Poder, p - Agrupamento de Escolas Dra Laura Ayres
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Poder, p - Agrupamento de Escolas Dra Laura Ayres
100 COMENTÁRIOS 100 COMENTÁRIOS 100 COMENTÁRIOS 100 COMENTÁRIOS 100 COMENTÁRIOS 100 COMENTÁRIOS 100 COMENTÁRIOS 100 COMENTÁRIOS 100 COMENTÁRIOS 100 COMENTÁRIOS 100 COMENTÁRIOS 100 COMENTÁRIOS 100 COMENTÁRIOS 100 COMENTÁRIOS 100 COMENTÁRIOS 100 COMENTÁRIOS 100 COMENTÁRIOS 100 COMENTÁRIOS 100 COMENTÁRIOS 100 COMENTÁRIOS 100 COMENTÁRIOS 100 COMENTÁRIOS 100 COMENTÁRIOS 100 COMENTÁRIOS 100 COMENTÁRIOS 100 COMENTÁRIOS 100 COMENTÁRIOS 100 COMENTÁRIOS 100 COMENTÁRIOS 100 COMENTÁRIOS 100 COMENTÁRIOS 100 COMENTÁRIOS 100 COMENTÁRIOS 100 COMENTÁRIOS 100 COMENTÁRIOS 100 COMENTÁRIOS 100 COMENTÁRIOS 100 COMENTÁRIOS 100 COMENTÁRIOS 100 COMENTÁRIOS 100 COMENTÁRIOS 100 COMENTÁRIOS 100 COMENTÁRIOS 100 COMENTÁRIOS 100 COMENTÁRIOS 100 100 COMENTÁRIOS 100 COMENTÁRIOS Edição IX, Ano VI Junho de 2010 Poderíamos, afinal de contas, viver sem a Literatura, sem a Filosofia, sem o Amor, sem a Amizade, sem a Pintura… Poder, podíamos, mas não tão bem! O 100 Comentários tem o apoio de: Editorial Junho traz-nos as FÉRIAS, ou pelo menos, o fim das aulas. Não, não estamos distraídas, sabemos que, muitos de vós, têm que se preparar para os exames. É assim a dura, mas inesquecível, vida de estudante. Nestas nove edições quisemos dar voz ao talento dos pintores e dos poetas, aos trabalhos realizados nas várias disciplinas e às inúmeras actividades que se desenvolveram, ao longo deste ano lectivo, na escola. Pensamos que o conseguimos, no entanto, aqui ficam as nossas desculpas caso tenhamos, de alguma maneira, defraudado as vossas expectativas. Gostaríamos de deixar uma palavra de apreço a todos os que connosco colaboraram e aos criativos, professores e alunos, de artes que fizeram brilhar as páginas centrais das nossas edições. Um obrigada muito especial à Ana, à Carina, à Lau e à Lili pelo empenho e paixão com que abraçaram este projecto. Desejamos a todos umas óptimas férias! Equipa 100 Comentários Professoras Iolanda Semião, Iolanda Antunes, Cecília Assunção , Milene Martins, Ângela Gonçalves Alunos: Ana Lima, Carina Oliveira, Laurinda Alves, Liliana Gaisita Edição: Laurinda Alves Capa: IS e IA com palavras de José Afonso e Carlos Drummond de Andrade Colaboradores: Profª Inês Aguiar, Profª Stella Ferreira, Profª Isabel Bita, Prof. Reinaldo Correia, Profª Rosa Fernandes, Profª Graça Coelho e Profª Isabel Branco, Profª Andreia Sousa, ProfªLurdes Seidenstricker, Profª Carla Candeias, Profª Ana Garcia, Prof. Eduardo Pires Grupo de Matemática, Alunos dos Projectos: ―A Vida num Minuto‖, ― Anorexia‖ e ―A Gravidez na Adolescência‖, Alunos da turma do 11ºF e do 12º E, do Curso de Artes; ,Alunos da Turma 11ºL do Curso P. de Cozinha e Pastelaria, Raquel Filipe 10ºB, Cátia Guerreiro, Joana Horta, Neiza Ramos, Gerçon Taveira Projecto Jack Petchey: Prémio de Realização A nossa Escola continua integrada no Projecto Jack Petchey mantendo-se, por isso, a atribuição mensal do Prémio de Realização. Todos os meses é nomeado um aluno que se distinga ou contribua de uma maneira positiva para a comunidade escolar. O aluno galardoado com o Prémio de Realização Jack Perchey é premiado com um diploma e com um cheque de 300 euros. Este valor é aplicado, por decisão do aluno, em algo que beneficie a comunidade escolar. Os vencedores do Prémio de Realização de Jack Petchey nos meses de Maio e Junho foram: a aluna Bianca Pereira, do 12ºE, do Curso de Artes, e o aluno Teddy Maício Farinha Cachove, da turma H, do 11º ano do Curso Prof. de Técnico de Turismo. . Projecto Jack Petchey: Prémio de Liderança A vencedora do Prémio de Liderança de Jack Petchey no ano lectivo de 2009/2010 foi a professora Conceição Silva “Foi o tempo que perdeste com a tua rosa que tornou a tua rosa tão importante” Antoine de Saint-Exupéry No final deste ano escolar, apreciando a história e as ―estórias‖ que se foram construindo desde o dia 8 de Junho de 2009, acho importante reflectir sobre este percurso comum, estação terminal para alguns, transbordo para outros, simples paragem para muitos. Tínhamos, então, tanta coisa para fazer e tão pouco tempo disponível! Setembro e o novo ano lectivo estava a chegar… Com as prioridades de intervenção definidas, a dimensão organizacional da ESLA surgia no topo da lista. Era, efectivamente, necessário garantir condições de administração e gestão, aos mais diversos níveis, facilitadoras do processo educativo, consistentes e visíveis no Projecto ESLA, no Regulamento Interno, no Projecto Curricular de Escola e nos Planos Curriculares de Turma, criados, na quase totalidade, durante este ano lectivo. Aos Objectivos Estratégicos Aumentar o sucesso educativo dos alunos da ESLA, Diminuir os índices de indisciplina, agressividade e violência, Desenvolver procedimentos de avaliação adequados, Aumentar os níveis de satisfação nas áreas da saúde e do bem-estar respondemos incentivamos o trabalho cooperativo dos departamentos e equipas pedagógicas; organizámos e diversificámos as modalidades e estratégias de apoio educativo, incluindo o apoio específico para exame e a implementação de um projecto de tutorias e reforçámos as actividades de enriquecimento e complemento curricular; implementámos a avaliaçãodiagnóstico generalizada, através de instrumentos normalizados por disciplina/ano/ nível, e a avaliação aferida interna das aprendizagens; organizámos o Plano de Ocupação dos Tempos Escolares dos alunos; reforçámos o funcionamento do Consultório da Matemática e do Centro de Aprendizagem; a Biblioteca tornou-se incontornável no sucesso da ESLA; concebemos, organizámos e pusemos em funcionamento o Projecto Português +, enquanto estratégia de integração e desenvolvimento intensivo da competência linguística do português para os alunos estrangeiros; Implementámos um plano de Estudo Acompanhado, centrado no trabalho em par pedagógico, com os professores de português e matemática; promovemos as metodologias de trabalho de projecto, com especial destaque para a Área de Projecto do básico e secundário; implementámos a Equipa de Supervisão Disciplinar e, ao sermos rigorosos na aplicação e verificação do cumprimento dos direitos e deveres e, consequentemente, de melhorámos o clima de escola; com a criação de Equipa de Auto-Avaliação, implementámos a auto-avaliação da ESLA, incentivando a participação dos pais e alunos neste processo; Reforçámos o Projecto de Educação para a Saúde, com uma efectiva integração curricular da Educação Sexual, no 3º ciclo e secundário; dinamizámos formação para alunos, professores e pessoal não docente; melhorámos a oferta alimentar e reorganizámos o serviço de Bufete; melhorámos as condições de funcionamento da oferta formativa do ensino nocturno; fomos mais eficientes na distribuição do serviço docente, lectivo e não lectivo; reforçámos o diálogo e a cooperação com as outras escolas do conselho. Estamos a construir critérios de avaliação de escola e a conceber o Projecto Educativo. A Associação de Pais e Encarregados de Educação está criada e com muita vitalidade. O empenho dos pais nas diversas equipas que integraram foi uma mais-valia para o processo educativo. A ESLA foi objecto de matéria jornalística na imprensa local e regional. Tivemos alunos, pais, assistentes, professores e enfermeira excepcionais, que realizaram projectos excepcionais, e elevaram o nome da escola a um patamar de excelência. E tivemos, durante todo o ano, um ―100comentários‖ excepcional, cuja equipa é digna de mérito pelo profissionalismo e dedicação: é um privilégio sermos ESLA através deste jornal. Estou orgulhosa do que já conseguimos e confiante do que ainda vamos conseguir. E seria injusto não referir os responsáveis por tudo isto: todos vós, professores, assistentes, alunos. É um privilégio estar, pertencer, ser... ESLA. É um privilégio ser directora da Escola Secundária Drª Laura Ayres. O Futuro? --- que venha! Nós chegámos primeiro. O Futuro ? - que venha! Nós chegámos primeiro PROJECTOS 12—DIVULGAÇÃO Os vários grupos da disciplina de Área de Projecto tiveram oportunidade, no passado dia 17 de Maio, de divulgar junto da comunidade educativa os trabalhos em que se empenharam ao longo do ano lectivo. Uns direccionaram a sua atenção para a solidariedade com crianças e com idosos, outros focaram-se nas questões relacionadas com o ambiente, outros ainda foram sensíveis ao problema da fome e às dificuldades vividas pelos adolescentes. Houve quem se preocupasse com a saúde, com a beleza, com os imigrantes, com a estética dos espaços escolares, finalmente outros houve cuja atenção se centrou na divulgação de um pouco do muito que se fez, este ano, na nossa escola. Aqui ficam algumas fotos do evento. PROJECTOS 12—DIVULGAÇÃO Há que lutar por causas destas! Onde está o resto da equipa??! Não o conseguimos salvar?! o salg uári Oh a q Somos dois biopoderosos pintos... ado, o do quant teu sa l…. Ano Internacional da Biodiversidade Nuno Magalhães Ria Formosa 2010 é o Ano Internacional da Biodiversidade. Mas afinal o que é a biodiversidade? Será proteger os bichinhos giros, como o panda e o tigre? Também passa por aí, mas não só. Se formos