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rumos da RIC
Veja como o segundo maior grupo de
comunicação regional do Sul do país se prepara
para um futuro em permanente mudança
rumos da RIC
Editorial: Conheça a palavra dos novos presidentes do Grupo RIC No PR e em SC
Entrevista: Mário Petrelli conta a história do grupo e analisa o setor
competição: os desafios da mercados regionais
Tecnologia: como integrar todas as plataformas que o consumidor quer
Gestão: a importância do investimento nas pessoas
conteúdo: programas e produtos que fazem a diferença da RIC
Artigos: Ideli Salvatti, josé carlos de salles neto, Luiz Claudio Costa,
Paulo Bernardo, Raimundo colombo e outras autoridades
índice
Futuro
Depoimentos
O planejamento do Grupo para os próximos anos Pág. 10
A RIC pelo olhar de quem vê de fora Pág. 86
Gestão
Estratégias para deixar o time cada vez mais afinado Pág. 16
Mercado de comunicação
A importância da comunicação regional Pág. 26
Novas tecnologias
Como se preparar para enfrentar o mundo integrado Pág. 36
Sucessão
As boas práticas na transição da gestão corporativa Pág. 40
História
Como se formou o Grupo RIC Pág. 42
Entrevista
Mário Petrelli analisa a empresa e o mercado Pág. 48
Programas e produtos
O conteúdo que faz a diferença do Grupo RIC Pág. 62
Artigos
Alaor Tissot, Presidente da Facisc Pág. 79
Bruno Breithaupt, Presidente da Fecomércio/SC Pág. 70
Daniel Araújo, Presidente da ABAPPág. 74
Glauco Côrte, Presidente da Fiesc Pág. 85
Ideli Salvatti, Ministra das Relações InstitucionaisPág. 90
Joares Ponticelli, Presidente da ALEPPág. 74
José Carlos de Salles Gomes Neto, Presidente do Meio & MensagemPág. 24
Luiz Claudio da Silva Costa, Presidente da Rede RecordPág. 15
Luiz Vicente Suzin, Presidente da FecoagroPág. 85
Paulo Bernardo, Ministro das ComunicaçõesPág. 8
Pedro Peiter, Presidente da Acaert Pág. 84
Raimundo Colombo, Governador do Estado Pág. 22
Rosa Senra Estrella, Presidente do Sinapro/SC Pág. 84
Sergio Alexandre Medeiros, Presidente da FCDL Pág. 79
Walter Zagari, Vice-Presidente Comercial da RecordPág. 20
expediente
Grupo RIC
Fundador e presidente emérito
Mário Petrelli
Paraná
Presidente
Leonardo Petrelli Neto
Diretor de Conteúdo
José Nascimento
Diretor Administrativo-financeiro
André Luiz Ferreira
Diretores-executivos
Cíntia Peixoto (Top View), Gilson Bette
(Curitiba), Gustavo Garcia (Maringá),
Rubens Nascimento (Londrina)
e Luciano Kuhl (Oeste).
Gerentes-executivos
Alex Sandro de Oliveira, Marcelo Garcia
Riquena, Rodolfo Becker (Rádio Curitiba),
Silvio César Martins (Rádio Ponta Grossa),
Marcelo de Araújo Berkowitz
(Rádio Cascavel) e Anderson Souza (Its).
Santa Catarina
RUMOS DA RIC
Presidente
Coordenação editorial
Marcello Corrêa Petrelli
Oscar Röcker Netto
Diretor Operacional
Diógenes Fischer e Oscar Röcker Netto
Edição
Paulo Hoeller
Reportagem
Adão Pinheiro , Adriano Kotsan, Dauro Veras,
Érika Busani, Marco Túlio, Saraga Schiestl e
Vinícius Boreki
Diretor Comercial
Reynaldo Ramos
Fotografia
Diretor Administrativo-financeiro
Albertino Zamarco Jr.
Daniel Queiroz, Débora Klempous,
James Marçal, Virgínia de Magalhães e
Shutterstock
Projeto gráfico e diagramação
Rodrigo Montanari Bento
Diretores-executivos
Alexandre Rocha (Itajaí), Edy Serpa (Meio Oeste),
Marco Salgado (Blumenau), Roberto Bertolin
(Florianópolis), Roberto Winter (Chapecó)
e Silvano Silva (Joinville).
Diretor de Redação – Notícias do Dia
Luís Meneguim
Capa
Angélica Sasso Pacheco
Colaboração
Victor Emmanuel Carlson
Revisão
Fábio Pacheco e Vinícius Boreki
Impressão
Coan (Tubarão/SC)
Tiragem
Diretor Its – PR e SC
3.000 exemplares
Distribuição dirigida
Riadis Dornelles
Rumos da RIC – Setembro de 2013
sede – Paraná
Rua Amauri Lange Silvério, 450. CEP 82.120-000 – Curitiba/PR
(41) 3331-6100
 | Rumos da RIC
sede – Santa Catarina
Avenida do Antão, 1.762. CEP 88.025-150 – Florianópolis/SC
(48) 3212-4100
Editorial | Mário Petrelli
Cataraná
No momento que deixo a
presidência do Grupo RIC,
quero mais uma vez ratificar
meu posicionamento sobre
Comunicação.
Mário Gonzaga Petrelli
é fundador e Presidente
Emérito do Grupo RIC
Comunicação é sem dúvida
nenhuma um poder. Um poder
que exige alta responsabilidade e
que tem na liberdade de imprensa
seu fator principal. Essa liberdade,
no entanto, não pode nunca ferir
o direito à individualidade. O
indivíduo tem de ser respeitado,
tem de se dar a ele a oportunidade
de ser ouvido. A crítica é
uma obrigação, mas a crítica
construtiva, que ajuda a melhorar.
O direito de resposta e o dever de
perguntar antes de informar
são fundamentais.
Ao passar oficialmente o
comando executivo, que na verdade
já vinha sendo exercido pelo
Leonardo no Paraná e pelo Marcello
em Santa Catarina, reafirmo que a
importância da existência da RIC é
que nós cumprimos efetivamente o
dispositivo constitucional, artigos
220 a 224 da Constituição de 1988,
que estabelece com sabedoria ímpar
que os meios de comunicação não
podem ter nem monopólio nem
oligopólio; e que devem prestigiar
a regionalização. É no estado e no
município que vive o cidadão!
A RIC tem feito isso muito bem
e vai continuar fazendo no Paraná
e em Santa Catarina – estados
que foram desunidos há 100 anos
por uma guerra (do Contestado),
mas que depois se uniram. Hoje,
paranaenses são catarinenses e
catarinenses são paranaenses
na convivência, nos hábitos, em
muitos costumes. Quase formam
um estado que poderia ser
chamado de Cataraná.
Além de difundirmos
permanentemente o regionalismo,
também defendemos a geração
de emprego nos dois estados
e – isso é fundamental – criamos
a possibilidade do contraditório,
principalmente em Santa Catarina.
Posso dizer que desde a
aquisição da primeira televisão
nosso comportamento foi o mesmo.
O que eu desejo ao Leonardo
e ao Marcello, às valorosas
equipes que os cercam, aos meus
companheiros, que até hoje me
deram muita alegria e a honra
da convivência, é que sigam e
cumpram os mandamentos da
ética, da correção, da Justiça, da
lealdade, do conviver com
a sociedade, da liberdade
de imprensa e do respeito
ao indivíduo e aos
poderes constituídos.
Quero agradecer o apoio que
tivemos das autoridades que
constituem os poderes Executivo,
Legislativo e Judiciário e ainda
das autoridades civis, militares e
eclesiásticas em geral, as entidades
associativas, quer empresariais ou
de empregados, principalmente as
dos setores de Comunicação.
Sempre tivemos muito respeito
com a convivência dos demais
veículos concorrentes, sejam
eles da mídia impressa, escrita,
radiofônica ou televisada. Não os
consideramos adversários, mas
sim concorrentes, com os quais
agimos com ética e respeito,
sabendo que o prestígio da
comunicação em geral depende da
convivência mútua.
Agradeço ainda o inestimado
apoio dos companheiros de
trabalho, desde o mais
categorizado ao mais simples
trabalhador. Eles foram exemplares
na conduta comigo – espero
continuem com Leonardo e Marcello
a agirem assim em benefício da boa
imprensa em geral.
Muito obrigado.
www.ricmais.com.br | 
EDITORIAL | Leonardo Petrelli neto
O avanço continua
Neste momento de transição
na RIC é boa hora de valorizar o
passado e apontar claramente
para onde iremos no futuro.
Leonardo Petrelli Neto,
Presidente do Grupo RIC PR
 | Rumos da RIC
Figura essencial, Mário
Petrelli estabeleceu o DNA
do que somos como empresa.
Desde a criação do grupo,
desenvolvemos uma saudável
prática de gestão corporativa, que
foi incrementada nesses últimos
anos. Sob a presidência de Mário,
as estratégias foram estabelecidas
a seis mãos – com meu irmão
Marcello focado em Santa Catarina
e eu aqui no Paraná.
Essa triangulação gerou
uma experiência muito rica e
produtiva, que tornou a RIC
o segundo maior grupo de
comunicação regional do Brasil.
Nesses mais de 25 anos de
atuação, consolidamos o Grupo
no mercado, firmando uma
relação muito próxima com nossas
audiências e parceiros. O desafio
para os próximos anos é reforçar
uma posição que será duradoura e
crescente. Teremos uma RIC cada
vez mais forte e bem posicionada
nas mídias tradicionais e em todas
as inovações que venham a ser
feitas em torno delas.
Por isso, nosso
desenvolvimento está baseado
no comprometimento com a
profissionalização administrativa,
no planejamento rigoroso e forte
investimento nos talentos da casa.
A abordagem multiplataforma dos
conteúdos será parte de destaque
nesse processo. Tudo isso para
nos tornarmos imprescindíveis ao
povo da nossa terra.
Esses compromissos são nossa
bússola para o futuro e nos farão
mais fortes e representativos.
Convém frisar que o
desenvolvimento da empresa
vai muito além do crescimento
econômico. Outros valores
nos são caros. Constituímos
uma saudável e culturalmente
enriquecedora concorrência
no setor de Comunicação,
principalmente pela atuação
destacada na divulgação
de conteúdo regional.
É um diferencial que
iremos sempre aprimorar.
Oferecemos uma ampla
e completa plataforma de
comunicação. Temos uma
audiência consistente, crescente e
multifacetada, além de anunciantes
fundamentais para garantir a
saúde financeira e a independência
características das boas empresas
de comunicação.
O futuro é promissor; o
presente é estimulante. A filosofia
empresarial estabelecida por
Mário Petrelli segue mais forte do
que nunca.
EDITORIAL | marcello Corrêa Petrelli
EDITORIAL
Investindo no futuro
Marcello Corrêa Petrelli,
Presidente do Grupo RIC SC
Todo o mercado de mídia
está passando por grandes
transformações. O Grupo
RIC acompanha esse
desenvolvimento investindo
constantemente na qualificação
das nossas plataformas e
produtos. Nosso desejo é estar
cada vez mais perto
das pessoas, contribuindo
com o desenvolvimento
de uma sociedade mais
justa e próspera.
Como um dos maiores
grupos regionais de
comunicação do país, temos uma
responsabilidade com a sociedade
que buscamos expressar todos os
dias por meio dos nossos veículos
– RICTV Record, Record News,
Jornal Notícias do Dia, Rádio
Record, portais RIC Mais, ND
Online e os nossos títulos de
revistas –, que prestam importante
e relevante serviço a milhões
de catarinenses.
Temos a primeira emissora de
televisão aberta do Sul do Brasil a
operar 100% com equipamentos
HD, em Florianópolis, investindo
em capacitação, edição e
veiculação em alta definição.
Estamos investindo fortemente
na integração de todas as mídias,
afinal hoje vivemos em um mundo
novo, onde a sociedade não apenas
recebe informação, mas também
divulga e expressa a sua opinião
de forma livre, democrática e interativa.
Sabemos, contudo, que para
conquistar a preferência das
pessoas e dos nossos clientes com
resultados significativos temos
de ir além da tecnologia e levar
conteúdo de (muita) qualidade
a cada telespectador, internauta,
leitor e ouvinte que nos
acompanha. O nosso slogan
“Você RIC em conteúdo”
representa mais do que palavras:
ele expressa a nossa missão e o
nosso propósito como empresa
socialmente responsável. Devemos levar essa visão
para toda a sociedade,
fortalecendo a comunicação
regionalizada, estando sempre
próximo das pessoas, mostrando
todo o potencial de um grupo
que comunica com transparência
e sempre busca a verdade,
a prestação de serviço e
o desenvolvimento.
www.ricmais.com.br | 
Artigo | Paulo Bernardo
Cenário das
comunicações
eletrônicas
Nos últimos anos, o Governo
Federal tem empreendido
todos os esforços para
modernizar as comunicações
eletrônicas no país.
Desde o início de 2011, por
exemplo, temos trabalhado
intensamente para atualizar as
normas na área de radiodifusão.
Estabelecemos critérios mais
transparentes e objetivos para
a outorga de TVs educativas e
retransmissoras de televisão.
Também passamos a trabalhar
com os chamados Planos Nacionais
de Outorga, um calendário com
todos os chamamentos públicos
programados para o ano. Essa
ferramenta possibilita não apenas
planejarmos a expansão de
diferentes serviços, mas também
dá aos interessados a possibilidade
de se prepararem com maior
antecedência para as concorrências
e avisos de habilitação.
Um dos principais objetivos
do Ministério das Comunicações,
previsto no Plano Plurianual do
governo, é universalizar o serviço
de radiodifusão comunitária no
país. Nossa meta é possibilitar que
todos os municípios brasileiros
tenham ao menos uma emissora
desse tipo funcionando até o fim
deste ano. Em 2012, foram 719
municípios contemplados e neste
 | Rumos da RIC
ano serão mais 706 cidades.
Também atualizamos as regras
para licitação de rádio e televisão.
Com isso, beneficiamos aqueles
empresários que realmente
estão dispostos a investir no
setor e instituímos medidas para
coibir a participação ilegal de
intermediários nas licitações.
Para além dos regulamentos e
das questões processuais, estamos
trabalhando para garantir que a
transição para a TV digital ocorra
dentro dos prazos previstos e
sem sobressaltos, tanto para o
radiodifusor como para as milhões
de famílias que ainda contam
com receptores analógicos. Essa
nova tecnologia vai permitir aos
brasileiros contar com recursos
de interatividade – como consulta
de saldo bancário e marcação de
consulta médica pela tela da TV,
num futuro próximo –, além dos
notáveis ganhos de qualidade em
imagem e som.
Desse modo, o Ministério das
Comunicações tem buscado dar
sua contribuição para organizar,
modernizar e fortalecer este setor,
que desempenha um papel tão
essencial em um país democrático
como o nosso.
Paulo Bernardo Silva é Ministro
de Estado das Comunicações
Futuro
Os rumos
da
RIC
Planejamento
estratégico define
metas e investimentos
que garantem
desenvolvimento seguro
nos próximos anos
:: O acentuado crescimento
registrado nos últimos anos impõe
um desafio ainda maior do que os
resultados já obtidos. Ao longo dos
mais de 25 anos de Grupo e quase
40 na área de comunicação, a RIC
se consolida como segunda maior
audiência de televisão no Paraná
e Santa Catarina, além de oferecer
uma multifacetada plataforma
de informação e entretenimento.
Tamanha presença e influência impõe
um trabalho cada vez mais baseado
em estratégias de longo prazo –
internamente, o planejamento
estratégico é chamado de RIC +5.
Assim, a empresa terá um
desenvolvimento consistente,
ampliando sua já sólida presença
nos mercados do Paraná e de Santa
 | Rumos da RIC
Catarina. A filosofia administrativa
está sendo reforçada com base em
organização, competência, integração,
planejamento e realização.
Entre 2013 e 2015, o Grupo
reserva investimentos de R$ 50
milhões nos dois estados. As áreas
prioritárias são digitalização e
expansão do sinal de tevê, melhoria da
estrutura para produção de conteúdo,
produção de programas, recursos
humanos, além de ações voltadas para
rádio, meios digitais e revistas.
Com esse montante, a RIC se
posiciona com firmeza e excelentes
condições para disputar um
mercado acirradíssimo. Essa
condição se tornou possível devido
à estruturação e ao equilíbrio
financeiro obtido nos últimos
anos. Os exemplos são variados:
a instalação do sistema Protheus,
por exemplo, torna a gestão
administrativo-financeira muito
mais eficiente e integrada; a compra
de equipamentos moderniza a
produção de conteúdo; a reforma
das edificações dá melhores
condições de trabalho; o reforço na
produção de conteúdo melhora a
relação com a comunidade.
Os investimentos estruturantes
permitem que se chegue a outro
incremento importante: a melhoria
da lucratividade e do faturamento, o
que garante força necessária para o
Grupo crescer de forma segura.
O mercado publicitário é
parte fundamental do processo.
A já ampla participação da
RIC no bolo de anúncios terá
expansão. Apesar dos percalços
na macroeconomia do país, as
receitas devem crescer 15% este
ano. Isso depois de aumentarem
até 25% em algumas praças no ano
passado (principalmente por conta
da transmissão das Olimpíadas,
que a Record transmitiu com
exclusividade para a tevê
aberta no Brasil).
Não tem mágica. O desempenho
melhora porque aumenta o número
de anunciantes e os anunciantes
cativos aumentam a verba
publicitária na RIC. Além da questão
econômica, o crescimento superior
ao PIB reforça o posicionamento do
Grupo nos mercados em que atua.
O mercado publicitário reage
porque tem na RIC uma grade de
programação e condições comerciais
que contemplam as necessidades
de todas as boas campanhas,
permitindo ótimos resultados para
os anunciantes.
R$ 50
milhões
de investimento
entre 2013 e 2015
As áreas
prioritárias
DDDigitalização
DDExpansão do Sinal
DDMelhoria na mobilidade
na captação de conteúdo
DDProdução de programas
DDRecursos Humanos
www.ricmais.com.br | 
Futuro
RIC+ 5, o plano
O projeto RIC + 5 começou a ser
desenvolvido pelo Grupo no final
de 2012, com ajuda da consultoria
Nortia. O objetivo é promover
o desenvolvimento gerencial
integrado ao plano estratégico
da empresa – tudo focado nos
próximos cinco anos (como bem
diz o nome do programa).
A primeira fase trabalha no
aprimoramento das competências
de diretores, gerentes,
coordenadores e supervisores
no Paraná e Santa Catarina.
A ideia é fazer um amplo
alinhamento organizacional
e trabalhar com as melhores
estratégias e conceitos de gestão.
Há ênfase muito forte na
capacitação e no fortalecimento de
uma cultura gerencial baseada em
planejamento e metas – no mundo
da gestão, essa é a receita para
quem quer ter sucesso.
Sinal de
conteúdo
Segundo maior grupo de
comunicação regional do país,
a RIC é a emissora que mais
produz conteúdo local no Paraná
e Santa Catarina – são quase
800 horas mensais nas
11 emissoras do grupo.
Esse extenso conteúdo aliado
à qualidade da programação
nacional da Rede Record garante
ao Grupo RIC um diferencial
sem igual no mercado.
A forma como o conteúdo chega
aos telespectadores também
melhora dia a dia. Até o segundo
semestre de 2014, o sinal digital
estará presente em toda área de
 | Rumos da RIC
cobertura do Paraná e Santa
Catarina, como prevê a lei.
Somente a RIC PR, por exemplo,
colocará R$ 7 milhões este
ano para infraestrutura e
equipamentos, sendo a maior
parte (70%) para atualização
tecnológica nas praças.
Roberto Bertolin, gerente
regional da RICTV Record
Florianópolis, reforça que
a qualidade do sinal, com
transmissões em alta definição,
somada a uma extensa
programação regional geram
audiên­cia e reconhecimento.
É o pilar do Grupo RIC cada
vez mais forte.
Mercado movimenta
R$ 45 bilhões
Área de atuação do Grupo RIC, a
Comunicação no Brasil é uma das
mais pujantes do mundo. O país está
entre os cinco maiores mercados
publicitários do mundo, atrás
apenas de Estados Unidos, Japão,
China e Alemanha, de acordo com
levantamento do Meio e Mensagem,
grupo especializado no setor e
responsável pelo projeto Inter-Meios,
mais completo levantamento sobre
investimento publicitário do país.
Além da boa colocação, o Brasil ainda
tem um potencial considerável de
crescimento. O investimento em
propaganda per capita, por exemplo,
é quase um terço do da quarta
colocada, Alemanha.
Em meio à crise internacional e
turbulências na economia brasileira, o
Inter-Meios apurou que o ano passado
fechou com um bolo publicitário total
estimado em R$ 44,85 bilhões, o que
representa um crescimento de 5,98% em
relação ao ano anterior. Os estados do Paraná e
Santa Catarina representam um naco respeitável
do bolo, uma vez que são, respectivamente, o
quinto e o sétimo maiores PIBs brasileiros.
Os cinco primeiros meses de 2013 tiveram um
volume de investimento publicitário de R$ 11,8
bilhões no país, 1,8% a mais que o mesmo período de
2012. A televisão fica com 66,8% da publicidade total.
Em seguida vêm os jornais (11%), as revistas (5,3%), a
internet (4,28%) (excluindo os valores de redes sociais e
buscadores), o rádio (4,1%) e a TV por assinatura (4%).
