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Curso de Teologia Inclusiva
Pr. Chlisman Toniazzo
www.arenaap.org
Curso de Teologia Inclusiva
Sexualidade humana
Identidade de gênero
Introdução Teologia Inclusiva
A realidade da Igreja na GRAÇA
SEXUALIDADE HUMANA
• Conceito:
Considera-se sexualidade as diversas formas,
jeitos, maneiras que as pessoas buscam para
obter ou expressar prazer. É basicamente a
busca do prazer humano em suas diversas
formas. A ideia de prazer irá variar de pessoa
para pessoa, levando em conta a realidade de
cada indivíduo. Quando uma pessoa está
sentindo prazer, ela está vivenciando a sua
sexualidade. A busca do prazer se dá de várias
formas, em variadas circunstâncias.
A Homossexualidade
• Do grego
antigo ὁμός (homos), igual + latim sexus =
sexo, refere-se à característica ou qualidade de um ser
(humano ou
não)
que
sente
atração
física, estética e/ou emocional por
outro
ser
do
mesmo sexo ou gênero. Enquanto orientação sexual, a
homossexualidade se refere a "uma condição duradoura
de experiências sexuais, afetivas e românticas"
principalmente ou exclusivamente entre pessoas do
mesmo sexo; "também se refere a um indivíduo com
senso de identidade pessoal e social com base nessas
atrações, manifestando comportamentos e aderindo a
uma comunidade de pessoas que compartilham da
mesma orientação sexual."
A Bissexualidade
• Consiste na atração afetiva (seja ela sexual,
romântica ou emocional) por pessoas de ambos os
sexos (feminino, masculino). independentemente do
gênero a que correspondem. O número de indivíduos
que apresentam comportamentos e interesses de
teor bissexual é maior do que se suporia à primeira
impressão, devendo-se a pouca discussão desta
situação essencialmente a uma tendência geral para
a polarização da análise da sexualidade, restringindoa a um binarismo estrutural, tanto ao nível académico
como, essencialmente, ao nível popular, entre
a heterossexualidade e a homossexualidade.
A Heterossexualidade
• Refere-se a atração sexual e/ou romântica entre
indivíduos de sexos opostos, e é considerada a
mais
“comum” orientação
sexual nos seres
humanos. A utilização corrente do termo tem as
suas
raízes
na
abrangente
tradição
da taxonomia da personalidade no século XIX.
Esta continuou a influenciar o desenvolvimento
do conceito moderno de orientação sexual,
sendo
associada
ao amor
romântico e identidade
sexual adicionalmente
ao seu exclusivo significado sexual.
A Transexualidade
• Refere-se à condição do indivíduo que possui uma IDENTIDADE
DE GÊNERO diferente da designada ao nascimento, tendo o
desejo de viver e ser aceito como sendo do sexo oposto.
Usualmente, os homens e as mulheres transexuais apresentam
uma sensação de desconforto ou impropriedade de seu próprio
sexo anatômico e desejam fazer uma transição de seu sexo de
nascimento para o sexo oposto (sexo-alvo) com alguma ajuda
médica (terapia de reatribuição de gênero) para seu corpo. A
explicação estereotipada é de "uma mulher presa em
um corpo masculino" ou vice-versa, ainda que muitos membros
da comunidade transexual, assim como pessoas de fora da
comunidade, rejeitem esta formulação.
• Na França, deixou de ser considerada como transtorno mental
em 2010 e foi o primeiro país a tomar esta decisão
Assexualiade
• Refere-se orientação sexual caracterizada pela
indiferença à prática sexual.
• A sua definição exata ainda é fonte de
controvérsias, mas já existe um relativo consenso
em relação a isso, pois a AVEN - Asexuality Visibility
and Education Network (Rede de Educação e
Visibilidade Assexual)1 - define assexual como a
"pessoa que não experiência atração sexual".
Porventura, a Comunidade Assexual A2 2 - principal
comunidade brasileira sobre a temática - entende o
assexual como "a pessoa que não tem interesse na
prática sexual com outra pessoa".
A Intersexualidade
• Refere-se seres humanos, é qualquer variação de
caracteres
sexuais
incluindo cromossomos, gônadas e / ou órgãos
genitais que dificultam a identificação de um
indivíduo
como
totalmente feminino ou
masculino.
Essa
variação
pode
envolver
ambiguidade genital, combinações de fatores
genéticos e aparência e variações cromossômicas
sexuais diferentes de XX para mulher e XY para
homem. Pode incluir outras características de
dimorfismo sexual como aspecto da face, voz,
membros, pelos e formato de partes do corpo
Importante!
• Pode-se dizer que a intersexualidade se
inscreve na sociedade ocidental como uma
questão biomédica, na medida em que é
concebida como consequência de uma
desordem orgânica (hormonal, genética ou
cerebral)
ou
como
doença
em
si
(BERENBAUM; RESNICK, 1997; BERENBAUM,
1999; BERENBAUM et. al, 2004; CROUCH et
al.,
2003;
MEYER-BAHLBURG,
2001;
STIKKELBROECK et al., 2003; ZUCKER et al.,
1996).
• Na área da Biomedicina, os autores
consideram que a intersexualidade
adquiriu na atualidade um status de
doença ou de desvio em relação à
normalidade dos caracteres sexuais.
Neste
caso,
a
normalidade
se
aproxima do estado habitual, comum ou seja, as normas corporais aceitas
pela
sociedade
ocidental.
E
a
anormalidade se relaciona aos desvios
dos padrões biológicos culturalmente
delimitados.
• A compreensão da intersexualidade como
enfermidade ou desvio é marcada pela visão
cultural da sociedade moderna ocidental, que
estigmatiza o corpo que não segue os padrões
ditos masculinos ou femininos, como um corpo
distorcido, anormal, estranho. Nesta tradição,
existe uma suposição de que pessoas na condição
de intersexualidade não poderiam se desenvolver
plenamente, nem ser totalmente satisfeitas.
Diante desta premissa, os profissionais de saúde
e os familiares deveriam agregar esforços em
direção à definição do sexo social, visando a
promover a integridade física e emocional do
intersexual através do ajustamento do corpo ao
gênero designado.
• Uma concepção mais recente (LEE et al.,
2006)
sugere
a
substituição
das
nomenclaturas citadas anteriormente, ou
seja, substituir intersex por DSD, pseudohermafroditismo masculino por DSD 46XY
e pseudo-hermafroditismo feminino por
DSD 46XX. A identidade sexual, nesta
vertente, é determinada primordialmente
por condições biológicas, abrindo espaço
para as práticas de reconstituição dos
órgãos sexuais como algo de extrema
relevância
para
a
consolidação
do
"verdadeiro sexo".
IDENTIDADE DE GÊNERO
• Conceito
Na sociedade, identidade de gênero se refere ao gênero em que a
pessoa se identifica (se ela se identifica como sendo um homem,
uma mulher ou se ela vê a si como fora do convencional), mas pode
também ser usado para referir-se ao gênero que certa pessoa atribui
ao indivíduo tendo como base o que tal pessoa reconhece como
indicações de papel social de gênero (roupas, corte de cabelo, etc.).
A ideologia contrapõe-se a natureza identitária do ser humano
(homem e mulher).
Do primeiro uso, acredita-se que a identidade de gênero se constitui
como fixa e como tal não sofrendo variações, independente do papel
social de gênero que a pessoa se apresente.
Do segundo, acredita-se que a identidade de gênero possa ser
afetada por uma variedade de estruturas sociais, incluindo
etnicidade, trabalho, religião ou irreligião, e família.
As variações da identidade de
gênero
• Homossexual:
a) Masculino - Gay: Aquele que se vê (identidade
de gênero) sendo do sexo masculino (“homem”)
e que expressa sua sexualidade na pratica
sexual/afetiva por um ou mais indivíduos do
mesmo sexo;
b) Feminino - Lésbica: Aquela que se vê
(Identidade de gênero) sendo do sexo feminino
(“mulher”) e que expressa sua sexualidade na
pratica sexual/afetiva por uma ou mais
indivíduos do mesmo sexo.
As variações da identidade de
gênero
• Bissexual
a) Masculino: Aquele que se vê (identidade
de gênero) sendo do sexo masculino e que
pratica atividade sexual com indivíduos
tanto do sexo oposto como do mesmo sexo;
b) Feminino: Aquela que se vê (identidade
de gênero) sendo do sexo feminino e que
pratica atividade sexual com indivíduos
tanto do sexo masculino quanto feminino.
As variações da identidade de
gênero
• Intersexual
a)Masculino - Travesti: Aquele que possui formação
genital masculina, mas que se vê (identidade de
gênero)
socialmente
como
feminino
(não,
necessariamente, rejeitando seu órgão sexual)
b) Masculino – Transexual: Aquele que possui
formação genital masculina, mas não se vê
(identidade de gênero) como masculino (tanto
sexual como socialmente). Refere-se transgenero
após a intervenção cirurgica para a mudança de
sexo.
As variações da identidade de
gênero
c) Feminino: Aquela que possui formação genital
feminina, mas que se vê (identidade de gênero)
socialmente
como
masculino
(não,
necessariamente, rejeitando seu órgão sexual);
d) Feminino - transexual: Aquela que possui
formação genital feminina, mas não se vê
(identidade de gênero) como feminina (tanto
sexual
como
socialmente).
Refere-se
transgenero após a intervenção medica no
processo de redefinição sexual (ex.: retirada das
mamas, controle hormonal).
As variações da identidade de
gênero
Heterossexual
a) Masculino: Aquele que se vê (identidade de
gênero) sendo do sexo masculino (“homem”) e
que expressa sua sexualidade na pratica
sexual/afetiva por um ou mais indivíduos do sexo
oposto;
b) Feminino: Aquela que se vê (Identidade de
gênero) sendo do sexo feminino (“mulher”) e
que expressa sua sexualidade na pratica
sexual/afetiva por uma ou mais indivíduos do
sexo oposto.
As variações da identidade de
gênero
• Assexual
a)Masculino: que se vê (identidade de
gênero) sendo do sexo masculino e que não
sente atração sexual nem pelo sexo oposto
e tão pouco por indivíduos do mesmo sexo;
b) Feminino: que se vê (identidade de
gênero) sendo do sexo feminino e que não
sente atração sexual nem pelo sexo oposto
e tão pouco por indivíduos do mesmo sexo.
INTRODUÇÃO A TEOLOGIA
INCLUSIVA
• Conceito
“A Teologia Inclusiva, como a própria denominação sugere, é um
ramo da teologia tradicional voltado para a inclusão,
prioritariamente, das categorias socialmente estigmatizadas
como os negros, as mulheres e os homossexuais. Seu pilar central
encontra-se no amor de Deus pelo homem, amor que, embora
eterno e incondicional, foi negado pelo discurso religioso ao longo
de vários séculos (Atos 10:34). A Teologia Inclusiva contempla
uma lacuna deixada pelas estruturas religiosas tradicionais do
Cristianismo, pois, por meio da Bíblia, compreende que todos os
que compõem a diversidade humana, seja ela qual for, têm livre
acesso a Deus por meio do sacrifício de Jesus Cristo na cruz”.
(Trecho do livro "Bíblia e homossexualidade: verdade e mitos" p.
13)
Gênesis: A formação do homem ou a
mitologia monoteísta?
Subtemas:
1. Moisés;
2. O homem segundo Moises;
3. E as culturas circunvizinhas o que
dizem?
4. A necessidade da explicação religiosa;
5. O contexto “genético”;
6. A luz da teologia Inclusiva;
Moisés
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Nome: Moisés (em hebraico, Moshe, ‫)משה‬
Significado: Mósis, em egípcio, significa "filho".
Para os judeus, significa "retirado" das águas.
Etnia: Semita
Família: Coaraixitas, da Tribo de Levi
Avô: Coate, 2.º filho de Levi
Mãe: Joquebede, segundo a Biblia, mulher de Anrão
Pai: Anrão, filho de Coate
Esposa: Zípora ou Seforá (em hebraico tzipora)
Sogro: Jetro
Irmãos: Miriã / Aarão
Filhos: Gérson / Eliézer.
Sobrinhos: Nadabe / Abiú / Eleazar / Itamar
Local de Nascimento: Egito
Localização Temporal: 1250 a.C.
Obras literarias: os livros que compõe o Pentateuco e o Livro de Jó
Tempo de Vida: 120 anos
Motivo de Morte: Não há relatos específicos da morte
Local de Morte: Monte Nebo, Planice de Moabe
Linha do tempo na cronologia
bíblica
Gênesis: A criação segundo
Moisés
“Criou Deus, pois, o homem à sua
imagem e semelhança, à imagem de
Deus o criou; homem e mulher os
criou”. Gênesis 1.27
Considerações sobre Gn.
1:27
1. A necessidade de Identidade;
2. A cultura do conhecimento;
3. A influencia da religião no processo
de organização civil;
4. A ordem definida;
Uma pergunta necessária:
Gênesis é fato verídico ou
mitológico?
A criação segundo os povos
circunvizinhos
1.
2.
3.
4.
Babilônicos;
Persas;
Gregos;
Egípcios.
Babilônicos
A narração da Criação é a obra-prima da
literatura babilónica: dão-lhe o nome de
Enuma elish, que são as duas primeiras
palavras da tabuinha (o poema está contido
em sete tabuinhas) que o inicia e que
significam "Quando no alto…"; esse poema
chegou até nós mais ou menos completo,
através de cópias que remontam ao IX
século a.C.
O poema da Criação tem por tema essencial a
glorificação do deus da Babilônia, Marduc, que se
tornou, ao menos teoricamente, o chefe do panteão
babilônio. No início, diz a narração, havia somente o
Caos, aquoso, com Apsu e Tiamat, que representavam,
respectivamente, as águas doces e salgadas; "então o
céu ainda não tinha nome e a terra ainda não tinha
nome..." foi então que esses príncipes começam a se
organizar e, do casal primitivo, nascem Lahmu e sua
companheira, Lahamu, dos quais nada se sabe, mas
que constituem, apenas, uma das etapas da Criação.
Desse casal, um pouco mais tarde, nascem Mumu, de
pois Anshar e Quísar, isto é, a totalidade do céu e da
terra; deles, enfim, nasce a tríade que forma a cabeça
do panteão babilônio.
Persas
O mito mais importante da religião persa é o da
disputa entre Ahura Mazda e Ahriman que consiste
na luta de dois tipos de seres divinos. Esta luta nos
aparece sob uma dupla forma: a material e a
espiritual. No caso da luta material, Ahriman quer
invadir o céu, mas é repelido para o inferno; na luta
espiritual ou mística, Ahriman, princípio da
obscuridade, da desordem, do mal, é repelido por
Ormuzd, deus da luz, da ordem e do bem. No
primeiro caso, a arma de Ormuzd é Atar, o
relâmpago; no segundo caso, a piedade ou a
oração, personificada sob o nome Vohu Mano.
A personagem mais importante nos épicos persas é
Rostam. Sua contraparte é Zahhak, um símbolo do
despotismo que foi finalmente derrotado por Kaveh
que liderou um levante popular contra ele. Zahhak
era protegido por duas serpentes que cresciam de
seus ombros e não importava quantas vezes elas
fossem decapitadas suas cabeças cresciam
novamente para protegê-lo. A serpente, como em
muitas outras mitologias orientais, representava o
mal, mas aparecem muitos outros animais na
mitologia persa; os pássaros, em especial, eram
sinal de boa sorte. Os mais famosos deles são
Simorgh, um grande pássaro bonito e poderoso,
Homa, o pássaro real da vitória cujas plumas
adornavam as coroas e Samandar, a fênix.