à raíz da palavra, biodiversidade significa as diferenças entre os seres vivos. Um ecossistema tem animais, plantas, bactérias, fungos e outros seres, todos eles se alimentam e dão alimento a outros. E porque é que isso é importante? Porque é necessário proteger? Será que só é importante cuidar da floresta amazónica e dos recifes de coral? Será que só aí é que há biodiversidade? Não é bem assim. A biodiversidade é importante porque nós somos simples seres vivos, somos animais, que necessitamos de alimento, de plantas, de fungos, de outros animais. Garantir a biodiversidade é garantir a nossa sobrevivência, como espécie. Há remédios que são feitos a partir de fungos que apenas vivem em árvores de florestas remotas, ou em mares desconhecidos. Ao destruirmos os ecossistemas poderemos estar a destruir espécies que um dia viriam a ser da maior utilidade, quem sabe... E só os locais tropicais e distantes é que têm elevada biodiversidade? A resposta é simples. Não. Mesmo aqui ao lado, temos um dos principais redutos de biodiversidade da Europa. A Ria Formosa é um mundo de biodiversidade! Há uma enorme quantidade de peixes e moluscos que nela vivem e se reproduzem. Algas e plantas marinhas, crustáceos, aves, que aqui descansam das suas migrações, passam o Inverno ou chegam na Primavera para se reproduzir. E nós, seres humanos, aproveitamos essa riqueza. Da pesca, do marisco, do turismo. Há zonas que aparentemente não têm a d nada de especial, n Pa como os desertos, mas que são riquíssimas em biodiversi.... E quem morra por causa destes. dade, pois ambientes extremos implicam seres muito bem adaptados. Só esses conseguem viver aí, mas ―só esses‖ nem sempre são poucos. Mas voltando ao panda e ao tigre. São animais raros, que é importante preservar. Tal como as baleias, e bem mais próximo de nós, o lince- ibérico, o felino mais ameaçado de extinção do mundo. Mas esses animais têm pelo menos uma coisa a favor deles. São fofinhos. É extremamente simples angariar pessoas para a causa da defesa do urso panda, ou do golfinho, ou mesmo do tigre. Agora tentem lá defender uma minhoca rara, ou uma erva que ninguém conhece! E se calhar estão a perguntar: mas porque é que interessa proteger a minhoca, ou a erva rara? Pelo mesmo motivo de sempre: porque se calhar, se a minhoca desaparece, ou a erva, há todo um ecossistema que fica em desequilíbrio, seres que ficam sem comida, ou pelo contrário, espécies que ficam sem predadores e começam a alastrar descontroladamente. Aqui no Algarve há plantas endémicas, que só existem nesta região. O Alcar-doAlgarve (Tuberaria major) só existe entre Olhão e Albufeira, em todo o mundo. Tem a sua importância, no ecosAlcar-do-Algarve sistema onde está inserido, mas claro que é mais simples convencer as pessoas a preservar o panda. Afinal de contas, é tão fofinho... Os predadores em particular são dos animais mais importantes que devemos preservar a todo o custo. Sabias que a diminuição drástica do número de tubarões em todo o mundo (mais de 90% nos últimos 40 anos) tem feito diminuir a quantidade de peixes, e aumentar o número de alforrecas? E a propósito, os tubarões não são aqueles papões que os filmes mostram. Por ano, em todo o mundo Há quem mate muitos morrem cerca de dez destes.. pessoas por ataques de tubarão, a maioria acidentais. So para compararmos, no m e s m o período de tempo, as abelhas matam mais de mil pessoas. Há mais de cem pessoas que morrem por lhes caírem cocos em cima da cabeça! Quer isso dizer que devemos destruir as abelhas? Ou ugir dos cocos? Não me parece... Os ecossistemas são como castelos de cartas: se tiramos uma carta do meio, arriscamo-nos a que o castelo desmorone todo. IX Jogo da Democracia: O Ambiente e as Alterações Climáticas Pensar Global / Agir Local Vítor Coelho No dia 23 de Abril de 2010, no salão da Assem- tiveram uma participação muito significativa, pois bleia Municipal de Loulé realizou-se a sessão final a aluna Jung Chen foi eleita para Presidente desta do IX Jogo da Democracia. Este projecto que já Assembleia e coordenou os trabalhos com muita vai no seu nono ano de realização, é organizado serenidade, distribuindo a palavra com equilíbrio e pela Câmara Municipal de Loulé e aberto a todas permitindo um debate acalorado e rigoroso sobre as escolas EB 2,3 e secundárias do concelho de os temas em questão. Loulé para celebrar o ‘25 de Abril‖, através da Também o Micael Santos foi eleito para secretário criação de uma sessão da mesa apoiando a sua Presi- ‗simulada‘ da Assembleia Muni- dente com muita dedicação. O cipal. Cada escola pode partici- aluno Francisco Martins foi par com um grupo de 4 alunos. nomeado porta-voz e líder do Este ano o tema foi:‖O Ambiente grupo D. P.A. que defendeu o e as Alterações Climáticas. Pen- projecto: “Menos carros, mais sar Global. Agir Local”. ambiente‖ e o Pedro Machado A nossa Escola Secundária Drª vice- líder do grupo ‗Amigos do Laura Ayres 2,3 participou nes- Sol’ ,que com as suas interven- tes jogos com um grupo de 4 ções acutilantes defenderam os alunos: A Jung Chen, o Micael seus projectos com muito entu- Santos e o Francisco Martins do siasmo. 11ºC e o Pedro Machado do Os professores Reinaldo Correia 11ºE. e Vítor Coelho acompanharam Constituíram-se 3 grupos de trabalho que apresen- os alunos neste projecto. taram a debate os subtemas seguintes: “Almargem A sessão terminou com a distribuição de prémios a para Todos‖ – construção de um parque ambiental todos os participantes, a que se seguiu um almoço na zona do rio Almargem em Quarteira ( do grupo de confraternização. Tamarixes); ―Menos carros, mais ambiente‖— Valeu a pena a participação da nossa Escola! reajustamento do parqueamento e distribuição do Aprendemos mais e melhor a utilizar as regras da fluxo automóvel em Quarteira (do grupo D.P.A.); democracia e a compreender com profundidade o e ainda o subtema ―Instalação de painéis foto vol- conteúdo das temáticas em questão. taicos e foto térmicos no concelho de Loulé‖ (do E para o ano são já…os X Jogos da Democracia. grupo Amigos do Sol). Venham eles! E A ESLA lá estará, com certeza ! Os alunos da nossa Escola Secundária Laura Ayres Tens bom raciocínio? Neiza Ramos Este foi o desafio lançado pelos alunos do Curso Profissional de Informática de Gestão e pelo seu professor de Matemática, Walter Farias. Os jogos propostos (Torre de Hanói, Solitário Octogonal, Jogo do Galo, Abalone Hexagonal e Quatro) lançavam o repto à concentração e ao raciocínio dos que passavam pelo corredor central da escola ,nos dias 25 e 26 de Maio. Para além dos jogos existia outro desafio: o Jogo dos Decilitros Perdidos, que consistia em encontrar 4dl sem medida, usando apenas duas garrafas de 3dl e de 5dl. E foram muitos, alunos e professores, os que se atreveram a participar e defrontar adversários quase imbatíveis, provando assim que com perseverança e talento não há vencedores à partida. Exposições de Matemática Cristina Soares Na Biblioteca da escola realizaram-se duas exposições do grupo de Matemática: ― Formulários e Companhia‖ da responsabilidade dos alunos do 11º e 12º anos e ― Calendário de Matemáticos 2010‖ dos alunos do 8º ano. Na primeira, os alunos utilizaram a sua criatividade para construir formulários que os ajudassem a estudar para os exames que se aproximam, e na segunda, os discentes realizaram um calendário de 2010 em que cada mês é dedicado a um matemático que se destacou pelos seus feitos nos últimos cem anos. A primeira exposição pode ser visitada até ao dia 04 de Junho e a segunda até ao dia 08 do mesmo mês. O Dia de África Cidália Mendes No dia 25 de Maio comemorou-se o Dia de África. Devido à importância deste dia no panorama nacional/internacional, e já que a nossa escola tem uma grande comunidade de alunos oriundos dos PALOPs (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa), resolvemos não deixar este dia passar em claro. Na biblioteca da escola deu para sentir o cheirinho a África através de uma exposição com artesanato e vestuário africano. A comunidade escolar pôde apreciar peças de Moçambique, Angola, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe. Algumas turmas da escola foram ao auditório da escola assistir a uma palestra intitulada ― O ser africano e os Afro-europeus – que futuro lá e cá?