Candidaturas à credenciação de Museus
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Candidaturas à credenciação de Museus
Boletim RPM 25® 07/09/26 9:58 Page 33 setembro 2007 25 > Notícias RPM • Candidaturas à credenciação de Museus • Candidaturas ao ProMuseus [ editorial ] Ao longo das últimas décadas, a estrutura orgânica do Estado foi tomando forma para atender à área do Candidaturas à credenciação de Museus património cultural e em particular ao • Participação em Encontros sector dos museus, umas vezes em ciclo Desde o dia 18 de Maio, Dia Internacional de Museus, que estão > Artigo de concentração de áreas patrimoniais, formalmente abertas as candidaturas à integração de entidades • Contributos para uma reflexão sobre outras de pulverização e de autonomização, museológicas na Rede Portuguesa de Museus, mediante o novo a gestão dos museus autárquicos regressando agora a alguma reconcentração sistema de credenciação de museus institucionalizado pela Lei enquanto gestores de património, de competências. Quadro dos Museus Portugueses. por Graça Nunes Um breve apontamento sobre a evolução (cont. na página 2) dos organismos da administração central > Notícias Museus RPM com competências na área dos museus > Edições de Museus da RPM aponta, nos anos oitenta do século XX, para a existência de um Departamento de > Exposições Itinerantes Museus, Palácios e Fundações no âmbito do Instituto Português de Património Cultural, > Em Agenda... > Outras Notícias organismo criado em 1980. No final dessa década, este instituto começou a desmem- • ICOM 2007 brar-se e a dar origem a novos organismos • Jornadas Europeias do Património sectoriais, do que resultou em 1991 a • Espanha – Edições do Ministério criação do Instituto Português de Museus, da Cultura órgão do Ministério da Cultura responsável • Brasil – A Primavera dos Museus pela execução da política museológica nacional. A criação de um instituto próprio > Encontros para o sector dos museus em muito contri> Centro de Documentação da buiu para o reforço deste sector e para o RPM – Destacável desenvolvimento de políticas específicas, Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa reabre ao público (página 23) (cont. na página 2) Boletim RPM 25® 07/09/26 9:58 Page 2 (continuação da página anterior) numa primeira fase orientadas prioritariamente para os do Património Arquitectónico, assim permitindo uma museus dependentes e numa segunda fase, a partir do gestão coerente de todos os museus dependentes do ano 2000, para a totalidade da realidade museológica Ministério da Cultura, que passam a estar sob tutela do nacional, designadamente com a criação da Rede mesmo organismo. Portuguesa de Museus. É neste contexto que se inserem duas importantes acções Actualmente, como é sabido, no âmbito da reorganiza- da Rede Portuguesa de Museus, recentemente concreti- ção estrutural da administração pública central, foi recen- zadas: a reabertura das candidaturas à RPM e a con- temente criado, pelo Decreto-Lei n.º 97/2007, de 29 de cretização do novo programa de apoio financeiro, o Março, o Instituto dos Museus e da Conservação, que ProMuseus. Se a primeira iniciativa irá permitir o reforço resulta da fusão do Instituto Português de Museus com e o alargamento do sistema museológico da RPM, a o Instituto Português de Conservação e Restauro. segunda beneficia os museus já integrados, através de Com atribuições de gestão das instituições museológicas apoios a projectos específicos, com destaque para uma dependentes do Ministério da Cultura, de reforço e de nova linha destinada a projectos em parceria. consolidação da Rede Portuguesa de Museus, e de Destas acções se dá conta neste boletim, a que acres- difusão de normativos para o sector museológico, o novo cem as muitas iniciativas desenvolvidas pelos museus e organismo mantém as competências específicas deste que aqui encontram um espaço central de divulgação. sector, reforçando a sua capacidade de intervenção, atra- Num período especialmente marcado pela mediatização vés de novas atribuições na área da conservação e res- da gestão dos museus, dá-se voz a um artigo de Graça tauro do património móvel. É ainda reforçada a sua Nunes, Directora do Museu Municipal de Vila Franca de capacidade de intervenção pela assunção de responsa- Xira: Contributos para uma reflexão sobre a gestão dos bilidades na área do património cultural imaterial, até museus autárquicos enquanto gestores de património. agora inexistentes, bem como da gestão dos palácios Clara Camacho nacionais, que transitaram da tutela do Instituto Português Subdirectora do Instituto dos Museus e da Conservação (continuação da página anterior) Candidaturas à credenciação de Museus Respeitando o respectivo Regulamento (Despacho gatória e da declaração de compromisso devidamente Normativo n.º 3/2006, de 25 de Janeiro), as entida- assinada pela entidade de tutela do museu e pelo seu des interessadas devem dirigir formalmente à Direcção director. do Instituto dos Museus e da Conservação o pedido A opção pelo recurso ao preenchimento on-line do de credenciação, ao qual o Instituto responderá, formulário de candidatura à credenciação foi tomada enviando para cada entidade um código de acesso ao com o intuito de garantir a segurança e de facilitar a formulário de candidatura disponível no sítio da RPM inserção dos dados, bem como o posterior tratamento na Internet (www.rpmuseus-pt.org – Credenciação). da informação por parte do IMC. T Este formulário on-line só então poderá ser preenchido pelas entidades candidatas. Até ao final do mês de Agosto, assinala-se já um total de vinte e um museus que pediram a credenciação e receberam os respectivos códigos de acesso. O respectivo procedimento de credenciação só estará efectivamente iniciado após a validação do formulário on-line, acompanhado de toda a documentação obri2 | Boletim Trimestral [ Credenciação de Museus ] Boletim RPM 25® 07/09/26 9:58 Page 3 Notícias RPM Candidaturas ao ProMuseus O concurso para apresentação de candidaturas no – Informatização do Inventário – contou com a candi- ano corrente ao ProMuseus, programa de apoio finan- datura de 15 projectos; a Área 3 – Conservação e ceiro do Instituto dos Museus e da Conservação des- Segurança – com a candidatura 22 projectos; a Área tinado aos museus integrados na Rede Portuguesa 4 – Reservas – com a candidatura de 14 projectos; de Museus não dependentes da Administração Central, a Área 7 – Parcerias – com a candidatura de 11 pro- decorreu entre os dias 15 de Abril e 23 de Julho de jectos, 8 dos quais envolvendo museus do IMC. No 2007. caso destes 8 projectos candidatados foram afinida- Este Programa foi criado mediante o Despacho des temáticas que uniram os museus envolvidos, na Normativo n.º 3/2006, de 26 de Junho, publicado sua grande maioria, distanciados geograficamente. no Diário da República, 2.ª série, N.º 134, de 13 de Os restantes 3 projectos candidatados à Área das Julho de 2006. Parcerias envolvem 7 museus municipais, 1 dos pro- Com base no conhecimento das carências mais pre- jectos ressaltando igualmente afinidades temáticas e mentes dos museus da RPM e na intenção de estimular 2 dos projectos assentando em afinidades regionais. a sua articulação, foram definidas no Despacho de O júri do concurso, nomeado por despacho do autorização do Secretário de Estado da Cultura de 04 Secretário de Estado da Cultura de 4 de Abril de 2007, de Abril de 2007, as seguintes áreas preferenciais a é composto por cinco elementos: Manuel Bairrão Oleiro apoiar em 2007: Informatização do inventário (Área 2); (Director do Instituto dos Museus e da Conservação), Conservação e segurança (Área 3); Reservas (Área 4); que preside; Maria Clara de Frayão Camacho (Sub- Parcerias (Área 7). directora do Instituto dos Museus e da Conservação); À Rede Portuguesa de Museus chegaram candidaturas Joana Sousa Monteiro (Coordenadora-Adjunta da Rede de 63 projectos a promover por 39 museus, de diversas Portuguesa de Museus); José d’Encarnação (Docente tutelas, nomeadamente 24 dependentes de Câmaras do Mestrado de Museologia da Faculdade de Letras Municipais, 1 de uma Junta de Freguesia, 4 de da Universidade de Coimbra); António Nabais (Presi- Associações, 3 de Fundações, 1 da Igreja, 1 de uma dente da Associação Portuguesa de Museologia). Santa Casa da Misericórdia e 5 do Instituto dos Museus O referido júri reuniu no passado dia 13 de Agosto, aguar- e da Conservação (IMC), estes últimos enquanto dando-se a conclusão da fase de audiência prévia e a parceiros na Área 7. posterior homologação pela Ministra da Cultura, após o Para além da candidatura de 1 projecto à Área 5 – que serão divulgados os resultados do Programa de Apoio. Divulgação – que não abriu este ano, o número de É de notar que, em 2007, o montante global do apoio projectos candidatados a cada uma das Áreas consi- financeiro a atribuir pelo Instituto dos Museus e da Conser- deradas prioritárias este ano foi o seguinte: a Área 2 vação no âmbito do ProMuseus, é de 400.000 €. T Participação em Encontros – I Encontro Ibero-Americano de Museus De 26 a 28 de Junho, realizou-se no Brasil, na cidade Nacional (Demu/Iphan), do Ministério da Cultura de Salvador, o I Encontro Ibero-americano de Museus. (MinC) com a colaboração da Associação Brasileira de Organizado pelo Departamento de Museus e Centros Museologia (ABM), este Encontro teve o mérito de Culturais do Instituto do Património Histórico e Artístico pela primeira vez reunir representantes dos museus Rede Portuguesa de Museus | 3 Boletim RPM 25® 07/09/26 9:58 Page 4 da Ibero-América, formada por 23 países, para troca Qualificação dos Museus Portugueses”, e da Coordena- de experiências e debate de acções integradas para dora-adjunta da Rede Portuguesa de Museus, Joana Sousa o sector museológico. Monteiro, sobre “A Rede Ibero-Americana de Museus Estiveram presentes profissionais de museus e personali- no contexto da museologia contemporânea: alguns exem- dades ligadas à política cultural dos países membros, plos de projectos na Europa”, enquadrada na mesa-temá- nomeadamente de Andorra, Argentina, Bolívia, Brasil, tica “Rede Ibero-Americana de Museus – Ibermuseus”. Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, El Salvador, Equador, No documento “Declaração da Cidade de Salvador” Espanha, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, constam as seguintes conclusões: estimular a criação da Panamá, Paraguai, Peru, Portugal, Porto Rico, República Rede Ibero-Americana de Museus; implantar programas Dominicana, Uruguai e Venezuela. de capacitação técnica e circulação de exposições; A participação portuguesa neste Encontro contou com realizar o cadastro dos museus; comemorar o Ano intervenções da Subdirectora do Instituto dos Museus e Ibero-Americano de Museus em 2008; e definir direc- da Conservação, Clara Frayão Camacho, intitulada “Uma trizes conjuntas para políticas públicas voltadas para Rede, Uma Lei, Um Instituto: Políticas e Programas de os museus ibero-americanos. T Artigo Contributos para uma reflexão sobre a gestão dos museus autárquicos enquanto gestores de património Graça Soares Nunes* * Mestre em História Regional e Local. Directora do Museu Municipal de Vila Franca de Xira. Introdução mas sim, como um instrumento real e pró-activo A gestão museológica é um tema que cada vez mais com objectivos específicos e metas definidas para se discute na óptica pluridisciplinar, mas também cumprir. na vertente prática do quotidiano profissional No virar de século, os museus portugueses encon- museológico, que se pretende que acompanhe o tram-se cada vez mais credenciados e firmados rumo da sociedade moderna da Globalização e do no contexto nacional, regional e local, tendo que Multiculturalismo. A competição é global e exerce adoptar modelos de gestão, quer da organização a uma pressão sobre as metodologias de trabalho, que pertencem, quer da sociedade que integram, levando à consequente mudança da estruturação buscando a sustentabilidade pretendida. organizacional e dos modelos de gestão. Ao nível Os museus de tutela autárquica integram-se nesta pro- empresarial, o intuito é a inserção no mercado e o blemática e têm especificidades, mas também comun- garante de uma posição no mesmo perante os desa- gam de analogias com os modelos pré-estabelecidos fios constantes da esfera global. No meio museo- e ainda de grandes assimetrias, próprias das regiões. lógico, a gestão não deverá ser encarada como um Que tipo de gestão deve ser praticada nos museus? conjunto simples de meios reactivos emanados da Quais são os modelos mais adequados? Que metas se administração, ou como um interesse passageiro, pretendem atingir? São interrogações que se colocam 4 | Boletim Trimestral [email protected] Boletim RPM 25® 07/09/26 9:58 Page 5 no seio da comunidade museológica e a muitos Estudo, conhecimento e preservação da memória profissionais de museus. histórico-patrimonial de uma região