Correios premiam faculdade e aluno

Transcrição

Correios premiam faculdade e aluno
nº 21|agosto 2011
www.cantareira.br
Solidariedade
Correios
premiam
faculdade
e aluno
editorial
Amor eterno
Mais de um ano já se passou...
Mas o que é eterno é imutável, permanece para sempre.
Assim acontece com o nosso querido professor Paulo Meinberg, diretor-geral
da Faculdade Cantareira e Colégio Jardim São Paulo. Nosso mestre, nosso pai,
nosso amigo. Nosso porto seguro.
Entre nós, transformou a vida de cada um. Ninguém permaneceu o mesmo.
Sua luz é poderosa e quem foi tocado por ela a multiplicará. E sua essência, o
amor eterno, jamais se apagará.
Com certeza, professor Paulo, você é
Eterno no seu sorriso discreto e olhar brilhante,
Eterno na sua solidariedade com o próximo,
Eterno nas poucas palavras e grandes gestos,
Eterno no seu exemplo de humildade e grandiosidade humana,
Eterno no seu legado e seu amor à educação
Eterno no DNA de nosso colégio.
A sua missão continua na docência dos nossos professores, nos atendimentos
dos nossos coordenadores, na dedicação dos diretores, na garra e na luz de nossos alunos e na confiança e parceria das famílias!
O ciclo vital continua. O seu Manacá da Serra? Floresce sempre, assim como
o desabrochar dos nossos alunos, exalando um perfume único e especial em
nossa morada querida.
Elos que se multiplicam de geração em geração.
É um orgulho poder carregar o DNA do Colégio Jardim São Paulo. Ser um desses
elos. Só quem se tornou filho sabe disso.
A origem desse amor é poderosa e sagrada. Vem do nosso saudoso semeador
de vidas, professor Paulo Meinberg, que hoje vive na eternidade e é eterno em
todos nós!
Patrícia Moretti Meinberg
Coordenadora-geral das unidades Cantareira e
Tremembé do Colégio Jardim São Paulo
Diretora-responsável | Maria Elisa Meinberg de Sousa Pereira
Coordenação editorial | Beatriz Meinberg de Sousa Pereira, Mariana Meinberg de Sousa Pereira e Roberto José Pinto
Produção editorial | Verbus Comunicação
Editor-responsável | Amorim Leite
Redação | Amorim Leite, Geisa Araújo Barbosa, Ivan Pagliarani, Maíra Finatte e Victor Bianchin
Diagramação | Cristiane Martins Carratu Jose
Impressão | Vox Editora
Tiragem desta edição | 20.000 exemplares
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Rua Marcos Arruda, 729
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mural
Formandos de
2010 colam grau
Cerimônia realizada na Cantareira tem caráter solene
E
m dezembro, dia 21, parte das instalações da Cantareira ganhou uma decoração bem diferente. Afinal, os formandos de 2010, dos cursos de Administração, Agronomia, Direito e Música,
teriam ali seu momento de despedida como acadêmicos: a Solenidade de Colação de Grau.
Com direito a tudo que se tem numa cerimônia como essa, os formandos, de beca, participaram
de um momento único e emocionante na presença de seus professores, familiares e convidados.
Presidida por Maria Elisa Meinberg de Sousa Pereira, diretora-geral da Faculdade Cantareira, a
sessão solene contou também com a presença à mesa de Mariana Meinberg de Sousa Pereira (diretora-acadêmica), coordenadores dos cursos, patronos, paraninfos e homenageados das turmas.
Como patrono dos formandos do curso de Música, Paulo Meinberg, idealizador e primeiro diretorgeral desta faculdade, foi homenageado in memoriam.
As mensagens oficiais ficaram por conta dos paraninfos Silvana Aparecida Bragatto (Administração), Simone Bragantini Camilo (Agronomia), Thais Novaes Cavalcanti (Direito) e Celso Mojola (Música). Representando os formandos, os oradores foram William de Jesus Carvalho (Administração),
Flávio Máximo (Agronomia), José Augusto Barbosa da Silva (Direito) e Lúcia Kurokawa (Música).
Leram os juramentos, representando suas respectivas turmas, os formandos Rafaela da Silva, Raineldes Fexina Júnior, Dayane Soares e Fábio Henrique Soares Pinheiro. Coube a cada coordenador a
outorga de grau aos formandos.
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mural
Evento destaca
importância do negro
na cultura brasileira
Exposição fotográfica, debates, música e filmes estão na programação
E
m novembro do ano passado, dias antes da comemoração
oficial do Dia da Consciência Negra, a Faculdade Cantareira,
visando a valorizar a cultura brasileira e a incorporar essa
ideia em seus estudantes, organizou a 1ª Semana da Consciência
Negra, uma oportunidade para debates e exaltação da importância
da cultura negra, fundamental na formação de nosso País.
A semana teve início com a exposição fotográfica Angola, a esperança de um povo, de Vinícius Souza e Maria Eugênia Sá. As imagens
mostram diversas cidades dessa nação da África Central, que ainda
se recupera das consequências de sua trágica guerra civil travada
desde a década de 1970. Os fotógrafos participaram ainda de um
colóquio com o tema Angola e Brasil, ontem e hoje, que contou com
a presença da jornalista Cinthia Gomes, sócia-fundadora da consultoria Afroeducação, e apresentação musical de Lilah Kuhn.
Outra mesa de debate foi composta pelo advogado e coordenador de Projetos do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e
Desigualdades (Ceert), Daniel Teixeira, e pela sócia da Afroeducação, Paola Prandini. O tema tratado foi a situação atual do mercado
de trabalho em contraponto com a diversidade étnica apresentada
na população brasileira.
Uma mostra de cinema também fez parte da programação. Foram
exibidos os curtas Carolina, Distraída para a morte e Narciso Rap, todos de Jefferson De – um dos mais promissores cineastas do Brasil e
vencedor do prêmio de melhor diretor no Festival de Gramado 2010
– e o longa Besouro, de João Daniel Tikhomiroff, que conta a história
de Besouro Mangangá, o maior capoeirista de todos os tempos.
Para Beatriz Meinberg de Sousa Pereira, diretora de Comunicação da Cantareira, um evento como esse é de extrema importância
para ampliar o debate sobre a negritude. “Devemos, como cidadãos, incorporar a reflexão e fomentar essa iniciativa nos alunos”.
