Panorama do Mercado Global Outubro de 2010 Fartura de
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Panorama do Mercado Global Outubro de 2010 Fartura de capital, mas penúria de produtos O Panorama do Mercado Global deste mês focaliza as últimas tendências nos fluxos de capital do setor imobiliário observadas com base no recente levantamento de inteligência de mercado feito pela Jones Lang LaSalle e abrangendo a atividade mundial de investimento em imóveis comerciais durante o último trimestre. O sentimento do investidor é positivo e parece estar se fortalecendo conforme os números do mercado continuam melhorando. Parte significativa dos capitais próprios tem como objetivo imóveis de alto padrão e, com a oferta de ativos de alta qualidade não se mostrando capaz de corresponder às exigências dos investidores, as taxas de retorno de imóveis de alto padrão continuam a se comprimir. A falta de imóveis de alto padrão disponíveis para venda está refreando o volume de investimentos e acabará empurrando os investidores para oportunidades de valor agregado e estoques de segunda linha. Os ocupantes corporativos estão demonstrando mais confiança, tendo deixado de cortar tão intensamente os custos. Muitas multinacionais voltaram para o modo de expansão, direcionando o seu foco para os mercados emergentes – China e Índia são os principais alvos, com o Brasil aparecendo cada vez mais no radar. Destaques Expansão econômica global em curso Significativo montante de capitais próprios direcionado para ativos de primeira linha Falta de imóveis de alto padrão refreia volumes de investimento Mudanças regulatórias na China e na Alemanha têm efeito positivo no sentimento do investidor Ocupantes corporativos voltam o seu foco para os mercados emergentes Aumento de negócios em ativos de segunda linha a partir de 2011 COPYRIGHT © JONES LANG LASALLE IP, INC. 2010. Todos os direitos reservados 1 Panorama do Mercado Global Outubro de 2010 Economia Global Expansão global em curso, mas desacelerando A economia global continua a se expandir, embora o ritmo de crescimento esteja se desacelerando, o que levou o FMI a rever ligeiramente para baixo suas projeções para o próximo ano. Nos EUA, a diminuição do efeito dos estímulos fiscais bem como o fim da retomada da produção combinaram-se com um mercado de habitação fraco, a desalavancagem do setor residencial e o fraco crescimento do emprego no setor privado para aumentar a incerteza com relação ao poder de resistência da recuperação em curso. Na Europa, crescem as evidências de que a retomada relativamente forte observada no segundo trimestre perdeu força agora. As notícias de que o montante para se socorrer o setor financeiro irlandês poderia chegar a mais de 55% do PIB irlandês (ou cerca de €50 bilhões), combinadas com o recente rebaixamento das classificações de crédito da Espanha e da Irlanda, ressuscitaram as preocupações com a dívida soberana europeia. Apesar disso, a Alemanha, a ‘casa de força’ da Europa, demonstrou notável resiliência, com queda acentuada do desemprego, crescimento das exportações e fortalecimento da demanda doméstica, aumentando a confiança das empresas e do consumidor naquele país. Com os temores relativos a uma volta da fraqueza econômica em algumas economias avançadas, aumentaram as especulações quanto a um eventual retorno ao afrouxamento quantitativo (QE2, na abreviatura em inglês) nos EUA e no Reino Unido. No Japão, foram aprovados os planos para injetar mais de US$60 bilhões na economia, tendo a taxa básica de juros de curto prazo sido reduzida para 0%, a primeira queda em cerca de dois anos, devido a preocupações com crescimento lento, deflação e fortalecimento do iene. Apreciação das moedas do Pacífico Asiático Em contraste, na maioria das economias emergentes a demanda doméstica e a produção industrial continuam a crescer num ritmo saudável. As notícias econômicas vindas este mês do Pacífico Asiático são em geral positivas, embora a apreciação das moedas tenha se tornado um problema central em toda a região, colocando alguma pressão sobre a atividade de investimentos transnacionais. Enquanto isso, a região da América Latina juntou-se ao Pacífico Asiático na liderança do crescimento econômico mundial, com expectativas de que o Brasil registre em 2010 seu mais forte desempenho em 25 anos. Atividade de fusões e aquisições explode São fortes as perspectivas de lucro corporativo e, com as taxas de juros em baixa histórica, muitas empresas estão em busca de oportunidades para aquisição. A atividade de fusões e aquisições teve um grande salto nos últimos três meses, tornando o terceiro trimestre de 2010 o mais ativo em dois anos. Com o ambiente de baixo crescimento nos EUA e na Europa e o