FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Fisioterapia

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FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Fisioterapia
FACULDADE TECSOMA
Curso de Graduação em Fisioterapia
Franciele Montijo dos Santos
ANÁLISE DO NÍVEL DE CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL SISTÊMICA EM
PACIENTE GESTANTE HIPERTENSA, APÓS APLICAÇÃO DE UM PROGRAMA
DE REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR: estudo de caso.
Paracatu
2013
Franciele Montijo dos Santos
ANÁLISE DO NÍVEL DE CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL SISTÊMICA EM
PACIENTE GESTANTE HIPERTENSA, APÓS APLICAÇÃO DE UM PROGRAMA
DE REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR: estudo de caso.
Pré-projeto apresentado à disciplina de TCC I no
curso de graduação de Fisioterapia do 7° Período,
da Faculdade Tecsoma.
Orientadora: Prof. M. Sc. Michele Faria Lima
Orientadora: Prof. M. Sc. Cecília Nascimento
Paracatu
2013
LISTA DE SIGLAS
HELP
Hemólise de Enzimas Hepáticas e Plaquetopenia
JNC
Joint National Committee
MMHG
Milímetros de Mercúrio
OMS
Organização Mundial de Saúde
PAD
Pressão arterial diastólica
PAS
Pressão arterial sistólica
SUS
Sistema Único de Saúde
SUMÁRIO
1. TEMA ..................................................................................................................................5
2. HIPÓTESE ..........................................................................................................................5
3. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................6
4. JUSTIFICATIVA ...............................................................................................................7
5. OBJETIVOS .......................................................................................................................8
5.1. Objetivos Gerais ..............................................................................................................8
5.2. Objetivos específicos ........................................................................................................8
6. REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................................9
6.1. Gravidez ...........................................................................................................................9
6.1.1. Farmacocinética ............................................................................................................9
6.1.2. Sistema Endócrino .........................................................................................................9
6.1.3. Sistema Cardiovascular ...............................................................................................10
6.2. Hipertensão arterial ......................................................................................................11
6.3. Síndromes hipertensivas na gravidez ..........................................................................13
6.3.1. Hipertensão arterial crônica na gravidez ...................................................................13
6.3.2. Hipertensão arterial gestacional .................................................................................14
6.4. Complicações das síndromes hipertensivas .................................................................16
6.4.1. Pré-eclâmpsia...............................................................................................................16
6.4.2. Eclampsia .....................................................................................................................17
6.4.3. Síndrome de Help ........................................................................................................18
6.4.4. Complicações neonatais ..............................................................................................18
6.5. Atuação fisioterapeutica................................................................................................19
6.5.1. Atividade física em gestante hipertensa ......................................................................19
6.5.2. Reabilitação cardiovascular ........................................................................................20
6.5.3. Sistema cardiovascular e exercícios físicos ................................................................21
6.5.4. Cinesioterapia na gestação ..........................................................................................22
6.5.4.1. Série Metabólica.................................................................................................................22
6.5.4.2. Série Principal....................................................................................................................23
6.5.4.3. Série Respiratória..............................................................................................................24
6.5.4.4. Relaxamento.......................................................................................................................25
7. METODOLOGIA.............................................................................................................27
7.1. Descrição do paciente ....................................................................................................27
7.2. Análise de dados ............................................................................................................28
8. CRONOGRAMA ..............................................................................................................29
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................30
ANEXO A – TERMO DE CONSENTIMENTO ...............................................................34
ANEXO B – FICHA DE AVALIAÇÃO .............................................................................36
ANEXO C – ENCAMINHAMENTO MÉDICO ...............................................................38
ANEXO D – ESCALA DE ESFORÇO (BORG) ...............................................................39
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1. TEMA
Análise do nível de controle da pressão arterial sistêmica em paciente gestante
hipertensa, após aplicação de um programa de reabilitação cardiovascular: estudo de caso.
2. HIPÓTESE
Se o protocolo de reabilitação cardíaca será eficaz no condicionamento
cardiovascular de pacientes hipertensos, então a pressão arterial da gestante hipertensa se
manterá.
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3. INTRODUÇÃO
Em análise de literaturas pode ser observada a frequência das síndromes
hipertensivas na gestação que na atualidade apresentam diversas discussões sobre seu valor
estimado, já que esta é bastante comum dentre as patologias consideradas fatores de risco
gestacional (SOUZA; DUBIELA; SERRÃO JUNIOR, 2010).
Segundo Plavnik (2007), a hipertensão atinge cerca de 6% a 15% das gestações, dado
este que é complementado por Ziegel e Cranley (2008), citando a ocorrência de
aproximadamente 15 a 20% de morbimortalidade perinatal.
A hipertensão é a alteração dos níveis pressóricos atingindo os níveis de PAS
maiores que 140 mmHg, e PAD maiores que 90 mmHg, sendo considerados como
hipertensão arterial crônica em mulheres com alterações dos valores pressóricos previamente
a gravidez, ou até a 20ª semana gestacional, e classificada como síndrome hipertensiva
gestacional quando acomete a gestante após a 20ª semana, com ausência de proteinúria
(PLAVNIK, 2007).
As principais complicações presentes de acordo com as alterações da pressão arterial
são a pré-eclâmpsia, eclampsia e a síndrome de Help, caracterizadas por uma série de
eventos que afetam diversos órgãos da gestante, levando em alguns casos, a mortalidade
materno-fetal, ou acarretando diversas complicações, como convulsões, hemorragia, entre
outros (KAHHALE, 2002).
Atualmente, pode se afirmar que o uso de terapias medicamentosas afeta, de forma
direta ou indireta, o feto, sendo utilizado como meio substitutivo a prática de exercícios de
baixa intensidade. Apesar de conter poucos estudos sobre o tema, o objetivo principal deste
método é a melhoria das condições cardiorrespiratórias, e através deste obter o controle e a
manutenção dos níveis pressóricos, explicada pela redução nos valores do débito cardíaco e
da frequência cardíaca (SOUZA; DUBIELA; SERRÃO JUNIOR, 2010).
Com base neste estudo, e no acompanhamento de caso, este projeto tem por objetivo
demonstrar que um programa de atividades físicas possui eficácia no tratamento de
reabilitação cardiovascular de uma gestante hipertensa, e quais motivos alguns autores
demonstram a contraindicação da realização deste.
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4. JUSTIFICATIVA
A hipertensão arterial crônica é a patologia mais frequente dentre as doenças
cardiovasculares em gestantes, e que, atualmente, acomete gestantes de qualquer faixa
etária, sendo comumente associada ao principal fator de risco para complicações maternas e
perinatais. Dentre estes riscos, pode ser citado o aumento na mortalidade materna, bem
como o aumento da ocorrência de pré-eclâmpsia e eclampsia, e o descolamento prematuro
da placenta. Já para o neonato os principais riscos são a prematuridade, baixo peso, baixo
índice de Apgar no 1° e no 5° minuto após o nascimento, maior índice de admissões em
Unidades de Terapia Intensiva Neonatal, além de apresentar riscos de hemorragia
intraventricular, enterocolite necrotizante, e síndrome da angústia respiratória.