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mural
DVD gravado no
Estúdio Cantareira
é destaque mundial
Aquiles Priester é eleito o 3º melhor autor na categoria instrucional
U
ma das mais importantes revistas de
música do mundo, a americana Modern Drummer, divulgou, em julho, seu
ranking de melhores bateristas do mundo indicados pelos leitores. Quem marcou presença
nessa lista foi o brasileiro Aquiles Priester, eleito
como 5° melhor baterista de rock progressivo e
autor do 3° melhor DVD instrucional.
Intitulado The infallible reason of my freak
drumming, o DVD foi gravado em 2009 no Estúdio Cantareira. Nele, além de tocar músicas de
suas bandas, Priester também demonstra exercícios para quem deseja tocar como ele. “Escolhi o Cantareira depois de procurar por estúdios
em diversos Estados do Brasil”, conta o baterista.
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“Além de produzir um bom som, ele tinha de ser
bem acabado, devido à gravação das imagens, e
ter um bom pé-direito para caber a grua de 6 m
de altura usada na captação. Fiquei muito feliz
com o resultado final”, afirma ele.
Para Priester, um dos diferenciais de gravar no
Estúdio Cantareira foi seu engenheiro de som,
Ricardo Marui. “Muitas vezes, os estúdios têm
equipamentos fantásticos, mas os técnicos não
têm a menor ideia de como utilizá-los. Dessa forma, tenho certeza de que fiz realmente a melhor
escolha para eu gravar meu DVD”, afirma o baterista premiado.
Veja outros trabalhos gravados no Estúdio Cantareira no site www.estudiocantareira.com.br.
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pós-graduação
Centro de estudos
moderniza cursos
de pós e extensão
universitária
N
o dia 19 agosto, a Faculdade Cantareira inaugura o Centro de Estudos
Avançados (CEA). Coordenado pelos professores Marcélio José Ribeiro e Iran José Oliveira da Silva, o
CEA será o responsável direto pela
administração dos cursos de pósgraduação lato sensu, cursos de extensão universitária e também pela
preparação de palestras temáticas
gratuitas à comunidade.
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A missão do CEA é fomentar, apoiar
e coordenar atividades de desenvolvimento e promover a formação avançada. Espera-se também que o centro
estabeleça acordos de cooperação
com outras instituições, tendo em vista o fortalecimento da capacidade e o
desenvolvimento do conhecimento.
Para o ano de 2012, já estão programados cursos de pós-graduação
em Educação Ambiental, Educação
Financeira, Educação Musical, Meio
Ambiente, Recursos Humanos, Finanças, Agronegócio, Marketing em
Comunicação, Direito Processual,
Marketing Esportivo, Saúde Pública
e Meio Ambiente, Rastreabilidade e
Certificação de Produtos de Origem
Animal, Ambiência e Bem-estar de
Animais de Produção.Quanto à extensão universitária, já no segundo
semestre de 2011 serão realizados
os cursos de Zootecnia de Precisão
e Ambiência, entre outros.
administração
Administração esportiva:
setor (ainda) pouco explorado
Falta mão de obra especializada na área, diz palestrante em aula magna
F
ábio Porto, gerente de Marketing da Associação Portuguesa de Desportos, ministrou a aula magna do curso de
Administração, dando início formal
ao ano letivo de 2011. Na presença
do coordenador do curso, Marcelio José Ribeiro, e de, aproximadamente, 240 alunos, Fábio iniciou a
palestra contextualizando a participação do mercado esportivo na
economia mundial – nos próximos
anos, o Brasil será a sede da Copa
do Mundo e dos Jogos Olímpicos.
Como em qualquer outra indústria,
as empresas que investem no esporte visam ao lucro. Porém, principalmente no futebol, existe um importante fator a ser levado em conta: a
paixão do torcedor. Para fazer esse
fã se tornar sócio do clube pelo qual
torce, assistir a jogos no estádio e
consumir produtos relacionados ao
time, é fundamental um forte planejamento de marketing.
Para Fábio, a falta de mão de
obra especializada na administração esportiva não permite ao esporte brasileiro se igualar em profissionalismo a potências mundiais.
“É importante alertar o jovem para
o futuro. Uma palestra como essa
pode ser a chance de os interessados conhecerem o amplo mercado
de administração”, analisa o especialista. Detalhe: além de trabalhar
na Portuguesa, Fábio também é
torcedor da Lusa. “Trabalhar com
esporte nos dá a chance de aliar diversão ao trabalho”.
Mais do que uma profissão, aprender novas formas de lidar com o mundo. Para
o aluno Alexandre Rizzo, integrante do Núcleo de Teoria Crítica do Curso de Administração desde 2007, a Cantareira representou uma mudança em
sua postura frente à vida. “A faculdade me proporcionou uma visão crítica do
mundo e a chance de ser mais atuante em minha vida acadêmica”. No núcleo,
Alexandre teve contato com a obra de grandes pensadores do século 20, como
os teóricos da Escola de Frankfurt, fundamentais para a comunicação moderna, e também com as principais questões da sociedade atual. “O homem se
tornou refém do tempo, do trabalho, do capital. Toda essa tensão é observada também dentro das empresas e cabe ao administrador tornar o ambiente
de trabalho saudável”, analisa. Ainda graças ao núcleo, Alexandre hoje percebe a
importância do diálogo e da análise para se conseguir vitórias profissionais. “O raciocínio inspira reflexões sobre o mundo e sobre nós mesmos”, filosofa o estudante.
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administração
mural
Solidariedade e
gestão de crises
Tendo em vista que a união faz a força, que tal usá-la para o bem?
E
Prêmio Correios Destaques do Ano: Roberto
Brandão (centro), com Takashi Akamine e Valter
Ferreira de Araújo, representantes dos Correios
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m uma época em que se fala muito em trabalho, individualidades e conquistas pessoais,
pode parecer que não há lugar para se pensar
no próximo. Felizmente, há no mundo muita gente se
unindo para ajudar o outro no momento de desespero.
A Faculdade Cantareira experimentou isso recentemente, participando, em dezembro de 2010, da Campanha
Papai Noel dos Correios. Organizada pela empresa estatal desde 1997, ela visa a responder aos milhares de
cartas de crianças de até dez anos de idade, em condições sociais vulneráveis, pedindo presentes de Natal.