Os números mostram a robustez de um mercado em que
a televisão reina absoluta, como o principal veículo de
massa. Para além dos números, o setor vive um período de
intensa ebulição, com desafios que criam oportunidades e
exigem rearranjos por parte das empresas: o meio impresso
busca se reinventar no novo ambiente digital; já os meios
digitais vão encontrando formas de se rentabilizar; o rádio
configura-se uma opção relevante; e por aí vai.
Dentro deste quadro, a RIC se posiciona de forma a
contemplar as diferentes mídias, atuando de maneira
consistente em cada nicho. Para isso, dispõe de uma
televisão forte, meios digitais crescentes, rádio líder e
mídias impressas calibradas com o público.
www.ricmais.com.br | 
Futuro
O que dizem os gestores
“Estamos consolidando o segundo lugar em
audiência na televisão e nos aproximando cada
vez mais do primeiro lugar, principalmente
nos programas locais. Além disso, estaremos
presente em todas as plataformas de conteúdo.”
Leonardo Petrelli Neto, Presidente do Grupo RIC Paraná
“Só com visão de longo
prazo conseguimos dar
cada vez mais consistência
para a empresa.”
José Nascimento, Diretor de
Conteúdo do Grupo RIC PR
“O equilíbrio
financeiro dá
tranquilidade
aos acionistas
e poder para
os setores
de conteúdo
e comercial
trazerem os
resultados.”
“Vamos cada vez mais fortalecer a comunicação regional
e ficar ainda mais próximos das pessoas, distribuindo
conteúdos de grande qualidade pelos meios que o
espectador, internauta, leitor ou ouvinte preferir.”
André Luís F. dos Santos,
Diretor AdministrativoFinanceiro do Grupo RIC PR
Albertino Zamarco Júnior, Diretor Administrativo-Financeiro do Grupo RIC SC
“Tem algo que
não é material
nem visual,
técnico ou
tecnológico; é o
avanço editorial.”
Paulo Hoeller, Diretor
Operacional do Grupo RIC SC
 | Rumos da RIC
Marcello Corrêa Petrelli, Presidente do Grupo RIC Santa Catarina
“Investindo para uma estrutura forte, teremos um
crescimento ordenado e estável de todo o Grupo.
Nesse cenário, vamos otimizar os negócios em um
ambiente sólido e de qualidade.”
“Cada vez mais RIC
atua de maneira
planejada e consultiva,
mostrando que tem a
área comercial mais bem
preparada para apoiar as
decisões de investimento
em comunicação
dos clientes.”
“Este desenvolvimento
[do faturamento]
ocorre principalmente
com a ampliação das
múltiplas plataformas,
acompanhando e
inovando tendências
tecnológicas na produção
e geração de conteúdo.”
Marcos Siffert, Diretor de
Mercado do Grupo RIC PR
Reynaldo Ramos, Diretor
Comercial do Grupo RIC SC
Artigo | Luiz Claudio da Silva Costa
A Record e o futuro
das parceiras regionais
A Record está prestes a
completar 60 anos, e é
inevitável neste momento
relembrar as grandes
realizações da emissora mais
antiga do Brasil ainda em
atividade. Mas, se é hora de
orgulhar-se do passado, a
ocasião também se revela oportuna para que a emissora volte suas atenções para o
futuro. Futuro que está sendo
construído com a ajuda de
nossos parceiros da RIC,
que investe no Paraná e em
Santa Catarina. Um grupo de
emissoras que cobre o Sul do
país como ninguém.
Nos últimos anos, consolidamos
a vice-liderança em audiência e em
faturamento no país. A emissora,
antes restrita à capital paulista,
hoje se espalha por quase 100% do
território nacional. Atualmente,
a Record é uma das principais
produtoras de conteúdo da América
Latina e seu conteúdo chega a mais
de 150 países.
Administrar este patrimônio
conquistado ao longo dos anos
exige inovação e planejamento. Estamos mudando, com os olhos no
futuro. Nos empenhamos na busca
por melhores índices de audiência.
Queremos levar oportunidades
de negócio aos nossos parceiros
e anunciantes. E continuaremos a
ser uma das empresas de televisão
que mais geram emprego no Brasil.
Enfim, preparamos a Record para
a nova realidade da indústria de
comunicação no Brasil e no mundo.
Nossos planos futuros
estão combinados com esforços
concentrados em 2013 e 2014.
A primeira novela de Carlos
Lombardi na Record, “Pecado
Mortal”, já está sendo produzida. Em
setembro, tem início “O Aprendiz”,
com Roberto Justus no comando.
Em parceria com a Academia de
Filmes, vamos realizar a produção
da minissérie “Os Milagres de Jesus”.
Além disso, continuamos a
investir na atual programação
que está no ar, do jornalismo ao
entretenimento, lembrando que
a Record é a emissora que mais
tempo permanece ao vivo no ar: são 16 horas diariamente, das
quais outras seis horas são de
informação regional, produzidas
pelas emissoras da rede, como a
RIC Santa Catarina e a RIC Paraná,
nossas grandes parceiras.
Conteúdo regional também é
nossa especialidade. Falar para
a comunidade de forma especial
aproxima nosso público e traz
compromissos da Record com seus
parceiros regionais.
Por isso agradecemos o
comando de Mário Petrelli, que
colaborou de forma definitiva para
o fortalecimento da Record e da RIC,
e agora renovamos nossa parceria
em Santa Catarina com o comando
de Marcello Petrelli e no Paraná
com Leonardo Petrelli à frente das
emissoras que sempre trouxeram
muito sucesso para a nossa rede.
Para isso, continuaremos a fazer
uma tevê do jeito que o povo gosta,
com uma programação diversificada
e inteligente, que agrade aos
telespectadores de Norte a Sul deste
nosso grande Brasil.
Luiz Claudio da Silva Costa é
Presidente da Rede Record
www.ricmais.com.br | 
Gestão
O poder
das pessoas
 | Rumos da RIC
Com apoio de consultorias
especializadas, Grupo
aposta forte na capacitação
dos colaboradores
:: São 13 centros de produção de
conteúdo, 73 equipes de jornalistas,
11 emissoras de televisão, quase
800 horas de transmissão regional
por mês, jornal diário em Santa
Catarina, revista em nove cidades
catarinenses e paranaenses, rádios,
portais na internet, uma plataforma
completa voltada ao público jovem.
E 1,3 mil funcionários tocando essa
estrutura toda.
O quadro de colaboradores é peça
fundamental para fazer a engrenagem
rodar e – dentro da proposta de fazer
comunicação com padrão crescente de
qualidade – se desenvolver. Para isso, a
filosofia aplicada no Grupo RIC é a de
desenvolver cada vez mais o processo
de gestão e capacitação de pessoas.
As metas e programas variam
em cada estado, de acordo com
programação específica. No Paraná,
por exemplo, a meta até 2017 é ter
uma média de 20 horas de treinamento
por ano para cada funcionário e
ainda para este ano, implementar
um MBA in Company, voltado para
www.ricmais.com.br | 
Gestão
aprimorar a performance de seu corpo
gerencial. Santa Catarina, por sua vez,
investirá este ano R$ 3,1 milhões em
treinamento, comitês e palestras.
Tudo para se ter uma equipe
cada vez mais eficiente, satisfeita e
alinhada com os objetivos do grupo
– internamente, este trabalho faz
parte do projeto chamado RIC + 5,
voltado, como o nome diz, para os
próximos cinco anos. O trabalho inclui
a formatação das competências para as
variadas funções, o desenvolvimento
gerencial e o estabelecimento do
plano estratégico.
Duas consultorias especializadas
e com larga experiência no mercado
– Nortia e Support – auxiliam nesse
processo, que inclui programa
de coaching (orientação) técnico
para diretores e gerentes, além
de capacitação comportamental e
treinamentos específicos (para as
diversas áreas da empresa). Paralela
e complementarmente, há um
programa de bolsas de estudo para
os funcionários em instituições de
ensino terceirizadas e, desde 2013, a
Universidade Corporativa RIC oferece
uma série de cursos gratuitamente.
Para 2014, a meta é consolidar
outras duas frentes importantes:
a reestruturação do processo
de recrutamento e seleção e a
implementação do programa de
Participação nos Lucros e Resultados.
O objetivo é ter um time
motivado, em ambiente adequado,
em que todos atuem na mesma
direção e estejam comprometidos
com inovação, criatividade e ética.
O resultado é um só: produtos e
serviços afinados com a audiência e
com o mercado em que atuam.
 | Rumos da RIC
Universidade
Corporativa
“Formação tem
de ser contínua”
A Universidade Corporativa
é uma grande ferramenta de
desenvolvimento pessoal e
profissional, que permite aos
colaboradores suprir eventuais
carências por meio de um sistema
flexível e descentralizado (via
internet). O próprio funcionário
decide qual curso fazer entre os cerca
de 30 oferecidos trimestralmente. Um
determinado departamento também
pode solicitar treinamento específico
que julgue importante para sua
equipe. A lista de cursos inclui
desde aprimoramento no Excel ou
Powerpoint até práticas de marketing
de vendas e gestão econômica.
Mauro Mitio Yuki é diretor-geral da
Nortia, empresa de consultoria em
gestão que dá apoio ao Grupo RIC.
Com ampla experiência nos setores
de comunicação, petróleo, saúde e
educação, Yuki é categórico sobre
a necessidade de as empresas
investirem na capacitação dos
funcionários. “E não pode ser
uma formação tópica; tem de ser
contínua”, afirma.
A UC será ampliada e passará a
incluir um curso de graduação
em parceria com uma grande
instituição de ensino superior
– processo que está em fase de
finalização. As atividades, que
começaram pelo Paraná, estarão
em breve disponíveis para os
funcionários de Santa Catarina.
A gestão do conhecimento interno
nas corporações só ocorre por
meio da capacitação de pessoal.
“Capacitação, integrada a um plano
de carreira e ao desenvolvimento
baseado em metas, é o caminho”,
resume Yuki. ”Isso passa
necessariamente pelas pessoas e
como elas trabalham.”
As intensas mudanças na área
fazem da comunicação um setor
especial. “O ciclo de vida dos
negócios [em geral] hoje é muito
diferente do que há 20, 30 anos.”
O que dizem os gestores
“Queremos fazer cada vez mais com que a empresa
faça parte do projeto de vida de seus funcionários
e colaboradores. Somente assim teremos um grupo
com qualidade orgânica, sólida, porque baseada
em conceitos, não em modismos.”
Leonardo Petrelli Neto, Presidente do Grupo RIC Paraná
“A capacitação, integrada a um plano de carreira
e ao desenvolvimento baseado em metas, é o
caminho para a boa gestão do conhecimento.”
“Nossos colaboradores
são fundamentais
para nos reforçarmos
como um Grupo que
se comunica com
muita transparência
e trabalha firme para
o desenvolvimento
regional.”
Marcello Corrêa Petrelli,
Presidente do Grupo RIC
Santa Catarina
Mauro Mitio Yuki, Diretor Geral da Nortia,
consultoria que presta serviços para a RIC
“Excelência técnica é pré-requisito. Precisamos de profissionais
com visão multiplataforma, alto grau de humanismo,
comprometimento e criatividade, além de uma capacidade
apurada de perceber os anseios das comunidades onde atuam.”
José Nascimento, Diretor de Conteúdo do Grupo RIC PR
“Treinamento é
fundamental. Pode melhorar
100% a capacidade do
funcionário.”
Cristiane Caldeira, Gerente de
Recursos Humanos do Grupo RIC SC
“Estamos fazendo um
alinhamento de todo o
Grupo; todos estão voltados
aos mesmos objetivos.”
Jaqueline Pilatti, Coordenadora
de Recursos Humanos do Grupo RIC PR
www.ricmais.com.br | 
artigo | Walter Zagari
Exemplo
Quero iniciar esse depoimento
agradecendo pelo convite em
participar dessa publicação
histórica, o que me deixa
muito honrado e totalmente à
vontade para “rasgar” elogios
ao Grupo RIC.
Nessa trajetória de 25 anos,
percebo que o profissionalismo
e a determinação de todos os
seus colaboradores foram e
permanecem os fatores-chave de
todo o êxito alcançado pelo Grupo
ao logo de sua existência.
A vontade de fazer sempre
o melhor e a capacidade de se
adequar às exigências do mercado
fizeram e fazem da RIC um
exemplo de grupo empresarial
bem sucedido.
Parabéns Grupo RIC por
disseminar entretenimento
e informação com qualidade,
agilidade e credibilidade durante
 | Rumos da RIC
esses últimos 25 anos.
Parabéns, amigo Marcello,
nessa nova etapa profissional.
Tenho certeza que sob o teu
comando todo o legado construído
pelo fundador Márcio Petrelli
permanecerá por mais 25, 50, 100
e por tantos outros anos.
Muita sorte, muito ânimo e
muita garra! Estou seguro que com
a tua competência e determinação
você tirará de letra todos os
desafios que o mundo dos negócios
te “presentear”. A Record o parabeniza e deixa
aqui registrada a importância
da RIC para o conceito de Rede:
uma emissora sólida, estruturada
e sempre comprometida com a
verdade dos fatos.
Parabéns, Grupo ric!
Walter Zagari é Vice-Presidente
Comercial da Rede Record
Artigo | RAIMUNDO COLOMBO
Desafios e
oportunidades
A tecnologia mudou não
apenas o modo como nos
comunicamos, mas também a
forma de pensar, compreender
e interpretar a informação.
Isso significa que a imprensa
mundial ganhou ainda mais
relevância no seu papel
fundamental, que é o de levar a
informação da maneira mais
isenta e verídica possível
para a população.
Por muito tempo a
comunicação foi unilateral.
A internet horizontalizou a
comunicação e deu voz ao
cidadão. O desafio da mídia,
agora, é entender esse cenário
que se redesenha dia a dia, saber
filtrar a informação para evitar
que boatos ganhem contornos
de verdade, que interesses
corporativos suplantem as
demandas sociais.
Nesse sentido, a imprensa
precisa chegar mais próxima das
pessoas. O modelo tradicional de
comunicação mudou. Não basta
apenas enviar uma mensagem.
É preciso ter um retorno para
saber se ela foi compreendida.
Os noticiários não podem mais
ser construídos apenas a partir
da perspectiva da redação de
um jornal. O cidadão passou
da condição de consumidor a
usuário da informação. Temos
uma infinidade de meios de
 | Rumos da RIC
comunicação e terá mais
audiência quem produzir o
material mais qualificado.
A Comunicação Social vive
um momento especial. Estamos
em meio a uma avalanche
informativa e aqui reside uma
grande oportunidade para todos
os veículos de comunicação.
Usar o conhecimento coletivo
e a troca de saberes para a
reestruturação do tecido social
muitas vezes anestesiado por
desigualdades históricas.
A liberdade de expressão
precisa ser respeitada, pois é só a
partir da manifestação de ideias,
pensamentos e opiniões, com ética
e responsabilidade, que jogaremos
luz sobre as prioridades reais na
vida das pessoas.
Costumo dizer que o maior
bem de uma pessoa ou de uma
empresa é a sua credibilidade. É
isso é o que move nossas escolhas.
Quem transmite informação, cria
percepções, influencia a opinião
pública, tem o dever de agir com
ética e responsabilidade. Só assim
conseguirá construir vínculos
com os usuários de suas mídias. Parabéns para o Grupo RIC
pelos 25 anos de atuação com
seriedade e responsabilidade na
comunicação catarinense.
Raimundo Colombo é
Governador de Santa Catarina
ARTIGO | José Carlos de Salles Gomes Neto
A importância
dos mercados
regionais
Acredito que nosso país irá
crescer. Em cinco anos, seremos
maiores e melhores do que
somos hoje. Daqui a dez anos
seremos maiores e melhores do
que nos próximos cinco.
Acredito que o Brasil
achou seu caminho rumo a um
desenvolvimento sustentável,
independentemente dos momentos
de incerteza e até de indicadores não
muito animadores que possamos
experimentar ao longo do percurso.
Como todos sabemos, esse
crescimento e desenvolvimento
terá como locomotivas não mais os
eixos historicamente tradicionais,
mas os inúmeros e produtivos novos
polos de expansão da economia
que surgiram nas últimas duas
décadas. Estou falando obviamente
dos centros regionais, mercados que
hoje passam a ser responsáveis pela
abertura de novas possibilidades
de negócios não só para si mesmos,
como para todo o Brasil.
Nossa economia se regiona­
liza na medida em que também a
profissionalização nesses mercados
regionais se espalha, se aprofunda e
se consolida.
Isso tem sido verdadeiro
para a economia, mas igualmente
verdadeiro para a indústria da
Comunicação e Marketing, da
qual fazemos parte. Tem sido
gratificante para nós, do Grupo
Meio & Mensagem, acompanhar
editorialmente esse estimulante
fenômeno, do qual, através de nossas
 | Rumos da RIC
parcerias regionais Brasil afora,
acreditamos humildemente também
fazer parte.
Entre os motores privilegiados
dessa aceleração estão os grandes
grupos de comunicação das
principais regiões geográficas do
País. E na Região Sul, obviamente,
merece destaque a atuação do
Grupo RIC.
Tenho o privilégio de estar
neste nosso setor de negócios como
empresário há praticamente 37 anos.
Acompanhei, portanto, o indiscutível
papel exercido pelo Grupo RIC para o
desenvolvimento da nossa indústria
em toda a região. Nesta ocasião
tão especial, não poderia perder a
oportunidade de fazer esse registro
que, mais do que justo, é histórico.
Para finalizar, deixo aqui a
esperança e expectativa de que
esse crescimento e toda essa
regionalização se concretizem,
acompanhadas por um trabalho
cada vez mais acurado e apurado de
marketing e comunicação dos grupos
protagonistas das mudanças em
curso. Vejo nesses mercados, agora
mais do que nunca, a vocação para se
expandirem e que o façam de forma
ainda mais ousada e ativa do que
vêm fazendo, não deixando assim
dúvidas para todo o Brasil do papel
que têm hoje e terão no futuro do
inevitável crescimento do nosso país.
José Carlos de Salles Gomes Neto
é Presidente do
Grupo Meio & Mensagem
Mercado de Comunicação
O peso do
regional
Mais que meras empresas,
grupos regionais de
comunicação catalisam a
conquista da cidadania e
sedimentam a identidade
das comunidades
:: O mundo está cada vez mais ágil e
dinâmico. A “conversa” não é de agora
– ganhou força no Brasil a partir da
década de 1990, quando a globalização
começou a se consolidar por aqui. Mas é
 | Rumos da RIC
fato: a um clique no
computador ou no controle
da tevê, você tem acesso a
informações de qualquer parte do
mundo. Suprimiram-se as fronteiras,
minimizaram-se as distâncias.
Mas como se portar diante de
tanta informação massificada? Como
se fazer reconhecer neste turbilhão?
Surge uma necessidade latente
de saber da minha vila, da minha
vizinhança, da minha gente. Em um
mundo em que todos são iguais,
“identidade” se torna quase uma
palavra de ordem. É neste contexto –
e para preencher esta lacuna – que se
estabelecem os veículos regionais
de comunicação.
“O ser humano precisa se sentir
pertencente a determinada localidade,
precisa ter identidade. A comunicação
regional cumpre este papel. Neste
ponto, o indivíduo deixa de ser
mero consumidor de informação
massificada e se torna cidadão”,
explica a doutora Luzia Sue Yamashita
Deliberador, professora da pósgraduação em Comunicação Popular e
Comunitária da Universidade Estadual
de Londrina (UEL).
Entretanto, não é porque
um grupo de comunicação está
fisicamente em determinada região
que, automaticamente, ele passa a
representá-la. Para falar de igual para
igual com sua comunidade, os veículos
precisam se aproximar de sua gente,
social e culturalmente. É preciso
que os grupos estejam imersos na
identidade, no DNA daquele povo. Que
conheçam como a palma de mão os
anseios, as características e a história
da localidade. Este é o primeiro – e o
maior – desafio.
“Os grupos de comunicação devem
esquecer as fronteiras geográficas
e pensar em termos de regiões
socioculturais. Não são as fronteiras
que definem uma comunidade, mas
uma série de relações sociais, históricas
e culturais”, lembra o professor José
Marques de Melo, livre-docente em
comunicação pela Universidade de São
Paulo (USP) e coordenador da Cátedra
Unesco de Comunicação.
Para Marques de Melo, apesar
do vasto espaço a ser galgado, há
bons exemplos de grupos regionais
que conseguiram se aproximar
de suas comunidades e passaram
a representá-las muito bem. No
Brasil, os melhores resultados foram
alcançados na região Norte e no Sul –
incluindo, claro,
Paraná e Santa Catarina. Quem ganha
é a própria região.
Na RIC o regionalismo estava
presente desde a origem: há mais de
25 anos o grupo foi pioneiro com as
seis horas de programação local em SC
e outras tantas no Paraná. Hoje, a RIC
é o grupo que mais produz conteúdo
regional no país.
Na Rede Record, por sua vez, o
início do processo de regionalização
está para completar uma década. Em
2004, a rede criou uma estrutura
administrativa para descentralizar
a produção de conteúdo e, assim,
inserir-se de forma mais efetiva no
dia-a-dia das microrregiões. A linha
mestra da Record casou com perfeição
à política do Grupo RIC, que, neste
contexto, se consolidou. No Paraná e
em Santa Catarina, são quase
800 horas de programação regional
(veja infografia).
Cidadão como fonte
Os veículos regionais de comunicação
são um dos principais canais por meio
dos quais a comunidade conquista
sua voz. Ao incitar a participação
www.ricmais.com.br | 
Mercado de Comunicação
popular, os grupos despertam o
indivíduo para a cidadania. Sentindose pertencente àquela localidade, o
cidadão passa a querer melhorá-la. Aí,
ele cobra, reivindica, denuncia, participa.
