Fundação Serralves Arteleku
Transcrição
Fundação Serralves Arteleku
Parceria, Co-productores / Asociados, Coproductores / Elkarkideak, Elkarlanean: asociación cultural y artística Colaboração / Colaboración / Kolaborazioa: 2006 12 Junho / Junio / Ekaina 22 Julho / Julio / Uztaila www.mugatxoan.org e-mail: [email protected] Tel. 609 946 180 Arteleku Donostia - San Sebastián Fundação Serralves Porto Apresentações Presentaciones Aurkezpenak Conferências Conferencias Hitzaldiak Oficinas Talleres Tailerrak Arteleku Donostia - San Sebastián 12 Junho /Junio / Ekaina - 1 Julho /Julio / Uztaila Fundação Serralves Porto 3 - 22 Julho /Julio / Uztaila Intro Ion Munduate + Blanca Calvo [POR] Mugatxoan 2006 pretende avaliar o seu percurso desde 1998, data da sua criação, através da perspectiva dos diferentes artistas convidados para esta edição. Para tal, tanto nos workshops como na sua programação, abordam-se vectores de trabalho que procuram estratégias paralelas, iniciativas que nos fazem reflectir e que visam superar as tradições disciplinares. Mugatxoan 2006 oferece um programa de performances, espectáculos, vídeo, som, conferências e workshops com lugar no Arteleku, em Donostia, e na Fundação de Serralves, no Porto. Um programa com vários exemplos representativos das artes contemporâneas (dança, artes visuais, teatro, performance) que cria e proporciona um espaço para a investigação e para a produção de novas obras. Apropriação, realidade, ficção... feitos, actos, fantasias; manifestações artísticas cuja condição é a imaterialidade, apresentando peças que surgem como a transformação de actos e a produção de significado através de uma situação transitória. A intenção do pequeno ciclo de conferências é a de analisar, a partir de três diferentes perspectivas, acontecimentos que partiram do espaço da dança no panorama europeu ou que se criaram à volta desse mesmo espaço. A conferência de Marten Spangberg será apresentada simultaneamente em Madrid e em Donostia, graças à colaboração com o Festival In-presentable, que acontece nas mesmas datas na Casa Encendida. Dois públicos, em duas cidades, assistirão à mesma hora ao encontro. Cláudia Galhós falará sobre a diversidade das identidades artísticas que constituem o panorama contemporâneo das artes performativas portuguesas, em grande parte desconhecidas no resto da Península Ibérica. A última perspectiva será a de Kobe Matthys, que a partir da questão da jurisprudência na performance, analisará o caso de um juiz que decidiu que a dança de um palhaço e de um elefante não poderia ser considerada como coreografia. Nos workshops, treze jovens artistas desfrutarão de seis semanas de trabalho para o desenvolvimento dos seus projectos individuais, assim como a oportunidade de confrontação dos seus processos com os dos quatro artistas convidados, que os conduzirão até aos seus próprios territórios. 2 Intro Ion Munduate + Blanca Calvo [ESP] Mugatxoan 2006 quiere revisar su propio recorrido, que comenzó en 1998, a través de la mirada de los diferentes artistas invitados a esta edición. Para ello, tanto en los talleres como en su programación, aborda ejes de trabajo que están buscando estrategias paralelas; iniciativas que reflexionan, que tratan de superar sus tradiciones disciplinares. Mugatxoan 2006 ofrece un programa de performances, shows, vídeo, sonido, conferencias y talleres que tendrán lugar en Arteleku, Donostia y Fundação Serralves, Porto. Un programa con varios ejemplos representativos de las artes contemporáneas (danza, artes visuales, teatro, performance) dando y dejando lugar para la investigación y la producción de nuevas obras. Apropiación, realidad, ficción... hechos, actos, fantasías; manifestaciones artísticas cuyo medio es la inmaterialidad, presentando piezas que aparecen como la transformación de actos y la producción de significado a través de una situación transitoria. La intención del pequeño ciclo de conferencias es examinar desde tres puntos de vista diferentes, acontecimientos que se han dado desde y alrededor del espacio de la danza en el panorama europeo. La conferencia de Mårten Spångberg sucederá en Madrid y Donostia simultáneamente gracias a la colaboración con el festival In-presentable, que se celebra en las mismas fechas en La Casa Encendida. Dos públicos, en dos ciudades asistirán a la misma hora al encuentro. Cláudia Galhós hablará de la diversidad de identidades artísticas que componen el panorama contemporáneo de las artes performativas portuguesas, en gran parte desconocidas en el resto de la Península Ibérica. El último punto de vista viene dado por Kobe Matthys, que, desde la jurisprudencia sobre la performance, tratará el caso de un juez que decidió que la danza de un payaso y un elefante no podía ser considerada como coreografía. En los talleres trece jóvenes artistas disfrutarán de seis semanas de trabajo para el desarrollo de sus proyectos individuales; así como de la confrontación de sus propios procesos con los de los cuatro artistas invitados que les guiarán hacia sus propios paisajes. 3 Intro Ion Munduate + Blanca Calvo [EUS] Aurtengo ekitaldian 1998an hasi genuen ibilbidea berrikusi nahi dugu, gonbidatu ditugun artisten begirada bitarteko dugula. Hori dela eta, bai tailerretan eta bai programazioan estrategia paraleloak bilatzen dituzten lan ardatzak eta hausnarketa xede duten zein tradizio diziplinarrak berreskuratzen saiatzen diren ekimenak jorratuko ditugu. 2006ko Mugatxoan ekitaldien barruan performanceak, showak, bideok, soinua, hitzaldiak eta lantegiak izango dira Arteleku, Donostia eta Portoko Serralves fundazioan. Hau da, gaur egungo arteen adibide esanguratsuenak hartuko dituen programa (dantza, ikusmen arteak, antzerkia, performancea), betiere ikerketarako eta obra berriak ekoizteko tokia utzita. Jabetzea, errealitatea, fikzioa... gertaerak, ekintzak, fantasiak; materialtasunik eza bitarteko duten arte adierazpenak, ekintzen eraldaketa modura agertzen diren piezak aurkeztuz eta esanahia behin-behineko egoera baten bitartez eginez. Hitzaldi sorta honen helburua da aztertzea hiru ikuspuntutatik abiatuta, zernolako gertaerak izan diren Europan dantzaren esparruaren inguruan eta esparru horretatik abiatuta. Mårten Spångberg-en hitzaldia Madrilen eta Donostian entzun ahal izango da aldi berean, In-presentable jaialdiaren lankidetzari esker; izan ere, In-presentable jaialdia egun horietan baita La Casa Encendida delakoan. Beraz, bi hiritan dauden bi ikusle taldek ordu berean entzun eta ikusiko dute hitzaldia. Cláudia Galhósek gaur egun Portugalgo arte performatiboen esparru zabala osatzen duten era guztietako artisten berri emango digu, penintsularen gainerako zatian ez baitira oso ezagunak. Azken hizlaria Kobe Matthys izango dugu, performanceari buruzko jurisprudentzia aztertuko du, eta pailazo baten eta elefante baten dantza ezin zela koreografiatzat hartu erabaki zuen epaile baten kasua izango du aztergai. Tailerretan hamahiru artista gazteek sei aste izango dituzte beren proiektuak aurrera ateratzeko eta aukera izango dute beren paisaietara eramango dituzten lau artista gonbidatuek egindako prozesuekin alderatzeko. 4 Aurkezpenak Apresentações Presentaciones Apresentações Aurkezpenak Aurkezpenak Apresentações Presentaciones Apresentações Aurkezpenak Apresentações / Presentaciones / Aurkezpenak Calendário Calendario Egutegia A voz que foge à matriz Américo Rodrigues Powered by emotion Mårten Spångberg 200 gr. António Júlio Los cuerpos cuando caen hacen ruido Alejandra Pombo Secrets for Sale Elodie Pong Por el momento sin título Loreto Martínez-Troncoso Guerrero Notebook: Holiday Out Nelson Guerreiro 16 Junho / Junio / Ekaina Arteleku [21:30] 17 Junho / Junio / Ekaina Arteleku [21:30] 23 / 24 Junho / Junio / Ekaina Arteleku [21:30] 14 / 15 Julho / Julio / Uztaila Fundação Serralves [22:00] 23 / 24 Junho / Junio / Ekaina Arteleku [21:30] 14 / 15 Julho / Julio / Uztaila Fundação Serralves [22:00] 30 Junho / Junio / Ekaina Arteleku [21:30] 1 Julho / Julio / Uztaila Arteleku [21:30] 7 Julho / Julio / Uztaila Fundação Serralves [22:00] 1 Julho / Julio / Uztaila Arteleku [21:30] 7 Julho / Julio / Uztaila Fundação Serralves [22:00] Optimistic vs Pessimistic 9 Julho / Julio / Uztaila Fundação Serralves [22:00] Cía. L’ Alakran Entrada livre / Entrada libre / Sarrera librea Reservas / Erreserbak: T. +0034 943 453 662 6 7,5 € Reservas / Erreserbak: T. +00351 22 6156584 16 Arteleku Junho / Junio / Ekaina [21:30] A voz que foge à matriz Américo Rodrigues Apresentações / Presentaciones / Aurkezpenak A voz que foge à matriz Américo Rodrigues [POR] No início era a própria respiração. No início não era o verbo, era a respiração, o vento que circulava dentro dos corpos, o sopro mágico. No início, era, então, o ar. O ar que mantinha o corpo, um corpo feito de ar e sangue. O ar é como o sangue, os dois essenciais. O ar é poético porque é invisível. A poesia é o indizível. Depois veio a voz, sopro feito voz, voz que chora e que ri, que dança, que inquieta, que é remoinho. Vozes que vozeiam, que respiram. Não há uma voz igual, todas diferentes, todas feitas de pedacinhos do ser. Dentro da voz, o mundo de cada um, as emoções. Tudo está inscrito na matriz da voz. A voz, prodigiosa descoberta, antes do fogo e do fogo que há na voz, logo a seguir ao primeiro momento do homem sobre a terra. Mais tarde a voz fez-se fala. Voz articulada. Voz que quer falar com os outros. Sons que querem ser entendidos, percebidos. A fala quando era apenas voz trazia as emoções, agora servirá também os pensamentos, as ideias que procuram os outros, talvez as ideias que procuram as ideias dos outros. Através da fala o homem comunica com o outro, usando códigos e sistemas que tornem possível a comunicação. Às vezes, códigos e sistemas que acabam por aprisionar, por domesticar a voz. Por vezes, a voz não cabe nas palavras, nascida para ser selvagem, para ser livre, para rodopiar, para inquietar. Frequentemente a voz fura o cerco que as palavras lhe impõem. Voz inconformada, voz rebelde. A voz que está para além do significado das palavras, que foge dos dicionários, das gramáticas, das ditaduras. Acontece que mesmo a fala, voz articulada, voz funcional, procura exprimir-se noutras línguas, línguas imaginárias, línguas de loucos e poetas. Américo Rodrigues, Portugal. Poeta sonoro, performer, actor, encenador e improvisador vocal. Autor de várias obras de poesia sonora, entre as quais se destacam O despertar do funâmbulo, Escatologia e Aorta tocante (de Música vegetal). È o director artístico do Teatro Municipal da Guarda. Dirige, entre outros, o festival Dizsonante e Ó da Guarda (música experimental). Está a concluir uma tese científica sobre “fala emocional”. 