de todas as formas

Transcrição

de todas as formas
Edição 148
●
Ano 13
●
Seu Jeito de Ler
●
Agosto 2016
DE TODAS AS FORMAS
Um fim de semana paulistano dedicado à “cultura do design” movimenta
galerias, lojas, museus e garante atrações especiais na Livraria da Vila
ENTREVISTA
A psicanalista
Marion Minerbo fala
sobre seu novo livro
RETRATO
O aniversário
saudoso de
Michael Jackson
DIA DOS PAIS
Sugestões para
fazer bonito na
hora do presente
2
ÍNDICE | agosto_2016
15dicas
5editorial
Por Samuel Seibel
Livros para presentear
no Dia dos Pais
FRADIQUE COUTINHO
16crônicas
...............................................................
Luís Henrique Pellanda autografa
Detetive à deriva em Curitiba
17música
Foto Divulgação
O novo álbum de Chico Lobo
18tudo de bom
Virada Sustentável tem
Feirinha Positiva na Vila
20exclusivo
6entrevista
Marion Minerbo e o livro Diálogos
sobre a clínica psicanalítica
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Edição 148
●
Ano 13
●
Seu Jeito de Ler
●
Agosto 2016
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22retrato
DE TODAS AS FORMAS
Um fim de semana paulistano dedicado à “cultura do design” movimenta
galerias, lojas, museus e garante atrações especiais na Livraria da Vila
ENTREVISTA
A psicanalista
Marion Minerbo fala
sobre seu novo livro
RETRATO
DIA DOS PAIS
O aniversário
saudoso de
Michael Jackson
Sugestões para
fazer bonito na
hora do presente
10capa
Atrações especiais do projeto DW!,
o Design Weekend paulistano
14ensaio
O porto-riquenho Arcadio
Díaz‑Quiñones lança
A memória rota
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O aniversário de Michael Jackson
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na Fradique
25programação
Cursos, teatro, lançamentos
e outras atrações da
agenda de agosto
39nossas dicas
Sugestões para ver, ouvir e ler
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A Revista Vila Cultural é uma publicação mensal da Livraria da Vila • Editor-chefe: Samuel Seibel
[email protected] • Editor: Rafael Seibel [email protected] • Jornalista responsável:
Sérgio Araújo MTB - 4422 • Publicidade: Gil Torres [email protected] • Programação: Gil Torres
e Wilson Junior [email protected] • Estagiária de eventos: Beatriz Quina • Revisão: Valéria
Palma • Colaborou: Dora Romantini e Izabel Mendes • Estagiária de criação: Izabel Mendes • Capa
& Diagramação: Jonas Ribeiro [email protected]
3
4
EDITORIAL | por Samuel Seibel
Antes tarde
do que nunca
N
unca dei a devida importância às expressões populares
que aprendemos quando crianças, como “cada macaco
no seu galho”, “ri melhor quem ri por último” e por aí vai.
Há uma, porém, que ouvi bem mais velho, já adulto, e que tem o
dom de “resolver” todos os problemas de angústia, indecisão e
expectativa: é a “não era para ser”.
Tem as variantes dela, também muito boas, algumas bem
mais antigas até e que atendem ao mesmo objetivo: neutralizar a
frustração e dar conforto. “É o destino”, “está nas mãos de Deus”,
“foi melhor assim”.
Por alguma razão, acho o “não era para ser” mais assertivo, mais direto, mais definitivo. Sem ideologia, misticismo ou
religiosidade.
Não fechou negócio: “não era para ser”.
A mulher (o homem) não aceitou o convite para o cinema, para
jantar, para ficar noiva, para casar? “Não era para ser”. E pronto.
Parte-se para outra.
Em agosto, decisões fundamentais serão tomadas para definir
o rumo que o País efetivamente dará neste resto de ano e nos
anos que virão.
Vivemos uma situação surreal de (quase) não presidência que
é inviável continuar.
Em poucas semanas, iremos às urnas nutridos de um estado
de espírito que, assim acredito, não tolera mais a desfaçatez e
a cara de pau de nossos políticos. É apenas o início de um novo
processo, mas já é alguma coisa. Os nomes não mudam muito,
é verdade, mas o grau de cobrança e intolerância com relação
aos abusos de poder estarão muito mais presentes e atuantes
do que jamais estiveram.
Temos um longo, longuíssimo caminho para percorrer. Nessa hora, me lembro de outra expressão que talvez venha
a calhar: “antes tarde do que nunca”.
Boa leitura. Abraços.
Samuel.
5
ENTREVISTA | Marion Minerbo
Muito além do divã
A
utora de Neurose e não
neurose e Transferência e
contratransferência, ambos
da editora Pearson, a psicanalista
Marion Minerbo lança seu terceiro livro, Diálogos sobre a clínica
psicanalítica (Editora Blucher),
dia 1º de setembro, a partir das
18h30, na Livraria da Vila da Fradique. Mais do que um título para
“iniciados”, trata-se de um painel
acessível e fascinante sobre a
“experiência de transmissão da
psicanálise” que Marion vivenciou na última década. Não é um
período qualquer. Para muito além
da prática e dos estudos com que
Freud revolucionou a história da
humanidade, o livro, de tom supostamente ficcional, usa a forma
de um grande diálogo, com um
interlocutor que Marion chama de
“jovem colega”, para compartilhar
material clínico que convida à reflexão em uma época em que “as
pessoas são obrigadas a ancorar
sua identidade e a inventar seus
projetos de vida em bases fluidas e movediças”, como Marion
declara em entrevista exclusiva à
Vila Cultural. Psicanalista, analista
didata e docente da Sociedade Brasileira de Psicanálise de
São Paulo (SBP-SP), doutora em
Psicanálise, Marion virou uma
“fonte” imediatamente associada
a dois temas distantes e de forte
apelo midiático: os reality shows
e a corrupção. “Os embates teórico-clínico-emocionais de meus
interlocutores mais jovens me
remetem, naturalmente, ao meu
próprio percurso”, escreve, na
6
introdução do livro, cujos diálogos
contemplam seis temas: transferência, escuta analítica, trauma e
simbolização, pensamento clínico,
sofrimento neurótico e sofrimento
narcísico. Leia a entrevista da
psicanalista.
Vila Cultural. Você gosta de conceder entrevistas?
Marion Minerbo. Não dou entrevistas por telefone ou com gravação de vídeo porque não dá
tempo de pensar. Fico inibida com
perguntas à queima-roupa. O risco de dizer banalidades é grande.
Em compensação, tenho grande
prazer em conceder entrevistas
por escrito porque mesmo que eu
já tenha falado sobre um mesmo
tema várias vezes, como BBB ou
corrupção, as perguntas sempre
me ajudam a pensar coisas novas.
Há, claro, alguma vaidade em ser
entrevistada, pois é uma forma
de reconhecimento do meu trabalho. Mas o que mais me motiva
é a oportunidade de compartilhar
com um público mais amplo o
acesso ao funcionamento mental
propiciado pela psicanálise.
VC. Como define o novo livro?
MM. É um livro que foi nascendo
aos poucos e meio que por acaso.
Em 2013, me convidaram para falar
sobre “transferência”, um conceito
psicanalítico básico supostamente
muito conhecido e sobre o qual
já se disse muito – inclusive eu,
que escrevi um livro sobre isso.
Estava quebrando a cabeça para
não chover no molhado, até que
me veio a inspiração de escrever
a um jovem colega transmitindo o
essencial sobre o tema em linguagem coloquial e despretensiosa.
Afinal, o rigor tem que estar nas
ideias, e não na linguagem. A
editora do Jornal de Psicanálise,
publicação semestral do Instituto
de Psicanálise Durval Marcondes da Sociedade Brasileira de
Psicanálise, viu naquele texto o
potencial para um projeto editorial
com este formato e me convidou
a escrever sobre outros temas.
Os primeiros diálogos eram mais
tímidos, pois havia algo de ficção
na criação do personagem jovem
colega, e afinal, eu não sou escritora. Mas fui me apropriando dessa semificção e me divertindo com
a escrita. Me afeiçoei ao jovem
colega e fiquei triste quando me
despedi dele. Escrever me serve
para metabolizar o que estudei e
para, a partir dessas leituras, organizar um pensamento próprio. Para
o bem e para o mal, só consigo
pensar escrevendo. Minha mãe
me dizia: “Se você não consegue
escrever com suas palavras, não
escreva, significa que você ainda não entendeu o suficiente”.
Tenho prazer em transmitir algo
que dificilmente o jovem colega
vai aprender só nos livros: como
pensa um psicanalista – ou melhor,
como pensa esta psicanalista! –
em sua clínica. Sou generosa, mas
também exigente com o leitor: ele
não deve esperar concessões ou
simplificações. Acho que o livro é
sobretudo útil. É o que tenho de
mais valioso para oferecer.
Foto Divulgação
Simulando tom ficcional na interlocução com
um “jovem colega” imaginário, Marion Minerbo
compartilha material clínico e outras experiências
em Diálogos sobre a clínica psicanalítica
“As referências de que necessitamos para dar
sentido a nossas experiências são pouco nítidas,
imprecisas, cambiáveis, vagas, incertas, ralas e
movediças”, diz a psicanalista Marion Minerbo,
que lança Diálogos sobre a clínica psicanalítica
7
ENTREVISTA | Marion Minerbo
VC. Que critérios usou para definir os seis temas de Diálogos?
MM. Baseada na minha experiência como docente escolhi temas
que fossem úteis para a clínica,
e usei exemplos – devidamente
ficcionalizados – para dar vida
às ideias desenvolvidas. Naturalmente, todos os cuidados foram
tomados para garantir o sigilo e a
ética profissional. Transferência,
como já disse, é básico porque é a
manifestação concreta do inconsciente na vida das pessoas e na
análise. Eu já tinha escrito um livro
sobre esse tema (Transferência
e contratransferência, Pearson,
2012), mas este diálogo me deu
a oportunidade de abordar outros
ângulos e aprofundar certas questões. O inconsciente é uma espécie de cicatriz viva do passado que
continua produzindo sofrimento e
travando o presente, o que leva
certas pessoas a procurar análise.
Como reconhecer na clínica esta
cicatriz viva e seus efeitos? Através
da Escuta analítica, que é o segundo tema. Vou usar uma analogia
para explicar o que é isso. Certa
vez fui arrebatada pelo desejo de
pintar. Frequentei o ateliê de uma
artista que não me ensinou a pintar,
mas formou o meu olhar, um olhar
sensível à dimensão estética da
existência. Pois bem: o analista
tem um olhar, ou uma escuta, ou
uma apreensão, da dimensão inconsciente das relações humanas.
Mas assim como a formação do
olhar não transforma ninguém em
artista, a apreensão da dimensão
inconsciente não é suficiente para
ser um psicanalista praticante. É
preciso desenvolver também a capacidade de pensar analiticamente, quer dizer, articular o universal
da teoria dos livros, à singularidade
do paciente que está no seu divã.
Escrevi, então, o diálogo sobre
Pensamento clínico, uma espécie
de passo a passo sobre esse “pulo
do gato”. O diálogo seguinte, sobre
Trauma e simbolização, serve para
ajudar o jovem colega a ter uma
visão mais organizada sobre como se “adoece” psiquicamente.
