Tchau, dor de cabeça

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Tchau, dor de cabeça
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suplemento especial - 07 de janeiro de 2016
Tchau, dor de cabeça
Tratamento com acupuntura é indicado para cefaleias e enxaquecas
de origem energética e inflamatória. Eficácia está em seu efeito
analgésico e anti-inflamatório, tornando-se uma alternativa ao uso
excessivo de medicamentos com bons resultados página 6
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Protocolos clínicos
que salvam vidas
Eles permitem que alguns pacientes de alto risco
sejam tratados com prioridade, já que a demora nesse
atendimento pode levar a resultados catastróficos
P
arecia mais um dia de
trabalho na rotina do
soldador Adão Luiz
Corrêa, 62 anos, quando, em uma quinta-feira, ele começou a sentir fortes dores no peito e
formigamento no braço esquerdo.
Os sintomas o levaram a procurar
o pronto atendimento do Hospital
Unimed Chapecó. Ao chegar no
local, o diagnóstico: infarto.
“Eu estava me sentindo mal há
cerca de 12 horas. Quando cheguei na Unimed já estava com cor
diferente e a dor era ainda maior”,
relata Adão. A partir da entrada no
pronto atendimento, o soldador
passou por exames e foi submetido a um processo de cateterismo,
pois havia duas veias do coração
entupidas. “Todo o processo foi
muito rápido. Percebi que tive um
atendimento diferenciado devido
aos meus sintomas”, destaca, ao
lembrar que o processo de atendimento, desde a chegada ao hospital até a realização do cateterismo
no Centro Cirúrgico levou apenas
uma hora e meia para ser realizado.
O caso de Adão é um bom
exemplo para explicar o funcionamento dos protocolos clínicos
utilizados no Hospital Unimed
Chapecó. Os protocolos fazem
parte de uma política institucional,
que visa um atendimento seguro e
de qualidade a todos os pacientes
que procuram o Hospital Unimed.
“Os protocolos permitem que alguns pacientes de alto risco sejam
tratados com prioridade, uma vez
que a demora neste atendimento
pode levar a resultados catastróficos, seja no atendimento, na
realização de exames ou em procedimentos cirúrgicos”, explica
o médico cardiologista e coordenador do Núcleo de Segurança
Assistencial e Qualidade em Saúde
(NSA – NQS) do Hospital Unimed
Chapecó, Edson Stakonski.
De acordo com o médico, os
protocolos são os norteadores
para todas as ações envolvidas no
atendimento do paciente. Para a
implantação dos protocolos são
mapeados e identificados todos os
recursos necessários para aquele
atendimento. A partir disso, são
desenhados os fluxos e realizadas
as interações entres os processos
envolvidos, onde cada um entende
seu papel e a importância dele
para o melhor resultado.
Desta forma, não somente os
médicos e enfermeiras do pronto
atendimento se envolvem com o
paciente, mas sim, toda a equipe
de assistência como, laboratório,
serviços de imagem, UTI e outros.
Dr. Edson explica que, para cada
protocolo, existe um fluxo de
atendimento já mapeado e organizado, que é revisado e feito o
acompanhamento mensal de seus
indicadores de desempenho, para
que os ajustes necessários sejam
feitos. “Os protocolos foram implantados a partir da necessidade
de se trabalhar com práticas de
atendimento de excelência”, conclui Dr. Edson.
REDECOMSC
PRESIDENTE
Lenoires da Silva
diretor de Expansão
Ronaldo Roratto
diretora administrativa
Sonia Balbinot
produção
arquivo di saúde
TIPOS DE PROTOCOLO
Atualmente, o Hospital Unimed Chapecó já tem implantado e trabalha fortemente com três protocolos clínicos: dor torácica, AVC e Sepse. O grande benefício
deles é o menor tempo na tomada de decisão clínica e, com isso, a redução nas
taxas de mortalidade. Outro fator determinante, segundo Dr. Edson, é o tempo
que o paciente leva para chegar até o hospital a partir do momento em que
começa a sentir os sintomas. “Os pacientes devem procurar o hospital o mais rápido possível após sentirem os primeiros sintomas, pois o tempo é o diferencial
para o resultado”, alerta o médico.
