Fundação Serralves Arteleku

Transcrição

Fundação Serralves Arteleku
Parceria, Co-productores / Asociados, Coproductores / Elkarkideak, Elkarlanean:
asociación cultural y artística
Colaboração / Colaboración / Kolaborazioa:
2006 12 Junho / Junio / Ekaina 22 Julho / Julio / Uztaila
www.mugatxoan.org
e-mail: [email protected]
Tel. 609 946 180
Arteleku
Donostia - San Sebastián
Fundação Serralves
Porto
Apresentações
Presentaciones
Aurkezpenak
Conferências
Conferencias
Hitzaldiak
Oficinas
Talleres
Tailerrak
Arteleku
Donostia - San Sebastián
12 Junho /Junio / Ekaina - 1 Julho /Julio / Uztaila
Fundação Serralves
Porto
3 - 22 Julho /Julio / Uztaila
Intro
Ion Munduate + Blanca Calvo
[POR]
Mugatxoan 2006 pretende avaliar o seu percurso desde 1998, data da sua criação,
através da perspectiva dos diferentes artistas convidados para esta edição. Para
tal, tanto nos workshops como na sua programação, abordam-se vectores de
trabalho que procuram estratégias paralelas, iniciativas que nos fazem reflectir e
que visam superar as tradições disciplinares.
Mugatxoan 2006 oferece um programa de performances, espectáculos, vídeo, som,
conferências e workshops com lugar no Arteleku, em Donostia, e na Fundação de
Serralves, no Porto. Um programa com vários exemplos representativos das
artes contemporâneas (dança, artes visuais, teatro, performance) que cria e
proporciona um espaço para a investigação e para a produção de novas obras.
Apropriação, realidade, ficção... feitos, actos, fantasias; manifestações artísticas cuja
condição é a imaterialidade, apresentando peças que surgem como a transformação
de actos e a produção de significado através de uma situação transitória.
A intenção do pequeno ciclo de conferências é a de analisar, a partir de três
diferentes perspectivas, acontecimentos que partiram do espaço da dança no
panorama europeu ou que se criaram à volta desse mesmo espaço.
A conferência de Marten Spangberg será apresentada simultaneamente em
Madrid e em Donostia, graças à colaboração com o Festival In-presentable,
que acontece nas mesmas datas na Casa Encendida. Dois públicos, em duas
cidades, assistirão à mesma hora ao encontro.
Cláudia Galhós falará sobre a diversidade das identidades artísticas que
constituem o panorama contemporâneo das artes performativas portuguesas,
em grande parte desconhecidas no resto da Península Ibérica.
A última perspectiva será a de Kobe Matthys, que a partir da questão da
jurisprudência na performance, analisará o caso de um juiz que decidiu que a dança
de um palhaço e de um elefante não poderia ser considerada como coreografia.
Nos workshops, treze jovens artistas desfrutarão de seis semanas de trabalho para
o desenvolvimento dos seus projectos individuais, assim como a oportunidade de
confrontação dos seus processos com os dos quatro artistas convidados, que os
conduzirão até aos seus próprios territórios.
2
Intro
Ion Munduate + Blanca Calvo
[ESP]
Mugatxoan 2006 quiere revisar su propio recorrido, que comenzó en 1998, a
través de la mirada de los diferentes artistas invitados a esta edición. Para ello,
tanto en los talleres como en su programación, aborda ejes de trabajo que
están buscando estrategias paralelas; iniciativas que reflexionan, que tratan de
superar sus tradiciones disciplinares.
Mugatxoan 2006 ofrece un programa de performances, shows, vídeo, sonido,
conferencias y talleres que tendrán lugar en Arteleku, Donostia y Fundação
Serralves, Porto. Un programa con varios ejemplos representativos de las artes
contemporáneas (danza, artes visuales, teatro, performance) dando y dejando
lugar para la investigación y la producción de nuevas obras.
Apropiación, realidad, ficción... hechos, actos, fantasías; manifestaciones
artísticas cuyo medio es la inmaterialidad, presentando piezas que aparecen
como la transformación de actos y la producción de significado a través de una
situación transitoria.
La intención del pequeño ciclo de conferencias es examinar desde tres puntos
de vista diferentes, acontecimientos que se han dado desde y alrededor del
espacio de la danza en el panorama europeo.
La conferencia de Mårten Spångberg sucederá en Madrid y Donostia
simultáneamente gracias a la colaboración con el festival In-presentable, que
se celebra en las mismas fechas en La Casa Encendida. Dos públicos, en dos
ciudades asistirán a la misma hora al encuentro.
Cláudia Galhós hablará de la diversidad de identidades artísticas que componen
el panorama contemporáneo de las artes performativas portuguesas, en gran
parte desconocidas en el resto de la Península Ibérica.
El último punto de vista viene dado por Kobe Matthys, que, desde la
jurisprudencia sobre la performance, tratará el caso de un juez que decidió que
la danza de un payaso y un elefante no podía ser considerada como coreografía.
En los talleres trece jóvenes artistas disfrutarán de seis semanas de trabajo para
el desarrollo de sus proyectos individuales; así como de la confrontación de sus
propios procesos con los de los cuatro artistas invitados que les guiarán hacia
sus propios paisajes.
3
Intro
Ion Munduate + Blanca Calvo
[EUS]
Aurtengo ekitaldian 1998an hasi genuen ibilbidea berrikusi nahi dugu, gonbidatu
ditugun artisten begirada bitarteko dugula. Hori dela eta, bai tailerretan eta
bai programazioan estrategia paraleloak bilatzen dituzten lan ardatzak eta
hausnarketa xede duten zein tradizio diziplinarrak berreskuratzen saiatzen diren
ekimenak jorratuko ditugu.
2006ko Mugatxoan ekitaldien barruan performanceak, showak, bideok, soinua,
hitzaldiak eta lantegiak izango dira Arteleku, Donostia eta Portoko Serralves
fundazioan. Hau da, gaur egungo arteen adibide esanguratsuenak hartuko
dituen programa (dantza, ikusmen arteak, antzerkia, performancea), betiere
ikerketarako eta obra berriak ekoizteko tokia utzita.
Jabetzea, errealitatea, fikzioa... gertaerak, ekintzak, fantasiak; materialtasunik eza
bitarteko duten arte adierazpenak, ekintzen eraldaketa modura agertzen diren
piezak aurkeztuz eta esanahia behin-behineko egoera baten bitartez eginez.
Hitzaldi sorta honen helburua da aztertzea hiru ikuspuntutatik abiatuta, zernolako gertaerak izan diren Europan dantzaren esparruaren inguruan eta esparru
horretatik abiatuta.
Mårten Spångberg-en hitzaldia Madrilen eta Donostian entzun ahal izango da
aldi berean, In-presentable jaialdiaren lankidetzari esker; izan ere, In-presentable
jaialdia egun horietan baita La Casa Encendida delakoan. Beraz, bi hiritan
dauden bi ikusle taldek ordu berean entzun eta ikusiko dute hitzaldia.
Cláudia Galhósek gaur egun Portugalgo arte performatiboen esparru zabala
osatzen duten era guztietako artisten berri emango digu, penintsularen
gainerako zatian ez baitira oso ezagunak.
Azken hizlaria Kobe Matthys izango dugu, performanceari buruzko
jurisprudentzia aztertuko du, eta pailazo baten eta elefante baten dantza ezin zela
koreografiatzat hartu erabaki zuen epaile baten kasua izango du aztergai.
Tailerretan hamahiru artista gazteek sei aste izango dituzte beren proiektuak
aurrera ateratzeko eta aukera izango dute beren paisaietara eramango dituzten
lau artista gonbidatuek egindako prozesuekin alderatzeko.
4
Aurkezpenak
Apresentações
Presentaciones
Apresentações
Aurkezpenak
Aurkezpenak
Apresentações
Presentaciones
Apresentações
Aurkezpenak
Apresentações / Presentaciones / Aurkezpenak
Calendário
Calendario
Egutegia
A voz que
foge à matriz
Américo Rodrigues
Powered
by emotion
Mårten Spångberg
200 gr.
António Júlio
Los cuerpos cuando
caen hacen ruido
Alejandra Pombo
Secrets
for Sale
Elodie Pong
Por el momento
sin título
Loreto Martínez-Troncoso
Guerrero Notebook:
Holiday Out
Nelson Guerreiro
16
Junho / Junio / Ekaina
Arteleku [21:30]
17
Junho / Junio / Ekaina
Arteleku [21:30]
23 / 24
Junho / Junio / Ekaina
Arteleku [21:30]
14 / 15
Julho / Julio / Uztaila
Fundação Serralves [22:00]
23 / 24
Junho / Junio / Ekaina
Arteleku [21:30]
14 / 15
Julho / Julio / Uztaila
Fundação Serralves [22:00]
30
Junho / Junio / Ekaina
Arteleku [21:30]
1
Julho / Julio / Uztaila
Arteleku [21:30]
7
Julho / Julio / Uztaila
Fundação Serralves [22:00]
1
Julho / Julio / Uztaila
Arteleku [21:30]
7
Julho / Julio / Uztaila
Fundação Serralves [22:00]
Optimistic
vs Pessimistic
9
Julho / Julio / Uztaila
Fundação Serralves [22:00]
Cía. L’ Alakran
Entrada livre / Entrada libre /
Sarrera librea
Reservas / Erreserbak:
T. +0034 943 453 662
6
7,5 €
Reservas / Erreserbak:
T. +00351 22 6156584
16 Arteleku
Junho / Junio / Ekaina
[21:30]
A voz que
foge à matriz
Américo Rodrigues
Apresentações / Presentaciones / Aurkezpenak
A voz que
foge à matriz
Américo Rodrigues
[POR]
No início era a própria respiração. No início não era o verbo, era a respiração,
o vento que circulava dentro dos corpos, o sopro mágico. No início, era, então,
o ar. O ar que mantinha o corpo, um corpo feito de ar e sangue. O ar é como
o sangue, os dois essenciais. O ar é poético porque é invisível. A poesia é o
indizível. Depois veio a voz, sopro feito voz, voz que chora e que ri, que dança,
que inquieta, que é remoinho. Vozes que vozeiam, que respiram. Não há uma
voz igual, todas diferentes, todas feitas de pedacinhos do ser. Dentro da voz,
o mundo de cada um, as emoções. Tudo está inscrito na matriz da voz. A voz,
prodigiosa descoberta, antes do fogo e do fogo que há na voz, logo a seguir ao
primeiro momento do homem sobre a terra.
Mais tarde a voz fez-se fala. Voz articulada. Voz que quer falar com os outros.
Sons que querem ser entendidos, percebidos. A fala quando era apenas voz
trazia as emoções, agora servirá também os pensamentos, as ideias que
procuram os outros, talvez as ideias que procuram as ideias dos outros. Através
da fala o homem comunica com o outro, usando códigos e sistemas que
tornem possível a comunicação. Às vezes, códigos e sistemas que acabam por
aprisionar, por domesticar a voz. Por vezes, a voz não cabe nas palavras, nascida
para ser selvagem, para ser livre, para rodopiar, para inquietar. Frequentemente
a voz fura o cerco que as palavras lhe impõem. Voz inconformada, voz rebelde.
A voz que está para além do significado das palavras, que foge dos dicionários,
das gramáticas, das ditaduras. Acontece que mesmo a fala, voz articulada, voz
funcional, procura exprimir-se noutras línguas, línguas imaginárias, línguas de
loucos e poetas.
