300 24 10 Mil 1 1 6 CEUs
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300 24 10 Mil 1 1 6 CEUs
Brasil é sede do Mundial de Futebol de Rua; lançamento oficial acontece neste sábado (26) na região da Cracolândia Evento reunirá 300 participantes de 24 países que praticam a modalidade esportiva, criada para acompanhar processos de aprendizagem e inclusão social voltada para adolescentes e jovens. Estima-se um público de 10 mil pessoas entre os dias 1º e 12 de Julho na capital paulista. 24 Países participantes 300 10 Mil Jovens e Adolescentes Pessoas são o Público Estimado Durante os dias 1º e 12 de julho, 300 jovens e adolescentes de todos os continentes chegam a São Paulo para participar do Mundial de Futebol de Rua. Em iniciativa organizada pelo Movimiento de Fútbol Callejero, rede latino-americana que envolve 12 países, torneio pretende tratar de questões como violência, discriminação e exclusão social por meio da metodologia do Fútbol Callejero (em português: Futebol de Rua), prática esportiva e sociopedagógica idealizada por Fabian Ferraro, ex-jogador de futebol argentino, que busca entender o futebol como uma estratégia para recuperar os valores humanos e impulsionar o desenvolvimento de lideranças, gerando processos comunitários solidários de transformação. Mais de 200 organizações em todo o Mundo praticam o Futebol de Rua, mobilizando cerca de 100 mil crianças, adolescente e jovens. Vários desses coletivos já participaram dos Mundiais realizados em 2006 na Alemanha e 2010 na África do Sul através do Street Fútbol, ação de responsabilidade social da FIFA. Em 2014, no Brasil, o evento será independente e contará com inúmeros parceiros e apoiadores, como Comitê dos Trabalhadores da Volkswagen, FUDE (Fundación Fútbol para el Desarrollo), Prefeitura de São Paulo, Terre des Home, Sesc, Tribunal de Justiça, Global Editora, entre outros. Serão 28 delegações de 24 países, que ficarão hospedadas em 06 CEUs (Centro de Educação Unificado), localizados em bairros da periferia paulistana. Na primeira fase do campeonato, além das partidas eliminatórias – das quais apenas 16 times passam para a próxima etapa – estes centros vão receber atividades culturais e debates promovidos em articulação com as comunidades do entorno. 1 Arena no Largo da Batata 1 Arena na Av. Ipiranga 6 CEUs Para receber as Delegações Quartas de Final De 7 à 11 de julho, durante as oitavas e quartas de finais, os movimentos sociais e suas principais agendas ganham destaque e também ocupam a Arena do Largo da Batata com plenárias e assembleias. O objetivo é provocar a reflexão sobre as diversas realidades, demandas sociais e desigualdades de todos/as os/as presentes. A Grande Final No dia 12, na grande arena da Avenida Ipiranga, acontecerão os jogos da semi-final e final. Antes dos jogos decisivos, as outras 28 seleções farão partidas de exibição entre si. Shows de música com artistas periféricos e consagrados completam a festa. 26 de abril: Lançamento na Cracolândia As atividades neste sábado começam a partir das 12h, na Rua Helvetia em frente à base do Programa De Braços Abertos – ação da Prefeitura que busca reduzir o consumo de crack na região – com uma roda de conversa entre os times das organizações que atuarão como polos de difusão e implementação da metodologia do Futebol de Rua no Brasil. São 6 polos envolvidos: Capão Cidadão, Cedeca Sapopemba, Projeto Meninos e Meninas de Rua (São Bernardo), Movimento Nacional da População Moradora de Rua, Sindicato dos Metalúrgicos de São Carlos e UNAS Heliópolis (União de Núcleos, Associações e Sociedade de Moradores de Heliopolis e São João Clímaco). Além dos jogos entre os polos, encontro também vai contar com o cortejo do Bloco de Carnaval EURECA - Eu Reconheço o Estatuto da Criança e do Adolescente – que em 2014 desfilou com o tema “Copa do Mundo: uma goleada de violações” –, intervenções artísticas como graffiti, sarau-narração dos jogos e exibição de filmes. Para Cerimônia de Abertura, já está confirmada a presença da vice-prefeita Nádia Campeão. Para o coordenador de cultura da Ação Educativa, Antonio Eleílson Leite, lançar o Mundial de Futebol de Rua nesta região que ficou conhecida como Cracolândia tem um valor simbólico expressivo. “Queremos aproximar nossa proposta de futebol de rua das populações mais excluídas, já que a força dessa prática esportiva é a inclusão social e a mediação de conflitos. Estar na Cracolândia é uma declaração em alto e bom som do lugar que queremos ocupar: junto dos mais empobrecidos, chamando a atenção para as desigualdades e injustiças, apontando para uma estratégia de conscientização. Estar na rua e nela jogar bola será a expressão maior do sentimento de acolhida que o futebol callejero promove pelo Mundo”, ressalta. Confira a programação 12h – Roda de Conversa entre os polos de difusão e implementação da metodologia do Futebol de Rua no Brasil 13h – Cortejo do Bloco de Carnaval EURECA - Eu Reconheço o Estatuto da Criança e do Adolescente pelas ruas da Cracolândia 14h – Lançamento do Mundial, com Nádia Campeão 15h – Início dos jogos entre os polos de difusão e a quadra de De Braços Abertos, voltada para os moradores da região. Intervenções artísticas como graffiti, sarau-narração dos jogos e exibição de filmes com a temática do futebol. Entenda a metodologia do Futebol de Rua O Futebol de Rua é jogado com equipes mistas de homens e mulheres. As regras são definidas coletivamente entre as duas equipes e ganha a partida quem mais respeitá-las. Não há juízes e sim mediadores que atuam para facilitar os processos e não para defini-los. As regras são organizadas a partir de eixos como cooperação, solidariedade e participação. 