ou de uma Sem a pretensão de dar respostas a estas e a outras temática específica questões que surgem no contexto desta problemática, mas sim com o intuito de contribuir para uma reflexão sobre os possíveis modelos de gestão a Divulgação da história e do património dessa região ou dessa temática aos diferentes públicos adoptar pelos museus, e tomando como ponto de partida a experiência de um museu local, apresentamos algumas notas que relançam um debate de Interacção com os públicos na construção de uma identidade própria e partilhada ideias sobre um tema actual e não esgotado. A partir do ano 2000 ocorreu uma enorme evolução Vista aérea de Vila Franca de Xira. MMVFX, 2003. A gestão museológica em Portugal na afirmação e na autonomia dos museus portu- A partir da Segunda Guerra Mundial, mais precisa- gueses. Estes viram a sua existência, credenciação e mente nas décadas de 40 e 50 do século passado, a implementação consolidadas através da Rede problemática sobre a gestão dos museus ganhou expres- Portuguesa de Museus (RPM) e posteriormente são, mantendo-se ainda na actualidade. Neste período sustentadas pela Lei Quadro dos Museus Portugueses, assistimos igualmente ao grande desenvolvimento dos de 19 de Agosto de 2004. Neste contexto, os museus museus e ao florescimento e à afirmação, enquanto que realmente souberam aproveitar os benefícios ciência, de uma nova disciplina – a museologia. da adesão à RPM, estabelecidos em princípios muito Paralelamente, as temáticas relacionadas com a admi- claros, beneficiaram de mais autonomia técnica nistração e a gestão museológicas cresceram e torna- e financeira, utilizando de forma sistemática e ram-se complexas, principalmente a partir da década adequada determinados instrumentos de gestão que de 90 do Séc. XX, momento em que, por toda a Europa, anteriormente não dispunham, nomeadamente se dava mais destaque à gestão dos museus. os documentos obrigatórios para a credenciação: Em Portugal, a reflexão e o debate sobre este tema ini- o Regulamento Interno do Museu, a sua Política de ciou-se tardiamente, já no período democrático, após Incorporações e as suas Normas e Procedimentos de o 25 de Abril de 1974, tendo sido abordado em dife- Conservação Preventiva. rentes contextos e de forma menos concertada, um pouco ao sabor de ideologias e conceitos, por vezes A gestão do património através de um museu local arreigados à diferenciação das tutelas museológicas. Os bens culturais representativos de uma determi- No conjunto dos museus portugueses de tutela autár- nada sociedade, com os quais esta se identifica, quica, destacam-se novos museus, criados após a assumem grande interesse, sendo importante a sua implantação da democracia e ligados aos serviços preservação no espaço e no tempo. As autarquias culturais das autarquias, fruto de uma vontade polí- têm um papel relevante nesta matéria, através do tica emanada da jovem democracia, com o objec- contacto privilegiado e directo com as comunidades tivo específico de levar a cultura a todas as popu- locais no território que administram e gerem. Os museus lações. Outros, porém, resultaram de movimentos locais, muitos deles de tutela autárquica, num con- sociais associados a grupos de cidadãos que elege- texto de perfeita renovação, vão dando resposta às ram uma ideologia ou uma causa, como legado e questões museológicas, existindo um nítido cruza- testemunho a transmitirem às gerações vindouras. mento com os interesses da defesa patrimonial. Alguns destes museus delinearam a sua progra- O Museu Municipal de Vila Franca de Xira estuda mação, tendo por base os conceitos da Nova e investiga a história e património locais, ence- Museologia, e os seus conteúdos programáticos tando a inventariação sistemática do património consubstanciaram o trinómio: documental, museológico, arqueológico e edificado, Rede Portuguesa de Museus | 5 Boletim RPM 25® 07/09/26 9:58 Page 6 promovendo o conhecimento da evolução do povoa- ragem com a sua gestão: a dos problemas políticos, mento territorial. Os seus objectivos são: o conhe- a dos problemas económicos e a dos problemas cimento da evolução do povoamento e a conse- sociais. Estas continuam a influenciar a forma como quente fixação das populações no concelho para se gerem museus. No exemplo dos museus de tutela reconhecer o território e intervir na salvaguarda do autárquica, é essencial que a programação cultural, seu património, e ao mesmo tempo, desenvolver emanada da agenda política e estabelecida pelo um conjunto de programas culturais e educacio- mandato, englobe uma programação museológica nais junto das comunidades locais, que possam con- consistente e fundamentada, sendo esta elaborada tribuir para o enriquecimento do conhecimento do pela Direcção técnica do Museu. É inegável a neces- território onde habitam, para o seu enraizamento sidade de uma gestão integrada. Este factor é deter- e a sua identificação com o mesmo. minante para um bom equilíbrio entre a tutela e a A programação museológica obedeceu a estes câno- direcção técnica do museu. nes, delineando-se um conjunto de pólos museológi- Assegurar uma dotação financeira adequada, regular cos, descentralizados no território de abrangência do e autónoma para a concretização da programação museu, balizado pelos limites do município. A reco- é fundamental. Nos museus autárquicos, esta dotação lha e a preservação das diferentes memórias, através é concertada com a gestão económica da autarquia das várias colecções museológicas, foram comple- e norteada pelo articulado legal adequado: a Lei mentadas pela implementação de diferentes medidas das Autarquias, a Lei das Finanças Locais, a Lei de de intervenção patrimonial no território concelhio. As Bases do Património, a Lei Quadro dos Museus várias exposições de longa duração, temporárias e os Portugueses, entre outras. respectivos materiais editoriais (catálogos, DVD’S, livros, A gestão económica e financeira, partilhada pela brochuras, sítio na Web etc.) são os meios basilares instituição autárquica e pelo museu, para a con- para a divulgação dos diferentes tipos de patrimónios. cretização da programação museológica aprovada, O desenvolvimento de projectos multifacetados nas assenta numa estratégia de captação de financia- áreas de estudo, recuperação, valorização e divulga- mentos através de programas financeiros disponíveis ção do património cultural, na sua dupla dimensão para as áreas culturais, como por exemplo: o Programa material e imaterial (móvel e imóvel), tem sido um Operacional da Cultura, o Quadro Estratégico de dos objectivos sedimentados ao longo dos anos. Referência Nacional, os Programas de Apoio aos No entanto, apenas o articulado legal que confere museus da RPM, o Mecanismo Financeiro para o aos museus autárquicos a possibilidade de inter- Espaço Económico Europeu, o Programa Cultura venção nas questões de gestão patrimonial no ter- 2000 e a captação de algum apoio de mecenato ritório em que se inserem é insuficiente, sendo para a realização de exposições e publicações. necessário operacionalizar a acção e desenvolver O papel do “merchandising”, através das lojas dos parcerias com as entidades públicas que, em matéria museus, começa neste momento a dar os seus primei- de património, agem para a sua protecção e divul- ros passos, não tendo um fim lucrativo, mas de divul- gação, com outros serviços da própria autarquia, gação das colecções do museu na óptica da sua missão. com entidades privadas e ainda no seio da comu- Na esfera do social, a problemática é mais com- nidade. Promove-se deste modo, de forma concer- plexa. Existem pressões internas e externas, sendo tada as boas práticas para a conservação e a valo- importante um equilíbrio entre ambas, onde os rização patrimonial. públicos têm certamente uma importância rele- Reflectindo sobre as várias questões apresentadas, vante. A programação deverá ser elaborada com e no seguimento da linha de pensamento de Kevin base nos interesses dos públicos, dando a conhe- Moore, elencamos basicamente três grandes ordens cer as colecções e os patrimónios museológicos, e de problemas transversais aos museus e que inte- envolvendo-os no processo de construção da refe- 6 | Boletim Trimestral Núcleo Museológico de Arte Sacra da Igreja do Mártir Santo. MMVFX, 2006. Boletim RPM 25® 07/09/26 9:58 Page 7 rida programação, uma vez que eles são os seus Conclusões destinatários, não esquecendo de todo o objectivo Os museus, para exercerem uma gestão global, na e a missão do museu. acepção do termo, não podem restringir-se somente A reunião e a consolidação de uma equipa técnico- às definições comummente aceites sobre as suas fun- -científica permanente, com formação profissional ções museológicas, na medida em que estas são muito adequada e renovada são fundamentais. A sua par- amplas. Os museus devem determinar quais os ticipação na gestão do museu deve ser garantida, objectivos a atingir dentro da sua missão específica. assegurando e desenvolvendo um trabalho em Algumas das ferramentas que melhor contribuem equipa, sustentado pela absorção do sentido de para uma gestão optimizada e concertada em museus missão do museu. As indicações emanadas da de tutela autárquica são: direcção do museu devem ser seguidas pela equipa, • ao mesmo tempo que deverá ser incentivada a sua vés de uma planificação a longo prazo, com metas bem participação e criatividade. definidas pela missão e pelos objectivos a atingir; • A concretização de uma programação adequada, atra- A captação de uma dotação financeira adequada a essa mesma programação; • A gestão equilibrada dos recursos humanos e da sua formação para a qualificação através de uma direcção partilhada e responsável, que defina os objectivos a atingir pela instituição museal; • A consolidação de uma equipa técnica devida- mente liderada, sustentada por uma base científica, Visita guiada à escavação arqueológica do Povoado Neolítico de Santa Sofia em Vila Franca de Xira. MMVFX, 2007. pela motivação e pela envolvência na programação; • O desenvolvimento da criatividade para a progra- Na actual era global em que o individual se sobre- mação na óptica do empreendedorismo; põe ao colectivo, a competitividade profissional mal • direccionada pode gerar o apropriar indevido da cria- de parcerias necessárias ao bom desempenho; tividade personalizada, gerando conflitos. A criativi- • dade é a mola do desenvolvimento e deverá ser bem definidas para a hierarquização tutelar e técnica; utilizada pela instituição de forma harmoniosa entre • os pares, valorizando o saber de cada um, em prol museológica, numa interacção para a construção do colectivo, gerando organizações empreendedoras. da identidade e da autonomia do museu. Modelos ideais de gestão são difíceis de adaptar à Os profissionais dos museus devem encarar a gestão realidade própria de cada instituição. No entanto, museológica com uma visão global e harmonizada, vários passos foram dados em conjunto nos museus que defina e justifique a sua existência, através de portugueses viabilizados pela programação a longo metas precisas a atingir, apetrechando os museus com prazo e pela planificação sustentada. os recursos adequados para a execução dos seus objec- Quanto à Direcção dos museus, destacamos a ideia tivos, nunca se dissociando do seu papel social defi- de que seria útil uma teoria organizativa específica nido pelos públicos, como garante da sua subsistência. para museus. Contudo, o caminho a percorrer tem As mudanças organizacionais poderão constituir um misto entre as técnicas empresariais e a gestão uma certa ameaça, pela introdução de alterações de recursos humanos, relacionando os diferentes nos hábitos enraizados, mas também constituirão valores: valores compartilhados, liderança, estraté- certamente novas oportunidades para as equipas, gia, pessoal, capacidade, estilo, estruturas, sistemas que se pretendem inovadoras e criativas no âmbito tecnológicos e criatividade. do exercício das boas práticas museológicas. T O trabalho em equipa, em rede e o estabelecimento A harmonia organizacional com regras claras e O contributo dos públicos para a programação Bibliografia MOORE, Kevin, «La gestion del museo», Edi, Trea, Gijón, Espanha, 1998. AMBROSE, Timothy e PAINE, Crispin, «Museum Basics», Edi, Routlege/ ICOM, Grã-Bretanha, Reino Unido, 2005. CHATELAIN, «Le Contrôle de Gestion dans les Musées», Ed. Economica, Paris, França, 1998. JOHNSON, Spencer, «Quem mexeu no meu queijo?», Ed. Pergaminho, Lisboa, 2001. Rede Portuguesa de Museus | 7 Boletim RPM 25® 07/09/26 9:58 Page 8 Notícias Museus RPM* * Notícias exclusivamente baseadas em informações enviadas Ecomuseu Municipal do Seixal pelos Museus integrados na RPM – 1.