Américo Rodrigues, Portugal. Poeta sonoro, performer, actor, encenador e
improvisador vocal. Autor de várias obras de poesia sonora, entre as quais se
destacam O despertar do funâmbulo, Escatologia e Aorta tocante (de Música
vegetal). È o director artístico do Teatro Municipal da Guarda. Dirige, entre
outros, o festival Dizsonante e Ó da Guarda (música experimental). Está a
concluir uma tese científica sobre “fala emocional”.
8
A voz que
foge à matriz
Américo Rodrigues
[ESP]
Al principio era la propia respiración. Al principio no era el verbo, era la
respiración, el viento que circulaba dentro de los cuerpos, el soplo mágico. Al
principio, era, entonces, el aire. El aire que mantenía el cuerpo, un cuerpo hecho
de aire y sangre. El aire es como la sangre, los dos esenciales. El aire es poético
porque es invisible. La poesía es lo indecible. Después vino la voz, soplo hecho
voz, voz que llora y que ríe, que danza, que inquieta, que es remolino. Voces que
vocean, que respiran. No hay una voz igual, todas diferentes, todas hechas de
pedacitos de ser. Dentro de la voz, el mundo de cada uno, las emociones. Todo
está inscrito en la matriz de la voz. La voz, prodigioso descubrimiento, antes del
fuego y del fuego que hay en la voz, después del primer momento del hombre
sobre la tierra.
Más tarde la voz se hizo habla. Voz articulada. Voz que quiere hablar con los
otros. Sonidos que quieren ser entendidos, percibidos. El habla cuando era
apenas voz traía las emociones, ahora servirá también a los pensamientos,
a las ideas que buscan los otros, tal vez a las ideas que buscan las ideas de
otros. A través del habla el hombre se comunica con los otros, usando códigos
y sistemas que vuelvan posible la comunicación. A veces, códigos y sistemas
que acaban por aprisionar, por domesticar la voz. Algunas veces, la voz no
cabe en la palabra, nacida para ser salvaje, para ser libre, para revolver, para
inquietar. Frecuentemente la voz sale del cerco que las palabras le imponen.
Voz inconformista, voz rebelde. La voz que está por encima del significado de
las palabras, que huye de los diccionarios, de las gramáticas, de las dictaduras.
Sucede que incluso el habla, voz articulada, voz funcional, busca exprimirse en
otras lenguas, lenguas imaginarias, lenguas de locos y poetas.
Américo Rodrigues, Portugal. Poeta sonoro, performer, actor, director e
improvisador vocal. Autor de varias obras de poesía sonora, entre las cuales
destacan O despertar do funâmbulo, Escatologia y Aorta tocante (de Música
Vegetal). Es director artístico del Teatro Municipal de Guarda. Dirige, entre otros,
el festival Dizsonante y Ó da Guarda (Música experimental). Va a concluir una
tesis científica sobre “habla emocional”.
9
Apresentações / Presentaciones / Aurkezpenak
A voz que
foge à matriz
Américo Rodrigues
[EUS]
Hasieran arnasa zen. Hasieran ez zen hitza, arnasa zen, gorputzen barruan
mugitzen zen haizea, haizearen arnasa magikoa. Hasieran, orduan, haizea zen.
Gorputzak gordetzen zuen airea, haizez eta odolez egindako gorputzak. Haizea odola
bezalakoa da, biak behar-beharrezkoak. Haizea poesia hutsa da, ez baita ikusten.
Poesia ezin esan den hori da. Gero ahotsa etorri zen, arnasaren ufakoa ahots
bihurtuta, negar eta barre egiten duen ahotsa, dantzan egiten duena, kezka
sortzen duena, zurrunbilo dena. Garrasi egiten duten ahotsak, arnasa hartzen dutenak.
Ahotsa bakarra da, ez du parekorik, ahots guztiak izatearen zatitxoekin eginda
daude. Ahotsaren barruan bakoitzaren mundua, emozioz eginiko mundua. Dena
dago ahotsaren matrizean jasota. Ahotsa, aurkikuntza miresgarria, suaren eta ahotsak
duen suaren aurrekoa, lurrak izan zuen lehen gizakiaren lehen unearen ondorengoa.
Geroago ahotsa mintzamen bihurtu zen. Ahots artikulatua. Besteekin hitz egin nahi
duen ahotsa. Ulertuak, nabarituak izan nahi duten hotsak. Mintzamenak, ahotsa
bakarrik zenean, orduan emozioak zekartzan, orain laguntza ere eskainiko die
pentsamenduei, besteek eskuratu nahi dituzten ideiei, agian besteen ideien bila
dabiltzan ideiei ere. Mintzamenaz baliatzen da gizakia bestearekin harremanetan
jartzeko, komunikazioa lortzeko kodeak eta sistemak erabiliz. Batzuetan, ahotsa
lotzea eta otzantzea lortzen duten kode eta sistemak. Noizbehinka, ahotsa ezin da
hitzaren barruan sartu, basatia izateko jaio baita, aske izateko, ardura sortzeko.
Sarritan, hitzek jarritako kateak mozten ditu ahotsak. Etsipenik gabeko ahotsa,
ahots errebeldea. Hitzen esanahiaren gainetik dagoen ahotsa, hiztegietatik,
gramatiketatik, diktaduretatik ihes egiten duen ahotsa. Izan ere, mintzamenak
berak ere, ahots artikuluak, ahots funtzionalak, beste hizkuntza batzuetan murgildu
nahi du, ametsezko hizkuntzetan, ero eta poeten hizkuntzetan.
Américo Rodrigues, Portugal. Soinu-poeta, performer-a, aktorea, zuzendaria
eta ahots-inprobisatzailea. Zenbait soinu-poesia lan egin ditu, horien artean,
nabarmentzekoak dira O despertar do funâmbulo, Escatologia eta Aorta tocante
(Musika Vegetala). Guardako Udal Antzokiko zuzendari artistikoa da. Besteren
aretan, Dizsonant eta Ó da Guarda (musika esperimentala) festibalak zuzentzen
ditu. Emozio hizkera gaitzat hartuta, tesi zientifiko bat amaitzen ari da.
10
17 Arteleku
Junho / Junio / Ekaina
[21:30]
Powered
by emotion
Mårten Spångberg
Actor e autor / Actor y autor / Antzezlea eta egilea: Mårten Spångberg
Música / Musika: Keith Jarret, J.S.Bach, Buena Vista Social Club
Duração / Duración / Iraupena: 45 min.
Apresentações / Presentaciones / Aurkezpenak
Powered
by Emotion
Mårten Spångberg
[POR]
Na sua recente actuação a solo designada de Powered by Emotion (Energia
emocional), Mårten Spångberg penetra na dança e no canto, partilhados por
todos nós, num jogo complexo entre o desejo e a economia, a apropriação
e a autorização. A coreografia baseia-se na filmagem de Walter Verdin de
uma dança improvisada de Steve Paxton, que por seu lado tem por base a
interpretação realizada por Glenn Gould sobre as Variações Goldberg de Bach,
e se traduz numa dança no limiar do estilo e da habilidade. Na outra parte da
representação, canta como solista algumas canções do Buena Vista Social Club,
transformando os conceitos da duplicação num tema global de biopolítica.
Mårten Spångerg. Intelectualmente desafiador, conceptualmente motivado,
questionando sempre as normas e as estruturas: no trabalho de Mårten
Spångberg, artista / escritor / crítico de performance, a dança é a oportunidade
de pensar de uma maneira diferente. Mårten Spångberg trabalha e vive em
Bruxelas, Berlim e Estocolmo.
O trabalho de representação / coreografia de Spångberg vai desde solos a
coreografias de maior formato, como por exemplo, um trabalho realizado para
o Ballet de Frankfurt. Spångberg é por sua vez membro fundador da Fame
International; co-criador de 9x9 para Les Ballets C de la B, em colaboração com
Christine de Smedt; e actor na obra Project de Xavier Le Roy.
Durante os últimos anos mais recentes tem vindo a arrecadar êxitos na sua
tournée europeia com a actuação a solo designada Powered by Emotion. Em
Dezembro de 2005, a sua nova produção Hep Sweden estreou-se na Moderna
Dansteatern de Estocolmo.
12
Powered
by Emotion
Mårten Spångberg
[ESP]
En su reciente actuación en solitario denominada Powered by Emotion
(Energía emocional), Mårten Spångberg se adentra en el baile y en el canto
compartidos por todos nosotros en un juego complejo entre el deseo y la
economía, la apropiación y la autorización. La coreografía está basada en la
filmación de Walter Verdin de una improvisación de baile de Steve Paxton, a su
vez basada en la interpretación realizada por Glenn Gould sobre las Variaciones
Goldberg de Bach, y emplaza a un baile al borde del estilo y de la habilidad. En
otra parte de la representación canta como solista algunas canciones de Buena
Vista Social Club, revolucionando las nociones de la duplicación a un tema
global de biopolítica.
Mårten Spångberg. Intelectualmente desafiante, conceptualmente motivado,
siempre cuestionando las normas y las estructuras: en el trabajo de Mårten
Spångberg, artista / escritor / crítico de performance, el baile es la oportunidad de
pensar de una manera diferente.
El trabajo de representación / coreográfico de Spångberg abarca desde solos
a coreografías de mayor formato como, por ejemplo, un encargo del Ballet de
Frankfurt. Spångberg es a su vez miembro fundador de Fame International;
co-creador de 9x9 para Les Ballets C de la B, en colaboración con Christine de
Smedt; y actor en la obra Project de Xavier Le Roy.
Durante los últimos pocos años ha cosechado éxitos en su gira europea con su
actuación en solitario denominada Powered by Emotion. En diciembre de 2005
su nueva producción Hep Sweden se inauguró en Moderna Dansteatern de
Estocolmo. Mårten Spångberg trabaja y vive en Bruselas, Berlín y Estocolmo.
13
Apresentações / Presentaciones / Aurkezpenak
Powered
by Emotion
Mårten Spångberg
[EUS]
Powered by Emotion (Emozio indarra) izeneko bere bakar-saio berrian, dantzara
eta kantura aldatzen du Mårten Spångbergek bere gogoa. Guk denok desioaren
eta ekonomiaren arteko joko konplexu batean parte hartzen dugu, esleipenaren
eta baimenaren arteko joko batean. Koreografiaren oinarria Walter Verdinen
film bat da, Steve Paxtonen dantza-inprobisazio baten gainean egindakoa.
Inprobisazio haren oinarria, aldi berean, Bachen Golderg bariazioak lanaren
gainean Glenn Gouldek egindako interpretazio bat zen. Hala, estiloaren eta
abileziaren ertzean dagoen dantza baterako deia egiten du. Antzezpenaren beste
zati batean Mårten Spångbergek bakarka abesten ditu Buena Vista Social Club
taldearen kantu batzuk, biopolitikako gai global batera bikoizteko ideiak irauliz.
Mårten Spångberg. Intelektualki desafiatzailea, kontzeptualki motibatua, arauak
eta egiturak beti zalantzan jartzen: dantza, Mårten Spångberg performance
artista / idazle / kritikariaren lanean, modu desberdinean pentsatzeko abagunea da.
Spångbergen performance / koreografia lanak bakar-saioetatik hasi eta
koreografia handiagoetaraino doa, esate baterako, Frankfurteko Baletaren
enkargu bateraino. Fame International agentziaren kide sortzailea da Spångberg;
Christine de Smedtekin batera 9x9 lanaren sortzailea Les Ballets C de la B
taldearentzat; eta antzezlea Xavier Le Royren Project lanean.
