MÉTODOS DE OBSERVAÇÃO EM OCEANOGRAFIA GEOLÓGICA
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MÉTODOS DE OBSERVAÇÃO EM OCEANOGRAFIA GEOLÓGICA
SUBMERSIVEIS – NGS HOV - Human Occupied Vehicles William Beebe e Otis Barton - 1934 Desceram a 900 m de profundidade SUBMERSIVEIS – TRIESTE Jacques Piccard e Don Walsh - 1960 Trieste desce a 10,915 m na Fossa das Marianas Mergulho de 5 horas, permanecendo no fundo por 20 minutos – pressão de 8 toneladas por pé quadrado. SUBMERSIVEIS – ALVIN - Construído em 1964 - Primeiro submersivel capaz de conduzir passageiros (1 piloto e 2 observadores) - Altualmente alcança profundidades de até 4400 m. - Tempo máximo de permanência no fundo de 72 horas - Velocidade máxima de 7,5 km/h - Descobriu as fontes hidrotermais em 1977 - Afundou em 1968, a uma profundidade de 1500 m. SUBMERSIVEIS – MIR - Construído em 1964 - Junto ao frances Nautilius, faz o segundo mergulho mais profundo atualmente – 6000 m (japones Shinkai chega a 6500 m) -.Deslocamento vertical de 35 m / minuto – 2 hs para alcançar prof. máx.. - Tempo máximo de permanência no fundo de 72 horas - Velocidade máxima de 18 km/h ROV’s – Remotely Operated Vehicles Em terra…. … ou no mar http://www.ise.bc.ca Hysub 40 ROV – ROPOS - Submersivel operado remotamente - Opera a até 5000 m, em um raio de 100 m em relação à base - Construido para maximizar a produção de resultados - Equipado com cameras digitais, braços articulados capazes de manusear ferramentas, amostradores, sonar, sistema de telemetria e equipamentos de sondagem. ROV Perry Trenching System Trabalho pesado - opera a 3000 m de profundidade - sustenta 5000 kg. AUV’s – Autonomous Underwater Vehicles - ABE – Authonomous Benthic Explorer - Construido em 1995 pelo Woods Hole Oceanographic Institution - Robô submarino comandado por instruções pré-estabelecidas – após lançado só é recuperado em data e horário programados para retorno à superfície – vários meses. - Custo operacional – US$ 3.000,00 / dia - Velocidade máxima de 7,5 km/h -Equipado com CTD, cameras de video, magnetometro, sonar para mapeamento e coletor de amostras geológicas. SONAR – Sound navigation and range 1912 – Titanic 1918 – 1a. Guerra Mundial 1919 - 1a. ecosonda 200 KHz http://oceanexplorer.noaa.gov/history Década de 1950 – Ecobatímetros de precisão – mapeamento das planícies abissais http://oceanexplorer.noaa.gov/history ECOSONDAS – feixe único Velocidade conhecida Tempo retorno = profundidade 200 KHz Plataforma continental P = V.DT 2 A velocidade do som na água pode variar em 4% devido mudanças da densidade. – relevante para levantamentos nas planícies abissais. 18 kHz Planícies abissais múltiplos 38 Khz 1% de erro na velocidade do som resulta em 30 m de erro em uma coluna d’água de 2000 m. ECOSONDAS – sistema de varredura ECOSONDAS - multi-feixes (SWATH) Sea Beam - 1977 Sist. 1180 1050 2120 3012 30 a 150 medições pontuais de velocidade e força do sinal sonoro FILME Swath_bathymetry_seabeam.avi Freq. 180 kHz 50 kHz 20 kHz 12 kHz Feixes 126 126 151 205 Ângulo 153° 153° 150° 150° Prof. Max. 600 m 3.000 m 8.000 m 11.000 m Sea Beam Sist. Freq. Prof. Ângulo Cobert./dia SB 2000 12 kHz 200 - 11000 90-120° 2.500 km² Hydrosweep 15,5 kHz 10 - 10000 90° 3.700 km² Simrad EM12 13 kHz 10 – 11000 150° 4.000 km² Simrad EM100 95 kHz 10 - 700 150° função V ECOSONDAS MULTI-FEIXES Águas rasas 180 KHz Águas profundas 12 KHz ECOSONDAS - multi-feixes (SWATH) “SONAR” DE VARREDURA LATERAL sound navigation and range Feições salientes no fundo, bem como terreno mais rugoso, retornam