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Curso de Teologia Inclusiva Pr. Chlisman Toniazzo www.arenaap.org Curso de Teologia Inclusiva Sexualidade humana Identidade de gênero Introdução Teologia Inclusiva A realidade da Igreja na GRAÇA SEXUALIDADE HUMANA • Conceito: Considera-se sexualidade as diversas formas, jeitos, maneiras que as pessoas buscam para obter ou expressar prazer. É basicamente a busca do prazer humano em suas diversas formas. A ideia de prazer irá variar de pessoa para pessoa, levando em conta a realidade de cada indivíduo. Quando uma pessoa está sentindo prazer, ela está vivenciando a sua sexualidade. A busca do prazer se dá de várias formas, em variadas circunstâncias. A Homossexualidade • Do grego antigo ὁμός (homos), igual + latim sexus = sexo, refere-se à característica ou qualidade de um ser (humano ou não) que sente atração física, estética e/ou emocional por outro ser do mesmo sexo ou gênero. Enquanto orientação sexual, a homossexualidade se refere a "uma condição duradoura de experiências sexuais, afetivas e românticas" principalmente ou exclusivamente entre pessoas do mesmo sexo; "também se refere a um indivíduo com senso de identidade pessoal e social com base nessas atrações, manifestando comportamentos e aderindo a uma comunidade de pessoas que compartilham da mesma orientação sexual." A Bissexualidade • Consiste na atração afetiva (seja ela sexual, romântica ou emocional) por pessoas de ambos os sexos (feminino, masculino). independentemente do gênero a que correspondem. O número de indivíduos que apresentam comportamentos e interesses de teor bissexual é maior do que se suporia à primeira impressão, devendo-se a pouca discussão desta situação essencialmente a uma tendência geral para a polarização da análise da sexualidade, restringindoa a um binarismo estrutural, tanto ao nível académico como, essencialmente, ao nível popular, entre a heterossexualidade e a homossexualidade. A Heterossexualidade • Refere-se a atração sexual e/ou romântica entre indivíduos de sexos opostos, e é considerada a mais “comum” orientação sexual nos seres humanos. A utilização corrente do termo tem as suas raízes na abrangente tradição da taxonomia da personalidade no século XIX. Esta continuou a influenciar o desenvolvimento do conceito moderno de orientação sexual, sendo associada ao amor romântico e identidade sexual adicionalmente ao seu exclusivo significado sexual. A Transexualidade • Refere-se à condição do indivíduo que possui uma IDENTIDADE DE GÊNERO diferente da designada ao nascimento, tendo o desejo de viver e ser aceito como sendo do sexo oposto. Usualmente, os homens e as mulheres transexuais apresentam uma sensação de desconforto ou impropriedade de seu próprio sexo anatômico e desejam fazer uma transição de seu sexo de nascimento para o sexo oposto (sexo-alvo) com alguma ajuda médica (terapia de reatribuição de gênero) para seu corpo. A explicação estereotipada é de "uma mulher presa em um corpo masculino" ou vice-versa, ainda que muitos membros da comunidade transexual, assim como pessoas de fora da comunidade, rejeitem esta formulação. • Na França, deixou de ser considerada como transtorno mental em 2010 e foi o primeiro país a tomar esta decisão Assexualiade • Refere-se orientação sexual caracterizada pela indiferença à prática sexual. • A sua definição exata ainda é fonte de controvérsias, mas já existe um relativo consenso em relação a isso, pois a AVEN - Asexuality Visibility and Education Network (Rede de Educação e Visibilidade Assexual)1 - define assexual como a "pessoa que não experiência atração sexual". Porventura, a Comunidade Assexual A2 2 - principal comunidade brasileira sobre a temática - entende o assexual como "a pessoa que não tem interesse na prática sexual com outra pessoa". A Intersexualidade • Refere-se seres humanos, é qualquer variação de caracteres sexuais incluindo cromossomos, gônadas e / ou órgãos genitais que dificultam a identificação de um indivíduo como totalmente feminino ou masculino. Essa variação pode envolver ambiguidade genital, combinações de fatores genéticos e aparência e variações cromossômicas sexuais diferentes de XX para mulher e XY para homem. Pode incluir outras características de dimorfismo sexual como aspecto da face, voz, membros, pelos e formato de partes do corpo Importante! • Pode-se dizer que a intersexualidade se inscreve na sociedade ocidental como uma questão biomédica, na medida em que é concebida como consequência de uma desordem orgânica (hormonal, genética ou cerebral) ou como doença em si (BERENBAUM; RESNICK, 1997; BERENBAUM, 1999; BERENBAUM et. al, 2004; CROUCH et al., 2003; MEYER-BAHLBURG, 2001; STIKKELBROECK et al., 2003; ZUCKER et al., 1996). • Na área da Biomedicina, os autores consideram que a intersexualidade adquiriu na atualidade um status de doença ou de desvio em relação à normalidade dos caracteres sexuais. Neste caso, a normalidade se aproxima do estado habitual, comum ou seja, as normas corporais aceitas pela sociedade ocidental. E a anormalidade se relaciona aos desvios dos padrões biológicos culturalmente delimitados. • A compreensão da intersexualidade como enfermidade ou desvio é marcada pela visão cultural da sociedade moderna ocidental, que estigmatiza o corpo que não segue os padrões ditos masculinos ou femininos, como um corpo distorcido, anormal, estranho. Nesta tradição, existe uma suposição de que pessoas na condição de intersexualidade não poderiam se desenvolver plenamente, nem ser totalmente satisfeitas. Diante desta premissa, os profissionais de saúde e os familiares deveriam agregar esforços em direção à definição do sexo social, visando a promover a integridade física e emocional do intersexual através do ajustamento do corpo ao gênero designado. • Uma concepção mais recente (LEE et al., 2006) sugere a substituição das nomenclaturas citadas anteriormente, ou seja, substituir intersex por DSD, pseudohermafroditismo masculino por DSD 46XY e pseudo-hermafroditismo feminino por DSD 46XX. A identidade sexual, nesta vertente, é determinada primordialmente por condições biológicas, abrindo espaço para as práticas de reconstituição dos órgãos sexuais como algo de extrema relevância para a consolidação do "verdadeiro sexo". IDENTIDADE DE GÊNERO • Conceito Na sociedade, identidade de gênero se refere ao gênero em que a pessoa se identifica (se ela se identifica como sendo um homem, uma mulher ou se ela vê a si como fora do convencional), mas pode também ser usado para referir-se ao gênero que certa pessoa atribui ao indivíduo tendo como base o que tal pessoa reconhece como indicações de papel social de gênero (roupas, corte de cabelo, etc.). A ideologia contrapõe-se a natureza identitária do ser humano (homem e mulher). Do primeiro uso, acredita-se que a identidade de gênero se constitui como fixa e como tal não sofrendo variações, independente do papel social de gênero que a pessoa se apresente. Do segundo, acredita-se que a identidade de gênero possa ser afetada por uma variedade de estruturas sociais, incluindo etnicidade, trabalho, religião ou irreligião, e família. As variações da identidade de gênero • Homossexual: a) Masculino - Gay: Aquele que se vê (identidade de gênero) sendo do sexo masculino (“homem”) e que expressa sua sexualidade na pratica sexual/afetiva por um ou mais indivíduos do mesmo sexo; b) Feminino - Lésbica: Aquela que se vê (Identidade de gênero) sendo do sexo feminino (“mulher”) e que expressa sua sexualidade na pratica sexual/afetiva por uma ou mais indivíduos do mesmo sexo. As variações da identidade de gênero • Bissexual a) Masculino: Aquele que se vê (identidade de gênero) sendo do sexo masculino e que pratica atividade sexual com indivíduos tanto do sexo oposto como do mesmo sexo; b) Feminino: Aquela que se vê (identidade de gênero) sendo do sexo feminino e que pratica atividade sexual com indivíduos tanto do sexo masculino quanto feminino. As variações da identidade de gênero • Intersexual a)Masculino - Travesti: Aquele que possui formação genital masculina, mas que se vê (identidade de gênero) socialmente como feminino (não, necessariamente, rejeitando seu órgão sexual) b) Masculino – Transexual: Aquele que possui formação genital masculina, mas não se vê (identidade de gênero) como masculino (tanto sexual como socialmente). Refere-se transgenero após a intervenção cirurgica para a mudança de sexo. As variações da identidade de gênero c) Feminino: Aquela que possui formação genital feminina, mas que se vê (identidade de gênero) socialmente como masculino (não, necessariamente, rejeitando seu órgão sexual); d) Feminino - transexual: Aquela que possui formação genital feminina, mas não se vê (identidade de gênero) como feminina (tanto sexual como socialmente). Refere-se transgenero após a intervenção medica no processo de redefinição sexual (ex.: retirada das mamas, controle hormonal). As variações da identidade de gênero Heterossexual a) Masculino: Aquele que se vê (identidade de gênero) sendo do sexo masculino (“homem”) e que expressa sua sexualidade na pratica sexual/afetiva por um ou mais indivíduos do sexo oposto; b) Feminino: Aquela que se vê (Identidade de gênero) sendo do sexo feminino (“mulher”) e que expressa sua sexualidade na pratica sexual/afetiva por uma ou mais indivíduos do sexo oposto. As variações da identidade de gênero • Assexual a)Masculino: que se vê (identidade de gênero) sendo do sexo masculino e que não sente atração sexual nem pelo sexo oposto e tão pouco por indivíduos do mesmo sexo; b) Feminino: que se vê (identidade de gênero) sendo do sexo feminino e que não sente atração sexual nem pelo sexo oposto e tão pouco por indivíduos do mesmo sexo. INTRODUÇÃO A TEOLOGIA INCLUSIVA • Conceito “A Teologia Inclusiva, como a própria denominação sugere, é um ramo da teologia tradicional voltado para a inclusão, prioritariamente, das categorias socialmente estigmatizadas como os negros, as mulheres e os homossexuais. Seu pilar central encontra-se no amor de Deus pelo homem, amor que, embora eterno e incondicional, foi negado pelo discurso religioso ao longo de vários séculos (Atos 10:34). A Teologia Inclusiva contempla uma lacuna deixada pelas estruturas religiosas tradicionais do Cristianismo, pois, por meio da Bíblia, compreende que todos os que compõem a diversidade humana, seja ela qual for, têm livre acesso a Deus por meio do sacrifício de Jesus Cristo na cruz”. (Trecho do livro "Bíblia e homossexualidade: verdade e mitos" p. 13) Gênesis: A formação do homem ou a mitologia monoteísta? Subtemas: 1. Moisés; 2. O homem segundo Moises; 3. E as culturas circunvizinhas o que dizem? 4. A necessidade da explicação religiosa; 5. O contexto “genético”; 6. A luz da teologia Inclusiva; Moisés • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Nome: Moisés (em hebraico, Moshe, )משה Significado: Mósis, em egípcio, significa "filho". Para os judeus, significa "retirado" das águas. Etnia: Semita Família: Coaraixitas, da Tribo de Levi Avô: Coate, 2.º filho de Levi Mãe: Joquebede, segundo a Biblia, mulher de Anrão Pai: Anrão, filho de Coate Esposa: Zípora ou Seforá (em hebraico tzipora) Sogro: Jetro Irmãos: Miriã / Aarão Filhos: Gérson / Eliézer. Sobrinhos: Nadabe / Abiú / Eleazar / Itamar Local de Nascimento: Egito Localização Temporal: 1250 a.C. Obras literarias: os livros que compõe o Pentateuco e o Livro de Jó Tempo de Vida: 120 anos Motivo de Morte: Não há relatos específicos da morte Local de Morte: Monte Nebo, Planice de Moabe Linha do tempo na cronologia bíblica Gênesis: A criação segundo Moisés “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem e semelhança, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. Gênesis 1.27 Considerações sobre Gn. 1:27 1. A necessidade de Identidade; 2. A cultura do conhecimento; 3. A influencia da religião no processo de organização civil; 4. A ordem definida; Uma pergunta necessária: Gênesis é fato verídico ou mitológico? A criação segundo os povos circunvizinhos 1. 2. 3. 