Azkeneko urte gutxi hauetan arrakasta izan du Europan egindako biran bere
Powered by Emotion bakar-saioarekin. Hep Sweden izeneko bere ekoizpen berria
Stockholmgo Moderna Dansteatern topaketan inauguratu zen 2005eko abenduan.
Mårten Spångbergek lantoki eta bizitoki Brusela, Berlin eta Stockholm ditu.
14
23 / 24 Arteleku
Junho / Junio / Ekaina
[21:30]
200 gr.
António Júlio
Produção / Producción / Produkzioa:
Mugatxoan 2006
14 /15 Fundação Serralves
Julho / Julio / Uztaila
[22:00]
Apresentações / Presentaciones / Aurkezpenak
200 gr.
António Júlio
[POR]
Depois de ter explorado presenças improváveis em lugares inevitáveis e mais
que vistos, busco sentidos em lugares mais pequenos, mais precisos e, por isso,
mais vastos. Quanto menor importância tiver aquilo para que estamos a olhar
mais revelador se tornará o momento em que o fazemos.
A existência suspensa ou o acontecimento paralelo.
A verdade escondida que é o menos interessante e a mentira apresentada, em
contínuo, que é a verdade julgada por quem a olha. Quanto mais concreto for
mais infinito se tornará.
200g. Peso. Pois... nada.
António Júlio nasce em Gaia, Portugal, em 1977. Frequenta, por dois anos, o
curso de Escultura da Fac. de Belas Artes do Porto. Faz o curso de Interpretação
da Academia Contemporânea do Espectáculo, no Porto. É intérprete de Teatro
e Dança desde 1999, tendo trabalhado, entre outros, com Joana Providência,
Nuno Cardoso, André Guedes, João Paulo Costa e Kuniaki Ida. Em 2004,
participa no Mugatxoan e inicia um processo de pesquisa e criação. Apresentou,
em 2005, 200 gr. abaixo do umbigo e Lucky Luke. Paralelamente, trabalha com a
Cia. Circolando e dirige grupo de Teatro Universitário.
16
200 gr.
António Júlio
[ESP]
Tras haber explorado presencias improbables en lugares inevitables y
expuestos, busco sentidos en lugares más pequeños, más precisos y por esto
más amplios. Cuanto menor importancia tiene aquello que miramos más
revelador se volverá el momento en que lo descubrimos.
La existencia suspendida o el acontecimiento paralelo.
La verdad escondida es lo menos interesante, es la mentira la que se presenta,
que a su vez es la verdad recibida por el que mira. Cuanto más concreto es, más
infinito se vuelve.
200 gr. Peso. Después... nada.
António Júlio nace en Gaia, Portugal, en 1977. Realiza dos años del curso de
Escultura de la Facultad de Bellas Artes de Porto. Curso de Interpretación de
la Academia Contemporánea del Espectáculo. Es intérprete de Teatro e Danza
desde 1999, habiendo trabajado con Joanna Providencia, Nuno Cardoso, André
Guedes, Joao Paulo Costa y Kuniaki Ida. En 2004, participa en Mugatxoan y se
inicia como creador presentando, en 2005, 200 gr. debajo del ombligo y Lucky
Luke. Paralelamente trabaja con la Cia. Circolando y dirige el Grupo de Teatro de
la Facultad de Ingeniería de la Universidad de Porto.
17
Apresentações / Presentaciones / Aurkezpenak
200 gr.
António Júlio
[EUS]
Leku ezinezko nahiz adierazgarrietan nekez sinestekoak diren izateak esploratu
ostean, leku txikiagoetan, zehatzagoetan, eta, horregatik, zabalagoetan, bilatzen
ditut zentzuak. Begiratzen diogun horrek gero eta garrantzi txikiagoa izan, orduan
eta esanguratsuagoa izango da aurkitzen dugunean.
Zintzilik dagoen izatea, edo gertaera paraleloa.
Ezkutuko egiak ez du batere interesik, gezurra da agertzen dena, era berean,
begira dagoenak jasotako egia da. Gero eta zehatzago, are infinituago.
200 gr. Pisua. Gero... ezer ez.
António Júlio Gaian jaio zen, Portugalen,1977an. Eskultura ikasketak bi urtez
egin zituen Portoko Arte Ederretako Fakultatean. Ikuskizun Akademia Garaikidean
Interpretazio ikasketak egin zituen. 1999az geroztik Dantza eta Antzerki
interpretea da, honako hauekin egin izan du lan: Joanna Providencia, Nuno
Cardoso, André Guedes, Joao Paulo Costa eta Kuniaki Ida. 2004an, Mugatxoanen parte hartu zuen, eta sortzaile lanetan hasi zen; hala, 2005ean 200 gr. debajo
del ombligo eta Lucky Luke aurkeztu zituen. Horrez gain, Circolando-rekin ere
egiten du lan, eta Portoko Unibertsitateko Ingeniaritza Fakultateko Antzerki Taldea
zuzentzen du.
18
23 / 24 Arteleku
Junho / Junio / Ekaina
[21:30]
14 /15 Fundação Serralves
Los cuerpos
cuando caen
hacen ruido
Alejandra Pombo
Produção / Producción / Produkzioa:
Mugatxoan 2006
Agradecimentos / Agradecimientos / Eskerrak:
Eugenio Tisselli, Carlos Talaga, Mugatxoan, Loreto, Júlio, Nelson
Julho / Julio / Uztaila
[22:00]
Apresentações / Presentaciones / Aurkezpenak
Los cuerpos cuando
caen hacen ruido
Alejandra Pombo
[POR]
A angústia existencial do desassossego de uma consciência é a base deste projecto
constituído por um evento audiovisual em tempo real, uma página na Internet
e um caderno verbal escrito. Estas três partes articulam-se complementandose entre si e contribuindo com um material de características diferentes e que
provocam no espectador uma relação diferente com cada um deles.
www.todoelmundomereceuncuento.net
Alejandra Pombo. Santiago de Compostela. Depois de ter estudado Belas
Artes na Facultad Complutense de Madrid, de frequentar inúmeros cursos de
dança, expressão corporal em diferentes partes da Europa (Amesterdão, Berlim,
Hamburgo, Barcelona, Madrid, Santiago...), de comer uma manga no dia 15
de Junho de 2004 no Auditório da Fundação de Serralves no Porto, de realizar
um mestrado em Artes Digitais na Universidad Pompeu Fabra de Barcelona e
de estar, actualmente, a realizar uma pós-graduação no MACBA de Barcelona,
decidiu não fazer nada no seu tempo livre.
20
Los cuerpos cuando
caen hacen ruido
Alejandra Pombo
[ESP]
La angustia existencial del desasosiego de una conciencia es la base de este
proyecto que consta de un evento audiovisual en tiempo real, una página web
y un cuaderno verbal escrito. Estas tres partes se articulan complementándose
entre sí aportando un material de características diferentes y que provocan para
con el espectador una relación con cada uno de ellas distinta.
www.todoelmundomereceuncuento.net
Alejandra Pombo. Santiago de Compostela. Después de haber realizado los
estudios de Bellas Artes en la Facultad Complutense de Madrid, de asistir a
numerosísimos cursos de danza y expresión corporal en diferentes partes de
Europa (Ámsterdam, Berlín, Hamburgo, Barcelona, Madrid, Santiago...), de
comerse un mango el día 15 de junio del 2004 en el Auditorio de la Fundação
Serralves en Oporto, de realizar un Master en Artes Digitales en la Universidad
Pompeu Fabra de Barcelona y de estar realizando actualmente un postgrado en
el MACBA de Barcelona, ha decidido hacer el muerto en su tiempo libre.
21
Apresentações / Presentaciones / Aurkezpenak
Los cuerpos cuando
caen hacen ruido
Alejandra Pombo
[EUS]
Kontzientzia urduritzearen estualdi existentziala da proiektu honen oinarria;
denbora errealeko ikus-entzunezko gertakizunak, web orri batek eta ahozko
koaderno idatzi batek osatzen dute. Hiru zati horiek elkarren osagarri dira, eta
halaxe eratzen dira. Guztiek ezaugarrien material ezberdinak dituzte, eta ikusleari
horietako bakoitzarekin harreman bat eragiten die.
www.todoelmundomereceuncuento.net
Alejandra Pombo. Santiago de Compostela. Madrilgo Complutense Fakultatean
Arte Ederretako ikasketak egin eta gero, Europako hainbat lekutan (Amsterdam,
Berlin, Hanburgo, Bartzelona, Madril, Santiago...) dantza eta gorputz-espresio
ikasketa asko eta asko egin zituen; gero, 2004ko ekainaren 15ean, mango bat
jan zuen Oportoko Fundação Serralves Auditorian, Bartzelonako Pompeu Fabra
Unibertsitatean Arte Digitaletako master bat egin zuen eta orain Bartzelonako
MACBAn graduondoko bat egiten ari da. Horren guztiaren ostean, aisialdian
hildakoarena egitea erabaki du.
22
30 Arteleku
Junho / Junio / Ekaina
[21:30]
Secrets
for Sale
Elodie Pong
Direcção / Dirección / Zuzendaria: Elodie Pong
Encenaçao / Escenario / Eszenografia: Elodie Pong
Produção / Producción / Produkzioa: Thierry Spycher
Cámara / Kamara: Elodie Pong, Frederico Brinca
Som / Sonido / Soinua: Luc Yersin
Edição / Montaje / Edizioa: Orsola Valenti
Musica / Música / Musika: Velma
Duração / Duración / Iraupena: 64 min.
Apresentações / Presentaciones / Aurkezpenak
Secrets
for Sale
Elodie Pong
[POR]
ADN / ARN (Any Deal Now / Any Reality Now) (Qualquer acordo agora / Qualquer
realidade agora): Uma instalação interactiva filmada, na qual o visitante era
convidado a contar um segredo pessoal e depois a vendê-lo. ADN/ARN era
formada por quatro unidades: a sala de espera, a sala intermédia de preparação,
o estúdio e o gabinete.
Enquanto se deslocava pela instalação, o visitante/actor devia interagir no
sistema, sob a minuciosa observação de oito câmaras de vigilância. Em
determinado ponto do processo, o visitante podia optar por vender a Elodie
Pong um segredo pessoal (anonimamente se assim o preferisse). Este segredo
era gravado em vídeo, como o resto das operações do sistema. Na unidade a
seguir ao espaço de gravação, Elodie Pong intervinha como actriz, negociando o
preço do segredo de acordo com o seu interesse em integrá-lo na sua colecção.
Secrets for Sale (Segredos à venda) é o filme que mostra essa experiência radical.
Elodie Pong nasceu em Boston em 1966. Estudou sociologia e antropologia na
Universidade de Lausanne e inicia a sua carreira artística com trabalhos notáveis
no domínio da escultura. Desenvolve temas que lhe interessam especialmente
como: as representações do desejo feminino num tom abertamente provocador.
Depois de 50 exposições colectivas e 10 individuais na Suíça e nos Estados
Unidos, começa, em 1996, a trabalhar em novas formas de expressão como o
vídeo da fotografia e a performance. Apresentou estes trabalhos na Suíça, em
França, na Alemanha, Bélgica, Espanha, Luxemburgo e Japão.
Em 2003, realiza Secrets for Sale, Prémio no Swiss Award no festival internacional
de filmes vídeo e novos meios VIPER em Bâle, e participa no concurso Re:view
film & video, promovido pelo Migros Museum für Gegenwarstkunst de Zurique.
