dentes_artificiais.

Transcrição

dentes_artificiais.
Análise das características atuais de dentes artificiais
empregados em prótese do tipo Overdenture e
protocolo sobre implantes
Analysis of the current characteristics of artificial teeth employed in
prosthesis of the type Overdenture and records on implants
Murilo Auler e Salles1; Casiana Moleiro Alves2; Wellington Cardoso Bonachela3; Paulo Henrique
Ortolato Rossetti4
Resumo
O sucesso das próteses implanto-suportadas (overdenture e protocolo Brånemark) tem ganho significante popularidade
como opção do tratamento, devido ao desconforto gerado pela falta de retenção e estabilidade das próteses convencionais.
Além do conforto, estes pacientes buscam função e a estética nos dentes artificiais que mais se aproximam dos seus
dentes naturais. Através de uma técnica, do conhecimento básico, métodos, bom senso e limitações, o cirurgião-dentista
foi instruído nos cursos de graduação e pós-graduação a fazer uma escolha dos dentes artificiais. Baseado na expectativa
dos estudantes e profissionais, este estudo fez uma busca de revisão de literatura, buscando uma resposta quanto à
seleção de dentes artificiais baseadas pelas cartas moldes (espaço ocupado pelos dentes posteriores) de diversas marcas
existentes no mercado, comparando estes achados, ao apresentarem as sugestões sobre a largura, forma, tamanho dos
dentes e a fidelidade contida nas cartas moldes. A comparação foi realizada através da montagem dos dentes artificiais
em articuladores não ajustáveis, considerando que as informações apresentadas pelos fabricantes são imprecisas, que
podem comprometer o resultado estético e funcional da confecção da prótese implanto suportada (overdenture e
protocolo Brånemark).
Unitermos: seleção dentes artificiais; overdenture; protocolo Brånemark.
Abstract
The success on implant-supported prostheses overdenture and Brånemark protocols have won a lot of preference as a
treatment option, because the discomfort initiated by a lack of retention and stability of conventional lower dentures. Besides
comfort, these patients look for esthetics and function on their teeth, as much as possible as their own natural. Through many
ways as basic knowledge, methods, techniques, good sense and limitations, the dentists were instructed at graduate and postgraduate schools to learn how to selection artificial teeth. Based on students and professional expectations, this work consisted
in a literature review looking for an answer about artificial teeth selection based at “chart molds” (on the available space on
posterior teeth) from different brands around the world. Comparing these findings, we presented suggestions about teeth
width, shape, size and accuracy included at “chart molds.” A comparison was performed through mounting of artificial teeth
at non adjustable articulators, considering the inexact manufacturers information’s, that can compromise teeth selection and
so, the esthetic and functional result for implant-supported prostheses overdenture and Brånemarck protocols construction.
Keywords: selection artificial teeth; overdenture; protocols Brånemark.
1. Doutorando em Reabilitação Oral FOB - USP - BAURU
2. Especialista em Prótese Dental ABCD Regional BAHIA
3. Professor Associado do Depto. de Prótese Dental FOB - USP - BAURU
4. Mestre e Doutor em Reabilitação Oral - FOB - USP - BAURU
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INTRODUÇÃO
A perda dos dentes naturais se torna devastadora para os
pacientes e sua reposição com elementos artificiais com
as próteses dentais são necessárias para a recuperação da
estética e das funções mastigatórias. Por volta da década
de 1960, houve informação suficiente como modalidade
de tratamento viável o conceito e inicio de overdenture7.
O uso de implantes em pacientes desdentados já é uma
realidade a alcance na maioria dos tratamentos. Os
implantes podem ser usados ou para prótese fixa ou
removível overdenture.
Independente do tipo da prótese, é identificado que
há uma necessidade de manutenção se a restauração
protética permanece completamente em função5. Em
qualquer tratamento protético existe a necessidade de
considerar a satisfação do paciente com os resultados
da aparência natural e a função. Um aspecto artificial
ou um fracasso em satisfazer as expectativas do paciente
podem comprometer sua auto-estima.
Para atingir estética tanto em overdenture, quanto em
Prótese Total e ou Prótese do tipo Protocolo Brånemark
(Fig. 2), deve-se considerar: tomada correta da dimensão
vertical, o plano oclusal protético, linha mediana, linha
dos caninos, linha alta do sorriso, cor da gengiva artificial,
oclusão e com relação à seleção dos dentes artificiais a
forma, o tamanho e a cor, sendo que a forma e a disposição
dos dentes tornam-se fatores fundamentais para se
construir um trabalho em prótese com características que
mais se aproximem da condição natural.
A estética dental é um assunto que envolve vários fatores
que, em conjunto, proporcionam harmonia com o
restante da face. Na seleção dos dentes artificiais, a escolha
das larguras mesio-distais é um fator determinante para
se promover uma relação harmônica entre o rosto do
paciente e o seu sorriso. Frush, J.P.; Fisher, R.D. apud
CASTRO Jr., HVANOV, Z.V.; FRIGÉRIO, M.L.M.A.
(2000)3 abordaram brilhantemente fatores como sexo,
personalidade e idade. Quanto ao sexo, mencionaram
que os contornos arredondados dos ângulos incisais,
produzindo efeito esférico nos incisivos centrais
e laterais superiores, se harmonizam com o sexo
feminino, enquanto que os ângulos retos produzem
efeito cubóide nesses mesmos dentes que harmonizam
com o sexo masculino. Pacientes de diferentes grupos
étnicos apresentam variações no tamanho e forma do
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arco dental dos dentes em si, e o dentista deve levar isso
em consideração na fase de seleção dos dentes artificiais.
Os fabricantes tendem a usar formas básicas na produção
dos moldes dentais com conseqüência dos problemas
nos diversos grupos raciais. As formas básicas disponíveis
podem ou não ser totalmente compatíveis para
determinados grupos em termos de forma e tamanho.
As técnicas existentes na seleção dos dentes anteriores
superiores geralmente baseiam-se em dados
antropométricos e requisitos estéticos, e quanto aos
posteriores (Fig. 3), requisitos da função da mastigação.
