados e Administrados
Captação Total
Recursos Administrados
P ATRIMÔNIO L ÍQUIDO
O patrimônio líquido do Banrisul totalizou R$5.742,2 milhões ao final de março de 2015, com expansão de
11,3% ou R$580,8 milhões na comparação com março de 2014 e aumento de 1,2% ou R$70,8 milhões em
relação a dezembro de 2014. As variações do patrimônio líquido estão relacionadas à incorporação de
resultados gerados, deduzidos os pagamentos de dividendos e juros sobre o capital próprio, e ao
remensuramento do passivo atuarial por atualização das premissas dos planos de benefícios pós-emprego,
ajustado pelo efeito tributário.
Gráfico 17: Patrimônio Líquido - R$ Milhões
Variação %
3 meses 12 meses
1,2%
11,3%
5.161,3
Mar/14
106 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
5.273,6
Jun/14
5.671,3
5.742,2
Dez/14
Mar/15
5.420,7
Set/14
Í NDICE DE B ASILEIA
Conforme previsto nas Resoluções do CMN nº 4.192/13 e nº 4.193/13, a partir de 1º de janeiro de 2015 a
apuração do Capital Regulamentar e dos Ativos Ponderados pelo Risco devem ter como base o Conglomerado
Prudencial, o que dá início a uma nova série de informações, não havendo comparabilidade com as divulgações
anteriores, cujos dados foram apurados com base no Conglomerado Financeiro. A diferença na apuração entre
os dois conglomerados é devido à inclusão das empresas assemelhadas a instituições financeiras na
consolidação do Conglomerado Prudencial (Banrisul S.A. Administradora de Consórcios e Banrisul Cartões S.A.).
O Patrimônio de Referência do Conglomerado Prudencial totalizou R$6.927,7 milhões em março de 2015,
resultado do somatório do Nível I, R$5.684,1 milhões, e do Nível II, R$1.243,6 milhões. A apuração do Nível II
foi influenciada pela aplicação do cronograma de ajustes prudenciais, que reduziu em 30,0% o montante da
dívida subordinada sobre o valor contábil de dezembro de 2012.
A exposição total dos Ativos Ponderados pelo Risco – RWATOTAL atingiu R$40.787,5 milhões, com destaque para
a parcela de risco de crédito que foi de R$34.347,5 milhões. As demais parcelas encerraram em R$759,3
milhões para o risco de mercado e R$5.680,7 milhões para o risco operacional.
Considerando-se os valores realizados do Patrimônio de Referência e dos Ativos Ponderados pelo Risco - RWA,
o Índice de Basileia atingiu 17,0% em março de 2015. Para o Capital Principal e Capital de Nível I, o índice foi de
13,9%, ambos superiores ao mínimo exigido.
Com base no Conglomerado Financeiro, para fins gerenciais, a apuração dos índices de capital sinalizou Índice
de Basileia de 17,1% e de 14,0% para os Índices de Capital Principal e de Nível I.
Gráfico 18: Índice de Basileia
16,8%
16,5%
17,2%
Mar/14
Jun/14
Set/14
17,8%
17,0%
Dez/14
Mar/15
Mínimo
Exigido
11,0%
0…
2014 - Conglomerado Financeiro.
2015 - Conglomerado Prudencial (Resoluções CMN nº 4.192/13 e nº 4.193/13).
| 107
EVOLUÇÃO DAS CONTAS DE RESULTADO
L UCRO L ÍQUIDO
O lucro líquido totalizou R$147,0 milhões no 1T15. O resultado apurado no 1T15 frente ao desempenho
recorrente do 1T14 apresentou crescimento de 6,6% ou R$9,1 milhões em função dos seguintes fatores: (i)
crescimento da margem financeira, em R$183,5 milhões, influenciado pelo incremento do resultado de
tesouraria e câmbio e das receitas com crédito, arrendamento mercantil e transferência de ativos, movimento
minimizado pelo aumento de despesas com captação no mercado e com empréstimos, cessões e repasses; (ii)
elevação das despesas de provisão para operações de crédito em R$208,2 milhões, devido à rolagem da
carteira em atraso que exigiu provisão em níveis mais elevados de rating; (iii) expansão das receitas de
prestação de serviços e tarifas bancárias em R$56,4 milhões, principalmente, através da ampliação das receitas
de adquirência e vouchers; (iv) incremento das despesas administrativas recorrentes, incluídas as de pessoal,
em R$87,1 milhões, devido ao maior fluxo de despesas com originação de crédito fora da rede de agências do
Banco e com adquirência, bem como associadas ao dissídio da categoria e aos novos níveis de contribuição do
patrocinador aos planos de previdência complementar no contexto de equacionamento do déficit do PBI; e (v)
crescimento das outras receitas operacionais em R$63,7 milhões, devido à expansão das receitas atreladas à
variação cambial.
Na comparação com o resultado recorrente do 4T14, o lucro líquido apresentou redução de 17,0% ou R$30,0
milhões, impactado (i) pela expansão da margem financeira em R$54,2 milhões, motivada pela ampliação das
receitas com juros, especialmente, com tesouraria, câmbio e crédito, em parte, compensada pela elevação das
despesas de captação no mercado e com empréstimos, cessões e repasses; (ii) pelo crescimento das despesas
com provisão para operações de crédito em R$167,6 milhões, face à rolagem da carteira em atraso em níveis
de rating mais elevados; (iii) pela retração das receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias em R$8,2
milhões, influenciada pela sazonalidade; (iv) pela redução das outras despesas administrativas, incluídas as de
pessoal em R$27,7 milhões; (v) pelo acréscimo das outras receitas operacionais em R$29,8 milhões, face ao
aumento das receitas de ajuste cambial; e (vi) pela redução das despesas com IR e CSLL, em R$33,0 milhões,
face à redução da base de cálculo dos tributos.
Gráfico 19: Lucro Líquido - R$ Milhões
Variação %
6,6% *
248,2
222,7 ¹
215,3
177,0 ¹
137,9 ¹
150,1
147,0
77,8
ROAE
*
137,9 ¹
147,0
77,8
11,1%
18,2%
17,1%
13,4%
10,7%
11,1%
10,7%
1T14
2T14
3T14
4T14
1T15
1T14
1T15
¹ Lucro Líquido Ajustado.
* Com base no Lucro Líquido Ajustado.
Rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido Médio
A rentabilidade anualizada sobre o patrimônio líquido médio atingiu 10,7% no 1T15, 0,4 pp. abaixo do retorno
registrado sobre o patrimônio líquido médio ajustado no 1T14, refletindo um cenário que associa (i) aumento
das receitas e despesas com juros, impactados pela trajetória da Taxa Selic e pela ampliação dos saldos; (ii)
maior fluxo de despesas de provisão para operações de crédito; e (iii) ampliação das despesas administrativas e
108 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
das receitas com outros serviços, ambas associadas à expansão de negócios com cartões e de operações de
crédito originadas na plataforma extra rede de agências.
Índice de Eficiência Recorrente
O índice de eficiência mede, em percentual, o volume de receitas consumidas na cobertura das despesas
administrativas.
O índice de eficiência recorrente, calculado no período de doze meses até março de 2015, alcançou
53,9%, 1,2 pp. abaixo do obtido no mesmo período até março de 2014, refletindo a ampliação da margem
financeira, e das receitas com serviços e tarifas bancárias, efeito minimizado, em parte, pela elevação das
despesas administrativas.
Gráfico 20: Índice de Eficiência Recorrente
55,1%
Mar/14
55,9%
Jun/14
55,2%
55,3%
Set/14
Dez/14
53,9%
Mar/15
R ECEITAS DA I NTERMEDIAÇÃO F INANCEIRA
No 1T15, as receitas da intermediação financeira somaram R$2.929,3 milhões, 66,5% ou R$1.170,4 milhões
acima do alcançado no 1T14 e 25,7% ou R$598,7 milhões superior ao registrado no último trimestre.
A trajetória ascendente das receitas da intermediação financeira no 1T15 em relação ao 1T14 proveio da
ampliação do resultado de TVM e derivativos, em R$519,7 milhões, da elevação das receitas de crédito,
arrendamento mercantil e venda ou transferência de ativos financeiros, em R$444,9 milhões, e do crescimento
do resultado de operações de câmbio em R$182,9 milhões. A elevação da taxa básica de juros, o incremento no
saldo médio dos ativos e a variação cambial motivaram o aumento das receitas no período.
Em comparação ao último trimestre, a ampliação das receitas da intermediação financeira decorreu,
especialmente, da ampliação do resultado de TVM e dos instrumentos financeiros derivativos em R$305,2
milhões, do incremento das receitas de operações de crédito, arrendamento mercantil e venda ou
transferência de ativos financeiros, em R$176,3 milhões, e do crescimento do resultado de operações de
câmbio, em R$110,7 milhões, impulsionada pelas mesmas condicionantes comentadas no parágrafo anterior.
| 109
Gráfico 21: Receitas da Intermediação Financeira - R$ Milhões
Variação %
66,5%
2.929,3
2.929,3
2.285,8
1.758,9
1.821,4
1T14
2T14
2.330,6
1.758,9
3T14
4T14
1T15
1T14
1T15
R ECEITAS DE O PERAÇÕES DE C RÉDITO , A RRENDAMENTO M ERCANTIL E V ENDA OU T RANSFERÊNCIA
DE A TIVOS F INANCEIROS
As receitas de operações de crédito, arrendamento mercantil e venda ou transferência de ativos financeiros
totalizaram R$1.612,6 milhões no 1T15, 38,1% ou R$444,9 milhões acima do montante contabilizado no 1T14 e
12,3% ou R$176,3 milhões superior ao 4T14.
O crescimento das receitas de crédito, arrendamento mercantil e venda ou transferência de ativos financeiros
no comparativo 1T15 vs 1T14 proveio, principalmente, da ampliação da receita do crédito comercial, em
R$208,2 milhões, da receita dos financiamentos de longo prazo, em R$141,2 milhões, principalmente dos
financiamentos em moeda estrangeira, e das receitas do crédito imobiliário em R$17,0 milhões. O incremento
das receitas de crédito foi influenciado pelo crescimento do saldo dos ativos de crédito, pelo aumento das
taxas médias de modalidades pós-fixadas, que acompanham a trajetória da Taxa Selic, e pela variação cambial
do período.
A ampliação das receitas de crédito, arrendamento mercantil e venda ou transferência de ativos financeiros em
relação ao último trimestre, proveio, especialmente, do aumento da receita dos financiamentos de longo
prazo, em R$89,3 milhões, face à variação cambial em relação aos financiamentos em moeda estrangeira, e do
incremento das receitas do crédito comercial, em R$45,0 milhões, em função do crescimento dos saldos.
Gráfico 22: Receitas de Operações de Crédito, Arrendamento Mercantil e Venda ou Transferência de Ativos
Financeiros - R$ Milhões
Variação %
38,1%
1.612,6
1.412,9
1.167,6
1T14
1.269,7
2T14
110 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
1.612,6
1.436,3
1.167,6
3T14
4T14
1T15
1T14
1T15
Receitas do Crédito Comercial Pessoa Física e Jurídica
No 1T15, as receitas geradas pelo crédito comercial totalizaram R$1.222,4 milhões, 20,5% ou R$208,2
milhões acima do montante registrado no 1T14 e 3,8% ou R$45,0 milhões superior ao fluxo do 4T14. As
receitas foram favorecidas pelo crescimento do saldo de pessoa física e pessoa jurídica e pela elevação da
taxa básica de juros, com repercussão direta na receita do segmento empr esarial, caracterizado, em boa
parte, por operações pós-fixadas.
A ampliação da receita do crédito comercial pessoa física, comparados 1T15 vs 1T14, proveio,
especialmente, das receitas do crédito consignado, responsáveis por 58,3% do incremento de receita da
carteira comercial pessoa física no período. No que se refere às receitas do crédito comercial ao segmento
empresarial, comparados 1T15 vs 1T14, o aumento proveio, especialmente, do crescimento das receitas
das linhas de capital de giro, responsáveis por 54,9% da elevação dessa carteira no período.
No último trimestre, a trajetória do crédito comercial à pessoa jurídica decorreu, especialmente, do
crescimento das receitas nas linhas de capital de giro, influenciadas pela expansão das taxas e do saldo
dessa modalidade. No crédito comercial à pessoa física, o aumento das receitas proveio do crédito
consignado.
