Recuperação Funcional de Membros superiores Ombro
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Recuperação Funcional de Membros superiores Ombro
6/4/2011 Roteiro Recuperação Funcional de Membros superiores • Tratamento; • Epidemiologia; – Perfil patológico e funcional • Anatomia e Biomecânica; – Análise de movimentos Ombro • Avaliação e Diagnóstico; – Princípios e critérios – Diagnóstico diferencial • Principais Patologias; – – – – – – – Mobilizações articulares; Mobilizações Neurais; Manobras Miofasciais; PRT; Estabilização; Fortalecimento Muscular; Propriocepção; • Seminário Leandro A. Calazans Nogueira Princípios • Dor / Função (Questionários ou análise do movimento) • Avaliação • Superficiais X Profundos • Comportamento Muscular PARADIGMAS CLÍNICOS • Zona Neutra • Instabilidade • Tratamento Multimodal • Fatores Associados Roteiro Epidemiologia • Epidemiologia; – Perfil patológico e funcional • Dor crônica na extremidade superior tem uma prevalênca de 20% da população geral (Gummesson et al. 2003); • A prevalência de dor no ombro tem sido reportada entre 7% e 14% da população geral (Bergenudd et al., 1988). 1 6/4/2011 Epidemiologia Esportes • Nos EUA, dor no ombro é a terceira maior queixa de dor, perdendo apenas para dores lombares e cervicais. Dahan, THM; Roy, A; Adhesive Capsulitis – eMedicine J December 27 2001 vol.2 nº 12 Epidemiology of shoulder impingement in upper arm sports events Epidemiologia (Lo, Hsu and Chan, 1990) • De 372 indivíduos (242 homens e 130 mulheres). • Idade: 1,9% acima de 40 anos, 32% entre 25 e 40 anos e 66,1% até 25 anos. • Atletas: 43,8% (N= 163) sendo que o esporte de maior incidência foi o voleibal (N= 28) seguido da natação (N= 22). Diagnósticos Mais Freqüentes (Largacha et al. 2006) • Harryman et al. (2003) descreveram uma variação substancial na auto-avaliação da função do ombro e no status de saúde entre pacientes e terapeutas. • Viola et al. (2000) demonstraram um efeito significativo entre a compensação laboral e a auto-avaliação do ombro. • Largacha et al. (2006) realizaram um estudo longitudinal durante 10 anos sobre saúde geral e função do ombro em 2674 pacientes. Características gerais (Largacha et al. 2006) • Trinta por cento dos pacientes não obtiveram resultado desejado de antes dos procedimentos cirúrgicos – instabilidade, acromioplastia, ruptura de manguito rotador e artroplastia. • As condições mais frequentes no gênero feminino foram: Artite reumatóide e capsulite adesiva; • Já no masculino: capsulorrafia, alterações degenerativas e instabilidades traumáticas. 2 6/4/2011 Características gerais (Largacha et al. 2006) Características gerais (Largacha et al. 2006) • Acima de 70% da amostra relataram não ser capaz de dormir confortavelmente no afetado, lavar as costas no ombro oposto ao afetado, levantar 3,6 Kg (8 libras) ou arremessar uma bola por acima da cabeça. • O estudo demonstrou que o diagnóstico e o gênero são fatores determinantes na extensão da diminuição da autoavaliação do ombro (SST) e da saúde geral (SF-36), mas não a idade. Questionário DASH QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS QUEIXAS DOS PACIENTES COM DOR NO OMBRO? Movimentos COMO PODEMOS RECONHECER A ALTERAÇÃO DE MOVIMENTO? 3 6/4/2011 Movimento Escapular Qual é a patologia? Ritmo Escápulotorácico Qual é a patologia? Roteiro • Anatomia e Biomecânica; – Análise de movimentos ANATOMIA 4 6/4/2011 Complexo do Ombro Complexo do Ombro (visão anterior) • A superfície articular do úmero tem um raio de 35 a 55 mm. • O ângulo formado entre a cabeça e o colo do úmero é de aproximadamente 130 a 150° • E ainda apresenta uma retroversão de 20 a 30° Andrews, JR; Wilk,KE The Athlete’s Shoulder – Churchill Livingstone 1994 Primal Pictures NETER; Atlas de Anatomia – cd-rom1999 Altura Escapular Ângulo Acromio-clavicular Posicionamento da clavícula KAPANDJI, A. I. Fisiologia Articular, vol. 2 Ed. Panamericana - 2000 Art. Gleno-umeral (visão anterior) KAPANDJI, A. I. Fisiologia Articular, vol. 2 Ed. Panamericana - 2000 Articulação Gleno-Umeral O lábio glenoidal aumenta o diâmetro supero-inferior da glenóide em 75% e o diâmetro antero-posterior em 50%. Num estudo publicado por Pizzari utilizando o KT 1000 para verificar deslizamento articular verificou-se que: • A mulher apresenta mais deslizamento que o homem, cerca de 23.8 mm contra 18.3 mm no lado não-dominante e 22.6 mm contra 17.1 mm, respectivamente. • Matsen demonstrou 22 mm de translação inferior, 6 mm anterior e 7 mm de translação posterior em ombros sadios NETER; Atlas de Anatomia – cd-rom1999 Saha AK: Mechanics of elevation of glenohumeral joint. Acta Orthop Scand 1973;44(6):668-678 e Pagnani MJ, Warren RF: Arthroscopic shoulder stabilization Pizzari, T; Kolt GS; Remedios L: Measurement of anterior-to-posterior translation of the glenohumeral joint using the KT 1000. JOSPT 1999;29:602-608 5 6/4/2011 Art. Esterno-clavicular • Art. Esterno-clavicular A cápsula posterior é a estrutura mais importante na estabilização, sendo que a sua retirada gera um aumento significativo de translação anterior e posterior. Já a cápsula anterior gera apenas um aumento na translação anterior; e os ligamentos tem pequenos efeitos na translação. NETER; Atlas de Anatomia – cd-rom1999 Spencer et al.; Ligamentous restraints to anterior and posterior translation of the sternoclavicular joint – J Shoulder Elbow Surg jan/feb 2002 Spencer et al.; Ligamentous restraints to anterior and posterior translation of the sternoclavicular joint – J Shoulder Elbow Surg jan/feb 2002 Ligamentos Gleno-Umeral Movimentos da Clavícula • O Lig. GU Inferior (porção 55° 30° anterior) atua também limitando a protação da 45° 30° 45° escápula, e o seu afrouxamento contribui para uma instabilidade 5° anterior. Souza, Marcial Zaneli Reabilitação do Complexo do Ombro Ed. Manole 1ª ed. 2001 Clavícula (direita) NETER; Atlas de Anatomia – cd-rom1999 Weiser WM et al Effects of Stimulated Scapular Protraction on Anterior Glenohumeral Stability. Am J Sports Med 1999;27:801-805 KAPANDJI, A. I. Fisiologia Articular, vol. 2 Ed. Panamericana - 2000 Músculos do Pescoço NETER; Atlas de Anatomia – cd-rom1999 6 6/4/2011 Inserções Musculares (anterior) NETER; Atlas de Anatomia – cd-rom1999 Inserções Musculares (posterior) NETER; Atlas de Anatomia – cd-rom1999 Músculos Músculos vista anterior vista posterior NETER; Atlas de Anatomia – cd-rom1999 NETER; Atlas de Anatomia – cd-rom1999 MM. Escapulares 1. 2. 3. 4. Trapézio Rombóides Elevador da Escápula Serrátil Anterior MM. Escapulares 1. Trapézio 2. Rombóides 3. Elevador da Escápula 4. Serrátil Anterior 5. Peitoral Menor 6. Subclávio KAPANDJI, A. I. Fisiologia Articular, vol. 2 Ed. Panamericana - 2000 KAPANDJI, A. I. Fisiologia Articular, vol. 2 Ed. Panamericana - 2000 7 6/4/2011 Segundo Warren Hammer, o elevador da escápula faz elevação da escápula com rotação interna e com a escápula fixa, faz flexão lateral e rotação ipsilateral da coluna cervical, podendo ainda fazer extensão cervical se atuar de forma bilateral. Segundo Behrsin e Maguire (1998) o elevador da escápula atua de forma concêntrica nos primeiros 90 de abdução e de forma excêntrica nos últimos 90 . Com um aumento da tensão na região cervical após os 90 de abdução. MM. Rotadores Internos 1. Subescapular 2. Redondo Maior 3. Peitoral Maior HAMIL, JOSEPH; KNUTZEN, KATHLEEN M.; Bases Biomecânicas do Movimento Humano Ed. Manole 1ª ed. 1999 Behrsin JF, Maguire K. Levator scapulae action during shoulder movement: a possible mechanism for shoulder pain of cervical origin. Australian J of Physio 1986;32(2);101-106) Músculos Manguito Rotador vista posterior NETER; Atlas