Acoustic performance to airborne noise in vertical partitions on

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Acoustic performance to airborne noise in vertical partitions on
Buenos Aires – 5 to 9 September 2016
st
Acoustics for the 21 Century…
PROCEEDINGS of the 22nd International Congress on Acoustics
Noise Sources and Control: FIA2016-64
Acoustic performance to airborne noise in vertical
partitions on construction light steel framing. Case
study: Residential building, Pernambuco- Brazil
Selma Bandeira Costa(a), Maria Lúcia Gondim Da Rosa Oiticica(b)
(a)
Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Brazil, [email protected]
Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Brazil, [email protected]
(b)
Abstract
Due to the rapid and unplanned growth of cities, and the lack of effective urban planning, the
company started to deal with serious environmental problems that directly affect the
population's quality of life, affecting among other things the sound quality of spaces. Nowadays,
the construction industry is envisioning the introduction of more effective systems from an
environmental point of view. In this context, a widely applied technology is the Light Steel
Framing (LSF), whose marketing propagates an efficient acoustic performance of the building.
This study aimed to evaluate the acoustic performance of the Internal and External Vertical
Seals System (SVVIE) in a single-family residential building in the city of Vitoria do Santo Antão,
state of Pernambuco- Brazil, made with constructive system LSF in order to determine data that
can contribute to application parameters in construction. The method adopted included the
achievement of on-site measurements, according to the parameters set out in ISO 16283:2013
and ISO 3382: 1997. The data obtained in the measurements was investigated with the help of
Software Solo 01 dB Bati 32 in order to check the sound insulation potential of the experiment,
relative to airborne noise, by obtaining the standardized difference weighted level two meters of
facade (D2m,nT,w) and standardized weighted difference level between environments (DnT,w)
from the graphing (spectrum frequency x insulation) instead of the ISO settings 717-1:1996.
And finally proceeded with a comparative analysis of the results achieved with the sound
insulation requirements stated in NBR 15575-4:2013.
Keywords: acoustic performance, dwellings, Light Steel Framing, NBR 15575-4:2013.
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Avaliação do desempenho acústico ao ruído aéreo de
partições verticais em construção ligth steel framing.
Estudo de caso: Edificação habitacional,
Pernambuco-Brasil
1 Introdução
Em virtude do crescimento vertiginoso das cidades e da escassez de planejamentos urbanos
efetivos, a sociedade passou a conviver com graves problemas ambientais, comprometendo,
dentre outros aspectos, a qualidade sonora dos espaços.
A poluição sonora tem uma motivação relevante sobre a capacidade de concentração,
influenciando, consequentemente, a produtividade dos usuários das edificações. “O ruído pode
causar, além do incômodo, inúmeros riscos à saúde física, e social e desvalorização do
imóvel.” [2]. Dessa forma, os materiais de fechamento das edificações devem apresentar
desempenho acústico eficiente para evitar que os ruídos externos penetrem nas edificações e
interfiram na atividade interna exercida. "O edifício habitacional deve apresentar adequado
isolamento acústico das vedações externas, no que se refere aos ruídos aéreos provenientes
do exterior da habitação e adequado isolamento acústico entre ambientes.” [7].
Nos dias atuais, a indústria da construção civil brasileira vislumbra a introdução de sistemas
mais eficazes do ponto de vista ambiental, com o intuito de aumentar a produtividade, reduzir
os desperdícios gerados e corresponder a uma demanda em ascendência, devido ao
acelerado crescimento imobiliário e aos avanços da tecnologia, como também, a redução dos
impactos sob o meio ambiente, a sociedade e a economia. Sob essa ótica, destaca-se o
sistema construtivo denominado Construção Seca, que se caracteriza pela utilização de perfis
em aço galvanizado (Steel frame) ou madeira (Wood frame), como estrutura principal, e placas
de naturezas diversas para fechamento, propondo um desempenho termo- acústico eficiente
da edificação, a aplicação de materiais ecológicos, maior eficiência energética durante e após a
obra, menor geração de resíduos, agilidade na instalação e manutenção do sistema, redução
do consumo de água, e baixa emissão de CO2 para a atmosfera, sendo, portanto, considerado
um sistema construtivo ecologicamente correto [8]. Por se configurarem como sistemas mais
leves, ou seja, com uma densidade menor em relação a alvenaria convencional, e de
montagem rápida, torna-se relevante uma análise quanto ao seu desempenho acústico, com a
finalidade de identificar se os índices de isolamento acústico são coerentes para proporcionar
conforto aos usuários dos espaços construídos com o referido sistema.