Atualmente, a fisioterapia tem sido muito utilizada em pacientes gestantes com
hipertensão arterial crônica e gestacional, a fim de promover uma reabilitação cardiovascular
através de um programa adaptado para esta paciente, respeitando as limitações fisiológicas
que são encontradas no decorrer da gravidez, como meio de prevenção das complicações
presentes nas gestantes hipertensas durante o período gestacional e pós-gestacional.
Este programa de reabilitação favorece o controle da pressão arterial sistêmica e da
frequência cardíaca, atuando de forma preventiva nas complicações, bem como
proporcionando uma melhoria no bem estar físico e psicológico, durante a preparação para o
parto.
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5. OBJETIVOS
5.1. Objetivos Gerais
Avaliar os benefícios gerados pelo uso de exercícios aeróbicos, rítmicos e
isométricos, sobre a pressão arterial sistêmica e frequência cardíaca, em gestante com fator
de risco para pré-eclâmpsia.
5.2. Objetivos específicos
 Verificar, em literaturas, indicação e contraindicação de exercícios em gestante de
risco, e comparar a justificativa utilizada pelos autores para a tomada de decisão.
 Comparar os níveis de pressão arterial sistêmica e frequência cardíaca, em gestante
hipertensa antes da inserção do programa de condicionamento, durante e depois deste.
 Avaliar o nível de esforço realizado pela gestante hipertensa durante a realização dos
exercícios para o condicionamento cardiovascular.
 Orientá-la para as mudanças fisiológicas gestacional, preparando-a para o parto.
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6. REFERENCIAL TEÓRICO
6.1. Gravidez
O diagnóstico da gestação está baseado nos sinais e sintomas que surgem neste
período, o qual é caracterizado pelas alterações psicossomáticas, conhecidas como
mecanismos de adaptações. Possivelmente, esta será a única fase do ciclo vital que
envolverá todos os sistemas do organismo feminino. As modificações estão relacionadas a
várias queixas presentes em grande parte das gestações são: cefaleia, dores locais ou
generalizadas, ansiedade, alterações do apetite, hiperêmese (VALADARES; DIAS, 2006).
A atenção ao pré-natal é essencial para o sucesso de uma equipe multidisciplinar,
estabelecendo os atendimentos humanizados, assistenciais e preventivos, para compreensão
da gestante em sua totalidade (BRASIL, 2005).
6.1.1. Farmacocinética
Segundo Brasil (2005), as modificações fisiológicas gestacionais estão, muitas vezes,
pautadas como doenças, sendo necessárias as devidas orientações para não serem utilizados
medicamentos eventualmente. Uma vez que este período é transitório, poderá ser regulado a
partir de uma reeducação alimentar e postural.
Estes dados podem ser justificados com base nos estudos de Valadares e Dias (2006),
que relatam as alterações na absorção, metabolismo e excreção de grande parte dos
medicamentos na presença de compostos de progesterona, alcalinos e ácidos leves, levando
a alterações da motilidade intestinal e diminuição do ácido gástrico.
6.1.2. Sistema Endócrino
No período gestacional, as modificações fisiológicas são organizadas pelo sistema
endócrino, através da alteração na excreção de hormônios (POLDEN; MANTLE, 2005).
Dentre os principais hormônios presentes na gravidez, a progesterona e o estrogênio
são produzidos, inicialmente, no corpo lúteo, sendo supridos com o desenvolvimento da
gravidez para serem produzidos na placenta. A progesterona apresenta-se como um dos
principais responsáveis pela implantação da gravidez, redução do tônus da musculatura lisa,
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diminuição da tensão alveolar e arterial, aumento da ventilação, além do desenvolvimento
das glândulas mamárias, com produção de aproximadamente 10 mg por 24 horas no início
da gestação, e com aumento abrupto em sua produção de até 250-300 mg a cada 24 horas
quando produzido na placenta (POLDEN; MANTLE, 2005).
O estrogênio possui produção de aproximadamente 5 mg por dia no início da
gestação, progredindo para 50 mg por 24 horas em 40 semanas, sendo responsável pelo
crescimento uterino, retenção hídrica, elevação do glicogênio vaginal, e receptor da relaxina,
ou seja, aumenta a flexibilidade da articulação pélvica (VALADARES; DIAS, 2006).
6.1.3. Sistema Cardiovascular
De acordo com as novas necessidades fisiológicas materno-fetal, o sistema
cardiovascular sofre adaptações hemodinâmicas através do aumento no volume sanguíneo,
que pode se aproximar aos níveis de 40% no volume plasmático, e 30% no volume das
hemácias em relação aos níveis anteriores a gestação (POLDEN; MANTLE, 2005).
Polden e Mantle (2005) justificam esta adaptação importante, expondo que há um
aumento do débito cardíaco, uma vasodilatação ativa dos vasos sanguíneos de acordo com a
atuação da progesterona, causando uma diminuição da frequência cardíaca e da pressão
arterial.
Já Plavnik (2007) relata que esta vasodilatação ativa ocorre na presença dos
hormônios prostaciclinas e óxido nítrico, com queda nos níveis pressóricos até
aproximadamente a 20ª e 24ª semana gestacional.
Esses valores, normalmente, apresentam variações, com maior queda, no início da
gravidez, podendo chegar a um valor de 15 mmHg tanto na pressão sistólica como na
diastólica, retornando aos níveis pré-gestacionais no final da gestação. As principais
alterações ou comprometimento, como são conhecidos pelas gestantes hipertensas, é
apresentado em virtude do crescimento uterino, já que este causa a compressão da veia cava
inferior e da aorta abdominal, gerando a redução do débito cardíaco (KOHLMANN, 2007).
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6.2. Hipertensão arterial
As disfunções das células endoteliais, nas formas congênitas ou adquiridas, geram
complicações no relaxamento e contração, afetando, principalmente, os vasos sanguíneos
periféricos. Está disfunção favorece o desenvolvimento de complicações como a hipertensão
arterial, diabetes, aterosclerose, hiperlipidemia e vaso espasmo (PANDIAN; HAMID;
HAMMOND, 2002).
As alterações dos níveis pressóricos são caracterizadas por ser uma condição
multifatorial, assintomática, ou seja, os sintomas não são aparentes em sua maioria, e
quando estes aparecem, representam uma ocasião de complicação, que comumente se surge
associada com alterações em órgãos como coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos, além
de alterar o sistema metabólico, gerando um risco evidente de episódios cardiovasculares
fatais (BRASIL, 2011).
Desde séculos, já se ouvia dizer sobre medidas da pressão arterial e da frequência
cardíaca, levando os estudiosos a realizarem grandes discussões sobre esse tema. De acordo
com Ribeiro (2007), em 1977, foi realizado nos Estados Unidos a primeira reunião de
grupos multidisciplinares, conhecida como Joint National Commitee (JNC I), onde
começaram a delimitar os limites consideráveis de normotensão e da hipertensão arterial,
sendo estes dados reconhecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Na reunião de 1997, o JNC VI determinou as definições que são utilizadas nos anos
atuais, em que a pressão arterial diastólica (PAD) e a pressão arterial sistólica (PAS) se
subdividem em três categorias com graduação de seus valores, pré determinando que a PAD
abaixo de 80 mmHg e a PAS abaixo de 120 mmHg são ótimos níveis pressóricos.