Muitos erros na escolha dos seis dentes anteriores
ocorrem devido ao fato de algumas cartas-moldes
apresentarem a largura dos dentes descritos em reta
e outras só em curva. Quanto à seleção dos dentes
posteriores por correspondência de modelos a partir da
seleção dos dentes anteriores superiores na carta-molde,
o erro torna-se mais gritante, tendo em vista que a largura
demonstra-se, muitas vezes, incompatível, baseado
nestas discordâncias, propomo-nos a fazer uma análise
criteriosa de marcas comerciais de dentes artificiais mais
usados e disponíveis no mercado nacional
REVISÃO DE LITERATURA
Características dos dentes artificiais
Le LAVELLE, C.L.B. (1972)16 chamou a atenção
para o fato de que a maioria dos trabalhos a respeito
de dimensões dentárias encontrados na literatura
havia sido realizada com indivíduos brancos, não
havendo informações sobre outras raças. Frente a isso,
desenvolveu um estudo com o objetivo de comparar
a largura dos dentes superiores e inferiores entre três
diferentes grupos sociais. Foram selecionados modelos
de gesso superiores e inferiores de 120 indivíduos, sendo
40 brancos, 40 negros africanos e 40 mongóis, com
idade de 18 e 28 anos, que possuíam pelo menos todos
os dentes permanentes até primeiros molares, ausência
de atrição, de cáries, de tratamento ortodôntico e com
relacionamento antero-posterior de molares normal.
As dimensões dentárias foram maiores nos homens do
que nas mulheres nos três grupos raciais. Os negros
apresentaram dentes mais largos que os brancos, tanto
para o arco superior quanto para o arco inferior, e os
mongóis ocuparam uma posição intermediária. As
larguras médias obtidas para o incisivo central superior
foram: (a) negros = 9,33mm (homens) e 9,21mm
(mulheres); (b) mongóis = 8,57mm (mulheres) e (c)
brancos = 8,79mm (homens) e 8,54mm (mulheres).
As somatórias das larguras dos seis dentes anteriores
mostraram, para homens e mulheres, respectivamente,
os seguintes valores: 50,52mm e 49,80mm no grupo
dos negros; 47,46mm e 46,72mm para os mongóis e
45,28mm e 44,20mm para os brancos. A porcentagem
de recobrimento do incisivo central inferior pelo incisivo
central superior foi maior nos brancos (30,8% para os
homens e 30,4% para as mulheres), ficando os negros
em posição intermediária (28,6% para os homens e
27,4% para as mulheres).
Em 2001, Kawauchi apud VARJÃO F.M. (2003)21
pesquisou as marcas comerciais de dentes artificiais
existentes no mercado nacional, para a seleção daquela
mais compatível com a realidade anatômica dental
da população brasileira. Foram selecionados 105
indivíduos brasileiros com idade média de 28 anos,
sendo 36 do sexo masculino e 69 do sexo feminino.
De cada indivíduo, foi obtido um modelo de gesso da
arcada superior a partir de moldagem com alginato. No
modelo, foi inicialmente medida a largura em curva dos
seis dentes anteriores, da face distal de um canino ao
outro, utilizando-se uma régua flexível apoiada sobre
o terço apical dos dentes. A seguir, foi mensurado o
comprimento do incisivo central superior esquerdo com
um paquímetro digital. Os modelos foram divididos
de acordo com a forma dos dentes em três grupos:
modelo com forma de dente quadrada, triangular e
ovais. Na seqüência, foram calculadas as médias do
comprimento dos incisivos centrais e das larguras dos
seis dentes anteriores para cada grupo e as mesmas foram
comparadas às respectivas medidas informadas pelos
fabricantes das seguintes marcas comerciais: “Trilux”,
“SR Antaris” (Ivoclar) e “Trubyte Biotone” (Dentsply).
Os dados foram subdivididos quanto à forma dos
dentes (tanto artificiais como naturais) e foi analisada
a correlação entre as medidas do incisivo central e da
largura dos seis anteriores (dentes naturais). A forma de
dentes quadrada esteve presente em aproximadamente
42% dos indivíduos, nos quais a largura média dos
seis anteriores foi 52,9mm e comprimento do incisivo
central foi 11,8mm. Em aproximadamente 28% dos
indivíduos, ocorreu a forma de dentes triangular e os
Figura 01.
Figura 02.
Figura 03.
Figura 04.
Figura 05.
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seguintes valores foram obtidos para a largura dos seis
anteriores e comprimento incisivo central: 52,9mm
e 10,4mm, respectivamente. A forma de dentes oval
mostrou-se presente também em aproximadamente
28% dos casos. A largura dos seis anteriores foi 53,8mm
e o comprimento do incisivo central foi 10,5mm. Em
relação à medida da largura dos seis dentes anteriores,
a marca comercial que mais se aproximou dos dentes
dos indivíduos estudados foi a “Trubyte Biotone”
(principalmente o modelo 3P), porém ela apresentou
dentes de dimensões menores que as dos dentes naturais.
Quanto ao comprimento do inciso central, na forma
quadrada, o dente artificial que mais se aproximou dos
naturais foi da marca “SR Antaris” (modelo A69) que,
no entanto, na distância intercaninos foi menor que as
demais marcas. Na forma triangular, a marca que mais
se aproximou foi a “Trilux” (modelo F4) e, na oval,
duas marcas apresentaram o comprimento do incisivo
coincidente com a média dos dentes naturais: “Trubyte
Biotone” (modelo 3P) e “Trilux” (modelo E4).
OKAWA, M.S. (2005)18 avaliou o tamanho de dentes
naturais anteriores e posteriores superiores de 119
pacientes através da aferição da largura e da altura dos
dentes em modelos de gesso das arcadas superiores,
utilizando um paquímetro digital. As medidas obtidas
foram comparadas às dimensões dos dentes artificiais
mais utilizados no mercado brasileiro. Observando-se,
aproximadamente 48% dos incisivos centrais superiores
naturais possuem largura maior que 9,0mm. Em
contrapartida, somente 14,28% dos incisivos centrais
superiores artificiais analisados possuíam essa dimensão.
Aproximadamente 64%dos indivíduos da pesquisa
possuíam o dente 14 com largura maior que 7,0mm.
Nas cartelas de dentes aferidas, encontrou-se apenas um
modelo com a dimensão mesiodistal superior a 7,0mm,
largura menor que a da média da população (7,28mm).
Aproximadamente 74% dos primeiros molares
superiores naturais possuíam comprimento menor
que 7,0mm. Somente um modelo artificial apresentou
comprimento menor que 7,0mm. A adequação das
dimensões dos dentes artificiais facilitaria a montagem
dos dentes e traria a estética almejada ao portador de
reabilitações protéticas.
ESAN, T.A.; OLUSILE, A.O.; AKEREDOLU, P.A
(2006)6 reportam que vários fatores como idade, sexo, e
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cor da pele têm sido propostos como auxílio na seleção
de dentes artificiais, e numerosos métodos têm sido
dispostos na avaliação de fatores estéticos confiáveis
para a seleção de dentes em pacientes desdentados,
especialmente em brancos. As informações são bastante
limitadas especialmente na relação entre seleção de
dentes artificiais, idade, sexo e cor da pele em negros.
