ENTORNO DO CENTRO HISTÓRICO DE SALVADOR
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ENTORNO DO CENTRO HISTÓRICO DE SALVADOR
ENTORNO DO CENTRO HISTÓRICO DE SALVADOR – IDENTIFICAÇÃO E DIAGNÓSTICO DOS ESPAÇOS LIVRES NOS BAIRROS DO BARBALHO, NAZARÉ E LIBERDADE. Renata Inês Burlacchini Passos da Silva Pinto Universidade Federal da Bahia- UFBA Luciana Guerra Santos Mota Universidade Federal da Bahia- UFBA RESUMO O artigo trata de uma pesquisa que vem sendo realizada sobre os espaços livres (praças, largos, jardins) da cidade de Salvador. Como área de estudo, tem-se o Centro Antigo delimitado no Plano de Reabilitação Participativo, realizado pelo Governo do Estado da Bahia em 2010, que envolve o Centro Histórico da cidade e mais onze bairros em seu entorno. Atualmente a equipe vem trabalhando em uma das sete subdivisões sugeridas pelo plano, reunindo os Bairros do Barbalho, Nazaré e uma parte do espigão da Liberdade. Um estudo teórico sobre a região e visitas realizadas ao local, ajudaram na identificação dos espaços livres existentes que serão trabalhados pela equipe. Pretende-se fazer uma análise mais aprofundada de cada praça escolhida, identificando as transformações que ocorreram ao longo do tempo e de que forma a população se apropria do espaço. Espera-se que esse trabalho possa auxiliar as futuras intervenções. Palavras-chave: Centro Histórico, espaços livres, praças, apropriação. ABSTRACT The article discusses a study that is being held on open spaces (parks, squares, gardens) in Salvador city. As the study area, there is the Old Town bounded on Participatory Rehabilitation Plan, conducted by the Government of Bahia State in 2010, involving the historic city center and eleven neighborhoods around it. Currently the team has been working on one of the seven subdivisions suggested by the plan, bringing together neighborhoods of Barbalho, Nazaré and a portion of the spike of Liberdade. A theoric study of the region and visits to the site, helped in the identification of existing spaces that will be worked by the team. It is intended to make a deeper analysis of each chosen square, identifying the changes that have occurred over time and how the population appropriates the space. It is hoped that this work may help future interventions. Keywords: Historical center, open spaces, squares, appropriation. 1 INTRODUÇÃO Nesse artigo será relatado o andamento de uma pesquisa sobre os espaços livres (praças, largos e jardins) do centro antigo de Salvador. Para a delimitação do que seria “centro antigo” foi tomado como base o Plano de Reabilitação Participativo do Centro Antigo de Salvador - CAS1, realizado em 2010 pelo Governo do Estado. Essa área abrange não só o perímetro do Centro Histórico de Salvador, tombado pelo Instituto Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 1984 e reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) como patrimônio da Humanidade, mas também aos bairros do seu entorno que convivem com os mesmos problemas do centro histórico, originados pela perda de população e da subutilização dos imóveis. Esses locais, que possuem um rico patrimônio edificado, convivem com problemas de insalubridade das moradias por falta de manutenção, insegurança pública, prostituição, tráfico de drogas. Desta forma, o denominado Centro Antigo de Salvador (CAS) abrange onze bairros: Centro Histórico, Centro, Barris, Tororó, Nazaré, Saúde, Barbalho, Macaúbas, parte do Espigão da Liberdade, Comércio, e Santo Antônio. Para levantamento de campo o Plano de Reabilitação adotou a seguinte subdivisão: o CHS foi dividido em três partes (CHS A, CHS B e CHS C) e o ECH foi dividido em outras quatro (ECH 1, ECH 2, ECH 3 e ECH 4). Figura 1 – As subdivisões do Centro Antigo de Salvador. Nessa pesquisa pretende-se identificar as praças mais relevantes de cada um desses blocos e fazer um estudo mais aprofundado sobre cada uma delas buscando entender como as políticas e programas urbanos interferem na concepção arquitetônica das praças, e de que forma a população tem se apropriado do espaço. 