Ano lectivo vivido em pleno pela Comunidade Educativa

Transcrição

Ano lectivo vivido em pleno pela Comunidade Educativa
Valter hugo mãe
O escritor na nossa escola:
dialogar e ouvir com alguém
que cativa pela forma como
se expressa. P 13
RESPONSABILIDADE
SOCIAL
Representante da Delta
Cafés, um testemunho activo
de uma prática eficaz. P 6
SARAU GÍMNICO
Atrai centenas de pessoas:
um evento cuja organização
a nossa escola fielmente
assegurou P 12
LAR DE IDOSOS
Turmas do nono ano visitam
instituição e animam tardes
de convívio. P 15
ÁREA DE
PROJECTO
Apresentação pública dos
produtos finais dinamiza
alunos finalistas do Ensino
Secundário P 2
JORNAL DO COLÉGIO LICEAL DE SANTA MARIA DE LAMAS . TRIMESTRAL . ANO XIV . ABRIL | MAIO | JUNHO 2010. €0,75
Aprendizagens relevantes e vivências enriquecedoras
Ano lectivo vivido em pleno pela
Comunidade Educativa
2
| 42 | ENTRElinhas | ABRIL | MAIO | JUNHO 2010
ÁREA DE PROJECTO, 12º ANO
Uma mão cheia de produtos de qualidade
Nas últimas semanas, o Colégio assistiu à Apresentação dos Produtos finais dos Trabalhos
de Projecto que centralizaram, ao longo do ano lectivo, todas as acções e dinâmicas pedagógicas desenvolvidas por oito turmas do 12º ano, no contexto da Área de Projecto.
A qualidade das abordagens ou amostragens de síntese que as referidas turmas
deram a conhecer, no Grande Auditório do
Colégio, a um público convidado, constituído por alunos, Encarregados de Educação e
outros, foi mais uma vez a marca mais dis-
tintiva deste evento, por todos reconhecido
como uma importante mais-valia formativa
dos nossos alunos finalistas do Secundário.
Na qualidade de Coordenador desta Área
agradeço a todos quantos responderam ao
nosso convite, prestaram atenção ao nosso
trabalho, o valorizaram e bateram aquelas
No âmbito do Projecto VIVARTE, os alunos do
12º B decidiram reanimar a antiga Semana das
Artes, outrora realizada pelos professores de
Artes, e na semana de 3 a 7 de Maio de 2010, dinamizamos imensas actividades ligadas ao belo
mundo das artes. Entre estas, destacaram-se as
exposições desenvolvidas quer no Bar Principal,
quer no Edificio I, a exibição diária de filmes, os
Roteiros do Desenho e as actividades de dança.
efusivas palmas de reconhecimento.
Para o ano cá estaremos para, semper
ascendens, continuarmos a revestir de ouro a
taça do nosso trabalho.
Parabéns aos alunos e professores. Professor Américo Couto, Coordenador da Área de
Projecto 12º ano
Desta forma, tentámos sensibilizar e captar a
atenção dos alunos do nosso Colégio para um
bem emergente, a Arte. Juliana Pinto
Rafael Santos, 12.º B
Ver arte em Amarante
os alunos da área de Artes. Após a visita, estes ainda tiveram tempo para explorar o belo município
de Amarante e para se deliciarem com os doces
conventuais da região. Daniela Marques e Juliana
Pinto, 12.º B
Paços de brandão Grupo Ritmare anima visitas ao Museu do Papel
Viveu-se uma noite mágica na celebração do dia Internacional dos Museus. Durante uma noite, as visitas guiadas ao longo do Museu
interrompidas por vários tipos de actuações do grupo musical de percussão do Colégio. Um verdadeiro sucesso!
Æ
Rafael Santos, 12.º B
A visita, que teve como intuito primordial dar a
conhecer a obra do consagrado pintor português
Amadeo de Souza Cardoso através do Museu,
nomeado em sua honra, mostrou-se agradável e
o momento perfeito para o convívio entre todos
Ana Rita Ramalho, 12.º B
O grupo VIV’ARTE | Arte para Todos reuniu esforços com alguns dos professores da comunidade de
artes, para a realização de uma visita de estudo a Amarante. Esta realizou-se no dia 28 de Maio e contou
com a participação de todas as turmas de Artes do Colégio, bem como de diversos professores das
mais variadas disciplinas.
iniciativas
projectos na área
AMARAN(R)TE
3
ABRIL | MAIO | JUNHO 2010 | ENTRElinhas | 42 |
8a Avenida é dinamizado por turma de artes Evangelizar o “Continente Digital”
Como forma de culminar um ano lectivo repleto de actividades que dinamizaram o mundo das artes, o 12º B apresentou,
no Centro Comercial 8º Avenida, em São João da Madeira, a exposição Rota das Artes. Esta encontrou-se patente durante
o fim-de-semana de 21 a 23 de Maio e contemplou actividades de carácter lúdico e educativo.
Entre todas as actividades realizadas, é de destacar a
nossa exposição Com Pés e Cabeça que, apelando ao tema
do Shopping e a variadas técnicas de desenho e pintura,
ilustrava os mais diversos e imaginativos tipos de calçado.
A Rota das Artes contou ainda com oficinas de fotografia e
gravura, projecção contínua de filmes mudos, um slideshow
com alguns dos trabalhos mais significativos do nosso ensino secundário e ainda uma segunda exposição, um pouco
mais interactiva, onde os nossos diários gráficos poderiam
ser desfolhados pelos interessados.
Através de todas as actividades realizadas na disciplina
de Área Projecto durante este ano lectivo, a turma 12º B
tentou contrariar esta tendência tenebrosa que se instalou
nas últimas décadas e despoletar grandes mudanças junto
da população da nossa zona metropolitana, possibilitando
desta forma o acesso a um dos bens mais valiosos do ser
humano: a Arte.
Juliana Pinto
Com pés e
ca b eç a
A indú stria que distingue a cidade e o shopping foi o tema a trabalhar nas aulas. Assim
testaram-se novas possibilidades para os objectos e exloraram-se materiais e técnicas de
representaçã o.
ao longo do ano pela turma do 12.º B de Artes
Esta exposiçã o é o culminar do trabalho desenvolvido
“ arte para
Lamas. Os alunos propuseram-se, sob o mote
Visuais do Colégio Liceal de Santa Maria de
ea
algumas das suas expressõ es a locais inesperados
todos” , divulgar e democratizar a arte, levando
pessoas na sua produçã o e experimentaçã o.
as
envolver
neo
simultâ
em
novos pú blicos, procurando
Work
Shop
pela
A arte é também uma descoberta que se faz
experimentação. Com o apoio dos alunos, aqui
exna
partir
e
materiais
e
técnicas
testar
poderá
ploração desse universo.
diários
gráficos
Pode também ser chamado de “caderno
de desenhos”. É um instrumento de trabalho,
com um formato fácil de transportar, que estimula
a observação e o registo gráfico. Este conjunto
corresponde
ao trabalho desenvolvido ao longo
do ano para a
disciplina de Oficina de Artes e Desenho.
foto
grafia
A escrita da luz permite que experientes e iniciados
A
possam registar memórias através de imagens.
técnica da fotografia é comum, mas neste univereo
so é o olhar “fotográfico” que distingue o autor
eleva ao estatuto de artista.
“A vida é a busca da Verdade, do Bem e do Belo. É preciso não se
deixar enganar por aqueles que andam simplesmente à procura de
consumidores num mercado de possibilidades indiscriminadas, onde
a escolha em si mesma se torna o bem, a novidade se contrabandeia
por beleza, a experiência subjectiva se sobrepõe à verdade”.
Este excerto da Mensagem do Papa Bento XVI para o Dia Mundial das Comunicações Sociais (a imprensa, a rádio, a televisão, o telemóvel, a música gravada,
a internet, etc.) instituído por Paulo VI, em 1966, e celebrado anualmente na
solenidade da Ascensão de Jesus ao Céu, faz reflectir sobre novas tecnologias e
novas relações para promover uma cultura de respeito, de diálogo e de amizade.
Bento XVI centra a sua atenção na chamada “geração digital”, da qual, segundo ele, os jovens são os agentes, os intérpretes e os principais destinatários.
“A vós, jovens, que vos encontrais quase espontaneamente em sintonia com estes novos meios de comunicação, compete de modo particular a tarefa da evangelização deste “continente digital”. Sabei assumir com entusiasmo o anúncio
do Evangelho aos vossos coetâneos!”.
Partindo da análise do impacto do uso dos computadores, dos telemóveis e
da internet, o Papa analisa a “nova cultura da comunicação”, apontando as novas tecnologias como resposta “ao desejo fundamental que têm as pessoas de se
relacionarem umas com as outras”, pois “quando sentimos a necessidade de nos
aproximar das outras pessoas, quando queremos conhecê-las melhor e dar-nos a conhecer, estamos a responder
a uma vocação que está gravada na nossa natureza de
seres criados à imagem e semelhança de Deus, o Deus
da comunicação e da comunhão”.
Sentindo esta necessidade de comunicação – quantas
vezes aprisionada por algum individualismo hodierno
António Vieira
–, “abrimo-nos aos outros, damos satisfação às nossas
carências mais profundas e tornamo-nos, de forma mais
plena, humanos. De facto, amar é aquilo para que fomos
projectados pelo Criador. Reflectindo, à luz disto, sobre
o significado das novas tecnologias, é importante consi“Seria um grave
derar não só a sua indubitável capacidade de favorecer o
dano para o futuro contacto entre as pessoas, mas também a qualidade dos
conteúdos que aquelas são chamadas a pôr em circulação”.
da humanidade
Bento XVI alerta, seguidamente, para alguns erros
se os novos
a evitar por parte daqueles que fazem a comunicação.
“Aqueles que operam no sector da produção e difusão
instrumentos da
de conteúdos dos novos “media” não podem deixar de
sentir-se obrigados ao respeito da dignidade e do valor
comunicação, que da pessoa humana. Se as novas tecnologias devem servir
permitem partilhar o bem dos indivíduos e da sociedade, então aqueles que
as usam devem evitar a partilha de palavras e imagens
saber e informações degradantes para o ser humano e, consequentemente, excluir aquilo que alimenta o ódio e a intolerância, envilece
a beleza e a intimidade da sexualidade humana, explora
de maneira
os débeis e os inermes”.
mais rápida e
Abordando o conceito de amizade e tendo em conta a
riqueza do “cyberspace”, o Papa tenta avisar da possível
eficaz, não fossem banalização da experiência da amizade na “nova arena
digital”. “Seria triste se o nosso desejo de sustentar e detornados acessíveis senvolver “on-line” as amizades fosse realizado à custa da
nossa disponibilidade para a família, para os vizinhos e
àqueles que já
para aqueles que encontramos na realidade do dia-a-dia,
no lugar de trabalho, na escola, nos tempos livres. De facsão económica
to, quando o desejo de ligação virtual se torna obsessivo,
a consequência é que a pessoa se isola, interrompendo a
e socialmente
interacção social real. Isto acaba por perturbar também
marginalizados...” as formas de repouso, de silêncio e de reflexão necessárias para um são desenvolvimento humano”.
As vertentes práticas da Mensagem papal sugerem, através do mundo digital, novas atitudes, tão ousadas quanto aquelas que S. Paulo viveu no início do
Cristianismo.
“É gratificante ver a aparição de novas redes digitais que procuram promover a solidariedade humana, a paz e a justiça, os direitos humanos e o respeito
pela vida e o bem da criação”.
“Estas redes podem facilitar formas de cooperação entre povos de diversos contextos geográficos e culturais, consentindo-lhes aprofundar a comum humanidade e o sentido de corresponsabilidade pelo bem de todos”.
Quantos gestos de solidariedade se difundem através da internet! Campanhas
em favor de crianças doentes, alertas para problemas locais globalizados, recolhas
de géneros alimentícios e de roupas em tempo de calamidade, etc. Quem não se
lembra das ondas de partilha que foram geradas com as imagens do maremoto
no Oriente e dos sismos no Haiti e no Chile? Quem não percebe a força de uma
imagem de boa vontade e de carinho ou de revolta, agressividade, malfeitoria?
“Seria um grave dano para o futuro da humanidade se os novos instrumentos
da comunicação, que permitem partilhar saber e informações de maneira mais
rápida e eficaz, não fossem tornados acessíveis àqueles que já são económica
e socialmente marginalizados ou se contribuíssem apenas para incrementar
o desnível que separa os pobres das novas redes que se estão a desenvolver ao
serviço da informação e da socialização humana”.
“O anúncio de Cristo no mundo das novas tecnologias supõe um conhecimento profundo das mesmas para se chegar a uma sua conveniente utilização”.
