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Preserve sua cidade. Não jogue papel no chão. ENTRETENIMENTO, ESPORTE E INFORMAÇÃO Ano 1 • Número 19 • Distribuição Gratuita • 13 a 19 de julho de 2007 www.jornalgiro.com.br GIRO SP e Europa Filmes levam o cinema até você A promoção brinda os leitores com DVDs do filme ‘Janis e John’. Veja como participar P.8 Ganhe ingressos para o show do Consulado Music. P.6 dia mundial do Hoje, sexta 13, as bruxas estarão mais soltas do que nunca. Comemora-se o dia do Rock. P.3 a 6 Dunga próximo do primeiro título Brasil e Argentina reeditam a final da última Copa América, neste domingo, na Venezuela. O encontro reúne duas das maiores estrelas do futebol mundial, Robinho e Riquelme, e o técnico Dunga pode entrar para a história como o primeiro a conquistar o título como jogador e técnico. Tabu de 4 anos incendeia Corinthians x São Paulo E.2 Pan Rio 2007: começa a corrida pelo ouro. E.3 E.1 foto: André Schilirói / divulgação Foto: divulgação fotos: emir penna/ divulgação fotos: divulgação Rock etc & tal Priscila Fantin curte bom momento Mais magra e com um novo corte de cabelo, Priscila Fantin é só felicidade. Atriz diz que amadureceu e se sente mais segura. P.11 vida Cuidado: o uso inadequado de medicamento pode levar à morte. P.7 P. 13 a 19 de julho de 2007 Inicial editorial Educação e Comunicação André Pascowitch diretor executivo [email protected] Gilberto Dimenstein, referência em educação no País, é idealizador do Projeto Aprendiz (www.aprendiz.org.br), cujas matérias sobre educação são reproduzidas no GIRO SP Em sua coluna publicada recen temente no jornal Folha de S. Paulo, o jornalista Gilberto Dimenstein contou a história do zelador Ademir da Silva Santos. Resumo neste pequeno espaço a grandiosidade de um texto que serve de exemplo primoroso de que não se pode parar no tempo e deixar o aprendizado de lado. Ademir, que desde criança sonhava em ser repórter de televisão, não concluiu a 5ª série do ensino fundamental, se tornando zelador de edifício (atualmente, trabalha no bairro de Vila Olímpia). Com 37 anos, ele voltou a estudar e hoje freqüenta um curso de supletivo noturno. Na escola, Ademir pôde retomar o velho sonho de infância por conta de uma triste casualidade. Ao constatar o grande volume de sujeira na escola, ele decidiu criar um telejornal que denunciasse o problema. Assim, surgiu a “Napô TV” (abreviatura de Napoleão, nome da escola). Com uma câmera velha (e teve de comprar outra com o próprio dinheiro), Ademir foi à luta convocando os alunos. Juntos, eles montam as pautas, entrevistam colegas, professores e funcionários para multiplicar informa ções, produzindo um material sobre a sujeira e a degradação do espaço físico. Depois, as matérias são exibidas na sala de vídeo da escola em fitas VHS para todos os alunos. Resultado: alguns deles começaram a varrer a própria classe e uma comissão se dispôs a limpar pichações dos banheiros. Com essa ação, Ademir criou uma experiência na qual mistura a linguagem da educação e da comunicação, em prol ao bem comum da escola. Essa mistura será um incentivo para outras ações que também farão dessa uma sociedade melhor. E essa linguagem de “educomunicação” é uma ferramenta simples e criativa para repercutir problemas e soluções. P.S.: Gilberto Dimenstein, referência em educação no País, é idealizador do Projeto Aprendiz (www.aprendiz.org. br), cujas matérias sobre educação são reproduzidas no GIRO SP. seu bolso José Paulino [email protected] Cartão para todos os bolsos Você sabe dizer de cabeça quantos cartões tem na bolsa? Ou no bolso? Ou na carteira? Muito provavelmente você tem um: o cartão que usou para pagar o metrô e o ônibus. Mas deve ter mais. Talvez um cartão de alguma loja onde você comprou um sofá, um fogão, um DVD. Pode ser que você tenha também um cartão de acesso ao local onde trabalha. Pois é. De uns anos para cá, esse pedaço de plástico de 8,5 por 5,4 centímetros está em toda parte. Com ele, é possível pagar as contas mensais, como luz, água, telefone. Com ele você pode fazer crediário. Pode dar e ganhar presentes. Pode ajudar uma associação ou uma instituição de sua preferência. Pode entrar em um estádio de futebol. Pode gastar muito, por exemplo, comprando uma tevê de cristal líquido de 42 polegadas. Mas também pode gastar muito pouco, pagando um cafezinho com pão de queijo na padaria da esquina. Muitas dessas transações você poderia quitar com cheque, mas imagina a cara do português da padaria ao ver que você está pagando uma despesa de R$ 2,30 ... com cheque?!?! No mínimo, estaria desconfiado de que seria cheque roubado. E com razão. Quantas vezes um dono de posto de gasolina já não mostrou para você aquele leque de cheques que voltaram por não ter fundo? Em muitos estabelecimentos, o dono até se deu ao trabalho de colocar esses cheques todos em um quadro. Hoje, cheque só mesmo de cliente previamente cadastrado. Ou então com o lembrete: ‘Cheque só com consulta’. É aí que entra o cartão. Mas, por quê? Porque o cartão tem uma série de características que fazem a diferença no dia a dia corrido em que vivemos. De todas as formas que nós temos para pagar ou transferir dinheiro, o cartão é o instrumento mais adequado. Agora, atenção: como estamos falando de dinheiro, todo cuidado é pouco. Tem que saber usar o cartão para aproveitar as vantagens que ele tem, senão vai ser dor de cabeça na certa. Hoje em dia, tem cartão de crédito, cartão de débito, com tarja magnética, com chip, o chamado smart card etc. Todos eles com as mesmas características básicas: agilidade, segurança, praticidade. Se durante muito tempo cartão era um produto de pessoas mais sofisticadas, hoje ele está no bolso ou na bolsa de todo mundo. Falando nisso, quantos cartões você tem no seu bolso ou bolsa? Entre em contato com o A leitora Priscila Aparecida Morato - na seção Cartas da edição nº14 - informou que o Instituto CEMA estava ameaçado de perder a cota de aparelhos para deficientes auditivos por falta de pacientes. A Assessoria de Imprensa do CEMA desmente a informação e esclarece: bronca do branco Arnaldo Branco Filho [email protected] O GIRO SP dedica grande espaço ao Dia Internacional do Rock, sem dúvida, o ritmo musical que mais vende no mundo. O leitor, principalmente aquele que não é adepto do gênero, deve estar indagando: o que é que eu tenho com isso? O que esses jovens e velhos roqueiros, a maioria chegado às drogas e orgias, têm a ver comigo? A resposta é simples. Independente de gostar ou não do trabalho de cada músico, não podemos deixar de reconhecer que por trás de cada roqueiro sempre existiu a bandeira da paz e a vontade de mudar o mundo. Coisas que geralmente os homens que governam o mundo fecham os olhos, são vistas e alertadas há mais de 40 anos através do toque de guitarras. Vale lembrar que a data foi instituída em homenagem ao ‘Live Aid’, encontro realizado no dia 13 de julho de 1985, sob o comando de Bob Geldolf, em prol das vítimas da fome na Etiópia. Na época, nenhum político do mundo se preocupava com a situação (e ainda continuam cegos diante do fato). Jornal Giro SP Propriedade TP Comunicação Ltda. ME Mas, o grito ecoou e provocou novos movimentos como o ‘USA for Africa’, cuja arrecadação foi entregue aos irmãos mais necessitados do continente africano. As insistências não pararam por aí. Fizeram shows para arrecadar dinheiro para o combate à pobreza; levantaram verbas para estudos de novos remédios de combate à aids, câncer e outras doenças; e gritaram contra as injustiças humanas. Roger Daltrey empunhou luta contra o câncer; Sting abraçou a causa indígena no Brasil; Bono e uma legião de feras se uniram a Mandela e outros, como Peter Gabriel, propagaram a ação de Stephen Biko, criador do Movimento da Consciência Negra). Preso, torturado e assassinado em 1977, Biko serve de incentivo a todos que têm os direitos humanos básicos negados. Agora, um novo ‘grito’ objetivando conscientizar as pessoas sobre as mudanças climáticas e encorajá-las a viver de maneira mais ‘verde’ foi dado através do ‘Live Earth’. Porém, no meio de tantos ‘gritos’, nossos governantes continuam ‘calados’. Diretor Executivo André Pascowitch (MTB 46.512/SP) Diretor de Redação Arnaldo Branco Filho (MTB 11.896/SP) Editor Chefe Arnaud Pierre Courtadon (MTB 23.932/SP) Edição de Arte Rodrigo EBA! Reportagem Bruno Ceccon Fagner Branco Diagramação Michelle Berti Colunistas Bruna Ancheschi Bruno Frizzo Sérgio Carvalho Colaboradores Agência Estado, David Aizenas, Diogo Salles, Joyce Teperman, Juliana Branco, Juliana Rosenthal, Kleber Amâncio Costa, José Paulino, Leandro Giometti, Marco Antonio Gazel Junior, Mariana Pascowitch, Nélio Junior, Raquel Lucat e Tércio Silveira. Periodicidade: Semanal Circulação: Capital e Grande São Paulo Distribuição: Gratuita A notícia que o Instituto CEMA tem sobra de aparelhos auditivos para distribuição a pacientes de baixa renda, podendo até mesmo ter comprometida a cota a que tem direito junto ao SUS por falta de pacientes é inverídica e tem causado sérios transtornos à Instituição e à população de modo geral. Por este motivo, o Instituto CEMA vem esclarecer a opinião pública que: 1. O Instituto CEMA participa do Programa de Acompanhamento e Avaliação de Pacientes com Deficiência Auditiva com ou sem aparelho, conforme estabelecido na Portaria 432 do Ministério da Saúde, publicado no Diário Oficial da União de 28/12/2000. Entretanto, por falta de aparelhos auditivos, a lista de espera atual para o paciente colocar a prótese é de 2 anos e oito meses. 2. As pessoas que tiverem problemas de audição devem se dirigir aos prestadores de serviço mais próximos de sua residência. São participantes do programa diversos prestadores de serviço de saúde, além do Instituto CEMA. Informações podem ser obtidas através do disk saúde: 0800611997 e do site: www.datasus.gov.br/cnes O atendimento pelo Instituto CEMA, tanto para agendamento de consultas com oftalmologistas e otorrinolaringologistas quanto para avaliação de pacientes com problemas auditivos, somente pode ser feito mediante a presença do paciente ou de seu representante no endereço do Instituto CEMA: Rua Paschoal Moreira, 450, Mooca, São Paulo. Bárbara Cheffer Assessoria de Imprensa/ Instituto CEMA Atenção, leitor: mande seu comentário, crítica ou sugestão para Nas ruas!! Plantando um amanhã! [email protected] Atenção, assessorias de imprensa e comunicação: mandem seu release ou sugestão de pauta para [email protected] [email protected] Visite o nosso blog, veja fotos de nossa distribuição e assista vídeos com depoimentos de leitores no endereço www.jornalgiro.com.br anuncie no Endereço Comercial: Rua Dr.Alceu de Campos Rodrigues, 46 - cj. 37 Telefone 11 3048-8905 Redação: 11 3586-0066 - [email protected] - www.jornalgiro.com.br Gráfica: Grupo OESP S.A. anuncie no anuncie no (11) 3048-8905 (11) 3048-8905 www.jornalgiro.com.br (11) 3048-8905 13 a 19 de julho de 2007 Capa ROCK caridade Um belo dia, Bob Geldof, vocalista da banda Boomtown Rats, estava em sua casa assistindo televisão e ficou impressionado com uma reportagem da BBC sobre a fome na Eritréia, uma das regiões mais pobres do planeta. Sensibilizado, ele resolveu usar a música para se engajar na causa humanitária. No final de 1984, Geldof convocou uma seleção de cantores britânicos para gravar a música ‘Do They Know It’s Christmas Time at All?’ (Eles realmente sabem que é tempo de Natal?). O single, que contou com a participação de artistas como Sting e Boy George, fez um enorme sucesso logo após o lançamento. As ações coordenadas por Geldof culminaram com dois shows simultâneos em 13 de julho de 1985. Milhares de pessoas se dividiram entre o Estádio de Wembley, em Londres, e o JFK Stadium, na Filadélfia, para acompanhar o evento, batizado de ‘Live Aid’, em prol das vítimas da fome na Etiópia. Desde então, 13 de julho passou a ser o Dia do Rock. Queen, Dire Straits, U2 e David Bowie são alguns dos nomes P. que estiveram presentes na Inglaterra. Nos Estados Unidos, se apresentaram Bob Dylan, Black Sabbath, Beach Boys, Santana, Judas Priest e muitos outros. O ‘Live Aid’ provocou movimentos parecidos, como o ‘USA for Africa’, que resultou na gravação de ‘We Are the World’ com grandes astros. Para receber o dinheiro arrecadado e planejar novas ações beneficentes, Geldof fundou a Band Aid Trust. Em 2005, ao lado de Bono Vox, o músico organizou o ‘Live8’ para reivindicar o perdão da dívida das nações africanas afetadas pela fome. O nome do festival foi inspirado no G8 (sete países mais industrializados do mundo e a Rússia). No último final de semana, vários dos grandes nomes do Rock se mobilizaram em torno de uma causa nobre. Em diversos pontos do planeta, o ‘Live Earth’ tentou alertar quanto aos riscos do aquecimento global. No Brasil, Lenny Kravitz foi destaque no palco montado em Copacabana. Já em Londres, Madonna fechou as apresentações com um show memorável. Capa ROCK Foto: annie leibovitz P. O som dos negros, brancos e de todas as raças Elvis Presley (Elvis Presley) Elvis vendeu 117,5 milhões de discos, mas o primeiro gravado em 1956 é insuperável, embora seja inferior a trabalhos posteriores. Inspirou a capa de ‘London Calling’, do Clash, em 1978, que optou pela mesma grafia de letra. Joint’, em 1951; Crazy Man Gracy, em 1953 (1º disco de rock a se tornar um hit); e estourou ‘Rock Around The Clock’, em 1954 – podemos afirmar, sem medo de errar, que foi a partir de Elvis Presley que o rock deixou de ser música dos negros para tornar-se música de brancos, negros e de todas as raças. Na década de 60, surgiu o jovem James Marshall Hendrix, o pequeno Jimi, e a partir de então uma nova história do rock começou a ser escrita, com guitarras mais ‘nervosas’ e novos protagonistas, como relata o jornal GIRO SP. ‘Febre’ musical conquista o mundo O início dos anos 50 ficou marcado como o grande ‘boom’ do rock. Além de Bill Haley, que - com a expressão “dançando sem parar” (around the clock) - contribuiu para fazer os jovens ingressarem de vez no ritmo, e de Elvis, que de cara foi intitulado o ‘Rei do Rock’, outros nomes surgiram com força como Chuck Berry, tido por muitos como o ‘Pai do Rock’ por ter composto hits como ‘Maybellene’, ‘Rock And Roll Music’, ‘Roll Over Beethoven’, ‘Let It Rock’ e ‘Johnny B. Good’ (uma das músicas mais gravadas da história), notabilizando-se, ainda, por influenciar as duas maiores bandas da história do rock, The Beatles e The Rolling Stones. A ‘febre’ dos anos 50 trouxe ainda Little Richard, Jerry Lee Lewis, Carl Perkins, Roy Orbinson, Buddy Holly, Richie Valens, Paul Anka e Neil Sedaka. O movimento chega ao Brasil com força total no final da década de 50 e surgem os primeiros ‘brazucas’ do rock: Tony e Celly Campelo, Demétrius, Ronnie Cord e Carlos Gonzaga. ‘Beatlemania’ domina o planeta Com a música ‘Love Me Do’, lançada em 1962, quatro rapazes de Liverpool começavam a trilhar um caminho que os levaria a se tornar a maior banda de todos os tempos. Com as composições de Bob Dylan, o rock ganhou um viés político. Compatriotas dos Beatles, os Rolling Stones surgiram na mesma época. Em 1969, com o lema “Paz e Amor”, o ritmo viveu um de seus grandes momentos no Festival de Woodstock, com apresentações históricas de Jimi Hendrix, Santana, The Who, Janis Joplin e Joe Cocker. Liderado por Jim Morrison, o The Doors deu seus primeiros passos na década de 60. Yardbirds, Faces, Jefferson Airplane, Beach Boys, T. Rex, Creedence Clearwater Revival, Grateful Dead, Animals, Frank Zappa, Simon & Garfunkel e Pink Floyd também nasceram neste fértil período. No Brasil, a ‘beatlemania’ foi responsável pelo lançamento de jovens talentos: Roberto e Erasmo Carlos, Wanderléa, Ronnie Von, Mutantes, The Jordans, The Jet Blacks e The Clevers. anos 70 THE BEATLES (THE SAVAGE YOUNG) Maior banda da história, com 166,5 milhões de discos vendidos, os Beatles (John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Star) têm nos discos ‘Revolver’ e ‘Sgt Pepper´s Lonely Hearts Club Band’ Sgt.Peper’ (32 milhões de cópias) os mais importantes da carreira, mas o GIRO SP destaca ‘The Savage Young’, gravado ao vivo em 1961, em Hamburgo, Alemanha, com Pete Best na bateria. anos 60 presos, Huddie Leadbetter, o Leadbelly, tornou-se famoso da noite para o dia, perpetuando ‘Midnight Special’. Na década de 40, foi a vez de Jackie Breston apressar o andamento do rhythm & blues em ‘Rocket 88’, originando assim o primeiro single de rock que se tem notícia. Seus passos foram seguidos por Arthur Big Box Crudup, que acelerou ainda mais o ritmo, gerando a característica final do rock, com as canções ‘My Baby Left’ e ´That’s All Right (ambas regravadas por Elvis). Se o primeiro branco a cantar rock foi Bill