tratamento de infecção do trato urinário

Transcrição

tratamento de infecção do trato urinário
TRATAMENTO DE
INFECÇÃO DO
TRATO URINÁRIO
1º Curso Básico de Antimicrobianos da AECIHERJ VITOR MARTINS Médico Infectologista IECAC / HMLJ / DIP-­‐HUCFF ANTIMICROBIANOS
ABORDADOS
• Quinolonas • Aminoglicosídeos • Nitrofurantoína • Fosfomicina MENSAGEM DO DIA
• Utilizar menos as QUINOLONAS no tratamento das infecções do trato urinário • Utilizar aminoglicosídeos com cautela, embora seja “bola de segurança” •  A b u s a r d a n i t r o f u r a n t o í n a e fosfomicina CASO CLÍNICO 1
•  Paciente de 32 anos, feminina, natural do Rio de janeiro, casada, moradora de Santa Teresa. Relata história de febre há uma semana, associada a calafrios, náuseas e vômitos. Apresentou também dor lombar à direita, que irradiava para fossa ilíaca direita. Ao exame: manobra de punho-­‐percussão lombar positiva a direita. Sinais vitais: PA 105 x 70 mmHg Fc 90 bpm FR 19 irpm Tax 38,2°c QUAL É O
DIAGNÓSTICO
PROVÁVEL?
QUAL É A
CONDUTA?
INFECÇÃO DO TRATO
URINÁRIO
•  Trato urinário = estéril •  Uretra anterior: colonizada por bactérias •  Bacteriúria: “bactéria na urina” •  B a c t e r i ú r i a s i g n i fi c a n t e : !103 bact/mL -­‐"105 bact/mL •  Bacteriúria assintomática Classificação 1 = anatômica/sintomatologia -­‐ ITU BAIXA (cistite) -­‐ ITU ALTA (pielonefrite) – infarto renal, litíase Mandell , Douglas & Bennett ‘s – Principles and Practice of Infectious Diseases – 8ª Ed. 2014 INFECÇÃO DO TRATO
URINÁRIO
Classificação 2 = prognóstico -­‐ ITU não complicada -­‐ ITU complicada ITU COMPLICADA •  Presença de fatores de risco que predisponha persistência ou recorrência da infecção •  Anormalidade estrutural ou funcional: litíase, bexiga neurogênica, presença de cateter, obstrução, IRC, Tx renal •  Hospedeiro: homem, grávida, criança, ITU hospitalar, diabético •  ITU alta (?) Mandell , Douglas & Bennett ‘s – Principles and Practice of Infectious Diseases – 8ª Ed. 2014 PATOGÊNESE
Linfática (?) Hematogênica Ascendente Urovirulência: adesina, P fimbria, outros... Mandell , Douglas & Bennett ‘s – Principles and Practice of Infectious Diseases – 8ª Ed. 2014 AGENTES ETIOLÓGICOS
CASO CLÍNICO 1
•  Paciente de 32 anos, feminina, natural do Rio de janeiro, casada, moradora de Santa Teresa. Relata história de febre há uma semana, associada a calafrios, náuseas e vômitos. Apresentou também dor lombar à direita, que irradiava para fossa ilíaca direita. Ao exame: manobra de punho-­‐percussão lombar positiva a direita. Sinais vitais: PA 105 x 70 mmHg Fc 90 bpm FR 19irpm Tax 38,2°c SINTOMATOLOGIA: ! COMO FAÇO O
DIAGNÓSTICO?
QUANDO INDICAR
URINOCULTURA?