Sem uma compreensão razoável
8
O inconsciente é uma espécie de
cicatriz viva do passado que continua
produzindo sofrimento.
sobre como se adoece, é difícil
saber em que direção seguir do
ponto de vista terapêutico. E por
falar em “direção a seguir”, os
dois últimos diálogos, Sofrimento
neurótico e Sofrimento narcísico,
mapeiam os dois grandes territórios do sofrimento psíquico, cujas
“paisagens emocionais” diferem
radicalmente. A escolha desses
temas se deve, de certa forma, à
repercussão positiva do meu livro
Neurose e não neurose (Pearson,
2a edição, 2013). Muitos leitores
disseram que a visão de conjunto
da psicopatologia psicanalítica,
ancorada em exemplos clínicos,
foi muito útil.
VC. Quem, na sua opinião, são os
leitores potenciais do livro?
MM. Acho que o livro será útil não só
para estudantes e jovens colegas,
mas para psicanalistas em geral,
pois não importa quanta estrada
já tenhamos percorrido, estamos
sempre estudando para manter o
“instrumento psicanalítico” afinado
e afiado – caso contrário ele perde
o gume. É claro que o público leigo
curioso, os estudiosos de humanidades em geral e os próprios
“usuários” também poderão curtir
e aproveitar os diálogos, já que
estão escritos de forma acessível.
VC. Quando alguém procura um
analista, é comum a dúvida a
respeito sobre a “linha” que ele
segue. O que pensa sobre isso?
MM. Até meados dos anos de 1970
os psicanalistas se dividiam em tribos, dizendo-se seguidores deste
ou daquele autor. No entanto, fosse
qual fosse a linha, havia pacientes
que “não se encaixavam” nela.
Pensando bem, é muito estranho
que o paciente tenha que se encaixar, pois o psiquismo singular é
sempre mais amplo e complexo do
que pode ser apreendido por uma
única teoria. A comparação é meio
tosca, mas imagine um marceneiro
que se limite a trabalhar com um
serrote. Pode ser suficiente para serrar tábuas, mas se quiser
fazer uma mesa vai precisar de
outros instrumentos. Enfim, a nova
geração de psicanalistas se deparou com os limites de praticar
a psicanálise seguindo uma única
“linha”. Instigados por questões
colocadas pela clínica, os autores
mais criativos passaram a pensar
“fora da caixinha”. Todos saíram
ganhando. Por isso, hoje é mais
ou menos consensual que um
psicanalista precisa ter em seu
repertório instrumentos conceituais
diversificados. Essa é a posição a
partir da qual escrevi os Diálogos
e trabalho na minha clínica.
VC. Você tem escrito também
sobre o sofrimento psíquico no
mundo contemporâneo. Fala em
“miséria simbólica” e relaciona
esta condição ao sentimento de
tédio e de vazio. Poderia explicar
essas ideias?
MM. É um assunto complexo, mas
posso tentar. A modernidade foi o
momento da civilização ocidental
que se caracterizava pela força e
solidez das grandes instituições. O
sofrimento psíquico tinha a ver com
a rigidez com que todos eram obrigados a se encaixar nos valores
instituídos, vistos como absolutos,
naturais e universais. A diversidade
era condenada e excluída. A família patriarcal era o melhor exemplo
disso. Hoje, boa parte das grandes
instituições está em crise. Em um
movimento pendular, passamos
de valores e referências extremamente rígidos para a condição
pós-moderna, caracterizada pelo
relativismo absoluto. As referências
de que necessitamos para dar
sentido a nossas experiências são
pouco nítidas, imprecisas, cambiáveis, vagas, incertas, ralas e
movediças. Para o bem e para o
mal, ninguém mais acredita em
valores universais. A vantagem é
Sofre-se de um vazio, de um sentimento
de irrealidade e de tédio, sintomas da
falta de sentido da existência.
que há liberdade para cada um
inventar e viver sua própria vida. Se
antes a diversidade era excluída,
agora é festejada. A diversidade
das famílias contemporâneas é um
exemplo.
VC. E qual a desvantagem disso?
MM. A descrença absoluta e a fragilidade das referências simbólicas
produzem um estado de miséria
simbólica: as pessoas são obrigadas a ancorar sua identidade
e a inventar seus projetos de vida
em bases fluidas e movediças.
Muitas vezes ficam perdidas, sem
rumo. Sofre-se de um vazio, de
um sentimento de irrealidade e de
tédio, sintomas da falta de sentido
da existência, muitas vezes confundidos com depressão. Esses
pacientes nos procuram com queixas vagas, mal formuladas, porque
faltam até palavras para descrever
essa forma de sofrimento.
VC. Quais os efeitos dessa falta
de rumo sobre a sociedade como
um todo?
MM. Sintomas socioculturais como
a proliferação e adesão a causas
radicais – sexistas, alimentares,
políticas, terroristas – podem
ser entendidos como tentativas
de preencher o vazio, “fortalecer” a identidade e dar um sentido à existência. Certo tipo de
violência é outro sintoma desse
mesmo sofrimento. Venho me
perguntando se a emergência de
forças conservadoras em vários
países não seria uma tentativa de
fortalecer – da pior maneira – as
instituições atualmente em crise.
A grande dificuldade parece ser
manter a liberdade conquistada
com a relativização de verdades
tidas como universais, sem jogar
fora o bebê com a água do banho.
VC. De onde vem o seu interesse
por temas como a corrupção e os
reality shows?
MM. Como sempre, há uma boa
dose de acaso nas direções que
a vida toma. É possível que tudo
tenha começado com meu doutorado na UNIFESP. Escrevi sobre
compulsão a comprar porque na
época, em 1990, estava atendendo
uma paciente que apresentava este
sintoma. Eu, que havia estudado
medicina, precisei me aventurar em
um território completamente novo:
a sociedade de consumo, a sociedade do espetáculo, a cultura do
narcisismo, a hiper-realidade etc.
Tudo isso em paralelo ao meu trabalho no consultório. Passei a me
interessar por fenômenos típicos
da pós-modernidade que pareciam
ter em comum a fragilidade do símbolo. Desde os crimes em família,
como o de Suzane Richthofen que
matou os pais, e outros em que são
os pais que matam os filhos, até um
tipo de violência que batizei de reality game – mistura de reality show e
de videogame. Em 2007 publiquei
meu primeiro artigo sobre reality
show na Revista de Psicologia da
USP. A partir daí, todos os anos, na
época em que começava o BBB, eu
era entrevistada sobre o tema. Sem
querer, virei uma “especialista”.
Com relação à corrupção a coisa
foi um pouco diferente. Publiquei
em 2000 um primeiro artigo intitulado Que vantagem Maria leva?
Um olhar psicanalítico sobre a corrupção. Continuei desenvolvendo
minha tese central em outros textos:
pessoas podem ser subornadas,
mas o que se corrompe (desnatura, apodrece) são as instituições,
até que a própria corrupção se
transforma, ela própria, em uma
instituição. Depois, quando Dominique Strauss-Kahn, na época diretor
do FMI, foi acusado de estuprar
uma camareira de hotel, escrevi
sobre os mecanismos psíquicos
que levam o poderoso a “perder
a noção”. Mas foi com a Lava Jato
que comecei a ser constantemente
entrevistada sobre corrupção.
VC. Como lida com o fato de
ser convocada com tanta frequência para explicar, digamos,
os “mecanismos psíquicos” da
corrupção?
MM. Gosto muito do desafio de
falar sobre o tema, pois cada
jornalista faz perguntas que me
obrigam a aprofundar ângulos
ou aspectos nos quais eu não
tinha pensado. Um exemplo:
queriam que eu falasse sobre a
“corrupção nossa de cada dia”.
Sei que as matérias precisam de
chamadas fortes. Então, mesmo
não fazendo muito sentido falar
nesses termos, aproveitei para
mostrar a diferença que existe
do ponto de vista psíquico entre
a pura e simples transgressão, e
atos que se pautam por uma lei
paralela, não oficial e implícita.
Nesse segundo caso, a pessoa
simplesmente não sente que está
transgredindo nada. Isso me levou
a analisar o “jeitinho brasileiro”
e a “lei de Gerson”. São verdadeiras instituições que ignoram
a lei oficial e erigem valores que
não podem ser transgredidos:
respectivamente o ‘favor em nome
da amizade’ e a ‘esperteza viril’.
Quem não retribui favor, e quem se
recusa a levar vantagem, é visto
como transgressor dessas “leis” e
punido pela coletividade. Eu não
teria pensado nada disso sem as
entrevistas.
VC. O que mais tem aprendido
com seus alunos e pacientes?
MM. A sensibilidade para sintonizar com o funcionamento psíquico
dos outros, pacientes e colegas,
me ajuda a me colocar na pele
deles, a empatizar e me identificar com suas angústias. Isso
me ajuda a respeitar e a conviver com pessoas que sentem e
pensam de maneira diferente de
mim. Naturalmente, não podemos
aceitar e concordar com tudo –
há atos e atitudes que simplesmente não podem ser tolerados
–, mas pelo menos podemos
entender as razões e as motivações dos outros. Isso me ajuda a
viver melhor.
9
CAPA
Com D maiúsculo
O Design Weekend movimenta São Paulo e
garante atrações especiais na Livraria da Vila
com um tema sob medida para livros em que a
forma e o conteúdo são pura harmonia
F
estival urbano para promover a “cultura do design” e
suas conexões com a arquitetura, a arte, a decoração e o
urbanismo, a quinta edição do Design Weekend, o DW! 2016, agita
São Paulo entre os dias 10 e 14 de
agosto. É quando acontecem dezenas de eventos independentes e
integrados a uma “agenda oficial”.
Além de feiras, happy hours, exibições, palestras e lançamentos, o
evento promete movimentar ainda
mais uma temporada que, entre
outras, marca o encerramento de
uma das grandes exposições de
artes plásticas deste ano, a mostra
Picasso: Mão erudita, olho selvagem, em cartaz no Instituto Tomie
Ohtake até o dia 14.
De acervos em plena sintonia
com todos estes temas, a Livraria
da Vila da Lorena também entra
no circuito das formas e conteúdos. Junto com a editora Estação
da Letras e das Cores, apresenta
uma programação especial para a
ocasião, a Conexão+Moda. Uma
palestra do estilista Ricardo Almeida, sessão de autógrafos com o
pesquisador João Braga e vários
lançamentos estão entre as atrações (leia nas próximas páginas).
“O fato de chamar a atenção
para uma programação intensa e
profissional exibe um cenário ativo,
receptivo, que, além de apontar
possibilidades do próprio mercado, mostra nossa linguagem mais
criativa e o amadurecimento de vários projetos”, diz a editora Kathia
Castilho, da Estação das Letras,
que aproveita para comemorar sua
10
primeira década durante a festa
do design, inspiradora de diversas
outras iniciativas.
Design de cidades, economia
criativa e solidária, por exemplo, é
tema do Paulista Distrito de Design
(PDD), que apresenta 15 atrações.
“Vai ser a maior festa que o design
brasileiro já viu. O Design Weekend
chega a seu quinto ano mostrando
maturidade e crescimento e o Paulista Distrito de Design traz como
eixo de sua programação uma
importante discussão, que articula
as mudanças urbanas e os novos
modelos de desenvolvimento”,
afirma a curadora Joice Joppert
Leal, do VIVA Design.