º Encontro de Embaracações Tradicionais na Baía do Seixal celhos ribeirinhos do estuário do Tejo para estruturarem ou consolidarem uma vertente ligada à memória e à cultura marítima, potenciando o seu papel sensibilizador junto das respectivas comunidades, em prol da protecção do património cultural, do ambiente e da valorização da paisagem. – A avaliação comparativa das várias experiências, ao Entre 18 e 20 de Maio, a Baía do Seixal acolheu 31 longo dos últimos 25 anos, de recuperação de embar- embarcações tradicionais oriundas maioritariamente cações tradicionais reutilizadas enquanto barcos de do estuário do Tejo mas também de Setúbal, do Norte recreio em actividades de carácter cultural, educativo do país e da Galiza. e turístico, em que as autarquias desempenharam um Para além dos 135 tripulantes presentes, o evento importante papel, não dispensando contudo a arti- contou com a participação dos habitantes das comu- culação com as autoridades marítimas e com presta- nidades ribeirinhas que, ora assistiram às várias ini- dores de serviços específicos, como estaleiros navais. ciativas a partir das margens da baía, ora tiveram a – A cooperação entre as diversas instituições, tutelas oportunidade de navegar a bordo das embarcações e agentes culturais para a formação e o desenvolvi- durante um desfile e uma regata que se realizaram mento de públicos para eventos náuticos que associem nos dias 18 e 19 de Maio. aspectos identitários e promovam a cultura marítima No dia 19 de Maio realizou-se também uma Sessão no estuário do Tejo. Pública sobre Protecção e valorização do património – A continuidade de projectos de salvaguarda, conser- marítimo do estuário do Tejo – Museus e Comunidades, vação e manutenção de embarcações tradicionais, a que reuniu uma assistência de cerca de 50 pessoas par da transmissão de saberes e técnicas de navegação, entre membros das associações náuticas do estuário através da formação e da constituição de tripulações do Tejo, proprietários de embarcações tradicionais, para a respectiva reutilização com fins culturais e edu- autoridades marítimas, técnicos das autarquias locais cativos, de fruição patrimonial e turística. e profissionais de museus. A sessão contou ainda com – A realização regular, pelo menos anual, na baía do a presença de Thedo Fruithof, secretário do European Seixal, a partir deste primeiro encontro de 2007, de Maritime Heritage (EMH). eventos que reúnam embarcações tradicionais do Os participantes nesta Sessão confiaram à Câmara estuário do Tejo, que expressem a diversidade do Municipal do Seixal, através do Ecomuseu Municipal do património marítimo português, contribuindo para a Seixal, a elaboração de um documento de breve balanço sua divulgação e salvaguarda. das intervenções e dos debates então registados. Assim, salientando-se ao longo da referida sessão a necessidade de conjugação de esforços e de parcerias entre as entidades das margens Norte e Sul do Tejo envolvidas na preservação e na navegação das embarcações tradicionais, assim como o propósito de contribuir para uma maior mobilização da sociedade civil, foram recomendadas acções e iniciativas tais como: Encontro de Embarcações Tradicionais do Estuário do Tejo na Baía do Seixal – A cooperação entre entidades associativas dos con- Ecomuseu Municipal do Seixal/CDI – Pedro Vilela, 2007 8 | Boletim Trimestral Boletim RPM 25® 07/09/26 9:58 Page 9 – A instalação e a promoção do acesso de estruturas e fluvial em Portugal e em particular no estuário do marítimas de apoio às embarcações tradicionais, com Tejo, incluindo um inventário de embarcações tradi- o envolvimento ou sob a responsabilidade da Adminis- cionais, com uma inerente identificação e classifica- tração do Porto de Lisboa neste e noutros projectos ção de tipologias, procurando em simultâneo desen- que aproximem as comunidades do Rio e contribuam volver o quadro legal e definir medidas de protecção para um desenvolvimento integrado e para a qualifi- e de salvaguarda patrimonial, abarcando de forma cação do quotidiano das populações ribeirinhas, estrei- integrada as vertentes materiais e imateriais. No âmbito tamente ligado ao estuário do Tejo. do Encontro de embarcações tradicionais do estuário – A promoção de projectos em que participem e do Tejo, realizado na baía do Seixal, o Ecomuseu cooperem museus vocacionados para a protecção e Municipal do Seixal iniciou e divulgou um projecto a valorização da cultura e do património marítimos, de inventário, delineando uma metodologia partici- em estreita relação com as comunidades locais. pada e em que propõe o envolvimento dos proprie- – A realização de inventários de património marítimo tários e dos tripulantes das embarcações registadas. – Seminário Joaquim Vieira Natividade Nos passados dias 21 e 22 Setembro, o Ecomuseu ceira, evidenciando a importância da investigação e Municipal do Seixal organizou o Seminário Joaquim da inovação. Vieira Natividade, a Subericultura e o Património No primeiro dia, para além de um a visita à referida Suberícola e Corticeiro, no âmbito de um ciclo de acti- exposição, o Encontro contemplou os seguintes pai- vidades promovidas em torno da exposição tempo- néis temáticos: I – Montados de sobro e sobreirais – rária Joaquim Vieira Natividade: uma vida com a cortiça características, valor paisagístico e riqueza biológica (1889-1965) patente no Núcleo da Mundet. Foi objec- como ecossistemas; II – Investigação e desenvolvi- Ecomuseu Municipal do Seixal tivo do Ecomuseu associar à realização deste semi- mento suberícolas e sua projecção económica – de Praça 1.º de Maio, n.º 1 nário os parceiros e participantes neste ciclo, pro- Vieira Natividade aos nossos dias; III – Conhecimento 2840-485 Seixal movendo um encontro de investigadores e de e divulgação do património suberícola e corticeiro – especialistas tendo por referência o legado e o pio- promotores, projectos e parcerias. No segundo dia, neirismo científico de J. Vieira Natividade e contribuir foi organizada uma visita à Herdade dos Leitões/ para a divulgação das temáticas suberícola e corti- Fundação João Lopes Fernandes, em Montargil. T Informações e contactos Tel.: 21 097 61 12 Fax: 21 097 61 13 [email protected] www.cm-seixal.pt/ecomuseu Museu de Arqueologia e Numismática de Vila Real – Reabertura do Museu Etnográfico de Vila Real O Museu de Arqueologia e Numismática de Vila Real O projecto museológico foi elaborado por João esteve directamente ligado ao projecto de investigação, Ribeiro da Silva, responsável técnico pelo Museu de documentação e museografia que resultou na reaber- Arqueologia e Numismática de Vila Real, e por Maria tura ao público do Museu Etnográfico de Vila Real, da Graça Araújo, investigadora que efectuou o inven- no passado dia 29 de Junho, nas instalações do Centro tário e o estudo das colecções do antigo Museu Cultural Regional de Vila Real (Casa de S. Pedro), Etnográfico da Província de Trás-os-Montes e Alto situadas no centro histórico da cidade. Douro, tutelado pela Assembleia Distrital de Vila Real, Rede Portuguesa de Museus | 9 Boletim RPM 25® 07/09/26 9:58 Page 10 ao abrigo do Programa de Apoio Técnico a Museus LEADER + (gerido pela Associação do Douro Histórico), promovido pela Rede Portuguesa de Museus. da Delegação Regional da Cultura do Norte, do Município Na sua globalidade, o projecto foi coordenado pela de Vila Real e da Junta de Freguesia de S. Pedro. directora do Centro Cultural Regional de Vila Real, Maria O novo espaço expositivo é dedicado à memória rural Emília Campos, e contou com o apoio do programa da terra e das gentes de Vila Real e da área envolvente, apresentando a exposição de longa duração Ruralidade e Imaginário de Vila Real de Trás-os-Montes. A evocação do património etnográfico do distrito de Vila Real não encontrava espaço na cidade desde o Informações e contactos encerramento do referido museu da Assembleia Distrital Museu de Arqueologia e Numismática de Vila Real em 1976. O seu espólio, maioritariamente de Vila Real recolhido na década de 40, encontra-se actualmente Rua do Rossio 5000-657 Vila Real depositado no Município de Vila Real, tendo sido par- Tel.: 259 325 730/1/2 cialmente recuperado e estudado para integrar o novo Fax: 259 308 161 espaço museológico. T [email protected] Museu do Caramulo – Colecção Automóvel reforçada A colecção Automóvel do Museu do Caramulo foi assim o núcleo Bugatti do Museu do Caramulo e o reforçada com mais cinco automóveis, caminhando maior em Portugal; um Renault 4L de 1966, mostrando assim para uma exposição permanente cada vez mais uma das primeiras versões de um dos automóveis completa em termos históricos. Os automóveis que mais populares do mundo; um Lancia Stratos HF de agora se juntam à exposição são: um Bugatti 44 de 1974 e um BMW M1 de 1980, que reforçam o lado 1928 e um Bugatti 23 de 1924, que vêm completar desportivo e de competição da colecção. Informações e contactos – Três peças da Colecção de Arte restauradas Museu do Caramulo Rua Jean Lurçat, 42 3475-031 Caramulo Seguindo uma política de conservação das colecções morta” (FAL 432) e duas aguarelas de Jules Noël com à sua guarda, o Museu do Caramulo restaurou recen- os títulos “Barco encalhado” (FAL 231) e “Aldeia de temente três obras de pintura da sua colecção de Arte: pescadores” (FAL 232), as quais já se encontram de [email protected] um óleo sobre tela de Pedro Leitão intitulado “Natureza novo expostas nas salas do museu. T www.museu-caramulo.net Tel.: 232 861 270 Museu do Chiado – Itinerâncias • De 30 Junho a 23 Setembro teve lugar no Hôtel de público 32 obras seleccionadas do conjunto que esteve Ville de Bruxelles a exposição Columbano, Un Réaliste patente no Museu do Chiado. Portugais (1880-1900), tendo sido apresentadas ao 10 | Boletim Trimestral Fax: 232 861 308 Boletim RPM 25® 07/09/26 9:58 Page 11 • A exposição Arte Moderna en Portugal en la Colección do acervo do Museu Nacional de Arte Contemporânea del Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu – Museu do Chiado, a exposição ilustra com cerca de do Chiado está patente entre 6 de Setembro e 21 de quarenta obras – todas elas determinantes no que res- Outubro na Caja Duero, em Salamanca, entre 30 de peita à qualidade, ao momento que ocupam na car- Informações e contactos Outubro e 2 de Dezembro na Fundación Carlos de reira do artista e ao seu papel histórico – a trajectória Museu do Chiado – MNAC Amberes, em Madrid, e entre 12 de Dezembro deste dos principais protagonistas deste período artístico: ano e 20 de Janeiro de 2008 no Museo de Bellas Artes Abel Manta; Amadeo De Souza-Cardoso; António Pedro; de Badajoz. Esta exposição apresenta uma síntese da António Soares; Bernardo Marques; Carlos Botelho; Fax: 21 343 21 51 arte moderna em Portugal, desenvolvida durante as Christiano Cruz; Dordio Gomes; Eduardo Viana; [email protected] três primeiras décadas do Séc. XX. Composta a partir Guilherme Santa Rita; José De Almada Negreiros. T R. Serpa Pinto, n.º 6 1200-444 Lisboa Tel.: 21 343 21 48 Museu Escolar de Marrazes – Dez anos O Museu Escolar comemora em 2007 o seu décimo ainda hoje se encontra; a assinatura de vários proto- aniversário. É um ano particularmente importante para colos com a Rede Portuguesa de Museus. esta instituição, não só pelo seu simbolismo como Na exposição também foram evidenciadas activida- também pelas actividades realizadas. des de serviço educativo, especialmente a comemorativa do 9.º aniversário, que contou com a presença de cegos no Museu Escolar e incluiu o lançamento de um folheto em Braille, actividade que contou com a colaboração da Delegação de Leiria da ACAPO e de patrocinadores como os Cafés Delta, a Fundação Caixa Agrícola ou a Caixa Geral de Depósitos. A exposição também deu a conhecer o projecto para o novo edifício que albergará o Museu Escolar, com a apresentação da maqueta de estudo e de imagens de várias perspectivas da futura construção. Para assinalar este ano comemorativo, o Museu Escolar A par da exposição, foram realizadas diversas activi- teve patente ao público uma exposição intitulada dades de serviço educativo, sendo de destacar a acti- Museu Escolar: da criação à actualidade. A exposição vidade comemorativa do aniversário, realizada a 2 de apresentou a história desta instituição desde o Junho que integrou um rally paper. Esta actividade momento da sua projecção ainda na Escola do 1.