TABELA 20: RECEITAS DO CRÉDITO COMERCIAL - PESSOA FÍSICA E JURÍDICA - R$ MILHÕES
Pessoa Física
Crédito Pessoal - Consignado
Aquisição Bens - Consignado
Aquisição Bens - Outros Bens
Aquisição Bens - Veículos
Cheque Especial
Crédito 1 Minuto
Crédito Pessoal Automático
Crédito Pessoal - Não Consignado
Cartão de Crédito
Outros - PF
1T15
1T14
1T15
759,5
422,3
3,3
0,3
3,5
163,8
43,2
30,4
45,5
21,5
655,9
361,4
3,8
0,2
3,6
146,0
35,8
28,3
38,5
15,7
759,5
422,3
3,3
0,3
3,5
163,8
43,2
30,4
45,5
21,5
4T14
751,9
413,3
2,9
0,3
3,3
162,7
41,1
29,8
53,0
20,2
3T14
2T14
1T14
735,2
404,1
3,0
0,2
3,3
165,0
39,6
30,0
47,1
18,1
704,8
389,4
3,3
0,2
3,4
157,2
37,9
29,3
43,8
16,6
655,9
361,4
3,8
0,2
3,6
146,0
35,8
28,3
38,5
15,7
1T15/
1T14
15,8%
16,8%
-13,4%
98,5%
-1,8%
12,2%
20,7%
7,6%
18,2%
37,2%
12,6%
25,7
22,8
25,7
25,3
24,7
23,6
22,8
Pessoa Jurídica
Aquisição Bens - Outros Bens
462,9
1,4
358,3
1,5
462,9
1,4
425,5
1,5
405,6
1,6
374,7
1,6
358,3
1,5
Aquisição Bens - Veículos
Capital de Giro - CEB
Capital de Giro - CGB
CDCI
Compror
Conta Devedora Caução - CCC
Conta Garantida
Desconto de Recebíveis
Vendor
Crédito no Exterior
Outros - PJ
2,4
230,2
70,9
1,6
6,0
16,0
92,2
26,0
3,3
2,7
10,2
2,1
180,5
63,2
1,6
3,8
11,3
63,0
18,6
2,5
1,9
8,4
2,4
230,2
70,9
1,6
6,0
16,0
92,2
26,0
3,3
2,7
10,2
2,3
211,1
67,2
1,6
5,8
14,8
78,8
25,6
3,6
2,6
10,4
2,2
201,9
64,9
1,6
5,0
13,6
75,6
23,6
3,4
2,4
9,8
2,1
184,5
63,8
1,6
4,6
12,8
68,1
22,2
3,2
1,7
8,5
2,1
180,5
63,2
1,6
3,8
11,3
63,0
18,6
2,5
1,9
8,4
29,2%
-3,0%
14,3%
27,5%
12,2%
-2,1%
57,3%
41,3%
46,4%
40,3%
34,3%
41,6%
20,9%
1.222,4
1.014,3
1.222,4
1.177,4
1.140,8
1.079,5
1.014,3
20,5%
Total
As taxas médias mensais do crédito comercial apresentaram aumento de 0,17 pp. no comparativo 1T15 vs
1T14. Os produtos do crédito comercial à pessoa jurídica apresentaram crescimento de 0,23 pp. nas taxas
médias mensais nos trimestres, e as taxas médias mensais dos produtos do crédito comercial à pessoa física
apresentaram expansão de 0,14 pp. no mesmo período. As taxas médias mensais do crédito comercial ao
segmento empresarial são influenciadas, em especial, pela trajetória da taxa básica de juros e pelas condições
de competitividade, enquanto as taxas médias mensais da pessoa física carregam o efeito do estoque de
operações pré-fixadas.
| 111
No último trimestre, as taxas médias mensais do crédito comercial apresentaram crescimento de 0,06 pp.,
impactadas pela ampliação em 0,10 pp. das taxas médias do crédito comercial à pessoa jurídica e em 0,05 pp.
das taxas médias mensais dos produtos do crédito comercial à pessoa física.
TABELA 21: TAXAS MÉDIAS MENSAIS DO CRÉDITO COMERCIAL - PESSOA FÍSICA E JURÍDICA
Pessoa Física
Crédito Pessoal - Consignado
Aquisição Bens - Consignado
Aquisição Bens - Outros Bens
Aquisição Bens - Veículos
Cheque Especial
Crédito 1 Minuto
Crédito Pessoal Automático
Crédito Pessoal - Não Consignado
Cartão de Crédito
Outros – PF
Pessoa Jurídica
Aquisição Bens - Outros Bens
Aquisição Bens - Veículos
Capital de Giro - CEB
1T15
2,50%
1T14(1)
2,36%
1T15
2,50%
1,94%
1,44%
2,23%
1,84%
1,46%
1,93%
1,94%
1,44%
2,23%
1,65%
9,59%
3,77%
1,64%
8,68%
3,49%
1,65%
9,59%
3,77%
4,34%
2,60%
9,21%
3,78%
2,56%
8,39%
4,34%
2,60%
9,21%
1,10%
1,10%
1,10%
1,65%
1,61%
1,68%
1,38%
1,59%
3,40%
1,29%
1,74%
4,02%
1,92%
1,30%
1,42%
1,66%
1,71%
1,23%
1,38%
2,97%
1,18%
1,64%
3,43%
1,74%
1,18%
1,65%
1,61%
1,68%
1,38%
1,59%
3,40%
1,29%
1,74%
4,02%
1,92%
1,30%
Capital de Giro - CGB
CDCI
Compror
Conta Devedora Caução - CCC
Conta Garantida
Desconto de Recebíveis
Vendor
0,81%
0,61%
0,81%
Outros - PJ
2,10%
1,93%
2,10%
Total
Reapresentado para adequação dos critérios de demonstração das taxas dos produtos rotativos.