4. Babilônicos; Persas; Gregos; Egípcios. Babilônicos A narração da Criação é a obra-prima da literatura babilónica: dão-lhe o nome de Enuma elish, que são as duas primeiras palavras da tabuinha (o poema está contido em sete tabuinhas) que o inicia e que significam "Quando no alto…"; esse poema chegou até nós mais ou menos completo, através de cópias que remontam ao IX século a.C. O poema da Criação tem por tema essencial a glorificação do deus da Babilônia, Marduc, que se tornou, ao menos teoricamente, o chefe do panteão babilônio. No início, diz a narração, havia somente o Caos, aquoso, com Apsu e Tiamat, que representavam, respectivamente, as águas doces e salgadas; "então o céu ainda não tinha nome e a terra ainda não tinha nome..." foi então que esses príncipes começam a se organizar e, do casal primitivo, nascem Lahmu e sua companheira, Lahamu, dos quais nada se sabe, mas que constituem, apenas, uma das etapas da Criação. Desse casal, um pouco mais tarde, nascem Mumu, de pois Anshar e Quísar, isto é, a totalidade do céu e da terra; deles, enfim, nasce a tríade que forma a cabeça do panteão babilônio. Persas O mito mais importante da religião persa é o da disputa entre Ahura Mazda e Ahriman que consiste na luta de dois tipos de seres divinos. Esta luta nos aparece sob uma dupla forma: a material e a espiritual. No caso da luta material, Ahriman quer invadir o céu, mas é repelido para o inferno; na luta espiritual ou mística, Ahriman, princípio da obscuridade, da desordem, do mal, é repelido por Ormuzd, deus da luz, da ordem e do bem. No primeiro caso, a arma de Ormuzd é Atar, o relâmpago; no segundo caso, a piedade ou a oração, personificada sob o nome Vohu Mano. A personagem mais importante nos épicos persas é Rostam. Sua contraparte é Zahhak, um símbolo do despotismo que foi finalmente derrotado por Kaveh que liderou um levante popular contra ele. Zahhak era protegido por duas serpentes que cresciam de seus ombros e não importava quantas vezes elas fossem decapitadas suas cabeças cresciam novamente para protegê-lo. A serpente, como em muitas outras mitologias orientais, representava o mal, mas aparecem muitos outros animais na mitologia persa; os pássaros, em especial, eram sinal de boa sorte. Os mais famosos deles são Simorgh, um grande pássaro bonito e poderoso, Homa, o pássaro real da vitória cujas plumas adornavam as coroas e Samandar, a fênix. Peri (avéstico: Pairika), considerada uma mulher bonita, porém má na mitologia mais antiga, tornou-se gradualmente menos má e mais bonita até transformar-se em um símbolo de beleza no período islâmico similar aos houri — espécie de anjos — do Paraíso. Entretanto uma outra mulher má, Patiareh, atualmente simboliza a prostituição. Gregos “...Foi então que chegou à terra o titã Prometeu, descendente da antiga raça de deuses destronada por Zeus. O gigante sabia que na terra estava adormecida a semente dos céus. Por isso apanhou um bocado de argila e molhou com um pouco de água de um rio. Com essa matéria fez o homem, à semelhança dos deuses, para que fosse o senhor da terra. Apanhou das almas dos animais características boas e más, animando sua criatura. E Atena, deusa da sabedoria, admirou a criação do filho dos titãs e insuflou naquela imagem de argila o espírito, o sopro divino. Foi assim que surgiram os primeiros seres humanos, que logo povoaram a terra. Mas faltavam-lhes os conhecimentos sobre os assuntos da terra e do céu.” Egípcios “Nesta ilha dominava uma tríade encabeçada por Khnum, divindade com uma cabeça de carneiro, que representava a criatividade e o vigor. Para os Egípcios, Khnum criava os seres humanos no seu torno, tal como o oleiro cria as suas peças. As esposas de Khnum eram Satet e Anuket (ou talvez, segundo outra hipótese, seriam respectivamente esposa e filha do deus). Satet era responsável pela inundação do Nilo (que gerava a fertilidade dos solos no Antigo Egipto) e Anuket E agora? “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem e semelhança, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. Gênesis 1.27 Gênesis: A Criação A sexualidade humana é algo complexo e vai além das noções de masculino e feminino, vai além da noção de homem e mulher. No ato da criação, observamos uma das principais funções do seres humanos naquele momento: a procriação e o povoamento da Terra: Gênesis: A Criação “E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a”. Gênesis 1.28ª Gênesis: A Criação “Portanto, deixará o homem a seu pai e a sua mãe e unir-se-á à sua mulher...” Gênesis 2.24 Gênesis: A Criação • Será que as pessoas inférteis estão em pecado por sua incapacidade de gerar filhos? Certamente que não. O contexto envolvido na criação é único, a realidade atual é um contexto bem diferente daquele. Transportar a descrição do Gênesis como regra para os dias atuais seria uma incoerência. Deve-se levar em conta, também, o fato de que a Bíblia foi escrita num contexto patriarcal, culturalmente heterossexualista. Gênesis: A Criação • Muitos homossexuais, desconhecendo certas verdades bíblicas, motivados pelas crenças generalizadas do Cristianismo tradicional, entregam-se ao casamento heterossexual, têm filhos, têm companhia, agem conforme o texto do Gênesis, mas são infelizes, pois lutam contra um sentimento que lhes é inerente, lutam contra uma situação que lhes foi imposta pela sociedade, abrem mão de suas necessidades para satisfação da família, dos amigos, da igreja. O resultado disso é a infelicidade, a frustração e, em muitos casos, infidelidade e depressão. O próprio Jesus afirmou que o casamento heterossexual não era para todos: Gênesis: A Criação “Disseram-lhe seus discípulos: Se assim é a condição do homem relativamente à mulher, não convém casar. Ele, porém, lhes disse: Nem todos podem receber esta palavra, mas só aqueles a quem foi concedido. Porque há eunucos que assim nasceram do ventre da mãe; e há eunucos que foram castrados pelos homens; e há eunucos que se castraram a si mesmos, por causa do reino dos céus. Quem pode receber isto, receba-o”. Mateus 19.10, 11 e 12 Gênesis: A Criação Todos os homens são obra das mãos de Deus, independentemente de sua afetividade, de seus sentimentos. Será que Deus criaria alguns predestinados à condenação? Ao inferno? Certamente que não. Os avanços da ciência já comprovam que a sexualidade não é algo adquirido ou aprendido. Quem ensinaria seu filho a ser gay ou quem escolheria essa condição em uma sociedade tão preconceituosa? Ninguém, certamente. Assim como a heterossexualidade, a homossexualidade é inerente ao ser humano. Nem todos, porém, são homossexuais em sua essência. Há casos em que pessoas heterossexuais se envolvem em práticas homossexuais motivadas por vários fatores que não a sua sexualidade inata. Abordaremos isso quando chegarmos às Cartas Paulinas Sodoma e Gomorra: violência, orgulho e falta de hospitalidade 1. O Histórico das interpretações descontextualizada; 2. Contextualizando; 3. Gênesis 19 – Alguns pontos a considerar; 4. Interpretando e considerando o contexto histórico da época. Sodoma e Gomorra: violência, orgulho e falta de hospitalidade O histórico das interpretações equivocadas: Há muitos séculos se tem atribuído a destruição de Sodoma e Gomorra à homossexualidade. Porém, um estudo atento do texto bíblico tem muito a nos revelar sobre as reais transgressões dessas duas cidades antigas. Neste caso, a regra de ouro da hermenêutica (a Bíblia explica a própria Bíblia) será nossa principal ferramenta de análise e interpretação. O uso da palavra sodomia como referência a atos homogenitais data da Idade Média e foi um conceito criado pelo teólogo Tomás de Aquino. Sodoma e Gomorra: violência, orgulho e falta de hospitalidade • Para que você entenda a contexto, o que a Teologia Inclusiva defende, é necessário que, antes de começar a leitura do texto bíblico, tenhamos a informação seguinte que é muito relevante para uma interpretação coerente: Sodoma e Gomorra: violência, orgulho e falta de hospitalidade Contextualizando: “Nas regiões desérticas como a de Sodoma, permanecer ao relento exposto ao frio da noite podia ser fatal. Logo, uma regra básica daquela sociedade era oferecer hospitalidade aos viajantes. Esta regra era tão séria que proibia o ataque aos inimigos que tivessem recebido oferta de abrigo para o descanso noturno. Assim, fazendo o que era certo, seguindo as leis de Deus, Ló recusou-se a expor seus convidados ao abuso dos homens de Sodoma. Fazê-lo significaria violar a lei da sagrada hospitalidade. Até mesmo Jesus entendia o pecado de Sodoma como o da falta de hospitalidade (Mateus 10:515). Outras passagens da Bíblia afirmam a mesma coisa de maneira bastante clara. Há outras referências bíblicas a Sodoma: Isaías 1:1017 e 3:9, Jeremias 23:14 e Sofonias 2:8-11. Os pecados listados nestas citações são a injustiça, a opressão, a parcialidade, o adultério, as mentiras e o encorajamento dos pecadores.” (Fonte: Enciclopédia Funk & Wagnalls) Sodoma e Gomorra: violência, orgulho e falta de hospitalidade Gênesis 19 – Alguns pontos a considerar: 1. Todos os homens daquela cidade cercaram a casa de Ló (vv.4); 2. Eles exigiam que os estrangeiros (anjos) que ali estavam fossem postos para fora a fim de que fossem abusados(vv.5); 3. Os sodomitas nutriam sentimento de xenofobia (vv.9). Sodoma e Gomorra: violência, orgulho e falta de hospitalidade Interpretando e considerando o contexto histórico da época: O texto revela claramente uma tentativa de violência sexual coletiva aos visitantes de Ló motivada pela xenofobia. Os habitantes de Sodoma transgrediram violentamente a lei da hospitalidade, sagrada para os povos semíticos (Êxodo 22.21). Na tentativa de humilhar os visitantes, mostraram-se maus, arrogantes e soberbos. Enxergar homoafetividade em tal gesto de violência demonstra uma completa ignorância ao que de fato a Bíblia diz. Se uma leitura atenta desse relato não bastar para se compreender o real pecado dessas cidades, examinemos outros textos bíblicos: Sodoma e Gomorra: violência, orgulho e falta de hospitalidade • Ezequiel 16.49 e 50; • Lucas 10. 10-12. • O profeta Ezequiel, em harmonia com o relato de Gênesis, aponta o orgulho e o egoísmo como pecados de Sodoma. Jesus, no texto acima, aponta a falta de hospitalidade como a transgressão de Sodoma. Nenhuma palavra sobre homoafetitivade consta em tais textos. • Até mesmo os livros deuterocanônicos* (das edições católicas) expressam a mesma ideia sobre Sodoma e Gomorra: Eclesiástico 16.8 (versão CNBB) “Não poupou os concidadãos de Ló, aos quais detestou por seu orgulho”. Levítico: A prostituição cultual 1. 2. 3. 4. 5. 6. Outros textos “condenatórios”; Conceito bíblico; Egito; Mesopotâmia; Mundo Romano; Grecia; Levítico: A prostituição cultual Outros textos “condenatórios”: “Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; abominação é”. (Levítico 18.22 ARA) “Se também um homem se deitar com outro homem, como se fosse mulher, ambos praticaram coisa abominável; serão mortos; o seu sangue cairá sobre eles...” (Levítico 20.13 ARA) Levítico: A prostituição cultual Conceito bíblico prostituição cultual: Prostitutos e prostitutas do antigo Oriente Médio, empregados nos cultos da fertilidade. Praticavam atos sexuais no templo do seu deus como parte do culto que prestavam a deidade pagã. (Fonte: http://biblia.com.br/dicionariobiblico/) Levítico: A prostituição cultual Egito (Séc V a.C.) Existiu na cidade de Tebas (que por mais de 2000 anos foi a maior e mais próspera cidade, considerada sagrada, do Egito) um exército de homossexuais. O grupo militar era formado por mais de 150 casais de amantes. No Egito, quando um jovem se alistava, o seu equipamento era dado por seu parceiro. Através de inúmeras e espetaculares lendas, o Sagrado Exército de Tebas, como era chamado, foi transformado em lenda, mantendo-se invicto por mais de 40 anos, perdendo apenas para Felipe, rei da Macedônia, pai de Alexandre o Grande. Alexandre posteriormente destruiu a cidade. Entre os registros egípcios existe um conto sobre duas divindades que vêm para a terra e fazem sexo com dois homens. Os nobres possuíam escravas e escravos para a prática sexual, além dos jovens pajens. (Michel Baud) Levítico: A prostituição cultual Mesopotâmia: A importância social e o papel positivo da prostituição aparecem na epopeia de Gilgamesh. Uma mulher seduz Enkidu e faz com que ele, de bruto selvagem, transforme-se em homem. Quando Enkidu está próximo da morte, amaldiçoa a prostituta que lhe tiraria a inocência. Depois, percebendo o bem que ela lhe trouxera, volta atrás. O exemplo mostra como os babilônios viam essas mulheres. A prostituição não era um setor marginalizado da sociedade mesopotâmica. Não havia contradição entre a condição de uma prostituta ou de uma mulher dedicada aos deuses, ambas tinham escapado das regras familiares tradicionais. Assim, funcionárias de templos gerenciavam casas de prostituição, e Nanaya, deusa de Uruk, era associada ao erotismo e sexualidade. (Antoine Cavigneaux) Levítico: A prostituição cultual Mundo Romano: Nenhum outro império foi tão poderoso, extenso e glorioso quanto o romano. Dos últimos 15 imperadores, apenas um (Cláudio) não deixou referências quanto a sua homo ou bissexualidade. Julio César, Tibério, Calígula, Nero, Adriano, Heliogábalo, Galba, Caracala, entre outros, foram adeptos do amor proibido. A luxúria, acompanhada da ostentação e riqueza, era grande. Nos palácios ocorriam verdadeiras orgias. Vestir-se de mulher era uma brincadeira comum, como acontece em nosso Carnaval. Até Constantino (312 D.C), a homossexualidade não seria encarada como um problema por nenhuma sociedade. Embora algumas religiões citem o episódio de Sodoma e o Velho Testamento, tradutores garantem que houve um erro de tradução, no primeiro caso, e uma grotesca alteração, no caso do segundo, durante a Idade Média. (Eva Cantarella) Levítico: A prostituição cultual Cliente e prostituto. Cerâmica, ca. 480-470 a.C. Levítico: A prostituição cultual Grécia (séc. III a.C.): O berço da filosofia, terra que nos fez herdar belezas arquitetônicas, foi o celeiro de muitas de nossas ciências e da democracia. Exemplos de homossexualidade na Grécia não são limitados aos mortais, na ficção está a maior demonstração da abertura do pensamento grego sobre o tema. Levítico: A prostituição cultual Na mitologia: A mitologia grega está recheada de deuses, semi-deus e seres bissexuais ou homossexuais. O casal mais famoso de todos é formado por Zeus e Ganimedes. Hércules, famoso por suas habilidades e força, também amava a Filoctes, Nestor, Adônis, Jasão e outros, mas o seu amor era notório pelo sobrinho Iolau. Apolo, deus da beleza e da eterna juventude, além de seus incontáveis amores femininos, possuiu inumeráveis homens. O rapto de jovens era comum, aconteceu com Himeneu, Ciparisso, Carnus, Hipólito, entre outros. Já o deus do vinho, Dionísio, gostava de festas e banquetes. Levítico: A prostituição cultual Cultura A educação dos meninos atenienses se dava através de laços de amizade e pratica homossexual com seus mentores. Um cidadão que não exercesse a adoção de jovens, e se encarregassem de sua educação, era acusado de omissão em seus deveres como cidadão. Era uma obrigação social tão importante quanto pagar impostos. Os meninos após os 12 anos de idade, nunca abaixo dessa idade, procuravam um adulto para sua educação. Com a aprovação da família e do garoto, este praticava sexo homossexual passivo até completar seus 18 anos de idade com o mentor que lhe ensinava tudo o que sabia sobre a vida. A