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AULA 1 - PELOS CAMINHOS DA ARTE
Autora: Simone Trindade V. da Silva
“O Homem cria, não apenas porque quer, ou porque gosta, e sim porque precisa; ele só
pode crescer, enquanto ser humano, coerentemente, ordenando, dando forma, criando”
Fayga Ostrower (1978, p.10).
Esta aula tem como objetivo apresentar alguns conceitos básicos
introdutórios que nortearão a nossa jornada pela História da Arte. Para tanto,
iniciaremos nossa viagem panorâmica através dos séculos percorrendo as
manifestações artísticas da Pré-História até a Idade Média, caracterizando-as e
ilustrando-as.
O QUE NOS FAZ HUMANOS?
Mão pintada em negativo no período pré-histórico na Gruta de Pech Merle (Lot, França). Fonte:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/e6/Pech_Merle_main.jpg
No início, como todos os demais animais, a preocupação do
homem era com a sua sobrevivência. O homem não era o maior,
não era o mais forte, não era o mais rápido. Mas ele tinha algo
especial: a criatividade. Essa característica fez com que a espécie
humana se tornasse dominante no planeta. O homem se
configurou como agente modificador do ambiente, consciente de si
e de suas possibilidades. (SILVA, 2007, p.10)
A cultura é a maneira pela qual o homem tenta entender, ordenar e
controlar o seu mundo. Ela é uma criação transmitida de geração a geração. E a
arte é uma de suas expressões.
Mas, o que é arte? Todos nós já vimos obras de arte. Reconhecemos a
Mona Lisa de Leonardo da Vinci e Guernica de Pablo Picasso. Não existe uma
definição absoluta. Várias definições são possíveis. Elas podem explorar
diferentes aspectos da arte como a forma, a técnica, a estética, a vida do artista,
o período histórico, o programa iconográfico estilístico1, etc.
Quando olhamos uma obra de arte não devemos nos limitar às questões
de valoração: gosto, beleza, empatia. Devemos ir além, buscar uma apreciação
mais ampla, baseada no conhecimento. É isso o que pretendemos nesse estudo
sobre história da arte, despertar um novo olhar. Afinal, a nossa relação com uma
obra artística é uma experiência sensorial, sentimental e intelectual, ou seja,
algo que mexe com nossos níveis de consciência e inconsciência.
Em arte, vamos nos despir de preconceitos. Conhecer é o primeiro passo
para vermos realmente algo. A arte possui uma linguagem própria, que precisa
ser entendida. Nas artes visuais deve-se observar que
A forma é a matéria das obras de arte, sua carne e seu sangue. Os
elementos da forma são: cor, linha, textura, planos, volumes,
espaço, luminosidade e ritmo. Cada obra possui a sua composição,
que vai criar um tipo de representação, que pode ser naturalista
(que se aproxima das formas da natureza, figuração do real) e/ou
abstrata (transformação do real por deformação, simplificação,
geometrização ou desconstrução). (SILVA, 2007, p.9)
As obras de arte são expressões do estilo. Existem estilos que
caracterizam a arte nos períodos históricos, uma área geográfica específica, um
grupo ou escola e estilos individuais que caracterizam o modo como o artista se
expressa. Desta forma, três dimensões básicas compõem o estilo: a temporal; a
nacional e a individual.
Vamos lembrar sempre que arte não é realidade, arte é representação, é
uma construção cultural humana. E por isso há muitas possibilidades, como
vamos ver nesta nossa jornada panorâmica através dos séculos.
VIAJANDO PELO TEMPO
Tudo começou na Pré-História, no Paleolítico Superior. Pelo menos, até
agora, os mais antigos exemplares artísticos encontrados datam deste período,
ou seja, cerca de 40.000 a.C. Eles podem ser vistos em várias partes do mundo,
evidenciando a evolução humana, o desenvolvimento de sua habilidade manual e
1
Conjunto de imagens representadas adotadas por um estilo.
tecnológica. O homem vivia em grupos nômades. Mas ele já estava construindo
ferramentas, procurando melhorar seu desempenho. Também estava esculpindo
estatuetas e pintando nas cavernas. Por quê?
Os mais representativos e conhecidos exemplares de pinturas rupestres
estão nas cavernas de Altamira (Espanha) e de Lascaux (França). Eles registram
o estilo de vida dos caçadores e coletores entre 35.000 e 8.000 a.C., oferecendo
“um testemunho gráfico da sensibilidade dos primitivos seres humanos e da
amplitude de seu desenvolvimento cultural” (DOWNES et ali, 1996, p.82). As
cenas são compostas por incisões e pinturas de animais com rico colorido.
