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Informativo do Agronegócio
MBF
Segunda-feira, 02 de maio de 2016
No 3.010 - Ano VIII
Usinas contratam menos
para corte de cana
Brasil supera China como maior
importador de etanol norte-americano
Comércio de Jahu, reproduzido pelo JornalCana, 25/04/2016
Siamig, 26/04/2016
Apesar do início da safra de cana-de-açúcar na
região de Jaú, trabalhadores rurais estão angustiados. A
contratação para o serviço neste ano diminuiu e muitos
lavradores, sobretudo do Distrito de Potunduva, estão
desempregados. Não é possível estimar de quanto foi
a queda, uma vez que a safra está em curso, mas a
derrubada nos empregos é percebida pelo menos desde
2011 na região Centro-Sul do País.
Fatores conjunturais e um elemento específico
contribuíram para este cenário. Além da sequência de
safras de saldo negativo, por causa da seca ou da falta
de estímulo para o etanol, a mecanização substituiu
boa parte dos homens e mulheres que atuavam na
lavoura. Desde 2014, vigora o protocolo agroambiental,
que proíbe a queima da palha da cana – delegando às
máquinas a tarefa de executar a colheita.
O Brasil foi um dos principais destinos das
exportações de etanol dos Estados Unidos. De acordo
com a Datagro, dos 259,37 milhões de litros de etanol
exportados pelos EUA em fevereiro deste ano, 83,59
milhões de litros foram enviados para o mercado
brasileiro.
Neste período, o Brasil superou a China nas
importações do etanol norte-americano. Os chineses
adquiriram apenas 33,65 milhões de litros.
Já a Ásia continua responsável por absorver
boa parte das vendas externas. Somente para Índia,
por exemplo, os EUA aumentaram as exportações para
32,08 milhões de litros em fevereiro.
Os EUA deverão expandir ainda mais suas
exportações. No acumulado do ano, já foram 593,18
milhões de litros exportados, contra 590,62 milhões no
mesmo período de 2015.
Consequentemente, devido à ampla oferta no
mercado domestico em adição à baixa disponibilidade
no Brasil, os EUA reduziram as importações. De janeiro
a fevereiro, foram 102,76 milhões de litros importados,
ante 135,65 milhões de litros no mesmo período do
ano passado.(Fonte: Datagro - Texto extraído do portal
Universo Agro – 25/04)
Etanol hidratado sobe e açúcar acumula
alta no mês de abril, aponta Cepea
Globo Rural, 26/04/2016
Depois de alguns dias com poucos negócios
entre usinas e distribuidoras de combustível, os preços
do etanol hidratado indicaram uma relativa estabilidade
no mercado de São Paulo. A avaliação foi divulgada, na
terça-feira (26/4) pelo Centro de Estudos Avançados em
Economia Aplicada (Cepea).
De acordo com os pesquisadores, poucas
usinas paulistas foram ao mercado na última semana.
No entanto, houve entrada do combustível com origem
em outros estados, especialmente Goiás. Diante disso,
a média do Cepea registrou alta de 0,25% na última
semana, chegando a R$ 1,3725 o litro, sem considerar
a incidência de impostos.
O mesmo não foi observado para o etanol anidro.
A variedade registrou baixa de 1,21% na última semana,
para R$ 1,5612 o litro, também sem a incidência de
impostos.
Açúcar - No caso do açúcar, a valorização
dos preços na Bolsa de Nova York e a estabilidade no
mercado interno diminuíram a vantagem das vendas
no mercado disponível de São Paulo, informa o Cepea.
No acumulado do mês, o indicador da instituição para
o mercado físico tem queda de 0,51%, fechando a R$
76,25 a saca de 50 quilos.