partir de então, tornava-se ativo e deveria ser mentor de outro jovem, para posteriormente casar-se, próximo a completar 25 anos de idade. Obviamente, muitos continuavam com a prática homo. Homens para o prazer, mulheres para a procriação, dizia a regra social da época. Levítico: A prostituição cultual De fato não há registro de que a homossexualidade tenha sido amplamente aceita na Grécia antiga, muito menos que tenha sido encarada como um problema, como acontece nos dias de hoje. A bissexualidade era vista como prova de virilidade e o sexo homossexual apenas como sexo carnal, troca de energias. DEUTERONÔMIO 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Deuteronômio 23.17; Deuteronômio 23.18; É importante saber; Por outro lado, A Nova Bíblia Anotada Oxford, escreve; Deuteronômio 22.5; A Nova Bíblia Anotada Oxford afirma; David Payne escreve na série “Estudos Bíblicos Diários” sobre Deuteronômio 22.5; Hijras. DEUTERONÔMIO Deuteronômio 23.17 (JFA) Não haverá prostituta dentre as filhas de Israel; nem haverá sodomita dentre os filhos de Israel”. Deuteronômio 23.17 (Versão Bíblia Eletrônica) “Não haverá dentre as filhas de Israel quem se prostitua no serviço do templo, nem dentre os filhos de Israel haverá quem o faça”. DEUTERONÔMIO Em nosso estudo sobre o livro de Levítico, aprendemos que a religião do povo agrícola de Canaã, gravitava em torno da fertilidade da terra, e das pessoas; e, que a expressão desta religiosidade, traduzia-se na ida aos templos dos (as) deuses (as), e manter relações sexuais; muitas vezes, relações entre pessoas do mesmo sexo, com os sacerdotes ou sacerdotisas do templo. Onde está a evidência desta atividade? Se isto é verdade, porque esta informação não é mostrada nas escrituras? Parece que a Bíblia associa estas passagens ao homossexesualidade, e não à idolatria. Por que será? DEUTERONÔMIO Nas passagens acima, percebemos que a versão JFA, traduz Deuteronômio 23.17, proibindo a prostituição por parte das filhas de Israel, ou a sodomia por parte dos filhos de Israel. A tradução JFA deriva da versão King James, escrita nos anos 1600. Uma versão mais recente, por exemplo, a da Bíblia Eletrônica, que usamos derivada da versão (NIV), a qual foi produzida no século XX, traduz o mesmo versículo, proibindo a prostituição no serviço do templo. O que poderia ter causado a mudança do significado da palavra? Desde quando um sodomita, que muitas igrejas insistem em identificar como homossexual tornou-se um prostituto, ou uma prostituta do templo? DEUTERONÔMIO Devemos atentar para o fato de que, apesar de serem mencionados na Bíblia, esta não relata a história dos Canaanitas; mas, sim, a história do povo hebreu, e de sua relação com Deus. Em parte alguma da Bíblia, podemos encontrar relatos a respeito de como viviam os Canaanitas, nem de suas práticas. Até o século XX, o conhecimento da cultura dos canaanitas estava limitado a três principais fontes: DEUTERONÔMIO • Artefatos produzidos por pesquisas arqueológicas. • Literatura de povos que viveram na mesma época, mas pouquíssima informação está disponível, a partir desta fonte, sobre os costumes dos canaanitas. • Escrituras Hebraicas. • Entretanto, nenhuma destas fontes, pode disponibilizar, informações sobre a filosofia, práticas, e crenças canaanitas. DEUTERONÔMIO Em 1928, um camponês Sírio, estava arando a sua terra, quando a sua enxada partiu um pedaço de terra, que resultou na descoberta de um buraco enorme. Este buraco, mais tarde, revelou-se como sendo a Cidade Canaanita de Ugarit, que havia sido soterrada. Nesta cidade, havia uma biblioteca onde logramos encontrar informações sobre as práticas religiosas dos canaanitas que conhecemos hoje. E, não somente na biblioteca, mas nos lares também, encontramos muitas informações sobre a religião canaanita. Só em uma casa, encontramos mais de 80 textos, sobre práticas religiosas canaanitas. DEUTERONÔMIO Qualquer estudioso da Bíblia, mesmo aqueles com um interesse limitado, já ouviram falar dos “Manuscritos do Mar Morto”; mas, em comparação, pouquíssimos, ouviram falar das descobertas de Ugarit. Entretanto, se você entrar na Internet, e fizer uma pesquisa com base na palavra “Ugarit”, você descobrirá que existem mais de 8500 sites e artigos disponíveis. Os textos encontrados em Ugarit foram escritos em seis línguas. Apenas uma parte relativamente pequena da quantidade enorme de material encontrada foi traduzida até o presente, mas, o material traduzido, tem causado um grande impacto no conhecimento da Bíblia, refletindo-se em mudanças significativas nas traduções mais recentes. Muitas passagens obscuras e confusas têm sido corrigidas em alguns casos; e, em outros, tem sido clarificadas DEUTERONÔMIO Na época em que a versão King James, da qual deriva a JFA, foi escrita, ninguém havia ainda ouvido sobre prostituição nos templos. Por outro lado à versão NIV, escrita após a descoberta de Ugarit, mostra no versículo acima apenas uma das mudanças ocasionadas pela descoberta de Ugarit. DEUTERONÔMIO Deuteronômio 23.18 “Não trarás o salário da prostituta nem o aluguel do sodomita para a casa do Senhor teu Deus por qualquer voto, porque uma e outra coisa são igualmente abomináveis ao Senhor teu Deus.” NOTA: algumas versões utilizam à palavra cão, ao invés de sodomita. O vocábulo traduzido como sodomita ou cão, de acordo com algumas versões, na linguagem original, era “keleb”, o qual significa latir, ganir, ou uivar, ou, ainda atacar; ou cão; e, consequentemente, por eufemismo, um praticante da prostituição masculina (Strong’ #3611). A questão, entretanto é, de que tipo de prostituição está falando? Os pesquisadores apresentam opiniões diferentes. DEUTERONÔMIO Na série ”Estudos Bíblicos Diários” o autor do estudo do livro de Deuteronômio, David F Payne, escreve somente isto a respeito desta passagem: “Versículos 17-18: debruça-se sobre a prática de ritos religiosos, e proíbe a prática de prostituição em nome de YHWH; a palavra traduzida como cão, consequentemente significa praticantes de prostituição ritualística, muito comum na religião canaanita”. DEUTERONÔMIO Por outro lado, A Nova Bíblia Anotada Oxford, escreve: Versículos 17 e 18: “Estes versículos pressupõem a inevitabilidade da prostituição, enquanto proíbe esta prática aos Israelitas de maneira a preservar a santidade do templo e do povo”. (versículo 17) Prostituição no serviço do templo (Hebraico "qedesha"), esta tradução admite crer na existência de uma prostituição considerada “sagrada” em Israel, e na região do antigo Oriente Próximo, para a qual existe pouca evidência. È mais provável que o vocábulo "qedesha" seja um eufemismo padrão para o termo prostituta/o, considerado grosseiro. (vs. 18). A mesma alternação entre os mesmos termos aparece em Gn 38.15,21. A palavra deve ser mais bem traduzida como “separado”, algum posto a largo, separado da sociedade (versículo 18). A fim de manter a santidade; a lei proíbe a contribuição ao Templo, com o produto da prostituição. DEUTERONÔMIO É interessante notar, ainda que apesar de Oxford aparentemente, não levar em consideração as informações produzidas a partir dos textos de Ugarit, e pressupor que ambos os versículos referem-se tão somente à prostituição normal como conhecida, (ou seja, aqueles não ligados à prostituição ritualística, ou a serviço do templo), ainda assim, em sua própria tradução dos versículos, usa a sentença prostituição a serviço do templo. Encontramos o mesmo paralelo de palavras (prostituto/a e prostituto/a a serviço do templo) em Gn. 38.15, 21. É ainda mais interessante notar, que no comentário acima, a palavra "qedesha", pode ser mais bem traduzida, como: “separado, alguém que vive ao largo”; o que comumente significa alguém separado para o Serviço de D’us; para servir a D’us. Vale salientar, que as duas escolas de pensamento, têm interpretações diferentes do significado destes versículos, e nenhum deles, chegou a nenhuma conclusão, se o mesmo estaria relacionado à homossexualidade. DEUTERONÔMIO O objetivo da apresentação, destas duas linhas de pensamentos conflitantes, não foi absolutamente de contundi-los, mas, tão somente de demonstrar que até os maiores estudiosos da Bíblia, professores, e instituições de ensino, nem sempre concordam entre si, a respeito do exato significado das Escrituras; e, atente para o fato, de como o Círculo Hermenêutico pode influenciar neste processo. Interpretando estas passagens, resume-se: Israelitas não devem envolver-se em prostituição no templo, porque estas são práticas idólatras (consequentemente abominação). DEUTERONÔMIO Deuteronômio 22.5 (JFA) “Não haverá traje de homem na mulher, e nem vestirá o homem roupa de mulher, porque, qualquer que faz isto, abominação é ao Senhor teu Deus.” DEUTERONÔMIO Esta é a única passagem em toda a Bíblia que trata do hábito de se usar roupas do sexo oposto; conhecido em nossa cultura como travestismo, apesar de que para muitos, este termo aplica-se tão somente ao homem usar roupas femininas. A fim de padronização, salientamos que, utilizaremos o termo travestismo, quando nos referirmos ao uso de roupas próprias de um sexo, por uma pessoa do outro sexo, independentemente de qual sexo estejamos nos referindo. DEUTERONÔMIO A Nova Bíblia Anotada Oxford afirma: “A proibição contra o travestismo procura, sobretudo estabelecer os limites de gênero”. Uma similar preocupação com limites, é evidente nos versículos 10-12. Nestes versículos, lemos: Não lavrarás com junta de boi e jumento. Não te vestirás de diversos estofos de lã e linho juntamente. Franjas porás nas quatro bordas da tua manta, com que te cobrires. DEUTERONÔMIO Enquanto os versículos dez e onze parecem observar ao extremo o conceito de não misturar “espécies diferentes”, o versículo doze nos mostra que, na verdade, o que as escrituras tentam nos ensinar, é o conceito de separação. Os Israelitas deveriam ser um povo separado, e distinto daquele povo, que habitava a terra para a qual eles mudaram-se. DEUTERONÔMIO Devemos também lembrar, que numa cultura basicamente patriarcal, para um homem, fazer qualquer coisa que pudesse ser considerada como feminina, seria uma degradação de sua masculinidade, e, por extensão, degradação da masculinidade de um modo geral. A hierarquia daquela sociedade, fundamentada no gênero (sexo) tinha uma base bíblica. E formou o SENHOR D’US o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente. (Gn 2.7) Ao homem foi dado o fôlego do próprio D’us; portanto, o homem era o ser vivente mais aproximado de D’us. Mas, o homem estava sozinho, e D’us entendeu que isto não era bom. D’us então decidiu criar uma auxiliadora idônea. (Gn 2.18, 20a) Nos versículos 21-22, lemos que D’us então, causou um sono profundo no homem, retirou uma de suas costelas, e formou dela a mulher. DEUTERONÔMIO Interpretamos esta passagem, como nos dizendo que, já que D’us soprou dentro do homem o seu próprio fôlego de vida, o homem é, portanto a criatura mais aproximada de D’us. A mulher, entretanto, foi criada a partir do homem, estando a um degrau abaixo do homem, na proximidade de D’us. Ainda mais, como a mulher foi criada, com a finalidade de auxiliar o homem, isto era interpretado, como se ela fosse criada para ser uma escrava para o homem; novamente demonstrando, que ela estava a um degrau abaixo do homem. Por conseguinte, um homem que se vestisse de mulher, estaria se diminuindo; e, por implicação, estaria rebaixando todos os homens ao nível das mulheres. Da mesma forma, a mulher, não deveria usar vestes masculinas; pois, ao fazê-lo, ela estaria sendo elevada ao “status” de homem, e causando descrédito e vergonha aos homens. DEUTERONÔMIO David Payne escreve na série “Estudos Bíblicos Diários” sobre Deuteronômio 22.5: Existem razões para crermos que a Lei descrita no versículo cinco não esteja relacionada com a aberração sexual conhecida como travestismo, mas que seja um repúdio a certas práticas pagãs daquela época. Portanto esta lei, hoje em dia, não seria mais do que um guia de distinção, do que aquela descrita no versículo doze, a respeito das franjas das bordas da manta a ser usada pelos Israelitas. Estas franjas, qualquer que seja a sua origem, pretendiam lembrar a cada um dos Israelitas da sua obrigação de obedecer a D’us e à sua lei. Com efeito, estas franjas fizeram os Israelitas distintos dos canaanitas, na sua maneira de vestir. DEUTERONÔMIO Existem evidências, que indicam que os praticantes da prostituição no templo, especialmente os homens, usavam roupas do sexo oposto. Se aceitarmos esta afirmação, podemos então concluir que, as instruções contrárias ao “travestismo”, encontradas em Deuteronômio 22.5, na verdade nos dizem que: DEUTERONÔMIO 1. Os Israelitas devem ser imediatamente identificados como tal, ou seja, eles não devem agir nem vestirem-se como os habitantes das terras para onde D’us os levou. 2. Os Israelitas devem observar as separações de gênero, de maneira a não macular a imagem masculina com a feminina (sociedade patriarcal, machista). 