Dezembro de 2014

Transcrição

Dezembro de 2014
D e z e m b r o
ESPECIAL - CONGRESSO
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V Congresso Extraordinário do MPLA
O V Congresso Extraordinário do MPLA que se realizou de quatro a seis deste mês, no Centro
de Conferências de Belas em Luanda, foi aberto pelo Camarada Presidente José Eduardo dos Santos.
Fotos de João Luis
A
reunião foi precedida
pelo cumprimento das
normas protocolares,
durante as quais se observou
um minuto de silêncio em memória aos heróis tombados, em
particular ao saudoso Presidente António Agostinho Neto,
o fundador da Nação e do Partido.
O Congresso adoptou o lema "MPLA - Revitalizar as Estruturas para Fortalecer o Partido" e teve por objectivos, reafirmar as orientações que visam consolidar a paz e o Estado democrático de direito,
avaliar o grau de estruturação
do Partido e reflectir profundamente sobre a sua organização
interna, e reafirmar os princípios gerais da orientação política e ideológica do Partido, o
Socialismo Democrático.
Tais princípios foram reiterados no discurso de abertura,
proferido pelo Presidente do
Partido, Camarada José Eduardo dos Santos, cujo teor integral apresentamos a seguir:
Discurso de abertura proferido pelo Presidente do Partido, Camarada José Eduardo dos Santos
“O MPLA continua
a ser o principal
instrumento
de acção
política nacional”
“Caros delegados!
Permitam-me que, em
vosso nome, apresente à OMA
os nossos agradecimentos,
pela forte mensagem de apoio
e exaltação patriótica que apresentou ao Congresso. Permitam-me que agradeça, também, pelos presentes que gentilmente ofereceu a este Congresso e peço-vos uma salva
de palmas muito forte.
INSCRITO NO
MINISTÉRIO DA
COMUNICAÇÃO
SOCIAL SOB O Nº:
129/B/96
Propriedade: MPLA
www.mpla.ao
Camarada vice-presidente
do MPLA,
Camarada secretário-geral,
Camaradas membros do
Comité Central,
Camaradas delegados,
Ilustres convidados,
Minhas senhoras e meus
senhores,
Realizamos este V Congresso Extraordinário num
DIRECÇÃO – Director: Emanuel Mangueira da Silva ([email protected]); Administrador: Fernando
Jaime; Chefe de Redacção: Hermínia Tiny ([email protected]) – REDACÇÃO – Política: Hermínia Tiny
(Editora); Sociedade: João Valente (Editor); Reconstrução e Desenvolvimento: Joaquim Guilherme (Editor);
Actualidade: Estêvão Rodrigues (Editor); Cultura e Desporto: Ferraz Neto (Editor); Redactores: Ema Mungala,
Nelson José, Domingos Luís Ganga, Ermelinda Júnior, Marimba e João Cipriano; Fotografia: Hélder Neto (Editor),
Domingos Gaio e João Luís; Concepção Gráfica e Composição: Leonel Ganho (Editor) e António Pompílio –
ADMINISTRAÇÃO: Contabilidade: Fátima Daniel, Relações Públicas e Marketing: Marisa de Oliveira; Distribuição
e Vendas: Ângelo Vunda e José Mambo – DIRECÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E REDACÇÃO: Sede Nacional do MPLA,
3º andar/DIP/CC; TLM: 912513004; AGÊNCIA DE NOTÍCIAS: ANGOP; RESPONSABILIDADE EDITORIAL:
Secretariado do Bureau Político do MPLA; TIRAGEM: 10.000 exemplares.
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mês carregado de grande
significado na história do
MPLA.
Dentro de dias comemoramos 58 anos de existência
como organização política, que
teve em vista congregar no seu
seio pessoas de diferentes grupos étnicos e raças, oriundas
de todo o território nacional e
de todas as camadas sociais,
independentemente das suas
convicções políticas e crenças
religiosas.
Em 10 de Dezembro de
1956 nascia assim, num contexto social e político difícil, o
Movimento Popular para a
Libertação de Angola (MPLA)
como guia do povo angolano,
empenhado em mobilizar, organizar e dirigir todo o povo
angolano na luta pela libertação
e pela Independência nacional.
Na sua origem, o MPLA teve de se assumir como uma
frente ampla, porque o combate contra um inimigo comum
exigia a unidade de todas as
forças verdadeiramente nacionalistas como condição fundamental para a vitória.
Mas, já nessa época, o
MPLA defendia ideias que projectavam luz para o futuro e
não permitiam pactuar com as
forças opressoras que subjugavam o nosso povo.
No seu Programa Maior já
se defendia um “regime republicano, democrático e laico
para Angola” e um “regime eleitoral baseado no sufrágio universal, igual, directo e secreto”
e se expressava “a garantia da
liberdade de expressão, de
consciência e de culto, da liberdade de imprensa, reunião, associação, etc., para todo o povo
angolano”.
Não admira, pois, que o
MPLA tenha marcado decisivamente a história da luta de Libertação Nacional, não só em
Angola e em África mas também noutras paragens do mundo, conseguindo sintetizar de
forma criadora os fundamentos
de um nacionalismo de novo
tipo, progressista e transformador.
Nas duas primeiras fases
que atravessou, o MPLA-Movimento venceu inúmeras batalhas e vicissitudes, até erguer
graças ao “sangue heróico dos
seus filhos” a bandeira da
Independência nacional, passando a seguir pelo exercício
do Poder Popular, que permitiu
a ‘Resistência Popular Generalizada’ contra as invasões
externas e a manutenção da
integridade territorial e da
unidade nacional.
Nesse período, que vai do
início dos anos 60 até fins dos
anos 70, é da mais elementar
justiça destacar a figura enorme e incontornável do Saudoso
Presidente António Agostinho
Neto, pelo seu indefectível patriotismo e amor ao povo, pela
sua capacidade de liderança e
pela forma como soube manter
acesa no coração e na mente
de todos os angolanos a crença na vitória.
A comprovar a capacidade
de evoluir para novas direcções, mantendo-se protago-
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“MPLA sempre encarou as mudanças
como excelentes oportunidades de evolução”.
Fotos de João Luis
nista do próprio destino, o
MPLA procedeu numa terceira
fase, em 1990, à sua refundação como Partido de Massas
e de Quadros, adequando o
seu Programa e Estatutos à
conjuntura nacional e internacional.
Deste modo, acabou por
conquistar a paz, encetar a reconciliação e a reconstrução nacional e criar as bases para o
actual desenvolvimento acelerado do país.
Como se vê, o MPLA sempre encarou as mudanças como excelentes oportunidades
de evolução, conseguindo progredir para algo que melhor
definisse a sua essência, através de um reinício e de uma
nova visão do futuro.
Soube assim adaptar-se às
novas realidades num mundo
em acelerada e complexa mutação, reeditando nesse processo a sua história sem se
despersonalizar e mantendo-se
fiel ao seu ideário original.
É este posicionamento pragmático que lhe permite projectar o futuro e preparar-se para
os desafios que ele implica, utilizando novos métodos e conhecimentos para conduzir os
processos de mudança, tendo
por base os valores inscritos na
sua matriz, que possibilitam
elaborar as suas estratégias e
desenvolver acções com vista
a alcançar novos objectivos.
Temos por isso a certeza
para onde vamos e que o nosso futuro é de vitórias, porque
assenta no trabalho, no rigor de
análise, na unidade de pensamento e de acção, na solidariedade militante, na disciplina e no entusiasmo das centenas de milhares de membros
do nosso Partido.
É neste sentido, que este
Congresso se reveste de grande importância para o Partido
na afirmação dos seus princípios e dos seus valores que se
encontram consubstanciados
nas teses que vão ser objecto
de debate durante estes três
dias.
As teses do V Congresso
Extraordinário convidam-nos
para uma reflexão e debate
sobre o presente e o futuro da
estrutura partidária a fim desta
continuar a desempenhar o seu
papel central no contexto da
vida política nacional.
Com efeito, o MPLA continua a ser o principal instrumento
de acção política nacional. É
por seu intermédio que milhões
de angolanos, participam na
vida política do país, expressando os seus anseios e opiniões, que são depois convertidos nos programas de Governo submetidos à vontade
popular nos diferentes pleitos
eleitorais.
Por essa razão, não podemos perder de vista o seu papel
mobilizador e formador de
consciência política.
Nesta óptica, o Partido deve
saber tirar proveito das novas
tecnologias de informação e
comunicação, para fazer chegar as suas mensagens aos
cidadãos.
Através destes meios, devemos esclarecer a opinião pública, aumentar e consolidar a
consciência dos que nos
apoiam, conquistar os indecisos, e, acima de tudo, formar
os nossos militantes para que
tenham mais e melhor partici-
pação na vida política nacional.
Foram já realizados investimentos na aquisição de meios
e procedeu-se à recuperação
do parque informático do Partido em todos os Comités
Provinciais e em alguns
Comités Municipais.
Prestou-se, por outro lado,
maior atenção à página do Partido na ‘internet’, que passou a
ter uma actualização regular,
faltando ainda torná-la mais
dinâmica, mais interactiva e
mais atractiva.
Ainda neste âmbito, foram
realizadas conferências de imprensa ‘on line’, inéditas em Angola, em que os eleitores, no
país e no estrangeiro, puderam
formular diversas perguntas
sobre o Programa de Governo
do MPLA, entre outras questões.
Temos, de facto, de acompanhar a evolução das novas
tecnologias e o seu impacto na
actividade política e partidária.
Convém não ignorar que
hoje já se afirma que nos
encontramos às portas de uma
nova era da democracia, designada de ‘democracia directa
electrónica’.
Esta há-de permitir garantir
maior participação e represen-
tatividade, já que os cidadãos
podem ser consultados de forma mais imediata e regular na
aprovação e adopção das
grandes decisões nacionais.
Mas, até chegarmos a esse
ponto, o nosso Partido deve
trabalhar com os meios de que
dispõe, a fim de congregarmos
em torno do MPLA as massas
populares, tendo em conta que
não somos um Partido meramente eleitoralista.
Isto é, não encaramos as
eleições como o único objectivo
do nosso Partido, embora seja
o meio constitucionalmente
aceite para se chegar ao exercício do poder político.
O MPLA tem em vista outros fins, definidos desde a sua
fundação há mais de cinco
décadas, e que são perenes,
porque constituem a sua essência enquanto Partido político.
Refiro-me à Independência
e unidade da Nação, à defesa
constante e primordial dos
interesses do povo angolano, à
justiça social, à manutenção da
paz, ao progresso, ao desenvolvimento e à consolidação da
democracia.
Estes são princípios e valores que exigem, de facto, que
no actual contexto histórico o
MPLA estreite as suas relações
com o povo angolano, cimente
e consolide os laços que o
unem aos diferentes sectores,
estratos e camadas da sociedade angolana, a fim de persuadir e orientar a vontade dos
cidadãos, garantindo o apoio
popular no pleito eleitoral e no
exercício do poder.
O MPLA deve, por isso,
adoptar políticas concretas que
levem a maioria da população
a rever-se nelas ou a identificar-se com as mesmas, porque traduzem os seus anseios
e contêm a solução dos seus
problemas, quer imediatos,
quer a médio e longo prazo.
Caros delegados,
“O Partido deve saber tirar proveito
das novas tecnologias de informação e comunicação,
para fazer chegar as suas mensagens aos cidadãos”.
Para cumprir as promessas contidas no seu Programa, o Partido precisa de
organização e do fortalecimento das suas estruturas,
isto é, do funcionamento regular das suas Organizações de
Base, pois a elas incumbe
essencialmente:
- Divulgar e defender os
Estatutos, o Programa e os
Regulamentos do Partido;
- Organizar e mobilizar os
militantes e os cidadãos nas
suas áreas de circunscrição
territorial;
- Emitir opinião sobre as
questões de bairro, da povoação, da comuna, do município,
da província ou da Nação;
Continua na página 4
3
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Continuação da página 3
- Recrutar permanentemente novos membros.
Isto é assim porque concluímos que é na sua organização
de base que o militante discute
a política do Partido, analisa a
realidade da sua área de actuação e colabora na elaboração
dos planos de acção.
É a partir das suas bases
que o Partido pode estabelecer
uma relação orgânica com a
sociedade em geral.
Temos, pois, de revitalizar
as estruturas para fortalecer o
Partido e permitir a sua maior
inserção na sociedade.
Apesar das dificuldades
ainda existentes, devemos
saudar o Movimento de Revitalização dos Comités de
Acção do Partido que alcançou resultados bastante animadores, sobretudo no que
respeita aos aspectos organizativos e funcionamento das
estruturas.
Este movimento visou fundamentalmente a vinculação e
o controlo nominal dos militantes, o desdobramento dos
Comités de Acção do Partido
nas áreas urbanas, periurbanas e rurais, o cumprimento do
princípio da territorialidade, isto
é, a organização das estruturas
de base do Partido e sua direcção nos locais de residência.
Isto conferiu maior dinamismo às organizações de base,
que são os Comités de Acção
do Partido.
Neste sentido, uma outra
estrutura que poderá contribuir
para incrementar a actividade
do Partido nos bairros, povoações e aldeias, será o Comité
de Acção de Sector (CAS),
como estrutura representativa
dos militantes enquadrados
nos diferentes Comités de
Acção.
Propõe-se por isso a criação de um regulamento específico para as referidas Organizações de Base.
Inscreve-se também no domínio da actividade das Organizações de Base o trabalho de
formação política e ideológica,
devendo os Cursos de For-
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Devemos saudar o Movimento de Revitalização
dos Comités de Acção do Partido
que alcançou resultados bastante animadores
mação de Iniciação Partidária e
para Dirigentes de Organização de Base ter um carácter
regular.
No quadro da inserção do
MPLA na sociedade, temos de
realçar o papel desenvolvido
pelas nossas organizações
sociais.
Por um lado, a OMA, pelo
seu trabalho de reconhecido
mérito relativamente à mobilização político-partidária na
luta que empreende há vários
anos pela emancipação e dignificação da mulher e pela
igualdade do género.
Por outro, também a JMPLA
tem dado o seu contributo significativo na valorização da
juventude angolana.
Convém, contudo, um maior
empenho na procura de soluções para as questões que
mais afectam a juventude, relativas à formação, ao primeiro
emprego, aos tempos livres, à
educação cívica e patriótica e à
delinquência juvenil.
Essa sua acção não deve
ser isolada e enquadra-se no
esforço que toda a sociedade
precisa de fazer para o resgate
dos valores morais e cívicos e
será complementar ao papel do
próprio Estado, das famílias e
da Igreja na educação moral
das crianças e dos jovens.
Caros camaradas,
Desde a sua fundação, o
MPLA prestou sempre uma
particular atenção à actividade
diplomática, aquilo que então
designávamos como sendo a
‘luta na frente diplomática’,
ciente de que o êxito nas outras
frentes de luta dependia da sua
inserção e aceitação no plano
internacional.
Hoje, o MPLA deve prosseguir o seu trabalho na frente diplomática, estreitando relações
de cooperação com os Partidos
amigos e participando em dife-
rentes eventos internacionais,
a fim de trocar experiências,
dar a conhecer a realidade do
país, tantas vezes deturpada, e
ajudar na promoção da imagem de Angola.
Por mérito da sua acção
diplomática, Angola vai cumprir
a partir do início do próximo
ano um mandato de dois anos
como Membro Não-Permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o
que lhe permitirá contribuir com
a sua experiência para a procura de soluções para os graves
problemas que a comunidade
internacional enfrenta e para a
paz e segurança no mundo, em
particular para a resolução de
conflitos na região em que se
insere, designadamente na
África Central e na Região dos
Grandes Lagos.
Num Mundo que até hoje
ainda não conseguiu dar uma
ênfase maior ao diálogo e à
negociação como as melhores
formas de se ultrapassarem as
contradições e tensões que
permanentemente vão surgindo, é no quadro das Nações
Unidas que devemos começar
por promover uma cultura da
paz, com vista à estabilidade,
ao desenvolvimento, à segurança interna e transfronteiriça,
à boa governação, à protecção
do Ambiente e aos direitos
humanos.
O MPLA deve, pois, juntarse a este esforço do Estado
para contribuir com a sua diplomacia partidária, para que a
comunidade internacional dedique uma atenção especial,
com o intuito de os erradicar, ao
recrudescimento dos conflitos
armados e aos seus efeitos
nefastos na vida da populações, no combate à proliferação desenfreada de armamento, ao tráfico de drogas e
de seres humanos, ao crime
transnacional organizado, ao
terrorismo internacional e à
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pirataria marítima.
Na verdade, vivemos num
Mundo de relações muito complexas e profundas e de interdependência sobre todos os
aspectos, como comprova a
evolução nas últimas semanas
do preço do barril do petróleo,
cuja queda prossegue desde
Junho do corrente ano, em
consequência do aumento da
oferta e da contracção da
procura no mercado internacional.
Esta situação implica que o
MPLA faça o acompanhamento
de muito perto da evolução da
execução do Orçamento Geral
do Estado para 2015, a fim de
se salvaguardar a estabilidade
monetária e financeira e evitar
o seu impacto negativo na vida
das famílias.
de prepararmos o MPLA para
os próximos desafios políticoeleitorais. Uma boa planificação e organização das nossas
tarefas é meio caminho andado
para o sucesso.
São múltiplas as tarefas que
temos pela frente nestes próximos dois anos, que incluem a
preparação e organização do
Congresso Ordinário; a elaboração da Moção de Estratégia
do Líder; a elaboração da Estratégia Eleitoral; a organização
das estruturas de direcção e
coordenação das campanhas
eleitorais; a preparação e organização das candidaturas; a
elaboração das estratégias de
marketing eleitoral; a preparação do Manifesto Eleitoral e
do projecto de Programa de
Governo e a programação
logística.
O Partido deve assim adoptar um Plano de Acção que preveja o conjunto de actividades
a realizar, bem como os cenários envolventes e os materiais
de apoio.
Camaradas delegados,
Caros camaradas delegados e ilustres convidados,
Este Congresso, pela sua
natureza e de acordo com os
Estatutos do Partido, não pode
proceder à renovação de mandatos e à eleição de uma nova
Direcção, que só poderá ocorrer no Congresso Ordinário que
vamos realizar em 2016.
Adiamos esse Congresso
Ordinário porque é razoável
que adoptemos o princípio da
aproximação temporal dos
Congressos Ordinários com a
realização das Eleições Gerais,
por forma a fazermos coincidir
o mandato dos membros da
Direcção do Partido com a vigência do poder político saído
das eleições.
Quem for eleito em Congresso para integrar os Órgãos
de Direcção do Partido deve ter
a responsabilidade de acompanhar e orientar a implementação do Programa do Governo
aprovado pelo voto dos angolanos nas eleições gerais.
Assim, devemos desde já
desenvolver acções no sentido
O MPLA é um Partido com
história, que percorreu uma trajectória brilhante, levantando
sempre a bandeira da liberdade, do progresso e do bemestar do povo angolano.
Hoje e sempre o MPLA
defenderá os interesses do
povo angolano. Esta é a nossa
responsabilidade como militantes perante a História.
Desejo muitos êxitos a este
V Congresso Extraordinário do
MPLA, que declaro aberto.
REVITALIZAR AS ESTRUTURAS PARA FORTALECER
O PARTIDO!
VIVA O POVO ANGOLANO!
VIVA O MPLA!
A LUTA CONTINUA!
A VITÓRIA É CERTA!”.
