PrÊmio no Alumínio SegregAção PArA Prever A SolidificAção

Transcrição

PrÊmio no Alumínio SegregAção PArA Prever A SolidificAção
ano xviI | Novembro de 2014 | edição 174 | www.abifa.org.br
PrÊmio no Alumínio
Segregação para Prever a Solidificação
Alumínio de Alta Resistência
aos gritos de socorro da Indústria, essa alienação das
riorizando o setor de alumínio
nossas Federações, que eternizam a nossa falta de
nesta edição, ressaltamos o
competitividade, enquanto o Brasil sempre esteve entre os
aspecto positivo do Programa
maiores produtores e exportadores mundiais do alumínio.
Inovar Auto através do qual se
Apesar da terceira maior reserva da bauxita o futuro
estimula o Conteúdo Nacional.
do nosso País é consolidar ainda mais, a sua situação de
Ainda na busca da melhor eficiência, cria-se um novo
exportador apenas de minério em forma de commodity,
mercado, no Brasil, que não é novidade para Europa e EUA,
enquanto a demanda por alumínio no mundo inteiro
que seriam os blocos de alumínio para motor de veículos
aumenta cada vez mais.
leves. Estima-se que este mercado nos próximos cinco
Concluindo, a nossa expectativa no curto praanos venha a absorver 70% do mercado de alumínio
zo não é das melhores enquanto o cenário
para fundição.
político não souber construir uma políAs fundições de alumínio têm um
“Apesar da terceira
tica industrial que prestigie o setor
importante papel na reciclagem,
produtivo; por tal motivo nos resta
transformando em novas peças
maior reserva da bauxita o
apenas torcer pelo êxito do nosso
fundidas o que inicialmente foi
futuro do nosso País é consolidar
ministro do MDIC, Sr. Armando
gerado como sucata. Assim
Monteiro que conhece as cólipodemos chamar a sucata de
ainda mais, a sua situação de
cas dos industriais.
ENERGIA SÓLIDA uma vez
exportador
apenas
de
minério
em
que nos permite substituir o
Boa leitura!
alumínio primário. Para terforma de commodity, enquanto a
mos uma ideia comparativa, o
demanda por alumínio no mundo
Remo De Simone
investimento para produção de
Presidente da ABIFA/SIFESP
alumínio primário é até 30 vezes
inteiro aumenta cada vez
maior que o investimento para promais”.
dução do secundário, além de exigir
um volume de energia muito maior.
Daí a importância da RECICLAGEM onde
a sucata é priorizada na produção do alumínio até
mesmo pelos produtores primários. Com esse quadro,
a dependência da sucata é crescente como também será
crescente a importação desse insumo, gerando até o
paradoxo de estimular o interesse do setor primário e
consequentemente pressionando os preços.
Em alguns casos o preço da sucata chega a superar o
preço do primário na LME (Bolsa dos Metais de Londres).
A nefasta e ineficiente política energética ao longo
dos últimos anos, apesar dos frequentes alertas feitos
pela cadeia metalúrgica, está transformando o Brasil em
importador, até deste importante insumo.
Este processo reverso e complementado com o
aproveitamento do cavaco briquetado, deu e continua
dando, um novo impulso à utilização da sucata de alumínio
com a aplicação correta da tecnologia de fusão da sucata
minimizando a perda de metal em 15%, inibindo a formação
do óxido de alumínio.
No entanto, nos entristece esse cabedal de
incompetências ministeriais, essa surdez do governo
| Novembro 2014
P
Editorial
3
SUMÁRIO
Edição 174
Novembro de 2014
03 Editorial
08 Notas e Informações
Entretenimento
10 Cultura
Em Foco
12 Prêmio no Alumínio
20
24
26
28
30
Gestão Empresarial
De Amigo para Amigo
Jurídico
Meio Ambiente / Sustentabilidade
Recursos Humanos
Responsabilidade Social
Eventos
32 Palestra
36 Plenária (Outubro)
Perfil do Associado
37 Hunter Foundry do Brasil Ltda.
Regionais ABIFA
38 Minas Gerais
40 Rio Grande do Sul
| Novembro 2014
42 Comunicados ABIFA/SIFESP
44 CONAF
46 Apex-Brasil
4
Técnicos
50 ABNT/CB-59
53 Cadernos Técnicos
60 Índices Setoriais
62 Agenda
64 Lista Anunciantes
5
| Novembro 2014
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| Novembro 2014
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• Dicionário de Fundição e Tratamento Térmico (Português - Inglês)
• Dicionário de Usinagem e Tratamento Térmico (Português - Inglês)
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• Coletânea de Trabalhos Técnicos 2014
Notas e Informações
| Novembro 2014
Conta de luz terá reajuste médio de mais de 17% na tarifa
8
A nova rodada de reajustes obrigatórios da conta de
luz, autorizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel), elevou a 17,63% o aumento médio da tarifa de
energia de 68,7 milhões de unidades consumidoras em todo
o País neste ano. Os chamados grandes consumidores,
como indústrias, tiveram suas tarifas reajustadas em
18,20% na média. Nas residências, a conta de luz subiu
17,41% na média deste ano.
A alta média ordinária aprovada pela Aneel superou a
projeção do Banco Central, que estima aumento de 16,8%
nas tarifas de energia neste ano. O resultado final pode
ser ainda maior, já que o cálculo considera os reajustes
autorizados pela Aneel para 56 distribuidoras de energia
elétrica em todo o País, desde o início do ano.
Até dezembro, outras oito distribuidoras ainda terão
analisado o processo de reajuste tarifário pela Aneel. A principal
delas é a Light, que atende cerca de 4 milhões de unidades
consumidoras no Rio de Janeiro e na Baixada Fluminense.
Também terão suas tarifas reajustadas as distribuidoras
Boa Vista Energia, Amazonas Energia, Companhia Energética
de Roraima (CERR), Companhia de Eletricidade do Amapá
(CEA), Centrais Elétricas de Rondônia (Ceron), Companhia
de Eletricidade do Acre (Eletroacre) e Companhia Sul
Sergipana de Eletricidade (Sulgipe).
A Aneel aprovou reajustes para três distribuidoras. As
tarifas da CPFL Piratininga terão aumento médio de 22,43%.
Para grandes consumidores, o reajuste será de 24,35%. Nas
residências, será 20,98%. A companhia atende 1,6 milhão
de unidades consumidoras em Santos, Sorocaba, Jundiaí e
outros 24 municípios do litoral e do interior de São Paulo.
Com 1,7 milhão de unidades consumidoras, a Bandeirante
Energia terá suas tarifas elevadas em 21,93%, em média.
Para grandes consumidores, o reajuste será de 23,78% e
para residenciais, 20,6%. A empresa atende 28 municípios de
São Paulo nas regiões do Alto do Tietê e Vale do Paraíba.
Para os 70 mil clientes da DME Distribuição, de Poços
de Caldas (MG), o aumento médio é de 13,69%. Grandes
consumidores terão alta de 15,44%, e residenciais, de 12,28%.
Banco Central. No último Relatório Trimestral de
Inflação, divulgado em setembro, o Banco Central projetava
elevação de 16,8% nas tarifas de energia elétrica neste
ano. Foi a quarta revisão do Banco Central. No fim do ano
passado, a autoridade monetária projetava alta de 7,5%. Em
abril, a previsão passou a 9,5%. Em seguida, subiu a 11,5%
em maio e a 14% em julho.
Questionado sobre a projeção, o Banco Central
informou que suas previsões estão ancoradas não apenas
nos reajustes tarifários, mas também em fatores sazonais,
como o clima. Além disso, a autoridade monetária
considera a inflação de preços livres e a alta de preços
medida pelo Índice Geral de Preços (IGP). Pelo IPCA, índice
oficial, a inflação da energia residencial acumula 13,19%
até setembro.
A equipe econômica tem usado os reajustes concedidos
pela Aneel para combater o discurso de que o governo
controla a inflação segurando os chamados preços
administrados, como gasolina e energia elétrica.
O aumento do custo da energia foi a principal causa
dos elevados reajustes concedidos para as distribuidoras
neste ano. Com a seca, o governo decidiu poupar água
dos reservatórios das usinas hidrelétricas e acionar as
térmicas, que geram energia mais cara. Praticamente, todo
o parque de termelétricas está em funcionamento desde
outubro de 2012.
Até agora, o maior reajuste autorizado pela Aneel foi o
da Elektro. O aumento médio foi de 37,78%. As tarifas dos
grandes consumidores subiram 40,79%, e a dos residenciais
foram elevadas em 35,97%. A companhia atende 2,4 milhões
de unidades consumidoras em 223 cidades de São Paulo e
cinco de Mato Grosso do Sul.
fonte: O Estado de S. Paulo – Anne Wart
OTIMIZAÇÃO DO PROCESSO COLD BOX
É TEMA DE WORKSHOP EM SANTA CATARINA
A Magma oferece um módulo especialmente
desenvolvido para simulação do sopro e gasagem de
machos para todos os processos de fabricação; o MAGMA
C+M. De acordo com o diretor executivo da Magma, Fabio
Rola, a fundição pode evitar diversos custos relacionados
com a deficiência no projeto da caixa de macho. A simulação
permite que o projetista possa realizar a distribuição de
bicos e respiros de maneira correta sem a necessidade
de diversos retrabalhos posteriores. Em um dos casos
apresentados pelo Joern Schmidt, a Usiminas conseguiu
identificar as causas para a baixa resistência de um macho
somente através da simulação de gasagem do processo
cold box. A distribuição de respiros estava inadequada para
a passagem do gás pela região inferior.
O evento aconteceu no dia 18 de setembro de 2014
na cidade de Joinville, Santa Catarina e foi realizado em
Figura 1: Defeito de baixa resistência em macho “cintura
fina”. Figura 2: Resultado da simulação da concentração do
gás de cura. O gás não penetra na região inferior do macho.
parceria com o Grupo Ventistamp. No total 43 profissionais
marcaram presença representando empresas do setor da
fundição, entre elas: Ford, Tupy, ASK Produtos Químicos
do Brasil, Embraco, Granaço Fundição, MWM, WEG
Equipamentos Elétricos, WHB Alumínio, WEG Motores
S/A, Wetzel – Divisão Ferro, Stilhl, Cruzaço, Metalúrgica
Riosulense, Jofund S.A, Wetzel Alumínio, Ensilcar, Acearia
Frederico Missner, Eco Sand, MDS, Fundimisa, Menegotti
Fundição, Granaço Fundição, GlobalMet S.A, Schulz S/A e
ASK Chemicals.
“Como melhorar a qualidade dos Moldes e Macho de
Areia, fazendo uma distribuição eficiente dos pontos de sopro
e dos respiros, nos ferramentais do processo Cold Box” e
“Torne seu processo mais estável com refugo, utilizando um
software de Gestão de Variáveis de Processo, aplicado nos
departamentos Macharia, Laboratórios, Moldagem, Fusão
e Vazamento” foram os outros temas apresentados pelo
Grupo Ventistamp representada pelo palestrante Jeanlis
Brito Zanatta, Grupo Ventistamp.
A Magma e a Ventistamp enxergam um grande potencial
de redução de refugo e custos na macharia através do uso
de tecnologias de ponta para o desenvolvimento de projeto
e processo sem a necessidade de retrabalhos.
O módulo MAGMA C+M pode ser licenciado sem nenhum
custo adicional para clientes que já utilizam o MAGMA5 no
projeto e processo de fundição. A Magma está a disposição
para todos que desejam implementar o módulo em suas
instalações.
Este workshop será também ministrado no Rio Grande
do Sul, Minas Gerais e interior de São Paulo, em março/2015,
para maiores informações entre em contato através do
e-mail: [email protected] com Cristiane Elias.
| Novembro 2014
Evento reuniu mais de 40 profissionais de grandes empresas do setor da fundição.
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ENTRETENIMENTO
CULTURA
Valentim, um Mestre
| Novembro 2014
Valentim, nascido Valentim da Fonseca e Silva, na cidade
de Cerro em Minas Gerais no ano de 1745, certamente foi
Mestre. Mestiço, era filho de uma negra escrava e de um
contratador de diamantes português que, percebendo as
poucas chances que o Brasil colonial da época oferecia,
mandou-o para Portugal ainda com três anos de idade.
São imprecisas as informações sobre sua vida naquele
país, mas sabe-se que lá aprendeu o ofício de escultor e
entalhador. Voltou ao Brasil pouco mais de vinte anos depois,
e no Rio de Janeiro abriu uma pequena oficina, engatinhando
os primeiros passos do que seria uma trajetória eclética nas
artes plásticas através de um estilo “híbrido”, conciliando
formas barrocas e rococós, e sinalizando os processos de
10
aculturação ocorridos nessa cidade desde sua proclamação
de Capital do Vice Reino.
Com um trabalho imediatamente reconhecido por todos,
a mando do Vice Rei do Brasil (de 1778 a 1790), Dom Luis
de Vasconcelos e Souza, Valentim executou e deixou para a
cidade do Rio de Janeiro algumas de suas mais expressivas
obras públicas, não somente proporcionando infraestrutura
e urbanismo como também beleza. Entre elas estão o
Passeio Público do Rio de Janeiro, a Fonte das Saracuras no
Convento da Ajuda, em peças de ferro fundido, Mosteiro de
São Bento, e Irmandade Santa Rita onde foi o responsável
pelos moldes de seus lampadários.
Mestre Valentim é considerado como o pioneiro na
utilização do método de fundição artística no Brasil, tendo
feito duas estátuas de bronze especialmente para compor
o conjunto chamado Fonte ou Chafariz das Marrecas,
construído em 1785.
Introduziu novas técnicas na fundição e novas ligas
metálicas, muitas de suas obras resistem até hoje, e se
encontram ao tempo mantendo imponência e vivacidade.
Com uma visão futurista, utilizou o estilo
“Rococó”, face mais liberal do Iluminismo, e ao mesmo
tempo se valeu do passado, marcado pelas características
do estilo clássico, considerado por muitos autores os mais
perfeitos e equilibrados da cultura Greco-Romana. Trabalhou,
e evoluiu acumulando diversas representações uma vez que,
presa ao Colonial do Brasil, a produção de obras artísticas
sofreu pela própria falta de artistas que se propusessem
transmitir seus conhecimentos, além da extrema dificuldade
em se obter material para a confecção das peças.
Por onde se anda no Rio de Janeiro, percebe-se o traço
da mão genial do Mestre, em Capelas e Igrejas, Conventos,
através de obras internas ou ainda em peças, esculturas,
detalhes de portas, grades, enfim, uma infinidade de
trabalhos relevantes, além de, paralelamente ter contribuído
com obras civis.
Faleceu aos 68 anos de idade, e seu corpo foi enterrado
na Igreja Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, na
cidade que o acolheu e para a qual deixou um legado de
amor representado por tantos trabalhos.
Amplamente reconhecido em sua época, Mestre
Valentim ocupa na história da arte brasileira lugar de
transição, no qual artista e técnico-artesão, passado e
futuro, arte religiosa e laica, barroco e rococó, espírito
clássico e nativista convivem em harmonia em sua obra.
(Pesquisa: www.itaucultural.org.br)
EM FOCO
PRÊMIO ALUMÍNIO
Prêmio NO Alumínio
Por Cristina Marques de Brito
Colaboração de Luiz Alberto Lopes, Mario Canto, Maurício Colin e Moacir Xavier
| Novembro 2014
O que é o Prêmio?
Segundo especialistas, o Prêmio no Alumínio é um mecanismo
que existe no mundo inteiro, o preço da commodity alumínio, assim
como qualquer outro metal não ferroso é estabelecido pela Bolsa
dos Metais de Londres (LME), na qual são comercializados todos os
metais não ferrosos e as cotações da bolsa estabelecem os preços
desses metais em qualquer mercado do mundo.
12
Prêmio – Uma ambiguidade no conceito
Ao contrário do que induz em um primeiro momento, a palavra
Prêmio vem do Latim “praemium”, que nada mais é do que a junção
do substantivo “prae” (recompensa) com o verbo “emere” (obter).
Pode-se dizer então que Prêmio, por definição técnica, é a
obtenção de uma recompensa por algo além do normal, da base,
do previsto.
Em verdade se convencionou utilizar a palavra Prêmio na
operação com commodities, seja ela grão, metal ou qualquer outra.
O Prêmio, com a mesma conotação, pode também ser utilizado em
outras operações, mas não somente, seguro.
De uma forma mais simplista, pode-se entender que o Prêmio
seria, no caso de um bem tangível, como metal, por exemplo, a
obtenção da recompensa por se trazer um bem do ponto onde está
armazenada ou cotada, até onde será efetivamente utilizada. Faz parte
do Prêmio ou desta recompensa, fretes e custos correlatos, assim
como fatores de oferta e demanda no local de consumo, ou seja,
custos operacionais efetivos adicionados a fatores do mercado local.
Conceito de Bolsa de Mercadorias
O mundo das commodities, via de regra, é controlado em nível
mundial por bolsas de mercadorias. Grãos são gerenciados em
Chicago pela CBOT (Chicago Board of Trade), enquanto petróleo
pela OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e
metais pela LME (London Metal Exchange), dentre muitas outras
que atuam nesta regulação e orientação de oferta e procura. São
sistemas de gerenciamento de oferta e procura em nível mundial
que, não raro, trabalham com profissionais altamente qualificados
e sistemas de última geração na pesquisa e análise de movimentos
imediatos, assim como com planejamento de mercado futuro,
incluindo, por exemplo, redes neurais.