Com traços e ideias na ordem
do dia, o mercado editorial também
festeja, inclusive por sua vocação
para produzir autênticos objetos
do desejo quando o assunto é
design. Exemplo “clássico” é Campana brothers, o livro da Rizzoli
que dá uma aula de design e de
primor editorial ao documentar o
trabalho dos brasileiros Humberto
e Fernando Campana. Conhecida
mundialmente, a dupla fez fama ao
desafiar “a hierarquia modernista
de forma e função e a relação da
arte e utilidade”.
Em Grandes criações do design, título da Publifolha, há um panorama ilustrado com mais de 100
objetos, utensílios e peças gráficas
marcantes na história do desenho
industrial, desde 1860 até hoje.
São vários detalhes de criações
que permanecem influentes, com
trabalhos de nomes-referência como o vidreiro e joalheiro francês
René Lalique, o arquiteto alemão
Mies van der Rohe, o finlandês
Alvar Aalto, o designer suíço Max
Bill, o arquiteto americano Frank
Gehry e o designer francês Philippe Starck, entre outros que ajudam a entender como os padrões
de consumo e a tecnologia foram
determinantes para a criação das
peças em cada época.
“Considero Zanini um dos grandes designers da nova geração.
Ele faz móveis que me surpreendem, percebe o que pode sair
de um elemento novo, de cada
matéria-prima e tira partido disso
de forma magistral”, disse o designer carioca Sergio Rodrigues
(1927-2014) sobre o protagonista
de Zanini de Zanine (Olhares),
idealizado para documentar e
celebrar a primeira década de
trabalho do criador de móveis
superdesejados. Nas 45 peças
que aparecem no livro, o texto
ultrapassa descrições para expor
raciocínios criativos e processos
de produção de Zanini.
Entre dezenas de outros títulos
fabulosos (é só “se jogar” na seção
de design e arquitetura nas lojas
da Vila e descobrir), outro livro que
encanta é Le Corbusier – Ideas and
forms (Phaidon), de William J.R.
Curtis. Uma lenda da arquitetura
do século 20, Le Corbusier (18871965) definiu formas que se tornaram os arquétipos do modernismo.
O livro trata do personagem, de
sua obra e de suas polêmicas sob
uma perspectiva assumidamente equilibrada, algo fundamental
quando é assunto é design.
11
CAPA
Para ler e contemplar
“O livro de papel é também um objeto de design,
de paixão e de permanência no espaço, e que
evoca a memória, o gosto, a frequência do olhar”,
diz Kathia Castilho, da Estação das Letras e Cores
D
iretora da Estação das
Letras e Cores, Kathia Castilho também é professora,
presidente da Associação Brasileira de Estudos e Pesquisas em
Moda (Abepem) e representante
da Moda no Conselho Nacional
de Políticas Culturais, do Ministério da Cultura. A primeira década
de editora, que tem como foco a
edição de livros de moda, design
e comunicação, e que lança vários
títulos este mês, também será
comemorada na Livraria da Vila
durante o Design Weekend. Leia
a entrevista que Kathia concedeu
à Vila Cultural.
12
Kathia Castilho
VC. Ainda falando de moda e design no mercado editorial, qual
o lugar do livro, num mundo
movido por imagens virtuais?
KC. O livro físico, de papel, é
e será sempre uma referência
importante. Cada livro da área
traz uma curadoria de texto e
de imagens que desvendam um
universo criativo, dialogando
na perspectiva de construção
de conhecimento, o que, muitas vezes, o mundo digital, com
sua ampla navegação, não traz.
A experiência de circular pelas
imagens na web é sempre outra.
É de busca exploratória, sem um
critério de navegação ou leitura
específico. Por outro lado, o livro
de papel é também um objeto de
design, de paixão e de permanência no espaço que evoca a
Foto Divulgação
Vila Cultural. Qual a importância
de um evento como o Design Weekend para o mercado editorial?
Kathia Castilho. O mercado editorial é aquecido primeiramente
pelos próprios lançamentos e, o
que é ainda mais significativo,
pelo crescimento de interesse
no encontro de referências de
leitura, de estudo, atualização e
de relacionamento com livros da
área. A Estação participou das
edições anteriores inserida em
programações de instituições de
ensino. Imaginamos que seria uma
oportunidade de, em parceria com
a Livraria da Vila, trazermos os
interessados neste evento para
dentro da livraria. Trata-se de um
momento importante para destacar nosso trabalho, a atuação
de nossos autores e o universo
criativo da área com profissionais convidados para conversas
abertas.
Conexão
+ Moda
memória, o gosto, a frequência
do olhar. Acredito que o lugar do
papel é o da permanência, o da
memória, o do afeto.
VC. Que critérios a Estação das
Letras e Cores usa para definir
os títulos e os autores de seu
catálogo?
KC. A Estação tem um catálogo
pensado para interessados e
estudiosos nas áreas de moda,
design e comunicação. Definimos
o que publicar acompanhando
pesquisas, principalmente as desenvolvidas no Brasil e observando tendências do mercado internacional. Nosso catálogo prioriza
os autores nacionais e os estudos
de pesquisadores brasileiros.
VC. Que avaliação faz da atuação da editora até aqui?
KC. Estamos comemorando uma
década este mês. Lançamos nosso primeiro livro (Fio a fio, de Gilda
Chatagnier) na Livraria da Vila da
Vila Madalena e hoje temos um
catálogo de 147 títulos. Nossa
escolha editorial é uma escolha
de vida, não é uma questão apenas de mercado, mas de pensar
essencialmente na construção
da área do saber. Os autores são
cúmplices no processo de difusão
do conhecimento. É um processo
difícil e nem preciso me alongar
nas justificativas. Uma pequena
editora que edita livros acadêmicos, de estudos na área de moda
e design e que pretende ampliar
o número de leitores universitários
e as perspectivas de pesquisa
no Brasil. Moda é uma área em
formação por aqui. O número de
cursos superiores de moda hoje
no Brasil é alto e a formação, além
de técnica e de mercado, tem que
dar subsídios para refletirmos a
realidade e a cultura brasileira,
nossa linguagem e nossa expressão. Existir nesta primeira década
tem sido um desafio contínuo,
mas é um enorme prazer ver todos – e são muitos – os resultados
alcançados.
As atrações na
Livraria da Vila da
Lorena
11/08 - quinta-feira
Última
chamada
Mostra de Picasso
termina dia 14 no
Instituto Tomie Ohtake
18h30 - Palestra sobre Consultoria de imagem, estilo e
beleza com Robson Trindade, consultor de moda
.
12/08 - sexta-feira
18h30 - Palestra sobre Alfaiataria masculina, processos criativos com Ricardo
Almeida, estilista
20h30 - Sessão de autógrafos com Silvana Holzmeiter
para o lançamento da 2ª
edição do livro Styling: Guia
básico
13/08 - sábado
15h - Palestra sobre A
gramática dos estilos com
João Braga, especialista em
história da arte, com mediação da jornalista Andreia
Meneguete
16h30 - Sessão de autógrafos com João Braga, com o
livro Tenho dito – Histórias e
reflexões de moda
17h - Palestra sobre Fashion
law com Gilberto Mariot,
mestre em Direito, professor
de direito civil, direitos autorais, comércio exterior e direito internacional, seguida
de sessão de autógrafos de
Mariot com o livro Fashion
Law – A moda nos tribunais
P
ara quem ainda não teve
o privilégio de ver, fica a
dica: termina no dia 14 a
exposição Picasso: Mão erudita,
olho selvagem, em cartaz no
Instituto Tomie Othake (av. Faria
Lima, 201, com entrada pela rua
Coropés, 88, em Pinheiros), em
cartaz desde maio. Com curadoria de Emilia Philippot, que
também é curadora do Musée National Picasso, em Paris, a mostra
tem 153 peças, a grande maioria
inédita no Brasil. São obras que
traçam um percurso cronológico
e temático em torno de conjuntos
que seguem as principais fases
de Picasso. Há 116 trabalhos do
mestre espanhol – 34 pinturas,
42 desenhos, 20 esculturas e 20
gravuras –, além de uma série de
22 fotogramas de André Villers,
realizados em parceria com Picasso, 12 fotografias de autoria
de Dora Maar, três de Pierre Manciet, e filmes sobre os trabalhos e
seus processos de realização. A
exposição pode ser vista de terça
a domingo das 11h às 20h.
13
ENSAIO
Literatura e história
Com organização e tradução de Pedro Meira Monteiro,
A memória rota, antologia do porto-riquenho Arcadio
Díaz‑Quiñones, ganha edição especial em português com
lançamento dia 31 na loja de Higienópolis
D
14
Arcadio Díaz‑Quiñones
De como e quando bregar,
Hispanismo e guerra, A guerra
simbólica: 1898, Espiritismo e
transculturação: Fernando Ortiz
e Allan Kardec e A memória rota
são os cinco ensaios do livro, que
traz ainda uma longa entrevista
(feita por Matheus Gato de Jesus
e Fábio Nogueira de Oliveira) com
Díaz-Quiñones sob o título As armas e as letras caminham juntas:
Cultura e imperialismo na América
Latina e no Caribe.
“Bregar é um código, uma lei
não escrita que leva a buscar um
acordo, a pactuar devidamente,
sem perder a dignidade. Tem sua
própria verdade. Quando alguém
brega bem, encontra o caminho, ordena as regras do jogo,
restabelece uma atmosfera de
confiança, mitiga o caos, o revolú
[a bulha, o tumulto] – essa outra
grande metáfora porto-riquenha.
Sobretudo, logra, com discernimento e autocontrole, evitar
a violência da ruptura radical.
Nisso consiste grande parte de
seu atrativo: supõe uma trama
de relações em que predomine a
vontade de cumprir o prometido,
de introduzir um pouco de ar fresco, de humanizar os mecanismos
do poder e preservar uma ordem
evitando as confrontações. Suas
estratégias permitem mover-se
em direção ao objeto desejado
com manobras muito localizadas
e sagazes com as quais se atua
em momentos críticos”, escreve
Díaz‑Quiñones para explicar, com
sabedoria, o que significa a palavra-verbo bregar na cultura de
Porto Rico.
LANÇAMENTO
Livro: A memória rota – Ensaio de
cultura e política (Companhia das
Letras), de Arcadio Díaz‑Quiñones, com tradução e organização
de Pedro Meira Monteiro
Loja: Shopping Pátio Higienópolis
Quando: 31 de agosto, quarta,
às 19h
Fotos Divulgação
os mais respeitados intelectuais porto‑riquenhos, Arcadio Díaz‑Quiñones, que
é professor da Universidade de
Princeton, onde ministra cursos sobre literatura hispano-americana,
escreveu La memoria rota, com
ensaios sobre a polarização do
mundo durante a Guerra Fria, na
década de 1990, quando viu o livro
se transformar numa referência
sobre o tema. Com repercussão
mundial e edição em diferentes
países, a atemporalidade do texto
e das ideias do escritor se confirmam duas décadas depois, com
a publicação, em português, de A
memória rota – Ensaio de cultura
e política (Companhia das Letras),
cujo lançamento acontece dia 31
de agosto na Livraria da Vila do
Shopping Pátio Higienópolis.
