BOLSA QUINZE 2015 2º ANO DO ENSINO MÉDIO LÍNGUA

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BOLSA QUINZE 2015 2º ANO DO ENSINO MÉDIO LÍNGUA
BOLSA QUINZE 2015
2º ANO DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA PORTUGUESA
Texto para as questões 01.
O Homem Nu
Ao acordar, disse para a mulher:
— Escuta, minha filha: hoje é dia de pagar a prestação da televisão, vem aí o sujeito com a conta, na
certa.
Mas acontece que ontem eu não trouxe dinheiro da cidade, estou a nenhum.
— Explique isso ao homem — ponderou a mulher.
— Não gosto dessas coisas. Dá um ar de vigarice, gosto de cumprir rigorosamente as minhas obrigações.
Escuta: quando ele vier a gente fica quieto aqui dentro, não faz barulho, para ele pensar que não tem
ninguém. Deixa ele bater até cansar — amanhã eu pago.
Pouco depois, tendo despido o pijama, dirigiu-se ao banheiro para tomar um banho, mas a mulher já se
trancara lá dentro. Enquanto esperava, resolveu fazer um café. Pôs a água a ferver e abriu a porta de
serviço para apanhar o pão. Como estivesse completamente nu, olhou com cautela para um lado e para
outro antes de arriscar-se a dar dois passos até o embrulhinho deixado pelo padeiro sobre o mármore do
parapeito. Ainda era muito cedo, não poderia aparecer ninguém. Mal seus dedos, porém, tocavam o pão, a
porta atrás de si fechou-se com estrondo, impulsionada pelo vento.
Aterrorizado, precipitou-se até a campainha e, depois de tocá-la, ficou à espera, olhando ansiosamente ao
redor. Ouviu lá dentro o ruído da água do chuveiro interromper-se de súbito, mas ninguém veio abrir. Na
certa a mulher pensava que já era o sujeito da televisão. Bateu com o nó dos dedos:
— Maria! Abre aí, Maria. Sou eu — chamou, em voz baixa.
Quanto mais batia, mais silêncio fazia lá dentro.
Enquanto isso, ouvia lá embaixo a porta do elevador fechar-se, viu o ponteiro subir lentamente os
andares...
Desta vez, era o homem da televisão!
Não era. Refugiado no lanço da escada entre os andares, esperou que o elevador passasse, e voltou para
a porta de seu apartamento, sempre a segurar nas mãos nervosas o embrulho de pão:
— Maria, por favor! Sou eu!
Desta vez não teve tempo de insistir: ouviu passos na escada, lentos, regulares, vindos lá de baixo...
Tomado de pânico, olhou ao redor, fazendo uma pirueta, e assim despido, embrulho na mão, parecia
executar um ballet grotesco e mal ensaiado. Os passos na escada se aproximavam, e ele sem onde se
esconder. Correu para o elevador, apertou o botão. Foi o tempo de abrir a porta e entrar, e a empregada
passava, vagarosa, encetando a subida de mais um lanço de escada. Ele respirou aliviado, enxugando o
suor da testa com o embrulho do pão.
Mas eis que a porta interna do elevador se fecha e ele começa a descer.
— Ah, isso é que não! — fez o homem nu, sobressaltado.
E agora? Alguém lá embaixo abriria a porta do elevador e daria com ele ali, em pelo, podia mesmo ser
algum vizinho conhecido... Percebeu, desorientado, que estava sendo levado cada vez para mais longe de
seu apartamento, começava a viver um verdadeiro pesadelo de Kafka, instaurava-se naquele momento o
mais
autêntico e desvairado Regime do Terror!
— Isso é que não — repetiu, furioso.
Agarrou-se à porta do elevador e abriu-a com força entre os andares, obrigando-o a parar. Respirou fundo,
fechando os olhos, para ter a momentânea ilusão de que sonhava. Depois experimentou apertar o botão
do seu andar. Lá embaixo continuavam a chamar o elevador. Antes de mais nada: "Emergência: parar".
Muito bem. E agora? Iria subir ou descer? Com cautela desligou a parada de emergência, largou a porta,
enquanto insistia em fazer o elevador subir. O elevador subiu.
— Maria! Abre esta porta! — gritava, desta vez esmurrando a porta, já sem nenhuma cautela. Ouviu que
outra porta se abria atrás de si.
Voltou-se, acuado, apoiando o traseiro no batente e tentando inutilmente cobrir-se com o embrulho de pão.
Era a velha do apartamento vizinho:
— Bom dia, minha senhora — disse ele, confuso. — Imagine que eu...
A velha, estarrecida, atirou os braços para cima, soltou um grito:
— Valha-me Deus! O padeiro está nu!
E correu ao telefone para chamar a radiopatrulha:
— Tem um homem pelado aqui na porta!
Outros vizinhos, ouvindo a gritaria, vieram ver o que se passava:
— É um tarado!
— Olha, que horror!
