Pet Food Brasil
Transcrição
Pet Food Brasil
Revista Pet Food Brasil Ano 3 / Edição 13 / Mar - Abr 2011 / www.editorastilo.com.br Expo Pet Food 2011 Entra definitivamente para o calendário do segmento Pet Food Máquinas e Equipamentos As soluções tecnológicas para a indústria brasileira de Pet Food Editorial 2 Prezado Leitor Queremos aproveitar este espaço para agradecer todas as empresas parceiras e amigos que acreditaram na Expo Pet Food e estiveram nos prestigiando, seja com visitas ou expondo. Obtivemos um excelente resultado! Realizada entre os dias 30 e 31 de março, no Centro de Eventos São Luis, esta primeira edição, que aconteceu juntamente com a 6ª Fenagra – Feira das Graxarias, contou com 35 expositores e cerca de 3 mil visitantes, que na ocasião ainda puderam participar do 10° Congresso Internacional de Graxarias, III Congresso e X Simpósio sobre Nutrição de Animais de Estimação, os dois últimos realizados pelo CBNA – Colégio Brasileiro de Nutrição Animal. Na Revista Pet Food deste mês você fica por dentro de algumas novidades e tendências mostradas pelos expositores e confere a opinião do mercado sobre a iniciativa de promovermos a primeira feira técnica destinada ao mercado de alimentação animal. A qualificação dos visitantes e a união de dois mercados tão complementares quanto o de pet food e graxaria, foram alguns dos aspectos apontados pelos expositores como altamente positivos. CAPA ed 13.pdf 1 14/04/11 12:15 Revista Presentes na Expo Pet Food, os equipamentos e máquinas destinados à Pet Food Brasil Ano 3 / Edição 13 / Mar - Abr 2011 / www.editorastilo.com.br indústria de alimentação animal também ganham destaque nas próximas páginas. São moinhos, extrusoras, secadores e muitas outras soluções de alta tecnologia apresentadas pelos principais players do mercado, que têm como missão atender C M Y CM MY CY CMY com excelência o mercado de pet food. Boa Leitura! Daniel Geraldes K Edição 13 Março/Abril 2011 Expo Pet Food 2011 Entra definitivamente para o calendário do segmento Pet Food Máquinas e Equipamentos As soluções tecnológicas para a indústria brasileira de Pet Food 3 4 Sumário 5 Diretor Daniel Geraldes Editor Chefe Daniel Geraldes – MTB 41.523 [email protected] Jornalista Colaboradora Lia Freire - MTB 30222 34 Expo Pet Food 6 14 18 28 32 34 48 50 56 58 60 Notícias Caderno Científico Publicidade Luiz Carlos Nogueira Lubos [email protected] Direção de Arte e Produção Leonardo Piva [email protected] Conselho Editorial Aulus Carciofi Claudio Mathias Daniel Geraldes Everton Krabbe Flavia Saad José Roberto Sartori Vildes M. Scussel Fontes Seção “Notícias” Anfal Pet, Pet Food Industry, Sindirações, Valor Econômico, Gazeta Mercantil, Agência Estadão, Cepea/Esalq, Engormix, CBNA Capa Entrevista Informe Técnico Em Foco 1 Em Foco 2 Segurança Alimentar Pet Food Online Pet Market Caderno técnico 1 Impressão Intergraf Ind.Gráfica Ltda Distribuição ACF Alfonso Bovero Editora Stilo Rua Sampaio Viana, 167 - Conj. 61 São Paulo (SP) - Cep: 04004-000 Fone: (11) 2384-0047 A Revista Pet Food Brasil é uma publicação bimestral da Editora Stilo que tem como público-alvo empresas dos seguintes mercados: Indústrias de Pet Food, Fábricas de Ração Animal, Fornecedores de Máquinas e Equipamentos, Fornecedores de Insumos e Matérias Primas, Frigoríficos, Graxarias, Palatabilizantes, Aditivos, Anti-Oxidante, Embalagens, Vitaminas, Minerais, Corantes, Veterinários e Zootecnistas, Farmacologia, Pet Shops, Distribuidores, Informática/Automação Industrial, Prestadores de Serviços, Equipamentos de Segurança, Entidades da cadeia produtiva, Câmaras de Comércio, Centros de Pesquisas e Universidades, Escolas Técnicas, com tiragem de 10.400 exemplares. Distribuída entre as empresas nos setores de engenharia, projetos, manutenção, compras, diretoria, gerentes. É enviada aos executivos e especificadores destes segmentos. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não necessariamente refletem as opiniões da revista. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias sem expressa autorização da Editora. Notícias 7 BCM adquire 2ª Extrusora Manzoni A BCM, fábrica de Pet Food situada em Bragança Paulista, produz alimentos para cães e gatos. De olho na crescente demanda do setor de alimentos para animais de estimação, a BCM adquiriu a 2ª Extrusora Manzoni da linha MEX-3000. “Os fatores que mais influenciaram na decisão de compra da extrusora, foram a estabilidade do processo, a qualidade da extrusão e um suporte técnico atuante. E a Manzoni, além da confiança, sempre colocou a parceria em primeiro lugar”, afirma o diretor da BCM, Márcio Silveira - Kiko. Com mais essa parceria, a Manzoni se consolida como uma das principais fabricantes de extrusoras do mercado brasileiro. Além das extrusoras, também fornece secadores, resfriadores e moinhos para fábricas de ração com a mesma qualidade e compromisso já reconhecido pelo mercado. Cortes no orçamento do Ministério da Agricultura O Ministério da Agricultura deve perder R$ 1,47 bilhão no orçamento. O corte faz parte do ajuste fiscal da União, que pretende reduzir as despesas em R$ 50 bilhões. Depois de anunciar recentemente o aperto nas contas públicas, o Palácio do Planalto finalmente divulgou onde serão feitos os cortes. “É uma cota de sacrifício, um esforço para cumprir as tarefas do Ministério com menos recursos e tudo para uma causa boa: a contribuição efetiva do governo para o combate à inflação” explicou o ministro Wagner Rossi. De acordo com o ministro, a Agricultura não foi um dos Ministérios que teve, proporcionalmente, o maior porcentual de cortes, mesmo com cerca de 16% de bloqueio. Os gastos de custeio, como pagamento de pessoal e compra de materiais, devem ser reduzidos em R$ 32 bilhões. Já os investimentos, que envolvem obras, cairão em torno de R$ 18 bilhões. Rossi afirmou ainda não ter detalhes sobre quais áreas do Ministério que sofrerão mais cortes, mas garantiu que foram preservados os recursos para a sanidade, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e para demandas da agricultura em obras do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, confirmou que alguns setores não serão atingidos. No Ministério da Agricultura, o limite para despesas discricionárias, que são todos os gastos excluindo pessoal e previdência, caiu pela metade, quase R$ 1,5 bilhão a menos. No Desenvolvimento Agrário, o corte é menor, de R$ 3,2 bilhões para R$ 2,3 bilhões. Cada Ministério deverá decidir quais investimentos são prioritários e quais podem ser adiados. Além disso, o Governo Federal prometeu um controle maior nas despesas, determinou a realização de auditoria na folha dos servidores, o combate a fraudes em benefícios sociais e o adiamento de concursos públicos e nomeações. Diárias e passagens devem cair pela metade. Aluguéis, aquisições e reforma de imóveis e veículos estão suspensos. “Estamos tomando essas medidas para garantir que o crescimento sustentável vai continuar no país. É para isso que nós estamos tomando as medidas. Não é para derrubar a economia ou para ter um crescimento pífio, modesto, como era no passado”, informa o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Fonte: Agência Estado e Canal Rural Ferraz Máquinas no Pet Food Forum Chicago A Ferraz Máquinas, fabricante de extrusoras para a Indústria Pet Food, marcou presença no PET FOOD FORUM de Chicago entre os dias 11 e 13 de Abril. O evento é o maior encontro mundial da indústria Pet Food e este ano também teve uma edição na Europa (Alemanha). A Ferraz, que também é uma grande exportadora de máquinas e equipamentos, recebeu seus parceiros em seu stand visando ampliar sua carteira de clientes fora do Brasil. www.anfalpet.org.br 6 8 Notícias Anfalpet firma parceria com Euromonitor Internacional A Associação dos Fabricantes de Produtos para Pet (Anfalpet) acaba de assinar uma parceria com a Euromonitor International – líder mundial em pesquisa de estratégia para mercados consumidores -, que realizará pesquisas e estatísticas do mercado pet mundial. Para a Anfalpet, a colaboração das pesquisas da Euromonitor International é essencial para o crescimento e qualificação das empresas do segmento pet no mercado brasileiro. As publicações serão divulgadas a cada dois meses com as principais informações sobre a indústria pet, serviços, tendências nacionais e internacionais. Proprietários australianos de animais pet escolhem alimentos de qualidade para seus animais, e pesquisam sobre preços baixos Pesquisas mostram que os proprietários australianos de animais pet gastam quase US$ 1.8 bilhão em alimento Pet Food. De acordo Austrália´s Herand Sun, os australianos possuem mais de 33 milhões animais pet, onde a Indústria Pet Food fatura US$ 1.8 bilhão e U$ 319 milhões em cuidados para o animal. Na Austrália, os donos de animais pet gastam em média U$ 58 por mês em Pet Food junto com U$ 500 por ano em acessórios, produtos de saúde e contas de veterinário. Uma recente pesquisa foi feita, em mais de 1.000 pets participantes, pelo Dr. Karen Budd que disse: “a maioria dos donos de animais pet escolhem comprar de lojas especializadas (Pet Shops), e que a qualidade dos ingredientes de Pet Food tornou-se mais importante que o ponto de venda onde a ração é comprada. “Melhor do que focar numa marca particular é procurar saber da qualidade dos ingredientes para dar ao seu animal; e que os nutrientes que necessitam, devem ser o fator chave para decidir qual ração escolher para seus animais”. Fonte: Pet Food Online Ração animal está mais cara e prejudica a demanda A alta dos grãos está afetando diretamente os preços domésticos das rações para produção animal, que utilizam milho e soja como matérias-primas. Índice de preços elaborado pelo Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações) mostra que entre janeiro de 2010 e fevereiro de 2011, a ração utilizada na produção de aves teve uma valorização de 13%. No mesmo período, o produto usado na alimentação dos suínos subiu 15%. O aumento dos preços já começa a influenciar a demanda por ração. Apesar de os dados do primeiro bimestre do ano ainda não terem sido finalizados, o vice-presidente executivo do Sindirações, Ariovaldo Zani, diz haver no setor uma percepção de “esfriamento”. Segundo o executivo, até dezembro de 2010 havia uma demanda aquecida pela perspectiva de que os preços dos grãos se mantivesse em patamar elevado durante o primeiro trimestre de 2011, mas em janeiro o volume já foi menor. “Ainda não conseguimos ter uma ideia da real tendência, mas por enquanto mantemos nossa perspectiva de que o mercado cresça ao redor de 4% em 2011”, afirma Zani. O aumento do preço das rações está diretamente associado à alta dos grãos. Cálculos do Valor Data mostram que em 12 meses até fevereiro, a soja subiu no mercado interno 44%, enquanto o milho avançou 72%. Como 90% da composição das rações de aves e suínos é formada por soja e milho, o peso da nutrição no custo das proteínas animais aumentou, influenciando as margens do setor. Por serem os maiores consumidores de ração, as cadeias de aves e suínos são as que mais sentem os impactos. Nos últimos 12 meses, o setor mais afetado foi a indústria de suínos. Em São Paulo, por exemplo, os preços médios da arroba recuaram 12% em 12 meses. Na indústria de aves, o efeito foi menor, já que o preço médio do frango vivo avançou 32% . Fonte: Valor Econômico 9 Recorde para soja e milho As perdas de produtividade na região Centro-Oeste e Sudeste do país reduziram o potencial da safra atual, mas não impedem que a produção brasileira de soja e milho alcance um novo recorde. Juntos, os dois produtos rendem 104,29 milhões de toneladas na temporada 2010/11 - um incremento de 3,7 milhões de toneladas sobre a produção atingida ano passado (3,6%) -, concluiu a Expedição Safra Gazeta do Povo. A estimativa tem base nos dados colhidos pelas equipes de técnicos, jornalistas e analistas durante dois meses de viagens por 12 estados brasileiros. O avanço é puxado principalmente pela soja, que ganhou 877 mil hectares extras nesta temporada, com volume de produção projetado em 70,79 milhões de toneladas, contra 67,35 milhões atingidos em 2009/10. Em Mato Grosso do Sul, onde uma sequência de enxurradas deixou parte das plantações debaixo d’água justamente na hora em que as colheitadeiras chegavam às lavouras, houve estrago em áreas representativas dos municípios de Maracajú, Sidrolândia e São Gabriel do Oeste. O problema atrasou a colheita e também o plantio do milho safrinha. O produtor César Augusto Ross, de Bandeirantes (Centro-Norte do estado), por exemplo, só conseguiu concluir os trabalhos da safra no último fim de semana, e com produtividade inferior à do ano passado. Ross calcula que tenha deixado de faturar R$ 3,5 milhões com a produção deste ano. “A minha expectativa era colher 3,6 mil quilos por hectare, mas no fim deu 2,7 mil.” Minas Gerais também registrou perdas, primeiro com falta de umidade (Noroeste) e depois com excesso (Triângulo Mineiro). Em Goiás, houve quebras pontuais, pelo fato de a chuva ter chegado quando a colheita estava avançada. Nos três estados, porém, as perdas se limitaram a cerca de 1,2 milhão de toneladas de soja ante o potencial produtivo, não impedindo o crescimento da produção nacional. Apesar de certa irregularidade nas chuvas, o verão foi produtivo para os principais estados agrícolas. Paraná e Mato Grosso, que colhem metade da safra de soja, estão retirando do campo 1,45 milhão de toneladas da oleaginosa a mais (recordes 14,6 milhões e 19,5 milhões de toneladas, respectivamente). Houve avanço em todos os estados do Sul e do Centro-Norte. Os índices de produtividade de Maranhão, Piauí, Bahia e Tocantins praticamente alcançam os de Mato Grosso, líder nacional na cultura. Esse quadro é que permitiu à soja abrir vantagem de 3,44 milhões de toneladas, explica o agrônomo Robson Mafioletti, assessor técnico e econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), que viajou com a Expedição. As cotações em alta são um alento para os produtores das regiões prejudicadas pelo clima. Em Mato Grosso do Sul, os produtores que recebiam R$ 30 por saca de soja um ano atrás agora fazem as contas com preço médio de R$ 40. A expectativa é que a cotação supere R$ 50/sc no Paraná, um dos últimos estados a vender a safra. O milho mostrou resistência e teve seu potencial produtivo pouco reduzido, de 35 milhões de toneladas para 33,5 milhões de toneladas, considera a Expedição Safra. Os maiores recuos, no entanto, estão ocorrendo mais em função da queda no cultivo do que por causa do clima. Com redução de 18,5% na colheita - para 5,52 milhões de toneladas -, o Paraná avançou 2,1% em produtividade. Isso porque a área caiu 20,1%. Minas Gerais se tornou líder em milho de verão, com 1,16 milhão de hectares e 6 milhões de toneladas - 3,8% a mais que em 2009/10. Fonte: Gazeta do Povo Eukanuba adota estratégia diferenciada no ponto de venda Com o objetivo de aumentar a penetração no canal de venda pet, a Procter & Gamble adota a estratégia de divulgação similar ao da indústria farmacêutica para a ração Eukanuba. Desenvolvido com a agência de marketing promocional Out Promo, o novo modelo usado pela marca engloba educação aos consumidores, com estudantes de veterinária explicando a relação custo-benefício do produto em grandes redes e pequenas lojas de pet shop. “Este profissionais são treinados para ser um ponto de contato entre a marca e o consumidor, esclarecendo dúvidas sobre a nutrição animal de forma eficiente e incentivando a experimentação da Eukanuba”, reforça Ricardo Franken, diretor da Out Promo. Além disso, estes consultores de vendas de nutrição animal são responsáveis por distribuir brindes aos consumidores, como bandanas, frisbees e canecas. Existem ainda promoções pontuais, como é o caso da ação em que na compra de qualquer sacaria de 12 ou 15 kg, o consumidor ganha um balde personalizado; ou os clientes que adquirirem uma embalagem de 2,5 ou 3 kg ganham uma lata exclusiva Eukanuba. Desde setembro de 2010, as lojas de pet shop também recebem visita de merchandisers, que levam materiais de ponto de venda, brindes e organizam a loja de forma a facilitar a compra e transmitir ao consumidor o posicionamento de Eukanuba. A Out Promo também posicionou uma equipe de veterinários para visitar consultórios veterinários, divulgando todos os benefícios de Eukanuba, como uma espécie de indicação técnica. 10 Notícias Oportunidades da Plataforma de Produção de Algas A Alltech, empresa multinacional líder em nutrição animal natural, realizou sua primeira Conferência Internacional de Algas - “Algas: Plataforma de Produção”, de 22 a 24 de fevereiro em Lexington, Kentucky, EUA. A conferência recebeu participantes de várias partes do mundo como a Austrália, Europa e América Latina. “Esta conferência é importante para a região, para o estado e para o futuro da ciência. O que precisamos é de “agentes de mudança” e as algas serão um destes “agentes de mudança”, disse o Dr. Pearse Lyons, presidente e fundador da Alltech. Pesquisadores da Alltech apresentaram uma série de informações sobre o potencial e diferentes características das diversas espécies de algas. Há mais de 800 mil espécies de algas que variam em tamanho, forma, função e composição química. As algas podem ser usadas diretamente na ração animal ou na forma de suplementos, além de apresentarem um grande potencial para biorremediação, biocombustíveis e indústria farmacêutica. Uma série de discussões sobre os desafios específicos e as oportunidades das algas na agricultura, meio ambiente e produção de energia renovável surgiram entre os representantes destas indústrias presentes no evento. Os participantes também tiveram a oportunidade de presenciar a inauguração da planta de algas da Alltech em Winchester, Kentucky, e realizar um tour na planta. Um dos recursos mais importantes desta planta de última geração é a presença de uma planta piloto; réplica em pequena escala do sistema de produção que permite pesquisar e desenvolver os métodos antes de iniciar a produção em larga escala. Esta unidade está equipada com fermentadores com mais de 20 metros de altura e possui capacidade para 265.000 litros. As algas são muito eficientes na produção de nutrientes que podem ser usados pelos animais superiores. Como as plantas, elas podem capturar energia, carbono, nitrogênio, fósforo e outros minerais do meio ambiente e criar moléculas orgânicas como proteínas, carboidratos e ácidos graxos. Um acre da alga Chlorella pode produzir a mesma quantidade de proteína que 21 acres de soja, 49 de milho, 95 de trigo ou 994 acres de cevada. Com a crescente população mundial, as algas representam uma importante fonte de proteína para a ração animal e suplementos para a alimentação humana. Nota do Editor: Para assistir o vídeo do tour na planta da Alltech acesse o link: http://www.youtube.com/watch?v=a58JJH9pxOU A Alltech é uma companhia global de saúde e nutrição animal com mais de 30 anos com experiência no desenvolvimento de produtos naturais que são cientificamente provados para melhorar a saúde e desempenho animal. Para informações adicionais visite www.alltech.com/pt Letícia Marodin / [email protected] / (41) 3888-9241 Gatos preferem alimentos semelhantes às suas presas aponta pesquisa Em uma extensa pesquisa conduzida pelo Centro de Pesquisas Waltham® em conjunto com a Qualidade da Mars, cientistas demonstraram que gatos de estimação saudáveis regulam a quantidade de proteína, gordura e carboidrato que consomem. “Esses achados marcam uma importante etapa no campo da nutrição de animais de estimação e estende consideravelmente a compreensão do comportamento alimentar de gatos de estimação”, comentou o principal autor do estudo, Dr. Adrian Hewson-Hughes. “É especialmente notável que, mesmo depois de milhares de anos de domesticação, os gatos ainda selecionem uma dieta nutricionalmente semelhante à sua presa natural.” Esta pesquisa pode ter importantes implicações no desenvolvimento de alimentos otimizados que atendam às necessidades específicas de gatos de estimação. Em termos dos produtos atualmente disponíveis no mercado, os alimentos úmidos têm, em geral, mais altos teores de proteína e mais baixos teores de carboidrato e, com frequência, níveis bastante semelhantes àqueles aos quais os gatos deram preferência, enquanto os alimentos secos oferecem variedade na textura, além de poderem beneficiar a saúde bucal. Em uma série de estudos conduzidos em um período de dois anos, os pesquisadores do Centro de Pesquisas Waltham® demonstraram que os gatos têm uma meta de ingestão que equivale a aproximadamente 52% de sua ingestão diária de calorias em proteínas, 36% em gorduras e 12% em carboidratos. Esta pesquisa foi conduzida em colaboração com dois cientistas líderes desse campo, Professor Steve Simpson, da School of Biological Sciences, University of Sydney, Austrália, e Professor David Raubenheimer, do Institute of Natural Sciences, Massey University, Nova Zelândia. 