otimismo com relação às economias emergentes, as estratégias de crescimento das empresas estão se concentrando cada vez mais no mundo em desenvolvimento, mais notadamente na China, na Índia e no Brasil. Monitor da saúde do mercado imobiliário global Outubro de 2010 EUA Reino Unido Alemanha França Japão China Austrália 0 - 0,25% 0,5% 1,0% 1,0% 0,0% 5,3% 4,5% PIB QOQ % 0,4% 1,2% 2,2% 0,7% 0,4% 10,3%* 1,2% IPC YOY % 1,1% 3,0% 1,2% 1,6% -2,1% 3,5% 3,1% Confiança do consumidor MOM % -8,9% -14,5% 14,0% 5,4% n/a -0,6% 3,3% Emprego YOY % 0,4% 0,8% 0,5% 0,1% -0,1% 4,5% 3,3% Comércio varejista MOM % 0,5% -0,5% 0,1% 0,0% 1,4% 2,6% 0,3% Novas obras residenciais iniciadas YOY % 2,2% 56,7% n/a -15,5% 20,4% n/a 43,8% Indicadores antecedentes da OCDE MOM % 0,0% -0,1% 0,0% -0,1% 0,1% -0,2% -0,1% PMI da indústria, nível do índice 54,4 53,4 55,1 56,0 49,5 52,9 47,3 Mercado de ações, MOM até 30 de setembro 8,8% 6,2% 5,1% 6,4% 6,2% 0,6% 4,1% Mercado de REIT, MOM até 30 de setembro 4,2% 5,2% 11,0% 9,8% 5,1% n/a -1,1% Desaceleração Crescimento Crescimento Crescimento Desaceleração Crescimento Crescimento Taxa de juros oficial Tendência Geral Tendência geral: De piora, Neutra, De melhora * PIB chinês YOY Legenda de abreviaturas: MOM – mês contra mês PMI – "Purchasing Managers Index” do Institute for Supply Management (ISM) QOQ – trimestre contra trimestre REIT – fundos de investimento imobiliário (FIIs) YOY – ano contra ano Fontes: Global Insight, UK ONS, ABS, OCDE, Markit Economics, Reserve Bank of Australia, Federal Reserve Bank of New York, Jones Lang LaSalle COPYRIGHT © JONES LANG LASALLE IP, INC. 2010. Todos os direitos reservados 2 Panorama do Mercado Global Outubro de 2010 Setor imobiliário global Montante significativo de capitais próprios direcionado para imóveis Apesar de alguns sinais de desaceleração do crescimento econômico mundial, o sentimento do investidor imobiliário é positivo e, na maioria dos mercados, esse sentimento parece estar ganhando força com a melhora continuada dos números. Parte significativa dos capitais próprios está sendo direcionada para imóveis de alto padrão em todos os setores e, com a oferta de produtos de alta qualidade não se mostrando capaz de corresponder às exigências dos investidores, as taxas de retorno de imóveis de alto padrão estão se comprimindo. Aumentos substanciais estão sendo registrados nos valores de capital de primeira linha, principalmente em muitos dos mercados de escritórios de alto padrão – aumentos esses na faixa de 30% a 50% em comparação com o ano passado em cidades como Londres, Washington, Paris, Xangai e Hong Kong. O aumento da pressão de queda sobre as taxas de retorno de imóveis de alto padrão refletirá o desequilíbrio continuado entre a demanda e a oferta de ativos de primeira linha no curto a médio prazo, e também levará os investidores com muito dinheiro em caixa a ir atrás de oportunidades de valor agregado e, depois, dos estoques de segunda linha, cuja disponibilidade tenderá a aumentar quando os bancos começarem a definir suas estratégias relativas à venda de ativos inadimplentes. Falta de produtos refreia volumes globais de investimento A falta de imóveis de alto padrão disponíveis para venda está refreando o volume de investimentos. Após a acentuada melhora na atividade, ocorrida em 2009, o volume de transações em geral permaneceu estável durante a maior parte de 2010. Números provisórios indicam que os volumes globais ficaram em US$69 bilhões no terceiro trimestre, praticamente inalterados em relação ao segundo trimestre e apenas 8% a mais que no mesmo período do ano anterior. Entre os mercados maiores, o crescimento maior dos negócios foi observado em Cingapura, Austrália, Suécia e China, onde a robusta conjuntura econômica e as oportunidades de preço se traduziram num aumento da velocidade dos negócios. Ressurgimento da confiança no Pacífico Asiático No Pacífico Asiático, a confiança do investidor ressurgiu no terceiro trimestre, na esteira da melhora no sentimento das empresas e nos números do mercado. Os volumes aumentaram 12% no trimestre, com os investidores intra-asiáticos e domésticos continuando a alimentar a atividade, embora os investidores inter-regionais também estejam se tornando seletivamente mais ativos. Os fundos soberanos e os fundos de pensão permanecem como players importantes, cada vez mais adotando métodos de co-investimento. No Japão, uma grande queda dos valores de capital em meio aos preços baixos dos terrenos aumentou o interesse de investidores e fundos estrangeiros, apesar da valorização do iene. Na China, os volumes aumentaram em cerca de 40% no terceiro trimestre, embora ainda estejam abaixo dos anteriores na comparação ano contra ano. A atividade de investimento