MPLA SEM - Nova Gazeta

Transcrição

ENCONTRE
EMPREGO HOJE
Proibida a venda! Este jornal é GRÁTIS
nos classificados do NG
Pág. 34
Director Geral Evaristo Mulaza
Sociedade
TV perto de si
São televisões comunitárias, ainda
sem estarem legalizadas, mas
querem contar tudo o que se passa
na vizinhança.
Já há três, em
Luanda.
Págs 4 e 5
Economia
BNA quer mais clientes
O BNA criou o
“corresponde
bancário”. Tudo
para captar mais
clientes para os
bancos.
Pág. 21
Cultura
Semanário | Ano I
MPLA SEM
CONCORRÊNCIA
José Eduardo dos Santos
foi eleito Presidente da
República, para um mandato
de cinco anos. O MPLA ganha
em todas as frentes e consegue
eleger mais de 170 deputados.
A UNITA dobra o número de
parlamentares. A CASA-CE
estreia-se com mais de seis
deputados.
MPLA
Os vencedores do kuduro
Venceram o
concurso de dança
e dedicam-se
muito aos ensaios.
Mas os Boys Dance
garantem que
primeiro está o
estudo pág. 41
Nº 12 | Quinta-feira 6 de Setembro 2012 |GRÁTIS
71,87%
UNITA
18,65%
1 2 3
CASA CE
6,06%
Desporto
Cidadela à beira do fim
Já foi palco de glórias, agora
agoniza. O futuro parece ser a
demolição para dar lugar a prédios
Págs. 48, 49
Opinião • Sociedade • Política • Economia • Caderno do Estudante • Internacional • Cultura • Desporto
Opinião
Quinta-feira 6 de Setembro 2012 |
Opinião
Editorial
Emídio
Fernando
Editor Executivo
Evaristo Mulaza
Director Geral
Equívocos eleitorais
Mais um passo
As eleições realizaram-se de forma ordeira e
pacífica, com os angolanos a darem exemplo
de maturidade e de comprometimento político, raro em África. Sem surpresa, José Eduardo
dos Santos e o seu partido varreram a concorrência. Sem apelo nem agravo. Mas, como era
espectável, os vencidos rebuscaram a ladainha
dos perdedores das democracias africanas, a
fraude.
É certo e legítimo, ainda que compreensível
pela natureza do processo e características do
país, que os partidos da oposição se queixem
da abertura tardia das urnas em determinadas
localidades. Ou pela ausência de delegados de
lista deste ou daquele partido em determinadas
mesas de voto, por atrasos atribuídos à CNE.
Todavia, também é verdade que o constrangimento da abertura das urnas teoricamente
pode ter prejudicado todos os concorrentes e,
em termos práticos, pode ter beneficiado qualquer um, tomando como fundamento o facto
de o voto ser secreto.
Como ainda é verdade que a ausência de
delegados de um determinado partido da oposição na contagem dos votos em certas mesas
foi, na generalidade, necessariamente esbatida
pela presença de delegados de outros concorrentes oposicionistas. Isto equivale a dizer que,
em defesa dos valores da democracia que apregoam, os líderes dos principais partidos da oposição deveriam, com humildade, reconhecer a
derrota e felicitar os vencedores, sem prejuízo
da crítica que se lhes reserva às imperfeições do
processo. Isto equivale dizer que as lideranças
da oposição que questionam a verdade dos resultados deveriam dizer ao respectivo eleitorado e aos angolanos, em geral, que houve falhas,
mas que estas não explicam a decalagem dos
resultados entre vencidos e vencedores.
Os líderes que contestam os resultados deveriam explicar ao respectivo eleitorado que,
traídos pela embriaguez do sonho de uma mudança virtual, erraram rotundamente nos cál-
Em mais de meio século de existência, o
MPLA somou algumas vitórias decisivas que
entraram na História de Angola. Fragilizado
por guerras intestinas, durante anos, a linha
de liderança que prevaleceu acabou por ser
a que detém neste momento o poder, mesmo
sofrendo profundas alterações ideológicas,
frutos dos tempos e de um certo pragmatismo político – e também económico – imposto
por José Eduardo dos Santos.
Em 1975, o MPLA entra na luta pelo poder
com fragilidades militares, mas com uma fortíssima componente política, de resistência e
com quadros, dentro das cidades. E aí somou
a primeira vitória que lhe permitiu decretar a
independência, mas, mais importante do que
tudo, evitou que Angola ficasse partida em
duas: o Sul, dominado por sul-africanos e o
seu regime do ‘apartheid’; o Norte, sob o jugo
dos zairenses de Mobutu Sese Seko.
Juntamente com vitórias históricas militares, esse foi, de facto, o maior feito da História
do MPLA. A partir daí, foi somando êxitos ao
consolidar o país de ‘Cabinda ao Cunene’.
Manteve Angola precisamente com as mesmas fronteiras que tinha encontrado. Aguentou o território, com a dimensão de Angola e
fustigado durante décadas, uno e indivisível.
Em 1992, contra várias frentes, vence as
eleições que, apesar de todas as vicissitudes,
foram consideradas “livres e justas”. E, de
novo, o MPLA resiste no poder, conseguindo
simultaneamente evitar que o país caísse no
caos.
A partir daqui, entra o pragmatismo político de José Eduardo dos Santos que lhe seria
fundamental para obter a retumbante vitória
militar 10 anos depois. Em 2002, Angola consegue a sua segunda independência: acaba
definitivamente com a guerra e entra numa
nova Era.
As vitórias eleitorais seguintes são apenas
o culminar de um percurso. As deste ano,
abrem um outro caminho: o MPLA não pode
apenas viver à sombra dos feitos históricos,
tem a obrigação moral de fazer novamente
História, desenvolvendo o país como promete o seu programa
FICHA TÉCNICA
Director Geral: Evaristo Mulaza
Directora Geral Adjunta: Geralda
Embaló
2
culos e que a ambição pelo poder não passava
de um equívoco desmedido e irrealista. Porque
só um monumental equívoco será capaz de
explicar, por exemplo, a decepção do líder da
CASA com os resultados eleitorais, por deitarem por terra a sua ambição de governar Angola nos próximos cinco anos.
A mensagem que Chivukuvuku alimenta
é que estaria convencido que, com apenas um
mês de CASA, suplantaria a UNITA, onde não
conseguiu ser presidente, e derrotaria definidamente o MPLA no dia 31 de Agosto, tornando-se governo. Por muita imprevisibilidade que o
voto encerre e acreditando-se na maturidade
política das lideranças da CASA, as contas de
Chivukuvuku traduzem, senão uma alucinação
estonteante, com laivos de ingenuidade, pelo
menos uma estratégia apriorística para descredibilizar o processo. Os números que a CASA
obteve falam por isto, com toda a margem de
erro que se lhes pode acrescentar.
Do lado da UNITA, o exemplo tardou. Samakuva hesitou na semana crucial das eleições e o
país e o seu próprio eleitorado estariam convencidos que o líder da UNITA não votaria. Decidiu
votar tarde e, provavelmente, terá deixado militantes indefectíveis em casa.
Contas feitas, os principais partidos da oposição, ainda que subtraído o direito que têm de
apontar as irregularidades do processo eleitoral, acabam de perder uma oportunidade de
demonstração de aprendizagem democrática
pelo mal da democracia.
Editor Executivo: Emídio Fernando,
Redacção: André Kivuandinga, António Miguel,
Edno Pimentel, José Zangui, Raimundo Ngunza,
Ricardo António, Waldney Oliveira, Valdimiro Dias
e Amélia Santos, Márcia Ilunga (estagiárias)
Fotografia: Manuel Tomás, Mário Mujetes e Santos
Samuesseca (estagiário); Paginação: Armindo
Dalas e Pedro de Oliveira; Correspondentes: Luís
Morais (Huíla), Simeão Mundula (Huambo); José
Honório (Benguela); Produção gráfica: Notiforma
SA, Propriedade e Distribuição: GEM Angola Global
Media, Lda; Tiragem: 50.000; Nº de Registo do
MCS: 644/B/2012
GEM ANGOLA GLOBAL MEDIA, LDA
Administração: Geralda Embaló e Evaristo Mulaza
Departamento Administrativo: Argentina Santos,
Jessy Ferrão, Valdimir de Almeida e Nelson Manuel
Comerciais: Neusa Capita e Manuela Conceição;
Nº de Contribuinte: 5401180721; Nº de registo
estatístico: 92/82 de 18/10/82 Tel.: 927596835
Endereço: Rua Fernão Mendes Lopes, nº 35,
Alvalade, Luanda/Angola, Telefones: +244 222
320510, 222 320511, Fax: 222 320514
Opinião
| Quinta-feira 6 de Setembro 2012
E agora pergunto eu...
Geralda
Embaló
Directora Geral
Adjunta
A pergunta desta semana é,
como não poderia deixar de
ser depois da tranquilidade e ordem com que os angolanos foram às urnas; “a
quem é que Angola passou
um valente uuôôôôôôô?” Por
outras palavras, “a quem os
angolanos deram baile”, ou
por outras ainda, “a quem,
por meio de um desempenho
exemplar, não apenas no contexto africano, mas mundial,
demos provas inequívocas
de maturidade e consciência
cívica?”
Poder-se-ia
responder
apenas que, na qualidade de
Nação soberana que é, Angola não tem que provar nada
a ninguém... No entanto, a
pergunta desta semana é validada por factores como o
histórico que era preciso ultrapassar ou como o próprio
contexto regional. No resto
do mundo, as eleições em
África são consistente e genericamente pintadas como
sendo desorganizadas, corruptíveis e frequentemente
convidativas de crises, impasses políticos e mesmo
conflitos muitas vezes com
consequências
desastrosas
para as populações. Fomos
disso exemplo no passado e
são exemplos recentes o Madagáscar, a Costa do Marfim
e como não poderia deixar de
mencionar, a Guiné-Bissau...
Outro factor que justifica
a pergunta desta semana é,
sem dúvida, todo o sururu à
volta dos observadores internacionais ou da falta deles...
A necessidade de validação
do processo por observadores internacionais para
emprestar credibilidade e
transparência é, por si só, justificativa da questão aqui colocada. Se como Nação temos
algo a provar, quer em termos
de transparência processual
quer a nível de estabilidade política, interessa saber a
quem o provámos nós com o
desempenho no dia 31?
Como existem outros a
quem esta carapuça serve,
vale lembrar primeiro que
dissemos “uôôôôô” a quem,
nacional ou estrangeiro, arrumou furtivamente as suas
Carta ao Director
sem o cunho americano
ou europeu, está desactualizada não apenas a nível económico (que isso o
crescimento económico de
Angola e outras economias
alvos principais do investimento estrangeiro já vinha
demonstrando), mas categoricamente desenquadrada a nível político...
Provámos ao mundo
que a estabilidade conquistada está para ficar...E
por último, no que a observadores diz respeito,
provámos que quem não
cá esteve presente também
cá não fez falta.
Lembrando a credibilidade das acusações de
fraude na eleição de George
W. Bush, para a presidência
dos EUA em 2004, ou mais
oportunamente as alegações
de fraude nas eleições locais
no Reino Unido, que tiveram
lugar no principio desta semana, agora pergunto eu...
Depois da lição que Angola
deu ao mundo, e com a frequência com que se verifica
intolerância política nas ruas
(a eleição de Obama foi disso exemplo), acusações de
fraudes ou de proveniência
duvidosa de fundos para
financiamento de campanhas milionárias em países
como os EUA, Reino Unido
ou França, ainda somos nós
quem precisa de observadores internacionais (especialmente ocidentais) para
credibilizar processos democráticos internos?
envie a sua para: [email protected]
Assaltos no Cassequel
Sou moradora do bairro
Cassequel, escrevo essa
carta para mostrar o meu
descontentamento por
causa dos assaltos, ocorridos com muita frequência
na minha rua, a partir das
22 horas. A rua é um perigo
para quem passsar na rua
56 do Cassequel do buraco.
Há assaltos à mão armada
por meliantes que ficam em
cada esquina de toda a rua.
Este problema tem preocupado muito os moradores
bicuatas e fugiu, na expectativa de alguma perturbação
da paz durante ou após o
processo eleitoral. Bom para
a facturação das companhias de aviação que a esta
hora têm os voos de regresso
cheios...
Dissemos “uôôôôô” a
quem, em defesa ou para justificação de um qualquer recôndito sentimento colonialista ou imperialista, mais ou
menos secretamente torcia
para que dita perturbação da
paz acontecesse...
Provámos ao resto de África que é possível crescer com
estabilidade e sair da sombra
de conflitos passados, instituindo a unidade e respeito
genuíno pela diferença e pluralidade.
Provámos ao mundo ocidental que a imagem do africano atrasado que nada faz
Frases
Lixo no ‘Hoji ya Henda’
daquela área. É triste saber
que diante no nosso lar já
não temos segurança dentro da nossa própria casa. A
partir das 21 horas, trancamos as portas a sete chaves
e deixamos tudo nas mãos
de Deus.
Epalanga João, Luanda
Sou estudante e moradora
do Bairro Hoji ya Henda, rua
jardim do mar, mais conhecido como rua da Coperm na
Cuca. Escrevo esta carta para
manifestar o meu contentamento com a reabilitação
de estrada principal da rua
Ngola Quiluanje, mais conhecida, pela Estrada da Cuca ou
São Paulo- Quicolo. Porém,
o meu contentamento logo
é desmanchado quando na
entrada da minha rua, encontro as péssimas condições de
lixo e água parada a provocar
doenças. Tudo porque as
vendedoras deitam o lixo
mesmo defronte à fabrica de
cerveja da Cuca e os trabalhadores da empresa de limpeza
urbana rebentaram com um
dos principais tubos de água
da EPAL. É um cenário triste,
pois oferece vários riscos à
saúde de todos nós, moradores. Esta situação já existe há
mais de cinco anos e nada se
tem feito.
Ana Paulino
Qu“A minha visita a
Benguela é curta de
mais. Dá até um aperto
(risos…), mas estou feliz
por saber que estou em
casa, vou ficar com a
família e amigos”,
Leila Lopes, miss Universo
“Trabalhei com várias
organizações, mas gostaria
de ter feito mais por
Angola. Infelizmente não
deu. Já disse várias vezes,
porquê. (…) Faltou apoio
do meu país…”
idem
“Tal como nos momentos
mais importantes do país,
os artistas, em particular,
os plásticos, contribuíram
com o seu saber, também
no processo eleitoral, os
criadores vão apresentar,
através dos quadros,
escultura, cerâmica, foto e
desenhos, a mensagem do
voto”,
Bastos Galiano, secretário-geral
da União Nacional dos Artistas
Plásticos,.
“Com a paz efectiva e
estabilidade política em
Angola, é chegado o
momento de transformar
os nossos abundantes
recursos turísticos
numa fonte de receitas
inacabável, através da
prática do turismo ao lado
dos sectores petrolífero e
agrícola”.
Pedro Mutinde, ministro da
Hotelaria e Turismo
3
Sociedade
Canais comunitários procuram ganhar espaço
A televisão mora ao lado
A televisão comunitária em Angola começou a notabilizar-se com maior impacto a partir de
Julho de 2005 com o surgimento das emissões da TV-Marçal que levava inicialmente o sinal aos
receptores domésticos circunscrito aos telespectadores residentes no bairro com o mesmo nome. Hoje,
timidamente, há mais canais a espreitar uma oportunidade para emitirem, mas sem licenças. Os seus
responsáveis pedem a compreensão e o apoio do Estado
Por Ricardo António
Fotos Manuel Tomás
Com sete anos de existência,
a TV Marçal, que surgiu por
iniciativa de jovens que resolveram apostar na divulgação
de actividades de carácter
sócio-cultural da sua área de
residência, privilegia programas e tem na juventude o seu
público-alvo. Entretenimento e espaços informativos e
infantis fazem parte dos seus
conteúdos televisivos.
O director, Osvaldo Mateus (na foto) garante que o
canal alcança quase todas as
zonas do bairro Marçal. Emite todos os dias, das 7.30h às
3.00h do dia seguinte, com
suporte técnico das redes
comunitárias a cabo. A grelha de programas abarca assuntos de cariz informativo
em que se destaca “Marçal
Actualidade”, o “Baixinhos
de Talento”, virado para as
crianças, e o “Domingo ao
Vivo”, um dos programas de
entretenimento transmitidos
em directo.
Osvaldo
Mateus
apresenta
dados
que indicam que
mais de 75%
do distrito do
Rangel,
em
Luanda,
4
“
A TVMarçal pode
ser vista por
toda a gente
que viva
neste bairro
luandense.
’’
assiste à programação da TV-Marçal, numa proporção de
16 mil assinantes. O número
é calculado recorrendo a estimativas em torno do número de clientes que cada uma
das cinco redes comunitárias
possui. A TV-Marçal emite
por intermédio de um modelador e dois amplificadores
de imagens onde o modelador recebe o sinal da televisão em circuito denominado
RCA. A partir desse sistema,
o sinal é transmitido à rede
comunitária. É aqui que o sinal é amplificado e misturado. Nessa mistura, o sinal da
rede comunitária entra e sai
nas mesmas condições que os
Sociedade
outros canais.
Para Osvaldo Mateus,
“nosso sinal transforma-se
tecnicamente em uma espécie de canal adicional aos canais tradicionais que emitem
para Angola”. Osvaldo Mateus antevê que os próximos
seis meses serão de muito
trabalho para a sua empresa
onde elege a luta pela obtenção de uma licença junto do
Ministério da Comunicação
Social como a maior prioridade. “O grande problema
para nós reside no capital social que as autoridades angolanas exigem para legalizar
uma televisão de circuito fechado. 280 milhões de kwanzas é muito dinheiro para
uma televisão comunitária
que, aliás, está virada apenas
para a massificação da informação do que propriamente
o lucro”, desabafa.