— Não olha não! Já pra dentro, minha filha!
Maria, a esposa do infeliz, abriu finalmente a porta para ver o que era. Ele entrou como um foguete e
vestiuse precipitadamente, sem nem se lembrar do banho. Poucos minutos depois, restabelecida a calma
lá fora, bateram na porta.
— Deve ser a polícia — disse ele, ainda ofegante, indo abrir.
Não era: era o cobrador da televisão.
(SABINO, Fernando. O Homem Nu. Disponível em <http://www.releituras.com
01. Em relação ao tipo textual, ou seja, à forma como o se apresenta, é correto afirmar que nele prevalece
a
a) injunção.
b) dissertação.
c) exposição.
d) narração.
e) descrição.
TEXTO PARA AS QUESTÕES 02 E 03
LOUCURAS HÍDRICAS
A severa diminuição no regime das chuvas que assola o semiárido brasileiro estava prevista pelo
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Grandes secas no Nordeste são cíclicas: a última foi há
26 anos, em 1982, e daqui a um período semelhante teremos outra diminuição drástica e progressiva no
volume da pluviosidade.
Esses momentos são férteis para o cometimento de loucuras e demagogias hídricas. Por isso, são
necessárias algumas reflexões. O regime das chuvas, em média, começou a diminuir desde 2006, tendo
seu pico em 2012, mas a seca pode adentrar 2013. A região mais atingida é o semiárido baiano. Na
verdade, 40% do semiárido brasileiro está na Bahia. Cerca de 250 municípios decretaram situação de
emergência. Mas a diminuição das chuvas já se estende ao chamado polígono das secas, atingindo os
nove estados do Nordeste.
Encontros para debater o problema, incluindo os moradores da região, mostram que hoje é mais fácil
enfrentar a situação que há 30 anos. Agora, há pelo menos uma cisterna para depositar a água dos pipas,
há o salário dos aposentados para fazer uma feira, há mais facilidade nos transportes, a energia elétrica
ajuda e há o próprio Bolsa Família. Entretanto, essa infraestrutura ainda é insuficiente para que o período
seja atravessado sem maiores sofrimentos.
Não se pode comparar o semiárido de hoje com o de dom Pedro 2º. No século passado, o Denocs
(Departamento Nacional de Obras contra a Seca) construiu cerca de 70 mil açudes para armazenar a
água da chuva, com uma capacidade de 36 bilhões de metros cúbicos. Grande parte desses açudes,
assim como o rio São Francisco, está com água. Onde reside o problema?
Hoje, a maioria dos técnicos insiste que a questão chave está na capilaridade da distribuição dessa
água. Não foi realizada a distribuição horizontal, por adutoras. Pior, alguns açudes, como o de Mirorós, na
Bahia, tiveram suas águas intensamente utilizadas para irrigação, quando de forma planejada deveriam ter
sido poupadas para o uso humano e para a dessedentação dos animais, já que a seca estava prevista.
Nesse caso, o fato novo pode ser o colapso hídrico do meio urbano, não apenas das famílias
dispersas no meio rural. Por isso, o diagnóstico da Agência Nacional de Águas (ANA) é que 1.794
municípios nos nove estados do Nordeste precisam de novos ou complementares serviços de água para
não entrarem em colapso hídrico até 2025. Outra questão é vender a ilusão da irrigação para todo o
semiárido.
O projeto Áridas, realizado ainda no governo Fernando Henrique Cardoso, concluiu que apenas 5%
dos solos do semiárido são aptos para a irrigação, e mesmo assim temos água para irrigar apenas 2%
deles. Portanto, 95% do semiárido sempre serão semiárido.
É inevitável desenvolver um olhar sistêmico sobre a região, algo que chamamos de convivência com
o semiárido. São necessárias propostas de atividades econômicas adequadas a esse ambiente específico.
O semiárido tem solução. O pouco que foi feito contribuiu decididamente com a diminuição da mortalidade
infantil na região, fato que surpreendeu inclusive os técnicos do IBGE. Temos apenas 400 mil cisternas –
projetadas para períodos de seis meses sem chuva – e poucas adutoras, insuficientes para suportar
períodos de longa estiagem. Quem sabe a geração nordestina que vai viver a seca em 2042, agravada
pelas mudanças climáticas, possa estar melhor infraestruturada do que a geração atual.
ROBERTO MALVEZZI, 59, filósofo, é membro da Comissão Pastoral da Terra e da Articulação Popular
São Francisco Vivo. Escreveu o livro "Semiárido: uma visão holística" (Confea/Crea) Disponível em:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp (Publicado em 15/06/2012)
02. Pela análise da composição e do objetivo do texto 1, chega-se à conclusão de que se trata de:
a) uma narração, visto que há uma sucessão de fatos, em um cenário, com protagonistas – as vítimas da
seca – e antagonistas – os demagogos.
b) uma descrição, pois a seca é, em todo o texto, objeto de caracterização, apesar de haver um olhar
paradoxal quanto à existência de períodos de estiagem no país.
c) um texto predominantemente argumentativo, pois é perceptível o posicionamento crítico sobre a
questão abordada – mais um período de estiagem no semiárido brasileiro.
d) um conjunto de instruções, que se propõe a regular o comportamento das pessoas face a uma dada
situação, no caso, como lidar com a seca nos estados que compõem o polígono.
e) um texto que tem por objetivo principal enumerar dados acerca dos nove estados do Nordeste os quais
compõem o já conhecido polígono da seca.