8 A voz que foge à matriz Américo Rodrigues [ESP] Al principio era la propia respiración. Al principio no era el verbo, era la respiración, el viento que circulaba dentro de los cuerpos, el soplo mágico. Al principio, era, entonces, el aire. El aire que mantenía el cuerpo, un cuerpo hecho de aire y sangre. El aire es como la sangre, los dos esenciales. El aire es poético porque es invisible. La poesía es lo indecible. Después vino la voz, soplo hecho voz, voz que llora y que ríe, que danza, que inquieta, que es remolino. Voces que vocean, que respiran. No hay una voz igual, todas diferentes, todas hechas de pedacitos de ser. Dentro de la voz, el mundo de cada uno, las emociones. Todo está inscrito en la matriz de la voz. La voz, prodigioso descubrimiento, antes del fuego y del fuego que hay en la voz, después del primer momento del hombre sobre la tierra. Más tarde la voz se hizo habla. Voz articulada. Voz que quiere hablar con los otros. Sonidos que quieren ser entendidos, percibidos. El habla cuando era apenas voz traía las emociones, ahora servirá también a los pensamientos, a las ideas que buscan los otros, tal vez a las ideas que buscan las ideas de otros. A través del habla el hombre se comunica con los otros, usando códigos y sistemas que vuelvan posible la comunicación. A veces, códigos y sistemas que acaban por aprisionar, por domesticar la voz. Algunas veces, la voz no cabe en la palabra, nacida para ser salvaje, para ser libre, para revolver, para inquietar. Frecuentemente la voz sale del cerco que las palabras le imponen. Voz inconformista, voz rebelde. La voz que está por encima del significado de las palabras, que huye de los diccionarios, de las gramáticas, de las dictaduras. Sucede que incluso el habla, voz articulada, voz funcional, busca exprimirse en otras lenguas, lenguas imaginarias, lenguas de locos y poetas. Américo Rodrigues, Portugal. Poeta sonoro, performer, actor, director e improvisador vocal. Autor de varias obras de poesía sonora, entre las cuales destacan O despertar do funâmbulo, Escatologia y Aorta tocante (de Música Vegetal). Es director artístico del Teatro Municipal de Guarda. Dirige, entre otros, el festival Dizsonante y Ó da Guarda (Música experimental). Va a concluir una tesis científica sobre “habla emocional”. 9 Apresentações / Presentaciones / Aurkezpenak A voz que foge à matriz Américo Rodrigues [EUS] Hasieran arnasa zen. Hasieran ez zen hitza, arnasa zen, gorputzen barruan mugitzen zen haizea, haizearen arnasa magikoa. Hasieran, orduan, haizea zen. Gorputzak gordetzen zuen airea, haizez eta odolez egindako gorputzak. Haizea odola bezalakoa da, biak behar-beharrezkoak. Haizea poesia hutsa da, ez baita ikusten. Poesia ezin esan den hori da. Gero ahotsa etorri zen, arnasaren ufakoa ahots bihurtuta, negar eta barre egiten duen ahotsa, dantzan egiten duena, kezka sortzen duena, zurrunbilo dena. Garrasi egiten duten ahotsak, arnasa hartzen dutenak. Ahotsa bakarra da, ez du parekorik, ahots guztiak izatearen zatitxoekin eginda daude. Ahotsaren barruan bakoitzaren mundua, emozioz eginiko mundua. Dena dago ahotsaren matrizean jasota. Ahotsa, aurkikuntza miresgarria, suaren eta ahotsak duen suaren aurrekoa, lurrak izan zuen lehen gizakiaren lehen unearen ondorengoa. Geroago ahotsa mintzamen bihurtu zen. Ahots artikulatua. Besteekin hitz egin nahi duen ahotsa. Ulertuak, nabarituak izan nahi duten hotsak. Mintzamenak, ahotsa bakarrik zenean, orduan emozioak zekartzan, orain laguntza ere eskainiko die pentsamenduei, besteek eskuratu nahi dituzten ideiei, agian besteen ideien bila dabiltzan ideiei ere. Mintzamenaz baliatzen da gizakia bestearekin harremanetan jartzeko, komunikazioa lortzeko kodeak eta sistemak erabiliz. Batzuetan, ahotsa lotzea eta otzantzea lortzen duten kode eta sistemak. Noizbehinka, ahotsa ezin da hitzaren barruan sartu, basatia izateko jaio baita, aske izateko, ardura sortzeko. Sarritan, hitzek jarritako kateak mozten ditu ahotsak. Etsipenik gabeko ahotsa, ahots errebeldea. Hitzen esanahiaren gainetik dagoen ahotsa, hiztegietatik, gramatiketatik, diktaduretatik ihes egiten duen ahotsa. Izan ere, mintzamenak berak ere, ahots artikuluak, ahots funtzionalak, beste hizkuntza batzuetan murgildu nahi du, ametsezko hizkuntzetan, ero eta poeten hizkuntzetan. Américo Rodrigues, Portugal. Soinu-poeta, performer-a, aktorea, zuzendaria eta ahots-inprobisatzailea. Zenbait soinu-poesia lan egin ditu, horien artean, nabarmentzekoak dira O despertar do funâmbulo, Escatologia eta Aorta tocante (Musika Vegetala). Guardako Udal Antzokiko zuzendari artistikoa da. Besteren aretan, Dizsonant eta Ó da Guarda (musika esperimentala) festibalak zuzentzen ditu. Emozio hizkera gaitzat hartuta, tesi zientifiko bat amaitzen ari da. 10 17 Arteleku Junho / Junio / Ekaina [21:30] Powered by emotion Mårten Spångberg Actor e autor / Actor y autor / Antzezlea eta egilea: Mårten Spångberg Música / Musika: Keith Jarret, J.S.Bach, Buena Vista Social Club Duração / Duración / Iraupena: 45 min. Apresentações / Presentaciones / Aurkezpenak Powered by Emotion Mårten Spångberg [POR] Na sua recente actuação a solo designada de Powered by Emotion (Energia emocional), Mårten Spångberg penetra na dança e no canto, partilhados por todos nós, num jogo complexo entre o desejo e a economia, a apropriação e a autorização. A coreografia baseia-se na filmagem de Walter Verdin de uma dança improvisada de Steve Paxton, que por seu lado tem por base a interpretação realizada por Glenn Gould sobre as Variações Goldberg de Bach, e se traduz numa dança no limiar do estilo e da habilidade. Na outra parte da representação, canta como solista algumas canções do Buena Vista Social Club, transformando os conceitos da duplicação num tema global de biopolítica. Mårten Spångerg. Intelectualmente desafiador, conceptualmente motivado, questionando sempre as normas e as estruturas: no trabalho de Mårten Spångberg, artista / escritor / crítico de performance, a dança é a oportunidade de pensar de uma maneira diferente. Mårten Spångberg trabalha e vive em Bruxelas, Berlim e Estocolmo. O trabalho de representação / coreografia de Spångberg vai desde solos a coreografias de maior formato, como por exemplo, um trabalho realizado para o Ballet de Frankfurt. Spångberg é por sua vez membro fundador da Fame International; co-criador de 9x9 para Les Ballets C de la B, em colaboração com Christine de Smedt; e actor na obra Project de Xavier Le Roy. Durante os últimos anos mais recentes tem vindo a arrecadar êxitos na sua tournée europeia com a actuação a solo designada Powered by Emotion. Em Dezembro de 2005, a sua nova produção Hep Sweden estreou-se na Moderna Dansteatern de Estocolmo. 12 Powered by Emotion Mårten Spångberg [ESP] En su reciente actuación en solitario denominada Powered by Emotion (Energía emocional), Mårten Spångberg se adentra en el baile y en el canto compartidos por todos nosotros en un juego complejo entre el deseo y la economía, la apropiación y la autorización. La coreografía está basada en la filmación de Walter Verdin de una improvisación de baile de Steve Paxton, a su vez basada en la interpretación realizada por Glenn Gould sobre las Variaciones Goldberg de Bach, y emplaza a un baile al borde del estilo y de la habilidad. En otra parte de la representación canta como solista algunas canciones de Buena Vista Social Club, revolucionando las nociones de la duplicación a un tema global de biopolítica. Mårten Spångberg. Intelectualmente desafiante, conceptualmente motivado, siempre cuestionando las normas y las estructuras: en el trabajo de Mårten Spångberg, artista / escritor / crítico de performance, el baile es la oportunidad de pensar de una manera diferente. El trabajo de representación / coreográfico de Spångberg abarca desde solos a coreografías de mayor formato como, por ejemplo, un encargo del Ballet de Frankfurt. Spångberg es a su vez miembro fundador de Fame International; co-creador de 9x9 para Les Ballets C de la B, en colaboración con Christine de Smedt; y actor en la obra Project de Xavier Le Roy. Durante los últimos pocos años ha cosechado éxitos en su gira europea con su actuación en solitario denominada Powered by Emotion. En diciembre de 2005 su nueva producción Hep Sweden se inauguró en Moderna Dansteatern de Estocolmo. Mårten Spångberg trabaja y vive en Bruselas, Berlín y Estocolmo. 