Livro da ACCC – 10 anos – versão web

Transcrição

Livro da ACCC – 10 anos – versão web
OS DEZ ANOS
DA ACADEMIA
CATARINENSE
DE CIÊNCIAS
C O N TÁ BE I S
APOIO
No fim das contas,
é da vida que falamos
Quem pensa que a Contabilidade se resume a contar dinheiro está
enganado. Quem acha que as Ciências Contábeis apenas medem o fluxo
financeiro, alheias ao que ele representa, também não conhece a profissão.
Qualquer Contador sabe que por trás de todas aquelas planilhas e balanços,
de todos aqueles indiscutíveis números estão pessoas, emoções, esperanças,
alguns projetos de futuro que falham, outros que são bem sucedidos. Todos
os Contadores sabem que, no dia-a-dia da função, os números são o que
menos importa, já que o resultado final é a vida das pessoas.
Por perceber essa grande importância que têm as Ciências Contábeis,
há tempos observava que, em Santa Catarina, precisávamos valorizar a
história e as tradições que formaram as bases da Contabilidade no Estado.
QUANDO SURGIU ENTRE COLEGAS
contemporâneos da Academia Brasileira
de Ciências Contábeis a ideia da criação da
Academia Catarinense, percebi que era o
que precisávamos para conceder o devido
valor à Contabilidade de Santa Catarina.
Conforme minha memória e de acordo
com os registros históricos, a ideia inicial
para viabilizar a institucionalização
da Academia Catarinense de Ciências
Contábeis surgiu da participação dos
Professores Flávio da Cruz e Lindomar
Antonio Fabro na reunião anual,
Wanderlei Pereira das Neves
PRESIDENTE
GE STÃO DE 2 0 1 2 / 2 0 1 3
exercício de 2002, da Academia Brasileira
de Ciências Contábeis, realizada na
Fundação Escola de Comércio Álvares
Penteado, em São Paulo, na ocasião
em que a mesma comemorava o seu
centenário.
Inicialmente foram realizados
contatos e intercâmbio de informações,
de experiências vivenciadas e obtidos
modelos de Estatuto e Regimento, que
foram repassados para uma equipe
composta pelos Professores Sílvio
Lehmkuhl Meyer, Nélio Herzmann, João
Carlos de Carvalho; por funcionários do
Conselho Regional de Contabilidade e do
Departamento de Ciências Contábeis da
Universidade Federal de Santa Catarina.
Para a composição do quadro de
acadêmicos foram estabelecidas algumas
diretrizes que deveriam nortear o
processo, dentre as quais:
a) compor uma representação pluralista
ao longo do território catarinense
como um todo, procurando fugir da
exclusividade da capital do Estado;
b) não ficar restrito a uma composição
machista e centralista;
c) valorizar diferentes faixas etárias
e dar um sentido histórico de
reconhecimento a personalidades
sociais da área profissional;
d) buscar, com o tempo, autonomia
administrativa e condições patrimoniais
próprias.
A data de 22 de setembro, escolhida
por consenso para a fundação da
academia, marca o início do primeiro
curso de Contabilidade considerado
de nível superior no Brasil. Depois de
instituída a entidade, com a agregação
de bacharéis em Ciências Contábeis
residentes nas cidades de Blumenau,
Chapecó, Criciúma, Florianópolis,
Joinville, Tubarão e São Miguel do Oeste,
foi constituída uma Comissão composta
por Calixto Fortunato Loss, Elias
Fernandes Eufrásio e Nélio Herzmann,
que ficou encarregada de fazer as
adaptações entre o modelo definitivo que
deveria ir a registro cartorial, já adaptado
ao Novo Código Civil Brasileiro (lei nº
10.406, de 10 de janeiro de 2002).
Feitas as adaptações, no dia 19 de
dezembro foi realizada a Assembleia Geral
que aprovou o Estatuto Social, registrado
no Cartório de Registros Civil de Títulos
e Documentos de Pessoas Jurídicas,
situado na Rua Vidal Ramos, nº 53, sala
106, Edifício Cristal Center, no município
de Florianópolis - Santa Catarina, pelo
protocolo 192100, do livro 30 A, sob o nº
186.423 no Livro B 406, às folhas 241, no
dia 31 de janeiro de 2004.
A valorização da profissão de
Contador, a discussão de perspectivas
e de novas tecnologias, o incentivo às
atividades acadêmicas e à divulgação
científica encontram na Academia
Catarinense de Ciências Contábeis o
abrigo que eu havia sonhado.
Para mim, é uma imensa honra
participar desta entidade e um prazer
conviver com meus colegas acadêmicos,
estes que estão entre os mais importantes
e experientes Contadores catarinenses.
Sumário
A E N T I DA D E
Origem
Objetivos
Galeria de diretorias
AC A D Ê M I C O S
Atuais integrantes
Antônio Adolpho Maresch
Ardinete Rover
3
Calixto Fortunato Loss
4
Carlos Passoni Junior
5
Dirceu Paulo do Nascimento
6
Dourival Giassi
7
Eli Oliveira de Souza
8
Elias Fernandes Eufrásio
9
Flávio da Cruz
10
Francisco Antônio Zanon (in memoriam)
11
Guilherme Júlio da Silva
12
Ieda Margarete Oro
13
Ilse Maria Beuren
14
João Carlos dos Santos
15
Joceli José Coelho
16
José Nilton Junckes
17
Juarez Domingues Carneiro
18
Lindomar Antônio Fabro
19
Luciano Rosa
20
Manfredo Krieck
21
Nélio Herzmann
22
Nilson José Göedert
23
Nilton Hausmann
24
Nivaldo João dos Santos
25
Oldoni Pedro Floriani
26
Rainoldo Uessler
27
Rubens Diniz (in memoriam)
28
Sérgio Faraco
29
Silvio Lehmkuhl Meyer
30
Valério Matos
31
Waltamir Barreiros
32
Wanderlei Pereira das Neves
9
10
11
15
1
16
2
18
E S TAT U T O E R E G I M E N T O
Estatuto Social
Regimento interno
20
22
24
26
28
30
32
34
36
38
40
42
44
46
48
50
52
54
56
58
60
62
64
66
68
70
72
74
76
78
83
90
A ENTIDADE
O S D E Z A NO S D A A C A D E M I A C ATA R I N E N S E D E C I Ê N C I A S C ON TÁ B E I S
Origem
A Academia Catarinense de Ciências Contábeis foi fundada no dia
22 de setembro de 2003, em assembleia realizada no auditório do
Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina (CRCSC).
Com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento das Ciências
Contábeis e estimular o aperfeiçoamento técnico-cultural dos
profissionais da contabilidade, assumiram 32 membros, escolhidos
por terem reconhecido saber e pelos serviços prestados à classe.
Pioneiros
Membros fundadores da ACCC por ordem alfabética
»» Antônio Adolpho Maresch
»» Ardinete Rover
»» Calixto Fortunato Loss
»» Carlos Passoni Júnior
»» Dirceu Paulo do Nascimento
»» Dourival Giassi
»» Eli Oliveria de Souza
»» Elias Fernandes Eufrazio
»» Flávio da Cruz
»» Francisco Antônio Zanon (falecido)
»» Guilherme Júlio da Silva
»» Ieda Margarete Oro
»» Ilse Maria Beuren
»» João Carlos dos Santos
»» Joceli José Coelho
»» José Nilton Jünckes
»» Juarez Domingues Carneiro
»» Lindomar Antônio Fabro
»» Luciano Rosa
»» Manfredo Krieck
»» Nélio Herzmann
»» Nilson José Goedert
»» Nilton Haussmann
»» Nivaldo João dos Santos
»» Oldoni Pedro Floriani
»» Rainoldo Uessler
»» Rubens Diniz (falecido)
»» Sergio Faraco
»» Silvio Lehmkuhl Meyer
»» Valério José de Matos
»» Waltamir Barreiros
»» Wanderlei Pereira das Neves
9
10
M U I TO M A I S D O Q U E N Ú M E R O S
Objetivos
A troca de experiências, o registro histórico, o aperfeiçoamento
técnico, científico e profissional das Ciências Contábeis, a divulgação
da sua importância para todas as atividades humanas e, acima de
tudo, a colaboração para o desnvolvimento do País. Eram estas as
ideias que conduziram a fundação da ACCC.
Conforme o Estatuto, a Academia, enquanto instituição de
caráter científico e cultural, tem como objetivos e finalidades:
I Congregar pessoas de saber reconhecido no meio contábil – acadêmico;
II Promover o desenvolvimento científico e cultural das Ciências Contábeis;
III Estimular o aperfeiçoamento técnico-científico e cultural
dos profissionais das Ciências Contábeis;
IV Estimular a integração do conhecimento contábil e de pessoas
do meio contábil com outras áreas de conhecimento e pessoas de outros
meios profissionais;
V Fomentar a difusão científica do conhecimento contábil; e,
VI Contribuir para a educação e o bem-estar social do país.
O S D E Z A NO S D A A C A D E M I A C ATA R I N E N S E D E C I Ê N C I A S C ON TÁ B E I S
Galeria
de diretorias
A diretoria atual foi eleita em 19 de setembro de 2011,
com mandato de dois anos, reeleita em 24 de outubro de 2013,
tendo como integrantes os acadêmicos:
Wanderlei Pereira das Neves
DI R E TOR- P R E SI DE N T E
Flávio da Cruz
D I R E T O R - S E C R E TÁ R I O
Lindomar Antonio Fabro
DI R E TOR- T E S OU R E I R O
Sérgio Faraco
D I R E T O R D E R E L AÇ Õ E S C O M
A C O M U N I DA D E C O N TÁ B I L
José Nilton Junckes
D I R E T O R D E PAT R I M Ô N I O
Silvio Lehmkuhl Meyer,
Eli Oliveira de Souza,
Nivaldo João dos Santos
(TITULARES)
Elias Fernandes Eufrásio
(SUPLENTE)
CONSELHO FISCAL
11
12
M U I TO M A I S D O Q U E N Ú M E R O S
Diretorias anteriores
Flávio da Cruz
PRESIDENTE ENTRE
05/2009 E 08/2011
Manfredo Krieck
PRESIDENTE ENTRE
12/2005 E 04/2009
Flávio da Cruz
PRESIDENTE ENTRE
12/2003 E 12/2005
Primeira diretoria,
eleita após aprovação
do Estatuto da Entidade
DEMAIS INTEGRANTES DA DIRETORIA
Luciano Rosa (Dir. Secretário), Lindomar Antonio Fabro
(Dir. Tesoureiro), José Nilton Junckes (Dir. de Patrimônio),
e Nivaldo João dos Santos (Dir. de Relações com a Comunidade Contábil). O Conselho Fiscal era composto pelos
Contadores Silvio Lehmkuhl Meyer, Rubens Diniz, Elias
Fernandes Eufrásio e Manfredo Krieck (Suplente).
DEMAIS INTEGRANTES DA DIRETORIA
Eli Oliveira de Souza (Dir. Secretário), Oldoni Pedro
Floriani (Dir. Tesoureiro), Wanderlei Pereira Neves (Dir.
de Patrimônio) e Sergio Faraco (Dir. de Relações com a
Comunidade Contábil). O Conselho Fiscal era formado por
Lindomar Antonio Fabro, Silvio Lehmkuhl Meyer, Rainoldo
Uessler e Rubens Diniz.
Durante esta gestão, foi criado um acervo com livros e
artigos publicados pelos acadêmicos, de incentivo à produção
científica na área da Ciência Contábil
DEMAIS INTEGRANTES DA DIRETORIA
João Carlos dos Santos (Dir. Secretário), Lindomar Antonio
Fabro (Dir. Tesoureiro), Sergio Faraco (Dir. de Relações
com a Comunidade Contábil) e Nélio Herzmann (Dir. de
Patrimônio). O Conselho Fiscal era formado por Silvio
Lehmkuhl Meyer, Rainoldo Uessler, Rubens Diniz e
Manfredo Krieck.
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Acadêmicos
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Na foto da página anterior, integrantes da
ACCC reunidos nas dependências do Conselho
Regional de Contabilidade de Santa Catarina
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Atuais integrantes
Os acadêmicos que constituem a ACCC, todos fundadores
da instituição, são os seguintes:
1
Antonio Adolpho Maresch
17
Juarez Domingues Carneiro
2
Ardinete Rover
18
Lindomar Antonio Fabro
3
Calixto Fortunato Loss
19
Luciano Rosa
4
Carlos Passoni Junior
20
Manfredo Krieck
5
Dirceu Paulo do Nascimento
21
Nélio Herzmann
6
Dourival Giassi
22
Nilson Jose Goedert
7
Eli Oliveira de Souza
23
Nilton Hausmann
8
Elias Fernandes Eufrásio
24
Nivaldo Joao dos Santos
9
Flavio da Cruz
25
Oldoni Pedro Floriani
10
Francisco Antonio Zanon (falecido)
26
Rainoldo Uessler
11
Guilherme Julio Da Silva
27
Rubens Diniz (falecido)
12
Ieda Margarete Oro
28
Sergio Faraco
13
Ilse Maria Beuren
29
Silvio Lehmkuhl Meyer
14
João Carlos dos Santos
30
Valério Jose de Matos
15
Joceli Jose Coelho
31
Waltamir Barreiros
16
Jose Nilton Junckes
32
Wanderlei Pereira das Neves
15
16
M U I TO M A I S D O Q U E N Ú M E R O S
ACADÊMICOS
1
Antônio Adolpho Maresch
Só o amor e a solidariedade podem
construir alguma coisa.
É preciso reconhecer em cada
pessoa os seus valores positivos.”
Antônio Adolpho Maresch é
Contador, bacharel em Ciências
Econômicas e pós-graduado
em Ciências Contábeis pela
Universidade Regional de
Blumenau (Furb). É professor
aposentado pela Unoesc
(Universidade do Oeste de Santa
Catarina) e membro do Conselho de
Administração da Fundação dessa
instituição (Funoesc). Desenvolve
atividade de perito contábil
nas diversas varas da Justiça
Estadual e Federal, na circunscrição
de Joaçaba, além de oferecer
consultoria contábil, fiscal e
econômico-financeira.
É tradutor de português-alemão
e alemão-português.
Raízes
Antônio Adolpho Maresch nasceu em agosto
de 1929, filho de imigrantes europeus, na Linha
Santo Antônio do Caraguatá, distante cerca de
oito quilômetros da sede do atual município de
Joaçaba. A ligação com a cidade era feita por
uma precária estrada de terra.
Engenheiro agrônomo, o pai era austríaco, o
que rendeu a Antônio dupla nacionalidade.
A mãe, de nacionalidade alemã, era enfermeira.
O casal chegou ao local em 1928, começando
ali, em meio à mata ainda virgem, a desenvolver atividades agrícolas. Com grande espírito
empreendedor, o pai acabou se dedicando, de
forma pioneira, à fruticultura de clima temperado, após pesquisar as variedades que melhor
se adaptavam às condições climáticas da região
do Meio-Oeste catarinense. Empenhou-se também no cultivo de hortaliças.
Ao atingir a idade escolar, Antônio Adolpho
Maresch passou a frequentar a escola primária
local, durante um período do dia. No outro, ajudava os pais nas lides da lavoura e executava as
tarefas da escola.
Em 1943, prestou o exame de admissão para
o ginásio, procedimento então obrigatório. A
aprovação no exame representou uma grande
vitória para o menino, egresso de um estabelecimento de ensino rural, e abriu-lhe as portas
do Ginásio Frei Rogério, dos Irmãos Maristas,
em Joaçaba, onde estudou em regime de internato por quatro anos.
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ACADÊMICOS
Aos 17 anos, retornou à casa paterna para ajudar no cultivo de frutas e hortaliças. Três anos
depois, incompatibilidades com o pai levaram
Antônio Adolpho Maresch a se mudar para
Joaçaba, onde ingressou na recém-inaugurada
agência da Caixa Econômica Federal, na função de caixa. O emprego lhe permitiu frequentar o curso noturno do Colégio Comercial Frei
Rogério, formando-se Técnico em Contabilidade em 1955.
Formação Acadêmica
Antônio Adolpho Maresch é formado em Ciências Econômicas e em Ciências Contábeis, ambos os cursos pelo Instituto de Ciências Sociais
do Paraná, em Curitiba. Pós-graduado em Ciências Contábeis, pela Furb, no ano de 1980.
Atividade Profissional
Trabalhou na Caixa Econômica Federal, agência de Joaçaba, durante quase oito anos. Depois
de sair da instituição, em 1957, foi corretor de
imóveis por um curto período de tempo, até
abrir em 1959 a empresa Escritório Juridicontábil, da qual foi sócio-fundador, diretor e responsável técnico até o ano de 2005. De 1973 a 1978,
também trabalhou como diretor administrativo da fábrica de máquinas agrícolas Triton S.A.,
de Luzerna, e de 1981 a 1993, como gerente administrativo da fábrica de embalagens de papel
e plástico Incoplastic, em Joaçaba. De 1965 até
hoje, desenvolve atividades de consultoria contábil, fiscal e econômico-financeira, bem como
de perícia contábil nas Justiças Estadual e Federal, e faz traduções de textos do alemão para o
português e vice-versa.
Magistério
Lecionou Latim e Inglês, no Colégio Cristo-Rei, das Irmãs Salvatorianas, e Inglês e Contabilidade, no Colégio Comercial Joaçabense,
ambos em Joaçaba. Como professor universitário, lecionou por 30 anos na, hoje, Unoesc,
campus Joaçaba. No curso de Administração,
foi responsável pelas disciplinas de Estrutura
e Análise de Balanço (I e II), Análise de Custo e Administração Financeira e Orçamentária (I e II). Já no curso de Direito, ministrou
Contabilidade para não Contadores. Em Ciências Contábeis, foi responsável pelas cadeiras
Estrutura e Análise de Balanço (I e II), Contabilidade Geral, Contabilidade de Custos,
Contabilidade Comercial ou Intermediária,
Administração Financeira e Orçamentária
(I e II), Orçamento Empresarial, Laboratório
Contábil e Trabalho de Conclusão de Curso
(orientador). Coordenou o curso de Ciências
Contábeis de 1988 a 1993.
Atividades Comunitárias
Presidente, de 1950 a 1962, da Associação Rural de Joaçaba, entidade sem fins lucrativos, que
tinha por objetivo congregar agricultores e pecuaristas da região de Joaçaba, provendo-os – a
preço de custo e isenção de impostos – de insumos e medicamentos agropecuários básicos,
equipamentos e máquinas.
No período de 1977 a 1986, Antônio Maresch foi diretor-geral da Fundação Educacional
Oeste de Santa Catarina, hoje denominada
Fundação Universidade do Oeste de Santa
Catarina (Funoesc), mantenedora, na época,
da Faculdade de Administração e Faculdade de Pedagogia e Estudos Sociais. Presidiu
o Conselho Curador da instituição (1987 a
1992) e, atualmente, é membro do Conselho
de Administração.
Homenagens
No período de 1976 a 2005, foi homenageado
por inúmeras turmas de formandos, como paraninfo, patrono, nome de turma e amigo de
turma. Em 2005, recebeu o troféu “Contabilista
Empreendedor” na 24ª Convenção dos Contabilistas de Santa Catarina (Contesc).
Em 12/12/2012, foi agraciado com o prêmio
“Destaques da Contabilidade 2012”, em solenidade realizada no CRCSC.
C O N TATO
(49) 3522-1233 | [email protected]
17
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M U I TO M A I S D O Q U E N Ú M E R O S
ACADÊMICOS
2
Ardinete Rover
O maior valor de minha vida: minha
família, base sólida e forte, que me faz
ser mais humana e comprometida
com o outro na sociedade.”
Mestre em Administração pela
Universidade Federal de Santa Catarina
(UFSC), a Contadora Ardinete Rover é
professora na Universidade do Oeste de
Santa Catarina (Unoesc), campus de
Joaçaba, de disciplinas ligadas às áreas
Contábil e de Gestão. Além de docente, é
pesquisadora, função que exerce desde
a graduação. Atua também na
Educação a Distância da instituição,
como Coordenadora do Curso Superior
em Processos Gerenciais e como
professora nas disciplinas Metodologia
Científica e da Pesquisa. É autora do
livro Diretrizes para Elaboração de
Trabalhos Científicos, publicado pela
Editora Unoesc em 2007, com edição
atualizada em 2013. Na área Contábil,
o foco de sua pesquisa é a relação entre
os egressos do Curso de Ciências
Contábeis da Unoesc, Campus Joaçaba
e o mercado de trabalho, tema que já
rendeu três trabalhos, reunindo dados
desde a formação da primeira turma,
em 1989, até os formandos de 2005.
Entre 2013 e 2014, nova pesquisa sobre
o tema está sendo realizada.
Raízes
Natural de Herval d’Oeste, pequena cidade do
Meio-Oeste catarinense, Ardinete Rover nasceu
em uma família relativamente grande (possui cinco irmãos) e humilde. Estudou até a quarta série
na Escola Isolada Santa Luzia, na vila de Barra
Verde. A partir da quinta série, passou a estudar
na Escola de Educação Básica Melo e Alvim. As dificuldades financeiras nessa época foram muitas.
Somente quando começou o ensino médio – Curso Técnico em Contabilidade realizado no Colégio
CNEC – teve a oportunidade de ganhar o primeiro tênis de verdade, Olimpikus, branco e de couro;
nessa época, passou a morar na cidade. Aplicada,
teve um bom desempenho nos estudos e, a partir
do ensino médio, dedicou-se à área contábil.
Trajetória profissional
Aos 13 anos, atendendo a um desejo do pai, fez
um estágio voluntário de cinco meses num escritório local, sendo, após, imediatamente contratada. Dessa experiência surgiu o gosto pela
área contábil. Trabalhando principalmente na
parte fiscal, veio a coordenar esse setor da empresa, enquanto cursava o ensino médio – Técnico em Contabilidade.
Depois de três anos, surgiu a oportunidade de trabalhar em uma empresa maior, como responsável
pela Contabilidade do setor pessoal e do controle
financeiro. Neste segundo emprego permaneceu
por mais de doze anos. Concluiu, durante esse
período, o curso de Ciências Contábeis e a espe-
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ACADÊMICOS
cialização em Contabilidade Gerencial e Finanças.
Quando foi convidada para trabalhar na Unoesc,
mesmo para exercer uma função de menor importância e remuneração, aceitou prontamente,
diante da perspectiva de crescimento profissional. Assumiu na universidade a função de secretária do Departamento de Ciências Contábeis do
qual, depois de três anos, passou a ser um dos
docentes, atuando, durante seis anos, como coordenadora do curso. Nesta função, firmou várias
parcerias com o Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina (CRCSC). Graças a elas,
a Unoesc pôde oferecer diversos cursos, voltados
à qualificação de profissionais e de alunos da região, e oferecer duas turmas especiais de Ciências Contábeis integradas exclusivamente por
técnicos em Contabilidade, dispensando estes do
tradicional exame vestibular.
Magistério Superior
Como secretária na Unoesc e já com uma das especializações concluída, enfrentou o primeiro desafio no magistério: lecionar a disciplina de Teoria
da Contabilidade, oferecida pela primeira vez na
instituição. Foi uma experiência muito importante, que marcou o início de sua trajetória como docente. Após aprovação no Mestrado em Administração, foi contratada como professora, atividade
que exerce atualmente, ministrando várias disciplinas. O gosto pela leitura e pesquisa traduziu-se,
também, em vários projetos de especialização que
elaborou e coordena na universidade desde 2003,
nas áreas de Auditoria e Controladoria, Custos
Gerenciais, Gestão Financeira, entre outras.
Trabalho Comunitário
Ardinete Rover mantém um trabalho bastante
expressivo junto à comunidade. Participa da Associação de Moradores e é membro da Associação São Vicente de Paula, que atua em projetos
voltados a pessoas carentes. As ações incluem a
distribuição de cestas básicas, visita às famílias
e encaminhamento para o mercado de trabalho,
realização de oficinas de bordado, tricô e de cozinha básica e a promoção de eventos como o Natal
de Luz com Papai Noel e o Dia das Crianças.
Formação
Mestre em Administração pela Universidade
Federal de Santa Catarina (2000), Ardinete
Rover possui especializações em Contabilidade Gerencial e Finanças (1995) e Recursos
Humanos (2000) pela Universidade do Oeste
de Santa Catarina. Formou-se em Ciências
Contábeis na Universidade do Oeste de Santa
Catarina (1993).
Produção científica
É autora do livro Diretrizes para Elaboração de
Trabalhos Científicos, publicado pela Editora Unoesc em 2007, com edição atualizada em 2013. Na
área Contábil, o foco na pesquisa é a relação entre
os egressos do Curso de Ciências Contábeis da
Unoesc – Campus Joaçaba – e o mercado de trabalho, tema que já foi alvo de três pesquisas que
reúnem dados coletados entre os integrantes da
primeira turma, de 1989, até entre os formandos
de 2005. Entre 2013 e 2014, nova pesquisa sobre o
tema que está sendo realizada.
Outras informações
Elaborou e coordenou projetos como o Curso
Superior Sequencial da Micro e Pequena Empresa e o Curso Superior de Tecnologia em Gestão Empresarial, os quais muitos dos alunos há
muito tempo não estudavam, o que contribuiu
para o desenvolvimento de negócios e da região.
Pela marcante atuação no Curso de Ciências
Contábeis, é homenageada todos os anos nas formaturas. Hoje, além de docente e pesquisadora,
atua como assessora da coordenação curso.
Na adolescência, foi catequista na sua comunidade, atividade a que se dedicou por mais de
dez anos; no início, os alunos eram até mais
velhos que ela, mesmo assim, sempre foi respeitada. Manifestava-se, já nessa época, a vocação
de dedicar parte do seu tempo a outras pessoas,
o que a faz participar, até hoje, de trabalhos voluntários.
C O N TATO
(49) 9995-0114 | [email protected]
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M U I TO M A I S D O Q U E N Ú M E R O S
ACADÊMICOS
3
Calixto Fortunato Loss
Todos os movimentos de planejar,
pensar, raciocinar... são muito importantes,
mas agir é imprescindível.”
F R A SE C R IA DA P OR C A L I X TO, Q U E SE RV I U D E I N SP I R AÇ ÃO
PA R A A DE F I N IÇ ÃO DA M I S S ÃO D E SUA E M P R E S A .
Formado em Ciências Contábeis pela
Universidade Comunitária Regional
do Oeste de Santa Catarina Unochapecó, então Centro de Ensino
Superior da Fundeste, Calixto
Fortunato Loss ocupa atualmente o
cargo de diretor da Hectra Negócios
Contábeis SS Ltda, empresa que atua
nas áreas contábeis e de
administração de empresas. Possui
algumas especializações em áreas da
Contabilidade e mestrado em
Administração, pela Universidade
Federal de Santa Catarina.
É professor titular e dirigente
universitário há 16 anos, atuando
em cursos de graduação e pósgraduação. Atua, ainda, como perito
Contador (judicial e extrajudicial).
Integra o Conselho de
Desenvolvimento Econômico do
Município de Chapecó, sendo
membro da Assembleia Geral da
Fundação Universitária do
Desenvolvimento do Oeste
(Fundeste), entidade
mantenedora da Unochapecó.
Raízes
Calixto Fortunato Loss nasceu em Chapecó/SC,
no dia 11 de dezembro de 1964, sendo o quarto
dos cinco filhos de Ruy (in memoriam) e Sylvia.
De família menos favorecida economicamente,
aos 10 anos já participava das atividades agrícolas desenvolvidas pelos pais no interior do
município. Antes de se mudar para a cidade de
Chapecó, aos 14 anos, trabalhou em uma serraria em que o pai era capataz. Ainda não tinha 16
anos quando – após conseguir seu primeiro trabalhado formal como faxineiro em uma oficina
de tratores agrícolas – ingressou no Colégio de
Formação Marista, como interno. Nessa escola,
ficou por três anos, até ser recrutado para o Serviço Militar, no ano de 1983, em Brasília/DF, no
Batalhão da Guarda Presidencial – BGP.
De volta a Chapecó, concluiu os estudos de segundo grau e se tornou funcionário público federal no Ministério da Agricultura.
Carreira
No Ministério da Agricultura, como Agente
Administrativo, exerceu as atividades de coordenador administrativo da Unidade Regional,
localizada em Chapecó.
Era ainda acadêmico do curso de Ciências Contábeis, quando passou em processo seletivo para a
área de Contabilidade da Sadia S.A. Desencantado com o serviço público, aceitou o novo desafio
e, antes mesmo de concluir a graduação, já atuava
como analista contábil e assessorava a direção da
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ACADÊMICOS
empresa. Foram 10 anos de vínculo com a Sadia,
período em que desempenhou atividades estratégicas – como a avaliação e recepção de empresas
e marcas adquiridas –, chegando a ser o responsável pelo plano de investimento da empresa.