“PEQUENA AJUDA”
As observações do director
“
da TV-Marçal são extensivas
à direcção da TV-Rocha, que
emite a partir do ‘Rocha Pinto’, também em Luanda.
O director de informação,
Geovany Jacinto (na foto em
baixo), entende que deveria
haver “uma pequena benevolência” por parte do Ministério da Comunicação Social
para a legalização das televisões comunitárias: “Como
não estamos atrás do lucro,
o Governo devia flexibilizar
um pouco mais nas políticas
que impõe para licenciar as
televisões que transmitem
em circuito fechado”. Geovany Jacinto até defende as
televisões comunitárias, em
Angola, deviam ser incentivadas pelo Governo através
de apoios adicionais”. Exemplifica não apenas com as
dificuldades para a obtenção
da licença como os embaraços que encontram no acesso
ao credenciamen-
Governo devia dar
mais apoio às televisões
comunitárias.
DESEJOS DE LIDERAR
A direcção da TV-Rocha garante estar empenhada em
vir a ser a primeira televisão
comunitária a emitir através
do sistema livre. “Não tarda
vamos transmitir de forma
independente, daí a designação “sistema livre”, asegura o
director, revelando que, em
breve, vai emitir o sinal para
um raio de acção de 50 quilómetros quadrados através do
sistema designado por Baten
Kaitos. “A dependência que
temos com as distribuidoras
a cabo tem os dias contados”,
prevê Geovany Jacinto.
Além destes dois canais,
Luanda tem ainda a TV28 de Agosto, liderada por
Ivan Geraldo Manuel Lima,
disponível no distrito de Kilamba Kiaxi. A TV-Cazenga
parou por alguns meses, mas
os seus mentores pretendem
reatar as emissões em breve. Dados não apurados
dão conta da existência
de uma outra televisão
comunitária denominada
TV-Prenda.
Santos Samuesseca
’’
to para cobertura de eventos.
TV comunitária a funcionar desde 2005
A televisão comunitária, ou canal comunitário, é uma concessão pública para utilização livre de entidades dentro do
sistema de TV por cabo. É formada uma associação de entidades usuárias do canal nas localidades/municípios que
dispõem de operadora de TV por cabo, que passam gerir o canal e veicular uma programação de base local.
A TV cmunitária já existe em vários países, algumas com denominações como ‘TV Alternativa’, ‘TV de
Quarteirão’ ou ‘TV de Baixa Potência’. Por exemplo, no Brasil, cada município pode ter uma TV comunitária,
desde que possua o sistema de TV por cabo sendo explorado na sua localidade. As primeiras surgiram em
1997, nas cidades do Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São José do Rio
Preto.
Em Angola, esta matéria está regulada pela lei de imprensa de
2006. A primeira experiencia de televisão comunitária foi a TV- Marçal,
situada no distrito do Rangel, abrindo caminho ao surgimento de
outras. Começou a emitir em 2005, numa iniciativa de jovens que
resolveram apostar na divulgação de eventos e factos da vida da
comunidade.
5
Se estudas na ULA
já podes pagar
as propinas num balcão
do Banco Caixa Totta.
O serviço encontra-se disponível nas seguintes agências:
LUANDA
--------------------------------------------------Luanda - Sede Banco Caixa Geral Totta de Angola
Avenida 4 de Fevereiro n.º 99
Município da Ingombota
--------------------------------------------------Dependência da Mulemba
Estrada de Cacuaco - Km 5
Município do Cacuaco
Luanda
Agência do Cacuaco
Rua Direita do Cacuaco n.º 3
Província de Luanda
Agência do Panguila
Mercado do Panguila
Agência Caravela
Avenida Dr. António Agostinho Neto
Praia do Bispo
Dependência do Porto de Luanda
Largo do Porto de Luanda
Agência do HCTA
Edifício Hotel Convenções - Talatona
Município da Samba
Dependência do Kinaxixe
Avenida de Portugal n.º 82
Luanda
Dependência da Samba
Rua da Samba n.º 114
Município da Samba
Luanda
Dependência Sequeira Lukoki
Rua Sequeira Lukoki n.º 75/77
Luanda
Dependência de Viana
Rua Comandante Valódia n.º 25
Município de Viana
Luanda
Investir no Presente. Conquistar o Futuro.
LUBANGO
--------------------------------------------------Agência do Lubango
Avenida Deolinda Rodrigues n.º 86
Lubango
CABINDA
--------------------------------------------------Agência de Cabinda
Rua Irmão Evaristo
Cabinda
HUAMBO
--------------------------------------------------Agência do Huambo
Rua Craveiro Lopes
Município da Cidade Alta
Província do Huambo
Sociedade
Baleias dão à costa e foram encontradas mortas
Monstros em terra
Mais uma baleia
deu a costa, em
Angola, mas…
morta. Desde 2008
que se têm surgido
baleias sem vida.
O Ministério do
Ambiente ainda
não determinou as
causas da morte.
Por André Kivuandinga l
Fotos André Kivuandinga l
O mais recente caso, do apareciemento de uma baleia
morta, aconteceu em Cacuaco, no dia 30 de Agosto.
A baleia, com 11 metros de
cumprimento, foi encontrada
morta por pescadores junto à
praia do Mundial, local utilizado para atracagem de chatas e comercialização de peixes. Na destruição do animal,
foi necessária a utilização de
uma moto-serra e cinco camiões que transportaram a carne para o aterro sanitário.
A população tentou aproveitar o óleo do animal para
uso terapêutico, mas foram
impedidos pela polícia. De
acordo com a directora nacional da preservação do
ecossistema e biodiversidade
do Ministério do Ambiente,
Paula Francisco Coelho, nesta
época, “é normal” que apare-
çam baleias na costa marítima
angolana, porque o frio que
se faz sentir no sul, obriga-as a migrar. “Nesta altura
a Europa está quente e elas
precisam arranjar temperaturas moderadas, é o motivo
da imigração.Como as nossas
águas não estão tão quentes
é um dos factores que gera a
migração das baleias”.
Paula Coelho prometeu
levar o sangue do mamífero
para fazer um estudo laboratorial que determine as cau-
sas da morte da baleia.
O aparecimento dos mamíferos começou no município do Ambriz, no Bengo,
quando na comuna do Tabi
foi encontrada a 26 de Novembro uma baleia morta.
O mamífero pesava 20 toneladas e media 13,5 metros de
cumprimento, por cinco de
largura. Devido ao estado de
putrefacção em que se encontrava, não foram determinadas as causas da morte.
Em 2009, a 23 de Julho, foi
encontrada, também morta
na Ilha de Luanda, uma baleia com oito metros de comprimento e 15 toneladas de
peso. Tal como no caso anterior, as razões da morte também não foram especificadas
pelo Ministério do Ambiente.
Na manhã do dia 17 de
Julho, de 2010, junto à foz do
rio Congo no Soyo, uma baleia de bossa encalhou num
banco de areia. O mamífero
tinha 25 metros de cumprimento e sete de largura. Foi
salva pelos marinheiros que
se encontravam nas instalações da Angola LNG.
Em 2011, Luanda registou
o aparecimento de duas baleias. A primeira foi encontrada morta na contra-costa da
ilha do Mussulo. Foi levada
para o aterro sanitário do Cacuaco, com a promessa de ser
desenterrada cinco anos depois e ser exposta no Museu
de História Natural. A segunda foi encontrada morta na
região dos Ramiros, a 16 de
Junho. Na altura, o Ministério
do Ambiente criou uma equipa de técnicos que se deslocou ao local no dia seguinte
com objectivo de constatar as
causas da morte do animal.
Baleias no Hemisfério Sul
Existem dois tipos de baleias-minke no
Hemisfério Sul que diferem de acordo
com a cor padrão, caracteres morfométricos e coloração das barbatanas: a forma
anã, de menor tamanho, com mancha
branca e a forma usual de maior tamanho e sem a mancha branca. A maturidade sexual é atingida entre os sete e os oito
anos. A gestação dura aproximadamente
10 meses. Amamentam as crias entre quatro a seis meses.
O filho, ao nascer, pode pesar até 300 quilos e medir três metros.
O intervalo médio entre as crias é de dois
anos. Alimentam-se de krill, pequenos
peixes que formam cardumes e lulas.
7
Política
COMPOSIÇÃO DA NOVA ASSEMBLEIA NACIONAL 2012/2017
174 a 176 deputados
MPLA
RESULTADOS NACIONAL
33 a 36 deputados
UNITA
CASA-CE
PRS
FNLA
EXECUTIVO
8 a 10 deputados
2 a 3 deputados
1 a 2 deputados
Membros
MPLA
71,87%
UNITA
18,65%
CASA-CE
6,06%
PRS
1,69%
FNLA
1,08%
ND
0,22%
PAPOD
0,14%
FUMA
0,13%
CPO
0,11%
PRESIDÊNCIA
DA ASSEMBLEIA
MPLA volta a vencer, com quase 72 por cento
Maioria absoluta
MPLA repete a maioria absoluta. A UNITA fica em segundo, mas sobe
na votação. A CASA-CE surpreende e entra directamente para o Parlamento. O PRS desce. A FNLA aguentou-se
De acordo com os resultados
provisórios, divulgados
pela Comissão Nacional
Eleitoral, o MPLA venceu
com maioria absoluta,
chegando quase aos 72 por
cento, podendo eleger entre
os 173 e os 175 deputados. A
UNITA, de Isaías Samakuva,
ficou em segundo lugar com
pouco mais 18 por cento,
podendo eleger entre os
33 e os 36 deputados. A
terceira força foi a recém
formada CASA-CE, liderada
por Abel Chivukuvuku,
que ultrapassou os seis por
cento, podendo eleger entre
os oito e os 10 deputados.
O PRS caiu do terceiro
lugar, alcançado em 2008,
para o quarto deste ano, mas
não conseguindo atingir
dois por cento dos votos.
Mesmo assim é capaz de
eleger entre dois a três
deputados. A histórica
FNLA pouco passou do um
por cento e deverá eleger
entre um a dois deputados.
José Eduardo dos Santos eleito
Aos 70 anos, José
Eduardo dos Santos
foi eleito Presidente
da República para
um mandato de mais
cinco anos. Eleito
para a presidência,
em 1979, na altura do
monopartidarismo, o
líder do MPLA venceu
as eleições, em 1992,
mas faltou a realização
de uma segunda volta.
Em 2008, o MPLA
venceu as eleições
legislativas, mas não
houve presidenciais.
Desta vez, numa
eleição simultânea,
José Eduardo dos
Santos e o MPLA
alcança cerca 72 por
cento dos votos. Na
hora da declaração de
vitória, o Presidente
prometeu fazer
“tudo para garantir a
aplicação do programa
eleitoral e a execução
de todas as políticas
públicas para a
melhoria da qualidade
de vida de todos os
angolanos”.
Na sua intervenção
garantiu que o MPLA
vai formar governo
que trabalhará para
todos os angolanos sem
excepção”.
9
Política
KUANZA NORTE
O voto
de Cabinda
ao Cunene
CABINDA
ZAIRE
MPLA
88,34%
MPLA
59,40%
CASA-CE
4,96%
UNITA
24,46%
UNITA
3,65%
CASA-CE
13,92%
FNLA
1,61%
PRS
1,11%
PRS
0,81%
FNLA
0,73%
ND
0,27%
ND
0,11%
PAPOD
0,12%
PAPOD
0,09%
FUMA
0,11%
FUMA
0,08%
CPO
0,08%
CPO
0,05%
MPLA
63,08%
UNITA
23,60%
CASA-CE
7,69%
FNLA
2,89%
PRS
1,63%
ND
0,47%
MPLA
79,38%
PAPOD
0,34%
UNITA
13,90%
FUMA
0,15%
CASA-CE
3,66%
CPO
0,10%
FNLA
1,88%
PRS
0,60%
ND
0,28%
PAPOD
0,12%
FUMA
0,08%
CPO
0,05%
CABINDA
ZAIRE
UIGE
BENGO
BENGO
MALANGE
LUANDA
KWANZA
NORTE
LUANDA
MPLA
59,37%
UNITA
24,68%
MPLA
85,04%
CASA-CE
13,05%
UNITA
10,79%
FNLA
1,16%
CASA-CE
2,24%
PRS
0,78%
FNLA
0,90%
ND
0,30%
PRS
0,53%
CPO
0,23%
ND
0,16%
FUMA
0,19%
PAPOD
0,13%
PAPOD
0,19%
FUMA
0,08%
CPO
0,06%
KWANZA SUL
BENGUELA
NAMIBE
10
MPLA
85,70%
CASA-CE
7,44%
UNITA
5,33%
PRS
0,56%
FNLA
0,54%
ND
0,24%
CPO
0,05%
PAPOD
0,05%
FUMA
0,05%
MPLA
73,19%
UNITA
20,46%
CASA-CE
4,70%
FNLA
0,72%
PRS
0,53%
ND
0,12%
FUMA
0,08%
PAPOD
0,08%
CPO
0,07%
KWANZA-SUL
BENGUELA
NAMIBE
HUAMBO
HUÍLA
HUÍLA
MPLA
84,02%
UNITA
9,02%
CASA-CE
4,92%
FNLA
0,93%
PRS
0,63%
ND
0,18%
PAPOD
0,10%
FUMA
0,09%
CPO
0,06%
CUNENE
Política
MALANGE
MPLA
87,33%
UNITA
5,93%
MPLA
71,95%
CASA-CE
3,52%
UNITA
13,47%
83,02%
UNITA
10,55%
CASA-CE
2,37%
FNLA
1,98%
PRS
1,31%
ND
0,27%
PAPOD
0,27%
CPO
0,09%
FUMA
0,09%
PRS
1,44%
PRS
10,41%
FNLA
1,16%
CASA-CE
1,86%
ND
0,26%
FNLA
1,39%
FUMA
0,13%
FUMA
0,42%
PAPOD
0,11%
NG
0,29%
CPO
0,06%
PAPOD
0,11%
CPO
0,07%
LUNDA SUL
MPLA
58,55%
PRS
24,35%
UNITA
14,01%
FNLA
1,23%
CASA-CE
1,04%
FUMA
0,34%
ND
0,27%
PAPOD
0,10%
CPO
0,06%
MOXICO
LUNDA
NORTE
LUNDA SUL
MPLA
82,55%
UNITA
9,71%
PRS
5,29%
CASA-CE
1,11%
FNLA
0,87%
ND
0,17%
PAPOD
0,12%
FUMA
0,09%
CPO
0,05%
BIÉ
BIÉ
MOXICO
MPLA
60,77%
UNITA
36,21%
CASA-CE
0,98%
FNLA
0,16%
PRS
0,56%
ND
0,16%
PAPOD
0,13%
FUMA
0,11%
CPO
0,07%
HUAMBO
KWANDOKUBANGO
MPLA
68,15%
UNITA
28,28%
CASA-CE
2,03%
FNLA
0,70%
PRS
0,47%
ND
0,11%
PAPOD
0,10%
FUMA
0,08%
CPO
0,04%
KUANDO-KUBANGO
MPLA
78,33%
UNITA
18,45%
CASA-CE
1,23%
PRS
0,85%
FNLA
0,73%
ND
0,15%
PAPOD
0,10%
FUMA
0,07%
CPO
0,03%
CUNENE
MPLA
92,43%
UNITA
4,86%
CASA-CE
1,52%
FNLA
0,47%
PRS
0,38%
ND
0,17%
PAPOD
0,05%
FUMA
0,04%
CPO
0,03%
Infografia_Jornal nova gazeta©Oliveira
MPLA
ELEIÇÕES ANGOLA 2012
LUANDA NORTE
UIGE
11
Este jornal
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Política
Como votaram os principais candidatos
Entre a tranquilidade e a angústia
Os principais candidatos à Presidência da República, e simultaneamente líderes dos respectivos partidos, votaram logo pela
manhã. José Eduardo dos Santos destacou a “tranquilidade” do processo; Isaías Samakuva garantiu ter “tomado a decisão
mais difícil” da sua vida; e Abel Chivukuvuku voltou a acusar a CNE de ter sido “atabalhoada”.
JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS, TRANQUILO
ISAÍAS SAMAKUVA, ANGUSTIADO
O candidato do MPLA à Presidência da República, José Eduardo dos
Santos, votou na Cidade Alta, pouco passava das 10horas. Elogiou
o clima de “tranquilidade e serenidade em todo território nacional”,
desfiando “todos os angolanos a votar ”.
José Eduardo dos Santos, que exerceu o voto na assembleia número
014, instalada no colégio Yara Jandira, nas imediações do palácio
presidencial de São José da Colina, em Luanda, fez-se acompanhar
pela mulher, Ana Paula dos Santos, e por vários membros da família.
Manuel Vicente, candidato à vice-presidência na lista do MPLA,
votou, de igual modo, naquela assembleia, não escondendo “a
satisfação”, pela afluência às assembleias de
voto “corresponder ao esperado”. Votaram
igualmente naquele local, figuras
políticas com destaque para Bornito de
Sousa, ainda ministro da administração
do território, Paulo Kassoma, presidente
da Assembleia Nacional, Carlos Feijó,
ministro de Estado para Casa Civil,
Florbela Araujo, assessora jurídica,
José Mena Abrantes,
assessor do Presidente
da República, Kundy
Paihama, ministro dos
antigos Combatentes
e Veteranos da Pátria,
entre outras
destacadas
personalidades
do aparelho
governamental.