3. Os Israelitas não devem envolver-se em práticas idólatras. DEUTERONÔMIO: • Hijras: são pessoas transgêneros e intersexuais ( Male to Female, "de Homem para Mulher", em português) da Índia, do Paquistão e de Bangladesh, ainda praticamente desconhecidas no Ocidente. DEUTERONÔMIO: Estudos recentes sobre os Hijras define: • Segundo MONEY (1988), as hijras podem ser consideradas tanto como indivíduos pertencentes a uma casta, quanto a um culto. Possuem uma deusa própria, Bahuchara Mata. Pela medicina ocidental, podem ser consideradas transexuais masculinos. DEUTERONÔMIO: A empregabilidade do termo: Hijra é o termo mais frequente usado para descrevê-las. É derivado do urdu, a língua poética da cultura islâmica do subcontinente indiano. Outra palavra amplamente usada por eles é khusra, que vem da língua punjabi (noroeste da Índia, nordeste do Paquistão). O termo muçulmano mukhannath (ou muhannas) é também usado em certos contextos, e muitas hijras o preferem. Na literatura inglesa a palavra eunuco é mais frequentemente empregada para se referir a elas. É correta até certo ponto, ou seja, no caso de esse termo ser relacionado ao pensamento muçulmano medieval do que significava um eunuco: que era basicamente um homem emasculado. Contudo, essa ideia pode levar a conclusões enganosas de que as hijras são "homens castrados", já que em sua esmagadora maioria são transexuais, transgêneros ou intersexuais. DEUTERONÔMIO: A concepção social do Oriente Médio com relação aos Hijras: Algumas hijras afirmam que sua sociedade já foi conhecida desde Índia até Espanha, quando da expansão do Império Otomano. Outras, que fizeram os Hajj(peregrinação a Meca) insinuam uma conexão próxima entre sua sociedade e a antiga comunidade dos eunucos que guardavam o túmulo do profeta Maomé e o sagrado mosteiro de Meca. Levando isso em consideração, as comunidades muçulmanas hijras de hoje em dia são as únicas sobreviventes intactas da sociedade mukhannath islâmica medieval, tendo até mesmo ligações antigas com as tradições hindus. (Fonte: Cohen L. The pleasures of castration: the postoperative status of Hijras, Jankhas and academics. In: Abramsom PR, Pinkerton SD, editors. Sexual nature, sexual culture. Chicago: The University of Chicago Press; 1995. p.276-304.) DEUTERONÔMIO: • Hijras DEUTERONÔMIO: DEUTERONÔMIO: Bahuchara Mata AT – Introdução a Teologia Inclusiva 1. Sexualidade Humana; 2. Identidade de gênero; 3. Gênesis: a formação do homem ou a mitologia monoteísta?; 4. Sodoma e Gomorra: a violência, orgulho e a falta de hospitalidade; 5. Levítico: prostituição cultual; 6. Deuteronômio. Questionário 1. O Conceito bíblico para a prostituição cultual entende que eram homossexuais que serviam como sacerdotes nas tais doutrinas pagãs da época? 2. Esta regra era tão séria que proibia o ataque aos inimigos que tivessem recebido oferta de abrigo para o descanso noturno. Assim, fazendo o que era certo, seguindo as leis de Deus, Ló recusou-se a expor seus convidados ao abuso dos homens de Sodoma. Qual era a regra? 3. A proibição contra o travestismo procura, sobretudo estabelecer os limites de gênero? 4. Gênesis é fato verídico ou mitológico? 5. O que é identidade de gênero? 6. Qual é o pilar central da Teologia Inclusiva? 7. O que significa a palavra Deuteronômio (etimologia)? Respostas 1. Não. Prostituição cultual: “Prostitutos e prostitutas do antigo Oriente Médio, empregados nos cultos da fertilidade. Praticavam atos sexuais no templo do seu deus como parte do culto que prestavam a deidade pagã”. 2. Sagrada Hospitalidade. (Êxodo 22.21) 3. Sim, dentro do conceito da separação. (Deuteronômio. 22:9-12) 4. A conclusão depende da interpretação. 5. Na sociedade, identidade de gênero se refere ao gênero em que a pessoa se identifica (se ela se identifica como sendo um homem, uma mulher ou se ela vê a si como fora do convencional), mas pode também ser usado para referir-se ao gênero que certa pessoa atribui ao indivíduo tendo como base o que tal pessoa reconhece como indicações de papel social de gênero (roupas, corte de cabelo, etc.). 6. Seu pilar central encontra-se no amor de Deus pelo homem. (Atos 10.34) 7. Repetição ou reafirmação. NT - ROMANOS 1. 1ª Parte - Romanos 1:18-29; 2. A Bíblia Anotada New Oxford; 3. 2ª Parte - Romanos 2:1; 4. Versões: a) Romanos 1:26-27 (VBJ); b) Romanos 1:26-27 (NVI); 4. A Enciclopédia Bíblica Padrão Internacional . NT - ROMANOS Romanos 1:18-29: Ao contextualizarmos, vamos perceber que a linha de raciocínio de Paulo inicia-se no versículo 18 e segue até o fim desse capítulo, como mostrado no início deste estudo. Algumas coisas desagradam a Deus, é verdade; mas, Deus esta a irar-se com aqueles que: • Omitem a verdade de Deus; • Não honram, não glorificam, nem são gratos e reconhecidos a Deus; • Substituem a verdade de Deus pela mentira; • Adoram e servem aos ídolos ao invés do Criador. NT - ROMANOS Em uma palavra: IDÓLATRAS! NT - ROMANOS • A ira de Deus esta direcionada àqueles que praticam idolatria, em todas as suas formas. • Note que as três primeiras palavras do versículo 27, independentemente de que tradução se use, se refere a algo que acontece anteriormente “Pelo que…”; “por causa…”; “Por isso…”. NT - ROMANOS • Os versículos 26 e 27, não são versículos autossuficientes. Eles explicam quem provoca a ira de Deus, e o que causa o seu comportamento anômalo. • Idólatras provocam a ira de Deus, e o seu descontentamento ao adorarem os ídolos. NT - ROMANOS Atenção para uma particularidade, o verbo “cometer” foi traduzido a partir da palavra composta: • kat-err-gotzumai. Enquanto que Err-gotzumai significa trabalhando, desenvolvendo, implementando, isto é; é um verbo de ação. • Quando se acrescenta estas três letras, kat, antes, é dada uma ênfase ao caráter da palavra, significando que se trata de um trabalho difícil de ser executado. (Romanos 1.27d) NT - ROMANOS • Exegese segundo o dicionário: s.f. Análise, explicação ou interpretação de uma obra feita de maneira cuidadosa. Comentário cujo propósito é esclarecer ou interpretar detalhadamente um texto, uma expressão ou uma palavra. (Etm. do grego: exégésis). NT - ROMANOS Exegese Bíblica (Romanos 1:27): Podemos então supor, sem receios, que Paulo estava se referindo aos homens, cuja orientação sexual não fosse homossexual, para quem tais práticas seriam naturais, mas para heterossexuais, para quem esse ato implicaria em grande esforço, mas que o teriam feito de qualquer maneira, como forma de adoração aos ídolos. NT - ROMANOS A Bíblia Anotada New Oxford diz a respeito dos versículos 27 e 28: “Enquanto que a Torah proíbe um homem “deitar-se com outro homem como com uma mulher” (Lv 18,22), autoridades judaicas contemporâneas de Paulo criticavam uma variedade de comportamentos sexuais comuns no mundo pagão”. Apesar de que hoje se emprega essa expressão largamente como uma referência à homossexualidade, a linguagem que se refere às praticas contrárias à natureza era mais usada nos dias de Paulo, não para denotar a orientação da atração sexual, mas a tolerância e prazer exagerados, sem medidas, lascívia, que enfraquece o corpo (a recompensa de seu erro). NT - ROMANOS Romanos 2:1 “Portanto, és inescusável, ó homem, qualquer que sejas, quando julgas, porque te condenas a ti mesmo naquilo em que julgas a outro; pois tu que julgas, praticas o mesmo”. NT - ROMANOS Obs.: Anteriormente tentamos demonstrar que as condenações de Paulo estavam direcionadas às mesmas práticas pagãs que foram erroneamente identificadas como homossexualidade nas Escrituras Hebraicas. NT - ROMANOS De que maneira esta passagem se relaciona à anterior? NT - ROMANOS Paulo está dizendo que aqueles que julgam os outros estão usurpando uma prerrogativa de Deus. Somente Deus pode julgar os homens. Não temos permissão para julgar uns aos outros. Quando julgamos aos outros, ascendemos ao trono da falsa religiosidade; e, esta atitude arrogante, é equivalente à idolatria. Quando o fazemos, nos colocamos acima dos demais semelhantes, com a suposição de que temos o direito de ditar-lhes como devem viver. Tornamonos Deus em nossa própria opinião, e isso é IDOLATRIA. NT - ROMANOS A única maneira que uma pessoa pode usar esses versículos como condenação à homossexualidade, seria tirando-os de seu contexto, fazendo uma inconveniente, inconsistente e deliberada mudança no significado intrínseco das palavras de Paulo, a fim de acomodá-las numa visão homofóbica. Fazer isso significa: NT - ROMANOS “mudar a verdade de Deus em mentira e honrar e servir à criatura”. (Romanos 1:25) NT - ROMANOS Um dos principais argumentos contra a homossexualidade (ou à introdução da identidade de gênero) tem sido: "não é natural". Um dos argumentos favoritos usado contra a homossexualidade é "Deus criou Adão e Eva, não Adão e Ivo". Este é um não-argumento porque, naturalmente, Deus criou Adão e Ivo, e Maria e Jorge, e Alice e Suzana; Deus fez cada um de nós, mas negar a validade de uma orientação porque esta não foi descrita no Jardim do Éden é consequentemente "não natural", é absurda, não obstante a poesia. NT - ROMANOS Os seres humanos são os mestres do "não natural", talvez começando com a primeira vez que alguém tirou a pele de um animal e usou-a como roupa ou como abrigo. Dos carros que dirigimos aos televisores a que assistimos; dos computadores que usamos para permitirnos a comunicação através do mundo, ao despertador que nos acorda pela manhã; do último jantar congelado da noite, ao forno de micro-ondas que usamos para aquecê-lo, cada aspecto de nossas vidas celebra o "não natural". Mesmo os Amish (ortodoxos) da Pensilvânia que se abstêm de nossas modernas conveniências “não naturalmente” arreiam seus cavalos às carroças para chegar à cidade. NT - ROMANOS A questão é o TERMO. Uma pergunta se faz necessária: • O que Paulo quis dizer? NT - ROMANOS • Na língua original, as palavras usadas aqui em Romanos 1.26 eram para phusin, traduzido como “contra a natureza”, que muitos estudiosos interpretaram como se referindo à homossexualidade. NT - ROMANOS • Entretanto, nós verificamos que Paulo usa estas mesmas palavras em Romanos 11.24 para explicar aos gentios que embora estes não sejam naturalmente parte dos escolhidos, Deus dá boas-vindas aos gentios e esta disposto a enxertá-los na árvore da família, e também disposto a enxertar de volta, nessa mesma árvore da família, aqueles escolhidos que haviam se afastado: NT - ROMANOS “Com efeito, se você (gentio) fosse cortado de uma oliveira silvestre por natureza (phusin) e contra a natureza (para phusin) fosse enxertado na oliveira mansa (a árvore da família dos eleitos), com maior razão os ramos naturais (os escolhidos que se afastaram) serão enxertados (de volta) na oliveira a que pertencem”. (Romanos 11.24 - NVI) NT - ROMANOS • É totalmente evidente que o uso aqui, por Paulo, da frase, não tem nada a ver com homossexualidade, nem é uma crítica da imoralidade. Mas propriamente Paulo refere-se à phusin (ou phusis) para designar àquilo que é inato à pessoa, ou a como nasceram. NT - ROMANOS Encontramos um exemplo deste uso em Gálatas 2:15: 1. O que a VBJ diz é "Nós somos judeus de nascimento e não pecadores da gentilidade”; 2. Porém, traduzido por "Nós que somos judeus por nascimento e não pecadores de gentios", na NVI. NT - ROMANOS Além disso, em 1 Coríntios 11.14, Paulo escreve: "A natureza mesma das coisas não vos ensina que se um homem tem cabelos compridos, é desonroso para ele...?" (NVI). NT - ROMANOS • Não é verdade que a natureza induz o cabelo a crescer e ficar comprido? • Não estaria contra a natureza cortálo?. NT - ROMANOS Considere que Paulo era um homem educado, que, por suas próprias palavras, excedeu a seus pares no conhecimento da lei judaica, dos costumes e das tradições. Certamente conhecia o Sansão do livro dos Juízes. NT - ROMANOS No capítulo 16 v.10 de Juízes nós encontramos Sansão dizendo a Dalila: "Nenhuma lâmina foi jamais usada em minha cabeça", disse-lhe ele: "porque eu sou nazireu consagrado a Deus desde o nascimento. Se minha cabeça fosse raspada, minha força deixar-meia, e tornar-me-ia tão fraco quanto qualquer outro homem" (NVI). NT - ROMANOS Quando o cabelo de Sansão foi cortado, sua famosa e poderosa força deixou-o e não retornou até que seu cabelo crescesse outra vez. • Se os nazireus foram pessoas consagradas para servir a Deus, o que induziu o comentário de Paulo em 1 Coríntios? NT - ROMANOS É possível que todos os homens aptos de Corinto fossem solicitados a servir nas forças armadas (com cortes militares de cabelo) e que aqueles cujos cabelos permaneceram não cortados esquivam-se de seus deveres. Neste exemplo do uso da natureza, nós descobrimos que a conotação não era sobre moralidade, ou sobre o que é inato, ou um acidente de nascimento, mas, sim, responsabilidade meramente cívica. NT - ROMANOS É importante anotar que a Enciclopédia Bíblica Padrão Internacional em seu artigo Natural/Natureza (The International Standard Bible Encyclopedia) afirma: “... a palavra natureza está contaminada por conceitos não bíblicos a partir do pensamento grego em diante, especialmente conceitos carentes da confissão bíblica fundamental de Deus como Criador. A ambiguidade do termo (por quaisquer razões) admite um aspecto de uso que varia do abstrato e universal à subjetiva e sensata vida de uma pessoa. O relacionamento natural entre os sexos está estabelecido na ordem regular da natureza (Romanos 1:26). Os pagãos são culpados pela violação desta physis (isto é, natureza)." Novamente encontramos esta referência à idolatria como sendo o que é “contra a natureza”, e a condenação indicada em Romanos 1.26-27. NT - CORÍNTIOS 1. 