Plano Municipal de Saúde - Prefeitura Municipal de Manoel Viana
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Plano Municipal de Saúde - Prefeitura Municipal de Manoel Viana
Plano de Saúde Manoel Viana, RS 2010-2013 2 PLANO DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE MANOEL VIANA PREFEITURA MUNICIPAL DE MANOEL VIANA SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE - 2010 - Administração 2010-2012 Prefeito Vice-Prefeito Secretaria Municipal da Saúde IONE OLARTE CAMINHA CARLOS PIO VALAU VEZZOSI KELEN CARMO DOS SANTOS Elaboração do Plano: Equipe Multidisciplinar da Secretaria Municipal da Saúde Graciela Schirmer (Assessoria GS) Colaborações: Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul (SES) Datasus Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Conselho Municipal da Saúde de Manoel Viana (CMS) 3 1 - INTRODUÇÃO O Plano Municipal de Saúde, conforme a lei 8080 e 8142/90 é o documento que descreve a proposta política que será implementada, durante a Administração Pública Municipal, através da Secretaria Municipal da Saúde. A construção do Sistema Único de Saúde é uma tarefa compartilhada entre o Governo Federal, Governos Estaduais e Municipais, com a importante participação da sociedade, por intermédio dos Conselhos Municipais de Saúde. O empenho de todos deverá garantir o acesso dos cidadãos brasileiros a serviços de saúde eficientes e de boa qualidade. De acordo com a Constituição Federal, a administração do sistema deve estar localizada perto do cidadão e de seus problemas de saúde, facilitando igualmente a fiscalização da sua gerência. Essa descentralização comina com o reconhecimento da Responsabilidade Política do Município com a saúde de seus munícipes. Cabendo a União e ao Estado a cooperação técnica e financeira para o exercício desse encargo. O município de Manoel Viana está com a saúde municipalizada na forma de Gestão Municipal, desde 03 de novembro de 2010, de acordo com as diretrizes do Pacto, e é responsável em primeira instância pela situação da saúde de sua população, organizando os serviços que estão sob sua gestão e/ou participando na construção do acesso aos demais serviços (dentro e fora do município). A Administração Municipal assumiu gradativamente a responsabilidade de organizar e desenvolver o Sistema Municipal de Saúde, onde se insere o conjunto de ações que caracterizam a ATENÇÃO BÁSICA. Desta forma estamos nos organizando junto à 10ª CRS discutindo e pactuando o processo da regionalização (Referências Intermunicipais). 4 2. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO 2.1 – HISTÓRICO Da necessidade de se ter um local apropriado para a passagem de cavaleiros e carreteiros, meios de transporte da época, face ao intercâmbio comercial entre as regiões das Missões e da Fronteira escolheu-se uma localidade como sendo a mais adequada, chamada de Passo Novo do Ibicuí. O povoado conservou este nome até a criação da vila, chamada de Manoel Viana em homenagem aos serviços prestados pelo Intendente Manoel Viana, no período de 1908 a 1916. A primeira residência lá construída foi de Inácio Cortes da Silva, seguida de Dorico Marques, Madalena Camargo Saldanha e Mario Brites, entre outros. O povoado tinha poucas famílias até meados de 1945, quando teve início a construção da ponte General Osório sobre o Rio Ibicui. Inaugurada em 1950, esta representa um passo decisivo para o desenvolvimento desta localidade, por ser um elo de ligação rodoviário de vários municípios, desencadeando um considerável crescimento da população. O local era favorecido pelas excelentes condições geográficas, com solos férteis banhados por grandes bacias hidrográficas como Ibicui, Itu, Miracatu, Piraju e Taquari. A partir de então começam a se estabelecer no local agricultores, pecuaristas, comerciantes, além de se instalarem indústrias, tornando a região cada vez mais desenvolvida. O Rio Ibicui desempenha função econômica fundamental para Manoel Viana e para os outros municípios por ele banhados. Suas águas são canalizadas para a agricultura, com destaque para a lavoura arrozeira. O município usufrui deste rio também para a pecuária, para as atividades de pesca e extração de areia, garantindo trabalho à um grande número de pessoas. Este rio também é conhecido como "Rio das Peleias"- metáfora que o poeta Guilherme Schultz Filho utilizou para batizar o rio, por causa da série de episódios bélicos ali 5 desenrolados ao longo dos séculos da formação da história gaúcha. Entre os cursos do Rio Ibicui e Ibirapuitã viviam os índios Minuanos. Do seu canto teve origem o termo "Gaúcho", que significa "Gau"- cantar triste, e "quinchua Che" gente. Manoel Viana é hoje um município muito próspero, graças a fertilidade e a capacidade hídrica de seus solos, destacando-se as culturas anuais do arroz, da soja, do milho, do sorgo e do trigo, sendo a pecuária também bastante desenvolvida. (Retirado do site http://www.manoelviana.rs.gov.br/site/modules/wfchannel/index.php?pagenum=2 ). 2.2 - IDENTIFICAÇÃO DO MUNICÍPIO NOME: Manoel Viana DATA DA CRIAÇÃO: 20 de Março de 1992 ÁREA: 1.391 Km2 POPULAÇÃO (2009): 6.407 habitantes DENSIDADE DEMOGRÁFICA: 4,6 hab/km² CRS: 10.