11 Nutriad em novo endereço Dando continuidade ao seu plano de expansão e desenvolvimento no mercado brasileiro, a empresa belga Nutriad anuncia a sua mudança para novas instalações. “O novo escritório oferecerá melhor infraestrutura, novas salas de reunião e instalações amplas e modernas, condizentes com o nosso crescimento e favoráveis a um melhor atendimento. A ideia é criar um ambiente onde a comunicação e transparência sejam valorizadas,” comenta Marcelo Manjabosco Nunes, diretor geral da Nutriad Nutrição Animal. A Nutriad passa a atender no seguinte endereço: Av. Dr. José Bonifácio Coutinho Nogueira, n° 214, cj 242, Bairro Jardim Madalena, Campinas(SP). Os números de telefone, fax e endereços de e-mail permanecem inalterados, assim como todos outros dados cadastrais da empresa. Presente em 80 países, a Nutriad, detentora das marcas Adimix®, Ultracid®, Apex®, Aquagest®, Aquabite®, Mold-Nil®, Oxy-Nil®, Sentiguard®, Sanacore®, Revital®, Aquastim®, Toxy-Nil®, Unike®, Salmonil®, Evacide®, Maxarome®, Addarome®, Aptimize®, Powersweet®, Nutribind® e Nutrigold®, tem a missão de oferecer ao mercado soluções éticas, inovadoras e competitivas, baseadas em produtos e serviços, que garantam segurança na cadeia alimentar e sustentabilidade. O grupo conta com cinco unidades de produção, alocadas em Chicago (EUA), Yorkshire (Inglaterra), Xangai (China), Essen (Bélgica) e Zaragoza (Espanha), dois centros de pesquisa aplicada e cinco laboratórios. Nova regra para antibióticos também deve ser seguida por donos de pets A nova regra para compra e venda de antibióticos em farmácias do Brasil pegou alguns donos de animais de estimação de surpresa. De acordo com resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), desde novembro de 2010, a venda de antibióticos só pode ser feita com uma receita dupla, em que uma via é retida pela farmácia e a outra permanece com o cliente. A estudante Nayara Castanhola, de 22 anos, não sabia que a mudança valia também para sua cadela Pérolla, uma vira-lata de 11 anos. “Levei-a para o veterinário porque suspeitava de infecção na bexiga. Saí da consulta direto para a farmácia, mas não consegui comprar o antibiótico que a veterinária mandou porque a receita tinha só uma folha. O atendente me explicou que, mesmo para cachorro, precisava das duas vias”, diz a jovem. Nayara teve que voltar ao hospital para pegar uma nova receita, como determina a Anvisa. “Eu achava que a nova regra era só para gente”, diz. A veterinária do Hospital Veterinário Sena Madureira Andreza Ávila explica que é comum animais domésticos tomarem remédios de humanos por falta de opção no mercado de medicamentos veterinários. É assim com antibióticos, antieméticos, antiácidos e analgésicos muito fortes. “Se o remédio tiver que ser comprado em uma farmácia comum, devemos seguir as mesmas regras, se tiver exigência da receita”, diz Andreza. Segundo Andreza, a nova regra da Anvisa não muda a forma como a receita é preenchida pelo veterinário. “A receita deve ter o nome do animal, espécie, raça, idade, sexo e nome do proprietário, além das indicações de medicação. É importante ter o nome do animal para não criar confusão com as outras pessoas da casa”, esclarece a veterinária. Apesar de animais de estimação serem medicados com remédios para humanos, Andreza alerta que o procedimento deve ter a orientação e indicação do veterinário. “É preciso levar em consideração o porte e o peso do animal. Não é qualquer remédio e não pode ser qualquer quantidade também.” 12 13 Ômega 3 previne cegueira Brasil garante alimentos de qualidade Os ácidos graxos ômega 3, contidos em alimentos como peixes e ovos, podem ajudar a prevenir a retinopatia, uma doença nos olhos que pode provocar cegueira em pessoas com diabetes e bebês prematuros, segundo um estudo publicado nesta quartafeira pela revista Science. A retinopatia é o desenvolvimento anormal de vasos sanguíneos na retina (que tem altas concentrações de ômega 3) e uma das principais causas da cegueira. Os ácidos graxos da série ômega 3 desempenham papéis especiais nas membranas celulares do sistema nervoso, mas, como detectaram os pesquisadores, não estão presentes em quantidades suficientes nas modernas dietas ocidentais, repletas de ômega 6. Estudos recentes demonstraram que o consumo em excesso dos ômega 6, concentrados em alguns alimentos gordurosos e na maioria de óleos vegetais, aumenta o risco de contrair certas doenças e aguça a depressão. Os pesquisadores estudaram a influência dos ômega 3 na retina de ratos e descobriram que o aumento dos ácidos graxos deste tipo derivado da dieta limitou o crescimento patológico dos vasos sanguíneos denominados neovasos. No caso dos bebês, os vasos sanguíneos da retina começam a se desenvolver aos três meses depois da concepção e completam seu desenvolvimento no momento do nascimento normal. No entanto, se o parto for muito prematuro, pode-se alterar o desenvolvimento do olho e os vasos podem deixar de crescer ou crescem de maneira anormal. A aparição rápida e desordenada desses neovasos provoca graves perturbações como hemorragias no interior do olho e, em casos mais severos, glaucoma e descolamento da retina. Os ratos alimentados com dietas ricas em ácidos graxos ômega 3 pela equipe liderada pela pesquisadora Lois Smith - oftalmologista do Hospital Infantil de Boston - tiveram uma redução de quase 50% do crescimento dos vasos sanguíneos na retina, frente aos alimentados com dietas ricas em ômega 6. “Nossas descobertas nos dão novas informações sobre como funcionam os ácidos graxos ômega 3, que os torna uma opção ainda mais promissora” para atuar como agentes protetores, disse Smith. Ela assinalou também que a capacidade de impedir o crescimento desses neovasos com ácidos ômega 3 poderia ajudar a reduzir os gastos em saúde. “O custo dos suplementos vitamínicos com ácidos graxos ômega 3 é de aproximadamente US$ 10 por mês, frente aos US$ 4 mil mensais que podem custar os tratamentos anti-VEGF (crescimento endotelial vascular)”, indicou. Smith e sua equipe continuam estudando os lipídios beneficentes para a visão e pretendem iniciar uma nova via de pesquisa na busca dos ácidos graxos ômega 6 mais prejudiciais. “Encontramos os bons, agora vamos buscar os maus”, assinalou a oftalmologista. “Se encontrarmos os caminhos, talvez possamos bloquear seletivamente os agentes metabólicos negativos”. Nos Estados Unidos, a retinopatia afeta 4,1 milhões de pessoas com diabetes - um número que tende a dobrar nos próximos 15 anos - e afeta muitos recémnascidos prematuros. Para garantir alimentos de qualidade aos consumidores do Brasil e do exterior, o Ministério da Agricultura analisa a presença de substâncias que podem causar prejuízos à saúde, como agrotóxicos e produtos veterinários. Em 2010, das 19.235 amostras coletadas em produtos de origem animal (carnes bovina, suína, equina e de aves, leite, ovos, mel e pescado), apenas 32 apresentaram irregularidades. O resultado indica que 99,83% dos produtos estão dentro dos padrões estabelecidos pelo Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC/Área Animal). O índice é semelhante ao registrado em 2009, de 99,82%. Os números foram divulgados nesta segunda-feira, 28 de fevereiro, na Instrução Normativa n° 6, publicada no Diário Oficial da União (DOU). “Verificamos a quantidade de resíduos de produtos veterinários que são aplicados pelos produtores rurais, como antibióticos e vermífugos, nos alimentos monitorados. Além disso, identificamos se os produtores estão obedecendo ao período de carência, desde a aplicação do medicamento até o abate do animal”, informa Leandro Feijó, coordenador do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC/ Animal). Nas amostras que apresentaram irregularidades, os principais problemas encontrados foram a detecção de resíduos de vermífugo na espécie bovina e equina e de contaminantes inorgânicos (cádmio e arsênio) em bovinos, suínos e equinos. “Os setores produtivos envolvidos serão comunicados desses resultados e deverão desenvolver ações para diminuir o risco de novas ocorrências dessa natureza”, acrescenta Feijó. O Ministério da Agricultura recomenda aos produtores que sejam adotadas medidas de educação sanitária para evitar o risco da ocorrência de resíduos em produtos de origem animal acima do permitido. A ação contribui para orientar melhor o setor produtivo em relação aos princípios das Boas Práticas Agropecuárias. Para este ano, o Ministério da Agricultura tem aprovado recursos de R$ 7 milhões para custear as análises do programa de monitoramento e capacitar técnicos e profissionais envolvidos no programa da Secretaria de Defesa Agropecuária. No período 2011/2012, a expectativa do Ministério da Agricultura é ter mais dois Laboratórios Nacionais Agropecuários (Lanagros), em Goiás e no Pará, para analisar amostras do PNCRC. Com isso, haverá, pelo menos, um Lanagro em cada região do país, além dos seis laboratórios privados ou públicos credenciados pelo ministério. Saiba Mais - Desde 1999, existe o Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC) da Área Animal. Os fiscais federais agropecuários do Ministério da Agricultura são os responsáveis pelas coletas dos produtos. As amostras são sorteadas semanalmente, por meio do Sistema de Resíduos e Contaminantes (Sisres), no sítio do ministério, acessado pelos fiscais, com senha. Esse procedimento contribui para garantir a rastreabilidade e a confiabilidade no processo. Fonte: Mapa Uso de Embalagens e Rótulos que não atendem a IN 22 e IN 30 O SEFIP/SFA-SP recebeu o Ofício Circular 001 CPAA/DFIP/SDA datado de 26/01/11 com orientações sobre como proceder com o uso de embalagens que não atendem a IN 22/09. Em contato com DFIP/SDA via telefone, as orientações presentes neste Ofício Circular também se aplicam a IN 30/09, por se tratar de mesmo tema. As orientações recebidas são as seguintes: 1. Caso a solicitação se referir ao uso de rótulos/embalagens que não atendam à referida Normativa, não deverá ser concedido novo prazo para a utilização das mesmas, uma vez que as empresas já se beneficiaram do prazo de adequação de 18 meses permitido pela referida normativa; 2. Caso a solicitação se referir ao uso de rótulos/embalagens corrigidos por aposição de elementos corretivos (como por exemplo adesivos) à embalagem original, sugerimos que o Serviço avalie caso a caso a exequibilidade da proposta e conceda o prazo máximo de seis meses. Sendo assim, o SEFIP/SFA-SP não pode autorizar o uso das embalagens conforme item 1 acima. As empresas que desejarem corrigir informações de rótulo de forma a atender a IN 2209 e a IN 30/09, deverão apresentar solicitação junto a Unidade de Jurisdição do MAPA de seu Município, acompanhado de exemplos de embalagens corrigidas, para avaliação e aprovação do FFA responsável. Lembramos que conforme o item 2 acima, se houver a autorização para este caso esta somente poderá ser concedida por um prazo máximo de 6 (seis) meses. Leia a Informação nº SEFIP/CHF/SFA-SP 001/2011 14 Caderno Científico 15 literatura que podem esclarecer algumas dúvidas. para cães em manutenção. Apesar disto, parece que cães Primeiramente, um cão geriátrico não é um cão doente, idosos apresentam uma exigência maior de PB, sendo mas simplesmente um animal com algumas alterações esta necessária para a manutenção das proteínas lábeis metabólicas que tornam suas necessidades nutricionais (chamadas proteínas de reserva), o que pode chegar a uma quantitativamente diferentes de animais mais jovens, exigência cerca de 50% superior a cães em manutenção. porém, qualitativamente, estas são praticamente as mesmas. Os primeiros estudos envolvendo a determinação idosos se deve principalmente por dois motivos: a menor das necessidades protéicas de cães foram realizados no atividade física comparada aos animais mais jovens e a século XIX ainda, considerando que os cães são utilizados resistência periférica a ação insulínica, o que prejudica como modelos experimentais para a nutrição humana a utilização da glicose, conseqüentemente elevando a desde então. Portanto, na primeira metade do século XX, necessidade de aminoácidos para o metabolismo protéico e sem que as necessidades de aminoácidos dos cães fossem gliconeogênico. conhecidas, a exigência mínima estimada de proteína bruta foi de 35-90 gramas de Proteína Bruta por quilograma de avaliação do metabolismo protéico em cães jovens e idosos, alimento (gPB/kg). Com o passar do tempo, outros estudos sendo estes posteriormente discutidos. Vale a pena lembrar foram realizados e, surpreendentemente, valores muito que detalhes sobre os artigos podem ser conseguidos na próximos foram obtidos (80 gPB/kg), sendo recomendado íntegra pelo download completo das versões disponíveis na Focam.pdf 16:13 atualmente1pelo06/02/11 NRC (2006) um mínimo de 100 gPB/kg A perda de massa muscular que ocorre em animais Nesta edição foram selecionados dois artigos sobre internet, conforme o link em cada artigo. Para a sua ração ser a preferida do mercado ela precisa ser a melhor. A necessidade protéica de cães muda com o avanço da idade? S Por: Ricardo Souza Vasconcellos Com hidrolisados Hidrofoc seus produtos ficam super E a melhor ração para cães e gatos é a ração que utiliza os produtos da linha Hidrofoc, que são desenvolvidos nos mais altos padrões de qualidade para agregar valor ao seu produto. C M Y CM ão muitas as modificações fisiológicas que ocorrem mesmos. Apesar disto, pouco se conhece sobre as exigências em cães com o avanço da idade. Dentre elas podemos nutricionais dos animais nesta fase da vida. Exemplo disto citar uma capacidade de reserva reduzida aos desafios é a controvérsia existente sobre as necessidades protéicas, ambientais, redução na capacidade termorreguladora, uma vez que, se por um lado os cães estão perdendo massa queda no metabolismo e necessidade energética, alterações muscular o que sugere que a elevação de proteína no na qualidade da pele e pelagem, na capacidade de alimento pode ser benéfica, por outro, o avanço da idade trabalho cardiopulmonar e renal, déficit cognitivo, perda é marcado também por perda na capacidade funcional generalizada de massa muscular e redução na resposta e dos rins, conseqüente a redução na quantidade de néfrons resistência imunológica. funcionais, ainda que os animais não sejam insuficientes Por estes motivos a formulação de alimentos para renais crônicos. O que fazer nestas situações: aumentar animais geriátricos deve considerar muitas destas ou reduzir as concentrações de Proteína nestes alimentos? modificações, no intuito de otimizar a condição de saúde dos Neste artigo iremos discutir alguns dados disponíveis na MY CY CMY K Focam Ind. e Com. de Aditivos Ltda. Estrada Municipal para Tainhas, Km o1 Carambeí - (PR) www.hidrofoc.com.br www.focam.com.br E-mail: [email protected] Fone: (42) 3231-9400 / (42) 9973-3812 16 Caderno Científico 17 EFEITO DA PROTEÍNA DIETÉTICA SOBRE O TURNOVER PROTÉICO CORPORAL E FUNÇÃO ENDÓCRINA EM CÃES ADULTOS JOVENS E CÃES SENIOR. DETERMINAÇÃO DAS EXIGÊNCIAS ÓTIMAS DE PROTEÍNA DIETÉTICA PARA CÃES ADULTOS JOVENS E IDOSOS. Autores: C. C. Williams; K. A. Cummins; M. G. Hayek; G. M. Davenport. Autores: R.W. Wannemacher, Jr.; John R. McCoy Resumo: o propósito deste estudo foi investigar a ingestão ótima de nitrogênio que produziria a máxima retenção de proteína de reserva nos animais. Ambos, cães jovens (1 ano de idade) e idosos (12 a 13 anos de idade) podem ser mantidos em equilíbrio de nitrogênio recebendo 200-600mg de N da caseína/kg/dia. A relação entre as proteínas hepática e muscular com o DNA atingiram os valores máximos em cães jovens alimentados com 400mg de N da caseína/kg/dia, enquanto os animais idosos exigiram 600mg de N da caseína/kg/dia para que esta relação fosse maximizada. Naquelas condições, os cães não conseguiram manter um balanço de nitrogênio positivo quando alimentados com maiores concentrações de proteína na dieta. Quando os cães atingiram um equilíbrio de N ingerindo em média 500mg de N/kg/dia, maiores concentrações de RNA e maior taxa de incorporação de leucina radioativa na proteína tecidual foram obtidas no fígado e músculo de cães jovens em relação aos cães idosos. Um modelo cinético para o estudo de exigências de proteína e aminoácidos foi desenvolvido, o qual pode ser usado para explicar mudanças no metabolismo tecidual protéico que está associado com modificações na ingestão de nitrogênio dietética. As exigências nutricionais de cães e gatos ainda não são precisamente definidas, considerando que o interesse por pesquisas na área é relativamente recente. Desta forma, muitas das informações utilizadas na prática vêm de publicações mais antigas, como pode ser verificada no artigo de Wannemacher e McCoy (1966), descrito acima, e que ainda são importantes para a utilização na prática por pesquisadores e formuladores de alimentos. Podemos verificar pelos resumos que a oxidação protéica em cães varia com a ingestão deste nutriente, ou seja, quando ingerindo dietas que contenham mais proteína, os cães são mais eficientes em utilizar os aminoácidos como substratos energéticos, independentemente da idade. Por outro lado, Wannemacher e McCoy (1966) verificaram que os cães idosos necessitam maior ingestão de nitrogênio do que cães jovens para manter o metabolismo protéico adequado. Transformando