13 Apresentações / Presentaciones / Aurkezpenak Powered by Emotion Mårten Spångberg [EUS] Powered by Emotion (Emozio indarra) izeneko bere bakar-saio berrian, dantzara eta kantura aldatzen du Mårten Spångbergek bere gogoa. Guk denok desioaren eta ekonomiaren arteko joko konplexu batean parte hartzen dugu, esleipenaren eta baimenaren arteko joko batean. Koreografiaren oinarria Walter Verdinen film bat da, Steve Paxtonen dantza-inprobisazio baten gainean egindakoa. Inprobisazio haren oinarria, aldi berean, Bachen Golderg bariazioak lanaren gainean Glenn Gouldek egindako interpretazio bat zen. Hala, estiloaren eta abileziaren ertzean dagoen dantza baterako deia egiten du. Antzezpenaren beste zati batean Mårten Spångbergek bakarka abesten ditu Buena Vista Social Club taldearen kantu batzuk, biopolitikako gai global batera bikoizteko ideiak irauliz. Mårten Spångberg. Intelektualki desafiatzailea, kontzeptualki motibatua, arauak eta egiturak beti zalantzan jartzen: dantza, Mårten Spångberg performance artista / idazle / kritikariaren lanean, modu desberdinean pentsatzeko abagunea da. Spångbergen performance / koreografia lanak bakar-saioetatik hasi eta koreografia handiagoetaraino doa, esate baterako, Frankfurteko Baletaren enkargu bateraino. Fame International agentziaren kide sortzailea da Spångberg; Christine de Smedtekin batera 9x9 lanaren sortzailea Les Ballets C de la B taldearentzat; eta antzezlea Xavier Le Royren Project lanean. Azkeneko urte gutxi hauetan arrakasta izan du Europan egindako biran bere Powered by Emotion bakar-saioarekin. Hep Sweden izeneko bere ekoizpen berria Stockholmgo Moderna Dansteatern topaketan inauguratu zen 2005eko abenduan. Mårten Spångbergek lantoki eta bizitoki Brusela, Berlin eta Stockholm ditu. 14 23 / 24 Arteleku Junho / Junio / Ekaina [21:30] 200 gr. António Júlio Produção / Producción / Produkzioa: Mugatxoan 2006 14 /15 Fundação Serralves Julho / Julio / Uztaila [22:00] Apresentações / Presentaciones / Aurkezpenak 200 gr. António Júlio [POR] Depois de ter explorado presenças improváveis em lugares inevitáveis e mais que vistos, busco sentidos em lugares mais pequenos, mais precisos e, por isso, mais vastos. Quanto menor importância tiver aquilo para que estamos a olhar mais revelador se tornará o momento em que o fazemos. A existência suspensa ou o acontecimento paralelo. A verdade escondida que é o menos interessante e a mentira apresentada, em contínuo, que é a verdade julgada por quem a olha. Quanto mais concreto for mais infinito se tornará. 200g. Peso. Pois... nada. António Júlio nasce em Gaia, Portugal, em 1977. Frequenta, por dois anos, o curso de Escultura da Fac. de Belas Artes do Porto. Faz o curso de Interpretação da Academia Contemporânea do Espectáculo, no Porto. É intérprete de Teatro e Dança desde 1999, tendo trabalhado, entre outros, com Joana Providência, Nuno Cardoso, André Guedes, João Paulo Costa e Kuniaki Ida. Em 2004, participa no Mugatxoan e inicia um processo de pesquisa e criação. Apresentou, em 2005, 200 gr. abaixo do umbigo e Lucky Luke. Paralelamente, trabalha com a Cia. Circolando e dirige grupo de Teatro Universitário. 16 200 gr. António Júlio [ESP] Tras haber explorado presencias improbables en lugares inevitables y expuestos, busco sentidos en lugares más pequeños, más precisos y por esto más amplios. Cuanto menor importancia tiene aquello que miramos más revelador se volverá el momento en que lo descubrimos. La existencia suspendida o el acontecimiento paralelo. La verdad escondida es lo menos interesante, es la mentira la que se presenta, que a su vez es la verdad recibida por el que mira. Cuanto más concreto es, más infinito se vuelve. 200 gr. Peso. Después... nada. António Júlio nace en Gaia, Portugal, en 1977. Realiza dos años del curso de Escultura de la Facultad de Bellas Artes de Porto. Curso de Interpretación de la Academia Contemporánea del Espectáculo. Es intérprete de Teatro e Danza desde 1999, habiendo trabajado con Joanna Providencia, Nuno Cardoso, André Guedes, Joao Paulo Costa y Kuniaki Ida. En 2004, participa en Mugatxoan y se inicia como creador presentando, en 2005, 200 gr. debajo del ombligo y Lucky Luke. Paralelamente trabaja con la Cia. Circolando y dirige el Grupo de Teatro de la Facultad de Ingeniería de la Universidad de Porto. 17 Apresentações / Presentaciones / Aurkezpenak 200 gr. António Júlio [EUS] Leku ezinezko nahiz adierazgarrietan nekez sinestekoak diren izateak esploratu ostean, leku txikiagoetan, zehatzagoetan, eta, horregatik, zabalagoetan, bilatzen ditut zentzuak. Begiratzen diogun horrek gero eta garrantzi txikiagoa izan, orduan eta esanguratsuagoa izango da aurkitzen dugunean. Zintzilik dagoen izatea, edo gertaera paraleloa. Ezkutuko egiak ez du batere interesik, gezurra da agertzen dena, era berean, begira dagoenak jasotako egia da. Gero eta zehatzago, are infinituago. 200 gr. Pisua. Gero... ezer ez. António Júlio Gaian jaio zen, Portugalen,1977an. Eskultura ikasketak bi urtez egin zituen Portoko Arte Ederretako Fakultatean. Ikuskizun Akademia Garaikidean Interpretazio ikasketak egin zituen. 1999az geroztik Dantza eta Antzerki interpretea da, honako hauekin egin izan du lan: Joanna Providencia, Nuno Cardoso, André Guedes, Joao Paulo Costa eta Kuniaki Ida. 2004an, Mugatxoanen parte hartu zuen, eta sortzaile lanetan hasi zen; hala, 2005ean 200 gr. debajo del ombligo eta Lucky Luke aurkeztu zituen. Horrez gain, Circolando-rekin ere egiten du lan, eta Portoko Unibertsitateko Ingeniaritza Fakultateko Antzerki Taldea zuzentzen du. 18 23 / 24 Arteleku Junho / Junio / Ekaina [21:30] 14 /15 Fundação Serralves Los cuerpos cuando caen hacen ruido Alejandra Pombo Produção / Producción / Produkzioa: Mugatxoan 2006 Agradecimentos / Agradecimientos / Eskerrak: Eugenio Tisselli, Carlos Talaga, Mugatxoan, Loreto, Júlio, Nelson Julho / Julio / Uztaila [22:00] Apresentações / Presentaciones / Aurkezpenak Los cuerpos cuando caen hacen ruido Alejandra Pombo [POR] A angústia existencial do desassossego de uma consciência é a base deste projecto constituído por um evento audiovisual em tempo real, uma página na Internet e um caderno verbal escrito. Estas três partes articulam-se complementandose entre si e contribuindo com um material de características diferentes e que provocam no espectador uma relação diferente com cada um deles. www.todoelmundomereceuncuento.net Alejandra Pombo. Santiago de Compostela. Depois de ter estudado Belas Artes na Facultad Complutense de Madrid, de frequentar inúmeros cursos de dança, expressão corporal em diferentes partes da Europa (Amesterdão, Berlim, Hamburgo, Barcelona, Madrid, Santiago...), de comer uma manga no dia 15 de Junho de 2004 no Auditório da Fundação de Serralves no Porto, de realizar um mestrado em Artes Digitais na Universidad Pompeu Fabra de Barcelona e de estar, actualmente, a realizar uma pós-graduação no MACBA de Barcelona, decidiu não fazer nada no seu tempo livre. 20 Los cuerpos cuando caen hacen ruido Alejandra Pombo [ESP] La angustia existencial del desasosiego de una conciencia es la base de este proyecto que consta de un evento audiovisual en tiempo real, una página web y un cuaderno verbal escrito. Estas tres partes se articulan complementándose entre sí aportando un material de características diferentes y que provocan para con el espectador una relación con cada uno de ellas distinta. www.todoelmundomereceuncuento.net Alejandra Pombo. Santiago de Compostela. Después de haber realizado los estudios de Bellas Artes en la Facultad Complutense de Madrid, de asistir a numerosísimos cursos de danza y expresión corporal en diferentes partes de Europa (Ámsterdam, Berlín, Hamburgo, Barcelona, Madrid, Santiago...), de comerse un mango el día 15 de junio del 2004 en el Auditorio de la Fundação Serralves en Oporto, de realizar un Master en Artes Digitales en la Universidad Pompeu Fabra de Barcelona y de estar realizando actualmente un postgrado en el MACBA de Barcelona, ha decidido hacer el muerto en su tiempo libre. 21 Apresentações / Presentaciones / Aurkezpenak Los cuerpos cuando caen hacen ruido Alejandra Pombo [EUS] Kontzientzia urduritzearen estualdi existentziala da proiektu honen oinarria; denbora errealeko ikus-entzunezko gertakizunak, web orri batek eta ahozko koaderno idatzi batek osatzen dute. Hiru zati horiek elkarren osagarri dira, eta halaxe eratzen dira. Guztiek ezaugarrien material ezberdinak dituzte, eta ikusleari horietako bakoitzarekin harreman bat eragiten die. www.todoelmundomereceuncuento.net Alejandra Pombo. Santiago de Compostela. Madrilgo Complutense Fakultatean Arte Ederretako ikasketak egin eta gero, Europako hainbat lekutan (Amsterdam, Berlin, Hanburgo, Bartzelona, Madril, Santiago...) dantza eta gorputz-espresio ikasketa asko eta asko egin zituen; gero, 2004ko ekainaren 15ean, mango bat jan zuen Oportoko Fundação Serralves Auditorian, Bartzelonako Pompeu Fabra Unibertsitatean Arte Digitaletako master bat egin zuen eta orain Bartzelonako MACBAn graduondoko bat egiten ari da. Horren guztiaren ostean, aisialdian hildakoarena egitea erabaki du. 22 30 Arteleku Junho / Junio / Ekaina [21:30] Secrets for Sale Elodie Pong Direcção / Dirección / Zuzendaria: Elodie Pong Encenaçao / Escenario / Eszenografia: Elodie Pong Produção / Producción / Produkzioa: Thierry Spycher Cámara / Kamara: Elodie Pong, Frederico Brinca Som / Sonido / Soinua: Luc Yersin Edição / Montaje / Edizioa: Orsola Valenti Musica / Música / Musika: Velma Duração / Duración / Iraupena: 64 min. Apresentações / Presentaciones / Aurkezpenak Secrets for Sale Elodie Pong [POR] ADN / ARN (Any Deal Now / Any Reality Now) (Qualquer acordo agora / Qualquer realidade agora): Uma instalação interactiva filmada, na qual o visitante era convidado a contar um segredo pessoal e depois a vendê-lo. ADN/ARN era formada por quatro unidades: a sala de espera, a sala intermédia de preparação, o estúdio e o gabinete. Enquanto se deslocava pela instalação, o visitante/actor devia interagir no sistema, sob a minuciosa observação de oito câmaras de vigilância. Em determinado ponto do processo, o visitante podia optar por vender a Elodie Pong um segredo pessoal (anonimamente se assim o preferisse). Este segredo era gravado em vídeo, como o resto das operações do sistema. Na unidade a seguir ao espaço de gravação, Elodie Pong intervinha como actriz, negociando o preço do segredo de acordo com o seu interesse em integrá-lo na sua colecção. Secrets for Sale (Segredos à venda) é o filme que mostra essa experiência radical. Elodie Pong nasceu em Boston em 1966. Estudou sociologia e antropologia na Universidade de Lausanne e inicia a sua carreira artística com trabalhos notáveis no domínio da escultura. Desenvolve temas que lhe interessam especialmente como: as representações do desejo feminino num tom abertamente provocador. Depois de 50 exposições colectivas e 10 individuais na Suíça e nos Estados Unidos, começa, em 1996, a trabalhar em novas formas de expressão como o vídeo da fotografia e a performance. Apresentou estes trabalhos na Suíça, em França, na Alemanha, Bélgica, Espanha, Luxemburgo e Japão. Em 2003, realiza Secrets for Sale, Prémio no Swiss Award no festival internacional de filmes vídeo e novos meios VIPER em Bâle, e participa no concurso Re:view film & video, promovido pelo Migros Museum für Gegenwarstkunst de Zurique. Este filme foi apresentado em numerosos festivais internacionais e espaços de arte contemporânea. Secrets for Sale foi transmitido pelo canal ARTE e faz parte da performance I will not K.I.S.S. estreada em Julho de 2003 no Arsenic, em Lausanne. 