3T14(1)
2T14(1)
2,45%
1,91%
1,46%
4T14(1)
2,42%
1,87%
1,47%
2,38%
1,84%
1,46%
2,13%
1,68%
9,43%
2,13%
1,68%
9,29%
2,06%
1,66%
8,81%
3,62%
4,20%
2,55%
3,51%
4,07%
2,57%
3,48%
3,94%
2,58%
9,05%
1,07%
1,55%
8,77%
1,09%
1,54%
8,30%
1,10%
1,51%
1,61%
1,67%
1,34%
1,65%
1,69%
1,33%
1,66%
1,70%
1,33%
1,56%
3,49%
1,25%
1,69%
3,62%
1,84%
1,24%
0,68%
2,04%
1,56%
3,42%
1,28%
1,70%
3,45%
1,82%
1,23%
0,67%
2,03%
1,48%
3,12%
1,25%
1,71%
3,37%
1,77%
1,19%
0,62%
1,99%
1T14(1)
2,36%
1,84%
1,46%
1,93%
1,64%
8,68%
3,49%
3,78%
2,56%
8,39%
1,10%
1,42%
1,66%
1,71%
1,23%
1,38%
2,97%
1,18%
1,64%
3,43%
1,74%
1,18%
0,61%
1,93%
R ESULTADO DE O PERAÇÕES COM T ÍTULOS E V ALORES M OBILIÁRIOS E I NSTRUMENTOS F INANCEIROS
D ERIVATIVOS
O resultado de operações com títulos e valores mobiliários (TVM) e instrumentos financeiros derivativos somou
R$958,2 milhões nos três meses de 2015, 118,5% ou R$519,7 milhões acima do montante contabilizado no
mesmo período de 2014 e 46,7% ou R$305,2 milhões frente ao resultado apurado no 4T14.
A trajetória do resultado de tesouraria no 1T15 em relação ao 1T14 proveio do incremento do resultado de
instrumentos financeiros derivativos, impactado pela variação cambial e marcação a mercado dos contratos de
swap, e da expansão do resultado de TVM, influenciada pela ampliação da Taxa Selic efetiva, que passou de
2,42% no 1T14 para 2,82% no 1T15.
O crescimento do resultado de tesouraria na comparação com o trimestre anterior proveio, principalmente, da
ampliação do resultado de instrumentos financeiros derivativos, impactada pela variação cambial e marcação a
mercado dos contratos de swap.
112 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
Gráfico 23: Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos
- R$ Milhões
Variação %
118,5%
Selic Acumulada %
Selic Período %
2,42%
2,53%
2,75%
2,78%
2,82%
2,42%
958,2
608,3
438,6
2T14
958,2
653,1
438,6
379,7
1T14
2,82%
3T14
4T14
1T15
1T14
1T15
R ESULTADO DE O PERAÇÕES DE C ÂMBIO
O resultado de operações de câmbio totalizou R$193,1 milhões no 1T15, R$182,9 milhões acima do montante
contabilizado no 1T14 e R$110,7 milhões superior na comparação com o 4T14. As operações de câmbio no
Banrisul são casadas com funding em moeda estrangeira, logo, a variação das receitas é compensada,
proporcionalmente, por variação das despesas com obrigações de empréstimos e repasses em moeda
estrangeira. A ampliação do resultado de câmbio nos períodos analisados reflete a desvalorização cambial.
Gráfico 24: Resultado de Operações de Câmbio - R$ Milhões
Variação %
1777,2%
193,1
193,1
97,6
82,4
10,3
10,0
1T14
2T14
10,3
3T14
4T14
1T15
1T14
1T15
R ESULTADO DAS A PLICAÇÕES C OMPULSÓRIAS
O resultado das aplicações compulsórias alcançou R$165,3 milhões no 1T15, R$22,9 milhões ou 16,1% acima
do valor do 1T14 e R$6,5 milhões ou 4,1% superior ao 4T14.
A ampliação do resultado das aplicações compulsórias no comparativo 1T15 vs 1T14 proveio, especialmente,
do incremento das rendas de créditos vinculados à exigibilidade adicional, motivado pelo aumento do saldo
desses ativos compulsórios, face ao crescimento do saldo de depósitos.
No último trimestre, a trajetória do resultado das aplicações compulsórias foi impactada pela expansão das
rendas vinculadas à exigibilidade adicional e aos recursos a prazo, face ao aumento do saldo dos depósitos a
prazo, movimento em linha com a variação percebida no saldo dos depósitos compulsórios no Bacen.
| 113
Gráfico 25: Resultado das Aplicações Compulsórias - R$ Milhões
Variação %
16,1%
167,0
165,3
165,3
162,0
158,9
142,4
142,4
1T14
2T14
3T14
4T14
1T15
1T14
1T15
D ESPESAS DA I NTERMEDIAÇÃO F INANCEIRA
As despesas da intermediação financeira somaram R$2.281,2 milhões no 1T15, com aumento de R$1.195,1
milhões sobre o fluxo do 1T14 e de 45,4% ou R$712,1 milhões em relação ao 4T14. As despesas financeiras
foram influenciadas pela variação cambial, pela elevação da Taxa Selic efetiva e pela elevação do fluxo de
provisões para operações de crédito.
A ampliação das despesas da intermediação no 1T15 comparado ao 1T14 decorreu do incremento das
despesas de captação no mercado, em R$642,0 milhões, da elevação das despesas de empréstimos, cessões e
repasses em R$344,9 milhões, e do maior fluxo de despesas com provisões para operações de crédito em
R$208,2 milhões.
No último trimestre, o crescimento das despesas da intermediação financeira proveio do aumento das
despesas de captação no mercado, em R$327,7 milhões, das despesas de empréstimos, cessões e repasses em
R$216,8 milhões, e das despesas com provisões para operações de crédito em R$167,6 milhões.
Gráfico 26: Despesas da Intermediação Financeira - R$ Milhões
Variação %
110,0%
2.281,2
1.515,8
1.086,1
1T14
1.569,2
1.086,1
1.019,9
2T14
2.281,2
3T14
4T14
1T15
1T14
1T15
D ESPESAS DE C APTAÇÃO NO M ERCADO
As despesas de captação no mercado somaram R$1.472,0 milhões no 1T15, 77,3% ou R$642,0 milhões acima
do montante do 1T14 e 28,6% ou R$327,7 milhões superior ao 4T14.
114 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
O crescimento das despesas de captação no mercado na comparação 1T15 vs 1T14 proveio, especialmente, do
crescimento das despesas relacionadas à variação cambial da dívida subordinada, em R$468,0 milhões, e do
aumento das despesas de depósitos a prazo, em R$135,0 milhões. A variação cambial, o aumento da Taxa Selic
efetiva, que referencia boa parte da captação, e a expansão do saldo desses recursos provocaram a ampliação
das despesas no período.