COMO FUNCIONA?
- Protocolo de dor torácica: pacientes com dor no peito. Eletrocardiograma realizado e avaliado pelo médico em no máximo 10 min.
- Protocolo de AVC: pacientes com sintomas de Acidente Vascular Cerebral
devem vir ao hospital no menor tempo possível, pois há apenas 4h30 para o
processo de tratamento estar concluído.
- Protocolo de Sepse: identificação precoce da Sepse (infecção) e início imediato
do tratamento.
projeto gráfico
Tainá Bueno
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(49) 3361-4570
diagramação
revisão
Tainá Bueno e Jandir Marciniak
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Calor pede cuidado
redobrado para o corpo
se manter hidratado
Principal maneira de evitar a desidratação é
bebendo muito líquido e consumindo alimentos
ricos em água, como frutas e vegetais
C
om as altas temperaturas
e o ar abafado do verão,
é comum sentir mal-estar
causado pela perda de
líquidos e sais minerais do corpo. Essa
perda, chamada de desidratação, pode
afetar as pessoas de diversas maneiras.
"A desidratação, quando é moderada, começa com sintomas como boca
seca, sede e pele ressecada. A pessoa
passa a urinar um pouco menos e
pode ter dor de cabeça e tontura. Já
em casos de desidratação severa, o
indivíduo apresenta uma sede extrema,
fica sonolento, com os olhos fundos,
confuso, irritado, com a pressão baixa
e a frequência cardíaca alta. Também
pode ter febre, entrar em delírio e ficar
inconsciente", explica o chefe do Serviço de Controle de Infecções do Hospital
Celso Ramos, o médico Valter Araújo.
A principal maneira de evitar a
desidratação é bebendo muito líquido e consumindo alimentos ricos em
água, como frutas e vegetais. "O mais
importante é se deixar guiar pela sede.
Toda vez que a pessoa sentir sede ela
deve beber água", destaca Araújo. É
recomendado que se beba ao menos
três litros de água por dia, mas essa
quantidade varia de pessoa para pessoa. Também é importante se manter
em ambientes ventilados e frescos,
+
protegidos do sol e calor excessivos.
Trabalhadores que fazem muito
esforço físico ao ar livre ou em ambientes em que estão muito expostos
ao calor devem redobrar os cuidados
com a hidratação. A água deve estar
sempre à mão.
Em caso de desidratação, o ideal é
procurar um médico. Se não for possível, alguns cuidados e mudanças na
alimentação podem contribuir com a
recuperação. "Como na maioria dos
casos a desidratação é discreta, o
mais importante é repor os líquidos
perdidos. Isso depende da idade da
pessoa, da severidade da desidratação
e da causa.
No caso das crianças, existem
as soluções hidratantes, que são
distribuídas pela saúde pública. Se
a criança ainda se alimenta do leite
materno, ela deve continuar sendo
amamentada. Adultos, principalmente se estiverem com diarreia,
devem evitar alimentos e bebidas
que podem piorar o quadro, como
refrigerantes, café, leite e derivados,
frituras e bebidas alcoólicas. Também
é importante manter uma dieta leve, à
base de arroz, caldos de carne, maçã,
banana e torradas, bebendo sempre
muita água, chá, suco ou água de
coco", explica Araújo.
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foto: copo dágua
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saiba como evitar a
intoxicação alimentar
A
boa qualidade dos alimentos levados à mesa é uma das condições essenciais para prevenir a intoxicação
alimentar, principalmente durante a
estação mais quente do ano, o verão. A ingestão
de alimentos mal cozidos ou que tenham tido
manuseio ou conservação impróprios provoca
a maioria dos casos.