•  Pielonefrite; •  ITU hospitalar (relacionada ao cateter); •  Obstrução (litíase, bexiga neurogênica); •  Gestante; •  ITU de repetição; European Association of Urology, Guidelines, 2008 EAS X ITU
•  Piúria (>ou= 10piócitos/campo) não é diagnóstico de BA ou ITU (A-­‐II) •  A presença, ausência ou grau de piúria não deve ser usada pra diferenciar BA de ITU (A-­‐II) •  Piúria acompanhando BA não deve ser interpretada como indicação de tratamento (A-­‐II) •  A ausência de piúria em pacientes sintomáticos sugere outro diagnóstico (A-­‐III) ALTO VALOR PREDITIVO NEGATIVO!!! CID 2010: 50: 625-­‐663 CID 2010: 50: 625-­‐663 COLETA DE URINA
(AMOSTRA ESPONTÂNEA)
•  Higienizar genitália; •  Retrair o prepúcio/afastar grandes lábios; •  Coletar o jato médio em frasco estéril sem contaminação; •  Encaminhar imediatamente ao laboratório (15min) ou mantê-­‐lo em refrigeração (4ºC – 24h); Murray, Clinical Microbiology 2008 COLETA DE URINA
(AMOSTRA ESPONTÂNEA)
COLETA DE URINA
(AMOSTRA ESPONTÂNEA)
CASO CLÍNICO 1
•  Após coleta de EAS, urinocultura e hemograma, médico prescreveu Ciprofloxacino 500mg VO 12/12h por 14 dias e deu alta. Orientou que ela retornasse em 2-­‐3 dias para buscar resultados. QUINOLONAS
HISTÓRICO
•  1962: ácido nalidíxico (cloroquina) •  A partir 1980: grande avanço (Ciprofloxacino 1983 / Levofloxacino 1986) – Moxifloxacino 1996 •  Classificação: espectro de ação, pk, constituição Classificação QUINOLONAS por gerações 1ª geração 2ª geração Subgrupo A 3ªgeração 4ªgeração Subgrupo B Ác. nalidíxico Norfloxacino Pefloxacino Levofloxacino Moxifloxacino Rosoxacino Lomefloxacino Ofloxacino Gatifloxacino Trovafoxacino Ác. pipemídico Ciprofloxacino Gemifloxacino Clinafloxacino Sitafloxacino Ambrose et al, Semin Resp Crit Care Med 2000; 21 : 19 QUINOLONAS
MECANISMO DE AÇÃO / RESISTÊNCIA BACTERIANA
•  Mecanismo de ação: atuam inibindo enzimas topoisomerases (DNA-­‐girase, topoisomerase IV) •  Mecanismos de resistência (principalmente BGN!)= geralmente cruzada -­‐  Mutação cromossômica = DNA-­‐girase modificadas -­‐  Modificação de canais porínicos = â difusão intracelular -­‐  Bombas de efluxo = retira droga do interior das células Rev Esp Quimioter 2012; 25(4): 245-­‐251 Drugs 2004; 64(12):1359-­‐1373 Mandell , Douglas & Bennett ‘s – Principles and Practice of Infectious Diseases – 8ª Ed. 2014 QUINOLONAS
RESISTÊNCIA BACTERIANA
Rev Esp Quimioter 2012; 25(4): 245-­‐251 Drugs 2004; 64(12):1359-­‐1373 Mandell , Douglas & Bennett ‘s – Principles and Practice of Infectious Diseases – 8ª Ed. 2014 QUINOLONAS
EFEITOS ADVERSOS
•  5 A 10% dos pacientes, em geral bem toleradas. •  Maioria: náuseas, vômitos, diarréia •  Pouco comuns: hipersensibilidade (urticária, eosinofilia, febre), toxicidade hepática (aumento de transaminases). •  Raras: leucopenia, cristalúria (lesão renal) •  Idosos e lactentes + doses elevadas = toxicidade SNC •  Em 2013, FDA reportou = neuropatia periférica (CI: Miastenia gravis) •  Quinolonas trifluoradas (tema, trovafloxacino) retiradas do mercado = fototoxicidade •  Moxifloxacino: baixo potencial de prolongamento intervalo QT •  Principlamente Pefloxacino: tendinite e ruptura tendão Aquiles Rev Esp Quimioter 2012; 25(4): 245-­‐251 Drugs 2004; 64(12):1359-­‐1373 Mandell , Douglas & Bennett ‘s – Principles and Practice of Infectious Diseases – 8ª Ed. 2014 QUINOLONAS
EFEITOS ADVERSOS
•  Depositam no tecido cartilaginoso de animais em crescimento – interfere em crescimento ósseo? •  Tem sido demonstrado segurança no emprego dessas drogas na infância e adolescência, NÃO SE OBSERVANDO DISTÚRBIOS MORFOLÓGICOS OU DE CRESCIMENTO. •  N a s g e s t a n t e s , N Ã O T E M S E OBSERVAD O PREMATURIDADE, A B O R T O O U A L T E R A Ç Õ E S TERATOGÊNICAS. Rev Esp Quimioter 2012; 25(4): 245-­‐251 Drugs 2004; 64(12):1359-­‐1373 Mandell , Douglas & Bennett ‘s – Principles and Practice of Infectious Diseases – 8ª Ed. 2014 QUINOLONAS
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
•  Norfloxacino /ciprofloxacino = varfarina, levando a sangramentos •  Absorção por VO prejudicada com antiácidos contendo Mg, Ca e Al. Rev Esp Quimioter 2012; 25(4): 245-­‐251 Drugs 2004; 64(12):1359-­‐1373 Mandell , Douglas & Bennett ‘s – Principles and Practice of Infectious Diseases – 8ª Ed. 2014 FARMACOCINÉTICA/FARMACODINÂMICA