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Fotos de Augusto Dias
Resolução Geral
− A preparação e organização do Congresso Ordinário;
−Α elaboração da Moção de
Estratégia do Líder;
− A elaboração da Estratégia Eleitoral;
− A organização das estruturas de direcção e coordenação das campanhas eleitorais;
− A preparação e organização das candidaturas;
− A elaboração das estratégias de marketing eleitoral;
− A preparação do Manifesto Eleitoral e do projecto de
Programa de Governo e a programação logística.
O documento foi apresentado, na Sessão de
Encerramento, (06/12), pelo secretário do Bureau
Político do MPLA para a Informação, camarada
Mário António, porta-voz do Congresso.
O
V Congresso Extraordinário do MPLA, realizado no Centro de
Conferências de Belas, de quatro a seis de Dezembro corrente, adoptou a seguinte RESOLUÇÃO GERAL:
Sob o lema “MPLA – REVITALIZAR AS ESTRUTURAS
PARA FORTALECER O PARTIDO”, realizou-se o V Congresso
Extraordinário
do
MPLA, no Centro de Conferências de Belas, em Luanda,
de 04 a 06 de Dezembro de
2014, sob a presidência do Camarada José Eduardo dos
Santos, Presidente do MPLA.
Dos 2.126 delegados previstos, participaram neste
magno evento 2.037, representando 95,81%, dos quais 676
do sexo femenino, correspondendo a 33,19%.
É de realçar que 30% dos
Delegados ao V Congresso Extraordinário provieram directamente das Organizações de
Base do Partido, o que constitui
uma inovação e um incentivo
significativo para os militantes.
II
O V Congresso Extraordinário contou, nas sessões de
abertura e de encerramento,
com a presença de titulares e
representantes de Órgãos de
Soberania do Estado, de líderes e representantes de Partidos Políticos com assento
parlamentar, de Entidades
Eclesiásticas, autoridades tradicionais e representantes do
Corpo Diplomático, para além
de outros convidados nacionais
dos mais diversos sectores da
vida nacional.
A Organização da Mulher
Angolana – OMA brindou os
delegados ao V Congresso
Extraordinário com um “assalto” e uma mensagem, que retrataram a força e a vitalidade
da mulher angolana, tendo na
ocasião assumido o compromisso de continuar a afirmar-se
como pilar do MPLA e peça
fundamental para a sensibilização, mobilização e educação
das mulheres na concretização
dos ideais do Partido.
finisse a sua essência, através
de um reinício e de uma nova
visão do futuro. Soube assim
adaptar-se às novas realidades
num mundo em acelerada e
complexa mutação, reeditando
nesse processo a sua história
sem se despersonalizar e mantendo-se fiel ao seu ideário
original.”
O Camarada Presidente
enalteceu em seguida a figura
enorme e incontornável do
saudoso Presidente Dr. António
Agostinho Neto, pelo indefectível patriotismo e amor ao Povo, pela sua capacidade de liderança e pela forma como
soube manter acesa no coração e na mente de todos angolanos a crença na vitória.
O Camarada Presidente valorizou o uso das novas tecnologias, tendo referido que “O
Partido deve saber tirar proveito das novas tecnologias de
informação e comunicação, para fazer chegar as suas mensagens aos cidadãos.”
O Camarada Presidente
destacou que “É a partir das
suas bases que o Partido pode
estabelecer uma relação orgânica com a sociedade em
geral.”
Nesta conformidade, saudou o Movimento de Revitalização dos Comités de Acção
do Partido que conferiu maior
dinamismo às Organizações de
Base, tendo anunciado a necessidade da criação de Comités de Acção de Sector
(CAS) como nova estrutura que
poderá contribuir para incrementar a actividade organizativa e funcional do Partido na base.
Reconheceu o trabalho
meritório desenvolvido pela
OMA, relativamente à mobilização político-partidária e a luta
que empreende há vários anos
IV
pela emancipação e dignificação da mulher e pela igualdade do género.
Igualmente reconheceu que
a JMPLA, organização juvenil
do Partido tem dado contributo
significativo na valorização da
juventude angolana, tendo sublinhado que a acção da juventude do Partido deve enquadrar-se no esforço geral da sociedade para o resgate dos valores morais e cívicos em colaboração com o Estado, a família, a igreja na educação das
crianças e dos jovens.
O Camarada Presidente referiu que “O MPLA deve prosseguir o seu trabalho na frente
diplomática, estreitando relações de cooperação com os
Partidos amigos e participando
em diferentes eventos internacionais, a fim de trocar experiências, dar a conhecer a realidade do país, tantas vezes deturpada, e ajudar na promoção
da imagem de Angola.”
Sublinhou que “Por mérito
da sua acção diplomática, Angola vai cumprir a partir do início do próximo ano um mandato de dois anos como Membro
Não-Permanente do Conselho
III
Na sessão de abertura, o
Camarada Presidente José
Eduardo dos Santos proferiu
um importante discurso, que foi
assumido como documento orientador para o trabalho do
Partido.
Ao fazer uma resenha histórica sobre a fundação do
MPLA, o Camarada Presidente
frisou: “…o MPLA sempre encarou as mudanças como excelentes oportunidades de
evolução, conseguindo progredir para algo que melhor de-
de Segurança das Nações Unidas, o que lhe permitirá contribuir com a sua experiência
para a procura de soluções
para os graves problemas que
a comunidade internacional enfrenta e para a paz e segurança
no mundo, em particular para a
resolução de conflitos na região
em que se insere, designadamente na África Central e na
Região dos Grandes Lagos.”
Em função do actual contexto económico internacional,
orientou que o MPLA “faça o
acompanhamento de muito
perto da evolução da execução
do Orçamento Geral do Estado
para 2015, a fim de se salvaguardar a estabilidade monetária e financeira e evitar o seu
impacto negativo na vida das
famílias.”
Em relação aos próximos
desafios político-eleitorais considerou que “uma boa planificação e organização das nossas tarefas é meio caminho
andado para o sucesso.”
Finalmente, o Camarada
Presidente indicou as tarefas
que o MPLA tem pela frente
nos próximos dois anos, que
incluem:
O V Congresso Extraordinário aprovou o seu Regulamento e os órgãos internos,
designadamente, a Presidência, a Comissão de Mandatos,
o Secretariado e a Comissão
de Redacção.
De igual modo o Programa
de Trabalho e constituiu quatro
Comissões que apreciaram os
documentos constantes da sua
Agenda.
V
O V Congresso Extraordinário regeu-se pela seguinte
Agenda de trabalho:
1. Apreciação do Relatório
do Comité Central.
2. Apreciação do Projecto
de Tese “Melhoramento da Vida Interna do Partido e Maior
Inserção do MPLA na Sociedade”.
3. Apreciação do Projecto
de Tese “O MPLA e os Desafios
Político-Eleitorais”.
4. Apreciação das Propostas de Ajustamentos Pontuais
aos Estatutos do MPLA.
5. Aprovação dos documentos finais:
a) Moção de Apoio;
b) Moção de Agradecimento.
c) Resolução Geral.
VI
1. SOBRE O RELATÓRIO
DO COMITÉ CENTRAL
O V Congresso Extraordinário aprovou com emendas o
Relatório do Comité Central,
bem como as conclusões e
recomendações da Comissão
que o apreciou.
Os delegados reconhecem
a amplitude das acções desenvolvidas pelo Partido e pelo
Estado no período de 2011 a
2014 e consideram importante
destacar no quadro do desempenho dos Órgãos do Partido e
do Estado o seguinte:
a) Em 2009, o MPLA realizou o VI Congresso Ordinário
que, para além de eleger a Direcção, aprovou a Moção de
Estratégia do Líder.
b) Em 2010, foi aprovada a
Constituição da República de
Angola e, na sequência, deu-se
início ao processo de conformação da restante legislação;
c) Em 2011, realizou-se o IV
Congresso Extraordinário que
aprovou a estratégia com vista
Continua na página 6
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Continuação da página 5
a participação do Partido nas
eleições gerais de 2012, tendo
obtido 71,84% dos votos, correspondentes a 171 assentos no
Parlamento;
d) O Movimento de Revitalização dos Comités de Acção do Partido (CAPs) iniciado
em 2013, revelou-se num importante mecanismo de reforço
da organização interna, tendo,
com o processo de desdobramento, permitido um maior controlo dos militantes e uma nova
dinâmica no funcionamento
das Organizações de Base do
Partido;
e) Nesse contexto e no
âmbito da acção política do
Partido reafirma-se que os
CAPs desempenham um papel
preponderante na sensibilização e mobilização dos cidadãos, por estarem na linha da
frente. Assim, deve-se prestar
uma maior atenção ao funcionamento das estruturas de base do Partido, da OMA e da
JMPLA, visando potenciar a
sua eficácia, tornando-se imperioso reiterar que todo militante
deve estar vinculado a um Comité de Acção do Partido;
f) Assim, no intuito de lograr
um funcionamento mais harmonioso dos Comités de Acção
do Partido e permitir um melhor
desempenho dos militantes,
torna-se imperiosa a criação de
um Regulamento de Organização e Funcionamento destes.
g) O Plano de Marketing
Político-Eleitoral 2010-2014
constituiu um dos elementos
que contribuiu para a vitória do
MPLA nas eleições gerais de
2012.
h) A actividade legislativa e
a interacção permanente entre
as estruturas do Parlamento e
os Auxiliares do Titular do Poder Executivo, contribuíram para a aprovação de vários diplomas legais e resoluções sobre diversas matérias;
i) A aprovação, pela primeira
vez, na história do país das
contas gerais do Estado, dos
exercícios económicos 2011 e
2012, constituiu um marco importante neste período;
j) O Grupo Parlamentar do
MPLA intensificou o contacto
com o eleitorado no intuito de
proporcionar uma maior proximidade com os cidadãos, tendo-se destacado a realização
de visitas a todos os municípios
do país e de jornadas parlamentares com o objectivo de
capacitar os Deputados em
matérias relevantes para a sua
actividade legiferante;
k) Com base no Programa
de Governo sufragado pelo
povo nas eleições, o Executivo
aprovou e iniciou a execução
do Plano Nacional de Desenvolvimento (PND) 2013-2017,
bem como o Plano Nacional de
Formação de Quadros para o
período 2013-2020;
l) No âmbito do Plano Nacional de Desenvolvimento, foi
definido um conjunto de Programas Específicos com vista à
melhoria do bem-estar social
dos angolanos, tais como: Pro-
grama de Combate à Fome e à
Pobreza, Água para Todos, Reforma da Administração do Estado, Municipalização dos Serviços de Saúde, Programa de
Fomento Habitacional, entre
outros.
m) A infra-estruturação de
Pólos Industriais, a elaboração
do Programa de Industrialização do país, a realização do
Primeiro Censo da Indústria e o
Programa de Fomento da Indústria Rural, certamente, contribuirão para o reforço da economia nacional;
n) No quadro da diversificação da economia nacional,
foi definido um conjunto de projectos prioritários que constam
de programas dirigidos para as
Cadeias Produtivas da Indústria de Cimento, Têxtil, Bebidas
e Produtos Alimentares, Produção de Açúcar e Etanol e de
Transformação de Cereais;
o) O sector da educação registou um crescimento significativo com a matrícula de
6.929.399 alunos e um total de
184.957 professores no ano
em curso, tendo sido realizado
o balanço da implementação
da reforma educativa, cujos resultados permitem corrigir as
insuficiências e melhorar a qualidade do sector da educação;
p) O Ensino Superior conheceu igualmente um crescimento significativo em termos
de expansão, com a criação de
seis novas Universidades Públicas, integradas em sete regiões académicas. Das 71 instituições que conformam a rede,
estão em funcionamento 62,
das quais 40 privadas;
q) A situação deste subsistema de ensino mereceu igualmente uma profunda reflexão
da direcção do Partido, tendo
sido orientadas medidas e acções concretas que visam melhorar a sua organização, bem
como a melhoria das instituições;
r) Reconhecendo os benefícios da prática da educação
física e do desporto para o
bem-estar da pessoa humana,
o MPLA estimula a promoção e
a massificação do desporto a
partir da mais tenra idade.
s) Neste particular, preocupados com o actual estádio do
desporto em geral e do futebol
em particular, por se tratar da
modalidade mais popular por
um lado e aos significativos
investimentos, por outro, os
delegados ao V Congresso
Extraordinário recomendam
uma profunda reflexão com
vista a melhorar os níveis de
desempenho e catapultar o
país para posições aceitáveis a
nível regional e internacional.
t) O MPLA reafirma o princípio da defesa de um Estado
Democrático de Direito. Tal
desiderato implica o aperfeiçoamento e a adaptação permanente do sector da Justiça
e das garantias constitucionais dos cidadãos ao contexto
actual de desenvolvimento de
Angola. É nesta ordem de
ideias que o MPLA orientou
uma Reforma da Justiça
exaustiva e abrangente, conduzida por uma Comissão
competente, nomeada pelo
Presidente da República, que
já realizou inúmeras acções,
6
consubstanciadas na elaboração de várias propostas de
Lei, bem como na implementação de um plano de divulgação e de esclarecimento das
matérias atinentes a esta
importante processo.
VII
2. SOBRE A TESE ‘MELHORAMENTO DA VIDA INTERNA DO PARTIDO E
MAIOR INSERÇÃO DO MPLA
NA SOCIEDADE’
O V Congresso aprovou a
tese “Melhoramento da Vida
Interna do Partido e Maior Inserção do MPLA na Sociedade”
com emendas e reconheceu
que ela é introspectiva e aborda com abrangência e profundidade os aspectos mais relevantes da vida interna do Partido, do Estado e da Sociedade,
recomendando-se que a mesma seja aplicada de forma integral pelas estruturas, dirigentes, responsáveis, quadros e
militantes a todos os níveis.
É relevante destacar algumas referências que confirmam
o estabelecido nos postulados
do Partido, designadamente:
a) No quadro do modelo
económico - economia social
de mercado – definido no Programa do Partido, o Congresso
considera que o Estado deverá
continuar a ser o promotor e
coordenador do desenvolvimento económico e a realizar
investimentos públicos em
infra-estruturas e nas áreas em
que o sector privado não se
mostre disponível, promovendo
ainda o investimento privado
nacional e estrangeiro, com vista o aumento da produção de
bens e serviços, crescimento
do emprego e da riqueza nacional;
b) Com a conquista da paz,
Angola restaurou e consolidou
a democracia multipartidária
realizando eleições consecutivas em 2008 e 2012. Este exercício de democracia permitiu o
reforço da convivência entre as
formações políticas, ampliou a
liberdade de expressão e a
existência de um serviço de comunicação social plural, isento
e responsável;
c) Reconhecendo desde os
primórdios da sua criação que
os desígnios supremos de uma
nação transcendem os interesses das organizações políticas e dos indivíduos de modo
isolado, torna-se importante recordar que em defesa do seu
comprometimento com os valores e princípios fundamentais
do Estado Democrático de Direito, o MPLA continua a defender que “O poder político deve ser exercido com base em
legitimidade política decorrente
do processo eleitoral exercido
nos termos da constituição e da
lei”;
d) O MPLA como Partido da
paz reafirma a sua conduta de
princípio na prática permanente
da tolerância e renova o seu
compromisso em trabalhar com
toda a sociedade na eliminação
do ódio, da discórdia e da desconfiança, visando a prosperidade social da nação angolana;
e) O MPLA reafirma o seu
respeito ao princípio de Estado
laico, estabelecido na Constituição da República de Angola.
Entretanto, tendo em conta os
altos níveis de religiosidade do
povo angolano, assente largamente numa matriz cristã, aprecia com muita atenção o papel
positivo das igrejas angolanas
na promoção de valores contributivos para a formação de
uma sociedade fundada em
valores e princípios de solidariedade e de sã convivência
entre os cidadãos.
f) Nesse sentido, o MPLA
reafirma o princípio de diálogo
permanente com as igrejas angolanas reconhecidas e continuará a contribuir no reforço de
mecanismos de cooperação no
domínio da educação e ensino,
da saúde e da assistência e
reinserção social;
g) Atendendo a preocupação do Partido e do seu líder
em relação aos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria,
o V Congresso Extraordinário
reitera a necessidade de se
aperfeiçoar os meios e mecanismos para atendimento dos
seus desígnios;
h) A família como célula fundamental da sociedade, continua a merecer prioridade absoluta na estratégia política do
MPLA. Em relação à política
para a Igualdade e Equidade
do Género, foram desenvolvidas actividades com vista à
igualdade de Género, o Combate à Violência, o desenvolvimento das Competências Familiares, o apoio às Parteiras
D e z e m b r o
Tradicionais, o apoio à organização de Associações e Cooperativas de Mulheres e Jovens, o apoio ao Desenvolvimento Comunitário no Meio
Rural, bem como acções de
potenciação das mulheres na
educação e formação, saúde,
emprego, acesso às Tecnologias de Informação e Comunicação e o aumento dos rendimentos das famílias, garantindo o acesso ao Micro Crédito e
a participação das Mulheres na
tomada de decisão nas esferas
privada e pública.
VIII
3. SOBRE A TESE ‘MPLA
E OS DESAFIOS POLÍTICOELEITORAIS’
O V Congresso Extraordinário aprovou com emendas a
Tese “ O MPLA e os Desafios
Político-Eleitorais” constituindose num dos instrumentos mais
importantes para a preparação
do Partido para os próximos
desafios eleitorais, uma vez
que o mesmo evidencia o posicionamento do MPLA sobre as
principais questões a volta da
organização e realização dos
processos eleitorais, desde a
perspectiva apontada na Constituição da República até ao
envolvimento das instituições e
dos cidadãos nas mesmas.
O MPLA considera que o
papel dos Partidos Políticos e
coligações de Partidos concorrentes às eleições, não deve
limitar-se apenas à apresentação de candidaturas ou dos
seus programas e manifestos
eleitorais, mas sobretudo evidenciar companhas de mobilização que concorram para a
elevação da consciência política, cívica e social dos cidadãos, de um modo geral, e dos
eleitores em particular, pugnando pelo apelo ao respeito pela
diferença, pelas instituições
democráticas, pela não violência e vandalismo e pela
adopção de uma postura de
urbanidade tal como consagrado no código de conduta eleitoral.
É relevante destacar algumas recomendações constantes do Relatório, designadamente:
a) Prestar uma atenção
especial à preparação das
estruturas do Partido, a todos
os níveis, cuidando sempre de
adoptar as orientações concretas e pertinentes para cada
etapa ou fase de intervenção
rumo aos pleitos eleitorais, de
acordo com a realidade de
cada localidade ou com os
objectivos a alcançar no momento.
b) Cuidar de uma maior
qualificação e domínio das matérias eleitorais, por todos os
integrantes dos órgãos da
administração eleitoral, conferindo-lhes uma capacidade
ímpar, não apenas de interpretação e aplicação das leis, mas
sobretudo de execução e cumprimento exitoso das tarefas
eleitorais a que estão vinculados.
c) Aprofundar a formação
d e
2 0 1 4
ESPECIAL - CONGRESSO
sobre as autarquias, com a promoção e educação dos militantes e da população sobre
essa nova forma de participação directa dos cidadãos na
vida pública e que a institucionalização, no futuro, das autarquias locais tenha em conta os
princípios da aproximação dos
serviços essenciais aos cidadãos;
d) Continuar a defender
uma postura eleitoral que evidencie os valores do Socialismo Democrático, nomeadamente a justiça social, o humanismo, a liberdade, a igualdade
e a solidariedade.
e) Continuar a defender os
sistemas eleitorais que assegurem a paz e a estabilidade
político-social e que reforcem a
democracia multipartidária
f) Continuar a defender o
sistema maioritário para a escolha do Presidente e do Vice
Presidente da República e o de
representação proporcional para a escolha dos Deputados ao
Parlamento.
g) Na definição do quadro
jurídico-legal de organização
dos processos eleitorais, deve
haver uma auscultação aos
cidadãos, para que as leis
sejam aplicáveis e facilitem a
sua compreensão pelos cidadãos, sobretudo das zonas rurais.
h) Recomendar uma discussão ampla sobre o papel e participação patriótica da sociedade civil nos processos eleitorais;
IX
4. SOBRE OS AJUSTAMENTOS PONTUAIS AOS
ESTATUTOS
O V Congresso Extraordinário decidiu aprovar e introduzir nos Estatutos do Partido
ajustamentos nos seguintes
domínios:
a) Nulidade e anulabilidade
das decisões e deliberações;
b) Criação e extinção de Órgãos e Organismos do Partido;
c) Denominações das Organizações de Base;
d) Outras Organizações;
e) Reuniões das Conferências Intermédias;
f) Congresso Extraordinário;
g) Interrupção do mandato;
h) Cargos de responsabilidade política;
i) Outras organizações sociais.
X
O V Congresso Extraordinário decidiu ratificar a decisão
do Comité Central, de 07 de
Fevereiro de 2014, em realizar
o VII Congresso Ordinário do
MPLA em 2016 com a correspondente renovação de mandatos, nos termos dos Estatutos do Partido.
XI
O V Congresso Extraordinário saúda os Partidos amigos
e irmãos, designadamente o
ANC, FRELIMO, SWAPO,
PAIGC e Partido dos Trabalhadores pelas vitórias alcançadas
nas eleições gerais recentemente realizadas na África do
Sul, em Moçambique, na
Namíbia, na Guiné-Bissau e no
Brasil, respectivamente.
XII
Em saudação a realização
do V Congresso Extraordinário,
foram recebidas mensagens de
felicitações de organizações,
instituições e entidades.
Na sessão de encerramento
a JMPLA proporcionou aos delegados uma efusiva saudação
e procedeu a leitura de uma
mensagem em que reafirma o
seu engajamento na concretização dos propósitos do MPLA
em relação a juventude.
De igual modo, as delegações das províncias presentes ao Congresso, procederam a entrega de ofertas que
foram recebidas pelo Camarada Presidente José Eduardo
dos Santos.
O V Congresso Extraordinário aprovou os seguintes
documentos finais:
a) Moção de apoio ao Camarada
Presidente
José
Eduardo dos Santos;
b) Moção de Agradecimento
à todos quanto contribuíram
para a realização com êxito do
7
V Congresso Extraordinário;
c) Resolução Geral.
O acto de encerramento foi
presidido pelo Camarada Presidente José Eduardo dos Santos, que apresentou mais um
importante discurso orientador
para a actividade do MPLA no
futuro imediato.
XIII
CONSIDERAÇÕES FINAIS
1. O V Congresso Extraordinário do MPLA fez uma abordagem profunda sobre a vida
interna do Partido, dando realce a consolidação e ao prosseguimento do Movimento de
Revitalização dos Comités de
Acção do Partido com vista ao
reforço da capacidade organizativa como condição indispensável para um maior desempenho do Partido nos próximos
desafios políticos e a sua maior
inserção na sociedade.
2. Igualmente, o V Congresso Extraordinário do MPLA considerou importante o fortalecimento do trabalho ideológico,
tendente ao reforço da unidade
no seio do Partido e muito particularmente na compreensão
dos fenómenos políticos e ideológicos que se apresentam a
cada momento.
3. Os Relatórios de Actividades do Comité Central, a serem submetidos aos Congressos, deverão conter uma perspectiva crítica para permitirem
melhor avaliação e impacto das
realizações.
4. Os relatórios das Comissões aprovados neste Congresso, constituem parte integrante da presente Resolução
Geral.
5. Tal como referiu o Camarada Presidente na sessão de
abertura, “Hoje e sempre o
MPLA defenderá os interesses
do povo angolano. Esta é a
nossa responsabilidade como
militantes perante a História.”
MPLA – REVITALIZAR AS
ESTRUTURAS PARA FORTALECER O PARTIDO
PAZ, TRABALHO E LIBERDADE
A LUTA CONTINUA
A VITÓRIA É CERTA
LUANDA, 6 DE DEZEMBRO
DE 2014.
O V CONGRESSO EXTRAORDINÁRIO”.
D e z e m b r o
ESPECIAL - CONGRESSO
d e
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O ponto mais alto da sessão de encerramento foi preenchido pelo discurso do Camarada Presidente José Eduardo dos Santos
“Três dias de intensa actividade,
durante os quais os Delegados
puderam intervir com
liberdade,
responsabilidade
e espírito crítico”
Eis o discurso na íntegra:
“Camarada vice-presidente do MPLA,
Camarada secretário-geral,
Camaradas delegados,
Ilustres convidados,
Minhas senhoras e meus
senhores,
É com a consciência do
dever cumprido que encerramos hoje os trabalhos do V
Congresso Extraordinário do
Partido, que decorreu num clima de grande abertura e camaradagem.
A resolução geral que acabamos de ouvir diz tudo, vou
correr o risco de fazer algumas repetições, mas neste
caso, o que abunda não prejudica.
Foram, de facto, três dias
de intensa actividade, durante
os quais os Delegados puderam intervir com liberdade, responsabilidade e espírito crítico
sobre os temas em discussão,
contribuindo para o aprofundamento e enriquecimento dos
mesmos.
Ficou, assim, uma vez mais
comprovado o espírito militante
com que os membros do MPLA
analisam não só a situação interna do Partido, mas também
os problemas reais do país,
com vista a superá-los.
Para o nosso Partido, o
Congresso é sempre um momento de aprendizagem e de
fortalecimento político.
Neste Congresso, isto foi
proporcionado pela reflexão,
análise e votação das Teses
que serviram de base às Resoluções do Partido que, por
sua vez, definem a orientação
para a sua acção política futura.
Por isso, o Partido sai deste
Congresso mais forte, mais
coeso e disposto a incrementar
as suas acções, para vencer
nos próximos anos os novos
desafios que tiver de enfrentar.
Vamos, pois, trabalhar no
sentido de revitalizar as estruturas para fortalecer o Partido,
imprimindo um novo vigor militante às Organizações de Base, através das quais o Partido
se insere na sociedade.
Por essa razão, neste Congresso insistiu-se na necessidade de se fortalecer e ampliar
a base militante do MPLA,
transformando as Organizações de Base em eixos fundamentais da sua actividade e da
vida do Partido.
É fundamental que o MPLA
mantenha a sua base organizacional sólida e concreta.
Na verdade, encaramos as
Organizações de Base como
sendo o primeiro instrumento
para desenvolver a acção
política junto do povo em geral
e do eleitorado, em particular.
O Partido consegue obter
melhores resultados e influenciar, educar e consciencializar,
se a sua acção se desenvolver
a partir das suas bases.
Este Congresso permitiunos concluir também que as
Organizações de Base, isto é,
os Comités de Acção do Partido devem ser organismos
vivos e dinâmicos, que aplicam
as directrizes e orientações superiores de forma criativa, desenvolvendo a sua actividade
tendo em conta os seguintes
marcos:
Trabalhar para mobilização
política de todo o povo e dos
quadros, em torno dos problemas que mais afectam as
áreas onde estão implantados;
Trabalho de propaganda,
devendo as suas estruturas de
base ter sempre materiais de
divulgação e de comunicação e
ser cada militante um agente
difusor da política do Partido.
O militante deve ser o primeiro a desmentir as calúnias e
ataques lançados sobre o
Partido;
Promover o trabalho de
re crutamento de novos membros;
Trabalho de formação e
educação política, no espírito
dos princípios e valores do
MPLA, isto é, da sua ideologia.
As principais conclusões
deste V Congresso Extraordinário apontam também para a
necessidade da aplicação do
princípio da renovação e continuidade da Direcção em todos
os escalões, garantindo uma
maior democratização das
suas variadas estruturas e também um melhor acompanhamento da execução das suas
orientações para a governação
do país.
Neste contexto, temos de
dedicar uma especial atenção
à disciplina, à atitude e ao
comportamento dos nossos
militantes perante o cumprimento dos compromissos
assumidos e no respeito pelos
Estatutos e regulamentos do
Partido.
8
Aqui neste V Congresso
Extraordinário, assumimos com
coragem uma posição crítica,
reconhecendo alguns dos erros
e limitações registados na
actividade desenvolvida pelo
Partido, fruto de uma certa burocratização e acomodação.
Esta atitude torna-nos mais
fortes e preparados para enfrentar os problemas e aumenta a nossa credibilidade na hora
de fomentarmos o diálogo com
os militantes, amigos e simpatizantes do MPLA e com a sociedade, criando um quadro mais
propício para o reforço da democracia participativa.
Desejo que os militantes do
nosso Partido tenham uma
conduta exemplar no respeito
pelo património público e pela
propriedade privada e que sejam os primeiros a exigir transparência em todos os actos de
gestão.
Neste sentido, podemos
começar a reflectir sobre a possibilidade de adoptarmos, no
futuro, um Código de Ética
Partidária, que estabeleça a
postura individual dos militantes, as relações entre si e
com o seu meio social e a sua
conduta no local do trabalho e
no seio da família.
Que o nosso Partido continue a ser o principal instrumento de luta dos angolanos
para a afirmação da sua liberdade e dignidade e a principal
referência moral da sociedade
e continue a ter, por mérito
próprio, a confiança do povo
angolano.
Eu penso que só o MPLA
está capaz de dar resposta a
todos os problemas que ainda
afligem o nosso povo e a construir o futuro de paz e prosperidade para todos.
Eu agradeço a presença de
todos os convidados do MPLA
ao Congresso que tornaram
mais rica a moldura humana
deste lugar e gratificante o convívio e intercâmbio com os nossos Delegados.
Agradeço também todos
aqueles que contribuíram para
o êxito deste Congresso.
VIVA O MPLA!
VIVA O POVO ANGOLANO!
VIVA ANGOLA!”
D e z e m b r o
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ESPECIAL - CONGRESSO
Actividade intermédia
A
té aqui, apresentamos os elementos orientadores saídos
do V Congresso Extraordinario do MPLA, mas entre a abertura e o encerramento, houve uma entusiástica participação dos
militantes e de convidados em momentos que também importa mencionar. Como tal trazemos de imediato um postal dos principais painéis
discutidos.
Assim, os trabalhos decorreram fundamentalmente em quatro comissões, sendo que a primeira analisou o “Relatório do Comité Central do
MPLA”, a segunda ficou com a “Tese sobre o Melhoramento da Vida
Interna do Partido e a Sua Maior Inserção na Sociedade”; a terceira ficou
com a incumbência de analisar a “Tese sobre o MPLA e os Desafios
Eleitorais” e a quarta analisou os “Ajustamentos Pontuais aos Estatutos
do Partido”.
Moção
O
s delegados ao V
Congresso Extraordinário do MPLA, reunidos de 4 a 6 de Dezembro de
2014, no Centro de Conferências de Belas em Luanda ,
sob o lema “ MPLA- Revitalizar
as Estruturas para Fortalecer o
Partido”, decidiram por unanimidade:
1- Enaltecer o Camarada
José Eduardo dos Santos, Presidente do MPLA, da República
de Angola e Titular do Poder
Executivo, pelo esforço que
vem empreendendo na condução dos destinos do Partido
e da Nação, na preservação da
independência e da integridade
territorial, na consolidação da
paz, da unidade, da reconciliação nacional e do reforço da
democracia, como garantia do
bem-estar social dos angolanos e construção do Estado
Democrático de direito;
2- Incentivar o Camarada
Presidente para prosseguir
com as políticas macroeconómicas, tendo em conta a queda
do preço do barril do petróleo a
fim de salvaguardar a estabilidade monetária e financeira do
país e evitar o impacto negativo
na vida das famílias;
3- Apoiar o empenho pessoal do Camarada Presidente
José Eduardo dos Santos, pela
realização com êxito dos fóruns
nacionais de auscultação da juventude e da mulher rural,
assim como pelos resultados
do Censo Geral da População
e Habitação, iniciativas que vão
permitir a redefinição das politicas públicas, em particular as
referentes à redução da pobreza e ao combate a fome.
4- Felicitar o Camarada Presidente José Eduardo dos santos pela estratégia diplomática
desenvolvida que culminou
com a eleição de Angola a
Membro Não Permanente do
Conselho de Segurança das
Nações Unidas para o biénio
2015/2017, colocando o nosso
país numa posição de destaque na conjuntura política internacional:
5- Encorajar o Camarada
Presidente José Eduardo dos
Santos, a prosseguir com os
esforços em prol da estabilidade e da paz em África em
particular para a resolução de
conflitos na África Central e na
Região dos Grandes Lagos.
MPLA-Revitalizar as Estruturas para Fortalecer o
Partido
Paz, Trabalho e Liberdade
A luta Continua
A Vitória é Certa.
Homenagem ao Fundador da Nação
Durante o seu discurso na sessão de abertura (04/12) para mais de
dois mil delegados e convidados, o Camarada Presidente
José Eduardo dos Santos mencionou o nome de Agostinho Neto
com destaque pela sua trajectória histórica de sucesso.
“Nesse período, que vai do
início dos anos 60, até fins dos
anos 70, é da mais elementar
justiça destacar a figura enorme e incontornável do saudoso
Presidente António Agostinho
Neto, pelo seu indefectível patriotismo e amor ao povo, pela
sua capacidade de liderança e
pela forma como soube manter
acesa, no coração e na mente
de todos os angolanos, a
crença na vitória” declarou o
Presidente.
Na sua origem, o MPLA
teve de se assumir como uma
frente ampla, porque o combate contra um inimigo comum exigia a unidade de todas as forças verdadeiramente nacionalistas, como
condição fundamental para a
vitória.
Mas já nessa época, o
MPLA defendia ideias que projectavam luz para o futuro e
não permitiam pactuar com as
forças opressoras, que subjugavam o nosso povo.
No seu Programa Maior, já
se defendia um ‘regime republicano, democrático e laico para
Angola’ e um ‘regime eleitoral
baseado no sufrágio universal,
igual, directo e secreto’ e se expressava ‘a garantia da liberdade de expressão, de consciência e de culto, da liberdade
de imprensa, reunião, associação, etc., para todo o povo angolano’.
Não admira pois, que o
MPLA tenha marcado decisivamente a história da Luta de
Libertação Nacional, não só em
Angola e em África, mas também noutras paragens do Mundo, conseguindo sintetizar de
forma criadora, os fundamentos de um nacionalismo de
novo tipo, progressista e transformador.
Nas duas primeiras fases
que atravessou, o MPLA-Movimento venceu inúmeras batalhas e vicissitudes, até erguerse, graças ao ‘sangue heróico
dos seus filhos, a bandeira da
9
Independência Nacional, passando a seguir pelo exercício
do Poder Popular, que permitiu
a “Resistência Popular Generalizada” contra as invasões externas e a manutenção da integridade territorial e da unidade
nacional.
A comprovar a capacidade
de evoluir para novas direcções,
mantendo-se protagonista do
próprio destino, o MPLA proce-
deu, numa terceira fase, em
1990, à sua refundação como
Partido de Massas e de Quadros, adequando o seu Programa e Estatutos à conjuntura
nacional e internacional.
Deste modo, acabou por
conquistar a paz, encetar a reconciliação e a reconstrução nacional e criar as bases para o
actual desenvolvimento acelerado do País.
D e z e m b r o
ESPECIAL - CONGRESSO
Mensagem da OMA
A Organização da Mulher Angolana (OMA) reafirmou (04/12),
em Luanda, durante a abertura do V Congresso Extraordinário
do MPLA, o seu apreço, pela brilhante iniciativa do Camarada
Presidente José Eduardo dos Santos, de auscultar a mulher rural,
pelo seu contributo para o sustento das famílias.
N
a sua mensagem de
saudação aos congressistas, apresentada pela secretária-geral adjunta
da OMA, camarada Isabel
Malunga, anunciou a sua disposição de continuar a afirmarse como forte sustentáculo do
MPLA e peça fundamental para
a educação, mobilização e sensibilização das mulheres, para
a realização dos seus ideais.
CAMARADA
JOSÉ
EDUARDO DOS SANTOS,
PRESIDENTE DO MPLA E DA
REPÚBLICA DE ANGOLA;
CAMARADAS MEMBROS
DA DIRECÇĀO DO PARTIDO
E DO GOVERNO;
QUERIDAS DELEGADAS
E DELEGADOS;
ESTIMADOS
DAS;
CAMARA-
ILUSTRES CONVIDADOS.
MINHAS SENHORAS E
MEUS SENHORES
Permita-me que aproveite
esta soberana ocasião, em que
se realiza o V Congresso Extraordinário do MPLA, para em
nome da camarada Luzia Inglês Van-Dúnem “Inga” secretária-geral da OMA e no das
militantes enquadradas na
OMA, dirigir uma saudação
muito especial a todas as delegadas e delegados a este
magno evento.
A realização deste memorável Congresso, acontece
num momento singular em que
revisitamos o 10 de Dezembro
de 1956, data que figura com
letras de ouro nos anais da
História de Angola, pois representa o grito de liberdade que
galvanizou o povo para a luta
contra o colonialismo português, transformando-se no
símbolo para as aspirações de
Independência proclamada solenemente pelo saudoso Presidente Dr. António Agostinho
Neto, a 11 de Novembro de
1975.
Estimadas delegadas e
delegados
A OMA, orgulha-se pelo
facto do nosso Partido, ao
longo deste período, ter liderado o processo que conduziu a
Independência Nacional, a preservação da integridade territorial, soberania nacional, consolidação da paz, reconstrução
nacional e a instauração da democracia.
A nossa organização, manifesta-se profundamente satis-
feita pelo facto do MPLA ter
sabido reconhecer e respeitar
os direitos das mulheres, traçando políticas credíveis que
asseguram a efectiva emancipação e promoção da mulher,
garantindo a igualdade de direitos e de oportunidades na educação e no emprego, bem como a sua participação na vida
política, económica, social e
cultural.
Neste sentido, a OMA manifesta a sua disposição de continuar a afirmar-se como forte
esteio do MPLA e peça fundamental para a educação, mobilização, e sensibilização das
mulheres para a realização dos
ideais políticos do MPLA, primando pelo crescimento da
sua base militante, elevação da
formação política, ideológica e
profissional e defesa dos seus
direitos para a sua promoção
de forma a dar a sua contribuição equitativa em todas as
áreas do saber para o desenvolvimento socio-económico do
País.
fortaleçam cada vez mais o
nosso Partido para continuar a
servir os angolanos.
Caros Camaradas
Numa altura em que os
resultados do Censo geral da
População e Habitação apontam que 52 por cento da população são mulheres, assumimos aqui o nosso compromisso
de continuarmos a desenvolver
um papel mais activo no resgate dos valores éticos, culturais e morais, na exaltação da
cidadania e na promoção de
uma cultura de paz.
Reforçaremos as acções de
alfabetização através das
brigadas “Deolinda Rodrigues”,
e a mediação de conflitos, por
via do fortalecimento dos centros de aconselhamento jurídico, visando a coesão no seio
da família.
É nosso desejo, enquanto
guardiãs da moralidade, continuar a ser as promotoras para
que cada família se converta
num lugar de serenidade, de
paz, de diálogo e de partilha de
afectos, contribuindo desta forma para a construção de uma
sociedade sã.
Aproveitamos esta ocasião, para uma vez mais, reconhecer o empenho pessoal
do nosso líder, o Camarada
Presidente José Eduardo Dos
Santos, na promoção de políticas públicas que visam a
igualdade no género e a dignificação e valorização da
mulher angolana.