A faculdade entrou na campanha por sugestão do
aluno do 7º semestre do curso de Administração, Roberto Ferreira Brandão, funcionário dos Correios. “Como a Cantareira tem um espaço enorme e por lá transitam muitas pessoas, falei com a direção que eu tinha
a ideia de criar um mural para afixar cartas para que
fossem adotadas”, explica o estudante. Alunos, funcionários e a própria comunidade puderam participar.
Por sua adesão à campanha, a Faculdade Cantareira
foi homenageada, no dia 22 de março, pelos Correios.
Representou-a sua diretora de Comunicação, Beatriz
Meinberg de Sousa Pereira. Das cerca de 150 cartas
levadas até o campus da faculdade, 104 foram atendidas. Em âmbito geral, de acordo com dados da estatal,
dentre as 110.007 cartas cadastradas pelo programa,
57.303 foram adotadas, um aumento de cerca de 45%
com relação a 2009. Para Brandão, a experiência valeu. Tanto que já tem planos para o futuro: “Com fé em
Deus, espero que em 2011 eu possa ver muito mais
crianças felizes com a ampliação desse projeto”.
Poucos dias depois do evento de fechamento da
campanha em que se homenagearam os parceiros,
um novo convite dos Correios chegou à Cantareira.
Dessa vez, era para assistir à cerimônia de entrega do
administração
Beatriz Meinberg,
Roberto Brandão e
Bernardo Aparecido Dias,
gerente de Turno do
Centro de Tratamento
de Cartas Mooca
Prêmio Correios Destaques do Ano DR/SPM. Brandão,
justamente por ter levado a campanha do Papai Noel
para a faculdade, estava entre os três indicados para
receber o prêmio na categoria Sociedade.
No dia 2 de abril, no Memorial da América Latina,
em São Paulo, numa festa de gala, nome a nome, em
suas diversas categorias, como no Oscar, os contemplados eram anunciados. O estudante da Cantareira
venceu. O prêmio lhe foi entregue pelos representantes dos Correios – Takashi Akamine e Valter Ferreira de
Araújo, respectivamente coordenadores-regionais de
Suporte e de Negócios.
Por que se é solidário?
Ajudar os Correios a dar resposta às cartas desses
milhares de crianças é um ato de solidariedade. As
famílias a que pertencem os missivistas estão diuturnamente em crise. Tanto que os Correios as classificam como em “condições sociais vulneráveis”. E por
que nasce no coração humano esse desejo de ajudar?
Segundo Otávio Augusto de Melo, professor da Faculdade Cantareira e psicólogo, “a solidariedade é um
comportamento possível diante do sofrimento alheio;
é algo que contribui psicologicamente para sublimarmos a dor e a angústia que nós mesmos sentimos”.
Talvez isso explique o pronto comprometimento do
corpo discente com relação ao projeto dos Correios.
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Uma dos que colaboraram para o sucesso da campanha no âmbito da faculdade foi Aline Cristine Correia Brito, estudante do 7º semestre de Publicidade e
Propaganda. A simplicidade da criança autora da carta
pesou na escolha. “Ela [a criança] pediu apenas ‘algo
para comer na noite de Natal e, se possível, uma bola’.
Nessa hora, pensei que, para fazer uma criança feliz,
não precisava de muito”.
A aluna Cilene de Oliveira Marques, do 7º semestre
de Administração de Empresas, outra que participou,
revela seu sentimento. “Saber que fiz uma criança feliz
me motiva a ser melhor, a desejar coisas boas, a dar
coisas boas com a certeza de que não receberei nada
em troca além de saber que, naquele momento, fiz a
diferença para alguém.”
Profissionais preparados
O mundo tem acompanhado, por meio dos veículos de comunicação, o resultado do terremoto seguido
de tsunami ocorrido no Japão. Ali, solidariedade e boa
vontade ainda se fazem presentes. Porém, quando se
fala em grandes catástrofes, só solidariedade e boa vontade não bastam. É preciso que as defesas civis tenham
profissionais bem preparados para gerir momentos de
crise, que apontem prioridades e estratégias para que,
na medida do possível, a população atingida possa voltar
ao seu cotidiano. É isso o que defende Marcos Victorino,
9
administração
mural
Resposta: das
cerca de 150 cartas
recebidas pela
Cantareira, 104
foram atendidas
engenheiro agrônomo responsável pela fazenda experimental da Cantareira. “No quadro da Defesa Civil deveria
ter uma equipe multidisciplinar com administradores,
agrônomos, geólogos, médicos e sociólogos, tornando o
planejamento e a gestão pós-crise mais humana.”
Mas não é preciso ir ao outro lado do mundo para
buscar exemplos de que saber gerenciar é fundamental. Basta olhar para a região serrana do Rio de Janeiro,
que no início do ano sofreu com enchentes e desmoronamentos que deixaram mais de novecentos mortos,
8.700 desabrigados e 20.790 desalojados. “Não há no
Brasil a cultura de que cabe ao administrador a tarefa
de gerir”, afirma Marcelio J. Ribeiro, coordenador do
curso de Administração. “Pode parecer absurdo, mas
a experiência confirma que, principalmente na gestão
pública, poucos são administradores. Isso provoca certo amadorismo e risco nas políticas de gestão do País,
inclusive no caso do Rio de Janeiro.” Mas nem tudo
está perdido, completa o coordenador. “Cursos de administração no Brasil, como o da Cantareira, estão preparando profissionais para administrar situações que
exijam reflexão, tomada de decisão e ação.”
Alternativas
Além do sentimento de solidariedade e boas noções de gestão de crise, no caso do Rio de Janeiro tam-
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bém foi necessário ter ferramentas que auxiliassem
na recuperação dos locais atingidos. Silvana Bragatto,
professora de Elaboração e Análise de Projetos, fez um
estudo, em classe, sobre a reconstrução do Haiti, que
sofreu um grave terremoto em janeiro de 2010. Nele,
os alunos de Administração destacaram fatores determinantes para o sucesso ou fracasso do projeto. Os
principais pontos levantados para o sucesso foram a
necessidade de que o país tivesse estabilidade política
e social, efetiva ajuda financeira de outros países e organização na logística para envio de alimentos, água e
medicamentos, além de apoio psicológico à população
por meio de grupos culturais que poderiam entreter
crianças e adultos.