O livro traz cinco ensaios que
refletem sobre as relações entre
literatura e história, o poder das
palavras e da cultura nas ilhas
caribenhas. É um trabalho meticuloso e contundente sobre a
história de um lugar que, embora
geográfica, política e culturalmente distinto, dialoga muito com
a realidade brasileira. Incluindo
um extenso caderno de fotos, a
antologia inédita foi organizada e
traduzida por Pedro Meira Monteiro, que é doutor em Teoria Literária
pela Unicamp e também leciona
(Literatura Brasileira) na Universidade de Princeton. Foi Monteiro
quem editou Mário de Andrade
e Sérgio Buarque de Holanda –
Correspondência, outro título da
Companhia das Letras.
PRESENTES
De pais e livros
Para facilitar a escolha do presente para
o Dia dos Pais, uma seleção de títulos que têm,
além de 20% de desconto, tudo a ver com a diversidade
de interesses e estilos numa data tão especial
Fotos Divulgação
G
anhar e dar livros de presente é, no ato, uma experiência sempre inesquecível, não importam as datas
envolvidas. Ao compartilhar com o
outro algo tão perene, fica simbolizado também o desejo de agregar
história e celebrar interesses, comuns ou não. No caso do Dia dos
Pais, 14 de agosto, as alternativas
são tantas que a Livraria da Vila
apresenta, em todas as suas lojas,
mesas especiais com títulos sob
medida para serem presentes por
excelência. Com outros detalhes
importantes: entre os dias 5 e 14,
nas compras acima de R$ 300,00,
clientes ganham um estojo exclusivo da livraria, numa promoção
que vale enquanto durarem os
estoques.
Há um box com Mais rápido e
melhor e O poder do hábito (Objetiva), livros de Charles Duhigg.
No segundo, ele defende que o
segredo para perder peso, para
educar os filhos, para tornar-se
mais produtivo ou criar empresas
revolucionárias e alcançar o sucesso é entender como os hábitos
funcionam. É uma dica para pais
pragmáticos, que se interessam
pela dinâmica da administração
– de empresas, rotinas ou mecanismos automatizados.
Alternativa literária da melhor
qualidade é o box que traz Chega
de saudade e A noite do meu bem
(Companhia das Letras), de Ruy
Castro. A Noite faz um tremendo
sucesso entre pais leitores ao
remontar o Brasil da década de
1940 e indicar as transformações
comportamentais e sociais que resultaram num ambiente mais que
adequado para a ascensão do
samba-canção, trilha sonora que
marcou a vida de várias gerações.
Para pais que gostam de se
aventurar na cozinha, a dica é
Comida caseira (Globo), livro de
James Oliver, com uma centena de receitas e, tão importante
quanto, com a apropriação do
significado de confort food, que,
apesar de bem subjetivo, tem a
ver com a “viagem emocional”
iniciada pelo paladar. É um livro
superbacana, que faz bonito como
presente.
De Jorge Caldeira, 101 brasileiros que fizeram história (Estação Brasil) também tem tudo a
ver com leitores interessados em
personagens e biografias marcantes. Há “desde o primeiro homem
a desembarcar de um navio, em
1500, e conviver com os habitantes da floresta tropical, até figuras
notáveis dos dias de hoje que
empreenderam o desafio de viver
na primeira sociedade multiétnica
do planeta”, conforme indica a
sinopse do livro.
Cerveja artesanal – Técnicas
e receitas para produzir em casa (Publifolha), de Dave Law e
Beshlie Grimes, é de encher os
olhos (e a boca) dos amantes da
bebida mais popular de que se
tem notícia. O livro traz informações e técnicas para produção
caseira, com explicações claras
e em linguagem bem-humorada,
além de detalhes sobre as características da bebida e dicas de
como servir cada tipo de cerveja.
É escolher o presente e correr
para o abraço.
15
AUTÓGRAFOS
Vida urbana
Com seu olhar sempre inspirado pelos movimentos
e personagens da cidade, Luís Henrique Pellanda
autografa Detetive à deriva, seu terceiro livro de
crônicas, dia 16, na loja do Pátio Batel, em Curitiba
O
16
Luís Henrique Pellanda
A crônica que dá título ao livro indica o vasto repertório e
o estilo singular de Pellanda.
“(...) Assassino, berra uma voz,
parecendo feminina. É aguda,
mas não garanto que seja de
mulher, uma perturbação atroz
a deforma. E ela, ou ele, repete
o grito uma, duas vezes, num
desespero crescente, assassino,
assassino, ASSASSINO. Na quarta repetição, porém, o substantivo
horripilante já surge abafado por
algo que soa como uma mordaça,
uma mão afoita, um beijo forçado tentando calá-lo”, escreve
Pellanda. E prossegue, no ritmo
do suspense. “Minha coluna congela. Fecho o livro e volto ao meu
mundo de origem. Levanto, abro
as persianas e as portas de vidro
da sala, vou ao terraço espiar a
vizinhança. Alguém precisa de
ajuda, mas quem, onde? Devo
ligar à polícia e dizer o quê? Meu
nome, meu endereço, minhas
preocupações? Alô, uma voz gritou assassino lá na rua, ou num
apartamento entre milhares, no
turbilhão da cidade imensa, e só
eu a ouvi”.
LANÇAMENTO
Livro: Detetive à deriva (Arquipélago Editorial), de Luís Henrique
Pellanda
Loja: Pátio Batel
Quando: 16 de agosto, terça, às 19h
Fotos Divulgação
escritor e jornalista Luís
Henrique Pellanda lança
dia 16 de agosto, às 19h,
na Livraria da Vila do Pátio Batel,
em Curitiba, Detetive à deriva
(Arquipélago Editorial), seu novo
livro de crônicas, em que mantém
um olhar apurado para se inspirar
e encontrar “pistas nas janelas e
nas ruas” de Curitiba.
Pellanda é autor de outros três
livros: O macaco ornamental (Bertrand), de contos, e Nós passaremos em branco, finalista do Prêmio
Jabuti em 2012, e Asa de sereia,
finalista do Portugal Telecom em
2014, ambos de crônicas e publicados pela Arquipélago. Cronista
dos mais lidos no jornal Gazeta
do Povo, Pellanda diz que foge
da tendência atual de transformar
o espaço da crônica na imprensa em tribuna de opinião. Assim,
dedica-se ao mistério das coisas
pequenas que se revelam para o
leitor com a leveza e o encanto de
uma história bem-contada.
Por este fio condutor de seu
trabalho, Pellanda é sempre citado entre os importantes autores
brasileiros contemporâneos do
gênero. No novo livro, as estranhezas do dia a dia – como uma
família de urubus nas alturas de
um prédio, um par de botas abandonado, um solitário bebê chinês
na calçada e um enigmático rastro
de pétalas – estabelecem, segundo os editores, a relação entre o
flâneur e o investigador, entre os
observadores da poesia cotidiana
e os autores policiais. Daí o título
do livro.
MÚSICA
Festas para o mundo
O violeiro Chico Lobo faz pocket show na loja da
Fradique dia 31 de agosto para lançar Viola de
mutirão, seu 16º CD, que traz participações especiais
de Maria Bethânia e Renato Teixeira
Fotos Divulgação
O
cantor e compositor
Chico Lobo faz pocket
show dia 31 de agosto
a partir das 19h na Livraria da
Vila da Fradique para lançar
seu novo CD, que sai pela
Kuarup. Com participações
de Maria Bethânia e Renato
Teixeira, Viola de mutirão – Do
sertão ao mundo, o novo disco, é o 16º trabalho do violeiro
mineiro que fez fama internacional ao dedicar sua obra
e sua música ao Brasil mais
puro, de regionalismos tão
autênticos que ganham novas
percepções pela universalidade sonora.
O CD tem produção do
músico Ricardo Gomes e é
assumidamente inspirado nas
festas de mutirão. Mergulha, como diz o músico, nas
manifestações coletivas das
festividades e nas expressões
de religiosidade, amizade, fé
e alegria. Mostrando seu lado
autoral e toda a sua habilidade
de intérprete, Chico Lobo apresenta, logo na abertura do CD,
a canção Um só coração, feita
em parceria do violeiro com
Kimura Filho. De seu contato
com as sonoridades de Portugal e da Galícia, o violeiro
revela as influências da música Lobo (no alto) e a capa do CD
celta com destaque para os
Bethânia, que é sabidamente uma
vocais de Girlene Saldanha.
grande apreciadora da moda de
Das mais importantes intérpreviola e do trabalho do músico
tes da música brasileira, a cantora
mineiro. “Gosto de cantar o Brasil
Maria Bethânia deixa sua voz, no
caboclo como se fosse uma predisco, em Maria, canção inédita
ce, para que ele resista apesar
feita por Lobo para homenagear
da mão do progresso vazio
que insiste em dizimá-lo”, declarou quando do lançamento,
em 2010, do espetáculo Amor
festa devoção, que saiu em
CD e DVD.
Outra participação tão especial quanto poética é a do
músico Renato Teixeira, que
aparece em dueto com Chico
Lobo na melodia Meu chão. O
violeiro faz ainda uma releitura
pessoal de Disparada, canção
que entra na temática do disco
e é considerada um clássico
da música popular brasileira,
com as assinaturas de Geraldo
Vandré e Théo de Barros.
Com a elegância habitual, o grupo Quinteto Violado
participa na canção Acorde
brasileiro e volta a registrar
toda a magia com seus vocais
e acordes. O compositor Paulinho Pedra Azul empresta a
voz na faixa Tempo de colher
e o violeiro João Araújo divide
a releitura de Asa branca, um
autêntico hino de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, com
Chico Lobo.
O disco, que foi mixado e
masterizado por Ricardo Carvalheira, tem belo projeto gráfico e ilustrações da designer
Fernanda Ribeiro Ferreira.
LANÇAMENTO
CD: Viola de mutirão – Do sertão
ao mundo, de Chico Lobo
Loja: Fradique
Quando: 31 de agosto, quarta, a
partir das 19h
17
ESPECIAL
Tempo de mudar
A 1a Feirinha Positiva dia 27 na loja da Fradique e o ciclo
de palestras Como tornar sua vida mais Positiva, em
setembro na loja da Lorena, propõem soluções possíveis
para uma vida mais equilibrada e harmônica
18
Pindorama; Tomaz Lotufo, permacultor e conhecedor profundo de
arquitetura de impacto positivo, e
Renato Caleffi, chef do restaurante Le Manjue, que é referência em
alimentação orgânica.
“A ideia é sair da inércia fazendo uma ponte que une soluções
e conhecimento já existentes e o
público final, que tem disponibilidade e interesse para praticar
e vivenciar essas soluções no
dia a dia. Os palestrantes são
especialistas que sabem da
importância de uma linguagem
coloquial, num ciclo de formato
despretensioso, realizado em um
lugar de fácil acesso como a Livraria da Vila”, diz Rafael Seibel,
da Positiv.A.
