Trabalhar em casa é tendência nos condomínios

Transcrição

Trabalhar em casa é tendência nos condomínios
SUMÁRIO
PANORAMA
6
PRODUTOS E SERVIÇOS
8
Notícias envolvendo o universo condominial.
out/nov/dez 2012 Edição Nº 197
CONSELHO EDITORIAL
Ingo Voelcker, Christian Voelcker,
Antônio Azmus, Jalcedir Novello,
Marjorie Albuquerque, Fátima Rama
e Luciene Machado
COORDENAÇÃO
Campanha de incentivo da Auxiliadora Predial premia gestores,
assistentes e supervisores com melhores resultados na
administração de condomínios.
Auxiliadora Predial abriu sete agências em agosto e cinco em
setembro. Planeja fechar o ano com 70 unidades operando.
10
ENTREVISTA
12
gestão
16
26
Fátima Rama
(Marketing)
EDITORA EXECUTIVA
Luciene Machado
Kathia Remião Cardoso, síndica do
Edifício Mar Negro, em Tramandaí.
jornalista responsável - MTb 4480
[email protected]
PRODUÇÃO EDITORIAL
Palavra-Prima - 51 9808.7497
[email protected]
reportagem e fotografia
Chegada do calor põe condomínios do litoral em foco.
Já regularizou a certificação digital em seu condomínio?
Clarissa Thones - Mtb 12.688
Luciene Machado - Mtb 4480
capa
Fátima Rama (Marketing)
sustentabilidade
Empresas se especializam em questões sustentáveis
para trazer benefícios aos prédios e à natureza.
20
COMER­CIALIZAÇÃO DE ANÚNCIOS
Artesul - 51 3228.0787 - 9981.3176
[email protected]
PROJETO gráfico E EDIÇÃO GRÁFICA
Paica Estúdio Gráfico - Tiba
capa
Moradores que trabalham em casa são
o novo desafio na gestão dos síndicos.
DISTRIBUIÇÃO
Faster Mail Logística em Postagem
A Revista Síndico não se responsabiliza pe­­la
qualidade dos serviços prestados e pe­­los
produtos oferecidos pelos anun­­cian­­tes, sendo
os mesmos de inteira res­­­ponsabilidade das
geral
A lâmpada fluorescente quebrou?
Saiba como agir sem comprometer a saúde.
Conheça uma novidade arrojada e econômica
para decorar áreas de convivência.
22
28
38
empresas anunciantes. Não é permitida a
reprodução de tex­­­tos desta publicação sem
autoriza­­ção da editora, por escrito.
jurídico
Chega ao fim a necessidade de quórum
especial para alterar o regimento interno.
segurança
30
Hora de renovar o Plano de Prevenção
e Proteção Contra Incêndio (PPCA).
32
Laudo Técnico de Inspeção Predial deve atestar
as condições de segurança dos edifícios.
34
Acessos às garagens bem sinalizados
evitam acidentes.
36
Outubro-Novembro-Dezembro/2012
3
panorama
Auxiliadora Predial em
expansão permanente
Com quase 60 lojas hoje, distribuídas por quatro Estados, a Auxiliadora
Predial projeta um crescimento de 60% no seu volume de vendas com
relação ao ano passado. A empresa bateu o número de imóveis
comercializados em todo 2011, logo no primeiro semestre deste ano,
resultado que pode ser creditado, em parte, à expansão da rede e o
consequente aumento do estoque de imóveis – que atualmente gira em
torno de 30 mil imóveis prontos para serem negociados.
“Vamos chegar a R$ 800 milhões em vendas de imóveis de terceiros, que
No primeiro semestre de 2012, a
é a especialidade da Auxiliadora Predial”, afirmou Antonio Azmus, diretor de
Auxiliadora Predial inaugurou a primeira
Vendas, Franquias e Marketing da Auxiliadora Predial, salientando ainda que
agência em Santa Catarina, e recentemente
a empresa tem investido pesado na capacitação da equipe.
ingressou no mercado paranaense. A empresa
Além do Rio Grande do Sul, está presente também em São Paulo, onde já
recebeu pelo segundo ano consecutivo o Selo
possui sete lojas (Avenida Paulista, Vila Clementino, Moema, Jardim Paulista,
de Excelência em Franchising, concedido pela
São Bernardo do Campo e Santo André) e em breve terá outras três.
Associação Brasileira de Franchising (ABF).
Plantando verde
Um projeto entre a Auxiliadora Predial, a Secretaria
Municipal do Meio Ambiente (Smam) e o Lions Clube Ipiranga
está deixando o bairro Menino Deus mais verde. Desde maio,
mudas de cerca de 10 espécies nativas estão sendo doadas pela
prefeitura, plantadas pelos voluntários do Lions e devidamente
identificadas com placas fornecidas pela Imobiliária.
De acordo com Ivo Krauspenhar, diretor de meio-ambiente
do Lions Clube Ipiranga, já foram plantadas cerca de 150
árvores, entre jacarandás mimosos, ipês roxos e amarelos e
quaresmeiras pelo bairro – muitas pelas suas próprias mãos,
inclusive. As mudas foram enterradas em canteiros já existentes
– mas que estavam vazios – em diversos logradouros do
Menino Deus, como as avenidas Bastian, Ganzo e Barão do
Triunfo e as ruas General Caldwell, Botafogo e Marcílio Dias.
“É muito bom ver que a vizinhança, por onde as mudas
foram plantadas, adotou a ideia e hoje cuida das árvores, que é
uma parte importante e necessária do trabalho”, aponta
Krauspenhar, que já foi diretor do Jardim Botânico de Porto
Alegre e jamais perdeu o amor pelo verde. “Me sinto feliz por
cada árvore que planto, pois sei que estou fazendo alguma coisa
pela cidade”.
6
síndico 197
Dia do Síndico tá chegando
No dia 16 de dezembro é comemorado em Porto Alegre
o Dia do Síndico. Este dia foi escolhido em referência ao dia
da publicação da chamada Lei do Condomínio (número
4.591), promulgada no dia 16 de dezembro de 1964. Uma
das figuras centrais na vida de qualquer condomínio, o bom
síndico faz mais do que botar ordem na casa: ele também
zela pelo patrimônio
comum e está sempre
Hora de pagar o 13º salário
dos funcionários
atento às necessidades
O final do ano está chegando e os encargos
nosso parabéns e muito
referentes à essa época já precisam começar a ser
dos moradores. Para
esse grande sujeito, o
obrigado.
planejados para serem quitados. Um deles é o
pagamento do 13º salário, cuja primeira parcela
NT E ILU STR ATI
VA
vence no dia 30 de novembro, e, a segunda, em 20
de dezembro. Seu valor correspondente a 1/12 da
FOTO ME RA ME
remuneração devida em dezembro, por mês de
serviço do ano correspondente, considerando-se
mês integral a fração igual ou superior a 15 dias de
trabalho. É importante lembrar que ao salários
integram-se a importância fixa estipulada, comissões,
percentagens de gratificações ajustadas, abonos
pagos pelo empregador, além dos adicionais por
trabalho insalubre e perigoso, bem como o salário
utilidade. Ou seja, não é tarefa das mais simples.
Para auxiliar os síndicos nessa tarefa, a
Auxiliadora Predial realiza anualmente o
planejamento orçamentário, com a previsão das
despesas, de forma a não onerar os condôminos
num único mês. Oferece datas para o pagamento das
parcelas, efetuando o pagamento junto com o
adiantamento do funcionário (no dia 15 de cada
mês) – lembrando que os empregados dos
condomínios que não fornecem adiantamento
também recebem nesta mesma data. A imobiliária
Natal à vista: valorize os
colaboradores do condomínio
Como já acontece há 13 anos, a Auxiliadora Predial vai
disponibilizar os kits natalinos para os condomínios distribuírem
entre os funcionários. São dois modelos com itens variados,
entregues nos prédios próximo ao Natal.
A iniciativa fortalece a relação entre os colaboradores e o
disponibiliza um programa para calcular as previsões
sentimento de equipe. Os pedidos poderão ser feitos
do 13º salário com encargos sociais dos funcionários
diretamente a partir da segunda quinzena de novembro, pelo
dos condomínios no link do DPC da intranet, que
fone 32.166.166, pelo site www.auxiliadorapredial.com.br ou
pode ser acessado pelos assessores de condomínios.
Desta forma, o síndico poderá programar os valores
para os pagamentos.
pelos encartes distribuídos em todas as agências da Imobiliária.
Não clientes podem adquirir os kits, sendo que eles também
têm prazo para pagamento dos presentes.
Outubro-Novembro-Dezembro/2012
7
produtos & serviços
Foco no Condomínio
Ganhos reais para quem atende, consequência positiva para os condomínios
I
nstigar a competitividade de colegas
de trabalho pode ser perigoso quando
não existe um método bem estruturado
para medir o desempenho dos envolvidos. Foi investindo em um ranking composto por seis indicadores, com foco
voltado para o resultado e organizados
em três grupos (indicadores orçamentários, não-orçamentários e comerciais),
que a Auxiliadora Predial encontrou uma
fórmula que vem trazendo o cumprimento das metas estratégicas da empresa.
Além disso, assessores, assistentes e supervisores agem como um time e atendem a seus clientes cada vez melhor.
Assim funciona a Campanha Foco
Condomínio, que foi totalmente repaginada no ano de 2012. O feedback dos
assessores de condomínio sobre a versão
do ano anterior, mostrou que eram necessárias mudanças. “Formamos uma
Comissão de Assessores, composta por
representantes de todas as agências de
Porto Alegre, para elaborar a nova versão”,
explica Patrícia Freitas, gerente da Agência Centro da Auxiliadora Predial, uma
das implementadoras da campanha. Ela
conta que o ranking de 2011 tinha problemas como o excesso de indicadores e
divergências nos critérios de mensuração,
o que causava um baixo nível de adesão
por parte da equipe. “Uma das mudanças
que mais causou impacto foi a extensão
da participação a assistentes e supervisores de condomínio”, explica Patrícia, evidenciando os ganhos da campanha pelo
engajamento dos novos membros.
Superando conflito
de gerações
Um dos empecilhos para a implantação
de uma campanha com foco em resultados era a resistência de assessores com
carreira de mais de 20 anos dentro da
Imobiliária e que poderiam não ver com