De acordo com Vanessa Vieira da Silva, responsável pela Gerência de Doenças Imunopreveníveis da Dive/SC, o principal cuidado que se
deve tomar é não consumir alimentos de procedência duvidosa e manter os alimentos sempre
bem refrigerados. "Quando vamos para a praia
precisamos estar atentos, principalmente, para
sacolés, raspadinhas e sucos, pois é difícil saber
se a água utilizada era de boa procedência, por
exemplo", alerta.
Os sintomas da intoxicação alimentar, em
geral, são náuseas, fraqueza, dor abdominal e palidez. O maior risco é a desidratação decorrente
de uma possível diarreia ou vômito. Por isso, é
importante ingerir líquidos, especialmente água.
Em algumas situações, é necessária a reposição
hídrica por meio de soro e, por isso, é muito
importante procurar um médico.
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Entre os cuidados, verificar a procedência dos
alimentos e mantê-los sempre bem refrigerados
Como evitar
1 - Não consuma alimentos que estejam fora do prazo de validade estabelecido pelo fabricante, mesmo que sua
aparência seja normal;
2 - Mesmo dentro do prazo de validade, não consuma alimentos que
pareçam deteriorados, com aroma, cor
ou sabor alterados;
3 - Não consuma alimentos em conserva cujas embalagens estejam estufadas ou amassadas;
4 - Não misture alimentos de origens
diferentes, como carnes e verduras,
em cima da pia, por exemplo;
5 - Lave bem as mãos antes das refeições ou ao lidar com alimentos;
6 - Embale adequadamente os alimentos antes de colocá-los na geladeira;
7 - Lave os utensílios de cozinha, especialmente depois de ter lidado com
alimentos crus;
8 - Evite comer carne crua e mal passada, qualquer que seja sua procedência;
9 - Só tome leite fervido ou pasteurizado;
10 - Mergulhe verduras e hortaliças
que serão ingeridas cruas numa solução de água com hipoclorito de sódio
ou preparada com uma colher de água
sanitária para cada litro de água.
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desintoxique o organismo
após as festas de fim de ano
Nutricionista dá dicas e cita alimentos que podem
ajudar nesse processo após os excessos dessa época
DI saúde/arquivo
*Cibele Regina Laureano Gonsalves
D
urante o período de festas de fim de ano é
comum as pessoas exagerarem na alimentação, afinal é difícil dizer não aos vários
convites para as confraternizações de
amigos-secretos, festas da empresa, reuniões familiares,
enfim, fica difícil resistir ao peru, arroz com castanhas, taças
de espumante e por aí vai. A preocupação com a dieta e
os efeitos do exagero logo aparecem. A mesa da ceia bem
servida e com fartura esconde vilões como sal, gordura,
com destaque para a gordura saturada e o açúcar. No dia
seguinte é comum acordar com sinais de inchaço, cansaço,
dores de cabeça, desconforto abdominal e gases.
Esses efeitos se devem ao acúmulo de toxinas no corpo.
A alimentação adequada no período pós-festas é fundamental para auxiliar o organismo a eliminar essas toxinas
e garantir o restabelecimento do bom funcionamento das
funções orgânicas e evitar o tão temido ganho de peso
deste período de festas.
Além de uma alimentação balanceada, rica em nutrientes e uma boa hidratação, algumas atitudes potencializam
a eliminação dessas toxinas. Pela manhã, tome uma xícara
de chá de água morna com limão espremido dentro e uma
raspinha de gengibre. Mantenha sua alimentação diária
saudável, comendo em intervalos regulares de três em três
horas e não fique em jejum.
Aumente o consumo de verduras e legumes que aumentam a detoxificação: brócolis, couve-flor, couve, repolho,
agrião, rúcula, alface, chicória, brotos e folhas de mostarda, pois estimulam enzimas no fígado responsáveis pela
eliminação de toxinas de maneira mais rápida. As verduras
amargas, como o agrião e a rúcula, ativam o funcionamento
do fígado e da vesícula biliar e auxiliam na eliminação de
toxinas, além de ajudar no processo de digestão.
