1 Anos 2000 Operação Hurricane II (Operação Furacão II) Em 13 de
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1 Anos 2000 Operação Hurricane II (Operação Furacão II) Em 13 de
Anos 2000 Operação Hurricane II (Operação Furacão II) Em 13 de abril de 2007 deflagrou-se uma das maiores operações de combate à corrupção no sistema judiciário brasileiro. Tratava-se de um esquema de venda de decisões judiciais e informações privilegiadas favoráveis aos bicheiros, donos de casas de bingo e máquinas caça-níqueis, além de lavagem de dinheiro e práticas corruptas. Estima-se que 10 milhões de reais tenham sido apreendidos só na primeira etapa, além de bens que totalizariam uma quantia de 2,7 milhões de reais. A Operação foi dividida em duas etapas, por opção estratégica dos agentes federais, fazendo com que a primeira fase de trabalhos fosse voltada para o mapeamento dos integrantes do esquema. No Brasil, o governo federal e o Congresso Nacional já foram alvo de amplas investigações desde que o país voltou ao regime democrático, em 1985. Foi, entretanto, a primeira vez que algo genérico ocorreu: uma ofensiva policial que envolvera magistrados em diversas instâncias da Justiça, sugerindo a existência de uma rede criminosa. Comandada pela Policia Federal, a Operação Hurricane (furacão em inglês) prendeu 25 pessoas, dentre as quais estariam o ex-vice-presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-RJ), o desembargador Eduardo Carreira Alvim, o desembargador Ricardo Regueira (TRF-RJ), o juiz Ernesto da Luz Pinto Dória (Tribunal Regional do Trabalho de Campinas/SP) e o procurador Regional da Republica João Sérgio Leal Pereira. Virgilio de Oliveira Medina (irmão do ministro do Superior Tribunal de Justiça – STJ) Paulo Medina, e três contraventores da cúpula do jogo do bicho do Rio de Janeiro, Ailton Guimarães Jorge (o Capitão Guimarães – Presidente da Liga das Escolhas 1 de Samba), Aniz Abrahão David (o Anísio, presidente de honra da Escola de Samba Beija-Flor) e Antonio Petrus Kalil (o Turcão), também foram presos. Além dos nomes supracitados foram presos ainda três delegados federais e outras 14 pessoas ligadas a casas de bingo e ao jogo do bicho. A Operação, considerada uma das maiores da história policial, teria mobilizado cerca de 400 agentes e apreendido duas toneladas de documentos, em papel e meio magnético, além de capturar armas, veículos de luxo, joias, relógios de marcas famosas e dinheiro em cheque e moeda sonante, no valor de 10 milhões de reais. “Mais do que pelo robusto resultado das apreensões, a investigação policial chama atenção pela ousadia da máfia dos bingos – formada por empresários, advogados e pela velha cúpula do jogo do bicho no Rio de Janeiro.” A segunda etapa da Operação Furacão, comandada por agentes de Brasília, no Rio de Janeiro, teria contado com 38 mandados de prisão, em sua maioria expedidos contra pessoas que estiveram presas na primeira etapa da Operação. Dos 38 mandados, 26 eram contra policiais suspeitos de receber propina da máfia de caça níqueis: entre os procurados estariam policiais militares, federais e civis, incluindo delegados e agentes federais. (...) os agentes federais usaram algumas das técnicas mais avançadas de investigação para cercar a quadrilha. O aparato inclui a instalação de escutas ambientais, filmagens e o monitoramento de investigados em tempo real, além de discretas incursões noturnas em escritórios, com a devida autorização judicial, sem deixar pistas. O aspecto que deve chamar a atenção das autoridades do Judiciário é que tudo começou no âmbito policial, um sinal inequívoco de que a própria Justiça não dispõe de mecanismos eficazes para detectar a corrupção entre os magistrados. "As corregedorias funcionam precariamente, sem estrutura, e são dominadas pelo corporativismo. Investigações contra escreventes costumam ir a fundo, mas as que envolvem juízes são sigilosas e quase sempre são arquivadas". (...) O próximo passo será fazer com que a Justiça comece a trabalhar no sentido de se autofiscalizar com eficiência – para o bem dos magistrados, cuja maioria é formada por profissionais honestos, e para o bem do Brasil, que precisa acreditar na Justiça que tem. Fontes: http://veja.abril.com.br/250407/p_072.shtml http://www.youtube.com/watch?v=iIkJgjLq2Iw http://oglobo.globo.com/rio/mat/2007/06/01/296004751.asp http://veja.abril.com.br/250407/p_072.shtml 2 http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL55319-5601,00-FURACAO+PF+PRENDE+POLICI AIS+DO+RIO.html http://veja.abril.com.br/250407/p_072.shtml Acessados em: 11/2010. 3
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