O projeto Plantando na Cidade, que foi proposto
como um caminho para a reconstrução do Haiti e
que é desenvolvido pela Cantareira, também é um
bom exemplo de ferramenta. Ele não pode evitar as
grandes catástrofes, mas pode capacitar a população a retomar o hábito de produzir alimentos nas
cidades, atitude que se perdeu com o passar dos
anos. Hoje, ele é uma das melhores ferramentas de
produção de alimentos nos centros urbanos, uma
vez que pode ser desenvolvido em locais não utilizados como, por exemplo, as lajes e varandas dos
apartamentos.
agronomia
Agronomia agora
também no
período noturno
Atividades ao ar livre são
concentradas no sábado
A
tenção, aspirantes a agrônomos! A
Cantareira acaba de inaugurar seu
curso noturno de Agronomia. Ele contém a mesma grade, os mesmos professores e a
mesma qualidade que tornou o curso de Agronomia da Cantareira um dos melhores do Estado. A única diferença, além do período, é que
as atividades ao ar livre ficam concentradas aos
sábados. Os laboratórios funcionam para todos
os períodos. “O período noturno resolveu um problema para muitas pessoas. Agora, elas podem
conciliar os estudos com o trabalho durante
o dia – o que, para muitos, tem relação com
a área de produção de alimentos”, faz notar
Marcos Roberto Furlan, que, juntamente com
Andréa Dantas e Simone Bragantini Camilo, coordena o curso. A primeira turma do curso noturno começou
este ano e deixou os coordenadores animados.
“Os alunos deste ano demonstram que o curso
era um de seus sonhos e que só está sendo possível alcançá-lo com a Agronomia à noite”, diz
Furlan. E a experiência profissional dos novos
alunos acaba gerando uma importante troca de
experiências. “Para nós, está sendo excelente,
pois eles, com a experiência no setor agropecuário, contribuem para fornecer exemplos práticos”, admitem os coordenadores.
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agronomia
FIC no Campo:
integração e ensino
Em sua sexta edição, evento reúne comunidade acadêmica
em fazenda experimental
A
s porteiras da fazenda experimental da Faculdade
Cantareira, em Mairiporã
(SP) mais uma vez foram abertas
para a comunidade. No dia 21 de
maio, realizou-se ali o 6º FIC no
Campo, evento de confraternização e aprendizado prático envolvendo alunos da Cantareira e a comunidade.
Além de onze estações sob a
responsabilidade dos estudantes
de Agronomia, para se ter contato próximo com assuntos do meio
ambiente, a programação incluiu
um curso prático sobre rastreabilidade animal, dado pela Agrisoft,
e uma oficina de fotografia com o
tema Um olhar no campo, dirigida
por Carlos Frucci, professor de Fotografia da Cantareira.
Apresentações musicais, uma gincana com caráter educativo para o
público e a premiação para a melhor
estação também estavam na agenda.
“A cada ano que passa, temos conseguido um número maior de visitantes”, comemora a professora Silvana
Bragatto, uma das organizadoras. “O
FIC no Campo tem por objetivo integrar a Faculdade Cantareira com a
comunidade, técnicos de empresas e
familiares dos alunos”.
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agronomia
Estações do 6º FIC no Campo
1. Produção de morango orgânico verticalizada
2. Forragem hidropônica
3. Hidroponia
4. Horta/tomate
5. Ambiência e tecnologia
6. Controle de plantas invasoras com utilização de
agroquímico
7. Trilha ecológica
8. Olericultura
9. Controle alternativo de pragas
10. Trabalhos técnicos
11. Serviços ecossistêmicos
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agronomia
Alunos visitam a
18ª Agrishow
E
ntre os dias 2 e 6 de maio,
alunos e professores do
curso de Agronomia da Faculdade Cantareira, com o apoio da
Associação Nacional de Defensivos
e Fertilizantes (Andef), viajaram
336 km até a cidade de Ribeirão
Preto para participar da Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação (Agrishow). Durante o
evento, eles assistiram às palestras
e demonstrações, conferiram os
últimos lançamentos e novidades
tecnológicas e ainda promoveram
relacionamento com o mercado e
as empresas relacionadas ao agronegócio.
O fato de a Cantareira levar os
estudantes até a feira, considerada
uma das principais do setor, ratifica o compromisso da faculdade de
formar profissionais atualizados e
preparados para atuarem no mercado de trabalho. Na 18ª Agrishow,
segundo dados dos organizadores,
eles puderam ver mais de oitocentas demonstrações de campo,
quando os expositores colocam
seus produtos para funcionar na
prática. As demonstrações são
classificadas em três grupos: agricultura empresarial, agricultura
familiar e pecuária. Além disso, os
estudantes puderam visitar estandes de 765 expositores nacionais e
internacionais.
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direito
Direito processual é
tema de aula magna
O preletor é
Antonio Carlos
Marcato,
ex-desembargador
e promotor
N
o dia 1º de março, os alunos do curso de Direito
da Cantareira tiveram
um motivo a mais para ir à faculdade: assistir à aula magna do curso.
Advogado, autor de livros e professor da Faculdade de Direito da
Universidade de São Paulo (USP),
Antonio Carlos Marcato, atendendo o convite da professora Maria
Carolina Silveira Beraldo, de quem
fora orientador no mestrado por
ela concluído na USP, falou sobre
temas atuais de direito processual.
Ex-desembargador e promotor,
Marcato começou sua preleção dizendo que o processo é uma ferramenta para que se consiga algo na
justiça e que transação é o acordo
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que se faz entre as partes, autor do
processo e réu, para evitar grandes
batalhas judiciais. O professor também abordou a mudança no Código de Processo Civil, que está sendo votada pelo Senado e que pode
entrar em vigor nos próximos anos.
Após explicar a história do código,
que existe desde 1939 e que foi
substituído em 1974, Marcato disse que não é necessário um código
novo, mas sim que o atual seja modernizado.
Na aula, ainda se abordaram
temas como a lentidão da justiça
brasileira e a diferença que existe
entre o que dizem as leis e o que
há na prática. Ao encerrar, o preletor disse que as novas gerações de
bacharéis em Direito têm a responsabilidade de melhorar o que está
ruim na profissão.