está aumentando fortemente na Austrália, onde a demanda está crescendo por parte de fundos de pensão domésticos e investidores estrangeiros. Todavia, a apreciação da moeda (que está aumentando os custos de hedging) está colocando certa pressão sobre a atividade de investimentos transnacionais da Austrália. Ímpeto de crescimento dos mercados de capitais nas Américas O ímpeto de crescimento dos mercados de capitais continuou ganhando força nas Américas, com volumes 12% maiores no terceiro trimestre em comparação com o trimestre anterior. O volume de transações nos EUA cresceu 24%, país em que o sentimento do investidor está melhorando em função da estabilização de seus mercados de locação – a taxa de vacância de escritórios atingiu o seu pico, a absorção líquida positiva retornou e os aluguéis líquidos efetivos cresceram agora por dois trimestres consecutivos. De fato, esse ímpeto de crescimento chegou até outubro, com negócios registrados como ‘contratados’ computando o maior aumento mensal em bem mais de um ano. Essa tendência aponta positivamente para um quarto trimestre ativo em termos comparativos. Investidores de vários tipos aumentaram substancialmente sua atividade em 2010. Fundos de investimentos imobiliários abertos norte-americanos, recheados de dinheiro após a maciça captação de capital próprio e de terceiros, viram sua parcela do total da atividade de compra quintuplicar na comparação com o mesmo período de 2009. Os fundos de private equity (ou fundos de investimento em participações), bem como os fundos de investimentos não negociados em Bolsa, também estiveram ativos no terceiro trimestre. Os investidores transnacionais estão desempenhando um papel cada vez maior, focados especialmente em Nova York e Washington. No Canadá, o volume de investimentos do terceiro trimestre recuou na comparação com o segundo trimestre em função da oferta limitada de produtos. O Brasil permanece firmemente como o mais atraente mercado em crescimento da região. Apesar da limitada oferta, o volume de vendas mais COPYRIGHT © JONES LANG LASALLE IP, INC. 2010. Todos os direitos reservados 3 Panorama do Mercado Global Outubro de 2010 que triplicou ao longo dos três primeiros trimestres de 2010, uma vez que tanto os investidores transnacionais como os domésticos estão ansiosos por aproveitar a robusta expansão econômica do país. Investimento direto em imóveis comerciais – Tendências globais Fonte: Jones Lang LaSalle Investimento direto em imóveis comerciais – Tendências regionais $US Billions Americas EMEA Asia Pacific TOTAL Q3 10 23.9 27.4 18.0 69.2 Q2 10 21.4 30.6 16.0 68.0 % change Q2-Q3 10 12% -11% 12% 2% Q3 09 15.0 29.1 19.7 63.8 % change Q3 09- Q3 10 59% -6% -9% 8% Fonte: Jones Lang LaSalle tradução da figura: US$ bilhões Variação % Q = T [nos números, trocar os pontos por vírgulas] Investimento direto em imóveis comerciais – Maiores mercados $US Billions USA UK Japan Germany France Australia Singapore Sweden Hong Kong Canada China Netherlands Brazil Taiwan Russia Q3 10 20.2 10.2 5.0 4.8 3.2 3.2 3.1 2.8 2.2 1.9 1.7 1.4 1.2 0.8 0.8 Q2 10 16.2 11.2 5.8 5.2 2.9 1.9 0.7 1.8 2.1 3.5 1.2 1.4 1.6 1.4 0.8 % change Q2-Q3 10 24% -9% -14% -8% 12% 66% 358% 59% 2% -46% 37% -6% -28% -40% 3% Q3 09 13.4 10.8 6.0 4.3 2.9 2.2 0.5 0.8 3.3 1.2 3.1 1.7 0.3 1.0 1.1 % change Q3 09- Q3 10 51% -5% -18% 10% 11% 42% 510% 240% -34% 59% -45% -22% 268% -12% -25% Fonte: Jones Lang LaSalle tradução da figura: US$ bilhões Variação % Q = T [nos números, trocar os pontos por vírgulas] COPYRIGHT © JONES LANG LASALLE IP, INC. 2010. Todos os direitos reservados 4 Panorama do Mercado Global Outubro de 2010 Volumes europeus começam a se estabilizar Os números provisórios relativos ao terceiro trimestre sugerem que os volumes de investimento na Europa estão se estabilizando, tendo caído 12% (em termos de euros) durante o trimestre para um total de €21 bilhões (US$27,4 bilhões). A atividade diminuiu cerca de 10% no Reino Unido, o maior mercado da Europa, muito embora os negócios na região central de Londres isoladamente deverão ultrapassar a marca dos £10 bilhões (US$15 bilhões) em 2010, com fortíssimo interesse de ampla gama de investidores estrangeiros. Também na Alemanha os volumes diminuíram em cerca de 10%, mas, enquanto no Reino Unido os volumes estão se estabilizando, na Alemanha eles devem aumentar mais no quarto trimestre, com uma série de grandes negócios prestes a se concretizar. Tanto a Suécia como a França registraram volumes mais altos com o ressurgimento da atividade nos principais mercados PECO [Países da Europa Central e Oriental] (por exemplo, a Polônia). Em contraste, a Europa meridional (por exemplo, Espanha, Portugal e Grécia) experimentou significativas quedas na atividade