º envolveu a participação de quarenta concorrentes e Ciclo do Ensino Básico de Marrazes até à actualidade, cerca de cinquenta voluntários. sendo composta essencialmente por fotografias que O balanço de 2007 é positivo também pelas mudanças Museu Escolar de Marrazes ilustravam alguns momentos marcantes, como: a inau- que se verificaram no Museu Escolar, nomeadamente Largo da Feira dos 18, Marrazes guração da exposição “Museu da Escola Primária de com a organização do Arquivo e do espaço das Reservas. Marrazes” decorrente do projecto pedagógico “A O Museu Escolar caminha assim em direcção à sua qua- Escola através dos Tempos” desenrolado entre 1992 lificação para que continue a merecer a presença dos [email protected] e 1996; o dia da inauguração do Museu Escolar já seus visitantes e o apoio de várias entidades, entre as www.museuescolar.pt nas instalações do salão social da Freguesia, onde quais a Rede Portuguesa de Museus. T Informações e contactos 2400-380 Leiria Tel.: 244 812 701 Fax: 244 855 387 Rede Portuguesa de Museus | 11 Boletim RPM 25® 07/09/26 9:58 Page 12 Museu da Graciosa – Da Fotografia à Imagem – Exposição e Debate Numa iniciativa da Direcção Regional da Cultura desen- Após a inauguração da exposição terá lugar uma apre- volvida por acção conjunta do Museu da Graciosa e sentação com suporte de imagem e será aberto um da Estrutura de Missão do Arquivo de Imagem dos espaço de discussão pública sobre o MEDIAT e o CINE- Açores, realizada no âmbito do programa de inicia- MEDIA, dois projectos de cooperação inter-regional tiva Comunitária INTERREG III B através do projecto embrionários do Arquivo de Imagem dos Açores, em desenhado para a Macaronésia europeia MEDIAT II, desenvolvimento numa parceria com o Museu de decorrerá pelas 21h00 de dia 8 de Outubro de 2007, Fotografia Vicentes, da Madeira, e do Centro de Fotógrafo António José Leite na sala de exposições temporárias do museu, a aber- Fotografia Isla de Tenerife. O debate contará com a Informações e contactos tura da exposição Uma Memória Digital Atlântica, que participação do director do Museu da Graciosa, Dr. integra fotografia documental antiga de acervos públi- Jorge Cunha, bem como do coordenador da com- cos e privados dos arquipélagos dos Açores, Madeira ponente regional dos Açores daqueles dois projectos, Tel.: 295 712 429 Fax: 295 732 427 e Canárias. e responsável pela EMAIA, Prof. Rafael Barcelos. T [email protected] Museu da Graciosa Rua das Flores, 2 9880-364 Santa Cruz da Graciosa Museu de Lamego – Colaboração com a Diocese de Lamego A exposição A Palavra e o Espírito marca o encerra- que durante a Idade Média e a Idade Moderna trou- mento do programa de inventário do património reli- xeram à região nomes grandes da arte portuguesa, gioso móvel nos Arciprestados de Lamego e Tarouca, como é o caso de Grão Vasco. que decorreu entre 2005 e 2007, projecto levado a Deste modo, o projecto, alicerçado na inventariação, cabo pela Diocese lamecense e com o qual o Museu estudo e divulgação, pretendeu não só responder às de Lamego colaborou desde o seu início. necessidades imediatas de conservação de um patri- Ao fim de dois anos de trabalho, vem agora a público mónio em risco, mas também levar aos olhos de um um conjunto de peças escolhidas pela sua qualidade público cada vez mais atento, a arte sacra como fonte Informações e contactos técnica, função e papel num contexto histórico-geo- de conhecimento da História Local e Nacional. Museu de Lamego gráfico particularmente notável. O resultado de dois anos de trabalho poderá ser visto Largo de Camões Sede de uma diocese milenar, Lamego e Tarouca no espaço museológico da Casa do Poço, em Lamego, ergueram no seu território edifícios de grande valor a partir do dia 29 de Setembro e até 1 de Dezembro patrimonial e foram palco de movimentações artísticas de 2007. T 5100-147 Lamego Tel.: 254 600 230 Museu Municipal de Coruche – Projecto de Inventário do Património Tauromáquico de Coruche Está em curso a investigação em torno do Projecto aberto à colaboração de pessoas que tenham estórias de Inventário do Património Tauromáquico de Coruche. para contar, objectos para doar ou que se interessem Neste âmbito, o Museu Municipal de Coruche está pelo tema. 12 | Boletim Trimestral Fax: 254 655 264 [email protected] Boletim RPM 25® 07/09/26 9:58 Page 13 – Espólio documental Maria Isabel Vieira Pereira Informações e contactos Museu Municipal de Coruche O Museu Municipal de Coruche incorporou recente- artigos publicados em diversas revistas e jornais. Depois Rua Júlio Maria de Sousa mente um vasto espólio documental doado por Maria de devidamente acondicionado, este espólio docu- 2100-192 Coruche Isabel Vieira Pereira, Educadora de Infância do Centro mental encontra-se em processo de inventariação, Hellen Keller. Este espólio integra diplomas e certifi- findo o qual estará disponível para consulta, por cados, fotografias que testemunham distintos momen- indicação da doadora. T Tel.: 243 610 823 Fax: 243 610 821 [email protected] www.museu-coruche.org tos da sua vida profissional, assim como inúmeros Museu Municipal de Portimão – Exposição Alcalar – 5000 Anos de História Informações e contactos Integrada no Projecto “Alcalar – Promoção dos daqueles períodos, aproximar os cerca de 25.000 Museu Municipal de Portimão Monumentos Megalíticos e da Paisagem Cultural”, visitantes, a um tempo e a um espaço, onde a vida resultante de uma parceria entre a Autarquia de e a morte se regiam por outros rituais, cultos, poderes Portimão, o Museu Municipal de Portimão e o IGESPAR, e formas de organização social. com o apoio do Programa Operacional da Cultura e Numa área da exposição especialmente destinada aos a colaboração da Associação Arqueológica do Algarve, mais novos e com o apoio dos Serviços Educativos esteve patente desde 25 de Agosto a 16 de Setembro, do Museu de Portimão, a “Sala de Iniciação à na Zona Ribeirinha de Portimão, a exposição “Alcalar Arqueologia” proporcionou-lhes momentos de uma – 5000 Anos de História”. saudável e divertida aproximação às técnicas, ferra- Com coordenação museográfica de José Gameiro, mentas e processos utilizados pelos arqueólogos, apoio científico dos arqueólogos Rui Parreira, Elena estimulando-os a procurar os fragmentos de objectos Móran e Isabel Soares e produzida pela equipa do escondidos na enorme “caixa de escavação”, dese- Museu de Portimão, a mostra procurou divulgar aquele nhá-los com o auxílio da quadrícula e finamente importante conjunto monumental, as actividades do desafiando-os a reconstituir a sua forma original. quotidiano de uma comunidade pré-histórica que A exposição constituiu-se ainda como mais um ponto habitou o território que se estendia entre a barra da de partida e motivação para a descoberta e a visita Ria de Alvor até às faldas da Serra de Monchique, na ao Centro Interpretativo de Alcalar, situado bem perto zona de Alcalar, entre os finais do Neolítico e início de Portimão, a 9 km do centro da cidade, para aí do Calcolítico. contactarem e apreciarem in situ o legado monumental A exposição pretendeu, igualmente de uma forma daquela comunidade pré-histórica. T 8500 Portimão Tel.: 282 412 238 [email protected] clara e visualmente apelativa, através de 4 grandes núcleos expositivos, de um documentário e da exibição José Gameiro de réplicas rigorosas dos artefactos e instrumentos Museu Municipal de Portimão Rede Portuguesa de Museus | 13 Boletim RPM 25® 07/09/26 9:58 Page 14 Museus Municipais do Porto – Museu Romântico da Macieirinha e Casa Museu Guerra Junqueiro Museu Romântico Casa Museu Guerra Junqueiro No passado mês de Agosto, dois dos Museus e de Museus e Património Cultural –, preparando um Municipais do Porto receberam futuros médicos programa que tornasse a sua estadia o mais agra- de todo o Mundo. De passagem por Portugal, inse- dável possível. Assim, para além de passagens por riam-se no Programa de Intercâmbios da International uma das Caves de Vinho do Porto e por Serralves, os e Património Cultural Federation of Medical Students Associations, realizando jovens estudantes de medicina puderam visitar o Museu Rua de Entrequintas, 219 um estágio médico num dos nossos hospitais. Foi com Romântico da Quinta da Macieirinha, a 5 de Agosto, o maior interesse que a Câmara Municipal do Porto e Casa Museu Guerra Junqueiro, a 18 de Agosto, se associou a esta iniciativa – através dos seus ouvindo histórias dos locais e das colecções em [email protected] Departamentos Municipais de Educação e Juventude exibição. T www.cm-porto.pt Informações e contactos Departamento Municipal de Museus 4000-420 Porto Tel.: 22 605 70 00 Fax: 22 605 70 01 Casa Museu Guerra Junqueiro – Gil Vicente na Casa Museu De Gil Vicente todos sabemos que é comum cha- A Rapsódia Vicentina, a partir de Denis Jacinto, foi marem-no de Pai do Teatro Português. Por isso a apresentada pelos alunos dos cursos de Interpretação, Casa Museu Guerra Junqueiro não se cansa de vol- de Luz e de Cenografia, nos jardins da Casa Museu tar a ele, nomeadamente através da Academia entre os passados dias 6 e 8 de Julho. O aspecto Contemporânea do Espectáculo – dirigida por Pedro cénico do barroco, presente no espaço exterior e na Aparício e António Capelo –, que faz daquele dra- fachada desta casa-nobre do século XVIII, constituiu Tel.: 22 200 36 89 Fax: 22 208 60 29 maturgo bandeira na formação de jovens actores. um cenário carregado de história e de simbolismo. [email protected] / www.cm-porto.pt Informações e contactos Casa Museu Guerra Junqueiro Rua de Dom Hugo, 32 14 | Boletim Trimestral 4050-305 Porto Boletim RPM 25® 07/09/26 9:58 Page 15 A brilhante actuação destes novos actores, sob a Antes do espectáculo, o público foi amavelmente direcção artística de António Capelo, foi aplaudida convidado a visitar o ambiente privado e as colec- por um vasto número de espectadores que assisti- ções de mobiliário, de ourivesaria, de escultura e de ram com forte entusiasmo e muita dinâmica. artes decorativas que a Casa Museu alberga. T Museu Nacional de Etnologia – Exposição Pinturas cantadas, arte e performance das mulheres de Naya de toda a índole são protagonistas de histórias inúmeras vezes repetidas, outros abordam assuntos da mais próxima actualidade. Podem tratar-se da narração de acontecimentos de grande ressonância mediática e planetária, como o ataque ao World Trade Center de Nova Iorque em 11 de Setembro de 2001, ou o tsunami de Dezembro de 2004. Com a colaboração dos antropólogos Lina Fruzzetti Mas podem também ter o alcance de uma campa- e Ákos Östör, o Museu Nacional de Etnologia tem nha informativa e cívica, como ocorre com a luta con- patente ao público, de 5 de Julho até 31 de Dezembro, tra a Sida ou contra a discriminação de género, que uma exposição de obras realizadas pelas mulheres das no infanticídio de bebés do sexo feminino encontra comunidades Patua do Estado de Bengala na Índia. uma das suas mais radicais e violentas manifestações. Estas mulheres cantam as histórias que pintam em Estamos perante uma forma de expressão e prática extensas tiras de papel, cujos temas tanto retomam cultural de grande profundidade temporal, antes o reportório das tradições orais da comunidade, como desempenhada por homens, mas que as mulheres falam de mudanças sociais e políticas e de aconteci- foram aprendendo e utilizando como instrumento da mentos que marcam a vida da aldeia, do país ou do sua afirmação e promoção económica. Para tal, tive- Informações e contactos mundo. São pinturas em folhas de papel justapostas, ram de conjugar a competência técnica do desenho Museu Nacional de Etnologia coladas em tecido, muitas vezes reaproveitadas de e da pintura com a capacidade performativa da nar- outros usos, o que as torna mais flexíveis e resisten- rativa que se consubstancia nas canções que dão corpo tes à sua continuada manipulação. Ali se encontram à pintura. Através do simples contacto com os rolos Fax: 21 301 39 94 representados os mais variados temas, uns retoma- pintados percebem-se estilos pessoais, variações de [email protected] dos da tradição oral, onde divindades e personagens linguagem e uma profusa diversidade de temas. T Av.ª Ilha da Madeira 1400-203 Lisboa Tel.: 21 304 11 60/9 Museu Nacional da Imprensa – O público pode votar no PortoCartoon Está a decorrer a votação Prémio do Público, uma sado, pelo júri internacional do concurso, presidido iniciativa integrada no IX PortoCartoon-World Festival, pelo cartunista francês G. Wolinski, pode ser feita uma concurso internacional de caricatura, organizado anual- votação por parte do público para escolher o melhor mente pelo Museu Nacional da Imprensa. cartoon dos 35 concorrentes que foram finalistas do Independentemente da escolha feita, em Maio pas- IX PortoCartoon. Rede Portuguesa de Museus | 15 Boletim RPM 25® 07/09/26 9:58 Page 16 Os desenhos em disputa foram enviados de países tão diferentes, como Bulgária, Brasil, China, Itália, Indonésia, Irão, Polónia e Espanha, entre outros. A representar Portugal está o cartunista amarantino António Santos com uma caricatura da pintora Paula Rego. Informações e contactos Para além do tema principal deste ano, “A Globalização”, Museu Nacional da Imprensa os trabalhos em votação abordam outros assuntos da E.N. 108 n.º 206 4300-316 Porto (Freixo) actualidade, como a fome, a guerra e a religião. A votação pode ser feita até 31 de Dezembro na sede O autor do desenho mais votado será convidado pelo do Museu, onde está patente a exposição do IX Museu Nacional da Imprensa para uma exposição PortoCartoon, e on-line no Museu Virtual do Cartoon www.imultimedia.pt/museuvirtpress individual em 2008. (www.cartoonvirtualmuseum.org). T www.cartoonvirtualmuseum.org Tel.: 22 530 49 66 Fax: 22 530 10 71 Museu Quinta das Cruzes – Inauguração de Cafetaria serviço de cafetaria, a construção de um módulo para a exposição de um Orquestrofone e a recuperação da antiga «casinha de prazeres». A edificação resultou da interligação de dois volumes, com a predominância de estruturas em madeira e vidro, para uma integração natural nos espaços verdes e ajardinados circundantes. Este projecto, da autoria da Arq.