“O Marcato”, diz o coordenador
do curso de direito da Cantareira, professor José Guida Neto, “é
praticamente um ‘papa’ do processo civil no Brasil e sua vivência
acadêmica e jurídica lhe permite
falar para alunos do 1º ao 5º ano
do curso”. Sobre a importância de
eventos como o que a faculdade
promoveu, Marcato sentenciou: “A
aula magna é uma grande oportunidade que o professor tem para
colocar algumas ideias, transmitir
princípios profissionais e algumas
regras de vida e passar a sua experiência para os estudantes”.
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direito
Biblioteca jurídica do
País tem novos livros
Em três deles, há a assinatura de professores da Cantareira
D
ois docentes da Cantareira
estão com livros novos na
praça, enriquecendo a biblioteca jurídica do País: Victor Hugo
Nazário Stuchi (Direito do Trabalho) e
Carlos Frederico Ramos de Jesus (Direito Civil).
Stuchi parece uma máquina! No
ano passado, ele já havia lançado dois
livros. Agora, assina mais dois como
co-autor: Vade mecum para concursos, destinado a concurseiros sem formação em Direito, e Ensaios jurídicos
contemporâneos, coletânea de artigos
elaborados por professores de Direito,
incluindo ele.
Stuchi escreveu as sínteses das
disciplinas Direito do Trabalho, Direito Previdenciário e Direito Processual
do Trabalho. “É um livro que veio para
descomplicar e ensinar o Direito para
quem não fez Direito”, resume o professor. “Seus autores são professores
com vasta experiência no preparo de
candidatos para os mais diversos con-
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cursos públicos brasileiros e, por isso,
apresentam os conceitos de maneira
simples e didática”, explica. Para preparar sua parte no livro, Stuchi levou
seis meses.
Já o Ensaios jurídicos... é um conjunto de textos abordando como o Direito
pode ser usado para melhorar as condições de vida na sociedade. “Meu artigo
foi fruto das minhas pesquisas finais de
mestrado e para o início do doutorado”,
revela o professor. “Levei pouco mais
de duas semanas para escrevê-lo”.
A Cantareira é uma das fontes de
aprendizado de Victor Hugo, e, portanto, sua fonte de inspiração também:
“Tive nessa casa de ensino a primeira
oportunidade de dar aulas como professor contratado. Sempre aprendo
muito com os alunos e colegas professores”, testemunha.
Teoria famosa
Carlos Frederico lançou, em abril,
na livraria Saraiva do Shopping Paulis-
ta, o livro John Rawls: a concepção de
ser humano e a fundamentação dos
direitos do homem. Nele, o docente
da Cantareira indaga se a famosa teoria da justiça formulada por Rawls em
1971 (e revista ao longo das décadas
de 1980 e 1990) oferece fundamentos
aos direitos humanos universais.
“Escrevi por dois anos, durante o
mestrado”, afirma o professor. “Não
fiz isso continuamente: pesquisava,
escrevia um capítulo e depois ficava
mais um tempo refletindo e pesquisando para escrever o próximo”, conta.
Um dos principais objetivos de Frederico foi estudar o filósofo em profundidade. “No Brasil, ele é bem menos
conhecido do que deveria”, opina.
E não foi fácil por à vista um trabalho tão complexo. “Quando se deposita uma dissertação de mestrado, a
situação do autor é de esgotamento
físico e intelectual. Você diz para si
mesmo que nunca mais fará aquilo de
novo. Mas, dois meses depois, já está
com saudade da rotina de escrever e
começa a pensar em outra pesquisa.
Então vale a pena. Tudo que se faz com
convicção e com afinco vale a pena”,
argumenta Frederico.
Pelo jeito, valeu a pena mesmo: o
professor afirma que o lançamento superou suas expectativas e que a obra
está sendo bastante difundida. “É essa
a razão pela qual se escreve um livro:
para suscitar o debate”, diz ele.
direito
Novos cipiões
debatem obras
clássicas
Inspirado em confraria da Roma antiga,
grupo é formado por estudantes de Direito
E
Ao ar livre: discussão sobre obras clássicas
O que são novos cipiões?
O Círculo dos Novos Cipiões é inspirado no Grex Scipionis da Roma
antiga, um grupo de amigos que existiu por volta da metade do
século 2 a.C. Seus integrantes eram aristocratas, políticos e intelectuais que promoviam atividades de interesses literários, filosóficos
e culturais, em geral com orientação helenística, e exerceram uma influência notável no desenvolvimento da literatura e da cultura latina.
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stá ativo na Faculdade
Cantareira, desde 2009, o
Círculo dos Novos Cipiões,
grupo de alunos de Direito que se
encontra regularmente para discutir e analisar obras clássicas da literatura mundial, mesmo que não
sejam diretamente ligadas à área
jurídica.
A confraria, que se reúne no
átrio do Núcleo de Prática Jurídica, no campus do bairro do Belém,
tem suas atividades conduzidas
por José Guida Neto, coordenador
do curso de Direito.
Entre as obras já analisadas estão O príncipe (Maquiavel), As cartas persas (Montesquieu), Da vida
feliz (Sêneca), A cidade antiga (Fustel des Coulanges) e A consolação
da filosofia (Boécio). As próximas
da lista são Tristes trópicos (Claude
Lévi-Strauss), Da amizade (Cícero)
e Utopia (Morus).
As atividades do grupo são abertas a todos os alunos.
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música
Pósgraduação
afina
também o
emocional
D
esde março de 2010, a Faculdade Cantareira
oferece à comunidade acadêmica o curso de
pós-graduação em Educação Musical. Com
duração de dezoito meses e aulas uma vez por semana (às segundas-feiras), ele está dividido em três módulos.
Segundo a coordenadora Aída Machado, o curso
propõe a abertura de um espaço de ação e reflexão
para sala de aula que instrumentalize o professor para a
prática educacional mais vívida, envolvente e efetiva.
Ao lado de disciplinas como Psicologia da Educação
e Didática para o ensino de música, estão presentes
oficinas de percussão corporal, confecção de brinquedos e contação de histórias, entre outras.
Para saber mais sobre a pós-graduação em Educação Musical, acesse o site www.cantareira.br.