de Anatomia – cd-rom1999 KAPANDJI, A. I. Fisiologia Articular, vol. 2 Ed. Panamericana - 2000 MM. Rotadores Externos KAPANDJI, A. I. Fisiologia Articular, vol. 2 Ed. Panamericana - 2000 Serrátil Anterior Num estado de fadiga do manguito rotador a cabeça do úmero desliza para anterior e superior, chocando com o arco coracoacromial. Chang, Wing K. Shoulder Impingement Syndrome – eMedicine Journal, january 17 2002, vol.3, nº 1 HAMIL, JOSEPH; KNUTZEN, KATHLEEN M.; Bases Biomecânicas do Movimento Humano Ed. Manole 1ª ed. 1999 Decker MJ et al através da eletromiografia (EMG) verificaram que o posicionamento para melhor trabalhar este músculo seria com uso de elástico atrás do paciente, com o ombro a 0°, cotovelo em extensão, rotação interna de 45° e escápula retraída. O paciente deve fletir ombro e protrair a escápula. Os autores ainda acrescentam que deve-se realizar exercícios para resistência e que este músculo deve ser maximamente utilizado nos últimos graus de elevação, porém esta angulação é mais perigosa para a articulação. Am J Sports Med 1999;27:784-791 8 6/4/2011 Comportamento Muscular Os músculos posturais respondem por facilitação, hipertonia e encurtamento, são eles: • Elevador da escápula, Trapézio superior,ECOM, Peitorais, Escalenos, Grande Dorsal. Os músculos, fásicos dinâmicos respondem por inibição, hipotonia e fraqueza, são eles: • Trapézio médio e inferior, Serrátil Anterior, Supra-espinhoso, Infraespinhoso, Deltóide, Flexores profundos do pescoço e os extensores do braço. Greenman,Philip E. Princípios da Medicina Manual Ed. Manole 2ª ed. 2001 Ativação Muscular em pacientes com lesão de Manguito Rotador e Controles (Kelly et al., 2005) Ludewig,Paula M.; Cook Thomas M. Alterations in Shoulder Kinematics and Associated Muscle Activity in Peolple with Symptoms of Shoulder Impingement APTA vol.80 – n° 3 march 2000 Biomecânica do Ombro • Foram testados 12 pacientes com lesão do manguito rotador (6 assintomáticos e 6 sintomáticos) e 6 indivíduos saudáveis. • Foram monitorados os músculos: deltóide, trapézio superior, manguito rotador. Biomecânica do Ombro Ativação Muscular em pacientes com lesão de Manguito Rotador e Controles (Kelly et al., 2005) 9 6/4/2011 Ativação Muscular em pacientes com lesão de Manguito Rotador e Controles (Kelly et al., 2005) • Resultados: – Ambos grupos com lesão têm uma tendência de ativar mais a musculatura do que os controles. Ativação Muscular em pacientes com lesão de Manguito Rotador e Controles (Kelly et al., 2005) Atividades de elevação Ativação de Trapézio em atividades de carregar peso – Em atividades com rotação interna o grupo controle ativa muito mais o subescapular do que os grupos com lesão; – Durante atividades de carregar peso o grupo controle ativou significativamente menos o trapézio superior do que os grupos com lesão; – Durante atividades de elevação o grupo sintomático ativou muito mais o supraespinhoso, infraespinhoso e trapézio superior comparado com o grupo assintomático. – Em atividades de levantamento de peso, o grupo assintomático tende a ativar mais o subescapular do que o grupo sintomático. Ativação Muscular em pacientes com lesão de Manguito Rotador e Controles (Kelly et al., 2005) • Conclusão: – Indivíduos assintomáticos demonstraram aumento na ativação do músculo subescapular, enquanto pacientes sintomáticos continuam sobrecarregando o manguito rotador com padrões de substituição Ritmo Escápulo Torácico A relação do movimento entre a articulação glenohumeral e o plano de deslizamento escapulotorácico varia de acordo com diferentes autores, sendo 1,25:1 para Poppen e Walker (1976); 1,35:1 para Freedman e Munro (1966); 2:1 para Inman et al. (1944); e 2,34:1 para Duvall (1955). Dos 60° de movimento escapulotorácico na abdução total, aproximadamente 40° resultam na articulação esternoclavicular e 20° na articulação acromioclavicular muscular resultando em função comprometida. Souza, Marcial Zaneli Reabilitação do Complexo do Ombro Ed. Manole 1ª ed. 2001 Movement analysis of asymptomatic normal shoulders • Talkhani e Kelly (2001), investigaram a amplitude de movimento de elevação do braço em adultos jovens (35 anos) e idosos (70 anos) assintomáticos e encontrou: • Grupo I - 154° Grupo II - 118.72° Mecanismo de Lesão • Porém a proporção de movimento entre a art. glenoumeral / braço e a art. glenoumeral / escápula foi praticamente a mesma: 10 6/4/2011 Comportamento Muscular em atividades dinâmicas Serrátil Anterior Rombóides Trapézio (inferior) Impacto do Acrômio Hipoativação Trapézio (superior) Impacto do Úmero Hiperativação Deltóides (médias) Subescapular Peitoral Maior Infra-espinhoso Grande Dorsal Redondo Menor Redondo Maior Supra-espinhoso As alterações são funcionais ou estruturais? A coluna vertebral influencia no complexo do ombro? Peitoral Menor Elevador da Escápula Relações estáticas entre a coluna torácica e os movimentos do ombro O desequilíbrio é estático ou dinâmico? Relações estáticas entre a coluna torácica e os movimentos do ombro Resultados: Postura torácica X cinemática escapular, A postura torácica afeta o ADM e a força muscular, cinemática escapular . ADM ativo durante a abdução no A força muscular não foi afetada plano escapular. pela postura na posição neutra do braço. (Kebaetse et. al, 1999) Kebaetse et al. (1999) Relações estáticas entre a coluna torácica e os movimentos do ombro Relações estáticas entre a coluna torácica e os movimentos do ombro • O encurtamento do peitoral Cinemática escapular na postura cifótica: menor pode potencializar a SIS. Maior translação superior da escápula entre 0º e 90 º na abdução; • Esse encurtamento foi observados Menor rotação lateral; por Bostard em indivíduos Menor inclinação posterior entre 90º e a assintomáticos. abdução máxima. Rotação interna maior em todos os intervalos de abdução. (Kebaetse et. al, 1999) (Borstad,2006) 11 6/4/2011 Afinal, uma relação estática ou dinâmica? Relações dinâmicas entre a coluna torácica e os movimentos do ombro Mobilidade da coluna torácica X incidência McClure et al. (2006) não encontraram de SIS. diferenças significativas entre posição A mais alta mobilidade foi encontrada em do ombro e postura da coluna torácica indivíduos saudáveis, e a mais baixa em superior em indivíduos com e sem SIS. indivíduos com SIS. Porém não foram encontradas diferenças relativas à postura inicial da coluna torácica. Meurer et. al (2004) Sincronia e coordenação de movimentos (Crosbie et. al, 2008) COMO É A SINCRONIA E A COORDENAÇÃO DO Extensão significativa só ocorre quando há uma flexão bilateral dos ombros; ÚMERO, MOVIMENTO ESCAPULAR, A COLUNA TORÁCICA E LOMBAR DURANTE MOVIMENTOS A flexão lateral da torácica alta e rotação axial ipsilateral só foi predominante quando houve uma elevação unilateral do úmero e não bilateralmente. UNILATERAIS E BILATERAIS DO MEMBRO O movimento de extensão torácica baixa foi significantemente maior em SUPERIOR NO PLANO SAGITAL, CORONAL E todos os três planos de movimentos do braço em relação a torácica ESCAPULAR? alta,pois segundo os mesmos a região torácica superior, devido a sua fixação nas costelas, é mais rígida, explicando assim a extensão limitada nessa região. Sincronia e coordenação de movimentos (Crosbie Sincronia e coordenação de movimentos et. al, 2008) Já a região torácica baixa fletiu para o lado contralateral ao movimento do Em todos os casos, existem Extensão braço em todos os casos e o seu resultado foi significantemente maior do relações (P <0,001) entre a que o movimento na região torácica alta. coluna vertebral e os padrões A rotação axial da torácica alta foi significantemente maior do que na torácica baixa em todos os planos de movimento. Foi encontrado correlação entre a rotação escapular externa e a torácica alta em todos os casos, mas não com a rotação da torácica baixa. (Crosbie et. al, 2008) de movimento do úmero. Inclinação Nenhum movimento lombar foi significativo para movimentos do braço. os Rotação 12 6/4/2011 N= 56 pacientes com SIS Após 48 hs.: Alterações significativas (p<0,01), com relação aos testes de Neer, e Hawkins, ENTÃO........ MANIPULAR A COLUNA TORÁCICA PODE INFLUENCIAR A DOR NO OMBRO? Redução nos questionários de função (SPADI) (p<0,01) e dor (NPRS). Aumento da resistência para rotação externa, rotação interna e abdução ativa do ombro (p<0,01). Boyles et. al (2008) Roteiro Ombro X Cervical • Segundo Warren Hammer, quando temos uma lesão no ombro que não piora com • Avaliação e Diagnóstico; movimento da coluna cervical e piora com – Princípios e critérios – Diagnóstico diferencial movimentos de ombro a lesão se encontra no ombro. Qualidade da Dor Características Temporais da Dor S = Sensorial A = Afetiva Aval. Subj. = Avaliação Subjetiva M = Mistas. - 01- S. Temporal 02- S. Espacial que vai e vem que pulsa latejante em pancadas - que salta aqui e ali - que se espalha em círculos - que irradia 06- S. Tração - que repuxa - que arranca - que parte ao meio McGill Pain Questionnaires – versão brasileira 07- S. Calor - que esquenta - que queima como água quente - que queima como fogo 03- S. Pressão 04- S. Incisão Ponto - pica como uma - que corta como agulhada uma navalha - é como uma - que dilacera a fisgada carne - como uma pontada de faca - perfura como uma broca 08- S. Vivacidade 09- S. Surdez 05- S. Compressão - como um beliscão - em pressão - como uma mordida - em cãimbra / cólica - que esmaga - que coça - em formigamento - ardida - como uma ferroada - sensível - dolorida - como um machucado - pesada - amortecida - adormecida 10- S. Geral McGill Pain Questionnaires – versão brasileira 13 6/4/2011 Qualidade da Dor S = Sensorial A = Afetiva Aval. Subj. = Avaliação Subjetiva M = Mistas. 11- A. Cansaço - que cansa que enfraquece fatigante que consome 16- Aval. Subj. - leve incômoda miserável angustiante inaguentável 12- A. Autonômica - de suar frio - que dá ânsia de vômito 17- M. Dor/Movimento - que prende - que imobiliza - que paralisa 13- A. Medo - assustadora - horrível - tenebrosa 14- A. Punição - castigante - torturante - de matar 18- M. Sensoriais 19- M. de Frio - que cresce e - fria diminui - gelada - espeta como - que congela uma lança - que rasga a pele Intensidade da Dor 15- A. Desprazer - chata que perturba que dá nervoso irritante de chorar 20- M. Emocionais - que dá falta de ar - que deixa tenso (a) - cruel (0) SEM DOR (1) FRACA (2) MODERADA (3) FORTE (4) VIOLENTA (5) INSUPORTÁVEL McGill Pain Questionnaires – versão brasileira Exame Físico # Inspeção # Movimentos Ativos Livre # Movimentos Passivos EXAME FÍSICO ORTOPÉDICO # Movimentos Resistidos # Palpação CYRIAX,J.H.;CYRIAX, P.J.; Manual Ilustrado de Medicina Ortopédica de Cyriax – Manole 2ª ed.- 2001 Inspeção Exame da Pele # Coloração: palidez, vermelhidão,cianose,icterícia # Integridade: é modificada por processos inflamatórios, degenerativos, circulatórios, neoplásicos e distúbios do metabolismo Inspeção Exame da Pele # Temperatura: normal, hipo ou hipertermia # Elasticidade: normal, hipo ou hiperelástica # Mobilidade: normal, diminuída, ausente ou # Umidade: normal, seca ou sudorenta aumentada # Textura: normal, fina, áspera ou enrugada # Turgor: normal ou desidratada # Espessura: normal, atrófica ou hipertrófica # Sensibilidade: dolorosa, tátil ou térmica PORTO, CELMO CELENO; Semiologia Médica – ABDR 1997 PORTO, CELMO CELENO; Semiologia Médica – ABDR 1997 14 6/4/2011 Movimentos Ativos Livre Estruturas Contráteis e Inertes # Estruturas Contráteis: Músculos e Inserções Objetivos: # Amplitude de Movimento # Estruturas Inertes: cápsulas articulares, ligamentos, fáscias, bursas, a dúra-máter e as bainhas das raízes nervosas # Compensações musculares # Dor # Crepitação CYRIAX,J.H.;CYRIAX, P.J.; Manual Ilustrado de Medicina Ortopédica de Cyriax – Manole 2ª ed.- 2001 Movimentos Passivos CYRIAX,J.H.;CYRIAX, P.J.; Manual Ilustrado de Medicina Ortopédica de Cyriax – Manole 2ª ed.- 2001 Sensibilidade Final de Movimento # Dor # Amplitude de Movimento # Lesões Capsulares • Mole: Característico da aproximação ou alongamento de tecidos moles • Firme: Característico de alongamento capsular ou # Estiramentos Musculares # Desarranjos Internos # Sensibilidade Final do Movimento ligamentar • Duro: Ocorre quando há um encontro de osso ou cartilagem. # Bursas # Fáscias Kaltenborn, FM; Mobilização Manual das Articulações – Ed. Manole 5ª ed. 2001 CYRIAX,J.H.;CYRIAX, P.J.; Manual Ilustrado de Medicina Ortopédica de Cyriax – Manole 2ª ed.- 2001 Movimentos Resistidos # Dor # Fraqueza Muscular # Lesão Muscular # Lesão Tendinosa # Lesão Neurológica EXAME FÍSICO NEUROLÓGICO #Lesão Junção Mio-tendínea ou êntese CYRIAX,J.H.;CYRIAX, P.J.; Manual Ilustrado de Medicina Ortopédica de Cyriax – Manole 2ª ed.- 2001 15 6/4/2011 BMC Musculoskeletal Disorders 2009, 10:11 Confiabilidade - moderada a excelente • Testes neurais do quadrante superior (Coppieters et al., 2002) • Foi observada moderada a boa confiabilidade para: • Testes sensoriais (kappa = 0.53) • Teste Manual de Força Muscular (kappa = 0.68) • Testes de Tensão Neural (kappa = – Indivíduos assintomáticos (n=10) – Dor cervico-braquial neurogênica (n=27) • Slump Test – Individuos saudáveis (Tucker et al., 2007) – Dor lombar e irradiada (Kappa-0,89) (Phillip et al., 1989) – Lesão por chicote (r=0,94) (Yeung et al. 1997) – Dor cervico-braquial neurogênica 0.45); (Coppieters et al., 2002) • Palpação (kappa = 0.59). Exame Clínico da Radiculopatia Cervical Diagnóstico - Acurácia (Wainner et al., 2003) 11 variáveis apresentaram critérios aceitáveis: • A positividade do Teste de Tensão do Nervo Mediano foi maior nos indivíduos com alterações no ENMG. • Teste de Tensão Neural do Membro Superior A; • Rotação cervical < 60° no lado acometido; • Flexão cervical < 55°; • Reflexo Bicipital alterado; • Teste de distração; • Força de Bíceps; • Manobra de Valsalva; • Teste de Spurling; • Teste de Abdução do ombro; • Dermátomo de C5; • Perguntas: para onde irradia a dor? E os sintomas aumentam com movimentação do pescoço ou alguma postura? Exame Clínico da Radiculopatia Cervical Diagnóstico - Acurácia (Wainner et al., 2003) • A probabilidade de acerto no diagnóstico é de Dermátomos É definida como a área de pele suprida por uma única raiz nervosa. 90% quando encontramos positividade em 4 testes: – Rotação cervical < 60°; – Spurling; – Teste de distração; – Teste de Tensão Neural (ULTTA) NETER; Atlas de Anatomia – cd-rom1999 Magee, David J. Avaliação Musculoesquelética Manole – 3 ed. 2002 16 6/4/2011 NETER; Atlas de Anatomia – cd-rom1999 NETER; Atlas de Anatomia – cd-rom1999 Rolamento de Pele NETER; Atlas de Anatomia – cd-rom1999 GREENMAN, PHILIP E.; Princípios da Medicina Manual 2ª ed. Manole 2001 Miótomo Miótomo É definido como grupos de músculos supridos por uma única raiz nervosa • C4 – Elevador da Escápula • L2 – Flexores do quadril • C5 – Deltóide • L3 e L4 – Extensores do joelho • C6 – Bíceps • C8 – Flexor longo dos dedos • L5 – Dorsiflexores do tornozelo, Extensores da Falange distal do hálux • T1 – Interósseos e lumbricais • S1 – Flexores plantares do Tornozelo • C7 – Tríceps • S2 – Flexores das artelhos Magee, David J. Avaliação Musculoesquelética Manole – 3 ed. 2002 NETER; Atlas de Anatomia – cdrom1999 Butler, David; Mobilização do Sistema Nervoso. Manole. 