03. A respeito do texto 1, considere as afirmações que seguem e indique a alternativa correta.
a) O texto apresenta um problema de continuidade, já que, no segundo parágrafo, aborda a necessidade
de se fazerem algumas reflexões, no entanto elas não aparecem no decorrer dos parágrafos.
b) A repetição do vocábulo ‘mas’, no terceiro parágrafo, e de ‘há’, no quinto, gera comprometimento na
qualidade do texto, pois fere o princípio da progressão.
c) O vocábulo ‘agora’, no quinto parágrafo, remete à ideia de exatidão temporal, ou seja, nesse contexto,
‘agora’ significa ‘neste exato momento’.
d) Conforme o texto, a problemática da seca não é atual no Brasil, embora hoje a estiagem no semiárido
gere consequências menos graves em comparação a períodos anteriores.
e) No décimo parágrafo, fica evidente que não há solução para o problema da seca, logo a conclusão do
texto revela que o autor se contradiz.
TEXTO PARA A QUESTÃO 04.
Em Floresta, sertão de PE, animais estão morrendo por causa da seca
Cenas de animais mortos tem sido cada vez mais frequentes.
Eles não estão resistindo à sede e à fome originárias da seca.
Em Pernambuco, a seca castiga mais de 70 municípios, entre eles, Floresta, que fica no sertão do estado.
Na comunidade de Riacho do Ouro, um poço é a única fonte de água que os moradores dispõem para
matar a sede dos bichos. Nos últimos seis meses, a agricultora Maria de Fátima Gomes conta que viu
mais da metade dos animais que criava morrer por conta da estiagem. Para não ver os bichos morrendo
de fome, os criadores estão sendo obrigados a vender os animais. Os preços estão muito baixos e não há
lucro.
De acordo com a Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco, a Adagro, de janeiro
deste ano até agora foram vendidos mais de 250 mil animais entre caprinos e bovinos. Ano passado esse
número não passava de 152 mil.
Aos 82 anos, procurar animais mortos na caatinga tornou-se rotina para o criador Manoel dos Santos. As
carcaças estão espalhadas pelo chão batido.
Disponível em: http://g1.globo.com (Adaptado - Publicado em 21/05/2012)
04. Quanto ao gênero textual, o texto é:
a) parte de uma reportagem, visto que fica evidente o caráter investigativo próprio desse gênero.
b) um artigo de opinião, posto que a criticidade se evidencia desde o título e o subtítulo do texto.
c) uma carta do leitor, o que explica a denúncia social realizada pelo criador Manoel dos Santos.
d) um editorial, pois foi veiculado em um jornal e expressa nitidamente o ponto de vista do editor.
e) uma notícia, visto que ficam explícitas características como a manchete, o lide e a imparcialidade.
TEXTO PARA A QUESTÃO 05
O individualismo motorizado - Érico Andrade
Se(1) um grupo de cientistas propusesse uma técnica inovadora no Brasil para melhorar a
mobilidade das pessoas, mas(2) seus usuários morressem numa escala de 40.000 pessoas por ano, será
que adotaríamos, sem hesitar, essa técnica? Dificilmente a resposta poderia ser peremptoriamente
positiva. Contudo, quando anunciamos que essa técnica é o carro ou quando as pessoas percebem que
se trata do carro, logo as primeiras palavras se dirigem em defesa desse meio de transporte. Um primeiro
argumento: a culpa do mau uso da técnica não pode ser responsabilidade da própria técnica. Certo.
Entretanto, o potencial mortífero do carro deveria exigir um treino exaustivo dos condutores que
está longe de ser contemplado pelas aulas na autoescola. Acidentes com carro matam mais do que
assassinatos com arma de fogo. (...) Com efeito, dificilmente conseguimos imaginar a nossa vida sem
carro. A questão que gostaria de discutir aqui é por quê?
Alguns argumentos são levantados para justificar o uso do carro. Um deles é a economia do
tempo. Esse argumento é questionável dada a grande dificuldade de se mover com o carro em cidades
grandes como Recife. Outro argumento: o carro é um meio de transporte mais seguro do que o transporte
público. Outro erro: todas as estatísticas mostram que os carros são mais assaltados do que os ônibus.