Na certeza de que militantes, simpatizantes e amigas da
OMA continuem unidas em
torno dos propósitos do nosso
Partido, fazemos votos que as
decisões deste magno evento
VIVA O MPLA
VIVA O CAMARADA PRESIDENTE JOSÉ EDUARDO
DOS SANTOS
VIVA A OMA
VIVA AS MULHERES ANGOLANAS
VIVA A JMPLA
A LUTA CONTINUA
A VITÓRIA É CERTA.
MUITO OBRIGADA
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ESPECIAL - CONGRESSO
Mensagem da JMPLA
Excelência Camarada Presidente José Eduardo dos
Santos;
Distintos Camaradas Delegados;
Caros convidados;
Minhas senhoras e meus
senhores;
É com grande honra que
tomamos a palavra para em
nome dos militantes, quadros e
dirigentes da JMPLA, saudar o
V Congresso extraordinário do
MPLA.
Desde o seu processo orgânico, nível de organização,
qualidade dos debates e o conteúdo dos temas abordados, ficou mais uma vez evidente que
o MPLA é o Partido mais representativo e mais directamente
ligado aos anseios e vivências
do povo angolano, nos cerca
de 58 anos da sua existência.
Em Outubro deste ano, a
JMPLA realizou o seu VII Congresso Ordinário, que analisou
o estado de funcionamento, renovou o mandato dos seus órgãos e actualizou os seus conteúdos de trabalho, sob o lema
"Paz e Patriotismo, Rumo a um
futuro melhor".
Destacamos neste domínio,
a distinção e a homenagem
principal feita pela Federação
Mundial da Juventude Democrática, ao Camarada Presidente José Eduardo dos Santos, com a atribuição de uma
menção honrosa, pela trajectória política, papel decisivo
desempenhado na conquista
da paz para Angola e a estabilidade política em África.
Camarada Presidente, caros presentes;
Nos marcos históricos da
JMPLA, a Comissão de Reestruturação então criada foi um
momento determinante para
continuação da afirmação da
JMPLA.
Há pouco menos de um
mês, perdemos o seu então
Coordenador, o camarada
Afonso-Van-Dúnem "Mbinda".
É justo que em sua homenagem, neste evento, reafirmemos o contributo substancial
do camarada Mbinda, no trabalho em prol da dignidade da
juventude angolana.
Mantemos o compromisso
de continuar a fazer crescer a
JMPLA, abrangido todos os
extractos da juventude angolana e agradecemos o permanente apoio da Direcção do
Partido em todos os níveis,
para que as nossas estruturas
continuem a implementar os
seus programas e a JMPLA
assumir o papel de vanguarda
no associativismo juvenil angolano, de acordo com os ideais
do MPLA e o exemplo patriótico
do comandante Hoji-ya-Henda,
patrono da juventude angolana.
Camarada Presidente,
As referências de Vossa
Excelência no discurso de
abertura, sobre o trabalho da
JMPLA, agradaram profundamente os militantes e transmitiram maior responsabilidade na
defesa dos problemas da juventude em geral, não apenas
dos militantes da JMPLA. Conte sempre connosco Camarada
Presidente.
Neste domínio, importa realçar que na educação há um aumento significativo do número
de jovens formados e em formação em todos os níveis, incluindo o técnico profissional,
mas apelamos a continuação
dos esforços tendentes à melhoria da qualidade, maior
atenção ao enquadramento
dos professores, aumento das
bibliotecas, mediatecas e laboratórios, atribuição de bolsas
de estudo para estudantes de
mérito, jovens de famílias de
muito baixo rendimento, bem
como maior investimento no
ensino especial para dar oportunidade aos portadores de
deficiência.
O emprego, conhece um
"ciclo crescente" desde o ano
de 2002 e hoje são animadores
os números de postos de trabalho formal criados. Todavia, é
um dos maiores problemas da
juventude e encorajamos o
crescimento económico para
haver mais oferta de emprego,
bem como a formação técnicoprofissional.
Infelizmente, há quem persiste em exigir experiências de
longo tempo de trabalho a um
jovem recém-formado, retirando a oportunidade de ganhar
experiência, trabalhando, que é
o normal. É preciso pôr fim a
esta prática.
Saudamos o esforço exemplar do Executivo na resolução
do problema de habitação para
os jovens em todo o País, nos
vários projectos.
É uma resposta clara às
preocupações apresentadas no
Fórum Nacional da Juventude
e que constam já do Plano Nacional de Desenvolvimento da
Juventude, ambos de iniciativa
do Camarada Presidente; por
isso, defendemos uma distribuição mais criteriosa e organizada, a aceleração do programa de autoconstrução dirigida,
a observação dos 30 por cento
destinados aos jovens e a distribuição' das residências já
construídas nos municípios,
que algumas podem degradarse por não uso.
Caros Camaradas,
A sinistralidade rodoviária
associada ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas, estão a enlutar e prejudicar diariamente as famílias angolanas. A JMPLA vai continuar a
dar o seu contributo, sob o lema "Paz nas estradas", visto
que a maioria das vítimas são
jovens.
Saudamos a criação pelo
Camarada Presidente, do Conselho Nacional de Viação e Ordenamento do Trânsito, e apelamos o engajamento de vários
parceiros sociais no seu funcionamento.
Caros Camaradas,
São várias as questões e
problemas da juventude na
sociedade actual, com a globalização e situações de contexto
totalmente diferentes do passado.
Mas encontramos nas palavras do Líder, a chave de
como devemos encarar o fenómeno, e eu cito "a actuação da
juventude não deve ser isolada
e enquadra-se no esforço que
toda sociedade precisa fazer
para o resgate dos valores mo-
rais e cívicos e será complementar ao papel do próprio
estado, das famílias e da igreja
na educação moral das crianças e dos Jovens". Fim de
citação.
Para terminar, gostaríamos
de reafirmar a expressão do
Líder: "o nosso futuro é de vitória" e a JMPLA esta firme e
determinada para dar o seu
contributo".
Mas no presente, orgulhanos saber que:
-Quem falar de paz, perdão
e unidade nacional em África,
tem que falar de Angola e do
Camarada Presidente José
Eduardo dos santos.
-Quem falar de novas cidades, centralidades, aeroportos, hospitais, estradas, universidades e grandes projectos
em África, tem que falar de
Angola e do seu Presidente.
-Quem falar de cultura, desporto e de solidariedade para
com os outros países e povos
tem que falar de Angola e do
seu Presidente.
-Igualmente, ao falar de
redução da fome e da pobreza
em África, têm que se referir ao
governo angolano, que reduziu
em mais de 70 por cento os
índices de subnutrição humana.
Por isso, os jovens angolanos estão confiantes. Temos
ainda problemas, mas não podemos permitir que desviem as
nossas atenções, com objectivos as vezes pouco claros e
estranhos.
Quem nos olhar pelos nossos recursos naturais, nunca
vai nos conhecer, porque a
maior riqueza de Angola é o
seu povo e a sua juventude em
particular.
JMPLA - Paz e Patriotismo, Rumo a um futuro melhor.
Viva o MPLA;
Viva o Camarada Presidente José Eduardo dos Santos;
De cabinda ao Cunene um
só povo, uma só nação.
"A actuação da juventude não deve ser isolada e enquadra-se no esforço que toda sociedade precisa fazer para o resgate dos valores morais
e cívicos e será complementar ao papel do próprio estado, das famílias e da igreja na educação moral das crianças e dos Jovens".
11
D e z e m b r o
ESPECIAL - CONGRESSO
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Mensagem das Instituições
Ao longo dos trabalhos, foram muitas as instituições, personalidades e militantes que deram
nota dos importantes avanços registados na Organização, quer ao nível do aumento
do número de militantes quer do incremento da actividade das suas organizações sociais.
Participação espiritual
Dom Anastácio Kahango,
Bispo Auxiliar de Luanda afirmou: “Venho informar-vos que
recebi, com prazer, o convite
para a cerimónia de abertura e
encerramento do magno evento. Agradeço a Honra de ser
convidado”.
Além disso, o prelado referiu que “a nossa participação
será espiritual, contribuindo
com a nossa oração ao Senhor,
que ‘ajuda a construir a cidade’
dos angolanos, com o grande
MPLA.
Que o Espírito do Senhor
esteja presente no Centro de
Conferências de Belas. Deus
abençoe Angola – Ámen”.
Secretariado Provincial
do Bié da JMPLA
“O MPLA tem uma trajectória política invejável no
Mundo e em África, muito particularmente em Angola, por ser
o Partido que proclamou a
independência nacional, na voz
do saudoso Camarada Presidente António Agostinho Neto.
Sendo assim, apelamos a
todos os militantes, simpatizantes e amigos da JMPLA e à
juventude em geral a cerrarem
fileiras em torno do Camarada
José Eduardo dos Santos,
Presidente do MPLA e da República de Angola, o Arquitecto
da Paz, timoneiro da Reconstrução Nacional, de modo a
que o País continue a caminhar
para um rumo certo”.
Comité Provincial
do Cunene do MPLA:
“Os militantes do MPLA, na
província do Cunene, saúdam
efusivamente o V Congresso
extraordinário do Partido e
Depoimentos
À margem dos trabalhos, os delegados
e convidados ao V Congresso Extraordinário
do MPLA, exprimiram os seus pontos
de vista sobre o que viram e ouviram.
seus problemas e a construir o
futuro de paz e prosperidade
para todos.
Camarada Joanes André
“Deve-se continuar
a apostar na formação”
O primeiro-secretário do CP
do MPLA do Zaire, camarada
Joanes André, considerou que
a inserção dos militantes na
sua circunscrição é bastante
positiva, mas acha que deve-se
continuar a apostar na formação ideológica, política e administrativa dos membros do Partido, em todas as províncias do
País.
Na sua opinião, o povo da
província tem reconfirmado
mais uma vez que o MPLA é o
Partido que tem ideias concretas destinadas a resolver os
como têm dirigido os destinos
da nossa Pátria.
Cabinda, camarada Aldina da
Lomba, disse que com a realização do Congresso o Partido
ficou reforçado, porque houve
uma ampla discussão sobre a
vida interna da Organização e os
desafios eleitorais para 2017.
“ São grandes as responsabilidades. O MPLA não pretende ter um papel moralista, mas
de educação e sensibilização da
população, para podermos viver
num regime democrático que
estamos a construir. Saímos reforçados com as orientações recebidas” -acrescentou.
conclave, o MPLA torna-se
muito mais forte, face as orientações dimanadas através do
discurso do Camarada Presidente José Eduardo dos Santos e pelo programa de revitalização das estruturas do Partido.
Secretariado Provincial
do Moxico da JMPLA
“Felicita o Camarada Presidente José Eduardo dos Santos, pela forma brilhante e sábia
como tem vindo a dirigir o
Partido, transformando-o, ao
longo das últimas décadas, na
maior e melhor força política do
País e com uma boa projecção
no cenário político internacional”.
aproveitam a ocasião para
reafirmar a sua firme adesão
aos princípios que tornam o
MPLA um Partido comprometido com o bem-estar do
povo angolano.
Com a realização deste
Congresso, os militantes do
Cunene estão certos de que,
sob a direcção do Camarada
José Eduardo dos Santos, o
MPLA reforça o seu estatuto de
garante da paz, da democracia,
da estabilidade e do desenvolvimento de Angola”.
Os Comités Municipais do
Bailundo, da Caála, de Catchiungo, da Chicala-Choloanga,
de Chinjenje, de Ekunha, do
Kwata Kanawa também é
da opinião que o evento demonstrou a vitalidade do Partido e dos militantes em que foram discutidas de uma forma
aberta, todas as questões para
melhorar o funcionamento do
MPLA.
“Alguns aspectos foram críticos é um bom exercício, temos que começar a ver a questão ligada a critica o que se
notou em algumas intervenções que os nossos militantes
fizeram” – acrescentou.
O camarada Norberto dos
Santos, disse ainda que durante o encontro surgiram intervenções que vão ajudar no melhoramento do funcionamento
do Partido a todos os níveis,
sem descurar a preocupação
do Camarada Presidente, em
relação as estruturas de base
do MPLA, porque é na base onde está a força do nosso Partido.
Camarada Norberto dos Santos
“Continuidade das acções
conducentes a uma Angola
cada vez mais próspera”
Por seu turno, o primeirosecretário do CP do MPLA de
Malanje, camarada Norberto
dos Santos “Kwata Kanawa”,
reconheceu que ainda há muito
por se fazer e neste congresso
foi reiterada esta preocupação,
chamando atenção aos dirigentes e militantes do Partido para
a continuidade das acções conducentes a uma Angola cada
vez mais próspera.
Huambo, de Longonjo, de Londuimbale, do Mungo e de Ucuma do MPLA, apoiam incondicionalmente o Camarada Presidente José Eduardo dos Santos, pela forma sábia e clarividente como tem conduzido os
destinos da Nação.
O Comité Provincial do
Cuanza-Norte do MPLA Encoraja o Camarada Presidente
José Eduardo dos Santos e o
Bureau Político, a prosseguirem com a mesma firmeza, dedicação e audácia, pela forma
Camarada Aldina da Lomba
“O Partido ficou reforçado”
Na mesma senda, a primeira-secretaria do CP do MPLA de
12
Embaixadora Cláudia Grace
“Conclave serviu
para abordar aspectos de
grande relevância do País”
Camarada Simão Domingos
“Militantes tiveram
a oportunidade de debater
todos os assuntos”
Pela província do CuanzaNorte, o primeiro-secretário
municipal de Samba-Caju, camarada Simão Domingos António “ Camponês”, disse que o
Congresso foi positivo porque
os militantes tiveram a oportunidade de debater todos os assuntos do Partido, desde altura
da realização do IV Congresso
Ordinário até ao presente.
Para o camarada “Camponês” com a realização deste
Por último, a embaixadora da
Namíbia em Angola, Cláudia
Grace Uushona, felicitou (06/12)
em Luanda, o MPLA pela realização do seu V Congresso
Extraordinário, que na sua visão
poderá trazer bons frutos para
os angolanos.
Falando à imprensa após o
Congresso, Cláudia Grace
Uushona realçou a organização
do mesmo e felicitou igualmente
o Presidente José Eduardo dos
Santos, em nome do povo da
Namíbia e da SWAPO.
Segundo a diplomata, o conclave serviu para abordar aspectos de grande relevância do
País, como a paz, estabilidade e
unidade nacional do povo angolano.
D e z e m b r o
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ESPECIAL - CONGRESSO
Os momentos festivos
O
s congressistas foram
recebidos por um grupo folclórico e ao som
da marimba e muitos delegados aproveitaram para dar um
pé de dança, o que fez com
que a abertura do congresso
fosse um êxito.
Os kitutes da terra com
realce para o que se produz no
campo, aumentavam cada vez
mais o apetite dos delegados
provenientes de todas as províncias de Angola e também do
estrangeiro.
Já na sala principal, cada delegado procurava o seu lugar
sem qualquer dificuldade uma
vez que tudo estava organizado.
Sentados, os congressistas
acompanharam os cânticos
apresentados pelas delegações
ao congresso que se seguiu por
um assalto da organização da
mulher angolana marcado pela
demonstração do trabalho delas
na sociedade.
Um dos momentos alto da
cerimónia de encerramento do V
Congresso Extraordinário do
MPLA, foi o assalto da juventude. Na ocasião a JMPLA apresentou uma retrospectiva os
principais momentos do desempenho governativo do Camarada Presidente José Eduardo dos Santos.
O V Congresso Extraordinário do MPLA, ficou também
marcado por uma demonstração
de que as nossas origens e a
nossa cultura estão bem enraizadas no Partido que dirige
Angola.
Desta feita, José Eduardo
dos Santos, recebeu várias ofertas provenientes de diversas
instituições e estruturas do Partido das dezoito províncias do
País.
Grupo folclórico e ao som da marimba fizeram-se presente
Com a participação de 1967
delegados, dos quais 33 por
cento do sexo feminino, para
além dos 2.126 previstos, o Congresso, por ser extraordinário,
não aplicou desta vez o princípio
da renovação e continuidade,
previstos nos estatutos do Partido.
Assalto da juventude
Camarada Presidente José Eduardo dos Santos, recebeu várias ofertas
Cada delegado procurava o seu lugar sem qualquer dificuldade
JMPLA apresentou uma retrospectiva dos principais momentos
do desempenho governativo do Camarada Presidente José Eduardo dos Santos.
Congressistas acompanharam os cânticos apresentados pelas delegações ao congresso que se seguiu por um assalto
da organização da mulher angolana marcado pela demonstração do trabalho delas na sociedade.
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D e z e m b r o
ESPECIAL - CONGRESSO
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História dos Congressos
O CONGRESSO é o órgão supremo do MPLA,
que determina o carácter e a orientação
ideológica do Partido, ao qual incumbe
apreciar e definir as linhas gerais da política
nacional e internacional, que orientam
a acção e a actividade das estruturas
e dos militantes do Partido, bem como
das organizações sociais e associadas.
1º CONGRESSO
ORDINÁRIO - 1977
2º CONGRESSO
EXTRAORDINÁRIO - 1991
Luanda (04/10 de Dezembro de 1977) - O MPLA realizou
o seu 1º Congresso Ordinário,
altura em que se constituiu em
Partido. O saudoso Camarada
Dr. António Agostinho Neto foi
eleito Presidente do MPLAPartido do Trabalho.
O Congresso aprovou um
novo Programa e Estatutos do
Partido e as resoluções sobre
as teses “Linhas-Mestras do
Desenvolvimento Económico e
Social até 1980”, “A Educação
e Ensino na República Popular
de Angola”, e a “Dos Meios de
Difusão Massiva”.
Luanda (Abril de 1991) –
Esse Congresso foi realizado
em plena fase de transformações profundas na legislação fundamental do país.
O Congresso tomou a decisão, histórica, de preencher
lugares, em aberto no Comité
Central, com militantes de
vários sectores e sensibilidades, para facilitar uma maior
intervenção do Partido nas circunstâncias que se viviam. O
Partido contava com 71 mil e
522 militantes.
1º CONGRESSO
EXTRAORDINÁRIO - 1980
Luanda (17/23 de Dezembro de 1980) - O MPLA-Partido
do Trabalho realizou o seu 1º
Congresso Extraordinário, já
sem a participação do Camarada Presidente Agostinho Neto, falecido a 10 de Setembro
de 1979, por doença.
Liderado pelo Camarada
Presidente José Eduardo dos
Santos, o Partido decidiu instaurar, em Angola, a Assembleia do Povo (Parlamento) e
as assembleias populares provinciais.
2º CONGRESSO
ORDINÁRIO - 1985
Luanda (1985) - O 2º Congresso Ordinário analisou a
situação política económica e
social do país dos últimos 10
anos de independência e definiu uma nova estratégia. O
Partido contava com 34 mil e
732 membros.
O Congresso viu a necessidade de o Partido elevar a formação política e ideológica dos
seus membros e melhorar a
capacidade de direcção dos
seus quadros.
3º CONGRESSO
ORDINÁRIO - 1990
Luanda (1990) - O MPLAPartido do Trabalho realizou o
seu 3º Congresso Ordinário,
numa altura em que se verificavam transformações políticas, económicas e sociais em
quase todo o Mundo, que tiveram como resultado o desanuviamento da tensão internacional, com o fim da “guerra fria”.
O Congresso efectuou o
balanço do período 1985/1990.
O Partido contava com 65 mil e
362 militantes.