Aumente a hidratação, consuma pelo menos 10 copos
de água por dia nos intervalos das refeições, e consuma
alimentos ricos em potássio, como: banana, mamão, ameixa,
melão, frutas secas. O consumo frequente desses alimentos
aliado ao aumento da hidratação auxilia na diminuição de
retenção de líquido (inchaço).
Confira alguns alimentos que não
são recomendados nesse período
• Evite o café neste período de detoxificação. A cafeína prejudica o processo de eliminação das toxinas. E pode diminuir o sono.
• Prefira consumir carnes magras como peixes e frango sem pele, dando preferência às formas de
preparo grelhada, assada, cozida.
• Corte refrigerante e as bebidas alcoólicas. Essas bebidas contêm corantes e outras substâncias artificiais que prejudicam o processo de limpeza do seu organismo, mesmo as diet, light, zero.
• Enriqueça a alimentação com alimentos termogênicos, que auxiliam na aceleração do metabolismo,
como: gengibre, canela, chá verde, pimenta vermelha.
Essas atitudes são fáceis de seguir e auxiliam você a manter o corpo mais equilibrado, garantindo mais
pique para as atividades do dia-a-dia e maior qualidade de vida. Vale lembrar que o que realmente nos
engorda é o período entre o Ano Novo até o próximo Natal, e não apenas nessa semana de festa, afinal
não se pode culpar uma semana pelo que se faz ao longo de um ano. O profissional nutricionista é o
mais indicado para te acompanhar e orientar para que você tenha mudanças de hábito alimentar de
forma saudável. Sempre siga orientações nutricionais de um profissional nutricionista.
*Cibele Regina Laureano Gonsalves é nutricionista e diretora do Departamento de Nutrição – SOCESP.
6
Acupuntura é opção de
tratamento para dores
de cabeça e enxaquecas
Terapia oriental pode ajudar pacientes com dores crônicas
P
oucas pessoas podem dizer que
nunca sofreram com uma dor de
cabeça. Algumas cefaleias, inclusive, chegam nas horas mais
inapropriadas. Porém, para alguns essas dores
podem comprometer o dia a dia, condicionando-os constantemente a tomar medicações e se
ausentar da rotina. Nestes casos, a acupuntura
pode ser a resposta para obter melhor qualidade
de vida.
O tratamento com acupuntura é indicado para cefaleias e enxaquecas oriundas de
origem energética (alteração nos meridianos
de acupuntura) e inflamatória. A eficácia do
método está em seu efeito analgésico e anti-inflamatório, tornando-se uma alternativa ao
uso excessivo de medicamentos com bons
resultados.
Segundo a médica acupunturista e diretora
do Center AO, Dra. Márcia Lika Yamamura, um
cuidado a ser tomado é não colocar todos os
tipos de cefaleias na mesma categoria. “Existem
inúmeras causas para a dor de cabeça, desde
estados emocionais, cansaço, fadiga, sono,
estresse, tensão, fome, até ser sintoma que
acompanha outras doenças como hipertensão,
diabetes ou tumores. Quando é consequente
a uma doença de base, esta deve ser tratada
primariamente” explica.
Com o diagnóstico em mãos, segue-se o tratamento. Em casos comuns ou dores crônicas, as
sessões são realizadas semanalmente, em condições agudas ou severas, as sessões podem ser
feitas até três vezes por semana e normalmente
duram entre 30 e 50 minutos. Segundo a Dra.
Márcia, com um mês de tratamento o paciente
sente melhora em seu dia a dia e com seis meses os resultados podem ser sentidos de forma
permanente. “Todos os tipos de dores de cabeça
não podem e não devem ser encaixados em
um mesmo diagnóstico. A acupuntura tem um
bom resultado na enxaqueca, por exemplo. No
entanto, devem-se realizar outros diagnósticos
diferenciais para descartar doenças graves que
cursam com enxaqueca”, explica.