A professora Luzia Deliberador observa
que os grupos regionais já descobriram
o cidadão como fonte de informação.
Isso evidencia a importância crescente
de programas como o Balanço Geral
ou o Jornal do Meio Dia, voltados a
ouvir a comunidade, não só apontando
problemas, mas sugerindo e
cobrando soluções.
“O cidadão não só se sente
representado como vê nesta interação
uma forma de melhorar o local onde
mora. Ele manda um e-mail, a tevê
faz a matéria e repara-se um erro da
administração pública, por exemplo.
Ele não fica esperando o poder público
resolver”, avalia a professora.
Mas é preciso ir além. O cidadão
deve ser o foco sempre e os veículos
precisam estimular o diálogo com a
comunidade, ampliando a interatividade
e a interação. Os grupos que fecharem os
olhos e ouvidos ao cidadão estão fadados
ao distanciamento e, por conseguinte,
ao fracasso. “Acabou a era do eu falo e
todos ouvem. Agora, a comunicação é de
muitos para muitos, numa linha de ação
horizontal e em via de mão dupla”, resume
o professor Clóvis Reis, da Universidade
de Blumenau, doutor em Comunicação
e pesquisador de Mídia e
Comunicação Regional.
Grande exemplo disso é a força que
as mídias sociais adquiriram para a
comunicação local, principalmente nos
últimos anos. Hoje, os veículos não podem
fechar os olhos a elas: ao contrário, devem
ficar atentos aos computadores. Quantas
pautas não surgem a partir de blogs,
Twitter ou Facebook? “As redes sociais são
um fenômeno importante de interação.
Têm um poder catalisador. Os veículos
precisam aprender a usar isso para se
aproximar cada vez mais da comunidade
e conversar com ela”, sugere Luzia.
Para facilitar esse processo, o
professor José Marques de Melo sugere
que os grupos regionais de comunicação
 | Rumos da RIC
espelho da comunidade
Quando o Grupo RIC nasceu
– no fim dos anos 1980 –, a
regionalização da comunicação
ainda não estava no centro
das discussões. Mesmo assim,
a empresa já posicionava seus
microfones de modo a dar voz
à comunidade. Hoje, o alcance
se multiplicou, mas o cidadão
continua soberano. As ações
regionais sempre são pautadas
em sintonia com sua rede
nacional, a Record.
“O objetivo dessa
regionalização é chegar-se
a um produto produzido da
região para a própria região”,
diz o diretor comercial da Rede
Record, Orlando Xavier (foto).
“Este é o diferencial.”
Dessa forma, cada programa
é pensado de acordo com
as características daquela
localidade. Nos jornalísticos,
o cidadão é convidado
a participar ativamente,
chegando-se a soluções
rápidas. Nos programas de
variedades, a comunidade
também se vê na tevê, em
seus aspectos mais positivos:
nas receitas gastronômicas,
nos detalhes da moda, nos
eventos sociais, nas matérias
de comportamento. “Em todos
os programas, mantemos um
diálogo aberto com o cidadão,
sempre com a mesma força”,
menciona Xavier.
Campanhas
Além da programação de seus
veículos de comunicação, os
grupos ligados à Record têm
mais uma fonte de proximidade
com o cidadão: a realização de
eventos regionais.
Xavier explica que, assim como
os programas, os eventos são
desenvolvidos a partir das
características socioculturais
de cada localidade. Por causa
disso, passam a ser assimilados
pela comunidade e entram
no calendário local. “A gente
precisa ressaltar o que a região
tem de melhor”, resume.
Os eventos não precisam ser,
necessariamente, festivos. No
Paraná e em Santa Catarina,
por exemplo, se destaca
a Campanha do Agasalho
Aqueça uma Comunidade,
ação de cidadania promovida
anualmente. Na última edição,
quase dois milhões de peças
foram arrecadadas e doadas a
quem sentia frio.
Em resumo: aproximação,
participação e cidadania.
“Em todos os
programas, mantemos
um diálogo aberto com
o cidadão, sempre com
a mesma força.”
Orlando Xavier,
Diretor Comercial da Rede Record
O MELHOR PARA QUEM VIVE A CIDADE
Mercado de Comunicação
trabalhem cada um de seus veículos de
forma integrada. Aqui, a ideia de “Torre de
Babel” não tem vez. O ideal é que jornal,
revista, rádio, tevê e portal de internet
falem a mesma língua e que, sobretudo,
estejam focados na regionalização. “Não
adianta um jornal de determinado grupo
atuar regionalmente, se os outros veículos
continuarem produzindo conteúdo
massivo. Esta é uma armadilha a que os
grupos devem fugir”, ressalta o professor.
Aposta na qualidade
Um dos grandes desafios que se
impõem aos grupos regionais de
comunicação é escapar das mazelas
econômicas. Afinal, como sobreviver na
disputa com os grandes conglomerados
nacionais e mundiais de produção
de conteúdo? Como brigar por
anunciantes? Os especialistas dão
pistas: é preciso apostar na qualidade
da produção regional. Com um bom
“produto”, os grupos regionais vão atrair
não só o público, mas os anunciantes.
“Há demanda por comunicação
regional. O grande desafio é a viabilização
de um modelo de negócio que ofereça
este tipo de serviço ao cidadão e seja
atraente economicamente”, pontua Clóvis
Reis. Neste aspecto, a independência é
fundamental. A ex-presidente da Intercom
(Sociedade Brasileira de Estudos
Interdisciplinares da Comunicação)
Cecília Peruzzo aponta que é preciso
fugir de vínculos criados por base em
interesses políticos-partidários, que
podem, segundo ela, causar distorções
na informação.
Perspectivas
Apesar dos desafios, as perspectivas que
se apresentam são encorajadoras: ainda
há muito a se explorar neste campo que
viceja cada vez mais. Os grupos regionais
devem – e tendem – a crescer muito nos
próximos anos, consolidando as posições
conquistadas. “A oportunidade de fazer
tudo regionalmente é o que vai diferenciar
os grupos dos veículos de mídia nacional.
Aí está o espaço para o crescimento. Vejo
que, em Santa Catarina, por exemplo, há
avanços nesta direção, embora exista um
longo caminho a ser percorrido”, conclui o
professor Clóvis Reis.
 | Rumos da RIC
um complementa o outro
A regionalização da comunicação
está tão sedimentada e consolidada que nem mesmo marcas
de peso e multinacionais podem
ignorar este fenômeno. Para o
diretor da Associação
Brasileira de Anunciantes
(ABA) e diretor de mídia da
Reckitt & Benckiser, Ricardo
Monteiro (foto), os grupos regionais de comunicação têm um
papel determinante na estratégia
de marketing e divulgação das
grandes empresas: garantir que
determinada marca consiga se
aproximar de sua comunidade.
Como os anunciantes
lidam e trabalham com
a comunicação regional?
R.M.: O anunciante que trabalha
no país inteiro vai sempre olhar
o nacional em primeiro lugar
e, em seguida, o regional. O
nacional visa a construção e o
fortalecimento de uma marca. O
papel do regional é traduzir este
trabalho consolidado nacionalmente para um universo local.
O trabalho regional adapta a
linguagem, de acordo com as
características daquela comunidade, de modo que o local vai
entender a mensagem. Nacional
e regional andam juntos. Um
não funciona sem o outro.
Como decidir em que grupo ou
em que veículo anunciar?
R.M.: O nosso país é tão grande em
extensão geográfica
e com várias culturas distintas, que
os detalhes de cada
local tornam impossível
que algum grande anunciante, que
trabalhe em nível nacional, pense
em uma estratégia unicamente
nacional. A gente [os grandes
anunciantes] tem que entender as
diferenças de cara região e, com
isso, descobrir qual mídia ou grupo
é mais forte ou eficiente para a
gente se comunicar.
Neste contexto, qual a
importância dos grupos
regionais de comunicação?
R.M.: Os grupos locais
conhecem muito bem
o comportamento das
pessoas da região em que
eles atuam. Ninguém conhece
a comunidade melhor que
esses grupos regionais
de comunicação.
O que precisa é que esses
grupos tenham a capacidade
de transferir para nós, anunciantes, essa proximidade que eles
têm com a comunidade.
Ou seja, além de serem
plenamente conectados com
sua região, os grupos de comunicação regionais precisam
mostrar aos anunciantes por
que seria interessante vincular a
marca a este grupo de comunicação e por que os anunciantes
devem usar este grupo para sua
divulgação.
“O papel do regional traduz
o trabalho consolidado
nacionalmente para o local”
Ricardo Monteiro,
Diretor da Associação Brasileira de Anunciantes (ABA)
EDITORA DE REVISTAS
31 | Rumos da RIC
Mercado de Comunicação
grupo ric
11
16,8
emissoras de TV
milhões é a população
dos dois estados da área
de abrangência da RIC
No Paraná
Maringá Londrina
Cascavel
Curitiba
10,5
Rádio Jovem Pan
milhões é a população do PR
194
4
emissoras de TV
265
municípios cobertos
municípios
860
mil ouvintes
Maior rede FM,
6
com três emissoras
347 horas
1
centros de produção
de programação regional por mês
10
títulos de revista
1
portal
plataforma jovem
 | Rumos da RIC
532
12
municípios cobertos
centros de produção
Joinville
Chapecó Xanxerê
Blumenau Itajaí
Florianópolis
Em Santa
Catarina
6,3
milhões é a população de SC
13
títulos de revistas
7
2
267
Rádio Record
portais
emissoras de TV
municípios cobertos
6
centros de produção
420 horas
de programação regional por mês
2
Jornais
23
municípios
1 milhão
de pessoas alcançadas
1
plataforma jovem
Fonte: RIC
www.ricmais.com.br | 
novas tecnologias
Conteúdo em
todos os lugares
Ritmo intenso de
evolução tecnológica
demanda investimento e,
principalmente, atenção
com o público
:: A comunicação sempre dependeu da
tecnologia para atingir o seu público.
Nos últimos anos, essa interação passou
a demandar mais esforço e investimento
em períodos cada vez mais curtos,
sobretudo para empresas voltadas à
produção de informação. Não se trata
somente de adaptar o conteúdo aos
 | Rumos da RIC
novos tipos de formato, mas estar
preparado para as novas exigências
tecnológicas, como as redes digitais,
a internet móvel 4G, a informação em
nuvem, a análise e segurança de dados.
Para as empresas, o impacto das
novas tecnologias acontece em, pelo
menos, três áreas: adaptação estrutural,
produção de notícias para os novos
formatos e a interação com o público,
sobretudo após a popularização das
redes sociais. “A primeira adaptação
deve ser voltada aos equipamentos
móveis, especialmente os smartphones.
Isso significa que as notícias precisam
se adaptar tanto em layout quanto em
linguagem”, diz Eduardo Fagundes, vicepresidente da Associação de Usuários de
Informática e Telecomunicações de São
Paulo (Sucesu-SP) e autor do livro Como
Ingressar nos Negócios Digitais,
publicado em parceria com o Sebrae.
De acordo com o instituto IDC
(especializado em dados sobre o setor
de eletrônicos), em 2013, devem
ser vendidos 5,4 milhões de tablets,
enquanto, em 2012, foram vendidos
aproximadamente 3 milhões desses
dispositivos. Da mesma forma, os
smartphones estão se popularizando
e 26 milhões de aparelhos devem ser
vendidos no Brasil em 2016.
Com o intuito de se preparar para
esse público, os gastos das companhias
brasileiras com TI devem atingir cerca
de R$ 70 bilhões, de acordo com as
“A criatividade
regional, transformou
o Grupo RIC, quando
olhamos para as
pessoas e o que elas
fazem de melhor.
Assim, produzimos
conteúdo de qualidade
para as pessoas e
transformamos estas
pessoas em audiência
que entregamos aos
anunciantes.”
Reynaldo Ramos,
Diretor Comercial da RIC SC
projeções da consultoria IT Data – em
2012, os gastos foram na ordem de R$
63 bilhões. Conforme o Instituto Gartner,
os investimentos mais intensos devem
ocorrer para se adaptar a essa realidade,
especialmente com melhorias estruturais
que vão desde rearranjos físicos aos
equipamentos. Outra estimativa do
instituto é que uma das áreas com
possibilidade de receber recursos seja a
análise de redes sociais e conteúdo.
Apesar da evolução rápida nesse
cenário, a consultora de negócios
online Fernanda Musardo entende
que, antes de investir e se adaptar às
novas tecnologias, as empresas devem
avaliar criteriosamente a necessidade
da mudança. Além disso, é preciso
ter em mente o planejamento futuro
para evitar gastos desnecessários. “A
empresa deve fazer avaliação de custobenefício e estipular metas e objetivos
mensuráveis”, explica Fernanda. “Uma
alternativa adotada é experimentar
soluções por breves períodos para
compreender as mudanças”, diz.
O gerente de projetos e expansão do
Grupo RIC PR, Carlos Roberto Effting,
avalia que o modelo de negócios está
em transformação, sem uma fórmula de
sucesso definida. “Ainda são incipientes
a implantação e o uso de tecnologia
digital nas emissoras de televisão.
Temos assistido a uma crescente
busca por disponibilizar conteúdo
em qualquer lugar, com informação
“Com os produtos
online, atraímos novos
públicos e ampliamos
a participação de
quem já é cativo da
tevê ou dos jornais.”
Alexandre Gonçalves,
Gerente de Produtos de
Internet do Grupo RIC SC
www.ricmais.com.br | 
novas tecnologias
“A grande missão
desta revolução é
colocar no mesmo
caminho todas as
plataformas para
que possam alinhar
num único trilho:
o compartilhamento
e a convergência.”
Paulo Hoeller,
Diretor Operacional da RIC SC
armazenada em qualquer lugar do
plano, naquilo que se convencionou
chamar de nuvem”, afirma. Nesse
sentido, a segurança dos dados dos
usuários será uma preocupação – e
demandará investimentos.
Valendo-se de uma análise
criteriosa, os empresários precisam
prestar atenção à movimentação do
mercado. “Para perceber as novas
demandas, deve-se estudar sempre e
estar atento às tendências, como estão
tomando forma e quais os resultados
atingidos por elas”, afirma Fernanda,
que também é especialista em Redes
Sociais e Inovação pelo Centro de
 | Rumos da RIC
Inovação e Criatividade da Escola
Superior de Propaganda e Marketing.
De maneira geral, as emissoras de
televisão estão tendo que passar pelo
processo de digitalização. “A RICTV
Record tem buscado agir em várias
frentes, modernizando sua estrutura
e criando novas frentes de atuação”,
afirma Effting. Rafael Alexandre Mafra,
gerente de engenharia online e TI do
Grupo RIC SC, complementa, lembrando
que o grupo trabalha agora fortemente
para levar a digitalização também
para as cidades menores, na área de
abrangência do Grupo RIC.
Para estar sempre alinhado com as
tecnologias mais avançadas, profissionais
do Grupo participam das feiras do setor,
que apontam as novas tendências para
o mercado, além de gerar conhecimento
e boa rede de relacionamento com
profissionais da área.
Convergência
As novas tecnologias estão sendo
somadas para atingir todo o tipo
de público. “A grande missão desta
revolução é colocar no mesmo
caminho todas as plataformas para
que possam alinhar num único
trilho: o compartilhamento e a
convergência”, explica Paulo Hoeller,
Diretor Operacional da RIC SC. “São
três gerações que participam desta
revolução: Aqueles que já nascem
com o Ipad no berço; aqueles que
estão entre o tradicional e o novo; e
aqueles que com vida longa, idosos,
tem sede de aprender. Esse potencial
de consumo é um quebra cabeças que
“Trabalhamos
sempre para dar
base à inovação. A
pesquisa de novas
tecnologias precisa ser
permanente, tanto as
que possam melhorar
os nossos produtos
quanto as que possam
concorrer com eles”
Rafael Alexandre Mafra,
Gerente de Engenharia e TI
do Grupo RIC SC
a tecnologia e os veículos
trabalham para conquistar e
reconquistar”, conclui.
Para o Diretor Comercial da RIC
SC, Reynaldo Ramos, “a criatividade
regional, transformou o Grupo RIC,
quando olhamos para as pessoas e
o que elas fazem de melhor. Assim,
produzimos conteúdo de qualidade
para as pessoas e transformamos
estas pessoas em audiência que
entregamos aos anunciantes.” A RIC SC
tem um alcance e cobertura diária de
aproximadamente de 4.7 milhões de
catarinenses. “Isso ocorre através da
convergência de nossos veículos, que
atraem os leitores de jornais e revistas,
telespectadores da Rede Record e
Record News, ouvintes e o mais na
moda: os internautas”, finaliza Reynado.
Qualidade do conteúdo
Em termos de conteúdo, o desafio
das empresas de comunicação é
estar presente no maior número
de “telas” possível – televisão,
computador, tablets e smartphones
– tendo consciência de seu tamanho
e características específicas do
meio digital. “Estamos estudando,
por exemplo, parcerias para
trabalhar a questão da segunda tela
[smartphones e tablets] e aumentar
cada vez mais a interatividade
nos nossos produtos”, diz Rafael
Alexandre Mafra, gerente de
engenharia online e TI do
Grupo RIC SC.
Manter a qualidade do jornalismo
produzido com o aumento da
interação com o público é um desafio
constante. “Trabalhamos muito com a
colaboração, especialmente via redes
sociais. Mas, em momento algum, a
mediação pode se perder. Nós temos a
função, em primeiro lugar, de verificar
a veracidade e, em seguida, dar
sentido à informação, contextualizála”, explica o gerente de conteúdo
online do Grupo RIC PR, Luiz Andrioli.
Na avaliação de Fagundes, da
Sucesu/SP, o investimento em área de
Big Data (lidar com grande volume
de informações, mesmo que os dados
não estejam estruturados) deve estar
no radar das empresas. “Com essa
tecnologia, é possível até mesmo
prever acontecimentos. Essa solução
em ambiente cloud computing
pode reduzir, significativamente, os
investimentos das empresas”, explica.
www.ricmais.com.br | 
Sucessão
Transição com
resultados
Qualificação e
compromisso garantem
eficácia em processos
sucessórios de
empresariais familiares
:: No momento de pensar na
perenidade de uma empresa de
comunicação, qualquer erro no
processo de escolha de quem irá
suceder o fundador na gestão dos
negócios pode custar caro. Elismar
Álvares, professora da Fundação Dom
Cabral (um dos principais centros
de formação de gestores, com sede
em Minas Gerais) e especialista em
governança corporativa de empresas
familiares, explica que, de cada cem
 | Rumos da RIC
empresas familiares, apenas 35
sobrevivem à transição da primeira
para a segunda geração no Brasil.
Destas, não mais que cinco chegam à
terceira geração. “Desenvolver uma
identidade com a empresa é muito
importante para os líderes dentro
do processo sucessório, mas ter
experiências em outras empresas
também é fundamental”, afirma.
Pesquisas feitas no Brasil
apontam que 81% dos fundadores
gostariam que o controle
administrativo de suas empresas
fosse transferido aos filhos. Contudo,
a professora Elismar alerta que
gestão corporativa no país está
avançando para além da fase em
que bastava ter o sobrenome do
fundador para garantir um cargo de
comando. No caso das empresas do
ramo de comunicação, à medida que
a competição fica mais acirrada e os
negócios vão crescendo em volume
e abrangência, elas percebem uma
consciência de que são necessárias
qualificações específicas para que
os familiares possam assumir a
liderança dos negócios.
“As corporações familiares no Brasil,
em especial os grupos da área de
mídia e comunicação, hoje procuram
garantir que apenas pessoas
qualificadas da família estejam
próximas ou dentro do negócio”,
afirma a professora da FDC.
Sucessão familiar feita com
critério ajuda a driblar riscos
administrativos que podem causar
danos – como uma redução da
lucratividade ou do market share.
Segundo a professora Elismar,
famílias que mantêm relações
harmoniosas entre seus membros,
coesão e alinhamento de objetivos,
chegam com mais facilidade a
consensos durante a transição. “Sem
essa harmonia, as famílias vivem
em guerra e costumam não entrar
em acordo para a definição dos
sucessores”, destaca a professora.
Portanto, um bom planejamento
é fundamental na gestão de uma
sucessão familiar. Nesta etapa,
é preciso considerar fatores
relacionados também aos sucedidos,
pois se eles não tiverem a motivação
e a predisposição para trabalhar
questões pessoais e profissionais
com a família, provavelmente não
conseguirão fazer a transição para
as gerações seguintes. A professora
da Fundação Dom Cabral explica que
a maior dificuldade do sucedido é
aprender a delegar poder e sair de
cena no momento oportuno, para
que possa acompanhar o processo
de transição. “Se não tiver sucessores
prontos, competentes, motivados e
preparados, certamente a sucessão
não será com a família e sim com
profissionais de fora”, observa.
Segundo os especialistas, a sucessão
deve ser pensada com 20 ou 30 anos
de antecedência. “Quanto mais cedo
melhor. E tem que ser muito bem
planejada, não pode ser improvisada”,
destaca Elismar, que recomenda
aos integrantes das famílias que se
preparem desde cedo caso pretendam
se candidatar à direção das empresas.
Para ela, na hora de definir o nome
do sucessor é fundamental levar em
consideração dois fatores: competência
e compromisso. “Só ser competente
não basta, estar firmemente
compromissado com o destino da
empresa é importantíssimo”, conclui.
“Só ser competente
não basta, estar
firmemente
compromissado
com o destino
da empresa é
importantíssimo.”