Não podemos perder de vista que as novas tecnologias são, hoje, o espaço de
evangelização que Deus nos proporciona. Temos de ser audazes, unidos e persistentes neste anúncio de Jesus a todos e em todo o momento.
4
Umas férias radicais com o jc...
E venham as férias! Depois de um ano de trabalho e preocupações, eis que chega o merecido tempo de descanso e lazer.
Este tempo pode ser uma seca se pouco ou nada de interessante se fizer e isso seria ainda mais cansativo, além de que a
preguiça em demasia pode ser má conselheira. Gostava, por
isso, de vos dar algumas pistas, inspiradas na minha própria
vida. Eis umas férias à JC!
Aproveitem para brincar e ajudar os pais! Lembro-me que
na minha infância e adolescência brincava muito com os meus
pais e com os meus vizinhos e amigos; gostava de dialogar com
o meu Pai do céu e, nos tempos livres, ajudava a minha mãe
nas tarefas da casa e aprendia e colaborava na carpintaria do
meu pai adoptivo. Era tudo muito diProfessor Paulo
vertido além de que me sentia útil e
Costa
passava melhor o tempo.
Aproveitem para viajar! Quando
eu era miúdo, viajei muito. Ainda no
Aproveitem para: ventre da minha mãe, os meus pais tiveram que fazer uma longa viagem de
brincar e ajudar os Nazaré para Belém e, pouco tempo depois de nascer, tivemos que fugir para
pais!
o Egipto pois o rei Herodes não estava
de bom humor. Depois, regressei e fui
viajar!
viver para a cidade de Nazaré.
Quando completei os trinta anos,
aprender!
saí de casa e viajei com os meus amidescansar!
gos apóstolos por toda a Galileia, Samaria e Judeia. A razão era o Reino de
aventuras na
Deus e a Boa Nova, mas fartei-me de
conhecer pessoas, fazer amigos, viajar
natureza!
por montanhas, vales, planícies e até
desertos e visitar aldeias, vilas e cidaconviver!
des com as suas gentes e monumentos. Como o calor era muito, gostava
Aproveitem…
de andar de sandálias e com roupas
mais leves e largas. Sem ser propriamente para fazer jogging, caminhei muito e fiz muito exercício físico. Quantas dicas interessantes e desafiantes para vós…
Aproveitem para aprender! Recordo-me de, aos doze anos,
ter ido numa excursão à capital de Israel, Jerusalém, por ocasião da Páscoa. Foi uma aventura bem divertida pois, no regresso a casa, a minha família não sabia de mim e ficaram preocupados. Encontraram-me no Templo e eu estava na maior a
falar com umas pessoas sábias e cultas e a verdade é que estavam também estupefactos com o que eu dizia e sabia. Por isso,
é importante ler muito e ter cultura geral.
Aproveitem para descansar! Gostava muito de meios aquáticos e estava muitas vezes nos rios, lagos e no mar. Fui baptizado no Rio Jordão, gostava de refrescar-me e nadar no tempo de
calor e, nalgumas ocasiões, aproveitava para andar de barco.
Precisava de me afastar um pouco das multidões que me seguiam e descansar e relaxar para retemperar forças. Aproveitava para contemplar a paisagem e até pescar. Apesar de preferir
ser pescador de homens, cheguei a dar umas dicas boas aos
meus amigos para pescarem mais.
Lembro-me que numa ocasião estava com uns amigos num
barco e levantou-se uma grande tempestade e tiveram que me
acordar pois eu estava muito cansado e dormia profundamente. Noutra altura, ficaram todos assombrados pois, com o poder que o meu Pai me deu, decidi caminhar sobre as águas. Já
parecia aquilo a que chamais surf ou bodyboard…
Aproveitem para aventuras na natureza! Como andava sempre de lado para lado, quase não tinha onde reclinar a cabeça
mas gostava muito de acampar. Uma vez, no alto de uma montanha, alguns dos meus discípulos quiseram lá montar as tendas
pois ali estava-se quase no céu. Adorava sentir-me no meio da natureza, assistir ao nascer e pôr-do-sol, contemplar a lua e as estrelas, e observar as aves do céu, os lírios do campo, as sementeiras,
as vinhas e os rebanhos. Necessitava de mergulhar no silêncio
da noite, ora para pensar, reflectir e rezar, ora para dormir que
era e é bem necessário para a saúde e equilíbrio físico e psíquico.
Aproveitem para conviver! Gostava muito de fazer piqueniques e recordo-me de alguns em que havia muita gente a escutar as minhas histórias e ensinamentos e a fome apertava e
nada havia para comer. Arranjava sempre maneira de organizar
lanches à base de pão e peixe e, todos sentados nos relvados,
ficavam saciados e até sobrava comida. Gostava de conviver e
divertir-me com os meus familiares e amigos. Lembro-me de ter
ido a algumas festas e até a um casamento. Tive a oportunidade
de aí ter ajudado os noivos pois faltou o vinho e realizei, então, o
meu primeiro milagre. Mas como nem só de pão vive o homem,
também jejuei algumas vezes e não era para fazer dieta…
Visitei pessoas doentes e fazia tudo para as confortar e ajudar. Também gostava de estar com crianças e velhinhos e não
queria que ninguém os afastasse de mim. É importantes cultivar a amizade e estar perto de quem mais precisa.
Como vedes, podeis rentabilizar bem o tempo livre das férias que são uma excelente oportunidade radical par continuar a crescer em estatura, sabedoria e graça! E… boas férias à JC!
| 42 | ENTRElinhas | ABRIL | MAIO | JUNHO 2010
Refeitório já está certificado para a Qualidade
Associação de Pais visita o Refeitório do Colégio
A Associação de Pais do Colégio visitou o novo refeitório do Colégio, a convite da Direcção. Esta iniciativa teve como objectivo dar a conhecer aos representantes dos pais dos nossos alunos as condições em que funcionam o refeitório e a cozinha, bem como todas as questões de
organização, nomeadamente as que dizem respeito à elaboração das ementas e das refeições e à segurança, qualidade e higiene alimentar.
A visita foi acompanhada pelo responsável pelo refeitório, Se- e pela qualidade evidenciada em todos os parâmetros. Elogiou os
nhor Mendes, e pelo nosso chefe, Senhor Daniel, que tiveram a funcionários pelo seu empenho e dedicação, o que permite que
oportunidade de esclarecer os convidados sobre todos os detalhes tudo funcione da maneira mais adequada. Disse, ainda, que os pais
de funcionamento deste espaço que é fundamental para a nossa dos nossos alunos podem e devem sentir-se confiantes no que resEscola. A Associação de Pais foi, ainda, devidamente informada so- peita às refeições que aqui são servidas.
bre o processo de certificação para a Qualidade, que então decorria.
Para terminar a visita, todos os elementos da Associação de Pais
Esta certificação abrange a Higiene e Segurança no Trabalho e a
Qualidade Alimentar, segundo a norma 22000. O Senhor Fernando presentes foram convidados a almoçar no refeitório, tendo podido
Cardoso, Presidente da Associação de Pais, felicitou o Colégio pelas saborear com agrado uma das muitas ementas que diariamente são
excelentes condições que são oferecidas aos alunos neste espaço servidas aos nossos alunos. Pel’ A direcção
Entrevista a um aluno do nono ano
Miguel Ângelo ou a curiosidade da investigação
Miguel Ângelo Ferreira, do 9.º A, partilhou connosco aquilo que para ele tem sido um enorme prazer, satisfação e utilidade: a Investigação.
Thomas Edison (1847 – 1931) uma vez disse:
“Nós nem sabemos 1 milionésimo de 1%
sobre qualquer coisa”. Assim, 99.999999%
do que se pode investigar é interessante
porque não o sabemos e acabaremos por
descobrir algo novo.
JE: Miguel, como defines a Investigação?
MA: A investigação é um meio de busca de
respostas às nossas dúvidas e curiosidades.
JE: E um Investigador?
MA: Um investigador é aquele que procura sempre satisfazer as suas curiosidades,
ainda que encontre mais perguntas do que
respostas.
JE: Consideras-te um potencial investigador?
MA: Por que não? Qualquer um de nós pode
investigar no seu dia-a-dia, porque todo o ser
humano sente necessidade do “descobrir”.
Somos todos potenciais investigadores.
JE: Dá-nos três motivos que te impulsionam para a investigação.
MA: Essencialmente, a curiosidade. Outro
Dia da Terra
motivo seria, provavelmente, o desejo de
uma vida profissional bem sucedida e de
um bom desempenho intelectual.
JE: A tua actividade de investigação
tem sido meramente bibliográfica ou já
ensaias experiências laboratoriais?
MA: Por enquanto a minha investigação é
essencialmente bibliográfica, não só por
ser mais fácil, como também mais acessível.
Quanto a ensaios de experiências elaboro o
básico, as realizadas na escola. O meu sonho
é poder, um dia, a realizar experiências laborais mais sofisticadas.
JE: Que áreas te fascinam mais?
MA: As que oferecem maiores possibilidades
de investigação, e pelas quais tenho maior interesse pessoal, como a Matemática e a Física.
JE: Qual tem sido o papel dos professores?
MA: Os professores têm sido fundamentais.
Os seus incentivos têm despertado em mim
cada vez mais interesse em descobrir.
JE: Fala-nos da Matemática. Consideras a Matemática investigável?
Comemorou-se, no dia 22 de Abril, o Dia da Terra. Para assinalar a data, esteve patente, no bloco I, uma exposição de trabalhos de aluno do 7º ano, de Ciências Naturais,
alusivos ao tema. Professora Fátima Rios
MA: Sim, definitivamente. Para mim, a Matemática é a área onde é mais divertido e útil
investigar, isto porque a Matemática é também uma ferramenta de investigação. Logo,
ao investigarmos esta “ferramenta”, estamos a
aumentar o potencial de outras investigações.
JE: Estudaste recentemente a Trigonometria, uma potente ferramenta na
resolução dos problemas de triangulação.
Partilhas essa visão utilitária e instrumental da Matemática?
MA: Partilho, apesar de a minha área favorita
ser a Álgebra.
JE: Que conselhos deixavas para os
teus colegas que ainda não se sentem
motivados para a investigação?
MA: Dir-lhes-ia que ainda há muito para investigar e ser descoberto, que existem muitas questões à espera que qualquer um lhes
dê resposta. Professor Mário César
5
ABRIL | MAIO | JUNHO 2010 | ENTRElinhas | 42 |
Antigos alunos do Colégio
distinguem-se na vida activa
Os notáveis X
Dulce Oliveira e Virgínio Alves foram colegas de
turma no Colégio de Lamas e, mais tarde, na Faculdade de Economia da Universidade do Porto. Todavia,
Percurso no
Habilitações Literárias
Colégio
não chegaram a concluir os estudos universitários.
Mas nem por isso deixaram de ter sucesso nas carreiras profissionais que entretanto empreenderam.
Professor Gautier de Oliveira
Percurso Profissional
Dulce Maria Ferreira
Oliveira
7º ao 12º ano • 12º ano do Curso Técnico-Profissional
de Informática de Gestão
• Frequência do 3º ano do Curso de
Scrum Master de Projectos
Economia da Faculdade de Economia
de Inovação no Banco
do Porto (FEP)
BPI (Banco Português de
Investimento)
•Analista/Programador na Companhia Portuguesa de Computadores (CPC)
•Analista/Programador de Sistema de Custódia de Títulos no Banco Português de
Investimento
•Analista/Programador de Sistema de Custódia de Títulos no Banco BPI
Analista Funcional de Sistemas de Negociação e Custódia de Títulos no Banco BPI
•Coordenador de Equipa de Analistas Funcionais de Sistemas Informáticos no
Banco BPI
Virgínio Aurélio de Sá
Alves
•Iniciou a carreira profissional no CINCORK, onde realizou o estágio como programador informático.
•Colaborou em diversas empresas de informática, nomeadamente no grupo CPC
(CPCsi, CPCis, CPCcg), Eugénio Branco e Indra Portugal, desempenhando funções de
Direcção de Produção.
•Presentemente, é sócio-gerente da empresa ARMIS-Sistemas de Informação,
software house, que se dedica ao desenvolvimento de Soluções Informáticas para
algumas das maiores empresas nacionais, tais como a Brisa, Estradas de Portugal, TAP,
Caixa Geral de Depósitos, Porto Editora, CIMPOR, EFACEC e Portugal Telecom.
Empresário - Sócio-gerente da
empresa ARMIS-Sistemas
de Informação Lda
5º ao 12º ano • 12º ano do Curso Técnico-Profissional
de Informática de Gestão
•Frequência do 1º ano do Curso de
Economia da Faculdade de Economia
do Porto (FEP)
A INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICO-TECNOLÓGICO
Luxo ou Competência?