Graduação dos estágios hipertensivos: PAD no estágio 1 é de 90-100 mmHg, 2 de 100-110
mmHg, e 3 níveis superiores a 110 mmHg, a PAS no estágio 1 é de 140-160 mmHg, 2 de
160-180 mmHg, e 3 níveis superiores a 180 mmHg, com atualização no JNC VII em 2003
para análise dos dados pré-hipertensivos de: PAS 120-139 mmHg, e PAD 80-89 mmHg,
considerando-se necessariamente hipertensão arterial valores maior que 140/90 mmHg
(RIBEIRO, 2007).
A fisiopatologia está diretamente relacionada com os fatores genéticos e ambientais.
Dentre os principais fatores ambientais citados em Ferreira (2007) como os principais
acarretadores da elevação dos níveis da pressão arterial são: a ingestão de sódio onde se
apresenta indivíduos sensíveis ao sal e os que não apresentam sensibilidade a este; a ingestão
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de álcool relacionado à dose, com a geração de resposta do organismo; o fumo por causar
uma série de alterações hemodinâmicas, metabólicas e hematológicas, além de alterações
anatômicas decorrentes da inalação continua; e a obesidade de acordo com o estilo de vida
adotado pela sociedade atual, com hábitos alimentares deletérios a saúde, e o baixo índice de
pratica de atividades físicas.
Segundo Brasil (2011), a hipertensão arterial possui um andamento maligno, com
manifestações clínicas de encefalopatia, acidente vascular encefálico, síndromes
coronarianas, edema pulmonar, levando-se em conta a gravidade do evento e a intervenção a
ser utilizada, usa-se o sistema Common Toxicity Criteria (NCI CTC), que apresenta critérios
de classificação, para que ocorra a documentação necessária com informações unificadas,
para facilitar a identificação dos inibidores de angiogênese e a dose utilizada pelos grupos de
risco, facilitando a busca de metas para o controle da hipertensão arterial, bem como
melhorando a qualidade de vida.
A prevalência populacional de hipertensos está transversalmente relacionada com a
região do país, com variações de acordo com os fatores socioeconômicos, homogeneidade
epidemiológica, atingindo resultados variados em diversos estudos, não podendo assim ser
demonstrados dados, já que, os resultados estimados dificultam a média metodológica.
Observa-se que o Brasil não participa dos grupos do Banco Mundial de informações, devido
não conter publicações criteriosas (FERREIRA, 2007).
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6.3. Síndromes hipertensivas na gravidez
A hipertensão arterial é uma das patologias mais comumente encontradas na
gravidez, considerada um dos maiores problemas em relação às gestações de alto risco, com
incidência de acometimento em, aproximadamente, 7% das gestações, sendo a principal
responsável pela mortalidade materna, com dados entre 15 a 20%, além de apresentar grande
contribuição à morbidez e mortalidade perinatal (ZIEGEL; CRANLEY, 2008).
Segundo Plavnik (2007), a hipertensão atinge cerca de 6% a 15% das gestações, e
representa 35% das mortes em situações de complicações, dentre estas tem se a eclampsia
como o principal fator desencadeante, sendo esses dados maiores que o referido por Ziegel e
Cranley (2008), e ainda em Plavnik (2007) ocorre à citação dos dados de 15% de
mortalidade materna, mas em referência às mulheres Norte Americanas.
Os fatores de risco da hipertensão na gestação estão, em sua maioria, nas gestantes
nulíparas, idade materna avançada, em mulheres negras, e com excesso de peso (FERRÃO,
2006). Além dos predisponentes citados por Assis, Viana e Rassi (2008) complementam
com fatores desencadeantes como o diabete mellitus, doença renal, primiparidade, história
familiar ou pessoal de pré-eclâmpsia e hipertensão arterial crônica.
De acordo com Sass (2002b), uma das principais características da hipertensão na
gestação é o alto índice de prematuridade, bem como quadros graves de insuficiência
placentária, influenciando diretamente as taxas de mortalidade fetal.
6.3.1. Hipertensão arterial crônica na gravidez
No período gestacional é considerada hipertensão arterial crônica, alterações dos
níveis pressóricos maiores que 140/90 mmHg previa a gravidez com presença de
proteinúria, ou anteriormente a 20ª semana gestacional. A pré-eclâmpsia, neste caso, ocorre
em até 23% das gestantes, podendo ser elevado o fator de risco quando no início da
gestação, período em que ocorre a vasodilatação ativa dos vasos, não ocorre à redução da
pressão arterial (PLAVNIK, 2007).
A hipertensão arterial crônica pode ser classificada na gravidez como leve quando a
PAD estiver menor que 100 mmHg, moderada com níveis de PAD maior ou igual 100-110
mmHg, e grave com PAD superior a 110 mmHg (SASS; MESQUITA, 2005).
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Segundo Souza, Dubiela e Serrão Junior (2010), as complicações geradas pela
hipertensão arterial crônica na gravidez podem ser classificadas como pré-eclâmpsia
sobreposta, ou seja, a presença do antecedente pessoal de hipertensão superajuda ao
desenvolvimento de complicações no período gestacional.
Com base em uma revisão bibliográfica, é possível observar os riscos,
aparentemente, ocultos da hipertensão crônica na gestação de acordo com o seu grau de
manifestação. A hipertensão leve causará mínimas complicações funcionais, com base em
níveis extremos sua repercussão será de grande gravidade para a funcionalidade, com risco
proporcionalmente crescente. A utilização dos hipotensores possui como objetivo reduzir os
casos da morbimortalidade materna e perinatal, mas em sua contraposição está a atuação dos
fármacos no desenvolvimento fetal, inibindo a difusão placentária (NASS et. al., 2002a).
De acordo com Nass e colaboradores (2002a), observa-se que há uma grande
utilização de hipotensores no Brasil com base em compostos de:
a)
Inibição central - que não apresenta complicações maternas, mas há um risco
aparente perinatal a partir do segundo semestre gestacional;
b)
Os diuréticos - que são sugeridos como uma escapatória durante a gestação,
com presumível risco de diminuição do volume placentário;
c)
Os beta-bloqueadores - não há publicações que comprovem o risco materno,
mas afirmam uma restrição do crescimento fetal;
d)
Bloqueadores dos canais de cálcio - sem apresentação consistente para
indicação do uso destes medicamentos, ou até mesmo seus benefícios durante a
gestação, não demonstrando assim em estudos uma diminuição considerável da
mortalidade perinatal e da pré-eclâmpsia sobreposta.
6.3.2. Hipertensão arterial gestacional
As síndromes hipertensivas na gravidez é caracterizada pelo aparecimento da
hipertensão após há 20ª semana gestacional, com PAS acima de 140 mmHg e PAD acima de
90 mmHg, com ausência de proteinúria, retornando aos níveis normais até a 12ª semana
após o parto (OLIVEIRA, 2006).
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Na fase aguda a hipertensão arterial gestacional é caracterizada pela prevalência dos
níveis pressóricos maiores ou iguais a 140/90 mmHg em um período de sete dias
consecutivos, com verificações diárias (SOUZA; DUBIELA; SERRÃO JUNIOR, 2010).