Haley – gravou ‘Rock This anos 50 Muddy Waters, lendário blueseiro, sintetizou com clareza de quem o rock descende em uma das letras de suas canções: “Os blues tiveram um bebê chamado rock n’roll”. Na verdade, o rock, um ritmo que no início era feito apenas por negros (e para negros), não teve apenas um pai. Sua história teve e tem uma longa gestação, com as mais diversas variáveis rítmicas que surgiam e surgem a cada década. Uma das versões leva o seu surgimen to para o ano de 1935, mais precisa mente para dentro da penitenciária de Louisiana, Estados Unidos, onde um dos Heavy metal, progressivo, punk... Com a massificação da música e o surgimento do videoclip, o rock passou a ter uma cara mais popular. Foi na década de 70 que surgiu uma batida mais forte e pesada com o heavy metal e hard rock de grupos como Led Zeppelin, Deep Purple, Black Sabbath, Jethro Tull, Slade, Queen, Pretenders e Kiss. Em contrapartida, surge também o rock progressivo (Yes, Genesis e Emerson, Lake & Palmer) e as famosas baladas, tendo como ícones os vocalistas Rod Stewart, David Bowie, Alice Cooper, Neil Young, Elton John e Lou Reed, além do reconhecimento popular de dois exímios guitarristas, Eric Clapton e Jeff Beck. O Brasil ganha dois mega-astros, Raul Seixas e Rita Lee, que larga os Mutantes e abraça carrreira solo. O consumo de drogas sempre fez parte da rotina de vários roqueiros e o ritmo perdeu Jimi Hendrix, Janis Joplin e Jim Morrison em decorrências de problemas com entorpecentes. A década marca o surgimento do punk, representado por Ramones e Sex Pistols. BOB DYLAN (BRINGING IT ALL BACK HOME) Bob Dylan lançou mais de 45 álbuns desde 1962 e o GIRO SP escolheu ‘Bringing It All Back Home’, de 1965, da célebre ‘Mr. Tambourine Man’, que marca a nova fase do cantor (trocando as clássicas canções de protesto pela eletrificação de sua música). DEEP PURPLE (IN ROCK) O Deep Purple entrou para a história com o ‘riff’ de guitarra mais famoso do mundo: ‘Smoke On The Water’, de 1972. O terceiro disco, ‘In Rock’, de 1970, é tido como o mais consistente da banda. PINK FLOYD (THE DARK SIDE OF THE MOON) É uma das bandas mais influentes na história do rock. A obra-prima ‘The Dark Side of the Moon’ manteve-se no Top 100 Billboard de vendas durante mais de uma década e continua a ser um dos álbuns mais vendidos de todos os tempos (36 milhões de cópias). 13 a 19 de julho de 2007 P. AC/DC (BACK IN BLACK) Os irmãos australianos, Malcolm e Angus Young, ocupam a vice-liderança do top dos mais vendidos com a marca de 42 milhões de cópias do álbum ‘Back in Black’, de 1980 (perde apenas para ‘Thriller’, de Michael Jackson, que alcançou a insuperável soma de 54 milhões de cópias). Hoje, com a pirataria praticada em todo o mundo, estes números jamais serão alcançados. Grande bandas se consolidam Kurt Cobain rouba a cena anos 90 Diferentes estilos de rock foram criados e cativaram o público. Com um ritmo dançante, roupas coloridas e gel no cabelo, o new wave foi representado por bandas como Talking Heads e B’52. Na mesma época, alguns grupos transmitiam uma certa melancolia em suas canções, como Smiths, Echo and The Bunnymen e Joy Division, que ficou desfalcado depois que o vocalista Ian Curtis decidiu se enforcar. Surge a MTV, emissora de televisão dedicada única e exclusivamente à musica. Com letras de protesto e forte conteúdo ideológico, os irlandeses do U2começaram a fazer sucesso neste período. A época marca o surgimento de bandas como Guns n’ Roses, Def Leppard e Metallica e a consolidação de outras como AC/DC, Aerosmith, Dire Straits, Eagles, Van Hallen, Scorpions, Bon Jovi, e dos estouros de velhos roqueiros como Bruce Springsteen e Tina Turner. No Brasil, o rock mostra a sua cara com Barão Vermelho, Paralamas do Sucesso, Titãs, Legião Urbana, Ira!, Blitz, entre outros. Mais uma vez, os Estados Unidos apareceram com destaque em um momento da história do rock. Depois de lançar o primeiro disco ainda em 1989, o Nirvana explodiu durante a década de 90. Rapidamente, a banda de Kurt Cobain ganhou o mundo com o álbum Nevermind. A cena de Seattle ainda contava com nomes como Alice in Chains, Pearl Jam e Soundgarten. No entanto, um simples tiro de espingarda foi suficiente para acabar com a efervescência do grunge. Às voltas com as drogas e com seu casamento com Courtney Love, Kurt Cobain se matou aos 27 anos. No mesmo período, o Red Hot Chili Pepers faz sucesso com uma mistura de rock e hip hop e o Oasis mostra a força britânica, velha herança deixada pelos Beatles. O rock ‘brazuca’ também ganha novos contornos com os surgimentos de bandas como Chico Science, Raimundos, O Rappa e Charlie Brown Jr. anos 00 anos 80 SMALL FACES (OGDEN’S NUT GONE FLAKE) Se os Who foram os heróis dos mods na parte oeste de Londres, os Small Faces seriam a contrapartida da parte leste. Liderada por Steve Marriott, a banda teve duas formações lendárias. Primeiro com Ronnie Lane, Kenny Jones e Jimmy Winston. Depois, sem Marriott (se juntou a Peter Frampton no Humble Pie), mas com Ronnie Wood e Rod Stewart. Em 1968, a banda gravou Ogden’s Nut Gone Flake, hoje considerado uma raridade por ser o primeiro álbum a usar uma capa, com as quatro extremidades arredondadas. ROLLING STONES (EXILE ON MAIN STREET) - Gravado na casa de Keith Richards no Sul da França, após a separação dos Beatles, o álbum consolidou a banda como a melhor da história do rock. O velho e o novo se encontram Entramos no novo século com um sentimento de saudosismo. Conquistar sucesso passou a depender mais da opinião de alguns críticos do que da qualidade e do