O que estão a fazer os professores de Matemática, da Física, da Química e da Biologia, nas suas
aulas? Estarão ainda presos nos habituais lugares
de conforto da velha pedagogia ou têm arriscado
mudar de paradigma?
E os alunos, que utilização têm dado aos “portáteis”, para além de meras consolas de jogos? E os
pais lá em casa? A cozinha tem sido um laboratório? E a Escola, como vamos de equipamentos?
Numa versão menos cínica, o realismo destas
questões incorpora um desafio muito sério à Comunidade Educativa que, ao promover a investigação deverá dar sinais claros aos jovens que esta não
é luxo, é antes uma importantíssima competência.
O aluno que investiga desenvolve fortemente a sua autonomia e consegue a proeza de criar
aquilo a que se poderá chamar de presunção
positiva: entre o resultado duvidoso e o resultado correcto, existe o resultado do aluno, que só o
é na medida em que ele, aluno, se compromete
Exames 2010
No ensino básico, os exames nacionais são obrigatórios. A não realização de uma das provas implica
a não aprovação no 3º ciclo. Recorda-se que o exame de Língua Portuguesa se realiza a 16 de Junho e
Matemática a 18 de Junho. As provas têm início às 9 horas e ambas têm uma tolerância de 30 minutos,
além do tempo regulamentar.
No ensino secundário a 1.ª fase — chamada única
— decorre de 16 a 23 de Junho e a 2.ª fase — chamada única — de 14 a 19 de Julho. As provas têm uma
tolerância de 30 minutos, além do tempo regulamentar e têm o seu início às 9 horas e às 14 horas.
Recomendamos aos examinandos que tenham presente algumas instruções das Normas,
para a realização das provas, provenientes do Júri
Nacional de Exames:
• Os estudantes não podem prestar provas sem
serem portadores do seu Bilhete de Identidade
/ Cartão do Cidadão ou de documento que os
substitua desde que contenha fotografia.
• O Bilhete de Identidade / Cartão do Cidadão
ou o documento de substituição devem estar
em condições que não suscitem quaisquer dúvidas na identificação do aluno.
• O atraso na comparência dos estudantes às
provas não pode ultrapassar 15 minutos após a
hora do início da mesma.
JORNAL DO COLÉGIO LICEAL DE SANTA MARIA DE LAMAS
TRIMESTRAL . ANO XIV
ABRIL | MAIO | JUNHO 2010
www.colegiodelamas.com
Rua do Colégio - Apartado 107
[email protected]
4536-904 Sta Maria de Lamas
Director: Joana Vieira
Editor: Luis Filipe Aguiar
Design e Paginação: Daniel Pedrosa
NOTA: os artigos assinados são da responsabilidade dos autores.
com tal resultado e tem o ónus da responsabilidade “científica” do mesmo.
Em Matemática, no 9.º ano, estudou-se, recentemente, a Trigonometria e uma das competências visadas foi: “Procurar estratégias adequadas
para determinar distâncias a locais inacessíveis,
alturas de edifícios, etc.”
Numa viagem que fez ao Egipto, Thales de
Mileto (624 – 548 a.C.) foi desafiado para determinar, com precisão, a altura de uma pirâmide. Thales cravou o seu bastão no chão e esperou que
o comprimento da sua sombra coincidisse com
• Para a realização das provas de exame os estudantes não podem levar para a sala quaisquer
suportes escritos não autorizados (exemplo: livros, cadernos, folhas), nem quaisquer sistemas
de comunicação móvel (computadores portáteis,
nem aparelhos de vídeo ou áudio, incluindo telemóveis, bips, etc.). Os demais objectos não estritamente necessários para a realização da prova (mochilas, carteiras, estojos, etc.) devem ser colocados
junto à secretária dos professores vigilantes.
• Qualquer telemóvel ou outro meio de comunicação móvel que seja detectado na posse de
um examinando, quer esteja ligado ou desligado, determina a anulação da prova pelo director
do estabelecimento de ensino.
• Aos examinandos não é permitido escrever nas
folhas de resposta antes da distribuição dos
enunciados das provas, à excepção do preenchimento do respectivo cabeçalho.
• Não podem escrever o seu nome em qualquer
outro local das folhas de resposta.
• Não podem também escrever comentários
despropositados, nem mesmo invocar matéria
não leccionada.
• Só podem usar caneta/esferográfica de tinta
indelével azul ou preta.
• Não podem utilizar fita ou tinta correctora
a altura. «Agora – disse -, só falta medir o comprimento da sombra da pirâmide e saberemos a
sua altura». Elementar, meus caros! É o poder da
triangulação - diria Thales.
Sim, é este poder instrumental do conhecimento que deverá pautar todas as investigações
e os professores têm obrigação de promover isso.
Já agora, como é que se determinou a distância da Terra à Lua? Prof. Mário César Correia
para correcção de qualquer resposta.
• Devem utilizar a língua portuguesa para responder às questões das provas de exame. Exceptuam-se, obviamente, as disciplinas de Língua Estrangeira.
• Não podem abandonar a sala antes de terminado o tempo regulamentar da prova.
• Em caso de desistência de resolução da prova
não deve ser escrita pelo estudante qualquer
declaração formal de desistência, nem no papel
da prova nem noutro suporte qualquer.
• A prova é sempre enviada para classificação
no Agrupamento, ainda que tenha só os cabeçalhos preenchidos.
• Aos professores vigilantes compete suspender
imediatamente as provas dos examinandos e
de eventuais cúmplices que no decurso da realização da prova de exame cometam ou tentem
cometer inequivocamente qualquer fraude, não
podendo esses examinandos abandonar a sala
até ao fim do tempo de duração da prova.
A terminar, o Secretariado de Exames formula a
todos os alunos votos de boa sorte e que as provas decorram com sucesso e de acordo com as
suas expectativas académicas. O Secretariado de
Exames
Colaboram nesta Edição:
Textos de: Rita Beleza - 11ºB, Clube da Saúde, Ana Oliveira - 7ºJ, António Pedrosa -7ºJ, Ana Ferreira - 10º D, Liliana Assunção
- 10º D, Fabiana Oliveira - 12ºCD, Juliana Pinto - 12º B, Joana Reis da Silva - 10ºA5, Inês Lopo - 10ºA5, Fabiana Teixeira - 10ºA5,
Tiago Oliveira - 10º A5, Fabiana Teixeira - 10ºA5, João Pedro Guedes - 7º, Raquel Santos - 7º, Maria André - 7º, Fabiana Relvas - 7º, Sara Belinha - 7º, Tiago Teixeira 7º, Estephany Adelaide - 7º, João Barros Baptista 7º e Gustavo Monteiro - 10º A5.
Professores António Joaquim Vieira, Joana Vieira, Daniel Pedrosa, Margarida Coelho, Hernâni Mendes, Gautier de Oliveira,
Secretariado de Exames, José Maria Samuco, Fernando Vicente e Alexandra Salomé, José Eduardo Pascoal, Susana Ferreira
(Conservadora do Museu de Santa Maria de Lamas), Mário César Correia, João Sousa, Fátima Janeiro e Mª João Rodrigues,
Paulo Costa, Pedro Almeida, Jorge Santiago Alves, Fernando Correia, Manuel Jasmim, Orlando Sá Couto e Luís Filipe Ferreira.
Fotografias de: Rafael Santos, Leandro Barroso, professores Luis Filipe Aguiar, Nuno Vieira, Margarida Coelho, Daniel Pedrosa, Fernando Vicente, Miguel Relvas.
ficha técnica
Podem os nossos alunos, hoje, investigar?
Há motivação suficiente para catapultar o aluno da inquietação empírica para o laboratório de experiências? Fenómenos simples como o nascer e o pôr-do-sol, o movimento da Lua à volta da Terra, a
intensidade da luz solar ao longo das estações do ano, etc.… podem, hoje, despertar curiosidade suficiente para despoletar a investigação?
6
| 42 | ENTRElinhas | ABRIL | MAIO | JUNHO 2010
Responsabilidade Social
Iniciativa do Grupo de Geografia traz ao Colégio representante da Delta Cafés
No passado dia 12 de Maio de 2010, pelas 15 horas, teve lugar, no Grande Auditório do Colégio,
uma palestra subordinada ao tema “Responsabilidade Social”, proferida pela Dra. Cláudia Gama,
responsável pela Supervisão e Controlo da Sustentabilidade da Delta Cafés, em Campo Maior.
A sessão iniciou-se com uma breve alusão
ao historial da Delta, empresa criada em 1961
pelo empresário Rui Nabeiro e sediada em
Campo Maior (distrito de Portalegre). Ao longo
das décadas que se seguiram, a Delta instituiu-
se como uma marca de sucesso em Portugal
e no Mundo pelo seu pioneirismo, inovação e
vontade empresarial.
A oradora destacou a importante função
social da Delta em Campo Maior, onde empre-
ga mais de 60% da população activa do concelho, assim como as acções que tem desenvolvido no âmbito da “Responsabilidade Social”
(desde Corporações de Bombeiros, Escolas de
Ensino Especial, Bolsas de Estudo, Associações
Desportivas Locais e Projectos de Voluntariado,
até iniciativas de solidariedade, como a Luta
contra a Sida ou o Cancro, a Droga, e a Desminagem de Angola).
A Delta tem desenvolvido igualmente acções no campo da “Responsabilidade Ambiental”. Foi neste âmbito que a Dra. Cláudia Gama
solicitou aos alunos presentes a colaboração
no palco para, através da leitura de algumas
dicas da Política dos três R (Reduzir, Reciclar e
Reutilizar), alertar as consciências cívicas para a
sustentabilidade ambiental do planeta.
A palestra terminou com a projecção de
dois pequenos documentários em vídeo:
o primeiro, sobre o funcionamento de um
Centro Educativo criado recentemente pela
Delta, em Campo Maior, e o segundo, sobre
uma entrevista ao Comendador Rui Nabeiro,
concedida recentemente à estação televisiva
SIC, a propósito das certificações obtidas no
âmbito das políticas pioneiras de Responsabilidade Social. Com efeito, a Delta foi a primeira
empresa ibérica a ser certificada pela Norma
SA 8000 – Responsabilidade Social, e foi igualmente certificada pela Norma Portuguesa de
Responsabilidade Social NP 4461/1, publicada
pelo Instituto Português da Qualidade.
No termo da sua intervenção, a oradora
convidou todos os presentes a visitar as instalações da Delta Cafés, em Campo Maior, e
distribuiu brindes aos alunos como sinal de
apreço pela sua participação. Professor José
Eduardo Pascoal
A Dádiva de Sangue e a Responsabilidade Social
iniciativas
A propósito da Campanha de colheita de sangue que ocorreu no nosso Colégio, no passado dia 12 de Maio, a nossa turma fez uma reflexão
sobre a Dádiva de Sangue, articulando-a com a disciplina de Ciências da Natureza e com o nosso tema de Área de Projecto: “As profissões”e o
Valor “A Responsabilidade Social”.
Nas nossas aulas de Ciências aprendemos que o sangue é uma substância vital: um
adulto possui um volume médio aproximado
de cinco litros de sangue, o que representa
cerca de 8% do seu peso corporal.
É por isso importante a existência de um
banco de sangue sempre disponível para socorrer em casos de acidente ou doença.
O que é preciso para dar sangue?
- pessoas com idade superior a 18 anos e inferior a 65;
- pesar mais de 50kg;
- não ter doenças que possam prejudicar o
próprio ou outros, durante a dádiva;
- não ter sido toxicodependente;
- não ter dado sangue há menos de três meses (para o sexo masculino) ou de quatro meses (para o sexo feminino);
Nas aulas de Formação Cívica e de Área de
Projecto, fizemos uma ilustração alusiva a este
tema e realizamos uma reflexão e um debate
sobre a importância da Dádiva de Sangue.
Deste modo, chegámos à conclusão que,
quando tivermos 18 anos, gostaríamos de ser
dadores de sangue porque:
- o sangue continua a ser o único tratamento
para muitas doenças;
- este só pode ser obtido a partir de pessoas
saudáveis (ainda não se consegue produzir
sangue, por meios artificiais, em laboratório);
- a dádiva de sangue é um acto voluntário
que revela grande responsabilidade social;
- dar sangue ajuda a salvar vidas: quando
damos sangue podemos salvar a vida de outrém, e, quem sabe, no futuro, talvez a nossa!
Os alunos do 6ºI Professoras Fátima Janeiro e
Mª João Rodrigues
Ricardo Ribeiro Espírito Santo Silva
Um exemplo de cidadania
tribuna de história
De forma a concluirmos o ciclo dedicado a personalidades ligadas à preservação do património e sua divulgação destacamos, nesta edição do Entrelinhas, uma personalidade portuguesa - Ricardo do Espírito Santo Silva - um verdadeiro “Príncipe da Renascença” que representa, genuinamente, o valor que o Colégio se propôs dinamizar - Responsabilidade social.