3º CONGRESSO
EXTRAORDINÁRIO - 1992
Luanda (Maio de 1992) – O
3º Congresso Extraordinário
decorreu sob o lema “Reunificação da Família MPLA”.
A partir daí, o Partido passou a designar-se, nova e unicamente, MPLA, voltando a ser
um Partido de massas, democrático e aberto a todos os
angolanos, desde que aceitem
o seu Programa e Estatutos. O
número de militantes crescera
substancialmente, atingindo os
555 mil e 934 militantes.
4º CONGRESSO
ORDINÁRIO - 1998
Luanda (05/10 de Dezembro de 1998) - O Congresso
realizou-se sob o lema “MPLA
FIRME, RUMO AO SÉCULO
XXI”.
No Congresso, que serviu,
também, para clarificar a base
ideológica do MPLA, o Socialismo Democrático, participaram
mil e 275 delegados, dos quais
248 mulheres.
5º CONGRESSO
ORDINÁRIO – 2003
Luanda (06/09 de Dezembro
de 2003) - O 5º Congresso Ordinário realizou-se já em clima
de Paz definitiva, alcançada em
04 de Abril de 2002, depois de
uma longa e atroz guerra, que
dilacerou o país.
Sob o lema “MPLA - PAZ,
RECONCIALIAÇÃO NACIONAL E DESENVOLVIMENTO”,
nele participaram mil e 469 delegados, dos quais 412 mulheres.
Luanda (29/30 de Abril de
2011) – Decorreu sob o lema
“MPLA – MAIS DEMOCRACIA,
MAIS DESENVOLVIMENTO” e
visou engajar todos os militantes na preparação e participação nas próximas Eleições
Gerais (31 de Agosto de 2012),
para uma vitória confortável do
Partido e do seu cabeça-delista.
6º CONGRESSO
ORDINÁRIO - 2009
na no Partido e voltou a garantir que a participação do MPLA
na vida política do país seja
feita em prol da satisfação dos
interesses legítimos do povo
angolano.
Nele participaram dois mil e
90 delegados, representando
quatro milhões, 705 mil e 436
militantes de todas as regiões
do país, de diversos credos religiosos, de várias classes e camadas sociais, sem distinção
de raça ou de sexo.
Luanda (07/10 de Dezembro de 2009) - O 6º Congresso
aprofundou a democracia inter-
4º CONGRESSO
EXTRAORDINÁRIO – 2011
Segundo os seus Estatutos, o MPLA pode realizar, no
14
CONFERÊNCIAS
NACIONAIS
1985, 1997 e 2008
intervalo dos congressos,
CONFERÊNCIAS
NACIONAIS, como foros temáticos
para identificar e debater
questões fundamentais da
vida do Partido e do país e reforçar a sua ligação e o fluxo
de informação entre si, os simpatizantes e amigos e a população, de um modo geral.
Após a sua constituição
em Partido (10 de Dezembro
de 1977), o MPLA realizou,
todas em Luanda, três conferências nacionais. A pri meira teve lugar em 1985, a
segunda em 1997 e a terceira
em 2008.
D e z e m b r o
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2 0 1 4
ESPECIAL - 58 ANOS
CELEBRAÇÕES DO 58º ANIVERSÁRIO DO MPL A
Vice-presidente
saúda esforços
dos guerrilheiros
na 1ªa região militar
O vice-presidente do MPLA, camarada
Roberto de Almeida, enalteceu (13/12), em
Caxito, a intervenção prestimosa e o contributo dos guerrilheiros da 1ª região militar,
no processo da luta de libertação nacional.
E
ste sentimento de reconhecimento foi expresso por Roberto de Almeida durante o acto central
das celebrações do 58º aniversário do MPLA que se assinalou a 10 de Dezembro, na província do Bengo.
“Foi nesta zona onde se
refugiaram parte dos patriotas
que participaram no assalto
do 4 de Fevereiro de 1961. Foi
igualmente aqui na 1ª região
militar onde se verificou a chegada do esquadrão Cienfuegos vindo do Congo Brazzaville em 1966”, lembrou o político.
Realçou que a independência é o resultado do esforço de
todos os patriotas que deram o
melhor de si para que hoje sintamos o calor da liberdade
plena.
O vice-presidente do MPLA
considerou justo reconhecer os
feitos de todos aqueles que
deram o melhor de si para libertar o povo angolano neste momento de celebração do partido.
Durante o seu discurso,
Roberto de Almeida fez uma
resenha sobre as diversas etapas de luta do MPLA desde a
luta de libertação nacional que
culminou com a independência
de Angola, a conquista da Paz,
a realização de eleições consecutivas (que simbolizam o
processo democrático), sublinhando que os feitos foram possíveis graças ao MPLA e ao
seu líder José Eduardo dos
Santos.
“Esta é a Angola onde o
MPLA e o camarada presidente
José Eduardo dos Santos estão a promover o desenvolvimento do país, contando com a
contribuição de todos aqueles
que apostam no seu progresso
e desenvolvimento sustentável”, sustentou o político.
Testemunharam o acto central das celebrações do 58º aniversário do MPLA, o primeiro
secretário do comité provincial
do Bengo, João Bernardo de
Miranda, o secretário-geral do
MPLA em exercício, Jorge
Dombolo, a secretária do Bu-
reau Político para as Finanças,
Joana Lina, diplomatas, deputados da Assembleia Nacional, militantes, simpatizantes e
amigos do MPLA.
Entrega de bens
diversos a antigos
guerrilheiros
do Partido
15
Antigos guerrilheiros do
MPLA na província do Bengo
receberam (13/12), em Caxito,
bens diversos entregues pelo
vice-presidente do MPLA, Roberto de Almeida, no âmbito
das celebrações do 58º aniversário do Partido.
Constou da oferta motorizadas,
electrodomésticos,
bem como tractores, alfaias,
enxadas, catanas e sementes
para o fomento da actividade
agrícola nesta região do país.
O antigo combatente do
MPLA do município do Pango
Aluquém, Conceição Paciência Manuel, que recebeu um
kit de electrodomésticos e
motorizadas de três rodas,
disse que a oferta vai facilitar
as suas deslocações da
comunidade para a cidade, de
modo a resolverem com maior
celeridade os problemas que
enfrenta.
Outro beneficiário, Olímpio
Adriano, residente no município
dos Dembos, manifestou a sua
alegria e felicitou o MPLA, por
ter contemplado este donativo
as pessoas que sacrificaram
em prol da nação angolana.
Testemunharam a doação
o primeiro secretário do
comité provincial do Bengo,
camarada João Bernardo de
Miranda, secretário-geral do
MPLA em exercício, Jorge
Dombolo, a secretária do
Bureau Político para as
Finanças, Joana Lina, diplomatas, deputados da As sembleia Nacional.
D e z e m b r o
ESPECIAL - 58 ANOS
d e
2 0 1 4
Marcha dos militantes do MPLA em Luanda
O Comité Provincial de Luanda do MPLA realizou (13/12), no Estádio 11 de Novembro, município de Belas, uma marcha que visou saudar
os 58 anos do Partido e a realização do V Congresso Extraordinário bem como apoio ao Camarada Presidente, José Eduardo do Santos.
O
acto consistiu numa
marcha que agregou
milhares de militantes
do MPLA e homenageou o Presidente José Eduardo dos Santos, pela forma como teu conduzido os destinos do MPLA, de
Angola e dos angolanos, assim
como pela sua intervenção na
arena política internacional.
A vertente política foi dominada pela intervenção do primeiro
secretário provincial do MPLA de
Luanda, camarada Bento Joaquim Sebastião Bento, presenciada por membros do Bureau
Político, dos comités Central,
Provincial, entre outros.
O camarada Bento Bento
manifestou a sua alegria pela
comemoração do aniversário
do Partido, e simultaneamente
pelo facto do acto decorrer no
Estádio 11 de Novembro, pelo
valor histórico e político do
povo angolano.
Segundo ele, o local ostenta o nome simbólico, da data
da proclamação da Independência de Angola e pelo facto
de ter sido o local que, “com
júbilo e satisfação realizou-se
o acto em homenagem ao
candidato do povo, às eleições de 2012”.
Ao relembrar a história do
MPLA, Bento Bento, apontou
que foram 58 anos de luta, de
sacrifício, de resistência popular
generalizada e de história até o
alcance da paz efectiva.
No decurso do acto, o primeiro secretário exortou os militantes a pautarem por um código
de ética e de conduta e serem
exemplares nas suas acções e
atitudes.
“Tão logo saía o código de
conduta, seremos os activistas
para a implementação, com êxito e rigor, deste documento do
partido”, referiu.
que a presença da juventude
visou manifestar o apoio incondicional ao MPLA e o seu líder, o
Camarada Presidente José
Eduardo dos Santos.
O dirigente juvenil saudou
as orientações saídas do V
Congresso já que foram baixadas orientações directas ligadas a formação profissional,
educação política e patriótica
da juventude e intensificação
da acção cívica eleitoral, no
seguimento universitário e no
ensino médio.
De acordo com o ministro
dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, camarada
Cândido Van Dúnem, os 58
anos do MPLA significa o reforço
da maturidade do Partido na
condução dos destinos da Nação.
Acto de massas
brindado com
aspectos culturais
Ao fazer uma breve resenha
do recém terminado V Congresso Extraordinário elogiou o trabalho realizado pelos delegados
que representaram os militantes
e foram fieis portadores das preocupações dos militantes da
província durante o conclave.
Em resultado disso, garantiu
que o Partido em Luanda continuará com a elevação da capacidade de mobilização dos comités de acção, por formas a estarem a altura de sensibilizar,
acompanhar os problemas das
populações e, inclusive, entrosar
com as estruturas administrativas.
A marcha contou com a presença de cerca de 700 mil militantes, e membros das estruturas de base da OMA e da
JMPLA, que vestidos das cores
vermelha, preta e amarelo,
embelezaram as várias artérias
da província de Luanda.
Os participantes
Para o primeiro secretário
municipal do MPLA do Belas,
camarada Costa Gabriel, a
sua direcção vai começar a
partir do próximo ano a trabalhar na divulgação das conclusões saídas do V Congres-
16
so, que defende a unidade entre os angolanos em torno de
uma só bandeira.
O político salientou que nesses 58 anos do MPLA, o Partido
deu provas irrevogáveis do trabalho sociopolítico que está a
realizar e que é visível no crescimento e desenvolvimento de
Angola.
Relativamente a situação do
MPLA após o congresso, precisou que o Partido está mais
forte, coeso, dinâmico e actuante, pronto para os desafios do
país.Já o primeiro secretário
provincial de Luanda da JMPLA,
camarada Tomás Bica, disse
Aspectos políticos e culturais
dominaram o acto de massas
realizado pelo Comité Provincial
do MPLA em Luanda, com vista
a comemorar o 58º aniversário
da fundação do partido, assinalado a 10 do corrente mês, bem
como o seu V Congresso Extraordinário.
A vertente cultural incidiu
na exibição dos músicos Walter e Nicolás Ananás, Bessa
Teixeira, Leo, Jivago, Maya
Zuda, entre outros nomes sonantes da música angolana,
numa simbiose entre a nova e
a velha geração, que colocou
aos gritos os militantes e simpatizantes do MPLA, que se
dirigiram ao Estádio 11 de
Novembro para participarem
do evento.
João Cipriano
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ESPECIAL - 58 ANOS
MPLA realiza gala dos 58 anos
No quadro das
celebrações
do quinquagésimo
oitavo aniversário da
fundação do MPLA,
o Comité Provincial
de Luanda, realizou
(11/12) uma gala
comemorativa
no Cine Tropical,
onde aconteceu um
sarau cultural,
abrilhantado por
grandes artistas do
musical angolano.
A
meio da gala, presenciada por membros da
Direcção do Partido e
do Executivo, foi ouvida uma
intervenção do primeiro secretário do Comité Provincial do
MPLA de Luanda, camarada
Bento Bento, que na oportunidade apresentou resumidamente os momentos mais alto
do percurso histórico do Partido, desde a sua fundação a
dez de Dezembro de 1956.
“Naturalmente, 58 anos são
para serem comemorados com
alegria e satisfação, por serem
anos de sucesso e de muita
fidelidade, pois o MPLA tem,
cada vez mais, responsabilidades acrescidas”, referiu o diri-
gente, a dado passo da sua
intervenção.
Para Bento Bento, “Angola
tem sorte em ter um líder à
altura, virado à resolução dos
problemas do seu povo. Estamos aqui (na gala) para homenagear o nosso Presidente
José Eduardo dos Santos, para
dizer que o MPLA em Luanda
segue fielmente as orientações
do líder, da direcção central do
Partido, fazendo com que as
estruturas estejam à altura das
suas
responsabilidades”,
acrescentou o primeiro-secretário de Luanda.
O camarada Bento Bento
aproveitou a ocasião para lançar um apelo aos citadinos de
Luanda, no sentido destes
adoptarem uma conduta correcta, sabendo respeitar os outros e viverem realmente em
democracia, na medida em
que, neste momento o Partido
está a trabalhar para a independência económica, haven-
OMA redobra esforços
A secretária provincial de Luanda da Organização da Mulher Angolana (OMA),
camarada Eulália Rocha, disse (10/12) que a OMA vai redobrar os esforços
no sentido das mulheres serem cada vez mais dignificadas e reconhecidas.
E
ulália Rocha pronunciou a propósito dos
58 anos da fundação
do MPLA, assinalados a 10
de Dezembro, tendo referido
que desde sempre, a organização trilhou os caminhos do
Partido.
“Para a OMA (os 58 anos)
significa que passamos já de
meio séculos, somos um partido maduro, estamos para defender o povo, trabalhar com o
povo e somos o partido da razão”, disse a secretária da organização feminina do MPLA.
Relativamente ao processo
de revitalização das estruturas,
precisou que a OMA iniciou
antes das estruturas do Partido
e que neste momento está
totalmente revitalizada. Por
isso a OMA tem as bases mais
sólidas, e esta mais forte e vai
continuar a crescer.
Enfatizou que a medida
que a organização vai crescendo, terá de fazer-se o desdobramento dos seus membros e revitalizar, para saber
Camarada Eulália Rocha (primeira a esquerda).
“quantos somos e onde estamos”.
Texto Domingos Nganga
17
do mais emprego, e substanciais melhorias no bem-estar de
todos os angolanos.
Como era de esperar, o vermelho, o preto, o amarelo e o
branco, foram as cores predominantes na gala, também ani-
mada pelos músicos Elias Dya
Kimuezu, Calabeto, Matias Damásio, Margareth do Rosário,
Yola Semedo e pelo poeta
"Capaz".
Estêvão S. Rodrigues
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ESPECIAL - 58 ANOS
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Celebrações do 10 de Dezembro na província do Zaire
Uma mega marcha
em alusão ao
quinquagésimo
oitavo aniversário
do MPLA,
realizou-se (13/12)
na cidade de
Mbanza Congo, no
quadro das
celebrações do
dez de Dezembro,
durante a qual foram
apresentadas as
orientações saídas
dos discursos
do Camarada
Presidente José
Eduardo dos Santos,
proferidos durante
o V Congresso
Extraordinário
A
marcha decorreu nas
principais artérias daquela cidade, e contou
com militantes, simpatizantes e
amigos do Partido, antecedida
de uma oferta de capacetes de
protecção, aos jovens que
exercem a actividade de mototáxi. A entrega foi feita pelo primeiro secretário do comité provincial do MPLA do Zaire, camarada José Joanes André,
com objectivo de moralizar o
exercício profissional deste
segmento de gentes económicas.
No final da marcha os militantes concentraram-se no
campo de futebol Álvaro Buta,
para ouvirem a mensagem do
primeiro secretário, que incluía
as orientações do Presidente
do Partido e entre outras decisões saídas do último Congresso Extraordinário realizado
recentemente em Luanda. Um
dos pontos mais alto do encontro, foi o ingresso oficial de cerca de três mil militantes que anteriormente pertenciam a outras agremiações politicas.
Camarada José Joanes André, primeiro secretário do comité provincial do MPLA do Zaire
O acto foi presidido pelo camarada Joanes André, que ao
usar da palavra, afirmou que o
MPLA continua a ser a melhor
formação política para dirigir os
destinos dos angolanos tendo
em conta a maturidade e a
experiência de governação que
possui.
“Ao longo dos anos, tem
conseguido resolver os proble-
mas do povo angolano, construindo um país mais próspero
e rumo ao desenvolvimento” explicou.
Por outro lado, Joanes André fez notar que são visíveis
os progressos que de forma
geral o País está a conhecer e
a província do Zaire, em particular, na construção e reconstrução de várias infra-estruturas
18
para a elevação gradual do
bem-estar das populações.
“Em todos os municípios da
nossa província podemos
observar mais escolas, unidades sanitárias, centros de captação e tratamento de água,
sistemas de fornecimento de
energia eléctrica, assim como a
reabilitação das vias de comunicação” – acrescentou.
Durante a sua intervenção o
camarada Joanes André deixou bem patente que o MPLA
reconhece o papel que a juventude angolana continua a prestar para o País, mesmo naqueles momentos difíceis da história recente de Angola, lembrando também que o Partido
sempre depositou confiança a
esta franja da nossa sociedade.
Como é domínio público, o
Executivo Angolano, liderado
pelo Presidente José Eduardo
dos Santos, continua empenhado na identificação das principais dificuldades que ainda
apoquentam a juventude, e a
supri-las uma a uma, com vista
a garantir o bem-estar de todo
povo.
Durante o evento, foram
lidas mensagens da JMPLA e
da OMA, que de forma unânime enalteceram os esforços
que o governo provincial do
Zaire tem vindo a empreender
para a melhoria das condições
de vida das populações.
Nelson José (texto)
e Ema Mungala (fotos)
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ESPECIAL - 58 ANOS
Primeiro secretário provincial de Malanje
ter nos corações dos angolanos
a crença pelo MPLA e pela vitória que sempre granjeou.
Apontou como um feito, a
sua refundação em 1990 como
partido de massas e de quadros,
adequando o seu programa e
estatutos à conjuntura nacional e
internacional, pelo que hoje continua a trabalhar para o bem do
povo.
“Nunca durante a sua trajectória, até aos dias de hoje, o
MPLA traiu o povo. Mesmo nos
momentos difíceis, quando tudo
parecia perdido, o partido ganhou forças, mobilizou o povo e
conseguiu manter a independência, a paz, a unidade nacional e a integridade territorial”, enfatizou.
Destacou por outro lado as
discussões e deliberações do V
Congresso extraordinário, tendo
considerado que o conclave
mostrou que o Partido está maduro e os militantes saíram daí
mais fortificados, exigentes e
exemplares na vida política do
país.
Acrescentou que para se
cumprir com essas exigências
e se manter acesa a chama
do Partido, é necessário educar os militantes, por formas a
que eles estejam sempre junto
do povo e a trabalhar com
todos os cidadãos, para com a
sua força política, edificarem o
país.
O acto de massas foi testemunhado por militantes de todas
as estruturas do MPLA, por autoridades tradicionais e população, tendo culminado com a
entrega de roupas usadas e
bens alimentares aos sobas e
regedores da comuna de Cambaxe.
Adiantou que chegado a
Angola com o objectivo de ajudar a organizar as ex-Forças
Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA), na
altura acabadas de serem criadas, ante a agressividade das
forças sul-africanas, o comandante Arguelles, viria a tornarse o principal responsável das
forças cubanas e, ao lado dos
seus irmãos angolanos, defendiam a região sul.