Nos últimos anos, a busca pelo conforto acústico vem crescendo cada vez mais, e as barreiras
acústicas se configuram como elementos de grande relevância nesse contexto. A avaliação
das partições verticais externas e internas embasadas nos parâmetros previstos nas normas
internacionais ISO e os índices para conforto acústico determinados nas normas nacionais,
possibilitam verificar de maneira concreta a relação entre o desempenho e o conforto obtido, e
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o conforto desejado pelos usuários [2]. A NBR 15575-4:2013 em sua seção 12, que versa a
respeito do Desempenho Acústico, apresenta-se como a principal referência normativa no
Brasil para índices de isolamento acústico.
Assim, o referido trabalho retrata a avaliação do potencial de isolamento sonoro do Sistema de
Vedações Verticais Internas e Externas(SVVIE), em uma Construção Seca, de uma edificação
residencial localizada na cidade de Vitória do Santo Antão/PE, Brasil, a partir da investigação
do comportamento acústico de oito partições selecionadas para análise, duas na fachada (PE)
e seis entre ambientes (PI), através de parâmetros determinados pelas normas acústicas
internacionais e nacionais, com o intuito de verificar o desempenho acústico do referido
sistema, no que tange ao ruído aéreo.
2 Objetivo
O objetivo geral da pesquisa é avaliar o desempenho acústico, referente ao ruído aéreo, do
SVVIE, em uma edificação residencial unifamiliar, confeccionada com sistema construtivo Ligth
Steel Framing (LSF), a fim de determinar dados que possam colaborar para parâmetros de
aplicação na construção civil.
3 Métodos
O método adotado compreende cinco etapas:
I. Caracterização do objeto de estudo; II. Ensaios em campo através de medições in loco; III.
Análise dos resultados das medições a partir da compilação dos resultados em software; IV.
Diagnóstico por intermédio da averiguação dos resultados obtidos, segundo a formulação de
gráficos; V. Análise comparativa dos resultados do desempenho acústico das partições
avaliadas com os critérios de isolamento acústico previstos na NBR 15575-4:2013.
3.1
Caracterização do objeto de estudo
O estudo de caso é referente a uma edificação habitacional unifamiliar (Figura 1), localizada na
cidade de Vitória do Santo Antão/PE, que dista 54 km da capital do estado, Recife, no Haras
Bonanza (BR 232, Km 36). Foi construída no ano de 2010. Dispõe de dois pavimentos, e uma
área construída total de 66m², sendo 45m² no pavimento térreo, e 21m² no pavimento superior,
compreendendo em sua conformação os seguintes ambientes: 1 quarto, 1 banheiro social,
salas de estar e jantar integradas, e cozinha, no térreo, além de 1 quarto e 1 banheiro no
pavimento superior. Apresenta pé direito de 2.60m no térreo, e 2.40m no 1° pavimento.
Segundo a NBR 15.575-4:2013, enquadra-se na classe de ruído I, “Habitação localizada
distante de fontes de ruído intenso de quaisquer naturezas.” [1].
3.1.1 Sistema construtivo
O sistema construtivo utilizado na edificação em estudo é o LSF, que se caracteriza como um
sistema de concepção racional, baseado em uma estrutura constituída por perfis de aço
galvanizado formados a frio (montantes e guias de diferentes larguras e espessuras), que são
utilizados para confecção de painéis estruturais e não estruturais, vigas secundárias e vigas de
piso, tesouras de telhado e demais componentes, atuando como um conjunto para resistir aos
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esforços que solicitam a estrutura e concebendo a forma da mesma. O fechamento da
estrutura é realizado por chapas delgadas para vedação, de naturezas diversas, como, placas
cimentícias, réguas cimentícias ou de PVC (policloreto de polivinila), chapas de madeiracompensado ou OSB (oriented strand board), externamente, e placas cimentícias, ou chapas
de gesso acartonado, internamente. O sistema utiliza ainda, entre os fechamentos (câmara de
ar), materiais absorvedores termo acústicos, como placas ou mantas de lã de rocha, de lã de
vidro, e de fibras cerâmicas [8].