2003 17 6/4/2011 Esclerotoma É uma área de osso ou fáscia suprida por uma única raiz nervosa Ex.: Esterno-clavicular: C4-C5 Acromio-clavicular: C5-C6 Gleno-umeral: C5-C6-C7 Palpação • Acredita-se que a dor no tronco nervoso pode ser resultado do aumento da atividade em terminações nociceptivas contidas no epineuro dos próprios nervos (nervinervorum) sem interrupção da condução nervosa normal (Sterling et al., 2000). • A presença da CGRP e de fibras C nos nervi nervorum sugerem que eles podem responder ao estímulo que ocorre durante uma lesão nervosa, tais como deformação mecânica, e tensão, assim como inflamação (Greening e Lynn, 1998). • Resposta hiperalgésica na palpação do tronco nervoso tem sido demonstrada na radiculopatia lombar (Dyck, 1987) e na radiculopatia cervical (Hall e Quintner, 1996). Magee, David J. Avaliação Musculoesquelética Manole – 3 ed. 2002 PALPAÇÃO 1. A capacidade de detectar anormalidade na textura do tecido 2. A capacidade de detectar assimetria de posição, tanto visual quanto tátil 3. A capacidade de detectar diferenças de movimento em termos de amplitude total, de qualidade do movimento em toda sua faixa de amplitude e de qualidade da sensação final da amplitude do movimento 4. A capacidade de sentir a posição no espaço, tanto do paciente quanto do examinador 5. A capacidade de detectar, ao longo do tempo, alterações em achados palpatórios, tanto de melhora quanto de piora. OUTRAS ANÁLISES……. GREENMAN, PHILIP E.; Princípios da Medicina Manual 2ª ed. Manole 2001 Pontos Gatilho Pontos Gatilho • Se localiza no músculo esquelético e é identificado por uma sensibilidade profunda e localizada, em uma faixa firme e palpável do músculo (rigidez muscular); e no ponto de hiperalgesia profunda e máxima, através de um “sinal de salto” positivo, um encurtamento visível da parte do músculo que contém tal faixa (Travell 1981). CHAITON, LEON; Técnicas Neuromusculares Modernas, Manole, 1ª ed. 2001 CHAITON, LEON; Técnicas Neuromusculares Modernas, Manole, 1ª ed. 2001 18 6/4/2011 Padrões Capsulares Pontos Gatilho Ombro: Muita limitação de Abdução; mais acentuada para rotação externa e menos para rotação interna Binder e Reeves mostraram em seu estudos que após o término da capsulite adesiva, os pacientes apresentaram restrição para rotação externa e abdução com pequeno comprometimento para AVDs. CYRIAX,J.H.;CYRIAX, P.J.; Manual Ilustrado de Medicina Ortopédica de Cyriax – Manole 2ª ed.- 2001 CHAITON, LEON; Técnicas Neuromusculares Modernas, Manole, 1ª ed. 2001 Padrões Capsulares Padrões Capsulares Cotovelo: Mais limitação para que para extensão; rotação menos limitada e dolorosa com exceção em casos avançados Punho: Limitação igual para flexão e extensão; pequena limitação para os desvios Quadril: Limitação importante da flexão e rotação externa, alguma limitação da abdução e pequena ou nenhuma limitação de adução e rotação interna Joelho: Limitação importante de flexão e pequena limitação da extensão Tornozelo: Limitação da flexão plantar maior que a flexão dorsal CYRIAX,J.H.;CYRIAX, P.J.; Manual Ilustrado de Medicina Ortopédica de Cyriax – Manole 2ª ed.- 2001 Tender Point e Radiculopatia Cervical (Letchuman, 2005) Coluna Cervical: Limitação igual em todas as direções, exceto para flexão que é normal Coluna Torácica: Limitação da extensão, flexão lateral e rotação; menor limitação para a flexão Coluna Lombar: Grande limitação simétrica da flexão lateral; limitação da flexão e extensão CYRIAX,J.H.;CYRIAX, P.J.; Manual Ilustrado de Medicina Ortopédica de Cyriax – Manole 2ª ed.- 2001 Tender Point e Radiculopatia Cervical (Letchuman, 2005) • A presença de pontos sensíveis ativos unilaterais deve ser um ponto importante na avaliação, pois pode indicar uma radiculopatia, • O autor realizou uma comparação bilateral dos tender points em 16 pacientes com radiculopatia cervical unilateral. principalmente se estiver acompanhado alterações de reflexos e de força muscular. 19 6/4/2011 Conceito de Disfunção Somática: Disfunção Somática É uma debilidade ou alteração de função de componentes interrelacionados do sistema somático (sustentáculo corporal), de estruturas esqueléticas, artrodiais e miofasciais, e de seus respectivos elementos vasculares, linfáticos e neurais. GREENMAN, PHILIP E.; Princípios da Medicina Manual 2ª ed. Manole 2001 Ricard, F.. Tratamiento das Lumbalgias por Ciáticas e Hérnias Discales. Ed. Panamericana. 2004 Dor Visceral Referida EXAMES COMPLEMENTARES Goodman e Snyder – Diagnóstico Diferencial em Fisioterapia, Ed. Guanabara Koogan 3ªed .2002 Validação do Estudo de Imagem • A RM tem se demonstrado com 100% de sensibilidade em detectar lesão do manguito rotador (Mohtadi et al., 2004). Validação do Estudo de Imagem • Armstrong et al. (2006) – compararam o diagnóstico do US e a artroscopia em 130 pacientes com dor aguda e crônica do ombro, utilizando a artroscopia como padrão ouro: • Demonstraram que o US tem alta sensibilidade (100%) e alta especificidade (96%) para subluxação e entorse da porção longa do bíceps; • O US detectou todas as rupturas completas; • A Artrografia de RM tem baixa sensibilidade para detectar tendinopatia do bíceps. • Porém não detectou nenhuma ruptura parcial das 23 encontradas na artroscopia. • Além disso diagnosticou 35 dos 36 tendões normais (96% de especificidade) e 17 dos 35 tendões anormais (sensibilidade de 49%). 20 6/4/2011 Queixas do Paciente: Dor EVA Incapacidade Escala (DASH) 1. Deitar do lado acometido 2. Tarefas com elevação 3. Arremesso 4. Movimentos com rot. interna Lesão do Ombro 1. 2. 3. 4. 5. Ombro Diagnósticos Médicos Associados: Síndrome do Impacto Bursite Lesão de Manguito Tend. de Bíceps Tend. Supra-espinhoso • 0 a 80° - glenoumeral • 80 a 120° - clavícula Miofascial Hiper Peitorais Trapézio sup Grande Dorsal Redondo Maior Elev. da Escápula Rombóides • 120 a 180° - esterno-clavicular escápulo-torácica raízes cervicais e torácicas Técnicas Miofasciais TENS / Crioterapia Mob. Neural Mob. / Manip. Articular Técnicas Miofasciais PRT DNM Dor Função ADM Hipo Subescapular Trapézio Inf Serráril Ant Torácica ET ECC GU Recrutamento / Estabilização Mob / Manip Controle Motor Estabilização Treinamento Funcional C5-C6-C7 Fatores Associados Visceral Cicatrizes Hormonal Emocional Cirurgias Sedentarismo Dor Crônica Mob Neural Técnicas Miofasciais Educação Atividade física Roteiro Hiperativ. Muscular Fraqueza Muscular Postura Fortalecimento Muscular Neural Psicossocial Hormonal Nutricional Visceral Disfunção de Movimento Mob. Neural Mob. / Manip. Articular Técnicas Miofasciais FNP Articular Inibição Muscular Estabilização Cadeias Musculares Zona Neutra Principais Patologias Mob. Neural Mob. / Manip. Articular Técnicas Miofasciais Diagnóstico Diferencial • Principais Patologias; Principais Patologias Diagnóstico Diferencial 21 6/4/2011 Lesão do Supra-espinhoso Tendinite do M. Supra-espinhoso Segundo Michael S. Roh et al, Após medir a secção transversa do músculo e do tendão do supraespinhoso encontrou os seguintes resultados: porção anterior – músc. 140 ± 43 mm2 / tendão 26.4 ± 11.3 mm2 porção posterior – músc. 62 ± 25 mm2 / tendão 31.2 ± 10.1 mm2 Tendinite de Bíceps (porção longa) Teste de Yergason • Causas: • A porção longa do bíceps passa por debaixo do tendão do subescapular e do supra-espinhoso, daí sua relação íntima com a lesão do manguito rotador. • Abdução completa gera uma compressão entre a cabeça do úmero e o acrômio. • Hiperelasticidade ou frouxidão ligamentar, devido a instabilidade. • Lesão labral. • Lesão do Ligamento Umeral Transverso. Bernhardt, DT; Bicipital Tendonitis – eMedicine J August 8 2001, vol.2, nº 8 Lesão do Maguito Rotador