de investimento em meio a inquietações com a conjuntura econômica e com questões de dívida soberana. Sentimento do investidor mostra-se ambivalente em toda a Europa Na Europa, o sentimento do investidor é, em geral, positivo, embora o aumento da incerteza esteja ligado a preocupações com o futuro dos preços em face das perspectivas de crescimento econômico anêmico na Europa. O sentimento parece estar mais otimista em alguns mercados da Europa continental (notadamente a Alemanha e os Países Nórdicos) do que no Reino Unido, onde a confiança vem diminuindo desde o final de 2009 em razão de dúvidas quanto à sustentabilidade do crescimento do valor do capital. Os sentimentos foram ambivalentes em duas recentes e importantes conferências imobiliárias europeias, as quais reuniram alguns dos mais influentes players do setor imobiliário. A mensagem do GRI Europe Summit [Encontro Europeu do Global Real Estate Institute] realizado em Paris, em setembro, foi de incerteza. Um ano atrás, os investidores coletivamente estavam sentindo que os mercados europeus haviam chegado ao fundo do poço e que estavam começando a se recuperar; este ano, ficou mais difícil de se fazer uma generalização da atitude dos investidores com relação à força da recuperação. Em contraste, a sensação na EXPO REAL realizada em Munique no início de outubro foi muito mais positiva, refletindo em parte o maior otimismo e o renovado vigor do mercado alemão. Forte valorização do capital para ativos de primeira linha A forte demanda dos investidores por imóveis de alto padrão sustentou o crescimento do valor do capital em muitos centros empresariais de todo o mundo. A maioria dos mercados do Pacífico Asiático exibiu crescimento do capital no terceiro trimestre, tendo os maiores aumentos sido registrados em Cingapura (+11% QoQ), seguida de perto por Hong Kong e Pequim, ambas com 9%. Os mercados da Europa estão se dividindo entre duas velocidades – Paris, Estocolmo, Londres, Frankfurt e Moscou estão na pista rápida, enquanto cidades como Madri, Barcelona e muitos outros centros menores continuam a experimentar valores estacionados ou em queda. Esta tendência aplica-se também aos EUA, uma vez que escritórios de primeiríssima linha nos principais mercados experimentaram valorização excepcionalmente forte durante o último ano, em alguns casos, como em Washington e São Francisco, superando os 35%. Enquanto isso, a maioria dos imóveis comerciais passíveis de investimento nos EUA, incluindo estoques de segunda e terceira linhas, continua a experimentar crescimento inalterado ou muito discreto. O fluxo contínuo de vendas de imóveis executados tem o efeito de refrear o potencial de crescimento dos preços médios. Escritórios de alto padrão – Variação de valor do capital, 3T 2009 – 3T 2010 Moscow London Washington DC San Francisco Shanghai Chicago Paris Hong Kong New York Toronto Brussels Singapore Los Angeles Amsterdam Mumbai Frankfurt Sydney Madrid Tokyo -10 % change 0 10 20 30 40 50 60 Asia Pacific Europe North America COPYRIGHT © JONES LANG LASALLE IP, INC. 2010. Todos os direitos reservados Fonte: Jones Lang LaSalle 5 Panorama do Mercado Global Outubro de 2010 Capital Imobiliário Mudanças no cenário dos fundos abertos alemães Em setembro, o ministro da Fazenda da Alemanha divulgou um projeto preliminar da nova lei de investimentos financeiros, a qual tem por propósito aumentar a proteção dos investidores, especialmente no que se refere aos fundos abertos alemães (GOEF, na abreviatura em inglês). A lei estabelece regras mais claras com relação a períodos de manutenção, emissão/resgate de unidades/cotas e períodos de avaliação, além de descrever as medidas que os fundos podem tomar para proteger os investidores nas situações em que houver um súbito dreno de sua liquidez imediata. Embora seu impacto ainda esteja por se revelar por completo, a legislação trouxe uma clareza maior quanto ao futuro dos fundos abertos alemães, o que teve um efeito estabilizador sobre o sentimento do investidor. No médio prazo, a legislação deve acelerar as mudanças de cenário dos GOEF que já estavam em curso. Prevemos que o setor ficará cada vez mais dominado pelos fundos grandes e bem estabelecidos como Union Investment, Deka, RREEF e Commerz Real, os quais têm escala, capacidade e redes de distribuição eficientes. Seguradoras devem impulsionar a demanda de investimento na China Durante setembro, a Comissão Reguladora de Seguros da China anunciou que as seguradoras chinesas poderiam investir até 10% de seus ativos em imóveis e 5% em participações, dependendo do cumprimento de várias regras. Estimamos que mais de US$68 bilhões de capital estejam disponíveis para aplicação. É esperada uma imensa onda de recursos direcionados