Nesse intervalo, tornou-se especialista em Patrimônio Empresarial, condição que lhe rendeu convite para assumir a área de Patrimônio da Cooperativa Central Oeste Catarinense Ltda – Aurora,
como gestor da construção da planta industrial
frigorífica mais moderna na época. Foram dois
anos nesta empresa, até que, em 1992, ingressou
como docente titular na Universidade do Oeste
de Santa Catarina (Unoesc), campus Chapecó
(atual Unochapecó), onde já lecionava como professor convidado havia dois anos.
Atividade Privada
Doze anos de trabalho na Sadia S.A. e na Cooper
Aurora contribuíram em muito para o sucesso nas
atividades de gestor universitário na Unochapecó,
que se estenderam por nove anos: três anos na
função de coordenador Administrativo Financeiro da instituição e seis anos como diretor de Centro. Também exerceu a atividade de auditoria e de
coordenador do Curso de Ciências Contábeis. Como coordenador Administrativo Financeiro, por
diversas oportunidades assumiu interinamente o
cargo de Vice-Reitor (na época pró-reitor).
Desde sua vinculação efetiva à Universidade,
vem ocupando diversas cadeiras em colegiados
e conselhos, tendo sido um dos responsáveis
pela modernização dos processos de gestão da
instituição, participando da cisão do Campus
Chapecó da então Unoesc, que resultou na criação da atual Unochapecó.
Formação acadêmica
Logo após a graduação em Ciências Contábeis,
Calixto realizou vários cursos de aperfeiçoamento e dois cursos de pós-graduação lato sensu, ambos pela Universidade Federal de Santa Catarina
(UFSC), o primeiro em Contabilidade Gerencial
e o segundo em Planejamento Tributário.
Em 2001, concluiu o curso de pós-graduação stricto sensu em nível de mestrado, também na UFSC.
Empreendedor
Depois de sair da Cooper Aurora, abriu uma
empresa de prestação de serviços na área da
Contabilidade, inicialmente focada em atividades típicas de escritório deste setor. Com
o passar dos anos, a empresa se modernizou
e hoje atua nas áreas de assessoria empresarial e planejamento tributário. Na Hectra Negócios Contábeis SS Ltda. tem como sócio o
Contador Kermis Marins Silva e uma equipe
de quase 20 colaboradores.
Magistério
Calixto é professor titular na Universidade
Comunitária Regional de Chapecó – Unochapecó há quase 20 anos. Atua nos cursos de
graduação em Ciências Contábeis, Administração, Economia, Engenharia Civil e Sistemas
de Informações. Na pós-graduação, além da
atividade como professor nas disciplinas de
Contabilidade, Controladoria e Perícia, foi e é
coordenador de diversos cursos. Tanto na graduação como na pós-graduação, já orientou
inúmeros trabalhos de monografia e de conclusão de curso.
Perícia
O trabalho como Contador na atividade privada e sua experiência no magistério levaram
Calixto à área de Perícia Contábil. Atuando há
mais de 15 anos em trabalhos periciais judiciais e extrajudiciais, tem como maior vinculação os processos de falência e recuperação de
empresas, avaliação e arbitragem patrimonial,
tributária e causas cíveis, como recuperação
de haveres, revisão de contratos e liquidação
de sentença.
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(49) 8801-4243 | [email protected].
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ACADÊMICOS
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Carlos Passoni Junior
A carreira na Contabilidade está
alicerçada em muito estudo, muito
trabalho e responsabilidade, apoiada
numa boa rede de relacionamentos.”
Formado em Contabilidade e
Economia pela Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC),
Carlos Passoni Junior atuou na
iniciativa privada, com destaque
para a Coca-Cola, onde foi
Contador e diretor financeiro.
Presidiu o Banco do Estado de
Santa Catarina (Besc) durante
quatro anos e ocupou outros
importantes cargos públicos.
Sua carreira na vida pública foi
tão inspiradora que lhe faz pensar
em escrever um livro sobre sua
trajetória nos governos Colombo
Sales (1971-1975), Konder Reis
(1975-1978), Jorge Bornhausen/
Henrique Córdova (1978-1983) e
Esperidião Amin (1983-1987).
Dedica-se, desde 1966, ao ensino
superior e, atualmente, coordena
cursos de pós-graduação em duas
universidades. Foi patrono ou
paraninfo de mais de 20 cursos
de graduação na UFSC e
na Esag/Udesc.
Raízes
Carlos Passoni Junior nasceu em 31 janeiro de
1934, em Ponta Grossa, Paraná, e começou a conhecer o sudoeste e o sul do país logo cedo. Até
os 17 anos morou no interior de São Paulo, em
Curitiba, Joinville e Blumenau. As mudanças
constantes se davam porque seu pai – gerente da Singer – era transferido com frequência.
Nesse período, contou com o apoio da família,
base de sua boa formação escolar.
Em 1951 chegou a Florianópolis, onde alicerçou
sua vida profissional e continuou seus estudos,
ingressando no curso de Técnico em Contabilidade na Academia do Comércio de Santa Catarina. Aliando livros à prática, exerceu o cargo
de tarefeiro – como, então, eram chamados os
estagiários – na Caixa Econômica Federal.
Por influência de professores, a decisão de seguir
a carreira contábil aconteceu nesse período. Aos
19 anos, dando início à trajetória no setor privado, já trabalhava em Contabilidade em uma loja
de eletrodomésticos na capital catarinense.
Formação acadêmica
Graduado, em 1953, Técnico em Contabilidade
pela Academia de Comércio, Passoni ingressou
no curso de Economia na Universidade Federal
de Santa Catarina (UFSC). Na mesma instituição também frequentou o curso de Ciências
Contábeis, acumulando no currículo, em 1966,
mais uma graduação. Na década de 70, conquistou o título de Bacharel em Administração,
também pela UFSC.
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ACADÊMICOS
Vida profissional
Magistério
Depois de trabalhar como Contador em pequenas empresas, em 1969 entrou na multinacional
Coca-Cola, em Florianópolis, na fábrica instalada no bairro José Mendes. Onze anos mais tarde
– época em que a Coca-Cola chegou a Blumenau, Chapecó e Antônio Carlos –, foi requisitado para ficar à frente da direção financeira da
Companhia. Em 1993, o grupo Vonpar de Porto
Alegre assumiu o negócio, levando ao seu afastamento da empresa.
Paralelamente ao trabalho em empresas privadas e públicas, dedicou-se ao magistério. Em
1966, foi aprovado no concurso para professor
da Udesc/Esag (Universidade Estadual de Santa
Catarina/Escola Superior de Administração e
Gerência), em segundo lugar, e para professor
da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), em primeiro lugar. Da Esag, criada em
1966, foi professor fundador.
Como professor universitário, ministrou as disciplinas Contabilidade e Análise de Balanços,
tanto na UFSC quanto na Esag/Udesc.
Em 1983, aposentou-se pelo Banco do Brasil e
exonerou-se da UFSC, passando a voltar suas
atenções apenas para a Esag, onde permaneceu
na ativa até 1996. Nesse período foi diretor-geral da instituição por dois mandatos. De 1996
a 2005 coordenou cursos de pós-graduação,
mesmo sem vínculo empregatício. Depois de
2006, desenvolveu a mesma atividade na Unica
(Centro de Educação Superior, atual Faculdade
Sociesc) e no Cesusc (Complexo de Ensino Superior de Santa Catarina).
Nestas três últimas instituições, Passoni Junior
planejou e coordenou cerca de 50 cursos de pós-graduação. Foi o responsável pela pós-graduação MBA Executivo Internacional em Administração Global, na Única, e pela de Administração
em Gestão de Negócios, no Cesusc.
Contabilidade Pública
Pensando em uma vida estável e em crescimento profissional, investiu em concursos públicos.
Foi aprovado nos três concursos que prestou:
dois para setores distintos do Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Industriários e um para o Banco do Brasil. Optou por atuar na instituição bancária.
Na época, o governo disponibilizava certos profissionais que passavam em concursos federais
para trabalhar em outras instituições públicas.
Seguindo esta linha, em janeiro de 1955, ingressou no Banco do Brasil e, em março de 1971, foi
requisitado pelo governo estadual para ser diretor do Besc, cargo que ocupou por quatro anos,
e mais quatro como presidente da instituição.
Estava à frente da estatal quando, em 1987, o
governo Sarney decretou administração compartilhada em oito bancos oficiais de estados
brasileiros, por conta da debilidade financeira
dessas instituições. O processo aberto pelo Banco Central do Brasil, que promoveu ampla auditoria em todos os atos da gestão 1983 a 1987 do
Besc, acabou sendo arquivado.
Outro importante cargo ocupado por Carlos
Passoni Junior na Contabilidade pública aconteceu na Secretaria de Estado da Indústria e
Comércio, órgão no qual foi secretário adjunto
de Dieter Schmidt, no período de 1978 a 1983 –
Governo Jorge Bornhausen/Henrique Córdova.
Foi ainda diretor de operações do Banco de Desenvolvimento do Estado de Santa Catarina (Badesc), de 1975 a 1978, no Governo Konder Reis.
Publicações
É coautor do livro Ensaios Sobre Economia Catarinense, com Alcides Abreu e Carlos Gevaerd,
publicado no fim da década de 70.
C O N TATO
(48) 9982-8588 | [email protected]
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ACADÊMICOS
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Dirceu Paulo do Nascimento
A Contabilidade para mim
foi paixão à primeira vista.”
Contador e pós-graduado em
Contabilidade pela Universidade do
Vale do Itajaí (Univali), é professor
titular do Instituto Fayal de Ensino
Superior (IFES). Antes, foi professor
da Univali, instituição onde
coordenou a implantação da
disciplina Laboratório Contábil,
como trabalho de conclusão de
curso. É empresário contábil,
com escritório em Itajaí.
Raízes
Dirceu Paulo do Nascimento nasceu em Itajaí, em 28 de dezembro de 1943. O primeiro
trabalho marcou-o para toda a vida. Vindo de
uma família de poucas posses, aos 14 anos foi
trabalhar em um escritório de Contabilidade
e gostou tanto que decidiu ser esta a atividade
que gostaria de exercer por um longo período
de tempo. Graças a uma bolsa de estudo, conseguiu concluir o curso Técnico em Contabilidade pela Escola Técnica do Comércio de Itajaí
e, com o diploma na mão, abriu o Escritório
de Contabilidade Nascimento, que depois deu
lugar à Organização Contábil Nasper e, mais
tarde, resultou na DPN Serviços Contábeis, que
dirige até hoje.
Trajetória Profissional
Em 1963, dois anos antes de constituir seu primeiro escritório, começou a trabalhar no Banco
Nacional do Comércio (que depois se tornaria
Sulbrasileiro, Meridional e, finalmente, Santander). Passados cinco anos, porém, decidiu pedir
as contas, já que o escritório de Contabilidade,
que mantinha em casa, lhe garantia uma remuneração quase três vezes superior à obtida como bancário.
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ACADÊMICOS
Educação
Outras atividades
Como Itajaí não possuía curso de Ciências Contábeis, em 1978 começou a frequentar o curso
na Furb, para um ano depois pedir transferência
para Itajaí, na primeira turma de Ciências Contábeis oferecida pela então Fepese (hoje Univali).
Em 1984, finalizou a pós-graduação em Contabilidade, pela Univali.
Foi conselheiro do CRCSC de 1998 a 2007 e é
sócio-fundador da Associação dos Contabilistas de Itajaí, entidade que deu origem, posteriormente, ao Sindicato dos Contabilistas
(Sindicont) local. Exerceu os cargos de diretor e
delegado para a Região de Itajaí do Sescon Santa Catarina (gestão 2005/2007).
Magistério
(47) 3348-8467 | [email protected]
Assim que se formou, foi convidado pela então Fepese para dar aula no curso de Ciências
Contábeis, como professor de Contabilidade
Comercial e Geral e, mais tarde, de Fiscal e Tributária. Entrou na condição de substituto, mas
em pouco menos de dois anos, já tinha sido
efetivado. Seu maior orgulho foi o de ter sido o
idealizador e responsável pela implantação da
disciplina Laboratório Contábil, como trabalho
de conclusão de curso. Nela os estudantes precisam colocar em prática todo o conhecimento adquirido ao longo do curso e montar uma
empresa e todos os seus serviços. Dessa forma,
o Contador Dirceu Paulo do Nascimento pôde
praticar o que bem conhecia: o fazer contábil,
pois sempre foi um profissional mais dedicado
a ensinar como as tarefas devem ser executadas
do que a refletir sobre o saber contábil.
Em julho de 2004, após deixar a Univali, passou
a exercer o cargo de professor titular do Instituto Fayal, nas disciplinas de Elaboração das
Demonstrações Financeiras e Contabilidade
Imobiliária.
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Dourival Giassi
A profissão escolhida não define
o caráter da pessoa, mas é o caráter
da pessoa que determina sua
conduta profissional.”
Bacharel em Ciências Contábeis
(1987) pela Escola Superior de
Ciências Contábeis e
Administrativas (ESCCA),
Licenciado em Desenho e Plástica
(1978) pela Faculdade de Ciências e
Educação de Criciúma (Faciecri),
ambas incorporadas, em 1997, pela
Universidade do Extremo Sul
Catarinense (Unesc) mantida pela
Fundação Educacional de Criciúma
(Fucri), Dourival Giassi é professor
do Curso de Ciências Contábeis da
referida Universidade. É mestre em
Gestão de Negócios e Formação
Profissional Latino-americana
(1999) pela Universidade de
Ciências Empresariais e Sociais
(UCES) da Argentina.
Raízes
Dourival nasceu em 21 de maio de 1951, na
localidade rural denominada São João, pertencente ao município de Criciúma, onde reside. De origem humilde, neto de Luiz Giassi e
Bárbara Piazzolli, ambos imigrantes italianos
com parcos recursos e que tiveram muitos filhos. Os homens da família dedicavam-se ao
cultivo da terra, posteriormente aos trabalhos
nas minas de carvão e à carpintaria. As filhas
ocupavam-se das atividades domésticas e de
tarefas relacionadas à agricultura. Dourival é
filho de uma dessas moças, Florentina Giassi,
que mais tarde se tornou costureira e, com rendimentos provindos desta ocupação, pôde arcar
com a formação técnica do menino, o que fez
diligentemente, pois sempre teve claro para si
a importância dos estudos. Dourival e sua mãe
possuem também a nacionalidade italiana.
Quando o avô Luiz Giassi se desfez da propriedade rural na localidade de São João e
veio residir em região próxima do centro de
Criciúma, Florentina e Dourival continuaram
residindo com ele, o que possibilitou ao neto o
acesso a melhor educação formal. Assim, Dourival frequentou o Curso Primário Elementar
no Grupo Escolar Professor Lapagesse (1963)
e foi aprovado no exame de admissão para
ingressar no Ginásio Normal Nicolau Pederneiras (1967). Como “segundo grau” cursou a
Escola Técnica de Comércio de Criciúma que
funcionava no Grupo Escolar Coelho Neto, localizado no bairro Operária Nova, na qual ob-
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ACADÊMICOS
teve o Diploma de Técnico em Contabilidade
(1970). Todos os estudos foram realizados em
educandários da cidade de Criciúma. Ainda
adolescente, por certo período, atuou como
ajudante de pedreiro, de carpinteiro e também
em uma pequena fábrica de ladrilhos hidráulicos produzindo “elemento cimentício vazado”
(hoje denominado cobogó). Posteriormente
fez trabalhos de datilografia, pois, afinal, tinha
feito curso para isso.
Atividade Profissional
Passou a trabalhar formalmente em 1968,
quando foi contratado como auxiliar de escritório pelo Hospital Santa Catarina Ltda (HSCL), de Criciúma, para atuar no setor de contas. Em 1972, tendo o Hospital São João Batista (HSJBL) adquirido o HSCL, foi transferido
para a nova entidade onde permaneceu até o
final daquele ano. Iniciou o ano de 1973 prestando serviços à Meller & Cia Ltda, na função
inicial de auxiliar de escritório. Posteriormente, assumiu a Contabilidade desta empresa,
onde atuou até meados de 1977. Foi, então,
admitido como Contador na T. Althoff & Cia.
que, mais tarde, teve sua razão social alterada
para Althoff Supermercados Ltda. Permaneceu nesta empresa até 1989.
Tendo em vista que já atuava, desde o segundo
semestre de 1987, como professor horista do
Curso de Ciências Contábeis, que pertencia à
Escola Superior de Ciências Contábeis e Administrativas (ESCCA), na qual tinha se graduado, em 1989 Dourival transferiu-se para o
quadro de docentes de tempo integral desta
escola. Em 1991, assumiu o cargo de Diretor
da instituição, com mandato de quatro anos.
Ainda neste ano, o mandato foi convertido
para Coordenador do Curso de Ciências Contábeis porque ocorreu a fusão das quatro unidades mantidas pela Fucri (ESCCA, Faciecri,
Escola Superior de Desportos – Esede e Escola
Superior de Tecnologia – Estec) na Unifacri –
União das Faculdades de Criciúma, embrião
preparatório para transformação destas na
Universidade do Extremo Sul Catarinense
(Unesc) em 1997. Consolidada a Universidade, em 2007 deixou a coordenação do Curso e
assumiu o cargo de Diretor da Unidade Acadêmica de Ciências Sociais Aplicadas (Unacsa) até meados de 2009 e, a partir desta data,
até início de julho de 2013, ocupou a função
de Pró-reitor de Administração e Finanças da
Instituição. Ainda como professor do Curso de
Ciências Contábeis, foi eleito, em 13 de novembro de 2013, Coordenador Adjunto, com mandato de três anos. Foi delegado do Conselho
Regional de Contabilidade de Santa Catarina
(CRCSC), região de Criciúma, pelo período de
agosto de 1993 a julho de 2006.
Atividade Docente
A inserção como docente na Unesc ocorreu de
forma ocasional, se transformou em carreira
e fez Dourival assumir não só o trabalho de
“professor”, mas sobretudo, o de educador em
tempo integral. E o fez participar, com afinco,
da vida universitária como um todo. O lecionar
iniciou-se no segundo semestre de 1987, logo
após ter colado grau como Bacharel em Ciências Contábeis. Desde então, leciona as disciplinas de Contabilidade Introdutória (I e II). Foi
responsável também pelas disciplinas de Contabilidade Comercial (I e II) e Contabilidade,
Meio Ambiente e Responsabilidade Social, do
Curso de Ciências Contábeis, e de Noções de
Contabilidade, do Curso de Ciência da Computação. É orientador de Trabalhos de Conclusão
de Curso (TCC). Fez parte do Conselho Curador e do Conselho Superior da Administração
da Fundação Educacional de Criciúma (Fucri)
e do Conselho Universitário da Universidade.
Participou em diversas comissões de constituição e reformulações de estatutos e regimentos
da Fundação e da Universidade.
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(48) 3431-2636 | [email protected]
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ACADÊMICOS
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Eli Oliveira de Souza
Somente chegaremos a um
determinado destino se iniciarmos
a caminhada em sua direção.”
Formado em Ciências Contábeis
pela Fundação Educacional do Sul
de Santa Catarina – Fessc (atual
Universidade do Sul de Santa
Catarina – Unisul), atualmente
exerce as funções de Contador,
prestando serviços de assessoria,
consultoria e perícia contábil.
É mestre em Gestão de Negócio
e Formação Profissional, pela
Universidade de Ciências
Empresariais e Sociais, da
Argentina, e Doutor em Ciências
Empresariais, pela Universidade
do Museu Social Argentino.
Preside, atualmente, o Sindicato
dos Contabilistas de Tubarão.
Raízes
Nascido em janeiro de 1951, em Tubarão/SC
(na época, no distrito de Capivari – hoje município de Capivari de Baixo), com aproximadamente 10 anos já ajudava o pai na produção de
calçados femininos.
A partir dos 14 anos, Eli Oliveira de Souza começou a estudar à noite, na Escola Técnica de
Comércio de Tubarão. Durante o dia, trabalhava
em casas comerciais e, posteriormente, numa
pequena fábrica de pratos de papelão, com o
objetivo de obter recursos para cobrir os gastos
com seus estudos.
Quando frequentava o curso de Técnico em
Contabilidade, teve seus primeiros contatos
com a atividade contábil. Em agosto de 1968,
ingressou como aprendiz (hoje estagiário) no
Escritório Contábil de Juarez Bittencourt.
Desde então, todas as funções que vem exercendo têm ligação direta ou indireta com a
Contabilidade.
Trajetória profissional
Após um período de aprendizagem de seis
meses no Escritório Contábil Juarez Bittencourt, passou a atuar como funcionário do Escritório Contábil Abelardo J. Costa. A condição
financeira foi melhorando e, no momento em
que concluiu o Curso de Técnico em Contabilidade (dezembro de 1971), Eli Oliveira de
Souza adquiriu o escritório, em parceria com
dois outros técnicos.
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ACADÊMICOS
No início de maio de 1972, transferiu-se para São
Paulo, onde atuou como responsável pela Contabilidade da Compel Engenharia SA. Em janeiro
de 1974, voltou ao Estado, especificamente a Florianópolis, para ser o responsável pela Contabilidade de outras empresas de engenharia e construção, atividade que exerceu por cinco anos.
De volta à cidade de Tubarão, onde permanece
até a presente data, passou a prestar serviços de
Contabilidade a empresas madeireiras e de engenharia e terraplenagem.
Magistério
Em 1980, Eli Oliveira de Souza ingressou na
Fessc (Fundação Educacional do Sul de Santa
Catarina), atuando no Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento. Após a conclusão
do Curso de Ciências Contábeis e a realização de especializações, ele passou a lecionar,
acumulando funções como a de coordenador
administrativo do Centro Tecnológico, chefe
de departamento, membro da equipe de transformação da Fessc na Universidade do Sul de
Santa Catarina (Unisul), gerente financeiro e
responsável pela Contabilidade da instituição,
dentre outras. Após sair da Unisul, em 1998,
atuou como professor na Fundação Educacional Barriga Verde, na Universidade do Vale do
Itajaí (Univali) e na Universidade do Extremo
Sul Catarinense (Unesc).
Embora atualmente não esteja lecionando,
ainda integra o corpo docente da Unesc. Paralelamente ao magistério, sempre manteve um bom volume de trabalho relacionado
com a Contabilidade. Atualmente, Eli Oliveira
de Souza participa como sócio do Centro de
Educação e Formação Continuada (CEFEC),
atua na prestação de serviços de assessoria e
consultoria a empresários e empresa e realiza
perícias contábeis.
Graduação e pós-graduação
Contador pela Fessc, Eli Oliveira de Souza possui especialização em Contabilidade (Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC) e
em Economia Empresarial (Unisul), Mestrado
em Gestão de Negócio e Formação Profissional, pela Universidade de Ciências Empresariais e Sociais (UCES), na Argentina (1998),
e Doutorado em Ciências Empresariais, pela Universidade do Museu Social Argentino
(UMSA, 2007).
Outras Informações
»»Foi membro do Conselho Consultivo da Fundação Brasileira de Contabilidade.
»»Conselheiro titular do Conselho Regional de
Contabilidade de Santa Catarina (CRCSC) durante três mandatos (doze anos);
»»Diretor Regional do SESCON/SC (Diretoria
Regional de Tubarão).
»»Foi Presidente do Conselho Municipal de Contribuintes de Tubarão na gestão 2011-2013.
»»Membro da diretoria do Sindicato dos Contabilistas de Tubarão desde 1997, tendo exercido
a presidência nas gestões 2010-2011 e 20122013. Atualmente responde pela Diretoria Administrativa da entidade.
»»Atualmente exerce a função de Diretor de
Relações Públicas e Sociais da FECONTESC –
Federação dos Contabilistas de Santa Catarina
- gestão 2014-2017.
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ACADÊMICOS
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Elias Fernandes Eufrásio
Com os recursos que temos hoje, só não é um
bom profissional quem não quer. Ouço muito
as pessoas falarem em desemprego, mas quem
se prepara, se dedica e estuda, chega lá.
Época de universidade é época de recolhimento,
de deixar o barzinho e a boate de lado.”
Ex-presidente do Sindicato dos
Contabilistas de Florianópolis e
ex-conselheiro do Conselho
Regional de Contabilidade
(CRCSC), Elias Fernandes Eufrásio
é consultor de diversas empresas e
atua em questões tributárias,
societárias, de movimentação de
patrimônios e, especialmente, na
sucessão de empresas familiares.
Na Universidade Federal de Santa
Catarina (UFSC), onde se formou,
foi professor do curso de Ciências
Contábeis entre 1983 e 2002.
É especialista em Desenvolvimento
Gerencial pela Escola Superior de
Administração e Gerência (Esag) da
Universidade do Estado de
Santa Catarina (Udesc). Atua como
Conselheiro do Carf - Conselho
Administrativo de Recursos Fiscais,
com sede em Brasilia, órgão
que trata do contencioso
administrativo fiscal.
Raízes
Elias Fernandes Eufrásio nasceu em Laguna,
em 30 de março de 1948. Seus pais, em busca de
melhores oportunidades para os filhos, mudaram-se para Criciúma quando Eufrásio, como
é conhecido, tinha apenas um ano de idade. Na
cidade sul-catarinense ele completou o estudo
primário e o segundo grau.
Por pouco Eufrásio não seguiu a vida religiosa. Apesar de sonhar com a carreira médica,
o menino foi eleito o “padre da família”, o que
seria, para os pais, a certeza de uma educação
sólida. Eufrásio, então, cursou o seminário no
Educandário São Joaquim, em São Ludgero, e
fez o ginásio no Seminário Nossa Senhora de
Fátima, em Tubarão.
Formação acadêmica
Como percebeu que não tinha vocação para a vida religiosa e queria conquistar a independência
econômica, Elias Fernandes Eufrásio retornou a
Criciúma, para estudar no Colégio Marista, onde
terminou o segundo grau. Em seguida, ingressou
na Escola Técnica de Comércio, onde se formou e
obteve o registro número 6.475 no CRCSC.
Carreira profissional - início
Em Criciúma, Eufrásio trabalhou no Banco Indústria e Comércio do Estado de Santa Catarina (BDE) que, mais tarde, viria a se transformar
no Banco do Estado de Santa Catarina (Besc).
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ACADÊMICOS
Apesar de jovem, foi destacado para atuar na
área de análise do cadastro das empresas para
concessão de crédito.
Depois desta experiência, decidiu trocar o foco
de atuação e ingressou na área contábil industrial e comercial. Assumiu, assim, a Contabilidade da Indústria de Confecções Águia Ltda.,
em Criciúma. Já casado e com a filha Márcia
ainda bebê, Eufrásio ouviu do médico que a
menina deveria morar perto do mar. A família,
então, decidiu mudar-se para Florianópolis.
Logo que chegou, Eufrásio foi contratado para
o setor contábil das Casas Leão. Um dia, lendo
o jornal O Estado, soube que as Organizações
Hoepcke que, na época, eram compostas por
várias empresas importantes em Santa Catarina, precisavam de um contador.
O requisito principal para a função era a formação superior. Durante a entrevista, Eufrásio
falou sobre sua experiência e pediu uma chance
para, pelo menos, fazer a prova de conhecimentos obrigatória para a seleção do profissional.
Para surpresa, tirou o primeiro lugar e foi o
escolhido dentre outros 20 contabilistas, todos
diplomados. Desta seleção, participou o Diretor
Financeiro pelas empresas Hoepcke, o acadêmico Nilton Hausmann, por quem Eufrásio tem
um carinho muito grande.
Graduação e Pós-graduação
Naquela época, finais dos anos 1970, Eufrásio
prestou o vestibular e foi aprovado para o curso
de Ciências Contábeis da UFSC. A administração das empresas Hoepcke permitiu que ele frequentasse as aulas pela manhã e trabalhasse no
período vespertino. A faculdade foi concluída
em 1982 e Eufrásio ainda permaneceu por 10
anos com o grupo Hoepcke.
Eufrásio fez especialização em Desenvolvimento
Gerencial pela Esag/Udesc, em 1986, e participou de um curso, em 1993, sobre a Comunidade
Europeia, na Universidade do Porto (Portugal).
Mais recentemente, participou, nos Estados Unidos, do curso Como ingressar no mercado norte
americano, ministrado pela Brazilian American
Chamber of Commerce of Florida, Inc.
Magistério
No dia da formatura, Eufrásio foi convidado a
ingressar na UFSC como professor. Poucos meses depois, prestou o concurso e foi aprovado
iniciando sua carreira como docente em 1983.
Dezenove anos depois, afastou-se da função por
ter sido diagnosticado com nódulos nas cordas
vocais. Submetido a duas cirurgias, enfrentou
um novo desafio em sua vida: a reeducação da
voz e o tratamento com uma fonoaudióloga.
Carreira profissional – atual
Em março de 1983, mesmo ano em que passou
a lecionar na UFSC, Eufrásio ingressou nas empresas Portobello, onde trabalhou por 28 anos.
Nesse período à frente da corporação como
Controller, coordenou a abertura de capital da
Cerâmica Portobello, implementou e coordenou o comitê tributário na empresa e desenvolveu algumas reorganizações societárias. Nos
últimos 10 anos desse período, passou a exercer
o cargo de Assessor Tributário.