Teste de Gerber Teste de Coçar de Apley 22 6/4/2011 Síndrome do Impacto • Neer descreveu estágios progressivos: • Estágio 1 – pacientes com menos de 25 anos com condição reversível de edema, inflamação e hemorragia • Estágio 2 – pacientes entre 25 e 40 anos com lesão na bursa, fibrose e ruptura do manguito rotador e no bíceps que são consideradas irreversíveis. Além de alteração no arco coracoacromial com osteófitos anteriores no acromio • Estágio 3 – pacientes acima de 40 anos com parcial ou total ruptura e alterações ósseas Síndrome do Impacto • Causas da Síndrome do Impacto Primária: • • • • • • • • • Aumento do estresse subacromial; Morfologia acromial (tipo de acromio, osteófitos e deposição de cálcio) Artrose acromioclavicular Hipertrofia do ligamento coracoacromial Impacto acromial Lesão na bursa subacromial com fibrose Tuberosidade Maior proeminente Trauma (direto ou repetitivo) Atividades acima de 90 Teste de Neer Chang, Wing K. Shoulder Impingement Syndrome – eMedicine Journal, january 17 2002, vol.3, nº 1 Nirschl RP. Rotador cuff disease: etiology,pathology,treatment: In:Pettrone FA. Athletic Injuries of the Shoulder. New York: McGraw-Hill;1995:155-165 Síndrome do Impacto • Causas de Síndrome do Impacto Secundária: • • • • • • • • • Teste de Hawkins Sobrecarga do manguito rotador / desequilíbrio de partes moles Sobrecarga muscular excentrica Instabilidade glenoumeral Fraqueza da porção longa do bíceps Lesão labral Desequilíbrio muscular Discinesia escapular Paralisia de trapézio Lesão na cápsula posterior Chang, Wing K. Shoulder Impingement Syndrome – eMedicine Journal, january 17 2002, vol.3, nº 1 Validação dos Testes de Síndrome do Impacto • Calis et al. (2000) publicaram um trabalho nos Annals of the Rheumatic Disease sobre a validação dos testes e demonstraram que: • O Teste de Hawkins foi o mais sensível (92%), enquanto Neer foi de 88,7%, o Teste de Adução Horizontal de 82%. • O teste com maior especificidade foi o Teste de Queda do braço (97,2%), seguido do Teste de Yergason (86,1%) e o teste do arco doloroso (80,5%). Chang, Wing K. Shoulder Impingement Syndrome – eMedicine Journal, january 17 2002, vol.3, nº 1 Teste de Neer X Teste de Hawkins in vivo (Pappas et Teste de Neer X Teste de Hawkins in vivo (Pappas et al., 2006) al., 2006) • Análises biomecânicas têm demonstrado que abdução e rotação (T. Hawkins) devem resultar em maior impacto subacromial do manguito rotador que o T. de Neer (Brossmann et al. 1996; Burns e Whipple, 1993; Flatow et al., 1994 e Graichen et al., 1999). 23 6/4/2011 Teste de Neer X Teste de Hawkins in vivo (Pappas et Principais Patologias Diagnóstico Diferencial al., 2006) • Resultados: – Ambos os testes aproximam os tendões do supra e infraespinhoso do acrômio; – O infraespinhoso se aproximou mais da região lateral do acrômio enquanto o supraespinhoso da região medial; – O estudo revelou um extenso contato do manguito rotador com o labio glenoidal; – A distância mínima do supraespinhoso para o acrômio foi encontrada em 90°de abdução e 45° de rotação interna e não a 180°. Luxação Anterior do Ombro Newberg et al. (2000) constataram que 85% da luxações do corpo são no ombro, sendo que destes 85%, 12% ocorrem na acromioclavicular e 3% na esternoclavicular. E afirma que 95% das luxações glenoumerais são anteriores. Collins (2000) afirma que 10% das luxações anteriores estão associadas a fraturas da tuberosidade maior. Luxação Anterior do Ombro Neer e Welch acreditam que após o primeiro episódio de LAO, deve-se imobilizar por um período de 6 semanas com o ombro em rotação interna. Estes autores reportaram que após 10 anos de observação atletas com idade entre 18 – 30 anos, que fizeram fortalecimento não tiveram reincidivas. Teste de Apreensão Anterior Luxação Anterior do Ombro • Aproximadamente 80% das luxações do ombro (Hovelius, 1982; Nelson and Arciero, 2000) • Posições de final de arco de movimento aumentam o vetor de translação anterior da gleno-umeral diminuindo a estabilidade articular (Labriola, 2004). Instabilidade Gleno-Umeral • Falla, Hess e Richardson (2003) encontraram em atletas de baseball uma diferença significativa na produção de força dos rotadores internos de atletas com e sem instabilidade a 30º de rotação interna, sendo o grupo instável produzindo muito mais força do que o controle. 24 6/4/2011 Teste da Gaveta Teste de Apreensão Posterior Teste de Apreensão Anterior Sinal do Sulcro Tingart, M. et al. (2001) concluíram entre outros fatores que: Fratura de HILL-SACKS • 1- o exame clínico bilateral é importante antes de diagnosticar hipermobilidade. • 2- RNM e US não são exames necessários para uma luxação traumática primária do ombro. • 3- Atletas e jovens devem se submeter a um tratamento cirúrgico após o primeiro trauma. • 4- a primeira opção de cirurgia é a de Bankart. 25 6/4/2011 Mecanismo de Lesão e Morfologia da Fratura da Tuberosidade Maior (Bahrs et al., 2006) Mecanismo de Lesão e Morfologia da Fratura da Tuberosidade Maior (Bahrs et al., 2006) • Os autores estudaram 44 pacientes com fratura isolada e destas 47,6% reportaram mecanismo direto de lesão, 32% reportaram mecanismo indireto e 20,4% foram incapaz de definir o mecanismo de lesão. • Estas fraturas estão presentes entre 10 e 30% da luxações do ombro. Lesão de Bankart Konno et al.; Glenoide osteophyte and rotator cuff tears: An anatomic study – J Shoulder Elbow Surg vol.11, nº 1 jan/feb 2002 Follow up de Cirurgia de Bankart (Pelet et Follow up de Cirurgia de Bankart (Pelet et al., 2006) al., 2006) • Os autores realizaram um acompanhamento de 30 pacientes com aproximadamente 29 anos de cirurgia. • 5 pacientes evoluiram para prótese • 20 apresentaram bons resultados; • 4 apresentaram resultados pobres; • 1 apresentou resultado ruim. • A média de redução da rotação externa foi de 24° e da rotação interna foi de 19°. • Os autores encontraram uma valor de 40% de osteoartrite. • Rowe et al (1978) não encontraram nenhuma presença de osteoartrite com 6 anos após a cirurgia; • Gill et al (1997) encontraram osteoartrite em 6% dos pacientes com 11 anos de acompanhamento; • Martin (1991) encontrou 17% em 11 anos; • Rosenberg (1995) encontrou 50% em 15 anos; • E Hovelius (1996) encontrou 61% em 17.5 anos. 26 6/4/2011 Lesões SLAP (superior labrum anteroposterior) • Tipo I – alterações degenerativas no lábio glenoidal sem lesão no bíceps. • Tipo II – alterações degenerativas, o labio glenoidal é destacado do arco da glenoide, há instabilidade do tendão do bíceps • Tipo III – A margem do labio glenoidal destaca-se para dentro da articulação sem lesão do t. do bíceps. • Tipo IV – A porção superior do lábio glenoidal é destacada para dentro da articulação com lesão do t. do bíceps. Lesões SLAP (superior labrum anteroposterior) Tipo I e II Tipo III e IV Williams, Riley J,Superior Labrum LesionseMedicine Journal, December 27, Volume 2, Number 12 - 2001 Malanga, GA; Superior Labrum Lesions – eMedicine J december 27 2001, vol.2 nº 12 Bíceps Load Test • Utilizado em pacientes que têm luxações reincidivantes. Os autores concluíram que a posição de abdução/rot. Externa, o tendão do bíceps atua como estabilizador do ombro reduzindo a sobrecarga do ligamento glenohumeral inferior. • Paciente supino com abdução de 90 + rot externa Examinador resistir a contração para flexão do cotovelo Teste positivo se a dor ou apreensão aumentar. • • • Sensibilidade 90% especificidade 96% Validade de 98% Kim SH, HÁ KI, Han KY. Bíceps load test: a clinical test for superior labrum anterior and posterior lesions (SLAP) in shoulders with recurrent anterior dislocations. AM J Sports Med 1999;27(3):300-303. • Na