Peri (avéstico: Pairika), considerada
uma mulher bonita, porém má na
mitologia mais antiga, tornou-se
gradualmente menos má e mais bonita
até transformar-se em um símbolo de
beleza no período islâmico similar aos
houri — espécie de anjos — do Paraíso.
Entretanto uma outra mulher má,
Patiareh, atualmente simboliza a
prostituição.
Gregos
“...Foi então que chegou à terra o titã Prometeu,
descendente da antiga raça de deuses destronada
por Zeus. O gigante sabia que na terra estava
adormecida a semente dos céus. Por isso apanhou
um bocado de argila e molhou com um pouco de
água de um rio. Com essa matéria fez o homem, à
semelhança dos deuses, para que fosse o senhor
da terra. Apanhou das almas dos animais
características boas e más, animando sua criatura.
E Atena, deusa da sabedoria, admirou a criação do
filho dos titãs e insuflou naquela imagem de argila
o espírito, o sopro divino.
Foi assim que surgiram os primeiros
seres humanos, que logo povoaram a
terra.
Mas
faltavam-lhes
os
conhecimentos sobre os assuntos da
terra e do céu.”
Egípcios
“Nesta
ilha
dominava
uma
tríade
encabeçada por Khnum, divindade com uma
cabeça de carneiro, que representava a
criatividade e o vigor. Para os Egípcios,
Khnum criava os seres humanos no seu
torno, tal como o oleiro cria as suas peças.
As
esposas
de
Khnum
eram
Satet e Anuket (ou talvez, segundo outra
hipótese, seriam respectivamente esposa e
filha do deus). Satet era responsável pela
inundação do Nilo (que gerava a fertilidade
dos solos no Antigo Egipto) e Anuket
E agora?
“Criou Deus, pois, o homem à sua
imagem e semelhança, à imagem de
Deus o criou; homem e mulher os
criou”. Gênesis 1.27
Gênesis: A Criação
A
sexualidade
humana
é
algo
complexo e vai além das noções de
masculino e feminino, vai além da
noção de homem e mulher. No ato da
criação,
observamos
uma
das
principais funções do seres humanos
naquele momento: a procriação e o
povoamento da Terra:
Gênesis: A Criação
“E Deus os abençoou e lhes disse:
Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei
a terra e sujeitai-a”.
Gênesis 1.28ª
Gênesis: A Criação
“Portanto, deixará o homem a seu pai
e a sua mãe e unir-se-á à sua
mulher...” Gênesis 2.24
Gênesis: A Criação
• Será que as pessoas inférteis estão em
pecado por sua incapacidade de gerar filhos?
Certamente que não. O contexto envolvido
na criação é único, a realidade atual é um
contexto bem diferente daquele. Transportar
a descrição do Gênesis como regra para os
dias atuais seria uma incoerência. Deve-se
levar em conta, também, o fato de que a
Bíblia foi escrita num contexto patriarcal,
culturalmente heterossexualista.
Gênesis: A Criação
• Muitos homossexuais, desconhecendo certas verdades
bíblicas, motivados pelas crenças generalizadas do
Cristianismo tradicional, entregam-se ao casamento
heterossexual, têm filhos, têm companhia, agem
conforme o texto do Gênesis, mas são infelizes, pois
lutam contra um sentimento que lhes é inerente, lutam
contra uma situação que lhes foi imposta pela
sociedade, abrem mão de suas necessidades para
satisfação da família, dos amigos, da igreja. O
resultado disso é a infelicidade, a frustração e, em
muitos casos, infidelidade e depressão. O próprio Jesus
afirmou que o casamento heterossexual não era para
todos:
Gênesis: A Criação
“Disseram-lhe seus discípulos: Se assim é a
condição do homem relativamente à mulher,
não convém casar. Ele, porém, lhes disse: Nem
todos podem receber esta palavra, mas só
aqueles a quem foi concedido. Porque há
eunucos que assim nasceram do ventre da mãe;
e há eunucos que foram castrados pelos
homens; e há eunucos que se castraram a si
mesmos, por causa do reino dos céus. Quem
pode receber isto, receba-o”. Mateus 19.10, 11 e 12
Gênesis: A Criação
Todos os homens são obra das mãos de Deus,
independentemente
de
sua
afetividade,
de
seus
sentimentos. Será que Deus criaria alguns predestinados à
condenação? Ao inferno? Certamente que não. Os avanços
da ciência já comprovam que a sexualidade não é algo
adquirido ou aprendido. Quem ensinaria seu filho a ser gay
ou quem escolheria essa condição em uma sociedade tão
preconceituosa? Ninguém, certamente. Assim como a
heterossexualidade, a homossexualidade é inerente ao ser
humano. Nem todos, porém, são homossexuais em sua
essência. Há casos em que pessoas heterossexuais se
envolvem em práticas homossexuais motivadas por vários
fatores que não a sua sexualidade inata. Abordaremos isso
quando chegarmos às Cartas Paulinas
Sodoma e Gomorra: violência,
orgulho e falta de hospitalidade
1. O Histórico das interpretações
descontextualizada;
2. Contextualizando;
3. Gênesis 19 – Alguns pontos a
considerar;
4. Interpretando e considerando o
contexto histórico da época.
Sodoma e Gomorra: violência,
orgulho e falta de hospitalidade
O histórico das interpretações equivocadas:
Há muitos séculos se tem atribuído a destruição de
Sodoma e Gomorra à homossexualidade. Porém, um
estudo atento do texto bíblico tem muito a nos
revelar sobre as reais transgressões dessas duas
cidades antigas. Neste caso, a regra de ouro da
hermenêutica (a Bíblia explica a própria Bíblia) será
nossa
principal
ferramenta
de
análise
e
interpretação. O uso da palavra sodomia como
referência a atos homogenitais data da Idade Média
e foi um conceito criado pelo teólogo Tomás de
Aquino.
Sodoma e Gomorra: violência,
orgulho e falta de hospitalidade
• Para que você entenda a contexto, o
que a Teologia Inclusiva defende, é
necessário que, antes de começar a
leitura do texto bíblico, tenhamos a
informação seguinte que é muito
relevante para uma interpretação
coerente:
Sodoma e Gomorra: violência,
orgulho e falta de hospitalidade
Contextualizando:
“Nas regiões desérticas como a de Sodoma, permanecer ao relento
exposto ao frio da noite podia ser fatal. Logo, uma regra básica
daquela sociedade era oferecer hospitalidade aos viajantes.
Esta regra era tão séria que proibia o ataque aos inimigos que tivessem
recebido oferta de abrigo para o descanso noturno. Assim, fazendo o
que era certo, seguindo as leis de Deus, Ló recusou-se a expor seus
convidados ao abuso dos homens de Sodoma. Fazê-lo significaria violar
a lei da sagrada hospitalidade. Até mesmo Jesus entendia o pecado
de Sodoma como o da falta de hospitalidade (Mateus 10:515). Outras passagens da Bíblia afirmam a mesma coisa de maneira
bastante clara. Há outras referências bíblicas a Sodoma: Isaías 1:1017 e 3:9, Jeremias 23:14 e Sofonias 2:8-11. Os pecados listados
nestas citações são a injustiça, a opressão, a parcialidade, o adultério,
as mentiras e o encorajamento dos pecadores.”
(Fonte: Enciclopédia Funk & Wagnalls)
Sodoma e Gomorra: violência,
orgulho e falta de
hospitalidade
Gênesis 19 – Alguns pontos a
considerar:
1. Todos os homens daquela cidade
cercaram a casa de Ló (vv.4);
2. Eles exigiam que os estrangeiros
(anjos) que ali estavam fossem
postos para fora a fim de que
fossem abusados(vv.5);
3. Os sodomitas nutriam sentimento
de xenofobia (vv.9).
Sodoma e Gomorra: violência,
orgulho e falta de hospitalidade
Interpretando e considerando o contexto histórico
da época:
O texto revela claramente uma tentativa de violência
sexual coletiva aos visitantes de Ló motivada pela
xenofobia. Os habitantes de Sodoma transgrediram
violentamente a lei da hospitalidade, sagrada para os
povos semíticos (Êxodo 22.21). Na tentativa de humilhar
os visitantes, mostraram-se maus, arrogantes e
soberbos. Enxergar homoafetividade em tal gesto de
violência demonstra uma completa ignorância ao que de
fato a Bíblia diz. Se uma leitura atenta desse relato não
bastar para se compreender o real pecado dessas
cidades, examinemos outros textos bíblicos:
Sodoma e Gomorra: violência,
orgulho e falta de hospitalidade
• Ezequiel 16.49 e 50;
• Lucas 10. 10-12.
• O profeta Ezequiel, em harmonia com o relato
de Gênesis, aponta o orgulho e o egoísmo como
pecados de Sodoma. Jesus, no texto acima,
aponta a falta de hospitalidade como a
transgressão de Sodoma. Nenhuma palavra
sobre homoafetitivade consta em tais textos.
• Até mesmo os livros deuterocanônicos* (das
edições católicas) expressam a mesma ideia
sobre Sodoma e Gomorra:
Eclesiástico 16.8 (versão CNBB)
“Não poupou os concidadãos de Ló,
aos quais detestou por seu orgulho”.
Levítico: A prostituição
cultual
1.
2.
3.
4.
5.
6.
Outros textos “condenatórios”;
Conceito bíblico;
Egito;
Mesopotâmia;
Mundo Romano;
Grecia;
Levítico: A prostituição cultual
Outros textos “condenatórios”: “Com homem não te deitarás, como se
fosse mulher; abominação é”. (Levítico 18.22 ARA)
“Se também um homem se deitar com
outro homem, como se fosse mulher,
ambos praticaram coisa abominável;
serão mortos; o seu sangue cairá
sobre eles...” (Levítico 20.13 ARA)
Levítico: A prostituição cultual
Conceito bíblico
prostituição cultual: Prostitutos e
prostitutas do antigo Oriente Médio,
empregados nos cultos da fertilidade.
Praticavam atos sexuais no templo do
seu deus como parte do culto que
prestavam a deidade pagã.
(Fonte: http://biblia.com.br/dicionariobiblico/)
Levítico: A prostituição cultual
Egito (Séc V a.C.)
Existiu na cidade de Tebas (que por mais de 2000 anos foi a maior e
mais próspera cidade, considerada sagrada, do Egito) um exército de
homossexuais. O grupo militar era formado por mais de 150 casais de
amantes. No Egito, quando um jovem se alistava, o seu equipamento
era dado por seu parceiro. Através de inúmeras e espetaculares
lendas, o Sagrado Exército de Tebas, como era chamado, foi
transformado em lenda, mantendo-se invicto por mais de 40 anos,
perdendo apenas para Felipe, rei da Macedônia, pai de Alexandre o
Grande. Alexandre posteriormente destruiu a cidade. Entre os registros
egípcios existe um conto sobre duas divindades que vêm para a terra e
fazem sexo com dois homens. Os nobres possuíam escravas e
escravos para a prática sexual, além dos jovens pajens.
(Michel Baud)
Levítico: A prostituição cultual
Mesopotâmia:
A importância social e o papel positivo da prostituição aparecem
na epopeia de Gilgamesh. Uma mulher seduz Enkidu e faz com que
ele, de bruto selvagem, transforme-se em homem. Quando Enkidu
está próximo da morte, amaldiçoa a prostituta que lhe tiraria a
inocência. Depois, percebendo o bem que ela lhe trouxera, volta
atrás. O exemplo mostra como os babilônios viam essas mulheres.
A prostituição não era um setor marginalizado da sociedade
mesopotâmica.
Não havia contradição entre a condição de uma prostituta ou de
uma mulher dedicada aos deuses, ambas tinham escapado das
regras familiares tradicionais. Assim, funcionárias de templos
gerenciavam casas de prostituição, e Nanaya, deusa de Uruk, era
associada ao erotismo e sexualidade. (Antoine Cavigneaux)
Levítico: A prostituição cultual
Mundo Romano:
Nenhum outro império foi tão poderoso, extenso e glorioso quanto o
romano. Dos últimos 15 imperadores, apenas um (Cláudio) não deixou
referências quanto a sua homo ou bissexualidade. Julio César, Tibério,
Calígula, Nero, Adriano, Heliogábalo, Galba, Caracala, entre outros,
foram adeptos do amor proibido. A luxúria, acompanhada
da ostentação e riqueza, era grande. Nos palácios ocorriam verdadeiras
orgias. Vestir-se de mulher era uma brincadeira comum, como acontece
em nosso Carnaval. Até Constantino (312 D.C), a homossexualidade
não seria encarada como um problema por nenhuma sociedade.
Embora algumas religiões citem o episódio de Sodoma e o Velho
Testamento, tradutores garantem que houve um erro de tradução, no
primeiro caso, e uma grotesca alteração, no caso do segundo, durante
a Idade Média.
(Eva Cantarella)
Levítico: A prostituição cultual
Cliente e prostituto. Cerâmica, ca. 480-470 a.C.
Levítico: A prostituição cultual
Grécia (séc. III a.C.):
O berço da filosofia, terra que nos fez
herdar belezas arquitetônicas, foi o
celeiro de muitas de nossas ciências e
da
democracia.
Exemplos
de
homossexualidade na Grécia não são
limitados aos mortais, na ficção está a
maior demonstração da abertura do
pensamento grego sobre o tema.
Levítico: A prostituição cultual
Na mitologia:
A mitologia grega está recheada de deuses, semi-deus
e seres bissexuais ou homossexuais. O casal mais
famoso de todos é formado por Zeus e Ganimedes.
Hércules, famoso por suas habilidades e força, também
amava a Filoctes, Nestor, Adônis, Jasão e outros, mas o
seu amor era notório pelo sobrinho Iolau. Apolo, deus
da beleza e da eterna juventude, além de seus
incontáveis amores femininos, possuiu inumeráveis
homens. O rapto de jovens era comum, aconteceu com
Himeneu, Ciparisso, Carnus, Hipólito, entre outros. Já o
deus do vinho, Dionísio, gostava de festas e banquetes.
Levítico: A prostituição
cultual
Cultura
A educação dos meninos atenienses se dava através de laços de
amizade e pratica homossexual com seus mentores. Um cidadão
que não exercesse a adoção de jovens, e se encarregassem de
sua educação, era acusado de omissão em seus deveres como
cidadão. Era uma obrigação social tão importante quanto pagar
impostos. Os meninos após os 12 anos de idade, nunca abaixo
dessa idade, procuravam um adulto para sua educação. Com a
aprovação da família e do garoto, este praticava sexo
homossexual passivo até completar seus 18 anos de idade com o
mentor que lhe ensinava tudo o que sabia sobre a vida. A partir
de então, tornava-se ativo e deveria ser mentor de outro jovem,
para posteriormente casar-se, próximo a completar 25 anos de
idade. Obviamente, muitos continuavam com a prática homo.
Homens para o prazer, mulheres para a procriação, dizia a regra
social da época.
Levítico: A prostituição
cultual
De fato não há registro de que a
homossexualidade tenha sido amplamente
aceita na Grécia antiga, muito menos que
tenha sido encarada como um problema,
como acontece nos dias de hoje. A
bissexualidade era vista como prova de
virilidade e o sexo homossexual apenas
como sexo carnal, troca de energias.