bons olhos o aumento da competitividade. Com a reformulação da campanha
8
síndico 197
Equipe de organizadores no dia do lançamento da campanha, onde os novos critérios foram
apresentados para assessores, assistentes e supervisores
em 2012, o choque de gerações foi superado e a direção já sente os resultados
positivos da competição.
Um dos exemplos de que o trabalho
em equipe vem dando certo é o testemunho de Wilson Castro da Silva, assessor
de condomínio há mais de 25 anos na
Auxiliadora Predial. Ele conta que, mesmo respondendo por vários condomínios ao mesmo tempo, há décadas, atualmente precisa prestar um atendimento
mais especializado e rápido, com um
número menor de condomínios: aproximadamente 70. “Hoje o cliente é bem
mais exigente, o tempo de resposta diminuiu muito, precisamos estar sempre
disponíveis e agir rapidamente”, explica
o assessor, que avalia positivamente a
campanha: “Ficou bem melhor, está claro e simples acompanhar o ranking. A
empresa preocupa-se na atualização e
treinamento, dando condições para nos-
so trabalho melhorar.”, diz Wilson.
Segundo Jalcedir Zaniclei Novello,
diretor de Condomínios, a premiação
vai tornar o trabalho da equipe ainda
mais motivador e ajudará a trazer melhores resultados para os clientes da
Auxiliadora Predial.
Wilson Silva, assessor de condomínios há
mais de 25 anos na Auxiliadora Predial,
aprovou a campanha e afirma que há mais
motivação dos funcionários
Ranking
 Itens como comparecimento em assembleias, menor número de reclamações
na central de atendimento e indicações de novos condomínios são avaliados
no ranking trimestral.
Ganhos reais
 O assessores, assistentes e supervisores melhores colocados no ranking são
premiados trimestralmente com vale-compras que variam de R$ 500 a R$ 1.000.
 O assessor com a maior pontuação acumulada no ano ganha uma viagem
para Porto Seguro, incluindo transporte aéreo e hotel com acompanhante,
por sete dias.
produtos & serviços
Ritmo acelerado:
novas franquias a cada mês
Auxiliadora Predial planeja finalizar o ano de 2012 com 60 lojas. Marca presença em quatro estados brasileiros
S
eguindo uma tendência cada vez mais
consolidada como sua marca, a Auxiliadora Predial continua abrindo novas
franquias no Rio Grande do Sul, Santa
Catarina e São Paulo. As novidades são
as inaugurações, até o final de outubro
de 2012, na região metropolitana gaúcha,
em cidades onde a Imobiliária ainda não
estava presente: Gravataí, Guaíba e Alvorada. Em São Paulo, as novas agências
inauguradas ficam na zona oeste de São
Paulo, nos bairros de Perdizes e Pompeia.
O crescimento não se restringe às
regiões metropolitanas e às capitais. Os
negócios no interior do Rio Grande do
Sul estão cada vez mais intensos, com
a previsão de novas agências em Pelotas e Santa Maria, até o final do ano.
“As negociações crescem cada vez mais
no interior do Estado e em Santa Catarina, onde temos a previsão da inauguração de uma segunda franquia em
Florianópolis nos próximos meses”,
conta Cesar Scola, gerente de expansão
da Auxiliadora Predial, que ao lado de
Antônio Azmus, diretor de Vendas,
Franquias e Marketing da Auxiliadora
Predial e Luis Fernando Oliveira, gerente de campo prospectam novas franquias. “A expansão é uma realidade
inquestionável e uma opção estratégica da empresa. Estamos crescendo com
segurança, avançando no caminho
certo e traçando um futuro de sucesso
para os franqueados e para a Imobiliá­
ria”, afirma Azmus.
Franquias acompanham desenvolvimento das cidades
São Paulo: Perdizes e Pompeia
A agência inaugurada no bairro Perdizes, em São Paulo, começou a funcionar há um mês e tem como meta chegar a R$
25 milhões em vendas no fim de 12 meses, com um time de
10 profissionais e um carteira de 2 mil imóveis cadastrados.
“Escolhemos o bairro de Perdizes para instalar a nova loja
porque está passando por um boom imobiliário e um crescimento comercial muito acelerado nos últimos anos”, disse
Acima, a agência da Auxiliadora Predial no bairro Perdizes e, ao lado,
no bairro Pompeia, em São Paulo
10
síndico 197
Amanda Neves, gestora da nova loja. Segundo ela, Perdizes
tem registrado elevadas oferta e procura, tanto para moradia
quanto para investimento.
Já a Loja da Pompeia pretende começar com um time de
oito corretores e atingir a marca de 25 a 30 imóveis comercializados no primeiro ano de operações, o que deve representar
algo em torno de R$ 20 milhões em vendas. “Escolhemos esta
região porque está em constante crescimento, a zona oeste tem
ótimo sistema de transporte e está vendo antigas fábricas e galpões se transformarem em empreendimentos residenciais”,
disse Roberto Rothier Duarte Bagnolesi, gestor da nova agência,
que abriu as portas recentemente.
Guaíba
A Agência em Guaíba, no Rio Grande do Sul, nasce alinhada
ao crescimento populacional e econômico da cidade, um polo
industrial que a cada dia atrai novas empresas e indústrias. Com
essas expectativas no município – que já tem confirmadas as
instalações da Terex, CG Global e Fate Vipal, fabricantes de
equipamentos para indústrias, equipamentos elétricos e pneus,
respectivamente – estima-se que mais de 3 mil empregos serão
criados e aproximadamente R$ 300 milhões investidos na região.
“A cidade de Guaíba está passando por uma grande transformação e deve dobrar de tamanho nos próximos anos”, enfatiza
Thiago Monteiro, um dos sócios da nova agência. Segundo ele,
o momento é propício para a chegada de uma marca forte como
a Auxiliadora Predial, pois um processo de verticalização na
cidade deve ter início em breve. A Agência Guaíba vai ter 170
metros quadrados e 10 corretores.
Alvorada
Em Alvorada, a loja da Auxiliadora Predial tem cerca de 100
metros quadrados e começa a operar com cinco corretores.
“Alvorada está localizada na região metropolitana de Porto
Alegre, com um déficit habitacional muito grande, cidade na
qual não tem imobiliárias de grande porte”, disse Arion Peixoto, franqueado da nova agência. Segundo Peixoto, atual­
mente há vários empreendimentos sendo lançados e para
serem lançados, além do vasto número de imóveis usados
disponíveis no mercado.
A Agência Gravataí localiza-se na
Rua Adolfo Inácio Barcelos, 915
Gravataí
O mesmo otimismo marca a abertura da loja de Gravataí. “É
uma cidade emergente na Grande Porto Alegre”, disse Alvacir
Louzada. A fábrica da GM e o polo industrial local devem continuar fomentando o crescimento econômico em ritmo acelerado nos próximos meses e anos. A nova agência de Gravataí
tem 160 metros quadrados e deve abrir as portas com uma
equipe de dez corretores.
Porto Alegre
Em Porto Alegre, a constante transformação e a perspectiva
de incremento do mercado imobiliário que o bairro Humaitá
vem passando, atraiu a abertura de mais uma filial. “Muitas
obras, empreendimentos e uma previsão favorável de crescimento econômico para a região”, foram apontados com os
principais motivos da inauguração, segundo César Scola, gerente de expansão. A empresa possui 30 agências na Capital,
sendo que a Ipiranga foi em agosto de 2012.
Números expressivos
Chegando à marca das 60 lojas hoje no Brasil, a Auxiliadora Predial está presente em São Paulo, Paraná, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul, com uma bagagem de mais
de 81 anos de história e liderança nos segmentos de administração de condomínio, aluguel e venda de imóveis.
Guiada pelo movimento favorável do mercado, com investimentos em infraestrutura desencadeados pela Copa
do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, aliada à concessão de crédito crescente, a Auxiliadora Predial tem
como meta chegar às 70 franquias em todo o Brasil até o
final deste ano.
Loja no município de Alvorada, grande Porto Alegre
Outubro-Novembro-Dezembro/2012
11
entrevista
“Os familiares reclamam
minha presença na praia no
verão, mas estou comprometida
com a função de síndica”
Quando questionada sobre o porquê de ter encarado o pa-
mas com uma proposta sólida de reverter o quadro nega-
pel de síndica do Condomínio Edifício Mar Negro, em Tra-
tivo que os condôminos estavam submetidos há anos, a pe-
mandaí, Kathia Remião Cardoso, responde com uma úni-
dagoga mãe de dois filhos descobriu que ser síndica é mais
ca palavra: necessidade. Segundo ela, que está à frente do
que um trabalho e, sim, uma vocação que, por unanimida-
condomínio há mais de 8 anos, a situação era preocupante:
de, tanto da família quanto dos condôminos, ela sabe de-
o prédio estava deixado de lado e nenhuma reforma ou re-
sempenhar muito bem. Prova disso é que Kathia é também
vitalização era proposta. Naquele ano, em 2008, quando
síndica há 16 anos do prédio onde mora, em Porto Alegre.
conheceu a proposta dos candidatos à síndico, Kathia se
Conheça mais sobre a história desta virginiana, detalhista,
preocupou e resolveu se candidatar. Sem muita campanha,
organizada e muito fiel a seus objetivos.
Qual é a estrutura física do
Condomínio?
O condomínio tem 187 apartamentos
mais uma loja, divididos em quatro blocos. Na área de lazer contamos com os
salões com churrasqueira. Um típico
condomínio de praia. Essa área de lazer
já é o necessário, pois a praia está ali, logo a frente.
Qual é a composição administrativa
do Condomínio?
Um síndico, um subsíndico e o conselho
fiscal, que tem três integrantes.
Kathia Cardoso, na lateral do Condomínio Mar Negro, em Tramandaí. Atravessando a rua, está