Na hora da decisão “mais difícil da vida”, Isaías Samakuva votou na
Universidade Óscar Ribas, pouco passava das 9horas, mas foi o primeiro dos
candidatos presidenciais a fazê-lo. Apesar disso, hesitou, até à última, se iria
mesmo depositar o seu voto.
No dia anterior, fez chegar uma carta ao Presidente Eduardo dos Santos, em que
exigia um encontro “urgente” para discutir o processo eleitoral. No documento,
o líder do ‘Galo Negro’ manifestou o desejo de adiar as eleições, alegando
irregularidades.
O encontro com José Eduardo dos Santos não aconteceu e a carta nem mereceu
resposta. “Tenho de dizer que tive que tomar a decisão
mais difícil da minha vida. Não me sinto muito
satisfeito. Tive dificuldades em votar” foram as
suas primeiras reacções depois de ter votado.
Isaías Samakuva confessou que gostaria de
exercer tal direito num ambiente “melhor
organizado”. O seu partido estava convencido
que depois das eleições de 1992 e 2008 o
país teria ganho experiência suficiente para
“organizar melhor o processo eleitoral”,
embora tenha reconhecido a boa organização
da sua
assembleia de voto.
UNITA
Mário Mujetes
Manuel Tomás
MPLA
ABEL CHIVUKUVUKU, ACUSADOR
O presidente da Convergência Ampla da Salvação
de Angola-Coligação Eleitoral (CASA-CE), Abel
Chivukuvuku, votou, na escola primária 2004, em
Alvalade, em Luanda., aompanhado pela esposa e
pelos vice-presidentes da coligação, Lindo Bernardo
Tito e Manuel Fernandes. Chivukuvuku chegou às
10 horas e votou, pintou o dedo e depois mostrouse optimista com o processo: “Espero que tudo
decorra com normalidade para que nos possamos
orgulhar deste processo que estamos a conduzir”.
O líder da CASA insistiu na ausência de
delegados de listas de alguns partidos políticos e
coligações, incluindo os seus nalgumas assembleias,
acusando-a de ter conduzido o processo de
credenciação de uma “forma atabalhoada”
Até a manhã do dia da votação, a CASA-CE
esteve envolvida na ‘batalha’ para ver os seus fiscais
credenciados, mas sem sucesso. Abel Chivukuvuku
insistiu que o “processo foi conduzido de forma
desorganizada, situação que pode ter sido criada
de forma propositada pela CNE ou pela sua
ineficiência”. Da lista de delegados, apresentada na
CNE, apenas 70 por cento foi credenciada.
Uma parte dos membros do Governo cessante
votou na mesma Assembleia onde votou o líder
da CASA-CE. As primeiras horas chegaram
o ministro da Hotelaria e Turismo, Pedro
Mutindi, e o vice-ministro da Comunicação
Social, Miguel de Carvalho Wadijimbi”.
Seguiu-se o vice-ministro do interior Ângelo
da Veiga Tavares, a ministra do Planeamento,
Ana Dias Lourenço, acompanhada pelo esposo
João Lourenço, vice-presidente da Assembleia
Nacional.
Santos Samuesseca
CASA-CE
13
Política
A FESTA DO POV
Mais de seis milhões
de eleitores, entre os
mais de nove milhões
inscritos, foram votar
a 31 de Agosto. Muitos
optaram por fazêlo logo pela manhã.
Outros preferiram
‘pintar o dedo’ mais
tarde. Não houve
contratempo que
impediu o direito de
votar. E o povo fez a
festa da democracia.
De Cabinda ao Cunene,
no litoral e no interior,
nas vilas e nas cidades.
Fotos Mário Mujetes
14
Política
VO
15
Política
Entre a nota positiva e a negativa
São dois professores universitários, e ambos analistas políticos, que têm uma visão diferente sobre como correu
o processo eleitoral. Justino Pinto de Andrade, professor na Universidade Católica, destaca o comportamento da
comunicação social pública, como a nota mais negativa. Francisco Ramos da Cruz, professor e analista político,
faz um balanço positivo e entende que todos os angolanos estão de parabéns.
teve
“ OtodoMPLA
o tempo
angolanos
“Osestão
de
de antena que
quis a todos
os níveis nos
órgãos de
comunicação
públicos.
parabéns,
porque
souberam
comportar-se
perante aquilo
que lhes era
exigido.
’’
’’
Francisco Ramos
da Cruz, professor
universitário
“Faço uma avaliação positiva”
Melhoramos significativamente,
por isso, faço uma avaliação
positiva. Agora que há o retorno da
normalidade constitucional, agora
que as eleições já estão a decorrer nos
espaços previstos na lei, temos tudo
para irmos melhorando cada vez
mais. A ciência política ensina que
em campanha eleitoral, a primeira
mensagem deve ir para o nosso
tradicional eleitorado e só depois é
que se deve fazer a outra mensagem,
no sentido de roubar o eleitorado dos
outros e até dos indecisos. E nesse
contexto, não vi isso.
A Comissão Nacional Eleitoral
esteve bem. No plenário da CNE,
estão representados os partidos
políticos. O que achei curioso é
que, de facto, alguns partidos não
se impuseram no seio do plenário
da CNE e depois, aqui fora, vieram
16
criar factos políticos, pondo em
causa a idoneidade da instituição.
Aponto como bastante positivo,
o facto de ter existido, de alguma
forma, bastante tolerância e o facto
de todo o processo não ter sido
maculado. Houve incidentes, mas são
de tão pouca monta que não foram
revelantes no processo. Os angolanos
estão de parabéns, porque souberam
comportar-se perante aquilo que lhes
era exigido. E isso para mim e de mais
positivo que teve o processo.
Por outro lado também, foi
positivo ver que os partidos
emergentes passaram uma mensagem
de tolerância. Partidos emergentes
que saíram à rua, mas sempre a dizer
que vão respeitar aquilo que está bem
feito e as conquistas já alcançadas.
Acho que do ponto de vista geral
estamos a melhorar.
Justino Pinto de
Andrade, professor
universitário
“A comunicação pública teve um comportamento horrível”
Tenho notícias que houve intimidações
em algumas aldeias. Mas não há assim
grandes factos marcados que tenham
chegado ao pé de nós. Talvez tenham
acontecido, mas não foram objecto de
divulgação.
As pessoas concentraram-se mais
a informar as passeatas e os comícios.
Note-se que a comunicação social
pública teve um posicionamento
bastante questionável. Foi um
comportamento horrível. Não
favoreceu nada a democracia. Portouse como um jogador e não como
um órgão de comunicação com
responsabilidades nacionais. Não
gostei nada de ver as práticas soviéticas
do passado.
Talvez por isso, mesmo, não
tenhamos tido outro tipo de notícias.
Estes órgãos apresentaram tudo
como um mar-de-rosas e dividiram
a oposição em duas partes. Uma
a quem não se dá importância e a
outra oposição a que se deve atacar.
E atacou como se fosse governo,
quando a comunicação social não é
governo. O MPLA teve todo o tempo
de antena que quis a todos os níveis
nos órgãos de comunicação públicos
e até quase que eram dispensáveis
os cinco minutos que a Comissão
Nacional Eleitoral deu. Julgo que um
dia, quando possível, o povo angolano
terá a possibilidade de questionar as
pessoas ligadas àcomunicação social
publicas que desrespeitaram as regras
mínimas de convivência democrática.
Os protestos contra a CNE tiveram
a razão de ser. Não se pode ir a eleições,
quando o gestor do processo eleitoral
(CNE) não cumpre com as suas
obrigações. A CNE não deu garantias da
justeza do processo eleitoral.
Política
Contestação à CNE marcou todo o processo eleitoral
Eleições tranquilas
As críticas à Comissão Nacional Eleitoral acabaram por ser os tons mais marcantes de um processo que decorreu
tranquilo em que é unânime a opinião que foi melhor do que em 2008.
Por Valdimiro Dias
O processo eleitoral começou
inquinado, mal arrancou,
com a nomeação de Suzana
Inglês para presidir a Comissão Nacional Eleitoral (CNE).
De imediato, os partidos da
oposição ao MPLA, em especial a UNITA, acusando-a de
“não ter os requisitos necessários” para assumir o cargo.
Susana Inglês acabou mesmo
por ser substituída por Silva
Neto, que levou a tarefa até
ao fim.
Logo a seguir, veio à baila
a questão da votação dos angolanos no exterior e os votos
antecipados, elementos que,
por questões logísticas, foram dispensados pela CNE.
Resultado: quem vive no
estrangeiro, com a excepção
dos diplomatas e militares
em serviço, ficou impedido
de votar.
A escalada contra a CNE
voltou a subir, nas últimas semanas. A oposição partidária
acusa o órgão de agir “à margem da Lei eleitoral”, relativamente à entrega das actas
eleitorais e sobre o credenciamento dos delegados das
listas nas assembleias de votos. A UNITA deixou passar a
ideia que tinha intenções de
impugnar as eleições.
A campanha eleitoral, na
sua recta final, pareceu ser
substituída por manifestações organizadas pelo maior
partido da oposição que reivindicava por “transparência
do órgão eleitoral”. A iniciativa foi respondida com uma
contra-manifestação, organizada pelo MPLA.
No balanço da campanha,
o analista politico e docente
em relações internacionais,
Josino Samora, critica a UNITA por ter “distorcido a sua
comunicação politica com os
questionamentos à CNE, não
deixando
suficientemente
claro o projecto politico de
alternativa, retirando-lhe a
possibilidade de reafirmar e
captar novos eleitores”.
As críticas são alargadas
ao MPLA. Josino Samora entende que entrou para a campanha eleitoral a pensar na
reeleição com “bastante desconforto”, provocado pelo
“alto índice de desaprovação,
mas depois esbatida em campanha”. Para este analista
político, Josino Samora, José
Eduardo dos Santos foi o
principal rosto da campanha,
utilizando em seu favor a sua
grande popularidade. Além
disso, reconheceu o “mérito” do novo concorrente, a
CASA-CE, por ter dado uma
“dinâmica política extraordinária captando simpatizantes, militantes e ex-militantes
emocionalmente em ruptura
com os seus partidos”.
O ciclo eleitoral 2012 en-
cerrou também com a particularidade do Chefe de Estado angolano lutar pela sua
segunda eleição, depois do
processo de 1992 ter sido in-
Apesar da
ameaça de
boicotes,
as eleições
decorreram
tranquilamente.
Nove candidatos
disputaram a
Presidência da
República
terrompido. Foi notório o seu
maior envolvimento na campanha, empreendendo um
périplo por oito províncias
entre as quais, Huila, Huambo, Benguela e Luanda, as
maiores praças eleitorais. O
périplo de José Eduardo dos
Santos, aplaudido por muitos graças à sua popularidade, foi porém questionado
pela oposição em quis saber
em que qualidade presidiu
a um rol de inaugurações de
infra-estruturas públicas que
antecederam o 31 de Agosto,
precisamente o dia da votação.
O especialista em relações
internacionais, Francisco Ramos da Cruz, faz uma avaliação positiva do processo
eleitoral de 2012. Entende
que nem “tudo esteve bem”,
mas melhorou significativamente em comparação às
anteriores”. “Houve muita
tolerância e os poucos inci-
dentes que foram surgindo
não macularam o processo”,
remata. O contacto frequente da CNE com os partidos é
assinalado como uma “notas
positivas”. Mas, defende que
alguns partidos, sobretudo
os emergentes, não tinham
mensagens para fazer passar
ao eleitorado, o que “provocou uma diminuição de audiências quer na TPA quer na
Rádio Nacional de Angola,
porque as pessoas ficavam
sem saber o que diziam”.
Outro professor universitário, Justino Pinto de Andrade, contraria as perspectivas
positivas, denunciando a
ocorrência de alguns incidentes fora dos espaços urbanos em algumas províncias, como “intimidações em
algumas aldeias” e critica os
órgãos de comunicação social pública por terem tido
um “um posicionamento
bastante questionável, que
não favoreceu a democracia, portando-se como jogadores e não como veículos
de informação com responsabilidades nacionais”. “É
evidente que os partidos da
oposição só tiveram cinco
minutos na televisão e 10 em
rádio e tiveram depois 24
horas a serem atacados pela
comunicação social pública.
Se isto é democracia então
mais vale a ditadura clássica
”
Na incursão sumária
que fez aos programas dos
partidos, rebate a proposta do MPLA que pretende
implementar o rendimento mínimo para as famílias,
argumentado que “faltam
recursos” para controlar os
destinatários deste rendimento. Quanto ao da UNITA,
considera “irrealista” a concretização de salário mínimo
equivalente, em kwanzas, a
500 dólares, justificando que
condiciona também o salário
daqueles que não são funcionários do Estado.
17
Política
Reacções internacionais às eleições
Eleições ‘aprovadas’ com distinção
ciador da reconstrução. Cerca de 260
mil chineses trabalham em Angola
sobretudo nas obras públicas e construção de infra-estruturas.
Portugal, através do porta-voz do
Ministério dos Negócios Estrangeiros, Miguel Guedes, considera que
as eleições representaram “uma
etapa importante na consolidação
da democracia, da estabilidade e
do progresso socioeconómico de
Angola e delas resultam o fortalecimento do pluralismo político”. Por
isso, Lisboa “felicita o Presidente José
Eduardo dos Santos e o seu partido
pela vitória obtida nas eleições de 31
de Agosto”. A reacção portuguesa
foi avançada apenas com o conhecimento dos resultados provisórios
anunciados pela Comissão Nacional
de Eleições angolana.
Até ao fecho desta edição ainda
não havia reacção das Nações Unidas, nem dos Estados Unidos da
América e da União Europeia.
Apesar de satisfeitos, os
observadores internacionais,
ligados a organismos
africanos, deixaram algumas
recomendações ao órgão
eleitoral
Por Valdmiro Dias
Foto Mário Mujetes
Organismos da comunidade internacional que monitorizaram o processo eleitoral angolano foram unânimes em reconhecer a justeza e
transparência do acto de 31 de Agosto.
Figuram neste grupo as organizações africanas que emitiram uma
declaração conjunta apresentada
pelo chefe da missão de observadores da União Africana, Pedro
Pires, na qual felicitam Angola pelo
êxito do processo eleitoral.
Na leitura da União Africana,
SADC, CPLP, CEEAC, Fórum das
Comissões eleitorais da SADC e a
Conferência Internacional da Região
dos Grandes Lagos, o processo “contribuiu para a consolidação da paz,
segurança, estabilidade e impulsiona a democracia e fortalece os
fundamentos do desenvolvimento
económico e social”.
No entanto, as organizações
africanas, no seu relatório, recomendaram aos órgãos eleitorais a
empreender melhorias quanto ao
credenciamento dos observadores
nacionais e internacionais, dos dele-
gados de lista dos partidos políticos
e na facilitação do direito de voto
aos angolanos da diáspora.
Também a China foi dos primeiros países a reagir ao processo eleitoral. “Constatámos que Angola realizou com sucesso eleições gerais no
dia 31 de agosto. Estamos satisfeitos
com isso”, referiu o porta-voz do
Ministério dos Negócios Estrangeiros, Hong Lei. O governante prometeu um maior empenho daquele
país no desenvolvimento da cooperação bilateral. Angola é um dos
principais fornecedores de petróleo
à China e aquele país é maior finan-
Pedro Pires, chefe da
missão de Observação
da União Africana.
18
Política
Programa deve obedecer às promessas do MPLA
Os trabalhos do futuro Governo
Face à conquista de
mais um mandato pelo
MPLA nas últimas
eleições de 31 de Agosto,
o combate à pobreza, o
aumento da qualidade de
vida e a transformação
dos recursos naturais
em riquezas vão ser
as políticas mais
relevantes do Governo
que for empossado,
dentro de duas semanas.
Diversificar a economia
para criar mais postos de
trabalho, situar a taxa
de inflação abaixo dos
dois dígitos, proteger
a economia contra
eventuais choques
externos estão entre os
principais desafios dos
próximos cinco anos.
Por José Zangui e Valdimiro Dias
O novo elenco governamental terá de se submeter às
propostas apresentadas pelo
MPLA, durante a campanha
eleitoral. No seu programa
com o lema ‘Angola crescer
mais e a distribuir melhor’, o
partido vencedor das eleições
preconiza, na educação, o aumento da qualidade de sistema ensino, aliada a continua
expansão das infra-estruturas
escolares.
No ensino superior, pretende assegurar o ingresso de 200
mil novos estudantes e enviar
seis mil novos estudantes para
o exterior, bem como reforçar
a formação anual de médicos, passando dos actuais 100
para 500 a partir de 2014.
MAIS SAÚDE E MAIS
HABITAÇÃO
O aprofundamento da reforma do sistema de saúde,
visando garantir o acesso
universal e a utilização dos
serviços de saúde, o fortalecimento do sistema tendo o
município como centro das
actividades são acções que
terão grande primazia na
saúde, em que se destaca a
construção, em cada município, de um hospital.
O novo Governo terá,
entre 2012 a 2017, de concluir com o “Programa
nacional de Urbanismo e
Habitação, prosseguir a edificação de novas centralidades, requalificar as cidades e
proceder ao repovoamento
das localidades promovendo o desenvolvimento de
aldeias rurais.