DEUTERONÔMIO
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
Deuteronômio 23.17;
Deuteronômio 23.18;
É importante saber;
Por outro lado, A Nova Bíblia Anotada Oxford,
escreve;
Deuteronômio 22.5;
A Nova Bíblia Anotada Oxford afirma;
David Payne escreve na série “Estudos
Bíblicos Diários” sobre Deuteronômio 22.5;
Hijras.
DEUTERONÔMIO
Deuteronômio 23.17 (JFA)
Não haverá prostituta dentre as filhas de Israel;
nem haverá sodomita dentre os filhos de Israel”.
Deuteronômio 23.17 (Versão Bíblia Eletrônica)
“Não haverá dentre as filhas de Israel quem se
prostitua no serviço do templo, nem dentre os filhos
de Israel haverá quem o faça”.
DEUTERONÔMIO
Em nosso estudo sobre o livro de Levítico,
aprendemos que a religião do povo agrícola de
Canaã, gravitava em torno da fertilidade da terra, e
das pessoas; e, que a expressão desta religiosidade,
traduzia-se na ida aos templos dos (as) deuses (as),
e manter relações sexuais; muitas vezes, relações
entre pessoas do mesmo sexo, com os sacerdotes ou
sacerdotisas do templo. Onde está a evidência desta
atividade? Se isto é verdade, porque esta
informação não é mostrada nas escrituras? Parece
que a Bíblia associa estas passagens ao
homossexesualidade, e não à idolatria. Por que será?
DEUTERONÔMIO
Nas passagens acima, percebemos que a versão JFA,
traduz Deuteronômio 23.17, proibindo a prostituição por
parte das filhas de Israel, ou a sodomia por parte dos
filhos de Israel. A tradução JFA deriva da versão King
James, escrita nos anos 1600. Uma versão mais recente,
por exemplo, a da Bíblia Eletrônica, que usamos
derivada da versão (NIV), a qual foi produzida no século
XX, traduz o mesmo versículo, proibindo a prostituição
no serviço do templo. O que poderia ter causado a
mudança do significado da palavra? Desde quando um
sodomita, que muitas igrejas insistem em identificar
como homossexual tornou-se um prostituto, ou uma
prostituta do templo?
DEUTERONÔMIO
Devemos atentar para o fato de que, apesar de
serem mencionados na Bíblia, esta não relata a
história dos Canaanitas; mas, sim, a história do
povo hebreu, e de sua relação com Deus. Em parte
alguma da Bíblia, podemos encontrar relatos a
respeito de como viviam os Canaanitas, nem de
suas práticas. Até o século XX, o conhecimento da
cultura dos canaanitas estava limitado a três
principais fontes:
DEUTERONÔMIO
• Artefatos produzidos por pesquisas
arqueológicas.
• Literatura de povos que viveram na mesma
época, mas pouquíssima informação está
disponível, a partir desta fonte, sobre os
costumes dos canaanitas.
• Escrituras Hebraicas.
• Entretanto, nenhuma destas fontes, pode
disponibilizar, informações sobre a filosofia,
práticas, e crenças canaanitas.
DEUTERONÔMIO
Em 1928, um camponês Sírio, estava arando a sua
terra, quando a sua enxada partiu um pedaço de terra,
que resultou na descoberta de um buraco enorme. Este
buraco, mais tarde, revelou-se como sendo a Cidade
Canaanita de Ugarit, que havia sido soterrada.
Nesta cidade, havia uma biblioteca onde logramos
encontrar informações sobre as práticas religiosas dos
canaanitas que conhecemos hoje. E, não somente na
biblioteca, mas nos lares também, encontramos muitas
informações sobre a religião canaanita. Só em uma
casa, encontramos mais de 80 textos, sobre práticas
religiosas canaanitas.
DEUTERONÔMIO
Qualquer estudioso da Bíblia, mesmo aqueles com um
interesse limitado, já ouviram falar dos “Manuscritos do Mar
Morto”; mas, em comparação, pouquíssimos, ouviram falar
das descobertas de Ugarit. Entretanto, se você entrar na
Internet, e fizer uma pesquisa com base na palavra “Ugarit”,
você descobrirá que existem mais de 8500 sites e artigos
disponíveis. Os textos encontrados em Ugarit foram escritos
em seis línguas. Apenas uma parte relativamente pequena da
quantidade enorme de material encontrada foi traduzida até o
presente, mas, o material traduzido, tem causado um grande
impacto no conhecimento da Bíblia, refletindo-se em
mudanças significativas nas traduções mais recentes. Muitas
passagens obscuras e confusas têm sido corrigidas em alguns
casos; e, em outros, tem sido clarificadas
DEUTERONÔMIO
Na época em que a versão King James, da
qual deriva a JFA, foi escrita, ninguém havia
ainda ouvido sobre prostituição nos templos.
Por outro lado à versão NIV, escrita após a
descoberta de Ugarit, mostra no versículo
acima
apenas
uma
das
mudanças
ocasionadas pela descoberta de Ugarit.
DEUTERONÔMIO
Deuteronômio 23.18
“Não trarás o salário da prostituta nem o aluguel do sodomita para a
casa do Senhor teu Deus por qualquer voto, porque uma e outra
coisa são igualmente abomináveis ao Senhor teu Deus.”
NOTA: algumas versões utilizam à palavra cão, ao invés de
sodomita.
O vocábulo traduzido como sodomita ou cão, de acordo com algumas
versões, na linguagem original, era “keleb”, o qual significa latir,
ganir, ou uivar, ou, ainda atacar; ou cão; e, consequentemente, por
eufemismo, um praticante da prostituição masculina (Strong’
#3611).
A questão, entretanto é, de que tipo de prostituição está
falando? Os pesquisadores apresentam opiniões diferentes.
DEUTERONÔMIO
Na série ”Estudos Bíblicos Diários” o autor do
estudo do livro de Deuteronômio, David F
Payne, escreve somente isto a respeito desta
passagem:
“Versículos 17-18: debruça-se sobre a prática de
ritos religiosos, e proíbe a prática de prostituição
em nome de YHWH; a palavra traduzida como cão,
consequentemente
significa
praticantes
de
prostituição ritualística, muito comum na religião
canaanita”.
DEUTERONÔMIO
Por outro lado, A Nova Bíblia Anotada Oxford, escreve:
Versículos 17 e 18: “Estes versículos pressupõem a inevitabilidade
da prostituição, enquanto proíbe esta prática aos Israelitas de
maneira a preservar a santidade do templo e do povo”. (versículo
17) Prostituição no serviço do templo (Hebraico "qedesha"), esta
tradução admite crer na existência de uma prostituição
considerada “sagrada” em Israel, e na região do antigo Oriente
Próximo, para a qual existe pouca evidência. È mais provável que o
vocábulo "qedesha" seja um eufemismo padrão para o termo
prostituta/o, considerado grosseiro. (vs. 18). A mesma alternação
entre os mesmos termos aparece em Gn 38.15,21. A palavra deve
ser mais bem traduzida como “separado”, algum posto a largo,
separado da sociedade (versículo 18). A fim de manter a santidade;
a lei proíbe a contribuição ao Templo, com o produto da
prostituição.
DEUTERONÔMIO
É interessante notar, ainda que apesar de Oxford aparentemente,
não levar em consideração as informações produzidas a partir dos
textos de Ugarit, e pressupor que ambos os versículos referem-se tão
somente à prostituição normal como conhecida, (ou seja, aqueles
não ligados à prostituição ritualística, ou a serviço do templo), ainda
assim, em sua própria tradução dos versículos, usa a sentença
prostituição a serviço do templo. Encontramos o mesmo paralelo
de palavras (prostituto/a e prostituto/a a serviço do templo) em Gn.
38.15, 21. É ainda mais interessante notar, que no comentário acima,
a palavra "qedesha", pode ser mais bem traduzida, como: “separado,
alguém que vive ao largo”; o que comumente significa alguém
separado para o Serviço de D’us; para servir a D’us. Vale salientar,
que as duas escolas de pensamento, têm interpretações diferentes
do significado destes versículos, e nenhum deles, chegou a nenhuma
conclusão, se o mesmo estaria relacionado à homossexualidade.
DEUTERONÔMIO
O objetivo da apresentação, destas duas linhas de
pensamentos conflitantes, não foi absolutamente de
contundi-los, mas, tão somente de demonstrar que
até os maiores estudiosos da Bíblia, professores, e
instituições de ensino, nem sempre concordam entre
si, a respeito do exato significado das Escrituras; e,
atente para o fato, de como o Círculo Hermenêutico
pode influenciar neste processo. Interpretando estas
passagens, resume-se: Israelitas não devem
envolver-se em prostituição no templo, porque
estas
são
práticas
idólatras
(consequentemente abominação).
DEUTERONÔMIO
Deuteronômio 22.5 (JFA)
“Não haverá traje de homem na
mulher, e nem vestirá o homem roupa
de mulher, porque, qualquer que faz
isto, abominação é ao Senhor teu
Deus.”
DEUTERONÔMIO
Esta é a única passagem em toda a Bíblia que
trata do hábito de se usar roupas do sexo
oposto; conhecido em nossa cultura como
travestismo, apesar de que para muitos, este
termo aplica-se tão somente ao homem usar
roupas femininas. A fim de padronização,
salientamos
que,
utilizaremos
o
termo
travestismo, quando nos referirmos ao uso de
roupas próprias de um sexo, por uma pessoa do
outro sexo, independentemente de qual sexo
estejamos nos referindo.
DEUTERONÔMIO
A Nova Bíblia Anotada Oxford afirma:
“A proibição contra o travestismo procura,
sobretudo estabelecer os limites de gênero”. Uma
similar preocupação com limites, é evidente nos
versículos 10-12. Nestes versículos, lemos: Não
lavrarás com junta de boi e jumento. Não te vestirás
de diversos estofos de lã e linho juntamente.
Franjas porás nas quatro bordas da tua manta, com
que te cobrires.
DEUTERONÔMIO
Enquanto os versículos dez e onze parecem
observar ao extremo o conceito de não misturar
“espécies diferentes”, o versículo doze nos mostra
que, na verdade, o que as escrituras tentam nos
ensinar, é o conceito de separação. Os Israelitas
deveriam ser um povo separado, e distinto daquele
povo, que habitava a terra para a qual eles
mudaram-se.
DEUTERONÔMIO
Devemos também lembrar, que numa cultura basicamente
patriarcal, para um homem, fazer qualquer coisa que pudesse
ser considerada como feminina, seria uma degradação de sua
masculinidade, e, por extensão, degradação da masculinidade
de um modo geral. A hierarquia daquela sociedade,
fundamentada no gênero (sexo) tinha uma base bíblica. E
formou o SENHOR D’US o homem do pó da terra, e
soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi
feito alma vivente. (Gn 2.7) Ao homem foi dado o fôlego do
próprio D’us; portanto, o homem era o ser vivente mais
aproximado de D’us. Mas, o homem estava sozinho, e D’us
entendeu que isto não era bom. D’us então decidiu criar uma
auxiliadora idônea. (Gn 2.18, 20a) Nos versículos 21-22, lemos
que D’us então, causou um sono profundo no homem, retirou
uma de suas costelas, e formou dela a mulher.
DEUTERONÔMIO
Interpretamos esta passagem, como nos dizendo que, já que
D’us soprou dentro do homem o seu próprio fôlego de vida, o
homem é, portanto a criatura mais aproximada de D’us. A
mulher, entretanto, foi criada a partir do homem, estando a um
degrau abaixo do homem, na proximidade de D’us. Ainda mais,
como a mulher foi criada, com a finalidade de auxiliar o homem,
isto era interpretado, como se ela fosse criada para ser uma
escrava para o homem; novamente demonstrando, que ela
estava a um degrau abaixo do homem. Por conseguinte, um
homem que se vestisse de mulher, estaria se diminuindo; e, por
implicação, estaria rebaixando todos os homens ao nível das
mulheres. Da mesma forma, a mulher, não deveria usar vestes
masculinas; pois, ao fazê-lo, ela estaria sendo elevada ao
“status” de homem, e causando descrédito e vergonha aos
homens.
DEUTERONÔMIO
David Payne escreve na série “Estudos Bíblicos
Diários” sobre Deuteronômio 22.5:
Existem razões para crermos que a Lei descrita no versículo
cinco não esteja relacionada com a aberração sexual
conhecida como travestismo, mas que seja um repúdio a
certas práticas pagãs daquela época. Portanto esta lei, hoje
em dia, não seria mais do que um guia de distinção, do que
aquela descrita no versículo doze, a respeito das franjas das
bordas da manta a ser usada pelos Israelitas. Estas franjas,
qualquer que seja a sua origem, pretendiam lembrar a cada
um dos Israelitas da sua obrigação de obedecer a D’us e à
sua lei. Com efeito, estas franjas fizeram os Israelitas
distintos dos canaanitas, na sua maneira de vestir.
DEUTERONÔMIO
Existem evidências, que indicam que os praticantes
da prostituição no templo, especialmente os
homens, usavam roupas do sexo oposto. Se
aceitarmos esta afirmação, podemos então concluir
que, as instruções contrárias ao “travestismo”,
encontradas em Deuteronômio 22.5, na verdade
nos dizem que:
DEUTERONÔMIO
1. Os
Israelitas
devem
ser
imediatamente
identificados como tal, ou seja, eles não devem
agir nem vestirem-se como os habitantes das
terras para onde D’us os levou.
2. Os Israelitas devem observar as separações de
gênero, de maneira a não macular a imagem
masculina com a feminina (sociedade patriarcal,
machista).
3. Os Israelitas não devem envolver-se em práticas
idólatras.
DEUTERONÔMIO:
• Hijras:
são
pessoas transgêneros e intersexuais (
Male to Female, "de Homem para
Mulher", em português) da Índia, do
Paquistão e
de Bangladesh,
ainda
praticamente
desconhecidas
no Ocidente.
DEUTERONÔMIO:
Estudos recentes sobre os Hijras
define:
• Segundo MONEY (1988), as hijras
podem ser consideradas tanto como
indivíduos pertencentes a uma casta,
quanto a um culto. Possuem uma
deusa própria, Bahuchara Mata. Pela
medicina ocidental, podem ser
consideradas
transexuais
masculinos.
DEUTERONÔMIO:
A empregabilidade do termo:
Hijra é o termo mais frequente usado para descrevê-las. É derivado
do urdu, a língua poética da cultura islâmica do subcontinente
indiano. Outra palavra amplamente usada por eles é khusra, que
vem da língua punjabi (noroeste da Índia, nordeste do Paquistão). O
termo muçulmano mukhannath (ou muhannas) é também usado
em certos contextos, e muitas hijras o preferem. Na literatura
inglesa a palavra eunuco é mais frequentemente empregada para
se referir a elas. É correta até certo ponto, ou seja, no caso de esse
termo ser relacionado ao pensamento muçulmano medieval do que
significava
um
eunuco:
que
era
basicamente
um
homem emasculado. Contudo, essa ideia pode levar a conclusões
enganosas de que as hijras são "homens castrados", já que em sua
esmagadora maioria são transexuais, transgêneros ou intersexuais.
DEUTERONÔMIO:
A concepção social do Oriente Médio com relação aos Hijras:
Algumas hijras afirmam que sua sociedade já foi conhecida desde
Índia até Espanha, quando da expansão do Império Otomano.
