Volume I – O Israelismo Britânico
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Volume I – O Israelismo Britânico
Primeira Edição Fevereiro de 2012 Existem milhões de guardaores do shabat espalhados em centenas de organizações. Cento e setenta e uma delas celebram as festas bíblicas e acreditam que a Inglaterra e os Estados Unidos descendem de Efraim e Menasche, os dois filhos de Yosef e receberam a influência direta de Herbert Armstrong (1892-1986), um homem à frente de seu tempo. Conheça a Igreja de Deus Universal uma das mais poderosas organizações sabatistas e saiba por que ela explodiu em tantas organizações diferentes. Volume I – O Israelismo Britânico Baruch Ben Avraham 2 Volume I – O Israelis mo Britânico Edições Comunidade de Israel Rua Missionário Gunar Vingren, 1922 CEP 78964-250 Bairro Nova Brasília. Ji-Paraná. Rondônia, Brasil Tel (69) 3421-6051 Cel 69 8111-3082 Página W eb: http://www.comunidadedeisrael.com.br/ Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 3 Volume I – O Israelis mo Britânico Índice I-O que é o Israelismo Britânico – Pag 6 6 8 11 12 15 18 29 40 41 45 46 47 49 As Origens do Movimento Britânico Israelita Autoridades e Ministros que Abraçam o Israelismo Britânico Nenhuma Nação Influenciou o Mundo como a Inglaterra A Luz Transformadora Emanada das Missões Britânicas Sobre a Limitação e Imperfeição das Traduções Bíblicas Um Nome Misericordiosamente Preservado Seria a Septuaginta uma Obra Confiável? Profetizado o Abandono do Nome dos Ídolos Israel Torna-se Gentio Richard Brothers Paladino do Israelismo Britânico Ainda não Chegou o Ano da Conversão da Casa de David A Ignorância dos Inimigos de Yehudáh de Todos os Tempos Yerushalaim Será Preparada Para Receber de Volta a Yeshua II - As Bases Históricas do Israelismo Britânico. Pag. 50 51 52 56 59 62 64 66 68 71 77 78 82 Onde Estão as Dez Tribos Perdidas? Israel o Povo Mais Numeroso da Terra A Multiplicação é Contada em Efraym e não em Yehudá Teria o Reino Sido Tirado dos Judeus? Efraym e Yehudáh Esperam a Reconciliação Entre o Veneno Talmúdico e a Toxina Luterana O Maschiach e a Busca das Ovelhas Perdidas A Trajetória de Efraym Segundo o Israelismo Britânico O Argumento da Explosão Populacional O Israelismo Britânico e as Tribos de Israel na Europa Portugal um Pais com Muito Sangue Judeu Quando o Israelismo Britânico Peca Por Resumir III - Armstrong Muda a Face do Israelismo Britânico. Pag 84 85 Homem Chocado com a Falta de Crescimento da Igreja de Deus 91 O Anjo Morto de Sardes Salva a Fé de Armstrong 93 Armstrong “Prova” que a Igreja Adventista não é a “Igreja de Deus” 97 A Concorrência Com Outras Churches of God (Igrejas de Deus) 99 O Verdadeiro Nome do Povo de Elohim 101 As Divisões da Church of God (Igreja de Deus) 102 Armstrong Abre a “Única Porta” 107 Nasce a “Igreja de Deus da Radio” 110 As Denúncias Contra Armstrong 114 O Polêmico Casamento com uma Divorciada e o Descanso Final Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 4 Volume I – O Israelis mo Britânico IV - Garner Ted Armstrong Ancora da TV Universal. Pág 116 117 118 121 126 128 129 132 Stanley Rader x Ted Garner Ted Garner se Opõe ao Historicismo de Armstrong Al Carrozzo, Abala a Influência de Garner Ted Armstrong O Derradeiro Escândalo Sexual aos 65 Anos Este é o Mundo Onde os Justos Pecam A Queda dos Santos e Reerguimento dos Santos O Tropeço Irremediável dos Maus V - O Legado de Armstrong pag 138 139 140 143 145 Igrejas de Deus do 7º Dia x Igreja de Deus Universal A Metodologia de Trabalho do Sr. Armstrong Propriedades e Edifícios da Igreja de Deus Universal As Suntuosas Construções da Igreja de Deus Universal VI A Igreja de Deus Universal e os Três Dízimos Pag. 149 150 153 155 159 161 163 165 170 172 Os Patriarcas Dizimaram Antes de Haver Levitas e Santuário Surge o Sacerdócio Levítico Maassser Rishon - O Primeiro Dízimo do Povo Para os Levitas Maassser Rishon - O Primeiro Dízimo do Levita Para o Sacerdote Maasser Sheni רשעמ ינש- O Segundo Dízimo (Para as Festas) Financiando as Festas Fora de Yerushalaim O רשעמ ינעMaassser Ani – O Dízimo dos Pobres Discutindo Sobre o Dízimo Para os Pobres Conclusão a IDU e o Dízimo dos Pobres VII A Origem do Mal e a Criação de Satan 174 174 177 180 182 184 185 187 189 190 191 A Queda de Satan na Visão de Herbert Armstrong Satan Nunca Foi um Bom Menino O Homem Entre o Bem e o Mal A Morte não é do Diabo A Enfermidade e o Sofrimento Também Procedem do Eterno O Mal Revela o Bem Assim como a Luz Revela as Trevas A Redenção Eterna das Ovelhas A Ação do Anjo da Morte O Criador Fez Homens Sãos e Homens com Defeito Espíritos Maus Operam Sob o Controle do Criador VIII A Doutrina da “Família de Deus” 195 196 199 200 202 204 205 208 O Criador é Único não no Sentido de Solidão mas de Soberania Adonay Cria Através de Seu Filho Yeshua em Visões Não Trinitarianas Armstrong Populariza a a Doutrina da “Bilindade” A Doutrina da Divindade em Expansão O Sentido Bíblico da Palavra Elohim “Traduzida” por “Deus” A Subordinação, Dependência e Procedência de Yeshua Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 5 Volume I – O Israelis mo Britânico IX Pós Destinação e Salvação Depois da Ressurreição 211 213 216 218 219 219 220 211 224 225 Conversão e Salvação na Ressurreição é Possível? A Doutrina da Predestinação de Herbert Armstrong A Redenção não Depende de Nosso Querer Fomos Individualmente Escolhidos Para a Salvação Elohim é que Opera o Querer do Homem A Escolha de Elohim é Livre e Soberana A Seita Judaica dos Essênios e Predestinação O Criador Endurece o Coração dos Não Eleitos Quando as Previsões de Armstrong Falharam X Previsões de Armstrong Falham 225 226 228 231 Armstrong – Evangelista ou Profeta Erros na Interpretação Levam a Falha em Previsões Lições Aprendidas com os Fracassos de Ellen White e Armstrong XI- O Fracasso da Visão de Armstrong Sobre a Igreja 231 XII As 14 Grandes Herdeiras da Igreja de Deus Universal 235 235 239 243 253 260 265 269 274 283 283 289 293 296 298 302 306 Tkach, Sucessor de Armstrong – Uma Breve Biografia Tkach Errou Sobre a Torah Como Armstrong Sobre a Graça 001 - Igrejas Cristãs de Deus Conferência Mundial. 002 - Igreja de Deus Unida, uma Associação Internacional 003 - Igreja do Deus Vivente 004 - Igreja de Deus Uma Associação Universal 005 - Igreja de Deus Filadélfia 006 - Igreja Cristã e Bíblica de Deus 007 - Igreja de Deus, uma Comunidade Internacional 008 - Igreja de Deus Internacional 009 - Igreja de Deus Restaurada 010 - Igreja de Deus Preparando Para o Reino de Deus 011 - Igrejas de Deus Ministérios de Alcance 012 - Igreja de Deus Intercontinental 013 - Igreja de Deus Independente (Ministério Educacional Cristão 014 - Igreja de Deus Global XIII As 4 Pequenas Alianças Congregacionais Saídas da IDU 309 309 314 317 319 015 - Igreja do Grande Deus. 016 - A Igreja de Deus Ministérios Internacionais 017 - Comunidade Igreja de Deus 018 - Igreja de Deus Ministérios Novo Mundo XIV As 29 Alianças de Congregações Interdependentes Saídas da IDU 321 XV As 129 Congregações Independentes Derivadas da Igreja de Deus Universal 326 Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 6 Volume I – O Israelis mo Britânico I – O que é o Israelismo Britânico O british israelism ou israelismo britânico é um movimento que histórico que assumiu contornos doutrinários e implica na crença de que nações europeias, principalmente a Inglaterra e com ela sua casa real são os verdadeiros israelitas, descendentes das tribos perdidas do reino do norte de Israel. De acordo com o israelismo britânico as tribos perdidas do norte de Israel lideradas pela Beit Yosef ou Casa de José e suas duas meia tribos, Efraym e Menashe, percorreram um longo caminho até chegarem à Inglaterra e Estados Unidos. Sendo que nesse caso Efraym a mais numerosa das tribos perdidas se fixou na Inglaterra e alcançou o poderio universal enquanto sua irmã menor, a tribo de Menashe teria utilizado a Inglaterra como trampolim para se lançar aos Estados Unidos criando o duplo poder anglo-americano. Não era difícil pensar assim quando se pensa nas promessas feitas a Yakov de que ele prosperaria à direita e à esquerda, ao sul e ao norte e se compara à expansão da Inglaterra no início do século XX ao terminar a Primeira Guerra Mundial. As Origens do Movimento Britânico Israelita O conceito descrito pelo israelismo britânico aparece por primeira vez no livro A Rights of A Kingdom (Os Direitos do Reino) publicado em 1649 pelo acadêmico inglês John Sadler (1615-1679) parlamentar inglês e secretário privado de Oliver Cromwell (15991658) o líder responsável pela derrubada da monarquia britânica e pela permissão para que os judeus expulsos da Inglaterra em 1290 voltassem ao país em resposta ao pedido do rabino Menasse Ben Israel, cujo nome civil, Manuel Dias Soeiro (1604-1657), denunciava sua origem portuguesa. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 7 Volume I – O Israelis mo Britânico Não parece haver dúvidas de que a tolerância para com os judeus determinada por Cromwell em 1650, depois de 360 anos banidos do Império foi um evento marcante da curta República Inglesa, por trás da qual esteve a influência da visão pró-judaica de John Sadler, que se julgava então, israelita, e irmão dos judeus. No século XVIII a doutrina voltou a ser defendida energicamente, desta vez por Richard Brothers (1757-1824) e John Wilson (1779-1870). Wilson, publicou diversas obras, sendo a principal delas: “Our Israelitish Origin. Lectures on ancient Israel, and A Israelitish origin of A modern nations of Europe.” (Nossa Origem Israelita. Leituras do Israel Antigo e a Origem Israelita das Modernas Nações da Europa). Os estudos se aprofundavam e é claro, o debate também. Outra obra importante a defender a origem israelita dos Estados Unidos foi escrita pelo Reverendo Ezra Stiles (1727-1795) que presidiu o Yale College de 1778 até sua morte em 1795. Seu livro ―The United States Elevated to Glory and Honor” (Estados Unidos Elevados à Glória e a Honra) publicado em 1783 talvez foi o que mais influenciou o conceito de uma América Israelita e de uma nova identidade para o povo americano. Já no século XIX com a doutrina sendo popularizada vieram os ataques, destacando-se na oposição a figura de George Rawlinson (1812-1902) formado em Oxford University, que considerava a doutrina uma fantasia sem fundamento escriturístico e histórico. Mas isso não arrefeceu os ânimos dos que a adotaram e como reação Edward Hine (1825-1891) publicou em 1874 o livro FortySeven Identifications of A British Nation With A Lost Ten Tribes (Quarenta e Sete Identificações da Nação Britânica com as Tribos Perdidas). Hine defendeu a tese com tanta paixão que sua defesa se tornou um pilar para o movimento da supremacia branca nos Estados Unidos abrindo caminho para seitas fanáticas como a Ku Kus Klhan, racismo e antissemita. Muitos começaram a ver nos americanos os verdadeiros judeus. Esse foi um desdobramento lamentável, mas que felizmente não se fortaleceu. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 8 Volume I – O Israelis mo Britânico Defensores da supremacia branca concluíram que os judeus eram provavelmente os cananeus que antes infelicitavam o povo de Israel. Uma vez mais se aprende que mesmo uma boa doutrina pode ser distorcida para o mal. Felizmente esse foi um desvio que teve pouca força. Vindo da Inglaterra à América em 1884 Hine definiu finalmente que os americanos constituíam a tribo de Menashe e os ingleses a tribo de Efraym. Trinta e cinco anos mais tarde a doutrina do israelismo britânico já era levada a sério por gente influente. Assim, em 1919 foi fundada a A British-Israel-World Federation (Federação Mundial Israelo-Britânica). A Família Real Britânica Abraça ao Israelismo Britânico A ideia teve importantes patrocinadores, inclusive na Casa real Britânica como a Rainha Vitória I. A própria rainha Vitória (18191901) cria ser descendente do Rei David, e fez circuncidar os seus filhos e netos. A prática só foi interrompida quando Diana, a Princesa de Gales (1961-1997) decidiu não circuncidar nem ao Príncipe William (1982 -) e nem ao Príncipe Harry (1984 -). Bem, Diana por certo não se sentia israelita, ao contrário da Rainha Vitória. Autoridades e Ministros que Abraçam o Israelismo Britânico Várias igrejas aderiram ao israelismo britânico. A mais antiga, a Igreja Cristã Israelita, fundada em 1822 pelo profeta John Wroe (1782-1863). O grupo ensina o batismo por imersão para remoção dos pecados e a circuncisão física para entrar na aliança de Avraham. Ecléticos, santificam o sábado e o domingo simultaneamente. Se abstêm não só das comidas impuras como também pregam o vegetarianismo à semelhança dos adventistas da Reforma e de alguns grupos judaico chassídicos. Exige que seus homens deixem crescer a barba e cortem o cabelo. Homens e mulheres parecem usar um uniforme próprio para irem à igreja e a elas está proibido o corte do cabelo. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 9 Volume I – O Israelis mo Britânico Mas além de John Wroe, muitos outros líderes cristãos aderiram ao israelismo britânico. Entre eles pode-se mencionar o eminente astrônomo Charles Piazzi Smyth (1819 - 1900), o Reverendo Rev. William H. Poole autor do livro Anglo-Israel or a Saxon Race? Proved to be a Lost Tribes of Israel (Anglo- Israelismo ou Raça Saxônica. Provadas as Tribos Perdidas de Israel), o pastor norteamericano John Harden Allen (1847- 1930 ) da Igreja de Deus (Pentecostal), o professor de táticas militares Charles Adelle Lewis Totten (1851 - 1908), o pastor metodista Richard Reader Harris, (1847 - 1909) pai do moderno movimento pentecostal em Londres e William Ferguson Massey, (March 1856 1925), primeiro-ministro da Nova Zelândia de 1912 1 1925, cuja foto aparece ao lado. Destacam-se ainda o jornalista britânico William Comyns Beaumont (1873–1956) e o especialista em profecias bíblicas, Roger Rusk (1906-1994), irmão de Dean Rusk (1909-1994) secretário de Estado dos Estados Unidos durante os governos de John Kenedy e Lyndon Johnson e o pastor pentecostal Alan Campbell (1949). Talvez nenhum aderente seja, porém tão notório como o pastor Charles Fox Parham (1873-1929), considerado o pai do moderno movimento pentecostal. Parham, pastor da Igreja Metodista, se notabilizou por acrescentar as duas bênçãos da visão metodista (conversão e santificação) uma terceira benção, o batismo com o espírito santo manifesto através do dom de línguas e da cura divina. Como se pode ver o israelismo britânico atraiu gente de todas as esferas e se revelou um dos mais abrangentes movimentos religiosos A Federação Mundial Israelo-Britânica sediada em Bishop Aukcland em County Duhan congrega clérigos protestantes e reformados e autoridades políticas em várias partes do mundo, e tem como principal meta o ensino de que as tribos perdidas se encontram, espalhadas pela Inglaterra, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, Canadá e Estados Unidos, e onde quer que haja descendentes destes povos, o que incluiria todos os países anglofónos. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 10 Volume I – O Israelis mo Britânico Esta lista de nações é enorme. Dezenas de países da América à Europa e da África à Ásia têm ainda hoje no inglês, senão a primeira, pelo menos a sua segunda língua devido ao fato de possuírem um alto grau de populações com ancestralidade britânica. Os proponentes do israelismo britânico vêm, pois nas duas superpotências inglesas os novos desdobramentos do mapa de Israel, que não se resume mais a estreita faixa de terra prometida a Yakov, mas se estende por cerca de 30 milhões de quilômetros quadrados nos cinco continentes. Os lugares por onde os ingleses passaram e deixaram descendentes. Um mapa mais que extenso, uma terra universal. Mas ninguém projetou o israelismo britânico como Herbert Armstrong (1.892-1.986) fundador da Igreja de Deus Universal. Armstrong não soube apenas criar instrumentos para que milhões de pessoas conhecessem a visão de que a Inglaterra e os Estados Unidos descendem de Efraym e Manassés, mas também convencer centenas de milhares a santificar sua vida pela observância do sábado, das festas bíblicas e da comida kasher. Com razão ele se destaca no movimento pela vigorosa defesa dessa visão como pelo alcance que sua proclamação teve em seus dias. Se Adonay usou alguém para chamar Efraim no século XX, esse foi Armstrong. Por influência de Herbert Armstrong centenas de milhões de livro, jornais, revistas e periódicos publicaram aos quatro ventos que Israel está na Inglaterra e nos Estados Unidos. O poder da igreja que ele fundou a Igreja De Deus Universal permitiu que essa doutrina se tornasse conhecida através do rádio e da televisão. Sua igreja hoje abandonou essa crença, mudou de nome, se distanciou dói shabat, das festas bíblicas e da comida kasher. Deixou de se sentir israelita e atura como tal, assumiu-se como gentílica a passou a viver como uma igreja dos gentios. No entanto, vários dos ministros mais influentes da Igreja de Deus Universal e centenas de líderes locais reorganizaram ministérios, associações unidas e congregações independentes que somam no seu conjunto mais de 100 mil adeptos e ainda hoje guardam o shabat, celebram as festas, comem kashrut e ensinam a doutrina israelita britânica. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 11 Volume I – O Israelis mo Britânico Nenhuma Nação Influenciou o Mundo como a Inglaterra O Império Britânico governado a partir de Westiminster por cerca de mil anos era em 1919 foi o único reino onde o sol jamais se punha, pois atingia desde o Canadá no extremo norte-americano até a Nova Zelândia no extremo sul da Oceania, próximo ao Continente Gelado. Uma extensão de 14.887 quilômetros. O Império podia traçar uma linha de 9.645 quilômetros de Londres a Hong Kong no extremo da Ásia ou de 9.694 quilômetros de Londres a Capetown na África do Sul. Investigando as profecias e olhando para um fenômeno jamais visto em toda a história, o crescimento de um Império para todas as latitudes e longitudes, um Império que se tornara uma verdadeira ―Aldeia Global‖ parecia não haver dúvida os ingleses, e nenhum outro povo eram a sombra visível das promessas feitas a nosso pai Yakov. Eles não só se estendiam do polo norte ao polo sul, como faziam com que para eles, literalmente não houvesse nem oriente e nem ocidente, nem hemisfério sul e hemisfério norte. Seus domínios eram literalmente de mar a mar. Além disso, fora através do Império Britânico que a poderosa Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira se empenhou para que as Escrituras Hebraicas fossem traduzidas a um número cada vez maior de idiomas, à medida que a influência do Império crescia. Dessa maneira o mundo era abençoado pelo povo britânico e as grandes missões mundiais partiam de Londres. A projeção da Inglaterra no mundo, e a difusão da luz vinda a partir dela, levou aos defensores do israelismo britânico a concluir que não era através dos judeus, poucos em número e fechados em si mesmos que a profecia se estava cumprindo. Para eles não havia dúvida, o povo que unia a terra ao céu e dissipava os horrores do paganismo e diminuiu a influência da semi pagã igreja católica era o povo britânico. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 12 Volume I – O Israelis mo Britânico ―Partiu, pois, Yakov de Beer-Sheva e se foi em direção a Haran; e chegou a um lugar onde passou a noite, porque o sol já se havia posto; e, tomando uma das pedras do lugar e pondo-a debaixo da cabeça, deitouse ali para dormir. Então sonhou: estava posta sobre a terra uma escada, cujo topo chegava ao céu; e eis que os anjos de Elohim subiam e desciam por ela; por cima dela estava YHWH, que disse: Eu sou YHWH, o Elohim de Avraham teu pai, e o Elohim de Ytzchak; esta terra em que estás deitado, eu a darei a ti e à tua descendência; e a tua semente será como o pó da terra; dilatar-te-ás para o ocidente, para o oriente, para o norte e para o sul; por meio de ti e da tua descendência serão benditas todas as famílias da terra.‖ Bereishit/Gn 28:10-14. Mas de forma geral, o israelismo britânico sustenta que a Inglaterra, como parte do povo eleito, foi utilizada pelo Altíssimo para que através dela a semente de Avraham chegasse às nações. A Luz Transformadora Emanada das Missões Britânicas Soma-se como argumento do israelismo britânico a poderosa influência exercida pelas missões estrangeiras inglesas e a forma como essas transformaram as nações onde chegaram abrindo caminho para que a palavra dos profetas e do maior deles, Yeshua fosse conhecida. O mundo pagão testemunhou a força de fé e coragem de homens que deram sua vida por povos que nada sabiam sobre o Elohim de Israel. O Dr. James Hudson Taylor (1832-1905). Estabelecido na China por 50 anos, consegui o milagre de ganhar o coração do povo chinês. Depois de viajar de barco por muitos canais da China anunciando as boas novas e distribuindo Bíblias, Hudson Taylor encerou sua vida. Atribui-se a ele a conversão direta de 18.000 chineses a Yeshua e a instalação de 300 postos avançados no interior da China onde serviam mais de 500 colaboradores. O Filme biográfico ―Uma Vida Pela China‖ reconstitui a epopeia de seu poderoso ministério em arrancar milhares de vidas das trevas da superstição e da idolatria e levá-los à luz que emana da Bíblia. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 13 Volume I – O Israelis mo Britânico Se o ministério da Taylor foi uma vida pela China a do Dr. David Livingstone (1813-1873), foi ―Uma Vida Pela África‖ Em seus 34 anos no interior da África cortou o continente desde Luanda em Angola até Quelimane no Moçambique. Findou sua existência no interior da Rodésia (Zimbábue), depois de converter dezenas de tribos ao Messias Yeshua. Seu corpo foi levado à Inglaterra, mas seu coração descansa ainda em solo africano, entre aqueles que amou pela maior parte de sua vida e em cuja honra o Zimbábue erigiu uma estátua. O explorador inglês fez a diferença ao viajar pela África desacompanhado de exército, como então faziam os missionários ingleses pelo justificado temor de serem mortos pelos nativos. A pequena força que o acompanhava em suas expedições e a muita confiança que tinha no poder da providência inspiravam o respeito e admiração de inúmeros chefes tribais que impressionados por seu amor por eles abriram os ouvidos para sua mensagem. A Zâmbia que não lhe é menos grata dedicou-lhe esta estátua junto às quedas do Lago Victória por ele visitada e rebatizada com o nome da Rainha da Inglaterra. Outro pais pagão que deve muito a influência de missionários ingleses é a Índia que recebeu em seu solo a abençoadora presença de William Carey (1761-1834). Se há um motivo pelo qual a Índia, suas mulheres viúvas, bem como os filhos destas precisam ser gratos é a proibição da horrenda cerimônia do Sati, que consistia em amarrar a viúva à pira funerária para ser queimada juto com o corpo morto do marido. Milhares de viúvas eram vítimas anuais do costume. As que quisessem sobreviver tinham que fugir da aldeia, quando então eram caçadas pelos familiares do finado marido convencidos de que só assim e memória do morto seria honrada. Ao assistir impotente a imolação de uma jovem viúva, o horrorizado missionário sentiu que devia fazer alguma coisa. Afinal aquilo era a mais ensandecida prática que os demônios maquiavélicos haviam imposto à mentalidade do povo indiano. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 14 Volume I – O Israelis mo Britânico Mulheres e por vezes crianças eram imoladas num sacrifício tolo em honra a seus ídolos pestilentos. O caso foi ainda mais chocante quando a esposa de converso assassinado por bandos que resistiam ao missionário e sua esposa foi caçada para morrer. William Carey ofereceu-lhe proteção e jurou fazer tudo ao alcance para que as autoridades inglesas, tementes de uma insurreição proibissem aquele horror. Ele trabalhou intensamente para o seu fim, salvando assim virtualmente milhares de mulheres. Um gênio assistido com o dom de aprender e traduzir as línguas asiáticas, William Carey traduziu a Bíblia em seu todo ou em parte para 27 idiomas da Índia, inclusive o sânscrito, considerado sagrado e o bengali, um dos mais falados. Em 1969 o Correio Indiano reconheceu a importância de sua obra através de um selo postal que recordava a inauguração do Serampore College, por ele fundado com o apoio do Rei da Dinamarca e onde se fornecia educação a estudantes de todos os níveis sociais do país. Da Inglaterra partiram missionários não só para a Índia, mas para outros países da Ásia. Novo reconhecimento, dessa vez explícito foi prestado em 1993 quando o Correio Indiano emitiu um selo postal comemorativo aos 200 anos da chegada do homem que transformou a educação na Índia e a resposta desse povo à dor de suas viúvas. A vida prolífica de William Carey foi convertida no filme biográfico ―Candle in The Dark‖ (Uma Luz na Escuridão) que reconstitui sua carreira incansável iniciada por um aparente fracasso em não conseguir em oito anos de trabalho converter a um único nativo, e logo sucedida por um sucesso que o mundo nunca mais esquecerá. Estima-se que graças a seu prodigioso trabalho como tradutor as Escrituras Sagradas alcançaram em seu tempo as línguas faladas por um terço da humanidade. Estas Bíblias não foram perfeitas, continham erros de tradução, e não raro, ignoravam que o Elohim de Israel tem um nome santo que deveria ser mantido intocado e jamais substituído pelos nomes dos deuses das nações a que se desejava alcançar. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 15 Volume I – O Israelis mo Britânico Da mesma forma, estas Bíblias deixaram de lado o nome de Yeshua que pelo anjo foi comunicado a Miriam. Mas estes homens ainda fizeram o melhor que podiam e o Eterno esteve por trás de sua obra, sem a qual os pagãos jamais poderiam chegar a imaginar que o Elohim de Israel e seu filho devem ser corretamente nominados. Sobre a Limitação e Imperfeição das Traduções Bíblicas Há quem diga que o tradutor é sempre um traidor. De fato nãoe existe tradução exata de uma língua para a outra. Há sempre palavras, expressões idiomáticas, e compreensão específica de um povo que não são traduzíveis, mas precisam de um certo grau de interpretação para que seu verdadeiro sentido possa ser apresentado a outro povo. Isso é particularmente verdade quando falamos da tradução das Escrituras e acontece com todos as traduções da Bíblia. Isso não importa quem a tenha feito judeu ou gentio, católico ou protestante. Tome por exemplo Gênesis 48:16. Lá diz que os filhos de Yosef devem se multiplicar como peixes no meio da terra. Ora, essa é uma expressão hebraísta usada por Yakov para descrever o desenvolvimento prodigioso que a família de seus dois netos, então adotados como filhos virá a ter. Ocorre que peixes não são animais de terra, precisam da água para fazer as trocas gasosas necessárias à sua sobrevivência. A única exceção é o peixe-gato, também conhecido por bagre ou cascudo, uma família de peixes de couro com esqueleto ósseo, e, portanto sem espinhas, capazes de respirar fora d`água. Ainda assim, precisam da água para se reproduzir. Quando Yakov diz: vê`ydegú (e como peixes) larov bekerev (se multipliquem no meio da) há´aretz (terra) nem todos os tradutores souberam o que fazer. Algumas decidiram mesmo deixar os peixes de fora para facilitar o entendimento das pessoas. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 16 Volume I – O Israelis mo Britânico Essa tendência ocorre em várias línguas, não só no português. Bem, o patriarca está usando uma linguagem metafórica. Não está se referindo a nenhuma espécie de peixe em particular, e muito menos ao imundo peixe-gato. A terra aqui é o ecossistema onde os homens, nascem e vivem, e se reproduzem e morrem. Os peixes aqui são uma figura das duas tribos de Israel que mais deveriam crescer, Efraym e Menashe. A multiplicação acentuada destas tribos é que está em causa aqui. O autor precisava apenas traduzir. Mas a maioria deles optou por interpretar. Esse fenômeno de interpretação não é apenas cristão. Judeus tem também interpretado a seu bel prazer e as vezes com a deliberada intenção de perverter na mente do leitor o sentido claro das Escrituras. Isso é patente, por exemplo na Bíblia Hebraica, editada no Brasil pela Sefer. Tome por exemplo Yeshayahú ou Isaías capítulo 53, um dos textos mais messiânicos da Bíblia. Ali o autor abusa não pela omissão, como nas versões consultadas em relação aos peixes citados por Yakov, mas pelo acréscimo puro e simples de sujeitos inexistentes no texto original. Isso é particularmente verdade em relação ao verso 8. Ali o autor sugere um diálogo entre os gentios e Israel para que não haja espaço para o único diálogo do caso, o do povo de Israel com o Messias. A Bíblia Hebraica da Sefer diz: “Com opressão e juízo iníquo foi aprisionado; acaso alguém (das nações) argumentou para com sua geração: „Ele (Israel) foi exilado da terra dos vivos pela transgressão do meu povo, e por isso recebeu esse duro golpe?‟” Yeshayahú/Is 53:8. O texto hebraico não cita Israel e muito menos as nações e não cita Israel. Mas o autor, como não crê em Yeshua optou por interpretar o texto, ―corrigindo‖ as imprecisões que permitam apontar Yeshua como o servo sofredor. Isso apesar de o texto dizer simplesmente: Ki (porque) nigzár (ele foi cortado) meérets (da terra) chaim (dos vivos) mipêsha (da rebelião) ami (do meu povo) nega (um golpe) lamô (recebeu)‖ Yeshayahú não está falando dos gentios, que não são nem o povo do Eterno e nem o seu próprio povo. Está falando do seu povo que no texto é chamado de meu povo, quer fale por si, quer fale pelo Eterno. Não há base nenhuma para a sustentação de tal teoria. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 17 Volume I – O Israelis mo Britânico Dois textos além a interpretação é ainda mais aviltante quando sugere que o servo não faz oferta pelo pecado (asham) mas apenas uma indefinida restituição. O tradutor então verte assim: “Contudo, aprouve ao Eterno oprimi-lo para testar se sua alma se oferecia como restituição, para que pudesse ver prolongados os dias de sua semente, e sentir prosperar, por seu intermédio, os desígnios do Eterno”. O texto hebraico diz: VeYHVH (e o Eterno) chafêtz (agradou) dakô (quebrantá-lo) hechelí (enfermá-lo) im-tassim (quando o colocar) ashâm (como oferta pelo pecado) naf‘shô (a alma dele) yreê (verá) zéra (sua semente) yarích (prolongará) yamim (os dias) vechfêts (e deleite) YHVH (ADONAI) beyadô (pela mão dele) ytslách (prosperará). Bem, isso nos leva de volta às traduções produzidas pelos cristãos, muito mais abundantes e para milhares de línguas e dialetos ao redor do mundo. Inclusive as de William Carey. A obra de Carey no interior da Índia e do Bangladesh e sua prodigiosa tradução da Bíblia para línguas onde nunca havia sido impresso qualquer coisa foi apenas o nascer do sol, com raios ainda tênues e difusos. Mas foi um importante começo. Por meio dele foram dados os primeiros passos. Ele não pode não ter dado a conhecer aos indianos a plenitude do nome do Eterno e de seu filho Yeshua, mas sua tradução da Brit Chadashá em bengali com certeza tornou possível o conhecimento do caráter salvador e regenerador do Pai e do Filho. E esse foi o grande passo, o pontapé inicial. Uma tradução da Bíblia, mesmo com suas limitações, erros de interpretação e tradução provê ao leitor uma ferramenta a partir da qual pode erigir um grande edifício. E preciso reconhecer que William Carey encerrou sua existência em 1834, precisamente quando os adventistas ainda então dominguistas e comedores de porco estavam sendo despertados por William Miller a uma excitação momentânea ditada por supostas comprovações de que o Maschiach viria à terra. Uma excitação de dez anos que findaria em decepção e novo engano. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 18 Volume I – O Israelis mo Britânico Nem mesmo o adventismo do sétimo dia, tal como o conhecemos hoje existia. Não sendo batista do sétimo dia, Carey, naturalmente não via a necessidade da guarda do shabat. Menos ainda a da restauração dos nomes sagrados apresentados nas Escrituras. Suas dezenas de traduções evidentemente erravam nesse ponto. Como a dos demais missionários e intérpretes cristãos saíram contaminadas com os nomes dos ídolos das nações. A imperfeição dessas traduções limita os esforços do retorno das tribos perdidas e da conversão dos gentios, isso é um fato que não deve ser esquecido e que não posso deixar de tocar aqui. Contudo, graças a essas traduções, mesmo imperfeitas os crentes puderam no tempo certo aprazado pelo Criador se dar por conta da proibição ao uso dos nomes dos deuses das nações e da necessidade de nomear ao Eterno e a seu filho por meio de palavras sagradas. Um ramo surgido a partir do israelismo britânico, hoje presente em mais de cinquenta países, inclusive na Índia vem empreendendo esforços para que esse erro seja banido e o Elohim de Israel não seja invocado pelo nome dos ídolos das nações. É preciso que entendamos que em certo sentido o crescimento da luz se assemelha ao nascer do sol. Pela manhã, nossos olhos não conseguem ainda divisar todas as cores do ambiente por que a luz do amanhecer ainda é tênue. Aqueles que lançam as setas inflamadas da crítica contra tudo o que os santos de Adonay fizeram no passado, denunciando-os como idólatras e como se nada de bom tivessem feito precisam saber que e restauração só é possível hoje por que estas mesmas bíblias declaram que um dia os nomes dos ídolos das nações serão tirados dos lábios dos crentes. Um Nome Misericordiosamente Preservado Como parte do movimento de restauração somos plenamente a favor não só do banimento de todos os nomes de origem pagã para se referir ao Eterno e a seu filho como ao uso dos nomes corretos, na língua kasher, que é o hebraico bíblico. Uma nota do Wikipedia simples, mas muito interessante pode ser citada aqui: Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 19 Volume I – O Israelis mo Britânico ―A forma capitalizada do termo Deus quanto o diminutivo, que simboliza divindades, deidades em geral, tem origem no termo latino para deus, divindade ou deidade. Português é a única língua românica neo-latina que manteve o termo na forma original com o final do substantivo em "us", diferentemente do espanhol dios, francês dieu, italiano dio e do romeno, língua que distingue Dumnezeu, criador monoteísta e zeu, ser idolatrado. O latim deus e divus, assim como o grego διϝος = divino descendem do Proto-Indo-Europeu deiwos = divino, mesma raiz que Dyēus, a divindade principal do panteão indo-europeu, igualmente cognato do grego Ζευς (Zeus). Na era clássica do latim o vocábulo era uma referência generalizante à qualquer figura endeusada e adorada pelos pagãos. A palavra Deus (latim) traduz-se para o inglês god que continua desde o inglês antigo god (guþ, gudis em gótico, gud no escandinavo moderno, God em neerlandês, e Gott no alemão moderno), que deriva do proto-germânico *ǥuđán.‖ Wikipedia, a Enciclopédia Livre. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Deus_%28palavra%29) Bem, isso explica por que uma palavra tão universal como Deus, usada tão inocentemente pelos santos no Messias precisa ser repensada, e gradativamente posta de lado em favor de Elohim. Logo, proclamar a restauração gradual dos nomes sagrados faz parte de nossa obra. Temos empreendido essa missão basicamente desde o início dessa obra a cerca de oito anos atrás. Entretanto temos repetido sempre que nosso ministério é o do ensino e não o da censura, é o da instrução e não o do julgamento. Bem sendo assim, com amor e ternura trago esse tema complexo para essa obra sobre o Israelismo Britânico. Como crentes em Yeshua passamos a maior parte de nossas vidas chamando-o pelo nome greco-romano de Jesus e a seu pai pelo nome Deus derivado da religião indo-persa. Entretanto vimos como o Eterno em sua bondade atendeu nossas preces e nos chamou a sua graça. Não temos dúvida alguma de que não há salvação em outro nome, que o Eterno estabeleceu redimir a seu povo, todos os que são chamados pelo seu conselho através do nome de Yeshua há Maschiach. Nesse nome, muito antes de surgir os nomes gregos e romanos criados para difundir a mensagem pregavam os discípulos e nele faziam milagres. Está claro que não há outra pessoa, e não há outro nome. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 20 Volume I – O Israelis mo Britânico ―Seja conhecido de vós todos, e de todo o povo de Israel, que em nome de Yeshua há Maschiach, o nazareno, aquele a quem vós crucificastes e a quem Elohim ressuscitou dentre os mortos, nesse nome está este aqui, são diante de vós. Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta como pedra angular. E em nenhum outro há salvação; porque debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, em que devamos ser salvos.‖ Atos 4:10-12. Uma pergunta então se faz necessária: Pode o Eterno salvar aqueles que lendo suas bíblias chamam seu filho por outro nome, em vez daquele que foi dado por meio do anjo a Miriam? Bom, é claro que ninguém é salvo por nomes que o Eterno não se apresentou a si mesmo e nem deu a seu filho. O nome que salva é Yeshua ou as Escrituras estariam erradas. Mas é preciso levar em conta que a misericórdia do Altíssimo estabeleceu que os homens sejam salvos por misericórdia e não por conhecimento. Somos salvos pela palavra de Elohim, pela sua pronunciação que diz: ―Ainda que estás no teu sangue vive. Sim, ainda que estás no teu sangue vive. Não somos salvos por nossas próprias palavras e pela forma de nossa pronúncia. É em nome de Yeshua que significa salvação que o Eterno redime a seu povo e é por amor de seu próprio nome que ele o faz. Na sua longa noite de trevas e rebeliões a Casa de Israel não tem feito outra coisa senão profanar o nome do Eterno no meio das nações para onde foi enviada. E não obstante a isso vem sendo salva, apensar de haver profanado o nome do Há Kadosh Baruch Hu. ―E, chegando às nações para onde foram, profanaram o meu santo nome, pois se dizia deles: São estes o povo do Senhor, e tiveram de sair da sua terra. Mas eu os poupei por amor do meu santo nome, que a casa de Israel profanou entre as nações para onde foi. Dize portanto à casa de Israel: Assim diz YHWH Elohim: Não é por amor de vós que eu faço isto, o casa de Israel; mas em atenção ao meu santo nome, que tendes profanado entre as nações para onde fostes.‖ Ezequiel 36:2-22. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 21 Volume I – O Israelis mo Britânico Não há fato mais claro do que isso. Israel não é salvo pelo que faz, nem mesmo pelo uso no nome do Eterno, que sistematicamente tem profanado, mas pelo amor que o Eterno tem à glória de si mesmo, de seu grande nome. Particularmente tenho visto que mesmo entre ferrenhos defensores do nome de Yeshua, aqueles que não conhecendo o caráter de Elohim para nada a ponto de dizerem que todos os que não invocam seu nome em hebraico estão perdidos, muitas vezes eles se referem ao Eterno, que é maior que Yeshua pelo nome pagão ―Deus‖. Se eu os julgasse pela forma como julgam nossos irmãos cristãos chamando-os ―deuistas‖ como chamam os demais pejorativamente de ―jesuítas‖ não os ajudaria em nada. Acho que o único caminho correto a ser seguido aqui é ensinar, ensinar e ensinar, com amor e com paciência. Adonay teve misericórdia de nós, nos chamou à ele, à sua graça e à sua santidade quando não sabíamos nada destas coisas. Se sendo seus servos o vimos perdoar uma grande dívida, por que não perdoaríamos a dívida de nossos conservos? ―Sucede com o Reino dos céus o mesmo que com um rei que quis ajustar contas com seus servos. De início, trouxeram-lhe um que devia dez mil talentos. Como não tivesse com que pagar, o senhor deu ordem para que o vendessem, bem como sua mulher, seus filhos e tudo o que possuía, em pagamento da dívida. Atirando-se-lhe então aos pés, o servo, prostrado, lhe dizia: ‗Tem paciência comigo, e tudo te pagarei‘. Tomado de compaixão, o senhor deste servo deixou-o partir e lhe perdoou a dívida. Ao sair, este servo encontrou um dos seus companheiros, que lhe devia cem moedas de prata ele o agarrou pela garganta, apertando-a a ponto de estrangulá-lo, dizendo: ‗Paga o que deves‘. Então o companheiro atirou-se-lhe aos pés e suplicavalhe: ‗Tem paciência comigo, e te pagarei‘. Mas o outro não só recusou, como mandou trancafiá-lo na cadeia, até que pagasse o que devia. Vendo o que acontecera, os seus companheiros ficaram profundamente contristados e foram informar o senhor de tudo o que sucedera. Então, mandando-o vir, o senhor lhe disse: ‗Servo mau , perdoei toda a tua dívida, porque mo tinhas suplicado. Não devias, também tu, compadecer-te do teu companheiro, como eu mesmo me compadecera de ti?‘ E, cheio de cólera, seu senhor o entregou aos verdugos, até que pagasse tudo o que devia. Assim vos tratará meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar a seu irmão do fundo do coração." Matytyahú/Mt 18:23-25. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 22 Volume I – O Israelis mo Britânico Naturalmente estas pessoas esperam ser salvas por misericórdia, o que também creio que acontecerá. Mas a misericórdia vai além. Somos salvos, não pelo que fazemos, mas pelo que Yah é, grande em perdoar e em suportar seu povo. E ao ensinar os demais precisamos ter em conta o longo tempo em que Adonay nos suportou, apesar de que ainda não tínhamos restaurado o uso dos nomes sagrados. A Palavra ainda precisa ser seguida: Na verdade, aqueles que julgam a salvação dos demais em virtude de não terem feito as coisas certas, são eles mesmos pessoas infelizes que ainda não descobriram a graça e a bondade do Criador. O Nome de Yeshua, o Filho de Yah do Original às Nações Língua Escrita Translite ração Hebraico Congolês Árabe Kurdo Esloveno Igbo Italiano Vietanamita Yoruba Ysishosa Asturiano Inglês Grego Russo Holandês Polonês Sueco Tagalog Espanhol Português עושי Yesu Îsa Ježiš Jisọs Gesù Giêsu Jésù Uyesu Xesús Jesus Ιησούς Jezus Jezus Jesus Hesus Jesus Jesus Ieshua Iesu Izá Iza Iesis Jisos Jesú Jiesu Jesu Uiesu Chesus D`sus Iesus Iesus Iesus Iesus Iesus Resus Resus Jesus Preciso dizer isso, preciso que meus irmãos evangélicos, talvez feridos pela forma desapiedada como a questão do nome do Maschiach chegou a seus olhos através de um folheto ou a seus ouvidos por meio de uma pregação, de um debate, reinvestiguem o assunto, não em virtude do mensageiro (homem), mas do ator da mensagem (Elohim). É fácil constatar que nomes próprios não se traduzem, que Barack Hussein Obama não recebe um nome nos Estados Unidos, outro no Japão e outro ainda no Brasil. Bem, seu nome Barack em Suahili, a língua oficial do Quênia, a terra de seu pai significa abençoado, e bem ele é um homem abençoado. O primeiro negro a se eleger presidente da nação mais poderosa que o mundo já conheceu. No entanto, nem por isso Lula ou Dilma o chamam de Abençoado. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 23 Volume I – O Israelis mo Britânico Por que Barack continua a ser chamado assim no Brasil, na China ou na Indonésia? Porque nomes próprios não se traduzem. Ora, Yeshua significa salvação na língua de seu pai e de sua mãe, na língua dos profetas e na língua dos anjos. Não é de estranhar que não apenas não traduzimos o nome de Yeshua para Salvador, mas que ainda o tenhamos pronunciado de acordo com a língua grega que não era a sua e que fez seu nome apreoximar-se de Zeus, o deus supremo do povo grego? Não é de estranhar que à medida que percorremos as nações ele passa de Yeshua, o nome que o anjo mandou que lhe fosse dado para Iesu em congolês, Isá em árabe, Iesis em esloveno, Iesus em grego, russo, alemão Jisos em Igbo, Resus em espanhol, D`zus em inglês, Jesu em italiano e Jesus em português? Bem, essas são perguntas que não paramos para fazer. Temos sido apenas sinceros em seguir a corrente. Se kardecistas, rosa-cruzes, umbandistas, católicos, protestantes, pentecostais, batistas, testemunhas de Jeová, mórmons e adventistas juntos abençoam o nome de Jesus, e ninguém discute sua autoridade imaginamos que tem de ser assim até o dia em que ouvimos dizer que em hebraico é Yeshua. Sei que estou tocando num ponto muito sensível, e sinceramente gostaria que vocês ouvissem minha oração agora: E oro: ―Oh, pai, senhor do céu e da terra, permita-me tocar o coração dos meus irmãos para com a necessidade de restaurar o nome de teu filho sem que eles se ofendam, sem que eles considerem isso algo sem importância já que a tua palavra diz que não há outro nome dado entre os homens pelo qual importa que sejamos salvos e que tu o exaltaste soberanamente e lhe deste um nome que está acima de todo o nome, para que ao nome de Yeshua há maschiach se dobre todo o joelho no céu e na terra. Queiras o Bendito de Israel tocar teus filhos para que se apercebam que o nome que será erguido sobre todas as nações não é o de um árabe chamado Izá, de um espanhol chamado Resus, de um italiano chamado Jesu, ou de um brasileiro chamado Jesus. Não permitas que eles acalentem sua consciência com o argumento de que o nome não é importante enquanto elevam orações num nome que tu não consagraste, enquanto entoam hinos e louvores num nome que não lhe concedeste. Amén v`amén em nome de Yeshua há Maschiach, o nome que erguestes acima de todo o nome.‖ Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 24 Volume I – O Israelis mo Britânico Amados pastores, pastoras e missionários. Nossa missão não é julgar vossa sinceridade e relacionamento com Elohim e muito menos o dele com vocês. Nossa missão é ajudar em vosso desejo de avançar no rumo da restauração de forma a que cada um saiba por que Elohim é preferível a Deus e Yeshua é preferível a Jesus. Vocês, como servos de Adonay desejam de todo o coração se afastar de tudo o que foi inventado pela velha e decrépita senhora de Roma. Logo, quando se aperceberem que tais nomes substituíram os verdadeiros, se voltarão para os verdadeiros. Sabemos que isso não será tarefa fácil. Nossa alma está acostumada com os nomes das nações. Nossas igrejas e nossos ministérios nos ensinaram a amar o Elohim de Israel e a seu filho, mas não souberam nos ensinar a amar seus nomes. Não houve na esmagadora maioria dos casos culpa ou maldade nisso. As próprias versões da Bíblia que eram disponíveis até pouco tempo no Brasil nem mesmo nos ajudavam a pensar de forma diferente. Nesse sentido o Novo Testamento Judaico primeiro e a Bíblia Judaica depois editada pela Editora Vida se constituíram na primeira e grande ferramenta que Elohim dispôs para restaurarmos pelo menos em parte os nomes mais importantes, ainda que a palavra Deus foi mantida na maior parte dos casos. Também isso deve ser visto como uma preparação para uma maior kasherização (purificação) dos nossos lábios. Quase cem por cento dos crentes atuaram até agora como nós no passado. Aprendemos e assim ensinamos que o nome de Deus era tão santo que nem mesmo devia ser tomado em vão, isso apesar de termos sido ensinados que havia uma multidão de deuses gregos, romanos, celtas, indianos etc que não deviam ser temidos. Bem, éramos meninos, amávamos como meninos, falávamos- como meninos. Nem mesmo nos apercebíamos que a palavra Deus não faz parte das línguas originais das Escrituras (hebraico e aramaico) e que o anjo Gabriel não ordenou a Yosef que chamasse o menino de Jesus, palavra que não teria qualquer sentido profético em sua língua, mas Yeshua, Salvação, por que ele salvaria seu povo dos pecados deles. Matytyahu/Mt 1:21. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 25 Volume I – O Israelis mo Britânico Bem, gostaria de dizer-lhes que deixar de orar em nome de Jesus foi um desafio difícil para a maior parte de nós que estamos restaurando seu nome original. Imagino que não será diferente para vocês. No princípio pode parecer que estamos renegando o Messias abraçando um novo Ungido, mas nada disso é verdade, pelo contrário, estamos conhecendo melhor a nosso Messias e nos dispondo a deixar os apelidos pelos quais o Pai bondosamente nos aceitou cientes de que ele tem um nome e uma identidade hebraica e judaica. É ainda provável que seus irmãos se ofendam com sua ―atitude fanática‖ em deixar de orar em nome de Jesus ou de ler esse nome na Bíblia e o substituir pelo nome hebraico. Elohim não queira que seja assim, no entanto, Yeshua profetizou que um dia seríamos odiados de todas as nações por causa de seu nome. Esperemos que o Brasil não seja essa nação, que o Brasil seja israelita. Mas se não for o caso estejamos preparados. Por último, não impomos isso a ninguém, apenas oremos para que o entendam. Uma palavra mais sobre a questão. Tenho ouvido integrantes do movimento do nome sagrado dizer que as pessoas não estão sendo salvar por não conhecerem o nome correto. Não posso concordar com atitudes realmente fanáticas. Estamos aqui para os despertar em amor e simpatia pela verdade e não em temor de que sois salvos por obras, por que senão a graça já não é graça. Uma coisa é despertar os crentes ao dever de melhor servir aquele que os salvou honrando seu nome e o nome que ele deu a seu filho, nome que aparece nos escritos originais, tanto hebraicos como aramaicos, ainda que Roma nos vendeu a mentira quase universal de que a Brit Chadashá foi toda escrita originalmete em grego, e outra coisa é ignorar a graça que nos salvou apesar de nossos deméritos. Bem sobre os originais pergunte a si mesmo: Você é um judeu, mora na província que os romanos chamavam de Judéia, a língua de seus pais é o aramaico e a língua do Templo é o hebraico. Então lá vem Paulo ou Apolo e lhe escreve uma epístola aos hebreus em grego? Afinal a epístola é para gregos da Grécia ou para hebreus da Judéia? Essa é uma pergunta que não quer calar. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 26 Volume I – O Israelis mo Britânico Mas bem, se há salvação no nome do senhor como podem os crentes das nações terem sido salvos se Roma substituiu o nome de Yah por Kurios e o de Yeshua seu filho por Jesus, e o fez de forma tão magistral que os crentes podem até jurar que o anjo Gavriel chegou a Yosef e lhe disse: Lhe porás o nome Jesus? Para responder isso recorramos aos profetas. Nos surpreenderemos com o amor de Elohim pelos gentios chamados por seu nome. Muito tempo antes de estender seu chamado à Casa de Israel para que voltasse e aos gentios para que se convertessem a ele o grande Elohim de Israel prometeu por meio do profeta: “E há de ser que todo aquele que invocar o nome de YHWH será salvo.‖ (Yoel 2:32). A pergunta é: Como poderia essa promessa se cumprir se até mesmo os judeus a quem foram confiados os oráculos em sua apostasia deixaram de pronunciar o nome do Eterno? Aqui há um maravilhoso segredo. Por todo o lado, em todas as línguas e em todos os dialetos há uma palavra que não pode ser apagada e esta palavra é Halleluyah. Louvem a Yah. Paraguaios e brasileiros, ingleses e indianos, japoneses e coreanos, etíopes e sul-africanos. Enfim, todos os povos da terra sobre os quais quis o Eterno que brilhasse a luz da bessorat, ainda que o chamem muitas vezes pelo nome dos ídolos ou deuses das nações erguem sua voz em uníssono e sob a condução da ruach há kodesh, quase sem saber por que dizem: Halleluya! Louvem a Yah! Quem já não se emocionou ao ouvir o som de Aleluia de Georg Friedrich Händel (1685-1759) o célebre compositor alemão naturalizado britânico cuja religiosidade embora não pareça fortemente definida lhe permitiu escrever compor para católicos, luteranos, calvinistas e anglicanos? Não fosse pela presença da palavra Jesus, certamente não inspirada no coro dos anjos, dir-se-ia que sua música estava além da perfeição humana. Atrevo-me a corrigi-la para que alcance o resultado que aqueles para quem brilha a luz da meschudesh possam apreciá-la em todo o seu valor. Mas antes de tudo recordo, que através de sua letra uma vez mais cumpriu-se a promessa do Eterno de que seu nome seria conhecido em toda a terra e por todos os povos. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 27 Volume I – O Israelis mo Britânico O Reino deste mundo Já passou a ser do nosso Senhor E de seu Maschiach, e de seu Maschiach E Ele reinará para sempre E Ele reinará para sempre Rei dos Reis (Pra sempre e sempre, Hallelu Yah, Hallelu Yah) E grande Senhor (Pra sempre e sempre) Rei dos Reis (Pra sempre e sempre, Hallelu Yah, Hallelu Yah) E grande Senhor (Pra sempre e sempre) Rei dos Reis (Pra sempre e sempre, Hallelu Yah, Hallelu Yah) E grande Senhor (Pra sempre e sempre) Hallelu Yah, Hallelu Yah, Hallelu Yah, Hallelu Yah, Hallelu Yah, Hallelu Yah, Hallelu Yah é a palavra que une os crentes de todas as matizes. Tem sido cantada por judeus tradicionais e judeus caraítas, por judeus messiânicos e judeus negros, por israelitas nazarenos e por israelitas britânicos, por cristãos católicos e por cristãos evangélicos, por protestantes históricos e por pentecostais, por cristãos de fronteira e por cristãos separados. Aqui está a senha universal daqueles que estão sendo salvos e redimidos. A composição cuja letra encantou e emociona multidões a 250 anos testifica do poder invencível da palavra traduzida e levada a quase todos os povos do mundo. ―Todo o que invocar o nome de Yah será salvo.‖ Isso é um milagre, o milagre da chesed, por que a palavra é mencionada apenas 24 vezes no Tanach, mas pronunciada dezenas, centenas ou mesmo milhares de vezes em cada culto e em cada serviço de louvor. Este é um dos cerca de 1000 mandamentos dados depois de Moshe que tem sido cumprido universalmente, apesar das muitas profanações da Casa de Israel. Baruch YHWH Elohey Yisrael mim há`olam vê`ed há`olam vê`amar kol há`am amen haleluyah Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 28 Volume I – O Israelis mo Britânico Bendito seja YHWH, Elohim de Israel, de eternidade em eternidade! E diga todo o povo: Amém. Louvai a Yah.” Tehilim/Sl 106:48. Não tenho aqui o desejo de passar a impressão de que alguém é salvo simplesmente por cantar Aleluayah de Händel ou por pronunciar emocionalmente a palavra. Um ateu pode cantar essa música com tanta maestria que pode fazer chorar até mesmo o mais empedernido dos descrentes e pode dar a impressão de que ele foi elevado ao céu em espírito. O que estou afirmando é simplesmente que o Eterno abriu um caminho para que mesmo em período de trevas e apostasia, pessoas sinceras possam invocar seu nome com o coração, mais do que com os lábios em resultado de haverem sido remidas. Essa é a obra maravilhosa da graça que nos salvou não segundo as nossas próprias obras. HalleluYah. Quando afirmo que a redenção de Israel se baseia unicamente na chesed ou misericórdia pela qual o Eterno entende sua chem ou graça imerecida a seu povo pecador, e que ele determinou uma forma para que os que não conhecendo o nome de seu filho escondido pelos gentios ou a plenitude de seu nome esquecida pelos judeus não é para justificar o uso do que é indevido. Quando descobri que a palavra Deus não é oriunda da palavra sagrada, que jamais foi pronunciada pelos profetas, sendo antes de origem pagã, achei que era ora de não usá-la mais, pelo menos nas minhas liturgias. O mesmo se refere a palavra Jesus. Quando descobri que Iesous foi criada apenas por motivos políticos, por uma comunidade que fraquejando em sua fé original, voltou a andar nos caminhos de Efraym baseada apenas no propósito de atrair rapidamente as massas gentílicas acostumadas com o seu Zeus, a abandonei definitivamente. Estou convencido de que a santidade de uma palavra não é determinada nem mesmo por seu uso universal, mas por aquele que santifica as coisas. E bem, se é aquele que santifica as coisas que dá valor a uma palavra, a decisão é dele. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 29 Volume I – O Israelis mo Britânico Ora, o Eterno deu um dia de repouso a Israel, e através do profeta lembrou-lhes a causa de por que deveriam tonar esse dia santo em suas vidas. ―Santificai os meus sábados para que saibais que eu sou Yah que vos santifica.‖ Ezequiel 20:20. Se o Há Kadosh Baruch Hu não santificou o domingo como dia de guarda não há decreto da terra ou do inferno que torne esse dia mais sagrado que qualquer outro. Ele jamais será shabat. Isso deveria ser suficiente para nos lembrar que não há uso ou decreto no mundo que tenha tornado a palavra Deus uma palavra santa. Ela não se tornou santa por que os pagãos a usaram para a consagrar a seus ídolos e por que passaram a ter grande reverência por ela. Se o Ha Kadosh Baruch Hu (O Santo Bendito Seja ele) não a santificou ela é apenas uma palavra usada pelos gentios para nominarem os seu ídolo luminoso que era comparado ao Dia, daí a palavra Deus. Seria a Septuaginta uma Obra Confiável? A situação com relação ao nome Iesous não é diferente, por mais que alguns insistam que ele foi criado, antes de Roma, e antes da Era cristã por 70 sábios judeus em Alexandria lá por volta do ano 320 e ainda nos dias de Alexandre. O argumento nesse caso seria a septuaginta. Dedicarei algum espaço a isso dada a aparente força que tal argumento tem no debate em favor do nome Iesous como uma forma de demonstrar que ele não foi o resultado nem de conspiração gentílica e nem de erro ou inocência na hora de traduzir. De acordo com essa visão, a palavra Iesous como substituta de Yeshua na língua grega teria surgido justamente entre judeus cultos, alguns dizem que eram sacerdotes, que viram nessa palavra a mais adequada para transliterar o nome hebraico de Yeshua Bem Num no livro de Ezra, e, portanto adequada também a Yeshua Ben Yosef. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 30 Volume I – O Israelis mo Britânico Hoje, vários eruditos cristãos discordam que alguma vez sábios judeus tenham produzido a famosa septuaginta. Citarei aqui o artigo de um cristão protestante sobre o assunto se a septuaginta pode ser usada para corrigir ou modificar texto massorético hebraico. ―Primeiramente, não, porque ela não é o inspirado e preservado Texto das Escrituras e sua historia e caráter são questionáveis. Segundo, ela não deve ser usada porque é inadequada como tradução. Jack Moorman observa: ―..O Pentateuco é geralmente bem feito, mas às vezes parafraseia antropomorfismos ofensivos aos Judeus Alexandrinos, desrespeita coerência em termos técnicos e religiosos, e mostra sua impaciência com as descrições repetitivas e técnicas em Êxodo, por erros, abreviações e omissões por atacado. Poucos livros comparativamente alcançam o padrão do Pentateuco; a maioria é de qualidade medíocre, alguns são muito pobres. Isaías como uma tradução é má; Ester, Jó, Provérbios são paráfrases livres. A versão LXX original de Jó ficou mais curta do que a do Hebraico; foram acrescentadas subseqüentemente interpretações de Teodósio. Provérbios contém matéria que não está no texto Hebraico, e sentimentos hebraicos são livremente alterados para agradar o ponto de vista Grego. A tradução de Daniel foi tão parafraseada que foi substituída, talvez no primeiro século d.C., por uma tradução posterior e a LXX original só é encontrada agora em dois MSS e na Siríaca. Um dos tradutores de Jeremias às vezes traduzia as palavras Hebraicas com palavras Gregas, que tinham um som semelhante, mas um sentido totalmente diferente.‖ (Moorman, Forever Settled). Dr. Donald Waite concluiu: ―Pode ser visto claramente… que a Septuaginta é incorreta, inadequada e deficiente como tradução. Tentar reconstruir o Texto Hebraico (como muitos com conexão às versões modernas estão procurando a fazer) a partir de uma tradução tão relapsa e inaceitável seria como tentar reconstruir o Texto Grego do Novo Testamento a partir da Bíblia Viva de Ken Taylor!!‖ (Waite, A Defesa da Bíblia King James).‖ (QUE TAL A SEPTUAGINTA (LXX)?, David Cloud, http://solascriptura-tt.org/Bibliologia-Traducoes/QueTalSeptuaginta-LXX-DCloud.htm) David Cloud acrescenta ainda: Não há evidência manuscrita do Velho Testamento em Grego com data anterior a Cristo. Quando muito, existe um fragmento de uma pequena porção da Lei. O mais antigo dos manuscritos existentes da tradução do Velho Testamento em Grego data a 200 anos depois de Cristo. Uma possível exceção é o Papiro Ryland (No. 458), que tem algumas porções de Deuteronômio 23-28. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 31 Volume I – O Israelis mo Britânico É possível que este fragmento date de 150 a.C., mas não é certo. Assim, a evidência manuscrita atual, na melhor hipótese, é inconcludente. O melhor que podemos assumir da evidência manuscrita existente é que possivelmente houvesse uma tradução da Lei em Grego, antes do tempo de Cristo. A história de que um grupo de eruditos traduziu o Velho Testamento em Grego, em 250 a 150 a.C., tem a natureza apenas de uma lenda. A carta de Aristeas é duvidosa ao máximo, contendo declarações cuja falsidade é imediatamente visível. ―A carta, afirmando ter ser escrita por um certo Aristeas a seu irmão Philocrates, no reino de Ptolomeu Philadelphus (285-246 a.c.), relata como Philadelphus, persuadido por seu bibliotecário a adquirir uma tradução das Escrituras Hebraicas para sua biblioteca real, apelou ao sumo sacerdote em Jerusalém, o qual despachou setenta e dois anciões (seis de cada uma das doze tribos) para Alexandria, com uma cópia oficial da Lei. Lá, durante setenta e dois dias, eles fizeram uma tradução, que foi lida à comunidade Judaica, com grande aplauso, e depois apresentada ao rei. A partir do número dos tradutores ela ficou conhecida (embora não exatamente) como a Septuaginta‖ (Moorman). ―Suas reivindicações à autenticidade foram demolidas por Dr. Hody, há dois séculos (De bibliorum textibus originalibus, Oxon., 1705). Claramente o escritor não é Grego, mas um judeu, cujo alvo é glorificar sua raça e disseminar informação sobre os seus livros sagrados‖ (Internacional Standard Bible Encyclopedia). Desse modo, o nome Septuaginta está baseado numa fábula. Por essa razão ele é também chamado o Texto Egípcio. (QUE TAL A SEPTUAGINTA (LXX)?, David Cloud, http://solascriptura-tt.org/Bibliologia- Traducoes/QueTalSeptuaginta-LXX-DCloud.htm) De fato a septuaginta está muito mais para lenda do que para fato. O Testemunho de Flávio Josefo de que o Rei Ptolomeu do Egito ordenou a 72 sábios que traduzissem as Escrituras está longe de apoiar a septuaginta. Ele fala de um cuidadoso trabalho feito por 7 sábios, que juntos revisaram a tradução. ―Três dias depois, Demétrio levou-os por uma estrada longa sete estádios, pela ponte que une a ilha a terra firme, a uma casa situada à beira-mar, do lado norte, afastada de qualquer barulho, para que nada pudesse perturbá-los em seu trabalho, o qual exigia muita atenção e cuidado, ... Eles o fizeram com toda a dedicação e constância, trabalhando assiduamente para que a tradução fosse exatíssima. ... Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 32 Volume I – O Israelis mo Britânico Empregaram apenas setenta e dois dias para traduzir toda a Torah. Terminada a obra, Demétrio reuniu todos os judeus e leu-lhes a tradução na presença dos setenta e dois intérpretes. Eles a aprovaram, elogiaram muito Demétrio por haver imaginado uma coisa tão proveitosa para eles e rogaram-lhe que também mandasse fazer aquela leitura aos chefes de sua nação. Eliseu, sacerdote, o mais idoso dos intérpretes e os magistrados constituídos para governo do povo pediram em seguida que nada mais se viesse a mudar naquela obra, que fora concluída com tão raro êxito. Essa proposta foi aprovada, dando a esse ato força de lei, porém com a condição de que antes seria permitido a cada um examinar a tradução, para ver se nada havia a acrescentar ou a suprimir e a fim de que, tendo sido o assunto muito bem ponderado, nunca mais se tivesse de voltar a ele.‖ História dos Hebreus de Flavio Josefo. Bem, está mais que claro que Josefo se refere à Torah e não ao Tanach. Teria sido essa Torah produzida pelos tais sábios sido introduzida na septuaginta? A resposta é um não absoluto. Ora, um trabalho perfeito, cuidadosamente revisado traria como resultado precisão. E precisão é tudo o que a septuaginta não tem. Tudo leva a crer que tal obra, se realmente produzida se perdeu na poeira do tempo assim que os judeus se refiram da influência helenista Abunda em erros e lhe faltam centenas de versos e orações do Tanach. O Talmud confirma na sua coleção de lendas que realmente houve a tal empreitada dos 72 sábios, mas diz que eles traduziram apenas partes da Torah, e partes saltadas para que ele não conhecesse toda a verdade dada a Israel. Dessa maneira os sábios teriam atuado para que o Rei ficasse confundido e jamais soubesse a palavra de Adonay. "R. Judá disse: "Quando a nossos professores foi pedido que traduzissem para o grego, permitiram apenas um rolo da Torah.‖ Isso foi por conta do incidente relacionado com o rei Ptolomeu, tal como foi ensinado: ". Relata-se que o rei Ptolomeu reuniu setenta e dois anciãos e os colocou em setenta e dois quartos [separados], sem dizer por que ele os reuniu, e entrou em cada um deles e disse-lhe: Traduzam para mim a Torá de Moisés, seu mestre. D'us então atuou em cada um deles e todos eles conceberam a mesma ideia e escreveram para ele: D-us criou no início. Vou fazer o homem à nossa imagem e semelhança. E terminou no sexto dia. E descansou no sétimo dia. Homem e mulher os criou. Vem, deixe-me descer e confundir suas línguas. E Sara riu entre seus parentes....‖ Talmud Megilah 9 Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 33 Volume I – O Israelis mo Britânico O Talmud segue relatando mais alguns desses ―saltos‖. A diferença entre as lendas talmúdicas que falam de uma Torah produzida em fragmentos e a pretensão de que alguma vez 72 sábios judeus traduziram um Tanach completo em grego baseado no texto hebraico é mais que evidente. A prova disso é que a septuaginta com suas centenas adições, subtrações e erros se desaprova a si mesma. Além disso, não nem mesmo comprovação histórica da existência de tal empreitada como a tradução completa de uma Bíblia para o grego. Diversos críticos protestantes tem posto isso e juízo e tem afirmado que não são os textos do Novo Testamento grego que se basearam na Septuaginta, um documento jamais citado pelos sábios judeus, mas pelo contrário que a própria septuaginta, sendo uma tradução pobre baseou as ocorrências do Tanach na Brit Chadashá no texto grego da mesma, talvez para buscar uma harmonia nos textos. Isso liquida a questão quanto a suposta autoridade da palavra Iesous e um sem número de outros nomes de origem helênica usados no NT Grego. Não se pode provar que Yeshua Ben Yehotsadak ou mesmo Yeshua Ben Nun foram alguma vez denominados como Iesous por judeus. David Cloud, que não é nenhum defensor do nome sagrado, é um cristão para quem essa luz ainda não brilhou, termina com um argumento de fazer pensar a qualquer um. Ainda que a septuaginta fosse autentica, não foi inspirada, e portanto, não seria elemento de prova: ―Dr. D. A. Waite oferece um comentário importante e definitivo sobre este assunto: ―Mas suponhamos que você rejeite este pensamento. Só porque há uma semelhança nas palavras e em alguns casos talvez siga o VT Grego mais exatamente, qual é a prova de que o VT Grego seja, de alguma forma, superior ao Texto Massorético? Claro que não! Nem para esta passagem, nem para todo o VT Grego. Deus não inspirou as palavras gregas do VT, mas somente as palavras em Hebraico! Essa distinção é muito importante e devemos ter cautela nesse assunto de tradução do VT.‖ (QUE TAL A SEPTUAGINTA (LXX)?, David Cloud, http://solascriptura-tt.org/Bibliologia- Traducoes/QueTalSeptuaginta-LXX-DCloud.htm) Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 34 Volume I – O Israelis mo Britânico Quanto à Brit Chadashá existem inúmeras provas de que ela não foi originalmente escrita em grego, mas em hebraico e aramaico, sendo que está provado que o livro de Matyatyahú (Mateus foi escrito originalmente em hebraico. Em ambos os casos o nome empregado para o Maschiach é invariavelmente Yeshua e com raras exceções o nome pleno Yehoshua escrito com duas variações. Vários testemunhos reunidos por Eusébio de Cesaréia (256349), um dos mais antigos historiadores do cristianismo confirmam que o autor de Matytyahú, sendo hebreu, escreveu seu livro em hebraico para seu próprio povo, e que depois ele foi traduzido para outras línguas, cada um como podia. A seguir estes testemunhos ordenados conforme os capítulos de sua História Eclesiástica Editada no Brasil pela Casa Publicadora das Assembleias de Deus “VIII [De como Irineu menciona as diversas Escrituras]: Posto que ao dar início a esta obra348 prometemos citar oportunamente as palavras dos antigos presbíteros e escritores eclesiásticos, nas quais nos transmitiram por escrito as tradições chegadas até eles sobre as Escrituras canônicas, e como Irineu era um destes, citemos também suas palavras; e em primeiro lugar as que se referem aos sagrados evangelhos; são as seguintes: "Mateus publicou entre os hebreus, em sua própria língua, um Evangelho também escrito349, enquanto Pedro e Paulo estavam em Roma evangelizando e lançando os fundamentos da Igreja.‖ “X [De Panteno, o filósofo]: Destes foi também Panteno, e diz-se que foi à Índia, onde é tradição que descobriu que o Evangelho de Mateus havia-se adiantado à sua chegada entre alguns habitantes do país que conheciam Cristo: Bartolomeu, um dos apóstolos, teria pregado para eles e havia-lhes deixado o escrito de Mateus nos próprios caracteres hebreus, escritos que conservavam até o tempo mencionado.‖ “XXIV [Da ordem dos evangelhos]: Com efeito Mateus, que primeiramente tinha pregado aos hebreus, quando estava a ponto de ir para outros, entregou por escrito seu Evangelho, em sua língua materna, fornecendo assim por meio da escritura o que faltava de sua presença entre aqueles de quem se afastava.‖ Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 35 Volume I – O Israelis mo Britânico “XXV [Como Orígenes mencionou as escrituras canônicas]: "Acerca dos quatro Evangelhos, que também são os únicos que não foram discutidos na Igreja de Deus que está sob o céu, por tradição aprendi que o primeiro a ser escrito foi o Evangelho de Mateus, que foi por algum tempo arrecadador e depois apóstolo de Jesus Cristo, que o compôs em língua hebraica e o publicou para os fiéis procedentes do judaísmo. XXXIX [Dos escritos de Papias]: Isto é o que conta Papias sobre Marcos. Referente a Mateus, diz o seguinte: "Mateus ordenou as sentenças em língua hebraica, mas cada um as traduzia como melhor podia." Estes testemunhos são importantes por que sabemos que o anjo Gavriel foi enviado a Yosef com a estrita missão de ordenar que ele aceitasse a Miriam como esposa e que desse ao menino que havia de nascer o nome de Yeshua. O texto hebraico tal como ocorre no Mateus de Shem Tov diz: V`teled ben vê`tkera shemo Yeshua ki hu yoshia et ami meeonotem. Ela dará a luz um filho ao qual porás o nome Yeshua por que ele salvará seu povo dos pecados dele.‖ (http://adventistas.ws/matay-bilingue-1-shem-tov.pdf) O livro de Mateus em hebraico foi preservado e chegou até nossos dias graças à obra de Shem Tov ben Isaac Ibn Shaprut, um erudito judeu envolvido em polêmicas em defesa da fé judaica contra os cristãos católicos. Shem Tov encontrou a versão hebraica num escrito sefardita do século XIV titulado Even Bojan. A partir daí ele o copilou lá por volta de 1385 em Rarazona de Aragón ma Espanha e o trabalho existe até hoje. Há outros manuscritos hebraicos da Brit Chadashá ou Novo Testamento que foram preservados como o texto de Sebastian Münster (1537), Jean du Tillet (1555), Milchamot Hashem de Iaaqov Ben Reuven (1170) e Nizahon Vetus (final do século 13). Bem, que judeus tivessem preservado o texto de Matytyahu ou Matay em hebraico não deveria causar estranheza a ninguém, afinal, não só os testemunhos citados por Eusébio, mas até mesmo os testemunhos de Jerônimo um devotado papista confirmam isso. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 36 Volume I – O Israelis mo Britânico "Mateus, o apóstolo também chamado Levi, o publicano, compôs as boas novas do Maschiah publicado pela primeira vez em Yehudáh (Judéia) em hebraico para o bem daqueles da circuncisão que creram, mas esse foi depois traduzido em grego, apesar de que o autor seja incerto. A palavra hebraica em si tem sido preservada até os dias atuais na biblioteca de Cesaréia que Pamphilus tão diligentemente reunida. Eu também tive a oportunidade de tomar o volume descrito para mim pelos nazarenos de Beréia, uma cidade da Síria, que o usam. Nesta matéria, é de notar que sempre que o Evangelista, quer por sua própria conta ou na pessoa de nosso Senhor, o Salvador cita o testemunho do Antigo Testamento, ele não segue a autoridade dos tradutores da Septuaginta, mas o hebraico. Portanto estas duas formas existem "Do Egito chamei meu filho", e "ele será chamado Nazareno." (Eusébio Sofrônio Jerónimo, Vidas de Homens Ilustres, ano 393) Este é um testemunho de grande impacto. Eusébio Sofrônio Jerónimo (347-420), um papista romanizado, que defendeu a primazia do grego sobre todo o resto do Novo Testamento, isso apesar de que os crentes do oriente o refutassem, testemunha duas coias normalmente ignoradas, a primeira é que o livro de Mateus foi escrito primeiro em hebraico e a segunda é que os judeus a quem ele dirigiu a epístola eram zelosos da lei, ainda que ele desprezasse esse último fato. Eusébio dá ainda testemunho de que havia duas seitas ligadas ao judaísmo na sua época, ambas crentes em Yeshua, os nazarenos e os ebionitas. Isso é evidente a partir do seu comentário ao texto grego de Mateus 12:13 que acabara de produzir. Jerônimo, por Matt. 12:13 (398 AD) "No Evangelho, que o uso nazarenos e ebionitas (que eu tenho recentemente traduzido para o grego do hebraico, e que é chamado por muitos (ou quase) as pessoas o original de Mateus), este homem que tinha a mão atrofiada é descrito como um pedreiro, que reza por ajuda em palavras como esta: "Eu era um pedreiro busca de um sustento com minhas mãos. Peço-te, Yeshua, para restaurar a saúde me meu, que eu não posso pedir para mesquinhamente minha comida. " (Citação de O Novo Testamento Apócrifo, Montague Rhode James, (Oxford: Clarendon Press 1924), 1-8. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 37 Volume I – O Israelis mo Britânico Além disso é importante que se diga de que a crença de que o NT foi escrito em grego, muito disseminada no ocidente se deve ao fato de que a Igreja de Roma reinou soberana sobre estas terras. Essa suposição sempre foi contestada pelas igrejas do oriente, e inclusive há varias igrejas católicas de rito não latino que preservam seu culto e orações em aramaico. Há inúmeras cópias da Peshita aramaica preservadas, tão antigas, ou mais velhas que as cópias gregas. O aramaico tem sido usado como língua litúrgica em várias comunidades cristãs do Oriente. Estas comunidades orientais jamais engoliram a tese católica da supremacia do grego. O Dr. Paul Yunan afirma: A Peshitta é a Bíblia oficial da Igreja do Oriente, o nome Peshitta, em aramaico, significa "Simples, Puro", em outras palavras, o texto original e puro do 'Novo' Testamento. A Peshitta é o único e autêntico texto que contém os "Escritos dos Nazarenos" ('Novo' Testamento) que foi escrito em Aramaico. A língua do Messias (Lishana d'Meshikha) e de seus discípulos (Talmideh). Em referência à originalidade da Peshitta, as palavras de Mar Eshai Shimum, Patriarca dos Católicos da Igreja do Oriente, estão sumarizadas abaixo: "Em referência a originalidade dos textos da Peshitta, como Patriarca e Líder da Sagrada Apostólica Igreja do oriente, gostaria de afirmar que a Igreja do Oriente recebeu as Escrituras das mãos dos próprios abençoados apóstolos no original em Aramaico, a língua falada pelo Nosso S-nhor Jesus Cristo (Maran Yisho' Mshikha), e assim a Peshitta é o texto da Igreja do Oriente que veio dos tempos bíblicos sem nenhuma mudança ou revisão." Em referência ao Aramaico, o Patriarca Latino Máximo no Vaticano, disse: "Cristo, depois de tudo falou na língua de seus contemporâneos. Ele ofereceu o primeiro sacrifício da eucaristia em Aramaico, a língua compreendida pelas pessoas que o ouviam. Os Apóstolos e os discípulos fizeram o mesmo e nunca em outra língua..." Estes são tópicos altamente contestados no Cristianismo ocidental. A comum e errada concepção de que o 'Novo' Testamento foi orginalmente escrito em Grego, ainda persiste hoje em vasta maioria das denominações católicas e protestantes. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 38 Volume I – O Israelis mo Britânico A maioria dos acadêmicos e teólogos afirmam que Yeshu'a Meshicha (Yeshua O Messias ), os Apóstolos, discípulos e os judeus em geral falavam em Aramaico, apesar de muitas instancias do Aramaico sobreviverem nos Manuscritos do 'Novo' Testamento em Grego. Mesmo assim, eles ainda mantém a opinião de que o 'Novo' Testamento foi escrito em Grego, pelos Apóstolos e pelos discípulos de Meshicha (Messias). A Igreja do Oriente sempre rejeitou essa possibilidade. Nós acreditamos que os livros do 'Novo' Testamento foram originalmente escritos em aramaico e depois traduzidos para o grego pelos fiéis do ocidente no final do 1o séc, mas nunca dos fiéis do oriente, onde o aramaico era a língua franca do Império Persa. Nós também defendemos que depois dos livros serem traduzidos para o Grego, osoriginais em Aramaico foram descartados pela Igreja do Ocidente (Romana) que era completamente adepta do Grego. Este não foi o caso da Igreja do oriente, que tinha em sua maioria judeus (especialmente na Babilônia e Adiabene) por um período muito maior. Mesmo quando a Igreja do Oriente se tornou mais gentílica, o Aramaico foi preservado e usado, ao invés da tradução em várias línguas vernaculares das regiões do leste do rio Eufrates. Até o oeste do rio Eufrates, na terra Santa, a língua principal era o Aramaico. As cerimônias semanais na sinagoga, chamadas de Sidra ou Parashah, com a Haftorah, eram acompanhadas por um tradutor de Aramaico, de acordo com as traduções estabelecidas.‖ (Historia da Peshitta Aramaica, Por Paul D. Younan Traduzido por Caru Muricca e Adaptado por Nyudraá Bar Avraham, http://nyudraa.blogspot.com.br/2008/04/historia-da-peshitta-aramaica-por-paul.html) O uso constante do aramaico bem como a crítica textual revela que os textos gregos procedem do aramaico e não o contrário. É bom que se diga que até mesmo os cristãos do Líbano, que são católicos na sua maioria cantam o Pai nosso em aramaico e todas as demais liturgias. Yeshua é pois o nome do Maschiach e não Iesous e menos ainda Jesus. Tudo isso depõe contra a santidade e autoridade do quase universalmente aceito nome de Jesus. Uma aproximação com Zeus. Por mais chocante que isso possa parecer, é tempo da igreja cristã se lembrar que ela não nasceu num berço ocidental, mas numa cidade encravada no Oriente Médio, em Israel, terra onde se falava hebraico e aramaico. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 39 Volume I – O Israelis mo Britânico É importante recordar que no chamado de Shaul ocorrido na Estrada de Damasco ele mesmo disse, durante seu julgamento, num discurso proferido aos de sua nação: ―E, caindo nós todos por terra, ouvi uma voz que me falava, e em língua hebraica dizia: Shaul, Shaul, por que me persegues? Dura coisa te é recalcitrar contra os aguilhões. E disse eu: Quem és, Senhor? E ele respondeu: Eu sou Yeshua, a quem tu persegues.‖ Atos 26:14-15 Desde logo seria impossível que essa voz em língua hebraica se apresentasse a ele, um judeu como Iza, Iesus, Ressus ou Jesus. Isso o senso comum impede que qualquer pessoa acredite tal coisa quando levada a confrontar-se com os fatos da narrativa, ainda que normalmente se ignore isso. Bom quanto ao Theos da septuaginta e das cópias gregas da Brit Chadashá pesam objeções ainda mais graves, pois de Iesous é um nome inventado que nada tem a ver com Yeshua, Theos é comprovadamente o nome de uma divindade pagã dos gregos. Não é, pois uma palavra sagrada, senão para quem ignora a história. Convém lembrar ainda que Israel antes de partir para a gulat recebeu por meio do profeta Yehoshua a ordem de que nem mesmo se mencione o nome dos elohim das nações. Logo, se o Eterno não moveu William Carey, João Ferreira de Almeida ou qualquer outro tradutor a avançar nesse ponto, não estamos aqui para depreciarlhes a obra, para dizer que Adonay não os dirigiu apesar dessas deficiências, mas para afirmar que chegou a hora de romper a barreira do costume. Estamos sendo chamados a ir mais longe do que eles. A necessidade de restaurar os nomes sagrados é mais que clara nesse tempo quando a luz cresce. ―Que não vos mistureis com estas nações que ainda restam entre vós; e dos nomes de seus elohim (seres poderosos) não façais menção, nem por eles façais jurar, nem os sirvais, nem a eles vos inclineis.‖ Yehoshua/Js 23:7. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 40 Volume I – O Israelis mo Britânico Tivesse esse mandamento sido cumprido e a nação santa jamais teria sido levado ao exílio. Claro que não se pode esquecer também, que se tivessem sido fiéis o mundo não teria sido inserido com os ramos da boa oliveira. Poderia ser salvo, sim, mas não como parte de Israel. Já Yeshua tinha dito: ―Em verdade, em verdade vos digo: Se o grão de trigo caindo na terra não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto.‖ Yochanan/Jo 12:24. A queda de Israel volta, pois a ser definida como um mal necessário aos gentios. A dureza do coração deles foi por ferramenta para redimir os gentios através da semente de Avraham e não somente pela fé de Avraham. A morte espiritual de Efraym e mesmo de grande parte de Yehudáh foi o meio providencial pelo qual as nações foram erguidas de sua maldade e pecado para a justiça e de suas trevas para a luz. Deve servir de alerta o fato de que Adonay olha muito mais para a nossa intenção, ou seja, para a kavanah que brota do coração do que para nossas ações. É por essa razão que vem atendendo seus filhos quando o invocam por nomes equivocados, pelos nomes dos ídolos das nações. Esta tem sido a situação da Casa de Efraym nesses anos todos em que tem estado espalhada entre as nações. Lamentavelmente, mesmo quando se volta para o Elohim cujo caráter se revela na Bíblia, Efraym, como um bolo que não foi virado não tem conseguido se libertar dos nomes dos ídolos que tomou emprestado dos gentios com quem se misturou e no que se converteu. Profetizado o Abandono do Nome dos Ídolos É certo que David, um judeu vivendo na época de maior fidelidade de Israel, fidelidade que foi agraciada pelo Eterno com o apogeu do Reino, quando Israel se estendeu até ao Eufrates sem se inclinar aos ídolos dos povos, e nem mesmo usar seus nomes para se referir ao Criador tal prática seria inaceitável. David havia jurado não tomar o nome dos Elohim das nações em seus lábios. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 41 Volume I – O Israelis mo Britânico Estava fora de questão chamar a Yah, o Elohim de Israel pelo nome do ídolo grego Theos, do ídolo indiano Deivos de onde deriva o ―Deus‖ da língua portuguesa, o ―Dios‖ da língua espanhola ou o ―Dio‖ da língua italiana. Isso era impensável. No entanto, punido por seus pecados, Israel foi ao exílio e tomou o nome dos ídolos. A mudança veio mais tarde como se pode ver na declaração do grande profeta: ―Aqueles que escolhem a outros Elohim terão as suas dores multiplicadas; eu não oferecerei as suas libações de sangue, nem tomarei os seus nomes nos meus lábios.‖ Tehilim/Salmos 16:4. Está profetizado porém que essa mesma casa que caiu por adorar os ídolos das nações, e foi levada a elas para assim resgatálas se voltará para o Eterno tão intensamente que já não ousará usar o nome de seus ídolos em seus lábios. O retorno é pois gradual, primeiro dos elohim das nações para o Elohim de Israel e logo do nome dos Elohim das nações para nome do Elohim de Israel. A primeira fase está bastante avançada, quanto à fase segunda está apenas começando. ―E naquele dia, diz YHWH, ela me chamará meu marido; e não me chamará mais meu Baal. Pois da sua boca tirarei os nomes dos baalins, e não mais se fará menção desses nomes.‖ Hoseha/Os 2:16-17. Breve a Grande Casa de Efraym, que vem se voltando em massa para o Elohim de Israel apanhada pela rede do Grande Pescador viverá em santidade e falará em santidade. A Casa de Efraym que rompeu com os ídolos das nações, virá a romper também com os nomes desses mesmos ídolos. Para isso o Eterno tem apelado a ela. ―Ó Efraim, que tenho eu com os ídolos? Sou eu que respondo, e cuido de ti. Eu sou como a faia verde; de mim é achado o teu fruto.‖ Hoshea 14:8. É importante notar que o mundo não foi abandonado às trevas absolutas do paganismo que queima mulheres vivas ou que sacrificava jovens aos seus ídolos. O mundo cristão, mesmo o católico, pôs fim a essas monstruosidades. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 42 Volume I – O Israelis mo Britânico O espírito da restauração jamais pode prevalecer o exemplo desses notáveis homens e da obra que realizaram como desculpa para não avançar na compreensão e na prática da verdade. Graças ao Eterno, missões no interior do Continente Indiano começam a restaurar os nomes sagrados. Eles estão agradecidos pelas traduções de William Carey, mas sabem que mais luz brilha agora ante nossos olhos do que a que brilhou em seu tempo. O movimento missionário partido da Inglaterra teve como foco principal o início da obra, que é o abandono da idolatria e o ensino de que o homem é redimido e salvo por graça, e não por obras. Isso é um passo pequeno, mas gigantesco em seus resultados. Na origem do paganismo e da idolatria está o conceito de que o homem alcança favor diante do Criador por meio de suas obras. Os missionários atacaram, pois, os dois baluartes do paganismo que havia levado Israel ao exílio. O resto viria mais tarde. É verdade que a obra dos grandes pregadores ingleses se limitava por não entender ainda a necessidade de ampliar o número dos mandamentos da Torah que os gentios e bem assim os filhos de Israel que retornam devem guardar. Entretanto ninguém deve esquecer que Israel quando partiu para as nações havia se esquecido virtualmente do Criador e cometido um pecado muito mais grave que comer porco ou violar o shabat, eles havia adorado os ídolos das nações. Por outro lado, é preciso que se destaque que o povo judeu, apesar de ter preservado a Torah a fim de servir de referência ao retorno de Efraim não tem vivido a santidade e a fidelidade que neófitos lhe atribuem. Como veremos mais tarde, há muito mais incredulidade e desprezo à toda a Torah entre as massas judaicas que entre as massas efraimitas. Não há pecado que a Casa de Efraim cometa que não seja abundante na Casa de Yehudá. Se em Efraim a doutrina da trindade é tão forte, (não universal) a situação da maior parte dos judeus americanos não é nada melhor. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 43 Volume I – O Israelis mo Britânico Se a maior parte dos cristãos imagina erroneamente que o Elohim da Bíblia se compõe de três seres essencialmente iguais e tão perfeitamente unidos que eles podem dizer que são três e que são um ao mesmo tempo, mais da metade dos judeus americanos acredita que a Bíblia é um amontoado de lendas estúpidas e que o Elohim da Bíblia nunca existiu. Se as lideranças cristãs foram incapazes de levar as pessoas a depositarem plena fé nas Escrituras, as lideranças rabínicas não conseguiram fazer melhor. Judeus e cristãos incorrem no mesmo pecado. Não há vantagem natural em ser judeu. A situação em relação a dieta kasher é um outro exemplo. Na casa de Efraym existem centenas de organizações que não permitem seu uso, e mais de 70 milhões de cristãos não comem porco. Na Casa de Yehudáh judeus chassídicos e judeus ortodoxos abominam seu consumo. No entanto, 170 mil porcos são abatidos todos os anos por judeus em Israel em kibutzim localizados em terras árabes para atender a crescente demanda de carne suína por parte dos judeus não religiosos que são maioria no Estado de Israel. Aliás, um estado fundado em grande parte por judeus ateus e agnósticos. O que Shaul diz continua sendo tão verdade hoje como o era a dois mil anos. ―Porque Elohim encerrou a todos debaixo da desobediência, a fim de usar de misericórdia para com todos.‖ Romanos 11:32. Bom, por tudo isso, a análise do movimento israelita britânico se revelará bastante interessante. Afinal, Israel tem duas faces, dois lados e os dois precisam ser explorados não apenas quando erram, mas também quando começam a acertar. Claro que antes de falar do retorno de Efraym à plenitude de sua identidade, e ai precisamente ai, entra o israelismo britânico é preciso falar de seu distanciamento. O Eterno primeiro os fez tornar-se não Israel, para depois fazê-lo o Pleno Israel. Primeiros os fez ir caídos às nações para depois torná-los a trazer erguidos à sua terra. ―Porque, se a sua rejeição é a reconciliação do mundo, qual será a sua admissão, senão a vida dentre os mortos? Romanos 11:15 Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 44 Volume I – O Israelis mo Britânico Israel Torna-se Gentio Os defensores do israelismo briânico recordam que as tribos do reino do norte, chamada de Casa de Israel, Casa de Yosef ou Casa de Efraym foram levadas ao cativeiro por Salmanaser III da Assíria e jamais retornaram à sua terra. Pelo menos não na medida em que as profecias falam que elas devem voltar. Pelo contrário, elas se misturaram aos gentios, e passaram a ser consideradas como tais, inclusive pelos profetas. Relevo preservado até hoje, testemunha a verdade revelada no Tanach, ( Bíblia hebraica), de que o reino de Israel se curvou ante a monarquia assíria. Assim perdeu Israel gradativamente sua identidade cultural, nacional e espiritual. Lamentavelmente o povo de Israel bem como o povo judeu vieram a reverenciar não apenas os reis dos gentios, diante dos quais jamais precisariam se inclinar se tivessem sido fiéis, mas o que é pior, viram a reverenciar e a adorar os mitológicos seres poderosos dessas nações, seus ―deuses‖ ou seres iluminados por suas próprias cabeças corrompidas. Claro que faz parte da índole de Efraym a mistura de cultos e de propósitos, e o serviço a Elohim feito pela metade. Não é de estranhar que hoje a Casa de Israel viva literalmente de costas voltadas para sua terra, nem mesmo se lembrando dela e comendo manjares imundos. Este seria um dos frutos claros resultantes de seu exilo, de seu cativeiro e humilhação. Sobre isso o profeta Hoshea fala: ―Na terra de YHWH não permanecerão; mas Efraim tornará ao Egito, e na Assíria comerão comida imunda‖ Hoshea/Os 9:4. Contudo, tão certo como a Casa de Israel foi levada ao exílio por conta de seus mui tos pecados, esquecendo-se de seu Criador e abandonando as suas leis, entregando-se assim à idolatria das nações e a imundícia de suas comidas, também é certo que esta mesma casa está destinada a voltar para seu Elohim, para sua Torah e para sua terra. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 45 Volume I – O Israelis mo Britânico E para o cumprimento disso estamos aguardando apenas o som da grande trombeta,quando Adonay reunirá seu povo espalhado por toda a terra, os filhos de Israel dispersos como está escrito. ―Naquele dia YHWH padejará o seu trigo desde as correntes do Rio, até o ribeiro do Egito; e vós, ó filhos de Israel, sereis colhidos um a um. E naquele dia se tocará uma grande trombeta; e os que andavam perdidos pela terra da Ashur (Assíria), e os que foram desterrados para a terra de Mistraym (Egito) tornarão a vir; e adorarão a YHWH no monte santo em Yerushalaim.‖ Yeshayahú 27:12-13. Richard Brothers Paladino do Israelismo Britânico Ora, o israelismo britânico toma, pois as profecias bíblicas e procura identificar a Casa de Israel perdida entre as nações como estando preferencialmente na Inglaterra e em suas ex-colônias ao redor do mundo. Paralelamente ao conceito de que os Estados Unidos e a Grã Bretanha são parte das tribos perdidas do Reino de Israel foi sendo desenvolvido outro conceito, o da futura restauração dos judeus ao favor de Elohim, e do reconhecimento por parte destes que Yeshua é o Messias. Isso foi ensinado por Richard Brothers em 1795 no seu livro ―Revelado o Conhecimento da Profecia.‖ Naturalmente isso exigia primeiro que os judeus voltassem para sua terra. E isso acabava por criar na opinião pública britânica primeiro e americana depois uma onda favorável aos judeus, coisa que se revelaria vital 153 anos depois quando Israel proclamasse a sua independência. ―Quando os exércitos Heatan invadirem a terra de Israel, será com a resolução de tomar cada coisa que move e destruir o povo, e os judeus, em seguida, reconhecerão o Messias, como Deus, e irmão e acreditarão, sob excesso de tristeza, que ele é o crucificado. Sensibilizados por seu perigoso estado, e sabendo que só ele pode salvá-los, irão, cada homem e cada família, implorar por compaixão e libertação.‖ (Richard BroArs, Revealed Knowledge of Prophecies, (U. S. reprint: W. Springfield MA, 1797, pág 44 A obra pode ser lida na internet através do site Olivers Bookshelf. http://olivercowdery.com/texts/brot1797.htm#2pg086). Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 46 Volume I – O Israelis mo Britânico Nessa oportunidade um cristão proeminente não apenas entende, mas passa a ensinar que o Messias não virá antes que os judeus voltem à sua terra, e que eles não se converterão a Yeshua antes de seu regresso. ma nova mentalidade estava sendo formada. Judeus não deviam ser forçados à conversão, mas deixados livres até que retornassem à terra e o próprio Elohim operasse para sua redenção de forma irresistível. Ainda não Chegou o Ano da Conversão da Casa de David A mensagem de Richard Brothers era: ―Deixem que o Messias volte para converter os judeus. Isso não é tarefa nossa. Por agora, trabalhemos para eles voltem para sua casa, e para Yerushalaim, do jeito que estão, sem crer no Maschiach, por que se eles não voltarem, o Messias também não pode voltar para convertê-los.‖ Para ele a missão primordial era fazer com que a Casa Efraym recobrasse sua identidade. A Casa de Judá teria ainda de esperar para identificar o Maschiach. Evidentemente se há uma coisa que ninguém pode esperar é que a Casa de Yehudáh, mal grado o preço altíssimo que pagou por rejeitar os dois profetas que antecederam imediatamente a destruição da cidade santa é que ela se converta agora, antes da descida triunfal de Maschiach. E bem, se todos se converterem agora, as profecias falharão. É claro que a conversão massiva da Casa de Yehudáh não se dará mediante nenhum esforço missionário, por mais vigoroso que esse se manifeste e por mais amor que revele ao povo judeu. Essa não é obra para nós. É obra para Elohim. Embora a conversão de um judeu a Yeshua seja uma conquista importante é preciso saber que a Casa de Yehudáh não se converterá por argumentos, mas mediante a poderosa atuação da Ruach há Kodesh que converterá a homens e a mulheres por separado, e os levará ao choro e ao pranto de amor por aquele a quem agora desprezam em sua cegueira antes que todos proclamem sua fé naquele que foi transpassado pela por causa de suas muitas iniquidades. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 47 Volume I – O Israelis mo Britânico Quis o Eterno que primeiro a Casa de Efraym voltasse em peso para a Bíblia, apesar das limitações impostas pela falta de certos aspectos da luz nos mensageiros que a trouxeram às boas novas. Primeiro a festa é para o filho pródigo, para a Casa de Efraym e só depois, o será para a o filho mais velho, para a Casa de Yehudáh só volte quando a hora soar, e a hora ainda não é agora. Bom, é exatamente o que as profecias dizem que acontecerá: ―Mas sobre à casa de David, e sobre os habitantes de Yerushalaym, derramarei a ruach de chesed (graça) e de súplicas; e olharão para mim, a quem traspassaram; e pranteá-lo-ão sobre ele, como quem pranteia pelo filho unigênito; e chorarão amargamente por ele, como se chora amargamente pelo primogênito. Naquele dia será grande o pranto em Jerusalém, como o pranto de Hadade-Rimom no vale de Megido. E a terra pranteará, cada família à parte: a família da casa de David à parte, e suas mulheres à parte; e a família da casa de Natan à parte, e suas mulheres à parte; a família da casa de Levi à parte, e suas mulheres à parte; a família de Simei à parte, e suas mulheres à parte.‖ Zachariah 12:10-13). A Ignorância dos Inimigos de Yehudáh de Todos os Tempos A Casa de Yehudáh se converterá na hora certa, mediante uma aflição tremenda, e quando os habitantes de Yerushalaim estiverem votados à aniquilação muito mais severa do que aquele que os malditos cruzados a impuseram. Será em meio à dor, ao desespero, à ameaça de aniquilamento final da raça judaica que Yah lhes enviará o ruach chem, o espírito da graça para que olhem para o Eterno a quem transpassaram na figura de se bendito Maschiach. Tivesse a cristandade entendido esse conceito e jamais teria perseguido os judeus em Yerushalaym, como aconteceu no tempo das cruzadas, mas ao contrário, os teriam encorajado a partir, teria protegido o seu retorno. Soubessem eles que o retorno do Consolador de Israel e libertador das nações está diretamente dependente disso jamais teria corrido sangue judeu sem se misturar com ele, do mesmo lado da trincheira o sangue dos cristãos. Isso é claro, teria criado tal elo, que muitos cristãos teriam ido a Yeshua. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 48 Volume I – O Israelis mo Britânico Aquele negro capítulo da história em que sacerdotes corruptos, monges degradados e papas ambiciosos abençoavam guerreiros estúpidos para marcharem contras os judeus não teria sido escrito. Aquele bando de facínoras perversos, sanguinários vis e estupradores não teriam partido em direção à cidade santa encarcerando, estuprando e assassinando no meio de sua caminhada. Os anais que ainda mancham de um vergonho negro a história do cristianismo não existiriam. Tomada a cidade fogo foi posto a mesquitas e a sinagogas com os adoradores encarcerados dentro dos seus templos. Um sacrifício horrendo, em que o cheiro da carne dos mortos se misturava aos gritos lancinantes de homens mulheres e crianças que iam sendo devorados em honra ao ―deus cristão‖ irado com os judeus, eu por suposto não era nem o Elohim dos judeus e nem o Elohim de Yeshua, o Messias judeu. Ah, como dó pensar que tudo aquilo foi feito em nome de um Messias que naturalmente deplorou com asco tal oferenda depravada. Isso foi tudo o contrário do que Yeshua mostrou que devia ser feito. Se há uma recompensa guardada para os cristãos é para aqueles como o católico Oscar Schindler que com o risco de sua vida gastou toda a sua fortuna para salvar os infortunados judeus, seus escravos-operários. Quanto a estes malvados nem as orações dos padres nem a benção dos papas lhes valerá de coisa alguma. Os que não trataram bem dos irmãos de Yeshua, independentemente de seus méritos ou deméritos só podem esperar uma coisa: serem colocados À esquerda do grande Rei. ―Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartaivos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para Satan e seus anjos; porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; era forasteiro, e não me acolhestes; estava nu, e não me vestistes; enfermo, e na prisão, e não me visitastes. Então também estes perguntarão: Adon (Senhor), quando te vimos com fome, ou com sede, ou forasteiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos? Ao que lhes responderá: Em verdade vos digo que, sempre que o deixaste de fazer a um destes mais pequeninos, deixastes de o fazer a mim. E irão eles para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna.‖ Matytyahú/Mt 25:41-46. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 49 Volume I – O Israelis mo Britânico Yerushalaim Será Preparada Para Receber de Volta a Yeshua De fato, a cristandade deveria saber que a casa de Yerushalaym, deserta de seu próprio povo e de seus próprios donos em punição por seus pecados, voltará a ver Yeshua, o Melech Yisrael, e já reconciliada com ele dirá que é o Bendito de Yah. ―Yerushalaym, Yerushalaym, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu não quiseste! Eis que a vossa casa vai ficar-vos deserta; porque eu vos digo que desde agora me não vereis mais, até que digais: Baruch Habá B`Shem Yah (Bendito o que vem em nome do Senhor.‖ Matytyahú/MT 23:37-39. Felizmente, a partir do desenvolvimento da doutrina do israelismo britânico, mesmo quando foi exagerada, já que nem todos os britânicos são israelitas, houve o despertar da simpatia em relação aos irmãos judeus desprezados e perseguidos. Afinal de contas quando se descobre que Israel tem duas casas e que a maioria dos cristãos são israelitas os judeus deixam de ser considerados como deicidas (assassinos de Deus), nossos inimigos e Criador, e passam a serem vistos como a parte de seu povo destinada a receber o Maschiach somente quando ele volte em glória. Essa convicção que hoje toma conta dos cristãos, principalmente dos pentecostais, em grande parte se deve aos 360 anos de pregação do israelismo britânico. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 50 Volume I – O Israelis mo Britânico II - As Bases Históricas do Israelismo Britânico Os proponentes do israelismo britânico tem estudado diversas nuances da doutrina, e procurado fazer tantas perguntas sobre o tema que não é de estranhar que tantas pessoas ao procurar respondê-las tenham chegado a se convencer da mesma. Esse trabalho sobre esse segmento do protestantismo não estaria completo se não expusesse essas questões na ótica de seus próprios defensores. Recorri para isso à exposição da página da British-Israel, que em parte será transcrita nesse artigo. Eles começam por falar da dispersão de Israel apontando para o fato de que depois da dispersão de Israel uma nação que pelas suas contas tinha uma população de 5 milhões de pessoas, a esmagadora maioria jamais voltou para a casa, e que os poucos que voltaram eram principalmente os membros das duas tribos de Yehudáh e Byniamin acompanhados dos levitas e sua família sacerdotal. A Bristish Israel pergunta onde foram parar os demais. ―As populações de Israel e Judá antes da época de seus cativeiros da Assíria e da Babilônia foram cerca de cinco milhões (1.230.000 homens valorosos (2 Sam.24: 9,15) + 1.230.000 2.460.000 mulheres + crianças = 4.920.000 no total). No entanto, em Esdras 2:64, encontramos que apenas 42.360 pessoas voltaram à Palestina depois do cativeiro. Isso é um por cento! 5.000.000 divididos por 50.000 é igual a 100. Noventa e nove por cento nunca mais voltou! Onde os outros 4.950.000 israelitas foram parar?‖ (Os Estados Unidos e o Império Britânico Preditos na Profecia). Mesmo somando estas 42.360 pessoas as outros 12.010 judeus (2.402 homens + 2.402 mulheres + 4.408 crianças=12,010 pessoas), que partiram com Ezra no 7° ano de Artarxerxes para cuidar do Templo chegamos apenas a 54.370 pessoas, ou seja a 1,1% do total das duas deportações. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 51 Volume I – O Israelis mo Britânico A doutrina visa portanto explicar o destino dos restantes 98,9% dos israelitas, uma vez que não houve dois genocídios, mas duas deportações. A British Israel levanta ainda outras intrigantes perguntas: ―Além disso, Israel e Yehudáh eram compostas de um total de doze tribos separadas. O Reino de Yehudáh foi composto de Yehudáh, Bynyamin e parte do Levi (2 Chr.11 :13-14). (Simeão, provavelmente espalhados no momento da separação - Gen.49: 7). O Reino de Israel era composto de Reuven, Gad, Yosef, Yshakar, Zevulon, Naftali, Dan, Asher, Shimeon e mais de Levy. No entanto, em Ezra 1:5, 4:1, 10:9 e Nehemiah 11:4-18 vemos que apenas uma parte das tribos de Yehudáh, Byniamin e Levy voltou para a Palestina. Isso é apenas uma pequena parte do total das cheio! Nem mesmo um quarto do total. Onde é que os outros três quartos foram parar?‖ (Os Estados Unidos e o Império Britânico Preditos na Profecia). Feitas estas duas perguntas básicas eles partem para a montagem do quebra cabeças recorrendo a autoridades judaicas, primeiro ao historiador Flávio Josefo, depois à Enciclopédia Judaica, e por fim à Bíblia. Onde Estão as Dez Tribos Perdidas? ―Josefo responde: "Só há duas tribos na Ásia e Europa (Palestina) sujeitas aos romanos, enquanto que as dez tribos estão no ALÉM Eufrates até agora, e uma imensa multidão, que não pode ser numericamente estimada" (Ant.11: 5:2). Eles estavam em cativeiro na Assíria até este dia "(o dia em que os judeus voltaram) (1 Crônicas 5:26; 2. Ki 17:23). "Se as dez tribos desapareceram, o cumprimento literal das profecias seria impossível. Se eles não desapareceram, obviamente, eles devem existir sob um nome diferente" (Enciclopédia Judaica, 12:249). "Pois, eis que ... peneire a casa de Israel entre as nações, assim como o milho é peneirada em uma peneira, mas não cairá pelo menos grãos sobre a terra" (Amós 9:9).‖ (Os Estados Unidos e o Império Britânico Preditos na Profecia). A argumentação é que Josefo no primeiro século negava que as dez tribos estivessem sujeitas a Roma e afirmava que elas estavam além de seu alcance, em regiões jamais conquistadas e que eram uma multidão incontável. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 52 Volume I – O Israelis mo Britânico A Bíblia mostra que quando os judeus, (tribo de Judá e Benjamim) voltaram os israelitas ainda eram cativos na Assíria. Uma vez que profecias não são metáforas as dez tribos não podem desaparecer sem que elas falhem, pelo que a tese do desaparecimento é posta de lado em favor da tese de que estão perdidas e assimiladas aos gentios, mas não aniquiladas. A partir daí vem a resposta a pergunta mais importante: Onde estão as tribos perdidas? ―Desde que os israelitas foram levados cativos "para Ashur ( Assíria)" (2 Reis 17:23.) E "nas cidades dos medos" (2 Ki.17: 6), os historiadores gregos, naturalmente os chamavam de "Assírios" e " MEDAS" Portanto, Diodoro da Sicília, 2:43 diz: "Muitos povos conquistados foram removidos para outras terras, e dois deles tornaram-se colônias muito grande: um era composto por assírios e foi removido para a terra entre Paphlagonia e Pontus (norte da Turquia), e a outra foi levada da Média e plantada ao longo das Tanais "(Rio Don na região da Ucrânia). Estes "assírios" na Turquia são as pessoas a quem Kefa escreveu (1 Ped.1: 1), então eles devem ter sido israelitas (Gal.2: 7). Shaul não foi permitido ir a eles porque eram circuncidados (Atos 16:7-8). "Os Capadócios são conhecidos pelos gregos com o nome de .... sírios e tinham sido sujeitos aos medos" (Her. 1:72). Estrabão chamou de "sírios brancos" na Capadócia (5:383) (Turquia do Leste), uma vez que Israel era conhecida como a Síria na época (7:285). Heródoto disse que "os sírios da Palestina" praticam a circuncisão (2:104)‖ (Os Estados Unidos e o Império Britânico Preditos na Profecia). Israel o Povo Mais Numeroso da Terra A 2.290 anos atrás, quando Israel estava para entrar na terra da promessa Moshe Rabeinú estava muito feliz, e se deu por satisfeito em ver naqueles cerca de 2,4 milhões de pessoas o cumprimento da promessa profética feita a Avraham de que suas zerah ou semente se multiplicariam como as estrelas do céu. Mas deixou claro que isso era apenas a milésima parte do que eles deveriam vir a ser, que a benção maior ainda estava para o futuro, para seus descendentes. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br Volume I – O Israelis mo Britânico 53 ―YHWH vosso Elohim já vos tem multiplicado; e eis que em multidão sois hoje como as estrelas do céu. YHWH Elohim de vossos pais vos aumente, ainda mil vezes mais do que sois; e vos abençoe, como vos tem falado.‖ Devarim/Dt 1:10-11. Essa é uma profecia tremenda. Os filhos de Israel deviam atingir 2,4 bilhões de almas e se multiplicar por 1,000. População Judaica Mundial 1882-2010 em Milhares 2010 13.300 2000 13.191 1990 12.870 1980 12.840 Mas 2,100 anos 1970 12.630 depois, em 1882, a 1955 11.800 população judaica era 1948 11.500 de apenas 7,8 milhões 1939 16.728 ou 3 vezes o 1925 14.800 prometido. De lá para 1922 14.400 cá houve avanços e 1914 13.500 retrocessos, mas nada 1900 10.600 que faça dos judeus 1882 7.800 um povo numeroso. Em 1939, iniciado o 0 5.000 10.000 15.000 20.000 holocausto era 16,7 milhões, ou 7 vezes a população inicial. Mas se nos 47 anos transcorridos entre 1882 e 1939 esta população cresceu 144%, de 1948 ela cresceu apenas 21% apesar de terem se passado 62 anos. Assim, os 13,3 milhões de judeus da atualidade representam apenas 5,5 vezes a população de Israel ao chegar à terra prometida. 1 Em resumo, para que os judeus representassem apenas 1% da promessa de serem multiplicados mil vezes mais eles teriam de ser 24 milhões, uma população que os judeus jamais tiveram. Aliás, mantidas as atuais taxas de crescimento tal população só seria atingida no ano 2.196. 1 Os dados do gráfico acima correspondem a estatísticas oficias do Israeli Central Bureau of Statistics e estão disponíveis também em Jewish Virtual Library sob o título: World Jewish Population (1882-2008). http://www.jewishvirtuallibrary.org/jsource/History/worldpop.html Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 54 Volume I – O Israelis mo Britânico E olha que estamos falando de atingir apenas 1% do que foi prometido através de Moshe Rabeinú aos 2,4 milhões de israelitas que saíram de Mitzraym (Egito) e aguardavam a ordem para entrar em Eretz Yisrael (Terra de Israel). A situação é realmente dramática quando se olha a profecia contemplando apenas a Casa de Judá. A posição atual da população judaica é tão preocupante que os demógrafos judeus traçam dois quadros. O quadro ―otimista‖ pinta os judeus chegando a 18 milhões em 2050, caso reflitam, diminuam os casamentos mistos, decidam ter mais filhos e os criem dentro da tradição judaica. O rabinismo estabelece que o filho de um judeu não será judeu, mesmo que seja praticante do judaísmo e que o filho de uma mãe judia, mesmo que esta não seja religiosa ou mesmo que seja ateísta, será um judeu, mesmo que siga os passos de sua mãe. Assim, muitas crianças filhos de pais judeus não são considerados judeus. Um dado preocupante, já que os casamentos mistos são muito mais freqüentes nessa época que em qualquer outra da história, salvo quando Israel se formou. O quadro pessimista, observa que mantidas as taxas de crescimento atuais da ordem de 0,3% contra 1,4% do crescimento mundial a população judaica chegará a 2050 com 1,3 milhões de pessoas a menos, ou seja 12 milhões. Não é preciso ser um matemático para nos apercebermos que mesmo no mais otimista dos quadros, Israel crescerá 20,03% a cada 40 anos. E para que esse quadro otimista aconteça é necessário que os judeus decidam ter filhos, que os rabinos reconheçam os filhos de casamentos mistos, que as crianças judias sejam criadas na tradição. Bem, se esse quadro otimista se configurar, a promessa de uma multiplicação por mil em relação aos dias de Moshe só seria atingida daqui a um milênio, lá por volta do ano 2.960. Nem o mais pessimista e longânime dos estudiosos pode supor que o mundo tenha esse tempo antes de iniciar a era de Maschiach. Se a promessa tem de ser olhada nos judeus ela fracassou. Mas esse não é o caso. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 55 Volume I – O Israelis mo Britânico É evidente que precisamos olhar noutra direção se quisermos encontrar evidências do cumprimento das promessas de crescimento espantoso da semente de Avraham, e de seus filhos Ytzchak e Yakov. As provas são avassaladoras e são objeto de análise pela Britsh Israel: ―Elohim disse a Avraham: "Farei de ti uma grande nação, e te abençoarei, e engrandecerei o teu nome ... E eu os abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti (e seus descendentes) serão abençoados todas as famílias da terra "(Gen.12 :2-3). "Eu vou ... te multiplicar extremamente ... serás pai de muitas nações ... e reis sairão de ti" (Gen.17 :2-6). " Avraham certamente virá a ser uma grande e poderosa nação e todas as nações da terra serão abençoados nele (seus descendentes)" (Gen.18: 18). ―Elohim disse a Avraham: "Na bênção te abençoarei, e multiplicarei a tua descendência como as estrelas do céu e como a areia que está na praia do mar, e a tua descendência possuirá a porta dos seus inimigos e em tua semente todas as nações da terra serão abençoados, porque tu obedeceste à minha voz "(Gen.22 :17-18). “Elohim disse a Isaque: "Farei a tua descendência multiplicar como as estrelas dos céus, e darei à tua descendência, todos esses países (Egito, Palestina, etc), e em tua semente todas as nações da terra serão abençoados "(Gen.26: 4). Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 56 Volume I – O Israelis mo Britânico "E abençoaram a Rivika, e lhe disseram: Tu és a nossa irmã, sê tu a mãe de milhares de milhões, e que a tua descendência possua a porta daqueles que os odeiam" (Gen.24: 60). Em Gênesis 35:10-11 Elohim disse: "Teu nome não será mais chamado Yakov, mas Israel será o teu nome. E Elohim lhe disse: Sede fecundos e multiplicai, uma multidão de nações sairá de ti, e reis sairão de teus lombos. " A Multiplicação é Contada em Efraym e não em Yehudá Os números relativos á população de Israel nos dias de Moshe, mostram que ela não era distribuída de forma regular entre as tribos e que o crescimento tribal não era igualitário. A população das duas duas meia tribos de Yosef, Menashe e Efraym somavam juntas 72.700 homens com mais de 20 anos, isso é, menos de 1.900 homens que a tribo de Yehudáh. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 57 Volume I – O Israelis mo Britânico Entretanto, esses números estavam destinados a se inverter trazendo um crescimento vertiginoso para a Beit Yosef, composta por Efraym e Menashe, um crescimento que fizesse com que Efraym viesse a se tornar naquilo para o qual ele foi abençoado por Yakov antes de partir desse mundo para o vindouro. As duas meia tribos, que respondiam por menos de 12% da população de Israel deveriam crescer muito mais. Um gráfico permite comparar o percentual de cada tribo em relação à população geral. Na nação ainda unida as duas tribos que formarão a futura Beyt Yehudáh (Casa de Judá) equivaliam então a 17,9% da população geral, que somados aos cerca 0,3 dos levitas que se espalhavam dentro de todo o Israel chegavam a 18,2%. Os restantes 81,8% do povo estavam recenseados nas Dez Tribos que viriam mais tarde a se tornar a Beit Yisrael (Casa de Israel), o reino do norte com sua capital em Shomeron ou Samaria. Mas bem, o israelismo britânico está consciente que a multiplicação de Israel não é um simples exercício de aritimética em que se toma os cerca de 110 mil homens das tribos de Judá e Efaym, se multiplica por quatro para determinar em 440 mil o número de habitantes das duas tribos e logo se multiplica por 1.000 para estimar a população final de Yehudá e Binyamin em 440 milhões por ocasião do início do reinado da Era Messiânica. Eles estão conscientes de que as coias não são tão simples assim. Que a projeção populacional das doze tribos segue padrões diferentes, ainda que não se saibam exatamente quais esses padrões, pelo que intentar contá-las seria uma tolice. Por causa disso a British Israel analisa então a forma como Yakov, decide abençoar os netos, adotando-os como sendo seus filhos e para surpresa de Yosef, cruza as mãos concedendo a primogenitura a Efraym, em vez de dá-la a Menashe, neto mais velho. Isso os permite concluir que Efraym, junto com as outras tribos que o acompanharam se perde entre as nações, e reaparece no momento em que o povo britânico e os que dele descendem redescobrem sua origem em Avraham Avinu Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 58 Volume I – O Israelis mo Britânico Agora Yakov teve doze filhos e as promessas de GRANDEZA NACIONAL foram dadas a Yosef. Como Hebreus 11:21, diz: "Pela fé, Yakov, quando estava para morrer, abençoou cada um dos filhos de Yosef". Como 1 Crônicas 5:02 diz: "a primogenitura foi de Yosef". "E Yakov disse a Yosef ... os teus dois filhos, Efraim e Menashe são meus ... ... como Reuven e Shimeón (o mais velho dos filhos de Yakov) eles serão meus" (Gen.48 :3-5). (Por costume o filho mais velho recebia uma porção dupla da herança.) "E abençoou a Yossef e disse ... que meu nome seja chamado neles (ou seja, Israel) ... e deixá-los crescer em uma multidão no meio de a Terra ... (Menashe) se tornará um povo e ele também será grande, mas o seu irmão menor (Efraim) deve ser superior a ele, ea sua descendência se tornará uma multidão de nações. Estas foram algumas das "promessas feitas aos pais" (Rom.15: 8). Os "pais" são definidos em Atos 3:13 como Avraham, Ytschak e Yakov. Estas promessas incondicionais feitas aos pais têm tudo a ver com os Estados Unidos e o Império Britânico. Eles também são dirigidas aos judeus. As promessas e profecias são explicadas em Genesis 49 e Deuteronômio 33, bem como os livros proféticos da Bíblia. (Os Estados Unidos e o Império Britânico Preditos na Profecia). Dito isso eles concluem que a rejeição dos judeus foi programática com o fim de restaurar Efraym de volta à verdadeira adoração. É uma doutrina da substituição virada ao avesso, isso é para dentro em favor do próprio israelismo britânico que toma então diversas palavras de Yeshua na Brit Chadashá como sendo uma referência direta às dez tribos de Israel, especialmente no emprego da linguagem figurada das parábolas, que segundo eles indicam a volta das tribos perdidas e o distanciamento de Yehudáh que e então suplantado por Efraim. ―O Maschiach "veio ao seus (Judeus), e os seus próprios (os judeus) não o receberam" (João 1:11). O Maschiach profetizou sobre esta nação de judeus dizendo: "Que nenhum fruto cresça em ti daqui em diante para sempre. E a figueira secou." (Matt.21: 19). Sua interpretação é: "O Reino de Elohim vos será tirado, e será dado a uma nação que dê os seus frutos" (Matt.21: 43). É por isso que é tão difícil para os judeus a crer em Yeshua o Messias. "Seus cidadãos (judeus) odiaram" mas os "dez servos" eram mais rentáveis (Lucas 19:11-27). Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 59 Volume I – O Israelis mo Britânico Estas "Dez Virgens" (Matt.25) ou "dez moedas de prata" (Lucas 15:8) ou "Dez leprosos" (Lucas 17:12) referem-se as Dez Tribos Perdidas. O Reino de Elohim (Novo Testamento ou Evangelho) foi dado a eles, aos que se perderam de Israel. (Os Estados Unidos e o Império Britânico Preditos na Profecia). Teria o Reino Sido Tirado dos Judeus? Não deixa de ser enigmático o fato de que passados os primeiros anos, a crença em Yeshua como Maschiach encontrou, mais acolhida entre os ―gentios‖ que entre os judeus. Contudo, não posso deixar de sinalizar um desvio ante a afirmação da Bristh Israel de que o reino foi tirado dos judeus e dado aos gentios de Efraim, ou seja aos israelitas que adotaram uma identidade estrangeira e que a prova seria a rejeição dos judeus a Yeshua e a crença nele pelos britânicos. A Brit Chadashá não permite essa abordagem tão simplista por vários motivos que a seguir observaremos. Em primeiro lugar por que não se pode ignorar que entre os doze shalichim (enviados) de Yeshua às nações não havia um único que não fosse judeu e que a estes ele declarou: ―Não temas o pequeno rebanho, por que a vosso agradou dar-vos o reino.‖ Lucas 12:32. De igual maneira não se pode negar que ―crescia a palavra de Elohim, e em Yerushalaim se multiplicava muito o número dos discípulos, e grande parte dos kohanim (sacerdotes) obedecia a emuná (fé).‖ Atos 6:7. Ou seja, os judeus que abraçavam a Torah a cada shabat em suas sinagogas, foram a base do movimento nazareno. Judeus que não viraram ―cristãos‖, mas permaneceram judeus apesar de crerem em Yeshua, apesar de se tornarem messiânicos. Nunca houve e nem há incompatibilidade entre ser judeu e ser crente em Yeshua. Além do mais é preciso que se recorde que quando Shaul chegou Yerushalaim num momento em que era acusado falsamente de ensinar judeus a não circuncidarem seus filhos e a viverem em apostasia em relação à Lei de Moshe, Yakov (Tiago), olhando em seus olhos disse: Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 60 Volume I – O Israelis mo Britânico ―Bem vês, irmão, quantas dezenas de milhares de judeus que creem e todos são zelosos da Torah.‖ Atos 21:20. Por que a maior parte dos sacerdotes, que se compunham de 24 equipes que oficiavam em média 15 dias por ano acreditava que Yeshua era o Maschiach? Por que havia em Yehudáh dezenas de milhares de judeus crentes em Yeshua que eram zelosos observadores da Torah? A resposta é simples. Nos primeiros momentos a mensagem era pregada a judeus e por judeus. A aritmética não permite dúvidas. Quando Yehudáh se suicidou os talmidim de Yeshua entenderam que a coesão do número 12 não podia ser rompida. Em consequência disso, solenemente reunidos na cidade santa de Yerushalaim, e em número de 120 discípulos, decidiram lançar sortes entre dois candidatos a ocupar a 12ª vaga, Yosef e Matyah, tendo sido escolhido Matyah. Os 12 ministravam a judeus e prosélitos (Atos 6:2), mas a profecia precisava ser cumprida e as ovelhas perdidas entre os gentios tinham de ser achadas. Isso não era apenas uma profecia dada por Yeshua. Era conhecida desde os dias de Ezequiel. Para que esse objetivo fosse alcançado com maior rapidez Shaul, escolhido desde o ventre (Galátas 1:15) se tornou o 13º shaliach, e foi enviado a pregar aos goym ou gentios. (Gálatas 2:9) Bem isso todos sabem! O que muitos ignoram é que Shaul como o primeiro rei de Israel era um israelita, da tribo de Bynyamin (Filipenses 3:5). Ignora-se comumente que apesar seu amor por Yeshua e de seu vínculo notório com a seita dos nazarenos, Shaul há Shaliach acreditava em tudo o que está escrito na Lei e nos profetas (Atos 24:14) e se identificava como um religioso judeu e zeloso da Torah (Atos 22:3) como qualquer outro membro do judaísmo. Shaul na verdade nunca deixou de ser fariseu, pois já quase ao fim de seu ministério declarou peremptoriamente ser um deles. (Atos 23:6) Ou seja, Shaul permaneceu judeu e fariseu apesar de se ter tornado nazareno. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 61 Volume I – O Israelis mo Britânico É provável que Shaul fizesse parte do Beit Din (Supremo Concílio) que era presidido por Yakov há Tsadik (Tiago o Justo) e que escolheu a ele para ministrar aos gentios (Galátas 2:9) quando todos os demais 12 apóstolos trabalhavam exclusivamente com os da circuncisão. Em números matemáticos isso significa que a proclamação da mensagem aos não judeus ocupava menos de 5% da liderança ministerial. Logo, afirmar-se que no primeiro século o reino foi tirado dos judeus e dado aos efraimitas seria no mínimo temerário, e não encontraria amparo na Brit Chadashá. Aqui cabe salientar um erro que deixa a porta aberta para que os judeus sejam considerados rejeitados, ao menos temporariamente. O povo a que Yeshua se referiu ali de quem o reino seria tirado não eram os judeus, e sim os escribas e fariseus, e não todos, mas apenas os hipócritas, pois muitos fariseus creram nele. O povo a quem o reino seria dado não eram os efraimitas ou israelitas das tribos perdidas, mas pessoas simples dentre os judeus, haja visto que a liderança do ministério messiânico esteve inteiramente nas mãos de judeus no início da obra. Ainda que seja preciso reconhecer que a Casa de Israel veio a assumir isso mais tarde, o que já estava determinado, posto que Yeshua veio buscar primeiro as ovelhas perdidas de Israel, e a extensão da fé no Maschiach aos judeus está reservada em grande escala para o final dos tempos. É preciso recordar que o mesmo Shaul, o único entre os treze que foi separado para pregar a não judeus, disse claramente que as vantagens pertencem aos judeus e na utilidade à aos da circuncisão: ―Por que aos judeus foram confiadas as palavras de Elohim.‖ Romanos 3:2. Além do mais se deve recordar que o retorno de Efraim está implícito na parábola da drácma que é buscada por sua dona até ser encontrada, na da ovelha perdida que é trazida de volta ao aprisco e principalmente na parábola do Filho Pródigo que volta para casa sendo recebido com festa por seu Pai, mas com indignação por seu irmão. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 62 Volume I – O Israelis mo Britânico Efraym e Yehudáh Esperam a Reconciliação Na parábola do Filho Perdido Efraym é o irmão mais jovem, que perdulário havia desperdiçado os bens da Torah e da verdadeira adoração vivendo entre os gentios e desejando comer a comida dos porcos. Quem quer que se recorde do que os profetas falaram não pode deixar de ignorar que Hoshea já falara: ―Efraym será levado ao Egito e na Assíria comerá comida imunda.‖ Guercino pinta com maestria singular o momento em que pai e filho se encontram sob o teto da casa sem que o filho fiel queira admitir a cena ou correr para abraçar o irmão. Deve, pois ficar claro que a Casa de Israel não substitui a Judá, não lhe toma o lugar, apenas rompe sua irmandade com ele de acordo com o propósito soberano de Elohim até que ambos voltem a se reconciliar de novo sob a mediação de Yeshua, o Maschiach e Moshia de Israel. A duas casas são, pois instrumentos paralelos do Eterno através dos quais ele termina por enriquecer as nações. Basta olhar para o mundo hoje, para o abandono da prostituição cultual, dos sacrifícios humanos, do abandono dos bebês recém nascidos à morte pelo simples fato de nascerem com um defeito físico, e bem se pode notar a grandiosa obra feita no mundo mediante a Casa de Efraim e a versão de judaísmo por ela adotada e chamada de cristianismo. Não é, pois sem causa que o profeta Zecaryah surpreso, vê duas oliveiras em torno da menorah quando estava preparado para ver uma só. Há ali um profundo mistério envolvido, um mistério que as duas casas de Israel precisam decifrar. Nem Efraym pode operar sem Yehudáh e nem Yehudáh pode operar sem Efraym. Se o cristianismo transformou as nações foi graças ao que aprendeu dos judeus, principalmente de Yeshua e seus talmidim. Se os judeus encontram hoje um mundo melhor, mais acolhedor e respeitoso para com eles isso se deve a Efraym. As duas oliveiras santificam o mundo. Definitivamente uma não pode subsistir sem a outra. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 63 Volume I – O Israelis mo Britânico Estes fatos estão implícitos na visão do profeta Zecaryah quando ele vê um castiçal de ouro que parece representar a justiça, um vaso de azeite que representa a graça, o poder e a unção da ruach, as sete lâmpadas que representam a plenitude da luz que deve incidir sobre as nações. Este óleo que flui por canais diferentes são os sete olhos do Altíssimo que cuidam de sua obra em todo o mundo e que nunca dependeu apenas de Yehudáh. Logo nada deveria nos surpreende tanto como as duas oliveiras que o profeta vê uma à direita e outra à esquerda. Quis o Altíssimo que o povo de Israel permanecesse em dois extremos desde 920 AM quando as duas casas se separaram. Por vezes há uma reaproximação breve como a a ocorrida nos dias dos enviados de Yeshua, para logo prevalecer a separação, mas em todo os casos sempre se deve lembrar que Israel e Judá são os dois povos que o Eterno ungiu para erguer a Terra. ―Ora o anjo que falava comigo voltou, e me despertou, como a um homem que é despertado do seu sono; e me perguntou: Que vês? Respondi: Olho, e eis um castiçal todo de ouro, e um vaso de azeite em cima, com sete lâmpadas, e há sete canudos que se unem às lâmpadas que estão em cima dele; e junto a ele há duas oliveiras, uma à direita do vaso de azeite, e outra à sua esquerda. Então perguntei ao anjo que falava comigo: Meu senhor, que é isso? Respondeu-me o anjo que falava comigo, e me disse: Não sabes tu o que isso é? E eu disse: Não, meu senhor. ... pois estes sete se alegrarão, vendo o prumo na mão de Zorobavel. São estes os sete olhos do Senhor, que discorrem por toda a terra. Falei mais, e lhe perguntei: Que são estas duas oliveiras à direita e à esquerda do castiçal? Segunda vez falei-lhe, perguntando: Que são aqueles dois ramos de oliveira, que estão junto aos dois tubos de ouro, e que vertem de si azeite dourado? Ele me respondeu, dizendo: Não sabes o que é isso? E eu disse: Não, meu senhor. Então ele disse: Estes são os dois ungidos, que assistem junto ao Senhor de toda a terra.‖ Zecaryah/Zc 4. Estas duas oliveiras estão separadas à muito tempo, mas devem voltar a se entrelaçar para se tornarem uma só árvore. Verdade é que agora Efraym e Yehudáh estão de costas voltadas, e que mesmo quando Efraym se descobre, intenta manter-se separado de Yehudáh como o faz o israelismo britânico ou mesmo ignorá-lo como o faz o judaísmo negro ou o que é muito pior aborrecê-lo como o fazem os seguidores da Identidade Cristã. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 64 Volume I – O Israelis mo Britânico Entre o Veneno Talmúdico e a Toxina Luterana Mas que ninguém se esqueça que se o antissemitismo que resultou nas horrendas perseguições e extermínio de judeus por pessoas controladas por Satan, é completamente indesculpável nas Escrituras. É importante ressaltar também que o antijudaísmo desenvolvido pelos cristãos tem um irmão gêmeo no outro lado da barricada desenvolvido por judeus. Esse veneno vem sendo absorvido mesmo por gentios convertidos pela halachá ou em processo de conversão e se chama antigentilismo. É expresso reiteradas vezes no livro das lendas judaicas, o Talmud cujo veneno impede o Judaísmo de reabsorver a Efraym. Não é difícil encontrar no Talmud descrições tão horrendas e imundas sobre os gentios como as barbaridades profanas de Martin Lutero em ―Os Judeus e Suas Mentiras.‖ Judeus não podem criticar Lutero sem denunciar o Talmud. Cristãos não podem criticar o Talmud sem denunciar Lutero. O que a aqui é dito não deve ser interpretado como se o Talmud precisasse ser lançado no lixo e as obras de Lutero no incinerador. Em ambos os casos podem se encontrar preciosas gemas de conhecimento, de luz e de verdade. Porém, em ambos os casos se encontram lamentáveis declarações. A autocrítica tem de ser feita pelas duas casas. Basta de antissemitismo, como basta do antigentilismo que alimentou-se no mesmo ódio vertido nalguns dos tratados talmúdicos. É mais do que tempo do judaísmo romper a barreira do preconceito e do desprezo contra os crentes em Yeshua. A simples outorga do Diploma de Gentio Justo Entre as Nações concedida aqueles que com o risco da sua vida salvaram judeus durante o horrível holocausto é um passo, mas não é o único. No momento em que a desumanidade das autoridades nazistas pôs de manifesto a crueldade de parte do povo alemão bestializado pelo poder foi também o momento em que a bondade e a humanidade de muitos alemães mostrou que não existem povos irremissíveis. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 65 Volume I – O Israelis mo Britânico A ação de centenas de alemães que se empenharam para salvar judeus mostrou que apesar de que a maioria do povo virou as costas a seus vizinhos, sem se importar se viviam ou morriam mostrou que gentios não são bestas desalmadas. Até hoje, 495 alemães, foram condecorados em vida ou postumamente como salvadores de judeus. O Capitão Gustav Schröder (1885-1959) por que tentou desesperadamente salvar 7 centenas de judeus à bordo de seu navio. O militar Wilhelm Hosenfeld Adalberto (1895-1952) que salvou judeus e poloneses no gueto de Varsóvia, tendo sido imortalizado no filme ―O Pianista‖. O diploma conferido à polonesa Maria Kotarba's (1907-1956) concedendo-lhe a honra de mulher gentia justa entre as nações é uma prova disso. Katorba`s nunca renunciou a sua fé em Yeshua e a sua condição de crente católica, mas depois de assistir horrorizada a um massacre de judeus jurou em nome do mesmo Elohim de Avraham que ela os judeus fiéis adoravam que ela salvaria a todos os filhos de Avraham que pudesse. Cumpriu a sua palavra e provou que as impuras lendas rabínicas sobre a ausência de alma e espiritualidade nos gentios nem sempre são verdadeiras e não raro se revelam enganosas. Claro que nesses momentos de restauração é preciso que se tenha em conta que o rompimento da fraternidade entre as duas casas foi um processo profetizado. Ainda não chegou a hora em que cristãos releguem as barbaridades que Lutero pronunciou sobre nossos irmãos judeus. O mesmo pode-se dizer em relação ao que o Talmud diz acerca dos gentios. Esse momento difícil que hora vivemos, quando Efraym ainda se sente substituto, rejeita e por vezes ignora Judá e quando Judá olha com desdém os esforços de Efraym por voltar à Torah como se não fosse seu irmão foi simbolizado no ato de Zecaryah quando ele toma a segunda vara que está em sua mão e a quebra, para demonstrar que as duas casas estariam separadas por séculos. ―Então quebrei a minha segunda vara União, para romper a irmandade entre Judá e Israel.‖ Zecariah 11:12. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 66 Volume I – O Israelis mo Britânico Este simbolismo das varas na mão do profeta representando as duas casas será empregado também pelo profeta Ezequiel, mas com um componente adicional, o retorno da irmandade, da unidade e do amor entre as duas casas para que se tornem de novo uma só e nunca mais sejam duas casas. Breve, tomara que seja em nossos dias, e nos dias de toda a grande Casa de Israel e no decurso da vida de todos os justos entre as nações muitos dos trechos do Talmud à par de parte das obras de Lutero estarão relegadas à lixeira da história e as duas varas se reunirão como diz a profecia. . ―Tu, pois, ó filho do homem, toma um pedaço de madeira, e escreve nele: Por Yehudáh e pelos filhos de Israel, seus companheiros. E toma outro pedaço de madeira, e escreve nele: Por Yosef, vara de Efraim, e por toda a casa de Israel, seus companheiros. E ajunta um ao outro, para que se unam, e se tornem uma só vara na tua mão. E quando te falarem os filhos do teu povo, dizendo: Porventura não nos declararás o que significam estas coisas? Tu lhes dirás: Assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu tomarei a vara de José que esteve na mão de Efraim, e a das tribos de Israel, suas companheiras, e as ajuntarei à vara de Judá, e farei delas uma só vara, e elas se farão uma só na minha mão.‖ Ezequiel 37:16-19. A luz de tudo isso devemos nos retrair de dizer que Efraym substituiu a Judá no reino, ou melhor, na proclamação do mesmo. Efraym, através de Yeshua é isso sim reconciliado com Israel e reenxertado na boa oliveira para que possa produzir os mais abundantes e saborosos frutos. O plano de Adonay nunca foi substituir um pelo outro, mas unir um ao outro. Assinalado esse ponto que me parece um desvio perigoso e irreal voltemos agora à visão da British Israel no que ela tem de mais acertado, que é quando examinam as palavras de Yeshua para entender o alvo prioritário de sua vinda que é o alcance das ovelhas perdidas da Casa de Israel localizadas no aprisco dos gentios. O Maschiach e a Busca das Ovelhas Perdidas Uma das características mais marcantes do ministério cristão hoje é a ignorância quase generalizada sobre o que o Maschiach veio realizar. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 67 Volume I – O Israelis mo Britânico Ninguém precisa especular acerca de sua verdadeira missão. Ele veio buscar as ovelhas perdidas de Israel, não para com elas fazer um redil aparte, e separado da Torah e dos profetas, mas para trazêlas de volta a um só redil. Nesse sentido a British Israel tem um ponto bem claro em sua visão da missão primordial de Yeshua que é a busca e redenção eterna dessas ovelhas perdidas do povo eleito. ―o Maschiach disse: "Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco (Dez Tribos Perdidas), essas também me importa conduzir, e elas ouvirão a minha voz" (João 10:16). Yeshua disse: "Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel" (Matt.15: 24). Israel é "uma ovelha dispersa" (Jer.50: 17). O Maschiach disse a seus discípulos: "Ide não no caminho dos gentios, e nas cidades dos samaritanos não entrai, mas ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel" (Matt.10: 6). Esta é a outra razão "porque quis guardar o juramento que jurara a vossos pais (por causa de sua obediência a Elohim)" (Deut.7 :7-8). Foi uma promessa incondicional para ajudar os descendentes físicos de Avraham (caucasianos) (Gen.12 :2-3; 22:17-18). Uma série de fatores contribuíram para que a mensagem da bessorat visse a ter mais acolhida entre as ovelhas perdidas da Casa de Israel que entre os judeus. Primeiro o fato de que quando Roma arrasou completamente a cidade santa de Yerushalaim no ano 130 foi proibido aos judeus, sob pena de morte entrarem nela. Segundo por que Efraym tateava nas trevas em busca da luz, e quando essa brilhou ele encontrou o que buscava. A partir daí, somente líderes messiânicos não judeus podiam ter acesso a ela. Isso preparou o caminho para o declínio da influência dos judeus sobre a proclamação da bessorat. Em segundo lugar a ascensão do Bispo de Roma, imposto sobre todos os crentes em Yeshua por decreto imperial abriu caminho para uma apostasia gritante e grosseira que distanciou os judeus da fé em Yeshua. Afinal, o que agora se impunha estava muito longe do modelo de vida adotado pelo mestre judeu e por todos os profetas que vieram antes dele. Um novo personagem tomara o lugar da pessoa, Jesus assumira a identidade de Yeshua. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 68 Volume I – O Israelis mo Britânico Restava-lhes então duas opções, ou a abraçar Yeshua publicamente apostando da verdadeira fé judaica, renegando o shabat, as festas, a circuncisão, a comida kasher e o orar para o lado da cidade santa como os profetas da Bíblia o faziam ou então abraçá-lo secretamente em suas sinagogas sem serem tidos como messiânicos. Esclarecido que Yeshua veio buscar e salvar o que se havia perdido, e nesse caso não se referem apenas à redenção escatológica e à expiação, mas também ao retorno da identidade espiritual das ovelhas perdidas de Israel, o próximo passo é tentar explicar onde estão essas ovelhas. A Trajetória de Efraym Segundo o Israelismo Britânico Para explicar a possível rota de Efraym em sua longa caminhara até a Inglaterra, o Israelismo Britânico recorre primeiro as promessas proféticas que falam que a luz viria a um povo em trevas, e que essas trevas não seriam apenas espirituais, e que as próprias palavras usadas pra descrever esse negrume seriam um código. Se esse dódigo puder ser decifrado a pesquisa dos nomes dos locais por onde Israel passou antes de se encontrar com a luz de Maschiach levaria a identificação desse povo. Entre estes lugares são sugeridos a Frígia na atual Turquia, o Mar Negro e a região da Criméia na Ucrânia. A primeira parte portanto confronta história e geografia à luz da Bíblia ou da forma como a Bíblia é entendida. "As pessoas que estavam nas trevas" (Mt 4:16; Lc 1:79). "Viram uma grande luz" ou em grego, "As pessoas que se sentaram em Skotos" SCYTHIA. O grego "SCOTOS" significa "escuridão". Será que Yeshua visitou a SCYTHIA? O grego "KIMEROS", significa uma névoa ou escuridão "e a palavra latina CIMMERIUS é aplicada a qualquer coisa escura ou preta. Será que Yehsua visitou a Criméia? Quando Isaías 09:02 menciona "povo que andava nas trevas", bem pode estar se referindo ao estado espiritual e localização física dos israelitas dispersos. É desta forma que o Mar Negro tem o seu nome? A palavra hebraica CHEMARIM ocorre em 2 Reis 23:5, Hosea10: 5 e 1:4 Sofonias e é aplicado aos sacerdotes idólatras da Casa de Israel, porque eles usavam vestes pretas, em vez de estar vestido com "roupa branca". Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 69 Volume I – O Israelis mo Britânico O notório rei de Israel chamado OMRI criou o sistema idólatra entre as dez tribos. Sim "Efraim é um bolo que não foi virado" (Oséias 7:8) - portanto, queimados ou escurecidos (KYMRY). Mesmo a frase bíblica "trevas exteriores" pode se referir a " SCYTHIA" ou PHRYGIA ou PELOPPONESIA, ", todos os locais onde habitou Israel, que também significa preto. Dan filho de Husim, que viveu na Grécia, também significa preto. Eles deixaram a luz de Israel e amaram mais as trevas. Elohim disse que iria obstruir o seu caminho com espinhos para que não encontrassem seu caminho de volta. Isto é, constantemente orientada para oeste por um vento do leste em direção às ilhas britânicas.‖ Partindo de dados relativos ao exílio, os defensores do isralismo britãnico finalmente decifram o local para onde os israelitas teriam ido fixar morada permanente. Esta localização será fundamental para a sua divulgação da mensagem de que a Inglaterra é parte da nação eleita. Da Ásia Central, mais precisamente das proximidades da Criméia na Ucrânia e do Mar Negro eles teriam ido para as regiões da França, Espanha e Inglaterra. O significado da palavra Britain é então explorado à luz da língua hebraica e identificada como sendo ―povo da aliança‖ ou também como os ―navios da aliança.‖ A palavra hebraica "Berith" ou "Brith" significa "aliança", que ocorre ao longo de cem vezes no Velho Testamento e é sempre traduzido como "pacto". Que pacto? A aliança da promissora grandeza nacional dada incondicionalmente (Gn 15:18, 17:4-8). "Ish" é a palavra hebraica para "homem"; Assim, "british" significa "aliança do homem". Também a palavra hebraica "AIN" significa "terra" e a palavra hebraica "ANNIA" significa "navios". Então "Great Britain‖ (Grã-Bretanha)" é a "Terra do Pacto" e "Britania" significa "navios da Aliança." O nome "Britain", na Idade Média foi, por vezes, escrito na Inglaterra como "BRITTAMMIA". Isaías 42:6 diz: "Eu, o Eterno ... te guardarei, te darei para BRIT`AM ( aliança do povo), e para luz das nações". Isaías 49:8 diz: "Eu te guardarei, e te darei por BRIT`AM (a aliança do povo), para restaurares a terra, para fazer com que herdem as herdades assoladas." Segundo Jakob Grimm, "M" e "N" são intercambiáveis sons nasais. No hebraico antigo, as duas são quase idênticas e poderiam ser confundidas uma com a outra. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 70 Volume I – O Israelis mo Britânico Finalmente eles arrematam demosntrando por várias fontes históricas que onde quer que Israel chegou a palavra Brit (aliança) esteve presente para identificar os lugares de sua moradia ao redor do mundo. (Britain) ou Inglaterra teriam sido apenas o seu porto final, ou o lugar de onde partiriam não mais como exilados, expiando suas culpas, mas como pecadores redimidos por Yeshua, como poderosos conquistadores que marchariam sobre os gentios cpara levar ao mundo a luz da bessorat ou evangelho trazendo-os ao Criador. Ptolomeu menciona Birtha e BARAANA como cidades na Arábia (5:18). Partia poderia ser derivado de BARTHIA. Mas onde quer que os israelitas foram levados, encontramos este nome. Do Bretti perto do lago Baikal (Procópio 4:24) eles fugiram para o Líbano Berytus, no Libano situado na Bahia de Saint George, uma velha cidade fenícia, local do santo padroeiro da Grã-Bretanha, St. George -, em seguida, ao sul da Itália é conhecida a BRUTTIUM. Depois há Eburobrittium na Espanha e há também uma cidade chamada BRITONIA (Mondonedo na atualidade) localizada no noroeste da Espanha (mapas Dr. Karl von Spruner da França e da Espanha para o século VI) como Bretanha e BRETAGNE. Também Plínio menciona 4:106 os "continental Britanni" que vivem às margens do Somme. ... . Procópio em Gothic Wars 4:20 menciona a ilha (a península da Jutlândia foi então considerada como uma ilha) de "Brittia", que se situa entre o Reino Unido (Albion) e Thule (Escandinávia), a cerca de 200 estádios do Reno. É habitado por Angles e pelos frísios "BRITTONES. Os gauleses antigos ao chegar no País de Gales se chamavam" BRYTH BRYTHAN r "ou ingleses da Grã-Bretanha." Os primeiros habitantes (da Inglaterra), foram os britânicos, que vieram da Armênia "(Anglo-saxão Crônica - c.891 dC) Capadócia e da Galácia, onde habitavam os israelitas (Her. 1:72, 2:104) Gildas, o historiador refere aos britânicos como "estes seus israelitas" (De Excedio Britania, 02:26) Se o. palavra para a Ilha da Grã-Bretanha veio de Baratanac Terra do significado da lata, por causa das minas de estanho da Cornualha, por que havia tantos outros lugares chamados Brit? confundido com um outro.‖ Essa visão deu ao israelismo britânico vasto campo de trabalho, pois nem o Império Romano em sua maior glória se aproximou da Inglaterra em extensão e poder. De fato não se pode negar que nenhum país criou tantas missões que revolucionaram o mundo e transformaram sociedades pagãs como a Grã Bretanha o fez. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 71 Volume I – O Israelis mo Britânico Além dissso nunca houve e jamais haverá um império tão vasto e poderoso como o Império Britânico que chegou a ter 33 milhões de quilômetros quadrados sob seu domínio e que não via o por do sol sobre todas as suas terras. De Londres na Inglaterra à Otawa no Canadá, do Cairo no Egito o à Cidade do Cabo na África do Sul, de Jerusalém em Israel a Bagdá no Iraque, de Hong Kong na China à Camberra na Austrália, das Bahamas às Ilhas Falkland (Malvinas) a bandeira de sua majestade tremulava em cada palácio, porto e navio. Mesmo hoje a Comunidade Britânica de Nações é a maior associação de países depois da ONU. Congregando 55 países com 1,921 bilhão de habitantes, uma extensão territorial de 31,462 milhões de quilômetros quadrados e movimentando 30% da economia mundial a Comunidade Britânica de Nações é chefiada por sua majestade a Rainha Elisabeth II e testemunha ainda os resquícios daquele que foi o maior império que o mundo já conheceu. O Império sobre o qual o sol jamais se punha e que mais contribuiu para que a luz da bessorat brilhasse sobre o maior número de povos em toda a terra. O Argumento da Explosão Populacional Outro argumento do Israelismo Britânico diz respeito ao fato de que os ingleses e juntamente com eles os povos por eles colonizados se multiplicaram como nenhum povo na Europa. Não se pode considerar esse um argumento definitivo, posto que outras nações também chegaram a exibir um crescimento notável, inclusive fora da Europa. A Índia que em 1800 tinha 255 milhões de habitantes cresceu 4,2 vezes e chegou a 1,170 bilhão de almas e a China que tinha 295 milhões cresceu 4,56 vezes e chegou a 1,345 bilhão nos duzentos e dez anos que vão de 1800 até agora. Mas nem estes gigantes da população mundial chegaram perto do crescimento espantoso dos povos britânicos. Logo, o argumento da explosão populacional da Inglaterra não deve ser considerado um argumento desprezível já que a multiplicação física é sim um dos sinais que acompanham o povo eleito. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 72 Volume I – O Israelis mo Britânico Assim, eles começam por lembrar que Israel estava destinado a ser um povo supernumeroso. ―Gênesis 22:17 diz, "com bênção te abençoarei, e multiplicarei a tua descendência como as estrelas do céu (" milhares de milhões "- 24:60), e como a areia que está na praia do mar ( compare com Hoshea 1:0) Esta foi uma promessa dada a primogenitura a raça de Avarham (confira Gen.13:16 e 26:3-4) "Avraham" na verdade significa "pai de uma grande multidão" e "Sarah" "princesa", porque "ela será mãe de nações, reis de povos sairão dela" (17,1516) "Yosef é um ramo frutífero .... O Todo-Poderoso te abençoará... com bênçãos dos seios e da madre.‖ Israel florescerá e brotará, e encherá a face de todo o mundo com frutos "(Isa.27:6, Gen.49 22,25, Isa 49:20; 54:1-3; 61:9-11; Ez.17:.. 23; Hos.1: 10 & Zech.10: 8). Depois dessas observações eles comparam o crescimento populacional britânico em relação a outros países da Europa bem como a progressão populacional das colônias inglesas e o crescimento vertiginoso dos falantes da língua inglesa que aumentou 500% no século XIX, o século da revolução industrial. ―Em 1700, o número de falantes da língua inglesa era inferior a 6 milhões. Em 1800 havia aumentado para 20 milhões e em 1880 para 100 milhões. De 1919 em diante a população da Grã-Bretanha dobrava a cada 55 anos, a dos Estados Unidos a cada 25 anos.... A Alemanha ficou em terceiro com 95 anos. A Áustria e a Rússia ficaram em quarta posição alcançando o dobro em 100 anos. A Espanha ficou em quinto lugar com 112 anos, a Itália em sexto lugar com 125 anos e a França em sétimo com 140 anos.‖ Sabemos que Israel deveria crescer e se multiplicar mais que os outros povos a quem não foi prometida tal multiplicação. Contudo, se o crescimento de um povo deve ser tomado como vestígio da origem israelita da multiplicação da zerah (semente) de Avraham, outros países devem ser tomados em conta. Como os 7 impérios europeus ultramarinos cresceram a taxas variadas, vamos analisar cada um deles em ordem decrescente. Nesse quesito, a Inglaterra pode não ter sido o campeão, mas emplaca um honroso segundo lugar. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 73 Volume I – O Israelis mo Britânico Em primeiro lugar vem o Reino da Holanda, ou Países Baixos, o campeão invicto, que cresceu 8,2 vezes e passou de 1,892 milhões de habitantes em 1800 para 15,5 milhões no ano 2.000. O segundo lugar cabe justamente à Inglaterra que cresceu 5,91 vezes passando de 8,308 para 49,138 milhões de habitantes. Após a Inglaterra viria o Império Russo, que não é aqui incluído. Em terceiro lugar vem a Espanha que cresceu 3,75 vezes passando de 10,5 milhões para 39,4 milhões. Portugal ocupa o quarto no ranking, tendo crescido 3,44 vezes e passado de 2,9 para 10 milhões de almas. Em quinto lugar está a Alemanha, que ao crescer 3,31 vezes passou de 25 para 82,8 milhões de habitantes. Justamente a Alemanha que por mil anos acolheu os judeus antes da loucura nazista vir a cegar boa parte de seu povo. No sexto lugar temos a Bélgica que cresceu 2,53 vezes e saltou de 4,035 para 10,2 milhões, e que chegou como se sabe a colonizar o Congo-Belga na áfrica exemplo. O país é 40% francófono e 59% neerlandês. Em sétimo está a França, uma grande potência ultramarina que atuou na América, na África e na Ásia, além da Oceania, e que cresceu em sua pátria apenas 1,97 passando de 29,361 para 58,518 milhões. O gráfico abaixo ilustra o crescimento das potências ultramarinas da Europa em cinco etapas nos últimos 200 anos a faixa em azul representa a população inicial em 1800, o vermelho a população em 1850, o verde em 1900 na virada para o século XX, o lilás em 1950 após as grandes perdas humanas provocadas por duas guerras mundiais, e o azul mar na virada do terceiro milênio. O Império Russo não foi incluído por que sua influência, nunca se fez sentir no além mar. Em 1800 a Rússia era o mais populoso império da Europa com 35 milhões de almas. Essa população passou a 68,5 milhões em 1850, subiu a 71,117 em 1900, alcançou 101,431 milhões em 1950 e atualmente é de 146 milhões de almas. Sua população que cresceu 4,17 vezes nos últimos 200 anos entrou em declínio a mais de 15 anos, apresentando taxas de crescimento inferiores às de mortalidade. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br Volume I – O Israelis mo Britânico 79,2 82,8 90 80 58,5 2000 29,4 36,5 40,7 42,8 54,6 1950 35,3 1900 25 1850 10,5 12,2 18,6 28,1 39,4 1800 8,3 16,8 60 50 40 30 20 10 0 30,5 41,1 49,1 70 1,9 3,4 5,1 10,1 15,5 2,9 3,8 5,4 8,4 10,1 4,1 4,4 6,7 8,6 10,2 74 É fácil constar que o crescimento populacional europeu estagnou a partir da II Guerra, e só não entrou em colapso devido às grandes ondas migratórias da Turquia dos países da África. Uma situação que preocupa os demógrafos, e deve romper o equilíbrio da Europa, uma vez que o controle da natalidade por parte das populações alheias à Europa, principalmente as muçulmanas é muito menor que o dos europeus de gerações. Estima-se que boa parte da Europa Ocidental será muçulmana dentro de 50 anos a menos que este quadro se inverta, o que parece muito difícil. A situação é preocupante na Bélgica, na França, na Holanda, mas não só. A própria Alemanha, a Locomotiva da Europa também corre riscos de ser um estado de maioria islâmica em pouco mais de 50 anos. Os muçulmanos derrotados depois de dominarem partes de Portugal, Espanha e França durante séculos durante a monarauia do amohadas bem como partes importantes da Europa Oriental sob o domínio do Império Turco Otomano como Sérvia, Bugária, Romênia e outros parecem estar prontos para voltar, dessa vez sem invasões e sem espadas. A Torre do Ouro construída pelos muçulmanos na Sevilha Espanhola ainda olha em todas as direções como se deixasse um aviso: ―Vamos voltar e vamos reconquistar essa terra, já não pela espada, mas pelo nascimento de nossos filhos. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 75 Volume I – O Israelis mo Britânico É preciso que a civilização cristã europeia, em grande parte descendente das tribos perdidas de Israel acorde para o perigo que bate outra vez não às suas portas, mas dentro de sua própria casa. A islamização crescente de uma Europa cada vez menos voltada para a fé não é uma miragem, é um fato. Tudo leva a crer que Adonay usará Ismael para atribular seu irmão Israel e levá-lo de volta à fé e a expiação de seus crimes perpetuados contra a Torah e contra aqueles que a representavam, fossem os judeus ou os cristãos novos judaizantes, que bem desejavam um espaço para a Torah ao lado de Yeshua a quem a princípio abraçaram apenas à força, mas que mais tarde veio a ser parte de suas almas. Houve uma época em que cresceram, que foram abençoadas por Elohim com o poder para que através dele pudessem arrancar os povos pagãos da idolatria. O propósito ainda não foi plenamente cumprido, ainda que a Inglaterra protestante tenha feito um trabalho imenso de restauração da adoração entre povos que jaziam na região das trevas da morte. Quanto a Portugal e Espanha, e a conversão a que forçaram centenas de milhares de judeus, fazendo deles cristãos novos o propósito do Criador não foi menos nobre ao permitir tal impropério. Por esse meio a semente sagrada de Yakov Avinu se espalhou por diversos lugares do mundo, mas principalmente nos 21 países da América Latina. Estes países que foram colônias das duas metrópoles e onde atualmente vivem 569 milhões de habitantes, muitos dos quais descendentes de anusim que esperavam a hora de reconhecerem sua identidade perdida. Quando chegar a hora, esse grão precioso de trigo que parece ter morrido para a pureza da fé provinda a Torah, dos profetas e de Yeshua o Maschiach de Israel se erguerá do solo na forma de uma nova planta. É justamente ai que reside o segredo de por que o Eterno permitiu a colonização da maior parte do Novo Mundo por parte de Portugal e Espanha enquanto entregou a América do Norte as nações saxônicas. Isso é uma situação difícil de ser admitida, eu percebo isso perfeitamente. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 76 Volume I – O Israelis mo Britânico Os colonizadores, como antes já foi dito desejavam sobretudo extorquir riquezas, ampliar seus domínios e competir na Aldeia Global que então estavam descobrindo. Nessa empreitada cometeram crimes de grande monta e nações indígenas inteiras foram destruídas. Seus algozes por certo serão julgados pelo Criador por cada excesso cometido. Mas a mão do Criador governa os eventos tendo em vista não apenas os acontecimentos pontuais, mas os resultados. Sua providência embala as nações no curso de sua acidentada história preparando a cada derrapagem do caminho o redirecionamento de sua trajetória no sentido de aproximá-las de si, de sua justiça e de seu amor. E ninguém pode por em dúvida, que mal grado os erros e ambição que acompanharam muitos dos exploradores do Novo Mundo, das Áfricas e da Ásia, foi através da mesma colonização que o mundo foi transformado. Por isso é importante destacar que nem a Inglaterra e nem as outras ex potências coloniais; França, Espanha, Holanda, Bélgica e Portugal devem ser vistas isoladamente. Pelo contrário é preciso que se busque no contorno de suas possessões ultramarinas o verdadeiro escopo do projeto de Yah Tsebaot. É aqui que surge a grande se seu plano que a tudo governa e a todos contém. Estes cinco países com uma população conjunta de 183,5 milhões de habitantes levaram suas respectivas línguas, inglês francês, espanhol, holandês e português a toda a parte. Como resultado 2,308 bilhões de pessoas, (1 em cada 3 habitantes do planeta) falam uma destas línguas europeias. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 77 Volume I – O Israelis mo Britânico O inglês se destaca como campeão isolado, sendo falado por 1,375 bilhões de pessoas. Cerca de 6 em cada 10 pessoas que usam línguas europeias de caráter extra continental tem no inglês senão a sua língua materna, pelo menos a sua língua mais importante, mas outras línguas europeias como espanhol, português e francês tiveram notável projeção no mundo. Isso nos obriga a pensar na presença israelita noutros povos da Europa. O Israelismo Britânico e as Tribos de Israel na Europa A British Israel vê nas bênçãos dadas pelo patriarca Yakov que disse a seus filhos: ―ajuntai-vos, e anunciar-vos-ei o que vos há de suceder no fim dos dias,‖ (Bereishit/Gn 49:1) pistas que se decifradas revelam exatamente onde Israel estaria no fim dos tempos. Estas pistas incluiriam além das suas atividades comerciais, industriais, culturais e religiosas a própria terra de sua habitação. Se pensamos que a prodigiosa expansão demográfica da Inglaterra é um sinal identificador do Israel Disperso, então o crescimento do Brasil deve nos impressionar muito mais, inclusive quando comparado ao crescimento da Metrópole. Afinal se Portugal passou de 2,9 para 10,1 milhões de habitantes nos duzentos anos que separam 1800 do ano 2000, o Brasil passou de 2 para 165 milhões. Ou seja, enquanto Portugal multiplicou sua população por 3, o Brasil a multiplicou 85 vezes decolando de 2 para 170 milhões. Um crescimento espantoso se comparado ao da Inglaterra que apesar de ficar numa posição vantajosa na Europa mal conseguiu crescer seis vezes. Bom, mas o israelismo britânico reconhece que Portugal é um dos destinos das doze tribos, ainda que atribuam essa presença à Casa de Judá. Esse é um dado muito importante acerca do qual esperamos voltar a falar. Até hoje, vilas inteiras em Portugal e Espanha testemunham de forma inegável a presença judaica na Península Ibérica. A Rua da Judiaria é um bom exemplo disso, mas existem outras evidências ainda mais poderosas. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 78 Volume I – O Israelis mo Britânico Tribos de Yakov Genesis 48-49 Identificação Bíblica Moderna Localização Reuven Primeiro filho de Yakov "Impetuoso Norte de França como a água" Shimeon "Espalhados dentro de Israel" País de Gales e judeus Levi Levi "Espalhados dentro de Israel" (sacerdócio) (Israelitas espalhados em Israel, ou seja. - Em Edimburgo, Escócia) Yehudáh "O cetro não se apartará de Judá" Inclui as linhagens reais da Irlanda, Escócia e Inglaterra. Israelitas étnicos ocidentais (branco), judeus sefarditas e ashkenazim, também filhos de Selá: Dan "Serpente junto ao caminho" Irlanda & Dinamarca (marinheiros,colonos aventureiros) Naftali "Gazela solta: ele diz belas palavras" Gad "Alargada será Gad como um leão" Suíça Asher "Delícias reais" A República da África do Sul Ishakar "Jumento de fortes ossos, deitado entre dois fardos" Finlândia- Zevulun “(mercadores / calígrafos / inventou (Holanda), Países Baixos a imprensa) Efraim "Multidão de Nações" Comunidade das Nações Britânicas Menashe Primeiro filho de Yosef "Um Grande Povo. (Nação) Estados Unidos da América Byniamin Byniamin é um lobo:" (marinheiros mercadores comerciantes / Vikings) Noruega, Islândia, Quebecois, Suécia Sabe-se hoje que o marcador genético comum aos povos do Oriente Médio foi encontrado em larga escala tanto em Portugal como na Espanha. E esse fato prova que os povos que o habitaram não foram embora, apenas se misturaram à população local para sobreviverem. Portugal um Pais com Muito Sangue Judeu O título deste tópico não se reporta ao fato de que milhares de judeus (cristãos novos) foram massacrados por fanáticos católicos (cristãos velhos) no que ficou conhecido como o massacre de Lisboa de 1506. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 79 Volume I – O Israelis mo Britânico Hoje uma nação envergonhada, mas cônscia de sua responsabilidade histórica reconhece esta faceta asquerosa de sua história através de um monumento no centro velho de Lisboa como uma forma de lembrar aos cerca de 3.000 judeus que lá teimam em viver e espera que tamanha crueldade não se repita. Um historiador português narra em detalhes aqueles dias de horror, do qual se envergonha lembrando que a gente decente se manifestou para proteger os cristãos novos escondendo-s em suas casas, já que nas suas próprias os cristãos novos estavam sendo abusados sexualmente, torturados, e mortos por todos os meios. ―No mosteiro de São Domingos da dita cidade estava uma capela a que chamava de Jesus, e nela um crucifixo, em que foi então visto um sinal, a que davam cor de milagre, com quanto os que na igreja se acharam julgavam ser o contrário dos quais um cristão-novo disse que lhe parecia uma candeia acesa que estava posta no lado da imagem de Jesus, o que ouvindo alguns homens baixos o tiraram pelos cabelos de arrasto para fora da igreja, e o mataram, e queimaram logo o corpo no Rossio. Ao qual alvoroço acudiu muito povo, a quem um frade fez uma pregação convocando-os contra os cristãos-novos, após o que saíram dois frades do mosteiro, com um crucifixo nas mãos bradando, heresia, heresia, o que imprimiu tanto em muita gente estrangeira, popular, marinheiros de naus, que então vieram da Holanda, Zelândia, e outras partes, ali homens da terra, da mesma condição, e pouca qualidade, que juntos mais de quinhentos, começaram a matar todos os cristãos-novos que achavam pelas ruas, …tirando-os delas de arrasto pelas ruas, com seus filhos, mulheres, e filhas, os lançavam de mistura vivos e mortos nas fogueiras, sem nenhuma piedade, e era tamanha a crueza que até nos meninos, e nas crianças que estavam no berço a executavam, tomandoos pelas pernas fendendo-os em pedaços, e esborrachando-os de arremesso nas paredes. … Tornaram terça-feira este danados homens a prosseguir a sua crueza, mas não tanto quanto nos outros dias porque já não achavam quem matar, pois todos os cristãos-novos que escaparam desta tamanha fúria, serem postos a salvo por pessoas honradas, e piedosas que nisto trabalharam tudo o que neles foi.‖ Damião de Gois, «Chronica do Felicissimo Rey D. Emanuel da Gloriosa Memória». Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 80 Volume I – O Israelis mo Britânico É preciso recordar que o episódio nada teve a ver com o Governo Português. A peste varria então Portugal, e a corte para se proteger se transferira para Abrantes. A caminho da casa da mãe, o Rei Dom Manoel I foi informado do massacre e do banho de sangue e ordenou que ele parasse imediatamente. Mas os agentes governamentais enviados eram insuficientes para pôr fim à matança. Quando a ordem foi estabelecida cerca de 3.500 judeus ou mesmo 5.000 estavam mortos durante os três dias que durou o massacre durante a semana santa de 19 a 21 de Abril de 1506. Frades dominicanos haviam prometido perdão dos últimos 100 dias de pecado aos que matassem os hereges que teriam atraído a seca e a peste a Lisboa. O rei mandou enforcar-lhes a todos. Os que participaram no massacre e foram identificados tiveram os bens confiscados. Bons tempos eram aqueles em que a Coroa Portuguesa via nos judeus convertidos (cristãos novos), cidadãos cujo direito à vida e a propriedade devia ser respeitada. Mais tarde, com a introdução da Inquisição Portuguesa, por certo muito mais branda que a Espanhola, mas nem por isso menos cruel e que vigorou de 1540 a 1821 muitas vidas de cristãos novos sofreram profundas interrupções com encarceramento, tortura e ocasionalmente execução. O terror da inquisição fez com que milhares de judeus mantivessem suas práticas judaicas escondidas (critpto-judaísmo) e inclusive deixasse de ensinar seus filhos na ―Lei de Moises‖ a fim de garantir a sobrevivência de sua família. E essa assimilação forçada que fará com que os judeus sobrevivam, não como tais mas como cristãos autênticos. Assim, quando me refiro a Portugal como um país de muito sangue judeu falo de uma outra coisa, falo daqueles que convertidos ao cristianismo pela pressão de ordens imperiais foram assimilados cultural e religiosamente ao resto da população portuguesa passando a seus descendentes o mesmo DNA que haviam recebido, o de judeus. E isso ficou claramente apontado em pesquisa recente levada a cabo nos dois países da Península Ibérica. Se esperava uma forte presença do DNA de árabes e norte africanos, pois estes povos em muito contribuíram na formação dos povos ibéricos. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 81 Volume I – O Israelis mo Britânico Afinal a península Ibérica e especialmente Portugal estiveram sob o domínio do Império Almohadzi (Almoada) durante séculos. Em 1212 como mostra o mapa ao lado este Império dominava da Líbia ao Marrocos no norte da África e no Sul da Europa todo o baixo Alentejo em Portugal e Andaluzia na Espanha. Quando estes povos foram vencidos como se sabe hoje, uma parte deles não tinha para onde o Califado de Andalus como os árabes chamavam o sul de Portugal e Espanha era a sua casa. Ali ficaram, foram cristianizados e ali estão até hoje. O que não se esperava era a preponderância do marcador genético típico dos judeus que superou o dos árabes na proporção de 2 para 1 e chegou a seu pico no sul te Portugal, justamente onde os árabes dominaram alcançado um em cada 3 habitantes. Para detalhes consulte o site: Brasil Sefarad, sob o item: ―Portugal e Espanha: muito mais judeus e mouros do que se pensava” cujo parágrafo mais importante transcrevo aqui: ―Um grupo de pesquisadores de diversas universidades europeias e de renomados institutos de pesquisa analisou haplótipos (tipos de sequencias de DNA) do cromossomo Y de 1140 homens da Península Ibérica e das Ilhas Baleares. Os resultados surpreendentes demonstraram que em média 19,8% da população masculina ibérica descende diretamente de judeus sefarditas (judeus ibéricos) e 10,6% descende de mouros (berberes do Norte da África).... O que surpreendeu foi a alta proporção média de descendentes de judeus sefarditas, variando de zero% em Minorca a 36,3% no sul de Portugal...‖ (http://www.brasilsefarad.com/joomla/index.php?option=com_content&view=arti cle&id=119:mais-judeus-do-que-se-pensava&catid=50:genetica&Itemid=101 ) E se isso é verdade em relação às metrópoles não será menos verdade em relação às suas colônias ultramarinas, entre elas o imenso Brasil. A presença judaica em Portugal, Espanha e mais especificamente no Brasil será tratada noutro momento. Pode-se notar que o israelismo britânico construiu argumentos sólidos que resultaram na adesão de destacadas pessoas da história inglesa e americana. Mas nem sempre o israelismo britânico acerta. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 82 Volume I – O Israelis mo Britânico Quando o Israelismo Britânico Peca Por Resumir Embora pareça incontestável que os israelitas foram a GrãBretanha, nem todos os ingleses descendem de Israel e nem a Inglaterra foi seu único destino. Além disso, embora o israelismo britânico se constituiu num braço estendido em direção aos judeus com a tolerância para o retorno dos mesmos à Grã Bretanha, nem todos os que se declaram parte do movimento são tolerantes para com os judeus, e eventualmente podem se encontrar anti semitas entre eles. A razão já antes foi explicada, o movimento foi usado para justificar a teologia da substituição, nesse caso, não de Israel pelos gentios como muitos cristãos acreditam, mas dos judeus pelos ingleses, ou israelitas perdidos. Outro ponto a ser salientado é que o israelismo britânico comete o erro de ensinar que todos os descendentes de ingleses, escoceses, holandeses e dinamarqueses são israelitas. O mais sensato é dizer que boa parte deles tem ascendência efraimita. Entretanto, se o israelismo britânico erra em generalizar, acerta em evidenciar uma outra coisa, ainda que esse aspecto tenha sido em parte descuidado, a maioria dos crentes em Yeshua descende das tribos perdidas de Israel. O próprio Yeshua deixou muito claro que sua missão era dirigida justamente às ovelhas perdidas da Casa de Israel. ―E ele, respondendo, disse: Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.‖ Matytyahú/Mt 15:26. Outro grave erro inicial foi não investigar a fundo as doutrinas herdadas da influencia romana a fim de que o Israel Restaurado se afastasse de doutrinas inadequadas como a trindade, a santificação do domingo e a purificação das comidas impuras. O Israel restaurado tem de viver da Torah e dos profetas e precisa reconhecer que a judeus como David e Yeshua foram confiados os oráculos divinos e que é com judeus que se aprende a celebrar as festas e a adorar em espírito e verdade. A Casa de Efraim precisa desesperadamente voltar para a casa para que como o filho pródigo não mais deseje se alimentar da impureza das nações. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 83 Volume I – O Israelis mo Britânico Efraim precisa voltar para casa se penitenciando dos mesmos pecados que a levaram e a mantém na gulah (exílio) até ao dia de hoje. Lamentavelmente uma série de grupos que aderem ao israelismo britânico vive, contudo como gentios. Mas a doutrina tinha sim algo de bom, despertava o povo para a busca de sua identidade, apesar de lhe faltar equilíbrio e santidade. Afinal, o Israel Restaurado não há de viver como os gentios, não há de viver distante da Torah, ou ignorando o mais elementar princípio judaico revelado no Adonay Echad (O Eterno é um). Mas bem, a verdade se constrói aos poucos, e uma proposta bem mais equilibrada seria construída a partir de um norte-americano nascido na última década do século XIX. Nota: Em todos os parágrafos citando a British Israel a tradução foi feita através de programas eletrônicos, buscando, é claro, o melhor sentido possível para cada frase. O texto em inglês configura quase sempre as palavras GOD e JESUS. Em todos estes casos, já que é uma tradução, substitui-se as palavras pelo correspondente correto na lashon há kodesh (língua sagrada) que é Elohim para God em vez de Deus e Yeshua em vez de Jesus. O mesmo se dá em relação a outros nomes bíblicos. Onde essa tradução foi configurada a palavra foi grafada em negrito e itálico. A fonte original do texto em todos estes casos é a mesma: Os Estados Unidos e o Imério Britânico Preditos na Profecia (The United States and a British Empire FORETOLD in A Bíblica). http://www.britishisrael.us/01.html Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 84 Volume I – O Israelis mo Britânico III - Armstrong Muda a Face do Israelismo Britânico Herbert Armstrong nasceu em Des Mones no Iowa no dia 31 de julho de 1892. O século XIX dera ao mundo influentes líderes religiosos que alterariam a forma de pensar de milhões de pessoas por se apresentarem como evangelistas, apóstolos, conselheiros ou profetas, a serviço do Eterno. Armstrong seria um deles, ainda que sua estrela só brilharia no século XX, posto que na vira do século era ainda uma criança evangélica como tantas outras da América. Filho de uma família Quaker, frequentou regularmente a Escola Dominical. Em 1910, decide trabalhar no Departamento de Anúncios do Daily Capital, um jornal de Des Mones. Ali Armstrong se familiarizou com a indústria da publicidade, com suas técnicas de divulgação e assim foi sendo preparado para sua maior missão, a pregação, missão com a qual ainda não sonhava. Em 1917 Armstrong conheceu a Loma Dillon (1891-1967) com quem se casou aos 31 de julho, ao completar 29 anos. Dessa união Armstrong teve duas filhas; Beverly Lucile Armstrong (1918) e Dorothy Jane Armstrong (1920-2010), e dois filhos; Richard David Armstrong (1928-1954) e Ted Garner Armstrong (1930-2003). Dificuldades nos negócios fizeram-no mudar para Eugene, no Oregon no ano 1924 onde ele continuou trabalhando com a propaganda. Naquela época, passando por Washington sua esposa conheceu a Igreja de Deus do Sétimo Dia, uma pequena organização de guardadores do sábado, e que não obstante a seu insignificante número de membros passara a proclamar que era não só a única igreja de Deus na face da terra, mas mais do que isso, que era a igreja fundada pelo próprio Messias. Não raro, eles afirmavam que fora deles não havia salvação. Uma marca indelével do sabatismo do sétimo dia. A ideia do grupo era de que a Igreja que emergira do adventismo do sétimo dia sobrevivera aos 1.260 anos de perseguição papal, sendo assim a ―Igreja do Deserto‖. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 85 Volume I – O Israelis mo Britânico A idéia atraiu à esposa de Armstrong que se uniu ao grupo. Armstrong, porém resistia ao sábado, e a uma série de outros ensinos bíblicos. Não se pode negar que por trás da obra de Armstrong esteve a força de sua esposa. Loma Dillon, passou a ofensiva, o desafiou a encontrar apoio bíblico para a guarda do domingo. Em pouco tempo ele se convencia da falsidade daquela instituição papal, e logo concentrou seus estudos na doutrina da evolução. Quando se convenceu de que também era falsa batizou-se ao que parece, na Igreja Batista, embora não a tenha frequentando. Em 1927 se uniu formalmente à Igreja de Deus do Sétimo Dia sendo ordenado ministro pela Conferência de Oregon em 1931. As relações com a ―única igreja‖ foram, no entanto curtas. Armstrong havia estudado a doutrina do israelismo britânico com Dodd, e também a vigência das festas bíblicas. Abraçou ambas as doutrinas, e não apenas para si, considerava que o povo deveria ser informado e ensinado quanto a isso. Nesse sentido Armstrong foi mais autêntico que seu mentor, que alegava que a igreja não estava pronta para essas verdades. Logo ele estava ensinando ao povo o que Dodd achava que deveria ser apresentado apenas aos ministros da Igreja de Deus, então um corpo minúsculo de observadores do shabat. Sua ação parece ter sido a primeira tentativa série de dar a Igreja de Deus do Sétimo Dia uma identidade realmente própria que justificasse seu distanciamento da então poderosa Igreja Adventista do Sétimo Dia e a fizesse crescer com verdades distintivas. Homem Chocado com a Falta de Crescimento da Igreja de Deus É importante ressaltar que apesar de serem apenas algumas centenas de crentes, eles se apresentavam como a única ―igreja de Deus,‖ sucessora histórica de uma família de grupos supostamente guardadores do sábado como catáros, albingenses, valdenses, e outros mais. Na verdade dizer sucessora, é dizer pouco, eles se consideravam mesmo continuadores da ―igreja fundada por Jesus.‖ Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 86 Volume I – O Israelis mo Britânico O problema é que esses grupos que chegaram a dominar regiões inteiras da Europa jamais foram um corpo coeso no que quer que seja, exceto em sua oposição ao papado, a maioria deles eram trinitarianos e dominguistas e muitos batizavam crianças, inclusive por aspersão. Quem quer que leia a confissão de fé dos valdenses se dará por conta que não há ali nada que a ligue, nem remotamente a qualquer grupo da Igreja de Deus do Sétimo Dia. Logo, a despeito das afirmações múltiplas nunca foi provado que eles guardavam como um corpo sequer o shabat e muito menos as festas perpétuas, instrumento permanente da identidade espiritual e nacional do povo eleito. Os grupos cristãos anti-papistas eram sinceros, estavam dispostos a lutar e a sofrer pelas suas convicções, mas viviam de acordo com a luz de seu tempo entre os cristãos e esta luz raramente incluía o shabat, as festas bíblicas ou uma posição correta sobre a natureza de Yeshua. Normalmente crentes em Yesgua que cumpriam tais requisitos viviam sua fé em segredo, nas sinagogas, que os gentios nunca viram com bons olhos, mas toleravam, pelo menos de tempos em tempos quando a presença judaica lhes era comercialmente favorável, já que eram os judeus que tendo suas almas ―condenadas ao inferno‖ os que manejavam os bancos e emprestavam a juros dinheiro do Estado e para o Estado. Assim, os opositores de Roma eram católicos melhorados, precursores da Reforma, não restauradores e não continuadores de nada que Yeshua tivesse fundado. É verdade que hoje, devido a projeção que o judaísmo messiânico tem alcançado no mundo, os membros da Igreja de Deus do Sétimo Dia tem se saído pela tangente afirmando que se as festas são perpétuas, isso é para os judeus, não para os gentios, e que por isso estão desobrigados de as cumprir. Aqui a emenda saiu pior que o soneto. Como podem eles ser o único povo de Elohim sendo gentios e estando separados dos elementos que identificam esse povo? Como poderiam constituir a verdadeira igreja se rejeitavam coisas tão elementares como a perpetuidade das festas bíblicas, tão evidente na Torah como a perpetuidade do shabat? Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 87 Volume I – O Israelis mo Britânico Como poderiam ser uma espécie de Israel espiritual se careciam das marcas dadas pelo Criador a seu povo? Armstrong tinha de fato motivos para estar preocupado com um povo que alegava ser Israel, mas não vivia como israelita. Os papeis da Igreja de Deus estavam longe de serem definidos. Uma outra coisa segundo narra Armstrong o chocou muito era o marasmo e falta de crescimento da ―igreja única‖ como se o Criador se comprazesse em que seu povo estivesse colocado no mundo como calda e não como cabeça. Isso o conduziu a um impasse. Ele estava fortemente inclinado a crer que a ―Igreja de Jesus‖ nunca caíra, e que essa Igreja era a que adotara o nome de Igreja de Deus of Sevent Day, a qual se filiara. Mas também era um homem pragmático e empreendedor. Se a mensagem que pregavam não era capaz de ultrapassar as fronteiras do Missouri, não se mostrara potente para incendiar a América, não chegaria às nações e jamais abalaria o mundo como esperavam. Armstrong concluiu que nessa situação sua posição de igreja única e protegida pelo Eterno se tornaria indefensável. Ele não podia deixar de se impressionar com o rápido crescimento de sua mais importante concorrente na proclamação da guarda do Shabat, a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Como poderia ele alegar que procede de um povo com linhagem e ao mesmo tempo descaracterizado de sete oitavos dos dias sagrados dados por Elohim a seu povo? Afinal a Igreja de Deus violava sistematicamente 7 mandamentos perpétuos. Ele se valeu do esforço desesperado dos dirigentes da Igreja de Deus para justificar sua debilidade e sua incapacidade de crescer. Haviam recorrido à mensagem as sete kehilot da Ásia e supunham que aquelas mensagens descrevessem sete eras da igreja. Essa interpretação permitia justificar o fato de que por 400 anos houvesse tão poucos observadores do shabat que não eram capazes sequer de estabelecer congregações. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br Volume I – O Israelis mo Britânico 88 ―Os sete períodos da Igreja - A igreja tinha nesse momento passado por cinco períodos, Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, e Sardes, e apenas dois permaneceram em frente... A história dos primeiros tempos da Igreja na América Latina, de cerca de 1620-1789 é coberto pela última parte do período de Sardes. A palavra "Sardes" significa ―o que escapou‖, e a eles é dada a mensagem como "Tu tens alguns nomes, mesmo em Sardes que não contaminaram as suas vestes, e andarão comigo em branco, pois eles são dignos" (Ap. 3:4). Este versículo mostra como a verdadeira igreja seria reduzida pela perseguição em um pequeno fragmento "(Dugger AN, Dodd Co. A History of A True Church Traced From 33 A.D. to Date, A História da Verdadeira Religião Traçada 33 A.D. Até o Presente ed. Johnson Graphics, Decauter (MI), reimpresso em 1995, pp. 250-251).i A posição de Andrew N. Dugger (1886-1975) e Clarence Orvil Dodd (1899-1955) era a única capaz de explicar como a Igreja Batista do Sétimo Dia possuía milhares de membros e a Igreja Adventista do Sétimo Dia milhares de igrejas, enquanto ―Igreja Verdadeira‖ não passava de um punhado de grupos divididos, e sem autoridade. Gente incapaz de converter a quem quer que fosse. Uma igreja familiar que pouco fizera apesar de mais de meio século de trabalho e da pretensão de existir a exatos 1900 anos. Bom, mas ele estava convencido de que havia uma solução lógica para essa falta de crescimento. A igreja estava em Sardes, e era verdadeira entre outras coisas por ser pequena, mas ele reparou que depois de Sardes havia Filadélfia, que em grego significa fraternidade, amor. Em sua autobiografia2, Armstrong recorda haver pedido que a Sra. Runcorn, considerada por sua esposa como uma mãe espiritual lhe indicasse uma única pessoa trazida de fora para a igreja por algum ministro de Stamberry, no Missouri, sede da desorganização chamada ―Igreja de Deus do Sétimo Dia.‖ 2 A auto bigrafia de Hebert Armstrong em dois volumes pode ser localizada na internet. Volume I http://www.herbert-armstrong.org/Miscellaneous/Autobiography%20of%20HWA%20vol%20I%20%28text%29.pdf Volume II http://www.herbert- http://www.herbertarmstrong.org/Miscellaneous/Autobiography%20of%20HWA%20vol%20II%20%28text%29.pdf Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 89 Volume I – O Israelis mo Britânico Mas para sua decepção a Sra. Runcorn não conhecia. Ele estava chocado. A Igreja de Deus, a única igreja da face da terra, aquela que atravessara os séculos só existia nos Estados Unidos e em nenhum outro lugar. Como poderia ser a única igreja de Yeshua quando este havia dito que seus talmidim lhe seriam por discípulos até os confins da terra? Afinal a Igreja Adventista do Sétimo Dia não só estava viva, mas passava muito bem e vivera uma experiência de crescimento constante durante os últimos 70 anos. Armstrong não podia deixar de ignorar que a outra igreja sabatista, a Igreja Adventista do Sétimo Dia avançara largamente por todos os continentes, mas especialmente na América do Norte, pelo que a estagnação do grupo não podia se atribuída à pregação do shabat ou da não imortalidade da alma. Parecia-lhe claro que os problemas da Igreja de Deus do Sétimo Dia fundada em 1860 por Gilbert Cranmer (1814-1903), que aceitara o movimento milerita em 1842 e se separara dos adventistas do Sétimo Dia em 1860, por discordar da influência da Sra. White no movimento era de natureza diferente. Era necessário explicar por que o grupo de Crammer não avançara. Os adventistas do sétimo dia estavam ganhando milhares de membros por ano, avançando de cidade em cidade, não só na América, mas nos cinco continentes. Centenas de milhares de cristãos diziam orgulhosamente: ―Somos adventistas do sétimo dia, pertencemos à Igreja Remanescente, somos uma igreja profetizada e estamos pregando a verdade e preparando um povo para a volta do Senhor‖. Esse crescimento estava sendo apresentado aos desalentados e isolados membros da Igreja de Deus do Sétimo Dia como ―prova‖ de que os adventistas tinham sido erguidos pelo Criador para restaurar o shabat e estavam certos na escolha de seu nome, ―adventistas do sétimo dia‖, e na adoção dos pontos de fé que sustentavam. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 90 Volume I – O Israelis mo Britânico Consideravam-se um povo abençoado e próspero, dono de uma estrutura que incluía muito mais do que editoras espalhadas pelos cinco continentes, mas também escolas, universidades, hospitais e fábricas alimentícias. Uma estrutura com a qual a Igreja de Deus mal podia sonhar. Nos raros confrontos com a minguada Igreja de Deus do Sétimo Dia, a Igreja Adventista apontava a falta de crescimento de sua rival como evidência de seu abandono por Adonay. A final não era um insignificante grupo americano restrito ao Missouri, mas uma igreja mundial, que enriquecia a cada ano. Isso perturbava o jovem Armstrong que em 1928, embora recém chegado à Igreja de Deus do Sétimo Dia, devido à sua experiência com publicações escrevia no jornal da igreja: ―Tem essa mensagem, até agora, saído com o poder, com ousadia, e os resultados convertem...?... Não pode ser porque Deus não está fazendo sua parte... Gente, vamos voltar à vida! Vamos acordar desse estado de coma. Vamos arrancar da inércia que nos prende ... Talvez precisemos de mais energia! (Hebert Armstrong, Será que Detemos o Poder de Levar a Mensagem do Terceiro Anjo? A Bíblica Advocate, O advogado Bíblia, LXII, 41, 16 de outubro de 1928, pp. 431-434). Este era um momento crucial. Armstrong ainda estava fascinado pelo conto de fadas de que a Igreja de Deus tinha sido organizada no ano 31 por Yeshua, ou Jesus como eles chamavam. Contudo, perturbava-o fato de que nem a garantida de ampla liberdade de expressão e culto da América permitiram o crescimento da sua organização. Não era difícil constatar que em 60 anos de atividade a IASD de James e Ellen White e Uriah Smith crescera 62 vezes, passando de 4,000 para 250,000 membros enquan-to a IDSD crescera apenas 6 vezes, passando de 300 para 1800 e além disso estava profundamente dividida quanto ao trabalho. Armstrong poderia ter varrido para o lixo toda aquela fantasia de igreja única, autoridade inquestionável de seus ministros e sucessão apostólica que tinha que se apropriar de uma história que não era deles, mas de grupos protestantes para ―provar‖ sua linhagem apostólica ininterrupta. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 91 Volume I – O Israelis mo Britânico Mas ele preferiu salvar a fé na organização justificando suas fraquezas e assim estimulando o povo a arregaçar as mangas e ir à luta para fazer discípulos. Nesse sentido se revelaria um líder carismático e um discipulador eficiente. Estava para produzir um milagre. Fazer com que um movimento moribundo e pobre se tornasse vivo, rico e influente. O Anjo Morto de Sardes Salva a Fé de Armstrong Armstrong Optou por colocar remendos novos em panos velhos explorando a lenda de que a igreja era uma organização e que jamais poderia ter perdido sua autoridade, apesar de ter perdido sua energia, auto confiança e vida espiritual. Para explicar isso Armstrong se voltara para a história das sete kehilot da Ásia, e mais especificamente para Sardes, na Turquia, onde outrora florescera uma importante comunidade judaica e uma imponente sinagoga. Por certo, sendo um local que abrigava tantos judeus, até que a Sinagoga foi destruída pelos persas sassanidas em 616 a mensagem dirigida ao anjo que governava Sardes tem um valor ainda não estimado. A mensagem a sardes, a quinta kehilot da Ásia denunciava uma situação alarmante por parte de seu guia, ele se declarava cheio de vida espiritual quando na realidade estava morto. ―E ao anjo da igreja que está em Sardes escreve: Isto diz o que tem os sete espíritos de Elohim, e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives, e estás morto.‖ Revelação 3:1. Estudando essa sequencia, tal como outros tinham feito antes dele, Armstrong concluiu que a direção da Igreja de Deus do Sétimo Dia estava certa em se apresentar como a única igreja, mas seu estado espiritual era o de Sardes, tinha nome de que estava viva, mas estava morta. Não demorou em começar a ensinar que eles precisavam rapidamente encontrar uma porta de saída que os levasse a uma situação melhor. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 92 Volume I – O Israelis mo Britânico Ele se apercebeu que havia uma severa advertência contra Sardes, a advertência de que ela seria visitada como uma casa por um ladrão, numa hora inesperada, o que historicamente bem pode ser a invasão sassanida do ano 616 com a destruição da comunidade judaica ali presente. Mas também se apercebeu que na kehilah de Sardes havia pessoas honestas que estavam destinadas a um futuro promissor. ―Mas também tens em Sardes algumas pessoas que não contaminaram suas vestes, e comigo andarão de branco; porquanto são dignas disso. O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.‖ Apocalipse 3:4-5. Fazendo uma aplicação eclesiológica à sua organização, Armstrong concluiu que havia fiéis na IDSD prontos a andar de branco, a vencer e a deixar para trás sua direção agora morta. Desde a muito a IASD explicava as cartas as sete kehilot da Ásia desde uma perspectiva historicista que justificava as mudanças de estado espiritual e doutrinário desde o ―cristianismo apostólico até o movimento milerita apelidado de ―Clamor da Meia Noite,‖ quando a Igreja teria saído de Sardes para entrar em Filadélfia, a era do amor fraternal. Claro que isso trazia um problema. Filadelfia não era o último grupo. Havia ainda Laodicéia, o anjo morno, que bem poderia ser vomitado, isso é rejeitado. A Igreja Adventista esqueceu de fechar essa porta, e consequentemente enfrentaria na Primeira Guerra Mundial sua primeira dissidência séria e realmente efetiva, o Movimento de Reforma que alegava justamente isso. A IASD tinha sido vomitada e o Movimento de Reforma a substituíra. Bem a teologia da substituição é uma constante na cristandade, de forma que facilmente pode surtir efeito. Os católicos acreditam que a Igreja Católica substituiu a Igreja Judaica. Os reformadores acreditam que a Igreja Reformada substituiu a Católica. Os adventistas que eles substituíram os reformados. Por que os reformistas não os substituiriam também? Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 93 Volume I – O Israelis mo Britânico Bom, os adventistas ensinaram que Filadelfia abriu as portas do conhecimento. Armstrong usaria a mesma interpretação, mas daria a ela um colorido próprio segundo o qual, nunca houve mais que uma organização, uma igreja reconhecida por Elohim, uma igreja que passaria por sete eras e que morrera em Sardes para ressuscitar em Filadélfia. Ele, precisamente ele seria o apóstolo, o Elias, o homem a quem se daria a chave para guiar o pequeno rebanho da morte para a ressurreição do marasmo para a nova vida. Esse pensamento o dominava com tal força que em breve convenceria a muita gente. Os muitos erros doutrinários do movimento surgido com William Miller (1872-1949) que vão desde fantasias para marcar a data da volta do Messias como a guarda do domingo e o consumo de coisas imundas impediam-no de ver qualquer coisa de tão boa que pudesse ser considerado uma passagem de Sardes para Filadélfia. Para ele o adventismo não podia ser o que pretendia, não era uma igreja substituindo outra. Era uma nova igreja partida do meio de uma não igreja. Armstrong “Prova” que a Igreja Adventista não é a “Igreja de Deus” Armstrong não ignorava a força do adventismo sabatista, mas fazia questão de mostrar que o adventismo havia nascido entre dominguistas e não dentro da Igreja de Deus. Fundada a partir dos esforços de William Miller, os adventistas originais existem até ao dia de hoje, sob dois corpos diferentes. O maior é o Advent Crhistian Church (Igreja Cristã do Advento) que possui 293 congregações e 25,617 membros nos Estados Unidos e outros 25.000 ao redor do mundo, especialmente na África. O segundo, grupo, bem menor é o Primitive Advent Christian Church (Igreja Cristã Primitiva do Advento) que possui 10 congregações e 345 membros nos Estados Unidos. Foram estas igrejas, guardiãs do domingo, comedoras de suínos que deram origem ao adventismo do sétimo dia, eles não tinha uma ―Boa origem‖. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 94 Volume I – O Israelis mo Britânico E se isso não fosse pouco, o adventismo do sétimo dia justificava as loucuras de Miller em vez de reprová-las. Isso facilitou sua crítica. Armstrong não via nada de proveitoso naquele movimento, nada que pudesse ser elogiável. Aquilo era apenas sandice desatada pensava. ―Naquela época um indivíduo carente de inspiração divina chamado Guilherme Miller iniciou o movimento adventista em certas igrejas que observavam o domingo. Em 1843 vários dos seguidores de Miller residentes em Washington e New Hampshire, conheceram a verdade do sábado.‖ ―Apesar disso não foi senão após o lamentável desapontamento de 1844 que se fez saber ao corpo geral de adventistas a questão do sábado. Muito poucos aceitaram o sábado e logo se uniram com o pequeno corpo de irmãos e irmãs que restava da Igreja de Deus e que havia se recusado a filiar-se a Conferência Batista do Sétimo Dia. Os irmãos desta Conferência se auto-nomearam ―Igreja de Deus‖ e começaram a publicar a ―Revista Adventista‖ e o ―Arauto do Sábado.‖ Seu primeiro hinário foi dedicado à ―Igreja de Deus Dispersa.‖ (La Verdadera Historia de la Verdadera Iglesia, 21) Armstrong não podia ignorar a força avassaladora de uma mulher fantástica que já não vivia ao iniciar ele o seu ministério, mas cuja vida e obra tinham influenciado meio milhão de pessoas ao redor do mundo, pessoas que guardavam o shabat e se abstinham de comer bagre, porco ou camarão. Tratava-se de Ellen Gould White, (1827-1916) nascida em Gorhan no Maine e que se tornara a mais influente líder protestante do século XIX. Ele precisava dizer alguma coisa, pois essa mulher e sua organização, a Igreja Adventista do Sétimo Dia eram uma pedra em seu caminho. Então ele afasta qualquer hipótese de Ellen ter sido usada de forma especial pelo Criador, e é claro, a sua Igreja Adventista, considerada uma ramificação saída de igrejas caídas: ―Cada ano que passava a Sra. Elena G. de White ia introduzindo novas e diferentes doutrinas para poder explicar o fracasso adventista do dia 22 de outubro de 1844. ―A Igreja de Deus original, geralmente não seguia os ―testemunhos inspirados‖ da Sra. White.‖ (La Verdadera Historia de la Verdadera Iglesia, 22) Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 95 Volume I – O Israelis mo Britânico Armstrong aponta uma enorme diferença entre os adventistas do sétimo dia, que adotaram esse nome em 1860 e os membros da ―Verdadeira Igreja de Deus‖ que se recusaram a fundar uma ―nova organização.‖ Não lhe era difícil demonstrar que os adventistas recusaram o nome Igreja de Deus, a própria Sra. White o provava. "Me foi mostrado que quase todo o fanático que se tem erguido, que deseja ocultar seus sentimentos de possibilidade de desencaminhar a outros, reclama pertencer a Igreja de Deus. Tal nome despertaria suspeitas imediatamente; porque se emprega para ocultar os erros mais absurdos" (Origem e Progresso dos Adventistas do Sétimo Día, cap. XIX, pág. 227). Citado por Herbert Harmstrong em La Verdadera Historia de la Verdadera Iglesia, 22. Bem, não é que Ellen não tivesse razão. O nome Igreja de Deus (Igreja de Deus) nada representava, afinal todos, dos fanáticos aos bem intencionados sempre se apresentavam como Igreja de Deus. Acrescentar esse nome à sigla denominacional não iria mudar as coisas. Mas Armstrong soube disparar um tiro certeiro contra a Sra. White por conta dessa declaração. ―Presumivelmente o anterior faz do apóstolo Paulo um fanático, por que ele chamou a igreja de ―Igreja de Deus.‖ Na primavera de 1861 foi realizada uma outra conferência num esforço anti-bíblico por reorganizar congregações locais. Se recomendou para esta nova organização eclesiástica, o seguinte pacto: "Nós os que abaixo firmamos nos ASSOCIAMOS COMO UMA IGREJA, adotando o nome de Adventistas do Sétimo Dia. Uma vez mais os homens esqueceram que não podem se auto organizar dentro da Igreja de Deus. Só podem organizar-se por si mesmos fora da Igreja de Deus!‖ (La Verdadera Historia de la Verdadera Iglesia, 22) Ele argumentaria que o Criador nunca tivera outro povo além daquele que sempre se chamara Igreja de Deus. Aprendera isso muito bem com N. Dugger, o homem que pôs os crentes de Stanberry de volta à luta ao dar-lhes um instrumento de combate, a defesa do nome de sua instituição. Afinal a Bíblia inglesa menciona muitas vezes a expressão Church of God e nenhuma vez SEvent Day Adventist Church. Assim ele usaria isso de forma muito hábil sob a seguinte sequencia. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 96 Volume I – O Israelis mo Britânico 1) Atos 20:28. A admoestação aos anciãos é "pastorear A IGREJA DE DEUS". 2) I Coríntios 10:32. "No sejais tropeço nem a judeus, nem a gentios, nem à IGREJA DE DEUS". 3) I Coríntios 11:22. "... Ou desprezais a Igreja de Deus, e envergonhais aos que nada tem? 4) I Coríntios 15:9. Paulo escreveu: "Porque persegui a Igreja de Deus" 5) Gálatas 1:13. Este versículo repete ao anterior--"perseguia...a Igreja de Deus". Colocados esses e outros textos ele declara então: ―Os versículos anteriores comprovam o NOME da Igreja Verdadeira. As denominações que não levam este nome não poderiam ser a Igreja de Deus.‖ (La Verdadera Historia de la Verdadera Iglesia, 22) Para ele a Igreja Adventista do Sétimo Dia, a Igreja Batista do Sétimo Dia ou qualquer outro grupo com qualquer outro nome que não seja o de ―Igreja de Deus‖ não passa de uma organização humana e não reconhecida pelo Criador. Isso facilitava as coisas, pois assim podia simplesmente ignorar grupos sabatistas antigos como os Seventh Day Baptists (German) (Batistas do sétimo Dia Alemães) que fundaram a primeira congregação em Ephrata na Pensilvânia em 1764 e que contava 500 membros em 1935. Os batistas do Sétimo Dia tem a mais antiga igreja sabatista. De igual forma podia deixar de lado os sabatistas de fala inglesa da Seventh Day Baptist General Conference of A Unida States and Canada (Conferência Geral dos Batistas do Sétimo Dia dos Estados Unidos e do Canadá) e que contava com 6,751 membros em 1935. Isso apesar de terem se organizado em 1800, muito antes de qualquer Igreja de Deus e de terem iniciado sua história nos Estados Unidos em 1665, e que poderem apontar o local e o prédio onde seus membros construíram a primeira igreja em New Port, Rhod Island em 1729. Com essa invenção de que a Igreja de Deus atravessara os séculos, ele pretendia aniquilar no primeiro round qualquer adversário adventista que ousasse enfrentá-lo apenas com a Bíblia e sem o uso das complexas interpretações do milerismo com relação a 1844 e ao juízo investigativo. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 97 Volume I – O Israelis mo Britânico Nem mesmo a força incontestável dos 149,595 membros que a Igreja Adventista do Sétimo Dia tinha nos Estados Unidos em 1935, e que provavam que ninguém colecionava mais guardadores do sábado e abstêmios de carne de porco do que ela o assustavam. Ele cortara o debate pela raiz. Se uma organização não tinha nem mesmo o nome correto, se recusara a aceitá-lo é por que não era a Igreja de Deus em definitivo, mas uma organização humana, nascida da autoridade humana. A Concorrência Com Outras Churches of God (Igrejas de Deus) O problema da abordagem de Armstrong é que 1935 ao fundar a Radio Igreja de Deus havia outras 21 organizações nos EUA que se titulavam Igreja de Deus (Igreja de Deus) e outras 2 com outro nome igualmente bíblico Ihrejaof A Living Deus (Igreja do Deus Vivente). Isso apesar de que apenas 3 delas guardavam o shabat, 2 se absterem de porco e nenhuma delas celebrar as festas bíblicas. Em resumo, mais de 406 mil americanos se consideravam parte da Igreja Única e Verdadeira, a Igreja de Deus, pelos mais diversos motivos, mas apenas 1,5% deles, ou seja, pouco mais de 6 mil eram sabatistas. Pelo menos uma dessas organizações a Igreja de Deus General Conference Oregon, IL and Morrow, GA (Igreja de Deus Conferencia Geral Oregon Ilinois e Morrow na Gerórgia), com 10,000 membros a altura podia lhe trazer sérios problemas, pois além do pomposo nome Igreja de Deus organizara sua primeira conferência em 1828, bem antes do surgimento das primeiras igrejas de Deus sabatistas. Fazia muito que a Igreja de Deus do Sétimo Dia negava categoricamente o óbvio, que era uma ramificação não trintariana da Igreja Batista do sétimo Dia. Passar por uma ramificação sabatista de uma Igreja de Deus dominical era ainda pior, pois o colocaria o nível de sua rival a Igreja Adventista. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 98 Volume I – O Israelis mo Britânico Armstrong fecha habilmente essa porta. Recorre a outro expediente, não basta conhecer o nome da verdadeira igreja, é preciso ter a verdade caracterizadora da verdadeira igreja, caso contrário será apenas uma dissidência qualquer. Então ele arremata dizendo que havia uma única igreja verdadeira. Ele apenas virara o exclusivismo adventista ao avesso. ―E de todas as igrejas que levam o nome somente uma pode ser a verdadeira igreja de Deus – a que OBEDECE TODOS OS MANDAMENTOS DE DEUS e Mantém a fé dada uma vez para sempre— a que acredita na verdade. Todas as demais são impostoras, mesmo que talvez tenham conhecimento sobre o verdadeiro NOME da Igreja de Deus.‖ (La Verdadera Historia de la Verdadera Iglesia, 22) O problema é que seu próprio grupo era uma dissidência de duas organizações sabatistas com as quais trabalhara, a Igreja de Deus do Sétimo Dia de Stanberry, Missouri da qual se retirara por volta de 1933 e a Igreja de Deus do Sétimo Dia de Salem na Virgínia que acabaria por abandoná-lo passado apenas um ano. A Igreja de Deus de Stamberry rejeitara o que ele considerava a restauração do sistema legítimo de governo, a de Salem as festas perpétuas de Adonay cuja vigência e obrigatoriedade pareciam mais que claras a ele pela Palavra. Como poderia ele sustentar a tese da igreja única tendo sido banido de uma dissidência da mesma organização e justamente por que esta decidira a não dar mais passos em direção à verdade e restauração do verdadeiro culto? Simples! Filosofa ele. As verdades que lhe foram reveladas eram demasiado claras. Quem o seguiu entrou na Era de Filadelfia, quem o rejeitou estava em Laodicéia e foi vomitado. Ele podia agora usar o nome Igreja de Deus com a certeza de que sua organização e nenhuma outra tinha a autoridade para o fazer. Os dirigentes de Stamberry e de Salem tinham rejeitado a verdade, a autoridade lhes tinha sido revogada, o castiçal tinha sido removido. Ele não fundara uma nova igreja. Apenas se apoderara do castiçal da verdade. Ele pensava ter o nome e a doutrina da verdadeira igreja. Numa época em que o movimento de restauração era embrionário sua tese funcionaria. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 99 Volume I – O Israelis mo Britânico O Verdadeiro Nome do Povo de Elohim Hebert Armstrong, Pai da Igreja de Deus Universal, como tantros outros grupos, ao enfatizar que o nome do povo santo só pod ser um ignorou que a kahal ou Igreja tinha um nome, e que esse nome não era nem mesmo Kehilah Elohim, quanto mais Eklesia ton Teon, Church of God, Gemeinde Gottes, Iglesia de Dios ou Igreja de Deus, pois se eklesia é uma palavra gentílica, Theos e suas traduções Got, Deus, Diu, Dio, Dios ou Deus são termos pagãos, nome de ídolos e seres mitológicos indo-europeus que jamais serviriam de sinal e identificação de seu povo como instituição. Tinha se deixado guiar por Dugger mais do que deveria. Tivesse ele investigado as Escrituras por si só, e se desprendido do desejo de defender o indefensável, ou seja, que uma organização repleta de erros doutrinários, alguns dos quais ele se empenharia por corrigir fosse o povo que atravessou os séculos com inquestionável autoridade apostólica. Um pouco mais de estudo, e tivesse ouvido melhor a Clarence Orvil Dodd (1899-1955), o pai do movimento do nome sagrado nos Estados Unidos, também ele saído da Igreja de Deus do Sétimo Dia, e teria descoberto que nomes pagãos jamais teriam identificado a verdadeira Kahal Elohim (Igreja de Elohim) e que a restauração exigia um passo a mais. Ele teria sabido que esse povo tem um nome, e não um mero adjetivo, e que esse nome é Israel como as Escrituras revelam de maneira incontestável em dezenas de versículos tanto do Tanach como da Brit Chadashá (Novo testamento) com os exemplos a seguir demonstram. ― Kafer La amechá Yisrael (sê propício ao teu povo Israel), que tu, ó YHWH, resgataste, e não ponhas o sangue inocente no meio do teu povo Israel. E aquele sangue lhes será expiado.‖ Devarim/Dt 21:8 ― Vatekonan lechá et amechá Yisrael lechá le`am ad olam (e confirmaste a teu povo Israel por teu povo para sempre), e tu, YHWH, te fizeste o seu Elohim.‖ Shmuel Beit/2Sm 7:24. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 100 Volume I – O Israelis mo Britânico Sim é verdade que quando o gentio se volta para o Criador é tratado como filho do Eterno e recebe as bênçãos que solicita como ocorre com Israel. Mas mesmo assim, se estabelece a diferença entre o estrangeiro ou prosélito que não é de Israel, o povo de Elohim. ― Ve`Gam el há`nakeriy asher lo me`amechá Yisrael hu (E também ouve ao estrangeiro, que não for do teu povo Israel), quando vier de terras remotas, por amor do teu nome. Melachim Alef/1Rs 8:41. É igualmente verdade que Yeshua derrubou a parede de separação feita pelos rabinos entre Israel e os gentos, e fez de ambos um só povo, já que desde os tempos de Moshe o goy foi sempre bem vindo à santidade da Torah, ao shabat e à aliança. Mas mesmo assim é preciso que se entenda que o gentio é iluminado por ele, mas o povo de Elohim, que é Israel é por ele glorificado, pois Yeshua foi enviado para ser: ―Luz para iluminar as nações, E para glória de teu povo Israel.‖ Lucas 2:32 Não ignoramos que existe uma situação em que o gentio se torna parte integral de Israel como se tivesse nascido israelita. Mas isso só ocorre quando ele faz conversão ao Elohim de Israel para viver como parte desse povo estando disposto a andar nos seus caminhos. Quando isso ocorre pode ele dizer como Ruth, a moabita: " Não me instes para que te abandone, e deixe de seguir-te; porque aonde quer que tu fores irei eu, e onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Elohim é o meu Elohim." (Ruth 1:16) Sim, um não judeu tem o direito de se tornar israelita. Infelizmente não foi essa a bandeira que Armstrong ergueu. Embora tenha feito o resgate da identidade perdida do Israel angloamericano, ele preferiu erguer o estandarte de uma organização decrépita e desvalida em vez de a bandeira do povo de Israel salvo pelo sacrifício de Maschiach. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 101 Volume I – O Israelis mo Britânico Logo, faltou-lhe trazer a verdadeira identidade do povo eleito que não é a de Igreja de Deus (Igreja de Deus), mas a de Am Yisrael (povo de Israel), o povo que se chama pelo nome do Eterno. Tivesse feito isso teria dado um passo muito maior, muito mais seguro e muito mais beneficiador em favor da reunião dos dispersos, pois não teria havido espaço para o orgulho e arrogância do exclusivismo que na terceira década do século passado erguia duas bandeiras distintas, onde mal havia espaço para uma. As Divisões da Church of God (Igreja de Deus) Não bastasse o exclusivismo da Igreja Adventista do sétimo dia da profetisa Ellen White, o da Igreja de Deus dos Santos em Cristo do profeta Wiiliam Cowdry, a Igreja de Deus do Sétimo Dia, débil como era e com umas poucas congregações ligadas à Conferência Geral de Stamberri organizada em 1899 se dividiria em 1933. Metade das congregações optou por estabelecer um governo de doze apóstolos assessorados por outros 70 e estabelecer sua sede em Salem na Virgínia. A igreja única, que contava com pouco mais de 3.000 observadores do sábado possuía agora 2 corpos e duas cabeças. Isso sem contar as congregações que optaram por uma completa independência imitando o sistema batista de governo. Armstrong fechou com os de Salem. Armstrong esperava que um grupo disposto a mudanças implementasse os câmbios necessárias a nova identidade filadelfiana que ele apaixonadamente estava a defender. Ele cria que isso faria a Igreja de Deus renascer e crescer. Convencido de que as festas bíblicas deviam ser restauradas, apesar de que a igreja ―com linhagem‖ as havia ―abandonado.‖ É claro que não há provas em favor da tese de que valdenses, albingenses, batistas do sétimo dia, cristãos do sétimo dia ou outros observassem festas bíblicas, pelo contrário há provas de que esse não era o caso. Isso depõe claramente contra a esdrúxula tese da linhagem apostólica desses grupos. Apesar disso o mito persiste. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 102 Volume I – O Israelis mo Britânico As Igrejas de Deus do Sétimo Dia, não eram apenas grupos desconexos com diferentes nomes e que não constituíam um corpo, eram também grupos que mal se aproximavam da Torah, à semelhança dos batistas e adventistas do sétimo dia. Na verdade a proposta de restauração das festas bíblicas era a proposta de Armstrong para levar a igreja de volta par ao judaísmo e não a um pretenso passado que existia apenas na mente fantasiosa de Dugger. Armstrong, que em 1934 aceitara o posto de um dos 70 anciões da Igreja de Deus de Salem, levou a proposta de que elas fossem praticadas. A proposta teve eco em algumas localidades. John Kiesz (1903-1996) registra estas celebrações entre 1934 e 1935. Mas para nova decepção de Armstrong a aceitação não foi geral. Pelo contrário, a maioria da igreja em concílio decidiria mais tarde contra tais celebrações. Armstrong não suportaria isso. Armstrong Abre a “Única Porta” Yeshua disse: "Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens." (Yochanan/Jo 10:9) Em todos os tempos, e em todos os lugares houve uma única porta pela qual os homens podiam se aproximar de Elohim, os méritos de Maschiach e isso jamais dependeu de estruturas humanas. Armstrong contudo, aprendera de Dugger que o povo de Elohim era uma organização, não uma nação. Nem sua adesão ao israelismo britânico que pressupõe que esse povo estava nos países anglicanos o livrou dessa incomoda carga. Armstrong passaria o resto da vida apontando para sua igreja como uma espécie de porta para a vitória, e por conseguinte para a salvação, o que sem dúvida alguma veio a se constituir o elemento mais objetável de sua obra. Convencido de que tinha sido ungido pela única ―Igreja de Deus‖ com poder para ordenar ministros, sem os quais nenhum serviço seria válido, passou a pregar que tinha não só a chave do (conhecimento), mas também a autoridade da legítima unção, do poder de batizar salvadoramente e todas estas teses esdrúxulas. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 103 Volume I – O Israelis mo Britânico A Igreja de Deus do Sétimo Dia jamais conseguira recuar na história além de 1850, e quando o fazia apropriava-se da história da Igreja Batista do Sétimo Dia, dizia que era sua própria história e contra as evidências que os batistas aprenderam com eles. Num mundo de novas organizações sabatistas dominadas por profetas, Armstrong privilegiou uma suposta sucessão apostólica neoprotestante, que pela sua própria natureza de igreja moderna nunca foi provada e jamais o será. Isso é lamentável, pois ele tinha elementos muito mais importantes como a restauração da fé apostólica para pregar. Mas se o papa, com tantas e horrorosas mentiras apregoadas pela sua igreja se apresenta com as chaves do reino, por que não Armstrong? Essa chave abriria a porta para que os crentes mortos de Sardes (Igreja de Deus do Sétimo Dia) ligados a Stamberry ou a Salem ressuscitassem para a nova vida em Filadélfia. Competiria de igual para igual com outros grupos exclusivistas, e mais do que isso, poderia se assegurar que as pessoas permanecessem ligadas a seu grupo. Em certo sentido ele fez com suas ovelhas como Roma faz com as dela prendendo as almas a ela por ser a única igreja construída supostamente sobre a tumba de Kefa o apostolo conhecido por Pedro. Assim, Armstrong passou a pregar que quem o seguisse como apóstolo da última era seria participante dessa ressurreição e provaria as delícias da última era da igreja. Em nome da autoridade da igreja que o ungiu ele se insurgiria contra ela alegando que não podia mais ser governado por mortos e que deixaria tanto os féretros de Salem na Virgínia como os cadáveres de Stamberry no Missouri. Não se pode negar que Armstrong descobrira grandes verdades, que estava restaurando coisas indispensáveis para qualquer grupo que desejasse pelo menos se considerar sucessor dos apóstolos quanto mais continuador de sua obra. Não resta dúvidas de que esteve mais perto da verdade de que seus antecessores, que ultrapassara em muito o ponto de luz a que a Sra. White chegara e deixara o adventismo estancado sem poder dar um passo além do que ela mesma supôs ser correto. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 104 Volume I – O Israelis mo Britânico Mas ao propor que aquelas igrejas separadas ou em conjunto tivessem qualquer tipo de sucessão ele ultrapassou os limites do bom censo. A única sucessão apostólica, que apesar de fraudulenta, está esquentada por ―provas‖ é a da Igreja Católica Apostólica Romana que recua de Bento XVII supostamente o 266° Papa até Kefa, o judeu que chamam de São Pedro e a quem arbitrariamente denominam Papa. Um católico tem mais motivos para acreditar na lenda da sucessão apostólica, pois lhe é apresentada uma lista que recua até Pedro do que um membro da Igreja de Deus que crê nisso somente por fé. Quanto ao católico ele só se desprende dessa tolice quando descobre biblicamente que o primeiro líder da kehila de Yeshua foi Moshe quando sua kahal (igreja) ainda estava no deserto. Quando se apercebe que quando Yeshua ascendeu a liderança não foi confiada a Kefa (chamado Shimon), mas a Yakov há Tsadik (Tiago o Justo). Além disso o católico descobre, (vide Atos 15) que jamais houve supremacia dos zakenim (Bispos) de Roma, já que a sede espiritual do movimento nazareno foi a cidade santa de Yerushalaim, e não a ímpia cidade de Roma. Já um membro de qualquer das igrejas de Deus exclusivistas, e hoje são dezenas delas, não tem motivo algum para acreditar no conto de fadas da sucessão apostólica. Basta que ele peça ao MINISTRO que o vai imergir ou consagrar que trace o caminho de seu apostolado para descobrir que no máximo ele sabe quem ungiu aquele que o sagrou. Nenhum deles consegue recuar mais do que 150 anos, e isso para ser muito otimista. Mas infelizmente Armstrong usou a verdade a seu favor, para a glória de seu nome, mais do que devia, e não quero dizer que ele buscou apenas a sua glória, quero dizer que enquanto exaltava a Adonay e a sua Torah e ele o fez como apóstolo e como profeta, como uma espécie de papa sabatista, talvez ainda mais vaidoso do que a Sra. White a quem ele quis evitar, e com razão, mas não como servo dos servos. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 105 Volume I – O Israelis mo Britânico ―Eu estava com comunhão, trabalhando com a última parte da era de Sardes, conforme descrito nas próprias palavras de Cristo em Apocalipse 3:1-5. O tempo tinha chegado para a era da Filadélfia começar. Ela começou uma semana mais tarde, com o término das reuniões em Firbutte, e o estabelecimento de uma nova Igreja local de Deus começando com 19 membros! Chegara a era da Filadélfia que Cristo disse que iria abrir as portas e que o seu Evangelho estaria no mundo inteiro, em todas as nações, e em poder. Isso não poderia ter começado, enquanto eu estava sendo utilizado por homens, governado por homens, e sem a liberdade de servir a Deus plenamente, em seu caminho!‖ (Herbert Armstrong, Autobiografia, pág. 450). ii Adotara o princípio batista congregacional que lhe permitia sentir-se ao mesmo tempo uma parte da igreja única e dela separado por um corpo ministerial Independente. Esse expediente em breve seria provado. As pessoas teriam de acreditar que ele separado estava unido à igreja. Como a Igreja de Roma ele alegava estar operando sob uma sucessão ininterrupta de bispos e papas, e em base da autoridade que lhe conferia tal organização ele conduziria sua pequena congregação, da morte laodiceana para a gloriosa ―Era de Filadélfia.‖ O curioso é que apesar de estar literalmente instituindo uma nova organização ele não se sentia separado da Igreja de Deus ―fundada por Yeshua‖. ―Durante o mês e os anos seguintes, Armstrong começou a ter uma opinião sincera sobre o seu entendimento do British Israelism (isralismo Britânico) e das festas hebraicas. Os irmãos o encorajaram a apresentar sua opinião sobre estes assuntos como um todo ao órgão ministerial, em vez de continuar a pregar e a promover com mais força a sua posição pessoal. Foi em Detroit, Michigan, que o material do Sr. Armstrong sobre os festivais hebraicos foi apresentado. O órgão ministerial, deu tratamento completo para as exposições do Sr. Armstrong e uma maioria rejeitou a doutrina como não bíblica. Mas o Sr. Armstrong foi mais insistente e continuou a apresentar os seus pontos de vista de uma forma antagônica. Assim, em 1938 a organização da Salem revogou as credenciais de Armstrong. Registros oficiais mostram que a disputa doutrinária foi a razão para o despedimento‖ (Bíblica Advocate Press, citado em Transformado pela Verdade, Capítulo 12). iii Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 106 Volume I – O Israelis mo Britânico Armstrong estava estupefato! A verdade das festas bíblicas foi rejeitada por aquela que se titulava arrogantemente a Igreja de Deus, a única Igreja Verdadeira, a única com linhagem, a única cujo batismo salva, a única que representava Israel e a única que jamais havia perdido seu brilho e sua doutrina recebida pura das mãos do Senhor. Havia duas soluções possíveis. Ou a conclusão de que a organização nunca fora a Kehilah de Elohim, e por isso rejeitara uma verdade que a ele se afigurava tão clara, ou essa igreja era o que pretendia, mas se encontrava em cegueira ou não era nada. Armstrong passou a ensinar que ela era, mas que a igreja tinha sete fazes, e que ela ainda não se apercebera da abertura de uma nova porta, a porta de Sardes para Filadélfia que a reconduziria de volta ao primeiro amor experimentado nos dias dos apóstolos. Ora, se a Igreja de Deus do Sétimo Dia não fosse o que pretendia, Armstrong teria de se apresentar com o mesmo argumento adventista, o de que sua missão profética era restaurar a identidade da igreja e não a de melhorar sua condição. Mas para tal Armstrong teria de se apresentar não como um restaurador, mas como o fundador de uma igreja, o que desagradaria o grupo onde encontrara as bases para lançar seu movimento triunfalista e arrogante. Decidiu manter a tese de Dodd e Dugger de que a Igreja atravessou os séculos e as portas do inferno jamais prevaleceram contra ela, avançando a partir da própria Igreja de Deus do Sétimo Dia e e enfrentando com autoridade não só a já poderosa Igreja Adventista do Sétimo Dia, que então contava com centenas de milhares de membros, mas também os demais cristãos que seriam tratados como ramos ou galhos desviados do verdadeiro cristianismo primitivo cuja chave de volta a ele lhe havia sido confiada. Resolveu ensinar que a Igreja de Deus do Sétimo Dia, sendo verdadeira passou-lhe a autoridade espiritual enquanto o por sua cegueira não se apercebera que o castiçal tinha sido removido. A partir dali ele afirmaria que sua missão pessoal como apóstolo do tempo do fim era devolver a ela suas vestes primitivas e a sua autoridade inquestionável. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 107 Volume I – O Israelis mo Britânico Foi assim que ele se apresentou como o apóstolo da última era, como o Elias dos últimos tempos. Apregoou com sucesso a seus combalidos irmãos que começava uma nova era para essa igreja que saía da morte em Sardes para a vida e o amor em Filadélfia. Apostaria todas as cartas em sua interpretação das sete eras. O tempo mostraria que ele ganharia esse jogo de virada. Nasce a “Igreja de Deus da Radio” Retornando um pouco no tempo, ao ano 1933, cinco anos antes dele ter sido rejeitado pela Igreja de Deus de Salem, tanto por causa das festas como por causa do israelismo britânico, é preciso que se diga que se por um lado as convicções de Armstrong estavam em alta e ele sentia firmemente que tinha uma mensagem para alimentar ―o pequeno rebanho‖, e para ergue-lo de sua morte espiritual, sua condição financeira era desastrosa. Ele havia falido, e assim faltavam-lhe os meios para proclamar o que descobrira. Armstrong precisava de um milagre que a Era do Rádio viria a proporcionar numa época em que a televisão embrionava e o rádio competia com a imprensa e se tornava o mais novo e empolgante instrumento formador de opinião. No fim daquele ano o proprietário de uma pequena rádio ofereceu a vários ministros um espaço de 15 minutos para testar a audiência que cada um teria. Armstrong acumulara experiência na publicidade e na imprensa escrita, e talvez nem ele esperasse êxito falando ao vivo. Mas a reação do público a sua mensagem foi muito positiva. Logo o proprietário o convidava para dirigir seu próprio programa que estreou no primeiro domingo de 1934. O homem que havia ficado órfão de sua igreja, e que havia se juntado a uma dissidência da igreja de Deus que também não vingaria terminou ficando só na Igreja de Deus da Rádio, que patrocinou o programa ―World Tumorrow‖ (Mundo de Amanhã) estreiado por ele. Armstrong soube aproveitar bem a era do rádio. Mais tarde iniciou as transmissões numa super rádio para a época. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 108 Volume I – O Israelis mo Britânico Era uma estação com 50 mil Watts de potência capaz de cobrir a maior parte da América. Muito em breve a Igreja de Deus da Rádio compraria espaço nas mais poderosas emissoras de ondas curtas do mundo e faria sua mensagem chegar aos cinco continentes. O grupo que nascera num programa radial de domingo viária a dar o mais ousado dos passos em 1950. Armstrong não seria apenas uma voz, a Igreja de Deus da Rádio, mas também uma imagem em movimento, um movimento que chegaria a milhões de lares americanos. A organização agora era também a Igreja de Deus da Televisão, com programas transmitidos regularmente pela ABC Television Network. Um programa em preto e branco, mas um grande passo. Era a Igreja de Deus da Revista ―Pura Verdade‖, e mais do que isso, havia ganhado o mundo, fundando congregações nos cinco continentes. A Igreja se expandiu, e os programas radiais eram transmitidos de várias partes e incluíam Russo, Francês, Espanhol, Italiano e Alemão. Através da voz Richard David Armstrong, a Igreja de Deus da Rádio estava ganhando o coração da Europa e da América espanhola também. Ele mesmo conta essa experiência. ―Em janeiro de 1958, o programa ―Mundo de Amanhã‖ estava sendo transmitido a todos os continentes, habitados na Terra. Estávamos usando mais e quatro milhões de watts de potência de rádio por semana. Estávamos transmitindo a partir de Okinawa, Moçambique, República da África do Sul, Índia, Birmânia e Índias Orientais, e para o Leste da África pela superpotência de três frequencias da Rádio do Ceilão, além da Rádio Luxemburgo, a mais estação do mundo na Europa - e das Ilhas britânicas. Estas estações eram muito poderosos - chegando até 2.000 milhas (3200 quilometros) e abrangendo grandes áreas. Com a nossa cobertura na América do Sul, fomos chegando às áreas que continhamcerca de metade da população do mundo inteiro.‖ (Autobiography of HERBERT W. ARMSTRONG, Vol II, Capitulo 70, Pág. 209. Mas 1958 não trouxe apenas êxitos a Armstrong. Um acidente de automóvel trouxe uma perda irreparável. David Armstrong, um de seus dois filhos e o mais destacado evangelista da organização morreu e Garner Ted teria de fazer o trabalho do irmão. As implicações dessa tragédia e da substituição do evangelista seriam sentidas por toda a organização. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 109 Volume I – O Israelis mo Britânico Mas a obra avançou e sua força cresceu. A verdade é que o programa radial, a revista a Pura Verdade e os demais órgãos de comunicação da organização eram muito onerosos, mas também resultavam em vultuosas ofertas. Estas provinham de membros da organização, de simpatizantes e ouvintes que escutavam a mensagem indo de carro para o trabalho, ou de caminhoneiros em viagem pelas auto estradas americanas. Não se pode negar aqui que ele era um homem de visão. Ele não era apenas um evangelista, mas também um empreendedor. A organização gastava muito em semear, mas recebia ainda mais, o que permitia lançar empreendimentos educacionais e de divulgação. Desde 1947 o Pasadena Campus formava jovens e dirigentes para atuar no mundo num trabalho paralelo aos êxitos alcançados pelo rádio, pela revista e logo também pela televisão. Outro passo ousado foi dado em 1960 quando Armstrong comprou a mansão de Bricket Wood, na Inglaterra a fim de promover a obra na Europa. O Campus operou de 1960 a 1974. Particularmente creio que o Eterno pôs sua mão nessa ação. Afinal, a Casa de Israel espalhada nos países anglo-saxônicos estava recuperando não apenas sua identidade, mas uma parte de suas liturgias e obrigações graças a ação do Pastor Geral, como era chamado. Isso permitiu a aquisição de edifícios como o de Bricket Wood, que era um dos três Campus do Colégio Embaixador. Nos Estados Unidos, um Campus foi estabelecido no Texas, o Ambassador College, em Big Sandy. O Campus aberto em 1964 esteve em atividades entre 1964 e 1977 quando encerrou suas atividades até ser reaberto em 1981 e fechado definitivamente em 1997, quando Armstrong já havia sido levado ao descanso. Os avanços foram tantos, e em tantos lugares que 52 anos depois de fundada a organização, o nome igreja de Deus da Radio já não fazia sentido. Armstrong escolheu um nome mais ousado que abrangesse o que ele entendia ser sua missão, uma missão universal. Em 1968, a organização adotou o nome de Igreja de Deus Universal. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 110 Volume I – O Israelis mo Britânico Os avanços prosseguiam e Armstrong queria dedicar-se mais a escrita e a administração. Dois anos depois entregou a direção da TV a seu filho Ted Gerner Armstrong. O evangelista, que já não era tão jovem, dispunha de força, experiência e dinamismo para projetar a imagem da organização. Poderia operar ainda por muitos anos, mas o faria por apenas oito anos. Ninguém sabe o que Mark Armstrong, o irmão morto em acidente teria feito, mas a obra de Ted se revelou tão gloriosa como infame, tão elevadora como abissal. Ciúmes dos homens em quem seu pai confiava como colaboradores mais íntimos associados a uma conduta moral reprovável que expunha as mais belas meninas vindas dos diferentes países para estudar no Ambassador Institut onde ele era reitor às suas cantadas e ao seu assédio obrigaram a IDU a afastá-lo e pai e filho brigaram para nunca mais se reconciliarem de forma definitiva. As Denúncias Contra Armstrong A partir daí a Igreja de Deus Universal estaria sob ataque. A conduta de Garner proporcionou munição para seus adversários e mais tarde o próprio Armstrong seria alvo de todo o tipo de denúncias. Seria acusado de incesto contra sua filha caçula Dorothy ao enriquecimento ilícito às expensas da vigorosa organização sabatista. De fato, a Igreja de Deus Universal começa a cair junto com Garner Ted Armstrong. As acusações foram tornadas públicas por David Robinson em seu livro ―Herbert Armstrong's Tangled Web‖ publicado em 1980 alegadamente com base em informações fornecidas pelo próprio Ted Gerner. Robinson um antiarmstronguista assumido afirma: "A verdade é que este homem é tão depravado, tão persistentemente mentiroso, tão mal que só pode ser um servo direto de Satanás, o diabo. Ele opera em nome de Deus para servir ao seu próprio mau, assim como ele tomou sua própria filha adolescente e abusou dela durante 10 anos, em nome de Deus! Muitos de seus ministros sabem disso e impedem que isso se diga. Ele trouxe vergonha em nome de Deus sobre as verdadeiras religiões. "- (David Robinson, Herbert Armstrong's Tangled Web) http://www.exitsupportnetwork.com/index.htm Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 111 Volume I – O Israelis mo Britânico A estas denúncias se juntariam acusações de desvio de verba do terceiro dízimo que por preceito bíblico e estatuto da organização era destinado aos mais pobres de seus membros. Armstrong foi acusado também de desviar cerca de 70 milhões de dólares da instituição, o que a colocou sob a mira e intervenção da justiça. Durante semanas Armstrong via investigadores governamentais que a mando de juízes vasculhavam cada documento, bloquearam cada conta da instituição, escutavam cada chamada telefônica. O pobre homem não pensara que viveria para na sua velhice ver a sua obra infamada por notícias nos jornais, na rádio e na televisão que tornavam sua Igreja de Deus Universal ainda mais famosa do que ele desejava. As investigações, porém nada puderam provar. Armstrong emergiu do abismo ainda mais forte. Era um herói, havia enfrentado os desmandos de uma justiça que ousara atropelar o direito à livre expressão religiosa. Seus adeptos confiaram mais nele ainda e uma chuva de dólares caia a cada dia nas contas da Igreja de Passadena. Por ocasião da sua morte as denúncias deixavam apenas um vácuo de dúvidas sobre os reais motivos de sua ação à frente de uma das organizações mais vigorosas que os Estados Unidos jamais conheceram. Até o Presidente dos Estados Unidos com quem ele se avistara mandou condolências. Instituições evangélicas, assombradas com o autoritarismo de um Estado democrático que se imiscuiu nos assuntos de uma igreja, mesmo não gostando dela saíram em defesa de Armstrong. Estava em causa a liberdade de culto tão prezada pelo povo americano. Sinceramente temo que Armstrong tenha sido alvo de calúnias motivadas por intrigas, ciúme, inveja e mesmo revolta provocada por seu próprio autoritarismo como ―último apóstolo‖ para essa era. Ademais sua defesa de Israel e das festas bíblicas pode ter motivado outros adversários tanto do povo eleito como da Torah a dar rédeas soltas às denúncias contra Armstrong. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 112 Volume I – O Israelis mo Britânico A verdade, porém, nunca se saberá até o dia do juízo. Além disso é preciso recordar que o Eterno abraça seus filhos apenas por graça e bondade e não por méritos próprios. Talvez Armstrong não tivesse uma noção clara disso, mas nós o temos. Somos conscientes de que a língua má é ainda mais pecaminosa se exercida contra quem já partiu e não pode se defender. Por isso não tomarei partido considerando-o homem de caráter ilibado ou um libertino profano. Deixo ao leitor a tarefa de julgá-lo se tiver instrumentos para isso. Mas seria incorreto falar de Armstrong e de seu conhecido sucesso sem tocar nesse ponto já que ele inunda a internet graças aos sites anti-IDU. Sabemos que pressionados pelas denúncias, adeptos de Armstrong procederam uma extensa investigação. Acredito que eles sinceramente estavam passando a vida de seu herói a limpo, a fim de estarem seguros de que podiam continuar apostando em sua imagem cercada de controvérsias. Na questão do suposto incesto de Armstrong contra sua filha Doroth o resultado foi o seguinte: ―Talvez eu deva mencionar que, desde que um aspecto dessas acusações é comumente atribuída a um comentário supostamente feito por Garner Ted Armstrong (GTA) filho de Herbert W. Armstrong 's sobre seu pai e um outro parente. Eu, pessoalmente liguei para o escritório de Garner Ted Armstrong em 12 de dezembro de 2002 para saber mais sobre essa acusação particular. Eu não pude falar diretamente com GTA, mas um funcionário-chave da Associação Evangelística Garner Ted Armstrong depois de discutir com ele me passou sua resposta que trouxe até mim. Através de seu porta-voz, GTA se recusou a comentar a não ser para passar a mensagem de que: "Tudo o que você realmente precisa saber sobre meu pai está contido em sua Autobiografia (de Herbert W. Armstrong)". Como GTA não iria se pronunciar sobre uma declaração atribuída a ele sobre este assunto? Assim como qualquer pessoa pode acreditar nisso? (A Journal: News of A Churches of Deus, February 28, 2003, pp. 6-7 sob o título "Consider candid responses to 15 accustations about Herbert W. Armstrong" http://www.cogwriter.com/hwaacc.htm) Sob a alegação de que Dibar Apartian (1916-1920), que fora assistente de Herbert Armstrong por 30 anos havia confirmado saber da denúncia de incesto contra o líder e que ela era procedente e conhecida nos altos círculos da IDU o relator declara: Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 113 Volume I – O Israelis mo Britânico ―Em dezembro de 2006, eu vi uma postagem num site anti-Igreja de Deus que afirmou que Dibar Apartian supostamente confirmou que ele se apercebeu que Herbert W. Armstrong era culpado de incesto. Em 3 de janeiro de 2007, falei com Dibar Apartian sobre isso. Ele sabia mais sobre a vida de Herbert W. Armstrong nos últimos 30 anos do que Herbert W. Armstrong sobre a sua vida. Dibar Apartian claramente negou a alegação de que alguma vez tenha dito que sentiu que Herbert W. Armstrong era culpado de incesto. Toda vez que eu fui às fontes alegadas para estas informações sobre este assunto de incesto, nenhuma dessas "fontes" que sustentavam as declarações que os críticos antiHerbert W. Armstrong apresentaram foram confirmadas. Eu gostaria de acrescentar que, naquela época Dibar Apartian era da idade de 88 anos e meio e ele me disse especificamente que deveria ficar claro para todos que ele não tinha nada a ganhar em negar isso. Dibar Apartian também me disse que ele nunca fez nenhuma vez qualquer declaração confirmando as alegadas faltas pessoais Herbert W. Armstrong e, especificamente, que ele nunca afirmou haver pensado que Herbert W. Armstrong era culpado de incesto.‖ (A Journal: News of A Churches of Deus, February 28, 2003, pp. 6-7 sob o título "Consider candid responses to 15 accustations about Herbert W. Armstrong" http://www.cogwriter.com/hwaacc.htm) Em resumo as denúncias nunca foram provadas. Doroth, a última dos filhos de Armstrong morreu em 2010 e jamais veio à público para confirmar as denúncias. O silêncio de Ted pode indicar que tudo não passou de lashon hará (língua má), e de instrumento de um homem magoado para atrair adeptos para seu novo grupo. A resposta dele de que tudo o que precisavam saber sobre seu pai estava escrito em sua autobiografia por outro lado pode ser o sinal de um filho desejoso de reabilitar a memória de seu pai de ataques contra os quais ele poderia tê-lo protegido em vida. Outros há que pensem justamente o contrário, que o silêncio de Garner aponta que aquilo pode mesmo ter acontecido. Por outro lado, as denúncias de que Armstrong aproveitava suas viagens missionárias para dar expansão a seus desejos libidionosos permanecem não provadas. Mesmo a acusação de Bernard Kelly's publicado em Bible Expositor newsletter of Oct. 19, 2001 de que em 1957 ele teria tentado sem sucesso recrutar Suzanne Black, uma jovem senhora para lhes prestar serviços sexuais parece não proceder. Dezoito anos depois das denúncias ela ainda era membro da IDU. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 114 Volume I – O Israelis mo Britânico Segundo seus críticos, enquanto se preparava para o encontro com chefes de Estado e de governo, como quando saudava a Primeira-Ministro de Israel Sra. Golda Meir, ou quando cumprimentava o Presidente Indiano V.V Giri e tinha de se hospedar em hotéis de luxo ele seduzia as belas jovens da organização que muitas vezes o acompanhavam como secretárias ou tradutoras. Estas denúncias, porém nunca foram provadas e parecem completamente destituídas de qualquer seriedade. Os que conviveram com o Pastor Geral dizem que ele era um homem sério e circunspeto, e que nunca viram em seu comportamento nada que abone tais acusações. Porque então incluí essas denúncias aqui? Por que acredito que é minha missão informar, deixando ao leitor que tome suas próprias conclusões. Se me proponho a escrever sobre alguém, preciso ampliar o leque e não me centrar apenas nos aspectos positivos. De minha parte, porém temo que isso seja apenas boataria insensata motivada pelo anti-sabatismo ou por ministros que se retiraram da organização magoados por questões pessoais e dispostos à vingança. Se eu estiver errado, que estes me perdoem. O Polêmico Casamento com uma Divorciada e o Descanso Final Viúvo desde 1968, Armstrong voltou a se casar em 1977, em meio à crise com seu filho Ted. A escolhida era Ramona Martin, 38 anos mais jovem. Essa paixão avassaladora do velho caudilho tinha posto a prova um de seus ensinamentos, a rejeição do recasamento a qualquer pessoa, e em qualquer circunstância que não fosse a morte do ex-conjuge, mas Ramona Martin era divorciada e seu marido vivia ainda. De acordo com as regras criadas pelo Pastor Geral ela não podia se casar com ninguém, muito menos com ele. Apesar do espanto de muitos e descontentamento de alguns, Armstrong casou-se em segundas núpcias com a jovem e bonita mulher e teve tempo de aprender que havia ensinado um erro. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 115 Volume I – O Israelis mo Britânico É bom que se diga que esse casamento com uma mulher completamente livre de seu esposo. Ademais essa mulher havia sido unida apenas pela lei dos homens, e não em nome e pela lei do Criador. Logo não era um pecado bíblico no sentido do termo, mas apenas um pecado armstronguiano. Afinal a Bíblia reconhece o direito de divórcio em algumas circunstâncias. A dureza do coração de homens e mulheres que decidem infelicitar, trair ou abandonar seus cônjuges pode não sacramentar o divórcio, e torná-lo um evento festivo, mas o justifica de acordo com a Torah. O Eterno se encarregara de provar ao próprio Pastor Geral a necessidade de mudança. Dali em diante a Igreja passou a assumir uma posição bem mais equilibrada sobre o assunto. Uma pena é saber que os que casaram antes tinham sido excluídos e famílias que chegaram recasadas à igreja tinham sido separadas por uma ação estúpida. Lamentavelmente seu casamento terminou em divórcio no ano 1982, um divórcio que lhe teria custado cerca de 5 milhões de dólares, já que Armstrong, segundo vários biógrafos era um homem rico na altura. Quatro anos mais tarde Herbert Armstrong passava para a eternidade. Fora chamado ao descanso aos 94 anos de idade. Fizera uma grande obra. Sobre ela falaremos nos próximos capítulos e estamos certos de que há muito a aprender com ele. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 116 Volume I – O Israelis mo Britânico IV - Garner Ted Armstrong Ancora da TV Universal Garner Ted Armstrong (1930-2003) foi um dos mais fascinantes personagens da IDU e do Armstronguismo. Garner conta que havia declarado a seu pai que não desejava ser ministro, ao que ele respondeu que justamente o seu desejo de não ser era a indicação de que ele estava pronto para o ministério. Assim, seu pai Herbert Armstrong o ungiu como ministro em 1955, aos 25 anos de idade. Ted logo se revelaria uma peça chave na divulgação da doutrina da organização. Já em 1957 seu pai começava a ser aliviado das suas responsabilidades radiais para se concentrar na administração da igreja que experimentava um crescimento espantoso. Garner Ted Armstrong assumiu o programa Word Tumorrow e fluente em espanhol abriu o El Mundo de Manãna (O mundo de Amanhã). Dois anos mais tarde a organização estava determinada a erguer a obra na Europa, e assim em 1959 Garner Ted e o pai viajam Dinamarca, Inglaterra, Itália e Mônaco. Dessa viagem resultou a aquisição do Bricket Wood, UK Campus nos arredores de Londres que muito contribuiu para o avanço do grupo na Europa, pois ali eram formados obreiros e obreiras entusiastas que depois retornavam a seus países de origem no velho mundo. Esse Campus operou entre 1964 e1974. Ainda em 1959 o jovem Armstrong se dirigiria a Austrália e Filipinas que se tornariam importantes polos do desenvolvimento do grupo na Ásia e Oceania. Mas o mais importante empreendimento, na era do radioevangelismo foram as transmissões de 15 minutos da super poderosa emissora francesa Rádio Monte Carlo, que a partir do Principado de Mônaco irradiava para o resto da Europa em Espanhol, inglês e russo. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 117 Volume I – O Israelis mo Britânico Na busca de projeção radial, ele foi a Alemanha em 1961, durante a construção do Muro de Berlim. Mas talvez nenhuma cobertura tenha tido o sucesso da sua transmissão feita em 1963. O Presidente John Fitzgerald Kennedy acabara de ser assassinato e Ted fez uma emocionante declaração no programa o Mundo de Amanhã que em 1967 estreava na TV. Stanley Rader x Ted Garner O destacado evangelista atuou na TV até 1977 quando sua imagem terminou definitivamente arranhada por acusações de supostas investidas e assédios sexuais contra as mais belas jovens do Instituto Ambassador a par de suas lutas políticas com o pai motivadas pela crescente influência de Stanley Rader (1930-2002), contador e advogado da organização junto ao velho Armstrong. Influência que Garner Ted via como perigosa, ainda que não se sabe se para si, ou para a obra. Ainda que a história de Ted demonstre ter sido um homem muito ambicioso em alcançar seus objetivos de liderança. Seu rival Rader convenceu Armstrong a construir o Ambassador Auditorium, um anfiteatro luxuoso com 1.266 lugares e onde não penas se realizavam os eventos da organização que eram filmados dando a impressão de uma instituição sólida e poderosa, que de fato era, mas também serviam a shows dos mais renomados cantores. Lá se apresentaram o grande tenor italiano Luciano Pavaroti (1935-2007), o famoso pianista judeu polonês Arthur Rubisntein (1887-1982), o popular cantor e ator norte-americano Bing Crowsby (1903-1977), o cantor, dançarino e ator Sammy Davis Junior (19251990) e o também cantor e ator Franck Sinatra (1915-1998). O magnífico salão custou 24 milhões de dólares, pois incluía pedras de Ônix importadas do Iran, madeira de teca da África, tapetes persas que decoravam o solo do auditório, tapetes de lã vindos da Índia e uma esplendida decoração em ouro. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 118 Volume I – O Israelis mo Britânico Enfim, Ambassador Auditorium era um auditório de superluxo que enchia os olhos dos visitantes. Inaugurado a mais de 35 anos, a preços de hoje a construção não ficaria em menos de 150 milhões de dólares ou 235 milhões de reais. Sem dúvida uma das mais suntuosas construções erigidas por uma organização religiosa até então. Lastimosamente, organização na qual se transformara a IDU, esvaziada de seus membros e desacreditada por haver abandonado aquilo que a tornara poderosa, não encontraria razão alguma para manter o luxuoso prédio, e veio a vender o auditório à prefeitura local, que o converteu num dos mais prestigiosos símbolos arquitetônicos e culturais de Pasadena. O prédio, orgulho da IDU hoje serve a uma igreja evangélica. Fora esse prédio, erguido sob a liderança de Armstrong a conselho de Rader, uma espécie de tesoureiro consultor jurídico da organização que despoletara a luta sucessória na Instituição com Garner Ted receoso de que não seria ele a conduzir a IDU quando o pai se fosse. Por outro lado, enquanto isso, Rader promovera o velho caudilho ao posto de embaixador mundial da paz sem credenciais. Nessa posição Armstrong viajou pelo mundo, entrevistou-se com chefes de Estado e de Governo de vários países, sempre acompanhado por sua equipe de televisão. Ted Garner se Opõe ao Historicismo de Armstrong Ted, não só se opunha a tudo isso, mas discordava da ênfase profética de Armstrong, tanto na questão do israelismo britânico como de um suposto ciclo de 19 anos que terminaria em 1975 e que levaria os membros da igreja a viajarem para um refúgio no Oriente Médio para escaparem à grande tribulação. Era um tema apaixonante e é claro chamava a atenção do povo. Uma vez mais um grupo empregaria o sensacionalismo para provocar um avivamento e uma vez mais fracassaria como os judeus no ano 130 ao promover o pai da mentira como o Messias ou os adventistas ao acreditarem na volta do Messias em 1844. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 119 Volume I – O Israelis mo Britânico Segundo os líderes este local poderia ser a cidade de Petra, escavada na rocha pura e que fora sede do antigo reino de Edom, antes que esse, segundo eles entrasse em decadência e abandonasse o Oriente Médio. Segundo eles Edom voltaria para dominar não só a Jordânia, mas Israel seu maior rival. Foi Aqui eles parecem haver copiado lenda rabínica de que Edom mudou-se para sua nova sede em Roma e estaria se preparando para voltar a dominá-la. Armstrong imaginava que a batalha final no Oriente Médio estava às portas. E que repetiria a história. Roma voltaria para atacar o povo judeu, retomaria a cidade santa, mataria muitos de seus habitantes antes de ser aniquilada pela espada afiada da boca de Maschiach. Ora, no ano 70 Roma atacara Yerushalaim destruindo o Templo em meio à revolta liderada pelos zelotes. No ano 130 os mesmos romanos atacaram a cidade santa, a destruíram completamente e depois mandaram passar o arado sobre ela arrasando-a até seus fundamentos. Antes de Yerushalaim, só Cartago, no norte da África recebera um tratamento tão severo. Mas também, depois de Cartago, só Yerushalaim e o povo judeu deram tanto trabalho a Roma e despertara tanto ódio da então senhora do mundo. Quem imagina que os judeus foram apenas vítimas da crueldade de Roma não sabe nada da história. Eles se mostraram figadais inimigos do Império e mataram meio milhão de inimigos. Era o fim sangrento da segunda revolta que recrudesceu com ascensão de Bar Kosba, o falso Maschiach abençoado pelo fanatizado Rabi Akiba. Akiba reverenciado como o maior sábio da história judaica revelou-se paradoxalmente o mais louco dos investigadores. Falto de visão espiritual a ponto de ver em Yeshua um falsário por que pregava a paz e no maior embusteiro da história de Israel um profeta por que pregava a libertação do jugo romano pela espada. Akiba depositou fé na proposta tresloucada de que o Novo Reino seria estabelecido e edificado sob pilhas de cadáveres daqueles que na sua ignorância chamavam de edomitas apenas para fazer supor que seriam facilmente derrotados como a palha diante do fogo israelita. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 120 Volume I – O Israelis mo Britânico Alusão à profecia de Obadias que diz: ―A Casa de Esaú será palha e Casa de Israel será fogo.‖ Mas é necessário que se diga que não há evidências plausíveis de que o reino de Edom tenha se transferido para Roma. Provavelmente a profecia se cumpriu 100 anos antes do Maschiach vir a esse mundo. As provas históricas apontam noutro sentido. Edom foi praticamente convertida ao judaísmo em meio a um banho de sangue promovido pelos asmoneus no ano 103 AEM em que os não conversos foram assassinados e os deuses de Edom desfeitos em pedaços. Desde então os edomitas tem sido judeus, tem vivido com eles, e tem sido declarados como tais. Sabe-se que quando os revoltados e bandidos zelotes sublevaram os judeus contra Roma, os edomitas lutaram ao lado dos judeus contra o invasor romano, pois na altura, através do judaísmo, haviam resgatado já sua origem em Abraham e Ytzchak seus pais. O conceito de que Roma é Edom não passa, pois de mera fantasia talmúdica que tem por objetivo fazer supor que o Eterno odeia os romanos na mesma intensidade que os judeus passaram a odiá-la depois das revoltas que custaram cerca de 2 milhões de vidas judaicas. Compreensiva, pois do ponto de vista humano e sociológico, mas historicamente indefensável já que os idumeus também são judeus. O grande Rabi veio a perecer junto a 580 mil judeus na devastação produzida pela maior campanha militar que Roma já promovera desde as Guerras Púnicas contra os grandes generais irmãos, Aníbal e Asdrubal. A diferença e que estes souberam levar a guerra as portas de Roma, a capital, antes de verem Cartago arrasada enquanto os exércitos judeus só conheceram a derrota em sua própria terra depois de um rápido e efêmero sucesso militar. Viajando em certo sentido na mesma lenda rabínica pensava o velho caudilho da Igreja de Deus Universal que o povo israelita deveria estar lá, por ocasião da grande tribulação, que deveria ocorrer em breve a fim de se refugiar até a volta de Maschiach. Isso era algo que desagradava profundamente a Ted. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 121 Volume I – O Israelis mo Britânico Mas como ocorre com as antecipações historicistas, a previsão de Armstrong fracassou, e Ted conduziu habilmente o programa televisivo da escatologia para a doutrina sistemática, contra a vontade de seu pai que considerava a escatologia o pilar principal sobre o qual erguer seu movimento. Costuma-se dizer que o galho não cai longe da árvore. A Igreja de Deus do Sétimo Dia saíra da Igreja Adventista do Sétimo Dia, uma igreja que nascera em meio as contas fantasiosas de Samuel Snow um louco que se apresentava como profeta e que concluiu sua vida como um alienado segundo a própria Enciclopédia Adventista. Ora, a Igreja de Deus Universal saíra da Igreja de Deus, e embora deplorasse a loucura milerita preservou a mesma metodologia. Se não aprendemos com a história estamos fadados a passar pelos mesmos entusiasmos arrebatadores, mas também sofrer de novo as mesmas desanimadoras decepções. Armstrong tinha no repertório de sua mensagem música suficiente para encantar multidões de estudiosos da Bíblia. Definitivamente não precisava enveredar pelo historicismo que já dera tão decepcionantes resultados no passado. Mas se negara a aprender. Bem, o tempo mostrou que Garner Ted estava certo. As previsões não se concretizaram e o sabor de vitória envaideceu o jovem e feriu a seu pai. Al Carrozzo, Abala a Influência de Garner Ted Armstrong Ted, filho de Armstrong, era um jovem carismático e atraente, uma atração que segundo seus críticos era usada não só a serviço do reino, mas também de seus desejos sexuais. O tele-evangelista chegou a 1978 colecionando não apenas êxitos surpreendentes, mas também erros. Al Carrozzo, batizado na IDU em 1956, nomeado primeiro Pastor, e depois Diretor Regional Ocidental da IDU nos Estados Unidos, Diretor do Escritório de Aconselhamento em Pasadena e Professor do Ambassador relatou a extensão do mal de forma tão pública que já não podia se escondida. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 122 Volume I – O Israelis mo Britânico AL Carrozzo, desapontado pelo fato de Herbert sempre apostara na recuperação do filho, facultando assim o mal, renunciara a seus postos ministeriais na Igreja de Deus Universal em 8 de fevereiro de 1974 e tornava pública a causa em carta enviada aos ministros. Segundo Carrozzo As escapadas sexuais do evangelista teriam começado 20 anos antes de conhecidas e apuradas pelo ministério a 30 de janeiro de 1972 quando seu pai e líderes teriam ido à sua casa para o disciplinar e ele confessara ter se envolvido com 200 mulheres jovens, tanto solteiras como casadas. Segundo as revelações de Carrozzo, um ministério aturdido acordou para a enormidade do dano. Há quem diga que os próprios pastores ao ouvirem os relatos das seduções bem sucedidas de Ted passaram a temer que suas próprias esposas, que oficiavam próximos a Garner tivessem sido seduzidas. A desconfiança tomara conta dos dirigentes. Jà não conseguiam olhar Ted com bons olhos e o foi disciplinado e enviado ao deserto do Colorado, oficialmente ―de férias para se recuperar do excessivo estresse causado por sua intensa carga de trabalho.‖ Ted ficaria em observação até seu arrependimento se revelar genuíno. O escândalo foi parar na prestigiosa revista Time, que não podia deixar de noticiar acontecimentos ligados a uma pessoa que segundo eles estava a frente de um poderoso projeto de evangelismo radial, televisivo e escrito. Assim, em sua coluna sobre religião, a Time publicou uma nota sob o título: Garner Ted Armstrong, Cadê Você? ―Seu programa chamado A World Tumorrow (O Mundo de Amanhã foi realizado em cerca de 400 rádios e 99 emissoras de TV. Sua revista, mensal gratuita, chamada A Plain Truth (Pura Verdade) foi enviada a 2,1 milhões de assinantes.... Em princípio Herbert e outros membros da IDU disseram que Garner Ted estava tirando simplesmente uma licença para uma ausência prolongada. Então, em fevereiro, os membros da igreja, cerca de 75.000 pessoas, ouviram uma carta interna de Pasadena tão secreta que os seus ministros receberam ordens para queimá-la após a leitura. Sua mensagem: Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 123 Volume I – O Israelis mo Britânico Garner Ted estava "nos laços de Satanás." No final de abril, Armstrong pai, fez uma declaração mais pública para a igreja e ―colaboradores‖, que inclui simpatizantes, como o campeão de xadrez Bobby Fischer, explicando que Garner Ted confessou ter algum tipo de transgressão contra "Deus , contra a sua igreja e seu apóstolo, com a mulher que Deus me deu na minha juventude, contra todos os meus amigos mais próximos." (Leia o artigo da Time Religion: Garner Ted Armstrong, Where Are You? na íntegra: http://www.time.com/time/magazine/article/0,9171,903502,00.html) Como Ted era o âncora das programações radiais e televisivas sua súbita ausência foi lesiva aos cofres da organização. As ofetas diminuíram rapidamente pondo em risco a manutenção da obra. Ainda segundo Carrozzo, um dos mais íntimos colaboradores de Armstrong, ao fim de maio daquele ano o jovem Ted tivera uma reunião com seu pai na qual evidenciara forte arrependimento. O pai teria acreditado nele e Herbert Armstrong viria a reintegrá-lo na obra a 20 de julho de 1972. Mas a chaga não havia sido sarada, como veremos mais tarde. Herbert Armstrong apenas adiara por mais seis anos, o que deveria ter sido feito imediatamente, remover Ted definitivamente do ministério, pois a julgar por tantas denúncias, ele não reunia qualificações ministeriais. Armstrong tão ousado em denunciar publicamente o pecado dos transgressores para que o ―Acampamento de Israel‖ permanecesse puro não fizera seu dever de casa. Pelo menos não se todos os boatos fossem verdadeiros. Escândalos sexuais o desgastavam. No já famoso Instituto Ambassador, orgulho da instituição, e para onde moças e rapazes do mundo inteiro vinham formar-se como obreiros corriam rumores de que Ted, seu Presidente de 1975 a 1978 assediava e seduzia as mais belas jovens, solteiras ou casadas e com elas se prostituía ou adulterava de acordo com essas fontes que alegam ter sido testemunhas presenciais das denúncias. Isso tudo, mais a luta política e doutrinária com seu pai, tornavam a situação muito delicada para toda cúpula da igreja. Não só pai e filho estavam em guerra, mas a sede toda em polvorosa. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 124 Volume I – O Israelis mo Britânico As rusgas entre Herbert e Ted se tornaram cada vez mais frequentes e intensas. Os estudiosos do movimento afirmam que em 1972, num momento delicado, Armstrong dissera que seu filho estava nas mãos do diabo. Mas o auge do conflito se deu em 1977. Nesse ano a situação se tornou insustentável para Garner Ted. Seu nome estava no olho de um furacão de escândalos que iam de denúncias de assédio sexual contra jovens alunas do seminário a tentativa de adultério ou mesmo prática com moças casadas com ministros que serviam na administração da obra. Com fortes setores da IDU decepcionados com a forma opulenta como Armstrong, e por extensão a própria organização se apresentava ao mundo, o jovem Armstrong podia se dar ao luxo de rejeitar a disciplina imposta por seu pai e pela direção, sem se considerar acabado. As provas apresentadas contra ele eram testemunhais, sustentadas pelos seus inimigos e nunca foram admitidas, portanto ele se decidiu a resistir e não esteve sozinho. Mesmo um pai que amava a seu filho Sabia que tinha que tomar uma atitude. A obra que ele elevara como um a obra pura e a salvo do pecado estava ameaçada. Armstrong, segundo seus colabradores confessaria mais tarde que havia siso excessivamente tolerante para com o filho, que o amor o havia cegado. Mas aos 26 de julho de 1978 uma atitude firme tinha de ser tomada ou Armstrong passaria por um novo Eli. Ted foi desassociado. Seu pai ordenou a destituição dele de todos os cargos na organização. Garner não mais teria acesso ao Instituto, fossem verdadeiros ou falsos os rumores, o mal estava sendo cortado pela raiz. Além do mais, por mais decepcionante que fosse não vê-lo mais à frente dos programas televisivos, Armstrong também estaria fora da TV. Outras vozes e imagens seriam testadas. Assim, Garner Ted Armstrong se mudou para Dallas no Texas, onde pouco depois fundou a Igreja de Deus Internacional, que não obstante atraiu diversos ministros descontentes pela influencia crescente do advogado Rader na direção da IDU. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 125 Volume I – O Israelis mo Britânico Estes ministros fortaleceram a causa de Ted, acreditavam que ele havia sido injustiçado e que as acusações tinham motivação política e não eram verdadeiras. A Igreja de Deus Internacional, fundada em 1978 e hoje sediada em Tyler no Texas é em certo sentido a mais liberal das IDU`S, e a única dissidência surgida durante a vida do Pastor Geral. Sobreviveu graças ao prestígio de seu filho. Armstrong proibiu todo o contato entre membros da IDU e da recém formada Igreja de Deus Internacional. Hábil, canalizou o debate para posições doutrinárias como voto em eleições políticas; que não via como abominável, terceiro dízimo; que achava abusivo, divórcio e recasamento; que considerava aceitáveis quando houvesse motivo justo, e sobretudo sobre as interpretações proféticas de seu pai que considerava serem absurdas e perigosas para a instituição. Armstrong era uma figura venerada na organização. Era tão forte e poderosa na Igreja de Deus Universal como Charles Russel nas Testemunhas de Jeová, Ellen White nos adventistas ou Josef Smith nos mórmons. Só que a revolta de Ted não era a de um líder congregacional desconhecido, de um administrador que apareceia uma vez por outra nas fotos das revistas, mas do homem que tinha sido a voz e a imagem da organização a mais de 25 anos. Assim Garner Ted Armstrong teve um êxito surpreendente. Conseguira o apoio inicial de quase 10% da igreja, uns 7.500 membros, a maioria nos Estados Unidos, Canadá e Inglaterra, países ricos, onde uma membresia abastada doava grandes somas de dinheiro à organização. Isso permitiu sua rápida volta à televisão, onde reconstruiu parte de sua influência e de sua imagem. A instituição prosperou sob sua direção e graças a sua atuação vigorosa na rádio e na televisão. Garner Ted liderou o Conselho de Ministros dessa nova instituição durante vinte longos anos, desde sua fundação em 1978 até 1998 quando foi afastado da direção. A organização que ele fundara e que o relançara na televisão voltava agora às costas a seu mentor. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 126 Volume I – O Israelis mo Britânico O Derradeiro Escândalo Sexual aos 65 Anos Em 1995 Suerai Robertson, uma enfermeira licenciada teria sido alvo de suas investidas sexuais. Garner Ted tinha então 65 anos, e se esperava que a essa altura tivesse aprendido com a vida, mas os fatos revelariam o contrário. Suas investidas libidinosas contra a massoterapeuta foram dadas como provadas mediante uma fita de vídeo gravada por Suerai Robertson e exibida na CNBC, um canal comercial de televisão apresentado por Geraldo Rivera. O Alegado assédio sexual teria acontecido em 1995. O escândalo tomou contornos inaceitáveis, e a liderança da Igreja que ele fundara, a Igreja de Deus Internacional foi obrigada a demiti-lo em 1998 para não ser arrastada para a lama junto com seu fundador e tele-evangelista. Dessa vez não caberia desmentido, a Igreja de Deus Internacional o afastou de todas as responsabilidades. Foi um episódio lamentável, que seria explorado a exaustão pelos adversários das IDU`s. Um dos maiores comunicadores do tele-evangelismo de todos os tempos, e o que por mais de 30 anos comunicara a beleza do shabat, o valor das festas bíblicas e a presença de Israel entre as nações, especialmente no mundo britânico parecia estar fora de combate. Mas Ted não desanimou. Era um comunicador capacitado, um orador eloquente e um homem carismático. Venerado por muitos crentes, e ousou dar mais um passo. Afastado da Igreja de Deus Internacional ele usou, um departamento autônomo desta, que levava seu próprio nome, a Garner Ted Evangelistic Association e que estava sob seu controle para manter-se à frente daqueles que ainda confiavam nele. Fundava assim aos 68 anos de idade a Igreja de Deus Intercontinental. Já não teria a força que tivera na IDU com ampla exposição em centenas de emissoras de rádio e TV e nem mesmo a que tivera na IDI que ele mesmo fundara e onde se afundara. Apesar de tudo, centenas de crentes nos Estados Unidos, Canadá e Inglaterra decidiram que ele ou merecia o benefício da dúvida acerca de se era culpado ou não, ou merecia uma segunda oportunidade ainda que tivesse pecado. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 127 Volume I – O Israelis mo Britânico Quedas morais não são novidades. No Tanach a narrativa do pecado de David, que não ousou fechar os olhos ante a nudez estonteantemente bela de Bet Sheva, apesar de ser ela casada se esboça em todas as cores. Igualmente lamentável é ver como Shlomo se entregou ao desenfreio de seu coração a ponto de mandar assassinar seu irmão Adony por causa de uma mulher, tendo ele tantas e tantas esposas e concubinas, e o que é pior, sendo arrastado à idolatria pela pressão de mulheres pagãs. Entretanto, sabemos que seu arrependimento foi tão profundo quanto seu desvio. Estes exemplos estão ai para mostrar que o pecado jaz á porta, que é nosso dever dominá-lo, ou então seremos vencidos. Mas se não prestamos atenção não fechamos as portas. Isso tem sido frequente ao longo da história. Assim, lamentavelmente um dos poucos tele-evangelistas a defender verdades tão candentes como o shabat, os moedim (festas bíblicas) e a transcendência de Israel sobre as nações foi apanhado na teia de suas próprias paixões não vigiadas e não reprimidas. Preso com a ―boca na botija‖, sua defesa se tornara impossível. Sua organização tinha um nome maior a zelar que o dele. O episódio da queda de Ted Garner foi explorado à exaustão pelos adversários do israelismo britânico no desejo de semear a idéia de que a santidade não advém do apego à Torah. Isso em parte é verdade. A Torah não santifica o caráter de ninguém, ela apenas aponta o caminho reto. Ela nos indica o que está certo e o que está errado, e nos põe na dependência da graça se quisermos evitar o que ela condena e cumprir o que ela enaltece. O problema não era Ted anunciar a Torah, era não vigiar sobre si mesmo. Mas é importante desmistificar o conceito de que quem proclama a lei está mais sujeito a cair que os demais. Garner Ted não foi o primeiro homem a cair em pecados lascívios e nem o último. Não caiu por que era um defensor da Torah, mas por que não zelou pela doutrina que pregava, por que não se refugiou na fonte de poder que é Adonay. Além disso é preciso que se diga que ele não foi o primeiro e nem será o último evangelista a cair. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 128 Volume I – O Israelis mo Britânico Antes de Ted Garner, evangelistas pentecostais que tinham tanto a ver com o israelismo britânico como o papa com o adventismo haviam passado por rumorosos escândalos sexuais que fizeram estremecer a fé de muitos. No entanto, quando nos levantamos para defender a Torah, é claro que nossas faltas tornamse mais graves e nossos pecados mais rumorosos. Que aqueles que hoje estão se empenhando em restauração tomem a vida de Garner Ted como um exemplo do que não deve ser feito quando somos abençoados com o sucesso, com a fama e com o brilho na proclamação da mensagem. Que todos se lembrem que quando maior for a altura, mais desastroso pode ser o tombo. Este é o Mundo Onde os Justos Pecam Ao analisarmos a triste história dos fracassos de Garner Ted e de tantos outros evangelistas é preciso que se diga que pecar é a tendência natural do ser humano. As Escrituras declaram em alto e bom som que o justo não é um homem sem pecado, mas um homem que peca, apesar de confiar na graça. Esse é um dos ensinamentos de Shlomo ha Melech (o Rei Salomão). ―Na verdade que não há homem justo sobre a terra que faça o bem e que nunca peque.‖ Kohelet/Eclesiastes 7:29 Se houve um erro em Garner Ted era imaginar que estaria livre de escândalos, quando deixou de considerar sua natureza, de vigiar sobre ela e de tomar medidas para que fosse depurado do mal que o assediava a ponto de se tornar um vaso para uso honroso. Ora, nenhum de nós pode decidir ser um vaso de misericórdia, isso é uma questão de concepção, de nascimento e, sobretudo de predestinação. Quem nasce para a misericórdia jamais será um vaso da ira. A predestinação de Adonay fixa o destino de tal forma que os eleitos podem caminhar em qualquer direção, menos na direção do Sheol. Mas isso não no isenta de nossas responsabilidades e nem dos juízos certos por tomarmos a estrada errada. Em suma, ser vaso de honra, ou de desonra é conosco e para isso fujamos das paixões. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 129 Volume I – O Israelis mo Britânico ―Ora, numa grande casa, não somente há vasos de ouro e de prata, mas também de madeira e de barro; e uns, na verdade, para uso honroso, outros, porém, para uso desonroso. Se, pois, alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra, santificado e útil a Adonay, preparado para toda boa obra. Foge também das paixões da mocidade, e segue a justiça, a fé, o amor, a paz com os que, de coração puro, invocam a Adonay.‖ 2 Timóteo 2:20-22. A Queda dos Santos e Reerguimento dos Santos A queda dos santos em graves pecados propiciando rumorosos escândalos não é coisa corriqueira. As Escrituras apontam casos surpreendentes de homens que ciente de suas responsabilidades diante de Elohim e dos seus semelhantes ousaram dizer não ao pecado quando este poderia ser cometido às escondidas e havia todos os indícios de que jamais poderia ser revelado. Yosef é um caso destes. Jovem, com apenas 17 anos, época em que os hormônios estão na flor da pele, ele soube dizer não à seus próprios desejos e à mulher de Potifar, mesmo quando essa provavelmente já estava nua e depois dela investir contra ele e desnudá-lo com fins de manter relações sexuais. Sua pergunta a ela é um exemplo de que não há tentação invencível quando se coloca o dever e o temor a Elohim em primeiro lugar: "...como, pois, cometeria eu tamanha maldade, e pecaria contra Elohim?" No entanto, nem sempre é assim. As vezes, seduzido pela sua própria concupiscência e desejo os santos correm para o pecado em vez de correrem do pecado. Disso a conhecida vida de David dá testemunho, primeiro do que não deve ser feito, e depois do que fazer em caso de se haver pecado, isto é, sempre recordar que ainda existe amor e perdão no nosso criador. Devia ser claro para os santos que o fato de haver alguém caído em grave pecado não indica que ele não seja um eleito ou que sua ação na obra de Adonay terminou por conta dessa falta. No entanto, os homens nem sempre pensam assim. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 130 Volume I – O Israelis mo Britânico As Escrituras enfatizam isso claramente, não só os santos caem, como podem cair várias vezes, no entanto eles sempre se levantam de novo. ―Porque sete vezes cairá o justo, e se levantará.‖ MIshley/Provérbios 24:16 Logo, não se deve ignorar que os santos caem por vezes em horríveis pecados, cujas conseqüências amargas serão sentidas por toda a sua vida e cuja história será perpetuada para sempre. Que o diga o rei David. Os quando caem passam por uma frustração mais amarga do que a morte, e por uma dor mais intensa que o prazer que o pecado lhes proporciona. Um crente pode correr avidamente atrás do jantar delicioso do pecado para descobrir que a sobremesa é mais desagradável que o sacrifício de seu desejo. ―[Salmo de David para o músico-mor, quando o profeta Natan veio a ele, depois dele ter possuído a Bate-Sheva] Tem misericórdia de mim, ó Elohim, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias.Lava-me completamente da minha iniqüidade, e purifica-me do meu pecado. Porque eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim. Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que é mal à tua vista, para que sejas justificado quando falares, e puro quando julgares. Eis que em iniqüidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe.Eis que amas a verdade no íntimo, e no oculto me fazes conhecer a sabedoria. Purifica-me com hissope, e ficarei puro; lava-me, e ficarei mais branco do que a neve. Faze-me ouvir júbilo e alegria, para que gozem os osso que tu quebraste. Esconde a tua face dos meus pecados, e apaga todas as minhas iniqüidades. Cria em mim, ó Elohim, um coração puro, e renova em mim um espírito reto. Não me lances fora da tua presença, e não retires de mim o teu Espírito Santo. Torna a darme a alegria da tua salvação, e sustém-me com um espírito voluntário. Então ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os pecadores a ti se converterão.Livra-me dos crimes de sangue, ó Elohim, Elohim da minha salvação, e a minha língua louvará altamente a tua justiça. Abre, Adonay, os meus lábios, e a minha boca entoará o teu louvor. Pois não desejas sacrifícios, senão eu os daria; tu não te deleitas em holocaustos. Os sacrifícios para Elohim são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Elohim. Salmos 51:1-17 Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 131 Volume I – O Israelis mo Britânico A razão é que um vaso de misericórdia foi escolhido e predestinado para a am kadosh (vida santa) e quando ele envereda pelo chatáh (erro do alvo) que é o pecado, ele sente profundamente não só em sua alma, mas também em seu corpo. Gozo no pecado é algo que se combina perfeitamente nos perdidos, mas nunca naqueles que foram chamados pela graça soberana para viverem uma vida de renúncia, de santidade. Isso deve ser claro para todos. Se não quisermos chorar como David pedindo que Adonay nos devolva o gozo da salvação, e nos faça viver de novo em santidade para que possamos ensinar os pecadores a viverem a pureza precisamos ter em conta que o pecado nos apartará das bênçãos, arruinará nossa reputação e nos fará sofrer enormemente. Conhecemos o caso daquele homem na kehila de Corinto que chegou ao descaramento tal de se prostituir com a mulher de seu próprio Pai. Shaul estava convencido que ele não era um vaso da ira destinado à perdição, embora atuasse como tal. Sabia que ele havia perdido o fato de que deveria se comportar como um vaso de honra na presença de Adonay. Sabia que este deveria agora ficar separado do escudo protetor das setas inflamadas dos anjos maus. Ah, os anjos maus estão afiando suas setas contra nós, estão enchendo suas aljavas, entesando seus arcos para os deferir e só há um poder que os detêm, a nossa santidade. Se essa santidade falhar, se nos emporcalharmos com o pecado e com a perversidade estas setas se encravarão em nossa alma, em nossa carne e trarão uma angústia de morte como consequência. Por vezes ignoramos isso. Ignoramos que alguém que vive em pecado precisa ser suspendido de suas responsabilidades e mesmo de sua comunhão na congregação, que temos de parar de orar em favor dele, para orar contra ele, orar assim, não para que se perda, mas para que os arqueiros da justiça de Adonay que operam sob a condução de sua majestade satânica possam trazer sofrimento a essa alma e arrependimento. Esse foi o problema da kehila de Coríuntios pro algum tempo, e a meu ver foi o problema da Igreja de Deus Universal. Enquanto sua cúpula protegia Ted, esse se afundava ainda mais. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 132 Volume I – O Israelis mo Britânico ―Geralmente se ouve que há entre vós fornicação, e fornicação tal, que nem ainda entre os gentios se nomeia, como é haver quem abuse da mulher de seu pai. Estais ensoberbecidos, e nem ao menos vos entristecestes por não ter sido dentre vós tirado quem cometeu tal ação.‖ 1 Coríntios 5:1-2 Não podia a organização ter feito pior trabalho para o jovem Ted que mantê-lo em plena comunhão enquanto as denúncias se acumulavam contra ele. Em vez de ajudar um pecador com a nossa complacência nós o prejudicamos ainda mais enquanto oramos com ele e por ele, enquanto pedimos que ele seja abençoado numa vida irregular. Antes deve ser nosso dever, quando alguém não se abstém do mal entregá-lo a Satán para que o faça sofrer a fim de que lhe advenha o arrependimento salutar que o conduz a redenção do espírito. A ordem de Shaul para a kehilah de Corinto ainda é o caminho a ser seguido em relação aos eleitos que caem no mal. ―Em nome de nosso Adon Yeshua há Maschiach, juntos vós e o meu espírito, pelo poder de nosso Adon Yeshua há Maschiach, seja entregue a Satan para destruição da carne, para que o espírito seja salvo no dia do Adon Yeshua. ― 1 Coríntios 5:4-5 O Tropeço Ireemediável dos Maus Já vimos como os santos, apesar de suas quedas e pecados são erguidos de novo, ainda que para isso Adonay tenha de ordenar o ataque cerrado de seus guardas armados, os anjos maus que o servem na sua obra de ataque contra os crentes descarados. Vimos que o justo cai sete vezes, e sempre se levanta. Agora veremos outra situação, o tropeço dos ímpios que é sempre irremissível como também está escrito. ―.... mas os ímpios tropeçarão no mal.‖ MIshley/Provérbios 24:16 - A diferença é que quando os santos caem eles estão se afastando do alvo, estão buscando para si mesmos um caminho de espinhos que lhes furará os pés e os fará voltar ao bom caminho. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 133 Volume I – O Israelis mo Britânico O pecado que provoca tanta desordem de morte na alma dos santos, porém, não faz mal nenhum àqueles que para ele foram criados. Disso Yeshua deu claro testemunho ao orar a seu pai terminada a sua missão: ―Estando eu com eles no mundo, guardava-os em teu nome. Tenho guardado aqueles que tu me deste, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que a Escritura se cumprisse.‖ Yochanan/Jo 17:12 Quando um perverso como Yehudah trai a verdade e se entrega às concupiscências de sua alma, o máximo que isso lhe pode trazer é uma dor por saber que está afastado das bênçãos, mas nunca a dor pelo mal que fizeram. O mal de fato não faz mal aos maus. O ditado popular: ―Tomara que essa cobra venenosa morda sua língua e morra com seu próprio veneno,‖ pode se revelar verdadeiro quando o caluniador sofre os efeitos de uma calúnia, mas não tem nada a ver com o mundo das cobras. Estas podem matar criaturas de outras espécies, mas não podem matar-se a si mesmas. São autoimunes. Acho que podemos comparar o pecado aos grandes lagartos da Indonédia. Estava assistindo ainda ontem à noite com a minha família um documentário sobre o Dragão-de-Komodo, os maiores lagartos do mundo, capazes de atingir os 126 kg de peso. Este é um animal tão magnífico como horrível. Começa a devorar vítimas ainda vivas, despedaçando-as com suas poderosas mandíbulas e quando ataca um animal maior, um búfalo, por exemplo, apenas o morde com seus dentes imundos portadores de bactérias letais e fica a espreita, seguindo o animal até que este, vencido pela infecção generalizada que se segue à sua mordida detestável cai prostrado. Então, ele e seus companheiros se lançam sobre a vítima com fúria dragoniana. Nesse momento se revela uma coisa surpreendente. Aquelas bactérias terríveis não produzem danos uns nos outros apesar das mordidas que se dão durante a divisão da presa, as feridas saram rapidamente por que são imunes às suas próprias bactérias. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 134 Volume I – O Israelis mo Britânico Isso é exatamente o que acontece com os filhos da perdição, os ímpios. Quando eles tropeçam no mal, esse não lhes causa dor maior do que o eventual resultado físico de suas ações, como por exemplo quando dois comparsas trocam tiros e se matam um ao outro. A dor da alma lhes é desconhecida no sentido de arrependerem-se do mal, de sentirem que fizeram algo nefasto, que prejudicaram os demais. Dos criminosos nazistas julgados em Nuremberg, por exemplo, a maioria defendeu seus crimes até ao final sob a alegação de que cumpriam ordens ou simplesmente negando a autoria. Assim, é com os ímpios, o pecado está tão configurado a eles que é impossível separar suas almas depravadas de seus atos maus. E claro que os maus não são todos assassinos cruéis e desapiedados. Alguns dos que jamais fariam mal a seus semelhantes se caracterizam por uma maldade ainda maior que é a negação da soberania de Adonay sobre suas vidas. No entanto, há uma característica comum, o pego ao pecado, mesmo quando protestam piedade e inocência. Não tendo os maus a atuação da ruach sobre suas vidas grosseiras não são por vezes nem mesmo capazes de reconhecer o mal. Isso inclui mesmo a alguns que a si mesmos se declaram apóstolos, mas que passam a vida inteira concentrados em suas próprias paixões e desejos infames, arrastando almas débeis ao pecado. Estes são os ímpios, eles tropeçam no mal, eles amam o mal e eles vivem no mal. Noutras palavras, um justo pode cair nos mesmos pecados de um ímpio, mas não tropeçarão neles, isso é não serão arrebatados de amor pelo mal de forma que já não possam mais deixá-lo. Não falo daqueles que caíram em pecado e foram renovados pelo arrependimento, mas daqueles que tropeçaram de tal forma que eles o mal vieram a constituir uma massa informe e pegajosa. Logo, há uma diferença enorme entre cair no pecado e viver nele, entre provar o mal e amar o mal, entre o pecado que é a transgressão da Torah e a iniquidade que é se opor à Torah. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 135 Volume I – O Israelis mo Britânico Aliás, isso explica bem a situação daqueles que por certo tempo dão a impressão de serem pessoas justas e boas e depois quando caem já não conseguem mais se erguer. Kefa fala dessas pessoas como sendo as nuvens sem água, são aquelas nuvens para as quais o sertanejo olha com esperança de que lhe molhem o campo, matem a sede a seu gado, façam nascer o molho sob o torrão, mas ao final frustram todas as suas expectativas. Na verdade, embora pareçam ter caído em pecado, estas pessoas apenas tropeçaram no mal que sempre amaram, pois sua justiça não é o resultado da comunhão com Adonay, mas das suas dissimulações para parecerem boas enquanto planejam o mal. ―Mas estes, como criaturas irracionais, por natureza feitas para serem presas e mortas, blasfemando do que não entendem, perecerão na sua corrupção, recebendo a paga da sua injustiça; pois que tais homens têm prazer em deleites à luz do dia; nódoas são eles e máculas, deleitando-se em suas dissimulações, quando se banqueteiam convosco; tendo os olhos cheios de adultério e insaciáveis no pecar; enganando as almas inconstantes, tendo um coração exercitado na ganância, filhos de maldição; os quais, deixando o caminho direito, desviaram-se, tendo seguido o caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça, mas que foi repreendido pela sua própria transgressão: um mudo jumento, falando com voz humana, impediu a loucura do profeta.Estes são fontes sem água, névoas levadas por uma tempestade, para os quais está reservado o negrume das trevas. Porque, falando palavras arrogantes de vaidade, nas concupiscências da carne endeusam com dissoluções aqueles que mal estão escapando aos que vivem no erro.‖ 2 Pedro 2:12-18. Sim, nem tudo o que brilha é ouro. E o que se espera é que no fim dos tempos haja enganos e enganadores cada vez mais portentosos. Com vemos há muitos que apesar de se cobrirem com a capa da aparente santidade, de parecerem estar cobertos de dons espirituais, o seu esforço para parecerem virtuosos é sua principal denúncia. Há pessoas insaciáveis no pecar cuja a alegria não é resistir à tentação, mas arrastarem outros em seus enganos e perversidades. E isso pode incluir aqueles que ocupam posições de responsabilidade. Um dos males do tempo presente é não denunciar isso. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 136 Volume I – O Israelis mo Britânico ―Sabe, porém, isto, que nos últimos dias sobrevirão tempos penosos; pois os homens serão amantes de si mesmos, gananciosos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a seus pais, ingratos, ímpios, sem afeição natural, implacáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Elohim, tendo aparência de piedade, mas negando-lhe o poder. Afasta-te também desses. Porque deste número são os que se introduzem pelas casas, e levam cativas mulheres néscias carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências; sempre aprendendo, mas nunca podendo chegar ao pleno conhecimento da verdade. E assim como Janes e Jambres resistiram a Moshe, assim também estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé.Não irão, porém, avante; porque a todos será manifesta a sua insensatez, como também o foi a daqueles.‖ 2 Timóteo 3:1-9. São pastores que se apascentam a si mesmos, que não se envergonham de enfraquecer ainda mais aqueles que deveriam fortalecer. Criaturas infames cujo desejo maior não é servir ao Eterno, mas viverem em aparente piedade apenas para que através disso possam enganar e seduzir mulheres néscias e carregadas de pecado. Dessa gente devemos nos guardar. Uma tragédia que aqueles que se travestem de criaturas incendiadas por um suposto ―fogo divino‖ que impregna suas palavras e seus gestos, são apesar disso como bestas irracionais feitas para serem presas e mortas. Ovelhas por fora, lobos por dentro. Inocentes na aparência e maliciosos no comportamento. São fontes sem água, nuvens sem peso e estão reservados para as trevas eternas. São filhos da perdição, ainda que se apresentem como filhos da luz. Logo, é preciso, pois que se estabeleça uma diferença entre o pecado dos santos e eleitos que é sempre seguido de verdadeiro arrependimento que se traduz em mudança de vida e o pecado dos imundos, que é seguido de dor pelos resultados do pecado, mas não pelo pecado em si. Lamentavelmente a vida de alguns pregadores parece indicar uma natureza impura. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 137 Volume I – O Israelis mo Britânico Se Garner Ted Amstrong deve ser classificado assim ou não, é algo que, como expectadores à distância não nos compete dizer. Seu nome ainda é lembrado com saudosismo por milhares de almas que aprenderam a guardar o shabat, a celebrar as festas bíblicas a santificar suas mesas pela abstinência de não alimentos, de comidas dos gentios. Entre estes os que acreditam em sua culpa e não obstante a isso ainda o admiram se perguntam: como pode o evangelista cair tão fundo? Os que acreditam na sua queda e detestam sua imagem se recordarão apenas dos seus males presumíveis ou reais. Quanto a mim, apenas informo estes dados por que não seria um historiador imparcial se não o fizesse. A meu ver, julgando pela aparência que os rumorosos escândalos envolvendo seu nome provocara, Garner Ted Armstrong deve ser estudado como um exemplo do um missionário não pode fazer, descuidar de sua própria santidade enquanto apela aos outros por uma vida mais santa. Sua vida ensina que verdades por si sós não santificam a alma, apenas fortalecem o intelecto. Para que haja santidade precisamos que a ruach há kodesh faça a verdade morar em nossos corações e dite o rumo de nossos passos. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 138 Volume I – O Israelis mo Britânico V - O Legado de Armstrong O legado de Herbert Armstrong (1892-1986) incluiu os erros aprendidos do adventismo, da Igreja de Deus do Sétimo Dia e do pentecostalismo. Do adventismo herdou sua crença na inexistência da alma como entidade separada do corpo, a aniquilação dos maus. Da igreja de Deus herdou o conceito de igreja única, ainda que melhorado sob a ótica do israelismo britânico. Do neopentecostalismo absorveu as doutrinas da prosperidade e da confissão positiva, e sobretudo a facilidade como alguns pseudo pentecostais se atrevem a ―prever‖ o futuro com a mesma facilidade com que deixam de lado suas previsões. O fazer prognósticos em base de acontecimentos que se desenham ante nossos olhos buscando encontrar nas Escrituras um embasamento para tais previsões é um fato relativamente comum. Mesmo muitos dos Críticos de Herbert Armstrong erraram nesse ponto, pelo que esses erros não deveriam ser potencializados a ponto de se ignorar os benefícios que sua mensagem trouxe para muitas vidas. Naturalmente eles devem ser mencionados para que ninguém pense de Armstrong mais do que deve. Ele foi um homem sujeito a erros doutrinários e equivocadas interpretações proféticas. Errou ao se apresentar ao mundo como se fosse um apóstolo, e talvez ainda mais quando deixou a impressão de que tinha revelações como as que um profeta tem. Apesar disso seríamos preconceituosos se o julgássemos apenas por seus erros, por seus desvios e pela sua vaidade em apresentar seus escritos como uma espécie de ―espírito de profecia,‖ à semelhança da Sra. Ellen White, o que lamentamos. Tais desvios resultaram em ambos os casos, tanto para Ellen White como para Herbert Armstrong em lamentáveis cultos à personalidade. Mas sua biografia tem lições positivas a oferecer, tanto pelos erros como pelos acertos que não são poucos. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 139 Volume I – O Israelis mo Britânico Igrejas de Deus do 7º Dia x Igreja de Deus Universal Em contato com outros membros da Igreja de Deus noto que ele é visto por parte destas organizações apenas como um igrejista teísta renegado, orgulhoso e fanfarrão que ousou se separar da ―santa madre igreja‖ para se promover a si mesmo e nada mais. Esta atitude a meu ver tem muito mais a ver com o revanchismo do que com uma análise fria e imparcial da biografia do Pastor Herbert Armstrong. Seria brutal não reconhecer que o homem que pregou seu primeiro sermão em 1928 numa igreja de Salem no Oregon que mais parecia um galpão transformou completamente a forma de operar da Igreja de Deus do Sétimo Dia. Verdade é que a metodologia de Armstrong conduzir as coisas da obra não a solidificou a ponto de a manter unida, mas apesar disso sua herança ainda perdura e centenas de ministérios seguem a mesma linha traçada por ele com apenas algumas variações. Armstrong precisa ser medido não apenas pelo que deixou de fazer como o revanchismo das igrejas de Deus insinua, mas também pelo que chegou a fazer. Observa-se certa tendência a estereótipos que levam à conclusão de que ele foi apenas um homem que criou para si doutrinas enquanto abandonava outras. Essas críticas quando veem do seu próprio meio, as demais igrejas de Deus parecem ter consistência, mas mesmo elas precisam ser ponderadas. Numa mensura precipitada, as Igrejas de Deus do Sétimo Dia mais radicais tendem a separar a Igreja de Deus Universal desse corpo pelo fato de que Armstrong não incluía nas suas doutrinas o uso do véu por parte das mulheres ou a proibição ao uso de joias. É preciso que se diga que o uso do véu durante as orações ou o exercício profético por parte das mulheres é uma característica do povo santo, uma tradição profundamente arraigada no judaísmo bíblico, mas não é tão importante como abster-se do fermento durante a festa dos pães ázimos ou de jejuar no dia do Yom Kyppur, obrigações sem a qual nenhum grupo pode ostentar com liberdade o título de povo exclusivo de Elohim. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 140 Volume I – O Israelis mo Britânico “No primeiro mês, aos catorze dias do mês, à tarde, comereis pães ázimos até vinte e um do mês à tarde. Por sete dias não se ache fermento algum nas vossas casas; porque qualquer que comer pão levedado, esse será cortado da congregação de Israel, tanto o peregrino como o natural da terra.‖ Shemot/Ex 12:18-19. ―Ora, o décimo dia desse sétimo mês será o dia da expiação; tereis santa convocação, e afligireis as vossas almas; e oferecereis oferta queimada a YHWH. Nesse dia não fareis trabalho algum; porque é o dia da expiação, para nele fazer-se expiação por vós perante YHWH vosso Elohim. Pois toda alma que não se afligir nesse dia, será extirpada do seu povo. Também toda alma que nesse dia fizer algum trabalho, eu a destruirei do meio do seu povo.‖ Vaykrá/Lv 23:27-30. Para sermos imparciais precisamos admitir que o legado de Armstrong inclui coisas muito positivas que se não ocultam, ofuscam o brilho de seus erros. Duas características sem a qual nenhum grupo pode pretender ser a comunidade de Elohim a saber a abstinência do fermento e o jejum no Yom Kyppur foram praticados por Herbert Armstrong e ainda o são pelos grupos dele derivados. Assim, ao assinalar o erro da Igreja de Deus Universal em desobrigar a mulher em usar o véu durante suas liturgias é preciso que se diga que nem a Torah e nem os profetas jamais determinaram seu uso e que lamentavelmente as igrejas de Deus do Sétimo Dia que porventura o criticam nesse ponto estão a colher mosquitos e a engolir camelos. Isso não quer dizer que não possam reparar no argueiro do olho de Armstrong, podem sim, mas primeiro, e antes disso, precisam arrancar a trave que se prende a seus próprios olhos. A Metodologia de Trabalho do Sr. Armstrong Se há algo que deve ser estudado pelos que buscam proclamar a verdade com êxito é a metodologia de trabalho do ―Pastor Geral.‖ O avanço de sua obra não se deveu apenas e tão somente às doutrinas que proclamou. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 141 Volume I – O Israelis mo Britânico Houve por trás desse êxito um sistema de organização e divulgação que merece ser estudado. Sua metodologia de trabalho é um exemplo notório do que um pequeno ministério pode chegar a ser. Autor de dezenas de folhetos e livros, Armstrong se esforçou para que sua obra fosse conhecida, lida e investigada. Sucinto em seus estudos básicos como um colunista de jornal, ele evitava os temas longos. Quando o leitor parecia cansado seu texto estava acabando. A maioria de seus livros eram na verdade apenas folhetos encapados. A âncora desse trabalho foi como já se sabe a revista Plain Truth, que em seu auge alcançou a fantástica soma de 8,5 milhões de exemplares por mês. Ousado e vaidoso, sabia projetar a imagem de sua organização como ninguém. Quando visitou o primeiro ministro japonês Yasuhiro Nagasone fez questão de presenteá-lo com um exemplar da Plain Tuuth e de fazer-se fotografar com ele. É importante lembrar que a vaidade que leva os homens a falarem com graça, se vestirem com elegância e atraírem a atenção não é em si mesma pecaminosa, a menos que essa atração desvie os olhares de Adonay (o Senhor) para o Ebed (o Servo). Isso precisa ser dito por que a simples menção da palavra vaidade parece causar calafrios em alguns cristãos. Se obervarmos a ordem dada a Aharon, por exemplo, nos daremos por conta que a temerosa contra a vaidade que tomou conta de alguns pregadores resulta da ignorância da Torah e não de seu conhecimento. ―Também farás túnicas aos filhos de Arão, e far-lhes-ás cintos; também lhes farás tiaras, para glória e ornamento.‖ Shemot/Ex 28:40. Se olharmos para o mishkan, a pequena tenda que servia de santuário a Israel durante sua jornada pelo deserto veremos que ele foi programado não apenas para realizar rituais, mas para causar a maior e melhor impressão no povo, e o Templo não foi diferente. A inauguração do suntuoso templo que Shlomo edificou ao Eterno e de que falaremos ainda em mais detalhes é uma prova de que o culto pode e deve ser harmonizado com a beleza e a estética. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 142 Volume I – O Israelis mo Britânico Sim, a Torah mostra que na honra ao Eterno a beleza, a formosura e a elegância entram como ferramentas, e não como entraves. Estamos conscientes de que mesmo isso pode ser perigoso, quando a glória se desvia do Criador para a Criatura, mas isso não é desculpa para que o emissário da bessorat recuse a roupa e o sapato de qualidade, um belo talit de seda ou um kipá belamente ornamentado. Precisamos ter em conta que as pessoas olharão para nós a fim de que possam avaliar a mensagem que representamos. Armstrong parece ter prestado atenção nesse fato. Em resultado disso cada evento, cada viagem, cada publicidade e cada impresso eram programados minuciosamente para que dela resultassem novos instrumentos de projeção de sua obra e de sua organização. Suas aparições públicas eram feitas em lugares onde ele pudesse ser visto e ser notado. Nesse quesito ele levou a sério as palavras de Yeshua Rabeinu. ―Não se acende uma candeia e se põe abaixo do Alqueire, mas no velador para que alumie a toda a casa.‖ Matytyahú 5:15. Evidentemente algumas de suas aquisições lhe renderam um turbilhão de críticas, como o jatinho comprado pela organização para suas viagens nacionais e internacionais que foi posteriormente vendido por seu sucessor por 12 milhões de dólares numa demonstração de aparente humildade. O fato porém é outro, se tratava apenas de um instrumento de propaganda para desacreditar a imagem do velho líder. Nesse jatinho Gulfstream II ele acomodava sua comitiva e a enfermeira que devido a seu delicado estado de saúde derivado de sua longa idade precisava acompanhá-lo constantemente. A organização acreditava que Armstrong precisava desse conforto e privacidade enquanto viajava sem precisar recorrer a um jato de carreira para suas missões pela paz mundial. Os membros da Igreja de Deus Universal que doavam por ano o suficiente para a compra de dez jatinhos não se importavam com as prestações de um leasing que nem mesmo se aproximava disso. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 143 Volume I – O Israelis mo Britânico Propriedades e Edifícios da Igreja de Deus Universal Armstrong foi cuidadoso na hora de adquirir propriedades e construir edifícios. Via nisso a oportunidade de projeção do movimento. Essa obra iniciou-se cedo, seu primeiro edifício, o Alvodore Schoolhouse, conquanto simples já ditava a tendência que seguiria pelas próximas décadas. Em 1949, passados 15 anos do início da Igreja de Deus da Rádio, Armstrong adquiria a Mayfair, uma propriedade que servia de centro de atividades estudantis e de dormitório para homens e mulheres. Seguir-se-iam outras propriedades de valor financeiro cada vez maior e de estilo arquitetônico cada vez mais arrojado. O próprio Mayfayr seria remodelado e se tornaria numa residência para moças estudantes cercada de belos jardins e fontes d‘água. A organização se consolidava, e Armstrong fazia questão de oferecer a seus membros a satisfação de estarem não apenas em edifícios, mas em centro agradáveis de convívio e lazer. A forma como Armstrong vai erigir os edifícios que servirão à promoção da Igreja de Deus Universal, então Igreja de Deus da Rádio será uma vitrine de sua filosofia de divulgação. Assim em 1956 ele erguerá os jardins do Ambassador Hall, uma obra suntuosa que não poderia deixar de produzir admiração. Em 1958, quando a obra na TV se havia consolidado e organização fincara os pés na Inglaterra, Armstrong investia na Inglaterra com a aquisição de uma luxuosa e histórica casa de campo em Yule. Infelizmente naquele ano o homem que havia sido a grande aposta de Herbert Armstrong, seu filho, Richard David morreu. Em homenagem a ele Armstrong batizaria a propriedade como Memorial Hall. Ainda que menor, mas não menos suntuoso foi o prédio do Ambassador College em Bricket Wood inaugurado em 1960 na Inglaterra. Dízimos não faltavam para adquirir e manter tais estruturas. A instituição implementou as ordenanças da Torah vigentes na época do Templo e ensinou o povo a dar, não um,, mas três dízimos. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 144 Volume I – O Israelis mo Britânico Claro que é importante ressaltar que o costume de arrecadar três dízimos, embora se espelhe na Torah que determina um dízimo para os pobres (trienal), um dízimo para a celebração das festas (que é para o consumo do próprio indivíduo e de seus amigos) e um dízimo para o sacerdócio não se aplica exatamente ao Israel da diáspora. Embora tais aquisições estiveram sempre na mira dos críticos de Herbert Armstrong, e foram alvo de ferozes ataques, de invejas gratuitas e inclusive de injustificadas acusações, posto que Armstrong não adquiria para si, mas para a igreja, ele prosseguiu em seus projetos. Em 1964 fez construir a Lower Library Grounds, uma biblioteca cercada de jardins que serviria de referência para a organização. Naquele mesmo ano Herbert Armstrong decidiu que era época da organização ter o seu próprio local para a celebração da festa dos tabernáculos que então reunia já mais de 4.000 pessoas por ano durante sete dias. Era dispendioso e difícil contar com um local para reunir tantas pessoas. Para isso iniciou o Big Sandy Ambassador Campus no Texas. Naturalmente o povo aplaudiu semelhante decisão, pois era necessária a uma instituição em franco crescimento. Evidentemente que uma propriedade tão dispendiosa por um único período anual não se justificava. Ali ele fez construir então o Big Sandy Campus, onde construiu uma universidade. De um lado no Texas estava o Big Sandy Ambassador Campus e de outro estava a sede de convenções da Igreja de Deus Universal que agora tinha onde realizar seus mega eventos sem se preocupar com aluguel do prédio principal. Mas sua grande façanha foi a aquisição dos 31 acres de terra em Pasadena na Califórnia onde construiu o principal Campus Universitário da instituição e que fez cercar de uma série de edifícios subjacentes que no total vieram a somar dezenas de milhares de metros quadrados de área construída. Na propriedade construiu em 1968 o Ambassador Hall, em homenagem a sua esposa falecida.. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 145 Volume I – O Israelis mo Britânico O local servia de sala de leitura bem como de anfiteatro para os recitais de peças artísticas e musicais dos estudantes. Claro que tais edifícios suntuosos não eram apenas o resultado de sonhos. Sonhos altos custam caro e para erigir tais prédios a organização gastava milhões de dólares por ano. A imagem do Ambassador Hall inaugurado em 1968, assim chamado em honra a sua esposa, Loma, dá-nos uma ideia de quanto o velho líder prezava o visual arquitetônico de suas instituições que se tornavam cada vez mais fantásticas, especialmente em Pasadena para onde foi gradativamente sendo centralizada a obra seguindo a tendência usada pelos adventistas nos dias da Sra. White de colocar tudo o que podiam e Batle Creeck no Michigan. A mais fantástica das obras viria em 1972 com a inauguração do Ambassador Auditorium que consumiria 24 milhões de dólares e impingiria à organização o prestígio de ser uma instituição não apenas religiosa, mas também cultural. Ali se apresentariam cantores, orquestras e artistas de renome internacional. Ainda hoje, a Ambassador Auditorium, vendido pela Igreja de Deus Universal continua sendo uma construção imponente que chama a atenção pela sua modernidade, apesar de ter sido inaugurada a quase 40 anos. Uma lástima que seus sucessores no comando da instituição primeiro destruíram seu nome, logo a sua organização e por último o patrimônio vendendo-o à Rock Church, embora isso também deixe uma lição. As Suntuosas Construções da Igreja de Deus Universal Quem quer que olhe para o complexo de edifícios erigido pela Igreja de Deus Universal em Pasadena na Califórnia não pode deixar de se impressionar. Mas é justamente por essas construções que Herbert Armstrong recebeu severas críticas de seus oponentes. Segundo eles essas obras se constituíam em excessos desnecessários realizados as expensas do erário da organização que se constituía de doações de seus membros e simpatizantes. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 146 Volume I – O Israelis mo Britânico A meu ver essas críticas não tem procedência em si mesmas, embora se deva considerar que uma melhor distribuição da renda organizacional teria evitado tanta centralização e ostentação num lugar enquanto outros ficavam carentes. No entanto gostaria de dizer que não vejo as construções em si como uma ofensa ao Criador. Acredito firmemente que as críticas devem ser feitas ao modelo administrativo em si, que depalperava os campos em si para benefício da sede geral. Se pudesse ver as coisas nesse enfoque não poderia olhar com favor ao templo de Shlomo onde foram empregados meios que a preços de hoje seriam não de milhões, ou de dezenas de milhões de dólares, mas de bilhões. Acho que nesse sentido ele estava correto. Penso que devemos fazer o melhor para honrar ao Eterno se ele nos der os meios para isso. A escolha dos locais onde localizaremos nosso trabalho, e em caso de podermos edificar, a forma como o faremos faz parte também da filosofia de Israel. Isso nos ensinou Shlomo há Melech de abençoada memória. Afinal, se servimos ao Rei do Universo devemos fazer isso honradamente, oferecendo sempre o melhor quando o assunto é adoração. E se temos em alvo que o local seja o foco da atenção de personalidades como era o que almejava Armstrong, isso será ainda mais premente. Contudo, estremo cuidado deve ser prestado no sentido de que nosso coração não se envaideça por causa dos dons que recebemos como o rei de Israel se orgulhara do Templo, da cidade e dos seus tesouros. Yeshua foi muito claro em dizer que onde estiver nosso tesouro ai estará também o nosso coração. Também se existe uma forma péssima de agradecer ao Altíssimo pelo que nos concede é desviarmos as atenções dele que nos deu para nós que recebemos. Aprendemos isso muito duramente quando olhamos a experiência de Tsedekiah que mostrou toda a glória de Yerushalaim, toda a beleza de seus edifícios e todo o peso de seu ouro, mas deixou de honrar como devia aquele que o havia feito subir do leito de morte para que testemunhasse de seu grande nome. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 147 Volume I – O Israelis mo Britânico O resultado foi a trágica perda de tudo com a destruição do Templo e da cidade propiciada pelos mesmos caldeus cuja cobiça ele excitara em lhes mostrar sua grandeza sem conceder a devida glória ao Eterno que possibilitara tais aquisições. Parece que aqui a Igreja de Deus Universal espelhou tristemente a mesma história. Os bens que foram acumulados na era Armstrong foram vilipendiados e profanados por seus sucessores que os venderam a outras organizações religiosas que não tinham nenhuma afinidade com as festas bíblicas, com a comida kasher ou com a perspectiva do reino de Yeshua nesse mundo. Adonay está ensinando uma cara lição, ou nos humilhamos ou ele nos humilhará. Que ninguém imagine que a glória do homem pode ser colocada no lugar em que deveria estar a glória do Criador. No entanto, mesmo esse fracasso póstumo não justifica que congregações prósperas se reúnam em locais inapropriados para a renda que seus membros recebem. O local de reunião deve refletir os dons dados pelo Eterno tanto quanto refletirão o grau de interesse se seus membros na causa que defendem. Nesse sentido muitas vezes o local, a forma de divulgação e a natureza do evento parecem testemunhar que o pregador não deseja ser visto por muitas pessoas, e muito menos por aqueles que têm influência e que estariam em melhores condições de abençoar uma causa, no que se refere a doação de tsedaká (ofertas). Se aprendemos dos erros de Armstrong devemos também aprender de seus acertos. E do acerto aprendemos a ousadia de sua obra. Claro que existem comunidades pequenas e carentes de recursos. Nem todas as congregações e ministérios conseguirão acesso às camadas sociais mais abastadas e em melhores condições de doar para a cauda. Isso não significa que nada deve ser feito a menos que haja recursos para uma obra ostentosa. No interior da África se pode erguer a mais bela choupana, nos Andes a mais bela casa de sal e na Selva Amazônica a mais oca de palhas. O que estamos dizendo é que se deve fazer sempre o melhor com os recursos matérias e físicos de que dispomos. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 148 Volume I – O Israelis mo Britânico Os falash mura, os judeus crentes da Etiópia que praticam a Torah não podem sonhar com a suntuosidade de uma Beit Knesset de alvenaria com lavabos de cerâmica, mas podem ainda assim fazer o melhor com os recursos que têm, construindo sinagogas de barro e palha para demonstrar seu amor pelo Criador. Mesmo Armstrong iniciou sua obra com a modéstia que os primeiros recursos lhe permitiam. As primeiras edições da Plain Truh saíram de um prédio modesto. Armstrong estava consciente de que o medo não costuma ser uma boa arma de combate e por isso sabia ousar. Aqui há muito a aprender com ele. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 149 Volume I – O Israelis mo Britânico VI A Igreja de Deus Universal e os Três Dízimos Quem quer que conheça a história e as doutrinas da Igreja de Deus Universal sabe que ela não construía prédios de arquitetura arrojada, não comprava espaço nos canais de televisão, não emitia programas radiais que cobriam a maior parte do globo e não distribuía gratuitamente 10 milhões de cópias mensais de suas revistas em cores em 9 idiomas diferentes por mero acaso. A Igreja de Deus Universal foi um dos maiores fenômenos de arrecadação de dízimos proporcionais de todos os tempos. Segundo Gerald Flurry, Pastor Presidente da Igreja de Deus Filadélfia, uma das ramificações fiéis surgidas a partir do movimento de apostasia instaurado após a morte de Herbert Armstrong os 88.455 membros que a igreja tinha em 1.987 doaram 192 Milhões de dólares. Eram mais de 525 mil dólares ao dia de contribuição. A maior parte desse dinheiro provinha dos dízimos de seus membros que eram percentualmente maiores que os dízimos devolvidos pela esmagadora maioria dos crentes de outras instituições. No entanto, sabe-se que o tema dos dízimos ainda suscita acirrados debates, com igrejas que o defendem e igrejas que o rejeitam. A maior parte das igrejas cristãs dizem que a Torah de Moisés foi abolida e que os escritos dos profetas foram tornados sem efeito nas suas ordenanças, valendo agora só as ordens do Novo Testamento, mas paradoxalmente empregam os escritos dos dízimos contidos na Torah e nos profetas para sustentar seus ministérios e estruturas organizacionais. Minorias importantes como as testemunhas de Jeová, e os cristãos no Brasil em contrapartida dizem que o sistema de dízimos estava preso ao Templo e que tendo sido destruído e seus serviços tornados sem efeito já não há causa alguma para seu emprego. Por isso vamos primeiro À Torah. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 150 Volume I – O Israelis mo Britânico Argumenta-se com frequência que o dízimo era apenas de produtos agrários não beneficiados, da semente do campo ao fruto das árvores, dos cereais ao gado e ao rebanho. E que esse dízimo não incluía dinheiro. Isso pode facilmente rebatido considerando-se a compreensão hebraica milenar acerca do que constituem os dízimos. Observe que o patriarca Avraham tomou todos os bens de Sodoma, e depois Avraham dizimou todos os bens (Bereishit/Gn 14:20. Da mesma forma Yakov jurou solenemente que daria o dízimo de tudo o que recebesse de Adonay. (Bereishit/Gn 28:22). Os Patriarcas Dizimaram Antes de Haver Levitas e Santuário É um fato que antes mesmo do dízimo ser regulamentado como uma prática da Torah ele já era dado pelos patriarcas, ainda que nesse caso não por ordenança, mas por pura dadivosidade. Assim, Avram, ainda antes de ter seu nome mudado, depois de enfrentar os reis de Sodoma, tendo tomado despojos de guerra e tendo sido abençoado pelo kohen le`El Elion (sacerdote do Elohim Altíssimo) decidiu entregar-lhe os dízimos de tudo. "E o rei de Sodoma saiu-lhe ao encontro (depois que voltou de ferir a Quedorlaomer e aos reis que estavam com ele) até ao Vale de Savé, que é o vale do rei. E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e era este sacerdote do Deus Altíssimo. E abençoou-o, e disse: Bendito seja Avram pelo Elohim Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra; e bendito seja o Elohim Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E deu-lhe o dízimo de tudo.‖ Bereishit/Gn 14:17-20: A narrativa é conclusiva, va`yiten ló maaser mi`kol (e deu-lhe o dízimo de tudo) e nos permite concluir que muito tempo antes do sacerdócio levítico tomar o lugar o sacerdócio dos primogênitos, Avraham já entregava o maaser, ou seja o dízimo ao sacerdote Melktsedek. Isso torna óbvio que qualquer crente, abençoado em seu pai Avraham pode alegremente contribuir para que o sacerdócio de Melktsedek, que não é outro senão o do Maschiach Yeshua seja sustentado através de dízimos voluntariamente dados para a sua obra. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 151 Volume I – O Israelis mo Britânico Nota-se que esse sacerdócio a quem Avraham dizimou era tão elevado que o próprio patriarca, pai de uma nação sacerdotal que haveria de começar com seus descendentes devolveu o dízimo a ele de tudo quanto possuía. A importância desse sacerdócio por meio do qual Avraham foi abençoado nessa terra será depois usada pelo autor da carta dirigida exclusivamente ao povo hebreu como elemento de prova em favor da busca de um sacerdócio de maior valor que o sacerdócio levaita. O sacerdócio de Melktsedek, lembra o autor foi recebedor dos dízimos do sacerdócio levitíco quando este existia apenas no DNA de Avraham Avinu. ―Porque este Melktsedek, que era rei de Shalém, sacerdote do Deus Altíssimo, e que saiu ao encontro de Abraão quando ele regressava da matança dos reis, e o abençoou; a quem também Avraham deu o dízimo de tudo, e primeiramente é, por interpretação, rei de justiça, e depois também rei de Shalém, que é rei de paz; sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida, mas sendo feito semelhante ao Filho de Elohim, permanece sacerdote para sempre. Considerai, pois, quão grande era este, a quem até o patriarca Avraham deu os dízimos dos despojos. E os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm ordem, segundo a Torah, de tomar o dízimo do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que tenham saído dos lombos de Abraão. Mas aquele, cuja genealogia não é contada entre eles, tomou dízimos de Avraham, e abençoou o que tinha as promessas. Ora, sem contradição alguma, o menor é abençoado pelo maior. E aqui certamente tomam dízimos homens que morrem; ali, porém, aquele de quem se testifica que vive. E, por assim dizer, por meio de Avraham, até Levi, que recebe dízimos, pagou dízimos. Porque ainda ele estava nos lombos de seu pai quando Melkitsedk lhe saiu ao encontro." Irim/Hb 7:1-10. Vemos claramente pela midrash que o sacerdócio de Melktsedek é superior ao de Levy e que este sacerdócio, que precede ao Templo procede a ele, pois é o sacerdócio de Yeshua, já que ele sendo da tribo de Yehudáh não podia ser sacerdote. Bem, esse é o nosso sacerdócio, e é para sua manutenção que os crentes podem doar livremente, e mesmo a isso serão compelidos pelo amor à causa. Bem, o exemplo de Avraham Avinu não é de forma alguma o único na era patriarcal. Tudo indica que o costume de oferecer uma parte da renda para o serviço do Eterno existia desde os tempos de Noach ou talvez antes. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 152 Volume I – O Israelis mo Britânico Como sabemos, inspirado pelo exemplo de seu avô que voluntariamente entregou 10% de seus bens ao kohen que acabara de abençoá-lo espiritualmente depois que Elohim o abençoara fisicamente com a vitória estrondosa sobre seus inimigos, Yakov seu neto decidiu também ser um dizimista. O pai de Israel votou solenemente através, que se ele fosse abençoado em tudo conforme as promessas que acabara de receber, então ele também devolveria a Adonay uma parte de suas bênçãos materiais. O valor dessa devolução seria a mesma que seu avô Avraham havia dado, exatamente 10%. Mais uma vez ficava patente o dízimo como uma entrega voluntaria de parte da renda. ―E Yakov fez um voto, dizendo: Se Elohim for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me der pão para comer, e vestes para vestir; e eu em paz tornar à casa de meu pai, Yah me será por Elohim; E esta pedra que tenho posto por coluna será casa de Elohim; e de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo.‖ Bereshit/Gn 28:20-22: À luz dessas declarações se nota quão distantes estão aqueles que consideram o dízimo como uma prática ligada ao templo e aos levitas unicamente. Todo o crente pode voluntariamente, sem ser compelido por nada mais do que o amor a causa que abraça dizimar em sua congregação para que ela possa sustentar seu local de culto, suas tarifas de serviço, seus tributos, seus ministros e funcionários e para que ela possa edificar seus locais de adoração e reunião e manter seus programas de divulgação da mensagem seja ela escrita, radial, televisiva ou virtual. É lamentável quando pessoas que fizeram votos de dizimar suas rendas quando estavam na igreja romana ou numa organização neopentecostal, quando se aproximam mais da luz decidem não contribuir mais. Deveria ser justamente o contrário. Quanto mais nos apercebermos da luz, e de quanto ela foi importante para nós, mais deveríamos doar para que a causa seja fortalecida. Claro que quando dizemos apenas que o crente pode dizimar estamos nos baseando nos dízimos de Avraham entregues voluntariamente a Melktsedek e os de Yakov prometidos também voluntariamente ainda que não nos seja informado o destinatário. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 153 Volume I – O Israelis mo Britânico A Torah nos fornece outras fontes acerca das quais podemos nos assessorar para estabelecer uma correta compreensão das leis do dízimo. Surge o Sacerdócio Levítico Adicionalmente, inaugurada a aliança do Sinai, e pouco depois da veneração do bezerro de ouro por parte dos israelitas, o sacerdócio dos primogênitos de Israel foi removido deles pela sua infidelidade e posto sobre os levitas. ―Eu, eu mesmo tenho tomado os levitas do meio dos filhos de Israel, em lugar de todo primogênito, que abre a madre, entre os filhos de Israel; e os levitas serão meus, porque todos os primogênitos são meus. No dia em que feri a todos os primogênitos na terra do Egito, santifiquei para mim todos os primogênitos em Israel, tanto dos homens como dos animais; meus serão. Eu sou Yah.‖ Bamdbar/Nm 3:12-13. Logo dessa comunicação Adonay determinou que fossem contados todos os homens levitas, a começar pelos bebês maiores de 30 dias um contagem que resultou em 22 mil almas. ―Todos os que foram contados dos levitas, que Moisés e Arão contaram por mandado do Senhor, segundo as suas famílias, todos os homens de um mês para cima, eram vinte e dois mil.‖ Bamdbar/Nm 12:39. Isso não significa que os primogênitos deixaram de ser importantes. Adonay havia salvado todos os primogênitos de Israel, homens e Animais e se tornaram a sua propriedade. Assim eles também foram contados. A soma revelou 273 primogênitos com mais de 30 dias de vida a mais que os 22 mil levitas. ―Moshe, pois, contou, como Yah lhe ordenara, todos os primogênitos entre os filhos de Israel. E todos os primogênitos, pelo número dos nomes, da idade de um mês para cima, segundo os que foram contados deles, eram vinte e dois mil duzentos e setenta e três.‖ Bamdbar/Nm 12:42-43.. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 154 Volume I – O Israelis mo Britânico Terminada a contagem nascia uma nova lei em Israel, o resgate dos primogênitos. O primeiro resgate foi dos 273 primogênitos que excediam aos levitas. Mais tarde Adonay ordenou que todo o primogênito fosse resgatado. O primogênito das cabras, vacas e ovelhas, a até mesmo de animais impuros como cavalos e jumentos que não podem ser ofertados também pertenciam a Adonay, e tinham de ser comprados para passar a seus donos. No caso de um animal impuro, se o dono não o quisesse remir tinha de sacrificá-lo, mas de modo algum se beneficiar se seu serviço sem pagar o preço devido a Adonay. Quando se trata de um menino nascido na família, o primogênito é resgatado mediante o pagamento dos םישמ לקש mishim shekel ou cinco siclos de prata que equivalem a cerca de 101 gramas ou 193,42 reais hoje (20/3/2012). Esta é uma prática que alguns crentes que vivem no campo mantém até hoje em algumas comunidades cristãs. Aqueles que se sentem chamados pela ruach a praticar essa mitzvah hoje podem usar a escala de preço de 3% para animais comparado ao preço de um macho adulto e de 2% das colheitas. Entrei nesse campo por que alguns judaizantes, especialmente os que renegam Yeshua, tecem comentários negativos em relação aos crentes messiânicos que dizimam suas rendas na atualidade. Afirmam que isso é coisa de goy por que não há sacerdócio ou templo de pé e tais somas não podem ser trazidas à uma congregação local sem incorrer em delito. Essa é uma desculpa esfarrapada para aqueles que se apegam mais ao dinheiro que à causa. O shemá, a mais importante oração judaica determina que amemos a Adonay com todo o nosso coração, com toda a nossa alma e com todas as nossas posses. Depois do templo temos o dever de amar a Adonay com nossas posses como os patriarcas o fizeram antes dele e cuidar para que sua causa não sofra um dano ainda maior. Verdade é que o judaísmo rabínico cancelou a prática do Maasser rishon ou primeiro dízimo que era a doação de 10% das colheitas para os levitas, bem como do maasser sheni que era a entrega do segundo dízimo dos levitas para os sacerdotes. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 155 Volume I – O Israelis mo Britânico A alegação é de que o templo não está de pé. No entanto, mesmo não dizimando para os sacerdotes eles mantiveram Maasser Ani o dízimo para os pobres sobre o qual falaremos adiante bem como o resgate dos primogênitos, cujo preço deve ser pago em qualquer lugar como ensina a Beit Chabad. ―Cada judeu (exceto cohen ou levi) deve redimir seu filho primogênito nascido (de parto natural, sem aborto anterior) de mãe judia (não filha de cohen ou levi) no 31º dia de vida, com cinco shecalim (moedas de prata equivalentes a 101 g de prata pura). Esta quantia de resgate deve ser entregue, em prata, ao cohen durante a cerimônia. Se o 31º dia coincidir com Shabat ou Yom Tov, (que proíbe transações comerciais) deve ser adiada para o dia seguinte.‖ (Pidyon Haben: a mitsvá de redimir o primogênito, Chabad.Org.br, página visitada em 19/3/2012. http://www.chabad.org.br/ciclodavida/pidyon_haben/pidyonHaben.html ) A Revista Morasha, que representa o caminho do meio no judaísmo religioso mostra que tal valor pode ser dado para a caridade como podemos ler na sua página visitada a 19/3/2012. ―O pagamento do resgate é fixado pelas Escrituras em 5 shekelim de prata (equivalentes a 101 gramas de prata pura. Nos Estados Unidos usa-se 5 dólares de prata e o dinheiro geralmente destina-se a uma instituição de caridade). Aqui em São Paulo costuma-se colocar as moedas em leilão. O dinheiro arrecadado vai para caridade.‖ (http://www.morasha.com.br/conteudo/artigos/artigos_view.asp?a=7&p=0 ) Maassser Rishon - O Primeiro Dízimo do Povo Para os Levitas Se o resgate do primogênito deve ser dado por que não o dízimo para o sustento do ministério imitando nossos patriarcas de abençoada memória? Esclarecido que mesmo os judeus rabínicos fazem o resgate monetário do primogênito em sua congregação com o seu equivalente as 101 gramas de prata, fica mais que evidente que o fato deles não destinarem mais dízimos aos levitas como os messiânicos fazem a seus ministros é uma questão de interpretação. Dito isso falemos agora do Maasser Rishon, ou Primeiro Dízimo que era dado anualmente pelo povo aos levitas. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 156 Volume I – O Israelis mo Britânico "Também todas as dízimas do campo, da semente do campo, do fruto das árvores, são de Yah; santas são ao Yah. Porém, se alguém das suas dízimas resgatar alguma coisa, acrescentará a sua quinta parte sobre ela. No tocante a todas as dízimas do gado e do rebanho, tudo o que passar debaixo da vara, o dízimo será santo ao SENHOR. Não se investigará entre o bom e o mau, nem o trocará; mas, se de alguma maneira o trocar, tanto um como o outro será santo; não serão resgatados." Vaykrá/Lv 27:30-33. Notas-se aqui que o dízimo era integral sobre o produto de cada ano. E é muito interessante a forma de se dizimar o rebanho. Ele passava debaixo de uma vara, no curral. Se contava do 1 ao 9 como sendo nosso, o 10º, fosse gordo ou magro, feio ou bonito era de Adonay. Esse é um exemplo para os que votam dizimar hoje. Você não pode ir para a feira e dizer: Vou dizimar as galinhas, mas não os patos que vender. Você não pode dizer, vou dizimar meu salário, mas não as férias. Bem, a não ser que você não se tenha comprometido com os dízimos. Há de se notar que a Torah fala daquilo que os filhos de Israel produziam e que era a base de sua economia. Isso não é desculpa alguma para que aqueles que não plantam oliveiras, não criam vacas e não produzem trigo se sintam desobrigados de seus deveres para com a causa. Isso seria muito cômodo para o comerciante da farmácia que se sentiria desobrigado de sustentar a congregação e muito incomodo para o criador de ovelhas que a teria de carregar sozinho como se ela só fosse dele. Como já vimos no caso das primícias, cada ser humano e animal tinha seu valor monetário. Além disso o próprio uso da valores monetários substitutos está presente na ordenança. Suponha que você morasse a 700 km de Yerushalaim e tivesse que levar 10% das 1500 vacas, ovelhas e bois que nasceram no último ano e ainda 10% das 20 toneladas de cereais que foram produzidas. Isso envolveria gasto com transporte e pagamento de pessoal para o serviço. Estes gastos não podiam ser deduzidos dos dízimos. Eles tinham de ser tirados de seu bolso. Isso quer dizer que produto dos dízimos era intocaével. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 157 Volume I – O Israelis mo Britânico Se você concluísse que gastaria o equivalente a 30% desses dízimos para levá-los ao santuário poderia diminuir esse gasto transformando todo o valor desses dízimos em prata, ouro ou qualquer outro valor facilmente transportável, só que nesse caso, para prevenir a usura a Torah determina que o remidor tinha de acrescentar 20% a mais sobre esse valor. Bom isso nos remete de novo ao dízimo para os levitas que eram os destinatários perpétuos dos dízimos do templo já que só eles podiam se achegar ao Templo, e que a eles não lhes era permitido ter terras rurais, apenas lotes urbanos para construírem suas casas nas 48 cidades destinadas a eles. Ou seja, os levitas estão privados da maior fonte de renda que é a terra. ―E eis que aos filhos de Levi tenho dado todos os dízimos em Israel por herança, pelo ministério que executam, o ministério da tenda da congregação. ... Porque os dízimos dos filhos de Israel, que oferecerem a Yah em oferta alçada, tenho dado por herança aos levitas; porquanto eu lhes disse: No meio dos filhos de Israel nenhuma herança terão.‖ Bamdbar/Nm 18:21-24 Logo os dízimos para os levitas não podiam ser retidos por parte do ofertante, não podiam ser tomados emprestados para serem devolvidos no próximo ano, não podiam ser consumidos. Eles pertenciam a Adonay que havia feito dos levitas os seus sacerdotes desde o momento em que pelo pecado das tribos diante do bezerro de ouro eles haviam perdido o direito de ter seus primogênitos como kohanin. Qualquer uso das coisas santas exigia reparação com um acréscimo de 20% sobre o valor. Este era um dízimo anual. Deixar de entregar todos os dízimos era considerado um roubo de seu legítimo dono. E o resultado era a maldição sobre os campos e sobre as finanças. Por outro lado, cumprir fielmente com o dever resultava em bênçãos sobre as fontes de produção. Esta benção abriria os olhos das nações verem Israel como um povo bem-aventurado. Temos razões de sobra para acreditar que Adonay ainda honra com bênçãos aqueles que voluntariamente abençoam sua causa, ainda que o texto seguinte diga respeito ao Templo. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 158 Volume I – O Israelis mo Britânico ―Roubará o homem a Elohim? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, sim, toda esta nação. 10 Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz Yah Tsebaot, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes. E por causa de vós repreenderei o devorador, e ele não destruirá os frutos da vossa terra; e a vossa vide no campo não será estéril, diz Yah Tsebaot. E todas as nações vos chamarão bem-aventurados; porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o SENHOR dos Exércitos. Malachy 3:8-12: Reconhecemos que as maldições decorrentes da subtração dos dízimos diziam respeito apenas ao Templo e este não está de pé. Usá-lo com a veemência que os marqueteiros da fé o empregam para explorar o povo a doar milhões para seus empreendimentos milionários ameaçando-os com maldições sem fim, com o alcance de bruxedos e demônios, com a fila do desemprego, com o descalabro familiar, com ―ou dá o desce‖, ou o ―se não der pra Deus vai dar pro diabo‖ da célebre frase do Edir Macedo, foge ao escopo das Escrituras, estimula o egoísmo em vez do altruísmo. Um crente messiânico não deve ser levado a contribuir para a causa confundindo congregação com igreja ou Beit Knesset com Beit Há Mikdesh. Além, do mais ninguém deve ser coagido a doar por que ama as bênçãos resultantes de sua doação. O crente iluminado pela palavra doará por amor à causa que ele abraça. Ele considerará que as bênçãos já vieram, e que por isso ele está doando seus dízimos e ofertas. Isso é claro não precisa excluir o desejo e a espera de maiores bênçãos de corrente do cumprimento de nossos votos. O que a Torah nos ensina é que se votamos servir a Adonay com nossas rendas, devemos ser tão fiéis em nossos votos como desejamos que ele seja fiel conosco abençoando nosso trabalho e tornando-o produtivo. Logo, não há nenhuma incompatibilidade entre a fé na Torah e a entrega de maasser numa congregação, tanto quanto não o há em resgatar o primogênito e dá-lo a um kohen ou a uma creche da congregação. Ambos os casos são manifestações de zelo pela Torah, ainda que cada grupo entenda seu dever de maneira diferente. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 159 Volume I – O Israelis mo Britânico Maassser Rishon - O Primeiro Dízimo do Levita Para o Sacerdote Por sua vez os levitas também se convertiam em dizimistas. Computados os valores que entravam anualmente nos celeiros, os levitas separavam 10% de tudo isso e o davam aos sacerdotes. Se tratava ainda do Maasser Rishon ou Primeiro Dízimo, por que era um dízimo anual. O Dízimo dos levitas para os sacedotes eram pois apenas a redistribuição dos dízimos. Assim como 90% da renda ficava com o povo e 10% eram dados aos levitas, também estes participavam alegremente da dádiva da doação separando 90% para eles e entregando os outros 10% aos kohanin ou sacerdotes par a manutenção de suas famílias. Claro que o povo também experimentava a alegria de doar diretamente para os sacerdotes. Isso acontecia especialmente nas festas quando o povo ia à Yerushalaim com cestos cheios dos primeiros frutos de sua colheita e os doava ao sacerdote que os depositava diante do altar enquanto o festival prosseguia. Essa era a oferta do bikurim ou primícias. A descrição de como elas eram dadas se encontra em Devarim/Dt 5. A ordenança era: ―As primícias dos primeiros frutos da tua terra trarás à casa do Senhor teu Deus.‖ Shemot/Ex 23:19. Além disso, o sacerdócio recebia cerca de 2º das colheitas na forma de terumah guedolah. Como já vimos anteriormente todos os primogênitos de Israel eram remidos através de 101 gramas de prata. O valor dessa remissão, o Peidyon há Ben ou Resgate do Filho também era destinado aos sacerdotes. Achei muito inspirador quando uma família de nossa congregação, tendo colhido o primeiro cacho de uma bananeira do quintal apareceu durante uma das festas bíblicas na congregação com diversas pencas de banana e as distribuiu entre os irmãos, separando uma poção dupla para nossa família por nos dedicarmos mais integralmente ao serviço. Esse é um exemplo de como o espírito da Torah pode ser cumprido para que seus valores se perpetuem entre nós e nos recordemos que nossas colheitas são o resultado da benção de Adonay que nos deu um solo para plantar e cuidou de nossa semente até virar fruto. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 160 Volume I – O Israelis mo Britânico Para os dias de hoje, reservar um dia de seu salário a cada quatro meses para abençoar aquele que se dedica à ministração da palavra a orar com as famílias e a prestar auxílio espiritual, alguém que você sente que atua como um sacerdote para ser beneficiado por essa oferta extra pode ser uma alternativa para conservar o mesmo espírito dos dias da Torah. Recordemos que a Torah é espiritual é que não é seu cumprimento literal, hoje até impossível o que vale, mas nosso mover em seu espírito. Nesse caso, porém não confunda os papéis. A Terumah guedolah não é o mesmo que tsedakah ou ajuda aos pobres. Se bem que ajudar aos pobres também seja um dever sagrado, se você se sente inclinado a dar Terumah esta tem de ser destinada diretamente aos que dedicam sua vida à causa de Adonay. Assim, se a Tesadakáh pode ser dada a qualquer pessoa mais pobre, de preferência da mesma fé, a Terumah é exclusiva para os que ministram, sejam eles ou não carentes. No entanto, essa é uma doação que vem do coração. Não creio que deva ser imposta hoje, ainda que certamente a disposição de cumpri-la resultará em bênçãos, por que todos os que semeiam em benção, em benção também ceifarão. ―E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância também ceifará‖ (2 Co 9.6). Os sacerdotes por sua vez, não tendo em Israel uma autoridade espiritual maior que a deles, estavam isentos de dizimarem, mas não do dever de ofertar a Adonay, de dar tsedakah aos mais pobres e de hospedar os sem teto. No reino todos são doadores, principalmente os que mais recebem. Um exemplo disso era o que acontecia com os assassinos involuntários, aqueles que por serem do tipo: ―não levo desaforo para casa‖, revidavam ou provocavam brigas que resultavam na morte do adversário, mesmo não tendo a intenção de o fazer. Estas pessoas, por serem de temperamento violento podiam ser mortas pelo vingador de sangue, e por isso fugir para as irei miklat (cidades de refúgio) e a tradição diz que os mais violentos se hospedavam com o sacerdote. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 161 Volume I – O Israelis mo Britânico Maasser Sheni רשעמ ינש- O Segundo Dízimo (Para as Festas) Outro dízimo mencionado na Torah é o רשעמ ינשMaasser Sheni, o Segundo Dízimo dedicado integralmente à celebração das festas bíblicas cujo produto era dedicado inteiramente ao serviço de Adonay. Era uma reserva em produtos para que as pessoas pudessem estar preparadas para irem a Yerushalaim, cidade sagrada e centro de todo o turismo religioso de Israel. “Certamente darás os dízimos de todo o fruto da tua semente, que cada ano se recolher do campo. E, perante Yah teu Elohim, no lugar que escolher para ali fazer habitar o seu nome, comerás os dízimos do teu grão, do teu mosto e do teu azeite, e os primogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas; para que aprendas a temer a Yah teu Elohim todos os dias. E quando o caminho te for tão comprido que os não possas levar, por estar longe de ti o lugar que escolher Yah teu Elohim para ali pôr o seu nome, quando Yah teu Elohim te tiver abençoado; então vende-os, e ata o dinheiro na tua mão, e vai ao lugar que escolher Yah teu Elohim; e aquele dinheiro darás por tudo o que deseja a tua alma, por vacas, e por ovelhas, e por vinho, e por bebida forte, e por tudo o que te pedir a tua alma; come-o ali perante Yah teu Elohim, e alegra-te, tu e a tua casa; porém não desampararás o levita que está dentro das tuas portas; pois não tem parte nem herança contigo.‖ Devarim/Dt 14:22-27. Diferentemente do primeiro dízimo, que era anual, este segundo dízimo era separado no primeiro, segundo, quarto e quinto ano do ciclo sabático. Significa que quatro em cada sete produções anuais eram dizimadas para serem consumidas durante as festas que se realizavam três vezes por ano em Yerushalaim. Ou seja, o segundo dízimo era fixo, mas sua separação não era regular, e por isso não era consagrado no terceiro, no sexto e no sétimo ano do ciclo sabático. Isso dava uma média de 5,71% da produção anual. Vemos também que esse dízimo se somava ao que já se dava aos levitas. Ou seja, ele não podia ser deduzido daquele dízimo que tinha de ser dado para sustentar os levitas que, não sendo donos de extensões de terra, ficariam desamparados e incapazes de viver e muito mais de celebrar festa diante de Adonay. Logo o dízimo para os levitas era uma obrigação sagrada e permanente. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 162 Volume I – O Israelis mo Britânico Claro que havia uma diferença básica em relação ao primeio dízimo, o dízimo para as festas não era entregue. Era retido pela família em suas dispensas até a hora de vendê-lo com o fim expresso de ir à Yerushalaim ou então de o transportar ao lugar sagrado. Por outro lado o dinheiro da venda, caso ela tivesse sido efetuada tinha de ser outra vez convertido em produtos que a pessoa desejasse quando chegasse em Yerushalaim. Desta forma quem cultivava trigo podia converter parte do produto em vinho, quem pisava lagares podia converter uma parte em azeite, quem vendia o azeite podia comprar gado. Isso alimentava também a economia de Yerushalaim uma cidade que dependia naquele tempo como hoje em grande parte do turismo religioso. Vemos que era desígnio de Adonay que o povo satisfizesse todo o desejo de suas almas no que se relaciona ao apetite por comidas kashrut, por vinho e por cervejas elaboradas de frutos ou de cereais. É notável a ordem de que esse dízimo convertido em dinheiro podia ser reconvertido em vacas, ovelhas, vinho e bebida forte para que houvesse alegria diante de Adonay. Pretender que o culto de adoração e louvor seja destituído de alegria deve tudo à cabeça dos homens e nada à palavra do Criador. Ele queria alegria em sua presença na festa dos pães ázimos quando também se fazia a festa da sega, na festa do shavuot (pentecostes) e na festa de sukot (tabernáculos). Eram as chagim regalim ou festas de peregrinação.Estas festas que exigiam a ida ao lugar que o Eterno escolhesse, primeiro onde estivesse santuário móvel e mais tarde Yerushalaim se realizavam três vezes por ano. E o povo não podia ir de mãos vazias. ―Três vezes no ano me celebrarás festa: A festa dos pães ázimos guardarás: sete dias comerás pães ázimos como te ordenei, ao tempo apontado no mês de abibe, porque nele saíste do Egito; e ninguém apareça perante mim de mãos vazias; também guardarás a festa da sega, a das primícias do teu trabalho, que houveres semeado no campo; igualmente guardarás a festa da colheita à saída do ano, quando tiveres colhido do campo os frutos do teu trabalho. Três vezes no ano todos os teus homens aparecerão diante de Yah Elohim.‖ Shemot/Ex23:14-17. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 163 Volume I – O Israelis mo Britânico Sobre o segundo dízimo resta apontar que ele não era um dízimo para ser entregue a outros, mas para ser consumido alegremente pela própria família, já seja diretamente ou através dos produtos que sua venda pudesse comprar. Os 5,71% de dízimo das colheitas que Adonay exigia anualmente em média de cada família eram um patrimônio da família, só que havia uma restrição, eles não podiam ser consumidos de outra forma que não fosse festejando em honra a Adonay que lhes dera as colheitas. Além disso, estas festividades deveriam ser celebradas na cidade santa. Financiando as Festas Fora de Yerushalaim A ordem para que as festas fossem celebradas em Yerushalaim excitou os debates entre os judeus durante o exílio. Como dizimariam para que pudessem comer nas festas com seus familiares e amigos se a cidade escolhida havia sido tomada e eles haviam sido afastados para tão longa distância? A queda e o exílio os levou a concluir que se deixassem de celebrar as festas depressa o povo se esqueceria delas. Os judeus messiânicos, embora prezassem muito a presença na cidade santa por ocasião das festas, seguindo o exemplo de Yeshua que subia à Yerushalaim para as celebrar entenderam ainda mais rápido que os judeus rabínicos a necessidade de celebrá-las também na diáspora, incluindo os prosélitos do judaísmo sempre que ir a Yerushalaim fosse impossível. Por essa razão Shaul apelou aos irmãos de Corinto que participassem da festa do Pessach, ainda que limpos do fermento, não apenas do pão, mas também do pecado. As celebrações no início eram trabalhosas. O uso do vinho, que sempre acompanhou as celebrações judaicas por ordenança de Adonay contida na própria Torah devia ser limitado a alegrar o povo. Os recém chegados mais entusiasmados se embriagavam e se empanturravam e deixavam os mais tímicos com fome. Nada que Shaul não considerasse passível de correção. Shaul aproveita a ordenança justamente para lhes dar uma grande lição, os símbolos nada são sem o entendimento do mesmo. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 164 Volume I – O Israelis mo Britânico ―Purificai o velho fermento, para que sejais uma nova massa, assim como sois sem fermento. Pois, na verdade, o Maschiach, que é nossa páscoa, foi imolado. Por isso celebremos a festa, não com o velho fermento, nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com os asmos da sinceridade e da verdade.‖ 1 Coríntios 5:7-8 Claro que para celebrar estas festas, ainda que em memória é necessário que cada família da congregação dedique uma parte de sua renda para isso. O dízimo das festas está intimamente ligado elas. Elas são festas perpétuas e se as celebramos, devemos fazê-lo alegremente e com meios. Se os filhos de Israel separavam em média 5.71% das suas colheitas para essa celebração, além dos dízimos entregues regularmente par ao sustento do ministério por que os membros da congregação não deveriam também dar ofertas especiais para tornar possível a celebração de tais festas? Bem essa parece ter sido a proposta inicial do movimento de Armstrong. As festas são perpétuas, devem ser celebradas por Israel onde ele estiver, e se as festas são perpétuas, também devem ser perpétuos os dízimos que as acompanhavam. Assim, os membros compareciam a locais especiais escolhidos para celebrar as festas e trariam seu segundo dízimo. Este serviria não só para os gastos de organização da mesma, que eram elevados, pois se escolhiam locais de fácil acesso e que pudessem oferecer conforto aos membros, mas também reforçaria o caixa da organização. Sou de parecer que os ministérios de restauração devem evitar esse caminho. O problema com esse método a meu ver é que ele fazia os irmãos doarem mais do que era necessário. Isso criava uma carga adicional para as famílias às voltas com a prestação da casa própria, com a mobília, com as parcelas do carro, com o vestuário, com a alimentação, com o ensino dos filhos e com um sem número de outras despesas. Não creio que os doadores deixaram de ser abençoados e prosperados. Era um ato de fé, e por certo pode ter sido galardoado, principalmente por que eles tinham em mente divulgar algumas das mais fascinantes verdades que quase nenhum outra igreja pregava, e que só a IDU o fazia de forma massiva pelos meios de comunicação. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 165 Volume I – O Israelis mo Britânico Se não houvesse um retorno maior em bênçãos, pelo menos eles muito se alegravam em ver a organização investindo no rádio, na televisão, num poderoso parque gráfico que consumia milhares de toneladas de papel industrial por ano e nos mais suntuosos prédios que alguma vez uma igreja nos Estados Unidos já ousaram investir. Apesar disso, uma organização não pode se edificar e prosperar a si mesma às expensas do povo que a sustenta. Além disso, devemos aprender a não ir além do que a Palavra ensina. Criar mais um tributo espiritual regular significa retirar 10% da renda das famílias e criarmos um gerenciamento mercantilista da obra que cedo ou tarde se revelará um fracasso. A Torah é clara, aquele dízimo era para ser consumido alegremente na presença de Adonay. Ele não deve ser empregado para encher as burras da organização de dinheiro. Que cada congregação estude um método de financiar suas próprias festas sem a ingerência da sede. E bem, ainda que decidam fazer festas associando várias congregações, que estas decidam as quotas de cada membro e reúnam seus esforços sem dilapidar as verbas dos irmãos. A cobrança de um segundo dízimo, seja ele de 5,7% ou de 10% não se sustenta na Torah e deve ser completamente descartada. O רשעמ ינעMaassser Ani – O Dízimo dos Pobres A Igreja de Deus Universal foi um dos maiores fenômenos de arrecadação de dízimos proporcionais de todos os tempos. Segundo Gerald Flurry, Pastor Presidente da Igreja de Deus Filadélfia, uma das ramificações fiéis das IDU`s surgidas a partir do movimento de apostasia instaurado após a morte de Herbert Armstrong os 88.455 membros que a igreja tinha em 1.987 doaram 192 Milhões de dólares. Estima-se que nos cinco anos que precederam à grande apostasia conduzida pelo Pastor Geral Joseph Tkach (1927-1995) substituto de Herbert Armstrong cerca de 1 bilhão de dólares entraram nas contas da Igreja de Deus Universal. Foram 201 milhões em 1988, 214 milhões em 1989 e 222 milhões em 1990. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 166 Volume I – O Israelis mo Britânico Nada menos que 607 mil dólares entraram por dia nos cofres da Igreja de Deus Universal no último ano antes da Grande Dispersão, como a apostasia é chamada pelos que se mantiveram fieis à doutrina de seu fundador. Isso lhe permitia não só manter seus templos e ministros, sua suntuosa sede e seus programas educacionais como também a distribuição gratuita de quase 10 milhões de revistas mensais com elevada qualidade gráfica e em oito línguas diferentes, seus programas sonoros em 398 estações de rádio e seus programas de televisão em dezenas de canais através do mundo. Cada membro da igreja, então presente em 80 países, dizimou ou ofertou em 1988 uma média de 2.170 dólares, isso quando a renda per capta americana era de apenas 20 mil dólares. Como podia a Igreja de Deus Universal manter arrecadações tão altas? Herbert Armstrong, primeiro e as igrejas que se consideram suas continuadoras depois como a Igreja de Deus Filadélfia de Gerald Flurry e Igreja de Deus Restaurada de David C. Pack bem como outras da família perseveram em ensinar a seus fiéis a dizimarem três vezes. Isso em parte explica por que a Igreja de Deus Filadélfia com apenas 5.500 membros teve uma arrecadação de 20,6 milhões de dólares em 2010, uma média de 3.745 dólares por membro. Armstrong foi de parecer que a restauração de toda a verdade passava por trazer de volta aos dias de hoje a prática de dizimar trienalmente para os pobres, as viúvas e os órfãos. Bem, se existe um ponto onde o judaísmo tradicional dos rabinos se encontrou com a igreja cristã foi justamente esse. Embora o judaísmo tradicional acredite que na atualidade tanto o Maasser Risshon (primeiro dízimo) como o Maasser Sheni (segundo dízimo) não podem ser dados enquanto o templo estiver em ruínas e pague seus rabinos e sustente suas congregações por meio de tsedakah, eles acreditam que o maasser ani, o dízimo dos pobres está de pé e deve ser doado regularmente. Obviamente já falamos que não precisamos recorrer ao maasser sheni para o sustendo do ministério. Nosso sacerdócio é o de Melktsedek a quem Avraham abençoou. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 167 Volume I – O Israelis mo Britânico No entanto esbarramos diante de outro tributo religioso que se junta ao masser rishon (Primeiro dízimo), ao maasser sheni (Ao segundo dízimo), à Terumah guedolah (oferta alçada), ao peidion há ben (resgate do primogênito), à tsedakah (caridade) e ao bikurim (primícias). A pergunta é o que fazemos com essa ordenança? ―Ao fim de três anos tirarás todos os dízimos da tua colheita no mesmo ano, e os recolherás dentro das tuas portas; Então virá o levita (pois nem parte nem herança tem contigo), e o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, que estão dentro das tuas portas, e comerão, e fartar-se-ão; para que Yah teu Elohim te abençoe em toda a obra que as tuas mãos fizerem. Deuteronômio 14:28-29 Se trata aqui de um dízimo doado irregularmente de acordo com o ciclo de sete anos que concluía com o ano sabático. Só que diferentemente do maasser sheni, o segundo dízimo, que era dado no primeiro, no segundo, no quarto, no quinto e no sétimo ano, o maasser ani, o dízimo dos pobres era dado no terceiro e no sexto ano. Isso resultava numa média menor, da ordem de 3,3%. Antes de prosseguirmos convém citar que o judaísmo rabínico entende que a prática de dizimar é uma faca encostada na garganta de nosso egoísmo. É importante ressaltar que os argumentos tecidos por cristãos de que o dízimo envolve apenas produtos do campo não tem a ver com o judaísmo. Este sempre entendeu que colheita e renda são frutos das bênçãos de Adonay. A propósito cito um comentário do judaísmo chassidico: ―Tudo o que possuímos é um empréstimo de D'us. Na realidade, tanto a colheita, como a renda monetária de cada indivíduo é um presente Divino. A Torá não quer que nos esqueçamos disto. Por isso, instituiu que um décimo da colheita, ou da renda, fosse doada. Este é um lembrete de que na realidade nenhum bem material é nossa propriedade eterna, e temos de usar o que temos agora para o bem. A Torá nos ordena dar um décimo de nossa renda líquida. É meritório dar 20% (Shulchán Aruch Yore Dea 249:1). (Beit Chabad, Ética e Sabedoria, Maasser, http://www.chabad.org.br/biblioteca/artigos/maasser/home.html visita em 20 de março de 2012) Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 168 Volume I – O Israelis mo Britânico Portanto não procede o conceito de que judaísmo não dizima e menos ainda que não dizima com dinheiro. O que o judaísmo rabínico fez foi fundir os preceitos ligados à Maasser. Uma vez que o Templo não está mais de pé e que o sacerdócio levítico não está em operação, eles não doam esse dízimo para a manutenção do ministério (rabinato) e de seus templos (sinagogas). Estas são sustentadas por tsedakáh ou ofertas voluntárias. Da mesma forma eles deixaram de separar o segundo dízimo destinado às festividades em Yerushalaim, celebrando as festas por meio de tsedakah. Mas para que não se tornassem egoístas durante o período que vivessem sem templo eles direcionaram o dízimo que dariam aos levitas para os pobres. ―Uma vez que não há mais pessoas da tribo de Levi trabalhando no Templo Sagrado, todo judeu tem a obrigação de dar um décimo de seu lucro para caridade e ajuda aos necessitados. Isto inclui desde comida para pobres, até bolsas de estudos e projetos e a qualquer indivíduo ou instituição beneficente de nossa escolha.‖ (Beit Chabad, Ética e Sabedoria, Maasser, página visitada em 20 de março de 2012 http://www.chabad.org.br/biblioteca/artigos/maasser/home.html) Observe que não se faz referência ao simples maasser sheni (dízimo para os pobres, ainda que eles o titulem assim. Eles mencionam uma substituição de deveres. Não há sacerdotes para receberem 10% da renda liquida de cada judeu em forma de maasser rishon, então toma-se esse dízimo e se destina aos mais pobres, seja para alimentá-los, vesti-los ou estudá-los. Estes 10% são considerados dever sagrado, a doação meritória porém, é que atinge os 20% que eram usados durante a época do segundo templo. Portanto, é evidente que judeus religiosos são tão dizimistas como cristãos religiosos. A diferença é o destino dos dízimos. Cristãos gentios e judeus e israelitas messiânicos entendem que devem dizimar para a pregação, para o sacerdócio messiânico que é o de Melktsedek, judeus não messiânicos entendem que tem de dizimar para os pobres. Cada um se arranjou como pode. Efraim dizimou para a pregação, com inegáveis frutos e Judá para os pobres. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 169 Volume I – O Israelis mo Britânico Dito isso voltemos ao que nos prende agora, o maasser ani, que durante a época do templo os judeus deviam dar aos pobres separando 10% de suas rendas trienalmente (média de 3,3% ao ano) e que hoje os judeus hoje decidiram aumentar para 10% ao ano a fim de não ficarem em falta com o Criador de quem se consideram sócios já que antes tinham de dar 10% anual para o templo, além dos 3,3% em média para os pobres. Deve a congregação dizimar para os pobres como fazia a Igreja Universal separando 3,3% de sua renda além dos dízimos que destina ao sustento da congregação e do ministério? E em caso efetivo, deve esse dinheiro ser regido pela tesouraria da chavurah (grupo de estudo), da kehilah (igreja) ou da Beit a Sinagoga ou cada um deve gerir sua própria forma de fazer caridade? Acredito que caso uma organização decida, ambos os caminhos podem ser válidos. Se uma congregação dispuser de uma instituição de caridade, de apoio a moradores de rua, viciados em drogas, crianças desamparadas, apoio a missões estrangeiras em países pobres etc, ela pode decidir em assembleia que os membros acrescentem essas ofertas e que elas sejam geridas por uma comissão por ela nomeada. Mas essa não é uma obrigação. O membro também pode, como o judaísmo rabínico sugere, escolher qual família pobre ou que criança da própria congregação ele vai ajudar com os estudos ou coisa parecida. Naturalmente não vale escolher o próprio filho, pois um investimento em nossos filhos é em ultima análise um investimento em nós mesmos. Lembre que o dízimo para os pobres era guardado em casa e não podia nem ser comido pelo dizimista e nem levado à porta da tenda da congregação. Quando chegava o terceiro ano os menos favorecidos eram chamados a comer dentro das portas daquele que havia recebido maiores bênçãos. Isso significava que ele podia, liberto da necessidade de comprar parte de sua alimentação melhorar suas condições de vida com a economia que esse dízimo dado pelo irmão mais próspero lhe proporcionava. O Terceiro ano era um ano de divisão das bênçãos. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 170 Volume I – O Israelis mo Britânico O dízimo aqui referido era distribuído trienalmente em porções iguais entre viúvas, órfãos, estrangeiros e levitas. Por outro lado um dízimo dado trienalmente jamais sustentaria o ministério dos levitas, mas os manteria em condição de penúria nos dois anos que o precediam. Por causa disso o Eterno determinou um outro dízimo que deveria ser entregue regularmente a cada ano aos levitas, que por sua vez também dizimavam dele aos sacerdotes. Mas sobre ele já falamos acima. Discutindo Sobre o Dízimo Para os Pobres Trata-se de um dízimo acerca do qual pouco se discute na atualidade seja por que a igreja imagina que não tem mais obrigação para com os pobres por que esses são legalmente assistidos pelo Estado, ou seja, por uma razão completamente espúria, a suposição de que não deve haver pobres entre os crentes, pois pobreza será sempre sinal de maldição e desamparo por parte do Criador. Assim, a igreja sente-se livre para arrecadar montanhas de dinheiro, mesmo entre os mais pobres que são estimulados a dar sob a suposição de que se o fizerem poderão ―encostar Deus na parede‖ dizendo: ―Deus não aceito essa pobreza para a minha vida‖. Isso apesar de Yeshua dizer: ―Sempre tereis convosco os pobres.‖ (Matytyahú/Mt 26.11). Ainda de acordo com essa visão, Elohim que prometeu dar a quem lhe pedir tratará de fazer com que a pessoa enriqueça arrancando de sua vida os demônios da pobreza. Esta visão tem sido responsável pela formação de uma corrente de opinião que bem poderia ser chamada de teologia da avareza por que leva o povo a buscar avidamente os bens desse mundo e ver a ausência desses bens como sinal seguro de desaprovação do céu desprezando aqueles que estão destituídos de bens desse mundo. Como isso difere daquilo que o Maschiach falou e do que os talmidim de Yeshua ensinavam ao povo, a saber que a pobreza era uma parte do plano de Adonay para seu povo. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 171 Volume I – O Israelis mo Britânico ―Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam‖ (Mat.6.19,20) ―De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento. Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele. Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes. Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores. Tu, porém, ó homem de Elohim, foge destas coisas; antes, segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão‖. (ITm 6.4-11) Ao contrário do que ensina a doutrina perversa da prosperidade de que a pobreza foi criada por Satan e que quem empobrece está sob ação do maligno e debaixo de maldição as Escrituras dizem que ―o rico e o pobre se encontram; a todos fez YHWH.‖ (Mishlei/Pv 22:2). Sabemos que dele procedem tanto a pobreza como a riqueza, e que é Adonay que faz enriquecer e também faz empobrecer exatamente como está escrito. ―O YHWH empobrece e enriquece; abaixa e também exalta.‖ (Shmuel Alef/1 Sm 2:7). A Brit Chadashá lembra que assim como nada trouxemos quando chegamos a esse mundo, também nada levaremos, e que por isso mesmo devemos sempre ter em conta que nosso maior bem é o tesouro celestial da vida eterna e que o amor ao dinheiro é a raiz de todo o tipo de males, que o digam os falsos apóstolos. ―Porque nada trouxemos para este mundo, e nada podemos levar dele; tendo, porém, sustento e com que nos vestir, estejamos contentes. Os que querem ficar ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores‖ (1 Tm 6.7-10). Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 172 Volume I – O Israelis mo Britânico É claro que os crentes não precisam se conformar com a sua pobreza no sentido de nada fazerem ou de se entregarem à mendicância. Se o Eterno empobrece, mas também enriquece, estamos na liberdade de pedir que afaste de nós a pobreza, mas que fique bem claro é um pedido que fazemos a ele, um pedido que encerramos sempre com a frase: ―seja feita a tua vontade.‖ Além disso, devemos estar conscientes de que uma das razões pelas quais o Eterno empobrece a certas pessoas é prover o nosso caráter de instrumentos capazes de desenvolver o dom da caridade. Para isso a Torah prescreve um dízimo extra, que era dado trienalmente a fim de que os mais pobres da nação, juntamente com suas viúvas, órfãos e estrangeiros, e inclusive os levin (levitas) fossem auxiliados. Conclusão a IDU e o Dízimo dos Pobres Apesar de que a Igreja de Deus Universal tem sido muito criticada pela cobrança do terceiro dízimo, aquele que era destinado aos pobres precisamos recordar que a assistência aos pobres da comunidade é um dever sagrado por parte de todos os crentes. Atualmente esta prática é mais conhecida no judaísmo como tsedaká, comumente traduzida como caridade. Apesar disso doar é um ato de justiça, pois quando doamos estamos ou apenas repassando recursos que o Criador nos concedeu em bênçãos. Isso nos leva de volta à questão do Maasser Ani ou dízimo dos pobres que era dado no terceiro e no sexto ano do siclo sabático de anos. Muitos levantaram fortes críticas a Armstrong por ter trazido zelosamente essa questão de volta. É necessário que se diga em honra à verdade e em respeito à memória de Herbert Armstrong que a cobrança do terceiro dízimo, o que é canalizado para os pobres, órfãos, viúvas e estrangeiros que amam ao Eterno e à sua Torah era usada para o fim adequado tanto como se pode apurar. Um exemplo disso foi a construção do Liberty Bell Park em Jerusalém para ajudar crianças pobres, tanto árabes como judias. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 173 Volume I – O Israelis mo Britânico Herbert Armstrong ao se encontrar com a Rainha da Tailândia doou considerável soma para projetos assistências no país asiático. É justamente isso o que explica o fato de que mesmo pessoas que não tinham qualquer ligação orgânica com o movimento de Herbert Armstrong não raro enviavam ajuda à instituição. No judaísmo ortodoxo e mesmo entre os religiosos mais liberais é prática comum a doação de recursos para instituições de caridade. A prática da Igreja de Deus Universal foi uma experiência fantástica, mas que se revelou em certo sentido inadequada, pois em nossas sociedades o Estado toma em mãos o cuidado daqueles que provem ser realmente necessitados e incapazes de gerar renda por razões ligadas à incapacidade física ou mental. Assim, a doação do terceiro dízimo deveria ser deixado por conta de cada um, como uma dádiva voluntária a ser dada aos menos favorecidos e sem que isso implique em mais uma rubrica financeira para a organização gerir. Ha indícios de que com o correr do tempo o próprio Pastor Geral veio a se aperceber como veremos ao tratar da Igreja de Deus Unida, uma organização emergida da era pós Armstrong que o terceiro dízimo era desnecessário em nações com um bom sistema de previdência social governamental, como a do Brasil, por exemplo, onde todo o deficiente tem direito à ajuda estatal. Na ausência do templo, e especialmente vivendo em países onde os tributos são altos e o cuidado dos pobres, viúvas, órfãos e enfermos está a cargo do governo a entrega de um dízimo para que a organização cuide dos pobres não faz muito sentido, a menos é claro que tal dízimo seja entregue às igrejas de países pobres onde tal assistência é inexistente. Sendo assim, o método de Armstrong, não deve ser aplicado de forma obrigatória. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 174 Volume I – O Israelis mo Britânico VII A Origem do Mal e a Criação de Satan Ensinava o profeta persa Zaratustra ou Zoroastro que o mundo era governado por dois poderes opostos, em em contante guerra o Aura-Mazda, Senhor Sábio e o Angra Mainyu ou Arihman, o princípio do mal e governante dos demônios que exercem domínio sobre as plantas daninhas, sobre os animais predadores e sobre os homens maus. Esta luta seria incessante até que finalmente o senhor do bem pudesse derrotar o senhor do mal. Para ele a recompensa de Aura Mazda o autor do bem é concedida aos que diariamente lutam contra o Angra Mainyu, o autor do mal, o qual um dia será derrotado. Como os pagãos zoroastristas, os mestres da confissão possitiva afirmam igualmente que Satan é o anjo rebelde uma vez puro e santo que se fez diabo a si mesmo e se tornou inimigo do Criador vivendo para atasanar os homens até que estes o reprendam em ―nome de Jesus.‖ Nessa ocasião os demônios recuariam. Por isso o pandemonismo tomou conta das igrejas neo-pentecostais. Orações afastam demónios da pobreza, do divórcio, da dor de cabeça e etc. Bem a visão de Armstrong sobre Satan não chega a ser pandemônica, mas contém sérios desvios. A Queda de Satan na Visão de Herbert Armstrong Em sua obra ―God Creat a Devil?”, publicada em 1958 Herbert Armstrong declara que a terra possuia um trono onde Lúcifer governava em santidade e justiça no jardim do Éden, que esse governo se corrompeu e o anjo santo, se converteu em Satan. Claro que tudo isso é um mito por razões que logo vamos expor. Gostaria de recordar que não estamos em campanha contra Armstrong, mas certos conceitos que ele expõe sobre Satan são quase universais no mundo cristão e precisam ser depurados. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 175 Volume I – O Israelis mo Britânico ―Resumamos o que tempos estabelecido até agora: A terra foi criada perfeita; os anjos gritaram de alegria quando Deus a criou, e desde então esteve povoada por anjos. Nela havia um trono a partir do qual Lúcifer governava, um superanjo, um querubim. Havia sido cabalmente instruído na administração do governo divino, estando ante o próprio trono de Deus no céu. Deus o havia posto no trono da terra para que administrasse ali o GOVERNO DIVINO sobre os anjos. Havia felicidade, paz, alegria no planeta. Em Ezequiel 28.15 lemos: ―Perfeito eras en todos os teus caminhos desde o dia que foste criado, até que se achou maldade em ti.‖. Deus NÃO CRIOU AO DIABO, mas um superarcanjo formoso e perfeito. Mas deu-lhe livre arbítrio, o direito de escolher por si mesmo. Dotou-lhe de uma mente para pensar e raciocinar livremente. Lúcifer permitiu que sua beleza e perfeição o enchessem de vaidade. Sentiu inveja do poder de Deus e ressentimento por sua autoridade sobre ele. Conspirou com seus anjos e os guiou a formar um exército para invadir o céu e destronar a Deus. Ele queria ser Deus, e sua influência enganosa sobre o ―príncipe de Tiro‖ será o que produzirá que este personagem afirme que ele, um homem, é Deus.‖ Deste modo, Lúcifer não é mais um ―PORTADOR DE LUZ‖, mas um ADVERSÁRIO, um agressor, um competidor, um inimigo. O nome Satanás quer dizer ―Adversário‖. Os anjos que lhe seguiram se converteram em DEMÔNIOS. ―(Herbert Armstrong, Deus Criou ao Diabo? http://www.cog21.org/site/cog_archives/booklets/spanish_language/creo diosaldiablo.htm ) Estas declarações são comuns a Charles Russel, Ellen White, Martinho Luero e tantos outros. Elas se projetam no ideario de quase todas as igrejas cristãs sejam católicas, reformadas, batistas ou fonteiriças (testemunhas de Jeová, mórmons, cristãos no Brasil, adventistas e outras). Apesar disso precisam ser investigadas e postas de lado por uma série de motivos. Em primeiro lugar por que o Ha Kadosh Baruch Hu não tem adversários, pois é rei e soberano. Como Criador formou todas as suas criaturas, umas como vasos de honra, outras como de desonra. Elohim, sendo Onipotente e Onisciente, não criou para si inimigos. Bestas do campo, pássaros do céu e peixes do mar todos lhe servem e obedecem quando ele assim o determina. Homens, anojs, tanto bons como maus também o servem de igual forma. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 176 Volume I – O Israelis mo Britânico Logo Satan, cujo nome na Bìblia é desconhecido, mas que na literatura rabínica é conhecido como Samalael ou Samael na forma mais curta é nosso adversário, como bem o define Kefa, mas não adversário de seu Criador, somos nós que precisamos estar em guarda para que ele não possa exerer autoridade de juízo sobre nós: ―Sede sóbrios; vigiai; porque Satán, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar.‖ Kefa Alef/1Pd. 5:8. Em segundo lugar por que Lúcifer é uma palavra latina que significa Luzeiro. Considerá-lo como sendo o Rei de Tiro exige a presuposição de que houve uma época em que Satan era bom, justo, verdadeiro e luminoso. A verdade porém é outra, homicida desde o princípio, ele foi criado mal e para o mal e para a mentira. Nunca, em nenhum momento de sua história aquele anjo jamais amou a verdade. Ao nos voltarmos para a Bíblia devemos nos desfazer dos mais acariciados mitos populares para nos fixar na verdade. ―Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira.‖ Yochanan/Jo. 8:44. Em terceiro lugar, porque isso envolve a suposição de que o mal foi um invasor nos domínios do Rei do Universo, um invasor não ordenado, um intruso indesejado para o Criador. Para muitos o mal é uma desagradável supresa que invadiu a terra e para a qual o Eterno anda agora buscando solução. Tudo isso é uma tolice. A Bíblia nos ensina o contrário. Tudo foi ordenado por ele de acordo com seus sábios e misteriosos propósitos. O Eterno faz todas as coisas, tanto as boas como as más para revelar sua vontade através delas. ―Nele, digo, no qual também fomos feitos herança, havendo sido predestinados conforme o propósito daquele que faz todas as coisas segundo o conselho da sua vontade.‖ Efésios 1:11. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 177 Volume I – O Israelis mo Britânico Satan Nunca Foi um Bom Menino As Escrituras não ensinam em lugar algum que o mal se originou com a criatura. Pelo contrário, o próprio Criador se assume como originador do mal. A razão é simples, não existe nada, absolutamente nada, fora de Yah. Ainda que isso nos seja misterioso, mesmo a concretização do mal é o reflexo de sua vontade. Assim se revela o contraste entre o prêmio e o castigo, entre a luz e as trevas, entre o bem e o mal. Por meio da ação do mal são punidos os homens que o irritam e atraem sobre si sua ira e inimizade. Também por essa ação são corrigidos os filhos do Reino que intentam assemelhar-se aos cidadãos do ―príncipe desse mundo.‖ Logo, Yah é o autor, não de parte das ações do universo, mas de todas elas. Não há nada que ocorra no mundo visível ou invisível, material ou espitrital, no céu ou no sheol (inferno) que não esteja sob a administração de seu conselho e de sua soberania. ―Eu formo a luz, e crio as trevas; eu faço a paz, e crio o mal; eu, YHWH, faço todas estas coisas.‖ Yeshayahú/Is. 45:7. Não ignoramos que Satan, o opositor, o adversário não é o nome do anjo mau, mas representa mais bem um ofício, um ministério de anjos opositores que são colocados à mão direita daqueles que se opõem a vontade do Criador, e mesmo de seu povo quando esse abriga o pecado do orgulho. Não há ímpio que faça o mal contra o pecador, nem Satan que se coloque à sua mão direita para a ele se opor e nem anjo mau que venha contra os inimigos de Israel que não tenha sido mandado pelo Criador. ―Põe sobre ele um ímpio, vê`satan yamod al yeminu (e Satan se levante à contra a sua mão direita).‖ Tehilim/Sl 109:6. “E atirou sobre eles o ardor da sua ira, o furor, a indignação, e a angústia, mishelachat malachey raym (mandando contra eles maus anjos).‖ Tehilim/Sl 78:49 Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 178 Volume I – O Israelis mo Britânico Sabemos também, como testifica o profeta Zecharayah que quando os homens se comportam mal este anjo os acusa na presença do Eterno, como aconteceu com o sumo sacerdote Yehoshua (Josué) razão pela qual lemos: ve`ha´satan omed al yemenu (e Satán estava a sua mão direita para lhe resistir).‖ Zecharyah/Zc 3:1. Estamos, pois conscientes de que sua missão é trazer correção e sofrimento ao homem, tentando-o a fazer o mal, a fim de que seu caráter se desenvolva na escolha do bem como aconteceu com o rei David que ao crescer em orgulho, foi por Satán conduzido a fazer o censo de Israel sem pagar ao Eterno o resgate por seu povo. ― Vayamod Satan al Yisrael (Então Satanás se levantou contra Israel), e incitou Davi a numerar Israel.‖ 1 Cornicas 21:1. Esse é um detalhe muito importante, pois nele se revela que Satán operou não contra a vontade, e por conseguinte não como opositor ao Eterno, mas de acordo com a sua vontade, e tendo em vista alcançar um objetivo que era ferir a Israel em seu orgulho e fazê-lo entender que seu exército estava no mundo invisível e não no visível. Por essa razão a ação de tentar, de incitar a Davi para que fizesse o censo coube a Satán, e, no entanto, a autoria desse ato se atribui também ao Criador que o comanda, ordena ou contém segundo seu propósito. ―A ira do Senhor tornou a acender-se contra Israel, e YHWH incitou a Davi contra eles, dizendo: Vai, numera a Israel e a Yehudáh.‖ Shmuel Beit/2 Sm 24:1. A missão de Satán é pois acusar de dia e de noite os servos do Eterno para que os anjos que o defendem possam apresentar seu arrependimento, e mesmo seus motivos a fim de que o Eterno possa justificá-los. Essa é sua missão. A palavra hebraica Satán tem exatamente esse sentido, o de acusador ou promotor. Ele serve ao Eterno tanto quanto os anjos bons, mesmo cumprindo missão diferente. Satan não é, pois inimigo do Criador, mas opositor dos homens e prevalece acusando-os quando estes estão em pecado. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 179 Volume I – O Israelis mo Britânico ―Mas quando o arcanjo Michael, discutindo com Satán, disputava a respeito do corpo de Moshe, não ousou pronunciar contra ele juízo de maldição, mas disse: Adonay te repreenda.‖ Yehudáh/Jd v 9. Também é sua missão levar os homens ao engano quando não amam a verdade para que assim eles creiam na mentira. Nessas ocasiões ele recebe autoridade para se tornar um anjo de luz, para que o poder de seu fascínio seja mais abundante e o engano se torne ainda maior. Se ele não puder se apresentar em pessoa, coisa que raramente faz, usa para isso seus ministros, que adquirem a aparência da santidade. ―E não é de admirar, porquanto o próprio Satanás se disfarça em anjo de luz. Não é muito, pois, que também os seus ministros se disfarcem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras.‖ II Coríntios 11:14-15. Claro está que um dia essa missão acaba. Ele será expulso do Céu para nunca mais entrar. Quando o Eterno não mais se lembrar das iniquidades de Israel, quando transformar sua natureza fazendo com que cada um de seus filhos se torne santo, justo e bom, seu trabalho terá terminado para sempre. A antiga serpente já não era motivo algum para acusá-los. Terá sido banida para sempre do céu, junto com todos os anjos que a servem em sua obra satânica (opositora) e já não terá missão alguma a cumprir. ―Então houve guerra no céu: Michael e os seus anjos batalhavam contra o dragão. E o dragão e os seus anjos batalhavam, mas não prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou no céu. E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, que se chama o Diabo e Satan, que engana todo o mundo; foi precipitado na terra, e os seus anjos foram precipitados com ele.‖ Apocalise 12:7-9. Esclarecido que Satán opera exclusivamente sob as ordens do Criador, e que ao trazer o mal sobre os homens, o faz sob a administração de sua soberana vontade, precisamos por de lado o mito de que um dia os anjos representados por Satan foram meninos bons, justos e misericordiosos. Acerca disso Yeshua não deixa dúvida alguma quando diz: Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 180 Volume I – O Israelis mo Britânico ―Vós tendes por pai o Diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele é homicida desde o princípio, e nunca se firmou na verdade, porque nele não há verdade; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio; porque é mentiroso, e pai da mentira.‖ Yochanan/Jo 8:44. Está, pois sobejamente claro que Satán não era um menino bonzinho, sem nenhum desejo de fazer o mal, e que subitamente sem que nem ele possa explicar os motivos, se tornou uma criatura má e perversa. Em tempo, não havendo nenhuma maldade para ele e seus anjos maus realizarem, é claro que fazia somente o bem, mas quando se apresentou a primeira oportunidade ele revelou o mal que trazia oculto e si, por isso é chamado de Satan (opositor) e também é considerado a antiga serpente. Foi ali no Eden que ele manifestou por primeira vez sua missão como opositor do homem. O Homem Entre o Bem e o Mal É importante ressaltar que mal é um conceito humano que se define em função do sofrimento ou da privação que nos atinge. Nesse sentido apenas é que pode ser dito que mal e bem não existem como elementos separados um do outro e que na verdade são a mesma coisa vista sob ângulos diferentes. A espada de um anjo pode ser boa para o justo que é salvo e má para o ímpio que é destruído. É por não entender estes fatores que a cristandade se assume como defensora de Elohim, ao afirmar que ele não criou o mal, e que esse surgiu em demônios desgovernados. Ora no mundo físico o que é bom para você pode ser mal para mim e o inverso também é verdadeiro. Para um cidadão justo, uma polícia eficiente, incorruptível e fiel ao seu dever, é coisa boa; mas para um meliante é o maior mal que lhe pode ocorrer. O dono de um automóvel devidamente documentado se alegra ao avistar a patrulha da polícia rodoviária depois de notar que está sendo seguido por um veículo suspeito a vários quilômetros. Para ele a viatura lhes transmite segurança, mas para o condutor do veículo sem placas que o segue, esta viatura é o símbolo do mal. É assim que mal e o bem interagem para a realização dos propósitos de Elohim. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 181 Volume I – O Israelis mo Britânico Os anjos maus que Yah enviou com a espada da morte contra a terra de Mitzraym para trazer pragas e males sobre os egípcios, matando seus primogênitos e enchendo suas casas e cidades de prantos foram os melhores anjos para os israelitas. Para os egípcios, porém foram agentes do mal que lhes trouxeram a mais amarga das dores. Assim, bem e mal são elementos conceituais, e não uma realidade crua que só pode ser vista sob um ângulo, mas pelo contrário tem de ser vista dentro do escopo do propósito. A ideia de que Satan opera por conta própria no mundo, que viva em oposição ao onipotente Criador que o trouxe a existência não é a visão judaica que possa ser extraída do Tanach, pois o próprio Criador diz que criou o mal, e o profeta diz claramente que mal algum chega à cidade sem que Adonay seja o seu autor final, posto que tudo está em sua mão e nenhum poder opera sem ele. ―Tocar-se-á a trombeta na cidade, e o povo não estremecerá? Sucederá algum mal na cidade, sem que YHWH o tenha feito?‖ Amós 3:6 Apesar disso, o zoroastrismo ainda lança sua sombra impura sobre os conceitos de soberania de Elohim e divulga o mito de que Satan governa esse mundo, como se sua ação não estivesse a serviço do Rei dos Reis, e como se seu principado não prestasse suserania ao Melech Haolam (Rei do Universo) esperando sempre em suas ordens antes de desferir qualquer golpe nesse mundo onde o poder do Criador se mantêm de forma tão suprema hoje como se manteve ao longo de toda a história. Contudo ao supor que o mundo opera sem governo e que o Eterno apenas de vez em quando está no comando, isso é quando os homens oram, é o mesmo que dizer que o Altíssimo, bendito seja o seu nome, atua soberanamente só de vez em quando. É o mesmo que ensinar que na verdade o mundo está sob o comando de dois seres supremos. As pessoas dizem que o mal se originou com Satán por que tem de dificuldade de assumir que o Rei e soberano, que governa sobre tudo, e que o próprio Satán está sob seu comando. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 182 Volume I – O Israelis mo Britânico Mas o criador dispensa esta ação advocatícia, pois ele mesmo diz que criou todas as coisas, boas ou más. Nenhum anjo feriu jamais alguém a menos que tenha sido primeiramente autorizado a isso por seu Criador. Ocorre que do mesmo modo que Armstrong bebeu sua doutrina da cura divina dos mestres do movimento Azuza, também colheu deles o conceito de um diabo rei, criador do pecado, da morte e do mal. Quando na verdade Satan serve ao Criador como anjo da morte e como castigador daqueles que se entregam ao mal. Assim lembre, da próxima vez que se aperceba que Satán está tendo algum poder o autoridade sobre alguém, antes de repreender o anjo que trás o mal, repreenda primeiro o pecado que lhe deu autoridade para fazer este mal. Shaul ordenou que o homem que se prostituia com a mulher de seu pai, fosse entregue a Satán para o sofrimento do corpo, a fim de que seu espírito pudesse ser salvo. (1 Coríntios 5:5).Este fato por si só não só desmente que Satán opere a revelia da vontade do Criador, mas mostra que este opera de acordo com o desígnio e que na hora certa esse é usado como açoite de El Sahaday para ferir os transgressores, inclusive os eleitos quando se desviam do caminho da justiça. A Morte não é do Diabo Apesar dessa clara afirmação, Essek W. Kannyon, pai da Confissão de fé Positiva, movimento neo-pentecostal surgido nos Estados Unidos nos anos 20 do século passado, ensinava na mesma época em que Armstrong se preparava para criar a Igreja de Deus da Rádio que Satán foi o criador ou o originador da morte. Uma perspectiva desanimadora para todos os homens que sabem que à causa do pecado todos hão de morrer: ―A morte é do diabo.‖ (E. W. Kenyon, Dois Tipos de Justiça, ―A Mais Importante Mensagem Já Oferecida a Igreja‖ Título original: Two kind of righteousnessm, pág. 12. )‖ Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 183 Volume I – O Israelis mo Britânico Sabemos que Yeshua declarou que os que vieram antes dele eram ladrões e salteadores, e que a função do ladrão é matar, roubar e destruir. Essa declaração tem sido muito empregada pelos apóstolos da confissão positiva no intuito de provar que a morte é do diabo, ainda que o contexto não mencione Satán, mas os mestres religiosos que se levantaram sem unção e que roubam a fé, matam a confiança e destroem a certeza na vida eterna. Uma certeza que aliás, muitos dos mestres da confissão positiva nem sequer conhecem. A leitura do contexto mostra que o alvo ali não é Satán, embora ele possa ocasionalmente ser usado como instrumento de sofrimento do homem. ―Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores; mas as ovelhas não os ouviram. Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens. O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.‖ Yochanan/Jo 10:8-10. Quando Hagin diz que a morte é do diabo ele deseja que as pessoas vejam a morte como um invasor dos domínios do Criador, como um adversário que opera sem sua ordem, como um ladrão foragido que faz o que bem lhe entende. Claro que para afirmar isso Kenyon teve não só que reinterpretar, mas literalmente ignorar as Escrituras. Como poderia ser a morte de Satán se ela quando alcança seus santos é preciosa ao Criador como está escrito? Yakar be`eyney YHWH ha`mavetah La`chasidayv. Preciosa é à vista do Senhor a morte dos seus santos Tehilim/Sl 116:15. Infelizmente as más doutrinas não subsistem sozinhas, estão sempre amarradas a enganos ainda mais especiosos. Kenneth Haggin, o mais fervoroso discípulo de Kannyon, afirmava: ―A doença e a enfermidade procedem de Satanás...‖ (Kenneth Hagin, citado por John Ankerberg e John Weldon, em Os Fatos sobre o Movimento da Fé) Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 184 Volume I – O Israelis mo Britânico Como ele Jorge Tadeu da Igreja Maná, de Portugal, assume o pan-diabolismo que atribui todo o mau a ―divindade do mal‖ e todo o bem à ―sua divindade boa‖, chamada de ―Deus. Isso é patente no Terceiro ponto de sua cartilha titulada ―Segredos que o Ajudam a Rceber a Cura Divina:‖ ―Há pessoas que quando veem alguém morrer pensam que Deus é o culpado. Mas, eu quero lhe dizer: Deus não é culpado. O diabo é que tem a culpa. O diabo é que veio para matar, para roubar, para destruir. O diabo nunca conseguiu arranjar nada. Ele só sabe partir, aquilo que alguém construiu. ... Diga comigo: O diabo é mau, mas Deus é muito bom. ... Então a culpa de uma pessoa estar doente não é de Deus, é do diabo. Primeira coisa que um doente precisa saber é isto: DEUS NÃO É CULPADO, MAS SIM O DIABO. Declaração de fé de Jorge no site da Igreja Maná: http://www.igrejamana.com/estudos/mensagens/3segredos.html)‖ "Já vimos que as doenças não vêm de Deus, mas sim do diabo." (Jorge Tadeu, Cura Divina, p.26. Isso é maniqueísmo puro. É a mesma doutrina persa de que as coisas boas são produzidas pelo ―deus bom‖ e as coisas más pelo ―deus mal.‖ Essa crença impede as pessoas de entenderem que manifestações como doença e morte procedem do Eterno, tanto como a cura e a vida. A Enfermidade e o Sofrimento Também Procedem do Eterno Quando o homem trangrediu a ordenança de não comer da árvore da ciência do bem e do mal sua natureza tornou-se sujeita a morte e ao sofrimento. A partir daí não é necessária nenhum intervenção direta ou indireta de Satan para que o homem adoeça e morra. Aliás, mesmo que o homem jamais adoeça, ele virá a morrer pelo efeito da entropia, do envelehcimento e falência natural de seus órgãos. Claro que Satán também pode trazer doenças, e que a enfermidade pode ser atribuída por vezes sua ação sireta, e não apenas a fatores naturais, como ocorreu com Shaul a quem Adonay feriu para que não se orgulhasse pelas revelações que lhe foram dadas, ainda assim, essa operação ocorre segundo a administração do Criador e não de Satán como nos informa o próprio shaliach. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 185 Volume I – O Israelis mo Britânico ―Pois, se quiser gloriar-me, não serei insensato, porque direi a verdade; e, para que me não exaltasse demais pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satán para me esbofetear, a fim de que eu não me exalte demais; acerca do qual três vezes roguei a Adonay que o afastasse de mim; e ele me disse: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. Por isso, de boa vontade antes me gloriarei nas minhas fraquezas, a fim de que repouse sobre mim o poder do Maschiach. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor do Maschiach. Porque quando estou fraco, então é que sou forte.‖ I Coríntios 12:6-10. Sim, todas e cada uma das operações do mal resultarão sempre no maior bem ainda que isso nos pareça misterioso. Verdade é que nossa mente finita, capaz de ver o momento e não o programa, o instante e não a eternidade tem naturais dificuldades de conciliar as tragédias com o propósito e a ira com a bondade. Mas isso é uma questão do momento. Por agora é suficiente que entendamos a razão de algumas manifestações más. O Mal Revela o Bem Assim como a Luz Revela as Trevas A lógica filosófica exige que o mal exista para que o bem pssa ser revelado. Você não pode entender o valor da luz se nunca viu a escuridão. O amanhecer é desejado depois de uma longa e escura noite. Assim, embora isso pareça difícil de ser percebido, é preciso que se diga que o Eterno determinou que o mal se manifestasse para que assim a bondade e a justiça de seu caráter fossem revelados. Como Elohim revelaria o dom da cura se não houvesse o mal da enfermidade? Como revelaria seu poder de ressuscitar se não houvesse a tragédia da morte? Como libertaria as almas se não permitisse a opressão dos shidim (demônios)? Como poderíamos manifestar a bondade do perdão sem que ninguém nos ofendesse? Como poderíamos oferecer salvação se os homens não estivessem perdidos? Como faríamos caridade se não houvessem órfãos ou desamparados incapazes de sobreviver sem a nossa ajuda? Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 186 Volume I – O Israelis mo Britânico Nessa fase da existência precisamos do bem e do mal, embora, essa seja uma fase transitória, dias virão em que não precisarei do bem da cura por que não haverá doenças, não precisarei do bem de expulsar shidim por que estes estarão amarrados junto com os anjos rebeldes, não precisarei exercer o bem do perdão por que já não ninguém me ofenderá. Naquele tempo, passada a era de Maschiach e chegado o olam rabá, Elohim será tudo em todos. O pensamento judaico, oriundo das Escrituras, contraria completamente essa visão neopagã e maniqueísta sobre o mal e suas manifestações. Um israelita, quando é guiado pela Bíblia nesse ponto, precisa acreditar que o mal e o bem procedem do mesmo Criador. Isso não significa que estejamos capacitados a explicar todas as implicações desse fato. Mesmo que não sejamos capazes de entender completamente o propósito de cada uma dessas manifestações, posto que muitas delas permanecem ainda misteriosas devemos abençoar o Criador quando recebemos algo bom, como o nascimento de um bebê. Nessa ocasião tradicionalmente o israelita exclama: Baruch ata Adoany, Eloheinu Melech haolam, hatov vehametiv. Bendito és tu Adonay Rei do universo que é bom e faz o bem. Mas em contrapartida, se uma cirurgia de risco resulta na morte do paciente, se aconteceu um acidente fatal, se alguém morre assassinado ou qualquer outra tragédia se manifesta ainda assim abençoamos o Criador dizendo: Baruch ata Adoany, Eloheinu Melech haolam, Dayan há`emet. Bendito es tu Adonay Rei do universo, o Juiz verdadeiro. A razão disso é que a verdadeira fé vê em cada bem que acontece no mundo uma manifestação da bondade de Elohim e em cada mal uma manifestação de seus juízos. Afinal, quando Satã trouxe sofrimento a Yob, matando seus filhos, roubando seus bens e destruindo sua casa estava sob a autoridade de Yah e nada fazia sem antes consultá-Lo e receber autorização para cada ato. Em síntese não há fé onde se crê em dois poderes no universo. Adonay engloba todas as forças sendo por isso chamado Elohim (poderes). Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 187 Volume I – O Israelis mo Britânico ―Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.‖ Bereishit/Gn 2:17. ―Vede agora que eu, eu o sou, e mais nenhum Elohim há além de mim; eu mato, e eu faço viver; eu firo, e eu saro, e ninguém há que escape da minha mão.‖ Devarim/Dt 32:39. Sim, o Criador, Bendito seja seu nome é tudo em todos. De sua mão procede o bem e o mal, a benção e a maldição, a vida e a morte, inclusive a morte de seus santos, que é preciosa à sua vista e por meio do qual suas almas partem desse mundo e se juntam a ele livres do pecado que habita em seus corpos podendo então morar no olam nefesh (mundo das almas) e adentrar no Gan Eden, o Jardim do Éden. O que mais faz falta aos fundadores e propagadores da doutrina da confissão positiva é discernimento espiritual das Escrituras. Seu erro não é necessariamente em atribuir certos males a Satán, aos anjos maus e aos demônios. Por certo estes operam nas manifestações do mal. Ainda que grande parte do mal possa e deva ser atribuído ao próprio homem, caso contrário ele jamais seria responsabilizado por seus atos. Além disso, o sofrimento presente da humanidade é uma consequencia natural dos atos de seus antepassados, de seu próximo e de seus próprios erros já que o Eterno promete visitar ―a maldade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração‖ (Shemot/Ex 20:6) daqueles que o aborrecem. A Redenção Eterna das Ovelhas Já vimos que Yeshua disse que o ladrão vem para matar, roubar e destruir, e que os defensores da confissão positiva ensinam que o ladrão é o diabo e Yeshua veio para destruir suas obras. Mas, quando estas palavras são lidas em seu contexto descobre-se que Yeshua não se referiu exclusivamente a doença, à pobreza ou a morte física. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 188 Volume I – O Israelis mo Britânico O tema ali é a redenção final das ovelhas, o resgate da morte espiritual inserida nesse mundo por conta do espírito mau do qual somos libertos graças à intervenção de Yeshua que diz: ―Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas.‖ Yochanan 10:11. Estamos sim livres dos sofrimentos eternos. Mas insinuar que estamos livres de sofrimento físico e espiritual além de enganar a nos mesmos é uma distorção grosseira da verdade da Providência. As ovelhas estão sim seguras no que se refere a seu destino eterno, estão salvas para sempre da ira vindoura, mas erram todos os que supõem que elas estão livres de sofrimentos ou de penas temporais. Ao supor que as ovelhas estão livres de sofrimento eles distorcem grosseiramente o sentido das palavras de Yeshua, cujo enfoque central é a vida eterna para a alma e que ele concede a seu povo, hoje aqui e a gora, e não a ausência de sofrimento e morte, inexoráveis no tempo presente. A verdade é que agora não estamos ainda a salvos nem do sofrimento, nem da doença e nem da morte biológica, mas da condenação eterna. E dessa condenação todas as ovelhas que Adonay deu a Yeshua, o Sumo Pastor estão segura e eternamente salvas. ―As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheçoas, e elas me seguem; e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que, mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai.‖ Yochanan/Jo 10:27-29. Portanto, é salvação o tema de Yeshua, e não a ausência de pobreza, enfemidade, dor ou morte, que são conseqüências naturais da presença do pecado no mundo. Além disso, atribuir todas as coisas más ao diabo e todas as coisas boas ao Criador não é apenas uma visão simplista, é mais do que isso, é maniqueísmo, e maniqueísmo é paganismo, uma espécie de idolatria disfaraçada da qual os salvos precisam se livrar o quanto antes. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 189 Volume I – O Israelis mo Britânico Ora, presumir por que Yeshua veio para destruir as obras do diabo temos que ser ricos nesse mundo, não experimentar a dor, a tristeza, a enfermidade, seria exatamente como dizer que uma vez que ele morreu e deu a vida por nós, não deveríamos morrer. Entretanto, os promotores da doutrina da prosperidade jamais ensinaram que a primeira coisa que é aniquilada por meio de Yeshua é a morte, e não fazem por que é uma constatação de que a morte é inevitavel. A Ação do Anjo da Morte Contudo, mesmo quando o anjo da morte é enviado para colher nossas almas, nem por isso ele deixa de nos prestar um bem, pois que, deixando a morada já cansada do corpo, parte para um lugar incomparavelmente melhor. Assim, ainda que Satan roube todas estas coisas, e outras mais, como fez com Yob, ele não opera soberanamente. Em última instância os danos trazidos por ele são atribuídos ao Criador e não à criatura, como se fala a respeito de Satã quando atacou cruelmente a Yob. ―E disse YHWH a Satan: Eis que tudo quanto ele tem está na tua mão; somente contra ele não estendas a tua mão. E Satan saiu da presença de YHWH... Então Yob se levantou, e rasgou o seu manto, e rapou a sua cabeça, e se lançou em terra, e adorou. E disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; YHWH o deu, e YHWH o tomou: bendito seja o nome de YHWH. Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Elohim falta alguma.‖ Yob/Jó 1:15, 20-22. Assim, embora ele roube, mate e destrua como fez com Yob contra quem ergueu ladrões que lhe furtaram os rebanhos, e em suas mãos esteja o poder da morte, esse poder está à serviço do Criador, que pode restringi-lo a hora que bem deseje. Tão certo como os mestres da confissão positiva estão errados quanto à origem da morte, também o estão quanto à origem da enfermidade que é um instrumento do Criador, mesmo quando trazida por um anjo mau. Afinal, anjos maus são agências a serviço do Rei e operam para castigar, para corrigir e mesmo para destruir. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 190 Volume I – O Israelis mo Britânico O Criador Fez Homens Sãos e Homens com Defeito Para os confessores da fé positiva não há nada de mal que ocorra nesse mundo que não seja o resultado único da vontade dos seus semi-deuses demoníacos. Lembro de um jovem que me perguntou o que eu fazia quando tinha dor de cabeça. Quando lhe respondi que tomava aspirina ele me disse: Isso é falta de fé. Segundo ele toda a for de cabeça é produzida por um demônio que precisa ser repreendido, o demônio da dor de cabeça. Para essas pessoas uma dor de cabeça não pode provir de uma ensolação, de um mal estar estomacal, de uma ansiedade ou de um medo, mas apenas e tão somente de um poder espiritual maligno. Esse dualismo doentio e infantil atribui a mudez, a cegueira e a pobreza aos demônios, mas isso não passa da idólatra suposição de que o Eterno está dividindo seu trono e seu poder com criaturas baixas como os shidim. A verdade é outra. O Eterno assume a responsabilidade direta pela existência e criação de todas as pessoas perfeitas e imperfeitas. ―E disse-lhe YHWH: Quem fez a boca do homem? ou quem fez o mudo, ou o surdo, ou o que vê, ou o cego? Não sou eu, YHWH?‖ Shemot /Exodo 4:11. Por isso quando um judeu vê uma pessoa anormal como um anão, por exemplo, ele glorifica o Criador dizendo: ―Baruch ata Adonay, elohenu Melech haolam, meshanê haberyot.” Bendito es tu Adonay Nosso Elohim Rei do Universo que transformas as criaturas. É claro que é mais fácil ensinar às massas desavisadas que o mal do mundo decorre exclusivamente da malignidade de Satán, ao invés de dizer que o mal é usado por Elohim para punir homens maus ou para tornar possível a operação de suas maravilhas. Pregar dessa maneira parece eliminar as dificuldades lógicas decorrentes da questão mais difícil que já se formulou: Por que coisas más acontecem a pessoas boas? Mas isso é só aparência. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 191 Volume I – O Israelis mo Britânico Também é mais fácil pregar o engano, que dá ao homem a ilusão de que ele pode fazer alguma coisa e de que o mal opera no mundo senão de forma soberana, pelo menos furtivo. Dessa forma, toda a vez que uma desgraça acontece culpamos o diabo por ela, ao invés de culparmos a nós mesmos por a termos provocado, ou nos submetermos ao silêncio quando nos apercebermos que sua causa é inexplicável. O que os evangelistas de hoje mais querem é evitar dificuldades lógicas decorrentes da doutrina da soberania absoluta do Criador. Assim, as pessoas deixarão de pensar que o mal é consequência natural do pecado e se voltarão para sessões de exorcismo, na maior das vezes desnecessárias. É pensando assim que R.R Soares, o tele-evangelista da Igreja Internacional da Graça e que ainda arrasta multidões não só aos seus templos, mas também a assistênbcia de seus programas afirma: ―Não importa o mal que esteja lhe atacando. Todo e qualquer mal não vem de Deus. Vem do diabo. ‖ R. R. Soares, Como Tomar Posse da Benção, Graça Editoral 5ª Edição – 1997, pág. 26. Ora, essa é uma meia verdade, e uma meia verdade é também uma mentira, pois as Escrituras ensinam que o Criador detém o domínio sobre os espíritos maus de tal maneira que ele mesmo os envia contra os homens como instrumentos de sua ira ou correção quando estes desobedecem a sua vontade como veremos agora. Espíritos Maus Operam Sob o Controle do Criador Olhe para o Egito, acossado por toda a sorte de males e você verá que quando um anjo mau ou mesmo um demônio ataca uma pessoa, ele é enviado por Adonay para sacudir essa vida, ou destruíla de acordo com o desígnio divino como ensina David ha Melech. ―Lançou sobre eles o ardor da sua ira, furor, indignação, e angústia, mandando maus anjos contra eles. Preparou caminho à sua ira; não poupou as suas almas da morte, mas entregou à pestilência as suas vidas. E feriu a todo primogênito no Egito, primícias da sua força nas tendas de Cão.‖ Tehilim/Sl 79-49-51. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 192 Volume I – O Israelis mo Britânico Os espíritos maus são controlados pelo Eterno. O Rei Achab, havia se rebelado contra o Criador e feito Israel pecar. Que ferramenta mais apropriada para castigá-lo que os espíritos maus? ―Então ele disse: Ouve, pois, a palavra de YHWH: Vi a YHWH assentado sobre o seu trono, e todo o exército do céu estava junto a ele, à sua mão direita e à sua esquerda. E disse YHWH: Quem induzirá Achab, para que suba, e caia em Ramote de Gileade? E um dizia desta maneira e outro de outra. Então saiu um espírito, e se apresentou diante de YHWH, e disse: Eu o induzirei. E YHWH lhe disse: Com quê? E disse ele: Eu sairei, e serei um espírito de mentira na boca de todos os seus profetas. E ele disse: Tu o induzirás, e ainda prevalecerás; sai e faze assim.‖ Melachim Alef/1Rs 22:19-22. Como vemos aqui é um desses espíritos que o Criador decide usar para levar Achab à ruína. Estes espíritos maus vindos da parte do Criador, podem ser usados também contra os eleitos de Elohim que se atrevem a viver uma vida de arrogãncia e orgulho separados da fonte da vida. Um exemplo dessa atuação é o profeta Shaul, escolhido para ser rei de Israel e ungido pela Ruach para ser o pastor de Israel. Quando Shaul cedeu lugar a seu orgulho e vaidade, deixando que o ciúme dominasse sua vida, desprezando a David por ter sido ungido rei estando ele ainda vivo, sem reconhecer que a soberania é de Elohim, e que seu reinado era dele, o Criador enviou contra um espírito mau que o atormentava enormemente. ―E o Espírito de YHWH se retirou de Shaul, e atormentava-o um espírito mau da parte de YHWH. Então os criados de Shaul lhe disseram: Eis que agora o espírito mau da parte de Elohim te atormenta.‖ Shmuel Alef/1Sm 16:14-15 Derrotados ante os claros testemunhos do Tanach, os adeptos da Confissão Positiva se refugiam no engano de que agora estamos na graça, e hoje as coisas são diferentes. Um perfeito disparate, pois a dispensação da graça começou no Éden e não no Calvário, caso contrário nenhum pecador seria salvo de Adam até Yeshua. Além disso vemos que depois da morte de Yeshua, Hananiah e Safira são mortos, Elimas o encantador fica cego e as pragas vêm não apenas por que Satã, o quer, mas por que o Criador o determina. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 193 Volume I – O Israelis mo Britânico ―Então Kefa lhe disse: Por que é que entre vós vos concertastes para tentar a ruach de Adonay? Eis aí à porta os pés dos que sepultaram o teu marido, e também te levarão a ti. E logo caiu aos seus pés, e expirou. E, entrando os moços, acharam-na morta, e a sepultaram junto de seu marido. Maasei Shalichim/At 5:8-9. ―Eis aí, pois, agora contra ti a mão de Adonay, e ficarás cego, sem ver o sol por algum tempo. E no mesmo instante a escuridão e as trevas caíram sobre ele e, andando à roda, buscava a quem o guiasse pela mão.‖ Maasei Shalichim/At 13:11 ―E os homens foram abrasados com grandes calores, e blasfemaram o nome de Elohim, que tem poder sobre estas pragas; e não se arrependeram para lhe darem glória.‖ Guiliana/Revelação 16:9. Portanto, ensinar que os demônios operam apenas de acordo com sua própria vontade, ou pior ainda, que estão desgovernados até que oremos, é mais um enDeuso desmentido pela Brit Chadahá. Basta ler o que Shaul diz a respeito dos que rejeitam o amor da verdade para que isso fique patenteado. ―E com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. E por isso Elohim lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira.‖ 2 Tessalonicenses 2:10-11. Ao ignorar que Elohim é soberano e, exerce onipotente domínio sobre as obras de suas mãos, o espírito do erro e do engano tem conduzido muitos a crerem em especiosas mentiras a ponto de imaginar como R.R. Soares, que basta ordenar que o diabo suma da vida, para que todo o sofrimento acabe. ―Diga agora ao diabo para ele desaparecer da sua vida com tudo o que é dele. Deus não lhe promete a cura. Ele declara que você já foi curado — pelas feridas de Jesus... Porém, ao aprender a determinação, comecei a exigir que o diabo saísse do meu corpo com as suas doenças. Resultado: Saiu — estou curado. Glória a Deus!‖ R. R. Soares, Como Tomar Posse da Benção, Graça Editoral 5ª Edição – 1997, pág. 22. Essa é uma situação simplista que dá ao homem a impressão de que ele tem Olhem para Yob, contra quem o Eterno tinha enviado a Satã. Ele poderia se sentar e clamar: Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 194 Volume I – O Israelis mo Britânico Elohim eu não aceito isso na minha vida, não aceito essas misérias que lapidaram meus bens, me empobreceram, levaram meus filhos e agora me consumem a carne! Mas Yob nada sabia da confissão positiba. Para ele Elohim lhe havia dado tudo, e tinha direito a tomar tudo de volta. Num ato de verdadeira adoração ele disse: ―Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; YHWH o deu, e YHWH o tomou: bendito seja o nome de YHWH.‖ Yob 1:21. Claro que o Eterno que dá e tira, é também o Eterno que restitui nossas perdas, e isso se vê claramente na vida de Yob quando é restaurado à sua antiga riqueza e dignidade. O crente aprende com a vida de Yob que deve estar prontoa receber, disposto a perder, e esperançoso em reaver o perdido. E essa esperança o move à oração suplicante, não a ordens insensatas. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 195 Volume I – O Israelis mo Britânico VIII A Doutrina da “Família de Deus” Uma das visões mais controversas de Herbert Armstrong, fundador da Igreja de Deus Universal era a forma como ele apresentava o Criador, que para ele era uma família, onde cada um assume seu nome, sendo Pai e Filho os elementos mais elevados dessa família, que é claro, sendo ele anti trinitário convicto não incluía a Ruach Há kodesh. Era antes uma família, atualmente composta do Pai e do Filho, mas que destinava-se a se expandir até alcançar o seu projetado tamanho. Esta visão é exposta no seu livro Mistery of Ages, (O Mistério dos Séculos) do qual foram publicados milhões de exemplares, e que naturalmente despertaram furor em círculos protestantes, embora a razão principal do furor tenha sido sua negação da doutrina da trindade. No livro, ainda se possam notar desvios pontuais, erros que levam à suposição de que o próprio homem poderá a ser um Elohim no pleno sentido do termo, existem outras nuances que precisam ser investigadas. Sua visão deve ser vista por inteiro, considerando que em alguns aspectos está correta e inclusive responde certas dificuldades lógicas deixadas pelo texto sagrado. Leiamos, pois para analisar: ―Pode haver um homem chamado John. E John pode estar com o homem chamado Smith e John também pode ser John Smith, porque é o filho de Smith e Smith é o nome da família. No entanto, são duas pessoas distintas. O único ponto de diferença na analogia é que a Palavra, na época de João 1:1, não foi, contudo, o Filho de Deus. Mas ele estava com Deus, e ele também era Deus. Eles ainda não eram pai e filho, mas eles eram o reino de Deus! Essa família é composta, agora, de Deus Pai, e Jesus Cristo, seu Filho, e muitos seres humanos gerados já que, agora, são filhos Unigênito de Deus (Rm8:14, 16; I João 3:2), formando a Igreja de Deus. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 196 Volume I – O Israelis mo Britânico Esse aspecto familiar da família de Deus é de vital importâbcia, e isso vai ser muito bem explicado mais tarde. Mas agora, onde estamos? Muito antes que existisse qualquer coisa, existiam dois seres supremos, imortais, que sempre tiveram existência. Sua mente não consegue conceber o que é "sempre", mas tampouco pode imaginar com precisão o que é eletricidade! No entanto, você sabe que a eletricidade existe e é real!‖ (Herbert Armstrong, Mystery of A Ages, páginas 56-57) Armstrong, apresenta então os dois primeiros membros da sua ―família divina,‖ por ele considerados co eternos e auto existentes, o Pai e o Filho. O Pai Criador, o filho o Operador dessa criação. Ele afasta decididamente a presença de um terceiro membro inicial dessa família. Isso o afasta definitivamente do pano de fundo cristão tal como herdado da Igreja Católica Romana, o trinitarianismo. Isso deve ser imputado a seu mérito. ―Então, de volta à nossa pergunta, "Quem, e o que é Deus?" Antes de mais nada, o Verbo não veio à existência, eram Deus e o Verbo, compostos de espírito, não da matéria, mas no entanto, muito reais. Duas pessoas e não três. E, o versículo 3 de João 1, todas as coisas (o Universo) foram feitas pela Palavra.‖ (Herbert Armstrong, Mystery of A Ages, páginas 57) O Criador é Único não no Sentido de Solidão mas de Soberania Herbert Armstrong não via qualquer lógica no argumento de muçulmanos, judeus não crentes em Yeshua e cristãos renegados de que sendo que se o Eterno é Criador a Brit Chadashá não pode ser verdadeira ao atribuir a Yeshua ações criadoras. Para ele essa abordagem era fruto da ignorância e não da lógica aplicada ao texto sagrado. Bem, esse é um assunto vital, e demandará nossa atenção especial enquanto incursionamos pelos meandros da doutrina da antiga Igreja de Deus Universal. A questão fundamental é: Como poderíamos conciliar estas declarações dos profetas em que o Eterno afirma ter feito tudo só com as afirmações de que Yeshua fez tudo e sem ele nada foi feito? Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 197 Volume I – O Israelis mo Britânico ―Assim diz YHWH, teu Redentor, e que te formou desde o ventre: Anochi YHWH osse kol noteh (Eu sou YHWH que faço todas as coisas), que sozinho estendi os céus, e espraiei a terra (quem estava comigo?).‖ Yeshayahú/Is 44:24. ―Porque assim diz YHWH, Boré há`shamayim hu há`Elohim yotser há`aretz (que criou os céus, o Elohim que formou a terra), que a fez e a estabeleceu, não a criando para ser um caos, mas para ser habitada: Ani YHWH vein od Eu sou YHWH e não há outro .‖ Yeshayahú/Is 45:18. Três coisas são notáveis aqui. O Eterno se apresenta como aquele sozinho estendeu os céus, como aquele que boré há shamaim (criou os céus) e como aquele que yotser há aretz (criou a terra). Os que negam Yeshua como Maschiach e a Brit Chadashá (Novo Testamento) como revelação do verdadeiro Maschiach supõem aqui uma prova definitiva contra ambos. Infelizmente se pode constatar que eles vivem para o engano, para a tagiversação e para a perversão das Escrituras. Não há contradição alguma entre o que o Eterno fala de si mesmo através de Yeshayahú e o que a Brit Chadashá diz a respeito de Yeshua. Ora, Adonay diz que sozinho estendeu o céu, e indaga quem estava com ele. Naturalmente nenhum homem estava com ele naquele momento inicial. Embora isso não se constitua em problema. Naquele momento especial o Maschiach ainda era um ser espiritual, ainda não era o filho do homem. O próprio Eterno se dirigiu a Yob falando exatamente isso. Indagando-o onde ele estava quando lançou os fundamentos da terra, quando os filhos de Elohim (os anjos) bradavam de júbilo. ―Agora cinge os teus lombos, como homem; porque te perguntarei, e tu me responderás. Onde estavas tu, quando eu lançava os fundamentos da terra? Faze-mo saber, se tens entendimento. Quem lhe fixou as medidas, se é que o sabes? ou quem a mediu com o cordel? Sobre que foram firmadas as suas bases, ou quem lhe assentou a pedra de esquina, quando juntas cantavam as estrelas da manhã, e todos os filhos de Deus bradavam de júbilo?‖ Yob/Jo 38:3-7. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 198 Volume I – O Israelis mo Britânico Não há, pois incompatibilidade alguma entre a Brit Chadashá e o profeta Yeshayahú. O fato de YHWH dizer que fez o mundo sozinho não significa que ele estava desacompanhado e muito menos que o espírito de Maschiach não estava com ele naquele momento, ou que esse espírito não se movia ao lado do Criador enquanto ele realizava sua obra. E ainda que ele tenha criado através de instrumentos, entre os quais o próprio Maschiach, nem por isso ele deixa de ser o Criador único, posto que a determinação de criar partira dele, e demais ninguém. É preciso que se tenha em conta que Adonay é tudo em todos, que não existe nada e nem ninguém além dele, e que, por conseguinte, ninguém jamais fez qualquer coisa, sem que sua ação não tenha sido determinada, confirmada e conduzida pelo. Isso é tornado claro já no início da criação, quando o Eterno determinou trazer o homem a existência dizendo: ― Vayomer Elohim (E disse Elohim): naasse Adam betsalmenu (façamos o homem à nossa imagem), ki`demutenu (conforme a nossa semelhança); domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se arrasta sobre a terra. Ve`ybrá Elohim) é Criou, pois, Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. Lendas rabínicas tem tentado em vão justificar o fato de que Elohim disse naasse Adam betsalmenu (façamos o homem à nossa imagem), referindo-se a si mesmo no plural, um tal de pluralis maiestatis pelo fato dele englobar todas as forças e poderes do universo não obstante estar ele completamente só naquele momento. Não há tal exemplo nas Escrituras. O plural de majestade jamais foi empregado por um Rei que não tivesse súditos, até por que só pode haver malchuto (reino) onde há um rei que governa sobre os súditos. O sentido da declaração é evidente. O Eterno determina a alguém que está a seu lado que o homem seja feito conforme a semelhança deles. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 199 Volume I – O Israelis mo Britânico Nada poderia ser mais claro do que isso. Adonay está aqui a falar com o espírito de Maschiach, que era de acordo com a imagem dele. Logo o sentido em que o Criador é único, o sentido em que não há ninguém além dele não é o da ausência de outros seres, mas o de que ele é o único que dispõe de soberania. Adonay Cria Através de Seu Filho É unicamente a tolice resultante do grosso véu que o Eterno pôs sobre os olhos de parte da casa de Yehudáh que lhes induz a imaginar que a Brit Chadashá não contenha revelação e esteja em contradição com a Torah. O fato é que o Eterno criou juntamente com seu Filho. Armstrong se pronuncia sobre isso de uma forma que pode gerar debate e controvérsia, mas que não deixa de ser interessante. O fato de que um operário dê forma a um projeto arquitetônico, que engenheiros, pedreiros, carpinteiros, escultores e pintores tenham trabalhado na edificação de uma obra jamais diminuirá o mérito de quem o planejou. O argumento pode ser ilustrado na história de Brasília, por exemplo. Quando consultamos a história do Palácio da Alvorada, residência oficial do Presidente da república, veremos sempre o mérito do maior arquiteto que o mundo já conheceu, o ilustre Oscar Niemayer (1907 - ), que ainda trabalha aos 102 anos de idade. Ele é o Criador da Obra. O desenho trás o seu nome, apesar que Presidente Juscelino Kubitschek (1902-1976) é reputado como construtor e que quem pôs a mão na massa foram os edificadores. os esquecidos pedreiros, carpinteiros, eletricistas e tantos mais cujos nomes não figuram na placa inaugural. Armstrong usa essa mesma lógica para falar do Eterno como Criador do universo, que ordena sua criação, de Yeshua como seu construtor ou executor do projeto e do poder da Ruach como instrumento ou ferramenta dessa criação. Assim como Henry Ford é o criador dos carros Ford e os construtores eram seus operários. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 200 Volume I – O Israelis mo Britânico Agora entendo isso, adicionando Efésios 3:9: ". . . Deus, que criou todas as coisas através de Jesus Cristo. " Deixe-me explicar. Na primeira semana de Janeiro de 1914, eu fui enviado por uma revista nacional de Detroit, Michigan, para entrevistar Henry Ford para obter material para um artigo sobre a sua nova sensacional política salarial de 5 dólares por dia. Vi Henry Ford no prédio da administração, vestindo um terno com gravata e colarinho branco. Então eu olhei a brisa na fábrica gigante (a fábrina na época era em Highland Park) e eu vi, talvez milhares dos homens em macacões, trabalhando em máquinas com a potência fornecida pela energia elétrica. Ford foi chamado o criador dos carros Ford. Mas ele fez os carros por meio desses trabalhadores, que usaram o poder da eletricidade e das máquinas. Da mesma forma, Deus é o Pai Criador. Mas ele "criou todas as coisas por Jesus Cristo." Jesus é a palavra. Está escrito: "Ele falou, e tudo foi feito" (Sl 33:9). Deus diz a Cristo o que fazer (João 8:28-29). Jesus depois fala, como o trabalhador, e o Espírito Santo é o poder que responde e faz o que Jesus ordena.‖ Assim, como podemos ler mais, em Colossenses 1, no início do versículo 12: "Dando graças ao Pai, que tem. . . nos transportou para o reino do seu querido Filho. . . que é a imagem do Deus invisível [mesmo aparência,] Forma e forma e caráter. . . por ele foram criadas todas as coisas que estão no céu, e que estão na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam elas tronos, sejam soberanias, sejam principados, sejam potestades: todas as coisas foram criadas por ele e para ele, e ele é antes de tudo, e por ele todas as coisas subsistem "(versos 12-13, 15-17).‖ (Herbert Armstrong, Mystery of A Ages, páginas 58-59) Yeshua em Visões Não Trinitarianas A tentativa dos beney anusim e de seus irmãos beney Efraim crentes em Yeshua de escapar à quase universal doutrina da trindade que crassa entre os crentes é assinalada por desvios às vezes à direita e por vezes a esquerda. Estes devios se manifestam sob duas formas diferentes, super estimando o papel de Yeshua em sua relação com o Pai a ponto de eliminar sequer a distinção entre os dois ou sub estimando essa relação a ponto de tornar Yeshua pouco mais que um homem, apenas um profeta Messias filho de Mirian e Yosef, alguém que não merece nem a honra dada a Moshe. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 201 Volume I – O Israelis mo Britânico Desde o início da era da restauração inaugurada a partir de 1882 quando começaram a surgir ois primeiros ministérios judaico messiânicos na Europa foram postuladas diversas doutrinas para escapar ao modismo católico que a maioria dos cristãos não conseguiu abandonar. O anti trinitarianismo é pois a resposta a um sistema teológico que ensina que a divindade se compõe de três pessoas coeternas, formadas por assim dizer da mesma essência, poder e dignidade, o Pai o Filho e o Espírito Santo. Esta resposta se divide em diferentes propostas. O modalismo ou sabelianismo surgiu com Sabélio (- 215 DM). Ensinou que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são um único ser que se manifesta de três modos diferentes. Eliminam qualquer distinção entre Yeshua e o Pai. A dominguista Igreja pentecostal Unida (4 milhões de membros e 500 mil no Brasil) e sabatista Verdadeira Igreja de Jesus (3,5 milhões de membros) são os maiores grupos. O Ebionismo (de ebion que significa pobre em hebraico) rejeita a natureza divina e a pré-existência de Yeshua. Crê que ele é o grande profeta, mas filho de uma relação sexual de Yosef com Miriam. O maior grupo é a Igreja de Deus dos Santos em Cristo, fundada em 1886 pelo profeta William Sauders Crowdy (1847-1908) e hoje liderada pelo Rabi Rabbi Jehu August Crowdy, Jr (1970 -). Tem cerca de 20 mil membros. Não são crentes em Yeshua no sentido exato do termo, embora o vejam como um grande profeta, uma espécie de Rei sem Coroa, mas celebram as festas e o shabat, comem kashurut e praticam e a circuncisão. O arianismo fundado por Ário (256-336) crê na pré-existência de Yeshua ao seu nascimento virginal, e na sua autoridade sobre toda a criação, mas não em sua co-eternidade e iguldade com o Pai. O Maior grupo é a Iglesia ni Cristo fundada nas Filipinas em 1914 por Felix Manalo com cerca de 9 milhões de membros seguida pelas Testemunhas de Jeová, de Charles Taze Russel (1852-1916) que tem 7,3 milhões de membros ativos, 800 mil deles no Brasil e se espalham por 200 países. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 202 Volume I – O Israelis mo Britânico Além das Testemunhas de Jeová que promovem encontros gigantescos, como o que se vê aqui, há ainda outras entidades cristãs não trinarias como a Igreja de Deus do Sétimo Dia sediada em Denver no Colorado. Com 125.000 membros, a Igreja de Deus do Sétimo Dia é a segunda maior igreja sabatista não trinitária. Mas o arianismo não é recente nos movimentos sabatistas. Tivesse a Igreja Adventista seguido de perto o que os pioneiros ensinavam e ela jamais teria se tornado trinitariana; pois alguns dos mais notáveis arianos do século XIX foram justamente os fundadores da Igreja Adventista do Sétimo Dia como James Springer White (1921-1881), esposo da Sra. Ellen White, Uriah Simith (1832-1903) por cerca de 50 anos redator principal da Reviel and Herald, a Casa Publicadora Adventista e Joseph Bates (1792-1872) o homem que conduziu o adventismo à guarda do Shabat. Estes quatro famosos pioneiros do adventismo foram anti trinitarianos convictos. James White declarou: "Que uma pessoa seja três pessoas, e que três pessoas sejam uma só pessoa, é uma doutrina que nós podemos proclamar ser contrária à razão e ao senso comum." Adventist Review, 6 de Julho de 1869 Uriah Smith declarou: ―As Escrituras em parte alguma falam de Cristo como de um ser criado, mas claramente afirmam que Ele foi gerado pelo Pai. (Ver comentários a Apoc. 3:14, onde demonstramos que Cristo não é um ser criado.) Mas conquanto, como filho gerado, não possua com o Pai uma co-eternidade de existência pretérita, o começo da sua existência é anterior a toda a obra da criação, em relação à qual Ele foi criador juntamente com Deus. João 1:3; Heb. 1:3. Armstrong Populariza a a Doutrina da “Bilindade” Herbert Armstrong, porém, preferiu criar uma quarta via de interpretação. Ele rejeitou além da trindade que todos os três grupos rejeitam como instituição romana e pagã, também o modalismo unicista de Sabélio e o ebionismo do Rabbi Jehu August Crowdy. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 203 Volume I – O Israelis mo Britânico Quanto ao ebionismo é minha opinião que ele definitivamente não pode ser provado pela Brit Chadashá e abre o caminho para a descrença em Yeshua, a partir do momento em que supõe alterações grosseiras na Brit Chadashá, ainda que nem todos os ebionitas ponham em causa a messianidade e a salvação de Adonay oferecida através de Yeshua. Infelizmente Asmstrong rejeitou também o arianismo seguido não só pelas testemunhas de Jeová, mas também pela Igreja de Deus do Sétimo Dia da qual saiu. Sua posição é que Yeshua, antes de ser Filho era o Verbo co eterno e auto existente como o Pai, ainda que o termo Deus ou Deus não fosse costumeiramente aplicado a ele, Armstrong cria em sua mais plena e absoluta divindade, ou seja ele era Elohim em seu sentido mais amplo. ―Este Logos "era um personagem distinto. Ele existiu "desde o princípio" o mesmo Deus. Ele sempre auto-existia. Ele existiu com Deus. E ele, também, era Deus. Ambos coexistiram sempre. "Todas as coisas" (noutras palavras traduzidas como "o universo") foram feitas por ele - a Palavra o porta-voz divino.‖ (Herbert Armstrong, A Família de Deus, Plano Para a Humanidade) Ou seja, o ensino de Armstrong aplica ao Pai e ao Filho tudo aquilo que os pais da igreja romana aplicaram ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. É como se ele trocasse a trindade (três seres divinos) pela bilindade (dois seres divinos). ―Portanto Palavra de Deus revela que Deus e a Palavra os dois supremos Personagens-coexistiram sempre e antes de tudo que tinha sido criado, inclusive essa terra e todo o universo. Na citação acima, Cristo é a imagem forma- a forma de Deus. Talvez ele vai fazer Deus mais real para você quando você percebe que ele está na mesma forma e a forma é como um ser humano. Mais uma prova disto é que o dada mais tarde. Houve um tempo, portanto, quando os dois Personagens coexistiram e nada fizeram.‖ (Herbert Armstrong, Mystery of A Ages, páginas 56-57) Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 204 Volume I – O Israelis mo Britânico A Doutrina da Divindade em Expansão Mas quando você pensa que Armstrong limitará seu conceito de divindade a duas pessoas vem a surpresa. Ele combate a trindade não por que essa apresente três seres divinos, mas por que ela limita a divindade a três seres. Desde logo é ncessário cautela antes de disparar flechas contra ele e o considerar um politeísta e crente em milhares e finalmente em milhões de deuses. Essa cautela é necessária para que ele não seja censurado mais do que merece, ainda que nesse particular sua visão esteja equivocada. Ele começa pois por reprovar a doutrina da trindade dizendo que as Escrituras fazem referência apenas a dois seres. Mas logo muda o rumo da coisa perguntando se a divindade se resume a apenas duas pessoas e responde que não, que o objetivo final de Elohim é ter uma grande família, o que ele chamara de God`s Family. ―Nenhuma terceira pessoa é mencionado- Espírito não ". ''É então Deus , limitado a apenas duas pessoas? O falso ensino da Trindade limita Deus a três Pessoas. Mas Deus é não é limitado. Como Deus revela repetidamente, o seu propósito é reproduzir-se naquilo que bem poderá tornar-se bilhões de pessoas a Deus. É falso o ensino da Trindade.‖ (Herbert Armstrong, Mystery of A Ages, páginas 60) O armstronguismo afirma, pois, que Elohim se compõe de uma família, sendo uma unidade composta de Pai e Filho. Yeshua seria o Elohim Filho, que se despojou de sua natureza de Elohim, vestiu-se com o manto da humanidade pecaminosa e depois da sua ressurreição voltou a assumir sua posição na família de Elohim como ser elevado. Claro que Armstrong encontra dificuldades para entender Yochanan ao dizer que a Davar (Palavra) existia desde o princípio e que ela era Elohim. O problema é que ele define Elohim a partir do conceito anglo-saxônico de que God, (Deus) sempre se refira ao ser supremo. Ele intenta resolver o dilema surgido da declaração do Eterno: Ani YHWH ve`eyn od zulatiy ein Elohim. (Eu sou YHWH e nenhum outro, e fora de mim não há Elohim).‖ Yeshayahú 45:7. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 205 Volume I – O Israelis mo Britânico Daí imagina como seus demais irmãos cristãos que se Yeshua é classificado como Elohim na Brit Chadashá, isso só pode significar que ele seja o segundo membro de uma família de seres ―divinos‖. Armstrong não quer que sua doutrina se pareça pagã, e por isso diz que a divindade não se resume a mera trindade, que essa seria muito pequena para conter a enorme ―família divina‖ que está em constante aumento. E tudo isso começa com uma leitura equivoca da palavra Elohim empregada por Yochanan ao falar da davar ou palavra que representa Yeshua. Ora, é um fato de que não existe nada além de Elohim e que um dia os atributos do Eterno se manifestarão em nós na medida certa em que uma criatura os pode suportar, mas isso não significa que Elohim seja uma família de seres. Isso quebraria o princípio mais elevado das Escrituras, a unicidade de Yah. O Sentido Bíblico da Palavra Elohim “Traduzida” por “Deus” Antes de mais nada gostaria de recordar que o inglês ―Deus‖, o alemão ―gott‖, o latino ―dei‖, o italiano ―dio‖, o espanhol ―dios‖ ou o português ―deus‖ não são palavras puras, todas elas derivam de palavras pagãs usadas pelos idólatras para cultuarem suas ―divindades‖. O mesmo se refere a imunda palavra Teos usada nas versões gregas da Bíblia. Oramos para que em breve o povo de Elohim, sendo iluminado pelo conhecimento não as empregue mais atendendo a um dos 613 mandamentos da Torah. Esse assunto virá a ser tratado no capítulo titulado Sabatismo Exclusivista. Armstrong, porém, ignorou em primeiro lugar que nas Escrituras hebraicas, o termo Elohim, plural de El (poder) significa poderes e é frequentemente usada em relação ao Criador, Ele o Bendito, é quem forma e unifica todas as forças. Em segundo ele ignorou que essa palavra tanto se aplica ao Rei do Universo de onde emanam todos os poderes, como aos anjos bons e maus os quais recebem autoridade para abençoar e amaldiçoar da parte do Criador. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 206 Volume I – O Israelis mo Britânico Se ele tivesse se apercebido disso, ter-se-ia convencido que a palavra pagã Deus, empregada na versão King James, é usada também em relação a seres criados e não somente ao TodoPoderoso. Na verdade, o sentido de Elohim é dado pelo contexto, ela pode se referir sim ao Todo-Poderoso, que é o caso mais frequente, mas também pode se referir aos anjos, tanto bons como maus, a um homem profundamente abençoado. Sabemos que o homem foi feito me´at me´elohim (menor que os anjos) Tehilim/Sl 8:5. Onde se vê que Elohim é uma palavra que se aplica a anjos, e na brit chadashá, vemos que para Shaul, Satan, o anjo mau, é o Elohim deste mundo, (2 Coríntios 4:4), pois ele não pode exercer nenhum poder a menos que lhe seja dado por Elohim. Os visinhos de Avraham o chamam de adony nisi Elohim ou nosso príncipe Elohim (Bereishit/Gn 23:6), não por que o adoravam, mas por que o tinham em conta de que ele mantinha intima comunhão com a fonte de todos os poderes, que sua autoridade derivava de Elohim e que sua natureza se relacionava com o Arquiteto e Criador de todas as coisas. O Eterno constituiu a Moshe como Elohim Le Faro ou Elohim para Faraó (Shemot/Ex 7:1). Não por que lhe tinha tornado membro de uma ―bilindade‖ e muito menos de uma trindade, mas porque havia-lhe concedido poderes extraordinários para operar diante de Faro. Quando um homem decide permanecer escravo, Moshe determina: vê`higyshu adonayv el há elohim (e trarão este homem diante dos Elohim ou juízes). Shemot/Ex 21:6. Mas talvez nada seja mais claro para evidenciar o amplo uso da palavra Elohim na Bíblia Hebraica do que a declaração de David: ´Ani ´amarti elohim atem (eu disse vós sois Elohim). Tehilim/Sl 82:6. Somos filhos do Altíssimo, e participando de sua natureza recebemos parte de seus atributos e poderes, sendo por isso chamados de Elohim. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 207 Volume I – O Israelis mo Britânico É exatamente nesse sentido que a palavra Elohim é aplicada em relação a Yeshua. Acima de todos os homens, o Maschiach recebeu poderes de seu Pai. Assim como Filho de Elohim, e não como Elohim Filho ele é chamado Elohim. Mas ele é chamado de filho para que se tenha em conta que como um filho é sempre alguém menor, mais jovem, que recebe proteção, ajuda e dom de seu Pai. Yeshua é não apenas herdeiro da vida de seu Pai, mas também seu receptor. ―Porque, como o Pai tem a vida em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo.‖ Yochanan/Jo. 5:26. Avançar, além disso, supor que o Messias possuía vida inerente, não derivada de ninguém, como Armstrong afirmou ao dizer: “Ele sempre auto-existia”, é ir além do que ele mesmo declarou, e mais do que isso, é criar um Messias à imagem e semelhança de nossos gostos e inclinações e recusar o testemunho do Messias de Israel. É certo que Yeshua tem uma origem e formação que o distingue de todos os homens que são gerados através da relação sexual de seus progenitores. Yeshua veio ao mundo para proclamar o decreto de que fora gerado pelo Eterno. Sua geração especial, diferenciadora e não sexual é uma necessidade messiânica, um produto da palavra, e não de fantasias pagãs como críticos desprezadores da palavra tem sugerido. ―Por que se amotinam as nações, e os povos tramam em vão? Os reis da terra se levantam, e os príncipes juntos conspiram AL YHWH vê`AL Meshiychú (contra YHWH e contra o seu Ungido), dizendo: Rompamos as suas ataduras, e sacudamos de nós as suas cordas. Aquele que está sentado nos céus se rirá; YHWH zombará deles. Então lhes falará na sua ira, e no seu furor os confundirá, dizendo: Eu tenho estabelecido o meu Rei sobre Sião, meu santo monte. Asafera el chok (falarei do decreto do Senhor); ele me disse: bnei atá ani hayom yelidetichá (Tu és meu Filho, hoje te gerei). Pede-me, e eu te darei as nações por herança, e as extremidades da terra por possessão. Tu os quebrarás com uma vara de ferro; tu os despedaçarás como a um vaso de oleiro. Agora, pois, ó reis, sede prudentes; deixai-vos instruir, juízes da terra. Servi ao Senhor com temor, e regozijai-vos com tremor. Nashku Bar (Beijai o Filho), para que não se ire, e pereçais no caminho; porque em breve se inflamará a sua ira. Bem-aventurados todos aqueles que nele confiam.‖ Tehilim/Sl 2. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 208 Volume I – O Israelis mo Britânico A Subordinação, Dependência e Procedência de Yeshua Yeshua não é auto existente. Sua vida eterna, abundante, vida em si mesmo foi lhe dada pelo Pai, o que o coloca acima dos homens e mesmo de anjos e querubins, mas certamente abaixo do Eterno. Consciente disso, Shaul há Shaliach não põe Yeshua ao nível dos demais homens, seus irmãos, e prefere dizer que: ―Elohim o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome.‖ (Filipenses 2:9) E isso inclui mesmo as potestades celestiais, pois ele foi ―feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles.‖ Ivrim/Hb 1:4. Como o mais perfeito e elevado dos seres, Yeshua teve também um privilégio acima de todos os outros, ser sua primeira criatura, razão pela qual Ele mesmo se apresenta como ―o princípio da criação de Elohim,‖ (Apocalise 3:14) ou seja, Yeshua é o início da obra geradora de vida de seu Pai. Ao definir o conceito de que Yeshua é co eterno com o Pai, ele se distancia terminantemente do arianismo para se aproximar da trindade, mas como provinha de uma igreja não trinitária, estava convencido que acreditar em três deuses é coisa de pagão. Assim, apesar de Armstrong dar um claro colorido anti trinitário à sua doutrina sobre o Pai e o Filho, infelizmente ele adere ao binitarianismo, segundo o qual o Eterno e seu filho co existem por toda a eternidade numa unidade que ele opta por chamar de ―família divina‖. Bem, a doutrina fica maquiada, se distancia dos conceitos pagãos mais comuns, que envolvem a crença na trindade romana composta de três seres supremos; Júpiter, Juno e Minerva. Mas isso ainda o mantém distante do conceito bíblico-judaico dado no Adonay Echad. Yah não é uma família de Elohim, é o ser supremo que concede poderes a quem Ele quer, e que por causa disso amiúdo chama os homens de Elohim, pois esse é o sentido da palavra: poderes. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 209 Volume I – O Israelis mo Britânico Já vimos que Yeshua não era soberano, mas que o Pai o exaltou soberanamente (Filipenses 2:9). E o que estamos dizendo é exatamente aquilo que Yeshua disse de si mesmo: ―E, chegando-se Yeshua, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra.‖ Yochanam/Jo. 28:28. Infelizmente, Armstrong ignorou estes fatos. O velho caudilho, apesar de revelar sabedoria em muitos aspectos, não recebeu do Pai conhecimento nesse ponto. Sua saída foi criar o que ele chamava de ―God`s family‖ (família de Deus), e ao fazer isso, abriu espaço para que de forma indireta a doutrina da unicidade de Elohim terminasse quase tão comprometida como a dos católicos e demais protestantes. Afinal de contas, se Elohim é uma família, e a trindade é uma palavra muito estreita para definir essa família que por enquanto inclui ao Pai e seu Filho co-eterno, mas no futuro há de incluir também à ―igreja‖, então logo, está desfeita a unidade do Adonay Echad (O Eterno é um). Reconhecemos o progresso de Armstrong ao ensinar que a ruach Elohim (espírito de Elohim), não é um ser aparte do Eterno e de seu filho, como Roma ensina, da mesma forma como a ruach Adam (espírito do homem), não é um ser aparte do homem. E se o homem e seu espírito não fazem uma dualidade é claro que Elohim e seu espírito tampouco fazem uma bilindade assim como o Pai, o filho e os espíritos de ambos não fazem uma quatrindade. Mas é nosso dever apontar o fato de que transformar a unicidade de Elohim numa grande família, é remendo novo em panos velhos. Isso se opõe tanto ao ensino de Yeshua de que a vida eterna consiste em reconhecer ao Pai como único Elohim verdadeiro, bem como a emuná apostólica de que há um unico Elohim, o Pai de Yeshua. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 210 Volume I – O Israelis mo Britânico Ora, o texto aramaico da brit chadashá é claro: Haleyn enun deyn chaye dal`alam dnedunach anat elahá d`sherará balchudeychá v`man d`shadart Yeshua Meshichá. ―E a vida eterna é esta: que te conheçam, somente a ti único Elohim verdadeiro, e a quem enviaste Yeshua Meshicha (Messias).‖ Yochanan 17:3. Por conta dessa declaração, Shaul, de abençoada memória faz sua inegociável confissão de unicidade de Elohim e abençoa a Adonay o Elohim único de onde deriva todo o poder por nos ter dado Yeshua. Há um só Elohim, o Pai. Isso é Conclusivo. ―Porque, ainda que haja também alguns que se chamem elohim (seres poderosos ou deuses), quer no céu quer na terra ( como há muitos elohim e muitos senhores ), todavia para nós há um só Elohim, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Adon, Yeshua há Maschiach, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele.‖ I Coríntios 8:5-6. ―Bendito seja o Elohim e Pai de nosso Adon Yeshua há Maschiach, o Pai das misericórdias e o Elohim de toda a consolação.