Cisternas para captação e armazenamento de água de chuva,
composteiras para resíduos orgânicos, canteiros para hortas urbanas, produtos de limpeza ecológicos, snacks saudáveis, mudas de
frutíferas e hortaliças, além de uma
banca da Santa Adelaide Orgânicos, com uma seleção especial
de produtos, são alguns dos itens
que estarão expostos e à venda
durante a Feirinha na Vila Madalena. A ONG ARCAH – Associação
de Resgate a Cidadania por Amor
à Humanidade (www.arcah.org),
que trabalha a reinserção na sociedade de pessoas em situação
de rua de uma maneira sistêmica e
integrada com a natureza, também
marca presença na Feira.
Foto Divulgação
M
ostrar ao público algumas
das soluções ecológicas
disponíveis no mercado
que podem e devem, cada vez
mais, fazer parte do dia a dia das
pessoas está entre os propósitos da 1 a Feirinha Positiva, que
acontece dia 27 de agosto, das
10h as 17h, na Livraria da Vila
da Fradique.
Além de integrar a programação oficial da Virada Sustentável,
que ocupa vários lugares de São
Paulo entre os dias 25 e 28, a
feira traz a público o trabalho e
a atuação da Positiv.A, especializada em soluções ambientais
integradas.
A empresa também realiza a
partir do dia 13 setembro, na loja
da Lorena, o ciclo de palestras Como tornar sua vida mais Positiva,
que reúne alguns dos nomes mais
prestigiados quando o assunto é
permacultura. O termo é uma versão em português para permanent
culture, criado na década de 1970
pelo ex-professor universitário
australiano Bill Mollison ao definir
“ambientes humanos sustentáveis
e produtivos em equilíbrio e harmonia com a natureza”.
As inscrições para o ciclo de
palestras já estão abertas e o
programa inclui palestrantes como o permacultor e especialista
em sistemas agroflorestais Pete
Webb; Guilherme Castagna, especialista no desenvolvimento de
sistemas ecológicos de manejo
de água; Nilson Dias, expert em
assuntos relacionados a Transição
de Vida e fundador do Instituto
19
ESPECIAL
Narrativas brilhantes
Caixa exclusiva da Editora 34 para a Livraria da Vila
reúne Contos do Leste Europeu com obras dos húngaros
Dezsö Kosztolányi e István Örkény, do tcheco Karel Capek
e do russo Sigismund Krzyzanowski
20
de relatos sobre o personagem
composto por Kosztolányi em
seus últimos anos de vida. O leitor é conduzido pela Budapeste
dos anos 1920 e outras cidades
europeias com um sem-número
de episódios absurdos, um mais
surpreendente que o outro. Tido
como mestre da prosa moderna,
Kosztolányi abriu caminho para a
renovação da literatura europeia,
influenciando autores como Péter
Esterházy – que considera seu estilo “multicolorido e inefável, como
um arco-íris”.
Nos seis contos reunidos em
O marcador de página, Krzyzanowski mescla múltiplas influências
– Shakespeare e a novela gótica
alemã, o simbolismo russo e a filosofia de Kant –, criando narrativas
que vão do grotesco ao lírico, do
absurdo ao sentimental.
Os 29 textos que compõem
a coletânea Histórias apócrifas
foram escritos no período entre
as duas guerras mundiais, às vésperas da ascensão do nazismo.
Capek vai da paródia burlesca
à parábola alegórica ao retomar
episódios e personagens históricos, míticos e literários, de um
ponto de vista inusitado, em que
questiona o senso comum, os
preconceitos e o totalitarismo. As
novelas A exposição das rosas
e A família Tóth oferecem uma
oportunidade para o leitor brasileiro entrar em contato com a
obra do húngaro Örkény, considerado um mestre da sátira e do
humor negro.
Preço especial de lançamento:
De R$ 130,00 por R$ 104,00
Promoção válida de 1 a 14 de agosto.
Foto Divulgação
P
roduto exclusivo da Editora
34 para a Livraria da Vila,
a caixa Contos do Leste
Europeu reúne os quatro primeiros
livros da Coleção Leste, todos
com traduções diretas do original,
a exemplo do trabalho primoroso
com que a editora tem brindado
o mercado editorial brasileiro ao
publicar alguns textos e autores
incontornáveis da melhor literatura
mundial.
Os livros que integram a caixa
são O tradutor cleptomaníaco e
outras histórias de Kornél Esti,
de Dezsö Kosztolányi, O marcador de página, de Sigismund
Krzyzanowski, Histórias apócrifas,
de Karel Capek e A exposição
das rosas, de István Örkény. As
traduções para o português são
de Ladislao Szabo, Aleksandar
Jovanovic e Maria Aparecida B.
Pereira Soares.
Dezsö Kosztolányi (1885-1936)
e István Örkény (1912-1979) estão
entre os mais importantes autores húngaros do século 20. Karel
Capek (1890-1938) é um nome
fundamental da literatura tcheca.
Sigismund Krzyzanowski (18871950), escritor russo que não
publicou em vida por causa da
censura stalinista, foi “descoberto”
somente após a queda do muro
de Berlim. Em comum, os quatro
autores têm, segundo os editores,
uma preferência pela narrativa
curta, pelos temas inusitados e por
um humor repleto de ironia.
Os treze contos de O tradutor
cleptomaníaco e outras histórias
de Kornél Esti pertencem ao ciclo
21
RETRATO | Michael Jackson (1958-2009)
Celebração pop
A genialidade da obra de Michael Jackson, que
completaria 58 anos este mês, segue tão potente
quanto os mecanismos que sustentam a imortalidade
artística de um ícone da música
P
arece que foi ontem, tamanha a onipresença virtual
do astro pop, mas já se
passaram sete anos desde a morte de Michael Jackson, em junho
de 2009. E a imagem do rei do pop
promete ainda mais evidência este
mês, agora por conta da celebração da data de seu nascimento,
em 29 de agosto de 1958. Se
estivesse vivo, Jackson festejaria
58 anos em 2016.
Ícone da cultura contemporânea, dono de uma imagem que,
em última análise, foi a primeira
experiência radical de fama e notoriedade no mundo globalizado,
online, sempre no limite entre o
público e o privado, Jackson teve
uma biografia espetacular desde
a infância, quando seu carisma e
sua presença já roubavam a cena
do Jackson 5. Como todo bônus
tem seu ônus, também começaram na infância as experiências
que definiriam uma personalidade
supostamente atordoada por dramas e traumas familiares.
Pelo sim pelo não, Jackson
virou majestade e um dos pontos
altos da festa oficial de aniversário
é o projeto Michael Jackson One,
que estreou em 2013 e tem sua
quarta edição confirmada para o
próximo dia 27 (numa antecipação
estratégica porque o 29 cai em
plena segunda-feira) em Las Vegas. Trata-se de um grande mise-en-scène que reúne, ao longo de
três dias, no Mandalay Bay Resort
and Casino, os fãs do cantor em
torno do espetáculo criado pelo
Cirque du Soleil como um tributo
22
“eletrizante e sincero” ao trabalho,
ao talento e ao espírito inovador
do artista mais conhecido da
indústria pop. “One”, segundo
a família do artista, é para citar
o fato de Jackson acreditar que
todas as pessoas são “únicas e
iguais, independentemente de
raça ou cultura”. Sua mensagem
principal, informa o texto sobre o
projeto, “foi de unidade, harmonia
e esperança para um mundo melhor”. “Ao mesmo tempo evocativo
e enigmático, o nome Michael
Jackson One também apresenta
um paradoxo: Michael era um
artista multifacetado que se esforçou para fundir vários estilos
musicais e formas de arte. É um
título adequado para uma viagem
de unificação para o mundo do
Rei do Pop, o gênio, o visionário,
o uno.”
Além de ter sua discografia disponível em CDs, como o histórico
Bad, lançado em 1987, Michael
Jackson é a estrela absoluta e
a principal inspiração de livros
que tentam mapear toda a complexidade de sua vida e de seu
trabalho. Um dos mais citados é
Intocável – A estranha vida e a trágica morte de Michael Jackson, de
Randall Sullivan, que a Companhia
das Letras lançou em 2013. Como
indica o título, o livro começa com
os dias finais da vida do cantor
no famoso rancho Neverland e
percorre os quatro últimos anos
de Michael Jackson, conforme
ele viajava o mundo na tentativa
de recuperar sua fortuna e sua
reputação com um novo disco e
uma série de 50 megashows, para
os quais ensaiou até um dia antes
de sua morte. “Uma biografia que,
a despeito de toda cobertura que o
astro já recebeu, o torna fascinante
outra vez”, sentenciou a revista
People quando do lançamento do
livro em inglês.
Para revelar um homem ao
mesmo tempo ingênuo e astuto,
um pai dedicado cujas atitudes
com os filhos geraram polêmicas
mundiais ou o empresário ardiloso
que atingiu o auge muito cedo
para depois quase derrubar uma
megacorporação, Sullivan também se dedica ao passado de
Jackson, um narcisista inveterado
que, comprova o escritor, desejava uma vida tranquila, solitária
e normal. Do estrelato precoce à
derradeira queda, passando pela
difícil relação com a família e os
muitos escândalos públicos que
marcaram sua carreira, o livro tem
o mérito de jamais deixar de lado o
gênio artístico de Jackson, seu pioneirismo musical e tecnológico e
os inacreditáveis passos de dança
que seguem marcando gerações.
Há informações inéditas sobre
a vida financeira de Jackson assim como sobre as acusações de
pedofilia que manchariam sua carreira, além de acesso exclusivo a
figuras do círculo íntimo do cantor,
um homem que, como outro qualquer, precisou lidar com inúmeras
contradições. Por tudo isso, é um
livro para fãs que testemunharam
a ascensão e a queda de um ídolo,
e também para leitores de novas
gerações.
O PALCO
“Sempre gostei da sensação de estar no palco
e de toda a magia que vem nesse momento.
Quando vou entrar em cena é como se, num
passe de mágica, de algum lugar, viesse uma
energia que simplesmente bate em você e faz
com que você apenas perca o controle de si
mesmo.”
A EXPERIÊNCIA
Ilustração Jonas Ribeiro
“Amo pessoas experientes. E amo pessoas que são fenomenalmente talentosas e pessoas que trabalham
duro, que são corajosas para
serem líderes em seus campos
de atuação. Para mim, encontrar alguém assim é uma
oportunidade para aprender
e compartilhar palavras e
experiência, o que é mágico, ainda mais se houver
a chance de trabalhar em
conjunto. Sou louco por
Steven Spielberg. Outra
inspiração para mim são
crianças. Se eu estou para
baixo, vou a um livro de
crianças e olhar para
ele já me levanta. Estar perto de crianças
é mágico.”
A ARTE
“Um artista pode desenhar lágrimas, pode
tocar você. É também onde acredito que o
ator ou intérprete deve chegar para tocar
de verdade o interior de uma pessoa. (...)
Quaisquer que sejam as emoções humanas,
elas estão ali, com você. Nós todos experimentamos as mesmas emoções e é por
isso que um filme como E.T. toca a todos.
Quem não quer voar como Peter
Pan? Quem não quer voar com uma criatura
mágica do espaço
ou ter amigos
como ele? Steven Spielberg
foi direto ao
coração. Ele
sabe que,
quando há
dúvidas, melhor é ir direto
ao coração.”