Endividamento por tonelada de cana
cai na safra
Canal Rural, 27/04/2016
A melhora nos preços de açúcar e etanol ao
longo de 2015 contribuiu para que as usinas reduzissem
o endividamento por tonelada de cana-de-açúcar. No
ciclo 2015/2016, encerrado em março, essa dívida
ficou em R$ 142 a tonelada, em comparação com valor
próximo de R$ 150 por tonelada na temporada anterior.
Ainda assim, é bem maior que o de quase R$ 25
a tonelada registrado há 10 anos, na safra 2005/2006.
Os números foram apresentados pelo Rabobank, em
São Paulo.
De acordo com Andy Duff, especialista do
banco, a safra 2016/2017 no Centro-Sul, iniciada neste
mês, tem prospectos positivos em termos de preço de
açúcar, câmbio e situação financeira das usinas. Na
ponta oposta, a crise política e econômica no país é algo
prejudicial ao setor sucroenergético. A dívida líquida do
setor como um todo ainda beira os R$ 100 bilhões.
Atualize MBF - 1
Acordo entre Mapa e Apex reforça
promoção do agronegócio
brasileiro no exterior
Mapa, 26/04/2016
O Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa) e a Agência Brasileira de
Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil)
assinaram na terça-feira (26) acordo de cooperação
técnica que prevê uma série de ações para promover o
agronegócio brasileiro no exterior e atrair investidores.
O acordo, assinado pela ministra Kátia Abreu e
pelo presidente da Apex-Brasil, David Barioni Neto, terá
duração de dois anos e orçamento de R$ 12 milhões.
Setenta por cento dos recursos são da Apex-Brasil
e 30%, do Mapa. O objetivo é promover o alimento
brasileiro no exterior, abrir mercados e consolidar os
existentes. Foram selecionados os setores de carnes
(bovina, suína e de aves) e derivados, produtos lácteos,
pescados, frutas e sucos, grãos, café, alimentos e
bebidas e máquinas e equipamentos.
O grupo alvo de países, blocos e regiões está
entre os integrantes do Plano Nacional de Exportações
e inclui China, Coreia do Sul, Oriente Médio, Estados
Unidos, Rússia, Japão, União Europeia, África
Subsaariana e Sudeste Asiático.
Segundo a ministra, a parceria faz parte de
um programa ousado de promoção internacional
dos produtos do agronegócio. “É uma estratégia
inteligente para superarmos os momentos difíceis e
que leva em consideração a nova realidade cambial
do país. Ao manter uma demanda crescente para as
empresas locais, a conquista de mercados estrangeiros
promove a criação de empregos no Brasil e incentiva
os investimentos”. Para o presidente da Apex-Brasil, a
promoção comercial ajuda o Brasil a ser reconhecido
como fornecedor confiável de alimentos. “É um forte
instrumento de estímulo à competividade das empresas
brasileiras”, observa Barioni.
Ações - O acordo permitirá a realização
de missões empresariais ao exterior, seminários e
encontros com compradores no Brasil. Para a atração de
investimentos, está prevista a criação de bancos de dados
de investidores estrangeiros e de projetos no Brasil. Por
meio do acordo, também será desenvolvido um serviço de
relacionamento com possíveis empresários interessados
em investir no país. Além disso, a cooperação
possibilitará organizar missões internacionais do
Ministério da Agricultura. A parceira ainda prevê estudos
com informações de mercado para subsidiar os setores
envolvidos nas missões empresariais e nos encontros
com compradores estrangeiros no Brasil. Essas análises
também poderão ser úteis para se dimensionar o
impacto de acordos comerciais sobre o agronegócio
brasileiro. O setor agrícola vem comemorando a abertura
e a ampliação de mercados internacionais. Apenas no
primeiro trimestre deste ano, a cadeia produtiva registrou
saldo positivo de US$ 17 bilhões, um aumento de 8,7%
em comparação ao mesmo período de 2015.