Abordando o mercado de metais, dentre qualquer outro que se
poderia tomar, pode-se citar o caso do Alumínio. O Alumínio é cotado
mundialmente na Bolsa dos Metais de Londres, também conhecida
no meio de negócios, como: LME (London Metal Exchange).
O princípio de precificação da LME é igual a qualquer outro no
mundo, ou seja, a Bolsa dos Metais de Londres estima toda oferta,
assim como toda a demanda, de Alumínio no mundo, como se toda
esta oferta e demanda estivesse a não mais do que “um quarteirão”
da LME. Óbvio que na prática seria impossível, mas para efeito de
precificação é imprescindível se pensar, virtualmente, desta forma.
Com esta metodologia a LME consegue, com alto grau de
precisão e via oferta e procura, determinar quanto custaria o metal
em Londres, se toda oferta e estoque estivessem em Londres e toda
demanda, transação de compra, também sendo feita para entrega
em Londres, sem nenhuma movimentação ou custo com materiais,
em mercado com oferta e demanda em equilíbrio de preço. Vale
lembrar que esta análise é virtual, uma vez que o Alumínio pode
estar na Rússia e a demanda no Brasil, enquanto a precificação foi
feita como se tudo estivesse em Londres. Esta correção, a ser vista
mais adiante, se dará pelo Prêmio ou pela obtenção da recompensa
por este desvio de análise.
Imaginando que toda a oferta e procura estivesse disponível em
Londres e que isso fosse possível, poderia se dizer que em novembro
de 2014, como grande média, uma vez que estes valores se alteram
diariamente - para não dizer a cada minuto - que uma tonelada de
metal estaria sendo vendido por US$ 2000, aproximadamente. Note
que para custar US$ 2000 o metal deveria estar em Londres e a
compra ser feita para a cidade de Londres, não mais do que a “um
quarteirão” da LME, como dito acima.
A cotação LME e os ajustes (aplicação do Prêmio)
Entendido o conceito de Prêmio e da LME, o ponto final é juntar
ambos e ter o preço final da commodity Alumínio em um ponto
qualquer, a partir de Londres, haja vista que está aceito o conceito
que oferta e demanda, para precificação, estão em Londres.
Uma vez que o preço do metal está definido, a única coisa a
considerar na formação do preço do metal para um lugar específico,
EM FOCO
PRÊMIO ALUMÍNIO
diferente de Londres, é o Prêmio. Ele se encarregará dos ajustes e
desvios, para recompensar o vendedor na operação de trazer este
metal de Londres - lembre que é virtual - o metal está na Rússia até
no exemplo, para o Brasil.
De uma forma embasada no conceito, mas talvez ainda um
pouco superficial nos números, poderia se dizer, para efeito de
intelecção, que o Prêmio seria:
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•
•
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•
•
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•
•
•
Transporte interno na Rússia;
Custos de manuseio na Rússia;
Custos de despachante na Rússia;
Custo de oportunidade na Rússia – qual mercado mundial paga
mais;
Custo de armazenagem no Porto na Rússia;
Custo de manuseio portuário na Rússia;
Frete marítimo até o Brasil;
Imposto na nacionalização;
Custo de capital no desembaraço;
Custo de armazenagem no porto brasileiro;
Custo da marinha mercante;
Custos de despachantes no Brasil;
Movimentação interna no Brasil;
Custo de retorno de container e custo de “demurrage”;
Frete interno e custo de entrega;
Custo de oportunidade em função de oferta e procura no Brasil.
| Novembro 2014
Ainda no mês de novembro, o que se denomina Prêmio Brasil,
estaria por volta de US$ 650, ou seja, para um transformador qualquer,
apenas o custo da matéria-prima, no caso Alumínio, não sairia por
menos de LME (US$ 2000) + Prêmio (US$ 650) = US$ 2650 a tonelada.
14
Custo de Operação - Regulação
de Mercado
O mercado brasileiro já foi autossuficiente na produção de
alumínio primário, também conhecido como P1020. A verdade é que
o sistema energético brasileiro, com seus custos não competitivos
em nível mundial, direcionou os produtores brasileiros a um
caminho de desinvestimento ou no mínimo paralisação de ativos.
Como resultado o Brasil passou de exportador a importador e,
conforme previsões, importador intensivo.
É estimado que a rentabilidade na fabricação de primário se daria
com LME, entre US$ 2200 e US$ 2300. Se a regulação de mercado não
vem por preço, como já prognosticava Adam Smith, vem por redução
de oferta, por decisão na gestão ou incapacidade de continuidade das
empresas, quando o endividamento já é insustentável.
Por outro lado, a lei de mercado é soberana, o produtor brasileiro
regulará seu preço pelo custo de oportunidade de exportar ou pela
ameaça internacional de suprir o mercado nacional. Na essência,
o custo do Alumínio no Brasil, para produtores nacionais ou
internacionais, como qualquer outro produto de mercado, será igual
ao custo deste mesmo produto em outro ponto do globo mais o custo
de internalizá-lo. Observe que neste estágio de importador o preço não
mais é feito considerando o custo de se produzir, mas sim com base
na concorrência, com o conforto de se estar em casa. Este conforto
pode significar lucro ou prejuízo, uma vez que o parâmetro passa a ser
o mercado e não mais o custo de operação. Se prejuízo, o limite passa,
novamente, a ser fechamento de unidades, até dependência total da
importação.
Então os preços dos metais não ferrosos são sempre lincados
a cotação desses metais na Bolsa dos Metais de Londres ou na
cotação LME.
O que ocorre: O valor LME puro é válido para aqueles metais que
estão estocados nas warehouses, nos depósitos da Bolsa de Metais,
localizados em Londres ou no *Porto de Rotterdam, na Holanda.
A LME possui o warehouse em Londres e na Holanda, ela
estoca metais e todos que queiram transacionar metais, colocam
seus estoques físicos nesses warehouse, e nesses warehouse vale o
preço estabelecido na Bolsa de Londres.
Em outras partes do mundo, os metais são comercializados
pelo valor da Bolsa de Londres mais um valor adicional, no qual
é dado o nome de Prêmio (no caso, Prêmio para os fornecedores).
Valor adicional para valorizar aquela commodity numa região, que
estiver longe dos warehouse da LME.
Exemplo: Alguém fabrica alumínio, magnésio, zinco, cobre,
manganês ou qualquer metal não ferroso, numa região da
Austrália. Então qual é o preço que aquela commodity terá naquela
região? Será mais ou menos, equivalente ao preço estabelecido
pela cotação LME, mais um valor equivalente a você retirar o
material num warehouse e levar até determinada região onde o
metal é solicitado.
Vamos supor - 400 dólares por tonelada, entre: frete, internação do material, transporte, logística para colocar na Austrália, então esse valor a mais, acaba sendo incorporado ao preço, por fim
este é o Prêmio.
Mas é óbvio que ele reflete a oferta e procura, ele é um mercado de
oferta e demanda, os preços variam também de acordo com a demanda.
Outra coisa que o Prêmio também reflete é a disparidade entre
o que está acontecendo numa região e o que acontece em outra.
Exemplo: Hoje no mundo há uma super oferta de metal alumínio,
em termos a oferta é maior do que a demanda, isso quando olhamos a nível mundial.
A cotação do alumínio na Bolsa está relativamente baixa,
atualmente está por volta de 2 mil dólares por tonelada, a cotação
LME de vendas, quando tradicionalmente esse número deveria ser
por volta de 2.500 a 3.000 dólares.
No Brasil é ao contrário do que está acontecendo fora, pois
temos uma escassez de metal primário, ou seja, a produção
no Brasil em função de conjunturas energéticas e uma série de
outros empecilhos. A produção brasileira de alumínio está aquém
da demanda, por isso, há uma pressão de preços sobre o metal
interno.
O que acontece? O LME está baixo, quem é que vai compensar
o preço, para fazer com que haja uma compensação pela falta de
oferta, é o Prêmio. Então se fora do Brasil vende-se alumínio com
LME mais 500 dólares de Prêmio, aqui se vende alumínio com LME
mais 600 a 700 dólares de Prêmio, mais ou menos.
Previsão
No exterior não há perspectiva que o preço do Prêmio aumente,
não nos próximos meses, mas deve se manter, ao contrário do Brasil
que a previsão é que suba por conta da baixa oferta. Mas é óbvio que
isso vai acontecer se a economia continuar “andando de lado”, também terá uma baixa demanda, baixa oferta com baixa demanda, que
se compensa e não há ambiente econômico para o preço subir.
Se a economia der uma modesta retomada em 2015, com
perspectiva de redução na oferta de alumínio primário, provável que
haja uma pressão para aumentar o Prêmio em 2015.
O prêmio no mundo – Um recorde
Aparentemente houve uma estabilização do Prêmio em
nível nacional. Não devemos nos iludir, pois o Prêmio que
historicamente foi 7% da LME, em média, hoje navega entre 20% e
25%, se sustentando. Este Prêmio acabou sendo incorporado pelos
produtores, nos diversos níveis, mais profundamente na base da
pirâmide produtiva, com a esperança que iria passar e, agora pode
ter se tornado insustentável por ser impossível sua absorção.
A produção de Alumínio é de capital intensivo e seus movimentos
de crescimentos podem ser ditos como paquidérmicos, dado os
investimentos requeridos e o tempo da sua execução. Falta de visão
na cadeia pode levar toda ela à inanição e falta de competitividade
no médio prazo.
A sugestão parece ser focar na oferta e na demanda ao invés
de tentar entender a dinâmica do Prêmio. A variação do mesmo vai
acontecer com ou sem as preocupações das empresas, será regido
pelas forças de mercado, não é causa, é efeito.
EM FOCO
PRÊMIO ALUMÍNIO
O Prêmio é benéfico ou não?
Na verdade é um mecanismo usado no mundo inteiro e, é
inerente ao processo, nem cabe uma análise se
é bom
ou ruim. Pois hoje comprar alumínio
na Rússia, por exemplo, será
LME mais Prêmio, em qualquer país é desta forma,
esse Prêmio vai refletir
as condições locais de
cada região.
planejamento governamental de longo prazo.
Dada esta conjuntura, Luiz explica inclusive que é, por isso,
que a produção de alumínio primário vem sendo reduzida, cada vez
mais no Brasil. Como consequência muitos produtores primários
estão fechando suas cubas de produção de alumínio. Fabricar
Alumínio no Brasil está virando uma atividade inviável, do
ponto de vista econômico.
Alinhar conceitos – NEGOCIAÇÃO
O mercado, sob pressão, parece estar irracional. Isto é típico de momentos de recessão, onde
profissionais de todos os lados são pressionados, alguns pela sobrevivência e outros pela
manutenção da margem.
A base industrial brasileira está pedindo
socorro e poucos estão ouvindo. O excesso
de pressão pode levar todos a uma corrida
irracional sem vencedores. Os títulos acima
mostram que o mundo do Alumínio mudou e
matar a cadeia pode levar a desgraça de todos.
É comum em negociação se pensar o que se
queira de cada uma das partes – sempre se acha
que o outro lado da mesa é um inimigo – e não é
incomum usar um pouco de força quando se perde
por argumentos. A verdade é que as cadeias inferiores,
com muito pouco exercício da força pode sucumbir por falta
de oxigênio. Nenhum negociador perspicaz se colocará como
insensível, e matará sua fonte de alimento, se entender duas coisas:
“Em outras partes do mundo,
O que há por
trás?
Em uma analogia direta pode-se dizer que
buscar saber se o
Prêmio é bom ou
ruim; para quem
seria bom ou ruim;
seria como discutir se deveríamos ter
noite e dia, só noite ou
só dia.
A discussão seria longa, mas qualquer que fosse
a conclusão, continuaríamos
tendo noite e dia. O que pode variar é
o horário de verão ou não, apenas.
Outra vez, Prêmio não é causa, é efeito. Prêmio será influenciado
pelas forças de mercado, salvo inferência econômica autoritária em
contrário, que já se provou temporal. As organizações deveriam estar
preocupadas em entender as causas, como influenciá-las, como se
movimentar para atuar nelas. A falta da visão da cadeia no downstream
pode destruir tudo até o upstream, momento em que alguém terá
vencido por um tempo, por vezes pela força, mas todos terão perdido
no longo prazo, incluindo o vencedor de curto prazo.
os metais são comercializados
pelo valor da Bolsa de Londres mais
um valor adicional, no qual é dado
o nome de Prêmio (no caso, Prêmio
| Novembro 2014
para os fornecedores)...”
16
Mercado Agonizando
Alguns empresários relataram que hoje o Prêmio é que sustenta
algumas empresas no país, pois o custo da energia elétrica está
cada vez mais alto.
Luiz Alberto Lopes da empresa Alux do Brasil, concorda. “Para
se produzir alumínio primário, em condições normais, ou seja,
com custo de energia elétrica na faixa 30 dólares por MWh, que é o
custo médio mundial de energia elétrica, teria que se vender esse
alumínio por volta de 2.200 dólares por tonelada, para se começar
a ganhar dinheiro, desde que a energia estivesse a 30 dólares por
MWh. No Brasil a energia varia de contratos que vão de 30 a 100
dólares por MWh, então quem estiver produzindo alumínio no
Brasil, já está partindo de uma estrutura de custo mais elevada que
os padrões internacionais. Quando vai vender o seu produto, hoje a
LME está cotada a 2.000 dólares na Bolsa dos Metais de Londres,
não teria condições de vender a este preço. Para conseguir algum
lucro no Brasil, o produtor nacional tem que vender esse alumínio
com o Prêmio de pelo menos 500 a 600 dólares, do contrário ele
não consegue nem empatar os custos.”
Vale outra vez dizer que o produtor nacional, ou qualquer
outro, nunca venderá seu produto a preços maiores do que a
oferta no mercado internacional mais o custo de internação,
independentemente de seu custo operacional. Um Prêmio de
US$ 500 ou US$ 600 reflete nada mais do que o limite superior
permitido no mercado considerando a barreira natural imposta por
oceano, distância, alfândega e infraestrutura, dentre outros.
O lamentável é acreditar que estas barreiras, por si só deveriam
ser suficientes para garantir nossa competitividade, estão sendo
derrotados por apenas um elemento em desequilíbrio do Brasil
em relação ao mundo: energia. Isto vai além do Prêmio, passa por
• Que a cadeia fornecedora, independentemente de onde esteja,
é parte da sua sobrevivência – como uma planta parasita, se
mata o “cavalo”, morre junto;
• Se tiver pleno conhecimento do processo e dinâmica do que negocia.
No primeiro caso, há quem não entenda e não acredite que
pode morrer se matar a planta “cavalo”. Na verdade sabe, mas
não consegue lidar com isto. Não há o que fazer. Os que entendem
podem fazer parte de um processo de vantagem competitiva e
trabalho conjunto. O modelo de compra e venda dos anos 70
morreu nos anos 90. Olhe as indústrias ao redor e veja quem era
quem nos anos 70 e quem é quem em 2014.
No segundo caso, se um negociador entender tudo, mas
não fizer nada, por defender posições próprias, também não
há o que fazer. O negociador precisa entender seu fornecedor,
a dinâmica do que negocia e como pode tirar, junto com seu
fornecedor, vantagem disso, sob pena de, como profissional, ser
mal avaliado pelo mercado que atua. O mercado é cruel para
tudo, produto, serviços, profissionais.
Na dinâmica dos preços vimos que há um LME, determinação
inquestionável de formação de preço, e há um prêmio, que
regulariza ou ajusta desvios.
Pois bem, o LME + Prêmio para o transformador, ou secundarista,
passa a chamar custo de matéria prima. Esta matéria-prima será
processada, terá perdas de processo e custo de transformação.
Empresas sérias, e que pensam na garantia de suprimento dos seus
clientes, operam com formulação de preço de produto acabado baseado
em LME + Prêmio.
Este Prêmio na venda do produto acabado não é o mesmo da
formação de custo do Alumínio, mas também é denominado Prêmio.
É feito desta forma para garantir a não exposição às variações do
metal e do câmbio. Empresas grandes quebraram por ficarem
expostas. Indústria não é trading, agir como tal é um risco sem perdão.
O mercado de commodity não aceita desaforo, agir com oportunismo é
colocar em risco a cadeia e, neste ponto, os secundaristas brasileiros
são bem conscientes e estruturados, aprenderam desde cedo a não
expor seus clientes e eles mesmos a riscos.
Interessante em pesquisas como profissionais das mais
diversas organizações estão despreparados para atuar no mercado
EM FOCO
PRÊMIO ALUMÍNIO
| Novembro 2014
das commodities. Parte dos entrevistados mostraram desconhecer
o Prêmio como componente de custo, entretanto, outros
discursaram de forma profunda e parecem, por conhecerem, que
tem vantagens sobre os demais. A commodity e seu entendimento,
dentre elas o Alumínio, pode ser um caminho para a identificação e
filtro dos profissionais que conduzirão este mercado no futuro, nas
relações nacionais ou internacionais.
18
Crise – Como atuar?
Em momento de “vacas gordas” as relações são fáceis e há
muita “gordura” para se queimar. Em momentos de crise é que
os líderes e as referências de gestão aparecem. É sabido que no
mercado cada um defenderá sua parte, mas seria insano pensar
que alguém pode pedir mais do que o razoável ou alguém pode
entregar mais do que tem.