Caso a segurança se refira aos acidentes, é notável que mais pessoas morrem nos acidentes com
carros do que no transporte público ou na bicicleta. Outro argumento é que o carro é mais confortável. Se,
por um lado, isso pode ser verdade, por outro, os usuários de carros levam, em geral, uma vida mais
sedentária que pode acarretar problemas de saúde ao longo prazo. Há ainda o argumento de que o carro
é mais prático e permite levar pessoas que têm dificuldade de locomoção. Ainda que isso seja verdade, os
condutores de carro não estão o tempo todo socorrendo alguém ou(3) levando alguém com dificuldade de
locomoção. Ademais, o táxi poderia resolver perfeitamente esses casos extremos. (...)
Ainda que (4) seja compreensível a relutância das pessoas para pelo menos diminuírem o número
de carros e que elas tenham direito de usá-los, permanece uma questão ainda mais grave, a saber: o
custo social e ambiental do carro. Poucas pessoas discordariam que seria melhor deixar para os seus
filhos um mundo menos poluído ou que gostaria de viver num ambiente urbano menos hostil. O uso do
carro, contudo, tem um forte impacto ambiental porque promove a poluição visual, auditiva e respiratória.
Ele também expressa a irracionalidade do individualismo: um transporte de duas toneladas para
transportar, em vários casos, uma única pessoa de oitenta quilos. Além disso, o gasto energético e
ambiental para a produção do carro é exorbitante. (...) Resta saber se(5) não é a hora de experimentar,
pelo menos uma vez, outras formas de mobilidade que onerem menos nosso planeta e a nossa vida ou(6)
será que vamos permanecer naquilo que chamo falácia da esperança: um dia inventaremos uma técnica
que irá solucionar todos os nossos problemas.
(Disponível em: <http://direitosurbanos.wordpress.com> Acesso em: 15. Out. 2012. Fragmento adaptado).
05. Todo texto é produzido sob determinadas condições, entre elas, a situação social da qual ele faz parte
e os interlocutores a quem se dirige. Quanto a essas condições de produção, pode-se afirmar que o artigo
a) reclama da falta de educação das pessoas no trânsito, o que provoca não só acidentes, como também
violência.
b) critica diretamente o governo, por ter reduzido os impostos para a compra de carros, aumentando o
número de veículos nas ruas.
c) se dirige mais especificamente aos leitores que fazem uso de bicicletas e do transporte coletivo.
d) se ancora no discurso em defesa da sustentabilidade, ao sugerir que sejam usadas outras formas de
locomoção.
e) faz uso de uma linguagem impessoal, em terceira pessoa, tratando o tema com objetividade e
distanciamento.
TEXTOS PARA A QUESTÃO 06
(Enem 2013) TEXTO I
Andaram na praia, quando saímos, oito ou dez deles; e daí a pouco começaram a vir mais. E parece-me
que viriam, este dia, à praia, quatrocentos ou quatrocentos e cinquenta. Alguns deles traziam arcos e
flechas, que todos trocaram por carapuças ou por qualquer coisa que lhes davam. […] Andavam todos tão
bem-dispostos, tão bem feitos e galantes com suas tinturas que muito agradavam.
CASTRO, S. “A carta de Pero Vaz de Caminha”. Porto Alegre: L&PM, 1996 (fragmento).
TEXTO II
06 - Pertencentes ao patrimônio cultural brasileiro, a carta de Pero Vaz de Caminha e a obra de Portinari
retratam a chegada dos portugueses ao Brasil. Da leitura dos textos, constata-se que
a) a carta de Pero Vaz de Caminha representa uma das primeiras manifestações artísticas dos
portugueses em terras brasileiras e preocupa-se apenas com a estética literária.
b) a tela de Portinari retrata indígenas nus com corpos pintados, cuja grande significação é a afirmação da
arte acadêmica brasileira e a contestação de uma linguagem moderna.
c) a carta, como testemunho histórico-político, mostra o olhar do colonizador sobre a gente da terra, e a
pintura destaca, em primeiro plano, a inquietação dos nativos.
d) as duas produções, embora usem linguagens diferentes — verbal e não verbal —, cumprem a mesma
função social e artística.
e) a pintura e a carta de Caminha são manifestações de grupos étnicos diferentes, produzidas em um
mesmo momentos histórico, retratando a colonização.
TEXTO PARA A QUESTÃO 07
(Ueg 2008)
Aleijadinho, Cristo do carregamento da Cruz. "Enciclopédia Barsa", 1998
Pequei, Senhor; mas não porque hei pecado,
Da vossa alta clemência me despido;
Porque quanto mais tenho delinquido,
Vos tenho a perdoar mais empenhado.
"Obra poética de Gregório de Matos". Rio de Janeiro: Record: 1990.
07 - Durante o período colonial brasileiro, as principais manifestações artísticas, populares ou eruditas,
foram, assim como nos demais aspectos da vida cotidiana, marcadas pela influência da religiosidade.
