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Os Palhaços
Mariana Pimenta
Resumo
Este trabalho pretende apresentar e discutir a ópera Pagliacci, de Leoncavallo, como uma obra
icônica do Verismo e um representante das óperas do século XIX enquanto elemento de
entretenimento que perpassa até hoje em outras obras.
Introdução
Óperas são criações particulares do gênero musical que unem o texto falado com a música,
expressando-se de duas formas distintas e complementares. É uma forma de teatro no qual o texto é
cantado e não somente declamado ou falado que apresenta uma estória encenada por
atores/cantores, normalmente com alguma relação com a música e sua expressão.
Os temas das óperas variam muito, mas também possuem um comum. Desde o começo do
que chamamos de ópera – Dafne de Rinuccini (1594), a Euridice de Peri (1600) ou Orfeu de
Monteverdi (1607), os compositores dependeram consideravelmente de intrigas e enredos baseados
nas clássicas lendas gregas e, mais ainda, em suas versões dramáticas escritas por autores gregos
que sobreviveram ao tempo (Littlejohn, D.). Até o século XVIII, esse padrão se manteve, sendo
abandonado nas óperas do século XIX, quando foram resgatas lendas nórdicas, livros e, mais
surpreendentemente, estórias reais, como a representada por Leoncavallo em “Pagliacci”.
Essa obra de Leoncavallo representa um gênero artístico, o Verismo, que traz para as artes,
literatura, e também para a música e para a ópera a representação da realidade de uma forma fiel,
com representações trágicas e emotivas. Essa ópera e sua importância pretendem-se discutir,
incluindo o papel das óperas no entretenimento da população da época.
Leoncavallo
Luggero Leoncavallo nasceu em 1858, filho de Cavaliere Vincenzo Leoncavallo, um juiz,
e Virginie d’Aurion, filha de um pintor napolitano. Estudou em Nápoles, no conservatório aos 8
anos de idade, concluído aos 16 anos. Estudou literatura na Universidade de Bolonha, com o poeta
italiano Corducci, concluído aos 20 anos (Leoncavallo, 1902).
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Tocou no Egito, até a guerra, quando retornou à Europa sem meios de vida. Tornou-se um
accompanist em concertos-café. Escreveu concertos e músicas para a nobreza, até que voltou à
Itália para trabalhar com música e ensinar. Até então, Leoncavallo não tinha escrito nenhum
sucesso.
Influenciado pelo trabalho de Mascagni, Cavalleria Rusticana, produziu uma ópera que
seria a obra pela qual seria lembrado. Ele relata: “Após o sucesso de ‘Cavalleria’, de Mascagni, eu
perdi toda a paciência e me fechei em desespero, decidido a tentar uma última vez. Em cinco meses
escrevi as palavras e a música de ‘Pagliacci’, que foi adquirido por M. Sonzogno, depois de
somente ter lido o libreto”. Em 1892, foi produzido em Milão, com sucesso (Leoncavallo, 1902).
Mascagni, apesar de haver sido o inspirador de Leoncavallo, é considerado um músico
menos talentoso. Contudo, teve sua importância na inovação, ao criar sua obra mais famosa,
Cavalleria Rusticana. Era um conhecido facista, considerado músico oficial no partido, havendo
escrito inclusive uma ópera menos famosa em homenagem a Benito Mussolini.
Leoncavallo tinha formação em música e em literatura. Pagliacci tornou-se famoso tanto
pela história e pelo libreto quanto pelas belas árias. A sua mais famosa ária Vesti la giubba, "Ligado
com a manta de retalhos") foi gravada por Enrico Caruso e foi o primeiro registo do mundo a
vender um milhão de cópias.
Conforme Matteo Sansone (1989), o esforço único de Leoncavallo atingiu sucesso em um
mundo competitivo como o da ópera italiana do final do século XIX. Ele foi capaz de construir um
libreto e versificar o texto de acordo com as necessidades da música – habilidade que poucos de
seus colegas possuíam. Ele pesquisou um assunto e inseriu material autêntico, como músicas,
poemas e detalhes históricos em seus libretos. Era um artista habilidoso, com recursos literários, e
observador de tendências nas artes.