ª Ana Filipa Abrantes (Direcção de Serviços do Património Cultural – Direcção Regional dos Assuntos Culturais), foi viabilizado com o apoio financeiro de fundos comunitários, Nos jardins do Museu Quinta das Cruzes, foi recen- nomeadamente através do projecto Beneficiação temente inaugurado um serviço de Cafetaria/Restau- do Museu Quinta das Cruzes, co-financiado no rante. Este projecto enquadrou-se numa ampla inter- âmbito do POPRAM III/FEDER – Fundo Europeu de venção que incluiu a construção e a instalação do Desenvolvimento Regional. – Exposição do Orquestrofone O Orquestrofone é um instrumento de reprodução principal em madeira, profusamente decorado por musical mecânico que teve uma manufactura larga- entalhes policromados neo-barrocos, um boneco mecâ- mente divulgada na Europa a partir de finais do século nico (autómato), e possui, na face posterior, o sis- XIX, e que esteve vocacionado para a exibição pública tema mecânico de leitura de cartões perfurados, que em cinemas, feiras e salões de baile, constituindo por emite o sinal para os diversos instrumentos de sopro si só a atracção principal. e percussão, permitindo a reprodução musical. O Orquestrofone, que integra as colecções do Museu Este complexo instrumento, comprado pelo 1.º Quinta das Cruzes, é constituído por um corpo visconde de Cacongo, João José Rodrigues Leitão 16 | Boletim Trimestral [email protected] Boletim RPM 25® 07/09/26 9:58 Page 17 O restauro do referido instrumento foi realizado, entre 2004 e 2006, pelos técnicos Maria José Cabrita, do atelier Isopo (estruturas em madeira e policromia), e Dinarte Machado (estruturas mecânica e instrumental). O Orquestrofone, agora exposto ao público pela 1.ª vez, encontra-se em espaço próprio edificado, nos jardins do Museu Quinta das Cruzes, onde durante o período da tarde continua a tocar cumprindo com a Orquestrofone Fab. Limonaire Frères/n.º de série 3151 França, 1900 A. 320 x L. 280 x P. 50 cm Aquisição Governo Regional, 1978 MQC 1977 sua função original de instrumento de diversão e divulgação musical. Junto da área de exposição, encontra-se uma pequena (1843-1925), na Exposição Universal de Paris, em mostra de painéis explicativos da história e do pro- 1900, foi adquirido em 1978 pelo Governo Regional cesso de restauro do instrumento, e alguns cartões da Madeira, juntamente com 167 cartões de músicas perfurados. T que incluem valsas, polkas, rapsódias, marchas Informações e contactos militares, hinos, bem como outras músicas clássicas Museu Quinta das Cruzes e populares, destacando-se algumas pelo seu carác- Calçada do Pico, n.º 1 ter inédito, como a versão d’ “A Portuguesa” de Alfredo 9000-206 Funchal Keil de 1904, diversos Hymnos dedicados aos reis Tel.: 291 740 670 Fax: 291 741 384 [email protected] D. Carlos e D. Amélia, bem como os Hymnos Português (1900), Nacional (1904) e da Ilha da Madeira (1905). Museu dos Transportes e Comunicações – Colaboração do Museu do Ar em exposição Patente ao público no Museu dos Transportes e Comunicações entre 31 de Julho a 30 de Agosto de 2007, a exposição 1917-2007 Aviação Militar 90 Anos a formar Pilotos foi organizada com a colaboração do Museu do Ar. Dedicada à aviação militar e à Escola de Aeronáutica Militar, de onde saíram alguns ilustres da Força Aérea Portuguesa, esta exposição integrava painéis com informação bilingue (português e inglês), projecção Informações e contactos de áudio visuais, vitrinas com objectos pertencentes Museu dos Transportes e Comunicações a aviadores pioneiros, motores de outrora originais Edifício da Alfândega, 4050-430 Porto de aviões e uma aeronave Tiger Mooth pertencente à Tel.: 22 340 30 00 Escola de Aviação. T [email protected] Fax: 22 340 30 98 www.amtc.pt Rede Portuguesa de Museus | 17 Boletim RPM 25® 07/09/26 9:58 Page 18 Edições de Museus da RPM Museu Anjos Teixeira – Tecnologias da Escultura, de Pedro Anjos Teixeira Com o apoio do Instituto Português de Museus/ Rede Portuguesa de Museus, no âmbito do Programa de Apoio à Qualificação de Museus (PAQM), foi reeditada pela Câmara Municipal de Sintra a obra Tecnologias da Escultura. Da autoria de Pedro Anjos Teixeira, a obra foi editada pela primeira vez em 1984, pelo Instituto Superior de Artes Plásticas (hoje Instituto Superior de Arte e Design) da Madeira, onde o Escultor viveu e leccionou durante vários anos. Sob a forma de um manual de técnicas e de materiais de escultura, ilustrado com desenhos e legendas do Mestre, a presente edição mantém ainda a sua actualidade, contribuindo para uma melhor compreensão das tecnologias escultóricas e da obra de Pedro Anjos Teixeira. Museu Anjos Teixeira | Azinhaga da Sardinha | Rio do Porto – 2170 Sintra | Tel./Fax: 21 923 88 27 | [email protected] Ecomuseu Municipal do Seixal / Ecomuseu Informação n.º 45 No n.º 45 deste boletim o Centro de Documentação e Informação divulga os seus recursos de informação sobre Arqueologia e Património Arqueológico, com particular destaque para o concelho do Seixal, com o propósito de complementar a divulgação dos conteúdos de investigação da rubrica Carta do Património, neste trimestre reportada à Quinta de S. Pedro. Nas Edições em destaque, é feita uma selecção de artigos e outras publicações de interesse para a temática da Arqueologia em geral, nomeadamente actas de encontros realizados e eventos que privilegiam a partilha de experiências e projectos de investigação. Ecomuseu Municipal do Seixal / Barcos, memórias do Tejo Edição apoiada pela Rede Portuguesa de Museus – Programa de Apoio à Qualificação de Museus, este catálogo reporta-se à exposição de longa duração em exibição desde 2005 no Núcleo Naval do Ecomuseu. Aprofundando os principais temas abordados naquela exposição, o catálogo reúne e divulga os resultados da investigação e documentação levadas a cabo nestes últimos anos pela equipa técnica do museu sobre a cultura marítima no estuário do Tejo, apresentando ainda uma síntese do historial daquele núcleo museológico e da evolução da sua programação, estreitamente associada à recuperação e reutilização das embarcações tradicionais incorporadas no Ecomuseu. Museu de Alberto Sampaio / À descoberta do centro histórico de Guimarães O Serviço Educativo do Museu de Alberto Sampaio concebeu um roteiro didáctico do Centro Histórico de Guimarães, em versão portuguesa e espanhola, destinada ao público infanto-juvenil. Tendo como ponto de partida e de chegada o Museu de Alberto Sampaio, os leitores são convidados a fazer o percurso do Centro Histórico guiados pelo roteiro ilustrado, onde encontram pequenos textos informativos sobre a História e as lendas de Guimarães e algumas propostas de actividades didácticas. Museu de Alberto Sampaio / Fé: esculturas de Alberto Vieira O Museu de Alberto Sampaio editou um novo número da colecção Arte no Claustro destinada à divulgação de exposições de Arte Contemporânea organizadas pelo Museu. Este volume, bilingue, é dedicado à exposição Fé, do escultor Alberto Vieira, que esteve patente ao público entre 30 de Junho e 2 de Setembro de 2007. 18 | Boletim Trimestral Boletim RPM 25® 07/09/26 9:58 Page 19 Museu Carlos Machado / Custódias da Ilha: Ouvidorias da Ilha de São Miguel O Museu Carlos Machado editou um catálogo bilingue da exposição Custódias da Ilha, patente ao público, entre 6 de Julho e 16 de Setembro de 2007, no Núcleo de Arte Sacra do Museu, fruto de colaboração do Museu com a Ouvidoria de Ponta Delgada. O catálogo apresenta 46 custódias antigas pertencentes às Oito Ouvidorias da Ilha de São Miguel e inclui textos introdutórios de Duarte Melo, Director do Museu, José Constância, Ouvidor da Ponta Delgada, e um estudo das Custódias da autoria de António Manuel Oliveira, Conservador do Museu, que comissariou a exposição. Museu de Cerâmica / Roteiro Esgotado há cerca de um ano, foi reeditado o Roteiro do Museu de Cerâmica. Esta obra, abundantemente ilustrada, não só ajuda o leitor a compreender o percurso da exposição permanente do Museu de Cerâmica, como constitui um elemento de estudo da História da Cerâmica Portuguesa, com destaque para a cerâmica das Caldas da Rainha. Museu Municipal Abade Pedrosa / Colecção arqueológica Com o apoio do Instituto Português de Museus/ Rede Portuguesa de Museus, através do Programa de Apoio à Qualificação de Museus (PAQM), a Câmara Municipal de Santo Tirso editou um roteiro e um desdobrável do Museu Municipal Abade Pedrosa. O roteiro, editado em versão portuguesa e inglesa, estrutura-se em duas partes: a primeira compreende a apresentação histórica do Museu, das instalações e do seu patrono, sendo a segunda dedicada ao estudo da colecção arqueológica. O desdobrável, também em versão bilingue, inclui uma apresentação sumária do Museu, do edifício e da colecção. Museu Nacional de Etnologia / Pinturas cantadas: arte e performance das mulheres de Maya O Museu Nacional de Etnologia editou o catálogo que acompanha a exposição Pinturas cantadas: arte e performance das mulheres de Maya, aberta ao público desde Julho até ao final do ano. A exposição apresenta obras de mulheres das comunidades Patua do Estado de Bengala na Índia, que incidem sobre temas tradicionais e da actualidade, cujas histórias são cantadas de aldeia em aldeia. O catálogo inclui uma apresentação de Joaquim Pais de Brito, Director do Museu Nacional de Etnologia, e textos dos antropólogos Lina Fruzzetti e Ákos Östör, incluindo as histórias de vida das autoras das obras expostas, as pinturas e as canções que lhes estão associadas. Museu Nacional do Azulejo / João Miguel dos Santos Simões 1907-1972 O Museu Nacional do Azulejo inaugurou a 17 de Julho de 2007 a exposição comemorativa do centenário de nascimento de João Miguel dos Santos Simões, da qual se editou o respectivo catálogo. Aberta ao público até 21 de Outubro de 2007, a exposição evoca a vida e a obra de João Miguel dos Santos Simões, figura exemplar da cultura portuguesa para a história, investigação e valorização patrimonial do azulejo. O catálogo inclui textos introdutórios de Manuel Bairrão Oleiro, Director do Instituto dos Museus e da Conservação, e de Paulo Henriques, então Director do Museu Nacional do Azulejo, e artigos de vários especialistas, portugueses e estrangeiros, sobre a acção de João Miguel dos Santos Simões enquanto investigador e historiador da cerâmica e do azulejo e enquanto museólogo no Museu Nacional de Arte Antiga e no Museu do Azulejo, que ajudou a criar e a organizar. Rede Portuguesa de Museus | 19 Boletim RPM 25® 07/09/26 9:58 Page 20 Museu do Papel Moeda / Serviço de Educação O Serviço de Educação do Museu do Papel Moeda publicou o seu programa de actividades de dinamização das colecções do Museu, direccionadas para diferentes tipos de público – Escolas, Famílias, Séniores, Públicos com necessidades especiais e Visitantes individuais. Museu da Pólvora Negra / Cadernos do Museu da Pólvora Negra n.º 2 O segundo número dos Cadernos do Museu, publicação de cariz anual e de distribuição gratuita, foi apresentada ao público no passado dia 17 de Junho, data que assinalou o nono aniversário do Museu da Pólvora Negra. Este número é dedicado às Conversas realizadas todos os terceiros domingos do mês do último trimestre de 2004 e ao longo de 2005. Integradas na iniciativa “Ao Domingo no Museu com toda a Família!”, estes momentos de diálogo, partilha de ideias e conhecimentos, tiveram como ponto de partida temas, memórias ou peças da colecção destacadas pelo Museu em cada trimestre ao longo de dois anos. Esta edição conta com a participação de Mónica Anunciata Duarte Almeida, Fernando Cabral Moncada, Maria Manuela d’Oliveira Martins, Margarida Ruas Gil da Costa, José Manuel Mascarenhas e José António Martins Victorino. Museu da Pólvora Negra / CD-ROM À Descoberta do Museu da Pólvora Negra Um jogo, uma cronologia, diversos artigos, uma galeria de imagens e uma enciclopédia são alguns dos conteúdos e matérias disponíveis neste CD-ROM que dá a conhecer o Museu da Pólvora Negra e a Fábrica da Pólvora de Barcarena. Museu Quinta das Cruzes / Orquestrofone No seguimento da exposição ao público do Orquestrofone do Museu, foi publicado um desdobrável, de distribuição gratuita, editado pelo Museu e pela Direcção Regional dos Assuntos Culturais, onde se fornece ao visitante uma informação mais completa e contextualizada deste instrumento de reprodução musical, com vista a uma melhor compreensão da sua origem e complexidade mecânica. Museu Quinta das Cruzes / Boletim n.