18
A
2ª Mostra Jazz 2011, que
acontece na cidade de São
Paulo com apoio do Proac,
dando continuidade aos propósitos
culturais e sociais de aproximar a
manifestação jazzística do público,
dos estudantes e profissionais da
música, na Faculdade Cantareira foi
realizada em dois eventos separados. O primeiro, no Estúdio Cantareira, em 12 de dezembro de 2010,
com o pianista, compositor, arranjador e produtor musical Benjamim
Taubkin. Além de um profissional
com múltiplos talentos, Taubkin
também é curador de festivais de
música, está à frente da gravadora
Núcleo Contemporâneo e da Orquestra Popular de Câmera e é ativista da música independente.
O segundo evento foi o show do
Quarteto Reverso, que se apresen-
música
2ª Mostra de Jazz:
dois eventos em um
tou no BondBico em 8 de fevereiro
deste ano. Formado em 2010 por
alunos e ex-alunos do curso de música da Faculdade Cantareira – Daniel
Filho (saxofone), Fabrizio Casaletti
(guitarra), Fil Caporali (contrabaixo)
e Caio Milan (bateria) –, o Reverso já
tem se mostrado um conjunto com
identidade e estilo definidos, explorando em seus shows composições
próprias.
Quarteto Reverso:
identidade e
estilos definidos
[ w w w. c a n t a r e i r a . b r ]
19
música
Carlos Sanmartim:
chamado
para a arte
Com José Mayer e grande elenco, aluno está entre os
atores de ‘O violinista no telhado’
O
aluno Carlos Henrique
Sanmartin de Abreu teve
um chamado para a arte
quando ainda estava no Ensino
Fundamental, no Colégio Jardim
20
São Paulo (CJSP), instituição que,
como a Cantareira, é mantida pela
Associação João Meinberg de Ensino de São Paulo (Ajomesp). “Foi
no Jardão [CJSP], incentivado pe-
los professores, em especial pela
coordenadora do grupo de teatro,
Abigail Wimer, que eu pude me
descobrir artista”, revela Carlos
Henrique. O resultado é que ele
acabou se tornando ator e músico
e está se formando na Escola Superior de Música da Cantareira já com
sua vocação delineada. “Na Cantareira, conheci professores que me
mostraram que arte é uma coisa
só”, afirma o aluno.
Com cinco peças no currículo,
Carlos Henrique agora se prepara
para participar da montagem profissional de O violinista no telhado,
peça que já havia encenado com o
grupo do colégio. “Estou imensamente feliz de estar no elenco profissional da peça que me colocou
no mundo do teatro”, comemora o
ator.
Para quem compartilha do sonho de Carlos Henrique, uma dica:
“Frequente todos os cursos possíveis! É por meio dessas primeiras
experiências que o verdadeiro artista se forma! Tanto o Colégio Jardim São Paulo como a Cantareira
possuem conteúdo de sobra para
formar grandes artistas”.
música
Aluno da Cantareira
é primeiro-flautista
da Ocam
Richard Pereira Lopes é escolhido após teste de leitura
de partitura à primeira vista
O
utro aluno que tem seguido firmemente o caminho da arte é Richard
Pereira Lopes. Ele acaba de ser escolhido como primeiro-flautista da
Orquestra de Câmara da Universidade de São Paulo (Ocam). Para
ingressar na orquestra, Richard foi
aprovado no teste que exigia que
os candidatos tocassem uma peça
de confronto, uma peça de livre
escolha e uma leitura à primeira
vista.
“Toda prova é difícil, pois temos de mostrar o nosso melhor.
Porém, sempre há algo que nos
atrapalha, como, por exemplo, o
nervosismo”, afirma Richard. Para
o flautista, todo e qualquer processo seletivo é complicado na
área musical, pois há poucas vagas nas orquestras e existem muitos jovens talentosos, o que torna
a concorrência ainda maior. A Faculdade está na lista de agradecimentos do músico. “A Cantareira
é bastante responsável por essa
conquista. Aliás, boa parte dela eu
devo a Rogério Wolf, meu professor de Flauta”.
[ w w w. c a n t a r e i r a . b r ]
21
música
Conversa Ribeira
vence Festival
Voa Viola
Formado por professores, grupo fica com o
troféu na categoria Inovação
22
O
utra vitória para os professores da Cantareira: o
grupo Conversa Ribeira é
o ganhador, na categoria Inovação,
do Festival Voa Viola, realizado no
ano passado. O grupo é formado
pelos professores João Paulo Amaral (viola caipira) e Andrea dos Guimarães (canto popular) e Daniel
Muller (piano e acordeom).
O festival teve quatro etapas
realizadas em Recife, Brasília, Belo
Horizonte e São Paulo. Em cada
uma, as bandas se apresentavam
seguindo pré-seleção do público na
Internet. Além de individualmente,
elas também tocavam ao lado de
nomes conhecidos da música popular brasileira. O Conversa Ribeira, por exemplo, apresentou-se em
dezembro, na etapa de São Paulo,
e tocou com Inezita Barroso, Paulo Freire, Roberto Correa, Monica
Salmaso e com a dupla Zé Mulato
e Cassiano.
“Foi uma surpresa boa receber
o Inovação, troféu dado pelo júri”,
afirma Andrea. “Ficamos felizes,
porque, hoje em dia, é difícil ter o
trabalho reconhecido. Então, quando começamos a ser aprovados em
editais e a participar de eventos
assim, que são importantes para
a música em geral, ficamos muito
contentes”.
Agora, o Conversa Ribeira se
prepara para gravar o segundo CD,
que deve sair ainda em 2011.
música
Prof. Luís Mauro
lança seu sexto livro
Obra propõe reflexões sobre a percepção do
indivíduo no mundo atual
E
stá nas livrarias, desde novembro, o novo livro do
professor Luís Mauro Sá
Martino: Comunicação e identidade: quem você pensa que é?. A obra
é sobre como nos percebemos e somos percebidos no mundo de hoje,
no qual a Internet e outras mídias
digitais estão presentes em grande
parte da comunicação.
“O Comunicação e identidade
tem o objetivo de pensar questões
mais amplas do que a mídia em
si, lembrando que, atrás de cada
twitt ou perfil no Facebook, tem
um ser humano, uma identidade
em construção”, explica o autor.
Professor do curso de graduação
da Escola Superior de Música da
Cantareira, Martino diz ter se inspirado nas experiências que teve
na Inglaterra ao passar o ano de
2008 estudando lá.