No último trimestre, a trajetória ascendente das despesas de captação no mercado decorreu do incremento
das despesas relacionadas à variação cambial da dívida subordinada, em R$295,6 milhões, e do crescimento
das despesas de depósitos a prazo, em R$30,5 milhões, influenciado pelo crescimento do saldo desses recursos
em R$888,8 milhões.
Gráfico 27: Despesas de Captação no Mercado - R$ Milhões
Variação %
77,3%
1.472,0
1.094,4
830,0
811,2
1T14
2T14
1.472,0
1.144,4
830,0
3T14
4T14
1T15
1T14
1T15
D ESPESAS DE E MPRÉSTIMOS , C ESSÕES E R EPASSES
As despesas de empréstimos, cessões e repasses totalizaram R$404,6 milhões no 1T15, R$344,9 milhões acima
do montante do 1T14 e R$216,8 milhões superior ao 4T14.
O incremento das despesas de empréstimos, cessões e repasses no comparativo 1T15 vs 1T14 decorreu,
especialmente, do crescimento das despesas de repasses em moeda estrangeira, em R$315,9 milhões,
impactado pela variação cambial do período (-3,40% no 1T14 para 20,77% no 1T15).
No último trimestre, a trajetória ascendente das despesas de empréstimos, cessões e repasses proveio da
expansão das despesas de repasse em moeda estrangeira em R$202,0 milhões, face à desvalorização cambial
do período.
Gráfico 28: Despesas de Empréstimos, Cessões e Repasses - R$ Milhões
Variação %
577,7%
404,6
404,6
212,1
59,7
67,2
1T14
2T14
187,8
59,7
3T14
4T14
1T15
1T14
1T15
| 115
C USTO DE C APTAÇÃO
O custo de captação foi apurado com base nos saldos médios dos recursos captados, calculados a partir dos
saldos finais dos meses que compõem os períodos analisados, vinculados aos correspondentes valores das
despesas efetivas de captação, ajustados pelo resultado de instrumentos financeiros derivativos, gerando as
taxas médias. Entre os passivos, foram agrupados como produtos de captação os depósitos, a captação no
mercado aberto, os recursos de aceites e emissão de títulos e as dívidas subordinadas líquidas do resultado
gerado pela marcação a mercado do swap, associados, diretamente, às respectivas despesas para o cálculo do
custo médio.
O preço médio da captação alcançou 2,29% no 1T15, acima da taxa de 1,97% do 1T14 e maior que 2,25% do
4T14, em linha com as oscilações da Taxa Selic efetiva, que referencia boa parte da captação, e influenciada
pela variação cambial no custo da dívida subordinada. O indicador de custo médio em relação à Taxa Selic
alcançou 80,96% no 1T15, redução de 0,14 pp. na comparação com o índice do 1T14 e de 0,08 pp. frente ao
indicador obtido no 4T14.
O custo médio dos depósitos a prazo, que representam 51,5% do saldo médio do conjunto de rubricas
demonstradas na tabela a seguir, alcançou 2,40% no 1T15, com crescimento de 0,35 pp. em relação ao 1T14 e
aumento de 0,05 pp. na comparação com o 4T14. A proporcionalidade dos custos dos depósitos a prazo em
relação à Taxa Selic atingiu 85,15% no 1T15, aumento de 0,59 pp. frente ao registrado no 1T14 e crescimento
de 0,71 pp. na comparação com o custo do 4T14.
O custo médio da dívida subordinada alcançou 3,32% no 1T15, 0,27 pp. acima do registrado no 1T14 e 0,08 pp.
abaixo do custo obtido no 4T14, influenciado pelos encargos financeiros, variação cambial e marcação a
mercado dos contratos, ajustado pelo resultado de instrumentos derivativos associados.
TABELA 22: CUSTO DE CAPTAÇÃO - R$ MILHÕES E %
Depósitos à Vista
Depósitos de Poupança
Depósitos a Prazo
Depósitos Interfinanceiros
Saldo
Médio
2.898,5
7.790,4
1T15
Despesa
Acum.
(133,2)
Custo
Médio
1,71%
22.973,7
761,0
4.869,7
5,6
2.831,2
2.460,0
(552,4)
(12,8)
(12,9)
(145,8)
(0,0)
(80,5)
(81,6)
2,40%
1,68%
2,99%
0,16%
2,84%
3,32%
Despesas de Contribuição FGC
Operações Compromissadas
Obrigação Depósito Especial de Fundos e Programas
Recursos de Aceites e Emissão de Títulos
Dívida Subordinada (1)
Saldo Médio Total / Despesa Total
44.590,1
(1.019,2)
Selic
Custo Médio / Selic
Custo Depósito a Prazo / Selic
(1) Ajustada pelos ganhos e perdas de instrumentos de hedge (swap).
2,29%
2,82%
80,96%
85,15%
Saldo
Médio
2.947,0
7.669,9
22.234,3
500,2
4T14
Despesa
Acum.
(0,0)
(130,7)
(521,8)
(10,5)
5.104,4
5,7
2.826,7
2.145,8
43.434,1
(12,6)
(150,8)
(0,0)
(79,0)
(72,9)
(978,4)
Custo
Saldo
Médio Médio
0,00%
2.795,5
1,70%
7.159,0
2,35% 20.357,0
2,09%
377,9
2,96%
0,23%
2,80%
3,40%
2,25%
2,78%
81,04%
84,44%
6.502,1
3,7
2.676,2
1.884,5
41.755,9
1T14
Despesa
Acum.
(116,6)
(417,4)
(8,1)
(11,6)
(145,4)
(0,0)
(64,6)
(57,4)
(821,1)
Custo
Médio
1,63%
2,05%
2,14%
2,24%
0,09%
2,41%
3,05%
1,97%
2,42%
81,10%
84,56%
D ESPESAS DE P ROVISÃO PARA O PERAÇÕES DE C RÉDITO
As despesas de provisão para operações de crédito somaram R$404,6 milhões no 1T15, R$208,2 milhões acima
do fluxo do 1T14 e 70,7% ou R$167,6 milhões superior ao fluxo do 4T14. A trajetória ascendente das despesas
de provisão para operações de crédito refletiu a ampliação dos ativos de crédito, bem como a rolagem da
carteira de crédito em atraso em níveis de rating mais elevados, que exigiu maior provisionamento, num
contexto de aumento do fluxo de baixas para prejuízo.