para imóveis chineses de mais alta qualidade e ‘bom grau de investimento’, embora não prevejamos um influxo de dinheiro no setor imobiliário no curto prazo. Mercados de títulos lastreados em hipotecas comerciais ensaiam uma alta nos EUA Os mercados securitizados norte-americanos estão ensaiando uma alta, com a emissão de títulos lastreados em hipotecas comerciais (CMBS, na abreviatura em inglês) acumulando US$4,7 bilhões no ano ante os US$3,4 bilhões em todo o ano de 2009. O JPMorgan recentemente vendeu uma oferta de US$1,1 bilhão, a maior do ano. A procura desses títulos por parte dos investidores tem sido surpreendentemente intensa, e a percepção de que os dados relativos ao mercado norteamericano de imóveis comerciais começam a mostrar uma estabilização contribuiu para o significativo afluxo de capital para os fundos de títulos de dívida. O quarto trimestre de 2010 poderá registrar a maior atividade de emissão de novos CMBS desde 2007, com cinco transações totalizando mais de US$6 bilhões já ‘no forno’. Segundo recentes projeções da S&P, as emissões norte-americanas podem alcançar US$35 bilhões em 2011. Ocupantes corporativos Ocupantes corporativos mostram maior confiança Os ocupantes corporativos estão demonstrando mais confiança, tendo deixado de cortar tão intensamente os custos. Apesar disso, as exigências observadas no mercado imobiliário continuam a refletir os objetivos corporativos de ocupar imóveis eficientes em termos de custo, impelidos pela consolidação e por eficiências empresariais, em especial com taxas de utilização e densidades operacionais mantidas sob as lentes do microscópio. Estratégias de crescimento concentram-se nos mercados emergentes Muitas multinacionais voltaram para o modo de expansão, direcionando o seu foco para os mercados emergentes, uma tendência que se mostra particularmente evidente na região do Pacífico Asiático, onde muitos ocupantes corporativos estão aumentando a sua presença. As empresas norte-americanas estão olhando para fora – a China e a Índia são os principais alvos, com o Brasil aparecendo cada vez mais no radar. Arrojo versus cautela? O principal ponto de debate que pautou o recente CoreNet Global Summit em Londres foi se, para aqueles que atuam na área de imóveis corporativos, era hora de agir com arrojo ou com cautela. Os participantes que defendiam agir com arrojo foram maioria, conforme demonstrado pela predominante participação e interesse nas sessões da conferência que tratavam do planejamento de portfólio e de alternativas de estratégias de trabalho. Contudo, reconheceu-se haver uma série de restrições potenciais, incluindo os limitados níveis atuais de envolvimento dos profissionais com seus setores maiores, acúmulo de dinheiro pelas empresas para sustentar futuras aquisições estratégicas e uma continuada relutância ou falta de capacidade para fazer investimentos de capital. COPYRIGHT © JONES LANG LASALLE IP, INC. 2010. Todos os direitos reservados 6 Panorama do Mercado Global Outubro de 2010 Falta de oferta – um desafio emergente A insuficiência de oferta de alta qualidade está se tornando um problema cada vez maior para os ocupantes corporativos em algumas localidades do Pacífico Asiático e da Europa. O retorno dos mercados ‘favoráveis ao locador’, trazido pela aguda falta de espaços de alto padrão, obrigará os ocupantes corporativos que estão em busca de espaço para consolidação ou expansão a antecipar suas decisões em muitos mercados. Com os aluguéis começando a ter uma reviravolta, é provável que aqueles que não agirem agora venham a enfrentar custos mais altos e opções de qualidade inferior. Divergência nas agendas de imóveis corporativos entre os vários setores Há uma grande divergência entre as agendas dos diversos setores no que se refere a imóveis corporativos. Os integrantes do setor editorial e de mídia, por exemplo, estão manifestando suas preocupações com relação ao acesso a talentos, apesar do cenário de altas taxas de desemprego nas economias avançadas, o que está levando alguns a questionar a conveniência da pretendida mudança para submercados localizados fora dos redutos tradicionais do setor de mídia nas cidades de primeira linha por temor de que isso limitaria sua capacidade de atrair e reter os talentos que lhes são cruciais. O setor bancário e financeiro, por outro lado, tornou-se muito mais ativo e agressivo. Na esteira do dinamismo da atividade verificada em Londres, Hong Kong e Cingapura, mercados como Milão e Paris também estão agora experimentando elevada demanda por parte dos bancos, apesar do confuso e incerto pano de fundo regulatório do setor. Ímpeto de crescimento das aquisições no setor de TI No setor de TI, cresce o momentum na área das aquisições