as informações obtidas para níveis de proteína na dieta, isto equivaleria que os cães jovens se mantém recebendo uma dieta com 120g PB/kg, enquanto cães idosos se mantém com uma dieta contendo 180g PB/kg, em uma dieta de 4000kcal/kg. Neste estudo utilizou-se a caseína como fonte protéica, podendo variar estas quantidades em dietas comerciais ou contendo outras fontes protéicas. Portanto, atualmente com o pequeno volume de informações que temos e ainda inconclusivas, pode-se verificar que reduzir a proteína em dietas para animais geriátricos devido a sua predisposição aos problemas renais pode não ser a melhor estratégia. Frantz et al. (2007) verificaram que o fornecimento de um alimento com menores teores de proteína bruta (187g PB/kg), porém, adicionados de aminoácidos industriais, tais como lisina, metionina, triptofano e treonina, foi eficiente em promover a manutenção da massa corporal magra de cães geriátricos e com menor porcentagem de animais apresentando lesões renais, quando comparadas a dietas contendo maior concentração de proteína. Porém, é importante ressaltar que estes autores restringiram, juntamente com a proteína, o fósforo do alimento, o que pode ter beneficiado a saúde renal dos animais. Resumindo, podemos concluir em princípio que dietas para cães idosos devem conter um balanceamento correto de aminoácidos, evitando desta forma exageros na quantidade de proteína para suprir problemas de balanceamento nutricional. Além disto, o excesso de aminoácidos será utilizado como substrato energético, uma vez que o balanço de nitrogênio é atingido com quantidades menores de proteína, desde que haja correto balanceamento dos aminoácidos. É interessante também que se considere nestas formulações a proteína digestível dos alimentos, minimizando as diferenças em termos de digestibilidade das fontes protéicas. J. Nutr. 88:66-74, 1966 http://jn.nutrition.org/content/88/1/66.short Resumo: Trinta e seis fêmeas caninas da raça Beagle com idade médias de dois ou oito anos de idade foram usados para avaliar os efeitos da inclusão gradual de proteína dietética (16%, 24% e 32%) sobre a regulação endócrina do turnover protéico. As taxas de síntese de proteína corporal (TSPC) e de degradação protéica corporal (TDPC) foram estimadas utilizando 13N-glicina (glicina marcada) e coleta total de excretas. Embora o balanço de nitrogênio tenha sido similar para todos os cães, o uso metabólico do nitrogênio aumentou linearmente com a ingestão protéica (p<0,05). As taxas de síntese e degradação protéica ou a diferença entre ambas não foi inf luenciada pela idade (p>0,10). Uma relação quadrática na taxa de síntese e degradação (p<0,05) protéica foi encontrada em relação à ingestão protéica. Fator de crescimento semelhante à insulina (IGF-I), proteína 3 ligadora de IGF-I e proteínas totais ligadoras de IGF-I foram mais elevadas em cães geriátricos quando comparados aos cães adultos jovens, independente da ingestão protéica. Aqueles achados indicam que a proteína dietética acima de 16% pode não ser necessária para manter o balanço de nitrogênio em cães adultos jovens e seniores, visto pelo f luxo de nitrogênio orgânico. Alterações funcionais endócrinas podem diferir entre cães e outras espécies. J. Anim. Sci. 79 (2): 3128-3136, 2001 http://jas.fass.org/cgi/reprint/79/12/3128 18 O Capa 19 presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), Luiz Aubert indústria brasileira cresça e se desenvolva”, analisa Antonio Paulo Rubega, diretor da Promep/Tekinox. Neto, é categórico ao afirmar que “não existe um país Extrusoras de alta tecnologia desenvolvido que não tenha uma indústria de máquinas e equipamentos desenvolvida”. Segundo Neto, o Brasil penaliza as empresas que desejam montar uma fábrica Dinamarca, chegam ao mercado brasileiro vindos de de máquinas. “Somos únicos no mundo que tributa suas fábricas espalhadas pela América do Sul, América quem investe. A carga tributária sobre o investimento do Norte, Europa e Ásia. “Nossos equipamentos são é de 35%, enquanto o capital especulativo é “recebido entregues nacionalizados e sem burocracia para os de braços abertos”. Temos três graves problemas para clientes”, afirma Claudio Mathias, gerente técnico combater: a supervalorização do dólar, a maior taxa de comercial da Andritz. Em seu centro de desenvolvimento juros do mundo e a alta tributação nos investimentos, tecnológico, a empresa a partir das necessidades dos que precisam ser prioridades ainda no primeiro clientes realiza pesquisas para obter novas tecnologias, semestre do governo da presidente Dilma Rousseff. Ou visando melhorias contínuas, redução de custos e mudamos em seis meses ou continuaremos a ser o país facilitação de operação e manutenção das máquinas. das oportunidades perdidas. É o que denominamos de desindustrialização, que na realidade vem acontecendo controle de expansão e controle e aplicação de energia há muitos anos. Na década de 80 éramos o quinto maior mecânica; secadores a gás ou vapor; aplicadores fabricante de bens de capital do mundo, hoje ocupamos de líquidos a vácuo e resfriadores estão entre os o 14º lugar”, desabafa. equipamentos disponibilizados pela Andritz, que é Os maquinários da Andritz, que tem sua matriz na Moinhos de martelos; extrusoras com sistemas de O setor brasileiro de máquinas e equipamento já conhecida por oferecer extrusoras de alta tecnologia, chegou a exportar 30% do seu faturamento, algo em baixo custo de manutenção, economia de energia elétrica torno de 12 bilhões de dólares/ano, no entanto, em e fácil operação. “Além de priorizarmos a mais alta 2010 obteve uma perda de 32%. Em relação ao mercado tecnologia, o custo de manutenção de nossas máquinas interno, embora 2010 tenha atingido um crescimento é pelo menos 60% mais baixo do que é encontrado no que ficou entre 14% a 15% em relação a 2009 (que foi o mercado. Também destacamos que os procedimentos pior desempenho dos últimos 30 anos) ainda esteve 20% de operação, manutenção e setups são executáveis em abaixo, quando comparado a 2008. menor tempo”, destaca. O crescimento das importações, que pode resultar na extinção de cadeias produtivas, caso o câmbio se mantenha sobrevalorizado por mais tempo, é extremamente perverso e de acordo com o departamento de competitividade da ABIMAQ, a participação dos importados no total do mercado Indispensáveis à indústria pet food Por: Lia Freire Eles são responsáveis por tornarem os processos produtivos mais eficientes e oferecer ganhos de produtividade, possibilitando ainda que os produtos finais estejam cada vez melhores. Estamos falando dos fornecedores de máquinas e equipamentos, que têm pela frente uma importante missão: atender com excelência o mercado de pet food interno, que representava fatia de 15,7% em 2009, deverá atingir participação de 20% neste ano, alta de 4,3 pontos percentuais. O setor de pet food conta com importantes fornecedores de maquinários, que estão cada vez mais focados em oferecer as melhores soluções com tecnologia de ponta, máquinas compactas e f lexíveis, que ofereçam redução na interferência humana, as O objetivo da Andritz é oferecer extrusoras e secadores com alta tecnologia, baixo custo de manutenção, economia de energia elétrica e fácil operação. melhores condições de segurança, facilidades no manuseio e ganhos na produtividade. Para atender o mercado, a Andritz conta com “O mercado de pet food se desenvolve em vários profissionais qualificados e que passam por constantes sentidos: cresce em volume de produção, para atingir treinamentos. “Possuímos suporte para todas as um mercado que também se desenvolve com o aumento áreas: mecânica, elétrica, automação e processo, do poder aquisitivo da população e cresce no sentido disponibilizamos treinamentos para clientes e pronto da sofisticação dos produtos e dos seus processos atendimento. Com os tipos usuais de automação que de fabricação. Mediante este cenário, temos novas oferecemos, podemos fazer atendimentos online sendo oportunidades de negócios e ao mesmo tempo um via Brasil ou mesmo via suporte de outros países”, desafio continuado e positivo, fazendo com que a explica o gerente. 20 Capa 21 possuem equipamentos da Exteec, esse com certeza primordial para os fabricantes de rações, que enfrentam equipamentos importados, apenas as matrizes usadas é nosso maior orgulho. Um dos diferenciais da nossa hoje um mercado bastante competitivo. Nossa filosofia nas peletizadoras são desenvolvidas com o aço vindo do empresa está na versatilidade. Em um mesmo equipamento, empresarial é que não vendemos apenas equipamentos, mas exterior, que segundo explicação do executivo José Luiz, é por exemplo, é possível fabricar rações para alevinos e fornecemos soluções”, afirma José Luiz Ferraz, diretor da de melhor qualidade do que o produzido no Brasil. para cães. Outro importante aspecto a ser ressaltado é a empresa. Além de realizar a instalação de todos os elementos utilização de “camisas removíveis” no canhão de extrusão, necessários para uma fábrica iniciar sua diminuindo com isso o custo de manutenção e tempo para Ferraz também realiza um trabalho de “start-up” da produção, a a reposição das peças”, afirma Luiz Antonio Couteiro, fábrica e de treinamento de funcionários, inclusive em diretor da Exteec. A empresa só fabrica sob encomenda e clientes que estão em outros países – as máquinas Ferraz desta maneira atende o cliente exatamente segundo a sua são exportadas para 15 destinos. necessidade, desenvolvendo projetos exclusivos. Nos próximos meses a Andritz inaugurará a sua unidade fabril, em Santa Catarina, ganhando mais flexibilidade em suas operações no Brasil. Nos próximos meses a Andritz iniciará a fabricação no Brasil. “O custo Brasil nos prejudica devido às altas cargas “Ao comercializar um equipamento não conquistamos apenas mais um cliente, mas concretizamos uma parceria. Oferecemos treinamentos completos, desde como operar as máquinas até como fazer as suas respectivas manutenções”, Luiz A. Couteiro, da Exteec. “Nossos equipamentos visam à produtividade e durabilidade dos componentes, já que no processo de extrusão o custo de manutenção é bastante expressivo”, José Luiz Ferraz, da Ferraz Máquinas. tributárias para a importação dos equipamentos, ainda assim conseguimos oferecer preços competitivos. Porém, ao iniciar a fabricação no país daremos mais flexibilidade máquinas para o ramo de pet food está basicamente na às nossas operações e atenderemos ainda melhor nossos necessidade do cliente em fazer um produto diferenciado. clientes, aumentando com isso a representatividade no “Como contamos com a colaboração de uma zootecnista, Brasil, com equipamentos diferenciados a preços justos. que presta serviço de consultoria aos nossos clientes, temos Esperamos crescer significativamente por conta da maior o feedback do mercado e desta maneira nos atualizamos atividade comercial e de serviços, participação em eventos sobre as reais necessidades. Após anos realizando testes, e, muito importante, pelo crescente número de referências lançamos em 2010 a extrusora EX-500 para alevinos, que de equipamentos instalados, apresentando bons resultados”, fabrica rações com 1mm de diâmetro. Até onde sabemos observa Mathias. somos os únicos no Brasil capazes de fabricar tal produto, De acordo com Couteiro, a tendência neste setor de já estamos com projeto da máquina modelo EX-1000 para esta mesma finalidade”, adianta o executivo. A filosofia adotada na Exteec é de que ao comercializar um equipamento ela não conquista apenas mais um cliente, mas concretiza uma parceria. “As vendas são feitas diretamente pela nossa empresa que oferece toda orientação técnica necessária. Disponibilizamos treinamentos completos, desde como operar as máquinas até como fazer as suas respectivas manutenções.” Um dos diferenciais das máquinas Exteec está na versatilidade. Em um mesmo equipamento pode-se fabricar desde rações para alevinos até para cães. Fornecendo soluções Localizada em Ribeirão Preto (SP), a Ferraz Máquinas Outro importante fornecedor de extrusoras é a Exteec e Engenharia Ltda produz todos os equipamentos Máquinas, que tem produção 100% nacional, e iniciou as necessários para a montagem de uma fábrica de rações suas atividades fabricando máquinas pequenas destinadas extrusadas, são pequenos até grandes industriais. Vão desde às rações para pássaros e peixes ornamentais, tendo como máquinas mais simples, como silos e transportadores, até as foco a ração microextrusada com 1mm de diâmetro. Ao mais sofisticadas como extrusoras, secadores, moinhos etc. longo dos anos, e a partir das novas demandas, a empresa passou a desenvolver linhas completas, incluindo extrusoras que visam à durabilidade dos componentes, uma vez que de diferentes capacidades, secadores, adicionadores de no processo de extrusão, o custo de manutenção é bastante óleos e palatabilizantes, resfriadores, entre outros. “Mais expressivo. O aspecto produtividade também recebe atenção de 80% das fábricas de rações extrusadas para pássaros especial. “A diminuição dos custos de produção é fator A Ferraz tem como proposta desenvolver equipamentos De acordo com o executivo, a Ferraz desde o início de suas atividades norteou os negócios por meio do pioneirismo, o que propiciou à empresa ser a primeira a produzir extrusoras no Brasil. Depois vieram as de roscasduplas, até então, única fabricante no Brasil a desenvolvêlas. “Também fomos os primeiros a desenvolver processos e equipamentos para fabricação de produtos diferenciados e de maior valor agregado, tais como, rações co-extrusadas e alimentos com recheios (nuggets). Destacamos ainda o desenvolvimento do primeiro “vaccum-coater” nacional, equipamento de tecnologia avançada, destinado à adição de líquidos - gorduras e palatabilizantes - à ração”, lembra José Luiz. Todos os maquinários são desenvolvidos pela equipe de projetos da Ferraz, que muitas vezes, toma como referência as tecnologias existentes no exterior. Não existem na linha De máquinas simples às mais elaboradas, como extrusoras, secadores e moinhos, a Ferraz oferece todas as soluções para uma fábrica de rações extrusadas. 22 Capa 23 “As nossas iniciativas tomadas no sentido de inovação, irá realmente conquistar o cliente é o atendimento que bons projetos, pós-venda, custos acessíveis das peças irá oferecer e aí entram vários fatores decisivos para a de reposição, bom atendimento etc, fizeram com que sua escolha, como, suporte técnico, comprometimento ocupássemos a posição de liderança absoluta no mercado com a qualidade, cumprimentos de prazos etc. de equipamentos para pet food - aproximadamente 70% da “Dedicamo-nos a atender as necessidades do mercado, ração extrusada produzida no Brasil sai dos equipamentos onde o principal objetivo sempre é obter a satisfação Ferraz. Tal fato é motivo para que trabalhemos com muita das empresas e para que isso seja alcançado em sua determinação para manter esta posição e, além disso, plenitude, a qualidade e o cumprimento dos prazos são conquistar uma porcentagem cada vez maior de um mercado fundamentais. Mais do que máquinas e peças, são as extremamente promissor e com um enorme potencial de pessoas que irão diferenciar um produto no mercado, e a crescimento, a despeito da significativa expansão verificada Manzoni tem isso presente no dia a dia de seus valores”, nos últimos anos”, observa José Luiz. destaca Sandro. Novidades nas máquinas e no atendimento Sempre com novidades em sua linha, a empresa apresentou ao mercado, no mês de março, durante a sua de participação na Expo Pet Food 2011, dois lançamentos: equipamentos para o setor de pet food é a Manzoni, que a linha de moinhos de moagem de 3.000 a 9.000 ton/h há quase cinco décadas se dedica a atender as necessidades e o secador Manzoni, que foi totalmente reformulado e exigências do mercado. São desenvolvidos equipamentos para ficar mais compacto e eficiente. Mais um importante fornecedor nacional para montagem de linhas extrusadas, para produção de 500 Kg/h a 15.000 Kg/h e fornecido todo o sistema, incluindo: moinhos, extrusoras, resfriadores, secadores e transportes pneumáticos. A empresa é bastante conhecida pelas suas extrusoras da linha MEX, que de acordo com o fabricante, os clientes afirmam que têm maior produtividade e rendimento de produção com menor custo de fabricação, além da facilidade de manutenção e custo reduzido de peças de reposição. Há 45 anos no mercado, a Manzoni é conhecida por suas extrusoras e peças de reposição. E as novidades não se restringem ao portfólio. A empresa vem investindo no aprimoramento do seu atendimento. O fabricante sempre atendeu diretamente os seus clientes, porém com o aumento da demanda optou por “Hoje, as tecnologias estão acessíveis a todos, por isso, o diferencial da Manzoni está no atendimento. A prioridade é a satisfação do cliente, o que nos leva a ter um suporte técnico presente e uma equipe comprometida”, Sandro Manzoni. criar parcerias em diversas regiões brasileiras e no Mercosul com o intuito de ganhar em agilidade. “O ponto principal nestas parcerias é o treinamento dos distribuidores para suprirem todas as dúvidas dos clientes. O pós-venda é um Outro segmento que a Manzoni tem forte atuação dos diferenciais da Manzoni. Prezamos pelo relacionamento está nas peças de reposição para todas extrusoras com clientes e é o suporte e a assistência técnica que fazem nacionais e importadas, tais como, matrizes, discos, com que as empresas aumentem a cada dia sua confiança em facas, lâminas, fabricação e recuperação de roscas e nossos serviços.” Especialista em moagem luvas; além de martelos e peneiras para todos os tipos de moinhos. Há mais de quatro décadas trabalhando para a indústria O diretor comercial da empresa, Sandro Manzoni, alimentícia humana, disponibilizando moinhos centrífugos lembra que hoje em dia as tecnologias estão disponíveis a martelo para o processamento e a moagem de grãos e a todos os fornecedores de maquinários, portanto, o que cereais, a Vieira Moinhos, que conta com uma produção 24 Capa 25 Aprimoramento contínuo “Temos uma boa noção sobre quais as reais necessidades 100% nacional, tornou-se uma consultora em moagens A comercialização das máquinas é realizada e vislumbrando novos negócios, em 2009 investiu no diretamente pela Vieira Moinhos, que conta também Presente em mais de 60 países e no Brasil desde 2006, dos nossos clientes e observando e respeitando as diferenças segmento pet food a fim de oferecer soluções diferenciadas com o seu website para efetuar o atendimento – sendo atendendo empresas como Alisul-Supra, Kowalski, Nutron, de cada país, podemos mapear as tendências regionais e em se tratando de moagem fina, já que este mercado busca que o cliente é atualizado a cada passo da manufatura M. Cassab, Poli-Nutri, BRF, Anhambi, Mafrig-Seara, entre mundiais, dando base de informação e direcionamento para continuamente produzir rações mais finas e homogêneas, do produto –, bem como o treinamento técnico também outras, a fabricante chinesa Muyang, representada no mercado os novos desenvolvimentos do departamento de pesquisa lembrando que quanto melhor a qualidade da