116 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
Gráfico 29: Despesas de Provisão para Operações de Crédito - R$ Milhões
Variação %
106,0%
404,6
209,3
196,4
404,6
237,1
196,4
141,5
1T14
2T14
3T14
4T14
1T15
1T14
1T15
M ARGEM F INANCEIRA
A margem financeira totalizou R$1.052,7 milhões no 1T15, fluxo superior ao registrado no 1T14 em 21,1% ou
R$183,5 milhões e de 5,4% ou R$54,2 milhões frente ao valor do 4T14.
A trajetória da margem financeira no 1T15 em relação ao 1T14 foi impactada pela reprecificação da carteira de
ativos, movimento que vem ocorrendo ao longo de 2014 em linha com a trajetória ascendente dos juros
básicos da economia. Embora a elevação da Taxa Selic produza efeito direto sobre as despesas de captação
(operações pós-fixadas) e indireto sobre as receitas de juros, face à estrutura da carteira (em boa parte
representada por operações pré-fixadas), a recomposição dos spreads sobre ativos gerou aumento de margem
num contexto de elevação do saldo de ativos geradores de receitas e de passivos onerosos.
No último trimestre, a melhoria de margem proveio da consolidação de recomposição de spreads sobre ativos
a partir da consolidação de elevação da trajetória da Taxa Selic, bem como do aumento de saldos.
Gráfico 30: Margem Financeira - R$ Milhões
Variação %
21,1%
869,2
1T14
942,9
979,3
2T14
3T14
998,5
1.052,7
1.052,7
869,2
4T14
1T15
1T14
1T15
| 117
R ECEITAS DE P RESTAÇÃO DE S ERVIÇOS E T ARIFAS B ANCÁRIAS
As receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias somaram R$324,9 milhões no 1T15, 21,0% ou R$56,4
milhões acima do montante do 1T14 e redução de 2,5% ou R$8,2 milhões em relação ao último trimestre.
A trajetória das receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias no comparativo 1T15 vs 1T14 foi
influenciada, especialmente, pelo crescimento das receitas do negócio adquirência e vouchers, em R$30,2
milhões, de tarifas bancárias de conta corrente em R$7,3 milhões, e de seguros, previdência e capitalização, em
R$6,1 milhões.
A retração das rendas de prestação de serviços e tarifas bancárias no último trimestre decorreu,
principalmente, da sazonalidade característica dos períodos objetos de análise, tendo as receitas do negócio
adquirência e vouchers apresentado redução de R$5,6 milhões e as receitas de tarifas bancárias de conta
corrente apresentado decréscimo de R$2,4 milhões.
Gráfico 31: Receita de Prestação de Serviços e Tarifas Bancárias - R$ Milhões
Variação %
21,0%
268,5
1T14
286,4
2T14
308,4
333,1
324,9
324,9
268,5
3T14
4T14
1T15
1T14
1T15
D ESPESAS A DMINISTRATIVAS R ECORRENTES
As despesas administrativas alcançaram R$719,7 milhões no 1T15, valor 13,8% ou R$87,1 milhões acima do
apurado no 1T14. Em relação ao último trimestre, as despesas administrativas apresentaram retração de 3,7%
ou R$27,7 milhões.
As despesas de pessoal, descontado o reconhecimento das despesas relativas à parcela de empregados que
aderiram ao Plano de Aposentadoria Incentivada em 2014, apresentaram elevação de 12,7% ou R$43,3 milhões
impactada pelo dissídio coletivo da categoria e pelos novos níveis de contribuição do patrocinador aos planos
de previdência complementar no contexto de equacionamento do déficit do PBI. As outras despesas
administrativas alcançaram R$335,9 milhões no 1T15, com elevação de 15,0% ou R$43,8 milhões frente às
despesas apuradas no 1T14, decorrente, especialmente, do aumento das despesas com serviços de terceiros,
em R$49,2 milhões, influenciado, principalmente, pela ampliação das despesas dos serviços com o canal de
originação de crédito consignado e pelo incremento das despesas de intercâmbio referentes aos negócios com
cartões, fluxo em parte compensado pela redução das despesas com propaganda, promoções e publicidade em
35,7% ou R$7,3 milhões.
Na comparação com o trimestre anterior, as despesas de pessoal registraram redução de 3,0% ou R$11,9
milhões no 1T15, face à concentração de férias no início do ano. As outras despesas administrativas
apresentaram queda de 4,5% ou R$15,9 milhões no último trimestre, impactadas, especialmente, pelo
decréscimo das despesas com serviços de terceiros, em R$12,7 milhões, face, especialmente, à redução das
despesas dos serviços com o canal de originação de crédito consignado.
118 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
Gráfico 32: Despesas Administrativas Recorrentes - R$ Milhões
Variação %
13,8% ¹
747,4
719,7
351,8
335,9
719,7
632,7 ¹
632,7 ¹
672,4 ¹
689,9
292,2
300,4
327,1
340,5 ¹
372,0 ¹
362,8
395,7
383,8
340,5 ¹
383,8
1T14
2T14
3T14
4T14
1T15
1T14
1T15
335,9
292,2
Despesas Administrativas
Despesas com Pessoal
15,0%
12,7%¹
Outras Despesas Administrativas
¹ Ajustado
O UTRAS R ECEITAS O PERACIONAIS R ECORRENTES
Outras receitas operacionais somaram R$123,7 milhões no 1T15, R$63,7 milhões acima do montante
registrado no 1T14 e de 31,7% ou R$29,8 milhões em relação às outras receitas operacionais recorrentes do
4T14.
A ampliação de outras receitas operacionais no comparativo 1T15 vs 1T14 proveio, especialmente, da
expansão das receitas com ajuste cambial, em R$43,7 milhões, influenciada pela desvalorização cambial do
período.
No último trimestre, a ampliação de outras receitas operacionais recorrentes decorreu, do aumento das
receitas com ajuste cambial, em R$28,2 milhões, e o maior volume de reversão de provisões constituídas para
pagamento de despesas administrativas, em R$9,7 milhões, minimizado, em parte, pela redução das reversões
para provisões fiscais, em R$8,4 milhões.