Pintura da caverna de Altamira, Espanha. Fonte:
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Altamira,_biso
n,_museum_02.JPG
Pintura da caverna de Lascaux, França. Prof. Saxx.
Fonte:
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Lascaux,_re
plica_04.JPG
FAÇA UMA VISITA VIRTUAL À CAVERNA DE LASCAUX:
http://www.lascaux.culture.fr/#/fr/00.xml
Você deve estar intrigado, se perguntando sobre o sentido destas obras.
Essas representações de animais são bem realistas, revelando grande habilidade
dos seus criadores. A maioria dos estudiosos acredita que elas propiciatórias, ou
seja, visavam magicamente favorecer a caça. Afinal, essas cenas não são
decorativas, pois não se encontram em áreas de fácil acesso e muitas vezes as
figuras são sobrepostas, desenhadas umas sobre as outras. E quanto à
identidade desses artistas? Não sabemos. Entretanto, os artistas deveriam
pertencer a um grupo especial, ligado às funções rituais.
No Brasil possuímos vários exemplares de pinturas rupestres.
Visite:
Fundação Museu do Homem Americano – Parque Nacional Serra da Capivara, Piauí http://www.fumdham.org.br/pinturas.asp
PARA SABER MAIS:
GASPAR, Madu. Arte rupestre no Brasil. Rio de Janeiro:
Zahar, 2006.88 p.
Interessante panorama da arte rupestre brasileira.
NA BIBLIOTECA UNIFACS:
VALENÇA, José Robim; FURRER, Bruno; Empresas Dow (Brasil). Herança: um projeto
cultural de Empresas Dow, Brasil. São Paulo: Empresas Dow, 1984. 152 p.
Número de Chamada: 981.01 H531h 1984
PESIS, Anne-Marie. Imagens da pré-história: parque nacional serra da capivara. São
Paulo: Gráfica Takano, 2003. 307 p.
Número de Chamada: 930.1 P472i 2003
Mas não existiam somente animais nas pinturas rupestres. A
representação humana também é encontrada, principalmente a partir do
Mesolítico. Ao contrário do realismo das figuras animais, os humanos são
bastante simplificados, esquemáticos, meros traços. Curiosas são as mãos
humanas impressas nas paredes de algumas cavernas. Elas aparecem em
positivo (quando se comprime sobre a parede a mão pintada com pigmentos) ou
em negativo (quando se pinta o contorno da mão). Segundo Hauser (1994, p.
8),
[...] as silhuetas de mãos que foram encontradas em muitos
lugares perto das pinturas rupestres, e que parecem ser
resultantes da impressão deixada por mãos reais, fizeram
provavelmente nascer no homem a idéia de criação – a poeiein – e
deram-lhe a consciência da possibilidade de que algo inanimado e
artificial poderia ser perfeitamente semelhante ao original vivo e
autêntico.
Pintura rupestre na Líbia, África.
Fonte:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/93
/Libya_4924_Pictograms_Tadrart_Acacus_Luca_Galuz
zi_2007.jpg
Mão pintada em negativo no período pré-histórico na
Gruta de Pech Merle (Lot, França). Fonte:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/e6
/Pech_Merle_main.jpg
A figura humana também pode ser vista nas esculturas. As mais antigas
são as estatuetas femininas conhecidas como Vênus esteatopigias2. Sua silhueta
volumosa revela o padrão de beleza da época, que parece evocar a fertilidade,
vital para a sobrevivência da humanidade. Muitos especialistas atribuem a essas
2
Estatueta pré-histórica representando figura feminina com seios e nádegas volumosos.
pequenas esculturas uma finalidade ritual. Elas seriam uma espécie de talismã
para a garantia da fertilidade feminina. Elas aparecem também em relevo como
a Vênus de Laussel.
Vênus de Willendorf em marfim de mamute. Museu de
História Natural de Viena. Fonte:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/9d/V
enus_of_Willendorf,_Anthropos.JPG
A representação humana vai se tornar cada vez mais presente. Por quê?
Essa mudança de foco e expressão vai se consolidar no Neolítico. O estilo de vida
do homem nesse período mudou. Ele passou a ser produtor, criando animais e
cultivando plantas. Isso possibilitou que se fixasse numa área e tivesse
estabilidade. As principais expressões artísticas desse período são a cerâmica e
as construções megalíticas. As primeiras expressões da cerâmica eram muito
simples. Com o tempo e a prática ela se tornou mais elaborada e passou a ser
decorada através de pintura ou incisão. Os motivos geométricos eram os mais
presentes. As cerâmicas mais antigas foram descobertas na Anatólia.
Inicialmente a decoração era composta por motivos abstratos geométricos,
sobretudo círculos e espirais. Posteriormente, esses vão se juntar aos elementos
figurativos, como nas pinturas ornamentais das construções.