FUEKI et al.10 em 2007 determinaram que o número
de estudos numa revisão de literatura em performance
mastigatória tem sido conduzido em pacientes com
vários números de planejamentos de prótese retida
ou suportada por implantes, numa evidência de
alto nível de vantagens limitadas pela performance
mastigatória das próteses retidas ou suportadas por
implantes sobre as próteses totais convencionais. O
objetivo do benefício na performance mastigatória das
próteses retidas ou suportadas por implantes sobre as
próteses totais convencionais tem sido fundamental
para mandíbulas com prótese retida ou suportada por
implantes em pacientes edêntulos com mandíbulas
reabsorvidas e/ou dificuldade de adaptação das próteses
totais convencionais.
Teorias e técnicas de seleção
FRUSH E FISCHER (1955)9 foram fundadores da
Academia Dental Suíça, que tinha como objetivo
desenvolver estudos sobre a estética em prótese total.
Esta escola, denominada Dentogênica, enfatizava que as
regras de estética fossem utilizadas apenas como guias,
pois era essencial a individualização e adequação das
mesmas quanto à idade, personalidade e ao sexo, e que a
idade avançada do paciente deveria ser apropriadamente
incorporada através da cuidadosa seleção dos dentes
quanto à forma, cor e caracterização. Segundo o critério
dos autores, a prótese só era considerada dentogênica
caso obedecesse aos seguintes critérios: o usuário da
prótese deveria ter plena sensação de bem-estar ao usála; observando-se a prótese na boca do paciente, esta
deveria estar completamente integrada a sua face, de
forma que seu sorriso incorporasse sua personalidade. O
profissional que confeccionasse a prótese deveria sentir-se
completamente satisfeito após a instalação no paciente.
LA VERE et al. (1994)15 compararam as dimensões
mésio-distais dos seis dentes anteriores superiores
naturais de estudantes de odontologia com as larguras
de dentes artificiais para próteses produzidos por seis
diferentes fabricantes. Participaram do estudo 488
indivíduos, sendo 60% brancos, 35% descendentes
de asiáticos e 5% de outras etnias (espanhóis, negros e
índios americanos). Os dentes anteriores foram medidos
pela superfície vestibular, tendo como referência os
pontos mais distais dos caninos, utilizando-se, para
isso, uma régua flexível. Os valores obtidos foram
então comparados com os fornecidos pelos fabricantes,
adicionando-se de 4 a 7mm às marcas comerciais cujas
dimensões dos dentes eram fornecidas em linha reta, para
adequá-las às mensurações realizadas em curva. A largura
média obtida para os seis dentes anteriores naturais
foi 53,5mm para os homens (valores limites entre 35
e 69mm) e 51,4mm para as mulheres (valores limites
entre 33 e 60mm) (Fig. 4), enquanto a largura média
obtida para os dentes artificiais dos diferentes fabricantes
foi 49,4mm (mínimo de 40 e máximo de 61mm). Ficou
demonstrado que os modelos dos seis dentes anteriores
artificiais disponíveis são predominantemente menores
em tamanho do que os dentes naturais da população.
A maioria dos modelos apresentou tamanho de dentes
que corresponderam apenas a 22,5% dos dentes da
população estudada.
De acordo com BASSO, M.F.M.; NOGUEIRA, S.S.;
LOFFREDO, L.C. (2005)1 a seleção dos dentes artificiais
para próteses totais pode ser dividida em: seleção dos
dentes artificiais anteriores e seleção dos dentes artificiais
posteriores (Fig.5). A seleção dos dentes anteriores
está primariamente associada a requisitos estéticos e a
seleção dos posteriores a requisitos da mastigação. Para
a seleção dos dentes artificiais anteriores, dentes naturais
remanescentes e registros pré-extração (tais como
modelos de gesso e fotografias), são as fontes primárias
de informação para uma reabilitação protética que se
aproxime das características naturais do paciente.
Na ausência dos dentes naturais e de registros préextração, a seleção dos dentes anteriores para prótese total
torna-se um procedimento complexo, o qual apresenta
considerações psicológicas e dentais que são influenciadas
pelos valores sociais, de saúde e juventude.
Com o objetivo de verificar a aplicação da técnica
proposta por Schiffman (1964), TAMAKI (1965)20,
estudou 20 indivíduos brancos desdentados totais com
idade média de 44 anos (9 homens e 11 mulheres), a
serem reabilitados com prótese totais. Foram obtidos
os modelos funcionais e respectivas bases de prova, em
cujos planos de cera foram assinaladas a linha mediana
do rosto, a linha alta do sorriso e as linhas dos caninos,
sem, no entanto, ser descrita a técnica. Os modelos e
os planos de orientação foram duplicados, obtendo-se
réplicas de ambos. Sobre as réplicas dos planos, foram
montados os dentes artificiais e confeccionadas as
próteses. Em cada réplica dos modelos, foi assinalada
à lápis a papila incisiva e, do ponto central da mesma,
traçada uma linha transversal, paralela à linha mediana
do arco dental, prolongando-se além do sulco gêngivolabial de ambos os lados. A base de prova com o plano
de orientação original foi posicionada sobre a réplica
do modelo, e a linha transversal traçada nele foi
transposta para ambos os lados do plano de orientação,
paralelamente à linha dos caninos já marcada. Em
seguida, duas matrizes de celulóide foram adaptadas na
conformação vestibular do plano de cera (uma de cada
vez), recortadas na altura das marcações e posteriormente
colocadas sobre uma placa de vidro para que fossem
medidas a distância compreendida entre as linhas dos
caninos e a distância compreendida entre as linhas da
papila, utilizando-se, para isso, um paquímetro. Para a
análise dos resultados, os rebordos foram classificados em
quadrado, ovóide e triangulares. Nos rebordos de forma
quadrada, a diferença entre a distância, entre as linhas
dos caninos e a distância entre as linhas da papila foi de
3,71 mm. Nos rebordos ovóides, a diferença foi de 4,8
mm e, nos triangulares, 9,93 mm. Considerando-se o
tamanho da amostra, para que fosse possível a obtenção
da porcentagem de casos aplicáveis, foram selecionados
ao acaso mais 181 modelos desdentados totais, os
quais foram classificados de acordo com a forma do
rebordo alveolar. Foram encontrados 63 modelos com
forma de rebordo triangular (34,8%), 65 com forma
quadrada (35,91%) e 53 com forma ovóide (29,28%).
A somatória das porcentagens dos arcos quadrados e
ovóides resultou em aproximadamente 65%. Com isso,
a autora concluiu que o método de seleção dos dentes
artificiais anteriores baseado na papila incisiva somente
pode ser aplicável em nosso meio para arcos quadrados
e ovóides, ou em 65% dos casos, não sendo aconselhada
a aplicação da técnica em arcos triangulares.