Nesse sentido, com base na análise da presença da religiosidade na obra de Aleijadinho e Gregório de
Matos, é CORRETO afirmar:
a) Ambas são modelos da arte barroca, uma vez que se inspiram mais na temática cristã do que em
elementos oriundos da mitologia greco-romana.
b) A presença da temática religiosa em ambos deve-se à influência protestante holandesa na região da
Bahia e de Minas Gerais.
c) No trecho do poema, tem-se a expressão de um pecador que, embora creia em Deus, não tem certeza
de que obterá o perdão divino.
d) A pobreza estética da obra de Aleijadinho e Matos deriva da censura promovida pela Santa Inquisição
às obras artísticas no Brasil.
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FÍSICA
01. Um automóvel percorre uma estrada com função horária s= - 40+80t, onde s é dado em km e t em
horas. O automóvel passa pelo km zero após:
a) 1,0h.
b) 1,5h.
c) 0,5h.
d) 2,0h.
e) 2,5h.
02. Duas bolas de dimensões desprezíveis se aproximam uma da outra, executando movimentos retilíneos
e uniformes (veja a figura). Sabendo-se que as bolas possuem velocidades de 2m/s e 3m/s e que, no
instante t=0, a distância entre elas é de 15m, podemos afirmar que o instante da colisão é:
a) 1 s
b) 2 s
c) 3 s
d) 4 s
e) 5 s
03. A figura abaixo representa um sistema que liga os objetos A com massa de 3 kg, B com 5 kg e C com
2 kg. O corpo B e sustentado pela superfície da mesa com atrito desprezível, os fios são inextensíveis e
suas massas desprezíveis. Nessas condições, pode-se afirmar que a tração no fio que liga os corpos A e
B vale em Newton: (considere g = 10 m/s²)
a) 30
b) 27
c) 3
d) 20
e) 10
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QUÍMICA
01. Uma característica essencial dos fertilizantes é a sua solubilidade em água. Por isso, a indústria de
fertilizantes transforma o fosfato de cálcio, cuja solubilidade em água é muito reduzida, num composto
muito mais solúvel, que é o superfosfato de cálcio. Representa-se esse processo pela equação:
Cax(PO4)2 + y H2SO4  Ca(H2PO4)z + 2 CaSO4
onde os valores de x, y e z são, respectivamente,
a) 4, 2 e 2.
b) 3, 6 e 3.
c) 2, 2 e 2.
d) 5, 2 e 3.
e) 3, 2 e 2.
02. O gás fosgênio, COCl2(g), utilizado como arma química na Primeira Guerra Mundial, é preparado
industrialmente por meio da reação entre o monóxido de carbono, CO(g), e o cloro, Cl2(g). A fórmula
estrutural da molécula de fosgênio apresenta:
a) uma ligação dupla e duas ligações simples.
b) uma ligação dupla e três ligações simples.
c) duas ligações duplas e duas ligações simples.
d) uma ligação tripla e duas ligações simples.
e) duas ligações duplas e uma ligação simples.
03. Dissolva NaCl em água. Em seguida, mergulhe um pedaço de madeira na solução, retire-o e deixa
secar. Ao queimá-lo, aparece uma chama amarela. Esse fenômeno ocorre porque:
a) o calor transfere a energia aos elétrons dessa substância, fazendo com que eles se desloquem para
níveis energéticos mais altos, emitindo luz.
b) o calor transfere energia aos elétrons dessa substância, fazendo com que eles se desloquem para
níveis energéticos mais baixos, emitindo luz.
c) o calor transfere a energia aos elétrons dessa substância, fazendo com que eles se desloquem para
níveis energéticos mais altos. Quando esses elétrons “excitados” voltam aos níveis energéticos inferiores,
eles devolvem a energia absorvida sob a forma de luz.
d) os elétrons, para não se deslocarem do seu nível energético, ao receberem calor, emitem luz.
e) os elétrons, para se deslocarem do seu nível energético, nunca necessitam de calor.
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BIOLOGIA
01. (ACAFE SC) A superfície celular sofre algumas diferenciações importantes para o bom
desenvolvimento de suas funções e melhor associação com as células vizinhas num mesmo tecido.
Neste contexto, analise o que segue.
I – Plasmodesmos
II – Interdigitações
III – Cílios e Flagelos
IV – Microvilosidades
A – Expansões digitiformes do citoplasma e membrana plasmática, que aumentam a área de absorção
celular.
B – Pequenas aberturas na estrutura das membranas celulares que permitem a comunicação ou a
continuidade do citoplasma entre células contíguas, atravessando a parede celular.
C – Saliências e reentrâncias que a membrana celular, juntamente com certa porção do citoplasma,
descreve para se encaixar perfeitamente à célula vizinha.
D – Estruturas originadas a partir do centríolo, com função de motilidade celular.
A associação que descreve corretamente a primeira coluna com a segunda é:
II
C
III
IV
a)
I
A
D
B
b)
C
B
D
D
A
c)
B
C
d)
B
D
A
C
A
02. (UFU MG) O ciclo celular é um processo fisiológico que acontece todos os dias na dinâmica de
funcionamento do corpo humano. Seja na reparação, formação ou renovação de tecidos, ou ainda na
formação de gametas, a atividade celular é intensa.