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Saiba como a acupuntura atua nos tipos de dores de cabeça
Indicada para diversos tipos de dores de
cabeça, confira abaixo como a acupuntura
pode atuar e melhorar as dores de cabeça
mais comuns:
Enxaqueca
Com crises que podem durar de 4 a 72 horas
com característica pulsátil e dor moderada, a
enxaqueca pode ser tratada pela acupuntura
e trazer bons resultados. Neste caso, a sessão
de acupuntura dura de 30 a 50 minutos, em
geral é feita uma vez por semana. Casos mais
urgentes podem ter retorno de duas a três
vezes na semana na fase mais aguda.
Tensional
Contração muscular ou mesmo tensões
emocionais podem desencadear a cefaleia e
provocar dores leves ou moderadas devido à
compressão de artérias, o que pode gerar um
processo doloroso para o paciente. A acupuntura pode ajudá-lo a melhorar o quadro das
dores e sua qualidade de vida, além de ser uma
aliada para o tratamento junto com mudança
de hábitos.
Estresse
Raiva, preocupação, alterações de humor,
ansiedade, medo, irritabilidade entre outras
causas podem desencadear a dor de cabeça
por estresse. Para combater e aliviar dores, a
acupuntura pode ser uma grande aliada para
tratamentos de cefaleias que podem ter causas
emocionais. Na Medicina Chinesa, as emoções
podem ser associadas à desarmonia e, neste
caso, a acupuntura é uma das alternativas para
regular as funções energéticas do corpo, além
de ajudar o paciente a relaxar.
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Mitos e verdades sobre
a ALERGIA RESPIRATÓRIA
Gerente Médica do Aché Laboratórios dá dicas
impor tantes para reduzir os episódios da doença
E
m época de tempo seco,
as crianças são as que
mais padecem com o
excesso de poluição e
baixa umidade do ar. Narinas congestionadas e com secreção, além
de tosse seca e constante, são os
maiores incômodos sofridos pelos
pequenos.
“Alguns podem apresentar a
rinite alérgica, uma inflamação da
mucosa do nariz que tem como
sintomas coceira, espirros, nariz
entupido e coriza. A rinite alérgica
é menos comum nos primeiros dois
anos de vida e começa a tornar-se
mais prevalente em crianças na idade pré-escolar e escolar”, explica a
gerente médica da unidade MIP (Medicamento Isento de Prescrição) do
Aché Laboratórios Farmacêuticos,
Dra. Talita Poli Biason.
A rinite alérgica pode trazer
algumas consequências para as
crianças. Os problemas vão desde
alteração da qualidade de vida até
a predisposição a quadros de infecções como otite (infecção de ouvido) e sinusite. A Dra. Talita esclarece
agora alguns mitos e verdades sobre
alergia respiratória infantil. Confira:
1) Lavagens nasais podem
ser realizadas regularmente.
Verdade. A lavagem nasal auxilia
na remoção de antígenos (partículas
ou moléculas) que, ao entrarem em
contato com a mucosa nasal, colaboram para o desencadeamento de
crises alérgicas. Além disso, auxilia
na retirada do excesso de muco.
Para as lavagens, faça o uso de uma
solução nasal de cloreto de sódio
0,9%, pois fluidifica a secreção
nasal sem agredir o nariz. O ideal é
fazer a higienização de duas a três
vezes ao dia.
2) As alergias respiratórias
arquivo Di Saúde
só ocorrem em dias mais frios.
Mito. As crises de alergias respiratórias ocorrem em qualquer época
do ano. Porém, nas estações mais
frias (outono e inverno) o aumento
dos sintomas acontece devido ao
ar seco e temperatura mais baixa.
Nessa época do ano, também há
aumento da exposição aos ácaros
e fungos como a que ocorre pelo
maior contato com as roupas de
frio e cobertores que são retirados
do armário.
3) Produtos com cheiros
fortes devem ser evitados.