Leoncavallo ainda compôs algumas outras obras, Medici e Chatterton, Edipo Re, mas
nenhuma atingiu a fama e o reconhecimento de Pagliacci. Diz-se que o estrondoso sucesso de
Pagliacci ofuscou qualquer outra obra que o compositor pudesse haver produzido. Leoncavallo
faleceu em 9 de agosto de 1919 na Toscana.
Pagliacci
A estória contada em “Pagliacci” (ou Os Palhaços) é uma trágica estória cercada de
metalinguagens. Trata-se de Nedda, colombina e primeira atriz da companhia, casada com Canio, o
palhaço e capocomico, que se apaixona por Silvio, um simples aldeão. Sonha em abandonar a trupe,
libertar-se de sua máscara de Colombina, desposar e viver com Silvio. Até que Canio descobre a
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traição e, em um momento de grande fúria no palco de apresentação da companhia assassina a
esposa quando esta recusa a lhe dar o nome do amante.
A cena em que Canio assassina sua esposa acontece em um contexto em que não se sabe
se o personagem atua na companhia ou atua como si mesmo, representando em ambos os casos um
marido traído. A estória de Colombina e Pierrô se confunde com a estória de Canio e Nedda. O
desespero de Canio em não receber uma resposta de sua esposa – que estava atuando como
Colombina na companhia – acaba por gerar o assassinato. As individualidades emergem, o drama
do sujeito pede passagem, mesmo que deixe vítimas ensanguentadas pelo tablado (Murad, 2011). A
ópera mostra a ambivalência entre os dois mundos: o novo do drama moderno e o velho da
commedia, onde o primeiro prevalece sobre o segundo. Agora um cenário inteiramente novo se
descortina. Toda ação tem consequências, ganha espessura. A psicologia não pode mais ocultar-se
sob uma máscara empoeirada (Murad, 2011).
Depois de seu sucesso, “Pagliacci” foi traduzido para outras línguas, quando M. Mendès,
pensando que havia semelhança com a obra “Femme de Tabarins”, acusou Leoncavallo de roubar
dele o tema do trabalho, inclusive com processos formais (Leoncavallo, 1902). Leoncavallo
menciona ainda que, caso o processo tivesse tido sucesso, o próprio assassino no qual se inspirou
para elaboração da peça poderia testemunhar em seu favor, dizendo ser uma obra inédita.
Há ainda uma grande semelhança entre a obra Pagliacci e a obra Um Drama Nuevo de
Joaquin Estebanez. Ambas possuem a cena final de uma peça dentro de outra peça, na qual os
atores representam tanto o teatro quanto a circunstância da vida real do personagem. Em ambos os
casos ocorre um assassinato como fim trágico, cujo gatilho teria sido uma traição por parte da
esposa.
Críticos atuais, após analisarem a semelhança entre Pagliacci e outras obras
contemporâneas, como Tabarins, Um Drama Nuevo, concluem que um compositor culto, viajado e
conhecedor como Leoncavallo não poderia alegar não conhecer outros enredos tão semelhantes ao
de sua obra. Contudo, isso não diminui em nada a originalidade da obra, que retrata
maravilhosamente bem uma estória que poderia já haver sido contada antes.
Na tradição da arte da comédia, o Prólogo diz para o público não se preocupar se houver
uma tragédia no palco, porque, apesar de tudo, é somente uma peça e não a vida real. Tonio,
entretanto, nos traz uma mensagem muito diferente:
TONIO
Si può? Si può?
Signore! Signori! Scusatemi
Se da sol mi presento. Io sono il Prologo.
Poiché in iscena ancor
Le antiche maschere mette l’autore,
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In parte ei vuol riprendere
Le vecchie usanze, e a voi
Di nuovo inviami.
Ma non per dirvi come pria
“Le lacrime che noi versiam son false!
Degli spasimi e dei nostri martir
Non allarmatevi!” No. No.