EMPREGO PARA JOVENS
A política juvenil vai estar,
sobretudo, focada no aumento de jovens na vida
activa. Compromete-se a
assegurar a reinserção sócio-profissional de 185 mil
jovens que se encontram,
O futuro
Governo, saído
das eleições deste
ano, vai apostar
no emprego para
jovens, na saúde
e na habitação,
obedecendo ao
programa do
partido vencedor
neste momento, desmobilizados, o acesso de 50 mil
ao crédito bonificado e à
criação 50 incubadoras de
negócios.
Realça-se também a prioridade na contratação da
mão-de-obra juvenil para os
programas de construção e
de relançamento da economia nacional, aliada à intenção de desenvolver programas de formação profissional
tecnológica que facilitem a integração dos jovens no mercado de emprego.
No domínio das políticas
macroeconómicas, o futuro Governo seguirá a linha
traçada até agora: reconhece que embora desde 2006 o
sector não-petrolífero esteja,
em termos reais, a crescer
mais do que o sector petrolífero, o peso da indústria extractiva no PIB ainda é muito
significativo. Por isso, aposta
num modelo de desenvolvimento que estabeleça uma
economia “forte, diversificada, estável” em que os
principais centros de decisão
económica sejam detidos por
angolanos.
Nos próximos cinco anos,
o Governo promete ter uma
inflação acumulada abaixo
dos dois dígitos. Por isso,
propõe-se aplicar uma políti-
ca monetária que assegure a
estabilidade dos preços.
Faz parte dos planos, reformular o posicionamento
dos bancos de capitais públicos, Banco de Poupança
e Crédito (BPC) e Banco de
Desenvolvimento de Angola
(BDA), visando maximizar os
seus activos e adequar o seu
funcionamento no apoio aos
empresários nacionais.
O futuro Governo pretende assegurar o crescimento contínuo das reservas internacionais líquidas,
procurando garantir a solvibilidade externa do país
e a protecção da economia,
contra eventuais choques
externos.
No novo programa governamental deverá contar
com o aumento da oferta de
crédito a juros compatíveis
com a capacidade das empresas nos sectores prioritários, a
institucionalização da Bolsa
de Valores e a continuação da
expansão do micro crédito.
19
Economia
Economia
O Ministério dos Transportes distribuiu 50
carros e 90 motorizadas à cooperativas
agrícolas e pesqueiras do Bengo.
Banco estatal quer mais cinco milhões de angolanos com conta bancária
BNA cria correspondente bancário
O Banco Nacional de
Angola quer incentivar
a criação de contas
bancárias. Angola tem
23 bancos, mas ainda
estão longe de atingir
o número de clientes
desejado pelo BNA:
apenas 22 por cento da
população tem conta
bancária. Foi criada a
figura do ‘corresponde
bancário’ que pode
substituir uma agência,
em zonas em que não
haja bancos
transferências interbancárias,
captação de depósitos para
poupança e outras aplicações,
depósito e levantamentos
de fundos, pagamento de
serviços entre outros serviços
previstos na Lei do BNA.
Dado de final de 2011
dão conta que Angola está
servida por 23 bancos e 902
agências em todo o país, mas
ainda estão longe de atingir
todas localidades, devido a
constrangimentos de vária
ordem. Estimativas oficiais
apontam para uma taxa de
bancarização entre os 21 e os
22 por cento.
Os 23 bancos
Por José Zangui
Foto Mário Mujetes
O Banco Nacional de Angola
(BNA) pretende, até ao final
de 2013, que o número de
cidadãos com conta bancária
atinja os mais de cinco milhões, que corresponde actualmente a 30 por cento da
população angolana. O desafio foi assumido pelo próprio governador, José de Lima
Massano.
De acordo com o responsável, os “esforços estão em
curso, no sentido de se estimular a adesão da população
aos serviços financeiros e, por
esta via, aumentar os níveis
de bancarização”. Para persecução deste objectivo e de
prestar serviços financeiros
às localidades onde os bancos
ainda não estão instalados, o
BNA criou ‘correspondente
bancário’.
O BNA estabelece os termos e condições das operações financeiras que serão
realizadas por instituições
financeiras bancárias fora do
espaço físico das suas agências, através de correspondentes bancários.
O BNA define o correspondente bancário, como
sendo a pessoa, individual
ou colectiva, como por exemplo, um escritório, que
representa e presta serviços
de um determinado banco,
nas localidades onde este não
esteja, mediante termos pre-
viamente acordados entre as
partes.
O
correspondente
bancário deve exercer as actividades de acordo com as
orientações unilaterais da instituição financeira bancária
contratante, que assume toda
responsabilidade quanto aos
serviços prestados aos clientes.
É permitido ao correspondente realizar diversas
actividades, tais como encaminhamento de pedido de
abertura de contas bancárias
de forma simplificada e encerramento das mesmas,
transferências entre contas
bancarias domiciliadas na
mesma instituição financeira,
São 23 bancos actualmente a funcionar em Angola. Alguns unicamente
com capitais nacionais, outros com
capitais do estrangeiro:
BIC (Banco Internacional de
Crédito); BFA (Banco de Fomento de
Angola), Banco Keve, Banco Kwanza,
BESA (Banco Espírito Santo de
Angola), BPC (Banco de Poupança
e Crédito), Banco Sol, Millennium
Angola, BAI (Banco Angolano de Investimentos); BCI (Banco de Comércio de
Indústria; BCA (Banco Comercial Angolano); BPA (Banco Privado Atlântico);
Caixa Totta de Angola; Standard; BNI
(Banco de Negócios Internacional);
Banco Valor; BCH (Banco Comercial do Huambo); FNB (Finibanco
Angola); BANC (Banco Angolano de
Negócios e Comércio); BPD (Banco
para Promoção e Desenvolvimento);
BMF (Banco BAI Microfinanças); BCI
(Banco de Comércio e Indústria); e
VTB-África
vale muito.
Mas não custa nada!
21
Economia
Benguela
Novo mercado no bairro Pecuária
Câmaras de congelação,
de conservação e fábricas
de gelo para alimentos
perecíveis, armazéns
arrendáveis e dois balcões
dos bancos BPC e BAI
Micro Finanças, destinados
aos micro-créditos para
comerciantes, são os
destaques do novo mercado
do bairro da Pecuária, em
Benguela, inaugurado em
finais de Agosto.
Construído pelo
Governo, através
do Programa de
Reestruturação do
Sistema de Logística
e de Distribuição de
Produtos Essenciais à
População (PRESILD), num
investimento superior a
750 milhões de kwanzas,
o novo espaço comercial
conta com mais de mil
22
Vendedoras de
Benguela com novo
espaço e mais amplo.
bancas com armários,
padaria, pastelarias, lojas,
creche para 100 crianças e
postos médico e de polícia.
A maioria dos feirantes
que acorreu ao bairro
da Pecuária para ver a
abertura do novo mercado
veio da praça da Caponte,
onde há carência de
instalações próprias para
montar negócios. Com
o crescimento daquele
mercado informal, o fluxo
de vendedores aumentou,
estimando-se que já sejam
cerca de cinco mil.
Satisfeitos com a
inauguração do mercado,
em acto a que presidiu
a ministra do Comércio,
Idalina Valente, estão os
vendedores da Caponte,
que há vários anos se
queixam da falta de espaço
próprio, da distância e
das condições de higiene
e limpeza no local onde
comercializam produtos de
primeira necessidade.
A ministra do Comércio,
Idalina Valente, apelou aos
feirantes para cuidarem e
manterem sempre limpo o
novo mercado, na medida
em que a sua construção
custou muito dinheiro.
Por sua vez, Armando da
Cruz Neto, governador
provincial de Benguela,
considerou “um ganho”
para os vendedores e
consumidores a abertura do
novo mercado, enquadrado
na estratégia de organizar
e modernizar a actividade
comercial no país.
Economia
Alerta do Banco Mundial, por causa dos preços dos alimentos
Aumento é uma ameaça
A subida dos preços mundiais da alimentação,
devido à seca nos Estados Unidos da América e
na Europa de Leste, “ameaça a saúde e o bem-estar” de milhões de pessoas, alertou o presidente do Banco Mundial (BM).
Através de um comunicado, Jim Yong Kim
afirma que os preços alimentares aumentaram
de “forma brutal” e “ameaçam a saúde e o bem-estar de milhões de pessoas”, destacando que
África e o Médio Oriente estão “particularmente vulneráveis”. Entre Junho e Julho, os pre-
ços internacionais do milho e do grão de soja
aumentaram respectivamente 25 e 17 por cento,
atingindo patamares considerados “inéditos”.
A organização não-governamental Oxfam
considerou que essa informação deveria fazer
despertar os governos e levá-los a tomar consciência da necessidade de uma acção sobre a
volatilidade dos preços alimentares.
O BM diz-se pronto a aumentar o seu programa
de assistência à agricultura, ao qual dedicou
mais de mil milhões de dólares em 2012.
Moxico
Nos países lusófonos
Ministério dos
Transportes
entrega
viaturas
Transacções com a China
cresceram
40 viaturas pesadas, ligeiras e motorizadas foram entregues, na semana
passada, no Luena, ao governo do
Moxico, pelo Ministério dos Transportes,
No acto da entrega, Augusto da
Silva Tomás referiu que a iniciativa se
enquadra no programa Táxi-Jovem
e visa apoiar a classe empresarial e
outras franjas da sociedade civil. Os
meios, segundo o governante, vão
consolidar o processo de activação
da rede de transportes da região. O
ministro dos Transportes orientou a
selecção criteriosa de empresários do
sector agrícola, industrial e outros
serviços, para que os meios sirvam e
alcancem os objectivos do programa
de combate à fome e à pobreza.
O comércio entre a China e os oito países de língua
portuguesa cifrou-se em 75,91 mil milhões de dólares de
Janeiro a Julho, um acréscimo de 20 por cento relativamente ao mesmo período de 2011, de acordo com dados
oficiais das alfândegas da China, divulgados em Macau.
Nos primeiros sete meses do ano, a China importou, dos
oito países, bens no valor de 53,12 mil milhões de dólares
e exportou mercadorias cujo valor ascendeu a 22,78 mil
milhões de dólares, assumindo um défice comercial de
30,34 mil milhões de dólares.
Esse défice ocorreu fundamentalmente nas trocas
comerciais com o Brasil e Angola, países que venderam à
China bens no valor de 51,96 mil milhões de dólares e adquiriram mercadorias com um valor de 20,63 mil milhões
de dólares. Mas o maior défice comercial ocorreu com
Angola, país que vendeu à China mercadorias no valor de
20,86 mil milhões de dólares, basicamente petróleo, e que
comprou bens no valor de 2,09 mil milhões de dólares.
Namibe
Pesca com dificuldades
Mais de 14 mil toneladas de peixe foram capturados no Namibe, no primeiro trimestre do corrente ano, informou a governadora local, Cândida Celeste. Segundo a governante, “apesar
das dificuldades”, tem havido “um grande esforço da parte dos
pescadores em manter os níveis de captura”. Ao longo da costa
namibense existem 22 empresas piscatórias que possuem 42
embarcações. Existem ainda 83 cooperativas com mais de
1.700 associados.
A governadora reconhece, no entanto, que a pesca “precisa
de mais ‘inputs’”, mas explicou que as baixas temperaturas e
a abundância de focas no sul da província estão na base da
diminuição actual dos níveis de captura.
Cândida Celeste admite que é “necessário que se faça mais
investimentos para revitalização das indústrias pesqueiras” e
que o peixe do Namibe vai hoje para várias regiões, como o Bié,
Lundas, Moxico, Huíla, incluindo províncias que têm mar como
a do Zaire. Por isso, prometeu que o Governo vai apoiar mais os
pescadores.
GLOSSÁRIO ECONÓMICO
Superavit: São recursos financeiros que não se
encontravam comprometidos com pagamentos
futuros no encerramento do exercício fiscal. Excedente
resultante da execução orçamental. É um termo que se
aplica quando há um excesso de arrecadação, ou seja,
mais do que a previsão para um período.
PIB: Produto Interno Bruto. É um dos principais
indicadores do potencial da economia de um país. Soma
de toda a riqueza (bens, produtos e serviços) produzida
por um país num determinado período, geralmente um
ano.
Inflação: É um processo pelo qual ocorre um
aumento generalizado nos preços dos bens e serviços,
provocando perda do poder aquisitivo da moeda. Isso
faz com que o dinheiro valha cada vez menos.
23
M
Y
Y
Y
af_press_DD_NovaGazeta.pdf
6
6/18/12
7:11 PM
Caderno do Estudante
Quinta-feira 6 de Setembro 2012
CURIOSIDADES
A liamba danifica a memória. Apareceu um novo tipo de dinossauro
Pág. 30
AULA DO PROFESSOR
Poder e enlatar podem levar ao engano
a quem náo é inglês
A nossa página no Facebook
facebook.com/novagazeta
Pág. 31
PAUSA ESTUDANTIL NÃO SERVIU PARA ESTUDAR
DESCANSO, VIAGENS E FESTAS
Em vésperas do arranque das
aulas, depois da pausa forçada,
houve estudantes que optaram
por visitar a família; há quem
confesse que aproveitou os
dias de descanso para as festas;
uns garantem ter praticado
desporto; outros usaram alguns
dias para gestos solidários;
e há quem utilizou os dias
para estar atento à campanha
eleitoral; e uns asseguram ter
posto a leitura em dia.
Mediateca
inaugurada
Luanda já tem uma mediateca
que pode receber mais de duas
mil pessoas por dia. Outras
mediatecas vão abrir noutras
cidades.
Pág. 28
Mãe
vendedora
Mesmo com
dificuldades financeiras,
Filomena Fernandes
teve coragem para
adoptar quatro crianças
Pág. 32
25
De regresso às aulas
O QUE (NÃO) SE FEZ DURANTE A PAUSA
Depois de quase seis semanas de repouso, é o regresso às aulas a 10 de Setembro. A volta à escola será marcada com o início das
provas, que serão realizadas sem a paralisação das aulas. Espera-se, depois de tudo, que haja uma boa preparação por parte de
todos. Durante estas seis semanas de pausa, provocada pelo período eleitoral, foram poucos os estudantes que aproveitaram
para estudar. O tempo foi gasto para ler, descansar e ver a família
Como o tempo
e as provas
não esperam
por ninguém,
aproveitei
revisar e
preparar-me
para mais um
desaﬁo
Por Edno Pimentel e Márcia Ilunga
Na página do Facebook do
NG, alguns estudantes já tinha relatado o que andaram
a fazer durante a pausa pedagógica. A maior parte deles
“torrou” as férias “curtindo”
em passeios e a descansar. Tal
como os estudantes ouvidos
na rua pelo NG.
Alguns justificam a diversão
com a forma brusca como as
aulas foram interrompidas.
Pensam que “não era necessário interromper as provas”,
uma vez que as eleições se realizariam duas semanas depois.
Com isso, sentiram-se desmotivados porque já estavam
“embalados” para os exames.
Por isso, optaram por “curtir”
um pouco e fugir da rotina.
Outros acham que as férias
vieram “mesmo a calhar”, porque não estavam preparados o
suficiente para fazer as provas.
Treze afonso
e richard luzas
confessaram que “apesar de a
pausa ter sido longa e, de certo
modo, prejudicial, aproveitaram
da melhor maneira possível,
por não saberem o que lhes
esperava”.
”Trabalhei, estudei e descansei”, disse Richard Luzas.
26
Mário Mujetes
Fotos Santos Samuesseca
Para António Raimundo
Quiala e Sueli de Melo, as
férias foram boas, porque foram
aproveitadas para descansar”.
Como trabalhadores e estudantes que são, “dedicaram mais
tempo à família”, o que não os
impediu de “tchilar” um bocadinho de vez em quando”.
Já Leonard Ferrão e
Assis Correia Quitumba
preferiram “dedicar-se mesmo
às revisões e a outras práticas
pedagógicas fora da escola.
Aproveitaram a pausa escolar
ler mais livros, fazer cursos
de curta duração sem, no
entanto, deixar de se divertir.
“Nos finais de semana, tirava
umas horinhas para descansar
um pouco”, partilhou Leonard
Ferrão.
Inês Elavoko aproveitou
a oportunidade para visitar
alguns familiares no Huambo e
em Benguela. Revela que este
período “foi muito proveitoso
porque conseguiu estar próximo
dos seus entes”. “É uma pena,
tive de voltar antes do desejado para ‘pintar o dedo’ em
Luanda”.
Louise Kotila e Daniela
Cazevo contam que “apesar
de as férias terem sido longas,
aproveitaram bastante o tempo
para estudar” com a consciência de que, logo a seguir,
“viriam as provas”.
“Alguns deixaram para a
última semana e limitaram-se a
divertir-se... Eu aproveitei para
revisar, porque o tempo não espera por ninguém!”, exclamou
Louise Kotila.
Mário Mujetes
Maria Teixeira
Deu para viajar com alguns colegas e fazer alguma caridade
no Kwanza Sul.
Vunda Gando Matias
Aprovetei as férias para ler, conhecer províncias e reflectir um
pouco mais sobre as eleições
Santos Barbosa preferiu
reunir todos os fascículos antes
mesmo da antecipação da
pausa para se preparar para
as provas. “Resumi todos eles
e li quatro livros: “Manana” e
“O ministro”, de Uanhenga Xitu,
“Caim”, de José Saramago e
“Luuanda”, de Luandino Vieira”
Aurex Duarte Neto
confessa que aproveitou para
sair de Luanda e conhecer o
Lubango, à busca de inspiração para escrever e compor.
“Estudo engenharia e acho que
a tranquilidade do Lubango me
proporcionou esta oportunidade”.