Neste processo, são eventos do ciclo celular:
I. Condensação máxima dos cromossomos.
II. Reorganização do nucléolo.
III. Duplicação dos cromossomos.
IV. Separação das cromátides-irmãs.
Os eventos acima citados correspondem, respectivamente, a:
a) Prófase, fase S da intérfase, telófase, anáfase.
b) Fase S da intérfase, prófase, metáfase, telófase.
c) Metáfase, telófase, fase S da intérfase, anáfase.
d) Metáfase, anáfase, prófase, telófase.
03. (UEMT) Dois amigos estão estudando para a prova de histologia e se deparara com a figura abaixo.
Fonte:Laurence,J. Biologia ensino médio, volume único ed. São Paulo 2005.
Após a análise da figura chegaram à conclusão de que se trata de tecido conjuntivo.
De acordo com o modo de organização de suas fibras e células, é correto afirmar.
a) Figura A é um tecido conjuntivo denso não-modelado, Figura B é um tecido conjuntivo denso modelado.
b) Figura A é um tecido conjuntivo denso modelado, Figura B é um tecido conjuntivo denso não-modelado.
c) Figura A é um tecido conjuntivo denso não-modelado, Figura B é um tecido conjuntivo adiposo.
d) Figura A é um tecido conjuntivo denso modelado, Figura B é um tecido conjuntivo ósseo.
e) Figura A é um tecido conjuntivo mielóide, Figura B é um tecido conjuntivo linfóide.
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HISTÓRIA
01. Sobre as sociedades do Antigo Oriente Próximo, é incorreto afirmar que:
a) Embora existissem escravos, eles nunca formaram, nem no Egito, nem na Mesopotâmia, a base das
relações de produção
b) Sua estrutura econômica era regida pelo chamado “modo de produção asiático”
c) Mantinham grande dependência dos rios perenes e desenvolveram importantes projetos de irrigação
d) A corvéia ou “corvéia real”, consistindo numa modalidade de trabalho compulsória, foi largamente
utilizada pelos Estados dessa região para obtenção dos excedentes na forma de tributo.
e) Baseavam-se no comércio mediterrâneo e no cultivo de trigo e vinhas em grandes propriedades
senhoriais.
02. Quando sua influência [de Péricles] estava no auge, ele poderia esperar a constante aprovação de
suas políticas, expressa no voto popular na Assembleia, mas suas propostas eram submetidas à
Assembleia semanalmente, visões alternativas eram apresentadas às dele, e a Assembleia sempre podia
abandoná-lo, bem como suas políticas, e ocasionalmente assim procedeu. A decisão era dos membros da
Assembleia, não dele, ou de qualquer outro líder; o reconhecimento da necessidade de liderança não era
acompanhado por uma renúncia ao poder decisório. E ele sabia disso.
(Moses I. Finley. Democracia antiga e moderna, 1988.)
Ao caracterizar o funcionamento da democracia ateniense, no século V a.C., o texto afirma que
a) os líderes políticos detinham o poder decisório, embora ouvissem às vezes as opiniões da Assembleia.
b) a eleição de líderes e representantes políticos dos cidadãos na Assembleia demonstrava o caráter
indireto da democracia.
c) a Assembleia era o espaço dos debates e das decisões, o que revelava a participação direta dos
cidadãos na condução política da cidade.
d) os membros da Assembleia escolhiam os líderes políticos, submetendo-se a partir de então ao seu
poder e às suas decisões.
e) os cidadãos evitavam apresentar suas discordâncias na Assembleia, pois poderiam assim provocar
impasses políticos.
03. “Quando ele [Otávio Augusto] seduziu os soldados pelos seus dotes, o povo pelas distribuições de
trigo, todo o mundo pela doçura da paz, ele começou a se elevar por graus e a tomar para si as
prerrogativas do Senado, das magistraturas e das leis. Ninguém lhe resistia: os mais determinados
tombavam sobre os campos de batalha ou vítimas de proscrições; os nobres que restavam mostravam-se
mais interessados em servir, pois que a submissão os elevava em opulência e dignidade e como o novo
Estado lhes havia aumentado o poder, eles preferiam o presente e a sua segurança ao passado e seus
perigos... No interior tudo estava tranqüilo; os nomes dos magistrados eram os mesmos... - Como se
comportariam os homens que tinham visto a República?”
TÁCITO. Anais. Apud ARRUDA , José Jobson de A. História antiga e medieval. 16. ed. São Paulo: Ática,
1993. p. 265.