Junto a outras empresas, Eufrásio tem se dedicado a matérias tributárias e a questões societárias, principalmente visando à sucessão em empresas familiares. Outro foco de seu trabalho é a
pesquisa da legislação tributária voltada, sobretudo, para o desenvolvimento do planejamento
tributário aplicado à Contabilidade.
Desde 2010, Eufrásio ocupa uma cadeira no
Conselho Administrativo de Recursos Fiscais
– Carf, sendo responsável por julgar recursos
fiscais no contencioso administrativo fiscal,
vinculado ao Ministério da Fazenda (Receita
Federal do Brasil). Eufrásio foi indicado para o
Carf pela Federação das Indústrias do Estado
de Santa Catarina (Fiesc), na cota da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
A partir de 2006, passou a atuar como consultor para diversas Empresas de Santa Catarina,
à frente de sua empresa de consultoria, a MCR
Contadores Associados SS Ltda.
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ACADÊMICOS
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Flávio da Cruz
Quando no exercício da liberdade sobre
o uso de seu tempo, as pessoas fazem
aquilo que lhes parece mais importante.”
Mestre em Administração Pública,
Contador e Auditor, Flávio da Cruz é
professor e pesquisador do Depto. de
Ciências Contábeis do Centro
Socioeconômico (CSE) da
Universidade Federal de Santa
Catarina (UFSC). Foi funcionário do
Tribunal de Contas, Contador do
Serviço Público Federal e de
prefeituras. Integrou o quadro da
Esag-Udesc por 20 anos, tendo sido o
único professor negro dessa
cinquentenária instituição.
Atua na Fundação de Estudos
Socioeconômicos (Fepese)
e na Fundação de Estudos Superiores
em Administração e Gerência (Fesag).
É autor dos livros Contabilidade e
Movimentação Patrimonial do Setor
Público (edição do autor) e Auditoria
Governamental (Editora Atlas). É o
organizador e coautor dos livros
Comentários à Lei 4.320 (Atlas),
Controle Interno nos Municípios
(Atlas), A Lei de Responsabilidade
Fiscal Comentada (Atlas) e
Contabilidade de Custos para
Entidades Estatais: Metodologia e
Casos Simulados (Editora Fórum).
Raízes
Nascido em maio de 1951, em Santo Amaro da
Imperatriz, na região da Grande Florianópolis,
Flávio da Cruz, como a maioria dos adolescentes daquela época, teve que trabalhar muito
cedo para comprar o uniforme, os calçados e o
material escolar. Aos oito anos, começou como
engraxate, depois trabalhou como boia-fria, na
colheita de abacaxi, e como vendedor de amendoim e de laranjas. Essas atividades lhe proporcionaram recursos financeiros para concluir o
ensino fundamental.
Continuou seus estudos em Santo Amaro, na Escola Técnica de Comércio Charles Edgard Moritz,
instituição de origem cenecista, que oferecia curso
profissionalizante de Técnico em Contabilidade.
Antes mesmo de se formar, aos 17 anos, Flávio
trabalhou um curto período na filial da Companhia Madeireira Santo Amaro (Ciama), em
São José, na Grande Florianópolis. Fixou-se na
prática contábil em seu segundo emprego, na
Fábrica de Móveis São José, em Águas Mornas
– Grande Florianópolis.
Vida profissional
Enquanto Contador da Fábrica de Móveis São
José, Flávio também atuava como professor de
Educação Física na Escola Isolada Maria Margarida de Carvalho, e dessa disciplina e, ainda, de
Português e de Matemática, no Ginásio Normal
José Adão Lehmkuhl, ambas de Águas Mornas.
Em 1971, foi aprovado no concurso público, promovido pelo Tribunal de Contas do Estado de
Santa Catarina (TCE), para o cargo de Analista
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ACADÊMICOS
de Contas dos Municípios. No mesmo ano, ingressou no curso de Ciências Contábeis da UFSC.
Após algum tempo no TCE, foi aprovado em concurso para a posição de Contador Geral de Balneário Camboriú, cargo ocupado entre 1974 e 1975.
No ano seguinte, por meio de outro concurso público, conquistou a posição de Contador do Serviço Público Federal junto à Delegacia Regional do
Trabalho, na qual permaneceu até 1988.
Magistério
Na década de 1970, começou a lecionar Contabilidade Industrial, na Academia do Comércio
de Santa Catarina e na Escola do Comércio Sena
Pereira, ambas em Florianópolis. Em 1982, ficou
em primeiro lugar no concurso para professor da
UFSC, na cadeira Estrutura de Balanço.
Em 1985, foi contratado pela então Fundação
Educacional do Estado de Santa Catarina (Feesc) para ministrar a cadeira Contabilidade Pública na Esag.
Em 1991, Flávio passou a ser o responsável pela
disciplina Orçamento Empresarial, o que lhe garantiu um contato bastante estreito com as empresas catarinenses.
Pós-Graduação
É mestre em Administração pela UFSC, com
a dissertação O Orçamento Uno e o Legislativo:
caso Brasil (1986). Possui também especialização
em Administração de Empresas (Udesc/1981) e
Treinamento de Profissionais para Capacitação
de Recursos Humanos (UFSC/Fucat/80).
Publicações
A sua estada no Tribunal de Contas do Estado
lhe revelou a carência de livros voltados à área
da Contabilidade Pública. Aproveitou, então, as
apostilas que utilizava como professor e organizou-as em formato de livro, sob o título Contabilidade e Movimentação Patrimonial do Setor
Público. A publicação da obra, com 226 páginas
e tiragem de mil exemplares, consumiu todas
as suas economias, tendo custado, na época, o
equivalente ao valor de um automóvel Gol 1.000.
A venda foi feita a conta-gotas no decorrer dos
15 anos seguintes. Hoje, o texto pode ser obtido
gratuitamente, via internet, pelo e-mail [email protected].
Depois do primeiro, o segundo livro veio de
forma mais fácil e ganhou o respaldo da editora Atlas e um prefácio assinado pelo professor
doutor Lopes de Sá, considerado uma referência mundial na área da Ciência Contábil. A obra
Auditoria Governamental teve boa aceitação no
mercado, refletindo o ineditismo do tema.
Os demais livros foram uma decorrência natural:
por causa do sucesso da publicação anterior, a Editora Atlas encomendou outras obras, que Flavio da
Cruz coordenou e desenvolveu junto com outros
pesquisadores do Estado. Assim nasceram Comentários à Lei 4320; Lei de Responsabilidade Fiscal Comentada e Controle Interno nos Municípios.
Um pouco diferente foi a origem de seu maior
sucesso editorial, o livro Lei de Responsabilidade Fiscal, editado pela Atlas em 2000, que hoje
já se encontra na 6ª edição, com mais de 15 mil
exemplares vendidos. Produzido em parceria
com quatro pesquisadores catarinenses, ele foi
elaborado durante um curso de pós-graduação
realizado na UnB, em Brasília.
Outras informações
Além de membro e primeiro presidente da Academia Catarinense de Ciências Contábeis (cadeira 9), também integra a Academia Brasileira
de Ciências Contábeis (cadeira 50) e a Academia
Santoamarense de Letras (cadeira 16), que tem
como patrono o poeta Cruz e Sousa.
Na década de 80, junto com outros integrantes
do movimento negro catarinense e do Sindicato
dos Escritores do Rio de Janeiro, promoveu uma
pesquisa para desmistificar os boatos acerca da
existência de descendentes do poeta Cruz e Sousa.
O estudo resultou no livro Reencontro com Cruz e
Sousa que, em 1991, ganhou o prêmio Silvio Romero da Academia Brasileira de Letras.
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ACADÊMICOS
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Francisco Antônio Zanon (in memoriam)
Francisco Zanon tinha uma legião de amigos,
evitava conflitos de qualquer forma e
sempre tinha uma palavra amiga para dar.
Francisco Antônio Zanon
dedicou sua vida à Contabilidade.
Formado pela Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC)
em 1974, dirigiu a Empresa
Brasileira de Contabilidade (EBC),
foi vice-presidente do Sescon
Grande Florianópolis e interventor
e conselheiro do Conselho Regional
de Contabilidade de Santa
Catarina (CRCSC).
Faleceu em 2004.
Raízes
Nascido em 15 de Janeiro de 1953, na Cidade de
Capinzal/SC, Francisco Antônio Zanon teve uma
infância humilde. Seu pai, Riciere Zanon, tinha
uma pequena borracharia e sua mãe, Bernardina
Zanon, era professora do ensino fundamental.
Filho mais velho do casal, teve dois irmãos, Flávio Paulo Zanon e Sonia Regina Zanon.
Em 1973, Francisco casou-se com Sonia, companheira de todas as horas, que o acompanhou
até o fim da vida. Tiveram uma relação de muito carinho e respeito e, desta união, nasceram
Henrique e Francine, que seguem os caminhos
do pai – ambos formados em Ciências Contábeis – e administram o escritório de Contabilidade deixado de herança.
Francisco foi um chefe de família rígido e ao
mesmo tempo carinhoso. Fazia sempre questão
de todos estarem à mesa na hora das refeições.
Não mediu esforços para dar aos filhos uma
educação de excelência e uma vida digna a toda
sua família. Com certeza, nisto foi um vencedor.
O escritório consumia muito do seu tempo mas,
nos raros momentos de lazer, refugiava-se com
toda a família na Praia do Campeche, em Florianópolis. Naquele tempo, a região do Campeche
era muito tranquila e Francisco conseguia, assim, desligar-se um pouco das responsabilidades
profissionais diárias para ler livros à sombra das
árvores e para tratar de seu canarinho.
Sempre fiel e prestativo, durante sua vida, Francisco reuniu uma legião de colegas e amigos
queridos que, até hoje, sentem muito sua falta.
Evitava conflitos de qualquer forma e sempre
tinha uma palavra amiga para dar.
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ACADÊMICOS
Histórico Acadêmico
Francisco iniciou sua formação estudantil na
Escola Básica Deputado Augusto Bresola, em
Campos Novos/SC, durante os anos de 1960 e
1963. Em 1964 foi morar na cidade de Lages/SC
para realizar o antigo Curso Ginasial, no Seminário Diocesano de Padres Seculares, no qual
estudou até 1968.
Ainda em 1968, fixou residência em Florianópolis/SC e, em 1969, matriculou-se no Curso
Técnico em Contabilidade da Academia do
Comércio de Santa Catarina, concluindo-o no
mesmo ano.
No ano de 1972, Francisco ingressou na Universidade Federal de Santa Catarina, inicialmente
no Curso de Direito, no qual permaneceu até
1973, cursando até a 4ª Fase. Em 1974, iniciou
graduação em Ciências Contábeis e tornou-se
Bacharel em 1980.
Durante os anos de 1974 e 2001 realizou dezenas de cursos de aperfeiçoamento profissional
nas mais diferentes áreas, complementando sua
formação acadêmica.
Histórico Profissional
Uma vida inteira dedicada à Contabilidade. Estas seriam as melhores palavras para descrevermos em uma única frase a trajetória profissional de Francisco Antonio Zanon.
Quando veio morar em Florianópolis, em 1968,
Francisco logo conseguiu emprego numa loja
de móveis, a Modelar, na função de office-boy.
Promovido mais tarde à função de Contador Júnior, permaneceu na empresa por quatro anos.
Em 1972 ingressou na Indústria de Carrocerias
Diegoli, na função de Técnico em Contabilidade. Em 1973 e foi para o Escritório Contábil
Sensato, por um curto período de três meses,
também no mesmo cargo.
No mesmo ano, foi trabalhar na Rádio e Televisão Cultura, acumulando as funções de Técnico
Contábil, de responsável pelo Setor de Importações e pelo Departamento de Acionistas.
Em 1979, após a venda da emissora para um
grupo econômico de fora do Estado, Antônio
pediu demissão da empresa e adquiriu um pequeno escritório de Contabilidade que contava com 10 empresas-clientes e um empregado.
Nascia, assim, a Sercoplan Escritório Contábil
que, em 1994, mudou sua razão social para
EBC – Empresa Brasileira de Contabilidade.
Entre os anos de 1993 e 1999, ocupou a 2ª
Vice-Presidência do Sescon Grande Florianópolis. Em 1996, por indicação do Conselho
Regional de Contabilidade de Santa Catarina,
passou a fazer parte do Colégio de Vogais da
Junta Comercial do Estado de Santa Catarina,
no qual manteve-se até 2004.
A atuação de Francisco no Conselho Regional
de Contabilidade (CRCSC) iniciou-se em maio
de 1995, quando o Conselho Federal de Contabilidade o nomeou interventor em sua seção
catarinense. Cumpridas as metas traçadas pelo CFC, foi o CRCSC devolvido aos contabilistas catarinenses em janeiro de 1996.
Entre 1996 e 1997, integrou o Quadro de Conselheiros do CRCSC, inicialmente como suplente. A partir de 1997, passou a atuar como
conselheiro efetivo. Foi membro das Câmaras
de Fiscalização e de Registro, ocupando, nesta última, a vice-presidência. Permaneceu no
quadro de conselheiros até 18 de outubro de
2004, data de seu falecimento.
Desempenhou todas essas atividades até o fim
da vida. Sempre foi muito bem quisto por todos os colegas e amigos contadores e, por conta disso, recebeu homenagens póstumas. Em
2005, o CRCSC inaugurou o “Espaço Cultural
Francisco Antônio Zanon”. Naquela ocasião foi
realizada exposição de quadros do Contador
Marcelo Souto, saudoso amigo. Também no
ano de 2005, nas dependências da Junta Comercial do Estado de Santa Catarina, foi inaugurado o “Plenário de Vogais Francisco Antônio Zanon”.
Foram, no total, 36 anos de muito trabalho, esforço e dedicação a toda a classe de contabilistas do Estado de Santa Catarina.
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ACADÊMICOS
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Guilherme Júlio da Silva
O homem é ele mesmo e
suas circunstâncias.”
Presidente da Fundação de Estudos
e Pesquisas Socioeconômicas
(Fepese) e professor da Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC),
Guilherme Júlio da Silva é formado
em Ciências Econômicas por esta
mesma universidade e em Ciências
Contábeis pelo Instituto Superior de
Estudos Contábeis (Isec), na
Fundação Getúlio Vargas (FGV),
no Rio de Janeiro. Especializou-se
em Mercado de Capitais, no
Instituto Brasileiro de Mercado de
Capitais (Ibmec), e fez mestrado em
Ciências Contábeis pelo Isec – FGV.
Na administração pública, chefiou a
diretoria de Administração
Financeira do Estado de Santa
Catarina (1991 – 1993) e foi
secretário de Planejamento e
Fazenda (1994).
Carreira profissional – Início
Nascido em Florianópolis em 17 de junho de
1947, Guilherme Júlio da Silva foi escriturário
da Empresa Meridional de Cinema (1967) e
gerente da Fábrica de Molas Luz Ltda. (19681970), antes de ingressar como aluno na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Em 1979, ele já era professor desta instituição,
além de funcionário da secretaria de Estado da
Fazenda de Santa Catarina, quando mudou-se
para o Rio de Janeiro buscando mais conhecimentos em sua área. O período mais desafiador
de sua carreira aconteceu durante o madato do
governador Vilson Kleinübing, quando Guilherme chefiava a diretoria de Administração
Financeira do Estado de Santa Catarina (1991
– 1993) e estava à frente da Secretaria de Planejamento e Fazenda (1994).
Como funcionário público, teve passagens pela
Fucabem, como chefe de planejamento (1976
– 1977), e pelo Programa Especial de Apoio à
Capitalização de Empresas (Procape), como
analista de projetos, diretor operacional e superintendente (1977 – 1986).
Em 1994, presidiu os conselhos de administração do Banco do Estado de Santa Catarina
(Besc), do Banco de Desenvolvimento do Estado de Santa Catarina (Badesc), da Companhia
de Desenvolvimento do Estado de Santa Catarina (Codesc) e o conselho de Política Financeira
e Salarial do Estado de Santa Catarina, ligado à
Secretaria da Fazenda. No mesmo ano, integrou
a Junta de Representação do Banco Regional de
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ACADÊMICOS
Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e representou a Secretaria da Fazenda no conselho
deliberativo do Sebrae.
Graduação e Pós-graduação
Guilherme terminou o curso de Ciências Econômicas na UFSC em 1975 mas, em busca
de uma melhor formação na área financeira,
decidiu cursar outra faculdade. Quatro anos
depois, iniciava a graduação em Ciências Contábeis no Instituto Superior de Estudos Contábeis (Isec) da Fundação Getúlio Vargas (FGV),
no Rio de Janeiro. Na época, a FGV era o celeiro dos mais influentes economistas do país, como Mário Henrique Simonsen, Roberto
Campos e Carlos Langoni, pessoas com quem
os alunos conviviam diariamente nas salas de
aula e nos corredores. Muitos deles viriam a
ser ministros da Economia.
Em 1982, Guilherme cursou especialização em
Mercado de Capitais, no Instituto Brasileiro de
Mercado de Capitais (Ibmec) e, em 1987, retornou ao Isec – FGV para fazer o mestrado em
Ciências Contábeis.
Magistério
Guilherme já deu aula em cursos de especialização em diversas cidades brasileiras. Na
UFSC, leciona, desde 1981, no departamento
de Ciências Contábeis, onde também exerceu
os cargos de coordenador e subcoordenador
de curso. Aos 24 anos, começou a lecionar na
rede estadual de ensino (1971 – 1973) e, posteriormente, dirigiu o Educandário 25 de Novembro, em Florianópolis.
Contabilidade Pública
A área mais promissora da Contabilidade,
na avaliação de Guilherme, é a administração pública, embora a considere defasada de
bons profissionais. A Lei de Responsabilidade
Fiscal (LRF), aliada à vigilância exercida pelo
Ministério Público, imprensa e sociedade civil,
valorizou o trabalho do Contador e enfatizou
o controle interno e externo das instituições
públicas. Entre 1977 e 2005, atuou como consultor da prefeitura de Itajaí. Em 2005, também trabalhou em auditorias nas prefeituras
de Imbituba e Criciúma.
Carreira profissional – atual
Guilherme é presidente, desde 2006, da Fundação de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas
(Fepese), fundação de apoio aos projetos de
pesquisa e extensão realizados pela UFSC.
Publicações
Na produção bibliográfica de Guilherme, destacam-se artigos nas áreas de auditoria e contabilidade. Entre artigos seus publicados pela
Revista Brasileira de Contabilidade, estão Uma
Análise Comparativa entre a Demonstração de
Origens e Aplicações de Recursos, da Demonstração do Fluxo de Caixa e do Valor Adicionado e
Argentina e Brasil – Balanço Patrimonial.
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Ieda Margarete Oro
A sabedoria não se transmite, é preciso que
nós a descubramos fazendo uma caminhada
que ninguém pode fazer em nosso lugar e que
ninguém nos pode evitar, porque a sabedoria
é uma maneira de ver as coisas.”
MARCEL PROUST
Bacharel em Ciências Contábeis
pelas Faculdades Reunidas de
Administração, Ciências Contábeis e
Econômicas de Palmas (Facepal),
possui especialização em Gerência
Contábil e Auditoria e mestrados em
Ciências Sociais Aplicadas e em
Ciências Contábeis. Posteriormente
cursou o mestrado em Ciências
Contábeis na Universidade Regional
de Blumenau e, a partir de 2011,
cursa o doutorado em Ciências
Contábeis na mesma instituição.
Professora titular da Universidade
do Oeste de Santa Catarina (Unoesc),
campus de São Miguel do Oeste,
desde 1994, ministra disciplinas em
vários cursos, com ênfase para
Ciências Contábeis. Tem experiência
em coordenação de cursos de
graduação e pós-graduação, com
atuação efetiva desde 1995. Atua em
pesquisas, com ênfase para Controles
de Gestão, Controladoria, Empresas
Familiares, Educação, Ensino e
Formação Profissional.
Raízes
Ieda Margarete Oro nasceu em Descanso/SC,
no dia 8 de maio de 1968. Residiu nessa cidade até os 18 anos, trabalhando em negócios da
família. Em dezembro de 1987, mudou-se para
Palmas/PR e atuou como estagiária na Caixa
Econômica Federal e no Banco do Brasil até a
conclusão da graduação.
Experiência na área contábil
Depois de concluída a graduação e a especialização em Gerência Contábil e Auditoria, pela
instituição Faculdades de Ciências e Humanidades de Pato Branco (Funesp), Ieda buscou experiência profissional no meio empresarial, com a
implantação de um escritório de Contabilidade
na sua cidade natal, onde atuou por dois anos
(1995 a 1997). A partir de 1998, passou a exercer
atividade como perita trabalhista e cível.
Atividades na Universidade
Em 1994, iniciou atividade acadêmica na Unoesc, Campus de São Miguel do Oeste. O curso
de Administração foi o primeiro em que trabalhou como professora, atuando nas disciplinas
de Contabilidade. Em fevereiro de 1995, a direção da Universidade convidou-a para assumir
a implantação do curso de Ciências Contábeis,
como coordenadora e professora de Componentes Curriculares de Contabilidade.
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Permaneceu no cargo de coordenadora até 2004,
o que lhe proporcionou experiências extremamente importantes e o contato com muitos pesquisadores, estudantes e lideranças contábeis e
empresariais, impulsionando o seu crescimento
profissional e pessoal.
Durante a gestão acadêmica, pôde compor uma
equipe de professores qualificados e dedicados,
cujo trabalho resultou na conquista, pelo curso, de dois conceitos “A” consecutivos, graças ao
bom desempenho obtido pelos alunos nos provões do MEC aplicados em 2002 e 2003.
Em julho de 2004, assumiu a Diretoria da Área
das Ciências Sociais Aplicadas, onde permaneceu até janeiro de 2006, desenvolvendo projetos
de ensino, pesquisa e extensão. Em maio de 2008,
assumiu a Diretoria de Pesquisa, Pós-graduação
e Extensão na Unoesc – campus de São Miguel
do Oeste, permanecendo até dezembro de 2011.
Carreira profissional – atual
Atualmente exerce a atividade de Professora da
graduação e da especialização nos campus da
Unoesc e é colaboradora do Mestrado Profissional em Administração da Unoesc, oferecido no
campus de Chapecó-SC.
Entidades
Em 2000, Ieda Margarete Oro presidiu a Associação Cultural, Recreativa e Esportiva dos
Funcionários e Professores da Unoesc/SMO.
Foi também, de 2003 a 2004, conselheira e vice-presidente da Extremo Oeste Agência de Crédito (Extracredi), instituição que financia micro
e pequenos negócios. Participou da diretoria do
Sindicato dos Contadores de São Miguel do
Oeste (2002 a 2005) e integrou o Conselho de
Gestão e Conselho Universitário da Unoesc.
Graduação e Pós-graduação Outras informações
A partir de 2011, cursa o doutorado em Ciências
Contábeis na Fundação Universidade Regional
de Blumenau (Furb) onde tem como orientador
o professor doutor Carlos Eduardo Facin Lavarda.
Em 2006, obteve o título de Mestre em Ciências
Contábeis, pela Fundação Universidade Regional de Blumenau (Furb), com a dissertação
Avaliação da eficiência de empresas familiares
brasileiras utilizando a análise envoltória de
dados, que teve como orientadora a professora
doutora Ilse Maria Beuren.
Este foi o seu segundo mestrado: em 2000, defendeu na instituição Faculdades Reunidas de
Administração Ciências Contábeis e Econômicas de Palmas (Facial) a dissertação Uma contribuição para harmonização dos currículos do
curso de Ciências Contábeis nos países que integram o Mercosul, na área de Ciências Sociais
Aplicadas/Administração.
»»Foi homenageada diversas vezes pelos formandos do curso de Ciências Contábeis da
Unoesc – campus de São Miguel do Oeste-SC.
»»Tem participação ativa em congressos e seminários, com apresentação de artigos ligados a
temas da área contábil.
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Ilse Maria Beuren
O conhecimento só será
cumulativo e não envelhecerá se
for constantemente renovado.”
Doutora em Controladoria e
Contabilidade pela Universidade
de São Paulo (FEA/USP), Mestre
em Ciências Contábeis pela
Fundação Getúlio Vargas (Isec/
FGV), Mestre em Administração
pela Universidade Federal do Rio
Grande do Sul (EA/UFRGS) e
Graduada em Ciências Contábeis
pelo Centro Universitário
Univates, Ilse Maria Beuren
iniciou sua vida profissional no
meio empresarial, para mais tarde
se dedicar à vida acadêmica.
Raízes
Ilse Maria Beuren nasceu em 27 de julho de
1956, em Lajeado, Rio Grande do Sul. Concluído
o curso de graduação em Ciências Contábeis, a
busca por maior titulação para exercer a atividade docente exigiu dela mudança para centros
maiores. Ilse optou por Porto Alegre, Rio Grande
do Sul, inicialmente para participar de um curso
de especialização em nível lato sensu na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
(PUCRS). Com a aprovação no processo seletivo
do Mestrado em Administração na Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a permanência de mais dias em Porto Alegre foi inevitável.
Embora o objetivo de maior titulação já estivesse
sendo cumprido, a aprovação no processo seletivo
do Mestrado em Ciências Contábeis na FGV, no
Rio de Janeiro, implicou sua mudança para aquela
cidade. A aprovação no concurso para professora
da Universidade Federal de Santa Catarina definiu seu rumo para uma residência definitiva, em
Florianópolis. Para cursar, mais tarde, o doutorado em São Paulo, organizou uma logística que lhe
permitiu retornar todos os finais de semana a Florianópolis, cidade que adotou para viver.
Trajetória profissional
Até concluir sua graduação em Ciências Contábeis, diversas foram as empresas por onde Ilse
passou até descobrir sua vocação docente. Enquanto ministrava aulas de Contabilidade no
Colégio Cenecista de Santa Clara do Sul, no Rio
Grande do Sul, e, mais adiante, na graduação de
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ACADÊMICOS
Ciências Contábeis da Univates, em Lajeado, no
mesmo Estado, suas atividades na iniciativa privada prevaleciam. Entre as empresas em que teve
maior oportunidade de aplicar os conceitos contábeis se destaca a Apomedil S.A. – Veículos. Já a
oportunidade para se aproximar das funções do
órgão administrativo da controladoria surgiu na
Cia. de Cigarros Souza Cruz. A busca por maior
titulação acadêmica a afastou de vez das atividades empresariais e a fez dedicar-se definitiva e
exclusivamente às atividades acadêmicas.
Magistério
Concluída a graduação em Ciências Contábeis,
em 1980, a candidatura a uma vaga para atuar
como docente na Univates tornou-se prioridade.
Nessa instituição atuou como docente entre 1982
e 1989, além de ocupar, por dois mandatos, a
Chefia do Departamento de Ciências Contábeis.
Em seguida tomou posse na Universidade Federal de Santa Catarina, onde atuou como docente
de 1989 a 2003. Em seguida assumiu um novo
desafio, o de criar o Mestrado em Ciências Contábeis, seguido da criação do curso de doutorado
na Universidade Regional de Blumenau, onde
atuou como docente e coordenadora do Programa de Pós-graduação em Ciências Contábeis no
período de 2003 a 2012. Ainda em 2012, foi empossada como professora titular na Universidade
Federal do Paraná, Curitiba.
Produção científica
É autora/organizadora de cinco livros e de vinte
capítulos de livros. Possui 270 artigos publicados em periódicos científicos e outros 315 trabalhos em congressos científicos da área contábil no Brasil e no exterior.
Outras informações
»» É membro efetivo do Comitê Assessor do
Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq) na área de
Administração/Contabilidade/Economia,
desde julho de 2013.
»» Atualmente é Bolsista de Produtividade em
Pesquisa do CNPq - Nível 1A
»» Criou e foi editora do periódico científico
Revista Universo Contábil, no período de
2005 a 2012.
»» Participou da criação da Associação Nacional de Programas de Pós-Graduação em
Ciências Contábeis, em 2006, na cidade de
Vitória, no Espírito Santo. Nos biênios de
2006-2007 e 2008-2009 exerceu o cargo de
Diretora Científica, e nos biênios 2010-2011
e 2011-2013 ocupou a posição de Presidente
desta Associação.
»» Atuou como Diretora Científica da Associação Brasileira de Custos (ABCustos) no biê­
nio 2007-2008 e como vice-presidente no
biênio de 2009-2010.
»» Foi membro do Comitê Assessor da área de
Administração/Contabilidade/Turismo da
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) no triênio
2005-2007.
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ACADÊMICOS
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João Carlos dos Santos
Quem faz, faz para si.”
DI Z IA O PA I DE J OÃO C A R LO S Q UA N D O O O R I E N TAVA E A SE U S O N Z E I R M ÃO S
A T R A BA L HA R , E S T U DA R E SE M A N T E R D E N T R O DA L E I .”