º 4 Boletim anual editado pelo Museu Quinta das Cruzes. Neste número abordam-se diversos trabalhos realizados no Museu, ao longo do ano, nas áreas da formação, do restauro de peças e da conservação do edifício, bem como as últimas aquisições e projectos que se encontram em curso. É de destacar ainda o artigo de Axel Wilhelm sobre o pintor Max Römer, as actividades do Serviço Educativo e a doação da Fundação Calouste Gulbenkian de espécies bibliográficas ao Museu. Museu dos Transportes e Comunicações / Zé do Saco – o contrabandista Esta edição resulta do trabalho desenvolvido em parceria com a Editora Campo das Letras e contou com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian. Manuel Jorge Marmelo escreveu e Evelina Oliveira ilustrou as aventuras do Zé do Saco, famoso contrabandista que conhece como ninguém o Edifício da Alfândega Nova do Porto e todos os truques utilizados na arte da simulação das mercadorias como forma de passar ao lado do apertado controlo aduaneiro e amealhar umas economias para apoio da sua família. Através do seu relato ficamos a conhecer a história do edifício e das suas funções aduaneiras e como, ao longo dos últimos anos, este se tem vindo a adaptar para acolher o Museu dos Transportes e Comunicações e algumas das actividades que promove para os diversos públicos. 20 | Boletim Trimestral Boletim RPM 25® 07/09/26 9:58 Page 21 Exposições Itinerantes IMC e DGIDC – A Minha Escola Adopta um Museu Informações e contactos Terminou a 30 de Junho no Museu Nacional do testemunho do trabalho realizado e mais um elo Teatro a segunda edição da exposição A minha de ligação dos museus às escolas, pretende o IMC escola adopta um museu, inaugurada no Dia viabilizar a sua apresentação em museus da RPM Internacional dos Museus pela Ministra da Cultura de várias zonas do país. e pelo Secretário de Estado da Educação. A exposição apresenta os trabalhos, de todos os Mais uma vez, a iniciativa conjunta do Instituto ciclos, vencedores nas várias áreas contempladas dos Museus e da Conservação (IMC) e da Direcção no concurso A minha escola adopta um museu. Dr.ª Graça Mendes Pinto Instituto dos Museus e da Conservação Geral para a Inovação e Desenvolvimento Curricular Palácio Nacional da Ajuda (DGIDC) teve a melhor aceitação por parte dos Características técnicas Ala Sul – 4.º Piso museus da RPM, aderindo igualmente de forma Painéis em tela suportados por estruturas flexíveis; entusiástica alunos e professores de todo o país. 32 plintos de 60 cm de profundidade e alturas Tal como foi proposto no ano anterior e porque que variam entre os 30 ou 60 cm; 5 painéis com a apresentação desta exposição é um importante 260 cm de altura e larguras de 180 ou 195 cm. T Tel.: 21 365 08 58 [email protected] www.ipmuseus.pt Ecomuseu Municipal do Seixal – Moinhos de Maré do Ocidente Europeu As marés têm sido utilizadas há séculos como fonte A exposição Moinhos de Maré do Ocidente Europeu, de energia. Em diversos locais abrigados do lito- actualmente em circulação na Europa, visa con- ral atlântico europeu, foram edificados moinhos tribuir para a divulgação junto de um público alar- accionados pelo fluxo e refluxo da maré. Alguns gado destes elementos patrimoniais comuns ao exemplares chegaram aos nossos dias, por vezes litoral atlântico europeu. Organizada no âmbito ainda em funcionamento, e constituem hoje um de um projecto coordenado pelo Ecomuseu exemplo das capacidades desenvolvidas pelo Municipal do Seixal, a exposição resulta da cola- Homem para tirar proveito das forças naturais, res- boração de mais de 20 instituições e investigado- peitando o ecossistema em que se integra. res devotados a projectos de investigação, conservação, reabilitação e divulgação de moinhos de maré existentes no espaço europeu. Aborda aspectos relacionados com a difusão e implantação geográfica, as tipologias e o modo de funcionamento, a diversidade de utilizações e a valorização patrimonial destes testemunhos, disponibilizando informação em português, espanhol, francês e inglês. Características técnicas 16 painéis de PVC sandwich de alumínio de 3mm de espessura, formato 1,20 (altura) x 1,00m (largura); Rede Portuguesa de Museus | 21 Boletim RPM 25® 07/09/26 9:58 Page 22 Informações e contactos Ecomuseu Municipal do Seixal Impressão digital com tintas solventes a 4 cores em de Maré do Ocidente Europeu” produzido no âmbito Praça 1.º de Maio, 1 vinil branco autocolante mate; Painéis perfurados do Projecto, website www.moinhosdemare-europa. 2840-485 Seixal na extremidade superior de modo a facilitar a sus- org, etc. Tel.: 21 097 61 12 pensão por meio de cabos de aço e cerra-cabos No âmbito do projecto, foram editados um folheto, (incluídos na embalagem). postais, o já referido CD-Rom e um conjunto de A exposição poderá ser complementada com outros puzzles. T [email protected] www.cm-seixal.pt/ecomuseu www.moinhosdemare-europa.org recursos: acervo da instituição, CD-Rom “Moinhos Museu Nacional do Azulejo – A Arte do Azulejo em Portugal A exposição itinerante A Arte do Azulejo em Portugal do mundo, procura incentivar a visita aos monu- pretende dar a conhecer a evolução histórica do azu- mentais conjuntos azulejares ainda nos lugares lejo em Portugal desde os finais do século XV até à de origem, onde a relação entre o Azulejo, a actualidade. Arquitectura e a Cidade é mais perceptível. Com produção e parceria conjuntas do Museu Como Centro de Estudos de Cerâmica, nomea- Nacional do Azulejo e do Instituto Camões, esta damente a de revestimento, onde a par da investi- exposição, coordenada cientificamente pela equipa gação e da documentação, também a conservação do Museu Nacional do Azulejo, é um instrumento e restauro são fundamentais, o Museu Nacional de divulgação do Azulejo no País e no estrangeiro, do Azulejo apresenta a sua colecção através de salientando a sua importância e o papel que desem- uma exposição itinerante, explicando os contextos penha no universo das Artes Decorativas, na História de origem, incitando à viagem e ao reconheci- e Cultura nacionais, e evidenciando a expressão mento in situ desta importante vertente da inspi- artística que os portugueses sabiamente souberam ração nacional. recriar a partir da segunda metade do século XVI, Informações e contactos ao valorizarem e caracterizarem os seus espaços Características técnicas arquitectónicos, de um modo singular e versátil. 20 painéis que apresentam cronológica e temati- O Museu Nacional do Azulejo, conservando hoje camente a Arte do Azulejo em Portugal. uma das mais importantes colecções de Cerâmica A exposição dispõe de um Catálogo ilustrado. T Museu Nacional do Azulejo Rua Madre de Deus, 4 1900-312 Lisboa Tel.: 21 810 03 40 Fax: 21 810 03 69 [email protected] 22 | Boletim Trimestral Boletim RPM 25® 07/09/26 9:58 Page 23 Agenda Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa Abertura ao Público No passado dia 29 de Junho abriu ao público o Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa. Instalado num edifício construído de raiz, o Museu, cujos antecedentes remontam a 1918, inaugurou neste dia a sua exposição permanente e duas exposições temporárias que estarão patentes até ao fim do ano: A Arte e os Artistas do Côa e Memórias da Cidade. A exposição A Arte e os Artistas do Côa trata-se de uma iniciativa do Parque Arqueológico do Vale do Côa que proporciona a oportunidade de ver a reconstituição de um habitat do Paleolítico Superior, ou seja, da mesma época dos artistas do Côa, para além de imagens de gravuras rupestres. Patente no espaço em torno do Mosaico Romano, a exposição Memórias da Cidade, organizada com a colaboração do Museu da Imagem de Braga, ilustra vários aspectos da história da cidade. A natureza e a missão do Museu O Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa é um organismo de natureza cultural dependente do Instituto de Museus e da Conservação e que integra a Rede Portuguesa de Museus. Enquanto museu de Arqueologia a sua missão assenta nos seguintes objectivos: • Promover a investigação arqueológica, a salvaguarda e a divulgação das colecções e dos sítios arqueológicos na cidade e na região em que se integra; • Promover a actividade dos serviços educativos de forma a incentivar a ligação do museu com o público jovem, em particular com a Escola, assim como com todos os outros públicos, numa perspectiva de educação permanente e fruição dos bens culturais; • Promover a participação da sociedade civil e das forças vivas da cidade e da região no desen- volvimento de actividades do Museu. História O Museu foi criado em 1918 como museu de Arte e Arqueologia geral, ainda que não tenha tido uma actividade regular até 1980, altura em que foi revitalizado como Museu de Arqueologia com um Quadro de Pessoal próprio habilitado para esta área específica de actividade. Desde 1980 para cá, o Museu tem desenvolvido a sua actividade em torno da recuperação, valorização e divulgação das colecções de Arqueologia, provenientes de sítios arqueológicos da região, com particular destaque para os achados decorrentes do salvamento e da investigação de “Bracara Augusta”. Nesse sentido, o Museu dispõe de um laboratório de restauro, onde são recuperados os materiais arqueológicos que integrarão a exposição permanente do Museu, o qual também presta apoio a outros museus e instituições da região. Sob o ponto de visita da divulgação, até ao momento, a actividade do Museu tem-se centrado na relação com a Escola, em torno da sensibilização para a protecção do património arqueológico local e regional e da sua fruição e conhecimento. Paralelamente, tem vindo a ser promovida a investigação arqueológica no âmbito de parcerias com várias entidades ligadas à investigação e ao Ensino. A colecção O Museu possui um acervo inventariado de 18.016 peças, das quais cerca de 2 mil integram a sua exposição permanente. Rede Portuguesa de Museus | 23 Boletim RPM 25® 07/09/26 9:58 Page 24 Entre os factores que distinguem a colecção do Museu, há a referir o facto destes materiais serem provenientes de sítios arqueológicos estudados à luz dos modernos conceitos de investigação em Arqueologia e ainda o caso de estar associada a essas peças toda a informação, desde a sua descoberta à sua exposição ao público. Os sítios arqueológicos de proveniência dos referidos materiais situam-se na região do Minho e abrangem cronologicamente um período compreendido entre a Pré-história e a Alta Idade Média. O edifício e o programa O Museu está instalado num edifício construído de raiz, implantado no centro da antiga cidade romana de “Bracara Augusta” e é da autoria de Carlos Guimarães e Luís Soares Carneiro. O projecto desenvolve-se em três corpos articulados entre si – área de público, cafetaria e sector técnico – os quais são rodeados por um jardim e zonas de lazer. De salientar que a área de público inclui espaços expositivos e um auditório e que o sector técnico dispõe de laboratórios dotados de condições e equipamentos adequados à conservação e restauro de materiais arqueológicos. O edifício incorpora aspectos da história do lugar, da tradição museológica europeia, para além de exigências complexas de natureza programática. Do programa do Museu transparece a preocupação em fomentar o conhecimento e a valorização do acervo, mediando a informação existente, de modo a torná-la apelativa e articulando-a com os sítios arqueológicos à escala local e regional. Nesse sentido, a colecção exposta é complementada por informação lúdico-didáctica, em suporte multimédia, a qual oferece ao visitante a possibilidade de explorar temas alusivos à exposição e/ou partir à descoberta de sítios arqueológicos de interesse patrimonial regional. No Museu, o visitante poderá assim encontrar um espaço de descoberta da memória da cidade e da região, para além de um local de entretenimento e lazer. Rua dos Bombeiros Voluntários | 4700-025 Braga | Tel.: 253 273 706/253 615 844 | Fax: 253 612 366 | [email protected] Cortiça ao milímetro – o papel Mundet (1915-1988) Bote de fragata Baía do Seixal Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves a partir de Dezembro Serviço educativo Serviço educativo Descobertas matemáticas no bote de fragata – ensino Exposição Avós, contem-me uma história – Centros de Dia e Escolas básico O Mundo islâmico nas Colecções da CMAG do concelho Nós e o rio – ensino básico A partir de 18 de Outubro de 2007 1 de Outubro (Dia do Idoso), 10h00-12h00/14h30-16h30 2, 3, 10 e 11 de Outubro de 2007, 14h00-16h00 Descobertas matemáticas na Mundet – ensino básico Tripular uma embarcação – público juvenil e adulto/famílias 7 de Outubro de 2007, 12h00-15h00 Av. 5 de Outubro, n.º 6-8, 1050-055 Lisboa Núcleo Naval Comemorações Tel.: 21 354 08 23 Exposições Dia Nacional do Mar Fax: 21 354 87 54 Barcos, memórias do Tejo Este ano sob o tema “As comunidades ribeirinhas e o www.cmag.ipmuseus.pt Vento bota fora – mostra fotográfica desenvolvimento local” por proposta da Sociedade de [email protected] Serviço educativo Geografia de Lisboa (Secção de Geografia dos Oceanos). Estaleiro de brincadeiras – pré-escolar, 1.