24 Secrets for Sale Elodie Pong [ESP] ADN / ARN (Any Deal Now / Any Reality Now) (Cualquier trato ahora / Cualquier realidad ahora): Una instalación interactiva filmada, en la que el visitante era invitado a confiar un secreto personal, y luego venderlo. ADN /ARN estaba formada por cuatro unidades: la sala de espera, el tamiz de los preparativos, el estudio, y el gabinete. Mientras se desplazaba por la instalación, el visitante / actor debía de interactuar en el sistema, bajo el examen minucioso de ocho cámaras de vigilancia. En un cierto punto del proceso, el visitante podía optar por vender a Elodie Pong un secreto personal (anónimamente si así lo prefería). Este secreto era grabado en vídeo, como el resto de operaciones del sistema. En la unidad posterior al espacio de grabación, Elodie Pong intervenía como actriz, negociando el precio del secreto según su interés por incorporarlo a su colección. Secrets for Sale (Secretos en venta) es la película que muestra dicha experiencia radical. Elodie Pong nace en Boston en 1966. Estudia sociología y antropología en la Universidad de Lausana, e inicia su carrera artística con trabajos remarcables en el ámbito de la escultura. Desarrolla temas que le interesan especialmente como las representaciones del deseo femenino en un tono abiertamente provocador. Después de 50 exposiciones colectivas y 10 individuales en Suiza y los Estados Unidos, comienza en 1996 a trabajar en nuevos útiles de expresión como el vídeo, la fotografía y la performance. Estos trabajos se presentan en Suiza, Francia, Alemania, Bélgica, España, Luxemburgo y Japón. En 2003 realiza Secrets for Sale, Premio en el Swiss Award del festival internacional de filmes vídeo y nuevos médias VIPER à Bâle, así como el concurso Re:view film & video, iniciado por el Migros Museum für Gegenwarstkunst de Zurich. Este film ha sido presentado en numerosos festivales internacionales y espacios de arte contemporáneo. Secrets for Sale ha sido emitido por ARTE y forma parte de la performance I will not K.I.S.S. estrenada en Julio 2003 en el teatro Arsenic, de Lausanne. 25 Apresentações / Presentaciones / Aurkezpenak Secrets for Sale Elodie Pong [EUS] ADN / ARN (Any Deal Now / Any Reality Now) (Edozein tratu orain / Edozein egia orain): Instalazio elkarreragile filmatua, non bisitariak beren isilpeko bat esatera eta gero hura saltzera gonbidatuta zeuden. ADN / ARN lanaren osaerak lau unitate zituen: itxaron gela, prestaketa bahea, estudioa, eta harrera gela. Instalazioan barrena ibili ahala, bisitariak / antzezleak sistemarekin elkarreragin behar zuen, zaintzako zortzi kameraren begirada zorrotzaren pean. Prozesuaren une jakin batean, ordea, Elodie Pong-i isilpeko bat saltzea aukera zezakeen bisitariak (izena eman gabe, nahi izanez gero). Isilpeko hura bideoz grabatzen zen, sisteman zeuden gauza guztiak bezala. Grabaketa gunearen ondoko unitatean, Elodie Pong-ek antzezle gisa esku hartzen zuen, isilpekoaren salneurria negoziatzen, bere bildumari gehitzeko zeukan interesaren arabera. Secrets for Sale (Isilpekoak salgai) muturreko esperientzia hori agertzen duen filma da. Elodie Pong Bostonen jaio zen 1966an. Psikologia eta antropologia ikasi zituen Lausanako Unibertsitatean, eskulturan lan aipagarriekin hasi zuen karrera artistikoa. Bereziki interesatzen zaizkion lanak garatzen ditu, esaterako; emakumearen desioen irudikapena nahikoa tonu probokatzailean. Suitzan eta Estatu Batuetan taldekako 50 erakusketa eta bakarkako 10 egin ostean, 1996an beste espresio tresna batzuk erabiltzen hasi zen, hala nola, bideoa, argazkilaritza eta performace-a. Lanak Suitzan, Frantzian, Alemanian, Belgikan, Espainian, Luxenburgon eta Japonian erakutsi zituen. 2003an, Secrets for Sale egin zuen –Bâleko bideo-film eta komunikabide berrien VIPER nazioarteko jaialdiko Swiss Award saria, Re:view film & video lehiaketa, Zuricheko Migros Museum für Gegenwarstkunst-ek hasi zuena. Filma nazioarteko jaialdi eta arte garaikideko leku askotan eman dute. Secrets for Sale ARTEk eman zuen, eta 2003ko uztailean Arsenicen (Lausana) estreinatutako I will not K.I.S.S. performance-aren zati bat da. 26 1Arteleku Julho / Julio / Uztaila [21:30] 7 Fundação Serralves Julho / Julio / Uztaila [22:00] Por el momento sin título Loreto Martínez-Troncoso Produção / Producción / Produkzioa: Mugatxoan 2006 Desenho / Dibujo / Marrazki: Jérôme Mulot Apresentações / Presentaciones / Aurkezpenak Por el momento sin título Loreto Martínez-Troncoso [POR] Notas de trabalho: Alguém me disse um dia que, ou pelo menos recordo-o, «a arte é antes de mais um encontro». E como encontro que é, ou chegas antes ou tarde ou no momento certo. Mas também podes não chegar porque te enganaste no sítio. Ao mesmo tempo, talvez, um encontro esteja onde menos o esperas. Querem espectáculo? Pois vão tê-lo, disse depois de ter dado conta de ter sido recuperada pelo espectáculo, Pois ¡luzes, maquilhagem e lantejoulas! que não são mais do que uma continuação ou uma consequência da minha experiência. Dizes que não és mais do que uma puta? disseram-me. Já outros artistas o denunciaram, e não apenas isso, realizaram-no. Pois se é por isso, não o farei. Nem o repetirei (podia dizer-vos uma vez mais mas não o farei porque acabo de o fazer). Mas um striptease, quem nunca sonhou em fazer alguma vez striptease em público? Este poderia ser um bom título: Striptease. De qualquer das formas, como afirmou Hitchcock «o público tem de sair da sala sabendo porque entrou». E eu também. «E aqui a minha biografia nalgumas linhas apenas conforme me pediram: 1978 nasce em... ; 1996 ingressa na...; 1999 parte para... com uma bolsa de..., trabalha com...; 2000 é “felicitada” por...; 2001 intervém em..., é seleccionada na...; 2002 é “felicitada” por..., “comprada” por..., “envolvida” por... para..., “videoprojectada” em...; 2003 é considerada como “artista francesa” por... para..., colabora com...; 2004 colabora com..., participa em..., é considerada como “artista que trabalha sobre” por... para..., entra em contacto com..., leitura em...; 2005 carta branca em..., é “indicada” como “artista digna do maior interesse” por... para..., candidatura seleccionada..., proposta para... recusada por..., participa a..., auto-apresenta-se como puta no festival... no qual é apresentada como «France»; recebe uma bolsa por... para..., participa como “jovem artista galega” em..., recusada no Salon du Jardin et l’aménagement extérieur... entre outras coisas». Loreto Martínez-Troncoso 28 Por el momento sin título Loreto Martínez-Troncoso [ESP] Notas de trabajo: Alguien me dijo, o más bien me recordó, un día que «el arte es ante todo una cita». Y como cita o llegas antes, o llegas tarde, o llegas en el momento justo. Pero también puedes no llegar porque te has equivocado de lugar. Al mismo tiempo quizás una cita está ahí donde no lo esperas. ¿Queréis espectáculo? Pues lo vais a tener, me dije después de haberme dado cuenta que he sido recuperada por el espectáculo, Pues ¡luces, make-up y lentejuelas! que no son más que una continuación o una consecuencia de mi experiencia. ¿Que no eres más que una puta has dicho? me han dicho. Ya otros artistas lo han denunciado, y no sólo eso, lo han llevado a cabo. Pues si es por eso no lo haré. Ni tampoco lo repetiré (podría decirlo una vez más para ustedes pero no lo haré porque acabo de hacerlo). Pero un striptease, ¿quién no ha soñado alguna vez hacer un striptease en público? Podría ser un buen título este: Striptease. En todo caso, como Hitchcock dijo «el público tiene que salir de la sala sabiendo por qué ha entrado». Y yo también. «He aquí mi biografía en unas cuantas líneas como me lo han pedido: 1978 nace en...; 1996 ingresa en...; 1999 parte a... becada por..., trabaja con...; 2000 es “felicitada” por...; 2001 interviene en..., es seleccionada en...; 2002 es “felicitada” por..., “comprada” por..., “enchufada” por... para..., “videoproyectada” en...; 2003 es considerada como “artista francesa” por... para..., colabora con...; 2004 colabora con..., participa a..., es considerada como “artista que trabaja sobre” por... para..., entra en contacto con..., lectura en... ; 2005 carta blanca en..., es “encomendada” como “artista digna del más grande interés” por... para..., candidatura seleccionada..., proposición para... rechazada por..., participa a..., se autopresenta como puta en el festival... en el que es presentada como «France»; becada por... para..., participa como “xoven artista galega” en..., rechazada en el Salon du Jardin et l’Aménagement Extérieur... entre otras cosas». Loreto Martínez-Troncoso 29 Apresentações / Presentaciones / Aurkezpenak Por el momento sin título Loreto Martínez-Troncoso [EUS] Lan oharrak: Norbaitek behin esan zidan, edo, hobe esan, gogorarazi zidan artea «batez ere hitzordu bat» zela. Eta hitzordura goiz edo berandu, edo justu behar den unean iristen zara. Alabaina, izan liteke ez iristea ere, lekuz nahastu zarelako. Era berean, izan liteke hor egotea hitzordu bat ustekabean. Ikuskizuna nahi al duzue? Bada, ikuskizuna izango duzue, esan nion neure buruari ikuskizunak hartu ninduela ohartu nintzenean, Beraz, argiak, make-up eta lentejuelak! Nire esperientziaren jarraipena edo ondorioa besterik ez dira. Emagaldua zarela esan al duzu? Esan didate. Beste artista batzuek ere salatu dute hori, eta, are gehiago, baita egin ere. Horregatik bada, ez dut egingo. Ez dut errepikatuko (beste behin esan nezake, baina