No caso da commodity, em especial o Alumínio, não é de se
esperar, em toda cadeia, compradores indo, além como menos
ainda de se esperar fornecedores colocando em risco suas
organizações, dando condições impraticáveis. É desonesto com
a empresa e muito mais com os clientes. Por outro lado, clientes
“esticando demais o elástico”, pode se colocar em situação de risco
e causar sérios prejuízos para sua organização e sua carreira.
O razoável é refletir, cada um dos lados, e entender seus
limites, calçando o “sapato do outro”.
Uma metáfora dita por um oriental em uma negociação explica
isso. “Se em uma negociação alguém fala que dado material é vidro
e o outro diz que é acrílico pode haver discussão, inclusive técnica,
porque são muito parecidos. Entretanto, um se fala que é vidro e
o outro fala que é madeira, pare de discutir, não chegará a lugar
algum, falta conhecimento, falta pré-requisito, ou há má fé.”
Seja qual for a forma utilizada, o conceito sempre será o
mesmo. Os Prêmios no mundo são diferentes, não apenas para
o Alumínio, mas para tudo. Como curiosidade, o Brasil como
produtor de soja tem por vezes Prêmios negativos, mas o Brasil é o
segundo maior produtor do mundo, a oferta é tão grande que vale a
pena vender com preço negativo no mercado local a exportar com
Prêmio positivo. Na verdade todos sabem fazer contas e tanto faz
no final do dia.
O caso do Alumínio é diferente, somos importadores com
tendência de maior escassez. Como consumidor a primeira
preocupação, para estrategistas de longo prazo, seria perguntar se
terá abastecimento e como será feito e garantido, só depois falar de
preço. É um fato novo, nem todos viram. Os mais astutos podem ter
vantagens competitivas.
Como dito, há Prêmios e formas diferentes no mundo, mas
é como discutir se deveríamos ter noite e dia, não leva a nada.
Tem que se tratar da realidade nacional, que Prêmios teremos
para Alumínio ou outra commodity qualquer, para ter o material
disponível no Brasil. Não adianta saber o preço no Nepal, pois
nossas empresas não estão lá.
Como referência citamos fonte de consulta, não com o intuito
de motivar as discussões de porque nossos Prêmios não são
iguais, mas para deixar claro que Prêmio existe, seja ele qual for.
Outras discussões que não apenas este entendimento implicaria
em aprofundamento em leis trabalhistas, visão governamental de
longo prazo, custo de capital nos investimentos e etc.
Repasse Montadoras
O que muitos não entendem é que o Prêmio é unicamente uma
forma de composição de preço, a cotação baseada numa LME +
Prêmio. Em qualquer lugar do mundo o preço é a LME mais o Prêmio,
essa é uma forma de apresentar o preço. Alguns compradores de
grande porte, principalmente a indústria automobilística, acaba até
de certa maneira, não muito honestamente impondo que o preço do
alumínio é LME, em qualquer lugar do mundo, ela vai ter que pagar
a cotação normal.
As montadoras não podem não aceitar este repasse, isso não
existe, mas cabe também ao fornecedor da peça “bater o pé”, se
eles quiserem o material terão que computar o custo da matériaprima que é composto de cotação LME mais o Prêmio, pois este
método acontece no Brasil e em todo o mundo. Afinal não existe
um metal sendo comercializado a valor somente da LME. No caso
das peças fundidas, feitas com metal reciclado, secundário, ela tem
também Prêmio na ordem de 590/600 dólares.
Prêmio por Divisão nos primeiros trimestres de 2014:
Divisão
Trimestre 1
Trimestre 2
Europa
$530,00
$520,00
México
$480,00
$500,00
Brasil
$520,00
$540,00
*Prêmios pagos a 60 dias, considerando LME cash.
Preços nos diferentes continentes:
América do Norte
A maioria dos clientes e fornecedores utilizam o indexador Platts
(principal indexador nos mercados norte-americano e asiático) é
resultado de pesquisa da McGraw Hill.
América do Sul
LME mais um Prêmio a ser negociado pontualmente com cada
fornecedor.
Europa
Tradicionalmente se compra de acordo a Metal Bulletin ou WVM
(Wirtschaftsvereinigung Metalle), definidos pelos participantes
do mercado e acordando um desconto com o fornecedor. Muitos
clientes estão forçando para mudar a LME, porém os fornecedores
de ligas secundárias não querem trabalhar com LME devido ao
baixo nível do mesmo e não reconhecimento da atualização ou
evolução do Prêmio.
*Porto de Rotterdam: O porto de Rotterdam é o mais importante
da Europa. Existe desde o século XIV (mais especificamente, desde
1328), quando ainda era um pequeno porto para pesca situado no
rio Rotte. Todavia, desenvolveu-se extraordinariamente a partir do
século XIX, quando foi aberta uma conexão com o Mar do Norte,
chamada de Nieuwe Waterweg, estabelecendo um importante
canal de comunicação com a pujante e potente indústria alemã.
Todos os anos, cerca de 300 milhões de toneladas de
mercadorias são por ali transportadas. A área portuária e industrial
cobre cerca de 10.500 hectares. Em torno de 30.000 navios/ano
(82,2/dia) deixam o porto e 130.000 (356/dia) têm lá seu ponto de
destino. Rotterdam faz parte de 500 linhas de tráfego de navios,
que se conectam com cerca de outros mil portos. O porto também
é o principal ponto para transporte de óleo, produtos químicos,
contêineres, aço, carbono, comida e metais da Europa.
fonte: Metal Bulletin Research (MBR); Portogente.
http://www.metalbulletinresearch.com/Article/3381516/Whatfactors-are-driving-aluminium-premiums.html
https://portogente.com.br/portopedia/porto-de-rotterdaminformacoes-principais-73392
GESTÃO EMPRESARIAL
DE AMIGO PARA AMIGO
ALUMÍNIO FUNDIDO NO BRASIL
| Novembro 2014
C
20
om muito sacrifício e empenho fazem-se
levantamentos estatísticos periódicos dos
mais variados tipos. Sua análise mostra
onde nos encontramos e qual o rumo
que estamos seguindo, por comparação
com registros anteriores. Nem sempre se
faz uma análise criteriosa dos dados levantados, apesar de existirem
razões muito fortes para isso. Os custos dos levantamentos podem ser
elevados e há motivos de sobra para que sejam feitos com seriedade,
pois representam fonte importante de informações. A partir destas
informações poderão surgir novas ideias, indicando a conveniência de
mudanças de rumo ou a necessidade de inovações.
Para início das considerações que se pretendem fazer, serão
analisados alguns dados do 47° Censo de Produção Mundial de
Fundidos, feito pela American Foundry Society na revista Modern Casting
de dezembro 2013, referente à produção de 2012.
O volume mundial de fundidos em geral naquele ano foi de
100,8 milhões de toneladas, das quais 14,05 milhões de toneladas
de alumínio fundido, cerca de 13,9% da produção total. Isso em
tonelagem, pois em valor pecuniário a relação é bem diferente, com
participação mais expressiva do alumínio. A título de comparação,
mencionam-se abaixo os índices de produção de alumínio fundido de
alguns países, em ordem decrescente de participação na produção
global de fundidos em cada um deles: Itália 36,6%, México 36,4%,
Japão 26,2%, Taiwan 21,6% (em volume absoluto produz 25% mais
do que o Brasil), Alemanha 15,4%, EUA 13,7%, China 10,5% (inclui
Mg), Rússia 8,7% e BRASIL 7,9%. Observe-se que este último valor,
a indicar o nosso desempenho, está 43% abaixo da média mundial.
Há de buscar-se uma explicação para tal diferença, já que o
alumínio fundido inegavelmente tem propriedades que o qualificam
para aplicações não usuais no Brasil, aqui ainda substituído por
materiais menos adequados. As desvantagens desta troca são
carregadas pela sociedade como um todo, onerando-a com os
custos correspondentes. Vale a pena fazer uma pausa para pensar,
analisar as razões das nossas deficiências, planejar e encaminhar
soluções, em função do diagnóstico criterioso que houver sido feito.
A grande vantagem do alumínio está na sua relação entre
resistência e peso específico. Comparado com o ferro fundido
cinzento, para um limite de resistência semelhante, o alumínio
apresenta um terço da densidade. Isso significa que, para uma peça
de mesma resistência mecânica, se usará a terça parte do peso,
caso for feita em alumínio. O problema é que o alumínio consome
muita energia em sua redução de minério a metal, o que o torna
mais caro que o ferro fundido, considerando-se o peso como
unidade de referência. Para se ter uma ideia da evolução, nos anos
50 consumiam-se 25 kWh para obter um quilo de alumínio a partir do
seu óxido. O processo evoluiu e este valor baixou. Hoje está por volta
de 13 kWh/kg. Cabe aqui destacar as palavras de um comprador de
fundidos de empresa americana, ao observar a grande possibilidade
de o Brasil vir a concorrer no mercado mundial de peças fundidas de
alumínio, graças ao baixo custo de nossa energia elétrica, pois gerada
hidraulicamente. Isso quando havia planejamento e investimentos na
geração e distribuição de energia elétrica no nosso país e gestores
competentes na administração do nosso sistema.
Nos anos 60 e 70, a concorrência entre ferro fundido e alumínio
fundido na produção de blocos de motor, cabeçotes de motor e outras
peças para a indústria automobilística foi duríssima e provocou desenvolvimentos tecnológicos em ambos os segmentos, exigindo desenvolvimentos técnicos também na produção de ferros fundidos. Com o aumento do preço do petróleo gerou-se um pequeno desequilíbrio a favor
do alumínio, apesar de seu custo energético de obtenção mais elevado.
Hoje o parâmetro considerado é o custo energético global, levando-se
em conta que em veículos as peças são necessariamente auto-transportadas. Isso adiciona ao produto o respectivo
custo de energia do transporte, durante toda a vida
útil do mesmo. Os automóveis pesados de antigamente evoluíram para veículos mais leves, com muitas das peças de ferro e aço
substituídas por alumínio ou plásticos.
Nos anos 70 nos EUA foi promulgada
uma lei que obrigava os automóveis
novos, lançados a partir de uma determinada data, a reduzirem o consumo de combustível a ponto de
fazerem no mínimo 22 milhas/galão de combustível, o que corresponde a pouco menos de 10 km/l.
Sente-se hoje uma tendência
semelhante na indústria de
implementos
agrícolas.
É
conveniente reduzir o peso dos
produtos para facilitar seu manuseio
e poupar combustível na operação.
Resta ainda saber como um trator
muito pesado age sobre a compactação
do solo por onde passa, prejudicando-o, e ver
se vale a pena, ou não, diminuir o seu peso. Há
países em que já existe limitação de peso por eixo para
colheitadeiras e veículos florestais. A evolução tecnológica global
tem facilitado a vida dos fabricantes de tais equipamentos, colocando
à sua disposição novos materiais e métodos de fabricação.
Em caso de dispositivos manuais, tais como moto serras, o
rendimento do operário ao longo do período de trabalho depende
muito do peso da ferramenta. Certamente foi um fator considerado
no projeto e determinante na escolha de parte dos materiais
empregados.
Outra propriedade que se destaca na vantagem das peças de
alumínio fundido sobre outros metais é a usinabilidade. Inicialmente
deve ser destacado que as peças de alumínio podem ser produzidas
em moldes permanentes ou por injeção com tal precisão que nem
necessitam de usinagem para algumas aplicações. O processo
de fabricação garante essa precisão. Além disso, a usinabilidade
do alumínio é muito melhor do que a de materiais ferrosos,
seus grandes concorrentes. Evitar uma operação de usinagem
ou facilitá-la pode representar um apreciável ganho de custo no
produto final, sem qualquer prejuízo de sua funcionalidade.
O que se observa normalmente é a falta de conhecimento
adequado das propriedades das ligas de alumínio, por parte de
quem projeta os produtos. Dá-se ênfase excessiva às propriedades
mecânicas, esquecendo a existência de propriedades tecnológicas,
físicas e químicas peculiares que poderão fazer toda a diferença.
Resistência à corrosão, condutibilidade térmica, condutibilidade
elétrica e acabamento especial de superfície são algumas
propriedades que merecem ser consideradas. Lamentavelmente
o alumínio e especialmente as ligas fundidas são muito pouco
estudados em nossas escolas técnicas e de engenharia. É comum
não se especificarem em alguma aplicação peças de alumínio por
desconhecimento de suas possibilidades técnicas, tanto do material
em si, quanto pelas vantagens devidas aos seus variados processos
de fabricação. Um exemplo disso, fora da área de fundidos, é a
inexistência de uma forjaria de alumínio no Brasil que esteja em
condições de produzir peças de segurança.
Para usarmos adequadamente um processo de produção é
necessário conhecê-lo em detalhe. Só assim teremos condições
de aproveitar as vantagens que apresenta. O número de diferentes
opções para a produção de peças de alumínio é simplesmente fantástico, seja no que respeita ao metal, seja quanto ao molde usado.
Falta mostrá-las ao usuário e ensinar seus detalhes a quem é res-
ponsável por produzir as peças, promovendo um encontro
entre ambos. Não se tem o necessário diálogo entre
as partes, clientes e produtores. A falta de comunicação entre a indústria e as instituições
de ensino é ainda maior. De seu encontro
deveria resultar um programa daquilo
que deveria ser ensinado e pesquisado para aproveitamento pleno na
indústria. As condições para esta
troca de ideias não estão devidamente estabelecidas no Brasil e
não se ensina o que é essencial,
nem se pesquisa algo que seja
aproveitável para a indústria. A
pesquisa e o ensino estão custando o dinheiro arduamente ganho na produção. Justamente a
produção a quem deveriam servir.
Na área de metalurgia a integração
da empresa com a escola já foi melhor. Como disse um saudoso professor de Metalurgia Física, hoje se pensa
mais na manutenção do emprego do que
no aluno. Passou a ser muito mais importante o título do professor do que a sua experiência e
a capacidade de transmiti-la.
Estão faltando condições para motivarmos jovens a se
dedicarem ao estudo das diferentes ligas (hoje especificadas em
muitos desenhos de clientes apenas como alumínio fundido).
Deveria ser sabido que existem cuidados especiais de tratamento
do banho líquido para refino de grão, de modificação da estrutura
metalográfica, de desgaseificação, de limpeza para retirada de
drosses e limpeza do banho, etc e estar em condições de realizar
os tratamentos adequados. Há ainda tratamentos térmicos que
modificam expressivamente as propriedades das peças. Da mesma
forma na injeção de peças há muitos parâmetros que devem ser
considerados para obter peças de qualidade assegurada, com
baixo custo. Empresas que têm grande volume de produção
já reconheceram que há importantes variáveis que devem ser
controladas e seus parâmetros variam de peça a peça, devendo
ser fixados e controlados para assegurar a qualidade.
No caso da fundição em areia e em coquilha a simulação de
solidificação é um auxílio inestimável. O que dizer a respeito da
fundição sob baixa pressão de rodas de alumínio? Ou do primeiro uso
regular do processo “lost foam” na produção de coletores de escape?
Infelizmente até agora no Brasil ninguém funde neste processo.
A estatística inicial mostra que em matéria de produção de
fundidos de alumínio há muito que fazer. Convocam-se produtores,
escolas de ensino e pesquisa, usuários e empreendedores para,
sob a coordenação da ABIFA, realizarem este trabalho.
“A falta de
comunicação entre a
indústria e as instituições
de ensino é ainda maior. De
seu encontro deveria resultar um
programa daquilo que deveria ser
ensinado e pesquisado para
aproveitamento pleno na
| Novembro 2014
indústria.”
21
Enio Heinen é engenheiro metalúrgico formado na uFrgs, com curso de especialização
em Fundição na rWth de Aachen-Alemanha,
Foi professor de Fundição na uFrgs durante 28 anos e de metalurgia Física na ETT Escola Técnica Tupy - Sociesc, trabalhou em
diversas fundições brasileiras. Atualmente é
consultor técnico em Fundição.
E-mail: [email protected]
GESTÃO EMPRESARIAL
JURÍDICO
INTERVALO DE REFEIÇÃO – REDUÇÃO POR
ACORDO COLETIVO E SÚMULA 437 DO TST
| Novembro 2014
O
22
presente trabalho destina-se a
fazer uma análise das alterações
significativas introduzidas pela
Súmula 437 do TST, que apesar
da possibilidade da redução do
intervalo intrajornada prevista na
Portaria 1095/2010, declara inválida a cláusula de acordo ou
convenção coletiva de trabalho, contemplando a redução ou
supressão do intervalo para refeição.
Nos parágrafos abaixo, serão abordados aspectos
introduzidos pela Súmula 437 do TST, a fim de permitir uma
compreensão da extensão e reflexos das alterações nos Acordos
Coletivos que previam redução no intervalo intrajornada.
De acordo com a redação do artigo 1º da Portaria
1095/2010 “a redução do intervalo intrajornada de que trata o
artigo 71 § 3º, da Consolidação das Leis do Trabalho poderá
ser deferida por ato de autoridade do Ministério do Trabalho
e Emprego quando prevista em convenção ou acordo coletivo
de trabalho, desde que os estabelecimentos abrangidos
pelo seu âmbito de incidência atendam integralmente às
exigências concernentes à organização dos refeitórios,
e quando os respectivos empregados não estiverem sob
regime de trabalho prorrogado a horas suplementares”.