º e 2.º ciclos – Lançamento do catálogo da exposição Barcos, Dança dos barcos – pré-escolar, 1.º e 2.º ciclos memórias do Tejo Ecomuseu Municipal do Seixal Salvar vidas no Tejo – a história de um herói 17 de Novembro, 15h00 Núcleo da Mundet Exploração de objectos de Marcolino Xavier, responsável Exposições por salvamentos a náufragos de embarcações nacionais A cortiça na fábrica: a preparação e estrangeiras. A pé pela Arrentela – ensino básico longa duração 2 de Dezembro, 15h00 Núcleo Urbano Antigo de Arrentela 24 | Boletim Trimestral Visitas temáticas Boletim RPM 25® 07/09/26 9:58 Page 25 A pé pelo Seixal – ensino básico Exposição Animais à Solta no Museu Ciclo de Conferencias Núcleo Urbano Antigo do Seixal de Cerâmica “A Arte como forma de Comunicação” O ratinho da cortiça – ensino básico Jardins do Museu, até 31 de Outubro de 2007 Jovens e Adultos Núcleo da Mundet “A Moda como forma de Comunicação”, por Professora Antigas escolas primárias do concelho – público juvenil Eugénia Tomás e adulto/famílias 11 de Outubro de 2007, 18h00 horas Percurso em autocarro municipal pelas escolas primárias do Organização: Museu das Comunicações/Instituto de Artes Concelho do Seixal e Ofícios da Universidade Autónoma de Lisboa 28 de Outubro de 2007, 15h00 “Guerra da Informação” – Aula Aberta Ciência e Tecnologia – entre o laboratório e o museu 23 de Outubro de 2007 – ensino secundário Oficinas Oficinas do Conhecimento – todos os públicos Em associação à Semana da Ciência e da Tecnologia, deslocação a Lisboa em autocarro municipal para o Rua Dr. Ilídio Amado, Ap. 97 Espaço Escola do Futuro. Organização: Museu das Comuni- Instituto Superior de Agronomia. 2504-910 Caldas da Rainha cações, em parceria com o Grupo PT 20 a 23 de Novembro de 2007 Tel.: 262 840 280 3.ª a 6.ª feira, 10h00-16h00 Dia Nacional da Cultura Científica – público juvenil e Fax: 262 840 281 Oficina comemorativa do Dia Mundial dos Correios adulto/famílias [email protected] – 1.º ciclo Em associação à Semana da Ciência e da Tecnologia, 8 a 12 de Outubro de 2007 Oficina da Mala Posta – pré-escolar deslocação a Lisboa em autocarro municipal para o Instituto Superior de Agronomia. Museu de Cerâmica de Sacavém Oficina de Escrita – 3.º ciclo e Secundário 24 de Novembro, 14h30 Exposições Oficinas do Conhecimento – 3.º ciclo e Secundário Dar Sentido à Argila. Os Ateliers de Decoração na Animações Praça 1.º de Maio, n.º 1 Fábrica de Loiça de Sacavém Vamos internetizar o selo? 2840-485 Seixal Até Dezembro de 2007 Preciso urgentemente de falar com alguém Tel.: 21 097 6112 Lugar de Trabalho, Lugar de Património: As Fábricas A Super Avózinha Fax: 21 097 61 13 e as Pessoas Os testes do Jarbas [email protected] Até Julho de 2008 O mestre sabichão A Dama da Mala Posta www.cm-seixal.pt/ecomuseu Museu Abade de Baçal Urbanização Real Forte Grupos escolares 2685 Sacavém Programa-Famílias Tel.: 21 940 98 00 Peddy Paper Serviço Educativo 6 de Outubro, 15h00 Oficinas didáctico-pedagógicas Oficina Pedagógica Mala-Posta Construção de máscaras a par da exposição Rituais Museu do Chiado – MNAC 13 de Outubro, 15h00 de Inverno com Máscara – público infanto-juvenil e Exposição Jogo das Comunicações portador de deficiência Centre Pompidou Arte Vídeo. 1965-2005 20 de Outubro de 2007, 15h00 Até Dezembro de 2007 19 de Outubro de 2007 a 13 de Janeiro de 2008 Evento Surpresa Quem Conta um Conto… a partir da colecção de 27 de Outubro de 2007, 15h00 desenhos de Almada Negreiros – público infantil, R. Serpa Pinto, n.º 6 Semana Comemorativa da Terceira Idade famílias 1200-444 Lisboa Entrada gratuita para todas as exposições a pessoas com Até Dezembro de 2007 Tel.: 21 343 21 48 Fax: 21 343 21 51 mais de 65 anos [email protected] 29, 30 e 31 de Outubro de 2007 Rua Conselheiro Abílio Beça, n.º 27 5301-903 Bragança Rua do Instituto Industrial, n.º 16 Tel.: 273 331 595 Museu das Comunicações 1200-225 Lisboa Fax: 273 323 242 Exposições Tel.: 800 215 216/21 393 51 59 [email protected] Vencer a Distância – 5 Séculos de Comunicações em [email protected] [email protected] Portugal – Correios e Telecomunicações www.fpc.pt Mala Posta Casa do Futuro Inclusiva Museu de Cerâmica Visitas guiadas Museu Calouste Gulbenkian Exposições Exposições Cerâmica e Vidro do Século XX – Doação de Francisco Uma obra em foco – A Religião na Grécia Antiga: Coutinho Carreira Deuses do Olimpo representados na Colecção 29 de Setembro a 30 de Outubro de 2007 Gulbenkian Vida e Obra de Manuel Cipriano Gomes, O Mafra Até 6 de Janeiro de 2008 23 de Novembro a 31 Dezembro de 2007 Festa da Cerâmica Participação do Museu de Cerâmica na Festa da Cerâmica promovida pela Câmara Municipal das Caldas da Rainha entre os meses de Agosto e de Outubro. Zeus. Macedónia, Filipe III 323-317 a. C. Museu Calouste Gulbenkian Rede Portuguesa de Museus | 25 Boletim RPM 25® 07/09/26 9:58 Page 26 Os Gregos. Tesouros do Museu Benaki, Atenas 27 de Setembro 2007 a 6 de Janeiro de 2008 Museu da Graciosa Museu de Lamego Exposição e Debate Exposições Da Fotografia à Imagem A Palavra e o Espírito – Exposição de Arte e História Apresentação do Projecto MEDIAT – Memória Digital 29 de Setembro a 1 de Dezembro, Casa do Poço Atlântica Organização: Diocese de Lamego e Museu de Lamego 8 Outubro 2007, 21h00 Serviço Educativo O Mapa das Descobertas – 3.º Ciclo 5.as e 6.as feiras, 14h00-17h00 Coroa de hera. Macedónia (?). Século I a. C. Atenas, Museu Benaki. Av. de Berna 45A 1067-001 Lisboa Codex Os Segredos do Barroco – ensino secundário e superior Tel.: 21 782 34 61/455/6 5.as a 6.as feiras, 10h00-12h30 Fax: 21 782 30 32 www.museu.gulbenkian.pt Largo de Camões 5100-147 Lamego Tel.: 254 600 230 Museu Francisco Tavares Proença Júnior Fotógrafo António José leite Fax: 254 655 264 [email protected] Exposições Exposições 16 Massarelos – percursos de vida nos transportes Uma Memória Digital do Atlântico colectivos do Porto 8 Outubro a 15 Novembro 2007 Museu Municipal Alcochete 14 de Setembro a 21 de Outubro de 2007 A colecção de Malacologia de Augusto Gomes Núcleo Sede Fotografias de Olívia da Silva e textos de narrativa oral 16 Novembro a 31 Dezembro 2007 Exposição recolhidos pelo Museu do Carro Eléctrico. Histórias Vindas do Chão – Percursos Arqueológicos Parceria: Museu de Francisco Tavares Proença Júnior e de Alcochete Escola Superior de Artes Aplicadas do Instituto Politécnico Até 28 de Outubro de 2007 de Castelo Branco. A vida num cruzar de fios 14 de Outubro de 2007 a 28 de Janeiro de 2008 Têxteis e traje associados ao ciclo e rituais da vida na primeira metade do século XX na Beira Baixa. Parceria: Centro Cultural Raiano de Idanha-a-Nova e Sociedade dos Amigos do Museu. Serviço educativo Rua das Flores, 2 Visitas guiadas e ateliers para crianças e jovens 9880-364 Santa Cruz da Graciosa Tel.: 295 712 429 Largo Dr. José Lopes Dias Fax: 295 732 427 6000-462 Castelo Branco [email protected] Tel.: 272 34 42 77 Fax: 272 34 78 80 http://www.ipmuseus.pt Museu Grão-Vasco [email protected] Exposição Monumentos de Escrita 400 Anos de História da Sé e da Cidade de Viseu (1230-1639) 10 de Novembro de 2007 a 10 de Janeiro de 2008 Rua Dr. Ciprião de Figueiredo 2890-071 Alcochete Paço dos Três Escalões Tel.: 21 234 86 52/3/4 3500-195 Viseu Fax: 21 234 86 92 Tel.: 232 42 20 49 Fax: 232 42 12 41 [email protected] [email protected] 26 | Boletim Trimestral Boletim RPM 25® 07/09/26 9:58 Page 27 R. das Janelas Verdes Museu Municipal de Coruche Museu Nacional de Arqueologia 1249-017 Lisboa Exposição Exposições Tel.: 21 391 28 24/00 Bienal de Coruche Religiões da Lusitania Fax: 21 397 27 03 4 a 21 Outubro de 2007 Até 31 de Dezembro de 2007 www.mnarteantiga-ipmuseus.pt [email protected] Rua Júlio Maria de Sousa 2100-192 Coruche Tel.: 243 610 823 Fax: 243 610 821 Museu Nacional do Azulejo [email protected] Exposições www.museu-coruche.org João Miguel dos Santos Simões – 1907-1972 Até 21 de Outubro 2007 Exposição comemorativa do centenário do nascimento Museu Municipal de Loures do fundador do Museu Nacional do Azulejo. Exposição Projecto Grão, por Rita João e Pedro Ferreira Sinais da Arqueologia – Brincando com a Pré-história Até 21 de Outubro 2007 Quinta do Conventinho Tel.: 21 983 96 00 Fax: 21 983 96 06 [email protected] Museu Municipal de Vila Franca de Xira Exposição Do Tardo-Naturalismo ao Modernismo. Colecção de Pedra Formosa – Arqueologia Experimental em Famalicão Pintura do Museu Municipal Até 3 de Fevereiro de 2008 28 de Setembro de 2007 a 14 de Agosto de 2008 Portas, passagens, cidades imaginárias. A Arqueologia como medida do tempo Núcleo Museológico do Mártir Santo Maquetas do escultor Charters de Almeida Exposição 20 de Setembro a 18 de Novembro de 2007 Arte e Devoção – Formas e Olhares Seminário Internacional a completar o projecto 4 de Novembro de 2007 18 de Outubro de 2007, Centro Cultural de Belém Visita guiada – 15h30 Organização conjunta com o Centro Nacional de Cultura Concerto do Barroco – Nova Orquestra de Lisboa – 16h00 O Ouro Tradicional de Viana – Da Pré-história à 16 de Dezembro de 2007 Actualidade Visita guiada – 15h30 2 de Dezembro a 31 de Março de 2008 Cerâmica de Roma (1910-1930) Concerto de Natal – Nova Orquestra de Lisboa – 16h00 Exposição conjunta com a Câmara Municipal de Viana do 22 de Novembro 2007 a 17 de Fevereiro 2008 Castelo integrada no programa da Presidência Portuguesa Comissárias: Irene de Gutry e Ana Paola Maino da União Europeia. Produção: Arquivos de Arte Aplicada do Século XX, Roma Núcleo-sede Escultura Cerâmica Ibérica Contemporânea Rua Serpa Pinto n.º 65 2600-263 Vila Franca de Xira Praça do Império 22 de Novembro 2007 a 17 de Fevereiro 2008 Tel.: 263 280 350 Fax: 263 280 358 1400-260 Lisboa Comissário: António Garrido Moreno [email protected] Tel.: 21 362 00 00 A exposição integra peças de 21 autores, entre os quais www.museumunicipalvfxira.org Fax: 21 362 00 16 se destacam Arcadio Blasco, Maria Bofill, Elena Colmeiro, Núcleo Museológico do Mártir Santo www.mnarqueologia-ipmuseus.pt Virgínia Fróis, Madola, Enric Mestre, Cecília de Sousa e Rua Dr. Miguel Bombarda [email protected] Xavier Toubés. Tania Ruland: Um painel de Azulejos por uma 2600 Vila Franca de Xira Artista Alemã Tel.: 263 28 83 37/8 Museu Nacional de Arte Antiga 22 de Novembro 2007 a 17 de Fevereiro 2008 Exposição Trabalho em articulação com alunos da Escola de Arte e Museu da Música O Tapete Oriental em Portugal. Tapete e Pintura – Design das Caldas da Rainha. Exposição Séculos XV-XVIII Ciclo de Conferências Culturas Musicais da União Europeia: Uma Viagem Península Ibérica, Turquia, Pérsia e Índia Santos Simões e os Estudos de Azulejaria Instrumental Até 18 de Novembro de 2007 Outubro 2007 21 de Setembro a 29 de Dezembro de 2007 Visitas a 10 obras de referência da colecção do MNAA Participação de especialistas nacionais nas áreas Pintura: S. Pedro de conhecimento desenvolvidas por Santos Simões: Estação do Metropolitano Alto dos Moinhos Francisco de Zurbarán, 1633 História, Conservação e Restauro do Azulejo e Museologia. Rua João de Freitas Branco 31 de Outubro, 18h00 Festa da Cerâmica 1500-359 Lisboa Ourivesaria: Relicário da Rainha D. Leonor Participação do Museu Nacional do Azulejo na Festa da Tel.: 21 771 09 90/8 Fax: 21 771 09 99 Portugal, c. 1520 Cerâmica promovida pela Câmara Municipal das Caldas [email protected] 28 de Novembro, 18h00 da Rainha entre os meses de Agosto e de Outubro. Rede Portuguesa de Museus | 27 Boletim RPM 25® 07/09/26 9:58 Page 28 Exposição Cerâmicas para as arquitecturas/Azulejos Ramayana: O Rapto de Sita – 8-12 anos com autores (1950-2000) Oficina de dramatização em torno de um poema épico Museu de Olaria Galeria Osíris, Caldas da Rainha indiano representado nas imagens das pinturas cantadas. Exposição 15 de Agosto a 15 de Outubro de 2007 Louceiros de Santa Comba: Histórias que o barro escreve Museu Nacional de Etnologia 13 de Julho de 2007 a 16 de Junho de 2008 R. Madre de Deus, n.º 4 Av.ª Ilha da Madeira Organização: APDARC – Associação para a Promoção da 1900-312 Lisboa 1400-203 Lisboa Arte e da Cultura do Vale do Côa e Douro Superior, Museu Tel.: 21 810 03 44/45 Tel.: 21 304 11 60/9 de Olaria, FozCôactiva – Gestão de Equipamentos Desportivos Fax: 21 810 03 69 Fax: 21 301 39 94 e Culturais, E. M. www.mnazulejo-ipmuseus.pt [email protected] Coordenação: Maria da Graça Araújo [email protected] Museu Nacional da Imprensa Museu Nacional dos Coches Exposições Exposição Memórias Vivas da Imprensa O Giro de Nossa Senhora do Cabo Espichel e as Berlindas Permanente Processionais PortoCartoon: o riso do mundo Até 31 de Dezembro de 2007 Permanente Serviço educativo Rodrigues Sampaio: O jornalista político Visitas Lúdicas – 6-10 anos Comemorações do bicentenário do nascimento do jor- Ateliers de Expressão Plástica – 6-12 anos nalista Construção de uma cadeirinha Até 31 de Dezembro de 2007 Douramento de um coche Concertos Viajando pelo mundo da ópera e da opereta Domingos: 30 de Setembro, 28 de Outubro, 25 de Novembro Rua Cónego Joaquim Gaiolas e 16 de Dezembro de 2007, 17h00 4750-306 Barcelos Tel.: 253 82 47 41 Fax: 253 80 96 61 Praça Afonso de Albuquerque [email protected] 1300-004 Lisboa www.museuolaria.org Tel.: 21 361 08 50 Fax: 21 363 72 76 www.museudoscoches-ipmuseus.pt Museu da Pólvora Negra [email protected] À Conversa com… 3.os Domingos dos meses de Outubro e Novembro, 11h00 Museu Nacional de Etnologia Conversas em torno de um Cronógrafo/Provador de Exposições Cápsulas Fulminante, peça em destaque no último Através dos Panos trimestre de 2007 Até 31 de Dezembro de 2007 E.N. 108 n.