ª Coordenadoria Regional de Saúde DISTÂNCIA DA SEDE DA CRS: 42,5Km DISTÂNCIA DA CAPITAL DO ESTADO: 506Km CONDIÇÕES DE ACESSO AO MUNICÍPIO: Seus acessos rodoviários são pelas estradas RS 377 (com asfalto - 506 Km de Porto Alegre) e RS 176 que dá acesso à cidade de São Borja. O município é servido diariamente por linhas de ônibus e transportadoras. LIMITES MUNICIPAIS: (DISTÂNCIAS DE SEDE À SEDE) Ao Norte: Maçambará, distante 122Km; Ao Oeste: São Francisco de Assis, distante 45,2Km; Ao Sul: Alegrete, distante 42,5Km; Ao Leste: Itaqui, distante 156Km; 6 2.3 – ASPECTOS DEMOGRÁFICOS 2.3.1 – DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO Tabela 1 – População residente no município, por grupo etário e sexo – 2009 GRUPO ETÁRIO Menores de 1 ano 1 a 4 anos 5 a 9 anos 10 a 14 anos 15 a 19 anos 20 a 29 anos 30 a 39 anos 40 a 49 anos 50 a 59 anos 60 a 69 anos 70 a 79 anos 80 anos e mais TOTAL MASCULINO 45 201 299 302 295 587 457 492 417 260 128 55 3.538 FEMININO 43 194 285 278 275 531 425 492 384 256 170 81 3.414 TOTAL 88 395 584 580 570 1.118 882 984 801 516 298 136 6.952 Fonte IBGE (Por estimativa) OBS.: Mulheres em idade fértil (10-49 em 2009) = 2.001 Proporção da população feminina em idade fértil = 28,78% Dados Preliminares Censo2010-IBGE: Total de Total de População População População Homens Mulheres Urbana Rural Total 2010 3.558 3.516 5.364 1.710 7.074 Fonte IBGE 2.3.2 – DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO Tabela 2 - População Residente no município de Manoel Viana por ano (de 2005 a 2008) ANO 2005 2006 2007 2008 Fonte IBGE POPULAÇÃO 7.766 7.905 8.047 6.963 MÉTODO Estimativa Estimativa Estimativa Estimativa 7 2.4 – MIGRAÇÕES As dificuldades do crescimento econômico e do mercado de trabalho fazem com que os jovens saiam à procura de trabalho e de centros educacionais. A mecanização da lavoura é outro fator que determina a migração da população rural para a zona urbana que trouxe a substituição da mão de obra por máquinas que fazem o trabalho de várias pessoas. 2.5 – ASPECTOS SÓCIO-ECONÔMICOS 2.5.1 – ATIVIDADES ECONÔMICAS (Indústria, comércio, agricultura, pecuária, prestação de serviços, outros) 2.5.2 – MEIOS DE COMUNICAÇÃO – Agência de Correios e Telégrafos; Telefonia fixa e móvel; internet. 2.5.3 – ESTRUTURA ECONÔMICA Setor Primário – O percentual populacional que reside no meio rural é de 25% da população total, sendo que o Município possui grande extensão territorial, a atividade agrícola destaca-se com as seguintes culturas: CULTURA ÁREA CULTIVADA PRODUTIVIDADE (Kg/Ha) Arroz (em casca) 4.100 5.850 Trigo (em grão) 2.000 2.100 Sorgo (em grão) 1.000 2.100 Soja (em grão) 23.000 1.400 Milho (em grão) 2.500 1.680 Melancia 20 12.000 Mandioca 200 12.000 Girassol (em grão) 50 1.800 Fumo (em folha) 10 1.500 Cana-de-açúcar 100 21.000 Batata-doce 10 9.800 Tangerina 5 5.600 Pêssego 15 5.800 Laranja 22 6.590 Fonte: IBGE, Produção Agrícola Municipal 2009. 8 Destacam-se na pecuária a criação de bovinos e ovinos com atividades como a produção de leite e extração da lã, respectivamente. Setor Secundário: Número de Estabelecimentos Comerciais: aproximadamente 193 empresas registrada, compreendendo todas as atividades: bens duráveis, bens de consumo, material de construção, prestação de serviços como restaurantes e hotéis, entre outros. Setor Terciário – Destacam-se os profissionais liberais de várias áreas e as Agências Bancárias. 2.5.4 – PRODUTO INTERNO BRUTO: 2.5.5 – PIB PER CAPITA: R$ 84.706.000,00 (dado FAMURS/2007) R$ 12.486,00 (2007) 2.6 – ASPECTOS EDUCACIONAIS 2.6.1 –SITUAÇÃO ESCOLAR Tabela 3 – Relação do Número de Alunos das Escolas do Município, no ano de 2009. Nº DE ESCOLAS / Nº DE ALUNOS REDE Ed. De 1.ª a 4.ª De 5ª a 8ª Ensino Ens. Fundamental Ens. Médio Infantil série série Médio EJA EJA Municipal 56 232 229 0 0 0 Estadual 38 380 343 224 97 56 OBS.: Total geral de alunos: 1.655 Total geral de escolas: 6 Fonte: Inep/MEC 2.7 – SITUAÇÃO DO MEIO AMBIENTE 2.7.1 – AMBIENTE URBANO – Existe uma praça central arborizada, com equipamentos públicos de recreação e lazer. As ruas da cidade são parcialmente pavimentadas e arborizadas. As ruas da maioria das vilas não são pavimentadas e arborizadas. 9 2.7.2 – RECREAÇÃO – Existe ginásio de esporte coberto pertencente à Escola Estadual de Educação Básica Manoel Viana, na sede do município. Nas comunidades do interior há quadras de esporte. Os esportes mais praticados no município são o futebol de salão e jogos de bochas em quadras. 2.7.3 – AMBIENTE NATURAL – O município é rico em cursos de águas. O rio que banha o município é o Rio Ibicuí. 2.7.4 – HABITAÇÃO – No município temos a maioria dos domicílios em alvenaria, mas também existem muitos de madeira e mistos, e ainda são vistas residências muito antigas, construídas pelos primeiros ocupantes do local. 2.7.5 – REDE ELÉTRICA – Todas as residências de Manoel Viana são servidas por rede de energia elétrica. 2.7.6 – SANEAMENTO – Na sede do município o abastecimento de água de sob a responsabilidade da CORSAN, abastecendo quase que a totalidade dos domicílios, porém no interior a água é de poços ou nascentes requerendo um grande trabalho da Vigilância Sanitária para a manutenção da qualidade da água. Já o esgotamento é realizado quase que na totalidade através do sistema de fossa. 2.7.7 – COLETA DE LIXO – A freqüência da coleta de lixo, na zona urbana é feita a cada dois dias e abrange 100% toda área. Na zona rural é de duas vezes por semana e não abrange toda da área. 10 3 - INDICADORES DE SAÚDE Tabela 4 – Nascidos vivos, local de ocorrência e sexo nos anos de 2006 a 2009. ANO 2006 2007 2008 2009 Nº NASCIDOS VIVOS 96 73 93 77 LOCAL DE OCORRÊNCIA HOSPITALAR DOMICILIAR 95 73 91 77 1 0 2 0 SEXO M F 51 34 56 - 45 39 37 - Fonte: SINASC Tabela 5 – Dados referente ao peso do recém-nascido nos anos de 2006 a 2009 do município de Manoel Viana. ANO 2006 2007 2008 2009 MUITO BAIXO PESO AO NASCER < 1.500G 0 1 3 0 BAIXO PESO AO NASCER < 2.500G 8 8 16 8 Fonte: SINASC Tabela 6 – Dados referentes à Gestação e parto, período 2006 a 2009, do município de Manoel Viana. DURAÇÃO DA GESTAÇÃO DE ANO ATÉ 37 A 42 36 E+ 41 SEM SEM 2006 9 87 0 2007 10 63 0 2008 17 76 0 2009 6 71 0 Fonte: SINASC TIPO DE GRAVIDEZ TIPO DE PARTO Nº DE CONSULTAS PRÉ-NATAL De ÚNICA Dupla Normal Cesárea Nenhuma 1 a 3 94 73 85 53 2 0 8 0 55 40 34 40 41 33 59 37 3 1 4 0 5 5 4 3 De 4a 6 15 12 12 15 IDADE DA MÃE 10 a de 20 + de 7 e 19 à 35 35 + anos anos anos 73 55 73 59 21 17 19 14 62 47 58 63 Tabela 7 – Coeficiente de Internação, por Acidente Vascular Cerebral, na faixa etária de 30 à 59 anos, no município de Manoel Viana, nos anos de 2007 a 2009. Coeficiente 3,27 Fonte: SIH/SUS 2007 Nº Pop. de 30 a Abs. 59 anos 1 3.065 PERÍODO 