moagem, pode ser online, por meio de videoconferência. Por falar brasileiro pela WIDI Tecnologia, oferece ao setor pet food e desenvolvimento. Trabalhamos partindo do princípio melhor será a extrusão e o acabamento dos alimentos, no pós-venda, o fabricante tem uma equipe coordenada diferentes soluções, destacando-se em seu portfólio o moinho que temos o seguinte cenário para atender: rações sendo proporcionando aos animais uma ótima palatabilidade e pelo engenheiro mecânico Emilio Pavanelli, sócio- de finos, de alta resistência; os misturadores de eixo simples ou produzidas a partir de matérias-primas alternativas, em digestibilidade. “Atualmente, o grande diferencial em nossos proprietário da empresa, que fornece toda assessoria duplo de pás; as extrusoras de rosca dupla, que se caracterizam menos tempo e com menor custo operacional, sempre moinhos é a capacidade de micronização da ração pet food. necessária para o manuseio e manutenção das máquinas. pela versatilidade e os secadores horizontais, construídos com seguindo os conceitos da instrução normativa n°4 do Podemos utilizar peneiras com furação a partir de 0.3 mm “Para cada linha há um manual de instrução bem 4 decks e baixa temperatura, proporcionando uma economia Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento com até 8% de extrato etéreo. Nossos moinhos possibilitam completo, inclusive como trocar um rolamento. Nossos de até 25% nos custos de energia. (MAPA) e das Boas Práticas de Fabricação (BPF’s), alcançar granulometrias bem finas e homogêneas”, afirma moinhos foram dimensionados em sua forma construtiva mediante isso, oferecemos tecnologia de ponta, qualidade, Flávio Augusto Pavanelli, diretor comercial da empresa. para que as trocas das peças de reposição ocorram de equipamentos mais resistentes e preços compatíveis. Nos maneira rápida e com facilidade”, explica Flávio. A fim posicionamos para oferecer os melhores resultados aos de promover facilidades na aquisição de seus moinhos, a clientes através do desenvolvimento e avanço de tecnologia Vieira Moinhos trabalha com financiamento próprio e nos equipamentos, bem como, excelência no projeto”, através do BNDES. destaca Stefan Widmann, diretor da WIDI Tecnologia, representante exclusiva do Grupo Muyang, no Brasil. Em contínuo desenvolvimento e aprimoramento, a Muyang lançou em 2010 a aplicação de líquidos pós pellet a vácuo, que pode acrescentar até 30 % de óleo no pellet e “Tecnologia, qualidade, resistência e preço compatível caracterizam as máquinas da Muyang, presente em mais de 60 países e desde 2006 no Brasil”, Stefan Widmann (à esq.), representante da Muyang no Brasil. O moinho centrífugo simples, da Vieira Moinhos, é ideal para pequenos espaços, processa mais de 30 tipos de grãos e cereais, permitindo usar peneiras de até 0.3mm. Seja para atender pequenas, médias ou grandes empresas Praticidade e economia. O moinho centrífugo duplo, da Vieira Moinhos, tem duas caixas de moagem interligadas, que usam um único motor e podem trabalhar separadamente. em seus projetos, a Vieira Moinhos busca sempre apresentar Analisando o segmento brasileiro de máquinas e uma solução adequada. Tem, por exemplo, máquinas como equipamentos para pet food, o executivo destaca que a maior os moinhos centrífugos simples MCS 280 e MCS 350, dificuldade está em driblar a concorrência desleal provocada fabricados em aço carbono ou inox com motor de 05 e 10 HP/ pelos próprios fabricantes nacionais. “Além dos equipamentos cv. Versáteis, podem ser usados para processar mais de 30 chineses sem qualidade, salvo algumas exceções, temos as tipos de grãos e cereais, além de ideais para pequenos espaços indústrias nacionais que alimentam um “canibalismo feroz”. e locais onde há limitações de energia elétrica. Se a produção Uma empresa copia o projeto da outra e no final o que vemos exige grande escala uma alternativa oferecida é o moinho são clientes insatisfeitos e mal atendidos. De certa maneira, centrífugo duplo. O modelo MCD 530 tem duas caixas de isso prejudica o próprio setor, pois existe a insegurança nos moagem interligadas, podendo trabalhar separadamente, quesitos projeto e desenvolvimento de novas tecnologias possibilitando com isso a moagem de dois produtos distintos, aqui no Brasil. Embora possuímos um sistema patenteado, usando para isso um único motor. isto não impede que estejamos livres de problemas, por isso, No último ano, a empresa teve como foco o primamos pela excelência no atendimento e desenvolvemos aprimoramento do sistema fabril de seus moinhos e realizou consultoria em moagem. O nosso maior desafio é buscar novas investimentos em aperfeiçoamento tecnológico que se oportunidades de negócios, oferecendo às empresas o suporte reverteram em velocidade e agilidade na produção e entrega e atendimento que forem necessários. Nossa expectativa neste das máquinas e peças de reposição, como peneiras e martelos. ano é aumentar as vendas na ordem de 30%.” é distribuído de forma homogênea dentro do pellet. Outra inovação para o mercado brasileiro foi o moinho vertical ultrafino, uma moagem que pode chegar até 200 mesh 26 Capa 27 de fineza, um recurso que é necessário para aumentar significativa na aceitação de seus produtos e, atualmente, A a qualidade final do micropellet (<2 mm). “Há infinitas temos uma grande quantidade de moinhos instalados em monorosca, dupla rosca, extrusores térmicos de dupla rosca, melhorias nos equipamentos existentes, especialmente vários fabricantes. O sucesso de nossos clientes mostrou- secadores, resfriadores e recobridores. Constantemente visando reduzir a contaminação cruzada, os resíduos nos a direção correta para atender as necessidades do de seu centro tecnológico em Sabetha, no Kansas (USA), em cada etapa do processo e finalmente aumentando a mercado. Podemos dizer que o setor indica o caminho a saem novas invenções. Nos últimos anos, várias novidades higienização da ração”, afirma Stefan. ser seguido pela indústria de equipamentos, baseado nas foram desenvolvidas, principalmente relativas à economia de tendências dos mercados internacionais”, observa Antonio energia, sem que houvesse perda de eficácia dos equipamentos. Paulo Rubega, diretor da Promep/Tekinox. “Outro ponto importante está relacionado à segurança dos Moinho, misturadores de eixo simples ou duplo de pás, extrusoras de rosca dupla e secadores horizontais estão entre os equipamentos disponibilizados pela Muyang à indústria de pet food. LEGENDA CAPA 14 Wenger desenvolve misturadores, extrusores alimentos - “Pet food Safety” -, ou seja, criar soluções para que “O projeto dos nossos equipamentos visa aliar produtividade ao menor consumo de energia, proporcionando ainda a obtenção de produtos de alta qualidade para a alimentação dos animais de estimação”, Antonio Rubega, da Promep/ Tekinox. a indústria possa produzir alimentos altamente seguros, neste A Promep/Tekinox tem um departamento comercial próprio, que realiza os contatos diretamente com os clientes, oferecendo atendimento personalizado. sentido, desenvolvemos o Sanitary Dryer, um secador onde o risco de contaminação é praticamente inexistente. Para isto, realizamos várias alterações no design, melhorando também sua eficiência.” Atualmente, a empresa fornece praticamente todos os equipamentos necessários à operação de uma planta de produção de pet food, ou seja, desde os equipamentos As soluções oferecidas pela Promep/Tekinox são baseadas responsáveis pelas operações básicas, como moagem fina, nas tendências adotadas pelos fabricantes de equipamentos “Há somente um meio de ser e manter-se líder: investir em inovação, apresentando ao mercado evoluções tecnológicas”, José Mauricio Bernardi, da Wenger. Para os clientes que desejam adquirir as máquinas pré-condicionamento, extrusão, secagem, recobrimento europeus e americanos, já que o mercado brasileiro tem se Muyang, mas não querem se envolver com as burocracias com palatabilizante e resfriamento, aos equipamentos comportado de modo semelhante aos internacionais. “O nosso com uma equipe técnica competente e eficaz, é um dos da importação, a WIDI Tecnologia importa e disponibiliza acessórios, como exaustores, transportadores, elevadores departamento comercial realiza o atendimento personalizado, pontos fortes da empresa. A unidade da Wenger no Brasil os equipamentos de maneira mais simples e ágil possível, de canecas, filtros de limpeza de ar etc. Em sua lista de sendo também responsável pela continuidade destes contatos, oferece o serviço para o Brasil e toda a América Latina. clientes estão empresas como Manfrim, Kowalski, Guabi, mesmo depois de concretizada a negociação. A filosofia é não “Para a nossa empresa, os clientes devem estar sempre com de máquinas. Com sede em São Paulo, a empresa possui Mars, Royal Canin, Granvita, BCM, Maxi Gums, Soma vender somente equipamentos, mas entregar aos clientes os equipamentos em condições ideais para que obtenham estoque de peças de reposição de desgaste e de peças Alimentos, Imbramil e Raminelli. soluções para as suas necessidades.” os melhores resultados. Periodicamente promovemos para estratégicas para os equipamentos já comercializados. “A os nossos clientes, simpósios, workshop e cursos para partir deste ano, a Muyang vai abrir oficialmente uma filial Promep/Tekinox são norteados pela preocupação em aliar operações da Promep/Tekinox se constitui em mais um atualizações nos procedimentos de fabricação.” no Brasil, com a intenção de investir no país, no centro de a produtividade ao menor consumo de energia (elétrica e diferencial da empresa. “O fato de termos profissionais com suporte de serviços e peças para toda América do Sul. O térmica), proporcionando ainda a obtenção de produtos de experiência na operação de plantas de produção de alimentos otimista e isso se deve ao fato da estabilidade do mercado cliente brasileiro será beneficiado com esta proximidade da alta qualidade para a alimentação dos animais de estimação para animais torna o nosso serviço de pós-venda ainda mais interno e pelas facilidades encontradas pela empresa na (alto grau de gelatinização de amidos nos alimentos que diferenciado.” produção nacional. “Sem o dólar flutuante como nos tempos claro, dentro de todo trâmite que envolve as importações Muyang no Brasil”, opina Stefan. Segundo Rubega, os projetos dos equipamentos da O pós-venda é um programa que desde o início das A projeção da Wenger para os negócios futuros é bem da importação de nossos produtos, só podemos visualizar passam pelo processo de extrusão é um exemplo). “Outro De olho na demanda Segundo José Mauricio, o suporte técnico, que conta Pioneirismo diferencial dos nossos produtos é a confiabilidade das grandes oportunidades, tanto para nós, quanto para os máquinas que necessitam de baixa manutenção, além de Com 75 anos de existência, a norte-americana Wenger, nossos clientes, que têm acesso a um equipamento com equipamentos para moagem fina, em 2003, e logo em seguida apresentarem poucas interrupções de produção.” que tem uma unidade em Valinhos (SP), conquistou o qualidade e aval Wenger, fabricado no Brasil e a preços estabeleceu a parceria Promep/Tekinox. “Na época, os Conhecida por seus moinhos, a Promep/Tekinox reconhecimento do mercado em virtude dos seus sistemas competitivos”, afirma José Mauricio. fabricantes de pet food buscavam melhorar o acabamento de também oferece ao mercado, secadores e extrusoras. De de extrusão e dos seus secadores. “Neste segmento, há seus produtos, sendo que um fator de grande peso para isso acordo com o executivo, ao longo dos anos, os secadores somente uma maneira de ser e manter-se líder: inovar e é a textura dos alimentos, antes de passarem pelo processo da marca passaram por aprimoramentos, de maneira que apresentar ao mercado evoluções tecnológicas. Quando uma de extrusão. Para atender essa demanda foi desenvolvido atualmente é possível obter uniformidade de secagem empresa simplesmente “copia” algo, significa que seu cliente um equipamento inovador, de dimensões menores do que dos produtos com variação de mais ou menos 0,75%, no máximo, e com muita sorte, será igual ao que já se tem os existentes no mercado, e com uma relação produtividade entre várias amostras colhidas aleatoriamente dos itens no mercado, portanto, as chances dele se destacar em meio à x consumo de energia bastante vantajosa. As empresas que processados. “São poucos os equipamentos disponíveis no forte concorrência são poucas ou nulas”, analisa José Mauricio adotaram o uso deste equipamento tiveram uma melhoria mercado nacional que garantem esse nível de desempenho.” Bernardi, diretor de vendas da Wenger para a América Latina. A Promep iniciou as suas atividades lançando Os maquinários da Wenger visam economizar energia e oferecer alta eficiência na questão relacionada à segurança alimentar. 28 Entrevista 29 Geraldo Luiz Colnago O carro-chefe da BASA está na linha padrão e destaca-se a diversidade do seu portfólio, tanto na linha de secos, quanto úmidos. Por: Lia Freire “A tendência que observo hoje no segmento de nutrição animal é que há uma migração de alimentos populares para a categoria padrão, seguida da Premium e assim sucessivamente. Cada vez mais busca-se valor agregado e detectamos o que chamamos tecnicamente de “antropomorfização” dos alimentos animais, ou seja, torná-los mais parecidos com os destinados aos seres humanos.” Em entrevista à Revista Pet Food durante sua visita à Expo Pet Food, III Congresso e X Simpósio sobre Nutrição de Animais de Estimação, realizados em março em São Paulo, Geraldo Luiz Colnago, PhD, engenheiro agrônomo, responsável técnico e nutricionista da BASA – Brasília Alimentos SA, falou sobre as suas impressões, tendências e evoluções observadas no mercado brasileiro de nutrição animal. Revista Pet Food – Qual é a sua análise sobre o mercado brasileiro de alimentação animal? Geraldo Luiz Colnago – Estou há 30 anos neste segmento e afirmo, com total convicção, que o Brasil assumiu uma posição de destaque e diferenciada no mercado mundial. Contribuíram para isso vários fatores: primeiro, os profissionais brasileiros são altamente criativos; segundo, tem ocorrido grandes avanços em pesquisas e estudos; terceiro, a indústria nacional está investindo em alimentos mais elaborados e balanceados, mesmo porque, de um modo geral o poder aquisitivo do consumidor brasileiro melhorou o que significa que ele passou a buscar produtos de valor agregado; isso só para citarmos alguns aspectos responsáveis pelo novo cenário do mercado brasileiro de nutrição animal. Revista Pet Food – Ao observar a tendência de consumo neste segmento, qual é a sua conclusão? Colnago – Acredito que estamos migrando dos alimentos populares para o da categoria padrão e a tendência é seguirmos para a Premium, Super Premium e assim sucessivamente. Faço uma ressalva da grande importância dos alimentos que compõem as linhas mais econômicas, afinal estes são os produtos que atraem os consumidores, que até então, alimentavam os seus animais de estimação com alimentos humanos. Costumo fazer um comparativo com os consumidores de automóveis. A grande maioria ao comprar o seu primeiro carro escolhe um popular, já na próxima aquisição busca um motor mais potente e adicionais como ar condicionado, direção hidráulica etc e na terceira troca irá exigir ainda mais. No segmento de ração ocorre algo muito similar. Hoje temos produtos industrializados para todas as necessidades e exigências; e embora estejamos percebendo uma tendência para os alimentos de maior valor agregado, aqueles que compõem a linha de “combate” são essenciais para a entrada de novos consumidores no mercado. Revista Pet Food – Fala-se da “antropomorfização” dos alimentos animais. O que tem a dizer a este respeito? Colnago – É notório que a relação entre os donos e os seus animais de companhia cada dia torna-se mais “humanizada”. Tratados como membros da família, os pets recebem a mesma atenção e cuidados que um filho. A partir deste cenário, surgem novas exigências dos consumidores e, em termos de alimentação para os pets, vem ocorrendo o que chamamos tecnicamente de “antropomorfização”, ou seja, a indústria de nutrição animal está focada em desenvolver alimentos cada vez mais parecidos com os destinados aos humanos, claro que formulados e balanceados para atender as necessidades dos animais. Revista Pet Food – Sobre os estudos e pesquisas voltados para a área de nutrição animal, em que patamar está o Brasil? Colnago – Há 30 anos, para formular um alimento destinado aos cães praticamente não encontrávamos profissionais no Brasil. Os poucos que atuavam nesta área precisavam viajar ao exterior para obter informações, conhecimentos e aplicá-los por aqui. Porém, de 10 anos para cá a realidade é outra. Temos tido excelentes avanços em pesquisas e estudos. Há um grande número de trabalhos sendo desenvolvidos nas universidades brasileiras e uma quantidade enorme de profissionais com mestrados e doutorados que chegam às empresas e levam essa cultura de investir em pesquisas, novas tecnologias e desenvolvimento de produtos. Tecnicamente estamos muito bem estruturados, há muita informação, incorporamos conhecimento e estamos gerando novos produtos. Nós aprendemos, adaptamos e evoluímos! Revista Pet Food - Com relação à isenção de registros para alguns produtos voltados à alimentação animal, como é o caso das rações, qual a sua opinião? 