Gráfico 33: Outras Receitas Operacionais Recorrentes- R$ Milhões
Variação %
106,0%
208,9
123,7
123,7
97,5
60,1
1T14
69,8
2T14
60,1
3T14
4T14
1T15
1T14
1T15
O UTRAS D ESPESAS O PERACIONAIS R ECORRENTES
Outras despesas operacionais alcançaram R$101,6 milhões no 1T15, 12,7% ou R$11,5 milhões acima do valor
recorrente registrado no 1T14, e relativa estabilidade, com redução de 0,1% frente ao 4T14.
| 119
O acréscimo de outras despesas operacionais recorrentes comparando-se 1T15 vs 1T14, proveio,
especialmente, da expansão de despesas com provisões trabalhistas, em R$26,7 milhões, fluxo minimizado, em
parte, pela redução das despesas com provisões para ações cíveis em R$13,1 milhões.
No último trimestre, a retração das outras despesas operacionais decorreu, especialmente, do decréscimo das
despesas com descontos concedidos em renegociações, minimizado, em parte, pelo aumento das despesas
com provisões trabalhistas.
Gráfico 34: Outras Despesas Operacionais Recorrentes - R$ Milhões
Variação %
12,7%
101,7
90,1
101,6
101,6
90,1
86,0
69,5
1T14
2T14
120 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
3T14
4T14
1T15
1T14
1T15
BALANÇO PATRIMONIAL CONSOLIDADO RESUMIDO
TABELA 23: BALANÇO PATRIMONIAL CONSOLIDADO RESUMIDO – R$ MILHARES
Ativo
57.178.464
728.491
Mar 2015/
Dez 2014
3,0%
-13,3%
Mar 2015/
Mar 2014
6,8%
-5,0%
330.201
17.841.988
7.662.914
989.798
18.911.542
7.355.714
-7,2%
2,6%
10,4%
-97,3%
2,5%
-1,7%
28.096.344
(1.626.861)
74.261
27.015.313
(1.526.856)
75.694
26.140.950
(1.503.208)
79.460
1,9%
9,0%
-3,0%
11,8%
16,7%
-6,2%
(6.877)
5.707.298
(129.520)
(7.096)
5.547.011
(140.301)
(6.402)
4.303.448
(149.678)
(7.193)
4.318.602
(145.251)
11,8%
6,7%
17,6%
6,9%
41,0%
4,9%
280.291
269.877
59.278
308.089
266.654
59.086
311.350
264.799
58.754
311.731
270.826
60.496
309.559
267.300
60.355
-9,0%
1,2%
0,3%
-9,5%
1,0%
-1,8%
191.846
18.753
185.995
21.573
182.632
23.413
182.738
27.592
176.317
30.628
3,1%
-13,1%
8,8%
-38,8%
61.357.293
59.561.696
59.092.151
57.212.081
57.445.764
6,8%
Mar 2015/
Mar 2014
6,4%
12,8%
-4,3%
7,2%
129,2%
Mar 2015
Dez 2014
Set 2014
Jun 2014
Mar 2014
61.087.416
691.850
59.295.042
797.643
58.827.352
932.784
56.941.255
1.082.902
Aplicações Interfinanceiras de Liquidez
Títulos e Val. Mobiliários e Inst. Financ. Derivativos
Relações Interfinanceiras e Interdependências
26.644
19.382.612
7.234.142
28.714
18.888.553
6.555.523
47.423
18.487.337
7.105.100
Operações de Crédito
Provisão para Operações de Crédito
Operações de Arrendamento Mercantil
29.222.198
(1.753.617)
74.532
28.678.339
(1.609.548)
76.828
(7.690)
6.088.808
(152.354)
Outros Valores e Bens
Permanente
Investimentos
Imobilizado de Uso
Intangível
Circulante e Realizável a Longo Prazo
Disponibilidades
Provisão para Operações de Arrendamento Mercantil
Outros Créditos
Provisão para Outros Créditos
Total do Ativo
Mar 2015
Dez 2014
Set 2014
Jun 2014
Mar 2014
Circulante e Exigível a Longo Prazo
Depósitos
Depósitos à Vista
Depósitos de Poupança
Depósitos Interfinanceiros
55.615.141
34.695.100
2.669.795
7.728.974
884.746
53.890.351
34.135.444
3.280.758
7.762.045
569.869
53.671.436
32.920.105
2.961.240
7.583.331
450.517
51.938.458
31.956.535
3.277.508
7.376.313
423.611
52.284.454
30.770.320
2.788.778
7.211.775
386.061
3,0%
Mar 2015/
Dez 2014
3,2%
1,6%
-18,6%
-0,4%
55,3%
Depósitos a Prazo
Captação no Mercado Aberto
Recursos de Aceites e Emissão de Títulos
23.411.585
4.763.323
2.817.670
22.522.772
4.318.236
2.837.792
21.925.017
5.815.238
2.794.600
20.879.103
5.517.530
2.729.856
20.383.706
7.266.753
2.732.890
3,9%
10,3%
-0,7%
14,9%
-34,5%
3,1%
582.174
4.480.254
11.022
8.265.598
147.184
40.774
228.524
4.179.647
41.566
8.149.142
44.446
40.686
662.263
3.863.623
25.794
7.589.813
166.637
114.036
927.582
3.546.937
94.667
7.165.351
166.189
30.139
844.074
3.547.509
31.209
7.091.699
165.882
110.056
154,8%
7,2%
-73,5%
1,4%
231,2%
0,2%
-31,0%
26,3%
-64,7%
16,6%
-11,3%
-63,0%
35.015
709.577
1.407
1.605.061
2.672.163
3.054.417
5.742.152
61.357.293
48.539
673.385
1.138
2.080.698
2.222.523
3.037.727
5.671.345
59.561.696
66.477
783.474
1.594
1.614.329
1.983.674
2.859.592
5.420.715
59.092.151
39.523
632.561
995
1.791.812
1.848.424
2.655.708
5.273.623
57.212.081
93.038
628.401
2.767
1.506.340
1.848.317
2.736.898
5.161.310
57.445.764
-27,9%
5,4%
23,6%
-22,9%
20,2%
0,5%
1,2%
3,0%
-62,4%
12,9%
-49,2%
6,6%
44,6%
11,6%
11,3%
6,8%
Passivo
Relações Interfinanceiras e Interdependências
Obrigações por Empréstimos e Repasses
Instrumentos Financeiros Derivativos
Outras Obrigações
Cobrança e Arrecad. de Tributos e Assemelhados
Carteira de Câmbio