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6.4. Complicações das síndromes hipertensivas
6.4.1. Pré-eclâmpsia
De acordo com Pascoal (2002), a pré-eclâmpsia sobreposta, que está representada
como uma complicação da hipertensão arterial crônica, de modo isolado representa o
prognóstico de maior gravidade, com risco aparente ao feto e a mãe. Kahhale (2002),
complementa está informação observando em seu estudo que, o acompanhamento pré-natal
mostra-se com fundamental importância neste caso, devendo ser iniciado o mais
precocemente.
Pode-se dizer que é bastante comum encontrar a pré-eclâmpsia, em sua forma leve,
no final do terceiro trimestre gestacional, não causando risco à mãe e ao feto possibilitando a
evolução natural do parto, mas é necessário a verificação da pressão arterial a cada 3 dias, ou
em intervalos semanais (KAHHALE, 2002).
Alguns dos principais sintomas da pré-eclâmpsia podem surgir de modo discreto com
cefaleia, com progressão para distúrbios visuais, hiper-reflexia, dor epigástricas,
hemoconcentrações (hemorragia), evoluindo para um episódio convulsivo, mas pode haver
um sintoma isolado, ou seja, a gestante iniciará a eclampsia já com um episódio de
convulsão (PASCOAL, 2002).
Peraçoli e Parpinelli (2005), denominam como eclampsia os episódios convulsivos
de caráter tônico clônico, com suposições de vaso espasmo com isquemia na região cerebral,
além de descrever as cefaleias com sendo na região frontal e occipital, com distúrbios
visuais de escotomas, fosfenas ou até amaurose.
Por ser uma patologia de etiologia desconhecida, a pré-eclâmpsia é caracterizada
pelo acometimento de todos os órgãos e sistemas, devido ao grande aumento da resistência
vascular periférica, e a altas respostas de vasoconstrição, acarretando uma ampla disfunção
endotelial, antecedendo assim a lesão do tecido endotelial seguida de vaso espasmo
(PASCOAL, 2002).
Devido à lesão renal, há uma redução na excreção de sódio, colaborando para a
retenção de fluídos conhecidos como edemas, ou a retenção destes fluidos em regiões
localizadas como no pulmão, gerando um aumento na pressão dos capilares pulmonares, o
que leva ao aparecimento de sintomas semelhantes aos da síndrome da angústia respiratória
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(SARA), além de disfunção hepática, redução dos níveis de albumina com complicações de
extravasamento de proteínas para o meio intersticial (PASCOAL, 2002).
No caso de pré-eclâmpsia grave é necessário analisar se a ultrassonografia indica que
o feto apresenta o peso igual ou superior a 1.000 gramas, e no mínimo de 28 semanas, para
ser realizada a interrupção da gestação através de uma cesariana, seguida de internação do
neonato em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (KAHHALE, 2002).
6.4.2. Eclampsia
A eclampsia é uma complicação obstétrica que pode ser evitada, de acordo com as
escolhas da gestante, ou seja, decidir iniciar um tratamento rigoroso, precedido de
acompanhamento médico regular (PERAÇOLI; PARPINELLI, 2005).
Ainda no artigo de Peraçoli e Parpinelli (2005) pode ser observada uma citação de
Sibai e colaboradores (2005), que relata a existência de uma determinada falha nos métodos
preventivos, com principais coadjuvantes erros médicos, a falha no uso do sulfato de
magnésio, baixa idade gestacional, e surgimento repentino.
Após um episódio convulsivo, ocorre um aumento da frequência respiratória
chegando a aproximadamente 50 incursões por minuto, seguida de hipoxemia, cianose, febre
com temperatura maior ou igual a 39° C, e na maioria dos casos está associada a
hemorragias cerebral, edema pulmonar, e amaurose. De acordo com essas evoluções do
quadro clínico, pode-se observar o inicio do trabalho de parto, denominado anteparto. Essa
evolução da complicação gestacional não atinge somente a mãe, mas o feto sofrerá diversas
alterações, dentre elas a redução da frequência cardíaca, bradicardia (BRASIL, 2000).
De acordo com Kahhale (2002), após o uso de medicamentos hipotensores, e
reguladores
hemodinâmicos
e
metabólicos,
faz-se
necessária
à
observação
de,
aproximadamente, 2 horas para a normatização das complicações da eclampsia para iniciar o
parto, com as opções de: cesariana nos casos em que a mulher não mantém o controle dos
níveis pressóricos, mesmo após medicações; parto vaginal quando não oferece riscos
maternos; em casos de óbito fetal e normatização da pressão arterial é induzido o parto
vaginal.
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6.4.3. Síndrome de Help
A síndrome de Help pode ser designada como uma variante grave da pré-eclâmpsia,
sua incidência é de aproximadamente de 6,6% a 24,1%. Sua denominação de HELP é a
junção das iniciais inglesas de: hemólise (H), ampliação nos níveis de enzimas hepáticas
(EL) e plaquetopenia (LP) (BRASIL, 2000).
Segundo Brasil (2000), além dos sinais já aparentes da pré-eclâmpsia, essa síndrome
também se associa a hemorragia na região da gengiva (gengivorragia), hematúria ou
oligúria, icterícia, hipoglicemia, hiponatremia, hemorragia vítrea, e em alguns casos, ocorre
a presença de esteatose hepática aguda, apendicite, lúpus eritematoso sistêmico.
6.4.4. Complicações neonatais
De acordo com as literaturas, além do risco de óbito, prematuridade, infecções
neonatais, baixo peso e diminuição do crescimento, hipóxia neonatal sendo, em sua maioria,
necessária a internação em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, para um melhor suporte
ventilatório, levando o neonato a apresentar um baixo índice de Apgar tanto no primeiro
quanto no quinto minuto de avaliação (SOUZA; DUBIELA; SERRÃO JUNIOR, 2010).
Além de maior propensão a desenvolver doenças pulmonares agudas e crônicas, com
risco de desenvolvimento tardio de hipertensão arterial e dislipidemia (PASTORE;
VINADÉ).
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6.5. Atuação fisioterapeutica
A partir da concepção até o momento do parto classifica-se como período pré-natal,
em que ocorrerão diversas modificações em todo o organismo feminino. Nesse período, cabe
ao fisioterapeuta orientar a gestante quanto às adaptações fisiológicas, preparando-a
fisicamente, através da conscientização das mudanças posturais, bem como melhorar a
potencia muscular para que diante das exigências extras da gravidez, ela se mostre apta a
suportar as necessidades circunstanciais (BARACHO; BARACHO; VELLOSO 2007).
É sabido que o fisioterapeuta em seu atendimento utiliza-se de exercícios,
diferenciando-os de acordo com o seu objetivo, que é aliviar e prevenir dores e os
desconfortos das adaptações gestacionais, além de melhorar a autoestima, empregando
recursos como atividades físicas, técnicas manuais e eletrotermoterapia (BARACHO, 2007).
Segundo Miranda e Abrantes (2003), estas atividades podem ser praticadas por
gestantes que nunca praticaram nenhuma atividade física, apresentando como período de
adaptação de aproximadamente duas semanas, devendo ser passado para essa gestante que
esse período de exercício é um momento agradável, com exercícios ritmados.
