Helena de Paula Cruz Portela
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Helena de Paula Cruz Portela
COLÉGIO OFELIA FONSECA A IMPORTANCIA DE DEADPOOL PARA A MARVEL Helena de Paula C. Portela São Paulo 2014 Helena de Paula Cruz Portela A IMPORTANCIA DE DEADPOOL PARA A MARVEL Trabalho realizado e apresentado sob a orientação do Professor Alexandre Hyryuki Ogata, da disciplina de Inglês. 2 Sumário Agradecimentos....................................................................................................................................... 4 Resumo .................................................................................................................................................... 5 Abstract ................................................................................................................................................... 6 Primeiro Capitulo .................................................................................................................................... 7 Os Primeiros Traços............................................................................................................................. 7 Alegoria Na Caverna ............................................................................................................................ 8 Em Sequência ...................................................................................................................................... 9 MARVELOUS [Maravilhosa] Complexidade (Anti) Heroica ............................................................... 15 A Breve História do Universo ............................................................................................................ 16 Pelas Eras........................................................................................................................................... 18 Era de Cobre ...................................................................................................................................... 19 New Mutants..................................................................................................................................... 20 Deadpool nos quadrinhos ................................................................................................................. 21 Capitulo Segundo .................................................................................................................................. 23 Deadpool, a análise da sua melhor história ...................................................................................... 23 Capitulo Terceiro ................................................................................................................................... 66 Destino à conjectura postimária ....................................................................................................... 66 Bibliografia ............................................................................................................................................ 69 Fontes Primárias................................................................................................................................ 69 Fontes Secundárias ........................................................................................................................... 71 3 Agradecimentos A todos quem me inspiraram a começar e continuar esse TCC, gostaria de dizer que foi um dos maiores e mais complexos feitos que fiz. Vou sempre me orgulhar deste trabalho e espero que outras pessoas apreciem a analise que foi feita nesta “bíblia” da MARVEL. Agradeço também ao professor Ogata por aceitar e ler todos os emails que mandei para ele durante uma ou duas horas da manhã, perguntando sobre a qualidade do trabalho em geral. Finalmente, gostaria de oferecer também um agradecimento aos amigos e familiares que suportaram (rindo) todas as novidades que ficaram ouvindo sobre este personagem e outros da MARVEL durante todo este ano, na minha empolgação com o tema. 4 Resumo Este TCC tem o objetivo de se aprofundar nas perspectivas expostas pela Marvel durante a Era de Cobre e começo da Era Moderna, estudando, sobretudo, o personagem Deadpool, da série de Comics da MARVEL, até o cancelamento do Arco Cable & Deadpool, em 2008. Para introduzi-lo foi preciso contextualizar sua origem usando a história da própria Marvel, da história em quadrinhos e da arte em imagens. Verificando a importância de Deadpool, sua influencia nos quadrinhos em relação à sociedade e as mudanças que surgiram em seu enredo e temas nessa época. 5 Abstract This thesis has as objective to study the perspective shown by Marvel between the Copper Age and the beginning of the Modern Age, focusing, moreover in the character Deadpool from Marvel Comics, until the cancellation of the Story Arc Cable & Deadpool, in 2008. To introduce him, it was necessary first to contextualize his origin using the History of Marvel itself, the History of Comics and the History of pictured arts. Verifying the importance of Deadpool, his influence in the comics relating to society and the changes that happened in his plot and themes in this period. 6 Primeiro Capitulo (1.1-0) Os Primeiros Traços Este TCC vai se aprofundar no estudo de caso do personagem Deadpool da atual série de Comics da MARVEL. Para introduzi-lo é preciso fazer uma contextualização com a sua origem, a da própria Marvel, da história em quadrinhos e da arte em imagens. A origem das artes se dá nos primórdios da humanidade, no interior de grutas nas bases rochosas das montanhas, onde os Homo sapiens deixaram seus mais proeminentes vestígios. Tais vestígios vêm em forma de fósseis e arte rupestre, que conservava cerâmicas, armas, utensílios (feitos de pedra, ossos e/ou metal) e pinturas, que será o foco da contextualização. A pintura rupestre foi uma das primeiras formas de se expressar as ideias, de marcar a história, que o ser humano inventou. Porém, por causa do novo pensamento darwiniano sobre evolução, foi quase desconsiderada, já que os seres humanos não deveriam ser suficientemente avançados para criá-los na época. Durante a época Paleolítico Superior (40.000 a.C. até 10.000 a.C.), a arte ilustra o dia a dia, a sobrevivência e perspectiva dos primeiros passos da humanidade em paredes e tetos de cavernas usadas de abrigo ou rochas protegidas, ainda que ao ar livre; tintadas com as invenções e informações, simples, mas inéditas. Eram feitas em policromia, ou seja, utilizando de diversas cores impactantes, formadas geralmente de sangue, saliva, argila e excrementos de morcegos (animal comumente encontrado em cavernas) sempre tentando imitar a natureza ao seu redor com fidelidade e realismo, aproveitando temáticas como os animais caçados no dia e a caça em si; a figura humana não aparece com frequência, mas representa rituais entre quaisquer outras observações. Encontram-se também estampas de palmas de mãos e linhas emaranhadas. As cores e técnicas aplicadas nas figuras mudavam muito de lugar a lugar por motivos como: tipo de clima, acontecimentos cotidianos, novas descobertas locais, entre outros fenômenos. 7 Primeiro Capitulo (1.2-0) Alegoria Na Caverna Muitas representações e estilos foram gravados nas cavernas, seus significados e motivos podem apenas ser especulados com uma mínima margem de erro, todavia suas histórias são provas da criatividade instintual dos nossos antepassados e, atualmente, moldam a arte em sequencia (a base essencial para os quadrinhos da época moderna). Por exemplo, a Capela Sistina da Pré-História mostra imagens de até 18.500 anos atrás, caracterizadas por serem realistas, até gerando dúvidas sobre sua autenticidade. Algumas das ilustrações marcavam as partes vitais dos animais com setas, realçando a realidade dessa forma de comunicação. Enquanto nas cavernas de Lascaux, as pinturas estavam em lugares de difícil acesso, sugerindo que podia ser um local de sacrifício ou cerimônias. Representavam-se animais em perfil e com perspectivas distorcidas; a caça (cervos e bisões) e os caçadores (leões, urso, e lobos). Porem não demonstrava o ambiente, havia designs abstratos, as cores eram feitas de minérios e os pinceis, provavelmente, pedaços de musgo, cabelo ou os próprios minérios. http://www.arteespana.com/pinturarupestrele vantina.htm As grutas levantinas, diferentemente das cavernas franco cantábricas, não aparentavam realismo; as simples caricaturas tinham a intenção de capturar o movimento das cenas vivenciadas, compondo diagonalmente e com perspectivas fáceis e distorcidas, utilizando detalhes somente para identificar características específicas e ações. Já os registros rupestres da Várzea Grande, com 12 mil anos, evoluíram. Há contornos fechados, contínuos ou, dependendo do espaço e tamanho, as figuras são pintadas só com tinta lisa, com as representações humanas sendo menores que as animais. A Serra Talhada apresenta figuras humanas dispostas em sequencia e utiliza várias cores, por vezes http://www.fumdham.org.br/pinturas.asp mais de uma na mesma figura. 8 Capítulo Primeiro (1.3-0) Em Sequência Como foi mostrado, durante toda a pré-história a humanidade utilizava de cenas únicas para descrever momentos (ainda que sequenciados), pois, quando eram feitas, as pinturas rupestres levavam em consideração que quem as via já conhecia o contexto por trás da obra ou que deveriam ser mensagens simples (como onde sempre há água, uma caçada ou tipos de alimentos). Essa forma de comunicar-se era justificavelmente simplista e, à medida que os seres humanos foram evoluindo e criando o próprio senso crítico, foram acrescentadas com textos, músicas, poemas e outras imagens. A imagem deixa de ser a mensagem em si só e passou a ser o complemento visual que é balanceado e pensado para, por conseguinte, conseguir expressar não somente a ocorrência, mas o que a leva a acontecer, criando um começo, meio e fim igualmente descritos, com o enredo grafado, que fornece a ligação continua, sobre as figuras para representar os ruídos. Foi após o século XVIII que artistas começaram a utilizar de gravuras para retratar os pensamentos, sons e atos, separados por quadros e colocados em sequência. Esta forma de expressão é denominada de arte sequencial e foi com o seu desenvolvimento que se gerou as atuais tirinhas e revistas em quadrinhos, partes da detalhada cultura contemporânea da qual pertencemos. Inicialmente, por volta de 1934, quando as primeiras coletâneas de obras sucintas e aleatórias eram consideradas as revistas em quadrinhos, não havia temáticas especificas a um único enredo ou gênero (apesar da comédia crítica ser uma trama decorrente). Contudo, a sua estrutura só avançou e tem progredido constantemente como item comercial, sociológico e idealístico, tanto para o lazer e o ócio, quanto para os estudos e a educação, especialmente nos Estado Unidos. Foram formadas, desde então, teorias e práticas sobre melhores maneiras de se compreender as mensagens. A interação entre o autor e o leitor durante a composição se baseia e depende inteiramente na capacidade do produtor em fabricar uma representação universalmente entendível a qualquer um que vá entrar em contato com o produto, em um limitado número de painéis. 9 Além disso, a prolongação de um evento, ou seja, a quantidade, o tamanho, a disposição dos quadros apresentando a passagem e qual dos quadros inicializam e finalizam a passagem, controlam a narrativa; demonstram o tempo e estabelecem o timing, que deve combinar com o cenário (som e espaço) para dar a essência da profundidade e significado às concepções emocionais da situação presente. Para que a narração seja fluente e entretenha, desde o início, àquele que está lendo, é preciso que os elementos estejam ordenados de forma a definir as inclusões corretamente e de forma natural. Entretanto, esse elemento de estética é variável tanto ao escritor, que possui um estilo próprio, quanto ao leitor, que tem um ponto de vista particular. Os balões delimitam as falas e os sons dispostos nas ocorrências e assim como, e também junto com, a linguagem corporal (pois a figura humana é e sempre foi a mais familiar maneira de se expressar emoções, com posturas movimentadas, gestos sutis e reações instintivas; distinguindo as pessoas e suas características), determinam o tempo relativo do conto em fluência com a narração. Para isso, são usados elementos comuns e vivenciados por todos no cotidiano (garantindo que o leitor vai apreender a visão que lhe é transferida) e elementos de imagem, como coloração (cores contrastantes, sólidas, opacas), proximidade (o que está em primeiro plano), planos de fundo (o cenário em que se encontram), foco (onde se concentram os detalhes), enquadramento (o que aparece na cena), balanceamento de recursos (quantos objetos e diálogos aparecem em um quadro), sombreamento (rachuras, sombras sólidas ou coloridas), perspectiva (como o autor quer que o leitor siga o movimento ou a ação), rosto (emoções faciais), dentre diversos mais. Estes elementos são tanto uma forma de expressão livre quanto limitações, pois dependem da ideia que vai ser transmitida, a fim de não ser usadas vagamente. Eles ditam a relevância filosófica da narração ao mesmo tempo em que são forçadas por estas em todas as suas qualidades no que vão ou não afetar. Por este motivo, gêneros de ação são consideravelmente mais espontâneos e óbvios, já que seu desenvolvimento exige menor cuidado para a sua interpretação. As abstrações artísticas são legítimas, o diálogo tonifica a ação e traça o tempo do espaço, desenvolvendo o equilíbrio de imagens e falas para uma leitura rápida e dramática. 10 Ainda assim, as personagens possuem papéis e funções que lhe são atribuídas para que seu enredo tenha relevância ao da história; julga-se que suas atitudes experimentam diferenças drásticas e, ao mesmo tempo em que isto ocorre, compreendem mudanças sutis entre significados e ações. Como a sociedade não é colorida em contrastes de preto e branco, ou seja, não é feita somente com extremos incompatíveis, a arte adotou termologias para facilitar a diferenciação dos indivíduos por suas personalidades e morais. E, na mesma proporção que é acreditada que realizações benignas e condutas perversas sejam efeitos vindos da exploração e percepção de moral, qual é a essência de um herói, o que constitui um anti-herói ou o que corresponde ser um vilão? Um herói é sempre o ser moral, constantemente fazendo o que é visto como certo para estabelecer-se em um pedestal idealista, com o fim de ser um exemplo. Sendo de espírito nobre, o herói beneficia aos outros, tendo em vista seu ganho próprio somente quando tudo e todos receberam um lucro justo, baseado em suas particularidades. Todavia, a realidade é mais complexa. Atualmente é muito raro serem feitos personagens incorruptíveis, completamente perfeitos em todos os sentidos, não somente pelo choque entre filosofias que aparecem dentre o leitor e escritor, criando uma variação do que seria certo para ambos. Nem mesmo por serem impossíveis e, portanto, entediantes. Mas, notadamente, pelo fato que na indústria artística, principalmente nas histórias em quadrinhos, as figuras apresentam características que podem aproximar e personalizar o fictício da verdadeira “existência”, transformar “isto” em “ele”. O herói, então, para a atualidade, deixa de ser o cavaleiro trovador, Romântico e imortal como a única presença utópica, e passa a ser aquele que conscientemente busca o modelo psicologicamente praticável, para que seja visualizado como alguém comum, ao invés de uma alucinação formada de maravilhas. Opostamente a isso, um vilão seria a entidade que atua no outro extremo, ele incorpora em si meramente o egoísmo, encarna o ganho próprio adquirido da exploração daqueles ao seu redor, expondo a pior, a mais degradante e a mais desagradável parte imaginável da humanidade regularmente e com um sentimento de orgulho, contrapondo-se ao positivo, ao poético e a empatia. 11 Novamente, a modernidade removeu os atributos impalpáveis e fez dos vilões uma parte não desprezível das escalas cinza, não mais exclusivamente como uma abominação de contos fantásticos; assustadores e mitológicos para os acontecimentos diários. Deixando de lado a declamação que monstros tão só se encontram embaixo da cama de uma criança que não deseja dormir, o vilão, igualmente, libertou-se da taxação de hipotético, abandonou sua missão como “moral da história” e se metamorfoseou ao ser contestador. Porém, ao tempo em que a contemporaneidade demarcou que os limites são gradientes em suas circunstâncias e perfis, estabeleceram-se limites ao significado de ser herói ou se considerar um vilão, ainda assim, havia um grande espaçamento, que não pertencia nem aos de bem ou os do mal. Esta zona, muito amoral para o sublime e muito primoroso para pertencer aos perversos, foi entregue para o anti-herói, aquele que não se encaixa nos padrões da sociedade por questões baseadas em suas filosóficas individuais, indiferença ao coletivo ou por motivos emocionais. Geralmente ele coincidiria com o vilão, o que separa os dois é a transmutada perspectiva e a capacidade de sensibilização. Enquanto o vilão refuta a personalidade positiva da trama apaticamente, ou seja, age somente com crueldade e poder como objetivo, o antiherói é o personagem oportunista, ideologicamente adverso, com dificuldades pessoais o inibindo de ir com o influxo comunitário, ou seja, com desejos não convencionais e menores chances de sucesso cotidiano ao tempo em que procura a sua valorização e lucro. Eis que é necessário especificar o protagonista do antagonista para diferencia-los e interpretá-los em sua confrontação com o tema de personalidade heroica, vil e mediano. Um protagonista, primeiramente, não é o mesmo que o herói. Este é quem que luta por uma causa humanitária, emocional ou pessoal. Crescendo não só utilizando poderes, mas também usando de técnicas únicas; variáveis de armas à dialética para ultrapassar desafios e problemáticas. Sendo, quando bem escrito, humilde o suficiente para compreender seus erros, porém confiante o bastante para fiar-se em seus acertos. Um protagonista, por outro lado, é aquele por quem a história é filtrada do conto de um escritor (narrador impassível) para a primeira pessoa (ao leitor). Ou seja, ele transforma o banal no pessoal, independentemente de ser transmitido por perspectivas socialmente positivas ou negativas. 