L’autore ha cercato invece pingervi
Uno squarcio di vita.
Egli ha per massima sol che l’artista
È un uom, e che per gli uomini
Scrivere ei deve. Ed al vero ispiravasi.
Un nido di memorie in fondo all’anima
Cantava un giorno, ed ei con vere lacrime
Scrisse, e i singhiozzi il tempo gli battevano!
Dunque, vedrete amar sì come s’amano
Gli esseri umani, vedrete dell’odio
I tristi frutti. Del dolor gli spasimi,
Urli di rabbia, udrete, e risa ciniche!
E voi, piuttosto che le nostre povere
Gabbane d’istrioni, le nostr’anime
Considerate, poiché siam uomini
Di carne e d’ossa, e che di quest’orfano
Mondo al pari di voi spiriamo l’aere!
Il concetto vi dissi. Or ascoltate
Com’egli è svolto.
(gridando verso la scena)
Andiam. Incominciate!
Verismo
O historiador Massimo Mila (1977) indica que o movimento Verismo foi iniciado por
Bizet com sua famosa ópera Carmen (1874), inspirada no romance de Prosper Mérimée, enquanto
outros dizem serem os precursores Manon de Jules Massenet (1884) ou La Traviata de Verdi (1853)
(Valbuena, 2010). Carmen pode ser considerada uma obra verídica por retratar operárias femininas
em uma fábrica de cigarros, polícia local, combinada com um mundo romântico e exótico de
contrabandistas. Não resta dúvida, contudo, de que o movimento realmente criou força com as
obras icônicas Cavalleria Rusticana e Pagliacci.
O movimento, Verismo, retrata o que o próprio nome indica (“vero”, do italiano
“verdade”) – fatos da vida real, com enredos sórdidos ou violentos, mostrando como a realidade. O
Verismo abarca a ideia de cenários contemporâneos, personagens rurais ou comuns, normalmente
pobres, com paixões violentas que frequentemente levam à violência. Existe uma tendência destes
trabalhos de misturar o sórdido com o sensacional. Representa autores da chama “giovane scuola”,
ou jovem escola do período. O movimento vem contrastar com o período Romântico, que o
antecedeu, cercado de lendas, fábulas, o mítico e o fantástico.
Na literatura, o Verismo deve ser compreendido como uma escola não formal, mas com
baseado em princípios específicos, como a ciência, o empirismo, a pesquisa e o naturalismo.
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Ainda que existam divergências sobre quais óperas seriam ou não representantes do
Verismo, Pagliacci é indubitavelmente um consenso entre os musicologistas. Pagliacci é um
exemplo claro do Verismo porque foi inspirado por um fato real presenciado por Leoncavallo em
sua infância. Leoncavallo presenciou um dos julgamentos de seu pai, na Calábria, em Consenza
(Leoncavallo, 1902).
NEDDA
(sempre recitando la commedia)
Pagliaccio! Pagliaccio!
CANIO
No, Pagliaccio non son; se il viso è pallido
È di vergogna e smania di vendetta!
L’uom riprende i suoi dritti, e il cor
Che sanguina vuol sangue a lavar l’onta,
O maledetta! No, Pagliaccio non son!
Son quei che stolido ti raccolse
Orfanella in su la via
Quasi morta di fame, e un nome offriati
Ed un amor ch’era febbre e follia!
A música do período vem contrastar ainda com o tradicional Bel Canto do período
Romântico. Retratando a violência típica do Verismo, o canto torna-se poderoso e feroz, com
timbres mais altos, muito vibrato aumentando a emoção e com fortes interpretações. O sistema de
gravação mecânica impõe limites que fazem predominar intérpretes com mais potência de volume
em especial tenores interpretando árias de ópera (Enrico Caruso, por exemplo, só grava neste
sistema e chega a alcançar a cifra de um milhão de cópias vendidas com Vesti la Giuba) (Piccino,
2000).