Nessa prática é de grande importância ressaltar que os exercícios físicos não devem
exceder os limites maternos, pois esses geram uma condição desfavorável ao
desenvolvimento gestacional, devendo também ser observadas as condições ambientais e
climáticas para execução de atividades físicas.
A intensidade do exercício pode ser
calculada através do teste de conversa, que se executa durante o exercício físico, já que se a
mulher for capaz de exercitar-se e dialogar sem esforço, o nível de intensidade é considerado
normal; ou através da utilização de escala visual de esforço, sugerindo-se em sua maioria a
escala de Borg para gestantes (BARACHO, 2007).
6.5.1. Atividade física em gestante hipertensa
De acordo com Sass e Mesquita (2005), a atividade física exagerada está
contraindicada neste grupo de gestante, como um meio de prevenção de complicações, que
não estão esclarecidas em seu estudo, citando ainda que a paciente deve permanecer o maior
tempo possível em repouso em decúbito lateral esquerdo, além de adaptar-se com
afastamento de atividades profissionais.
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Ainda em Sass e Mesquita (2005), cita que não há métodos eficazes de prevenção
para doenças hipertensivas da gestação, mas que pode ser feito o seu controle como meio
preventivo.
Antigamente, por volta do século XX, a prática de exercícios físicos em gestantes era
muito preocupante, mas, atualmente, pode se dizer quer este fator deixou de existir, pois os
novos estudos demonstram que a prática de exercícios físicos não causa interferência na
gestação, bem como, não reduz o peso do feto (MARQUEZ et al., 2000; LEET; FLICK L,
2003 apud BURGOS, 2010).
A prática de exercícios físicos é indicada não apenas para mulheres que já possuíam
o hábito de exercitá-los, mas também para as mulheres sedentárias, e àquelas que já têm
histórico de complicação obstétrica, com aprovação médica para o início das atividades
(ACOG, 2002 apud BURGOS, 2010).
Segundo Souza, Dubiela e Serrão Junior (2010), a fisioterapia atuará na prevenção
das complicações na gestação através da realização de exercícios para condicionamento
cardiovascular, objetivando a redução da frequência cardíaca e da pressão arterial, evitando
a necessidade da utilização de fármacos. Barbosa e Tufanin (2012) complementam esta
informação, afirmando uma real redução dos níveis pressóricos, explicados através da
redução nos valores do débito cardíaco e da frequência cardíaca.
Os exercícios realizados em uma gestação normal, também apresentam resultados
eficazes em gestantes hipertensas, que afirmam a redução do risco de desenvolver
complicações como a pré-eclâmpsia em até 35% dos casos (SORENSE, 2003 apud SOUZA,
DUBIELA, SERRÃO JUNIOR, 2010).
6.5.2. Reabilitação cardiovascular
Segundo Nobre, Santos e Fonseca (2006), estima-se que o índice de mortalidade por
episódios cardiovasculares está em declínio nas regiões brasileiras mais desenvolvidas, de
acordo com as novas medidas de controle, com tratamentos cirúrgicos e medicamentosos. Já
em sua contraposição está o estilo de vida adotado com características do sedentarismo e má
alimentação, facilitando o desenvolvimento de patologias crônico degenerativas.
Com evolução para eventos cardiovasculares, o paciente iniciará a reabilitação
cardiovascular que tem como objetivo reparar os níveis cardiovasculares máximos,
proporcionando o retorno às atividade tradicionalmente realizadas antes da complicação
21
cardiovascular. Além deste objetivo a reabilitação cardiovascular também apresenta o
proposito de melhorar a qualidade de vida (FLORES; ZOHMAN, 2002).
De modo simplificado, é importante ressaltar a prevenção dos episódios
cardiovasculares. Em indivíduos com hipertensão arterial a prática regular de atividade física
tem demonstrado eficácia na condição cardiorrespiratória, com o controle e a manutenção
dos níveis pressóricos, perda de peso, e controle no tratamento de dislipidemias, bem como
o controle do estresse (BRUM et al., 2006).
Os protocolos de evolução dos exercícios físicos são realizados, diariamente, em
pacientes que apresentam alguma incapacidade. Usa-se o protocolo de Kattus adaptado em
esteira com inclinação, havendo a graduação dos mets, inicialmente com velocidade de 0,8
Km/h (4 met), com desenvolvimento máximo de 6,4 Km/h (9 met), ou após um evento
coronariana, utiliza-se o protocolo de Bruce modificado em esteira horizontal à 2,4 Km/h,
com graduação da inclinação da esteira (FLORES; ZOHMAN, 2002).
De acordo com Flores e Zohman (2002), o condicionamento cardiovascular deve ser
feito de modo supervisionado/monitorado, com exercícios isotônicos, rítmico e aeróbico,
abrangendo amplas massas musculares, envolvendo o mínimo de componente isométrico.
Para a prescrição da intensidade deste exercício dever respeitar os métodos da Associação
Americana de Cardiologia, com a frequência cardíaca submáxima a 70 % (220-idade-70%),
com duração máxima do exercício num período de 20 a 30 minutos.
Em relação às contraindicações absolutas estão as arritmias cardíacas severas,
pericardite aguda, endocardite, estenose aórtica grave, disfunção severa do ventrículo
esquerdo, angina ativa, infarto agudo do miocárdio, embolia pulmonar, e incapacidade
física. Contraindicação relativa: hipertensão arterial e pulmonar grave descontrolados,
taquiarritmias, cardiopatias valvulares moderadas, estenose coronariana e miocardiopatia
hipertrófica (FLORES; ZOHMAN, 2002).
6.5.3. Sistema cardiovascular e exercícios físicos
Ao iniciar um exercício físico ocorrerá inicialmente a elevação da frequência
cardíaca de forma linear ao aumento da velocidade de execução do exercício, sendo
compensado com um aumento no débito cardíaco, que, neste momento, será imprescindível
para abastecer as necessidades de oxigênio muscular, além de levar a um aumento no
volume sistólico de acordo com a intensidade do exercício, com elevação de até 50% no
22
consumo de oxigênio, gerando assim um aumento na pressão de enchimento ventricular, e
aumento no volume diastólico, observando os limites desejados da frequência cardíaca, para
que seja realizada a interrupção do exercício. Logo após o exercício, poderá ser observada
uma diminuição não muito significante do débito cardíaco, e uma diminuição da frequência
cardíaca e o aparecimento da bradicardia de repouso, explicados como um aumento do tônus
vagal cardíaco, e a redução do tônus simpático, além do aumento no consumo de oxigênio
(RONDON, 2006).
Em seu estudo Cunha e colaboradores (2006), confirmam os dados expostos por
Rondon (2006), acrescendo as informações, em que atividades físicas aeróbicas de caráter
contínuo de baixa intensidade, têm apresentado uma redução significativa nos níveis
pressóricos pós-exercícios, efeito este, benéfico em pacientes hipertensos.
6.5.4. Cinesioterapia na gestação
Segundo Alcãntara e colaboradores (2012), no sistema cardiovascular ocorrerão
alterações na frequência cardíaca, com elevações no final da gestação. O débito cardíaco
também apresentará elevações, sendo de fundamental importância a verificação da pressão
arterial como forma de acompanhamento da gestante na prática de atividade física.