‖ promovida pelo engenheiro e empresário de construção civil, Mamadú Bobo Baldé, oriundo da Guiné-Bissau. A música também esteve presente através dos ritmos do kuduro e da semba. E como estes ritmos convidam ao movimento, o grupo de dança África… África minha e tua… África dos meus amores… África de cheiros e sabores… África de ritmos e calores… África de cores de terra e café… África é não parar de mexer o pé… ―Kwanza‖ maravilhou-nos com uma actuação de tirar o fôlego…. (Os “Kwanza” são um grupo de dança composto por 20 elementos angolanos e cabo-verdianos com idades compreendidas entre os 8 e os 25 anos.) Para terminar a manhã, os sabores de Angola vieram até nós e deliciámo-nos com uma ―Moamba‖ confeccionada por alguns elementos da nossa comunidade escolar. E foi através desta partilha multicultural que trouxemos um pouco de África até nós… ÁFRICA, A DIVERSIDADE CULTURAL DE UM CONTINENTE Rafael, Jéssica, António, Felipe e Emanuel O continente africano é conhecido pelas suas bele- zas naturais e em particular pela sua vida selvagem. É um continente prolixo pois nele encontra-se uma enorme diversidade, desde os extensos vales férteis, onde a vida parece não ter fim, aos gigantescos desertos, como o Saara, o maior do mundo. É também um continente de contrastes relativamente às condições de vida. É África que abriga uma das civilizações mais antigas e intrigantes do globo, a egípcia. A sua diversidade teve como consequência a divisão de África em regiões: Norte de África, Oeste de África, África Central, Leste de África e Sul de África. As suas características geográficas também são diversas e variam do clima equatorial, tropical húmido, ao clima desértico, cujas consequências são visíveis na flora que oscila entre a savana, arbustos de deserto e as florestas tropicais e equatoriais. No que concerne ao seu relevo, encontra-se o monte Kilimanjaro (5895 metros de altitude) que permanece coberto de neve durante todo o ano. O continente africano cobre uma área de cerca de 30 milhões de quilómetros quadrados e possui mais de 50 países. Cinco destes países foram colónias portuguesas e usam o português como língua oficial: Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe, fazendo parte da CPLP e dos PALOP. Em Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe são ainda falados crioulos. É consensual distinguir a África subsaariana do norte de África, sobretudo porque esta diferença de latitude tem reflexos nas características da população. A norte do Deserto do Saara, a população é branca e , por isso, é denominada de África Branca. São principalmente árabes, egípcios e berberes, entre os quais se incluem os etíopes e os tuaregues. A sul do Saara temos a chamada África Negra, povoada por grande variedade de grupos negróides que se diferenciam entre si principalmente pelo aspecto físico, mas também por diferenças culturais, idiomáticas e religiosas . Podemos encontrar três religiões principais: o islamismo, o cristianismo, e o animismo, seguido em toda a África Negra. Existem inúmeras línguas no continente: várias de origem africana e os idiomas introduzidos pelos colonizadores. A gastronomia de África é fecunda em sabores quentes e exóticos. Os pratos e os condimento reflectem as características de cada país, região e de cada povo. Assim, a de Angola é caracterizada pelo feijão de óleo de palma (dendém) e pela muamba de galinha; Cabo Verde é a cachupa de peixe; na Guiné-Bissau é o famoso caldo de peixe e em S. Tomé e Príncipe o calulu de peixe. Rico em tradições, costumes, valores, festividades, etnias, raças, línguas, danças, gastronomia, ritmos musicais, entre outros, o continente africano, representado pela África do Sul, prepara-se para receber o mais aguardado evento mundial do desporto: Mundial de Futebol de 2010, uma forma de convidar os turistas a visitar este exótico e rico continente. Fada do Lar Inês Aguiar Na valsa mórbida que caracteriza a emancipação da mulher não há moral da história. Sob a égide do movimento sufragista da era pós revolução industrial que se limitou a reproduzir a submissão do género em novas formas, a consciência da fragilidade da condição de ser-se mulher em quase nada se alterou neste breve panorama histórico de lutas e conquistas femininas. Na nossa ―condição‖ de sermos mulheres, continuamos a ter como função a de parir, criar e educar, subliminarmente transformadas em direitos quase inexistentes face a um despotismo masculino, ameaçado na sua identidade viril e, tantas vezes, confundido com paternalismos inconvenientes e exacerbados. O elemento inquietante nesta versão traduz-se na ambição desmesurada de sermos semelhantes às Amazonas, convertidas religiosa e culturalmente em Fadas do lar. Por isso, e tal como diz Rimbaud ― Por delicadeza, perdi a minha vida.‖ O véu de silêncio agudiza-se e nem mesmo a ciência, na sua procura genética de Deus, nos pode ajudar. Os determinismos culturais mantêm-nos vigilantes ao corroborar a fragilidade dos nossos direitos aparentemente conquistados. A propaganda manipuladora da inferioridade da mulher perpassa pela literatura, pela filosofia e pela arte e prorrogara-se até aos dias de hoje em tratados debutantes pseudointelectuais e esquizofrénicos, apenas obliterada por pequenos testemunhos de homens e de mulheres que, sem problemas de auto-estima misóginos, fazem a apologia do feminino. Tal como Diógenes, ando em pleno dia, com uma lanterna acesa, à procura de homens verdadeiros, eu acrescento, à procura de homens e mulheres verdadeiras. Mesmo sabendo tratar-se de uma atitude inócua, tenho de imaginar-me feliz, tal como imagino Sísifo feliz, na metáfora inexorável da condição humana, sem géneros mefistofelicamente coisificados em objectos. Maratona de poesia Ângela Gonçalves Realizou-se neste ano lectivo, a ―I Maratona de Poe- sia‖ de autores portugueses. Esta actividade foi dinamizada pelo Grupo Disciplinar de Português com o objectivo de comemorar o dia Mundial da Poesia. O objectivo era envolver os alunos de todas as turmas da nossa escola de forma a assinalar a data. Assim, foram previamente seleccionados alguns alunos em cada turma, quer do ensino básico, quer do secundário, que escolheram um poema de um autor português e trabalharam-no de forma a poderem apresentá-lo expressivamente a outras turmas. Alguns alunos optaram por apresentar poemas da sua própria autoria e dálos a conhecer aos colegas. Após este trabalho preparatório, as turmas envolvidas foram organizadas de forma a que cada uma levasse o seu testemunho a outra turma e assim sucessivamente. Esta iniciativa decorreu com normalidade, envolveu bastantes alunos e alguns professores e demonstrou que actividades desta natureza continuam a despertar interesse nas gerações mais jovens e que são um bom motivo para sensibilizar aqueles que são mais radicais em termos culturais. O Grupo de Português agradece a colaboração e o bom acolhimento de todos os professores e alunos envolvidos e espera poder continuar a contar com a colaboração de todos, no próximo ano lectivo, para a realização da ―II Maratona de poesia‖. Atrás do Pano: Os cantos confidenciais Sónia Santos No Teatro Municipal de Faro, nós, turmas do CEF 1, 2 e 3, descobrimos que existem inúmeras histórias e lugares que não estão no palco, mas fazem parte dele. O Teatro deixou de ser estranho para nós! Tivemos possibilidade de conhecer todos os recantos e encantos que existem por detrás da cortina régia. Para além de termos assistido a um espectáculo de teatro diferente do habitual, pudemos também, com ajuda dos técnicos, fazer a nossa própria peça. Gostámos especialmente da sensação de ― vestir ― o papel de actor e de conhecer o trabalho de cada técnico, assim como conhecer as instalações do Teatro: palco, sub-palco, varandas (maquinaria), camarins, direcção de cena e régie de cinema (luz e som). Representar no Teatro é espectacular, porque existe um trabalho de equipa brilhante, muito organizado e com muito empenho. Foi, sem dúvida, uma experiência inesquecível! Desta vez foi o teatro que veio até nós Lurdes Seidenstricker Desta vez foi o teatro que veio até nós pela actriz e formadora, Andrea Liebezeit. Os ―actores‖ foram seis alunos do 10º ano, turmas J e L, do Curso Profissional de Turismo, a frequentar a disciplina Comunicar em Alemão e que se voluntariaram a fazer um Rollenspiel, i.e., uma dramatização, enquanto os restantes colegas observavam e tomavam notas do que viam/pensavam estar a ser representado. A acção passava-se num país imaginário e as personagens comportavam-se duma maneira estranha, diferente. Pretendeu-se com esta actividade levar os alunos a reflectir sobre os estereótipos, os preconceitos e o facto de, por mais aberta que seja a nossa mentalidade, vermos sempre a outra cultura à luz da nossa herança cultural, tirando muitas vezes ilações erradas daquilo que nos é dado observar. Seguiu-se uma pequena palestra em que foram apontadas as diferenças culturais, de hábitos e tradições entre a Alemanha e Portugal, vistas por uma alemã a viver há cinco anos no nosso país. Dispensados os alunos de alemão do terceiro ciclo (7º A e 9º B), convidados apenas a participar nesta primeira parte, passou-se à segunda parte desta actividade, agora mais direccionada para os cursos profissionais. A coordenadora e formadora do Centro DUAL em Portimão, serviço de Qualificação Profissional da Câmara de Comércio e Indústria Luso -Alemã, Anabela Baptista, fez a apresentação do programa do curso Técnico de Hotelaria. Salientou, entre outras coisas, a possibilidade de alunos portugueses poderem estudar e estagiar num país de língua alemã, reforçou a importância da aprendizagem de línguas estrangeiras, em especial da língua alemã, para quem pretenda fazer carreira na Hotelaria e Turismo. Foi um momento lúdico, de reflexão e de aprendizagem. Let‘s go to the theatre! Lurdes Seidenstricker Na passada quarta-feira, dia 20 de Maio, fomos ao teatro! Tratou-se duma actividade do grupo de Inglês, da responsabilidade das professoras Ana Isabel Dias e Lurdes Seidenstricker que envolveu 18 turmas, desde PIEF, CEFs, terceiro ciclo e secundário