ez dut esango, oraintxe esan dudalako). Baina, striptease bat, nork ez du amestu behin edo behin jendaurrean striptease bat egitea? Izenburu egokia izan daiteke: Striptease. Hala ere, Hitchcock-ek esan zuen moduan: «publikoak aretotik ateratzerakoan jakin egin behar du zergatik sartu den». Eta nik ere bai. «Hemen duzue nire biografia lerro batzuetan, eskatu bezala: 1978an jaio zen ...n; 1996an ...n sartu zen; 1999an ...ra joan zen ...k emandako bekarekin, ...rekin lan egin zuen; 2000n ...k “zoriondu” zuen; 2001ean ...n parte hartu, ...n hautatu; 2002an ...k “zoriondu” zuen, ...k “erosi” zuen, ...k “ent ...ufatu” zuen ...rako, ...n “bideoproiektatua”; 2003an ...k “artista frantses” gisa hartu zuen ...rako, ...rekin lan egin zuen; 2004an ...rekin lan egin zuen, ...n parte hartu zuen, “ ...ri buruz lan egiten duen artista” gisa hartu zuen ...k ...rentzat, ...rekin harremanetan jarri, irakurketa ...n ; 2005 ean ...n baimena, ...k “interes handiena merezi duen artista” gisa “gomendatu” zion ...ri, ...hautagai hautatua, ...rako proposamenari ...gatik uko egin, ...n parte hartu, ...jaialdian emagaldu gisa aurkeztu zen; bertan, «France» izenarekin aurkeztu zuten; ...beka eman zioten ...rako, “ ...oven artista galega” gisa parte hartu zuen ...n, Salon du Jardin et l’Aménagement Extérieur-en ez zuten onertu, besteren artean». Loreto Martínez Troncoso 30 1Arteleku Julho / Julio / Uztaila [21:30] 7 Fundação Serralves Julho / Julio / Uztaila [22:00] Guerrero Notebook: Holiday Out Nelson Guerreiro Produção / Producción / Produkzioa: Mugatxoan 2006 Parceria artistica / Colaboración artística / Laguntzaile artistikoak: Patrícia da Silva, Loreto Martinez, Alejandra Pombo, António Júlio Agradecimentos / Agradecimientos / Eskerrak: Paulo Guerreiro, Luís Firmo (Transforma AC), Rogério Nuno Costa, Yuki, Alex, Jess, Antónia, António Carallo, entre otras personas con las cuales me crucé en mi viaje a Japón y en este proceso, imposible de nombrar por la traición de la memoria. Apresentações / Presentaciones / Aurkezpenak Guerrero Notebook: Holiday Out Nelson Guerreiro [POR] A grande aventura “Ao isolar-me e afastar-me para escrever (há quantos anos já) assumi a minha derrota como ser social; fechei-me aos outros para toda a vida. Mesmo que até ao fim eu continue a sentar-me com as pessoas – que me cumprimentam, me abraçam, me entregam os seus segredos – nunca pertencerei a elas.” Peter Handke, A tarde de un escritor. Viagens. Cadernos de apontamentos em viagem. A minha viagem ao Japão. Turista vs Viajante. Autobiografia vs Autoficção. Transmissão num género indefinido. Sobre o quê? Nada a declarar. Nelson Guerreiro. Nelson Guerreiro é docente na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha nos cursos de Animação Cultural e Teatro. É colaborador regular da TRANSFORMA AC, onde é co-editor da revista ArtinSite. A partir de 2001, voltou-se para a criação: desse movimento nasceram vários projectos nos campos da performance, do teatro, da dança e transdisciplinar, dos quais se destacam o projecto de experiências-situações eu e tu, tu e eu (2002), as conferências / performance Guerrero Notebook (2003) e Guerrero Notebook: Holiday Inn (2004), Schrëibstuck de Thomas Lehmen (2003), os espectáculos Vaivém, a história verdadeira de um projecto transdisciplinar (2005), Copyright -em co-criação com Patrícia da Silva– (ciclo Shall we Dance, Teatro Praga, 2005). 32 Guerrero Notebook: Holiday Out Nelson Guerreiro [ESP] La gran aventura “Al aislarme y alejarme para escribir (hace ya cuantos años) asumí mi derrota como ser social; me cerré a los otros para toda la vida. Aunque hasta el fin yo continúe sentándome con las personas -que me halagan, me abrazan, me entregan sus secretos- nunca perteneceré a ellas”. Peter Handke, La tarde de un escritor. Viajes Cuadernos de notas de viaje. Mi viaje al Japón. Turista vs Viajante. Autobiografía vs Autoficción. Transmisión de un género indefinido. ¿Sobre qué? Nada más que declarar. Nelson Guerreiro. Profesor en la Escuela Superior de Artes y Diseño de Caldas da Rainha para los cursos de Animación Cultural y Teatro. Colaborador regular de TRANSFORMA AC, donde es co-editor de la revista ArtinSite. A partir de 2001, comenzó a dedicarse a la creación: de este giro nacerán varios proyectos en el campo de la performance, del teatro, de la danza y proyectos transdisciplinares, entre los cuales destacan el proyecto de experiencias-situaciones eu e tu, tu e eu (2002), las conferencias / performance Guerrero Notebook (2003) y Guerrero Notebook: Holiday Inn (2004), Schrëibstuck de Thomas Lehmen (2003), los espectáculos Vaivém, a história verdadeira de um projecto transdisciplinar (2005), Copyright -creado junto a Patrícia da Silva- (Ciclo Shall we Dance, Teatro Praga, 2005). 33 Apresentações / Presentaciones / Aurkezpenak Guerrero Notebook: Holiday Out Nelson Guerreiro [EUS] Abentura aparta “Idazteko bakartu eta aldendu nintzenean, (jada badira urte batzuk) izate sozial gisa porrot egin nuela onartu nuen; besteei itxi egin nintzaien bizitza guztirako. Hala ere, amaierara arte besteekin esertzen jarraitu nuen –lausengatu, besarkatu eta sekretuak kontatzen dizkidate– alabaina, inoiz ez naiz haiena izango”. Peter Handke, Idazle baten arratsa. Bidaiak Bidaietako oharren koadernoak. Japoniara bidaia. Turista vs bidaiaria. Autobiografia vs Autofikzioa. Genero zehaztugabe bat transmititzea. Zeri buruz? Esatekorik ez. Nelson Guerreiro. Caldas da Rainhako Goi Mailako Arte eta Diseinuetako Eskolako irakaslea da, Kultura Animazioa eta Antzerkia irakasten ditu. TRANSFORMA ACren ohiko kolaboratzailea da; horrez gain, bertan ArtinSite aldizkariko koeditorea ere bada. 2001etik aurrera sormena lantzen hasi zen: norabide horretatik sortu ziren performance, antzerki eta dantza arloetako hainbat proiektu, baita proiektu transdiziplinatu batzuk ere, horien artean nabarmentzekoak dira, esaterako, eu e tu, tu e eu esperientzia-egoerak proiektua (2002), Guerrero Notebook (2003) eta Guerrero Notebook: Holiday Inn (2004) konferentzia/performance-ak, Thomas Lehmen-en Schrëibstuck (2003), Vaivém, a história verdadeira de um projecto transdisciplinar ikuskizunak (2005), Copyright -Patrícia da Silvarekin batera egina– (Shall we Dance zikloa–Praga Antzokia- 2005). 34 9 Fundação Serralves Julho / Julio / Uztaila [22:00] Optimistic vs Pessimistic Cía. L’ Alakran Direcção / Dirección / Zuzendaria: Oskar Gómez Mata Ideia original, concepção / Idea original, concepción / Berezko ideia, sorkuntza: Esperanza López y Oskar Gómez Mata Assistente de direcção / Asistente dirección / Zuzendaritza laguntzailea: Delphine Rosay Textos /Testuak: Peru C. Saban, Ignacio Fdez. de Jáuregui, Oskar Gómez Mata, Esperanza López Intérpretes / Antzezleak: Ignacio Fdez. de Jaúregui, Oskar Gómez, Esperanza López Guarda-roupa / Vestuario / Jantziak: Isa Boucharlat Encenação / Escenografía / Eszenografia: Sven Kreter Concepção sonora / Creación sonido / Soinu kreazioa: Andrés García Som / Sonido / Soinuak: Serge Amacker Luz / Argiak: Luc Gendroz Ténico /Teknikaria: Jean-Marie Lacave Produção e gestão / Producción y administración / Ekoizpena eta administrazioa: Barbara Giongo Produção / Producción / Ekoizpena: L’ Alakran / Legaleón-T. Théâtre Saint-Gervais Genève, Espace Malraux - Scène Nationale de Chambéry et de la Savoie. Com o apoio do / Con el apoyo de / Laguntzailea: Département des Affaires culturelles de la Ville de Genève, Département de l’Instruction publique du Canton de Genève, Pro Helvetia - Fondation Suisse pour la culture, Loterie Romande, Ayuntamiento de Irún. Foto / Argazki: Nicolas Lieber Apresentações / Presentaciones / Aurkezpenak Optimistic vs Pessimistic Cía. L’ Alakran [POR] Declaração de príncipios Visto o visto e visto sobretudo ao que chegamos: Acreditamos que os poderes políticos e económicos conseguiram o embrutecimento geral dos indivíduos na nossa espécie. Tendo em conta que o respeito da maioria é a base da convivência e da ordem, e porque acreditamos que isso facilita as coisas em geral. Decidimos hoje renunciar ao nosso passado e seguir a corrente dominante, colocar-nos na mesma direcção que a maioria. Alinhamo-nos assim com a corrente de pensamento mais abrangente da nossa sociedade. O pensamento que se apoia em: - O desenvolvimento do medo - A cegueira - A justificação de si próprio e do que protege o nosso próprio conforto - A guerra - A indiferença da guerra - O terrorismo de estado e o terrorismo sem mais - O dinheiro - A necessidade do dinheiro (cobiça) - O modelo de um único tipo de corpo - A adesão a um único tipo de sexualidade 36 - O pânico - O racismo - O machismo que fala por si próprio - O futebol - A indiferença geral - O medo como meio político A partir deste mesmo instante, seguimos a corrente, apoiamos quem quer que seja para não criar problemas, renunciamos ao conflito e a todo tipo de pensamento crítico, renunciamos a resistir (parvoíces), renunciamos a ser moralistas e a agradar aos nossos. E porque fazemos tudo isso? Porque pertencemos à generação equidistante, ou seja, estamos à mesma distância de todos os pontos de vista. E fazemo-lo também para nosso próprio prazer, por simples niilismo. E sobretudo porque somos socialistas de verdade, dos da Primeira Internacional já que pensamos que se todos nos pusermos na mesma direcção, chegaremos ao final absoluto, à destruição total e desta forma, os que vierem depois poderão começar o mais rápido possível. Nós, como a maioria, seguimos a corrente. Optimistic vs Pessimistic Cía. L’ Alakran [ESP] Declaración de principios Visto lo visto y visto sobre todo a lo que hemos llegado: Estimamos que los poderes políticos y económicos han conseguido el embrutecimiento general de los individuos de nuestra especie. Teniendo en cuenta que el respeto de la mayoría es la base de la convivencia y del orden, y porque creemos que esto facilita las cosas en general. Decidimos hoy renunciar a nuestro pasado y seguir la corriente dominante, colocarnos en la misma dirección que la mayoría. Nos alineamos así en la corriente de pensamiento más extendida en nuestra sociedad. El pensamiento que se apoya en: - El desarrollo del miedo - La ceguera - La justificación de uno mismo y de lo que protege nuestro propio confort - La guerra - La indiferencia de la guerra - El terrorismo de estado y el terrorismo sin más - El dinero - La necesidad del dinero (codicia) - El modelo de un solo tipo de cuerpo - La adhesión a un solo tipo de sexualidad - El pánico - El racismo - El machismo que habla por sí mismo - El fútbol - La indiferencia general - El miedo como medio político Desde este mismo instante, seguimos la corriente, apoyamos a quien sea para no crear problemas, renunciamos al conflicto y a todo tipo de pensamiento crítico, renunciamos a resistir (gilipolleces) renunciamos a ser moralistas y a complacer a los nuestros. ¿Y por qué hacemos todo esto? Porque pertenecemos a la generación equidistante, es decir, estamos a la misma distancia de todos los puntos de vista. Y lo hacemos también por nuestro propio placer, por simple nihilismo. Y sobre todo porque somos socialistas de verdad, de los de la Primera Internacional ya que pensamos que si todos nos ponemos en la misma dirección, llegaremos antes al final absoluto, a la destrucción total y de esta manera, los que vengan después podrán empezar lo antes posible. Nosotros, como la mayoría, seguimos la corriente. 