Elismar Álvares, Especialista
em Governança Corporativa
de Empresas Familiares da
Fundação Dom Cabral
www.ricmais.com.br | 
história
Construção
da rede
 | Rumos da RIC
Da compra da
primeira rádio até
a estrutura atual,
veja como o Grupo
RIC se desenvolveu
:: Pelas mãos de Mário Petrelli, o
Grupo RIC começou a ser construído
em 1975, quando o bem-sucedido
executivo de seguros enveredou firme
e forte pelo setor de Comunicação
adquirindo duas rádios (em Curitiba
e Joinville). Desde então, os negócios
evoluíram constantemente no Paraná
e Santa Catarina, e a RIC se tornou o
que é hoje: o segundo maior grupo de
comunicação regional do Brasil.
O processo não ocorreu sem
dificuldades, como a cassação nacional
da TV Tupi em 1980, que obrigou o
grupo a encarar oito meses com 100%
de produção própria em Florianópolis.
Mas Petrelli seguiu estruturando
a rede, que incluiu em épocas
diferentes retransmissoras da Globo,
SBT e Bandeirantes, além da Tupi.
A unificação sob a bandeira Record
ocorreu em 2007. Petrelli foi,
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história
Inauguração da
primeira tevê
do município
de Chapecó, em
abril de 1982,
com a presença
do Ministro das
Comunicações em
exercício, Rômulo
Vilar Furtado,
Governador Jorge
Konder Bornhausen
e Mário Petrelli
(ambos de costas)
“Na inauguração
da TV Chapecó, em
1982, houve a maior
revoada de aviãozinho
executivo da história
da cidade.”
inclusive, um importante artífice da
expansão nacional da Record para
além do eixo Rio-São Paulo-Minas
Gerais. Ele costurou a entrada de
grupos do Paraná, Santa Catarina, Rio
Grande do Sul, Rio Grande do Norte,
Bahia e Espírito Santo, contribuindo
significativamente para consolidação
da segunda principal rede
televisiva do país.
“Fui ao Demerval Gonçalves, um
grande amigo que tocava a Record na
época, e disse ‘tenho uma solução para
vocês’”, conta. “Nós trouxemos para a
Record 14 estações naquele momento.
Aí começa a grande expansão da rede,
que é fruto da cassação da Manchete
[em 1999]. Tenho orgulho disso.”
Evolução
Após a entrada nas rádios em 1975,
Petrelli voltou-se principalmente à
 | Rumos da RIC
televisão. A primeira oportunidade
surgiu em Santa Catarina, com uma
concessão obtida em Chapecó – a
TV Cultura, retransmissora da Tupi,
em 1976. O sinal entrou no ar em
1982, com o SBT, já que a Tupi saíra
do ar enquanto a Cultura estava
sendo estruturada. Petrelli começava
seu projeto televisivo reforçando a
filosofia de promover a divulgação de
informação regional – o grande carrochefe do Grupo RIC.
Não demorou para aparecer outra
boa oportunidade no estado, que tinha
na época três televisões: Globo
(TV Coligadas, em Blumenau), Tupi
(TV Cultura, de Florianópolis)
e Bandeirantes (TV Eldorado,
em Criciúma).
Os sócios da Coligadas se
desentenderam; Petrelli uniu
um time de sócios e comprou a
Mário Petrelli
(direita) com
Amador Aguiar
(esquerda),
Presidente do
Grupo Bradesco
e do Top Club,
em visita a Santa
Catarina, na cidade
de Joinville, na
inauguração da
Rádio Floresta
Negra, em 1976, a
primeira do Grupo
RIC em Santa
Catarina
televisão. Entre eles estava João Saad,
fundador do grupo Bandeirantes. A
negociação incluiu ainda o Jornal de
Santa Catarina, do mesmo grupo da
Coligadas. A rádio Diário da Manhã, de
Florianópolis, logo seria agregada às
empresas de comunicação de Petrelli.
O bloco catarinense seria ampliado
com a concessão da TV Barriga Verde
(Bandeirantes), em Florianópolis,
além de participações na TV Planalto
em Lages. Estava montado o Sistema
Catarinense de Comunicação.
No meio dessa grande estruturação
empresarial, o governo cassou a
Tupi, que saiu do ar no Brasil inteiro.
As televisões de Petrelli tinham na
época cerca de 400 funcionários.
As transmissões foram garantidas
com produção local e interna por
longos e custosos oito meses. O baque
financeiro foi grande.
Nacionalmente, o fim da Tupi abriu
espaço para o surgimento do SBT
(1981) e da Manchete (1983).
Com a concessão obtida seis anos
antes, a TV Chapecó entrou no ar
em 1982, retransmitindo o recémcriado SBT. Petrelli investiu cerca
de um milhão de dólares (valores
da época) em moderníssimos
equipamentos comprados nos Estados
Unidos. Convidado para a festa de
inauguração, o amigo e concorrente
Nelson Sirotski (do grupo RBS) se
espantou com a modernidade da nova
estação do interior, conta Mário: “Ele
me chamou de maluco”.
“Tudo que eu conto
da história de
formação do grupo
tem documento; não
falo sem documento.
E tem arquivo.”
Positivo
No Paraná, a entrada dos Petrelli no
setor de televisões teve início por
Cornélio Procópio, a 400 quilômetros
da capital. A imensa rede de
www.ricmais.com.br | 
história
“Nós trouxemos para
a Record 14 estações
naquele momento.
Daí começa a grande
expansão da rede,
que é fruto da
cassação da Manchete
[em 1999].”
 | Rumos da RIC
relacionamento de Mário foi mais
uma vez importante no processo.
Oriovisto Guimarães, fundador do
Grupo Positivo (educação, gráfica e
informática) adquirira uma concessão
na cidade. Mário fez a ponte entre
Oriovisto e o amigo Adolph Bloch – e
a TV Vanguarda passou a retransmitir
a programação da Manchete, que até
então não chegava ao Paraná. Tempos
depois, Mário comprou a tevê de
Oriovisto, que decidira sair de uma
área que não era sua especialidade.
Enquanto isso, em Santa
Catarina, Petrelli entra com o SBT em
Florianópolis (TV Estado).
Outra aquisição no Paraná seria
a TV Independência de Curitiba, que
se somaria à Rádio Independência, já
em operação. Formava-se, em 1987, a
Rede Independência de Comunicação.
As emissoras do Paraná e de Santa
Catarina começaram, então, a ser
geridas de forma coordenada.
Bandeira Record
Com a falência da Manchete em
1999, a TV Independência passou
a retransmitir o sinal da Record. A
histórica rede criada em 1953 havia
sido comprada pelo empresário e
pastor Edir Macedo no fim dos anos
80 e voltava a ser relevante após um
período de dificuldades que vinha
desde fins dos anos 1970.
Veiculando então duas bandeiras
(SBT e Record), Leonardo e Marcello,
já então os executivos responsáveis
pelas tevês do Grupo RIC, começaram
a pensar em unificar o sinal das
geradoras, com propensão maior à
revigorada Record. Mário comunicou
O gene da comunicação
O gene da comunicação se revelou na família
Petrelli muito antes das rádios adquiridas em
1975. No final do século 19, Joseph Petrelli,
um tio distante de Mário, foi editor-chefe do
Corriere di Napoli, na época o segundo jornal
mais importante da Itália.
Estava no sangue. Armando Petrelli, irmão
médico, dirigiu o combativo jornal A Tarde, de
Curitiba, em 1929, comprado pelo pai.
A experiência durou pouco, mas foi logo
seguida pelo Correio do Paraná, que durante
quatro anos agitou a região de Londrina, para
onde o doutor se mudara.
“Sempre houve comunicação na história
da família”, conta Mário, agora presidente
emérito do Grupo RIC, que tratou de engrossar
substancialmente a história da família no setor.
essa possibilidade ao SBT. A partir
de 2007 a RICTV Record ganha sua
configuração atual do sinal.
Idas e vindas
Como quase todo trabalho de
estruturação de grandes grupos, o
processo de formação do Grupo RIC
iniciado em 1975 incluiu aquisições,
sociedades, algumas empresas foram
vendidas, repassadas a sócios, em
movimentos que viabilizaram o
melhor desenho de um grupo de
comunicação saudável e preparado
para os desafios de mercado.
O resultado se vê hoje, com as
11 emissoras de televisão no Paraná
e Santa Catarina, as rádios, o portal
de notícias, a plataforma jovem
multimídia, o jornal e as revistas.
“Fiz o que tinha de fazer”, resume
Mário. Não foi pouca coisa.
foca
Um ainda imberbe estudante de Direito,
com 20 e poucos anos, Mario arrumou seu
primeiro emprego: repórter, “foca”, faz questão
de lembrar, no jornal curitibano O Dia. Eram
os idos de 1950. Mário fez parte do primeiro
time formalmente credenciado para cobrir a
Assembleia Legislativa do Paraná e a Câmara
de Curitiba. Logo o foca passou a acumular a
função de subeditor de política em outro jornal,
coincidentemente chamado A Tarde (homônimo
do periódico que seu irmão assumira
20 anos antes).
Essa prática de apurar e relatar histórias e
fatos ficou adormecida por 17 anos, entre 1958
e 1975, período em que Petrelli se consolidou
como um dos principais executivos do setor de
seguros do Brasil.
A partir de 1975, o Petrelli jornalista voltaria
com fôlego para se tornar um protagonista
de peso no mercado. Dividindo seu tempo
entre os dois setores, Mário viu nos filhos a
propensão necessária para criar sua estrutura de
Comunicação. Dois deles, Leonardo e Marcello,
foram aos poucos assumindo os negócios de
comunicação. Há anos, eles são os principais
executivos que tocam o dia a dia da empresa –
e, a partir de agora, os presidentes formais do
Grupo RIC no Paraná e em Santa Catarina.
www.ricmais.com.br | 
ENTREVISTA | MÁRIO PETRELLI
O conciliador
Fundador do Grupo RIC
analisa a importância do
jornalismo local e os rumos
do Grupo com sua saída
da presidência executiva.
“A gestão tem de ser
profissional”, diz
 | Rumos da RIC
:: Aos 78 anos, Mário Petrelli deixa
o cargo executivo e passa a ser
presidente emérito do Grupo RIC no
Paraná e em Santa Catarina. Afasta-se
do dia a dia da empresa; aquietar-se é
outra história. “Naquilo que eu puder
colaborar, vou colaborar”, diz ele sobre
a nova fase. “Vou, como sempre, ouvir
bastante e dar meus palpites.”
Palpites, no caso, forjados à base
de muita observação e da ponderação
obtida ao longo de quase cinquenta
anos de vida profissional. “Às vezes
eu fico surdo de tanto falar e mudo
de tanto ouvir”, brinca Mário, que se
Montagem sobre fotos de Daniel Queiroz
“[É preciso] ouvir, antes de falar; pensar antes de
responder; aceitar crítica para poder construir.”
orgulha de ser um conciliador nato
– característica que o levou a alguns
dos principais cargos executivos do
mercado segurador brasileiro e a
viabilizar o Grupo RIC.
Inquieto e com um raciocínio
acelerado, Mário Petrelli mantém
o hábito de fazer regularmente um
exercício para manter os neurônios
afiados: enumera mentalmente o
nome de todos os deputados estaduais
de Santa Catarina ou do Paraná.
Detalhe: da legislatura de 1947 ou
perto disso. A lista varia, podendo ser
com os presidentes norte-americanos,
governadores dos principais estados
brasileiros no século passado ou ainda
os presidentes desde a instalação da
República (1889).
A “brincadeira” dá resultado. A
memória é pródiga, como se vê na
entrevista a seguir, concedida em seu
apartamento de Florianópolis. Ele
discorre sobre a função da imprensa,
analisa os mercados regionais e a
importância da informação local,
critica os oligopólios, ressalta a
importância da gestão profissional,
revela o orgulho de ter formado uma
família unida e mostra o caminho
que deixou trilhado para a RIC se
desenvolver nos próximos anos.
Confira.
Origens
“A minha história de família é
basicamente catarinense e por
decorrência do meu irmão Armando
passei uma grande parte da minha
vida no Paraná. Armando que veio
para o Paraná entre os anos de 1929
e 1930, médico, depois foi para a
faculdade. Foi diretor e presidente do
Instituto Brasileiro do Café. Estudei
no Paraná. Mas a minha afinidade
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ENTREVISTA | MÁRIO PETRELLI
Fotos: Arquivo pessoal
Acima, Mário Petrelli em 1980
sendo cumprimentado pelo então
Senador Lomanto Jr. na presença do
Ministro das Comunicações Aroldo
Matos (sentado), que comandou
a reunião em que foi assinada a
concessão da TV Barriga Verde,
com presença de deputados de
Santa Catarina (ao lado)
“A existência de
mais redes de
comunicação é
fundamental para
ter liberdade de
preço, liberdade
de opinião,
concorrência.”
 | Rumos da RIC
inteira de origem é catarinense.
Convivi sempre em Santa Catarina.
Meu pai, um engenheiro, veio da
Bahia para Santa Catarina para fazer
a estrada de Ferro Santa Catarina.
Formou uma grande amizade com a
família Konder e a minha mãe ligada
aos Ramos. Então eu sempre tive
uma vida muito intensa no sentido
de participação na vida de Santa
Catarina. Em decorrência do meu
irmão e da minha vida em Curitiba
eu formei um grande relacionamento
no Paraná. Com o [ex-governador]
Ney Braga, com toda aquela
turma. Na minha casa em Curitiba
ocorriam as maiores reuniões
políticas do Paraná. Tanto que o
pessoal dizia ‘na casa Mário Petrelli
foram escolhidas grandes soluções
políticas para o Paraná’. Em Santa
Catarina a mesma coisa.”
Oligopólio, não!
“É importante impedir monopólio
e oligopólio, que impedem o
contraditório e tiram, na realidade, a
cidadania. O monopólio, na realidade,
é a mesma coisa que o nazismo, o
fascismo e o comunismo. É regime
fechado. Respeito profundamente
a RBS, que é um grande grupo. Mas
eles estavam tomando conta de Santa
Catarina... assim como a Globo tem
uma grande liderança no Brasil. Para
equilíbrio da sociedade, da opinião,
do contraditório, deve haver a
possibilidade do segundo e do terceiro
[concorrentes]. Antigamente, no
Brasil, você tinha a Tupi forte, aí surge
Mário José Gonzaga Petrelli
– Nascido em 31 de maio de 1935, em
Florianópolis.
Acima, Mário Petrelli, então Vice-Presidente Executivo do Grupo
Atlântica Boa Vista, e o ex-Ministro Mário Andreazza com o Governador
de Mato Grosso José Garcia e Diretor da Atlântica Roberto Médice,
durante lançamento de seguro de vida em Cuiabá, em 1975
a Globo. Eu fiquei com isso na cabeça.
Santa Catarina não pode ter uma rede
só. No Paraná, indiscutivelmente, a
posição da Globo era uma posição
forte demais. Tivemos a ideia da
regionalização em primeiro lugar.
O que é regionalização? É cumprir
a Constituição.
“A Constituição Federal determina
nos artigos 220 a 224, artigos sábios
da Constituição de 1988: ‘Proíbo o
monopólio e o oligopólio’. Sem a nossa
existência, efetivamente você tinha
monopólio e oligopólio em Santa
Catarina. Não no Paraná, que tem mais
concorrência.”
Opção pelo regional
“[A Constituição também] determina
as programações regionais, que
na realidade não são cumpridas
pelas outras redes, pois elas
estão encaixotadas. Você pega a
Bandeirantes, acaba o jornal em
rede nacional, e entra o missionário
Soares. Que regionalização é
essa? Você pega a Globo, é novela,
novela, novela. Quantas horas de
regionalismo eles têm?
“Você tinha a RBS aqui [em SC]
com uma força total. O governo
fica dependente. O comércio fica
dependente de uma só tabela [de
publicidade]. A regionalização é
pouco existente porque o horário
da Globo está voltado para novelas.
A nossa produção local deve ser
duas ou três vezes maior que a
dos concorrentes. Então a ideia
do Leonardo e do Marcello [atuais
– Formado em Direito pela Universidade
Federal do Paraná, em 1959.
– Tem cinco filhos: Luciana, Leonardo,
Mário José, Marcello e Rosimar.
– Viúvo de Dircéa Corrêa Petrelli,
casou-se pela segunda vez com
Mônica Buffara.
ATUAÇÃO PROFISSIONAL
Comunicação – Fundador, presidente e
atual presidente emérito do Grupo RIC
de Comunicação.
Seguros – Foi um dos principais
executivos de seguros do país,
setor em que atuou com
exclusividade de 1958 a 1975 e no
qual construiu uma vasta rede de
relacionamentos. Entre outros cargos,
foi diretor-executivo do Grupo
Atlântica-Boa Vista; vice-presidente
de produção da Bradesco Seguros;
fundou e idealizou a Seguradora
Roma e a Golden Cross; foi diretor de
Crédito Geral, Comércio e Indústria
do Banco do Brasil; membro do
conselho de administração da
Mapfre; e diretor da Icatu.
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ENTREVISTA | MÁRIO PETRELLI
À esquerda, lideranças do Paraná:
Leonardo Petrelli, o Governador
Beto Richa, Mário Petrelli e o
publicitário Sérgio Reis
Acima, lideranças de Santa Catarina:
Senador Luiz Henrique, Mário, Jorge
Bornhausen e Leonel Pavan
Fotos: Arquivo pessoal
“O que interessa
na comunicação
é o respeito ao
indivíduo. Em
qualquer atividade,
na realidade, o
que interessa é o
respeito.”
 | Rumos da RIC
presidentes do Grupo RIC] foi perfeita:
‘Se não pudermos ser o maior, porque
não temos novelas, vamos ser o
melhor na regionalização. Com isso,
estamos beneficiando os estados.
Porque o indivíduo vive na cidade, não
vive na nação. Ele precisa saber muito
mais da sua cidade, do seu estado e
das suas potencialidades do que saber
do resto do mundo.
Esse é um erro do governo. O
governo brasileiro, por conta de uma
sistema de autoritarismo que vem
desde o governo autoritário, centraliza
a carga tributária. Da carga tributária,
66% ficam para a União, 34% para o
estado e os municípios – 22% para o
estado e 12% para os municípios. E o
estado e os municípios têm de fazer
segurança educação e saúde. Quer
dizer, é um regime errado que faz o
absolutismo da centralização.”
O local é importante
“Na Comunicação é a mesma coisa.
Se você tiver a centralização na mão
de um, não tem contraditório; gera
menos emprego, não tem liberdade.
Então a ideia da regionalização, de
prestigiar o fato local, essa coisa toda,
é que dá sentido à nossa existência.
Primeiro: criar o contraditório,
impedir o oligopólio e o monopólio;
e criar a regionalização, difundindo
a cultura de cada estado, de cada
município, prestigiando o folclore,
a literatura, o esporte regional...
Reavivar tudo aquilo que a sociedade
vem construindo. Pouca gente faz
tudo isso, que é importante para o
desenvolvimento da Nação, não só
dos estados.”
Antiexemplos latinos
“Veja o que está acontecendo na
Mário por Mário
Uma virtude
A gente nunca deve dizer quais são
as virtudes que tem. Devemos ser
julgados pelos outros. Mas a minha
virtude é respeitar o passado, honrar o passado, me orgulhar da história da minha família e me orgulhar
do que eu fiz sempre com a colaboração dos outros e me orgulhar da
família que eu consegui constituir
junto com a minha mulher, que graças a Deus é uma família que está
unida e que vive bem.
“Não sou empresário,
sou executivo.
Empresário eu só
fui ser naquilo que
realmente os filhos
administram.”
Argentina. Querem asfixiar o grupo
Clarin. Repete-se o que aconteceu
em 1953 no Peru quando asfixiaram
o La Prensa, que era o jornal mais
independente e mais forte da América
Latina. Enquanto o governo não
acabou com o La Prensa, ele não
ficou satisfeito. Aí estabeleceu a
ditadura até que ele caiu em 1955.
O que aconteceu no Brasil? Assis
Chateaubriand era uma espécie
de absoluto. Aí quando cassaram
a Tupi, a Globo ficou forte demais.
Surgiram as outras estações que
estavam procurando ocupar o seu
espaço, que é fundamental para se
ter liberdade de preço, liberdade de
opinião, concorrência. O governo
também não pode ficar na mão
de uma rede que impõem e faz o
que quer. Chateaubriand fazia o
que queria quando foi dono da
uma prática
comunicação no Brasil. Ele exigiu do
Juscelino ser nomeado embaixador
em Londres e levou oito meses para
assumir a embaixada! Depois surgem
alternativas: Samuel Wainer, com o
apoio de Getúlio Vargas, criou a Última
Hora; depois vem a Manchete, com o
Juscelino [Kubitschek]; vêm a Globo, a
Excelsior, a Bandeirantes... Começa a
diminuir aquele poder [centralizado].”
Contrapesos
“Indiscutivelmente, durante um
período a Globo também ficou com
excesso. Agora, à medida que as
redes estão se consolidando, está se
dividindo melhor. É importante para
o Brasil que Record cresça, que a
Bandeirantes cresça... É importante
que nós sejamos os melhores na
regionalização, que é o que
estamos fazendo.”
O que um ouvido ouve o outro não
ouve. Se um ouvir e se comunicar
com o outro perco uma coisa muito
importante, a credibilidade. Às vezes
vem um amigo, um adversário ou um
companheiro em minha casa. Eu ouço
as histórias deles e silencio. Ouço a do
outro e silencio. O que eu falo para todos é igual, pois se não eu vou passar
por mentiroso. Não posso mentir. Para
eu mentir, teria que ter um computador para registrar. Mas eu não gosto
de computador.