Segundo VARJÃO, F.M. (2003)21 o fato dos métodos
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de seleção dos dentes artificiais serem largamente
baseados em grupos de indivíduos brancos é objeto
de crítica na literatura. Observando-se a composição
da sociedade brasileira atual, depreende-se claramente
que as conclusões dos trabalhos relativos aos métodos
de seleção de dentes artificiais para próteses totais,
constantes na literatura não podem ser entendidas
como válidas para a totalidade da população de nosso
país, a qual é constituída por raças puras e também
miscigenadas. De acordo com a Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios de 2001, realizada pelo IBGE,
a população brasileira está constituída de 53,4% de
brancos, 40% de pardos ( mulatos, cafuzos, caboclos,
mamelucos e mestiços de negros com pessoas de
outras raças), 5,6% de negros e 0,6% de outras etnias.
Mediante este quadro, realizou-se trabalho para avaliar
em indivíduos pertencentes a três grupos raciais da
população brasileira - brancos, negros e pardos, o
comportamento dos seguintes métodos utilizados para
a seleção da largura dos dentes artificiais anteriores
superiores em prótese total: Método da largura nasal;
Método da projeção das comissuras bucais; Método do
centro da papila incisiva e Método da margem posterior
da papila incisiva. Conclui-se que: Método da largura
nasal: a) a largura nasal apresenta uma baixa correlação
com a distância intercuspídea dos caninos em indivíduos
brancos, pardos e negros; b) a aplicação deste método
leva, em média, à seleção de dentes artificiais maiores
que os naturais em indivíduos brancos, pardos e negros;
c) o tamanho dos dentes anteriores indicado pelo
método da largura nasal sugere que este método pode
trazer algumas informações que auxiliem no processo
de seleção dos dentes artificiais para brancos, porém
é totalmente inadequado para indivíduos pardos ou
negros. Método da projeção das comissuras bucais: a) a
distância em curva entre as comissuras bucais apresenta
uma baixa correlação com a distância em curva entre
as distais dos caninos em indivíduos brancos, pardos e
negros; b) a aplicação deste método leva, em média, à
seleção de dentes artificiais menores que os naturais em
indivíduos brancos, pardos e negros; c) o tamanho dos
dentes anteriores indicado pelo método das comissuras
bucais sugere que este método é inadequado para
indivíduos brancos, pardos e negros.
Método do centro da papila incisiva: a) a aplicação deste
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método leva, em média, à seleção de dentes artificiais
maiores que os naturais em indivíduos brancos, pardos
e negros; b) o tamanho dos dentes anteriores indicado
pelo método do centro da papila incisiva sugere que
este método apresenta melhor comportamento para
indivíduos brancos, pardos e negros. Método da margem
posterior da papila incisiva: a) a aplicação deste método
leva, em média, à seleção de dentes artificiais maiores que
os naturais em indivíduos brancos, pardos e negros; b)
o tamanho dos dentes anteriores indicado pelo método
da margem posterior da papila incisiva sugere que este
método é inadequado para indivíduos brancos, pardos
e negros, porém pode trazer algumas informações que
podem ser úteis no processo de seleção.
BASSO, M.F.M.; NOGUEIRA, S.S.; LOFFREDO,
L.C. (2005)1 o sucesso da escolha dos dentes artificiais
anteriores baseia-se em fatores interdependentes, tais
como os conhecimentos científicos do cirurgião-dentista,
as aspirações do paciente, as limitações dos produtos
existentes no mercado, entre outros. Tendo em vista os
fabricantes serem diretamente responsáveis pelos dentes
artificiais em oferta no mercado, não se pode deixar de
levar em consideração o relevante papel desempenhado
por eles. A confiabilidade das informações dos fabricantes
a respeito de seus produtos apresenta-se como uma das
condições básicas para o correto desenvolvimento do
processo de seleção. No que se diz respeito ao tamanho
e à forma dos dentes artificiais, as informações são
fornecidas em tabelas de modelos, sendo que, via de
regra, cada marca comercial possui modelos de dentes
com tamanhos e formas únicos e característicos, criados
pelos fabricantes e identificados pelos mesmos de acordo
com sua própria conveniência comercial, não existindo
em princípio, modelos idênticos em tamanho, forma
e denominação entre diferentes marcas comerciais.
Contrariando esta característica, a observação das
tabelas de modelos de dentes artificiais anteriores das
macas Trubyte Biotone (Dentsply Indústria e Comércio
Ltda., Petrópolis, RJ) e Vipi Dent (Dental Vipi Ltda.,
Indústria e Comércio de Material Odontológico,
Pirassununga, SP) possuem quatorze modelos similares
de dentes anteriores superiores. Diante deste fato,
realizou-se o estudo que teve como objetivos: Verificar
para as marcas comerciais em questão se o tamanho dos
incisivos centrais superiores produzidos corresponde ao
informado na tabela de modelos, e verificar se existe
igualdade da largura em linha reta dos dentes anteriores
superiores, representada pelo somatório das larguras
médias dos dentes em questão, entre os modelos de
mesma denominação, produzidos pelas marcas Trubyte
Biotone e Vipi Dent. Os dentes foram obtidos no
mercado e um paquímetro digital foi usado para as
mensurações (em mm). No experimento 1, para cada
marca, altura e largura dos incisivos centrais superiores
foram mensurados e os dados de cada dimensão
comparados pelo teste t de Student (α= 0,05), com
o valor informado pelo fabricante. No experimento
2, a largura dos modelos com mesma denominação
de ambos os fabricantes (modelos 2D, 3D, 133, 3M,
2N, 3N, 2P, 3P, A23, A25, A26, 263, 264, 266) foram
também mensuradas e os dados comparados pelo teste
t. A partir dos resultados obtidos, conclui-se que apesar
dos modelos das marcas comerciais estudadas indicarem
o mesmo tamanho para modelos com denominação
igual os dentes da Vipi Dent são menores que os da
Trubyte Biotone.
SELLEN, PHIL E JAGGER (1998)19 descreveram um
método de análise estética através de um programa de
computador que considera a forma da face, a forma
do arco, o contorno palatal e a forma dos dentes e
determinam, através destes quatro fatores, as relações
existentes entre dentes, arco, face e contorno palatal.
Os autores encontraram 22% de correspondência
entre forma da face e forma dos dentes, 28% de
correspondência entre forma de arco e a face, 24% de
correspondência entre forma de arco e a de dente e 32%
de correlação entre a forma do arco e a do dente. Eles
concluíram que a correlação entre as formas de dente,
face e arco são estatisticamente insignificantes. Através
da aplicação de alta tecnologia deste método de análise,
não foi melhorada a técnica para determinar a forma e o
tamanho dos dentes de pacientes edêntulos.