12 Da mesma forma, um antagonista não é imprescindivelmente desdenhável. Sua função em um enredo é o de confrontar o protagonista, portanto, uma personagem gentil, amigável, justa e considerável (ou seja, conceptivelmente uma boa pessoa pelos padrões) pode e vai ser o antagonista a partir do momento em que seus ideais forem contrários aos da figura principal, mesmo que esta seja de péssima personalidade. Vale remarcar que um antagonista não possui mesmo significado que um rival nas histórias em quadrinhos. Este último se assinala a um personagem geralmente secundário, com ideais parecidos e engenhosamente diferentes ao do protagonista, contudo, que frequentemente se diverge em matérias emocionais dentre quaisquer outras barreiras sociais estabelecidas, fazendo dele uma competição amistosa quando comparada a verdadeira relação vilão versus mocinho. É muito importante para o drama que o autor tenha estritamente planejado quem serão os protagonistas e quais irão dar-se como os antagonistas. Qual personagem amadurecerá psicologicamente e, consequentemente, se transformará em alguém vivo nas imaginações mais céticas, consiste nisso. As personagens com delineamentos de heróis, retratação de anti-heróis e configuração de vilões representam os enredos indulgentes e prazerosos ao serem caprichosamente formulados. Da mesma maneira, elas apresentam as observações e o ponto de vista do artista e compõem as ideologias repassadas aos leitores. Em outras palavras, por quem o autor quer que a audiência sinta-se mais conectada, simpatize e aprecie. Dessa forma, o autor controla a propaganda ideológica, assim estabelecendo o tipo e a variedade da audiência que vai usufruir de sua obra e, o mais importante, vai expor uma realidade social, uma visão política ou um fato psicológico de sua escolha, que queira criticar, parabenizar, expandir ou simplesmente conscientizar utilizando suas experiências para transmiti-las. Essa comercialização de valores já era amplamente usada em outros meios de comunicação na Segunda Guerra Mundial. Entretanto, nos quadrinhos, seu inicio se deu em 1929, com a quebra da bolsa, para assim compenetrar a participação dos mais jovens aos campos de guerra e apresentar uma visão positiva de seus esforços aos outros países que negociavam com os EUA. O herói (protagonista e americano) lutava e vencia contra o vilão (antagonista e nazista). 13 Um grande exemplo1 desta comercialização de ideologias é o personagem Captain America (Capitão América), uma extraordinariamente visível personificação do patriotismo americano e de seu capitalismo, que em seu início sempre batalhava contra os nazistas opositores de sua liberdade e seu estilo de vida. Mais tarde, com o fim da guerra e a crescente ameaça comunista houve uma mudança de ideologia dos vilões, agora sendo reprimidos e vistos muito mais agressivamente. O holocausto nuclear e a guerra fria reverteram-se em críticas temáticas para Batman CT e em Watchmen, da DC. Entretanto, a Era de Prata, na Marvel, introduziu um inovação; personagens com imperfeições, a fim de aproximá-los dos leitores e colocar as mensagens anticomunistas nas entrelinhas. Iron Man (Homem de Ferro) é um símbolo do capitalismo e industrialização, ferido em um país comunista, se torna quase indestrutível, apesar de seu ferimento, com sua armadura robótica. O caráter fantástico de entretenimento disfarça a aparição dessa dimensão doutrinária. A partir dos anos 70, adicionou-se o aspecto de questionamento e humanização das personagens junto com o surgimento dos X-Men, que ainda hoje são uma metáfora para racismo, homofobia, machismo e qualquer outro preconceito, espelhando as falhas que a maioria da população se recusa a ver. Atualmente, a propaganda ideológica é bem menor, menos destrutiva e influenciadora, tanto pela mudança ideológica das editoras, como pela comprovação que elas não são tão efetivas quanto era primeiramente teorizado. As pessoas possuem um senso crítico mais apurado com a evolução dos meios de comunicação e o exercício do pensamento analítico é muito perceptível no presente. Isso não quer dizer que os quadrinhos deixaram de passar mensagens, críticas filosofias, morais e indagações. Na contemporaneidade, seu enredo, personagens e falas ainda refletem e influenciam os atos sociais mundiais, com a intenção de passar a mensagem de que, como qualquer outra forma de arte, os comics se atualizam e se modificam para manter-se parte da história, da comunicação e da cultura; criando e remoldando seus temas. 1 Zé (José) Carioca também pode se considerar outro exemplo disto, ele representava a política de “boa simpatia”, que foi feita para conseguir mais aliados no Brasil. 14 Capitulo primeiro (1.4-0) MARVELOUS [Maravilhosa] Complexidade (Anti) Heroica Dentre os gêneros de ação, o mais famoso é, talvez, o de super-heróis. As duas mais famosas empresas editoras e produtoras para este tema são a DC Comics (fundada por volta da mesma época que as revistas em quadrinhos, ela basicamente liderou o gênero fantástico de seres super poderosos e foi a primeira a fazer uma seleção de personagens de publicações diferentes em uma única revista com a Liga da Justiça, com a típica batalha entre bem e mal, moçinho contra vilão) e a MARVEL. Ambas atualmente apresentam críticas à sociedade e suas maneiras mais degradantes e demandam uma mudança filosófica usando suas maneiras especificas em suas hipóteses universais, representando suas definições do que é ser “humano”. Dentre as diversas perspectivas da MARVEL, é possível ver ideologias diferentes; as personagens, profundas e complexas, mostram batalhas não entre o certo e o errado, mas do ponto de vista de uma pessoa para outra, tudo isso enquanto exploram questões de preconceito étnico, sexual e de gênero, medo irracional de mudança, conformismo de massa, críticas à visão relacionada a deficiências tanto físicas quanto mentais, vindas de nascença ou causadas por traumas, propondo questionamentos a o que é moralmente incontestável e o que é legal perante a lei, debate o que é ser um herói, um anti-herói ou um vilão. E ao mesmo tempo em que discute o justo baseado em crença e teoria, tenta mandar um senso de correto fundado nas distintas percepções sociais e éticas, levando a diferentes decisões concluídas por causa de seus aspectos positivos e negativos, pois enquanto uma personagem desaprova o assassinato de uma vida culpada, outra condena que esta mesma tire a vida de várias outras. O objetivo desta tese é explorar essas dimensões da MARVEL no intervalo de 1991 (surgimento de Deadpool nos quadrinhos) à 2008 (final da série Cable & Deadpool), focando o estudo de caso no mercenário Deadpool (anti-herói muito polêmico por seus maneirismos), sua interação com os leitores ao quebrar a “quarta parede” durante sua popularização e analisando os enredos argumentados nos volumes; o que o leva a agir da forma que o faz? Problemas psicológicos? Como outras personagens o vêm e se relacionam com ele por causa destes problemas e como ele se comporta em relação a estas? 15 Capitulo Primeiro (1.4-1) A Breve História do Universo Inicialmente com o nome de Timely Comics, a Marvel Comics deu sua fundação dentre 1930 e 1940, na era dourada dos quadrinhos, não por Stanley Martin Lieber (comunmente conhecido como Stan Lee), mas pelo editor Martin Goodman. Em 1961, depois de décadas de esforço na indústria dos quadrinhos que entrava em decadência e após se ver forçado a demitir seu departamento, Stan Lee supostamente se encontrara em uma partida de golfe com Martin Goodman e Jack Liebowitz (dono da DC Comics) onde este comentara sobre a nova revista que estava produzindo, Liga da Justiça da America, em que seus super-heróis mais famosos se juntam. Já tendo experiências com a “ressuscitação” de personagens (ainda que tivesse a petição de Goodman para incorporar para si o conceito), Lee acreditava que a ideia não teria êxito. Entretanto, sua esposa, Joanie, o convenceu a recriar-se ao seu estilo até que, finalmente, foram conduzidos os rascunhos dos quatro personagens do Quarteto Fantástico [Fantastic Four]. Em outras palavras, na primeira revista de ressurreição da Marvel (que se fazia com um logo qualquer nessa data), o inaugurado Quarteto Fantástico foi a salvação deste incrível “mundo paralelo”. Foi o Big Bang existencial dessa oportunidade. 16 Contudo (mesmo nesse momento crucial), Stan Lee já não fazia uma copia da Liga da Justiça, pois seus personagens inovadores não eram idealizados ou símbolos de morais, aliens de aparência humana que vieram para nos trazer esperança. Os protagonistas apresentavam um enredo em que eles eram geralmente humanos, imperfeitos, brigões que cometiam erros, se questionavam e tinham personalidades distintas ao ponto de não serem considerados exatamente como heróis para bem e o melhor para o mundo. Essa característica dos artífices Marvelianos de criar figuras realistas em prol daquelas utopistas foi algo que acompanhou todas as suas linhas do tempo e todos os seus roteiros fascinantes que, diferentemente da DC, alcançava os leitores na sua arte e em seus editoriais escritos de forma coloquial por Stan Lee, e manifestava tanto ideologias quanto um senso de pertencimento, pois quem acompanhava qualquer um dos heróis ou filosofava sobre a intriga, sentia que poderia não se encaixar no padrão da sociedade sem perder sua importância. A Magazine Management Company (como era, então, o nome da editora), como consequência, passou a enriquecer as bancas com tipos ambíguos de tramas complexamente interligadas em um único universo, produzidos por artistas freelancers de idade avançada em revistas em quadrinhos que só foram concedidas ao nome de Marvel Comics no final de 1962. Logo depois de 1965, 50 mil fãs já pagavam um dólar cada para participar do fã-clube oficializado por Stan Lee “The Merry Marvel Marching Society”, o que acabou sendo outro resgate para a editora, já que muitos artistas começaram a deixar a editora após receberem mais o trabalho de desenvolvimento do roteiro, sem receber maiores créditos. No começo de 1970, muitos dos talentos dispostos a dedicar-se para Lee, e seu substituto Roy Thomas, eram autores com pouco mais de vinte anos, todos estes fãs ávidos, seguidores do clube e da sociedade Marvel. Foi por volta dessa época que Martin Goodman vendeu a empresa e Stan Lee passou as próximas décadas focando na indústria cinematográfica, enquanto os editores lutavam para manter a arte das obras balanceada junto com o mercado financeiro e ao mesmo tempo em que os donos miravam no aumento do lucro a qualquer custo. Todos os produtores, que constantemente mudaram, cooperaram para as progressões da serie, com coisas nunca antes vistas e completando os conceitos que já eram mostrados nas publicações, formando um universo de cada vez mais personagens em meio às tragédias que acompanhavam os envolvimentos emocionais e financeiros dos roteiristas e artistas. 17 Capitulo Primeiro (1.4-2) Pelas Eras Como se tivesse uma vida, as histórias em quadrinho passam por diversas fases, que são nomeadas para marcar as similaridades ou simplesmente informar das características mais inovadoras ou espantosas encontradas em suas páginas e codificadas em seus enredos. O contexto histórico das nomenclaturas forma uma linha do tempo, que conta um drama por si só e deve ser pelo menos brevemente considerada na continuidade de uma produtora tão grande e complexa quanto a Marvel. A Era Dourada (Golden Age) começa com o surgimento da primeira trama de super herói, esta é geralmente atribuída à primeira revista de Super Homem (Superman) em 1938. Por ser um novo gênero fantástico, os primeiros anos foram de altos níveis de vendas, encantando milhares de pessoas por todo o mundo com a ideia de seres que tem uma vida como qualquer um, porém que tem poderes sobre humanos e os usam tanto para o bem quanto para o mal, quase como se fossem deuses. Esta Era teve seu fim em 1955, com a criação da Comic Code Authority (CCA). A CCA assinalou as capas das revistas na Era de Prata (Silver Age) dentre, aproximadamente, 1955 a 1969. A estampa foi projetada com o objetivo de controlar o conteúdo das histórias, por pressão do Senado americano, pela suposta contribuição ideológica dos quadrinhos na delinquência juvenil. As empresas dos quadrinhos começaram, então, a se autorregular. Entretanto, no fim dos anos 1960, as vendas diminuíram por todo o mundo e, com isso, a indústria teve que reinventar suas estratégias de comercialização, logo gerando a Era de Bronze (Bronze Age) por volta da metade de 1970. A Era de Bronze foi uma retomada de elementos mais realistas e menos idealizados da sociedade como um todo nos acontecimentos dos comics. Essas priorizações de problemas legítimos da realidade eram comuns na Era Dourada, entretanto, tinham sido regimentados pela CCA. O “final” desta Era pode ter passado em 1983 ou ter ocorrido em 1990, com o começo da Era Moderna, também conhecida como Era das Trevas (Modern ou Darkness Age), em que os personagens são mais psicologicamente complexos e sinistros, realmente explorando a ambiguidade moral da atualidade. 18 Capitulo Primeiro (1.4-3) Era de Cobre Durante a Era de Bronze houve uma “extensão” em seu período, por causa da Era de Cobre (Copper Age), incluindo datas de 1980 até 1991. Diferentemente das outras Eras, a divisão entre seu começo e fim com suas antecedentes e sucessoras são mais mescladas, assim sendo, as edições que são denominadas desse período são tanto modernas quanto da Era de Bronze. Por vezes esta Era é invalidada e é considerado que, após a Era do Bronze, há só a Era Moderna. Ainda assim, essa Era foi memorável, apesar de ter ocorrido em um curto período de tempo, para colecionadores e a indústria igualmente. O motivo disso, é que se especula que foi em sua breve duração que os quadrinhos começaram a ser estabelecidos como parte da cultura pop cotidiana e passaram a ser vistos como uma forma de arte e expressão aceitáveis à sociedade como um todo. Simultaneamente, entre o decorrer desta fase sucedeu que a figura do anti-herói deflagrou em sua popularidade. Series licenciadas, assim como Alien VS. Predador (Alien VS. Predator), e lançamentos, bem como Tartarugas Mutantes Ninja (Teenage Mutant Ninja Turtles), viraram fenômenos entre as editoras independentes. Inclusive, sequências, tais como Watchmen de Alan Moore ou Cavaleiro das Trevas (Dark Knight) de Frank Miller, entoaram o lado particularmente mais tétrico do gênero de super-poderosos na DC Comics. Mais definitivamente, na Marvel, houve três artistas cujas influencias e obras repercutiram na Era Web of Spider-Man Vol. 1 #18. Set, 1986 do Cobre: Todd McFarlane, com Hulk e Espetacular Homem Aranha (Amazing Spider Man); Jim Lee, com Superaventuras Marvel, Olho por Olho – Parte 1 (Punisher War Journal #1) e Fabulosos X-Men (Uncanny X-Men); e Rob Liefeld, com Novos Mutantes (New Mutants). Este último trouxe personagens como Gambit, Cable e Deadpool. 19 Capitulo Primeiro (1.5-0) New Mutants Os Novos Mutantes foram um ramo da serie dos X-Men feito porque os Fabulosos XMen receberam uma enorme fama no começo dos anos 1980. O enredo é sobre estudantes da Escola do Professor Xavier para Superdotados, adolescentes que tem que lidar com os problemas vindos de seus poderes e dessa fase de crescimento, super heróis em treinamento que lidaram com a fase mais estranha da X-Men (dimensões demoníacas, futuros alternativos e civilizações romanas perdidas). Criado por Chris Claremont com o artista Bob Mcleod, aparecendo pela primeira vez na Marvel Graphic Novel #42 em 1982 e com seu próprio título desde 1983 até 1991. Desde o fim da serie, os personagens foram relançados como X-Force. Em 1987, Claremont deixa os Novos Mutantes por Wolverine e Excalibur. A partir de do volume #55, o roteirista é Louise Simonson e o ilustrador Bret Blevins, durante este estágio, vários personagens são removidos, mortos ou modificados por questões populares. Além disso, houve a fundação do grupo mutante X-Terminators, aprendizes dos membros do X-Factor. Por anos, até a chegada de Rob Liefeld como coroteirista no fim de 1989, as vendas da serie estavam em decadência pela propagação dos temas mais macabros da Era do Cobre. Ele introduziu o misterioso mercenário Cable, que virou a ser mentor dos Novos Mutantes e no decorrer do ano seguinte o drama da história se intensificou e, com isso, vários personagens originais da coleção foram mortos. Simonson saiu da equipe depois da revista #97 quando Liefeld e o roteirista Fabian Nicieza escreveram os três últimos números da serie, adicionando figuras mais obscuras. Após o centésimo volume dos Novos Mutantes a serie foi cancelada. Em 1991, entretanto, a X-Force foi desenvolvida a partir dos variados alunos que eram tutelados por Cable anteriormente. A nova serie foi um sucesso e o primeiro volume vendeu cerca de 1 milhão de cópias. Essa continuação se fez até 2002. 2 Em 1982, na Marvel Graphic Novel #4: New Mutants, um dos personagens do primeiro grupo de estudantes da escola era Mancha Solar (Sunspot), cujo nome era Roberto da Costa. Ele foi o primeiro personagem brasileiro da história da Marvel e suas habilidades eram super força, voo e redirecionamento de energia solar em forma de ataques. 20 Capitulo Primeiro (1.6-1) Deadpool nos quadrinhos New Mutants, apesar de sua arte de péssima qualidade em suas últimas edições, introduziu diversos personagens, a maioria de moral duvidosa, tanto pelos roteiristas e artistas chefes (que ditavam o que aconteceria nos scripts e o que seria foco do enredo) quanto pela popularidade desses tipos na época em que foram publicadas as revistas. Em janeiro de 1991, a série lançou o 98º volume dessa história. Essa edição é marcada com a estreia de, dentre outros personagens, Deadpool, que em sua inclusão era um vilão e admitiu ser um mercenário contratado por uma figura desconhecida nesse momento (cuja inicial aparição ocorreu somente no ano seguinte). Esse empregador foi, então, mencionado pela primeira vez e é conhecido unicamente por seu pseudônimo, Mr. Tolliver, que colocou uma recompensa para exterminar o mentor do grupo de jovens mutantes em treinamento, Cable. Deadpool prova a sua inteligência e planejamento já nesse início ao ser capaz de lutar contra e quase vencer os quatro Novos Mutantes que foram em defesa de seu tutor. Ele é derrotado apenas quando um quinto defensor (mais tarde se mostrando ser Copycat disfarçada da personagem apresentada nessa publicação como Domino) o ataca pelas costas com diversas facas, assim demonstrando seu fator de cura quando é evidenciado no final que ele continuava vivo e não estava ferido. Ao longo da luta, o seu humor negro e sua incontrolável quantidade de diálogos também são expostos como partes essenciais de suas características, independentemente das várias críticas às falas melodramáticas que foram escritas para todos os personagens durante esse volume. 21 Deadpool originalmente se baseou Deadpool: The Circle Chase, Vol. 1 em Deathstroke (Slade Wilson) da DC, e foi escrito e apresentado como um vilão. Seu nome, Wade Wilson, foi dado por Nicieza, pois o conceito inicial de Deadpool era tão parecido com a figura em que foi inspirado, que Nicieza o disse “parente” de Deathstroke. Desde então, Deadpool estreou em várias histórias representando um antiherói. Entretanto, a primeira minissérie em que foi um dos protagonistas principais (ao invés de um antagonista secundário e de caráter de um vilão) foi a com o nome de The Circle Chase (A Perseguição em Círculo). Esta não chegou a conseguir uma publicação própria no Brasil e se deu somente em 1993. O enredo é sobre mercenários que procuram a herança de um morto e Deadpool enfrenta todos os outros com suas habilidades e sua personalidade instável. Como fez relativo sucesso, ela abriu as portas para a segunda minissérie, Sins Of The Past (Pecados do Passado), que foi lançada no Brasil pela Editora Abril em Grandes Heróis Marvel #63, na qual todos os quatro volumes foram colocados junto. Aqui ele foi o personagem principal e é mencionado como sendo um ex-participante do projeto Arma X (Weapon X). Além do grande estouro que foi essa serie, ela foi a instauração para as próximas revistas do próprio mercenário tagarela. Após um hiatus de dois anos com somente outras series curtas, Deadpool conseguiu sua segunda sequencia comprida, mais sua participação em Cable and Deadpool (onde sua personagem cresceu e se desenvolveu mais do que em qualquer outra e sua temática abordou uma grande variedade de temas psicológicos para os leitores), Fabulosa X-Force, Mercenário Tagarela (Merc. With a Mouth) e com a emissão do Nova Marvel (Marvel Now!), uma reprodução das histórias da Marvel tanto para iniciantes como para fãs antigos, ele recebeu sua terceira serie Marvel Now!: Deadpool. 