Uma falha
Devo ter várias. Até essa de ser
espontâneo, de gostar de falar, de
participar, de dar palpite em tudo.
Uma dica
Eu digo a meus filhos: treinem a
memória, porque a memória é um
dom genético, mas ela precisa ser
aprimorada.
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ENTREVISTA | MÁRIO PETRELLI
“A prata da casa,
aquela que já está
com você, que
merece confiança,
essa tem que ser
incentivada
a crescer.”
 | Rumos da RIC
Ética de mercado
“O ideal na democracia, na sociedade
de consumo, é ter primeiro, segundo e
terceiro [lugar no mercado]. Imagina
se tivesse apenas uma grande rede
de supermercado? Se tivesse só uma
grande rede de loja de departamentos?
Imporiam preço! Na comunicação é
importante ter diversificação. Agora,
é importante o que nós estamos
procurando fazer com o talento do
Marcelo e do Leonardo, de todos
os colaboradores e companheiros:
televisão tem que ser ética; tem
que ser geradora do contraditório;
tem de respeitar em primeiro lugar
a liberdade do individuo, que é
intocável. A liberdade de imprensa
é obrigatória e tem que respeitar a
liberdade do indivíduo. Não tem que
ser acusatória-destrutiva. Tem de
ser acusatória-pesquisadora quando
necessário, mas não destruidora. Não
pode ser sensacionalista no sentido
de transformar um simples fato em
sensacionalismo para vender mídia. Ela
tem que ser, na realidade, informativa,
contribuitiva e democrática, exigindo
que a imprensa seja respeitada no seu
direito, mas respeitando primeiro o
direito do cidadão.”
Responsabilidade
“Criticar é fundamental, mas para
criticar tem que dar o direito de defesa.
O bom é ouvir antes, a não ser um fato
evidente - um atropelamento você
tem que relatar. Mas você interpretar
por ouvir dizer e sair acusando não
é positivo. O positivo é pesquisar e
verificar. O informar é obrigação.
Informar não quer dizer deduzir e sair
acusando ou defendendo. A notícia tem
que ser bem feita.”
Mídias inteligentes
“A imprensa tem que ter cada vez mais
liberdade, procurar se modernizar,
entender que a internet vai tirar
muito da leitura gráfica. Tem que se
aperfeiçoar. A televisão tem que ser a
Na página oposta,
Mário com a família
na inauguração da TV
Joinville: da esquerda
para direita, Mário José
Petrelli Filho, Luciana,
Leonardo, Dircéa e
Marcello.
Ao lado, encontro
com Roberto Civita,
líder do Grupo Abril,
que faleceu em maio
deste ano.
Referências da vida
Ícones
Gandhi e Jesus
Política
Getúlio Vargas, Roberto Campos,
Juscelino Kubitschek, Nereu Ramos
e Castelo Branco
Amigos políticos
mais inteligente possível, para poder
fixar no indivíduo o interesse de vêla. E tem que respeitar os horários
no sentido da educação. A televisão
é um veículo que o indivíduo fica
estratificado dentro dela – um no
esporte, outro nos desenhos, outros
na novela. Os horários têm que ser
feitos de acordo com o consumidor.
O que interessa na comunicação,
em primeiro lugar, é o respeito ao
indivíduo. Temos de aprimorar
cada vez mais isso, partindo para
a internet, para solução web, para
jornal, para revista. A mídia de rádio,
inclusive, é fundamental. O rádio
na realidade é aquele negócio que
o lavrador pendura no pescoço no
começo da manhã e vai para o campo
ouvindo a notícia. Que a empregada
doméstica está na cozinha ouvindo.
O rádio ainda é um instrumento de
comunicação, por mais que pense
que desapareceu, em minha opinião,
ainda é a maior mídia que se tem. É a
mídia que o cidadão anda com ela o
tempo todo. E a televisão também tem
que evoluir nesse sentido de ter o seu
horário de acordo com a necessidade.”
Planejamento de longo prazo
“Nada se sustenta sem ter metas
e objetivos. Quando você sai “a la
baulé” [atabalhoadamente] você acaba
dando com os burros n’água. Esta aí
o exemplo das redes de televisão que
foram para o saco; os jornais que foram
para o saco; das lojas que foram para o
saco; das grandes fortunas que foram
para o saco. Da economia que mudou
de dono porque não houve primeiro
planejamento, nem meta, nem
processo estratégico para evitar essa
situação. Então é importante ter uma
visão de que as empresas, por mais
que elas sejam familiares no sentido de
propriedade, não sejam familiares no
sentido de execução e administração.
Senão é aquela história: ‘avô rico, pai
bem, neto pobre’.
“Você pega uma empresa que o
pioneiro criou com quatro filhos. Os
José Sarney, Ney Braga, Jorge
Bornhausen, Aderbal Ramos da
Silva, Celso Ramos, Renato Ramos
da Silva, Joaquim Ramos, Irineu
Bornhausen
Referências internacionais
Thomas Jefferson, Abraham
Lincoln, Franklin Roosevelt, Winston
Churchill e Charles de Gaulle
Exemplos trágicos
Hitler, Stálin e Mussolini
Direito
Saulo Ramos
Literatura
Jorge Amado e Monteiro Lobato
História do Brasil
Hélio Silva
Poesia
Olavo Bilac, Cruz e Souza, Castro
Alves e Gonçalves Dias
Pintura
Vítor Meirelles, Jener Augusto e
Martinho de Haro
www.ricmais.com.br | 
ENTREVISTA | MÁRIO PETRELLI
“O controle
societário não
quer dizer o
controle executivo.
O controle
societário é para
estabelecer as
regras funcionais
normativas, mas o
ideal é o controle
executivo ser feito
por profissionais.”
quatros filhos têm mais 14 filhos.
Aquilo fica um negócio familiar. Aí
surge mais um filho ou um neto que
tem capacidade gerencial e vem para
a empresa. O restante dos genros,
noras, netos e bisnetos, todo mundo
quer estar lá dentro... As empresas
familiares precisam hoje ter uma
visão fundamental: controle societário
não quer dizer controle executivo. O
controle societário é para estabelecer
as regras funcionais normativas, mas
o ideal é que o controle executivo seja
feito por profissionais.
“Graças a Deus os meus filhos são
profissionais. Há um pacto familiar
para que eles possam colocar os
sucessores deles, portanto, meus
netos. Mas eles precisam ter no
mínimo cinco anos de exercício
fora das atividades da empresa, ter
MBA, cursos avançados... Senão vira
nepotismo.
“Há muitos casos na história
do Paraná e de Santa Catarina que
[as empresas familiares] foram
desaparecendo; tudo desapareceu.
Faltou profissionalização.
“Aconteceu a mesma coisa com
fortunas gaúchas de antigamente,
foram desaparecendo. Surgiram
novas. Em Santa Catarina há 60
anos eram uns sete ou oito grupos
de expressão regional. Todos eles
foram substituídos por novos grupos,
que se aprimoraram. Uns entraram
em mercado aberto, outros fizeram
sociedade aberta.
“Mas o que eles estão procurando
fazer e que eu acho que o Leonardo
e o Marcelo têm de procurar fazer, é
o seguinte: têm de criar a estrutura
com profissionais que pensem no
desenvolvimento da empresa. Eles
já estão relativamente aprimorados;
estão melhores do que eu na
modernização.”
Pacto familiar
“O principal que eu vejo em relação
ao Marcelo e ao Leonardo é que eles
estão procurando a noção de não
serem autodidatas, serem na realidade
estudiosos e perceberem que sem as
equipes não se forma nada. Eles têm
 | Rumos da RIC
Na página ao lado, Mário Petrelli
em comitiva com políticos e
autoridades durante encontro com
o então Presidente Lula
que estar preparados. Por isso que, no
pacto familiar [firmado] com a morte
da minha mulher, ficou estabelecido
que qualquer descendente que vier
para a empresa depois deles terá
de fazer currículo fora da empresa.
Eles têm de aprender, se aprimorar
e, se não tiverem talento, tem que ter
talento para contratar gente que
tenha talento.”
Prejuízo
“Quando uma empresa fecha,
não é só um prejuízo familiar. É o
desemprego, é a frustração... Uma
grande preocupação do empresário é
de que ele é responsável por famílias
que ele colocou lá dentro. Ele não
pode querer fazer daquilo ali um
ninho familiar dele. O ninho familiar
é a pior coisa que tem. Você tem o
direito das ações e do lucro – são de
todos aqueles que fazem parte da
família, mas o direito de gestão é da
competência.
Executivo e empresário
“Eu inventei negócios de grande
formação no Brasil, mas não sou
um empresário, sou um executivo.
Empresário eu só fui ser naquilo que
realmente os filhos tocam. Que é a
parte de investimentos imobiliários e
a parte de comunicação. Com a morte
da Dicéia [esposa], que era quem
mais convivia com os filhos, pois eu
vivia para baixo e para cima com as
outras atividades, senti que havia uma
necessidade de procurar efetivamente
preparar a junção dos dois lados. Por
ideia do Marcello e do Leonardo veio
essa de fazer um grupo só [a RIC]. A
ideia é deles. O mérito é deles. Aí eu
também me preparei: preciso sair da
evidência de ficar com essa aparência
de presidente, porque na realidade
o presidente-executivo há um bom
tempo é o Leonardo no Paraná e o
Marcelo em Santa Catarina.”
Futuro conselheiro
“Sem falsa modéstia, tenho
relacionamento grande, monumental,
em Santa Catarina, pela história da
minha família. No Paraná, tenho
uma tradição que o Leonardo
herdou e melhorou. Minha presença
na presidência em Santa Catarina
acabava centralizando um pouco. Hoje
eu prefiro ficar em casa. O pessoal
vem me procurar em casa.
“A minha participação daqui para
frente será de procurar ajudar orientar,
divulgar, difundir, dar conselho, porque
quem não recebe conselho quebra a
cabeça. Eu gosto de receber conselho,
gosto de ser criticado, porque quem
não gosta de ser criticado dá com os
burros n’água. Gosto de ouvir opinião.
Ouvindo a opinião de quatro, cinco
é melhor do que mandar sozinho,
pensando que sabe tudo. Quem tudo
sabe, pouco sabe.“
Como escolher um executivo
“Ao avaliar um profissional, a primeira
coisa a se levar em consideração é
a capacidade. Mas eu acho que essa
avaliação não deve ser um ato da
família. Deve se contratar alguém
para avaliar o currículo. E a prata da
casa tem que ser valorizada. A prata
da casa, aquela que já está com você,
que merece confiança, essa tem que
ser incentivada a crescer. Ela tem que
ser incentivada a ter a possibilidade
de ser diretor-executivo e até num
espírito de inteligência de agregar
para o futuro no sentido de ele ter
participação acionária.”
Ideal de empresa
“O lugar ideal é quando se chega ao
modelo japonês do CCQ – Círculo
de Controle de Qualidade, em que
todos saibam que o objetivo é ter
resultado. Onde não há resultados
não há efetividade de ninguém. A
empresa que não tiver resultado vai
fechar. Agora, que esse resultado
seja partilhado. Temos que chegar
em determinado momento e dizer:
‘nossos objetivos são esses’. Se
alcançarmos os nossos objetivos,
todo mundo vai ter resultados. E
tem que procurar fazer uma coisa
muito importante: preservar o
bom funcionário, prender na casa,
estimulando e incentivando essa
pessoa. Se ele ficar cinco anos tem
mais vantagens; se ficar dez, mais...
Que ele tenha metas e objetivos.
Quando não tem meta, não se fiscaliza,
e a empresa vai fechar. Quando a
empresa gasta mais do que pode, vai
quebrar. Quando quer investir mais
do que deve, também vai quebrar.
Há exemplos de grandes redes que
estão crescendo tremendamente bem
e outras que pensavam que eram
grandes que estão minguando.”
Criatividade é fundamental
“Pela minha idade, essa coisa toda, o
conselho que eu dou: ‘a gente precisa
estar sempre aprendendo’. Eu ainda
sei muito pouco daquilo que eu
preciso saber. Todos têm que ter essa
visão que sabem pouco e precisam
aprender mais. Quando você deixa de
trabalhar começa a morrer. Eu rezo
todo o dia para ter cabeça boa, não ter
[mal de] Alzheimer, que a ele não sofre
mas a família sofre, e não ter [mal de]
Parkinson, que aí a família sofre e ele
sofre também.”
Carta do pai
“Aprendi uma coisa muito importante
com o meu pai. Quando se faz uma
carta, por mais razões que se tenha
para criticar ou acusar, a abertura
tem que ser simpática, como a
abertura de uma reunião. Ela tem
que ser agradável. No meio da carta,
no meio da reunião, se pode tecer as
críticas ou os comentários objetivos
e necessários. O cara já recebeu o
começo da carta, gostou do início.
www.ricmais.com.br | 
ENTREVISTA | MÁRIO PETRELLI
“Aprendi uma
coisa importante:
ser mandado para
poder mandar.
Quem não for bem
mandado não vai
saber mandar. Outra
coisa fundamental:
ouvir antes de falar.
Pensar antes de
responder.”
 | Rumos da RIC
No meio você pode dizer tudo aquilo
que precisa ser dito. Se tiver que ser
elogios ou críticas, que seja, mas sempre
concluir a carta com respeito. O que
vale é a abertura e o final. O meio você
enfeita da maneira que for preciso.”
Indicação profissional útil
“Quando você apresenta
[profissionalmente] alguém, para
não criar o constrangimento e dizer
‘recomendo fulano de tal’, meu pai
dizia o seguinte: ‘recomendo fulano
enquanto útil lhe for’. A recomendação
que se deve dar sobre alguém não
pode impedir que, se esse indivíduo
não for bem, quem você o recomendou
fique impedido de mandá-lo embora.
Essas coisas são fundamentais.”
Verdade não tem dono
“Na minha vida de executivo de
grandes empresas aprendi uma coisa
muito importante: ser mandado para
poder mandar. Quem não for bem
mandado não vai saber mandar.
A gente primeiro tem que aprender
a ser mandado. Aprendendo a
ser mandado, sabe mandar. Outra
coisa fundamental: ouvir antes de
falar. Pensar antes de responder.
Aceitar crítica para poder construir.
Quem não aceita crítica, se acha
autossuficiente, vai ficar dono da
verdade, vai acabar. O contraditório
é fundamental.”
Conselho de administração
“Eu fui muitas vezes advertido.
Eu tive chefes, os empresários, donos,
dando conselhos e as determinações.
Ninguém tem o direito absoluto
sozinho. Cada vez mais as empresas
modernas criam os conselhos.
Na página à esquerd a, Mário com Jorge Bornhausen, o exPresidente José Sarney e o então Presidente da Câmara dos
Deputados, Inocêncio Oliveira, durante jantar em Brasília (1993)
Acima, com o então Governador do Paraná Ney Braga. E acima
ao lado, com Marco Maciel, ex-Vice-Presidente da República,
durante convenção do PFL na capital federal (1993)
A responsabilidade do conselho de
administração de uma empresa é
maior do que da diretoria executiva.
O conselho é que estabelece as
normas e as determinações, fiscaliza a
diretoria executiva. Então o conselho
é tão importante que a legislação da
sociedade anônima é clara sobre a
importância dele. Eu faço parte de
alguns conselhos de administração
e sei a responsabilidade que temos.
Também fiz parte do conselho
executivo de algumas empresas
e sabia as responsabilidades que
eu tinha que cumprir, porque os
conselhos determinavam. A gente tem
que conhecer os dois lados da moeda.”
Resumo da ópera
“Fiz o que tinha que fazer. Primeiro,
criar os filhos no sentido de que
possam dar continuidade [ao Grupo].
Se eu fosse dono de companhia de
seguro, teria incentivado para eles
trabalharem na área, mas eu não
era dono, era um executivo. Nunca
fui dono, fui presidente de empresa
e pequeno acionista, mas não quis
trazer os filhos para dentro das
empresas, por isso criei uma atividade
para eles.
“Eles estão no momento certo de
assumir as empresas. E devem fazer
isso respeitando e valorizando o
quadro [de funcionários]. Uma coisa
fundamental: respeitando a sociedade;
não criando de maneira nenhuma
sensacionalismo, imprensa marrom.”
Planos futuros
“Os meus planos com essa retirada
são os mesmos de sempre. Continuar
participando do mundo, convivendo.
Na realidade espero de vez em
quando dar palpites no Grupo. Acho
que palpite é sempre importante
dar. Continuar me informando,
procurando acompanhar o que se
passa no mundo.
“Sou por formação aberto e gosto
de conversar, trocar ideias e ouvir.
Cada vez que eu ouço, aprendo mais.
Essa parte eu gosto de fazer. E naquilo
que puder colaborar vou colaborar.
Só não vou abrir mão de uma coisa.
As pessoas que gostam de falar
“A gente precisa
aprender sempre.
Eu ainda sei muito
pouco daquilo que
eu preciso saber.
Todos têm que
ter essa visão, de
que sabem pouco
e precisam
aprender mais.”
www.ricmais.com.br | 
ENTREVISTA | MÁRIO PETRELLI
1976
1985
Jornal de Santa
Catarina –
Blumenau/SC
TV Coligadas
(Globo) –
Blumenau/SC
TV Cultura (Tupi)
Florianópolis/SC
1977
Rádio Diário da Manhã
(atual CBN Diário)
Florianópolis
TV Vanguarda
(Manchete)
Cornélio
Procópio/PR
“Eu não sou
homem de briga,
sou homem de
conciliação e não
quero atrito.”
 | Rumos da RIC
TV Independência
(Manchete) 1985.
Curitiba/PR
1979
TV Independência
Norte do Paraná
Maringá/PR
Unificação das
empresas, sob a
bandeira RIC Rede
Independência de
Comunicação
Rádio Independência
AM Curitiba/PR
1989
Rádio FM 104
Atual Jovem Pan
Curitiba/PR
Rádio Curitibana
Curitiba/PR
Rádio Floresta
Negra
Joinville/SC
TV Independência
Norte do Paraná (Record),
em substituição à
TV Vanguarda (Manchete).
Cornélio Procópio/SC
1987
1986
TV Barriga Verde
(Bandeirantes)
Florianópolis/SC
comigo, me conhecem e me respeitam
exatamente por aquilo que eu sempre
fui: um conciliador. Taí a história da
televisão. Fundamental é o “nós”. Eu só
construí algo em torno de mim porque
não construí sozinho.
“Em Santa Catarina eu sou fruto
das minhas famílias, que tiveram
uma grande participação na história
do estado, no poder Judiciário, das
amizades, e da educação que recebi e
daquilo que eu procurei manter, que
é o respeito à honradez. E uma coisa
fundamental: dialogar. No Paraná a
mesma coisa.”
TV O Estado (SBT),
fundador.
Florianópolis/SC
TV Independência,
fundador.
Guarapuava/SC
TV O Estado
(SBT)
Chapecó/SC
Leituras e televisão
“Ninguém se informa só pelo seu
veículo. Em Santa Catarina leio
obrigatoriamente os dois jornais: o
Diário Catarinense, que respeito, e
o nosso [Notícias do Dia]. A leitura
dos dois é que me permite ver o que
cada um está fazendo melhor ou
pior. Na televisão, considero que é
importante ver os jornais. O melhor
jornal não é o maior. O melhor
jornal não é o Jornal Nacional, mas
eu assisto. O Jornal Nacional, pela
sua fonte de riqueza informativa,
me traz notícias e informações
2007
2012
Integração da
plataforma its
ao Grupo RIC
2001
TV Cidade dos
Príncipes
Joinville/SC
2008
Lançamento
do Portal
RIC Mais
2011
Lançamento de
Rádio Record
TV TOP,
Blumenau/SC
Unificação das
tevês do Paraná
e Santa Catarina
sob a bandeira
Record. Entrada
da TV Itajaí e
Xanxerê, além da
RecordNews
em SC
1990
TV Independência Oeste
Toledo/PR
2004
Inauguração da
TV Vale do Itajaí
Criação de RIC
Editora Santa
Catarina
2006
2013
Incorporação da View
Editora ao Grupo RIC
Lançamento da
plataforma de revistas
com selo RIC no Paraná
Criação do jornal
Notícias do Dia em
Joinville e Florianópolis
mundiais, atrasadas ou não, melhor
do que os outros pela potencialidade
que a Globo tem. Mas, na minha
opinião, não é o melhor jornal. Há
jornais melhores. Então eu faço
questão de ouvir no mínimo três
jornais sempre. E ouço uma coisa
que poucos brasileiros fazem: a
TV Senado, TV Câmara e a TV do
Judiciário. Cada vez que faço isso,
ouço o Brasil. Eu ouço no horário
que tem muita gente vendo novela.
“Na hora das novelas, prefiro
ler – a história do Getúlio Vargas,
por exemplo – e ver o que está se
passando no país, como o julgamento
do mensalão, o que acontece no
Senado e na Câmara.”