Vaso em cerâmica neolítica do leste europeu, c. 4.000
a.C. Fonte: http://www.ancienttouch.com/951.jpg
Grande Touro vermelho Rodeado de Caçadores,
Catal Huyuk, Anatólia
Fonte:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/4
6/Catal_Hüyük,_bull_painting.JPG
As construções megalíticas são expressões da arquitetura pré-histórica.
Elas revelam a estrutura social e o conhecimento existentes. Existem dois tipos
de megálitos: o menir e o dólmen. O bloco de pedra assentado verticalmente é o
menir, uma espécie de marco. O alinhamento circular de menires é chamado de
cromlech. Já o dólmen é constituído por uma pedra horizontal sobre dois ou mais
blocos de pedras verticais. O historiador da arte Janson (1984) acredita que os
dolmens eram entradas de túmulos.
Menir dos Almendres. Évora,
Portugal. Fonte:
http://commons.wikimedia.org/w
iki/File:Menir_dos_Almendres_2.j
pg
Cromlech de Almendres, em Portugal.
Fonte:
http://commons.wikimedia.org/wiki/F
ile:Cromeleque_dos_Almendres1340.
JPG
Dólmen de Carnac, França. Fonte:
http://commons.wikimedia.org/wi
ki/File:Carnac_Kermario_Dolmen_
2.jpg
Stonehenge é a mais famosa construção megalítica. Localizada na planície
inglesa de Salisbury, próxima a Londres, esse conjunto é formado por menires e
dolmens. Sua orientação para o nascente no solstício de Verão sugere sua função
ritual. Stonehenge impressiona por sua majestade e propicia questões: por que
utilizar essas grandes pedras? Como elas foram transportadas nesse período?
Vamos lembrar que elas possuem até 7 metros de altura, pesam até 25
toneladas, e parecem integrar uma estrutura ainda maior.
Stonehenge. Inglaterra, c.2.000a.c. Fonte:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a6/Stonehenge_Wide_Angle.jpg
QUE TAL VISITAR VIRTUALMENTE STONEHENGE?
http://www.360soundview.com/stonehenge/circlesarsen.htm
Prepare-se, agora embarcaremos para visitar as grandes civilizações da
antiguidade: Mesopotâmia, Egito, Grécia e Roma.
ARTE MESOPOTÂMICA
Mesopotâmia significa em grego “entre rios”. Esse é o nome dado à região
do Oriente Próximo, localizada entre os rios Tigre e Eufrates, onde atualmente
estão o Iraque, a Turquia e a Síria. Inicialmente nômades, grupos humanos
foram se estabelecendo nessa área. Eles cultivaram a terra, fizeram canais de
irrigação e suas aldeias cresceram e formaram as primeiras cidades (Ur, Uruk,
Lagash, Assurr, Nínive, Babilônia). Essa era uma região fértil, que atraía vários
povos desde a pré-história: sumérios, acadianos, assírios, amoritas, cassitas,
elamitas, caldeus, arameus, persas, etc. Cada um desses povos nos legou a sua
expressão artística. Destacaremos aqui os sumérios, que formaram o substrato
cultural da região, e os persas, que povoam nosso imaginário.
SUMÉRIOS
Os sumérios são nossos velhos conhecidos das aulas de História. Eles
foram os inventores da escrita, denominada cuneiforme, que é um marco na
trajetória humana. Os sumérios parecem ser originários da Ásia Central. Eles se
fixaram por volta de 4.000 a.C no sul da Mesopotâmia. Essa região, próxima à
confluência dos rios Tigre e Eufrates, foi chamada por eles de Sumer ou Suméria.
As comunidades agrícolas originaram as cidades-estados, que disputavam o
poder na região. Cada uma delas tinha suas características próprias como deus
protetor local e governante. Pouco restou de sua cultura material, pois suas
construções utilizavam tijolos de barro e madeira.
As mais características expressões artísticas dos sumérios são o zigurate e
os orantes. No centro das cidades dominava o zigurate. Essa monumental
construção religiosa, de formato trapezoidal, era encimada pelo santuário do
deus. Uma sala principal chamada cella, ricamente decorada, abrigava a imagem
divina e o altar de sacrifícios. Os zigurates eram montanhas artificiais sagradas,
moradas dos deuses, nas quais o público não podia entrar. Este era o território
dos poderosos sacerdotes.
Reconstituição gráfica de um zigurate. Fonte:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/80/Zig
gurat_of_ur.jpg
Orante em mármore do Templo de Abu, Tell
Asmar, c. 2.700-2.500 a.c. Museu do iraque.