Comparação entre Artroscopia (Bankart) com a estabilização anterior aberta • Após 2 e 6 anos concluiram que não há diferenças significativas entre resultados satisfatórios dos métodos (84% Bankart e 91% Aberta) e que 75% dos pacientes tiveram mínima ou nenhuma limitação quando retornaram ao esporte. Cole BJ, L’Insalta J et al - J Bone Joint Surg Am. 2000;82:1108-1114 Teste de Compressão Ativa • Elevar o braço em flexão a 90 , rodado internamente, com o cotovelo extendido, depois aduzir cerca de 10 a 15 , e então aplicar resistência para abaixar. • Depois fazemos o mesmo procedimento com o braço em rotação externa e antebraço supinado. • Se o paciente apresentar dor no primeiro movimento e melhora no segundo, ele apresenta uma lesão na art AC se a dor for no ápica do ombro, porém se for no centro este paciente apresenta lesão labral. O’Brien et al. The Active Compression Test: a new and effective test for diagnosing labral tears and acromioclavicular joint abnormality. Am J Sports Med 1998 Sep-Oct;26(5):610-613 • Na comparação entre artroscopia e exercícios supervisionado em pacientes com lesão no manguito rotador (síndrome do impacto - estágio II). • Concluíram que não há diferença entre os dois métodos de tratamento após dois anos e meio porém ambos têm uma melhora significativa em relação ao grupo placebo. Recomendando assim a cirurgia para pacientes que não vão ter uma supervisão. Brox JL, Gjengedal E. et al - J. Shoulder Elbow Surg. 1999;8:102-111 27 6/4/2011 Lesão da Art. Esterno-clavicular Lesões Acromioclavicular • Incidência: de 3 a 5% no total das lesões do ombro • Borramento do espaço articular da AC em até 50% deve-se a um processo normal de envelhecimento. • Tipo I – Pequena lesão com os ligamentos intactos • Tipo II – Ruptura total do lig. EC e parcial do lig. Costoclavicular • Tipo III – Luxação com ruptura total dos ligamentos • A lesão anterior da articulação esterno-clavicular é muito mais comum que a posterior (9:1) Peterson CJ, Redlund-Johnell I: Radiografic Joint Space in Normal Acromioclavicular Joint. Acta Radiol 1988; 29(5)571-576 Principais Patologias Dire, DJ ; Sternoclavicular Joint Injury – eMedicine J august 2001, vol.2 nº 8 Williams, CC; Posterior Sternaclavicular Joint Dislocation – Phys Sports Med 1999 Diagnóstico Diferencial Capsulite Adesiva • Em 1992, a American Shoulder and Elbow Surgeons Society, definiu capsulite adesiva: Uma condição de etiologia incerta caracterizada por significante restrição de movimento ativo e passivo do ombro que ocorre na presença de uma desordem intrínsica do ombro conhecida. Estudos patológicos confirmaram a presença de processos de hiperplasia fibrótica e excessiva secreção de colágeno tipo III, que adere ao tecido mole das estruturas ao redor do ombro, sendo de natureza idêntica às alterações observadas na Doença de Dupuytren na mão. Na capsulite adesiva a dor freqüentemente diminui totalmente após 1-2 anos em aproximadamente 90% dos pacientes. Dahan, THM; Roy, A; Adhesive Capsulitis – eMedicine J December 27 2001 vol.2 nº 12 Capsulite Adesiva • Dor, particularmente na 1ª fase, incapacidade de deitar sobre o ombro afetado. • O diagnóstico é confirmado com limite de movimento para rotação lateral, flexão no plano sagital e abdução. Apresenta uma evolução gradual de dor e restrição de movimentos. Pode estar associada a uma lesão do ombro, diabetes (20% dos pacientes desenvolvem), alterações da tireóide, e alterações cardíacas e pulmonares. Porém na maioria das vezes a causa é desconhecida. • Segundo Reeves, a primeira fase dura de 2 a 9 meses, a segunda fase entre 4 e 12 meses e a última entre 5 e 26 meses Capsulite Adesiva • É caracterizada por uma dor progressiva e insidiosa e perda de ADM ativa e passiva da art. Gleno-umeral. • A incidência anual da capsulite adesiva é de 3% a 5% da população geral e acima de 20% em pacientes diabéticos. • A extensibilidade capsular diminui, o recesso axilar torna-se aderente, e a flexibilidade do tendão do bíceps diminui Sandor, Rick; Brone, Scott: Exercising the Frozen Shoulder The Phys and Sports Med vol 28 nº 9 september 2000 Vermeulen, Henricus M. et al, End-Range Mobilization Techniques in Adhesive Capsulitis of the Shoulder Joint: A Multiple-Subject Case Report APTA vol.80 – n° 12 december 2000 p. 1204-1213 28 6/4/2011 Capsulite Adesiva Capsulite Adesiva Movimento Ativo Movimento Passivo Vermeulen, Henricus M. et al, End-Range Mobilization Techniques in Adhesive Capsulitis of the Shoulder Joint: A Multiple-Subject Case Report APTA vol.80 – n° 12 december 2000 p. 1204-1213 Vermeulen, Henricus M. et al, End-Range Mobilization Techniques in Adhesive Capsulitis of the Shoulder Joint: A Multiple-Subject Case Report APTA vol.80 – n° 12 december 2000 p. 1204-1213 Capsulite Adesiva • Vermeulen et al. (2006) – Realizaram um estudo randomizado controlado de mobilização articular passiva em pacientes com capsulite adesiva. • O objetivo do estudo foi comparar a eficácia das técnicas de mobilização passiva de grande amplitude (HGMT – grau III e IV de Maitland) com as de baixa amplitude (LGMT – grau I e II de Maitland) Laska, Tadeusz; Hannig, Kimberly Physical Therapy for Spinal Accessory Nerve Injury Complicated by Adhesive Capsulitis APTA vol.81 – n° 3 – march 2001 Mobilização Passiva Fundamentação • Selecionaram 100 pacientes com pelo menos 3 meses de sintomas e 50% ou mais de diminuição da ADM em relação ao lado contralateral. • O grupo HGMT deve ser mobilizado no final do arco de movimento (end-feel) e o grupo LGMT deve ser mobilizado na ADM livre de dor. • A duração do tratamento foi de no máximo 12 semanas (24 sessões). • O efeito neurofisiológico é baseado na estimulação de mecanocerptores periféricos e inibição de nociceptores. • Os instrumentos de medidas foram questionários (SRQ e SDQ) • O efeito biomecânico se manifesta pela quebra de aderências, realinhamento do colágeno, ou aumento do deslizamento das fibras. • Ao final todos os pacientes fizeram realizaram padrões passivos de FNP e Codman. • Além de manter a mobilidade articular e melhorar a troca de líquido sinovial e a cartilagem. • Reavaliações foram feitas em 3, 6 e 12 meses. Vermeulen et al. (2006) Vermeulen et al. (2006) 29 6/4/2011 Resultados Alongamento de Cápsula Inferior • O grupo HGMT apresentou ADM ativa e passiva de rotação externa significativamente maior até 12 meses, além da abdução. • A redução da disfunção do ombro foi maior no grupo HGMT após 12 meses. Vermeulen et al. (2006) Distrofia Simpático Reflexa (DSR) Alongamento de Cápsula Posterior De acordo com Rosenthal e Wortmann, podemos dividir a DSR em 3 estágios: • Estágio 1 – Dura entre semanas e meses. Dor difusa, edema, associada a fraqueza muscular, diminuição do ADM e aumento da temperatura. • Estágio 2 – Duração de 3-6 meses. Diminuição da dor. Sinais de atrofia e osteoporose e a extremidade fica fria. • Estágio 3 – Diminuição do ADM, Aumento da hipotrofia e a extremidade fica mais fria. Rosenthal AK, Wortmann RL: Diagnosis, pathogenesis, and management of reflex sympathetic dystrophy syndrome. Compr Ther 1991 Jun; 17(6):46-50 Distrofia Simpático Reflexa (DSR) Principais Patologias Diagnóstico Diferencial • Segundo Don R Revis é estimado que 5% dos pacientes que sofrem trauma na extremidade superior desenvolvem DSR. O autor acrescenta que uma imobilização extrema pode desenvolver DSR, além de 12-20% dos pacientes que sofreram AVE, e ainda que a média de idade é de 49 anos. Revis, DR Reflex Sympathetic Dystrophy – eMedicine journal, April 8, vol.3,nº 4 30 6/4/2011 FRATURA DE CLAVÍCULA • É o osso mais freqüentemente fraturado em crianças e adolescentes, sendo que 20% desta são diagnosticadas como luxação da art AC. FRATURA DE CLAVÍCULA • Dor acima de 90°, art. glenoumeral congruente assim com esternoclavicular • 80% destas lesões ocorrem durante atividades desportivas The Physican adn Sportsmedicine –vol. 27 –nº 3 march 1999 The Physican adn Sportsmedicine –vol. 27 –nº 3 march 1999 Locais de Compressão do Plexo Braquial Síndrome da Saída Torácica Locais de compressão: • O primeiro é entre o triângulo dos escalenos (anterior, médio e face superior da clavícula) • O segundo é no espaço costoclavicular, onde é comum estar associado a sinais venosos (edema, cianose, varises). • O terceiro é no espaço abaixo do peitoral menor Snider, RK; Tratamento das Doenças da Sistema Musculoesquelético – Ed. Manole 1ª ed. 2000 Kalra, A ; Thoracic Outlet Syndrome eMedicine J december 2001 vol.2 nº 12 Compressão Nervosa e Vascular Teste de Adson Cipriano, J. Manual Fotográfico de Testes Ortopédicos e Neurológicos. Ed. Manole. 