Da mesma forma, a Orientação Jurisprudencial 342, da
SDI-I do TST, e a Portaria nº 42, de 28 de março de 2007, do
Ministério de Estado do Trabalho e Emprego, disciplinam os
requisitos para a redução do intervalo intrajornada, ambas
afirmando que o instrumento hábil a fazê-lo é a convenção
ou acordo coletivo.
Frente à possibilidade legal, e principalmente atendendo
à solicitação de inúmeros trabalhadores dos segmentos
industriais, vários foram os pedidos, acolhidos pelas
companhias, no sentido de redução do intervalo para refeição.
Os motivos variavam desde a falta de entretenimento
próximo ao local de trabalho, até a saída antecipada
propiciando ao empregado oportunidade de lazer e mais
momentos de convívio familiar, além de economia no trajeto
para aqueles empregados residentes nas grandes cidades,
cuja mobilidade está prejudicada ante a deficiência de
transporte público, ou excesso de veículos particulares no
horário de “rush”
Realmente, inúmeras empresas se adaptaram,
organizando refeitórios ou aderindo ao PAT – Programa
de Alimentação ao Trabalhador, e inibindo a realização
de regime extraordinário de trabalho, condições impostas
pela Portaria mencionada, para dar validade e assegurar a
efetividade da norma, de maneira segura ao empregado e
empregador.
Apesar das companhias estarem cumprindo fielmente
os requisitos legais, inúmeros empregados ingressaram
com Reclamação Trabalhista, requerendo declaração
de nulidade da cláusula do acordo coletivo que reduzia o
horário de refeição. O fundamento do pedido se baseava
no abuso do poder normativo coletivo em detrimento à
saúde do trabalhador que digeria rapidamente o alimento,
para voltar ao posto de trabalho. Pleiteavam horas extras e
reflexos do período de intervalo.
Porém, os entendimentos dos nossos tribunais
trabalhistas caminhavam no sentido de que, se preenchidos
os requisitos legais (refeitório ou adesão ao PAT – Programa
de Alimentação ao Trabalhador, convenção ou acordo
coletivo), não havia violação a nenhum direito do empregado.
Por esta razão, afastavam o pedido de pagamento das
horas extras pelo intervalo reduzido, declarando válida a
cláusula com redução de jornada, ponderando que a medida
era favorável à saúde do trabalhador, que poderia dispor
de mais tempo de lazer e convívio familiar, especialmente
porque representava vontade da coletividade da classe.
Nesse sentido, destaca-se interessante decisão
prolatada no ano de 2010.
“Se a própria lei permite à autoridade administrativa, o
Ministério do Trabalho, a redução do intervalo (art. 71, §3º, da CLT),
não vejo razão para não permitir o mesmo à própria categoria
profissional, pois ela é nada menos do que a manifestação da
vontade coletiva. Ninguém melhor do que a categoria para
estabelecer, mediante suas próprias peculiaridades, os seus
padrões e interesses, ainda mais quando a Constituição da
República de 1988 põe em relevo, como direito assegurado
aos trabalhadores, e a todos impõe, o "reconhecimento das
convenções e acordos coletivos de trabalho".
Desse modo, da análise dos instrumentos normativos
acostados aos autos, fruto da autocomposição das partes,
há clara indicação de que o empregador se comprometeu à
concessão de 30 minutos, e consultando os apontamentos
de horário juntados, este mínimo era cumprido pela
reclamada, ainda que tão-somente pelo mínimo, e as
cláusulas, reiteradas nos demais instrumentos, teve
participação da entidade sindical, de modo que a norma
coletiva tem aplicabilidade
Portanto, verifica-se que a redução do intervalo
intrajornada, na hipótese vertente, não trouxe qualquer
prejuízo aos empregados, mas, ao contrário, apenas
benefícios, visando atender os interesses da categoria,
de modo que fica excluído da condenação o pagamento
das horas extras pela violação do referido interval TIPO:
RECURSO ORDINÁRIO, DATA DE JULGAMENTO: 08/04/2010,
RELATOR(A): DAVI FURTADO MEIRELLES, REVISOR(A):
MANOEL ANTONIO ARIANO, ACÓRDÃO Nº: 20100321610,
Estamos diante de um verdadeiro conflito
PROCESSO Nº: 00028-2006-313-02-00-0, ANO:
aparente de normas, pois a Súmula
2008, TURMA: 14ª DATA DE PUBLICAÇÃO:
nega vigência à Portaria 1.095/2010.
23/04/2010.
“Na realidade, os ‘novos
Importante observar que a Súmula
No entanto, o Tribunal Superior do
fatores’, apresentados como se
437 se baseia na condição de
Trabalho alterou esse entendimento
que o intervalo para refeição
editando a Súmula 437 do TST,
cada um fosse nosso problema central,
é destinado à preservação
abaixo transcrita, afirmando
isoladamente, não resolvem a questão da
da saúde e segurança do
que por se tratar de norma de
higiene e saúde do trabalhador, competitividade de nossa indústria; atacá-los trabalhador, pois descansado,
renderia melhor e se tornaria
os intervalos para refeição não
podem ser flexibilizados por pode ajudar a melhorar a produtividade da indús- mais atendo às condições de
instrumento normativo.
tria brasileira, sem dúvida, desde que as causas segurança.
Nessas
condições,
a
INTERVALO INTRAJORNADA principais de nossa ineficiência sejam enfrenta- adoção de intervalo reduzido
pode gerar aumento de passivo
PARA REPOUSO E ALIMENTAÇÃO.
das antes, conforme a ordem de importântrabalhista, com pedido de horas
APLICAÇÃO DO ART. 71 DA CLT
cia estabelecida pelo peso dos diverextras em razão da diminuição
I - ............................................
do intervalo, sendo que os Juízes
II - É inválida cláusula de acordo
sos itens do custo Brasil.”
Trabalhistas tendem a acolher as
ou convenção coletiva de trabalho
Súmulas do TST, apesar de não serem
contemplando a supressão ou redução
juridicamente vinculantes.
do intervalo intrajornada porque este constitui
medida de higiene, saúde e segurança do trabalho,
garantido por norma de ordem pública (art. 71 da CLT e art.
7º, XXII, da CF/1988), infenso à negociação coletiva.
III - ......................................
IV Dessa forma as empresas que reduziram a jornada de
trabalho por acordo coletivo, devem observar a alteração de
entendimento, pois a Súmula 437 do TST não é compatível
com a Portaria do Ministério do Trabalho. Estudos afirmam
que a finalidade da norma é proteger a saúde do empregado.
Dra. Deise da Silva Loures
Tavares Leite Sociedade de Advogados
Rua Haddock Lobo, 337, 8º andar, Cerqueira Cesar,
São Paulo, SP, CEP 01414-901
Telefone: (55 11) 3037-7373
GESTÃO EMPRESARIAL
MEIO AMBIENTE / SUSTENTABILIDADE
| Novembro 2014
Retorno Sobre Investimento
em Tecnologia Ambiental
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inda há, infelizmente, por grande
parte das organizações, certa resistência no que
se trata de investimento tecnológico
no setor ambiental. Retardando assim o crescimento e desenvolvimento do setor concomitantemente com os demais.
Enquanto ainda mantivermos muitos conceitos e paradigmas
fechados, não sujeitando-nos a novas ideias e alternativas que
tornem o setor ambiental, de uma vez por todas, vislumbrado
como um setor que mereça investimento, avanço tecnológico e
aprimoramento contínuo e eficaz, não teremos ou tardaremos a
ter, um desenvolvimento sustentável eficiente e consolidado.
As escolhas – trade-offs – feitas no passado podem significar
um paradigma fechado, limitando as trajetórias, tanto pela
diminuição de oportunidades técnicas, quanto pela acumulação de
conhecimento, cujo qual se mal empregado e sendo, contudo, um
conhecimento limitado e retrógrado acaba tornando o investimento
no avanço tecnológico num lindo e distante sonho. Muito embora,
se bem aplicado, prevendo custos e benefícios, a parceria ambiental
e tecnológica andarão fortemente ligados.
O investimento por parte de órgãos ambientais encontra-se
ainda, praticamente na estaca zero, porquanto ainda é muito difícil
alcançar o benefício, sendo por ora, ideais de países com maior
desenvolvimento. O que também retarda o crescimento do setor,
que sem incentivos para técnicos que estão a desenvolver
novas tecnologias e aprimoramentos, frustram-se
em pouco tempo, por falta de investimentos.
Nas fundições a prevenção da geração
de poluição requer mudança em processos
e produtos, por isso a importância de
investimento em tecnologia (como já
relatado na edição 101, da Revista da ABIFA –
setembro/2008). Sabemos que ainda não existem
processos viáveis que sejam 100% eficientes,
captados, tratados e dispostos por meio de
tecnologias de controle de poluição do tipo
“end-of-pipe”.
Vemos, portanto, que o aumento de
investimento em tecnologia no setor ambiental,
dá vistas a uma maior eficácia e eficiência para
a área, tendo como retorno lucro e até mesmo
auxilia na economia de pequenos dispêndios
que podem ser evitados e que geram gastos
desnecessários. Estes gastos desnecessários
podem e devem ser evitados através de um rigoroso
planejamento estratégico e econômico, bem como
atuações em setores diretamente relacionados à
produção, onde há maior acúmulo de gastos, em
grande parte dos casos.
Retomando o assunto proposta, o Retor-
no sobre Investimento em Sustentabilidade (RoSI) demonstra aos
stakeholders demonstra que não somente sua imagem pode ser
obviamente melhada (como artigo ‘Marketing Ambiental, não basta
apenas ser, tem de mostrar que você é’). O EBITDA e o próprio EBIT
são impactados operacionalmente, desta forma quantitativa, o retorno fiscal por período pode ser verificado, diagnosticando-se um
novo conceito de curto e médio prazo de investimento ambiental.
Consideremos o exemplo de uma Empresa de armazenamento
temporário de óleos usados. Foi criada em abril de 2005, com o
propósito de responder à crescente demanda do mercado no que se
refere à desidratação de óleos contaminados com alto teor de água,
coleta, transporte, transbordo, armazenagem, descaracterização e
destinação final adequada, bem como, fornecer suporte técnico às
industriais, posto de combustíveis e empreendimentos que do óleo se
utilizem em lavagem de máquinas ou limpeza de pátios contaminados
com óleo o qual, legalmente, deve ter destinação adequada de acordo e
em função da Legislação Ambiental.
É provável que este desespero seja o lado positivo no momento
atual, pois talvez só assim haja uma compressão clara do que está
havendo com a falta de investimento nessa área, órgãos ambientais
e não governamentais dão vistas a uma provável mudança no
aspecto tecnológico no setor, porém ainda lenta, não acompanhando
o ritmo do mercado e nem como caminha o desenvolvimento.
Crescimento, desenvolvimento e investimento caminham juntos,
não há como desvinculá-los, tais visões que tenderemos a tratar de
forma independente, propensos a desregulá-las em muitos casos,
não têm volta (uma vez que responsabilidade ambiental independe
de culpa).
Seja para ampliar o escopo empresarial ou somente para
fins de marketing, o gasto atual pode ser insignificante perto do
problema financeiro que sobrevirá caso o assunto seja posto de
lado considerado de “pouca relevância”.
Eng.º Paulo Lima
Consultor Técnico Ambiental
E-mail: [email protected]
Tel.: (55 11) 99592-8591
GESTÃO EMPRESARIAL
Recursos humanos
| Novembro 2014
E
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"PREPARAMENTO 2015"
stamos nos aproximando do final de 2014 e
é hora de nos planejarmos para o próximo
ano, que deverá ser potencialmente com
grandes alterações decorrentes do novo
governo que se inicia. Mesmo sendo um
governo reeleito a presidenta prometeu
novas iniciativas, para corrigir a economia
e, isso deverá afetar a indústria em geral.
Eu espero que para melhor, aumento
nossa competitividade internacional, pois precisamos participar do
mercado global se quisermos expandir nossa taxa de crescimento.
Eu acho que melhor que planejamento, este trabalho de
organizar o que iremos fazer no próximo ano deveria se chamar
“PREPARAMENTO”, pois é um misto de planejamento com
preparação para o novo ano.
O novo ano não deve ser uma continuação pura e simples
desse que está terminando. Existe um ditado que diz: “Se as
mudanças externas forem maiores e mais rápidas que as internas
estamos caminhando para o fim”. Radical esse pensamento, mas
precisamos ficar atentos que a velocidade das mudanças atuais
é muito grande e, o que deu certo até então corre o risco de não
funcionar mais daqui para frente.
Meu "preparamento" normalmente começa num balanço das
principais conquistas do ano que está terminando. É a hora de
verificar se o que planejamos no início de 2014 aconteceu e, se não,
quais foram as causas que nos impediram de realizar o que foi
combinado.
Para que o ano não seja uma repetição do que está sendo feito,
é o momento de desligar o “piloto automático” e ousar dar alguns
saltos para fora da zona de conforto. O desconhecido da zona de
expansão traz alguma insegurança e risco, mas é exatamente lá
que estão as melhores oportunidades, para nos destacarmos e
agregarmos valor para nossos clientes.
É importante que o preparamento seja sistêmico interligando
os sistemas de gestão do negócio, o da gestão das pessoas e o que
gerencia as rotinas e os processos.
O sistema que estimula o empreendedorismo olha para os
clientes e procura identificar as oportunidades do mercado, para
agregarmos novos produtos ou serviços, sempre lembrando que as
melhores oportunidades para nos diferenciarmos está no intangível,
ou seja, naquilo que está oculto, mas que o cliente valoriza, quando
é algo que ele não recebe de todos os fornecedores.
O meu olhar para o sistema de gestão das pessoas procura
identificar como anda o “arquipélago de excelência”, que
competências agregamos, onde estão nossas vulnerabilidades, se
estamos desenvolvendo líderes inspiradores que formem outros
líderes.
É hora também de refletir sobre o nível de alegria das pessoas
que trabalham em nossa empresa. Sabemos que pessoas felizes
realizam trabalho com maior qualidade e prazer.
Por fim é no sistema que administra as rotinas e os processos
onde podemos melhorar a nossa eficiência entregando mais com
menor custo.
O método que eu utilizo e recomendo não é um exercício
solitário de reflexão, mas sim com o envolvimento das lideranças e
de outras pessoas das diversas áreas da empresa. As pessoas se
comprometem com trabalhos que elas se consideram coautoras,
além de todos sempre têm boas ideias, para construir um
"preparamento" inovador.
Nessa etapa do "preparamento" surgem as questões que se
bem exploradas irão nos dar as melhores pistas do que fazer.
• Qual mudança você quer liderar?
• Qual é a sua proposta? Por que ela é a melhor?
• Quantas outras propostas você já descartou por não serem as
melhores?
• Quem, além de você, está junto nessa proposta?
• O que os clientes esperam dos fornecedores?
• Quanto vai custar?
• Como você vai medir o retorno?
• Qual vai ser o retorno?
• O quanto essa mudança traz de impacto positivo para a marca
da empresa e para a experiência do cliente?
• O que existe de inovador na sua proposta?
O líder principal deve fornecer aos demais líderes os principais
vetores que serão os impulsores do próximo ano e convidá-los a
expandir a mesma reflexão para dentro de suas áreas junto com
a equipe e, identificarem as mudanças que gostariam de liderar.
Cada área identificando suas prioridades é natural que ainda
hajam divergências mesmo que o trabalho tenha sido sistêmico e
integrado, desde o início.
É chegada a hora da definição das prioridades e de convergir os
projetos que iremos desenvolver ao longo do próximo ano.
Então num evento, logo no retorno das férias de fim de ano,
se reúnem os líderes e outros representantes de cada área para
aprovar o preparamento, convergindo as principais ideias e
escolhendo as prioridades que a empresa é capaz de transformar
em projetos e desenvolver ao longo do ano.
Com o trabalho desenvolvido dessa forma é grande a chance
de que dê significado para todos e tenhamos muito mais forças
apoiadoras do que restritivas.
Bom exercício para quem vai fazer seu "PREPARAMENTO
2015".
Ricardo Pugliesi
Consultoria e Gestão da Estratégia,
modelos inovadores de negócios, Gestão
comercial e exportação.
[email protected]
Cel.: (11) 9 6488-2240
27
| Novembro 2014
GESTÃO EMPRESARIAL
RESPONSABILIDADE SOCIAL
Comunicação interna engaja funcionários
da Whirlpool e promove ação sustentável
Projeto de comunicação da nova ferramenta Google para público interno, gera iniciativa em
sustentabilidade em prol do Instituto Consulado da Mulher, ação social da Consul.
| Novembro 2014
P
28
ara engajar seus funcionários com a
migração para a nova plataforma Google
for Works, com aplicações de e-mails
e demais soluções de Tecnologia para
uso corporativo, a Whirlpool promoveu
diversas ações de comunicação interna,
em todas as Unidades no Brasil. A
ação teve excelentes resultados de
engajamento e foi finalizada com a doação
de oito lavadoras para empreendimentos
populares
assessorados
pelo
Instituto Consulado da Mulher, ação
social da Consul.
A nova solução Google for Works foi adotada pela Whirlpool
neste semestre com o objetivo de trazer inovação e agilidade para
processos de trabalho, ganho de eficiência para os negócios e para
o atendimento aos consumidores.
“Na Whirlpool acreditamos que fazemos mais e melhor quando
fazemos juntos. O trabalho em equipe é um dos nossos principais
valores e, neste contexto, o Google Apps tem um papel importante,
pois permite a interação instantânea entre todos”, destaca a
diretora de Recursos Humanos e Comunicação da Whirlpool Latin
America, Andrea Clemente.