Fonte:
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Orant_Tel
loh_Louvre_AO9060.jpg
VEJA O ZIGURATE DE UR:
http://www.fotopedia.com/en/Ziggurat_of_Ur
Nos templos foram encontradas esculturas de figuras humanas
(masculinas e femininas) denominadas orantes ou adoradores. Sua estrutura é
cônica, são representações de corpo inteiro, geralmente em pé, trazendo sempre
grandes olhos, as mãos cruzadas sobre o peito e vestindo longas saias. Acreditase que representavam os devotos em adoração aos deuses, sendo oferecidas
como pedidos e agradecimentos. Entretanto, não são retratos de seus ofertantes,
são representações esquemáticas e simplificadas. Assim que as observamos,
seus grandes olhos se destacam, parecendo tentar nos comunicar alguma coisa.
No Templo do deus Abu, deus da vegetação, foi descoberto um grupo de orantes
em mármore, medindo até 75 cm, com vestígios de pintura.
PERSAS
A arte do Império persa é marcada pelo luxo e grandiosidade, cuja
principal expressão foram os palácios, encontrados nas diversas capitais. Ela
revela a incorporação de diferentes tradições, originárias dos povos dominados e
contatados.
Palácio de Persépolis. Irã, séc. VI-V a.C. Fonte:
http://fr.wikipedia.org/wiki/Fichier:Persepolis_king_
P100C.jpg
O mais esplendoroso palácio persa foi
Persépolis. Dario I iniciou a sua
construção em 518 a.C. Esse exemplar
expressa o poderio e a extensão do
Império persa, reunindo várias técnicas e
estilos. Sua grandiosidade pode ser
observada na sua sala de audiências
(apadana), que possuía cerca de 125 m²,
36 colunas e 12 m de altura. Em seu
apogeu tinha um telhado e suas paredes
eram decoradas com pinturas de leões,
touros e flores. Os melhores materiais
foram
empregados
para
o
seu
embelezamento: ouro, pedras preciosas,
cedro do Líbano e tijolos esmaltados.
Portanto, na Mesopotâmia vemos a expressão artística de vários povos,
tendo o sagrado manifesto nos zigurates sumérios e a ostentação profana dos
persas.
PARA SABER MAIS:
EZQUERRA, Jaime Alvar. Saber ver a arte mesopotamica e persa. São
Paulo: Martins Fontes, 1991. 79 p.
NA BIBLIOTECA UNIFACS - Número de Chamada: 709.3 E99s 1991
ARTE EGÍPCIA
Diferentemente da Mesopotâmia, lar de diferentes povos, o antigo Egito
possuía uma identidade cultural através dos séculos, que confere à sua arte uma
unidade singular. A monarquia teocrática foi o tipo de governo do reino egípcio. E
a arte egípcia foi sua expressão. O faraó, encarnação do deus Hórus, era a
autoridade máxima em todos os campos, o senhor de tudo e de todos no Egito. A
matéria-prima predileta foi a pedra. A arte egípcia busca a eternização. Os
templos e os túmulos foram as maiores realizações artísticas egípcias.
Quando pensamos no Egito antigo, a imagem das pirâmides nos vem à
mente. Os mais conhecidos exemplares são as três grandes pirâmides dos faraós
Queops (Khufu), Quefrem (Khafre) e Miquerinos (Menkure). Eles datam do
Antigo Império (2.700-c.2200 a.C), da 4ª dinastia. Como nada surge do nada, as
pirâmides são decorrentes das mastabas (túmulos trapezoidais). As pirâmides,
túmulos grandiosos, são uma conquista tecnológica, construídas com enormes
blocos de pedra. No interior das pirâmides, através de corredores chega-se à
câmara funerária, onde era colocado o sarcófago com a múmia.
Pirâmides de Quéops (c. 2.530 a.C), Quefrem (c.
2.500 a.C) e Miquerinos (c. 2.470 a.c). Gizé, Egito.
Fonte:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/53
/Pyramids_of_Egypt1.jpg
O Inspetor dos escribas Raherka e sua esposa.
Escultura, ca. 2350 a.C. Museu do LouvreFonte:
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Louvre_1220
07_02.jpg
As esculturas egípcias revelam a classe social dos representados. Quanto
maior o status maior a idealização. Para equilibrar a composição das esculturas
de corpo inteiro, que parecem presas à pedra, utilizava-se um artifício: as figuras
de pé estão sempre com uma perna à frente, de modo a distribuir o peso. A
escultura do Inspetor dos escribas e sua esposa ilustram essa situação.
Os templos e os túmulos tinham suas paredes decoradas com histórias em
relevos coloridos e inscrições em hieróglifos, sem preocupação com perspectiva.
Essas representações bidimensionais seguem a uma série de convenções
vigentes:
 O tamanho das figuras indica sua posição na sociedade. Assim, as figuras
maiores são as das pessoas mais importantes.