estratégicas, uma vez que os players estão em busca de comprar sua presença nos grandes mercados de consumo emergentes ou então de ampliar suas ofertas de produtos e serviços. O amplamente noticiado interesse da Microsoft na Adobe Systems é um exemplo. Nos próximos 6-12 meses, as pressões de integração de portfólio entrarão na ordem do dia dos profissionais da área de imóveis corporativos do setor de tecnologia. Mudanças nas normas contábeis para locação afetam estratégias de locação de imóveis corporativos O texto preliminar das mudanças das normas contábeis para locação há tempos aguardado, que colocará todos os aluguéis nos balanços, foi divulgado em agosto pelo Conselho de Normas Contábeis Internacionais (IASB, na sigla em inglês) e seu congênere, o Conselho de Normas Contábeis Financeiras dos EUA (FASB, na sigla em inglês). Embora o conhecimento das mudanças propostas entre aqueles que atuam na área de imóveis corporativos seja hoje elevado, não se pode dizer o mesmo quanto ao conhecimento das implicações dessas mudanças nas estratégias de locação. Estamos começando a ver diversos ocupantes corporativos passando a desenvolver modelos de cenários prováveis e fazendo os devidos ajustes em suas estratégias imobiliárias – e isso se intensificará no médio prazo. COPYRIGHT © JONES LANG LASALLE IP, INC. 2010. Todos os direitos reservados 7 Panorama do Mercado Global Outubro de 2010 Perspectivas Falta de imóveis refreia volumes de investimento Volumes significativos de capital próprio continuarão em busca de imóveis de alto padrão, sendo provável uma compressão ainda maior da taxa de retorno desses imóveis sob o peso do dinheiro que está sendo direcionado para os imóveis. Todavia, os volumes de investimento continuarão sendo refreados no curto prazo em razão da falta de produtos de primeira linha. É improvável que as projeções feitas no começo do ano, de que os níveis superariam os US$300 bilhões em 2010, se concretizem. O que esperamos agora é que os volumes globais de investimento direto em imóveis atinjam US$280-290 bilhões em 2010, representando um aumento de 35-40% em relação a 2009. Aumentam os negócios em imóveis de segunda linha Com a continuada falta de imóveis de alto padrão, os investidores serão cada vez mais empurrados para os mercados secundários, estimulando a negociação de imóveis de segunda linha, embora a partir de uma base baixa, e a questão da dívida continuará sendo um problema. Os bancos estão começando a deixar mais claras as suas posições quanto à venda de imóveis executados, em sua maioria imóveis de segunda linha. A liberação desses estoques secundários poderia começar a descomprimir as taxas de retorno, especialmente de ativos de segunda linha, mas isso dependerá de se os bancos continuarão a alimentar o mercado a conta-gotas ou se começarão a se desfazer dos ativos de forma mais agressiva. Embora as estratégias dos bancos não estejam nada claras, não estamos esperando um grande afluxo de ativos para o mercado, exceto em alguns casos especiais como, por exemplo, a Irlanda. Ásia – uma fonte fundamental de recursos Espera-se que a Ásia se revele uma crescente fonte de recursos em 2011. Tanto o Serviço Nacional de Pensões da Coreia como o fundo de pensões da Malásia, por exemplo, orientaram suas administradoras a procurar oportunidades de investimento fora da Ásia. O crescimento exponencial da riqueza privada na região aponta também para um expressivo potencial do crescente número de HNWIs [abreviatura de ‘High Net-Worth Individuals’, que denota indivíduos que têm mais de US$1 milhão em investimentos financeiros]. Segundo a Forbes, o número de bilionários na Ásia saltou de 130 há um ano para 234, com a China e a Índia à frente. Pacífico Asiático – colhendo os benefícios dos sólidos números do mercado Os volumes de transações no Pacífico Asiático devem registrar em 2010 um crescimento de 15-20% em comparação com 2009, alcançando a marca de US$77 bilhões no final do ano. China Continental, Japão, Cingapura e Austrália devem receber mais investimentos, estimulados pela melhora no sentimento das empresas e avaliações relativamente baixas em alguns desses mercados. Os negócios de portfólio emergiram conforme previsto, e devem aumentar. Oportunidades adicionais de aquisição devem surgir no mercado japonês de fundos de investimento imobiliário, que parece prestes a se consolidar, levando o governo japonês a se propor a considerar introduzir uma redução de impostos para estimular o setor e a lançar uma oferta de obrigações conversíveis para ajudar nas suas finanças. Europa – foco em mercados grandes, líquidos e transparentes Na Europa, os volumes de investimento devem crescer 30% em 2010 ante 2009, e continuar aumentando em 2011. Os