2008 Nº Pop. de 30 a Coeficiente Abs. 59 anos 18,80 5 2.660 Coeficiente 11,25 2009 Nº Pop. de 30 a Abs. 59 anos 3 2.667 13 9 16 - 11 Tabela 8 – Coeficiente de Internação por Diabetes Mellitus na população com 30 anos e mais, do município de Manoel Viana nos anos de 2007 a 2009. Nº INTERNAÇÕES POR DIABETES MELLITUS 2 7 4 ANO 2007 2008 2009 COEFICIENTE % 5,08 19,52 11,06 POPULAÇÃO DE 30 ANOS E + 4.100 3.586 3.617 Fonte: SIH/SUS Tabela 9 – Óbitos por grupos de causas de CID 10, ambos os sexos, e todas as idades, no município de Manoel Viana nos anos de 2006 a 2009. ANO 2006 2007 2008 2009 I 3 0 2 0 CAPÍTULOS TOTAL II III IV V VI VII VIII IX X XI XII XIII XIV XV XVI XVII XVIII XX 8 0 1 0 0 0 0 13 5 0 0 0 0 0 2 0 6 5 43 16 0 0 0 0 0 0 14 10 1 0 0 2 0 2 2 5 4 56 12 0 2 0 0 0 0 17 4 1 0 0 0 0 2 0 6 6 52 3 0 2 0 0 0 0 11 4 0 0 0 0 1 0 0 6 1 35 Fonte: SIM (Sistema de Informação em Mortalidade) CAPÍTULOS DA CLASSIFICAÇÃO ESTATÍSTICA INTERNACIONAL DE DOENÇAS PROBLEMAS RELACIONADOS À SAÚDE / CID - 10 CAPÍTULO DESCRIÇÃO CÓDIGO I Algumas doenças infecciosas e parasitárias A00 – B99 II Neoplasias (tumores) C00 – D48 III Doenças do sangue e órgãos hematopoéticos e alguns transtornos D50 – D89 IV Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas E00 – E90 V Transtornos mentais e comportamentais F00 – F99 VI Doenças do sistema nervoso G00 – G99 VII Doenças do olho e anexos H00 – H59 VIII Doenças do ouvido e da apófise mastóide H60 – H95 IX Doenças do aparelho circulatório I00 – I99 X Doenças do aparelho respiratório J00 – J99 XI Doenças do aparelho digestivo K00 – K93 XII Doenças da pele e do tecido subcutâneo L00 – K99 XIII Doenças do sistema osteomuscular e tecido conjuntivo M00 – M99 XIV Doenças do aparelho geniturinário N00 – N99 XV Gravidez, parto e puerpérito O00 – O99 XVI Algumas afecções originadas no período perinatal P00 – P96 XVII Malformações congênitas, deformidades e anomalias cromossômicas Q00 – Q99 XVIII Sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de Laboratório R00 – R99 não classificados em outra parte. XX Causas externas de morbidade e de mortalidade V01-V99 / W00-99 X00–X99 / Y00–Y98 XXI Fatores que influenciam o estado de saúde e o contato com serviço de Z00 – Z99 saúde 12 Tabela 10 – Morbidade Hospitalar (SUS) do município de Manoel Viana por capítulo da CID 10 de 2006 a 2009. CAPÍTULO CID-10 I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII XIII XIV XV XVI XVII XVIII XIX XX XXI TOTAL DAS INTERNAÇÕES ANOS 2006 21 53 2 8 13 6 0 0 46 52 41 2 9 16 93 8 1 3 19 0 6 2007 9 31 5 8 9 8 0 0 54 57 32 3 8 12 60 3 1 2 28 0 3 2008 21 36 2 20 21 22 0 0 67 61 41 2 2 31 86 13 3 0 24 0 6 2009 19 23 1 8 12 13 0 0 51 62 57 0 4 19 61 4 0 1 18 0 6 399 333 458 359 Fonte: SIH/SUS CAPÍTULOS DA CLASSIFICAÇÃO ESTATÍSTICA INTERNACIONAL DE DOENÇAS PROBLEMAS RELACIONADOS À SAÚDE / CID - 10 CAPÍTULO DESCRIÇÃO CÓDIGO I Algumas doenças infecciosas e parasitárias A00 – B99 II Neoplasias (tumores) C00 – D48 III Doenças do sangue e órgãos hematopoéticos e alguns transtornos D50 – D89 IV Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas E00 – E90 V Transtornos mentais e comportamentais F00 – F99 VI Doenças do sistema nervoso G00 – G99 VII Doenças do olho e anexos H00 – H59 VIII Doenças do ouvido e da apófise mastóide H60 – H95 IX Doenças do aparelho circulatório I00 – I99 X Doenças do aparelho respiratório J00 – J99 XI Doenças do aparelho digestivo K00 – K93 XII Doenças da pele e do tecido subcutâneo L00 – K99 XIII Doenças do sistema osteomuscular e tecido conjuntivo M00 – M99 XIV Doenças do aparelho geniturinário N00 – N99 XV Gravidez, parto e puerpérito O00 – O99 XVI Algumas afecções originadas no período perinatal P00 – P96 XVII Malformações congênitas, deformidades e anomalias cromossômicas Q00 – Q99 XVIII Sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de Laboratório R00 – R99 não classificados em outra parte. XIX Lesões, envenenamento e algumas outras conseqüências de causas S00 – S99 externas T00 – T98 XX Causas externas de morbidade e de mortalidade V01-V99 / W00-99 X00–X99 / Y00–Y98 XXI Fatores que influenciam o estado de saúde e o contato com serviço de Z00 – Z99 saúde 13 Tabela 11 – Nº total de internações hospitalares, por faixa etária, nos anos de 2006a 2009 de Manoel Viana. ANO < de 1 ano 2006 21 2007 21 2008 26 2009 19 Fonte: SIH/SUS 1à 4a 12 13 10 16 5à 9a 13 10 3 7 10 à 14a 3 4 5 6 NÚMERO DE INTERNAÇÕES 15 à 20 à 30 à 40 à 50 à 19ª 29a 39a 49a 59a 31 68 51 54 49 28 38 43 41 31 31 65 47 70 52 20 45 44 46 47 60 á 69a 40 36 61 42 70 à 79a 35 42 56 40 80 e mais 22 26 32 27 TOTAL 399 333 458 359 14 4 – ESTABELECIMENTOS DE SAUDE 4.1 – REDE AMBULATORIAL A) RECURSOS HUMANOS DA SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE CATEGORIA PROFISSIONAL NÍVEL SUPERIOR Médico Clínico Geral Médico Gineco-obstetra Médico Pediatra Enfermeira Odontóloga Psicólogo Fisioterapeuta Fonoaudióloga Farmacêutica Nutricionista TOTAL CATEGORIA PROFISSIONAL NÍVEL MÉDIO Técnica de Enfermagem Auxiliar de consultório dentário Fiscal Sanitário Agente da Dengue Coordenador Endêmico Estagiários Agentes comunitários de saúde Visitadores do PIM Administrativos Motoristas TOTAL RECURSOS HUMANOS MUNICIPAL 5 1 1 4 4 1 1 1 1 1 19 RECURSOS HUMANOS MUNICIPAL 9 1 CARGA HORÁRIA 2=40hs/s e 3=20hs/s 20 hs/s 20 hs/s 2=40 hs/s e 2=30hs/s 1=40 hs/s e 3=20hs/s 20 hs/s 20 hs/s 20 hs/s 20 hs/s 10 hs/s CARGA HORÁRIA 40 hs/s 40 hs/s 1 4 1 6 10 40 hs/s 40 hs/s 40 hs/s 20 hs/s 40 hs/s 12 2 5 49 40 hs/s 40 hs/s 40 hs/s - B) CAPACIDADE FISICA Recursos Físicos atuais, existentes na rede ambulatorial do município de Manoel Viana. Na sede Unidade Básica de Saúde (ambulatório/PA) Sala de enfermagem: 01 Consultório médico: 02 Sala de observação: 02 Sala de esterilização: 01 Recepção: 01 Almoxarifado/lavanderia: 01 Cozinha: 01 15 ESF II Sala de enfermagem: 01 Consultório médico: 02 Sala de reuniões: 01 Sala de vacinas: 01 Sala de observação: 01 Recepção: 01 