PK/PD
FARMACOCINÉTICA
O que o organismo faz aos fármacos. FARMACODINÂMICA
O que os fármacos fazem ao organismo. PARÂMETRO FARMACODINÂMICO (PD)
ANTIMICROBIANOS
CMAX MIC Tempo (horas) PARÂMETRO FARMACODINÂMICO (PD)
ANTIMICROBIANOS
concentração CMAX:MIC Metronidazol, Aminoglicosídeos (META CMAX:MIC ≥10) AUC:MIC T > MIC Quinolonas (Meta: AUC:MIC > 125-­‐250), Vancomicina (≥400) e mais recentemente Polimixina B (Meta: ~40) Penicilinas (Meta 50%), cefalosporinas (60-­‐70%), carbapenêmicos (Meta T>MIC 40%) MIC Tempo (horas) QUINOLONAS
2ª GERAÇÃO – NORFLOXACINO / OFLOXACINO
•  PK menos favorável – absorção VO 30-­‐40% •  Níveis sanguíneos poucos elevados •  [ ] urinária: 100 a 300x > [ ] sanguínea •  Atinge [ ] na próstata •  Metabolização: parcial hepática (20%) •  Eliminação: renal / porção não absorvida VO eliminada nas fezes •  Indicação clínica: cistite/prostatite por E. coli, uretrite e cervicite gonocócica, infecções gastrinstestinais por Salmonella, Shigella, E. coli. •  OFLOXACINO = reservado para tratamento micobactérias. Rev Esp Quimioter 2012; 25(4): 245-­‐251 Drugs 2004; 64(12):1359-­‐1373 Mandell , Douglas & Bennett ‘s – Principles and Practice of Infectious Diseases – 8ª Ed. 2014 QUINOLONAS
2ª GERAÇÃO – CIPROFLOXACINO
•  Mais potente quinolona contra BGN, incluindo enterobactérias e Pseudomonas aeruginosa. •  Sem ação contra anaeróbios, estreptococos, estafilococos, clamídias, Legionella e micoplasmas. •  Absorção via oral = 70% •  Meia-­‐vida 4h / ligação a proteínas séricas: 20 a 30% •  Atinge [ ] terapêutica: pulmão, saliva, pele, fígado, pâncreas, músculos, ossos, genital feminino, próstata, rim, bile, humor aquoso. Líquor = 5% a 40% da [ ] sanguínea •  Metabolização: 10 a 20% / Eliminação: via renal (ajuste para IR) •  Pulmão, osso: aumentar dose para 750g-­‐1g 12/12h Rev Esp Quimioter 2012; 25(4): 245-­‐251 Drugs 2004; 64(12):1359-­‐1373 Mandell , Douglas & Bennett ‘s – Principles and Practice of Infectious Diseases – 8ª Ed. 2014 QUINOLONAS
3ª GERAÇÃO – LEVOFLOXACINO
•  Espectro: -­‐  BGN = E. coli, Klebsiella, Proteus, Enterobacter e outras enterobactérias. Hemófilos, gonococo, meningococo, Moraxella catarrhalis, Pseudomonas aeruginosa (potência < Cipro), Acinetobacter baumannii, Stenotrophomonas maltophilia -­‐  CGP = estreptococos, estafilococos. -­‐  Atípicos: Chlamydia, Legionella, Mycoplasma. -­‐  Micobactérias •  Sem ação contra enterococos, bactérias anaeróbias gram-­‐
negativas Rev Esp Quimioter 2012; 25(4): 245-­‐251 Drugs 2004; 64(12):1359-­‐1373 Mandell , Douglas & Bennett ‘s – Principles and Practice of Infectious Diseases – 8ª Ed. 2014 QUINOLONAS
3ª GERAÇÃO – LEVOFLOXACINO
•  Meia vida prolongada (6-­‐8h), possibilitando seu emprego em dose única diária •  Biodisponibilidade VO = 99% ([ ] sanguínea = EV) •  Ligação protéica: 30% •  [ ] terapêutica: vias aéreas, pulmão, pele, fígado, pâncreas, músculo, ossos, genital feminino, próstata, bile, rim. •  Eliminação renal (ajuste para IR) •  Efeito pós-­‐antibíótico (3-­‐4h CGP / 1-­‐3h BGN) •  Indicações terapêuticas: infecção respiratória comunitária (otite, sinusite, pneumonia), itu alta e baixa, prostatite, IPPM, infecções intra-­‐abdominais. Falta estudo para endocardite / osteomielite. •  Dose: ITU = 250-­‐500mg/dia / Pneumonia = 750mg/dia Rev Esp Quimioter 2012; 25(4): 245-­‐251 Drugs 2004; 64(12):1359-­‐1373 Mandell , Douglas & Bennett ‘s – Principles and Practice of Infectious Diseases – 8ª Ed. 2014 QUINOLONAS
4ª GERAÇÃO – MOXIFLOXACINO
•  Mais ativa contra BGP e anaeróbios (em relação ao Levofloxacino) •  Exercem atividade contra anaeróbios das VAS, pele e intestinais (Bacteroides) – pode ser usado em monoterapia para IPPM, IA •  Inferior a Ciprofloxacino para Pseudomonas aeruginosa •  Potente ação contra Mycobacterium tuberculosis •  Biodisponibilidade: 89% VO / Ligação as proteínas: 48% •  [ ] no LCR = 80% da [ ] plasmática ! pode ser usado para meningite •  Meia-­‐vida: 11-­‐14h / Efeito pós-­‐antibiótico: 1-­‐3h •  Metabolização: hepática / Eliminação: renal e biliar = metabólitos (20% eliminado pela urina como droga natural) •  Potencial para fototoxicidade, prolongamento intervalo QT •  Dose: 400mg/dia EV ou VO Rev Esp Quimioter 2012; 25(4): 245-­‐251 Drugs 2004; 64(12):1359-­‐1373 Mandell , Douglas & Bennett ‘s – Principles and Practice of Infectious Diseases – 8ª Ed. 2014 CASO CLÍNICO 2