mercados grandes, líquidos e transparentes do Reino Unido, da Alemanha e da França atrairão a maior parte dos recursos. Os imóveis de escritório em Londres e Paris continuarão sendo os principais alvos, com sua atratividade aumentada ainda mais pela reduzida oferta de escritórios em 2011. Na Alemanha e nos Países Nórdicos, os volumes de transações devem crescer na esteira da melhora dos números do mercado e do robusto crescimento econômico. Moscou volta aos holofotes ao emergir de uma forte retração, enquanto Istambul representa uma oportunidade de crescimento. Até mesmo os combalidos mercados da Espanha e da Irlanda não estão de todo fora dos limites para os investidores, uma vez que podem experimentar forte recuperação depois que se estabilizarem em 2011; mas isso pode demorar uns dois anos. Américas – mais fontes de recursos transnacionais Ao final do ano de 2010, o volume total de transações na região das Américas deverá exibir um aumento ao redor de 90% em comparação com 2009, chegando à faixa dos US$85-90 bilhões. A baixa remuneração dos títulos do Tesouro dos EUA e os spreads que permanecem atraentes em comparação com outros investimentos devem provavelmente encorajar os investidores a ficar mais agressivos ainda em 2011, pressionando as taxas de retorno de imóveis de alto padrão ainda mais para baixo. As fontes de capitais transnacionais estão cada vez mais interessadas no mercado dos EUA, em vista dos COPYRIGHT © JONES LANG LASALLE IP, INC. 2010. Todos os direitos reservados 8 Panorama do Mercado Global Outubro de 2010 amplos spreads atuais, entre os mais amplos de todos os mercados imobiliários desenvolvidos. Além disso, os financiadores norte-americanos continuarão a aumentar sua atividade 2011 adentro, abrindo ainda mais os mercados de dívida. Dada a presente curva de rendimento dos títulos do Tesouro, os financiadores podem impor margens expressivas, as quais atraíram a atenção também dos bancos estrangeiros. O Brasil continuará a solidificar sua posição de mercado emergente de investimento imobiliário preferido da região. Todavia, os investidores observarão as taxas de retorno muito atentamente porque o grande aumento do interesse dos investidores globais nesse mercado e sua limitada oferta disponível poderão incitar uma acentuada pressão de queda. Principais transações Pacífico Asiático Austrália Indicando a força da demanda por parte dos investidores de grandes imóveis de varejo na Austrália, o Colonial First State Property Retail Property Trust adquiriu quatro imóveis de lojas de varejo que integram o portfólio de lojas de fábrica da Austexx Proprietary Ltd. A aquisição de A$498 milhões (US$473 milhões) reflete uma taxa de capitalização média ponderada de 8,26%. Austrália A Permodalan Nasional Berhad (da Malásia) adquiriu a Santos Place, em Brisbane, por A$287 milhões (US$277 milhões). Japão O fundo norte-americano de hedge Elliott Associates e a Kenedix formaram uma joint venture para a compra de um portfólio de 18 ativos não principais, compostos de imóveis residenciais e de escritório, do Japan Retail Fund por ¥33,2 bilhões (US$396 milhões). Japão A Mapletree Investments, de Cingapura, anunciou planos de captar ¥30 bilhões no mercado para um fundo japonês que investirá até ¥80 bilhões em imóveis comerciais na região central de Tóquio e em outras cidades principais do Japão. Cingapura Na maior transação registrada em Cingapura desde a crise financeira mundial, a Overseas Union Enterprise (empresa controlada pelo Lippo Group da Indonésia) adquiriu as torres DBS Tower One e DBS Tower Two do Goldman Sachs por S$870,5 milhões (US$ 643,4 milhões). Cingapura A Chevron House, em Raffles Place, também foi vendida pelo Goldman Sachs por S$547 milhões (US$404 milhões) para um fundo alemão (o Deka Immobilien) em setembro, com um rendimento líquido em torno de 4%. Coreia do Sul O fundo alemão RREEF adquiriu dois imóveis na área comercial central de Seul – a Prime Tower, por KRW 142 bilhões (US$124 milhões), da GIC, de Cingapura, e o Alpha Building, por KRW 70 bilhões (US$61 milhões), do liquidado MAPS Frontier Real Estate Fund #13. A Gateway Tower, outro imóvel de escritório de classe B de propriedade do fundo MAPS, foi vendido para a Dongbu Fire & Marine por KRW 140 bilhões (US$122 milhões). Europa França A Hardstone adquiriu da Aberdeen uma torre de 28.300 metros quadrados de escritórios no distrito La Défense de Paris por €200 milhões (US$258 milhões), segundo anunciado. Alemanha A Union Investment Real Estate vendeu seus escritórios de Fürstenhof, localizados no centro financeiro de Frankfurt, para a DFH Deutsche Fonds Holding por €126 milhões (US$163 milhões). COPYRIGHT © JONES LANG LASALLE IP, INC. 2010. Todos os direitos reservados 