Ricardo do Espírito Santo Silva nasceu
em Lisboa em 1900. Foi banqueiro e empresário de profissão,
mecenas das letras
e das artes e coleccionador de arte por
paixão. Imbuído de
um espírito extraordinário de serviço
público, quase missionário, dedicou a
Ricardo Ribeiro
Espírito Santo Silva
sua vida a reunir com
coerência artística e
a trazer de volta a Portugal, comprando em
leilões ou a coleccionadores privados, um
património artístico único que, pelas vicissitudes da História, foi disperso e, em alguns
casos, considerado desaparecido.
A sua morte prematura, em 1955, não o
impediu de deixar ao país um exemplo de cidadania e uma obra única para a divulgação,
salvaguarda e ensino das artes decorativas artesanais portuguesas, que se concretizou na
criação de uma instituição de serviço público:
a Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva
que se localiza no Palácio Azurara, no velho
bairro de Alfama, em Lisboa.
Importa fazer uma breve referência a esta
obra arquitectónica, dado o seu valor patrimonial. O Palácio é uma construção de raiz
seiscentista, embora continue por apurar
a autoria e data do seu plano original. Terá
substituído ou integrado algumas construções que se sabe terem existido no mesmo
local em 1573, encravadas na muralha da
Cerca Moura, entre duas torres. O palácio
Azurara, de planta irregular tem, na fachada
principal, um portal nobre de tipo clássico
seiscentista, com pilastras e entablamento
encimado por uma composição arquitectónica na qual se destaca um frontão superior
e ao centro entre volutas, um florão decorativo. O Palácio é constituído por várias salas
em qualquer dos corpos do edifício e dispõe
de vários pormenores seiscentistas primitivos
e outros setecentistas, introduzidos em obras
de restauro e transformações já da responsabilidade dos Viscondes de Azurara.
Em 1947, Ricardo do Espírito Santo comprou o velho Palácio Azurara para o restaurar
como uma casa aristocrática do século XVIII
e decorou-o com peças da sua colecção particular iniciando, assim, um projecto cultural
singular a vários níveis.
Em 1953, o banqueiro e coleccionador
doou o Palácio Azurara e parte da sua colecção privada ao Estado Português. Foi o princípio da Fundação com o seu nome criada
como Museu–Escola, com a finalidade de
proteger as Artes Decorativas Portuguesas e
os ofícios com elas relacionadas, mantendo
as suas características tradicionais, educando
o gosto do público e desenvolvendo a sensibilidade artística e cultural dos artífices.
O Museu apresenta, em exposição permanente, importantes colecções de Azulejos
Portugueses e Mobiliário (século XVI ao século XIX), têxteis (incluindo tapetes de Arraiolos
dos séculos XVII e XVIII, tapetes Orientais e
colchas), ourivesaria (peças representativas
do século XV ao século XIX), porcelana chi-
nesa, faiança portuguesa e pintura, incluindo
trabalhos de Gregório Lopes, Bento Coelho
da Silveira, Francisco Vieira ‘o Portuense’,
Vieira Lusitano, Pillement, Noël, Van Loo,
Delerive, Dirk Stoop e Quillard, entre outros.
Evidencia-se nesta Fundação a preservação, o estudo e a divulgação do património.
A concepção original da obra de Ricardo do
Espírito Santo Silva expande-se para além da
criação do Museu e deve considerar-se modelar nos campos educativo e cultural.
Actualmente, fazem parte integrante da
Fundação: o Museu-Escola, 18 oficinas de ofícios tradicionais, uma oficina de Conservação
e Restauro e duas escolas; A Escola Superior
de Artes Decorativas (ESAD) e o Instituto de
Artes e Ofícios (IAO). Além disso, esta fundação promove outras iniciativas, tais como
conferências, colóquios, workshops e intercâmbios, designadamente, ao abrigo do programa Erasmus. Grupo de História
7
ABRIL | MAIO | JUNHO 2010 | ENTRElinhas | 42 |
Premiados no concurso literário de língua portuguesa
2º CICLO
TEXTO NARRATIVO
1– Pedro Oliveira Duarte Morais, 6º M
2– Daniela Reis Rocha Tavares Vieira, 6º M
3– Diana da Silva Couto Pratas Leitão, 6º B
Daniela Filipa da Silva Paiva, 6º E
TEXTO NARRATIVO: MENÇÕES HONROSAS
1– Isabel Almeida Ferreira, 5º B
2– Margarida Barros Resende, 6º E
3– Cristiana Maria Soares Pereira, 6º E
4– Pedro Oliveira Duarte Morais, 6º M
TEXTO POÉTICO
1– Diana da Silva Couto Pratas Leitão, 6º B
2– Luísa Sousa Fonseca, 6º F
Marta Costa, 5º F
3– João Paulo Oliveira Pereira, 5º E
------------------------------------------------------3º CICLO
TEXTO NARRATIVO
1– Ana Beatriz Oliveira, 7ºJ
2– Catarina Silva, 9º A
TEXTO POÉTICO
1– Sara Rita Serra Ribeiro, 7º I
TEXTO LIVRE
1– Francisco Monteiro Brito, 9ºH
2– Maria Inês Milheiro de Oliveira Azevedo, 9ºB
3– (Ex-aequo) Mariana Ferreira Tavares, 7ºI
Sara Alexandra Aguiar, 7ºA
------------------------------------------------------SECUNDÁRIO
TEXTO NARRATIVO
1– Nélson Jorge de Castro Araújo, 10º D
2– Mariana Leal, 11º A
3– Sara Beatriz da Fonseca Bernardo, 10º D
TEXTO POÉTICO
1– Telma Filipa dos Santos Alves, 11º BD
2– Rafael Oliveira, 10º A
3– Sara Raquel de Almeida Fonseca, 12º CD
TEXTO LIVRE
1– Ana Mafalda dos Santos Silva Monteiro, 10º BD
2– Alexandra Ramos Sousa - 10º BD
3– Daniela Vieira - 11º A3
A importância da língua francesa
O Diplôme d’Études en Langue Française
No passado dia 7 de Maio, quatro dos nossos alunos, Ana Cláudia Miranda, Ana do Carmo
Santos, Emanuel Oliveira e Telma Alves, oriundos do 11ºBD, participaram no exame DELF, Diplôme d’Études en Langue Française, de nível B2 do quadro europeu das línguas. Este exame
decorreu na Escola Secundária Dr. Manuel Laranjeira, em Espinho, e foi composto por duas
provas, uma escrita e outra oral.
francesa ou a participação num projecto Eras
Tendo em conta a complexidade do mun- mus, com prioridade em relação aos outros
do profissional nos dias de hoje, a obtenção proponentes.
deste diploma é uma mais-valia para estes Pela coragem e empenho revelados, estaalunos, pois é o reconhecimento das compe- mos orgulhosos pela participação destes alutências adquiridas ao nível da compreensão nos e desejamos-lhes as maiores felicidades.
e produção, escrita e oral da língua francesa, Os resultados do exame serão comunitanto mais que o Ministério da Educação fran- cados durante o mês de Junho. Aos quatro,
cês possibilita o ingresso numa universidade parabéns. Professor José Paulo Soares
Concurso dinamiza comunidade escolar
Decorreu no Dia do Colégio, 5 de Maio, durante a tarde, uma iniciativa dinamizada por professores e alunos de Francês, com o objectivo de sensibilizar a Comunidade escolar para a
importância e riqueza da Cultura francesa.
Esta iniciativa consistiu na realização de
um concurso sobre o tema “ A Cultura francesa”, aberto a toda a comunidade escolar. A
adesão foi grande, com mais de meia centena de participantes, entre alunos dos diferentes anos de escolaridade, Encarregados
de Educação e Professores.
A todos agradecemos a colaboração na
nossa iniciativa.
Os vencedores do nosso concurso, que
receberam um prémio simbólico, foram:
Mariana Santos (7º J), Aluna
D. Arsénia Santos, Encarregada de Educação
Drª Alzira Oliveira, Professora
Como foi divulgado na anterior edição do
Entrelinhas, o grupo creARTE, do 12ºB, lançou
o concurso de fotografia creARTE ’10, projecto
no âmbito da disciplina de Área de Projecto.
A este desafio responderam apenas alunos do Secundário. Apesar de serem poucos,
a qualidade, o talento
e a aptidão para a Fotografia era notória. O
júri deliberou, apesar
de estar de acordo que todos os trabalhos
eram excelentes. Contudo só podia haver
dois vencedores e neste caso o 1º prémio foi
entregue à aluna Catarina Adão do 12ºA4 e o
2º prémio à Mariana Marques do 10ºBD. Além
dos prémios, foram atribuídas duas menções
honrosas às alunas Ana Rita Ramalho do 12ºB
e à Ana Cláudia do 11ºB.
Deste modo, no terceiro período, depois de, nas sessões ini-
Clube de Inglês - 2.º Ciclo
Olá,
Somos um grupo de dez alunos do 5º G e fazemos parte
do Clube de Inglês.
Resolvemos escrever este pequeno texto para darmos a
conhecer as nossas opiniões e o trabalho que desenvolvemos
todas as manhãs de segunda-feira.
Ana Beatriz: “Eu gosto de frequentar o Clube de Inglês por-
Fotografia de Catarina Adão
ciais, se ter discutido a forma como o clube participaria na festa,
nas últimas semanas houve vários ensaios, de modo a que, no
“Dia D”, todos quantos vão assistir ao Sarau apreciem a participa-
ção dos nossos alunos. E, estamos em crer, assim acontecerá.
Refira-se, a propósito, que nesta aparição em público, à semelhança do que sucedeu em Dezembro, estarão envolvidos alguns
alunos do 9º B que não frequentam o Clube de Francês, mas que
trabalharam em estreita colaboração com os seus elementos.
Aproveitamos a ocasião para convidar todos os leitores do Entrelinhas a comparecerem no sarau, e despedimo-nos até ao início
do próximo ano lectivo, na esperança de continuar o trabalho
levado a cabo com este excelente grupo de alunos que frequentou as actividades do Clube. Professores Fernando Correia e Manuel Jasmim
que adoro Inglês e faço muitas actividades lúdicas.”
Luana: “Eu gosto de andar no Clube porque gosto muito
de Inglês.”
Mafalda: “Eu gosto de estar no Clube de Inglês porque fazemos muitas actividades, jogos e trabalhos que nos ajudam
a aprender /compreender melhor o mundo do Inglês.”
Mariana: “No clube fazemos muitos trabalhos diferentes!”
Pedro Miguel: “À segunda-feira, no Clube, faço actividades, trabalhos e é divertido.”
Raquel: “No Clube fazemos cartazes com colagens e
aprendemos palavras novas.”
Ricardo: “As coisas que fazemos são divertidas.”
Samuel: “Cheguei há pouco tempo ao Clube. Interesso-me
pela língua inglesa e a professora faz coisas muito interessantes.”
Sara: “As propostas de trabalho são giras e diferentes.”
Telma: “No Clube, gosto de aprender com jogos, de uma
forma divertida e interessante”.
Professora Maria João Rodrigues
Prepara Sarau de fim de ano
Entrega de prémios
Fotografia de Mariana Marques
Club de Français
Depois do sucesso que constituiu a participação do Clube
de Francês no Sarau de Natal do Colégio, no presente ano
lectivo, e após a projecção do filme “Os Coristas”, numa das
sessões do clube, os alunos decidiram preparar uma surpresa para ser apresentada no Sarau de fim de ano, que se
realiza a 26 de Junho…
O grupo agradece aos participantes pela
sua adesão, pois este projecto constituiu uma
nova experiência para todos os intervenientes.
concursos
Concurso FOTOGRAFIA
clubes
Cultura francesa
Entusiasmo e alegria marcam dia pleno de actividades...
5 de Maio, dia do Colégio
8
| 42 | ENTRElinhas | ABRIL | MAIO | JUNHO 2010
ABRIL | MAIO | JUNHO 2010 | ENTRElinhas | 42 |
9
10
| 42 | ENTRElinhas | ABRIL | MAIO | JUNHO 2010
Curso Profissional do 10º ano
Estúdios da Sky News em Londres
A turma do 10º ano do Curso Profissional de Técnicas de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos efectuou, na companhia dos Professores Fátima Amorim, Rui Lopes e Filipe Coelho, entre os dias 21 e 23 de Maio, uma visita de estudo aos Estúdios
da Sky News e aos locais mais emblemáticos de Londres.
Na manhã soalheira do dia 22, sábado, às 9 horas, os alunos
saíram da Pousada em Piccadilly e desceram até Trafalgar Square. Percorreram a White Hall, detendo-se por breves minutos no
número 10 de Downing Street, continuando até ao Big Ben.