2001 Compressão Nervosa e Vascular Teste de Tração Cipriano, J. Manual Fotográfico de Testes Ortopédicos e Neurológicos. Ed. Manole. 2001 31 6/4/2011 Principais Patologias Compressão Nervosa e Vascular Exames Complementares Diagnóstico Diferencial Teste de Wright Não seRessonância fazArtro-Ressonância necessário Raio X Magnética Magnética Eco-doppler Tomografia Eletroneuromiografia Computadorizada Cipriano, J. Manual Fotográfico de Testes Ortopédicos e Neurológicos. Ed. Manole. 2001 Tratamento Roteiro • Tratamento; – – – – – – – Mobilizações articulares; Mobilizações Neurais; Manobras Miofasciais; PRT; Estabilização; Fortalecimento Muscular; Propriocepção; Tratamento • • • • • • • • Mobilização PRT Mobilização Neural Técnicas Miofasciais FNP Propriocepção Fortalecimento e Estabilização Muscular Eletroterapia Eletroterapia • • • • • • Ultra-som Laser TENS Ondas-curtas Eletroestimulação Galvânica (Iontoforese) 32 6/4/2011 Mobilização Mobilização Tração Benefícios da mobilização: • Aumento da extensibilidade articular • Correção das falhas de posicionamento • Nutrição • Controle da dor • Relaxamento Muscular • Compressão Meniscóide • Psicológicos Edmond, Susan L. Manipulação e Mobilização Ed. Manole 1ªed. 2000 Mobilização Alongamento de Cápsula Inferior Deslizamento Ventral Edmond, Susan L. Manipulação e Mobilização Ed. Manole 1ªed. 2000 Alongamento de Cápsula Posterior Mobilização PA de Maitland • Cápsula Anterior • Cápsula Posterior 33 6/4/2011 Mobilização Mobilização Art. Esternoclavicular Art. Esternoclavicular Edmond, Susan L. Manipulação e Mobilização Ed. Manole 1ªed. 2000 Edmond, Susan L. Manipulação e Mobilização Ed. Manole 1ªed. 2000 Mobilização Mobilização Art. Acromioclavicular Edmond, Susan L. Manipulação e Mobilização Ed. Manole 1ªed. 2000 Edmond, Susan L. Manipulação e Mobilização Ed. Manole 1ªed. 2000 Técnica de Jones Histórico Técnica de Jones Sinônimos Método Leandro Nogueira Avaliação Indicações Clínicas 34 6/4/2011 Técnica de Jones Histórico: Escritos de 618-907 d.C. - referênciam pontos Ah Shi pelos chineses. 1843 Froriep - descreve pontos sensíveis relacionados a patologias reumáticas. 1876 Helleday - relacionou pontos sensíveis com miosite crônica. 1904 Gowers - introduziu o termo fibrosite. Década de 30 Chapman – descreve o sistema de reflexos associado a drenagem linfática. Década de 40 Hoover - introduziu a técnica funcional através do equilíbrio dinâmico recíproco. 1943 Sutherland – relata que devemos acompanhar o movimento craniano na direção em que ele se movia mais livremente. 1964 Travell e Simons - sistematizaram o mapeamento e o tratamento de pontos sensíveis. 1964 Lawrence Jones publicou a primeira obra Strain and Counterstrain Técnica de Jones Sinônimos: Positional Release Therapy (P.R.T.) Strain Counterstrain Técnica de Inibiçaõ de Jones D`Ambrogio , Kerry J.; Roth, George B.; Terapia de Liberação Posicional – Manole 1ª ed. 2001 Técnica de Jones Técnica de Jones Este tratamento é realizado pela colocação dos tecidos envolvidos numa posição ideal de conforto. A posição ideal é determinada subjetivamente pela percepção de sensibilidade do paciente e objetivamente pela redução do tônus palpável do ponto sensível. D`Ambrogio e Weiselfish descreveram que a fase neuromuscular dura 90 segundos e a fase miofascial 20 minutos. Aumento de temperatura, vibrações, pulsações e alterações respiratórias são descobertas comuns. D`Ambrogio , Kerry J.; Roth, George B.; Terapia de Liberação Posicional – Manole 1ª ed. 2001 Técnica de Jones Benefícios Normalização da hipertonia muscular Normalização da tensão fascial Redução da hipomobilidade articular Melhoria da circulação e redução do edema Redução da dor Aumento da força D`Ambrogio , Kerry J.; Roth, George B.; Terapia de Liberação Posicional – Manole 1ª ed. 2001 D`Ambrogio , Kerry J.; Roth, George B.; Terapia de Liberação Posicional – Manole 1ª ed. 2001 Técnica de Jones Considera-se que existam dois mecanismos envolvidos na soluçaõ da hipertonicidade: um reestabelecimento neurológico envolvendo os fusos musculares um “jato” circulatório dos tecidos previamente isquêmicos Chaitow, Leon; Técnicas Neuromusculares Modernas - Manole 2001 35 6/4/2011 Técnica de Jones Região Anterior do Ombro Contra – Indicações Feridas abertas Suturas Fraturas em processo de consolidação Hematoma Hipersensibilidade cutânea Infecção sistêmica localizada D`Ambrogio , Kerry J.; Roth, George B.; Terapia de Liberação Posicional – Manole 1ª ed. 2001 Região Posterior do Ombro D’AMBROGIO, KERRY J.; ROTH, GEORGE B., Terapia de Liberação Positional (PRT) Ed.Manole 1ª ed - 2001 Cervical (Trapézio) D’AMBROGIO, KERRY J.; ROTH, GEORGE B., Terapia de Liberação Positional (PRT) Ed.Manole 1ª ed - 2001 Rombóides Peitoral Maior 36 6/4/2011 Supra-Espinhoso Mobilização Neural Introdução • Nervos saudáveis tem a capacidade de alongar e deslizar para se acomodar a aumentos de comprimentos necessários para o movimento normal fisiológico. • A relação entre as propriedades mecânicas do nervo e suas propriedades fisiológicas tem sido chamada de neurodinâmica. • Lesões como alongamento agudo neural ou compressão crônica são capazes de alterar a neurodinâmica normal, alterando as propriedades mecânicas (Bay, Sharkey e Szabo, 1997; Beel, Groswald e Luttges, 1984; Introdução • Tais patomecanismos podem induzir alterações nas funções fisiológicas incluindo condução elétrica (Fern e Harrison, 1994), transporte axonal (Dahlin, Archer e McLean, 1993; Gallant, 1992; Kitao et al., 1997, Shacklock, 1995), e fluxo sanguíneo (Clark et al, 1992; Ogata e Naito, 1995), além de poder se apresentar como sintomas neuropáticos. • Testes neurodinâmicos tem sido propostos tais como o teste de tensão neurodinâmica para o membro superior para o plexo braquial, e o SLR para o plexo ciático, com o objetivo de avaliar a sensibilidade do nervo periférico ao movimento (Boyd et al., 2004). Kwan et al., 1995; Shacklock, 1995) Introdução • Testes neurodinâmicos são sinônimos de testes de provocação neural (Elvey, 1997). • O Teste neurodinâmico é considerado positivo quando quando reproduz os sintomas, quando respostas do lado afetado são diferentes do lado acometido ou de respostas normais, e se existe alguma diferença estrutural que suporta um dano neuropático (Butler, 2000) Neurobiomecânica • Inman e Saunders (1942) – descreveram movimento nas raízes nervosas lombo-sacras durante a flexão de coluna e a elevação de perna reta em cadáveres. Sendo que as raízes nervosas superiores movem proximalmente durante a flexão de coluna e distalmente durante a elevação da perna reta. • McLellan (1975) – propôs que uma restrição no deslizamento de nervos periféricos devem contribuir para a patofisiologia das síndromes compressivas. • Maitland (1978) e Elvey (1986) – têm descrito técnicas de mobilização neural. 