9 Panorama do Mercado Global Outubro de 2010 Alemanha A MGPA e a Allianz Real Estate adquiriram as lojas Aldi (140 e 80, respectivamente), principalmente nas regiões oeste e sul da Alemanha, por somas não divulgadas. Espanha A Deka Immobilien concluiu a maior compra deste ano de um único ativo na Espanha, com a compra de um imóvel de escritório de alto padrão em Barcelona por €145 milhões (US$187 milhões). Reino Unido Na área do West End de Londres, um investidor privado do leste europeu comprou o ativo de primeiríssima linha Grand Buildings, emTrafalgar Square, da empresa de investimento Istithmar, de Dubai . Ao preço de £175 milhões (US$271 milhões) e um rendimento líquido inicial de 5,25%, este representa um dos maiores negócios realizados no West End desde 2007. Reino Unido A EREP, de Carlyle, adquiriu da Société Générale seis prédios-marco de escritório na região central de Londres (totalizando mais de 150.000 metros quadrados) por £671 milhões (US$1,04 bilhão). Reino Unido O Canary Wharf Group vendeu o empreendimento de escritórios Drapers Gardens (de 27.000 metros quadrados) na cidade de Londres para o consórcio Evans Randall Syndicate por £242,5 milhões (US$376 milhões) a um rendimento inicial de 5,2%. Reino Unido A Tesco vendeu, e simultaneamente alugou, 41 lojas para o Tesco Pension Fund por £960 milhões (US$1,24 bilhão), a um rendimento inicial de 4,9%. Américas Brasil Em São Paulo (São Paulo) e Botafogo (Rio de Janeiro), a Mercedes Benz vendeu um portfólio de quatro imóveis de escritório para a Credit Suisse Hedging-Griffo por R$120 milhões (US$69 milhões). Brasil O Banco Pátria comprou o prédio de escritórios Lagoa Corporate, no Rio de Janeiro, por R$165 milhões (US$94 milhões). A vendedora foi a João Fortes Engenharia S.A. Canadá A Rodenbury Investments comprou por C$23,7 milhões (US$22,8 milhões) um prédio industrial da consultoria de fundos de pensão GWL Realty Advisors com um rendimento de aproximadamente 7,6%. O imóvel está localizado em Brampton, na região suburbana de Toronto, a noroeste e próximo do Lester B Pearson International Airport. Canadá O 845 Marine Drive, centro varejista da North Vancouver que inclui entre seus locatários lojas como Thrifty Foods, Bed Bath & Beyond e Golf Town, foi negociado por C$46,7 milhões (US$44,9 milhões). A Nova Scotia Pension Agency comprou o imóvel da Sunstone Realty Advisors. México No submercado de Polanco, na cidade do México,a JORISA comprou da Ficonsa por US$34,2 milhões o prédio de escritórios Ejército Nacional 904. EUA Na área central da Filadélfia, o Fundo de Investimento norte-americano Brandywine Realty Trust comprou a antiga Bell Atlantic Tower da Blackstone por US$129 milhões, numa transação fora do mercado. Com um total de quase 93.000 metros quadrados, esse prédio de 53 andares foi construído em 1991 e é um dos mais famosos arranha-céus da Filadélfia. COPYRIGHT © JONES LANG LASALLE IP, INC. 2010. Todos os direitos reservados 10 Panorama do Mercado Global Outubro de 2010 EUA Na região suburbana de Los Angeles, o Whittwood Town Center foi vendido para o Fundo de Investimento privado Cole Real Estate Investments por US$83,5 milhões. O shopping center de aproximadamente 65.000 metros quadrados foi vendido pelo Morgan Stanley com um rendimento de 6,5%, segundo anunciado. EUA A AMB Property Corporation comprou da TA Realty quatro prédios num centro industrial, totalizando perto de 84.000 metros quadrados de espaço de galpão. Os imóveis, localizados próximo do Aeroporto Internacional de Miami, foram vendidos por US$66,8 milhões e estão com uma ocupação ao redor de 95%. COPYRIGHT © JONES LANG LASALLE IP, INC. 2010. Este relatório foi preparado unicamente para fins informativos e não pretende necessariamente ser uma análise completa dos tópicos discutidos, os quais são inerentemente imprevisíveis. Seu conteúdo foi baseado em fontes que acreditamos ser confiáveis, porém não verificamos essas fontes de forma independente e não garantimos que as informações aqui contidas sejam precisas ou completas. As opiniões expressadas neste relatório refletem o nosso julgamento nesta data e estão sujeitas a mudanças sem prévio aviso. As afirmações relativas ao futuro envolvem incertezas e riscos conhecidos e desconhecidos, os quais podem levar as realidades futuras a serem substancialmente diferentes das sugeridas por essas afirmações relativas ao futuro. O aconselhamento que damos a clientes em situações específicas pode diferir das opiniões expressadas neste relatório. Nenhuma decisão de investimento ou qualquer outra decisão de negócios deve ser tomada unicamente com base nas opiniões expressadas neste relatório. COPYRIGHT © JONES LANG LASALLE IP, INC. 2010. Todos os direitos reservados 11