Aí puderam admirar o London Eye, a Abadia de Westminster e o Parlamento Inglês. Entretanto, o momento mais esperado havia chegado: Estúdios da Sky News, onde o repórter po-
lítico Glen Oglaza aguardava a comitiva para a presentear com
uma visita guiada (em Inglês) pelos meandros da informática,
no âmbito das tecnologias de informação.
Os alunos conheceram os diferentes gabinetes e toda a sua
tecnologia informativa: o local da Produção, da Edição, da Maquilhagem, do controlo de imagem, o estúdio principal das transmissões directas e diferidas, do controlo de som, enfim, uma visita
Sintra, uma (deliciosa) visita!
É sempre com agrado que participamos em visitas de estudo, pois, além do objectivo primeiro, o pedagógico, há sempre uma forte componente lúdica, que passa pela interacção entre
alunos e professores. Deste modo, foi com entusiasmo e expectativa que iniciámos a viagem,
juntamente com colegas do 10º e 11º anos, por volta das seis e meia da manhã do dia 13 de
Março, rumo à vila onde visitaríamos os emblemáticos Palácio da Pena e Castelo dos Mouros.
Entretanto, durante o percurso, os professores deslocavam-se num apressado vaivém pelos
corredores dos dois andares do nosso autocarro, certificando-se do bem-estar de todos.
Chegados a Sintra, rapidamente nos apercebemos de que esta vila está vocacionada
para o turismo, com imensas lojas e uma azáfama de turistas, que, com as suas máquinas
fotográficas e mapas na mão, procuravam os
pontos de maior interesse.
Tal como verdadeiros turistas, deslocámo-nos pelos trilhos do Parque da Pena com
olhar curioso e interessado… A razão pela
qual D.Fernando II se apaixonou por este território revelou-se óbvia. De facto, o Parque e
o Palácio surgem como um elo harmonioso, um todo magnífico entre a Natureza e a
presença humana, que, tão próximo de uma
grande metrópole como Lisboa, forçosamente teria de se fazer sentir.
Apesar da beleza ímpar da fauna e flora
presentes no Parque, o Palácio revelou-se
ainda mais interessante. A influência de vários
estilos arquitectónicos e artísticos que o seu
exterior apresenta rapidamente nos remeteu
para os tempos românticos do século XIX.
Após termos explorado todos os seus
cantos, despedimo-nos do Palácio. Ao olharmos para trás, verificámos, uma vez mais, a sua
sumptuosidade assente em enormes rochedos.
Pudemos, então, desfrutar, desta vez com
mais tempo e detalhe, do Parque da Pena,
onde partilhámos a comida que cada um de
nós havia levado.
Finalizada a refeição, seguimos em direcção Castelo dos Mouros, que, envolto
pela neblina, domina toda a vila de Sintra.
O espaço amuralhado, que se prolonga por
uma vasta área, apresenta vários vestígios
arqueológicos referentes ao tempo das
Museu Bernardino Machado e fundação Cupertino Miranda
visitas de estudo
Dois espaços de valor
No passado mês de Abril, dia 20 de Abril, no âmbito da disciplina de Filosofia, os alunos do 10º A2 realizaram uma visita de
estudo aos museus Bernardino Machado e Fundação Cupertino Miranda, em Vila Nova de Famalicão.
recheada de informação e conhecimento.
No final da visita, os alunos puderam simular entrevistas e directos no estúdio principal, aparecendo nos diferentes ecrãs espalhados
pelos estúdios. Todos estavam absolutamente deleitados!
Quando abandonámos os estúdios e nos despedimos do nosso guia/jornalista, este observou que os nossos alunos, para além da
curiosidade (não paravam de colocar questões), tinham uma postura
exemplar e que por isso tinha sido um prazer acompanhá-los e que
todos estavam de parabéns! Terminada a visita, em Hyde Park desfrutámos de um agradável pic-nic. Durante a tarde visitámos a incontornável Torre de Londres e observámos a beleza da Tower Bridge;
deambulámos por Covent Garden, um local onde a magia reina.
Por fim, voltámos a Piccadilly para nos despedirmos desta
linda cidade, seguros de que este fim‑de-semana foi e será, em
todos os aspectos, memorável! Professora Fátima Amorim
Através desta dupla visita pretendeu-se, por um lado, sensibilizar os alunos para a comemoração do centenário da república
portuguesa e, por outro, despertar o interesse pela arte surrealista.
Bernardino Machado foi um ilustre estadista e, em momentos diferenciados, Presidente da República. Formou-se
em Matemática e Filosofia e foi professor na Universidade de
Coimbra. Com a visita a este museu, os alunos ficaram a co-
conquistas do nosso primeiro rei, D. Afonso
Henriques.
Orientados pelas informações fornecidas
pela guia turística, tivemos o privilégio de
conhecer vários locais míticos, como o antigo
cemitério, subir as muralhas serpenteantes
do Castelo e apreciar, lá do alto, a maravilhosa
vista de Sintra até ao mar.
Mais tarde, já ao fim da tarde, passeámos
pelas ruas de Sintra e provámos os famosos
travesseiros e queijadas, o que veio complementar o que constituiu um dia de descobertas e prazeres que deixaram em todos o
desejo de uma nova visita. Catarina Marques,
10º A3
nhecer a vida desta personagem com mais detalhe.
De seguida, os alunos dirigiram-se à Fundação Cupertino
Miranda, fundada em 1963, por Arthur Cupertino Miranda.
Para além dos interesses culturais, esta fundação aposta na
solidariedade. É constituída por um museu, uma biblioteca e dois
auditórios, todos muito modernos e bem apetrechados.
A visita em questão inseriu-se na temática dos valores éticos
e estéticos constantes do programa de filosofia do décimo ano,
contribuindo para o enriquecimento cultural dos visitantes.
A aventura pelo conhecimento terminou com o regresso
ao Colégio, uma vez mais através de uma viagem tranquila,
mas animada.
Resta dizer que acompanharam os alunos os professores
Helena Espada, Joaquim Pedro, Paulo Costa e Joaquim Gautier. Joana Pinho e Ana Rita 10º A2
museu do papel, 30 de Abril: a turma do Curso de Educação e Formação de Operador de Pré-Impressão visitou o Museu do Papel, em Paços de Brandão. Aqui
complementaram os conhecimentos e experiências passadas, adquiridas no Museu da Imprensa e nas aulas. Puderam conhecer de perto o processo de fabrico do
papel. No final da tarde, regressaram satisfeitos ao Colégio, pelas aprendizagens adquiridas e pela experiência de uma tarde diferente. Professor Daniel Pedrosa
11
ABRIL | MAIO | JUNHO 2010 | ENTRElinhas | 42 |
--------------------------------------------------PERSONALIDADES
Olá amigos!
Caros Cientistas! Continuamos na senda do conhecimento! Começamos com A Física e a linguagem do dia-a-dia: uma pequena abordagem
em torno da utilização correcta da linguagem
científica - é grande a probabilidade de, utilizando a linguagem cientificamente correcta, ser mal
entendido, e, quem sabe, até apelidado de louco!
Passamos em revista uma das mais brilhantes
cientistas de todos os tempos – Marie Curie. Temos ainda algumas sugestões para Férias com
Ciência. Concluímos com os nossos divertidos
passatempos. Boas Férias (com Ciência, claro!)
A Física e linguagem do dia-a-dia!
Quantas vezes não teremos já pronunciado a frase: “Hoje está calor!”. Trata-se de um
dos mais célebres erros de linguagem científica! O que queremos exprimir é o facto de,
devido ao aumento da temperatura (característico desta época), o nosso corpo receber
mais energia sob a forma de radiação, vinda
do Sol. Na prática, deveríamos dizer que “a
temperatura está elevada!”. Provavelmente, se
o fizermos, poderão achar que estamos com
alguma nova mania, mas essa será a linguagem fisicamente correcta!
Frequente é também a confusão entre
peso e massa: o peso é geralmente referido
como sendo a força que o nosso planeta exerce
sobre um qualquer corpo à sua superfície (ou
próximo dela); a massa é uma forma possível
de quantificar a quantidade: 500 g de farinha,
1kg de maçãs,… Na Lua, (onde muitas vezes
se diz que não existe força gravítica: nada mais
errado! Existe, mas é menos intensa!), a massa
de um qualquer corpo será sempre a mesma;
o peso desse mesmo corpo será menor! O que
significa que a atracção exercida sobre o corpo
é maior na Terra que na Lua! Claro que, se no hipermercado pedirmos a massa correspondente a 1 kg de maçãs, não nos entenderão! Mas se
dissermos “pode pesar-me 1 kg de maçãs?”, já
nos entendem perfeitamente!
A relação entre força e velocidade também não é pacífica! A associação é simples:
“supostamente”, para um corpo estar em movimento será necessária a acção de uma força
sobre ele! Falso! Newton explicou-nos esse
facto a partir da Lei da Inércia: sobre um corpo
podem actuar forças cujo valor resultante é
nulo e, no entanto, o corpo efectua um movimento com velocidade constante.
A terminar, um pouco de humor! Mas não
sigam o conselho do Garfield!
Madame Curie (1867-1934)
Em 1903, Madame Curie era a mulher
mais famosa do mundo. Acabava de receber
o Prémio Nobel da Física, juntamente com
Pierre Curie e Henri Becquerel. Recebia inúmeras propostas para conferências públicas,
convites para dar a sua opinião sobre os mais
variados artigos comerciais e …a nada disto
dava importância.
Einstein comentou sobre ela: “Marie Curie
é, entre todas as pessoas de renome, a única
que a fama não corrompeu.”
Manya Sklodovska, mais tarde conhecida
como Marie Curie, descendia de uma família
polaca: o pai era professor e a mãe pianista.
Dizia-se que herdou a cabeça do pai e as
mãos da mãe, pois revelou uma aptidão precoce para a ciência experimental.
Aos 23 anos toma, sempre, os lugares da
primeira da fila, durante as aulas na faculdade de ciências. «Lindos cabelos, lindos olhos,
corpo de rapariga…o único inconveniente é
que ela não fala com ninguém» - lamentam
os colegas rapazes. Durante quatro anos, levou uma vida austera, dedicando-se ao estudo e aos seus livros: era o seu mundo. Os professores, encantados com a sua imaginação,
entusiasmo e habilidade, estimulavam-na
a empreender novas pesquisas e experiências…Especializou-se primeiro em Física, em
1893, e um ano depois em Matemática.
Entretanto, conhece aquele que se tornará seu marido, chefe do laboratório da Escola
de Química e Física de Paris, Pierre Curie «…
impressionou-me a expressão franca do seu
olhar e um certo ar de inteligência no seu
porte elevado». Casam e passam a lua-demel pedalando pelas estradas da Ile-de-France, depois voltam a Paris e dedicam-se à obra
que haveria de trazer glória ao nome Curie…
Da união de ambos nascem duas filhas,
e por essa altura ainda, Marie completa o
doutoramento em Física. O casal interessa-se
pelas experiências de Henri Becquerel, que
descobrira no urânio um raio, aparentemente
capaz de penetrar os objectos opacos. Qual
a natureza dessa misteriosa propriedade atravessar os objectos opacos? E de onde provinha essa energia? Eis as questões que fascinavam os espíritos de Marie e Pierre.
Foi o começo de exaustivas e penosas pesquisas e experiências que culminam na atribuição do Premio Nobel! Somente um homem e
uma mulher de poderosa imaginação e suprema coragem puderam ir até ao fim sem vacilar.
Tiveram dificuldades quase insuperáveis,
mas que resultaram na descoberta de dois
novos elementos químicos com a proprie-
dade de radioactividade: o rádio e o polónio
(em homenagem à pátria de Marie).
O rádio, pelas suas aplicações no campo
da medicina, por exemplo no tratamento do
cancro, nos raios x, logo aplicados durante a
1ª Guerra Mundial, poderia ter trazido grande
fortuna ao casal. Mas este, com espírito humanista, afirmou “o rádio - novo elemento
químico - é um instrumento de misericórdia
e pertence à humanidade”.
Recusaram muitas honrarias e até lucro
pessoal; o que mais pediam era um bom laboratório para prosseguir as suas experiencias.
Certo dia, um jornalista confundiu Marie
como sendo a governanta e deixou, para lhe
transmitir, a seguinte mensagem: «Tenham
menos curiosidade e sejam mais curiosos acerca das suas ideias»! (bela lição do século passado que bem se aplica aos dias de hoje).
Entretanto, Pierre Curie é integrado na Academia das Ciências e consegue o seu laboratório…mas a infelicidade chega e Pierre, durante
uma chuvosa manhã de Abril de 1906, escorrega e uma pesada carroça vitima-o.