•  Paciente de 45 anos, feminina, natural do Rio de janeiro, professora, portadora de diabetes e hipertensão arterial controladas com medicação oral. procurou atendimento médico devido há dor ao urinar, iniciada há 24h. Relata também dor em região supra púbica e ao término da micção. Nega episódios semelhantes no último ano. Ao exame: corada, hidratada, eupneica, bom estado geral. S cardio: RCR 2T BNF sem sopros, S resp. MVUA sem RA, abdome atípico, sem visceromegalias, manobra de punho-­‐percussão lombar negativa. Sinais vitais: PA 110 x 72 mmHg Fc 82 bpm Fr 12 irpm TAx: 36,5°c. •  Foi tratada com nitrofurantoína por 5 dias. Cedido Profª Denise Marangoni NITROFURANTOÍNA
HISTÓRICO E FARMACOCINÉTICA
•  Antimicrobiano da classe Nitrofuran •  Forma microcristalina introduzida em 1953 •  Macrocristalina (Macrodantina®) = 1967 •  Administrada por VO,40% da dose recuperada na urina inalterada. 60% = metabólitos inativos •  Concentração plasmática < 1µg/mL (Meia-­‐vida: 30min-­‐1h) •  Eliminação: renal (filtração glomerular, secreção tubular) •  Atividade antibacteriana " dependente do pH (=5.4 a 7) •  Penetração no parênquima renal: insuficiente para tratar pielonefrite ou abscesso renal Mandell , Douglas & Bennett ‘s – Principles and Practice of Infectious Diseases – 8ª Ed. 2014 Ann Pharmacother 2013; 47: 106-­‐111 NITROFURANTOÍNA
MECANISMO DE AÇÃO, ESPECTRO E INDICAÇÃO
•  Mecanismo de ação: múltiplos sítios = Inibição da síntese de proteínas (Ribossomo), dano ao DNA e interferência no Ciclo de Krebs. •  Espectro de ação: E. coli (S = 90-­‐98%), Klebsiella spp, Enterobacter spp (S ~ 50%), Enterococcus spp (VRE), S t a p h y l o c o c c u s s a p r o p h y t i c u s . Pseudomonas aeruginosa = resistência natural •  Guideline IDSA = 1ª escolha para cistite (93% eficácia clínica!!!) •  ÚNICA INDICAÇÃO CLÍNICA É ITU BAIXA e profilaxia ITU recorrente Mandell , Douglas & Bennett ‘s – Principles and Practice of Infectious Diseases – 8ª Ed. 2014 Ann Pharmacother 2013; 47: 106-­‐111 NITROFURANTOÍNA
EFEITOS ADVERSOS E POSOLOGIA
•  Efeitos adversos: intolerância gastrointestinal ( m i c r o c r i s t a l i n a > m a c r o c r i s t a l i n a ) , r e a ç õ e s d e hipersensibilidade – manisfestações cutâneas, febre, anafilaxia, pneumonite (RH tipo I), hepatotoxicidade (RH tipo III), e tóxicas – neuropatia periférica (se ClCr < 60mL/min). •  Posologia: -­‐  Tratamento: Macrocristal (Macrodantina®): 50-­‐100mg VO 6/6h E formulação mista (Macrobid®): 100mg VO 12/12h -­‐  Profilaxia ITU recorrente: 50-­‐100mg 1x/dia Mandell , Douglas & Bennett ‘s – Principles and Practice of Infectious Diseases – 8ª Ed. 2014 Ann Pharmacother 2013; 47: 106-­‐111 NITROFURANTOÍNA
PROFILAXIA ITU RECORRENTE
•  2-­‐3 episódios em 12 meses •  Comprovada eficácia de prevenção: mulheres jovens (comparável a SMX-­‐TMP), mulheres pós menopausa (superior ao anel vaginal de estriol), mulheres em que há correlação com intercurso sexual -­‐ 100mg pós-­‐coito (também aplicável em gestantes) •  Crianças que necessitem de cateterismo vesical intermitente = previne ITU por E. coli, porém á ITU por microorganismos MDR (1 estudo) •  Não indicado = CVD prolongado Mandell , Douglas & Bennett ‘s – Principles and Practice of Infectious Diseases – 8ª Ed. 2014 Ann Pharmacother 2013; 47: 106-­‐111 CASO CLÍNICO 3
•  Grávida, 28 anos, 32ª semana de gestação, vem à consulta de pré-­‐
natal trazendo resultado de urinocultura: Enterococcus faecalis 105 ufc/ml multissensível. A paciente está assintomática. INDICAÇÕES DE TRATAMENTO NA
BACTERIÚRIA ASSINTOMÁTICA
•  Gravidez; •  Procedimentos cirúrgicos: urológicos/ginecológicos; •  Implantes de próteses (vasculares, cardíacas e ortopédicas) SE houver necessidade de cateterismo vesical; •  Transplante renal (?) Nas grávidas:
Maior risco de pielonefrite (20-60%),
prematuridade e baixo peso.