Sociais e Estatutárias
Fiscais e Previdenciárias
Negociação e Intermediação de Valores
Fundos Financeiros e de Desenvolvimento
Dívida Subordinada
Diversas
Patrimônio Líquido
Total do Passivo e Patrimônio Líquido
| 121
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO RESUMIDO
TABELA 24: DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO RESUMIDO – R$ MILHARES
Receitas da Intermediação Financeira
Receita de Crédito e Arrendamento Mercantil
Resultado de Operações com TVM
Resultado com Instrumentos Financeiros Derivativos
Resultado de Operações de Câmbio
Resultado das Aplicações Compulsórias
Operações de Venda ou Transf. de Ativos Financeiros
Despesas da intermediação Financeira
Operações de Captação no Mercado
Operações de Empréstimos, Cessões e Repasses
Provisão para Operações de Créditos
1T15
1T15
2.929.301
1.587.562
1T14
1.758.890
1.159.577
2.929.301
1.587.562
4T14
2.330.619
1.410.401
3T14
2.285.761
1.407.256
2T14
1.821.387
1.264.351
505.437
452.806
193.146
429.592
8.958
10.289
505.437
452.806
193.146
487.153
165.935
82.403
472.400
135.883
97.574
439.849
(60.123)
9.983
1T14 1T15/4T14 1T15/1T14
1.758.890
25,7%
66,5%
1.159.577
12,6%
36,9%
429.592
8.958
10.289
3,8%
172,9%
134,4%
17,7%
4954,7%
1777,2%
165.345
142.418
165.345
158.863
166.963
161.968
142.418
25.005
8.056
25.005
25.864
5.685
5.359
8.056
(2.281.238) (1.086.128) (2.281.238) (1.569.178) (1.515.812) (1.019.937) (1.086.128)
4,1%
-3,3%
45,4%
16,1%
210,4%
110,0%
(1.472.050)
(404.568)
(404.620)
(830.033) (1.472.050) (1.144.361) (1.094.417)
(59.699) (404.568) (187.754) (212.083)
(196.396) (404.620) (237.063) (209.312)
(811.232)
(67.234)
(141.471)
(830.033)
(59.699)
(196.396)
28,6%
115,5%
70,7%
77,3%
577,7%
106,0%
648.063
1.052.683
(460.154)
672.762
869.158
(465.704)
648.063
1.052.683
(460.154)
761.441
998.505
(509.252)
769.949
979.261
(451.370)
801.450
942.920
(462.012)
672.762
869.158
(465.704)
-14,9%
5,4%
-9,6%
-3,7%
21,1%
-1,2%
Receitas de Prestação de Serviços /Tarifas Bancárias
Despesas de Pessoal
324.892
(383.811)
268.527
(340.501)
324.892
(383.811)
333.053
(395.666)
308.359
(362.841)
286.359
(371.954)
268.527
(340.501)
-2,5%
-3,0%
21,0%
12,7%
Outras Despesas Administrativas
Resultado de Participação em Coligadas e Controladas
Outras Receitas Operacionais
(335.906)
794
123.731
(292.154)
2.193
60.078
(335.906)
794
123.731
(351.760)
588
93.950
(327.085)
(139)
97.476
(300.445)
532
69.775
(292.154)
2.193
60.078
-4,5%
34,9%
31,7%
15,0%
-63,8%
106,0%
(88.283)
(101.571)
187.909
187.909
(16.725)
(24.052)
(100)
147.032
-
(73.733)
(90.114)
207.057
207.057
(46.191)
(22.858)
(75)
137.934
(67.337)
(30.701)
(88.283)
(101.571)
187.909
187.909
(16.725)
(24.052)
(100)
147.032
-
(87.759)
(101.659)
252.190
252.190
(49.751)
(25.280)
(107)
177.050
-
(81.122)
(86.018)
318.579
318.579
(76.194)
(26.946)
(97)
215.342
-
(76.823)
(69.455)
339.438
339.438
(100.798)
(15.896)
(82)
222.663
3.233
(173.807)
(73.733)
(90.114)
207.057
207.057
(46.191)
(22.858)
(75)
137.934
(67.337)
(30.701)
0,6%
-0,1%
-25,5%
-25,5%
-66,4%
-4,9%
-7,0%
-17,0%
-
19,7%
12,7%
-9,2%
-9,2%
-63,8%
5,2%
33,4%
6,6%
-
147.032
37.872
77.768
147.032
115.000
(43.856)
248.194
215.342
98.023
150.112
37.872
77.768
-40,8%
89,1%
Resultado Bruto da Intermediação Financeira
Margem Financeira
Outras Receitas / Despesas Operacionais
Despesas Tributárias
Outras Despesas Operacionais
Resultado Operacional
Resultado Antes da Tributação s/ Lucro
Imposto de Renda e Contribuição Social
Participações dos Empregados no Resultado
Participações Minoritárias no Resultado
Lucro Líquido Recorrente
PAI - Plano de Aposentadoria Incentivada
Reestrut. Planos Fundação - Incentivos à Migração
Convênio de Distribuição de Seguros
Efeitos Fiscais
Lucro Líquido Contábil
122 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015
GOVERNO DO ESTADO
DO RIO GRANDE DO SUL
Secretaria da Fazenda
Banco do Estado do Rio Grande do Sul
Diretoria
LUIZ GONZAGA VERAS MOTA
Presidente
IRANY DE OLIVEIRA SANT’ANNA JUNIOR
Vice-Presidente
JORGE FERNANDO KRUG SANTOS
JORGE LUIZ OLIVEIRA LOUREIRO
JÚLIO FRANCISCO GREGORY BRUNET
LEODIR ANTÔNIO ARALDI
OBERDAN CELESTINO DE ALMEIDA
RICARDO RICHINITI HINGEL
SUZANA FLORES COGO
Diretores
Conselho de Administração
TÚLIO LUIZ ZAMIN
Vice-Presidente
ALDO PINTO DA SILVA
DILIO SERGIO PENEDO
GUILHERME CASSEL
IRANY DE OLIVEIRA SANT’ANNA JUNIOR
JOÃO ACIR VERLE
JUÇARA MARIA DUTRA VIEIRA
LUIZ GONZAGA VERAS MOTA
Conselheiros
WERNER KÖHLER
Contador CRCRS 38.534
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124 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Março 2015