22 Capitulo Segundo (2.1-0) Deadpool, a análise da sua melhor história A sua vida pessoal nunca foi completamente revelada e boa parte do seu passado é completamente desconhecido ou muda, pois (além da mudança de artistas) geralmente é recontada pelo próprio Deadpool e ele mesmo não recorda plenamente de seus primórdios; sequer seu nome, Wade Wilson, é um fato confiável no inicio, este pertenceria a alguém que o mercenário conheceu antes de virar Deadpool. A única incontestável constante é que ele perdeu a sanidade depois de participar do projeto Weapon X e virar um experimento. Essa inconsistência se dá, pois Deadpool era um personagem sem futuro; os artistas, escritores e produtores que trabalhavam em seu enredo constantemente acreditavam que sua história seria cancelada a qualquer momento, por isso decidiram que não iriam manter uma lógica ou padrões socialmente aceitáveis como parte da personalidade deste individuo. Ironicamente, foi exatamente esse fator crítico, sem escrúpulos ou censura que manteve tão vasta a base de fãs que apoiam e adoram esse esquizofrênico psicopata com uma quantidade surpreendentemente grande de casos de boas intenções. Enquanto criança, ele era arrogante, com cabelos lisos, loiros e pele clara, sua mãe morreu de câncer e ele foi fisicamente e psicologicamente abusado e (ou) abandonado por seu pai militar, há, porém, momentos em que ele menciona uma mãe abusiva (teorizada como uma madrasta). Essa precedência familiar o estimulou a ser um delinquente quando era um adolescente, em teoria para contrapor seu progenitor. Todavia, numa noite em que Wade estava bebendo com os amigos em um bar, seu pai (usando seu uniforme militar) tentou levalo para casa. Um de seus amigos, enquanto embriagado, roubou a pistola do militar e matou este acidentalmente. Depois deste suposto ocorrido, Wade passou um breve tempo como militar, entretanto pouco tempo após, quando ainda era rapaz, se torna um mercenário cuja moral se baseava em só aceitar assassinar pessoas que merecessem morrer. Ademais, ele tomava novas identidades, mudando de nome e usando cirurgias plásticas toda e qualquer vez em que não cumpria com as demandas a fim de não acabar sendo morto por um contratante insatisfeito com a falha de suas ações descuidadas. Não se sabe muito das aventuras pelas quais ele passou como jovem mercenário iniciante. 23 Anos mais tarde (antes de participar do projeto Weapon X), ele foi acusado de matar a mulher de T-Ray, que se disse o verdadeiro Wade Wilson e que Deadpool (que havia pedido refugio à T-Ray, disfarçado, depois de uma missão fracassada usando o nome de Jack) tentara o matar e roubar sua identidade, mas quando o mercenário recupera parte de suas memórias é revelado que essa acusação era falsa, porque T-Ray dizia que Deadpool usava seu uniforme característico vermelho e preto, mas ele só passou a usá-lo depois de participar do Weapon X. Isso abre questionamentos sobre a moral e ética de Deadpool; não é difícil imaginar que ele seria capaz de assassinar alguém por motivos bem menos coerentes na atualidade. No entanto, esses ocorridos se passaram antes de sua queda a loucura. Quantas vezes haverão acontecido esses roubos de identidades? Ele não havia previamente estabelecido a política de não assassinar aqueles que não mereciam morrer? O que seria, para o mercenário, “merecer morrer”? Depois de se encontrar com T-Ray, houve diversas outras não contadas aventuras para o mercenário. Sua narração volta a se passar quando ele se encontra em Marrocos e teve uma relação amorosa com uma mulher chamada Francie. Após a relação desmoronar, ele foi contratado no Japão por Boss, um chefe criminoso, para se infiltrar em um ringue de luta sumo que pertencia a Oyakata, um rival criminoso de seu contratante. Lá, Wade passou três anos disfarçado como lutador e se envolveu com a filha de seu alvo, Sazae. Por isso, ao ser ordenado para matar Oyakata, ele alegadamente recusou um comando pela primeira vez e foi mandado para os Estados Unidos. Novamente, aquele que merece morrer parece não ter muito fundo lógico com relação a decisões por parte de Deadpool. Contudo, já é mais visível neste caso que a vontade própria e o desejo individual são fatores definidores para se responder quem é merecido aos olhos do mercenário. Enquanto ele possui um conjunto de regras autoimpostas, estas possuem diversas exceções para seu beneficio em prol a necessidade de outros. Nos EUA ele sonhou com uma vida melhor, se encontrando e se apaixonando pela prostituta Vanessa Carlysle, todavia, ele foi contratado para matar a governante inglesa, Blind Al (Althea), e falhou. Como vingança, os contratantes foram atrás de Vanessa, porém Zoe Culloden a salvou enquanto espionava Wade por este ser uma possível ameaça ao mundo. Quando descobriu que tinha câncer, Deadpool terminou seu relacionamento com Vanessa, pois não queria aprisiona-la a alguém com uma doença mortal. 24 Esta cena é outro exemplo de como, mesmo com toda a ambiguidade de seus pontos de vista, Deadpool não é um vilão puramente malévolo, principalmente com o avanço de sua história após sua criação. Apesar de muitas vezes ser egoísta, ele tem momentos em que demonstra caridade e preocupação com os outros, características que nunca se encontrariam em um vilão. Vale lembrar que a visão positiva que se tem aqui de uma prostituta (tipicamente retratadas com, no mínimo, desprezo social), que deseja uma vida mais feliz, é inovadora para a mídia em geral, tendo se passado depois da Era de Cobre, quando a censura em relação a esses temas volta a se instalar. Seguindo sua cronologia, Wade encontra um ramo de produção de armas canadense chamado de Departamento K, que ofereceu uma participação em um projeto de melhoras super humanas chamado de Program Weapon X (Programa Arma X), onde seu câncer foi temporariamente curado com a implantação do fator de cura de Wolverine (James “Logan” Hawlett) e foi mantido em uma área secreta com Sluggo, outro mercenário que participava do projeto, e os cyborgs Kane e Slayback. Mais tarde Vanessa entrou no grupo por apresentar um gene mutante para mudar de forma e começou a se chamar Copycat. Depois de assassinar Slayback em uma missão (pois este havia enlouquecido e começara a matar por sadismo), Deadpool foi removido para um hospício onde experimentos super-humanos supostamente eram tratados. Mas sem que o governo canadense soubesse, os pacientes viravam ratos de laboratório para o Dr. Killebrew e Ajax, seu assistente. Lá os residentes apostavam o tempo de vida de cada vítima (eles chamavam as apostas de “deadpool”, literalmente uma “tabela de apostas de morte”, que foi de onde o mercenário tagarela pegou seu pseudônimo). Não é necessário dizer que ser um objeto de testes foi extremamente negativo para a sanidade do mercenário. Somando os experimentos, seu fator de cura e câncer, Wade recebeu uma continuidade de cicatrizes que se curavam e reapareciam, ao mesmo tempo conseguindo o respeito dos outros pacientes ao mostrar sua resistência as torturas psicológicas que sofria. Nessa época, ele formou um romance com a entidade Morte por ser um mortal, são, capaz de vê-la. Ainda teve que matar um amigo, que havia sido lobotomizado por Ajax, a fim de acabar com seu sofrimento. Porém, as regras do hospício ditavam que habitantes que assassinassem outros moradores eram mortos, por isso Ajax removeu o coração de Wade, quem se regenerou. Ele, então, atacou Ajax e o deixou morrer enquanto fugia com os outros ocupantes do hospício, adotando o nome Deadpool. 25 Pouco depois, Deadpool voltou a ser um mercenário freelancer, utilizando um uniforme para manter sua nova identidade. Ele foi contratado por Kingpin (Wilson Fisk) como um assassino, teve vários encontros com Wolverine e conseguiu capturar Blind Al, matando todos que tentavam ajuda-la a escapar, assim a fazendo aceitar seu aprisionamento. Anos depois de escapar do hospício, Deadpool volta ao Canadá e é tratado por Dr. Walter Langkowski do Alpha Flight, onde ele trabalha, mas logo percebe que não gosta de trabalhos governamentais e abandona a equipe. Contratado por Wizard, Deadpool primeiro recebeu o endereço errado e acaba com o trabalho de se disfarçar de Hobgoblin. Depois se une à Taskmaster e Constrictor, porém esse plano também falha. Ele tenta conseguir outro trabalho com Kingpin, mas Bullseye (que era outro assassino) toma sua posição. Ele passa a frequentar um lugar para mercenários chamado Hellhouse (casa do inferno), onde encontra T-Ray. Dessa forma é possível perceber que, assim como ele trabalha junto de personagens mais benignos da escala, ele trabalha para mais maléficos, com intenções de trazer o melhor a si. No entanto, não tão ocasionalmente, quase que por metade das vezes, ele é estimulado a trazer o bem para outros. Tanto quanto ele deseja algo para si ele toma medidas a fim de garantir a segurança de alguns civis, pois ele teve e tem contato com diversas figuras as quais ele respeita e admira por suas qualidades positivas à sociedade. Abaixo há um mais um caso que deixa visível que a quantidade de preocupação e emoção que ele tem por outros (apesar de variar dependendo dos tipos de relacionamentos que ele possui com as pessoas) são provas ainda maiores que sua caracterização é superior a de um mero estereótipo de vilão, que veria todos como ferramentas para seus gostos. Mesmo sendo inferior a de um herói na parametrização de personagens heroicos e vis. Depois de seu encontro com T-Ray, ele é empregado por Tolliver (um vendedor de armas que viaja no tempo) para eliminar Cable junto com Sluggo e Copycat. Wade, por conta do seu novo trabalho, contrata Weasel para ser seu fornecedor de armas e faz, com isso, amizade com ele. Durante o serviço, Deadpool é esfaqueado múltiplas vezes nas costas por Copycat disfarçada de Domino (marcando este momento como sua primeira aparição nos quadrinhos). Cable, revelado como pai de Tolliver, organiza os novos mutantes formando a XForce que mata Tolliver em uma batalha, dando origem a uma grande busca, em que Deadpool e vários outros mercenários saem em busca da fortuna do falecido. 26 Nesta cena em que ele ataca a X-Force ainda fica aparente que, mesmo sendo o vilão deste volume, ele ainda é estranhamente amistoso. Mais trazendo piadas de um humor negro e inusitado (ao tempo em que antagoniza os heróis) do que se apontando como um ser imoral e de tão só más intenções. Logo, Slayback, quem havia se reconstituído após ser destruído por Deadpool, interrompe a caçada do mercenário pelo tesouro para conseguir sua vingança. No decorrer do combate, Copycat é gravemente ferida e Deadpool cede parte de seu fator de cura para salvála. Em seguida ele ajuda Siryn da X-Force, a derrotar Juggernaut e seu tio Black Tom Cassidy, que havia forçado Killebrew a servir no hospício. No decurso disso, ele se apega emocionalmente à Siryn, apesar de ela não sentir o mesmo. Quando vai à Copycat por se sentir menosprezado, ele descobre que ela namora Kane e acaba lutando contra este e Wolverine, que tinha ido verificar se Kane estava bem a pedido de um amigo em comum. Porém, Deadpool é sequestrado por pessoas que queriam curar o vírus Legacy, que afetava a todos, mesmo que inicialmente atingia somente mutantes. Ele foi salvo por Wolverine e o mercenário mutante Maverick. Enquanto ele se afeiçoa a pessoas por própria vontade e as ajuda (comprovando suas características positivas), ele é incapaz de perceber os limites de relacionamentos impostos por outros sem ser explicitamente dito ou até não se importe com tais limites, em grande parte por causa de sua insanidade e por sua construção como personagem. O mercenário deixa em dúvida o quanto ele entende dos sentimentos dos outros em relação a si, apesar de serem deixados bem claros os momentos demonstrando o quanto ele é apreciado por outros. Zoe Culloden, quem faz parte do Landau, Luckman & Lake, logo procura Deadpool acreditando que ele era destinado a ser Mithras, que ajudaria a trazer a Era dourada à terra. De inicio ele recusa, no entanto sofre com grandes problemas pessoais pouco depois, o que o leva a tentar mudar de vida aceitando a oferta de Culloden. Independentemente disso, ele abdica quando descobre que seu papel no destino é matar Tiamat porque este seria uma ameaça ao “Messias”. Ao invés disso ele mata o Messias, pois este não traria paz, somente um estado de nirvana sem sentido. Comprovando novamente suas morais fixas; ainda que não condenem a morte do Messias, suas regras pessoais não veem como beneficio tanto próprio como alheio ser conhecido como um herói da humanidade ao ajudar trazer a falsa paz. 27 Deadpool volta a ser um mercenário. Contudo, vai a busca de ajuda psiquiátrica após participar em uma missão de sequestro (salvamento) na Arábia. Dr. Bong o aconselha que, para se sentir melhor, ele deveria lutar contra Wolverine. Depois da luta, entretanto, Mercedes Wilson, esposa de T-Ray (verdadeiro Wade Wilson) é ressuscitada como vingança contra Deadpool, quem, por suas memórias confusas, acreditava que ela era sua esposa, apesar de ter, em realidade, a matado antes de ter participado do Weapon X. T-Ray, ao se revelar como quem ressuscitou Mercedes e o original Wade Wilson, planejava usar fantasmas de vítimas para angustiar Deadpool ainda mais; ainda assim, este esperava poder melhorar a si e não se abala muito, enfurecendo o outro. Mercedes recebe Mágica de T-Ray, contudo, Deadpool a convence a não usar esse poder de forma monstruosa que nem seu marido e si mesmo. Isso a convence a enfraquecer T-Ray e deixar o seu assassino escapar. T-Ray vai embora com Mercedes, que estava irada por ser revivida como parte de um plano de vingança e por ser morta (fato que ela havia sido forçada a esquecer para causar um maior impacto emocional em Deadpool). Vale relembrar a pergunta; o quanto das morais do mercenário são quebradas e distorcidas por suas alucinações e loucura e o quanto delas são realmente parte de um personagem psicopata? Depois desses eventos, Deadpool foi contratado pelo Conselho de Lobisomens para eliminar Duncan Vess, um autor que fazia parte deste grupo, mas que abandonou sua herança genética para viver com humanos. Wolverine encontrou o autor quando pedia seu autografo em uma de suas novelas para Shadowcat (Lince Negra) e sentiu que Vess não era normal, assim como este sentiu que Wolverine não era um mero humano. Além do grupo, Lycus, outro membro do Conselho, buscava vingança contra o autor por conseguir fama à custa de licantropos, seu plano foi impedido por Wolverine e Deadpool, que ajudaram Vess depois de descobrir que ele era um lobisomem. Semanas mais tarde, o administrador da Watchtower, uma organização cujo objetivo é “curar o mundo” com sua política antimutante, coloca uma recompensa para quem conseguir capturar Wolverine, para que assim possam ter a chance de estudar o seu poder de cura. Com esse fim em mente, eles empregam Deadpool, no processo prometendo também assistência médica a Siryn, que havia se ferido em uma missão da X-Force. Deadpool captura Logan para ajudar sua amiga e, no decorrer desse arranjo, esta foi curada e Wolverine escapa facilmente. 28 Nestas ultimas cenas verifica-se que as relações entre Deadpool e Wolverine estão cada vez melhores, apesar de não serem de cunho sentimental. Wolverine consegue respeitar a inteligência não convencional e os pontos fortes de Deadpool ao mesmo tempo em que não é capaz de suportar sua personalidade, o mesmo se pode dizer do mercenário em comparação ao X-man. Isso se dá pelo motivo que Wolverine não tem recordações de seu tempo como uma arma e um experimento de laboratório no momento. Tanto quanto Deadpool tem memórias não fixas ou especificas, elas ainda são vividas e o perseguem e afetam sua consciência, especialmente sua visão de mundo. Deadpool, então, dividiu um apartamento com Titania e Constrictor por um tempo, entretanto, a mercenária Titania em realidade era Copycat. E pouco depois apartamento foi destruído por Wizard e Taskmaster querendo se vingar de Deadpool. Após esse ocorrido, ele se estabelece em um armazém. Havendo sido mais tarde contratado para matar Maxy Millions, porém, quando chegou ao último local em que Millions estava, este queimara John Cassera e fugira. Em seu instante de morte ele pediu a Deadpool que cuidara de seu filho, Christopher Cassera, quem chegou nesse momento e viu seu pai falecido com Deadpool. Ele concordou, emprestou um uniforme a Christopher e o deixou viver junto com ele no seu lar. O menino adota o nome Kid Deadpool e decide se vingar do mercenário por participar da morte de seu pai, ainda que indiretamente. Por isso ele explodiu o armazém onde eles moravam. Assim é atestável que Deadpool não quer envolver civis (especialmente os mais novos) em seus serviços. Entretanto, pode se afirmar que ele sabe simpatizar e é capaz de tentar ajudar aqueles inocentes, os quais ele acaba ferindo direta e indiretamente, da maneira que seu estilo de vida lhe permite. Obviamente seu modo de auxiliar a outros é errôneo e não é identificável se suas ações são desse cunho propositalmente ou se sua capacidade social é realmente tão fraca. Quando Malcolm Colcord, quem queria vingar-se contra todos os mutantes, assume o comando da Weapon X ele recruta Deadpool, usando de Sabretooth (Dente de Sabre), para fazer parte do novo projeto que aprimora seu fator de cura. Entretanto, Copycat, quem havia se juntado ao programa, vira alvo da organização e é morta. 