 Lei da Frontalidade. As figuras antropomórficas, quando de corpo inteiro,



são convencionalmente representadas com a cabeça em perfil, o torso em
posição frontal e as pernas dispostas lateralmente.
As figuras femininas egípcias geralmente são representadas em tons mais
claros que as figuras masculinas.
Os deuses, muitas vezes híbridos, possuem emblemas que possibilitam o
seu reconhecimento.
A proporção das figuras humanas é estabelecida por um sistema linear que
dividia o espaço em unidades de igual tamanho como um papel
quadriculado.
Essas regras são praticamente constantes através de toda a arte egípcia,
só ocorrendo uma quebra nessa continuidade secular no período amarniano no
Novo Império.
Pintura da tumba de Nakht, 18ª dinastia. Egito.
FONTE:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/53
/Tomb_of_Nakht_(8).jpg
A arte do Novo Império (1559-1.069 a.C), que tentou reviver a glória do
Antigo Império, está bem documentada através de seus exemplares. Na
arquitetura destacam-se os imponentes templos. Karnac, dedicado ao deus
Amon, era o mais famoso templo do Novo Império. Sua construção foi iniciada
por volta de 1.390 a.C. No decorrer dos séculos foi modificado pelos sucessivos
faraós, que pretendiam marcar o seu lugar nesse espaço sagrado.
Templo de Karnak, em Luxor, Egito.
Fonte:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/
47/Parvis_Karnak.jpg
Vale dos Reis, 18ª Dinastia, séc.XV a.C. Egito.
Fonte:
http://uk.wikipedia.org/wiki/Файл:Valley_of_the_Kings_
March_2005.jpg
A arquitetura funerária foi modificada para impedir os saques e as
depredações. Assim nasceu o Vale dos Reis, uma área para maior controle. Seus
túmulos subterrâneos são chamados hipogeus. Eles tinham várias câmaras,
decoradas com relevos e pinturas sobre a vida do morto e instruções mágicas
para a sua trajetória para a vida eterna.
O PERÍODO AMARNIANO
Estela em pedra calcárea de Amarna com o
faraó Akenaton, a rainha Nefertiti e suas
filhas. Egito, c. 1.350 a.c. Museu de Berlim,
Alemanha. Fonte:
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Hou
se_Altar_Akhenaten_Nefertiti_Berlin.jpg
Esse foi o período de ruptura na
história do Egito. O Politeísmo cedeu lugar ao
Monoteísmo, o culto ao deus Aton. Isso
ocorreu no século XIV a.C. sob o faraó
Amenófis IV, que se rebatizou como
Akenathon em honra do novo e único deus.
Ele construiu uma nova capital, Tell alAmarna. O que diferencia a arte desse
período é o grau de informalidade e
afetividade, como pode ser observada nessa
estela retratando os soberanos em sua
intimidade.
EMBARQUE NUMA VIAGEM VIRTUAL AO ANTIGO EGITO:
http://www.cellularwisdom.com/video/Virtual-Tour-Short.wmv
PARA SABER MAIS:
ESPANOL, Francesca. Saber ver a arte egípcia. São Paulo: Martins Fontes,
1992. 77 p.
NA BIBLIOTECA UNIFACS - Número de Chamada: 709.32 E77s 1992
A arte egípcia perdurou por séculos, resistiu às diversas dominações
estrangeiras, mas foi incapaz de lutar contra o Cristianismo, que exigia
exclusividade. Combatendo a religião egípcia, a religião oficial do Império
Romano emudeceu uma civilização, fechando seus templos, condenando sua
escrita e deixando seu conhecimento ficar esquecido.
ARTE GREGA
O nosso ideal artístico ocidental nasceu na antiga Grécia. A arte grega
pode ser estudada em três períodos: arcaico (800-500 a.C.), clássico (500-336
a.C.) e helenístico (336-146 a.C.). É o período clássico, a época áurea da arte
grega.
Para entendermos a arquitetura grega, é preciso conhecer as ordens
arquitetônicas.
As ordens gregas. Fonte:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/6a/Classical
_orders_from_the_Encyclopedie.png
As ordens arquitetônicas
gregas são determinadas a partir
da coluna. Ela é um elemento
vertical de sustentação de uma
construção. Ela é composta por
três partes: base, fuste e capitel. A
base é o fundamento da coluna,
entre o piso e o fuste. O fuste se
ergue verticalmente, determinando
a altura da edificação. Por fim, o
capitel encima a coluna com sua
decoração distintiva. As ordens
gregas mais características são:
dórica, jônica e coríntia.
O templo marca a arquitetônica grega. Ele apresenta um formato
retangular, rodeado por colunas, tendo na fachada frontão triangular.