Este filme foi apresentado em numerosos festivais internacionais e espaços de
arte contemporânea. Secrets for Sale foi transmitido pelo canal ARTE e faz parte da
performance I will not K.I.S.S. estreada em Julho de 2003 no Arsenic, em Lausanne.
24
Secrets
for Sale
Elodie Pong
[ESP]
ADN / ARN (Any Deal Now / Any Reality Now) (Cualquier trato ahora / Cualquier
realidad ahora): Una instalación interactiva filmada, en la que el visitante era invitado
a confiar un secreto personal, y luego venderlo. ADN /ARN estaba formada por cuatro
unidades: la sala de espera, el tamiz de los preparativos, el estudio, y el gabinete.
Mientras se desplazaba por la instalación, el visitante / actor debía de interactuar
en el sistema, bajo el examen minucioso de ocho cámaras de vigilancia. En un
cierto punto del proceso, el visitante podía optar por vender a Elodie Pong un
secreto personal (anónimamente si así lo prefería). Este secreto era grabado
en vídeo, como el resto de operaciones del sistema. En la unidad posterior al
espacio de grabación, Elodie Pong intervenía como actriz, negociando el precio
del secreto según su interés por incorporarlo a su colección.
Secrets for Sale (Secretos en venta) es la película que muestra dicha experiencia
radical.
Elodie Pong nace en Boston en 1966. Estudia sociología y antropología en la
Universidad de Lausana, e inicia su carrera artística con trabajos remarcables en
el ámbito de la escultura. Desarrolla temas que le interesan especialmente como
las representaciones del deseo femenino en un tono abiertamente provocador.
Después de 50 exposiciones colectivas y 10 individuales en Suiza y los Estados
Unidos, comienza en 1996 a trabajar en nuevos útiles de expresión como el
vídeo, la fotografía y la performance. Estos trabajos se presentan en Suiza,
Francia, Alemania, Bélgica, España, Luxemburgo y Japón.
En 2003 realiza Secrets for Sale, Premio en el Swiss Award del festival
internacional de filmes vídeo y nuevos médias VIPER à Bâle, así como
el concurso Re:view film & video, iniciado por el Migros Museum für
Gegenwarstkunst de Zurich. Este film ha sido presentado en numerosos
festivales internacionales y espacios de arte contemporáneo. Secrets for Sale
ha sido emitido por ARTE y forma parte de la performance I will not K.I.S.S.
estrenada en Julio 2003 en el teatro Arsenic, de Lausanne.
25
Apresentações / Presentaciones / Aurkezpenak
Secrets
for Sale
Elodie Pong
[EUS]
ADN / ARN (Any Deal Now / Any Reality Now) (Edozein tratu orain / Edozein egia
orain): Instalazio elkarreragile filmatua, non bisitariak beren isilpeko bat esatera
eta gero hura saltzera gonbidatuta zeuden. ADN / ARN lanaren osaerak lau
unitate zituen: itxaron gela, prestaketa bahea, estudioa, eta harrera gela.
Instalazioan barrena ibili ahala, bisitariak / antzezleak sistemarekin elkarreragin
behar zuen, zaintzako zortzi kameraren begirada zorrotzaren pean. Prozesuaren
une jakin batean, ordea, Elodie Pong-i isilpeko bat saltzea aukera zezakeen
bisitariak (izena eman gabe, nahi izanez gero). Isilpeko hura bideoz grabatzen
zen, sisteman zeuden gauza guztiak bezala. Grabaketa gunearen ondoko
unitatean, Elodie Pong-ek antzezle gisa esku hartzen zuen, isilpekoaren salneurria
negoziatzen, bere bildumari gehitzeko zeukan interesaren arabera.
Secrets for Sale (Isilpekoak salgai) muturreko esperientzia hori agertzen duen
filma da.
Elodie Pong Bostonen jaio zen 1966an. Psikologia eta antropologia ikasi
zituen Lausanako Unibertsitatean, eskulturan lan aipagarriekin hasi zuen
karrera artistikoa. Bereziki interesatzen zaizkion lanak garatzen ditu, esaterako;
emakumearen desioen irudikapena nahikoa tonu probokatzailean.
Suitzan eta Estatu Batuetan taldekako 50 erakusketa eta bakarkako 10 egin
ostean, 1996an beste espresio tresna batzuk erabiltzen hasi zen, hala nola,
bideoa, argazkilaritza eta performace-a. Lanak Suitzan, Frantzian, Alemanian,
Belgikan, Espainian, Luxenburgon eta Japonian erakutsi zituen.
2003an, Secrets for Sale egin zuen –Bâleko bideo-film eta komunikabide
berrien VIPER nazioarteko jaialdiko Swiss Award saria, Re:view film & video
lehiaketa, Zuricheko Migros Museum für Gegenwarstkunst-ek hasi zuena. Filma
nazioarteko jaialdi eta arte garaikideko leku askotan eman dute. Secrets for Sale
ARTEk eman zuen, eta 2003ko uztailean Arsenicen (Lausana) estreinatutako I will
not K.I.S.S. performance-aren zati bat da.
26
1Arteleku
Julho / Julio / Uztaila
[21:30]
7 Fundação Serralves
Julho / Julio / Uztaila
[22:00]
Por el momento
sin título
Loreto Martínez-Troncoso
Produção / Producción / Produkzioa:
Mugatxoan 2006
Desenho / Dibujo / Marrazki:
Jérôme Mulot
Apresentações / Presentaciones / Aurkezpenak
Por el momento
sin título
Loreto Martínez-Troncoso
[POR]
Notas de trabalho:
Alguém me disse um dia que, ou pelo menos recordo-o, «a arte é antes de
mais um encontro». E como encontro que é, ou chegas antes ou tarde ou no
momento certo. Mas também podes não chegar porque te enganaste no sítio.
Ao mesmo tempo, talvez, um encontro esteja onde menos o esperas.
Querem espectáculo? Pois vão tê-lo, disse depois de ter dado conta de ter sido
recuperada pelo espectáculo, Pois ¡luzes, maquilhagem e lantejoulas! que não
são mais
do que uma continuação ou uma consequência da minha experiência.
Dizes que não és mais do que uma puta? disseram-me. Já outros artistas o
denunciaram, e não apenas isso, realizaram-no. Pois se é por isso, não o farei.
Nem o repetirei (podia dizer-vos uma vez mais mas não o farei porque acabo de
o fazer). Mas um striptease, quem nunca sonhou em fazer alguma vez striptease
em público? Este poderia ser um bom título: Striptease.
De qualquer das formas, como afirmou Hitchcock «o público tem de sair da sala
sabendo porque entrou». E eu também.
«E aqui a minha biografia nalgumas linhas apenas conforme me pediram:
1978 nasce em... ; 1996 ingressa na...; 1999 parte para... com uma bolsa de...,
trabalha com...; 2000 é “felicitada” por...; 2001 intervém em..., é seleccionada
na...; 2002 é “felicitada” por..., “comprada” por..., “envolvida” por... para...,
“videoprojectada” em...; 2003 é considerada como “artista francesa” por...
para..., colabora com...; 2004 colabora com..., participa em..., é considerada
como “artista que trabalha sobre” por... para..., entra em contacto com...,
leitura em...; 2005 carta branca em..., é “indicada” como “artista digna do
maior interesse” por... para..., candidatura seleccionada..., proposta para...
recusada por..., participa a..., auto-apresenta-se como puta no festival... no qual
é apresentada como «France»; recebe uma bolsa por... para..., participa como
“jovem artista galega” em..., recusada no Salon du Jardin et l’aménagement
extérieur... entre outras coisas». Loreto Martínez-Troncoso
28
Por el momento
sin título
Loreto Martínez-Troncoso
[ESP]
Notas de trabajo:
Alguien me dijo, o más bien me recordó, un día que «el arte es ante todo una
cita». Y como cita o llegas antes, o llegas tarde, o llegas en el momento justo. Pero
también puedes no llegar porque te has equivocado de lugar. Al mismo tiempo
quizás una cita está ahí donde no lo esperas.
¿Queréis espectáculo? Pues lo vais a tener, me dije después de haberme dado
cuenta que he sido recuperada por el espectáculo, Pues ¡luces, make-up y
lentejuelas! que no son
más que una continuación o una consecuencia de mi experiencia.
¿Que no eres más que una puta has dicho? me han dicho. Ya otros artistas lo han
denunciado, y no sólo eso, lo han llevado a cabo. Pues si es por eso no lo haré.
Ni tampoco lo repetiré (podría decirlo una vez más para ustedes pero no lo haré
porque acabo de hacerlo). Pero un striptease, ¿quién no ha soñado alguna vez
hacer un striptease en público? Podría ser un buen título este: Striptease.
En todo caso, como Hitchcock dijo «el público tiene que salir de la sala sabiendo
por qué ha entrado». Y yo también.
«He aquí mi biografía en unas cuantas líneas como me lo han pedido: 1978
nace en...; 1996 ingresa en...; 1999 parte a... becada por..., trabaja con...; 2000 es
“felicitada” por...; 2001 interviene en..., es seleccionada en...; 2002 es “felicitada”
por..., “comprada” por..., “enchufada” por... para..., “videoproyectada” en...;
2003 es considerada como “artista francesa” por... para..., colabora con...; 2004
colabora con..., participa a..., es considerada como “artista que trabaja sobre”
por... para..., entra en contacto con..., lectura en... ; 2005 carta blanca en..., es
“encomendada” como “artista digna del más grande interés” por... para...,
candidatura seleccionada..., proposición para... rechazada por..., participa a..., se
autopresenta como puta en el festival... en el que es presentada como «France»;
becada por... para..., participa como “xoven artista galega” en..., rechazada en el
Salon du Jardin et l’Aménagement Extérieur... entre otras cosas».
Loreto Martínez-Troncoso
29
Apresentações / Presentaciones / Aurkezpenak
Por el momento
sin título
Loreto Martínez-Troncoso
[EUS]
Lan oharrak:
Norbaitek behin esan zidan, edo, hobe esan, gogorarazi zidan artea «batez ere
hitzordu bat» zela. Eta hitzordura goiz edo berandu, edo justu behar den unean
iristen zara. Alabaina, izan liteke ez iristea ere, lekuz nahastu zarelako. Era
berean, izan liteke hor egotea hitzordu bat ustekabean.
Ikuskizuna nahi al duzue? Bada, ikuskizuna izango duzue, esan nion neure
buruari ikuskizunak hartu ninduela ohartu nintzenean, Beraz, argiak, make-up eta
lentejuelak!
Nire esperientziaren jarraipena edo ondorioa besterik ez dira.
Emagaldua zarela esan al duzu? Esan didate. Beste artista batzuek ere salatu
dute hori, eta, are gehiago, baita egin ere. Horregatik bada, ez dut egingo. Ez
dut errepikatuko (beste behin esan nezake, baina ez dut esango, oraintxe esan
dudalako). Baina, striptease bat, nork ez du amestu behin edo behin jendaurrean
striptease bat egitea? Izenburu egokia izan daiteke: Striptease.
Hala ere, Hitchcock-ek esan zuen moduan: «publikoak aretotik ateratzerakoan
jakin egin behar du zergatik sartu den». Eta nik ere bai.