29 Por conta da execução de sua amiga mercenária (talvez mais considerável como colega de trabalho, já que o mercenário tem um grande respeito por ela, enquanto esta o considera parte dos negócios e não vê problemas em traí-lo constantemente), Deadpool tenta matar Malcolm e quase é assassinado no processo, se salvando somente por causa de seu fator de cura que já havia sido aperfeiçoado no novo projeto da Weapon X. Todavia, enquanto isso acontece ele perde suas memórias temporariamente, as recuperando mais tarde quando coincidentemente encontra Weasel. Deadpool descobre porventura que seu nome fora tomado por quatro impostores, que são aspectos de sua personalidade formados pelo Gemini Star, um objeto que fora entregado a T-Ray por Thanos, quem sentia inveja de Deadpool, pois este conseguia chamar a atenção da entidade Morte, enquanto que Thanos havia brevemente virado o ser supremo capaz de matar tudo no universo e não conseguiu a encantar. Antes de o artefato ser danificado, a intenção de T-Ray era remover e destruir essas características de Deadpool e o fazer alguém sem emoções, no entanto, as ações deste fazem com que esses fragmentos fossem absorvidos por T-Ray, o que o deixou em coma. Apesar de esse plano ter falhado, Thanos conseguiu amaldiçoar Deadpool com imortalidade, assim, o impedindo de se juntar a Morte teoricamente para sempre. Pouco depois, uma das Four Winds (quatro ventos), um grupo criminoso com origem japonesa formado por quatro famílias que se odeiam, contratou Deadpool para eliminar o líder de uma das outras famílias, todavia, antes que ele o fizesse, Black Swan (Cisne Negro) matou o líder de cada uma das Four Winds. A missão, ainda assim, deu grande popularidade à Deadpool, quem foi acusado e recebeu a gloria pelos assassinatos e, com a ajuda de Sandi Brandenberg como parceira de negócios, ele conseguiu formar uma companhia, chamada DP, Inc.. Entretanto, Black Swan procurou se vingar da fama que Deadpool ganhou com o seu feito. Quando Deadpool foi contratado para matar Swan, este o infectou com um “vírus” mental e fez Nijo, assistente do assassino (que mais tarde fica conhecido como Agent X), o atormentar e impedir que seu fator de cura tratasse completamente de suas feridas. Entretanto, quando demandou ao assistente que matasse Sandi, a parceira de Deadpool, ele recusou e por isso, foi morto por Swan. 30 Futuramente, Deadpool foi informado por Taskmaster sobre o castelo na Alemanha de Swan, e enquanto batalhavam lá, seus poderes se entrecruzaram e, com isso, o local foi explodido. Acreditou-se que ambos haviam morrido, mas Swan usou seus poderes telepáticos para se apropriar dos poderes de Deadpool, sobreviver à explosão e ressuscitar o corpo de Nijo, que ficou com amnésia e, posteriormente, chegou até a casa de Sandi, que cuidou dele até se curar novamente, Nijo assumiu o nome Alex Hayden e se uniu a Sandi e Taskmaster para formar a Agency X (Agencia X). Com esses acontecimentos, os poderes dos três homens se combinaram e, ao ressurgirem, eles concordaram em restaurar seus poderes originais, apesar disso, no momento em que a transferência ocorria, Swan traiu Deadpool e Nijo para absorver suas habilidades. No entanto, com o auxilio dos outros membros da Agency X e membros das Four Winds, agora com novos líderes (que haviam descoberto o verdadeiro culpado da chacina de suas famílias), Nijo foi capaz de resistir e contra-atacar Swan, matando-o e revertendo a desordem dos poderes. Deadpool foi oferecido para se unir a Agency X, mas ele recusou, preferindo continuar a trabalhar sozinho. No entanto, é curioso que Deadpool queira trabalhar sozinho, considerando o quanto ele aprecia conversas e gosta de expressar seus pensamentos em fala, faria mais sentido se esse mercenário tagarela preferisse entrar em um grupo (que oferece companhia, ajuda financeira e auxilio em batalhas maiores) assim que fosse apresentada a oportunidade, especialmente se uma das participantes fosse conhecida e confiada, como Sandi. O que o leva a ignorar esta chance é a falta de estimulo; ele vê seu relacionamento com Sandi como uma parceria sincera, positiva e estável, mas não há uma amizade que o levaria a reagir diferentemente de seus maneirismos, questionar suas ações e ver os erros que comete contra outros sem motivos aparentes. Uma das poucas personagens que trouxeram o melhor de Deadpool, mesmo através de sua loucura, foi Cable, quem Deadpool começou a formar uma aliança quando a One World Church (Igreja Mundial) empregou o mercenário a fim de roubar o Façade Virus (Vírus Fachada) da Sunic Phamacopeia, na Alemanha. O plano da Igreja era transformar as pessoas em seres como eles. Deadpool participa quando lhe oferecem uma cura para sua pele, entretanto Cable entra infiltrado, pois o vírus tecnológico e orgânico que havia o infectado anteriormente estava o afetando novamente e ele precisava saber, primeiramente, se a Igreja era confiável antes de pedir a própria cura. 31 Deadpool é “curado” e fica com uma pele sem cicatrizes, porém, azul. Cable, a partir de então, acredita que o Ministro realmente vai trazer coisas boas a sociedade e aceita receber o tal vírus. Cable, gostando dos efeitos, por fim, decide que toda a humanidade precisa e merece ser curada, no entanto, o ministro admite ter outros planos e o vírus ao ser injetado bloqueia seu poder mutante. Deadpool, então, ataca Cable por ordens do Ministro, mas seu fator de cura também está falhando e ele começa a derreter literalmente, enquanto Cable lentamente vira uma maquina gigante quando não consegue mais contralar a parte mecânica de seu organismo. Cable e Deadpool são salvos quando Cable usa seus poderes telecinéticos para absorver o fator de cura de Deadpool. Para isso ele precisou engolir a gosma que era o Mercenário derretido e depois vomitar ele vivo. Deadpool (depois de socar o herói por engolilo) oferece ajudar Cable a impedir que o Ministro espalhe o vírus. Logo depois que o herói vai embora para lutar contra o Ministro, Deadpool percebe que sua pele havia voltado a um estado saudável e sem cicatrizes. Cable derrota o Ministro, porém seu assistente Anton Kruch, mostra que havia outro plano de transmissão por uma explosão de luz que seria feita a partir do corpo de outro membro chamado Lightmaster (Edward Lansky). No entanto, Cable modifica o vírus, o aperfeiçoando a fim de fazê-lo trazer benefícios e transformando a cor de pele de todos no mundo em um brilhante rosa ao invés do azul original, com exceção de Cable e Deadpool, que possuíam uma imunidade ao vírus. Irene Merryweather, quem é uma jornalista, confidente de Cable e sem poderes, tenta convencê-lo que este feito, mesmo sendo “beneficial” está errado e que ele deveria mudar o mundo de volta ao seu estado normal, entretanto ele responde que a “cura” é só temporária, confundindo-a ao ponto que Irene diz que quer encontra-lo cara a cara. Por isso, Cable se teletransporta para o escritório dela no Daily Bugle (Clarim Diário). Contudo, quando ele absorveu os poderes de Deadpool para salvá-los, eles se consubstanciaram geneticamente, ou seja, os seus genes se misturaram, dessa forma, quando Cable chega ao escritório por via de seu teletransporte, ele acaba fundido fisicamente com Deadpool, quem possui seus genes e, portanto, é transportado junto. Graças ao fator de cura ambos podem se separar facilmente um do outro, ainda que usando de um processo sanguinolento para isso. 32 Irene então aponta uma arma para Cable, contudo, o plano dela era na verdade que Deadpool iria pegar a arma e atirar em Cable. O herói então se teletransporta novamente a fim de esquivar-se do tiro para a sua estação espacial, onde ele manda seu computador transportar duas pessoas separadamente com o intuito de não fusionar seus corpos outra vez. Eles voltam separada e instantaneamente ao Daily Bugle, onde Cable atira várias vezes em Deadpool e remove o vírus de todo o mundo telepaticamente enquanto ele se recupera. Quando Cable elimina o vírus de todas as pessoas, ele acaba por extrair os efeitos que este tinha no mercenário e, com isso, ele volta a apresentar sua pele cheia de cicatrizes por conta do câncer. Cable quer se desculpar, contudo, Deadpool não o perdoa, pois enquanto Cable agora é considerado um herói mundial, a única coisa que Deadpool conseguiu foi a habilidade de se teletransportar. Apesar de terem partido em termos não muito positivos, quando Deadpool recebe, no momento em que Cable vai embora, uma ligação da S.H.I.E.L.D (Strategic Homeland Intervention, Enforcement and Logistics Division) perguntando-o se ele estaria interessado em se unir a eles contra Cable, ele recusa; o que demonstra que por mais que ele tenha certo ressentimento, Deadpool vê a recém-adquirida amizade (aliança) que ele formou com o herói como algo valioso. Pouco depois, Deadpool é contratado para roubar um item, todavia, para isso, ele luta contra ninjas em Hong Kong. Apesar de conseguir derrota-los, o mercenário não consegue o artefato, pois este já havia sido levado pelo mercenário Cat, ele, então pede a Weasel que procure onde seria possível encontra-lo, para conseguir o artefato roubado. Enquanto isso Cable dá uma entrevista à Irene, que teme que, mesmo que ele esteja ajudando pessoas pelo mundo inteiro, ele vai abusar do poder que tem, Cable afirma, no entanto, que ele sabe das necessidades e desejos das pessoas por seu poder telepático e que ele vai dar o que elas querem, ou seja, o que ele pode dar. Cable, mais tarde, tenta estabelecer paz em Chechnya. Enquanto isso ocorre, na S.H.I.E.L.D, ao mesmo tempo que G.W. Bridge desejava impedi-lo de agir, acreditando que o herói iria se tornar um ditador magnata, Nick Fury queria se garantir de que Cable havia cometido algum ato ruim antes de se envolver. Apesar disso, ele ordena à G.W Bridge que forme e prepare um time treinado que seria capaz de frear Cable no caso de que ele cometesse tal erro. 33 Ainda em Chechnya, Cable prova que não iria agir irresponsavelmente, apesar de que Bridge tinha certeza que seria o ocorrido. Isso se dá, pois o herói conseguiu de ouvir toda a conversa entre Fury e Bridge, assim formando um plano de ação. Enquanto isso, os X-Men, que foi um grupo selecionado para conter Cable caso o poder o corrompesse, tentavam encontrar uma forma de vencê-lo usando simulações no Danger Room, contudo, não foram capazes. Weasel, enfim, encontra o mercenário Cat em Tokyo, onde Deadpool batalha contra ele novamente na base da Roxxon, uma empresa. Lá, Deadpool pega um dos empregados como refém, para assim forçar o outro mercenário a entregar-lhe o objeto. Cat revela nesse momento que o artefato roubado, junto com o objeto acompanhante eram necessários para formar uma arma, pois seriam a única forma de parar Cable. Ele oferece a Deadpool para se unir a ele e os X-Men. Contudo, o mercenário afirma que ele não tem intenções de impedir Cable e, com isso, pega os objetos e se teletransporta, dessa forma se unindo a Cable outra vez. Novamente mostrando o quanto ele se apegou ao herói biomecânico, renegando outra proposta autobeneficial em prol de ajudar ao aliado com o qual supostamente não tem uma relação muito boa. Após se separarem, Cable pergunta o motivo de Deadpool ter se transportado quando eles ainda não tinham uma maneira de não se juntar, a qual o mercenário responde que tinha sido uma ação necessária. No entanto, ele não informa sobre os artefatos à Cable, quem não consegue ler seus pensamentos por causa de sua estrutura molecular dividida com o herói. Depois que Cable sai do apartamento do mercenário, os contratantes de Deadpool ligam e informam-no sobre a terceira parte da arma, que se encontra na Savage Land. Todavia G.W. Bridge viu Cable saindo do lar de Deadpool e considerou isso o ato errôneo que precisava para mandar o grupo atrás do herói. Deadpool é nocauteado com um dardo por Cat, logo após roubar o ultimo aparato, chamado de Chronal Vacuum Filter, que tinha o potencial de destruir o mundo. Cat toma o dispositivo e tenta fugir, sendo impedido, porém, pelos X-Men, quem levam o objeto e o desmaiado Deadpool para sua mansão. Enquanto isso, Cable ainda afirmar em entrevistas com Irene que só tem boas intenções para com a humanidade. Pouco depois a S.H.I.E.L.D manda o grupo Six Pack para atacar Cable, quem os derrota e, ainda assim, consegue demonstrar que sua base, Providence, não é um covil militar. 34 Os contratantes de Deadpool foram então revelados como sendo, na realidade, os XMen, que precisavam dos dispositivos juntos para serem capazes de lutar contra Cable. Entretanto, eles não têm um plano formado; enquanto Wolverine quer usar do fato que o herói é incapaz de detectar Deadpool como uma vantagem e deseja que Deadpool participe da batalha contra Cable (provando que seu relacionamento com ele não é completamente antagônico, pois Wolverine acreditava que o mercenário faria o que eles consideravam certo), Emma Frost, quem não o conhecia alem de sua reputação como mercenário não confia neste e não o quer envolvido. Seguidamente, Cable se teletransporta (junto com o mercenário, já que eles ainda não haviam resolvido o problema com relação a seus genes) para a sala de conferencia, onde Nick Fury e Reed Richards (Homem Elástico) tentavam convencer aos presidentes dos EUA e Rússia que ações militares não seriam necessárias. Lá, o herói os ameaça que se não desarmarem seus arsenais em 48 horas, ele iria depositar tais armamentos no sol. Após isso, ele transporta a si e Deadpool para a base de operações dos X-Men, (propositalmente) dando mais força aos planos de impedir que ganhe mais poder. 24 horas mais tarde, os Estados Unidos mandam aviões militares para atacar Providence, a base voadora de Cable. O herói, apesar de impedir a investida, enfraquece. O plano seguinte, arquitetado pelos X-Men, era dependente em Deadpool que, usando de uma distração feita pelo grupo de mutantes, iria usar o mecanismo construído com os itens roubados contra Cable. Eles, entretanto, são traídos por Deadpool, quem acredita na bondade de seu rival e na sinceridade de seu relacionamento amistoso. O plano de Cable, todavia, era o de unir a humanidade à se opor a um inimigo em comum e ele informa isso à Cyclops (Ciclope), quem acredita que tal plano não iria funcionar, ao tempo em que este o ataca. Nick Fury é, então, informado que Reed Richards contatou o alien Silver Surfer (Surfista Prateado), quem ouviu sobre a causa de seus problemas e foi combater Cable no Oceano Pacífico. Deadpool então para de lutar e retira-se junto com Cyclops. Logo em seguida, eles se encontrando com Cat e, assim, iniciam a elaboração de uma estratégia com o fim de impedir os planos de Cable, pouco antes dos geradores de gravidade que mantém a base aérea de Cable voando começarem a falhar. Os membros dos X-Men e dos Six Pack param de brigar para consertar os geradores. 35 Cable havia sido derrotado pelo Silver Surfer e como ele mantinha Providence flutuando com seus poderes telepáticos, esta começa a cair quando ele está desacordado. Deadpool se teletransporta para perto de Cable e usa da arma construída para ser usada contra Cable. Quando ativado, o dispositivo forçou os poderes de Cable a baixar a base lentamente ao oceano. Isso também conectou as mentes de todas as pessoas no mundo brevemente, no entanto, deixou Cable em um estado de coma, dessa forma fazendo com que Deadpool fosse considerado o assassino do salvador do mundo, algo muito ruim, pois gerou um ódio generalizado contra ele. Deadpool se infiltra na base da A.I.M (Advanced Idea Mechanics) a procura de uma maneira de curar Cable. Para isso, o mercenário negocia com MODOK por um embrião alienígena técnico-orgânico (Phalanx) e o leva para o apartamento em Londres de Weasel, quem diz ao mercenário que precisa contatar Fixer para fusionar o “bebê” com Cable a fim de curá-lo. Entretanto, Fixer se recusa a trabalhar com Deadpool por causa de empregos anteriores que teve com este, apesar do mercenário não se lembrar de ter trabalhado com ele. Esta cena é mais um exemplo de como Deadpool demonstra maior afeto por Cable do que outras personagens. É obvio que, sendo um mercenário, ele não gastaria tanto tempo e dinheiro por qualquer pessoa amigável sem chances de beneficio próprio; suas características anti-heroicas geralmente o impediriam de se sentir obrigado ou compelido a ajudar. Ainda assim, ele, sem motivos aparentes, decide auxiliar alguém que o causou mais transtornos do que ações positivas em suas carreiras juntos, comprovando sua lealdade para com pessoas que ele respeita. Apesar de Fixer inicialmente não querer ajudar, quando o mercenário menciona o que quer e que tem o intuito de salvar Cable, Fixer oferece realizar o trabalho até gratuitamente (no final concedendo o fazer pela metade do preço), talvez apontando que, mesmo que as ações de Deadpool sejam nobres em relação à Cable, que muitas pessoas realmente apreciam o herói e que seus atos não são necessariamente inusitados. Porém, Agent X fora contratado para impedir a ressuscitação de Cable. Ele tenta matar o embrião, mas acaba atirando na mão de Fixer, então invade o apartamento e ataca Weasel, Fixer e Deadpool, quem empurra a batalha para fora da janela, realizando-a em meio à queda. No fim, Deadpool vence e estripa Agent X, que se recupera mais tarde. Em seguida, Deadpool volta e atira no “bebê” enlouquecido, pois este possui um fator de cura e se regenera. 36 Algo que se repara com esta cena é que Deadpool demonstra uma ira diferente e utiliza de meios mais sanguinolentos e irracionais dependendo de seu adversário. Geralmente ele considera contra quem ele vai lutar para decidir qual o grau de ferimentos que o mercenário vai induzir, não se importando com ataques muito mais violentos contra pessoas que possuem um fator de cura ou usando de investidas mais piedosas contra aqueles que “não merecem” ou seriam inocentes. No entanto essa lógica parece dissipar junto com a sanidade de Deadpool, afetando suas ações em intervalos maiores ou menores ao longo do tempo. Weasel, Fixer e Deadpool, então, prontamente levam Phalanx ao esconderijo na Suíça, onde Six Pack se encontra aprisionado na mente de Cable, pois este perdeu o controle sobre seus poderes telecinéticos e telepáticos. Por isso, quando o grupo se aproximou, eles se conectaram aos pensamentos do debilitado herói que estava morrendo e iria mata-los, não intencionalmente, junto no instante que falecesse. Deadpool e Fixer logo fundem Cable com o “bebê” e este se transforma metaforicamente em um monstro gigante dentro da consciência de Cable, quem luta contra esse para domina-lo mentalmente. Agent X volta a aparecer e demanda a Deadpool que entregue seu pâncreas, havendo o roubado quando o eviscerou. Após combater um ao outro por um período, Agent X concorda em não terminar sua missão em troca do retorno de seu pâncreas. Deadpool concede, no entanto ainda questiona quem havia contratado o agente, a que Agent X responde que é alguém que não quer ver a ressurreição de Cable acontecer três dias após sua morte. Enquanto isso, Cable recobrava a consciência e ao tempo que este processo ocorre, pede a Deadpool que continue conversando, já que sua voz o ajudava a manter o foco na realidade após batalhar contra outra mente dentro de seus pensamentos. Por durante esta cena é muito visível o avanço que ocorre no relacionamento entre ambos, tanto como aliados, quanto como amigos, enquanto trocam zombarias. Cable, então, acorda e usa o corpo do Phalanx para formar um novo braço e outras partes que faltavam em sua anatomia, agradecendo Fixer e Deadpool e dizendo ao Agent X para informar a seu contratante que ele não iria ser uma ameaça. Enquanto isso, os Six Pack lentamente voltam ao mundo real. Cable em seguida retorna a Providence, que havia crescido de uma ilha (pois não era mais capaz de voar a passara a flutuar no oceano) com a promessa de um mundo melhor e virou um país onde pensadores se reúnem para conseguir soluções pacíficas para o planeta. 