O ministro explicou que durante a batalha do Ebo, o comandante Arguelles e as forças
por si comandadas desempenhava um papel decisivo, travando o avanço das forças invasoras, que armadas com os
mais sofisticados meios de
guerra, tentavam a todo custo
tomar de assalto a capital
angolana, Luanda.
“Foram nestas circunstâncias de bravura e heroísmo, em
profunda solidariedade para
com o povo angolano, que veio
a tombar, escrevendo para
sempre e com o sangue derramado o seu nome nas páginas
brilhantes da história do povo
angolano, na luta pela defesa
da pátria e da sua integridade
territorial”, declarou Cândido
Van-dúnem.
Aconselhou a tornar o
aniversário da data da sua
morte numa ocasião para reflectir, promover e alargar as já
excelentes e históricas relações de amizade e irmandade
entre os povos e governos de
Angola e Cuba.
Salienta que o povo angolano agradece o apoio prestado
por Cuba por ter contribuído
significativamente na defesa e
preservação do país contra as
forças retrógradas, que a todo
o custo preferiam ver instalados em Angola um regime que
fosse dócil aos seus desígnios.
Considera tratar-se de um
gesto que eterniza a amizade e
solidariedade, patente nos
vários domínios com destaque
para as áreas da saúde, educação e na formação de quadros angolanos.
Falou da necessidade da
preservação do legado histórico.
DNG
Militantes devem
firmarem-se nos
comités de acção
O primeiro secretário provincial do MPLA, Norberto dos Santos
"Kwata Kanawa", exortou (13/12), na comuna de Cambaxe,
município de Malanje, os militantes no sentido de se manterem
firmes nos seus comités de acção, visando assegurar
o funcionamento e as estruturas de base do partido.
O
político fez esse apelo,
quando presidia ao
acto provincial do 58º
aniversário da fundação do
MPLA, assinalado a 10 deste
mês, tendo referido que é na
base onde se faz a militância e
daí se começa a crescer até a
ascensão de cargos de direcção no partido.
Acrescentou que esta posição já foi destacada pelo Presidente do Partido, José Eduardo dos Santos, à margem do V
Congresso Extraordinário do
MPLA que decorreu de 4 a 6
deste mês em Luanda, por isso
deve ser vista como uma orientação.
“Todos os militantes devem
ter em conta que se não houver
a base, não haverá partido, por
isso todos os dirigentes, militantes e responsáveis devem
estar nos seus comités de acção”, sustentou.
Por outro lado, Kwata Kanawa descreveu a trajectória histórica do partido desde a sua
fundação aos caminhos trilhados, referindo que o MPLA venceu inúmeras batalhas e vicissitudes, que culminaram com a
conquista da independência
nacional e da paz, bem como a
manutenção da integridade e
unidade dos angolanos.
Exaltou igualmente a justiça
reinante no seio do Partido, tendo destacado a figura do seu primeiro presidente, António Agostinho Neto, pelo patriotismo e
amor ao povo demonstrados,
pela sua capacidade de liderança e a forma como soube man-
Rendida homenagem´
ao internacionalista
cubano Diaz Arguelles
O comandante e internacionalista cubano,
Raúl Jaime Díaz Arguelles, falecido
há 39 anos em combate em Angola,
foi homenageado (11/12), com
a deposição de uma coroa de flores
no túmulo onde repousam os seus restos
mortais, no cemitério do Alto das Cruzes.
A
coroa de flores foi colocada na laje pela embaixadora de Cuba em
Angola, Gisela Garcia Rivera,
na presença o ministro angolano dos Antigos Combatentes
e Veteranos da Pátria, Cândido
Pereira dos Santos Van-dúnem, responsáveis e funcionários da missão diplomática e
de empresas cubanas, bem como membros da sua comunidade.
Na cerimónia, foi enaltecida
a trajectória e bravura do comandante Díaz Arguelles que
iniciou a sua actividade política
em Março de 1952, em Cuba.
Em Agosto de 1975 chefia
uma delegação de visita à
Angola para conhecer no terreno a real situação, necessidades e solicitações do MPLA,
para de seguida iniciar a missão militar.
No mesmo ano ocupa a
chefia da frente sul e de coluna
das forças cubanas e do
MPLA, que defendiam a direcção principal da frente.
Participou em numerosas
acções combativas, destacando-se por sua valentia e dotes
militares.
Morreu a 11 de Dezembro
de 1975, na zona do Ebo, província do Kwanza Sul, quando
o veículo blindado foi atingido
por uma mina anti-tanque
quando atravessa a ponte do
rio Calengo.
Em 1 de Dezembro de 1986
foi condecorado “post mortem”
com a ordem de “Ernesto Che
Guevara” de primeiro grau e
com a medalha de combatente
internacionalista de primeira
classe.
O malogrado, que se alcunhara “Domingos da Silva”,
cumpriu também missão internacionalista na Guiné-Bissau,
Serra Leoa e no Yemen.
Na cerimónia foi lida uma
mensagem de uma das filhas
do combatente internacionalis-
ta que se afirma orgulhosa pelo
contributo do pai na luta para a
construção de um mundo melhor e mais justo.
Ministro enaltece
combatente
Por outro lado, o ministro
dos Antigos Combatentes e
Veteranos da Pátria, Cândido
Pereira dos Santos Van-Dúnem, enalteceu a contribuição
do malogrado comandante internacional cubano, Raúl Jaime
Díaz Arguelles.
Cândido Van-Dúnem discursava numa cerimónia de
homenagem do comandante e
internacionalista cubano Raúl
Jaime Díaz Arguelles, lembrou
que o comandante Díaz Arguelles tombara em missão internacionalista em defesa da pátria
angolana, na batalha contra as
forças sul-africanas na zona do
Ebo, na província do Kwanza
Sul.
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D e z e m b r o
POLÍTICA
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Direcção do MPLA reúne Comités no exterior
O vice-presidente do MPLA, camarada
Roberto de Almeida, orientou (09/12)
em Luanda, no Com-plexo Turístico Futungo
II em Luanda, uma reunião alargada
com os primeiros-secretários
dos Comités do Partido junto
das comunidades angolanas no estrangeiro.
D
urante o encontro em
que participaram, também, quadros de diferentes níveis do aparelho partidário e governativo o dirigente
defendeu o processo de revitalização das estruturas do Partido
nas comunidades angolanas, visando garantir uma maior inserção e recepção de novos militantes ,dando cumprimento às
directivas da Direcção do MPLA.
O vice-presidente do Partido,
camarada Roberto de Almeida,
dirigiu a seguinte comunicação :
“Camaradas membros do
Secretariado do Bureau Político do MPLA,
Camaradas primeiros-secretários dos comités do
MPLA junto das comunidades
angolanas no estrangeiro,
Camarada deputados,
Camaradas ministros e
secretários de Estado
Camaradas directores e
chefes de Divisão dos departamentos do Comité Central,
Camaradas participantes.
Terminamos, há poucos dias,
o Congresso Extraordinário do
MPLA, que constituiu uma demonstração de confiança dos
militantes, simpatizantes e amigos do Partido, na condução dos
destinos do nosso país, sobre a
firme direcção do Camarada
Presidente José Eduardo dos
Santos.
Este conclave, que reuniu
mais de dois mil delegados eleitos nas bases e nas estruturas
intermédias, culminou com a
aprovação de uma Resolução
Geral, contendo importantes decisões, que vão, certamente, impulsionar o MPLA para novas
vitórias, com o empenho de todos os seus membros e povo
em geral.
O V Congresso Extraordinário do MPLA foi realizado sob o
lema MPLA - REVITALI-ZAR AS
ESTRUTURAS PARA FORTALECER O PARTIDO” e é,
também, sob o signo da revitalização das estruturas que tem
lugar a presente reunião alargada com os primeiros-secretários
dos Comités do Partido junto
das comunidades angolanas no
estrageiro, com o objectivo de
consolidar e reforçar o papel das
estruturas do MPLA nessas
comunidades. Não é demais frisar as palavras do Camarada
Presidente, na sua intervenção
Camarada Roberto de Almeida, vice-presidente do Partido
de abertura do V Congresso,
cito, “para cumprir as promessas
contidas no seu Programa, o
partido precisa de organização e
do fortalecimento das suas estruturas, isto é, do funcionamento regular das suas organizações de base, pois a elas incumbe, essencialmente, divulgar e defender os Estatutos e
regulamentos do Partido, organizar e mobilizar os militantes e os
cidadãos da sua área de circunscrição territorial, emitir opiniões
sobre as questões de bairro, da
povoação, da comuna, dos municípios, da província ou da Nação, recrutar, permanentemente,
novos membros.
Isto é assim, porque concluímos que é na sua organização
de base que o militante discute
as políticas do Partido, analisa a
realidade da sua área de actuação e colabora na elaboração
dos planos de acção. É a partir
das suas bases que o Partido
pode estabelecer uma relação
orgânica com a sociedade em
geral. Temos, pois, de revitalizar
as estruturas para fortalecer o
Partido e permitir a sua maior
inserção na sociedade”. Fim de
citação.
Camaradas primeiros-secretários,
Camaradas embaixadores,
Caros camaradas,
A República de Angola segue hoje uma trajectória dinâmica e empenhada, rumo ao
desenvolvimento, o que tem
suscitado o maior respeito e
prestígio, por parte de outros
20
países do nosso continente e
do Mundo.
Tal trajectória tem, igualmente, constituído motivo de orgulho
para todos os angolanos, espalhados pelo Mundo.
Assim, a este reconhecimento da comunidade internacional,
pelo papel positivo que o nosso
país e o Camarada Presidente
José Eduardo dos Santos, na
qualidade de Titular do Poder
Executivo, tem vindo a desempenhar, na solução de conflitos,
no aconselhamento político e na
participação activa na busca de
soluções para os problemas,
deve, também, corresponder
uma postura aceitável da comunidade de angolanos, nos países de acolhimento.
Da mesma forma, o relacionalmente entre os membros dos
comités entre si e com as organizações sociais, secções da
OMA e núcleos da JMPLA, deve
pautar-se pela maior cordialidade e espírito de entreajuda,
não se tratando, aqui, de procurar ganhar louros junto dos órgãos superiores, através do trabalho individual, da intriga e da
difusão de boatos, que prejudicam sempre a coesão interna
e o ambiente de boa harmonia,
que deve reinar no trabalho.
Para fazer frente a tais situações, é indispensável o trabalho
ideológico e de formação patriótica entre os mais jovens, procurando tirar bom-proveito das
suas capacidades e do espírito
de generosidade e não vendo
neles concorrentes indesejáveis
a combater.
Isso mesmo recomenda o V
Congresso Extraordinário, na
sua Resolução Geral, quando,
cito: “considerou importante o
fortalecimento do trabalho ideológico, tendente ao reforço da
unidade no seio do Partido e,
muito particularmente, na compreensão dos fenómenos políticos e ideológicos, que se apresentam a cada momento.
O relacionamento entre o
Partido e o Estado tem regras
definidas e, ao nível correspondente no estrageiro, o trabalho
entre Embaixadas, Consulado e
Comités do Partido deve assentar numa base saudável, de respeito mútuo e boa camaradagem.
Finalmente, uma direcção de
trabalho muito importante do
MPLA é a mobilização, com vista ao permanente crescimento
das nossas fileiras.
O recrutamento de novos
membros deve ser realizado no
seio da juventude, do segmento
feminino, dos homens de todas
as condições e categorias sociais, de modo a alargar o conhecimento da situação do país,
das realizações em curso e dos
desígnios superiores, preconizados pelo Programa e Estatutos
do MPLA.
MPLA – REVITALIZAR AS
ESTRUTURAS PARA FORTALECER O PARTIDO!
VIVA O CAMARADA PRESIDENTE JOSÉ EDUARDO
DOS SANTOS
A LUTA CONTINUA
A VITÓRIA É CERTA”.
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POLÍTICA
Reunião do Conselho da Internacional Socialista (Suíça)
SG do MPLA reafirma preservação da paz
O secretário-geral do MPLA, camarada
Julião Mateus Paulo "Dino Matrosse",
disse (12/12), em Genebra (Suíça),
que a paz é um património da humanidade
que deve ser preservada, por ser o garante
da estabilidade política, económica e social.
O
dirigente intervinha na
reunião do Conselho
da Internacional Socialista, que decorreu no Palácio
das Nações, sob o lema "Paz e
Segurança internacional: Para a
Resolução de Conflitos e o fim
do Terrorismo".
Indicou que esta paz mobliza
a todos, face à escalada de violência que tem provocado nos
últimos tempos o terror, a morte,
a fome, a destruição, o deslocamento massivo de populações e
o adiamento das perspectivas
de desenvolvimento.
Na sua alocução, Dino Matrosse referiu-se aos conflitos e
actos terroristas que se registam
no Iraque, na Síria e outros países desta sub-região, bem como
as acções do grupo Boko Haram, que espalha o terror na
Nigéria e nos estados limítrofes,
que carecem de uma resolução
para se evitar o sofrimento de
pessoas inocentes e indefesas.
Em relação à sub-região dos
Grandes Lagos, particularmente
na RD Congo, RCA e Sudão,
disse que se assiste ainda incidentes graves que fragilizam a
execução dos entendimentos
alcançados em prol da paz.
"Essa situação é, de certo
modo, preocupante porque perturba e adia a realização de vários projectos socio-económicos
que permitem o desenvolvimento e, subsequentemente, o bemestar das populações em África",
sublinhou.
Segundo o dirigente partidário, reina também uma grande
preocupação com o crime organizado em apoio ao tráfico de
drogas e de menores, principalmente na América Central e na
fronteira entre os EUA e o México.Dino Matrosse pronunciouse igualmente sobre o conflito na
Palestina, um dos mais antigos e
que envolve uma grande complexidade no seu tratamento,
mas a evolução que se regista
ultimamente poderá conduzir a
que este conflito tenha enquadramento diferente à luz do direito internacional, que contribuirá
significativamente para o desanuviamento da tensão no MédioOriente.
Reafirmou o compromisso
do MPLA com a paz. "A disponibilidade para preservar a paz
que duramente conquistamos
há 12 anos e de contribuir activamente para a paz no mundo, em
particular em África, foi reafirmado pelo Congresso Extraodinário
do MPLA realizado recentemente", afirmou.
Acrescentou que "o compromisso e a disponibilidade total
em contribuir no plano internacional para a busca da paz mun-
dial sustentou a nossa candidatura e justificou a eleição de Angola para membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas para o
biénio 2015/2016".
"Neste contexto, para ajudar
na pacificação e estabilização da
República Centro-Africana, a
República de Angola, pela primeira vez, integrará as Forças
de Manutenção da Paz da
ONU", concluiu.
MPLA felicita triunfo da SWAPO
O secretário-geral do Partido, camarada Julião Mateus Paulo “Dino
Matrosse”, qualificou (03/12) o êxito da Organização do Povo do Sudoeste
Africano (SWAPO da Namíbia) de “retumbante e histórica vitória”.
P
ela vitória da SWAPO e do seu candidato presidencial nas
eleições realizadas a 28 de Novembro último na Namíbia,
o secretário-geral do MPLA, camarada Dino Matrosse,
enviou ao seu homólogo a seguinte mensagem:
“AO
CAMARADA NANGOLO MBUMBA
SECRETÁRIO-GERAL DO PARTIDO SWAPO
WINDHOEK
Foi com grande satisfação que a Direcção do MPLA e os seus militantes tomaram conhecimento da vitória do Partido SWAPO e do seu
candidato o Camarada Hage Geingob Gotteried, nas Eleições
Legislativas e Presidenciais, respectivamente, realizadas no dia 28 de
Dezembro de 2014 na Namíbia.
Esta retumbante e histórica vitória testemunha, mais uma vez, a
confiança que o povo da Namíbia continua a depositar no projecto de
sociedade do Partido SWAPO e no seu candidato, com vista a consolidação da democracia e a implementação dos programas de
desenvolvimento socioeconómico que Visam alcançar o bem-estar do
povo da Namíbia.Gostaríamos, igualmente, de aproveitar esta
ocasião para expressar as nossas felicitações ao povo irmão da
Namíbia, pela forma massiva e ordeira como participou nas referidas
eleições.
O MPLA aproveita a oportunidade para reiterar a sua disposição
de aprofundar e reforçar ainda mais as relações de amizade, solidariedade e de cooperação existentes entre os nossos dois Partidos.
Luanda, 03 de Dezembro de 2014.
Julião Mateus Paulo “Dino Matrosse”
Secretário-geral do MPLA
Camarada Dino Matrosse, secretário-geral do Partido
21
Observação
das Eleições Gerais
O
MPLA esteve representado nas Eleições
Gerais na Namíbia,
cuja votação ocorreu (28/11),
através de uma delegação,
chefiada pela camarada Josefa
Sacko, membro do Comité
Central do Partido.
A comitiva angolana, esteve
presente a convite da SWAPO
(Organização do Povo do Sudoeste Africano), e integrou o
chefe de Divisão África do Departamento das Relações Internacionais do Comité Central do
MPLA, camarada Maquento Lopes.
A delegação do Partido do
Governo angolano regressou à
Angola, depois da divulgação
oficial dos resultados das eleições.
D e z e m b r o
SOCIEDADE
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Comité Nacional da JMPLA
Organização promove natal solidário para crianças
A JMPLA, promoveu (12/12)
um natal solidário para 350
crianças portadoras
de Hidrocefalia atendidas
no Centro Comunitário
Hidrocefalia, no bairro
Benfica, em Luanda.
P
ara a secretária para
promoção social e género do Comité Nacional da JMPLA, camarada Maricel da Silva, o encontro visou
tornar mais atractivo o Natal
daquelas crianças, com lanche,
brinquedos e momento cultural,
com músicos infantis da praça
angolana.
“O gesto da JMPLA visa a
solidariedade para com aquelas crianças, grande parte delas vítimas de discriminação
pelo tamanho da cabeça”, frisou.
A Organização juvenil do
MPLA apela para as outras
organizações no sentido de
apoiarem o Centro que, para
além da Hidrocefalia, também
atende pessoas com traumatismos da coluna, muitos dos
quais obtidos nos inúmeros acidentes rodoviários registados
nas estradas do país.
O Centro Comunitário Hidrocefalia, o único de referên-
cia no país, tem capacidade
para operar 10 crianças por
dia.
Hidrocefalia é, de forma
genérica, a acumulação de
líquido
cefalorraquidiano
(LCR) no interior da cavidade
craniana (nos ventrículos ou
no espaço subaracnoídeo),
que por sua vez, faz aumentar
a pressão intracraniana sobre
o cérebro, podendo vir a
causar lesões no tecido cerebral, aumento e inchaço do
crânio.
Dirigente destaca feitos de Simão Toco
O primeiro secretário
da JMPLA, camarada
Tomás Bica Mumbundo,
considerou
recentemente, em
Luanda, o papel
do profeta angolano
Simão Gonçalves Toco
na luta de Libertação
Nacional e na conquista
da Independência
Nacional.
A Igreja Tocoísta foi relembrada a 25 de Julho de 1949,
pelo profeta Simão Gonçalves
Toco Vendedores do Asa-branca sensibilizados sobre o Ébola
Uma palestra de sensibilização sobre os cuidados e prevenção contra o Ébola, foi realizado (13/11) no mercado do
Asa-Branca, município do Cazenga, para esclarecer as vendedoras daquela praça sobre
os cuidados a terem com a
doença que está assolar o
Oeste de África.
O
reconhecimento foi feto durante um culto da
acção de graças, na
catedral da Igreja Tocoísta,
realizado no âmbito do 11 de
Novembro de 1950 (data da
deportação do profeta ao Sul
de Angola) e 11 de Novembro
de 1975 (Dia da Independência
Nacional).