Moagem de cana da safra 2016/2017 deve
atingir 630 mi de toneladas no Centro-Sul
Canal Rural, 27/04/2016
A moagem da região Centro-Sul do Brasil deverá
alcançar entre 605 e 630 milhões de toneladas de cana
no ciclo 2016/2017, segundo a União da Indústria de
Cana-de-Açúcar (Unica). O resultado vai depender
das condições climáticas, agronômicas e operacionais
vigentes nos próximos 12 meses.
O diretor técnico da Unica, Antonio de Padua
Rodrigues, explica que “o número de variáveis fora
do controle e de difícil previsão dificultam uma maior
assertividade sobre a produção”. A presença de um
canavial envelhecido; a indefinição sobre as condições
climáticas; o risco de florescimento em algumas
importantes regiões produtoras; a dúvida sobre o
comportamento da lavoura colhida na entressafra,
que representou 9% da área colhida; e a possibilidade
de ocorrência de geadas em áreas de produção são
alguns dos fatores que levaram a entidade a divulgar
um intervalo para retratar as diferentes possibilidades
de resultado para a safra que se iniciou este mês,
completou Rodrigues.
De acordo com a Unica, a projeção elaborada
remete a uma produção de açúcar entre 33,50 e 35,00
milhões de toneladas, com crescimento de 2,28 a 3,78
milhões de toneladas em relação às 31,22 milhões de
toneladas registradas na safra 2015/2016.
Etanol - A produção de etanol na safra 2016/2017
deve totalizar entre 27,50 e 28,70 bilhões de litros. Deste
volume, entre 10,80 e 11,00 bilhões de litros serão de
etanol anidro e entre 16,70 e 17,70 bilhões de litros de
etanol hidratado.
Rodrigues salienta que “os diferentes cenários
para a safra 2016/2017 indicam a possibilidade de
avanço na produção de açúcar sem comprometimento
da oferta recorde de etanol observada no último ano”.
Além do preço relativo dos dois produtos,
a fabricação de açúcar também será definida pela
necessidade de caixa das empresas mais endividadas,
pela qualidade da cana processada, pelas restrições
logísticas para a exportação enfrentadas por algumas
regiões e pela própria capacidade de produção das
usinas, acrescentou.
ATR - Por fim, a estimativa para o teor de
Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) por tonelada de
cana é de 134,00 a 136,00 kg na safra 2016/2017,
contra 130,51 kg registrados no último ciclo.
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Atualize MBF - 2
Centro-Sul do Brasil produz recorde de
açúcar no início da temporada
Terra, 27/04/2016
As Usinas do centro-sul do Brasil produziram
um volume recorde de açúcar na primeira quinzena da
temporada 2016/17, no início de abril, disse na quartafeira a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica),
admitindo também dificuldades em prever o tamanho da
nova safra. A Unica disse que as indústrias produziram
1,43 milhão de toneladas de açúcar na primeira quinzena
de abril, alta de 261 por cento ante o mesmo período do
ano passado.
As usinas processaram 32,84 milhões de
toneladas de cana na quinzena, alta anual de 152 por
cento. "Essa quantidade processada é explicada pelo
clima extremamente seco observado na primeira metade
do mês, o que permitiu um excepcional aproveitamento
de tempo pelas industriais, e pelo grande número de
empresas em operação no período", disse a Unica.
No início de abril de 2016, 137 usinas e
destilarias estavam em operação no centro-sul, subindo
para 205 unidades no fim da quinzena, de um total de
287 usinas existentes na região, informou a Unica.
Os preços do açúcar bruto na bolsa de Nova York
aceleraram perdas após a divulgação dos números da
quinzena, que ficaram acima da média das previsões do
mercado. Às 13:07, o contrato para julho era negociado
com queda de 2 por cento, a 15,73 centavos de dólar
por libra-peso.