37 Apresentações / Presentaciones / Aurkezpenak Optimistic vs Pessimistic Cía. L’ Alakran [EUS] Printzipioen Deklarazioa Ikusitakoak ikusita, eta, batez ere, nora irisi garen ikusita: Uste dugu botere politiko eta ekonomikoak gure espezieko gizabanakoak oro har aberetzea lortu dutela. Kontuan izanda gehiengoaren errespetua bizikidetzaren eta ordenaren oinarria dela, eta, uste dugulako, oro har, horrek gauzak errazten dituela. Gaur erabaki dugu lehenari uko egin, eta gehiengo nagusiari jarraitzea, gehiengoaren bide berean sartzea. Hala, gizarteko pentsaera hedatuenarekin bat egiten dugu. Oinarri hauek dituen pentsaera: - Beldurraren garapena - Itsutasuna - Norbera justifikatzea, baita norbere konforta babesten duena ere - Gerra - Gerraren axolagabetasuna - Estatuko terrorismoa, eta, terrorismoa, besterik gabe - Dirua - Diruaren beharra (diru-gosea) - Gorputz mota bakarraren eredua - Sexu mota bakarrera atxikitzea - Ikara - Arrazismoa 38 - Nahikoa esaten duen matxismoa - Futbola - Axolagabetasun orokorra - Beldurra baliabide politiko gisa Une honetatik bertatik hasita, gehiengoari jarraitzen diogu, edonor babesten dugu arazorik ez sortzeko, gatazkari eta pentsatzeko modu kritiko guztiei uko egiten diegu, aurka egiteari uko egiten diogu (ergelkeriak) moralistak izateari uko egiten diogu, baita geureei atsegin emateari ere. Eta, zergatik egiten dugu hori guztia? Belaunaldi distantziakidean bizi garelako, hau da, ikuspegi guztietatik distantzia berera gaude. Eta, geure gogoz egiten dugu, nihilismo hutsagatik. Eta, batez ere, benetako sozialistak garelako, Lehen Internazioanalekoak; izan ere, pentsatzen dugu guztiok bide bera hartzen badugu, amaiera absolutura lehenago iritsiko garela, erabateko hondamenera, eta, hala, gero etorriko direnak lehenago hasi ahalko dutela. Guk, gehienek bezala, gehiengoari jarraitzen diogu. Aurkezpenak Conferências Presentaciones Conferencias Apresentações Hitzaldiak Aurkezpenak Conferências Presentaciones Conferencias Apresentações Hitzaldiak Conferências / Conferencias / Hitzaldiak Calendário Calendario Egutegia Mårten Spångberg Estão a ver... ¿No puedes ver... Ez al duzu ikusten... Cláudia Galhós Unidades de sensação. A arte performativa contemporânea portuguesa Unidades de sensación. El arte contemporáneo performativo portugués Sentsazio unitateak. Portugalgo gaur egungo arte performatiboa Kobe Matthys Specimen 0770 15 Junho / Junio / Ekaina Arteleku [20:30] 8 Julho / Julio / Uztaila Fundação Serralves [22:00] 16 Julho / Julio / Uztaila Fundação Serralves [22:00] Entrada livre / Entrada libre / Sarrera librea 40 Conferências / Conferencias / Hitzaldiak Calendário Calendario Egutegia Mårten Spångberg 15 Junho Arteleku [20:30] [POR] Estão a ver... Ao longo dos últimos quinze anos, tanto quanto uma palavra em voga, a performance tem-se revelado um problema, em resultado da orientação cada vez mais neoliberal da economia. As artes performativas conheceram um contra-movimento que nos afastou das noções de apresentação para um cenário de contextos e meios de distribuição. Uma série de performances espanholas aventurou-se em considerações em torno da produção de ficção enquanto meio de extrair uma criticalidade que ultrapasse o dispositivo dominante. Esta conferência tem como ponto de partida uma trajectória que nos conduz à inorgânica da distribuição e nos afasta do corpo formulador de uma coisa, estão a ver... Mårten Spångberg Estão a ver... ¿No puedes ver... Ez al duzu ikusten... Cláudia Galhós Unidades de sensação. A arte performativa contemporânea portuguesa Unidades de sensación. El arte contemporáneo performativo portugués Sentsazio unitateak. Portugalgo gaur egungo arte performatiboa Kobe Matthys Specimen 0770 15 Junho / Junio / Ekaina Arteleku [20:30] Kobe Matthys 16 Julho Fundação Serralves [22:00] 8 Julho / Julio / Uztaila Fundação Serralves [22:00] 16 Julho / Julio / Uztaila Fundação Serralves [22:00] [POR] Specimen 0770 Kobe Matthys de Agencia apresentará Specimen 0770 de “quasi coisas”. Specimen 0770 baseia-se na jurisprudência sobre a performance. Em 21 de Março de 1967, o juiz do Landgericht de Munique decidiu que a performance de um palhaço e um elefante no programa televisivo Radio-Circus 60 em França não poder ser considerada como coreografia, mas antes como o treino de um animal. A apresentação inclui a projecção do programa de televisão da gravação da performance em questão e será seguido por painel de discussão com um coreógrafo, um etólogo e um domador de elefantes. Entrada livre / Entrada libre / Sarrera librea 40 41 Conferências / Conferencias / Hitzaldiak Mårten Spångberg 15 Junio / Ekaina Arteleku [20:30] [ESP] ¿No puedes ver... En los últimos quince años performance ha sido tanto una palabra de moda como un problema debido a la creciente economía neoliberal. Las artes interpretativas han visto un contramovimiento desde ideas de exposición hasta un tratamiento de marcos y medios de distribución. Una serie de performances españolas se ha aventurado en considerar la producción de la ficción como un medio para extraer una criticalidad más allá del dispositivo gobernante. Esta conferencia toma como punto de partida una trayectoria hacia lo inorgánico de la distribución lejos del cuerpo, formulando algo: ¿no puedes ver... Kobe Matthys 16 Julio / Uztaila Fundação Serralves [22:00] [ESP] Specimen 0770 Kobe Matthys de Agencia presentará specimen 0770 de “quasi cosas”. Specimen 0770 está basado en la jurisprudencia sobre la performance. El 21 de Marzo de 1967 el juez Landgericht Munich decidió que la performance de un payaso y un elefante dentro del programa de TV Radio-Circus 60 en Francia, no podía ser considerada como coreografía, pero si como el entrenamiento de un animal. La presentación incluye la proyección del programa de televisión de la grabación de la performance en cuestión y será seguido por una asamblea de discusión con un coreógrafo, un etólogo y un domador de elefantes. 42 Mårten Spångberg 15 Junio / Ekaina Arteleku [20:30] [EUS] Ez al duzu ikusten... Azken hamabost urteotan performance modako hitza izan da, baita arazo bat ere, handituz doan ekonomia neoliberalarengatik. Interpretazio-arteek kontramugimendu bat ikusi dute erakusketa-ideietatik distribuzio-esparru etabideen tratamenduetara. Espainiar performance multzo bat fikzioa gobernu-gailua baino harantzago dagoen kritikaltasuna ateratzeko bide gisa ekoiztea aintzat hartzen ausartu da. Hitzaldi honek, abiapuntutzat gorputzetik kanpoko distribuzioaren ezorganikotasunerantz doan ibilbidea hartzen du, ondokoa adieraziz: ez al duzu ikusten... Kobe Matthys 16 Julio / Uztaila Fundação Serralves [22:00] [EUS] Specimen 0770 Agencia-ko Kobe Mattys-ek “quasi gauzen” specimen 0770 aurkeztuko du Specimen 0770-k perfomance-ari buruzko jurisprudentzia azaltzen digu. Landgericht Munich epaileak, 1967ko martxoaren 21ean, erabaki zuen RadioCircus 60 telebistako programaren barruan pailazo batek eta elefante batek eginiko perfomance-a ezin zela koreografiatzat hartu, bai, ordea, animali baten entrenamendu gisa. Aurkezpenean perfomance-aren grabaketari buruzko telebistako programaren proiekzioa egingo da eta koreografo batek, etologo batek eta elefanteen hezitzaile batek osatutako eztabaida batzordea egingo da ondoren. 43 Conferências / Conferencias / Hitzaldiak Cláudia Galhós 8 Julho / Julio Fundação Serralves [22:00] [POR] Unidades de sensação A arte performativa contemporânea portuguesa A dança é, aqui, entendida como uma possibilidade de paisagem prenunciada dentro deste universo mais amplo, que identifico como “unidade de sensação” (termo recuperado e reequacionado do Livro do Desassossego de Fernando Pessoa (pelo heterónimo Bernardo Santareno). Tendo em conta a diversidade das identidades artísticas que compõem o panorama da contemporaneidade das artes performativas portuguesas –que representa um aprofundar do mapa traçado a partir de finais de 80 e o surgimento da Nova Dança Portuguesa– estamos agora numa fase em que as singularidades se têm vindo a afirmar de modo particular mesmo dentro do contexto do panorama criativo de cada autor. Ou seja, cada nova obra de um criador pode ser vista como objecto autónomo, que não terá necessariamente de encaixar no mesmo terreno linguístico dos anteriores, e é essa diversidade que constitui a identidade dos corpos de trabalho actuais (múltiplos, esquizofrénicos, ricos nas formas e silhuetas que desenham em palco ou fora deste). É a passagem da formação de um percurso autoral da verticalidade para a horizontalidade, como defende o coréografo Joclécio Azevedo. Proponho um olhar para este património partindo de algumas ideias simples que nos situam no movimento presente: o fim das catalogações e a rejeição dos géneros; a reconciliação com o passado (pelo menos como exercício de questionamento do sentido do presente, seja do ser humano seja da arte); a continuação como ruptura; a defesa das “pequenas-percepções” e “imagensnuas” (termos do filósofo José Gil) e o olhar que descobre o invisível, entre muitos outros Cláudia Galhós. Actualmente escreve sobre dança para o semanário Expresso. Foi editora do suplemento semanal Artes de Palco, do programa Magazine, do canal 2: da RTP (de 2004 a 2006), e jornalista do Diário Económico; editora de teatro, dança e artes plásticas do NetParque; crítica de dança do jornal O Público e especialista da mesma área no Jornal de Letras. Tem diversos textos editados em publicações estrangeiras relacionadas com teatro e dança.. 