Acaba-se a felicidade de Marie mas não a
sua tarefa. Substitui o marido na Sorbonne –
é a primeira vez que uma mulher exerce um
cargo docente no ensino superior.
Continuou por amor aos filhos e à humanidade…ao marido todos dias se dirigia por
escrito, relatando as suas experiencias, avanços e progressos, desalentos e alentos, como
quando ela mesma dirigiu a instalação de
aparelhos de raios-X para o tratamento dos
soldados feridos durante a 1ª Guerra.
Morreu de uma enfermidade que só mais
tarde se entende qual: o “envenenamento
pelo rádio” ( exposição à radioactividade) que
conduziu à destruição progressiva dos órgãos
vitais. Marie Curie morrera mártir do seu trabalho. Professora Alexandra Salomé
--------------------------------------------------CIÊNCIA DIVERTIDA
Humor Químico
Por que é que não se
pode falar alto nos laboratórios? Para não perturbar a
concentração dos reagentes.
O pior de se ser químico é ter de passar o dia
rodeado de garrafas e não poder beber de
nenhuma.
O que é que se chama a um dente num copo
com água? É uma solução Molar!
O que é que o carbono diz quando vai preso? “Tenho direito a 4 ligações!”
Que barulho faz o átomo de Hidrogénio ao
arrotar? Böööööhrrrr!
Recolha da Turma 10ºA6
1- Qual é a coisa qual é ela, que não voa mas
tem asas, tem boca e não fala?
2- Qual é a coisa qual é ela que quanto mais
rota está menos buracos tem?
3- Qual é a coisa qual é ela que atravessa toda
as portas sem nunca entrar nem por elas sair?
4- Qual é a coisa qual é ela que é uma varinha
de condão que, ao tocar numa caixinha, faz
lembrar uma estrelinha a brilhar a escuridão?
5- Qual é a coisa qual é ela: é uma palavra com
oito letras e se tirares metade fica igual (8)?
6- Qual é a coisa qual é ela onde todos se podem sentar menos tu?
7- Qual é a coisa qual é ela que quando chega a casa logo se põe à janela?
8- Qual é a coisa qual é ela, uma senhora delicada com a saia rodadinha, ao dançar numa
casa deixa-a muito asseadinha?
9- Qual é a coisa qual é ela que foi feita para
andar e não anda?
Recolha da turma 5º F
NOTA: No Jornal do período anterior, por lapso, não foi referido a autoria do trabalho “ANEDOTAS CIENTIFICAS”: o Tiago
Paiva e a Beatriz Rosas . As nossas desculpas!
(soluções misturadas: biscoito, vassoura, rede, botão, colo, fósforo, fechadura, estrada, cesto)
--------------------------------------------------Férias com Ciência
Tal como em anos anteriores, sugerimos algumas possibilidades para Férias com Ciência!
São várias as Universidades que proporcionam aos alunos programas de ocupação das
férias, com actividades científicas de índole
diversificada.
Turismo Júnior – Fundação Inatel
Com 4 rotas possíveis, das quais se destaca a
“Rota da Ciência Viva”, a Fundação Inatel propõe uma semana de férias diferente e muito
divertida. Com alojamento numa das unidades hoteleiras da Fundação, são propostas
várias actividades científicas e não só. O valor
a pagar é estabelecido de acordo com o escalão do Abono de Família. As inscrições estão abertas. Para mais informações consultar
www.inatel.pt.
Escola de Verão de Física
Criada em 2005, a Escola de Verão de Física
introduziu uma nova maneira de fazer divulgação científica. Os melhores estudantes do
secundário são desafiados a passar uma semana em trabalho intenso, assistindo a cursos, a palestras e desenvolvendo um projecto
científico sob a supervisão de jovens investigadores. Física é uma disciplina com uma maneira muito particular de pensar e de fazer;
o mundo concreto da nossa experiência, do
nosso quotidiano, da nossa tecnologia exprime-se através de leis e conceitos abstractos.
Os Físicos exercem a sua actividade neste
diálogo permanente entre a acção e o pensamento e criam por isso uma abordagem
muito particular aos problemas, que vão desde a investigação das leis fundamentais da
natureza, até à criação e desenvolvimento de
novas tecnologias, da electrónica à medicina.
http://e-fisica.fc.up.pt/
Escola de Química
A Escola de Química tem como objectivo proporcionar um estágio no Departamento de
Química da Faculdade de Ciências do Porto, a
alunos do Ensino Secundário que, integrados
numa equipa de investigação, participarão
no desenvolvimento de um projecto. A Escola permitirá, assim, sensibilizar para a relevância de uma área de Ciência com inegáveis
desafios, proporcionando uma visão mais real
acerca das actuais oportunidades em Química e do seu papel crucial na descoberta de
novas formas de contribuir para o progresso e
bem-estar da humanidade. Mais informações
http://universidadejunior.up.pt/
Outras possibilidades: Universidade de Aveiro
http://academiadeverao.ua.pt/
Professor Fernando Vicente
cantinho da ciência
Professores Fernando Vicente e Alexandra Salomé
12
| 42 | ENTRElinhas | ABRIL | MAIO | JUNHO 2010
desporto
Desporto escolar
Colégio recebe o Regional de Gímnicas
O Clube do Desporto Escolar viveu, nos últimos dias, uma enorme aventura ao aceitar a proposta da coordenação Local do Desporto Escolar, no sentido de realizar os regionais de Actividades Rítmicas Expressivas e de Ginástica num só dia. Como seria de prever, o evento decorreu
com normalidade e muito entusiasmo.
Estiveram no dia 8 de Maio, entre partici-
MUSEU DE LAMAS
Um espaço activo
pantes e público, mais de um milhar de pes-
que decorreu entre 25 e 29 de Maio, trazendo
ao Museu todas as crianças das escolas e associações da freguesia que, além da visita à Galeria
do Fundador (onde ficaram a conhecer a obra
por este realizada na freguesia) participaram em
jogos tradicionais e oficinas de expressão plásticas, das quais destacamos: “Um retrato, uma
história”, mas também o jogo “Uma viagem pela
obra de Henrique Amorim na freguesia”.
cantinho do museu
Dualidade Barroca – Exposição de Artes Plásticas de Margarida Coelho e textos de Fernando Correia
De modo assinalar o Dia Internacional dos
Museus, o ICOM (Conselho Internacional de Museus) elegeu como tema da comemoração para
2010 “Museus e Harmonia Social”. Neste âmbito,
o Museu de Santa Maria de Lamas desenvolveu
diversas actividades de modo a celebrar uma
data tão importante para os Museus.
Entre 10 e 15 de Maio, foi celebrado o Dia
da Família através de uma oficina de expressão
plástica na qual os participantes realizaram a
sua árvore genealógica e descobriram o porquê da designação Genealógica, bem como as
suas representações tradicionais.
De 17 a 31 de Maio o Museu promoveu
diversas actividades educativas centradas na
exploração do Museu. Partimos à descoberta
da história do Museu e do fundador Henrique
Amorim. O Museu associou-se assim à homenagem ao Comendador Henrique Amorim,
Maio foi também um mês de novas exposições temporárias. Assim, no dia 15 de Maio
foi inaugurada a exposição de artes plásticas
de Margarida Coelho com textos de Fernando
Correia, ambos professores do Colégio, designada “Dualidade Barroca” - representações
contemporâneas sobre a dualidade Barroca
num percurso pela memória do Museu, acompanhadas de textos reinterpretados do “Sermão de Santo António aos Peixes”. Aproveitem
soas no interior do colégio.
Este dia mobilizou a quase totalidade dos
docentes do grupo de Educação Física, alunos colaboradores, funcionários, pessoal do
bar e cantina.
Foram 77 actuações - Danças Modernas e
Urbanas, Tumbling, salto de cavalo, Trave olímpica,
Acrobática, e Mini-trampolim -, das 9 às 20 horas.
De toda a região norte estiveram representados
os melhores grupos destas modalidades. Sem
paragens efectivas, o evento contou ainda com
júris específicos por modalidade. Do veredicto
de cada modalidade no final e após a afixação
dos resultados, surtiu uma mistura de emoções
muito características do desporto.
Foi um dia em pleno que proporcionou
um salutar convívio desportivo entre todos
os participantes. Professor Jacinto
para revisitar o Museu e apreciar a exposição
que estará patente até 20 de Junho!
ddy-paper e a oficina de expressão plástica.
O Museu assinala igualmente o mês dedicado aos Santos Populares com actividades dirigidas a miúdos e graúdos. Na visita ao Museu os
protagonistas são S. João Baptista, Santo António
de Lisboa e S. Pedro. Cada grupo terá oportunidade de escolher um dos Santos, conhecer a
história da sua vida e depois, na Oficina, explorar
algumas tradições associadas a cada um deles.
Aproveitando esta actividade, o Museu pretende simultaneamente alertar e sensibilizar para os
problemas conservativos do seu espólio.
III Edição do Concurso de Artes Plásticas
Figuras Recriadas
Já em pleno Dia Internacional dos Museu,
18 de Maio, foram apresentados os resultados
da III edição do Concurso de Artes Plásticas
Figuras Recriadas, este ano com trabalhos
desenvolvidos pela população sénior. Nesta
edição, os vencedores foram os seniores da
Junta de Freguesia de Aradas, Ovar, com a obra
“Pecador Arandense”, prova viva do potencial
criativo e minúcia dos nossos seniores.
No mesmo dia e, no âmbito da renovação da exposição permanente do Museu, foi
apresentada a exibição “O Museu na Imprensa”
Esta reúne múltiplos testemunhos, recolhidos
na imprensa local e regional, associados à história, fundação, colecções e serviço educativo,
através dos quais é possível reconstituir parte
da história deste espaço museológico do concelho de Santa Maria da Feira.
Em Maio, comemorou-se também o aniversário do Colégio. O Museu associou-se às
comemorações com a mostra de fotografia
“As nossas visitas ao Museu”, fruto da iniciativa
promovida pelo Grupo Disciplinar de História
do Colégio Liceal de Santa Maria de Lamas e
enquadrada no âmbito do Valor em reflexão
no presente ano lectivo, ”Responsabilidade
Social” - neste caso é explorada a vertente da
“Preservação do Património Cultural”, levando
os alunos dos 7º, 8º e 9ºanos a visitar, descobrir
ou redescobrir o Museu e, sobretudo, a sensibilizar para a importância da preservação do
nosso património.
Um Verão recheado de actividades para as
diferentes faixas etárias
O Museu iniciou o mês de Junho com a
comemoração do Dia Mundial da Criança (1
de Junho). Neste dia, o Capuchinho Vermelho
orientou as visitas no Museu, bem como o pe-
Com as férias escolares chega a Oficina de Verão ao Museu, este ano de 21 de Junho a 13
de Agosto
Diariamente serão promovidas diversas
actividades e oficinas destinadas a diferentes
faixas etárias que pretendem sensibilizar para
aspectos patrimoniais e ambientais, recorrendo a diferentes materiais e técnicas. Destas
oficinas destacamos algumas: “Cortiça... Rolha... Sala da Cortiça!”, “O Fantoche que habita
na nossa imaginação”, “Pintar, pintar... com o
quê?!”, “ Beber, Criar, Brincar e Reduzir”, “Verão:
festas, romarias e um instrumento todos os
dias!” e “ Sensações de Verão!”. O Museu tornase assim o local ideal para conhecer o passado,
recriá-lo no presente para garantir o futuro.
Além da Oficina de Verão, com a chegada desta nova estação do ano, o museu apresentará
uma nova exposição “Miúdos a graúdos, um
ano de Serviço Educativo no Museu” que ilustra o trabalho desenvolvido por todos os participantes neste serviço através da utilização de
diferentes abordagens artísticas, da pintura, ao
desenho, passando pela escrita e teatro, até à
fotografia, o vídeo, entre outras.
Desejamos um excelente Verão para todos
e esperamos recebê-los no Museu!
Susana Ferreira
Conservadora do Museu de Santa Maria de Lamas
13
ABRIL | MAIO | JUNHO 2010 | ENTRElinhas | 42 |
“Não se tem uma biblioteca para
arrumar os livros, mas para guardar
LEITURAS
aqueles que é preciso ler”.