Política
“Quando um indivíduo diz ‘você é
político’, respondo: ‘todos devem ser
políticos’. O político não é o exercício
do cargo político. É o acompanhar
o que se passa no país. Senão você
vota errado, vota por paixão. Quer
dizer, para escolher o vereador, o
governador etc, precisa ter visão
política. Para escolher o presidente,
precisa pensar politicamente. Exercer
função política é outra coisa. Mas
na vida nós temos que ser políticos;
político na família; político nas
empresas, para respeitarmos e
ouvirmos; políticos na sociedade em
geral. A política é a arte de engolir
sapo. É a arte de somar. Então isso
é fundamental. Agora, a convivência
e o respeito ao próximo também
é fundamental e principalmente o
respeito à opinião de quem pode
nos ajudar dizendo coisas que a
gente vai poder aprender e vai poder
desenvolver. Às vezes eu fico surdo de
tanto falar e mudo de tanto ouvir.”
www.ricmais.com.br | 
Programas e produtos
DNA
catarinense
A operação do Grupo
RIC envolve plataformas
com forte conteúdo local,
abrangendo tevê, rádio,
jornal, revistas e internet
:: Interagir com os mercados
regionais, produzindo conteúdos de
informação e entretenimento que
promovam o desenvolvimento das
comunidades e resgatem os valores
e as culturas locais. Esta é a missão
do Grupo RIC em Santa Catarina, que
desde seus primeiros anos de atuação
 | Rumos da RIC
vêm colocando em evidência assuntos
que interessam diretamente os cerca
de 6,25 milhões de habitantes do
estado. “Nosso objetivo é estar cada
vez mais próximo do catarinense,
atuando de maneira global, mas com
foco regional”, observa o presidente
executivo do grupo em Santa Catarina,
Marcello Correa Petrelli.
Foi na televisão que o grupo
começou sua trajetória no estado, onde
hoje conta com dois canais de sinal
aberto: a RICTV Record e a Record
News SC, ambas transmitindo em alta
definição. O primeiro retransmite a
programação nacional da TV Record
e reserva mais de seis horas para
programas locais. O segundo canal é
exclusivo para o jornalismo e segue
o modelo nacional implantado pela
Record, acrescido de quatro horas de
programação local de segunda à sexta e
oito horas no final de semana.
O radiojornalismo e o jornalismo
impresso são outros pilares que
reforçam a proposta regional do
Grupo RIC. Pela Rádio Record SC, a
população de 23 municípios da Grande
Florianópolis tem acesso a notícia,
serviço e interatividade 24 horas por
dia. O jornal Notícias do Dia, por sua
vez, é um importante veículo diário
que circula nas duas maiores cidades
do estado – Florianópolis e Joinville
–, levando a aproximadamente 70 mil
leitores um jornalismo de qualidade
e credibilidade como alternativa à
concentração no mercado de jornais
impressos em Santa Catarina.
O portfólio de comunicação do
Grupo RIC conta ainda com uma
presença cada vez maior do meio
revista, com títulos reconhecidos
pelo público leitor e pela crítica
especializada, como a “Show Me”,
publicação anual voltada à divulgação
turística do estado e distribuída
aos clientes das redes hoteleiras de
Florianópolis e Balneário Camboriú.
O DNA regional do grupo fica em
evidência na série de revistas
lançadas nas datas de aniversário
de seis dos mais importantes
municípios catarinenses. Outro título
de destaque é a revista “its”, voltada
para os jovens e com uma plataforma
completa de conteúdo que inclui
programas de rádio e TV, um caderno
semanal no jornal Notícias do Dia e
um portal na web.
E é também na internet onde está
a mais nova investida do grupo: o
portal RIC Mais, lançado no final de
2012 para agregar notícias multimídia
produzidas pela RICTV Record e pelo
jornal Notícias do Dia, além de blogs e
links para as redes sociais dos demais
veículos do Grupo RIC.
Nas próximas páginas você vai
conhecer melhor o trabalho de cada
uma destas plataformas do Grupo RIC
em Santa Catarina.
www.ricmais.com.br | 
RIC SC
2,2 milhões
Cada
vez mais
é o número de telespectadores da
RICTV Record em SC.
perto do
telespectador
Marta Gomes e Nader
Khalil, apresentadores
do Jornal do Meio-dia,
em Florianópolis
Fazer com que o
catarinense se veja na tela
é o grande diferencial da
RICTV Record SC, que conta
com seis emissoras
:: Focar sua cobertura nas
particularidades econômicas e
culturais de cada região de Santa
Catarina. Essa tem sido a estratégia da
rede RICTV Record desde que começou
suas atividades com a emissora
instalada em Chapecó. A iniciativa
foi logo acompanhada da segunda
unidade da rede, na capital. “As pessoas
sempre gostaram de se ver refletidas
na televisão. Então aperfeiçoamos essa
característica, que passou a ser a nossa
 | Rumos da RIC
marca”, ressalta Roberto Ivan Bertolin,
diretor regional da RICTV Record em
Florianópolis. Hoje, a rede é composta
por emissoras nos municípios de
Chapecó, Blumenau, Joinville, Itajaí e
Xanxerê, além de Florianópolis.
Em todas essas praças, os
programas de maior destaque na
grade são o Jornal do Meio-dia e o
Ver Mais. Adotando linhas editoriais
e cenários padronizados para cada
localidade específica, as duas atrações
mantêm o foco nos assuntos regionais
e contam com apresentadores locais,
incorporando as diversas linguagens
presentes em Santa Catarina. “Nosso
esforço é para compreender como
cada cidade consome esses produtos”,
afirma Bertolin. “Apostamos no talento
local e assim adquirimos conhecimento
daquela região. Em cada lugar, falamos
a mesma língua dos telespectadores.”
O resultado dessa estratégia se
traduz nas mais de seis horas de
programação local produzidas todos
os dias em cada uma das afiliadas
da rede, que conta com 40 equipes
de jornalismo espalhadas por Santa
Catarina e uma fixa em Brasília. “Isso
nos dá mais agilidade e faz com que
nossa força de produção seja superior
a todos os concorrentes. Estamos mais
próximos do povo, por isso somos
os primeiros a chegar e a presenciar
os acontecimentos”, diz Bertolin.
Para o diretor, é o somatório entre
o espaço ocupado pela reportagem,
a infraestrutura implantada e em
constante atualização, além da
contínua busca pelos melhores
talentos locais, que tornou a RICTV
a mais premiada rede de televisão
de Santa Catarina. “Recentemente
ganhamos inclusive uma premiação
nacional concedida pela Bradesco
Seguros, com uma reportagem sobre
dança e ginástica na melhor idade.
Conquistas como essas atestam que o
nosso conteúdo é relevante, ágil e de
qualidade”, reforça.
A aposta do Grupo RIC na
relevância do conteúdo regional vem
trazendo dividendos para todos os
canais de comunicação do grupo e
em especial à rede de televisão, tanto
na conquista da audiência quanto
no retorno obtido do mercado. “Essa
estratégia, que tem sido nossa grande
força, atende também aos anseios
dos anunciantes, que encontram nos
telespectadores da RICTV Record um
amplo espectro de consumidores com o
qual podem se identificar”, diz Bertolin.
Ele ressalta que a expectativa para
2013 é dar mais um salto nos números
de audiência e de faturamento. “Para
isso, ampliamos nossa programação
em uma hora e meia, de segunda à
sexta, com a regionalização do Cidade
Alerta, apresentado por Hélio Costa”,
diz o executivo. “Estamos levando
informação ao vivo para todo o Estado
no fim da tarde e, desde a estreia do
programa (08/05), já percebemos um
aumento no nosso market share.”
Outra investida da RICTV Record
rumo a uma maior fatia de audiência é
o investimento na tecnologia digital. A
unidade de Florianópolis foi a primeira
emissora de Santa Catarina a ter
todo o processo de produção – desde
a captura, passando pela edição e
transmissão das imagens – totalmente
em alta definição (HD). O início das
operações com o novo sistema, em
maio de 2013, foi festejado por todos
como um símbolo da recuperação
das perdas materiais que atingiram
a emissora em um incêndio ocorrido
em novembro de 2012. Além da
reconstrução de parte dos estúdios,
houve a estreia de novos cenários e
de equipamentos de última geração.
As novidades, de acordo com Bertolin,
fazem parte do compromisso da rede
em apresentar inovações e uma nova
forma de fazer tevê.
“Nosso desafio agora é qualificar
ainda mais toda essa estrutura. As
pessoas querem não só uma boa
imagem, mas principalmente boa
informação. Por isso estamos sempre
atentos ao comportamento do
telespectador, para que ele continue
sentindo que somos a TV que
melhor o representa”, diz Bertolin. A
interatividade com o público é outro
tema que apresenta novas barreiras a
serem superadas. As fórmulas mudam
sempre e não há um caminho único a
ser seguido. “O certo é que os cidadãos
querem enviar conteúdo, querem
participar. Nosso maior diferencial é
estarmos conectados com aquilo que
conhecemos bem”, conclui Bertolin.
www.ricmais.com.br | 
JORNAIS TELEVISIVOS
Alexandre José, Polidoro
Júnior, Eduardo Prado, Gilmar
Santini e Marcos Oriques
Prioridade para
A RIC TV Record valoriza a
informação em 860 horas
mensais de programação
local, com 40 equipes de
reportagem no Estado
:: Os programas jornalísticos na RIC
TV Record em Santa Catarina estão
cada vez mais diversificados, sempre
mantendo a marca da programação
mais regionalizada do Estado. Essa
tendência foi incrementada em 2013.
Isso se reflete nas seis horas diárias
de conteúdo original produzido em
cada uma das afiliadas da rede – que
 | Rumos da RIC
conta com 40 equipes de jornalismo
espalhadas em Santa Catarina e mais
uma fixa em Brasília – totalizando cerca
de 860 horas de programação local por
mês. Para o gerente de jornalismo da
RIC TV Record Florianópolis, Marcos
Giraldi, é dessa forma que a RIC mantém
seu compromisso com a comunidade
em todas as praças de atuação.
O grande destaque da programação
em 2013 foi a reformulação do Jornal
do Meio-dia. “Tiramos o foco da
editoria de Polícia para a de Cidade,
pensando em qualificar a informação
para a comunidade”, diz o gerente de
jornalismo. A duração do programa foi
ampliado, assim como ocorreu com o
programa Ver Mais. Outro destaque foi
a estreia do programa Cidade Alerta,
com uma hora e meia de duração,
com apresentação do Hélio Costa e a
participação ao vivo de todas as praças
da RIC TV em Santa Catarina.
Transmitido em alta definição
(HD) para a Grande Florianópolis, o
Jornal do Meio-dia se renovou com
novos apresentadores e colaboradores.
O formato atual prioriza um
telejornalismo voltado para reportagens
especiais, denúncias e notícias do
cotidiano. “No Jornal do Meio-dia o povo
tem voz, participa e interage, enviando
suas notícias, sugestões e reclamações”,
observa Giraldi. Em Florianópolis,
o comando do telejornal é de Nader
Khalil e Marta Gomes, com participação
de Hélio Costa. Em Joinville, Marcos
Oriques é quem apresenta; Graciliano
o jornalismo
Rodrigues está à frente do programa
em Itajaí; em Blumenau com Alexandre
José; Chapecó tem Eduardo Prado; e no
Meio-Oeste o apresentador é
Gilmar Santini.
Outro destaque foi a estadualização
do Cidade Alerta. “O programa tem
como característica ser contundente,
com um estilo próprio muito bem
personificado pelo Hélio Costa. A
equipe também valoriza a agilidade da
informação em todo o estado, com links
ao vivo de todas as cidades da rede”, diz
o gerente de jornalismo.
Já o RIC Notícias, que vai ao ar às
19h55, traz o foco para as reportagens
e análises, com a opinião sempre
respeitada do âncora Paulo Alceu,
que divide o comando do programa
com Rafaela Arns. O conteúdo é
primordialmente informativo e
analítico, com os principais fatos
do dia apresentados ao vivo com
transparência e ética. Por meio
de matérias, séries especiais e
investigativas, o RIC Notícias é
referência em telejornal regional,
informativo, dinâmico e moderno.
Os primeiros 10 minutos com foco
nas matérias locais e o restante do
programa a produção é estadual.
Pela manhã, às 7h27, é hora do SC
no Ar refletir sobre os acontecimentos
da noite anterior, além de trazer
prestação de serviço para quem está
começando o dia. A apresentação do
telejornal é de Alexandre Mendonça e
Sabine Weiler, com análise opinativa
de Roberto Azevedo e Polidoro Júnior.
“O desafio é trabalhar a notícia a partir
Rafaela Arns, Alexandre Mendonça,
Graciliano Rodrigues, Sabine Weiler,
Paulo Alceu e Hélio Costa
do fato e seus desdobramentos”, diz
a editora-chefe Giovana Borini. Para
ela, importa o que o entrevistado tem
a acrescentar que faça o assunto ter
relevância no dia a dia do telespectador.
O programa conta com ampla
cobertura estadual: além das sedes da
RIC TV em Joinville, Itajaí, Chapecó,
Blumenau e Xanxerê, tem sucursais em
Criciúma, Caçador e Concórdia. Para
Giovana, um dos diferenciais do SC no
Ar é cobrir bem o esporte, trazendo o
futebol de todo o estado. “O SC no Ar
tem a cara da RIC, com uma cobertura
diversificada que dá espaço para os
vários sotaques catarinenses.”
Aos sábados a RIC apresenta o
principal programa de debate esportivo
da TV catarinense com o Clube da Bola
sob o comando de Polidoro Júnior.
www.ricmais.com.br | 
Ver mais
Tardes de lazer
Cinthia Canziani,
Thiago Freitas
e Bruna Radtke
O Programa Ver mais
vai ao ar em seis
versões diferentes com
apresentadores locais e
pautas exclusivas
:: Um programa de variedades
que discute temas relacionados à
comportamento, moda, educação,
saúde e cultura, além de trazer
novidades para deixar o início de tarde
do telespectador mais agradável. Estas
são as fórmulas de sucesso do Ver
Mais, que estreou na grade da RIC TV
Record em fevereiro de 2008, e hoje vai
 | Rumos da RIC
ao ar diariamente a partir das 13h30,
valorizando as informações regionais
e os grandes eventos. São seis versões
diferentes do programa produzidos
especificamente para cada região do
Estado, com conteúdo local exclusivo,
que inclui reportagens, entradas ao
vivo e entrevistas com convidados
feitas em estúdio.
Uma equipe de seis apresentadores
divulga as atrações logo após as
notícias do Jornal do Meio-dia. Em
Florianópolis, sob comando de Karem
Fabiani; em Joinville, da Evelise Laís;
Bruna Radtke está à frente em Itajaí;
em Blumenau o programa conta
com Cinthia Canziani; Chapecó tem
Thiago Freitas e no Meio-Oeste a
apresentadora é Monica Araldi.
As produções do Ver Mais
trabalham integradas, quando um tema
regional tem relevância estadual, todas
as praças colaboram para compor a
pauta. Um exemplo é o Festival de
Dança de Joinville, que acontece todos
os anos no mês de julho. Os destaques
do evento são transmitidos para todas
as regiões de atuação da emissora.
O gerente de jornalismo da RIC TV
Record Florianópolis, Marcos Giraldi,
conta que o programa produzido
na Capital está em um momento
de reconstrução com a chegada da
jornalista Karem Fabiani, há cinco
meses. “Na parte editorial introduzimos
mais reportagens, mais debates,
estamos trazendo uma série de assuntos
atuais para o telespectador. Por isso
Evelise Laís,
Monica Araldi e
Karem Fabiani
e informação
temos recebido um feedback positivo do
telespectador”, afirma Giraldi.
Os apresentadores têm um papel
fundamental na relação com o público
que vai além do espaço do programa. O
jornalista Thiago Freitas, por exemplo,
promove e participa dos principais
eventos de Chapecó. “Não sigo horários
de trabalho, cumpro atividades”,
explica Thiago, que às sextas-feiras, por
exemplo, começa de manhã e termina o
trabalho já de madrugada.
“É um desafio manter a qualidade
com tantas horas de programação. Só
é possível pela experiência da equipe,
pelo comprometimento que temos com
a cidade e pelo suporte dado por toda a
rede”, observa o gerente de jornalismo
da RIC TV Record. “Sem esquecer que
nosso compromisso primordial é pela
qualidade do que está sendo veiculado.”
Em Blumenau, Cintia Canziane
assumiu recentemente o comando do
Ver Mais. A responsabilidade é grande,
mas ela já conta com a experiência de
ter apresentado o programa Vitrine, na
época da Rede SC.
A apresentadora Karem Fabiani
reconhece que, estar à frente do Ver
Mais, é um grande desafio. “São muitas
coisas para estar atenta, a produção, a
pauta. Apresentar o programa acaba
sendo a parte mais fácil. O difícil é
fazer diferente todos os dias, sem
perder a identidade do Ver Mais. O
perfil do nosso telespectador não
mudou, mas houve uma ampliação,
um ganho”, diz Karem. Ela explica que
o atual formato do programa – que já
foi predominantemente uma revista
eletrônica voltada ao público feminino
– hoje interessa a um maior número de
pessoas. Há assuntos factuais, debates,
e valorização da participação telefônica
e por meio do Facebook durante a
exibição, ao vivo.
Entre os quadros do programa, o
que mais gera comentários é o “Pais
e Filhos”, que vai ao ar todas as terças
com a psicóloga Idaira Amoretti. Outro
quadro de sucesso é o “Abrindo o Jogo”,
com um convidado especial de destaque,
que traz assuntos mais polêmicos como
“do que as mulheres gostam?”, “do que
os homens gostam?”, “mulheres que
abrem mão de ter filhos”, “o poder da
mídia social”, entre outros temas.
www.ricmais.com.br | 
Artigo | Bruno Breithaupt
Momento especial
Há 25 anos, temos
a satisfação de acompanhar
o trabalho desenvolvido pelo
Grupo RIC em Santa Catarina.
A missão de bem informar
a população, de transmitir aos
catarinenses uma análise acurada e
imparcial dos acontecimentos, vem
sendo cumprida com excelência,
qualidade e profissionalismo em
todas as mídias de atuação do
grupo.
A Comunicação Social no
Brasil vive um momento especial.
As novas tecnologias e as redes
sociais possibilitaram o acesso
quase instantâneo das pessoas
à informação. Isso exigiu das
empresas uma agilidade ainda
maior, algo que o Grupo RIC,
principalmente com o seu portal de
internet, vem fazendo muito bem.
Recentemente, a presidente
Dilma Roussef sancionou a lei de
nº 12.844/2013, que desonerou
a folha de pagamento de vários
setores da economia brasileira,
entre eles o comércio e as
empresas de comunicação, uma
medida que foi acompanhada pela
Fecomércio SC junto ao grupo que
compõe a Renalegis (Rede Nacional
das Assessorias Legislativas)
da Confederação Nacional do
Comércio (CNC). Essa redução
dos tributos deverá melhorar a
competitividade e fortalecer toda
a cadeia produtiva nacional. No
caso das empresas de comunicação,
 | Rumos da RIC
isso permitirá que elas continuem
se atualizando tecnologicamente,
possibilitando que acompanhem a
evolução das mídias e as utilizem
em seus negócios.
O processo de digitalização das
tevês abertas, do qual o Grupo RIC
foi pioneiro em Santa Catarina, faz
com que qualquer pessoa possa
assistir à programação em seu
celular. Esse é apenas um exemplo
da verdadeira democratização dos
meios de comunicação. As pessoas
têm a opção de escolher livremente
como ter acesso às informações do
seu mundo, do que é importante
em seu dia-a-dia.
No momento em que a RIC
fez uma importante mudança em
sua estrutura de gestão, temos
a certeza de que os princípios
éticos que conduziram a empresa
neste quarto de século serão
mantidos, e que o compromisso
fundamental de levar informação
e entretenimento aos catarinenses
perdurará em todas as ações que a
empresa desenvolver no futuro.
A Fecomércio SC tem sido
parceira do Grupo RIC em várias
iniciativas e projetos, como o
seminário sobre o Pré-Sal, em
2011, e o prêmio Ímpar, em 2012,
e espera prosseguir com essa
união de esforços em favor do
desenvolvimento de Santa Catarina.
Bruno Breithaupt é Presidente
da Fecomércio de Santa Catarina
Rádio
Agilidade a serviço
do ouvinte
Hélio Costa
comanda o
Balanço Geral
nas manhãs da
Rádio Record e o
Cidade Alerta na
RICTV Record
A Rádio Record Santa
Catarina investe em
programação jornalística
que prioriza a interação
com a comunidade
:: No ar desde 2011, na frequência
1.470 AM, a Rádio Record Santa
Catarina vem conquistando ouvintes
em 23 municípios da região da Grande
Florianópolis com o slogan “Notícias
24 horas”. Serviço à população e
interatividade são características
marcantes da emissora, que pode ser
captada em aparelhos convencionais e
pela internet, no portal RIC Mais, onde
é possível conversar via chat com os
jornalistas e apresentadores. Também
é grande a participação do público
por telefone, e-mail e redes sociais. A
maior parte da programação é local,
sem deixar de lado as informações
nacionais e internacionais relevantes.
A agilidade é uma característica
marcante do noticiário da rádio,
que dispõe de uma equipe móvel de
reportagem circulando constantemente.
É o que ocorre, por exemplo, no
programa Record nos Bairros,
que traz flashes ao longo do dia.
“Vivemos a cidade”, resume o diretor
Roberto Bertolin. “A rádio é aberta
ao diálogo com o ouvinte, não é
daquelas engessadas, que só enviam
informações”. A prestação de serviços se
expressa em campanhas como a Record
Social, que abordou temas como doação
de sangue, amamentação, desperdício
de água e violência doméstica.
Um dos destaques da programação
é o Balanço Geral, de Hélio Costa,
que vai ao ar das 6h às 8h com
informações sobre segurança pública,
trânsito, previsão do tempo e temas
comunitários. Às 8h30 entra Polidoro
Júnior com A cidade na Record,
programa de entrevistas e notícias.