regular e profissional, num total de 250 alunos e professores, tendo sido os custos suportados pela escola. “The theatre play was very funny and interesting. I haven’t laughed like that for ages. They are a great team and great actors!” “The play was very nice. I loved the interaction with the audience. The actors were very funny. It was very good.” “I really liked the play; it was very funny and well per- Os alunos foram acompanhados pelo professor de Inglês ou pelo Director de Turma e, em vários casos, pelo professor que nessa hora lhes estaria a leccionar a aula. Com esta actividade quisemos proporcionar ao maior número de alunos possível um momento cultural, que lhes permitisse contactar e interagir com nativos da língua inglesa. Foi igualmente uma motivação para a aprendizagem da língua e cultura inglesas e uma oportunidade de abordar, de forma lúdica, temáticas no âmbito da Educação Sexual e para a Saúde. formed. They did a great job, because it is hard to please teenagers nowadays.” “It was by far the best performance I have ever seen. It was absolutely nice the way they interacted with us all. I A companhia de teatro inglesa ―Clever Pants Productions‖ representou, no espaço gentilmente cedido pela Fundação António Aleixo, a peça ―Clever Cupid‖ que foi um sucesso e superou as expectativas de alunos e professores, como se pode comprovar pelos comentários feitos pelos alunos: hope they will repeat it again next year.” “I think the play was very good. The actors were very natural and they made us laugh. The interaction with the people was awesome and the play that looked boring at first, ended up being very funny! lol” “It was very funny and entertaining. I hope we can see another play next year.” “The play was hilarious and I really liked it. The actors “They were great! I would love to see them again. For were very talented.” a “three-man show” they were fantastic, really creative and funny:” “I loved it. It was very funny and interesting. We laughed a lot and the actors were perfect. We should go to the theatre more times. It was very educational.” Cary Markerink visita a nossa Escola Texto: Luís da Cruz, Rosa Fernandes e Teresa Carvalho Tradução: Ana Gonçalves Fotos: Raquel Silva ―...continuem a desenvolver o vosso trabalho e que se tornem fotógrafos interessantes no futuro. Vocês têm o talento e a energia.‖ çalves) ―Foi com enorme prazer que encontrei os alunos da turma outra vez depois de Paris (os alunos efectuaram uma visita de estudo a Paris onde visitaram a exposição ―Paris Photo‖ e onde conheceram o fotógrafo). O fotógrafo/artista, holandês, Cary Markerink, reconhecido a nível internacional esteve presente na actividade que decorreu na sala F9 e que contou com a presença dos alunos e professores da turma G do 11º ano e desenvolveu-se em dois momentos. Um primeiro momento, em que o fotógrafo procedeu a uma pequena palestra na qual abordou alguns aspectos da sua carreira, tais como: o que o leva a fotografar, trabalhos publicados e a fotografia nos dias de hoje. No fim da palestra os alunos colocaram várias questões relacionadas com a temática da fotografia. Na palestra participaram também os alunos da turma de Artes do 12.º ano e outros professores da escola. No segundo momento, em que participaram apenas os alunos e professores do Curso Profissional de Fotografia, os alunos apresentaram, ao fotógrafo, os seus portfolios. Em cada um dos portfolios, o fotógrafo efectuou uma análise crítica. Apresenta-se de seguida a tradução da opinião do fotógrafo acerca da actividade (tradução realizada pela professora de Inglês da turma, Ana Rosa Gon- Gostei especialmente do entusiasmo demonstrado na mostra dos trabalhos e posteriormente na discussão dos mesmos. Fiquei impressionado pela atmosfera geral mas do que mais gostei foi da manifesta qualidade de alguns trabalhos que conseguiram desenvolver um meio de expressão individual. Espero que os comentários que deixei sejam interessantes para os alunos, mas o mais importante de tudo e que eu espero é que continuem a desenvolver o vosso trabalho e que se tornem fotógrafos interessantes no futuro. Vocês têm o talento e a energia! Obrigado por me terem recebido! Até à próxima. ― Novo Regime, novos símbolos Reinaldo Correia Um dos símbolos do novo regime republicano que provocou mais controvérsia foi a nova bandeira. Todos estavam de acordo em retirar a coroa, mas sobre as cores não havia consenso. O escritor Guerra Junqueiro considerava que o azul e branco da monarquia era de manter porque eram as cores do fundo da alma portuguesa - o branco da inocência e o azul da alegria simples. Depois de muitas propostas o governo provisório republicano reuniu um grupo de trabalho, a 15 de 0utubro de 1910, para elaborar o projecto da nova bandeira. Desse grupo fazia parte entre outros o jornalista e político João Chagas e o pintor Columbano Bordalo Pinheiro. Elaboraram um relatório para apresentar e justificar os motivos da sua escolha. Em resumo a proposta baseava-se no seguinte: o vermelho, cor combativa e quente, é a cor da con- quista e do riso, cor cantante, ardente e alegre; lembra o sangue e incita à vitória; o verde, cor da esperança e do relâmpago, significa uma mudança representativa na vida do país; a esfera armilar é o símbolo dos Descobrimentos Portugueses, a fase mais brilhante da nossa história; o escudo com as quinas deve continuar como homenagem à bravura e aos feitos dos portugueses que lutaram pela independência; a faixa com sete castelos também deve permanecer porque representa a independência nacional. A proposta foi aceite, com pequenas alterações, e a nova bandeira foi apresentada a 29 de Novembro de 1910 e homologada pela Assembleia Constituinte a 19 de Junho de 1911 e aprovada em 21 de Agosto do mesmo ano com a promulgação da 1ª Constituição Republicana. Curiosidades…Republicanas Durante a monarquia os símbolos que identificavam o país eram os símbolos do rei. A coroa, fazia parte da bandeira azul e branca. A palavra «real» era a mais utilizada na documentação, na moeda, na toponímia, nas instituições públicas. A implantação do novo regime republicano em 5 de Outubro de 1910 implicou a adopção de novos símbolos e nova terminologia. A palavra «real» foi substituída por «nacional». Esta alteração possui um significado profundo, uma mudança de sentimento. Por exemplo, a expressão «estrada real» traduz uma reverência – estrada que o rei mandou construir, estrada que o povo agradece. Pelo contrário «estrada nacional» traduz um sentimento de posse colectiva - estrada a que o povo tem direito, estrada que o povo construiu ou foi construída com os seus impostos. A Bandeira Nacional Eduardo Pires Realizou-se no passado dia 19 de Maio de 2010, no Pavilhão da nossa Escola, o Encontro Convívio de Basquetebol entre as Escolas de Quarteira, alusivo às Comemorações do Centenário da República. A salientar o excelente espírito desportivo entre todos os alunos, tendo existido sempre um bom clima de relações interpessoais, o que contribuiu para uma competi- ção saudável e leal. UMA MULHER NA 1ª REPÚBLICA Reinaldo Correia Uma das primeiras preocupações dos republicanos, depois do 5 de Outubro de 1910, foi o reconhecimento internacional do novo regime; para viabilizar a República, numa Europa dominada pelas monarquias, era necessário promover eleições para a Assembleia Constituinte, que estabelecessem a base legal do novo regime republicano. O problema seguinte era a definição do direito de voto. O partido Republicano sempre defendera o sufrágio universal o que permitiria que todos os portugueses votassem. Mas na política quando se trata de clarificar as promessas surgem muitas dúvidas e … recuos. O sufrágio universal deveria abranger os 75% de analfabetos? E os jovens a partir de que idade teriam direito de voto? E as mulheres? Saberiam tomar decisões políticas. Na remota Finlândia tinham direito de voto desde 1906. Nos Estados Unidos e em vários países Europeus os movimentos sufragistas reivindicavam o direito de voto feminino. Depois de intensos debates ficou assente, pela Lei eleitoral de 14 de Março de 1911, que só poderiam votar os portugueses maiores de 21 anos (não especificando o sexo), que soubessem ler e escrever ou que, não o sabendo, fossem chefes de família há mais de um ano. No dia 28 de Maio de 1911 realizaram-se as primeiras eleições da República, para a Assembleia Constituinte. Uma médica, Carolina Ângelo, decidiu inscreveuse como eleitora, mas foi impedida. Recorreu para tribunal, alegando que a lei se referia a chefes de família com mais de 21 anos, sem mencionar o sexo. Como era viúva e mãe, deveria ser considerada chefe de família. O tribunal deu-lhe razão. Carolina foi a primeira mulher e única a votar. O acontecimento foi tão insólito que juntou imensos mirones a assistir a este acto de desafio, para a época. A 3 de Julho de 1913 uma nova lei eleitoral altera a lei de 1911 e retira o direito de voto aos analfabetos, medida justificada pelo combate ao caciquismo, na província exercido pelas elites de proprietários e religiosos. Esta lei também fez da República o primeiro regime em Portugal a negar explicitamente o direito de voto às mulheres apesar de