Parthenon (447-432 a.C). Mármore. Dimensões: 31,0 x
70,0 m. Atenas, Grécia. Fonte:
http://tr.wikipedia.org/wiki/Dosya:Parthenon_from_west.
jpg
Discóbolo em mármore. Cópia romana de um
original grego de bronze, c. 450 a.C., de autoria
de Míron. Altura: 1,55 m. Museu Nacional de
Roma. Fonte:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9
/93/Discobolus_icon.png
A escultura buscava a perfeição das formas, o ideal de beleza. Fídias e
Miron foram os maiores escultores gregos. Segundo Upjohn (1979, p.181), “o
escultor grego experimentava continuamente. Contrariamente ao que se passava
no Egito, a tradição artística não tinha um papel limitativo”. No período
helenístico houve uma transformação ideológica decorrente das conquistas do
macedônio Alexandre, o Grande (356-323 a.C.). Ele propiciou o encontro de
diferentes culturas, o que levou a uma nova expressão artística, marcada pela
emoção e dramaticidade. São desse período as famosas Vênus de Milo e Vitória
de Samotrácia.
Vênus de Milo, em mármore, séculos III-II a.C.
Altura: 2,02m. Museu do Louvre, Paris, França. Fonte:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/e0
/Venus_de_Milo_Louvre_Ma399_n2.jpg
Vitória (Nike) de Samotrácia. Mármore, c. 200-190
a.C. Alt: 2,41 m. Museu do Louvre, Paris, França.
Fonte:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/5f/
Nike_of_Samothrake_Louvre_Ma2369_n4.jpg
VIAJE PELA ARTE DA GRÉCIA ANTIGA:
http://www.youtube.com/watch?v=qi8ZcUStI0&feature=PlayList&p=2A86A20382D1AD0A&playnext_from=PL&playnext=1&index=2
PARA SABER MAIS:
BENDALA, Manuel. Saber ver a arte grega. São Paulo: Martins Fontes,
1991. 78 p.
NA BIBLIOTECA UNIFACS - Número de Chamada: 709.3 B466s 1991
ARTE ROMANA
A arte etrusca está na base da arte romana. Há também a influência da
arte grega, o referencial cultural da época. Podemos dividir a arte romana em
dois períodos: período republicano (509-31 a.C.) e período imperial (27 a.C a
476 d.C.). A arquitetura é a maior expressão da arte romana. Tecnicamente
foram usados tijolos, betão3, arcos, abóbadas, cúpulas, etc. Eles propiciaram a
construção de obras públicas, que dominaram todo o Império Romano. Eles são
emblemas do poder de Roma.
Coliseu. Roma, 71-80 d.C. Fonte:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d5
/Colosseum-Rom.jpg
Pantheon. Roma, 118-125 a.C. Fonte:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/31
/Pantheon_aussen.jpg
Não só os aquedutos, teatros, termas, arcos triunfais, e outros exemplares
arquitetônicos consolidavam a força romana. As esculturas e os relevos
comemorativos também tinham essa função.
Augusto, de Primaporta, em mármore, Altura de 2 m.
Museus do Vaticano, Roma. Fonte:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/ba
/Brogi,_Giacomo_(1822-1881)_-_n._4123_-_Roma__Vaticano_-_Cesare_Augusto_-_Statua_in_marmo.jpg
3
Coluna de Trajano e detalhes, em mármore. Altura de
37,5m. Roma, 106-113 d.C. Fonte:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/78
/ColonnaTraianaDaMercati.jpg
Mistura de areia ou cascalho com argamassa ou cimento inventada no Oriente Próximo. Ela foi melhorada
pelos Romanos e retomada no Renascimento.
VISITE A ROMA ANTIGA:
http://www.youtube.com/watch?v=1N8A-qgLOn8&feature=related
PARA SABER MAIS:
MARTIN, Alfonso Jimenez. Saber ver a arte etrusca e romana. São Paulo:
Martins Fontes, 1992. 79 p.
NA BIBLIOTECA UNIFACS - Número de Chamada: 709.3 M379s 1992
ARTE PALEOCRISTÃ
A arte paleocristã ou Cristã Primitiva é a arte do início do Cristianismo até
o século V a.C. Ela apresenta duas diferentes fases: a fase de perseguição (até
313 d.C) e a fase de oficialização (313 – 476 d.C).
Na fase de perseguição, trata-se de uma arte escondida, que habita as
catacumbas romanas. Nelas é possível ver algumas pinturas murais desse
período de construções simbólicas. Evitava-se a adoção de referenciais do
opressor Império Romano. Buscavam-se motivos na arte grega. Um deles foi o
Bom Pastor, que passou por uma ressignificação para aproximá-lo de Jesus
Cristo.