30 31 “Há 30 anos, para formular um alimento destinado aos cães praticamente não encontrávamos profissionais no Brasil. Hoje, estamos muito bem estruturados. Nós aprendemos, adaptamos e evoluímos”, Geraldo Luiz Colnago. Colnago – Analiso como sendo um importante progresso para a indústria brasileira de alimentação animal, as novas regras que constam na Instrução Normativa nº 30, que transfere a responsabilidade do produto à empresa que o desenvolveu, cabendo ao responsável técnico do fabricante a aprovação de fórmulas, rótulos e embalagens. As novas regras desburocratizam o processo e permitem que o Ministério da Agricultura concentre esforços no que realmente deve fazer, ou seja, fiscalizar. Outro aspecto que analiso como benéfico a partir desta medida é que as indústrias passam a ter mais liberdade para desenvolver as suas linhas. É preciso bom senso, sem a imposição de padrões muito rígidos, caso contrário, “engessamos” a capacidade produtiva das empresas e, neste caso, o surgimento de novos alimentos. Revista Pet Food - Isto quer dizer que a indústria brasileira de alimentos animais durante anos teve a sua capacidade criativa podada? Colnago – Como mencionei anteriormente, o brasileiro é extremamente criativo, portanto, mesmo tendo restrições, os profissionais da área de alimentação animal sempre superaram as dificuldades e apresentaram soluções inovadoras. Um exemplo que costumo usar é que no início da minha carreira, há 30 anos, quando formulava ração inicial para pintos de corte, os níveis de proteínas variavam de 24% a 25%. Hoje, com os avanços tecnológicos, podemos formulá-la com 19% a 20% de proteína, sendo que o frango ainda cresce quatro a cinco vezes mais. Revista Pet Food - Em que posição está a indústria brasileira de alimentação animal quando levamos em consideração o cenário internacional? Colnago – Nossos profissionais têm à sua disposição muita informação e conhecimento para desenvolver os produtos. No meu ponto de vista não temos, por exemplo, razões para importar alimentos animais. Há 10 anos, o Dr. Jim Corbin uma sumidade no assunto de alimentação animal, responsável pelo desenvolvimento da primeira ração extrusada para cães, já afirmava que as rações brasileiras eram de excelente qualidade, não deixando nada a desejar, sob nenhum aspecto, às de outros países. O problema está no próprio brasileiro que ainda tem complexo de inferioridade. Acreditando que o importado é sempre melhor, esquecendo que o Brasil é, inclusive, pioneiro em várias áreas da nutrição animal. Há mais de três décadas, por exemplo, desenvolvemos embutidos para cães, enquanto que no exterior agora é que estes alimentos são produzidos. Revista Pet Food - Nos apresente a BASA Alimentos, o seu posicionamento no mercado e os produtos desenvolvidos. Colnago – A BASA surgiu em 1995 no mercado de alimentação para animais de companhia, quando um grupo empresarial brasileiro, que acumula mais de 40 anos de experiência em diversos segmentos do agronegócio, decidiu utilizar também o subproduto que tinha disponível e em 1997 a companhia iniciou a sua produção para atender o setor pet. Compõem o grupo, as seguintes empresas: Dumilho S.A. com sede no Espírito Santo, BASA Alimentos em Brasília e a FVO Alimentos com duas unidades fabris, uma focada no segmento pet em Pirassununga (SP) e outra em Brasília, direcionada aos derivados do milho, voltados para a alimentação humana. Hoje, o principal foco de atuação da empresa é o mercado pet e o carro-chefe está na linha padrão. Também percebemos uma demanda cada vez maior na categoria Premium, principalmente na região Sudeste do país, o que nos leva a investir ainda mais neste segmento, bem como no High Premium. Apresentamos um portfólio bastante diversificado, tanto na linha de secos, quanto úmidos; e oferecemos produtos exclusivos, como embutidos, néctar pronto para beija-flor, entre outros. Um outro importante negócio para a BASA é a fabricação terceirizada de ração para grandes redes, como Makro, Carrefour, Dia%, Tenda, entre outras empresas. Hoje, o processo de extrusão de alimentos é barato, os equipamentos estão mais acessíveis, então, teoricamente ficou mais fácil produzir alimentos para animais, por isso há tantas empresas no mercado, mas para se sobressair é preciso oferecer algo a mais. É a partir desta proposta que atuamos. Informe Técnico 32 33 Uma estratégia de excelência para análise de riscos e gestão de qualidade Fabricação de palatabilizantes seguros: - Práticas - Considerações de design da infra-estrutura - Programas de pré-requisito Isto permite à empresa conduzir seu programa de excelência em análise de riscos durante toda vida do produto, da sua concepção ao seu consumo. Princípios de HACCP são aplicados de acordo com os padrões O desafio da segurança do pet food pet food; da ISO 22000, a inspeção e os testes implementados são registrados - Melhorar a eficiência de custos ao longo da cadeia de suprimentos. no plano de qualidade, não-conformidades são também estritamente controladas graças ao sistema de rastreabilidade e todo conhecimento A globalização do mercado de pet food tem trazido inúmeros benefícios, mas tem também dificultado a gestão dos riscos de origem A abordagem da SPF em relação à segurança alimentar busca comum e informação de perigos específicos ao pet food são reunidos alimentar. De 2007 para cá, o número de recalls vem aumentando antecipar os problemas antes que estes ocorram, tomando as medidas em um livro interno de segurança em palatabilizantes, servindo como devido uma grande incidência de contaminação por micotoxinas, apropriadas para preveni-los (análise de riscos) com o objetivo de banco de dados. melamina, salmonela etc., o que causou impacto direto no fechamento reduzir a possibilidade de que algum mal seja causado ao animal. de fábricas, no aumento de custos e na perda de lucros nos negócios ao Outro elemento chave é a melhoria contínua na busca de novos perigos. redor do mundo. Além disso, deve ser mantida uma constante verificação na eficácia A segurança alimentar disponta em primeiro lugar na lista de dos controles instituídos e garantir a total rastreabilidade do produto, preocupações dos produtores de pet food, uma vez que a consciência desde os produtores de insumos e matérias primas até os consumidores. legal, ética, sustentável e econômica para manter a segurança do produto. consumidores como um elemento chave para segurança do produto final, dos proprietários de pets está cada vez maior em relação ao risco e a Para preservar a saúde e o bem-estar animal, garantir a segurança Como fornecedor mundial de palatabilizantes, a SPF está ciente destas a SPF continuamente melhora sua estratégia de qualidade no que diz adoção de padrões elevados de segurança alimentar vem sendo cobrada alimentar, qualidade e confiabilidade dos palatabilizantes no mercado, responsabilidades e comprometida em disponibilizar ao mercado respeito à distribuição de produtos seguros e saudáveis dentro da cadeia de pelos consumidores e autoridades regulamentadoras do setor. aplica-se uma Política de Segurança Alimentar de Palatabilizantes. palatabilizantes seguros. pet food. A segurança alimentar na cadeia de suprimentos para pet food Constitui-se um processo de análise de riscos para cada produto, consiste no comprometimento de cada um de seus elos com a segurança algumas práticas de origem específica, um plano de verificação do produto por eles fornecido ao fabricante. Isto se aplica a todos os com rápida medição em tecnologia NIR (infravermelho próximo) processos de fabricação ao longo da cadeia, desde a seleção da matéria e um confiável sistema de rastreabilidade. A SPF também aplica prima e aditivos, até o produto final, com boas práticas de fabricação, voluntariamente o programa de certificação ISO 22000 (gestão da manuseio, estocagem, processamento e distribuição. segurança alimentar) em todas subsidiárias ao redor do mundo. Para garantir que cães e gatos consumam e apreciem suas O comprometimento do corpo administrativo da SPF é fundamental refeições, palatabilizantes são adicionados à fabricação do pet food. para o sucesso da implementação do sistema de gestão de segurança em Os palatabilizantes são usados em baixas porcentagens na receita e pet food. Para tanto os requisitos de segurança fazem parte das metas geram um alto nível de dispersão no alimento, em média 1 tonelada de de negócio da empresa. palatabilizante representa 100.000 refeições (considerando-se inclusão de 4% de palatabilizante e refeições de 250gr). uma ferramenta essencial para garantir a segurança dos produtos. Os Fornecedores de palatabilizante têm a responsabilidade de riscos relacionados à segurança são, não só identificados, avaliados introduzir produtos seguros no mercado global de pet food, por isso a e controlados, mas também comunicados ao longo de toda cadeia de SPF se compromete a seguir um programa de excelência em segurança acordo com o código do consumidor para prevenir que qualquer mal baseado nas boas práticas de fabricação, gestão de riscos, melhoramento seja causado aos cães e gatos e aos seus proprietários. A comunicação externa entre os diferentes membros da cadeia é contínuo e comunicação com toda cadeia de suprimentos. Como preparar e antecipar uma gestão de crise? Estudo de caso em segurança alimentar do palatabilizantes: programa de excelência spf - Administrando os riscos (identificação, avaliação, redução da frequência e severidade dos mesmos); Os objetivos do programa são: - Trabalhando a montante e a jusante da cadeia de suprimentos; - Aumentar a segurança alimentar dos palatabilizantes na cadeia de - Colocando em prática procedimentos internos adequados (reagir suprimentos do pet food; com serenidade em uma situação de emergência, por exemplo); - Garantir a saúde, o bem-estar animal e a saúde pública (proprietários - Colocando em prática uma logística operacional confiável e testada; de pet e suas famílias); - Criando um ambiente preparado para o caso de crises internas, que - Benchmark de requisitos em sistemas de gestão de segurança para requer pessoal treinado e preocupado com os problemas. Figura 1: Componentes da análise de riscos CONCLUSÃO Pessoas que trabalham com pet food devem ter responsabilidade Ciente da necessidade de comunicação interativa entre fornecedores e 34 Em Foco 1 35 abordaram as últimas tendências no setor de pet food, como balanceamento de aminoácidos, embalagens, alimentos funcionais, segurança alimentar etc, com mais de 240 inscritos. Ao adotar uma abrangente linha programática, o Congresso do CBNA permitiu a integração entre o produtor de informação e a mão-deobra qualificada, fortalecendo ainda mais os laços entre a indústria e a universidade. A Expo Pet Food contou com importantes parcerias, dentre elas, do Sistema FIESP/CIESP/SESI/SENAI, da Cia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), da Associação Brasileira de Reciclagem Animal (ABRA), do Sindicato Nacional das Indústrias de Alimentação Animal (SINDIRAÇÕES), da Associação Apresenta-se ao mercado Por: Lia Freire Brasileira da Indústria de Refrigeração (ABRAFRIO), do Sindicato das Indústrias do Frio no Estado de São Paulo (SINDIFRIO), da Associação Brasileira da Indústria de Saboaria e Afins (ABISA), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e com o intuito de apresentar aos empresários condições e serviços financeiros adequados aos seus negócios, instituições como Bradesco, Banco do Brasil, Itaú e Santander também estiveram no Centro de Eventos São A primeira edição da feira, realizada paralelamente à Fenagra e ao Congresso Internacional sobre Nutrição de Animais de Estimação, atinge as expectativas da organização e dos expositores e entra definitivamente para o calendário de eventos do segmento pet food Luis. O caráter técnico da feira, a qualificação dos visitantes e a união de dois mercados tão complementares quanto o de pet food e graxaria, foram alguns dos aspectos apontados pelos expositores do evento como altamente positivos. A E xpo P et Food na opinião dos expositores A ndritz D aplicadores e resfriadores para o segmento pet food, urante os dias 30 e 31 de março, o Centro de Fenagra – feira esta que reuniu 40 expositores do setor Eventos São Luis, em São Paulo, foi palco da primeira de graxaria e os responsáveis por fornecer matérias- feira técnica destinada ao mercado de alimentação primas para a indústria de ração animal, cosméticos, animal. O evento recebeu mais de três mil visitantes, produtos de higiene e limpeza, para o mercado de dentre eles, técnicos e produtores, além de contar com combustíveis alternativos, entre outros. a participação de 35 expositores como Nestlé Purina, Royal Canin, Vogler, SPF Palatability, Manzoni, Congresso Internacional de Graxarias, do SINCOBESP Wenger, Andritz, Imeve, Alltech, Moinhos Vieira, – Sindicato Nacional dos Coletores e Beneficiadores de Eurotec, M. Cassab, RhotoPlas, Kemin, Muyang, Guabi, SubProdutos de Origem Animal – que teve como tema ICC, Informe, Promep/Tekinox, Biorigin, Inf lex, “Qualidade com Sustentabilidade e Competitividade entre outros importantes players do mercado, que Internacional” e atraiu mais de 100 participantes, além do apresentaram novidades e tendências em equipamentos, III Congresso e X Simpósio sobre Nutrição de Animais insumos, rações, embalagens e demais itens. de Estimação, estes dois últimos de responsabilidade do CBNA – Colégio Brasileiro de Nutrição Animal - que A 1ª Expo Pet Food aconteceu juntamente com a 6ª Com sede na Dinamarca e há dois anos no Brasil, fornecendo moinhos de martelo, extrusoras, secadores, Paralelamente às feiras foram promovidos o 10º a Andritz vislumbrou uma ótima oportunidade em participar como expositora da Expo Pet Food, já que está prestes a inaugurar uma fábrica em Santa Catarina. “Estamos instalando uma unidade no país, por isso, expor em uma feira como a Expo Pet Food é fundamental para estreitarmos o nosso relacionamento com o mercado brasileiro e mostrar para o público o que oferecemos, as novas inovações tecnológicas e possibilidades. Almejamos aumentar a nossa representatividade por aqui, oferecendo equipamentos diferenciados a preços justos. Estamos bastante satisfeitos com o saldo da feira, já que importantes contatos foram realizados durante os dois dias”, destaca Claudio Mathias, executivo da empresa. 36 Em Foco 1 37 Eurotec de R$ 10 milhões e nos equipamos com tecnologia de Participar de feiras pelo mundo já é uma tradição ponta e equipamentos de última geração para desenvolver nos negócios da Eurotec Nutrition, que conta com uma embalagens diferenciadas, com excelente apresentação e linha de produtos para o mercado de pet food, formada impressão de qualidade”, destaca Elziro V. Junior, diretor por antioxidantes, antifúngicos e antibacterianos, comercial da Inflex, afirmando que a feira foi mais uma além de oferecer assessoria completa para sistemas e importante “porta de entrada” para o mercado de pet food. equipamentos de dosagem e uma divisão técnica para M anzoni realizar o monitoramento na otimização da relação Há dosagem x resultado, através de seus laboratórios fornecendo ao segmento peças para reposição, a duas décadas desenvolvendo máquinas e próprios e credenciados. “Expor em feiras técnicas como Manzoni, com o intuito de oferecer soluções que a Expo Pet Food é fundamental para os nossos negócios. aumentem a produtividade dos clientes e reduza o É quando temos a oportunidade de encontrarmos nossos consumo de energia, apresentou na Expo Pet Food clientes, prospectar novos e acompanhar as tendências moinhos de alta rotação, equipamentos em versões mais do mercado. As expectativas para 2011 são as melhores. compactas, extrusora dedicada a alimentos para peixes Conquistamos importantes clientes e isso nos trouxe ornamentais e pássaros, além do secador Manzoni, que um incremento nos negócios na ordem de 30% a 40%”, foi totalmente reformulado, a fim de tornar-se ainda destaca Jorge André F. Bencke, gerente de produtos. mais eficiente. “Ficamos bastante satisfeitos com os contatos realizados na feira. É um evento menor, porém I nflex Há dois anos, a Inflex - fabricante de embalagens flexíveis -, situada em Dourados, Mato Grosso do Sul, bastante técnico, com a visitação de profissionais que realmente irão decidir os negócios”, observa o diretor da empresa, Luciano Manzoni. decidiu entrar no mercado de pet food para oferecer o Muyang seu know-how de mais de 20 anos e forte tradição no setor de alimentação humana, especialmente no ramo de massas e cereais. “Realizamos investimentos na ordem técnica como a Expo Pet Food para apresentarmos os “Faltava no mercado de pet food uma feira realmente 38 Em Foco 1 39 nossos equipamentos. Acreditamos no potencial do Carciofi, coordenador do comitê CBNA Pet, por esta evento, tanto que executivos da Muyang deslocaram- iniciativa. Eventos como este devem servir de exemplo se da China especialmente para participar da feira. Foi para o nosso mercado”, afirma Charles Boisson, general uma importante oportunidade para apresentarmos a manager da SPF Palatability. qualidade das nossas máquinas e destacarmos a relação Moinhos Vieira custo-benefício que oferecemos”, observou Stefan Widmann, diretor da WIDI Tecnologia, representante exclusivo do Grupo Muyang no Brasil. e prospectar novos negócios foi a conclusão do Um importante evento para firmar relacionamentos diretor comercial da Moinhos Vieira, Flávio Augusto SPF Palatability Pavanelli, após expor na Expo Pet Food. “Recebemos Desenvolvedora de soluções inovadoras que visam em nosso stand importantes visitas, uma delas foi do melhorar a palatabilidade de alimentos secos, úmidos engenheiro Andrew Hollister, da conceituada empresa e treats, destinados aos animais de estimação, a SPF americana Jacobson/Caterday e agendamos uma visita Palatability expôs na Expo Pet Food e segundo análise da nossa equipe técnica, no mês de setembro, a fim de de seus executivos, foi mais uma excelente oportunidade trocarmos informações tecnológicas. Fomos elogiados para os seus negócios. “A SPF parabeniza o novo formato pelo executivo por prestarmos mais do que vendas de do evento que reuniu os segmentos de graxaria e pet moinhos, por oferecermos ao mercado consultoria em food, não apenas na feira, como também nos congressos moagem. Com isso, concluímos que os nossos negócios e simpósios realizados em paralelo. Todos os visitantes estão sendo direcionados da maneira correta. Saímos que passaram pelo nosso stand mostraram-se muito da feira confiantes para o ano de 2011. O Brasil é um satisfeitos. Queremos agradecer pela oportunidade país de muitas oportunidades, especialmente no setor ao Daniel Geraldes, editor da Revista Pet Food, de alimentação animal”, conclui Pavanelli. Godofredo Miltenburg, presidente do CBNA e Aulus 40 Em Foco 1 41 III Congresso Internacional do CBNA sobre Nutrição de Animais de Estimação Por: Cristiana Prada, médica veterinária. www.nutricao.vet.br O III Congresso Internacional e X Simpósio sobre da Responsabilidade Técnica e a conseqüente maior Nutrição de Animais de Estimação realizado pelo Colégio incumbência especificamente do profissional Responsável Brasileiro de Nutrição Animal – CBNA – ocorreu em Técnico; exigências de rotulagem/embalagem/propaganda São Paulo, no Centro de Eventos São Luis, região da Av. em vigor desde 7/8/2009 sendo que o prazo para adequação Paulista, nos dias 30 e 31 de março. O evento que tem venceu em 7/2/2011. tradição em reunir especialistas para tratar de temas emergentes na área de produção de alimentos para cães e Congresso teve mais da metade dos participantes vinda do gatos manteve seu perfil e atraiu 240 participantes. próprio estado de São Paulo, mas computou profissionais A primeira palestra foi ministrada pelo Dr. Bruno Adrien vindos também de pontos mais distantes como Santa Paule, da Coordenação de Produtos para Alimentação Catarina, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Animal – CPAA / Departamento de Fiscalização de Insumos Goiás e mais 27 pessoas vindas do Paraná, 18 de Minas Pecuários – DFIP / Secretaria de Defesa Agropecuária - Gerais e 14 do Rio Grande do Sul. A médica veterinária SDA / Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento Valeska M. da Silva, trabalha na empresa Total Alimentos – MAPA. Sua fala começou justamente trazendo (Três Corações – MG), é responsável pela parte de explicações sobre a estrutura interna do MAPA situando documentação e exportação e explicou que todos os anos o os ouvintes a respeito das atribuições das coordenações, departamento técnico da empresa participa do Congresso. departamentos e secretarias. Trouxe também a legislação Ela não fez contatos novos este ano durante a reunião, vigente relacionada aos produtos destinados aos animais de mas afirmou que costuma reforçar os laços com pessoas estimação e especialmente as