Cláudio Bartolomeu e
Neusa de Almeida preencheram o tempo praticando
desporto e a actualizar as
leituras, pois era necessário
preparar-se para outro acto
também importante – as
provas.
Emanuel Vicente revela:
“Preferi reflectir sobre o meu
perfil académico no primeiro
e segundo trimestres. Fiz
também alguns cursos profissionais de administração
de redes e telecomunicações
etratei de alguns ‘businesses’”.
vale muito.
27
Vice-ministro garante:
Mediatecas facilitam acesso
a conhecimento
UÍGE :REGIÃO ACADÉMICA GANHA CAMPUS UNIVERSITÁRIO
O ‘campus’ universitário
“Kimpa Vita”, no Uíge,
afecto à sétima região
académica, foi recentemente
aberto pelo governador da
província, Paulo Pombolo.
Ocupando uma área
de 1.500 hectares, o
‘campus’ comporta dois
edifícios de um piso
cada, 25 salas de aula,
quatro laboratórios, dois
anfiteatros, sete auditórios,
um campo multiuso e áreas
administrativas.
A ministra do Ensino
O vice-ministro da Ciência e
Tecnologia, Pedro Sebastião
Teta, defendeu que “a rede
de mediatecas, em que são
usados diversos meios de
propagação do conhecimento e aprendizagem, coloca ao
dispor da juventude o fácil
acesso ao conhecimento quer
a nível local como global”.
Sebastião Teta garante que “a
rede tem como objectivo dotar o país de um conjunto de
infra-estruturas com as mais
modernas tecnologias de informação e proporcionar o
acesso a diversos serviços e
suportes de informação”.
A Mediateca de Luanda,
Superior e da Ciência
e Tecnologia, Maria
Cândida Teixeira,
pediu aos estudantes
para que “apliquem os
conhecimentos, de modo
a tornarem-se verdadeiros
quadros”.
A universidade ‘Kimpa Vita’
alberga 2.407 estudantes, 65
professores angolanos e 10
estrangeiros, e ministra os
cursos de Direito, Economia,
Agronomia, Enfermagem,
Engenharia Informática e
Contabilidade.
Kwanza-Norte
Novo centro vai formar técnicos de saúde
Jovens de Ndalatando,
Kwanza-Norte,
contam
com uma nova escola
técnica de saúde, recentemente aberta pelo governador provincial, Henrique André Júnior.
O edifício, construído de raiz em 10 meses,
comporta três pisos e tem
20 salas de aulas, um au-
Cabinda
ditório com mais de 100
lugares, escritórios, laboratórios, áreas de serviços,
parques de estacionamento, zonas verdes e quadras
desportivas.
O centro compreende
uma área de dois mil e 700
metros quadrados e está
avaliado em três milhões
de dólares.
Complexo de ciências e técnicas de saúde
Um Complexo de Ciências e Técnicas de
Saúde, cujas obras tiveram início em 2010,
poderá receber mais jovens de Cabinda e
oferecer-lhes cursos ligados à saúde.
O complexo, que ocupa uma área de
quatro hectares, contém três unidades
orgânicas da Universidade ’11 de Novembro’ (UON): faculdade de medicina,
instituto superior politécnico e a Escola
de Formação de Técnicos de Saúde. A
Faculdade de Medicina corresponde a
na Maianga, tem 2.900 metros
quadrados, com capacidade
para receber duas mil pessoas
por dia. Possui um auditório
para 120 pessoas, sistema de
‘wifi’ gratuito, 18 televisões,
cafetaria com 40 lugares, espaços para leitura com capacidade para 180 lugares, 130 computadores de mesa e laptops.
Tem também 25 Ipads, cinco
dispositivos de vídeo e jogos,
um acervo de 50 mil livros e
DVDs, área cultural para 400
pessoas, zona de catalogação,
informática, copa, balneários,
sala de conferência, livraria e
áreas verdes. A obra está avaliada em nove milhões e 600
mil dólares.
28
dois edifícios de dois pisos cada, tem 10
salas de aula, uma sala para teleconferências, um laboratório e uma sala para
serviços administrativos. O Instituto Superior Politécnico de Saúde, com quatro
edifícios de dois pisos, possui um laboratório, 15 salas de aula, um anfiteatro,
biblioteca e balneário.
Os professores e investigadores contam com um edifício de dois pisos com
32 apartamentos de tipo T2.
Zaire
Sonangol financia construção de escola
A Sociedade Nacional de
Combustíveis (Sonangol)
financiou a construção de
escola primária inaugurada
recentemente no Nzeto, Zaire,
pelo bispo de Mbanza Kongo,
Vicente Carlos Kiaziku, no
âmbito de um projecto
escolar implementado
pela Igreja Católica. A
escola, com capacidade
para 1.500 alunos, está
equipada com meios
didácticos, como carteiras
e quadros, e possui 12
salas de aulas, sala de
reuniões, de informática,
arrecadação e área
administrativa.
As obras, que tiveram a
duração de um ano, estão
orçadas em mais de um
milhão de dólares.
O director da escola,
padre António José
Ginga, referiu que “o
empreendimento é fruto da
presença dos missionários
do verbo divino em Angola no
Nzeto.
“É nesta intenção da formação
integral do homem através da
educação que fizemos o pedido
à Sonangol e, por
meio da sua associada Total,
foi-nos disponibilizado este
financiamento que possibilitou a
construção desta infra-estrutura”,
agradeceu.
ENSINO SUPERIOR: MINISTRO PROMETE 700 VAGAS EM 2013
O Instituto Superior para as Tecnologias de Informação e Comunicação (ISUTIC) vai receber, no próximo ano, 700 estudantes para os
cursos de engenharia informática
e engenharia de telecomunicação.
A promessa é do ministro das
Telecomunicações e Tecnologia de
Informação, José Carvalho da Rocha, que garantiu que, “após a sua
conclusão, o instituto poderá albergar cerca de dois mil alunos” e,
posteriormente, “serão implementados cursos de Engenharia Biomédica, Engenharia Electrónica e
em Gestão em Telecomunicações”.
“Para os jovens, é uma oportunidade de poderem aqui ter formação ao mais alto nível na área
das tecnologias de informação e
comunicação. Vamos desenvolver
aqui essencialmente cinco grandes cursos, transformando essa
zona num verdadeiro centro do
saber”, garantiu. José Carvalho da
Rocha revelou que “a instituição,
com todos os equipamentos, custou cerca de 20 milhões de dólares,
dos quais vinte e cinco por cento
foram contribuições das empresas
das telecomunicações e tecnologias de Informação”.
29
Medicina
Uso precoce de liamba danifica memória
Um acompanhamento de cerca de mil neozelandeses, do nascimento aos 38 anos, revelou que os adultos que se tornam dependentes de liamba, antes dos
18 anos, tiveram resultados piores em testes de memória e inteligência do que os que não a usam.
Na pesquisa, realizada por cientistas da universidade Duke, nos Estados Unidos e do King’s College de
Londres, na Inglaterra, os participantes foram submetidos a entrevistas periódicas, para dizer se estavam a usar liamba e com que frequência, e a testes
de memória, raciocínio, processamento visual, entre
outros.
Terrie Moffitt, professora de psicologia e neurociência
do King’s College, assegura que “antes dos 18 anos,
o cérebro ainda está a ser remodelado para se tornar
mais eficiente”, por isso “é mais vulnerável aos danos causados por drogas”. “Os usuários que já estavam dependentes aos 18 anos tiveram um declínio
médio do QI (quociente de inteligência) de oito pontos entre os 13 e os 38 anos de idade. Uma pessoa
normal marca cem pontos em teste de QI. Entre os não usuários, não houve declínio”, explica.
Antropologia
“
É urgente que
as instituições do
ensino superior,
públicas como
privadas, fomentem a
investigação científica
e tecnológica nas
diferentes áreas do
saber...
’’
Maria Cândida Teixeira
Ministra do Ensino Superior e da
Ciência e Tecnologia
Entomologia
Cavalo na origem da língua
Internet “descobre” novo insecto
Uma hipótese que esteve em discussão durante décadas dizia que
as primeiras línguas indo-europeias estariam associadas à domesticação do cavalo e ao aparecimento de túmulos conhecidos como do
povo ‘kurgans’, que viviam na actual Ucrânia, há 6.000 anos.
O cavalo, espécie de tanque de
guerra pré-histórico, teria permitido ao povo dos ‘kurgans’ dominar vastas áreas, transmitindo a
língua aos seus descendentes e às
tribos conquistadas. Nos últimos
tempos, vinha ganhando força a
hipótese da origem mais antiga,
na Turquia.
As línguas indo-europeias mais
primitivas, como o hitita, eram
faladas por lá. Também se sabe
que povos que dominam a
agricultura têm vantagem sobre os demais porque “produ-
O aspecto do insecto ‘chrysoperla’,
descoberto pelo entomologista
norte-americano Shaun Winterton,
do departamento de Agricultura
e Alimentação da Califórnia, já
foi revelado. Possui uma fina rede
de linhas pretas e pintas azuis que
nunca se tinha visto. Mas agora surge
uma nova espécie.
Os ‘chrysoperla’ são insectos
delicados, com grandes asas que
parecem renda. Vivem em habitats
muito variados, mas preferem
as florestas tropicais. Os adultos
alimentam-se especialmente de
flores, mas as larvas são predadores
ferozes de outros insectos e muitas
vezes carregam os corpos das
suas presas às costas depois de as
terem morto com as suas enormes
mandíbulas que agem como tubos
de sucção. A nova espécie de
zem” mais gente, no entanto, não
se conseguiu provar que língua um
esqueleto de nove mil anos falava,
porque não havia escrita.
‘chrysoperla’,
designada de ‘semachrysa
jade’, vive nas florestas tropicais da
Malásia e foi descoberta através de
fotos publicadas no site da Internet
Flickr. Depois de ver, por acaso,
as imagens do insecto, Winterton
entrou em contacto com o autor
das fotografias e levou a cabo uma
expedição no sentido de capturar
um exemplar na mesma área. Este
foi analisado no Museu de História
Natural de Londres e concluiu que
não havia nada parecido.
Paleontologia
Novo
tipo de
dinossauro
30
30
Durante anos, os paleontólogos mantiveram
a máxima discrição de uma descoberta que
se tornou agora pública. Trata-se de um novo
tipo de dinossauro, o da família dos “titanossauros”, um animal herbívoro, com cerca de 12
metros de comprimento, que viveu na Terra há
75 milhões de anos. Escavações realizadas no
município francês de Velaux, perto de Aix-en-Provence, em três operações, em 2002, 2009 e
2012, permitiram recuperar a maior parte dos
restos deste animal de dentes cilíndricos, baptizado de “Atsinganosaurusvelauciensis”, que
em latim quer dizer “dinossauro cigano”. Foi
recuperado 70 por cento do esqueleto do animal, mas não o crânio, pelo que se espera fazer
uma reconstituição fiel.
Os trabalhos, realizados numa área de 300
metros quadrados, foram mantidos sob reserva
durante anos, para evitar pilhagens. No mesmo local, foram encontrados outros fósseis do
Período Cretácico Superior, há 75 milhões de
anos. No sítio paleontológico de Velaux surgiram também um crânio de crocodilo, carapaças
de tartarugas e ossos de outros dinossauros.
Aula do Professor
Edno Pimentel
Professor
Para um “beginner” (principiante), esta frase pode parecer
incorrecta, porque, nas primeiras aulas, se aprende que
“can” não pode ser usado com
“do”/“don’t”/,/“did”/“didn’t”,
por todos eles serem verbos
auxiliares.
Como auxiliar, o modal
verb* “can” pode indicar permissão: “Can I speak Portu-
I didn’t can the fish
guese?” (posso falar português?);
proibição: “You can’t smoke here”
(proibido fumar aqui); habilidade:
They can swim very well” (elas sabem nadar muito bem).
Contudo, na frase “I didn’t can
the fish”, “can” significa “enlatar” e
não é um verbo auxiliar.
A alteração do seu significado
altera, também, a sua forma. Ou
seja, quando “can” significa enlatar, passa a desempenhar a função
de verbo principal pode ser usado
com qualquer auxiliar, incluindo o
próprio “can”.
Por exemplo, “I didn’t can the
fish” quer dizer “não enlatei o peixe”: “I will can it tomorrow” quer
dizer “vou enlatá-lo amanhã”.
“The Coca-cola company canned
millions of cans last year” significa
“A companhia Coca-cola enlatou
milhões de refrigerantes o ano passado”.
Portanto, como auxiliar modal
verb, “can” significa “poder” e “saber”. Como verbo principal, significa “enlatar”. Como substantivo,
pode significar “lata”. Deste último, podem derivar palavras novas: “can canner” (= indústria de
conservas), “canned food” (= conserva), “can opener” (= abre-latas).
Abaixo, segue-se um tongue
twiste r(=trava-línguas) que o ajudará a praticar e tornará fácil o uso
do “can”.
“How many cans can a cancanner
can?”
(= que quantidade de produto [é
que]uma indústria conservadora
consegue enlatar?)
*Modal verb (“may”, “might”,
“will”, “should”, “must”, etc.) é
um tipo de verbo auxiliar que não
pode ser usado de forma isolada,
tal como acontece com “be”, “have”
e “do”.
“We may World”; “You will
fancy car”; “She must housework”.
“We are the World”; “You have
a fancy car”, “She did the housework”.
PROFESSOR FERRÃO
“É difícil determinar que é
um caso de intochicação”
Governante numa estação de rádio
Trata-se de um produto tóchico
Durante a onda de desmaios que se verificava um pouco por todo o país, os alunos, os pais, professores,
directores e governantes eram vezes sem conta chamados a pronunciar-se a propósito da questão. Sem saber
qual era de facto a origem do problema, cada um vaticinava na esperança que se viesse a encontrar a solução.
Os vaticínios ficaram entre os detergentes usados para a limpeza, houve quem acreditasse mesmo em actos de
malfeitoria e alguns iam ainda mais longe: “deve ser terrorismo”.
Mas alguém, um representante do Governo, tinha de informar a população sobre o que se estava a passar. Eis
que algum tempo depois, oiço numa estação de rádio:
“É difícil determinar que é um caso de intochicação, (por)que, na rua, todos os dias caem pessoas. É a tal
psicose, de tudo que agora desmaia é intochicação.”
Não era psicose. Havia desmaios. Mas não eram por intochicação. Podiam ter sido
por intoksicação.
A
palavra primitiva é “tóxico”. A letra “X”, neste caso, tem o valor
fonético [ks] por factores etimológicos (do grego toxikós). Infelizmente, são poucos os casos em que os manuais de língua portuguesa abordam questões fonéticas, em que se podiam resolver tais
problemas.
Dependendo da etimologia da palavra, as letras (neste caso
particular, o “X”) podem apresentar realizações diferentes.
Em “tóxico” e seus derivados, o “X” é pronunciado [ks]. “Intoxicar”,
“intoxicado”, “intoxicação”, etc.
Se não se aprende correctamente na escola, ou se não se ouve de pessoas de boa postura linguística, não há “xarope” [ch] que nos leve à resposta
“exacta” [z].
Para mais esclarecimentos, consulte
uma gramática da língua portuguesa.
31
História de Mérito
Filomena Fernandes
A vendedora de “saldo” que adoptou quatro crianças
Tia Mena, como
é conhecida onde
vende cartões de
recarga, de 49 anos
vive no bairro Popular e todos os dias,
de manhã cedo, vai
à “Cimex” à busca
do sustento para as
quatro crianças que
adoptou, mesmo
passando por dificuldades. Tia Mena
acredita que “há um
bem maior à espera
de si para recompensar todo este
sacrifício do qual
nunca se arrependeu”.
Por Edno Pimentel
Foto Mário Mujetes
Natural de Malanje,
Filomena Fernandes
é mãe biológica de
duas meninas, uma
de 26 anos e outra
de 16. Durante muito tempo, viveu na
Lunda-Norte para
onde fora à procura de melhores
condições de vida.
As circunstâncias levaram-na a regressar
a Luanda para “recomeçar tudo do zero”.
vale muito.
32
Desempregada e com
duas filhas para sustentar, buscou alternativas na
venda de cartões de recargas junto à passagem aérea dos “congolenses”. Foi
aqui, onde, pela primeira
vez, Tia Mena retirou um
menino de oito anos e
levou-o a viver com ela.
Na sua nova casa, Bruno ganhou duas irmãs
e uma mãe. Viveu com
a família durante quatro
anos até que um dia resolveu furtar da “mãe”
40 mil kwanzas e desapareceu.
O
coração
de
“manteiga” da Tia
Mena não foi forte o
suficiente para poder
rejeitar uma criança,
apesar da experiência anterior. Acolheu
Divaldo, abandonado
pela mãe quando tinha
apenas um ano e com
sarampo. A mãe da criança desapareceu e nunca
mais foi vista. Hoje, com
quatro anos, Divaldo tem
o sonho de conhecer os
músicos Big Nelo e Ady
Cudz.
Tia Mena acolheu também Teté, uma menina de
16 anos que, apesar de ser
tão jovem, já é mãe das
gémeas Anita e Salomé.
Teté foi também retirada
da ponte e a pedido de
Divaldo. Veio de Benguela porque “foi abandonada pelo pai das crianças e
pela sua própria família”.
Filomena Fernandes
está preocupada com a
falta de documentos de
Divaldo, uma vez que se
aproxima a época escolar
e não terá como matriculá-lo. “Não posso registar
o menino sem autorização da justiça”. Já tentou
o registo mas “o processo
é muito burocrático”,
pelo que pede “a sensibilidade dos órgãos
de tutela para resolver
esta questão”. “Receio
recorrer a meios ilícitos para adquirir uma
cédula, porque a mãe
dele poderá aparecer
um dia e a minha boa-intenção pode não ser
assim entendida”, revela.