«Hemen duzue nire biografia lerro batzuetan, eskatu bezala: 1978an jaio zen ...n;
1996an ...n sartu zen; 1999an ...ra joan zen ...k emandako bekarekin, ...rekin lan
egin zuen; 2000n ...k “zoriondu” zuen; 2001ean ...n parte hartu, ...n hautatu;
2002an ...k “zoriondu” zuen, ...k “erosi” zuen, ...k “ent ...ufatu” zuen ...rako, ...n
“bideoproiektatua”; 2003an ...k “artista frantses” gisa hartu zuen ...rako, ...rekin
lan egin zuen; 2004an ...rekin lan egin zuen, ...n parte hartu zuen, “ ...ri buruz
lan egiten duen artista” gisa hartu zuen ...k ...rentzat, ...rekin harremanetan
jarri, irakurketa ...n ; 2005 ean ...n baimena, ...k “interes handiena merezi duen
artista” gisa “gomendatu” zion ...ri, ...hautagai hautatua, ...rako proposamenari
...gatik uko egin, ...n parte hartu, ...jaialdian emagaldu gisa aurkeztu zen; bertan,
«France» izenarekin aurkeztu zuten; ...beka eman zioten ...rako, “ ...oven artista
galega” gisa parte hartu zuen ...n, Salon du Jardin et l’Aménagement Extérieur-en
ez zuten onertu, besteren artean». Loreto Martínez Troncoso
30
1Arteleku
Julho / Julio / Uztaila
[21:30]
7 Fundação Serralves
Julho / Julio / Uztaila
[22:00]
Guerrero Notebook:
Holiday Out
Nelson Guerreiro
Produção / Producción / Produkzioa:
Mugatxoan 2006
Parceria artistica / Colaboración artística / Laguntzaile artistikoak:
Patrícia da Silva, Loreto Martinez, Alejandra Pombo, António Júlio
Agradecimentos / Agradecimientos / Eskerrak: Paulo Guerreiro,
Luís Firmo (Transforma AC), Rogério Nuno Costa, Yuki, Alex, Jess,
Antónia, António Carallo, entre otras personas con las cuales me
crucé en mi viaje a Japón y en este proceso, imposible de nombrar
por la traición de la memoria.
Apresentações / Presentaciones / Aurkezpenak
Guerrero Notebook:
Holiday Out
Nelson Guerreiro
[POR]
A grande aventura
“Ao isolar-me e afastar-me para escrever (há quantos anos
já) assumi a minha derrota como ser social; fechei-me aos
outros para toda a vida. Mesmo que até ao fim eu continue
a sentar-me com as pessoas – que me cumprimentam,
me abraçam, me entregam os seus segredos – nunca
pertencerei a elas.” Peter Handke, A tarde de un escritor.
Viagens.
Cadernos de apontamentos em viagem.
A minha viagem ao Japão.
Turista vs Viajante.
Autobiografia vs Autoficção.
Transmissão num género indefinido.
Sobre o quê?
Nada a declarar.
Nelson Guerreiro. Nelson Guerreiro é docente na Escola Superior de Artes
e Design das Caldas da Rainha nos cursos de Animação Cultural e Teatro. É
colaborador regular da TRANSFORMA AC, onde é co-editor da revista ArtinSite.
A partir de 2001, voltou-se para a criação: desse movimento nasceram vários
projectos nos campos da performance, do teatro, da dança e transdisciplinar,
dos quais se destacam o projecto de experiências-situações eu e tu, tu e eu
(2002), as conferências / performance Guerrero Notebook (2003) e Guerrero
Notebook: Holiday Inn (2004), Schrëibstuck de Thomas Lehmen (2003), os
espectáculos Vaivém, a história verdadeira de um projecto transdisciplinar
(2005), Copyright -em co-criação com Patrícia da Silva– (ciclo Shall we Dance,
Teatro Praga, 2005).
32
Guerrero Notebook:
Holiday Out
Nelson Guerreiro
[ESP]
La gran aventura
“Al aislarme y alejarme para escribir (hace ya cuantos años)
asumí mi derrota como ser social; me cerré a los otros para
toda la vida. Aunque hasta el fin yo continúe sentándome
con las personas -que me halagan, me abrazan, me
entregan sus secretos- nunca perteneceré a ellas”.
Peter Handke, La tarde de un escritor.
Viajes
Cuadernos de notas de viaje.
Mi viaje al Japón.
Turista vs Viajante.
Autobiografía vs Autoficción.
Transmisión de un género indefinido.
¿Sobre qué?
Nada más que declarar.
Nelson Guerreiro. Profesor en la Escuela Superior de Artes y Diseño de Caldas
da Rainha para los cursos de Animación Cultural y Teatro. Colaborador regular
de TRANSFORMA AC, donde es co-editor de la revista ArtinSite. A partir de 2001,
comenzó a dedicarse a la creación: de este giro nacerán varios proyectos en el
campo de la performance, del teatro, de la danza y proyectos transdisciplinares,
entre los cuales destacan el proyecto de experiencias-situaciones eu e tu, tu e
eu (2002), las conferencias / performance Guerrero Notebook (2003) y Guerrero
Notebook: Holiday Inn (2004), Schrëibstuck de Thomas Lehmen (2003), los
espectáculos Vaivém, a história verdadeira de um projecto transdisciplinar
(2005), Copyright -creado junto a Patrícia da Silva- (Ciclo Shall we Dance, Teatro
Praga, 2005).
33
Apresentações / Presentaciones / Aurkezpenak
Guerrero Notebook:
Holiday Out
Nelson Guerreiro
[EUS]
Abentura aparta
“Idazteko bakartu eta aldendu nintzenean, (jada badira
urte batzuk) izate sozial gisa porrot egin nuela onartu
nuen; besteei itxi egin nintzaien bizitza guztirako. Hala ere,
amaierara arte besteekin esertzen jarraitu nuen –lausengatu,
besarkatu eta sekretuak kontatzen dizkidate– alabaina, inoiz
ez naiz haiena izango”. Peter Handke, Idazle baten arratsa.
Bidaiak
Bidaietako oharren koadernoak.
Japoniara bidaia.
Turista vs bidaiaria.
Autobiografia vs Autofikzioa.
Genero zehaztugabe bat transmititzea.
Zeri buruz?
Esatekorik ez.
Nelson Guerreiro. Caldas da Rainhako Goi Mailako Arte eta Diseinuetako Eskolako
irakaslea da, Kultura Animazioa eta Antzerkia irakasten ditu. TRANSFORMA ACren
ohiko kolaboratzailea da; horrez gain, bertan ArtinSite aldizkariko koeditorea
ere bada. 2001etik aurrera sormena lantzen hasi zen: norabide horretatik sortu
ziren performance, antzerki eta dantza arloetako hainbat proiektu, baita proiektu
transdiziplinatu batzuk ere, horien artean nabarmentzekoak dira, esaterako, eu e
tu, tu e eu esperientzia-egoerak proiektua (2002), Guerrero Notebook (2003) eta
Guerrero Notebook: Holiday Inn (2004) konferentzia/performance-ak, Thomas
Lehmen-en Schrëibstuck (2003), Vaivém, a história verdadeira de um projecto
transdisciplinar ikuskizunak (2005), Copyright -Patrícia da Silvarekin batera
egina– (Shall we Dance zikloa–Praga Antzokia- 2005).
34
9 Fundação Serralves
Julho / Julio / Uztaila
[22:00]
Optimistic
vs Pessimistic
Cía. L’ Alakran
Direcção / Dirección / Zuzendaria: Oskar Gómez Mata
Ideia original, concepção / Idea original, concepción / Berezko ideia, sorkuntza:
Esperanza López y Oskar Gómez Mata
Assistente de direcção / Asistente dirección / Zuzendaritza laguntzailea:
Delphine Rosay
Textos /Testuak: Peru C. Saban, Ignacio Fdez. de Jáuregui,
Oskar Gómez Mata, Esperanza López
Intérpretes / Antzezleak: Ignacio Fdez. de Jaúregui, Oskar Gómez,
Esperanza López
Guarda-roupa / Vestuario / Jantziak: Isa Boucharlat
Encenação / Escenografía / Eszenografia: Sven Kreter
Concepção sonora / Creación sonido / Soinu kreazioa: Andrés García
Som / Sonido / Soinuak: Serge Amacker
Luz / Argiak: Luc Gendroz
Ténico /Teknikaria: Jean-Marie Lacave
Produção e gestão / Producción y administración / Ekoizpena eta administrazioa:
Barbara Giongo
Produção / Producción / Ekoizpena:
L’ Alakran / Legaleón-T. Théâtre Saint-Gervais Genève,
Espace Malraux - Scène Nationale de Chambéry et de la Savoie.
Com o apoio do / Con el apoyo de / Laguntzailea:
Département des Affaires culturelles de la Ville de Genève, Département de
l’Instruction publique du Canton de Genève, Pro Helvetia - Fondation Suisse
pour la culture, Loterie Romande, Ayuntamiento de Irún.
Foto / Argazki: Nicolas Lieber
Apresentações / Presentaciones / Aurkezpenak
Optimistic
vs Pessimistic
Cía. L’ Alakran
[POR]
Declaração de príncipios
Visto o visto e visto sobretudo ao que
chegamos:
Acreditamos que os poderes políticos
e económicos conseguiram o
embrutecimento geral dos indivíduos
na nossa espécie.
Tendo em conta que o respeito da
maioria é a base da convivência e da
ordem, e porque acreditamos que isso
facilita as coisas em geral.
Decidimos hoje renunciar ao nosso
passado e seguir a corrente dominante,
colocar-nos na mesma direcção que a
maioria.
Alinhamo-nos assim com a corrente de
pensamento mais abrangente da nossa
sociedade.
O pensamento que se apoia em:
- O desenvolvimento do medo
- A cegueira
- A justificação de si próprio e do que
protege o nosso próprio conforto
- A guerra
- A indiferença da guerra
- O terrorismo de estado e o
terrorismo sem mais
- O dinheiro
- A necessidade do dinheiro (cobiça)
- O modelo de um único tipo de corpo
- A adesão a um único tipo de
sexualidade
36
- O pânico
- O racismo
- O machismo que fala por si próprio
- O futebol
- A indiferença geral
- O medo como meio político
A partir deste mesmo instante,
seguimos a corrente, apoiamos quem
quer que seja para não criar problemas,
renunciamos ao conflito e a todo tipo
de pensamento crítico, renunciamos a
resistir (parvoíces), renunciamos a ser
moralistas e a agradar aos nossos.
E porque fazemos tudo isso?
Porque pertencemos à generação
equidistante, ou seja, estamos à
mesma distância de todos os pontos
de vista.
E fazemo-lo também para nosso
próprio prazer, por simples niilismo.
E sobretudo porque somos socialistas
de verdade, dos da Primeira
Internacional já que pensamos que
se todos nos pusermos na mesma
direcção, chegaremos ao final absoluto,
à destruição total e desta forma, os que
vierem depois poderão começar o mais
rápido possível.
Nós, como a maioria, seguimos a
corrente.
Optimistic
vs Pessimistic
Cía. L’ Alakran
[ESP]
Declaración de principios
Visto lo visto y visto sobre todo a lo
que hemos llegado:
Estimamos que los poderes políticos
y económicos han conseguido el
embrutecimiento general de los
individuos de nuestra especie.
Teniendo en cuenta que el respeto de la
mayoría es la base de la convivencia y
del orden, y porque creemos que esto
facilita las cosas en general.
Decidimos hoy renunciar a nuestro
pasado y seguir la corriente
dominante, colocarnos en la misma
dirección que la mayoría.