algumas sufragistas portuguesas serem republicanas. Afonso Costa, então chefe do Governo, afirmou em discurso contra os que defendiam o sufrágio universal que «era no lar, o lugar da mulher, como companheira do homem e educadora dos filhos». Estas duas medidas reduziram o número de recenseados de cerca de 847 mil para 397 mil; a propósito, o escritor António Sérgio notou «o facto único na história de uma república que restringe o voto em relação ao regime monárquico anterior que derrubou em nome de princípios democráticos». Enquanto a Europa alargava o direito de voto para o sufrágio universal, em Portugal, com a exclusão das mulheres e dos analfabetos, limitava-se a participação cívica a uma minoria restrita. Todas estas restrições permitiram aos governos republicanos vencerem eleições mobilizando os 150 mil funcionários públicos. Golden Age Texto: Lília Vicente Fotos: Laurinda Alves As alunas do 12º ano C/D, de Inglês da professora Lília Vicente levaram a efeito, na semana de 17 a 21 de Maio, uma exposição, na galeria central da escola, subordinada ao tema „Golden Age‟, mostrando um pouco da cultura americana da segunda metade do séc. XX. Teve este trabalho por objectivo mostrar à comunidade escolar a riqueza e inovação deste período da cultura americana bem como relembrar nomes grandes da música, do cinema e das artes plásticas. Cada dia da semana foi dedicado a uma década (dos anos 50 aos 90), tendo a mostra incidido sobre diferentes aspectos culturais. tantes e características dos seus trabalhos; a aluna Alexandra Tavares fez uma recolha dos nomes mais sonantes da Pop Art e de alguns dos trabalhos mais emblemáticos de cada um dos artistas por si seleccionados; e a Cátia Oliveira pesquisou sobre a arte urbana – grafitti – tendo exposto alguns exemplos da mesma. Assim, a aluna Andreia Andrade foi responsável pela selecção musical, por década, e pela recolha de informações sobre as tribos urbanas: dos bickers aos punks, passando pelos hippies e pelos gothics; a aluna Laurinda Alves teve a seu cargo a selecção da moda, tendo exposto algumas peças de vestuário das várias épocas; a pesquisa sobre o cinema foi trabalho da aluna Rafaela Silva. Para além disso, a aluna Vitaliya Pavlyk debruçou-se sobre a Beat Generation, tendo referido os seus autores mais impor- Esta forma diferente de abordar conteúdos programáticos revelou-se um trabalho muito enriquecedor, tendo a exposição sido o culminar de várias semanas de trabalho de pesquisa por parte destas alunas. Contentores de luz Objectos de cerâmica produzidos na Disciplina de Oficina de Artes, pela turma E do 12º ano. O objectivo foi criar uma peça que produzisse diferentes efeitos de luz, conferindolhe uma ideia conceptual artística. Trabalhos realizados pelos alunos da turma E do 12º ano, na disciplina de Desenho A. Quadros a óleo subordinados ao tema: Abstracção das pinturas de Vermeer, pintor da Escola Holandesa (1632 - 1675). CAMPEONATO ESLA DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA ESTRANGEIROS Luís Reis Já foram apurados os vencedores do Campeonato ESLA de Língua Portuguesa para Estrangeiros: Jun Chen, aluna do 11ºC, foi a grande vencedora; recebeu um cheque-oferta FNAC no valor de cem euros, uma Diciopédia da Porto Editora e um romance oferecido pelas Edições ASA. Os segundo e terceiro classificados tiveram direito também a cheques FNAC no valor de cinquenta e vinte euros, respectivamente, além das Diciopédias e dos romances. Os dez finalistas levaram ainda para casa romances, esferográficas e certificados de participação. Este campeonato decorreu ao longo dos segundo e terceiro períodos. Os alunos tiveram de realizar, através da Plataforma Moodle, alguns tes- tes interactivos. Tiveram de responder a questões de escolha múltipla, procurando solucionar os problemas através do recurso a dicionários, gramáticas, Internet, ou perguntando a colegas/familiares. Apurados os dez finalistas, realizou-se, na Biblioteca, no dia 12 de Maio, às 15h30, o teste final. Este teste realizou -se igualmente através da Plataforma Moodle, mas sem possibilidade de recurso a qualquer tipo de ajuda. Agradeço a participação e empenho demonstrados, neste campeonato de Língua Portuguesa, pelos alunos de Português Língua Não Materna. Espero que se tenham divertido e que tenham aprendido muito com ele. Vamos à Biblioteca! Ângela Gonçalves A Biblioteca da nossa escola foi palco de uma actividade comemorativa do Dia do Livro Português, dinamizada pelas professoras de Língua Portuguesa Ângela Gonçalves e Cecília Assunção. O objectivo era levar os alunos de oitavo ano à Biblioteca com o objectivo de ler um texto de um autor português. A escolha recaiu sobre um texto do programa de Língua Portuguesa de 8ºano ― Falar Verdade a Mentir‖ de Almeida Garrett, uma vez que os alunos tinham uma visita de estudo agendada precisamente para assistirem à representação desta peça na companhia de Teatro ―Arte d‘encantar‖ Estiveram presentes as turmas A e B de 8ºano que participaram activamente na leitura dramatizada da peça. The Food Ring Lília Vicente Promovido pelo Ministério da Agricultura italiano decorre este ano mais uma edição do ‗Food4U‘, um festival de vídeo que pretende sensibilizar os jovens para a necessidade de respeitarem uma alimentação saudável. Neste festival participarão escolas de 16 países da EU. Também a nossa escola irá estar representada com o vídeo ‗The Food Ring‘, da responsabilidade de um grupo de alunos do 11º ano (Bernardo Lopes, João Graça, João Sousa, Joana Pereira, Sara Ferraz e Rafael Amador), liderados pela sua professora de Inglês, Ana Rosa Gonçalves. No final do mês de Junho serão conhecidos os seleccionados a concurso e todos esperamos que o ‗The Food Ring‘ venha a marcar presença no grupo dos melhores. Speak Out - Saber discursar - Um desafio Ângela Gonçalves Decorreu na nossa escola, pelo segundo ano con- No final da sessão, ficaram apurados 4 alunos da secutivo, o Workshop ―Saber discursar – Um desa- nossa escola, pertencentes ao 10º C, 11º D e 11º E, que fio‖, patrocinado pela fundação Jack Petchey e que tiveram a oportunidade de representar a ESLA na semi deu oportunidade a alguns jovens com idades com- -final, que se realizou na Escola EB 2/3 Engenheiro preendidas entre os 15 e os 16 anos de participarem no Duarte Pacheco, em Loulé. Todos eles tiveram uma desafio de falar em público. Foi dinamizado pela for- boa prestação, no entanto apenas ficou apurada para a madora Valentina Torres e contou com a participação final a aluna Vera Barbosa do 10º C. Na verdade, esta de alunos das turmas C e F do 10ºano e A, D e E do aluna, sempre acompanhada pela professora Carla Sil- 11ºano, em articulação com a turma C do 9º ano da va, deslocou-se a Albufeira, com o objectivo de parti- escola S. Pedro do Mar. Esta actividade despertou cipar na final que teve lugar no Auditório da Câmara grande entusiasmo junto dos alunos participantes, que Municipal de Albufeira. A aluna foi uma digna repre- a consideraram muito pertinente e muito útil para a sua sentante da nossa escola, infelizmente não conseguiu vida futura. alcançar o prémio final. Dia da Europa Susana Neves Comemorou-se no passado dia 9 de Maio o Dia da Europa. As turmas do 10º ano tiveram a oportunidade de participar nas Olimpíadas da Europa, actividade organizada pelas professoras de Português Carla Silva, Cecília Assunção e Susana Neves e que contou com o apoio dos professores Diana Santos e Álvaro. A actividade decorreu no dia 12 de manhã. Cada turma percorreu um trajecto no exterior da escola parando em determinados pontos para realizar passatempos sobre o tema. Foi notório o entusiasmo dos nossos alunos, que trocaram ideias entre si e mostraram que conhecem bastante acerca dos países que constituem esta Europa cada vez mais próxima. A turma vencedora foi o 10º A. A todos os participantes muitos Parabéns!!! Concurso de Tradução Alexandra Tavares No dia 28 de Abril, cinco alunos de Inglês e três de Espanhol aceitaram participar no concurso de tradução a nível nacional, proposto pela Universidade Católica Portuguesa – Faculdade de Ciências Humanas. O desafio consistia em traduzir um texto de uma língua estrangeira (Inglês ou Espanhol) para Português. Teremos conhecimento sobre quais as vinte melhores traduções no dia 3 de Junho; sendo, depois, eleito um vencedor e os restantes receberão o título de menções honrosas. Turma PIEF no Zoomarine Cidália Mendes No passado dia 20 de Maio, a turma PIEF deslocou-se ao Zoomarine na companhia de vários elementos da equipa pedagógica que os acompanha. Com uma guia ao nosso dispor, circulámos pelo recinto e fomos recebendo informação sobre os vários espectáculos a que podíamos assitir. A primeira paragem foi no aquário/museu onde, entre várias espécies, pudémos observar o misterioso mundo dos tubarões. Ao longo do dia assistimos aos seguintes espectáculos: - Wonderland: apresentação de focas e leões-marinhos; - Floresta Mágica: apresentação de aves tropicais; - Aqualocos: espectáculo de saltos acrobáticos; -Sonho e Fantasia: apresentação de golfinhos; - Cinema 4D; A diversão também teve lugar e os alunos divertiram- se nas várias atracções disponíveis no recinto. Para além