Infect Dis Clin North Am. 2003 Jun; 17(2): 367-­‐94 OPÇÕES TERAPÊUTICAS
(BA E CISTITE):
Nitrofurantoína Amoxicilina cefalosporina 1 ª geração Fosfomicina Aztreonam Quinolonas (norfloxacino) STX-­‐TMP (2º tri) CID 2011: 52: e103-­‐e120 Angélica desabafa sobre alergia à
penicilina – “Quase morri!”.
FOSFOMICINA
HISTÓRICO E FARMACOCINÉTICA
•  Descoberta na Espanha em 1969 (cultura de Streptomyces) •  Inicialmente, por muitos anos, foi administrada por via parenteral para infecções graves (fosfomicina-­‐
disodium salt – ainda disponível em algum países europeus para IPPM) •  Mais recentemente, produzida na formulação oral para ITU (fosfomicina-­‐trometamol – aprovada FDA) •  Hidrossolúvel, disitribuição boa nos tecidos, atingindo concentrações terapêuticas no plasma, pele e partes moles, pulmão, osso, líquor e endocárdio Mandell , Douglas & Bennett ‘s – Principles and Practice of Infectious Diseases – 8ª Ed. 2014 Clin Microbiol Infect 2012; 18: 4-­‐7 FOSFOMICINA
FARMACOCINÉTICA
•  Ligação a proteínas plasmáticas = desprezível •  Não é metabolizada •  Excretada na urina inalterada, atingindo altas [ ] por um período prolongado (filtração glomerular) •  Pico [ ] plasmática: 22-­‐32mg/L após 2-­‐2,5h ingestão •  Pico [ ] urinária: > 128mg/L após 4h ingestão, mantido, por no mínimo 36-­‐48h Mandell , Douglas & Bennett ‘s – Principles and Practice of Infectious Diseases – 8ª Ed. 2014 Clin Microbiol Infect 2012; 18: 4-­‐7 FOSFOMICINA
MECANISMO DE AÇÃO E ESPECTRO
•  Mecanismo de ação: Age no processo inicial de produção do peptideoglicano, inibindo a síntese da parede celular bacteriana •  Espectro de ação: estafilococos (MRSA), enterococos (VRE), enterobactérias (E. coli MS=98%S, ESBL=96,8%S; MICs elevados para Klebsiella sp=82%S, Enterobacter sp=50%S, Serratia sp.). Moderadamente/minimamente ativa contra P. aeruginosa (MICs variáveis), Morganella sp, E. faecium. Acinetobacter sp = resistência intrínseca •  Rápido efeito bactericida Mandell , Douglas & Bennett ‘s – Principles and Practice of Infectious Diseases – 8ª Ed. 2014 Clin Microbiol Infect 2012; 18: 4-­‐7 FOSFOMICINA
EFEITOS ADVERSOS E INDICAÇÃO
•  Não há resistência cruzada com outras classes de ATB •  Efeitos adversos: minor, auto-­‐limitados. Rash cutâneo, cefaléia, náusea. 1 caso de colite pseudomembranosa no Japão. •  Indicação clínica: cistite, incluindo mulheres grávidas, idosos, crianças. Pode ser utilizado para prostatites* em homens. •  Posologia: 3g VO dose única / prostatite 3g 2-­‐2 ou 3-­‐3 dias por 21 dias. Não é necessário ajuste para IR de grau moderado. Mandell , Douglas & Bennett ‘s – Principles and Practice of Infectious Diseases – 8ª Ed. 2014 Clin Microbiol Infect 2012; 18: 4-­‐7 CASO CLÍNICO 4
•  Paciente de 66 anos, masculino, internado em UTI devido a um AVE isquêmico. Do sexto ao vigésimo dia, tratou uma pneumonia associada a ventilação mecânica com piperacilina/tazobactam, houve resolução completa deste quadro, mas não foi isolado o agente. No momento, respirando fora de prótese. Durante o período de internação necessitou de cateter vesical com coletor fechado, pois fazia bexigoma sem o mesmo. •  Hoje, no 35º dia internação apresentou febre(38,9ºc). •  Ao exame: Acordado, hipocorado+/4+, hidratado, anictérico e acianótico. Nega sintomas respiratórios. Acesso venoso periférico sem sinais flogísticos. PA 130 x 91 mmHg Fc 75 bpm Fr 18 irpm. Ausculta cardíaca e respiratória sem alterações, abdome sem alterações. •  Exames complementares: Raio-­‐x de tórax sem alterações aparentes. ITU HOSPITALAR
IMPORTÂNCIA
•  Bacteriúria relacionada ao cateter ≈ 40% das IHs •  15-­‐20% dos pacientes com CVD (EUA) •  Aumento do custo e tempo de internação •  Resulta em uso inapropriado de antibiótico •  Reservatório / fonte de microorganismos MDR •  Mortalidade atribuída = 5% I J Antimic Agents 2008; S 68