‖ II Coríntios 1:3 Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 211 Volume I – O Israelis mo Britânico IX Pós Destinação e Salvação Depois da Ressurreição Segundo o arminianismo evangélico proposto por John Wesley (1703-1791), fundador do metodismo, Elohim prevendo que todos os homens pecariam e que como pecadores se tornariam escravos do mal e sujeitos às agências de Satan decidiu conceder graça a uma parte da humanidade. Esta dádiva seria responsável pela pré-emancipação de todos aqueles que o Eterno previu que creriam nas boas novas pela graça preveniente e perseverariam na fé pela graça proveniente. A doutrina de Wesley diverge a de seu antecessor Jacob Harmenszoon ( 1560-1609) mais conhecido como James Arminius ou simplesmente Arminioque dava ao homem mais poder do que esse realmente possui. Para Wesley a depravação é total, mas em contrapartida, o Criador para mostrar seu amor universal concede a todos uma pré-emancipação da vontade que lhes permite responder ao chamado de forma livre e responsável. Nenhum mérito humano estaria envolvido na questão da predestinação. O Eterno sabendo que ninguém jamais creria decidiu livremente e não movido por nada que não seja o seu amor redimir alguns. Mas eis que surge uma condicionante na hora dessa escolha. O Eterno saberia quem seria capaz de crer e permanecer crendo até ao fim, e a estes decidiu escolher. Ou seja, não há lugar para o livre arbítrio do homem natural no esquema de Wesley. A livre escolha do homem é o resultado da libertação super natural produzida nele pelo espírito santo. Por isso a doutrina wesleyana defendia mais tarde pelo professor e filósofo Charles Finney seu principal herdeiro, é chamada de arminianismo evangélico. A Elohim cabe a glória por libertar o homem. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 212 Volume I – O Israelis mo Britânico O esquema tem lugar para a doutrina da regeneração supernatural e para a perseverança do crente até ao fim, de forma que todos e cada um dos eleitos se há se de salvar. O problema é que Charles Finney (1792-1875), do Oberlin College tal como Wesley atribuem um certo mérito ao homem, ainda que não ao homem natural, que é o mérito do desejo super naturalmente restaurado O sistema por eles batizado de arminianismo evangélico não falha em dar ao crente a plena e absoluta certeza da salvação. Finney deixa claro que todos os eleitos serão salvos, e que a perdição de qualquer um deles é absoltamente impossível. O problema de Finney é supor que essa eleição considera o desejo das criaturas de serem salvos, e não apenas o desejo do Criador. Por mais evangélica que a doutrina se pareça ainda assim ela dá ao homem um lugar de destaque no plano da salvação, mais destaque do que ele merece. De forma que não se pode dizer como no esquema defendido por outro Charles, o pregador batista londrino Charles Hadon Spurgeon: ―Toda a obra é do Senhor.‖ Na hora de predestinar quem seria salvo e quem seria deixado fora dessa salvação o Criador teria consultado de forma presciente o uso que homens libertos do pecado viriam a fazer da sua libertação. Os que desejariam ser eternamente livres permanecendo na graça seriam os eleitos. Isso é pós-destinação, não é predestinação. Pode-se dizer que Wesley de fato melhorou a doutrina de Arminius, que a tornou ―mais evangélica‖, mas esse é o problema. Um erro melhorado ainda é um erro. Uma parte pelo menos é do homem, o desejo de ser salvo, e de permanecer sendo salvo. Essa é a parte fundamental no esquema de Wesley. Os que uma vez libertos desejam são eleitos antes da fundação do mundo. O problema é que Não pode haver predestinação onde o Criador consulta a vontade do Criador. Se a vontade for previamente consultada antes que o Eterno tome sua decisão ele não está predestinando, está pós-destinando. O destino nesse caso não é fixado por Elohim, mas peo Criador. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 213 Volume I – O Israelis mo Britânico Spurgeon que pregou no Metropolitan Tabernacle, um espaço para 12.000 ouvintes e deve ter falado para um milhão e cem mil pessoas deixou sempre claro que o mérito pela redenção do homem não pode ser dividido entre Elohim e o Criador a menos que se blasfeme contra a graça livre, irresistível e soberana. O homem que pregou no Crystal Palace para exatos 23.654 pessoas jamais deixou de proclamar a abso-luta depravação do homem ao lado da absoluta soberania e irresistível poder da graça. Por essa razão declarava não só que o homem é incapaz de caminhar para a graça e de nela permanecer como que o Criador onipotente tem autoridade para dar graça abundante ao maior dos pecadores. Mas se o arminianismo evangélico ofende a graça e reduz seus méritos por que deixa no homem espaço para a decisão acerca de seu destino eterno, quão mais ofensivo é o esquema onde o homem é o árbitro e mantenedor de sua salvação e que Eterno se limita a respeitar sua vontade? Que dizer daqueles que dizem que o Eterno predestinou apenas os meios para a salvação como o envio de seu filho e chamado universal, sem ter predestinado a ninguém em particular? E mais ainda, que dizer daqueles que afirmam que a predestinação destes meios se divide em duas fazes e que uns são predestinados para serem chamados agora e outros depois da ressurreição? Essa é justamente a mensagem proclamada por Armstrong. Conversão e Salvação na Ressurreição é Possível? Uma faceta curiosa da visão de Herbert Armstrong diz respeito à salvação, pois apesar das Escrituras dizerem claramente que depois da morte segue-se o juízo, ele ensinava que a ressurreição trazida por Yeshua ao início do reino milenar, revelará a surpresa de que nossos antepassados, tanto efraimitas como judeus que morreram sem crer em toda a verdade, não estão nem salvos e nem perdidos, simplesmente morreram sem serem chamados e serão chamados e salvos durante a era messiânica.iv Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 214 Volume I – O Israelis mo Britânico "Deus acabará por salvar a maioria da humanidade, depois do regresso de Cristo - não agora." "Todo ser humano que viveu sempre terá uma oportunidade de receber a salvação, para a maioria das pessoas este tempo virá depois de ter vivido toda a sua vida, ter morrido e ser trazidos de volta à vida em uma futura ressurreição." Herbert Armstrong. Preestinação! Doutrina Bíblica? É preciso que se diga que Armstrong está certo quando diz que Adonay acabará por salvar a maior parte da humanidade no que se refere aqueles que viverem a última era e sobreviverem ao conflito contra Israel e a cidade santa. Mas não quando se refere ao tempo dessa salvação. De fato, sabemos que embora o número dos perdidos seja como a areia do mar, o número dos salvos é numeroso como o pó da terra. Isso foi tornado claro a Avraham, a descendência bendita é tão abundante como o pó de nosso solo. Contudo, dizer que as pessoas não salvas agora é o fruto claro da incapacidade humana de entender a soberania da chesed ou misericórdia do Pai Eterno. Essa graça pela qual somos salvos se levanta acima de nossa incompreensão e nos redime não por que o conheçamos, mas por que ele nos conhece. Podemos sim, concordar que alguns dos salvos vão a Yeshua agora e que outros redimidos pela mesma graça estão reservados para irem a ele no dia da ressurreição clamando: ―Que feridas são estas nas tuas mãos,‖ e recebendo como resposta do grande mestre: ―São as feridas com que fui ferido na casa dos meus amigos.‖ São pessoas tementes que procuraram servir ao Criador, mas ignoravam que ele as salva por méritos alheios. Mas isso, de forma alguma significa que é o homem que decide o momento dessa ida ao Maschiach. Essa decisão é do Pai e não dele. Ora, Yeshua ensinou que ninguém pode ir a ele por si mesmo. Ir ao Maschiach não é, portanto uma questão de tempo, mas de operação do poder invencível do Pai que traz os homens a ele. Verdade é que o Pai poderia ressuscitar homens que partiram sem o chamado, mas não parece haver sinal disso nas Escrituras. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 215 Volume I – O Israelis mo Britânico O que Yeshua diz é que não podemos ir a ele a não ser trazidos pelo Pai. ―Ninguém pode vir a mim se o Pai que me enviou o não o trouxer, e eu o ressuscitarei no último dia.‖ Yochanan/Jo. 6:44. É bom que se diga que o homem não vai a Yeshua por que não quer e não quer por que não pode ir. Ele de fato jamais irá à fonte da vida a menos que seja trazido pelo Pai Eterno. A ressurreição que resultará na vida abundante e incessante do corpo é, pois, um ato que se segue à redenção do pecador pela graça do Pai que o justifica em virtude dos méritos de Yeshua. Os que hoje crêem, porém, obtém pela ruach a certeza de que suas almas são vivificadas e salvas para sempre e que em hipótese alguma podem vir a se desviar a ponto de serem condenadas à morte eterna. Porém, uma vez que só Eterno Pai Onipotente leva os homens a Yeshua, não são os homens que vão a ele movidos pela mera força de seu livre arbítrio. Assim, embora também creia que a maior parte da humanidade será salva, não penso que seja necessário o milênio e a ressurreição para que isso aconteça. Noutras palavras, homem algum é salvo após a ressurreição, mas ressuscita por que é salvo e para descobrir como essa salvação lhe veio à alma. Ora, supor que o Onipotente precise outro tempo para salvar quem quer que seja, ou que a predestinação é apenas para determinar quem é chamado agora, é um expediente para louvar exaltar a glória do livre-arbítrio.Isso apenas serve à causa da exaltação do mérito e poder de criaturas inúteis, em detrimento da soberania de Yah. As Escrituras põem de manifesto que só há um rei em todo o universo, que ele reina só e de forma livre e soberana sem compartir com ninguém nem a sua soberania e nem a glória. Não há nada que os homens decidam que não seja o resultado de sua ação sobre a alma. No que se relaciona a salvação Ele é Onipotente, e quando as almas descem ao olam haze, que é esse nosso mundo da ação, elas vêm para desenvolver o que acerca delas estava determinado. Nesse particular vale ressaltar de novo o que Yeshua ensina: Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 216 Volume I – O Israelis mo Britânico ―Todo aquele que o Pai me dá, esse virá à mim, e o que vem a mim de maneira nenhuma eu o lançarei fora.‖ Yochanan/Jo. 6:37). Armstrong, portanto falhou como evangelista, ou seja, como proclamador da bessorat, as boas novas de que somos salvos por um ato soberano de Yah, e não por nossas próprias ações e que Yah não precisa nos dar uma segunda oportunidade, pois o dia da salvação é hoje aqui e agora. A verdade das Escrituras é que ninguém será salvo após a ressurreição, mas ressuscitará salvo de acordo com o propósito revelado no dia de hoje. A hora é agora, a redenção é hoje. ―(Porque diz: Ouvi-te em tempo aceitável E socorri-te no dia da salvação; Eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação)‖ II Coríntios 6:2 A Doutrina da Predestinação de Herbert Armstrong Armstrong diz que no inicio do milênio, os milhões que nunca ouviram a mensagem de Yeshua através da ―Igreja de Deus Universal‖, que teria sido fundada por Yeshua e não por ele, terão sua primeira chance e poderão se salvar. Segundo ele, não seria justo que o Criador não desse a eles a oportunidade que não tiveram por terem nascido num país pagão. Elohim quer salvar todos os homens, e para provar isso chama, após a ressurreição aqueles que não foram chamados antes de sua morte. Claro que a partir daí ele desenvolve o mais estranho pensamento de predestinação jamais visto. Segundo ele, ninguém foi predestinado para ser salvo ou para se perder. Tudo isso está no livre arbítrio do homem, exatamente como a maioria dos crentes sabatistas que acredita sinceramente que a boa intenção do Criador pode e é vencida pela soberania do livre arbítrio da criatura, e é claro, mesmo no milênio o homem ainda poderá dizer não. Isso tornaria o Criador apenas Potente, a espera que o homem o ajudasse a fazer a grande obra, mas jamais onipotente. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 217 Volume I – O Israelis mo Britânico Armstrong insiste que o Pai teria simplesmente predestinado alguns para o chamado nesse tempo, denominado por ele de ―era do diabo,‖ quando ele tem poder para cegar as mentes, e outros teriam sido predestinados para serem chamados depois, na ―era do Messias‖, quando o maligno estará amarrado e incapacitado para continuar a cegar as mentes. Claro que isso não é bíblico. A predestinação não é para o chamado, mas para a salvação. Os que foram conhecidos foram predestinados, os predestinados foram chamados, os chamados foram justificados e os justificados foram glorificados. Toda a obra de Elohim foi determinada e é descrita como se estivesse pronta e acabada. Armstrong diz que nem todos são chamados nessa era, que a maioria foi reservada para ser chamada mais tarde, ou seja, depois da ressurreição. Sim, pode haver salvos a quem as boas novas não lhe são reveladas agora, mas isso não significa que eles ressuscitarão para decidir se eles se salvarão ou não. A redenção acontece agora, pelos méritos de Yeshua e é dada a todos os que são eleitos, quer conheçam ou não esse chamado. Não há a mínima evidência de que alguma vez pessoas que partem desse mundo, nem salvas e nem perdidas tenham uma oportunidade vindoura. ―E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Elohim, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou.‖ Romanos 8:28-30. São chamados os que Elohim conheceu antecipadamente e os predestinou para serem conformes à imagem de seu filho. Não haverá no Olam Rabá (mundo vindouro) aqueles que serão conformes à imagem de seu filho, e aqueles que serão diferentes dele. Portanto, a predestinação objetiva, a glorificação final e a conformação de nossa natureza à natureza do Maschiach. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 218 Volume I – O Israelis mo Britânico Não fomos eleitos para ouvir o chamado, e responder segundo nos pareça em nosso livre-arbítrio. Tal doutrina despoja o Soberano de sua glória e o torna um servo de nossa frágil e revoltosa vontade. A Redenção não Depende de Nosso Querer Nossa vontade frágil e pusilâmine, jamais poderia promover a doutrina da certeza da salvação nos moldes como era proclamada pelos shalichim (enviados de Yeshua), que transmitiam a seus talmidim (discípulos). Esta certeza era a de que não só a boa obra começada neles seria terminada, mas também que o Eterno é poderoso para guardar de tropeço e apresentar a cada um dos filhos de seu povo irrepreensíveis diante de sua kvod. E isso acontecerá não por que eles querem, mas por que ele o quer. E por que querendo ele, ninguém o pode impedir. É por isso que acreditamos firmemente que a obra de nossa redenção não ficará inacabada, mas será eficientemente concluída. A razão é simples, salvação é obra do Criador, não da Criatura. É obra de Elohim somente e não de uma associação entre Criador e criatura. Salvação é pois uma certeza, não uma possibilidade. ―Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Yeshua há Maschiach.‖ Filipenses 1:6. ―Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória,‖ Yehudah 1:24 E esta mensagem que os shalichim proclamavam não era novidade em sua doutrina. Muito antes Yeshua Rabeinú tinha deixado suficientemente claro, não só que todos os que o Pai lhe dá virão a ele, e indo a ele de forma alguma seriam lançados fora, como também que nenhum deles pereceria, mas seriam guardados pelas mãos do Onipotente que não falha em seus projetos e nem erra em seus resultados. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 219 Volume I – O Israelis mo Britânico ―Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora.‖ Yochanan/Jo 6:37 ―As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai.‖ Yochanan 10:27-29. Fomos Individualmente Escolhidos Para a Salvação Fora com a heresia de que o Eterno escolheu apenas aqueles a quem ofereceria a salvação. A doutrina bíblica que infelizmente não é ainda a doutrina da maioria das herdeiras do Armstronguismo é que no princípio Elohim nos escolheu para a salvação. Não fomos escolhidos meramente para ouvir o chamado para a salvação, até por que o chamado de Elohim é eficaz e opera de maneira irresistível sobre aqueles que são objeto da escolha. Além disso o Eterno não predestinou um chamado para chegar ao ouvido de todos, mas predestinou a pessoas que ouvirão o chamado e serão infalivelmente salvas. ―Mas devemos sempre dar graças a Elohim por vós, irmãos amados de Adonay, por vos ter Elohim elegido desde o princípio para a salvação, em santificação da ruach (espírito) e emuná (fé) da verdade.‖ II Tessalonicenses 2:13 Elohim é que Opera o Querer do Homem Da mesma forma somos obrigados a dizer: fora com a blasfêmia de que a salvação depende do arbítrio do homem e não da soberania de Hashem. Que um homem pode estar a caminho do paraíso hoje e a caminho do sheol amanhã. Rendamos toda a kevod por nossa redenção unicamente aquele que é não só o autor, mas também o consumador de nossa fé. Verdade é que somos exortados a operar nossa salvação com temor e tremor, (Filipenses 2:12), mas só fazemos isso por que Elohim no fez querer e nos fez atuar. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 220 Volume I – O Israelis mo Britânico ―Porque Elohim é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade.‖ ―Filipenses 2:13 Nem mesmo essa maravilhosa operação pela qual a boa obra se inicia nos santos para terminar gloriosamente no dia de poder de Maschiach resulta de suas escolhas ou de sua vontade, pelo contrário foram eles escolhidos antes que o universo existisse, escolhidos não para serem meramente chamados, mas para serem filhos de adoção. Isso não resulta da auto-determinação de um suposto livre arbítrio da criatura, mas da liberdade do Criador. ―Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; e nos predestinou para filhos de adoção por Yeshua há Maschiach, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade.‖ Efésios 1:4-5. A Escolha de Elohim é Livre e Soberana Não há espaço nas Escrituras para o sistema desenvolvido por Armstrong. A salvação é um ato soberano da graça daquele que com justiça poderia condenar a todos e a cada um dos homens cujas naturezas vendidas ao pecado e adversas ao bem se recusam a servir-lhe com toda a sua força, alma e entendimento. O Criador não tem obrigação para com a Criatura. Ele salva a quem ele quer. Está escrito que ele livremente amou a Yakov e odiou a Esav, e que nem a escolha que o levou a amar, e nem a rejeição que o levou a odiar dependeram dos méritos de Yakov ou dos deméritos de Easav, pois nenhum dos meninos sequer tinha nascido para que pudessem ter a seu favor qualquer mérito ou contra si qualquer demérito. E o que é verdade em relação a Yakov o é também em relação a seus descendentes salvos só por graça.v ―E não somente esta, mas também Rivika, quando concebeu de um, de Ytzchak, nosso pai; porque, não tendo eles ainda nascido, nem tendo feito bem ou mal ( para que o propósito de Elohim, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama ), foi-lhe dito a ela: O maior servirá o menor. Como está escrito: Amei a Jacó, e odiei a Esaú.‖ Romanos 9:10-13. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 221 Volume I – O Israelis mo Britânico Rebeldes por própria natureza, os homens enquanto não forem guiados pela ruach, considerarão que não pode haver justiça num Criador que toma uma parte de sua obra e a torna objeto de seu amor eterno e toma outra parte e a converte em objeto de sua perpétua ira. Tendo em conta essa objeção do coração natural, Shaul se antecipa declarando que a salvação não é um ato de justiça, mas de misericórdia de quem não está obrigado a ser misericordioso. Deve ser claro a todos que a única coisa que a alma que pecou merece é a morte, a eterna separação da fonte da vida. A redenção do homem tem de envolver outro atributo, a soberania da graça dee Adonay que ele manifesta a quem ele quer. Por conta disso Shaul afirma: ―Que diremos pois? que há injustiça da parte de Elohim? De maneira nenhuma. Pois diz a Moshe: Compadecer-me-ei de quem me compadecer, e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia. Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Elohim, que se compadece.‖ Romanos 9:14-16. A Seita Judaica dos Essênios e Predestinação A doutrina da sonerania irrestrita de Elohim, a doutrina que apresenta um Rei em seu trono é uma verdade dura e impopular que alimenta debates a mais de 2000 anos. Muitos a consideram apenas uma invenção de Calvino e de Lutero, uma paixão de Charles Hadon Spurgeon e nada mais. No entanto, a doutrina precede ao próprio Shaul que a expôs magistralmente. Muito tempo antes de Shaul há Shaliach surgir no cenário religioso judaico os essênios já ensinavam que o Eterno controla todas as coisas. Inúmeros documentos da biblioteca de Qunram provam isso de maneira indiscutível. Para eles as mãos do Criador traçaram o destino de todos os homens ainda que a isso se opusessem as principais escolas dos perushim (fariseus), e ainda mais ferrenhamente os tsadokim (saduceus) como claramente nos é relatado por Yosef (Josefo). Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 222 Volume I – O Israelis mo Britânico ―Os fariseus atribuem certas coisas ao destino, porém nem todas, e crêem que as outras dependem de nossa liberdade, de sorte que podemos realizá-las ou não. Os essênios afirmam que tudo geralmente depende do destino e que nada nos acontece que ele não determine.‖ (Flavio Josefo, História dos Hebreus, CPAD, Capítulo IX, Parágrafo, 520). ―Os essênios, a terceira seita, atribuem e entregam todas as coisas, sem exceção, à providência de Deus.‖ (Flavio Josefo, História dos Hebreus, CPAD, Capítulo II, Parágrafo, 520). Nos salmos essênios se pode ler a comprovação do que Flavo Josefo escreveu: ―Eu sou pó e cinza,que posso projetar, se tu não o desejas?Que posso maquinar sem teu consentimento? Como posso ser forte, se tu não me estabeleces. Como posso ser instruído se tu não me modelas? Que posso eu dizer, se tu não abres a minha boca?E com responder se tu não me ensinas? Eis que tu és príncipe de Elohim e rei dos gloriosos, Adonay de todo o espírito dono de toda a criatura. Sem tua vontade nada se faz e nada é conhecido sem teu querer. Ninguém existe fora de Ti.‖ (Textos de Qunram, Florentino Gacias Martinez, Editora Vozes, Petrópolis, 1995, pág. 396). Essa é a essência da doutrina de Qunram. Ninguém existe fora do Criador. Logo ninguém pode fazer nada que não esteja sob seu controle, sob a jurisdição de sua soberania e por conseguinte sob sua administração. Logo ninguém faz nada fora dele, sem a sua direção. Não há dúvidas, os essênios criam firmemente na dupla predestinação, tanto daqueles que são chamados à bemaventurança eterna como daqueles que são entregues à perdição perpétua. Diferentemente dos fariseus que acreditavam que o homem escrevia seu destino com a cooperação de Elohim, eles atribuíam todos os acontecimentos à soberania do Rei do Universo. Logo dizer que a crença que Elohim decretou todas as coisas, e que nada sucede aparte de seu desígnio é uma doutrina estranha ao judaísmo, que foi desenvolvida por Shaul e mais tarde por Agostinho como fruto da cultura grega é uma deturpação dos fatos históricos e revela grande desconhecimento. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 223 Volume I – O Israelis mo Britânico Muito tempo antes dos reformadores sistematizarem a doutrina da predestinação entre os cristãos, os essênios já o haviam feito entre os judeus. ―Do Elohim do conhecimento provém tudo o que há e tudo o que será. Antes que existissem fixou todos os seus planos e quando existem completam as suas obras de acordo com suas instruções, segundo seu plano glorioso e sem mudar em nada. ... Do manancial da luz provêm as gerações da verdade, e da fonte das trevas as gerações da falsidade. Na mão do Príncipe da luz está o domínio sobre todos os filhos da justiça; eles andam por caminhos de luz. E na mão do Anjo das Trevas está o domínio sobre os filhos da falsidade; eles andam por caminhos de trevas. Por causa do anjo das trevas se extraviam todos os filhos da justiça, e todos os seus pecados, suas iniqüidades, suas faltas e suas obras rebeldes estão sob seu domínio de acordo com os mistérios de Elohim, até seu tempo; e todos os seus castigos e seus momentos de aflição são causados pelo domínio de sua hostilidade; e todos os espíritos de seu lote fazem cair os filhos da luz. Porém o Elohim de Israel e o anjo de sua verdade ajudam todos os filhos da luz.‖ Textos de Qunram, Florentino Gacias Martinez, Editora Vozes, Petrópolis, 1995, pág. 49. Para eles tudo o que o homem faz já está predestinado e que ao lado das almas predestinadas à bem-aventurança eterna estavam às ímpias criadas para o tempo da cólera e predestinados desde o ventre para a destruição. Isso é recorrente nos manuscritos de Qunram. ―Porém eu, eu fiquei sabendo graças à tua inteligência, que não por mão de carne é dirigido o caminho do homem, nem pode o ser humano estabelecer seus passos, Eu sei que todo o espírito é formado por tua mão, e todo o seu labor tu os estabeleceste antes mesmo de criá-lo. Como poderá alguém alterar tuas palavras? Tu, somente tu, criastes o justo, para ele estabeleceste desde o ventre o tempo do teu favor, para que observe a tua aliança e ande por todos os teus caminhos, para derramar sobre ele a multidão das tuas misericórdias, para abrir toda a estreiteza de sua alma à salvação eterna, e paz sem fim, sem deficiências. Sobre a carne tu erguestes sua glória. Porém aos ímpios tu os criastes para o tempo da cólera, desde o ventre os predestinaste para o dia da destruição.‖ Textos de Qunram, Florentino Gacias Martinez, , Editora Vozes, Petrópolis, 1995, pág. 369. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 224 Volume I – O Israelis mo Britânico O Criador Endurece o Coração dos Não Eleitos O que o Tanach revela é que o Criador pode deixar os homens entregues às suas próprias paixões e a idolatria dos seus corações, tornando-os ainda mais empedernidos e num ato de justiça endurecer-lhes os corações como fez com Faro, que disse orgulhosamente: ―Quem é YHWH, cuja voz eu ouvirei, para deixar ir Israel? Não conheço YHWH, nem tampouco deixarei ir Israel.‖ Shemot/Ex 5:2. E por que o fez? Por que o Eterno num ato de juízo disse: ―Mas eu lhe endurecerei o coração, para que não deixe ir o povo.‖ Shemot/Ex 4:7. Não há nada nas Escrituras além disso. Faraó se endureceu a si próprio, isso é um fato! Mas por que o fez? O fez por que para isso foi predisposto por aquele que reina sobre tudo e sobre todos. Nada pode acontecer a menos que seja determinado pelo Criador que está assentado em seu trono. Bom, é exatamente isso que Shaul ensinou. O destino dos homens está nas mãos do Eterno, e somente nas mãos dEle. É assim que ele explica por que Paro se manteve endurecido até o final. ―Porque diz a Escritura a Faraó: Para isto mesmo te levantei; para em ti mostrar o meu poder, e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra. Logo, pois, compadece-se de quem quer, e endurece a quem quer.‖ Romanos 9:17-18. O Eterno não manifesta sua misericórdia ao homem por que este a busca com o seu livre-arbítrio. A verdadeira liberdade, que é a capacidade de se inclinar para o bem e para a justiça, de caminhar para o Maschiach, é conseqüência da escolha do Pai. ―Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora.‖ Yochanan/Jo. 6:37. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 225 Volume I – O Israelis mo Britânico X Previsões de Armstrong Falham A interpretação das profecias e a sistematização exata dos eventos e quando eles se darão nunca foi um exercício fácil. Por imaginar que eles são especialistas em Messias, os rabinos do judaísmo tem rejeitado em sua grande maioria todas as evidências de que o Maschiach se manifestou na carne de Yeshua. Por outro lado os mesmos seguidores das escolas rabínicas que supuseram que Yeshua não podia ser o Messias acreditaram no mais famoso dos embusteiros e falsos profetas da história da Casa de Yehudáh, o infame Bar Kosba, mais tarde apelidado de Bar Koziba, o Filho da Mentira. Os que se negaram a crer em Yeshua seguiram o embusteiro até a morte. Claro que o sangue dos 580.000 mortos judeus da segunda revolta permanece como testemunho eloqüente de que o rabinismo jamais entendeu perfeitamente o que seja Maschiach, e que errou em seus juízos negativos quando rejeitou o Maschiach de Israel e em seus juízos positivos quando acreditou num fanático criminoso e oportunista. Claro que isso não é problema só do judaísmo rabínico. O cristianismo protestante também teve falhas gravíssimas, ainda que não da mesma implicação e seriedade. Por imaginar que eles são mestres em profecia os adventistas do sétimo dia ainda acreditam firmemente que em 22 de outubro de 1844 Yeshua teria passado do lugar santo para o santíssimo no santuário celestial. A crença é tanto mais ridícula quando se comprova que jamais o Yom Kippur foi celebrado em data tão tardia. Além do mais o judaísmo celebra o chanuká 2.160 anos, justamente por que nessa época e não em 1844 foi purificado o santuário, não o celestial, mas o terreal, o de Yerushalaim, que era justamente aquele a que o profeta fazia referência em Daniel 8. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 226 Volume I – O Israelis mo Britânico Os erros cometidos por judeus e cristãos na interpretação e aplicação dos textos proféticos deveria ter soado como um alarma para que ninguém se aventure no campo da interpretação dos símbolos proféticos a ponto de vaticinar exatamente como vai acontecer algo que nos é apresentado a mais das vezes em linguagem figurada. O Eterno usa símbolos e metáforas para que os sábios entendam, e para que aprendamos a depender dele, e somente dele para explicar os acontecimentos. Muitos dos quais estão selados para os acharit yoamim (últimos dias) e não para nosso tempo. Não temos obrigação de entender profecias que não se cumpriram, ainda que devamos estudar os acontecimentos para ver se eles se encaixam exatamente com alguma profecia. Armstrong – Evangelista ou Profeta Armstrong proclamou mais verdades do que a maioria esmagadora das igrejas sabatistas do seu tempo. Se o tivermos que julgar apenas por seus deméritos não seremos juízes, mas preconceituosos. Isso é um fato. Herbert Armstrong foi um grande professor e um grande líder com uma capacidade nata para ensinar e para conduzir. Mas não se pode falar de Armstrong sem mencionar a autoridade que seus seguidores lhe conferem, e que alguns o vêm como uma espécie de profeta de última era. Não penso que essa seja a forma correta de o ver. Herbert Armstrong acreditava que estava sendo guiado por Elohim. Nada de mais, já que todos os filhos de Elohim precisam ter essa confiança. O problema é que Armstrong, se permitiu ser visto como mais do que um homem guiado, e por vezes deixou que as pessoas o vissem como um profeta. Infelizmente ainda é assim que alguns o vêm. David Pack, da Igreja de Deus Restaurada, uma das divisões que resultaram da Igreja de Deus Universal após a morte de Herbert Armstrong deixa essa nítida impressão, a de que ele é um profeta, e não um profeta qualquer, mas o Elias que deve voltar. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 227 Volume I – O Israelis mo Britânico ―Neste capitulo, vamos examinar os versículos do Antigo e do Novo Testamento que descrevem a profecia de Elias. Uma das razões pelas quais muitos perderam o contato com este entendimento é por que se esqueceram dos muitos versículos que o explicam. Temos que revisá-lo cuidadosamente. Através deste capítulo, misturaremos periodicamente algumas das provas de que o Sr. Armstrong, e não uma das Duas Testemunhas nem ninguém mais, foi o último Elias. Ocasionalmente, tomaremos certos pontos citados como ―probas‖ de que uma das Duas Testemunhas será o Elias e aprenderemos que na atualidade são provas do cumprimento no Sr. Armstrong. Em alguns casos são provas PODEROSAS.‖... A Bíblia diz que as Duas Testemunhas ―são profetas‖ (Apo. 11:13, 10). O Sr. Armstrong foi um apóstolo. Isso significa que ele foi ―más que um profeta‖ (I Cor. 12:28-29); Efe. 4:11) e ao mesmo tempo era mais como João Batista que alguma das Duas Testemunhas.‖ Um ponto relacionado necessita ser aqui examinado. O Sr. Armstrong tem sido acusado de ser um ―falso profeta‖ muitas vezes. Aqui está o ponto—e a maioria nunca pareceu realmente entender isto: O Sr. Armstrong nunca foi um profeta. Ele sempre foi ―mais que‖ um profeta— Ele foi um apóstolo! Para aqueles que aparentemente foram ―ver um profeta‖, você não entendeu bem o ponto completo de uma das razões mais importantes por que o Sr. Armstrong foi o Elias final. Esta é também uma das razões pelas quais agora podemos ver, em retrospecto, que este posto foi maior que o das Duas Testemunhas (e eu, como o resto da Igreja, estávamos acostumados a pensar que ele seria um deles). Ele foi um APÓSTOLO.‖ (David Pack, Yo os Envío Elías y Restaurará Todas las Cosas.‖ (Leia o texto original na página da organização. http://www.Arcg.org/es/sep/iwse-es.html ) Pode-se afirmar que não é isso que Armstrong disse sobre si, e que essa posição é apenas a visão de um dos líderes das igrejas de deus universal. Mas esse foi o problema. A Igreja de Deus Universal permitiu que seu líder fosse visto como um homem acima de tudo e de todos, e ele mesmo contribuiu para isso ao vincar a restauração da autoridade da igreja, digo da sua autoridade. Por causa disso alguns de seus seguidores pensam sobre ele mais do que deviam. Mas, bem é importante que se diga que ele não era profeta, e nem mais que profeta. Era apenas um investigador das Escrituras, um investigador que pode encontrar muita luz em seus estudos, mas ainda assim um investigador. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 228 Volume I – O Israelis mo Britânico E como investigador que tinha a seu cargo dizer sempre algo novo, ele as vezes se precipitava, se empolgava e apregoava algo que ao fim se revelava um engano. Erros na Interpretação Levam a Falha em Previsões Os que investigar as profecias deveriam ser extremamente cuidadosos ao tornar suas investigações ao par dos acontecimentos em previsões. O investigador pode dizer: ―Eu acho que a profecia se cumprirá dessa ou daquela maneira,‖ sem se comprometer e sem assumir dogmática posição. Mas quando ele diz: ―Isso se cumprirá assim e assim, tenho a certeza disso,‖ extrapola os limites de um professor para assumir a posição de um profeta, sua interpretação deixa de ser posição, e para a ser previsão. A partir daí se arisca a duas coisas, a primeira é que fecha espaço para outras interpretações e a segunda é que abre espaço para ser rotulado como falso profeta. Herbert Armstrong foi além de assumir posições e passou ao delicado papel de prognosticador, algo sério e muito comprometedor. Alguns desses enganos se tornaram notórios, e embora não creia que isso o caracterize como falso profeta, pois não há indícios de que tenha se proclamado como tal. O problema foi justamente o deixar que as pessoas pensassem de si mesmo mais do que deviam. Também nisso há uma advertência para os restauradores da verdade. ―Porque pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não tenha de si mesmo mais alto conceito do que convém; mas que pense de si sobriamente, conforme a medida da fé que Elohim, repartiu a cada um. Pois assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma função, assim nós, embora muitos, somos um só corpo no Maschiach, e individualmente uns dos outros. De modo que, tendo diferentes dons segundo a graça que nos foi dada, se é profecia, seja ela segundo a medida da fé; se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; ou que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com zelo; o que usa de misericórdia, com alegria.‖ Romanos 12:3-8. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 229 Volume I – O Israelis mo Britânico Ao analisar sua obra sem paixão, isso é sem deixar de reconhecer seus méritos é importante que se diga que Armstrong não errou apenas como Mestre, mas também como apóstolo e profeta que se proclamou. Primeiro por que um apóstolo é um servo e não um ditador, e segundo por que as previsões de um profeta não podem falhar, e várias de sua previsões fracassaram. Como Ellen White se impressionara tanto com a Guerra Civil Americana, que supôs que ela seria a última das guerras, ele deixouse impressionar pelas façanhas militares de Mussolini (1883-1945), que tinha adotado o pomposo título de: "Sua Excelência Benito Mussolini, Chefe de Governo, Duce do Facismo, e Fundador do Império". Armstrong viu em Mussoline a besta apocalíptica. Era preciso não ser um profeta para imaginar que ele estava errado. Mussoline era uma criatura carismática e desapiedade ao mesmo tempo. Parecia um Júlio Cesar reencarnado. Muita gente pensava que ele era o cavaleiro do Apocalipse. Armstrongo não foi excfeção. Ele acreditou tanto nisso que vaticinou que Mussolini lutaria contra o próprio Cordeiro como declarou em 1939: "Sem dúvida, então, a Besta", que irá capturar metade da cidade de Jerusalém, no combate do Armageddon contra Cristo em sua Segunda Vinda, é MUSSOLINI, com os dez Ditadores Europeus e os seus exércitos! Ele está vindo nesta geração! " ( Herbert W. Armstrong, A Plain Truth, A Pura Verdade, janeiro de 1939, p. 4 Apesar disso, Mussoline que levou seu país ao crescimento e fez os italianos voltarem a sonhar com o renascimento do Império Romano conduziu seu país à ruína catastrófica e é claro, Herbert Armstrong a rever sua capacidade como intérprete das profecias. Bom, pelo menos é isso que desejamos que seus adeptos o façam. Que o vejam como um homem notável em seus acertos, mas não menos notável em seus erros. Outro ditador de infame memória que muito o impressionou, como a qualquer mortal da época foi Adolf Hitler (1889-1945). Não era só Herbert Armstrong que tinha maus presságios sobre Hitler que dizia inagurar um reino milenar. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 230 Volume I – O Israelis mo Britânico O monstro austríaco que odiava os judeus acima de qualquer coisa, apesar de que investigações em seu DNA revelam que descendia de judeus. O monstro que havia colocado metade da Europa de joelhos e posto seu pé sobre a garganta de Josef Stalin. Havia desferido um golpe mortal contra a França e sustentara uma guerra contra a Inglaterra. Assim como era preciso ser profeta para imaginar que a guerra civil americana terminaria com a abolição da escravidão, que um dia um negro, ou melhor um mestiço, filho de uma americana negra com um descendente de quenianos com um nome para lá de estranho, Barak Hussein Obama, seria o Presidente dos Estados Unidos. A Sra, White, que não era profeta, e chegou a confessar isso publicamente em 1905 e depois assinar essa confissão, arriscara um palpite: ―Vi que o papel dessa guerra não é acabar com a escravidão, mas conservá-la tal como é.‖ Errou, acabada a guerra com a vitória dos exércitos sob o comandado do Presidente Abraham Lincoln a escravidão foi abolida em todos os territórios americanos. Da mesma foram era preciso ser profeta para se aperceber que Hitler não seria o último ditador e que apenas dois anos depois o homem mais poderoso e cruel que a Europa conhecera poria fim à sua vida de forma inglória em seu bunker localizado no centro de uma Berlim devastada que estremecia sob o ribombar de 20 mil canhões soviéticos. Ele não lutou contra o Messias como Armstrong previu. Os restos mortais do facínora jazem insepultos e semicalcinados a 65 anos. Seu reino nem durou mil anos e nem foi aniquilado pelo Maschiach em pessoa. Pelo Maschiach lutaram os exércitos aliados até que a glória do Terceiro Reich se viu reduzida a escombros. "E vi a besta e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos para fazerem guerra - contra quem? Não a Grã-Bretanha ou a América! Não contra Israel, mas contra o que estava assentado sobre o cavalo e seu exército (Apocalipse 19: 19.) É contra Cristo e os Anjos que Hitler vão lutar. ( Herbert W. Armstrong, A Plain Truth, A Pura Verdade Março / Abril de 1943, p. 6 Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 231 Volume I – O Israelis mo Britânico Lições Aprendidas com os Fracassos de Ellen White e Armstrong Mas assim como Ellen White imaginou que a escravidão nunca cessaria na América e que fracassou sem saber que o general negro Collin Powel (1937 -) viria a ser primeiro Chefe do Estado Maior das Forças Armadas Americanas, e depois Secretário de Estado, substituído por outra negra, Codoleeza Rice ((1954 -), e que finalmente um negro, Barak Obama (1961 - ) ocuparia o cargo mais elvado da nação americana, o de Presidente, Armstrong fracassaria ao prever o destino do tirano alemão Adolf Hitler. Contudo suas previsões falhadas não devem ser usadas por nós como arma contra Armstrong. Assim como o fracasso da Sra. White não deve ser usado como arma contra ela. Ambos erraram por que não eram profetas, embora por vezes tenham errado em dar a impressão de ser, parece que nesse caso o pêndulo da profecia é mais para Ellen do que para Armstrong. Apesar dissso, quando ovimos David Pack declarar que ele não era profeta, mas mais do que profeta, parece que o vemos reeditar o que Ellen White dissera no passado substituindo a humilide declaração: ―Não sou profetisa, sou apenas a conselheira do senhor,‖ por uma muito mais altissonante, ―minha obra inclui mais do que a obra de profeta.‖ É nosso dever pois mostrar a todos que tanto Ellen White como Herbert Armstrong erraram em prever o futuro, não sendo profetas, mas que apesar de tudo acertaram num número considerável de coisas que muito ajudou no erguimento da Casa de Efraym. Ele não foi o primeiro e nem será o último em se equivocar na interpretação das Escrituras. A lição é para que não erremos no mesmo ponto. Que sejamos, pois cuidadosos em fazer previsões, e principalmente em obrigar as pessoas a acreditarem em nossas antecipações futurísticas. Desmerecem suas previsões o conjunto de sua obra? Acho sinceramente que não. Diferentemente de Ellen, apesar dele se sentir um apóstolo de última era, não era do seu estilo dizer: ―Deus me mostrou,‖ ou ―em visões da noite passaram diante de mim estas cenas‖. Seus erros, quando atribuídos ao simples conclusões são toelráveis. Mas é desse jeito que ele é visto? Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 232 Volume I – O Israelis mo Britânico XI- O Fracasso da Visão de Armstrong Sobre a Igreja Armstrong conseguira captar a ideia de que o povo de Israel estava espalhado pelo mundo, e na visão dele, principalmente nos países anglófanos, mas não era capaz de entender que o povo de Elohim era uma unidade multifacetada. Ele parecia fechar os olhos para o fato de que a Casa de Israel se encontra em meio às centenas de igrejas cristãs, e mesmo entre religiões não cristãs, como de resto isso foi demonstrado no capítulo VII ―Em Busca das Tribos Perdidas.‖ É muito evidente que milhões de filhos de Yosef se encontram ainda em nações que se voltaram da idolatria aberta para um conceito de unicidade, embora não o da Bíblia e que atende pelo nome de islamismo. Sua visão de igreja única como sendo uma organização dirigida de forma especial pelo Criador gerou no povo a certeza de que Herbert Armstrong abrira a porta para a passagem de Sardes para Filadelfia. O que eles não sabiam e que os dirigentes de Pasadena caminhariam de volta a Sardes, ou pior, para Laodicéia. Armstrong não viveu para ver o fracasso dessa visão da igreja. Sua morte em 1986 deixara a igreja órfã de seu pai e fundador, mas rica e abastada a tal ponto que poderia erguer a sua voz e dizer: ―Sou milionária e não tenho falta de nada.‖ Entretanto revelou uma liderança perdida num meandro de legalismo com o fim de alcançar o favor de Elohim. Quando essa direção descobriu o óbvio, que não somos salvos por nossas obras, ela não sabia definitivamente o que fazer com a santificação bíblica, e virtualmente a dispensou. O mais visível reflexo do movimento de apostasia e abandono de algumas das mais claras verdades das Escrituras capitaneado pela direção da Igreja de Deus Universal em Pasadena a partir do ano 1995 foi a proclamação da independência por parte de dezenas de congregações vinculadas ao movimento fundado por Herbert Armstrong. Sua organização se estilhaçou. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 233 Volume I – O Israelis mo Britânico O gráfico nos permite traçar uma radiografia da situação atual das igrejas herdeiras da visão de Armstrong em maior ou menor grau. Numa distribuição desigual as primeiras 5 das 178 comunidades ainda remanescente repartem entre si mais de 60% da membresia. No entanto, ainda se pode comemorar que estes 178 ministérios coordenem 3.071 congregações giram 86,5 milhões de dólares e ministram a 93,8 mil membros. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 234 Volume I – O Israelis mo Britânico No que se relaciona a IDU, o que emergiu nove anos após a morte de Armstrong foi uma corporação evangélica, não uma igreja fundada sob o conceito errado de que a Torah era para os judeus ou pior ainda que fora abolida. Se existe uma organização que realmente pode ser chamada de apóstata esta é a Igreja de Deus Universal, hoje chamada Comunidade Internacional da Graça. Ela não nasceu no erro comum ao mundo evangélico de não apreciar as virtudes da Torah. Sua situação é muito, muito pior, ela se converteu numa igrejas apóstata no pleno sentido do termo, e não na mera designação preconceituosa que os grupos cristãos às vezes empregam em relação a seus rivais. Quando as verdades então defendidas pela Igreja de Deus Universal através da Rádio, da Televisão e dos Periódicos de grande circulação foi trocada pela negação e apostasia dos princípios que fizeram dela uma igreja em retorno os órfãos de Armstrong agiram. A bem da verdade nenhuma igreja evangélica nascida a partir das grandes confissões reformadas da Suíça, da Holanda, da Alemanha, da Bélgica e da França, surgidas sob o desejo de reformar a Igreja Católica e não sob o ímpeto de retornar a plenitude das Escrituras pode ser considerada uma igreja apóstata. Apostasia é o abandono da verdade conhecida. E estas igrejas somaram verdades ao abolir a idolatria, a intercessão dos santos defuntos, as missas pelas almas dos mortos, a compra de indulgências, o celibato sacerdotal e a suposição de que o papa substitui Yeshua entre outros erros. No mesmo patamar se encontram as igrejas neoprotestantes, pentecostais e cristãs de fronteira. Estas organizações avançaram em direção à verdade ao instituir o batismo por imersão, ou ao negar a trindade ou a aderir a guarda do shabat e a dieta kasher. Logo elas devem ser consideradas igrejas que estacionaram em seu processo de restauração. Roma, ao contrário, sim é uma igreja apóstata, pois foi refundada no quarto século com o intuito claro de abolir os princípios judaicos que dominavam a kehilah do primeiro século. Esta é a situação da Igreja de Deus Universal, uma igreja que avançou no processo de restauração aproximando-se das práticas do primeiro século e que subitamente deu marcha à ré em relação ao judaísmo. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 235 Volume I – O Israelis mo Britânico XII As 14 Grandes Herdeiras da Igreja de Deus Universal Quando Herbert Armstrong (1896-1982) morreu milhares de membros da Wordwide Church of God (Igreja de Deus Universal) choraram sua morte perplexos como os filhos de Israel lamentaram a morte de Moshe Rabeinu. Só que havia uma diferença, antes de partir desse mundo, Moshe por ordem de Adonay havia escolhido um sucessor à altura, Yehoshua Ben Nun, enquanto o pastor geral nomeara um sucessor que se revelaria um dos maiores fracassos da história da sucessão na direção de um povo. Tkach, Sucessor de Armstrong – Uma Breve Biografia Em 1957, Joseph W. Tkach (1927-1995) se juntou à Igreja de Deus da Rádio que Armstrong fundara em 1.934. Quatro anos mais tarde ele foi nomeado diácono da congregação de Chicago iniciando uma carreira imparável. Logo a seguir, em 1963, Roderick C. Meredith o consagrou como ancião. Três anos depois ele se muda para Pasadena, na Califórnia a fim de estudar na Faculdade Embaixador, onde se formavam os obreiros da organização, que então decolava para o crescimento e a fama. Em 1974 era tornou-se Pregador Mais Velho, posto apenas um pouco abaixo do de Armstrong, que era o de Pastor Geral. Por volta de 1978 a Igreja de Deus Universal esteve sob ataque cerrado da justiça americana depois de uma disputa interna em que ministros, entre eles o filho de Armstrong denunciavam o tesoureiro, Pastor Stanley Rader (1930-2002) por improbidade administrativa junto com o próprio Armstrong. A organização foi liquidada financeiramente pelo Procurador Geral da Califórnia. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 236 Volume I – O Israelis mo Britânico Numa ação sem precedentes na história americana, George Deukmejian, o Procurador ordenou a ocupação da sede da obra e o congelamente de todos os ativos financeiros. Herbert Armstrong e seu tesoureiro Stanley Rader foi acusado de desviar 70 milhões de dólares da poderosa Igreja de Deus Universal. O estilo opulento do Pastor Geral com vistitas a chefes de estado, as construções grandiosas e a forte presença na mídia chamaram a atenção dos políticos a despertaram a ira de seus inimigos. Joseph W. Tkach assumiu a defesa incondicional do líder enquanto ele sofria as mais terríveis pressões. Trabalhando no seu escritório ao lado de investigadores da justiça. Sobretudo se mostrou eficiente em tomar as medidas judiciais cabíveis para enfrentar a invasão judicial da Califórnia nos assuntos da igreja. A intervenção foi anulada, as investigações aterrorizadoras não deram em nada, o direito de culto prevaleceu, e mesmo igrejas nada simpáticas a Asmstrong reconheceram o perigo e passaram a apoiar a IDU na longa batalha judicial que lhe deu a vitória completa. Armstrong reconheceu isso nomeado Joseph W. Tkach como evangelista. Finalmente ele estava apenas a um posto do Pastor Geral, e Armstrong estava com 80 anos. Era evidente que tinha de preparar um sucessor. A sete de janeiro de 1986, já com 93 anos de idade e com a saúde abalada, depois de meses sem aparecer em público, Armstrong chamou seu conselheiro e comunicou que Tkach seria seu sucessor. Nove dias depois ele estava morto. Milhares de pessoas participaram do funeral e o Presidente dos Estados Unidos mandou condolências à IDU e à família. Finalmente Tkach era o Pastor Geral. Tkach não seria um Yehoshua, mas uma espécie de Roboão que arrastaria a IDU para a apostasia e o abandono de quase tudo que a tornara o que ela era. A organização atingiria o pico de membros em 1988 com 126.800 membros e as finanças continuariam a crescer por mais 4 anos, atingindo 220 milhões de dólares em 1992. Um povo fascinado doava e doava cada vez mais a uma organização cujo pastor geral tramava destruí-la. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 237 Volume I – O Israelis mo Britânico Foram mudanças graduais, a primeira delas feita em 1987 era benéfica e necessária. Joseph Tkach havia acompanhado o declínio gradual e inexorável da saúde de Herbert Armstrong. Testemunhada o tratamento médico de seus problemas cardíacos e segundo afirma, recebera dele mesmo a missão de reestudar o tema da cura divina. Armstrong, tomando carona nos confessores da fé positiva, ensinava que Yehua já tirou nossas doenças e que não precisamos dos, médicos servos modernos de Baal-Zebude, o deus de Ecron. Em 1988, Tkach passou a ensinar que a mulher podia usar maquiagem, algo que Armstrong chegara a autorizar depois de ensinar por anos que era pecado para logo proibir de novo. Essa mudança assustou a velha guarda conservadora e legalista, ainda presa tanto às verdades como às tolices ensinadas pelo Pastor Geral. Diga-se de passagem, que Armstrong, apesar da tolice de considerar as maquiagens pecaminosas pelo simples fato de que Jezabel se pintou antes de receber Yehu (Jeú), esquecendo que ela também se banhou e que também se vestiu, ainda assim foi um homem menos supersticioso que a maioria dos líderes de religiões sabatistas. Enquanto Ellen White, por exemplo, sugeriu que uma mulher piedosa não deve despediçar dinheiro nem com uma aliança de casamento e que joias ofendem ao Criador, Armstrong permitia à sua esposa, Loma Dillon usar joias, cortar o cabelo e se vestir elegantemente. De todas as formas, alguns pastores ficaram assustados com a velocidade das mudanças. Eles temiam, e estavam certos, que Joseph Tkach não parasse por ai. Num movimento sem precedentes dentro da IDU, dois dos evangelistas, Gerald Flurry e John Amos publicaram em 1989 um panfleto denunciando perturbadoras mudanças. Foram sumariamente desassociados. Tkach mostrou que queria mudar a igreja e não toleraria oposição. Em resposta Gerald Flurry e John Amos fundaram então a Igreja de Deus Filadelfia, passaram a editar uma revista alternativa à Plain Truth que agora já não falava mais a linguagem de Armstrong. Estava começando a debandada. No entanto, as verdadeiras mudanças, as que relegariam a Torah ao caixote do lixo ainda estavam por vir Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 238 Volume I – O Israelis mo Britânico Artigos de Armstrong já não saiam mais na revista, seus livros, editados aos milhões e enviados gratuitamente aos leitores das revistas e aos ouvintes e telespectadores dos programas radiais e televisido começavam a não ser mais publicados ou distribuídos. O Pastorado aturdido achava que havia uma conspiração, que Tkach estava refém do conselho supremo, não podiam crer que o próprio Pastor Geral, escolhido pelo Apostolo, pudesse estar por trás dessas ações consideradas sórdidas. Pensavam que um grupo de conspiradores apóstatas o estavam pressionando, ou que talvez ele ignorasse o que se passava. Mas a teoria da conspiração logo cairia por terra. O conspirador era o próprio Pastor Geral. Se Armstrong nunca entendera a graça, Tkacha não saberia, ao descobrir a grandeza da graça salvadora atentar para as maravilhas da Torah. Um novo Manual de Doutrina saiu em 1990. O Shabat, as comidas limpas e as festas foram mantidas, mas o ministério estava em dúvidas, muitos estavam se convencendo de que a liderança estava mudando os rumos da fé. Estavam certos. Enquanto Tkasch afastava lentamente da direção os pastores conservadores, se cercava daqueles que desejavam uma mudança para o lado evangélico. Finalmente a 7 de janeiro de 1995 Tkach gravou uma mensagem em videocassete que foi enviada as cerca de 900 congregações locais da IDU. Eram congregações grandes com uma média de 140 membros. E sem participar às lideranças ele declarava que a Igreja de Deus Universal era uma igreja da ―Nova Aliança‖, que não estava mais presa à lei mosaica. Shabatot, dias de festas e observâncias alimentares deviam ser facultativas, coisa para cada um decidir, e o dízimo não seria mais obrigatório, a igreja se manteria com ofertas como o NT sugeriria. Dali para a frente o programa o mundo de amanhã que era a cara da IDU no rádio e na televisão foi interrompido, a revista Plain Truth teve sua tiragem reduzida drasticamente. Deixaria de ser uma revista grátis que custava 40 milhões de dólares anuais e passaria a ser vendida aos assinantes. A circulação caiu de 9 milhões para 100 mil. Os concertos no Auditório Ambassador foram cancelados. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 239 Volume I – O Israelis mo Britânico A igreja começou a buscar compradores para o prédio que fora o orgulho de Armstrong, da Igreja de Deus Unida e da própria municipalidade de Pasadena. Centenas de funcionários do parque gráfico estavam sendo demitidos. Esta não era mais a igreja para os que haviam abraçado os ideias de santidade antes pregados permanecessem. Tkach governou a igreja pro apenas 9 anos, e nos últimos 4 tinha se dedicado a demolir o que fora construído durante mais de 50 anos. A esta altura outras lideranças além de Gerald Flurry e John Amos decidiram que era hora de abandonar um barco que rumava para os portos de Roma. Enquanto isso, depois de suas cirurgias da vesícula a saúde de Tkach arruinou, estava com câncer e nomeou seu filho como Pastor Geral, era a garantia de que não haveria volta à Torah quando ele se fosse. Tkach morreu em 23 de dezembro de 1995. Seu filho assumiu a direção e continuou as deformações que seu pai havia instituído. Quanto a IDU ela se enfraqueceu sobremaneira. O povo a estava abandonando, ou deixando de contribuir. Dos mais de 200 milhões de dólares em receitas em 1990 recuara para 50 milhões em 1996. Cada congregação se virava como podia. Sua receita hoje talvez seja de 50 milhões de dólares, ainda é a maior da ―família‖, com 47 mil membros e cerca de 1.000 congregações. Mas ela já não representa quase nada do que antes pregava. Finalmente a mudança se completou e seu nome foi mudado para Comunhão Internacional da Graça. A organização já era. Tkach Errou Sobre a Torah Como Armstrong Sobre a Graça Antes de tecermos mais críticas a Tkach. Seria bom tentar entender o fenômeno por que a ruína da IDU bate às portas dos ministérios de restauração. A queda da ID é um grande campo de prova e de estudo para os grupos que agora se consolidam pregando a Torah como a Congregação Israelita da Nova Aliança, a Igreja de Deus Israelita, os Israelitas do Novo Pacto, as Testemunhas de Yehoshua, a Casa de Yahweh e tantos outros. Se a Torah for enaltecida em detrimento da graça a ruína também os alcançará. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 240 Volume I – O Israelis mo Britânico O Legalismo que leva as pessoas a suporem que são melhores do que as outras por que se batizaram de forma diferente, por que cumprem certos mandamentos que os outros ignoram, por que tem um líder ―Guiado pelo céu‖ e todas essas vaidades são a própria porta para a ruína. Temos um pastor Yeshua, um redentor, Yah e um único povo Israel. Convém lembrar que depois de 50 anos pregando a Torah sem enaltecer a graça, Armstrong falhara em fazer crentes felizes. O próprio Tkach em seu livro Transformado Pela Graça, narra o que é estar diante de um Elohim justo e exigente sem conhecer que ele também é perdão, é amor. Os negócios da igreja iam de fato excelenetemente bem na era Tkach, a divulgação da mensagem ia de vento em popa, a tiragem da Plain Truth ia em aumento, o programa televisivo chegva ao lar de milhões, mas os corações da igreja não estavam bem. A Igreja conhecia a Torah quase como nenhum outro grupo, suas festas bíblicas por vezes atraiam mais gente que as grandes festas nas maiores sinagogas judaicas dos Estados Unidos, milhares de automóveis lotavam parques de estacionamento perto dos locais de celebração, mas seus ocupantes não conseguiam entender que em Sukot comemoramos atmbém o nascimento daquele que tabernaculou entre nós para nos dar a certeza e a participação na vida eterna. A Igreja conhecia a lei, mas não conhecia a graça que supre suas transgressões, a graça que perdoa, redime e salva, a graça que trás verdadeiro gozo à alma. Tkach se enfrentou com um dilema terrível. De que valiam komidas kashrut, shabatot, dízimos para o ministério, dízimos para as festas, dízimos para os pobres e uma intensa campanha de evangelização sem evangelho? De que valia se proclamar apóstolo da graça e Pastor Geral se a doutrina do grande Pastor de que suas ovelhas ouvem sua voz e lhe seguem, que recebem vida eterna e jamais perecem e que ninguém pode arrebatá-las da mão do Pai não era proclamada? De que valia pregar a justiça da lei e deixar de lado a justiça da fé, quando sabemos que o homem é justificado pela fé sem as obvras da lei? Estou certo de que faltou a Tkach um conselheiro amigo, alguém que lhe dissesse: Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 241 Volume I – O Israelis mo Britânico ―Estivemos no rumo certo com relação à Torah, ela deve ser guardada para agradar aquele que no salvou por graça e nos salvou para sempre, mas erramos o alvo no que se relaciona à graça, vamos corrigir isso‖. Mas Tkach não pode entender isso. Sua reação desesperada foi em parte a resposta de um erro com outro erro. Armstrong errara pregando obediência sem salvação e mantendo a eficácia do sangue de Yeshua longe do seu maior propósito que era salvar todo o que crê nele, não pelo que ele faz, não por que dizima, como kashrut ou guarda dias sagrados. Tkach errara ao supor que a graça tinha de anular a prática das ordenanças da Torah. Ele ignorou que não somos salvos pelas obras, e não obstante a isso somos salvos para as boas obras. Se Armstrong errara para a direita, Tkach erraria para a esquerda, pregando a salvação sem a obediência, isso é, sem que ela resulte na obediência. É claro que desde o ponto de vista dos gentios todas aquelas exigências não deviam jamais ser apresentadas como dever sem o qual não somos aceitos, já que nem mesmo os judeus são aceitos e salvos pelo que eles são. Por outro lado, Armstrong nunca disse que eles eram gentios, se assumia como israelita, como descendente das tribos perdidas, como um Israel que devia chamar o mundo à santidade da Torah. Também aqui faltou equilíbrio. Tivesse Armstrong entendido que a Torah é somente para Israel não acusaria ninguém por não guardar a totalidade de seus mandamentos, mas se limitaria a chamar o não Israel para unir-se com o seu Israel, se é que o termo é correto, isso se assim o desejasse, para ser abançoado, não com a salvação, que é pela graça, mas com os favores prometidos ao povo eleito por que é assim que os profetas chamavam os não israelitas a guardarem a Torah. Mas bem Tkach também não entendeu as bases das boas novas, que não são a celebração de uma nova aliança sem Torah e com os gentios, já que a nova aliança é com a Casa de Israel e com a Casa de Judá e com a implantação da Torah em seus corações. As boas novas de fato não tem a ver com a Nova Aliança, mas com a comunicaão de que Elohim salva por graça, tanto a judeus como a gentios, que os salva de seus pecados. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 242 Volume I – O Israelis mo Britânico Tkach simplesmente se comportou como o filho que ao descobrir que o pai o incluiu num irrevogável testamento tornandoo co-herdeiro de seus bens decide que não é mais preciso trabalhar na sua fazenda. Em certo sentido é assim que nossos irmãos evangélicos têm se comportando. Eles imaginam que uma vez que a Bíblia diz que somos salvos por graça, e que a justiça é pela fé e não pelas obras segue-se então que não precisamos mais da obediência. Esse tipo de redenção, ainda é a expressão do legalismo da alma. É como se a pessoa dissesse: ―Bem, se a obediência servisse para a salvação, então eu obedeceria de bom grado, e já que não serve, então para que hei de obedecer? Ora, amados, nós o amamos por que ele nos amou primeiro. Nós o servimos por que nascemos em seu reino para o servir. Tkach não entendeu isso, assim como Armstrong não entendera que não era salvo por obras. Foi por ignorar em relação aos frutos da salvação o mesmo que Armstrong ignorava em relação à sua raiz que Tkasch iniciou uma mudança que foi considerada inédita na história americana. ―Vern Bullough, um editor secular humanista e sênior da Free Inquiry , comentou sobre a importância das alterações observando: ―O abandono de quase todas as doutrinas da Igreja Mundial de Deus, uma vez agarrou-se a uma história quase sem paralelo na história religiosa americana.‖ ("A vontade de acreditar Mantém a Igreja Mundial de Deus Afloat, Free Inquiry, Volume 22, Número 4" . Retirado 2006/10/13. , Wikipedia, página visitada em 20/3/2012. Sim, eu diria mais, algo que parece ter ocorrido uma única vez na história, em Nicéia, em 325 quando a maioria capitulou ante os interesses de Roma. Quanto às congregações locais, muitas permaneciam na doutrina antiga outras não. A confusão se instalou no acampamento. Os que acahvam que podiam abrir mão das festas, mas não do shabat, da comida kasher, do lavamento dos pés e de outras p´raticas buscaram os adevtistas, as outras igrejas de Deus. Os que achavam que aquilo tudo podia ser posto de lado fecharam com a grande apostasia. Nâo podiam entender que Tkach, apenas levou à Igreja a marcar passo, um para a frente ao abraçar a graça e outro para trás, ao renegar a santidade. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 243 Volume I – O Israelis mo Britânico Então surgiram os pequenos e os grandes heróis. Os que pelo menos faziam a Igreja andar com um pé só, o da obediência, ainda que em detrimento do outro pé, o da graça. Apesar disso, esses homens merecem nosso reconhecimento. Infelizmente é uma constatação que Efraim, quando esteve perto da Torah não endenteu a grandeza da graça, mesmo tendo sido salvo, e salvo pra sempre pelo sangue de Yeshua. Por outro lado, quando Efraim percebeu a gradneza do sangue que o salvou, raramente entendeu que essa salvação o deve impelir à santidade. Vários líderes influentes fizeram o mesmo que Gerald Flurry e John Amos, mas diferenças de opiniões, ambições pessoais e outros fatores os impediram de se unir numa só aliança tendo rejeitado as propostas de Flurry. Roderick C. Meredith, que havia sido nomeado apresentador do Mundo de Amanhã formou a Igreja Mundial de Deus em 1992, esta por sua vez se enfraqueceria e ele formaria uma das maiores igrejas armstronguistas da Grande Dispersão. O que veremos agora é o surgimento destas grandes herdeiras de Armstrong, organizações que em seu conjunto tem hoje mais de 80 mil membros, uns ¾ do que a IDU fora em 1988 o seu ano de ouro. Algumas se mantiveram ligadas a Armstrong, outras nem tanto, a maior delas, por exemplo, varreu o nome dele de sua literatura, apesar de ensinar a maior parte do que ele dizia, como a manutenção das festas bíblicas, a comida kashrut e a negação da trindade. 001 - Igrejas Cristãs de Deus Conferência Mundial. Fundada em Woden Act na Austrália, a 1 de Nisã de 1994, por Wad Cox a Conferência Mundial das Igrejas Cristãs de Deus (Christian Church of God World Conference) vem se expandindo rapidamente e já está presente em mais de 35 países tendo empreendido esforços consideráveis no que se relaciona com a proclamação da restauração da primitiva fé. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 244 Volume I – O Israelis mo Britânico De forma geral as demais herdeiras de Armstrong e os sites especializados não dedicam tempo à organização de Wad Cox por considerarem que ela mudou tanto a doutrina do seu fundador que não merece ser considerada como parte da família. Apesar disso, reunindo 34,89% ds crentes que guardam as festas bíblicas e cuja liderança foi formada durante a época de Armstrong e sua estadia na Wordwide Church of God ela é de longe a mais numerosa do grupo. Diferentemente de Armstrong o grupo ensina 1) que a palavra Elohim é um substantivo uniplural e só pode se referir a um ser, 2) que Yeshua foi gerado e não pode ser adorado como Elohim, 3) que os cristãos não nascem de novo na volta de Yeshua, como ensinou Armstrong, mas sim agora, 4) que os que acreditam no trinitarianismo ou no binitarianismo não estarão na primeira ressurreição, 5) e que a lua nova deve ser celebrada. Ora, com relação ao julgamento de que os que acreditam na trindade não estarão na primeira ressurreição, o que em linguagem armstronguiana significa que não conheceram a verdade, e portanto não podem ter a salvação assegurada, mas podem se salvar mais tarde, passado o milênio acho que esse é o tipo de juízo que não nos compete fazer. Isso é ainda mais verdade quando se têm ideia de que a Casa de Israel que perdeu sua identidade e símbolos da perfeita adoração está por todo o lado, procurando voltar-se para Elohim como pode. Não se corrige erros com mais erros. A garça pela qual somos aceitos no Amado, em Yeshua, é uma graça incondicional em nada dependente de nós ou de nossa compreensão sobre aquele que adoramos. Uma coisa é questionarmos uma doutrina, uma forma de culto, e outra bem diferente é julgarmos os crente numa doutrina. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 245 Volume I – O Israelis mo Britânico Adonay não nos colocou no trono do juízo para proferirmos sentenças acerca de seus adoradores. Ele nos confiou a palavra da reconciliação. Apesar disso, no presente trabalho a classifico entre as grandes herdeiras da IDU de Herbert Armstrong, não só por que faltaria um subgrupo adequado para a classificar, mas também e principalmente por que seu fundador pertenceu ao grupo, se afastou da visão das IDU em questões administrativas e doutrinárias, antes mesmo da dispersão, mas manteve a dieta kashrut, a observância das festas bíblicas e inclusive a crença nas bases do israelismo britânico ainda que sensivelmente modificado. Com uma presença muito forte na África, a dissidência australiana da IDU praticamente reina soberana no Continente quando comparada às demais organizações oriundas do armstronguismo. Basta lembrar que a Igreja de Deus Vivente tem 24 congregações na África, a Igreja de Deus uma Associação Universal, apesar de haver arrastado uma boa parte dos membros no cisma que a separou da Igreja de Deus Unida em 2011 tem 37 congregações e a própria Igreja de Deus Unida, a mais poderosa do grupo tem 51 congregações. Sozinha as Igrejas Cristãs de Deus contam com 1.055 congregações no Continente. São 438 na República Democrática do Congo, 191 em Uganda, 154 no Quênia, 67 no Moçambique, 52 na Eritréia e Etiópia centenas de outras localizadas em dezenas de nações da África. No entanto, é de se lamentar que não haja qualquer informação disponível sobre o tamanho e a composição dessas congregações, o que nos obriga por hora a fazer um voo cego, imaginando que as congregações da organização australiana tenham a mesma dimensão da média das congregações ligadas às quatro maiores IDU`S que é de 30,32 membros. Isso daria as Igrejas Cristãs de Deus um rebanho de 32.745 almas. É igualmente impossível determinar o orçamento da instituição, mas uma vez que sua base de operações principal é a África e considerando-se a renda per capta de cada país isso lhes deve facultar um orçamento global inferior a 3 milhões de dólares e um orçamento central inferior a 300 mil dólares ou talvez 1 milhão de dólares considerando as remessas australianas e neozelandesas. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 246 Volume I – O Israelis mo Britânico Como conseguiu crescer tanto na África isso é algo que ainda precisa ser avaliado. Teria o movimento contado com imediatas deserções na África, para onde a Igreja de Deus Universal irradiava seus programas de ondas curtas à muito tempo? Ou simplesmente o esforço maciço dos australianos ganhou o coração dos africanos antes das outras IDU`S? O Que se sabe é que o movimento se antecipou em um ano ao início da Grande Dispersão, quando a outro poderosa, rica e influente IDU entrou em colapso doutrinário e decretou sua volta para Roma. Antes mesmo dos ventos de apostasia sobrarem o líder australiano propôs uma completa modificação no sistema de governo rejeitando o sistema proposto pelo Pastor Geral que fazia dele o canal direto de Elohim para o povo. Se suas mãos eram boas ou não, cabe aos estudiosos fazerem seu julgamento. Os mérito de Armstrong em proclamar as festas bíblicas, a dieta kashrut, a presença de Efraim no mundo são tão importantes que pesam a seu favor. Não resta porém a menor dúvida de que Herbert Armstrong subestimou a capacidade do povo e dos pastores em buscar direta conexão com o céu, e que super estimou a capacidade de manter a verdade por parte do Pastor Geral. Felizmente, enquanto esteve vivo, considerando-se o apóstolo da última era a IDU se manteve nos trilhos e assim ele não viveu para ver, seu herdeiro e mais direto colaborador cuspir em quase todas as verdades que ele proclamou. Cox, porém se antecipou à desgraça rompendo com a IDU e seu sistema de governo. A política do grupo é que todo o povo se compõe de sacerdotes e os postos diretivos são ocupados por pessoas não assalariadas. Dízimos e ofertas sustentam o conjunto da obra e os ministros, muitos deles trabalhando fora da organização, o que não impede que recebam uma bonificação pelos serviços prestados. A igreja é liderada pelo filósofo australiano Wad Cox. Creem que a Casa de Israel está em toda a parte, misturada a todas as raças, o que inclui naturalmente os povos da África, e que essa herança não deve ser buscada apenas entre os povos que resultaram de mestiçagem com os britânicos. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 247 Volume I – O Israelis mo Britânico Em virtude disso o grupo pode ser classificado como um dos mais moderados e ao mesmo tempo eficientes na proclamação da mensagem aos povos de raça negra. Parte de sua obra é investigar a origem das nações, tarefa a que dedicam grande parte de suas energias. Essa reformulação revitalizou sua obra na África, onde parece concentrar 99% do seu rebanho, o que faz dela uma organização virtualmente negra ou pelo menos africana, ainda que não se defina como tal, até por que foi fundada por um australiano branco, tem sua sede na Austrália e sua doutrina nada tem a ver com o judaísmo negro. Apesar disso, na África ela continua a não ser páreo para nenhuma igreja sabatista a exceção dos adventistas do Sétimo Dia. Estados Unidos, e sua A visão do grupo tem muito mais a ver com as duas casas do que com o judaísmo negro ou com o israelismo britânico. Logo Esse crescimento gigantesco na África comparado com as suas coirmãs do armstronguismo que operam no continente se cabe a dois fatores: Em primeiro lugar ao fato de que eles rejeitam o semiexclusivismo do israelismo britânico, o que minimiza o efeito da mensagem aos povos do mundo não anglo-saxônicos. Em segundo lugar ao fato de que através de investigação terem descoberto que a África é berço de muitos povos semitas e bnei Israel cujos antepassados foram para lá levados. Como outros grupos cristãos de restauração eles sustentam que com a morte de Yeshua todos os sacrifícios especiais requeridos para os sábados, luas novas e as festas cessaram, mas não a santidade desses dias e a necessidade de sua observância. Nesse sentido, é importante frisar que marcaram um avanço sobre as demais herdeiras do israelismo britânico que entendem que a festa da lua nova não é mais obrigatória, e que por conta disso celebram-na apenas uma vez por ano, não por seu lua nova, mas por que o Yom Teruah (Dia das Trombetas) cai em Rosh Chodesh ou lua nova. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 248 Volume I – O Israelis mo Britânico Claro que ainda estão presos à pressuposição de que Yeshua aboliu parte da Torah, nesse caso os sacrifícios, sem ao menos ver que sacrifício está plenamente cumprido, e quais ainda vigoram, mal grado ao fato de não poderem ser feitos hoje pela ausência do Templo. Nada mal para uma organização cristã que ainda não se assumiu como um grupo na visão judaica da restauração. Ora, Yeshua é claro em dizer que não veio para tirar nem mesmo um yud da Torah e o Tanach fala do tempo em que os gentios irão celebrar a festa dos tabernáculos em pleno reino messiânico e ao mesmo tempo oferecer sacrifícios no altar na cidade santa de Yerushalaim. Essa questão será abordada noutro livro, O Judaísmo Messiânico. Apesar disso a posição deles representa um grande avanço em relação à cristandade que considera tudo cessado, não apenas os sacrifícios oferecidos nos dias sagrados, mas os próprios dias que os sacramentavam. Infelizmente, porém, parecem ter adotado um sistema próprio de calendário que nem se baseia no método de observação usado pelos caraítas e nem na datação provável proposta pelo Calendário de Hillel II. Ora ao afirmar que a lua nova é um fenômeno perfeitamente previsível e que deve ser ajustado a partir da lua astronômica de Yerushalaym eles parecem ter mergulhado num erro pelo simples motivo de estabelecerem uma identidade própria entre tantas igrejas que celebram as festas bíblicas. É algo que vale a pena conferir. Entretanto, essa posição, que é um erro pontual não compromete em definitivo a atuação dessa organização, que em franca expansão vem conduzindo o coração do Israel negro à Torah. Devo sinalizar que a meu ver o erro maior ainda é a falta de uma linguagem kasher apropriada aos tempos que correm e que demonstre nosso distanciamento da herança romana que não apenas distorceu o caráter do Maschiach, trazendo sobre ele a pecha de transgressor da Torah, mas também tudo fez para que seu nome não fosse mais recordado. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 249 Volume I – O Israelis mo Britânico Entretanto apraz-me saber que a questão da linguagem kasher vem sendo cada vez mais discutida no grupo que pronto a mudanças pode vir a dar esse importante passo, razão pela qual nos manteremos em oração na esperança de que Wad Cox ceda a avalanche de testemunhos em favor dos nomes sagrados. Apontado esse erro, o de basearem suas festas na lua oculta, recordamos que o grupo tem seus méritos que não devem ser esquecidos. Ter conduzido milhares de pessoas, especialmente na África a andarem no caminho em direção à Torah, celebrando o shabat, se abstendo de alimentos impuros e se voltando para as festas, ainda que com o mesmo erro de previsibilidade inserido pelo calendário de Hillel é um deles. Introduzir um sistema de governo que permita a liberdade das congregações e o crescimento de seus líderes é outro mérito. Outra observação que merece ser feita é sua declaração de que o Maschiach não deve ser adorado a semelhança do Pai e que deve ser dirigido ao Pai que o elevou a posição de Elohim, posição essa que ele honra atribuindo toda a glória ao Pai. Assim eles se demarcam do resto de suas irmãs. Quanto à soberania de Elohim eles conseguem captar o que nenhum dos grandes grupos armstronguianos parece ter entendido, que a salvação é o resultado da escolha de Adonay e não de nossas próprias escolhas. Para eles fica claro que o chamado da redenção é dirigido aos eleitos, e somente a eles. Aos demais a mensagem lhes chega em parábolas para que assim não entendam e não sejam curados. Isso é avassalador, um progresso e tanto considerando que Cox procedeu de uma escola antropocentrista onde o homem é uma espécie de rei de sua vida e de seu destino. Uma posição por certo rejeitada pela esmagadora maioria dos cristãos hodiernos mais preocupados em superlotar os bancos de suas igrejas, ainda que seja com falsos adoradores, orgulhosos e arrogantes que não desejam ferir seu orgulho com a notícia de que Elohim é Rei e governa sobre tudo e sobre todos. Que a ele, e somente a ele deve ser dada a honra e a glória pela sua redenção. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 250 Volume I – O Israelis mo Britânico Ao sustentar que a escolha é de Elohim o o grupo australiano tem a seu lado as Escrituras nesse ponto. Yeshua não chamou a todos e nem se esforçou para que todos entendessem sua mensagem e fossem salvos. Inclui aqui o que eles dizem sobre a doutrina da predestinação: ―É Elohim através de Maschiach, por meio da ruach há kodesh, que abre a mente de todos os eleitos começando com os apóstolos, de modo que a Bíblia pode ser entendida (Lc. 24:45). Maschiach falou em parábolas para que aqueles que não foram escolhidos não viessem a entender e assim, eles viessem a ser salvos (Mat. 13:10-17) antes de serem capazes de entrar em juízo. Elohim é misericordioso e não quer que ninguém pereça. Assim, por sua presciência divina cada um é chamado segundo o seu propósito. Para aqueles que de antemão conheceu, ―Predestinou para serem conformes à imagem de Seu Filho para que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E os que predestinou, também os chamou, e os que chamou, também justificou e aos que justificou também glorificou. O que diremos a isto? Se Elohim é por nós, quem será contra nós? (Romanos 8:28-31).‖ Declaração de fé da Igreja Cristã Bíblica de Deus, http://www.ccg.org/english/S/a1.html Bem isso é exatamente o que as Escrituras dizem: ―E ele disse: A vós vos é dado conhecer os mistérios do reino de Elohim, mas aos outros por parábolas, para que vendo, não vejam, e ouvindo, não entendam.‖ Lucas 8:10. Como todas as igrejas da família adventista, e mais ainda as filhas da igreja de Deus, esse progresso termina sendo empalidecido ante o exclusivismo enfermiço que os faz pensar que todos os eleitos vêm a eles, e não ao Maschiach exclusivamente, ou que a ida ao Maschiach pressupõe a ida a eles, e que aqueles que não conseguem andar com eles não devem ser do número dos eleitos. Trata-se de uma posição ambígua. Não se pode atribuir a redenção unicamente à chesed e ao favor do Criador e ao mesmo tempo tentar identificar quem é eleito em função de sua filiação religiosa, por melhor que ela seja. Ou supor que os que não estão conosco, podem ser eleitos, para uma salvação de segunda classe, no pós milênio como supõem as organizações armstronguianas. Tomara que as Igrejas Cristãs de Deus varram o exclusivismo para o lixo que ele merece, e que dessa forma a kevod pela salvação não seja dividida entre Elohim e o homem, entre o Maschiach e a Igreja. Eleição e Exclusivismo são irreconciliáveis. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 251 Volume I – O Israelis mo Britânico Ou cremos que os eleitos são levados a Yeshua de forma misteriosa e sem em nada depender de sua ligação com grupos ou igrejas ou nossa percepção da eleição termina comprometendo a soberania e a liberdade de Yah em salvar suas ovelhas do modo que lhe pareça pertinente, pois ele mesmo diz: ―Eu mesmo cuidarei das minhas ovelhas.― De Elohim procede a salvação, e dele o poder de a conservar. A ele, e somente a ele pois seja a glória pela redenção de seus mui amado filhos. Bem é ainda meritória a posição do grupo em relação a Yeshua, e a sua afirmação categórica e única dentro do israelismo britânico de que Yeshua não é coeterno como pai, ou seja que não é Elohim no sentido como essa palavra é aplicada ao Santo de Isarel que é um e único. Ainda que esse progresso empalideça mais uma vez pela falta de percepção da profundidade do amor incondicional de Elohim em favor das ovelhas perdidas de Israel no que resulta uma virulenta atitude com relação aos demais tanto os cristãos trinitarianos como a seus irmãos das ex-IDU`s que segundo eles podem não estar na primeira ressurreição. A graça ou chesed nos salva não em virtude de nossas obras e de nosso entendimento. A eleição resultará sim na final percepção da pura verdade por parte dos eleitos, as essa hora ainda não chegou. O grupo apregoa possuir membros no México, nos Estados Unidos, no Canadá e na Letônia, mas não fornece dados quanto ao número de congregações ou mesmo de membros localizados nesses países. Na Ásia a organização australiana tem uma representação exígua, estando presente na Malásia com 1 congregação, na Indonésia com 1 congregação na ilha de Sumatra e nas ilhas Filipinas com 2 congregações, uma em Manila e outra em Cebu. Na Oceania há 3 congregações localizadas na Austrália, o pais sede, uma em Sydney, uma em Melboune e outra em Rochedele. Mas não as congregações da Ásia-Pacífico que fazem das Igrejas Cristãs de Deus, as mais numerosas herdeiras do israelismo britânico de Herbert Armstrong. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 252 Volume I – O Israelis mo Britânico É para o coração da África que estão voltados os grandes esforços e é lá que a igreja australiana concentra 99% do seu rebanho. Há indícios claros de que o grupo australiano correu na frente, e conseguiu arrastar para sua influência a maior parte das congregações da IDU africanas, e não só isso, mas também multiplicá-las vertiginosamente, ainda que não seja claro de onde vem retirando tantas centenas de congregações. Se as informações estiverem corretas, o crescimento tem sido espantoso para uma organização surgida pouco antes da Grande Dispersão. Imagino que esse crescimento esteja fundamentado na discipulação de grupos sabatistas, mas isso é algo que não posso confirmar. De toda a forma a Igreja Adventista do Sétimo Dia com seus milhões de membros sedentos pela verdade aguarda o momento em que vencida a barreira do preconceito será despertada. Como ex-adventista que sou, oro para que esse momento chegue logo. A julgar pelas informações contidas no site oficial do grupo a mensagem das ICD entre o povo africano se espalha como fogo na Savana, do Chifre da África ao Cabo da Boa Esperança e do Madagáscar à Tunísia congregações negras abraçam alegremente a convicção de que são descendentes de Avraham Avinu e que devem viver à altura dos pactos feitos com Elohim e seu descendente Israel. Ora, o povo eleito, tendo se misturado com todas as nações da terra é hoje, uma nação multicultural, multirracial e multireligiosa que não obstante deve chegar a ser uma só. Talvez por isso que as Igrejas Cristãs de Deus puderam chegar mais efetivamente ao coração do povo africano, proclamando que eles são filhos de Avraham e devem viver como seus descendentes. Centenas de congregações foram levantadas em apenas 18 anos de trabalho. Imagina-se é claro, que esse avanço se faz também sobre outros grupos sabatistas, como adventistas, batistas e pentecostais do sétimo dia. Assim, embora o grupo australiano não seja páreo para IDF, para IDV e para a IDU em termos de poder financeiro, tem tido um inegável êxito em avançar no corçao da África. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 253 Volume I – O Israelis mo Britânico Em lugares onde não depende da TV, da Internet ou das publicações, mas apenas do convencimento corpo a corpo. E isso tem sabido fazer com uma eficácia inegável. Igrejas Cristãs de Deus Nome Oficial Página oficial Fundador Membros Christian Churches of God Revistas Tiragem Anual TV Alcance Classe Adventista Inexistente http://www.ccg.org/ Wade Cox 32.745 Inexistente Sigla Sede New Act, Austrália Ano 1995 Países Entradas 284.800 USD Inexistente Ordem Rádio Alcance Subordem Família Sabatista Igreja de Deus CCG Igreja de Deus Universal 35 Congregações 1080 Entradas 516.00 Reais Inexistente Inexistente Subfamília Revisionista Arianocalvinista Gênero Exclusivista 002 - Igreja de Deus Unida, uma Associação Internacional Fundada por Roy Holladay em 1995 em Cincinati no Ohio, a Igreja de Deus Unida, uma Associação Internacional (United Church of God, an International Association) é a mais poderosa do grupo, pois mesmo não sendo a mais numerosa tem 413 congregações, está presente em 69 países, tem um orçamento de 18,5 milhões de dólares e conduz 12.823 fiéis. Isso já refeita da grave crise que a afetou recentemente quando o grupo se partiu em dois e perduu quase 40% de sua membresia e 25% de suas receitas. Ainda assim, seus 12.823 membros representam 12,05% das IDU´s Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 254 Volume I – O Israelis mo Britânico A Igreja de Deus Unida foi até dois anos atrás a mais poderosa, rica e influente das herdeiras de Herbert Armstrong. O grupo alcançou seu auge no Sukot (tabernáculos) de 2009. Na altura 21.114 crentes compareceram à festa em diferentes locais consagrados para isso ao redor do mundo. No ano 2010 a igreja já estava em crise com um comparecimento total 19.662 atendentes segundo o jornal United News, November 2010. Isso apontava uma queda de 6,88% ou 1.452 crentes. Em 2011 com a crise no seu auge o atendimento à festa dos tabernáculos havia caído 39,27% em relação a 2009 e ficado em 12.823. O resto decidiu apoiar a nova Igreja de Deus Associação Universal. A razão, para a maioria dos analistas, inclusive especialistas em IDU e adeptos dela foi uma disputa pela divisão das rendas da organização. A manutençãod a obra no terceiro mundo inviablizava os projetos ambicionsos da IDU para os Estados Unidos, como a cosntrução de uma sede apropriada para a visão armstronguiana bem como a manutenção dos projetos de divulgação no rádio, na televisão e na revista. Nessa altura, é claro, as receitas da organização começaram a diminuir, ainda que não na mesma proporção, posto que ela conseguiu manter grande parte dos membros dos países ricos. A dadivosidade dos membros das Igrejas de Deus sempre foi notória. No último ano antes de sua apostasia colossal da era pós Armstrong a organização chegou a arrecadar cerca de 220 milhões de dólares, um milagre, pois falamos de 20 anos atrás e de apenas 120 mil crentes. Assim, em plena crise, em 2010 a Igreja de Deus Unida ainda era suficientemente forte como para congregar numa festa menor para o grupo, a dos pães sem fermento, 8,225 pessoas que doaram no dia da abertura 560 mil dólares e no 7º dia o do encerramento outros 565 mil dólares. O relatório de Aaron Dean‘s revelou que o volume total de entradas no período 30/6/2008 – 30/6/2009 foi de 24.735.699 dólares, no balanço anual de 30/6/201caiu para 23.870.007 dólares (- 3,5%) em relação a 2009 e finalmente para 18.500.000 em 30/6/2011 (-25,21%) em relação a 2009, uma diminuição e tanto. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 255 Volume I – O Israelis mo Britânico Isso levou os especialistas em Igreja de Deus a concluírem que o racha do final de 2010, quando fracassaram as negociações para evitar a separação foi altamente favorável para a Igreja de Deus Unida, que mesmo já não tão unida, perdeu um quarto das receitas contra a metade de sua folha de pagamentos. Isso lhe permitirá continuar investindo pesado na mídia, tanto impressa como televisiva, a menos que a crise alcance desdobramentos ainda não antecipados. Tudo leva a crer que as diferenças doutrinárias existentes entre os dois grupos são muito menores que as causas administrativas e financeiras. Ray Holladay comandou por anos a mais poderosa das herdeiras de Armstrong no que se refere a finanças, a segunda maior em número de congregações e de membros e provavelmente a que mais edita livros e revistas. É também a maior organização em todo o mundo a reconhecer a autoridade do Pastor Geral, já que a grande organização australiana como já vimos, dedica pouco ou nenhum espaço para falar de Armstrong, e tem uma visão crítica a alguns aspectos de sua obra. Ao abrir a página principal da Igreja de Deus Unida, o visitante pode ter a ideia de que o grupo renegou o velho caudilho ao esquecimento, pois não publica suas obras. A razão é outra e nada tem a ver com a falta de confiança no Pastor. É que a maior parte dos títulos de Armstrong cujos direitos autorais ficaram com a apóstata igreja que ele fundou foram comprados à Igreja de Deus Universal pela Igreja de Deus Filadélfia depois de um longo processo judicial com um custo milionário. Desde então é a IDF que detém os direitos autorais sobre as principais obras do Sr. Armstrong. Apenas pequenos ministérios distribuem suas obras via internet, uma distribuição, um tanto ilegal, digamos, mas que não ficaria bem à IDF impedir sob o pricípio de quem não é contra nós é por nós. No entanto, mesmo sem publicar as obras do Pastor Geral sua memória é relembrada em vídeos, mencionada em sermões, publicada em estratos. A IDU nem por isso é menos armstronguista que as demais herdeiras, apenas perdeu a oportunidade áurea de publicar suas obras algo que Gerald Flurry da IDF soube aproveitar, apesar do custo exorbitante. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 256 Volume I – O Israelis mo Britânico Por exemplo, ao transcorrer o aniversário da primeira transmissão radial do Sr. Armstrong, um dos líderes, Darris McNeely pregou um sermão que aparece na página oficial no qual titulou: Uma chamada para uma Porta Aberta: ―Setenta e cinco anos atrás, neste fim de semana (primeiro domingo de janeiro de 1934) Herbert Armstrong começou a transmitir na estação de rádio KORE em Eugene, Oregon. É bom fazer uma pausa e considerar a importância do evento como um lembrete da missão central da Igreja. Nós todos conhecemos a história da autobiografia, maravilhosamente contada no filme mostrado na festa dos Tabernáculos do ano passado, de como o Sr. Armstrong corajosamente saiu no meio de uma depressão econômica com um punhado de adeptos para aproveitar as rédeas dos meios de comunicação e pregar o evangelho. Demorou visão para ver o que poderia ser feito quando os corações e mentes estão unidos em uma obra de proclamar o evangelho de Cristo a todo o mundo.‖ (A Call for An Open Door, by Darris McNeely, Submitted January 5, 2009, http://www.ucg.org/blog/call-open-door/) Outro exemplo notável de quanto a figura de Armstrong ainda é enaltecida pelos principais líderes pode ser dado no sermão publicado em 2006 comemorativo aos 20 anos de sua morte ocorrida em 1986. ―Vinte anos depois da morte de Herbert W.Armstrong, eu ainda estou tentando fazer o que ele disse a todos. "Sopre a poeira sua Bíblia e prove para si mesmo. Não acredite em mim, creia na Bíblia." Ele esclareceu tantas verdades com as Escrituras que se tornou muito fácil para todos nós. Sua morte foi o único momento mais importante da minha vida. Não me lembro de nenhuma parte da minha vida, do nascimento, da educação e do casamento que ele não desempenhou um papel. Durante 12 anos eu o vi entregar mensagens aos chefes de Estado e reis em todo o mundo, mas por ocaisão da sua morte, seu desejo ainda era sobre o verdadeiro Corpo espiritual de Cristo - a Igreja. "Ajudar a purificar a Noiva" foi a última ordem dele para mim depois de 12 anos de serviço direto para este patriarca especial. Eu nunca percebi o quão desconcertante seria mesmo tentar realizar este fim além de sua sepultura.‖ (News Article by Aaron Dean, Twenty years after Herbert W. Armstrong's death, I am still trying to do what he told everyone. http://www.ucg.org/news/blow-dust-your-bible-purify-bride-hold-fast-remembering-mr-armstrong/) Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 257 Volume I – O Israelis mo Britânico Como outras herdeiras da Igreja de Deus Universal a Igreja de Deus Unida agrega uma objeção firme ao porte de armas e ao serviço militar em tempo de paz ou de guerra, além disso, se opõe à participação de seus membros em assuntos ligados à política tal como as testemunhas de Jeová ou os adventistas da Reforma no que se firma como tradicional herdeira de Armstrong. Contudo, no que se relaciona ao divórcio e ao segundo Casamento a Igreja de Deus Unida deu um passo significativo. Talvez considerando que o próprio Pastor Geral terminou casando com uma divorciada, a organização reconhece, e legitimamente, que existem situações em que o divórcio seguido de novo casamento é possível. Isso é tornado claro no seguinte artigo elaborado pelo conselho de Pastores. Liberdade para casar-se em segundas núpcias: A diferença do mundo, existem muito poucas razões pelas quais os crentes podem estar em liberdade de casar-se em segundas núpcias depois de um divorcio. Unicamente duas razões podem (mas não necessariamente tem que) dissolver um matrimônio em que participam dois crentes. A primeira razão é: "Porneia, ou imoralidade sexual. Isto incluiria no sentido mais amplo todos os casos de anormalidade sexual, entre eles o adultério. A implicação é que um mal comportamento sexual habitual, mas não se limita a isto" (Declaração de crença titulada "Divorcio y Segundas Nupcias", p. 10 O divórcio e o recasamento Dentro da Igreja, artigo de Greg Sargent, Igreja de Deus Unida, página visitada em 14 de março de 2012. http://www.ucg.org/marriage-and-family/divorceand-remarriage-within-church/). Não sendo por considerar que um casamento realizado fora do direito acima referido pode levar, segundo eles, à perdição da alma, o que evidentemente fere o princípio de que a salvação é eterna, e que não há nada que o pecador redimido faça que o leve a perdição, não me parece haver objeções a essa posição. Muito equilibrada, por sinal, pois considera as razões legítimas para o divórcio e o recasamento dentro de uma kehilah crente em Yeshua e mostra que elas vão além do adultério, da imoralidade sexual de todo o tipo, mas passam também pela fraude de qualquer espécie, pois o o adultério a que se tem em conta não é apenas sexual. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 258 Volume I – O Israelis mo Britânico Essa importante mudança de rumo de uma organização que surgiu no meio de severa oposição a novas núpcias é uma refrescante lufada de ar e demonstra que a Igreja de Deus Unida está disposta a mudanças. Tomara que elas se intensifiquem. Uma característica essencial da Igreja de Deus Unida é a crença de que ela é a continuação da Igreja de Elohim, enquanto a Igreja de Deus Vivente se considera parte do remanescente de Laodicéia. A visão da continuidade da igreja é uma herança da Igreja de Deus do Sétimo Dia que solidifica o conceito de igreja única e exclusiva fora da qual não pode haver salvação. Nesse sentido podese assinalar quase o mesmo desvio grave que permeou a obra do Pastor Geral. A divisão hora ocorrida na Igreja de Deus Unida, quando se pensava que a poeira tinha baixado e os grupos devidamente consolidados é considerado pela IDV como uma resposta ao erro da continuação. Esta divisão diminuiu os esforços de divulgação da Igreja de Deus Unida, mas ainda assim estes são muito fortes. Um exemplo disso é a Good News Magazine, Revista Boas Notícias, um periódico bimensal que atingiu 425.000 exemplares no seu auge, e que agora (Março-abril) está em 382.000 exemplares. A IDU alega que fez uma revigoração das assinaturas para evitar o desperdício, e que só as pessoas que realmente estavam interessadas continuam a receber a revista. No entanto, essa é uma redução pequena, considerada a perda de membros e de receita. O trabalho ainda é estupendo, são 2,3 milhões de revistas enviadas gratuitamente a centenas de milhares de pessoas todo o ano. As edições são em inglês, alemão, francês, holandês e italiano. Outras revistas são a Vertical Thought Magazine um trimensário de 20 páginas destinado sobretudo aos jovens abordando temas como namoro, noivado, sexualialidade, estudo e carreira para os jovens da igreja e cuja tiragem, o Bíblical Study Course de doutrinação e o World News & Prophecy um bimensário de 16 páginas destinado ao estudo das profecias. A tiragem não é declarada, mas dado o tamanho da organização deve ser de uns 30.000 exemplares, algo como 120.000 por ano. Outro esforço considerável é o programa de TV a cabo. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 259 Volume I – O Israelis mo Britânico O Beyond Today (Bem Vindo ao Dia de Hoje) alcança centenas de cidades em dezenas de estados americanos e províncias do Canadá. Sua emissão por satélite alcança ainda Europa e África. E o mesmo programa é ainda divulgado em emissoras de rádio. Estimase que a Igreja de Deus Unida gaste em torno de 8 milhões de dólares por ano em televisão e outros pojetos de divulgação. Presidida desde 2010 pelo Sr. Dennis Luker (1941-) que formou-se em Teologia no famoso Ambassador College, parte das suntuosas obras do Sra. Herbert Armstrong depois entregadas às baratas da apostasia pelos sucessores da IDU. O atual presidente está a 50 anos ligado à obra de Armstrong. No entanto assume a direção numa hora de crise cujos desdobramentos ainda não são totalmente claros, apesar de que a organização ainda é forte nos países ricos. Esse é um diferencial importante para os esforços de publicação de uma instituição que segue a política de Armstrong. A organização mantém intacto o número de congregações nos países ricos. Nos Estados Unidos, sua base principal a IDU manteve suas 209 congregações, apesar de que metade delas se partiu ao meio para dar origem a Igreja de Deus uma Associação Universal. No Canadá, a divisão foi menos acentuada, houve a perda de uma congregação completa entre as 22 e a divisão de duas, reduzindo-se assim a 21 congregações. Na Inglaterra manteve intactas 10 de suas 12 congregações e garantiu a metade das outras duas. Na Austrália e Nova Zelândia, conseguiu manter as 28 congregações, apesar da divisão de cinco delas. As perdas foram grandes em países onde o aporte financeiro é menor, no México as 23 congregações ficaram reduzidas a 4. Em Gana, as 12 congregações se resumiram a uma única fiel à IDU. No Chile a divisão atingiu 6 das 7 congregações. Apesar disso a IDU continua presente em 60 países. E a membresia de 7.600 crentes nos Estados Unidos, respondendo por 59,47% do total mundial deve continuar a sustentar a instituição e seus ambiciosos projetos de evangelização pela literatura, pela TV e pela Rádio. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 260 Volume I – O Israelis mo Britânico Historiar todos os desdobramentos da crise demandaria mais tempo do que esse trabalho permite e nos deteremos aqui pois teremos de analisar sua dissidência a Igreja de Deus uma Associação Universal. Igreja de Deus Unida Nome Oficial Página oficial Fundador Membros Revistas Tiragem Anual TV Alcance Classe Adventista United Church of God, an International Sigla UCGaIA Association (IDU) Sede http://www.ucg.org/ Denton, Ohio, Estados Unidos Clyde Kilough 12.823 Ano 1995 Países Entradas 18.500.000 USD Good News Magazine, Vertical Thought Revista Boas Notícias Magazine 30.000 (120.00 60 Congregações 413 Entradas 33.559.000 Reais World News & Prophecy 30.000 (180.000) 382.000 (2.300.000) Beyond Today (Bem Rádio Vindo ao Dia de Hoje) Alcance 140 milhões Ordem Subordem Família Beyond Today (Bem Vindo ao Dia de Hoje) Subfamília Gênero Sabatista Armstronguista Exclusivista Igreja de Deus Igreja de Deus Universal 003 - Igreja do Deus Vivente Sediada Charlotte, North Carolina e Fundada em 1998, pelo Dr. Roderick C. Meredith (1930-), um dos colaboradores mais próximos de Herbert Armstrong que o ungiu como ministro em dezembro de 1952, a Igreja do Deus Vivente (Living Church of God) é uma das mais ativas da família. Com 306 congregações espalhadas por 44 países nos cinco continentes e com um orçamento de 14,341 milhões de dólares, a organização possui 8.962 membros ou 6,5% de todos os crentes do israelismo britânico. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 261 Volume I – O Israelis mo Britânico O grupo da Carolina do Norte mantém as principais doutrinas da antiga IDU, celebra todas as festas da Torah está espalhado nos cinco continentes e divulga sua doutrina em Afrikaner, francês, croata, espanhol, alemão e holandês além do inglês, é claro. Seu principal órgão de divulgação é a revista bimestral Tumorrows World de 32 páginas e com tiragem de 326.000 exemplares que totalizam 1,956 milhões de cópias anuais. Os temas abordados misturam a atualidade com a investigação profética de acordo com a visão do israelismo britânico como no tema de cada da resvista aqui apresentada: Ressurgent Germany: A Fourth Reich (Alemanha Restaurada: O Quarto Reich?) O artigo assinado por Douglas S. Winnail observa que registros históricos antigos como a do historiador romano Plinio o Velho, morto no ano 79 em Pompéia por ocasião da erupção do Vesúvio dão conta que os assírios foram vizinhos do povo hebreu. Isso é um dado interessante, pois a Assíria conheceu o seu fim por volta do ano 650 AM, mas Plínio disse que havia uma tribo assíria na região da Criméia perto do Mar Negro na atual Ucrânia. Em seus estudos Herbert Armstrong já tentara explicar a causa do ódio da nação alemã à nação hebraica como uma guerra espiritual iniciada vários séculos antes. O artigo pode ser demasiado estranho para a comunidade cristã brasileira que pouco pesquisa a origem dos povos, mas não para o israelismo britânico. A propósito incluo aqui parte dele. ―Os hititas e assírios também usaram uma águia de duas cabeças para simbolizar os deuses do céu de tempestade, do trovão e do sol. Estes símbolos reaparecem na cultura da Alemanha, Prússia e Áustria, e especialmente do Terceiro Reich. Os hititas (a quem, eventualmente a Assíria conquistou e absorveu) mostram laços linguísticos e culturais com duas das tribos alemãs-Hessians e prussianos. Ainda mais interessante, como o historiador José Bihl nota, são lendas que a cidade mais antiga da Alemanha, Trier, foi fundada em aproximadamente 2000 aM por Trebeta, filho de um rei assírio chamado Nino (in Deutschen Landen, p. 69). Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 262 Volume I – O Israelis mo Britânico Os visitantes podem ainda ler uma inscrição em uma casa histórica no mercado de Trier, afirmando que esta colônia assíria foi fundada 1300 anos antes de Roma. Alguns historiadores têm descrito os assírios como os "prussianos do Mundo Antigo" (The Ideal and Destiny O Ideal e Destino ", McCulloch, p. 224), submisso à autoridade centralizada, com um" profundo sentimento de superioridade enraizado ", a idéia de ser uma " raça " superior (Mass Deportations and Deportees in the NeoAssyrian Empire, Obed, p. 89). Os assírios eram extremamente nacionalistas, com "um forte sentido de participar de uma forma comum e natural da vida" (ibid., p. 66), semelhante à idéia de um volk alemão ou um povo. Após a queda do Império Assírio, o historiador romano Plínio mencionou uma tribo dos "Assyriani" entre os povos citas no norte da Crimeia Mar Negro (História Natural, Bk IV. XII. 81). O historiador Jerônimo, escrevendo em que o século 4, disse que os "descendentes de Assur" estavam entre as hordas celtas e hunas que então invadiam a Europa (Nicene e Post-Nicene, Jerome Carta 123, seção 16). O pesquisador Leon Poliakov registra a história antiga da Baviera e afirma que o povo da Bavária foi para a Europa Central a partir da região da Armênia, junto ao Mar Negro (The Aryan Myth - O mito ariano, p. 76). Diante dessas informações, não é surpreendente encontrar escritores árabes medievais que descrevem os alemães como "assírios" (Israelites und Hyksos - Israelitas e Hicsos por Germol, pp 89-90). As relações entre Alemanha e Assíria podem ser encontradas, e não são nem rebuscadas nem imaginárias.‖ (http://www.tomorrowsworld.org/cgi-bin/tw/tw-ag.cgi?category=Magazine50&item=1190061343) É bom recordar que o povo alemão cumpriu no século XX a mais miseranda de todas as tarefas jamais confiadas a um povo, exterminar um em cada três judeus da face da terra. Paradoxalmente a ira do Criador se ascendeu contra ele, mas também a misericórdia. Abre-se uma porta de investigação para os que estudam as profecias. Seria a Alemanha descendente da antiga Assíria? Se for esse o caso que destino aguarda esta poderosa nação hoje acossada pelo rápido crescimento das suas populações islâmicas? Esta questão não chega a ser abordada por Winnail, mas ele não deixa de registrar que há um plano positivo também para a Assíria. No entanto, sou de opinião que os assírios são os cristãos do Iraque. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 263 Volume I – O Israelis mo Britânico ―No entanto, por mais incrível que possa parecer, a profecia bíblica indica também que Deus usará, eventualmente, Assíria, o notável povo alemão, como uma nação líder para a paz no Reino de Deus (Isaías 19.2325). Deus vai usar a força notável intelectual e cultural do povo alemão para ajudar a enriquecer o mundo durante o reinado milenar de Jesus Cristo. Como faz todos os povos da terra, os alemães têm em seu caráter nacional, tanto os pontos fortes e fracos. Assim como Deus usará os descendentes modernos da Assíria, para cumprir a profecia do fim dos tempos, nos próximos anos, no mundo de amanhã Ele vai usar a força marcante do povo alemão para servir os seus companheiros seres humanos!‖ Para anunciar estas e outras perspectivas a Igreja do Deus Vivente mantém ainda um programa televisivo com o mesmo nome, apresentado por Richard F. Ames, Roderick C. Meredith, Wallace G. Smith e Rod King. O programa vai ao ar 320 vezes por ano e em 211 estações de TV que cobrem 78 milhões de habitantes. Vários dos vídeos de o mundo de amanhã podem ser acessados através da internet, inclusive no Youtube. Já seu programa radial é transmitido em 15 estações, tendo uma audição em espanhol ―El Mundo de Manãna‖ na voz de Mário Hernandez. Como a Igreja de Deus Internacional, eles parecem ter aprendido a lição de que promover demasiado a figura de um pastor geral é um perigo para qualquer organização. Seu líder o Dr. Roderick C. Meredith, parece continuar em forma, ainda que aos 80 anos a liderança pareça ir recaindo sobre seus auxiliares. A doutrina da salvação, tal como expressa em sua confissão de fé, não deixa absolutamente explícito se o crente deve se sentir completamente livre da culpa e salvo, mas sinaliza no sentido de que a salvação começa quando cremos, e que as festas bíblicas não são um instrumento para salvar o homem, mas para ajudá-lo a entender melhor o plano da redenção. No entanto, parece subsistir o conceito de regeneração através da imersão ou subsequente a ele, algo comum a quase todas as igrejas derivadas da Igreja de Deus Universal. Esperamos que em breve estas instituições aprofundem a sua visão da graça e possam consequentemente anunciar em alto e bom som que a salvação é uma obra de Elohim fora do homem e no homem, e por isso mesmo soberana, livre e irresistível. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 264 Volume I – O Israelis mo Britânico ―A salvação é um dom de Elohim pela graça mediante a fé em Yeshua ha Maschiach (Tito 3:5, 2 Coríntios 2:15, Romanos 5:10). A partir do arrependimento e do batismo, Elohim nos justifica de nossos pecados passados. Em seguida, começará um processo contínuo de "ser salvo" porque nós crescemos na graça e no conhecimento de Maschiach (2 Pedro 3:18). Nossa salvação será completa na ressurreição (1 Coríntios 15:50-54). Ao observar as Festas bíblicas e sábados, passamos a compreender mais profundamente o plano de salvação de Elohim, e os passos para a salvação que tomamos como messiânicos.‖ (Official Statement of Fundamental Beliefs, Declaração Oficial dos Pontos Fundamentais da Fé) Com 159 congregações nos EUA, 36 nas Filipinas, 33 no Canadá, 17 na Inglaterra, 15 na Austrália e Nova Zelândia e outras 58 na Ásia, Europa, América do Sul, África e Oceania, a organização vem experimentando forte crescimento. Trata-se, portanto de uma das mais ativas da família e uma das que mais se expõe tanto pela mídia eletrônica como pela impressa. Oremos para que o grupo avance em direção à restauração buscando um referencial judaico para sua adoração e para seu serviço, não um judaísmo qualquer, mas aquele que procede da Torah. Igreja de Deus Vivente Nome Oficial Living Church of God Página oficial http://www.lcg.org/ Fundador Roderick Meredith 8.963 Membros Revistas Tiragem (Soma anual) TV Alcance Classe Adventista C. Sigla Sede Ano 1998 LCG IDV Charlotte, Carolina do Norte, Estados Unidos Países 60 Congregações 306 Entradas 14.341.000 USD Tumorrows World (Mundo de Amanhã) , 326.000(1.960.000) Tumorrows World Rádio (Mundo de Amanhã) Alcance 78 milhões Ordem Subordem Família Entradas Reais Subfamília Gênero Sabatista Armstronguista Restauracionista Igreja de Deus Igreja de Deus Universal 26.014.574 El Mundo de Mañana 15 Estações Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 265 Volume I – O Israelis mo Britânico 004 - Igreja de Deus Uma Associação Universal Nascida em dezembro de 2010 no decorrer de uma grave crise institucional na qual 179 ministros da Igreja de Deus Unida renunciaram ou foram demitidos, a mais nova herdeira da Igreja de Deus Universal estreia com a força de uma dissidente que arrancou com 50% dos pastores assalariados da IDU, 40% da membresia e 25% de seu orçamento. Os desafios a serem defrontados por Jim Franks, o primeiro presidente da história da debutante organização, porém não serão poucos, a começar pela forma como a IDU se partiu tendo a simpatia dos campos mais pobres se inclinado para sua liderança enquanto os campos mais ricos se mostraram simpáticos com a antiga liderança. Isso é mais patente nos Estados Unidos, onde a IDU manteve 230 congregações, contra apenas 110 da IDAU. Essa situação se repete na Europa com 26 a 4, na Ásia-Oceania onde as diferenças se encurtam, com 55 a 27, mas ainda assim amplamente favoráveis à IDU que manteve 25 congregações na Austrália, o país mais rico da região e vem a inverter na áfrica com vantagem de 43 a 37 da IDAU sobre a IDU, na América Latina vantagem de 49 a 34 e no Caribe com vantagem de 13 a 7. Não resta dúvidas de que financeiramente a balança pende para o outro lado. No entanto, o orçamento de 6,235 milhões de dólares alcançado em 2011, permitirá a organização se estruturar embora no momento talvez não possa sonhar com periódicos gratuitos, programas na TV e suntuosas construções que são a marca deixada por Armstrong que todos querem impor as suas respectivas organizações. Levára anos para tais objetivos sejam alcançados, mas a preferência pelo terceiro mundo pode se revelar positiva. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 266 Volume I – O Israelis mo Britânico Do ponto de vista doutrinário, o grupo, sendo formado por alguns dos mais fiéis adeptos da doutrina do Sr. Armstrong manteve os elementos básicos intactos. No primeiro ponto a visão sobre a natureza de Elohim como sendo uma família ainda incompleta e que incluirá os salvos, mas deixando claro que a Ruach Há Kodesh não faz parte dessa família, sendo antes o poder de Elohim, o sopro de sua vida eterna. ―Elohim é uma família eterna atualmente composta por pai e filho. O pai e o filho estão envolvidos no trabalho criativo de expandir esta família trazendo muitas crianças (filhos e filhas) à glória. O Espírito Santo é o poder de Elohim e do espírito da vida eterna, não uma entidade separada ou ser. ― Fundamentos de Fé Ponto 1, A Divindade. Como Armstrong, todas as Igrejas de Deus e as organizações adventistas, a nova igreja nega que o homem possua qualquer essência imortal no seu ser, ou que já possua imortalidade agora. ―Os seres humanos são seres mortais, contando com o sopro da vida e estão sujeitos a corrupção e a decadência. Eles não têm uma alma imortal, nem se eles possuem a vida eterna neste momento.‖ Fundamentos de Fé Ponto 3, A Humanidade. Aqui o grupo ignora que embora seja verdade que separada de Elohim a humanidade está morta em seus delitos e pecados, uma vez tocada pelo poder da chesed, tendo escutado a mensagem de Yeshua, essa morte é vencida, o crente passa então da morte para a vida e possui, adquire desde então a imortalidade, a vida de Elohim passa a estar nele. Ele já está espiritualmente ressurreto: ―Quem ouve minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, e não entra em condenação, mas já passou da morte para a vida.‖ Yochanan/Jo 5:24. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 267 Volume I – O Israelis mo Britânico Outro ponto onde Armstrong se aproxima do adventismo radical reformista é a questão do serviço militar. A IDAU mantém o ponto de vista de que os crentes não podem participar no serviço militar ou portar armas, por que isso equivale a homicídio intencional, além do mais seria difícil como militar observar os dias santos. ―Por causa de Jesus ter ensinado que temos que amar nossos inimigos e a instrução de Deus a respeito da vida humana, os cristãos não devem servir nas forças armadas. O ensino bíblico é que, se alguém ainda odeia seu irmão, ele é um assassino. Sendo militar criaria problemas para manter o sábado e dias santos.‖ .‖ Fundamentos de Fé Ponto 3, Serviço Militar e Guerra. Ponto alto de todo o movimento é a questão das tribos perdidas a IDAU considera que as promessas a Avraham são literais, que os doze filhos de Yakov são importantes nações hoje, mas ao mesmo tempo, ensina que qualquer que aceite Yeshua, a semente de Avraham torna-se filho adotado do patriarca. ―Cumprimento de Elohim de suas promessas a Avraham, um homem chamado o pai dos fiéis, representa fidelidade duradoura de Elohim e fornece chaves importantes para a compreensão da profecia bíblica. Como prometido, Elohim tem multiplicado os descendentes de Avraham para que Avarham, literalmente, se torna-se pai de muitas nações. Elohim prosperou materialmente seus descendentes: Ytzchak, Yakov (também chamado de Israel) e os 12 filhos de Yakov foram os progenitores das doze tribos do Israel antigo. Descendentes destes povos continuam como proeminentes Nações hoje (especialmente os descendentes de Efraim e Menashe) porque eles têm herdadas as bênçãos físicas de Avaraham. Para complementar as bênçãos físicas prometeu Abraham, outra promessa foi feita por Elohim para este patriarca — uma promessa de salvação através da sua semente (Yeshua ha Maschiach), que todas as pessoas, independentemente de sua linhagem física, podem receber. Todos os que responderem ao chamado de Elohim pertencem ao Maschiach e são considerados a semente de Avraham. Noções básicas sobre estas promessas feitas a Avraham fornecem uma compreensão mais precisa do mundo hoje e as mensagens dos profetas.‖ Apoio bíblico: Gênesis 12:1-3; 32:28; Salmo 111:1-10; Romanos 4:12, 16; 9:7-8; Gálatas 3:16, 28-29. .‖ Fundamentos de Fé Ponto 18, Promessas a Avraham. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 268 Volume I – O Israelis mo Britânico Com relação a quem é a igreja, parece que o grupo, escaldado por tantas separações na ―Igreja única,‖ abre uma janela para a compreensão da kehilah como sendo os fiéis e não a organização. ―A Igreja de Elohim é um corpo espiritual composto de crentes que têm e estão sendo conduzidos pelo Espírito Santo. A Igreja não é uma denominação, uma organização humana ou um edifício, mas as pessoas que Elohim está trabalhando com elas em qualquer idade. O nome bíblico da Igreja é a "Igreja de Elohim." Sua missão é pregar o evangelho do Reino vindouro de Elohim para todas as Nações e fazer discípulos de todos os que responder ao chamado de Elohim, assistindoos em seu desenvolvimento espiritual e a reconciliação com Elohim.‖ Fundamentos de Fé Ponto 17, The Church of God ( A Igreja de Deus). Aqui cabe assinalar o erro de imaginar que o nome do povo santo seja Church of God (Igreja de Deus) quando se sabe que estes são nomes pagãos e que a Kehilah de Elohim tem por nome Israel. Outro ponto interessante é a visão do grupo sobre a ressurreição. Eles dividem a ressurreição em três passos, mais ou menos como Armstrong ensinava. Trata-se de algo curioso pela sua natureza, e por isso incluo aqui a exposição. ―As Escrituras revelam que haverá três períodos distintos na futura ressurreição para aqueles que já morreram. No retorno de Yeshua ha MAschiach, uma primeira ressurreição para a vida eterna terá lugar para todos os fiéis servos de Elohim, que morreram ao longo dos tempos. Estes indivíduos se levantarão de suas sepulturas e, juntamente com seres humanos vivos que têm a ruach ha kodesh residindo dentro deles, serão transformados em seres imortais, do Espírito. Após o reinado de 1.000 anos de Yeshua ha Maschiach na terra, haverá uma segunda ressurreição à vida física para a maioria de todas as pessoas que já viveram. Essas pessoas terão suas primeira e única oportunidade de ouvir, entender e responder ao chamado de Elohim. Se se tornam convertidos, receberão a vida eterna. Haverá uma terceira ressurreição para os incorrigíveis para um breve período de consciência, em que eles receberão o justo julgamento de Elohim — sua destruição no Lago de fogo. Esta ressurreição é reservada para aqueles que têm rejeitado a oferta de Deus de salvação, colhendo a morte eterna, também chamada de segunda morte, da qual não há nenhuma ressurreição adicional. Fundamentos de Fé Ponto 20, As ressurreições. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 269 Volume I – O Israelis mo Britânico Igreja de Deus Uma Associação Universal Nome Oficial Church of Association Página oficial Fundador http://cogwa.org/ Sede COGWA ID-uAU Dallas, Texas, Estados Unidos Jim Franks 8.500 Ano 2010 Membros Revistas Tiragem Indisponível God, a Entradas USD Worldwide Sigla 6,235.000 Indisponível Países 47 11.310.290 Entradas Reais Indisponível (Soma anual) TV Alcance Classe Adventista Indisponível Ordem Rádio Alcance Subordem Família Sabatista Igreja de Deus Restauradora denominacional Indisponível Igreja de Deus Universal Subfamília Gênero Não 005 - Igreja de Deus Filadélfia Fundada a 20/12 de 1.989 por Gerald Ray Flurry (1935-) atual Pastor Geral e John Amos (1929-1993) em Edmontom, Philadelphia, a Igreja de Deus Filadélfia (Philadelphia Church of God) está em 69 países, tem 206 congregações, 94 delas nos EUA e Canadá trabalha com um orçamento de 20,6 milhões de dólares, sendo a mais rica de todas as grandes herdeiras de Armstrong considerando que o grupo possui apenas 5.500 membros. Ela dispõe de ¼ de todo o orçamento das IDU`s e apenas 5.86% de seus membros. Páginas hostis a Igreja de Deus Filadelfia falam de um número de membros em torno de 4.000. Mas isso é completamente irreal considerando a saúde financeira da instituição e os variados projetos que vem tocando como o Ambassador Auditorium recentemente inaugurado. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 270 Volume I – O Israelis mo Britânico O grupo sustenta, junto com Armstrong, a crença de que haverá uma oportunidade para aqueles que morreram sem terem sido chamados à graça e à obediência. ―Acreditamos que a única esperança de vida eterna para o homem mortal, é a ressurreição. Ao final do Milênio, TODOS que viveram e que não conheceram Deus, serão ressuscitados à vida física e terão uma oportunidade de salvação (I Corintios 15:22; Apocalipse 20:5). Acreditamos que haverá uma ressurreição dos justos e dos injustos (Atos 24:15; Daniel 12:2)- os justos como seres espirituais para a vida eterna nesta terra, os injustos para a segunda morte no fogo do inferno (Gehenna) no qual perecerão em punição eterna (Apocalipse 20:13-15).‖ Nossas Crenças, http://www.pcog.org/portuguese/doctrines.php ) Todavia, um ponto merece destaque na Igreja de Deus Filadélfia, que é seu distanciamento da decrépita doutrina de que o povo de Elohim é uma organização. ―Acreditamos que a Igreja é aquele corpo de crentes que está sendo levado pelo Espirito Santo, que a verdadeira Igreja de Deus não é uma denominação e que o nome inspirado para este organismo espiritual é ―A IGREJA DE DEUS‖ (Atos 20:28); que a missão da Igreja hoje, é de anunciar o Evangelho da vinda do Reino de Deus a todas as nações como testemunho (Mateus 24:14), com ênfase em avisar os Estados Unidos da América e a Grã Bretanha sobre as profecias que falam delas (Ezequiel 33:7); para que se reconciliem com Deus e, por meio de Cristo, salvar pessoas chamadas agora (João 6:44); e ministrar à Igreja de Deus. Membros da Igreja são ensinados especialmente agora, para reinar junto com Cristo no Milênio (Apocalipse 20:6).‖ (Nossas Crenças, http://www.pcog.org/portuguese/doctrines.php ) Parabéns assim, a Gerald Flurry, por ter pelo menos na sua declaração de fé varrido para o lugar merecido a doutrina romana e pagã do exclusivismo, que é a lixeira. Infelizmente parece que na prática a organização se considera a continuação única da kehilah de Elohim. Quanto à definição de Elohim, o grupo ainda enferma pela doutrina de Armstrong como se vê na sua declaração de fé: ―Acreditamos num Deus que existe desde a eternidade, que é o Criador dos céus e da terra e tudo que neles há (Gênesis 1:1). Na verdade Deus (Elohim) é composto de duas personagens: o Deus que veio a ser Pai de Jesus Cristo, e a Palavra feita carne que se tornou Filho de Deus (João 1:1-14). (Nossas Crenças, http://www.pcog.org/portuguese/doctrines.php ) Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 271 Volume I – O Israelis mo Britânico A mensagem é divulgada em inglês, espanhol, alemão, Francês, italiano, holandês, norueguês, português, afrikaner e finlandês. A revista mensal Trumpet, com uma tiragem de 334.074 exemplares (Maço 2010) enviados gratuitamente aos assinantes alcança 3,334,740 de exemplares por ano em inglês, espanhol, Francês, alemão e italiano. Desde o seu início o grupo alega já ter distribuído 44,2 milhões de exemplares gratuitos de sua revista Trumpet. Só no ano passado 3,825,741 envelopes com literatura foram despachados desde Edmontom, na Filadelfia para diversas partes do mundo. A organização recebeu 194,7 mil chamadas telefônicas em 2011 como resultado de seus programas de divulgação e comemora um incremento de 35% no trafico de internet de suas páginas oficiais comparando 2011 com 2010. Estas ações aproximam fazem da IDF uma das mais próximas da antiga IDU da Plain Truth e da World Tumorrow, e guardadas as devidas proporções não estão longe disso. Outro órgão de divulgação Royal Vision (Visão Real), com tiragem bimestral de 17.500 exemplares ou 105.000 por ano. Bastante se considerarmos que é um grupo jovem em busca da autor-afirmação não só no mundo cristão, mas ante suas concorrentes e co-herdeiras do israelismo britânico. Mais uma mostra de como a organização segue apostando alto no ramo editorial. Companheiro muito próximo de Armstrong, Flurry vê como necessidade imitar o grande ator da ID não apenas como Pastor Geral, mas como empreendedor, construtor e patrocinador arqueológico. Recuperada da crise trazida pela apostasia dos Tckach`s a organização acaba de investir 20 milhões de dólares na construção do luxuoso Armstrong Auditorium, o local tem assentos para 800 pessoas, e já está sendo palco para apresentações culturais, como no passado o fazia Armstrong. Em seu número de Dezembro de 2010 a revista principal da organização dedica sua capa à inauguração em grande estilo da bela obra arquitetônica. A Igreja de Deus Filadelfia mantém ainda o programa televisivo David Key (A Chave de David) assistido regularmente por 256.000 pessoas. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 272 Volume I – O Israelis mo Britânico Fortemente ligada à imagem de Herbert Armstrong a organização estabeleceu o Herbert W. Armstrong Collegeem Edmond, Oklahoma. Outras IDU`S no entanto tem criticado fortemente os esforços de Flurry de parecer um substituto, um continuador de Herbert Armstrong, uma espécie de segundo apóstolo para essa época. Flurry fez um trabalho importante, não há dúvidas de que ajudou a conduzir uma parte do rebanho da IDU num momento de extrema crise e que seu carisma representou para um povo que estava acostumado a figura forte de um pastor geral um momento de alívio. A questão a interrogar: é até que ponto ele espera ir? Flurry nascido em 1935 está completando 77 anos em 2012. Uma vez mais a organização parece imitar a IDU com um pastor geral acima de todos os demais, o que é preocupante para o futuro. Tudo parece indicar que a organização de Oklahoma prepara o filho de Flurry, Stephen Flurry para sucedê-lo. A obra por ele publicada: Raising The Ruins (Levantando as Ruínas), embora seja um tributo a Herbert Armstrong é também uma instrumentação para erguer uma legenda sobre ele como substituto do pai que já se considera um apostolo continuador da obra de Armstrong. Não é uma tarefa em que ele esteja só. Outros três herdeiros de Armstrong fizerem declarações semelhantes, o que é tão chocante para alguns ex-integrantes da Igreja de Deus Universal como um adventista como o búlgaro David Routeff se declarar profeta em continuação a Ellen White. Apesar disso, quatro líderes emanados da Igreja de Deus Universal pretendem estar numa posição de pastor geral ou supremo. Estes homens, são: William Dankenbring do Triunph Prophetic Ministries, que se proclama o imediato substituto de Herbert Armstrong, Ronald Weinland da The Church of God - Preparing for the Kingdom of God que se proclama a última testemunha e profetizou a volta de Yeshua para o Shavuot de 2012, David C. Pack da Restored Church of God que se declara restaurador da função de Pastor Geral e apóstolo e Gerald Flurry da Philadelfia Church of God. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 273 Volume I – O Israelis mo Britânico Não sou um especialista em Herbert Armstrong, nunca pertenci a Igreja de Deus Universal, embora tenha lido a Plain Truth e sido assinante nos tempos do Pastor Geral. Por essa razão declinarei de tecer comentários sobre Gerald Flurry. Quanto aos outros três é evidente o exagero, assim como certamente se aproxima a hora em que Ronald Weinland conduzirá centenas de pessoas a um desapontamento idêntico ao que o falso profeta Samuel Snow, também ele um Elias levou milhares ao fracasso em 1844. Entretanto é evidente que Flurry mais do que qualquer outro líder das grandes herdeiras de Herbert Armstrong e da Igreja de Deus Universal deseja passar a imagem de substituto do velho líder, tanto que se assume como Pastor Geral. Como parte dessa estratégia de se anunciar como o único herdeiro de Herbert Armstrong, o único file depositário de sua obra, Flurry conduziu sua organização a uma batalha judicial com os dirigentes da apóstata IDU pelos direitos autorais das obras do Pastor Geral que pertenciam a ela apesar de as abominar. Foram pagos 3 milhões de dólares pelos direitos de Mystery of A Ages (Mistério das Eras) e outras 18 obras. Essa batalha é considerada crucial para estabelecer o vínculo estreito entre Gerald Flurry e Herbert Armstrong. O vínculo está pois mais que provado. Outra evidência de que a instituição quer mesmo avançar no rumo deixado por Armstrong em Edmonton é o Colégio Imperial cujo nome foi trocado para Herbert Armstrong College. O Colégio com um campus de 27 acres formou sua primeira turma em maio de 2009. Com uma administração transparente o grupo anuncia ter recebido 20,6 milhões dólares de contribuição no ano 2010. Esses êxitos estão sendo assegurados por mais de 100 congregações localizadas em países ricos o que a coloca mais uma vez em destaque como herdeira da antiga IDU. Oremos para que eles possam ultrapassá-lo deixando para trás os aspectos objetáveis do ―apostolo‖ e caminhar em direção à plena restauração, que ao que parece era o que ele mais desejava. Afinal eles também acreditam que só Yeshua foi constituído pelo Eterno como cabeça de sua kahal, isso de sua igreja. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 274 Volume I – O Israelis mo Britânico Igreja de Deus Filadélfia Nome Oficial Philadelphia Church of God Página oficial http://www.pcog.org/ Sede Fundador Gerald Flurry Ano Membros 5.500 Revistas Tiragem Entradas USD Royal Vision - Visão Real 17.500 (Soma anual) (105.000) TV David Key – Chave Alcance de Davi (256.000) Classe Adventista PCG IDF Edmonton, Philadelphia, Estados Unidos & 1989 Países 69/200 20.600.000 Sigla congregações Entradas Reais 37.492.00 Trumpet – Trombeta Indisponível 334.000 (3.340.000) Indisponível Ordem Rádio Alcance Subordem Família Subfamília Gênero Sabatista Igreja de Deus Armstronguista Exclusivista Igreja de Deus Universal 006 - Igreja Cristã e Bíblica de Deus Fundada por Fred R. Coulter em 1983, a Igreja Cristã Bíblica de Deus (Christian Biblical Church of God) sediada em Hollister na Califórnia, surge sete anos antes da morte de Armstrong, por alegações de que o apóstolo, como o Pastor Geral era chamado, ―havia deixado de exaltar a Jesus‖ em suas viagens missionárias. Com 70 congregações espalhadas em 10 países, um orçamento de 1,7 milhões de dólares, cerca de 3.000 membros a Igreja Cristã Bíblica de Deus de Fred R Colter representa cerca de 3,2% dos fiéis que ainda estão doutrinariamente ligados ao armstronguismo. Com poucos membros nos Estados Unidos comparada às suas concorrentes, a ICBD trabalha com um orçamento apertado. Estimei aqui em 1,164 milhão de dólares considerando de contribuição por membros constatada entre as primeiras quatro grandes herdeiras de Armstrong. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 275 Volume I – O Israelis mo Britânico Esta prejeção foi feita apenas para os Estados Unidos não sendo feita qualqeur estimativa para os países pobres. O grupo não possui instrumentos de divulgação avançados como televisão e rádio, mas edita vários livros em defesa da sua fé como o God`s Plan em defesa do shabat e dos dias festivos ordenados pela Torah ao povo santo. Outro livro bastante sugestivo do mesmo autor é ―Occult Holidays or God‘s Holy Days—Which?‖ Feriados Ocultos ou Feriados de Deus.‖ No livro ele recorda que os cristãos americanos não tem dificuldade alguma em celebrar páscoa, dia das bruchas, natal e primeiro dia do ano, festas de origem sabidamente pagãs vindas da Babilônia, de Roma e dos povos saxônicos da Europa. Apesar disso ignoram ou mesmo rejeitam a importância dos dias sagrados de acordo com a Bíblia em que acreditam. Vale ressaltar que a Igreja Cristã Bíblica de Deus surgiu em 1983, em plena era Armstrong, e quando a Igreja de Deus Universal vivia seu apogeu com seu líder sendo avistado por reis, presidentes e chefes de governo das nações mais importantes do mundo. De fato até hoje, nenhum líder religioso, conseguiu se avistar com tantas autoridades mundiais como Herbert Armstrong. Mas aquilo que era visto com bons olhos pela maioria da liderança foi visto de forma muito crítica por Fred Coulter. Para ele as viagens internacionais do Pastor Geral eram apenas um exercício de vaidade em que o reino de Elohim não era anunciado. Outra séria dissensão que levou ao surgimento da ICBD foi quanto ao sistema de governo da IDU baseado num só homem e na inquestionável autoridade de seus ministros, que eram vistos como a manifestação visível do Governo de Elohim. Fred Coulter questionou também os métodos de Armstrong, especialmente o que ele chama de método de dar e receber, que custava segundo ele milhões de dólares ao ano, mas já não gerava conversões por que o líder Maximo se empenhava em viagens políticas e não em viagens de evangelização. Coulter é portanto um opositor às práticas do Pastor Geral que via como vaidoas e infrutíferas, mas não necessariamete à sua doutrina que a via como positiva em grande parte. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 276 Volume I – O Israelis mo Britânico ―Da mesma forma, se nós pregamos a verdade, Deus vai tirar as pessoas. Pregar o Evangelho de base para novas pessoas não significa que estamos a diluir a verdade. Em nossa experiência de igreja do passado, nós vimos o que aconteceu quando o Evangelho de Jesus Cristo foi enfraquecido. Em seu lugar, um falso evangelho de "dar" e "obter", custando US $ 24 milhões de dólares por ano, foi pregado. A fim de não ofender os líderes de governo do mundo, o todo-poderoso retorno visível de Jesus Cristo foi mudado para "mão invisível" que estava vindo para salvar o mundo. Este aguado evangelho estava deixando de fora a cruz de Jesus Cristo e o arrependimento. Lembre-se, quando as palavras são alteradas, o significado é alterado. Qual foi o resultado? Havia poucas ou nenhuma conversões ou batizados, porque não ouviram o verdadeiro Evangelho de Jesus Cristo, especialmente no exterior entre os chamados "líderes do mundo" (Coulter Fred. CBCG Newsletter, 20 de julho de 2004 http://www.cogwriter.com/cbcg.htm ). Nesse sentido a Igreja Cristã Bíblica de Deus optou pelo congreacionalismo e o respeito as decisões congregacionais no que se relaciona com a sua administração. Isso a aproxima do sistema de governo usado pelos batistas a mais de 300 anos com inegável sucesso: ―A CBCG não tem hierarquia ministerial, mas reconhece que os anciãos são escolhidos pelas congregações locais que apoiam este trabalho de pregação e publicação do Evangelho de Jesus Cristo e alimentar o rebanho de Deus. A Igreja Cristã Bíblica de Deus está sediada em Hollister, Califórnia, e mantêm escritórios na Inglaterra, Austrália, Canadá, Nova Zelândia e África do Sul.‖ (CBCG, About Us, http://www.cbcg.org/aboutus.htm) Isso é um grande progresso. O rompimento com o sistema de governo proposto por Armstrong anos antes de sua morte e do desmoronamento da instituição por ele fundada foi não apenas justo, mas se revelou uma benção para eles que se anteciparam à grande dispersão. Infelizmente o grupo mantém outros erros do armstroguismo como o conceito do Elohim família. Segundo Coulter a maior parte dos membros são aposentadas ou empregados de baixa renda, e apenas 1/3 comparece à festa dos tabernáculos, seja por que escolhem ir a uma outra festa próximo de sua cidade ou por que são impedidos por outros motivos alheios à sua própria vontade. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 277 Volume I – O Israelis mo Britânico No presente cálculo levou-se em conta 1.000 membros e a média de doação de 1,164 dólares anuais por membro, tendo em vista que a organização está presente em países de renda alta como Estados Unidos, de renda elevada como Canadá, Inglaterra, Austrália e Nova Zelândia e de renda baixa como África do Sul. No demais, o grupo fundado por Fred Coulter é idêntico à sua predecessora. Rejeita a doutrina da trindade como a IDU de Herbert Armstrong a rejeitava. Entretanto o conceito do Elohim sendo uma família que ainda não se completou, e do qual Pai e Filho são apenas uma parte prevalece ainda nos ensinos de Fred Coulter. Isso o aproxima do mormonismo, ainda que haja certa distância entre os conceitos mórmons e os da ex-IDU, pois os mórmons afirmam que como somos o Criador já foi e que como ele é nós seremos e Armstrong ensinava que a família de Elohim ainda não se completou. Cabe apontar aqui que os conceitos de Armstrong e de seu herdeiro Fred Coulter sobre Elohim são mais avançados que o das demais comunidades cristãs, por rejeitar a trindade, mas ainda assim não é perfeito. De acordo com Amstrong, e mais tarde Fred Coulter, Elohim é uma família ainda incompleta, hoje composta pelo Pai e seu Filho, e que finalmente se completará quando a igreja, a esposa do cordeiro nascer de novo. Ante a teoria de Armstrong de que Elohim e Yeshua formam uma família, cabe perguntar: onde se encontra a esposa já que ele apresenta apenas dois membros da família, Yah e Yeshua? A resposta de Armstrong é que essa família ainda não está completa, e que nós viremos a ser parte dela. ―Há apenas dois membros na família de Deus ou Reino Unido, no momento presente - Deus, o Pai e Jesus Cristo, o Filho. Mas Deus está a aumentar sua família! e você pode ser 'colocado' nela!" (Herbert Armstrong, Correspondence Course, pág.10) Nota-se que essa nota é a manifestação tácita de um sistema doutrinário que privilegia a vontade da Criatura em vez de a vontade do soberano. Já tivemos oportunidade de falar acerca disso, mas gostaria de recordar que seu sistema de salvação sendo baseado em pressupostos legalistas faziam depender a salvação quase que inteiramente do arbítrio do homem. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 278 Volume I – O Israelis mo Britânico Por causa disso mesmo a doutrina de Armstrong não envolve certeza, mas possibilidades, não envolve promessas, mas hipóteces. Ele dirá sempre, você pode fazer parte da família de Elohim, mas nunca: Você fará parte dessa família. É ainda importante que se diga que o conceito de vir a fazer parte no futuro da família de Elohim está completamente equivocado no que diz respeito aos santos. As Escrituras dizem: ―Amados, agora somos filhos de Elohim, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos.‖ Yochanan Alef/1 Jo. 3:2. Já somos da família, e como somos da família estamos a espera da herança. Não duvidamos que Elohim tem um povo que faz parte de sua grande família, pois os santos são seus filhos. O que rejeitamos é que essa família seja como ele e que Yeshua sempre tenha participado dos atributos do Pai e em idênticas condições como Fred expressa em sua confissão de fé. ―Antes do Seu nascimento humano, o Deus da Família de Deus, que se tornou o Filho, sempre existiu com o Deus da Família de Deus que se tornou pai. Tudo foi criado por Deus, o Pai através do Filho de Deus. O Filho é revelada no Antigo Testamento como o Deus Senhor e Legislador e no Novo Testamento como a Palavra de Deus.‖ (CBCG, Beliefs and Doctrines of A New Testament Church) É evidente que a mudança de Armstrong hoje seguida por centenas de ministérios e dezenas de milhares de discípulos, melhorou a trindade, eliminando um de seus componentes, o Espírito Santo que passa a ser visto não como uma pessoa, mas como o poder operante do Criador. Mas infelizmente mantém um conceito equivocado ao propor que existe mais de um ser a dividir sempiternamente o comando e o trono do Universo. Da mesma forma ele erra em dizer que Yeshua como ser humano tinha a carne de pecado se com isso ele quer dizer que Yeshua era assaltado pelos mesmos desejos que temos, já que desejo de pecar, é em si mesmo um pecado. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 279 Volume I – O Israelis mo Britânico Nesse caso ele não seria o Cordeiro Imaculado. Ainda se deve registrar que ele erra quando diz que Yeshua é expiação por toda a humanidade. Ora Yeshua mesmo disse que o cálice da nova aliança em seu sangue era derramado em favor de muitos, o que naturalmente exclui a todos. ―Como um ser humano com carne do pecado humana, ele era sujeito às mesmas e tentações que qualquer ser humano, mas Ele nunca pecou. Tal como o Cordeiro perfeito de Deus, entregou-se a Deus sendo o sacrifício do Pai, especial exclusivo através da crucificação como uma expiação pelos pecados de toda a humanidade. Depois de ser morto na sepultura por três dias e três noites, ele ressuscitou para a vida eterna, através do poder de Deus Pai, tornando-se o primogênito dentre os mortos.‖ (CBCG, Beliefs and Doctrines of A New Testament Church) Bem, mas numa coisa Coulter está certo, Yeshua reinará para sempre nessa terra, sobre seus irmãos, que receberam o direito de serem chamados filhos de Elohim, não por mérito próprio, como é o caso do irmão mais velho, Yeshua, mas pelos méritos do Maschiach. O reino do Maschiach sobre a terra, desde a sua volta, e não a partir de um hipotético segundo regresso (terceira vinda) como acreditam grande parte dos sabatistas (adventistas) é algo firmemente estabelecido na profecia, tanto de forma direta como indireta. Em Daniel, revela-se claramente que a pedra que desce do Céu e se choca com a estátua que representa os reinos do mundo, não regressa ao céu, para voltar mais tarde, no pós mliênio, mas imediatamente se torna um montão que enche toda a terra. ―Ele foi novamente investido com a natureza divina e de poder da família de Deus. Subiu ao céu para sentar-se à direita de Deus Pai da humanidade como Sumo Sacerdote, Advogado e Intercessor e chefe da sua Igreja. Jesus Cristo voltará à terra no poder e na glória de seu Pai, para estabelecer o Reino de Deus e seu governo sobre a terra. Como Rei dos reis e Senhor dos senhores, Ele governará a terra para sempre com seus irmãos e irmãs, filhos de Deus, o Pai. (Veja a salvação, a natureza da humanidade e as ressurreições.)” (CBCG, Beliefs and Doctrines of A New Testament Church) Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 280 Volume I – O Israelis mo Britânico Fred Coulter marcou um avanço importante, ainda que em certo sentido empírico na questão da justificação e salvação do crente, o que é raro dentro da família de descendentes da IDU. Sua confissão de fé no ponto oito parece evidenciar que somos salvos somente pela bondade de Elohim, justificados somente por fé e preservados somente por graça. VIII. A Graça de Deus ―A graça é o dom gratuito e imerecido de Deus Pai por Jesus Cristo. A graça de Deus é a maior expressão do amor abundante de Deus Pai Todo Misericordioso e abrangente. A graça é mais do que o perdão dos pecados. Estar debaixo da graça significa estar continuamente a receber o amor divino de Deus como favor, e a bênção, o cuidado piedoso, a ajuda, a boa vontade, os benefícios, presentes e a bondade. Deus Pai é a fonte da graça que vem para o crente. O único meio pelo qual a graça é concedida ao crente é através do nascimento, vida, crucificação, morte e ressurreição de Jesus Cristo como o sacrifício perfeito de Deus Pai. O crente entra na graça de Deus pela fé no sacrifício de Jesus Cristo para o perdão dos seus pecados. Deus, o Pai concede a Sua graça a cada crente sobre o arrependimento dos pecados e do batismo por imersão, que é a manifestação externa de arrependimento. Através da graça, os pecados do crente são perdoados e da justiça de Jesus Cristo é imputada a ele ou ela. A graça estabelece uma nova relação espiritual entre o crente e Deus, o Pai e Jesus Cristo. Através do presente imerecido da graça, o crente não só é escolhido, chamado, perdoado e aceito por Deus Pai através de Seu amado, mas também é gerado com o Espírito Santo, fazendo com que ele ou ela seja um filho de Deus e um herdeiro da eterna vida. A partir deste ponto, o crente espiritualmente gerado começa uma nova vida sob a graça. A graça não concede uma licença para praticar o pecado, ignorando ou rejeitando os mandamentos de Deus. Somente aqueles que guardam os Seus mandamentos podem permanecer em Seu amor e permanecem sob Sua graça. Cada crente que recebe a graça de Deus tem uma obrigação pessoal de Deus, o Pai e Jesus Cristo de negar a si mesmos, seus pensamentos e práticas pecaminosas e viver uma vida nova, diariamente crescendo na graça e no conhecimento de Jesus Cristo. Para cada crente que vive debaixo da graça, Jesus Cristo age como Redentor, Sacerdote e Advogado. Se o crente comete um pecado, Ele intercede para propiciar ante o Pai e para obter a Sua misericórdia e graça. A graça de Deus, que vem através de Jesus Cristo, mantém o crente arrependido em um estado contínuo de impecabilidade.‖ (CBCG, Beliefs and Doctrines of A New Testament Church, http://www.cbcg.org/beliefs.htm ) Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 281 Volume I – O Israelis mo Britânico Bem, é inegável o progresso. Há uma definição clara de que somos aceitos por Elohim unicamente por graça, e que essa graça está no coração do Pai, e de que o único meio pelo qual vem ao crente é pelo nascimento, vida e morte de Yeshua. Trata-se de uma ênfase equilibrada que dispensa tanto o antinomismo quanto o legalismo. Dois venenos mortais. Também há um progresso inegável em relação à doutrina confusa de Armstrong sobre o que significa o novo nascimento. Ao ensinar que este só se confirma na volta do Maschiach, Armstrong deixa de enfatizar que a experiência a ser feita na volta de Maschiach é apenas o cumprimento inexorável, infalível e final das promessas feitas a todos os que já são filhos de Elohim através da fé, os quais receberam sim uma nova geração. Não se trata de uma geração que lhes outorga apenas poder para obedecerem de tal forma que já não mais pequem, mas aquela que lhes permite confiar na bondade do Pai, mesmo sendo pecadores. ―Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como primícias das suas criaturas.‖ Yakov/Tg 1:18. ―Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Elohim, viva, e que permanece para sempre.‖ Kefa Alef/1 Pd 1:23 Fred Coulter mais uma vez corrige os conceitos de Herbert Armstrong e deixa claro que a graça é a garantia de que somos escolhidos, chamados e perdoados. Para ele a graça também garante que sejamos herdeiros da vida que se mede com a vida de Elohim, a vida eterna que nos foi dada em Yeshua. Se trata da declaração mais evangélica de toda a família. ―Através do presente imerecido da graça, o crente não só é escolhido, chamado, perdoado e aceito por Deus Pai através de Seu amado, mas também é gerado com o Espírito Santo, fazendo com que ele ou ela seja um filho de Deus e um herdeiro da eterna vida.‖ (CBCG, Beliefs and Doctrines of A New Testament Church) Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 282 Volume I – O Israelis mo Britânico Ele também parece insinuar a perseverança do crente após o novo nascimento, ao dizer que ele não peca permanentemente, mas é perdoado e guardado. Lamenta-se um ranço da Igreja de Deus do Sétimo Dia, herdado de sua mãe romana presente no ensino de que a salvação vem por meio do batismo: ―Deus, o Pai concede a Sua graça a cada crente mediante o arrependimento dos pecados e o batismo por imersão, que é a manifestação externa de arrependimento.‖ (CBCG, Beliefs and Doctrines of A New Testament Church) Isso pode levar às seguintes perguntas: E se o crente não se batizou ainda, recebeu graça, ou não? E o que é pior, se ele não teve tempo de imergir, praticando essa obra está perdido ainda que a salvação não decorra das obras, mas resulte em boas obras? Aparentemente o problema fica resolvido no ponto XVI que dispõe sobre a salvação: ―A salvação começa quando Deus o Pai, abre a mente de uma pessoa de entendimento espiritual, que conduz ao arrependimento para com Deus e a fé em Jesus Cristo como Salvador pessoal.‖ (CBCG, Beliefs and Doctrines of A New Testament Church) São questões sérias que podem levar a conclusão de que sem batismo não há salvação, o mesmo erro deletério da Sé de Roma e que fez tanto estragos em organizações filo-romanistas que roubaram aos crentes a certeza de sua salvação desde o momento que creram. Igreja Cristã Bíblica de Deus Nome Oficial Christian Biblical Church of God Página oficial Fundador http://www.cbcg.org/ Sede CBCG ICBD Holister, Califórnia, Estados Unidos Fred Coulter Ano 1983 Membros 3.000 Revistas Tiragem Indisponível Indisponível Indisponível Indisponível Entradas USD Sigla 1.164.000 Países & congregações 10/70 Entradas Reais 2.118.000 Indisponível (Soma anual) TV Alcance Classe Adventista Ordem Subordem Família Sabatista Igreja de Deus Igreja de Deus Universal Indisponível Subfamília Revisioista Gênero Restauradora Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 283 Volume I – O Israelis mo Britânico Aguardamos novos desdobramentos e oramos para que o grupo de Fred Couter seja um instrumento para falar da chesed olam (misericórdia eterna) às diversas co-irmãs, herdeiras do armstronguismo. Presente nos Estados Unidos, Inglaterra, África do Sul, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, o grupo avança, apesar das dificuldades. 007 - Igreja de Deus, uma Comunidade Internacional Fundada em 1998 por David Hulme, a Igreja de Deus Comunidade Internacional (Church of God, an International Community) sediado em Pasadena, onde outrora a rica e poderosa Igreja de Deus Universal ostentava seus belos prédios, estúdios de rádio e TV e um gigantesco parque gráfico mantém a revista Vision (Visão), seu mais importante órgão. Possui também oficinas em Oxfordshire, Inglaterra unindo dessa forma os dois países berços do isralismo britânico, a mãe Inglaterra e sua poderosa filha, a América do Norte. Seus 2.840 membros correspondem a 3,03% do total das IDU´s. Assim, apesar de pequena, é de fato uma comunidade internacional e está em crescente atividade. É de se esperar que com essas bases atinja importante crescimento nos próximos anos. David Hulme trabalha para isso em seu edifício sede localizado em Pasadena na Califórnia, Estados Unidos da América. Suas cem congregações espalhadas por sete países (Estados Unidos, Reino Unido, Suíça, África do Sul, Filipinas, Austrália e Alemanha) totalizam cerca de 2.840 membros e seu orçamento, considerando que 70% da membresia está em países ricos pode ser estimado 2,3 milhões de dólares considerada a contribuição média por membro de cada uma das quatro grandes herdeiras de Armstrong. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 284 Volume I – O Israelis mo Britânico Com uma doutrina ligada umbilicalmente a IDU, o grupo mantém presença em poucos países, mas apesar disso está nos cinco continentes. É de se destacar que Hulme tem a vantagem de ter 70% do seu rebanho localizado em países ricos. Estas 70 congregações espalhadas pelos Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Alemanha, Suíça e França podem lhe dar aporte importante para sustentar o avanço em países pobres como Filipinas e África do Sul onde possui outras 30 congregações. A IDCM se identifica como um grupo não denominacional, o que indica que parece não ensinar salvação por meio da igreja, cosa tão comum entre as igrejas de Deus do Sétimo Dia e tão funesta em suas conseqüências, pois leva o homem a confiar em instrumentos humanos em vez de na bondade de Adonay para sua salvação. Oremos para que Yah leve o rebanho de Hulme a maiores mudanças, e que eles adotem um sistema cada vez mais perto do judaísmo revelado na santa Torah dada a Israel para alimentar as nações. Igreja de Deus, uma Comunidade Internacional Nome Oficial Página oficial Fundador Church of God, an International Sigla CGAIC Community IDCI http://www.cogaic.org/lo Sede Passadena, Califórnia, Estados gin Unidos e Ano Fred Coulter 1998 Países 7/100 congregações Membros 2.840 Revistas Tiragem Vizion – Visão 50.000 (300.000)? Indisponível Indisponível Indisponível (Soma anual) TV Alcance Classe Adventista Ordem Sabatista Entradas USD Subordem Igreja de Deus 2.321.365 Entradas Reais 4.224.884 Indisponível Indisponível Família Subfamília Igreja de Deus Universal Armstronguista Gênero Restauradora Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 285 Volume I – O Israelis mo Britânico 008 - Igreja de Deus Internacional A igreja de Deus Internacional (Church of God International), sediada em Tyller no Texas, foi fundada em 1978 por Garner Ted Armstrong (1930-2003), filho de Herbert Armstrong, e apresentador do programa televisivo ―World Tumorrow‖ (Mundo de Amanhã). Seus 2.364 membros equivalem a 2,52% do total das IDU´s. O grupo surgiu após a dissociação de Garner Ted da Igreja de Deus Universal na sequencias de uma série de escandalosas denúncias de assédio sexual, adultério e mesmo tentativa de estupro. Garner Ted, apesar das suspeitas serem consideradas procedentes e justificadoras da disciplina negou veementemente as acusações. Alegou que era vítima de perseguição política por se opor ao sistema de gerenciamento empregado por seu pai e pelo pastor Stanley Rader, o braço direito de Herbert Armstrong. Tal estratégia fez do vilão o mocinho e dezenas de pastores descontentes com o rumo da obra em Pasadena lhe apoiaram. Sua popularidade como tele-evangelista lhe valeram o apoio de milhares de membros. Aguns falam de 10 mil, embora me pareça exagerada essa cifra. De todas as formas a IDI se reorganizou e em pouco tempo Garner estava à frente de um novo programa de TV, não com os mesmos níveis de audiência, mas ainda assim importante. Talvez por isso seja a organização que menos cultua a memória do Pastor Geral. Sediada em Tyler no Texas, o grupo possui membros espalhados pela Austrália, Jamaica, Canadá, Filipinas e principalmente nos Estados Unidos onde concentra 70% de suas igrejas. Apesar disso mantém as principais doutrinas do pai de seu fundador. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 286 Volume I – O Israelis mo Britânico Com 78 congregações e operando em cinco países (Estados Unidos, Canadá, Jamaica, Austrália e Filipinas, o número de membros da organização, calculados na base média de 30,32 membros por congregação é de 2.364 membros. No entanto, a maioria de suas congregações se localiza no mundo rico. São 51 nos Estados Unidos, 5 no Canadá e 2 na Austrália. Nos países pobres contam-se 14 congregações na Jamaica e 6 nas Filipinas. Isso permite à comunidade um orçamento razoável estimado em 2,7 milhões de dólares e a manutenção de suas estruturas de evangelização. A IDU se beneficiou durante anos da inegável capacidade de Garner Ted como apresentador de TV e rádio. Apesar disso, os escândalos sexuais que provocaram a derrocada de seu líder e a desassociação da IDU, vieram a se repetir estrondosamente através de uma fita de vídeo que teria registrado investidas sexuais do evangelista contra sua massoterapeuta. Perderam ambos, a IDI que teve que desassociá-lo e o próprio Garner Ted Armstrong. Um exemplo lamentável de como um homem eficiente na divulgação de uma mensagem pode ao mesmo tempo; construir um nome com o seu talento também destruir sua influência com sua intemperança, falta de domínio próprio em evitar a aparência do mal. Isso, entretanto, não abalou consideravelmente o grupo, apesar de que é possível calcular que ao desassociar o seu âncora televisivo, também tiveram que pagar um preço em número de membros que seguiu o pastor geral convencidos de que a fita não passava de uma armação, ou que a organização falhara em não lhe dar uma nova oportunidade perdoando-o como o Criador perdoa seus filhos. Digo isso considerando as dezenas de pequenos grupos ainda hoje filiados à Igreja de Deus Intercontinental já considerada atrás. Merece destaque por outro lado a forma como Ted influenciou a Igreja de Deus Internacional a adotar o calendário hebraico. É digno de nota seu reconhecimento de que os oráculos estão com os judeus. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 287 Volume I – O Israelis mo Britânico ―A Igreja de Deus Internacional usa o calendário hebraico para estabelecer os dias santos de Deus. O livro A Comprehensive Hebrew Calendary, escrito por Arthur Spier, lista todos os dias sagrados do calendário judaico de 1899-2100 dC, e explica minuciosamente todas as regras que a Igreja tem constantemente usado por todos estes anos. O Novo Testamento afirma que os judeus eram responsáveis pelos "oráculos de Deus." Acreditamos que os oráculos incluíam não só as Escrituras do Antigo Testamento, mas a manutenção do calendário determinado por Deus, com suas regras e regulamentos. Este calendário foi projetado para lidar com a natureza lunar-solar dos céus e dos dias santos de Deus, e tem existido desde o início do Antigo Testamento. Parece lógico que os cálculos foram desenvolvidos como um padrão confiável para ser usado quando a lua nova não pôde ser observada. Uma comissão especial do Sinédrio, com o seu presidente como dirigente, tinha a incumbência de regular e equilibrar a energia solar com o ano lunar.‖ Este método, contado do início das estações do ano, com base em números astronômicos, que tinha sido decretada como uma amtiga tradição.. No quarto século, quando a opressão e a perseguição ameaçaram a existência do Sinédrio, o patriarca Hilel II deu um passo extraordinário para preservar a unidade de Israel, tornando o sistema público de cálculo do calendário. Hillel II. Hillel II formalmente santificou todos os meses com antecedência, e intercalou todos os anos bissextos futuro até que um novo e reconhecido Sanhedrin visse a se estabelecer. (Romans 3:1–2 Romanos 3:1-2).‖ Declaration of Faith, http://www.cgi.org/ De nossa parte reconhecemos os progressos da IDI em celebrar as festas da Torah. Apesar disso é preciso que se reconheça que embora o calendário de Hillel II tenha representado uma resposta em meio a aflitiva situação de judeus que esperavam por uma corte rabínica para decidir quando seria lua nova e quando seriam datadas as festas, ele não é perfeito e peca em três aspectos básicos sendo os dois últimos muito graves. 1) Em determinar antecipadamente a lua nova correndo o risco de que essa seja celebrada antes de surgir. 2) Em iniciar a contagem do omer não no primeiro dia após o shabat, mas no primeiro dia após o pessach. 3) Em fazer arranjos para que o Yom Kippur seja adiado ou antecipado para que jamais aconteça em Yom Shhishy (sexto dia) ou em Yom Rishon (primeiro dia). Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 288 Volume I – O Israelis mo Britânico Penso que a melhor resposta para isso é a observação física da lua. Isso pode até fazer com que a festa de rosh chodesh (lua nova) seja proclamada numa região determinada num dia e na outra em outro dia, mas ainda assim, isso é menos grave do que marcar uma festa de lua nova sem a presença da unha lunar sobre as nossas cabeças. Ora, não esperamos que alguém nos avise que o sol se pôs em Yerushalaim para começar o shabat. Levamos em conta o por do sol de nossa região. Da mesma forma em cada congregação podem seus membros fitarem os olhos no céu para determinar a lua nova. Uma vez que a lua jamais se oculta por mais de 3 dias, é evidente que se ela não surgiu no segundo dia, depois de seu desaparecimento, se pode dizer: Amanhã é lua nova. O método caraíta de marcar as festas me parece mais apropriado. Apesar dessa observação é evidente que a Igreja de Deus Internacional segue fazendo um laborioso trabalho na divulgação da perpetuidade dos moedim (tempos apontados). Ao fazer isso empregam uma série de ferramentas muito úteis. Numa época em que tão poucos ministérios supra congregacionais cristãos israelitas realizam isso esse mérito não lhes pode ser retirado. Mantém até hoje uma revista de um programa televisivo, com o mesmo nome “Armour of God” (Armadura de Deus) que, no entanto não possui um âncora como no estilo dos demais membros do grupo, mas antes é gravado por três tele-evangelistas, Bronson James, Mike James e Bill Watson. Os programas podem ser acessados na internet ou solicitados pelos interessados que recebem-nos em DVD`S, uma eficiente e econômica forma de divulgar a doutrina. Para o uso interno a revista The International News, a mais publicada trás para os membros da organização notícias sobre seu trabalho e estudos bíblicos úteis a seus crentes. Seus principais periódicos são o Armor of God (Armadura de Deus) de 36 páginas excelentemente ilustrado o Infuse (Infusão) o A International News (Notícias Internacionais) e o Prevail Magazine. Segundo o International News estas publicações, inclusive o Armor of God tiveram em seu conjunto uma circulação total anual de 86,000 exemplares com uma média de 7.200 por mês. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 289 Volume I – O Israelis mo Britânico Igreja de Deus Internacional Nome Oficial Church of God International Página oficial Fundador Membros http://cgi.org/ Revistas Tiragem Anual TV Alcance Classe Adventista Sede Sigla CGI IDR Tayller, Texas, Estados Unidos Garner Ted Armstrong Ano 1978 Países Entradas 2.764.050 2364 USD Armor of God Prevail Magazine (Armadura de Deus) 3.000 (12.000)? 5.000 (60.000)? “Armour of God” Rádio (Armadura de Deus) Alcance Ordem Subordem Família 5 Congregações 78 Entradas 4.010.282 Reais A International News (Notícias Internacionais) 1.000 (12.000) Subfamília Gênero Sabatista Armstronguista Exclusivista Igreja de Deus Igreja de Deus Universal Inexistente 009 - Igreja de Deus Restaurada Fundada por David Pack em 1999, a Igreja de Deus Restaurada ao que parece mantém intactas as doutrinas de Armstrong, a começar pela condução da organização. Seu líder tal como Gerald Flurry da Igreja de Deus Filadélfia se assume como Pastor Geral. Um titulo que a maioria das IDU`s consideram impróprio, pois acreditam que Armstrong foi o último homem levantado para restaurar a igreja cristã à sua primitiva pureza. Com 19963 membros estimados o grupo contém 2,12% dos crentes ligados às IDU´s, e trabalha intensamente para atrair os demais a si. Tal como Armstrong e as testemunhas de Jeová David Pack mantém ainda a tradicional aversão a festas de aniversário e a consulta aos médicos como forma de comunicação com o paganismo. Rejeita também o sistema democrático de governo, deplorando eleições de toda a forma, tanto governamentais como eclesiásticas. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 290 Volume I – O Israelis mo Britânico O sistema de governo da IDR é, portanto uma autocracia em que ele como Pastor Geral detém o controle de tudo e de todos. Para ele esse é legítimo governo, um governo vertical, exercido nesse mundo a mando de Elohim. Da mesma forma ele mantém uma visceral oposição à participação do crente em cargos governamentais, especialmente os de natureza judicial ou policial. Seguindo de perto Armstrong mais outro herdeiro qualquer se opõe virulentamente ao serviço militar. Sua organização fundada em 2006 em Wadsworth, Ohio, EUA, presente aio que se sabe em dois países não fornece dados do número de congregações a ele ligadas, mas sugere ultrapassar o número de 50 ao dizer que David Pack fundou mais de 50 igrejas. O número de membros também é um segredo de estado, mas nas entrelinhas, pela declaração de David Pack de que 671 famílias estão congregando o número de membros pode rondar os 1.993 considerando-se três membros por família. Isso permite calcular um orçamento geral da ordem de 2,2 milhões de dólares considerandose o aporte médio per capta nas grandes IDU´s. A organização celebrará a festa dos tabernáculos em 19 países diferentes agora em 2012. Na América do Sul o único país onde a organização fará o evento é o Peru. Os críticos à David Pack e sua Igreja de Deus Restaurada minimizam bastante o efeito de sua obra, dizem que ele é um fanfarrão exagerado que infla seus úmeros para parecer grande, mas aqui e a li se pode notar, mesmo entre esses críticos a convicção de que David Pack é ousado e que seu movimento está em franco crescimento. Esforçando-se ao máximo para parecer com seu mentor com quem foi treinado, David Pack acaba de comprar um terreno extenso justamente onde planeja construir uma suntuosa sede para a Igreja de Deus Restaurada inspirado no modelo da antiga sede da IDU em Passadena. Ao escolher esse estilo, Pack espera se consolidar como legítimo herdeiro, e restaurador da Igreja de Deus Universal que o velho caudilho havia construído e atrair assim os setores mais conservadores das diferentes IDU`s para o seu lado. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 291 Volume I – O Israelis mo Britânico O grupo considera estar restaurando a autoridade apostólica, e naturalmente David Pack se considera o legítimo herdeiro da fé e da autoridade de Armstrong visto como o apóstolo para esse tempo. Isso é perfeitamente evidente no site do grupo que provê informações em inglês, espanhol, holandês, francês e africâner. David C. Pack faz questão de explicar que existem três Eliahu`s. O primeiro literal, seria o próprio profeta que se levantou nos dias de Achab para frear a apostasia de Israel, o segundo seria Yochanan, o precursor da vinda do Maschiach. E finalmente o terceiro, Armstrong precursor de sua volta. Estas afirmações não são simples lucubrações de David Pack, pois Armstrong se considerava a si mesmo como uma manifestação mística de Eliahú há Navi. Pack por sua vez se orgulha de que a Internet fez a Igreja de Deus Restaurada chegar a 216 países, ou seja, ela é hoje uma igreja cuja mensagem chegou a todo o mundo habitado. De fato a página oficial de sua comunidade provê informações em várias línguas, o que não deixa de ser um dado interessante. Não obstante isso é tão verdade quanto a ele, como a qualquer outro grupo das igrejas de Deus, que ele naturalmente vê como grupos em apostasia que precisam ser despertados. Apesar disso seu site recebe mais de 150 mil visitas por ano, um fato a comemorar entre organizações que competem entre si para chegar mais perto do que alguma vez foi a IDU. Em minha opinião David Pack é de fato o mais radical dos herdeiros da IDU, um discípulo disposto a imitar seu líder em tudo, ainda que no presente lhe faltem os meios necessários. Contudo o fato de ser um dos mais jovens integrantes da velha guarda, tendo nascido em 1948, permite a ele, com seus 64 sonhar com uma obra maior ainda em seus dias, se estes lhe forem prolongados. Seus métodos são sem dúvida exagerados e tendentes ao extremo. Apesar disso é preciso assinalar, que David Pack tem o mérito de continuar a apresentar parte do melhor da Igreja de Deus Universal, a saber, a celebração do shabat, das festas bíblicas e da comida kasher e está empenhado que isso seja conhecido cada vez mais. Esse méritos não devem ser ignorados. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 292 Volume I – O Israelis mo Britânico Além do mais através de sua pena, David Pack tem chamado a atenção do mundo para as profecias que se relacionam com o Oriente Médio, lugar onde os grandes interesses do mundo serão jogados e onde o próprio Yeshua intervirá para reinar para sempre na cidade santa de Yerushalaim. Sua mais recente obra, The MidEast in Bible Prophecy parece ter como objetivo principal chamar a atenção para esses fatos. Sem que se saiba ao certo o número de exemplares de suas duas revista a Real Truth e a Pillar Magazzine, se pode notar que ele segue a política editorial das IDU`s. Revistas com temas atuais e uma ótima qualidade gráfica e jornalística. A semelhança de Herbert Armstrong, David Pack dá grande importância à formação de dirigentes que dominem plenamente a visão da Igreja de Deus Restaurada. Como parte dessa estratégia, e tomando carona na caminhada do grande líder ele fundou o Ambassador Center. É a forma como demonstra que apesar de pequena, sua igreja busca um lugar à sombra do armstronguismo. Queira Adonay depurar o grupo dos exageros do exclusivismo conduzindo-o paulatinamente a uma melhor compreensão do pacto da graça e do contrato eterno com um povo, Israel, e não com uma organização, a Igreja de Deus Restaurada. No entanto, é satisfatório saber que eles celebram a festa dos tabernáculos em diferentes partes da terra. Igreja de Deus Restaurada Nome Oficial Restored Church of God Página oficial http://www.Arcg.org/ho me.html Fundador Membros David Pack Revistas Tiragem Anual Inexistente TV Alcance Classe Adventista 1.993 Sigla Sede Wadsworth, Unidos Ano 2006 Países Entradas 2.203.445 USD RCC IDR Ohio, Estados 19 Congregações 55 Entradas 4.010.282 Reais The Pillar Magazinne Real Truth - Verdade A Revista Pilar Real 50.000 (600.000)? 2.000 (24.000)? Inexistente Rádio Alcance Ordem Subordem Família Inexistente Subfamília Gênero Sabatista Armstronguista Exclusivista Igreja de Deus Igreja de Deus Universal Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 293 Volume I – O Israelis mo Britânico 10 - Igreja de Deus Preparando Para o Reino de Deus Fundada por Ronald Weinland a Igreja de Deus Preparando o Reino de Deus (The Church of God Preparing for the Kingdom of God) sediada em Cincinat, Ohio, Estados Unidos e fundada em 1997 deve possuir cerca de 49 congregações em diversos países, aproximadamente 1.500 membros e operar com um orçamento da ordem de 1,7 milhões de dólares anuais. A página principal da organização fala de 12 locais diferentes onde são realizadas as festa do sukot. Seus 1.500 membros equivalem a 1,6% do rebanho das IDU´s. Esta associação congregacional é, pois uma das mais atuantes entre as de médio porte e vem mantendo os princípios básicos da doutrina de Herbert Armstrong, inclusive uma forte tendência historicista que vem a ser o seu grande problema. Seu livro ―2008 God`s Final Witiness‖ vem causando sensação ao explorar como diversos outros grupos cristãos e não cristãos possíveis acontecimentos dantescos para o ano 2012. O Livro que fala do declínio iminente dos Estados Unidos e de outras nações descendentes de Israel afirma que somente a monarquia britânica está autorizada a representar Israel no fim dos tempos. A obra de sete capítulos e 249 páginas pode ser baixada na internet através de um link fornecido pelo site End Times (Fim do Tempo), da organização de Ronald Weinland. O grupo vive uma verdadeira volta ao passado dos primórdios do adventismo com uma forte Ênfase na relação entre as festas bíblicas e os últimos eventos escatológicos. O autor se considera uma das duas testemunhas para o último tempo, e é claro, profeta. Segundo Weinland em 30 de setembro de 2008 encerrou-se o assinalamento ou separação dos 144.000. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 294 Volume I – O Israelis mo Britânico Ainda segundo ele a 14 de dezembro de 2008 foi aberto o sétimo selo do Apocalipse e o Eterno levantou as duas testemunhas para o fim do tempo. Estaríamos vivendo os 3 anos e ½ da profecia e em compasso de espera para a volta do Messias. Como William Miller e Samuel Snow, patronos do adventismo se enganaram com relação à data do retorno de Yeshua que foi fixada primeiro para a primavera de 1844 e logo para o outono com a data final de 22 de outubro, Weinland admite que errou nos cálculos, mas a diferença é que ele corrigiu a data antes do evento. Ele mesmo diz: ―Em 14 de novembro de 2008, o Sétimo Selo foi aberto e em 14 de dezembro de 2008, a primeira trombeta foi explodido e que Deus comissionou o início das duas testemunhas do fim dos tempos. Embora tivéssemos acreditado que esta fase do plano de Deus iria começar oito meses antes, Deus usou esse período de tempo para revelar a verdade sobre Jesus Cristo Cinquentenário realmente retornando no dia de Pentecostes de 2012, ao invés de Trombetas de 2011.‖ Weiland conseguiu, como Miller e seus companheiros sensibilizar muitas pessoas e convencê-las de que a hora chegou. Lideranças emergidas da IDU o criticam como falso profeta. Sua justificativa se assemelha a dos líderes adventistas do passado. Só que no caso dele precise se registrar que ele alega que o o Criador teria adiado o timing dos acontecimentos ouvindo as orações e rogos que o povo fez durante dois dias pedindo misericórdia pelo mundo (demais cristãos e não cristãos) e pela igreja dispersa (exmembros da IDU). Segundo ele, tudo o que foi previsto acontecerá antes que Yeshua retorne no dia de pentecostes de 2012 que por calendário rabínico está fixado para 27 de maio. ―Alguns que gostam de ridicularizar e zombar afirmaram que esta era a prova que eu não era profeta de Deus. Pelo contrário, ele ajudou a estabelecer. Todos os eventos profetizados que são escritas em 2008 pela Final Testemunha de Deus acontecerão exatamente como está escrito. Os eventos profetizados não mudaram e eles vão ocorrer como está escrita. O Timing mudou só um pouco, mas não os eventos. O calendário devido à Verdade número 50 está sob o controle de Deus, como todas as demais coisas. Só Deus é responsável pela revelação da volta de Cristo e do calendário envolvido. Se houver mudanças ou Deus de qualquer forma alterar o calendário envolvido, então ele irá revelar por meio de seu profeta. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 295 Volume I – O Israelis mo Britânico Deus também alterou o calendário da destruição maciça que está por começar. Deus pode fazer isso sempre que Ele escolhe. Ele é Deus! E graças a Deus Ele ouviu os gritos, petições e sinceras orações do Seu povo, Sua Igreja, quando em jejum por dois dias consecutivos pediu para que Deus tenha misericórdia sobre a humanidade e, através desse processo de misericórdia, trazer mais pessoas ao arrependimento em ambos os lados tanto do mundo como da Igreja dispersa. Deus é misericordioso para com o mundo ea Igreja dispersa, mas isso não significa que vai realmente se arrepender quando tudo estiver dito e feito. O tempo dirá. Todos os eventos profetizados afirmados no livro acontecerão antes da volta de Jesus Cristo no dia de Pentecostes, 27 de maio de 2012.‖ Naturalmente precisamos aguardar os acontecimentos. Mas para quem já viu esse filme, como nós que conhecemos os dois amargos desapontamento adventistas, o de março de 1844 e o de 22 de outubro não parece haver diferença. Vem novo desapontamento por ai. Weinland cruzou a linha. Agora é esperar para ver no que vai dar, ou melhor, como ele justificará o fracasso. Ele tem pouco tempo para isso. Estamos em 2011. Falta pouco para o shavuot ou pentecostes de 2012. No entanto, a página oficial da congregação assinala um acontecimento tremendo, talvez a volta do Messias para maio desse ano de 2012. Uma aposta mais que arriscada e que demonstra o quanto uma pessoa auto sugestionada pode chegar. ―O Sétimo Selo já foi aberto e o mundo está sendo mergulhado na tribulação final para a humanidade. Ronald Weinland, que é o pastor da Igreja de Deus na Terra, também foi nomeado pelo Deus de Abraão para ser Seu profeta do fim dos tempos e uma das duas testemunhas do fim dos tempos (e porta-voz de ambos), antes ao retorno de Jesus Cristo em 27 de maio de 2012.‖ (http://www.cog-pkg.org/ página visitada em 20/3/2012). Já vimos esse filme por três vezes no adventismo nos seus primórdios (1833, 1844 e 1855) e por duas vezes nas Testemunhas de Jeová (1814 e 1975) e já sabemos no que resulta. Que Adonay guarde seus filhos sinceros de acreditar nessas profetadas. Acerca daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos e nem o Filho, mas somente o pai. Rompendo com parte do grosso passado da Igreja de Deus Universal, e considerando-se a si mesmo profeta, Weinland determinou que chegou a hora de ungir mulheres para o ministério. Isso é visto como sério desvio pelos demais. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 296 Volume I – O Israelis mo Britânico Segundo ele, isso lhe foi revelado, e há quem diga que seu primeiro ato foi ungir sua própria esposa Laura Weinland como profeta ao seu lado. Ainda assim, é bom dizer que ele estabelece uma clara diferença entre os ministérios masculino e feminino. Segundo ele a mulher pode ser anciã e profeta, mas não pode ser pastor e pregar nos serviços de shabat. É no meio desta restauração que vem de Deus, através da Sua Igreja a este mundo, que Deus já revelou que as mulheres podem ser ordenados para o serviço ministerial em Sua Igreja. Como esta série mais recente sermão ("Ordenações e batismos") está dando a solidez eo equilíbrio da forma como esta vai existir em Sua Igreja, existem distinções de serviço que irá ser diferente entre homens e mulheres.‖ Igreja de Deus Preparando o Reino de Deus Nome Oficial Página oficial Fundador Membros Revistas Tiragem Anual TV Alcance Classe Adventista The Church of God - Preparing for the Sigla COG-PKG Kingdom of God ID-PRD http://www.cog-pkg.org/ Sede Cincinanti, Ohio, Estados Unidos Ronald (Ron Weinland) Ano 1997 Países Entradas 1.747.500 1500 USD 19 Congregações 50 Entradas 3.180.450 Reais Inexistente Inexistente Ordem Rádio Alcance Subordem Família Subfamília Gênero Sabatista Igreja de Deus Armstronguista Exclusivista Profetista Igreja de Deus Universal 011 - Igrejas de Deus Ministérios de Alcance Sediado em 1995 em Tulsa, Oklahoma, nos Estados Unidos e fundado ao que parece por Ray Kur, a igreja de Deus Ministérios de Alcance (Churches of God Outreach Ministries) segue vários princípios da Igreja de Deus Universal de Armstrong, mas não o sistema de Governo proposto por ele, que é considerado um sistema que não deu certo e que se distancia das práticas do primeiro século. Se trata protanto, de mais um grupo de comunidades que aceitam o que lhes parece bom e legítimo de Armstrong e rejeita o resto. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 297 Volume I – O Israelis mo Britânico Com 33 congregações nos Estados Unidos, na Inglaterra e no Canadá e uma estimativa de 1.120 tomando a média das congregações das grandes herdeiras de Armstrong o grupo representa 1,19% de todos os crentes ligados a estas comundiades e deve gerir um orçamento da ordem de 1,3 milhões de dólares. É uma das poucas associações de igrejas independentes a emergir da grande crise revogando os conceitos de governo por um Pastor Geral proposto por Armstrong. Como qualquer grupo ligado ao armstronguismo eles, rejeitam a consciência após a morte e o sofrimento eterno dos maus. Mas tem a seu mérito a celebração das festas como eternas ordenadas da Torah. Como defensores do autonomismo, a Igreja de Deus Outreach Ministries, não é uma igreja propriamente dita, mas antes uma associação de igrejas livres com 26 congregações nos Estados Unidos e 6 congregações no estrangeiro. O ponto alto do grupo como se vê é o congregacionalismo nos moldes batistas de governo que à semelhança do Ministério Educacional Cristão de Ronald Dart concede autonomia às congregações. Se trata, portanto de uma associação de congregações autônomas vinculadas pela mesma fé que decidem livremente pela unidade orgânica para melhor poder divulgar suas crenças e para proporcionarem a seus membros uma melhor vida social. Esse é o sistema adotado pelo judaísmo em suas sinagogas, tanto tradicionais como caraítas e messiânicas, e não há dúvidas que é o sistema de governo usado pelos primeiros crentes em Yeshua o Nazareno. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 298 Volume I – O Israelis mo Britânico Igrejas de Deus Ministérios de Alcance Nome Oficial Página oficial Churches of God Outreach Ministries Fundador Membros Ray Kur Revistas Tiragem Anual TV Alcance Classe Adventista http://www.cgom.org/ind ex.htm 1.121 Inexistente Ordem Sabatista Sede Sigla Tulsa, Unidos Ano 1995 Países Entradas 1.305.965 USD COG-OM Oklahoma, Estados 19 Congregações 33 Entradas 2.376.856 Reais Rádio Alcance Subordem Família Inexistente Subfamília Gênero Igreja de Deus Armstronguista (congregacional ) Exclusivista Igreja de Deus Universal 012 - Igreja de Deus Intercontinental Fundada em Tyler no Texas em 1997 por Ted Gerner Armstrong, após renunciar à Igreja de Deus Internacional por ele fundada 19 anos antes, a Igreja de Deus Intercontinental (Intercontinental Church of God) é o braço institucional por trás da Garner Ted Armstrong Evangelistic Association, atualmente dirigida por Mark Amstrong, filho de Ted Garner. Formada por 93 pequenas associações familiares, com uma média de 10 membros cada uma, a Igreja de Deus Intercontinental fundada por Garner Ted em 1995, em Witehaouse, Texas um ano antes da Grande Dispersão, possui um orçamento provável de 1,16 milhões de dólares e cerca de 1.000 membros, aproximadamente 1,07% da membresia das IDU´s. A doutrina da IDI se afasta de alguns dos mitos da IDU de Herbert Armstrong, como por exemplo, a oposição a celebração de aniversários. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 299 Volume I – O Israelis mo Britânico O argumento de que é um costume gentílico não é suficiente, pois afinal de contas não há nada nas Escrituras contra tais celebrações, e uma festa de aniversário pode ser ou não pagã, a depender de quem é invocado para a festa, que pode bem ser o Elohim de Israel. O importante para eles é que nenhuma celebração ofusque o brilho dos dias sagrados, ordenados pelo Criador. "A Igreja de Deus, da mesma forma, não tem indicação específica de doutrina sobre o costume comum de celebração ou sobre a observância de aniversários ... Em todas as nossas memórias, é seguro dizer que algumas observâncias de aniversário mantiveram um significado especial: talvez era um patamar de vida particular em que uma certa realização ou poderia estar no horizonte, como entrar na adolescência ou atingir a idade de responsabilidade legal. Naturalmente, estes feriados nacionais ou pessoais nunca devem ofuscar o respeito a Deus e aos dias sagrados. "(A CRISTÃ RELATIONSHIP WITH FELLOW MAN http://www.intercontinentalcog.org/STP/stp26.htm ). A IDU de Armstrong proibia a seus membros de ocuparem cargos públicos, ignorando que Yosef foi primeiro ministro em Mitzraym e Daniel na Pérsia, que Hadassa (Ester), foi rainha e que Mordechai se tornou conselheiro do Rei Achashaverosh (Assuero). Da mesma forma ignoram que Cornélio foi oficial do exercito romano, e que Yochanan não proibiu o serviço militar. Garner Ted Armstrong ousou depurar sua organização desses excessos herdados de seu pai já que a antiga IDU somava às verdades que extraíra das Escrituras sua própria doutrina baseada não na simplicidade do texto bíblico, mas nas interpretações por vezes mirabolantes de Hebert Armstrong. Assim a IDI não se opõe a que seus membros ocupem cargos públicos. Isso a assemelha a posição de Darth. "Outra área de preocupação cívica é o da ocupação de cargos públicos e servir em júris. A igreja, de modo algum proíbe tais atividades a seus membros, e também a comunidade seria bem servida por ter verdadeiros cristãos a cumprir estas funções. Porém, advertimos aqui; os cristãos podem encontrar momentos em que tomarão decisões específicas que são difíceis, porque as leis de Deus podem entrar em conflito com as leis dos homens, e sua principal responsabilidade deve ser, à primeira "( A CRISTÃ RELATIONSHIP WITH FELLOW MAN http://www.intercontinentalcog.org/STP/stp26.htm ). Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 300 Volume I – O Israelis mo Britânico Uma posição equilibrada, baseada na longa tradição bíblicojudaica que demonstra que os fiéis sempre ocuparam cargos públicos.Mesmo antes da formação da nação vemos a Yosef elevado ao posto de primeiro-ministro de Paró (Faraó). Depois da formação da nação, e já durante a monarquia temos a Abner como Comandante das tropas de Israel sob o reinado de Shaul e a Yoav comandando as tropas de David. Depois disso temos a Daniel na corte da Pérsia. Da mesma forma a doutrina seguida pelas testemunhas de Jeová, adventistas da Reforma e membros das demais herdeiras da IDU de que o voto nas eleições é pecado, foi descartada pela IDI. ―Um cristão também está ciente das suas responsabilidades cívicas e privilégios. Paulo escreveu que os cristãos devem estar sujeitos às autoridades humanas constituídas. Isto incluiu o pagamento de impostos e tornar o devido respeito aos símbolos dessa autoridade (Romanos 13:1). O próprio Jesus pagou um imposto de que legitimamente poderia ter evitado (Mateus 17:24-27). José e Maria foram para Belém por causa do decreto do imperador romano. O NT está cheio de exemplos do cumprimento da legislação do governo nacional onde eles não entrem em conflito com as leis de Deus. Membros da Igreja Deus sempre demonstraram patriotismo saudando a bandeira e cantando o hino nacional de seu próprio país. Em alguns países, o voto é colocado em pé de igualdade com outras exigências governamentais. O NT não proíbe o voto mais do que pagar impostos. A igreja não tenta legislar em matéria de recenseamento eleitoral ou voto nas eleições locais, regionais ou nacionais.‖ "(A CRISTÃ RELATIONSHIP WITH FELLOW MAN). (Fonte http://www.intercontinentalcog.org/STP/stp26.htm ) A IDI soube somar talvez como nenhuma outra as virtudes de Armstrong à mente aberta de seu filho Ted. Talvez por isso, tantas famílias nos Estados Unidos ainda simpatisem e apóiem a última das instituições fundadas pelo tele-evangelista. Infelizmente Garner Ted viria a fracassar por segunda vez. Não seria feliz em sua nova organização, não por muito tempo. Desassociado, por seu mau testemunho, e pela força das acusações que pesavam contra ele, Garner usou seu carisma como comunicador de radio e TV transformando a Ted Garner Evangelistic Association numa nova organização, a Igreja de Deus Intercontinental. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 301 Volume I – O Israelis mo Britânico A organização sediada em Flint no Texas e criada para divulgar as doutrinas de seu pai, ou a maior parte delas continua ativa. Ao morrer aos 15 de setembro de 2003 aos 73 anos, a Associação passou a ser presidida por Mark Armstrong, um de seus três filhos de Garner Ted com Hammer Shirley Armstrong, que ocupa a vicepresidência da organização. Mark Armstrong não se aventurou a gravar, limitando-se a reutilizar o enorme acervo de vídeo e áudio deixado por seu pai. O grupo lista cerca de 100 congregações, mas a julgar pelas fotos uma média de 15 membros por congregação, ou mesmo menos, não está fora de cogitação. Parece que na maioria dos casos são duas ou mais famílias associadas, mas que mantém o costume das IDU`S de comparecerem em massa na celebração de Sukot. Assim a Igreja de Deus Intercontinental está longe de concorrer com as demais herdeiras do armstronguismo, mesmo com a Igreja de Deus Internacional, fundada anteriormente pelo próprio Ted Gerner, mas nem por isso deixa de realizar sua missão, apontando às ovelhas sob seu cuidado o caminho de volta à Torah, na medida é claro, das limitações legadas por Garner Ted. Igreja de Deus Intercontinental Nome Oficial Churches of God Outreach Ministries Página oficial http://www.intercontinen talcog.org/index.php Fundador Membros Garner Ted Armstrong Ano 1997 Países Entradas 1.165.000 1.000 USD 19 Congregações 50 Entradas 2.120.000 Reais Inexistente Inexistente Revistas Tiragem Anual TV Alcance Classe Adventista Sede Ordem Rádio Alcance Subordem Família Sabatista Igreja de Deus ICG IDI Witehaouse, Texas, Estados Unidos Igreja de Deus Universal Sigla Subfamília Armstronguista Gênero Restaruração Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 302 Volume I – O Israelis mo Britânico 013 - Igreja de Deus Independente (Ministério Educacional Cristão) Fundada por Ronald Darts em 1995, a Igreja de Deus Independente (Independent Church of God) mais conhecida pelo seu nome evangelístico Ministério Educacional Cristão (Christian Educational Ministries) é um exemplo de como a loucura alienadora do exclusivismo pode ser posta de lado em favor da fraternidade entre os filhos de Israel. Ronald Darts optou por um trabalho intercongregacional em Whitehouse no Texas, o grupo apóia através de programas radiais, literatura e audiovisuais diversas congregações, e é ajudado por elas. Estima-se que o Ministério Educacional Cristão disponha de 30 congregações com um orçamento total de 1,6 milhões de dólares dos quais uns 220 mil devem ser enviados ao MEC. Com um número de membros idêntico à da Igreja de Deus Restaurada, estima-se que o MEC possua 1000 membros e represente 1,07% de toda a família. Ex-ministro da IDU, Ronald Darts recusa qualquer exclusivismo doentio das grandes herdeiras da Igreja de Deus Universal para se concentrar na divulgação de suas doutrinas, o que o estabelece como um estranho no ninho. Ronald tem apelado para que se tenha cuidado com os demônios da segregação, o que faz dele um dos mais sensatos herdeiros da ―dispersão.‖ Eis um exemplo a ser imitado pelos demais grupos que precisam ser curados dessa influência maléfica. Sua declaração, numa época que ainda se levantam grupos de restauração que pensam que são únicos é muito pertinente: Seu grupo inclusive não se proclama uma denominação, e seu objetivo principal é a formação e o alcance do público evangélico através por radio cd`s e DVD`S distribuídos pelas igrejas que o apoiam. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 303 Volume I – O Israelis mo Britânico ―Um dos demônios da diferenciação é a vaidade. Somos melhores do que você é. Nós temos a verdade e você não. Arrogância é o amargo fruto da vaidade. Outro demônio é o exclusivismo. Outra é o autoritarismo, necessário para nos manter esclusivos: "Você não pode juntar-se diretamente à igreja de Cristo, nós temos que colocá-lo nele - o que significa que temos de aprová-lo e podemos barrar você.‖ Eu não acho que devemos ser impulsionados pelos espíritos da diferenciação. Pelo contrário, devemos ser atraídos por Cristo, onde vamos encontrar as nossas diferenças e aceitar ser corrigidos conforme a necessidade... Alguns têm dificuldade de se relacionar com outros grupos Sabbatistas porque eles perdem um pouco de sua identidade no processo (Dart R. Cuidado com os demônios de diferenciação. A Journal, janeiro 31, 2003, p.10). Outra característica histórica do amostronguismo é sua oposição ao porte de armas, ao serviço militar ou a qualquer profissão pública ou privada que envolva o porte de armas. Dart considera essa posição incongruente, afinal, os cidadãos desfrutam da segurança contra os inimigos externos proporcionada pelas forças armadas e contra os inimigos internos proporcionada pelas forças policiais. Isso me faz recordar a história a mim contada na porta de uma universidade onde eu tinha ido dar palestras sobre o judaísdmo por um jovem da Igreja Adventista da Reforma, excluído por que se tornou policial militar. Ele me contou que num shabat, pela manhã, quando os irmãos chegaram constaram que a Igreja tinha sido assaltada. Quando a maioria quis chamar a polícia ele lhes lembrou que isso não fazia sentido, que a igreja que excluiu policiais, por certo não precisava da sua proteção. Esse é um exemplo caricato de como uma doutrina pode voltar-se contra nós mesmos. Segundo ele os que vivem sob a proteção dessas forças e que recorrem a elas em caso de ameaça, interna ou externa, não podem sem contradição se opor ao serviço militar. Assim, ele defende o direito do Estado à guerra defensiva ou mesmo ofensiva em caso de resposta a um ataque externo e o conseqüente dever dos cidadãos que se abrigam sob as forças desse Estado de o apoiarem. E o que vale para o exército, vale igualmente para a polícia. Isso o levou a se manifestar como segue: Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 304 Volume I – O Israelis mo Britânico ―Paulo foi certamente um cidadão do Reino de Deus, mas ele não hesitou em exigir seus direitos como cidadão romano. Não hesite em exigir nossos direitos como cidadãos americanos, mas como podemos exercer nossos direitos enquanto evitamos as nossas responsabilidades? Nosso país é um governo do povo, pelo povo e para o povo. Temos, assim como Deus disse, juízes e policiais em todas as nossas portas. Por que devemos, como santos, recusar-nos a servir como juízes e oficiais? Quem é mais capaz de se sentar em um júri e ser juiz do povo de Deus? .. Eu estou convencido de que não só é admissível para um cristão a fazer parte de um júri, se chamado, é uma obrigação. Acho que Deus nos terá por responsáveis das administrações responsáveis em nossas comunidades, pelo menos, a ponto de fazer o que podemos ... Devemos limpar o ninho de rato chamado de Taliban e vingar o assassinato de nossos cidadãos. Para nós, como indivíduos, para dar a outra face, precisamos de um governo que vai assumir a nossa causa e nos defender. Isso não é um ato de vingança tomada com o coração rancoroso. É um ato de justiça, e é certo. Deveríamos ter feito isso há muito tempo (Ronald Dart, A Journal. 10/31/01). Outra questão diz respeito ao dízimo. Na sua opinião embora as congregações não devam obrigar ninguém a dar o dízimo, seus membros podem ser estimulados a dar, pois como pessoas de fé são filhos de Avraham que deu o dízimo num ato de adoração. Ele vê em Avraham, mais que em Malachy as razões para um crente dizimar. Para ele, nesse caso, mais importante é a gratidão do que o desejo de receber bênçãos, e mais importante é doar para ser abebçoado do que doar com medo de castigos. Quando o tema é o terceiro dízimo dado às viúvas e órfãos, ele lembra que nações avançadas possuem já um sistema previdenciário. Esse sistema desconta compulsoriamente 20% do salário do trabalhador a fim de manter viúvas, incapacitados e doentes. Se a igreja cobrar o terceiro dízimo está lapidando a renda de membros que já dão aos pobres uma parte do salário na forma de contribuição previdenciária. Assim, Ronald transfere da igreja para o Estado o cuidado dos órfãos e necessitados e dispensa os membros de cumprirem tal tarefa, salvo em condições especiais, uma vez que já compulsoriamente cumprem aquilo que a Torah ordena ao tributarem ao Estado. Bem, sabe-se que a Torah ordena o terceiro dízimo (tri-anual) quando não havia previdência pública. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 305 Volume I – O Israelis mo Britânico A obra da CEM, justamente pelas suas posições não exclusivistas e não denominacionacionais se destaca por ser a mais extensa obra radial de todas as Igrejas de Deus, uma vez que seu programa Born to Win, gravado na voz de Ron Dart é transmitido em 26 estações cinco dias por semana, da Austrália aos Estados Unidos e por meio de congregações que dão suporte a ele. O grupo contabiliza ainda o envio de 70,000 CD`S e DVD`S em milhares de pacotes no ano 2007 através de uma pequena equipe de nove pessoas. O ministério desenvolve ainda uma intensa atividade literária fornecendo um catálogo de diversas obras que podem ser adquiridas. Numa época em que o custo de um CD ou DVD é tão pequeno, e os resultados de uma proclamação áudio-visual podem ser tão importantes, o trabalho de Ron Dart não deixa de ser inspirador para os que dispondo de poucos recursos desejam atingir corações. Está ai um exemplo a ser imitado. Mas bem, a CEM é uma das dezenas de ministérios e congregações que optaram por não estar amarradas a nenhuma grande associação a fim de manterem a sua independência local tanto no que se refere ao episcopado como até mesmo ao aspecto doutrinário. Dezenas de congregações dão suporte a CEM. Igreja de Deus Independente Nome Oficial Independent Church of God Página oficial http://www.icogsfg.org/ Sede http://www.cem.org.au/ http://www.borntowin.net/ Ronald Darts Ano 1995 Países Entradas 1.165.000 1.000 USD 19 Congregações 30 Entradas 2.120.000 Reais Inexistente Inexistente Fundador Membros Revistas Tiragem Anual TV Alcance Classe Adventista ICG IDI Portsmouth, Ohio, Estados Unidos Ordem Rádio: Born to Win, Alcance: 26 Estações Subordem Família Sabatista Igreja de Deus Igreja de Deus Universal Sigla Subfamília Armstronguista Gênero Restaruração Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 306 Volume I – O Israelis mo Britânico 014 - Igreja de Deus Global Fundada em 1992 em San Diego, na Califórnia a Igreja de Deus Global, hoje sediada em Derby, na Inglaterra, tinha tudo para ser uma das mais poderosas da família. Foi fundada por uma das mais emblemáticas figuras da Igreja de Deus Universal, por Roderick C. Meredith (1930 ), que como Garner Ted Armstrong pode fundar duas organizações diferentes, ainda que no caso de Roderick as causas não envolviam escândalos morais, mas apenas zelo pelas verdades que conheceu. O grupo nasceu forte, arrastando sob o carisma de Roderick a milhares de membros descontentes da IDU. No entanto hoje se reduz a algumas dezenas de grupos pequenos. O grupo com cerca de 1.000 membros representa 1,07% da família de Armstrong. Meredith foi ordenado pelo próprio Armstrong em 1952. Na década de 60 passou a integrar o conselho supremo de 12 anciões da Igreja de Deus Universal. Fundou igrejas em vários estados antes de ser chamado a Pasadena e incumbido por Herbert Armstrong de ser Evangelista, um cargo muito importante na estrutura da organização. Participou no conselho administrativo da organização por mais de 25 anos (1958-1973). Eloquente e carismático pastoreava a maior congregação da Igreja de Deus Universal que ficava em Los Angeles, na Califórnia. Roderick esteve no time daqueles que não acompanharam a música profana de que a certeza da salvação pela graça exige o abandono de esforços claros em direção à santidade que emana da Torah. Se opôs ao movimento de apostasia conduzido por Joseph Tkach em Pasadena e que alcançou seu auge através de seu tristemente célebre Transformed by Church (Transformado Pela Verdade). Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 307 Volume I – O Israelis mo Britânico Mas seu mundo desmoronou junto com a nova Igreja de Deus Universal dos Tckach`s. Foi demitido em 10 dezembro de 1992, por ser considerado herético aos olhos da nova diretoria. Apenas 16 dias depois Meredith reunido a outros 19 membros que não concordavam com o rumo das coisas iniciou os serviços sabáticos em sua própria casa. Um mês mais tarde eles já eram 42 e podiam alugar um salão. Isso era pouco para quem pastoreara uma igreja poderosa com centenas de membros em Los Angeles, mas pelo menos de acordo com sua consciência de que o crente tem de aprender a não comer porco e a amar as festas bíblicas e não a reprová-las. Em poucos meses ele resgatara mais de 1.500 almas das garras da apostasia. Estava fundada a Igreja de Deus Global no outono de 1993. Em junho de 1994 a sede da organização foi transferida para San Diego, na Califórnia. Mas o que parecia ser excelente para a organização recém formada e que vinha juntando os cacos restantes da grande apostasia não era bom para a liderança. Houve uma disputa pela liderança acerca do papel que Meredith deveria ter na Igreja de Deus Global e o conselho supremo o demitiu por 3 a 2. A maioria dos membros não concordou com essa decisão e o próprio pastorado esteve contra. Assim, apoiado por membros e pastores ele fundou a Igreja do Deus Vivente na mesma cidade de San Diego que se tornou a segunda mais vigorosa das organizações armstronguianas e que já foi objeto de análise nesse capítulo. Com esse passo a Igreja de Deus Global desmoronou, estima-se que na altura 80% da membresia, umas 1.200 pessoas, tenham acompanhado a Meredith que por sua vez teve êxito em arrastar outras milhares de pessoas que perplexas buscavam uma saída da IDU que agora já não falava a sua linguagem. Não dispomos de dados atuais. Mas a Igreja de Deus Global, que mudou sua sede para Derby na Inglaterra deve possuir cerca de 1.000 membros e 33 congregações nos Estados Unidos. Canadá e Inglaterra. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 308 Volume I – O Israelis mo Britânico Isso me permite projetar um orçamento de cerca de 1,16 milhões de dólares para o grupo. Esperamos que a organização continue a proclamar o certo que aprendeu, não retorne jamais e que avance de onde iniciou. Novas verdades precisam ser descobertas e anunciadas. Igreja de Deus Global Nome Oficial Global Church of God Página oficial Fundador Membros http://www.globalchurch ofgod.co.uk/ Revistas Tiragem Anual TV Alcance Classe Adventista Sigla Sede GCG IDG Derby, Inglaterra Roderick C. Meredith Ano 1993 Países Entradas 1.165.000 1.000 USD 3 Congregações 29 Entradas 2.120.000 Reais Inexistente Rádio: Inexistente Alcance: Subordem Família Inexistente Subfamília Gênero Igreja de Deus Armstronguista Restauração Ordem Sabatista Igreja de Deus Universal Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 309 Volume I – O Israelis mo Britânico XIII As 4 Pequenas Alianças Congregacionais Saídas da IDU Iniciada a dispersão, muitos crentes da IDU permaneceram convencidos de que o sistema de governo e de doutrina apregoado por Herbert Armstrong era correto, mas que seria um perigo se caísse nas mãos erradas, um perigo que eles haviam acabado de presenciar. Com medo de terem de vir a tomar outra vez uma amrgo remédio estes grupos evitaram as grandes associações, os ―pastores gerais‖, mas concordaram em se aliar a congregações próximas ou distantes com quem tivessem afinidade para fazer a obra. Surgiram dezenas dessas pequenas alianças. Nesse capítulo abordaresmos apenas 4 delas. No total elas reúnem 64 congregações com uma membresia estimada em 1965 membros ou 2,09% do total do israelismo britânico sabatista e um orçamento de 2,28 milhões de dólares 015 - Igreja do Grande Deus. Sediada em Charlotte, South Caroline, a Igreja do Grande Deus (Church of Great God) foi fundada em 1992 por John Ritenbaugh, Richard Ritenbaugh, Martin Collins, John Reid, e Edward Pope, que formaram uma associação baseada nos ideais e propostas de Armstrong, sem, contudo, defender todas as teses do grande líder. Seu fundador, John Ritenbaugh se considera um herdeiro de Herbert Armstrong. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 310 Volume I – O Israelis mo Britânico E a Armstrong e seus escritos que ele recorre ante dificuldades doutrinárias. Ao se pronunciar se os cristãos podem ou não comer em restaurante no sábado usou a autoridade do apóstolo, que em suas muitas viagens ocasionalmente tinha de comer em restaurante para respaldar sua posição a favor de tal prática em certas situações. "Agora, nos nossos dias apenas Herbert Armstrong era um apóstolo. Herbert Armstrong ocasionalmente comia no sábado (em restaurante), e definiu a política para a Igreja de Deus que o permitiu.... "O ponto é este: que Deus usou Herbert Armstrong, um apóstolo, para estabelecer o padrão sobre o assunto nesta era da igreja de Deus, não Art Braidic e Dennis Fischer ... Este complexo sistema babilônico criou situações que exigem um novo discernimento da Palavra de Deus sobre este assunto. Herbert Armstrong fez que que o discernimento para a igreja de Deus nesta era." (Mr Armstrong Has Spoken, http://blowthetrumpet.org/mr.armstronghasspoken.htm) Mas isso não o amarrou a todos os pontos de vista de Herbert Armstrong. Pelo contrário, John Ritenbaugh propôs uma modificação teológica assinalando algumas desas diferenças que o distanciaram de Armstrong: ―Colocamos uma ênfase maior no "alimentar o rebanho", isto é, instruindo seus membros sobre "todo o conselho de Deus" (Atos 20:27). Proclamamos o mesmo Evangelho do Reino de Deus que fez Jesus (Mc 1:14-15), principalmente através dos nossos diversos sites da Internet. Apesar de empregar uma estrutura organizacional semelhante, buscamos mais a liberdade dos membros do que o que era prática da IDU em tempos passados. Contamos Pentecostes diferentemente um ano, em nove, em média, quando a Páscoa cai num sábado semanal. Reconhecemos que ter fé em Deus para a cura não se opõe à utilização da perícia médica para retornar à saúde. Sobre a questão do divórcio, definimos porneia amplamente, como "imoralidade sexual" de todos os tipos, isto é, a prostituição, assim como o adultério e outros pecados sexuais. Nós acreditamos que um cristão deve observar a passagem das luas novas, como eles são fundamentais na determinação dos sagrados dias de Deus dentro do calendário hebraico. A Bíblia não descreve, porém, nenhum serviço específico, ordenado para este festival. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 311 Volume I – O Israelis mo Britânico Nossa percepção da profecia, embora baseado no modelo que nos foi dado por Herbert Armstrong, está mudando lentamente á medida que os eventos acrescentam o que já sabemos. Os detalhes e os tipos virão de forma clara, não podemos esperar que ele tenha imaginado tudo, devido à passagem do tempo. ― (COGWRITER, Igreja do Grande Deus. http://www.cogwriter.com/cgg.htm) Nota-se que o grupo se distanciou de Armstrong na questão do que é considerado porneia, como é mencionado no texto grego de Mateus 19:9, que deixa de ser o mero adultério e assume uma conotação muito mais ampla de pecados e aberrações sexuais. Aposição abre a porta para que as igrejas descendentes da IDU promovam um debate amplo sobre a questão. Tomara que esse debate os leve à uma posição equilibrada. É preciso que se entenda de uma vez por todas, que o casamento é dissolúvel quando o marido ou a mulher cometam pecados sexuais como incesto, pedofilia, pederastia, zoofilia, homossexualismo, lesbianismo e outros que mancham o casamento. É também necessário que se entenda que uma mulher tem direito a requerer o divórcio daquele que não honrou sua posição de marido, que a agrediu fisicamente, que atentou contra sua vida, e que se delicia em torturá-la psicologicamente. Todas essas práticas são tipos de violação do código do matrimônio e põe a esposa em liberdade do casamento e o recíproco também é verdadeiro. Yeshua deixou claro que o casamento não é apenas dissolvido em face de tais abominações por um dos cônjuges, mas que o inocente está livre para reiniciar sua vida sentimental e sexual com quem ele quiser, naturalmente através de um casamento devidamente consagrado. A postura de Armstrong, de que o casamento era indissolúvel foi trazida não do judaísmo e nem de Yeshua Rabeinú, mas da mãe católica de quem pretendia estar completamente livre. Deve-se repetir aqui que ele teve tempo de se libertar disso após se apaixonar por uma mulher divorciada como antes consideramos. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 312 Volume I – O Israelis mo Britânico É evidente que mulher nenhuma deve se considerar esposa do homem que abusa sexualmente de suas próprias crianças, que se atreve a dormir com outra mulher sem sua autorização e um casamento formal, pois mesmo os santos patriarcas que constituíram casamentos polígamos, como Avraham e Yakov, jamais tiveram outra esposa sem a autorização de sua primeira esposa. Ou seja, nem mesmo nas sociedades polígamas, que hoje se reduzem ao Oriente ou a grupos tribais, a mulher deixava de ter sua autoridade inquestionável em matéria de direito sobre o corpo de seu homem. Já vi casos gravíssimos, como de uma jovem mulher Portugal, cujo marido se tornara amante de um rapaz quase 20 anos mais jovem. Este amante, um gay pervertido olhando nos olhos dela disse: ―Ele é casado com você, mas é comigo que ele se completa sexualmente.‖ Oh, poderia haver humilhação maior para uma mulher? Sim, poderia e houve. Os líderes da sua igreja dizerem que ela tinha duas alternativas ou o perdoava, ou se separava dele aqui na terra, mas sem poder casar com outro por que lá no céu ela permaneceria esposa dele até que ela morresse ou ele deixasse esse mundo. Este é mais um exemplo de como uma doutrina insana pode se voltar contra todo o sentido de justiça, como se o céu certidões de casamento com trastes uma coisa divinamente inquebrável. Também é lógico que o céu não considera a prostituta que trabalha num bordel como esposa do homem que foi fiel a ela. Isso são fardos imundos atados pelos homens aos ombros dos seus semelhantes. Outro progresso interessante pode ser evidenciado quando se nota a posição da Igreja do Grande Deus em relação à Europa, que deixa de ser vista como a Besta, ou que pelo menos passa a ser questionada como podendo não ser a besta. ― Ao longo dos meus 43 anos na igreja eu fui ensinado, e tenho ensinado, que devemos olhar para a Besta surgir na Europa, mas onde está ela? Talvez o mais confuso de tudo é que a Europa não está a agir bem como a Besta descrita no livro do Apocalipse. Não, a Escritura diz: "Quem pode fazer a guerra contra a besta?" ... Você sabe de alguém que teme a Europa? Internacionalmente, a Europa como um todo é uma piada em termos de poder aterrador. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 313 Volume I – O Israelis mo Britânico A Europa não está avançando junto da forma exata como nós antecipamos. A Europa não está tornando-se o colosso que nós esperamos ver surgir. A Europa é, na realidade, desunida em todos os planos, político, econômico, militar e religioso.‖ (Where is A Beast Part I COGWRITER, Igreja do Grande Deus. http://www.cogwriter.com/cgg.htm ) Isso abre caminho para novos desdobramentos na interpretação da profecia. John Ritenbaugh conseguiu se aperceber daquilo que muitos crentes evangélidos desdenhados as vezes por sua suposta incompreensão das profecias se tem apercebido a tempo. O poder islâmico está ai se fortalecendo a cada dia, ameaçando a Europa com uma nova jihad (guerra santa), por coisas tão banais como o uso do véu por parte das garotas ou das charges do profeta. Não, a Europa não é a última besta, e se Edom (Jordânia) vier a atacar a Israel, como creio que o fará, será montada na segunda e mais terrível das bestas, o poder islâmico, a única religião em real ascensão no mundo. Aliás, essa é a religião do povo jordaniano e dos palestinos seus confederados que são também a maioria no Reino Hachemita. Outra questão que chama atenção é a contagem do Omer, (dias que separam a festa do Pessach da festa de Shavuot), o que parece indicar um rompimento com o sistema rabínico de contagem, que inicia a conta invariavelmente no pessach, quando as Escrituras mostram que essa contagem se inicia no yom rishon (primeiro dia da semana) que se segue ao pessach. De fato, a Torah é clara em mostrar que essa contagem se inicia após ao shabat imediato ao pessach, e não antes como erroneamente determina a tradição rabínica, mais apegada às suas próprias invenções que à autoridade do Tanach. Se esses ventos de mudança continuarem a soprar espera-se progressos por parte do grupo de John Ritenbaugh. E eles são bem-vindos, afinal Israel precisa se alimentar da Torah e dos Profetas e saber desterrar tudo aquilo que seja apenas armstronguismo ou mesmo rabinismo. Espera-se que avancem, tanto em conhecimento como em número, pois a restauração precisa ser avivadas. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 314 Volume I – O Israelis mo Britânico A Wikipédia sugere apenas 400 membros embora isso me pareça excessivamente pessimista para um número de 29 congregações ou mais em 11 nações diferentes. Sem muitos recursos para fazer a obra, a IGD tem empregado intensamente a internet como ferramenta. Seu principal órgão é o Forerunner, uma revista bimestral de 16 páginas que é enviada eletronicamente a 85.000 assinantes ao redor do mundo. Pode-se dizer que apesar de poucos em número eles não se têm intimidado, mas ao contrário. Oremos para que John Ritenbaugh e seus companheiros na direção da Igreja do Grande Deus continuem avançando de acordo com a fé que uma vez para sempre foi entregue aos santos. O grupo está presente em 11 países, com 29 congregações com uma membresia estimada em 727 pessoas e um orçamento provável de 466 mil dólares considerando 400 membros nos Estados Unidos. Isso o faz uma das mais pequenas organizações internacionais emergidas da IDU, um verdadeiro milagre de sobrevivência. Página Oficial: http://cgg.org/ 016 - A Igreja de Deus Ministérios Internacionais Sediado em Gretna LA, a Igreja de Deus Ministérios Internacionais (Church of God Ministries International) foi fundada por Bruce Chapman no ano 2006. O ministério de Bruce Chapman vem se destacando por apontar o dedo diretamente contra o maior perigo que ronda judeus e cristãos, o fundamentalismo islâmico e a ameaça que ele representa não só para Israel, mas para todo o resto do mundo livre. O mundo cristão precisa saber que foram necessários apenas 70 anos para que o comunismo fosse morto e enterrado, mas que passados 1.300 anos o islã se fortalece cada vez mais, ganha cada vez mais adeptos e se impõe cada vez mais sobre políticos corrompidos, prostituídos pelos petrodólares e cristãos amedrontados pelas ameaças do terror religioso. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 315 Volume I – O Israelis mo Britânico É importante que os crentes saibam que não existe islamismo moderado, o que existem são muçulmanos que não levam a sério sua religião que prega tanto a destruição de Israel como de todas as formas de religião, principalmente o cristianismo. Ao denunciar o fato de que o Gran Mufiti de Yerushalaim se aliou aos nazistas na busca da solução final para o problema judaico nos países árabes, que ajudou a formar a máquina de guerra de extermínio contra o povo eleito com a ajuda de muçulmanos bósnios Bruce Chapman está cumprindo um papel muito importante. Está advertindo o mundo contra o perigo que se avizinha. Mas não só de investigação profética vive o grupo dirigido pelo Pastor Chapman. Um ponto alto que se destaca na IDMI é que sua doutrina parece dispensar o exclusivismo defendido por Armstrong e encarnado por David Pack e os líderes das comunidades maiores que já consideraremos. Isso representa uma brecha que se abre nos aspectos mais negativos do armstronguismo ao passo que preserva o que ele tem de melhor. Essa é mais uma evidência de que a separação e a fragmentação da IDU está sendo empregada pelo Eterno como ferramenta de depuração dos erros acariciados e implementação de novas verdades que precisam ser juntadas às que o Pastor Geral tinha conhecido e divulgado. O objetivo da aliança parece mais voltando no sentido de facilitar os encontros da festa dos tabernáculos que é ponto alto de praticamente todas as igrejas oriundas da IDU. ―A IGREJA DE DEUS - A igreja é o corpo espiritual de Cristo. Fisicamente, é um grupo de pessoas chamadas por Deus e impregnada com Seu Espírito Santo. Como um corpo espiritual, a igreja é composta de batizado, guiada pelo Espírito de pessoas espalhadas pelo mundo. I Coríntios 12:12-14, 27, Colossenses 3:15‖ (Confissão de Fé da Igreja de Deus Ministérios Internacionais.) A celebração da festa dos tabernáculos feita por quase todos os grupos da família, a exceção dos ministérios judaizados, ritualmente tem pouco a ver com o judaísmo, sendo mais uma oportunidade de confraternização e da profecia acerca do iminente reino de Maschiach. No entanto, há uma essência, talvez mais importante que o ritual que é profetizar a volta de Maschiach. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 316 Volume I – O Israelis mo Britânico Nas fotografias se observa apenas encontros em saguões de hotéis ou salões de eventos, por vezes luxuosos, pois é a maior celebração espiritual do grupo. Apesar disso a festa não é esquecida, e é melhor celebrá-la sem seus rituais do que a esquecer ou o que é pior declarar que a festa cessou. Que cresçam pois as congregações da Igreja de Deus Ministérios Internacionais. Enquanto isso oremos em favor de Bruce Chapman para que o ministério de restauração por ele dirigido continue avançando. Quando todo o simbolismo do Sukot for melhor percebido pelos grupos que emergiram da apóstata ―Igreja de Deus Universal‖, mantendo a observância do festival eterno estabelecido pela Torah, uma mudança surpreendente se fará sentir. Descobrirão antes e tudo que essa é uma ordem para Israel, um sinal distintivo do povo eleito, que evidenciará quem está no pacto, não por que está ligado a alguma corporação religiosa ufanista e orgulhosa, mas por que está cumprindo as mitzvot. Este ponto que parece ter sido percebido já por dezenas de congregações independentes, ainda se mantém distante das grandes corporações que logo passaremos a analisar. Quando isso for percebido, estará então morto o enfermiço exclusivismo, a fria e mortal herança de Roma a que Armstrong deu ainda mais força. O povo de Elohim não é uma organização, e nunca foi. Este povo eleito é uma nação, Israel organizada por Moshe Rabeinú ao pé do Monte Sinai e salva por Yah através de Yeshua Rabeinu no cimo do Monte Calvário. Desde que Israel foi fundado sob a promessa de Yah e estabelecido com base no compromisso de que o sêmen de Avraham, que percorreu inumeráveis gerações por meio da dispersão fica claro que o Eterno tem um povo, não uma instituição. Se há uma coisa que fica desencorajada é o sentido cristão de organização e se há uma coisa que se eleva é o sentido sentido de nação eleita, de povo. As instituições são sim necessárias, mas extrapolam seu sentido quando encorajam a divisão e não a união, e quando fazem que Israel não reconheça a Israel a menos que reme no mesmo barco. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 317 Volume I – O Israelis mo Britânico Foi Roma, uma vez que não foi chamada, que nasceu o conceito de igreja como sendo substituta do povo de Israel, foi a igreja de Roma, cujos crimes anti-semitas bradam aos céus, que criou essa heresia. Nós os que estamos restaurando não precisamos dessas patranhas da Igreja Católica Apostólica Romana. E aqui incluo por força das circunstâncias também a Igreja de Deus Ministérios Internacionais. O que ela e nós precisamos é retornar humildemente às raízes, não como povo exclusivo, mas como parte dele. Com 16 congregações a membresia está sendo estimada em 485 e o orçamento em 565,16 mil dólares (1,028 milhão de reais). Sempre considerando uma estimativa de 30,32 membros por congregação que é a média das grandes IDU. Página oficial: http://www.Acogmi.org/index.htm 017 - Comunidade Igreja de Deus Fundada em 2006 por Harold Smith em Toledo Ohio, a Comunidade Igreja de Deus (Church of God Fellowship), demonstra uma capacitação e equilíbrio dignos de nota no que se refere a identificação de quem é o povo de Elohim que para eles não é uma instituição como se ver na sua declaração inicial. Embora este povo possa estar em várias organizaçõs diferentes eles são pela fé e mais ainda pela apreciação que Adonay tem deles. ―Desde que a Comunidade Igreja de Deus reconhece que o povo de Deus pode ou não estar associada a vários órgãos sociais, no entanto, fazer parte da Igreja de Deus, congratula-se com qualquer membro que gostaria de encontrar comunhão com os outros membros do corpo de Cristo, que está em acordo com as doutrinas, práticas e metas da Comunidade Igreja de Deus.‖ (Leia a declaração na Página principal da Igreja de Deus Comunidade: http://www.cgfnw.org/index.php ) O ministério é um dos poucos que abriu os olhos para o óbvio ignorado, o povo de Adonay não é uma organização, como muitos proclamam, mas os verdadeiros adoradores. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 318 Volume I – O Israelis mo Britânico Harold Smith desenvolve uma intensa atividade literária que se traduz na produção de importante material didático para o grupo. Uma característica é sua série: ―Explorando a Bíblia‖, que é enviada gratuitamente aos leitores que a desejem. A série analisa os livros de Romanos e Coríntios como na capa ao lado, as epístolas gerais, Daniel e Revelação, Yeoshua (Josué) e Shofetim (Juízes), Yeshayahú (Isaías) e Bereishit (Gênesis) e Yirmiahú (Jeremias). Mas ele também escreve sobre Perspectiva dos Escritos de Paulo, Festa dos Tabernáculos, Morte de Yeshua, Julgamento Eterno e uma série de outros temas relativos a perspectiva israelita britânica. Outra posição interessante é sobre a identidade de Israel, que consideram não ser essencial para a salvação, posto que esta decorra da graça de Elohim e não do entendimento humano. Afirmam, porém que ela é importante para a restauração, ainda que se deva considerar que erram junto com Armstrong em supor que Israel está localizado especialmente nos países de língua inglesa, uma miopia que só a igreja australiana parece ter corrigido. A identidade israelita do povo britânico e de suas ex-colônias é importante sim e em nada deve ser diminuída, mas é apenas uma parte do grande Israel sumido entre as nações como já antes foi visto. Já é mais de que tempo dos israelitas britânicos se aperceberem que existem israelitas chineses, israelitas japoness, israelitas brasileiros e enfim, israelitas de todas as cores e de todas as matizes tanto sociais como religiosas. Afinal, o Eterno disse que espalharia a semente de Israel entre todas as nações, o que é claro não reconhece limites e se estende dos países negros às nações amarelas, dos escandinavos aos kazares, dos indígenas aos semitas. Israel está onde a bessorat chegou, e essa é o verdadeiro antídoto contra o antissemitismo e também contra o anti-gentilismo. ―A promessa incondicional de Deus a Abraão, confirmada por Jesus Cristo, incluíam tanto a graça como a raça: a salvação espiritual e vida eterna pela graça através de Jesus Cristo, e grandeza nacional e prosperidade para os descendentes de Abraão. Seus descendentes, os descendentes de Jacó (Israel), têm crescido em grandes nações nestes últimos dias. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 319 Volume I – O Israelis mo Britânico Deus prometeu a Davi que seu trono seria sempre existente, e Cristo deve ocupar este trono quando Ele voltar. Desde que ele deve existir de forma contínua na terra, só existe um trono que corresponda a promessa de Deus entre todas as nações modernas e reside na Grã-Bretanha. As doze famílias do antigo Israel são hoje dispersas no noroeste da Europa, o estado de Israel e as nações de língua Inglesa da América e da Comunidade Britânica. José e Judá foram historicamente as tribos dominantes. Embora o conhecimento da identidade de Israel não é essencial para a salvação, no entanto, fornece uma compreensão mais clara da profecia bíblica. Ela não implica superioridade racial, mas, pelo contrário, impõe maior responsabilidade.‖ (Leia a declaração de Fé da Igreja de Deus Comunidade no ponto: IDENTITY OF ISRAEL http://www.cgfnw.org/Misc/StmntOfBeliefs.htm#27 ) ) A instituição estadunidense reúne 15 congregações. Sua membresia é estimada em 455 fiéis e seu orçamento em 529.842 dólares (964,3 mil dólares) Esperemos que eles acrescentem outros progressos aos que já foram alcançados. O grupo presente só nos EUA pode vir a cativar mais congregações que sintam necessidade de se unir para melhor celebrar a festa dos tabernáculos como ponto alto da comunhão. Pagina Oficial http://www.cgfnw.org/ 018 - Igreja de Deus Ministérios Novo Mundo Sediada em Sevierville, no Tenessee, a Igreja de Deus Ministérios Novo Mundo (Church of God, New World Ministries), foi fundada por John Shelton recentemente, em 2006, sendo uma das mais novas da família a reunir congregações dispersas. Ecléticos, eles reuniram pessoas que admiravam tanto o gênio de Armstrong como o de seu filho Ted como se pode notar na sua declaração: Quem somos! ―Fundado em 2006, as nossas raízes baseiam-se na antiga Igreja Mundial de Deus. Muitos dos nossos membros foram reunidos em primeira instância às verdades de Deus apresentadas por Herbert Armstrong e seu filho, Garner Ted Armstrong. Duas pessoas que fizeram a "redescoberta" de algumas das verdades fundamentais de Deus, que estavam em vigor no tempo dos Apóstolos, e falaram para fora, para aqueles que são chamados a reunir-se e fazer o trabalho no mundo de hoje, tal como descrito pela Bíblia.‖ (Consulte a declaração da Igreja de Deus, New World Ministries, Our History. http://www.cognwm.org/ourhistory.php ) Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 320 Volume I – O Israelis mo Britânico A particularidade do grupo, portanto é o respeito a ambas as autoridades do israelismo britânico, o que lhes permite navegar entre dois mares de pessoas, tanto os que admiravam o velho caudilho como aqueles cujas preferências se desviaram para seu filho. A vantagem é que assim podem separar dos dois sistemas propostos o que lhes parece mais acertado, descartando-se do que não lhes é conveniente. Ressalte-se que isso lhes permite um debate equilibrado de cada uma das propostas, afinal embos defenderam coisas boas, e ambos erraram. Eleger Garner Ted em detrimento de Herbert Armstrong limita a compreensão, e o recíproco também é verdadeiro, e isso como se vê eles não fazem e nem querem fazer. Ecléticos, creem nos dois e se permitem revisar os dois. O grupo mantém praticamente intactas as doutrinas pregadas por Armstrong, e reúne 10 congregações nos Estados Unidos e 1 no Canadá. Com uma membresia estimada em 303 fiéis e um orçamento também estimado de 353 mil dólares (642,4 mil reais) a Igreja de Deus Ministérios Novo Mundo representa 0,44% dos membros herdeiros do israelismo britânico. Página oficial: http://www.cognwm.org/ Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 321 Volume I – O Israelis mo Britânico XIV As 29 Alianças de Congregações Interdependentes Saídas da IDU Ao deixarem a IDU que se diluía em sua mensagem como uma lesma flutuando sob o sal muitas congregações, apesar de não abrir mão de sua liberdade, entenderam que algum tipo de associação seria importante para o seu crescimento ou mesmo para sua sustentação, já que era uma tradição a realização da festa do sukot em locais de fácil acesso, conforto e projeção, o que custa caro e seria inviável sem uma aliança. Estes grupos que optaram pela interdependência como alternativa para a independência reúnem 123 congregações ligadas a 29 alianças diferentes que manejam um orçamento provável de 4,3 milhões de dólares e pastoreiam um rebanho estimado em 3.729 membros ou seja, 3,97% de todo o pessoaal das IDU´s. As vantagens é que algumas congregações associadas, cujo orçamento era limitado, podiam assalariar um único líder capaz de pastoraá-las. Outra facilidade é que em conjunto lhes seria mais fácil manter algum tipo de estrutura de divulgação como periódicos, programas radiais e mesmo televisivos. Logo as alianças ministeriais surgiam como alternativa à completa independência por um lado e à plena associação pelo outro. Nesse sentido as dezenas de congregações separadas da Igreja de Deus Universal e dispostas a manterem sua emancipação organizativa e financeira, dispondo porém de fortes semelhanças doutrinárias e na visão de seu trabalho fornecem as pequenas congregações em teshuvá um exemplo notável. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 322 Volume I – O Israelis mo Britânico A experiência de centenas de congregações semiindependentes na América prova que é possível ser independente e ao mesmo tempo estar associado. No total surgiram 29 dessas pequenas alianças não incluídas aqui as que partiu para Judaísmo Messiânico, para o Movimento Raízes Hebraicas e para o Movimento do Nome Sagrado que por razões lógicas serão incluídos noutro capítulo. Como já vimos a necessidade de sobrevivência em relativa liberdade conduziu diversas congregações a algum tipo de aliança que lhes permitisse ter espaço para congregar e reeditar em pequena escala aquilo que era a própria marca de Herbert Armstrong, um poderoso ramo editorial. Algumas congregações entenderam que se a Plain Truth já não era mais deles, e nem divulgava lá tão grandes verdades isso não significava o fim. Um exemplo disso é o que faz a Igreja de Deus do Pequeno Rebanho que associada a mais uma congregação edita a revista The Philadelfia Remanent, uma publicação bimestral de 44 páginas que publica artigos diversos inclusive reeditando artigos de Armstrong. Com dimensões semelhantes surgiu a Igreja de Deus em Wales, uma associação de duas congregações fundada por Jonathan Bowles que reúne uma igreja nos Estados Unidos e outra na Inglaterra. Como ela outros grupos se associaram em unidades locais, nacionais ou mesmo internacionais. Já a Congregação de Deus do Sétimo Dia da Geórgia, apoiada por outras cinco congregações patrocina um programa radial que vai ao ar em dez estações de rádio de costa a costa dos Estados Unidos bem como um bem elaborado programa de televisão apresentado por seu evangelista John Pinkston`s. Subvenciona também a publicação de livros e brochuras que chamam o público cristão a abraçar as festas da Torah. Alianças ministeriais são portanto a alternativa entre a associação plena que retira a liberdade congregacional e a independência plena que muitas vezes limita a expansão do reino. Essa foi também a conclusão da Igreja Remanescente do Ultimo Período dirigida pelo pastor Henry Nix em Lakeland na Florida que optou por se associar a outra duas congregações. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 323 Volume I – O Israelis mo Britânico Uma associação destas, ainda que modesta lhes permitiu publicar dois livros em parceria, The Latter Rain Vol I com 416 páginas e The Latter Rain com 384 páginas, ambos de autoria de de Henry Nix. Este trabalho dá uma ideia de como pode ser relevante deixar de lado conveniências pessoais na busca de um propósito mais elevado que é o da divulgação da mensagem. Estas congregações apesar de adotarem uma emancipação congregacional no estilo batista optaram pela interdependência. Ao se desprenderem de um vínculo maior, estes grupos também abriram a porta para que a investigação das Escrituras seja feita liberta das amarras das grandes associações de igrejas. Um exemplo notável disso é a posição equilibrada que a Igreja do Deus Eterno, (uma associação de cinco congregações dos Estados Unidos, Inglaterra e Canadá) assumiu sobre a Festa do Purim. Lembram que a festa não é um mandamento dado por Elohim através de Moshe, e que não obstante a isso sua observância não é contrária a Torah. Yeshua como judeu teria observado a mesma. Sobre graça e obras dizem: ―Acreditamos que os verdadeiros cristãos são salvos pela graça de Elohim, não segundo as suas obras (Efésios 2:8-9), mas que a recompensa está dependente das boas obras que executam (Mateus 16:27, Apocalipse 22:12).‖ Declaração de Crenças da IDE. Outra importante aliança é a Israel de Deus, um grupo que associa sete congregações bem estruturadas e que se espalham da Georgia ao Tennessee com um mínimo de 210 membros no total e que é sediado em Chicago no Ilinois. Liderada por Henry Buie, essa associação entre sete comunidades lhes permite uma importante obra de publicações quando considerado o seu diminuto tamanho. Uma destas obras de destaque é: The Dietary Law (A Lei Dietética), que visa despertar o povo para conhecer a dieta do Israel de Elohim. Na mesma linha, o The Israel of God Clean Cookbook prove um número de receitas adequadas à Torah. Ou seja, eles não apenas ensinam a comer corretamente, mas como preparar esse alimento de forma adequada e agradável. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 324 Volume I – O Israelis mo Britânico Pequenas Alianças Ministeriais Derivadas da Igreja de Deus Universal 019 020 021 022 023 024 025 026 Orçamento 1 000 USD Congregação / 317 9 / 272 282 8 / 242 247 7/212 212 6 / 181 Modesto, California http://www.cog-eim.org 212 6 / 181 Riusselville Arkansas http://www.pointsoftruth.com/ 212 6 / 181 Sorrento, Ilinois http://www.gcww.org/ 212 6 / 181 Little Rock, Arkansas 212 6 / 181 Grupo & Fundador, Sede e Link Principal Igreja de Deus do Sul do Missouri Igreja de Deus Israel Britânico, Peter Salemi (28) Pomona MO http://icgwp.tripod.com/ Brooklin, Ontario, Canadá http://www.british-israel.ca/ O Israel de Deus, Henry Buie Congregação de Deus do Sétimo Dia, Day John A. Pinkston Igreja de Deus Estabelecida em Modesto, Steven Le Blanc Crusada Igreja de Deus Comunidade, Larry R. Lasiter, Igreja de Deus Mundial, David Moore Igreja de Deus Sabática, Conselho de Elderes. Chicago, Illinois http://www.AisraelofDeus.com/ Georgia http://www.watchamerica.com/index. htm Membros 027 Igreja de Deus na Fé Pequeno Rebanho, Alton Billingsley Modesto, CA. http://www.cog-ff.com 212 6 / 181 028 Igreja do Deus Eterno, Conselho de Elderes. Serviços Educacionais Cristãos, G. Robertson e D. Hill B.Min, San Diego California http://www.eternalgod.org 176 5/151 Rochedale, QLD Austrália http://www.cesa.org.au/ 176 5/151 Ministério Igreja de Deus, David Campbell Springfield, Missouri http://www.cogministry.org/Hom e.html 176 5/151 Bíblical Fund, J. Graham Davies Alta Dena Califórnia http://www.Bíblicafund.org/index.ht ml 141 4/121 Toledo http://www.afg-cog.org/ 141 4/121 Wirral, Chester, UK (Inglaterra) 106 3/91 Lakeland, FL http://www.endtimeassembly.org/def ault.asp 106 3/91 106 3/91 029 030 031 032 033 034 035 036 037 Comunidade de Akron Ron Masek Igreja de Deus do Noroeste Assembleia de Deus dos Tempos do Fim, Henry Nix Igreja de Deus Voz no Deserto, , Bill Goff Tuckerton, NJ Nairobi, Kenya http://voiceinthewildernesschurchof god.org/index.html Independente Igreja de Deus do Sétimo Dia , Wayne Holmes & Tim Hall Yellville, Arkansas http://www.icog7.org/ 71 2/61 Igreja Filadelfia de Stoneforth Pastor Bob Farr Stonefort, IL http://www.Aphiladelphiachurchstonefort.org/home.html 71 2/61 Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 325 Volume I – O Israelis mo Britânico Pequenas Alianças Ministeriais Derivadas da Igreja de Deus Universal Grupo & Fundador, Sede e Link Principal 038 Comunidade Congregacional de Deus, Don Wales 039 Igreja de Deus da Grande Comissão, Oregon, Terry Bruns (2) Hartford, WI http://www.thinkDeus.org/ White Oak Trail http://www.truecog.org/index.html 040 Igreja de Deus Remasnescente, Rolland D. Wile 041 042 043 044 045 046 047 Igreja de Deus, Igreja de Deus do Cincinnati e Igreja de Deus de Lexington, Jim O'Brien A Igreja de Deus em Wales, Jonathan Bowles - Igreja de Deus Pequeno Rebanho - Don Billingsley Igreja de Deus dos Grandes Lagos, John Blanchard (8) Igrejas de Deus, James E. Throgmorton (9) Steneboro, PA http://www.Aremnantchurch.org/ Ontario, Canadá http://www.cogsd.org/ West Chester, OH http://www.Ajournal.org/refdesk/ cogaddr/c2.html Rehoboth Beach, DE. USA http://www.cogiw.org/home.html Modesto, Califórnia http://cog-ff.com/index.html Alberden NK http://www.Agoodlaodicean.com/ Pokahontas, Arkansas http://www.AchurchesofDeus.co m/ Igreja de Deus, na Verdade Kimberling City, Missouri Truth, http://www.postponements.com/ James Russell (10) Total das Congregações 123 – Total de Membros 3.729 Total das Receitas em 1.000 dólares (USD 4.344.000) Orçamento 1 000 USD Congregação 71 2/61 71 2/61 71 2/61 71 2/61 71 2/61 71 2/61 71 2/61 71 2/61 71 2/61 220 2/61 4.344 123/ 3.729 / Membros Uma aliança maior é a Igreja de Deus Britânico Israelita dirigida pelo pastor canadense Peter Salemi, de Ontário e que reúne 8 congregações e no mínimo 240 membros nos Estados Unidos, Canadá e Inglaterra. Este é um caso, em que a julgar pelas fotos do grupo, a estimativa de 30 membros por congregação é substimada em grande medida. Não tão bem estruturada é a Igreja de Deus do Sudeste do Missouri, de Pamona, que não obstante está presente não só nos Estados Unidos, mas também na Inglaterra e em Uganda sendo uma voz para o Israel negro do interior da África. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 326 Volume I – O Israelis mo Britânico XV As 129 Congregações Independentes Derivadas da Igreja de Deus Universal Apesar da ―Grande Dispersão‖ a maioria dos membros da Igreja de Deus Universal não foi arrastada pela maré da apostasia agitada pelos ventos doutrinários que passaram a soprar violentamente de Pasadena. Cerca de 70% deles ficaram estupefatos ao descobrir que a Universidade, os programas radiais e televisivos, o serviço editorial, os templos e tudo o mais que havia sido adquirido com seus generosos dízimos e ofertas dados para promover a doutrina de Armstrong, já não serviam mais à causa que amaram intensamente. Entre estas estão as 129 congregações independentes que manejam um orçamento estimado de 4,3 milhões de dólares, reúnem 3.759 membros e associam 4% do rebanho das IDU´s. Estes grupos se proclamaram independentes por que a organização que antes apoiavam com todas as suas forças e seus ganhos comunicava agora a voz escancarada que um verdadeiro cristão não precisava diferençar entre um leitão e um bezerro, um urubu e uma galinha ou um caranguejo e uma sardinha. Da mesma forma apregoava que não faria mais separação alguma entre o sábado e o domingo, entre o natal e o pessach. O Elohim da igreja já não seria o da família divina de Armstrong que colocava o grupo entre as seitas heréticas, mas a divindade trina da maioria. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 327 Volume I – O Israelis mo Britânico Diante disso a maior parte dos membros se desligou de Pasadena, enquanto os apóstatas tomavam medidas legais para que as ―heresias‖ do velho caudilho fossem sufocadas e suas obras cujos direitos autorais detinham não fossem mais publicadas por ninguém. Coube a ousadia de enfrentar isso a quem mais tinha, a Igreja de Deus Filadélfia, que continuou publicando as obras até ser processada pela Igreja de Deus Universal que alegava direitos de autor sobre obras que havia banido. Foram seis anos de intensa batalha legal. O argumento da IDU é que tais obras eram como a fórmula de um veneno perigoso, como o desenho de uma arma terrorista, que uma vez que existia devia ser fechado a sete chaves. Os advogados da IDF alegaram que isso ultrapassava todos os limites do bom censo, que Armstrong não desenhava armas, escrevia ideias, e que num país livre deveriam ser os leitores a julgar se aquilo era ou não adequado. Que as alegações da IDU feriam o direito da livre circulação de iséias e opiniões. Finalmente a IDU concordou em vender os direitos autorais de obras que jurava nunca mais querer publicar. Três milhões de dólares foram pagos por 19 títulos de todas as obras completas de Herbert Armstrong. Estes títulos normalmente são distribuídos gratuitamente ou vendidos a preços cômodos e assim, de certa forma todo o armstronguismo declarado se supre de alguma forma com material da IDF. O armstronguismo parecia ter recebido uma ferida mortal como na figura mística de Apocalipse. Parecia não poder mais se recuperar de tão grave crise. Mas as aparências eram enganosas. Enquanto parte da organização mergulhava no caos da apostasia a Igreja de Deus Universal fervilhava como uma panela. Em localidades onde a maioria acolheu os ventos apóstatas que sopravam de Pasadena parte dos membros tomou rumo ignorado. Outros se filiaram a corporações sabatistas já existentes como a Igreja de Deus do Sétimo Dia ou Igreja Adventista do Sétimo Dia. Alguns decidiram adorar em suas próprias casas antes que ser sufocado pela apostasia de sua congregação Líderes iniciaram campanhas pela volta às raízes do israelismo britânico e propuseram uma unidade que não veio. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 328 Volume I – O Israelis mo Britânico Dificuldades Estatísticas Não foi tarefa fácil localizar tantos grupos diferentes, e é provável que dezenas de congregações tenham ficado de fora na presente edição. Quem quer que tenha dados mais apurados pode entrar em contato conosco com vistas a correção das presentes informações. Como se pode notar uma segunda dificuldade é dispormos de uma estatística real de cada congregação. Isso exigiria o contato direto com cada um desses grupos e a disposição dos mesmos de darem uma real condição de sua congregação. Sendo assim partimos aqui de um pressuposto básico de 30,32 membros por congregação, levando em conta o número médio de membros por congregação entre as quatro grandes herdeiras, a IDU, a IDV, a IDCU e a IDF. Este número pode ser subestimado para algumas e superestimado para outras. Esperamos corrigir essas imprecisões numa edição futura se dados mais concretos nos chegarem às mãos e desde já agradecemos quem possa contribuir para essa exatidão. No total umas 200 congregações optaram pela completa independência. Aqui incluímos 124 delas, lembrando que pelo menos outras 20 intensificaram o processo de teshuvá adotando uma linguagem kasher com o abandono de termos pagãos ou gentílicos como God e Jesus para se referir ao pai e ao filho. Estas congregações são por isso listadas junto ao Movimento do Nome Sagrado, embora tenham iniciado o processo de restauração como filhas da IDU. Este é o caso da Assembleia de Yah de Maselies no Ilinois, da Assembleia de Yahweh do Sétimo Dia e da de Romey no Texas e das Assembleias do Elohim Vivo de Andra Pradesh na Índia. Outras dezenas de congregações optaram pelo judaísmo messiânico como a Congregação Ariel de Orange City na Flórida. Dezenas de grupos cujos endereços podem ser achados na internet não possuem página eletrônica, pelo que é completamente impossível estabelecer sua fé, e sua filiação ou estimar o número aproximado de seus membros. Creio, portanto que para efeitos estatísticos presumir 30,32 membros por congregação é razoável. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 329 Volume I – O Israelis mo Britânico Aqui focaremos a atenção nos grupos independentes principalmente dos Estados Unidos, Inglaterra e Canadá, embora eles possam ser encontrados na Austrália, Filipinas, México ou América Central e Caribe. Apesar de pequenos, isso não significa que não façam uma obra proeminente em favor da restauração. Passemos à lista dos grupos Independentes derivados da Igreja de Deus Universal. Como seria exaustivo falar de cada um desses grupos optei por resumir os dados ao nome, fundador, sede e link principal sempre que estes dados foram encontrados. Sabemos que a variação doutrinária é mínima entre os grupos. Por isso não seria necessário falar de cada uma em particular. Espero apesar disso contribuir para que se tenha um panorama mais alargado do que significou Herbert Armstrong após a Dispersão. O exclusivismo perdeu fôlego entre estes grupos dispersos, o que é uma benção, e muitos abraçaram a idéia de que o povo de Elohim são os verdadeiros adoradores, não importa onde estejam e não uma organização como falsamente ensinam a maioria das ―igrejas de Deus‖ organizadas. Vários optaram por dar suporte a um organismo ministerial que divulga no todo ou em parte as suas doutrinas como o Born to Win. Estas congregações completamente Independentees, algumas das quais prestam suporte a ministérios que proclamam as doutrinas históricas da IDU com algumas revisões não são as únicas que optaram por uma independência. Estes, desencantados com os rumos tomados após a sua morte, se distanciaram definitivamente da administração centralizada e autocrática proposta pelo Pastor Geral que se julgava um profeta em vez de um servo, mas apesar disso, mantêm seu apego às festas da Torah, principalmente a dos tabernáculos. Embora a maioria dessas congregações continue a ignorar que o crente está salvo para sempre e jamais perecerá, isso começa a mudar. Da mesma forma um número crescente vem optando por uma terminologia kadosh que elimine palavras gentílicas ou pagãs. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 330 Volume I – O Israelis mo Britânico Congregações Independentes Derivadas da Igreja de Deus Universal Grupo & Fundador, 048 049 050 051 052 053 054 055 056 057 058 059 060 061 062 063 064 065 066 067 068 Igreja de Deus Sabatista, Lyonel Bradley, Associação Para o Desenvolvimento Cristão, Ken Westby Igreja de Deus Bethel, Bryce Clark Igreja de Deus (Cristãos) Ballevile, Ontário, Canadá Igreja de Deus – Downers Grove, Illinois Igreja de Deus Sendo Bondoso, Salem, Oregon, Michael Regan Ministérios Restauração John Allen, Igreja de Deus Stedfast, Arlen Berkey Ministério Profetico Triunfante, Omak WA William Dankenbring, Igreja de Deus Unida, Igreja de Deus Mundial das Ovelhas, Ronald W. Laughland, Igreja de Deus Mundial, Robert J. Elliot Igreja de Deus Independente, Don Berkey Igreja de Deus Máximo Estudo na Palavra de Deus, Wayne Bedwell A Igreja de Deus, Jamie McNab Igreja de Deus Bíblia Ativa, Ray Curtis Igreja de Deus de Noroeste de Ohio Igreja de Deus de Chickamauga, Georgia Daniel E. Cohran Venha a Água, Julian and Linda Hickok, Igreja de Deus do Centro do Missouri, Hank Weinmeister Ministérios Cristãos Pontos da Verdade, Pastor Larry R. Lasiter Sede e Link Principal Orçamento 1 000 USD Membros Missouri http://www.cogsab.org/ 35,3 31 Des Mones http://www.Deusward.org/ 35,3 31 Eugene, Oregon http://www.beAlcog.org/church/ 35,3 31 http://www.cog-Cristãos.org/ 35,3 31 35,3 31 35,3 31 http://www.destiny-worldwide.net/rcg/ 35,3 31 Stedfast, OR http://www.stedfastcog.org/ 35,3 31 Omak WA http://www.triumphpro.com/ 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 http://www.t-cog.net/html/espanol.html Chicago (Hyde Park), Illinois http://www.abcog.org/ Cincinati, Ohio http://www.cogneo.org/ Chickamauga, Geórgia http://www.holdfast2allthings.org/index. html Pueblo, Colorado. http://www.cometoAwater.net/ North St. Eldon, MO http://mmcg.org/category/general/ 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 Russellville, AR http://www.pointsoftruth.com/ 35,3 31 Downers Grove, Illinois http://www.wherecog.org/cogdg/ Salem, Oregon http://www.belovedofDeus.org/index.ht ml Bloomington http://www.wherecog.org/ucogb/ Goodlettsville, TN http://wwcg.org/index.html Sorrento, Fl http://www.gcww.org/introductory_pack et.htm Greensburg http://users.zoominternet.net/~snowma n/COGreensburg.htm Tucson AZ http://www.studiesinAword.org/ Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 331 Volume I – O Israelis mo Britânico Congregações Independentes Derivadas da Igreja de Deus Universal Grupo & Fundador, 069 070 071 072 073 074 075 076 077 078 079 080 081 082 083 084 085 086 087 088 Verdadeira Igreja de Deus A Nova Jerusalém – Filadelfia Igreja de Deus e de Jesus Cristo Igreja de Deus Betel, Prs. Bryce G. Clark & David L. Carter Comunidade Heartland, Len Neubert Igreja de Deus Independente – Comunidade Grupo Sabático Bill Bratt Comunidade de Deus de Orange County, Herb Solinsky Igreja de Deus de Kansas City Lenny Cacchio Igreja de Deus Século Vinte e Um, Raymond F. McNair EliYah, A Eterna Igreja de Deus Igreja de Deus Duradoura, Charles E. Bryce's Congregação da Igreja de Deus, Darryl Henson Igreja de Deus de Belleville Al Buchanan Igreja de Deus, Beth-EL, Bill Allen Igreja de Deus Ministério – Em Cristo, Carl Falzone Igreja de Deus do Novo Mexico, John Shavers Igreja de Deus Associação Evangelistica, David J. Smith A Igreja de Deus de Downers Grove A Igreja de Deus de Dallas-Ft Worth, Pastora Dianne D. McDonnell 41 - Igreja de Deus na Paz de Verdade, Don Eugene Haney Sede e Link Principal Webb City, Mo http://www.mtcogsm.com/index.php.ht m Cubao, Quezon City, Filipinas http://www.newjerusalem.name/ Eugene, Oregon http://www.beAlcog.org/church/ IhrejaMiddletown, Ohio http://www.heartlandComunidade.org/ Portsmouth, Ohio http://www.zoomnet.net/~bbratt/icog.ht ml Orange County http://www.ocComunidade.org/index.ht ml Kansas City http://www.kccog.org/index.html Temecula, CA http://www.cog21.org/ Ava, MO http://www.eliyah.com/ Billings, MT http://www.eternalcog.org/index.html Chandler, TX http://www.enduring.org/church.html Anatoth, Arizona http://www.accog.net/ Glen Carbon, IL http://bellevillecog.org/ Madison Tn http://www.neighborhoodlink.com/org/c ogbeth-el/clubhome.html Fort Worth, TX http://www.cgministryinchrist.org/introbackground.html Albuquerque, NM http://www.cognm.org/cognm/index.htm Waxahachie, TX http://www.newswatchmagazine.org/se rvices/index.htm Downers Grove, IL, USA http://www.cogdg.org/ Arlington, Texas http://www.churchofDeusdfw.com/in dex.shtml Gold Hill, OR http://www.ogaddr/c3.html Orçamento 1 000 USD Membros 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 332 Volume I – O Israelis mo Britânico Congregações Independentes Derivadas da Igreja de Deus Universal Grupo & Fundador, 089 090 091 092 093 094 Igreja de Deus Maranatha, Ken Parker Igreja de Deus dos Fiéis, Robert Ardis Igreja de Deus Novo Pacto Do Sétimo Dia Igreja de Deus Som da Trombeta, Guardadores Cristãos dos Mandamentos, Mark Kaplan 095 Iglesia de Dios Universal 096 Igreja de Deus de Woodstock 097 098 099 100 101 102 103 104 105 Orçamento 1 000 USD Membros 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 Valdosta, GA http://www.unitysabbathdaycog.org/ 35,3 31 Sevierville, TN, http://www.cogwwm.org/ 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 Sede e Link Principal Ontario Canadá http://www.maranathachurchofDeus. com/ Harleyville, South Carolina http://www.setapartbytruth.org/ Winterset, IA http://www.nccog.com/ Knoxville, TN http://www.7thdaychurchofDeus.co m/ Monte Judah,Norman, OK http://www.soundatrumpet.com/inde x.htm Celebration, FL http://www.cck153.org/index.htm México, Mexico http://iglesia.org.mx/ Woodstock, Illinois http://www.truthonAweb.org/ Mobile, AL http://www.ucog.org/ Cristãos Unidos Alcançando a Alemanha, John Burquist Igreja de Deus Unida do Sétimo Dia, Billy Latham & Larry Eason A Igreja de Deus Ministério Universal, Bill Hillebrenner & Benny McGarity Unida Igreja de Deus, Bloomington, Merv Borkholder, Assembléia Cristã do Sétimo Dia, Ken Swiger Fundação Cristã Alfa e Omega, Grigore Sbarcea Heartland, Ilinois http://www.wherecog.org/ucogb/IND EX.htm Knoxville, Tenessee http://www.sdca.org/index.htm Berowra Heights, Austrália http://www.ACristãherald.info/ Introspecção Bíblica, Colin Heath Queensland, Austrália http://www.Bíblicainsight.com/ Ministerios Corações Sedentos, Elder Coleman Igreja de Deus Norte Ocidental 106 Igreja de Deus do Mid-Missouri 107 - A Igreja de Deus Sétimo Dia Jackson, TN http://hungryhearts.tripod.com/index .html Birkenhead, Inglaterra http://www.nwchurch-ofDeus.org.uk/index.html Eldon, Minessota http://mmcg.org/ Hope, Arkansas http://come.to/AChurchInHope Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 333 Volume I – O Israelis mo Britânico Congregações Independentes Derivadas da Igreja de Deus Universal Grupo & Fundador, 108 109 110 111 112 113 114 115 116 A Igreja de Deus San Antonio, Julian Cruz Ministérios Unidade Cristã, Ray Wooten e Alan Boyer Ministérios Comunidade Cristã, F. Paul Haney Associação de Cristãos Dedicados a Palavra de Deus, Ken Westby A Igreja de Deus (La Iglesia de Dios), Don Roth Igreja de Deus Restaurada, Mr. Mardy Cobb Origens da Fé, Rick Richardson Igreja de Deus em Williamston, Orest Solyma Comunidade de Deus Congregacional -, Don Walles Sede e Link Principal San Antonio, Texas http://www.churchofDeussa.com/index. php Roanoke, Indiana http://www.UnidaCristãministries.or g/ Kensington, Kentake http://www.cfministries.org/ Des Moines, WA http://Deusward.org/ Hustisford, WI http://www.t-cog.org/ Simi Valley, CA http://www.cogRestaurada.org/index.ht m Auburn, WA, http://www.originsofourFé.com/inde x.html Victoria, Austrália http://home.Alfalink.com.au/~sanhub/in dex_.htm Hartford, WI http://www.CongregacionalComunidad e.org/ 117 Igreja de Deus Independente - Grupo da Comunidade Sabática, Bill Bratt Portsmouth, Ohio http://www.zoomnet.net/~bbratt/icog.html 118 Igreja de Deus de Terre Haute, Jim and Sarah Osborn Terre Haute, Indiana http://terrehautecog.org/ Sharing Village, Filipinas http://www.sharingvillageone.org/ Central, PA http://www.cogcentralpa.org/ Grand Junction, Colorado http://ccofDeus.org/delsbooklets.html Boone, Iowa http://www.DeusAfaAr.us/ Tampa, Florida www.cotsg.org Edmonton, Oklahoma http://www.fcogl.org/ Houston, Texas http://www.houston-church-ofDeus.org/ 119 120 121 Igreja de Deus Sharing Village Igreja de Deus Central PA, Pam Dewey Igreja Cristã de Deus de Grand Junction, Del Leger 122 Igreja de Deus em Boone, Iowa 123 Igreja do Soberano Deus, 124 125 126 Igreja de Deu na Fé em Laodicéia, Igreja de Deus de Houston 79 - A Igreja de Deus Independente de Atlanta, Chuck Knight Doraville, Geórgia http://icgatlanta.org/ Orçamento 1 000 USD Membros 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 334 Volume I – O Israelis mo Britânico Congregações Independentes Derivadas da Igreja de Deus Universal Grupo & Fundador, 127 128 129 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 140 141 142 143 144 145 Igreja de Deus Independente, James e Jeanette Hicks Igreja de Deus Reorganizada, Craig Mortin, Congregação de Deus, B.L. Cocherell Igreja de Deus Maranatha, Ken Parker Procurando as Escrituras, Frank Brown Igreja de Deus do Centro de Arkansas Comunidade Igreja de Deus do Sétimo Dia, Fred Porter greja de Deus do Sábado, Warren Zehrung Casa do Deus Yahweh, Larry Clayton Hamner Comunidade Bíblica do Sabado, Jack M. Lane Igreja de Deus Santa Rosa, Scott e Doug Royer Igreja de Deus de Colorado Springs Igreja de Deus de Front Range, Brian & Kristin Bettes Igreja Cristã de Deus em Lantana, Neville Congregação de Deus, Apostolica do Sétimo Dia, Richard 95 – Igreja Cristã de Rock Valley, David Liesenfelt e Scott Scharpen, 96 - Igreja de Deus do Noroeste, Carl R. Dillenback & Dr. Donald CarruArs 97 - Igreja de Deus de – Belleville, Mr. Al Buchanan 98 - A Igreja de Fiiladelphia Sede e Link Principal Lexington, Kentucky, http://www.zoomnet.net/~bbratt/icoglex.htm Provo, Utah, http://www.truesabbath.org/index.ht ml Santa Clara, California http://www.Bíblica-prophecy.net/ Ontário, Canadá http://www.maranathachurchofDeus. com/index.html Clarksville, Arkansas http://www.search-A-scriptures.org/ Central, Arkansas http://cogcentark.homestead.com/in dex.html Hot Springs, Arkansas http://www.sdcog.org/ Little Rock, AR http://www.childrenofDeus.net/ Oakland, California, http://www.yahogo.org/index.html Sacramento, Caifornia http://livingAway.org/ Santa Rosa, California http://www.cogsr.org/index.html Colorado Springs, Colorado http://churchlight.net/home.html Northglenn, Colorado http://frcog.net/ Lantana, Florida http://stormloader.com/members/afs scorp/flaccog.html Leesburg, Florida http://www.a7dcog.org/ Lake Elsinore, Califórnia http://www.rockvalleyCristãchurch.o rg/index.php Hartford, Connecticut http://www.norAastchurchofDeus.co m/index.html Baleville. Illinois http://bellevillecog.org/ Port Austin, Michigan http://www.philadelphiachurchportaustin.com/index.html Orçamento 1 000 USD Membros 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 335 Volume I – O Israelis mo Britânico Congregações Independentes Derivadas da Igreja de Deus Universal 146 147 148 149 150 151 152 153 154 155 156 157 158 159 160 161 162 163 Grupo & Fundador, Sede e Link Principal Ministérios da Igreja de Deus em Kansas City Kansas City, Missouri http://kansascitychurchofDeus.org/ Marble Hill http://Awayitoughttobe.org/index.ht ml Wentzville, Missouri http://www.passion-for-truth.com/ Albuquerque, New México http://www.wrcog.net/ Charleston, West Virginia http://www.zoomnet.net/~bbratt/cog _swv.html Clinton, North Caroline http://www.getBíblicatruth.org/ Lincoln, England http://www.spiritandtruthrevival.org/i ndex.html Croydon, England http://www.holysabbath.org.uk/index .php Ilford, Essex, http://www.treeoflifeComunidade.org .uk/index.php?option=com_frontpag e&Itemid=1 Sturgeon, MO 65284, http://seventhdayCristãchurch.org/in dex.htm Port Austin, Texas, http://www.servantsnews.com Tulsa, Oklahoma http://www.ribbonofblueministries.c om/ Kingston, NY http://www.angelfire.com/ny/Church ofDeusCC/ Lafayette, LA. http://www.masters-table.org/ Lexington, TN 38351 http://www.cogmessengers.org/inde x.htm NorAast Ohio http://www.cogneo.org/ Igreja de Deus do Sétimo Dia de Marble Hill, Pete Hornbuckle Ministérios Paixão Pela Verdade, Jim Staley Igreja de Deus Região Oriental, Phill Dunagan A Igreja de Deus – Virginia Ocidental, Frank Rogers & John Havir Igreja de Deus do Dia de Sábado Ministério Reavivado Espírito e Verdade, David Walters Santo Sábado de Cristo – A Grande Comissão Comunidade Árvore da Vida, Frank Kohen, Igreja Cristã do Sétimo Dia Novos Servos, Rick Beltz Ministérios Cordão Azul, Alan & Sharon Sanderson Igreja de Deus, Clifford Catton Igreja de Deus de Lafayette, Timothy Youngblood Mensageiros Igreja de Deus, Gordon Neisler. Igreja de Deus do Noroeste do Ohio, Bill Ambrose Igreja de Deus Proclamada,Feed Back Igreja de Deus Universal, Rob Elliott Pagosa Springs, CO http://www.churchofDeusproclaimed .org/ Clarcona, FL, http://www.gcww.org/ Orçamento 1 000 USD Membros 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 110 50 110 50 110 50 110 50 110 50 110 50 110 50 110 50 110 50 Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br 336 Volume I – O Israelis mo Britânico Congregações Independentes Derivadas da Igreja de Deus Universal 164 165 166 167 168 169 170 171 Orçamento 1 000 USD Membros 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 35,3 31 Bridgetown, Barbados, http://www.angelfire.com/wv/wwwcg/ 35,3 31 Mc Cal Idaho http://www.celebrationchurchofDeus .org/fot.html 35,3 31 4.380 124/ 3.759 Grupo & Fundador, Sede e Link Principal Ministérios Guardiões, David Antion, Long Island Igreja de Deus Comunidade, Nick Viola/John Marmero, Jr. Pasadena, CA. 91115-0734 http://www.guardian-ministries.org/ Deer Park, NY. http://sonsanddaughtersoflight.com/ index.html Bucks , Unida Kingdom http://www.midnightministries.org.u k/ http://Sabbatarian.com/ Ministérios da Meia Noite de Aylesbury, Malcolm Heap Primeira Igreja de Deus Sabatista , Daniel Love Igreja de Deus do Pacífico, Rick Railston Ministérios Zion, Neville V. Stevens Igreja de Deus Universal Igreja de Deus da Celebração, Wes Higgins Yakima, WA http://pacificcog.org/index.php Malaga, Australia http://www.zionministry.com/ Total das Congregações 124 – Total de Membros 3.759 Total das Receitas em 1.000 dólares (USD 4.380.000) Como se vê, nenhum líder sabatista nos últimos dois séculos impingiu a marca de suas convicções sobre tantos pequenos grupos como Herbert Armstrong. Estima-se que existam mais de 200 congregações e grupos derivados da Igreja de Deus Universal. A presnte litsa não esgota todas as buscas. Dezenas de congregações cujo nome ou endereço foram acahadas na internet não foram incluídas dada a incapacidade de se definir se existiam ainda ou não. Tomamos o cuidado de incluir apenas aquelas que dispõem de um link na internet. No entanto, essa pesquisa foi realizada a mais de dois anos, que foi o tempo empregado para a elaboração da presente obra. É possível que alguns desses links já não estejam mais ativos. Espero que o pesente trabalho satisfaça o desejo de saber e a curiosidade sobre o israelismo britânico. Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br Volume I – O Israelis mo Britânico 337 i Tradução eletrônica. Para mais detalhes recorra ao site da CGOWRITER. http://www.cogwriter.com/cg7.htm ii Tradução eletrônica corrigida por mim. Para recorrer ao texto original em inglês acesse: http://www.cogwriter.com/cg7.htm iii Para consultar em detalhes o conflito que opôs Herbert Armstrong e a Igreja de Deus de Salem acese o site: http://www.cogwriter.com/cg7.htm iv Herbert Armstrong no pulpit da Wordwide Church of God. Blog Homage of Reason. http://3.bp.blogspot.com/_Wyhr4UIQ4ig/TNcu0yRBehI/AAAAAAAAAV4/V7OuXBJsfHo/s1600/81pg2 25.jpg v : Jacob's Ladder to heaven. Fonte: Wikipedia. http://en.wikipedia.org/wiki/File:JacobsLaddertoHeaven.jpg Edições Comunidade de Israel www.comunidadedeisrael.com.br