o mar. “Nas férias fico envolvida com as questões do condomínio e, dificilmente, dá pra curtir
uma prainha”
Como é o seu dia a dia no
Condomínio?
Como o condomínio fica na praia e eu
moro em Porto Alegre, a comunicação é
Registros feitos pela síndica mostram as primeiras reformas em 2008, quando o prédio foi condenado por laudos da Cientec
12
síndico 197
A síndica Kathia, na entrada do Condomínio Mar Negro, cuja restauração externa está em fase
de acabamento e o próximo passo será o paisagismo
diária por telefone. No inverno, vou a
Tramandaí de 15 em 15 dias, no verão
fico durante minhas férias, geralmente
em janeiro, e no restante dos meses vou
todos os finais de semana. Não tem um
dia em que o Eduardo, o zelador, não me
ligue. Eu sempre digo para ele não deixar
os problemas crescerem e me comunicar
tudo na hora em que acontecer.
O que a motivou a ser síndica?
Não foi bem uma motivação, foi uma
necessidade. Em 2008, nosso condomínio estava literalmente caindo aos pedaços, não precisava ser profissional para
avaliar, os ferros da estrutura estavam
expostos e desmanchando. Era assustador! Dessa forma, mesmo com os outros
candidatos apostando em uma campanha forte, eu decidi somente escrever a
minha plataforma e distribuir nos apartamentos, passando o papel por baixo da
porta. As pessoas não me conheciam
muito, mas depois do primeiro debate
em que os candidatos puderam expor
suas propostas, e venci as eleições.
Quais foram as primeiras medidas
instituídas na sua administração?
Solicitei um laudo de um engenheiro
estrutural para atestar a urgência da obra.
Procurei, também, a Fundação de Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul
(Cientec) que tem um departamento de
engenharia de edificações especializado
em laudo de avaliação estrutural. Assim
teríamos duas opiniões, uma de profissional liberal e uma de um órgão público.
Por incrível que pareça os resultados
foram idênticos: os prédios estavam condenados e era preciso fazer algo urgente.
A partir deste laudo, que melhorias
foram implementadas?
Após a constatação das perícias, iniciamos as obras de forma emergencial.
Fizemos uma assembleia extraordinária,
onde avaliamos os orçamentos, definimos a empresa e iniciamos a primeira
reforma, que foi a restauração estrutural
interna do condomínio. Não sobrou
quase nada. A parte de reboco e colunas
foram todos refeitos, aproveitamos e
trocamos os pisos e modernizamos um
pouco a parte estética. No período da
obra, enfrentamos um outro problema:
um vento muito forte destruiu toda a
cobertura dos salões da churrasqueira.
Tivemos que demolir tudo e construir
a estrutura nova, tendo a chance de criar
um ambiente melhor, com mesas e ilhas
de granito.
Que outras iniciativas poderiam ser
destacadas?
Modificamos a entrada do prédio, cercamos com tela e madeira e foi refeita a
calçada frontal, entre outras reformas.
Continuamos em obras no momento,
agora é a vez da restauração externa, que
está em fase de acabamento. Depois virá
o paisagismo. Enfim, sempre estamos
melhorando algo.
Quantas pessoas trabalham no
Condomínio?
Fora de temporada conto com meus dois
fiéis escudeiros: meu braço direito, Eduardo e seu ajudante, Júlio Cesar. Na portaria o funcionário é terceirizado. Durante a alta temporada, ficam os dois e
mais oito funcionários terceirizados.
Como é feito o planejamento
orçamentário?
O planejamento é feito por meio de um
estudo de receitas e despesas. Somos controlados no orçamento, acredito que,
muito pelo meu jeito, pois sou ponderada e sempre vou em busca do melhor
preço, negociando e pedindo descontos.
Chego até a comprar materiais de outros
estados, pois apresentam um preço bom
e melhor qualidade. Pensando que o condomínio foi construído nos anos 60, pre-
O novo salão das churrasqueiras do Condomínio Mar Negro, com ilhas de granito
Outubro-Novembro-Dezembro/2012
13
entrevista
cisamos ter sempre um fundo de obras
para garantir a tranquilidade de todos.
Como são realizadas as assembleias?
As assembleias são realizadas nos meses
de janeiro de cada ano. Preparamos uma
pauta com os itens mais importantes e
realizamos as prestações de contas do
ano que passou e aprovação da previsão
orçamentária. As assembleias são realizadas em Tramandaí, num salão próximo ao condomínio, pois é o período
que as pessoas mais comparecem por
estarem mais disponíveis. Já as assembleias extraordinárias, fora de temporada, realizo em Porto Alegre, sempre
num espaço oferecido pela Auxiliadora
Predial.
Como você lida com o problema da
inadimplência?
A inadimplência sempre existe, ainda
mais em um condomínio do tamanho
do nosso. Acredito que estamos bem, pois
nosso percentual de inadimplentes não
chega a 4%. Essa foi uma postura que
adotei desde que me tornei síndica, de
procurar reduzir os inadimplentes que
na época eram muitos, buscando negociar os pagamentos atrasados e, em último caso, recorrer ao judiciário.
A vida pessoal chega a ser impactada
pelas atribuições de síndico?
Muito! Principalmente na época de veraneio, pois minha família quer curtir o
verão comigo, mas é sempre difícil, pois
fico envolvida com as questões do condomínio e durante pouco tempo “desligo”
completamente. Eles realmente reclamam a minha presença, mas penso que
me comprometi com essa missão e tenho
que cumpri-la da melhor forma.
Como você avalia o atendimento da
Auxiliadora Predial?
Gosto muito do atendimento da Auxiliadora Predial, principalmente do Vitor,
meu assistente de condomínio. Ele é uma
pessoa prestativa e está sempre disposto
a me orientar quando necessário. Resolvemos os problemas de forma integrada,
um ajudando o outro, pois sei que ele
14
síndico 197
O Condomínio Edifício Mar Negro, em Tramandaí, tem quase 200 apartamentos. Com 40 anos
de construção, passou por grande reforma para ficar em condições
precisa dar suporte a outros síndicos.
Utilizo também os serviços da Auxiliadora Predial na parte de administração,
financeira e assessoria, e, quando necessário, o departamento jurídico.
Como você define o papel do síndico?
O síndico é a pessoa escolhida para defender os interesses dos condomínios,
administrar um grupo, para tornar viável
a convivência harmoniosa, segura e correta.Para ser síndico são necessários paciência, inteligência, coragem e determinação, justamente para entender e assumir a administração do condomínio e de
todos os serviços necessários para a sua
manutenção, visando disciplinar os direitos e deveres de cada um, bem como
o de viver em comunidade.
Que orientação pode ser dada a um
síndico de primeira viagem?
Em primeiro lugar, procurar o maior número de informações de como exercer o
Perfil
Um lugar especial
Um livro
Confira o blog do Condomínio Mar Negro:
http://marnegro.blog.terra.com.br
Garopaba
Viagem que pretende fazer
Um sonho
cargo, pois não é tarefa fácil. Para administrar um condomínio, seja ele pequeno
ou grande, a responsabilidade será a mesma. Se o síndico não tiver experiência em
contabilidade, ele deve buscar aprender
ou se cercar de uma equipe, subsíndico e
conselheiros fiscais, experientes que possam ajudá-lo na jornada. Eu não entendo
de tudo, mas tenho um subsíndico e uma
conselheira fiscal que são contadores, que
auxiliam na área fiscal. A gente tem que
entender de tudo um pouco. Além das
questões técnicas, o síndico precisa se relacionar bem com os moradores, ter paciência, saber ouvir e dispensar a atenção
adequada a cada condômino. Se você
associar a isto uma preparação adequada
e disposição para encarar o desafio, a gestão tem tudo para ser eficiente. A troca de
experiências, inclusive, é fundamental
para descobrir os caminhos de uma convivência harmoniosa.
Europa, principalmente a Itália
Viver bastante e com qualidade
Mestre dos mestres, Augusto Cury
Uma personalidade A
presidente Dilma, pela coragem de
administrar um país como o Brasil
O vizinho ideal
O que sabe conviver bem, respeitando as regras,
a moral e os bons costumes
Uma alegria Meus
filhos
O futuro Poder
aproveitar com meu marido a nossa
aposentadoria
Ser síndico é Ser
ético e respeitar o próximo
Outubro-Novembro-Dezembro/2012
15
gestão
Nara Janssen, síndica do Condomínio Pacific Residence Club, em
Xangri-lá, lembra que, durante o inverno, os moradores só estão nos
finais de semana e no verão, muitos ficam todo o período de férias
Condomínios prontos para
receber os veranistas
O olhar atento do síndico é fundamental para manter os
espaços comuns e a segurança em dia durante todo o ano
A
temporada de verão está chegando
e, com ela, os condomínios do litoral ficam repletos de visitantes. Se ao
longo do ano muitos condôminos nem
aparecem pela praia, é nos meses de
calor que chegam cheios de disposição
para aproveitar a infraestrutura do prédio ou condomínio e descansar com a
família.
Aos síndicos, fica o desafio de lidar
com momentos tão distintos do ano e de
manter tudo pronto para receber os visitantes. Pequenas reformas, manutenção
de jardins e áreas comuns, além do embelezamento do local são algumas das
atividades que devem receber o olhar
atento do síndico durante o ano inteiro.
No Condomínio Atlântida Ilhas Park,
em Xangri-lá, no Litoral Norte do Estado,
apenas de 10 a 20% das cerca de 100 casas são ocupadas durante o inverno. No
verão, em compensação, esse índice al16
síndico 197
cança os 80%. “Nosso maior desafio é
manter a segurança com o mesmo rigor
dos meses de verão”, afirma o síndico
Gerson Fischmann. Morador de Porto