Michael Jackson, em
agosto de 1982, em
entrevista concedida ao
jornalista Bob Colacello,
então editor da revista
Interview
CD
A voz do sertão
Com vocação poética para porta-voz da população
sertaneja do Nordeste, o violeiro Xangai faz pocket
show na loja da Fradique para festejar 40 anos de
trabalho e lançar seu 17º álbum
24
Bolero de Isabel e Eu tratam
do encontro com amigos
em noites frias, nas quais o
grupo se junta em volta da
fogueira e a moda de viola
é tocada noite afora. Em Estampas Eucalol, Xangai traz
histórias da mitologia grega
para a realidade brasileira.
Água traz o movimento num
riacho e Espiral do tempo
aposta no ritmo dos pássaros do sertão. Pequenina,
que lembra uma serenata,
fala de amor, assim como
Quem ama perdoa. Em Gago grego, Xangai deixa o
violão de lado e faz, entre
palmas e batucadas, seu
corpo virar um “novo instrumento”. Há ainda canções
como Menino gaiteiro, João
e Duvê e Meus tempos de
criança, todas feitas para cantar a inocência da
criança e da brincadeira às
margens dos rios.
Ao longo de 2016, nove
discos da vasta discografia
de Xangai serão relançados pela Kuarup, entre eles
Xangai canta Elomar, Brasileirança – Com Quinteto
da Paraíba e Nós é Jeca
mais é joia – Com Juraildes
da Cruz.
LANÇAMENTO
CD: Xangai
Loja: Fradique
Quando: 10 de agosto, quarta, a
partir das 19h
Foto Divulgação
I
dentificado como a voz
do sertão, o violeiro baiano Xangai, que ganhou
recentemente o 27º Prêmio
da Música Brasileira na categoria Melhor Cantor Regional, comemora 40 anos
desde o lançamento de seu
primeiro disco e faz pocket
show na Livraria da Vila da
Fradique dia 10 de agosto,
a partir das 19h, para lançar,
pela Kuarup, seu 17º álbum.
Só com violão e voz, o
CD foi gravado na varanda
de uma fazenda à beira do
lago formado pela represa
Pedra do Cavalo, na Bahia,
em formato sugerido pelo
músico e produtor costa-riquenho Mário Ulloa, que
assina a produção do disco.
“Ao longo da minha trajetória, em todas as gravações
que fiz, tive sempre músicos
tocando comigo. Ulloa me
encorajou a fazer um disco-solo, voz e violão”, conta
Xangai. “Ficamos apreciando o ruflar dos ventos nas
asas do gereba, um urubu
de cabeça vermelha, que é
o inspirador dos pilotos comandantes das aeronaves,
Xangai (no alto) e a capa do CD
e degustando iguarias de
carne de cabra de coimque”, lembra Xangai, que integra
o disco, Xangai canta à capela
atualmente o elenco na novela
as histórias do cangaço para
Velho Chico, da Globo, interpreconvidar à imersão que o álbum
tando seu próprio papel, o de
propõe. Na sequência, a músium cantador.
ca Forró de Caruaru remete às
O novo CD traz 14 canções.
histórias do cotidiano das festas
Em Ino do Cangaço, que abre
típicas de Caruaru. As músicas
PROGRAMAÇÃO | agosto_2016*
Foto Susi Seitz/Divulgação
Fome de viver
Cursos, peças teatrais, workshops e
lançamentos como o do livro Detox dia a dia,
da nutricionista Astrid Pfeiffer, deixam a agenda
cultural de agosto mais saudável e saborosa
A nutricionista e culinarista Astrid Pfeiffer autografa Detox
dia a dia (Editora Alaúde) dia 13 agosto na Livraria da Vila
do Pátio Batel, em Curitiba. O livro traz mais de 70 receitas
para um cardápio saudável e funcional que, como indica o
título, pode (e deve) ser aplicado no cotidiano
25
PROGRAMAÇÃO | agosto_2016*
1ª Feirinha positiva
Exposição de soluções ecológicas
disponíveis no mercado para o dia
a dia da sociedade, por um mundo
mais consciente e sustentável.
Apoio: POSITIV.A
Evento Gratuito
Loja: Fradique, estacionamento da loja
Lançamentos
Fradique
2/8, TERÇA, das 18h30 às 21h30
Pensando bem...
De Hélio Schwartsman
Ed. Contexto
3/8, QUARTA, das 18h30 às 21h30
Taxa de câmbio e política
cambial no Brasil
De Pedro Rossi
FGV Editora
Haverá bate-papo com o autor.
4/8, QUINTA, das 18h30 às 21h30
Transtornos de ansiedade e
depressão – Conhecer e ajudar
De Breno Serson
MG Editores
5/8, SEXTA, das 18h30 às 21h30
Da província e outros cantos
De Maristela Veloso Campos Bernardo
Independente
8/8, SEGUNDA, das 19h às 21h30
Depois das grades
De Rebecca Vettore e Lucas Carvalho
Independente
10/8, QUARTA, das 19h às 21h30
CD Xangai
De Xangai
Gravadora Kuarup
Haverá pocket show.
13/8, SÁBADO, das 15h às 18h
Izaura
De Tati Vieira
Ed. Vieira & Lent
16/8, TERÇA, das 19h às 21h30
Amor dos homens avulsos
De Victor Heringer
Ed. Companhia das Letras
25/8, QUINTA, das 18h30 às 21h30
Armas de papel: Graciliano e as
memórias do cárcere
De Fábio César Alves
Ed. 34
26/8, TERÇA, das 19h às 21h30
Intimidade
De Alexandre Tavares
Ed. Círculo das Artes
26/8, SEXTA, das 18h30 às 21h30
Coleção entre (H)istória, do
Departamento de História
Social da USP / Os franciscanos
e a Igreja na Idade Média /
Pensamentos em Imagens /
Um bit auriverde
De Ana Paula Tavares Magalhães,
Maria Cristina Pereira e
Gildo Magalhães dos Santos
Ed. Intermeios
Haverá bate-papo com os autores.
30/8, TERÇA, das 19h às 21h30
Dinheiro compra tudo
De Cassia D’Aquino
Ed. Moderna
Haverá bate-papo com o autor.
31/8, QUARTA, das 19h às 21h30
Viola de mutirão
De Chico Lobo
Gravadora Kuarup
Haverá pocket show.
Shopping
JK Iguatemi
10/8, QUARTA, das 18h30 às 21h30
Hora e vez de Candy Darling /
Desiluminismo
De Horacio Costa e Glauco Mattozo
Ed. Martelo
1/8, SEGUNDA, das 18h30 às 21h30
O caminho do sucesso
De vários autores
Ed. Oficina do Livro
11/8, QUINTA, das 18h30 às 21h30
Linha do tempo
De Graziela Sanchez
Ed. LCTE
4/8, QUINTA, das 18h30 às 21h30
Contratos built to suit
De Daniel Cardoso Gomes
Ed. Lumen Juris
26
6/8, SÁBADO, das 18h30 às 21h30
Duração razoável da
investigação criminal
De Marcelo Alves Nunes
Ed. Lumen Juris
18/8, QUINTA, das 19h às 21h30
Tratado Dante Pazzanese de
emergências cardiovasculares
De Elizabete Silva, Pedro Henrique
Duccini, Humberto Graner
Ed. Atheneu
21/8, DOMINGO, das 15h às 18h
Machina anima
De Bruno Ma Louzada
Ed. Chiado
23/8, TERÇA, das 18h30 às 21h30
Dançando com o urso
De João Rached
Ed. Primavera
25/8, QUINTA, das 18h30 às 21h30
Psicanálise de transtornos
alimentares – Volume II
De Cybelle Weinberg
Ed. Primavera
Shopping
Pátio Higienópolis
1/8, SEGUNDA, das 19h às 21h30
Lua de vinil
De Oscar Pilagallo
Ed. Companhia das Letras
2/8, TERÇA, das 18h30 às 21h30
Transtornos de linguagem
escrita
De Maria Thereza Mazorra dos Santos
e Ana Luiza Gomes Pinto Navas
Ed. Manole
3/8, QUARTA, das 18h30 às 21h30
Economia das dádivas
De Marina Pechlivanis
Ed. Alta Books
4/8, QUINTA, das 19h às 21h30
América Latina x Estados
Unidos: Uma relação turbulenta
De Joseph Tulchin
Ed. Contexto
Haverá debate com Maria Herminia,
Celso Lafer e Joseph Tulchin, com
mediação de Carlos Eduardo Lins da
Silva.
* Programação sujeita a alteração.
27/8, SÁBADO, das 10h às 17h
9/8, TERÇA, das 18h30 às 21h30
Direito antitruste
De Eduardo Gaban
Ed. Saraiva
Haverá bate-papo com o autor.
25/8, QUINTA, das 18h30 às 21h30
Sustentabilidade(s) e direitos
sociais
De João Tonnera Junior
Ed. Lumen Juris
10/8, QUARTA, das 18h30 às 21h30
Efetividade do direito
fundamental ao meio ambiente
de trabalho seguro e adequado
De Fábio Ribeiro da Rocha
Ed. LTR
27/8, SÁBADO, das 15h às 18h
Medicina esotérica
De Eydher Floriano
Ed. Esotera
11/8, QUINTA, das 18h30 às 21h30
Para que se faça justiça: Processo
judicial audiovisual
De Eduardo Bottallo e Vadim Arsky
Ed. Círculo das Artes
12/8, SEXTA, das 18h30 às 21h30
A arte e os segredos da pintura
em cerâmica, porcelana e faiança
De Rosa Mello
Independente
16/8, TERÇA, das 18h30 às 21h30
Crimes na licitação e Direito
Econômico Aplicado
De Silvio Luís Pereira da Rocha e
Gilberto Bercovici
Ed. Contracorrente
17/8, QUARTA, das 18h30 às 21h30
As ideias importam: O
excepcionalismo norteamericano no alvorecer da
superpotência
De Fernanda Magnotta
Ed. Appris
Haverá bate-papo com a autora.
18/8, QUINTA, das 19h30 às 21h30
O Pequeno Príncipe descobre o
mosteiro
De Dom João Baptista Barbosa, OSB e
Sandra Witkowski
Ed. Cosmo
Haverá participação do Coral dos
Monges do Mosteiro de São Bento.
19/8, SEXTA, das 19h às 21h30
A persistência das deusas
De Izildinha Konichi
Paco Editorial
24/8, QUARTA, das 18h30 às 21h30
Muito prazer, sou sua mãe
De Lilia Coelho e Aura Rodrigues
Ed. Instituto Memória
31/8, QUARTA, das 19h às 21h30
A memória rota
De Arcadio Díaz-Quiñones
Ed. Companhia das Letras
Haverá bate-papo com o autor.
Galleria Shopping
4/8, QUINTA, das 18h30 às 21h30
As raízes do EUpreendedorismo
De Eduardo Seidenthal
Ed. Independente
Haverá bate-papo com o autor.