2. METODOLOGIA A princípio, está sendo realizada uma revisão bibliográfica com a finalidade de criar um embasamento teórico para a definição dos termos “espaços público urbanos”, “espaços abertos” e “praça” e como estes vêm sendo trabalhados ao longo do tempo. Dentre os autores que vem sendo pesquisados, destacam-se Lamas (1989) que faz uma síntese sobre os elementos da morfologia urbana (o solo, o edifício, o lote, o quarteirão, a fachada, o logradouro, a praça, a rua, monumentos e mobiliário urbano); Kostof (1992) que considera a praça um espaço público que não pode ter domínio privado; Johnson (1987) que aborda como principais elementos do espaço urbano, as vias, os edifícios e a função destas e suas relações. Outros autores também farão parte do estudo - Del Rio, Rossi, Milton Santos. Nesse trabalho já colaboraram alunos do BI – Bacharelado Interdisciplinar da UFBA: Alyson Silva Kokubum e Paulo Raimundo Teles de Oliveira Júnior. E participam os seguintes estudantes do curso de Arquitetura e Urbanismo da UFBA: Fabiana Alves da Silva e Paloma Andrade Freire Santos. A área escolhida para início dos levantamentos de campo foi o ECH 1, que abrange o Dique do Tororó (limites do contorno do dique) e mais os bairros do Barbalho, Nazaré e uma parte do Espigão da Liberdade. Foi realizada uma visita ao local para identificação das áreas livres de maior relevância que serão trabalhadas durante a pesquisa. A seguir, mostram-se os percursos realizados para identificação dos vazios e praças nesta malha urbana. Na figura 2 esta representado o percurso 1 feito pelo entorno do Dique do Tororó, subindo as escadarias que dão acesso ao bairro do Jardim Baiano, finalizando no Largo do Campo da Pólvora. No percurso 2 identificado na figura 3, visitou-se os bairros centrais: Nazaré, Barbalho, Soledade, Lapinha e parte do espigão da Liberdade. Figura 2 – Percurso 1 realizado dia 05/05/2012 Figura 3 – Percurso 2 realizado dia 06/07/2012 No tópico seguinte, apresentamos um histórico dos bairros que compõem a região estudada e a identificação dos locais escolhidos. Foram identificados apenas cinco espaços livres possíveis de serem trabalhados apesar do ECH 1 apresentar grandes dimensões. Isso reflete a escassez de áreas livres nos centros urbanos. No momento estamos trabalhando no levantamento de dados específicos sobre as praças (largos, jardins) selecionadas, como projetos arquitetônicos executados ou não e propostas em programas urbanos. Em seguida serão elaborados desenhos da evolução das praças, registrando inclusive a forma de apropriação desses espaços pela população, como por exemplo, a pintura no piso de um campo de futebol no passeio, feita pelos moradores do local, como demonstrado nas imagens abaixo. (a) (b) Figura 4 – (a) Anfiteatro no Largo da Lapinha; (b) Gradil da entrada da Igreja da Lapinha. Ao final pretende-se entender a razão das transformações ocorridas em cada espaço, de que forma as políticas públicas e o uso social da área interferiu no desenho atual das praças. Além disso, espera-se que esse material possa dar subsídio para as futuras intervenções. 