44 Cláudia Galhós 8 Julho / Julio Fundação Serralves [22:00] [ESP] Unidades de sensación El arte contemporáneo performativo portugués La danza es, aquí, entendida como una posibilidad de paisaje enunciada dentro de un universo más amplio, que identifico como “unidad de sensación” (termino recuperado y adaptado de El libro del desasosiego de Fernando Pessoa (por el heterónimo Bernardo Santareno). Teniendo en cuenta la diversidad de identidades artísticas que componen el panorama contemporáneo de las artes performativas portuguesas -que representa y profundiza en el mapa trazado a partir de finales de los 80 con el resurgimiento de la Nueva Danza Portuguesa- estamos ahora en una fase en la cual las singularidades se han venido a afirmar de modo particular incluso dentro del contexto del panorama creativo de cada autor. O sea, cada nueva obra de un creador puede ser vista como objeto autónomo, que no se tendrá que necesariamente encasillar en el mismo terreno lingüístico de las anteriores, y es esa diversidad la que constituye la identidad de los cuerpos de trabajo actuales (múltiples, esquizofrénicos, ricos en las formas y las siluetas que dibujan en el escenario y fuera de él). Es el paso en la formación de un desarrollo del autor, de la verticalidad hacia la horizontalidad, como defiende el coreógrafo Joclécio Azevedo. Propongo mirar este patrimonio partiendo de algunas ideas simples que nos sitúan en el movimiento presente: el fin de las catalogaciones; la reconciliación con el pasado (por lo menos como ejercicio de cuestionamiento del sentido de presente, sea del ser humano sea del arte); la continuación como ruptura; la defensa de las “pequeñas-percepciones” e “imágenes-desnudas” (términos del filósofo José Gil) y el mirar que descubre lo invisible, entre mucho otros. Cláudia Galhós. Actualmente escribe sobre danza para el semanario Expresso. Fue editora del suplemento semanal Artes de Palco, del programa Magazine, de la RTP (entre 2004-2006), es periodista del Diário Económico; editora de teatro, danza y artes plásticas de NetParque; crítica de danza del periódico El Público y Jornal de Letras. Tiene diversos textos publicados relacionados con teatro y danza en revistas de Europeas. 45 Conferências / Conferencias / Hitzaldiak Cláudia Galhós 8 Uztaila Fundação Serralves [22:00] [EUS] Sentsazio unitateak. Portugalgo gaur egungo arte performatiboa. Dantza paisaia posibilitate modura ulertzen dugu, unibertso zabalago batean hartuta; horri “sentsazio unitate” deitzen diot (termino hori Fernando Pessoak Bernardo Santareno heteronimoarekin idatzi zuen Livro do Desassossego liburutik hartu eta neurera egokitu dut). Gaur egun Portugalgo arte performatiboen esparruan dagoen artisten aniztasunak, 80ko hamarkadaren bukaera aldera, Portugalgo Dantza Berriaren pizkundearekin sortutako mapa islatzen eta sakontzen du, eta esan daiteke orain berezitasunak finkatu diren fase batean gaudela, modu berezian finkatu ere, artista bakoitzaren sormen panoramaren barruan finkatu baitira. Hau da, sortzaile baten lan berri bakoitza objektu autonomo modura ikus daiteke eta ez da nahitaez aurreko lanen hizkuntza esparru berean sartu beharrekoa izango; aniztasun hori da, hain zuzen, egungo lanen nortasuna eratzen duena (askotarikoak, eskizofrenikoak, antzezlekuan eta handik kanpo irudikatzen diren forma eta soslaietan aberatsak). Egilearen bilakaeraren prestakuntzako urratsa da, bertikaltasunetik horizontaltasunera, Joclécio Azevedo koreografoak dioen bezala. Proposatzen dizuet ondare hori gaur egungo mugimenduan kokatzen gaituzten ideia sinple batzuetatik abiatuta begiratzea: katalogazioak amaitutzat ematea; iraganarekin adiskidetzea (behintzat orain aldia zalantzan jartzeko ariketa modura, dela gizakiarena dela artearena); jarraipena haustura modura ikustea; “pertzepzio txikiak” eta “irudi biluziak” defendatzea (José Gil filosofoaren hitzak dira), eta ikustezina ikusten duen begirada ematea, besteak beste. Cláudia Galhós. Gaur egun Expreso astekarian dantzari buruzko artikuluak idazten ditu. RTPko Magazine programako Artes de Palco asteroko gehigarriko editore izan zen 2004 eta 2006 bitartean; Diário Económico egunkariko kazetaria da; NetParque 1998ko Mundu Erakusketako kultura atariko antzerki, dantza eta arte plastikoen editore ere izan zen, eta El Público eta Jornal de Letras egunkarietako dantza kritikoa da. Antzerkiari eta dantzari buruzko hainbat testu argitaratu ditu Europako aldizkarietan. 46 Aurkezpenak Oficinas Presentaciones Talleres Apresentações Tailerrak Oficinas / Talleres / Tailerrak [POR] Mugatxoan 2006 propõe partilhar, rever, refazer, questionar a influência do processo no resultado final das peças. Seleccionamos os projectos de jovens artistas, dando-lhes espaço e tempo para desenvolver o seu processo e compartilharem com quatro artistas convidados os seus projectos e os seus processos. Américo Rodrigues 12 -16 Junho / Junio / Ekaina Arteleku À procura de uma poética para a própria voz. A voz própria que se descobre, se revela. O sopro inicial. Os sons interiores, o ar circulando, andando. As primeiras palavras, o primeiro grito. Falar noutras línguas, inexistentes, imaginárias. O poder da voz, as emoções na fala. A voz visual, a voz plástica, a voz que é corpo, que é gesto, que é movimento. A voz que é fala, que reinventa palavras, que se emociona, que é liberdade livre. As vozes da voz. A voz das vozes. Inclassificáveis, indomáveis. Vozes que dançam, que voam, que repousam, que incendeiam o tédio. Analisar a fala, como estamos nas palavras, se ainda lá cabemos. Perceber como as emoções estão, fisicamente, presentes na voz e na fala. Fala emotiva. 48 [ESP] [EUS] Mugatxoan 2006 propone compartir, revisar, rehacer, cuestionar la influencia del proceso en el resultado final de las piezas. Seleccionados los proyectos de jóvenes artistas, dándoles espacio y tiempo para seguir adelante con sus piezas y compartir con los cuatro artistas invitados proyectos y procesos. Mugatxoan 2006k piezen azken emaitzan prozesuak duen eragina partekatzea, berrikustea, berregitea eta aztertzea proposatzen du. Hamabi artista gazteren proiektuak aukeratuko ditugu, eta bere prozesuan aurrera jarraitzeko espazioa eta denbora emango diegu, eta bost astetan zehar aukera izango duzue artista gonbidatuekin proiektuak eta prozesuak partekatzeko. La búsqueda de una poética para la propia voz. La propia voz que se descubre, se muestra. El sonido inicial. Los sonidos interiores, cómo circulan, cómo andan. Las primeras palabras, el primer grito. Hablar nuestras lenguas, inexistentes, imaginarias. El poder de la voz, las emociones del habla. Voz visual, voz plástica, voz que es cuerpo, que es gesto, que es movimiento. Nor bere ahotsarentzako poetika bilatzea. Nork berak aurkitzen duen ahotsa, aditzera ematen duena. Hasierako soinua. Barne soinuak, nola mugitzen diren, nola ibiltzen. Lehen hitzak, lehen garrasia. Gure hizkuntzak hitz egitea, existitzen ez direnak, imajinatuak. Ahotsaren indarra, hitz egitearen emozioak. Ikusten den ahotsa, ahots plastikoa, gorputza den ahotsa, zeinua dena, mugimendua. La voz que es habla, que reinventa palabras, que se emociona, que es libertad libre. Las voces de la voz. La voz de las voces. Inclasificables, indomables. Voces que bailan, que reposan, que encendien el aburrimiento. Analizar el habla, como utilizamos las palabras, si todavía cabemos en ellas. Percibir como las emociones están, físicamente, presentes en la voz, en el habla. Habla emotiva. Hizketa den ahotsa, hitzak asmatzen dituena, hunkitzen dena, askatasun askea dena. Ahotsaren ahotsak. Ahotsen ahotsa. Sailkaezina, menderaezina. Dantza egiten duten ahotsak, lasai daudenak, asperraldiari su ematen diotenak. Hizketa aztertzea, nola erabiltzen ditugun hitzak, oraindik orain hitzetan kabitzen ote garen ikustea. Hitz egiterakoan fisikoki emozioak ahotsean daudela ikustea. Hizkera hunkigarria. 