Fonte: (Autores, 2016)
Figura 1: Edificação habitacional unifamiliar selecionada - Localização e fachadas
3.1.2 Caracterização dos materiais
A composição das paredes de vedação internas e externas é semelhante, sendo constituídas
por perfis de aço galvanizado 90mm, e fechamentos de ambos os lados com placa cimentícia
10mm, aparafusada diretamente nos perfis, com espessura total de 110mm, e acabamento em
massa e pintura, e juntas de dilatação tratadas através de material para vedação específico,
além da aplicação de absorvedor acústico do tipo lã de rocha 51mm (NRC=0,80) na cavidade
de ar entre as placas (Figuras 2 e 3).
Fonte: (Autores, 2016)
Figuras 2 e 3: Esquemas das paredes de vedação verticais externas e internas respectivamente
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Na paredes de vedação externas foi aplicada entre a estrutura e as placas de fechamento, uma
manta de impermeabilização (Figura 2). As esquadrias utilizadas seguem as seguintes
tipologias: a) janelas altas e baixas, de correr, em vidro com perfis de alumínio anodizado preto
em seu perímetro, contudo sem vedações entre as folhas de vidro; b) porta principal, de correr,
em vidro com perfis de alumínio anodizado preto em seu perímetro, porém sem vedações entre
as folhas de vidro; c) portas internas (entre ambientes) com folha e caixa em madeira. A
estrutura da cobertura é formada por tesouras de perfis de aço galvanizado, e fechamento em
telha termo acústica, com forro em gesso acartonado na espessura de 10 mm.
3.2
Ensaios em campo
Os ensaios em campo foram realizados nos dias 28 e 29 do mês de fevereiro do ano de 2016,
nos períodos da manhã e da tarde, seguindo rigorosamente os parâmetros determinados nas
normas ISO 16.283:2014 e ISO 3382:1997.
3.2.1 Descrição dos equipamentos
Para realização dos ensaios em campo foram utilizados equipamentos específicos, conforme
recomendações das normas supracitadas, e estão descritos abaixo:
1. Medidor de pressão sonora SOLO (sonometre) n°30489 classe 1, com microfone modelo
MCE 215 n°10550, devidamente calibrado;
2. Calibrador CAL 3009000 classe 1, n° 34593205;
3. Fonte sonora omnidirecional – Dodecaedro com subwoofer e amplificador, para geração dos
ruídos, branco, para medição do Nível de Pressão Sonora (NPS), e rosa, para medição do
Tempo de Reverberação (TR).
4. Software Solo 01 dB Bati 32.
3.2.2 Procedimentos de medição in loco
Os parâmetros avaliados nas medições incluíram: Tempo de reverberação (T); Ruído de fundo
ou residual (B2); Diferença Padronizada de Nível Ponderada (DnT,w) para partições internas;
Diferença Padronizada de Nível Ponderada, a 2 metros (D 2m,nT,w) para partições externas.
O procedimento para a mensuração do isolamento sonoro ao ruído aéreo do SVVIE,
considerou avaliações em partições verticais externas (PE-fachadas) e partições verticais
internas (PI-entre ambientes), segundo as referências normativas internacionais, com o objetivo
de obter a Diferença Padronizada de Níveis Sonoros (DnT), em função da frequência, e a
Diferença Padronizada de Níveis Sonoros Ponderada (DnT,w ,D2m,nT,w). As medições in loco,
envolveram a quantificação do nível de pressão sonora (NPS), nas câmaras de recepção e
emissão, considerando a câmara de emissão (CE), o ambiente no qual a fonte sonora foi
inserida, para geração dos ruídos branco e rosa, e a câmara de recepção (CR), o ambiente que
recebeu o ruído gerado.
