Uso nas Escrituras Implicações Antigo Testamento Novo

Transcrição

Uso nas Escrituras Implicações Antigo Testamento Novo
Uso nas Escrituras
Desta palavra, shakan, deriva-se, na linguagem
teológica, o termo shekinah, que significa “a
presença de permanente de Deus”.
Essas variações verbais, aparecem 129 vezes no
Antigo Testamento, na maioria das vezes, como
shakan (111 vezes), piel (12 vezes) e hiphil (6
vezes). Em 43 vezes, Deus é o sujeito do verbo.
Por exemplo: “Ele habita no monte Sião” (Sl 74.2);
“Ele habitará em Jerusalém” (Zc 8.3); “O Senhor
escolheu [em Jerusalém] para ali fazer habitar seu
nome” (Dt 12.11).
Em diversos textos, há uma representação
simbólica da presença divina habitando no meio
do povo. A saber:
A glória divina habitará na terra
(Ex 24.16; Sl 85.9,10).
Muitas vezes, a expressão shekinah é representada
por uma nuvem (Nm 9.17,18; 22.10-12, Jo 3.5).
Embora a palavra yãshab também seja traduzida
para “morada”, em verdade, denota “realeza”,
“majestade”. Já a expressão shakan exprime
“vizinhança”, “proximidade”.
Implicações
Antigo Testamento
As implicações deste verbo nas Escrituras nos
fazem pensar que, embora os verbos kabõd
e shekinah sejam traduzidos para “glória”, na
Septuaginta (LXX: tradução famosa do hebraico
para o grego), seu entendimento é compreendido
mediante o texto.
Shekinah tem a ver com a glória de Deus presente,
revelada, vista, que enche e faz transbordar o
tabernáculo de Moisés, o tabernáculo de Davi
e o templo de Salomão. Também, pôde ser
contemplada no monte Sinai, no monte Carmelo,
no monte Horebe e no meio do povo. A shekinah
do Senhor era o kabõd revelado ao mundo; ou
seja, “a sua presença manifesta!”.
Novo Testamento
Quando lemos o texto de Ageu 2.9, onde está
escrito que “a glória da segunda casa seria maior
do que a da primeira”, podemos entender que, em
Jesus, tanto o kabõd quanto a shekinah, habitavam
nele (Rm 2.9), o que fica claro no episodio da
transfiguração (Mt 17) e ressurreição de Cristo.
O kabõd era manifestado pela shekinah em Jesus;
ou seja, a glória do Senhor era revelada em Jesus!
Na Igreja de Jesus
A implicação desta verdade para a Igreja, o Corpo
de Cristo, é poderosa, porque nos faz entender o
que o apóstolo Paulo quis dizer em Colossenses
1.27: “Aos quais Deus quis fazer conhecer quais
são as riquezas da glória deste mistério entre os
gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória”.
Cristo habitando em nós! O kabõd de Deus e sua
shekinah serão revelados ao mundo!
Conclusão
Até onde estudei e analisei, consultando o meu
material de pesquisas, cheguei às seguintes
conclusões:
Para entendermos a expressão shekinah, temos de
estudar a palavra “glória” nas Escrituras.
A glória divina descreve o esplendor e a majestade
de Deus (1Cr 29.11; Hc 3.3-5). É um poder tão
grande que homem algum pode contemplá-la (Êx
33.18-23). O máximo que se pode ver da presença
divina é a aparência da semelhança da glória (Ez
1.26-18).Quando essa glória se manifestava, de
forma visível, entre o povo de Deus, os rabinos a
chamavam de shekinah, palavra proveniente da
raiz hebraica shakan (“habitação”), empregada
para designar a manifestação visível da glória de
Deus! Embora a Expressão shekinah não esteja
na Bíblia, seu princípio é encontrado em todo o
texto bíblico.
Jesus é a shekinah de Deus (Hb 1.3).
O crente revela a shekinah divina por seu
testemunho! A Igreja de Jesus expressa esta
shekinah quando propaga o reino de Deus!
E essa é uma ordem imperativa de Cristo ao seu
povo: anunciar as boas-novas de salvação!
(*) Apóstolo e líder da Rede Apostólica da
Aliança e da Missão Evangélica Shekinah.
Revista Renovação de Fé
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