11/8, QUINTA, das 18h30 às 21h30
O que te move
De Fernando Moraes
Ed. Novo Conceito
18/8, QUINTA, das 19h00 às 21h30
A dama e a outra
De Joaquim Zailton Motta
Ed. Pontes
Lorena
1/8, SEGUNDA, das 18h30 às 21h30
A maldição de La Malinche
De Haino Burmester
Independente
2/8, TERÇA, das 18h30 às 21h30
Coaching ao encontro de si
mesmo
De Adriana Netto
Independente
5/8, SEXTA, das 18h30 às 21h30
Ensino de história e cidadania
De vários autores
Ed. Papirus
8/8, SEGUNDA, das 18h30 às 21h30
Direito ambiental do trabalho
na sociedade do risco / Teoria
da Constituição: Introdução ao
Direito Constitucional Brasileiro
De Angelo Antonio Cabral
Ed. Juruá
10/8, QUARTA, das 18h30 às 21h30
Coleção: Faces da cultura e
comunicação organizacional
Org. Marlene Marchiori
Ed. Difusão
12/8, SEXTA, das 20h30 às 21h30
Styling: Guia básico
De Silvana Holzmeiter
Ed. Estação das Letras e Cores
13/8, SÁBADO, das 16h30 às 17h
Tenho dito – Histórias e reflexões
de moda
De João Braga
Ed. Estação das Letras e Cores
13/8, SÁBADO, das 18h às 21h30
Fashion Law – A moda nos
tribunais
De Gilberto Mariot
Ed. Estação das Letras e Cores
15/8, SEGUNDA, das 18h30 às 21h30
O tempo de Keynes nos tempos
do capitalismo / Teoria geral do
novo Processo Civil brasileiro
De Luiz Gonzaga Belluzzo e
Antonio Araldo Dal Pozzo
Ed. Contracorrente
18/8, QUINTA, das 18h30 às 21h30
Guarda compartilhada
De Verônica Cezar-Ferreira e Rosa
Maria Macedo
Ed. Grupo A
19/8, SEXTA, das 18h30 às 21h30
Eu, comigo mesma, os meus e
tantos outros
De Alcione Zhanini
Independente
20/8, SÁBADO, das 18h às 21h30
Romeu Guarani e Julieta
Capuleto
De Cesar Obeid
Editora do Brasil
Haverá bate-papo com o autor.
23/8, TERÇA, das 18h30 às 21h30
Psicodrama com casais
De vários autores
Ed. Summus
27
PROGRAMAÇÃO | agosto_2016*
Pátio Batel
5/8, SEXTA, das 19h às 21h30
Do que é feito um líder?
De Willian Mac-Cormick Maron
Ed. Juruá
Haverá bate-papo com o autor.
6/8, SÁBADO, das 15h às 18h
Bullying, ética e direitos
humanos
De Benjamim Horta e Euclides J.
Vargas Neto
Independente
9/8, TERÇA, das 18h30 às 21h30
Orçamento público no Canadá: A
emergência da instituição fiscal
independente
De Diogo Luiz Cordeiro Rodrigues
Ed. Lumen Juris
12/8, SEXTA, das 19h30 às 21h30
Cobaias – Fase de testes
De Renan C. Kieski
Ed. Independente
13/8, SÁBADO, das 19h às 21h30
Detox dia a dia
De Astrid Pfeiffer
Ed. Alaúde
16/8, TERÇA, das 18h30 às 21h30
Detetive à deriva
De Luis Henrique Pellanda
Arquipélago Editorial
19/8, SEXTA, das 18h30 às 21h30
A maldição de La Malinche
De Haino Burmester
Independente
30/8, TERÇA, das 18h30 às 20h30
Dançando com o urso
De João Rached
Ed. Primavera
Sarau
27/8, SÁBADO, das 19h às 21h
Sarau dos Conversadores
Com Os Conversadores
Evento Gratuito
Informações: [email protected],
(11) 9 9338-9088 ou http://facebook.
com/sarau.dos.conversadores
Loja: Lorena
28
Educacuca
O objetivo primordial do Educacuca é promover o desenvolvimento, a
aprendizagem e a socialização das
crianças em seus primeiros anos de
vida, além de instrumentalizar o adulto
cuidador, orientando-o e enriquecendo seu repertório de brincadeiras.
Para agendamento de aula experimental e informações sobre horários para cada grupo, consulte o site
www.educacuca.com.br
Idade Permitida: 3 a 30 meses.
Terças e quintas – Loja: Lorena
Quartas – Loja: Fradique
2/8, TERÇA, das 19h30 às 21h
Música:
Desafios da transformação
Com Ricardo Cantaluppi
Neste workshop, o músico e produtor
executivo Ricardo Cantaluppi aborda
importantes reflexões sobre o mercado
da música no momento atual do país.
Valor: R$ 140
Inscrições através do Sympla:
http://www.sympla.com.br/desafios-da-transformação
Loja: Fradique
29/8, SEGUNDA, das 18h30 às 21h30
Workshop:
No universo do café gourmet
Com Silvia Magalhães e
Fernando Santana
Workshop para mostrar aos amigos
e clientes do Café Afrodite/Livraria
da Vila as principais diferenças entre
os cafés tradicionais e o novo blend.
Esperamos vocês!
Evento Gratuito
Loja: Galleria
Clube de leitura
8/8, SEGUNDA, das 20h às 21h
Clube de Leitura:
Meio sol amarelo
Com Jéssica Carvalho
Apoio Boitempo
Loja: Fradique
19/8, SEXTA, das 19h30 às 21h30
Clube de Leitura:
Butcher’s crossing
Com Os Espanadores
Loja: Fradique
Palestras
2/8, TERÇA, das 19h30 às 21h30
A estética do erotismo e a ética da
Psicanálise
Neste encontro entre a Psicanálise e
a Literatura, o psicanalista e escritor
Renato Tardivo fala sobre o erotismo
na obra de Raduan Nassar, enquanto
o psicanalista Laerte de Paula aborda
o conceito de erotismo a partir da Filosofia e da Psicanálise em Freud e em
Lacan e o que ele suscita na transferência clínica.
Com Patrizia Corsetto
Inscrições: [email protected]
Evento Gratuito
Loja: Higienópolis
3/8, QUARTA, das 19h30 às 21h
Liderança de fato: Os 3 elos da
liderança
Com Joao Torres de Rezende
Evento Gratuito
Loja: Galleria Shopping
7/8, DOMINGO, das 18h às 19h30
Palestra introdutória
de Kabbalah
A Kabbalah é uma sabedoria espiritual
além de seu tempo que fornece formas
práticas de evoluir, criar alegria, plenitude duradoura e tudo o que seu coração
deseja. Cada um de nós possui dentro
de si o poder de criar a vida que quiser. Não importa qual seja sua religião,
raça ou origem, os ensinamentos da
Kabbalah podem trazer para a sua
vida um novo significado e plenitude
com sua tecnologia sobre os segredos
do universo e da alma humana.
Com Felipe Oliveira
Inscrições: http://bit.ly/Intro_Campinas
Evento Gratuito
Loja: Galleria Shopping
11/8, QUINTA, às 18h30
Design Weekend – Programação
Conexão + Moda
Palestra sobre consultoria de imagem,
estilo e beleza com Robson Trindade,
consultor de moda e beleza.
Com apresentação e mediação de
Kathia Castilho, diretora da Estação das
Letras e Cores, presidente da Abepem
– Associação Brasileira de Estudos e
Pesquisas em Moda.
Evento Gratuito
Loja: Lorena
* Programação sujeita a alteração.
Cursos e Workshops
12/8, SEXTA, às 18h30
Design Weekend – Programação
Conexão + Moda
Palestra sobre alfaiataria masculina e
processos criativos com Ricardo Almeida, estilista, referência em alfaiataria
masculina.
Com mediação de Silvana Holzmeister,
editora da Revista Cat, jornalista e professora. Apresentação de Kathia Castilho,
diretora da Estação das Letras e Cores,
presidente da Abepem – Associação Brasileira de Estudos e Pesquisas em Moda.
Evento Gratuito
Loja: Lorena
13/8, SÁBADO, às 15h
Design Weekend – Programação
Conexão + Moda
Palestra A gramática dos estilos, com
João Braga, mestre em História da Ciência, História Indumentária e da Moda
e especialista em História da Arte.
Com mediação de Andreia Meneguete,
jornalista especialista em estética e
gestão da moda.
Evento Gratuito
Loja: Lorena
13/8, SÁBADO, das 10h30 às 13h30
Diálogos do Lacaneando:
O feminino na Psicanálise, na
pólis e na cultura
Quem é a mulher do século XXI? É
possível falar em protagonismo feminino nas mais diversas manifestações
culturais? As psicanalistas Maria Lucia
Homem e Ana Laura Prates Pacheco
e a doutora em cinema Ilana Feldman
debatem sobre o universo feminino,
sexualidade, gênero, violência contra
as mulheres e política.
Com Patrizia Corsetto
Inscrições: [email protected]
Evento Gratuito
Loja: Higienópolis
13/8, SÁBADO, das 11h às 13h
Sócrates ao Café:
Batman, a moral do morcego
entre a arte e a subjetividade
Quais os elementos que determinam
a vida desse personagem? Qual o
papel da personificação na nossa vida
psíquica?
Com Thaísa Barros, Bernadette Biaggi
e Tamirys Guglielmello
Evento Gratuito
Loja: Fradique
13/8, SÁBADO, às 17h
Design Weekend – Programação
Conexão + Moda
Palestra sobre Fashion law com Gilberto Mariot, mestre em Direito, professor
de Direito Civil, Direitos Autorais, Comércio Exterior e Direito Internacional.
Evento Gratuito
Loja: Lorena
13/8, SÁBADO, das 17h às 18h30
Pais pra que?
Uma conversa com pais (o equívoco
da palavra pais, em português, permite que sigamos discutindo com pais
e mães) sobre a formação dos filhos
homens para a paternidade. Esta discussão inclui os brinquedos, os livros
e as brincadeiras que os meninos têm
acesso e as que lhes são interditadas.
Com Vera Iaconelli, Pedro Ambra e
Clarissa Temer
Evento Gratuito
Loja: Fradique
17 e 31/8, QUARTAS, das 16h às 17h
Palestra + aula: Língua solta –
Conversação em inglês
Apoio: Information Planet e Inter Americano
Evento Gratuito
Loja: Pátio Batel
19/8, SEXTA, das 13h às 18h
Fashion Friday: Feminismo e
moda
Com Ana Vaz, Patricia Sant’Anna,
Camila Godoi, Viviane Duarte, Tarita
Adamov Semeghini Evento Gratuito
Loja: Galleria
19/8, SEXTA, das 19h às 21h30
Encontro de fãs
da Editora Valentina
Venha bater um papo com o pessoal
da editora Valentina sobre o mundo
da literatura young adult, conhecer de
perto os próximos lançamentos e tirar
todas as suas dúvidas acerca deste
ramo literário. Mas venha preparado.
Teremos sorteio de brindes e livros!
Apoio: Editora Valentina
Informações: (19) 3706-1200
[email protected]
Evento Gratuito
Loja: Galleria
20/8, SÁBADO, das 11h às 13h30
Diálogos do Lacaneando:
Ditadura e homossexualidades
O advogado Renan Quinalha, autor do
livro Ditadura e homossexualidades,
traça um panorama do movimento
LGBT no Brasil e no mundo. A mesa de
debates contará ainda com as presenças dos psicanalistas Welson Barbato
e Marco Antonio Coutinho Jorge, que
falarão sobre porque a sexualidade, ou
aquilo que a representa no imaginário
cultural, ocupa tamanho espaço na
engrenagem dos preconceitos.