Outras, que fizeram os Hajj(peregrinação a Meca) insinuam uma
conexão próxima entre sua sociedade e a antiga comunidade dos
eunucos que guardavam o túmulo do profeta Maomé e o sagrado
mosteiro de Meca. Levando isso em consideração, as comunidades
muçulmanas hijras de hoje em dia são as únicas sobreviventes
intactas da sociedade mukhannath islâmica medieval, tendo até
mesmo ligações antigas com as tradições hindus.
(Fonte: Cohen L. The pleasures of castration: the postoperative
status of Hijras, Jankhas and academics. In: Abramsom PR,
Pinkerton SD, editors. Sexual nature, sexual culture. Chicago: The
University of Chicago Press; 1995. p.276-304.)
DEUTERONÔMIO:
• Hijras
DEUTERONÔMIO:
DEUTERONÔMIO:
Bahuchara Mata
AT – Introdução a Teologia Inclusiva
1. Sexualidade Humana;
2. Identidade de gênero;
3. Gênesis: a formação do homem ou a
mitologia monoteísta?;
4. Sodoma e Gomorra: a violência,
orgulho e a falta de hospitalidade;
5. Levítico: prostituição cultual;
6. Deuteronômio.
Questionário
1. O Conceito bíblico para a prostituição cultual entende que
eram homossexuais que serviam como sacerdotes nas tais
doutrinas pagãs da época?
2. Esta regra era tão séria que proibia o ataque aos inimigos que
tivessem recebido oferta de abrigo para o descanso noturno.
Assim, fazendo o que era certo, seguindo as leis de Deus, Ló
recusou-se a expor seus convidados ao abuso dos homens de
Sodoma. Qual era a regra?
3. A proibição contra o travestismo procura, sobretudo
estabelecer os limites de gênero?
4. Gênesis é fato verídico ou mitológico?
5. O que é identidade de gênero?
6. Qual é o pilar central da Teologia Inclusiva?
7. O que significa a palavra Deuteronômio (etimologia)?
Respostas
1. Não. Prostituição cultual: “Prostitutos e prostitutas do antigo
Oriente Médio, empregados nos cultos da fertilidade. Praticavam atos
sexuais no templo do seu deus como parte do culto que prestavam a
deidade pagã”.
2. Sagrada Hospitalidade. (Êxodo 22.21)
3. Sim, dentro do conceito da separação. (Deuteronômio. 22:9-12)
4. A conclusão depende da interpretação.
5. Na sociedade, identidade de gênero se refere ao gênero em que a
pessoa se identifica (se ela se identifica como sendo um homem, uma
mulher ou se ela vê a si como fora do convencional), mas pode
também ser usado para referir-se ao gênero que certa pessoa atribui
ao indivíduo tendo como base o que tal pessoa reconhece como
indicações de papel social de gênero (roupas, corte de cabelo, etc.).
6. Seu pilar central encontra-se no amor de Deus pelo homem. (Atos
10.34)
7. Repetição ou reafirmação.
NT - ROMANOS
1. 1ª Parte - Romanos 1:18-29;
2. A Bíblia Anotada New Oxford;
3. 2ª Parte - Romanos 2:1;
4. Versões:
a) Romanos 1:26-27 (VBJ);
b) Romanos 1:26-27 (NVI);
4. A Enciclopédia Bíblica Padrão
Internacional .
NT - ROMANOS
Romanos 1:18-29:
Ao contextualizarmos, vamos perceber que a linha de
raciocínio de Paulo inicia-se no versículo 18 e segue até
o fim desse capítulo, como mostrado no início deste
estudo.
Algumas coisas desagradam a Deus, é verdade; mas,
Deus esta a irar-se com aqueles que:
• Omitem a verdade de Deus;
• Não honram, não glorificam, nem são gratos e
reconhecidos a Deus;
• Substituem a verdade de Deus pela mentira;
• Adoram e servem aos ídolos ao invés do Criador.
NT - ROMANOS
Em uma palavra:
IDÓLATRAS!
NT - ROMANOS
• A ira de Deus esta direcionada àqueles
que praticam idolatria, em todas as
suas formas.
• Note que as três primeiras palavras do
versículo 27, independentemente de
que tradução se use, se refere a algo
que acontece anteriormente “Pelo
que…”; “por causa…”; “Por isso…”.
NT - ROMANOS
• Os versículos 26 e 27, não são
versículos
autossuficientes.
Eles
explicam quem provoca a ira de
Deus, e o que causa o seu
comportamento anômalo.
• Idólatras provocam a ira de Deus, e o
seu descontentamento ao adorarem
os ídolos.
NT - ROMANOS
Atenção para uma particularidade, o verbo “cometer”
foi traduzido a partir da palavra composta:
• kat-err-gotzumai.
Enquanto
que
Err-gotzumai
significa
trabalhando,
desenvolvendo,
implementando, isto é; é um verbo de ação.
• Quando se acrescenta estas três letras, kat, antes,
é dada uma ênfase ao caráter da palavra,
significando que se trata de um trabalho difícil de
ser executado. (Romanos 1.27d)
NT - ROMANOS
• Exegese segundo o dicionário:
s.f.
Análise,
explicação
ou
interpretação de uma obra feita de
maneira
cuidadosa.
Comentário cujo propósito é esclarecer
ou interpretar detalhadamente um
texto, uma expressão ou uma palavra.
(Etm. do grego: exégésis).
NT - ROMANOS
Exegese Bíblica (Romanos 1:27):
Podemos então supor, sem receios, que
Paulo estava se referindo aos homens, cuja
orientação sexual não fosse homossexual,
para quem tais práticas seriam naturais,
mas para heterossexuais, para quem esse
ato implicaria em grande esforço, mas que
o teriam feito de qualquer maneira, como
forma de adoração aos ídolos.
NT - ROMANOS
A Bíblia Anotada New Oxford diz a respeito dos
versículos 27 e 28:
“Enquanto que a Torah proíbe um homem “deitar-se com
outro homem como com uma mulher” (Lv 18,22),
autoridades judaicas contemporâneas de Paulo criticavam
uma variedade de comportamentos sexuais comuns no
mundo pagão”.
Apesar de que hoje se emprega essa expressão largamente
como uma referência à homossexualidade, a linguagem que
se refere às praticas contrárias à natureza era mais usada
nos dias de Paulo, não para denotar a orientação da atração
sexual, mas a tolerância e prazer exagerados, sem medidas,
lascívia, que enfraquece o corpo (a recompensa de seu erro).
NT - ROMANOS
Romanos 2:1
“Portanto, és inescusável, ó homem,
qualquer que sejas, quando julgas,
porque te condenas a ti mesmo
naquilo em que julgas a outro; pois tu
que julgas, praticas o mesmo”.
NT - ROMANOS
Obs.:
Anteriormente
tentamos
demonstrar que as condenações de
Paulo
estavam
direcionadas
às
mesmas práticas pagãs que foram
erroneamente
identificadas
como
homossexualidade
nas
Escrituras
Hebraicas.
NT - ROMANOS
De que maneira esta passagem se
relaciona à anterior?
NT - ROMANOS
Paulo está dizendo que aqueles que julgam os
outros estão usurpando uma prerrogativa de Deus.
Somente Deus pode julgar os homens. Não temos
permissão para julgar uns aos outros. Quando
julgamos aos outros, ascendemos ao trono da falsa
religiosidade;
e, esta
atitude
arrogante,
é
equivalente à idolatria.
Quando o fazemos, nos colocamos acima dos
demais semelhantes, com a suposição de que temos
o direito de ditar-lhes como devem viver. Tornamonos Deus em nossa própria opinião, e isso é
IDOLATRIA.
NT - ROMANOS
A única maneira que uma pessoa pode
usar
esses
versículos
como
condenação à homossexualidade, seria
tirando-os de seu contexto, fazendo
uma inconveniente, inconsistente e
deliberada mudança no significado
intrínseco das palavras de Paulo, a fim
de
acomodá-las
numa
visão
homofóbica. Fazer isso significa:
NT - ROMANOS
“mudar a verdade de Deus em mentira
e honrar e servir à criatura”.
(Romanos 1:25)
NT - ROMANOS
Um
dos
principais
argumentos
contra
a
homossexualidade (ou à introdução da identidade
de gênero) tem sido: "não é natural".
Um dos argumentos favoritos usado contra a
homossexualidade é "Deus criou Adão e Eva, não
Adão e Ivo". Este é um não-argumento porque,
naturalmente, Deus criou Adão e Ivo, e Maria e
Jorge, e Alice e Suzana; Deus fez cada um de nós,
mas negar a validade de uma orientação porque
esta não foi descrita no Jardim do Éden é
consequentemente "não natural", é absurda, não
obstante a poesia.
NT - ROMANOS
Os seres humanos são os mestres do "não natural",
talvez começando com a primeira vez que alguém tirou a
pele de um animal e usou-a como roupa ou como abrigo.
Dos carros que dirigimos aos televisores a que
assistimos; dos computadores que usamos para permitirnos a comunicação através do mundo, ao despertador
que nos acorda pela manhã; do último jantar congelado
da noite, ao forno de micro-ondas que usamos para
aquecê-lo, cada aspecto de nossas vidas celebra o "não
natural". Mesmo os Amish (ortodoxos) da Pensilvânia que
se abstêm de nossas modernas conveniências “não
naturalmente” arreiam seus cavalos às carroças para
chegar à cidade.
NT - ROMANOS
A questão é o TERMO.
Uma pergunta se faz necessária:
• O que Paulo quis dizer?
NT - ROMANOS
• Na língua original, as palavras
usadas aqui em Romanos 1.26 eram
para phusin, traduzido como “contra
a natureza”, que muitos estudiosos
interpretaram como se referindo à
homossexualidade.
NT - ROMANOS
• Entretanto, nós verificamos que Paulo usa
estas mesmas palavras em Romanos 11.24
para explicar aos gentios que embora estes
não
sejam
naturalmente
parte
dos
escolhidos, Deus dá boas-vindas aos gentios
e esta disposto a enxertá-los na árvore da
família, e também disposto a enxertar de
volta, nessa mesma árvore da família,
aqueles escolhidos que haviam se afastado:
NT - ROMANOS
“Com efeito, se você (gentio) fosse
cortado de uma oliveira silvestre por
natureza (phusin) e contra a natureza
(para phusin) fosse enxertado na
oliveira mansa (a árvore da família dos
eleitos), com maior razão os ramos
naturais (os escolhidos que se
afastaram) serão enxertados (de volta)
na oliveira a que pertencem”.
(Romanos 11.24 - NVI)
NT - ROMANOS
• É totalmente evidente que o uso
aqui, por Paulo, da frase, não tem
nada a ver com homossexualidade,
nem é uma crítica da imoralidade.
Mas propriamente Paulo refere-se à
phusin (ou phusis) para designar
àquilo que é inato à pessoa, ou a
como nasceram.
NT - ROMANOS
Encontramos um exemplo deste uso
em Gálatas 2:15:
1. O que a VBJ diz é "Nós somos judeus
de nascimento e não pecadores da
gentilidade”;
2. Porém, traduzido por "Nós que
somos judeus por nascimento e não
pecadores de gentios", na NVI.
NT - ROMANOS
Além disso, em 1 Coríntios 11.14,
Paulo escreve:
"A natureza mesma das coisas não
vos ensina que se um homem tem
cabelos compridos, é desonroso para
ele...?" (NVI).
NT - ROMANOS
• Não é verdade que a natureza induz
o cabelo a crescer e ficar comprido?
• Não estaria contra a natureza cortálo?.
NT - ROMANOS
Considere que Paulo era um homem
educado, que, por suas próprias
palavras, excedeu a seus pares no
conhecimento da lei judaica, dos
costumes e das tradições. Certamente
conhecia o Sansão do livro dos Juízes.
NT - ROMANOS
No capítulo 16 v.10 de Juízes nós
encontramos Sansão dizendo a Dalila:
"Nenhuma lâmina foi jamais usada em
minha cabeça", disse-lhe ele: "porque
eu sou nazireu consagrado a Deus
desde o nascimento. Se minha cabeça
fosse raspada, minha força deixar-meia, e tornar-me-ia tão fraco quanto
qualquer outro homem" (NVI).
NT - ROMANOS
Quando o cabelo de Sansão foi
cortado, sua famosa e poderosa força
deixou-o e não retornou até que seu
cabelo crescesse outra vez.
• Se os nazireus foram pessoas
consagradas para servir a Deus, o
que induziu o comentário de Paulo
em 1 Coríntios?
NT - ROMANOS
É possível que todos os homens aptos de
Corinto fossem solicitados a servir nas forças
armadas (com cortes militares de cabelo) e
que aqueles cujos cabelos permaneceram
não cortados esquivam-se de seus deveres.
Neste exemplo do uso da natureza, nós
descobrimos que a conotação não era sobre
moralidade, ou sobre o que é inato, ou um
acidente
de
nascimento,
mas,
sim,
responsabilidade meramente cívica.
NT - ROMANOS
É importante anotar que a Enciclopédia Bíblica Padrão
Internacional em seu artigo Natural/Natureza (The
International Standard Bible Encyclopedia) afirma:
“... a palavra natureza está contaminada por conceitos não
bíblicos a partir do pensamento grego em diante, especialmente
conceitos carentes da confissão bíblica fundamental de Deus
como Criador. A ambiguidade do termo (por quaisquer razões)
admite um aspecto de uso que varia do abstrato e universal à
subjetiva e sensata vida de uma pessoa. O relacionamento
natural entre os sexos está estabelecido na ordem regular da
natureza (Romanos 1:26). Os pagãos são culpados pela violação
desta physis (isto é, natureza)."
Novamente encontramos esta referência à idolatria como sendo o
que é “contra a natureza”, e a condenação indicada em Romanos
1.26-27.
NT - CORÍNTIOS
1. 1Coríntios 6:9–10;
2. Versões;
3. SEM TREMER PERANTE DEUS
(Por Rabino Steve Greenberg).
NT - CORÍNTIOS
1Coríntios 6:9–10:
“Não sabeis que o ímpio não herdará o
Reino de Deus? Não vos iludais.
Nenhum destes herdará o Reino de
Deus: o imoral, os idólatras, os
adúlteros, malakoi, arsenokoitai, os
ladrões, o ganancioso, os bêbados, os
caluniadores nem os extorsionários
herdarão o Reino de Deus”.
NT - CORÍNTIOS
Paulo apresenta ao leitor uma lista
daqueles que ele declara que não
herdarão o Reino de Deus. A palavra
no grego original parafraseada por
ímpio é akidos e significa iníquo; por
extensão,
mau;
por
implicação,
traiçoeiro; especialmente bruto: iníquo,
pecaminoso.
NT - CORÍNTIOS
Há duas palavras que certamente chamarão
sua
atenção
de
imediato:
malakoi
e
arsenokoitai. Você não encontrará essas
palavras
em
nenhuma
tradução;
você
encontrará, no entanto, várias palavras e
frases. Acima são as palavras na língua original.
A verdade é que ninguém sabe realmente com
certeza o que as palavras significam, e,
consequentemente, nem o que Paulo quis dizer
realmente.