Índia deverá tornar-se importador líquido
de açúcar em 2016/17
Reuters, reproduzido pelo Terra, 27/04/2016
A Índia deverá tornar-se um importador líquido
de açúcar em 2016/17, após dois anos seguidos de
seca que afetaram canais de irrigação e danificaram
canaviais, com a produção do maior Estado produtor do
país recuando 40 por cento. Caso isso se confirme, será
a primeira vez em quatro anos que o país terá posição
de importador líquido, em um movimento que poderá
dar mais sustentação aos preços globais, que já estão
em alta. O déficit na Índia também daria a produtores
rivais como Paquistão, Tailândia e Brasil uma chance de
aumentar suas exportações. "A Índia precisará importar
no próximo ano devido à queda na produção", disse à
Reuters o presidente da Associação dos Comerciantes
de Açúcar de Mumbai, Ashok Jain. "A seca afetou
severamente as plantações de cana no Estado de
Maharashtra. O governo deveria parar de exportar
agora, para reduzir a necessidade de importação na
próxima temporada." No próximo ano, a produção
de Maharashtra poderá cair abaixo de 5 milhões de
toneladas, colocando a produção total da Índia em
22,5 milhões de toneladas, segundo estimativas da
Associação de Usinas de Açúcar do Oeste da Índia.
O consumo doméstico é projetado em 26 milhões de
toneladas.
Envelhecimento dos canaviais pode
prejudicar produção de açúcar
brasileira no futuro
Reuters, reproduzido pelo UOL, 27/04/2016
As condições climáticas não poderiam ter sido
melhores durante os últimos 30 dias para o início da
colheita da cana no centro-sul do Brasil, mas a seca
que acelerou a moagem reteve o replantio de canaviais
mais velhos, o que pode impactar negativamente as
produções futuras.
O Brasil está nos primeiros estágios de uma
safra recorde de cana que pode atingir até 630 milhões
de toneladas, de acordo com o grupo industrial Unica,
graças à amplas chuvas no fim do ano passado e no
início deste ano.
As usinas estão avançando muito nos campos
após a falta de chuva nos últimos 35 dias.
Mas, de acordo com especialistas, as boas
condições para a colheita podem custar ao setor
produtividades agrícolas no futuro, com a seca atingindo
a cana recém-plantada e as plantas que estão brotando
após o corte em meio à falta de umidade.
Vanessa Nardy, analista do Centro de Tecnologia
Canavieira (CTC), disse que os canaviais do centro-sul
têm necessidade de renovação urgente após anos de
investimentos abaixo do ideal devido à má situação
financeira das usinas.
"Estamos quase 40 por cento abaixo da taxa de
replantio de cana vista há dois anos", ela disse.
De acordo com dados do CTC, a taxa de
replantio dos canaviais está em 10 por cento da área
cultivada total em 2015, a mínima desde pelo menos
2005.
"Temos preocupação com o que vai acontecer
no ano que vem", disse o diretor técnico da Unica,
Antonio de Pádua Rodrigues.
Na atual temporada 2016/17, que vai de abril a
março, a quantidade de cana que está chegando ao seu
quarto ou quinto ano de cortes aumentou, enquanto as
plantas no segundo ou terceiro anos de produção caiu.
Os canaviais podem crescer novamente sem
replantio por até cinco ou mais anos. Mas eles são
mais produtivos nos primeiros anos de produção, com o
rendimento caindo gradualmente conforme envelhecem.
Mas ambos Nardy e Padua disseram que
boas condições climáticas, com amplas chuvas, como
vistas nos últimos seis meses, podem compensar para
a ocorrência de outra grande safra no ano que vem,
mesmo se o replantio for abaixo do ideal e os canaviais
envelhecerem.
O aprofundamento da crise econômica no Brasil
e as frágeis condições financeiras das usinas do país
também pressionarão os calendários de replantio das
usinas.
O replantio é uma das operações mais caras
para uma usina.