Almoxarifado/lavanderia: 01 Cozinha: 01 ESF I Sala de enfermagem: 01 Consultório médico: 01 Sala de vacinas: 01 Farmácia: 01 Recepção: 01 Consultório Odontológico: 01 Sala de reuniões: 01 Secretaria Municipal de Saúde Sala de atendimento administrativo: 03 Consultório (psicólogo, nutricionista): 02 Sala de reuniões: 01 Sala do Conselho Municipal de Saúde: 01 Sala da Vigilância epidemiológica e sanitária: 01 CIANE Consultório (psicólogo, fonoaudiólogo): 02 Sala de fisioterapia: 01 Sala de reuniões: 01 Almoxarifado/lavanderia: 01 Cozinha: 01 No Interior: Algumas comunidades do interior possuem atendimento sendo que a estrutura física é bem mais simples, algumas contam com: Sala de enfermagem: 01 Consultório médico: 01 Consultório odontológico: 01 Almoxarifado/lavanderia: 01 Cozinha: 01 Recepção: 01 Sala de reunião: 01 Sala de esterilização: 01 Outras contam apenas com o consultório médico e recepção. C) VIGILÂNCIA EM SAÚDE É importante destacar que, o município está habilitado ao tipo III de Certificação, e que, desde dezembro de 2002 vem desenvolvendo as atribuições definidas para este nível de gestão. A equipe de vigilância em saúde é a seguinte: 16 NOME DO PROFISSIONAL Sonia Finger Marlon Bolzan Machado Jocelaine Pedroso Mirian Benites Maria Gorete Beque Medeiros Cláudio Onei da Silva Oliveira Carla Lidiane M. de Bitencourt Miguel Biscaino GRAU DE ESCOLARIADADE Nível Superior Nível Superior Nível Médio Nível Médio Nível Superior Nível Médio Luciana Penning Nível Médio Maria de Lurdes Forte Nível Médio Nível Médio Nível Médio FUNÇÃO Enfermeira Médico Veterinário Técnica de Enfermagem Técnica de Enfermagem Fiscal Sanitário Coordenador Endêmico Agente Endemias Agente Endemias Agente Endemias Agente Endemias de combate a de combate a de combate a de combate a De acordo com a NOB/SUS 01/96 (artigo 3º) são competências do município, na área de epidemiologia e controle de doenças: “Compete aos Municípios a gestão do componente municipal do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica e Ambiental em Saúde, compreendendo as seguintes atividades: I – notificação de doenças de notificação compulsória, surtos e agravos inusitados, conforme normatização federal e estadual; II – investigação epidemiológica de casos notificados, surtos e óbitos por doenças específicas; III – busca ativa de casos de notificação compulsória nas unidades de saúde, inclusive laboratórios, domicílios, creches e instituições de ensino, entre outros, existentes em seu território; IV – busca ativa de Declarações de Óbito e de Nascidos Vivos nas unidades de saúde, cartórios e cemitérios existentes em seu território; V – provimento da realização de exames laboratoriais voltados ao diagnóstico das doenças de notificação compulsória, em articulação com Secretaria Estadual de Saúde; VI – provimento da realização de exames laboratoriais para controle de doenças, como os de malária, esquistossomose, triatomíneos, entre outros a serem definidos pela PPI-ECD; VII – acompanhamento e avaliação dos procedimentos laboratoriais realizados pela unidades públicas e privadas componentes da rede municipal de laboratórios que realizam exames relacionados à saúde pública; VIII – monitoramento da qualidade da água para consumo humano, incluindo ações de coleta e provimento dos exames físico, químico e bacteriológico de amostras, em conformidade com a normatização federal; IX – captura de vetores e reservatórios, identificação e levantamento do índice de infestação; 17 X – registro, captura, apreensão e eliminação de animais que representem risco à saúde do homem; XI – ações de controle químico e biológico de vetores e de eliminação de criadouros; XII – coordenação e execução das ações de vacinação integrantes do Programa Nacional de Imunizações, incluindo a vacinação de rotina com as vacinas obrigatórias, as estratégias especiais como campanhas e vacinações de bloqueio e a notificação e investigação de eventos adversos e óbitos temporalmente associados à vacinação; XIV – gestão dos sistemas de informação epidemiológicas, no âmbito municipal, incluindo: a) coleta e consolidação dos dados provenientes de unidades notificantes do SIM, SINAN, SINASC, SI-PNI e outros sistemas que venham a ser induzidos; b) envio dos dados ao nível estadual, regularmente, dentro dos prazos estabelecidos pelas normas de cada sistema; c) análise dos dados; e d) retro-alimentação dos dados. XV – divulgação de informações e análises epidemiológicas; XVI – participação no financiamento das ações de Epidemiologia e Controle de Doenças, conforme disposições contidas nos artigos 14 a 19 desta Portaria; XVII – participação, em conjunto com os demais gestores municipais e Secretaria Estadual de Saúde, no Comissão Intergestores Bipartite – CIB, na definição da Programação Pactuada Integrada PPI–ECD para a área de Epidemiologia e Controle de Doenças, em conformidade com os parâmetros definidos pela FUNASA; XVIII – gestão dos estoques municipais de insumos estratégicos, inclusive com abastecimento dos executores das ações; XIX – coordenação e execução das atividades de IEC de abrangência municipal; XX – capacitação de recursos humanos. Parágrafo único. As competências estabelecidas neste artigo poderão ser executadas em caráter suplementar pelos estados ou por consórcio de municípios, nas condições pactuadas na CIB.” 18 5 – PROGRAMAS DE SAÚDE DESENVOLVIDOS 5.1- PROGRAMA SAÚDE DA CRIANÇA E ESCOLAR: O programa saúde da criança procura realizar o controle do crescimento e desenvolvimento, prevenção de infecções respiratórias, doenças diarréicas, desnutrição e controle de imunizações. É realizado o controle da vacinação de rotina no primeiro ano de vida, onde é feito o chamamento de todas as crianças faltosas. Realizamos o Teste do Pezinho (Básico) gratuitamente para todas as crianças do município e contamos com o atendimento especializado por médico pediatra na Unidade Básica. Na área de Saúde do Escolar prestamos atendimento nas áreas: odontologia, com atendimento agendado nos Postos de Saúde; oftalmologia; saúde geral e, quando necessário, atendimento especializado (psicologia, fonoaudiologia, etc). Desenvolvemos, também, com o apoio indispensável dos professores, o projeto de prevenção da arcada dentária através da aplicação do bochecho com flúor, escovação orientada com flúor gel e escovação após a merenda com os alunos de todas as escolas do Município. Também são realizadas palestras nas escolas sobre DST/AIDS e Sexualidade, e/ou outros assuntos que forem solicitados pelos professores. 