ELEigAO dos CORNOS

Transcrição

ELEigAO dos CORNOS
Autor:
H.
RÁMlN HA
?
ELEigAO dos CORNOS
ni
r<
-n
s
g
&
pl
ELEICAO D O S C O R N O S
^abemos que se votar
e de ver de cüfadao
mas durante urna política
sempre é grande a confusao
cada um que quer ganhar
acó que se ver chegar
o dia da eleicao
Os políticos na ganancia
cada um que fale maís
o rico se une ao pobre
prometendo cabedais .
a malher VOLI no marido
ebota-lhe um chifre comprido
escondida uos seus púis
Tem mulher na eleifao
c^c para manrer o vicio
acompanha a paciata
mesn o assim com sacrificio
com nada se atrapalha
e só pensa em botar galha
quando se acaba o comicio
-
2 —
Eu conheco urna cídade
que é um íufrar pacato
no tempo de eleícao
se ver grande desacato
raulhfr casada expressiva
bate palma e grita viva
namorando o candidato
No tempo da dercaos
todos pedem e ninguem tem
so se ver pelas pra cas
corno vai e corno vem
e se gritar pega os cornos
ali nao fica ninguem
Tem um que ver a mulher
sair para pacear
ele nao da importancia
porque ela vai ganhar
leva xifre o ano inteiro
mas junta muito dinheiro
para se candidatar
Tem mulher de candidato
que abraca os deitores
a mulher do eleitor
namora os vcreadores
tem uns que se candidatn
e a mulher na paciata
be ¡ja e abraca os doutores»
y
- 3 -
Conheci nm candidato
qae ioi eleko outro dia
cada voto Ihe custou
5 x:tr?6 de Luzia
sos aiulber Ihe dea fama
mas quase acabava as cam&S
éfL pea8io de D. Ua
Tem oiulher que fe pinU
vai ao comieio gritar
chega em casa com dinheira
SQ o murido per^untar
ela diz, «ira tilhiólio
foi a mulher do zezinbo
que me dea pra eu votar
Tem uns que se caniidata
para ser vareador
se elege e deixa a lanulia
meti-ao « o aro orador
jn^to a namcrada sea
«paolia no meio da rúa
e aínda quer ter Valor
Um corno foi ao comicio
com o xifre levantado
cug&nchou no fio di luz
dea ara seculto dañado
éesmaiou sem ouvir som
mas a mulher achou bom
pra sair com o namorado
- 4 —
Ontro eoganchoii os xífres
no fío do aütc-falante
caiu por cima de uro corno
pnssoa por ignorante
veio um acidado galhudo
arrastoo-o com xifre e tudo
o prendeu-Ihe so instante
Um sertantjo da ro?a
meteu-se a s*:r candidato
toda noite ia pra rúa
mentir e c- rnr boato
a niuihc-r c ui r^iiva dele
botoü-Ihe HE* xifre daqñéle
com um tal áe Zé Norato
Tem oñs qué palssam 3 meseí
fn lando de fronte erguida
nao tem tetrpo de comer
esquece a muiher querida
náo para em casa um segundo
e enqoanto está no mundo
outro assumc a dormida
Tem uns que se candidata
para o povo falar nele
e náo sabe apresentar
nem me^mo a pessoa dele
fnla besteira que canpa
e a raulber na yizínbauQa
pedido voto pra ele
—s Tem cara que €e ver
jnuma vid» de «puro
•duE «u \mi K<r Candidato
j>ra melhtr^r JE<U fu toro
eieito por cnais da conta
-cada voto ¿ «nía poma
que levou no j)e do mar©
Tem cHodid»ito tao como
pensando <jue eempre gaiih»
a mulher boía-lhe xifre
cozn colega de camjaaba
no final da comasáu
de perde a elei^-&o
e o furso gOía a ía^^nha
Tem eleitor que sai ce<U
para ca^ar pelo meto
e manda a mulher pedir
um vestido aO canuiiado
o candidato nao está
•mas urso é qu -m Ihe da
o vestido e o sapato
Tem una que dizem a mulher
'•MI na casa do prefeito
pede um sapato pra mira
a pobre sai sem ter jeito
chega i á pede e nao ganha
a pobre mulher se acanha
deste pedido ter feito
_ 6~
Cfiega e dir so» maridosáo ganbei fui fracasada o marido diz a ela
T o c é é eboí-boíhaea
ya pedir ¿o vereadór
pf Qa se^ a quei» for
nao me che-gue aq,ui &em nsds.
A mBlher Já saf com r*\Ts.
e rerpyahu do pesscwil
íá na rea ela eiK><Hitra
um cabo- eleitoraí*
eoara a hist6,"ía todrnha
ele Ib0 dfz^ pobreziohüf
que aperto iuferual
Qü8!ít<>8 roto« voüé temí
pra da a meu eandidato
áíz da tenho 3- vutu»
ge me ceres o sapato
me faz um crande favor
pn doo-te até mev amor
pra nos cuflir la no mato
E a mülher deste homsni
sobe por boca de alguem
qne eletft dando a os ontros
as CCÍSÍ-S que
ela
nao te ID
ela fica a ar^ipiada
e procura ser TÍnganda
botando um chií.e tambezo
- 7 ^ts-lhe uní xifre cciLprjáo
-coro o caadidato a pr*ríeito
•q«io<k) roulber d^le sabe
viz -deé^ra^aoa «eü «e -ajeho
^líre -coía slír^ «e pasa
agneota poata -de gcnsagA
para poder ser eleiio
E a tnulber do. Gousaga
qaando sabe se oaldiz
dizeu vou me viagar <Jís8«
deste marido infeJtz
i Doite vai a o co mieio
da un\ beijo em Alatahcio
estola o «oouro do n&niz
A muiber do Natáíicio
qaanuo sabe da beijosa
s é ' t e r é t á eom o ««r¿d9
e nao aceita fofoca
-acoaipauba a paciata
e a noiie vai para mata
-com o marido de noca
E toda noite tero dan^a
la na fsede do partido
e dan^a mulher eosioha
e homem casado inxirido
ceixa em c/isa a mulher so
tía arranja outro COÍÓ
e bota-lbe um xifre comprido
- 8—
E depo's* dx eleífáa
eterna festa da* vicória
canta todos cornos pobres:
e os- ricos corita ahisiórfx
dos xifres queles botarara
sonSocontam qu^Ievarara
porque IKe f oge a tnenaorii
Chora o corno que perdeti
nr o corno que ganhou
no carnavaí se mistura
todo corno que votott
riro corno indefeso
se foía em como vaí preso
que a deÍ9ao terminou
Aquí termino o fivnnho
que escrevi sem porcra
se voce 1er e gostar
porque é corno tambem
e nao gostar é maís como
do que os corno que ten»