O líder juvenil reconheceu a
experiência transmitida pelos
líderes políticos e religiosos à
nova geração, no contributo da
Nação angolana.
Por sua vez, o líder da
Igreja Tocoísta, Bispo Afonso
Nunes, destacou o papel de
Deus enquanto precursor da
liberdade humana e apelou à
reflexão sobre os desafios da
igreja e da família.
"A independência foi conquistada. Agora a tarefa dos
angolanos é consolidar a convivência, tornar mais sólida a
Cda Tomás Bica Mumbundo,
primeiro secretário da JMPLA
reconciliação, respeitando-se
uns aos outros", sublinhou.
Apelou a juventude a constituir-se num elemento catalisador para o efeito, garantindo
um bom futuro e dignificante
para o país. "O Jovem é o factor de mudança", destacou.
O 11 de Novembro tem
duplo sentido para os fiéis
tocoístas. Em 1950, deu-se a
deportação do Profeta Simão
Toco do colonato do Vale do
Loje, município do Bembe-Uije,
para o colonato de Caconda,
província da Huíla, pelos Português.
22
A campanha de sensibilização, promovida sob o lema
“Juntos podemos evitar o
Ébola”, é uma iniciativa do secretariado provincial da JMPLA e
enquadra-se nos festejos da
Independência Nacional, assinalada a 11 de Novembro de
1975. Na ocasião, o primeiro
secretário provincial de Luanda
da JMPLA, Tomás Bica, disse
que as palestras estão a ser
realizadas em todos os mercados da capital onde existem
parques interprovinciais.
Precisou que as pessoas
não devem criar grandes preocupações sobre a doença,
mas sim elevar-se o nível de
vigilância, prevenção e higiene
para se evitar a contaminação
e proliferação.
Para si, as pessoas devem
evitar o consumo de produtos
de origem duvidosa, principalmente a carne de caça, como
de macaco e chimpanzé, consideradas principais fontes do
vírus da ébola.
D e z e m b r o
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2 0 1 4
SOCIEDADE
Luanda organiza
campanha de
vacinação
contra a pólio
Os municípios de Luanda, entre eles,
Belas, Cacuaco, Icolo e Bengo, Quiçama,
Cazenga e Viana, bem como os distritos
urbanos, intensificaram uma série de
acções referentes a abertura da Campanha
de vacinaçao contra a poliomielite, voltadas
à conscientização sobre a doença.
A
lém de informações e
orientações pertinentes á doença foram
realizados trabalhos em conjunto (comunidade e governo)
com o objectivo único de aumentar a cobertura e a qualidade da mesma na vacinação
de rotina e de campanhas, com
realce para os menores de 5
anos.
Em Angola, há mais de 3
anos que já não se regista nenhum caso de poliomielite, resultado das actividades realizadas
para interromper a transmissão
da pólio especificamente as
campanhas de vacinação de
rotina e o esforço dedicado à
vigilância activa de casos suspeitos.
Para se atingir esse desiderato, foi fundamental contar
mais uma vez com o apoio de
todos para que a segunda fase
da campanha de vacinação
que iniciou no dia 12 de Dezembro seja um sucesso.
O lançamento da segunda
fase da campanha de vaci-
nação contra a poliomielite foi
realizada, em acto presidido
pelo governador da província
de Luanda, Graciano Domingos, na presença do ministro da Saúde, José Van-Dúnem .
A campanha, que decorre
de 12 a 14 do corrente mês,
tem como objectivo aumentar a
imunidade aos menores de 5
anos contra os três tipos de
vírus e manter a interrupção da
transmissão do vírus selvagem
da pólio.
Estiveram envolvidas nesta
campanha aproximadamente
12.500 pessoas, dentre as
quais destaca-se nove mil vacinadores. A vacinação foi feita
casa-a-casa, em postos fixos,
em locais de grande concentração de pessoas (mercados,
igrejas, escolas, paradas de
autocarros ou de taxis e nos
centros infantis).
Segundo a vice-presidente
para a área Económica e Social
da Comissão Administrativa da
cidade de Luanda, Francisca
Fortes,
prevê-se
vacinar
1.721,949 crianças de 0 aos 5
anos de idade.
A responsável disse ainda
que pretende-se assegurar a
distribuição de 1.900 mil doses
de vacina contra a pólio à todos
os municipios e distritos da
provincia de Luanda.
Entretanto, referiu, que
mesmo com os progressos
alcançados na iniciativa mundial de erradicação da pólio, a
doença ainda é endémica em
alguns países aonde consta o
Paquistão com 278 casos e a
Afeganistão, com 18 casos.
Porém a Nigéria e a Somália reduziram significativamente
o número de casos da doença
graças as actividades de vacinação desenvolvidas para
interromper a transmissão do
vírus.
“A reintrodução do vírus ainda é uma ameaça e por este
motivo, é imperativo trabalhar
árdua e sustentadamente para
manter níveis imunitários elevados na população alvo, trabalhando em conjunto e orientados com objectivos únicos de
aumentar a cobertura e qualidade da mesma”, frisou.
Uíge regista 10 casos
de violência doméstica
Vice-governadora
da província do Uíge
destaca papel da
mulher no
seio da família
A vice-governadora provincial, Maria Fernandes da Silva e Silva,
destacou (09/12) naquela cidade, o papel preponderante da mulher
no desenvolvimento sustentável das famílias e das comunidades.
M
aria da Silva, que falava durante um encontro com as mulheres da Organização da Mulher
Angolana (OMA), sublinhou que
a mulher é batalhadora e incansável, tendo em conta a sua
dedicação, empenho e coragem
no trabalho que tem desenvolvido no campo.
"A mulher não se dedica apenas à actividade do campo, mas
também ao trabalho de carácter
social como a maternidade, educação dos filhos, preparação dos
alimentos, cuidados primários de
saúde e outras actividades que
visam contribuir para o bemestar da sociedade".acrescentou
a vice-governadora.As mulheres
em toda parte do mundo têm
feito tudo para manter a economia de uma nação, empenhando-se no trabalho agrícola para o
combate à fome no seio das
famíliasAs mulheres daquela
parcela do território nacional
sentem-se “honradas” por cooperarem na preservação da democracia e na reedificação do
país, congratulando-se, neste
sentido, pelo facto de Angola
representar o décimo país com
mais senhoras nos órgãos de
decisão, e que as mesmas devem aderir em massa ao programa de alfabetização para aprenderem a ler e a escrever e continuarem a contribuir para o
desenvolvimento sustentável do
país.
Não é possível existir uma
sociedade desenvolvida sem a
partilha de todos homens e mulheres, uma vez que a igualdade
de direitos e a participação equitativa no processo de desenvolvimento deve garantir relações harmoniosas no trabalho
para continuar a desenvolver o
país.
23
A
directora provincial da
Família e Promoção
da Mulher do município do Puri, Joana Manuel disse (11/12) que a província do
Uíge registou, durante o mês
de Novembro, 10 casos de violência doméstica. A violência
física, psicológica, fuga à paternidade e abandono do lar, preocupam as autoridades pelas
dificuldades que causam no
seio das famílias, mormente na
educação dos filhos abandona-
dos e das mães, cujo poder de
sustentabilidade é deficiente, o
que urge a necessidade de se
acabar por meio de diálogo,
como o caminho certo para a
resolução de qualquer anomalia social.
As igrejas, como parceiros
do Governo, devem continuar
a moralizar as famílias e os
cristãos sobre educação cívica, respeito e resgate dos valores culturais que se foram
perdendo no seio das famílias.
D e z e m b r o
SOCIEDADE
Cuanza Sul
Autoridades abordam
ordem na quadra festiva
O
denunciar casos sobre perturbação da ordem pública durante a quadra festiva.
Por seu lado, a chefe da
Associação das Autoridades
Tradicionais (ASSAT), Teresa
Matilde Borges , manifestou o
interesse desta organização
colaborar com a Polícia, na
denúncia de casos anómalos.
“É no bairro e na aldeia,
onde muitas vezes, nesta
fase de festas, os marginais
aproveitam-se da embriaguês
para causarem actos de desordem , mas nós vamos denunciar,” assegurou Teresa Borges.
2 0 1 4
LAASP tem nova direcção
Carlos Mariano Manuel,
médico, foi eleito
(13/12), em Luanda,
presidente da Liga
Angolana de Amizade
e Solidariedade
com os Povos (LAASP),
ex-Liga Africana, com
74.35 porcento dos
votos, em substituição
do falecido Domingos
Coelho da Cruz.
C
comando municipal da
Polícia do Porto Amboim reuniu (11/12),
na localidade da Gabela, com
as autoridades tradicionais,
com quem abordou assuntos à
volta da tranquilidade e paz na
quadra festiva. A propósito, o
comandante da Polícia Nacional do Porto Amboim, Silvino
Honório, realçou o papel dos
sobas no combate a deliquência e consumo excessivo de
bebidas alcoólicas acrescentando que, para o efeito, foi criado um intercâmbio entre as
duas partes , através de uma
linha telefónica, que serve para
d e
arlos Mariano Manuel
é médico especialista
em patologia humana,
professor titular da Universidade Agostinho Neto e docente
convidado em algumas universidades europeias, tendo no
seu currículo dirigido institutos
académicos e sanitários no
país.
Durante o encontro, foram
igualmente eleitos três vicepresidentes, nomeadamente
Carlos Alberto Ferreira, Maria
Arlete Jardim e Maria Cristina
Ataíde Pinto.
Para secretários gerais e
adjunto da Liga foram eleitos
Victor de Jesus Fortes e David
Manuel Martins, respectivamente, enquanto Judith Cirilo
de Sá para o lugar de tesoureira.
A assembleia-geral conta
agora com Maria da Lomba
como presidente e Rosa Araújo
vice-presidente, enquanto o
conselho fiscal e jurisdicional
ficou como presidente António
de Oliveira Madaleno que será
coadjuvado por Filomeno Vieira
Lopes.
O presidente cessante da
mesa da assembleia, Lopo Fortunato Ferreira do Nascimento,
apelou, no seu discurso, à nova
direcção para privilegiar a assistência às populações e a
realizar acções concretas no
âmbito do programa social da
Laasp.
Por outro lado, Lopo do
Nascimento lamentou os constrangimentos ainda vigentes
relativos à sede da Liga, tendo
também manifestado a sua
disponibilidade para continuar a
ajudar na mobilização de vontades para o financiamento de
projectos concretos para o
benefício dos círculos sociais
menos favorecidos da população.
A assembleia-geral decorreu num ambiente de elevado
civismo, transparência e democracia, o que permitiu a
revitalização do compromisso
dos membros da Laasp para
com a sua visão social no
país.
PN desmantela grupo
de marginais no Zaire
Município de Belas comemora
dia nacional do idoso
O
s idosos do município
de Belas, em Luanda,
comemoraram antecipadamente na quinta-feira o Dia
Nacional do Idoso a assinalar-se
a 30 de Novembro, num encontro de confraternização promovido pela administração.
O encontro antecipado foi
preenchido com manifestações
culturais e contou com a participação de mais de 70 idosos das
seis comunas.
O administrador municipal de
Belas, Filipe Espanhol, que falava durante o acto, defendeu que
a data deve servir para reflexão
sobre a forma de tratamento
demonstrada a esta camada da
sociedade.
Apelou a população para
mudar a forma de actuação em
relação as pessoas da terceira
idade, acabando os maus tratos,
as acusações de feitiçaria, abandono familiar e a falta de
assistência médica e medicamentosa .
Para o responsável, a instituição da data demonstra a preocupação do Executivo em relação a preservação, o bemestar dos anciãos na sociedade.
O acto serviu igualmente
para a distribuição de uma cesta
básica aos participantes das
comunas do Futungo, Benfica,
Camama, Mussulo, Ramiro e
Barra do Kuanza.
Um grupo de marginais, que se dedicava a assaltos
a residências nos bairros periféricos da cidade de Mbanza Congo
foi desmantelado pela Polícia Nacional (PN).
S
egundo o porta-voz do
comando provincial do
Zaire da PN, superintendente Gomes Zombo o
grupo era denominado “os
vinte bulas squadra”, e que era
constituído por cinco elementos e actuava nos bairros suburbanos de Mbanza Congo.
Segundo o superintendente
Gomes Zombo, o grupo foi des-
24
mantelado na sequência de
uma busca dirigida, que permitiu iguamente a detenção de 15
supostos delinquentes, assim
como a apreensão de uma
viatura, cinco motorizadas e um
telemóvel.
Entretanto a PN registou, de
dois a nove de Dezembro, 12
crimes de natureza diversa, todos eles esclarecidos,o que
corresponde a uma operatividade na ordem dos 100 por
cento.
O porta voz da PN sublinhou que na prática desses
crimes, menos quatro que na
semana anterior, foram detidos
16 cidadãos indiciados por
crimes de ofensas corporais,
roubo, furto e posse e uso de
estupefacientes (liamba).
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FACTUALIDADES
II edição do Angola Internacional Moda
Célsio
Mambo
publica
Estilistas mostram
nova
obra
discográfica
novas tendências
O músico Célsio Mambo colocou ao dispor do público, na Praça da
Independência, em Luanda, o seu segundo disco “Mais Perto”, com um
repertório preenchido por várias interpretações de clássicos universais.
segunda edição do
Angola Internacional
Moda, realizada em
Luanda, ficou marcada pela
qualidade das roupas de vários estilistas nacionais e estran-geiros, que aproveitaram
o desfile para mostrar novas
tendências da moda. O palco
do desfile, localizado no
município de Viana, recebeu
os mais consagrados da moda
de Angola e do mundo, numa
noite de "glamour" e "estilo".
Durante o desfile, os estilistas
levaram ao conhecimento do
público roupas com várias
tonalidades e cores vivas. Foi
possível apreciar as novas
tendências para o tempo
A
quente, para o mais frio, roupas de gala, festas, lazer e
algumas criações livres.
O coordenador do projecto,
Gelson Lourenço, informou à
imprensa que, nesta segunda
edição, participaram estilistas
de Moçambique, Senegal, África do sul, Namíbia, Tunísia e
Portugal. Explicou que desfilaram pelo menos 33 modelos.
Parte dos bens financeiros
adquiridos no evento serão
doados a uma instituição de
crianças.
A primeira edição do Angola
Internacional Moda realizou-se
em 2013, com a participação
igualmente de estilistas nacionais e estrangeiros.
DJ Malvado
apresenta
novo CD
O
produtor e disc jockey
(DJ) angolano Cláudio
Rodrigues "Malvado"
fará uma pré-apresentação da
sua sexta obra discográfica intitulada "After 22", durante um
espectáculo de celebração dos
seus 22 anos de carreira, agendado para o dia 18 deste mês,
em Luanda.
Na ocasião, Malvado vai
destacar igualmente os maiores
sucessos da sua carreira, reflectir o caminho percorrido nos últimos 22 anos, mostrar algumas
novidades no prelo e tendências
dentro do estilo “house music”,
indica um comunicado de
imprensa da assessoria do
referido músico.
“Esta comemoração, a ter
lugar no Palmeiras Lounge,
vai também contar com a presença do internacionalmente
aclamado Dj de hip hop
Ready D, que virá de Cape
Town (África do Sul) para se
juntar a Malvado nesta festa,
que contará igualmente com a
actuação de renomados artistas nacionais”, sublinha a
nota.
O
tema que dá título ao
CD é baseado no original “Nearer, my God, to
Thee” (Mais perto, Meu Deus, de
ti), de Lowell Mason e Jorge
Rocha, cuja melodia consta na
banda sonora da longa-metragem “Titanic”, de 1997.
O disco tem ainda outros
clássicos do gospel, com destaque para “You rised me Up”, da
autoria de Josh Groban (canção
muito interpretada por vários
cantores evangélicos) e “Noites
de Paz”, de Franc Gruber, numa
versão de Célsio Mambo.
O CD, disse o artista,
com posto por nove temas
Entre outros feitos, o documento a que a Angop teve hoje
acesso realça as nomeações de
Malvado (este ano) para “O melhor vídeo de dança” no Channel
O Music Awards, pela sua colaboração com Petty no tema “Jamaica”, e como embaixador oficial da Vodka Ultra Premium
Cîroc no mercado angolano.
A sua música “Atchuchucha”,
com Yuri da Cunha e Kadu,
solidificou o seu sucesso internacionalmente, tornando-se num
mega-hit nas pistas de dança e
promovendo um som verdadeiramente africano para a audiência internacional, acrescenta a
nota."Olhando para trás, para 22
anos a fazer o que adoro e a colaborar com artistas de renome
mundial, acredito que todos os
fãs presentes terão uma noite
inesquecível, ao lado das mais
talentosas pessoas da indústria
da música", prognostica o artista, citado no mesmo informe.
“From Africa to the World (De
África para o Mundo) " foi o último trabalho de Malvado, que
lançou o seu primeiro disco “Dj
que está na moda” em 1999,
seguido de “Sem Respeito”
(2000), “Dez anos de Noite”
(2002) e “Pley it Loud” em 2008.
25
cantados em português, kimbundu, italiano e inglês. Tem
ainda canções inéditas, cujas
composições são de autoria
de outros músicos evangélicos, com destaque para o
cantor Gonçalves Diogo, um
novo valor a despontar no
referido género musical em
Angola.
Além deste artista participam no disco Elizabeth Mambo (vencedora do Festival da
Canção de Luanda 2013),
Dalú Roger (percussão), Mário Garnacho (teclas) e artista
moçambicanos, com destaque para Felipe Mondland.
O músico referiu que as
canções retratam a figura de
Deus, transmitem mensagens
que visam a divulgação do amor
ao próximo e a recuperação e
valorização de outros valores
sociais e morais. “O que trago
neste disco está além da música
clássica tradicional, pois as interpretações são de canto fácil.
Considero-me um instrumento
de promoção e divulgação da
música evangélica e um veículo
de transmissão da palavra de
Deus”, destacou.
O disco é autografado domingo, a partir das 11h00, na
Igreja Metodista Unida Central
de Luanda. Célsio Mambo deu
os primeiros passos no grupo
coral da Igreja Metodista
Unida Monte Sinai, onde frequentou inúmeras aulas de
canto e hoje é mestre. Em
2006 ficou entre os seis melhores do concurso Estrelas ao
Palco, uma produção da LAC,
interpretando “Con te partirò”,
de Andrea Bocelli, em dueto
com Marília Alberto.
Venceu o Festival da Canção
de Luanda em 2006, com o
tema “Lunga ni Kalunga”, de
Tonicha Miranda. O seu primeiro
CD “Mais do que vencedores”,
com 13 temas, foi gravado em
2010, em Portugal, com a
Orquestra do Conservatório de
Lisboa, cujo tema “Ngandala” é
um dos destaques.
Nástio Mosquito premiado
no Future Generation Art Prize
O
artista
plástico
e cantor
angolano
Nástio Mosquito
e o artista plástico colombiano
Carlos Motta são
os vencedores,
ex aequo, da terceira edição do
Future Generation Art Prize, o
primeiro prémio
global para jovens
artistas
plásticos até aos 35 anos.
O júri do prémio foi constituído por um painel de sete nomes
em destaque no circuito internacional da arte contemporânea,
entre os quais o curador italiano Francesco Bonami, director da
Fundação Sandretto Re Rebaudengo e director da 50ª Bienal
de Veneza, o artista plástico belga Jan Fabre, a artista plástica
colombiana Doris Salcedo e a curadora e directora do Centro de
Arte Contemporânea de Lagos (Nigéria) Bisi Silva. Nástio
Mosquito nasceu em 1981 no Huambo e vive em Luanda.