A convivência acadêmica também ajudou. “O contato com os
alunos, em sala de aula ou nos outros espaços universitários, é muito enriquecedor, tanto em termos
pessoais como acadêmicos. Até
porque, no Ensino Superior, seus
alunos logo serão seus colegas”,
afirma o professor.
[ w w w. c a n t a r e i r a . b r ]
O próximo livro ainda não está
planejado. “Quem sabe, se tiver
coragem e talento para tanto, arrisco uma música em vez de um
livro”, sugere Luís Mauro. Integrantes para a banda não vão faltar...
23
música
Cursos livres
complementam
ensino
Abertos ao público em geral, há opções
para todas as necessidades
A
Cantareira está sempre a
serviço da comunidade.
Uma das evidências disso são os cursos na área de música, voltados ao público geral e não
somente a quem faz a graduação
nessa área.
Estão disponíveis três tipos de
curso:
• Cursos livres direcionados para
músicos ou estudantes de música.
No primeiro semestre foram ofe-
24
recidos Regência Orquestral com
o Maestro Sergio Chnee e Arranjo
Orquestral com o Professor Julio
Cesar de Figueiredo.
• Curso Preparatório para Vestibular de Música, com aulas de instrumento e teoria musical para aqueles que desejam ingressar numa
graduação em Música.
• Projeto “Venha tocar um instrumento!”, com aulas práticas e teóricas para quem ainda não sabe to-
car nenhum instrumento e deseja
aprender.
Além da supervisão dos professores do Curso Superior de Música
da Cantareira, os alunos também
têm ao seu dispor toda a estrutura
da faculdade, o que faz diferença
na hora de aprender.
A cada semestre há possibilidade de novas opções nos cursos de
música. Fique atento e garanta sua
vaga em um dos próximos.
A
s Sextas do Improviso continuam agitando
toda segunda sexta-feira de cada mês na
Cantareira. O encontro acontece no Estúdio
Cantareira e o mais recente convidado foi o grupo Regra de Três, formado por Sizão Machado (contrabaixo), Lupa Santiago (guitarra) e Bob Wyatt (bateria).
Bob Wyatt é o coordenador de Prática de Conjunto da
Cantareira e também o responsável por organizar as
Sextas do Improviso.
“A música popular tem um grande comprometimento com o improviso. Ou você está acompanhando
a improvisação ou está improvisando um solo melódico”, afirma Bob. “Os músicos da área popular precisam
música
Todo mês na
Cantareira:
Sextas do Improviso!
conhecer bem os estilos e ter um vasto repertório para
funcionar no mercado”, analisa.
Para Wyatt, a informalidade do evento ajuda os
alunos a “entrarem no clima” e se envolverem com
as apresentações. “Tudo isso tem uma finalidade
pedagógica”, diz ele. “Quanto mais contato os alunos tiverem com profissionais da área, mais ampla
visão eles terão, tanto da profissão como das possibilidades do que podem realizar. Porque, na realidade, não existe para o músico popular um caminho
alinhado, como acontece com o profissional de orquestra. Cada graduado precisa, literalmente, criar
a própria carreira”.
Regra de Três
(da esq. para a dir.):
Lupa, Sizão e Bob
[ w w w. c a n t a r e i r a . b r ]
25
música
Masterclasses: grandes
nomes do mundo da
música estão aqui
Conheça alguns Masterclasses do curso de Música
Matthias Ziegler
(Suíça)
Rex Richardson
(EUA)
David Maquet
(França)
Bülent Evcil
(Turquia)
Nicole Esposito
(EUA)
Um dos mais versáteis e inovadores
flautistas do mundo,
Matthias Ziegler é
professor de Flauta
e Improvisação na
Musikhochschule
Winterthur Zurich e
diretor-artístico da
série Palladio Musik & Raum. Na busca por novos sons,
Matthias ampliou o
potencial expressivo
da flauta tradicional
e eletroamplificou a
flauta contrabaixo.
Músico de talento
excepcional e um
dos maiores virtuosos do trompete no
cenário internacional. Além de estrelar inúmeras obras
contemporâneas,
Rex toca ao lado
dos maiores nomes
do jazz, da música
clássica e de outros
gêneros pop. Desde
2006, é artista residente no London’s
Trinity College of
Music e Endorser
Yamaha.
David Maquet é o
primeiro-solista da
Orquestra Filarmônica da Radio-France
desde 1993 e é professor de Trombone
no Conservatório Nacional da Região de
Paris desde 1994.
Iniciou seus estudos no Conservatório de Valenciennes
e depois ingressou
no Conservatório National Superior de
Música de Lyon, onde estudou com o
consagrado solista
francês Michel Becquet.
O flautista Bülent estudou na Academia
Real de Bruxelas e na
Academia de Música
de Mannheim, onde
recebeu a qualificação “Eficiência em
Arte” e estudou com
James Galway. Trabalhou com flauta solo
em várias orquestras
sinfônicas, entre elas
a Arturo Toscanini
Symphony, Murcia
State Symphony, Orquestra Sinfônica do
Estado de São Paulo,
Instanbul State Opera e Instanbul Borusan Philhamonic.
Em 2010, recebeu
o prêmio de melhor
instrumentista de
madeiras da Turquia
pela Classical Music
Magazine.
Flautista carismática e versátil, Nicole
Esposito é professora de Flauta da Universidade de Iowa.
Com uma carreira de
solista, professora, camerista e orquestral
internacional, tem se
apresentado nos Estados Unidos, Europa, América Central e
América do Sul. Nicole
participou de inúmeros eventos, incluindo
a Convenção Nacional Norte-Americana
de Flauta, em Orlando, Washington,
Nashville, San Diego,
Kansas City, Pittsburgh e Anaheim, bem
como conferências
regionais, incluindo a Florida Flute
Fair, a Madison Flute Festival e o Iowa
Flute Festival.
26
música
Camerata homenageia
compositor brasileiro
Autor de ‘A Catedral da Sé’, Edmundo Villani Côrtes é destaque no concerto
N
o dia 28 de junho, a Camerata Cantareira contou com um motivo a
mais para se apresentar. Regida
pelo maestro Andi Pereira, o concerto apresentado pelo grupo de
instrumentistas de cordas do Curso
Superior de Música da Faculdade
Cantareira teve como tema Uma
janela para a música brasileira e
homenageou o compositor Edmundo Villani Côrtes, autor da música
A Catedral da Sé, a última das seis
tocadas pela Camerata.