Na intenção de avaliar a veracidade do sistema de
seleção de dentes artificiais Trubyte Tooth Indicator, LA
VERE et al. (1992a)13 realizaram um estudo com 488
estudantes de odontologia onde compararam o valor
do incisivo central superior através de medições em
modelo de gesso com uso de paquímetro. Os resultados
mostraram que o uso deste aparelho na maioria dos
casos resultava na seleção de um tipo de dente artificial
maior que o dente natural do individuo. Entretanto,
os autores afirmavam que era sempre melhor optar
por um dente artificial maior ao invés de um modelo
com dimensões menores, isto porque esta era o dente
mais proeminente do arco quando visto frontalmente, e
portanto, o uso do aparelho associado a outros métodos
de seleção era válido.
No mesmo ano, LA VERE et al. (1992b)14 relacionaram
a largura e comprimento do incisivo central superior
com a largura e comprimento da face de 488 estudantes.
As medições dos dentes foram realizadas em modelos
de gesso dos arcos de cada indivíduo e as medições
faciais obtidas através do uso do sistema Trubyte Tooth
Indicator. Os resultados mostraram que o uso do
sistema em questão resultava na escolha de um modelo
de dente artificial 1mm maior tanto em largura como
em comprimento em relação ao dente natural.
MIRAGLIA, S. S.; FREITAS, K.B.; PINTO, J.H.N.
(2002)17 no que diz respeito às teorias existentes para
a seleção de dentes artificiais, reportam que Williams,
no início do século, apresentou uma nova forma de
classificação das formas dentais e um novo sistema de
dentes artificiais. Associava as formas da face à forma
dos dentes, classificando-os nas “formas fundamentais”:
quadrado, triangular e ovóide. Considerando ainda que
pudesse haver variações dessas formas devido à mistura
racial, deixando a cargo do cirurgião dentista a tarefa de
tentar harmonizá-las, durante o tratamento protético.
KIAUSINIS MD et al (2006)11 reportam que pacientes
de diferentes grupos étnicos e raciais apresentam variações
no tamanho e formato do arco dental e dos dentes em si,
e o dentista deve levar isso em consideração na hora da
seleção dos dentes artificiais da prótese. Os fabricantes
tendem a usar formas básicas na produção dos moldes
dentais e isso vem causando problemas nos diversos
grupos raciais. As formas básicas disponíveis podem
ou não ser totalmente compatíveis para determinados
grupos em termos de forma e tamanho. Além disso, as
marcas comerciais de dentes artificiais disponíveis no
Brasil se baseiam na correlação face-forma do dente
para produzir os seus modelos, o que, segundo alguns
pesquisadores, pode ser válido para pacientes europeus
e americanos, mas que no nosso caso torna-se imprópria
devido à miscigenação racial em nosso país, que traz
modificações marcantes no povo brasileiro, sobretudo
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em sua formação física e sociocultural.
FROSSARD, M. et al. (1998)8 consideram o conceito
de estética amplo, às vezes, subjetivo, e que o dentista
não é totalmente livre para criar, devendo pois
respeitar os limites impostos pela natureza. Os autores
buscaram o estabelecimento de normas de estética,
bem fundamentadas, para a análise correta dos fatores a
serem incorporados, sem, entretanto, inibir os aspectos
próprios de percepção tão necessários ao profissional.
Para determinar a largura dos dentes ântero-superiores
na seleção dos dentes artificiais, estudou-se 120
indivíduos, metade dentados e os demais portadores
de dentaduras completas, entre outras características,
a largura do nariz em repouso e sua relação com a
distância intercaninos, medida de cúspide a cúspide, em
linha reta. Com base nos resultados, conclui-se que não
é adequado estabelecer a correlação entre a largura do
nariz em repouso e a distância intercaninos, medida de
cúspide a cúspide em linha reta. Existem dentados nos
quais a largura dos seis dentes ântero-superiores é maior
que a medida máxima dos dentes artificiais disponíveis
no mercado.
KIAUSINIS, MD (2005)12 estudou a largura dos
seis dentes anteriores superiores de 121 estudantes de
odontologia para determinar quais modelos e qual
marca de dentes artificiais seriam os mais adequados.
As arcadas dentais completas foram previamente
moldadas com alginato e vazadas com gesso especial na
parte oclusal e gesso pedra na base. Para a realização das
medições foi utilizado um paquímetro digital da marca
Whitworth da seguinte forma: para determinar a largura
individual dos dentes (dimensão mésio-distal), os pontos
de contato foram usados como ponto de referência. Já
o comprimento dos dentes (dimensão cérvico-oclusal),
foi avaliado usando como referência a distância entre
a margem gengival e o ponto mais evidente da incisal
da coroa dental. A largura total linear dos seis dentes
anteriores superiores foi determinada através da soma
da medida individual de cada um dos dentes. Foram
avaliadas os modelos das seguintes marcas: Trubyte
Biotone (Dentsplay) modelos 2D, 3D, 2N, 2P, A23,
A25,A26, 3M, 3N, 3P, 263, 264, 266; Trilux (VIPI)
modelos E1, E2, E3, E4, E5, F3, F4, G3, H3, H4;
Biolux (VIPI) modelos V12, V13,V14,V15, V17, V21,
V22, V4B,V32,V36,V66,V68 e Artiplus (Dentsplay)
38
Volume 02 - Número 04 - Dezembro/2007
modelos L23, L51, L81, L99, A47, A58, A85, P26,
P33, P40. As medidas fornecidas pelo fabricante
através da carta molde foram descartadas. Os dentes
artificiais de cada fabricante foram medidos da seguinte
forma: para determinar a largura de cada dente, tomouse como referência a maior distância mésio-distal da
coroa dental e para determinar o seu comprimento
foi usada a medida entre o limite esmalte-dentina e o
ponto mais evidente do bordo incisal do mesmo. Para
que não houvesse interferências durante as medições
com o paquímetro, cada dente a ser medido era retirado
da cartela original e fixado individualmente em uma
cartela vazia, de forma que ficasse sozinho e com as faces
a serem medidas livres. A largura total linear dos seis
dentes anteriores foi obtida somando-se os valores das
larguras individuais de cada um dos dentes anteriores.
A partir da comparação entre os valores dentais dos
indivíduos da amostra com os valores dentais dos
modelos de dentes artificiais de cada fabricante,
baseou-se este estudo que também determinou para
cada modelo artificial ser considerado compatível com
determinado grupo de indivíduo; ele deveria possuir
um valor que variasse entre - 0,5 = x = + 0, 5, sendo x
correspondente ao valor do grupo em questão. Foram
realizados testes também para saber se a largura média
dos seis dentes anteriores era igual ou diferente entre
homens e mulheres e se haviam diferenças na largura e
comprimento dos dentes número 11 e 21, 12 e 22 e, 13
e 23. O teste detectou não existir diferença entre sexos da
largura média linear dos seis dentes superiores anteriores.