49 Oficinas / Talleres / Tailerrak [POR] Elodie Pong 19 -30 Junho / Junio / Ekaina Arteleku Neste momento estou a realizar um filme -Contemporary- um tipo de documentário que será complementado com cenas de ficção. Trata-se de um diário pessoal em “transposição”, que vai sendo escrito ao mesmo tempo que a rodagem avança. O filme será composto por vários tipos de narração, uma vez que o propósito do meu projecto é simultaneamente extremamente pessoal (à volta da minha vida) e genérico (o que me preocupa, precisamente, não é o que é interessante, mas antes o que isto deverá contar sobre o aqui e o agora de um modo geral). Um primeiro nível da narração é determinado pela ordem do registo: eu filmo e fotografo o que faço, as pessoas que me rodeiam, documento fragmentos da minha vida. Num segundo nível, certas cenas serão escritas e por vezes interpretadas pelos mesmos actores que veremos nas partes que foram gravadas. A ideia é que não fiquem a saber o que é verdadeiro (realidade) ou não (ficção). Depois as imagens são editadas para ilustrar o “eu fragmentado” mais genérico.A possibilidade de uma colaboração com outros artistas é aqui considerada. Para o workshop, começarei por apresentar o meu trabalho para depois discutirmos sobre o que significa contar esta (ou uma) história e encontrar uma forma de prosseguir. Para ser mais preciso, poderemos escrever ou improvisar cenas potenciais no projecto e talvez filmar algumas delas. Como se trata de um processo aberto, as ideias e/ou reacções podem igualmente ser -ou vir a ser- uma forma de conteúdo no filme. O que é feito dependerá do que será dito. 50 [ESP] [EUS] Actualmente estoy dirigiendo una película -Contemporary- una especie de documental que será completado con escenas de ficción. Se trata de un diario personal en “transposición”, que se escribe a medida que avanza el rodaje. La película estará compuesta por diferentes tipos de narración ya que el propósito de mi proyecto es a la vez muy personal (en torno a mi vida) y más genérico (precisamente lo que me concierne no es lo que es interesante, sino lo que eso debería contar acerca del aquí-yahora de forma más general). Un primer nivel de narración es del orden de la captación: filmo y fotografío lo que hago, las personas de mi entorno, documento extractos de mi vida. En un segundo nivel, algunas escenas estarán escritas y a veces serán interpretadas por los mismos actores que veremos en las partes de captación. La idea es que no se sepa qué es verdad (realidad) o no (ficción). Luego algunas imágenes serán “sampleadas” para ilustrar este “yo explotado” más genérico. Se podría considerar aquí la posibilidad de una colaboración con otros artistas. Egun film bat zuzentzen ari naiz Contemporary-, fikzio eszenaz osatutako dokumental moduko bat, hain zuzen ere. “Transposizioan” egindako eguneroko pertsonala da, eta filmaketak aurrera egin ahala idazten dut. Filma hainbat narrazio motak osatuko dute; izan ere, aldi berean, nire proiektuaren xedea oso pertsonala da (nire bizitzari buruzkoa) eta orokorragoa (hain justu, niri dagokidana ez da interesgarria, horrek modu orokorragoan kontatu behar lukeena da interesgarria, oraineta-hemen gertatzen dena, hain zuzen). Narrazioaren lehen maila kaptazioordenarena da: egiten dudana filmatu eta horri ateratzen dizkiot argazkiak, nire inguruko jendeari, nire bizitzatik ateratako dokumentuei. Bigarren mailan, eszena batzuk idatziak izango dira, eta batzuetan kaptazio-tarteetan ikusiko ditugun aktoreek interpretatuko dituzte. Ideia honakoa da: ez jakitea zer den egia (errealitatea) eta zer gezurra (fikzioa). Gero irudi batzuk “sanpleatu” egingo ditugu, “ni esplotatu” orokorrago hori ilustratzeko. Hor beste artista batzuekin ere lan egin daiteke. Para el taller, comenzaré por presentar el estado de mi trabajo, luego discutiremos de cómo podemos considerar qué es lo que quiere decir contar esta (o una) historia, e imaginaremos una manera de proceder para continuar. Podremos escribir o improvisar escenas potenciales del proyecto, y quizás también rodar algunas. Como se trata de un proceso abierto, las ideas y/o reacciones también pueden ser o volverse una forma de contenido de la película. Lo que se haga dependerá de lo que se diga. Fabrikaziorako, lehenik nire lanaren egoera aurkeztuko dut; gero, istorio horrek (edo batek) zer esan kontatu nahi duen nola hausnar dezakegun eztabaidatuko dugu, eta gero jarraitzeko modu bat imajinatuko dugu. Zehazki proiektuko eszena potentzialak idatzi edo inprobisatu ahal izango ditugu, eta, agian, baita batzuk filmatu ere. Prozesua irekita dagoenez, ideiak eta/edo erreakzioak filmeko edukiaren zati bat izan edo bilaka daitezke. 51 Oficinas / Talleres / Tailerrak [POR] Oskar Gómez - Mata 3 -7 Julho / Julio / Uztaila Fundação Serralves Agency 10 -14 Julho / Julio / Uztaila Fundação Serralves Trabalhar renunciando a ideia de verdade e as formas como os segredos são usados na representação artística. Entre o que é falso e o que é real. Entre o que é e o que se representa. O que é frágil e o que se afirma. A articulação entre o falso e o autobiográfico define a forma do discurso artístico. Auto-retrato e auto-ficção: sermos outros enquanto somos continuamente nós mesmos. Inventar-se a si próprio. Agency constitui um arquivo avançado de exemplares de “quasi-coisas”. “Quasi coisas” são coisas que ultrapassam as classificações legais da natureza e da cultura. Estas coisas não são evolução (objecto) ou criação (sujeito), mas ambas ao mesmo tempo. Especificamente para Mugatxoan, Agency ampliará o seu arquivo de exemplares de “quasi coisas” com exemplos que se relacionam com a criação coreográfica. De um ponto de vista legal, uma oeuvre ou criação coreográfica é considerada como “uma representação óptica do conteúdo de um pensamento sobre a forma de mímicas e movimentos”. Agency trabalhará a partir de temas de jurisprudência, nos quais foi discutida a classificação de movimentos como sendo coreografia, para encontrar exemplos de “quasi coisas”. Os movimentos do elefante dentro do circo, por exemplo, não foram considerados como criação coreográfica por um tribunal local em Munique. Tal como acontece com outras agências, Agency em termos legais é uma persona fictícia. Foi fundada em 1992, pelo artista Kobe Matthys. Agency trabalha internacionalmente e tem sede em Bruxelas. 52 [ESP] [EUS] Trabajar declinando la idea de verdad y las formas de la utilización del secreto en la representación artística. Entre lo falso y lo verdadero. Entre lo que se es y lo que se representa. Lo que es frágil y lo que se afirma. La articulación entre lo falso y lo autobiográfico define la forma del discurso artístico. Auto-retrato y autoficción: Ser otro siendo continuamente el mismo. Inventarse a uno mismo. Emankizun artistikoan sekretua erabiltzeko moduei eta benetako ideiari uko eginez lan egitea. Gezurraren eta egiaren artean. Garenaren eta irudikatzen dugunaren artean. Ahula dena eta indartzen dena. Gezurra denaren eta autobiografikoa denaren arteko artikulazioak diskurtso artistikoaren forma zehazten du. Auto-erretratua eta auto-fikzioa: beti zu zeu izaten jarraituta ere, beste bat izatea. Zeure burua asmatzea. Agencia constituye un archivo en marcha de especímenes de “quasi cosas”. “Quasi cosas” son aquellas cosas que quedan fuera de las clasificaciones legales de naturaleza y cultura. Tales cosas no son ni evolución (objeto) ni creación (sujeto) sino ambas al mismo tiempo. Expresamente para Mugatxoan, Agencia ampliará su archivo de especímenes de “quasi cosas” con ejemplos relacionados con la creación coreográfica. Desde un punto de vista legal, una obra o creación coreográfica es considerada como “una representación óptica de un contenido de pensamiento realizada en forma de mímica y movimientos”. Agencia comenzará por materiales de jurisprudencia que trataron sobre la protección de movimientos como coreográficos para encontrar ejemplos de “quasi cosas”. Los movimientos del elefante dentro del circo, por ejemplo, no fueron considerados como una creación coreográfica por un juzgado de paz de Munich. Abian den artxibo bat da Agentzia, “quasi gauza” jendez osatua. Quasi gauzak dira legeak egindako natura eta kultura sailkapenetatik kanpo gelditzen diren gauza horiek. Beste modu batera esanda, gauza horiek ez dira ez naturaren bilakaera (objektua) ez kulturaren sorkaria (subjektua), biak aldi berean baizik. Berariaz Mugatxoan proiekturako, koreografia sorkuntzarekin zerikusia duten adibideez zabalduko du Agencyk “quasi gauza” jendez osatutako bere artxiboa. Legearen ikuspuntutik begiratuta, hona hemen zer jotzen den koreografia lan edo sorkaritzat: “pentsamenduzko eduki baten irudikapen optiko bat da, mimika eta mugimendu modura emana”. Agentzia, hasteko, jurisprudentziako materialak hartuko ditu, koreografiako mugimenduen babesa mintzagai izan zuten haiek, han “quasi gauzen” adibideak aurkitzeko. Zirko barruan elefanteak egindako mugimenduak, esate baterako, ez zituen koreografiako sorkaritzat jo Municheko bake epaitegi batek. Como otras agencias, Agencia es una persona jurídica ficticia, fundada en 1992 por el artista Kobe Matthys. Agencia trabaja internacionalmente y tiene su sede en Bruselas. Beste agentzia batzuk bezala, Agentzia ere irudizko pertsona juridiko bat da, 1992an Kobe Matthys artistak sortua. Agencyk nazioarte mailan lan egiten du, eta Bruselan du egoitza. 53 Un proyecto concebido y dirigido por: Blanca Calvo y Ion Munduate Arteleku Dirección / Zuzendaria: Santi Eraso Producción / Produkzioa: Amalur Gaztañaga, Natalia Barbería, Gabriel Corbella Técnico Gestión Económica / Ekonomi Kudeaketa Teknikaria: Lourdes Urrutia Auxiliar Administración / Administrari Laguntzaiea: Gemma Gil, Begoña Aizpeolea Responsable Centro de Documentación / Dokumentazio Guneko Zuzendaria: Miren Eraso Bibliotecarios - Documentalistas / Liburuzain - Dokumentalistak: Goretti Arrillaga, Mikel Alberdi Montaje - mantenimiento / Montaia - Mantenimendua: José Ramón Olasagasti, Luís Carrera Arteleku Kristobaldegi 14 E - 20014 Donostia - San Sebastián Tel. +0034 943 453 662 www.arteleku.net e-mail: [email protected] 54 Fundação de Serralves Directora Geral: Odete Patrício Director do Museu: João Fernandes Auditório de Serralves. Serviço de Artes Performativas Programação de Dança / Performance: Cristina Grande Organização: Cristina Grande, Pedro Rocha Produção: Francisco Malheiro com o apoio de Ana Conde Luz: Ricardo Santos Som: Nuno Aragão Cinema e Vídeo: Carla Pinto Fundação de Serralves Rua D. João de Castro 210 4150 - 417 Porto Tel. +00351 226156580 www.serralves.net 55 Design / Diseño / Disenua: Joaquín Gáñez Fotografias / Fotografías / Argazkiak: Nicolas Lieber, Américo Rodrigues, Mårten Spångberg, Elodie Pong, Loreto Martínez-Troncoso, Nelson Guerreiro, António Júlio, Alejandra Pombo Tradução /Traducción / Itzulpenak: Euskararen Normalkuntzarako Zuzendaritza Nagusia, Mariana Sousa Moreira Imprime / Imprimaketa: mccgraphics, Planta Danona 56 Parceria, Co-productores / Asociados, Coproductores / Elkarkideak, Elkarlanean: asociación cultural y artística Colaboração / Colaboración / Kolaborazioa: 2006 12 Junho / Junio / Ekaina 22 Julho / Julio / Uztaila www.mugatxoan.org e-mail: [email protected] Tel. 609 946 180 Arteleku Donostia - San Sebastián Fundação Serralves Porto