De acordo com Miranda e Abrantes (2003), a prática de exercícios físicos na
gestação deve ser subdividida em séries, com atividades específicas e dosadas.
6.5.4.1. Série Metabólica
Os exercícios metabólicos possuem como intuito, ativar a circulação sanguínea, e
elevar a capacidade pulmonar, realizada através de movimentos em membros inferiores
principalmente com caminhadas em terrenos estáveis, associando exercícios em membros
superiores, objetivando a correção postural. Observa-se que, durante a realização dos
exercícios deve ser evidenciada a coordenação, juntamente com a respiração, em inspirações
pelo nariz e expiração pela boca (MIRANDA; ABRANTES, 2003).
Alves e outros (2006) descrevem, em seu trabalho realizado com pacientes
hipertensos, a realização de exercícios metabólicos, ou como também denominado
aquecimento, como uma série de exercícios que abrangem grandes cadeias musculares,
sendo estes realizados com intensidade progressiva.
23
Segundo Miranda e Abrantes (2003), esta série deve ter uma duração média de 5 a 10
minutos em pacientes gestantes normotensas, já em observação a estudos de Alves e
colaboradores (2006) a reabilitação cardiovascular, que tem como objetivo condicionar o
sistema cardiovascular em pacientes hipertensos, sugere que a série metabólica percorra um
período de 5 a 10 minutos, sendo estes pacientes saudáveis ou portadores de fatores de risco.
6.5.4.2. Série Principal
Segundo Miranda e Abrantes (2003), esta série é composta por exercícios
musculares, com a finalidade de manter a tonicidade da musculara, já que no período
gestacional estes se alongam. Este trabalho ajudará no crescimento uterino na posição
vertical, permitindo o alongamento da musculatura costal, com afastamento das vertebras
lombares e descompressão nervosa, aliviando em sua maioria as lombalgias. Exercícios
estes realizados em posição ortostática, sentada, decúbito dorsal e lateral, com uso de bastão,
peso ou barra, com duração de aproximadamente 30 (trinta) minutos.
Já em observação a outros estudos, esta série é composta por programas aeróbicos
durante o programa de condicionamento cardiovascular em pacientes hipertensos, sendo esta
seguida por outra série denominada ginástica localizada, onde sua característica é o trabalho
de exercícios musculares (ALVES et al., 2006). Objetivo este requisitado na série principal
nos estudos de Miranda e Abrantes (2003), em trabalho com gestantes.
De um modo ou outro, esta série é composta por programas de exercícios que
mostram a necessidade de avaliações prévias, permitindo-se assim a prática de exercícios
regulares (BURGOS, 2010; ALVES et al., 2006)
Em sua maioria, são realizados para condicionamento cardiovascular exercícios de
forma rítmica, como caminhadas, ciclismo e natação. Podendo estes ser associados à prática,
à melhoria da função ventricular, melhoria na viscosidade sanguínea e na vasodilatação
coronariana. Segundo Miranda e Abrantes (2003), benefícios estes são aparentes na
realização da série metabólica, já em Alves et al. (2006), sugere um prazo de até 8 semanas
para serem verificados os benefícios citados em pacientes hipertensos, surgindo na
realização da série principal (exercícios aeróbicos).
De acordo com Alves e colaboradores (2006), deve-se ressaltar que em pacientes
hipertensos o exercício aeróbico pode provocar variadas alterações hemodinâmicas e neurohumorais, analisando-se que, após o término do exercício físico há uma redução nos níveis
24
de concentrações plasmáticas de noradrenalina, além de, uma diminuição da atividade
simpática na musculatura lisa dos vasos e elevação da sensibilidade reflexa pressorreceptor,
justificando a hipotensão pós-treino aeróbico.
Em abordagem ao tema de duração do exercício, pode se analisar também relatos de
exercícios aeróbicos em gestantes com histórico prévio de hipertensão, com duração de 40
minutos e em período de 5 vezes por semana, utilizando-se como base a caminhada (YEO et
al., 2002 apud BURGOS, 2010).
Já em Burgos (2010), foram avaliados os benefícios gerados pela realização de
exercícios aeróbicos em gestantes hipertensas, utilizando bicicleta estacionária, por período
de 20 minutos, justificando a utilização deste meio à sua segurança, que atua como meio de
prevenção de traumas e desequilíbrio, já que no período gestacional a mulher apresenta uma
alteração em sua estrutura corporal.
Dean (2004) expõem em seu estudo que, na reabilitação cardiovascular o exercício
aeróbico contínuo por um período de 5 a 20 minutos é classificado como intensidade leve,
sendo possível serem prescritos à pacientes de risco, mas apesar desta classificação deve-se
monitorar a presença de qualquer alteração, de forma criteriosa, para que possa ser inibido
qualquer risco inerente ao exercício.
6.5.4.3. Série Respiratória
Segundo Polden e Mantle (2005), a respiração é um processo que ocorre de maneira
involuntária, com volumes e profundidades variadas, podendo a mesma ser realizada de
forma voluntária, sendo esta controlada e manipulada.
Com o desenvolvimento gestacional ocorre uma alteração da configuração do tórax
(cerca de 5 a 7 centímetros da circunferência), o diafragma é elevado em até 5 centímetros
da sua posição de repouso, com alteração progressiva do ângulo subcostal de 68,5° para
103,5°, levando a um deslocamento na zona de aposição do diafragma, o que influencia,
discretamente, na frequência respiratória, alterando a configuração da mecânica ventilatório,
ocasionando assim uma redução do volume residual (ALCÃNTARA et. al., 2012).
De acordo com Dean (2004), devido a alterações da capacidade de transporte de
oxigênio, a prática de exercícios trará uma maior demanda metabólica, onde esta será
suprida por aumento no trabalho do sistema cardíaco e respiratório, constituindo um
aumento do consumo de oxigênio e metabólico global. Uma das consequências da prática de
25
exercícios aeróbicos no sistema respiratório é um aumento na ventilação por minuto,
melhorando o volume corrente e o discreto aumento na frequência respiratória.
O treino respiratório em gestantes é utilizado em várias fases, representando a
preparação para o trabalho de parto, com inspirações lentas pelo nariz e expirações
prolongadas pela boca (MIRANDA; ABRANTES, 2003).
Devido às alterações fisiológicas da gestação, e associação da hipertensão arterial a
este período, ocorre uma redução na perfusão em vários órgãos, dentre estes os pulmões,
levando a uma redução do volume plasmático e comprometimento da velocidade do fluxo
sanguíneo (DUSSE et al., 2001 apud MAYO; ARAUJO, 2008).
A fisioterapia respiratória associada a exercícios proporcionará uma maior resistência
das vias aéreas, bem como, manterá a integridade da musculatura respiratória (CORLETA,
KALIL, 2010 apud PEDROSO et al., 2012). A série respiratória contará com: respirações
torácicas para conscientização corpórea; respiração abdominal ou diafragmática,
beneficiando a descida diafragmática, e melhorando a oxigenação sanguínea e relaxamento;
respiração de bloqueio, utilizando nas técnicas os comandos de inspirar profundamente pelo
nariz, flexionar o pescoço, e realizar uma contração abdominal, forçando assim a descida do
diafragma (PEDROSO et al., 2012).