espírito dos grupos. Diante da palidez do cenário, o melhor é recordar o passado com antigos pesos pesados do verdadeiro Rock’n Roll que continuam em atividade. Prova disso é que os dois maiores shows da última temporada foram dos sexagenários Rolling Stones e também dos experientes irlandeses do U2. Ao lado dos suecos do The Hives, os norte-americanos do Strokes e do White Stripes tentam manter a velha chama acesa. No Brasil, Los Hermanos, Pitty, Detonautas, e Cachorro Grande seguram as pontas. LED ZEPPELIN (LED ZEPPELIN IV) A banda de Jimmy Page, Robert Plant, John Paul Jones e John Bonham ocupa a 3ª colocação de vendas: 106 milhões. Destaque fica com o ‘Led IV’, com inesquecíveis canções como ‘Black Dog’, ‘Rock And Roll’, ‘Misty Mountain’ e ‘Stairway To Heaven’, hino dos anos 70, que vendeu 29,5 milhões de cópias. JIMI HENDRIX (ELECTRIC LADYLAND) Há quem divide a história do rock em antes, durante e depois de Hendrix (morreu em 18/9/1970). Apesar de guitarristas anteriores, como Pete Townshend (The Who), terem usado a distorção e outros efeitos especiais, Hendrix, graças às suas raízes no blues, soul-music e R&B, utilizou estes recursos de uma forma que transcendia suas fontes. THE CLASH (LONDON CALLING) The Clash lança ‘London Calling’ (capa inspirada num álbum de Elvis de 1956) e prova ao mundo que qualquer um pode tocar rock. A garotada aplaudiu e seguiu o conselho. U2 (THE JOSHUA TREE) Após os sucessos de 1981 (Glória) e de 1983 (Sunday Bloody Sunday), o álbum ‘The Joshua Tree’, gravado em 1987, consolidou, definitivamente, a banda liderada por Bono Vox como uma das melhores de todos os tempos. P. 13 a 19 de julho de 2007 Capa Cantora de sambas e boleros, Nora Ney gravou o primeiro rock no Brasil no final de 1955: ‘Around The Clock’, de Bill Haley and his Comets. Dois anos mais tarde, Cauby Peixoto, famoso cantor romântico, interpretou de forma inédita uma música do novo gênero composta no País. Depois de rápidas incursões pelo ritmo, os pioneiros retornaram rapidamente aos seus respectivos estilos. A primeira artista a encarnar o espírito das músicas foi Celly Campello, que explodiu em 1959 com ‘Estúpido Cupido’. Tony Campello, Sérgio Murilo, Ronnie Cord e Demétrius são outros precursores do rock nacional. O ritmo importado dos Estados Unidos ganhou ainda mais força nas vozes de Roberto e Erasmo Carlos. Canções como ‘Splish Splash’ e ‘Parei na Contra Mão’ são alguns dos sucessos da dupla. Na mesma proporção em que o garoto do Espírito Santo assumia o posto de maior cantor de rock do País, Celly Campelo saia de cena para se dedicar Foto: FÁBIO MOTTA/AE Rock Made in Brazil Lobão, um dos maiores representantes do rock brasileiro mais à vida pessoal. Na década de 60, também merecem destaque a Tropicália e a lendária banda ‘Os Mutantes’. No final da década de 60, o rock pauleira ganhou espaço com a banda Made in Brazil. Mas o rock só ganhou personalidade no País com o surgimento de Raulzito, um baiano que misturou o som de Elvis com o de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. Sem espaço na mídia e vigiado de perto pelos homens da ditadura, que não aceitavam suas letras críticas, politi zadas e realistas, Raul Seixas encontrava abrigo nos fãs e fiéis seguidores que lotavam shows e adquiriam seus discos. Outra peça fundamental na história do rock brasileiro foi Rita Lee, expulsa dos Mutantes por não abraçar o rock progressivo, mas que teve êxito instantâneo na carreira solo, sendo rotulada como ‘titia’ e, mais recentemente, a ‘vovó’ do rock. Depois de acompanharem o sucesso de ícones como Raul Seixas, Rita Lee e Secos & Molhados durante os anos 70, alguns jovens de Brasília formaram bandas que entrariam para a história do rock brasileiro na década seguinte, como Legião Urbana, Capital Inicial e Paralamas do Sucesso. Do Rio, vieram nomes como Lobão, Lulu Santos, Blitz e, principalmente, Barão Vermelho. A década apresenta ainda o RPM, Kid Abelha, Camisa de Vênus, Titãs, Engenheiros do Hawaii, entre outros. Em 1985, a primeira edição do Rock in Rio colocou o País no mapa dos grandes grupos internacionais. Nos últimos anos, o ritmo se perpetuou e ganhou novas vertentes com bandas como Skank, Raimundos e Sepultura. RAUL SEIXAS (KRIG-HA BANDOLO) Em 1973, a canção ‘Ouro de Tolo’ foi a mais executada pelas emissoras de rádio em todo o Brasil. Raulzito deixava os seus Panteras de lado para iniciar uma das carreiras mais marcantes da história do rock nacional. As outras músicas do LP ‘Krig-Ha Bandolo’ provavam que o cantor vinha para ficar. Trazia consigo a tal de ‘Metamorfose Ambulante’ e já dava indício que seria a ‘Mosca da Sopa’ de nossos governantes. Uma das vítimas da ditadura, Raul caiu no gosto popular e tornou-se o Pop Star da época. Até hoje é venerado pelos fiéis seguidores e por novos fãs que - mesmo após a sua morte - adotaram o seu trabalho. Foto: FERNANDO PEREIRA/AE Racionais no Dia do Rock Tércio Silveira crítico musical [email protected] Nessa sexta-feira (13), Dia Mundial do Rock, a atração mais esperada na cidade de São Paulo não é a de nenhum rockstar internacional e muito menos um festival de rock com várias bandas nacionais, mas sim o show do grupo de rap Racionais MC’s. Tido como o lançamento oficial do DVD ‘1000 Trutas 1000 Tretas’ – já noticiado pelo Giro SP – talvez essa apresentação na casa noturna Urbano promoção GIRO SP leva você ao Consulado Music O GIRO SP e o Consulado Music vão sortear ingressos com um acompanhante para os shows de sábado à tarde. Para ganhar é muito fácil. Basta mandar um e-mail com seu nome completo para [email protected] e responder: Qual o nome do jornal que leva você aos shows do Consulado Music? Os 15 primeiros leitores que responderem corretamente ganharão os ingressos. não recebesse tanta atenção se não tivesse ocorrido o tumulto durante o show do Racionais na Virada Cultural, em pleno centro da cidade. Embora boa parte da grande imprensa tenha colocado a culpa do conflito entre público e polícia nos rappers do grupo, quem esteve naquela madrugada na Praça da Sé – incluindo o colunista que vos escreve – tem a plena consciência de que a ação da polícia frente ao que de fato aconteceu foi completamente exagerada e de extrema violência. Sendo assim, o show do grupo formado por Mano Brown, Ice Blue, pá-pum Edy Rock e KL Jay, nessa sexta-feira, é uma grande oportunidade para seus fãs assistirem na paz o show inteiro do Racionais, sem grandes riscos e sem a preocupação de ser alvejado por balas de borracha. No repertório, basicamente, estarão os grandes sucessos do grupo como ‘Eu sou 157’, ‘Negro Drama’, ‘Fórmula Mágica da Paz’, ‘A Vida é Desafio’ e ‘Diário de um Detento’. O fato de os Racionais não concederem entrevistas para a imprensa, traz para essa apresentação um outro fator importante tanto para o público como, também, para o grupo. Afinal, será a chance de sabermos e ouvirmos dos próprios Racionais a opinião deles e a posição do grupo frente ao que aconteceu na fatídica madrugada do dia 06 de maio. E mesmo se eles não se pro nunciarem a respeito do conflito, o show e o som devem continuar. Racionais Urbano Rua Cardeal Arcoverde, 614 Data e horário: 13/07 (1h) Telefone: 3085-1001 Preço: R$ 30,00 (mulheres) e R$ 60,00 (homens) reticências Juliana Rosenthal [email protected] Museu do Rock No mês em que se comemora o Dia do Rock, o Museu da Imagem e do Som (MIS) recebe a primeira exposição do Arquivo do Rock Brasileiro. Com enfoque entre 1955 e 1979, o projeto multimídia promete resgatar as origens do ritmo no País. A exposição fica em cartaz até o dia 5 de agosto. A mostra conta com gravações raras digitalizadas e biografias que poderão ser acessadas via computador. Capas de discos, filmes, publicações da época, discos raros, objetos e peças de colecionadores também fazem parte da exposição. Assim como imagens dos fotógrafos Mário Luiz Thompson e Conceição Almeida e do acervo do jornalista Antônio Aguillar. Arquivo do Rock Brasileiro - Museu da Imagem e do Som Avenida Europa, 158 - Telefone – 3062-9197 e 3088-0896 Data – de 11 de julho a 5 de agosto -Horário – Terça a domingo, das 10h às 18h. Preço – R$ 3,00. Aos sábados, a entrada é franca. shows Cólera Hangar 110 Rua Rodolfo Miranda – n° 110 Data e horário – 14/07 (19h) Telefone – 3229-7442 Preço – de R$ 10,00 a R$ 13,00 Kiko Loureiro SESC Vila Mariana Rua Pelotas – n° 141 Data e horário – 13/07 (20h30) Telefone – 5080-3000 Preço – R$ 6,00 Garotos Podres Centro Cultural São Paulo Rua Vergueiro – n° 1000 Data e horário – 14/07 (19h) Telefone – 3277-3611 Preço – R$ 15,00 Made in Brazil CEU Casa Blanca Rua João Damasceno, 85 Data e horário – 13/07 Sexta, às 20h Preço – Grátis Inocentes Centro Cultural São Paulo Rua Vergueiro – n° 1000 Data e horário – 15/07 (19h) Telefone – 3277-3611 Preço – R$ 15,00 Moska SESC Pompéia Rua Clélia – n° 93 Data e horário – 14 e 15/07 (sáb. 21h dom. 18h) Telefone – 3871-7700 Preço – R$ 20,00 João Donato e Filó Machado SESC Vila Mariana Rua Pelotas – n° 141 Data e horário – 13, 14 e 15/07 (sex. e sáb. 21h dom. 18h) Telefone – 5080-3000 Preço – R$ 20,00 Megarex Kiaora R. Dr. Eduardo de Souza Aranha, 377 - Itaim Data e horário – 16/07 (seg. a partir das 20h) Telefone – 3846 8300 Preço – R$ 10,00 Atenção: os horários e a programação podem ser alterados pelo local sem prévio aviso ao GIRO SP. Por isso, é recomendável confirmar as informações por telefone antes de sair. Sra. Elizabeth Hoje eu fui ao consulado americano, e de repente me vi fascinada por uma senhora que, na sua simplicidade ao lidar com a vida, me mostrou sua sabedoria. Ela contou, com um sotaque gaúcho-português-americano, que trabalhara por 30 anos na força aérea americana e por esse motivo acabou vivendo tanto tempo longe de seu país. Ela nasceu no Sul e queria ser diplomata, mas, não vendo um futuro no Brasil, morou em Portugal cinco anos e foi para os Estados Unidos. Agora, já aposentada, passa um tempo aqui com alguns parentes que restaram e um tempo lá, onde é tradutora no Ministério da Injustiça, como fez questão de frisar. Eu disse que lá era o Primeiro Mundo e ela me disse que todos os mundos são iguais, mas que ali é pior. Eu não conseguia tirar os olhos daquela senhorinha indefesa de gestos largos que se orgulhava tanto de seu passado. Ela falava sobre todos os temas com tranqüilidade e quando queria enfatizar alguma frase falava alto e mexia as mãos, o que me lembrou meu pai dizendo para eu não ser tão teatral ao falar, que a vida não é um palco. Ela descobriu que conhece a minha família da Itália e começou a falar italiano. Contou que fala dez línguas e que teve a oportunidade de conhecer o mundo inteiro com seu trabalho. Depois de muita política como tema central, a senhora desabafou que era muito grata por ter vivido em tempos tão diferentes e mais grata ainda por não ter que participar do que vai ser o mundo daqui para frente. Ela falou sobre os anos 50, 60 e 70 com um brilho no olhar que foi se apagando ao chegar no tão esperado século XXI. Mas sem arrependimentos, sem frustrações. Ela nos deu um cartão e disse para ligarmos para marcar um café, pois ela ainda ia passar algum tempo na cidade. Quando estava saindo, ainda perguntei como ela ia embora e se precisava de uma carona. Ela, me dando um abraço, respondeu: - Vou com a minha caminhoneta. E foi, curvada como minha avó costumava ser e deixando sorrisos pelo seu caminho. 