instruções normativas mais da área nestas ocasiões: “a gente até brinca dizendo que no recentes. Destacou como pontos importantes da legislação (congresso do) CBNA a gente consegue reunir o pessoal e vigente: a isenção de registro, mas não de fiscalização conversar”. dos produtos e dos estabelecimentos; a valorização Ainda bem que o tema tinha amplitude nacional, pois o A segunda palestra foi proferida pelo Prof. Dr. Ricardo S. Vasconcellos, docente da UDESC-SC, que falou sobre a das exposições avaliando que “o acesso aos palestrantes está digestibilidade de alimentos industrializados e os critérios sendo fácil e as perguntas estão sendo bem respondidas. para sua comparação e classificação. Comentou que a baixa Esta parte está sendo bem importante”. De fato. biodisponibilidade de alguns nutrientes em determinados Em sua apresentação ingredientes que são comumente usados em alimentos a Profa. chamados de ‘econômicos’ leva inclusive à dúvida se estes M. Scussel abordou os podem atender realmente às exigências nutricionais principais contaminantes mínimas dos animais para serem considerados alimentos microbiológicos em Pet completos como a Instrução Normativa nº 30 exige. Foi Food. uma exposição crítica e madura, que suscitou reflexões na uma pergunta da platéia busca da melhoria constante dos produtos. sobre qual a real situação Do público do Congresso, aproximadamente 29% de contaminação de Pet foi de estudantes. A aluna de doutorado do programa de Food no Brasil, já que Pós Graduação em Zootecnia da Universidade Federal de não há notícias de recalls Lavras -UFLA - MG, Rosana Silva, contou que todo ano por este motivo em nosso o seu grupo comparece. Ela gostou dos temas desta edição território. Estaríamos sem e destacou a palestra que sucedeu a do Dr. Vasconcellos, contaminação ou apenas a proferida pelo Prof. Dr. Aulus C. Carciofi sobre não constatando o fato? balanceamento de aminoácidos. A professora a pergunta Seguiram-se as palestras sobre embalagens plásticas Dra. Ao Vildes final houve devolveu à platéia A baixa biodisponibilidade de alguns nutrientes em determinados ingredientes (...) leva inclusive à dúvida se estes podem atender realmente às exigências nutricionais mínimas dos animais para serem considerados alimentos completos...” para Pet Food ministrada pela pesquisadora Léa M. de interrogando se alguém Oliveira e a sobre palatabilizantes, de autoria de Cesar F. tinha conhecimento sobre Garrasino, este último com didática especialmente notada. pesquisas Estas foram as exposições que mais interessaram Valeska neste sentido. Dr. Bruno Paule do MAPA, presente na que destacou também o momento para perguntas ao final conferência, informou então que o MAPA fez pesquisa no realizadas 42 Em Foco 1 43 ano passado recolhendo aproximadamente 60 amostras de Prof. Dr. Anton Beynen, da Holanda, explicou que mudara comissão julgadora que tem membros da academia e da no saguão ao lado da sala de conferências. A médica alimentos extrusados destinados a cães e gatos e que os o tema da palestra inicialmente proposto por não ter parte técnica de empresas. Este ano ela foi composta veterinária Valeska comentou que entrou em contato com resultados tinham sido de contaminação zero em todas elas. conseguido informações de qualidade que embasassem a por Alexandre M. Kessler1, Everton Krabbe2, Eduardo os trabalhos científicos não através dos pôsteres, mas lendo Mesmo sem presença de salmonela em produto acabado, exposição. Falou então sobre as necessidades de energia dos Butolo3, Flávia M. B. Saad4, Flávio Prada5, Luciana D. o material dos anais. Segundo ela, uma parte interessante o levantamento do MAPA encontrou, em porcentagem, animais e o impacto da quantidade de alimento ingerido e Oliveira6, Godofredo Miltemburg7, Rodrigo S. Bazolli8, deste processo é “a gente poder conversar com os autores importante de amostras de farinha de carne e ossos e a composição deste alimento na saúde de cães e gatos. A Ricardo S. Vasconcellos9 e Rodolfo Pereyra10. dos trabalhos durante o próprio evento, discutir o trabalho vísceras de frango presença de salmonella, o que nos Dra. Monica Cutrignelli, de Napole, Itália falou sobre avaliador recebe diretamente, da secretaria do CBNA, os com eles”. deixa em alerta e reforça a importância do processamento prebióticos, probióticos e simbióticos, versando sobre a trabalhos científicos sem adquirir a informação de quem são Rosana adequado destes ingredientes. Neste sentido a palestra relação entre alimentos funcionais, saúde e bem estar. os autores de cada um. O membro da comissão não recebe espaço cedido pelo evento para proferida pelo Dr. Galen Rokey, chefe de pesquisa da Essencialmente os dois palestrantes enfocaram a prevenção para avaliação trabalhos dos quais seja autor ou co-autor a apresentação de trabalhos Wenger foi muito interessante: focado na produção de de doenças, destacando entre outros pontos a importância e, portanto, não os examina. Cada avaliador confere a cada científicos, pois “para a área alimentos seguros, ele demonstrou a importância da correta do correto manejo alimentar, composição do alimento e trabalho uma nota de 0 a 10 para cada um dos seguintes pet o [Congresso do] CBNA configuração e higienização dos equipamentos, bem como ingredientes especiais. quesitos: se tornou um dos maiores a) importância do tema; eventos, então a publicação b) dificuldade do estudo; dos trabalhos faz com que dos procedimentos operacionais com vistas a diminuição do Trabalhos Científicos risco de contaminação microbiológica. Cada Já a estudante Silva, valoriza o Já há três anos o evento abriu espaço em sua programação c) material e métodos; a gente tenha acesso ao que na empresa Micromix, que fabrica moinhos micronizadores, para a divulgação de trabalhos científicos. A iniciativa d) qualidade do texto. está sendo feito nas outras chegou a tempo apenas de participar do segundo dia do tem objetivo de aproximar as empresas, que têm demanda congresso. Comentando sobre as palestras de Galen Rokey e por informações, da Universidade, que é produtora de de Andrew Hollister - palestrante dos Estados Unidos, que informações. Para serem aptos à avaliação é necessário que avaliadores são remetidas à secretaria do CBNA que calcula Após a apresentação dos falou sobre redução de partículas no processo de moagem -, os trabalhos se inscrevam (segundo as regras estabelecidas) a média de notas recebidas para cada trabalho. três considerou o nível técnico das exposições “muito alto, muito e tenham efetivo cunho científico. Existe cuidado para que os membros da comissão bom” e com aplicabilidade prática. o espaço seja preservado à produção científica e não seja trabalhos com melhores notas são convidados a serem julgadora Dois professores de Universidades do exterior ocupado por lançamentos de produtos comerciais. apresentados oralmente no evento enquanto os demais a trouxeram temas que abordavam saúde e nutrição. O Os trabalhos científicos são avaliados por uma são apresentados na forma de pôsteres que ficam expostos comunicam ao CBNA sua Ralf Carlos Tiepo, da cidade de Campo Bom (RS), Diretor universidades, então eu acho Todas as categorias têm peso igual. As notas dos Este ano 34 resumos foram selecionados. Os três muito importante”. trabalhos estas que oralmente, assistiram apresentações e “para a área pet o [congresso do] CBNA se tornou um dos maiores eventos, então a publicação dos trabalhos faz com que a gente tenha acesso ao que está sendo feito nas outras universidades, então eu acho muito importante”. 44 Em Foco 1 45 opinião. O trabalho com mais votos é declarado o melhor doutorado do primeiro autor, resultado de dois anos de trabalho do Congresso. Este ano o trabalho melhor pesquisa e teve patrocínio de FAPESP, CNPq e Mogiana avaliado pela comissão foi o intitulado “Utilização da Alimentos. Todos os trabalhos apresentados constam Spirulina máxima como fonte de antioxidantes em dos Anais do evento que podem ser adquiridos junto à dietas extrusadas para cães” de autoria de Ricardo S. secretaria do CBNA. Vasconcellos, Raquel V. Labres, Mayara C. Peixoto, Veja a lista completa em www.nutricao.vet.br/ Euclides B. Malheiros, Leandro Zaine e Aulus C. trabalhos_cbna_2009.php. As palestras, à exceção da do Carciofi. O trabalho foi parte do projeto de pós Dr. Bruno Paule, também constam dos Anais. Comissão julgadora dos trabalhos científicos 1 Alexandre M. Kessler, engenheiro agrônomo com mestrado e doutorado em temas em nutrição animal, é professor doutor na Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS. 2 Everton L. Krabbe, engenheiro agrônomo com mestrado e doutorado na área de nutrição animal na UFRGS-RS, gerente na empresa Kemin do Brasil. 3 Eduardo Butolo, engenheiro agrônomo, gerente de pesquisa e desenvolvimento em nutrição animal na Bunge. 4 Flávia M. B. Saad é médica veterinária, mestre em zootecnia e doutora em ciência animal, professora doutora na UFLA, responsável pela pósgraduação à distância “lato sensu” em nutrição de cães e gatos. 5 Flávio Prada é médico veterinário, professor titular aposentado da FMVZ-USP tendo orientado e publicado trabalhos na área de nutrição de cães e gatos. 6 Luciana D. Oliveira, médica veterinária, com mestrado e doutorado com temas em nutrição de cães e gatos com período do doutorado sob orientação da Profa. Dra. Ellen Keinzle na Alemanha, trabalha na área de divulgação científica de Royal Canin do Brasil. 7 Godofredo Miltemburg, médico veterinário,consultor da área de nutrição animal e presidente do CBNA. 8 Rodrigo S. Bazolli, médico veterinário com mestrado e doutorado com temas em nutrição de cães e gatos, trabalha na área técnica da Adimax. 9 Ricardo S. Vasconcellos, médico veterinário com mestrado, doutorado e pós-doutorados com temas em nutrição de cães e gatos. É docente do curso de Medicina Veterinária pela Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC. 10 Rodolfo Pereyra tem graduação pela Universidad Nacional de Luján e é gerente de Vendas Brasil na DSM Nutritional Products. 46 Em Foco 1 47 I Expo Pet Food realizado com sucesso Por: Cristiana Prada, médica veterinária. www.nutricao.vet.br “... é uma feira específica, não dá para se perder, mas para o público alvo é a feira certa”. a linha de extrusão de soja e extração de óleo. Nós não entramos nesta linha até hoje em função de da feira não consegue concluir uma explicação ao visitante, não termos uma prensa. E aqui houve uma empresa que está propondo uma parceria de usar a nossa pois já está na hora de voltar ao congresso, ou o congressista extrusora e a prensa deles. Tem outra empresa que faz equipamentos para processamento de farinha acaba perdendo um pouco das palestras. de carne, digestores. Algumas peças que eles utilizam são fabricadas por nós e eles e gostaram do Luciano Manzoni, da Manzoni Industrial, situada nosso produto.Então a tendência é de que a gente consiga sair daqui da feira com algumas parcerias no município de Campinas (SP), fabricante de peças e bastante interessante para as duas empresas envolvidas.” equipamentos também aprovou: “nós viemos expor em função do CBNA, pelo público das palestras, que é o público foco da incomoda, mas para quem vem de longe, como Ralf, a mudança de cidade colaborou facilitando o Manzoni. São pessoas da parte técnica das empresas, do setor acesso. Maurício, da Wenger, também abonou: “São Paulo tem uma infra-estrutura muito maior do de qualidade, pessoal que resolve a compra dos equipamentos. que qualquer outra cidade no Brasil, então eu acho São Paulo o ponto ideal”. A localização do Congresso na cidade de São Paulo foi também uma novidade. O trânsito Então é um público que assiste às palestras e que durante os Os resultados intervalos circula a Feira e acaba conhecendo a empresa”. “A feira atendeu bem nossas expectativas, o estande A quem olha o Congresso de longe, é visível e louvável que este venha conseguindo manter- também. Nós viemos pelo fato de ser um evento do CBNA, se no ‘fio da navalha’. Explico: ter alto nível técnico é difícil, mas mais difícil ainda é não ceder à onde estão os nossos clientes, o pessoal técnico do mercado. tentação de perder-se nos oceanos abissais da teoria acadêmica que, aliás, tem seu espaço próprio em Conversamos bastante, fizemos alguns novos contatos, reuniões puramente científicas nas universidades. Por outro lado, em um meio que hoje movimenta apresentamos nossos produtos, foi bom para relacionamento. grande volume de valores, gera muitos empregos e recolhimento de impostos e que está cada vez Foram muito bons os dois dias aqui.” declarou Rafael França, mais competitivo, seria fácil que um congresso do gênero deslizasse para o outro lado, ganhando da Alltech que fica em Araucária (PR) e comercializa aditivos velocidade na via fácil do comercialismo. para nutrição animal. concomitantemente ao Congresso de Nutrição de Animais A Feira e o Congresso aconteceram no mesmo local que foram bastante detalhados e tecnicamente delineados, mas sem perder a aplicabilidade. Seja de Estimação do CBNA. Destinada ao setor de produção a FENAGRA, Feira do setor de graxarias e o Workshop do esmiuçando equações para predizer valores energéticos, seja tratando do tamanho de partículas de Pet Food a EXPO PET FOOD contou com 34 estandes SINCOBESP, sindicato deste mesmo setor. Rafael França teve dos ingredientes a serem extrusados, comentando pontos de possível contaminação ou falando de com empresas de embalagens, maquinário, palatabilizantes, oportunidade de participar em outros anos da FENAGRA doenças dos cães e gatos que podem ter evolução diferente dependendo do alimento diferenciado de ingredientes, premix, produto acabado e divulgação. Ralf, o que era realizada isoladamente e sentiu a diferença: “era um que faça uso. Todos os assuntos tiveram abordagem prática, útil para os produtores de Pet Food. participante do Congresso que veio do Rio Grande do Sul, público diferente, eram mais compradores das empresas. Aqui Por isso talvez o interesse da audiência que perguntava e comentava ao final das palestras e seguia gostou: “é uma feira específica, não dá para se perder, mas para vieram os compradores para ver os fornecedores de matérias conversando a respeito durante os intervalos. o público alvo é a feira certa”. Valeska também aprovou a idéia primas e o pessoal técnico para participar do CBNA.Então da Feira. Ainda no primeiro dia do evento, declarou: “uniu o acho que deu para pegar todo o corpo, tanto comercial quanto um todo, colaborando assim para que o Brasil venha a ganhar espaço no cenário mundial, não só útil ao agradável, já me programei e amanhã vou visitar os técnico das empresas, e isso foi muito válido”. em volume de alimento industrializado produzido para cães e gatos, mas em geração de informação stands durante os intervalos”. e tecnologia. O evento também vitamina o crescimento de uma massa crítica que exige e é capaz de Este foi o primeiro ano em que ocorreu uma feira O compartilhamento de área das feiras FENAGRA O Congresso tem ocupado o meio do caminho entre estes dois extremos. Os temas tratados O maior mérito do Congresso tem sido, portanto, ajudar o crescimento técnico do setor como A empresa Wenger, cuja matriz é em Sabetha/Kansas e EXPO PET FOOD trouxeram resultados que nem a gerar cada vez mais qualidade nos produtos que circulam no país. (EUA) e que tem uma unidade em Valinhos (SP), foi expositora organização tinha previsto. Esperava-se que os públicos da EXPO PET FOOD. Seu diretor de vendas da América visitantes das feiras pudessem ter interesse cruzado nos evento e custeiam assim o aprimoramento de todo o setor. Foram patrocinadoras: AFB, ALLTECH, Latina, Maurício Bernardi, aprovou e comentou: “Foi muito estandes, mas não que entre si as empresas expositoras FERRAZ MÁQUINAS, SPF, KEMIN NORD, M.CASSAB, ROYAL CANIN, NESTLÉ PURINA boa a experiência, acho que deve se repetir pelos próximos formassem novas parcerias, como ocorreu com a Manzoni. PET CARE, WENGER e FARMINA. Co-patrocinadoras: BIORIGIN e DSM e colaboradora: anos”. Maurício sugeriu que para os próximos anos seja Segundo Luciano Manzoni, durante a Feira foi possível tratar MOGIANA ALIMENTOS. providenciado mais tempo para que os participantes do da integração de alguns equipamentos que este setor possui, congresso visitem a feira, do contrário às vezes ou o expositor com a linha de produtos de sua própria empresa. “Por exemplo, cada vez mais críticos e mais preparados. Para o bem de todos, pessoas e animais de estimação. Neste sentido, têm mais valor ainda e merecem especial destaque as empresas que apoiaram o Que venha o Congresso 2012, trilhando este caminho estreito e trazendo atrás de si profissionais 48 Em Foco 2 49 Por que Vendemos Pouco ? E Saul Jorge Zeuckner Diretor Comercial Rações Algomix / Ki-Tal Alimentos ncontramos com muita freqüência vendedores tentando “Justificar” sua baixa produtividade, culpando alguém ou alguma coisa, esquecendo-se, no entanto, de olhar para dentro de si mesmo e buscar no seu íntimo o que é que está lhe faltando, quais são suas falhas e onde estão suas fraquezas. Há fatores que não podem ser controlados pelos profissionais de vendas, como: concorrência, preço, baixo investimento em Marketing por parte da empresa, dificuldades de logística, qualidade baixa em produtos e serviços, etc. Enfim, problemas que não dependem exclusivamente do vendedor para serem resolvidos e que a Organização precisa resolver. Isso deve ser discutido com os superiores, com supervisores, gerentes e diretores da empresa, mas o vendedor tem que participar, tem que sugerir, colocar em seus relatórios, levar para as reuniões e não pode se omitir dos problemas. “Nunca podemos fugir dos problemas, temos que enfrentá-los”. O problema dos vendedores, estes sim, tem como resolver como profissionais de vendas e dependem deles próprios. Então devemos gastar energia, tempo e dinheiro para tentar solucionar nossas deficiências, nossas falhas, nossos entraves, aquilo que chamo de “impedimento”, coisas que nos impedem de crescer e dificuldades que não nos permitem vender. Procure levantar dados, pesquise e veja o que é que esta dificultando seu sucesso. Pode ser que você seja um vendedor sem carisma, chato, que não atrai clientes. Talvez você seja desorganizado, sua técnica pode não estar funcionando, enfim, veja o que está errado com você e procure ajuda para corrigir suas deficiências. As empresas buscam a cada dia vendedores que acumulam conhecimentos, não que os diplomas sejam a porta para o sucesso imediato, mas facilitam muito o entendimento daquilo que é ensinado pelas empresas, através dos treinamentos, com maior capacidade intelectual, evidentemente que as coisas ficam mais fáceis. Há vários atributos nas pessoas que as transformam em excelentes, como: Educação, cortesia, ética, personalidade, organização, facilidade de falar em público, boa comunicação, postura, responsabilidade, comprometimento. Enfim, daria para enumerar muita coisa, mas o que temos que entender é que temos que ser a cada dia melhor, procurar ser uma pessoa que passa segurança para o cliente. Com isso ele sentirá maior tranquilidade em comprar conosco. Reflita sobre isso, boas vendas ! 