1Coríntios 6:9–10; 2. Versões; 3. SEM TREMER PERANTE DEUS (Por Rabino Steve Greenberg). NT - CORÍNTIOS 1Coríntios 6:9–10: “Não sabeis que o ímpio não herdará o Reino de Deus? Não vos iludais. Nenhum destes herdará o Reino de Deus: o imoral, os idólatras, os adúlteros, malakoi, arsenokoitai, os ladrões, o ganancioso, os bêbados, os caluniadores nem os extorsionários herdarão o Reino de Deus”. NT - CORÍNTIOS Paulo apresenta ao leitor uma lista daqueles que ele declara que não herdarão o Reino de Deus. A palavra no grego original parafraseada por ímpio é akidos e significa iníquo; por extensão, mau; por implicação, traiçoeiro; especialmente bruto: iníquo, pecaminoso. NT - CORÍNTIOS Há duas palavras que certamente chamarão sua atenção de imediato: malakoi e arsenokoitai. Você não encontrará essas palavras em nenhuma tradução; você encontrará, no entanto, várias palavras e frases. Acima são as palavras na língua original. A verdade é que ninguém sabe realmente com certeza o que as palavras significam, e, consequentemente, nem o que Paulo quis dizer realmente. NT - CORÍNTIOS Versões: • Rei James: “nem afeminados nem abusadores de si mesmos com a humanidade”; • Nova Rei James: “nem homossexuais, nem sodomitas”; • Bíblia de Jerusalém: “nem os depravados, nem as pessoas de costumes infames”; • Revisada Padrão (apenas uma palavra): “homossexuais”; • Nova Internacional: “prostitutos masculinos; nem ofensores homossexuais”; • Contemporânea Inglesa: ”nem o que se comporta como um homossexual”; • Novo Testamento Inclusivo: “prostitutas e pederastas”; • Oxford Comentada: “prostitutos masculinos, sodomitas”; • Nova Versão Internacional (Edição 2002): “Nem homossexuais ativos e passivos”; • Editora Ave Maria: “nem os efeminados, nem os devassos”; • Sociedade Bíblica do Brasil (Edição 1969): “nem efeminados, nem sodomitas”; • Sociedades Bíblicas Unidas: “nem adúlteros, nem efeminados”; • Tradução Ecumênica da Bíblia: “nem os efeminados, nem os pederastas”; • Reina Valera: “nem os efeminados, nem os que deitam com homens”. NT - CORÍNTIOS É muito interessante que a Bíblia Contemporânea Inglesa usa a frase comporta-se como um homossexual. Se a censura é contra alguém que "comporta-se" como um homossexual, então, os escritores desta tradução, acreditam que as palavras não se referem, nem se aplicam, aos homossexuais; mas, aos heterossexuais que se comportam; leia-se: “engajam-se em comportamento homossexual”, como homossexuais. Podia isto novamente ser uma referência ao templo de culto ou à prostituição em santuários? Enquanto que a Nova Versão Internacional, Edição 2002, da editora Vida: “Nem homossexuais ativos e passivos”; é, no mínimo, mal intencionada. NT - CORÍNTIOS • MALAKOI Por que há diferenças entre as traduções? As palavras são extremamente obscuras. Malakoi (ou malekos) aparece somente quatro vezes no Novo Testamento. Em três vezes significa fino ou macio, como quando Jesus Cristo a usou para falar de João Batista em Mateus 11.8: "... Mas que fostes ver? Um homem vestido em roupas finas (malekos)? Mas os que vestem roupas finas (malekos) vivem nos palácios dos reis" (VBJ). A outra vez onde a palavra aparece é na versão de Lucas deste mesmo discurso (7.25). NT - CORÍNTIOS Enquanto que no Dicionário Strongs de Grego do Novo Testamento (Strongs Greek Dictionary of The New Testament), nós lemos como segue: 1. Malakos = macio; isto é, roupas finas; figurativamente, um efeminado, alguns dicionários gregos definem-na como significando moralmente fraco. Martinho Lutero traduziu-a como fraco (em corpo, mente ou caráter). NT - CORÍNTIOS No Dicionário Vine, de Palavras do Novo Testamento (Vine’s Dictionary of New Testaments Words), se você procurar pela palavra macia, o livro mostra: Veja Efeminado. Lá você encontrará o original: malakos: macio, macio ao toque, fino, é usado como : (a) roupa fina; (b) metaforicamente, em um mau sentido, "efeminado", não simplesmente de um macho que pratique formas de lascívia, mas das pessoas em geral que são culpadas de apego aos pecados da carne, voluptuosos. NT - CORÍNTIOS Tom Horner, em seu livro Jônatas amou Davi (Jonathan Loved David), identificam efeminados como: “... os homens extremamente efeminados que transformaram a homossexualidade em uma profissão. Estes eram os efeminados, os prostitutos homossexuais da Grécia antiga, os assim chamados “cães sagrados” dos santuários cananeus, e os eunucos seguidores da deusa Cibele... Em algumas sociedades, tais como aquelas da antiga Frigia, os efeminados foram olhados com honra e respeito; mas na sociedade hebraica, em todos os períodos que conhecemos, não o eram". Outra vez encontramos a referência aos prostitutos de santuários, aqueles que se engajavam no sexo do mesmo gênero para o culto de ídolos. NT - CORÍNTIOS Horner continua: "Na Grécia clássica, também, homens efeminados geralmente eram menosprezados. Por quê? Porque representavam o oposto exato do tipo heroico ou nobre de amor que era muito admirado da época do Hércules legendário, que depois, na Roma imperial foi ligado eroticamente a dois homens (e numerosas mulheres) do imperador Adriano. Este modelo heroico foi idealizado como o mais nobre, e em alguns casos, romântico, tipo de amor. Em O Banquete, de Platão, é elogiado como a máxima expressão do amor físico (e espiritual sinal de virtude). E, pelo contrário, sair com um efeminado era algo ordinário. NT - CORÍNTIOS homem poderia fazê-lo; e em algumas sociedades quase todo homem o fez uma vez ou outra. Além disso, como o patriarcado aumentou seu domínio nas sociedades mediterrâneas orientais, o homem em que faltavam traços viris, como a fêmea a quem ele tão proximamente se assemelhou, foi mais e mais estigmatizado" (Páginas 22, 23). NT - CORÍNTIOS • ARSENOKAITOI A segunda palavra usada na passagem destacada, arsenokoitai (arsenokoites) é ainda mais obscura. Aparece somente duas vezes no Novo Testamento, aqui e em 1 Timóteo 1,10. Esta palavra é tão obscura que o dicionário Vine nem tenta defini-la. Em vez de uma definição, o dicionário dá as duas únicas passagens onde à palavra aparece. O dicionário Strongs usa: “um sodomita: abusador (que perverte) a si mesmo com a humanidade. Derivado de arsen = macho, homem, e kemai = mentir de forma contumaz”. NT - CORÍNTIOS Rev. Robert Arthur, em seu livro Homossexualidade à Luz da Linguagem e Cultura Bíblicas (Homosexuality in the Light of Biblical Language and Culture), falando de cultos pagãos, escreve: Era extremamente comum, portanto, encontrar deuses e deusas que recebiam presentes de apreciação e de adoração de seus adeptos sob a forma de atos sexuais. Para facilitar o oferecimento de tais presentes, homens e mulheres eram ligados (a templos) para receber estes presentes e tornaram-se conhecidos como prostitutos do templo (tanto homossexuais como heterossexuais). NT - CORÍNTIOS (...) A adoração da fertilidade deste tipo e expressões similares continuaram por pelo menos nos primeiros 100 anos da era cristã, em lugares tais como o templo de Diana em Éfeso. Na língua grega a palavra usada para os prostitutos do templo nestes lugares da adoração pagã era arsenokoites. Não foi antes de por volta de 200-250 da era cristã que uma homofobia marcante (...) começou a rastejar na Teologia. Por esta época, a adoração cultual do sexo começou a morrer e a palavra usada por Paulo para descrever os prostitutos do templo estava começando a tornar-se obsoleta. NT - CORÍNTIOS A PALAVRA GAY DA ÉPOCA. É importante observar que (...) ao tempo de Cristo a palavra de uso comum que significava homossexualidade era homophilia. (...) Esta palavra foi usada na língua grega até bem depois da época da morte de Paulo. Mas esta palavra nunca foi usada nas Escrituras. NT - CORÍNTIOS OUTROS AUTORES Padre John McNeill, sacerdote jesuíta, em seu trabalho A igreja e o Homossexual (The Church and the Homosexual), escrevem que o uso da palavra, no segundo século, na Apologia de Aristides, parece indicar que significa um corruptor obsessivo de meninos. Do mesmo modo, o professor Robin Scroggs, do Seminário Teológico de Chicago, em seu livro, Novo Testamento e Homossexualidade (New Testament and Homosexuality), posiciona-se que ambas as palavras – malekos e arsenokoites – referem-se aos parceiros ativos e passivos na prática grega da pederastia, a qual não deve de modo algum ser confundida com homossexualidade. NT - CORÍNTIOS A PEDERASTIA Pederastia é a molestação de crianças, pura e simplesmente. Um relacionamento ‘pederástico’ existe entre um amante, que é geralmente um homem maduro, e, o amado, um garoto jovem o bastante, para ainda ser imberbe. O amante era sempre o parceiro ativo; o amado era solicitado a ser passivo. Nem todo relacionamento era sexual em sua natureza, mas quase todos o eram. O amado não devia ser sexualmente satisfeito, o que era prerrogativa exclusiva do amante apenas. Quando o amado tornava-se velho o bastante para ter barba e por outro lado tornar-se mais viril, era trocado por uma pessoa mais nova. NT - CORÍNTIOS A Nova Bíblia Comentada de Oxford, publicada em 2001 é considerada um dos comentários mais respeitados de todas as Bíblias; ela oferece a seguinte nota de rodapé para os versículos destacados: Os termos gregos traduzidos como prostitutos masculinos e sodomitas, não se referem aos “homossexuais”, como em inapropriadas traduções mais antigas; “masturbador”, “e prostitutos masculinos”, podem ser a melhor tradução. NT - CORÍNTIOS SEM TREMER PERANTE DEUS Primeiro Rabino Ortodoxo do mundo a revelar a sua homossexualidade, em 1999, o norte americano Steve Greenberg lutou durante anos contra o conservadorismo exacerbado dos judeus ortodoxos, que são radicalmente contra a homossexualidade, e repudiam a existência de Rabinos homossexuais. Após uma busca incessante por respostas na Tora, Bíblia dos judeus; ele decidiu assumir a sua homossexualidade e fez disso uma vocação. Hoje Greenberg vive em Nova Iorque com um companheiro, ortodoxo também, e é respeitado na Sinagoga que freqüenta. Também leciona no Center for Learning and Leadership para judeus, e é autor do livro Wrestling With God and Men (Lutando com D’us e Homens) NT - CORÍNTIOS O Rabino ganhou notoriedade mundial ao mostrar a sua história no documentário Trembling Before God (Tremendo Perante Deus/2002), que aborda a fé e a homossexualidade na vida de homens e mulheres. O filme relata a trajetória de dez judeus homossexuais, seis homens, e quatro mulheres; e a opinião de Rabinos judeus a favor e contra a homossexualidade. No documentário, Greenberg é o único Rabino Ortodoxo que não largou a ortodoxia por causa de sua orientação sexual. Nesta entrevista exclusiva para G Magazine, ele nos fala de suas lutas, angústias e dilemas, em sua trajetória vitoriosa, para se aceitar, e ser aceito, como um Rabino Ortodoxo Homossexual NT - CORÍNTIOS Gmagazine: E como era sua vida espiritual e religiosa na adolescência? Steve Greenberg: Nesta época, eu já mantinha obediência aos preceitos religiosos ortodoxos, e a minha salvação foi o Negiah, que é o preceito que me proibia de abraçar, beijar, e inclusive tocar garotas antes do casamento. Essa restrição sexual, pré-nupcial religiosa, foi uma máscara perfeita, não somente para o mundo, como também para mim mesmo. Era o álibi perfeito, para me afastar, das experiências sexuais e amorosas, típicas dos adolescentes; e mais importante ainda, me impedir, de tomar conhecimento, de coisas a meu respeito,que no fundo, eu já sabia. NT - CORÍNTIOS Gmagazine: Que tipo de conflitos você viveu até se conformar em ter uma atração homossexual? Steve Greenberg: Conforme o tempo passava, e a minha repressão sexual, ficava cada vez mais fraca, o contato com rapazes, transformou-se numa frustração estranha, e não deu mais para negar os desejos que brotavam de dentro de mim. Em certa ocasião, quando estava em Israel, eu fiquei tão desesperado, por perceber, que a minha atração, por certo colega estudante, aumentava cada vez mais, que fui visitar um sábio, Rav Yosef Shalom Eliashuv, que vive em uma das mais isoladas comunidades ortodoxas de direita em Jerusalém. Falando em hebraico, eu disse a ele, o que na época, era a minha verdade: “Mestre, eu sinto atração tanto por homens, quanto por mulheres. O que devo fazer?”. Ele respondeu, “Meu caro, você tem duas vezes o poder do amor. Use-o com cuidado.” Eu fiquei perplexo, e como ele ficou em silêncio, perguntei: “E o que mais?”. Ele sorriu e respondeu: “Isso é tudo. Não há mais nada a dizer.” NT - CORÍNTIOS As palavras dele me acalmaram, permitindo que eu, temporariamente, esquecesse as terríveis tensões que me atacavam. Claro, que eu não estava pedindo permissão para agir a partir dos meus sentimentos, e, ele, também não estava permitindo isso. Mas, eu tinha que entender o que é que significava o meu desejo por homens. Por suas palavras, eu compreendi que não era para eu encarar esse desejo com medo; mas, sim, como a prova de que eu tinha um grande potencial para amar. O mais engraçado, é que eu até achei, que essa minha característica, poderia me fazer um Rabino melhor; porque como bissexual, eu teria uma vida emocional mais ampla, e mais rica; e, quem sabe, uma vida mais espiritual, mais profunda, e ainda me casar e ter uma família. NT - CORÍNTIOS Voltei de Israel para Nova Iorque em 1978, para terminar meus estudos e me casar. Com 22 de idade, metades dos meus colegas estavam noivos; ou já casados, e, eu, estava entusiasmado para entrar nesse grupo. Namorei mulheres nesse período, mas, confesso que não sabia exatamente o que deveria sentir. Como eu estava me tornando um Rabino ortodoxo, elas sabiam que não podiam esperar nada sexual da minha parte. Cheguei a “me apaixonar” umas três vezes; e em cada vez, cheguei à triste conclusão, de que aquelas mulheres, não me atraíam o suficiente. O que mais poderia explicar o meu total desinteresse sexual por elas? NT - CORÍNTIOS Gmagazine: E você aceitou ser homossexual? Steve Greenberg: Os sonhos de uma vida não se esquecem assim, com essa facilidade. Apesar da descoberta dramática, eu não conseguia ainda desistir da esperança de casar, e ter uma família. Portanto, durante os cinco anos seguintes, ao mesmo tempo, em que mantinha o meu primeiro relacionamento com um homem, tentava desesperadamente namorar mulheres, numa tentativa louca de me casar. Um dia, uma mulher extremamente amorosa e religiosa, disse que, se eu pedisse, ela aceitaria. NT - CORÍNTIOS Da noite para o dia, decidi fechar os olhos, e me jogar de cabeça. Comprei uma garrafa de um vinho bem caro, e, no meio do Central Park, em uma carruagem, sob um céu enluarado numa noite de abril, propus casamento; e ela, que eu mal conhecia, aceitou. Depois, pegamos o telefone e ligamos para toda a família e amigos; fizemos um