13 a 19 de julho de 2007 Vida O uso inadequado de medicamento é um perigo Receita Econômica Suco Milila O GIRO SP, em parceria com o SESI, apresenta mais uma receita econômica Ingredientes Quantidades Milho verde 1 lata Laranja (suco) 1 xícara (chá) Limão (suco) 1/2 xícara (chá) Água 1 litro Áçúcar 2 xícaras (chá) Modo de fazer Despreze a água do milho verde e bata-o no liqüidificador, com o suco das laranjas, dos limões, o açúcar e a água. Coe e sirva bem gelado. Dica: Bom para a saúde dos nervos e dos músculos. Mais informações: (11) 3146-7703 / 7706 / 7702 sorriso saudável Mariana Pascowitch (dentista) [email protected] Câncer Bucal: da prevenção à cura Tabaco, idade, álcool, má higiene oral e próteses dentárias maladaptadas são os principais fatores de risco para este tipo de doença. Os dentistas exercem um papel fundamental na luta contra o câncer bucal no Brasil. De acordo com a estimativa de incidência de câncer no Brasil para 2006, serão registrados 10.060 casos (entre homens) e 3.410 (mulheres). Os dentistas são os agentes promotores de saúde e em seu trabalho são responsáveis pela diminuição de alguns dos principais fatores de risco da doença, como má higiene bucal e próteses dentais inadequadas. O câncer de boca atinge a mucosa bucal, gengivas, céu da boca, língua, assoalho da boca e lábio. É mais freqüente em pessoas brancas e tem maior incidência no lábio inferior do que no superior. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a doença em outras regiões da boca acomete principalmente os fumantes e os riscos aumentam quando o fumante é também alcoólatra. Mistura corrosiva Os principais fatores de risco são idade superior a 40 anos, vício de fumar cachimbos e cigarros, consumo de álcool, má higiene bucal e uso de próteses dentárias mal-ajustadas. Entre outros problemas provocados na cavidade oral, o fumo destrói as enzimas da saliva que combatem substâncias prejudiciais. Isto torna a saliva uma mistura corrosiva de compostos químicos do tabaco na boca, facilitando o surgimento de células cancerígenas (câncer). Sintomas O câncer bucal manifesta-se principalmente pelo aparecimento de feridas na boca que não cicatrizam após alguns dias (mais do que 14 dias). Além disso, podem surgir feridas superficiais com menos de 2 cm de diâmetro e indolores, podendo sangrar ou não, e manchas esbranquiçadas ou avermelhadas nos lábios ou na mucosa bucal. O estágio avançado da doença caracteriza-se pela dificuldade para falar, mastigar e engolir, além de emagrecimento acentuado, dor e presença de caroço no pescoço. Prevenção e diagnóstico Recomenda-se a pessoas com mais de 40 anos, tabagistas e usuário de próteses mal ajustadas e dentes fraturados que evitem o fumo e o álcool, promovam a higiene bucal, tenham os dentes tratados e façam uma consulta odontológica de controle (exame clínico da boca) pelo menos uma vez por ano. As autoridades em saúde recomendam também a manutenção de uma dieta saudável, rica em vegetais e frutas. Tratamento P. Os métodos terapêuticos aplicáveis ao câncer da boca são a cirurgia, a radioterapia e a quimioterapia. Lesões iniciais são tratadas através de cirurgia ou radioterapia – a cura pode ser obtida em 80% dos casos, segundo o INCA. Daí a importância do diagnóstico precoce. Por este e outros motivos na prevenção de doenças, visite seu dentista regularmente. Febre, dor de cabeça e dor no corpo. Quando estes sintomas aparecem, comuns à maioria das doenças, muitos brasileiros têm o hábito de “correr à farmácia mais próxima”. Este comportamento - que parece simples, mas pode tornar-se perigoso - é reforçado pela indicação de um medicamento por um amigo, a vontade de livrar-se rapidamente do incômodo da dor e a facilidade de se comprar alguns remédios sem receita médica ou odontológica. Uma das conseqüências mais freqüentes de atitudes como essas são a intoxicação pelo uso inadequado de medicamentos. “O medicamento, se utilizado de forma inadequada, pode causar mais danos do que benefícios”, alerta o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Dirceu Raposo de Mello. O uso indevido de remédios é considerado um problema de saúde pública não só no Brasil, mas de todo o mundo. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que o percentual de internações hospitalares provocadas por reações adversas a medicamentos ultrapassa 10%. De acordo com o Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas, em 2003 os medicamentos foram responsáveis por 28,2% dos casos de intoxicação registrados no País. Os analgésicos, antitérmicos e antiinflamatórios são os mais usados pela população sem recomendações médicas. Por isso, são também os que causam mais intoxicação. “Quando o paciente recebe atendimento médico ou assistência farmacêutica (orientações do profissional farmacêutico), ele é informado sobre os riscos que o uso irracional (inadequado) de medicamentos pode causar”, explica Dirceu Raposo. Consumir medicamentos de forma inadequada ou usá-los de forma irracional também pode causar dependência, reações alérgicas e até a morte. Além disso, a combinação errada de medicamentos diferentes tam bém oferece riscos à saúde, já que um medicamento pode anular ou potencializar o efeito do outro. “A automedicação leva ao agravamento da doença, já que a utilização inadequada de medicamentos pode esconder determinados