Atualize MBF - 3
Paraná projeta colher 46 milhões de
toneladas de cana-de-açúcar na safra
Boas práticas estão em 26,3% da área de
cana do Estado de SP, dizem secretarias
G1 PR, 28/04/2016
Globo Rural, 28/04/2016
O Paraná deve colher 46 milhões de toneladas
de cana-de-açúcar na safra 2016/2017, conforme
estimativa do Departamento de Economia Rural (Deral),
ligado à Secretaria de Agricultura e do Abastecimento.
A colheita começou neste mês de abril e termina
em março de 2017. A projeção aponta estabilidade
em relação à safra anterior, com rendimento maior,
impactado pela renovação das plantas, pelo clima e
pela readequação dos produtores ao mercado.Com
essa quantidade de cana, a produção de açúcar deve
ficar próxima dos 3 milhões de toneladas no estado. Em
relação ao álcool, a produção estimada para o Paraná é
de 1,65 bilhão de litros.
Com isso, o Paraná deve permanecer como
o quinto maior produtor brasileiro de cana, terceiro de
açúcar e quinto de álcool. Segundo o Deral, 52% da
cana é transformada em açúcar e 48% em álcool.
De acordo com o presidente da Associação de
Produtores de Bioenergia do Paraná (Alcopar), Miguel
Tranin, o ano de 2016 começou atípico, com um ritmo
de moagem acelerado no primeiro trimestre, quando
tradicionalmente as usinas reduzem o movimento à
espera da safra nova. Em março, o setor bateu recorde
no Paraná, com o processamento de 3,081 milhões de
toneladas de cana, segundo a Alcopar. Tranin explica
que, devido às chuvas, o volume de moagem no fim do
ano passado estava abaixo do esperado, com 39 milhões
de toneladas. “As usinas, então, aproveitaram o início
do ano para fazer a moagem. Com isso, não teremos
a cana bisada, que é a cana-de-açúcar proveniente da
safra anterior que é processada no ano seguinte, para
ser computada no período 2016/2017”, diz Miguel Tranin.
A previsão da Alcopar é de uma produção
próxima da registrada na safra anterior, com 43 milhões
de toneladas de cana, diferente da estimativa da
Secretaria estadual da Agricultura (de 44 a 46 milhões).
Para Tranin, 2016 ainda será um ano de
desafios, mas as perspectivas são mais otimistas.
“A nossa expectativa é de uma melhora a partir de
2017, principalmente nos preços e na rentabilidade da
atividade”, diz.
Pelo menos 26,3% da área de lavouras de canade-açúcar no Estado de São Paulo estão adequados
às boas práticas ambientais. A proporção corresponde
a 5.405.772 hectares. A informação está no relatório
referente à safra 2015/2016 do Protocolo Agroambiental
do Setor Sucroenergético, apresentado na quinta-feira
(28/4) durante a Agrishow, em Ribeirão Preto (SP),
pelas Secretarias Estaduais de Agricultura e de Meio
Ambiente.
"O Protocolo é um conjunto de ações do
governo e dos setores produtivos, destacadas as usinas
e fornecedores de cana. Não é uma lei que obriga, por
isso destaco a adesão dos produtores rurais", afirmou
Arnaldo Jardim, secretário de Agricultura, considerando
o resultado expressivo.
Entre os principais resultados destacados
pelas autoridades paulistas, o consumo de água no
processamento da cana caiu 33% entre 2010 e 2015. Na
safra 2015/2016, chegou a um metro cúbico (1000 litros)
por tonelada moída. Na década de 90, esse volume era
de 5 metros cúbicos.
Foi estimada também uma redução de 89% na
emissão de gases de efeito estufa pelo setor desde a
safra 2006/2007. A variação corresponde a 8,65 milhões
de toneladas que deixaram de ir para a atmosfera, de
acordo com o documento.
Queimadas - Uma das principais medidas
previstas no Protocolo Agroambiental é a substituição
do uso da queimada na colheita da cana pelo trabalho
mecanizado. Na safra 2015/2016, a proporção chegou a
91,3% sem o uso do fogo, o equivalente a 3,46 milhões
de hectares.