5.2- PROGRAMA SAÚDE DA MULHER: Neste programa são realizados: O planejamento familiar (com a distribuição de anticoncepcionais orais e camisinhas de acordo com a demanda, mais atividades educativas), Consultas ginecológicas, e exame preventivo do câncer de colo uterino (coleta de material para exame de citologia) e de mama, o tratamento e prevenção da menopausa, o pré-natal com destaque para o atendimento especializado com médico gineco-obstetra. As gestantes recebem todos os exames solicitados (laboratoriais e US) e há a indicação e o acompanhamento da vacina anti-tetânica. 5.3- PROGRAMA DE SAÚDE MENTAL: Para a execução deste programa contamos com psicólogo que realiza consultas individuais e terapia e com o atendimento referenciado no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) em Alegrete. O Psicólogo é um profissional que se ocupa do diagnóstico, tratamento e prognóstico de doenças mentais e comportamentais. O psicólogo trata várias doenças como a depressão, transtorno de ansiedade, síndrome do pânico, fobias, transtornos de personalidade, alcoolismo e outras dependências, bem como procura manter o paciente estável e evitar internações. Um trabalho em grupo possibilitaria que um maior número de pacientes já estáveis, obviamente, fossem vistos e acompanhados num menor tempo, desafogando a agenda para outros casos mais urgentes naquele momento, sendo uma das propostas para ampliar o atendimento em psicologia. Outro ponto positivo dos grupos é a troca de experiências entre pares, que se unem pela doença, mas se mantém ligados pela saúde mental que o grupo fomenta. O atendimento no CAPS-ad é realizado em duas etapas, conforme a necessidade do paciente, sendo a primeira o diagnóstico da doença/transtorno e a segunda o acompanhamento regular do paciente, bem como de sua família, para uma nova inserção do individuo na sociedade. As consultas individuais são agendadas anteriormente. Os casos de urgência são encaminhados ao Hospital Irmandade Santa Casa de Caridade de Alegrete. 19 5.4- SERVIÇO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA: O serviço de vigilância sanitária da saúde realiza visitas de inspeção sanitária em estabelecimentos de saúde, drogarias, estabelecimentos onde são comercializados ou manuseados alimentos, serviços de abastecimento de água: CORSAN, poços e fontes, locais onde há problema com o lixo e esgotamento sanitário, fiscalizando e orientando sobre a prevenção e promoção da saúde. Também são licenciados os estabelecimentos de saúde de baixa complexidade e comércio de alimentos. Quando há denúncia ou queixa de alguma pessoa, o profissional vai até o local verificar o problema e tentar resolver dentro do possível. A VISA local sempre que solicitada pela 10ª CRS realiza vistorias em farmácias e estabelecimentos para verificar se há algum medicamento ou produto adulterado. 5.5- PROGRAMA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA Há no município a oferta de todas as vacinas constantes na grade obrigatória de imunização, preconizada pelo Plano Nacional de Imunizações (PNI), para crianças, adolescentes, adultos e idosos. São realizada anualmente campanhas de vacinação contra a Poliomielite (2 etapas) para crianças até 5 anos de idade, e contra Influenza para os idosos e grupos de risco. São pactuadas metas anuais de vacinação para essas campanhas, bem como, estabelecidas metas para campanhas extras, de quaisquer outras vacinas que venham a ter a necessidade de vacinação em massa. 5.6- PROGRAMA DE CONTROLE DA TUBERCULOSE Este programa visa a busca ativa dos sintomáticos respiratórios com a realização de baciloscopia. Todo caso confirmado é registrado no programa (inscrito) onde de imediato é iniciado o tratamento medicamentoso (supervisionado). São solicitados exames complementares (Rx de Tórax, Anti HIV) e outros que o médico clínico julgar necessário. No momento da inscrição do paciente, é realizada a investigação dos comunicantes. Há uma vigilância constante do andamento do tratamento (se o paciente está tomando corretamente as medicações). O paciente é orientado a procurar a unidade de saúde caso haja alguma intercorrência durante o tratamento. A vacina BCG para o recém-nascido é a primeira medida preventiva contra a tuberculose. Entre outras medidas preventivas está a educação da população. 5.7- PROGRAMA DE ELIMINAÇÃO DA HANSENÍASE Cabe destacar que não existe nenhum caso registrado, de portador de hanseníase, no município. Mas o serviço de vigilância em saúde está atento a busca ativa de casos (identificação de sintomáticos dermatológicos entre usuários). 5.8- CONTROLE DA HIPERTENSÃO E DO DIABETES MELLITUS Estes dois programas consistem em: Diagnóstico clínico precoce dos casos; Cadastramento dos portadores; Acompanhamento ambulatorial com fornecimento de medicamentos, solicitação de exames laboratoriais complementares e outros; Atendimento às complicações agudas e outras intercorrências. Estes programas visam a redução e/ou prevenção das complicações decorrentes da hipertensão e do diabetes, bem como das internações. 