Umberto Eco
CIDADE DE LADRÕES
LIVRAI-NOS DO MAL
de David Benioff
de Romain Sardou
Dom Quixote, 296 páginas
Bertrand Editora, 352 páginas
“Cidade de ladrões”, de David Benioff, é um
livro assombroso que nos
transporta para a 2ª Guerra
Mundial, concretamente ao
cerco de Leninegrado pelas
tropas nazis. Os protagonistas são dois rapazes que vão
ser executados, mas que,
determinados a sobreviver a todo o custo, aceitam
uma terrível tarefa: numa
cidade cercada e faminta terão de arranjar uma
dúzia de ovos para o bolo de casamento da filha
de um poderoso coronel. Lev e Kolya embarcam
assim numa missão de cinco dias enfrentando atrocidades indescritíveis: cadáveres alemães a cair do
céu; canibais a vender salsichas feitas de carne humana; uma das cidades mais belas do mundo em
ruínas; cães que se tornaram bombas à procura de
Panzers; soldados congelados transformados em
letreiros. Uma inesperada relação de cumplicidade
acaba por se estabelecer entre os dois companheiros, numa odisseia que tanto poderá conduzi-los à
morte como à sobrevivência. Professor João Sousa
Este é um romance histórico repleto de mistérios,
assassinatos e superstições,
com personagens complexas e credíveis, a que se juntam um ritmo vertiginoso
e um desenlace surpreendente. Em pleno século XIII,
numa pequena povoação
francesa, de nome Cantimpré, um rapazinho a quem
se atribuem poderes curativos é raptado por homens
vestidos de negro que
irromperam na aldeia de forma selvagem, semeando o pânico e a morte. Desesperado, o padre local
parte em busca de Perrot e segue a pista dos seus
sequestradores pelo país, enfrentando os mais diversos perigos. Entretanto, em Roma, o investigador
Bernardo Gui trabalha no caso da morte, em circunstâncias estranhas, de quatro cardeais. E as duas buscas cruzam-se. Ambas apontam na mesma direcção:
para um mundo em que a corrupção, a superstição e
a ignorância levam à morte e ao triunfo do mal. Livro
verdadeiramente empolgante. Professor João Sousa
Valter hugo mãe
Escritor cativa auditório
No dia 4 do mês de Maio, a biblioteca envolveu-se em mais uma iniciativa no âmbito do seu plano
de actividades. Assim, respeitando a sua função pedagógica e formativa, proporcionou, à comunidade
educativa, um encontro com um escritor já conceituado no mundo da literatura.
Desabafo
Escrevo sem intenção alguma.
Talvez seja uma maneira de aliviar, de repousar a cabeça e tentar, de alguma forma, ir
para outro lugar.
Não me perguntem se este texto tem lógica, pois sei que não vão ter uma resposta
clara.
Olho para todo o lado e vejo um variável número de pessoas, mas é como se nada nem
ninguém me pudesse compreender, nem me
conseguisse ouvir.
Durante a noite, refugio-me num sítio
apenas meu, onde
consigo arranjar forJoana Reis da Silva
ças para ultrapassar
10ºA5
todos os obstáculos.
Um sítio secreto, silencioso, escuro e amargo.
Ao acordar, todos os dias, encho o peito de coragem para conseguir abrir os olhos e voltar
ao mundo real. Passo a passo, vou fazendo a
minha caminhada, o melhor que sei, tentando ajudar os outros. De um certo modo, sinto-me realizada ao fazer com que os outros
se sintam bem, já que eu não consigo acabar
com os meus fantasmas.
Novamente à noite, sinto um toque suave, uma respiração leve, uma voz suspensa e
duradora que me faz sentir segura e que me
acalma até que eu acabe por adormecer.
Eu sei que és tu, mamã, continuas comigo
como se ainda estivesses presente. Já se passaram 5 anos e a dor permanece, assombra-me,
deixa-me desorientada.
Não sei qual será o meu rumo sem ti, mas
peço a Deus que o meu destino esteja marcado a teu lado.
Porque é que não somos imortais? As minhas forças esgotam-se dia após dia e ficam
coisas por dizer…
Às vezes devíamos ser crianças…
Era tão bom…
Este ano, convidou-se uma personagem multifacetada no mundo das artes. Com efeito, valter
hugo mãe, nome grafado com minúsculas para
respeitar a personalidade e visão de vida deste escritor, pode ser definido como um artista plástico,
um músico e um poeta, características que lhe permitem uma extraordinária facilidade de comunicação, como se pôde verificar no seu diálogo com os
alunos que tiveram o prazer da sua presença.
Neste ano lectivo, a biblioteca do Colégio optou por sensibilizar uma faixa etária que ainda não
tinha sido contemplada com este tipo de iniciativa, sempre enriquecedora para os alunos. A empatia entre o escritor e os discentes foi imediata e
a conversa, para satisfazer a curiosidade dos nossos jovens quanto à sua obra ou personalidade, foi
prazerosa para ambas as partes, como fez questão
de sublinhar o nosso convidado.
Após este encontro em grande grupo, dada a
disponibilidade do valter mãe, como amavelmente nos permitiu tratá-lo, cada aluno teve oportunidade de colocar mais uma outra questão em
particular enquanto os livros iam sendo autografados. Antes de partir, sublinhou a simpatia dos
alunos, elogiou as instalações do Colégio e mostrou grande disponibilidade em voltar à nossa escola. A equipa da biblioteca
Quando éramos pequenos, quando ainda
tínhamos a inocência estampada no rosto e
um sorriso puro de alegria, éramos felizes
(pelo menos falo por mim). E não éramos felizes por nos terem comprado alguma coisa,
ou porque alguma coisa de bom tinha acontecido… Éramos felizes simplesmente porque
é assim que as crianças são. Não tínhamos
noção do que se passava no mundo, não fazíamos a mínima ideia do que eram sacrifícios
e muito menos de que um dia tínhamos de
ultrapassar
obstáCatarina Sousa
culos. Vivíamos na
10º A5
nossa bolha de felicidade.
Corríamos
velozmente com o vento a acariciar-nos a
cara sem querermos saber o quão vermelhos
íamos ficar depois dessa corrida ou de como
ia estar o nosso cabelo no fim. A palavra “vergonha” quase não existia na nossa vida.
Às vezes ainda gostava de ser criança. Principalmente pela inocência com que encarava
o mundo. Não sei se por vezes é melhor não
saber de nada e continuar a sorrir. Não sei se
ficaria bem com 16 anos a correr pela escola
fora e jogar às casinhas. Mas há momentos em
que me apetece. Apetece-me não ter de me preocupar com nada, fazer birras quando alguma
coisa não me agrada e no momento seguinte já
estar às gargalhadas. Apetece-me ter o colo da
minha mãe e mimos de toda a gente.
Já não sou uma criança. Tenho obrigações, compromissos e responsabilidades que
não posso recusar. Tenho de lutar pelo que
quero, porque ninguém o vai fazer por mim.
E isso tudo exige maturidade. E é essa maturidade que nos impede muitas vezes de sermos um bocadinho crianças.
Às vezes devíamos esquecer os nossos problemas e obrigações e jogar às casinhas, ser
crianças por uns momentos….
A tela da vida
(ou a metáfora do ano lectivo)
Começou por ser verde,
cheia de desejos e objectivos.
Uma tela rica em dedicação
e nervosismos sempre vivos.
Passou por amarela,
azul e vermelha;
de bichinho sonhador,
a tela ganhou saber de velha.
As flores sempre a atravessaram
sem ninguém dar por elas,
e de frésias1 cor-de-rosa,
elas tornaram-se tulipas2 amarelas.
Agora, a um passo de a acabar,
a tela está cheia de cores;
preserva-se como o mar,
vida, com alguns amores.
Inês Lopo
10º A5
1
2
Flores típicas do mês de Setembro.
Flores típicas do mês de Junho.
“Para mim, ser poeta é...”
Para mim, poeta é quem escreve com o coração, é quem exprime o que sente com uma
delicadeza invejável, é aquele que, em poucas palavras, descreve o que quer... Ser poeta
é realizar a maior das proezas, mas sem querer ser a maior das pessoas... É ser tão realista, tão verdadeiro, que nem se repara... Ser
poeta, é conseguir demonstrar tudo a toda a
gente nuns simples versos. Poeta é aquele que
não se vangloria.
Para quem escreve, os poemas são simples
palavras que todas as pessoas usam e que apenas exprimem o que sentem, o que querem,
o que pensam, é uma
Inês Martins Cosme das formas de comu8ºG
nicar com o Mundo...
Mas, para quem os
lê, é ler uma sabedoria imensa, é mergulhar
num conjunto de emoções e sentimentos, é
cair nos nossos pensamentos como se fossem
abismos profundos e, por muito tempo, não
conseguirmos sair de lá...
No fim de pensarmos o que é ser poeta,
chegamos a uma única conclusão: a palavra
“poeta” não tem um significado definido, por
isso voltamos a pensar... O que é ser poeta?
Ser poeta é…
Ser poeta é ter a capacidade de brincar
com as palavras...
Ser poeta é transformar o mundo, é voar
num mundo mágico, idealizar um mundo
melhor, mais simples, é querer viver
Eliana Neves
num mundo em que
8°G
o impossível se transforma no possível, como transformar a tristeza em alegria, noite em dia, ódio em paixão,
ver sem olhar, sentir sem tocar, transformar
o abstracto em concreto...
Ser poeta é ser livre, é querer ser mais, é um
inventor que pega na caneta e num papel
branco e, sem se dar conta, a mão dele vai
deslizando ao sabor das palavras, querendo
transmitir ao próximo o que sente, o que
pensa...
Ser Poeta é elevar a sua imaginação...
Ser Poeta é ser magia...
Ser Poeta é querer sonhar mais alto.
Ser Poeta é …
14
| 42 | ENTRElinhas | ABRIL | MAIO | JUNHO 2010
EQUAMAT, MAT12, BIO10-11, BIO11-12 e FIS12, Aveiro 2010
prémios
ÉNS,
PARAB IO!
G
É
OL
C
No dia 28 de Abril decorreu, na Universidade de Aveiro, mais uma edição do Equamat. Os alunos foram acompanhados pelos professores Amélia Barros e Arlindo Silva. O colégio participou
com 15 equipas de dois elementos cada, divididas igualmente pelo 7.º 8.ºe 9.º ano de escolaridade.
Nas competições do Terceiro Ciclo, o Colégio participou com 15 equipas de dois elementos cada, divididas igualmente pelo 7.º
8.ºe 9.º ano de escolaridade.
O nosso Colégio ficou num honroso 13.º
lugar, num total de 130 escolas participantes,
e 1073 equipas no 7.º ano, 1079 equipas no
8.º ano e 1035 equipas no 9.º ano. Nas competições do Ensino Secundário, os resultados
foram os seguintes: Por equipas: BIO 11-12 - 2º
lugar, Ana Lúcia Santos e Silva (12ºA3), Ana Sofia Gomes Costa (12ºA3).
FIS 12 – 2º lugar, José Mário Costa Baptista
(12ºA), Pedro Nuno Ferreira de Oliveira (12ºA)
Ao nível de escola, o Colégio ficou em:
2º lugar nas competições de Biologia (BIO 1011-12). 2º lugar nas competições de Matemática (MAT12)
Os alunos subiram ao palco 4 vezes para
receber os prémios com um entusiasmo e
alegria difícil de descrever… Enfim, uma alegria contagiante que levou a que também os
professores aplaudissem e fizessem tanto ba-
rulho como eles…
Além da competição, os alunos participaram
em diversas actividades que decorreram na
Universidade ao longo do dia.
É nestas alturas que sentimos orgulho do trabalho que fazemos!
No final da tarde e apesar de cansados, os
alunos estavam satisfeitos e com vontade de,
no próximo, repetirem a experiência.Professores Amélia Barros e Arlindo Cunha
Exposição
Ano Internacional da Biodiversidade
Assinala-se, em 2010, o Ano Internacional da Biodiversidade. Associando-se às diversas
comemorações que se têm registado a nível nacional e internacional, durante a semana
de 24 a 28 de Maio, decorreu, no bloco IV do nosso Colégio, uma exposição de trabalhos
de Ciências Naturais e Biologia do 3º ciclo e Secundário.
Cada turma construiu um modelo alusivo a um tema: 7º ano - Guiness do mundo
vivo; 8º ano – Espécies em vias de extinção
em Portugal; 9º ano – A quem podemos
chamar amigos; 10º ano – Reino Animal; 11º
ano – Reino Plantae; 12º ano - Reino Monera,
Reino Protista e Reino Fungi; 10º ano Desporto – Espécies do meio aquático.
Os trabalhos foram observados por um
júri, que classificou os trabalhos, de acordo
com três critérios: apresentação, criatividade
e coerência entre o modelo e o tema.
No final desta iniciativa foram atribuídos
os respectivos prémios.
Os alunos das turmas participantes que
aceitaram o desafio, revelaram interesse e
empenho na execução dos trabalhos e estão
de parabéns pela qualidade a apresentada a
consurso. Professora Fátima Rios
Alunos do 8º e 9º anos visitam a Ria de Aveiro num percurso de barco
iniciativas
Teve lugar nos passados dias 17, 19 e 21 de Maio de 2010, uma visita de estudo à Ria de Aveiro,
envolvendo alunos dos 8º e 9º anos de escolaridade, organizada pelo Grupo Disciplinar de Geografia. A visita de estudo, que se baseou num percurso de barco de cerca de 60 minutos, pelos
braços da Ria de Aveiro, teve os seguintes objectivos: localizar geograficamente a Ria de Aveiro; explicar sumariamente a formação da Ria de Aveiro/Haff-Delta do Rio Vouga; exemplificar
espécies piscícolas e aves que povoam a Ria e caracterizar as actividades humanas existentes.