Em ambas as câmaras foram aferidos os níveis de NPS com auxílio de um medidor de pressão
sonora. O ruído branco apresenta um nível constante para todas as frequências do espectro, e
é geralmente utilizado para a medição de NPS, como no caso desta pesquisa. Realizou-se
também a medição de T, e de B2, nas câmaras de recepção. Para a medição de T foi utilizada
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a fonte sonora para a emissão do ruído rosa, que apresenta um nível que decai 3dB por oitava,
caracterizando assim, o método de interrupção de ruído, descrito na ISO 3382-2:1997 [3]. As
paredes selecionadas para avaliação, bem como, a localização e quantitativo dos pontos da
fonte e dos microfone estão expostos no Quadro 1. As distâncias dos equipamentos
empregados nas medições seguiram as orientações definidas na ISO 16.283:2014,
considerando o mínimo de: 50cm entre os microfones e a fonte e as extremidades das
partições; 70cm entre as posições dos microfones; 100cm entre os microfones e a fonte; e
140cm entre as fontes. Todas as medições de NPS, T e B2 nas avaliações das partições (PE-1
E 2 e PI- de 1 à 6), foram realizadas nas frequências de 1/3 de oitava, contemplando as
frequências de 50 Hz à 5000 Hz, três vezes em cada ponto, com duração de 6 segundos. As
fontes para emissão de ruído branco situaram-se nas CRs. As portas e janelas permaneceram
fechadas, exceto na medição da PE2, uma vez que esta partição localiza-se no 1° pavimento.
Os ambientes utilizados como CE e CR não apresentaram mobiliário em sua configuração
[5,6].
Quadro 1: Posicionamento dos pontos de medição, ambientes e nomenclatura das partições
Pontos de medição (térreo)
Fonte Sonora NPS-emissão
Pontos de medição (1°pavimento)
LEGENDA
Fonte Sonora T-recepção
Ponto de Microfone-NPS
Ponto de Microfone- T e B2
NOMENCLATURA
PE1 (rosa)- parede externa 1 (fachada térreo); PE2 (rosa)- parede externa 2 (fachada 1° pav.); PI1(laranja)- parede interna 1
(entre salas); PI2 (vermelha)- parede interna 2 (entre dormitório e BWC); PI3 (verde)- parede interna 3 (entre dormitório e
cozinha); PI4 (azul)- parede interna 4 (entre dormitórios); PI5 (vermelha)- parede interna 5 (entre dormitório e BWC); PI6 (azul)parede interna 6 (entre dormitórios). CEPE- câmaras de emissão externas; CRPI e CEPI- câmaras de recepção e emissão
internas.
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3.3
Análise dos resultados
A análise das medições ocorreu por intermédio da averiguação dos resultados obtidos, com
auxílio do software Solo 01 dB Bati 32, a fim de gerar relatórios dos ensaios, com a confecção
de gráficos para verificação dos níveis de isolamento sonoro por frequência, caracterizando,
assim, o potencial de isolamento acústico do estudo de caso em relação aos ruídos aéreos,
através da obtenção da diferença padronizada de nível ponderada a dois metros da fachada
(D2m,nT,w) e da diferença padronizada de nível ponderada entre ambientes (DnT,w), e dos
dados de frequência-isolamento sonoro gerados pelo software.
Na avaliação do nível do isolamento acústico das partições analisadas, os resultados
adquiridos nas medições e compilados no software, foram utilizados para confecção de
gráficos segundo a os parâmetros definidos na ISO 717-1:1996, que determina os critérios para
a obtenção do número único, e a adaptação do espectro (C;Ctr), caracterizando a performance
acústica [3]. Após a elaboração das tabelas, os resultados finais foram comparados com os
índices previstos na NBR 15575-4:2013, que estabelece critérios para orientar análises de
desempenho acústico de sistemas ou elementos de vedação verticais em unidades
habitacionais, a partir da definição de níveis de desempenho do isolamento sonoro aos ruídos
aéreos (mínimo, intermediário e superior) [1].
3.4
Diagnóstico
A sistematização dos resultados para a obtenção do isolamento sonoro das partições externas
e internas avaliadas sucedeu-se a partir da confecção de gráficos, em virtude das definições da
ISO 717-1:1996. Os resultados obtidos são descritos nos Gráficos 1,2,3,4,5,6,7 e 8, e
determinam os índices de isolamento acústicos (DnT) entre ambientes por frequência,
possibilitando a obtenção dos números únicos para de DnT,w e D2m,nT,w.