de ser um espaço lúdico, o Zoomarine tem uma forte componente pedagógica que maravilhou os nossos alunos. Ana Lima A AMI é uma Organização Não Governamental (ONG) portuguesa, privada, independente, apolítica e sem fins lucrativos. O seu objectivo é intervir rapidamente em situações de crise e emergência e combater o subdesenvolvimento, a fome, a pobreza, a exclusão social e as sequelas de guerra em qualquer parte do mundo. Esta organização foi criada a 5 de Dezembro de 1984 e inspirou-se nos “Médecins Sans Frontières‖, reúne médicos, profissionais de saúde e outros voluntários. Baseia a sua acção na luta pela independência, mantendo sempre uma atitude de neutralidade e de integridade. Com o Homem no centro de todas as suas preocupações, a AMI criou doze equipamentos Sociais em Portugal e já actuou em dezenas de países em todo o mundo, para onde enviou toneladas de ajuda (medicamentos e equipamento médico, alimentos, roupas, viaturas, geradores, etc.) e centenas de voluntários. A AMI ajuda, mas necessita de apoio das entidades oficiais e também da angariação de fundos para realizar o seu trabalho. A AMI parte para onde ninguém quer ir, sem olhar a raça, política, religião, filosofia ou posição social. Ana Lima A Oikos foi fundada em 23 de Fevereiro de 1988, em Portugal. Esta Organização Não Governamental para o Desenvolvimento (ONGD) não tem fins lucrativos. A Oikos tem como objectivos erradicar a pobreza e reduzir as assimetrias económicas e de conhecimento, através do envolvimento actores sociais e do desenvolvimento de soluções sustentáveis, para que todas as pessoas exerçam o direito a uma vida digna. Esta associação trabalha com as comunidades das regiões e países mais pobres, promovendo a saúde pública, alimentação, água, saneamento e educação. Actua através de delegação própria nos seguintes países: Portugal, Peru, Honduras, Guatemala, Nicarágua, Cuba, El Salvador, Angola e Moçambique. Através das suas acções, com os diferentes actores sociais, partilham esforços e responsabilidades e facilitam soluções para procurar garantir a dignidade na vida humana. Laura Ayres - Patrona da Escola Raquel Filipe Laura Guilhermina Martins Ayres nasceu no dia 1 de Junho de 1922, na freguesia de S.Sebastião em Loulé, mas cedo mudou de cidade e foi com a sua família para o Porto. Ao completar dez anos foi viver definitivamente para Lisboa, frequentando o Colégio Académico. Para além de ter sido sempre uma excelente aluna e uma excelente profissional, Laura Ayres era extremamente dedicada à família. A 19 de Dezembro de 1957, casou com o cirurgião pediátrico Jorge Roza de Oliveira. Interessava-se pela literatura e pela cultura. Gostava de andar a pé, viajar e trabalhar e escrevia diários onde apontava tudo o que via e vivia, guardava recortes de jornais, de programas, de críticas às peças de teatro ou espectáculos e ainda todas as recordações que trazia consigo das suas viagens. O seu marido, o cirurgião pediátrico Jorge Roza de Oliveira, também desempenhou um papel muito importante na sua vida. Segundo Laura Ayres ele era a sua âncora, o seu leitor e conselheiro mais atento. Jorge colaborava com a sua mulher no laboratório, traduzindo artigos científicos publicados por outros cientistas, apoiando-a no cumprimento das suas tarefas, quer fosse a nível pessoal ou a nível técnico-científico, e mais tarde, também a apoiou na prevenção e luta contra a SIDA. Em 1946, ingressou na Faculdade de Medicina de Lisboa, onde acabou o curso com média de 17 valores. Em 1950, iniciou a sua carreira na investigação da Saúde Pública, ocupando o lugar de Epidemiologista da Delegação de Saúde de Lisboa, onde procedeu à verificação e estudo de casos de doenças contagiosas. Entre 1950 e 1953, realizou variados estudos sobre a gripe e sobre outras doenças respiratórias que contribuíram para outro tipo de investigações epidemiológicas realizadas por outros cientistas. Por ter ganho uma bolsa de estudo do British Council, estagiou em Londres em diversos serviços e laboratórios ingleses de Virologia Médica. Mesmo tendo boas ofertas de trabalho em Inglaterra, Laura Ayres decidiu voltar para Portugal e, em 1956, desempenhou o cargo de Virologista no Instituto Superior de Higiene, onde começou a realizar novas investigações relacionadas com a saúde pública. Em 1971, Laura Ayres fundou o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. Depois de lutar muito, Laura Ayres conseguiu impor o seu laboratório junto dos Serviços Hospitalares que lhe forneceram os recursos necessários para as suas investigações. Deste modo, o Laboratório de Virologia Clínica e Epidemiológica tornou-se um Laboratório de referência nacional e internacional. Entre 1956 e 1965, Laura Ayres realizou estudos sobre o agente de Tracoma, o que lhe valeu o ―Prémio Ricardo Jorge‖. Os seus estudos também levaram à compreensão da Gripe e da Poliomielite que, mais tarde, contribuíram para a implementação da política de vacinação no país e também para a vitória do ―Prémio Sanitas‖ de Saúde Pública em 1961. Em 1968, Laura Ayres iniciou os estudos sobre a Rubéola e, em 1979, como consultora temporária da Organização Mundial de Saúde, integrou um grupo de trabalho sobre o ―diagnóstico precoce de deficiências em crianças‖. Na década de 80, criou um Centro de Estudos de Malformações Congénitas que foi instalado em vários distritos de Portugal e que veio a ser responsável pela criação do Centro de Vigilância Epidemiológica das Doenças Transmissíveis. Laura Ayres, era apaixonada pelo ensino e pela saúde em geral , também foi professora em algumas universidades de Lisboa, nomeadamente na Faculdade de Medicina e na Escola Nacional da Saúde Pública, onde exerceu os cargos de gestora do Curso de Saúde Pública, de reitora da Disciplina de Bacteriologia, de professora associada e de professora Catedrática de Microbiologia. Na verdade, Laura Ayres foi uma grande mulher e uma grande profissional. Um dos mais prestigiados trabalhos foi o desenvolvimento da prevenção do vírus HIV e da SIDA, em Portugal. Para promover o estudo da SIDA, Laura Ayres criou o Laboratório de Referência da SIDA, INSA. Marilyn Monroe Laurinda Alves Marilyn Monroe, nome artístico de Norma Jean Baker, nasceu em Los Angeles no dia 1 de Junho de 1926, foi uma actriz americana e uma das mais famosas estrelas de cinema de todos os tempos, um símbolo de sensualidade e um ícone de popularidade no século XX. Marilyn Monroe nasceu no County Hospital em Los Angeles. Como a identidade de seu pai era desconhecida, recebeu o nome de Norma Jean Baker. Muitos biógrafos acreditam que o pai biológico de Marilyn era Charles Stanley Gifford, um agente de vendas do estúdio RKO, onde Gladys Pearl Monroe, a mãe de Marilyn, trabalhava. Ela era editora de filmes, mas problemas psicológicos a impediram de permanecer no emprego e ela foi levada para uma instituição de tratamento psiquiátrico. Norma Jean passou grande parte de sua infância em casas de família e orfanatos até que, em 1937, mudou-se para a casa de Grace Mckee Goddard, amiga da família. Em 1942, o marido de Grace foi transferido para a costa leste, e o casal não tinha condições financeiras para levar Norma Jean, na época com dezasseis anos. Norma Jean tinha duas opções: voltar para o orfanato ou se casar. No dia 19 de Julho de 1942 casou com Jimmy Dougherty, de 21 anos, a quem namorava há seis meses. Eles estavam muito felizes juntos, até que ele entrou para a Marinha e foi transferido para o Pacífico Sul, em 1944. Após a partida de Jimmy, Norma Jean começou a trabalhar na fábrica Radio Plane Munition, em Burbank, na Califórnia. Alguns meses depois, o fotógrafo Davis Conover a viu enquanto tirava fotos de mulheres que ajudavam no esforço de guerra, para a revista Yank. Norma Jean posou para uma secção de fotos e ele começou a lhe enviar propostas para trabalhar como modelo. Porém, o marido Jimmy retornou em 1946, o que significou que Norma Jean tinha que fazer outra escolha, dessa vez entre seu casamento e sua carreira. Norma Jean e Jimmy divorciaram-se em Junho de 1946. Norma assinou seu primeiro contrato com a Twentieth Century Fox em 26 de Agosto de 1946, em que ganhava 125 dólares por semana. Pouco tempo depois, pintou o seu cabelo de loiro e mudou seu nome para Marilyn Monroe, que era o sobrenome da sua avó materna. Marilyn começou a carreira em alguns pequenos filmes, mas a sua habilidade para a comédia, a sua sensualidade e a sua presença no ecrã, levaram-na a conquistar papéis em filmes de grande sucesso, tornando-a numa das mais populares estrelas de cinema dos anos 50. Em 1956, Marilyn abriu sua própria produtora, Marilyn Monroe Productions. A empresa produziu os filmes Nunca Fui Santa, (Bus Stop, 1956), de Joshua Logan, O Príncipe Encantado, (The Prince and the Showgirl, 1957), dirigido e coestrelado por Sir Laurence Olivier. Marilyn brilhou em Quanto Mais Quente Melhor, (Some Like It Hot), de Billy Wilder, e teve seu trabalho reconhecido ao vencer o Globo de Ouro de "Melhor Atriz em Comédia‖. Seu fim aconteceu na manhã do dia 5 de Agosto de 1962. Aos 36 anos, Marilyn faleceu enquanto dormia em sua casa em Brentwood, na Califórnia. A notícia foi um choque, propagado pela mídia, explorando