Para materializar o benefício de colaboração trazido pela nova
solução, foi implementada uma ação de comunicação interna em
que os colaboradores tinham o desafio de pausar, ao mesmo tempo,
duas lavadoras ligadas no modo centrifugação, que operavam lado
a lado. Com esta ação simples, foi transmitida a mensagem de
colaboração que é muito forte na plataforma Google.
Por meio de uma pesquisa com os funcionários, 84% deles
consideraram que a migração para o Google foi tranquila e 80%
acreditam que a ferramenta tenha trazido maior produtividade,
qualidade e agilidade à rotina de trabalho, em cerca de apenas um
mês de utilização.
As oito lavadoras utilizadas na ação, dos modelos Brastemp
Ative! E Consul Facilite, ambas com capacidade de 11 kg, foram
doadas para empreendimentos assessorados pelo Instituto
Consulado da Mulher, localizados nas unidades de São Paulo
(Associação de Mulheres de Paraisópolis, Ambrosia Lanchonete e
Restaurante e a Liga das Senhoras Católicas de São Paulo), Joinville
(Cooperativa Regional de Industrialização e Comercialização
Dolcimar Luis Brunett) e Rio Claro (Abrigo Lar Bethel e a
Cooperativa dos Catadores de Material Reaproveitável).
“Nossa expertise é assessorar mulheres empreendedoras que
se encontram em situação de vulnerabilidade econômica e social e
dependem de apoio para desenvolver seus microempreendimentos,
que podem ser geradores de renda para elas e suas famílias.
As lavadoras foram doações muito bem-vindas para ampliar a
capacidade produtiva e melhorar as condições de trabalho”, explica
Leda Böger, diretora executiva do Instituto Consulado da Mulher.
Sobre o Consulado da Mulher
O Instituto Consulado da Mulher é a ação social da Consul que
oferece assessoria a mulheres de baixa renda e pouca escolaridade,
com objetivo de identificar oportunidades de geração de trabalho
e renda e desenvolver uma atividade empreendedora que permita
melhores condições financeiras e de vida a elas e suas famílias.
Presente em 17 Estados do País e 55 municípios, em seus 12 anos
de atuação, o Consulado da Mulher já beneficiou mais de 32 mil
mulheres e suas famílias.
Sobre a Whirlpool Latin America
A Whirlpool Latin America, dona das marcas Brastemp,
Consul e KitchenAid, é líder do mercado latino-americano de
eletrodomésticos. É reconhecida e premiada por oferecer produtos
inovadores aos consumidores, desenvolver e atrair talentos de alto
desempenho e por ser comprometida com a sustentabilidade.
Admirada por suas marcas, a empresa leva a qualidade,
preocupação com o meio ambiente e paixão dos seus produtos
para cerca de 100 milhões de lares brasileiros, o que representa
um produto a cada dois domicílios. Atualmente, conta com mais
de 15 mil funcionários distribuídos entre o centro administrativo
e as fábricas, localizadas em Joinville (Santa Catarina), Manaus
(Amazonas) e Rio Claro (São Paulo), além de 23 laboratórios de
Pesquisa e Desenvolvimento e quatro Centros de Tecnologia.
Na América Latina, tem escritórios na Argentina, Chile, Peru,
Guatemala, Equador, Colômbia, Porto Rico e República Dominicana.
Sobre o Google Inc.
O Google é uma empresa global líder em tecnologia que se
dedica a melhorar as formas como as pessoas se conectam com
a informação. As inovações do Google em buscas de Internet e em
publicidade têm feito de seu site um dos principais produtos de
Internet, e sua marca, uma das mais reconhecidas do mundo.
In Press Porter Novelli
Gustavo Diniz - [email protected]
Rodrigo Santos - [email protected]
Tel.: (55 11) 3323-1625
www.inpresspni.com.br
EVENTOS
PALESTRA
Palestra de Mário Bernardini,
“Por que não crescemos?”
Mário iniciou questionando: Porque não crescemos nas
últimas décadas? Segundo o “mercado” não crescemos porque:
• Faltam investimentos em infraestrutura;
• Os investimentos em educação e inovação são baixos;
• O nível de poupança é insuficiente;
• O tripé foi abandonado;
• Exigências de conteúdo local e protecionismo aumentam custos;
• Baixa concorrência externa e falta de acordos comerciais;
• Subsídios do tesouro ao consumo e ao BNDES;
• Aumento do salário acima da produtividade, que não cresce;
• “Custo Brasil”.
Todas são políticas importantes, mas nós crescemos
| Novembro 2014
Na última Plenária realizada em São Paulo, Mário
Bernardini, Assessor de Economia da Presidência e Diretor
de Economia, Estatística e Competitividade da Abimaq, foi
o escolhido para encerrar o ciclo de palestras da região,
abordando a Competitividade com o tema “Por que não
crescemos?”.
29
bem durante alguns períodos, apesar de coexistirmos com
estes mesmos problemas e outros mais.
Segue na próxima página alguns slides expostos
pelo assessor da Abimaq:
EVENTOS
PALESTRA
| Novembro 2014
Alguns fatores internos são responsáveis pelo baixo crescimento.
30
Por que o Brasil investe pouco?
A consequência é a baixa competitividade.
Principais desafios para retomar o crescimento a partir de 2015:
1. Ajustar a taxa de câmbio (câmbio flutuante administrado);
2. Reduzir Selic (para IPCA + 2 pontos percentuais) via equilíbrio nominal
das contas públicas;
3. Reduzir juros de mercado ao do nível médio dos países emergentes
através da eliminação da cunha fiscal, redução do compulsório e maior
concorrência;
4. Verter expectativas (políticas consistentes e transparentes);
5. Levar a inflação para a meta num período de dois a três anos;
| Novembro 2014
Agenda de curto prazo para o crescimento
31
EVENTOS
PLENÁRIA
PLENÁRIA OUTUBRO
| Novembro 2014
A coordenação da última reunião Plenária das Diretorias ABIFA
e SIFESP de 2014 em São Paulo, esteve a cargo de seu presidente,
que deu início ao encontro.
Tivemos uma breve apresentação do patrocinador deste encontro,
Serasa Experian. Depois a Federación Española de Asociaciones de
Fundidores (FEAF), através de representantes da empresa Fagor
Ederlan, também explanou ao grupo: a missão, objetivo, trabalho e
informações de mercado da Espanha.
E em seguida, o Assessor de Economia da Presidência e Diretor de
Economia, Estatísticas e Competitividade da ABIMAQ, Mário Bernardini,
apresentou uma nova palestra sob o tema: “Porque não crescemos”.
Por volta das 17h00, foi iniciada oficialmente a última Reunião
Plenária ABIFA/SIFESP do ano, realizada em São Paulo.
A ata do encontro de setembro foi aprovada pelos presentes,
sem restrições.
Durante a reunião, o presidente leu para os presentes um
texto, de autoria própria, que relata a difícil situação que o setor de
fundição está enfrentando. O texto foi publicado na Revista da ABIFA
do mês de outubro.
32
MERCADO
O secretário-executivo, Roberto João de Deus, debateu junto aos
presentes os dados da indústria de fundição, referente ao mês anterior.
A produção total de fundidos, no acumulado janeiro/setembro,
teve uma redução de 10%. No mês comparado a setembro de
2013 caiu 14,8%. Na produção por metal, o ferro teve redução de
7,3%, de agosto para setembro; e queda de 16,5% comparada ao
mesmo período de 2013. Os fundidos de alumínio caíram 20,5% na
produção do período acumulado.
A exportação de janeiro a setembro de 2014, comparada com o
mesmo período do ano anterior, teve um pequeno aumento de 2,3%
em volume e 3,9% em dólares.
COMISSÕES
O presidente da Comissão de Suprimentos, Celso Bellotto
(Fundição Regali) iniciou os relatos reforçando a importância
da participação nas comissões/reuniões da entidade. Informou
também que o grande dilema deste ano, em relação a insumos, é
a questão da energia elétrica, problema que deverá continuar por
pelo menos, mais dois anos. No ano 2015, a situação irá piorar em
relação ao preço e a oferta da energia afetando, principalmente,
o mercado de ligas. O diretor Pedro Cruz (Femaq), falou sobre
a Comissão de Aço, informando que na região de Piracicaba,
observa-se que as empresas responsáveis pelas reformas de
usinas já começaram a trabalhar. “Isto é um bom sinal, pois
consequentemente precisarão de fundidos”, afirmou o presidente
da Comissão de Aço. Falou pela Comissão de Ferro, Horácio Paiva
da Rocha (Intercast), comentando sobre a pressão exercida pelas
montadoras sobre as fundições, visando redução nos preços de
venda dos fundidos.
CONAF/FENAF 2015
Roberto sinalizou que o CONAF ainda está recebendo
trabalhos. Com relação à FENAF, disse que as reservas + contratos
representam 50,3% do total comercializável, até aquele momento.
O presidente da ABIFA conclamou as fundições a participarem
da FENAF. A responsável pela organização do evento, Riccarda
Bernardini, comentou que a previsão da área ocupada, para o
início do ano que vem, é bem otimista. Concluiu informando que
o programa de patrocínio será divulgado em breve, para quem
pretende investir em imagem.
GIFA
O secretário-executivo, comentou que a ABIFA está divulgando
dois tipos de pacotes para GIFA: visitante e expositor. Para quem
quiser expor na Newcast, a Apex-Brasil pagará toda a estrutura do
estande (espaço, montagem, recepcionista, mobiliário), o expositor
irá arcar apenas com sua passagem e estadia. Já o pacote de
visitante é feito através da Tristar Viagens e Turismo e os valores e
informações, estão sendo divulgados no site da ABIFA.
Participação no IFF
Remo De Simone informou que todo o material apresentado no
International Foundry Forum em Veneza na Itália, está na ABIFA à
disposição dos nossos associados. O conteúdo apresenta a evolução
do setor de fundição sob vários aspectos: capital, conveniência,
maturação do investimento e exigências qualitativas, comparativo
de custos internacionais e tendências.
Nada mais havendo a discutir, foi dada por encerrada a reunião.
PERFIL DO ASSOCIADO
Hunter Foundry do Brasil LTDA
NOVIDADES – NOVA SÉRIE DE MÁQUINAS
A Hunter agregando tecnologia de ponta, nos sistemas
mecânicos, elétricos, hidráulicos, pneumáticos e controle,
produz máquinas de moldagem e sistemas de transporte
de moldes de última geração, equipamentos desenvolvidos
nos EUA e totalmente fabricados no Brasil e disponíveis
para financiamento pelo BNDES.
Estas novas tecnologias proporcionam o estado da arte
em movimentos da máquina, potencializando a moldagem
automática e reduzindo expressivamente o custo com mão
de obra; consolidadas na série de máquinas XL e agora com
NOVA SÉRIE HLM, que além das inovações da XL, utilizam
sistemas de rolamentos lineares em seus movimentos,
incrementando a precisão e qualidade da moldadora,
efetivando custos de manutenção extremamente reduzidos
e aumentando a disponibilidade para produção da
moldadeira.
Veja os vídeos http://www.hunterfoundry.com/videos
Em um movimento de expansão de nossos serviços,
estamos trabalhando no Brasil como representantes
exclusivos das empresas Sogemi (http://www.sogemieng.
it/english/); PCM (http://www.macchinepcm.com/) e
representante setorial de Vibroprocess (http://www.
vibroprocess.it/en/); com isso podemos ofertar e dar suporte
de equipamentos de recuperação de areia e cromita,
máquinas de moldagem no-bake, sopradoras de machos,
panelas de vazamento automático, sistemas de separação
e transportes vibratórios entre outros!
Visite o site e confira!
Hunter Foundry do Brasil LTDA
www.hunterfoundry.com
| Novembro 2014
A Hunter do Automated do Brasil está de casa nova e
com novidades para melhor atender seus clientes. Acesse o
site e confira o novo endereço: www.hunterdobrasil.com.br
33
REGIONAIS ABIFA
MINAS GERAIS
| Novembro 2014
ABIFA participa da IV Rodada Multissetorial
de NegócioS da região Centro Oeste de Minas
34
A 4ª edição da Rodada de Negócios Multissetorial do
Centro-Oeste de Minas gerou R$ 23,6 milhões em expectativas
de Negócios. O encontro teve a participação de 20 grandes
empresas compradoras e 47 ofertantes, no dia 9 de outubro,
no Ápice Convenções e Eventos, em Pará de Minas.
Durante a Rodada, micro e pequenas empresas
apresentaram produtos e serviços aos compradores.
Entre as principais demandas estão: alimentos,
calçados, materiais de escritório, elétricos, limpeza e
informática, uniformes, equipamentos de segurança,
ferragens, assistência técnica, cervejas especiais,
construção civil, comunicação, Fundição (destacando as
unidades da Saint Gobain Canalização de Itaúna–MG e
Barra Mansa–RJ e a empresa Intercast S.A), higiene e
limpeza, usinagem industrial.
A Rodada de Negócios é um encontro que facilita o
acesso das pequenas empresas a grandes compradores. É
uma oportunidade para identificar parcerias comerciais e
tecnológicas, aumentar as vendas, melhorar a carteira de
fornecedores e trocar experiências.
O evento é uma realização do Sebrae Minas e da
Associação Empresarial de Pará de Minas (Ascipam) em
parceria com a Associação Brasileira de Fundição (ABIFA),
Associação Comercial e Empresarial (Ace), Associação
dos Contabilistas de Itaúna (Aconita), Associação dos
Engenheiros e Arquitetos de Pará de Minas (Aeapam),
Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Itaúna, Conselho
Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (CreaMG), Faculdade de Pará de Minas (Fapam) , Senai/Fiemg
e Sindicato Intermunicipal das Indústrias Metalúrgicas,
Mecânicas e do Material Elétrico de Itaúna (Sindimei).
REGIONAIS ABIFA
RIO GRANDE DO SUL
STIHL está entre as mais
lembradas no Top of Mind Rural
| Novembro 2014
A multinacional apareceu como destaque nas categorias motosserras e roçadeira.
36
A STIHL Brasil, líder no mercado de ferramentas
motorizadas, está mais uma vez entre as empresas
mais lembradas do Top of Mind Rural, divulgado pela
Revista Rural. A empresa obteve destaque nas categorias
motosserras e roçadeiras, sendo lembrada por 22,69% e
18,11% do público, respectivamente.
Para o gerente de Marketing da Stihl Brasil, Rafael
Zanoni Soares, este prêmio é o resultado de um trabalho
baseado em estratégias. "A mídia de massa atrai novos
clientes, mas outras ações são a base para manter a
liderança no mercado, como a atualização da linha de
produtos, a qualificação da rede, o serviço pós-vendas,
o padrão excelente de atendimento à rede e ao cliente
e uma forte equipe comercial, que atua junto aos pontos
de vendas buscando potencializar a comunicação e os
serviços em todas as regiões do País. Além disso, também
é importante a presença em feiras e eventos promovidos
por concessionárias e cooperativas que nos aproximam dos
consumidores", avalia.
A STIHL está presente em mais de 160 países por
meio de pelo menos 40 mil pontos de vendas no mundo.
A matriz do grupo fica na cidade de Waiblingen, na
Alemanha, e para atender o mercado mundial, a companhia
conta com unidades produtivas também no Brasil, EUA,
Áustria, Suíça e China. A fábrica no país, situada em São
Leopoldo (RS), conta com mais de dois mil colaboradores
e produz equipamentos destinados aos mercados florestal,
agropecuário, de jardinagem, doméstico e construção civil.
Em 2013, a empresa registrou receita líquida de R$ 923
milhões. Para 2014 espera novo recorde: R$ 1,05 bilhão, ou
seja, 12% de crescimento em relação ao ano passado.
fonte: Stihl Ferramentas Motorizadas.
John Deere cresce no Top 100
das marcas mais valiosas do mundo
Desde estreia no ranking Best Global Brands, em 2011, John Deere já subiu 18 posições e
aumentou em 36% o valor da sua marca.
que satisfaçam a crescente demanda por alimentos, habitação
e infraestrutura - garantindo o futuro das próximas gerações”,
conta Alfredo Miguel Neto, diretor de Assuntos Corporativos para a
América Latina da empresa.
Para Alfredo Miguel, o posicionamento da John Deere vai além de
ser somente uma empresa de equipamentos. “Somos uma empresa
que trabalha com o conceito de soluções integradas para os clientes,
uma vez que aliamos eficácia com produtividade, alta tecnologia
fácil de usar, conforto e preservação do meio ambiente”, assinala o
executivo.
A Interbrand é responsável pela Best Global Brands, uma
das listas mais influentes do mundo que adota a combinação de
estratégia, criatividade e tecnologia para avaliar com profundidade
a inteligência das marcas e oportunidades de negócios. Para
elaborar o ranking de marcas, a Interbrand avalia três aspectos
principais: desempenho financeiro da empresa; poder de influência
junto ao consumidor; e capacidade de agregar valor e garantir
lucros.
fonte: John Deere.
| Novembro 2014
O esforço em apresentar produtos e tecnologias e ter uma
visão de futuro ligada aos desafios da terra são elementos que
fizeram que a John Deere conquistasse a 79ª posição no ranking
“Best Global Brands 2014”, divulgado em outubro pela Interbrand,
maior consultoria de marcas do mundo. O resultado consolida o
crescimento da empresa no ranking desde que ingressou na lista
em 2011 e eleva para US$ 5,124 bilhões o valor mundial da marca
John Deere, evolução de 5% em relação ao ano passado.