A apresentação também contou com a participação especial
da violinista Elisa Fukuda, professora da Cantareira, que se juntou
à orquestra em uma das músicas
apresentadas. Elisa é graduada no
Conservatório de Música de Genebra e foi aluna de professores renomados, exibindo-se na Europa com
grandes grupos, como a Orchestre
de la Suisse Romande, Orquestra
G. Enesco de Bucarest e Orquestra
de Câmara de Moscou. A musicista
também recebeu diversos prêmios
por seu talento e é sucesso na crítica especializada.
Com tamanho atrativo, o auditório da faculdade lotou. Destaque-se, além do homenageado, a
presença de sua esposa, Efigênia
Côrtes, e dos compositores Mario
Ficarelli e Silvia de Lucca.
[ w w w. c a n t a r e i r a . b r ]
Homenagem: Elisa
Fukuda, durante o
solo, e os músicos
com o maestro Andi
Pereira e Côrtes
27
publicidade
Batuta até
no nome!
Nova agência acadêmica já está a todo vapor em sua produção
V
ivenciar o aprendizado
da sala de aula junto ao
mundo real. Esse é o
principal objetivo da Batuta, a nova
agência acadêmica de publicidade
e propaganda da Cantareira.
A inauguração se deu na noite
do dia 25 de março e todos os alunos do curso estiveram presentes.
O professor João Elias Nery abriu
o evento apresentando os princípios da Batuta: trabalho colaborativo em rede, criatividade, ética,
compromisso com o cliente e com
o processo ensino-aprendizagem,
experimentação e reconhecimento
da diversidade. Ele destacou também o crescimento contínuo da
qualidade do curso. “Esse é o melhor momento da da publicidade
e propaganda desde a sua introdução aqui na Cantareira. Estamos
afinados para começar o trabalho
com a agência”, declarou.
Na sequência, a professora Maria
José falou sobre a importância dos
pioneiros da publicidade no Brasil,
com destaque para Carlito Maia,
um dos principais nomes da propaganda no País e homenageado pela
faculdade. O espaço, que incluiu a
sede da agência e os estúdios de rádio e TV, recebeu seu nome.
E por que Batuta? O nome faz
referência ao instrumento usado
por um maestro para reger sua or-
28
publicidade
questra. Pode também ser entendido como a gíria que significa “legal”, “interessante”. Para João Elias,
a iniciativa permite ao estudante
ganhar experiência mesmo se ele
não estiver inserido no mercado
de trabalho. “Como a Batuta não
possui vínculo institucional com a
faculdade, o foco será o trabalho
externo, dando mais oportunida-
des para o aluno desenvolver aquilo que aprende ao longo do curso”.
E o projeto promete ter muito sucesso: antes mesmo de sua inauguração formal, a agência já possuía
oito clientes.
Para trabalhar na agência, basta
ser aluno do curso de publicidade e
propaganda. Cada equipe de trabalho
pode estagiar ali por até dois meses
(mínimo de vinte horas por mês).
Visite o site da Batuta:
www.agenciabatuta.xpg.com.br
[ w w w. c a n t a r e i r a . b r ]
29
publicidade
Governo militar é
tema de palestras
Diferentes aspectos foram estudados durante três dias
O
s alunos de Publicidade e Propaganda puderam analisar um dos períodos mais conturbados da história do Brasil contemporâneo:
a ditadura militar, regime político ocorrido entre 1964
e 1985. Organizado pelo professor João Elias Nery, o ciclo de palestras Brasil: dos militares ao neoliberalismo
fez parte da disciplina Brasil Contemporâneo II, do 5º
semestre, e contou com a presença de todos os alunos
do curso.
A ideia original, uma aula inaugural com um único
convidado, foi modificada pela complexidade do tema,
conta o professor João Elias. “A discussão sobre o papel do regime militar e, particularmente, da comunicação no período, interessava muito aos alunos. O período é muito longo e os diferentes aspectos a serem
abordados – cultura, repressão, censura – nos levaram
a organizar um evento em três noites”.
O ciclo começou no dia 30 de março com a palestra
O significado do movimento das “Diretas, Já”, conduzida pelo professor de História e pesquisador do Núcleo
de Estudos de Ideologia e Lutas Sociais, Vanderlei Elias
Nery, da PUC-SP. Na noite seguinte, dois convidados:
o jornalista e historiador Fabio Venturini falou sobre
Memória política da ditadura militar brasileira, enquanto o professor de História, Carlos Bauer de Souza,
destacou o tema Terrorismo de Estado: aparelhos repressivos na ditadura militar. No dia 1º de abril, a professora Maria Gabriela Marinho fechou o evento com
o seminário A Universidade de São Paulo na ditadura
militar: colaboracionismo e oposição.
E qual a importância desse obscuro momento da
história recente de nosso País para o jovem? “O regime militar marca um período de ressonância para a
publicidade, pois a comunicação de massas tornou-se
essencial para a sociedade”, comenta o professor João
Elias. “Além disso, a Cantareira pretende não só formar
alunos para as técnicas de suas áreas, como também
quer oferecer uma formação humanística e crítica, essencial ao exercício da cidadania”.
João Elias Nery:
temas complexos
sob sua
organização
30
publicidade
60 anos de TV
no Brasil
Alunos visitam exposição no
Espaço Caixa Cultural
E
m março, alunos do 1º semestre do curso de Publicidade e Propaganda visitaram o Espaço Caixa Cultural para
conhecer a história de um dos mais
influentes meios de comunicação
no País. A exposição 60 Anos de TV
no Brasil contou a evolução da televisão brasileira, desde a fundação
da primeira emissora, a TV Tupi,
em 18 de setembro de 1950.
Organizada pelas professoras
Kelly Pereira e Sandra Botelho, a visita serviu para os estudantes perceberem a importância da televisão
para a formação da sociedade brasileira atual. “Eventos como esse proporcionam uma grande bagagem
cultural aos alunos, além de complementar o que eles aprendem em
sala de aula”, declara Kelly.
Os jovens puderam ver mais de
cem fotografias de personalidades
da TV, objetos raros, como câmaras RCA TK-30 da década de 1950,
figurinos de telenovelas e diversos
vídeos históricos.
[ w w w. c a n t a r e i r a . b r ]
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