Alegre, ele conta com a supervisão constante das agências locais da Auxiliadora
Predial durante o ano. “A manutenção é
feita durante o ano inteiro por empresas
terceirizadas”, complementa.
Neste condomínio, há atividades di-
versas como recreação durante o verão e
em feriadões, salões para o uso dos condôminos, quadras de tênis futebol e vôlei
– todas muito disputadas pelos visitantes
e moradores. “Em nosso condomínio,
pelo trabalho desenvolvido, a grande
maioria dos proprietários mostra-se amplamente satisfeita com as condições de
conservação do condomínio, segurança
e atendimento”, analisa Fischmann.
Condomínio Pacific Residence
Club, em Xangri-lá
Área das piscinas do Atlântida
Ilhas Park, em Xangri-lá. Abaixo a
sala de jogos e a pista de skate
Rotinas afetadas
pela sazonalidade
No litoral, as estações do ano ditam as
atividades de manutenção dos condomínios. De acordo com a supervisora comercial da Agência Capão da Canoa da
Auxiliadora Predial, Tatiani Führ, nos
meses frios o foco é na manutenção. “São
feitos trabalhos que não teriam sucesso
com grande circulação de pessoas, como
reparos em piscinas, jardins, limpezas de
caixas d’água, manutenção das academias
e treinamentos com os prestadores de
serviços”, informa. Outro fator primordial é alinhar o trabalho de portaria e
segurança, evitando a entrada e circulação de pessoas estranhas ao condomínio.
Já no verão, o foco está no atendimenQuadra de tênis do Condomínio Pacific,
em Xangri-lá sendo utilizada durante o
mês de setembro de 2012
to aos condôminos – o trabalho intenso
tem que ser perfeito, pois qualquer descuido pode prejudicar todos os moradores. “Tratamos os condomínios realmente como mini-cidades, com um gestor
alocado dentro do empreendimento,
responsável pelo andamento dos projetos
e pela coordenação dos prestadores de
serviços”, lembra Tatiani.
Enquanto o gestor cuida da operacionalização do condomínio, na Agência
Capão da Canoa é feito o trabalho contábil e administrativo. Para alinhar as
duas frentes de trabalho, existe uma supervisão exclusiva para esse tipo de condomínios, responsável também pela sinergia entre gestores, que acaba gerando
mais informações e oportunidades de
negociação com fornecedores.
“Essa nova estrutura proposta pelo
nosso gerente Marcelo Borba de ter uma
equipe focada exclusivamente no atenOutubro-Novembro-Dezembro/2012
17
gestão
Playground do Condomínio Pacific em pleno desfrute durante o mês de setembro de 2012
dimento a esse tipo de condomínios está,
nos seus poucos meses de implantação,
gerando excelentes resultados e um aumento significativo no grau de satisfação
dos síndicos e condôminos, que sentem
a segurança em saber que estamos atentos a todos os detalhes”, diz Tatiani.
Previsão orçamentária
Na área do planejamento estratégico, é
realizada a análise contábil do condomínio e se estabelecem as prioridades de
investimentos e procedimentos, para
preservar a saúde financeira do condomínio. Em agosto, foi lançada a Ação
Verão 2013, onde serão definidos os planos de ação até o final do ano, para chegar ao veraneio com tudo em dia. “A finalidade é que os condôminos e síndicos
tenham mais liberdade para aproveitar
os poucos meses de calor, sabendo que
as demandas estão sob controle.”
Condomínio Atlântida Ilhas Park
18
síndico 197
Tatiani Fuhr é supervisora comercial da Agência
Capão da Canoa da Auxiliadora Predial
Cancha de bocha e campo de futebol no
Atlântida Ilhas Park, em Xangri-lá
Atenção às áreas comuns
No Condomínio Pacific Residence Club, também em Xangri-lá, o cuidado especial durante o inverno é com as áreas de convivência. Com grande infraestrutura como piscina térmica, sauna, sala de ginástica, quadra de tênis coberta,
sala de recreação, gourmeterias e restaurantes funcionando durante os feriados,
a frequência de moradores é grande também nos meses frios.
Tanto que neste condomínio foram realizadas atividades de dança e palestras
ao longo do ano. Ações que devem se intensificar no verão, principalmente com
a contratação de uma empresa de recreação, para crianças.
“A grande diferença é que, no inverno, os moradores frequentam somente
aos finais de semana, enquanto, no verão, muitas famílias ficam todo o período
de férias escolares”, conta a síndica Nara Janssen.
Os períodos de baixa frequência durante os dias da semana são, então, utilizados para intensificar a limpeza, conserto de cadeiras e materiais de piscina e demais
áreas comuns. Jardinagem, segurança e manutenção dos espaços são mantidos
durante todo o ano, através de empresas especializadas no Litoral. “O grande
desafio pra mim que estou à frente do Pacific – mesmo que de longe, afinal resido
em Porto Alegre – é fazer com que todos os prestadores cumpram suas funções”,
afirma Nara. E o retorno dos condôminos, garante, tem sido bastante positivo.
Outubro-Novembro-Dezembro/2012
19
sustentabilidade
Ser sustentável é preciso
Projetos que aumentam a eficiência fazem bem às finanças e ao dia a dia dos condomínios
A adoção de telhado verde ameniza a
temperatura interna da edificação
T
ratar da sustentabilidade dentro dos
condomínios é um desafio importante e inadiável aos síndicos. Medidas
como o consumo mais consciente da
energia elétrica e água, gerenciamento
correto dos resíduos gerados e, até mesmo, a adoção de atitudes pró-ativas como
o cultivo de hortas orgânicas, telhados
ecológicos e jardins nas áreas comuns,
proporcionam uma rotina saudável e
sustentável para todos.
Para ajudar a definir os pontos problemáticos e as práticas que podem ser
adotadas nos condomínios – além de
auxiliar essas mudanças a acontecerem,
de fato – há empresas especializadas, como a Sambaqui Projetos Sustentáveis.
Observar a logística dos resíduos –
desde a produção nos apartamentos até
20
síndico 197
o descarte final, garantindo que se dê o
destino correto – e avaliar se há consumo
excessivo de água e luz são alguns dos
primeiros passos para dar um diagnóstico de como vai a sustentabilidade do
condomínio. “Estudar os processos traz
enorme ganho ao condomínio, seja na
contribuição com o ideal de sustentabilidade ou com o retorno financeiro”, explica o consultor da Sambaqui, o biólogo
Gabriel de Souza.
Alterações de equipamentos e pro-
cessos trazem ganho imediato. Mas existem outros que são perceptíveis a longo
prazo, como um bom gerenciamento de
resíduos, que evita o surgimento de vetores (baratas, ratos, moscas), dispensando a dedetização, por exemplo. Utilizar
local correto para descarte de óleo de
cozinha pode evitar o entupimento da
rede de esgoto. E, principalmente, o treinamento e a conscientização de funcionários e moradores com ações em dias
comemorativos, palestras e até peças de
A Lei 12.305 de 2010 institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos e altera a
Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, determinando que para todos os tipos
de lixo deverão ser esgotadas as possibilidades de tratamento e recuperação
por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, e somente
o que realmente não é possível reciclar deverá ir para os aterros sanitários.
Como começar?
Ações simples, do dia a dia, podem
representar um ganho na sustentabilidade do condomínio. Siga
essas dicas e avalie se o seu ambiente precisa de ajustes.
 Estude a instalação de
sensores de presença para a
energia elétrica.
Ecotelhado
Cisterna capta água da chuva
teatro. “Este é o investimento de melhor
custo benefício”, garante Souza.
também a opção de aumentar a área permeável, substituindo o concreto dos condomínios por vegetação, pisograma ou
concregrama – aqueles pisos furados
colocados em estacionamentos, onde
intercala-se concreto e grama. “São ações
que contribuem na prevenção dos alagamentos em dias de chuvas nas grandes
cidades, pois com a absorção da água,
menor quantidade vai para a rede fluvial”,
define o biólogo.
Mais verde
Outra opção para os condomínios é aumentar a área verde e, com isso, melhorar
a qualidade de vida no local. Grandes
projetos em que cada condômino compreenda o seu papel são excelentes alternativas para melhorar também a convivência entre os vizinhos. A arborização
da cobertura com mudas nativas é uma
das escolhas sustentavelmente corretas.
“A utilização de coberturas verdes contribui para a cidade, auxiliando na redução do fenômeno ‘Ilhas de Calor’, que se
dá pelo fato dos conglomerados possuírem muito concreto, fazendo com que as
temperaturas nas áreas urbanas sejam
mais elevadas”, explica Souza.
Já as hortas orgânicas tratam-se de
canteiros divididos em espaços reservados a cada apartamento interessado. Há
 Reavalie a necessidade de
alguns pontos de iluminação
 Preveja a instalação de
fotocélulas em locais
naturalmente iluminados
 Analise mensalmente o
consumo de água e veja se
não existe um aumento
gradual ou grandes variações
 Evite o uso desnecessário de
água para limpeza de calçadas
 Verifique como funciona o
descarte dos resíduos do
condomínio, se existe um
comprometimento com os
horários da coleta seletiva e
com os resíduos especiais
Crianças respondem bem aos estímulos de
proteger à natureza. Estimule-as a participar
Lixo no lugar certo
A preocupação com o descarte correto do lixo
está presente em diversas ações e campanhas nos
âmbitos público e privado. Criar o hábito de separar os resíduos e encaminhá-los para reciclagem