O pouco rendimento
que obtém da venda de
saldo não tem sido suficiente para suprir algumas necessidades da
família. “Os bebés precisam de leite e outros
mantimentos que não
tem sido fácil adquirir
sozinha”, desabafa. Tia
Mena acredita que “haverá pessoas de boa-fé
que se vão juntar a ela
no apoio às crianças”.
“Grandes realizações não são feitas por impulso, mas por uma soma de
pequenas realizações.”.
Vincent Van Gogh
30 Gosto
25 pessoas debateram o assunto
adiciona o NG aos teus amigos
Pergunta da semana:
Concorda com o pagamento da propina de Agosto?
Amigos do NG no Facebook
Madureira Galangunga
Escola: Puniv-Huíla
Estudante
Isaac Paxe :
Esta semana,
colocamos à discussão
o pagamento de
propinas de Agosto.
Mesmo com as
férias forçadas,
os encarregados
de educação são
obrigados a pagar a
mensalidade. Esta
semana, queremos
ouvir a vossa opinião,
tendo em conta o
reinício das aulas.
Os exames, logo no
reinício das aulas,
deviam ser adiados?
Porquê pagar o que não se consome? Se o INADEC não fosse
uma marionete isso seria impensável.
Jadilson Valmor :
É justo que se cobre para o pagamento dos funcionários, mas a
verdade é que não se pagou.
Gilson Raimundo
Escola: Unimentro
Estudante
Nelson Custódio
Advogado
Yuvana Felizarda Fazenda
Técnica de Turismo
Elisa Totosa João
Recomendado
Pascoal Gomes :
Escola: IMNE
Estudante
Quando não há aulas, não se pode pagar nada.
Skyvânio da Graça :
Nova Gazeta
A decisão foi boa e acho justo que se cobrem as propinas
porque, de outro modo, não teriam como pagar os professores.
29 Gosto
Margareth Agostinho:
1 Foto do nosso leitor no FB
Como é possível pagar por algo que não consumimos? O
que me inquieta é logo que as aulas começam os alunos
encontram uma divida que, se não pagam, são expulsos da
sala de aula.
Agnelo Kizomba :
As instituições privadas cumprem apenas as normas
do ministério da educação.
Amigos do NG: 1.365
Luís Daniel Tabita:
Se quando entramos de férias no trabalho recebemos salario
e subsídios, os professores também merecem todos os
benefícios do trabalho seja grande ou pequeno.
Daniel DC John:
Não concordo, em parte, com o pagamento quando não
há aulas, no entanto, temos de pensar na manutenção da
escola e no salário dos docentes, até porque os colégios não
são culpados pela pausa antecipada.
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Agosto 2012 |
África do Sul
China
Arcebispo quer Bush
e Blair no Tribunal
O arcebispo sul-africano Desmond Tutu
defendeu que o ex-líder britânico Tony Blair
e o antigo presidente dos Estados Unidos da
América, George Bush, devem enfrentar o
Tribunal Penal Internacional (TPI pelo papel que
ambos desempenharam na guerra do Iraque.
O ‘Nobel da Paz’, que escreveu no jornal “The
Observer ”, acusou Blair e Bush de “mentirem”
sobre a utilização, por parte do Iraque,
de
armas de destruição maciça e
responsabiliza a invasão de
ter deixado o mundo mais
destabilizado e dividido “do
que qualquer outro conflito na
História”.
Para Desmond Tutu,
os mortos durante e após
o conflito no Iraque são
suficientes para levar
Blair e Bush ao tribunal
de Haia.”Mais de
110.000 iraquianos
morreram durante este conflito desde 2003, e
milhões foram deslocados. Ao fim de 2011, 4.500
soldados americanos morreram e mais de 32.000
ficaram feridos. Só por esta razão, e num mundo
consistente, os responsáveis por este sofrimento
e perda de vidas deviam trilhar o mesmo
caminho do que alguns dos pares africanos e
asiáticos que tiveram de responder pelas suas
acções em Haia”, escreveu Desmond Tutu.
O arcebispo, há muito crítico da
guerra no Iraque, recusou-se a participar,
a semana passada, numa conferência
sobre liderança que decorreu na
África do Sul, em que Tony Blair
estava presente.”Não considero
apropriada esta discussão.
Conforme o tempo passava,
comecei a sentir um profundo
desconforto por participar numa
conferência sobre liderança com
o senhor Blair ”, justificou-se o bispo que
venceu o premio Nabel da Paz, em 1984.
Rússia
Aviso aos EUA
A China declarou, no sábado passado, que
os políticos americanos devem acabar com as
críticas “sem fundamento” ao país, “não interferir
nos seus assuntos internos e promover melhores
relações”, numa altura em que se intensifica
a campanha para as presidenciais norteamericanas.
“Os homens políticos americanos, seja qual for
o seu partido, devem perceber que é também do
interesse do seu país tratar o desenvolvimento
chinês de maneira objectiva e racional”,
afirmou o porta-voz do ministério dos Negócios
Estrangeiros, Hong Lei, em comunicado,
aconselhando os EUA a pararem com a crítica
sem fundamento à China e acabarem com as
interferências assuntos sinternos”.
EUA
Putin repudia Mitt Romney
O presidente russo, Vladimir Putin,
advertiu o candidato presidencial norteamericano Mitt Romney que considera
ser “inadmissível que as relações
bilaterais se tornem a vítima e a refém
das batalhas pré-eleitorais”.
Putin aludia às críticas de Romney
sobre a política externa de Barack
Obama, que, por tabela, tiveram
também o efeito de uma ameaça à
Rússia. O candidato republicano tinha
afirmado que, em caso de eleição, seria
menos “flexível” face à Rússia do que
Obama o tem sido, e criticara no
mesmo fôlego uma permissividade
considerada excessiva do
presidente em exercício face à
antiga superpotência e antiga
adversária na Guerra Fria.
Romney, citado pela Agência
France Press, acusou Obama de ter
“abandonado os nossos amigos na
Polónia, voltando as costas aos
compromissos em matéria de defesa
anti-míssil”, o que contrasta com o seu
favorecimento das boas relações com
Putin.
Morte
polémica
No livro “No Easy Day: The
First hand Account Of the
Mission That Killed Osama Bin
Laden” (“Um dia nada fácil: o
primeiro relato da missão que
matou Osama Bin Laden”), o
autor, sob o pseudónimo de
Mark Owen e oficial militar,
garante que Bin Laden foi
morto com um tiro na cabeça,
no quarto onde estava. O livro,
editado em inglês, foi lançado
a semana passada. O autor cria
assim uma outra versão para a
morte do líder da Al-Qaida que não agrada aos Estados Unidos.
O Departamento de Defesa dos EUA ameaçou recorrer “a
todos os meios legais contra o ex-militar e todos os que com ele
cooperaram”. Para os norte-americanas, o autor do livro violou o
compromisso de confidencialidade. “Não li o livro, não creio que
alguém aqui (Casa Branca) tenha o lido e não posso fazer uma
avaliação”, disse o porta-voz Jay Carney. No entanto, confirmou
que as informações divulgadas pelo EUA sobre as circunstâncias
que levaram à morte de Osama Bin Laden, em Maio de 2011, estão
incompletas.
Cultura
Internacional
Classifi
cados
| Quinta-feira 16
6 dedeSetembro
28
Agosto
Junho 2012
2012
2012
Gâmbia
México
Estrangeiros condenados
O Ministério do Interior
da Gâmbia confirmou, em
comunicado, a execução
de nove condenados à
morte no domingo por um
pelotão de fuzilamento.
“Conforme as sentenças
de morte dos tribunais da
Gâmbia, os condenados
foram executados por um
pelotão de fuzilamento no
domingo, 26 de Agosto”,
refere o comunicado
oficial.
O governo divulgou a
lista dos nove executados,
entre eles três indivíduos
naturais do Senegal, dois
do Mali, dois da Nigéria
e um da Guiné-Bissau,
tendo a maioria sido
condenada por homicídio. O Presidente
da Gâmbia, YahyaJammeh, anunciou
que todos os condenados à morte seriam
executados até Setembro, o que causou
Nieto enfim presidente
protestos das organizações de defesa dos
direitos humanos, que garantiram lançar
uma campanha para salvar a vida das 47
pessoas no corredor da morte na Gâmbia.
Egipto
Depois de quase dois meses de espera, o advogado e exgovernador do Estado do México, Enrique Peña Nieto, de
46 anos, foi declarado vencedor das eleições presidenciais
realizadas em Julho, informou o Tribunal Eleitoral do Poder
Judiciário local. A decisão provocou uma nova reacção do
candidato derrotado e principal adversário político López
Obrador. A confirmação da vitória do advogado mexicano
representa a recondução do Partido Revolucionário
Institucional (PRI) à presidência, após 12 anos . O PRI teve
de adiar a festa de comemoração quando López Obrador
contestou os resultados eleitorais, alegando que Peña Nieto
excedeu nos gastos de campanha e usou recursos obtidos
através de lavagem de dinheiro, acusações rejeitadas pelo
partido vencedor.
Espanha
Primeiro véu na televisão Imigrantes ilegais esforçam entrada
A televisão estatal egípcia permitiu, pela primeira vez na sua história,
que uma jornalista tapada com um véu apresentasse o noticiário, dois
meses depois de o islamita Mohamed Mursi chegar à presidência do país
Fatma Nabil, a jornalista que protagonizou um feito histórico ao
aparecer, no passado domingo, no ecrã com o “hijab” (véu islâmico),
considerou que, com este passo, corrige “uma situação estranha e
anormal” no Egipto, onde a maioria das mulheres usa véu.
“A jornalista com véu era discriminada”, afirmou Fatma Nabil,
condenando a política seguida pela televisão estatal egípcia que desde
a sua fundação, há 50 anos, assumiu a imagem liberal que o regime de
Hosni Mubarak projectava.
O director de informação da Al Ula, Ibrahim al Sayad, afirmou em
declarações à estação do Qatar, Al Jazeera, que esta mudança “é uma
vitória da Revolução de 25 de Janeiro, uma liberdade individual e um
direito previsto na constituição”. De acordo com a agência de notícias
oficial egípcia, Mena, outras jornalistas aparecerão com o véu na mesma
e em outras estações públicas de televisão nos próximos dias.
Cerca de 160
imigrantes
africanos
tentaram, em
dois grupos,
saltar a vedação
que separa
a cidade
espanhola
de Melilla de
Marrocos,
tendo entre
cinco e 10
pessoas
conseguido
alcançar
território
espanhol.
Efectivos de segurança espanhóis conseguiram repelir a tentativa de assalto e os
imigrantes regressaram a Marrocos. Meia hora depois, um segundo grupo, de cerca
de 60 pessoas, fez outro assalto à vedação e as autoridades estimam que entre cinco
e 10 tiveram êxito e conseguiram entrar em território espanhol.
Já no passado domingo, um grupo de 60 pessoas tinha realizado uma tentativa
de entrar em Melilla, numa altura em que as autoridades espanholas e marroquinas
mantêm negociações para controlar as novas vagas de migração ilegal.O chefe
da diplomacia espanhola, José Manuel García-Margallo, disse que além dos
contactos com Marrocos, Madrid está a manter contactos com a União Europeia,
considerando que este é um problema que afecta todo o espaço europeu.
39
Cultura
‘Boys Dance’, rapazes do Morro Bento vencem concurso
Os melhores na dança kuduro
Eleitos os melhores, na 1.ª edição do Concurso Internacional de Dança Kuduro, os “rapazes do Morro Bento” convenceram o júri, em
apenas um minuto. A coreografia, criatividade e atitude em palco foram os seus trunfos.
Por Waldney Oliveira
Max Dance, Paulo Show,
Wisney Feitiço, Bráulio Espectáculo, Primo Bé e ainda
Adjy, Pinucha Fofo, Jalex do
Punchline e William Cooker
compõem o melhor grupo
de dança Kuduro, eleito no
passado fim-de-semana, na
Cidadela Desportiva, em
Luanda, entre 16 conjuntos
provenientes de várias províncias.
Agilidade,
dinamismo
e destreza são algumas das
qualidades, que segundo os
vencedores, garantiram o
título. Composto por estudantes, todos rapazes, com
idades compreendidas entre
os 15 e os 19 anos, o grupo residente no bairro luandense
de Morro Bento foi formado
a 10 de Outubro de 2010.
A banda começou com
três elementos que decidiram juntar os melhores dançarinos do Morro Bento para
formar os “Boys Dance”.
“Devido ao nome e carácter do grupo vimos que três
elementos era pouco para
a banda, daí a necessidade
de seleccionar os bailarinos
mais destacados do bairro e
formarmos um grupo mais
coeso”, disse Joy Cooker, director do grupo.
As coreografias, que variam de quatro a seis minutos, são feitas por todos os
elementos em que prevalece
sempre a unanimidade nas
decisões.
A escolha das músicas
tem muito a ver com o instrumental e preferem as que são
menos conhecidas. “Todos
os actuais elementos entraram para o grupo com alguma maturidade em relação
à dança, por isso, fica muito
mais fácil discutir as coreografias.
No final ficamos sempre
em consenso”, garante Joy
Cooker. Os ensaios são feitos
três vezes por semana, antecedido de um aquecimento,
que passa por alongamento
dos músculos.
O incentivo, para participar no concurso, foi feito por
Dionísio, da Turma Fashion,
um elemento de um outro
grupo de dança, também do
Morro Bento, e que ficou em
terceiro lugar, mas o ‘Boys
Dance’ teve algumas reticências: “Face à insistência, acabámos por aceitar o desafio.
Foi o 1.º concurso em que
participámos”.
Durante o concurso, a
confiança aumentou. Joy
Cooker garante que, após assistirem aos ensaios, notaram
que havia “muita discordância” de movimentos nos grupos concorrentes.
Embora limitados, em
termos financeiros, os ‘Boys
Dance’ contam com a colabo-
O grupo
vencedor do
concurso de
dança kuduro
garante
que não vai
prejudicar os
estudos
ração da Colux Service, uma
empresa de desinfestação.
PRIMAZIA AOS ESTUDOS
Estudantes, os rapazes do
Morro Bento garantem que,
em tempo de exames escolares, suspendem os ensaios de
dança e dedicam-se exclusivamente aos estudos.
A decisão foi ao encontro das preocupações dos
seus pais, que receiam que
oe seus meninos coloquem
os ensaios em detrimento
dos estudos. “Os nossos encarregados acompanharam
todo o processo no início e se
aperceberam que não havia
nenhum risco de perdermos
o ano lectivo por causa dos
ensaios”, realça Joy Cooker.
Tendo em conta o ingresso no ensino superior, os rapazes do Morro Bento já pensam na forma de manterem o
grupo e, para tal, admitem a
entrada de novos elementos,
que estejam entre os dez e 15
anos. “Parte dos membros do
grupo ingressará para a faculdade no ano que vem, o
que implicará menos dedicação e tempo para os ensaios,
daí a necessidade de buscarmos novos valores”.
Consta ainda entre os objectivos do grupo, a “expansão” dos ‘Boys Dance’ e, por
isso, o grupo planeia criar
uma escola de formação de
dança kuduro.
41
Cultura
Revela o director do Instituto Angolano de Cinema, Audiovisual e Multimédia, Pedro Ramalhoso
“Vem aí o instituto médio de cinema”
Pedro Ramalhoso não
duvida que o cinema
angolano tem sido
valorizado, sobretudo
no estrangeiro, mas
admite que não
há apoios e falta
formação. Por isso, é
com entusiasmo que
anuncia a criação
de um instituto
de cinema, que irá
funcionar dentro da
Escola de Teatro e
Cinema, em Luanda.
Por António Miguel
Fotos Manuel Tomás
Que leitura faz dos filmes
angolanos?
O cinema angolano conheceu uma interrupção,
logo depois das grandes
produções, nos anos 2000,
com filmes como ‘O Herói’,
de Zezé Gamboa, ‘O comboio da Canhoca’, de Orlando Fortunato, e na Cidade Vazia’, de Maria João
Ganga. De algum tempo a
esta parte, surgiram jovens
talentosos que, recorrendo
ao vídeo, vão mantendo uma
produção que já satisfaz em
termos de temática e de qualidade. Porém reconhecemos
que falta investir bastante na
formação dos jovens realizadores.
Existem investimentos na
área da formação?
O Ministério da Cultura,
com o apoio da UNESCO,
tem planos para a formação
global de quadros do sector,
incluindo profissionais que
abraçam a arte do cinema.
Mas isso depende dos apoios
a todos os níveis, particularmente nos financiamentos
dos projectos. Está em perspectiva a abertura da Escola
de Teatro e Cinema, a nível
médio, que, em breve, entra
42
em funcionamento. É mais
uma ferramenta e um meio
fundamental que o Ministério da Cultura coloca à disposição para o ensino e capacitação dos profissionais.
E onde vai funcionar?
A Escola de Teatro e Cinema
vai funcionar no Complexo
do Instituto Médio de Artes,
que está a ser construído na
comuna do Camama, em Luanda. A primeira fase está já
concluída.
Há projectos para a
revitalização do cinema?