Na avaliação, o instituto destacou a capacidade da John Deere
de evoluir em momentos de volatilidade dos mercados globais,
sem deixar de lado seus valores fundamentais e agregando novas
tendências, como as práticas sustentáveis. Segundo o Interbrand,
o constante crescimento em vendas da companhia se deve a
estratégia mundial de expansão, que concluiu as obras de novas
fábricas na China, Brasil, Índia e Rússia, exemplos estes que
demonstram os esforços da John Deere em adaptar e equilibrar
a tradição da companhia com as necessidades dos mercados
emergentes. O relatório também enfatizou os investimentos na
ampliação e modernização das instalações nos Estados Unidos.
“Como uma empresa dedicada às pessoas ligadas à terra,
investimos cerca de 4 milhões de dólares por dia em pesquisa
e desenvolvimento, de maneira a garantir produtos e serviços
37
COMUNICADOS ABIFA/SIFESP
OUTUBRO 2014
30/09
concedido aumento nos preços.
Ao fim do encontro falaram sobre o acordo coletivo em suas
respectivas regiões, e a negociações entre as fundições e sindicatos.
O primeiro tema debatido no encontro da Comissão de
Suprimentos foi a situação da indústria automobilística, com a
queda da produção dos veículos leves.
Em seguida, Celso Bellotto analisou o desempenho da indústria
de fundição, e notou que apenas o metal aço está crescendo
este ano no segmento de fundidos, "a indústria ferroviária está
caminhando muito bem".
Sobre 2015, é uma incógnita para todos, ninguém faz ideia
do que pode acontecer no Brasil e no mundo. Acreditam em
crescimento, apenas, se alguma atitude drástica partir do governo
brasileiro para ajudar a indústria. A previsão é de ainda mais
aumento na energia elétrica, que acaba afetando principalmente
a questão dos insumos - ligas. Segundo os participantes essa é a
questão mais grave para os empresários.
Algumas siderúrgicas estão fechadas, a questão de preço na
sucata de obsolescência é sem critério. A sucata industrial não está
muito diferente, apesar da geração ser menor.
Na questão do preço de ferro gusa, no primeiro semestre houve
pequeno aumento, mas agora recuou. O minério teve redução de
preço, pois os órgãos ambientais têm pego pesado na fiscalização.
28/10
COMISSÃO DE SUPRIMENTOS
07/10
| Novembro 2014
COMISSÃO DE ALUMÍNIO
38
O presidente da Comissão de Alumínio, Maurício Colin, abre o
encontro dizendo ter sido procurado pelos secundaristas para um
possível trabalho em conjunto, no caso seria uma comissão com
o objetivo de padronizar os impostos. Ele mencionou que a Abal
– Associação Brasileira do Alumínio e a Abralatas - Associação
Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade, já
haviam sido procuradas também, para debater o assunto. Foi
decido que três participantes da Comissão fariam uma reunião
com os mesmos, para entender melhor o objetivo e tentar fazer um
trabalho da melhor forma possível.
Colin analisou a possibilidade de levar algum especialista para
falar sobre o Inovar Auto, na próxima e última reunião do ano da
Comissão de Alumínio.
Por fim, foi iniciada a Rodada de Negócios.
17/10
COMISSÃO DE FERRO
Wilson De Francisco Jr. abriu o encontro falando sobre o
desempenho da indústria de fundição e INPF do mês anterior.
O tema principal debatido foi a situação da energia elétrica para
as indústrias, com o valor altíssimo. “Grande parte das empresas
poderão ficar sem energia elétrica, enquanto outras vendem o
excedente”, diz o presidente da Comissão de Ferro.
Segundo os participantes, as montadoras estão tentando
reverter a situação de aumento, afinal há cinco anos não é
COMISSÃO DE SUPRIMENTOS
Antes de iniciar a penúltima reunião do ano da Comissão
de Suprimentos, houve uma breve apresentação da Federación
Española de Asociaciones de Fundidores (FEAF), através de
representantes da empresa Fagor Ederlan que explanaram ao
grupo: a missão, objetivo, trabalho e informações de mercado da
Espanha.
Em seguida Celso Bellotto falou sobre as notícias trocadas
no decorrer do mês, e fez breve relato sobre o mercado e
macroeconomia.
O presidente da ABIFA e SIFESP, Remo De Simone, participou
do encontro como de praxe ao fim do ano, e os participantes da
Comissão sugeriram algumas mudanças na postura das entidades,
principalmente envolvendo a organização dos expositores na Fenaf
2015.
Por fim foi realizada a rodada de negócios.
Palestra de Mário Bernardini, “Por que
não crescemos?”
Na última Plenária realizada em São Paulo, Mário
Bernardini, Assessor de Economia da Presidência e Diretor
de Economia, Estatísticas e Competitividade da Abimaq, foi o
escolhido para encerrar o ciclo de palestras da região, abordando
a Competitividade com o tema “Por que não crescemos?”. (leia
matéria na íntegra nesta edição)
REUNIÃO PLENÁRIA OUTUBRO
A coordenação da última reunião Plenária de 2014 das
Diretorias ABIFA e SIFESP em São Paulo, esteve a cargo de seu
presidente, que deu início ao encontro.
Inicialmente às 15h00, tivemos uma breve apresentação do
patrocinador deste encontro, Serasa Experian. Depois a Federación
Española de Asociaciones de Fundidores (FEAF), através de
representantes da empresa Fagor Ederlan, também explanou ao
grupo: a missão, objetivo, trabalho e informações de mercado da
Espanha. (leia matéria na íntegra nesta edição)
29/10
COMISSÃO DE AÇO
A reunião da Comissão de Aço realizada na Câmara dos
Vereadores de Piracicaba teve entre os assuntos debatidos um
amplo debate sobre a atual situação do mercado fundidor de aço.
As empresas que atendem o seguimento ferroviário estão com uma
carteira de pedidos e produção relativamente estável, enquanto
as dos demais setores sofrem com queda em seus pedidos. As
previsões portanto, não são favoráveis ao setor como um todo.
39
| Novembro 2014
CONAF
17º Congresso ABIFA de Fundição
CONAF 2015
Garanta seu sucesso no maior evento de fundição da América Latina.
De 28 de setembro a 1º de outubro de 2015
no Expo Center Norte - São Paulo/SP – Brasil
CHAMADA DE TRABALHOS
Inscrições abertas para envio dos resumos para o CONAF 2015.
TEMA CENTRAL
| Novembro 2014
“INOVAÇÕES E TENDÊNCIAS DO SETOR DE FUNDIÇÃO NO BRASIL E NO MUNDO.”
40
Temas a serem considerados:
• Fundição de Ferro, Aço e Não Ferrosos
• Mercado de Fundidos
• Energia
• Tecnologia da Informação
• Sustentabilidade/Resíduos
• Gestão de Processos
• Estudos de Casos
• Recursos Humanos/Materiais de Segurança
ENVIO DOS RESUMOS
Deverão ser enviados através dos e-mails: [email protected] e [email protected]
Título: até 150 caracteres
Objetivo: até 460 caracteres
Metodologia: até 620 caracteres
Resultados Esperados ou Alcançados: até 620 caracteres
Observação: Deve ser considerada Fonte Arial 12 – Formato Word
Devem ser informados: nome(s) completo(s) dos autor(es), e-mail(s), nome do apresentador, telefone do apresentador e
de cada um dos autores dos trabalhos e assinado um nome para contato.
Data limite Envio dos Resumos: 30 de janeiro de 2015
ENVIO DAS ÍNTEGRAS
A forma de envio das íntegras será informada quando da comunicação do aceite dos trabalhos.
As contribuições técnicas deverão ser inéditas quanto a sua publicação no Brasil e uma vez aprovadas pelo Comitê
Técnico, terão seus direitos de publicação cedidos a ABIFA.
Weber Büll Gutierres - Ger. Técnico
[email protected]
Telefone: (55 11) 3549-3344
Lylian Fernanda Camargo - Dep. Técnico
[email protected]
Telefone: (55 11) 3549-3369
16ª Feira Latino-Americana de Fundição da ABIFA - FENAF 2015
Informações e Reservas: Riccarda Bernardini – [email protected]
Getulio Correa Junior – Technical Fairs – [email protected]
Organização:
Apoio:
| Novembro 2014
Evento Paralelo:
41
Apex-Brasil
Projeto Foundry Brazil 2015
Convênio ABIFA / Apex-Brasil
Oportunidades de Negócios
Seguindo com a parceria entre a Apex-Brasil (Agência
Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) e
a ABIFA (Associação Brasileira de Fundição), apresentamos
a seguir nossas ações e serviços.
A partir do próximo ano iniciaremos algumas atividades
inovadoras para apoiarmos a indústria de fundição no
sentido de promover as exportações brasileiras do setor.
Além do trabalho focado na promoção comercial, o
Projeto Foundry Brazil apresenta uma série de atividades
e requer a força unida da nossa indústria. A nossa parceira
com a Apex-Brasil nos apoia no desenvolvimento do
próximo Planejamento Estratégico, que será realizado em
dezembro próximo, e envolverá a participação e livre poder
de expressão de toda a cadeia produtiva do setor, para que
possamos direcionar as nossas atividades de acordo com o
interesse das empresas.
FORMAS DE PARTICIPAÇÃO NO PROGRAMA
DE FOMENTO À EXPORTAÇÃO: FOUNDRY BRAZIL
| Novembro 2014
1) FEIRAS INTERNACIONAIS/SETORIAIS
42
As feiras internacionais são excelentes meios pelos quais
uma empresa pode realizar sua promoção comercial. Dentre as
mais importantes vantagens apontamos: exposição e imagem
internacional; oportunidades comerciais; acesso à tecnologia de
empresas concorrentes; adequação do produto às exigências
internacionais; registros de marcas e patentes no exterior; acordos de
tecnologia, joint-ventures; lançamento de produtos; “Benchmarking”.
Toda estrutura de estande, comunicação visual e serviços, é preparada
previamente para apoio às empresas expositoras brasileiras e são
realizados com recursos provenientes da Apex-Brasil.
A próxima participação será na Feira GIFA/NEWCAST em
Düsseldorf – Alemanha – 16 a 20 de junho de 2015, com dez
empresas em um espaço de 155m².
interesse entre os empresários brasileiros e compradores estrangeiros
do setor de fundição. É uma atividade similar à Missão Comercial, só
que com uma programação incluída de reuniões agendadas com os
compradores que manifestaram interesse no seu produto.
4) PROJETO COMPRADOR
É um encontro de negócios promovido no Brasil, durante
a feira Fenaf em São Paulo, entre os empresários brasileiros e
compradores estrangeiros provenientes dos mercados-alvo do
projeto. A Abifa organiza o evento completo, trazendo os potenciais
compradores estrangeiros para São Paulo, com todas as despesas
pagas para que tenham as reuniões presenciais com a nossa
indústria, durante a feira num espaço especial reservado para eles.
5) PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
2) MISSÃO COMERCIAL
É uma visita de um grupo de empresários brasileiros,
acompanhados pela Abifa aos países-alvo do projeto, com o
objetivo da promoção de negócios, parcerias, a prospecção de novos
mercados, estudo da concorrência, visitando o mercado, estudando
preços praticados, entre outras atividades. A agenda da viagem
pode incluir visita a uma feira do setor, distribuidores atacadistas e
varejistas, câmaras de comércio e indústria, centros de pesquisa de
setores específicos, e encontros de negócios. Tudo é previamente
organizado pela Abifa para que os empresários recebam a
programação e possam acompanhar a viagem adequadamente.
Tem como objetivo orientar a entidade parceira da ApexBrasil no que se refere à formulação e execução de projetos de
internacionalização com alta probabilidade de êxito, em benefício das
empresas, estabelecendo: visão de futuro, objetivos estratégicos, metas,
indicadores, e resultados mensuráveis. Para isso todos os empresários
são convidados para participarem das reuniões decisórias, etapas do
planejamento, e podem expressar sua necessidade e opinião para que
o projeto Foundry Brazil caminhe de acordo com as suas necessidades,
atuando nos países-alvo do seu maior interesse. Em breve a Abifa
enviará as próximas comunicações para que os senhores possam
programar suas agendas para as nossas reuniões.
3) PROJETO VENDEDOR
6) INFORMAÇÃO
Consiste no encontro de negócios promovido no país-alvo de
A Apex-Brasil elabora estudos qualificados em vários níveis sobre
7) QUALIFICAÇÃO PARA EXPORTAÇÃO – PROJETO
DE EXTENSÃO INDUSTRIAL EXPORTADORA (PEIEX)
Esse programa oferece serviços de assessoria e diagnóstico
para a adequação das empresas e de seus produtos para exportação.
Consultorias e diagnóstico para cada empresa são alguns dos
serviços que a Apex-Brasil coloca à disposição dos empresários
brasileiros. O PEIEX também realiza missões internacionais e
seminários de cultura exportadora.
8) CENTROS DE NEGÓCIOS NO EXTERIOR
Oferecem suporte comercial e legal para as empresas em 7
diferentes regiões do mundo além da sua estrutura física para
negociação direta com seus clientes, exposição e estocagem de
seus produtos.
9) AÇÕES ESTRATÉGICAS
Participação das empresas em ações estratégicas como Expo
Xangai, Fóruns Empresariais Acordos de Cooperação Técnica
Fórmula Indy, Projeto Carnaval, Unidades de Atendimento, entre
outras ações da Agência.
COMO PARTICIPAR
Não há custos ou compromissos assumidos com a sua
participação. A exigência, de acordo com os Regulamentos da
Apex-Brasil, é preencher o Termo de Adesão ao Projeto.
A partir disso, a empresa se habilita a participar de todas as ações
e também utilizar de todos os serviços oferecidos pelo Projeto. Passará
também a receber informe, notícias, estudos de mercado e inteligência
comercial e solicitações de cotações recebidas através do projeto.
Colocamo-nos à sua disposição para esclarecimentos de eventuais
dúvidas diretamente com o gerente técnico, Weber Büll Gutierres –
e-mail: [email protected], telefone (55 11) 3549-3344.
| Novembro 2014
mercados e setores que visam orientar as empresas em relação as
melhores oportunidades para seus negócios internacionais.
43
Apex-Brasil
GIFA / NEWCAST
16 a 20 de junho de 2015
TRANSFORME SEUS PROJETOS EM NEGÓCIOS
No âmbito do Convênio de Cooperação Técnico e Financeiro entre a Apex-Brasil e a ABIFA, dez empresas do Projeto
Foundry Brazil poderão participar como expositores da Feira NEWCAST 2015. Durante cinco dias essas empresas, em
um espaço de 155m², poderão mostrar seus produtos e manter contatos com potenciais e principais compradores de
fundidos de todo o mundo, gerando excelentes perspectivas de geração de negócios futuros.
A NEWCAST é a maior feira de fundição do mundo: mostra os mais diversos
produtos de fundição, desde peças de alta precisão para uso em medicina até
motores navais pesando muitas toneladas. Sua plataforma é voltada exclusivamente para as fundições.
| Novembro 2014
A NEWCAST atrai um público profissional das áreas decisórias do setor automobilístico e autopeças, principais
clientes das fundições brasileiras, e também de outros setores grandes consumidores de fundidos, tais como: máquinas e
equipamentos, agrícola, mineração e ferroviário, entre outros.
44
Na última edição em 2011 a NEWCAST teve 1.980 expositores de 30 países,
sendo 10 fundições brasileiras, com 3.500 visitantes.
Cadastre-se no Projeto FOUNDRY BRAZIL, sem custos e sem compromissos,
e habilite-se a participar da NEWCAST 2015, a maior feira de fundição do mundo.
Informações:
Weber Büll Gutierres – Gerente Técnico
[email protected] – Tel.: (55 11) 3549-3344
TÉCNICOS
ABNT/CB-59
ABNT/CB–59 COMITÊ BRASILEIRO DE FUNDIÇÃO
O FÓRUM DE NORMALIZAÇÃO DO SETOR DA FUNDIÇÃO
Instalado em 2007, o CB-59 tem como objetivo prover
o setor de normas técnicas atualizadas, proporcionando a
indústria e a sociedade brasileira qualidade e segurança.
Foi criado devido a necessidade de um organismo de
normalização exclusivo para o setor, até então no âmbito
do CB-01 Mineração e Metalurgia (em recesso), e está sob
responsabilidade da ABIFA que é a Sede e a Secretaria
deste Comitê.
O âmbito de atuação do ABNT/CB-59 é a normalização
no campo da fundição de ferro, aço, não ferrosos, insumos,
matérias-primas e resíduos.
| Novembro 2014
A Associação Brasileira de Normas Técnicas –
ABNT, entidade civil sem fins lucrativos, é a organização
responsável pelo gerenciamento da normalização no
Brasil. A ABNT possui vários comitês que atuam em áreas
específicas.
O Comitê Brasileiro de Fundição – ABNT/CB-59 é o
responsável pela elaboração das normas técnicas para o
setor da Fundição.
Este Comitê é composto por profissionais e especialistas
em fundição e está estruturado em Sub-Comitês, Comissões
de Estudo (CE) e Grupos de Trabalho (GT).