3. DESCRIÇÃO ESCOLHIDAS DA ECH1 E INDICAÇÃO DAS ÁREAS LIVRES No ECH 1 tem-se a presença de três grandes bairros: Nazaré, Barbalho e uma área do Espigão da Liberdade. Cardoso (2010) apresenta a forma de ocupação e as características diferenciadas de cada um deles, as quais serão apresentadas a seguir, juntamente com a indicação das praças escolhidas como objeto de estudo. A figura 5 mostra os bairros que compõem a ECH 1. Figura 5 – As subdivisões do ECH 1 3.1 Nazaré O bairro de Nazaré abrange também outros dois bairros (Tororó e Saúde) e mais alguns sub-bairros contíguos, como Lapa, Mouraria, Palma, Santana, Boulevard América e Jardim Baiano. Fazem parte da ECH1: Saúde, Santana, Boulevard América e Jardim Baiano. A face oeste do bairro de Nazaré (Palma, Santana e Saúde) teve sua urbanização atrelada ao esgotamento dos terrenos livres da zona mais central e da consolidação das vias de acesso aos estabelecimentos religiosos implantados desde a segunda metade do século XVII, como Igreja e Convento de Nossa Senhora da Palma, Convento de Santa Clara do Desterro, Convento da Lapa, Igreja do Santíssimo Sacramento de Santana, Igreja de Nossa Senhora da Saúde e Glória e da Igreja de Nossa Senhora de Nazaré, os quatro últimos construídos no século XVIII. Durante os séculos XVIII e XIX o bairro foi predominantemente residencial, sendo marcante a presença de segmentos das elites baianas. Ao longo do século XX foi sendo ocupado pela classe média. Foi desse período a ocupação dos sub-bairros Boulevard América e Jardim Baiano, resultante de obras de urbanização efetuadas na segunda metade do século XX. O Jardim Baiano é um conjunto residencial formado por edifícios, num primeiro nível de encosta próximo ao Dique do Tororó. Possui uma praça com alguns equipamentos de lazer, encontrando-se, porém, em má condições de manutenção. Esta praça é um dos locais escolhidos para serem trabalhados. (a) (b) (c) (d) Figura 6 – (a) Praça Professora Olga Mettig; (b) Equipamento Quebrado; (c) Banco; (d) Vala para escoamento de água O bairro de Nazaré apresenta um eixo viário constituído pela Av. Joana Angélica, resultante de alargamento de antigas vias interligadas, ocupada predominantemente por comércio e serviços, além de instituições de ensino públicas e privadas. Outro local onde a presença de serviços é marcante é a Praça Almeida Couto - Jardim Nazaré, que apresenta um hospital clínicas médicas e estabelecimentos de ensino. Esta praça, reconstruída em 2000, também será objeto de análise na pesquisa. (a) (b) (c) Figura 7 – (a) Praça Almeida Couto – Jardim Nazaré; (b) Fonte; (c) Pergolado Nazaré possui importantes testemunhos arquitetônicos de diversos períodos, alguns protegidos pelo instituto do tombamento (nove imóveis tombados pelo IPHAN e três imóveis pelo IPAC). Além disso, Cardoso também destaca bens e conjuntos urbanísticos de expressão que deveriam ser preservados, quer pelos seus méritos arquitetônicos ou significação histórico simbólica, destacando: o Colégio Central da Bahia, a Sinagoga Beit Israel, a Igreja de Nossa Senhora de Nazaré, o Fórum Ruy Barbosa, além de um conjunto de palacetes burgueses de inspiração romântica disseminado em alguns pontos. Como conjuntos urbanísticos de expressão destaca a Ladeira da Palma, as Ruas do Gravatá e da Fonte do Gravatá, o final da Rua da Independência, a Ladeira e Rua do Bângala e a Rua da Castanheda. (CARDOSO, 2010, p.48) O Fórum Ruy Barbosa localiza-se no Largo do Campo da Pólvora. Este largo sofreu intervenções recentes (2007) por conta da implantação de estações do metrô. É um grande espaço aberto, porém mal utilizado, servindo apenas para circulação de pedestres. Não há equipamentos urbanos que atraiam as pessoas a permanecerem alguns minutos no local, para lanchar, descansar ou se divertir. Por esse motivo este local foi escolhido como um dos objetos de estudo. (a) (b) Figura 8 – (a) Largo do Campo da Pólvora, Fórum Ruy Barbosa; (b) Abandono e Sujeira. O bairro da Saúde, contíguo ao de Nazaré, foi ocupado no início no século XVIII, sendo fortemente condicionada a construção da Igreja de Nossa da Saúde e Glória, iniciada em 1723. Apresenta