Nos alineamos así en la corriente
de pensamiento más extendida en
nuestra sociedad.
El pensamiento que se apoya en:
- El desarrollo del miedo
- La ceguera
- La justificación de uno mismo y de lo
que protege nuestro propio confort
- La guerra
- La indiferencia de la guerra
- El terrorismo de estado y el
terrorismo sin más
- El dinero
- La necesidad del dinero (codicia)
- El modelo de un solo tipo de cuerpo
- La adhesión a un solo tipo
de sexualidad
- El pánico
- El racismo
- El machismo que habla por sí mismo
- El fútbol
- La indiferencia general
- El miedo como medio político
Desde este mismo instante, seguimos
la corriente, apoyamos a quien sea para
no crear problemas, renunciamos al
conflicto y a todo tipo de pensamiento
crítico, renunciamos a resistir
(gilipolleces) renunciamos a ser
moralistas y a complacer a los nuestros.
¿Y por qué hacemos todo esto?
Porque pertenecemos a la generación
equidistante, es decir, estamos a la
misma distancia de todos los puntos
de vista.
Y lo hacemos también por nuestro
propio placer, por simple nihilismo.
Y sobre todo porque somos socialistas
de verdad, de los de la Primera
Internacional ya que pensamos que
si todos nos ponemos en la misma
dirección, llegaremos antes al final
absoluto, a la destrucción total y de
esta manera, los que vengan después
podrán empezar lo antes posible.
Nosotros, como la mayoría, seguimos
la corriente.
37
Apresentações / Presentaciones / Aurkezpenak
Optimistic
vs Pessimistic
Cía. L’ Alakran
[EUS]
Printzipioen Deklarazioa
Ikusitakoak ikusita, eta, batez ere, nora
irisi garen ikusita:
Uste dugu botere politiko eta
ekonomikoak gure espezieko
gizabanakoak oro har aberetzea lortu
dutela.
Kontuan izanda gehiengoaren
errespetua bizikidetzaren eta
ordenaren oinarria dela, eta, uste
dugulako, oro har, horrek gauzak
errazten dituela.
Gaur erabaki dugu lehenari uko egin,
eta gehiengo nagusiari jarraitzea,
gehiengoaren bide berean sartzea.
Hala, gizarteko pentsaera
hedatuenarekin bat egiten dugu.
Oinarri hauek dituen pentsaera:
- Beldurraren garapena
- Itsutasuna
- Norbera justifikatzea, baita norbere
konforta babesten duena ere
- Gerra
- Gerraren axolagabetasuna
- Estatuko terrorismoa, eta,
terrorismoa, besterik gabe
- Dirua
- Diruaren beharra (diru-gosea)
- Gorputz mota bakarraren eredua
- Sexu mota bakarrera atxikitzea
- Ikara
- Arrazismoa
38
- Nahikoa esaten duen matxismoa
- Futbola
- Axolagabetasun orokorra
- Beldurra baliabide politiko gisa
Une honetatik bertatik hasita,
gehiengoari jarraitzen diogu, edonor
babesten dugu arazorik ez sortzeko,
gatazkari eta pentsatzeko modu
kritiko guztiei uko egiten diegu, aurka
egiteari uko egiten diogu (ergelkeriak)
moralistak izateari uko egiten diogu,
baita geureei atsegin emateari ere.
Eta, zergatik egiten dugu hori guztia?
Belaunaldi distantziakidean bizi
garelako, hau da, ikuspegi guztietatik
distantzia berera gaude.
Eta, geure gogoz egiten dugu,
nihilismo hutsagatik.
Eta, batez ere, benetako sozialistak
garelako, Lehen Internazioanalekoak;
izan ere, pentsatzen dugu guztiok
bide bera hartzen badugu, amaiera
absolutura lehenago iritsiko garela,
erabateko hondamenera, eta, hala,
gero etorriko direnak lehenago hasi
ahalko dutela.
Guk, gehienek bezala, gehiengoari
jarraitzen diogu.
Aurkezpenak
Conferências
Presentaciones
Conferencias
Apresentações
Hitzaldiak
Aurkezpenak
Conferências
Presentaciones
Conferencias
Apresentações
Hitzaldiak
Conferências / Conferencias / Hitzaldiak
Calendário
Calendario
Egutegia
Mårten Spångberg
Estão a ver...
¿No puedes ver...
Ez al duzu ikusten...
Cláudia Galhós
Unidades de sensação.
A arte performativa contemporânea portuguesa
Unidades de sensación.
El arte contemporáneo performativo portugués
Sentsazio unitateak.
Portugalgo gaur egungo arte performatiboa
Kobe Matthys
Specimen 0770
15
Junho / Junio / Ekaina
Arteleku [20:30]
8
Julho / Julio / Uztaila
Fundação Serralves [22:00]
16
Julho / Julio / Uztaila
Fundação Serralves [22:00]
Entrada livre / Entrada libre /
Sarrera librea
40
Conferências / Conferencias / Hitzaldiak
Calendário
Calendario
Egutegia
Mårten Spångberg
15 Junho
Arteleku [20:30]
[POR]
Estão a ver...
Ao longo dos últimos quinze anos, tanto quanto uma palavra em voga, a
performance tem-se revelado um problema, em resultado da orientação
cada vez mais neoliberal da economia. As artes performativas conheceram
um contra-movimento que nos afastou das noções de apresentação para um
cenário de contextos e meios de distribuição.
Uma série de performances espanholas aventurou-se em considerações em
torno da produção de ficção enquanto meio de extrair uma criticalidade que
ultrapasse o dispositivo dominante.
Esta conferência tem como ponto de partida uma trajectória que nos conduz à
inorgânica da distribuição e nos afasta do corpo formulador de uma coisa, estão
a ver...
Mårten Spångberg
Estão a ver...
¿No puedes ver...
Ez al duzu ikusten...
Cláudia Galhós
Unidades de sensação.
A arte performativa contemporânea portuguesa
Unidades de sensación.
El arte contemporáneo performativo portugués
Sentsazio unitateak.
Portugalgo gaur egungo arte performatiboa
Kobe Matthys
Specimen 0770
15
Junho / Junio / Ekaina
Arteleku [20:30]
Kobe Matthys
16 Julho
Fundação Serralves [22:00]
8
Julho / Julio / Uztaila
Fundação Serralves [22:00]
16
Julho / Julio / Uztaila
Fundação Serralves [22:00]
[POR]
Specimen 0770
Kobe Matthys de Agencia apresentará Specimen 0770 de “quasi coisas”.
Specimen 0770 baseia-se na jurisprudência sobre a performance. Em 21 de
Março de 1967, o juiz do Landgericht de Munique decidiu que a performance de
um palhaço e um elefante no programa televisivo Radio-Circus 60 em França
não poder ser considerada como coreografia, mas antes como o treino de um
animal. A apresentação inclui a projecção do programa de televisão da gravação
da performance em questão e será seguido por painel de discussão com um
coreógrafo, um etólogo e um domador de elefantes.
Entrada livre / Entrada libre /
Sarrera librea
40
41
Conferências / Conferencias / Hitzaldiak
Mårten Spångberg
15 Junio / Ekaina
Arteleku [20:30]
[ESP]
¿No puedes ver...
En los últimos quince años performance ha sido tanto una palabra de moda
como un problema debido a la creciente economía neoliberal. Las artes
interpretativas han visto un contramovimiento desde ideas de exposición hasta
un tratamiento de marcos y medios de distribución.
Una serie de performances españolas se ha aventurado en considerar la
producción de la ficción como un medio para extraer una criticalidad más allá
del dispositivo gobernante.
Esta conferencia toma como punto de partida una trayectoria hacia lo inorgánico
de la distribución lejos del cuerpo, formulando algo: ¿no puedes ver...
Kobe Matthys
16 Julio / Uztaila
Fundação Serralves [22:00]
[ESP]
Specimen 0770
Kobe Matthys de Agencia presentará specimen 0770 de “quasi cosas”. Specimen
0770 está basado en la jurisprudencia sobre la performance. El 21 de Marzo de
1967 el juez Landgericht Munich decidió que la performance de un payaso y un
elefante dentro del programa de TV Radio-Circus 60 en Francia, no podía ser
considerada como coreografía, pero si como el entrenamiento de un animal. La
presentación incluye la proyección del programa de televisión de la grabación
de la performance en cuestión y será seguido por una asamblea de discusión
con un coreógrafo, un etólogo y un domador de elefantes.
42
Mårten Spångberg
15 Junio / Ekaina
Arteleku [20:30]
[EUS]
Ez al duzu ikusten...
Azken hamabost urteotan performance modako hitza izan da, baita arazo
bat ere, handituz doan ekonomia neoliberalarengatik. Interpretazio-arteek
kontramugimendu bat ikusi dute erakusketa-ideietatik distribuzio-esparru etabideen tratamenduetara.
Espainiar performance multzo bat fikzioa gobernu-gailua baino harantzago
dagoen kritikaltasuna ateratzeko bide gisa ekoiztea aintzat hartzen ausartu da.
Hitzaldi honek, abiapuntutzat gorputzetik kanpoko distribuzioaren ezorganikotasunerantz doan ibilbidea hartzen du, ondokoa adieraziz:
ez al duzu ikusten...
Kobe Matthys
16 Julio / Uztaila
Fundação Serralves [22:00]
[EUS]
Specimen 0770
Agencia-ko Kobe Mattys-ek “quasi gauzen” specimen 0770 aurkeztuko du
Specimen 0770-k perfomance-ari buruzko jurisprudentzia azaltzen digu.
Landgericht Munich epaileak, 1967ko martxoaren 21ean, erabaki zuen RadioCircus 60 telebistako programaren barruan pailazo batek eta elefante batek
eginiko perfomance-a ezin zela koreografiatzat hartu, bai, ordea, animali baten
entrenamendu gisa. Aurkezpenean perfomance-aren grabaketari buruzko
telebistako programaren proiekzioa egingo da eta koreografo batek, etologo batek
eta elefanteen hezitzaile batek osatutako eztabaida batzordea egingo da ondoren.
43
Conferências / Conferencias / Hitzaldiak
Cláudia Galhós
8 Julho / Julio
Fundação Serralves [22:00]
[POR]
Unidades de sensação
A arte performativa contemporânea portuguesa
A dança é, aqui, entendida como uma possibilidade de paisagem prenunciada
dentro deste universo mais amplo, que identifico como “unidade de sensação”
(termo recuperado e reequacionado do Livro do Desassossego de Fernando
Pessoa (pelo heterónimo Bernardo Santareno).
Tendo em conta a diversidade das identidades artísticas que compõem o
panorama da contemporaneidade das artes performativas portuguesas
–que representa um aprofundar do mapa traçado a partir de finais de 80 e o
surgimento da Nova Dança Portuguesa– estamos agora numa fase em que as
singularidades se têm vindo a afirmar de modo particular mesmo dentro do
contexto do panorama criativo de cada autor. Ou seja, cada nova obra de um
criador pode ser vista como objecto autónomo, que não terá necessariamente
de encaixar no mesmo terreno linguístico dos anteriores, e é essa diversidade
que constitui a identidade dos corpos de trabalho actuais (múltiplos,
esquizofrénicos, ricos nas formas e silhuetas que desenham em palco ou fora
deste). É a passagem da formação de um percurso autoral da verticalidade para
a horizontalidade, como defende o coréografo Joclécio Azevedo.