45
TÉCNICOS
ABNT/CB-59
ESTRUTURA DO ABNT/CB-59 FUNDIÇÃO
ATIVIDADES DAS COMISSÕES DE ESTUDOS INSTALADAS
COMISSÃO DE ESTUDO RESÍDUOS DE FUNDIÇÃO CE 59:001.01
Esta comissão finalizou o estudo do projeto 59:001.01-003 Areia
descartada de fundição – Diretrizes para aplicações geotécnicas confinadas
e construção civil.
Este projeto passou em Consulta Nacional e as observações recebidas
estão sendo analisadas.
Esta Norma terá como objetivo estabelecer diretrizes gerais no formato
de Guia para padrões de referência das areias descartadas de fundição em
aplicações gerais e servir como complemento à Norma ABNT NBR 15702
– Areia descartada de fundição – Diretrizes para aplicação em asfalto e em
aterro sanitário.
Normas publicadas desta
Comissão de Estudo:
• ABNT NBR 15702 Areia descartada de fundição – Diretrizes para
aplicação em asfalto e em aterro sanitário;
• ABNT NBR 15984 Areia descartada de fundição – Central de
processamento, armazenamento e destinação (CPAD).
COMISSÃO DE ESTUDO DE MATÉRIAS-PRIMAS PARA
FUNDIÇÃO - CE 59:005.01
Esta comissão está estudando a normalização das matérias-primas
para fundição tais como: bentonita, resina, tintas, massa refratária,
ferroliga e carburantes, bem como as especificações químicas e físicas,
ensaios físicos e químicos, distribuição granulométrica e terminologia.
| Novembro 2014
COMO PARTICIPAR DAS COMISSÕES DE ESTUDO
A composição das comissões de estudo é aberta a todos os interessados,
não se restringindo aos profissionais convidados pelo comitê. Os interessados
em participar das comissões de estudo devem entrar em contato com a
secretaria do ABNT/CB-59 Fundição, indicando a comissão de estudo de seu
interesse, informando se é um produtor, consumidor ou agente neutro na
discussão do tema envolvido.
As empresas ou entidades que estejam também interessadas na
PROJETOS PARA CONSULTA NACIONAL EM OUTUBRO DE 2014
CE 59:005.01 COMISSÃO DE ESTUDO DE MATÉRIAS-PRIMAS PARA FUNDIÇÃO
PROJETO DE
NORMA
TÍTULO
CEMP Nº
TÍTULO
59:005.01-018
Materiais para fundição Determinação do óxido de
ferro - Procedimento
131
Materiais para fundição Determinação do óxido de
ferro - Procedimento
59:005.01-017
Preparação da mistura
padrão para ensaios de resina
fenólica líquida para fundição
do processo areia coberta Procedimento
23
Preparação da mistura
padrão para ensaios de resina
fenólica líquida para fundição
do processo areia coberta Procedimento
ABNT NBR 8099
Bentonita para fundição
- Determinação da
permeabilidade da mistura
padrão - Método de ensaio
61
Bentonita para fundição
- Determinação da
permeabilidade da mistura
padrão - Método de ensaio
59:005.01-095
Preparação da mistura padrão
utilizando batedeira planetária
para o ensaio de resina caixa
fria para fundição
189
Preparação da mistura padrão
utilizando batedeira planetária
para o ensaio de resina caixa
fria para fundição
59:005.088
Catalisador para resina
cura a frio para fundição
- Determinação do teor de
ácido fosfórico pelo método de
titulação - Método de ensaio
53
Catalisador para resina
cura a frio para fundição
- Determinação do teor de
ácido fosfórico pelo método de
titulação - Método de ensaio
ABNT NBR 10235
Solução de azul de metileno
- Determinação do fator por
titulação com solução de
cloreto titanoso - (TiCl3) Padronização
116
Solução de azul de metileno
- Determinação do fator por
titulação com solução de
cloreto titanoso - (TiCl3) Padronização
59:005.01-082
Verificação de máquinas de
resistência para areias de
moldagem - Procedimento
132, 133, 146
(Fusão)
Verificação de máquinas de
resistência para areias de
moldagem - Procedimento
59:005.01-081
Bentonita para fundição Determinação da gelificação
absoluta - Método de ensaio
CEMP NOVA
Bentonita para fundição Determinação da gelificação
absoluta - Método de ensaio
59:005.01-080
Bentonita para fundição Determinação da gelificação
imediata - Método de ensaio
CEMP NOVA
Bentonita para fundição Determinação da gelificação
imediata - Método de ensaio
59:005.01-003
Verificação do misturador de
laboratório - Procedimento
198
Verificação do misturador de
laboratório - Procedimento
PROJETO PARA CONSULTA NACIONAL EM OUTUBRO DE 2014
CE 59:003.02 COMISSÃO DE ESTUDO DE FERRO FUNDIDO CONEXÕES
PROJETO DE
REVISÃO DE NORMA
TÍTULO
CALENDÁRIO DE REUNIÕES 2014
46
Comissão de Estudo de
ABNT NBR 6943:2000
Conexões de ferro fundido maleável com rosca ABNT NBR
NM – ISO 7-1 para tubulações
04 (Quinta-Feira)
Dezembro
Ferro Fundido Conexões
9h00min
ABIFA / SP
59:003.02
Projeto de Revisão ABNT NBR 6925:1995
Conexões de ferro fundido maleável,
de classes 150 e 300, com rosca NPT
para tubulação.
14h00min ABIFA / Sul
ABIFA – SÃO PAULO
Av. Paulista, 1274
20º andar – São Paulo - SP
59:005.01
Comissão de Estudo de
Matérias-Primas para Fundição
ABIFA – Sul
Av. Aluísio Pires Condeixa, 2550
2º andar - Joinville - SC
elaboração de novas normas devem apresentar uma
solicitação formal à secretaria do ABNT/CB-59, indicando em
detalhes o objeto e o escopo da normalização pretendida, com
uma breve justificativa de sua necessidade.
SAIBA COMO APOIAR O ABNT/CB-59
Venha participar do desenvolvimento normativo
brasileiro do setor da fundição como colaborador do CB-59.
Para mais informações entre em contato com ABNT/CB-59
por email: [email protected] ou pelo telefone (55 11) 35493369 com Lylian Fernanda Camargo.
Cadernos técnicos
Caderno Técnico 1
Entendendo a Segregação para Prever a Solidificação
Título Original do Artigo: “Understanding Segregation to Predict Solidification”.
Autor: Geoffrey Sigworth, GKS Engineering Services, de Dunedin, Flórida, EUA.
Publicado: MODERN CASTING, Junho de 2014, pg. 35-38.
Reprodução autorizada: AFS – American Foundry Society.
Tradução: Roberto Seabra da Costa [email protected]
As trajetórias da solidificação podem ser calculadas a partir das equações de segregação e podem ser
usadas para identificar as composições ideais das ligas para os seus fundidos.
Este artigo é o último de uma série sobre solidificação em moldes de alumínio. Embora a série seja centrada em
princípios de solidificação em ligas de alumínio, muitos deles também podem ser aplicados a outros metais.
| Novembro 2014
Quando um metal está líquido, ele é
homogêneo. Isto é, as propriedades do metal
(especialmente sua composição química)
são as mesmas em todos os pontos. No
entanto, durante o resfriamento ocorre uma
redistribuição dos elementos da liga e as
impurezas, chamada de segregação de liga.
A segregação tem uma influência significativa
na qualidade do fundido. Compreender esse
processo é útil para o engenheiro de fundição
ou metalurgista.
Os dois tipos de segregação são
microssegregação e macrossegregação. A
microssegregação é a variação na composição
química em uma escala muito pequena entre
dendritas e braços dendríticos.
O sistema de ligas Al-Cu vai ser usado
para ilustrar como ocorre a segregação. Os
pesquisadores examinaram este sistema
de ligas em grande detalhe. Ele constitui a
base para a família de elevada resistência
das ligas de fundição 2xx.
A Figura 1 mostra o diagrama de fase
Al-Cu completo. Um número de compostos
intermetálicos são formados neste
sistema. As instalações de fundição de
alumínio estão preocupadas com a porção
rica em alumínio da figura e a formação da
fase θ (A2Cu). A parte importante da figura
é mostrada na Fig. 2.
Se uma liga contendo 4,5% de cobre
é vazada e mantida perto da temperatura
eutética, o fundido estará no campo da
fase simples correspondente ao alumínio
sólido. Isto é indicado pela caixa vermelha
na Fig. 2. De acordo com o diagrama de
fase, esta liga deve ser de uma única fase:
alumínio com cobre em solução sólida.
Quando se olha para uma amostra de
um fundido desta liga, é constatado que
ela contém uma quantidade significativa
da fase eutética A2Cu. Este eutético não
deveria estar presente, de acordo com
o diagrama de fase. Dessa forma, ele é
chamado de eutético sem equilíbrio.
Além disso, se a distribuição do cobre
em uma amostra do fundido é estudada
por análise de microssonda em um
SEM (Escaneamento com Microscópico
Eletrônico), verifica-se que o teor de cobre
na fase do alumínio varia. No centro dos
braços dendríticos, que corresponde ao
primeiro sólido, o teor de cobre é baixo.
Movendo-se em direção ao exterior dos
comumente encontrados em fundidos
de alumínio e para todos, menos para
velocidades de resfriamento extremamente
rápidas. (O modelo funciona bem em outros
sistemas de metal para a maioria dos
elementos. No entanto, é necessário um
fator de correção para os elementos que
se difundem rapidamente, por exemplo, o
carbono dissolvido em fundidos de ferro ou
de aço).
Macrosegregação
A macrosegregação é a redistribuição
dos elementos solutos em uma escala
maior. Em fundidos de dimensões de peça
acabada ela é causada pelo movimento do
fluido no interior do fundido e, geralmente,
está relacionada com a alimentação. A macrosegregação é mais facilmente observada em ligas contendo cobre. Um exemplo
é mostrado na Fig. 4. Este raio-X mostra
uma seção de um cabeçote de motor fundido na liga 319. Os dois massalotes são visíveis no topo. Ambos mostram cavidades de
contração. Embaixo dos massalotes estão
faixas escuras no fundido, onde o líquido
rico em cobre foi "sugado" pelo fundido.
Os massalotes foram colocados no
molde para alimentar o líquido para o metal
se solidificando, cujo volume se contrai de
5 a 7% durante a solidificação. Quando
os massalotes não são suficientemente
grandes, eles vão alimentar o fundido
Fig. 2. É mostrado o detalhe do
diagrama de fase Al-Cu.
48
Fig. 1. Este é o diagrama de fase Al-Cu
braços, o que corresponde ao metal
resfriado mais tarde, o teor de cobre
aumenta. Um exemplo deste tipo de
medição é mostrado na Fig. 3.
Os
cientistas
de
solidificação
estudaram esse fenômeno por muitos anos
e têm oferecido modelos para explicar a
microssegregação. Agora se pode calcular
a quantidade de eutético sem equilíbrio de
acordo com um modelo proposto por Brody e
Flemings (B-F). As equações de B-F podem
ser utilizadas para calcular a composição
do líquido durante a solidificação e a fração
de sólidos na qual o eutético se forma. O
modelo B-F funciona bem para os elementos
Fig. 3. Este diagrama mostra a
distribuição do cobre na liga Al-45% Cu (o tempo local de solidificação
é de 750 segundos).
no final da solidificação quando o líquido
restante está enriquecido em cobre (e
O composto que é a maior preocupação
aqui é a fase β. Este é o composto
intermetálico normalmente observado em
fundidos comerciais.
As
trajetórias
de
solidificação
calculadas para uma liga AA309 contendo
5% de silício e vários teores de ferro foram
calculadas. (Esta liga também tem 1,2%
de cobre e 0,5% de magnésio, mas isso
é ignorado no cálculo.) Para simplificar
a apresentação dos resultados, apenas
as fronteiras de fase são mostradas.
Também uma seção detalhada da Fig. 5 foi
mostrada. O resultado é apresentado na Fig.
6 para teores da liga de ferro de 0,3 e 0,6%.
Duas curvas de segregação são dadas para
cada caso. As curvas inferiores (vermelhas)
são para um tempo de solidificação de 10
segundos. As curvas superiores (azuis) são
para um tempo de solidificação mais longo
de 1.000 segundos.
A partir deste resultado, pode-se
observar que 0,3% de ferro é um caso limite
para esta liga. Em peças que se solidificam
rapidamente não deve haver nenhuma fase
β primária, apenas um eutético ternário de
acordo com esta reação:
Líquido -> Al (sólido) + Si (sólido) + β
Em velocidades de solidificação
mais lentas, no entanto, o β primário
deve se formar. Em teores mais altos de
ferro (por exemplo, 0,6%) o β primário é
formado antes de qualquer eutético de AlSi, independentemente da velocidade de
solidificação.
Esta
liga
foi
estudada
pelos
pesquisadores do Centro de Tecnologias
Avançadas de Solidificação (CAST) da
Austrália. Eles descobriram que os defeitos
de fundição estavam associados com os
teores de ferro que produziam o β primário.
No entanto, quando eles mudaram para
uma versão com mais silício da mesma
liga, os defeitos desapareceram. A
razão para este comportamento pode ser
vista considerando-se a Fig. 7. Cálculos
similares são feitos para os mesmos dois
teores de ferro. Neste liga, o maior teor
de ferro (0,6%) torna-se o caso limite.
Dessa forma, a liga de silício de 9% pode
tolerar o dobro do teor de ferro da liga de
silício de 5%.
Exatamente desta maneira, os
pesquisadores da CAST calcularam
as trajetórias de solidificação para
inúmeros conteúdos de silício. Deste
modo, eles construíram um mapa de
teores seguros de ferro para os seus
fundidos (Fig. 8).
Os
resultados
de
pesquisas
relacionadas conduzidas por Caceres
e seus colegas de trabalho, também
devem ser considerados. Eles produziram
fundidos em um número de composições
de ligas com as propriedades mecânicas
medidas. Alguns dos seus resultados
são mostrados na Fig. 9, que ilustra a
importância da microssegregação durante
a segregação, e como os teores maiores de
Si podem ser usados com vantagem em
ligas de fundição da base Al-Si.
As resistências à tração para os
fundidos tratados termicamente com
a têmpera T6 são mostrados em um
gráfico de qualidade (Resistência à
Tração [UTS] versus o logaritmo do
alongamento).
As linhas vermelhas mostram
valores constantes do índice de
qualidade (em MPa). As setas azuis
indicam a mudança na composição da
liga. Por exemplo, o ferro foi adicionado
à liga 1 para obter a liga 2. O resultado
foi uma perda significativa na qualidade
do fundido, cerca de 120 MPa de acordo
com o índice de qualidade.
O silício foi adicionado à liga 2 para
se obter a liga 3. A quase totalidade da
perda de qualidade foi recuperada pelo
aumento do teor de silício de 4,5 a 9%.
Um resultado semelhante foi
encontrado indo das ligas 1 -> 6 ->
7, exceto no caso em que o cobre foi
adicionado juntamente com o ferro.
A perda em qualidade com a adição
combinada de ferro e de cobre foi maior
do que cerca de 200 MPa, mas essa
perda foi recuperada pelo aumento do
teor de silício. Em contraste, quando o
cobre foi adicionado por si só; nas ligas
1 -> 4 -> 5, apenas uma pequena
perda de qualidade foi encontrada na
liga 4.
Este artigo foi baseado no Trabalho
13-1224, que foi apresentado no 117º.
Congresso de Fundição.
@ RECURSO ONLINE
As equações B-F e os dados
usados nos cálculos das trajetórias de
solidificação foram introduzidos em
programas do Excel. Você pode fazer
o download de alguns desses cálculos
no site www.moderncasting.com. Os
programas em Excel facilitam você fazer
seus próprios cálculos.
Fig. 4. O diagrama de fase ternário é
mostrado para o sistema Al-Fe-Si.
Fig. 5. As trajetórias de solidificação
para o Al-5% Si ligas foram plotadas
Fig. 6. As trajetórias de solidificação
para o Al-9% foram plotadas.
Fig. 8. Um mapa de solidificação para
evitar o β primário é mostrado.
| Novembro 2014
outros elementos solutos).
A macrosegregação deste tipo também
pode se desenvolver em fundidos da liga AlSi, mas é mais difícil ver isso em raio-X de
fundido. (A diferença de densidade entre o
alumínio e o silício é muito menor do que
entre o alumínio e o cobre.)
Calculando
as
Trajetórias
de
Solidificação
As equações para a microssegregação
durante a solidificação podem ser usadas
para calcular as trajetórias de solidificação
para as ligas de fundição.
A maneira mais fácil de prosseguir é
assumir que os coeficientes de distribuição
para os sistemas de ligas binárias
podem ser utilizados nos sistemas de
ligas ternárias. O ponto de partida para
os nossos cálculos é o canto rico em
alumínio do ternário Al-Si-Fe. Onze
compostos intermetálicos diferentes foram
identificados neste sistema. Quatro deles
ocorrem na porção rica em alumínio do
ternário apresentado na Fig. 5. Eles são:
• FeAl3, que é encontrado no binário AlFe e ligas de baixo teor de silício.
• α - FeSiAl, que tem uma composição
próxima do FeSi2Al8.
• β - FeSiAl, que geralmente é
representado
pela
composição
FeSiAl5.
• δ - FeSiAl, que tem a composição
FeSi2Al3.