PATOGÊNESE
BACTERIURIA X ITU
ITU-­‐CVD Bacteriúria-­‐
CVD CID 2010: 50: 625-­‐663 FATORES DE RISCO
CVD+Duração da cateterização (3-­‐8%dia) Sexo feminino, idoso, diabético Manipulação inadequada Inserção fora Colonização da bolsa coletora do CC Insuficiência Renal CID 2010: 50: 625-­‐663 1 dia = 5% 7 dia =35% 3 dias = 15% 15 dias = 75% 5 dia = 25% 20 dias = 100% CID 2010: 50: 625-­‐663 COLETA DE URINA PARA
CULTURA POR CATETER
-­‐ Não trocar o cateter -­‐  Fazer desinfecção da conexão específica do cateter com álcool 70º (anti-­‐séptico) -­‐  Aguardar 15-­‐20 seg -­‐  Aspirar 1-­‐10 mL de urina usando seringa e agulha fina -­‐  Solicitar GRAM + cultura para germes comuns -­‐  Encaminhar ao laboratório imediatamente HEMOCULTURAS EM CASO DE SINAIS DE SEPSE! CID 2010: 50: 625-­‐663 CONDUTA TERAPÊUTICA
•  Nunca tratar bacteriúria assintomática, exceto nos casos já mencionados; •  Tratar bacteriúria assintomática em pacientes com cateter vesical após afastar outras causas de febre ou leucocitose; •  Aguardar resultado de urinocultura e usar ATB de menor espectro se o sítio de infecção for o trato urinário. W J Surg 2000; 24: 1193
CASO CLÍNICO 4
•  Urinocultura: 500.000 UFC/mL Klebsiella pneumoniae Antimicrobiano Categoria Amicacina S Amoxicilina/acido clavulânico R Ampicilina R ESBL POS Cefalotina R Ceftriaxona R Cefepima R Ciprofloxacino R Ertapenem S Gentamicina R Meropenem S Trimetoprim/Sulfametoxazol R AMINOGLICOSÍDEOS
HISTÓRICO
•  1944: estreptomicina (isolamento de colônias de Streptomyces) •  Outros antibióticos naturais: neomicina, tobramicina •  Gentamicina: isoladas da cultura de Micromonospora •  M a i s r e c e n t e m e n t e , o s a m i n o g l i c o s í d e o s semissintéticos, representados pela amicacina. Drugs 2011; 71(17):2277-­‐2294 Mandell , Douglas & Bennett ‘s – Principles and Practice of Infectious Diseases – 8ª Ed. 2014 AMINOGLICOSÍDEOS
CARACTERÍSTICAS GERAIS
•  Hidrossolúveis •  Estrutura polar de cátions (dificulta penetração BHE) •  Atividade microbiana influenciada por pH e aerobiose (exerce ação principalmente em meio aeróbio e alcalino) AMINOGLICOSÍDEOS EM USO NO BRASIL Parenterais Estreptomicina Tobramicina Espectinomicina Gentamicina Amicacina Netilmicina Tópicos Neomicina Paromomicina Soframicina(framicetina) Drugs 2011; 71(17):2277-­‐2294 Mandell , Douglas & Bennett ‘s – Principles and Practice of Infectious Diseases – 8ª Ed. 2014 AMINOGLICOSÍDEOS
ESPECTRO DE AÇÃO
•  São ativos principalmente contra as BGN aeróbias da família das enterobactérias = E. coli, Klebsiella, Enterobacter, Proteus, Morganella, Serratia, Citrobacter, Providencia. •  Sensibilidade varia de acordo com origem: HOSP vs COM •  São ativos contra Pseudomonas aeruginosa (exceto estreptomicina). Outros BGN não fermentadores de glicose (Acinetobacter sp, Burkholderia cepacia e Stenotrophomonas maltophilia) mostram-­‐se com frequência resistentes. •  Não são isoladamente efetivos no combate aos estreptococos, enterococos e estafilococos. Entretanto apresentam sinergismo com os beta-­‐lactâmicos e glicopeptideos Mandell , Douglas & Bennett ‘s – Principles and Practice of Infectious Diseases – 8ª Ed. 2014 AMINOGLICOSÍDEOS
ESPECTRO DE AÇÃO
•  Não são ativos contra Haemophilus influenzae, Legionella pneumophila, Chlamydia, Shigella, apesar de exibirem atividade in vitro. (motivo: devido sua pequena penetração no interior das células de mamíferos). •  Não agem contra anaeróbios (bacteroides, clostrídios, fusobactérias) e espiroquetas (treponemas, leptospiras). •  Ação contra Mycobacterium tuberculosis é observada com estreptomicina (>) e amicacina (<) Drugs 2011; 71(17):2277-­‐2294 Mandell , Douglas & Bennett ‘s – Principles and Practice of Infectious Diseases – 8ª Ed. 2014 AMINOGLICOSÍDEOS