Catacumba de Santa Lucia. Siracusa, Itália. Fonte:
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:0524__Siracusa_-_Catacombe_di_S._Lucia__Foto_Giovanni_Dall%27Orto_-_21-May-2008.jpg
Jesus como o Bom Pastor. Catacumba de São Calisto,
Roma, Itália. Fonte:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/ce/G
ood_shepherd_02b_close.jpg
VISITE UMA CATACUMBA ROMANA:
http://www.youtube.com/watch?v=oatRMclnVbs&NR=1
O Edito de Milão, em 313 d.C., inaugurou um novo momento: a fase de
oficialização. Não era preciso mais que os cristãos se escondessem. Eles podiam
agora sair das catacumbas e praticar o seu culto. Novos espaços precisavam ser
construídos. A conversão do Imperador foi um trunfo. Ele próprio fomentou essa
nova arquitetura religiosa. E como eram esses novos templos? A partir dos
templos pagãos foram constituídas as basílicas paleocristãs, formadas por: átrio,
nave e ábside4.
Basílica de Constantino, séc. IV. Trier,
Alemanha. Fonte:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/comm
ons/1/17/TrierBasilicaInterior.jpg
Interior da Igreja de Santa Costanza, Roma, c. 350 d.C.Fonte:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/df/Santa_C
ostanza_00272-3st.JPG
As paredes das igrejas paleocristãs eram adornadas com pinturas e
mosaicos. O tema dominante era retirado dos relatos da Bíblia. O medo da
idolatria fez com que a escultura desse período não fosse muito importante. Mas
existem trabalhos interessantes decorando sarcófagos.
O Bom Pastor, mausoléu de Galla Placidia Ravena,
Itália. Início do século V d.C. Fonte:
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Ravenna,_ma
usoleo_di_galla_placidia,_buon_pastore_(prima_metà
_del_V_secolo).jpg
Sarcófago de Junius Bassus. Mármore, c. 359 d.C.
Dimensões: 1,18 x 2,44 m. Grutas do Vaticano,
Roma.
Fonte:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/1e
/Sarcophagus_of_Junius_Bassus_-_Cast_in_Rome.jpg
Mas as coisas não vão parar por aqui, vamos seguir para um outro
momento histórico: a Idade Média.
ARTE MEDIEVAL
Nada dura para sempre, nem o Império Romano. Com a sua queda no
Ocidente em 476, o mundo se transformou. A antiga ordem ruiu, uma nova foi
construída a partir da religião cristã e das tradições dos povos "bárbaros". A arte
paleocristã foi dando lugar a outras formas, que acabaram por gerar os dois
estilos medievais: o Românico e o Gótico.
O Românico (séc. XI-XII) reflete a instabilidade existente. Suas igrejas são
como refúgios, fortalezas, expressão do poder divino e do poder terreno da
4 O átrio era como um grande pátio na entrada da igreja, um espaço de transição entre o público e o sagrado. No interior da igreja
encontrava-se o seu corpo ou nave, onde ficavam os fiéis. A ábside é o espaço mais sagrado, onde ficava o altar.
Igreja. Suas principais características: paredes grossas e pilares maciços
(contrafortes) para apoiarem as pesadas abóbadas de pedra; uso de arco pleno
(arco de 180°); poucas e estreitas aberturas para não fragilizarem a estrutura;
torres postas na fachada ou no cruzamento das naves. Essas eram construções
sólidas e sóbrias.
Igreja de Saint-Martin de Chapaize. França,
séculos XI. Fonte:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/comm
ons/2/29/Eglise_chapaize_chevet.JPG
Interior da Catedral de Saint-Trophime. Arles, França,
séculos XI-XII. Fonte:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/2a
/Arles_St._Trophime_Church_Interior.jpg
A escultura e a pintura românicas têm uma função informacional, por isso,
elas são essencialmente narrativas. Elas contam visualmente as histórias da
Bíblia, inacessível para a grande população iletrada. Elas devem compor o clima
religioso das igrejas e manter o foco dos olhos curiosos.
Pórtico da Glória, Santiago de Compostela, Espanha.
Fonte:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/fr/f/fe/Cath_St
_Jacques_Portail_Gloire_.jpg
Basílica de San Isidro de Leon, Espanha, séculos XIXII. Fonte:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/fc/
PanteónSanIsidoroLeón.jpg
PARA SABER MAIS:
RAMALHO, German. Saber ver a arte românica. São Paulo: Martins
Fontes, 1992. 80 p.
NA BIBLIOTECA UNIFACS - Número de Chamada: 709.0216 R165s 1992
O estilo Gótico (séc. XII-XIV) surgiu no sul da França, em cerca de 1.140.