50 Segurança Alimentar 51 presentes nos alimentos formando as nitrosaminas. A fonte de contaminação pela adição dos nitritos & utilização destes conservantes em concentrações adequadas nitratos durante o processamento de diversos produtos e rigorosamente controladas reduz o risco e ocorrência de alimentícios principalmente de origem animal (Figura 3). problemas de toxidade pelo seu consumo. 2. Estrutura, formação e ingestão de nitrosaminas Nitrosaminas são compostos de estrutura química R1/R2N-N=O (Figura 2), formadas a partir da reação de nitrosação de aminas presentes nos alimentos pela presença de nitritos e aminas. O nitrito forma ácido nitroso (HNO2), que se decompõe no cátion nitrosil (N=O+) e no ânion hidroxil (OH-). O cátion nitrosil reage com a amina R1 N O N R2 Figura 2. Estrutura geral do grupo nitrosamina. produzindo nitrosamina. Contaminantes Químicos de Rações A exposição dos animais e humanos às nitrosaminas ocorre pela ingestão desses compostos pré-formados INFLEX 1-2.pdf 1 22/11/10 16:31 ou pela nitrosação endógena. A alimentação é a maior parte 11 NITROSAMINAS EM ALIMENTOS À BASE DE CARNES E VÍSCERAS (a) C M Y 1. Utilização de conservantes nitratos e nitritos em alimentos de origem animal CM MY Sais de cura, utilizando nitratos & nitritos de sódio e CY po¬tássio, são largamente utilizados como aditivos alimentares (b) no processamento de derivados cárneos, originando produtos como presuntos, bacon, embutidos (salames e salsichas), além das carnes e vísceras utilizadas nas rações secas, úmidas e semi-úmidas para pets. São conservantes (possuem atividade antimicrobiana: previnem a deterioração e proliferação de CMY K Embalagens em Monocamada Filmes Coextrusados Laminados Solvent Less Figura 1. Alguns produtos cárneos para (a) pets e (b) humanos onde são utilizados sais de cura (nitritos e (nitratos) para conservação e melhoramento da cor e sabor. Clostridium botulinum), são responsáveis pela formação & particulares aos produtos (Figura 1). estabilização da cor (via formação do complexo mioglobina óxido-nítrico) e conferem características organolépticas elevados, porém, os nitritos possuem uma toxicidade Os nitratos são pouco tóxicos, a não ser em níveis maior, pois são capazes de se combinar com compostos Avenida Marcelino Pires, 8555 Jardim São Francisco Cep: 79826-300 / Dourados - MS Fone: (67) 2108-5900 www.inflex.ind.br 52 Segurança Alimentar 53 bexiga e cérebro. São absorvidas principalmente pelo trato gastrintestinal e muito pouco pela pele. Não são bioacumulativas e requerem ativação metabólica para exercerem sua ação mutagênica e carcinogênica. Portanto, não são reativas e necessitam de ativação enzimática para formarem intermediários que se ligam ao DNA, iniciando assim, o processo carcinogênico. A etapa inicial da biotransformação envolve uma hidroxilação do carbono do grupo alquila, catalisada pelo citocromo P450 levando a formação de nitrosamina primária, que é instável e se transforma em um azoidróxido causando alterações nos sítios nucleofílicos do DNA e RNA. Esta etapa é considerada fundamental no processo de iniciação do câncer, sendo o fígado o principal órgão de transformação das nitrosaminas. A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), na sua classificação de agentes carcinogênicos, considera as nitrosaminas como pertencentes ao Grupo 2A (substâncias para as quais há suficiente evidência de efeito carcinogênico em muitas espécies de animais e, ainda têm sido demonstradas similaridades no seu metabolismo entre humanos e roedores). Também do Grupo 2B (substâncias Figura 3. Alimentos/petiscos para cães e gatos à base de proteína animal tratados com nitritos/nitratos e corantes. para as quais há suficiente evidência de efeito carcinogênico em algumas espécies de animais). 4. Nitrosaminas e ocorrência em alimentos As nitrosaminas podem ser encontradas diretamente Outras fontes de contaminação e exposição são: os nos alimentos: nas carnes curadas, peixes, água, vegetais, agrotóxicos, a água, os cosméticos, inclusive artigos de cerveja/malte, etc. Origem animal: uma população que borracha. Os tipos de alimentos para humanos em que já tenha dieta rica em proteínas de origem animal tem foram detectadas as nitrosaminas em excesso são: carnes, grande possibilidade de exposição aos nitritos usados como peixes e seus derivados, queijos preservados com sais de conservante, com conseqüente nitrosaminas. A concentração nitrito, além da cerveja. A formação endógena ocorre em de compostos N-nitrosos, em alimentos, é dependente de grande extensão quando os precursores da reação são vários fatores como concentração de nitrito residual ou ingeridos, nesse caso, as nitrosaminas são formadas no adicionado, concentração de precursores das nitrosaminas, estômago através de reações químicas com nitritos à partir conteúdo de umidade, presença de catalisadores e inibidores dos nitratos. da nitrosação. Origem vegetal: muito cuidado deve ser tomado com relação ao armazenamento de grãos em 3. Efeitos tóxicos das nitrosaminas – carcinogênese condições inadequadas de umidade, que pode propiciar As nitrosaminas tornaram-se objeto de estudos verticilioides. Este fungo é capaz de reduzir o nitrato para toxicológicos na década de 50, quando Magee & Barnes formar nitrito e, conseqüentemente, na presença de aminas relataram pela primeira vez a indução de tumores no nitrosáveis formam nitrosaminas. Modificações nos fígado de ratos alimentados com ração contaminada com processos de conservação e armazenamento podem eliminar nitrosaminas. A maioria destes compostos apresenta ou reduzir significativamente os níveis de nitrosaminas, atividade carcinogênica, teratogênica e mutagênica em como a incorporação de inibidores da reação de nitrosação animais e humanos. Efeitos carcinogênicos induzidos no processo, como o ácido ascórbico ou α-tocoferol. pelas nitrosaminas já foram observados em várias espécies animais tais como roedores, peixes, pássaros, ruminantes, contami¬nada com nitrosaminas formada a partir da incluindo macacos. As nitrosaminas estão associadas ao nitrosação de aminas presentes. Na Noruega, foi relatado desenvolvimento de câncer, especialmente, os localizados que animais (ruminantes) alimentados com ração contendo na cavidade oral, trato respiratório, sistema digestivo, farinha de peixe com elevadas concentrações de nitrito, o crescimento de fungos, particularmente o Fusarium Ração animal: diversos estudos revelaram que rações 54 Segurança Alimentar 55 5. Técnicas analíticas de determinação apresentaram desordens hepáticas e câncer. Durante a alimentos. Nos países da América Latina, incluindo Chile. Reglamento sanitario de los alimentos, n.977, de 13 década de 60, muitos outros relatos ocorreram quanto As técnicas para determinação de nitratos & nitritos o Brasil, além de não existir um monitoramento para de maio de 1977. Diário oficial de la Republica de Chile, 6 à presença e formação de nitrosaminas em ração, o que e nitrosaminas baseiam-se na espectrofotometria e avaliar a presença de nitrosaminas em alimentos, não ago. de 1997. Disponível em: http://www.sofofa.cl. motivou cientistas de todo mundo a investigar a presença também nas cromatografias líquida (LC) e gasosa existe uma legislação específica. Dutra, CB; Rath, S; Reyes, FGR Nitrosaminas voláteis em destes compostos em outras matrizes, o que de fato se (GC). Para os nitratos/nitritos as mais utilizadas comprovou. são a espectrofotometria para nitritos com leitura alimentos. Alim. Nutr., v.18, n.1, p.111-120, 2007. 7. Conclusões Magee, PN; Barnes, JM The production of malignant primary hepatic tumors in the rat by feeding Carnes e derivados: sais de cura são adicionados à a 500 nm da cor rosa desenvolvida pela reação com produtos cárneos tipo snacks/petiscos e nas farinhas de ácido sulfanílico; e para nitratos com uma prévia alimento destinado a pets, pois muitas matérias primas dimethylnitrosamine. Br. J. Cancer, v.10, p.114, 1956. carne/peixe/vísceras com o propósito de conservação redução a nitrito com cádmio metálico. Também (carnes, peixes e seus derivados) utilizadas podem estar United States Department of Agriculture. US Code of (contra C. botulinum) e obtenção de características por quimiluminescência e LC de alta eficiência com contaminadas com nitrosaminas se seus precursores Federal Regulations. Food Safety and Inspection Service, sensoriais desejáveis que conferem aos produtos detecção por ultra-violeta e/ou f luorescência. Já para (conservantes) forem adicionados em quantidades USDA § 424.22. Certain other permitted uses. 9 CFR Ch. curados. as nitrosaminas, as mais utilizadas são LC e CG com elevadas. Importante diversificar a dieta dos pets para III (1-1-03 Edition). Disponível em: http://www.usda. gov. detector de quimiluminescência. evitar exposição diária as nitrosaminas. É necessária Walters, CL Reactions of nitrate and nitrite in foods uma avaliação da presença destes compostos em with special reference to the determination of N-nitroso alimentos industrializados adicionados de sais de compounds. Food Addit. Contam, v.9, n.5, p.441-447, 1992. Derivados do leite: a presença de nitrosaminas em laticínios deve-se à adição de nitratos e nitritos durante 6. Legislação o processo de elaboração dos produtos, principalmente Cuidado deve ser tomado durante a escolha do de queijos, a fim de evitar o chamado estufamento Nitratos & nitritos: o limite tolerado de nitrato & nitrato e/ou nitrito e que sejam mais comumente tardio causado pelo C. tyrobutiricum. nitrito nos alimentos para humanos varia de acordo consumidos. Importante enfatizar que o calor durante Próximo exemplar serão abordadas as aminas Peixes e frutos do mar: a ocorrência e concentração com o produto alimentício e a legislação vigente. No o processamento de pet foods favorece a reação e biogênicas que podem ser encontradas contaminando de nitrosaminas em peixes e frutos do mar podem Brasil, o uso de aditivos é regulamento pela Portaria formação de nitrosaminas. O oferecimento de petiscos frutos do mar, mais precisamente os peixes (ex.: atum). n° 1.004 de 11/12/1998 do Ministério da Saúde, onde (bifinhos/snacks/rações enlatadas à base de carnes) é estabelecido para produtos cárneos o limite de 150 e deve ser monitorado, pois são alimentos passíveis de 300 mg Kg-1 para nitrito e nitrato, respectivamente. conter esses compostos, já que não há legislação que Para pet food não existe limite máximo regulamentado. regulamenta sua utilização em pet food até o momento. ser dependentes do grau de contaminação por nitrito Importante enfatizar que, se a legislação vigente estabelece e fiscaliza os níveis de nitrito/nitrato para 8. Referências alimentos humanos, indiretamente está avaliando a CFIA - Canadian Food Inspection Agency. Animal Products possibilidade de formação nitrosaminas. Portanto, não Food of Animal Origin. Livestock and meat processing: é crucial analisá-las diretamente, pois sua formação nitrosamines, 2003. é proporcional à porcentagem adicionada dos sais Figura 4. Pet food contendo proteina animal tratado com nitritos e nitratos. precursores. ou de seu uso como aditivo alimentar durante o dados sobre a formação e presença de nitrosaminas processamento. Aminas podem estar presentes a níveis nos alimentos consumidos pela população, que permita elevados, tanto em peixes marinhos quanto de água controlar a formação desses compostos a níveis tão doce e variam de acordo com a espécie, idade, ambiente, baixos que seu consumo não represente elevado risco f lora bacteriana e condições de estocagem. para a saúde dos consumidores. Na Tabela 1 são Vegetais: os vegetais, assim como cereais e grãos, apresentados os limites máximos estabelecidos em podem sofrer contaminação por nitrosaminas presentes alguns países para a presença de nitrosaminas em Nitrosaminas: poucos países (EUA, Canadá, Chile, Europa) possuem regulamentação e no ambiente em que forem cultivados ou armazenados. O uso de pesticidas e herbicidas, contaminados Tabela 1. Limites máximos internacionais permitidos para nitrosaminas por nitrosaminas e a presença de determinados em produtos cárneos microrganismos (Fusarium verticilioides) no milho LMT são alguns fatores que contribuem para sua formação. Países (μg kg-1) Durante o armazenamento, as reações de nitrosação EUA 10 Nitrosaminas voláteis totais Canadá 10 NDMA1, NDEA2, NDBA3, NPIP4, NMOR5 Carne curada 15 NPIR6 Carne curada podem ocorrer dependendo do teor de nitrato nos Nitrosaminas Alimentos Referências Produto cárneo curado USDA (2011) vegetais (os quais dependem do uso de fertilizantes/ Chile 30 NDMA Carne curada época sazonal de cultivo /l uminosidade / umidade Rússia 2 Nitrosaminas Alimentos frescos 4 Nitrosaminas Alimentos defumados 3 NDMA, NDEA Peixe fresco e defumado relativa do ar / horário da colheita / sistema de cultivo / estágio de maturação / parte & espécie da planta). Estônia CFIA7 (2003) Chile (2007) Komarova; Velikanov (2001) Yurchenko; Mölder, 2006 Profa. PhD Vildes M Scussel, MSc Karina Koerich de Souza, Janaina Nones, Daniel Manfio. Laboratório de Micotoxicologia e Contaminantes Alimentares - LABMICO, Depto de Ciência e Tecnologia de Alimentos, Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC – Brasil 56 Pet Food Online 57 digestão (15 minutos). Além disso, a alfa-amilase ataca Amidos no Processo de Extrusão (continuação) M os complexos amido / gordura nos produtos extrudados neste procedimento citado poderia ser reduzido para são aparentemente resistentes a tais ataques. Sendo 30 minutos, o tempo maior de digestão evita desvios assim muitos dos métodos que empregam beta ou devido ao complexo amido / gordura e às diferenças na alfa-amilase como principal catalisador de reaçõess atividade das concentrações de enzima. Este método hidrolíticas são seguidos por uma reação de redução citado para determinação do grau de cozinheiro é de ferricianeto para determinação da quantidade baseado na hidrólise de uma amostra solubilizada de de açúcares redutores presentes. Isto provou que duas maneiras diferentes. Uma porção da amostra é muitas fórmulas complexas utilizadas em produtos solubilizada em água fria e a outra é autoclavada. O extrusados contém compostos redutores diferentes amido em solução é hidrolisado com glucoamilase e a dos hidrolizados enzimáticos. das dextrose produzida em cada parcela é medida usando armadilhas dos métodos anteriores de susceptibilidade um analisador semi-automático. Pela determinação da à enzima foram evitadas pelo método gluco amilase glucose produzida, a quantidade de amido solubilizado (Chiang & Johnson, 1977). Este método foi baseado pode ser calculado. A análise da amostra dissolvida no princípio de que a glucoamilase age sobre a em água fria gera a quantidade de amido “cozido” extremidade não redutora das cadeias rompendo no processamento. Este procedimento é similar aos unidades de dextrose e atuando em ambas ligações alfa métodos antigos, mas difere principalmente no uso de 1:4 e alfa 1:6. Concentrações de amido total e amido um analisador semi-automático para a determinação gelatinizado foram então determinados através da da dextrose. Uma vez que o uso do analisador reduz medição de dextrose. No entanto, este procedimento o tempo de execução, e com isso este método é mais Muitas e um tamanho de amostra muito pequeno (0,2 gramas). atacando somente pela extremidade não redutora. Outro método é com a modif icação de glucoamilase iniciais No entanto, a beta amilase não hidroliza ligações aumentando o tamanho da amostra em 250% para da gelatinização e não se pode medir extensões alfa 1:6 e produz uma dextrina limite beta mesmo adicionais de gelatinização estudos é limitada têm indicado aos eventos que que ocorrem com o que o amido esteja totalmente gelatinizado. Sendo aquecimento contínuo. Lineback e Wongsrikasem assim, frações lineares ou de amilose são facilmente (1980) descobriram que a medição enzimática possui atacadas pela beta amilase enquanto que as frações de uma indicação mais realista do grau de gelatinização amilopectina são menos suscetíveis. Mercier (Mercier, do que a perda de birrefringência. 1981) acreditava que a extrusão sob condições severas Conforme as observações mencionadas destruiria algumas ligações alfa 1:6 aumentando anteriomente, a indústria de alimentos para animais a susceptibilidade pela beta amilase. Além disso, de estimação ao longo dos últimos 20 anos tem verif icou-se que, enquanto o amido de milho cru não é utilizado metodologias de análise de gelatinização facilmente atacado por enzimas, trigo e milho ceroso do amido através da susceptibilidade à enzimas para são mais facilmente atacados. determinar o grau de cozimento. Estas metodologias Devido a essas inconsistências, a beta amilase deixou têm sido especialmente úteis para produtos extrusados de ser considerada como a enzima escolhida. Devido e já existe um histórico substancial de resultados. ao fato de que os procedimentos com beta amilase para Os Enquanto que o período de incubação de duas horas utilizava um curto período de incubação (30 minutos) uitos birrefringência Claudio Mathias Andritz Feed & Biofuel Divisão de Extrusão [email protected] [email protected] aleatoriamente ambas ligações alfa 1:4 e alfa 1:6 alfa e a ajudar na eliminação erros de amostragem. primeiros esforços para a medição da determinação da gelatinização do amido eram muito gelatinização do amido, através de susceptibilidade demorados e o custo da enzima pura ultrapassava US$ enzimática envolveu o método beta amilase (Sung, 10,00 / grama , o método alfa amilase ou Rinehart 1968). Esses testes que empregaram a beta amilase (Rinehart, 1971) foi considerado. Embora o tempo como enzima principal foram em geral considerados médio por teste para este procedimento era de apenas bastante conf iáveis. Essa enzima rompe unidades 45 minutos, parecia haver sérias inconsistências nos simples de maltose na cadeia linear da amilose resultados, provavelmente devido ao curto tempo de Continuação na próxima edição 58 Pet Market 59 Rações: qual comprar? J Limma Júnior Diretor da Nutridani Alimentos á comentei em artigos anteriores que sempre a campainha da sua residência para reclamar do forte costumo entrar em casas agropecuárias para olhar as cheiro das fezes do seu cão. rações. Gosto de sentir os aromas e ver os formatos. Outros ingredientes importantes são os famosos ômega Pode- se ter várias idéias para novos produtos após uma 3 e o ômega 6. Esses dois estampam grande parte das simples visita a esses lugares. Sei que minha esposa não embalagens das rações. Mas você sabe para que servem? gosta muito desse meu hábito. Até concordo com ela. Ômega 3 é conhecido como a gordura do bem e ajuda Existem lugares mais interessantes para se visitar, como no funcionamento do organismo. Pode ser de origem parques e restaurantes. Mas aprendi a gostar desses animal (peixes) ou mesmo vegetal (soja, canola). locais porque vivo desse mundo: o mundo petfood. Serve para o controle da pressão arterial, combate a Costumes a parte, sempre procuro perguntar para as osteoporose, melhora o funcionamento das atividades pessoas como elas compram as rações que dão para seus do cérebro. Isso apenas para citar alguns benefícios. pets. Muitos respondem que olham as cores. Outros O ômega 6 tem origem em peixes, vegetais, ovos, preferem sentir o cheiro e alguns até provam o produto. carnes, aves e serve para o controle da hipertensão, Visões válidas. Mas pode-se ir muito mais além desses combate do colesterol ruim e excesso da glicose, além enfoques. O preço também conta, mas vamos deixá-lo de trazer outros benefícios. de lado, por enquanto. Para os gatos, não podemos nos esquecer da taurina. Os pellets das rações escondem muito mais informações Essencial para os felinos, ela age como um antioxidante que podemos imaginar. Uma simples observação e ajuda a fortalecer as contrações cardíacas, assim como não nos diz quase nada sobre o conteúdo do produto. a manutenção da saúde dos olhos do animal. Existem níveis protéicos e energéticos que fazem uma E assim, nós podemos pegar essas informações e grande diferença para seu cão ou gato. comparar às rações que estão em nossa lista de compras. O primeiro ponto a ser observado seria o nível de É claro que não podemos nos esquecer do preço. Esse proteína que o produto traz nas embalagens. Geralmente acaba inf luenciando a escolha de muitos. Mas vale a eles ficam estampados na frente do produto ou mesmo pena gastar um pouco a mais por um produto que trará aparecem em uma tabela atrás da embalagem em forma benefícios para nossos cães ou gatos. Você gasta um de gramas/kg. Ou seja, se lá estiver escrito 200,00 g/ pouco mais com a ração, mas economiza com as idas ao kg, significa que a ração tem 20% de proteínas. veterinário por problemas que podem ser evitados com Verificar os níveis de proteína (fundamental para a a compra de um bom produto. formação de ossos, músculos e estruturas nervosas) seria Eu, como dono de dois cães e quatro gatos, sei o quanto o passo mais simples. Contudo, alguns detalhes podem isso é importante. No final do mês, os gastos com eles fazer a diferença. Um item que ajuda não apenas o cão, acabam sendo apenas o banho, as vacinas e as consultas mas também na higiene da sua casa, seria o Extrato de rotineiras. Essa é a verdadeira conta que devem fazer Yucca. Esse produto ajuda a reduzir o odor das fezes do todos os que possuem pets. E não há nada melhor do seu cachorro e faz com os que os vizinhos não toquem que ver nossos bichos com uma saúde impecável. 