Gráficos 1 e 2: Espectro sonoro (frequência x isolamento) - PE1 e PE2 respectivamente
Gráficos 3 e 4: Espectro sonoro (frequência x isolamento) - PI1 e PI2 respectivamente
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Gráficos 5 e 6: Espectro sonoro (frequência x isolamento) - PI3 e PI4 respectivamente
Gráficos 7 e 8: Espectro sonoro (frequência x isolamento) - PI5 e PI6 respectivamente
De acordo com a análise dos espectros sonoros, verificou-se as frequências que apresentam
os índices de isolamento sonoro (DnT) mais significativos, por partição, conforme demonstra a
Tabela 1. Assim, nota-se que, apesar das partições avaliadas apresentarem a mesma
configuração construtiva, o comportamento acústico é diferente: as partições PE1, PE2 e PI5
evidenciam maiores índices de isolamento nas baixas frequências, por outro lado, nas
partições PI1 à PI4 e PI6, o desempenho é mais efetivo nas médias e altas frequências.
Tabela 1: DnT por frequência das partições avaliadas
Partição
DnT (dB)
Frequências (Hz)
PE1
PE2
32,3/33,9/32,1
31,1/32,2/28,8
63/125/500 (baixas e médias)
50/63/125 (baixas)
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PI1
PI2
PI3
PI4
PI5
PI6
3.5
46,2/47,6/48
32,3/33,9/32,1
29,9/25,2/25,4
58,6/59/62,8
31,5/33,4/26,2
47,8/47,6/50,4
3150/4000/5000 (altas)
1600/2000/5000 (média e altas)
80/1000/1250 (baixas e médias)
1600/4000/5000 (média e altas)
50/63/125 (baixas)
3150/4000/5000 (altas)
Análise comparativa
A análise comparativa procedeu-se a partir da formulação de uma tabela, confrontando os
resultados de desempenho acústico das partições averiguadas adquiridos nas etapas de
análise e de diagnóstico, com os índices para isolamento sonoro descritos na NBR 155754:2013, visando analisar o nível de desempenho do sistema (ND), determinando se o ND
obtido para cada partição apresenta-se de forma satisfatória ou não, utilizando para essa
finalidade dois símbolos, um na cor verde, que representa o ND que atende a norma, e o outro
na cor vermelha, indicando o ND que não atende a norma. As constatações estão expostas na
Tabela 2.
Tabela 2: Nível de desempenho (ND) das partições avaliadas no objeto de estudo
Nomenclatura
Descrição dos ambientes
Entre
Fachada
recintos
s (PE)
(PI)
Nível de
Desempenho
(ND)
Parâmetros
Acústicos
NBR 15575:2013
DnT,w
(C;Ctr)
(dB)
PI01¹
PI02²
43(0;-5)
41(-2;-10)
PI03²
23(-1;-1)
PI04²
INTERNA- QT01xQT02
Quarto 01 (recepção) x Quarto 02 (emissão)
51(-4;-15)
PI06²
INTERNA-S01xBWC3
Suíte 01 (recepção) x BWC 03 (emissão)
INTERNA-S01xS02
Suíte 01 (recepção) x Suíte 02 (emissão)

INTERNA- QT01XxCOZ
Quarto 01 (recepção) x Cozinha (emissão)
PI05²
¹
INTERNA- SALA01xSALA02
Sala 01 (recepção) x Sala 02 (emissão)
INTERNA- QT01xBWC1
Quarto 01 (recepção) x BWC 01 (emissão)
D2m,nT,w
1. Atende
(C;Ctr)
à Norma
(dB)
-



23(-3;-3)
45(-4;-9)
-

2. Não
Atende à
Norma






 
 

PE01³
EXTERNA- FACHADA QT01
Quarto 01 (recepção) x Área externa (emissão)
-
28* (-4;-4)
PE02³
EXTERNA- FACHADA S01
Suíte 01 (recepção) x Área externa (emissão)
-
24 (-3;-3)
Paredes entre unidades habitacionais autônomas (paredes de geminação) nas situações onde não haja ambiente dormitório.
Critérios: ≥40 (Mínimo-MIN); ≥45 (Intermediário-INT); ≥50 (Superior-SUP).
² Paredes entre unidades habitacionais autônomas (paredes de geminação) no caso de pelo menos um dos ambientes ser
dormitório. Critérios: ≥45 (Mínimo-MIN); ≥50 (Intermediário-INT); ≥55 (Superior-SUP).
³ Habitação localizada distante de fontes de ruído intenso de quaisquer naturezas. (Classe de ruído I- até 60 dB). Critérios: ≥20
(Mínimo-MIN); ≥25 (Intermediário-INT); ≥30 (Superior-SUP).