e reaproveitamento, no entanto, ainda é um grande desafio dos condomínios.
Mesmo que exista uma legislação específica (veja quadro), muitos cidadãos
e instituições ainda não despertaram para a importância da reciclagem.
 Oriente os condôminos e levar
temas como a separação dos
resíduos e a importância da
colaboração nas reuniões e
assembleias
 Perceba a possibilidade de
tornar o condomínio mais
verde, seja na cobertura,
jardins ou garagens
 Identifique vazamentos que
aumentem o gasto de água
 Identifique tecnologias
ultrapassadas que possam ser
substituídas e gerar economia
ao condomínio
Outubro-Novembro-Dezembro/2012
21
capa
Trabalhar em casa é
tendência nos condomínios
A utilização de espaços residenciais como home offices já faz parte da realidade
e síndicos devem ter bom senso na hora de administrar possíveis conflitos
U
m assunto delicado tem permeado
as discussões em várias reuniões
condominiais. A existência de home offices – pequenos comércios ou escritórios
dentro das residências – causa discordâncias e altera a rotina dos condomínios.
É tendência que os profissionais liberais ou pequenos empreendedores transformem o seu apartamento ou casa dentro de condomínio horizontal em escritório. Ali são desenvolvidas parte ou a
totalidade das tarefas de trabalho, sem a
necessidade de deslocamento até uma
empresa. Comum nos Estados Unidos e
na Europa, é uma prática que vem se difundindo amplamente no Brasil. Principalmente em função dos avanços tecnológicos e o facilitado acesso à internet e
aos bancos de dados virtuais.
Este tipo de negócio já é tão comum
que novos empreendimentos estão reservando, inclusive, um espaço diferenciado
para reuniões de trabalho em áreas comuns. São pequenos escritórios equipados com mesas, internet sem fio e projetores, ideal para receber clientes e fornecedores. Na Capital, por exemplo, há
pelo menos três condomínios finalizados
ou em construção com esse tipo de perfil.
Assunto é polêmico
Utilizar o espaço que deveria ser para
residência em ambiente profissional, no
entanto, pode acabar gerando conflitos
entre a vizinhança. O trânsito de clientes
e entregadores, as demandas de autorização de entrada à portaria e até a alteração de fachada com placas pode causar
incômodo aos moradores. Cabe ao síndico, nesses casos, ter tranquilidade para
gerir a questão.
Na opinião do consultor jurídico da
Auxiliadora Predial, Pedro Becker, a pa22
síndico 197
lavra de ordem, nesse momento, é o bom
senso. A sociedade está em modificação
muito rápida e a legislação sempre vem
na sequencia. Ou seja, ainda não há definições legais sobre o tema que discipline a forma de se comportar frente aos
novos tempos. Se atualmente a maioria
das convenções negam a possibilidade
do trabalho profissional em condomí-
nios, mais tempo menos tempo, isto deverá mudar.
“Conflitos que envolvam essa ordem
de comportamento, se em Juízo, terão
tratamento especial e formador. Claro
que as convenções poderão prever essa
nova forma de comportamento mas, até
termos uma atividade padronizada e
aceitável, levará tempo”, pondera. Entre
Prós e contras de trabalhar em casa
Pontos favoráveis
 Evita deslocamentos no trânsito, tendo ganho de tempo e redução de
despesas com locomoção.
 Economia com valores de aluguel, taxas (como luz e água), cotas
condominiais e imposto territorial urbano, entre outros.
 Normalmente, os apartamentos já têm infraestrutura para o uso de
computadores e até redes wireless de uso pessoal que são aproveitadas
para as rotinas da empresa/trabalho.
 Horário flexível e a possibilidade de trabalhar à noite e nos finais de semana.
 Redução do estresse e equilíbrio da vida familiar.
Pontos desfavoráveis
 Alteração da rotina dos condomínios, que precisam estar atentos à
ampliação da circulação de prestadores de serviço, como motoboys e
visitantes.
 Colocação de placas identificando os serviços desagrada moradores.
 Utilização das caixas de correspondência internas para divulgação de folders
e cartões de visita desgosta moradores.
 Invasão da privacidade dos moradores que compraram o imóvel somente
para morar e têm que conviver com rotinas comerciais.
 Crescimento dos riscos relativos à segurança.
 Necessidade de disciplina permanente.
 Dificuldade de manter o foco, em função das rotinas domésticas estarem
presentes.
 Interrupção constante nas atividades, seja por conta do barulho externo
(prédios residenciais não estão preparados para rotinas comerciais), seja por
outras demandas domésticas, como familares, telefone e interfone.
 Isolamento, falta de convivência interpessoal.
os assuntos que mais deverão permear
as discussões, afirma o advogado, estão
a segurança e a multiutilização da economia com maior fluxo de pessoas. “Bom
senso é o que deverá prepronderar até
que a legislação regulamente a atividade
nos seus diversos aspectos”, afirma.
Prática causa desconforto
entre os condôminos
Em alguns condomínios o assunto é tão
polêmico que chega a causar um mal-estar entre os vizinhos. Um síndico que
preferiu ter sua identidade mantida em
sigilo, narrou que pelo menos há dois
anos, a instalação de um escritório no
condomínio de casas que atua é motivo
de discordâncias.
“Mesmo que a nossa convenção afir-
me que é um espaço exclusivamente residencial, estamos enfrentando a situação
na qual um morador montou um negócio na residência e os vizinhos estão se
sentindo incomodados, com a privacidade do condomínio invadida”, afirma.
Por se tratar de um condomínio pequeno, no entanto, os próprios vizinhos não
se dispõem a fazer uma reclamação formal, para tentar manter a harmonia no
espaço. As queixas ao síndico, no entanto, são frequentes.
“É diferente eu trabalhar em casa e
receber muito eventualmente um colega
ou cliente para reunião. O que está acontecendo no condomínio são interferências diárias de prestadores de serviço e
funcionários diretos, que trabalham diariamente no local”, relata o síndico.
Outubro-Novembro-Dezembro/2012
23
capa
Das reclamações que recebe, a questão
de segurança está em primeiro lugar, diz
o síndico. No entanto, há também uma
questão trabalhista envolvida na situação.
“O porteiro do condomínio acaba
sendo utilizado para liberar ou não a entrada desses trabalhadores, orientar, atender. Em um prédio comercial, isso é
função da portaria, mas em um condomínio residencial não”, alega o síndico
que preferiu não ser identificado. No
intuito de tentar resolver a situação, o
síndico irá marcar uma assembleia onde
os condôminos serão chamados a votar
por seguir a convenção e não permitir
que haja atividade comercial no condomínio ou abrir essa exceção.
Um prédio e duas realidades
No Condomínio Edifício Vera Cruz, no
bairro Floresta, a síndica Adalina Moraes
Marques tem se deparado com circunstâncias bem distintas. Há duas situações
de home offices no edifício mas, enquanto uma delas nem chega a ser conhecida
por outros moradores, a outra tem sido
alvo de reclamações dos condôminos.
Vinícius Gomes trabalha com informática e é contratado de uma empresa
norte-americana de hospedagem de sites.
A rotina de Vinícius
Gomes, que trabalha no
Edifício Vera Cruz, no
bairro Floresta, em Porto
Alegre, não interfere em
nada na vida dos vizinhos
Toda sua plataforma de trabalho é online
e seu único instrumento para o exercício
da profissão é um computador, que foi
acomodado dentro do quarto do rapaz.
“Aqui eu atendo os clientes, faço conferências com outros profissionais da
empresa e tenho meu rendimento monitorado virtualmente”, explica. “A grande vantagem é que faço tudo isso sem
precisar enfrentar trânsito ou mau tempo.” Como não realiza reuniões ou atendimentos presenciais, o seu home office
não interfere no dia a dia dos outros
Adalina Marques é síndica do Edifício Vera Cruz, onde há os dois exemplos de home office: o que
atrapalha e o que não traz nenhum transtorno ao Condomínio
24
síndico 197
condôminos. “Acho que a única vez que
eu recebi algo físico foi meu contrato
assinado, que veio por Sedex, em junho”,
relata.
Questão da segurança
preocupa
No mesmo prédio, no entanto, um outro
morador possui uma revenda de produtos para computadores e recebe tanto
fornecedores, como clientes em busca de
peças, quase que diariamente. De acordo
com Adalina, isso tem causado um problema de segurança no local.
“Não temos porteiro, então qualquer
pessoa que toca o interfone entra, sem
controle algum”, relata. Para a síndica, o
trânsito de pessoas estranhas pode aumentar a incidência de roubos e furtos
nas residências. Como já há reclamação
de outros moradores, Adalina estuda,
agora, as convenções para saber qual atitude tomar. O Condomínio Edifício Vera Cruz possui sala comercial em seu
térreo, por isso pode haver alguma dificuldade em resolver a questão pelas regras condominiais.
“Mais fácil seria poder contar com o
bom senso de todos os moradores. É
possível ter um home office sem interferir
na vida dos vizinhos. Basta que o condômino venha até a portaria para receber
seus clientes, evitando que pessoas estranhas se aproveitem das oportunidades
para entrar no prédio e causar algum
dano”, dá a receita.
Outubro-Novembro-Dezembro/2012
25
gestão
Certificação digital dos condomínios
entrou em fase final
Admissão ou demissão de funcionários são algumas das operações só possíveis com o CNPJ eletrônico
G
rande parte dos condomínios clientes da Auxiliadora Predial regularizaram a certificação digital, atividade