37 6/4/2011 Fisiopatologia Neural (Intraneural X Extraneural) • Intraneural - Edema Neural (desmielinização, formação de neuroma, fibras nervosas hipóxias ou aderências nos tecidos conjuntivos). • Extraneural – base do nervo ou as Interfaces Fisiopatologia • Tanto os transportes anterógrados como retrógrados podem ser interrompidos por uma compressão suave de 30-50mmHg (Rydevik et al.,1980;Dahlin et al.,1984; Dahlin & McLean, 1986; Dahlin et al 1986). • Dahlin & McLean (1986) demonstraram que: • Transporte axonal bloqueado por pressão de 50mmHg por 2 horas era reversível em 24 horas; • Duas horas de compressão a 200mmHg eram reversíveis em 3 dias; • Duas horas de compressão a 400mmHg em reversíveis dentro de uma semana. Butler, David; Mobilização do Sistema Nervoso. Manole. 2003 Nervo Radial Nervo Radial C5 – C6 – C7 – C8: • Tríceps • Ancôneo • Braquiorradial • Extensor radial longo e curto do carpo • Supinador • Extensor Comum dos dedos • Extensor do dedo mínimo • Extensor ulnar do carpo • Abdutor longo do polegar • Extensor longo do polegar • Extensor Curto do Polegar • Extensor do Indicador Ferreira,A. S.. Lesões Nervosas Periféricas – Diagnóstico e Tratamento. Ed. Santos. 2001 Nervo Mediano Butler, David; Mobilização do Sistema Nervoso. Manole. 2003 Nervo Mediano C6 – C7 – C8 – T1 • • • • • • • • • Pronador Redondo Flexor Radial do Carpo Palmar Longo Flexor superficial dos dedos Oponente do Polegar Abdutor Curto do Polegar Flexor Curto do Polegar Lumbricais (1º e 2º) Flexor Profundo dos dedos 1º e 2º • Flexor longo do polegar • Pronador Quadrado Ferreira,A. S.. Lesões Nervosas Periféricas – Diagnóstico e Tratamento. Ed. Santos. 2001 Butler, David; Mobilização do Sistema Nervoso. Manole. 2003 38 6/4/2011 Sequência de Tensão do Nervo Mediano • Gleno-umeral abdução flexão de cotovelo extensão de punho supinação Rotação gleno-umeral extensão de cotovelo Inclinação lateral cervical para o lado oposto. Deslizamento do Nervo Mediano in vivo (Dilley et al., 2003) • Os autores realizaram um estudo em 34 indivíduos saudáveis sem queixas cervicais e neurológicas. • Realizaram a avaliação através do US em 5 pontos diferentes. • Testaram a variação de mobilidade do n. mediano in vivo com o movimento da art. do punho, cotovelo, ombro e cervical. Kostopoulos, (2004) Deslizamento do Nervo Mediano • Movimento de 5-10 mm são rapidamente produzidos no n. mediano. • Valores de tensão acima de 10% também são obtidos com movimentos articulares em amplitudes fisiológicas (Wright et al., 1996). Deslizamento do Nervo Mediano in vivo (Dilley et al., 2003) • Com a Abd do ombro: – O n. se movimentou proximalmente; – A maior parte do deslizamento ocorreu nos últimos 40 a 50º (total de 90º de Abd); – A tensão estimada no antebraço com este movimento é de 1%. – Ficou claro que nos primeiros 40º de abd praticamente não há mov. No n. mediano no antebraço. Deslizamento do Nervo Mediano in vivo (Dilley et al., 2003) • Com a extensão do punho: – N. mediano deslizou 6 mm distalmente, sendo que o movimento foi reduzindo de acordo com as art. mais poximais. – Além disso ficou evidente que o nervo deslizou 20% menos com o ombro a 90º de ABD do que a 45º. Deslizamento do Nervo Mediano in vivo (Dilley et al., 2003) • Com a extensão do cotovelo: – O n. deslizou proximalmente no antebraço e distalmente no braço. – O deslizamento no braço foi muito maior do que no antebraço. 39 6/4/2011 Deslizamento do Nervo Mediano in vivo Deslizamento do Nervo Mediano in vivo (Dilley et al., 2003) (Dilley et al., 2003) • Quando o braço é aduzido e o cotovelo flexionado o n. mediano fica sem sobrecarga. • Quando realizamos 90º de ABD de ombro + 60º de extensão de punho + extensão de cotovelo – o tensão total no antebraço é de 2,5 a 3%. • Com a inclinação lateral contralateral cervical: – O n. deslizou numa direção proximal; – Apresentou uma menor mobilidade com o ombro a 30º do que a 90º de Abd; – Com o ombro em abd a 30º o n. mediano praticamente não deslizou até 25º de inclinação. Técnicas • Técnica Funcional Técnicas Miofasciais • Pompage • Massagem Transversa Profunda de Cyriax • Liberação Miofascial • Visão de Cadeias Musculares (G.D.S.; Busquet, R.P.G.) • Inducción Miofascial • Técnica Neuromuscular • Alongamento Miofascial Funções da Fáscia Alongamento Miofascial Superficial • A fáscia organiza e separa, assegura a proteção e a autonomia de cada músculo e víscera, mas também reúne os componentes corporais separados em unidades funcionais, estabelecendo relações espaciais e formando, deste modo, uma espécie de ininterrupta rede de comunicação corporal. Profunda • Provê área complementar para inserção muscular • Separa estruturas musculares de funções iguais e diferentes por meio de suas fixações ósseas • Tem poucas inserções sobre ossos mais fixos e muitas sobre ossos mais móveis • Envolve grande parte o sistema contrátil muscular • Tem papel importante no • Forma o tecido cicatricial processo de sudação • É a base da globalidade, a partida da noção de cadeias musculares • O sistema aponeurótico é o agente mecânico da coordenação motora • Armazenamento de gordura • Nutrição do epitélio cutâneo • É o local de inserção da maioria dos capilares linfáticos • Formação do tecido cicatricial 40 6/4/2011 Aplicações no Ombro Técnica de Alongamento Miofascial Cadeia ântero-medial de Membros Superiores • Pompage em Peitoral Maior • Pompage em Grande Dorsal • Massagem Transversa em Tendão da p. Longa de Bíceps • Alongamento Miofascial da Cadeia Anterior • Deslizamento longitudinal de ECOM Técnica de Alongamento Miofascial Cadeia ântero-medial de Membros Superiores (Fase II) Propriocepção Propriocepção Propriocepção • Estudo comparativo entre estabilização do joelho com fortalecimento muscular e com propriocepção (Fitzgerald, G. Kelley et al The Efficacy of Perturbation Training in Nonoperative ACL Rehabilitation Programs for Physically Active Individuals APTA vol. 80- n°2 - february 2000 p.128-140) Fitzgerald, G. Kelley et al The Efficacy of Perturbation Training in Nonoperative ACL Rehabilitation Programs for Physically Active Individuals APTA vol. 80- n°2 - february 2000 p.128-140 41 6/4/2011 Propriocepção Souza, Marcial Zaneli Reabilitação do Complexo do Ombro Ed. Manole 1ª ed. 2001 Propriocepção Souza, Marcial Zaneli Reabilitação do Complexo do Ombro Ed. Manole 1ª ed. 2001 Propriocepção Fortalecimento e Estabilização Muscular Andrews, JR; Wilk,KE The Athlete’s Shoulder – Churchill Livingstone 1994 Força Muscular de Rotadores em Pacientes com SIS e Controles Força Muscular de Rotadores em Pacientes com SIS e Controles • Os autores demonstraram que o teste manual de força tem baixa confiabilidade, sendo o teste isocinético e o dinamômetro mais confiáveis. • O autor observa que a força no final do arco pode ser diferente do meio do arco de movimento. Tyler et al., 2006 Tyler et al., 2006 42 6/4/2011 Fortalecimento Muscular Andrews, JR; Wilk,KE The Athlete’s Shoulder – Churchill Livingstone 1994 Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva Andrews, JR; Wilk,KE The Athlete’s Shoulder – Churchill Livingstone 1994 Roteiro Fortalecimento Muscular Andrews, JR; Wilk,KE The Athlete’s Shoulder – Churchill Livingstone 1994 Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva Andrews, JR; Wilk,KE The Athlete’s Shoulder – Churchill Livingstone 1994 Colaboração • Seminário 43 6/4/2011 Obrigado !!!!!! [email protected] Hospital Universitário Gaffrée e Guinle Tel. (21) 2264-2517 44