Não só no tema, como na construção o verismo de Leoncavallo vem se contrapor às
demais obras anteriores. Wagner, como um ícone, construiu óperas magnânimas, de longa duração,
com grandes orquestras e temas épicos. Leoncavallo, por sua vez, traz uma ópera curta, simples,
com temas rotineiros e com foco nas vozes e não mais na orquestra. Produções atuais de Pagliacci
trazem não mais uma orquestra completa, mas às vezes um simples piano, confiando nas vozes dos
cantores para criar a aura e a autenticidade da ora.
Entretenimento
No século XVIII, a ópera era considerada uma das maiores diversões para o público, com
estórias sobre princesas, figuras míticas e triângulos amorosos. O segredo de tanta popularidade na
época ainda nos é estranho, como as óperas eram vistas por pessoas duas, três vezes por semana,
como a principal forma de entretenimento (Littlejohn, D.).
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Conforme Marcus Góes, “os tempos mudavam. Só com o lucro de “Os Palhaços”,
Leoncavallo superava naquele período de logo após sua criação, todos os lucros de Verdi com todas
as suas óperas... Os empresários começaram a queixar-se das grandes despesas, para se levar ao
palco um “Otello” ou uma “Gioconda”, óperas de alto custo de produção e de difícil casting”
(Brandão, 2009).
O processo de criação das óperas seguiu também as mudanças de desejo dos públicos,
seguindo uma tradição com árias e formatos, mas também encurtando as obras e criando momentos
de identificação do público com os artistas. Pagliacci, por exemplo, é uma ópera curta, de apenas 75
minutos, que facilita o acesso e reflete a tendência. As opiniões do público eram fortes. Motins
aconteciam por mera quebra de protocolo, como na apresentação de Tannhäuser de Wagner, em
Paris. Tradicionalmente, o ballet acontecia no final do segundo ato e, Wagner a inseriu no início da
ópera, causando, ou pelo menos colaborando para seu fracasso em Paris (Lindenberg, 2010).
Muitos dizem ser Paglaicci uma ópera de referência por possuir algumas características
gerais que a torna palatável para o público em geral, atual e na época de sua construção. Dentre
essas características, estão o tamanho, a fidelidade à tradição da commedia dell’arte, uma ária
reconhecível e bela, “Vesti la giubba”, apenas uma personagem feminina, possui um enredo trágico
e sangrento, remetendo, inclusive, a enredos de novelas atuais, com traições e assassinatos.
Referências
Paggliaci foi uma obra icônica, representada ao longo dos anos e ainda referenciada em
diversos outros meios e em obras de arte. Tanto pelo tema, pela bela música quanto pelo uso
expresso do Verismo e da metalinguagem, deve ser considerada como única e representativa de seu
meio.
Usando da figura metalinguística, a obra é mostrada como uma representação teatral sobre
um teatro – a trupe de palhaços que precisa atuar, ainda que lidem internamente com seus conflitos
amorosos. O diálogo entre a realidade e a ficção torna o enredo ainda mais chamativo, confundindo
e interessado o público. Para Schoenberg, em seus Fundamentos da composição musical, “a
terminologia da música é ambígua (...) os termos são tomados de outros campos, como a poesia,
arquitetura, pintura (…) termos como métrica, cor, equilíbrio”. A metalinguagem é ainda um
recurso usado para aproximar a obra, os atores e os personagens do público, fazendo-o questionar a
realidade. Uma figura usada em literatura – livros sobre o próprio processo de escrever livros ou
sobre os autores, como Machado de Assis em “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, ou Cervantes
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em “Dom Quixote”; em quadros, como nas obras de Magritte e Van Gogh, que retratam o processo
de desenho, os pintores ou até a própria pintura; na poesia, como o excerto abaixo da poesia
“Motivo”:
“Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno e asa ritmada.
E sei que um dia estarei mudo:
– mais nada”.