37 Deadpool e Cable passaram algumas semanas em paz neste local, até que o corpo do terrorista Haji Bin Barat fora encontrado. A partir de então Irene, Rabbi Rosen e Prester John investigam o crime e, apesar de tentar ajudar, eles inventam tarefas para distrair Deadpool e impedi-lo de atrapalhar. Este momento representa a falta de confiança que é disposta no mercenário, pois mesmo que ele seja mundialmente conhecido por sua personalidade aparentemente trapalhona, ele também deveria ser reconhecido por suas habilidades ou no mínimo suas experiências com relação a mortes e causas das mesmas, mesmo que ele possua táticas sociais medíocres. Cable logo explica que o terrorista estava no país primeiramente para atacá-los e que fora mantido lá como uma campanha para lhe mostrar respeito por culturas diferentes. Deadpool continua procurando algo para ocupar seu tempo a fim de não se entediar e começar a acidentalmente assassinar inocentes, entretanto, ele ocasionalmente acaba insultando a população mulçumana de Providence, acusando-os de ter matado Barat, pois este estava se reformando. Prester John o leva de volta a cena do crime para refrear suas ações. De volta a cena do crime é descoberto que havia várias pegadas que eram muito espaçadas para terem sido feitas por um ser humano, no entanto, Deadpool comprova que é possível reproduzir esse ato e deduz que o criminoso devia ser capaz de escalar paredes e pular mais de treze metros em dois saltos. O mercenário vai embora, então, para deixar os “especialistas” cuidarem da cena do crime, mas logo depois percebe que ele seria um dos poucos capazes de realizar essa proeza e por isso foge. O teste de digital realizado em seguida confirmou que ele seria o assassino, apesar de ele mesmo não se lembrar do motivo que ele matou Barat. Irene, Johann Kriek e Prester John pedem ajuda a Cable para dar perseguição a Deadpool. Entretanto, Cable retruca que precisava lidar com um problema fora de Providence e que ele desejava dar a chance para Deadpool fazer o que é correto, por isso negou-lhes e disse que não iria interferir. Enquanto isso, o mercenário tenta se lembrar do motivo de seu crime e é, neste momento, atacado por Prester John. Durante a luta entre os dois, muitos efeitos colaterais de destruição são causados. Cable intervém antes que John possa matar Deadpool, porque não quer que mais mortes aconteçam em Providence, um país de paz. O herói demanda que John limpe os escombros que se formaram da batalha ao tempo em que ele fala com e pergunta qual do motivo do crime do mercenário, a qual este não sabia responder sobre seu lapso de julgamento. 38 Cable noticia-lhe que uma geneticista chamada Moira MacTaggert concluiu, após estudar seu caso, que à medida que ele tiver o fator de cura, Deadpool seria diagnosticamente insano, no entanto, sem este, o câncer o mataria. Com isso respondendo diversas perguntas que antes eram deixadas em aberto sobre certas características do mercenário tagarela, já que muitas de suas ações seriam, minimamente, vistas como insensatas. Contudo, agora eram comprovadamente loucos os feitos mais ousados e irresponsáveis de Deadpool. Cable admite que ele gostaria de oferecer ajuda ao mercenário, mas que precisava deixar Providence, portanto Deadpool precisa sair em uma missão com a X-Force, pois ele não confia que Deadpool possa permanecer sozinho no país utópico nas condições em que estava. Cable também “ameaça” o mercenário para ele não agir daquela forma novamente, matando inocentes por sua loucura. Enfim, Deadpool se lembra de que ele assassinou Barat simplesmente por querer o matar naquele momento, marcando o momento em que ele aceita sua própria insanidade como parte de sua personalidade, mesmo sendo uma péssima qualidade, o que pode ser considerado, pelo menos como uma ação positiva, já que muitas pessoas se recusam a aceitar quaisquer problemas psicológicos que possuem e acabam se tornando um perigo ainda maior para todos aqueles com quem entram em contato. Por conta dessa aceitação de sua adversidade mental, Deadpool partiu para Moscou, onde contata Black Box, um informante com membros por todo o mundo, e pede uma maneira de conseguir cometer suicídio, já que era hipoteticamente impossível para ele o fazer, pois possui em fator de cura muito forte e tinha sido amaldiçoado por Thanos anteriormente. Entretanto Black Box tenta fazer uma lavagem cerebral em Deadpool, para assim matar todos os super poderosos (incluindo meta humanos e mutantes) do planeta. Como Deadpool crê que palhaços são as maiores ameaças a afligir a Terra, esse processo de hipnose é muito difícil. O fator cômico, realçado nesta cena, é levado por esta figura anti-heroica a todos os volumes em que participa. É tanto indispensável para sua formação como personagem quanto é irrelevante ao que se observa em geral para com sua identidade fictícia nos quadrinhos. Pode-se considerar que as piadas de cunho crítico e pejorativo de diversos aspectos da sociedade em geral criam uma associação subconsciente em relação do leitor para Deadpool. Esse vínculo pode não ter começado desde a primeira aparição do mercenário nas histórias, no entanto, com certeza se fortaleceu quando ele primeiramente “quebrou a quarta parede”. 39 Quando, pela primeira vez, Deadpool quebrou a quarta parede se esperava uma reação ao menos adversa a esse ato por parte dos artistas e roteiristas com relação aos fãs; todos os que trabalhavam na criação desta personagem em seu mundo e convívio social esperavam que a serie fosse cancelada a qualquer instante, por isso utilizavam este anti-herói como uma fonte de sátiras as partes mais inconsistentes da sociedade da época, ainda usam na atualidade. Entretanto, surpreendentemente a resposta foi extremamente positiva. Os leitores apreciavam a representação seca e direta nas falas e práticas de várias personagens da Marvel em relação a defeitos cotidianos. Quando foram apresentadas essas análises de uma forma cômica por uma figura que compreendia sua existência como um ser fictício, que entendia que sua desaprovação não era direcionada a metáforas, mas sim ao “mundo real”, houve uma conglomeração de interesse por esta voz fantasiosa, no entanto verdadeira; o que inspirou que essa fosse uma parte fundamental do mercenário, ao mesmo tempo retirando e adicionando seriedade a estes assuntos que são discutidos durante toda a sua cronologia. Após muitas táticas lógicas para malear a ideia de ameaça para Deadpool, Black Box e seus cientistas finalmente o convencem a matar todo sobre humano no mundo. Ele imediatamente se teletransporta para Providence com o intuito de eliminar primeiro o maior perigo, Cable. Lá ele encontra e batalha Prester John e, enquanto parte de sua consciência era lógica e avaliava o nível de perigo que este representa (apesar de ter o comparado a um palhaço na escala de risco), a maioria de sues pensamentos são, no mínimo, aleatórios justamente pelo fator cômico que ele traz. A luta é impedida por Cannonball e Siryn, que logo lhe informam que não querem lutar, mas sim encontrar Cable que desapareceu ao se sacrificar após uma guerrilha contra os Skornn. Deadpool propõe a eles usarem a conexão de seu gene com Cable para encontrá-lo, assim permanecendo quatro dias, sem poder ir ao banheiro (novamente demonstrando o lado mais irracional de suas piadas), ligado a maquinas para estudar sua genética e localizar o herói, por parte para resgatar seu amigo e parcialmente por conta da lavagem cerebral, a fim de destruir a ameaça. Até que Forge, um mutante especialista em máquinas, consegue adaptar o transportador de Cable para achar Deadpool e ultrapassar até outras dimensões, pois estes não estariam na Terra. 40 Forge anuncia que quanto mais Deadpool se teletransportasse, mais próximo iriam estar de Cable, por isso, o mercenário imediatamente o faz e os heróis, pouco depois o seguem para uma dimensão em que Apocalypse (Apocalipse) não fora derrotado e são imediatamente atacados pelos Horseman (Cavaleiros): Death, Pestilence e Famine. Angel, Spider-Man e Blob, respectivamente, na dimensão original. Deadpool só consegue ferir gravemente ao Arcanjo dessa dimensão, Pestilence, antes que os outros heróis chegassem três minutos mais tarde (que é o tempo que o localizador demora em encontrar o mercenário por entre dimensões) para derrotar os demais Cavaleiros. Posteriormente eles são atacados pelo quarto Cavaleiro; War, que era ninguém menos que Cable nesta realidade alternativa, quem se disse feliz, em seu estado demente, por poder silenciar Deadpool novamente, tendo o matado pessoalmente neste mundo. Cannonball e Siryn ainda não sabem que Deadpool sofreu uma lavagem cerebral com o intuito de matar Cable, porém, enquanto eles lutam contra War, Siryn percebe que a batalha não está ocorrendo como de costume entre o mercenário e o herói e convence Deadpool que o Cable dessa dimensão não é aquele quem procuram, demandando que ele vá embora e se teletransporte para a próxima realidade. No entanto, como a máquina que leva Cannonball e Siryn por entre dimensões demora três minutos para encontrar Deadpool, ele hesita em deixar sua acompanhante, pois ainda é afeiçoado por Siryn e torce para que eles consigam sobreviver por esse tempo ao ver, no instante antes de partir, que eles receberam um forte golpe, salientando o sentimentalismo que conecta a ficção da Marvel ao nosso real. O próximo mundo no qual Deadpool chegara é supostamente uma utopia, onde armas são inúteis e, portanto, desintegradas imediatamente por cristais flutuantes. Não há guerra, fome, violência ou qualquer tipo de desconforto e, por esse motivo, Deadpool admite que preferia o universo de Apocalypse, onde havia um esforço para se melhorar a si, não só uma rotina magistral sem sentido. Ele passa os três minutos necessários (impacientemente) esperando que Siryn e Cannonball apareçam para poder pular rapidamente para a próxima dimensão. Nesse espaço de tempo ele permanece discutindo com Brother Nate (Cable dessa realidade) sobre a perfeição exagerada desse planeta e que a sociedade não teria a possibilidade de viver nessas condições, só de existir. 41 A dimensão seguinte é completamente formada por cibernéticos orgânicos e Deadpool teoriza que o Cable desse universo perdeu a batalha mental contra Phalanx e este absorveu todo ser orgânico para unificar o planeta, pois assimilou os desejos de paz e união de Cable como objetivos. Cable desse mundo tenta infectá-lo com seu vírus técnico orgânico, entretanto os tentáculos que haviam se conectado ao cérebro do mercenário são destruídos pelo grito sônico de Siryn quando os companheiros do mercenário chegam nesta dimensão. Deadpool consegue resistir contra a integração ao todo de Phalanx, no entanto este não é capaz de suportar a mentalidade de Wade, que seria um tumor formado por loucos pensamentos tóxicos, realçando as diversas perturbações psicológicas que são o consciente do anti-herói. Com isso, Phalanx começa a desintegrar-se, forçando o mercenário a deixar a dimensão rapidamente. No universo seguinte (o universo da série House of M), Deadpool encontra Cable como um bebê que sequer fora nomeado por seu guardião, Mr. Sinister, que não era um cientista malévolo nessa dimensão, e havia o criado para ser o elo do passado com o futuro, pois queria que ele crescesse para se tornar um herói. Após várias questões sobre sua própria dimensão e o Cable que o mercenário conhece (ao tempo em que Deadpool finalmente vai ao banheiro depois de quatro dias; evidenciando a comedia nesse universo mais negro), o mercenário informa que ele viera acompanhado de Siryn e Cannonball. Ambos ainda não haviam entrado e estavam escutando a conversa do lado de fora da casa, para poder planejar quais ações tomariam de acordo com os eventos que lhes foram apresentados nesta realidade. Sinister, entretanto, os convida para jantar com ele e Deadpool, quando ele conta que o nascimento deste Cable se dá pela forma “tradicional”, a qual significa combinação genética artificial neste mundo, o que ele precisa explicar para o grupo que não faz parte desta dimensão, pois estes não sabem desse sentido. Sinister então fala para Deadpool, Siryn e Cannonball sobre o universo em que eles se encontram. Informa sobre como Magnus (filho de Rogue e Magneto) está no comando e a população de mutantes está cada vez maior que a humana, mas que os Homo sapiens são permitidos viver enquanto admitirem a superioridade dos mutantes. Ele pergunta sobre a dimensão deles e recebe resposta de que os problemas entre mutantes e humanos continua a ocorrer de onde vêm. 42 Sinister afirma que ele havia drogado a comida deles na esperança de poder estuda-los, entretanto, somente Deadpool havia comido dela e como ele possui um fator de cura ele não fora afetado. O mercenário confirma que não se importaria em ser dissecado por Sinister, pois a refeição estava deliciosa. A ação de Sinister instalou desconfiança em Siryn e Cannonball, por isso, no caminho para o laboratório, eles e, especialmente, Deadpool planejaram uma forma de remover Cable dos cuidados do cientista. No laboratório há portais, energizados pelo tesseract que podem levar as pessoas a qualquer lugar desse mundo. Então, enquanto Cannonball e Siryn vão para Westchester, Deadpool conversa com Sinister, que tenta o convencer que é melhor para esse mundo possuir um salvador criado por ele, pois se por um acaso Magnus morrer e a raça humana não estiver extinta, haverá muitas outras guerras e será necessário um herói como Cable para termina-las. Sinistro, nesse momento, apreende Deadpool com suas maquinas e usa de seu fator de cura para acelerar o crescimento de Cable, contudo, isso faz com que os poderes de Cable, que não se mostraram antes por ser um bebê, se manifestem sem controle, atingindo Sinister e libertando Deadpool, quem segura Cable e tenta se transportar, mas a aparição da telecinese da criança técnico-orgânica estava desfazendo as ações que os poderes da Scarlet Witch tinham no planeta, revertendo-a a Terra normal e momentaneamente impedindo-o de partir. Com o bebê em mãos, Deadpool finalmente retorna a sua dimensão original, o que não deveria ser possível sem que ele encontrasse o verdadeiro Cable. Lá, o bebê super-energizado com a adição da telecinese por conta do fator de cura de Deadpool, começa a correr por todo o laboratório destruindo maquinarias. Quando Siryn e Cannonball retornam é revelado que o bebê é o Cable original e que todos os outros alternativos possuíam parte da sua essência. Com a passagem deles por essas dimensões, Forge é capaz de unir as partes faltantes de Cable ao original. No entanto, a programação cerebral de Deadpool volta a se ativar e ele tenta matar o bebê. Nesse momento, ele questiona o motivo que teve tanto trabalho para eliminar Cable, quando havia se esforçado tanto para salvá-lo alguns meses antes. Forge o escaneia e é descoberto que ele havia sofrido lavagem cerebral, que Deadpool não consegue resistir e no fim acaba atirando em sua própria cabeça para se impedir. Quando acorda Deadpool se depara com Cable, então alguns anos mais velho, agora tendo cerca de seis anos de idade e sabendo falar. 43 Usando sua telepatia para comprovar o fato, Cable informa que a pessoa misteriosa que havia hipnotizado Deadpool era, em realidade, Black Box. Cable afirma que se fosse restaurado, ele teria o poder necessário para curar Deadpool, entretanto, não há como prever o que aconteceria com ele. Cable, disposto a perder sua chance para uma nova vida para curar o mercenário, pede a ativação do dispositivo para restaurar suas memórias enquanto os membros da X-Force vão de encontro com Black Box e descobrem que ele já havia escapado. Após recobrar seus poderes que rapidamente enfraqueciam, Deadpool afirma à Cable que ele não deveria desperdiçar seus poderes nele, a que Cable responde que o mercenário só temia o que iria ocorrer, mas que não realmente receava sobre o que aconteceria com o herói. Cable, então, cura a mente de Deadpool e, com isso, perde sua telecinese. Estes eventos são extremamente importantes, mais do que somente para mostrar o quanto Deadpool é próximo e como ele estima cada vez mais sua relação com Cable, esses acontecimentos mostram um crescimento e um investimento na vida pessoal de um personagem que é mais bem aceito pelos próprios criadores como um exemplo de melhora e superação. Pode não ser uma temática constantemente enfatizada durante os volumes do mercenário, no entanto está muitas vezes nas entrelinhas que limitações físicas ou mentais não precisam afetar o envolvimento da pessoa com outras por ser uma imperfeição. Esses subtópicos inspiram as pessoas a acreditar que só serão refreadas pelo o que elas deixarem se tornar obstáculos e as fazem tomar mais consciência de seus atos a outros e das ações de outros para com eles próprios. Menor, mais novo e sem poderes, Cable parte junto com Deadpool via teletransporte, agora que este estava curado da lavagem cerebral e da insanidade, para a Pensilvânia, onde o mercenário comenta que vão realizar os desejos do jovem que está rapidamente voltando à idade adulta. Deadpool permanece com a mesma personalidade comunicativa e debochada apesar de, presentemente, não ser louco. Dessa forma é frisado que sua existência nunca foi completamente controlada pela adversidade mental que sofria, sem remover do fato que esta afetou sua vida diversas vezes, a maior parte delas de forma negativa. 44 Na Pensilvânia, especificamente na cidade chamada Intercourse (o mesmo que um tipo de relação sexual, o qual fora motivo de Deadpool ter escolhido este local), o mercenário conversa com Cable em um bar, onde trocam histórias de vida, salientando eventos de seus aniversários de dezessete anos, apesar de Cable não ter certeza se a data era especificamente um aniversario já que ele é um clone. Isso traz o questionamento se eles escolheram seus modos de vida ou se estes os escolheram, o quanto foram capazes de controlar por si próprios e o quanto lhes foi forçado a aceitar como normal. Cable conta que, no futuro (que é de onde ele veio originalmente), a guerra havia afetado a todos em uma escala mundial, de modo que humanos batalhavam contra si e mutantes, e vice versa. Ele, junto com outro soldado, infiltrou-se em uma fábrica que produzia nannites (nano robôs), que eram injetados em soldados para transforma-los em bombas humanas. O herói não menciona que lá ele descobriu que seu acompanhante havia sido implantado com as nano máquinas e que quando este companheiro entra em pânico e ameaça a vida dos outros ao correr em sua direção, Cable é forçado a detona-lo. Cable, então, pergunta sobre o passado de Deadpool, quem responde que por seu pai ser militar, eles mudavam de moradia e cidade com frequência e que sua mãe havia morrido de câncer quando ele tinha cinco anos. O mercenário diz que seu pai também havia morrido anos mais tarde, quando foi a um bar, ficou embriagado, entrou em uma luta e acabou sendo morto por um tiro. Deadpool afirma que, mesmo que Cable seja um otimista, a vida para ele sempre foi e será horrível e que toda vez que o mercenário tem expectativas por chances melhores, oportunidades com promessas de mais felicidade, ele acaba se arrependendo. Por esse motivo, ele conclui dizendo que não tem mais esperança. Deadpool narrou que foi a morte de sua mãe que estabelecera os problemas familiares; seu pai começou a se tornar abusivo e, sucumbindo pouco depois, que ele virou um violento delinquente a fim de chamar atenção. No entanto, ao tempo que falava isso, ele se recordava que seu falecimento se deu quando seu pai, sóbrio e uniformizado, a fim de leva-lo a casa, havia buscado-o no bar, onde o mercenário estava bebendo com amigos. Um destes brigou com seu pai para impedi-lo e bateu nele com uma garrafa de cerveja, roubou sua arma e enquanto Wade tentava pagar o revolver de volta, este dispara, atingindo seu pai e o matando. 