NT - CORÍNTIOS
Versões:
• Rei James: “nem afeminados nem abusadores de si mesmos com a
humanidade”;
• Nova Rei James: “nem homossexuais, nem sodomitas”;
• Bíblia de Jerusalém: “nem os depravados, nem as pessoas de costumes
infames”;
• Revisada Padrão (apenas uma palavra): “homossexuais”;
• Nova Internacional: “prostitutos masculinos; nem ofensores homossexuais”;
• Contemporânea Inglesa: ”nem o que se comporta como um homossexual”;
• Novo Testamento Inclusivo: “prostitutas e pederastas”;
• Oxford Comentada: “prostitutos masculinos, sodomitas”;
• Nova Versão Internacional (Edição 2002): “Nem homossexuais ativos e
passivos”;
• Editora Ave Maria: “nem os efeminados, nem os devassos”;
• Sociedade Bíblica do Brasil (Edição 1969): “nem efeminados, nem
sodomitas”;
• Sociedades Bíblicas Unidas: “nem adúlteros, nem efeminados”;
• Tradução Ecumênica da Bíblia: “nem os efeminados, nem os pederastas”;
• Reina Valera: “nem os efeminados, nem os que deitam com homens”.
NT - CORÍNTIOS
É muito interessante que a Bíblia Contemporânea Inglesa
usa a frase comporta-se como um homossexual. Se a
censura é contra alguém que "comporta-se" como um
homossexual, então, os escritores desta tradução, acreditam
que as palavras não se referem, nem se aplicam, aos
homossexuais; mas, aos heterossexuais que se comportam;
leia-se:
“engajam-se
em
comportamento
homossexual”, como homossexuais.
Podia isto novamente ser uma referência ao templo de culto
ou à prostituição em santuários?
Enquanto que a Nova Versão Internacional, Edição 2002, da
editora Vida: “Nem homossexuais ativos e passivos”; é,
no mínimo, mal intencionada.
NT - CORÍNTIOS
• MALAKOI
Por que há diferenças entre as traduções?
As palavras são extremamente obscuras. Malakoi (ou
malekos) aparece somente quatro vezes no Novo Testamento.
Em três vezes significa fino ou macio, como quando Jesus
Cristo a usou para falar de João Batista em Mateus 11.8:
"... Mas que fostes ver? Um homem vestido em roupas finas
(malekos)? Mas os que vestem roupas finas (malekos) vivem
nos palácios dos reis" (VBJ).
A outra vez onde a palavra aparece é na versão de Lucas
deste mesmo discurso (7.25).
NT - CORÍNTIOS
Enquanto que no Dicionário Strongs de Grego
do Novo Testamento (Strongs Greek Dictionary
of The New Testament), nós lemos como segue:
1.
Malakos = macio; isto é, roupas finas;
figurativamente, um efeminado, alguns
dicionários
gregos
definem-na
como
significando moralmente fraco. Martinho
Lutero traduziu-a como fraco (em corpo,
mente ou caráter).
NT - CORÍNTIOS
No Dicionário Vine, de Palavras do Novo Testamento
(Vine’s Dictionary of New Testaments Words), se você
procurar pela palavra macia, o livro mostra:
Veja Efeminado. Lá você encontrará o original:
malakos: macio, macio ao toque, fino, é usado como :
(a) roupa fina;
(b)
metaforicamente,
em
um
mau
sentido,
"efeminado", não simplesmente de um macho que
pratique formas de lascívia, mas das pessoas em
geral que são culpadas de apego aos pecados da
carne, voluptuosos.
NT - CORÍNTIOS
Tom Horner, em seu livro Jônatas amou Davi (Jonathan Loved
David), identificam efeminados como:
“... os homens extremamente efeminados que transformaram a
homossexualidade em uma profissão. Estes eram os efeminados, os
prostitutos homossexuais da Grécia antiga, os assim chamados
“cães sagrados” dos santuários cananeus, e os eunucos seguidores
da deusa Cibele... Em algumas sociedades, tais como aquelas da
antiga Frigia, os efeminados foram olhados com honra e respeito;
mas na sociedade hebraica, em todos os períodos que conhecemos,
não o eram".
Outra vez encontramos a referência aos prostitutos de santuários,
aqueles que se engajavam no sexo do mesmo gênero para o culto
de ídolos.
NT - CORÍNTIOS
Horner continua: "Na Grécia clássica, também, homens
efeminados geralmente eram menosprezados. Por quê?
Porque representavam o oposto exato do tipo heroico ou
nobre de amor que era muito admirado da época do
Hércules legendário, que depois, na Roma imperial foi
ligado eroticamente a dois homens (e numerosas
mulheres) do imperador Adriano. Este modelo heroico foi
idealizado como o mais nobre, e em alguns casos,
romântico, tipo de amor.
Em O Banquete, de Platão, é elogiado como a máxima
expressão do amor físico (e espiritual sinal de virtude). E,
pelo contrário, sair com um efeminado era algo ordinário.
NT - CORÍNTIOS
homem poderia fazê-lo; e em algumas
sociedades quase todo homem o fez
uma vez ou outra. Além disso, como o
patriarcado aumentou seu domínio nas
sociedades mediterrâneas orientais, o
homem em que faltavam traços viris,
como a fêmea a quem ele tão
proximamente se assemelhou, foi mais
e mais estigmatizado" (Páginas 22,
23).
NT - CORÍNTIOS
• ARSENOKAITOI
A segunda palavra usada na passagem destacada,
arsenokoitai (arsenokoites) é ainda mais obscura.
Aparece somente duas vezes no Novo Testamento,
aqui e em 1 Timóteo 1,10. Esta palavra é tão
obscura que o dicionário Vine nem tenta defini-la.
Em vez de uma definição, o dicionário dá as duas
únicas passagens onde à palavra aparece. O
dicionário Strongs usa: “um sodomita: abusador
(que perverte) a si mesmo com a humanidade.
Derivado de arsen = macho, homem, e kemai =
mentir de forma contumaz”.
NT - CORÍNTIOS
Rev. Robert Arthur, em seu livro Homossexualidade à
Luz da Linguagem e Cultura Bíblicas (Homosexuality
in the Light of Biblical Language and Culture),
falando de cultos pagãos, escreve:
Era extremamente comum, portanto, encontrar
deuses e deusas que recebiam presentes de
apreciação e de adoração de seus adeptos sob a
forma de atos sexuais. Para facilitar o oferecimento
de tais presentes, homens e mulheres eram ligados
(a templos) para receber estes presentes e
tornaram-se conhecidos como prostitutos do templo
(tanto homossexuais como heterossexuais).
NT - CORÍNTIOS
(...) A adoração da fertilidade deste tipo e
expressões similares continuaram por pelo menos
nos primeiros 100 anos da era cristã, em lugares tais
como o templo de Diana em Éfeso. Na língua grega
a palavra usada para os prostitutos do templo
nestes lugares da adoração pagã era arsenokoites.
Não foi antes de por volta de 200-250 da era cristã
que uma homofobia marcante (...) começou a
rastejar na Teologia. Por esta época, a adoração
cultual do sexo começou a morrer e a palavra usada
por Paulo para descrever os prostitutos do templo
estava começando a tornar-se obsoleta.
NT - CORÍNTIOS
A PALAVRA GAY DA ÉPOCA.
É importante observar que (...) ao
tempo de Cristo a palavra de uso
comum
que
significava
homossexualidade era homophilia. (...)
Esta palavra foi usada na língua grega
até bem depois da época da morte de
Paulo. Mas esta palavra nunca foi
usada nas Escrituras.
NT - CORÍNTIOS
OUTROS AUTORES
Padre John McNeill, sacerdote jesuíta, em seu trabalho A
igreja e o Homossexual (The Church and the Homosexual),
escrevem que o uso da palavra, no segundo século, na
Apologia de Aristides, parece indicar que significa um
corruptor obsessivo de meninos.
Do mesmo modo, o professor Robin Scroggs, do Seminário
Teológico de Chicago, em seu livro, Novo Testamento e
Homossexualidade (New Testament and Homosexuality),
posiciona-se que ambas as palavras – malekos e
arsenokoites – referem-se aos parceiros ativos e passivos
na prática grega da pederastia, a qual não deve de modo
algum ser confundida com homossexualidade.
NT - CORÍNTIOS
A PEDERASTIA
Pederastia é a molestação de crianças, pura e
simplesmente. Um relacionamento ‘pederástico’ existe
entre um amante, que é geralmente um homem maduro,
e, o amado, um garoto jovem o bastante, para ainda ser
imberbe. O amante era sempre o parceiro ativo; o amado
era solicitado a ser passivo. Nem todo relacionamento
era sexual em sua natureza, mas quase todos o eram. O
amado não devia ser sexualmente satisfeito, o que era
prerrogativa exclusiva do amante apenas. Quando o
amado tornava-se velho o bastante para ter barba e por
outro lado tornar-se mais viril, era trocado por uma
pessoa mais nova.
NT - CORÍNTIOS
A Nova Bíblia Comentada de Oxford,
publicada em 2001 é considerada um dos
comentários mais respeitados de todas as
Bíblias; ela oferece a seguinte nota de rodapé
para os versículos destacados:
Os termos gregos traduzidos como prostitutos
masculinos e sodomitas, não se referem aos
“homossexuais”,
como
em
inapropriadas
traduções mais antigas; “masturbador”, “e
prostitutos masculinos”, podem ser a melhor
tradução.
NT - CORÍNTIOS
SEM TREMER PERANTE DEUS
Primeiro Rabino Ortodoxo do mundo a revelar a sua
homossexualidade, em 1999, o norte americano Steve
Greenberg lutou durante anos contra o conservadorismo
exacerbado dos judeus ortodoxos, que são radicalmente
contra a homossexualidade, e repudiam a existência de
Rabinos homossexuais. Após uma busca incessante por
respostas na Tora, Bíblia dos judeus; ele decidiu assumir a
sua homossexualidade e fez disso uma vocação. Hoje
Greenberg vive em Nova Iorque com um companheiro,
ortodoxo também, e é respeitado na Sinagoga que freqüenta.
Também leciona no Center for Learning and Leadership para
judeus, e é autor do livro Wrestling With God and Men
(Lutando com D’us e Homens)
NT - CORÍNTIOS
O Rabino ganhou notoriedade mundial ao mostrar a sua
história no documentário Trembling Before God
(Tremendo Perante Deus/2002), que aborda a fé e a
homossexualidade na vida de homens e mulheres.
O filme relata a trajetória de dez judeus homossexuais,
seis homens, e quatro mulheres; e a opinião de Rabinos
judeus a favor e contra a homossexualidade. No
documentário, Greenberg é o único Rabino Ortodoxo que
não largou a ortodoxia por causa de sua orientação
sexual. Nesta entrevista exclusiva para G Magazine, ele
nos fala de suas lutas, angústias e dilemas, em sua
trajetória vitoriosa, para se aceitar, e ser aceito, como
um Rabino Ortodoxo Homossexual
NT - CORÍNTIOS
Gmagazine: E como era sua vida espiritual e religiosa
na adolescência?
Steve Greenberg: Nesta época, eu já mantinha obediência
aos preceitos religiosos ortodoxos, e a minha salvação foi o
Negiah, que é o preceito que me proibia de abraçar, beijar, e
inclusive tocar garotas antes do casamento. Essa restrição
sexual, pré-nupcial religiosa, foi uma máscara perfeita, não
somente para o mundo, como também para mim mesmo.
Era o álibi perfeito, para me afastar, das experiências
sexuais e amorosas, típicas dos adolescentes; e mais
importante ainda, me impedir, de tomar conhecimento, de
coisas a meu respeito,que no fundo, eu já sabia.
NT - CORÍNTIOS
Gmagazine: Que tipo de conflitos você viveu até se conformar
em
ter
uma
atração
homossexual?
Steve Greenberg: Conforme o tempo passava, e a minha repressão
sexual, ficava cada vez mais fraca, o contato com rapazes,
transformou-se numa frustração estranha, e não deu mais para negar
os desejos que brotavam de dentro de mim. Em certa ocasião, quando
estava em Israel, eu fiquei tão desesperado, por perceber, que a
minha atração, por certo colega estudante, aumentava cada vez mais,
que fui visitar um sábio, Rav Yosef Shalom Eliashuv, que vive em uma
das mais isoladas comunidades ortodoxas de direita em Jerusalém.
Falando em hebraico, eu disse a ele, o que na época, era a minha
verdade: “Mestre, eu sinto atração tanto por homens, quanto por
mulheres. O que devo fazer?”. Ele respondeu, “Meu caro, você tem
duas vezes o poder do amor. Use-o com cuidado.” Eu fiquei perplexo, e
como ele ficou em silêncio, perguntei: “E o que mais?”. Ele sorriu e
respondeu: “Isso é tudo. Não há mais nada a dizer.”
NT - CORÍNTIOS
As palavras dele me acalmaram, permitindo que eu,
temporariamente, esquecesse as terríveis tensões que me
atacavam. Claro, que eu não estava pedindo permissão para
agir a partir dos meus sentimentos, e, ele, também não
estava permitindo isso. Mas, eu tinha que entender o que é
que significava o meu desejo por homens. Por suas palavras,
eu compreendi que não era para eu encarar esse desejo com
medo; mas, sim, como a prova de que eu tinha um grande
potencial para amar. O mais engraçado, é que eu até achei,
que essa minha característica, poderia me fazer um Rabino
melhor; porque como bissexual, eu teria uma vida emocional
mais ampla, e mais rica; e, quem sabe, uma vida mais
espiritual, mais profunda, e ainda me casar e ter uma
família.
NT - CORÍNTIOS
Voltei de Israel para Nova Iorque em 1978, para
terminar meus estudos e me casar. Com 22 de idade,
metades dos meus colegas estavam noivos; ou já
casados, e, eu, estava entusiasmado para entrar nesse
grupo. Namorei mulheres nesse período, mas, confesso
que não sabia exatamente o que deveria sentir. Como
eu estava me tornando um Rabino ortodoxo, elas
sabiam que não podiam esperar nada sexual da minha
parte. Cheguei a “me apaixonar” umas três vezes; e em
cada vez, cheguei à triste conclusão, de que aquelas
mulheres, não me atraíam o suficiente. O que mais
poderia explicar o meu total desinteresse sexual por
elas?
NT - CORÍNTIOS
Gmagazine: E você aceitou ser homossexual?
Steve Greenberg: Os sonhos de uma vida não se
esquecem assim, com essa facilidade. Apesar da
descoberta dramática, eu não conseguia ainda desistir
da esperança de casar, e ter uma família. Portanto,
durante os cinco anos seguintes, ao mesmo tempo, em
que mantinha o meu primeiro relacionamento com um
homem,
tentava
desesperadamente
namorar
mulheres, numa tentativa louca de me casar. Um dia,
uma mulher extremamente amorosa e religiosa, disse
que, se eu pedisse, ela aceitaria.
NT - CORÍNTIOS
Da noite para o dia, decidi fechar os olhos, e me jogar de
cabeça. Comprei uma garrafa de um vinho bem caro, e,
no meio do Central Park, em uma carruagem, sob um
céu enluarado numa noite de abril, propus casamento; e
ela, que eu mal conhecia, aceitou. Depois, pegamos o
telefone e ligamos para toda a família e amigos; fizemos
um brinde à nossa futura vida juntos, dissemos boa noite
e cada um foi dormir na sua casa, castamente. Mais um
mês, e tudo caiu sobre o peso da verdade: eu
simplesmente não queria me casar com ela. O absurdo
da esperança às vezes vai além do exagero. Mesmo
depois deste episódio humilhante, eu ainda estava
determinado a me casar.