brinde à nossa futura vida juntos, dissemos boa noite e cada um foi dormir na sua casa, castamente. Mais um mês, e tudo caiu sobre o peso da verdade: eu simplesmente não queria me casar com ela. O absurdo da esperança às vezes vai além do exagero. Mesmo depois deste episódio humilhante, eu ainda estava determinado a me casar. NT - CORÍNTIOS Continuei a namorar mulheres, e fiquei ainda duas vezes metido em relacionamentos muito sérios, mas fui incapaz de me comprometer. Na última vez, decidi ser honesto com a jovem sobre minha luta. Enquanto essa minha abertura ajudou a construir uma confiança e uma intimidade bem mais profunda do que eu já tinha conquistado antes, a ausência de um desejo mútuo foi impossível de suportar. Enfim, somente depois de muitos anos de uma negação persistente, e me debatendo sem parar contra a dura verdade, é que fui capaz de aceitar, que eu realmente era um homossexual. NT - CORÍNTIOS Continuei a namorar mulheres, e fiquei ainda duas vezes metido em relacionamentos muito sérios, mas fui incapaz de me comprometer. Na última vez, decidi ser honesto com a jovem sobre minha luta. Enquanto essa minha abertura ajudou a construir uma confiança e uma intimidade bem mais profunda do que eu já tinha conquistado antes, a ausência de um desejo mútuo foi impossível de suportar. Enfim, somente depois de muitos anos de uma negação persistente, e me debatendo sem parar contra a dura verdade, é que fui capaz de aceitar, que eu realmente era um homossexual. NT - CORÍNTIOS Gmagazine: Qual foi a reação na comunidade judaica ao seu artigo? Steve Greenberg: Esperei por uma chuva de ataques verbais e escritos, mas para minha surpresa, nada disso aconteceu. Os amigos deram um apoio maravilhoso e diversos colegas meus me ligaram para oferecer oração e encorajamento, embora pedissem para não serem citados. E quem não concordou comigo, não ligou para dizer nada. Na verdade, a minha revelação foi amplamente ignorada pela comunidade ortodoxa organizada. O pior comentário escrito veio de um Rabino da Universidade Yeshiva. Ele me respondeu que um Rabino Ortodoxo homossexual era uma coisa tão absurda e inconcebível como seria um Rabino Ortodoxo comer um x-burguer no dia do Yom Kipur, que é o Dia da Expiação, quando os judeus fazem jejum absoluto o dia todo. Ou seja, uma inobservância flagrante aos mandamentos. NT - CORÍNTIOS O mesmo jornal The Forward pediu que eu respondesse ao comentário do Rabino. Eu escrevi que, enquanto o comprometimento às normas é um ponto central para a definição da Ortodoxia, a comparação dele tinha sido absurda. A sexualidade humana não é uma extravagância gastronômica, e a intimidade de uma vida não é um x-burguer. Ninguém se joga de uma ponte por não poder comer um x-burguer. Ninguém entra em depressão clínica, ou se deixa submeter à terapia de choques elétricos pelo amor de um x-burguer. O mal-entendido grosseiro que mais me chocou, neste caso, foi colocar a expressão sexual humana como uma simples gratificação corporal, porque a pessoa que fez a comparação entre sexualidade e x-burguer, além de Rabino, era também médico. NT - CORÍNTIOS Gmagazine: Como você avalia a ação desse documentário junto aos judeus em conflito com a sua orientação homossexual? Steve Greenberg: Para lidar com esse conflito, os Rabinos têm adotado amplamente a posição de muitos líderes religiosos cristãos, de “Amar o pecador e odiar o pecado”. Quando alguém é incapaz de ser curado do flagelo do desejo homossexual através de esforço espiritual, de força de vontade moral ou da terapia, o Rabinato Ortodoxo, por vezes com um reconhecimento doloroso, ordena o celibato para toda a vida. Uma vez que o caráter de uma pessoa é comumente moldado pela restrição do desejo pessoal em prol de objetivos sublimes, nos é dito que a escolha é nossa: opte pela Ortodoxia e resista à expressão homossexual; ou opte por ser homossexual e saia da comunidade. NT - CORÍNTIOS Mas eu recebo diariamente e-mails e cartas sobre o impacto positivo que o filme teve nas vidas das pessoas. Famílias foram refeitas e jovens tiveram sua conexão ao Judaísmo restaurada pela esperança que foi transmitida no filme. Para alguns judeus não-ortodoxos, o filme aumentou sua raiva contra a ortodoxia, pela forma como trata os homossexuais. Entretanto, normalmente ouvimos de Judeus Ortodoxos, que o filme foi espiritualmente comovente, e, que eles foram tocados pela fé, e pela persistência de pessoas, que têm todas as razões para abandonarem as Comunidades Ortodoxas, mas permanecem. Como eu. APOLOGÉTICA CRISTÃ TEOLOGIA INCLUSIVA • • • • • • Apologética Davi e Jonatas Rute e Noemi Daniel e Aspenaz Eunucos O Centurião Romano Apologia: s.f. Texto, ou discurso, utilizado para defender, explicar ou elogiar, geralmente um comportamento, uma ideologia, uma doutrina, uma obra literária ou artística: fazia apologia do cristianismo. P.ext. Enaltecimento; ação de defender, algo ou alguém, apaixonadamente: comunista, realizou a apologia do sistema cubano; apologia do protestantismo; apologia da culinária mineira. (Etm. do grego: apologia.as). (Fonte: http://www.dicio.com.br/apologia/) Apologética Cristã É o ato de defender as crenças doutrinarias ou convencionais da fé cristã. A necessidade da manifestação da defesa diante dos falsos ensinos baseia-se em 1 Pedro 3:15,16. Apologética Cristã “Antes, santificai ao Senhor Deus em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós, Tendo uma boa consciência, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, fiquem confundidos os que blasfemam do vosso bom porte em Cristo.” 1 Pedro 3:15,16 Apologética Cristã Há dois aspectos / métodos básicos de apologética Cristã. O primeiro, conhecido como apologética clássica, envolve compartilhar provas e evidências de que a mensagem Cristã é verdade. O segundo, conhecido como apologética presuposicional, envolve confrontar as pressuposições (ideias préconcebidas, suposições) por trás das posições anticristãs. Proponentes dos dois métodos de apologética Cristã geralmente discutem entre si sobre qual método é mais eficiente. Aparenta ser bem mais produtivo usar os dois métodos, dependendo da pessoa e da situação. Definição apologética da Teologia Inclusiva A Teologia Inclusiva contempla uma lacuna deixada pelas estruturas religiosas tradicionais do Cristianismo, pois, por meio da Bíblia, compreende que todos os que compõem a diversidade humana, seja ela qual for, têm livre acesso a Deus por meio do sacrifício de Jesus Cristo na cruz. Seu pilar central encontra-se no amor de Deus pelo homem, amor que, embora eterno e incondicional, foi negado pelo discurso religioso ao longo de vários séculos. Davi e Jônatas Dois jovens: um príncipe e um belo pastor de ovelhas. O que poderia haver em comum entre dois homens tão diferentes? A Bíblia responde: um sentimento de amor tão intenso que em toda a Escritura não se vê nada parecido, nem entre um homem e uma mulher. Como assim? A Bíblia descreve tal amor entre dois homens? A resposta é: “sim”. Estamos falando do príncipe Jônatas, filho do rei Saul e do pastor Davi, filho mais novo de Jessé, um fazendeiro idoso de Belém. Davi e Jônatas • Analise do texto: 1 Samuel 18:1 -4 • Palavras chave: 1. Alma; 2. Amou; 3. Aliança; 4. Despojou. Davi e Jônatas • Analise do texto: 1 Samuel 20:11-43 • Palavras chave: 1. Pacto; 2. (v. 17) 2 Vezes a palavra amava; 3. Alma; 4. (v.23) eternamente; 5. (v. 30) Perversa, elegido, vergonha, nudez; 6. (v. 31) Firme, reino, morte; 7. (v. 34) Encolerizado, magoava, Davi, maltratado; 8. (v. 39) Jônatas, Davi, negócio; 9. (v. 41) Inclinou-se, beijaram-se, choraram; 10.(v. 42) Jurado, Senhor, perpetuamente, semente. Davi e Jônatas Exegese: 1. Em que contexto há amor de alma? (18:1) 2. Porque a historia relata com ênfase esse amor de alma? (18:3) 3. O Ato de despojar-se da capa era sinal de honra/reconhecimento (muito embora isso não era comum vindo de um monarca para seu súdito), mas, se as honras foram feitas com o despojar-se da capa porque Jônatas também deu as suas vestes e a sua espada, e arco e o cinto? (18:4) Davi e Jônatas 4. Porque Saul se irou com Jônatas e fez questão de citar as palavras vergonha e nudez? A ideia remete a um relacionamento proibido? (20:30) 5. A Bíblia é enfática em dizer que Jônatas se magoava por Davi, por que? (20:34) 6. Se a forma de cumprimentar nos dias de Davi era inclinar-se três vezes na direção do outro, o que justifica o ‘beijaram-se’ (a ideia aqui é que os dois se beijaram, já que frase esta no plural) se esse não era o costume social da época? (20:41) Davi e Jônatas “Angustiado estou por ti, meu irmão Jônatas; quão amabilíssimo me eras! Mais maravilhoso me era o teu amor do que o amor das mulheres.” 2 Samuel 1:26 Davi e Jônatas Nota: A Teologia Inclusiva tem sido bastante acusada de injetar na Bíblia o que ela não diz. A exegese consiste em utilizar métodos legítimos de interpretação bíblica a fim de se chegar ao sentido original do texto em estudo. A eisegese consiste em se fazer exatamente o contrário, ou seja, utilizar métodos duvidosos a fim de fazer a Bíblia dizer o que nós queremos. A história de Davi e Jônatas é um prato cheio para os críticos, afinal, embora a Bíblia revele um forte amor entre eles, não é clara em revelar um relacionamento afetivo em sua totalidade. Por isso, cautela é bom com relação a Davi e Jônatas, afinal, é sabido por todos que uma das grandes fraquezas de Davi eram as mulheres. Então, no máximo, o que podemos afirmar, ou melhor, conjeturar sobre ele, é que era bissexual. Praticamente o mesmo pode-se afirmar acerca de Jônatas, que fora casado e tinha um filho: Mefibosete. Davi e Jônatas “Tenho defendido, ao longo dos meus estudos e escritos, que o conceito de homoafetividade era desconhecido da cultura bíblica judaica. Tal fato explica o silêncio da Bíblia com relação a tais relacionamentos – isso não quer dizer que não havia homossexuais! (Havia, sem dúvida, o que não havia era um conceito complexo de orientação sexual). Portanto, se afirmamos que Davi e Jônatas viveram um relacionamento homoafetivo, seria uma exceção à regra.” Alexandre Feitosa Rute e Noemi “Disse, porém, Rute: Não me instes para que te abandone, e deixe de seguir-te; porque aonde quer que tu fores irei eu, e onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus; Onde quer que morreres morrerei eu, e ali serei sepultada. Faça-me assim o Senhor, e outro tanto, se outra coisa que não seja a morte me separar de ti. Vendo Noemi, que de todo estava resolvida a ir com ela, deixou de lhe falar”. Rute 1:16-18 Rute e Noemi • Superficialmente: Isso parece UMA AMIZADE de conveniência mútua: duas amigas moram juntas para compartilhar recursos em um mundo frio e duro, até que uma delas se casa e tem um monte de crianças. Rute e Noemi • Toda história. Rute e Noemi fizeram parte de uma grande FAMÍLIA FELIZ (na verdade, Rute se casou com o filho de Noemi). Mas, um desastre fez com que todos os homens da família morressem. Rute fica viúva. Noemi tinha outra nora, Orfa. Agora, todas viúvas, a única coisa lógica para uma mulher fazer naquele tempo era (especialmente as que não tinham benefícios sociais de serem casadas e cuidadas por um homem) retornar pra sua própria família. Noemi diz a Orfa que volte para sua família, e ela segue. Mas, quando fala a mesma coisa para Rute, ela recebe uma promessa muito especial. Rute e Noemi “... porque aonde quer que tu fores irei eu, e onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus; Onde quer que morreres morrerei eu, e ali serei sepultada.” Rute 1:16,17 Rute e Noemi • Importante perceber: O apelo sincero e a promessa de amor e devoção é tão adorável que é repetida em muitas cerimônias matrimoniais heterossexuais cristãs Rute e Noemi Após o trabalho de apoiarem uma a outra, Rute encontra Boaz, um senhor de 80 anos parente distante do marido morto de Noemi, que vê a bondade e o amor entre ambas e se casa com Rute para continuar o legado da família (uma tradição importante da época). Mesmo depois do casamento e da bênção das crianças, a comunidade comemora o fato de Noemi "ter um filho", como visto em Rute 4:17, e lembra que Rute ama muito a Noemi, Rute 4:15. Então... é lésbica? Rute e Noemi O livro não faz muita justiça às amantes desta história que contém uma promessa de amor que, de tão poderosa é usada em cerimônias de casamentos. A questão é: falamos isso para outra pessoa se não estivermos verdadeiramente apaixonados? Rute e Noemi Versão King James de Rute 1:14 diz: "mas Ruth se apegou a ela" no momento em que deveria retornar para sua família. Em Gênesis 2:24, o casamento é retratado como "um homem deixando pai e mãe e apegando-se a sua esposa." Rute e Noemi tornaram-se "uma só carne". Rute e Noemi • No geral: A Bíblia dá pouca atenção à relação entre Rute e Boaz, e muito mais atenção à Rute e Noemi, mesmo depois do casamento com Boaz. Daniel e Aspenaz “Ora, Deus fez com que Daniel achasse graça e misericórdia diante do chefe dos eunucos.” Daniel 1:9 Daniel e Aspenaz Na versão inglesa de King James 1611 em vez de "misericórdia" pode-se ler "amor carinhoso”: “Ora, Deus fez com que Daniel achasse graça e amor carinhoso diante do chefe dos eunucos.” Daniel 1:9 Daniel e Aspenaz Importante saber: Eunuco no original era uma palavra ambígua, dependendo da empregabilidade da palavra na frase o sentido poderia ser designado como home castrado ou afeminado. Daniel e Aspenaz Versões e as traduções: • “Ora, Deus fez com que Daniel achasse graça e misericórdia com o chefe dos eunucos”. King James Version ( Cambridge Edition) • Ora, Deus fez com que Daniel achasse graça e misericórdia diante do chefe dos eunucos . Daniel e Aspenaz • “E Deus pôs no coração do capitão os sentimentos não sexados aos funcionários, porém amáveis e piedoso para com Daniel.” Inglês Básico Bíblia • “E Deus pôs no coração do capitão os sentimentos não sexados aos funcionários, porém amáveis e piedoso para com Daniel.” Darby Bíblia Daniel e Aspenaz • “E Deus dá Daniel para a bondade e amor perante o chefe dos eunucos.” Youngs Literal Bíblia • “E Deus concedeu a Daniel favor e paixão diante do chefe dos eunucos.” Publicação judaica Sociedade Bíblica Daniel e Aspenaz Sobre as diferentes traduções: A divisão entre as traduções está relacionada com o fato de as palavras originais em hebraico que foram traduzidas para "graça e misericórdia" ter sentido duplo. Uma das traduções possíveis é "misericórdia e amor físico", que, obviamente, foi rapidamente excluída nas traduções. Curiosamente não seria difícil a Daniel e Aspenaz consumar o seu amor visto ambos serem eunucos. Também é interessante verificar que não é apresentado na Bíblia mais nenhum exemplo de "amor" de qualquer tipo no contexto de eunuco fora da sua nação, como é o caso de Daniel. (Fonte: http://portugalgay.pt/religiao/index.asp?id=9) Eunucos • Eunucos: outra designação para homossexuais Jesus apresentou conceitos espirituais inovadores para aquelas comunidades acostumadas aos rígidos ditames da Lei Mosaica. Uma das provas de que os Evangelhos não condenam a homoafetividade é o fato de Jesus nunca ter dito nenhuma palavra contrária para tais relações. Antes, Jesus reconhece a existência de uma diversidade. Eunucos Dentre os textos mais reveladores, temos o relato de Mateus 19.3-12. Aqui, Jesus reconhece alguns pontos da diversidade sexual de sua época: “10) Disseram-lhe seus discípulos: Se assim é a condição do homem relativamente à mulher, não convém casar. 