iniciada no final de 2011 e ainda em
curso. Regulado por Instrução Normativa federal, o processo é obrigatório.
Conforme orienta o responsável pela área
Contábil da Auxiliadora Predial, Jens
Voelcker esse documento é como uma
carteira de identidade para ser utilizada
nos meios eletrônicos, como a internet,
computadores e celulares.
Agora, as informações referentes ao
recolhimento do Fundo de Garantia por
Tempo de Serviço (FGTS), à seguridade
social (INSS) e outros benefícios dos
funcionários das edificações deverão ser,
obrigatoriamente, transmitidas ao canal
Conectividade Social da Caixa Econômica Federal, via internet e assinadas
digitalmente. A Auxiliadora Predial realizou parceria com a empresa Safeweb
Segurança da Informação, a fim de facilitar o encaminhamento da certiticação
para seus clientes.
Os gestores das edificações – como
responsáveis legais por elas – compareceram em datas pré-agendadas nas agências da Auxiliadora Predial de seu relacionamento e efetuaram a emissão do
CNPJ do condomínio.
“Buscamos proporcionar conforto,
comodidade e segurança aos clientes. Como o processo é concluído em minutos,
eles ganham tempo e agilidade”, lembra
Sandra Cronhal, assistente financeiro,
dedicada ao processo de certificação dos
condomínios da Auxiliadora Predial, explicando que parte da documentação
necessária foi separada e organizada com
antecedência, para maior brevidade no
tempo de atendimento.
Paulo Roberto Redel, síndico do
Condomínio Geneve, no bairro
Auxiliadora, em Porto Alegre, realizou a
certificação digital em menos de 15
minutos. “Foi rápido e prático, não
precisei me envolver nem com o
agendamento”, lembrou
Ângela Duarte Testa, síndica do
Condomínio Vila Verde, no bairro Mont’
Serrat, na Capital: “Achei boa a iniciativa
da Auxiliadora Predial, pois não precisei
me deslocar e enfrentar filas na Caixa
Econômica Federal”, opinou
O que é certificação digital
ou CNPJ eletrônico
As informações de pagamentos de benefícios, admissão, demissão etc., dos funcionários de condomínios são transmitidas para o governo por meio da Conectividade Social, utilizando um sistema exclusivo da Caixa Econômica Federal.
Portanto, será necessário e obrigatório que todos os condomínios recebam um
“e-CNPJ”, que é um CNPJ Digital, gravado em um cartão com chip ou Token, onde
são registradas todas as informações legais do condomínio e de seu responsável
(o síndico). O processo de emissão desse “e-CNPJ” é o que é chamado de Certificação Digital.
26
síndico 197
Entre as dificuldades que podem ser
enfrentadas pelos síndicos que não realizarem a certificação estão a impossibilidade de informar afastamentos, rescisões, recolhimentos de FGTS executados.
Jens Voelcker ressalta ainda que uma
nova assinatura digital deve ser feita a
cada mudança de gestor.
Até o presente momento, não existe
multa pelo não cumprimento da lei. O
impacto maior será para os condomínios
que têm funcionários, pois não conseguirão fazer operações de movimentação
e liberação do FGTS dos mesmos e, com
isso, correm o risco de serem multados
pela fiscalização dos órgãos reguladores.
Ainda sem certificação?
Caso ainda não tenha providenciado o
CNPJ eletrônico, o síndico deve procurar
o seu assessor de condomínio para obter
informações.
Outubro-Novembro-Dezembro/2012
27
geral
A fluorescente quebrou, e agora?
Resíduos de lâmpadas fluorescentes são prejudiciais à saúde. Saiba como proceder em caso de quebra
O
uso da lâmpada fluorescente garante economia para os condomínios. Além de mais durável, ajuda a
reduzir os gastos com energia elétrica.
Com diversas apresentações, entre elas
a forma pequena e compacta, passou a
ser bastante utilizada nas áreas de uso
comum dos prédios. No entanto, apesar
da praticidade, ela contém mercúrio, um
componente químico que pode ser bastante prejudicial à saúde. É por causa
dele que o descarte desses equipamentos
deve ser feito com muito cuidado – a
lâmpada não deve ser quebrada, nem
descartada no lixo comum.
Tratando-se de um metal pesado e
tóxico, o mercúrio traz riscos a quem
manusear a lâmpada quebrada e também ao meio ambiente, em caso de descarte direto na natureza. Ao ser inalado,
A Rede Zaffari de Supermercados está
implantando em suas lojas um local para
descarte de fluorescentes, pilhas e baterias
28
síndico 197
o metal pode causar problemas neurológicos e intoxicação. Na questão ambiental, pode contaminar mananciais de
água, prejudicando animais e plantas do
ecossistema.
Conforme o engenheiro químico do
Departamento Municipal de Lixo Urbano de Porto Alegre (DMLU), Eduardo Fleck, esse tipo de resíduo deve retornar ao fabricante ou comércio que
vendeu ao consumidor. “Uma lei federal implantou o conceito de logística
reversa para esses e outros resíduos do
pós-­consumo. Em Porto Alegre, dada
a impossibilidade legal de a prefeitura
recolher e destinar tais resíduos, as soluções estabelecidas pelos instrumentos
regradores locais conduzem à responsabilidade do consumidor entregar os
resíduos às casas e comércio de aquisição”, explica.
Depois de recebidas pelos fornece-
Legislação
A Lei Federal 12.305/2010 implantou o conceito de logística reversa
para os resíduos considerados perigosos ou tóxicos, como as lâmpadas fluorescentes. Por liberarem o
mercúrio, que é prejudicial à saúde
e o meio ambiente, essas lâmpadas
não podem ser descartadas no lixo
doméstico. A legislação prevê uma
responsabilidade compartilhada
pelo ciclo de vida dos produtos os
fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, consumidores e os titulares dos serviços
públicos de limpeza urbana. Determina, em seu artigo 33, que indústria e governo devem estruturar e
implementar um sistema de logística reserva, mediante retorno dos
produtos para os fornecedores
após o uso pelo consumidor, de
forma independente do serviço
público de limpeza urbana. Em
Porto Alegre, uma lei municipal
prevê que o consumidor pode entregar as lâmpadas diretamente ao
comércio onde foi adquirida.
dores, essas lâmpadas são levadas às
chamadas plantas de descontaminação.
Lâmpadas devem ser
entregues inteiras
O interior do tubo das lâmpadas fluorescentes é revestido com uma poeira
que contém diferentes substâncias tóxicas, como vapor de mercúrio, óxidos de
metais pesados e também soldas de
chumbo. Por isso, elas devem ser mantidas sempre inteiras, para o descarte.
Como armazenar
dentro do condomínio
As lâmpadas devem ser guardadas em
um local de nenhuma ou pouca circulação. Não devem ser colocadas diretamente no chão, e, sim, em um estrado
de madeira. Necessitam ser dispostas na
horizontal, nunca em pé, encostadas em
uma parede.
E se quebrar!
Se, por acidente, uma lâmpada se quebrar, o ideal é que se retire crianças e
animais do entorno, além de abrir portas e janelas para arejar o espaço. O gás
que é liberado não deve ser inalado. “Depois de quebrada, o gás mercúrio se
dissipa, portanto essa lâmpada passa a ser um resíduo comum. Nesses casos,
além do cuidado para não inalar o ar tóxico, deve-se colocar os restos em um
jornal ou dentro de uma garrafa e descartar no lixo comum.”, explica o auxiliar
de serviço técnico do DMLU, Paulo Ricardo Alves Guimarães.
Auxiliadora Predial
oferece local para descarte
A Agência Petrópolis (Rua Lucas de Oliveira, 1969) possui coletor de lâmpadas e
baterias. Após o armazenamento correto (utilizando embalagens apropriadas e
reutilizadas) as lâmpadas são encaminhadas ao destino final, onde sofrem descontaminação e reciclagem.
Outubro-Novembro-Dezembro/2012
29
jurídico
Exigências da lei para alterar
o regimento interno
Quórum para mudança do Regimento Interno é responsabilidade do condomínio.
Mas é bom ficar atento, porque a lei permite outras interpretações
O
Código Civil, implementado em
2002, modernizou uma série de normas e criou outras tantas, visando tornar
o convívio social melhor ou, pelo menos,
juridicamente mais fácil de tratar. Mas
algumas das alterações propostas pelo
Código mais confundiram do que de fato
ajudaram, como no caso da quantidade
mínima de pessoas necessária para alterar
o Regimento Interno de um condomínio.
Antes, o que valia era a redação encontrada no artigo 9º da Lei nº 4.591/64, que
não exigia quórum qualificado na assembleia para aprovação do Regimento Interno. Ou seja, as alterações poderiam basicamente ser feitas independentemente da
quantidade de pessoas que aceitassem o
que fosse acertado em uma reunião oficial.
30
síndico 197
Fim da necessidade de quórum especial
Com o advento do chamado Novo
Código Civil a situação mudou, exigindo,
de acordo com o artigo nº 1.351, pelo
menos 2/3 dos votos dos condôminos
para que se pudesse proceder alguma
alteração. Porém, em 2004, o texto foi
alterado por força da Lei nº 10.931/04 que
estipulou, desde então, não ser mais necessário quórum especial para proceder
a alterações no Regimento Interno, ficando a cargo do próprio condomínio estabelecer esse número mínimo de pessoas.
ração de Regimento Interno, de maneira
geral, foi mitigado, estabelecendo-se majoritariamente nas Convenções da época,
quóruns menores tanto para a aprovação
quanto para a alteração dos Regimentos
Internos. Tal opção, realmente, penso ser
muito melhor, mais maleável, já que trata de regrar as relações de convívio que
se modificam no tempo e em decorrência das alterações sociais que também
sofrem variações e, portanto, devem ser
mais maleáveis”, pontua.