como elementos estruturadores da rede viária o Largo da Igreja e o eixo formado pela Ladeira da Saúde e a Rua Marquês de Barbacena, principal via de articulação com o bairro de Nazaré. É um bairro predominantemente residencial. A maioria das edificações apresenta a mesma tipologia arquitetônica das construções e forma de ocupação dos lotes da cidade colonial. Como não há garagens e as ruas são estreitas, os veículos estacionados ao longo dos logradouros dificultam a circulação de veículos. Nessa área não foi localizada nenhuma espaço livre de relevância. 3.2 Barbalho Os primeiros trechos habitados do bairro do Barbalho foram possivelmente resultado do prolongamento do vetor norte de expansão da cidade efetivada no início do século XIX, ligando o Santo Antônio Além do Carmo à zona da Soledade. No local destaca-se a presença do Forte do Barbalho concluído no início do século XVIII. Possui dois monumentos tombados individualmente pelo IPHAN: o Forte do Barbalho (1957), a Casa do Conde da Palma (1943); e um tombado pelo IPAC a Casa nº33 da Ladeira do Arco (1981). Também há uma parte do conjunto urbano da Soledade, tombado pelo IPAC em 1981. Em 1930 foi inaugurado uma das mais importantes instituições de ensino da cidade, o Instituto Central de Educação, atual ICEIA (Instituto Central de Educação Isaías Alves). Cardoso (2010, p.52.) destaca os méritos arquitetônicos do edifício, apontando o seu indiscutível valor histórico e cultural. No bairro predomina o uso residencial, ocupada por moradores de classe média, entremeada por estabelecimentos comerciais e de serviços, voltados para atender a demanda local. Destacam-se três importantes estabelecimentos de ensino no local: o ICEIA, a Escola Técnica Federal e o Instituto de Cegos da Bahia. Macaúbas representa um sub-bairro do Barbalho. Sua ocupação está ligada à consolidação urbana da zona oeste do Barbalho, no decorrer do século XX. É ocupado por população de renda mediana, que se torna mais baixa à medida que se afasta do Barbalho. Os vales que configuram os seus limites concentram uma intensa atividade comercial voltada para o mercado de auto-peças, notadamente no limite com a Baixa de Quintas. No Barbalho foi identificada apenas uma área livre, porém de domínio privado onde será construído um condomínio residencial. Apesar da presença de várias instituições de ensino, não existem espaços de lazer para a população. 3.3 Espigão da Liberdade O Espigão da Liberdade representa um conjunto urbano resultante do agrupamento dos bairros da Soledade e da Lapinha e a um trecho inicial do grande bairro da Liberdade. A ocupação do trecho da Soledade se iniciou entre o final do século XVIII e o início do XIX. Algumas famílias abastadas da sociedade baiana se instalaram no local, optando por um estilo de moradia mais suburbano. Um exemplo é o Solar Bandeira, grande edificação residencial com um belo jardim aos fundos construída provavelmente do início do século XIX. Este solar foi tombado pelo IPAC em 2010. Existem outros sobrados oitocentistas, alguns com fachadas revestidas por azulejos e arrematados por beirais com telhões de louça. O conjunto arquitetônico da Ladeira da Soledade foi tombado no âmbito estadual em 1981. A Soledade apresenta uma importante praça onde se localiza a estátua de Maria Quitéria, símbolo da Independência da Bahia. A praça também foi escolhida para ser analisada. (a) (b) Figura 9 – (a) Largo da Soledade; (b) Lateral da Igreja e Colégio. Seguindo em direção ao norte, o conjunto edificado torna-se mais modesto e chega-se ao largo onde foi construída a Igreja da Lapinha. A igreja foi fundada em 1771, mas apresenta atualmente uma arquitetura de estilo eclético, resultado de uma curiosa mistura de referências neogóticas e mouriscas. No mesmo