Proponho um olhar para este património partindo de algumas ideias simples
que nos situam no movimento presente: o fim das catalogações e a rejeição
dos géneros; a reconciliação com o passado (pelo menos como exercício de
questionamento do sentido do presente, seja do ser humano seja da arte); a
continuação como ruptura; a defesa das “pequenas-percepções” e “imagensnuas” (termos do filósofo José Gil) e o olhar que descobre o invisível, entre
muitos outros
Cláudia Galhós. Actualmente escreve sobre dança para o semanário Expresso.
Foi editora do suplemento semanal Artes de Palco, do programa Magazine, do
canal 2: da RTP (de 2004 a 2006), e jornalista do Diário Económico; editora de
teatro, dança e artes plásticas do NetParque; crítica de dança do jornal O Público
e especialista da mesma área no Jornal de Letras. Tem diversos textos editados
em publicações estrangeiras relacionadas com teatro e dança..
44
Cláudia Galhós
8 Julho / Julio
Fundação Serralves [22:00]
[ESP]
Unidades de sensación
El arte contemporáneo performativo portugués
La danza es, aquí, entendida como una posibilidad de paisaje enunciada
dentro de un universo más amplio, que identifico como “unidad de sensación”
(termino recuperado y adaptado de El libro del desasosiego de Fernando Pessoa
(por el heterónimo Bernardo Santareno).
Teniendo en cuenta la diversidad de identidades artísticas que componen
el panorama contemporáneo de las artes performativas portuguesas -que
representa y profundiza en el mapa trazado a partir de finales de los 80 con
el resurgimiento de la Nueva Danza Portuguesa- estamos ahora en una fase
en la cual las singularidades se han venido a afirmar de modo particular
incluso dentro del contexto del panorama creativo de cada autor. O sea, cada
nueva obra de un creador puede ser vista como objeto autónomo, que no se
tendrá que necesariamente encasillar en el mismo terreno lingüístico de las
anteriores, y es esa diversidad la que constituye la identidad de los cuerpos de
trabajo actuales (múltiples, esquizofrénicos, ricos en las formas y las siluetas
que dibujan en el escenario y fuera de él). Es el paso en la formación de un
desarrollo del autor, de la verticalidad hacia la horizontalidad, como defiende el
coreógrafo Joclécio Azevedo.
Propongo mirar este patrimonio partiendo de algunas ideas simples que nos
sitúan en el movimiento presente: el fin de las catalogaciones; la reconciliación
con el pasado (por lo menos como ejercicio de cuestionamiento del sentido de
presente, sea del ser humano sea del arte); la continuación como ruptura; la
defensa de las “pequeñas-percepciones” e “imágenes-desnudas” (términos del
filósofo José Gil) y el mirar que descubre lo invisible, entre mucho otros.
Cláudia Galhós. Actualmente escribe sobre danza para el semanario Expresso.
Fue editora del suplemento semanal Artes de Palco, del programa Magazine, de
la RTP (entre 2004-2006), es periodista del Diário Económico; editora de teatro,
danza y artes plásticas de NetParque; crítica de danza del periódico El Público
y Jornal de Letras. Tiene diversos textos publicados relacionados con teatro y
danza en revistas de Europeas.
45
Conferências / Conferencias / Hitzaldiak
Cláudia Galhós
8 Uztaila
Fundação Serralves [22:00]
[EUS]
Sentsazio unitateak.
Portugalgo gaur egungo arte performatiboa.
Dantza paisaia posibilitate modura ulertzen dugu, unibertso zabalago batean
hartuta; horri “sentsazio unitate” deitzen diot (termino hori Fernando Pessoak
Bernardo Santareno heteronimoarekin idatzi zuen Livro do Desassossego
liburutik hartu eta neurera egokitu dut).
Gaur egun Portugalgo arte performatiboen esparruan dagoen artisten
aniztasunak, 80ko hamarkadaren bukaera aldera, Portugalgo Dantza Berriaren
pizkundearekin sortutako mapa islatzen eta sakontzen du, eta esan daiteke
orain berezitasunak finkatu diren fase batean gaudela, modu berezian finkatu
ere, artista bakoitzaren sormen panoramaren barruan finkatu baitira. Hau
da, sortzaile baten lan berri bakoitza objektu autonomo modura ikus daiteke
eta ez da nahitaez aurreko lanen hizkuntza esparru berean sartu beharrekoa
izango; aniztasun hori da, hain zuzen, egungo lanen nortasuna eratzen duena
(askotarikoak, eskizofrenikoak, antzezlekuan eta handik kanpo irudikatzen diren
forma eta soslaietan aberatsak). Egilearen bilakaeraren prestakuntzako urratsa
da, bertikaltasunetik horizontaltasunera, Joclécio Azevedo koreografoak dioen
bezala.
Proposatzen dizuet ondare hori gaur egungo mugimenduan kokatzen gaituzten
ideia sinple batzuetatik abiatuta begiratzea: katalogazioak amaitutzat ematea;
iraganarekin adiskidetzea (behintzat orain aldia zalantzan jartzeko ariketa
modura, dela gizakiarena dela artearena); jarraipena haustura modura ikustea;
“pertzepzio txikiak” eta “irudi biluziak” defendatzea (José Gil filosofoaren hitzak
dira), eta ikustezina ikusten duen begirada ematea, besteak beste.
Cláudia Galhós. Gaur egun Expreso astekarian dantzari buruzko artikuluak
idazten ditu. RTPko Magazine programako Artes de Palco asteroko gehigarriko
editore izan zen 2004 eta 2006 bitartean; Diário Económico egunkariko kazetaria
da; NetParque 1998ko Mundu Erakusketako kultura atariko antzerki, dantza
eta arte plastikoen editore ere izan zen, eta El Público eta Jornal de Letras
egunkarietako dantza kritikoa da. Antzerkiari eta dantzari buruzko hainbat testu
argitaratu ditu Europako aldizkarietan.
46
Aurkezpenak
Oficinas
Presentaciones
Talleres
Apresentações
Tailerrak
Oficinas / Talleres / Tailerrak
[POR]
Mugatxoan 2006 propõe partilhar,
rever, refazer, questionar a influência
do processo no resultado final das
peças. Seleccionamos os projectos
de jovens artistas, dando-lhes espaço
e tempo para desenvolver o seu
processo e compartilharem com
quatro artistas convidados os seus
projectos e os seus processos.
Américo
Rodrigues
12 -16 Junho / Junio / Ekaina
Arteleku
À procura de uma poética para a
própria voz. A voz própria que se
descobre, se revela. O sopro inicial.
Os sons interiores, o ar circulando,
andando. As primeiras palavras, o
primeiro grito. Falar noutras línguas,
inexistentes, imaginárias. O poder da
voz, as emoções na fala. A voz visual,
a voz plástica, a voz que é corpo, que é
gesto, que é movimento.
A voz que é fala, que reinventa
palavras, que se emociona, que é
liberdade livre. As vozes da voz. A voz
das vozes. Inclassificáveis, indomáveis.
Vozes que dançam, que voam, que
repousam, que incendeiam o tédio.
Analisar a fala, como estamos nas
palavras, se ainda lá cabemos.
Perceber como as emoções estão,
fisicamente, presentes na voz e na fala.
Fala emotiva.
48
[ESP]
[EUS]
Mugatxoan 2006 propone compartir,
revisar, rehacer, cuestionar la
influencia del proceso en el resultado
final de las piezas. Seleccionados
los proyectos de jóvenes artistas,
dándoles espacio y tiempo para seguir
adelante con sus piezas y compartir
con los cuatro artistas invitados
proyectos y procesos.
Mugatxoan 2006k piezen azken emaitzan
prozesuak duen eragina partekatzea,
berrikustea, berregitea eta aztertzea
proposatzen du. Hamabi artista gazteren
proiektuak aukeratuko ditugu, eta bere
prozesuan aurrera jarraitzeko espazioa
eta denbora emango diegu, eta bost
astetan zehar aukera izango duzue
artista gonbidatuekin proiektuak eta
prozesuak partekatzeko.
La búsqueda de una poética para
la propia voz. La propia voz que se
descubre, se muestra. El sonido inicial.
Los sonidos interiores, cómo circulan,
cómo andan. Las primeras palabras, el
primer grito. Hablar nuestras lenguas,
inexistentes, imaginarias. El poder de
la voz, las emociones del habla. Voz
visual, voz plástica, voz que es cuerpo,
que es gesto, que es movimiento.
Nor bere ahotsarentzako poetika
bilatzea. Nork berak aurkitzen duen
ahotsa, aditzera ematen duena.
Hasierako soinua. Barne soinuak, nola
mugitzen diren, nola ibiltzen. Lehen
hitzak, lehen garrasia. Gure hizkuntzak
hitz egitea, existitzen ez direnak,
imajinatuak. Ahotsaren indarra, hitz
egitearen emozioak. Ikusten den ahotsa,
ahots plastikoa, gorputza den ahotsa,
zeinua dena, mugimendua.
La voz que es habla, que reinventa
palabras, que se emociona, que es
libertad libre. Las voces de la voz.
La voz de las voces. Inclasificables,
indomables. Voces que bailan,
que reposan, que encendien el
aburrimiento.
Analizar el habla, como utilizamos las
palabras, si todavía cabemos en ellas.
Percibir como las emociones están,
físicamente, presentes en la voz, en el
habla. Habla emotiva.
Hizketa den ahotsa, hitzak asmatzen
dituena, hunkitzen dena, askatasun
askea dena. Ahotsaren ahotsak. Ahotsen
ahotsa. Sailkaezina, menderaezina.
Dantza egiten duten ahotsak, lasai
daudenak, asperraldiari su ematen
diotenak.
Hizketa aztertzea, nola erabiltzen ditugun
hitzak, oraindik orain hitzetan kabitzen
ote garen ikustea. Hitz egiterakoan
fisikoki emozioak ahotsean daudela
ikustea. Hizkera hunkigarria.
49
Oficinas / Talleres / Tailerrak
[POR]
Elodie
Pong
19 -30 Junho / Junio / Ekaina
Arteleku
Neste momento estou a realizar um filme
-Contemporary- um tipo de documentário
que será complementado com cenas de
ficção. Trata-se de um diário pessoal em
“transposição”, que vai sendo escrito ao
mesmo tempo que a rodagem avança.
O filme será composto por vários tipos
de narração, uma vez que o propósito
do meu projecto é simultaneamente
extremamente pessoal (à volta da minha
vida) e genérico (o que me preocupa,
precisamente, não é o que é interessante,
mas antes o que isto deverá contar
sobre o aqui e o agora de um modo
geral). Um primeiro nível da narração é
determinado pela ordem do registo: eu
filmo e fotografo o que faço, as pessoas
que me rodeiam, documento fragmentos
da minha vida. Num segundo nível,
certas cenas serão escritas e por vezes
interpretadas pelos mesmos actores
que veremos nas partes que foram
gravadas. A ideia é que não fiquem a
saber o que é verdadeiro (realidade)
ou não (ficção). Depois as imagens são
editadas para ilustrar o “eu fragmentado”
mais genérico.A possibilidade de uma
colaboração com outros artistas é aqui
considerada.
Para o workshop, começarei por
apresentar o meu trabalho para depois
discutirmos sobre o que significa contar
esta (ou uma) história e encontrar
uma forma de prosseguir. Para ser
mais preciso, poderemos escrever ou
improvisar cenas potenciais no projecto
e talvez filmar algumas delas. Como se
trata de um processo aberto, as ideias
e/ou reacções podem igualmente ser
-ou vir a ser- uma forma de conteúdo no
filme. O que é feito dependerá do que
será dito.