11) Ele, porém, lhes disse: Nem todos podem receber esta palavra, mas só aqueles a quem foi concedido. 12) Porque há eunucos que assim nasceram do ventre da mãe; e há eunucos que foram castrados pelos homens; e há eunucos que se castraram a si mesmos, por causa do reino dos céus. Quem pode receber isto, receba-o.” (ACF) Eunucos Nesse texto, Jesus afirma que nem todos estão aptos para receber o conceito do casamento heterossexual (v.11). Em seguida, Cristo explica três razões para isso: 1) há eunucos de nascença; 2) há eunucos que foram feitos pelos homens; e 3) os que se fazem eunucos pelo reino de Deus, ou seja, os celibatários. Dessa lista, apenas no terceiro caso Jesus usou o termo de maneira metafórica, figurada. O que mais interessa a esse estudo é a primeira acepção, ou seja, os eunucos de nascença. Eunucos Comumente, os eunucos eram homens intencionalmente castrados para servir nos palácios, principalmente na função de guardar as mulheres sem que pudessem oferecer algum risco sexual a elas. Era imprescindível que os monarcas tivessem a certeza da paternidade dos filhos a fim de que a sucessão real fosse legítima e reconhecida. Exatamente por isso, os eunucos eram respeitados e dignos de total confiança, e em alguns momentos a Bíblia se refere a eles como oficiais da corte (Atos 8.27). Eunucos No hebraico e no aramaico (língua falada por Jesus) não havia uma palavra específica para designar os homossexuais, mas estudos indicam que o termo eunuco era também empregado para se referir aos homossexuais masculinos: O judaísmo conhecia apenas duas categorias de eunucos: • Os feitos pelo homem (em hebraico sãrïs 'ãdhãm) • Os que nasceram congenitamente incapazes ou sem libido (instinto e desejos sexuais) chamados de natural ou eunuco do sol (em hebraico sãrïs hammâ). Eunucos Dentre as características para se identificar um eunuco de nascença, o Talmude cita os modos frágeis, pouca barba, a suavidade do cabelo, da pele e a voz efeminada. Nenhum dos seus testes envolve a verificação da presença de defeitos anatômicos nos órgãos reprodutores. Inclusive, tais eunucos eram associados comumente com o desejo homossexual. O Centurião Romano Outro relato dos Evangelhos bastante revelador é o episódio envolvendo Jesus e um centurião romano da cidade de Cafarnaum. O milagre da cura do servo do centurião encontra-se narrado por Mateus, Lucas e João. Cada um dos evangelistas narra a história com diferentes nuances, cada uma delas com detalhes bastante reveladores e complementares. O Centurião Romano No relato de Mateus (8.5-13), o comandante romano referiu-se a seu escravo empregando a palavra grega pais. Esse é um termo bastante intrigante quanto ao seu sentido. A palavra grega pais tem vários significados: criança (Mateus 21.15), menino (Mateus 17.18) e servo (Mateus 8.6). Neste último caso, embora em um sentido pouco comum, pode ser traduzida e interpretada como um escravo jovem cujo proprietário mantém para favores sexuais. O termo pederastia deriva do mesmo radical. As várias traduções suprimiram as possíveis conotações sexuais do termo utilizando as expressões meu servo, meu empregado. O Centurião Romano A versão ARA utilizou uma expressão um tanto curiosa: meu rapaz (v.8). Tais relações com conotações sexuais eram bastante comuns no Império Romano e, embora condenadas pela tradição judaico-cristã, a sociedade romana as tolerava. É fato que havia um componente abusivo em tais relações (vide nota sobre pederastia), mas este não parece ser o caso do centurião, já que Lucas acrescenta que o servo lhe era muito querido (Lucas 7.2), o que explica o esforço do comandante em buscar a ajuda de Jesus. Lucas também utilizou a palavra estima, termo que denota, também, afetividade e intimidade. O fato de o centurião não se ter ausentado de casa durante a doença do servo (Lucas 7.6) também reforça a possível relação afetiva entre eles, pois tal gesto sugere cuidado e proteção. O Centurião Romano O relato de Lucas se refere ao servo como doulos, termo mais específico que significa servo, porém sem uma conotação de escravidão. Tal acepção reforça o conceito de que não se tratava de um escravo comum. O texto de João o coloca como filho do comandante, o que reforça os laços afetivos entre eles, já que um filho desfruta de tratamento e consideração superior à relação senhor/servo (João 4.46). Porém, é improvável que se trate de um filho, pois o termo doulos usado por Lucas descarta tal interpretação. O Centurião Romano Lucas também afirma que ele havia construído uma sinagoga (7.5b), portanto o centurião era um homem rico e poderia substituir facilmente o servo a qualquer momento, bastaria comprar outro. As motivações do centurião são, antes, afetivas ou, mais provavelmente, homoafetivas. O mesmo texto indica que, possivelmente, era um homem temente a Deus, porque, além de construir a sinagoga, Lucas acrescenta que ele amava a nação de Israel (7.5a). Jesus conhecia o coração e a vida íntima daquele homem, entretanto, ele não condena sua relação, antes, elogia sua fé, curando seu servo. É interessante mencionar, como já vimos, que Jesus contrariou muitos preceitos da tradição religiosa e cultural judaica, quebrando paradigmas e revelando uma nova realidade para seus seguidores. Apóstolo Paulo Qual a explicação para a retórica de autojulgamento de Paulo, seu sentimento de baixo autoestima em direção ao seu próprio corpo? Quais foram essas paixões? Se eram de natureza sexual, que tipo de paixões sexuais eram essas? Buscando mais uma vez, através dos escritos de Paulo, algumas conclusões começam a surgir, assustar e surpreender o leitor. Apóstolo Paulo As paixões de Paulo pareciam incapazes de serem aliviadas. Por que isso? O próprio Paulo havia escrito que se "não podia exercer autocontrole" que a pessoa deve se casar. "Porque é melhor casar do que abrasar" (1 Cor. 7:9). Mas não temos nenhuma evidência de qualquer fonte que Paulo tenha se casado. Na verdade, ele exorta viúvas e solteiras a "ficarem como eu" (1 Coríntios. 7:8). A principal finalidade da atividade sexual no casamento, segundo Paulo, era manter Satanás longe das pessoas tentadas, "por falta de autocontrole" (1 Coríntios. 7:5). Apóstolo Paulo Por que, quando Paulo parecia ser tão consumido com uma paixão que ele não podia controlar, não iria tomar o seu próprio conselho e aliviar essa paixão no casamento? Ele escreveu que o casamento era uma maneira aceitável, se não ideal, da vida. Ainda assim, no entanto, nunca o casamento parecia pairar por ele como uma possibilidade. Apóstolo Paulo Percebe-se que Paulo tinha um sentimento negativo em relação às mulheres. Ele escreveu que "é bom que o homem não tocasse em mulher" (1 Cor. 7:1). A paixão que queima tão profundamente em Paulo não parece estar relacionado com o desejo de união com uma mulher. As paixões sexuais de Paulo não se encaixam confortavelmente dentro do padrão explicativo (1Coríntios 7:7-9). Mas o que seria então? Apóstolo Paulo As tradição religiosa de Paulo levariam, claramente em conta os homossexuais como anormais, distorcidos, mal, e depravados. Quando descobertos, os homens homossexuais eram frequentemente executadas. Apóstolo Paulo A Lei declarava: "Não te deitarás com um homem como se fosse mulher: é abominação" (Lv 18:22). Não se contaminar com essas coisas, a Torá continuou, por Deus lançará fora aqueles que se contaminar. Deus punirá, prometeu a Lei, e a terra vomitará os que estão, portanto, contaminados (Lev. 18:24). Quem fizer essas coisas, deveria ser cortado do povo de Israel (Lv 18:29). Mais tarde a Torá condena com pena de morte a homossexualidade. "Se um homem se deitar com outro homem como se fosse mulher, ambos terão praticado abominação; devem ser condenados à morte" (Levítico 20:13). Apóstolo Paulo Paulo era um estudante de Direito. Se a homossexualidade era a sua condição, ele sabia muito bem que por essa lei que ele estava condenado. Seu corpo era um corpo no qual reinou a morte. Ele viveu sob a pena de morte. Apóstolo Paulo Não é impossível, até provável, que esta seja a sua fonte interior de sua profunda baixo estima , sua agitação interior, sua auto rejeição, seu zelo sobre-humano para uma perfeição que nunca poderia alcançar. Poderia este ser seu espinho na carne, sobre a qual ele escreveu tão melancolicamente? Apóstolo Paulo Com esta possibilidade em mente, ouvir mais uma vez as palavras de Paulo: Apóstolo Paulo "E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar. Acerca do qual três vezes orei ao Senhor para que se desviasse de mim. E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo". (2 Coríntios 12: 7-9). Apóstolo Paulo Em outra ocasião, e talvez antes, Paulo havia escrito: "Você sabe que foi por causa de uma doença física que eu pregava o evangelho para você em primeiro lugar, e apesar de minha condição foi um teste para você, você não desprezou ou me despreza, mas recebeu me como um anjo de Deus, como Jesus Cristo “ (Gl 4:13) Apóstolo Paulo A palavra anjo também pode ser traduzida mensageiro. Paulo é o possuidor de uma condição que ele acredita ser incurável. É uma condição para que as pessoas possam desprezar ou desprezá-lo. Muitos comentaristas sugerem que esta condição física era algum tipo de problema ocular crônico. Esta teoria tem como a base, eu suspeito, nas palavras de Paulo aos Gálatas, que teriam "arrancado os olhos e deu-lhes" a Paulo (Gl 4:15). Apóstolo Paulo Mas os problemas oculares crônicos, normalmente não trazem desprezo ou a atividade de desespero, e foi o olho, que Paulo chamou de "a janela do corpo", vida e beleza, assim como a morte e a dor entrar na experiência humana. Paulo, com estas palavras aos Gálatas, disse-lhes que agora tinha de "tornar-se como são," em quem "Cristo foi formado", e assegurou-lhes que "lhe fez nenhum mal" (Gl 4:12, 19). Isto se refere a uma cura interior e não uma cura externa. Apóstolo Paulo Outros sugeriram que a epilepsia era a condição de que ele não era livre. Epilepsia foi pensado como possessão demoníaca, mas foi uma sensação periódica de ser possuído por um espírito maligno, não um mal constante. Além disso, na narrativa bíblica, os epilépticos provocam uma sensação de piedade, ou às vezes o medo, mas raramente ela provocou desprezo ou aversão. A epilepsia não me parece dar conta da intensidade dos sentimentos que Paulo expressou. A constatação de que ele era um homossexual masculino não. É uma hipótese que faz sentido dos dados e contas para o tom, o medo, a paixão e o comportamento. A História 1. Idade das trevas – Idade Média; 2. Inquisição; 3. Brasil colônia; 4. Brasil; 5. Iluminismo. A História Idade das trevas – Idade Média Durante a Idade Média o mundo mergulhou na ignorância. A vontade de Deus era o argumento para todas as ações, inclusive em situações cruéis. A ascensão do Cristianismo em Roma reverteu os valores da época, caçou hereges e perseguiu os diferentes. O papa passou a ter um poder divino sobre a terra, dividindo com os imperadores o governo das nações, influenciando como nunca o futuro da humanidade. O conhecimento ficou restrito aos nobres e aos clérigos. Através do saber manipulou-se os interesses dos homens, a escravidão religiosa gerou uma igreja próspera e de violência generalizada. A História A religião de Roma prosseguiu. Diversos são os relatos de ontem e de hoje sobre casos de homossexualidade dentro das religiões. Papas homossexuais fizeram parte da história da Igreja. Como João XXII, que chegou a ser expulso e trazido de volta, por causa das suas orgias bissexuais. Tendo sido assassinado a pauladas, em 964, aos 24 anos, por um esposo traído que o pegou em flagrante. A História Em 1123, foi declarada a nulidade de casamentos de padres. Mulheres, animais fêmeas, adolescentes belos e até instrumentos musicais foram proibidos nos mosteiros, a fim de diminuir a tentação aos religiosos. Cantos que misturavam tons muito agudos foram retirados com o pretexto de serem homoeróticos. A pureza da alma agora dependia do sexo e do desejo. A História Inquisição O papa Gregório instituiu o direito ao Tribunal do Santo Ofício, em 1231, e ordenou o combate às mazelas