NT - CORÍNTIOS
Continuei a namorar mulheres, e fiquei ainda duas
vezes metido em relacionamentos muito sérios, mas
fui incapaz de me comprometer. Na última vez,
decidi ser honesto com a jovem sobre minha luta.
Enquanto essa minha abertura ajudou a construir
uma confiança e uma intimidade bem mais profunda
do que eu já tinha conquistado antes, a ausência de
um desejo mútuo foi impossível de suportar. Enfim,
somente depois de muitos anos de uma negação
persistente, e me debatendo sem parar contra a
dura verdade, é que fui capaz de aceitar, que eu
realmente era um homossexual.
NT - CORÍNTIOS
Continuei a namorar mulheres, e fiquei ainda duas
vezes metido em relacionamentos muito sérios, mas
fui incapaz de me comprometer. Na última vez,
decidi ser honesto com a jovem sobre minha luta.
Enquanto essa minha abertura ajudou a construir
uma confiança e uma intimidade bem mais profunda
do que eu já tinha conquistado antes, a ausência de
um desejo mútuo foi impossível de suportar. Enfim,
somente depois de muitos anos de uma negação
persistente, e me debatendo sem parar contra a
dura verdade, é que fui capaz de aceitar, que eu
realmente era um homossexual.
NT - CORÍNTIOS
Gmagazine: Qual foi a reação na comunidade judaica ao seu
artigo?
Steve Greenberg: Esperei por uma chuva de ataques verbais e
escritos, mas para minha surpresa, nada disso aconteceu. Os amigos
deram um apoio maravilhoso e diversos colegas meus me ligaram
para oferecer oração e encorajamento, embora pedissem para não
serem citados. E quem não concordou comigo, não ligou para dizer
nada. Na verdade, a minha revelação foi amplamente ignorada pela
comunidade ortodoxa organizada. O pior comentário escrito veio de
um Rabino da Universidade Yeshiva. Ele me respondeu que um
Rabino Ortodoxo homossexual era uma coisa tão absurda e
inconcebível como seria um Rabino Ortodoxo comer um x-burguer no
dia do Yom Kipur, que é o Dia da Expiação, quando os judeus fazem
jejum absoluto o dia todo. Ou seja, uma inobservância flagrante aos
mandamentos.
NT - CORÍNTIOS
O mesmo jornal The Forward pediu que eu respondesse ao
comentário do Rabino. Eu escrevi que, enquanto o
comprometimento às normas é um ponto central para a definição
da Ortodoxia, a comparação dele tinha sido absurda. A
sexualidade humana não é uma extravagância gastronômica, e a
intimidade de uma vida não é um x-burguer. Ninguém se joga de
uma ponte por não poder comer um x-burguer. Ninguém entra em
depressão clínica, ou se deixa submeter à terapia de choques
elétricos pelo amor de um x-burguer. O mal-entendido grosseiro
que mais me chocou, neste caso, foi colocar a expressão sexual
humana como uma simples gratificação corporal, porque a
pessoa que fez a comparação entre sexualidade e x-burguer,
além
de
Rabino,
era
também
médico.
NT - CORÍNTIOS
Gmagazine: Como você avalia a ação desse documentário
junto aos judeus em conflito com a sua orientação
homossexual?
Steve Greenberg: Para lidar com esse conflito, os Rabinos têm
adotado amplamente a posição de muitos líderes religiosos
cristãos, de “Amar o pecador e odiar o pecado”. Quando alguém é
incapaz de ser curado do flagelo do desejo homossexual através de
esforço espiritual, de força de vontade moral ou da terapia, o
Rabinato Ortodoxo, por vezes com um reconhecimento doloroso,
ordena o celibato para toda a vida. Uma vez que o caráter de uma
pessoa é comumente moldado pela restrição do desejo pessoal em
prol de objetivos sublimes, nos é dito que a escolha é nossa: opte
pela Ortodoxia e resista à expressão homossexual; ou opte por ser
homossexual e saia da comunidade.
NT - CORÍNTIOS
Mas eu recebo diariamente e-mails e cartas sobre o
impacto positivo que o filme teve nas vidas das pessoas.
Famílias foram refeitas e jovens tiveram sua conexão ao
Judaísmo restaurada pela esperança que foi transmitida
no filme. Para alguns judeus não-ortodoxos, o filme
aumentou sua raiva contra a ortodoxia, pela forma
como trata os homossexuais. Entretanto, normalmente
ouvimos de Judeus Ortodoxos, que o filme foi
espiritualmente comovente, e, que eles foram tocados
pela fé, e pela persistência de pessoas, que têm todas
as razões para abandonarem as Comunidades
Ortodoxas, mas permanecem. Como eu.
APOLOGÉTICA CRISTÃ
TEOLOGIA INCLUSIVA
•
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•
•
•
Apologética
Davi e Jonatas
Rute e Noemi
Daniel e Aspenaz
Eunucos
O Centurião Romano
Apologia:
s.f. Texto, ou discurso, utilizado para defender,
explicar
ou
elogiar,
geralmente
um
comportamento, uma ideologia, uma doutrina,
uma obra literária ou artística: fazia apologia do
cristianismo.
P.ext. Enaltecimento; ação de defender, algo ou
alguém, apaixonadamente: comunista, realizou
a apologia do sistema cubano; apologia do
protestantismo; apologia da culinária mineira.
(Etm. do grego: apologia.as).
(Fonte: http://www.dicio.com.br/apologia/)
Apologética Cristã
É o ato de defender as crenças doutrinarias
ou
convencionais
da
fé
cristã.
A
necessidade da manifestação da defesa
diante dos falsos ensinos baseia-se em 1
Pedro 3:15,16.
Apologética Cristã
“Antes, santificai ao Senhor Deus em vossos
corações; e estai sempre preparados para
responder com mansidão e temor a qualquer
que vos pedir a razão da esperança que há
em vós, Tendo uma boa consciência, para
que, naquilo em que falam mal de vós, como
de malfeitores, fiquem confundidos os que
blasfemam do vosso bom porte em Cristo.”
1 Pedro 3:15,16
Apologética Cristã
Há dois aspectos / métodos básicos de apologética Cristã.
O primeiro, conhecido como apologética clássica, envolve
compartilhar provas e evidências de que a mensagem
Cristã é verdade.
O segundo, conhecido como apologética presuposicional,
envolve confrontar as pressuposições (ideias préconcebidas, suposições) por trás das posições anticristãs.
Proponentes dos dois métodos de apologética Cristã
geralmente discutem entre si sobre qual método é mais
eficiente. Aparenta ser bem mais produtivo usar os dois
métodos, dependendo da pessoa e da situação.
Definição apologética da
Teologia Inclusiva
A Teologia Inclusiva contempla uma lacuna
deixada pelas estruturas religiosas tradicionais
do Cristianismo, pois, por meio da Bíblia,
compreende que todos os que compõem a
diversidade humana, seja ela qual for, têm livre
acesso a Deus por meio do sacrifício de Jesus
Cristo na cruz. Seu pilar central encontra-se no
amor de Deus pelo homem, amor que, embora
eterno e incondicional, foi negado pelo discurso
religioso ao longo de vários séculos.
Davi e Jônatas
Dois jovens: um príncipe e um belo pastor de
ovelhas. O que poderia haver em comum entre
dois homens tão diferentes? A Bíblia responde:
um sentimento de amor tão intenso que em
toda a Escritura não se vê nada parecido, nem
entre um homem e uma mulher. Como assim?
A Bíblia descreve tal amor entre dois homens?
A resposta é: “sim”. Estamos falando do
príncipe Jônatas, filho do rei Saul e do pastor
Davi, filho mais novo de Jessé, um fazendeiro
idoso de Belém.
Davi e Jônatas
• Analise do texto:
1 Samuel 18:1 -4
• Palavras chave:
1. Alma;
2. Amou;
3. Aliança;
4. Despojou.
Davi e Jônatas
• Analise do texto:
1 Samuel 20:11-43
• Palavras chave:
1. Pacto;
2. (v. 17) 2 Vezes a palavra amava;
3. Alma;
4. (v.23) eternamente;
5. (v. 30) Perversa, elegido, vergonha, nudez;
6. (v. 31) Firme, reino, morte;
7. (v. 34) Encolerizado, magoava, Davi, maltratado;
8. (v. 39) Jônatas, Davi, negócio;
9. (v. 41) Inclinou-se, beijaram-se, choraram;
10.(v. 42) Jurado, Senhor, perpetuamente, semente.
Davi e Jônatas
Exegese:
1. Em que contexto há amor de alma? (18:1)
2. Porque a historia relata com ênfase esse amor
de alma? (18:3)
3. O Ato de despojar-se da capa era sinal de
honra/reconhecimento (muito embora isso não
era comum vindo de um monarca para seu
súdito), mas, se as honras foram feitas com o
despojar-se da capa porque Jônatas também
deu as suas vestes e a sua espada, e arco e o
cinto? (18:4)
Davi e Jônatas
4. Porque Saul se irou com Jônatas e fez questão
de citar as palavras vergonha e nudez? A ideia
remete a um relacionamento proibido? (20:30)
5. A Bíblia é enfática em dizer que Jônatas se
magoava por Davi, por que? (20:34)
6. Se a forma de cumprimentar nos dias de Davi
era inclinar-se três vezes na direção do outro, o
que justifica o ‘beijaram-se’ (a ideia aqui é que
os dois se beijaram, já que frase esta no plural)
se esse não era o costume social da época?
(20:41)
Davi e Jônatas
“Angustiado estou por ti, meu irmão
Jônatas; quão amabilíssimo me eras!
Mais maravilhoso me era o teu amor
do que o amor das mulheres.”
2 Samuel 1:26
Davi e Jônatas
Nota:
A Teologia Inclusiva tem sido bastante acusada de injetar na Bíblia
o que ela não diz. A exegese consiste em utilizar métodos
legítimos de interpretação bíblica a fim de se chegar ao sentido
original do texto em estudo. A eisegese consiste em se fazer
exatamente o contrário, ou seja, utilizar métodos duvidosos a fim
de fazer a Bíblia dizer o que nós queremos. A história de Davi e
Jônatas é um prato cheio para os críticos, afinal, embora a Bíblia
revele um forte amor entre eles, não é clara em revelar um
relacionamento afetivo em sua totalidade. Por isso, cautela é bom
com relação a Davi e Jônatas, afinal, é sabido por todos que uma
das grandes fraquezas de Davi eram as mulheres. Então, no
máximo, o que podemos afirmar, ou melhor, conjeturar sobre ele, é
que era bissexual. Praticamente o mesmo pode-se afirmar acerca
de Jônatas, que fora casado e tinha um filho: Mefibosete.
Davi e Jônatas
“Tenho defendido, ao longo dos meus estudos e
escritos, que o conceito de homoafetividade era
desconhecido da cultura bíblica judaica. Tal fato
explica o silêncio da Bíblia com relação a tais
relacionamentos – isso não quer dizer que não
havia homossexuais! (Havia, sem dúvida, o que
não havia era um conceito complexo de
orientação sexual). Portanto, se afirmamos que
Davi e Jônatas viveram um relacionamento
homoafetivo, seria uma exceção à regra.”
Alexandre Feitosa
Rute e Noemi
“Disse, porém, Rute: Não me instes para que te
abandone, e deixe de seguir-te; porque aonde quer
que tu fores irei eu, e onde quer que pousares, ali
pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é
o
meu
Deus;
Onde quer que morreres morrerei eu, e ali serei
sepultada. Faça-me assim o Senhor, e outro tanto, se
outra coisa que não seja a morte me separar de ti.
Vendo Noemi, que de todo estava resolvida a ir com
ela, deixou de lhe falar”.
Rute 1:16-18
Rute e Noemi
• Superficialmente:
Isso parece UMA AMIZADE de
conveniência mútua: duas amigas
moram juntas para compartilhar
recursos em um mundo frio e duro, até
que uma delas se casa e tem um
monte de crianças.
Rute e Noemi
• Toda história.
Rute e Noemi fizeram parte de uma grande FAMÍLIA
FELIZ (na verdade, Rute se casou com o filho de
Noemi). Mas, um desastre fez com que todos os
homens da família morressem. Rute fica viúva. Noemi
tinha outra nora, Orfa. Agora, todas viúvas, a única
coisa lógica para uma mulher fazer naquele tempo era
(especialmente as que não tinham benefícios sociais de
serem casadas e cuidadas por um homem) retornar pra
sua própria família. Noemi diz a Orfa que volte para sua
família, e ela segue. Mas, quando fala a mesma coisa
para Rute, ela recebe uma promessa muito especial.
Rute e Noemi
“... porque aonde quer que tu fores irei
eu, e onde quer que pousares, ali
pousarei eu; o teu povo é o meu povo,
o teu Deus é o meu Deus;
Onde quer que morreres morrerei eu, e
ali serei sepultada.”
Rute 1:16,17
Rute e Noemi
• Importante perceber:
O apelo sincero e a promessa de amor
e devoção é tão adorável que é
repetida
em
muitas
cerimônias
matrimoniais heterossexuais cristãs
Rute e Noemi
Após o trabalho de apoiarem uma a outra, Rute
encontra Boaz, um senhor de 80 anos parente
distante do marido morto de Noemi, que vê a
bondade e o amor entre ambas e se casa com
Rute para continuar o legado da família (uma
tradição
importante
da
época).
Mesmo depois do casamento e da bênção das
crianças, a comunidade comemora o fato de
Noemi "ter um filho", como visto em Rute
4:17, e lembra que Rute ama muito a
Noemi, Rute 4:15. Então... é lésbica?
Rute e Noemi
O livro não faz muita justiça às
amantes desta história que contém
uma promessa de amor que, de tão
poderosa é usada em cerimônias de
casamentos. A questão é: falamos isso
para outra pessoa se não estivermos
verdadeiramente apaixonados?
Rute e Noemi
Versão King James de Rute 1:14 diz:
"mas Ruth se apegou a ela" no
momento em que deveria retornar
para sua família. Em Gênesis 2:24, o
casamento é retratado como "um
homem deixando pai e mãe e
apegando-se a sua esposa."
Rute e Noemi tornaram-se "uma só
carne".
Rute e Noemi
• No geral:
A Bíblia dá pouca atenção à relação
entre Rute e Boaz, e muito mais
atenção à Rute e Noemi, mesmo
depois do casamento com Boaz.
Daniel e Aspenaz
“Ora, Deus fez com que Daniel
achasse graça e misericórdia diante do
chefe dos eunucos.”
Daniel 1:9
Daniel e Aspenaz
Na versão inglesa de King James 1611
em vez de "misericórdia" pode-se ler
"amor carinhoso”:
“Ora, Deus fez com que Daniel
achasse graça e amor carinhoso diante
do chefe dos eunucos.”
Daniel 1:9
Daniel e Aspenaz
Importante saber:
Eunuco no original era uma palavra
ambígua,
dependendo
da
empregabilidade da palavra na frase o
sentido poderia ser designado como
home castrado ou afeminado.
Daniel e Aspenaz
Versões e as traduções:
• “Ora, Deus fez com que Daniel
achasse graça e misericórdia com o
chefe dos eunucos”.
King James Version ( Cambridge
Edition)
• Ora, Deus fez com que Daniel
achasse graça e misericórdia diante
do chefe dos eunucos .