20 5.9 PROGRAMA DE SAÚDE BUCAL A política de Saúde Bucal, no Município, procura guiar-se pela Norma Técnica e Operacional, que tem por objetivo desenvolver uma odontologia integral com enfoque prioritário nas ações educativo-preventivas, visando a promoção da saúde de toda população. As medidas de prevenção da cárie dentária são: Educação em Saúde Bucal (ESB), Higiene Bucal Supervisionda (HBS), Aplicação Tópica de Flúor (ATF) e controle dos teores de flúor nas águas da CORSAN. As consultas e os demais procedimentos odontológicos são realizados por livre demanda, bem como atendimentos às urgências odontológicas. São realizados todos os procedimentos Básicos e alguns especializados (Não-Básicos). 5.10 ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA A Estratégia Saúde da Família conta com duas equipes multidisciplinares formadas por médico, enfermeira, técnica de enfermagem e agentes comunitários de saúde, sendo que uma das equipes conta também com profissional odontólogo e auxiliar de consultório dentário. As equipes possuem uma população referenciada, com cobertura de 64% da população do município atendida, e realiza ações diretas de prevenção à doenças; conscientização de cuidados com a saúde; acompanhamento domiciliar de pacientes acometidos por enfermidades; e monitoramento da situações de risco à saúde. Estas ações são de preferência realizadas nas comunidades e/ou domicílios, sendo priorizados os pacientes acamados ou com doenças crônicas, através de um acompanhamento mais efetivo, bem como gestantes e grupos de risco como hipertensos e diabéticos, levando aos mesmos informações e conscientizando-os dos cuidados necessários para a manutenção da saúde e da qualidade de vida. O programa visa também, inserir os trabalhadores de saúde na comunidade afim de diagnosticar as prováveis causas de doenças e perigos a saúde dos usuários daquela localidade/comunidade. 5.11 PROGRAMA PRIMEIRA INFÂNCIA MELHOR O Programa Primeira Infância Melhor conta com uma equipe de 12 visitadores e possui uma população referenciada, com cobertura de 82% das crianças de 0 à 5 anos do município atendidas, realizando ações que visam o desenvolvimento pleno da criança através de atividades lúdico-recreativas. Estas ações são de preferência realizadas nas comunidades e/ou domicílios, sendo priorizadas as gestantes e os bebes realizando atividades que envolvem afetividade e envolvimento entre a mãe e o bebe, tão importantes nessa primeira fase da vida. 21 6 – FINANCIAMENTO O Município de Manoel Viana, como integrante da Rede SUS, conta com recursos das três esferas de governo para a manutenção e oferta dos serviços de saúde à população, sendo que conta com os seguintes recursos vinculados: Recursos repassados mensalmente pelo Governo Federal: - PAB FIXO: R$10.732,00 - Assistência Farmacêutica: R$2.955,45 - Vigilância em Saúde: R$7.490,57 - Incentivo Agentes comunitário de saúde: R$6.510,00 - Incentivo Estratégia Saúde da Família: R$12.800,00 - Incentivo Saúde Bucal: R$2.000,00 Recursos repassados mensalmente pelo Governo Estadual: - Assistência Farmacêutica: R$1.077,87 - Incentivo Programa Primeira Infância Melhor: R$6.000,00 - Incentivo Estratégia Saúde da Família: R$4.000,00 - Incentivo Saúde Bucal: R$500,00 Além desses recursos recebidos mensalmente, existem repasses de valores variáveis para incentivar o alcance de metas, como os incentivos para as campanhas de vacinação da poliomielite e influenza, capacitação profissional dos trabalhadores em saúde, entre outros, porém a maior parte do custeio dos serviços de saúde é realizado com recursos próprios do município. 15.1 RECEITA APLICADA EM SAÚDE NOS ÚLTIMOS QUATRO ANOS ANO 2006 2007 2008 2009 RECEITA MUNICIPAL (R$) 1.125.848,64 1.233.709,96 1.391.153,47 1.455.797,79 RECEITA ESTADUAL (R$) RECEITA FEDERAL (R$) 95.142,74 68.296,28 140.679,64 124.132,25 395.036,80 478.424,67 456.624,96 473.571,69 Percentual aplicado em Saúde: 2006 17,76 % 2007 17,92 % 2008 16,28 % 2009 17,20 % TOTAL (R$) 1.616.028,18 1.780.430,91 1.988.458,07 2.053.501,73 22 7 - ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DA SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE Com a assinatura do Termo de Compromisso de Gestão Municipal em 03 de novembro de 2010, haverão alterações na estrutura gerencial do órgão municipal com as responsabilidades assumidas na gestão do SUS municipal (Gestão Plena de Atenção Básica). Com relação ao Fundo Municipal da Saúde, está operacionalizado, mas continua vinculado à Secretaria Municipal da Fazenda. O ordenador de despesas é o Prefeito Municipal e a contabilidade é incorporada à contabilidade geral da Prefeitura. O FMS é uma unidade orçamentária dentro do Orçamento Municipal. 8 - LEGISLAÇÃO / NORMAS PARA A IMPLANTAÇÃO DO SUS MUNICIPAL Denominação do órgão municipal da saúde: Secretaria Municipal de Saúde e Assistência Social. - Lei de criação do órgão municipal de saúde: Lei nº 760/02, publicada em 27/08/2002. - Lei de criação do Fundo Municipal de Saúde: Lei nº 281/97, publicada em 14/04/1997 . - Lei de criação do Conselho Municipal da Saúde: Lei nº 879/03, publicada em 09/09/2003. - Lei que altera a composição do Conselho Municipal da Saúde: Lei nº 882/03, publicada em 17/09/2003. Observação: AS ALTERAÇÕES E AS LEGISLAÇÕES CONSTAM EM ANEXO A ESTE PLANO. 9 - PARTICIPAÇÃO DA SMS EM INSTÂNCIAS COLEGIADAS O Conselho Municipal da Saúde, reúne-se mensalmente (Reuniões Ordinárias) e extraordinariamente quando for solicitado. As reuniões do CMS são realizadas em sala disponibilizada pelo Executivo Municipal com toda a estrutura necessária. O CMS é formado por 18 membros sendo sua formação paritária: - 50% usuários (representantes de organizações de moradores, organizações religiosas e entidades sindicais); - 25% governo e prestadores de serviços ; - 25% representantes dos trabalhadores de saúde. A Secretaria Municipal da Saúde procura envolver o Conselho Municipal da Saúde nas decisões importantes a serem tomadas; presta contas regularmente dos recursos recebidos e aplicados na área de saúde. As reuniões do CMS é o fórum de discussão dos problemas de saúde do município. Todos os assuntos são registrados em ata. 23 10 – SISTEMA MICRORREGIONAL O município de Manoel Viana