largo se encontra o Pavilhão do Dois de Julho, abrigo dos carros do Caboclo e da Cabocla, símbolos maiores da participação popular nas lutas pela independência da Bahia. O Largo da Lapinha possui uma pequena arena e brinquedos infantis. Entretanto na falta de campo de futebol, as crianças adaptam a área em frente a igreja, e ao anfiteatro, pintando no chão a marcação do campo. Esta praça merece ser melhor estudada. (a) (b) (c) Figura 10 – (a) Largo da Lapinha, Igreja da Lapinha; (b) Mesas e Bancos; (c) Acessos. Tanto a Soledade quanto a Lapinha são predominantemente residenciais. Mas há uma significativa concentração de estabelecimentos comerciais e de serviços voltada para o atendimento das demandas locais ao longo da Av. Lima e Silva. Depois de ultrapassados os limites do largo da Lapinha, em direção ao norte a ocupação, rarefeita no século XIX, quando os terrenos da região passaram a ser ocupados pela população de baixa renda, dando origem aos atuais grandes bairros populares da Liberdade, São Caetano, Fazenda Grande e suas imediações. Nesses locais a ocupação se deu de maneira mais livre e informal. Seguindo pelo espigão da Liberdade, em uma de suas transversais, entramos no Sieiro onde finalizamos nossa pesquisa na Praça Raymundo Freixeira. E como em todas as áreas identificadas, percebe-se o abandono e descaso dos poderes públicos quanto a sua manutenção. Dentre todas, esta é a que possui acesso mais restrito aos moradores deste local. (a) (b) Figura 11 – (a) Praça Raymundo Freixeira; (b) Mesas e bancos. 4 CONCLUSÕES A pesquisa apresentada neste artigo encontra-se na fase de levantamento de dados sobre as áreas livres definidas. Apesar de ter sido iniciada em novembro de 2011, o começo foi lento devido a necessidade de preparação teórica dos alunos que naquele momento tinham seu primeiro contato com um projeto de pesquisa. Pretende-se finalizar os estudos do ECH 1 no final de 2012, produzindo um catálogo com todo diagnóstico e análise dos espaços livres escolhidos e descritos no decorrer do texto, assim como sugestões para futuras intervenções. REFERÊNCIAS BAHIA. Governo do Estado. Secretaria de Cultura. Escritório de Referência do Centro Antigo. UNESCO. Centro Antigo de Salvador: Plano de Reabilitação Participativo./ Escritório de Referência do Centro Antigo, UNESCO. – Salvador: Secretaria de Cultura, Fundação Pedro Calmon, 2010. 344p. : il. ISBN: 978-85-61458-27-0. CARDOSO, Luis Antonio Fernandes. História Ocupação e Delimitação do CAS. In BAHIA. Governo do Estado. Secretaria de Cultura. Escritório de Referência do Centro Antigo. UNESCO. Centro Antigo de Salvador: Plano de Reabilitação Participativo./ Escritório de Referência do Centro Antigo, UNESCO. – Salvador: Secretaria de Cultura, Fundação Pedro Calmon, 2010, pp. 41-59. JOHNSON, JamesH. Geografia Urbana, elementos de geografia, Barcelona: OikosTau, 1987. 279p. KOSTOF, Spiro. The city assemblend – The elements of urban form through history. London: Thames and Hudson, 1992. 320p.il. LAMAS, José Maria R. G. Morfologia urbana e desenho da cidade, Textos Universitários de Ciências Sociais e Humanas, Lisboa: Fundação Caloustre Gulbenkian, 1989. 564p. 1 O Plano de Reabilitação Participativo do Centro Antigo de Salvador - CAS “...segue as diretrizes do Programa Nacional de Reabilitação de Áreas Urbanas Centrais do Ministério das Cidades, o qual busca, por um lado, reverter o processo de esvaziamento habitacional e degradação das áreas urbanas centrais e, por outro, alterar o modelo de urbanização baseado na expansão contínua das fronteiras urbanas. Também segue as orientações do Ministério da Cultura no que diz respeito à preservação do patrimônio cultural e ao entendimento do papel estratégico da cultura para o desenvolvimento.” (Bahia, 2010)