Daniel e Aspenaz
• “E Deus pôs no coração do capitão
os sentimentos não sexados aos
funcionários, porém amáveis e
piedoso para com Daniel.”
Inglês Básico Bíblia
• “E Deus pôs no coração do capitão
os sentimentos não sexados aos
funcionários, porém amáveis e
piedoso para com Daniel.”
Darby Bíblia
Daniel e Aspenaz
• “E Deus dá Daniel para a bondade e
amor perante o chefe dos eunucos.”
Youngs Literal Bíblia
• “E Deus concedeu a Daniel favor e
paixão diante do chefe dos eunucos.”
Publicação judaica Sociedade Bíblica
Daniel e Aspenaz
Sobre as diferentes traduções:
A divisão entre as traduções está relacionada com o fato
de as palavras originais em hebraico que foram traduzidas
para "graça e misericórdia" ter sentido duplo. Uma das
traduções possíveis é "misericórdia e amor físico", que,
obviamente, foi rapidamente excluída nas traduções.
Curiosamente não seria difícil a Daniel e Aspenaz
consumar o seu amor visto ambos serem eunucos.
Também é interessante verificar que não é apresentado na
Bíblia mais nenhum exemplo de "amor" de qualquer tipo
no contexto de eunuco fora da sua nação, como é o caso
de Daniel.
(Fonte: http://portugalgay.pt/religiao/index.asp?id=9)
Eunucos
• Eunucos: outra designação para
homossexuais
Jesus
apresentou
conceitos
espirituais
inovadores
para
aquelas
comunidades
acostumadas aos rígidos ditames da Lei
Mosaica. Uma das provas de que os Evangelhos
não condenam a homoafetividade é o fato de
Jesus nunca ter dito nenhuma palavra contrária
para tais relações. Antes, Jesus reconhece a
existência de uma diversidade.
Eunucos
Dentre os textos mais reveladores, temos o relato de
Mateus 19.3-12. Aqui, Jesus reconhece alguns pontos da
diversidade sexual de sua época:
“10) Disseram-lhe seus discípulos: Se assim é a condição
do homem relativamente à mulher, não convém casar.
11) Ele, porém, lhes disse: Nem todos podem receber
esta palavra, mas só aqueles a quem foi concedido.
12) Porque há eunucos que assim nasceram do ventre
da mãe; e há eunucos que foram castrados pelos
homens; e há eunucos que se castraram a si mesmos,
por causa do reino dos céus. Quem pode receber isto,
receba-o.” (ACF)
Eunucos
Nesse texto, Jesus afirma que nem todos estão
aptos para receber o conceito do casamento
heterossexual (v.11). Em seguida, Cristo explica
três razões para isso: 1) há eunucos de
nascença; 2) há eunucos que foram feitos pelos
homens; e 3) os que se fazem eunucos pelo
reino de Deus, ou seja, os celibatários. Dessa
lista, apenas no terceiro caso Jesus usou o
termo de maneira metafórica, figurada. O que
mais interessa a esse estudo é a primeira
acepção, ou seja, os eunucos de nascença.
Eunucos
Comumente, os eunucos eram homens
intencionalmente castrados para servir nos
palácios, principalmente na função de guardar
as mulheres sem que pudessem oferecer algum
risco sexual a elas. Era imprescindível que os
monarcas tivessem a certeza da paternidade
dos filhos a fim de que a sucessão real fosse
legítima e reconhecida. Exatamente por isso, os
eunucos eram respeitados e dignos de total
confiança, e em alguns momentos a Bíblia se
refere a eles como oficiais da corte (Atos 8.27). Eunucos
No hebraico e no aramaico (língua falada por Jesus)
não havia uma palavra específica para designar os
homossexuais, mas estudos indicam que o termo
eunuco era também empregado para se referir aos
homossexuais masculinos:
O judaísmo conhecia apenas duas categorias de
eunucos:
• Os feitos pelo homem (em hebraico sãrïs 'ãdhãm)
• Os que nasceram congenitamente incapazes ou
sem libido (instinto e desejos sexuais) chamados de
natural ou eunuco do sol (em hebraico sãrïs
hammâ).
Eunucos
Dentre as características para se
identificar um eunuco de nascença, o
Talmude cita os modos frágeis, pouca
barba, a suavidade do cabelo, da pele
e a voz efeminada. Nenhum dos seus
testes envolve a verificação da
presença de defeitos anatômicos nos
órgãos reprodutores. Inclusive, tais
eunucos eram associados comumente
com o desejo homossexual.
O Centurião Romano
Outro relato dos Evangelhos bastante
revelador é o episódio envolvendo
Jesus e um centurião romano da
cidade de Cafarnaum. O milagre da
cura do servo do centurião encontra-se
narrado por Mateus, Lucas e João.
Cada um dos evangelistas narra a
história com diferentes nuances, cada
uma delas com detalhes bastante
reveladores e complementares.
O Centurião Romano
No relato de Mateus (8.5-13), o comandante romano
referiu-se a seu escravo empregando a palavra grega
pais. Esse é um termo bastante intrigante quanto ao
seu sentido. A palavra grega pais tem vários
significados: criança (Mateus 21.15), menino (Mateus
17.18) e servo (Mateus 8.6). Neste último caso, embora
em um sentido pouco comum, pode ser traduzida e
interpretada como um escravo jovem cujo proprietário
mantém para favores sexuais. O termo pederastia deriva do mesmo radical. As várias traduções
suprimiram as possíveis conotações sexuais do termo
utilizando as expressões meu servo, meu empregado.
O Centurião Romano
A versão ARA utilizou uma expressão um tanto curiosa: meu
rapaz (v.8). Tais relações com conotações sexuais eram
bastante comuns no Império Romano e, embora condenadas
pela tradição judaico-cristã, a sociedade romana as tolerava.
É fato que havia um componente abusivo em tais relações
(vide nota sobre pederastia), mas este não parece ser o caso
do centurião, já que Lucas acrescenta que o servo lhe era
muito querido (Lucas 7.2), o que explica o esforço do
comandante em buscar a ajuda de Jesus. Lucas também
utilizou a palavra estima, termo que denota, também,
afetividade e intimidade. O fato de o centurião não se ter
ausentado de casa durante a doença do servo (Lucas 7.6)
também reforça a possível relação afetiva entre eles, pois tal
gesto sugere cuidado e proteção.
O Centurião Romano
O relato de Lucas se refere ao servo como doulos,
termo mais específico que significa servo, porém
sem uma conotação de escravidão. Tal acepção
reforça o conceito de que não se tratava de um
escravo comum. O texto de João o coloca como
filho do comandante, o que reforça os laços
afetivos entre eles, já que um filho desfruta de
tratamento e consideração superior à relação
senhor/servo (João 4.46). Porém, é improvável que
se trate de um filho, pois o termo doulos usado
por Lucas descarta tal interpretação.
O Centurião Romano
Lucas também afirma que ele havia construído uma sinagoga
(7.5b), portanto o centurião era um homem rico e poderia
substituir facilmente o servo a qualquer momento, bastaria
comprar outro. As motivações do centurião são, antes,
afetivas ou, mais provavelmente, homoafetivas. O mesmo
texto indica que, possivelmente, era um homem temente a
Deus, porque, além de construir a sinagoga, Lucas acrescenta
que ele amava a nação de Israel (7.5a). Jesus conhecia o
coração e a vida íntima daquele homem, entretanto, ele não
condena sua relação, antes, elogia sua fé, curando seu servo.
É interessante mencionar, como já vimos, que Jesus
contrariou muitos preceitos da tradição religiosa e cultural
judaica, quebrando paradigmas e revelando uma nova
realidade para seus seguidores.
Apóstolo Paulo
Qual
a
explicação
para
a
retórica
de
autojulgamento de Paulo, seu sentimento de baixo
autoestima
em
direção
ao
seu
próprio
corpo? Quais foram essas paixões?
Se eram de natureza sexual, que tipo de
paixões sexuais eram essas?
Buscando mais uma vez, através dos escritos de
Paulo, algumas conclusões começam a surgir,
assustar e surpreender o leitor.
Apóstolo Paulo
As paixões de Paulo pareciam incapazes de serem
aliviadas. Por que isso? O próprio Paulo havia escrito que se "não podia exercer
autocontrole" que a pessoa deve se casar. "Porque é
melhor casar do que abrasar" (1 Cor. 7:9). Mas não temos nenhuma evidência de qualquer fonte
que Paulo tenha se casado. Na verdade, ele exorta
viúvas e solteiras a "ficarem como eu" (1 Coríntios.
7:8). A principal finalidade da atividade sexual no casamento,
segundo Paulo, era manter Satanás longe das pessoas
tentadas, "por falta de autocontrole" (1 Coríntios. 7:5).
Apóstolo Paulo
Por que, quando Paulo parecia ser tão
consumido com uma paixão que ele
não podia controlar, não iria tomar o
seu próprio conselho e aliviar essa
paixão no casamento? Ele escreveu que o casamento era
uma maneira aceitável, se não ideal,
da vida. Ainda assim, no entanto,
nunca o casamento parecia pairar por
ele como uma possibilidade.
Apóstolo Paulo
Percebe-se que Paulo tinha um sentimento
negativo em relação às mulheres. Ele escreveu
que "é bom que o homem não tocasse em
mulher" (1 Cor. 7:1). A paixão que queima tão
profundamente em Paulo não parece estar
relacionado com o desejo de união com uma
mulher.
As paixões sexuais de Paulo não se encaixam
confortavelmente dentro do padrão explicativo
(1Coríntios 7:7-9). Mas o que seria então?
Apóstolo Paulo
As tradição religiosa de Paulo levariam,
claramente em conta os homossexuais
como anormais, distorcidos, mal, e
depravados. Quando descobertos, os
homens
homossexuais
eram
frequentemente executadas.
Apóstolo Paulo
A Lei declarava: "Não te deitarás com um homem como
se fosse mulher: é abominação" (Lv 18:22). Não se
contaminar com essas coisas, a Torá continuou, por
Deus lançará fora aqueles que se contaminar. Deus
punirá, prometeu a Lei, e a terra vomitará os que estão,
portanto, contaminados (Lev. 18:24). Quem fizer essas
coisas, deveria ser cortado do povo de Israel (Lv 18:29). Mais tarde a Torá condena com pena de morte a
homossexualidade. "Se um homem se deitar com outro
homem como se fosse mulher, ambos terão praticado
abominação; devem ser condenados à morte" (Levítico
20:13).
Apóstolo Paulo
Paulo era um estudante de Direito. Se
a homossexualidade era a sua
condição, ele sabia muito bem que por
essa
lei
que
ele
estava
condenado. Seu corpo era um corpo no
qual reinou a morte. Ele viveu sob a
pena de morte. Apóstolo Paulo
Não é impossível, até provável, que
esta seja a sua fonte interior de sua
profunda baixo estima , sua agitação
interior, sua auto rejeição, seu zelo
sobre-humano para uma perfeição que
nunca poderia alcançar. Poderia este
ser seu espinho na carne, sobre a qual
ele escreveu tão melancolicamente?
Apóstolo Paulo
Com esta possibilidade em mente,
ouvir mais uma vez as palavras de
Paulo: Apóstolo Paulo
"E, para que não me exaltasse pela excelência das
revelações, foi-me dado um espinho na carne, a
saber, um mensageiro de Satanás para me
esbofetear, a fim de não me exaltar. Acerca do qual
três vezes orei ao Senhor para que se desviasse de
mim. E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu
poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade,
pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em
mim habite o poder de Cristo". (2 Coríntios 12: 7-9). Apóstolo Paulo
Em outra ocasião, e talvez antes, Paulo havia
escrito:
"Você sabe que foi por causa de uma doença
física que eu pregava o evangelho para você
em primeiro lugar, e apesar de minha
condição foi um teste para você, você não
desprezou ou me despreza, mas recebeu me
como um anjo de Deus, como Jesus Cristo “
(Gl 4:13)
Apóstolo Paulo
A palavra anjo também pode ser traduzida
mensageiro. Paulo é o possuidor de uma
condição que ele acredita ser incurável. É uma
condição para que as pessoas possam
desprezar ou desprezá-lo. Muitos comentaristas
sugerem que esta condição física era algum
tipo de problema ocular crônico. Esta teoria
tem como a base, eu suspeito, nas palavras de
Paulo aos Gálatas, que teriam "arrancado os
olhos e deu-lhes" a Paulo (Gl 4:15).
Apóstolo Paulo
Mas
os
problemas
oculares
crônicos,
normalmente não trazem desprezo ou a
atividade de desespero, e foi o olho, que Paulo
chamou de "a janela do corpo", vida e beleza,
assim como a morte e a dor entrar na
experiência humana. Paulo, com estas palavras
aos Gálatas, disse-lhes que agora tinha de
"tornar-se como são," em quem "Cristo foi
formado", e assegurou-lhes que "lhe fez
nenhum mal" (Gl 4:12, 19). Isto se refere a
uma cura interior e não uma cura externa.
Apóstolo Paulo
Outros sugeriram que a epilepsia era a condição de que
ele não era livre. Epilepsia foi pensado como possessão
demoníaca, mas foi uma sensação periódica de ser
possuído por um espírito maligno, não um mal
constante. Além disso, na narrativa bíblica, os epilépticos
provocam uma sensação de piedade, ou às vezes o medo,
mas raramente ela provocou desprezo ou aversão. A epilepsia não me parece dar conta da intensidade dos
sentimentos que Paulo expressou. A constatação de que ele era um homossexual masculino
não. É uma hipótese que faz sentido dos dados e contas
para o tom, o medo, a paixão e o comportamento.
A História
1. Idade das trevas – Idade Média;
2. Inquisição;
3. Brasil colônia;
4. Brasil;
5. Iluminismo.
A História
Idade das trevas – Idade Média
Durante a Idade Média o mundo mergulhou na
ignorância. A vontade de Deus era o argumento para
todas as ações, inclusive em situações cruéis. A
ascensão do Cristianismo em Roma reverteu os valores
da época, caçou hereges e perseguiu os diferentes. O
papa passou a ter um poder divino sobre a terra,
dividindo com os imperadores o governo das nações,
influenciando como nunca o futuro da humanidade. O
conhecimento ficou restrito aos nobres e aos clérigos.
Através do saber manipulou-se os interesses dos
homens, a escravidão religiosa gerou uma igreja
próspera e de violência generalizada.
A História
A religião de Roma prosseguiu. Diversos são
os relatos de ontem e de hoje sobre casos
de homossexualidade dentro das religiões.
Papas homossexuais fizeram parte da
história da Igreja. Como João XXII, que
chegou a ser expulso e trazido de volta, por
causa das suas orgias bissexuais. Tendo sido
assassinado a pauladas, em 964, aos 24
anos, por um esposo traído que o pegou em
flagrante.
A História
Em 1123, foi declarada a nulidade de
casamentos de padres. Mulheres, animais
fêmeas,
adolescentes
belos
e
até
instrumentos musicais foram proibidos nos
mosteiros, a fim de diminuir a tentação aos
religiosos. Cantos que misturavam tons
muito agudos foram retirados com o
pretexto de serem homoeróticos. A pureza
da alma agora dependia do sexo e do
desejo.