º 206 Com objectivos de aproximação entre o museu e a escola, 4300-316 Porto (Freixo) a exposição apresenta uma narrativa de expressão plástica Tel.: 22 530 49 66 Fax: 22 530 10 71 desenvolvida por Manuela Jardim a partir de uma colecção [email protected] de panaria guineense e cabo-verdiana recolhida na sua Museu Virtual da Imprensa: www.imultimedia.pt/museuvirtpress maioria por António Carreira e Rogado Quintino entre as Museu Virtual do Cartoon: www.cartoonvirtualmuseum.org décadas de 1960 e 1970. Pinturas cantadas. Arte e performance das mulheres 5 de Julho a 31 de Dezembro de 2007 Museu Nacional de Soares dos Reis Obras de mulheres das comunidades Patua do Estado de Exposição Bengala na Índia evocando tradições orais da comuni- António Xavier Trindade – Um Pintor de Goa “Instrumentos de Medida do Arsenal do Exército”, dade e mudanças sociais e políticas na vida da aldeia, do Até final de Outubro de 2007 por Dr. Jaime Regalado país e do mundo. Iniciativa da Fundação Oriente 21 de Outubro de 2007 Reservas Cerâmica Japonesa “As Polvoarias e Ferrarias da Ribeyra de Barquerena”, Galerias da Vida Rural 20 de Setembro a Novembro de 2007 por General Renato Fernando Marques Pinto Galerias da Amazónia Colaboração da Agency for Cultural Affairs do Japão 18 de Novembro de 2007 Panelas Cantoras – a partir dos 4 anos Palácio dos Carrancas I Fábrica da Pólvora de Barcarena Oficina de expressão plástica a partir de uma colecção refe- Rua D. Manuel II Estrada das Fontaínhas rente aos índios Wauja nas Galerias da Amazónia 4050-342 Porto 2745-615 Barcarena Coisas de Pastor… – a partir dos 4 anos Tel.: 22 339 37 70 Tel.: 21 438 14 00 Fax: 21 437 11 65 Oficina de expressão plástica sobre o pastoreio nas Galerias [email protected] [email protected] da Vida Rural www.ipmuseus.pt www.museudapolvoranegra.com de Naya Serviço Educativo 28 | Boletim Trimestral Boletim RPM 25® 07/09/26 9:58 Page 29 Outras Notícias ICOM 2007 De 19 a 24 de Agosto decorreu em Viena, Áustria, Objecto, memória e historiografia e de Peter Kampits, a 21.ª Conferência Geral do ICOM, este ano subor- Museus: valores entre património e futuro. De realçar dinada ao tema “Museus e património universal”. igualmente o tributo a Stephen Weil, em que se inse- A Conferência contou com a participação de mais de riram as conferências de Gail Dexter Lord sobre 2.000 profissionais de museus de todo o mundo, que, tendências contemporâneas na gestão dos museus e além de assistirem às assembleias conjuntas, se repar- de Eileen Hooper Greenhill sobre o papel dos profis- tiram pelas três dezenas de comités internacionais, sionais nos museus. em que se organizaram os trabalhos. Dezanove portugueses participaram no ICOM 2007, Das conferências de abertura assinalem-se as de Elaine repartindo-se por diferentes comités, a par da Comissão Heumann Gurian (Estados Unidos), O visitante – Nacional Portuguesa que participou também na professor, o museu – facilitador, de Jyotindra Jain (Índia), Assembleia Geral. T Jornadas Europeias do Património – Património em Diálogo As Jornadas Europeias do Património são uma iniciativa Com o propósito de contribuir para o reconhecimento, anual do Conselho da Europa e da União Europeia, que protecção e valorização das paisagens culturais nas envolve cerca de 50 países, no âmbito da sensibilização suas múltiplas dimensões – humana, cultural, simbó- dos povos europeus para a importância da salvaguarda lica e memorial –, o público foi convidado a “sair” do do Património. Neste sentido, no mês de Setembro, cada monumento e a tentar compreendê-lo nas múltiplas País elabora anualmente um programa de actividades a vertentes que caracterizam a sua envolvente. nível nacional. Nas Jornadas Europeias do Património de 2007, O tema escolhido pelo IGESPAR, enquanto coordenador o IGESPAR procurou apresentar uma programação nacional das Jornadas Europeias do Património para 2007 – Património em Diálogo –, parte da ideia-base, lançada no Dia Internacional dos Monumentos e Sítios (18 de Abril de 2007), de que todas as comunidades possuem os seus monumentos de referência, mas que é importante ter em consideração que tais realizações não estão isoladas do tecido cultural que as envolve e que as justifica. Com efeito, o progressivo alargamento do conceito de património enquanto “construção social” implica que se afaste o olhar individualizante sobre cada monumento, em benefício de uma abordagem mais ampla que inclua as respectivas envolventes urbanísticas, paisagísticas, sociológicas, culturais. Este novo entendimento de “património” resultará, progressivamente, na contextualização dos monumentos na paisagem cultural e, principalmente, na sua real inserção na comunidade. Rede Portuguesa de Museus | 29 Boletim RPM 25® 07/09/26 9:58 Page 30 especial de cativação do público para o legado cul- des em torno dos patrimónios existentes nos territó- tural, alertando para o facto de o património ser um rios onde estão inseridos e aos quais estão intima- território partilhado. mente ligados. Entre outros, são de referir o Museu Como em anos anteriores, vários foram os museus da Municipal de Faro, o Museu Municipal de Portimão RPM que participaram nestas Jornadas com activida- e o Museu Municipal de Vila Franca de Xira. T Espanha – Edições do Ministério da Cultura O Ministério de Cultura espanhol editou, em 2005, programação museológica. A publicação apresenta o documento técnico Criterios para la elaboración uma introdução teórica à programação museológica, del Plan Museológico, desenvolvido por um grupo de sistematizando de seguida a sua aplicação prática em profissionais de museus para aplicação em todos os duas fases: a fase de definição da instituição (carac- museus espanhóis. Num contexto de complexidade terização do museu, diagnóstico da situação actual e crescente das actividades museológicas e perante o programação de linhas de acção futuras) e a fase dos aumento do número de museus, o Ministério de projectos, desde o planeamento à execução. Cultura espanhol pretendeu, com esta publicação, No seguimento da referida publicação, foi editado, definir métodos de trabalho e fornecer um instru- em 2007, o Plan museológico del Museo de León, mento comum de gestão para o planeamento e a por ocasião da sua remodelação, tendo o mesmo sido estruturado com base nos critérios definidos. O Ministério de Cultura espanhol, com a colaboração da Agência espanhola de Cooperação Internacional e o Ministério de Assuntos Externos e Cooperação, publicou ainda as actas de um Curso Internacional, realizado em Novembro de 2004. Esta obra, intitulada Plan museológico y exposición permanente en el Museo, inclui os contributos e as reflexões dos participantes do Curso acerca do processo de planificação das exposições permanentes no museu. T Brasil – A Primavera dos Museus – Museus brasileiros reflectem sobre o Meio Ambiente Nos dias 22 e 23 de Setembro de 2007, coincidindo Este evento envolveu cerca de duas centenas de enti- com a entrada da Primavera no hemisfério sul, o dades museológicas do Brasil que programaram diver- Departamento de Museus e Centros Culturais do sas actividades relacionadas com a questão do aque- Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional cimento global e as suas consequências para o meio (Demu/Iphan)/Ministério da Cultura do Brasil pro- ambiente, designadamente exposições, visitas guia- moveu a 1.ª edição da Primavera dos Museus, tendo das, palestras, espectáculos, seminários, entre outros. sido proposto o seguinte tema de reflexão: “Meio Estas acções reflectiram a importância do papel dos Ambiente: Museu, Memória e Vida”. museus na sensibilização para a preservação do meio www.museus.gov.br ambiente. T www.iphan.gov.br Informações e contactos Tel.: (61) 3414-6167 30 | Boletim Trimestral [email protected] Boletim RPM 25® 07/09/26 9:58 Page 31 Encontros Encontro de Arqueologia – Lusitanos 5.º Encontro de Arqueologia do Algarve e Vetões 25-27 de Outubro de 2007 22 de Outubro de 2007 Auditório da Fissul, Silves Cáceres Organização 23 de Outubro de 2007 Câmara Municipal de Silves, Universidade do Algarve Castelo Branco e IGESPAR, I. P. com o apoio do Centro de Estudos Organização Arqueológicos das Universidades de Coimbra e Porto. Museo de Cáceres, Museu de Francisco Tavares Proença Lançamento Júnior e respectivas Sociedades de Amigos. Revista XELB 7 – Actas do 4.º Encontro de Arqueologia Conferencistas convidados do Algarve – Percursos de Estácio da Veiga Prof. Dr. Martín Almagro Gorbea; Prof. Dr. Eduardo 27 de Outubro de 2007, 18h00 Sánchez Moreno; Prof. Dr. Marcos Osório; Prof. Dr. Jesus Informações e contactos Alvarez Sanchis; Prof.ª Dr.ª Maria João Santos; Prof. Dr. Gabinete de Arqueologia, Conservação e Restauro Jorge de Alarcão; Prof. Dr. Manuel Sabino; Dr.ª Ana Câmara Municipal de Silves Margarida Arruda. 8300 Silves Tema Tel.: 282 444 100 Encontro de Arqueologia de âmbito ibérico dedicado [email protected] à temática dos Lusitanos e Vetões. Informações e contactos XII Atelier MINOM Internacional Largo da Misericórdia Museus e Sociedade – Agarrar a Mudança 6000-462 Castelo Branco – Que Acção? – Que Pensamento Comum? Tel.: 272 344 277 26-28 de Outubro de 2007 Fax: 272 347 880 Lisboa, Setúbal [email protected] Organização www.ipmuseus.pt Movimento Internacional para uma Nova Museologia – MINOM Internacional Colóquio Internacional Movimento Internacional para uma Nova Museologia Patrimónios Marítimos e Museologia – MINOM Portugal 19-20 de Outubro de 2007 Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias Museu Marítimo de Ílhavo – ULHT Organização Centro de Estudos de Sociomuseologia da ULHT Museu Marítimo de Ílhavo Informações e contactos Informações e contactos Centro de Estudos Socio-Museologia Museu Marítimo de Ílhavo Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias Av. Dr. Rocha Madahíl Av. do Campo Grande, n.º 376 3830-193 Ílhavo 1749-024 LISBOA Tel.: 234 329 990 Tel.: 21 751 55 00 Fax: 234 321 797 Fax: 21 737 70 06 [email protected] [email protected] [email protected] Rede Portuguesa de Museus | 31 Boletim RPM 25® 07/09/26 9:58 Page 32 Rede Portuguesa de Museus Calçada da Memória, 14 • 1300-396 Lisboa Tel.: 351 21 361 74 90 Fax: 351 21 361 74 99 [email protected] www.rpmuseus-pt.org DESIGN Artlandia IMPRESSÃO Facsimile 3000 Exemplares DEPÓSITO LEGAL Museu Municipal de Portimão ISSN 1645-2186 Alcalar – 5000 Anos de História. Iniciação à Arqueologia Encontros Conferência Nacional de Educação Tema Colóquio De l’Imitation dans les Artística Reabilitação, recuperação e conversão de sítios Musées: 29-31 de Outubro de 2007 industriais em centros culturais La diffusion de modèles de musées Casa da Música, Porto Seminário Património Industrial na Europa e en Europe aux XIXe-XXIe siècles Organização Políticas Culturais Locais 6-7 de Dezembro de 2007 Ministério dos Negócios Estrangeiros, Ministério Visita ao Museu de Lanifícios da Universidade École Normale Supérieure, Paris da Educação, Ministério da Cultura da Beira Interior Organização Temas Informações e contactos École Normale Supérieure/Université Paris, Institut A Educação Artística em Portugal Les Rencontres National du Patrimoine/Université Paris 3 Educação Artística: Conceitos e Terminologias 8 Villa d’Alésia Temas Educação Artística: Redes e Parcerias 75014 Paris Tipologia de museus: parâmetros de análise Agentes para a Educação Artística: Perfis e Tel.: +33 1 56 54 26 33 Difusão de modelos de museus na Europa Formação Fax: +33 1 45 38 70 13 Informações e contactos: Informações e contactos Rafael Mandujano – responsável de projecto [email protected] Avenida Infante Santo, n.º 2 – 5.º [email protected] 1350-178 Lisboa Tel.: 21 394 47 05/06 Encontro da Comissão Nacional Fax: 21 394 47 08 do ICOM [email protected] Experiências em e-inclusão nos www.educacao-artistica.gov.pt museus – o estado da arte 3 de Dezembro de 2007, Lisboa La Rencontre de Covilhã Debate integrado na reunião ministerial 8-11 de Novembro de 2007 dedicada à política europeia de e-inclusão Reunião com os eleitos responsáveis pela Cultura Organização em Portugal durante a Presidência Portuguesa Comissão Nacional Portuguesa do ICOM da União Europeia Informações e contactos Organização Apartado 14144 Les Rencontres – Associação das cidades e regiões 1050-998 Lisboa europeias para a cultura/Câmara Municipal da [email protected] Covilhã www.icom-portugal.org