Dentro da metodologia empregada na pesquisa dos
resultados obtidos, concluiu-se que: 1) as dimensões
dentais são muito similares quando comparadas aos
hemi-arcos para ambos os sexos; 2) a largura linear
total dos seis dentes naturais anteriores superiores é
equivalente entre os sexos masculino e feminino; 3) os
dentes artificiais são fabricados predominantemente em
tamanhos pequenos enquanto que os dentes naturais
são predominantemente mais largos; 4) as opções de
dentes artificiais para pacientes que requerem modelos
largos são extremamente limitadas e em alguns casos até
mesmo inexistentes; 5) nenhuma das marcas de dentes
artificiais analisadas no estudo se mostrou compatível
com as necessidades reais dos indivíduos brasileiros
em relação à largura dos dentes anteriores superiores;
6) devido à falta de opção do mercado os cirurgiõesdentistas tendem a selecionar dentes menores que os
naturais para os portadores de prótese total, tanto no
sexo masculino como no feminino, o que pelo menos em
parte, é responsável pela aparência artificial da prótese
total; 7) existe a necessidade de se conscientizar, tanto
os técnicos de laboratório como os cirurgiões-dentistas,
da importância da correta seleção dos dentes anteriores
superiores artificiais para prótese total no sentido de
selecionar um modelo adequado para cada indivíduo e
ao mesmo tempo, pressionar os fabricantes para criar
ou adaptar um maior número de dentes artificiais ao
padrão brasileiro.
Devido à importância das cartas-moldes na seleção
dos dentes artificiais, CASTRO Jr., O.V.; FRIGÉRIO,
M.L.M.A (2005)4 desenvolveram um estudo para
avaliar a precisão das medidas de larguras em cartasmoldes, tendo em vista que na seleção dos dentes
artificiais, a escolha das larguras mesiodistais é um fator
determinante para se promover uma relação harmônica
entre o rosto do paciente e o seu sorriso. Os seis dentes
anteriores maxilares, devido à sua maior visibilidade
durante o sorriso, são os mais importantes nesta seleção,
pois, por meio da sua largura, as cartas-moldes indicam
as larguras dos outros dentes correspondentes. Na
confecção dos dentes artificiais, a precisão da matriz,
contração de polimerização e a remoção de excessos
podem alterar as larguras mesiodistais dos dentes,
quando comparadas com as larguras fornecidas nas
cartas-moldes dos fabricantes. Desta forma, analisaramse três marcas de dentes artificiais bastante utilizadas no
mercado brasileiro (Biotone, Trilux, Ivoclar). A cartamolde da marca Biotone apresenta os valores dos seis
dentes anteriores maxilares em curva, mas não menciona
que curva é esta e nem tampouco indica a largura dos
dentes em reta. Já as marcas Ivoclar e Trilux apresentam
somente os valores em reta. O objetivo desse estudo
foi o de conferir a precisão das medidas das larguras
dos dentes anteriores em reta, mencionadas nas cartasmoldes da Ivoclar e Trilux, e de determinar as larguras
dos dentes anteriores em reta da carta-molde da Biotone,
comparando-as com as medidas mencionadas em curva.
Através de mensurações individuais com paquímetro
digital, os valores obtidos da largura dos modelos
anteriores da marca Trilux e Ivoclar foram comparados
com as cartas-moldes respectivas. Foi analisada a
porcentagem ocupada pelos 6 dentes anteriores em
relação à largura do 1º molar ao 1º molar. Somou-se a
largura de cada modelo anterior com a largura do modelo
posterior correspondente, indicado pela carta-molde do
fabricante (no caso do Biotone, para um mesmo modelo
anterior, às vezes indica-se dois modelos posteriores;
nesses casos, porém, calcula-se as duas possibilidades),
resultando em 32 combinações para o Biotone, 10 para
o Trilux e 32 para o Ivoclar. Foram feitas as análises
descritivas da porcentagem da largura ocupada pelos
6 dentes anteriores em relação à largura dos 12 dentes
(do primeiro molar ao primeiro molar). A seguir,
para verificar diferenças entre os três grupos, utilizouse o teste Kruskal-Wallis. Quando foram detectadas
diferenças, utilizou-se o teste de comparações múltiplas
de Dunn. O nível de significância foi de 5% e os pacotes
estatísticos utilizados foram da STATISTICA 5.0 for
Windows. As larguras dos dentes da marca comercial
Ivoclar, apresentadas na sua carta-molde, demonstraram
uma grande fidelidade quando comparadas às larguras
mensuradas dos dentes artificiais, sendo que as diferenças
encontradas não foram clinicamente significantes.
Porém, as cartas-moldes das marcas Biotone e Trilux
apresentaram variações que podem comprometer
clinicamente a estética, necessitando mais precisão
em suas informações. A carta-molde da Ivoclar indica
dentes posteriores correspondentes com o modelo
anterior selecionado, sendo mais largos do que o das
outras marcas estudadas.
MATERIAIS E MÉTODO
A partir da revisão literária a respeito da evolução,
características e técnicas de seleção dos dentes artificiais,
obteve-se subsídios para avaliar informações nas cartasmoldes sobre o espaço ocupado pelos dentes posteriores
de marcas existentes no mercado brasileiro, e comparar
estes achados à montagem de dentes artificiais em
curva, em pequenos articuladores, já que informações
imprecisas sobre os seus tamanhos podem comprometer
o resultado estético e funcional final.
Materiais
1. Cartas-moldes das marcas comerciais Trilux®
(Ruthibras Imp. Exp. e Com. de Prod. Odontológicos),
INNOVATIONS IMPLANT JOURNAL - BIOMATERIALS AND ESTHETICS
39
Artiplus® (Dentisplay Indústria e Comércio Ltda,
Petrópolis-RJ), SR Orthosit PE® (Ivoclar/Vivadent
Ltda,Liechtenstein), Gnathostar® (Ivoclar/Vivadent
Ltda,Liechtenstein), Biolux® (Dental Vipi Ltda. Ind.
Com. De Prod. Odontológicos, Pirassununga-SP);
2.Um paquímetro manual;
3.Dentes artificiais posteriores correspondentes às marcas
comerciais das cartas-moldes citadas anteriormente
montados em pequenos articuladores. Sendo:
• Um modelo Trilux (M5)(figura 6);
• Um modelo Artiplus (O36 /U36) (figura 7);
• Um modelo SR Orthosit PE (T4) (figura 8);
• Um modelo Gnathostar (D88) (figura 9);
• Um modelo Biolux (P4) (figura 10).