referencia seus pacientes para o município de Uruguaiana para as seguintes especialidades: Oncologia, Mastologia e Neurologia. Referencia os pacientes para Rosário do Sul para a especialidade de Oftalmologia. As internações e pequenas cirurgias são encaminhadas para o Hospital Irmandade Santa Casa de Caridade de Alegrete, sendo que o município possui convênio com o referido Hospital, sendo repassado mensalmente valor referente a subvenção social. O Hospital de Alegrete é referência também para a realização de exames de Radiografia. No ano de 2009 foi realizado a PPI (Programação Pactuada Integrada) juntamente coma 10ª Coordenadoria de Alegrete, ficando estabelecido as referências (encaminhamentos para outros municípios) bem como a memória das metas físicas de média complexidade referenciada. Foi considerado o parâmetro e a necessidade por mês da descrição do atendimento. Cabe ressaltar que, para alguns serviços, a PPI funcionou enquanto que para outros, ainda não conseguimos referenciar. O município referencia as consultas especializadas bem como exames de média e alta complexidade através da Central de Regulação da 10ªCRS e/ou Central de Agendamento em Porto Alegre. 11 - LEVANTAMENTO DOS PROBLEMAS E/OU DIFICULDADES NA GESTÃO Analisando os indicadores de saúde, bem como, a estrutura da saúde do município, a oferta dos serviços, recursos humanos, recursos financeiros e outros dados julgados importantes, levantamos os seguintes problemas no município: Existência de grande número de domicílios com água não canalizada; Contaminação da água (imprópria ao consumo humano) no interior; Falta de tratamento para o destino final do esgoto; Com relação ao parto: alto índice de partos em adolescentes e mães com poucas consultas de pré-natal; Alto número de internações por AVC na faixa etária de 30 a 59 anos de idade; Demanda reprimida por consultas especializadas; Grande dificuldade para agendar consultas especializadas via Central de Marcação (POA). “Nunca dispõe de vagas”; A grande demanda, por parte da população, de medicamentos “não básicos”; A grande demora no deferimento, por parte da Secretaria Estadual da Saúde, aos processos de solicitação de medicamentos especiais. 12– PRINCIPAIS AVANÇOS NA SAÚDE DO MUNICÍPIO: Se por um lado, foram levantados vários problemas, por outro lado, podemos citar grandes avanços que a saúde pública do município teve nos últimos tempos: Elaboração do Plano Municipal da Saúde; Realização das Conferências Municipais de Saúde; Aquisições de materiais, instrumentais e materiais permanentes para os Postos de Saúde; Ampliação da área física dos Postos de Saúde; Ampliação do horário de atendimento médico; Expansão na oferta de exames de baixa e media complexidade, sem convênio ao SUS, paga com recursos do município; Cura em 100% dos pacientes com tratamento para a tuberculose; Conscientização da população com relação a Dengue, e coleta de larvas para análise laboratorial; Inicio das discussões sobre a descentralização da Assistência; A realização da PPI. 24 13– PROPOSTAS DE MELHORIAS NA SAÚDE DO MUNICIPIO As propostas a seguir, são as ações do governo municipal, que pretende realizar até o final de 2013: 1. Manter os programas que vem sendo desenvolvidos. 2. Ampliar o acesso à Rede Pública de ações e serviços de saúde 3. Aumentar a cobertura populacional abrangida pela Equipe Estratégia Saúde da Família II. 4. Manter em boas condições e ampliar a estrutura física das Unidades Básicas de Saúde do Município. 5. Melhorar os indicadores de saúde: Cobertura vacinal em menores de 1 ano; Consultas básicas; Primeiras consultas odontológicas; Número de procedimentos coletivos na área de saúde bucal; Exames citopatológicos na população feminina na faixa etária de 25 a 59 anos de idade; Internações por Diabetes na população maiores de 30 anos de idade; Internações por AVC na população com idade entre 30 a 59 anos; Gravidez na adolescência; Internação por IRA em crianças menores de 5 anos de idade. 6. Com relação a vigilância em saúde (sanitária, epidemiológica e ambiental): Cadastrar os estabelecimentos de saúde; Cadastrar os poços e fontes de água do município; Controlar a qualidade da água e dos alimentos; Controlar o Aedes Aegypti e Aedes Albopictus; Controlar a Leptospirose; Controlar a Raiva Animal; Controlar o destino final do lixo contaminado (proveniente de serviços de saúde); Controlar os triatomídeos; Controlar as zoonoses. 7. Controlar a mortalidade do município. 8. Promover o desenvolvimento dos Recursos Humanos da atenção básica. 9. Acompanhar a aplicação de recursos em ações e serviços de saúde, conforme a EC 29/2000 (SIOPS) 10. Qualificar o controle social. 11. Atualizar o Plano Municipal de Saúde sempre que necessário. 12. Manter, atualizado, o cadastro dos prestadores de serviços e estabelecimentos de saúde. 25 14– PLANO DE AÇÃO ( ESTRATÉGIAS ) As estratégias, descritas a seguir, estarão na mesma ordem numérica das propostas de melhorias: 1) Proporcionar todas as condições: física (com aquisição de mobílias, equipamentos, materiais), humana (contratação profissional) e financeira para a execução dos programas. Garantir à população, a oferta de consultas médicas, nas especialidades básicas. Priorizar, na área de saúde bucal, a realização dos procedimentos coletivos, na faixa etária de 5 à 14 anos de idade, bem como facilitar o acesso às primeiras consultas odontológicas, as urgências e emergências. Proporcionar cobertura universal do esquema preconizado pelo PNI para todas as faixas etárias. Ampliar a Estratégia Saúde da Família e o Programa de Saúde Mental. Realizar ações de promoção da saúde e prevenção da doença. Garantir, mediante recursos disponíveis, o suprimento e a dispensação dos medicamentos da Farmácia Básica. 