A safra 2016/2017, iniciada em primeiro de abril,
é a última em que a queima poderá ser utilizada.
A secretária de Meio Ambiente do Estado
de São Paulo, Patricia Iglecias, disse que serão
adotadas medidas para coibir crimes ambientais e punir
responsáveis. Ela disse que não há prazo para as ações
e avaliou que o trabalho evitará que produtores de cana
sejam indevidamente punidos.
Safra 2015/2016 de cana-de-açúcar na Paraíba ultrapassa 5 milhões de toneladas
Paraíba Total, 29/04/2016
A produção de cana na Paraíba referente à safra
2015/2016 contabilizou um resultado final de 5.068.684
toneladas, somando a matéria-prima de fornecedores
ligados à Asplan, com a cana dos acionistas de
indústrias sucroalcooleiras. Esse quantitativo foi inferior
ao da safra passada que atingiu 6.723.322 toneladas. Os
cerca de 1.800 fornecedores ligados à Associação dos
Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) responderam
por uma produção de 2.167.632,23 toneladas. Embora a
safra tenha sido menor, a remuneração dos produtores
teve uma melhora, já que o preço médio da tonelada
da cana foi negociado a R$ 87,48, enquanto que na
safra passada esse valor médio ficou em R$ 63,51. A
queda de produção prevista para o Nordeste, segundo o
presidente da Associação dos Plantadores de Cana da
Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso, se confirmou, mas de
maneira mais atenuada na Paraíba. “Alagoas, o maior
produtor da região, caiu de 26 milhões de toneladas para
pouco mais de 14 milhões, Pernambuco também perdeu
com uma safra de 11 milhões e a Paraíba, apesar de ter
um tipo de solo mais raso, de tabuleiro costeiro, foi quem
menos teve redução de safra proporcionalmente”, atesta.
Atualize MBF - 4
Wilmar recebe açúcar bruto na bolsa de
NY pela 5ª vez consecutiva
Mercado do açúcar tem forte alta e rompe
barreira por 16 cents/lb
Reuters, reproduzido pelo Terra, 29/04/2016
Udop, 02/05/2016
A Wilmar International adquiriu cerca de 422
mil toneladas de açúcar contra o contrato da bolsa
ICE que expirou na sexta-feira, disseram operadores,
registrando a quinta compra consecutiva por meio da
bolsa para empresa agrícola de Cingapura.
Os 8.309 lotes de açúcar devem vir do Brasil e da
Argentina, disseram os operadores norte-americanos.
A Wilmar International não pode ser imediatamente
contatada para comentários devido ao horário tardio em
Cingapura.
Influenciado por movimentos técnicos, pela
recuperação dos preços do petróleo, pela queda na
produção de açúcar da Índia e pela queda do dólar
ante o real, os preços do açúcar fecharam com uma
forte alta nas bolsas internacionais na última sextafeira (29), rompendo a barreira dos 16 centavos de
dólar por libra-peso. No comparativo entre os preços
praticados nos dias 1º e 29 de abril, na Ice Future,
vemos que a commodity valorizou 6,45% no mês de
abril, considerando o vencimento maio/16 que expirou
na última sexta-feira.
"A vigorosa maneira com que os preços
reagiram na sessão de sexta-feira pode ser atribuída à
queda da produção da Índia, a menor desde 2009/2010;
ou ao apetite dos fundos que continuam apostando
na subida de preços do açúcar e aumentando suas
posições compradas; ou, ainda, à valorização do real
contra o dólar que pode mudar a arbitragem do açúcar
com o etanol e afetar a disponibilidade do primeiro.
Enfim, tem para todos os gostos", destacou o diretor da
Archer Consulting, Arnaldo Luiz Corrêa em seu artigo
semanal onde comenta a reação dos preços.