sobretudo o carácter misterioso em que o facto se deu, prevalecendo a versão oficial de overdose pela ingestão de barbitúricos. Ninguém sabe de facto o que aconteceu naquela noite. Ouviu-se o barulho de um helicóptero. Uma ambulância foi vista esperando fora da casa dela antes que a empregada desse o alarme. As gravações de seus telefonemas e outras evidências desapareceram. O relatório da autópsia foi perdido. Toda a documentação do FBI sobre sua morte foi suprimida e os amigos de Marilyn que tentaram investigar o que acontecera receberam ameaças de morte. No dia 8 de Agosto de 1962, o corpo de Marilyn foi velado no Corridor of Memories, no Westwood Memorial Park em Los Angeles. Latim (en)cantado Luís Reis Se ele podia ter cantado em Português?... Se calhar até podia, mas não seria a mesma língua divina que enche a igreja de erudição e cultura… Se calhar até podia, mas não usaria a nossa lingua mater… O Sumo Pontífice visitou recentemen- Eminência como o nosso Primeiro Ministro o tra- te o nosso país e ouvimo-lo orar e cantar em Latim tou), seria motivo para se fazer uma ponte, ou durante as celebrações… Se ele podia ter cantado uma tolerância de ponto… Terá sido vantajoso em Português?... Se calhar até podia, mas não seria para a nossa economia?... Pelo menos ninguém a mesma língua divina que interpretou a sua vinda com a enche a igreja de erudição e necessidade de se construir uma cultura… terceira travessia sobre o rio Se calhar até podia, mas não usaria a nos- Tejo… sa lingua mater… Se calhar Que bom que seria aparecer no até podia, mas não usaria governo um pontífice linguístico uma língua falada, no nosso que fizesse uma ponte entre o território, nos tempos em que estado sincopado, abreviado e se valorizava a língua… Se calhar até podia, mas deturpado com que se escreve hoje a nossa língua não usaria uma língua de valores, uma língua de e época áurea em que a nossa língua mãe era estu- cultura, uma língua das ciências, uma língua das dada por todos… Até quando é que continuaremos línguas, uma língua eterna… a considerar o actual Português a língua de A palavra «Pontífice» vem do Latim e é Camões, do Pe. António Vieira, de Eça de Quei- formada pelas palavras pontem e facio; à letra sig- rós, de Fernando Pessoa, e de muitos outros?... nifica ―fazer a ponte‖. Realmente foi o que o Papa Nos blogs e chats lê-se um Português cuja regra é veio fazer a Portugal: fazer uma ponte entre Deus escrever sem regra… Mas de quem é a culpa? O e os portugueses… Alguém mais distraído ou romeiro de Frei Luís de Sousa diria “De nin- agarrado a uma tradução demasiado literal terá guém!‖; eu diria que ―É de alguém‖ e acrescenta- pensado que a vinda de Sua Santidade (e não Sua ria que ―É minha também!‖ A Nossa História Já lá vai algum tempo, desde que tudo nasceu. Foi um simples sentimento, que surgiu num momento, e que depressa cresceu. Obra-prima do destino, é verdade Que me fez acreditar e perceber, Que na realidade, Basta haver sinceridade Para uma amizade crescer. O tempo começou a passar E depressa nos apercebemos Que algo estava a mudar e que mais forte estava a ficar A ligação que estabelecemos. E foi à luz do luar, Naquele verão tão marcante, Que me disseste à beira-mar completamente sem hesitar Aquele singelo AMO-TE. A partir daí foi tudo tão perfeito! Quando estávamos de mão dadas Parecia que por efeito Um para o outro nos tinham feito E que a distância nada significava. Talvez não significasse ou talvez sim ! Por mais que tu tentasses e por mais que eu me esforçasse, tudo o que começa tem um fim. Doeu bastante quando disseste que tudo tinha acabado. Embora não tenhas sido arrogante, Pareceu que, naquele instante, O meu mundo tinha parado. Tenho pena que tenha terminado assim, Como vês nestas palavras escritas. Pena que tudo não tenha passado de uma história Porque, por mim, Poderíamos ter tido uma vida. Rayssa Pereira A VIAGEM DO ELEFANTE M. Almeida A prodigiosa imaginação de José Saramago deu-me a cada um de nós? Em que águas nos banharemos? conhecer a viagem de Salomão. Como nos acolherão? Quisera D. João III oferecer a seu primo Um dos aspectos que me agradou foi o estilo Maximiliano II este elefante vindo da Índia pessoal do escritor. Gosto do modo como e Saramago quis oferecer-nos este livro escreve. Apreciei o humor, a ironia e a maneira onde dá conta dessa atribulada, longa, difí- como fala do ser humano - desejos, receios, cil mas interessante viagem que ―Solimão‖ fraquezas e forças. fizera de Portugal até à Áustria. Ao facto Gostei muito de ler, mesmo sabendo que há histórico juntou a ficção. um fim para esta viagem que é a vida, mesmo Esta viagem, de paisagens diurnas e de sabendo que a morte, que é o tema de fundo paisagens nocturnas, de dias soalheiros e de noites desta obra, é incontornável, não achei este livro triste, geladas, de companheirismo e de solidão é como a antes pelo contrário – o importante é a viagem, a que viagem de cada um de nós e, é nela que nos descobri- Salomão fez e a que eu, e todos, fazemos todos os dias. mos, que nos conhecemos. Todos, como o elefante, Todos somos viajantes! E ― sempre chegamos ao temos a nossa caminhada. Que caminhos escolherá sítio onde nos esperam.‖ Liliana Gaisita Conta comigo Este livro conta a história de Damião, um homem com quase 40 anos e há muito que não tinha contacto com Jorge, um psicoterapeuta que lhe ensinou a enfrentar os dilemas da vida com a magia dos contos. Mas chegando à meia idade, Damião entra em crise: o seu casamento falhou e tem de começar uma nova vida. Por motivos profissionais vê-se obrigado a sair do seu país, a relação com a sua família dá uma reviravolta e aparece na sua vida uma mulher muito importante. Liliana Gaisita Esta história gira em volta de John e Savannah, que ao se conhecerem tornaram-se inseparáveis, mas algo pelo qual John optou no passado, faz com que tenha de ficar longe um do outro. No decorrer do tempo ambos tentam manter o que os une, mas torna-se cada vez mais difícil lutar contra as coisas que vão acontecendo, o que ainda torna os sentimentos de ambos confusos. Damião volta a procurar a ajuda de Jorge, mas desta vez, terá de confiar mais nos seus próprios recursos. Conta Comigo mostra uma amizade entre duas pessoas que ultrapassa a distancia e o tempo. Ambas as personagens tinham uma enorme confiança e podiam sempre contar uma com a outra. Aconselho a leitura deste livro, é uma história maravilhosa acompanhada de contos com enormes lições. Podemos ver alguns problemas da vida e ver soluções para alem das óbvias. Esta história transmite uma mensagem fantástica aos seus leitores por isso leiam-na! Juntos ao Luar O final desta história mostra-se surpreendente, quem o esta a ler fica a pensar em toda aquela situação e se emociona com todos os momentos vividos pelas personagens. Trata-se de uma obra fantástica, ela reforça ainda mais o enorme de Nicholas Sparks e a sua irreversível forma de escrita, cativa a atenção de qualquer leitor. Alicia Keys Carina Oliveira Nascida e criada em Hell‘s Kitchen, a nova iorquina Keys desde de criança esteve muito exposta à música de várias gerações ( Nina Simone, Donny Hathawaye Stevie Wonder; Frederic Chopin e Leontyne Price; Tupac Shakur, The Notorious B.I.G., Jay Z). A partir dos 7 anos de idade, recebeu treino formal em piano clássico e jazz, aprofundando a obra de Oscar Peterson, Fats Waller, e Marian McPartland, com a professora Margaret Pine. No entanto, só quando Alicia começou a frequentar a Professional Performing Arts School, é que se envolveu realmente na composição e produção. Descoberta por Jeff Robinson, seu manager, aos 14 anos já fazia actuações em vários locais, desde pequenos clubes a esquinas de rua. Em 2001, com o lançamento do seu primeiro álbum, Songs in A Minor, atinge o reconhecimento, sendo premiada com 5 Grammys. Estreando-se no topo da Billboard 200, Minor vendeu mais de 235.000 cópias na primeira semana, tendo as ven- das totais ultrapassado os 10 milhões. Após um longo e esgotante período de estrada, Keys acrescentou ao seu trabalho, em 2003. mais um sucesso, The Diary of Alicia Keys. Esta foi recebida com aplausos da crítica e vendeu mais de 618.000 cópias em todo o mundo, foi 5 vezes disco de platina e conquistou 4 Grammys. O álbum foi tão bem recebido que, em Outubro de 2005, Alicia lançou uma gravação ao vivo que viria a ganhar mais 3 Grammys. Apesar do êxito, Keys continua empenhar-se da mesma forma no desenvolvimento do seu álbum “As I Am”, para torna este mais uma obra prima, e o culminar das suas viagens e experiências pessoais . Após o sucesso do lançamento de As I Am, Alicia ganhou o prestigiante título de maiores vendas de lançamento para uma artista feminina de R&B desde 2004. O álbum gerou o hit single ― No One‖, que ganhou dois Grammys, em 2008 para melhor canção R&B, e melhor performance vocal feminina. O terceiro single, Superwoman, recebeu mais um Grammy em 2009 para melhor performance vocal feminina de R&B. Álbuns Editados Songs in A Minor (2001) The Diary of Alicia Keys (2003) As I Am (2007) The Element of Freedom (2009) Laurinda Alves Dança Dia 12 de Junho às 11:30 no Teatro das Figuras - Alice no mundo da ponta dos dedos. Dia 