*O índice de isolamento sonoro da PE02 não deve ser considerado em sua totalidade, tendo em vista a existência de uma barreira
acústica (PE3-muro) entre a partição avaliada e os equipamentos de medição na câmara emissora (Figura 1 e Quadro 1).
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4 Conclusões
A importância da utilização de sistemas eficientes sob o ponto de vista acústico envolve desde
o conforto e satisfação do usuário até questões sobre a produtividade e saúde das pessoas. A
escolha dos sistemas construtivos e dos materiais adotados nas edificações são de extrema
relevância em virtude da qualidade ambiental nos espaços construídos e devem ser
considerados durante a concepção do projeto de arquitetura.
A Construção Seca é um sistema construtivo que está sendo utilizando amplamente em
diversos países, principalmente por reduzir o desperdício de materiais e energia gerados.
Torna-se fundamental romper o paradigma existente no setor da construção civil para que seja
possível a inserção e consolidação de novos sistemas construtivos, vislumbrando a
minimização da degradação ambiental.
A ineficiência do isolamento sonoro das partições avaliadas, PI3 e PI5, ocorre, possivelmente,
em virtude da presença de portas na configuração das mesmas, e na PI2, pela existência de
tubulações hidráulicas, uma vez que, as demais partições obtiveram resultados de isolamento
acústico compatíveis com os critérios definidos na NBR 15575-4:2013. Dessa forma, é
fundamental atentar-se para a escolha de esquadrias com isolamento acústico eficiente, bem
como para a montagem das instalações complementares, evitando assim, o comprometimento
do desempenho acústico das partições.
Por outro lado, é fundamental destacar a relevância das avaliações de desempenho em
campo, tendo em vista que os resultados adquiridos são condizentes com a situação real da
edificação, envolvendo variáveis que não são consideradas nas análises em laboratório.
Agradecimentos
O desenvolvimento dessa pesquisa, que é referente a uma parte da dissertação de mestrado
intitulada: Isolamento acústico aéreo em campo de partições verticais em construção Light
Steel Framing. Estudo de caso: edificações habitacionais, somente foi possível em virtude da
disponibilidade do Sr. Sávio Neiva e Igor nunes que possibilitaram a realização dos ensaios,
bem como, graças ao apoio do CNPQ (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico) que ofertou uma bolsa de estudos, durante o período do mestrado, e da
professora Dr.ª Maria Lúcia Oiticica pelos ensinamentos técnicos.
Referências
[1] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS-ABNT. NBR 15.575-4: Edificações
habitacionais de até cinco pavimentos-Desempenho. Parte 4: Sistemas de vedações verticais
internas e externas - SVVIE. Rio de Janeiro, 2013.
[2] FERREIRA NETO, Maria de Fatima. Nível de conforto acústico: uma proposta para edifícios
residenciais. Tese de Doutorado - Universidade Estadual de Campinas/SP, Faculdade de
Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo. Campinas, 2009.257p.
[3] INTERNACIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION-ISO. ISO 717-1: Acoustics – Rating
of sound insulation in buildings and of buildings elements – Part 1: Airborne sound insulation.
Géneve, 1996.
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[4] _________. ISO 3382. Acoustics – Measurement of the reverberation time of rooms with reference to
other acoustical parameters. 2nd ed. Genève, 1997.
[5] _________.ISO 16.283-1: Acoustics — Field measurement of sound insulation in buildings and of
building elements- Part 1: Airborne sound insulation. Brussels, 2014.
[6] _________.ISO 16.283-3: Acoustics — Field measurement of sound insulation in buildings and of
building elements- Part 3: Façade sound insulation. Brussels, 2014.
[7] OITICICA, Maria Lucia Gondim da Rosa. Desempenho acústico de diferentes tipologias de peitoris
ventilados. Tese de Doutorado - Universidade Estadual de Campinas/SP, Faculdade de Engenharia
Civil, Arquitetura e Urbanismo. Campinas, 2010. 266p.
[8] SANTIGO, Alexandre; FREITAS, Arlene; CRASTO, Renata. Steel Framing: Arquitetura. (Série
Manual de construção em Aço). 2. ed. Rio de Janeiro: Ed. Instituto Aço Brasil/CBCA, 2006, 121p.
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