Com a forte alta, o açúcar fechou com
valorização de 84 pontos no vencimento maio/16, e
negócios firmados em 16,16 centavos de dólar por librapeso.
Na tela de julho/16, a alta foi de 61 pontos e
negócios em 16,32 cents/lb. Nos demais vencimentos
as valorizações ficaram entre 34 e 53 pontos.
Londres - Em Londres também houve forte
recuperação de preços. No vencimento agosto/16 a
commodity fechou cotada em US$ 467,40 a tonelada,
alta de 9,70 dólares no comparativo com a véspera. As
demais telas ficaram entre 7 e 10 dólares mais caras.
Ainda segundo Corrêa, "vamos ter um mercado
extremamente interessante como há muito não se via. É
o momento de apontar os lápis e escolher a estratégia de
gestão de risco correta para aproveitar as oportunidades.
Fence, hedge com opções usando o delta, futuros, seja
qual for o apetite que se tenha ao risco, o setor tem um
amplo cardápio de estratégias que deverão ajudar a
agregar valor ao acionista".
Mercado doméstico - Já o mercado doméstico
fechou em baixa na última sexta.
Segundo o índice Cepea/Esalq, da USP, a saca
de 50 quilos do tipo cristal foi comercializada pelas usinas
paulistas em R$ 75,18, baixa de 0,33% no comparativo
com os preços da véspera.
Esta foi a quarta sessão seguida de queda nos
preços da commodity, em São Paulo.
ANP: preços do etanol caem em 18
Estados e voltam a ser competitivos em SP
Udop, 02/05/2016
A ANP - Agência Nacional do Petróleo, Gás
Natural e Biocombustíveis apurou que os preços do
etanol hidratado recuaram em 18 estados e no Distrito
Federal, na semana de 24 a 30 de abril, e subiram em
outros oito estados. A maior baixa foi em Minas Gerais,
onde os preços caíram 6,13% no comparativo com a
semana anterior. A maior alta ocorreu no Rio Grande do
Norte, onde o litro do biocombustível, na média, subiu
1,82%. A ANP também apurou que após alguns meses
em desvantagem, o etanol voltou a ser competitivo,
economicamente, com a gasolina, no estado de São
Paulo, onde a paridade entre os dois combustíveis ficou,
no preço médio, em 68,34%. Os analistas destacam
que é economicamente vantajoso abastecer com etanol
quando o preço do biocombustível estiver abaixo dos
70% do valor cobrado pelo derivado do petróleo. A
fórmula não analisa as demais externalidades positivas
de se abastecer com etanol, biocombustível renovável.
Nos estados do Mato Grosso, Minas Gerais e
Paraná, a paridade econômica também já é encontrada
em muitos postos, mas na média de preços medida pela
ANP, ainda não se obteve a economicidade.
Preços caem no mercado paulista - Os preços
do etanol caíram no mercado paulista medido pelo
Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada
(Cepea/Esalq), da USP, baseados na semana de 25 a
29 de abril. O hidratado desvalorizou 2,23% e o anidro,
0,94%. O etanol hidratado fechou cotado a R$ 1,3452
o litro na última semana, contra R$ 1,3725 da semana
de 18 a 22 de abril. Já o anidro fechou cotado em R$
1,5466 o litro na semana de 25 a 29 de abril, contra R$
1,5612 da semana anterior.
Etanol diário - O etanol hidratado medido pelo
índice Esalq/BVMF, também fechou em baixa de 0,04%
na última sexta-feira, com negócios firmados em R$
1.284,50 o metro cúbico.
Atualize
Fornecendo atualizações diárias
a executivos do Agronegócio.
MBF Agribusiness Assessoria Empresarial Ltda.
Jornalista Responsável:
Andréia Moreno - MTb 29.978
Fechamento edição:
02/05/2016 - 12h00
Resumo de notícias de 25/4 a 02/05
Atualize MBF - 5