No entanto, com a prática regular de exercícios físicos reduz-se esse estresse
cardiovascular, o que se reflete, especialmente, em frequências cardíacas mais
baixas, maior volume sanguíneo em circulação, maior capacidade de oxigenação,
menor pressão arterial, prevenção de trombose, varizes e redução do risco de
diabetes gestacional (PEDROSO et al., 2012, p.8).
Em um estudo exposto por Pinheiro e colaboradores (2006) realizado em observação
a pacientes hipertensos, verificou-se que o exercício respiratório em padrão lento melhora a
expansibilidade torácica, levando a uma redução da pressão arterial e frequência cardíaca, o
que beneficia a sensibilidade do barorreflexo.
6.5.4.4. Relaxamento
O momento do relaxamento apresenta grande importância para a gestante,
principalmente no primeiro trimestre, no qual ela apresenta extremo cansaço e náuseas e na
maioria dos casos, costumam se associar ao estilo de vida da mulher atual, ou seja, o estresse
do trabalho (POLDEN; MANTLE, 2005).
26
As mudanças gestacionais e as alterações posturais acometem a musculatura das
costas e pescoço devido ao aumento da tensão, aparecendo nódulos musculares em pontos
gatilhos (CASSAR, 2001).
De acordo com Polden e Mantle (2005), qualquer técnica de relaxamento
fisioterapêutico deve ser compreendida pelo profissional e aplicada de modo a proporcionar
a diminuição da tensão, trazer a calma e conforto, de modo a afastar os pensamentos
preocupantes.
Miranda e Abrantes (2003) relatam em seu estudo que no momento de relaxamento,
a gestante deve evitar posições que causem desconfortos, sendo indicada, principalmente, a
posição sentada ou em decúbito lateral esquerdo.
Já em Cassar (2001), apresenta a indicação da massagem terapêutica para pacientes
com hipertensão arterial, expondo que esta ajudará na diminuição do estresse, minimizando
as atividades simpáticas, sendo assim, levará a uma redução da intensidade da
vasoconstrição arterial, gerando uma menor resistência dos vasos diante do fluxo sanguíneo.
Observa-se a contraindicação de massagem em região abdominal, devido provocar uma
atuação reflexa sobre a musculatura cardíaca, e aumento súbito da pressão arterial.
27
7. METODOLOGIA
Este estudo trata-se de uma pesquisa quantitativa, apresentando como fonte de coleta
de dados um estudo de caso. Para a realização deste estudo, será exposto à paciente o modo
em que será realizada a coleta de dados, e a partir deste momento haverá a observação da
evolução de acordo com a progressão dos atendimentos, logo após comparar-se-ão os dados
coletados (POLIT; BECK; HUNGLER, 2001).
7.1. Descrição do paciente
No presente estudo serão utilizados os seguintes critérios de seleção para
participação da pesquisa: paciente gestante, com idade superior a 18 (dezoito) anos,
apresentando como diagnóstico clínico hipertensão arterial sistêmica crônica, bem como
idade gestacional no inicio da pesquisa entre 12 (doze) e 20 (vinte) semanas. Considerandose a necessidade de apresentação de encaminhamento médico do Sistema Único de Saúde
(SUS).
São verificados como critérios de exclusão de pesquisa: gestação múltipla,
cardiopatias associadas, insuficiência renal, incompetência istmo-cervical, associação de comorbidade (tabagista, etilista, dependente química), sangramento persistente, perda de
líquido amniótico, ausência de acompanhamento médico (pré-natal).
No presente estudo será acompanhada uma paciente do sexo feminino, com 24 (vinte
e quatro) anos de idade, apresentando-se em uma união estável, auxiliar de escritório,
residente no município de Paracatu-MG. De acordo com os critérios de inclusão, a paciente
apresenta-se com o diagnóstico clínico de hipertensão arterial crônica à aproximadamente 7
(sete) anos, fazendo uso aos medicamentos previamente ao período gestacional: Lorsatran
50 mg e Igrotan 25 mg, gravidez unípara, acompanhamento pré-natal regular.
As sessões serão realizadas na Clínica Escola de Fisioterapia da Faculdade Tecsoma,
centrada na Rua Eugênia Martins de Souza, número 17, bairro Alto do Córrego na cidade de
Paracatu. O município está situado no estado de Minas Gerais, localizado na região
Noroeste, à 220 km da capital nacional Brasília e a 500 km da capital estadual Belo
Horizonte (IBGE, 2011).
As sessões serão realizadas duas vezes por semana com duração de cinquenta
minutos cada. Com a somatória total de 20 (vinte) sessões, durante 3 (três) meses,
28
desenvolvidas sob orientação fisioterapêutica. Será utilizado neste período, o protocolo
fisioterapêutico previamente utilizado por outros autores, e adaptado pela autora deste
estudo, de acordo com as necessidades da paciente.
Inicialmente, ocorrerá a aplicação de uma ficha de avaliação, onde serão analisados
os dados disponibilizados pela gestante, bem como a verificação do uso de medicamentos.
Para as sessões e coleta de dados para a monografia, serão realizados: aferição de pressão
arterial com aparelho SOLIDOR verificado pelo INMETRO (N°6,958,723,1), realizada
antes do exercício, a cada 10 (dez) minutos após iniciação do exercício aeróbico em bicicleta
estacionária da marca VITALLE III, finalizando o exercício após 20 (vinte) minutos de
exercício com nova aferição de pressão arterial, os exercícios serão interrompidos a partir de
esforço (escala de BORG – Anexo D); a frequência cardíaca será verificada antes dos
exercícios e a cada 10 (dez) minutos de exercício, e no final de 20 (vinte) minutos, ou sob as
condições citadas anteriormente; os exercícios devem ser realizados de maneira rítmica e
progressiva, seguidos de exercícios isométricos leves em cadeia cinética aberta, com
materiais disponibilizados na Clínica Escola.
De acordo com o Conselho Nacional de Saúde, resolução 196/96, o termo de
consentimento foi explicito à paciente, sendo obtida de maneira livre e esclarecida a
concordância de participação do estudo.
7.2. Análise de dados
Revisão bibliográfica analisada dos artigos publicados nos bancos de dados:
SCIELO, BiremeBioline, Biblioteca Virtual em Saúde – Ministério da Saúde, Centro
Cochrane do Brasil, e Departamento de Cardiológico do Brasil.
Com utilização das palavras chave: risco gestacional, hipertensão, gravidez,
hipertensão gestacional, pré-eclâmpsia, complicações da hipertensão na gestação. Sendo
incluídos artigos publicados nos últimos 10 (dez) anos, no idioma português.
Serão utilizados para a análise dos dados recolhidos os programas da Microsoft
Office Word 2010 e Microsoft Office Excel 2010.