um eco de maior intensidade e geram uma coloração clara no registro. Sombras e substrato inconsolidado (areia e lama) retornam um eco de menor intensidade, criando uma área mais escuras no registro. GLORIA – Geological Long Range Inclined Asdic – varredura de 60 km, mapeou a maior parte dos oceanos. SONAR DE VARREDURA LATERAL - 6 a 12 kHz - mapeamentos de grande escala - GLORIA e SeaMARC II - 20.000 km2 / dia - 100 a 500 kHz - mapeamentos de águas rasas – maior resolução - Varredura de 2 km SONAR DE VARREDURA LATERAL Ayres Neto (2001) SHALLOW TOW - GLORIA GLORIA DEEP TOW Transdutor rebocado a uma altura correspondente a 10% da capacidade de varredura SATÉLITES Altimetria por Radar (RAdio Detecting And Ranging) O radar, da mesma forma que uma ecosonda, mede sua distância até a superficie do oceano. SEASAT em 1978 e GEOSAT em 1985. SEASAT Dados altimétricos, ventos, temperatura da água, ondas de gravidade, ondas internas, vapor d’água, gelo, etc Altitude = 800 km Resolução vertical = 10 cm Varredura = 100 km de largura GEOSAT (dados altimétricos apenas) Velocidade deslocamento 7 km/s Orbita a Terra 14 vezes por dia Resolução vertical de 3 cm Resolução da superfície = 10 km a 15 km Medições em área com 1 – 5 km diâmetro SATÉLITES ERS-1 (1991-1999 e ERS-2 (1995 - ) Europeu Dados altimétricos, ventos, temperatura da água, radiação infavermelha (SST), vapor d’água Altitude = 800 km Resolução vertical = 5 cm Varredura = 35 dias para cobrir toda a Terra TOPEX-POSEIDON (1992-2005), JASON-1 (2001-) e JASON-2 ( lançamento em 2008) Franco-Americano Dados altimétricos, ventos e vapor d’água Altitude = 800 km Resolução vertical = 2 cm Resolução espacial 0,5o SATÉLITES Imagens geradas pela com a composição de várias passagens SUPERFÍCIE DO MAR Altimetria por Radar GEÓIDE ELIPSÓIDE DE REFERÊNCIA A superficie do oceano se adequa às: i- variações de gravidade associadas ao relevo submarino e, ii- variações de gravidade associadas à estrutura interna da crosta e manto - GEOIDE 90 N 60 80 o 30 o 60 100 m 0 40 o -1 00 m 30 o 20 60 o 0 90 0 180 360 20 40 o 60 -100 -50 0 50 metros o 80 S o o SATÉLITES Altimetria por Radar Topografia do Pacifico norte revista a partir de dados do GEOSAT http://www.ngdc.noaa.gov Margem continental da Escócia e a elevação da superfície marinha indicada por satélites Um vulcão de 2km de altura gera uma saliência de 2 m de altura e 40 km de diâmetro. SATÉLITES Mapa de Smith & Sandwell 1996 Imagem NGDCNOAA obtida a partir de dados de sondagens ecobatimétricas de embarcações combinadas com altimetria por satélite. Representação da topografia em áreas sem gelo (entre 72 graus N e S) Trajeto de embarcações Batimetria + dados satélites NGDC - NOAA SATÉLITES Altimetria por Radar – conversão em anomalias gravitacionais para salientar pequenas feições topográficas do fundo marinho Anomalia global do geóide – Verde áreas próximas à superficie geoidal. Amarelo, laranja e vermelho – aumento da gravidade. Azul,violeta e magenta – diminuição da gravidade NOAA SATELITE APERTURE RADAR Radar de Abertura Sintética - Imageameno do terreno como um sonar de varredura lateral, não é obstruído por cobertura de nuvens. Permite discernir feições topográficas submersas através do seu reflexo na superfície. Porque abertura sintética? Deslocamento da plataforma (avião, satélite) simula uma grande antena SATÉLITES – SAR Washinton D.C. Sandya National Lab. NASA Ondas internas no Golfo da Califórnia SATÉLITES – SAR Corrente do Golfo próximo ao Cabo Hatteras Lee-Lueng Fu e Benjamin Holt 1982 