Do meio-dia em diante, João Ricardo
Ziert e João Carlos “Badu” Balduíno
apresentam o Esporte Total. A partir
das 14h, Carlos Damião comanda
o Record em Ação, voltado para
informação com análise e opinião. Das
16h às 16h30 é a vez do Painel News,
apresentado por Fabrício Corrêa, com
entrevistas e debates. No esporte, foi
lançada em janeiro uma novidade:
a transmissão de futebol ao vivo em
parceria com a Rádio Figueira e a
Rádio Avaí. À noite, mais esporte e a
retransmissão do jornal da Record
News, com Heródoto Barbeiro.
até
47 %
de aumento da audiência em 2013
Fonte: Ibope Easy Media 3
(Abril a Junho / Maio a Julho 2013)
www.ricmais.com.br | 
jornal
Conteúdo na
medida certa
Depois de reforma gráfica e
editorial, o jornal Notícias
do Dia se firma como o
segundo mais lido na capital
e em Joinville
:: Um
. jornal de apelo popular. Foi com
essa missão que o Notícias do Dia surgiu
há sete anos, circulando de segunda a
sábado na capital Florianópolis e em
Joinville, a maior cidade do Estado. O
atual presidente-executivo do Grupo RIC
SC, Marcello Corrêa Petrelli, foi quem
identificou esse nicho de mercado.
Luís Meneghim, diretor de redação,
lembra que o jornal foi um sucesso
de público já nos primeiros dias. “Era
um projeto muito ousado, voltado
 | Rumos da RIC
principalmente para as classes C e D, e
desde o princípio atraiu a atenção do
leitor.” O periódico, que custava R$ 0,50
na época, chegou a vender quase 10 mil
exemplares avulsos por dia. O Notícias
do Dia, no entanto, logo mudou o perfil.
A ideia era obter mais apelo com o
mercado anunciante e se reposicionar
num mercado no qual chegava um novo
concorrente (atuando no mesmo nicho).
A consolidação do projeto atual
ocorreu a partir do final de 2007,
quando o jornal passou por uma grande
reformulação do seu projeto gráfico e
editorial e passou a vender assinaturas,
ampliando a base de leitores. “As
mudanças foram bem planejadas”, diz
Meneghim. “Fizemos um amplo estudo
para que as progressivas alterações
visuais e de conteúdo agregassem um
novo público, direcionado o jornal para
outras classes sociais sem perder os
leitores que já havíamos conquistado.”
Nessa época foram criadas as editorias
de Economia, Esportes e Segurança,
além do caderno Plural (de cultura
e entretenimento). “Tudo isso sem
deixar de lado o caráter comunitário e
regional”, reforça o diretor.
Identificação local
As mudanças permitiram uma
identificação maior com as cidades
onde o jornal vinha atuando. O Notícias
do Dia se consolidou no atual formato,
sendo um produto hoje que custa R$
1,50 o exemplar.
A resposta do mercado e do público
foi positiva. “Em Joinville, por exemplo,
atingimos mais de 50% da circulação
paga do jornal líder na cidade, que tem
90 anos de história”, afirma Meneghim.
“Importante também é sermos
identificados como o jornal que reflete
os moradores da cidade.” Segundo
a Síntese Pesquisa e Assessoria, a
60,33%
dos leitores dizem que
o Notícias do Dia é o jornal que
melhor entende a comunidade.
O Diretor de Redação Luiz Meneghim
(em primeiro plano à direita) e
equipe: cobertura dos principais
assuntos de Santa Catarina
publicação do Grupo RIC foi considerada
o veículo impresso com o jornalismo
mais confiável (35,95% contra 35,62%
do concorrente) e o jornal que melhor
atende a comunidade (60,33%
contra 21,17%).
O slogan adotado – “O melhor para
quem vive a cidade” – reflete sua grande
força, o foco na cobertura local. “Temos
influência, qualidade de jornalismo e
credibilidade”, afirma Meneghim.
A sinergia com outros veículos do
Grupo enriquece bastante o jornal,
seja com os colunistas locais, com a
integração entre as redações ou com
agilidade conquistada com o lançamento
do ND Online. “O Notícias do Dia é um
jornal completo.”
Especiais
Além da cobertura do dia a dia das
cidades, o jornal incorporou reportagens
aprofundadas em especiais que
resgatam a memória local e as vivências
históricas da população catarinense. Um
exemplo foi a série sobre os 100 anos
da Guerra do Contestado, conflito que
marcou a região Oeste de Santa Catarina.
Os fatos ocorridos nos campos de
batalha foram resgatados em 12 páginas
de reportagens. Em Joinville, a história
de 44 empresas e seus empreendedores
pioneiros está sendo registrada em
especiais publicados entre maio e
outubro de 2013. No Vale do Itajaí, os 30
anos das enchentes que em meados da
década de 1980 devastaram a região foi
recontada pelas pessoas que passaram
pela tragédia.
Com tiragem auditada pelo IVC
(Instituto Verificador de Circulação),
o Notícias do Dia atinge hoje
aproximadamente 70 mil leitores por
dia nas regiões onde circula.
www.ricmais.com.br | 
Artigo | Joares Ponticelli
Suporte à democracia
A comunicação é um
instrumento de integração,
instrução e desenvolvimento
social. Uma democracia apenas
é possível com o livre fluxo de
informações entre os diversos
setores da sociedade.
Para isso precisamos de
uma imprensa independente e
comprometida com os valores
sociais. O cidadão precisa estar
bem informado para participar do
processo democrático e contribuir
na transformação do país e de nossa
sociedade. É de posse da informação
que ele consolida seu poder.
Em Santa Catarina, há 25 anos
a sociedade conta com os serviços
do Grupo RIC para se manter bem
informada. Nos mais variados
veículos e nas mais variadas
tecnologias, o cidadão catarinense
pode ouvir e também ser ouvido.
Suas ideias, desejos e problemas
do dia a dia são expostos e
discutidos.
O Grupo RIC e seus
profissionais, liderados pelo
visionário Mário Petrelli e seu
filho Marcello Petrelli, deixam sua
marca na comunicação catarinense
e do Brasil. A criatividade e o
talento dos comunicadores do
Grupo RIC são exemplos para
nosso estado e país.
Joares Ponticelli, Deputado
pelo PP, é Presidente da Assembleia
Legislativa de Santa Catarina
ARTIGO | DANIEL ARAÚJO
Transparência e profissionalismo
Quando o assunto
é Comunicação Social,
o telespectador catarinense,
que é também leitor, ouvinte e
internauta, tem muitos motivos
para se orgulhar.
A propaganda de Santa Catarina
cresce mais que a média nacional
há pelo menos dez anos. E não é
pouca coisa, não. O Brasil possui
a quinta melhor publicidade do
mundo! Não à toa, o estado chegou
 | Rumos da RIC
até aqui. Com o apoio de um Grupo
referência em mídia regional, que
gera conhecimento, interage, produz
e distribui conteúdos e informações
relevantes para nossa gente,
vivemos hoje um bom momento
dentro do cenário brasileiro.
Encontramos na RIC, a
transparência e o profissionalismo
necessários para garantir
visibilidade e credibilidade
aos nossos negócios, gerando
resultados para os clientes e
fortalecendo a economia local.
Parabéns ao novo presidente
executivo Marcello Petrelli pelos
25 anos do Grupo RIC. Daniel Araújo é Presidente
da ABAP/SC (Associação Brasileira
das Agências de Publicidade) e da
D/Araújo Comunicação record news
58 %
é o porcentual de
telespectadores da classe AB na
Record News em SC.
Fonte: Ibope MWP (março 2012)
Espaço nobre
Pioneira na transmissão
de jornalismo 24 horas,
a Record News SC atinge
uma audiência qualificada
em 63 cidades
:: A Record News Santa Catarina é
a única emissora de TV aberta do
estado que veicula informação 24
horas por dia. No ar desde 2008, ela
é gerada a partir de Florianópolis e
sua cobertura abrange 63 municípios,
com 4,03 milhões de telespectadores
potenciais e 1,3 milhão de domicílios
atingidos. O canal abre amplo espaço
para o conteúdo regional, a exemplo
das demais mídias do Grupo RIC.
Também transmite notícias nacionais
e internacionais da Record News, líder
de audiência entre os canais do gênero,
com cobertura para mais de 80 milhões
de espectadores potenciais e 23
milhões de domicílios atingidos.
Uma característica que torna
a Record News SC atrativa para o
mercado publicitário é a flexibilidade,
como destaca o diretor executivo
Cláudio Vieira: “Não comercializamos
apenas blocos de 30 segundos,
temos condições de suprir as
necessidades dos anunciantes com
diversos formatos”. É possível veicular
programas terceirizados com foco em
públicos segmentados – como o Pão e
Vinho, sobre gastronomia e viagens,
e o Cases, um talk show que combina
entrevistas com empresários de
sucesso e informações sobre educação
na gestão de negócios.
O perfil do público da emissora é
qualificado: 63% da audiência são de
classe AB e 37% de classe C. A maioria
dos telespectadores é formadora de
opinião: 51% estão na faixa etária de 25
a 49 anos e 37% têm mais de 50 anos.
Entre os destaques da programação
estão o programa Visão Geral, sobre
política, cultura, cotidiano e esportes;
o Magazine News, revista eletrônica de
variedades; o Educação e Cidadania;
o Economia News; o Primeira Página
e o Giro Policial. O canal também faz
Heródoto Barbeiro, apresentador
nacional da Record News
coberturas especiais dos principais
eventos no estado, como os Jogos
Abertos de Santa Catarina. Em 2012, foi
a única emissora que transmitiu ao vivo
a competição esportiva.
Sucesso de público e crítica, a
Record News SC recebeu em 2011 o
prêmio Top de Marketing da Associação
dos Dirigentes de Vendas e Marketing
do Brasil – ADVB/SC. Em 2012, o canal
inaugurou a transmissão digital na
capital catarinense e tem plano de
expandi-la no decorrer deste ano para
outras regiões do estado.
Canais da
Record News em
Florianópolis
06 SINAL VHF
6.1 SINAL DIGITAL
07 NET
06 Via Max
23 TVA
550 Oi TV DIGITAL
115 Claro TV
134 GVT TV
www.ricmais.com.br | 
Internet
Colaborativo
e agregador
33 %
é o crescimento médio do número
de usuários únicos do portal.
Fonte: Google Analitics (Junho 2013)
Alexandre Gonçalves
e equipe do
RIC Mais SC:
integração e
interatividade
Integração de mídias,
participação do público
e conteúdo local
independente fazem parte
da estratégia do grupo RIC
na internet
:: A internet passou a ter importância
estratégica para a RIC a partir de 2011,
quando ganhou corpo a proposta de
construir um portal agregador de todo
o conteúdo produzido pelo grupo –
um “guarda-chuva” para a televisão,
o jornal, as revistas e o rádio. Nasceu
assim o projeto do RIC Mais, um portal
de acesso gratuito que potencializa e
integra as diversas mídias do Grupo
 | Rumos da RIC
RIC, valorizando sempre os conteúdos
regionais. Lançado no final de 2012,
o portal conquistou rapidamente o
público online, atraindo a audiência
que já acompanhava a RICTV com a
veiculação na web das reportagens
produzidas pela TV. Atualmente são
publicados cerca de 500 vídeos por dia.
O desenvolvimento do projeto
envolveu equipes em Santa Catarina e
no Paraná. “O RIC Mais reposicionou a
empresa em relação ao conteúdo online
e ampliou sua visibilidade tanto para o
público externo quanto para o interno”,
avalia o gestor de produtos de internet
do Grupo RIC em Santa Catarina,
Alexandre Gonçalves. “O importante
no desenvolvimento do RIC Mais é que
houve uma integração do grupo, mas
respeitando as características de cada
estado. Temos com isso dois grandes
portais, independentes e gerando
conteúdo de qualidade nos dois
Estados”, diz o gerente.
Para desenvolver um produto
inovador a partir da convergência
de diferentes mídias, o Grupo RIC
aposta na participação do internauta
e em parcerias com produtores de
conteúdo independentes que também
possam ficar sob o guarda-chuva do
portal. “É impossível estar na internet
e estar fechado em si quando se trata
de conteúdo. Os veículos do Grupo
produzem conteúdos relevantes, mas só
temos a ganhar quando abrimos portas
para a entrada de outros produtos de
conteúdo”, acredita Gonçalves.
Neste contexto colaborativo, um
dos destaques é a ferramenta Eu
Sou o Repórter, uma clara aposta no
potencial do jornalismo cidadão. Por
meio deste canal, o público pode enviar
com facilidade textos, fotos, vídeos e
áudio para os editores do portal. As
informações são checadas e publicadas
na área de interatividade do RIC
Mais. O material também é enviado
para editores e produtores da TV, do
jornal e da rádio. “A ferramenta é um
grande sucesso. Recebemos muitas
participações diariamente, que incluem
desde flagrantes de trânsito até
cobranças por melhorias de ruas, entre
outros assuntos”, diz Gonçalves.
Junto com o lançamento do portal
RIC Mais, o Grupo RIC SC também
investiu em conteúdo hiperlocal através
do ND Online, site do jornal Notícias
do Dia. Inicialmente, o ND nasceu
vinculado às redações do jornal em
Florianópolis e em Joinville. Em 2012
foram lançados o ND Vale e o ND Oeste,
ampliando a área de cobertura. “O
conceito por trás destes canais é focar
na oferta de conteúdo hiperlocal, com
capas próprias e noticiário de interesse
da comunidade local e colunistas
identificados com cada região”.
O mais recente lançamento do
Grupo RIC na internet é o ND Esportes,
um site dedicado ao conteúdo esportivo
criado em 2013 em uma parceria
com o Lance!NET, o braço digital do
diário Lance!. “Temos uma página
personalizada para destacar as notícias
de Santa Catarina e cada um dos NDs
tem sua própria capa com conteúdos de
interesse do público da região”, detalha
Gonçalves. Agregado ao conteúdo local,
o site apresenta material do Lance!NET
em diversas modalidades em tempo
real. Outra novidade implantada
em 2013 foi o novo site da Rádio
Record AM 1470, que ganhou mais
interatividade, além de um aplicativo
que permite ao ouvinte acompanhar a
rádio ao vivo pelo celular.
Navegue pelos
canais online
do Grupo RIC SC
RIC Mais:
www.ricmais.com.br/sc
ND Online Florianópolis:
www.ndonline.com.br/florianopolis
ND Online Joinville:
www.ndonline.com.br/joinville
ND Online Vale:
www.ndonline.com.br/vale
ND Online Oeste:
www.ndonline.com.br/oeste
ND Esportes:
www.ndonline.com.br/esportes
Rádio Record AM 1470:
www.ricmais.com.br/sc/radiorecord
www.ricmais.com.br | 
perfil
Uma vida
atrás das
lentes
Com 24 anos de casa,
Roberto Motta começou
como motorista e hoje
é uma referência entre
os operadores de
câmera da RICTV Record
:: Em mais de duas décadas de
carreira como operador de câmera,
Roberto Alves Motta já cobriu
enchentes, crimes violentos e outros
fatos que exigiram equilíbrio e
autocontrole, mas nenhuma situação
foi tão séria quanto a que passou no
Terminal de Integração do Centro
(Ticen), em Florianópolis. Pouco tempo
depois da inauguração do terminal de
ônibus, um coletivo havia atropelado
uma passageira que esperava pelo
embarque. Quando o cinegrafista
chegou ao local, a Polícia Militar não
permitiu que ele registrasse a cena da
 | Rumos da RIC
mulher caída na pista. Ele continuou
gravando, mas foi jogado no chão pelos
PMs e escapou de ser preso porque
os demais passageiros intervieram.
“As fotos daquela ação truculenta
foram parar no site do Sindicato dos
Jornalistas Profissionais de Santa
Catarina e correram o Brasil como
um exemplo do que não deve ser feito
em relação ao trabalho da imprensa”,
lembra Motta. Mais tarde, a corporação
lhe pediu desculpas pelo ocorrido.
Funcionário mais antigo do Grupo
RIC, Motta foi admitido como motorista
em 9 de janeiro de 1989, quando a
TV O Estado era vinculada ao Sistema
Catarinense de Comunicações (SCC) do
empresário Roberto Amaral. Na época,
a tevê retransmitia a programação do
SBT e mantinha uma pequena equipe
de telejornalismo em Florianópolis,
onde uma repetidora localizada na
avenida Mauro Ramos produzia
o material que seria veiculado na
matriz, em Lages. “Éramos apenas seis
funcionários”, conta. Como era habitual
na época, ele também fazia a função
de iluminador nas reportagens, além
de ajudar o repórter com o microfone.
Hoje, a situação mudou muito e
os equipamentos estão bem mais
sofisticados, conferindo mais rapidez
e agilidade às coberturas. “O VHS deu
lugar ao HD, e eu aprendi muito com
isso”, diz ele.
Natural de Bocaina do Sul, na Serra
catarinense, Roberto Alves Motta
se mudou cedo para Florianópolis.
Como cinegrafista, seu companheiro
de jornada era o jornalista Anildo
Pereira, com quem chegou a viajar
para São Paulo, Rio de Janeiro e até
Canadá, na época em que Esperidião
Amin era governador do Estado,
em missões oficiais. “O trabalho me
permitiu conhecer outros estados
e países e suas culturas diferentes
da nossa”, destaca. Respeitado pelos
colegas e pela direção da empresa,
Roberto Motta ainda tem pelo menos
cinco anos de trabalho antes de se
aposentar. Nas folgas do expediente,
mesmo se considerando muito
caseiro, gosta de passear com a
família, conhecendo pontos da Ilha de
Santa Catarina onde ainda não esteve.
Artigo | Alaor Francisco Tissot
Comunicação e interação
O desafio da comunicação
no século 21 supera o uso da
tecnologia e as indagações
sobre que caminhos seguir.
Cabe aos gestores e
comunicadores irem além. Pensar no
aperfeiçoamento tanto da tecnologia
quando do capital humano, buscar
alternativas, adaptar-se aos novos
meios que surgem e inovar. Estes são
alguns dos pontos que fazem parte
dos questionamentos da era
da informação e por que não
dizer da interação.
Hoje não se tem uma ponta
sozinha. Não se pode pensar em
imprensa escrita e falada como
fazíamos no século passado.
As redes sociais bateram à nossa
porta e vieram para transformar o
mundo com sua interatividade. Os
grandes jornais se adaptaram, assim
como as grandes emissoras de rádio
e televisão e a transformação está
na palma das nossas mãos.
Enquanto antes a produção
de conteúdo era unilateral, hoje
é de todos os lados e aí que entra
a responsabilidade de um grande
grupo como a RIC. A RIC ganhou
espaço e se consolidou como um
grande e abrangente grupo de
comunicação no Sul do Brasil.
Só temos que parabenizar esta
emissora e seus dirigentes pelo
trabalho realizado, pelas causas
abraçadas e pelas iniciativas que
fazem da empresa um grande
diferencial para o mercado de
comunicação.
Alaor Francisco Tissot é
Presidente da Facisc (Federação
das Associações Comerciais
de Santa Catarina)
Artigo | Sergio Alexandre Medeiros
Credibilidade é diferencial
A facilidade de acesso
aos diversos meios de
comunicação, disponíveis hoje
colaboraram para a formação
de um público cada vez mais
informado, qualificado e
exigente.
Hoje a mídia se apresenta em
diversas plataformas: impressa,
eletrônica, portais e celulares,
dentre tantas possibilidades.
A ampliação do acesso à internet,
o crescimento da televisão
aberta e o avanço das tevês por
assinatura contribuíram para a
democratização do conhecimento.
Atualmente, mais do que a busca
da audiência pela audiência, é
preciso prender a atenção do leitor,
do telespectador, do internauta. A
fidelidade está cada vez mais difícil
de ser conquistada, pois as muitas
opções que o leitor/internauta/
ouvinte/espectador possui crescem
na mesma velocidade das rápidas
transformações.
Neste momento, o diferencial
para o veículo de comunicação é a
credibilidade, a cobertura dos fatos
com isenção, o entretenimento
com transmissão de conteúdos que
destacam o crescimento pessoal e a
valorização do conhecimento.
Aos 25 anos de atuação em
Santa Catarina, o Grupo se mostra
coerente com o compromisso
de atender as expectativas do
público, pois em todos os veículos
da rede a proposta de informar,
entreter e educar está ligada a uma
forte atuação comunitária e de
responsabilidade social.
A evolução do Grupo e sua
crescente participação no mercado
revelam que o futuro reserva uma
trajetória de muitas conquistas
e merecido lugar de destaque no
coração dos catarinenses.
Sergio Alexandre Medeiros é
Presidente da Federação das
Câmaras de Dirigentes Lojistas de
Santa Catarina (FCDL/SC)
www.ricmais.com.br | 
multiplataforma
Sintonia
com o
mundo
jovem
Baseada na revista its, a
plataforma jovem do Grupo
RIC abrange seis canais de
conteúdo direcionado aos
adolescentes
:: Levar informação, entretenimento,
65 mil
exemplares é a tiragem mensal
da revista its em Santa Catarina.
 | Rumos da RIC
cultura e educação de qualidade
a jovens de 12 a 19 anos é o
foco editorial da revista Its, uma
iniciativa mercadológica inédita
em Santa Catarina por contar com
uma plataforma de comunicação
que utiliza várias mídias para se
relacionar com seu público. A
publicação, que já existia desde 2004,
passou a ser elaborada em parceria
com o Grupo RIC a partir de 2007 e,
em 2010, foi incorporada à Rede. Nos
últimos dois anos, ela se consolidou
como a maior revista catarinense
em tiragem e abrangência: sua
edição mensal, com 60 páginas e
56 mil exemplares em média, tem
distribuição gratuita em 1.350 escolas
dos 295 municípios do estado.