29
8. CRONOGRAMA
Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Pesquisa bibliográfica
X
X
X
Confecção Projeto
X
X
X
Entrega do Projeto
1ª avaliação
X
X
X
Análise dos resultados
X
do TCC
X
X
X
X
X
X
X
X
Correção e entrega final
X
X
2ª avaliação
Defesa
X
X
X
30
REFERÊNCIAS
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Hipertensão Arterial – Clínica, Diagnóstica e Terapêutica. 2. ed. São Paulo: Atheneu,
2007. Cap. 43. p. 403 – 409.
POLDEN, Margaret; MANTLE, Jill. Fisioterapia em ginecologia e obstetrícia. São Paulo:
Livraria Santos, 2005. Cap. 2. p. 22 – 45.
33
POLIT, Denise F.; BECK, Cheryl T.; HUNGLER, Bernadette P. Fundamentos de pesquisa
em enfermagem: métodos, avaliação e utilização. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004. Cap.
13. p. 310 – 356.
RIBEIRO, Artur. Hipertensão arterial: evolução desde a conceituação clássica até os dias de
hoje. In: RIBEIRO, Artur; PLAVNIK, Frida. Atualização em Hipertensão Arterial –
Clínica, Diagnóstica e Terapêutica. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2007. Cap. 1. p. 3 – 8.
RONDON, Maria E. P. B. et al. Noções sobre fisiologia integrativa no exercício. In:
NEGRÃO, Carlos E.; BARRETO, Antônio C. P. Cardiologia do exercício – do atleta ao
cardiopata. 2. ed. São Paulo: Manole, 2006. Cap. 1. p. 25-46.
SASS, Nelson et al. Hipertensão arterial crônica leve e moderada na gravidez: práticas
terapêuticas baseadas em evidencias. Revista Femina, 2002(a). Disponível:
<http://www.centrocochranedobrasil.org.br/apl/artigos/artigo_483.pdf>. Acesso em: 12 abr
2013.
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SOUZA, Eduardo de. Assistência ao parto e tocurgia: manual de orientações. São Paulo:
Editora Ponto, FEBRASGO, 2002(b). p. 271 – 274.
SASS, Nelson; MESQUITA, Maria R. Hipertensão arterial Crônica. In: CAMANO, Luiz et.
al. Guia de obstetrícia. Barueri: Manole 2005. Cap. 66. pag. 505-510. (Guias de medicina
ambulatorial e hospitalar – Unifesp).
SASS, Nelson. Doença hipertensiva específica da gravidez (DHEG). In: CAMANO, Luiz et.
al. Guia de obstetrícia. Barueri: Manole 2005. Cap. 19. pag. 137-146. (Guias de medicina
ambulatorial e hospitalar – Unifesp).
SOUZA, Viviani F. F.; DUBIELA, Ângela; SERRÃO JUNIOR, Nelson F. Efeitos do
tratamento fisioterapêutico na pré-eclâmpsia. Fisioterapia em Movimento. v. 23, n. 4, p.
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18 fev 2013.
VALADARES, Julio D.; DIAS, Rita C. M. Adaptações Fisiológicas da Gestação. In:
BARACHO, Elza. Fisioterapia aplicada à Obstetríca, Uroginecologia e Aspectos de
Mastologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. Cap. 2. p. 17 – 34.
ZIEGEL, Erna E.; CRANLEY, Mecca S. Enfermagem Obstétrica. 8.ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2008. Cap. 14 pag. 265.
34
ANEXO A – TERMO DE CONSENTIMENTO
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO
(Conselho Nacional de Saúde, Resolução 196/96)
Eu
_______________________________________________________________,
RG _______________________, abaixo qualificada(o), DECLARO para fins de
participação pesquisa, que fui devidamente esclarecida(o) sobre o Projeto de Pesquisa
intitulado: Análise do nível de controle da pressão arterial sistêmica em paciente gestante
hipertensa, em um programa de reabilitação cardiovascular: estudo de caso, desenvolvido
pela aluna Franciele Montijo dos Santos, do curso de Fisioterapia da Faculdade Tecsoma,
quanto aos seguintes aspectos:
Durante o período gestacional o fator de risco mais comumente encontrado é a
hipertensão arterial, sendo que à hipertensão gestacional apresenta-se apenas no período da
gravidez ou após a vigésima semana comumente associada às alterações nos níveis de
proteinúria, e a hipertensão arterial crônica presente anteriormente ao período gestacional,
estas alterações nos níveis pressóricos geram um
grave prognóstico materno-fetal,
responsável pelo aumento da morbimortalidade perinatal, pré-eclâmpsia e eclampsia.
Haverá a aplicação de um protocolo de reabilitação cardiovascular adaptado, com
uma frequência de duas vezes por semana entre os meses Abril e Julho de 2013, sendo
realizado atendimento na Clínica Escola de Fisioterapia, na cidade de Paracatu – MG, esse
programa de reabilitação constará de: exercício aeróbico em bicicleta estacionária, em
ritmos progressivos e exercícios isométricos com carga gradativa, em sessões de cinquenta
minutos.
O treinamento citado tem como objetivo avaliar os benefícios gerados pelo uso dos
exercícios aeróbicos, rítmicos e isométricos, sobre a pressão arterial sistêmica, e frequência
cardíaca em paciente gestante com hipertensão arterial crônica, sendo os resultados
comparados com os níveis anteriores à sua inserção ao programa de condicionamento,
durante e depois deste período.
A paciente tem a liberdade de recusar a sua participação ou retirar o seu
consentimento em qualquer fase da pesquisa, sem penalidade alguma e sem prejuízo ao
tratamento e cuidado. É garantido o sigilo e a privacidade dos dados confidenciais
35
envolvidos na pesquisa. Os dados e informações concedidas pela paciente serão utilizados
neste trabalho com fins de conclusão da graduação em Fisioterapia.
DECLARO, outrossim, que após convenientemente esclarecido pelo pesquisador e
ser entendido o que me foi explicado, consinto voluntariamente em participar desta pesquisa.
Paracatu, abril de 2013.
QUALIFICAÇÃO DO DECLARANTE
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Objeto da Pesquisa
Nome: ........................................................................................................................................
RG:........................................................ Data de nascimento: ....../....../........ Sexo: M ( ) F ( )
Endereço: ............................................................................ N°: .............. Apto: ......................
Bairro: ................................... Cidade: .............................. Cep: ........................ Tel.: ..............
_______________________________________
Assinatura do Declarante
Declaração do pesquisador
DECLARO, para fins de realização da pesquisa, ter elaborado este Termo de
Consentimento Livre Esclarecido (TCLE), cumprindo todas as exigências contidas no
Capítulo IV da Resolução 196/96 e que obtive, de forma apropriada e voluntária, o
consentimento livre e esclarecido do declarante acima qualificado para a realização desta
pesquisa.
Paracatu, abril de 2013
______________________________________
Franciele Montijo dos Santos
Assinatura do Pesquisador
36
ANEXO B – FICHA DE AVALIAÇÃO
37
38
ANEXO C – ENCAMINHAMENTO MÉDICO
39
ANEXO D – ESCALA DE ESFORÇO (BORG)
6
7
Muito, muito leve
8
9
Muito leve
10
11
Razoavelmente leve
12
13
Um pouco árduo
14
15
Árduo
16
17
Muito árduo
18
19
Muito, muito árduo
20
Segundo Flores e Zohman (2002).

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