18 de Junho às 21:30 no Teatro das Figuras – Maiorca. Dia 25 de Junho às 21:00 no Teatro das Figuras poderás assistir o bailado – Cinderela. Música Dias 10 a 13 de Junho no Teatro Lethes - Festival guitarra português Algarve 2010, com a exposição ―Guitarra Portuguesa com Futuro‖, workshops dirigidos a músicos e ―Concertos Tertúlia‖ com artistas conceituados e novos valores da guitarra portuguesa. Teatro Dias 16 e 17 de Junho, às 21:30 no Teatro Lethes – Iremos a Montecarlo. Romance, Traição, Ciúme, Tragédia, Loucura. Partindo do universo das fotonovelas, dos anos 60 e 70, a Arquente propõe-se criar um objecto artístico que retrate, de algum modo, a realidade do mundo fantasioso, de puro entretenimento, característico deste tipo de leitura, conduzindo-nos a um alheamento de nós próprios. O cartaz da sétima edição do Festival MED está quase completo, com mais sete nomes confirmados. Mercan Dede & The Secret Tribe, King Khan & The Shrines, Cacique 97, Mazgani, Zeca Medeiros, Orelha Negra e Andersen Molière juntam-se ao certame de um dos mais conceituados festivais nacionais de world music, que decorre de 23 a 26 de Junho, no Centro Histórico de Loulé. Pára-quedismo Laurinda Alves O pára-quedismo é praticado por desportistas (pára-quedistas) que saltam de aeronaves, ou lugares fixos (BASE jumping - modalidade na qual o base jumper salta de prédios e pontes, utilizando um pára-quedas apropriado para aberturas a baixas altitudes), fazendo uso de um pára-quedas para diminuir sua velocidade de queda, sendo possível realizar saltos de grandes altitudes sem sofrer danos corporais. Skysurf é uma modalidade do pára-quedismo que utiliza uma prancha em queda-livre, a grande altura, para realizar curvas, loopings e acrobacias radicais. Por isso mesmo, é uma modalidade arriscada e só é praticada por atletas muito experientes. Devido à complexidade e aos riscos de saltos com prancha, são poucas as pessoas que praticam o skysurf. O Skysurf é constituído por 2 atletas, o skysurfer e um cameraflyer, que grava a performance do skysurfer numa câmera de vídeo montada no capacete. Salto Tandem é uma variação do páraquedismo tradicional, onde saltam duas pessoas: um instrutor, com bastante experiência, e um passageiro. O salto é realizado em queda livre, normalmente a uma altura de 3000 a 4000 metros, com o passageiro agarrado por uma armação tandem ao instrutor, o qual utiliza um pára-quedas desenvolvido exclusivamente para suportar duas pessoas. TRV é uma modalidade de pára-quedismo em que os pára-quedistas fazem formações com seus pára-quedas abertos, uns segurando no dos outros. TRV é uma sigla que quer dizer "Trabalho Relativo de Velame". Também é conhecido como "formações de velames". Wingsuit é um fato com asas usado por pára-quedistas para vôos de alta performance. Os praticantes desta modalidade de pára-quedismo são também chamados "Bird-man" (homem pássaro). Enquanto em quedalivre sem a wingsuit a velocidade terminal é de cerca de 200 km/h com a wingsuit regula por volta de 50 km/h. Para pousar os praticantes fazem uso de um pára-quedas. As primeiras wingsuits surgiram nos anos 1930. Estes primeiros modelos eram feitos de materiais rígidos. Entre 1930 e 1961, 72 dos 75 pioneiros no vôo morreram testando wingsuits. Título Original: The Back-up Plan Realizador: Alan Poul Elenco: Jennifer Lopez, Alex O'Loughlin, Michaela Watkins, Anthony Anderson, Noureen DeWulf, Melissa McCarthy País: EUA Género: Comédia/ Romance Comédia romântica sobre uma mulher que recorre à inseminação artificial para engravidar e, no mesmo dia, encontra o homem dos seus sonhos. Título Original: Marmaduke Realizador: Tom Dey Elenco: Ron Perlman, Owen Wilson, Stacy Ferguson, Emma Stone, Jeremy Piven País: EUA Género: Comédia Família suburbana muda-se para outra cidade levando consigo o seu grande, desengonçado e amável cão dinamarquês Marmaduke. Mas as coisas poderiam ser bem mais fáceis se o cão não tivesse a mania de simplesmente destruir tudo o que vê pela frente. Título Original: In the Loop Realizador: Armando Iannucci Elenco: Peter Capaldi, Tom Hollander, Gina McKee, James Gandolfini, Chris Addison, Anna Chlumsky País: Reino Unido Género: Comédia Sátira política que parodia os trabalhos secretos entre agências do governo norte-americano e britânico. O Presidente Americano e o Primeiro-Ministro Britânico fantasiam uma guerra. Mas nem todos acreditam que a guerra seja uma coisa boa. Como estamos na recta final do ano lectivo, o 100 Comentários deixa sugestões de filmes que poderás ver na época de verão!! Diverte-te! Efemérides de Junho Laurinda Alves Junho é o sexto mês do calendário gregoriano e tem 30 dias. O seu nome é derivado da deusa romana Juno, mulher do deus Júpiter. No dia 21 de Junho, o Sol atinge o ponto mais ao norte da sua trajectória pelo céu; é o solstício de Junho, começo do verão no Hemisfério Norte e do inverno no Hemisfério Sul Junho, Leandro Bassano 1 de Junho - Dia Mundial da Criança 2 de Junho de 1953 - Isabel II do Reino Unido é coroada rainha do Reino Unido, cuja cerimónia foi transmitida pela primeira vez através da televisão. 4 de Junho de 781 a.C. - Pela primeira vez regista-se um eclipse solar na China. 6 de Junho de 1946 - É fundada a Associação norte-americana de Basquetebol (NBA) em Nova Iorque. 7 de Junho de 1991 - O Monte Pinatubo entra em erupção, originando uma coluna de 7 quilómetros de cinzas. 10 de Junho - Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. 15 de Junho de 1922 - Os aviadores portugueses Gago Coutinho e Sacadura Cabral chegam ao Rio de Janeiro num hidroavião, realizando a primeira travessia aérea do Atlântico Sul. 16 de Junho de 1963 - A URSS lança a missão Vostok VI: a cosmonauta Valentina Tereshkova torna-se a primeira mulher a ir ao espaço. 16 de Junho de 1976 - Ocorre o levante de Soweto, uma das mais sangrentas rebeliões negras durante a vigência do apartheid na África do Sul. 21 de Junho de 2006 - As novas luas descobertas de Plutão são oficialmente chamadas Nix e Hidra. 25 de Junho de 2009 - Morre o cantor Michael Jackson, o "Rei do Pop", vítima de parada cardíaca. 26 de Junho de 1976 - A Torre CN, a mais alta estrutura auto-sustentável do mundo, é inaugurada em Toronto, no Canadá. 27 de Junho de 1954 - Entra em funcionamento a primeira central nuclear do mundo, em Obninsk, perto de Moscovo. 29 de Junho de 1958 - O Brasil ganha a sua primeira Copa do Mundo de futebol. 30 de Junho de1911 - É apresentada oficialmente a Bandeira de Portugal, sendo aprovada pela Assembleia Nacional Constituinte de 1911. Ana Lima Pergunta o filho camelo: - Pai, porque temos duas bossas? - São reservas de água para longas travessias do deserto- diz o pai camelo. - Pai, porque temos umas pestanas tão grandes? - São uma protecção para as areias do deserto não nos entrarem nos olhos.. - Pai, porque temos umas patas tão grandes? - Para não nos enterrarmos na areia quando atravessamos o deserto. - Pai, porque temos isso tudo... se estamos no jardim zoológico? Numa aula o professor diz: - Está provado que o cérebro masculino pesa mais do que o cérebro feminino. Que conclusão podemos tirar daqui? Então, ao fundo da sala responde uma aluna: - Que mais vale a qualidade que a quantidade... Um bêbado vai a andar e deixa cair a bengala. Num autocarro de 2 andares iam as morenas em baixo e as loiras em cima. As morenas iam na maior festa enquanto das loiras não se ouvia um pio. Então diz uma morena para a outra: - Olha lá! Vai lá ver o que é que se passa com as loiras! Ela subiu ao primeiro andar e viu as loiras todas agarradas umas às outras a tremer, então pergunta a uma loira: - Olha lá, o que é que se passa, porque é que estão tão caladas? - Pois! Vocês têm condutor, nós não! - Ora essa! Então eu é que estou bêbado e tu é que cais? Na escola: - João, por que atiraste uma pedra ao teu colega! - Porque ele me bateu! - Nesse caso, devias ter-me chamado, sou a tua professora.- responde ela. - Pois é, mas eu não sabia se tinha mais pontaria do que eu... EM BOM PORTUGUÊS vai haver / vão haver Vai haver concertos ou Vão haver concertos? A forma correcta é vai haver. O verbo haver, no sentido de “acontecer, existir”, é impessoal, pelo que tem de se conjugar sempre na terceira pessoa do singular. Neste caso, como se usa com um auxiliar (ir), é o verbo auxiliar que tem de ser colocado no singular, concordando assim com o verbo principal (haver). ter a ver/ ter a haver Isso não tem nada a ver com o caso apresentado ou Isso não tem nada a haver com o caso apresentado? A construção correcta é não tem nada a ver com. Ter a ver com é uma expressão que significa “estar relacionado com; dizer respeito a”. Ter a haver quer dizer “ter a receber”: Ter a haver uma determinada quantia. suar/ soar Fiquei a suar ou Fiquei a soar? A forma correcta é suar. Suar é um verbo que significa “deitar suor pelos poros da pele; transpirar”. Soar significa “emitir som; constar”. Por exemplo: Os sinos da igreja estão a soar. Preia-mar/ praia-mar O nível mais alto a que a maré sobe designa-se preia-mar ou praia-mar? A duas formas são admissíveis: preia-mar e praia-mar. Preia-mar é a mais correcta; provém do latim plenamare. Praia-mar é uma variante de preia-mar.