A História
Inquisição
O papa Gregório instituiu o direito ao Tribunal do Santo Ofício,
em 1231, e ordenou o combate às mazelas difundidas em
toda a Europa. Somente em Estrasburgo, na época território
alemão, foram queimados mais de 80 homens, mulheres e
crianças, somente no primeiro ano da inquisição. A prática de
extorsões, crimes políticos e de tortura também foi
observada. Os homossexuais foram tão perseguidos que,
somente no Brasil, já no século XVII, foram registradas 4.419
denúncias de sodomia, dos quais, 30 foram enviados à
Metrópole e condenados à fogueira. Muitos fidalgos
portugueses fugiam para a colônia em busca de sossego da
Inquisição.
A História
A sodomia era considerada a pior das heresias. Para
homossexuais, a idade justificava a pena. Após
confissões obtidas na base da tortura, o indivíduo abaixo
de 15 anos era recluso por 3 meses. Acima dessa idade,
deveria ir preso e posteriormente pagar multa. Os
adultos deveriam pagar multas, caso contrário tinham
suas genitálias amarradas e deveriam andar nus pela
cidade, serem açoitados e depois expulsos. Caso fossem
maiores de 33 anos, o acusado seria julgado, sem direito
a defesa e, caso condenado, morto em fogueira e seus
bens confiscados. Apesar de todo os esforços, nesse
mesmo período existem relatos de pelo menos dois
papas homossexuais: Paulo II e Alexandre VI.
A História
Iluminismo (Séc. XVIII)
A idade do ouro. O século das luzes tomou conta Europa e
posteriormente do mundo. As ideias de racionalismo, da
ciência, de um homem que se tornava cada vez mais humano.
Com isso, a Ciência tomou conta de caracterizar a
homossexualidade como doença. Na verdade, foi descrita
entre doença e etnia, como se através das características de
comportamento do indivíduo ele fizesse parte de um grupo
étnico. O mundo ainda era extremamente machista e
fundamentalista. Tudo precisava ter uma explicação. Os anos
de ignorância geraram fome de conhecimento. A partir daí
para a invenção da luz elétrica, mecanismos movidos a vapor.
A revolução francesa marca o fim do feudalismo e representa
a luta por melhores condições de vida, de trabalho: liberdade,
igualdade e fraternidade. Para o homossexual (sobretudo
àqueles sem contatos políticos) existiam agora três pesos: o
Estado, a Igreja e o povo. Diversas experiências de cura de
A História
Brasil Colônia
Em 1584 aconteceu a primeira visita do Santo Ofício da
Inquisição no Brasil. A Bahia foi o local desta inspeção
motivada pela observação das pessoas que retornavam
a Portugal, que possuíam hábitos de libertinagem.
Durante a escravidão, a homossexualidade foi
naturalmente praticada pelos negros, uma vez que a
prática ainda não havia sido coibida em seu continente.
Tanto os homens quanto as mulheres eram vítimas de
estupro por parte dos capatazes e senhores de engenho.
Alguns historiadores afirmam que Zumbi dos Palmares, o
herói negro brasileiro, também era homossexual.
A História
Brasil
O sexo homossexual sempre fora praticado entre os
índios. Em algumas tribos, essa era a forma de
curandeiros passarem seus conhecimentos. Rituais
de iniciação fazem parte da tradição do índio
entrando na puberdade, em muitas comunidades
inclui-se a iniciação sexual. O baito, tenda dos
homens, foi presenciada no Séc. XIX pelo naturista
alemão Karl Von den Steiner. A falta de mulheres
disponíveis na tribo também era resolvida de forma
prática.
O mover da Inclusão
•
•
•
•
•
•
O fundador;
A primeira Igreja Inclusiva;
No Brasil;
Panorama atual;
Perspectivas;
Testemunho.
O mover da Inclusão
• O fundador:
Reverendo Troy Perry
Em 1959 o Reverendo Bispo Dr. Troy
Perry, foi expulso do Midwest Bible
College,
em
Chicago,
por
ser
homossexual.
"Um colega de estudos se apaixonou por
mim. Eles me disseram que eu não era
digno de ser educado por cristãos",
disse
o
Rev.
Troy.
No ano de 2004, na mesma cidade na
qual foi expulso da escola bíblica, o
Revdo Troy, de 65 anos de idade, foi
nomeado
membro
da
Junta
Administrativa do Chicago Theological
Seminary. É uma das muitas honrarias
que se lhe têm entregue durante seus
35 anos de ministério.
O mover da Inclusão
A história do Rev. Troy é fascinante: uma
viagem, as vezes dolorosa, através de
capítulos da história dos EUA, que nem
sempre foi amável com os gays e as
lésbicas.(Na foto ao lado sob as cinzas
de uma Igreja atacada por inimigos do
Evangelho Inclusivo) .
Nascido em Tallahassee, Florida, cresceu
na área central desse estado e se
mudou para Winter Haven aos 12 anos.
Sua mãe era batista e seu pai
pentecostal e a Igreja era uma grande
parte de sua vida.
"Eu ia à igreja de minha mãe ao
domingo pela manhã e á noite a de meu
pai",
recorda
ele.
Quando tinha 13 anos seu pai morreu.
Imediatamente começou a pregar nas
igrejas Batista e Pentecostal.
O mover da Inclusão
Dois anos mais tarde formou-se como Ministro Batista. Foi
naquele tempo quando se deu conta de que era homossexual.
“Eu sabia que os homens me atraiam. Porém não havia um
nome para isso naquela época, naquele tempo as pessoas
acreditavam que se alguém incorria em atos homossexuais,
era
um
heterossexual
que
andava
mal,
era
um
comportamento doentio, mau, criminoso, pecaminoso. A
homossexualidade era nomeada somente às escondidas”.
Revdo Troy acrescenta "Eu pensava que era o único".
Aos 18 anos, confiou seu segredo ao pastor de sua igreja
Pentecostal. "Quando lhe contei sobre meus sentimentos, seus
olhos faiscaram. Ele me disse: Tudo o que precisas é casar-te
com
uma
boa
mulher".
O mover da Inclusão
O casamento e o divorcio
O Rev. Troy casou-se com a filha de seu pastor. Um
ano mais tarde, ele, sua esposa e um filho recém
nascido se mudaram para Chicago, onde
freqüentou o Midwest Bible College: "Lá, família de
minha esposa disse à ela que sabiam sobre a
expulsão do colégio. Ela lhes respondeu que
continuaria junto a mim". Enquanto estudava, o
Rev. Troy trabalhava em uma empresa de plásticos.
Em 1962 foi transferido para o sul da Califórnia.
O mover da Inclusão
Foi ali onde aceitou sua orientação sexual. "Contei sobre
minha orientação sexual à um oficial da igreja Pentecostal
que se mostrou horrorizado e quis saber se eu havia
molestado meninos. Eu lhe disse que não tinha nada que ver
com isso“ o oficial informou ao bispo e ele foi excomungado.
"Foi muito duro. Eu tomei a decisão de que se Deus não podia
amar-me, então eu tampouco podia amá-lo. Disse-lhe que se
fosse
de
minha
vida."
O Rev. Troy e sua esposa se separaram depois de cinco anos
de casamento e logo se divorciaram.
Os parentes de sua esposa o denunciaram e ele foi
incorporado às forças armadas para cumprir dois anos de
serviço militar. Desde 1965 a 1967 esteve servindo como
militar na Alemanha.
O mover da Inclusão
Sobre o tempo de serviço no exercito,
o Rev. Troy afirma:
"Foi um tempo maravilhoso“. Então
não existia a cláusula de ‘não
pergunte, não diga’. Eles não se
preocupavam se eu era abertamente
gay, desde que não me encontrassem
com alguém na cama de minha
barraca."
O mover da Inclusão
Ele crê que os militares o ajudaram a
desenvolver habilidades de liderança:
"Me fez considerar como lutar por
meus direitos. Me deu firmeza. Me
ajudou no movimento de libertação
gay e lésbico, me ensinou como lidar
com a polícia" afirma. Seus amigos
dizem que ele foi ao serviço militar
como Clark Kent e saiu como Super
Homem.
O mover da Inclusão
Em 1967 tentou suicidar-se depois do rompimento com
seu primeiro companheiro.
"Um amigo me encontrou na banheira, com a água
correndo" Conta o Rev. Troy: "Sentia que não havia mais
motivos para viver".
Enquanto esperavam que o médico o atendesse no
hospital, uma mulher afro-americana lhe perguntou
“Não pensa que fizestes algo realmente estúpido?” O
incidente trouxe a tona todas as lembranças de sua
formação religiosa e ele pediu a Deus que o perdoasse.
O mover da Inclusão
"Deus me disse, Te amo, Troy. Eu não
tenho
enteados
nem
enteadas,
tenho filhos e filhas", conta ele.
Então começou a buscar uma igreja para
frequentar. Sua mãe se surpreendia,
porque o Rev. Troy dizia às pessoas da
igreja que era gay. "Disse à minha mãe
que não ia mentir à ninguém sobre
quem eu sou".
O mover da Inclusão
• A primeira Igreja Inclusiva
O Rev. Troy iniciou a primeira ICM na cidade de
Los Angeles, em 1968 com apenas 12
congregados. Hoje a FUICM tem mais de 60.000
membros em 300 igrejas de 22 países ao redor
do mundo.
"Quando se iniciou a primeira ICM, eu não
sabia se íamos passar do primeiro culto.
Porém logo soube que seríamos um grupo
internacional.
Começamos
a
receber
correspondência do mundo todo".
O mover da Inclusão
"A ICM prega um evangelho inclusivo de três pontos:
Salvação Cristã, Comunidade Cristã e Igualdade de
direitos".
No principio algumas pessoas do Movimento de direitos
LGBT suspeitaram da ICM. Eles haviam sido feridos pela
Igreja e não importava que esta fosse uma igreja gay ou
lésbica. Depois começaram a confiar em nós." conta.
As reações do público, em geral, para com a ICM varia
desde a indiferença até a violência ultrajante. Nestes
anos todos, 22 ICMs foram arrasadas por incêndios
criminosos. O Rev. Troy recebeu ameaças de morte e
algumas vezes e durante muito tempo viaja com guardacostas.
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• No Brasil
Encaradas pelas minorias como um refúgio para a
livre prática da fé, as igrejas "inclusivas" - voltadas
predominantemente para o público gay - vêm
crescendo a um ritmo acelerado no Brasil, à
revelia da oposição de alas religiosas mais
conservadoras. Estimativas feitas por especialistas
a pedido da BBC Brasil indicam que já existem
pelo menos dez diferentes congregações de
igrejas "gay-friendly" no Brasil, com mais de 40
missões e delegações espalhadas pelo país.
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Concentradas, principalmente, no eixo Rio de
Janeiro-São Paulo, elas somam em torno de 10 mil
fiéis, ou 0,005% da população brasileira. A maioria
dos membros (70%) é composta por homens,
incluindo solteiros e casais, de diferentes níveis
sociais.
O número ainda é baixo se comparado à quantidade
de católicos e evangélicos, as duas principais
religiões do país, que, em 2009, respondiam por
68,43% e 20,23% da população brasileira,
respectivamente, segundo um estudo publicado pela
Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro.
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Segundo a pesquisadora Fátima Weiss, da
Universidade Federal de Santa Catarina
(UFSC), que mapeia o setor desde 2008,
havia apenas uma única igreja inclusiva
com sede fixa no Brasil dez anos
atrás. "Com um discurso que prega a
tolerância, essas igrejas permitem a
manifestação da fé na tradição cristã
independente da orientação sexual",
disse Weiss à BBC Brasil.
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O número de frequentadores dessas
igrejas - que são abertas a fiéis de
qualquer
orientação
sexual
acompanhou também a emancipação das
congregações. Se, há dez anos, os fiéis
totalizavam menos de 500 pessoas; hoje,
já são quase 10 mil - número que,
segundo os fundadores dessas igrejas,
deve dobrar nos próximos cinco anos.
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• Panorama:
Conhecer a nossa história como Igreja
é importante, quem sabe sua origem
entende seu propósito.
Veremos as primeiras Igrejas Inclusivas
por ordem de fundação que ajudam a
construir a fé sem preconceitos.
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1ª Igreja da Comunidade
Metropolitana (ICM Brasil)
Fundada em São Paulo Capital em
1999 pelo Rev. Cristiano Valério. Segue
uma
visão
ecumênica
e
está
espalhada por várias cidades do país e
conta atualmente com 10 templos.
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2ª Igreja Cristã Acalanto (ICA)
Primeira Igreja Inclusiva pentecostal,
fundada no ano de 2002 em São Paulo
Capital e extinta no ano de 2004.
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3ª Comunidade Cristã Nova
Esperança (CCNE Brasil)
Fundada em 2005 por parte dos
membros da extinta Igreja Cristã
Acalanto. Seu fundador Pr. Justino Luiz
de Oliveira. Conta com 23 templos
espalhados pelo pais e seu segmento
denomina-se pentecostal.
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4ª Igreja Cristã Evangelho Para
Todos
Fundada pela teóloga e pastora Indira
Valença a Igreja Para Todos foi
oficializada em 2005 e denomina-se
pentecostal. Esta localizada em São
Paulo Capital.
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5ª Comunidade Família Cristã
Athos
Fundada em 2006 pela Pra. Marcia
Dias na cidade de Brasília no Distrito
Federal. Denomina-se pentecostal.
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6ª Igreja Cristã Contemporânea
(ICC Brsail)
Fundada pelo Pr. Marcos Gladstone em
2006 no Rio de Janeiro. Denomina-se
neopentecostal e conta com 9 templos
espalhados em SP, RJ e MG.
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As novas denominações Inclusivas:
• Igreja Chamados da Ultima Hora (MA)
• Igreja Apostólica Novo Tempo (SP)
• Igreja Comunidade Cidade de Refúgio (SP)
• Igreja Cristã Todos Iguais (SP)
• Igreja Cristã Maravilhosa Graça (RN)
• Comunidade Plenitude e Graça (RJ)
• Espaço Cristão Inclusivo (PR)
• Igreja Batista Apostólica das Nações (SP)
• Igreja Incluir em Cristo (RJ)
• Igreja Apostólica Filhos da Luz (CE)
• Ministério Inclusivo Cristão (SP)
• Comunidade Nova Vida (ES)
• Igreja Cristã Reformada (RJ)
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• Perspectiva
A parte do corpo chamada INCLUSIVA:
Não somos mais uma igreja, somos a IGREJA de
Cristo, a mesma fundamentada nos ensinos de
Jesus e na fé dos apóstolos. Nosso chamado é
gerar, libertar, curar e restaurar.
“Geramos filhos pela fé, libertamos a alma
cativa, curamos e espirito machucado e
restauramos a reino de Deus através
Plena Graça em Jesus Cristo.”
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E agora?
Cabe a nós, agentes de disseminação da
boa nova de Inclusão, cumprir o IDE do
Senhor.
IDE em cada amigo;
IDE em cada rede social;
IDE em cada Universidade;
IDE em cada gueto;
IDE em todo o lugar.
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Testemunhar!
“Como, pois, invocarão aquele em quem não
creram? E como crerão naquele de quem não
ouviram falar? E como ouvirão, se não
houver quem pregue? E como pregarão, se
não forem enviados? Como está escrito:
Como são belos os pés dos que anunciam
boas-novas!"
Romanos 10:14-15
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“Mas, pela GRAÇA de Deus, SOU o que
SOU, e sua GRAÇA para COMIGO não
foi vã...”
1Coríntios 15:10a
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