50
[ESP]
[EUS]
Actualmente estoy dirigiendo una
película -Contemporary- una especie
de documental que será completado
con escenas de ficción. Se trata de un
diario personal en “transposición”, que se
escribe a medida que avanza el rodaje. La
película estará compuesta por diferentes
tipos de narración ya que el propósito de
mi proyecto es a la vez muy personal
(en torno a mi vida) y más genérico
(precisamente lo que me concierne no
es lo que es interesante, sino lo que
eso debería contar acerca del aquí-yahora de forma más general). Un primer
nivel de narración es del orden de la
captación: filmo y fotografío lo que hago,
las personas de mi entorno, documento
extractos de mi vida. En un segundo
nivel, algunas escenas estarán escritas y a
veces serán interpretadas por los mismos
actores que veremos en las partes de
captación. La idea es que no se sepa qué
es verdad (realidad) o no (ficción). Luego
algunas imágenes serán “sampleadas”
para ilustrar este “yo explotado” más
genérico. Se podría considerar aquí la
posibilidad de una colaboración con
otros artistas.
Egun film bat zuzentzen ari naiz Contemporary-, fikzio eszenaz osatutako
dokumental moduko bat, hain zuzen ere.
“Transposizioan” egindako eguneroko
pertsonala da, eta filmaketak aurrera
egin ahala idazten dut. Filma hainbat
narrazio motak osatuko dute; izan
ere, aldi berean, nire proiektuaren
xedea oso pertsonala da (nire bizitzari
buruzkoa) eta orokorragoa (hain justu,
niri dagokidana ez da interesgarria,
horrek modu orokorragoan kontatu
behar lukeena da interesgarria, oraineta-hemen gertatzen dena, hain zuzen).
Narrazioaren lehen maila kaptazioordenarena da: egiten dudana filmatu
eta horri ateratzen dizkiot argazkiak,
nire inguruko jendeari, nire bizitzatik
ateratako dokumentuei. Bigarren
mailan, eszena batzuk idatziak izango
dira, eta batzuetan kaptazio-tarteetan
ikusiko ditugun aktoreek interpretatuko
dituzte. Ideia honakoa da: ez jakitea
zer den egia (errealitatea) eta zer
gezurra (fikzioa). Gero irudi batzuk
“sanpleatu” egingo ditugu, “ni
esplotatu” orokorrago hori ilustratzeko.
Hor beste artista batzuekin ere lan egin
daiteke.
Para el taller, comenzaré por presentar
el estado de mi trabajo, luego
discutiremos de cómo podemos
considerar qué es lo que quiere
decir contar esta (o una) historia, e
imaginaremos una manera de proceder
para continuar. Podremos escribir
o improvisar escenas potenciales
del proyecto, y quizás también rodar
algunas. Como se trata de un proceso
abierto, las ideas y/o reacciones también
pueden ser o volverse una forma de
contenido de la película. Lo que se haga
dependerá de lo que se diga.
Fabrikaziorako, lehenik nire lanaren
egoera aurkeztuko dut; gero, istorio
horrek (edo batek) zer esan kontatu
nahi duen nola hausnar dezakegun
eztabaidatuko dugu, eta gero
jarraitzeko modu bat imajinatuko dugu.
Zehazki proiektuko eszena potentzialak
idatzi edo inprobisatu ahal izango
ditugu, eta, agian, baita batzuk filmatu
ere. Prozesua irekita dagoenez, ideiak
eta/edo erreakzioak filmeko edukiaren
zati bat izan edo bilaka daitezke.
51
Oficinas / Talleres / Tailerrak
[POR]
Oskar
Gómez - Mata
3 -7 Julho / Julio / Uztaila
Fundação Serralves
Agency
10 -14 Julho / Julio / Uztaila
Fundação Serralves
Trabalhar renunciando a ideia de verdade
e as formas como os segredos são usados
na representação artística. Entre o que
é falso e o que é real. Entre o que é e o
que se representa. O que é frágil e o que
se afirma. A articulação entre o falso e o
autobiográfico define a forma do discurso
artístico. Auto-retrato e auto-ficção: sermos
outros enquanto somos continuamente nós
mesmos. Inventar-se a si próprio.
Agency constitui um arquivo avançado
de exemplares de “quasi-coisas”. “Quasi
coisas” são coisas que ultrapassam as
classificações legais da natureza e da
cultura. Estas coisas não são evolução
(objecto) ou criação (sujeito), mas ambas
ao mesmo tempo. Especificamente
para Mugatxoan, Agency ampliará o seu
arquivo de exemplares de “quasi coisas”
com exemplos que se relacionam com a
criação coreográfica. De um ponto de vista
legal, uma oeuvre ou criação coreográfica
é considerada como “uma representação
óptica do conteúdo de um pensamento
sobre a forma de mímicas e movimentos”.
Agency trabalhará a partir de temas de
jurisprudência, nos quais foi discutida a
classificação de movimentos como sendo
coreografia, para encontrar exemplos de
“quasi coisas”. Os movimentos do elefante
dentro do circo, por exemplo, não foram
considerados como criação coreográfica
por um tribunal local em Munique.
Tal como acontece com outras agências,
Agency em termos legais é uma persona
fictícia. Foi fundada em 1992, pelo
artista Kobe Matthys. Agency trabalha
internacionalmente e tem sede em Bruxelas.
52
[ESP]
[EUS]
Trabajar declinando la idea de verdad y
las formas de la utilización del secreto en
la representación artística. Entre lo falso y
lo verdadero. Entre lo que se es y lo que
se representa. Lo que es frágil y lo que
se afirma. La articulación entre lo falso
y lo autobiográfico define la forma del
discurso artístico. Auto-retrato y autoficción: Ser otro siendo continuamente
el mismo. Inventarse a uno mismo.
Emankizun artistikoan sekretua erabiltzeko
moduei eta benetako ideiari uko eginez
lan egitea. Gezurraren eta egiaren artean.
Garenaren eta irudikatzen dugunaren artean.
Ahula dena eta indartzen dena. Gezurra
denaren eta autobiografikoa denaren
arteko artikulazioak diskurtso artistikoaren
forma zehazten du. Auto-erretratua eta
auto-fikzioa: beti zu zeu izaten jarraituta ere,
beste bat izatea. Zeure burua asmatzea.
Agencia constituye un archivo en marcha
de especímenes de “quasi cosas”. “Quasi
cosas” son aquellas cosas que quedan
fuera de las clasificaciones legales de
naturaleza y cultura. Tales cosas no son ni
evolución (objeto) ni creación (sujeto) sino
ambas al mismo tiempo. Expresamente
para Mugatxoan, Agencia ampliará su
archivo de especímenes de “quasi cosas”
con ejemplos relacionados con la creación
coreográfica. Desde un punto de vista
legal, una obra o creación coreográfica es
considerada como “una representación
óptica de un contenido de pensamiento
realizada en forma de mímica y
movimientos”. Agencia comenzará
por materiales de jurisprudencia
que trataron sobre la protección de
movimientos como coreográficos para
encontrar ejemplos de “quasi cosas”. Los
movimientos del elefante dentro del circo,
por ejemplo, no fueron considerados
como una creación coreográfica por un
juzgado de paz de Munich.
Abian den artxibo bat da Agentzia,
“quasi gauza” jendez osatua. Quasi
gauzak dira legeak egindako natura eta
kultura sailkapenetatik kanpo gelditzen
diren gauza horiek. Beste modu batera
esanda, gauza horiek ez dira ez naturaren
bilakaera (objektua) ez kulturaren
sorkaria (subjektua), biak aldi berean
baizik. Berariaz Mugatxoan proiekturako,
koreografia sorkuntzarekin zerikusia duten
adibideez zabalduko du Agencyk “quasi
gauza” jendez osatutako bere artxiboa.
Legearen ikuspuntutik begiratuta, hona
hemen zer jotzen den koreografia lan
edo sorkaritzat: “pentsamenduzko eduki
baten irudikapen optiko bat da, mimika
eta mugimendu modura emana”. Agentzia,
hasteko, jurisprudentziako materialak
hartuko ditu, koreografiako mugimenduen
babesa mintzagai izan zuten haiek, han
“quasi gauzen” adibideak aurkitzeko. Zirko
barruan elefanteak egindako mugimenduak,
esate baterako, ez zituen koreografiako
sorkaritzat jo Municheko bake epaitegi batek.
Como otras agencias, Agencia es una
persona jurídica ficticia, fundada en 1992
por el artista Kobe Matthys. Agencia
trabaja internacionalmente y tiene su sede
en Bruselas.
Beste agentzia batzuk bezala, Agentzia ere
irudizko pertsona juridiko bat da, 1992an
Kobe Matthys artistak sortua. Agencyk
nazioarte mailan lan egiten du, eta
Bruselan du egoitza.
53
Un proyecto concebido y dirigido por:
Blanca Calvo y Ion Munduate
Arteleku
Dirección / Zuzendaria:
Santi Eraso
Producción / Produkzioa: Amalur Gaztañaga, Natalia Barbería, Gabriel Corbella
Técnico Gestión Económica / Ekonomi Kudeaketa Teknikaria:
Lourdes Urrutia
Auxiliar Administración / Administrari Laguntzaiea:
Gemma Gil, Begoña Aizpeolea
Responsable Centro de Documentación / Dokumentazio Guneko Zuzendaria:
Miren Eraso
Bibliotecarios - Documentalistas / Liburuzain - Dokumentalistak:
Goretti Arrillaga, Mikel Alberdi
Montaje - mantenimiento / Montaia - Mantenimendua:
José Ramón Olasagasti, Luís Carrera
Arteleku
Kristobaldegi 14
E - 20014 Donostia - San Sebastián
Tel. +0034 943 453 662
www.arteleku.net
e-mail: [email protected]
54
Fundação de Serralves
Directora Geral:
Odete Patrício
Director do Museu:
João Fernandes
Auditório de Serralves. Serviço de Artes Performativas
Programação de Dança / Performance:
Cristina Grande
Organização:
Cristina Grande, Pedro Rocha
Produção:
Francisco Malheiro com o apoio de Ana Conde
Luz:
Ricardo Santos
Som:
Nuno Aragão
Cinema e Vídeo:
Carla Pinto
Fundação de Serralves
Rua D. João de Castro 210
4150 - 417 Porto
Tel. +00351 226156580
www.serralves.net
55
Design / Diseño / Disenua:
Joaquín Gáñez
Fotografias / Fotografías / Argazkiak:
Nicolas Lieber, Américo Rodrigues, Mårten Spångberg, Elodie Pong,
Loreto Martínez-Troncoso, Nelson Guerreiro, António Júlio, Alejandra Pombo
Tradução /Traducción / Itzulpenak:
Euskararen Normalkuntzarako Zuzendaritza Nagusia, Mariana Sousa Moreira
Imprime / Imprimaketa:
mccgraphics, Planta Danona
56
Parceria, Co-productores / Asociados, Coproductores / Elkarkideak, Elkarlanean:
asociación cultural y artística
Colaboração / Colaboración / Kolaborazioa:
2006 12 Junho / Junio / Ekaina 22 Julho / Julio / Uztaila
www.mugatxoan.org
e-mail: [email protected]
Tel. 609 946 180
Arteleku
Donostia - San Sebastián
Fundação Serralves
Porto