João Carlos dos Santos dedicou a
vida à Contabilidade pública. Sua
formação de Técnico em
Contabilidade e Contador foi
fortalecida com especializações em
Contabilidade e em Administração
Pública. Contribuiu para a
padronização da Contabilidade no
setor imobiliário e na construção
civil, enquanto funcionário do
Instituto Brasileiro de Assistência
Gerencial a Pequenas e Médias
Empresas de Santa Catarina
(Ibagesc). Atuou também no
Instituto da Previdência do Estado
de Santa Catarina (Ipesc) e em
outras instituições do setor público.
Foi Presidente do Conselho Regional
de Contabilidade de Santa Catarina
(CRCSC), entidade da qual também
é ex-diretor-executivo.
Raízes
Natural de Florianópolis, construiu toda a sua
trajetória profissional e pessoal na Capital catarinense. Aos 12 anos já ajudava o avô na loja de
materiais de higiene, alimentos e fumo de corda no Mercado Público Municipal. A decisão de
seguir carreira na Contabilidade veio dois anos
mais tarde, quando começou a acompanhar o
trabalho de seu pai, Dercílio José dos Santos,
que era Técnico em Contabilidade e trabalhava
no IAPC (Instituto de Aposentadoria e Pensão
dos Comerciários). Logo, buscou qualificação
profissional e, em 1965, ingressou na Escola
Técnica de Comércio Senna Pereira. O primeiro
emprego com carteira assinada foi o de office-boy na André Maykot & Cia, empresa que vendia desde alimentos até material de construção.
Formação acadêmica
Depois do curso Técnico em Contabilidade,
concluído em 1968, João Carlos dos Santos
cursou Ciências Contábeis na Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC). Mais tarde,
especializou-se em Contabilidade, também na
UFSC, e em Administração Pública na Universidade Estadual de Santa Catarina (Udesc).
Vida profissional
Além da experiência no setor público, João Carlos dos Santos atuou também em empresas privadas. Passou pela Remington Rand do Brasil,
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ACADÊMICOS
onde foi auxiliar de escritório e subcontador
por três anos. Na mesma época em que deixou
essa empresa, em 1968, assumiu a chefia do setor de cobrança da empresa Confinance – Companhia Financeira de Investimento, Crédito e
Financiamento. Também foi Contador dessa
empresa, em 1970.
Contabilidade pública
A Confinance foi a última empresa privada em
que atuou. Depois de passar em dois concursos
públicos, um para a Secretaria da Fazenda do
Estado de Santa Catarina e outro para o Instituto Brasileiro de Assistência Gerencial a Pequenas e Médias Empresas de Santa Catarina (Ibagesc) – que mais tarde passou a se chamar Ceag
e, depois, transformou-se no Sebrae – João Carlos dos Santos dedicou-se por completo à Contabilidade pública.
No Ibagesc, contribuiu para a padronização da
Contabilidade no setor imobiliário e da construção civil, ministrando palestras nas principais cidades do Estado. Na Secretaria do Estado
da Fazenda de Santa Catarina trabalhou como
auxiliar técnico de controle interno, técnico em
Contabilidade e Contador seccional.
De 1977 a 1996, fez parte do corpo de funcionários do Instituto de Previdência do Estado
de Santa Catarina (Ipesc), ocupando diversos
cargos, entre eles o de diretor de Programas Habitacionais e Gerência de Administração Financeira. Aposentou-se nessa instituição, mas não
parou de trabalhar.
Entidades Contábeis
Foi presidente do Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina (CRCSC), nos
anos de 1986 e 1987, e conselheiro suplente do
Conselho Federal de Contabilidade, de 1990
até 1993. Quando presidente, enfrentou a difícil tarefa de administrar o CRCSC, numa
época em que os recursos eram escassos, o
que exigia um grande esforço dos conselheiros
e funcionários no sentido de desenvolver um
trabalho junto aos profissionais para arrecadar as anuidades e, também, para incentivar o
registro no órgão de classe e promover a capacitação profissional.
Em 1995, voltou ao Conselho, mas desta vez
como coordenador da Junta Governativa, indicada pelo Conselho Federal de Contabilidade,
para investigar e sanar as irregularidades constatadas na gestão da entidade. Os administradores do Conselho na época foram afastados e
responsabilizados judicialmente. Em 1996, foi
nomeado diretor-executivo do CRCSC, permanecendo no cargo até 2004. Nos quatro últimos
anos desse período, ocupou, paralelamente, o
cargo de Ouvidor.
Em 2004, foi gerente administrativo do Instituto de Geração de Oportunidades de Florianópolis (Igeof) e, em 2005, diretor administrativo e financeiro do Instituto Virtual de Estudos
Avançados (Vias). No ano de 2010, a convite da
presidência do CRCSC, reassumiu o cargo de
diretor-executivo da entidade.
Prêmios
Foi o aluno destaque (1º colocado) de sua turma na Escola Técnica de Comércio Senna Pereira. Na Universidade Federal de Santa Catarina repetiu o feito: ganhou a medalha “Mérito
Universitário”, concedido ao 1º aluno da classe.
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ACADÊMICOS
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Joceli José Coelho
A nossa área precisa de dignidade,
postura, concorrência leal,
honestidade, ética, como em todas
as outras profissões.”
Sócio de um escritório de advocacia,
em São José/SC, Joceli José Coelho
atua como perito contábil junto à
Justiça Estadual Cível, à Justiça
Federal e à Justiça do Trabalho.
Formou-se em Ciências Contábeis
pela Universidade Federal de Santa
Catarina (UFSC) e foi professor
da instituição entre 1978 e 1995.
Na Universidade do Sul de Santa
Catarina (Unisul), campus
Palhoça, leciona desde o final da
década de 1990. Participou de
diversos processos de avaliação
para credenciar o funcionamento
de cursos de Ciências Contábeis
no Brasil.
Carreira profissional – início
Joceli José Coelho frequentou o curso Técnico em Contabilidade no Colégio Comercial
Pio XII, no bairro Estreito, em Florianópolis,
entre os anos de 1963 e 1965. Após formado,
ingressou como subcontador na Usina de Açúcar Adelaide S/A (Usati), em Florianópolis,
ficando até 1969, quando pediu demissão por
não conseguir apoio ao seu projeto de conciliar o trabalho com o estudo. No ano seguinte, prestou o vestibular e foi aprovado para o
curso de Ciências Contábeis na Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC). Na Móveis
Novo Mundo, empresa onde trabalhou a partir de 1969, recebeu o suporte necessário para
continuar seus estudos. Seus antigos patrões
na Usati ainda lhe ofereceram um salário melhor para que ele voltasse ao antigo emprego,
mas o objetivo do jovem, naquele momento,
era um só: poder estudar, com tranquilidade
e sem pressão.
Graduação e Pós-graduação
Joceli formou-se na UFSC em 1974 e, dois anos
depois, um incêndio destruiu a Móveis Novo
Mundo. Paralelamente aos estudos, atuou como
técnico em Contabilidade e diretor adjunto da
Sociedade Médico Hospitalar de Santa Catarina Ltda., de 1971 a 1974. Após a graduação e
o incêndio na Novo Mundo, diversas oportunidades começaram a aparecer: Joceli foi diretor-financeiro da Martelam Ltda. (1974 a 1976),
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ACADÊMICOS
assistente contábil, fiscal e trabalhista da Primor Doces e Caramelos Ltda., em Tijucas (1976
a 1978), e da Carpesul, em Florianópolis (1977
a 1978). Na Engebras, em 1977, foi auditor contábil. Ajudou a implantar algumas novidades,
como o sistema de custo hospitalar no Hospital Sagrada Família Ltda., em 1973, e o sistema
contábil mecanizado, na Construtora Muricy,
ambas na capital catarinense.
As diversas experiências profissionais vividas
na década de 1990 levaram Joceli a buscar novos conhecimentos. Ele, então, retornou à UFSC
como aluno, em 1982, para um curso de especialização em Contabilidade.
Magistério
Em 1978, prestou concurso público para lecionar no curso de Ciências Contábeis da UFSC.
Entre 23 candidatos, ele e Lindomar Antônio
Fabro foram selecionados para as duas vagas
existentes. Até a aposentadoria, em março de
1995, Joceli ministrou as disciplinas de Contabilidade Introdutória, Contabilidade Industrial
e Análise Contábil.
Em 17 anos na instituição, exerceu diversas
funções, além do magistério: foi chefe do departamento de Ciências Contábeis em dois
períodos, diretor do Centro Sócio Econômico,
coordenador de estágios curriculares e de cursos de pós-graduação. A experiência em vários
postos na UFSC o credenciou a avaliar o funcionamento de diversos cursos de Ciências Contábeis no Brasil, como o da Faculdade de Ciências
Contábeis de Fátima do Sul (MS), da Faculdade de Ciências Econômicas de Vinhedos, em
Bento Gonçalves (RS), da Faculdade Integrada
de Araucária (RS), do Centro Cibernético Gay-Lussac, em Niterói (RJ), da Faculdade Ibero-Americana de Letras e Ciências Humanas, em
São Paulo (SP), da Faculdade SPEI, em Curitiba (PR), da Universidade de Santa Cruz do Sul
(RS) e de outras.
Entre 1995 e 1996, Joceli José Coelho voltou à
UFSC como professor substituto por tempo determinado, nas cadeiras de Contabilidade Introdutória e Análise de Balanço I e II, e coordenou o
curso de Especialização em Planejamento Tributário, de 1996 a 1997.
Desde o final da década de 1990, é professor
de Ciências Contábeis na Universidade do Sul
de Santa Catarina (Unisul), em Palhoça, nas
disciplinas de Contabilidade Geral e Análise
de Balanço.
Carreira profissional – atual
Desde 1985, Joceli José Coelho atua como perito
contábil junto à Justiça Estadual Cível e Justiça
Federal e, a partir de 1998, junto à Justiça do
Trabalho. É sócio de um escritório de advocacia,
no bairro Kobrasol, em São José.
Curiosidades
As Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC)
já contemplam algumas análises que Joceli José
Coelho começou a desenvolver em 1985, como
a Origem e a Aplicação de Recursos. Em 1990,
o livro Normas Contábeis e Demonstrações Financeiras, de Hugo da Rocha Braga, também
chamava a atenção sobre o assunto.
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ACADÊMICOS
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José Nilton Junckes
As Ciências Contábeis encarregam-se, basicamente,
de avaliar o passado das organizações.
Ao interpretar tais dados, os contadores acabam por
reunir ferramentas que lhes permitem compreender o
presente. E quanto mais dedicado é o profissional, mais
precisas são suas avaliações do futuro.”
Contador pela Universidade Federal
de Santa Catarina (UFSC), José
Nilton Junckes presta consultoria
empresarial nas áreas tributária e
contábil, atendendo empresas de
vários estados do país. Membro da
junta governativa que, em 1995,
saneou o Conselho Regional de
Contabilidade de Santa Catarina
(CRCSC) durante o período de
intervenção decretado pelo
Conselho Federal de Contabilidade
(CFC), tornou-se conselheiro da
entidade em novembro daquele ano.
Foi vice-presidente de Registro e de
Administração e Finanças do
CRCSC. Em 2010, assumiu como
conselheiro suplente no Conselho
Federal de Contabilidade (CFC),
atuando na Câmara de Registro.
Raízes
José Nilton Junckes nasceu no município de
Angelina, região metropolitana de Florianópolis, primeiro filho de Raulino e Inelda. O pai era
madeireiro e a mãe se dedicava ao lar. Aos oito
anos, foi morar com os tios na Capital, tendo
cursado o primeiro grau na Escola Básica Edith
Gama Ramos, no Bairro Capoeiras.
Trajetória Profissional
Seu primeiro emprego foi na área contábil. Aos
16 anos, antes mesmo de concluir o curso de
Técnico em Contabilidade, começou a trabalhar
na Construtora Nobile Ltda., exercendo atividades relacionadas ao controle de contas a receber
e pagar e à tesouraria
Pouco mais de um ano depois, José Nilton ingressou na Construtora e Incorporadora Jonck
Ltda. como auxiliar administrativo, passando
posteriormente a gerente financeiro-administrativo e a Contador. Ficou nesta empresa por
oito anos, saindo para montar, em 1984, o seu
próprio empreendimento: Jomipa Empreendimentos Contábeis Ltda. Focado na prestação
de serviços contábeis e fiscais e, também, na
área de recursos humanos, o escritório chegou
a atender simultaneamente a mais de cem empresas dos setores comercial e industrial.
Entre as atividades exercidas, figuravam perícias contábeis e consultoria empresarial, fiscal
e tributária.
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ACADÊMICOS
Em 2001, José Nilton constituiu a JNJ Consultoria Empresarial, que presta consultoria empresarial nas áreas tributária e contábil, atendendo
empresas de vários estados do país.
Formação acadêmica
Concluiu em dezembro de 1978 o curso de Técnico em Contabilidade, na extinta Escola Técnica do Comércio São Marcos, localizada na Rua
Marechal Guilherme, centro de Florianópolis.
Formou-se em Ciências Contábeis, em julho de
1986, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Entidades de classe
Ingressou no Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina em maio de 1995, designado pelo então presidente do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), José Maria Martins
Mendes, conforme Resolução CFC nº 784/95,
datada de 5 de maio daquele ano.
Sua missão era sanar os problemas verificados
na administração do CRC de Santa Catarina e
que levaram e entidade a ficar sob o regime de
intervenção do CFC. Junto com mais dois profissionais da Contabilidade, José Nilton integrava a junta governativa responsável por apurar
os atos cometidos na gestão anterior e corrigi-los, colocando novamente o CRCSC dentro dos
princípios da moralidade e do correto uso dos
recursos arrecadados da classe contábil.
A intervenção terminou em janeiro de 1996,
com a entidade sendo entregue saneada e com
sua estrutura moralizada.
Ao final desse período, José Nilton assumiu
como conselheiro suplente, escolhido em eleições realizadas em novembro de 1995, para um
mandato de quatro anos.
Eleito conselheiro titular em novembro de
1997 (mandato 1998 / 2001) e em 2005 (mandato 2006 / 2010), durante esses dois períodos
ocupou a vice-presidência de Registro (biê-
nios 1998/1999 e 2000/ 2001) e a vice-presidência de Administração e Finanças (biênios
2006/2007 e 2008/2009).
Na condição de vice-presidente de Registro
participou, em 1998, do grupo criado pelo CFC
para reformular e aperfeiçoar as normas de registro profissional.
Em 2010, assumiu como conselheiro suplente
no Conselho Federal de Contabilidade (CFC),
atuando na Câmara de Registro.
Outras Atividades
Em 2014 assumiu como diretor administrativo
na Fundação Brasileira de Contabilidade.
De 2002 a 2004, integrou a Comissão Nacional de Elaboração de Provas do Exame de
Suficiência para Contadores e Técnicos em
Contabilidade.
Instituído pelo Conselho Federal de Contabilidade através da Resolução CFC nº 853/99
(posteriormente alterada pelas Resoluções
928/02, 933/02 e 994/04 do mesmo órgão de
classe), o Exame de Suficiência – que vigorou
de 2002 a 2005 – era requisito obrigatório para
a obtenção do registro profissional no Sistema
CFC/CRCs.
Representando o CRCSC, José Nilton foi vogal
suplente da Junta Comercial do Estado de Santa
Catarina (Jucesc), durante oito anos.
Na Justiça do Trabalho, exerceu, no triênio
1998/2001, a função de Juiz Classista Temporário de 1° Grau Suplente, representante dos
empregadores, na 1ª Junta de Conciliação e Julgamento de Florianópolis.
Ministrou, por vários anos, curso específico sobre legislação, contabilidade e custos para atividades imobiliárias, destinado a administradores, contadores e outros profissionais ligados às
áreas de custos e de contabilidade das empresas
do ramo imobiliário.
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ACADÊMICOS
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Juarez Domingues Carneiro
O trabalho desenvolvido pela
Contabilidade obedece à normas e, acima
de tudo, à ética e à transparência.”
Juarez Domingues Carneiro é mestre
em Engenharia da Produção,
doutorando em Contabilidade em
Portugal, Contador, administrador e
advogado. Professor de pós-graduação
em algumas universidades
catarinenses, além de ter sido
coordenador de cursos de Ciências
Contábeis, ele conseguiu unir carreira
acadêmica, profissional e classista.
Transitando tanto na área privada, em
empresas de consultoria, como na
pública, na direção de secretarias de
Estado, tornou-se, em 2010, o primeiro
catarinense a presidir o Conselho
Federal de Contabilidade (CFC),
entidade que congrega quase 500 mil
profissionais. Foi o primeiro brasileiro
a Presidir o GLENIF – Grupo Latinoamericano de Emissores de
Informações Financeiras. Juarez é
coautor de dois livros, publicou
diversos artigos em periódicos e redigiu
dezenas de textos para jornais e
revistas. Participou de várias
apresentações de trabalhos e proferiu
palestras em congressos no Brasil e no
Exterior. Foi membro do Conselho
Editorial da Revista Brasileira de
Contabilidade. Foi também vicepresidente do Figueirense FC.
Raízes
Nascido em Florianópolis, em 3 de maio de 1959,
Juarez Domingues Carneiro adquiriu os primeiros
ensinamentos na área contábil com o pai, que era
fiscal da Secretaria Estadual da Fazenda de Santa
Catarina (SEF/SC). Frequentou o curso técnico de
Contabilidade na antiga Academia São Marcos.
Formação acadêmica
Aos 18 anos, Juarez ingressou no curso de Administração na Escola Superior de Administração e Gerência (Esag/Udesc). Seis meses depois, foi aprovado
no vestibular para Ciências Contábeis da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Frequentou
os dois cursos ao mesmo tempo.
Em 1978, começou a ministrar Técnicas Comerciais no Centro de Estudos Pré-Universitários
(Cepu). Um ano depois, lecionava na Academia de
Comércio de Santa Catarina (ACSC).
Em 1984, Juarez prestou vestibular para Direito na
Universidade do Vale do Itajaí (Univali). Foi aprovado e, em seguida, conseguiu transferência para a
UFSC, onde graduou-se em 1990.
Cursos de pós-graduação
Especialista em Organização, Sistemas e Métodos
(OSM), pela UFSC, e em Quality Schools Leadership Training Program, pela Pennsylvania State
University, nos Estados Unidos, Juarez é mestre
em Engenharia de Produção e doutorando em Engenharia e Gestão do Conhecimento, ambos pela
UFSC. Defenderá, em setembro de 2014, sua tese
de doutorado em Contabilidade pela Universidade
do Minho e de Aveiro, em Portugal.
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ACADÊMICOS
Trajetória Profissional
Em 1978, Juarez iniciou estágio na Telecomunicações
de Santa Catarina (Telesc) e teve o primeiro contato
com Organização, Sistemas e Métodos (OSM), uma
das áreas que viriam a marcar sua trajetória.
Em 1981, já administrador, passou em concurso público para Técnico em Contabilidade no Instituto de
Previdência Social de Santa Catarina (Ipesc), onde
esteve por um ano, na função de analista de OSM. Na
sequência, ingressou na Cerâmica Portobello, em Tijucas (82/84), e na Indústria Carboquímica Catarinense (ICC), em Imbituba (83/86), também na área
de OSM. Entre 1986 e 2002, atuou no Serviço Social
da Indústria (SESI/SC) como assessor de OSM. Foi
também procurador da instituição.
Em 1985, montou, em parceria com irmãos, a Carneiro Escritório Técnico Contábil (Cetecol), da
qual desligou-se em 2000.
Em 1990, constituiu um escritório de advocacia,
atuando em várias áreas do Direito e, de 2004 a
2013, foi diretor e sócio da Martinelli Auditores, de
Joinville. Em 2014, passou a ser sócio da KPMG Assurance Services, sediada em São Paulo.
Iniciativa Pública
Em 1995, Juarez foi cedido pelo SESI/SC para a
administração estadual, como gerente de projetos da Secretaria Extraordinária da Qualidade e
Produtividade. Ficou nesta até 1998, quando começou a trabalhar como juiz classista substituto
do Tribunal Regional do Trabalho (TRT/SC). Em
2001, assumiu como procurador municipal da
Prefeitura de São José. Em 2003, ajudou a criar a
Secretaria de Estado da Organização do Lazer, da
qual foi diretor administrativo.
Magistério
Em 1997, tornou-se professor da pós-graduação
em Gerência da Qualidade no Serviço Público da
Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc).
Entre 1998 e 2007, passou a lecionar na Univali, campus Biguaçu, tendo sido coordenador de
curso e de pós-graduação. Entre 2007 e 2009, foi
professor do Cesusc, onde assumiu a coordenação do curso de Ciências Contábeis. Desde 2010,
leciona somente em cursos de pós-graduação.
Trajetória classista
Na década de 1980, Juarez iniciou sua trajetória como liderança classista no Sindicado dos Contabilistas da Grande Florianópolis (Sincópolis), do qual
foi presidente. Em 1990, ocupou a vice-presidência
da Federação dos Contabilistas de Santa Catarina (Fecontesc). Já em 1994, ingressou no Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina
(CRCSC), como conselheiro suplente. Em 1996,
tornou-se titular, ocupando a vice-presidência de
Administração e Finanças por dois anos. Presidiu a entidade por dois mandatos consecutivos
(2000/2003). Em 2011, foi o primeiro presidente do
Grupo Latino-americano de Emissores de Informações Financeiras (Glenif), entidade que congrega países da América Latina. Em 2014, tornou-se
presidente da Fundação Brasileira de Contabilidade (FBC), com sede em Brasília, sendo o primeiro
catarinense eleito para o cargo.
Conselho Federal
Em 2003, ingressou como conselheiro suplente
no Conselho Federal de Contabilidade (CFC). Em
2007, já como titular, passou a ocupar a Vice-Presidência de Desenvolvimento Operacional.
No CFC, foi o primeiro coordenador do programa
Contabilizando o Sucesso, que teve mais de 10 mil
alunos formados em todo o país. Também nesse
período coordenou um projeto internacional para
transferência de conhecimentos da profissão contábil a outros países de língua portuguesa, em parceria com a Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas
(OTOC) de Portugal. Em janeiro de 2010, tornou-se o primeiro catarinense a presidir o CFC, sendo
eleito por unanimidade e reeleito da mesma forma
em 2012, concluindo seu mandato em 2013.
Publicações
Juarez é coautor dos livros Proposta Nacional de
Conteúdos para o Curso de Graduação em Ciências Contábeis e Proposta de Conteúdo Programático para Cursos de Ciências Contábeis e Gestão
Fiscal Responsável.
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ACADÊMICOS
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Lindomar Antônio Fabro
Família, o verdadeiro sustentáculo
para todos os momentos.”
Contador, perito contábil judicial,
pós-graduado em Contabilidade
pela UFSC, é Lindomar Antônio
Fabro professor aposentado desta
instituição e da Unisul. Patrono e
primeiro ocupante da cadeira de
número 34 da Academia Brasileira
de Ciências Contábeis, Conselheiro
do Conselho Regional de
Contabilidade de Santa Catarina
(CRCSC) desde 1998, trabalha há
mais de 12 anos como voluntário na
Irmandade do Divino Espírito
Santo. É casado com Sônia Maria
Luckmann Fabro, tendo dois filhos:
Felipe e Gustavo Luckmann Fabro.
Raízes
Natural de Urussanga-SC, transferiu-se com a
família para Florianópolis, em 1961, depois de
passagens por Urubici, Tubarão e outras cidades. Com pouco mais de 12 anos, ajudava o avô
a plantar frutas e verduras num terreno localizado no bairro Capoeiras, dedicando-se paralelamente aos estudos.
Trajetória profissional
Aos 15 anos, foi trabalhar em uma farmácia, fazendo manipulação de remédios, em meio a balanças de precisão e outros artefatos. Ingressou,
em 1965, como oficce-boy no Grupo Brasilpinho
S.A, onde permaneceu por 13 anos e saiu como
auditor interno da empresa, após ocupar as funções de auxiliar contábil e Contador. Durante esse
período, desenvolveu as atividades de orientação
e supervisão de todo o sistema contábil do grupo,
composto pelas empresas Madeireira Brasilpinho
S/A, Empreendimentos Massiambu S/A, Reflorestadora Scherer Ltda, Madeireira Criciúma Ltda e
Kobrasol Empreendimentos Imobiliários Ltda.
Formação
Cursou o Ginásio Normal Haroldo Callado, formou-se Técnico em Contabilidade pela Escola
Técnica de Comércio Senna Pereira, bacharelou-se em Ciências Contábeis pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e concluiu
a pós-graduação em nível de especialização em
Contabilidade, também pela UFSC.
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Magistério
Trabalho Comunitário
Passou no concurso para professor de Ciências
Contábeis da UFSC em 1978. Na instituição,
Lindomar Antônio Fabro lecionou as disciplinas de Contabilidade I e II, Laboratório Contábil I, Contabilidade Comercial I e II e Estrutura
de Balanço para os cursos de Ciências Contábeis, Administração e Economia. Foi o responsável, junto com o professor Silvio L. Meyer, pela implantação do Núcleo de Estudos Contábeis
(Laboratório Contábil I), disciplina que simulava operações típicas de uma empresa comercial.
Na UFSC exerceu diversas atividades administrativas entre elas a chefia do Departamento
de Ciências Contábeis em dois mandatos. Foi
consultor do MEC em processos de autorização
para funcionamento e reconhecimento de cursos de Ciências Contábeis em diversas universidades brasileiras. Aposentou-se como Professor
Adjunto IV em 1995.
Após sua aposentadoria na UFSC, foi convidado a lecionar na Universidade do Sul de Santa
Catarina (Unisul) para os cursos de Ciências
Contábeis, Administração e Negócios, Relações
Internacionais e Engenharia de Produção. Foi
por inúmeras vezes homenageado como patrono, paraninfo e nome de turma.
Também foi professor do Centro de Educação
Superior-Única e Faculdades Barddal.
É entusiasta e defensor da Escola Neopatrimonialista da Ciência Contábil, idealizada pelo
saudoso colega e amigo imortal Prof. Dr. Antônio Lopes de Sá.
Participa como Irmão e Conselheiro da Irmandade do Divino Espírito Santo, entidade
filantrópica católica fundada em 1773, que
hoje atende em torno de 1000 crianças carentes em seus diversos projetos. Vem alternando
suas atribuições entre o conselho fiscal e conselho consultivo, além de dar assessoria na área
contábil da entidade. Participa ativamente da
organização da festa do Divino Espírito Santo,
promovida anualmente na Praça Getúlio Vargas, em Florianópolis, que garante uma parcela
considerável dos recursos necessários para a Irmandade desenvolver suas atividades.
Iniciativa Privada
Mesmo considerando o magistério a sua vocação, Lindomar Antônio Fabro prestou, por
muitos anos, assessoria contábil para pequenas
empresas da região da Grande Florianópolis.
De 1996 até recentemente, também desenvolveu a atividade de perito contábil judicial , nas
diversas varas da Justiça Federal e Estadual, na
circunscrição de Florianópolis.
Outras informações
»»Conselheiro do CRCSC desde 1998, atuou
nas câmaras de Registro, Controle Interno e
Fiscalização. Atualmente é membro da Câmara de Registro, de diversas comissões e
Coordenador Executivo de Editoração de livros do CRCSC e da Revista Catarinense da
Ciência Contábil.
»»Homenageado com o troféu “Contabilista
Destaque 1992”, conferido pelo Sindicato dos
Contabilistas da Grande Florianópolis.
»»É membro atuante do Movimento de Cursilho de Cristandade-MCC, órgão ligado à
igreja católica, tendo como objetivo a evangelização de ambientes.
»»Membro Titular do Conselho de Curadores da
Fepese – Fundação de Estudos e Pesquisas Socioeconômicos de Florianópolis.
»»É membro da Associação Científica Internacional Neopatrimonialista (ACIN).
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(48) 9980-1051 | [email protected]
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ACADÊMICOS
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Luciano Rosa
O profissional de Ciências Contábeis deve ser ético, crítico e
com capacidades técnicas e não técnicas, como a habilidade
nas relações pessoais e na comunicação. Ele deve contemplar
conhecimentos, habilidades e atitudes voltados ao mercado
de trabalho globalizado. Hoje, não podemos pensar num
profissional voltado apenas para o mercado de São José e
de Florianópolis. Ele pode atuar localmente, mas precisa
ter saberes globalizados. Por exemplo, se ele atua numa
multinacional, ele deve ter conhecimento sobre a cultura
e sobre a história do país desta empresa.”
Doutor pela Universidade de
Valência, na Espanha, Luciano
Rosa ministrou aulas em várias
instituições de ensino superior do
Estado, sendo até recentemente o
coordenador do curso de Ciências
Contábeis do Centro Universitário
Municipal de São José (USJ).
Na tese defendida na universidade
europeia, pesquisou os desafios
na formação dos profissionais
no Brasil, Espanha e Portugal,
face às mudanças no mercado
de trabalho globalizado.
Luciano é graduado em Direito,
pela Universidade do Vale do Itajaí
(Univali), em Administração e em
Ciências Contábeis, ambas pela
Universidade Federal de Santa
Catarina (UFSC). Desde 1990,
atua nas Juntas de Conciliação e
Julgamento de Florianópolis,
ligadas ao Tribunal Regional
de Trabalho (TRT).
Raízes
Nascido em Florianópolis no dia 5 de outubro
de 1959, Luciano Rosa é filho de Hudson Rosa
e Elenice Santos Rosa. Concluiu o ensino médio na Escola Técnica Federal de Santa Catarina
(atual IFSC), em 1978.
Graduação e Pós-graduação
Entre os destaques da formação acadêmica de
Luciano está o grau de doutor, obtido na Universidade de Valência (Espanha), em 2007, com
a defesa da tese La Formación del Profesional
Contable frente a las necesidades del Mercado
del Trabajo: Un estudo comparativo entre Brasil,
España y Portugal. O doutorado, reconhecido pela Comunidade Européia e expedido pelo reino
da Espanha, é valiado por especialistas na área
contábil de três países europeus. Na mesma instituição espanhola, Luciano conquistou o título de
mestre em Contabilidade, em 2002, sob a orientação do professor Gregorio Labatut Serer. Anteriormente, defendera dissertação de mestrado
em Engenharia de Produção, na UFSC, intitulada
As Transformações Contemporâneas da Contabilidade: Reflexos na Formação dos Profissionais
em Ciências Contábeis no Sul do Brasil (1999),
orientado pelo professor doutor Antônio Diomário de Queiroz.
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ACADÊMICOS
Luciano tem três graduações: em Direito (Univali, 2000), em Administração (UFSC, 1988) e
em Ciências Contábeis (UFSC, 1985). Além
disso, cursou uma especialização em Auditoria, na UFSC, em 1987.
Magistério
Até o primeiro semestre de 2008, Luciano foi
professor e coordenou o curso de Ciências
Contábeis do Centro Universitário Municipal
de São José (USJ), além de integrar o Conselho Universitário da instituição. Lecionou
também como professor titular na Faculdade
Barddal de Ciências Contábeis (2004 – 2007) e
no Complexo de Ensino Superior de Santa Catarina (Cesusc), em 2005. Ensinou, ainda, na
Escola Técnica de Comércio de Santa Catarina
(1988 – 1989), na Faculdade Decisão (2003 2004), ambas em Florianópolis, na Fundação
Universidade Regional de Blumenau (Furb),
entre 2003 e 2004, e na UFSC, em 1993, as disciplinas Contabilidade Sindical, Contabilidade
de Cooperativas e Contabilidade Geral.
Como docente, sua mais longa experiência foi
adquirida na Universidade do Vale do Itajaí
(Univali), de 1993 a 2006, com passagens como
coordenador de curso, professor, coordenador
de cursos de pós-graduação e membro do comitê de avaliação de projetos de pesquisa.
Entidades
Luciano atuou como conselheiro no Conselho
Estadual de Educação (2003), no Conselho de
Contribuintes do Estado de Santa Catarina
(CCESC), entre 1989 e 2003, e no Conselho
Regional de Contabilidade de Santa Catarina
(CRCSC), no ano 2000. Durante quatro anos
(2000-2004) integrou o conselho editorial da
Revista CRC & Você. Atua como perito contábil desde 1990, nas Juntas de Conciliação e Julgamento de Florianópolis, ligadas ao Tribunal
Regional de Trabalho (TRT).
Publicações
Na produção bibliográfica de Luciano, estão
participações em comunicações e resumos publicados em anais de congressos, muitos deles
voltados às áreas de formação profissional e ao
mundo do trabalho, educação, controle de gestão e perícia contábil. Rosa já orientou 63 trabalhos de conclusão de curso de graduação em
Ciências Contábeis na Univali.
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(48) 9989-1999 e [email protected]
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ACADÊMICOS
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Manfredo Krieck
Carrego a convicção de que todo o
reconhecimento que eu possa ter tido até
hoje foi fruto do meu trabalho. É como se
fosse uma filosofia de vida: trabalhar.”
Formado em Ciências Contábeis,
Economia e Administração. É Mestre em
Administração Moderna de Negócios
pela Universidade Regional de
Blumenau (Furb) e Pós-graduado em
Auditoria pela Universidade Federal de
Santa Catarina (UFSC) e em Ciências
Contábeis pela Universidade Regional
de Blumenau (Furb). Ministra cursos de
pós-graduação na área contábil, em
instituições de ensino superior em
diversos estados. Autor do livro Custos e
Preços Sugeridos de Venda, em parceria
com o também professor José Reinaldo
Theiss. É sócio-fundador da Actus
Auditores Independentes S/S e da
Learned Consultores Associados.
Membro da Comissão Administradora
do Exame de Qualificação Técnica
(CAE) do Conselho Federal de
Contabilidade e do Subcomitê Técnico
do Projeto XBRL (Extensible Business
Reporting Language). Em 2004, foi
homenageado pelo Conselho Regional
de Contabilidade de Santa Catarina,
com o troféu “Destaque da
Contabilidade”.
Início
Natural de Lontras (SC). Seus pais eram agricultores. Trabalhou com atividades agrícolas
até 15 anos de idade.
O mais novo de quatro irmãos, foi o único que
continuou os estudos, graças ao esforço de toda
a família. Estudou em escola pública até o sexto
ano. Já o ginasial foi concluído no Colégio Sinodal Ruy Barbosa, em Rio do Sul (SC).
Iniciou o curso Técnico em Contabilidade no
Colégio Dom Bosco, também em Rio do Sul, e
o concluiu na Escola Técnica de Comércio, de
Lages (SC), em 1967, ano em que prestou o serviço militar.
Trajetória Profissional
Iniciou sua trajetória profissional na área contábil em janeiro de 1965 como auxiliar contábil.
Desempenhou também as funções de escriturário contábil-fiscal, encarregado de recursos
humanos e na área financeira, em diversas empresas em Rio do Sul.
Em 1971, atuou como estagiário em empresa de
grande porte, em Blumenau (SC), o que resultou
em convite para trabalhar como auditor interno.
Em 1972, já formado em Administração, iniciou
suas atividades na área de auditoria interna, onde
seguiu carreira, alcançando a função de gerente.
As experiências colhidas como empregado,
conjugadas com sua formação acadêmica, foram determinantes para sua nova fase na condição de empreendedor.
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ACADÊMICOS
Empreendedorismo
Sua trajetória nesta área iniciou-se em 1968, na
condição de sócio de uma empresa prestadora de
serviços contábeis, a Orcon Ltda, em Rio do Sul.
Sua visão empreendedora, aliada a sua experiência na área de auditoria, levaram-no a constituir, em 1984, a Actus Auditores Independentes,
em parceria com outros colegas contadores.
Das experiências na área de magistério e treinamento de pessoas, resultou em 2000 a constituição, em parceria com outros profissionais,
da Learned Consultores Associados Ltda, especialmente voltada às atividades de Educação Profissional Continuada na área contábil
e de auditoria. Foi ainda sócio em outros empreendimentos, porém não ligados a sua área
de formação profissional.
Graduação e Pós-graduação
A trajetória iniciou-se com a sua graduação em
Administração pela Unidavi, em Rio do Sul, no
ano de 1971.
Insatisfeito com sua formação, concluiu também, em nível de bacharelado, o curso de Ciências Econômicas, na Furb, em Blumenau.
A sua visão de longo prazo o fez ingressar e concluir, em 1976, o curso de Ciências Contábeis,
na Furb, em Blumenau.
Em busca de seu aperfeiçoamento, pós-graduou-se, em nível de especialização, em Ciências
Contábeis, curso oferecido de forma inédita pela
Furb, seguido da especialização em Auditoria,
oferecido pela UFSC, em Florianópolis (SC).
A sua maior titulação, a de Mestre em Administração e Gestão Moderna de Negócios, foi
conquistada em 2001, mediante dissertação
apresentada sobre Qualidade da Gestão da Micro e Pequena Empresa Blumenauense: Questionamento e Proposta de Otimização.
Atividades de Magistério
Ingressou na atividade de magistério em 1979,
como professor na Furb, lecionando as disciplinas de Auditoria Contábil e Perícias Contábeis,
em nível de Graduação.
Em nível de pós-graduação, iniciou suas atividades como professor em 1986, ainda na condição de especialista.
Atualmente, leciona em diversas instituições de
ensino superior espalhadas pelo Brasil e, em especial, no Estado de Santa Catarina.
Relações com a categoria
A experiência profissional na área contábil e de
magistério renderam-lhe convites paraa participar
em atividades desenvolvidas pelo CRCSC.
Junto ao Conselho Federal de Contabilidade,
participa como membro da Comissão Administradora do Exame de Qualificação Técnica
(CAE), responsável pela elaboração e correção
das provas aplicadas aos profissionais interessados em atuar como auditores independentes,
mediante seu cadastro no CNAI.
Participa ainda do Subcomitê Técnico do Projeto XBRL, instituído pela Portaria CFC nº 29/11.
Publicações
É coautor do livro Custos e Preços Sugeridos de
Venda (já em sua quarta edição), em parceria
com o também professor José Reinaldo Theiss,
pela Editora Odorizzi, de Blumenau. Possui
também artigos publicados em periódicos, tais
como a Revista Brasileira de Contabilidade.
Atividades sociais
A sua participação, na condição de voluntário, é
uma de suas marcas registradas.
Atuou como presidente do Conselho Curador do
Hospital Santo Antônio, em Blumenau. Suas experiências nesta instituição foram relevantes no seu
aprendizado e aprimoramento como cidadão.
Atua ainda como diretor administrativo-financeiro em diversas instituições sem fins lucrativos, entre as quais destacam-se a Acib – Associação Comercial e Industrial de Blumenau; e
a Blusoft – Polo Tecnológico de Informação e
Comunicação da Região de Blumenau.
CONTATO
(47) 9985-0227 | [email protected]
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ACADÊMICOS
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Nélio Herzmann
Tenho minha mãe como exemplo de vida, pois meu
pai morreu quando tinha 21 anos. Foi ela que criou os
filhos, sozinha. Desta luta, consegui extrair a força e a
perseverança, que me acompanham em minha vida.”
Mestre em Administração, Contador
e advogado, Nélio Herzmann é
professor da Universidade do Sul
de Santa Catarina (Unisul), onde
ocupa o cargo de coordenador do
curso de Ciências Contábeis
(virtual). Foi funcionário
concursado por 25 anos do Banco
do Estado de Santa Catarina (Besc)
e, atualmente, junto com o
magistério, trabalha como perito
contábil, auditor e advogado em
seu escritório. É autor do livro
Contabilidade Gerencial e
coautor de outros livros na área
da contabilidade pública.
Raízes
Descendente de alemães, Nélio Herzmann nasceu em Santo Amaro da Imperatriz em 25 de setembro de 1948. De família humilde, de quatro
irmãos, quando jovem costumava brincar com
as outras crianças no centro da pacata cidade e
estudava na única escola pública do município.
O pai era motorista de caminhão e chegou a ser
proprietário de um posto de gasolina. Com 11
anos, depois do insucesso dos negócios da família, veio para Florianópolis, instalando-se no
bairro Capoeiras. Na Capital, também estudou
em escola pública. Dos irmãos, foi o único que
se envolveu mais seriamente com os estudos.
Trajetória profissional
Aos 13 anos, Nélio decidiu parar de estudar para trabalhar informalmente e ajudar nas contas
da casa. Com sorte, conseguiu ingresso na Marinha Brasileira. Começou exercendo funções
pesadas, embarcando em um navio para várias
viagens pela costa brasileira e de missões internacionais a outros países da América do Sul.
Com experiência, foi para o Ministério da Marinha, no Rio de Janeiro. Passou a exercer serviços burocráticos e teve o primeiro contato com
a atividade que iria marcar a sua vida.
Saiu da Marinha com 21 anos e voltou a Florianópolis, onde, por intermédio da mãe, começou
a trabalhar em um dos primeiros escritórios de
Contabilidade da cidade, a Orsecon - Organizações em Serviços Contábeis Ltda. Auxiliava nas
questões burocráticas da empresa.
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ACADÊMICOS
Enquanto trabalhava, sem ter concluído o
ensino fundamental (estudou até a 5ª série),
passou no concurso público para auxiliar administrativo na Caixa Econômica Estadual
(mais tarde Bescri, que foi posteriormente incorporada ao Sistema Financeiro Besc), onde
fez carreira por 25 anos, chegando a exercer
o cargo de Chefe de Departamento e assessor
de diretoria.
Somente com 40 anos, em 1987, decidiu voltar
a estudar. Nélio concluiu, então, o ensino fundamental no Instituto Estadual de Educação,
começou a estudar em casa para finalizar o ensino médio, via curso supletivo, e para prestar
vestibular. Preparado, passou para o curso de
Ciências Contábeis na Universidade Federal de
Santa Catarina (UFSC).
Formação
Formado em Ciências Contábeis pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com
especialização em Planejamento Tributário pela mesma instituição. Também é graduado em
Direito pela Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) e possui o título de Mestre em
Administração pela Universidade do Estado de
Santa Catarina (Udesc). O tema da dissertação
foi Gestão Estratégica das Organizações.
Magistério
Assim que concluiu o curso de Ciências Contábeis, Nélio começou a dar aula como professor
substituto na UFSC, onde ministrou disciplinas
de Auditoria Fiscal, Contábil e Contabilidade
Básica. Passou a lecionar também na turma de
pós-graduação, nos mesmos campos disciplinares. Foi professor horista e coordenador de
pós-graduação na Udesc, onde ensinou Contabilidade Básica. Já na Unisul, depois de finalizar
o curso de Direito, Nélio ampliou sua carreira
no magistério, tornando-se professor celetista e
coordenador do curso de Ciências Contábeis da
instituição. Lecionou Contabilidade Gerencial e
Avançada, Auditoria, Direito Tributário, dentre
outras disciplinas.
Contabilidade Pública
Até os 47 anos trabalhou no Banco do Estado de
Santa Catarina (Besc), inicialmente como caixa
executivo (ainda na antiga Caixa Econômica
Estadual), passando depois a chefe de departamento. Aposentou-se cedo e começou a dedicar
a carreira ao magistério. Em parceria com outros contabilistas e amparado pela experiência
adquirida em cursos superiores e empresas
privadas, começou também a atuar na área de
auditoria, sua “menina dos olhos”.
Iniciativa Privada
Antes mesmo de ingressar como concursado na
Caixa Econômica Estadual, trabalhou em escritórios de Contabilidade. Atualmente, divide o
tempo entre o ensino na Unisul e sua atividade
de Consultoria e Advocacia.
Publicações
Publicou, em 2004, o livro Contabilidade Gerencial. Complementou obras de outros autores,
acrescentando capítulos importantes sobre
a Contabilidade. Em parceria com o também
Contador e membro da Academia Catarinense
de Contabilidade, Flávio da Cruz, participou do
livro Lei de Responsabilidade Fiscal Comentada,
publicado em 2001 pela Editora Atlas.
Também junto com Cruz, é coautor do livro Comentários à Lei 4320, Orçamento e Contabilidade Pública, publicado em 2000, pela Atlas.
Nos anos seguintes, publicou pela Unisul os livros
Auditoria Contábil, Fundamentos Constitucionais
e Contabilidade e Planejamento Tributário.
Curiosidades
Sempre foi apaixonado por esportes e motocicletas. Mostrava habilidade nos jogos de futebol, quando integrante do time da Marinha, e
possui uma Yamaha XT-600, para os passeios
aos finais de semana.
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ACADÊMICOS
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Nilson José Göedert
No nosso dia-a-dia na RG Contadores,
mostramos que os dados fornecidos pela
Contabilidade são imprescindíveis para
subsidiar a administração de uma empresa
que quer ser bem-sucedida no mercado.”
Formado em Ciências Contábeis
pela Universidade Federal de Santa
Catarina (UFSC), Nilson José
Göedert é pós-graduado em Gestão
de Empresas pela Fundação Getúlio
Vargas (FGV), consultor de
empresas, diretor da RG Contadores
Associados e membro do Conselho
de Administração de várias
empresas. Presidiu o Conselho
Regional de Contabilidade de Santa
Catarina (CRCSC) por dois
mandatos – biênios 2004/2005 e
2006/2007. Antes de presidente, foi
vice-presidente de Administração e
Finanças da entidade – biênios
2000/2001 e 2002/2003.
Diretor-financeiro da Associação
dos Conselhos Profissionais de
Contabilidade de Santa Catarina
(Ascop), de 2004 a 2008, Nilson
também é sócio, há 20 anos, da
Associação Empresarial da Região
Metropolitana de Florianópolis
(Aemflo e CDLSJ), tendo ocupado o
cargo de vice-presidente de
Administração da entidade nas
gestões 2009/2011 e 2011/2013.
Raízes
Nascido em Antônio Carlos, região da Grande
Florianópolis, em 13 de agosto de 1955, Nilson
José Göedert desde garoto ajudava os pais na
pequena propriedade rural e na olaria que possuíam. Após completar o ensino fundamental na
escola Altamiro Guimarães, mudou-se, aos 15
anos, para Florianópolis, já que em sua cidade
não havia escola de segundo grau. Para se manter estudando na Capital, trabalhou de março de
1971 a junho de 1974 na empresa Ocratic Escritório Contábil, de propriedade de um amigo da família. Iniciou como office-boy, em troca de cama
e comida, mas já no segundo ano exercia função
no departamento fiscal. A partir do terceiro ano,
passou a ser o responsável pela Contabilidade.
Nesse período, concluiu, no período noturno, o
curso de Técnico em Contabilidade na Academia de Comércio de Santa Catarina.
Carreira profissional – início
Seis meses depois de formado na Academia de
Comércio, Nilson abriu a sua própria empresa.
Eram apenas ele, um sócio e o office-boy.
Em 1979, visualizou uma nova oportunidade e
foi trabalhar no Laboratório Santa Luzia que, na
época, procurava se firmar no mercado, ainda
distante da liderança no setor que depois conquistou. Há 34 anos, eram apenas 12 funcionários contra os mais de 700 que atualmente integram o quadro de colaboradores.
No Santa Luzia, foi gerente administrativo e financeiro e responsável pela Contabilidade.
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ACADÊMICOS
Em 1984, com um sócio e sua irmã Solange,
fundou sua atual empresa, a RG Contadores Associados que, naquela época, ainda se denominava RG Contabilidade e Assessoria. Por causa
do compromisso no Santa Luzia, Nilson trabalhava na RG à noite.
Consolidação profissional
A partir de 1986, o Laboratório Santa Luzia
passou a ser atendido pela RG Contadores
tornando-se o primeiro grande cliente do escritório. Ao longo dos mais de 28 anos subsequentes, a RG se firmou no mercado por oferecer um serviço diferenciado, focado na capacidade de gerar informações estratégicas para
o desenvolvimento de seus usuários. Na época,
era uma das poucas empresas da área contábil
no Estado a praticar a Contabilidade Gerencial, demonstrando que o papel do Contador
vai muito além do simples cálculo de impostos
e atendimento às legislações comerciais, previdenciárias e legais.
Formação acadêmica
Em busca de mais conhecimento, em 1985, Nilson foi aprovado no vestibular para Ciências
Contábeis, na UFSC. Os quatro anos e meio de
aprendizado ampliaram os seus horizontes e o
motivaram a cursar um MBA e a ingressar em
entidades de classe – como o Conselho Regional
de Contabilidade de Santa Catarina (CRCSC).
Formado também em Consultoria pelo Instituto de Estudos Avançados (IEA) em 2003, foi
professor do curso de pós-graduação da Furb,
em Blumenau (2006), e palestrante em vários
eventos contábeis realizados no país, como
semanas acadêmicas, jornadas e convenções.
Somente em instituições de ensino superior do
Estado, proferiu mais de 300 palestras, sempre
sobre temas contábeis e tributários.
Em sua bagagem, possui mais de 1.500 horas de
eventos ligados às áreas contábil e tributária.
Entidades de classe
Em 1998, foi eleito conselheiro do CRCSC,
assumindo, em 2000, a vice-presidência de
Adminis­tração e Finanças, que ocupou até o
final de 2003. Por dois mandados (2004/2005
e 2006/2007), Nilson presidiu a entidade,
tendo adotado uma série de ações voltadas à
profissionalização da gestão e à melhoria no
atendimento.
Entre 2009 e 2013, assumiu a vice-presidência
de Administração da Associação Empresarial da Região Metropolitana de Florianópolis
(Aemflo), da qual é sócio há quase 20 anos por
meio da RG Contadores Associados. Paralelamente assumiu a mesma função no CDL de São
José. Em agosto de 2009, assumiu como membro do Conselho de Contribuintes de São José,
cargo que ocupa ainda hoje.
Em 2010, assumiu o Cargo de Presidente do
GBrasil – Grupo Brasil de empresas contábeis,
para um mandato de 2 anos, sendo reeleito em
2012 por mais 2 anos. Essa entidade congrega
uma aliança empresarial contábil, com representatividade em todos os Estados.
Entidades assistenciais
Além de uma atuação destacada em entidades de classe e empresariais, Nilson participa
ativamente de campanhas e de entidades filantrópicas e comunitárias. É sócio-fundador
e primeiro presidente da Associação de Pais
do Educandário Imaculada Conceição; contribuinte solidário há mais de 20 anos da Creche Vinde a Mim as Criancinhas e da creche
Pai Herói, ambas localizadas no município de
São José. Também, por mais de 10 anos, foi
diretor da Sociedade Esportiva Estrela Azul,
em Antônio Carlos, tendo presidido a entidade no ano de 1983.
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ACADÊMICOS
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Nilton Hausmann
A dedicação às causas do nosso dia-a-dia,
com motivação e perseverança, juntamente
com a paciência e compreensão do ser humano,
constituem fatores preponderantes para
o sucesso profissional e pessoal.”
Nilton Hausmann formou-se
bacharel em Ciências Contábeis e
pós-graduou-se em Gerência
Industrial pela Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC),
instituição pela qual aposentou-se
como professor. Desenvolve as
atividades de consultor contábil,
econômico e financeiro de empresas
privadas e de perito contábil nas
varas da Justiça Estadual e Federal.
Atua também como consultor
societário nos processos de
incorporação, fusão e cisão de
sociedades, bem como nos projetos
de planejamento sucessório familiar
de empresas de capital fechado.
Raízes
Nilton nasceu em abril de 1947 na cidade de Rio
do Sul, em Santa Catarina e, aos 2 anos de idade,
com seus pais descendentes de alemães e sua irmã, mudou-se para Blumenau, especificamente
para o bairro Itoupava Central, onde a colonização alemã era predominante.
Seus pais dedicavam-se à atividade de comercialização de produtos alimentícios, no segmento
varejista para famílias de baixa renda.
Aos 7 anos de idade iniciou sua formação escolar primária no Grupo Escolar D. Pedro I, concluindo esta etapa aos 11 anos de idade.
Nesta fase da vida, começou a trabalhar em pequenas tarefas na atividade comercial de seus
pais, que lhe ensinaram regras básicas para
atendimento e recepção de pessoas e lhe permitiram a prática do idioma alemão em todos os
sentidos da expressão oral e escrita.
Aos 12 anos de idade, prestou o exame de admissão para o ginásio, obtendo a 9ª colocação
no ranking geral. Após esta etapa vitoriosa, Nilton iniciou o curso ginasial no Colégio Pedro
II, de Blumenau, onde estudou até o 2º ano,
transferindo-se, então, em 1959, para o Colégio
Dom Bosco de Rio do Sul, onde concluiu o curso ginasial e cursou o primeiro ano do científico
(2º grau) que, na época, constituía o limite pedagógico do educandário.
Em 1965, transferiu-se para Florianópolis/SC,
para continuar o 2º grau, e matriculou-se na
Escola Técnica Nereu Ramos onde, em 1966,
concluiu o curso de Técnico em Contabilidade.
Em 1967, prestou vestibular para Ciências Eco-
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nômicas na UFSC e foi aprovado entre os 20
primeiros colocados.
Em 1969, Nilton optou pelo Curso de Ciências
Contábeis, no qual formou-se em 1971. Na formatura, foi agraciado com a medalha de outro
de melhor aluno.
Formação acadêmica
Nilton é formado em Ciências Contábeis pela Universidade Federal de Santa Catarina e pós- graduado em Gerência Industrial também pela UFSC.
Atividade profissional
Nilton foi Assessor Técnico Instrutivo do Tribunal de Contas do Estado, Contador da Fábrica de
Rendas e Bordados Hoepcke S/A, da qual, posteriormente, foi diretor administrativo e financeiro. Em junho de 2001, foi eleito vice-presidente
corporativo da referida empresa encerrando seu
mandato em dezembro de 2004.
Na década de 1980, exerceu o mandato de diretor administrativo e financeiro da empresa
holding do Grupo Hoepcke.
No período de 1980 a 1982, foi membro efetivo
do Conselho Fiscal da Caixa Econômica Estadual de Santa Catarina.
Entre 2001 e 2008, integrou o Conselho de
Administração da empresa Biguaçu Transportes Coletivos.
Participou das auditorias realizadas nas prefeituras de Florianópolis/SC e Balneário Camboriú em 2001.
Em outubro de 1989, juntamente com seu filho
também Contador, Luciano Melquiades Hausmann, Nilton criou a sociedade NH Consultoria,
Auditoria e Sistemas Contábeis que tinha como
principais objetivos os serviços de consultoria
nas áreas de Contabilidade, Custos e Finanças.
E janeiro de 2007, para adequar-se à legislação
do Simples Nacional, foi alterado o objeto social
e o nome da NH, que passou a denominar-se NH
Serviços Contábeis Ltda SS EPP, dedicada exclusivamente aos serviços contábeis. As atividades
de Consultoria ficaram a cargo da pessoa física
do profissional autônomo Nilton Hausmann.
Magistério
Em março de 1972, Nilton prestou concurso público para a UFSC e foi nomeado professor auxiliar do Departamento de Ciências Contábeis,
em regime de 20 horas e, a partir de 1980, passou para o regime de 40 horas. Permaneceu na
universidade por 25 anos e aposentou-se como
professor adjunto IV.
A partir de 1980, lecionou nos cursos de pós-graduação promovidos pela UFSC não só em
Santa Catarina, mas também nos estados do
Paraná, Rio Grande do Sul e Amazonas.
Atuou também como Professor dos cursos de
MBA promovidos pela Fundação de Estudos
Superiores de Administração e Gerência (Fundação ESAG) e pelo Complexo de Ensino Superior de Santa Catarina (Cesusc).
Nilton lecionou a disciplina de Contabilidade de Empresas, nos cursos promovidos pelo
Laboratório de Ensino à Distância da UFSC,
entre 1997 e 2000. Entre estes, destacam-se o
curso ministrado para IBGE do Rio de Janeiro,
com participantes espalhados pelo Brasil, e o
curso direcionado à empresa Bunge Alimentos
de Gaspar (SC).
Obras e textos publicados
»»Em 2001, em coparticipação com Editora
Plus Saber, Nilton Hausmann publicou o livro Contabilidade Gerencial em 10 Aulas, de
sua autoria.
»»Em 1997, foi editado o vídeo em CD que integrou o kit de materiais didáticos da disciplina Contabilidade de Empresas, utilizado
pelo IBGE no treinamento a distância em
todo território nacional.
»»Em 1997, foi editada e publicada a Apostila da
disciplina Contabilidade de Empresas utilizada para o treinamento a distância do IBGE em
todo território nacional.
C O N TATO
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ACADÊMICOS
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Nivaldo João dos Santos
Colocar a alma naquilo que se faz e
se esforçar ao máximo para fazer o
melhor possível. O trabalho sério e de
qualidade será sempre reconhecido.”
Contador e professor da UFSC,
Nilvado João dos Santos é doutor em
Engenharia de Produção e
Especialista em Auditoria pela
Universidade Federal de Santa
Catarina (UFSC). Atuou durante 24
anos na Eletrosul, nas áreas de
contabilidade, custos, finanças,
planejamento empresarial e gestão
da qualidade. Realiza perícias e
consultorias nas áreas de custos;
avaliação econômica e financeira de
empresas; apuração de haveres de
sócio; diagnóstico empresarial e
reestruturação administrativa,
financeira e societária de empresas.
Raízes
Nascido em Paulista, Pernambuco, sua família
mudou-se para o Rio de Janeiro quando tinha
12 anos, em busca de uma vida melhor. Na capital, seu pai abriu uma pequena mercearia, que
nunca chegou a dar o retorno esperado. Para
ajudar no orçamento, todos os oito filhos começaram a trabalhar bem cedo. Com 14 anos, Nivaldo João dos Santos estava empregado numa
agência de publicidade como office-boy. Aos 17,
trabalhava em um escritório de Contabilidade
copiando livro Diário. Entrou para a Petrobras,
como estagiário, aos 19 anos.
Formação acadêmica
De 1971 a 1973, fez o curso técnico na Escola
Técnica de Comércio do Rio de Janeiro – um
dos primeiros e mais tradicionais estabelecimentos de ensino técnico em Contabilidade do
país. Em 1974, ingressou no curso de Ciências
Contábeis da Universidade Católica de Petrópolis. Um ano após entrar na faculdade foi admitido na Eletrosul, no Rio de Janeiro. Em virtude da transferência para Florianópolis, acabou
perdendo dois anos de estudo. Formou-se em
Ciências Contábeis pela UFSC, em 1980. Em
2011 obteve título de doutor em Engenharia de
Produção (UFSC) com a tese Metodologia para
determinação do valor econômico de empresas
de capital fechado em processos de apuração de
haveres de sócio.
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ACADÊMICOS
Trajetória profissional
Entidades
No início, a Eletrosul funcionava bem no centro
de Florianópolis, nos edifícios Aliança e Carlos
Meyer, ambos na rua Felipe Schmidt. Começou
na estatal como auxiliar da Contabilidade, passando depois a exercer cargos gerenciais, como
chefe da divisão custos e da divisão contas a pagar. Em 1999, quando se desligou da empresa,
trabalhava na assessoria da presidência.
Presidente do Conselho Fiscal da Fundação de
Estudos e Pesquisas Socioeconômicos (Fepese),
de 2008 a 2012.
Conselheiro do Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina (CRCSC) de 2002 a
2005, tendo sido vice-presidente de Desenvolvimento Profissional no biênio 2004/2005.
Foi diretor financeiro e membro do Conselho
de Administração da Cooperativa de Consumo dos Empregados dos Estabelecimentos
Produtores, Transmissores e Distribuidores de
Energia Elétrica Ltda., de 1985/1987, e também
Contador da Associação de Profissionais da Eletrosul (Aprosul), no período de 1983/1985.
Magistério
Em 1987, ao concluir o curso de Especialização
em Auditoria, pela UFSC, recebeu convite para
ser professor horista nessa instituição. Em 1991,
por meio de concurso público, passou a ser professor com dedicação parcial (20 horas).
Em 1999, optou por sair da Eletrosul e ser professor em regime de dedicação exclusiva da UFSC.
Na UFSC, ministra disciplinas na graduação e
em cursos de especialização: Contabilidade Geral, Contabilidade de Custos, Perícias Contábeis
e Avaliação de Empresas (perícias societárias).
Ministra disciplinas em cursos de pós-graduação em diversas universidades no Brasil:
Controladoria; Perícias Contábeis e Avaliação
de Empresas.
É autor de diversos trabalhos apresentados em
congressos e publicados em periódicos, no Brasil e no exterior.
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ACADÊMICOS
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Oldoni Pedro Floriani
A trajetória da Artex mostrou-me a necessidade de se
fazer um bom planejamento sucessório, tendo a consciência
de que somos apenas passageiros neste mundo, mas
que a Entidade precisa perdurar. E, para isso, é preciso ter
sempre alguém preparado para a sucessão.”
Contador e bacharel em Ciências
Econômicas, Oldoni Pedro Floriani
é professor titular da Universidade
Regional de Blumenau (Furb) desde
1980, atualmente ministrando as
disciplinas de Auditoria e
Contabilidade Avançada. Mestre em
Gestão Moderna de Negócios e
especialista em Ciências Contábeis
(Furb) e em Auditoria, pela
Universidade Federal de Santa
Catarina (UFSC), é autor dos livros
Empresa Familiar ou... Inferno
Familiar (1ª edição e 2ª Edição
revisada e atualizada) e
Perpetuação das Sociedades à Luz
do Direito Civil, ambos editados
pela Juruá Editora. Sócio-fundador
da Actus Auditores Independentes
S/S, com sede em Blumenau, desde
maio de 1984. É membro do Lira
Circolo Italiano di Blumenau,
praticamente desde a sua fundação,
no qual mantém profundos laços de
amizade, sendo um grande
apreciador da cultura italiana.
Raízes
Nascido em 10 de novembro de 1951, em Rio
dos Cedros (SC), Oldoni Pedro Floriani vem de
família com tradição comercial e agroindustrial,
o que o levou a desenvolver desde cedo o espírito
empreendedor. Seus bisavós paternos, italianos,
investiram na atividade rural, agregando ao longo do tempo outros ramos. Como a família era
grande – mais de 10 irmãos – o pai de Oldoni, Lívio Floriani, ingressou no serviço público federal
em busca de outras perspectivas de trabalho. Sua
morte prematura, aos 43 anos, marcou e mudou
radicalmente a vida de Oldoni, o mais velho dos
cinco filhos e o único homem – a irmã mais nova
tinha apenas dois anos na época e veio a falecer
em seguida.
Aos 17 anos, começou a trabalhar na empresa familiar Tercílio Marchetti S.A., ao lado de sua casa,
que fabricava, inicialmente, ferramentas agrícolas
e, mais tarde, molas utilizadas em automotores.
Trajetória
Oldoni fez o curso Técnico em Contabilidade, em
Timbó (SC) e, em 1971, entrou para a Faculdade
de Ciências Econômicas da Furb, pois naquela
época a instituição não oferecia o curso de Ciências Contábeis.
De 1971 a 1973, trabalhou na Contabilidade do
Hospital Santa Isabel e, posteriormente, como chefe de escritório na loja de eletrodomésticos Utilar.
Em 1974, transferiu-se para a área comercial da
Universal Veículos, concessionária Ford, desempenhando o cargo de executivo de vendas.
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ACADÊMICOS
Tanto a Utilar como a Universal Veículos acabaram adquiridas pela tradicional Família
Zadrozny, detentora do controle majoritário da
Artex S/A Fábrica de Artefatos Têxteis, além de
possuir mais 30 outros empreendimentos. Essa
mudança foi um divisor de águas na vida de Oldoni, pois o contato direto com os novos proprietários lhe abriu as portas para a área de auditoria.
Por intermédio de Carlos Curt Zadrozny, em
1º de julho de 1974 – ano em que se formou
bacharel em Ciências Econômicas – assumiu
uma vaga na auditoria interna da Artex. “Começamos praticamente do zero, e os conhecimentos básicos de auditoria foram adquiridos
a partir de um treinamento de 15 dias na Price
Waterhouse, em São Paulo”, lembra Oldoni.
Educação
Oldoni começou, em 1976, o curso de Ciências
Contábeis, na Furb, seguido de uma pós-graduação em nível de especialização em Ciên­
cias Contábeis, concluí­da em 1979. Um ano
depois, foi convidado pela Furb para ensinar
Contabilidade e, mais tarde, Contabilidade
Avançada e Auditoria, disciplinas que continua a ministrar até hoje.
De 1985 a 1986, tornou-se pós-graduado, em nível de especialização, em Auditoria, pela UFSC.
Em 1998, pela Furb, obteve o título de Mestre em
Gestão Moderna de Negócios. Passou, então, a
lecionar Auditoria, Perícia, Contabilidade Gerencial, Gestão Estratégica de Empresas Familiares
e Controladoria em cursos de pós-graduação de
diversas universidades do Brasil, como a UFSC e
a Universidade de Taubaté (Unitau).
Consolidação
Em 1984, após 10 anos na Artex como auditor
interno, deixo-a para fundar a Actus Auditores
Independentes S/S, em sociedade com colegas
também oriundos de empresas da família Zadrozny. Em pouco mais de 20 anos, a Actus,
com sede em Blumenau, firmou-se como uma
das principais empresas de auditoria do Estado, atuando também em outras regiões do
Brasil e do exterior.
Em 2002, ingressou como sócio na Learned
Consultores Associados Ltda., voltada à capacitação profissional, oferecendo cursos em
áreas como Contabilidade, auditoria, planejamento tributário, perícia, empresas familiares e governança corporativa. Além de Santa
Catarina, a empresa opera também em outros
estados brasileiros.
Livros
O fato de vir de uma família de empreendedores, e de ter visto de perto o auge e a decadência do Grupo Artex, levou Oldoni a pesquisar o
universo das empresas familiares, concentrando-se na questão da sucessão, ponto nevrálgico que levou ao desaparecimento ou à mudança no controle de vários empreendimentos
tradicionais. Quando ingressou na Artex, em
1974, apenas o nome da companhia abria a
seus funcionários as portas de qualquer instituição do país. Ao longo de 20 anos, todo esse
poderio foi se reduzindo, e a companhia acabou sendo vendida.
Para melhor entender esse processo, Oldoni viajou a estudo, em 1997, à Itália, país em que predomina a estrutura familiar. Fruto desse estudo,
aprofundado na sua dissertação de mestrado em
Gestão Moderna de Negócios, pela Furb, nasceu
o livro Empresa Familiar ou....Inferno Familiar?,
publicado em 2002 pela Juruá Editora.
Na mesma área, em 2005, publicou a obra Perpetuação das sociedades à luz do Direito Civil (Juruá
Editora), prefaciada pelo empresário fundador do
Grupo Weg, Egon João da Silva. Já em 2007, lançou a segunda versão atualizada do livro Empresa
Familiar ou....Inferno Familiar?, com prefácio do
presidente do Conselho de Administração da Eletro Aço Altona, Bernardo Wolfgang Werner.
Oldoni integrou o grupo que elaborou o material sobre cooperativismo, utilizado em curso da
Unisul Virtual, sendo o responsável pelo capítulo
sobre cooperativas de consumo (livro 2). É autor
de diversos artigos publicados em periódicos como a Revista Brasileira de Contabilidade.
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ACADÊMICOS
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Rainoldo Uessler
A verdade dos números faz da Contabilidade
uma ciência exata. O que o Contador não pode
esquecer, no entanto, é que por traz dos números está
a realidade e a imprevisibilidade da vida humana.”
Contador, pós-graduado em
administração pública pela
Universidade Federal de Santa
Catarina (UFSC), e em Administração
Financeira pela Fundação Getúlio
Vargas (FGV - RJ), Rainoldo Uessler é
perito atuante nas Justiças Federal,
Comum e do Trabalho. Integrou o
grupo de estudos de perícias contábeis
do Conselho Federal de Contabilidade.
Professor aposentado da UFSC, onde
ministrou as disciplinas de Análise de
Balanços e Perícias Contábeis, foi
diretor de Economia e Finanças do
Tribunal de Justiça por 22 anos, período
em que concebeu e implantou os
serviços de administração financeira,
contábil e patrimonial naquele Poder.
Também foi o idealizador e responsável
pela implantação do Fundo de
Reaparelhamento do Judiciário.
Ex-secretário de Justiça e Administração
(gestão Vilson Kleinubing), é, hoje,
diretor-presidente do Instituto Professor
Rainoldo Uessler, empresa especializada
em perícias judiciais, extrajudiciais,
consultorias empresariais, avaliações
de empresas e cursos.
Raízes
Filho de pequenos agricultores, numa família
de sete irmãos, nasceu em Taió, onde residiu até
os dois anos, transferindo-se depois para Dona
Ema. Até os 12 anos, Rainoldo Uessler trabalhou
na roça, junto com os pais e irmãos, o que o impediu de se dedicar aos estudos. Com apenas o
terceiro ano primário, mudou-se aos 14 anos
para Blumenau, seguindo o caminho aberto por
um de seus irmãos, que tinha conseguido colocação em uma empresa da cidade. O primeiro emprego foi numa lavanderia, como entregador: em
uma das mãos carregava os ternos dos clientes e
com a outra dirigia a bicicleta.
Pouco mais de um ano depois, entrou para a Companhia Hering, inicialmente como servente e depois como tecelão. Aproveitou esse período para
fazer diversos cursos avulsos, como de datilografia, português e matemática. Saiu do emprego para servir à Aeronáutica, em Florianópolis, quando
viu a possibilidade de complementar seus estudos.
Início
Ficou na Aeronáutica por um ano e 10 meses,
tempo em que fez o curso de nivelamento, necessário para entrar no ginásio, com duração de
um ano, oferecido pela Escola Alferes Tiradentes,
instituição comandada pela professora Olga Brasil. Com 20 anos – depois de passar no exame de
admissão – começou o ginásio no Colégio Pio
XII, no bairro Estreito, de onde se transferiu um
ano depois para o Antonieta de Barros, no centro
de Florianópolis.
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ACADÊMICOS
Contabilidade
Um fato curioso definiu a sua carreira profissional. Atleta, quando estava prestes a entrar no
Instituto Estadual de Educação, optou por ir para
a Academia de Comércio de Santa Catarina, pois
queria participar da final sul-americana de remo,
em Lima, no Peru. Na sua avaliação, o ensino na
Academia não era tão “puxado”, o que lhe permitiria se ausentar por 20 dias e, o mais importante,
não perder o ano. Essa decisão levou-o a arquivar
o projeto de ser engenheiro e abriu-lhe as portas
para a Contabilidade.
Serviço Público
Durante a Academia, ingressou por concurso
público no Juizado de Menores, como escriturário datilógrafo. Quando o então desembargador
Marcílio Medeiros assumiu o Tribunal de Justiça, determinou que o órgão passasse a prestar
contas ao Tribunal de Contas. Para isso, pediu
à Secretaria da Fazenda que capacitasse uma
equipe de funcionários. Integrando esse grupo,
Rainoldo Uessler se destacou dos demais e passou a ser, em 1970 (mesmo ano em que se formou Técnico em Contabilidade), o supervisor
de Implantação do Serviço Contábil do Poder
Judiciário de Santa Catarina, sendo posteriormente nomeado diretor de Economia e Finanças do Tribunal de Justiça.
Ficou no órgão até 1989, quando se aposentou.
Dois anos depois, foi convidado a retornar, com
o objetivo de implantar no Estado o Fundo de
Reaparelhamento do Judiciário. Em fevereiro de
1992, tomou posse como secretário de Justiça e
Administração, a convite do governador Vilson
Kleinubing, permanecendo no cargo por um ano
e três meses.
Educação / Magistério
Um mês após se formar em Ciências Contábeis pela UFSC, em julho de 1975, passou no
concurso para professor da instituição, ministrando as disciplinas Contabilidade Hospitalar e Contabilidade Geral. Mais tarde, passou
a dar aulas de Análise de Balanços e Perícias
Contábeis. Fez Mestrado em Administração
Pública na UFSC, obtendo o título de especialista. Também possui especialização em
Administração Financeira, pela Fundação Getúlio Vargas. Aposentou-se como professor na
UFSC em 2005.
Atividade Atual
Em fevereiro de 1996, fundou o Instituto Professor Rainoldo Uessler, empresa especializada na área de perícias judiciais, extrajudiciais,
consultorias empresariais, avaliações de empresas e cursos, onde exerce o cargo de diretor-presidente. Atualmente, é o interventor federal
do Grupo Cipla, de Joinville, tendo sido objeto
de uma matéria publicada na Revista Veja, de
agosto de 2007, que mostrou as dificuldades
encaradas por ele para recuperar a empresa,
enfrentando a sabotagem de militantes radicais
remanescentes na fábrica. Hoje, depois de vários contratempos, os salários estão sendo pagos em dia e a empresa volta a dar mostras de
ser viável financeiramente.
Curiosidades
»»Sua formação deve muito aos três anos de ginásio feitos no Colégio Antonieta de Barros.
Na instituição, dirigida por Leonora de Barros,
irmã de Antonieta – a primeira mulher a ser
eleita deputada estadual em Santa Catarina –
estudou francês, latim e inglês.
»»Quando ainda era aluno no Curso de Ciências
Contábeis da UFSC e trabalhava no Tribunal
de Justiça, encontrou tempo para ministrar,
por um ano, aula de Contabilidade Industrial,
na Academia de Comércio de Santa Catarina.
»»Desde os 14 anos pratica o Remo. Aprendeu o
esporte no Clube Náutico América, de Blumenau, que defendeu por quatro anos em campeonatos estaduais. Em Florianópolis, foram
10 anos pelo Clube Náutico Riachuelo. Naquela época, o remo era mais popular do que o
próprio futebol, na capital catarinense
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ACADÊMICOS
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Rubens Diniz (in memoriam)
O Contador, hoje, é um gestor, um
gerente que se envolve com os destinos da
empresa. E a tecnologia veio contribuir
significativamente com este profissional.”
Funcionário público aposentado,
Rubens Diniz é bacharel em
Ciências Contábeis, formado pela
Universidade Federal de Santa
Catarina (UFSC) em 1971. Ingressou
como professor na instituição e
lecionou de 1973 a 1999. Na sua
trajetória profissional, destaca-se a
experiência na área da administração
pública, como oficial fazendário do
Tesouro do Estado, diretor geral de
controle e técnico de controle externo
do Tribunal de Contas do Estado de
Santa Catarina até a aposentadoria,
em 1990. Pela UFSC, especializou-se
em Auditoria e em Planejamento
Local Integrado.
Raízes
Nascido em Santo Amaro da Imperatriz no dia
25 de janeiro de 1941, numa família de 10 irmãos, Rubens Diniz chegou a Florianópolis no
final da década de 1950, em busca de melhores
perspectivas acadêmicas. Em sua cidade natal,
concluiu, em 1958, aos 17 anos, o Curso Normal
Regional (Professor Regionalista), expedido pelo Ginásio Normal Ivo D´Aquino.
Formação e carreira
Já na capital, Rubens frequentou o curso Técnico
em Contabilidade na Escola Técnica de Comércio Senna Pereira, no bairro Estreito, – uma das
mais reputadas da época – na qual seu irmão,
Florisvaldo Diniz, um dos principais incentivadores da mudança de Rubens para Florianópolis,
lecionava Direito Comercial. No mesmo período,
Rubens Diniz começou a trabalhar na área contábil, como gerente, procurador e Contabilista
da Imobiliária Ressacada Ltda. (1958-1964).
Após ter conquistado o diploma na Escola
Técnica de Comércio Senna Pereira, em 1961,
Rubens ingressou como professor na própria
instituição tendo, até janeiro de 1964, lecionado
as disciplinas de Contabilidade Geral e de Contabilidade Comercial.
No mesmo ano, com a eleição de seu pai, Clemente Tiago Diniz, para a prefeitura de Santo
Amaro da Imperatriz, retornou à cidade natal,
para atuar como secretário-geral e Contabilista, a pedido do próprio prefeito, onde permaneceu de março de 1964 a dezembro de
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ACADÊMICOS
1969. Nesse período, Diniz não abandonou o
ambiente acadêmico. Entre 1965 e 1969, foi
professor de Contabilidade Pública e Técnica
Orçamentária e de Contabilidade Industrial e
Agrícola na Escola Técnica de Comércio Charles Edgar Moritz, instituição que também dirigiu entre 1966 e 1967.
Graduação e Pós-graduação
Com experiência prática suficiente na bagagem, Rubens decidiu retornar a Florianópolis
em busca de mais conhecimentos acadêmicos.
Ingressou no curso de Ciências Contábeis na
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
e formou-se bacharel em 1971. Dois anos mais
tarde, foi aprovado em concurso público para
o cargo de professor na instituição, ficando até
se aposentar, em 1999. Nos últimos cinco anos
desse período, foi coordenador-chefe do curso
de Ciências Contábeis e liderou a implantação
do novo currículo, considerado mais moderno
e com teorias mais aprofundadas.
Magistério
Além da UFSC, atuou em outras instituições de
ensino superior. Na Escola Superior de Administração e Gerência (Esag) da Universidade do
Estado de Santa Catarina (Udesc), foi professor
titular de Contabilidade Pública e Técnica Orçamentária (1975 – 1988). Ali, também chefiou,
em 1985, o Departamento de Contabilidade, Finanças e Controle. Rubens também fez carreira
na Fundação Universidade Regional de Blumenau (Furb) como professor titular de Contabilidade Pública e Técnica Orçamentária, entre os
anos de 1975 e 1976.
Contabilidade Pública
Os trabalhos de maior destaque na carreira
de Rubens estão vinculados à Contabilidade
pública, como o período em que trabalhou
na prefeitura de Santo Amaro da Imperatriz
e, também, ao ingresso, em 1968, por meio de
concurso, no Tesouro do Estado, como oficial
fazendário. Dois anos mais tarde, assumiu
como diretor geral de controle e como técnico de controle externo do Tribunal de Contas
do Estado de Santa Catarina, ficando no posto até aposentar-se, em 1990. A época como
servidor público em um setor estratégico foi
muito gratificante para Rubens. Isso porque a
Constituição Federal de 1969 passou a exigir
que as prefeituras realizassem a fiscalização
contábil, financeira e orçamentária dos seus
gastos públicos. A novidade fez com que jovens
funcionários, como Rubens, se empenhassem
ao máximo para aprender e implantar as novas
regras previstas na lei máxima do país.
Buscando aprofundar seus conhecimentos, Rubens concluiu os cursos de especialização em
Auditoria, em 1986, e de aperfeiçoamento em
Planejamento Local Integrado, em 1970, ambos
oferecidos pela UFSC. Graças à experiência, ele
foi convidado pela Esag a executar diversos trabalhos de auditoria e a implantar sistemas contábeis em várias prefeituras catarinenses entre
1973 e 1988.
Curiosidades
»»Rubens Diniz é irmão da artista plástica Eli
Heil, com quem foi morar quando chegou a
Florianópolis, no final da década de 1950. Eli
(nascida Eli Malvina Diniz) morava na rua
Crispim Mira com o marido, José Urbano
Heil. A família Diniz fez história não apenas
nas artes plásticas. O irmão Florisvaldo, 15
anos mais velho, foi o primeiro reitor da Faculdade de Direito e Ciências Sociais, de Itajaí,
e que veio a ser, mais tarde, o embrião para
a formação da atual Universidade do Vale do
Itajaí (Univali).
»»Juntamente com a esposa Zaida Catarina da
Silva Diniz, Rubens integrou as Equipes de
Nossa Senhora, movimento de casais ligado à
Igreja Católica. Por conta desse trabalho voluntário, Zaida e Rubens publicaram diversos
livretos sobre a espiritualidade conjugal.
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ACADÊMICOS
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Sergio Faraco
Ninguém formado em Ciências Contábeis fica
desempregado, a não ser que a pessoa não queira
trabalhar. As possibilidades de emprego são muito
grandes: auditor, professor, fiscal de tributos,
perito contábil, investigador contábil...”
Contador, bacharel em Direito
e pós-graduado em Auditoria,
Sergio Faraco tem sua trajetória
marcada pela participação em
entidades da classe contábil. Em
janeiro de 2010, assumiu o quarto
mandato como presidente do
Conselho Regional de Contabilidade
de Santa Catarina (CRCSC),
totalizando oito anos à frente da
instituição (gestões 1996/1997,
1998/1999, 2008/2009 e 2010 e 2011).
Também já presidiu o Sindicato das
Empresas de Serviços Contábeis da
Grande Florianópolis (Sescon) e a
Associação dos Conselhos Profissionais
de Santa Catarina (Ascop).
Empresário contábil, foi o primeiro
catarinense a chegar à vicepresidência do Conselho Federal de
Contabilidade (CFC), cargo que
ocupou de 2002 a 2005, inicialmente
como vice-presidente de Fiscalização
e Registro e, após, de Administração.
De 2006 a 2007, foi conselheiro
suplente do CFC.
Raízes
A família queria que ele fosse médico, mas
Sergio Faraco, nascido em Florianópolis no
dia 16 de março de 1950, optou pela profissão
de Contabilista, por sua afinidade com cálculos. Foi um concurso público, para bacharel
em Ciências Contábeis no Banco Regional de
Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE),
que chamou a sua atenção. A possibilidade de
atuar em diversas frentes, aliada ao fascínio
pelos números, fez o jovem decidir-se pela
carreira contábil.
Em seu período universitário, estagiou no Departamento de Estradas de Rodagem (DER),
sendo responsável pela previsão orçamentária
e pelo pagamento de 569 empregados. Também
atuou no setor de pessoal da Texaco Brasil S.A.
Produtos de Petróleo.
Logo após a formatura, em 1977, Sergio montou um escritório de Contabilidade, no bairro Estreito, com apenas duas pessoas, ele e o
office-boy, e oito postos de gasolina da região
como clientes. Trinta anos depois, são cerca de
25 empregados e uma carteira de 180 clientes,
com foco no comércio varejista e em empresas
prestadoras de serviços.
Formação acadêmica
A necessidade de ampliar o universo da Contabilidade, cada vez mais diversificado e competitivo, fez com que Sergio buscasse aprimorar
seus conhecimentos. Em 1984, ele cursou uma
especialização em Auditoria na Universida-
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ACADÊMICOS
de Federal de Santa Catarina (UFSC), mesma
instituição que havia lhe dado, 12 anos antes,
o título de bacharel em Ciências Contábeis. A
curiosidade não parou por aí. Em agosto de
2003, Faraco formou-se em Direito pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali).
Entidades
O engajamento de Sergio em entidades de classe tem sido o foco de sua carreira como Contabilista, paralela à sua atuação como sócio-proprietário da Faracon Contadores Associados
Ltda. Em sua opinião, a participação dos contabilistas em entidades de classe é fundamental
para o fortalecimento e aprimoramento da profissão. No Conselho Federal de Contabilidade,
já foi vice-presidente de Fiscalização e Registro
(2004/2005) e de Administração (2002/ 2003),
completando seis anos de vivência na instituição, os dois últimos como conselheiro suplente.
Em Santa Catarina, Sergio, depois de presidir
por quatro anos o Conselho Regional de Contabilidade (1994/1997), foi novamente escolhido
em janeiro de 2008 para comandar a entidade,
no biênio 2008/2009. Ao término desse período, foi reeleito para mais um mandato (gestão
2010/2011). Também dirigiu o Sindicato das
Empresas de Serviços Contábeis da Grande
Florianópolis (Sescon) e a Associação dos Conselhos de Profissionais Liberais do Estado de
Santa Catarina (Ascop).
Carreira profissional
Outra ênfase em sua carreira tem sido a realização de palestras, em vários locais do país,
sobre temas ligados à Contabilidade. Foi a
forma que encontrou para dividir com diferentes públicos – de profissionais a estudan-
tes – o que aprendeu em 30 anos de carreira.
Os temas principais de suas palestras são as
perspectivas da profissão contábil na época da
globalização, a Contabilidade como uma profissão de futuro, fraudes corporativas, ética e
marketing. Entre os momentos que ele destaca como os mais importantes no contato com
o público, estão a aula magna proferida para
calouros do curso de Ciências Contábeis da
Universidade do Planalto Catarinense (Uniplac), em Lages, para cerca de 200 alunos. Sergio também destaca a palestra sobre pontos
relacionados à Dimob/Coaf, que encerrou o
2º Encontro Sul-Brasileiro de Corretores de
Imóveis, realizado em 2007, em Florianópolis,
para cerca de 1,2 mil pessoas.
Curiosidades
»»Na profissão, Sergio Faraco contou com o
apoio de pessoas que ainda hoje são lembradas com admiração. Ainda jovem, quando
estagiava no Departamento de Estradas de
Rodagem (DER), teve o incentivo de Ricardo
Saporiti e César Amin Ghanen Sobrinho, seus
superiores no órgão.
»»Mais tarde, José Maria Mendes, então presidente do Conselho Federal de Contabilidade
(CFC), e Décio Sardá, na época membro do
Conselho Regional de Contabilidade de Santa
Catarina (CRCSC), o estimularam a concorrer
à presidência da entidade local.
»»Ele é casado e tem dois filhos: Taís de Lima
Faraco, 6 anos, e Michel Colombo de Medeiros
Faraco, 24.
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ACADÊMICOS
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Silvio Lehmkuhl Meyer
No último dia 31, enquanto não
fechasse o balanço do ano, não era
possível sair do banco. A gente via
todos indo para o baile, e nós lá...”
Silvio Lehmkuhl Meyer formou-se no
curso de Ciências Contábeis da
Universidade Federal de Santa
Catarina (UFSC) em 1968. Foi
professor da instituição entre 1973 e
2003, tendo ocupado diversos cargos
nas áreas de chefia e de pesquisa.
Durante esse período, ajudou a
idealizar e a implantar o escritóriomodelo do curso de Ciências
Contábeis e a Fundação de Estudos e
Pesquisas Socioeconômicas (Fepese).
Também foi funcionário do Banco do
Brasil de 1952 a 1981, em postos
localizados em Florianópolis, Lages e
Foz do Iguaçu (PR).
Raízes e formação
Nascido em 7 de maio de 1933, em Florianópolis, Silvio Lehmkuhl Meyer envolveu-se com
a Contabilidade bem antes de optar pelo curso
de Ciências Contábeis da Universidade Federal
de Santa Catarina (UFSC). Formado técnico em
Contabilidade pela Academia de Comércio de
Santa Catarina, localizada no centro de Florianópolis, em 1952, com a aprovação no concurso
público para ingressar no Banco do Brasil, Silvio mudou-se para Lages, onde o aguardava um
posto de trabalho como escriturário. Na cidade
do planalto serrano catarinense permaneceu
dois anos. Após esse período, retornou à sua
cidade natal, onde ficou por mais dois até ser
transferido para Foz do Iguaçu (PR).
Carreira profissional – início
Ao voltar a Florianópolis, já casado, Silvio
Lehmkuhl Meyer ingressou no curso de Ciências
Contábeis na UFSC e formou-se bacharel no dia
2 de dezembro de 1968. Na época, as aulas aconteciam na Faculdade de Ciências Econômicas
de Santa Catarina, instalada na rua Almirante
Alvim (atual prédio do Badesc – Agência Catarinense de Fomento S.A.).
Magistério
Como era comum na época aos recém-formados que tinham um bom desempenho na graduação, Silvio Lehmkuhl Meyer foi convidado
por seus professores a prestar concurso público
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ACADÊMICOS
para lecionar na UFSC. Foi admitido no dia 10
de agosto de 1973 e permaneceu na instituição
até 7 de maio de 2003, após lecionar nos cursos
de Ciências Contábeis, Economia e Administração. Neste período, também desempenhou as
funções de membro do colegiado do curso de
Ciências Contábeis (1987 a 1989), de coordenador de pesquisa do departamento de Ciências
Contábeis (janeiro a dezembro de 1994), subchefe em dois períodos (1989 - 1993 e maio a
junho 1995), além de chefe do departamento de
Ciências Contábeis entre 1995 e 1999.
Ao lado do Contador Lindomar Antônio Fabro,
ajudou a fundar o escritório-modelo do curso de
Ciências Contábeis da UFSC.
Bancos e comércio
Além do magistério, outra atividade profissional
em que Silvio Lehmkuhl Meyer especializou-se é
a contabilidade bancária e comercial.
Carreira profissional – atual
Aposentou-se do Banco do Brasil no dia 7 de
setembro de 1981 e da UFSC em 7 de maio de
2003. Atualmente, é voluntário do setor contábil
da Ação Social Imaculada Conceição.
Entidades
Foi um dos sócios-fundadores da Fundação de
Estudos e Pesquisas Socioeconômicas (Fepese), da qual também foi diretor. Na década de
1960, militou no Sindicato dos Bancários de
Florianópolis.
Curiosidades
»»Filho de Hugo e Odete Meyer, já falecidos, morou em Sambaqui em 1939, por conta das atividades do pai, fiscal aduaneiro da alfândega
de Florianópolis, encarregado de fiscalizar a
circulação de contrabando nos navios que trafegavam pela Baía Norte. A casa onde a família Meyer viveu permanece no mesmo local.
Silvio guarda memórias agradáveis da época,
pois foi ali que aprendeu a ler. As primeiras
palavras foram “Leite Moça”, escritas numa
lata de leite condensado.
»»A Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945)
também deixou marcas. Descendente de alemães, Hugo Meyer não admitia que se falasse
alemão em casa. O medo do pai era de que a
família pudesse sofrer retaliações caso fosse
vinculada ao nazismo, linha política que vinha sendo combatida com punhos de ferro
pelos países “aliados”.
»»Como as demais entidades que congregavam trabalhadores no país, o Sindicato dos
Bancários de Florianópolis também foi vítima da repressão vivida durante o regime
militar pós-1964. As Forças Armadas ordenaram que a Delegacia Regional do Trabalho
(DRT) interviesse no sindicato “comunista”,
punisse e transferisse algumas lideranças. O
destino de Silvio Lehmkuhl Meyer e de sua
esposa, grávida, seria o município de Feira
de Santana (BA). “Só que a DRT tinha uma
mulher espetacular (Almira) na direção local e que se negou a fazer qualquer coisa.
Disse que conhecia todos nós e que não éramos comunistas. Foi um período de muita
tensão, uma época de muito nervosismo”,
recorda Silvio.
»»Silvio Lehmkuhl Meyer é casado e tem cinco
filhos (três homens e duas mulheres).
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ACADÊMICOS
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Valério Matos
Um gol bonito vale tanto
quanto um gol qualquer.”
Contador, administrador e
economista, Valério José de Matos é
sócio-fundador (1976) da Valério
Matos S/C de Auditoria, com sede em
Florianópolis. Anteriormente, exerceu
os cargos de contador e gerente da
Caixa Econômica do Estado de Santa
Catarina. Elaborou diversos trabalhos
de perícias contábeis e implantou
vários sistemas de Contabilidade e
plano de contas quando da adequação
à nova Lei das Sociedades Anônimas.
Foi presidente do Lagoa Iate Clube,
membro do Conselho Fiscal e viceprovedor da Irmandade do Senhor
dos Passos, sendo atualmente
consultor administrativo e financeiro
da Associação Catarinense para
Integração do Cego – Acic. Também
teve participação destacada em
entidades empresariais, integrando o
Conselho Superior da Associação
Comercial e Industrial de Florianópolis
(Acif) – gestão 2007/2009.
Apesar de torcedor do Figueirense,
foi diretor-financeiro do Avaí FC
em 1973, quando o time sagrou-se
campeão estadual.
Início
Nascido em dezembro de 1932, na Praia Comprida, em São José (SC), Valério Matos começou
a trabalhar aos 15 anos, como auxiliar de ferreiro,
ajudando o seu pai, Zé Matos, o ferreiro da Praia
Comprida. Exerceu essa atividade por três anos.
Em 1950, prestou serviço militar obrigatório no
14º Batalhão de Caçadores, ficando no exército
por mais um ano na patente de cabo. Tornou-se funcionário da Base Aérea de Florianópolis
(1951/1953) e, após, do Tesouro do Estado de
Santa Catarina (1954/1956).
Já como técnico em Contabilidade, formado pela
Academia de Comércio de Santa Catarina, Valério começou a trabalhar na Carioni & Irmãos,
em 1956, inicialmente como comerciário e, após,
como Contador. Saiu do grupo para ser assessor
contábil na Escola Técnica Federal de Santa Catarina e Contador de várias empresas, sem manter com elas um vínculo empregatício.
Trajetória Profissional
Em 1969, Valério ingressou na Caixa Econômica Estadual que, mais tarde, se transformaria
no Bescri (Besc S.A. Crédito Imobiliário). Neste,
começou como Contador, passou a gerente e, depois, coordenador geral de Planejamento, cargo
extremamente importante na época. A partir de
1975, ano em que se desligou da Caixa Econômica Estadual, iniciou atividades como auditor
externo independente e, meses depois, fundou a
Valério Matos S/C de Auditoria, primeira empresa de auditoria “genuinamente” florianopolitana.
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O tino para os negócios levou Valério a criar, na
década de 1980, a Valer Administração e Serviços
Ltda., empresa voltada a um mercado que começava, então, a despontar: o de tíquetes refeição. A
Valer acabou se tornando, por um bom tempo,
líder da Grande Florianópolis em seu segmento.
O sucesso despertou interesse e preocupação da
concorrência – formada por grandes empresas
de fora do Estado – a tal ponto que uma destas se
propôs a comprar a marca por um período de 20
anos, apenas com o intuito de tirá-la do mercado.
Educação
O diploma de Técnico em Contabilidade não foi
suficiente para suprir a sede de conhecimento do
filho do ferreiro da Praia Comprida. Em 1963, Valério formou-se em Economia pela Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC). Também por
essa instituição, concluiu, em 1966, o curso de Ciências Contábeis e, em 1972, o de Administração.
Futebol
A vida de Valério foi permeada por uma paixão:
o futebol, que começou a praticar ainda menino.
Aos 17 anos, foi aspirante no Paula Ramos Esporte
Clube, de Florianópolis, sagrando-se campeão da
cidade. Um ano depois, participava da Seleção Catarinense, jogando contra o São Paulo, pelo Campeonato Brasileiro da Juventude Amadorista.
Considerado um dos mais perfeitos jogadores da
história do futebol catarinense, colecionou títulos
durante os 15 anos dedicados profissionalmente
ao esporte, incluido o de campeão estadual pelo
Paula Ramos, em 1959. Nas décadas de 1949 a
1960, quando ainda não havia o domínio de Avaí
e Figueirense, o Paula Ramos era um dos times
“fortes” do Estado. Valério também integrou a
equipe do Figueirense entre 1963 e 65. Em 1960,
foi titular da Seleção Catarinense, considerada na
época a “Seleção de Ouro”.
Em 2005, recebeu a “Comenda João Havelange”,
concedida pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), por indicação do presidente da Federação Catarinense, Delfim de Pádua Peixoto Filho,
em reconhecimento aos relevantes serviços prestados ao desenvolvimento do futebol catarinense.
Outras experiências
Mesmo sem saber cozinhar, montou um dos restaurantes mais famosos de Florianópolis, o Pirão,
ponto de encontro de políticos, artistas e pessoas
de destaque, que funcionou entre 1987 e 2002.
A história da cidade, neste período, passou pelas
mesas do Pirão e ficou gravada nos depoimentos
e mensagens deixadas pelos visitantes em vários
livros que Valério guarda com carinho e zelo.
Também privilegiando a cultura local, foi inaugurado, neste período, o Pirão do Mercado Público,
instalado numa das torres do edifício histórico.
Participação Social
Foi diretor-tesoureiro (1975/1979) e presidente
(1979/1983) do Lagoa Iate Clube, em Florianópolis, e tesoureiro e conselheiro da Associação
Catarinense para a Integração do Cego – Acic
(1977/2002). Atualmente ocupa o cargo de consultor Administrativo e Financeiro da entidade.
Situação atual
Delegou aos filhos e sócios a administração
da Valério Matos S/C de Auditoria que, depois de reestruturada, passou a ser VGA &
Valério Matos Auditores Independentes. Voltando às origens, Valério dedica boa parte de
seu tempo à arte de trabalhar o ferro numa
oficina instalada em seu sítio.
A partir de 2007, passou a administrar, por meio
da Valer Comércio de Imóveis Ltda., com sede
em Santo Amaro da Imperatriz, um condomínio
com oito lotes.
Outras informações
»»Contador e Assessor Financeiro do Conselho
Regional de Contabilidade do Estado de Santa
Catarina – 1968/1975.
»»Diretor-superintendente da Fundação Instituto
Nacional de Artes Culinárias (Finac), de 1999
a 2003.
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Waltamir Barreiros
Não só estou feliz com a minha profissão como a indico a
qualquer jovem que queira iniciar uma carreira promissora.
A Contabilidade exige muito do profissional, mas retribui
com muitas compensações, oferecendo um leque grande
de opções no mercado de trabalho. Quem se dispuser a
trabalhar com dedicação e buscar o melhor resultado no
desempenho de suas funções estará na direção do sucesso e
certamente terá pela Contabilidade uma grande paixão.”
Gerente do Departamento de
Governança Tributária da Tractebel,
Waltamir Barreiros é formado em
Ciências Contábeis pela Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC) e
pós-graduado em Auditoria, pela
mesma instituição. Na UFSC, leciona
no Departamento de Ciências
Contábeis desde agosto de 1985.
É presidente do Conselho Fiscal da
Energia Sustentável do Brasil S.A.,
detentora da concessão da Usina
Hidrelétrica Jirau, localizada no Rio
Madeira, Rondônia; representa a
Tractebel junto à Câmara de Assuntos
Tributários e Legislativos da
Federação das Indústrias do Estado
de Santa Catarina (Fiesc) e coordena
o grupo de tributação da Associação
Brasileira dos Produtores
Independentes de Energia Elétrica
(Apine), sediada em Brasília.
Raízes e formação
Waltamir Barreiros nasceu na cidade mineira
de Conselheiro Pena e, após o falecimento do
pai, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde seus
irmãos já tinham fixado residência.
Carreira profissional – início
Aos 16 anos, enquanto frequentava o curso
Técnico em Contabilidade, começou a trabalhar no escritório de uma indústria de sabão,
lidando com notas fiscais e com o faturamento
da empresa. Após esta experiência, trabalhou
na Gumex S.A. Indústria de Perfumaria onde,
então, pôde aprofundar alguns conhecimentos
na área contábil. Mais tarde, no escritório de
Contabilidade de um conterrâneo seu, no Rio
de Janeiro, Barreiros passou a atender a contabilidade de empresas com diferentes perfis.
Em março de 1975, foi admitido na Eletrosul e,
com a transferência do escritório central da empresa para Florianópolis, Waltamir fez nova mudança, com o objetivo de ficar apenas dois anos.
Está na capital catarinense há mais de 30 anos.
Graduação e Pós-graduação
Formou-se em Ciências Contábeis pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em
1983, e fez pós-graduação em Auditoria na mesma instituição, em 1985, ano em que começou a
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lecionar. Iniciou o mestrado em Engenharia de
Produção na UFSC e, após ter concluído todos
os créditos, não pôde apresentar a dissertação
para obtenção do título em virtude de demandas profissionais com a cisão da Eletrosul, da
qual era Contador, seguida da privatização da
atual Tractebel, onde também era o Contador.
Magistério
Waltamir é professor do departamento de Ciê­
ncias Contábeis da UFSC desde agosto de 1985.
Entre as disciplinas ministradas estão Contabilidade I, Contabilidade II, Estrutura de Balanços, Contabilidade e Análise de Balanços,
Contabilidade Rural, Normas Internacionais de
Contabilidade e Contabilidade Tributária.
Carreira profissional – atual
Até 1997, ele exerceu diversas funções na Eletrosul, até chegar ao posto de gerente do Departamento de Contabilidade. Após a cisão parcial da
empresa, Waltamir foi transferido para a Tractebel Energia S.A, onde exerceu, até junho de 2005,
a função de gerente do Departamento de Contabilidade da holding e de suas controladas, quando passou a ocupar o cargo de gerente do Departamento de Governança Tributária da Tractebel.
Proferiu palestras e participou de painéis em
diversos eventos de nível nacional em capitais
do sul, sudeste e nordeste do país.
Entidades
Além de membro da Academia Catarinense
de Ciências Contábeis, Barreiros é presidente
do Conselho Fiscal da Energia Sustentável do
Brasil S.A., empresa detentora da concessão
da Usina Hidrelétrica de Jirau, localizada no
Rio Madeira, em Rondônia; representa a Tractebel junto à Câmara de Assuntos Tributários
e Legislativos da Federação das Indústrias do
Estado de Santa Catarina (Fiesc) e coordena o
grupo de tributação da Associação Brasileira
dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine), sediada em Brasília.
Foi diretor de Relações Institucionais e posteriormente vice-presidente da Região Sul da Associa-
ção Brasileira dos Contadores do Setor de Energia
Elétrica (Abraconee), sediada em Brasília; diretor
financeiro e membro do Conselho de Administração da Cooperativa de Consumo dos Empregados
dos Estabelecimentos Produtores, Transmissores
e Distribuidores de Energia Elétrica Ltda. (Cooenergia), com sede em Florianópolis; membro
titular do Conselho Fiscal e posteriormente do
Conselho de Curadores da Fundação Eletrosul de
Previdência e Assistência Social – Elos, em Florianópolis; membro do Grupo Tributação do então
Mercado Atacadista de Energia Elétrica – MAE,
com sede em São Paulo; membro do Conselho
Fiscal da Associação Brasileira de Concessionárias de Energia (ABCE), sediada em São Paulo,
e membro suplente do Conselho Deliberativo da
Previg – Sociedade de Previdência Complementar, com sede em Florianópolis.
Outras informações
Em novembro de 2001, Waltamir recebeu o
Diploma Mérito Social, RS – 2001, conferido
pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio
Grande do Sul.
Curiosidades
»»A chegada da Eletrosul a Florianópolis em
1975, mudou o perfil da então pacata cidade.
A empresa incentivava a transferência de seus
funcionários, oferecendo-lhes bons salários
para que permanecessem na capital catarinense. Isso acabou inflacionando o mercado
imobiliário e fez com que os moradores nativos
começassem a conviver com novos habitantes,
vindos de Estados como São Paulo, Rio Grande
do Sul e Rio de Janeiro. Para muitos, Florianópolis nunca mais seria a mesma após a chegada
da Eletrosul ao bairro Pantanal e à instalação
do campus da UFSC na vizinha Trindade.
»»Waltamir Foi um dos fundadores e primeiro diretor financeiro do Bloco Carnavalesco
Consulado do Samba, hoje Grêmio Recreativo e Escola de Samba Consulado.
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Wanderlei Pereira das Neves
Como gestor público, é importante saber equilibrar
a equação entre o técnico e o político. O trabalho
de convencimento e a superação das dificuldades
que a administração coloca ao profissional são
exercícios diários e desafiadores.”
Formado em Ciências Contábeis pela
Universidade Federal de Santa
Catarina (UFSC), Wanderlei Pereira
das Neves tem especialização em
Auditoria Governamental pela
mesma instituição e mestrado em
Administração pela Escola Superior
de Administração e Gerência (Esag)
da Universidade do Estado de Santa
Catarina (Udesc). Ocupa atualmente
o cargo de diretor de Captação de
Recursos e da Dívida Pública da
Secretaria de Estado da Fazenda.
Fundou e presidiu a Associação dos
Servidores do Controle Interno do
Estado de Santa Catarina (Ascisc)
de 2005 a 2008.
Em mais de 25 anos de serviço
público, trabalhou ao lado de sete
governadores e 15 secretários da
Fazenda.
Raízes e formação
Wanderlei Pereira das Neves nasceu em Gravatal/
SC, no dia 10 de dezembro de 1963. Aos 18 anos,
trabalhava na lanchonete e na olaria da família.
Exercia, também, atividades na pecuária, ajudando os pais que tinham uma pequena propriedade.
Em agosto de 1982, veio para a capital em busca
de melhores perspectivas profissionais, Wanderlei, então, atuou como estagiário na secretaria de
Estado da Cultura, Esporte e Turismo, na Biblioteca Pública do Estado, na Caixa Econômica Federal
e como funcionário no Bamerindus Crédito Imobiliário (antiga Associação de Poupança e Empréstimo do Estado de Santa Catarina – Apesc).
Formação acadêmica
Enquanto estudante de Ciências Contábeis da
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC),
Wanderlei foi monitor do escritório-modelo sob
a supervisão do professor Lindomar Antônio Fabro que, hoje, é seu colega nas Academias Brasileira e Catarinense de Ciências Contábeis.
Graduação e Pós-graduação
Wanderlei formou-se na UFSC, em 1987. Pós-graduou-se em Auditoria Governamental e,
a seguir, em Contabilidade Prática Avançada
a Distância – ESAF-DF/1999. O mestrado em
Administração obteve pela Escola Superior de
Administração e Gerência (Esag) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), com
a dissertação Gestão financeira: um sistema de
fluxo de caixa para a administração pública.
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Contabilidade Pública
Carreira profissional – atual
Wanderlei era ainda universitário quando passou
em concurso de nível médio para o Ministério da
Fazenda, de onde logo saiu, convocado para o Instituto de Administração e Previdência Social (Iapas). A aprovação em novo concurso o levou à Secretaria de Estado da Fazenda, onde atuou como
auxiliar técnico de controle interno até ser aprovado, em novo concurso, para auditor interno do
poder executivo, cargo efetivo que ocupa até hoje.
Em 1989, tornou-se chefe de contabilidade financeira do governo. Em 1995, Wanderlei, já como auditor interno, assumiu pela primeira vez a diretoria
de Contabilidade Geral da Secretaria da Fazenda.
A seguir, ocupou a diretoria do Tesouro do Estado, desenvolvendo, em 1997, o Sistema de Fluxo de
Caixa do Governo do Estado, que viria a ser tema
de sua dissertação de mestrado. O sistema serviu
de inspiração para outros estados brasileiros.
Wanderlei coordenou, em 2005, a implantação do
sistema financeiro de conta única de Santa Catarina, iniciativa que ajudou a elevar a arrecadação do
Estado. De 2004 a 2010 presidiu o grupo gestor encarregado da contratação, desenvolvimento e implantação do Sistema Integrado de Planejamento
e Gestão Fiscal – Sigef, responsável por toda a gestão orçamentária, financeira e contábil do Estado,
metodologia que ganhou destaque nacional.
Em Rio Branco (AC), Wanderlei auxiliou na elaboração do plano plurianual, após a aprovação
da Lei de Responsabilidade Fiscal de 2001.
Atualmente, Wanderlei Pereira das Neves é diretor de Captação de Recursos e da Dívida Pública
da Secretaria de Estado da Fazenda e diretor presidente da Santa Catarina Participação e Investimentos S/A (Invesc).
Magistério
Wanderlei foi professor do curso de Ciências Contábeis da UFSC de 1999 a 2000. Entre 1998 e 2003,
lecionou na Universidade do Sul de Santa Catarina
(Unisul). Paralelamente, proferiu palestras, coordenou seminários e planejou cursos, especialmente
nas áreas de planejamento, de contabilidade pública e de auditoria governamental, foco de sua carreira. Ministrou também cursos de pós-graduação
organizados por diversas entidades, dentre elas o
Instituto Catarinense de Pós-Graduação (ICPG), a
Fundação de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas (Fepese), a Universidade do Vale do Itajaí (Univali) e a Faculdade Atual da Amazônia (FAA).
Entidades
Wanderlei é fundador e primeiro presidente
(2005–2008) da Associação dos Servidores do
Controle Interno do Estado de Santa Catarina
(Ascisc). Foi conselheiro-suplente do Conselho
Regional de Contabilidade (CRCSC), e representa a secretaria de Estado da Fazenda junto
ao grupo de gestores financeiros dos Estados e
do Distrito Federal (Gefin). Entre as conquistas
à frente destas entidades, destacam-se a criação
da carreira de Contador da Fazenda Estadual
e a realização de dois concursos públicos, em
2003 e 2009, que levaram à estruturação da sólida carreira de Contador Público e ao fortalecimento da estrutura contábil do Estado, ações
que acabaram por se tornar referência para vários outros estados.
Homenagens e premiações:
Recebeu homenagem da UFSC, como Ex-Aluno
de Destaque do Curso de Ciências Contábeis, nas
comemorações dos 38 anos do Centro Sócio Econômico daquela universidade (2008).
Recebeu, do Estado, Diploma e Medalha do Mérito
Funcional Alice Guilhon Gonzaga Petrelli (2010).
Curiosidades
Jogou futebol por 10 anos pelo Grêmio Desportivo Gravatalense e pelo Termas Futebol
Clube, ambos de Gravatal. Na capital, Wanderlei representou durante dois anos o Caeirense
na Liga de Futebol Amador. É sócio do Veteranos Unidos de Gravatal (Vugra) e ainda se
arrisca em “peladas”.
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estatuto e regimento
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Estatuto Social
CAPÍTULO I
Da Denominação, Sede, Duração, Princípios, Caráter,
Objetivos e Finalidades, Patrimônio, Receitas e Área de Atuação
SEÇÃO I
Da Denominação, Sede, Duração e Princípios
Art. 1° - A ACADEMIA CATARINENSE DE CIÊNCIAS
CONTÁBEIS é uma associação civil organizada para fins
não econômicos, pessoa jurídica de direito privado, que se
regerá pelo disposto no presente estatuto, pelo regimento
geral, pela Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, mormente Artigos 53 a 61, e demais disposições legais em vigor
aplicáveis à espécie.
Parágrafo único - A Academia Catarinense de Ciências Contábeis não distribui entre os seus associados, conselheiros,
diretores, empregados ou doadores eventuais, seus excedentes operacionais, brutos ou líquidos, dividendos, bonificações, participações ou parcelas do seu patrimônio, auferido
mediante o exercício de suas atividades ou recebidos por
meio de doações ou qualquer outra forma de ingresso, e os
aplica integralmente na consecução do seu objetivo social.
Art.2° - A Academia Catarinense de Ciências Contábeis
terá sua sede na cidade de Florianópolis, Estado de Santa
Catarina, e foro jurídico na mesma cidade e Comarca.
Parágrafo Unico: A Academia terá uma Secretaria
Executiva sediada na cidade que a Diretoria eleita determinar.
Art. 3°- O período de duração da Academia Catarinense de
Ciências Contábeis é por prazo indeterminado.
Art. 4° - A Academia Catarinense de Ciências Contábeis,
no desenvolvimento de suas atividades, observará os seguintes princípios e práticas:
I - Princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade e da eficiência, e
não fará qualquer discriminação de raça, cor, gênero
ou religião.
II - Práticas de gestão administrativa, necessárias e suficientes a coibir a obtenção, de forma individual ou coletiva, de benefícios ou vantagens pessoais, em decorrência
da participação no respectivo processo decisório.
Parágrafo único. E vedada à academia imiscuir-se em
assuntos de natureza política ou religiosa.
SEÇÃO II
Do Caráter, Objetivo e Finalidades
Art. 5º - Os objetivos e finalidades da Academia Catarinense de Ciências Contábeis, instituição de caráter científico e cultural, consistem em:
I - congregar pessoas de saber reconhecido no meio contábil - acadêmico;
II - promover o desenvolvimento científico e cultural das
Ciências Contábeis;
III - estimular o aperfeiçoamento técnico-científico e cultural dos profissionais das Ciências Contábeis;
IV - estimular a integração do conhecimento científico
contábil e de pessoas do meio contábil com outras áreas
de conhecimento e pessoas de outros meios profissionais;
V - fomentar a difusão científica do conhecimento contábil;
VI - contribuir para a educação e o bem estar social do
país;
Art. 6° - Para cumprir seus propósitos colimados a Academia Catarinense de Ciências Contábeis atuará por
meio da execução direta, ou em parceria nos projetos,
programas e planos de desenvolvimento das Ciências
Contábeis; organizará e administrará biblioteca que reúna acervo pertinente à arte, ciência e filosofia da Contabilidade; promoverá reuniões ordinárias, sessões especiais e
solenes, conferências, palestras, cursos, exposições e festas
de caráter cívico-contábil; participará em eventos de ca-
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ESTATU TO SO CIAL
ráter educativo e de difusão científica, relativos ao meio
contábil; em consonância com o regimento interno e próprio, atribuirá homenagens especiais e honoríficas a seus
membros efetivos, a outras pessoas (físicas) e instituições;
prestará concurso por todos os meios a fim de que se tenha concreta e ampla divulgação dos trabalhos e estudos
de autoria de seus Acadêmicos; prestará colaboração às
autoridades educacionais no sentido da qualificação do
“estado da arte” dos conhecimentos contábeis; constituirá
grupos de estudos, celebrará contratos, convênios, termos
de parceria, comporá e participará de câmaras setoriais,
técnicas ou científicas, entabulará acordos com os organismos e entidades nacionais e internacionais, públicas
ou privadas. Tudo fará, sem eleger entre os itens aqui citados, prioritários, mas usará aqueles necessários à consecução de seus objetivos e finalidades.
Parágrafo único. As atuações neste Artigo elencadas,
não possuem ordem de privilégio ou prioridades para
execução, são, todas, tidas como necessárias ao alcance
dos propósitos, e a execução de uma, outra ou todas, individuais ou em conjunto, constitui-se como objeto social da Academia Catarinense de Ciências Contábeis,
sem o fim lucrativo.
Art. 7° - A Academia Catarinense de Ciências Contábeis
terá um Regimento Interno que, aprovado pela Assembleia
Geral, disciplinará o seu funcionamento.
SEÇÃO III
Do Patrimônio
Art. 8° - Constituem o patrimônio da Academia Catarinense de Ciências Contábeis os bens móveis, imóveis, legados, doações, rendas próprias e pelo acervo literário.
Parágrafo primeiro - O patrimônio da Academia é indivisível
e os associados não participam - titularidade - do mesmo.
Parágrafo segundo - É defeso aos membros da Diretoria, em conjunto ou individualmente, obrigar a Academia em operações estranhas aos objetivos e finalidades
definidos, ou contrárias à Lei, ou ainda gravar e ofertar o
patrimônio da Academia para penhoras ou alienação,
salvo por deliberação da Assembleia Geral.
Art. 9º - As receitas da Academia serão constituídas pelas
contribuições dos acadêmicos conforme estabelecido em
Assembleia Geral e disciplinada no Regimento Interno, pelos créditos provenientes de aplicações financeiras, por legados, doações e subvenções pignoratícias.
CAPÍTULO II
Do Quadro Acadêmico.
Art. 10 - 0 número de associados da Academia Catarinense de Ciências Contábeis é de 50 membros, pessoas físicas
que preenchendo os requisitos e sejam acolhidas nos termos
deste Estatuto e do Regimento Interno designados “Acadêmicos”.
Parágrafo primeiro - São requisitos para integrar o quadro
social da Academia Catarinense de Ciências Contábeis:
a) Possuir formação acadêmica superior com titulação de
Bacharel em Ciências Contábeis;
b) Registrado no Conselho Regional de Contabilidade de
Santa Catarina, categoria Contador;
c) Ser pessoa que possua conduta ilibada, aderida aos
bons costumes, à moral e à ética;
d) Não possuir gravame de interdição ou impedimento
civil ou criminal;
e) Declarar conhecer e acolher como próprios os objetivos e finalidades da Academia listados no Artigo 5°
deste estatuto.
Parágrafo segundo - Cada Acadêmico ocupa uma cadeira no quadro acadêmico, da qual é patrono.
Art.11 - Os Acadêmicos são distinguidos entre “Titulares
Fundadores” e “Titulares”.
Parágrafo primeiro - São Acadêmicos Titulares Fundadores os participantes da Assembleia de Fundação signatários da respectiva ata.
Parágrafo segundo - São Acadêmicos Titulares aqueles
que atendam aos requisitos do Artigo décimo deste estatuto, e que forem admitidos em conformidade com o que
dispõe este Estatuto e o Regimento Interno da Academia.
Parágrafo terceiro. A qualidade de associado - Acadêmico
- é intransferível, bem como não atribui aos mesmos, participação - titularidade - no patrimônio da Academia.
Art. 12 - São direitos do Acadêmico:
I - integrar a Assembleia Geral da Academia;
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ESTATU TO SO CIAL
II - votar e ser votado para cargos e funções diretivas na
estrutura da Academia;
III - indicar, para homologação nos termos regimentais,
novos membros à Academia;
IV - propor, nos termos regimentais, a concessão de títulos e honrarias;
V - contribuir e colaborar para a consecução dos objetivos
e finalidades da Academia;
VI - utilizar os serviços e o patrimônio, mantidos pela
Academia, observada a regulamentação específica;
VII - apresentar, para deliberação conforme definição regimental, propostas para realização de estudos, pesquisas e
outras atividades/eventos de caráter acadêmico científico;
VIII - solicitar exclusão de Acadêmicos do quadro social,
bem como o próprio, observado as disposições estatutárias e regimentais; e,
IX - exercer quaisquer outros direitos previstos no Estatuto.
Art. 13 - São deveres do Acadêmico:
I - cumprir e fazer cumprir os ordenamentos da Academia e as deliberações da Assembleia Geral;
II - - zelar pela boa guarda e licitude do patrimônio da
Academia;
III - contribuir e defender a construção e manutenção de
boa e digna imagem da Academia;
IV - prestigiar a Academia por todos os meios ao seu
alcance e propagar o espírito associativo e cultural na
classe contábil;
V - participar dos eventos e ações promovidos pela Academia;
VI - aceitar, salvo motivo de força maior, foro íntimo ou outra circunstância relevante, o exercício de qualquer função
eletiva, comissão, encargo ou atribuição da Academia;
VII - ser adimplente com suas obrigações sociais e acadêmicas;
VIII - não tomar deliberação, posição ou participação de
interesse e em nome da Academia de forma individual e
sem prévio pronunciamento da Academia; e,
IX - não fazer manifestações de caráter político ou religioso nas dependências da Academia.
Art. 14 - Os associados não responderão, solidária e nem
subsidiariamente, pelas obrigações, compromissos e encargos assumidos pela Academia Catarinense de Ciências
Contábeis.
Art. 15 - A vacância e de uma cadeira será configurada
quando por:
I - passamento do titular;
II - exclusão do titular; ou,
III - renúncia do titular.
Art. 16 - A exclusão de Acadêmico se dará quando:
I - constatado que um o mais Acadêmicos estão pondo em
risco a continuidade da Academia, em virtude de ato de
inegável gravidade;
II - por medida judicial, que tenha tido iniciativa da maioria dos demais Acadêmicos, motivada por constatação de
falta grave no cumprimento de suas obrigações para com
a Academia.
Parágrafo primeiro - A exclusão de Acadêmico, na forma
do inciso I deste Artigo, somente poderá ser determinada
em assembleia especialmente convocada para esse fim,
ciente o acusado em tempo hábil para permitir seu comparecimento e o exercício do direito de defesa.
Parágrafo segundo - Será de pleno direito excluído do
quadro de associados o acadêmico declarado falido ou
interditado.
Parágrafo terceiro - Toda e qualquer ação, para deliberação de exclusão, deve ser operada na forma estabelecida
regimentalmente.
CAPÍTULO III
Dos órgãos da Academia
Art. 17 - São órgãos da Academia Catarinense de Ciências
Contábeis:
I - a Assembleia Geral dos Acadêmicos;
II - o Conselho Fiscal;
III - a Diretoria.
Parágrafo primeiro - A Academia Catarinense de Ciências Contábeis não remunera, sob qualquer forma, os
cargos e membros do Conselho Fiscal e da Diretoria Executiva, cujas atuações são inteiramente gratuitas.
Parágrafo segundo - A Academia Catarinense de Ciências Contábeis adotará práticas de gestão administrativa,
necessárias e suficientes, a coibir a obtenção de forma individual ou coletiva, de benefícios e vantagens pessoais,
em decorrência da participação nos processos decisórios.
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ESTATU TO SO CIAL
SEÇÃO I
Da Assembleia Geral
Art. 18 - A Assembleia Geral da Academia Catarinense de
Ciências Contábeis é órgão de instância superior em matéria administrativa, financeira, patrimonial e disciplinar,
sendo sua natureza: normativa, consultiva e deliberativa.
Art. 19 - A Assembleia Geral é constituída pela totalidade
dos Acadêmicos em pleno gozo de seus direitos sociais.
Art. 20 - A Assembleia Geral da Academia Catarinense de
Ciências Contábeis será presidida pelo Diretor Presidente,
exceto nos casos de convocação extraordinária pelo Conselho Fiscal ou por pelo menos cinquenta por cento dos membros Acadêmicos, sendo que para qualquer dos casos, o
presidente escolherá um Secretario para o exercício das
funções inerentes a este cargo.
Parágrafo primeiro - Nos casos de assembleia convocada
pelo conselho fiscal ou por pelo menos cinquenta por cento dos Acadêmicos, a reunião será presidida por Acadêmico eleito entre os presentes, exclusive o presidente ou
qualquer outro membro da Diretoria, ou do Conselho
Fiscal e Diretoria quando a convocação não for efetuada
por estes.
Parágrafo segundo - Sempre serão extraordinárias as
Reuniões da Assembleia não convocadas pelo Diretor
Presidente.
Art. 21 - Compete à Assembleia Geral:
I - deliberar, aprovando ou não o presente Estatuto, bem
como eventuais propostas de alteração;
II - eleger, empossar e destituir os membros da Diretoria e
do Conselho Fiscal;
III - deliberar, aprovando ou não o Regimento Interno,
bem como eventuais propostas de alteração;
IV - decidir sobre ingresso de novos Acadêmicos Titulares;
V - decidir sobre exclusão e pedido de retirada - renúncia
- de acadêmico;
VI - examinar e deliberar sobre o balanço patrimonial de
cada exercício, bem como sobre a prestação de contas
anual da administração, ouvindo-se parecer prévio do
Conselho Fiscal;
VII - deliberar sobre o planejamento e orçamento para o
exercício seguinte;
VIII - decidir sobre a conveniência de alienar, transigir,
hipotecar ou permutar bens patrimoniais que não estejam sob a condição de proibição para o desfazimento ou
gravame;
IX - decidir sobre a contratação de auditoria externa e independente;
X - decidir sobre a dissolução/extinção da Academia Catarinense de Ciências Contábeis;
XI - resolver os casos omissos neste Estatuto.
Art. 22 - A Assembleia Geral reunir-se-á ordinariamente,
duas vezes a cada ano, ou extraordinariamente sempre que
houver necessidade por convocação do seu Presidente, ou
pelo Conselho Fiscal, ou por, pelo menos, cinquenta por
cento dos seus membros.
Parágrafo único - As reuniões anuais ordinárias da Assembleia Geral serão realizadas nos períodos de fevereiro
a março para decidir sobre a prestação de contas da administração e Balanço Patrimonial e no período de outubro
a novembro para decidir sobre o Planejamento e Orçamento da Academia, respectivamente incisos VI e VII do
Artigo 21 deste Estatuto, bem como para tratar de outras
matérias inclusas na ordem do dia.
Art. 23 - As Assembleias serão convocadas através de edital
de convocação, dirigido a cada um dos membros e com declaração de recebimento também expressa e/ou por meio de
publicação em jornais de circulação nas áreas que compreendem e/ou se localizam as sedes dos associados, tudo com
antecedência mínima de 7 (sete) dias, e somente poderão
deliberar sobre matérias especificadas na ordem do dia, ou
incluídas por deliberação, favorável para inclusão, de pelo
menos dois terços dos presentes.
Parágrafo único - Nos casos de urgência, o prazo acima
estipulado poderá deixar de ser observado, com a própria Assembleia Geral analisando a ocorrência ou não
da situação ensejadora deste expediente excepcional,
decidindo assim pela validade ou não da Reunião da Assembleia Geral.
Art. 24 - As Assembleias Gerais, ordinárias ou extraordinárias, instalar-se-ão e funcionarão em primeira chamada,
com a presença de pelo menos 2/3 (dois terços) dos seus
membros e, em segunda chamada, a qual somente ocorrerá
exatamente trinta minutos após a primeira, com a presença da maioria absoluta dos seus membros.
Parágrafo primeiro - Para as deliberações a que se referem os incisos I a IX do Artigo 21 deste estatuto, é exigido
o voto concorde de pelo menos 2/3 dos presentes à assembleia que para aqueles fins serão convocadas e, para as
demais matérias as deliberações poderão ser tomadas
pela maioria simples dos presentes, obedecido o disposto
no Artigo 41 deste estatuto.
Parágrafo segundo - Não será válida a representação por
procuração.
Art. 25 - De cada Assembleia Geral será lavrada ata, em livro
próprio a qual refletirá, ainda que de forma resumida, as decisões tomadas, devendo ser assinada pelos membros presentes.
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ESTATU TO SO CIAL
SEÇÃO II
Do Conselho Fiscal
Art. 26 - O Conselho Fiscal da Academia Catarinense de
Ciências Contábeis é órgão de instância curadora e natureza fiscalizadora.
Parágrafo primeiro - O Conselho Fiscal é constituído por
4 (quatro) membros, sendo 3 (três) membros titulares e 1
(um) membro suplente, todos associados em pleno gozo
de seus direitos, não pertencentes ao quadro de membros
da Diretoria Executiva, eleitos para um mandato de 3
(três) anos não coincidentes com o período de mandato
da Diretoria Executiva, podendo ocorrer uma recondução
para igual período de mandato.
Parágrafo segundo - Os membros do Conselho Fiscal
não são remunerados pela função que exercerem.
Parágrafo terceiro - Para auxiliar o Conselho Fiscal poderão ser contratados anualmente serviços de auditoria
externa independente, ouvindo-se a Assembleia Geral.
Parágrafo quarto - A escolha dos membros do conselho fiscal se dará por processo eletivo na assembleia geral, com voto
individual e secreto, sendo conduzido à presidência do conselho Acadêmico com maior número de votos, os demais, em
ordem de maior votação para menor votação, serão: os 02
(dois) mais votados, membros titulares juntamente com o
presidente, o menos votado, suplente do conselho.
Parágrafo quinto - Em caso de vacância, o mandato será
assumido pelo respectivo suplente, até o seu término.
Art. 27 - Compete ao Conselho Fiscal:
I - examinar semestralmente as contas, livros, registros e
demais documentos da Academia Catarinense de Ciências Contábeis, emitindo parecer que será anexado ao relatório da Diretoria Executiva.
II - manifestar-se em todas as situações assim determinadas por este Estatuto Social, e extraordinariamente à As-
sembleia Geral, sempre que detectar irregularidade ou
desvirtuamento dos objetivos da Academia Catarinense
de Ciências Contábeis.
III - opinar sabre os relatórios da administração, financeiros e contábeis e sobre as operações patrimoniais realizadas, emitindo parecer a ser encaminhado à Assembleia
Geral.
IV - organizar conjuntamente com a Diretoria, para que
se dê publicidade, por meio eficaz, no encerramento do
exercício fiscal, o relatório de atividades e das demonstrações financeiras e contábeis da entidade, incluindo-se as
certidões negativas de débitos junto ao INSS e ao FGTS,
as de tributos administrados pelas Receitas Federal, Estadual e Municipal, colocando-os à disposição para exame de qualquer cidadão.
V - requisitar da Diretoria Executiva, a qualquer tempo,
documentação comprobatória das operações econômico-financeiras realizadas pela Academia.
VI - convocar extraordinariamente a Assembleia Geral,
sempre que negado pelo presidente da assembleia, a pedido de convocação extraordinário efetuado justificadamente.
VII - solicitar e acompanhar o trabalho de eventuais auditores externos independentes;
Art. 28 - O Conselho Fiscal se reunirá ordinariamente a
cada 06 (seis) meses e, extraordinariamente, sempre que
necessário.
Art. 29 - O Presidente do Conselho Fiscal ocupará uma cadeira na mesa condutora dos trabalhos da Assembleia Geral ordinária e/ou extraordinária, exceto quando na função de presidente extraordinário da Assembleia, oportunidade que ocupará somente este assento.
SEÇÃO III
Da Diretoria Executiva
Art. 30 - A Academia Catarinense de Ciências Contábeis
será administrada por uma Diretoria, que é órgão de instância administrativa e natureza executiva com a seguinte
estrutura, eleita e empossada pela Assembleia Geral:
I - Um(a) Diretor(a) Presidente;
II - um(a) Diretor(a) Secretário(a);
III - um(a) Diretor(a) Tesoureiro(a);
IV - um(a) Diretor(a) de Relações com a Comunidade
Contábil; e,
V - um(a) Diretor(a) de Patrimônio.
Parágrafo primeiro - Os membros da Diretoria serão
eleitos para cumprir mandato de 02 anos, permitida uma
recondução subsequente ou outras, desde que obedecido
intervalo temporal de 05 anos, contados a partir do primeiro ano subsequente ao do último mandato do interessado na recondução.
Parágrafo segundo - Ocorrendo a hipótese de impedimento ou ausências temporárias, inclusive licença, a Dire-
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ESTATU TO SO CIAL
toria designará entre os seus integrantes um substituto,
que responderá cumulativamente pelas funções em “exercício temporário”.
Art. 31 - A vacância definitiva dos cargos da diretoria executiva será suprida por procedimentos de igual molde ao
ordinário, para que sempre se cumpra o mandato original
pelo novo eleito.
Art. 32 - Compete a Diretoria Executiva:
I - cumprir e fazer cumprir o Estatuto, o Regimento Interno e as deliberações das Assembleias Gerais;
II - movimentar os recursos financeiros da Academia Catarinense de Ciências Contábeis;
III - apresentar e manifestar-se sobre os procedimentos
de prestação de contas, incluídos os procedimentos inerentes à matéria que devem ser apresentados ao Conselho
Fiscal, e posteriormente à Assembleia Geral, tudo em tempo hábil para que se cumpra o disposto no Artigo 22 e
parágrafo único deste Estatuto.
IV - reunir-se com instituições públicas e privadas para
mútua colaboração em atividades de interesse comum;
V·- propor a contratação de serviços de auditoria externa
e independente;
VI - deliberar sobre a admissão ou demissão de empregados;
VII - elaborar e propor o planejamento e orçamento de
receitas, gastos e investimentos para submeter à Assembleia Geral.
VIII - Propor sobre a conveniência de alienar, transigir,
hipotecar ou permutar bens patrimoniais.
Art. 33 - Compete ao Diretor(a) Presidente:
I - representar a Academia Catarinense de Ciências Contábeis, ativa e passivamente em juízo ou fora dele, para
todos os casos lícitos e inerentes ao cumprimento e alcance dos fins e objetivos da Academia;
II - convocar e presidir as reuniões da Diretoria, bem
como convocar e presidir as reuniões da Assembleia Geral, obedecido o que demanda este estatuto;
Art. 34 - Os recursos financeiros depositados em contas
bancárias próprias, serão movimentados, conjuntamente,
pelo Diretor(a) Presidente e Diretor(a), Tesoureiro(a).
Art. 35 - Compete ao Diretor(a) Secretário(a), além das
atribuições regimentais, substituir o Diretor Presidente em
seus impedimentos ou ausências temporárias.
Art. 36 - Obedecido o que determina este Estatuto o Regimento Interno fixará as atribuições e competências necessárias a cada Diretor(a) a fim do cumprimento e atendimento administrativo e executivo da Academia.
Parágrafo único - Os membros da Diretoria não são remunerados pela função/cargo que exercerem.
CAPÍTULO IV
Do Exercício Social, da Contabilidade e dos Livros
Art. 37 - O exercício social coincide como o ano civil, sendo
que ao seu final serão elaboradas as demonstrações financeiras para a apreciação do Conselho Fiscal, que juntamente com o relatório da Diretoria Executiva, serão encaminhados à Assembleia Geral Ordinária.
Art. 38 - A Academia Catarinense de Ciências Contábeis
não distribuirá lucros, vantagens ou bonificações a dirigentes, conselheiros e associados, sob forma alguma.
Art. 39 - A Academia Catarinense de Ciências Contábeis
registrará todas as suas operações econômicas, financeiras e patrimoniais, obedecendo aos princípios fundamentais de contabilidade e às Normas Brasileiras de Contabilidade, fazendo por profissional devidamente habilitado,
funcionário ou empresa de contabilidade, o qual será
contratado pela Diretoria Executiva.
Art. 40 - A Academia Catarinense de Ciências Contábeis
terá para registro de seus atos os seguintes livros, além dos
que legalmente são exigidos:
I - Livro de Registro de Atas das Assembleias Gerais;
II - Livro Registro de Atas da Diretoria Executiva;
III - Livro de Registro de Atas e Pareceres do Conselho
Fiscal;
IV - Livro de Inscrição e Controle de dados dos Acadêmicos.
Parágrafo primeiro - Todos os livros descritos nos incisos I a IV poderão ser elaborados por sistemas informatizados, através de fichas ou formulários, e levados ao registro em Cartório competente.
Parágrafo segundo - O controle e a guarda de todos os
livros serão de responsabilidade da Diretoria Executiva da
Academia Catarinense de Ciências Contábeis.
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ESTATU TO SO CIAL
CAPÍTULO V
Da Extinção da Academia
Art. 41 - A Academia Catarinense de Ciências Contábeis extinguir-se-á nos casos legais ou por deliberação
da Assembleia Geral, pelo voto concorde de pelo menos
3/4 (três quartos) dos associados em pleno gozo de seus
direitos sociais, nomeando-se, neste mesmo momento, o
liquidante, que deverá funcionar durante o período de
liquidação.
Parágrafo único - Em caso de dissolução da Academia
Catarinense de Ciências Contábeis, o Patrimônio Líquido
remanescente depois da cobertura das obrigações, será
destinado - distribuído a outras pessoas jurídicas catarinenses, de fins não econômicos, que tenham, preferencialmente, o mesmo objeto social desta e que se situem e
atendam diferentes áreas geográficas do estado.
CAPÍTULO VI
Disposições Gerais e Transitórias
Art. 42 - Poderá ser fixada, em Assembleia Geral, contribuição dos associados para a manutenção das atividades administrativas da Academia Catarinense de Ciências Contábeis.
Art. 43 - Os indícios fundados de malversação de bens ou
recursos de origem pública serão levados ao conhecimento
do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina e ao
Ministério Publico, sob pena de responsabilidade solidária
dos Administradores.
Art. 44 - Os casos omissos no presente Estatuto serão resolvidos pela Assembleia Geral da Academia.
Art. 45 - No que couber, a administração da Academia Catarinense de Ciências Contábeis baixará resoluções específicas para dar correta, justa e imediata aplicação às disposições deste Estatuto, bem como, articular-se-á com outros
órgãos para a finalidade e objetivo propostos.
Art. 46 - Os membros da primeira Diretoria e o Primeiro
Conselho Fiscal serão eleitos e empossados na mesma Reunião da Assembleia Geral que deliberar sobre este estatuto.
Parágrafo único - Compete à primeira Diretoria eleita dar os
encaminhamentos necessários e competentes aos registros
oficiais e a apresentação da Academia à comunidade em geral.
Florianópolis, SC, 19 de dezembro de 2003.
Presidente da Assembleia
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REGIMENTO INTERNO
Regimento interno
CAPÍTULO I
Da Organização e Finalidade
Art. 1º - A Academia Catarinense de Ciências Contábeis
tem sede e foro na cidade de Florianópolis no Estado de
Santa Catarina, é uma associação civil, fundada por Assembleia Geral em 22 de setembro de 2003 e organizada
para fins não econômicos, como pessoa jurídica de direito
privado. O período de duração da Academia é por tempo
indeterminado e possui Estatuto Social aprovado na Assembleia Geral realizada no dia 19 de dezembro de 2003.
Art. 2º - A Academia tem como objetivos e finalidades a
instituição de caráter científico e cultural, consistindo em:
I – congregar pessoas de saber reconhecido no meio contábil – acadêmico;
II – promover o desenvolvimento científico e cultural das
Ciências Contábeis;
III – estimular o aperfeiçoamento técnico-científico e cultural dos profissionais das Ciências Contábeis;
IV – estimular a integração do conhecimento contábil e
de pessoas do meio contábil com outras áreas de conhecimento e pessoas de outros meios profissionais;
V – fomentar a difusão científica do conhecimento contábil; e,
VI – contribuir para a educação e o bem-estar social do
País.
Parágrafo 1º. No desenvolvimento de suas atividades a
Academia observará os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade e da eficiência e as práticas de gestão administrativa, necessárias
e suficientes a coibir a obtenção, de forma individual ou
coletiva, de benefícios ou vantagens pessoais, em decorrência da participação no respectivo processo decisório.
Parágrafo 2º. A Academia não fará qualquer discriminação de raça, cor, gênero ou religião, sendo vedado à
Academia imiscuir-se em assuntos de natureza política
ou religiosa.
CAPÍTULO II
Da Composição da Academia
Art. 3º - A Academia Catarinense de Ciências Contábeis
é constituída de pessoas físicas, distinguidos entre “Titulares Fundadores” e “Titulares”, totalizando cinquenta
(50) membros.
Parágrafo 1º. Cada Acadêmico ocupará uma cadeira no
quadro de acadêmicos, da qual é patrono.
Parágrafo 2º. São acadêmicos “Titulares Fundadores” os
membros que participaram da Assembleia de sua fundação.
Parágrafo 3º. Poderão ser acadêmicos “Titulares” aqueles
que atendam cumulativamente os seguintes requisitos:
a)Possuir formação acadêmica superior com titulação de Bacharel em Ciências Contábeis;
b)Registro no Conselho Regional de Contabilidade de
Santa Catarina, categoria Contador;
c)Ser pessoa que possua conduta ilibada, aderida aos
bons costumes, à moral e à ética;
d)Não possuir gravame de interdição ou impedimento civil ou criminal;
e)Declarar conhecer e acolher como próprios os objetivos e finalidades da Academia listados no Artigo
segundo deste Regimento Interno.
Parágrafo 4º. Para ser considerado de saber reconhecido
nos meios contábeis, conforme disposto no item I do Artigo segundo, o candidato deverá ter alcançado, alternativamente, a seguinte posição:
a)ter publicado pelo menos um livro, cujo conteúdo
esteja relacionado diretamente com a profissão e/ou
atividade contábil;
b)ter apresentado trabalhos em eventos da categoria
contábil, devendo ser escritos, na condição de palestrante, painelista, debatedor em Congressos, Seminários ou afins, em nível nacional ou internacional;
O S D E Z A NO S D A A C A D E M I A C ATA R I N E N S E D E C I Ê N C I A S C ON TÁ B E I S
REGIMENTO INTERNO
c)Ter lecionado em cursos de graduação e de pós-graduação da área contábil em Universidades do Estado
de Santa Catarina ou de outros Estados do Brasil.
d)Ter idade superior a quarenta (40) anos.
Parágrafo 5º. Apenas a morte ou a renúncia tácita ou expressa
dos membros determinará a vacância de cadeiras ocupadas.
CAPÍTULO III
Do Preenchimento de Cadeira Vaga
Art. 4º - O Candidato à vaga de cadeira na Academia deverá ser apresentado por Acadêmico, ocupante de cadeira
na condição de “Titular Fundador”, oferecendo desde logo,
os seus dados cadastrados, em formulário próprio, devidamente assinado pelo candidato e pelo Acadêmico proponente declarando que aceita a indicação e tem pleno conhecimento dos Estatutos e deste Regimento Interno.
Parágrafo 1º. O candidato deve estar enquadrado nas
condições estabelecidas nos parágrafos terceiro e quarto
do Artigo terceiro deste Regimento Interno.
Parágrafo 2º. Se eleito, o novo acadêmico deverá
apresentar trabalho inédito, em solenidade específica,
assinando, nesta oportunidade, o respectivo termo de
posse.
CAPÍTULO IV
Do Processo Eleitoral
Art. 5º - O voto será secreto e direto, cabendo um voto a
cada Acadêmico, seja ele “Titular Fundador” ou “Titular”,
não sendo permitido o voto por procuração.
Parágrafo Único. O diploma será conferido aos eleitos
com base na ata devidamente autenticada pela mesa eleitoral e pelo Presidente da Academia.
Art. 6º - Os componentes da mesa eleitoral serão designados pelo Presidente da Academia com antecedência mínima de dez dias da data fixada para a eleição em qualquer
dos casos previstos no presente regimento interno.
Art. 7º - Para fins eleitorais, o Edital convocativo de
Assembleia Geral será dirigido a cada um dos membros e com declaração de recebimento também expressa, enquadrando-se nestas condições o meio eletrônico, como por exemplo, o e-mail, e/ou por meio de
publicação em jornais de circulação nas áreas que
compreendem e/ou se localizam as sedes dos associados, tudo com antecedência mínima de sete dias, e
poderão fazer parte de outras matérias especificadas
na ordem do dia.
CAPÍTULO V
Da Organização Administrativa
Art. 8º - Ao Diretor Presidente compete representar a ACADEMIA, ativa e passivamente, em juízo ou fora dele, para
todos os casos lícitos e inerentes ao cumprimento e alcance
dos fins e objetivos da Academia, e ainda:
a)cumprir e fazer cumprir este Estatuto e o Regimento Interno;
b)presidir a Assembleia Geral;
c)convocar e presidir as reuniões da Diretoria;
d)Assinar conjuntamente com o Tesoureiro documentos
que resultem em direitos e obrigações da Academia;
e)Participar de eventos considerados de interesse dos
acadêmicos, bem como de órgãos que congreguem
a classe contábil, podendo delegar aos diretores, de
acordo com os interesses de cada evento.
Art. 9º - Ao Diretor Tesoureiro compete arrecadar as
contribuições dos associados, rendas, auxílios e donativos, e ainda:
a)movimentar, conjuntamente com o Diretor Presidente, os recursos financeiros depositados em contas bancárias;
b)pagar as contas autorizadas pelo Diretor Presidente
e relacionadas às operações da ACADEMIA;
c)apresentar relatórios de direitos e obrigações, receitas e despesas, sempre que solicitados;
d)apresentar ao Conselho Fiscal da ACADEMIA, os
relatórios de desempenho financeiro e contábil e
sobre as operações patrimoniais realizadas e demonstrações contábeis;
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M U I TO M A I S D O Q U E N Ú M E R O S
REGIMENTO INTERNO
e)conservar, sob a sua guarda e responsabilidade, os
documentos relativos à contabilidade;
f)manter todo o numerário em instituição financeira
habilitada no País, exceto “fundo fixo” pré-limitado;
Art. 10 - Ao Diretor Secretário compete secretariar as reuniões da Diretoria e da Assembleia Geral, redigir as atas e
ainda:
a)substituir o Diretor Presidente em seus impedimentos ou ausências temporários;
b)publicar todas as notícias das atividades da Academia;
c)administrar os serviços da secretaria;
d)administrar os serviços de pessoal.
Art. 11 - Ao Diretor de Patrimônio compete à identificação, registro, guarda e controle dos bens da Academia, e
ainda:
a)assinar com o Presidente todos os documentos que
resultem em registros de bens, direitos e obrigações
e fatos modificativos do patrimônio.
b)providenciar no sentido de obter a colaboração de
livreiros e de profissionais da contabilidade na formação da Biblioteca, através de donativos;
c)promover a organização de Biblioteca de modo que
possibilite aos acadêmicos e à classe dos contabilistas a consulta interna;
d)apresentar, anualmente, à presidência, a relação de
livros adquiridos, doados e consultados para efeitos
do relatório;
e)elaborar e apreciar propostas de investimentos da
Academia e submetê-los a apreciação da Diretoria.
Art. 12 - Ao Diretor de Relações com a Comunidade
Contábil compete representar a Academia, em conjunto
com o Diretor Presidente, ou individualmente, por delegação do Diretor Presidente, em órgãos representativos
ou de interesse da classe contábil, ou em eventos por eles
realizados, e ainda:
a)Organizar e coordenar eventos que congreguem os
acadêmicos, demais profissionais da área contábil;
b)Promover lançamentos de obras culturais dos acadêmicos;
c)Preparar eventos comemorativos da Academia, bem
como de confraternização, desde que congreguem os
acadêmicos.
CAPÍTULO VI
Disposições Gerais
Art. 13 - Este Regimento Interno, a partir de sua aprovação, terá validade legal consoante o disposto no Artigo sétimo, do Estatuto Social.
Art. 14 - Os casos omissos do presente Regimento Interno poderão ser resolvidos “ad referendum” de Assembleia Geral.
Regimento Interno aprovado na AGO do dia 06 de junho de 2014.
Ficha técnica: Edição e concepção gráfica: Officio (officio.com.br) | Textos dos perfis: jornalistas Márcia Quartiero (coordenação) e Ana Cláudia Menezes