Com base na crônica acima, que retrata o início do período imperial de Roma, assinale a conclusão que
não pode ser extraída:
a) Otávio procurou disfarçar o próprio poder, mantendo nas aparências o regime republicano.
b) O título de Augusto inaugurou o culto ao imperador, normal entre os povos do Oriente, mas excepcional
em Roma.
c) A Pax Romana, estabelecida na época de Otávio Augusto, recebeu grande aprovação popular.
d) Otávio eliminou seus opositores e reduziu o poder político do antigo Senado.
e) Não obstante as aparências, estava surgindo, em Roma, uma nova forma de governo, exercido pelo
comandante do exército, o imperator.
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GEOGRAFIA
01. (URCA) Analise os dois perfis de solo a seguir.
(ADAS, Melhem e ADAS, Sergio. Panorama
Geográfico do Brasil. São Paulo: Moderna.
2004.)
Identifique qual das assertivas traz informações corretas sobre os perfis de solo.
a) O perfil II é típico do semiárido nordestino. Devido à escassez de chuvas, a ação do intemperismo físico
é limitada, o que faz com que o intemperismo químico seja o principal agente de formação do solo.
b) O perfil I é típico do semiárido nordestino. Devido à escassez de chuvas, a ação do intemperismo
biológico é limitada, o que faz com que o mesmo seja ácido, pedregoso e salino.
c) O perfil I é típico das terras baixas amazônicas. Devido a abundância de chuvas, a ação do
intemperismo químico é muito intensa, o que faz com que o intemperismo químico seja o principal agente
de formação do solo. Em consequência, o horizonte A é muito profundo e se apoia diretamente sobre
rochas calcárias.
d) O perfil II é típico da Zona da Mata nordestina. Devido a abundância de chuvas, a ação do intemperismo
biológico é muito intenso, o que faz com que seja rico em material orgânico. Em consequência, o horizonte
C é muito profundo e rico em húmus.
e) O perfil I é típico do semiárido nordestino. Devido à escassez de chuvas, a ação do intemperismo
químico é limitada, o que faz com que o intemperismo físico seja o principal agente de formação do solo.
Em consequência, o horizonte A é pouco profundo e se apoia diretamente sobre a rocha-mãe.
02. (UCS) O Brasil tem um grande potencial em sua rede hidrográfica, por apresentar rios caudalosos,
grande volume d’água, predomínio de rios perenes, de foz em estuário, de regime pluvial de drenagem
exorréica, de grande potencial hidráulico e outros.
Observe o mapa das bacias hidrográficas brasileiras.
A linha que vai de “A” a “B” passa sobre três bacias hidrográficas, que
são
a) Do Tocantins-Araguaia, do São Francisco, do Leste.
b) Do São Francisco, do Nordeste, do Leste.
c) Platina, do São Francisco, do Sul-Sudeste.
d) Amazônica, do Tocantins-Araguaia, Do Nordeste.
e) Do Norte, Platina, do Leste.
03. (UENP) Observe a figura abaixo e assinale a alternativa correta.
a) A figura representa um esquema de aquecimento da temperatura nas áreas urbanas dos países
situados na zona intertropical do planeta.
b) A figura representa uma ilha de calor, que significa aumento significativo das chuvas convectivas e
frontais que acontecem nos grandes centros urbanos do mundo.
c) A figura representa o fenômeno conhecido por ilhas de calor, que ocorrem durante o dia nas cidades de
latitudes subtropicais e tropicais devido à alta intensidade da radiação solar incidente, agravando a
sensação e o desconforto devido à elevação da temperatura e à redução da umidade relativa do ar.
d) A figura representa uma anomalia climática que provoca o aquecimento dos centros urbanos,
decorrente das mudanças climáticas globais, sobretudo em virtude do derretimento do gelo das regiões
polares e do aumento da média térmica do planeta.
e) A figura representa a inversão térmica, por ser um fenômeno de curta duração, variando tipicamente de
algumas horas a alguns dias. Está intimamente relacionada às variações climáticas do tempo
meteorológico. O fenômeno é mais comum nas áreas urbanas, após a passagem de uma frente fria,
quando o tempo se abre e uma massa de ar fria e seca, de ventos fracos, recobre uma região que recebeu
as chuvas recentes.
BOLSA QUINZE 2015
2º ANO DO ENSINO MÉDIO
INGLÊS
01. Answer with the suitable form of PAST CONTINUOS.
Jhon_____________________ only orange juice in the party last night.
We ______________________ about soccer game all morning long.