Entendimentos diversos
O advogado ressalta, no entanto, que é
possível haver outras interpretações a
respeito do assunto.
“Alguns inclusive entendem não mais
ser necessário quórum algum. Mas como
afirma Miguel Reale Jr., um dos mentores
do Código Civil em vigor, este é o Código Cidadão, e explica que por isto tem
muitos dispositivos por vezes imprecisos
e ambíguos para que o juiz, ao interpretá-­
lo, tenha mais liberdade”, aponta Becker.
Regimento é subordinado
à Convenção
Para o advogado e consultor jurídico da
Auxiliadora Predial, Pedro Becker, continua existindo a necessidade de quórum
especial de 2/3 dos condôminos para a
alteração do Regimento Interno, uma vez
que ele está subordinado a Convenção do
Condomínio – que é o principal conjunto de normas que rege as relações entre
os condôminos e, em especial, disciplina
o uso das partes comuns do condomínio.
“Em que pese alterada a redação do
artigo 1.351 pela supressão havida em
decorrência da lei nº 10.931/2004, permanece em sua redação atualizada a necessidade do quórum de 2/3 para a alteração da Convenção e, como tal, da
mesma forma que necessário este quórum para a alteração do Regimento Interno constante do transcrito”, explica.
Até a implantação do Novo Código
Civil, Convenção e Regimento podiam
ser tratados separadamente, como consta na Lei nº 4.591/64 e, desta forma, serem
alterados com número diferente de participantes.
“Neste período, o quórum para alteOutubro-Novembro-Dezembro/2012
31
segurança
Fogo se combate com prevenção
Final do ano é hora de renovar o Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio,
um documento importante e que pode salvar vidas
C
arga e posicionamento de extintores, rotas de fuga, sinalizações de
emergência e até os locais adequados
para acomodação de botijões de gás.
Tudo isso pode parecer corriqueiro e até
óbvio, mas são ítens que requerem a máxima atenção e, por isso, fazem parte do
Plano de Prevenção e Proteção Contra
Incêndio (PPCI), um documento que
todo condomínio deve ter e que precisa
ser renovado a cada final de ano ou a
cada dois anos, dependendo do caso.
Em Porto Alegre, diferentemente de
todas as outras cidades do Estado, ele é
regido pela Lei Complementar nº 420/98,
mas seu objetivo é o mesmo: avaliar os
pontos fracos do edifício e procurar soluções para reduzir a possibilidade de
ocorrência de um incêndio, proteger a
vida dos moradores, minimizar a propagação do fogo e reduzir os danos materiais. O Plano também informa como
agir, a importância de detalhar as rotas
de fuga da edificação e ainda, como utilizar corretamente os equipamentos de
segurança. São medidas essenciais que
fazem a diferença em casos de fogo fora
de controle.
“Para apontar cuidados e adequar
recursos necessários, todos os condomínios são obrigados a elaborarem o seu
PPCI e a contarem com o Alvará de Prevenção e Proteção Contra Incêndios do
Dois tipos de planos
de prevenção
Alguns condomínios, devido a
sua características estruturais, podem apresentar um outro tipo de
Plano de Prevenção e Proteção
Contra Incêndios, o Plano Simplificado de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PSPCI), o que altera
um pouco as exigências por parte
dos organismos competentes. A
diferença está basicamente no tamanho do condomínio, já que edifícios menores apresentam menos
riscos de incêndio.
Por isso, em 2002, foi instituída
a Portaria nº 138 que diz que poderá ser apresentado um Plano
Simplificado de Prevenção Contra
Incêndios as edificações com área
total edificada de até 750 metros
quadrados; com até três pavimentos; ou que exigirem prevenção
apenas por sistema de extintores
de incêndio, sistema de iluminação
de emergência e sistema de sinalização básica e complementar.
32
síndico 197
Arquivo Corpo de Bombeiros
Corpo de Bombeiros”, resume Paulo
Roberto Ferraz, perito técnico e engenheiro de Segurança do Trabalho.
Renovação do alvará
O alvará deve ser renovado a cada dois
anos para ocupações de riscos leves (como os condomínios residenciais) e anualmente para as de médio e grande (como as edificações mistas – residencial e
comercial). No Estado, a fiscalização é
feita pelo Corpo de Bombeiros (responsável também pela emissão do alvará),
mas em Porto Alegre ela também é efetuada pela Secretaria Municipal de
Obras e Viação (Smov).
“A elaboração do Plano de Prevenção
Contra Incêndio deve ser executada por
empresas ou profissionais liberais registrados no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado com supervisão do Responsável Técnico, que
pode ser um engenheiro, engenheiro de
Segurança do Trabalho ou arquiteto”,
explica Ferraz.
Por ser um documento obrigatório,
sua não apresentação acarreta notificação
e penalidades. A multa por atraso em sua
apresentação é de 75 Ufirs (Unidade Fiscal de Referência*, que em 2012 está em
R$ 2,2752) e nas situações de demora no
atendimento, há advertência e são cobradas 50 Ufirs para cada item não colocado
ou regularizado.
Outra exigência para os condôminos é de participarem de um curso de
combate contra incêndio e primeiros-socorros, ministrado pelo Corpo de
Bombeiros ou empresa especializada.
Tem validade de quatro anos e duração
de cinco/horas aula. O número de participantes varia conforme a área do
local e quantidade de funcionários.
PPCI deve ser renovado a cada final de ano
ou a cada dois anos, dependendo do caso.
Curso para moradores ministrado
no Corpo de Bombeiros agora
tem validade de quatro anos
Como prevenir as
principais causas de incêndio
Más condições das instalações elétricas
Ao reformá-las, é importante contratar profissionais e empresas legalmente habilitados, assim como evitar sobrecarregar as ligações existentes (evitando o excesso de utilização de “Tês”) e utilizar disjuntores adequados às instalações, de acordo com o projeto elétrico.
Acidente doméstico
É preciso ter cuidado para não acender velas ou incensos
próximos a materiais de fácil combustão (como papéis,
cortinas, entre outros), não esquecer cigarros acesos enquanto for realizar outra
atividade e não aquecer demasiadamente os óleos vegetais ao preparar frituras.
Fonte: Paulo Roberto Ferraz - engenheiro de Segurança do Trabalho e perito técnico.
Outubro-Novembro-Dezembro/2012
33
geral
De olho no Laudo de Inspeção
Em estudo, a possibilidade de prorrogação dos prazos para entrega dos laudos
Informações sobre o LTIP
1) O que é o LTIP?
O Laudo Técnico de Inspeção Predial é um documento obrigatório a todos os edifícios, que serve para atestar a segurança das
edificações e indicar problemas ou risco de acidentes, bem como
emitir as recomendações a serem adotadas para obter o Certificado de Inspeção Predial (CIP) – emitido por órgão público.
2) Quem pode emitir o LTIP?
Profissionais habilitados pelo CREA-RS ou CAU-RS.
3) Quem deve providenciar o LTIP?
Esse laudo deve ser emitido para prédios com mais de 10 anos
de idade e, dependendo das características do prédio, o laudo
precisará ser renovado periodicamente.
4) Como saber a idade do prédio?
Para a emissão do LTPI, a idade é contada a partir da emissão
da carta de Habite-se do edifício.
Poderão receber laudo específico: elevadores, caldeiras e
instalações de gás, entre outros
M
anter um edifício em boas condições é um desafio
diário para qualquer síndico. Agora, uma nova exigência legal deve ser considerada quando o assunto é manutenção preventiva. Em abril deste ano foi promulgado o
Decreto-lei número 17.720, que regulamenta o controle e
a manutenção preventiva de edifícios através do Laudo
Técnico de Inspeção Predial (LTIP).
O documento vem para auxiliar o artigo 10 da Lei Complementar número 284, de 27 de outubro de 1992, no que
diz respeito ao controle da manutenção preventiva das edificações e seus equipamentos. Em resumo, significa que o
prédio e suas dependências deverão ser inspecionados por
um profissional habilitado junto ao Conselho Regional de
Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA-RS) ou Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU-RS). Caso isso
não seja feito, o condomínio poderá ser multado.
A Auxiliadora Predial estruturou um grupo de profissionais, entre arquitetos e engenheiros que ficarão à disposição dos condomínios para a realização desse serviço.
Caso o síndico opte por contratar alguém de sua escolha,
ele deverá informar a imobiliária para que ela saiba que o
trabalho está sendo efetuado.
34
síndico 197
5) Quais são os prazos para emissão do LTIP?
O Decreto concedeu prazos para apresentação dos laudos,
conforme a idade de cada prédio, a contar da data de emissão
do decreto (ou seja, do dia 2 de abril de 2012):
 Prédios com mais de 30 anos: prazo de 180 dias
 Prédios com idade entre 15 e 30 anos: prazo de 270 dias
 Prédios com idade entre 10 e 15 anos: prazo de 360
De acordo com Adriano Goularte, secretário da Smov, a Secretaria estuda a possibilidade de prorrogação dos prazos finais
de entrega dos laudos.
6) Quais pontos específicos é preciso tomar
cuidado redobrado?
Os sistemas mecânicos, elétricos ou complementares das edificações, tais como elevadores, caldeiras, instalações de gás,
prevenção contra incêndio, acústica, instalações hidrossanitárias, pára-raio, entre outros, poderão receber laudo específico
de acordo com a legislação vigente, expedidos por responsáveis
técnicos habilitados junto ao CREA-RS ou CAU-RS, conforme
suas atribuições legais.