Com Patrizia Corsetto
Inscrições: [email protected]
Evento Gratuito
Loja: Pátio Batel
Vila da Criança
FRADIQUE
6/8, SÁBADO, das 15h às 18h
Faladas de Sofia
De Silvana Oliveira
Independente
Haverá bate-papo com a autora.
27/8, SÁBADO, das 15h às 18h
Brasil de fio a pavio
De Gilles Eduar
Ed. Ática
Haverá atividade infantil.
20/8, SÁBADO, das 15h às 18h
Terra de cabinha
De Gabriela Romeu
Ed. Peirópolis
Haverá atividade infantil.
28/8, DOMINGO, das 15h às 18h
A história que atravessou o oceano
De Kelly Orasi
Independente
Haverá atividade infantil.
MOEMA
20/8, SÁBADO, das 15h às 18h
As pérolas de Henrique
De Alessandra Libretti Dias
Independente
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PROGRAMAÇÃO | agosto_2016*
Teatro Infantil
De 2/7 a 28/8, SÁBADOS e DOMINGOS, às 16h
Dois palhaços ponto com
Uma deliciosa comédia que reúne teatro e circo conta a história
de dois palhaços atrapalhados e suas confusões. O elenco é
formado por Pinduca, o palhaço bonzinho e honesto; Cabelinho,
o palhaço malvado e malandro; Sr. Antônio, o mal-humorado dono
do circo e a mulher Barbuda, uma jovem que nutre um amor não
correspondido por Pinduca. Com os salários atrasados e sofrendo
com a fome, os dois palhaços arquitetam um plano para pegar
o delicioso frango assado que o patrão prepara para o almoço.
Quando o Sr. Antônio entra na história, tudo fica mais engraçado
e complicado para os palhaços.
Local: Shopping Pátio Higienópolis
Valor: R$ 30 inteira | R$ 15 meia-entrada
De 2/7 a 28/8, SÁBADOS e DOMINGOS, às 15h
O Mágico de Oz
Na clássica história, Dorothy vive em uma fazenda com seus tios
quando um tornado atinge a região. Ela se abriga dentro de casa, é
carregada pelo ciclone e vai parar na Terra de Oz, caindo em cima
da Bruxa Má do Leste. Dorothy é vista como uma heroína, mas o
que ela quer é voltar para Kansas. Para isso, precisará da ajuda do
Poderoso Mágico de Oz que mora na Cidade das Esmeraldas. No
caminho, ela encontra três companheiros: um Espantalho que quer
ter um cérebro, um Homem de Lata que anseia por um coração e
um Leão covarde que precisa de coragem. Será que o Mágico de
Oz conseguirá ajudar todos eles?
Local: Shopping JK Iguatemi
Valor: R$ 30 inteira | R$ 15 meia-entrada
De 6/8 a 28/8, SÁBADO e DOMINGO, às 16h
Pinóquio
Inspirado n​a obra clássica italiana, contamos a trajetória de
Gepeto e seu boneco em diversas fases. A montagem mescla
atores, bonecos e teatro de sombra para contar a história do
boneco de madeira que se vê em um universo fantástico com
muitos desafios. Como será que ele vai se salvar da terrível baleia
e ainda se livrar de um maluquinho (um tanto quanto malvado)
dono de circo? Embarque conosco nas aventuras de Pinóquio!
Local: Galleria Shopping de Campinas
Valor: R$ 30 inteira | R$ 15 meia-entrada
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* Programação sujeita a alteração.
De 6/8 a 25/9, SÁBADOS E DOMINGOS, às 16h
O Gato de Botas
Em meio a tanta tristeza devido a uma grande perda, o atencioso
pai precavido não deixou os filhos desamparados: a um filho deu um
moinho, ao outro um lindo burrinho e ao caçula, deixou-lhe um gato.
O que será que essa história trará no final, depois de muita confusão,
aventura e uma linda lição? Aventura musical, com trapalhadas e tal!
Local: Pátio Batel de Curitiba
Valor: R$ 30 inteira | R$ 15 meia-entrada
De 7/8 a 28/8, DOMINGOS, às 18h
Isso não é uma ilusão
O espetáculo conta com três dos principais mágicos do Brasil,
premiados nacional e internacionalmente. Uma apresentação
cheia de ilusão, humor e mistério que proporciona uma saborosa cumplicidade entre os artistas e o público, feita especialmente para produzir uma experiência de entretenimento
absolutamente inesquecível.
Local: Shopping JK Iguatemi
Valor: R$ 60 inteira | R$ 30 meia-entrada
Teatro Jovem
De 4/6 a 27/8, SÁBADOS, às 17h30
O alvo
Amanda, Maria Anna, Rebecca e Nina são amigas inseparáveis desde
o Ensino Fundamental. Já viveram um monte de coisas juntas que uniu
todas elas até o primeiro ano do Ensino Médio. Mas agora que elas estão
na sala de espera da diretoria do colégio, a amizade está ameaçada.
Em meio a divertidas situações e discussões a trama fará com que elas
revelem fatos e opiniões surpreendentes e mudem as suas vidas para
sempre.
Local: Shopping JK Iguatemi | Valor: R$ 60 inteira | R$ 30 meia-entrada
Fotos Divulgação
De 4/6 a 27/7, SÁBADOS, às 19h
O alvo – HateClub
Na segunda parte da história de O alvo, as amigas Amanda, Maria
Anna, Nina, Amélia e Rebecca recebem ajuda de uma nova e misteriosa
personagem para descobrir quem anda difamando a imagem delas pela
internet, fazendo acreditar que as meninas são as autoras de um blog
contra uma aluna do colégio. A trama, dividida entre o mundo real e virtual,
aborda tanto o tema do cyberbulling quanto o do crescente discurso de
ódio destilado pela internet.
Local: Shopping JK Iguatemi | Valor: R$ 60 inteira | R$ 30 meia-entrada
TEATRO DA LIVRARIA DA VILA
Mais informações e ingressos: www.ingressorapido.com.br
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PROGRAMAÇÃO | dezembro_2015*
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Vila do Leitor
por Letícia Ventura*
*Estudante de publicidade, a paulistana Letícia Ventura, 20 anos, diz que fotografa pela oportunidade de compartilhar suas visões do
mundo e de contar outras histórias. Depois de priorizar a natureza, ela começa a descobrir os personagens e a paisagem urbana e não
esconde que é admiradora confessa da linguagem e do trabalho do fotógrafo brasileiro André Vieira. http://kawek.net/leticiavent
A página Vila do Leitor é um espaço aberto para todos aqueles que gostam de escrever, ilustrar e fotografar. Os trabalhos devem ser enviados
para o e-mail: [email protected]
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NOSSAS DICAS
LI E GOSTEI
Dora Romantini
Galleria Shopping
Pomelo cresce
Ramona Badescu
O livro aborda o tema
mais interessante da vida:
crescer. Não crescer de
tamanho, como nosso
amigo Pomelo percebe
logo no começo do livro,
mas crescer de perguntas, crescer de
dúvidas e de experiências novas. Em
poucas palavras e falando com todas
as idades, Pomelo cresce mostra que
“virar a página” é algo mais incrível do
que se pode imaginar.
Saraiva
MAIS VENDIDOS | julho_2016
Ficção
Não Ficção
1º Como eu era antes
de você
Jojo Moyes (Intrínseca)
2º Depois de você
Jojo Moyes (Intrínseca)
3º Todos os contos
Clarice Lispector
(Rocco)
4º A amiga genial
Elena Ferrante (Biblioteca Azul)
5º Noite sobre as águas
Ken Follett (Arqueiro)
Malala
Davis Guggenheim
O documentário nos
conta a história de
M a l a l a Yo u s a f z a i ,
ativista paquistanesa
de 19 anos que luta
pelo direito à educação
das mulheres de seu
país, e que sobreviveu,
em 2012, ao grupo extremista
Talibã. Por meio do filme, podemos
acompanhar a trajetória e entender
como uma menina que nasceu em
um pequeno vilarejo do Paquistão,
conquistou aos 17 anos de idade o
Prêmio Nobel da Paz e se tornou uma
das mais importantes vozes na luta da
igualdade feminina.O documentário
se destaca não apenas por contar
a história de uma figura notável,
mas também por nos emocionar ao
mostrar a importância da família e da
educação como ferramenta principal
para transformar o mundo.
Fox Films
Eduardo Giannetti (Companhia das
Letras)
4º Ted Talks – O guia oficial do Ted para
falar em público
Chris Anderson (Intrínseca)
5º Isso me traz alegria – Um guia
Marie Kondo (Sextante/GMT)
Infantil
de Padawan
Izabel Mendes
Marketing e Eventos
Uma perspectiva brasileira
da crise civilizatória
ilustrado da mágica da arrumação
1º O grande livro da Clara e do
Gabriel
Ilan Brenman (BrinqueBook)
2º A revolta dos gizes
de cera
Drew Daywalt
(Salamandra)
3º Star Wars – Academia Jedi – O retorno
VI E GOSTEI
1º Depois da tempestade
Ricardo Amorim (Prata)
2º Lava jato
Vladimir Netto (Primeira
Pessoa)
3º Trópicos utópicos –
Jeffrey Brown (Aleph)
4º O coelhinho que queria dormir
Carl-Johan Forssén Ehrlin (Companhia
das Letrinhas)
5º Diário de um zumbi do Minecraft –
Acampamento dos horrores
Herobrine Books (Sextante/GMT)
Juvenil
1º O diário de Larissa
Manoela – A vida, as
histórias e os segredos da
jovem estrela
Larissa Manoela
(HarperCollins Brasil)
2º A coroa
Kiera Cass (Seguinte)
3º Diário de uma garota
nada popular – Histórias
de uma baba de cachorros nem um pouco
habilidosa
Rachel Renée Russel (Verus)
4º De volta ao jogo
Pedro Rezende (Suma de Letras)
5º Malala – A menina que queria ir à escola
Adriana Carranca (Companhia das
Letrinhas)
Importados | adulto
Importados | infantojuvenil
CDs
DVDs
1º Perfume de sonho
Sebastião Salgado (Paisagem)
2º Genesis
Sebastião Salgado (Taschen)
3º Cinco esquinas
Mario Vargas Llosa (Alfaguara
Argentina)
4º Brazil modern
Aric Chen (Monacelli Press)
5º Mario de Janeiro
Mario Testino (Taschen)
1º O samba em mim – Ao vivo na Lapa
Maria Rita (Universal Music)
2º Coleção
Marisa Monte (Universal Music)
3º Meu canto
Sandy (Universal Music)
4º Era domingo
Zeca Baleiro (Som Livre)
5º Nelson plays Bach
Nelson Freire (Universal Music)
1º The very hungry caterpillar
Eric Carle (Penguin Books)
2º Alphablock
Christopher Franceschelli (Abrams USA)
3º The selection
Kiera Cass (HarperTeen)
4º Animal farm
George Orwell (Penguin Books UK)
5º Frozen – Dress me up – Elsa and Anna
Running Press (Running Press)
1º Zootopia – Essa cidade é o bicho
(Disney Home)
2º Chico – Artista brasileiro
(Sony Pictures)
3º Meu canto – Ao vivo
(Universal Pictures)
4º O samba em mim – Ao vivo na Lapa
(Universal Music)
5º Star Wars – Episódio VII – O despertar
da força
(Disney Home)
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