ESPECTRO DE AÇÃO
Embora frequentemente exista resistência cruzada é possível haver diferenciação na sensibilidade em relação à amicacina e os demais aminoglicosídeos. Contra os BGN sensíveis, a gentamicina é o aminoglicosídeo mais ativo. Por outro lado, a amicacina é em geral o que mantém mais eficácia frente aos microorganismos resistentes. Drugs 2011; 71(17):2277-­‐2294 Mandell , Douglas & Bennett ‘s – Principles and Practice of Infectious Diseases – 8ª Ed. 2014 AMINOGLICOSÍDEOS
MECANISMO DE AÇÃO
•  Se ligam à subunidade 30S do ribossomo bacteriano, causando a produção de proteínas defeituosas. (bactericida) •  Se ligam ao ribossomo, interferindo na síntese de proteínas/ligação RNA mensageiro (streptomicina = bacteriostático) •  Sinergismo = inibe síntese parede celular + facilita penetração na célula bacteriana •  Rapidez de ação varia de acordo com espécie (E. coli > P. aeruginosa) •  Efeito pós antibiótico prolongando (3h – 7,5h) Drugs 2011; 71(17):2277-­‐2294 Mandell , Douglas & Bennett ‘s – Principles and Practice of Infectious Diseases – 8ª Ed. 2014 AMINOGLICOSÍDEOS
RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA
•  Resistência intrínseca vs adquirida •  Resistência adquirida: cromossômica vs plasmidial 3 MECANISMOS BIOQÚIMICOS DE RESISTÊNCIA 1) Alteração do receptor da droga 2) Diminuição da penetração no interior da célula 3) Produção de enzimas modificadoras/inativadoras AMINOGLICOSÍDEOS
FARMACOCINÉTICA
•  Absorção: 1% VO •  Difusão e metabolismo: polaridade catiônica e hidrosolubilidade interferem •  Penetra bem: rim, sinóvia, bile, fígado, baço, atravessa placenta. •  [ ] secreção brônquica = 20% [ ] sanguínea •  Afinidade pela córtex renal ([ ] 10-­‐50x > sangue) •  Não sofrem metabolização •  Meia-­‐vida sanguínea: 2-­‐3h (meia-­‐vida labirinto: 11-­‐12h) •  Distribui-­‐se extensamente no tecido adiposo (peso ideal) Drugs 2011; 71(17):2277-­‐2294 Mandell , Douglas & Bennett ‘s – Principles and Practice of Infectious Diseases – 8ª Ed. 2014 AMINOGLICOSÍDEOS
FARMACOCINÉTICA
•  Eliminação: renal, por filtração glomerular •  60% em 24h / restante permanece ligado cortex renal 20-­‐30 dias •  1% eliminado nas fezes •  Acúmulo em pacientes com DRC – ajuste de dose – dosagem das [ ]s séricas •  IR: reduzo dose ou aumento intervalo •  Parcialmente dialisáveis por HD (suplementação). Não são removidos por diálise peritoneal. Drugs 2011; 71(17):2277-­‐2294 Mandell , Douglas & Bennett ‘s – Principles and Practice of Infectious Diseases – 8ª Ed. 2014 PARÂMETRO FARMACODINÂMICO (PD)
ANTIMICROBIANOS
concentração CMAX:MIC Metronidazol, Aminoglicosídeos (META CMAX:MIC ≥10) AUC:MIC T > MIC Quinolonas (Meta: AUC:MIC > 125-­‐250), Vancomicina (≥400) e mais recentemente Polimixina B (Meta: ~40) Penicilinas (Meta 50%), cefalosporinas (60-­‐70%), carbapenêmicos (Meta T>MIC 40%) MIC Tempo (horas) AMINOGLICOSÍDEOS
INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA
•  Sinergismo com beta-­‐lactâmicos e glicopeptídeos •  Potencialização nefrotoxicidade: vancomicina, polimixina, Anfotericina B, furosemida. •  Paralisia neuromuscular: agentes curarizantes, Magnésio. Se injeção EV rápida e paciente com Miastenia gravis também. Drugs 2011; 71(17):2277-­‐2294 Mandell , Douglas & Bennett ‘s – Principles and Practice of Infectious Diseases – 8ª Ed. 2014 AMINOGLICOSÍDEOS
INDICAÇÃO CLÍNICA