Como é sabido, a Ria de Aveiro estende-se,
pelo interior, paralelamente ao mar, numa distância de 47 km e apresenta uma largura máxima de 11 km, no sentido Este-Oeste, desde
Ovar até Mira. A Ria foi o resultado do recuo do
mar, com a formação de cordões litorais que, a
partir do séc. XVI, formaram uma laguna que
constitui hoje um dos mais importantes e belos
acidentes hidrográficos da costa portuguesa,
denominado “Haff-Delta”.
A Ria de Aveiro abarca 11 000 hectares, dos
quais 6 000 estão permanentemente alagados,
desdobra-se em quatro importantes canais ramificados em esteiros que circundam um sem
número de ilhas e ilhotes. Nela desaguam o
Vouga, o Antuã e o Boco, tendo como única
comunicação com o mar um canal que corta o
cordão litoral entre a Barra e S. Jacinto, permitindo o acesso ao Porto de Aveiro, de embarcações de grande calado. É uma área rica em pei-
xes e aves aquáticas e possui grandes planos de
água, que constituem locais de eleição para a
prática de todos os desportos náuticos. E ainda
que tenha vindo a perder, de ano para ano, a
importância que já teve na economia aveirense,
a produção de sal, utilizando técnicas milenares,
é ainda uma das actividades tradicionais mais
características de Aveiro, havendo, actualmente,
algumas salinas em laboração.
A visita à Ria de Aveiro, decorrida durante a tarde, obedeceu ao seguinte itinerário:
Canal Central - Canal das Pirâmides/Eclusa Antigas salinas/Pisciculturas - Clubes de Vela
- Porto Comercial - Bacalhoeiros/Secas de
Bacalhau - Estaleiros Navais. Após o passeio
de barco, que se revelou do agrado de todos,
houve ainda tempo para lanchar no Fórum
Aveiro a fim de retemperar forças para o regresso ao Colégio, ao final da tarde. Professor
José Eduardo Pascoal
15
ABRIL | MAIO | JUNHO 2010 | ENTRElinhas | 42 |
Alunos do 9º ano das escolas vizinhas convidados a conhecer a nossa escola
Gráfico e de Gestão e Programação de Sistemas
Informáticos. Foram dadas algumas explicações
sobre os dois cursos referidos os seus principais
pontos de interesse em termos de empregabilidade. De seguida, ainda foi possível visitar os
laboratórios de Biologia e Química, o Pavilhão
Gimnodesportivo, o Complexo da Piscina e, finalmente, os salões de convívio, onde os visitantes
puderam assistir a uma apresentação do Grupo
Ritmare, que causou um impacto muito positivo
pela originalidade do seu espectáculo. Também
os alunos do Curso de Animação Sociocultural
estiveram presentes, tendo criado a situações
divertidas que deixaram os nossos convidados
muito bem dispostos.
A terminar, foi servido um lanche a todos
no refeitório. À saída, as opiniões foram unânimes: o Colégio tem excelentes condições e
equipamentos e toda a oferta em temos de
cursos e de actividades de complemento curricular é muito atraente! Esperamos reencontrar muitos destes alunos no nosso Colégio
no próximo mês de Setembro! Pel’ A direcção
tos alunos tiraram fotografias para mais tarde
recordar. Quando chegámos ao destino, um
grupo foi ver as masmorras e outro foi visitar
a Biblioteca.
Escusado será dizer que o que mais nos impressionou, pela sua beleza e grandiosidade,
foi a Biblioteca. Esta é constituída por três
grandes divisões pintadas de cores diferentes:
uma amarela, outra verde e a restante rosa.
Achámos curiosa a explicação que nos
deram acerca da existência de morcegos na
Biblioteca. Pelos vistos, estes mamíferos noctívagos têm como função eliminar bichinhos
que destroem os livros, alimentando-se do
papel de que são feitos.
Para além desta curiosidade, fomos informados de que o estilo arquitectónico da
Biblioteca é o Barroco e o livro mais antigo lá
existente data de 1500.
Apreciámos igualmente a explicação que
nos deram sobre as pinturas no tecto e que
são de uma grande beleza.
À saída, alguns alunos compraram algumas lembranças e ainda visitámos a igreja
contígua à Biblioteca.
Após um lanche retemperador, regressámos ao Colégio satisfeitos e um bom bocadinho mais cultos. Sara Sá, 6º I
Com um programa composto por uma
Peça de Teatro, algumas danças (músicas dos
anos 80), uma animação musical (interpretação de alguns trechos em violino, clarinete e
piano) e, ainda, um musical subordinado ao
tema “Música na Responsabilidade Social”.
Refira-se que este projecto foi o culminar do
trabalho desenvolvido ao longo do ano lectivo em Área de Projecto, e foi muito bem recebido por parte dos idosos, que chegaram
a comover-se. Também para todos os alunos
da turma a experiência foi gratificante, e ficará, durante muito tempo, nas memórias de
todos... Professor Fernando Correia
Assim, elaborámos um quadro que foi montado como um puzzle pelos alunos. Cada aluno
pintou duas a três peças do quadro que no fim
resultou num cesto de fruta colorido com um
toque de abstracto. Posteriormente, o quadro
foi emoldurado.
Para além disto, preparámos um lanche para
oferecer aos idosos.
No dia do encontro, todos se revelavam muito entusiasmados. A visita foi, formalmente, iniciada pelo “ espectáculo” musical e como foi muito
bem acolhida por parte dos idosos, o espectáculo musical prolongou-se por toda a tarde.
Convém, também, destacar dois dos momentos mais engraçados do dia, os quais foram
o momento musical protagonizado por duas
idosas que cantaram ao desafio, tal como nos
seus tempos de juventude.
O prolongamento do espectáculo levou,
inclusivamente, à dança, em que participaram
os jovens e os idosos. Estes mostraram-se entusiasmados com a animação que lhes proporcionámos.
Na hora do lanche, houve um grande convívio entre alunos, idosos, professoras e funcionárias do lar.
Já no fim da visita, quisemos deixar uma
recordação nossa ao Lar, e assim oferecemos o
quadro, realizado nas aulas de Educação Visual,
o qual foi muito elogiado e agradecido pela directora desta Instituição.
Esta visita foi muito gratificante para todos
nós, pois conseguimos levar um pouco de alegria e animação a pessoas que se encontram
diariamente sozinhas. Francisco 9º H
Visitantes ficam entusiasmados com a oferta do Colégio
No mês de Maio, e à semelhança do que vem acontecendo nos últimos anos, o Colégio tem convidado os alunos do 9º ano das escolas
vizinhas, nomeadamente de Paços de Brandão, Lourosa e Argoncilhe, para virem conhecer a nossa oferta educativa.
Pretendemos dar a conhecer o nosso Colégio a futuros candidatos aos cursos do Ensino
Secundário. A primeira escola a realizar a visita
foi a EB 2,3 de Lourosa que trouxe cerca de cem
alunos, os quais foram divididos por pequenos
grupos para mais facilmente seguirem o itinerário definido. Assim, cada grupo de alunos teve a
oportunidade de visitar o Auditório e a Biblioteca,
o atelier de gravura e o atelier de fotografia, tendo passado, depois, pela papelaria e bar e pela
oficina de Electrónica. Aqui, os alunos do curso
profissional de Electrónica, Automação e Computadores tiveram oportunidade de mostrar alguns dos projectos realizados. A visita continuou
no Bloco IV, onde os visitantes foram recebidos
pelos professores do curso profissional de Design
Universidade de Coimbra
Alunos do 6º I visitam a Biblioteca Joanina
No dia 1 de Março alguns alunos de História e Geografia de Portugal, do segundo ciclo, fizeram
uma visita de estudo muito enriquecedora e interessante à Biblioteca Joanina, em Coimbra.
À partida, deram-nos uma folha com
as regras a cumprir durante a viagem bem
como no local da visita.
A viagem correu sem incidentes com
toda a gente bem-disposta e ansiosa por
chegar. Estava um dia radiante de sol!
Durante o percurso até à Universidade, mui-
Visita ao lar de idosos
No dia 28 de Maio, à tarde, os alunos do 9º
B deslocaram-se ao Lar da Terceira Idade de
Santa Maria de Lamas, onde animaram os
idosos, durante cerca de 2 horas.
Encontro intergeracional 9º H
No dia 19 de Março de 2010, os alunos da turma H do 9º ano do Colégio efectuaram uma
visita ao Lar de Idosos de Santa Maria de Lamas.
Ao longo das aulas de Área de Projecto do
2º Período, os alunos vieram a preparar, da maneira mais adequada possível, a visita intergeracional que se viria a realizar quase no fim do
período, mais precisamente no “Dia do Pai”, de
forma a proporcionar aos avós e pais presentes
no lar, um dia muito mais agradável e feliz.
As actividades realizadas pelos alunos foram:
Actividades musicais (mini-espectáculo realizado por todos os alunos);
Realização de um quadro a ser oferecido ao
lar de idosos;
Actividades lúdicas;
Preparação de um lanche e convívio durante o mesmo.
A maior parte das aulas de Área de Projecto
foi dedicada ao ensaio das músicas que, mais tarde, iriam ser apresentadas aos idosos.
A disciplina de Educação Visual também
contribuiu para a realização deste trabalho.
iniciativas
Área de Projecto – 9º B
WELCOME TO NEW YORK
Uma aventura chamada Nova Iorque!
“Start speading the news... I’m leaving today...”
Durante as férias da Páscoa 60 alunos do Colégio de Lamas embarcaram numa aventura repleta de arranha-céus, néons, história e beleza.
visitas de estudo
Às 5 da manhã do dia 3 de Abril concentraram-se no Aeroporto Sá Carneiro um grupo animadíssimo de alunos do Colégio de Lamas com destino à cidade que nunca dorme.
Depois de uma breve paragem em Lisboa, o
grupo seguiu viagem contando cada minuto
que os separava do Novo Mundo.
E, às 14h45 (hora local) do mesmo dia, o
vislumbre tão esperado: América à vista!!!
De malas e bagagens numa alegria incontida,
rumámos para a Capital do Mundo.
Chegados à Broadway (onde se localiza a
escola), lá estavam as famílias de acolhimento, ávidas por acolher os seus “filhos e filhas
adoptivos” durante uma semana.
Transbordando boa disposição, os alunos
acompanharam as suas novas famílias até aos
seus novos lares.
O Domingo de Páscoa foi passado com as
famílias, dando uma oportunidade única aos
nossos alunos de constatarem novas realidades,
novas formas de estar, novas tradições e culturas.
Segunda-Feira, dia 5 de Abril, 8h15 da
manhã. Um magote de alunos extravasando
uma alegria contagiante invade a “nossa” escola.
Depois do “Placement Test”, os alunos
foram colocados em turmas diferentes, de
acordo com o seu nível de conhecimento à
Língua Inglesa.
E todas as manhãs, às 8h30, os alunos
recolhiam às respectivas turmas para adquirirem mais conhecimento sobre as tradições
americanas, a sua história e cultura. E, principalmente, para obterem mais destreza linguística na comunicação em Inglês.
Da parte da tarde, depois de um almoço
tranquilo em Madison Park, reunimos o grupo e subimos a 5ª Avenida! Parámos em frente ao mais enigmático edifício de Nova Iorque
e iniciámos a “escalada” até ao topo do magnífico Empire State Building de onde usufruímos do inebriante cenário nova iorquino.
Todos os dias a rotina se repetia da parte
da manhã. E, todas as tardes, éramos surpre-
endidos com novos locais e visitas de pasmar.
Deambulámos pelas ruas frenéticas de Manhatten, deixando-nos seduzir pelas vitrines
da 5ª Avenida e pelas Salas de Espectáculo da
Broadway. Navegámos até à Estátua da Liberdade e admirámos a sua magnitude.
Vasculhámos Chinatown, percorremos
Wall Street, admirámos o Chrisler e a Grand
Central Station, atravessámos a Brooklyn Bridge, conhecemos o Metropolitan, extasiamonos em Times Square, deleitamo-nos no Central Park...
Enfim, tudo tão intenso, tão genuíno, tão
deslumbrante...
E, num ápice, estávamos já todos reunidos na escola a despedirmo-nos das “nossas”
famílias de acolhimento e a desejar que a semana que acabava estivesse a começar!
“It’s up to you, New York, New York.” Professora Fátima Amorim