49
Fig. 9. O gráfico mostra as propriedades
de fundidos que sofreram tratamento
térmico (T6) para sete composições
diferentes de liga:
(1) 4,5Si-1Cu-0Mg-0,2Fe; (2) 4,5 Si1Cu-0,1Mg-0,5Fe-0,25Mn; (3) 9Si-1Cu0,1Mg-0,5Fe-0,25Mn; (4) 4,5Si-4Cu0,1Mg-0,2Fe;
(5) 9Si-4Cu-0,1Mg-0,2Fe; (6) 4,5Si4Cu-0,1Mg-0,5Fe-0,25Mn; (7) 9Si-4Cu0,1Mg-0,5Fe–0,25Mn.
Caderno Técnico 2
Novas Possibilidades para o Alumínio de Alta Resistência
Título Original do Artigo: “New Possibilities for High Strength Aluminum”.
Autores: Yemi Fasoyinu, do CANMET Materials, de Hamilton, Ontário, Canadá; David Weiss, da
ECK Industries Inc., de Manitowoc, Wisconsin e Jiten Shah, da Product Development & Analysis
LLC, de Naperville, Illinois.
Publicado: MODERN CASTING, Setembro de 2014, pg. 31-33.
Reprodução autorizada: AFS – American Foundry Society.
Tradução: Roberto Seabra da Costa [email protected]
| Novembro 2014
Tradicionalmente fundido em areia verde, o alumínio A206 pode ser uma liga viável para fundidos em molde permanente.
50
O Departamento de Energia dos EUA
financiou uma série de propostas, em 2004,
dentro do Programa Tecnologia de Economia
de Energia na Fusão e Redução de Retornos
(E-SMARRT), que incluiu um projeto liderado
pela CANMET Materials (CMAT), de Hamilton,
Ontário, Canadá, sobre a fundição em molde
permanente de ligas de metais leves. O
CMAT focou especificamente as ligas que
eram consideradas difíceis de serem vazadas
em molde permanente, mas que poderiam
apresentar significativa economia de energia
pela redução dos retornos dos materiais.
O A206 é uma das ligas estruturais de mais
alta resistência. Resistências ao escoamento acima
de 45.000 psi são rotineiramente atingidas com
a têmpera T71. Ele tem propriedades muito boas
em altas temperaturas com pequena redução na
resistência até 350˚F (177˚C), tornando-se uma liga
ideal para cabeçotes de motor e outras aplicações
em temperaturas elevadas.
Quando vazado em um molde permanente,
entretanto, o A206 tem uma tendência à trinca
por contração à quente, que é causada pela
contração térmica nos estágios finais da
solidificação. Devido a esta dificuldade, na
maioria das vezes o A206 é vazado em moldes
de areia verde ou quimicamente ligados. Um
projeto de pesquisa recente visava estabelecer
os parâmetros de processo para o A206
na fundição em molde permanente, para
prevenir as trincas por contração à quente
em componentes estruturais de automóveis e
outras aplicações.
Quando se trabalha com as ligas de alumínio
da série 200, o controle da composição química
é mais importante que no alumínio da série
300. Os níveis de ferro e de silício precisam ser
minimizados para se atingir as propriedades
esperadas. As impurezas de cadinhos
insuficientemente limpos ou de ligas misturadas
inadequadamente podem levar a resultados
indesejados. Os fundidores precisam garantir
que as ferramentas e panelas estejam bem
limpas. O controle de processo para minimizar
as mudanças na composição química também é
essencial.
Em ligas da série 200, as propriedades
mecânicas dependem do controle dos níveis
de ferro e silício na liga. No A206, os níveis de
ferro precisam ser controlados e menores que
0,1% e os níveis de silício inferiores a 0,05%. Os
fundidos feitos com as composições químicas
especificadas e as taxas de solidificação típicas
do processo de molde permanente podem
desenvolver resistências ao escoamento de
50.000 psi, juntamente com alongamento de
Fig. 1. O suporte fundido foi selecionado porque a sua geometria era
típica dos componentes estruturais.
Superando Obstáculos na Simulação
Fig. 2. Uma contração menor foi prevista nas três áreas sob os massalotes
Fig. 3. A simulação mostrou potencial de trincas de contração à quente
na barra transversal superior e áreas do munhão.
Fig. 4. Trincas de contração à quente
foram encontradas na área de transição entre na área de transição entre a coluna e o munhão.
Fig. 5. Os dois termopares foram
fixados na metade móvel do molde
permanente.
Fig. 6. Esta imagem de microestrutura mostra a progressão da trinca
por contração a quente.
dois dígitos.
Para pesquisar a possibilidade de fundir o
A206 em molde permanente, foi conduzido um
estudo de caso com um suporte de montagem
fundido usado em equipamento médico. O
componente, mostrado na Fig. 1, é atualmente
produzido em A356 em um molde permanente
de aço 4140. O design atual garante que a
liga A356 pode ser fundida sem as trincas de
contração à quente. O componente em A356
também precisava atingir uma qualidade
radiográfica de grau C.
Fig. 8. A distribuição da contração em uma amostra de microestrutura atacada quimicamente é mostrada.
Os principais objetivos da equipe foram
estabelecer e aperfeiçoar os parâmetros de
processo da fundição, incluindo:
• Temperatura inicial de pré-aquecimento do
molde.
• Temperatura de vazamento.
• Tempo de enchimento do molde.
• Tempo total do ciclo de permanência no
molde.
Como o fundido estava atualmente em
produção, o ferramental estava disponível, de
modo que a equipe de pesquisa não poderia
fazer qualquer alteração no projeto que
pudesse interromper a produção durante os
testes na fundição. Antes dos testes iniciais, a
equipe usou um software de simulação para
garantir que o sistema de alimentação estava
projetado corretamente, antes do vazamento.
A modelagem preditiva permitiu que a equipe de
pesquisa garantisse que o fundido poderia ser
vazado em um molde à temperatura razoável,
o que iria evitar a falta de metal quente e ainda
teria força suficiente para resistir às tensões da
ejeção.
Os modelos CAD em 3-D do fundido
com canais e massalotes foram fornecidos
pela Eck Industries Inc. para verificação pelo
Desenvolvimento e Análise de Produtos. A
simulação sugeriu que uma contração menor
seria encontrada nas áreas sob os massalotes
quando a matriz fosse aberta (mostrado na Fig. 2).
Além disso, era provável que trincas de contração
à quente aparecessem perto da barra transversal
superior e na área de transição da coluna para
o munhão (Fig. 3). Perto do final da solidificação,
as trincas de contração à quente começaram a
se desenvolver onde a coluna superior se ligava
com as áreas do munhão (Fig. 4). Esses locais
problemáticos tiveram boa correlação com as
trincas de contração à quente observadas no
componente de suporte.
As trincas de contração à quente tendem
a se desenvolver quando a fração sólida
(percentagem das fases sólidas no metal em
solidificação) varia entre 75 e 90%. Os defeitos
foram reduzidos ou eliminados quando a fração
sólida foi reduzida para 65 a 75%, devido à
presença de metal líquido, que alimentava a
contração na solidificação.
As contrações embaixo dos massalotes
superiores e as junções foram eliminadas
pelo reprojeto dos massalotes, tanto com o
uso de massalotes isolantes cilíndricos com
contato aumentado, quanto pelo isolamento dos
massalotes atuais superiores.
Enchendo o Molde com Sucesso
O componente de suporte foi selecionado
devido à sua geometria bastante complexa
que poderia ser típica dos componentes
estruturais. Dadas as suas dimensões e
geometria, o suporte é difícil de produzir por
meio de técnicas tradicionais de fundição em
moldes permanentes, especialmente quando
são utilizadas ligas com propensão às trincas
por contração à quente.
O molde foi pré-aquecido por maçarico à
gás e dois termopares (TC) foram colocados
no molde para monitorar a sua temperatura
(Fig. 5). Os termopares foram localizados na
parte superior (TC1) e inferior (TC2) da metade
móvel do molde. Pirômetros infravermelhos
(IR) também mediram as temperaturas
da superfície do molde em dois pontos. A
temperatura da superfície do molde, entre
os dois massalotes, foi medida por IR3, e IR4
mediu a temperatura da superfície perto do
flange, sob a secção da argola da peça fundida.
Os termopares e pirômetros foram colocados
a 0,75 pol. (19 mm) da superfície da cavidade
do molde. Porque TC1 e IR3 estavam mais
próximos dos copos de vazamento que TC2 e
| Novembro 2014
Fig. 7. A distribuição da contração em uma amostra de microestrutura não
atacada quimicamente é mostrada em uma seção de 1,3 pol. (33 mm) (à esquerda) e uma seção de 0,51 pol. (13 mm) (à direita).
IR4, as temperaturas do molde em TC1 e IR3
normalmente eram mais elevadas.
Quando a temperatura do molde em
determinadas seções do molde subia acima de
932˚F (500˚C), alguns fundidos se quebravam
durante a ejeção. Para diminuir a temperatura
do molde e reduzir a quebra, os engenheiros
aumentaram a velocidade do fluxo de
resfriamento para o seu nível mais alto.
Quando o tempo do ciclo de permanência
no molde era maior que 290 segundos, o tempo
prolongado de restrição do metal no molde
tendia a criar trincas de contração à quente
mais severas. A imagem da microestrutura
na Fig. 6 mostra a progressão da trinca de
contração à quente. Manter um tempo do ciclo
de permanência no molde entre 200 e 230
segundos e manter a temperatura do molde
entre 860 e 896˚F (460 e 480˚C) proporcionou
os melhores resultados. O aumento da
temperatura do molde acima 896˚F (480˚C)
tendia a aumentar as trincas mecânicas à
quente devido às tensões da ejeção.
Os testes de fundição realizados em uma
fundição parceira usando o ferramental de
produção projetado para ser usado com a liga
A356 foram bem sucedidos. Muitos dos fundidos
em A206 estavam livres de trincas por contração
à quente. As microestruturas não tratadas
quimicamente mostraram defeitos mínimos
de contração associados a uma alimentação
deficiente durante a solidificação (Fig. 7).
Adicionalmente, as seções A e B apresentaram
uma estrutura de grão relativamente fino em
amostras atacadas quimicamente (Fig. 8).
Parece que existem temperaturas mínimas
e máximas permitidas do molde em áreas
particulares do molde (relacionadas com o projeto
do fundido), para prevenir as trincas de contração
à quente. Os altos picos de temperatura do
molde em locais próximos aos pontos quentes
do molde podem resultar em quebra do fundido
durante a ejeção. Entretanto, é possível reduzir
as trincas de contração à quente através de uma
gestão térmica eficiente. A localização adequada
dos sensores de temperatura e o controle do
aquecimento e / ou resfriamento nos pontos
quentes do fundido podem reduzir as condições
que levariam às trincas por contração à quente.
Além disso, o refinamento adequado dos grãos e
o controle dos tempos do ciclo de fundição podem
minimizar as trincas por contração à quente.
Os programas de simulação e modelagem
por computador podem ajudar a simplificar os
esforços de projeto e a identificar as áreas com
potencial de problemas, incluindo aquelas que
podem levar às trincas por contração à quente.
Conquanto esse estudo tenha sido capaz de
produzir peças de qualidade, mais pesquisas
devem ser feitas. Este projeto poderá
estabelecer uma base para o trabalho futuro de
desenvolvimento dos materiais adequados da
carga e a relação metal primário / sucata para
o A206. O alcance dessa meta fará com que a
fundição de ligas A206 em moldes permanentes
seja mais viável economicamente, o que, em
seguida, levará à sua aceitação mais ampla
dentro da indústria de fundição.
Este artigo foi baseado na apresentação:
''Fundição em Molde Permanente de um
Componente Estrutural da Liga de Al A206”,
do Congresso de Fundição de 2014, em
Schaumburg, Illinois, EUA.
51
Índices Setoriais
DESEMPENHO Do setor de fundição SETEMBRo/2014
PERÍODO
SET/14
AGO/14
SET/13
(A)
(B)
(C)
1- FERRO TOTAL
185.789
200.368
222.449
(7,3)
2- AÇO TOTAL
23.524
23.505
21.646
0,1
3- NÃO FERROSOS
17.879
17.962
22.713
(0,5)
3.1 - COBRE
1.932
1.947
1.661
3.2 - ZINCO
120
120
450
3.3 - ALUMÍNIO
15.411
15.487
3.4 - MAGNÉSIO
416
408
4 - TOTAL GERAL
227.192
10.327
METAL
A/B %
A/C %
JAN-SET/14
JAN-SET/13
(D)
(E)
D/E %
(16,5)
1.744.254
1.973.042
8,7
202.363
172.796
17,1
(21,3)
169.605
205.347
(17,4)
(0,8)
16,3
16.615
12.848
29,3
-
(73,3)
1.307
2.887
(54,7)
20.189
(0,5)
(23,7)
147.992
186.234
(20,5)
413
2,0
0,7
3.691
3.378
9,3
241.835
266.808
(6,1)
(14,8)
2.116.222
2.351.185
(10,0)
11.516
12.705
(10,3)
(18,7)
11.197
12.375
(9,5)
(11,6)
5- PRODUÇÃO POR DIA
ton/dia
produção brasileira de fundidos - t (tonelada)
Milhares
| Novembro 2014
INPF - ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS DE FUNDIDOS
52
Metais
Períodos
Ferro
Aço
Aço
Aço
Zinco sob
Alumínio
Alumínio
Carbono
Ligado
Inoxidável
Pressão
S/Pressão
P/Gravidade
OUTUBRO/13
0,76
1,10
1,01
0,46
(0,36)
(0,22)
(0,13)
NOVEMBRO/13
1,09
1,27
1,57
2,28
1,98
2,57
2,70
DEZEMBRO/13
0,33
0,21
0,10
(0,11)
2,27
(0,34)
0,14
JANEIRO/14
0,77
0,94
0,87
1,15
2,61
1,82
0,95
FEVEREIRO/14
0,80
1,43
1,11
0,83
0,53
0,79
0,25
MARÇO/14
0,23
0,96
1,00
0,88
1,37
2,42
1,12
ABRIL/14
1,55
0,99
0,73
0,84
1,19
(0,10)
0,24
MAIO/14
0,11
0,34
0,64
0,73
0,20
0,16
(0,10)
JUNHO/14
0,40
0,25
1,06
1,27
(0,38)
(0,38)
(0,11)
JULHO/14
0,32
0,45
0,67
1,66
1,09
0,01
(0,09)
AGOSTO/14
0,21
(0,21)
0,18
0,23
1,09
0,52
(0,33)
SETEMBRO/14
0,29
0,66
1,08
0,51
1,08
0,80
1,23
7,07
8,71
10,48
11,25
13,38
8,29
5,99
4,77
5,95
7,58
8,39
9,10
6,17
3,19
Acumulado
12 mês
Acumulado 2014
AGENDA
Metalurgia do Alumínio para Não
Metalurgistas
Data: 01 a 03 de dezembro de 2014
Local: Sede da ABAL
R. Humberto I, 220, São Paulo - SP, 04018-030
(11) 5904-6450
Inscrições:http://www.abmbrasil.com.br/cursos/cursos_
detalhes.asp?cursos_Cod_Curso=2114
| Novembro 2014
Pré-Tratamento de Gusa
54
Data: 01 a 03 de dezembro de 2014
Local: Avenida Álvares Cabral, 1600
Santo Agostinho Belo Horizonte - MG.
Inscrições:http://www.abmbrasil.com.br/cursos/cursos_
detalhes.asp?cursos_Cod_Curso=2171
COMISSÕES EM DEZEMBRO
comissões comerciais
Aço
10/12
Aço: Realizada na 4ª quarta-feira do mês, bimestralmente em
Piracicaba-SP, às 10:00horas.
Informações: Jurandir Carmelio
E-mail: [email protected]
| Novembro 2014
Lista Anunciantes
56
AGRATI | PÁG. 15
(11) 3518-9198
[email protected]
Kuttner | PÁG. 19
(31) 3398-7233
www.kuttner.com.br
AMSTED Maxion | PÁG. 2ª CAPA
(19) 2118-2000
www.amstedmaxion.com.br
Magma | PÁG. 4ª capa
(11) 5535-1381
[email protected]
ASK CHEMICALS | PÁG. 05
(19) 3781-1300
[email protected]
MARBOW RESINAS | PÁG. 39
(11) 2626-5980
[email protected]
Bentomar | PÁG. 07
(11) 2721-2719
[email protected]
Metal Chek | PÁG. 23
(11) 3515-5287
[email protected]
Comil | PÁG. 11
(11) 2942-4020
[email protected]
Mineração Descalvado | PÁG. 61
(19) 3583-1464
[email protected]
CORONA CADINHOS | PÁG. 3ª CAPA
(11) 4061-7785
[email protected]
Mineração Jundu | PÁG. 49
(19) 3583-9200
[email protected]
Ecil | PÁG. 43
(15) 3244-8075
[email protected]
Romão Gogolla | PÁG. 27
(19) 3856-4228
[email protected]
Euromac | PÁG. 21
(47) 3034-0334
[email protected]
Servtherm | PÁG. 65
(11) 2176-8200
[email protected]
Foseco | PÁG. 13
(11) 3719-9788
[email protected]
SINTO BRASIL | PÁG. 63
(11) 3321-9500
[email protected]
Fund. Jupter | PÁG. 33
(19) 3544-3047
[email protected]
Tecbraf | PÁG. 29
(11) 4035-8888
www.tecbraf.com.br
Gevitec | PÁG. 57
(47) 3425-0505
[email protected]
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