Suzan and Mary__________________ in na important hospital downtown last year.
a) ( ) were drinking – was talking – were working
b) ( ) were drinkg – were talking – was working
c) ( ) was drinking – were talking – were working
d) ( ) were drinking – was talking – was working
e) ( ) was drinking – was talking – was working
02. Look at the picture and answer the correct alternative:
(8:00 A.M) What are they doing?
a) (
b) (
c) (
d) (
e) (
) They are having lunch
) They are having a snack
) They are having breakfast
) They are having shower
) They are taking a nap
03. The PAST form of the sentence: “My Dad brings me a gift and I like it a lot, my Mom say – What a
luck!!! You choose the correct size!!! :
a) ( ) “My Dad bringed me a gift and I liked it a lot, my Mom sayed – What a luck! You chosen the
correct size!
b) ( ) “My Dad brought me a gift and I liked it a lot, my Mom sayed – What a luck! You chosed the
correct size!
c) ( ) “My Dad bringed me a gift and I like it a lot, my Mom said – What a luck!!! You chosed the correct
size!
d) ( ) “My Dad brought me a gift and I liked it a lot, my Mom said – What a luck! You chosed the correct
size.
e)( ) “My Dad brought me a gift and I liked it a lot, my Mom said – What a luck! You chose the correct
size.
BOLSA QUINZE 2015
2º ANO DO ENSINO MÉDIO
ESPANHOL
01. Teniendo en cuenta la utilización de los posesivos, señala la única opción correcta:
a) Esta casa mi es muy amplia.
b) Mio amigo está muy enfermo.
c) Mia familia es muy feliz.
d) Estos guantes no son míos.
e) Este libro es mi.
02. Señala la opción en que el(los) verbo(s) está(n) conjugado(s) en el mismo tiempo y persona verbal del
que está en relieve en la frase: “Los médicos cubanos hicieron un buen trabajo el año pasado”.
a) Los hermanos de mi madre vinieron a cenar con nosotros el mes pasado.
b) Todos los días el niño salía de casa muy temprano y solo regresaba por la noche.
c) Tenemos que estudiar mucho para la prueba.
d) Antiguamente las parejas tenían mucho más hijos que hoy.
e) Mis hermanos siempre me ayudan con mis tareas.
Texto para la cuestión 3
Llegan a Brasil los médicos importados
El martes 27 de agosto pasado, Helena de Araujo, de 63 años, fue atropellada por una moto en la periferia
de Recife. Rápidamente, un joven médico extranjero la atendió. Él es Gonzalo Lacerda, uruguayo, e
integra el primer contingente de profesionales que llegaron a Brasil recientemente. En la primera llamada
acudieron unos 400; además de uruguayos, son argentinos, españoles, peruanos, cubanos, rusos e
italianos.
Contratar a profesionales extranjeros ha sido la salida encontrada por el gobierno de la presidenta Dilma
Rousseff para enfrentar la falta de profesionales de la salud en rincones y ciudades perdidas en el mapa
ya donde los brasileños no quieren ir. Con ese fin el gobierno lanzó, a principios de agosto, el programa
Más médicos. Se contratarán 16 mil 530 profesionales que serán destinados a los sitios donde la carencia
de atención a la salud es más aguda.
En general los médicos extranjeros han sido bien recibidos, pese a los múltiples obstáculos puestos por
los sectores gremiales brasileños. El espíritu corporativo de la misma clase que se niega a atender a las
propuestas del gobierno, se ensañó principalmente contra los médicos cubanos. Son acusados de ser
malos profesionales y egresados de cursos de calificación ínfima, entre otras ofensas. Los isleños
explicaron que la mayoría ha participado en misiones de solidaridad en países africanos y también en
centro y sudamericanos, pero esto no sirvió de nada para aplacar los ánimos exaltados de los brasileños.
La presidenta Dilma Rousseff clasificó de inaceptables las ofensas dirigidas a los cubanos. Dijo que se
trata de un inmenso prejuicio y recordó que los extranjeros llegaban, justamente, para ocupar los puestos
que los brasileños habían rechazado.
Curiosamente, durante años, médicos y principalmente dentistas brasileños protestaron vehementemente
contra el trato que recibían en Portugal, de las entidades profesionales locales. Había prejuicio racial,
también por el hecho de haberse formado en universidades brasileñas. Esa misma orden médica ahora
recibe a los extranjeros con muestras claras de xenofobia. Y, en el caso particular de los cubanos, con eso
y algo más: prejuicio ideológico. Se olvidan, quizá, de que del total de médicos que trabajan en Inglaterra
37 por ciento son extranjeros y de que en Estados Unidos llegaron de otros países 32 por ciento de los
que están activos. Muchos de ellos, a propósito, son brasileños.
Eric Nepomuceno - La Jornada, 1 de septiembre de 2013 – texto abreviado
03. Según las informaciones presentadas en el texto es incorrecto decir que:
a) Por mucho tiempo los profesionales de salud brasileños reclamaron del tratamiento que recibían en
otros países.
b) La presidenta de Brasil se puso desfavorable a las ofensas recibidas por los médicos extranjeros.
c) La gran mayoría de la población brasileña ha recibido mal a los médicos extranjeros.
d) Los países desarrollados también cuentan con un número significativo de médicos extranjeros.
e) Contratar a profesionales extranjeros fue la salida encontrada por el gobierno de la presidenta Dilma
Rousseff para enfrentar la falta de profesionales de la salud en rincones y ciudades perdidas en el mapa
ya donde los brasileños no quieren ir.