60 Caderno Técnico 1 61 Vantagens proteínas, prejudicando a digestão protéica e a absorção e desvantagens da soja na dos aminoácidos da dieta. alimentação de cães No quadro 1 estão resumidas as principais vantagens Apesar do efeito deletério desses fatores antinutricionais, estes são desativados durante o e desvantagens do uso da soja na alimentação de cães. processamento térmico da soja, não causando mais Quadro 1. Vantagens e desvantagens do uso da soja na alimentação de cães Vantagens Desvantagens Fonte protéica e energética (grão) Pode apresentar preço elevado efeitos negativos aos animais após o tratamento térmico do grão. Entretanto, a presença de compostos termoestáveis no grão de soja, como as fibras solúveis Larga relação proteína:matéria mineral Contém fatores antinutricionais Bom perfil de aminoácidos Baixos níveis de metionina e cisteína (parte da hemicelulose e pectinas) e açúcares (rafinose, Melhora a textura da dieta Pode resultar em fezes úmidas estaquiose e verbascose) também podem apresentar Soja hidrolisada pode ser utilizada em dietas hipoalergênicas Alguns animais podem apresentar reação alérgica à proteína de soja Composição química mais constante que farinhas de origem animal O alto teor de lipídios do grão pode prejudicar a extrusão da dieta Boa digestibilidade e palatabilidade Imagem negativa pelos proprietários Pode contribuir com a saúde intestinal Pode apresentar excesso de fibra efeito antinutricional aos cães. As fibras solúveis podem aumentar a viscosidade da digesta, dificultando a ação das enzimas digestivas e a absorção dos nutrientes no intestino. Além disso, as Fatores antinutricionais da soja O grão de Introdução de origem animal, tem possibilitado moderação entre soja é o grão mais produzido no Brasil e um dos os níveis protéicos desejados, equilíbrio de aminoácidos mais produzidos mundialmente, sendo conhecida a mais e redução do teor de macrominerais, como o cálcio e de 5000 anos na China. O uso dos produtos derivados da magnésio, das dietas. Esse fato é importante, uma vez soja na alimentação de cães tem aumentado nos últimos que, em excesso, esses minerais podem causar anomalias anos, em função da alta qualidade e teor protéico destes ósseas nos cães, principalmente nos animais de raças (36,0% no grão de soja a 90,0% na proteína isolada de grandes e gigantes. Entretanto, a presença de fatores soja). Dentre os derivados protéicos de soja, o farelo de antinutricionais na soja pode limitar a inclusão desse soja é o ingrediente mais empregado em alimentos secos ingrediente na alimentação de cães, sendo necessário completos para cães, compondo entre 5% a 20% da dieta. o correto processamento da soja para remoção desses fatores. Assim, será comentado a seguir algumas No Brasil, a inclusão de derivados da soja nos alimentos comerciais para cães, associado às farinhas características da soja como fonte protéica para cães. apresenta alguns fatores no intestino, podendo resultar em f latulência e na o produção de fezes em maior volume e menos consistentes aproveitamento dos nutrientes da dieta pelos animais. pelos cães. Desse modo, as fibras são os principais Os principais fatores antinutricionais da soja são as limitantes da inclusão da soja na alimentação de cães, lectinas (também conhecidas como hemaglutininas) e os pois seus efeitos não são reduzidos pelo processamento inibidores de proteases. As lectinas aglutinam às células térmico da soja. A inclusão máxima de 10% de farelo intestinas, prejudicando a absorção dos nutrientes. Já, de soja em alimentos comerciais para cães adultos, os inibidores de proteases (inibidores de tripsina e geralmente não resulta em problemas de consistência quimotripsina), se ligam às enzimas digestivas tripsina fecal, dependendo da formulação da dieta. e quimotripsina, impedindo que estas atuem sobre as Apesar antinutricionais, Uso da soja na alimentação de cães A soja fibras e os açúcares da soja são altamente fermentáveis os quais podem prejudicar desses efeitos adversos sobre o 62 63 aproveitamento dos nutrientes da dieta e sobre as fezes da soja pode não inativar os inibidores de proteases, dos cães, as fibras solúveis são importantes para a saúde enquanto o superaquecimento pode resultar na formação intestinal, principalmente para cães geriátricos, obesos de complexos entre a lisina e carboidratos (reação de e diabéticos, pois diluem as calorias da dieta, auxiliam Maillard), formação de pontes dissulfeto e interações na saciedade dos animais, controlando o consumo de não-covalentes entre cadeias polipeptídicas, reduzindo alimento, reduzem a taxa de absorção de glicose no a digestibilidade da proteína. intestino, reduzindo o pico glicêmico pós-prandial e evitam a constipação. maioria dos derivados de soja utilizados na alimentação Como pode ser observado na figura 1 e tabela 1, a Além disso, por serem fermentáveis no intestino, de cães, com exceção do grão de soja tostado e da soja as fibras e, principalmente, os açúcares (estaquiose e micronizada, apresentam baixo teor de lipídios, uma rafinose) da soja, podem atuar como prebiótico. Assim, vez que estes são removidos para o consumo humano, promovem o desenvolvimento de microrganismos não- principalmente. A remoção dos lipídios concentra a proteína patogênicos no intestino, como Lactobacillus spp. e da soja, resultando em derivados com maior teor protéico. Bifidobacterium, os quais inibem os patogênicos, como do gênero Clostridium spp., Escherichia spp, Salmonella soja, pelo descascamento do grão e das fibras solúveis, spp., entre outros. Os microrganismos patogênicos por extração destas com solução de etanol, concentram produzem compostos tóxicos, como amônia e aminas ainda mais a proteína da soja, resultando, por exemplo, biogênicas, que além de serem prejudiciais ao intestino, no concentrado protéico de soja, que apresenta altos causam mau odor às fezes dos cães. teores de proteínas e baixo teor de açúcares. Ainda, a Além da remoção dos lipídios, a retirada da casca da fração protéica da soja pode ser isolada, basicamente, P rocessamento pela solubilização da proteína em pH alcalino e posterior da soja A figura 1 e a tabela 1 apresentam o f luxograma separação por centrifugação dos demais componentes resumido do processamento do grão de soja para da soja, resultando na proteína isolada de soja. fabricação dos principais derivados protéicos e a composição química destes, respectivamente. derivados protéicos, com características nutricionais Existem vários métodos de processamento térmico distintas. Sendo que, quanto maior for a concentração da soja, sendo os principais a tostagem, extrusão e a da proteína da soja, por meio da remoção dos lipídios, micronização (Figura 1). Entretanto, é importante que o fibra, amido, açúcares, entre outros nutrientes do grão, processamento da soja seja bem controlado, já que o sub maior será o aproveitamento dos nutrientes da soja ou superaquecimento podem reduzir o aproveitamento pelos cães e menor será o efeito da soja sobre as fezes de seus nutrientes pelos animais. O sub-aquecimento desses animais. Grão Tostado Tostagem Óleo Limpeza, quebra, descascamento, laminação, extração Farinha desengordurada Moagem, limpeza, tostagem Concentrado protéico Extração etanol 70 - 90% Oligossacarídeos Flocos brancos Soja grão Tostagem Micronização Micronizada Assim, o grão de soja pode resultar em diversos Solubilização Oligossacarídeos, fibras, minerais protéica Casca Farelo opcional Figura 1: Fluxograma de processamento do grão de soja (Félix, 2011). NaOH, centrifugação Proteína isolada 64 65 proteolíticos, como do gênero Clostridium spp., consistentes. fermentam a fração protéica não digerida que chega no Observa-se ainda que, apenas a remoção da casca do intestino grosso, resultando na produção de amônia, cães, desde que bem processada e aliada à outras fontes grão de soja (grande quantidade de fibra), como para a aminas biogênicas, entre outros compostos tóxicos, protéicas para complementar os níveis de aminoácidos produção de farelo de soja 48%, farinha desengordurada responsáveis pelo mau odor das fezes dos cães. essenciais da dieta. A remoção das fibras e açúcares Grão tostado de soja 9,7 37,0 17,9 6,2 4,6 4,94 Farelo de soja 45% 11,4 45,3 1,7 5,4 5,9 4,08 Farelo de soja 48% 11,8 47,9 1,4 4,3 5,7 4,16 Farinha desengordurada de soja 6,0 52,0 1,0 3,5 5,0 4,38 Soja micronizada 7,4 39,1 21,5 1,4 4,5 5,28 Concentrado protéico de soja 10,1 62,9 0,4 2,6 4,8 4,94 não é suficiente para melhoria da consistência das fezes Proteína isolada de soja 6,0 87,0 0,5 0,1 4,8 5,55 dos cães. Isso ocorre porque grande parte das fibras Digestibilidade da proteína da soja Como cães são animais basicamente carnívoros, o conhecimento do teor de proteína digestível de ingredientes para esses animais é de extrema importância para a formulação de alimentos balanceados para a espécie. Assim, foi realizada uma série de estudos no Laboratório de Estudos de Nutrição Canina (LENUCAN), da Universidade Federal do Paraná – UFPR, na qual foi avaliada, entre de soja, soja micronizada e concentrado protéico de soja, 6,1 principalmente no interior do grão, enquanto a casca 6 5,8 reduzem a consistência das fezes como as fibras solúveis 5,7 66,00 Portanto, ao contrário do pré-conceituado por muitos, a 64,00 Umidade (%) alta digestibilidade da proteína (de 84,7% a 98,8%) por cães. proteína da soja, quando bem processada (inativação dos fatores antinutricionais termolábeis e redução das fibras e mais digestíveis que farinhas de origem animal. 56,00 SM FS48 CPSH FS45 FDS SGT FVA 100 PIS: proteína isolada de soja; SM: soja micronizada; FS48: farelo de soja com 48% de proteína bruta; CPSH: concentrado protéico de soja hidrolisado; FS45: farelo de soja com 45% de proteína bruta; FDS: farinha desengordurada de soja; SGT: soja grão tostado. Adaptado de Félix (2011) CDAPB (%) Figura 3. Umidade das fezes de cães alimentados com dietas contendo 30% de um derivado protéico de soja ou farinha de vísceras de aves (FVA). FS45 FDS SGT FVA PIS: proteína isolada de soja; SM: soja micronizada; FS48: farelo de soja com 48% de proteína bruta; CPSH: concentrado protéico de soja hidrolisado; FS45: farelo de soja com 45% de proteína bruta; FDS: farinha desengordurada de soja; SGT: soja grão tostado. Adaptado de Félix (2011) Figura 2. Coeficientes de digestibilidade aparente da proteína bruta (CDAPB) de derivados protéicos de soja e da farinha de vísceras de aves (FVA) em cães. Embora a maioria dos derivados de soja resulte na produção de fezes menos consistentes pelos cães, como comentado anteriormente, a presença de fibras solúveis e açúcares (principalmente estaquiose e rafinose) podem apresentar efeito prebiótico no intestino dos cães. Como Q ualidade das fezes Embora a proteína da soja seja bem aproveitada por cães, como comentado anteriormente, a presença de fibras e açúcares na soja pode resultar na produção de fezes em maior volume e menos consistentes pelos cães. Entretanto, a remoção desses carboidratos da soja, como para a produção de proteína isolada de soja, reduz os efeitos deletérios da inclusão de soja na dieta sobre as fezes dos cães. Esse fato está ilustrado na figura 3, na qual se observa que apenas os cães alimentados com as dietas contendo proteína isolada de soja e farinha de constatado pela redução no pH e no teor de amônia das fezes de cães alimentados com derivados protéicos de soja, em relação à dieta contendo farinha de vísceras de aves (Figura 4). A redução no pH fecal se deve, principalmente, à fermentação dos carboidratos da soja por microrganismos lácticos no intestino grosso dos cães, resultando na produção de ácido láctico e ácidos graxos de cadeia curta, os quais reduzem o pH intestinal, inibindo FVA características nutricionais e custos distintos, como importantes aliados à nutrição ótima de cães. L iteratura 4 A.P. Avaliação citada nutricional de derivados protéicos de soja para cães. Tese (Doutorado em Ciências 3,75 veterinárias). Universidade Federal do Paraná – UFPR. FS45 FDS SGT FVA Figura 4. pH e teor de amônia das fezes de cães alimentados com dietas contendo 30% de um derivado protéico de soja ou farinha de vísceras de aves (FVA). PIS CPSH SGT Curitiba-PR. 2011, 188p. SM: soja micronizada; FS45: farelo de soja com 45% de proteína bruta; FDS: farinha desengordurada de soja; SGT: soja grão tostado. Adaptado de Félix (2011) 54,00 FS48 FDS FELIX, SM 60,00 58,00 FS45 3,5 62,00 açúcares) são bem digeridas por cães, inclusive podendo ser SM SM 4,25 de soja (mais que 10%). 68,00 PIS pode se utilizar diferentes derivados da soja, com melhoria das fezes dos cães em dietas com alta inclusão Observa-se que todos os derivados de soja apresentam 75 intestinal. Desse modo, segundo a finalidade da dieta, 4,5 80 funcionais ao organismo, como contribuir com a saúde protéica da soja tem demonstrado ser eficaz para 70,00 85 consistência fecal, estas podem apresentar efeitos fermentáveis. Por isso, apenas o isolamento da fração soja para cães, como mostrado na figura 2. 90 apesar do efeito adverso das fibras da soja sobre a 5,9 fibras insolúveis, embora aumentem o bolo fecal, não outros fatores, a digestibilidade da proteína de derivados de 95 aumenta a consistência das fezes dos cães. Entretanto, 6,2 solúveis e açúcares fermentáveis da soja se encontram é composta principalmente por fibras insolúveis. As A soja é uma fonte protéica de alta qualidade para da soja permite maior aproveitamento da proteína e pH UM: umidade, PB: proteína bruta, EE: extrato etéreo, FB: fibra bruta, MM: matéria mineral, EB: energia bruta. Conclusões vísceras de aves produziram fezes menos úmidas e mais Amônia (g/kg) Tabela 1. Composição química (na matéria natural) de derivados protéicos de soja Derivados de soja UM % PB % EE % FB % MM % EB % o patogênicos desenvolvimento proteolíticos. de Os microrganismos microrganismos Ananda Portella Félix, Cleusa Bernardete Marcon de Brito, Carolina Pedro Zanatta, Laís Guimarães Alarça, Simone Gisele de Oliveira, Alex Maiorka 66 Serviços 67 ASSINATURA DA REVISTA Pet Food Brasil Aboissa 47 3ª capa Informe Agro Business Tel. (11) 3853-4288 [email protected] www.agroinforme.com.br Tel. (11) 3353-3000 [email protected] www.aboissa.com.br Andritz Sprout do Brasil 57 www.andritzsprout.com [email protected] Anima Consultores 47 [email protected] 4ª capa Tel. 0800-7016100 www.brazilianpetfoods.com.br Consulpet 65 [email protected] 63 www.exteec.com Tel. (16) 3615-0055 [email protected] www.ferrazmaquinas.com.br Tel. (42) 3231-9400 www.focam.com.br 53 [email protected] www.geelencounterflow.com Grande Rio Reciclagem 13 Tel. (21) 2765-9550 [email protected] www.grgrupo.com.br Haarslev / Tremesa Brasil Tel. (41) 3389-0055 [email protected] www.haarslev.com 61 Complemento: Cep: UF: Fone: ( ) Fax: ( ) E-mail: Nutrivil Tel. (85) 3215-1107 [email protected] www.nutrivil.com.br 21 41 [email protected] Cidade: Permecar Tel. (19) 3456-1726 www.permecar.com.br Focam 15 Promep/Tekinox Tel. (19) 3256-9696 www.promepcampinas.com.br 05 Rothoplás Embalagens Tel. (11) 4199-2555 [email protected] www.rhotoplas.com.br 55 SES Surface Tel. (16) 3368-3118 www.ses-engenharia.com.br 07 Cargo: Tipo de Empresa: ( ) Fábrica de Ração ( ) Palatabilizantes ( ) Vitaminas e Minerais ( ) Aditivos e Anti-Oxidantes ( ) Veterinários ( ) Zootecnista ( ) Pet Shop ( ) Farmacologia ( ) Corantes ( ) Embalagens ( ) Graxaria Independente ( ) Graxaria / Frigorífico ( ) Fornecedor de Máquinas / Equipamentos ( ) Fornecedor de Insumos e Matérias-Primas ( ) Prestadores de Serviços ( ) Consultoria / Assessoria ( ) Universidades / Escolas ( ) Outros SPF do Brasil Tel. (19) 3583-6003 www.spfbrasil.com.br 33 25 Tel. (43) 3338-7288 www.imbrastek.com.br 51 Tel. (67) 2108-5900 www.inflex.ind.br Nº: 65 49 Inflex Embalagens 23 Nord Kemin Tel. (49) 3312-8650 www.kemin.com 59 [email protected] Imbrastek Endereço: Nutridani Tel. (43) 3436-1566 www.nutridani.com.br Tel. (16) 3996-9322 Geelen Counterflow 17 Moinhos Vieira Tel. (15) 3251-4558 Skype: moinhos.vieira Nutriad Tel. (19) 3206-0199 www.nutriad.com.br www.consulpet.com.br Ferraz Máquinas Empresa: 59 (19) 9135-1322 Exteec Nome: 11 www.animaconsult.com.br Brazilian Pet Foods 31 Manzoni Industrial Tel. (19) 3225-5558 www.manzoni.com.br Marfuros Tel. (44) 3029-7037 www.marfuros.com.br (11) 3677-1177 Você pode solicitar o recebimento da Pet Food Brasil. Após preenchimento do formulário a seguir, envie-o para: Wenger do Brasil Tel. (19) 3871-5006 [email protected] www.wenger.com 2ª capa Wid / Muyang Tel. (11) 5042-4144 www.wid-eng.com Rua Sampaio Viana, 167, Conj. 61 São Paulo (SP) - Cep: 04004-000 Fone: (11) 2384-0047 ou por e-mail: [email protected] 68