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CULTURA
Rosa Cruz e Silva
alerta para a preservação
da identidade cultural
A
Ministra destaca intervenção de Afonso Vandunem "Mbinda" na
preservação da identidade cultural angolana
A ministra da Cultura, Rosa
Cruz e Silva, destacou hoje, sábado, em Luanda, o papel interventivo do nacionalista Afonso
Van-dunem "Mbinda" na preservação e divulgação da identidade cultural angolana.
Em nota de condolência pelo
passamento físico do nacionalista, ocorrido nesta sexta-feira
(14), na capital angolana, vítima
de doença, Rosa Cruz e Silva
Frisa que tal papel ficou ainda
subjacente com as acções promovidas pela Fundação Sagrada Es-perança da qual era o
presidente do Conselho de
Administração."Como homem
ligado a cultura, Afonso Van-dunem Mbinda deu o seu contributo na afirmação da angolanidade
e da identidade cultural, facto
comprovado com as diversas
acções promovidas através da
Fundação Sagrada Esperança", do Conselho de Administração", lê-se na mensagem a
que a Angop teve acesso.
Avança ainda que Afonso
Van-dúnen “Mbinda” era um
homem de reconhecido valor
político nacional e internacional,
cujos processos históricos de
vida são enormes para aqui enumerados, sem se quer soltar
uma lágrima nesta hora triste e
difícil.
Nascido em Luanda, em 7 de
Setembro de 1941, o malogrado
era até à data secretário do Bureau Político do Comité Central
do MPLA, o partido maioritário
em Angola.
Biblioteca Nacional aposta
Aberta terceira
edição da feira
na formação de quadros
de música gospel A
ciativa do Ministério do Ensino
Superior, cerca de 50 quadros
da instituição foram inscritos no
presente ano lectivo no curso
de biblioteconomia.
João Lourenço informou
que no âmbito da rede nacional
de bibliotecas públicas a instituição tem estado a trabalhar para por em funcionamento a rede, com a abertura de bibliotecas a nível do país.
Anúncio que no primeiro
trimestre de 2015 serão inauguradas as bibliotecas provinciais do Huambo e Malanje.
A Biblioteca Nacional de
Angola tem a sua origem ao
abrigo do decreto n.º 49 448,
de 27 de Dezembro de 1969,
Boletim Oficial n.º 301, I Série,
com o objectivo de proporcionar serviços de leitura pública,
consulta e investigação.
formação no domínio
das bibliotecas e o
reforço da capacidade
técnica de quadros, com vista a
elevar os níveis de eficácia e
eficiência, constam das prioridades da direcção da Biblioteca Nacional de Angola, disse
hoje, segunda-feira, o seu
director, João Lourenço.
Em declarações à Angop, à
margem das comemorações
do 141º aniversário da fundação da Biblioteca Provincial
de Luanda, o responsável informou que o investimento nos
recursos humanos se apresenta como uma das grandes prioridades estabelecidas nos
objectivos estratégicos da instituição.
Revelou que fruto da abertura do Instituto Superior de
Ciência de Informação, uma ini-
Ondjiva (Cunene)
A
terceira edição da feira
da música gospel foi
aberta hoje, sexta-feira, em Luanda, destinada a
expandir e levar ao público as
boas novas de Cristo.
Segundo um dos organizadores do evento, Siona Júnior,
a feira visa contribuir para
crescimento, desenvolvimento
do evangelho e espiritual das
comunidades cristãs, bem como mostrar a sociedade em
geral através da música caminhos para a salvação.
Siona Júnior fez saber que
estão inscritos 50 expositores
provenientes de todas denomi-
nações religiosas a nível nacional.
Adiantou que para o dia do
encerramento da feira será
realizado na Igreja da Nossa
Senhora de Fátima um show
com Gui Destino, Irmã Caty,
Coro Esperança de Bethel,
Dodó Miranda, Nelson João,
Irmã Joly, entre outros.
No evento, além de exposições de CD de música gospel nacional, o público encontrará grande variedade de livros
religiosos, que servirão como
suporte para reflexão e mudança de comportamento indecoroso
Brigada Jovem de Literatura
incentiva à leitura
O
secretário provincial para organização da Brigada Jovem de Literatura no Cunene, Calmindo Napoleão,
disse em Ondjiva, ser aposta, em 2015, a promoção
de acções para incentivar o
gosto a leitura junto das escolas.
Ao falar à Angop sobre a
27
organização, referiu que prioridade recaiu para as escolas por ser o local onde está
concentrado maior número
de jovens e crianças. Calmindo Napoleão frisou que
o projecto contará com a
colaboração da direcção da
Educação no Cunene e de
outros actores sociais, de
maneira a transformar a
leitura numa prática diária
dos alunos, a par das obrigações escolares.
A Brigada Jovem de
Literatura no Cunene, criada
a 17 de Setembro de 1997,
controla 50 membros de
ambos os sexos nos municípios do Cuanhama, Ombadja e Namacunde.
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DESPORTO
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Uíge
Construtor e Associação Provincial de Futebol
beneficiam apoio financeiro
A equipa do Construtor e Associação Provincial de Futebol do Uíge,
beneficiaram de apoio financeiro, material desportivo e meios
de transporte, um donativo do empresário Santos Bikuko.
A
formação do Construtor beneficiou um cheque equivalente a 500
mil dólares norte americanos,
bem como material desportivo
e um autocarro. Já APF recebeu 20 mil dólares norte americanos e uma viatura para 15
lugares.
Depois de fazer a entregue
dos patrocínios, em declarações à Angop, Santos Bikuko
avançou não ser a primeira vez
que patrocina uma equipa do
Uíge, cuja iniciativa, igualmente, foi feita primeiro a formação
da União Sport Clube local, que
viajou na presente temporada
do Girabola, às demais províncias sem nenhum problema.
“Viemos entregar este patrocínio porque o governador,
Paulo Pombolo afirmou que o
Uíge precisava deste gesto nas
duas equipas de futebol, na
qual a União do Uíge foi patrocinada para todas as províncias a que viajou para realizar
jogos, agora foi a vez do
Construtor”, enfatizou.
Santos Bikuko avançou que
para província do Uíge, iniciativas do género continuarão a
ser prestadas pelas “Organizações Santos Bikuko”, uma
vez que ainda tem problemas
da falta de um campo com
qualidade, bem como liquidar a
divida da União do Uíge que
ainda merecerá mais uma vez
Atletismo
Huíla elege representante
na corrida São Silvestre
de um patrocínio.
“Vamos continuar a trabalhar a nível das demais províncias do país, para que as equipas trabalhem sem queixas
constantes de falta de dinheiro”, assegurou.
Questionado sobre a subida
da sua equipa na maior montra
futebolística do país/Girabola, o
empresário sublinhou que o
Progresso da Lunda Sul “não
será um elevador” em 2015,
tendo afirmado que tudo está
ser feito com segurança na
contratação de jogadores locais e não só, de acordo com o
pedido do treinador que conseguiu levar a equipa à primeira
divisão nacional.
“Apelo aos dirigentes que
trabalhem mais em questões
da administração dos clubes
para que as equipas não tenham casos semelhantes como
o que aconteceu com a União
do Uíge, dentro em breve vaise responder o pedido de apoio
de 200 mil dólares da equipa do
Desportivo da Huila”, esclareceu, acrescentando que “ quem
tem muito deve ajudar os que
não tem”.
Por sua vez o governador
do Uíge, Paulo Pombolo disse
que o apoio recebido vai ajudar
a equipa dos Construtores do
Uíge, seguir cada vez mais para frente e, o carro entregue a
APF vai permitir que visite as
actividades desportivas realizadas nos municípios com regularidade.
“Há três dias, realizou-se
uma mesa redonda sobre o
desenvolvimento do desporto
na província e uma das dificuldades encontradas é a falta de
recursos financeiros para que
as equipas realizem um trabalho aceitável, com este patrocínio estamos congratulados”,
recordou.
O governador disse que a
perspectiva do Uíge é prepararse da melhor maneira para que
em 2016, volte a primeira divisão, não para espreitar mas
para ficar. “Isto não é difícil se
haver unidade e entendimento
no trabalho realizado dentro
dos clubes”, frisou.
Visita às instalações do 1º de Agosto
Presidente do Sporting constata
investimento na formação
C
inco atletas do Benfica
do Lubango, Interclube
e do Desportivo da
Huíla foram seleccionados hoje
(domingo), nesta cidade, para
representarem a província na
58ª edição da corrida pedestre
São Silvestre, que acontece no
dia 31 deste mês na capital de
Angola.
Trata-se dos atletas Adilson
da Silva, Jeremias Gabriel e
Avelino Dumbo, especialistas
de meio fundo do Interclube, e
em femininos Arminda Capoco
e Maria Bimbi, do Benfica do
Lubango.
Em entrevista à imprensa,
o coordenador técnico da
associação provincial de atletismo da Huíla, Augusto Seko,
disse que os atletas seleccionados estão em condições
para competir a qualquer nível, particularmente nesta prova que envolve concorrentes
internacionais.
“Queremos melhorar a nossa marca do ano passado onde
Adilson Silva e Maria Bimbi ficaram na quinta e sexta posições com as marcas de 33 minutos e 17 segundos e 32 minutos 16, superando outros
adversários”, realçou.
Relativamente à preparação do misto da Huíla, Augusto
Seko disse que a mesma decorreu com normalidade, uma
vez que os atletas participaram
nas provas de pistas e de corta
mato. Para além do misto da
Huíla, vão representar a província o Interclube, Benfica do Lubango e o Desportivo da Huíla,
em individuais.
O Presidente do Sporting de Portugal manteve contacto com
a realidade do 1º de Agosto, com particular destaque para
os projectos ligados à formação, durante visita às instalações
do clube central das forças armadas angolanas.
S
egundo escreve o site
oficial do clube “rubronegro”, o Presidente
do Sporting de Portugal, disse
que gostou de tudo que viu e
ouviu do 1º de Agosto durante
esta visita, realçando que
houve um bom entendimento
entre os membros das duas
agremiações.
Bruno de Carvalho refere a
página da internet do 1º de
Agosto - afirmou também que
o Clube Central das Forças
Armadas Angolanas está a
apostar muito forte na formação. “Estamos próximos de
finalizar um acordo”, disse o
dirigente manifestando o desejo de regressar a país.
Durante a sua visita, o pre-
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sidente leonino foi recebido
pelo General França N'dalu
em representação do presidente de Direcção do 1º de
Agosto, Carlos Hendrick, bem
como do vice-presidente para
o andebol, Amílcar Aguiar,
pelo director geral do clube,
Fernando Barbosa.
A delegação visitante esteve
nas instalações do Rio Seco,
passando pelo pavilhão Professor Victorino Cunha e JeanJacques da Conceição, bem
como a piscina do clube que se
encontra na fase conclusiva da
sua reabilitação.
A caravana visitou também
a futura cidade desportiva do
1º de Agosto, onde recebeu
informações da arquitecta do
clube, Jurema Caílo, que
forneceu detalhes dos projectos e infra-estruturas a serem
erguidas na futura cidade
desportiva do clube militar,
com destaque para a academia que se encontra na sua
fase de conclusão e as obras
do estádio de futebol “França
N'dalu”, que se encontram em
bom ritmo de trabalho.
Para concluir a visita Bruno
de Carvalho foi conhecer o internato “4 de Abril”, localizado no
mesmo local, mas que já se
encontra em pleno funcionamento e com mais de 20 atletas
hospedados com o acompanhamento especial no que diz respeito as bases do futebol, bem
como no sector académico.
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BOA SAÚDE
Herpes genital
O herpes genital é uma doença causada
por um vírus chamado vírus herpes simples,
caracterizada pela formação de bolhas
dolorosas que se abrem nos órgãos genitais,
podendo acometer ambos os sexos. Infecção
O
contágio ocorre através de contacto íntimo
com bolhas rompidas,
as quais liberam uma secreção
rica em vírus, presentes nos
órgãos genitais durante a relação sexual. Essa contaminação
pode ocorrer também por meio
do contacto da boca e do ânus.
Uma vez infectado, o vírus
permanece no corpo pelo resto
da vida. Normalmente, ele fica
em estado chamado de "latente", o que significa que não causará sintomas. Porém, ele pode
tornar-se activo por vários motivos, como: Estresse emocional; Uso de roupas apertadas; prática de relações sexuais sem lubrificação suficiente;
Presença de outras doenças
associadas.
Essa reactivação do vírus
leva à formação de novas vesículas. O herpes genital é altamente contagioso, principalmente quando a pessoa apresenta ferimentos, no entanto
sabe-se que é transmitido também na fase latente, época na
qual a pessoa pode nem saber
que é portadora do vírus.
Sintomas
Os sintomas de herpes genital são variados e costumam
surgir até duas semanas após
o contágio. Eles incluem:
•Bolhas dolorosas na região
genital (por exemplo, no pénis
ou na área ao redor da vagina),
coxa e nádegas; Febre (normalmente só na primeira vez
em que ocorre o surgimento
das bolhas); Mal-estar geral,
dor muscular; Corrimento vaginal; Dor ou dificuldade ao urinar; Dor durante a relação sexual; Coceira; Aumento da sensibilidade do local.
Primeiramente, as feridas
podem se apresentar como bolhas pequenas e claras, que
rapidamente se rompem e formam pequenas feridas superficiais, rosadas ou avermelhadas, sensíveis ao toque e normalmente em grupos de muitas
bolhas. Porém, pode ser formada apenas uma bolha.
Os sintomas de herpes são
normalmente mais graves durante a primeira erupção, embora algumas pessoas infectadas por herpes não apresentem sintomas.
Diagnóstico
Geralmente, o diagnóstico é
feito clinicamente, sem necessidade da realização de exames, já que as lesões são bem
características da doença.
Quando necessário, pode ser
colectada amostra das vesículas para realização de testes
que objectivam a identificação
do vírus na secreção.
Angina é um tipo de dor
no peito causada pela
redução do fluxo sanguíneo
para o músculo cardíaco,
o que deixa o coração sem
oxigénio suficiente para
desempenhar a sua função.
A
Tratamento
O herpes genital não tem
cura, o vírus permanecerá no
organismo para sempre. Alguns medicamentos podem ser
empregados para alívio dos
sintomas e acelerar a cura das
lesões, como o aciclovir, o fanciclovir ou o valaciclovir. Mesmo em uso do medicamento, a
pessoa pode transmitir a doença enquanto apresentar as
vesículas, porém o tempo de
contágio será reduzido. Caso
esteja grávida, informe ao médico responsável pelo tratamento, para que ele possa decidir a melhor medicação.
Para o tratamento da dor,
que pode ser forte, podem ser
utilizados analgésicos comuns,
como o paracetamol, a dipirona
e o ibuprofeno. Além disso, ba-
soa pode estar descansando
ou dormindo e de repente sentir os sintomas. O agravante é
que a angina instável pode
levar a um ataque do coração.
Por esta razão um ataque de
angina deve ser tratado como
uma emergência médica e, ao
sentir os sintomas, o paciente
deve procurar um hospital.
Angina
ngina é um sintoma de
doença arterial coronariana que normalmente é descrita como aperto,
pressão, peso, endurecimento
ou dor no peito.
Esta é uma doença relativamente comum, mas, às vezes,
é difícil de diferenciá-la de outros tipos de dores no peito, como as que se originam de um
desconforto ou indigestão. Apesar da angina ser uma condição de saúde caracterizada
pela dor torácica, ela também
pode, por vezes, ser sentida
nos ombros, pescoço e braços.
A contaminação da herpes genital pode ocorrer também por meio do contacto da boca
Causas
Estima-se que 60% das
dores torácicas não sejam originadas no coração ou pulmão,
que 36% sejam originadas no
sistema músculo-esquelético,
que 11% são anginas e, apenas 1,5% é a percentagem correspondente ao número real de
angina instável - que é uma situação de emergência.
A angina instável se diferencia dos demais tipos de angina
por ser uma dor que acontece
repentinamente e se torna pior
com o tempo. Ela ocorre, aparentemente, sem uma causa
específica, por exemplo, a pes-
A principal causa para angina instável são os coágulos de
sangue que bloqueiam uma
artéria parcial ou totalmente.
Os coágulos sanguíneos podem se formar, dissolver parcialmente e depois surgir de
novo, e a angina pode acontecer a cada vez que eles bloquearem o fluxo sanguíneo na
artéria. Quando há esse bloqueio o coração é privado de
oxigénio, o que causa a dor
característica desta condição.
nhos de assento com água
quente, duas a três vezes ao
dia, podem ajudar no alívio da
dor.
O herpes activo durante a
gravidez, poderá ser transmitido ao bebé durante o parto,
portanto é prudente informar ao
médico para que providências
sejam tomadas para evitar o
contágio. Pode ser até indicada
a realização de parto cesáreo.
Lesões
As feridas normalmente
começam a se cicatrizar depois
de aproximadamente 5 dias, e
geralmente desaparecem entre
1 e 3 semanas, mas algumas
vezes elas podem durar por
mais de 6 semanas, principalmente quando a mulher apresenta outra infecção vaginal
concomitante.
angina anteriormente, Diabetes
Obesidade, Histórico familiar
de doenças do coração, Hipertensão, Níveis elevados de colesterol LDL e baixos de HDL.
Sintomas
de Angina instável
O principal sintoma de angina instável é dor ou desconforto no peito, mas também pode
ser sentido, algumas vezes,
nos ombros, pescoço e braços.
Além disso, ela pode passar a
impressão que a pessoa está a
sofrer um ataque cardíaco.
Os
demais
sintomas
incluem: Aperto ou dor aguda
no peito, Dor que é "irradiada"
para as extremidades do corpo
ou costas, Náusea, Ansiedade,
Sudorese, Respiração curta,
Tontura ou vertigem, Fadiga
sem causa aparente, Frequentemente a dor ocorre quando
se está descansando ou dormindo.
Factores de risco
Dentre os factores de risco
para o desenvolvimento de
angina instável estão: Ter
desenvolvido algum tipo de
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Tratamento
de Angina instável
O tratamento para angina
instável depende da gravi-
Cerca da metade das pessoas infectadas por herpes têm
episódios repetitivos, que podem ser mais leves e apresentar cicatrização mais rápida.
É importante seguir todo o
tratamento prescrito pelo médico.
Como evitar
a herpes genital
Evite sexo oral-genital e
oral-anal com alguém que
tenha feridas secas na boca.
Feridas secas são causadas
por vírus que podem infectar os
genitais;
Sempre usar preservativo
durante qualquer contacto sexual, pois não é possível saber
ou predizer quando o vírus
pode ser transmitido há outros,
inclusive sexo oral-genital e
anal-genital.
dade da condição. Um dos
primeiros tratamentos que o
profissional pode recomendar
é o uso de anticoagulantes como heparina ou clopidogrel. O
médico ainda pode receitar
medicamentos que ajudem a
lidar com os outros sintomas
da doença, como os usados
para reduzir a pressão arterial,
o colesterol, ansiedade ou arritmias.
Se o caso é mais grave, o
médico pode recomendar procedimentos mais invasivos para tratar a angina estável, como
angioplastias. Ele ainda pode
inserir um pequeno tubo com a
finalidade de manter a artéria
aberta. Se o caso for ainda
mais grave pode ser necessária a realização de uma cirurgia cardíaca para criar uma nova rota para o sangue fora da
artéria bloqueada.
Além destes, é importante
que o paciente siga outras recomendações médicas, tais como perder peso, fazer exercícios condizentes com a sua
condição e de forma regular,
largar o tabaco e adoptar um
estilo de vida mais saudável de
um modo geral.
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