3 Tempos Times Mistos 1 Mediador - s/ Juiz Desta forma, um gol feito coletivamente, pode valer mais que um gol de um/a único/a atleta. Jogado assim, o futebol torna-se uma poderosa ferramenta para mediação de conflitos, formação de lideranças, desenvolvimento de grupos, coletivos e organizações de base comunitária. Uma partida normalmente se organiza em três tempos. 1º TEMPO AS REGRAS Uma Prática de Mediação Os dois times entram em acordo com as regras básicas junto ao Mediador Social que os orienta. É um espaço de aprendizagem sócio-construtivo que: O JOGO 2º TEMPO Rola a bola tendo em conta as regras que foram estipuladas no 1º Tempo. OS PONTOS 3º TEMPO É o espaço de reflexão. Os/as participantes conversam sobre a partida e são contabilizados os pontos dos times. Neste momento, os/as jogadores/as dialogam sobre os valores e atribuição da pontuação. - Contribui para o desenvolvimento da confiança; - Propicia os diálogos e os vínculos; - Promove a participação e a Educação Inclusiva; - Colabora com o processo de construção da cidadania; - Defende os Direitos Humanos; - Luta pela Justiça; - Reconhece a Diversidade Cultural, Social e Étnico Racial. No primeiro, é formada a roda onde são estabelecidas as regras do jogo, divisão de equipes, sistema de pontuação, valores e acordos iniciais. No segundo, acontece o jogo em si. E no terceiro, as duas equipes avaliam se os acordos iniciais foram cumpridos. É nesse momento que todos têm a oportunidade de falar como se sentiram durante o jogo, se existiu respeito, solidariedade, cooperação e tolerância, e se todos agiram de forma a promover um ´jogo limpo´. Definindo um Vencedor Todas as informações são anotadas em uma planilha, na qual são registrados os gols da partida e a nota atribuída pelos participantes aos valores praticados durante o jogo. É a partir dela que se decide o vencedor da partida. De acordo com a metodologia, todos participantes são responsáveis por cumprir o que estabeleceram, gerenciando possíveis conflitos e praticando valores como respeito, solidariedade, tolerância e cooperação. Conheça os polos de difusão da Metodologia em SP Em novembro de 2013, profissionais em mediação esportiva, que fazem parte da Rede Latino Americana de Futebol Callejero, iniciaram o processo de formação junto às organizações que atuarão como polos de difusão e implementação da metodologia do Futebol de Rua para a formação de times. São 6 polos: Capão Cidadão, Cedeca Sapopemba, Projeto Meninos e Meninas de Rua (São Bernardo), Movimento Nacional da População Moradora de Rua, Sindicato dos Metalúrgicos de São Carlos e UNAS de Heliópolis. Já estão formados oito mediadores, sendo 02 do Movimento Nacional da População Moradora de Rua, 02 do Cedeca Sapopemba e os demais vindos de cada polo. Um mundial comprometido com o Meio Ambiente Em todas as etapas do torneio, durante as palestras e campanhas, o meio ambiente despontará como um tema transversal nos debates que tratam do combate às desigualdades e empobrecimento de determinados grupos sociais, especialmente nas discussões relacionados à ecologia urbana. Diversas organizações como o Greenpeace, SOS Mata Atlântica e o Instituto Sociambiental serão convidados a desenvolver atividades de conscientização e mobilizações nos espaços das arenas. Além disso, serão adotados procedimentos sustentáveis no processo de organização do evento, como: medidas de compensação de carbono (em parceria com a SOS Mata Atlântica, serão adquiridas mudas na mesma proporção de emissão de carbono que o evento provocar); uso otimizado da energia solar; emprego de madeira certificada e demais materiais sustentáveis nas arquibancadas, reaproveitamento e reciclagem dos detritos, como as garrafas de água dos atletas, entre outros. Nas arenas, terão estacionamentos de bicicletas e o público será estimulado a utilizar o transporte coletivo para chegar aos locais dos jogos. “Não se deixem levar jamais pelo triunfo fácil, todo o triunfo significa trabalho e suor... Mas saibam que a vida é linda, não percam o tempo de sua juventude” José Pepe Mujica - Atual Presidente do Uruguay Realização: Apoio: Contatos Ação Educativa Rua General Jardim, 660. Vila Buarque. 11 31512333. www.acaoeducativa.org.br [email protected] Juliane Cintra, ramal 160 [email protected] Antonio Eleilson Leite, ramal 165 [email protected] Carolina Moraes, ramal 199 [email protected] Denise Eloy, ramal 129 [email protected] Parcerias: