o E S T E T o (em revista) toristas de vários pontos do Brasil

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o E S T E T o (em revista) toristas de vários pontos do Brasil
o
toristas de vários pontos do
Brasil.
Criadas as possibilidades
de estudos de laboratório,
surgia agora a necessidade
de levá-los às pescpiisas epideiniológicas de campo.
Vencendo todos os óbices
conseguiu o eminente Professor instalar, no princípio mui modestamente, anos
após com certo conforto,
um Pòsto de Estudos da
Moléstia de Chagas em
Cássia dos Coqueiros.
Tinha o PROF. PEDREIRA, verificado anteriormente, a alta incidência do Tripanosoma cruzi entre os
moradores daquela vila, hoje sede de município. Para a instalação dêste Pôsto conseguiu a colaboração
de um amigo do Departamento de Parasitologia, o
Dr. Humberto Pascale, então Diretor dos Serviços do
Interior do nosso Departamento de Saúde.
Com êstes dois Serviços
assim organizados, passou a
desenvolver estudos relativos ao diagnóstico e à epidemiologia de campo, sobre a Doença de Chagas.
Relativamente ao diagnós
tico, publicou o PROF. PEDREIRA, até 1951 quando
seguiu em viagem de estudos para os Estados Unidos, trabalhos fundamentais
para o aperfeiçoamento dos
métodos de diagnóstico dessa moléstia, quer do ponto
de vista parasitológico (métodos para a demonstração
dos parasitas), quer dos pro
cessos imuno-biológicos.
Sua contribuição para o melhor conhecimento da sorologia e dos métodos de diagnóstico sorológico da doença em apreço destacam-se
por sua excelência e originalidade .
Citemos, entre
outros, sua Tese de Doutoramento : “Contribuição para o estudo do diagnóstico
E S T E T o
(em revista)
da moléstia de Chagas por
processos de laboratório” —
th'47 e a "Nova técnica de
fixação do complemento para a moléstia de Chagas ■—
Ivcaçãü quantitativa com antígeno gel. ficado de culturas do Trypanosoma cruzi”,
— 1949, em colaboração
com o Prof. J. O. Almeida. Êste último trabalho
trouxe contribuição essencial para o diagnóstico sorológico da doença, pois afas
tou várias causas de êrro,
que muito desmereciam o
emprêgo do antígeno de Davis usando a técnica de Kolnier, como, por exemplo, a
instabilidade do antígeno.
Foi empregada, com a nova
técnica, unidade cinqüenta
por cento de hemólise na
aosagem do complemento e
])adronização dos reagentes
de acôrdo com o método
quantitativo de Waldsworth
e C ols.
Em tôrno dêste trabalho
basilar, publicou vários outros para melhor esclarecer
a técnica preconizada e, final mente, deu à publicidade
uma contribuição que podemos considerar definitiva
sôbre o assunto, “Reação
da fixação do complemento
para diagnóstico da moléstia de Chagas pela técnica
quantitativa” que constituiu sua tese de Livre-Docência à Cadeira de Parasitologia, defendida em 1951
e aprovada com distinção,
grau 10. Ainda neste catnr
po, só ou com a colaboração de especialistas (Almeida, Brandão, Siqueira e outros), estudou aspectos particularizados da nova reação e sua aplicação ao conhecimento da doença, como
“Estabilidade do antígeno”;
“Reações atípicas em fixação do complemento nos
s'stemas sifilis e doença de
Chagas”, “Fixação com tríplice antígeno”, “Doença
de Chagas em Bancos de
Sangue”, “Sorologia nas
formas nervosas crônicas”,
“Capacidade específica do
antígeno” e outros que, não
só vieram contribuir vigorosamente para o melhor conhecimento da doença como
mostraram a excelência do
método para o seu diagnóstico.
Em relação aos processos
destinados à demonstração
dos parasitas, contribuiu
com vários trabalhos em
que são estudadas diversas
técnicas em uso e mostra
na sua tese de doutoramento (1947), ser o xeno-diagnóstico a melhor entre elas.
Estuda “O tempo ótimo
para o exame de triatomineos” empregados neste
método (1950), publica o
“Estudo comparativo entre
xenodiagnósticos praticados
“in vivo” e “in vitro”
(1955). Em 1951 dá à
publicidade “Aspectos morfológicos do “Trypanosoma
cruzi e de outros parasitas
de importância no diagnóstico da moléstia de Chagas” .
Os numerosos estudos de
laboratório sôbre diagnóstico da doença de Chagas,
por êle elaborados, foram
desde logo aplicados, pelo
ilustre pesquisador, na prática da saúde pública, pelo
desenvolvimento de grande
número de inquéritos epidemiológicos, realizados em
várias localidades de nosso
Pais e que constituiram a
demonstração mais objetiva
até então dada sôbre a disseminação dessa infecção
entre nossas populações rurais. Citaremos os principais: “Inquérito preliminar
sôbre a moléstia de Chagas
em Cajuru” (E.S. Paulo),
1946; idem no “Município
de Franca” (Est. de S.
Paulo), 1946; idem em “Sorocaba” (E. de S. Paulo),
1948; idem no “Município
de São CarlosS (E. de S.