45 O mercenário aparentemente mentia em relação a aquilo ele contava para Cable sobre seu passado. Talvez ele entendesse que suas ações provavam que ele era quem estava errado na confrontação que teve com seu pai. Talvez temesse a reação do herói ao descobrir que Deadpool nunca foi uma pessoa confiável, mesmo antes de sua vida ser tomada de suas escolhas e transformada em uma consequência do alheio. Talvez simplesmente não confiasse em Cable o suficiente para dividir com ele o que é essencialmente sua origem. Pode-se concluir, no entanto, que o próprio Deadpool dificultou sua vida e que suas escolhas iniciais, apesar de terem sido extremamente afetadas por circunstancias fora de seu controle, o levaram a ser o que ele é na atualidade. Quando Deadpool finaliza as declamações falsas sobre sua vida anteriormente, Cable volta a ter a sua aparência original, ambos pagam a conta do bar e, enquanto saem, denotam que perceberam que o outro não contou a história completa sobre seus passados. Eles, então, partem separadamente, sem informar a verdade para o companheiro, aceitando e negando que não vão se abrir um para o outro. Após isso, Deadpool fica desempregado por meses quando é contratado para roubar um hard drive da Dominus Corporation na Califórnia, aparentemente, ele recusaria o trabalho se fosse assassinato por influencia de Cable. Ou seja, a relação dentre o herói e o mercenário não foi tão refreada com ultima separação que passaram quanto seria acreditado com a maneira em que ambos partiram. O objeto, porém, também era o objetivo das mercenárias Black Mamba, Asp e Diamondback (que formavam o grupo B.A.D Girls, originado com as iniciais de seus nomes), que o atacam. Enquanto batalham, Deadpool faz várias piadas sexuais, novamente realizando uma ação que não é boa para sua caracterização. Entretanto, expõe uma crítica a esse tipo de conduta, já que no momento em que age dessa forma, ele não e um anti-herói tentando ser alguém melhor, mas sim um anti-herói que rouba e faz o que lhe daria mais lucro. Quando as mercenárias usam dos poderes de Black Mamba para nocautear Deadpool e revelar seus maiores desejos, o que aparece é o mercenário na praia, dando uma massagem à Cable. Isso pode ser desqualificado como um simples fator cômico, no entanto, é certamente revelador que essa figura ambígua tenha como sua vontade mais profunda uma tarde relaxante com um herói. Além disso, abre diversos questionamentos sobre a sexualidade do mercenário, mas essa ultima temática não é tão relevante para sua compreensão dentro e fora das revistas. 46 O grupo B.A.D Girls ouviu ele falando consigo mesmo sobre essa fantasia, pois Deadpool tinha o habito de narrar seus pensamentos em voz alta, por vezes. O mercenário culpa os poderes da Black Mamba pelo seu delírio “homo erótico” (descrito pelo próprio mercenário dessa maneira) e então percebe que elas estavam lá para roubar o hard drive ao invés de guarda-lo, como ele havia inicialmente assumido. Entretanto, enquanto todos estavam distraídos, algum outro freelancer discretamente roubou o dispositivo. Ao mesmo tempo em que as B.A.D Girls tentam hackear os arquivos para descobrir quem levou o hard drive, ao mesmo tempo lutando contra seguranças, Deadpool interroga (depois de esmurrar) o contador da companhia sobre o misterioso ladrão, descobrindo pistas que levam-no à Long Island, onde encontra aquele que é, provavelmente, o freelancer; Weasel, quem se diz inocente do roubo do Dominus Objective (como era chamado o hard drive que era, na verdade, um vírus de computador) e que havia sido nocauteado e, portanto, não sabia muito sobre o ocorrido. Weasel declara que estava na Companhia Rand-Meachum (para onde as pistas de Deadpool o levaram ao suposto ladrão) para constatar se seu atacante havia roubado algo, mas foi acusado de mentir por Iron Fist e Luke Cage, que explicam que seus computadores haviam sido infectados pelo vírus enquanto Weasel estava lá. Deadpool tenta proteger seu amigo, contudo, o mercenário ainda acredita que seu companheiro foi quem roubou o hard drive inicialmente. Antes de isso ocorrer, Irene informava Cable, quem estava em Providence, que se o país continuasse crescendo os governadores do mundo iriam considerá-los uma ameaça, a que Cable responde que estava preparado para esse acontecimento e, depois, diz à Johann que esse crescimento faz parte de seu plano, o qual declama ser o de dominação mundial como uma piada e logo demanda um jato para partir à Johann, quem não confia em sua palavra e não acredita que o herói estava somente brincando quando falava de dominação mundial. Cable vai ajudar Deadpool contra Iron Fist e Luke Cage, resalientando a importância que o herói e anti-herói têm um pelo outro e demonstrando uma das relações de confiança que Deadpool tem com outra personagem. Isso permitiu que Weasel fugisse do prédio, enquanto isso, as B.A.D Girls estão usando das câmeras de segurança para ver o que ocorria dentro do local e planejar suas próximas ações. Elas veem a luta entre Weasel, Cable, Deadpool contra Cage e Iron Fist. 47 Antes que Weasel conseguisse realmente escapar, Deadpool o impede para questionalo (assim dando a chance de Iron Fist e Cage aparecer também, mas Cable ainda não havia chegado), pois o mercenário acredita que foi ele quem roubou Dominus Objective. Cable então chega com as B.A.D Girls, quem apresentam uma filmagem que mostra Weasel usando o hard drive nos computadores da companhia previamente a ser nocauteado. O mercenário fica furioso que seu amigo mentiu para ele e oferece que Iron Fist e Cage o torturem por seus crimes, a que os heróis respondem que essa não seria a punição. Não se pode determinar se o que o mercenário disse nesta cena era para ser levado a serio ou não. Contudo, isto é mais um exemplo de como ele se difere dos heróis em sua forma de agir e como ele difere o que para ele se considera como uma conduta aceitável dependendo de quem agiu de forma errônea para consigo. Cable já mentiu e usou Deadpool em certas ocasiões e o mercenário ainda se frustra muito mais e não perdoa Weasel pela mesma transgressão como o fez para o herói. Durante a confusão, Black Mamba usa seu poder para colocar todos em suas maiores fantasias para que as B.A.D. Girls possam escapar. Quando os homens acordam (prometendo não falar das posições em que despertaram). Weasel volta para o interior do prédio para limpar os computadores do vírus, já que só testava o dispositivo, entretanto, não estava os atacando propositalmente. Enquanto isso, Cable explica que o Dominus Objective pegava as informações as mandava para um único usuário da net. Cable, então, informou que acreditava que sabia quem roubara o hard drive e nocauteara Weasel e logo pergunta a Deadpool se este gostaria de acompanha-lo. O mercenário aceitou e permitiu que Weasel fosse preso enquanto teleportava junto com Cable para escapar dos policiais que tentavam capturá-los, deixando o jato do herói no local para poder ir embora. As B.A.D Girls veem com as filmagens que o ladrão é Cat e vão à Hong Kong, onde Cat entrega o hard drive para Black Box e parte depois de receber seu pagamento, havendo aceitado o trabalho à pedido de Cable, quem havia orquestrado toda a operação e contratado Deadpool e as B.A.D Girls também. Foi revelado, então, que o plano de Black Box era o de conseguir toda a informação no mundo, pois conhecimento é poder. 48 Enquanto isso, Cable e Deadpool estão em Providence praticando um contra o outro e o herói explica para o mercenário (novamente) que o hard drive seria capaz de conseguir todo tipo de informação; contas de banco, armamentos e informações sigilosas. Ao fim da prática é obvio que o combate era uma brincadeira entre os dois. Deadpool vence, no entanto Cable dá um ultimo soco na parte de trás de sua cabeça por diversão e então conversa com Irene, quem acabara de chegar na sala de treinamento, sobre o voo agendado do herói para Nova Deli, informando-a que isso seria uma distração, pois é lá onde Black Box se encontra. Em realidade, eles iriam de outra forma ao local. Black Box fora informado da vinda deles por avião e caiu na armadilha, como planejado, este avisa suas (clones) mercenárias Rive e Makeshift, quem queriam se vingar de Deadpool por ter as matado originalmente. O herói e o mercenário conseguem enganá-las ao chegar antes do esperado e Deadpool se surpreende ao vê-las vivas, entretanto, ainda foi capaz de lutar contra elas ao tempo em que Cable lutava contra Black Box e dizia saber quem era sua identidade verdadeira e que não eram mais aliados depois que Black Box o traiu. Deadpool mata Rive e Makeshift, todavia ele e Cable são transportados para o mundo virtual quando foram conectados a cabos vindos dos braços de Black Box. A informação que vem desse mundo sobrecarrega Deadpool, incapacitando-o, enquanto Cable não tem problemas, pois era o telepata mais forte que existia, assim, sendo acostumado a grandes quantidades de dados. Black Box tentou assoberbá-lo com conhecimento, mas Cable forma uma arma usando os dados e atirando no braço de Black Box, se libertando e dando-lhe a oportunidade para soltar Deadpool, quem então recobra consciência e luta contra Rive e Makeshift novamente, percebendo que eram clones ao ver dois pares de corpos quando as derrota pela segunda vez. Esta cena é importante para se entender que Deadpool é um anti-herói; por mais que ele evite o envolvimento de inocentes em suas lutas, ele não vê problemas em matar seus oponentes, para ele, se o tratamento é “merecido” o tratamento é recebido. Voltando-se a luta, Cable lhe informa que tudo faria sentido quando ele visse quem era o Black Box por trás da armadura. O herói abre a armadura e mostra que está vazia, Commcast (Gareb Bashur) se revela como Black Box, que usou de um clone para que fosse acreditado que havia sido morto por Deadpool muito anteriormente. 49 Bashur possuía poderes mutantes que lhe deram muita informação e ele precisava do Dominus Objective para organizar esses dados em sua mente e usar frequências especiais para desestabilizar Cable, quem usou de sua recentemente formada conexão à Infonet para transportar a si e Black Box de volta para lá, onde é mostrado que o plano de Bashur era o de salvar o mundo com suas habilidades. Cable mostrou suas memórias do futuro e provou que era mais qualificado a ser um salvador, pois ele era o único quem seria a esperança todos e, assim, eles formaram uma aliança em que Black Box passa a trabalhar para o herói. Enquanto isso, Deadpool batalhava o exercito de clones de Rive e Makeshift, recebendo a ajuda das B.A.D Girls e de Cat, quem destrói os tubos de clonagem, assim fazendo com que as cópias se rendessem ao tempo que Cable e Bashur voltam à realidade, onde este informa que todos eles trabalhavam para o herói. Black Box vira, oficialmente, um cidadão de Providence e Cable ganha a habilidade de entrar na Infonet. Apesar de Deadpool não saber que seu contratante tinha sido Cable, este oferece outro trabalho anonimamente ao mercenário, o de roubar o projeto militar “The Cone of Silence” (cone do silencio). Deadpool, então, se infiltra na base militar que possuía as informações sobre o projeto e luta contra vários soldados. No fim, o mercenário perguntou ao único combatente que ainda estava acordado sobre o programa e este responde que havia um repórter que sabia mais sobre o Cone of Silence. O mercenário se lembrou de Irene, a ex-jornalista amiga de Cable e pediu ajuda a ela. Irene não queria ir à Manhattan para auxiliá-lo, no entanto, Cable conseguiu convencê-la. O repórter com quem eles precisavam falar era Ken Ellis, do Daily Bugle, que havia escolhido o fotógrafo Peter Parker para expor os aspectos questionáveis de um projeto de segurança das fronteiras, contando-lhe no caminho de carro que iria colocar o fotografo escondido em um arbusto no jardim da “vítima”, o general que seria interrogado. Quando estavam passando pela ponte Queensboro, Deadpool pula no teto do automóvel e joga Peter Parker (Spider Man) da ponte, só depois percebendo que um ser humano normal não sobreviveria à queda e demanda que Ken Ellis informe as autoridades quando encontrassem o corpo do fotografo que este era um mergulhador de penhasco profissional, apontando a moralidade ambígua de Deadpool, pois mesmo não gostando de ferir civis ele não possui uma apreciação pela vida alheia. 50 Peter, no entanto, colocou o uniforme na descida e volta para salvar Ken de Deadpool (quem diz que se perguntassem ele declararia saber que Spider Man salvaria Parker e por isso o lançou, realçando sua falta de interesse pela segurança de outros), lutando até que o mercenário tenta capturar um refém, momento em que Cable informa a Ken por seu PDA que Deadpool é o informante, fazendo-o parar a batalha. Ken Ellis, até o dia seguinte, escreve o artigo sobre a fraude do general e Cable consegue os designs do Cone of Silence, que era um campo de força projetado pela S.H.I.E.L.D. para isolar Providence do resto do mundo. Nick Fury então fala para Captain America (Capitão América) que Cable estava se tornando um problema muito grande e que ele teria que mandar o Avenger (Vingador) para Providence para descobrir o que realmente estava acontecendo. Captain America (Steve Rogers) se disfarçou como um refugiado e chegou até Providence usando o pseudônimo Roger Stevens e viveu pacificamente no país por duas semanas, observando Cable e percebendo que ele não era um magnata louco por poder. Cable, uma tarde, entra no apartamento de Rogers enquanto este não estava. Captain America volta e encontra Cable segurando seu escudo, vindo para lhe informar que já sabia de sua presença na cidade e que o escudo havia pertencido a ele anteriormente, quando ele ainda estava no futuro. Eles lutam até que Cable mostra sua perspectiva para Rogers usando de vários dispositivos que ele juntou nos últimos meses para simular sues poderes de telepatia e telecinese, assim, conectando o Captain America a Infonet, com o intuito de mostrar que ele queria salvar o mundo. Apesar disso, Captain America lhe avisou que com seu entendimento de mais de mil anos no futuro, haveria pessoas que não iriam compreender suas causas. Enquanto isso, em Washington, um contato anônimo informou Irene que a missão que Cable anonimamente dera à Deadpool era a de se infiltrar na Avenger’s Tower (Torre dos Vingadores) e que havia um enorme risco do mercenário “infectar” com um “vírus” que garantiria que a Comission on Superhuman Activities (comissão para ações de superhumanos) conseguisse espionar Providence e, por consequência, Cable. Cable quer tentar manter a paz entre si e Captain America e pede a este que não o traia, pois agora conhecia dos reais planos do soldado futurístico. 51 Para isso, mostra a ele que a Comission havia instalado escutas secretas na Avenger’s Tower (que ele havia confirmado com a missão de Deadpool). Seguidamente ele oferece desativar estas, avisando que elas eram muito avançadas até para os Avengers. Entretanto, Rogers entende que Cable está tentando suborná-lo, a que este o diz que o Vingador pode ir a qualquer momento que quiser e que ele só espera que, antes de partir, ele termine o mural que estava fazendo em Providence. Cable agradece ao Captain America por vir e fazer o reconhecimento de perto, ao invés de por satélite, pois assim ele pode ver o que realmente acontece em Providence. Com essas palavras, Rogers decide permanecer até terminar o mural no dia seguinte. Mais tarde, quando Cable fica desaparecido por duas semanas, Irene convocou uma reunião para discutir formas de encontrá-lo, enquanto que Deadpool se preocupava com quem estaria no comando sem o herói. A ex-repórter e o mercenário vão em busca dele com a ajuda do Black Box e Johann Kriek, assim descobrindo que o tecno-organico estava investigando assaltos a museus que ocorriam havia seis meses e iniciando sua busca pelos vários locais acometidos até chegar a Akkaba, no Egito, onde acharam uma esfinge com a face de Apocalypse. Entrando na esfinge, Deadpool luta contra guardiões também tecno-organicos, os Dark Riders, permitindo que Irene e Black Box usem da distração provida para investigar os hieróglifos. Enquanto Irene e Black Box estavam traduzindo as paredes da cripta, que descreviam o esperado retorno de Apocalypse, eles perceberam que havia uma esfinge mecânica em miniatura dentro de onde se encontravam. De dentro da esfinge sai Cable, quem disse não ter intenções de impedir a vinda de Apocalypse, pois estava sempre presente durante todas as vindas de Apocalypse na história e contou que o motivo de ele não ter impedido sua chegada desta vez foi por esperar que a ameaça agrupasse os mutantes, que seriam exterminados se não se unissem. Enquanto isso, Deadpool voltara a lutar contra os Dark Riders, no entanto, os cultistas batalhariam em nome do ser mais poderoso e (de acordo com Cable), apesar de o vilão ser o muito forte, o herói era preponderante. Livre de sua confrontação, Deadpool queria ajudar seu amigo, mas temia ser influenciado pelos poderes do antagonista ressuscitado. Com a vitória dos protagonistas, ficou obvio que Cable tinha planos para derrotar Apocalypse futuramente. 52 Novamente pode-se destacar o quão manipulativo o herói consegue ser e por esse exato motivo talvez Deadpool o aprecie mais como um amigo do que se fosse um herói perfeito, nobre e eficaz sem nunca perder de vista a moral preta e branca. Já havia sido comprovado que o mercenário prefere algo natural, um relacionamento com emoções, tanto boas quanto ruins, do que algo uma vida simples, esta cena é mais um exemplo que o diz. Logo após isso, Deadpool foi contratado para ajudar Rumekistan, um país na Europa Central que havia sido tomado por Ultimatum e Flag-Smasher. Ele se encontrava batalhando contra soldados de Ultimatum, usando de uma arma especificamente pintada com piadas como “aponte este lado para o inimigo” escrito, mais uma vez realçando o fator cômico para cativar os leitores. Na capital do país, Bârjňőv, Domino fora contratada para descobrir informações sobre quem substituiria Flag-Smasher quando ele fosse removido e repara que Deadpool, apesar de estar sozinho contra uma armada de Ultimatum, ainda é capaz de vencer. Assim, ela admitiu, que apesar de não gostar do mercenário em geral, que ele tem muita habilidade. Domino progrediu seguindo Deadpool, teorizando (enquanto ele termina sua batalha e toma um dos dispositivos de comunicação dos soldados) que ele teria sido contratado, na verdade, por Cable, já que o mercenário ainda permanecera com a reputação de ser o assassino do herói e, por isso, muitas pessoas se recusavam a se aproximar dele, tanto por motivos pessoais, quanto para trabalhos. Domino reencontrou com um antigo amigo, Michael Straka, que havia se infiltrado como capitão das armadas de Ultimatum para conseguir informações. Enquanto que Deadpool falava com o líder da Resistência, Nenad Petrovic, quem afirmava não crer que seu país iria crescer com o regime em que se encontravam, a que o mercenário responde com uma piada sobre o regime não ter leis contra menores de idade bebendo e, portanto, havia várias jovens bêbadas, o que era positivo. Petrovic ignora esse comentário. Essa é outra exposição de uma temática delicada que é tratada nos volumes de Deadpool; é claro que a maneira em que o mercenário tão rudemente menciona que usar alguém nesse estado mental para prazeres pessoais é muito desfavorável a sua imagem e pode ser vista como os artistas e escritores realmente não se importando que esta personagem seja de cunho hostil e desagradável, porém também pode ser tomada como uma reflexão para com essa forma de pensar, que está tão entranhada na sociedade que não passa de uma piada. 