Com a aprovação das
leis do Cinema e Audiovisual e do Mecenato,
o ano passado, abremse outras perspectivas
para a revitalização
do cinema em Angola, no tocante aos
apoios necessários
e onerosos para as
produções. A Lei
do Cinema e do
Audiovisual enquadra as modalidades
de
financiamento
do cinema pelos
sectores público
e privado. Por
outro lado, prevê
os meios para a
obtenção de receitas,
através da publicidade e exibição de filmes nas televisões
e nas salas de cinema. A Lei
do Mecenato procura incentivar o empresariado a investir
na área das artes e da cultura,
particularmente no cinema.
Sente vontade do
empresariado, em particular
privado, em apostar em
produções de filmes?
Sim, sentimos que o empresariado tem interesse
em financiar projectos cinematográficos. Aliás, tem
sido uma parte do suporte
de apoio, a par do financiamento que é atribuído pelo
Fundo do Desenvolvimento
das Actividades Culturais,
do Ministério da Cultura.
Porém, a situação económico-financeira de algumas das
potenciais empresas patrocinadoras e as contrapartidas,
como incentivos fiscais, impedem que o empresariado
se envolva ainda mais. Mas
reconhecemos o seu empenhamento e apoio prestado
pontualmente e alguns realizadores e produtores.
Como são vistos os filmes
angolanos no exterior?
O cinema angolano é visto
e apreciado fora do país.
Muito recentemente, o filme
‘Por Aqui Tudo Bem’, da realizadora Pocas Pascoal, foi
galardoado com prémios de
qualidade nalguns festivais
Sim,
“
sentimos que o
empresariado
tem interesse
em financiar
projectos
cinematográficos.
’’
internacionais de cinema. Temos informação que o filme
do realizador Zezé Gamboa, ‘
O Grande Kilapy’ está seleccionado para alguns Festivais
Internacionais de cinema no
estrangeiro. Algumas obras
recentes e filmes feitos, há
anos, são requisitados em
presenças em certames do
género, no exterior do país, o
que é sinónimo de um outro
olhar para Angola e a sua cinematografia. Reconhecemos
entretanto, que isso é sobretudo fruto do engajamento,
por vezes, individual de cada
um dos realizadores, pois
carecem ainda de meios financeiros para as suas obras
cinematográficas, apesar do
grande esforço do Ministério da Cultura para apoiar as
produções.
Cultura
As Welwitscha Stars já se consideram um caso de sucesso
Na ponta do céu
Welwitscha Stars é um grupo de música formado, em 2011, a partir do concurso de música Super Star. O grupo vendeu o primeiro
single no princípio do ano. A venda do disco está prevista para 2013. Toda a produção está a cargo de `Mucanos Produções. O grupo
é composto por três jovens, Juelma Neves, de 21 anos, estudante de engenharia, Ana da Costa, 20 anos, estuda jornalismo e Elizabeth
Filipe é mais jovem, com apenas, 18 anos, que está a terminar o médio no curso de ciências físicas e biológicas.
Por Amélia Santos
Fotos Manuel Tomás
O grupo surgiu do
concurso Super Stars,
quem incentivou a formar
as Welwitcha Stars?
Juelma Neves (JN) - Na
verdade, a ideia foi do
Mucano Charles, que foi o
mentor do projecto Super
Stars. Quando vencemos
o concurso, o objectivo do
programa passou a ser o de
formar um grupo de quatro
meninas. O organizador
conversou com as quatro
finalistas para formar as
Girlband, mas, infelizmente
uma desistiu e decidimos
formar as Welwitscha Stars.
Ana da Costa
21 anos
single. Quais os estilos
que os vossos fãs podem
esperam para o disco e
quando o lançamento?
AC - Vão fazer parte do
disco os dois estilos, o R&B,
‘soul music’ e outros estilos
também farão parte do
disco. O nosso disco chega
às bancas provavelmente
no próximo ano e teremos
muitas surpresas para os
nossos fãs.
A música promocional
do grupo é “já não sou”.
Porquê?
Ana da Costa (AC) – ‘Já
não sou’ é a nossa cara,
(risos) … é a música que
nos identifica, também
é para dizer que já não
somos anónimas, mas, que
continuamos as mesmas
pessoas. A fama não mudou
ainda a nossa vida. Estamos
a crescer no mundo da
música.
A fama interfere na vossa
vida pessoal e estudantil?
Elisabeth Filipe (EF) –
Nem tanto, mas, já nos
consideramos famosas.
De alguma forma, quando
viajamos, ficamos com
algum atraso nas aulas.
Várias vezes somos
interpeladas pelos fãs e
as pessoas já controlam o
nosso modo de vida. Isto é
sinónimo de fama.
As Welwitscha Stars
cantam zook e dance no
Elizabeth Filipe
18 anos
A primeira vez que
subiram em palco foi em
Lisboa. Como foi essa
experiência?
JN - A nossa primeira
aparição, como banda, foi
no Coliseu dos Recreios
de Lisboa no concurso de
miss Angola. Não foi nada
fácil encarar tanta gente e
muitos músicos experientes,
deu um frio na barriga,
mas, depois correu tudo
bem, podemos considerar
que foi uma lição para a
vida inteira, e, hoje somos
as Welwitschas Stars.
Julma Neves
21 anos
43
Cultura
Em Benguela
Leila Lopes como ‘rainha’
Por Michael Segunda
Fotos Bernardo Sachiquendi
A angolana Leila Lopes, Miss
Universo 2011, foi recebida,
na semana passada, em Benguela. Foi a primeira vez que
regressou à cidade, terra que
a viu nascer em 1986, desde a
conquista da coroa a 12 de Setembro de 2011, em São Paulo,
Brasil.
No Aeroporto ‘17 de Setembro’, uma multidão de fãs
aguardou pela sua chegada,
que foi recebida em apoteose
e desfilou num carro descapotável pelas principais avenidas da cidade, oferecendo
simpatia e beijos aos transeuntes que, estupefactos, correspondiam com aceno. Uma
passeata automóvel acabou
por atrair centenas de moto-
queiros, vulgos kupapatas, e
muitos curiosos ávidos em ver
a Miss Universo. Das janelas,
os benguelenses não escondiam a satisfação pelo regresso da “filha da casa”. Através
de telemóveis e tablets outros
tentavam apanhar o melhor
ângulo para fotografá-la.
Centenas de pessoas foram
até ao bairro do Quioxe, onde
reside a família. Centenas de
pessoas viveram esse período
de uma maneira muito eufórica, pois não se limitavam a ver
Leila Lopes no carro: vinham
para a rua festejar, o que veio
provar a sua notoriedade na
terra natal.
Leila Lopes adiantou ter
sentido enorme felicidade
por voltar a casa, onde não
regressava desde que assumira o título de Miss Angola
2011 e depois de sucessivos
adiamentos, finalmente pôde
respirar os ares da terra natal.
Agora, frisou, sente-se feliz
por poder partilhar a alegria
de ter sido eleita Miss Universo com o povo da região, os
amigos e a família.
Leila Lopes agradeceu ao
governo provincial de Benguela e aos munícipes pela
recepção calorosa: “Foi muito
bonito (risos…). Que orgulho!... É reconfortante saber
que o povo está satisfeito com
a minha vitória e fiquei emocionada”, argumentou.
“A minha visita a Benguela é curta de mais. Dá até um
aperto (risos…), mas estou
feliz por saber que estou em
casa, vou ficar com a família
e amigos”, frisou, manifestando-se regozijada por verificar
que a província está desenvolvida e a crescer.
45
Cultura
Carneiro
Agenda
Touro
Aries
Taurus
Gemini
Cancer
Aries
Leo
Virgo
Libra
Scorpio
Leo
Capricorn
Aquarius
Pisces
Sagittarius
O tempo é favorável para uma boa cobrança. Vá em frente. Avalie o seu desempenho
profissional e amoroso. Tenha em atenção a
sua saúde bocal.
LUANDA
6 DE SETEMBRO
O grupo teatral Anangola exibe a peça “Bom Dia, amor… tudo acabou!”, na ex-Liga
Africana, em estreia em alusão ao 8º aniversário. A peça retrata os problemas conjugais
que a esposa dramatiza e o marido minimiza. Às 20h00 ao preço de 1000kwz.
Sagittarius
Aries
Taurus
Leo
Virgo
Sagittarius
Capricorn
Gêmeos
Use a inteligência para criar novos
negócios. Preste atenção na pessoa
amada e cultive o amor dentro de
casa. Faça uma economia a médio
prazo.
Gemini
Cancer
Aries
Taurus
Gemini
Libra
Scorpio
Leo
Virgo
Libra
Capricorn
Aquarius
Aries
Taurus
Aquarius
Pisces
Leão
Leo
Virgo
Gemini
Aries
Cancer
Sagittarius
Libra
Leo
Scorpio
Use a autoridade para manter ordem no
serviço. O auto investimento vai ajudá-lo a
crescer profissionalmente. Deixe-se levar
pelo amor platónico, mas com cuidado.
Sagittarius
Capricorn
Cancer
Aries
Taurus
Gemini
Leo
Virgo
Libra
Scorpio
Aries
Taurus
Aquarius
Pisces
Leo
Virgo
Aquarius
Sagittarius
Pisces
Aries
Taurus
Gemini
Leo
Virgo
Libra
Não se feche para o amor, o coração
pode precisar de alguém ou de um
médico. Colabore com os colegas
para alcançar objectivos. Saúde
financeira está má.
Taurus
Gemini
Cancer
Virgo
Libra
Scorpio
Aquarius
Pisces
Capricorn
Alcançar a liberdade não é para qualquer
um, sobretudo se está casada. Saiba
usar a sua para a não perder. Passe
mais tempo acompanhado de amizades,
porque estes são fiéis.
Virgem
Cancer
Scorpio
Taurus
Capricorn
8 DE SETEMBRO
A Goel Produções apresenta
a 2ª Edição do Festival
de Dança de Luanda, no
auditório recreativo Chá de
Caxinde, as 16h00.
9 DE SETEMBRO
Os amigos apresentam
`Domingão dos amigos´,
no Salão do General, no
bairro Catambor, com a
participação Givaco Dume
Dance, os Baila Carga e
Vix-B. A partir das 12h00.
Sudoku
10 DE SETEMBRO
Lançamento da obra e vida
de António Agostinho Neto,
no hotel Skina
músicos música Nelly.b,
Madruga yoyo, Fábio
Dance e Yola Araújo. A
partir das 20h00
QUINTAS E SEXTAS-FEIRAS
O Bar Oito Dezoito
convida-o para duas
noites especiais de
Sound Sessions, a partir
das 21h00.
HUAMBO
15 DE SETEMBRO
Os ‘Young Nation’ e os
‘Legionários’ festejam
o aniversário da cidade
com o tema “Born Again
Party”, na Piscina do
Ferrovia, com os DJs:
Leo, D, Lua, Actos e Wal
Gee, a partir das 23.30h.
16 De Setembro
‘O Rock Lalimwe Eteke
Ifa’ apresenta a 3ª
Edição Festival Rock
Huambo, na Avenida
Saidy Mingas, pelas
18:00
Taurus
Leo
Virgo
Sagittarius
TODAS AS QUINTAS-FEIRAS
O Lookal apresenta “ o
karaoke mais animado
de Luanda”, a partir das
22h00.
21 DE SETEMBRO
O LOOKAL apresenta
noite africana com os
Virgo
Capricorn
A sua agenda estará cheia de reuniões,
portanto conquiste o seu lugar na sala e
mostre o que sabe. Tire o seu coração do
gelo e recomece uma aventura quente.
Gemini
Cancer
Sagittarius
Libra
Capricorn
Aries
Aquarius
Scorpio
Leo
Uma cobra-real entra
apressadamente em
casa e grita:
- Mãe, mãe!
- O que é filhinha?
- É verdade que
somos muito
venenosas?
Sagittarius
Capricorn
Gemini
Cancer
Aries
Taurus
Gemini
Libra
Scorpio
Leo
Virgo
Libra
Aquarius
Pisces
Sagittarius
- É verdade, somos
muito venenosas.
Basta uma mordidela
para matar até um
elefante. Porque é que
perguntas?
Responde apavorada
a cobrinha:
- É que eu mordi a
língua…
Use as noites para reflectir sobre todos os
seus actos. É hora de ganhar responsabilidade e assumir o amor escondido. Use as
suas finanças como quiser.
Pisces
Scorpio
Capricorn
Aquarius
Pisces
Cancer
Scorpio
O futuro reserva-lhe surpresas. Dediquese a fazer um investimento na formação
profissional e abdique dos excessos. No
amor, é bom período para recomeçar.
Taurus
Gemini
Cancer
Libra
Scorpio
Pisces
Virgo
Capricórnio
Tenha cuidado com a saúde, não se irrite
desnecessariamente com os colegas. Use
o amor como terapia para superar os
males da vida.
Aquarius
Libra
Escorpião
Aquário
Anedotas da semana
COBRINHA INGÉNUA
46
Aries
Cancer
Colabore em projectos filantrópicos, use
o bom senso para recuperar o negócio
perdido. Boa oportunidade para deixar
aquele incómodo e partir para outra.
Sagitário
LUANDA
6 A 8 DE SETEMBRO
O grupo teatral Horizonte
Nzinga Mbandi apresenta a
peça ‘O Casal’, no auditório
Nzinga Mbandi,
Gemini
Pisces
Balança
Sagittarius
Caranguejo
Sagittarius
Capricorn
Aquarius
Capricorn
Aquarius
Pisces
Alguns planos podem fracassar, não desista
de realizar o seu sonho. No amor invista
num novo relacionamento, pague o que for
preciso, mas, seja feliz
Cancer
Scorpio
Peixe
Faça acordos financeiros com os sócios
da empresa. A união vai ajudá-lo a
crescer. Contabilize quanto gasta na
noite e economize para um futuro
próximo.
Pisces
Arroz malandro de camarão
INGREDIENTES:
100gr de miolo de camarão
12 camarões grandes
2 tomates
1 Cebola
1 dente de alho
1 folha de louro
azeite, sal q.b.
1copo de arroz
coentros picado
MODO DE PREPARO
Faça o refogado com o azeite, a cebola e o alho picados e a
folha de louro, acrescente o piripiri e os coentros depois a
polpa de tomate, o miolo de camarão e os restantes ingredientes. Os camarões devem estar descascados, mas com a
cabeça e o rabinho. Tempere com sal e junte a água quando
levantar fervura adicione o arroz, deixe cozer em lume
brando, e, se necessário acrescente mais água quente durante a cozedura para um arroz mais malandrinho. Depois
de pronto sirva quente, salpicando com coentros!
Desporto
Dany Massunguna: De ponta de lança a defesa central
“Sonho jogar na Europa”
Começou a jogar como
avançado, no clube
do bairro, e hoje é um
defesa central do 1º de
Agosto e da selecção
nacional. Mesmo
senindo-se satisfeito
com o girabola, Dany
Massunguna, confessa
ter vontade de jogar na
Europa.
Por Raimundo Ngunza
Fotos Santos Samuesseca
Danny Massunguna começou
a jogar futebol como ponta de
lança e ala na equipa do bairro. Incentivando pelo irmão,
que reside actualmente na
Europa, a inscrever-se no
R-20, em 2001, mas reprovou
nos testes. Passado mais um
ano a jogar no bairro, voltou
de novo ao 1º de Agosto e,
dessa vez, foi escolhido: “Em
2002 preparei-me psicologicamente e quando regressei
passei nos testes”.
Por coincidência, quando
começou, no bairro a pontade-lança, e Bena, hoje companheiro de equipa, jogada
a defesa central. Eram outros tempos. Ambos encontraram-se no 1º d’Agosto, mas
as posições inverteram-se.
Jorge Humberto e Mário
Soares foram os grandes impulsionadores da sua. Carreira, que acreditaram que
Massunguna possuía condições físicas para jogar
como defesa central.
No início, essa mudança de posição
não o agradou: “
Mário desistiu da
equipa e os dois técnicos conversaram
comigo para ocupar a
posição deixada pelo
colega”. Hoje reconhece não ter sido
fácil impor-se no
plantel principal.
Foi inicialmente
emprestado, por
quatro anos, ao Desportivo da Huíla (equipa satélite rubro- negra) e depois, por mais dois anos,
ao 1º de Maio de Benguela. De regresso à capital,
conseguiu convencer a
equipa técnica e mostrase feliz com a ‘explosão’ da
carreira e já alimenta sonhos
mais largos: “O meu objectivo não é terminar a carreira
no país, mas na Europa. Enquanto isso não acontece, as
coisas estão a correr muito
bem, sem stress”.
A mudança já esteve perto
de acontecer. O Limassol, uma
equipa do Chipre, mostrouse interessada, mas a trans-
era ser “uma honra” devido
à experiência do capitão da
equipa nos clubes que representou e a passagem pela selecção nacional. “É um jogador exemplar e batalhador.
Dá cara em nome do grupo
quando alguma coisa não
está correr bem e vou bebendo daquilo que fez ao longo
da sua carreira”.
ferência não se efectivou,
porque o clube não ofereceu
uma boa proposta comparando aquilo que recebe no 1º de
Agosto. “Sou um profissional,
caso apareçam clubes com
propostas aliciantes quer no
país e como estrangeiro irei”.
Apesar dessa vontade,
Massunguna garante ter o
apoio da direcção do clube
e uma “relação formidável”
com o vice-presidente que
até assiste aos treinos.
Como profissional, o
atleta do 1º d’Agosto pode
orgulhar-se de ter, na sua
galeria, duas taças de Angola e uma supertaça, mas
pretende ganhar mais no rio
seco. Sente que estar no 1º
de Agosto representa muita
responsabilidade, devido às
exigências dos sócios e
adeptos, e admite que
“não gosta” de defrontar o Kabuscorp,
por ser equipa do
coração e do bairro
onde cresceu. Mas
como é profissional, não tem outra
solução.