Método
As mensurações dos dentes artificiais posteriores
montados em pequenos articuladores foram realizadas
apoiando-se o paquímetro manual na face mesial e
distal mais proeminente (observando-se o dente por
oclusal). Três mensurações foram realizadas e as duas
menores desprezadas. Os valores obtidos da largura dos
dentes em polegadas foram convertidos em milímetros
(1 pol. (n.i) = 25,4mm). Somou-se a largura individual
de cada dente artificial por modelo e, o valor obtido a
partir da montagem em curva, foi comparado com os
valores das medidas (mm) correspondentes ao espaço
ocupado pelos dentes posteriores em linha, observados
nas respectivas cartas-moldes. Os dados obtidos
(Tabelas 1 -10) foram comparados e analisados através
do Microsoft Office Excel.
RESULTADOS
Foram feitas análises descritivas e comparativas da
porcentagem do espaço ocupado pelos dentes posteriores
em linha fornecida pela carta-molde e do espaço ocupado
pelos dentes posteriores na montagem em curva, através
de gráficos (Gráficos 1 –10), para facilitar a visualização
e comparação entre estes valores.
DISCUSSÃO
A literatura mundial mostra-se extremamente pobre
em pesquisas de análise das cartas-moldes. Sabe-se que,
a escolha correta das larguras mesiodistais é um fator
determinante para se promover uma relação harmônica
40
Volume 02 - Número 04 - Dezembro/2007
Figura 06. Modelo Trilux (M5).
Figura 07. Modelo Artiplus (O36/U36).
Figura 08. Modelo SR Orthosit PE (T4).
Figura 09. Modelo Gnathostar (D88).
Figura 10. Modelo Biolux (P4).
entre o rosto do paciente e o seu sorriso. As cartas-moldes
sugerem, por meio da largura dos dentes anteriores, a
largura dos dentes posteriores correspondentes. Os dentes
artificiais presentes no mercado brasileiro apresentam
menos modelos de dentes posteriores, no que se refere à
largura, do que dos dentes anteriores o que vem a permitir
que um único modelo de dente posterior seja indicado para
vários modelos de dentes anteriores. A grande variedade
das formas de rebordos residuais, principalmente em um
país de grande miscigenação como nosso, os diferentes
alinhamentos resultantes de montagens de dentes em
diferentes formas de rebordo, ocupam espaços diferentes,
o que pôde ser constatado no simples estudo realizado:
pequenas variações do espaço a ser ocupado pelos dentes
artificiais podem acarretar prejuízos funcionais e estéticos.
BONACHELA e ROSSETTI2 em 2003 afirmaram
que existem diferentes formas oclusais disponíveis no
mercado. Porém a maioria dos esquemas oclusais em
próteses totais foi abandonada ou desacreditada devido à
grande variabilidade e subjetividade dos testes realizados,
os quais sendo inconclusivos em relação à melhor forma
oclusal cabível. E ainda, também, pode-se acrescentar a
essa condição de uso, no qual se gera um amassamento
da resina e este amassamento ainda decorre também da
ação de deformação do acrílico pela condição do próprio
peso, denominado fluxo frio. O fato dos métodos de
seleção dos dentes artificiais serem largamente baseados
em grupos de indivíduos brancos é objeto de crítica
na literatura.
Observando-se a composição da sociedade brasileira atual,
depreende-se claramente que as conclusões dos trabalhos
relativos aos métodos de seleção de dentes artificiais,
constantes na literatura, não podem ser entendidas como
válidas para a totalidade da população de nosso país, a qual
é constituída por raças puras e também miscigenadas.
As cartas-moldes devem conter informações precisas dos
tamanhos dos dentes, sendo a fidelidade destes dados de
extrema importância, pois as grandes variações podem
levar a alterações na correta escolha de suas larguras.
Nenhuma das cartas-moldes avaliadas apresenta a
medida da largura mésiodistais individuais dos dentes
posteriores. Apenas informam o espaço ocupado pelo
conjunto posterior superior ou inferior. As cartas-moldes
das marcas Gnathostar, Artiplus, Biolux não apresentam
a largura vestíbulo-lingual dos dentes posteriores, ao
contrário, das marcas Trilux e SR Orthosit PE.
CONCLUSÃO
1. Uma seleção incorreta de dentes artificiais pode
resultar na rejeição de próteses além de prejuízos
funcionais e estéticos. A confiabilidade nas informações
dos fabricantes a respeito de seus produtos, a fidelidade
das informações contidas nas cartas-moldes, representam
condições básicas para o correto desenvolvimento do
processo de seleção;
2. Houve incoerências e discordâncias de todas as cartasmoldes em relação às medidas realizadas sobre os dentes
artificiais selecionadas realizadas com paquímetro manual.