53 Muitas das temáticas dos volumes de Deadpool são questionáveis, ainda mais os atos tomados pelo mercenário em relação a estas. É difícil diferenciar onde a crítica social termina e onde a falta de cuidado e as piores opiniões pessoais dos produtores começam. Entretanto, é possível reconhecer uma reprimenda e no que ela mais se foca; se concentra em como esse assunto é ignorado, pois é notável como o mercenário não deveria ter essa ideologia. O fato é que ele a possui e ninguém considera sua fala, dentro da ficção, como uma falta de respeito. Muitas das piores falas que Deadpool expõe são tratadas como sua personalidade na história e é provável que essa seja a intenção; assim como foi criado o Captain America para definir o bom patriota americano (honesto e incrível em tudo que faz), foi representada a parte mais ignorante dessa sociedade, não necessariamente ruim e deseducada por escolha, no entanto, que não possui um senso básico de convívio social. Enquanto a parte agradável é superestimada, a parte grosseira é ignorada e mesmo que seja detestada, não tentam modificá-la ou impedi-la de ser como é. É demonstrado que muitos dos feitos de cidadãos de bem são perdoados, mais ainda são ignorados como parte de uma personalidade que não precisa ser mudada para o funcionamento individual de alguém e tudo isso é influenciado por forças externas (mídias, conhecer pessoas, pessoas que vão embora, situações extremas que modificam a psique de alguém). Petrovic então falara para Deadpool que o equipamento seria modificado por Weasel, quem estava feliz por reencontrar o mercenário, quem também estava contente apesar do último encontro dos dois. Domino, ao tempo disso, decidiu penetrar a base da Resistência, onde luta contra Deadpool e o derrota, no entanto ele consegue convencê-la que estava batalhando pela causa errada e então o mercenário junto com os membros da resistência escapam quando os soldados Ultimatum chagam, apesar de ele ainda querer lutar. No dia seguinte, quando o Flag-Smasher estava fazendo um anuncio público, a Resistência começa a verbalmente o acuar e ridicularizar. Por isso o Flag-Smasher demanda a Michael para atirar no público, porém o capitão infiltrado hesita e, no final, Domino foi quem decidiu atirar no ditador. Petrovic então anuncia que o novo líder de Rumekistan seria Cable e como o trabalho de Domino era o de se certificar que a pessoa que substituiria o tirano não seria alguém ainda pior do que este, ela ainda se considera como tendo que trabalhar neste caso, já que não confia em Cable, quem é muito manipulativo. 54 O herói convenceu os soldados Ultimatum a trabalhar para ele contando-lhes que o assassinado líder havia sido atirado por uma força externa, provando que Cable realmente era manipulativo e fazendo Domino acreditar que ele na seria uma melhora em comparação com Flag-Smasher. Enquanto que Deadpool falava à Cable (novamente) que não havia sido quem atirara no ditador e que ele pretendia seguir o plano inicial de simplesmente ferir FlagSmasher, a que Cable amigavelmente lhe responde que ele já sabia. Junto com os soldados e os membros da Revolução, Cable começou a reconstruir Rumekistan, mas pediu que Deadpool seguisse Petrovic, pois o verdadeiro Petrovic tinha sido morto por soldados anteriormente. O mercenário então descobriu que o “líder da resistência” era, na verdade, Citizen V, e lutou contra o suposto herói apesar de estar em desvantagem (dando oportunidade para diversas piadas ocorrerem por sua falta de estratégia e lógica). Citizen V lhe explica que ele era quem havia dado poder à Flag-Smasher, no entanto, que havia sido um erro que ele voltara para tentar consertar, o que não impediu o mercenário de batalhar contra ele, já que Cable havia lhe pedido isso e Deadpool queria lutar. No fim, Deadpool consegue acertar um soco na cara do herói que tecnicamente era um aliado e Citizen V desmaia, sendo reanimado por Domino quando Deadpool o entrega enquanto Cable fazia um anuncio na TV (comentando que ele realmente estava bonito para Domino, quem estava assistindo ao comunicado). Neste instante, Domino questionou o porquê do mercenário ainda seguir Cable, indagando se ele realmente acreditava que o herói seria capaz de mudar o mundo para algo melhor, a que ele responde que não importa sua opinião (que não foi comentada na revista, porém, que obviamente seria opinativa em prol do herói) e frisa que o que ele acreditava que seria mais importante era o pensamento de Domino. Deadpool e Cable conversavam e o mercenário lhe informava que o problema com Petrovic já fora resolvido. Quando Cable adivinhou que o líder da revolução era o Citizen V com um disfarce holográfico, ele recebe a resposta de Deadpool que era “Colonel Mustard” com o castiçal (referencia ao jogo de detetive). Essas piadas de referencias do mercenário são importantes na sua popularização, ainda mais pelas reações que os outros personagens têm a elas, Cable, por exemplo, nesta próxima cena em que Deadpool lhe diz que Citizen V está “dormindo” com Domino (falando literalmente, mas deixando uma ideia de sexo metafórico) tem a típica reação de um amigo que está acostumado a ouvir esse tipo de brincadeira. 55 Domino, no fim, decide que não iria esperar Cable para adverti-lo e vai encontra-lo (passando por Michael Straka e Deadpool, quem defendiam o “novo presidente”); ameaça atirar no herói e lhe diz que quer confiar nele, mas que o conhece. Deadpool brinca sobre como Cable não precisa de mulheres, acreditando que os acontecimentos não afetariam ao herói, sem perceber que a partida de sua amiga magoara Cable. Mais tarde, o Superhuman Registration Act (Ato para Registrar Super-humanos) dividia os heróis entre aqueles que aprovavam o Ato e os que eram contra, o leitor descobre desses novos acontecimentos no inicio da história por meio de piadas que quebram a quarta parede, feitas por Deadpool. Isso leva a mais uma conexão com os leitores, pois é como se houvesse uma conversa estabelecida nesse momento, onde as partes falam sobre política e o que seria sua opinião, fixando o leitor no assunto. Além disso, as piadas são outra forma de manter a atenção dos mais desinteressados nessa temática. Deadpool, então voltou a participar do presente da história, decidindo caçar heróis que eram contra o Ato. Com essa meta, ele busca os Great Lakes Avengers, acreditando que eles ainda não haviam se registrado, mas o grupo havia mudado de nome para Great Lakes Champions e eram a favor do registro. Novamente, ele prova na batalha que sua falta de lógica não se origina de uma falta de inteligência. O mercenário é mais que capaz de criar estratégias rápidas e satisfatórias, especialmente por seu fator de cura, usando de uma granada para escapar quando foi preso dentro do corpo de Bertha. Depois disso, mesmo que o ataque aos Great Lakes Champion não tivesse sido vencida completamente, o mercenário consegue ser licenciado pelo governo como caçador de heróis não registrados. Voltando a seu apartamento, ele conversa com Cable (após quase atirar no herói por surpresa) e discute sobre sua participação como um oficial da lei. Cable depois se encontra com o Captain America, líder dos opositores, oferecendo um santuário em Providence, pois havia caçadores, como Deadpool, forçando o registro dos super-humanos. Deadpool, no entanto, estava espionando essa reunião e as informações comentadas o levam à Cooper Peyton (quem antes era Daredevil). Porém, ao encontra-lo e tentar segui-lo o mercenário acaba lutando contra Daredevil. 56 Daredevil, no entanto, não agia como de costume e, antes de o mercenário poder questiona-lo, os companheiros do herói chegam. Deadpool, então, estava em desvantagem numérica. Depois de certo tempo de luta ele “se esconde” atrás do Capitain America, até que, pouco depois, Cable chega e lhe oferece a chance de desistir de caçar heróis e se juntar a eles. Porém, quando Deadpool recusa e continua a atacar, Cable o nocauteia. Durante a luta foi mencionado algumas vezes que lutar, sem questionar o motivo ou se é o certo a se fazer, faz parte da personalidade de Deadpool, reformulando sua maneira de agir e como ele é visto por outras personagens: como uma arma que esta contente em destruir a atirar, sem emoções em especifico. Deadpool ajuda neste tipo de visão quando, em várias ocasiões, comprova verbalmente, concordando com o que está sendo dito por esses que acreditam neste ponto. Além disto, suas ações também falam dessa perspectiva, apesar de muitas serem, na verdade, calculadas. Mais tarde, Deadpool se encontra amarrado à uma cadeira após ser nocauteado, onde fica até ser libertado por Cable. Sendo informado que Thor assassinou um aliado de Cable, o herói e o mercenário vão para a Casa Branca (White House), para Cable tentar convencer o presidente a cancelar o Ato de registro de superhumanos, que levaria a um governo totalitário (ao tempo que Deadpool procura um banheiro, já que ficara amarrado à cadeira por horas). O presidente se recusa com base em sua ideia de que o registro só afetará um futuro distante, sendo que ele se preocupa somente com se reeleger alguns meses mais tarde. Nesta cena (apesar de não conter uma interação especifica de Deadpool) é obviamente uma crítica à forma de agir para conseguir votos de muitos governos, sem visar o futuro. Este tema é muito referido nas revistas da MARVEL, contudo, aqui está presente de forma que não é subjetiva; está dizendo claramente que muitos dos atos imediatos tomados pelas posições de poder são para manter seu poder e que, mesmo sendo confrontadas com o fato que vão gerar efeitos negativos para a geração seguinte, são seguidas só pela aprovação popular. O Serviço Secreto e os militares, então, atacam Cable e perdem para seus poderes. Entretanto, o herói afirma que mesmo que o presidente não cooperasse que Cable iria retornar no futuro para que um dos descendentes do presidente assinasse a declaração admitindo sua derrota. Nesse momento, Deadpool (finalmente) retorna do banheiro, quando é ordenado pelo presidente a capturar Cable vivo ou morto. 57 Deadpool tentou seguir com a ordem, contudo, ele fora, então, congelado por Cable, (novamente) o removendo da situação de barganha entre o herói e o presidente. Isto pode ser considerado como a coisa mais sensata a se fazer, já que estava obvio que o mercenário não planejava parar com os ataques. Além disso, fica claro, mesmo em meio as piadas desta cena, que Cable poderia rearranjar toda a mente de Deadpool de uma forma mais dolorosa (ou, como fora mencionada, humilhante). O presidente não concorda nem discorda completamente das negociações e Cable logo escapa, levando consigo Deadpool ao se teletransportar. Entretanto, assim que chegam a seu destino (a Igreja Mundial), o mercenário tenta o atacar de novo, mas é nocauteado por Cable, quem redireciona o dardos tranquilizantes que Deadpool havia atirado. O mercenário, ao acordar na igreja, conversou com Cable (apesar de estar, outra vez, amarrado à uma cadeira) e descobriu que o herói havia, há certo tempo, comprado a igreja para dar uma chance aos fieis de seguir sua religião, mesmo que o líder deles havia se tornado um ditador enlouquecido. Isso leva Deadpool a comentar que Cable é o “salvador de mundos mais benevolente, amoroso e altruísta a existir”; o que pode ser visto como um deboche irônico, mas se baseia claramente na opinião de Deadpool de que o herói é otimista e amigável demais, se comparado com sigo mesmo. Deadpool pouco depois concluiu que a viagem foi como Cable pensou em lhe dizer que sua decisão de se unir aos que querem registrar heróis não foi boa. O mercenário, ainda assim, tenta escapar e usou dois fieis da igreja de reféns para manter o seu poder (político) que havia conseguido como atuante legal no Ato. No entanto, os acontecimentos percorridos foram transmitidos ao vivo, o que fez o mercenário ser condenado e perder o emprego como “oficial de lei”. A perda do cargo garantiu que Deadpool não tinha mais a intenção de atacar o herói. Portanto, quando Cable os transporta para o apartamento do mercenário (onde estaria temporariamente indefeso contra as armas do anti-herói), este não tenta matar seu amigo. Ambos concordaram, então, estar (supostamente) lutando no mesmo lado. Este momento é uma comprovação de que, tanto quanto consegue tomar decisões, Deadpool não é capaz de suportar certas responsabilidades. Os poderes sociais que lhe são atribuídos sempre o corrompem. O mercenário possui uma enorme capacidade para suportar pressões físicas, mas não mentais. 58 Isso se prova pouco depois, quando Cable e Deadpool estavam em Providence, onde ocorre uma explosão que é impedida de ferir muita gente pelo herói, com ajuda indireta do mercenário, pois (graças a seus genes interligados) Cable consegue parte de sua energia de Deadpool (o que faz com que ambos desmaiem de cansaço após a proeza) e, ao se transportar, eles sempre acabam juntos. Ao acordar, o herói transporta ambos para Rumekistan, já que Cable acreditava que a explosão em sua base não havia sido um acidente, assim obrigando Deadpool a o acompanhar e ajudar nessa missão. Eles descobrem um novo grupo Six Pack composto por G.W. Bridge, Domino, Solo, Anaconda e Hammer (formado pela S.H.I.E.L.D e a Casa Branca) para desestabilizar a infraestrutura elétrica do país a fim de causar uma campanha negativa contra Cable. O herói percebe que o sexto membro do grupo seria Deadpool, quem o nocauteia com um tiro na nuca. O grupo danificou os geradores em seguida, no entanto, Domino estava indecisa se o que faziam era certo. Cable, logo depois de acordar, rapidamente concerta os danos, literalmente manda Deadpool embora do país e prende todos menos ela (afirmando já saber do plano e o usando para reafirmar a confiança do povo nele), seu arrependimento a salva de ser presa e lhe garante um relacionamento amoroso com o herói. Deadpool, mais tarde, afirma para si mesmo que ainda seria capaz de dormir bem à noite (apesar de obviamente estar mentindo e se arrepender) mesmo tendo se unido ao “outro lado” e acredita que sua falha seria uma punição. Ele, nesse tempo, vê (em um noticiário) que a culpa do atentado foi considerado como sendo do governo norte americano. Deadpool, como seu pseudonome, Wade Wilson, caminha por Nova York, onde passa a alucinar e ver super-humanos que ele já havia matado no lugar de pessoas na rua. Ele ignora isso até se encontrar com a aparição de Ajax em uma televisão. O vilão se contenta com assombrar o presente do mercenário, quem passou a tentar escapar das visões, pouco depois começando a ameaçar matá-las novamente. As alucinações questionam Deadpool se ele se arrependia de ter matado tantas pessoas anteriormente. Ao entrar em um bar, pouco depois, o mercenário surtou e começou a atirar em mais vitimas (o que as alucinações também comentam). A que ele e Cable discutem para o herói consertar o seu subconsciente e acabar com suas visões, tendo as feito aparecer anteriormente. 59 Cable tinha forçado as alucinações em Deadpool (sem haver as criado) com o intuito de fazê-lo se arrepender, se desculpar com o herói e voltar a lutar a seu lado, mas depois de confirmar isso, o mercenário afirma que não precisava do herói, apesar de boa parte das coisas que o incomodavam nas visões eram feitas de sua própria mente. Era obvio que a culpa por suas ações afetara a psique dele. No fim Deadpool aceitou esses pensamentos e se pergunta o que fazer quando o herói vai embora e o mercenário se encontra, só, em seu apartamento. A mentalidade de Deadpool é fria em relação à morte não por falta de consciência, mas sim por não pensar que essas ações seriam culposas. Ele entende que matar não era considerado correto, contudo, não houve pessoas que lhe deram um exemplo concreto em sua vida até que Cable instalou em si um senso de reflexão sobre o que deve ser visto ou seguido por ser uma promessa e o que deve ser evitado apesar de ser um contrato, crescendo sua própria personalidade e ponto de vista social. Deadpool, logo depois, tenta reparar sua reputação (que havia piorado após o ataque à Rumekistan) lutando publicamente e derrotando Taskmaster. Para isso ele parou o caminhão de transporte de prisioneiros que carregava o vilão usando reféns. Sem pensar nos problemas psicológicos que uma experiência como essa traria à família capturada e reafirmado a falta de tática que o anti-herói tem para com a mente e os processos pelos quais uma pessoa passaria normalmente sem os tipos de conflitos que o mercenário sofre. Apesar disso, ele não tinha más intenções à família e os liberta assim que nocauteia os guardas e convence Taskmaster a participar de seu plano. Com esse acordo, Deadpool imediatamente desacorda o vilão com um soco. Prontamente, Taskmaster é levado aonde batalharia contra o mercenário, e oficiais de governo (capturados por Deadpool) iriam assistir à luta que mostraria as habilidades do anti-herói. Deadpool derrota-o usando diversas táticas, armas, e partes do local como vantagem, contudo, não fora o suficiente para convencer os cativos militares, governantes e terroristas que ele seria capaz de ser “profissional”. Sem essa qualidade, ninguém iria querer emprega-lo novamente. Enquanto saem do local onde a luta ocorrera, todos concordavam que Deadpool não era apto a levar uma missão a serio (mesmo que ele tenha derrotado o vilão de forma justa e impressionante poucos antes). Isso leva o mercenário a voltar a seu apartamento, onde assiste um noticiário mostrando Rhino escapando, dando-lhe a ideia de tentar se tornar um herói. 