7) Qual a punição para quem não emitir o LTIP?
A não apresentação do laudo ou o não atendimento de cada
uma de suas recomendações acarretará multas mensais, de
valor progressivo. As multas são cobradas em Unidade Financeira Municipal (UFM), afixada em 2012 no valor de R$ 2,7778.
Outubro-Novembro-Dezembro/2012
35
segurança
Sinal de alerta
Entradas e saídas dos veículos devem estar sinalizadas para garantir segurança dos transeuntes
O
tópico segurança costuma ser levado muito a sério por quem cuida de um condomínio. No entanto, essa
preocupação, muitas vezes, precisa se
estender para além dos limites dos edifícios, como é o caso das sinalização das
garagens. Mais do que o rebaixamento
e demarcação da área onde os veículos
entram e saem 24 horas por dia, sem
aviso prévio, é preciso pensar em quem
está do lado de fora. É quando se fazem
necessários os sinalizadores de garagem,
dispositivos simples, mas de necessidade inquestionável em qualquer garagem
de condomínio.
Locais onde são obrigatórios
Os sinalizadores – ou sinaleiras – estão
previstos no Artigo nº 86 do Código de
Trânsito Brasileiro, instituído em 1997.
Segundo ele, os locais destinados a postos de gasolina, oficinas, estacionamentos ou garagens de uso coletivo deverão
ter suas entradas e saídas devidamente
identificadas, na forma regulamentada
pelo Conselho Nacional de Trânsito
(Contran).
O Contran, por sua vez, instituiu, em
na Resolução nº 38 publicada em 1998,
que as entradas e saídas, além do rebaixamento da guia (meio-fio) da calçada,
deverão ser identificadas pela instalação,
em locais de fácil visibilidade e audição
aos pedestres, de dispositivo que possua
sinalização com luzes intermitentes na
cor amarela, bem como emissão de sinal
sonoro.
36
síndico 197
Os sinalizadores são imprescindíveis,
especialmente nas garagens que estão
fora do alcance de visão dos pedestres
Condomínios devem instalar
e manter os sinalizadores
O Código de Trânsito Brasileiro não
prevê padrões para os dispositivos ou
mesmo a quem compete sua fiscalização. Em Porto Alegre, o poder público
apenas intervém no caso de irregularidades que incomodem a vizinhança –
como um sinal sonoro em nível muito
elevado ou que toque constantemente.
Ou seja, é de responsabilidade do condomínio a compra, instalação e manutenção do equipamento mais adequado
para a suas necessidades.
Os equipamentos são facilmente encontrados em lojas de materiais elétricos
e possuem pouca variedade de modelo
e preço – ficam entre R$ 130 e R$ 200
em média – e funcionam em sistema bi-volt (110v / 220v), compostos basicamente por duas lâmpadas incandescentes de 40 ou 50 watts recobertas por
lentes de acrílico (geralmente nas cores
amarela e vermelha) montadas sobre
uma haste ou chapa de aço galvanizado
e, em alguns casos, acompanhadas de
uma pequena sirene e/ou uma placa aler-
tando sobre a entrada e saída de veículos.
Equipamento deve
se destacar da fachada
Segundo o engenheiro de Trânsito Caio
Augusto Mathias, seja qual for o modelo de sinalizador adquirido, o importante é que ele não se confunda com a fachada do prédio e seja visível não somente para os pedestres na calçada, mas
também para os outros veículos que
estão trafegando na rua no momento
do acionamento da garagem.
“Como qualquer equipamento de
segurança, o sinalizador de garagem
precisa funcionar como tal. Ele deve
indicar, de maneira clara, que há ali um
risco em potencial e, portanto, precisa
ser respeitado”, define Mathias.
Modelos ajustáveis
à realidade do prédio
A maioria dos modelos pode ser ajustado de acordo com a necessidade do condomínio. Em alguns casos, por exemplo,
as luzes podem ficar piscando o tempo
todo e a sirene só ser acionada quando a
garagem estiver de fato sendo usada. Ou
então deixar que o equipamento emita o
alerta visual e/ou sonoro apenas quando
o portão se abrir. Para o engenheiro, a
primeira opção é a mais adequada.
“As luzes piscando chamam a atenção e fazem com que o transeunte, que
pode estar distraído, adote uma postura
de alerta e passe com mais cuidado na
frente da garagem, ficando de olho no
portão ou na possível saída de um veículo”, pontua, lembrando que o equipamento é ainda mais necessário em caso
de garagens que estão fora do alcance
de visão de pedestres e veículos.
“Estacionamentos subterrâneos são
pontos muito perigosos, porque o veículo que sai deles precisa arrancar com
mais força. Nesses casos, todo o cuidado
é pouco para evitar um acidente grave,
sendo fortemente recomendado também
conscientizar os próprios condôminos
do risco ali existente”, reforça Mathias.
Outubro-Novembro-Dezembro/2012
37
geral
Decoração de ambientes
ecologicamente correta
Condomíninos podem utilizar o produto em recepções e áreas de convivência
A
desivos e papéis de paredes já são
alternativas conhecidas para repaginar um ambiente de forma rápida e sem
mudanças estruturais que tragam as complicações de uma obra. Revolucionando
este segmento do mercado de decoração,
o screenwall aparece como uma opção
para quem quer as vantagens citadas anteriormente com um valor agregado:
utilizar um produto feito de material
reciclado e ecologicamente correto.
O screenwall tem como principal diferencial a possibilidade de personalização, já que o cliente pode escolher a imagem que será impressa, no tamanho
desejado para ser aplicada na parede ou
móvel (biombos, balcões, painéis). O
único pré-requisito é que ela tenha alta
resolução. A empresa oferece um banco
de mais de 800 imagens para os clientes,
sugerindo também cores e a aplicação
mais adequada.
Além dessa flexibilidade na hora de
escolher a imagem que ficará na parede do apartamento, área de convivência
ou recepção, o screenwall é aplicado
pela própria empresa com uma cola
especial e orgânica, seguindo o padrão
ecologicamente correto que confere à
empresa o selo Ecofriendly (amigo do
meio ambiente).
Conheça mais o produto
O screenwall é uma linha de revestimento decorativo, que além de ser produzido
a partir da reciclagem de garrafa pet também pode ser produzido com materiais
texturizados. O processo de fabricação é
a impressão digital e para isso a Versátil
I.D, a empresa fabricante, adquiriu um
equipamento específico, no qual a tinta
utilizada não contém agentes agressivos
ao meio ambiente, como é comum nesse
tipo de máquina. O produto tem fácil
aplicação, alta durabilidade, não rasga e
38
síndico 197
possui textura leve, aliando beleza e sustentabilidade. A imagem de 1,5 x 2m já
instalada está custando R$ 590.
Uma outra vantagem apresentada
pela diretora da empresa, Cris Ricco é a
possibilidade do revestimento cobrir imperfeições na superfície “Como a aplicação não requer nenhuma preparação da
parede, móvel ou objeto, é possível disfarçar buracos e pequenos desníveis,
assim como, evitar uma preparação pré-
via mais complexa da superfície e mais
gastos para o cliente”, completa Cris.
A durabilidade do material também
impressiona. Em muitos casos, o papel
de parede e o adesivo são mais sensíveis
à ação do tempo e alterações climáticas,
como a umidade. O material utilizado
para a produção do screenwall é mais
resistente e robusto, podendo ser limpo
com um pano úmido, sem perigo de
arranhões.
Aplicação nos condomínios
Segundo a arquiteta Andressa Venturini, o screenwall também é uma boa alternativa para condomínios, que podem utilizar o revestimento em áreas de recepção
e de convivência. “É um recurso que temos para tornar qualquer ambiente agradável e sofisticado, sem agredir o meio ambiente e com inúmeras possibilidades
de personalização”, lembra a arquiteta Cris Rigo.
Mais informações: www.screenwall.com.br ou fone (51) 3779.4707
ADVOGADOS
CAIXA D’ÁGUA - LIMPEZA
ALARMES
alimentos
ELEVADORES
ARQUITETURA
BOMBAS E MOTORES
EXTINTORES DE INCÊNDIO
CAIXA D’ÁGUA - IMPERMEABILIZAÇÃO
FACHADAS
CAIXA D’ÁGUA - LIMPEZA
Outubro-Novembro-Dezembro/2012
39
FERRAGENS
jardins - máquinas
hidrômetros
IMPERMEABILIZAÇÕES
LAUDOS - MARQUISES
INCÊNDIO - PREVENÇÃO
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
limpeza terceirizada
jardins - máquinas
manutenção predial
40
síndico 197
manutenção predial
PINTURAS
material de limpeza
monitoramento de alarmes
PAINÉIS DE MEDIDORES
PINTURAS
Outubro-Novembro-Dezembro/2012
41
portaria e limpeza
RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL
segurança do trabalho
serviços de tecnologia
TELHADOS
portas automáticas
PORTEIROS ELETRÔNICOS
42
síndico 197

Documentos relacionados

O que é lixo eletrônico?

O que é lixo eletrônico? comerciais e residenciais.

Leia mais

Revista Síndico - Auxiliadora Predial

Revista Síndico - Auxiliadora Predial Luciene Machado - MTb 4480 Raquel Schneider - MTb 13.234 Tatiana Gappmayer - MTb 8888

Leia mais

Como funciona - Auxiliadora Predial

Como funciona - Auxiliadora Predial jornalista responsável - MTb 4480

Leia mais

Requisitos de segurança

Requisitos de segurança Luciene Machado - MTb 4480 Raquel Schneider - MTb 13.234 Tatiana Gappmayer - MTb 8888 capa

Leia mais

Kits natalinos - Auxiliadora Predial

Kits natalinos - Auxiliadora Predial devedor monstruoso e uma pobre qualidade nos serviços. Esses foram os fatores que me levaram a querer cuidar do Las Palmas. Assumi com mais de R$ 100 mil de saldo negativo, altíssima inadimplência,...

Leia mais

Revista Síndico - Auxiliadora Predial

Revista Síndico - Auxiliadora Predial jornalista responsável - MTb 4480 PRODUÇÃO EDITORIAL

Leia mais