Actualmente, faz dupla, na equipa, com Carlos
Alonso ‘Kaly’, que consid-
“
Mário
desistiu da
equipa e os
dois técnicos
conversaram
comigo
para ocupar
a posição
deixada pelo
colega.
’’
MAIS COMPETIÇÃO
A jogar regularmente, Dany
Massunguna não tem dúvidas que, nível competitivo, o
Girabola é “um dos melhores
campeonatos do continente
africano”. De igual modo entende que a vinda de atletas
na Europa e América fez melhorar a qualidade do futebol
angolano e regista, com agrado, a competição existente
em que Petro de Luanda e 1º
de Agosto deixaram de ser
os crónicos candidatos ao título: “É só ver que em cada
edição temos um campeão
diferente, fruto dos investimentos das equipas. Hoje os
atletas fazem Bons contractos e temos um campeonato
competitivo”.
Dany Massunguna já
passou por todas etapas das
selecções, hoje faz dupla de
centrais na selecção principal
com Bastos, do Petro de Luanda. Para ele, Love Cabungula é um dos vançados que
mais sente dificuldade em
travar, mas confia que, com o
passar da idade, o jogador do
Petro se torne mais pesado e,
portanto, menos difícil em ser
travado.
PERFIL
Nome: Massunguna Alex Afonso “Dany”
Naturalidade: Luanda
Data de nascimento: 01/05/1985
Estado civil: Casado
Sapato: 43
Altura: 1,75
Cor: Branca
País que gostaria de conhecer: França
Perfume: Givenchy
Prato preferido: Feijoada
Boa companhia: Mulher
e filho
47
Desporto
Estádio histórico pode dar lugar a prédios de habitação
Cidadela com os dias conta
Reinaugurado a 10 de
Dezembro de 1985 por
ocasião dos II Jogos da
África Central, estudos
realizados apontam
para a demolição do
estádio nacional da
Cidadela, no distrito
do Rangel, em Luanda.
Uns defendem a
remodelação outros a
destruição e enquanto
não acontece, a
Cidadela alberga
jogos do Girabola e
outras actividades
desportivas
Por Raimundo Ngunza
Remodelado em diversas ocasiões, o maior complexo desportivo do país, inicialmente
preparado para acolher 80
mil pessoas, ficou reduzido a
65 mil lugares.
O Estádio foi ultrapassado
pelo moderno estádio ‘11 de
Novembro’, construído por
ocasião do campeonato africano disputado em 2010, apesar de inferior em termos de
capacidade (50 mil espectadores).
“
Das remodelações já efectuadas, o destaque vai para
intervenções na relva natural, na alteração do sistema de
iluminação e para a colocação
de bancos no primeiro anel e
na zona da tribuna principal.
Actualmente, o histórico
imóvel alberga apenas partidas do campeonato nacional
de futebol da primeira divisão (Girabola) e de escalões
O estádio já tem
um novo sistema de
iluminação e relva
natural .
’’
Domingos José Tomás,
presidente da Associação
Provincial de Futebol de Luanda.
48
inferiores, além de treinos de
equipas e selecções jovens.
O vice-ministro para os
Desportos, Albino da Conceição, durante um workshop
sobre “Gestão e manutenção
de infra-estruturas desportivas, seu aproveitamento
para o desenvolvimento do
desporto”, decorrido no Palá-
cio dos Congressos, admitiu
que os estudos apontam para
a demolição do estádio nacional.
A Cidadela Desportiva
parece assim estar condenada a desaparecer para dar
lugar a novos e imponentes
prédios. Há dirigentes desportivos e atletas a defender
a manutenção do velho baluarte do desporto, que “não
pode morrer”. E sugerem
que seja recuperada e melhorada mesmo com a existência
do novo estádio ‘11 de Novembro’.
Domingos José Tomás,
presidente da Associação
provincial de futebol de Luanda, disse que os aspectos
técnicos ditaram esta decisão:
“De certeza que foram feitas
análises e os técnicos chegaram à conclusão para a sua
demolição e erguer um novo.
É no estádio onde os árbitros
realizam os testes físicos, aulas práticas e onde os clubes
realizam jogos oficiais”.
Por sua vez, Dany Massunguna recorda com grande
emoção os golos marcados
por Akwa, nos dérbis entre
Petro e 1º de Agosto e defende a sua recuperação.
“Aquilo foi uma tribuna dos
‘Palancas Negras’ As se-
Desporto
Cidadela antiga
ados
lecções estrangeiras tinham
dificuldades em levar vencida a nossa, sinto muito e caso
for demolida deixará muita
saudade”.
Já Oliveira Gonçalves, antigo técnico da selecção nacional lembra que nunca perdeu em jogos oficiais e que foi
neste estádio que a selecção
carimbou o passe para entrar
no mundial da Alemanha.
“Como treinador, em todas
etapas das selecções nunca
perdi na Cidadela”, reforça.
O categorizado técnico
lembra, no entanto, que com
a aproximação das chuvas, a
Cidadela fica inundada e isso
“é incompreensível continuar
a verificar a interrupção de
jogos e as constantes reclamações e críticas pelo estado
de degradação daquilo que
já foi um relvado”. Oliveira
Gonçalves defende ser “imperioso construir um novo
estádio naquela zona para
que os moradores do Caz-
“
enga, Rangel e Sambizanga”.
O Estádio da Cidadela tem os
problemas mínimos resolvidos sobretudo no tempo das
chuvas, graças à reparação
da vala de drenagem da rua
Senado da Câmara.
Com a parte da bancada
interditada, o chamado ‘segundo anel’, pela Confederação Africana de Futebol,
desde 2006 por questões de
segurança devido a fissuras
nos pilares de sustentação,
o Ministério da Juventude
e Desportos e a Federação
Angolana de Futebol cumpriram as exigências, como
a colocação de portões no
quintal do complexo e melhoramento dos balneários,
mas até agora a interditação
mantém-se.
A antiga catedral foi reinaugurada a 10 de Dezembro
de 1985 pelo Presidente da
República, José Eduardo dos
Santos, por ocasião dos II
Jogos da África Central.
É imperioso construir um novo
estádio naquela zona para que os
moradores do Cazenga, Rangel e
Sambizanga possam assistir aos jogos.
’’
“
Sinto
muito e caso
for demolida
deixará muita
saudade.
’’
Dany Massunguna,
jogador do 1º de Agosto.
O Estádio Nacional da Cidadela nasceu de um velho projecto alinhavado
alguns anos antes da independência, pelo Futebol Clube de Luanda,
na altura, uma das agremiações mais influentes da capital. Após a
independência, o Estado angolano decidiu retomar o projecto depois de um
primeiro investimento de carácter imediato.
A conclusão, desta fase das obras, compreendeu os anos de 1984 e
85, tendo o seu custo orçado em cerca de 910 milhões de kwanzas e na
construção desta imponente obra estiveram envolvidos 88.498 angolanos e
20.483 estrangeiros, perfazendo o total de 143.092 horas de trabalho. As
instalações do estádio ainda albergam as sedes das principais federações
desportivas. A outra relíquia do desporto angolano é o Estádio dos
Coqueiros, o mais antigo do país, palco também de inúmeras conquistas
desportivas. Foi recuperado e suporta todas as semanas duas ou três
partidas de futebol, algumas vezes, com jogos seguidos.
Oliveira Gonçalves,
vice-presidente do
Santos FC
49
Cor de Rosa
Cabo Snoop é
o mais influente
Rihanna causa
polémica
O cantor angolano Cabo Snoop é considerado o jovem mais influente
em África. A análise foi feita pelo responsável do Áfrican Leadership
Network (ALN), Nthulane Makgato.
O músico é autor do sucesso `Windek´, a música que dá título à
novela angolana com o mesmo nome. Cabo Snoop
foi nomeado por duas grandes entidades em
causas sociais como ‘embaixador’ da luta
contra a malária em África ao lado do músico
africano Fally Ipupa, também foi nomeado
como líder da nova geração africana.
O África Leadership Network (ALN) reúne
todos os anos mais de 300
influentes músicos
líderes em África e
este ano contam
com a presença
do cantor
Cabo
Snoop. O
encontro
será a
13 de
Outubro.
A cantora Rihanna criou discussão entre os londrinos
quando chegou à cidade, vestida com uma camisola
timbrada com alguém a enrolar um cigarro de
marijuana. O mesmo aconteceu no princípio de
Agosto, quando
foi fotografada
com uma t-shirt
que mostrava uma
mulher a enrolar
um cigarro de
marijuana em seis
passos.
Rihanna está no
Reino Unido para
trabalhar na sua
colecção de roupa
para a marca ‘River
Island’, que estará à
venda na Primavera
de 2013 e que
será precisamente
inspirada no amor
que a cantora tem
por Londres.
50
Ex-marido de Whitney
Houston volta a casar-se
O ex-marido de Whitney Houston, Bobby
Brown, voltou a casar-se quatro meses
após a morte da cantora. Os dois estiveram
casados durante 14 anos.
A esposa actual de Bobby Brown é Alicia
Etheredge. O casamento foi em Honululu,
mas a filha de Bobby e Whitney, Bobbi
Kristina, de 19 anos, não foi à cerimónia.
Cor de Rosa
Filha de Michael Jackson
homenageia o pai
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Cultura
a, Zoca Zo
tão, Nacobet
Ananás, DJ So
Karina Silva.
Paris Jackson, filha de
Michael Jackson, postou,
no Twitter, uma montagem
de uma foto sua com o pai,
para homenageá-lo no dia
em que o cantor faria de
52 anos. “Feliz aniversário,
papai, amo-te com todo o
meu coração para sempre”,
escreveu Paris.
Na quarta-feira, dia 29,
a irmã Latoya Jackson e os
filhos do cantor viajaram
para Indiana, cidade onde
o cantor passou a infância,
para participarem de uma
vigília.
Harrison Ford
careca
Estrela dos Black Eyed Peas
sofre acidente de carro
Will.i.am apanhou um grande susto na
última semana. O rapper e a cantora
Cheryl Cole sofreram um acidente de
carro na noite de quarta-feira, dia 29.
Na página oficial no Twitter, a ‘estrela’
comentou o que aconteceu: “Acidentes
de carro não são bons. Estou feliz
porque estou bem” Cheryl também
usou o mecanismo de microblogue para
avisar que sofreu um acidente, mas que
passava bem. “Não se preocupem, eu e
o Will.i.am estamos bem”. Segundo o
jornal britânico The Guardian, o acidente
aconteceu em Los Angeles, nos Estados
Unidos, e o rapper bateu num carro
estacionado ao lado do seu Cadillac.
Cheryl foi atendida pelos paramédicos
no local, enquanto Will.i.am foi levado
para o hospital Sinai. Saiu com um colar
cervical no pescoço.
Para estrear o seu novo filme, ‘Paranóia’, ao lado de Gary
Oldman e Liam Hemsworth, Harrison Ford rapou o cabelo.
O astro de ‘Indiana Jones’ foi apanhado com o novo visual
em Nova York, na passada terça-feira. O novo filme conta a
história de Adam Cassidy, interpretado por Liam Hemsworth,
que é chantageado pelo seu chefe (Gary Oldman) para espiar
a empresa rival de Harrison.A produção deve estrear em 2013
nos Estados Unidos, segundo o site Digital Spy.
Beyoncé da presente
de milhões ao marido
A cantora Beyoncé ofereceu ao marido, Jay-Z,
um avião no valor de 40 milhões de dólares. O
presente serviu para celebrar o dia do pai. O
rapper já possui várias casas, carros e jóias e
junta, à colecção de luxo, um Bombardier Challenger 850, com uma sala de estar, cozinha,
quarto e duas casas de banho de luxo.
A filha do casal, Blue Ivy nasceu em Janeiro
deste ano e foi a criança mais nova a aparecer
na lista da conceituada revista de música e e
espectáculos Billboard.
51
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No Golfo da Guiné, encontram-se as
ilhas de origem vulcânica que formam o Arquipélago de São Tomé e
Príncipe, composto por duas ilhas
principais (São Tomé e a do Príncipe) e quatro ilhéus.O grande encanto deste arquipélago está na diversidade das suas paisagens e na
abundância de uma flora e fauna
submarinas intensas.
São Tomé dispõe de inúmeras
praias, muitas delas ainda virgens,
habitadas somente pelas famosas
tartarugas, devido à sua posição no
Equador. O clima doce, a natureza luxuriante, a riqueza do mar e o
carinho do seu povo, convidam ao
lazer, à prática de desportos náuticos e, sobretudo, ao desfrute de um
local paradisíaco, onde o tempo parece parar, com o fim de se poder saborear toda a sua beleza.
AS MARAVILHAS DO MAR…
As praias são, sem dúvida, um local inesquecível e apetecível de conhecer. Virgens e desertas, de areia
branca e fina e um mar com temperaturas muito quentes, fazem de
São Tomé e Príncipe um país que
surpreende e fascina qualquer um.
A praia de ‘Ana Chaves’, na cidade de S. Tomé e a baía da cidade
de Santo António, na ilha do Prín-
cipe são dois lugares de visita obrigatória.
Também não pode deixar de visitar as paradisíacas praias de Micondó e de Agobó, assim como muitas
outras, todas elas belíssimas, com
águas tranquilas e rodeadas por
uma densa vegetação de coqueiros.
GASTRONOMIA
A gastronomia são-tomense é
muito variada, mas especialmente
rica em peixes e mariscos. Não perca os tradicionais pratos de peixe,
acompanhados de banana frita ou
cozida e fruta-pão, sem esquecer a
cachupa e a feijoada.
ONDE FICAR
Opções de hospedagem não faltam, com preços bastante atraentes.
Pelas suas características, a cidade capital atrai muitos jovens,
fascinados por suas lendas e pela natureza. Está preparada para
receber turistas de várias idades, oferecendo lugares para ficar
como:
ILHÉU DAS ROLAS RESORT - Fica situado no Ilhéu das Rolas, a
cerca de 60 km da capital de São Tomé e Príncipe, é um verdadeiro
paraíso natural para umas férias românticas, desportivas ou mesmo
de lazer. O acesso é efectuado unicamente por barco, a partir de
Porto Alegre, na ilha de São Tomé. Este resort possui uma piscina
de água salgada, animação diária entre outras actividades. Todos
os quartos dispõem de ar condicionado, W.C. com duche e televisão
satélite.
- Está situado junto ao mar, num local tranquilo e emblemático da
cidade, rodeada por um jardim exótico.
54
COMO IR
Duas vias podem ser
utilizadas para se chegar
ao arquipélago de São
Tomé e Príncipe. Por
avião, ou de barco. Os
barcos não fazem viagens
regulares, sendo a via
área a mais usual, com os
voos da TAAG a fazerem
três viagens semanais. O
bilhete custa 400 dólares.
Turismo
pical
HOTÉIS EM SÃO-TOMÉ
- Club Santana, Beach
Resort
- Pestana Sao Tome
Ocean Resort
- Miramar Hotel
-Pestana Equador
Island Resort
EITURA
L
E
D
O
Ã
T
SUGES
s
gral das Ilha
LIVRO: o Jo
o
a Espirit
AUTOR: Ald
Santo
BILHETE DE ID
ENTIDADE
Nome oficial
: República
Democrática
de São-Tomé
Capital: São-T
omé
População: 1
70000
habitantes
Língua oficial
: português
Moeda: dobr
a
55
A Fechar
DESTAQUES
Desporto
Cultura
Danny Massunguna, defesa
central do 1º D’Agosto,
assume sonhar em jogar na
Europa.
Apesar de serem muito
novas, as ‘Welwitchia
Stars’ já chegaram ao
estrelatro e querem mais.
Pág. 47
Pág. 43
Geo olha para África
Helicóptero caiu no Dundo
Um helicóptero da Polícia Nacional (PN) que
prestava apoio à Comis-
são Nacional Eleitoral (CNE)
despenhou-se, no sábado,
a 12 quilómetros da cidade
do Dundo, capital
da Lunda Norte. O
acidente provocou a
morte dos seus quatro
ocupantes, nomeadamente do comandante
de bordo inspectorchefe Tiago Casimiro,
do ajudante de bordo,
segundo sub-chefe
Adelino João Brandão,
e dois funcionários da
CPE, Lourenço Mussenoho e Maria Augusta
João.
O aparelho ficou todo
destruído e as causas
do acidente já estão a
ser investigadas.
A edição de Setembro da revista Geo é
dedicada inteiramente a África. O maior
destaque vai para Angola, mas também
para o “boom” tecnológico que se verifica
em todo o continente e para o aumento
do número de alunos do ensino
universitário.
A revista realça os cinco
megaprojectos na área do ambiente
que já estão em curso: a criação da
maior reserva do planeta, localizada
na junção de Angola, Namíbia,
Botsuana, Zimbabué e Zâmbia numa
área de 300.000 km2 que irá fundir 14
parques nacionais. Os outros destaques
passam pela muralha ‘verde’ com mais
de sete mil quilómetros que atravessa
a totalidade do Sahel (nada mais, nada
menos do que 11 Estados) que pretende
travar a progressão do deserto, e pelos
megaprojectos ambientais em toda a África
A Geo é uma revista internacional, fundada
em 1976 e vendida em mais de 150
países, com edições em várias línguas,
entre elas, português, inglês e francês.
Votação no Bairro Dangereux, em Luanda
vale muito.
56
Mário Mujetes
Manuel Tomás
Contrastes
Votação na Maianga, Luanda

MPLA SEM - Nova Gazeta

Transcrição

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