sintomas e fazer com que a doença evolua de forma mais grave”, observa o diretor-presidente da Anvisa. Embora tenham relação entre si, a automedicação e o uso indiscriminado de medicamentos são considerados duas práticas diferentes: Automedicação: é a utilização de medicamentos por conta própria ou por indicação de pessoas não-ha bilitadas para tratamento de doenças cujos sintomas são “percebidos” pelo usuário, mas sem a avaliação de um profissional de saúde. Uso indiscriminado: relacionado à “medicalização”, ou seja, uma forma de encontrar a cura para doenças e promover o bem-estar usando exclusivamente medicamentos, o que pode levar ao consumo excessivo e constante destes produtos. Deficientes mentais entram no mercado de trabalho Cássia Gisele Ribeiro Informações do site Aprendiz www.aprendiz.org.br O Centro de Capacitação e Orientação para o Trabalho, setor da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de São Paulo, já formou e encaminhou cerca de 600 trabalhadores com deficiência mental para o mercado formal. No início, o desafio do projeto era convencer as empresas a fornecerem material para treinamento. Mas, a partir de 1999, esse trabalho começou a focar a inclusão. A ação é realizada por uma equipe multidisciplinar, que inclui serviço social, terapia ocupacional, psicologia, psicopedagia e pedagogia. O grupo desenvolve métodos para avaliar e preparar para o processo de inclusão. “A idéia principal é desenvolver a comunicação, habilidade, relacionamento, responsabilidade, a assiduidade, organização, pontualidade, ritmo e qualidade de trabalho, entre outros hábitos e atitudes fundamentais para a atuação profissional”, enumera a coordenadora do programa, Elisabeth Federici Florence Teixeira. Além disso, os participantes passam por uma vivência em diferentes funções que podem exercer. Alguns são encaminhados para um curso profissionalizante na área administrativa. Os educandos também recebem apoio de um grupo de cabeleireiros voluntários, que auxiliam no aprendizado de apresentação pessoal e higiene. Paralelamente a esse trabalho, a Apae realiza também orientação às famílias. Isso porque muitas delas têm dificuldades em lidar com a possibilidade do adulto com deficiência mental adqui rir mais autonomia e ter que lidar com as responsabilidades da vida. “Além disso, os familiares podem ser importantes aliados na manutenção desse sujeito no mercado, conversando com ele sobre as regras desse novo ambiente”, diz Teixeira. Atualmente, há pessoas que foram capacitadas pelo programa trabalhando na área metalúrgica, farmacêutica, plásticos, linha branca e material para higiene. Para as funções administrativas, há profissionais nos bancos, indústrias e escritórios. Para prestadores de serviços, estão incluídos os restaurantes, limpeza, gráfica, supermercados, transportadoras e hospitais. Além disso, a organização oferece assessoria para empresas que precisam se ajustar à lei e fazer contratações. A consultoria consiste em sensibilizar para a questão, detectar nas empresas os setores onde as pessoas com deficiência intelectual possam ser inseridas e as atividades que elas podem desenvolver. “Tudo isso, sem que se altere o dia-dia da companhia”, diz Teixeira. Em 2006, 283 pessoas com deficiência mental foram formadas. Dessas, 137 pessoas capacitadas já estão contratadas por alguma empresa. Desde o ano de 1991, a Lei 8.213 garante uma cota para pessoas com deficiência nas empresas. Embora tenha sido um processo lento, a lei foi um importante passo para garantir a entrada desses profissionais no mercado. O público com deficiência mental, no entanto, não conseguiu acompanhar esse processo. Em uma busca simples nos principais sites de recolocação, é possível notar a predominância de vagas específicas para pessoas com deficiência física e, eventualmente, com deficiências auditiva e visual. Segundo pesquisa realizada em 2005, na Universidade Estadual de Londrina (UEL), a maior parte das empresas acredita que as pessoas com deficiência mental tenham condições de exercer determinadas funções, mas aponta dificuldades, sendo a principal delas a falta de escolaridade, de interesse e de preparação profissional. Ações como esta começam a modificar esse quadro. Curso Gratuito ensina a procurar emprego Quem tem interesse em aprender como se preparar adequadamente para ingressar na carreira pública e como procurar emprego de forma correta no mercado de trabalho formal não pode deixar de participar do V Curso Gratuito de Férias que a Central de Concursos programou para este mês. Trata-se de um ciclo de palestras ministradas por profissionais de excelência da área de Recursos Humanos e servidores com vasta experiência no setor público. O evento, que na soma das quatro edições anteriores reuniu mais de 2 mil pessoas, acontece de 16 a 19 de julho, nas unidades Centro e Alphaville, e de 23 a 26 de julho, nas unidades Santo Amaro e Santo André. O participante poderá optar pelo período da manhã, das 9h às 12h, ou da noite, das 19h às 22h. Quem comparecer todos os dias no Curso receberá certificado de participação e o livro “A Técnica de Aprender”. A pré-reserva já pode ser efetuada; depois é preciso retirar pessoalmente a carteirinha de inscrição que possibilitará o acesso ao Curso. Para participar é necessário ter, no mínimo, nível médio de escolaridade. Pré-reservas e informações no site www. centraldeconcursos.com.br ou pelos telefones: (11) 3017-8800. (Unidade Centro); (11) 4197-5000 (Unidade Alphaville); (11) 5189-8800 (Unidade Santo Amaro); (11) 4437-8800 (Unidade Santo André).