•  Infecções por BGN da família das enterobactérias: ITU, IPPM, IA (biliares, pelviperitonite, apendicite) e genitais femininas (aborto séptico). Essas duas últimas associar com anti-­‐anaeróbio •  Endocardites (uso sinérgico) – dose 8/8h •  Tuberculose •  Infecções por P. aeruginosa (exceto estreptomicina) Drugs 2011; 71(17):2277-­‐2294 Mandell , Douglas & Bennett ‘s – Principles and Practice of Infectious Diseases – 8ª Ed. 2014 AMINOGLICOSÍDEOS
EFEITOS ADVERSOS
•  Natureza irritativa •  Hipersensibilidade (erupção maculopapular, febre, eosinofilia – 1 a 3%. Raramente anafilaxia e aplasia medular) •  Modificação microbiota residente (colitePM e diarréia aminoglicosídeo VO) •  Tóxicos: neurotoxicidade, nefrotoxicidade e ototoxicidade Drugs 2011; 71(17):2277-­‐2294 Journal of Pharmacy Practice 2014: 1-­‐5 Mandell , Douglas & Bennett ‘s – Principles and Practice of Infectious Diseases – 8ª Ed. 2014 AMINOGLICOSÍDEOS
NEFROTOXICIDADE
•  Referida com todos os aminoglicosídeos •  Reduz FG em 5-­‐25% dos pacientes submetidos a tto •  Elevação Cr 5-­‐10% dos enfermos •  Acúmulo cortex renal •  Geralmente não oligúrica •  Reversível com retirada do medicamento •  Emprego dose única diária reduz =receptores saturados Drugs 2011; 71(17):2277-­‐2294 Journal of Pharmacy Practice 2014: 1-­‐5 Mandell , Douglas & Bennett ‘s – Principles and Practice of Infectious Diseases – 8ª Ed. 2014 AMINOGLICOSÍDEOS
OTOTOXICIDADE
•  0,5 A 25% dos pacientes •  Depende: da dose, idade, uso concomitante outras drogas •  Concentração na endolinfa e perilinfa, lesando células auditivas de Corti e as células do vestíbulo •  Gentamicina= toxicidade vestibular (menos grave) •  Amicacina= alteração auditiva •  Geralmente irreversível •  Pode começar após suspensão ou progredir após retirada Drugs 2011; 71(17):2277-­‐2294 Journal of Pharmacy Practice 2014: 1-­‐5 Mandell , Douglas & Bennett ‘s – Principles and Practice of Infectious Diseases – 8ª Ed. 2014 AMINOGLICOSÍDEOS
NEUROTOXICIDADE
•  Muito raro •  Bloqueio atividade neuromuscular, interferem com ação do cálcio no neurorreceptor •  Depressão respiratória por paralisia flácida •  Reversível com administração de sais de cálcio •  Parestesia periférica •  Raríssimos: neurite óptica, hepatotoxicidade. Drugs 2011; 71(17):2277-­‐2294 Journal of Pharmacy Practice 2014: 1-­‐5 Mandell , Douglas & Bennett ‘s – Principles and Practice of Infectious Diseases – 8ª Ed. 2014 REVISÃO
TRATAMENTO
OPÇÕES TERAPÊUTICAS
(BA E CISTITE):
Nitrofurantoína Amoxicilina cefalosporina 1 ª geração Fosfomicina Aztreonam Quinolonas (norfloxacino) STX-­‐TMP (2º tri) CID 2011: 52: e103-­‐e120 OPÇÕES TERAPÊUTICAS
(PIELONEFRITE):
USO EMPÍRICO: •  Cefalosporinas 2ª (Cefuroxima) e 3ªgeração (ceftriaxona) •  Aminoglicosídeos (gentamicina, amicacina) •  Quinolonas (Ciprofloxacino, Levofloxacino) SE RISCO DE Enteroccus sp (Diabetes, obstrução, cateterismo vesical) •  Associar ampicilina SULFAMETOXAZOL-­‐TRIMETOPRIMA É UMA EXCELENTE ESCOLHA PARA ITU , SE GERME IDENTIFICADO FOR SENSÍVEL NO TSA! CID 2011: 52: e103-­‐e120 OPÇÕES TERAPÊUTICAS
(PIELONEFRITE):
USO EMPÍRICO: BA 2G
5-­‐7( dceftriaxona) ias •  Cefalosporinas ª (ESTANTE Cefuroxima) e 3ªgeração •  Aminoglicosídeos (gentamicina, ITU BAIXO MULHER amicacina) 3 -­‐7 dias •  Quinolonas (Ciprofloxacino, Levofloxacino) ITU BAIXO HOMEM 7 dias SE RISCO DE Enteroccus sp (Diabetes, obstrução, cateterismo vesical) PIELONEFRITE •  Associar ampicilina 7 – 10 dias ITU complicada 10-­‐14 dias SULFAMETOXAZOL-­‐TRIMETOPRIMA É UMA EXCELENTE ESCOLHA PARA ITU , SE GERME IDENTIFICADO FOR SENSÍVEL NO TSA! CID 2011: 52: e103-­‐e120 

Documentos relacionados

Diarréia em paciente com HIV no PS

Diarréia em paciente com HIV no PS  Exame parasitológico de fezes. Devido a baixa sensibilidade devem ser solicitados três amostras na tentativa de isolar o agente em dias distintos.  Coprocultura, especificar pesquisa de Criptosp...

Leia mais