Cecília Meirelles
A figura é usada ainda na música popular. Quando Tom Jobim fala de ter usado apenas
uma nota para compor seu samba, ou quando João Gilberto canta sobre ser desafinado, estão usando
figuras metalinguísticas. Já na música clássica, a metalinguagem apresenta-se de forma mais sutil,
já que a linguagem da música é por si só abstrata. Brahms considerava a música uma
metalinguagem autônoma, capaz de atingir, precisamente pelo seu carácter abstrato, um patamar de
comunicação artística aonde nem a palavra nem a imagem podiam chegar. Foi um defensor da
chamada ”Música pura”, sonoras, sem intenções descritivas, como as que aparecem em Debussy ou
Mendelssohn, com carácteres poéticos ou narrativos. Wagner, por sua vez, tinha o conceito de
”Obra de Arte total”, capaz de interligar idealmente todas as linguagens artísticas, culminando, não
casualmente, na Ópera.
Pagliacci trouxe a metalinguagem do teatro e da música, retomando o conceito de Wagner
de Arte Total, ou Arte Completa. Não obstante, é ainda muito lembrado pelo tema trágico e pela
bela música. Foi mencionado no filme Fitzcarraldo de Werner Herzog, no qual o personagem
principal, ao retornar para casa, canta a famosa ária Vesti la giubba que Canio canta no final do
primeiro ato, ao descobrir que sua mulher o tinha traído. Essa ária faz um paralelo entre o
sentimento de Canio, o desespero, e o próprio personagem do filme de Herzog, um forasteiro (Eidt,
2012).
A estória contada por Leoncavallo mantém-se ainda atual. Os quadrinhos “Watchmen”,
por exemplo, fazem referência a Pagliacci em seu enredo de multicamadas. O comediante Edward
Blake seria uma alusão ao Arlequim, em Pagliacci, não só pela vestimenta, como pela
metalinguagem de uma peça dentro de outra peça. Em uma das cenas da história, ainda cita a
famosa frase “eu sou palhaço”.
Um homem vai ao médico, diz que está deprimido. Diz que a vida parece dura e cruel.
Conta que se sente só num mundo ameaçador onde o que se anuncia é vago e incerto. O médico diz:
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"O tratamento é simples. O grande palhaço Pagliacci está na cidade, assista ao espetáculo. Isso deve
animá-lo." O homem se desfaz em lágrimas. E diz: "Mas, doutor... Eu sou o Pagliacci."
Os quadrinhos fazem ainda alusão ao prólogo de Pagliacci cantado por Tonio. Ele relata
um tema em que só é possível compreender vivenciando-o.
Por ser um ícone, a obra de Leoncavallo deverá ser imortalizada e discutida no futuro em
diversos meios, enriquecendo não somente a música e a ópera como também a literatura,
quadrinhos, o cinema.
Referências bibliográficas
Littlejohn, David. The ultimate Art: Essays around and about opera. University of California Press,
Los Angeles. 1992. Disponível em books.google.com.br. Acessado em 16/10/2014.
Valbuena, Ana Isabel Fernández. La opera italiana y el verismo: Pérdidas y hallazgos em na
transposición del sistema. Doletiana: revista de traducció, literatura i arts, n 03. 2010.
Minnesota Opera Box. Pagliacci. Disponível em www.mnopera.org/wp.../Pagliacci%20Guide.pdf,
acessado em 16/10/2014.
Brandão, José Maurício. Tempo e espaço da Sonata para Cordas “O burrico de Pau” de Carlos
Gomes: Uma análise estético-interpretativa em músico sinfônico-camerista brasileira no séc.
XIX. Doutorado – Salvador, Bahia (2009).
Murad, Pedro Carvalho. HUMOR, HORROR E CIDADE: COMÉDIA PIRANDELLIANA E
CONTEMPORANEIDADE. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Tese de Doutorado,
2011.
Lindenberg, Herbert. A brief consumers’ history of Opera. In: Situating Opera: Period, Genre,
Reception, 2010
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Leoncavallo, R. How I wrote “Pagliacci”. The North American Review, Vol. 175, No. 552 pp. 652654 (1902).
Eidt, Jacob-Ivan. "Aesthetics, Opera, and Alterity in Herzog's Work" page 4 of 9 CLCWeb:
Comparative Literature and Culture 14.1. 2012.
Sansone, Matteo. Music and Letters (1989), 70(3): 342-362
9