Tabela 1 - Dentes Superiores ORTHOSIT
Dente
Largura
mésiodistal em
montagem
(n.i)
Largura
mésiodistal em
montagem
(mm)
Largura
mésiodistal na
cartamolde
Espaço
ocupado
pelos dentes
posteriores
em linha na
carta-molde
(mm)
Espaço ocupado pelos
dentes
posteriores
em montagem
(mm)
1PM
0.212
7,7216
-
30,3
30,2768
2PM
0.216
7,5438
-
1M
0.459
12,446
-
2M
0.305
9,9568
-
Tabela 2 - Dentes inferiores ORTHOSIT
Dente
Largura
mésiodistal em
montagem
(n.i)
Largura
mésiodistal em
montagem
(mm)
Largura
mésiodistal na
cartamolde
Espaço
ocupado
pelos dentes
posteriores
em linha na
carta-molde
(mm)
Espaço ocupado pelos
dentes
posteriores
em montagem
(mm)
1PM
0.203
5,1562
-
33,5
34,3408
2PM
0.289
7,3406
-
1M
0.481
12,2174
-
2M
0.379
9,6266
-
Tabela 3 - Dentes Superiores TRILUX
Dente
Largura
mésiodistal em
montagem
(n.i)
Largura
mésiodistal em
montagem
(mm)
Largura
mésiodistal na
cartamolde
Espaço
ocupado
pelos dentes
posteriores
em linha na
carta-molde
(mm)
Espaço ocupado pelos
dentes
posteriores
em montagem
(mm)
1PM
0.282
7,1628
-
33,5
32,131
2PM
0.279
7,0866
-
1M
0.398
10,1092
-
2M
0.306
7,7724
-
INNOVATIONS IMPLANT JOURNAL - BIOMATERIALS AND ESTHETICS
41
Tabela 8 - Dentes inferiores GNATHOSTAR
Tabela 4 - Dentes Inferiores TRILUX
Dente
Largura
mésiodistal em
montagem
(n.i)
Largura
mésiodistal em
montagem
(mm)
Largura
mésiodistal na
cartamolde
Espaço
ocupado
pelos dentes
posteriores
em linha na
carta-molde
(mm)
Espaço ocupado pelos
dentes
posteriores
em montagem
(mm)
Dente
Largura
mésiodistal em
montagem
(n.i)
Largura
mésiodistal em
montagem
(mm)
Largura
mésiodistal na
cartamolde
Espaço
ocupado
pelos dentes
posteriores
em linha na
carta-molde
(mm)
Espaço ocupado pelos
dentes
posteriores
em montagem
(mm)
1PM
0.286
7,2644
-
35,3
38,4556
1PM
0.345
8,763
-
35,6
39,4716
2PM
0.329
8,3566
-
2PM
0.276
7,0104
-
1M
0.494
12,5476
-
1M
0.49
12,446
-
2M
0.405
10,287
-
2M
0.443
11,2522
-
Tabela 5 - Dentes Superiores ARTIPLUS
Tabela 9 - Dentes superiores BIOLUX
Dente
Largura
mésiodistal em
montagem
(n.i)
Largura
mésiodistal em
montagem
(mm)
Largura
mésiodistal na
cartamolde
Espaço
ocupado
pelos dentes
posteriores
em linha na
carta-molde
(mm)
Espaço ocupado pelos
dentes
posteriores
em montagem
(mm)
Dente
Largura
mésiodistal em
montagem
(n.i)
Largura
mésiodistal em
montagem
(mm)
Largura
mésiodistal na
cartamolde
Espaço
ocupado
pelos dentes
posteriores
em linha na
carta-molde
(mm)
Espaço ocupado pelos
dentes
posteriores
em montagem
(mm)
1PM
0.289
7,3406
-
35
36,3474
1PM
0.295
7,493
-
32
33,6042
0.291
7,3914
-
2PM
0.322
8,1788
-
2PM
1M
0.437
11,0998
-
1M
0.436
11,0744
-
-
2M
0.301
7,6454
-
2M
0.383
9,7282
Tabela 6 - Dentes Inferiores ARTIPLUS
Tabela 10 - Dentes inferiores BIOLUX
Dente
Largura
mésiodistal em
montagem
(n.i)
Largura
mésiodistal em
montagem
(mm)
Largura
mésiodistal na
cartamolde
Espaço
ocupado
pelos dentes
posteriores
em linha na
carta-molde
(mm)
Espaço ocupado pelos
dentes
posteriores
em montagem
(mm)
Dente
Largura
mésiodistal em
montagem
(n.i)
Largura
mésiodistal em
montagem
(mm)
Largura
mésiodistal na
cartamolde
Espaço
ocupado
pelos dentes
posteriores
em linha na
carta-molde
(mm)
Espaço ocupado pelos
dentes
posteriores
em montagem
(mm)
1PM
0.295
7,493
-
36
39,1922
1PM
0.292
7,4168
-
35,2
39,6494
2PM
0.34
8,636
-
2PM
0.343
8,7122
-
1M
0.472
11,9888
-
1M
0.49
12,446
-
2M
0.436
11,0744
-
2M
0.436
11,0744
-
Tabela 7 - Dentes superiores GNATHOSTAR
Dente
Largura
mésiodistal em
montagem
(n.i)
Largura
mésiodistal em
montagem
(mm)
Largura
mésiodistal na
cartamolde
Espaço
ocupado
pelos dentes
posteriores
em linha na
carta-molde
(mm)
Espaço ocupado pelos
dentes
posteriores
em montagem
(mm)
1PM
0.304
7,7216
-
33,5
37,6682
2PM
0.297
7,5438
-
1M
0.490
12,446
-
2M
0.392
9,9568
-
42
Volume 02 - Número 04 - Dezembro/2007
Gráfico 1 - Dentes superiores ORTHOSIT
50%
Espaço ocupado pelos
dentes posteriores em
linha na carta molde (mm)
50%
Espaço ocupado pelos
dentes posteriores em
montagem (mm)
Gráfico 2 - Dentes inferiores ORTHOSIT
49%
Espaço ocupado pelos
dentes posteriores em
linha na carta molde (mm)
51%
Gráfico 7 - Dentes superiores GNATHOSTAR
47%
Espaço ocupado pelos
dentes posteriores em
montagem (mm)
53%
Gráfico 3 - Dentes superiores TRILUX
49%
Espaço ocupado pelos
dentes posteriores em
linha na carta molde (mm)
51%
47%
Espaço ocupado pelos
dentes posteriores em
montagem (mm)
Espaço ocupado pelos
dentes posteriores em
linha na carta molde (mm)
52%
51%
Espaço ocupado pelos
dentes posteriores em
montagem (mm)
Espaço ocupado pelos
dentes posteriores em
montagem (mm)
Gráfico 9 - Dentes superiores BIOLUX
49%
Espaço ocupado pelos
dentes posteriores em
montagem (mm)
Espaço ocupado pelos
dentes posteriores em
linha na carta molde (mm)
Espaço ocupado pelos
dentes posteriores em
linha na carta molde (mm)
53%
Espaço ocupado pelos
dentes posteriores em
linha na carta molde (mm)
51%
Espaço ocupado pelos
dentes posteriores em
montagem (mm)
Gráfico 10 - Dentes inferiores BIOLUX
Gráfico 5 - Dentes superiores ARTIPLUS
49%
Espaço ocupado pelos
dentes posteriores em
montagem (mm)
Gráfico 8 - Dentes inferiores GNATHOSTAR
Gráfico 4 - Dentes inferiores TRILUX
48%
Espaço ocupado pelos
dentes posteriores em
linha na carta molde (mm)
47%
Espaço ocupado pelos
dentes posteriores em
linha na carta molde (mm)
53%
Espaço ocupado pelos
dentes posteriores em
montagem (mm)
Gráfico 6 - Dentes Inferiores ARTIPLUS
48%
Espaço ocupado pelos
dentes posteriores em
linha na carta molde (mm)
52%
Espaço ocupado pelos
dentes posteriores em
montagem (mm)
INNOVATIONS IMPLANT JOURNAL - BIOMATERIALS AND ESTHETICS
43
Endereço para correspondência:
Murilo Auler E. Salles
Rua Saint Martin, 28-50 - Ed. Caiapós, apto.12 - Jardim Aeroporto
CEP: 17012-433 - Bauru - SP
[email protected] - [email protected]
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Volume 02 - Número 04 - Dezembro/2007
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