2) 3) Ampliar a Estratégia Saúde da Família, com o aumento do número de agentes comunitários de saúde para cobrir maior parte da população que ainda não está sendo atendida, bem como mapear as novas microáreas a serem cobertas. Treinar os profissionais ao módulo introdutório da ESF. Sensibilizar a população sobre o objetivo do programa e a participação nas ações realizadas. 4) Aumentar a estrutura física com a construção de uma nova sede para o atendimento da população pela Equipe Estratégia Saúde da Família (ESF I). Executar reparos e reformas necessárias nas demais unidades de saúde do Município, bem como Secretaria Municipal de Saúde. Adquirir equipamentos e material permanente e de consumo para dar boas condições ao atendimento à população. 5) Notificar e investigar 100% dos casos suspeitos de doenças de notificação compulsória. Desenvolver todas as ações em saúde (principalmente as referente a vigilância epidemiológica e sanitária) visando a prevenção das doenças e a promoção da saúde. Vacinar 100% dos menores de 1 ano com as vacinas preconizadas pelo Plano Nacional de Imunizações (PNI). Aumentar a oferta de consultas básicas. Aumentar a oferta pelas primeiras consultas odontológicas, facilitando o acesso à população. Priorizar os procedimentos coletivos na faixa etária de 5 à 14 anos Aumentar a oferta por exames citopatológicos na população feminina entre 25 e 59 anos de idade; Diminuir as internações por IRA em crianças menores de 5 anos de idade, aumentando e melhorando a oferta pelas consultas pediátricas e ações preventivas e educativas. Diminuir as internações por AVC, diagnosticando precocemente a hipertensão arterial, controlando periodicamente a Pressão Arterial, ofertando acesso aos medicamentos básicos e aos exames, bem como as ações preventivas e educativas. Diminuir as internações por Diabetes Mellitus, através do diagnóstico precoce da doença, oportunizando acesso universal aos serviços. Garantir a oferta dos exames 26 necessários (Glicemia em jejum e/ou Glicemia capilar) aos portadores de Diabetes Mellitus. Garantir o acesso aos medicamentos básicos e as ações preventivas e educativas. Realizar, periodicamente, palestras voltadas aos adolescentes trabalhando o planejamento familiar, a sexualidade; as Doenças Sexualmente Transmissíveis e a gravidez indesejada (ou não programada). Conscientizar a gestante e seu companheiro da importância do parto normal (vaginal), tanto para a mãe como para o bebê. Esclarecer os riscos de uma cesariana. Essa conscientização deve ser iniciada mesmo antes da paciente engravidar; ou nos primeiros meses (primeiro trimestre) nos grupos de gestantes, onde há uma troca muito grande de experiências entre elas. 6) Cadastrar 100% dos poços e fontes do município Realizar coletas de amostras de água para análise bacteriológica Cadastrar e fiscalizar 100% dos estabelecimentos de saúde (de baixa complexidade) Realizar vistorias em supermercados, padarias e bares para inspecionar as condições dos alimentos Visitar farmácias e drogarias, inspecionando os medicamentos (quando for o caso, interditar) Realizar a vigilância das doenças de notificação compulsória, investigando e notificando às esferas competentes Encaminhar, para pesquisa laboratorial cabeças de cachorro ou gato/ano para o controle da raiva no município. Implementar a vigilância epidemiológica de doenças transmitidas por alimentos. Realizar inspeções de imóveis para identificação/eliminação de focos e/ou criadouros do Aedes Aegypti e Aedes Albopictus. Tratar 100% dos imóveis com focos de Aedes Aegypti Realizar visitas em Postos de Informações de Triatomídeos (PIT) pelo agente da Dengue. Realizar vistorias em 100% dos estabelecimentos de saúde, investigando o destino final do lixo contaminado (produzido pelo próprio serviço de saúde). Manter convênio com firma prestadora de serviços para a coleta do lixo contaminado dos Postos de Saúde. 7) Recolher no Cartório de Manoel Viana todas as Declarações de Óbito registradas. Após, verificar se houve a ocorrência de morte em menores de 1 ano e morte materna. Registrar na planilha de ocorrência que fica na Unidade de Saúde ou Secretaria Municipal da Saúde. Caso haja alguma morte (infantil e/ou materna), encaminhar planilha de notificação de mortalidade infantil e/ou materna à 10ª CRS. Posteriormente, realizar a investigação dos óbitos, e encaminhar à 10ª CRS. Mesmo que não ocorra nenhum caso de morte (infantil ou materna) na semana a ser investigada, deve ser comunicado, por telefone, à 10ª CRS informando da notificação negativa. 8) Destinar, no orçamento da saúde, recurso financeiro para custeio, visando a capacitação dos profissionais da rede de atenção básica do município. 9) Solicitar à Secretaria Municipal da Fazenda, o demonstrativo periodicamente (mensal) das receitas arrecadadas e dos recursos aplicados no setor da saúde. Acompanhar, de perto, as datas dos depósitos dos recursos (Federal, Estadual e Municipal). Prestar contas trimestralmente, através do Relatório de Gestão, ao CMS, de modo que, possa haver o controle social da aplicação do percentual dos recursos estipulados, através da EC29. 27 10) Oportunizar, ao Conselho Municipal da Saúde, as condições necessárias para o seu pleno funcionamento. Viabilizar, transporte e alimentação, ao Conselheiro (quando for o caso) para a participação em reuniões, seminários e/ou Conferências. 11) Registrar no Plano Municipal de Saúde, que terá vigência até dezembro de 2013, o perfil da saúde (ambulatorial e hospitalar), bem como, os indicadores de saúde; As dificuldades levantadas; As propostas de melhorias(metas de governo) e quais as estratégias que serão usadas para atingir as metas pactuadas. Garantir aos usuários o conjunto de procedimentos assistenciais que compõem as ações de Atenção Básica. 12) Revisar, periodicamente, o cadastro dos prestadores de serviço, bem como, os estabelecimentos de saúde de modo que possa ser incluído ou excluído, algum(s) profissional(is) do quadro, sua carga horária, facilitando desta forma, a atualização permanente e o controle da produção física – financeira do estabelecimento. 28 ANEXOS