60 Entretanto, a maneira como ele capturou seu primeiro vilão (Rhino) fez com que esse quisesse se vingar usando o mesmo método. Rhino contratou um cientista (Weasel) para encolher o mercenário, a fim de humilhá-lo e transformá-lo em um chaveiro. Ele é levado pelo vilão à um bar, onde vários outros malfeitores se encontravam e queriam se vingar por algum acontecimento passado que envolvia o anti-herói. Após certo tempo suportando o tratamento, Deadpool conseguiu escapar e começou a atacar os vilões, ainda em seu estado diminuto, para compensar as ações que sofrera. Porém, não podendo derrotar fisicamente a Rhino, o mercenário o convence verbalmente que havia sido humilhado (já que esse era o objetivo do vilão) e pacificamente conversa com ele até ir embora com a informação que não era possível aumentar seu tamanho para o normal naquele momento, pois Rhino não fora quem aplicou o químico Pym (que lhe reduzira). Mais uma vez Deadpool demonstra uma imensa capacidade de luta e barganha, vencendo fisicamente e sendo capaz de ganhar pacificamente também; ainda não sendo considerado como um profissional somente por sua personalidade superficial. Deadpool descobre que Weasel fora quem o encolhera quando voltara a seu apartamento. O cientista lhe diz que ainda não havia concertado o mercenário, pois imaginou que prender e derrotar vários vilões tendo alguns centímetros de altura iria melhorar sua reputação e porque o químico necessário para isso havia acabado. Ainda encolhido, Deadpool auxilia Agent X (não por bondade, mas sim por ser convencido pelas assistentes do agente), quem fora contratado a roubar a máquina Actuator da H.Y.D.R.A., mas havia sido capturado no processo. O mercenário usa seu tamanho para se infiltrar dentro da base e roubar um cartão chave de segurança e torturar um dos agentes (chamado Bob) para lhe ajudar a localizar Agent X. O anti-herói encontra Agent X afetado pela Actuator, que mudou seu perfil genético e o fez ter obesidade mórbida. Descobrindo que as mudanças são permanentes, ele exige ser modificado para seu tamanho normal pelos cientistas da H.Y.D.R.A. e, então, leva o Agent X com ajuda de Bob, eles fogem usando um jato, deixando Weasel para trás. Quando chagam na Agency X, eles encontram as duas assistentes do agente presas por T-Ray, quem afirma nesse momento que não só Deadpool havia roubado seu nome (Wade Wilson), como agora Agent X havia tomado sua identidade também, levando-o a querer se vingar de ambos. 61 O mercenário buscou saber onde T-Ray estava forçando a informação de um barman de um bar para vilões, descobrindo que ele estava em Nove Jersey, onde Deadpool encontra Outlaw e Sandi (as assistentes de Agent X). No entanto, ele não repara que T-Ray estava atrás dele, assim permitindo que o vilão o nocauteasse. Ao acordar, Deadpool é espancado por T-Ray, que estava aliviando seu desejo de vingança pelo roubo de identidade. Ao tempo que desabafava sobre os acontecimentos que o levaram a ser quem era, ele quebra a quarta parede, afirmando que os leitores não deveriam apoiar Deadpool somente por ser divertido quando ele mata tantas pessoas. O mercenário aproveita que o vilão está distraído para usar de uma faca escondida em seu pulso para cortar as amarras que o prendiam e luta contra T-Ray. No processo Deadpool afirma que está cansado de ouvir todos falando de como a vida deles é difícil, já que isso tira o tempo em que ele estaria comentando os problemas de sua própria vida. Isso pode ser interpretado como um egocentrismo, uma brincadeira em relação à ação tomada por diversas pessoas ao reparar na quantidade de obstáculos que outros têm de enfrentar, uma crítica a essa visão individualista trespassada por um personagem cômico que cometeria esse ato também. Tanto quanto não fala muito nem profundamente sobre isso, esse comentário traz a reflexão sobre essa forma de ultrapassar desafios. Ainda mais com o fato que foi dito por Deadpool pouco antes dele atestar que tanto ele quanto T-Ray eram egoístas com problemas mentais e psicopatas. Neste momento ele admitiu sua insanidade e aceitou seus erros de uma forma concreta, assim os leitores que contemplavam a mensagem podiam organizar os próprios pensamentos em relação a esse tipo de comentário e ação. Enquanto lutavam, Deadpool cortou a garganta de T-Ray. No entanto, o corte não fora profundo, pois o anti-herói ainda tentava manter a promessa de não matar sem motivo (apesar de ele ainda cometer esse ato por causa da loucura), que tinha feito a Cable, mesmo que não fossem amigos no atual momento. O mercenário então explica que, graças a Cable (que havia curado parte de sua insanidade e memória anteriormente), ele podia confirmar que a história de T-Ray não fazia sentido e demandou que o vilão admitisse a mentira. T-Ray, entretanto, continua a lutar, a partir de então usando de sua mágica para criar uma vantagem para si na luta. Deadpool então recebe a opção de morrer batalhando (pois seu fator de cura não funcionava com a mágica) ou fugir e deixar as assistentes morrerem. 62 Deadpool, apesar de essas serem as únicas opções aparentes, lança sua katana no crânio de T-Ray, apesar de não querer matar ninguém (pelo menos neste dia, reafirmando uma ambiguidade moral e emocional do mercenário), o vilão, entretanto, desaparece usando de sua mágica, não confirmando sua morte. Deadpool nesta cena se certifica de que ele realmente é Wade Wilson, durante a luta ele teve plena certeza de que havia perdido a mão para o câncer, que seu pai havia morrido em uma luta de bar quando um dos amigos do mercenário acidentalmente a mata, ele se recordou de ter sido expulso do exercito e que ele havia entrado sob o nome de Wade Wilson, porque este era seu nome de verdade. Ele também teve uma lembrança de T-Ray, quem havia lutado contra alguém que usava o mesmo uniforme que Wade, porém a luta se passara antes de Deadpool entrar no projeto Weapon X, que foi quando ele começou a usar o uniforme. Deadpool e Agent X receberam a informação pouco depois do resgate que Providence fora atacada por Hecatomb, sendo defendida pelos X-Men que estudavam sob a tutelagem de Cable, e foram ajudá-los. Contudo, o problema já havia sido resolvido por Rogue (Vampira). Durante a batalha, porém, Sabretooth ataca o prédio que abrigava Merryweather e Black Box e, enquanto Domino ia em direção do local para auxiliá-los, Cable dirigia-se ao núcleo de poder da ilha, a fim de garantir a vitória. Sabretooth assassinara Black Box e fizera Merryweather de refém antes de Domino chegar. No entanto, chegando literalmente de paraquedas, Deadpool sai do jato da Agency X e atira em Sabretooth, permitindo que as mulheres escapassem com os botes de escape, continuando a disparar contra o mutante até suas balas acabarem, recebendo ajuda de Cable para vencer a luta após isso. Logo Cable manda Deadpool para o futuro, a fim de recuperar a estatua de Anton Krutch, que era uma matriz de teletransporte e poderia ser extremamente perigosa se usada pela pessoa errada. O herói (de volta no caminho ao núcleo de energia de Providence) foi atacado por Gambit e Sunfire, enquanto Deadpool localizou a figura, porém foi atacado por Senyaka, com quem o mercenário lutou até tocar na estatua, sendo transportado ao seu apartamento. Cable ativou a autodestruição do núcleo de Providence, sem impedir Gambit e Sunfire de escapar enquanto o país utópico explodia. No seu apartamento, Deadpool afirmara que o sacrifício do herói não era necessário, pois o mercenário não se via tendo o mesmo valor que Cable. Ele proclamou que iria melhorar para não decepcionar seu amigo falecido. 63 Mais tarde, depois de se encontrar com Cyclops no memorial em homenagem à Cable, Deadpool foi à base da H.Y.D.R.A. com a intenção de salvar Weasel, que seria morto junto com todos os outros que estivessem lá por Wolverine. O mercenário chagou a tentar impedir a carnificina (a fim de honrar a promessa que fez ao herói e amigo aparentemente falecido) negociando com Wolverine. No entanto, o mutante o decapitou para não ser parado. Deadpool recebeu a ajuda de Bob para recuperar a cabeça e, assim, foi capaz de escapar da base com Weasel e o agente da H.Y.D.R.A. que estava ajudando-os, enquanto Wolverine lutava contra os outros membros da organização. Weasel consegue prender todos os outros soldados na base, porém o dispositivo que ele utilizou criou um mau funcionamento no teletransporte que os levaria de volta a casa, encurralando Bob e Deadpool, na Alemanha, na segunda guerra mundial. Nesta época, os viajantes encontram com Captain America e Bucky, e os auxiliam na luta contra os nazistas. Entretanto, por causa das consequências temporais, os dois soldados esqueciam-se de Deadpool e Bob repetidamente. Eles lutam contra o Monstro Frankenstein do Doctor Zola. Mais tarde, com a ajuda do Quarteto Fantástico, Weasel consegue fazer com que Deadpool e Bob Baxter Building (Edifício Baxter), lar do Quarteto. Contudo, eles ainda se encontram em uma data previa à correta (antes de Weasel chegar e explicar o que ocorrera aos heróis). Ainda assim, o mercenário e o agente recebem assistência dos heróis para voltar ao futuro (mesmo que tenham ficado um tempo relativamente longo presos em diferentes datas por acabar se perdendo nas linhas do tempo). Depois de serem resgatados pelo Quarteto Fantástico, Deadpool, Weasel e Bob foram demandados a deixar o Edifício por serem mercenários (apesar de que Sandi e Outlaw, membros de uma agencia mercenária, são convidadas a um jogo de poker). Os três voltaram para os escritórios da Agency X, onde Doctor Strange contratou Deadpool para resgatar o multiverso (múltiplos universos) de um problema causado pelo mercenário. Para isso, Deadpool e Bob precisavam encontrar o corpo de T-Ray viajando por diversos universos místicos, coletando sua essência de vida. O problema era o fato que, no momento que o mercenário tentara matar o mago vilão, T-Ray usou de sua feitiçaria para escapar a um refugio mágico, o que o fez passar por vários planos extraordinários, cujas barreiras foram desgastadas no processo. 64 Após reunir a essência de T-Ray, Deadpool e Bob foram mandados à Lousiana, onde encontram Brother Voodoo, quem deu a oportunidade ao mercenário de lutar contra a alma de T-Ray. Depois da luta, ambos partem em termos semiamistosos, pois não poderiam se matar sem comprometer os universos. Logo depois fora contatado por Merryweather, quem pede que Deadpool recupere o reconfigurador de eletropolaridade de geradores, que havia sido deixado em Savage Land por Magneto, a fim de ajudar Rumekistan após a morte de Cable. Deadpool, no entanto, foi atacado por Ka-Zar, que estava sob os efeitos de lavagem cerebral para agir dessa forma. O mercenário o liberta com o auxilio de Weasel e Bob. Eles, então, descobrem que a mente por trás desses atos era Brainchild. Quando Deadpool quase conseguiu o reconfigurador, Brainchild mandou um exército de dinossauros para atacar o mercenário, Weasel e Bob. Para escapar, Deadpool usou a falha maquina de Weasel para mandá-los para Genosha. Deadpool então, atirou no dinossauro que Brainchild usaria para escapar e, assim, convenceu Ka-Zar a entregar-lhes o reconfigurador. Entretanto, Deadpool acidentalmente havia mandado os dinossauros, na verdade, para Genoshan (em Nova York), estes acabam se chocando contra um caminhão de transporte de prisioneiros, que tinha em si, Venom, cuja simbiose combinara rapidamente com os repteis, criando Venomsauros em Manhattan. O mercenário luta contra as criaturas junto com SpiderMan, recebendo auxilio também de Weasel, Bob, Agent X, do Quarteto Fantástico e dos Mighty Avengers para concertar os problemas oriundos da fusão. Deadpool, após lutar por uma grande quantidade de tempo, fora arremessado para longe batalha. Neste instante, um Cable alternativo do futuro utiliza Psimitar (que aumenta os poderes telepáticos e telecinéticos de quaisquer que a use) para destruir a simbiose nos dinossauros. O mercenário retorna a tempo de batalhar contra o último venomsauro e quase é absorvido pelo alien, se salvando ao se esfaquear na cabeça com Psimitar. Ao acordar, o mercenário descobre via os Mighty Avengers que os dinossauros foram levados, por Weasel, de volta à selva da qual haviam sido retirados. Com a batalha terminada, Deadpool retornou ao seu apartamento, onde assiste TV e vê que fora considerado culpado do incidente pela mídia. Ele, então, é visitado por Weasel, Bob, Merryweather, Agent X, Sandi e Outlaw. A série que marcou a primeira grande fase do mercenário acaba com Deadpool perguntando aos companheiros o que eles gostariam de assistir na televisão. 65 Capitulo Terceiro (3.1-0) Destino à conjectura postimária O objetivo desta tese era o de focar um estudo nas perspectivas expostas pela Marvel por durante a Era de Cobre e começo da Era Moderna, enquanto a popularidade do alvo de investigação (o personagem anti-herói e mercenário) Deadpool, estivesse em alta. Isso se deu até principalmente março de 2008, quando a série Cable & Deadpool, escrita e produzida por Fabian Nicieza, foi cancelada. O que não significa que Deadpool deixou de ser popular, mas sua influencia nos quadrinhos em relação à sociedade mudou mais nessa época. Deadpool, em suas séries passadas, era um personagem muito mais complexo do que aparentava; principalmente na atualidade com a falta do maior artista responsável pelo crescimento pessoal do mercenário. Outro fator que adiciona sua nova (ainda que recorrente) forma de ser seria o foco na margem cômica do personagem, ao invés da superação mental que envolveria contato com outros. Todo desenvolvimento da personalidade de Deadpool foi apagado pela expansão da mídia, forçando esta personagem a se tornar mais parte do entretenimento do que o próprio ser que foi visado até 2008. As séries apresentavam críticas frisando no questionamento ao egoísmo e forma de agir em relação ao eticamente certo e errado (para sociedade) e a definição do querer e precisar além do inevitável (para o pessoal). Há também vários casos demonstrando visões relacionadas a preconceitos (de gênero, sexual, étnico) causados por falhas de caráter que são vistas de forma negativa, dessa forma criando um senso de entendimento sobre os problemas enfrentados por boa parte da população. Outra coisa que está presente é a forma como problemas pessoais (que variam de simples mal entendidos até transtornos psicológicos herdados ou ganhados) não são tratados como desculpa para agir prejudicialmente a outras pessoas. A vivencia social é considerada uma habilidade necessária para ser visto de forma positiva por aqueles que estão a sua volta, propondo que a culpa por ações deve e vai cair sobre aqueles que agem e que estes devem buscar formas de corrigir seus erros. 66 As normas sociais impostas por Deadpool durante as séries do mercenário são visivelmente ambíguas, as suas regras parecem ser ilógicas, entretanto com um fundo de desejo próprio, criando exceções variadas para seu beneficio, o de civis, ou daqueles que ele considera como amigos em prol a necessidade de estranhos, como é feito por muitos heróis. Essa forma de agir era claramente estimulada pela companhia que ele possuía, permanecendo o tema que a ajuda social é fundamental para a melhora social. Há também diversos casos de quebra, questionamentos de estereótipos ou falta destes, pois como a série era vista como tendo um fim eminente, os artistas se preocupavam com transmitir uma mensagem, não necessariamente aprovada, a qual eles poderiam se identificar. Como boa parte dos acontecimentos de Deadpool ocorreram depois da Era de Cobre, fica ainda mais surpreendente se imaginar que pouco depois da formação da CCA, tenha se gerado uma história com tão pouca censura em suas opiniões. A falta de censura foi o que mais provavelmente garantiu que ele pudesse se manter tão firmemente em seu lugar na escala de anti-herói, seus atos de vilão ou de herói eram simplesmente atos que ele realizava por própria vontade e considerados como tal. A mentira e a verdade que ele criava para si eram causas e efeitos de suas escolhas. Permanecer sozinho ou em grupos fazia parte de suas decisões, apesar de serem estimuladas por fatores externos. O contato com os leitores também foi focalizado durante a série; quebrando a “quarta parede” foi personificada a fim de garantir que a representação direta dos defeitos cotidianos fosse analisada, por figuras fictícias, direcionando-as à realidade. E as piadas de referencias popularizaram os personagens, destruindo uma barreira metafórica entre o leitor e a ficção. Obstáculos psicológicos, sobretudo a insanidade, também são refletidos nos volumes, tanto como causas, como consequências das formas de agir. As personagens que sofrem transtornos são vítimas, no entanto, continuam responsáveis pelos seus atos e devem se preocupar com sua própria corrupção. A temática gerada por durante as séries até o final do Arco Cable & Deadpool foi uma de exposição de ideais e a falta destes no cotidiano (especialmente o americano) a fim de criticar uma visão sem profundidade do cidadão comum em relação a diversas reflexões que deveriam fazer parte do normal. Os melhores atos de Deadpool deveriam ser o mínimo, enquanto os piores seriam uma demonstração. 67 Deadpool, assim como foi idealizado o bom patriota americano no Captain America, foi quem expos os ignorantes deseducados da sociedade, que não têm um senso básico de convívio social. A parte agradável é supervalorizada, enquanto a grosseira é ignorada e detestada sem ser modificada ou impedida. Os cidadãos de bem são perdoados e ignorados como parte de uma personalidade que não precisa ser mudada para o funcionamento individual e coletivo da sociedade. Tudo que fazem é influenciado por forças externas (mídias, pessoas, situações extremas que melhoram ou traumatizam alguém), contudo, ninguém se importa em influenciá-los para um melhor convívio entre pessoas. Talvez Deadpool conseguisse se desenvolver por vontade própria; boa parte do que ele é foi causado por escolhas pessoais, estas mesmas poderiam também modificá-lo. Entretanto, sem o estimulo de outros (pelo contrario, recebendo motivos para continuar do jeito que é) não seria possível mudar as bases e os hábitos que para ele são tão comuns. Deadpool representa a parte da sociedade que adora violência sem questionar o porquê que ela ocorre; que anda com armas e não entende ou pensa que assassinatos podem ser algo inimaginável; assume a parte traumatizada e doente, sem esperanças de um futuro melhor para si mesmo ou outros; personifica o pessimismo em relação à sociedade como um órgão que é capaz de ajudar a si. Deadpool é o cotidiano da sociedade americana e o fato que nenhum outro personagem tenta mudar essas características é uma crítica em si, feita por Nicieza em todos os volumes que ele participou. A crítica pode ser que a America não vai ser modificada por uma escolha pessoal, não vai de repente ser um herói utópico por causa de uma guerra ou com “alguns sacrifícios”. Um esforço em conjunto, feito por indivíduos que têm a mesma ideia de harmonia, traria um senso de paz. No entanto, manter esta paz precisaria de auxilio externo, vontade interna e acasos oportunos que podem ser garantidos com o planejamento certo. Assim como o Captain America é o que o americano quer ser, Deadpool é a realidade que muitos são. 68 Bibliografia Fontes Primárias: Portaldarte. Pintura Rupestre. Disponível em: http://www.portaldarte.com.br/pinturarup estre.htm; Acessado em 19 de maio de 2014. LUPOI, Marco M. Ponto de Partida: Nova MARVEL. São Paulo, vol. 1, n.1, p.1, set. 2013. Panini Comics. EISNER, Will. Prefácio. In: Quadrinhos E Arte Sequencial. São Paulo: Martins Fontes, 1995. P5. EISNER, Will. Os “Quadrinhos” Como Forma de Leitura. In: Quadrinhos E Arte Sequencial. São Paulo: Martins Fontes, 1995. P7, 8. EISNER, Will. Imagens. São Paulo: Martins Fontes, 1995. P13, 15, 24. EISNER, Will. “Timing”. In: Quadrinhos E Arte Sequencial. São Paulo: Martins Fontes, 1995. 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