Essa arte refletia a glória de Deus. Os avanços técnicos arquitetônicos
possibilitaram o seu verticalismo. Com o uso de arcobotantes e contrafortes o
peso das construções pode ser deslocado, possibilitando que as paredes fossem
mais altas e menos espessas. Também eram possíveis mais aberturas, o que
significava mais luz no interior. Mas não era qualquer luz o que se pretendia, e
sim a luz divina. Os usos de vitrais coloridos trouxeram esse caráter místico.
Abadia de Saint-Denis. França, séc. XII. Fonte:
http://fr.wikipedia.org/wiki/Fichier:Basilique_S
aint_-Denis.jpg
Interior da Abadia de Saint-Denis. França, séc. XII. Fonte:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/6e/Vitraux
_Saint-Denis_190110_13.jpg
A escultura continuou sendo secundária, meramente decorativa e
educativa nas paredes e fachadas das igrejas. Destacam-se, contudo, alguns
túmulos de grande maestria.
Túmulo de Inês de Castro. Mosteiro de Alcobaça, Portugal. Fonte:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/80/Ines1.jpg
E a pintura? Ela começou a reinvindicar mais importância, buscando um
maior realismo. Não é só a narrativa religiosa que importa agora. Alguns artistas,
como Giotto di Bondone (1267-1337) e Jan van Eyck (1309-1441), começam a
visar à humanização da arte. Eles são os arautos de um novo estilo, o
Renascimento, que veremos em nossa próxima aula.
A Lamentação. Giotto di Bondone. Fresco da
Capela da Arena, Pádua, 1305-6. Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Giotto_di
_Bondone_009.jpg
Retrato de casamento de Giovanni Arnolfini e sua
mulher. Jan van Eyck, 1434. The National Gallery,
Londres. Fonte:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/0
f/Jan_van_Eyck_001.jpg
PARA SABER MAIS:
BRACONS, Jose. Saber ver a arte gótica. São Paulo: Martins Fontes, 1992. 80 p.
NA BIBLIOTECA UNIFACS - Número de Chamada: 709.022 B796s 1992
SÍNTESE
Iniciamos a nossa jornada através da História da Arte. Um novo olhar foi
despertado. Tentando entender a nossa trajetória humana, vimos o nascimento
da arte na pré-história, sua manifestação nas grandes civilizações da Antiguidade
e, por fim, percorremos a Idade Média. Assim pudemos observar as relações
entre arte e contexto histórico e os mecanismos de mudança e criação de novas
formas de representação artística. Estamos chegando ao século XV e ainda há
muito o que ver. Continue conosco nessa viagem.
QUESTÃO PARA REFEXÃO
A partir desse momento você não é mais um mero leigo em matéria de
arte, você está sendo iniciado e, por isso, agora vamos refletir sobre o que é
arte. Por que é feita? Qual a sua importância? O homem pode viver sem arte?
Como a arte está presente em sua vida?
PARA VER COM OUTROS OLHOS...
Instituições culturais:
Museu de Arqueologia e Etnologia – UFBA
Terreiro de Jesus S/N - Prédio da Faculdade de Medicina - Salvador/BA
www.mae.ufba.br/
Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - MASP
Av. Paulista, 1578 - São Paulo - SP
www.masp.art.br
Museu Egípcio do Cairo
Cairo, Egito.
http://www.egyptianmuseum.gov.eg/
Museu do Louvre
Paris, França
Ver as coleções: www.louvre.fr/llv/oeuvres/liste_departements.jsp?bmLocale=en
Museu Britânico
Great Russell Street, WC1B 3DG – Londres, Inglaterra.
http://www.britishmuseum.org/
SITES
www.historiadaarte.com.br
www.historianet.com.br
REFERÊNCIAS
DOWNES, Stephen; GALFORD, Ellen; HAYWARD, Roy; KERRIGAN, Michael; LOTHIAN,
Alan. A aurora da humanidade. Rio de Janeiro: Time-Life/Abril, 1996.
HAUSER, Arnold. História social da arte e da literatura. São Paulo: Martins Fontes,
1994.
JANSON, H. W. História da arte: panorama das artes plásticas e da arquitectura da PréHistória à actualidade. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1984.
OSTROWER, Fayga. Criatividade e processos de criação. Petrópolis: Vozes. 1978.
SILVA, Simone Trindade V. da. Material didático impresso de História da Arte.
Salvador: FTC EAD, 2007.
UPJOHN, Everard M. e outros. História mundial da arte. São Paulo: Martins Fontes,
1979. 6v.
WÖLFLIN, Heinrich. Conceitos fundamentais da História da Arte. O problema da
evolução dos estilos na arte mais recente. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1989.

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