difundidas em toda a Europa. Somente em Estrasburgo, na época território alemão, foram queimados mais de 80 homens, mulheres e crianças, somente no primeiro ano da inquisição. A prática de extorsões, crimes políticos e de tortura também foi observada. Os homossexuais foram tão perseguidos que, somente no Brasil, já no século XVII, foram registradas 4.419 denúncias de sodomia, dos quais, 30 foram enviados à Metrópole e condenados à fogueira. Muitos fidalgos portugueses fugiam para a colônia em busca de sossego da Inquisição. A História A sodomia era considerada a pior das heresias. Para homossexuais, a idade justificava a pena. Após confissões obtidas na base da tortura, o indivíduo abaixo de 15 anos era recluso por 3 meses. Acima dessa idade, deveria ir preso e posteriormente pagar multa. Os adultos deveriam pagar multas, caso contrário tinham suas genitálias amarradas e deveriam andar nus pela cidade, serem açoitados e depois expulsos. Caso fossem maiores de 33 anos, o acusado seria julgado, sem direito a defesa e, caso condenado, morto em fogueira e seus bens confiscados. Apesar de todo os esforços, nesse mesmo período existem relatos de pelo menos dois papas homossexuais: Paulo II e Alexandre VI. A História Iluminismo (Séc. XVIII) A idade do ouro. O século das luzes tomou conta Europa e posteriormente do mundo. As ideias de racionalismo, da ciência, de um homem que se tornava cada vez mais humano. Com isso, a Ciência tomou conta de caracterizar a homossexualidade como doença. Na verdade, foi descrita entre doença e etnia, como se através das características de comportamento do indivíduo ele fizesse parte de um grupo étnico. O mundo ainda era extremamente machista e fundamentalista. Tudo precisava ter uma explicação. Os anos de ignorância geraram fome de conhecimento. A partir daí para a invenção da luz elétrica, mecanismos movidos a vapor. A revolução francesa marca o fim do feudalismo e representa a luta por melhores condições de vida, de trabalho: liberdade, igualdade e fraternidade. Para o homossexual (sobretudo àqueles sem contatos políticos) existiam agora três pesos: o Estado, a Igreja e o povo. Diversas experiências de cura de A História Brasil Colônia Em 1584 aconteceu a primeira visita do Santo Ofício da Inquisição no Brasil. A Bahia foi o local desta inspeção motivada pela observação das pessoas que retornavam a Portugal, que possuíam hábitos de libertinagem. Durante a escravidão, a homossexualidade foi naturalmente praticada pelos negros, uma vez que a prática ainda não havia sido coibida em seu continente. Tanto os homens quanto as mulheres eram vítimas de estupro por parte dos capatazes e senhores de engenho. Alguns historiadores afirmam que Zumbi dos Palmares, o herói negro brasileiro, também era homossexual. A História Brasil O sexo homossexual sempre fora praticado entre os índios. Em algumas tribos, essa era a forma de curandeiros passarem seus conhecimentos. Rituais de iniciação fazem parte da tradição do índio entrando na puberdade, em muitas comunidades inclui-se a iniciação sexual. O baito, tenda dos homens, foi presenciada no Séc. XIX pelo naturista alemão Karl Von den Steiner. A falta de mulheres disponíveis na tribo também era resolvida de forma prática. O mover da Inclusão • • • • • • O fundador; A primeira Igreja Inclusiva; No Brasil; Panorama atual; Perspectivas; Testemunho. O mover da Inclusão • O fundador: Reverendo Troy Perry Em 1959 o Reverendo Bispo Dr. Troy Perry, foi expulso do Midwest Bible College, em Chicago, por ser homossexual. "Um colega de estudos se apaixonou por mim. Eles me disseram que eu não era digno de ser educado por cristãos", disse o Rev. Troy. No ano de 2004, na mesma cidade na qual foi expulso da escola bíblica, o Revdo Troy, de 65 anos de idade, foi nomeado membro da Junta Administrativa do Chicago Theological Seminary. É uma das muitas honrarias que se lhe têm entregue durante seus 35 anos de ministério. O mover da Inclusão A história do Rev. Troy é fascinante: uma viagem, as vezes dolorosa, através de capítulos da história dos EUA, que nem sempre foi amável com os gays e as lésbicas.(Na foto ao lado sob as cinzas de uma Igreja atacada por inimigos do Evangelho Inclusivo) . Nascido em Tallahassee, Florida, cresceu na área central desse estado e se mudou para Winter Haven aos 12 anos. Sua mãe era batista e seu pai pentecostal e a Igreja era uma grande parte de sua vida. "Eu ia à igreja de minha mãe ao domingo pela manhã e á noite a de meu pai", recorda ele. Quando tinha 13 anos seu pai morreu. Imediatamente começou a pregar nas igrejas Batista e Pentecostal. O mover da Inclusão Dois anos mais tarde formou-se como Ministro Batista. Foi naquele tempo quando se deu conta de que era homossexual. “Eu sabia que os homens me atraiam. Porém não havia um nome para isso naquela época, naquele tempo as pessoas acreditavam que se alguém incorria em atos homossexuais, era um heterossexual que andava mal, era um comportamento doentio, mau, criminoso, pecaminoso. A homossexualidade era nomeada somente às escondidas”. Revdo Troy acrescenta "Eu pensava que era o único". Aos 18 anos, confiou seu segredo ao pastor de sua igreja Pentecostal. "Quando lhe contei sobre meus sentimentos, seus olhos faiscaram. Ele me disse: Tudo o que precisas é casar-te com uma boa mulher". O mover da Inclusão O casamento e o divorcio O Rev. Troy casou-se com a filha de seu pastor. Um ano mais tarde, ele, sua esposa e um filho recém nascido se mudaram para Chicago, onde freqüentou o Midwest Bible College: "Lá, família de minha esposa disse à ela que sabiam sobre a expulsão do colégio. Ela lhes respondeu que continuaria junto a mim". Enquanto estudava, o Rev. Troy trabalhava em uma empresa de plásticos. Em 1962 foi transferido para o sul da Califórnia. O mover da Inclusão Foi ali onde aceitou sua orientação sexual. "Contei sobre minha orientação sexual à um oficial da igreja Pentecostal que se mostrou horrorizado e quis saber se eu havia molestado meninos. Eu lhe disse que não tinha nada que ver com isso“ o oficial informou ao bispo e ele foi excomungado. "Foi muito duro. Eu tomei a decisão de que se Deus não podia amar-me, então eu tampouco podia amá-lo. Disse-lhe que se fosse de minha vida." O Rev. Troy e sua esposa se separaram depois de cinco anos de casamento e logo se divorciaram. Os parentes de sua esposa o denunciaram e ele foi incorporado às forças armadas para cumprir dois anos de serviço militar. Desde 1965 a 1967 esteve servindo como militar na Alemanha. O mover da Inclusão Sobre o tempo de serviço no exercito, o Rev. Troy afirma: "Foi um tempo maravilhoso“. Então não existia a cláusula de ‘não pergunte, não diga’. Eles não se preocupavam se eu era abertamente gay, desde que não me encontrassem com alguém na cama de minha barraca." O mover da Inclusão Ele crê que os militares o ajudaram a desenvolver habilidades de liderança: "Me fez considerar como lutar por meus direitos. Me deu firmeza. Me ajudou no movimento de libertação gay e lésbico, me ensinou como lidar com a polícia" afirma. Seus amigos dizem que ele foi ao serviço militar como Clark Kent e saiu como Super Homem. O mover da Inclusão Em 1967 tentou suicidar-se depois do rompimento com seu primeiro companheiro. "Um amigo me encontrou na banheira, com a água correndo" Conta o Rev. Troy: "Sentia que não havia mais motivos para viver". Enquanto esperavam que o médico o atendesse no hospital, uma mulher afro-americana lhe perguntou “Não pensa que fizestes algo realmente estúpido?” O incidente trouxe a tona todas as lembranças de sua formação religiosa e ele pediu a Deus que o perdoasse. O mover da Inclusão "Deus me disse, Te amo, Troy. Eu não tenho enteados nem enteadas, tenho filhos e filhas", conta ele. Então começou a buscar uma igreja para frequentar. Sua mãe se surpreendia, porque o Rev. Troy dizia às pessoas da igreja que era gay. "Disse à minha mãe que não ia mentir à ninguém sobre quem eu sou". O mover da Inclusão • A primeira Igreja Inclusiva O Rev. Troy iniciou a primeira ICM na cidade de Los Angeles, em 1968 com apenas 12 congregados. Hoje a FUICM tem mais de 60.000 membros em 300 igrejas de 22 países ao redor do mundo. "Quando se iniciou a primeira ICM, eu não sabia se íamos passar do primeiro culto. Porém logo soube que seríamos um grupo internacional. Começamos a receber correspondência do mundo todo". O mover da Inclusão "A ICM prega um evangelho inclusivo de três pontos: Salvação Cristã, Comunidade Cristã e Igualdade de direitos". No principio algumas pessoas do Movimento de direitos LGBT suspeitaram da ICM. Eles haviam sido feridos pela Igreja e não importava que esta fosse uma igreja gay ou lésbica. Depois começaram a confiar em nós." conta. As reações do público, em geral, para com a ICM varia desde a indiferença até a violência ultrajante. Nestes anos todos, 22 ICMs foram arrasadas por incêndios criminosos. O Rev. Troy recebeu ameaças de morte e algumas vezes e durante muito tempo viaja com guardacostas. O mover da Inclusão • No Brasil Encaradas pelas minorias como um refúgio para a livre prática da fé, as igrejas "inclusivas" - voltadas predominantemente para o público gay - vêm crescendo a um ritmo acelerado no Brasil, à revelia da oposição de alas religiosas mais conservadoras. Estimativas feitas por especialistas a pedido da BBC Brasil indicam que já existem pelo menos dez diferentes congregações de igrejas "gay-friendly" no Brasil, com mais de 40 missões e delegações espalhadas pelo país. O mover da Inclusão Concentradas, principalmente, no eixo Rio de Janeiro-São Paulo, elas somam em torno de 10 mil fiéis, ou 0,005% da população brasileira. A maioria dos membros (70%) é composta por homens, incluindo solteiros e casais, de diferentes níveis sociais. O número ainda é baixo se comparado à quantidade de católicos e evangélicos, as duas principais religiões do país, que, em 2009, respondiam por 68,43% e 20,23% da população brasileira, respectivamente, segundo um estudo publicado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro. O mover da Inclusão Segundo a pesquisadora Fátima Weiss, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que mapeia o setor desde 2008, havia apenas uma única igreja inclusiva com sede fixa no Brasil dez anos atrás. "Com um discurso que prega a tolerância, essas igrejas permitem a manifestação da fé na tradição cristã independente da orientação sexual", disse Weiss à BBC Brasil. O mover da Inclusão O número de frequentadores dessas igrejas - que são abertas a fiéis de qualquer orientação sexual acompanhou também a emancipação das congregações. Se, há dez anos, os fiéis totalizavam menos de 500 pessoas; hoje, já são quase 10 mil - número que, segundo os fundadores dessas igrejas, deve dobrar nos próximos cinco anos. O mover da Inclusão • Panorama: Conhecer a nossa história como Igreja é importante, quem sabe sua origem entende seu propósito. Veremos as primeiras Igrejas Inclusivas por ordem de fundação que ajudam a construir a fé sem preconceitos. O mover da Inclusão 1ª Igreja da Comunidade Metropolitana (ICM Brasil) Fundada em São Paulo Capital em 1999 pelo Rev. Cristiano Valério. Segue uma visão ecumênica e está espalhada por várias cidades do país e conta atualmente com 10 templos. O mover da Inclusão 2ª Igreja Cristã Acalanto (ICA) Primeira Igreja Inclusiva pentecostal, fundada no ano de 2002 em São Paulo Capital e extinta no ano de 2004. O mover da Inclusão 3ª Comunidade Cristã Nova Esperança (CCNE Brasil) Fundada em 2005 por parte dos membros da extinta Igreja Cristã Acalanto. Seu fundador Pr. Justino Luiz de Oliveira. Conta com 23 templos espalhados pelo pais e seu segmento denomina-se pentecostal. O mover da Inclusão 4ª Igreja Cristã Evangelho Para Todos Fundada pela teóloga e pastora Indira Valença a Igreja Para Todos foi oficializada em 2005 e denomina-se pentecostal. Esta localizada em São Paulo Capital. O mover da Inclusão 5ª Comunidade Família Cristã Athos Fundada em 2006 pela Pra. Marcia Dias na cidade de Brasília no Distrito Federal. Denomina-se pentecostal. O mover da Inclusão 6ª Igreja Cristã Contemporânea (ICC Brsail) Fundada pelo Pr. Marcos Gladstone em 2006 no Rio de Janeiro. Denomina-se neopentecostal e conta com 9 templos espalhados em SP, RJ e MG. O mover da Inclusão As novas denominações Inclusivas: • Igreja Chamados da Ultima Hora (MA) • Igreja Apostólica Novo Tempo (SP) • Igreja Comunidade Cidade de Refúgio (SP) • Igreja Cristã Todos Iguais (SP) • Igreja Cristã Maravilhosa Graça (RN) • Comunidade Plenitude e Graça (RJ) • Espaço Cristão Inclusivo (PR) • Igreja Batista Apostólica das Nações (SP) • Igreja Incluir em Cristo (RJ) • Igreja Apostólica Filhos da Luz (CE) • Ministério Inclusivo Cristão (SP) • Comunidade Nova Vida (ES) • Igreja Cristã Reformada (RJ) O mover da Inclusão www.arenaap.org O mover da Inclusão • Perspectiva A parte do corpo chamada INCLUSIVA: Não somos mais uma igreja, somos a IGREJA de Cristo, a mesma fundamentada nos ensinos de Jesus e na fé dos apóstolos. Nosso chamado é gerar, libertar, curar e restaurar. “Geramos filhos pela fé, libertamos a alma cativa, curamos e espirito machucado e restauramos a reino de Deus através Plena Graça em Jesus Cristo.” O mover da Inclusão E agora? Cabe a nós, agentes de disseminação da boa nova de Inclusão, cumprir o IDE do Senhor. IDE em cada amigo; IDE em cada rede social; IDE em cada Universidade; IDE em cada gueto; IDE em todo o lugar. O mover da Inclusão Testemunhar! “Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão, se não houver quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Como são belos os pés dos que anunciam boas-novas!" Romanos 10:14-15 O mover da Inclusão “Mas, pela GRAÇA de Deus, SOU o que SOU, e sua GRAÇA para COMIGO não foi vã...” 1Coríntios 15:10a www.arenaap.org