Lee-Lueng Fu e Benjamin Holt 1982 Refração de ondas de gravidade na costa de Portugal SATÉLITES – INTERFEROMETRIA POR RADAR Duas imagens consecutivas de um mesmo local, obtidas de uma plataforma estacionária, não apresentarão mudança de fase do sinal de retorno se o alvo mantiver-se fixo. O deslocamento do alvo altera a fase do sinal (em relação ao sinal inicial). Conhecendo-se o comprimento de onda e a alteração da fase, obtém-se o deslocamento do terreno. Só detecta a componente dos movimentos na direção do satélite. Cada conjunto completo de anéis representa metade do comprimento de onda Geleira Antartica com rápido deslocamento central e Didier Massonnet 1997 Cone vulcânico na Italia - aneis marcam quatro ciclos de interferência, os quais somam 11 cm de subsidência em 13 meses Didier Massonnet 1997 SÍSMICA – tomografia terrestre Início das investigações utilizando energia liberada pelos terremotos P – primeira, ondas compressionais, velocidade na crosta de 6 km/s, propaga-se por sólido e líquido S – secundária,ondas de cizalhamento, velocidade na crosta de 3,5 km/s, propaga-se em sólido SÍSMICA DE REFLEXÃO E REFRAÇÃO A espessura e estratigrafia do pacote sedimentar nos oceanos é investigada pela sísmica de reflexão, enquanto que informações da crosta oceânica a manto superior são obtidas com a sísmica de refração. A técnica envolve a cronometragem do tempo de envio e retorno de uma onda (pulso) sísmica, a qual sofre reflexão e refração nas descontinuidades litológicas do substrato. Um dos primeiros perfis sísmicos na cordilheira Sísmica de reflexão meso-oceânica, mostrando a pequena espessura de sedimentos acumulados – as bacias são realmente antigas? Whitmore and Lines (1986) - http://www.searchanddiscovery.net/documents/geophysical/bording/index.htm SÍSMICA DE REFLEXÃO E REFRAÇÃO Um perfil sísmico mostra as variações de velocidade das ondas sonoras no substrato, e não uma seção geológica – identifica fácies sísmicas A resolução é limitada pela frequência do sinal sonoro – para que 2 horizontes refletores sejam distinguidos, eles devem estar separados por não menos que 25% do comprimento de onda – Critério de Rayleigh. QUANTO MAIOR A FREQUÊNCIA MENOR A PENETRAÇÃO. 0,1 kHz 18 kHz SÍSMICA DE REFLEXÃO E REFRAÇÃO O conhecimento da velocidade de propagação do som nas diferentes camadas permite calcular a profundidade. A realização de sondagens permite correlacionar as fácies sísmicas às fácies sedimentares sondagens Instrumentos e Resoluções http://woodshole.er.usgs.gov/operations/sfmapping/seismicsources.htm Boomer Corrente elétrica de alta voltagem desloca membrana Frequencia do sinal - 300Hz - 3kHz Resolução: 0.5 a 1 m Penetração; 25 to 50 m. Instrumentos e Resoluções Water Gun Fonte pneumática deslocando volume de ar que impulsiona pistão que por sua vez expele jato de água. Este entra na coluna d’água gerando um vazio atrás, que colapsa criando um pulso acústico pulso entre 20 Hz - 1500 Hz Instrumentos e Resoluções Air Gun Fonte pneumática deslocando volume de ar e gerando bolha que entra em colapso devido à pressão hidrostática - pulso entre 100 Hz - 1200 Hz Instrumentos e Resoluções Sparker Ionização da água por corrente elétrica provoca uma bolha que ao implodir gera um pulso que varia de 50 Hz a 4 Hz http://woodshole.er.usgs.gov SÍSMICA 3D Gabrilea Suarez - The Leading Edge; October 2004; v. 23; no. 10; p. 1071-1076; Cunha de acumulação de sedimentos no limite entre as placas SÍSMICA DE REFLEXÃO E ESTRUTURA TERMOHALINA DO OCEANO Holbrook et al., Science 2003