Incorporando a linguagem e as
demandas dos adolescentes, a Its tem
uma proposta inovadora que integra
seis canais distintos: revista impressa,
televisão (um programa semanal
veiculado aos sábados em Santa
Catarina e no Paraná), rádio (programa
em sete estações da Rede Jovem
Pan SC), jornal (caderno encartado
às sextas-feiras no Notícias do Dia),
portal na internet e canal Its Promo
(também na web, voltado para eventos
e promoções). Assim, as informações
– quer sejam de cultura, saúde,
literatura, esportes ou comportamento
– são distribuídas simultaneamente em
várias mídias, que atuam de maneira
complementar.
Equipe do Its de
Santa Catarina
“Nosso objetivo é colaborar com
a formação dos jovens de forma
responsável, por meio de conteúdo
de qualidade e com uma linguagem
adequada”, diz o diretor da Its, Riadis
Dornelles. “Um conceito-chave é o
protagonismo juvenil. Queremos
formar pessoas com senso crítico”,
enfatiza. Essa linha editorial é aprovada
não só pelos adolescentes, como
também por pais e professores. Em
diversas escolas, a publicação tem sido
utilizada como ferramenta de apoio em
atividades pedagógicas. Um exemplo é
o caderno de músicas traduzidas, muito
usado nas aulas de inglês. Dornelles
cita ainda uma escola de Tubarão que
está remodelando a biblioteca graças
à revista: cada estudante que a lê
contribui com algum dinheiro para a
compra de livros.
O reconhecimento pela qualidade
editorial e pela inovadora abordagem
crossmedia também vem do mercado
especializado. Em 2010, a Its ganhou
o Top de Marketing da Associação
de Dirigentes de Vendas e Marketing
do Brasil – ADVB/SC e, em 2011, foi
contemplada com o Prêmio Anatec, da
Associação Nacional dos Editores de
Publicações. Dialogar com os leitores
faz parte do cotidiano dos jornalistas
que geram conteúdo para a plataforma,
tanto presencialmente como por meio
das redes sociais. Em algumas cidades
existem Grêmios Estudantis da Its
(GRITs), que se reúnem uma vez por
trimestre para avaliar a programação.
A página no Facebook, com quase 20
mil seguidores, é outro espaço bastante
utilizado para elogios, críticas e
sugestões de pauta.
Promover eventos é uma parte
importante da estratégia de divulgação
da plataforma jovem do Grupo RIC.
Entre eles, destacam-se o Its my way,
um show de talentos musicais; o
Desafio do Conhecimento, uma grande
gincana sobre conhecimentos gerais;
e a Invasão Its, evento itinerante anual
que percorre 22 cidades catarinenses
com diversas atrações voltadas aos
jovens. Eventos esportivos globais
também são boas oportunidades para
reforçar o vínculo com o público:
em 2012, durante as Olimpíadas de
Londres, a Its lançou uma edição
especial com 72 páginas e 150 mil
exemplares – a maior tiragem de uma
revista na história do mercado
editorial catarinense.
Entre as novidades previstas
para 2013 estão a criação de grêmios
estudantis online e do primeiro
clube de vantagens para o público
jovem do Sul do país. De acordo
com o diretor da Its, esse clube irá
funcionar no portal da revista e
provavelmente terá um aplicativo para
divulgar as promoções via telefone
celular, integrado às redes sociais.
Também este ano será implantado um
conselho editorial de dez membros,
todos de fora da empresa. A ideia
é enriquecer o conteúdo editorial
e publicitário, incorporando temas
como responsabilidade social, ética e
preparação para a vida profissional.
www.ricmais.com.br | 
revistas
Aposta na
segmentação
800 mil
é o número estimado de leitores
das revista da série CidadeÉ.
Prêmios
Top de Marketing da ADVB SC:
• Its (2010)
Prêmio ANATEC:
• IMPAR (2010)
• Its (2011)
• Show me (2012)
 | Rumos da RIC
Com qualidade editorial
e títulos diversificados,
a divisão de revistas
abre novos mercados
para a mídia impressa
no Grupo RIC
:: As revistas publicadas pela RIC
Editora complementam a plataforma
multimídia da empresa ao ocupar, com
sucesso, nichos editoriais ainda pouco
explorados. Desde 2007 o grupo edita
o anuário IMPAR – Índice de Marcas
de Preferência e Afinidade Regional,
destinado ao mercado de marketing
empresarial, e a Its, de circulação
mensal, voltada para adolescentes.
Nos últimos dois anos, foram lançados
mais seis títulos, com foco em turismo
e nas realidades dos municípios
de Santa Catarina. A qualidade dos
produtos conquistou o reconhecimento
de leitores e especialistas – foram
quatro prêmios nos últimos três anos
– e também se reflete no aumento
da receita: em 2012, o segmento de
revistas passou a representar 2,9% do
faturamento da Editora Notícias do Dia,
do Grupo RIC, um aumento de 108,6%
em um ano. Até o fim de 2013 essa
participação deve crescer para 3,7%
do faturamento.
“Esse segmento se consolidou para
a RIC, não é mais apenas uma aposta
de mercado”, afirma o coordenadorgeral de revistas do grupo, Victor
Carlson. “A prova disso é que estamos
planejando lançar novos títulos,
aumentar as tiragens e agregar novas
cidades”. A série de revistas “CidadeÉ”
tem distribuição gratuita nas datas
comemorativas de aniversário dos
principais municípios catarinenses:
Florianópolis, Joinville, Blumenau,
Itajaí, Balneário Camboriú e Chapecó.
Suas pautas são voltadas para o
público local. “Apresentamos a cidade
aos seus moradores, com um panorama
das questões urbanas, econômicas,
ambientais, culturais e esportivas
que envolvem a comunidade”, explica
Carlson. “Este ano vamos focar
nos personagens das cidades em
diversos contextos.” De olho em novos
segmentos, a empresa também lançou
este ano edições voltadas à indústria e
ao setor náutico.
Por sua vez, a revista Show Me,
com 164 páginas coloridas, é voltada
para o público turista que vem passar
férias de verão em Santa Catarina. A
edição anual é distribuída duas vezes
durante o verão e fica disponível
gratuitamente aos hóspedes dos
principais hotéis e pousadas do litoral.
Lançada na temporada 2011/2012, a
publicação passou a ocupar um espaço
editorial até então inexistente. Para
seu desenvolvimento, foram utilizadas
referências de revistas já consagradas,
bem como informações de uma
pesquisa com turistas que visitaram o
litoral catarinense, com idade entre 20
e 75 anos, das classes A e B.
A cada ano, a Show Me é lançada
em duas versões: Florianópolis e
Balneário Camboriú. Parte do conteúdo
de cada revista é exclusiva para a sua
região, mas ambas apresentam pautas
em comum sobre locais turísticos de
outras regiões do estado. Seus blocos
de conteúdo contemplam atrações
específicas de cada cidade (seção
Bem-Vindo), pequenas viagens para
outras regiões do estado (No Roteiro),
gastronomia (No Cardápio), produtos
típicos da cultura e do comércio
locais (Na Bagagem) e sugestões para
planejar uma próxima visita ao estado
(Volte Sempre). Boa parte dos leitores
é composta por famílias, para as quais
há várias informações de serviço,
como dicas de compras, restaurantes
e lugares onde levar as crianças.
Também há reportagens destinadas
aos apreciadores de aventura, como
roteiros de trilhas, cicloturismo e
esportes náuticos.
Criada em 2007, a revista IMPAR
tem circulação anual, gratuita
e dirigida nos estados de Santa
Catarina e, desde 2009, também no
Paraná. A publicação se destina a
gestores, profissionais de marketing
e de comunicação das empresas
que necessitam conhecer com
profundidade os consumidores de
seus produtos e serviços. O principal
conteú­do da revista, sem similar no
mercado brasileiro, é uma pesquisa
realizada pelo Ibope Inteligência, que
aponta as marcas mais lembradas e
preferidas dos dois estados sulistas.
“Perguntamos sobre as marcas que o
consumidor lembra e as marcas que
ele prefere. O cruzamento entre essas
duas respostas gera um novo índice,
o IMPAR, que aponta a afinidade com
as marcas”, diz o coordenador geral
do projeto, Nilton Pinto Aquino. Outro
diferencial da pesquisa, realizada em
oito regiões de Santa Catarina e em
quatro do Paraná, é a possibilidade
de utilizar os resultados de forma
personalizada conforme a localização.
“A IMPAR é uma ferramenta que ajuda
a complementar a compreensão sobre
como está a marca de uma empresa
no mercado destes dois estados”,
completa Aquino.
www.ricmais.com.br | 
Artigo | Rosa Senra Estrella
Por uma escolha
mais eficaz
Muitas empresas recorrem a
processos de concorrência para
a escolha de uma agência de
propaganda.
Em princípio, pode parecer
tentador para o anunciante colocar
várias equipes para trabalhar para
a sua marca, avaliar a criatividade
de cada uma e descobrir até
onde estão dispostas a ir para
atendê-lo. O problema é que
na grande maioria das vezes as
concorrências não passam de
um espetáculo para encantar e
conquistar uma conta.
Uma estratégia de comunicação
que gera resultados vai além de
uma bela sacada criativa. Ela deve
estar baseada num planejamento
bem costurado que, de preferência,
tenha em vista um trabalho de
branding de médio e longo prazo.
Por isso, antes de iniciar um
processo muitas vezes desgastante
para escolher um parceiro tão
estratégico, o anunciante deve
prestar atenção no trabalho que
as agências já estão fazendo para
os seus clientes atuais, conhecer
seus cases, filosofia e profissionais.
Se ainda sim tiver dúvidas, deve
seguir as orientações do Guia de
Concorrências Privadas que o
Sinapro/SC acaba de lançar.
Agindo de forma ética e
profissional, todos só têm a ganhar.
Rosa Senra Estrella é PresidenteExecutiva do Sinapro/SC
(Sindicato das Agências de
Propaganda de Santa Catarina)
ARTIGO | Pedro Peiter
Visão estratégica
Há 25 anos, Santa Catarina
ganhava uma rede de
comunicação, resultado do
espírito empreendedor de
Mário Gonzaga Petrelli.
Determinado e arrojado, o
empresário apostou no potencial
do mercado de comunicação
catarinense que, segundo
levantamento do trade e do
Instituto Mapa, movimentou
mais de R$ 1 bilhão em 2011,
além de ser responsável pela
manutenção de quase oito mil
empregos diretos no Estado.
 | Rumos da RIC
Marcada pelo profissionalismo
e compromisso com a
sociedade barriga-verde, a Rede
Independência de Comunicação,
por meio de suas plataformas,
oferece um serviço de qualidade,
tornando-se uma das referências
consolidadas em todo o país. É
uma honra para a Associação
Catarinense de Emissoras de
Rádio e Televisão – Acaert – ter o
Grupo RIC como associado.
E, agora, no momento em
que haverá a transferência da
presidência do Grupo, destacamos
a visão estratégica do empresário
Marcello Corrêa Petrelli, que traz
um legado exemplar da família.
Portanto, em nome da
diretoria e dos associados da
Acaert, desejamos sucesso e que o
Grupo RIC continue atuando com
responsabilidade, o que garantirá
o enfrentamento das demandas do
futuro do mercado de comunicação
brasileiro.
Pedro Peiter é presidente Acaert
(Associação Catarinense de
Emissoras de Rádio e Televisão)
ARTIGO | Glauco Côrte
Serviço
de relevância
Sob o comando de Mário
Petrelli, o Grupo RIC se
destacou nos mercados de
comunicação catarinense
e paranaense pelo foco no
conteúdo regional.
Ao debater e divulgar as
questões que preocupam as
comunidades, a RIC cria um forte
vínculo com seu público e presta
um serviço de grande relevância.
Ao adotar essa estratégia, o
grupo se aproximou do Sistema
Fiesc, uma das entidades com
maior capilaridade no estado.
Posso dar o meu testemunho da
importância da mídia regional,
a partir dos contatos com os
industriais de todas as regiões
do estado. Claro que as notícias
nacionais e internacionais são
importantes para quem toma
decisão. Mas o primeiro contato, ao
buscar informação, o empresário
faz com a fonte de informação local.
Por isso, consideramos positiva
a iniciativa do Grupo RIC de
reforçar cada vez mais sua atuação
pela regionalização do conteúdo. Glauco José Côrte,
Presidente do Sistema Fiesc
ARTIGO | Luiz Vicente Suzin
Comunicação e cooperativismo
Questionar a importância da
comunicação de massa em
qualquer atividade é contrariar
o óbvio. Nós do Sistema
Cooperativo temos uma missão
diferenciada ao tratarmos a
comunicação.
Nossos clientes são os donos do
negócio e, como tal, precisam estar
sempre abertos, transparentes e
lincados com o público, que são os
associados das cooperativas. Por
esta razão temos necessidade de
participar e nos utilizar dos veículos
de comunicação. Na maioria
das vezes somos cerceados pela
ausência de recursos financeiros
para isso – aí vêm as parcerias.
O controle das empresas de
comunicação no Brasil já foi bem mais
concentrado. Em Santa Catarina, a
situação também seguia esse rumo.
De tempos para cá a concorrência
nessa área se estruturou. O caso
do Grupo RIC é o exemplo. A
perseverança do empresário Mário
Gonzaga Petrelli é o maior legado para
o mercado catarinense.
A concorrência sempre foi salutar.
Quem está no topo, geralmente não
gosta de perder pontos no curto
prazo, mas no longo prazo todos
sabem que é importante distribuir os
ônus e bônus do processo.
Em Santa Catarina, devemos a
relativa diversificação nos meios de
comunicação à família Petrelli, que
com espírito empresarial e interesse
comunitário participa ativamente
desse processo.
Nós do cooperativismo, que
precisamos da comunicação na
nossa atividade, agradecemos.
Luiz Vicente Suzin é Presidente
da Fecoagro (Federação das
Cooperativas Agropecuárias do
estado de Santa Catarina)
www.ricmais.com.br | 
depoimentos
Imagem
pública
 | Rumos da RIC
O que dizem algumas
das principais lide­ranças
brasi­leiras sobre o
trabalho de Mário Petrelli
e do Grupo RIC
“A RIC Record vem se afirmando
com competência no ramo da
comunicação, em Santa Catarina.
Marcello tem o DNA da experiência,
da memória, da criatividade e da
capacidade de trabalho de seu pai,
Mário Petrelli. Ambos se completam.
É o binômio vencedor: pai, filho e
espírito da comunicação.”
Luiz Henrique da Silveira, Senador
“Operoso. Criativo e determinado nos seus objetivos. Durante anos
e anos esteve muito ligado ao Bradesco. Surgiu, pela Cia. Boa Vista
de Seguros, propondo-nos utilizar a rede bancária para propagar seguro
popular. De cara, tinha sentido.”
Lázaro Brandão, Presidente do Conselho de Administração do Bradesco, em depoimento concedido em 31/07/2009
“Mário Petrelli é mais do que um empresário, é um homem público,
pelo extenso trabalho de relacionamentos que desenvolve em
benefício dos interesses de Santa Catarina. Creio que a fundação
do Grupo RIC teve esse propósito: criar mais uma empresa objetivando
fortalecer o sistema de comunicação social para os catarinenses.”
Fernando Marcondes de Mattos, empresário e proprietário do Resort Costão do Santinho
“O jornalismo desenvolvido pela RIC é indispensável para
que possamos ter também a opinião isenta de tudo o que
acontece em nosso estado. Tenho o prazer de conhecer e
conviver com o dr. Mário Petrelli há mais de 30 anos. Ele é, sem
dúvida, o maior empresário de comunicação de Santa Catarina.”
Cesar Souza, comunicador
www.ricmais.com.br | 
depoimentos
“O Grupo RIC, com sua estratégia de
regionalização da comunicação em Santa
Catarina, promoveu a integração, estabeleceu um
elo virtuoso e realçou as ricas diversidades do nosso
estado. O dr. Mário Petrelli, com sua inteligência,
empreendedorismo e visão construiu um grupo
dinâmico, com forte identidade.”
Cesar Gomes Junior, Presidente da Portobello
“O Grupo RIC é
de fundamental
importância para
Santa Catarina, para
que tenhamos sempre
liberdade de expressão e
multiplicidade
de enfoques sobre
a realidade.
A responsabilidade
disso vem do Mário
Petrelli, que imprimiu na
empresa a visão liberal
que ele tem do mundo,
marcas fundamentais
para a continui­­dade
do Grupo.”
Esperidião Amin,
Deputado Federal
“Admiro a história de Mário Petrelli. Tudo de que participa faz com
rara competência, sendo um líder nato de caráter extraordinário e
capacidade de construir admirável. Tem grande interação com todos os
setores da vida brasileira, em especial em Santa Catarina onde se tornou
um ícone.”
Mauro César Batista, Presidente da ANSP (Academia Nacional de Seguros e Previdência)
“Mário Petrelli é um idealizador seguro de suas ações, por quem tenho
muito carinho e admiração, principalmente por seu elevado grau de cultura.
Em todas as atividades que desenvolveu, sempre foi um homem de sucesso, desejo
que nesta nova empreitada ele tenha pleno êxito e felicidade.”
Antônio Koerich, Presidente das Lojas Koerich
 | Rumos da RIC
“Conheço o Mário Petrelli mais como um
segurador do que como um homem da
comunicação. Mas acompanhando os últimos
anos, percebo o quanto preservou a seriedade e a
lisura do Grupo RIC no Paraná e em Santa Catarina,
garantindo uma qualidade extraordinária. Hoje ele
entrega com sabedoria a condução do Grupo aos
filhos Marcello e Leonardo.”
Nilton Molina, Presidente do Conselho de Administração
da Mongeral Aegon – Seguros e Previdência
“Saúdo Mário Petrelli pelo sucesso
alcançado no comando do Grupo RIC, que
se constitui atualmente em um dos maiores
conglomerados do setor. Como todo líder
nato, Petrelli destacou-se também em outras
atividades, como o mercado segurador, que
ajudou a consolidar nas últimas cinco décadas.”
Marco Antonio Rossi, é Presidente do Grupo Bradesco Seguros e da
Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais (CNSeg)
“A RIC é uma empresa exemplo por defender
os interesses de Santa Catarina, valorizar seus
profissionais, informar a sociedade sobre seus
direitos e deveres, sempre com ética e qualidade.
Quem conhece Mário Petrelli sabe que ele é um
construtor de soluções, mesmo quando grandes
problemas precisam ser resolvidos.”
“O Grupo RIC veio
para inaugurar
uma nova relação
com a comunidade a
partir do jornalismo
local, trazendo
dinamismo e
veracidade aos fatos
cotidianos, dando
voz e oportunidade
para a comunidade.
Mário Petrelli ocupa
papel de destaque
como empresário de
sucesso no setor de
comunicação.”
Cláudio Vignatti, empresário e
ex-Deputado Federal do PT/SC
Paulo Bauer, Senador catarinense
www.ricmais.com.br | 
Artigo | ideli salvatti
Regionalizar
Regionalizar as informações e
campanhas publicitárias com
conteúdo adequado a cada
região do país, à cultura e
linguagem locais, distribuído
por veículos locais, é uma
estratégia que começou no
governo do presidente Lula
e foi dada continuidade na
gestão da presidenta Dilma
Rousseff. O objetivo é um só:
permitir levar a mensagem
do Poder Executivo federal ao
maior número de municípios.
Os benefícios dessa política
de Comunicação regional são:
contribuir para a eficácia da
comunicação do Executivo federal;
potencializar a visibilidade das
ações, programas e políticas
públicas; aproximar governo
e cidadão; diversificar e
desconcentrar os investimentos
em mídia; e valorizar veículos
regionais e fomentar a
profissionalização dos mercados.
Assim como o Governo
Federal, o Grupo RIC valorizou a
comunicação regional. E o espírito
empreendedor do novo presidente
do Grupo RIC SC, Marcelo Corrêa
Petrelli, identificou que o conteúdo
regional é que desperta a atenção
do público e consequentemente
do mercado. Aí está o ineditismo
do Grupo RIC ao fortalecer suas
estruturas de Comunicação em
 | Rumos da RIC
cidades-polo como Joinville,
Blumenau, Itajaí, Chapecó,
Xanxerê, Lages e Criciúma. Santa
Catarina tem em suas cinco
regiões peculiaridades culturais
e econômicas, que o Grupo RIC
soube valorizar em seu conteúdo
jornalístico. Esse pioneirismo é
marca da família Petrelli, iniciada
pelo fundador Mário Petrelli, que
desempenhou papel estratégico
no desenvolvimento da
Comunicação em SC.
Nesses 25 anos, o Grupo RIC
conquistou os catarinenses pela
qualidade na informação
prestada e por estar presente nos
principais acontecimentos do
estado. Além de ser um grupo de
Comunicação com credibilidade e
com profissionais qualificados.
Tenho a certeza que os cidadãos
catarinenses têm orgulho do
empreendedorismo e do serviço
prestado pela RIC no sentido de
levar o conhecimento, a informação
e a análise de assuntos importantes
para o país e para o estado. Quero
ainda parabenizar a atuação do
Grupo pelo apoio na formação do
cidadão e no fortalecimento da
relação do Governo Federal com
os catarinenses.
Ideli Salvatti é Ministra-Chefe da
Secretaria de Relações Institucionais
da Presidência da República
w w w. r i c m a i s . c o m . b r