Verdade. Os perfumes, mesmo os
de fixação mais leve como águas de
colônia, precisam ser evitados pelos
alérgicos, inclusive, por parentes
próximos. Os produtos de limpeza,
também devem ser utilizados longe
da presença da criança para evitar
as crises alérgicas.
4) Rinite Alérgica tem cura.
Mito. A rinite alérgica não tem
cura definitiva. Porém, é possível
mantê-la sob o controle através do
emprego de um tratamento adequado e, claro, evitando o contato
com agentes alergênicos, como, por
exemplo, poeira doméstica.
5) Alérgicos podem
praticar esportes.
Verdade. As crianças alérgicas
podem e devem praticar esportes.
No entanto, recomenda-se conversar com o médico na hora de
escolher o melhor esporte para cada
uma. Além disso, é preciso seguir
alguns cuidados: nos dias muito
quentes e de baixa umidade do ar
os exercícios devem ser evitados;
crianças devem ter atenção redobrada na hidratação durante a prática
de esportes e vestir roupas leves e
confortáveis.
Saiba mais
A previsão da Organização Mundial da Alergia (WAO, do nome em inglês) é que o
número de asmáticos chegue a 400 milhões em todo o mundo, em 2025. De acordo
com a WAO, entre 30% e 40% da população mundial têm rinite alérgica. A incidência está aumentando em função do crescimento da poluição.
A doença, que atinge 67% de pessoas na América Latina, tornou-se uma preocupação global e um problema de saúde pública. Segundo a WAO, o custo mundial da
rinite alérgica é US$ 20 bilhões. A rinite não causa risco para a vida do paciente, mas
diminui muito a qualidade de vida, fazendo com que as pessoas passem a dormir
mal, faltem ao trabalho, tenham obstrução nasal com espirro e coriza, podendo levar
à sinusite e a complicações. O principal fator desencadeante das alergias no Brasil é
a poeira, que contém ácaros, seguida dos fungos e da poluição atmosférica.
8
Atenção ao zumbido nos ouvidos
O
Zumbido pode
e deve ser
investigado,
pois pode ser
causado por
várias doenças,
inclusive
tumorais
MB Comunicação
Dr. Marcos José Karpinski, médico
otorrinolaringologista
zumbido, ou barulho
nos ouvidos, é uma
sensação auditiva
desconfortável e representa uma das queixas otorrinolaringológicas mais comuns na
atualidade, interferindo de maneira
variável na qualidade de vida das
pessoas acometidas. Em torno de
10% da população adulta apresenta queixa de zumbido, aumentando
com o passar dos anos e chegando
a 30% da população idosa.
Em cerca de 80% dos casos o
zumbido é leve e intermitente, não
trazendo maiores consequências à
vida da pessoa. Entretanto, quando
se manifesta de maneira importante, pode prejudicar a sua qualidade
de vida, afetando seu sono, sua
concentração, seu equilíbrio emocional e até sua atividade social,
incapacitando-o de realizar suas
atividades normais.
Frequentemente um paciente
ouve de seu médico que “não há
nada que possa ser feito” ou “precisa aprender a conviver com o zumbido”. Isso ocorre provavelmente
porque o zumbido é uma percepção
auditiva fantasma, na grande maioria dos casos percebido apenas
pelo paciente, impossível de ser
mensurada objetivamente. Mas o
zumbido pode e deve ser investigado, pois pode ser causado por
várias doenças, inclusive tumorais,
e o tratamento para atenuação
ou supressão dos sintomas tem
sido realizado cada vez com mais
sucesso.
Na maioria dos casos, o zumbido
está associado à perda auditiva
secundária à exposição ao ruído
intenso, envelhecimento ou uso
de substâncias ototóxicas, mas
também pode ser causado por alterações odontológicas, neurológicas,
metabólicas, cardiovasculares e
psicológicas. Sempre que o zumbido for unilateral, associado ou não
à perda auditiva assimétrica, devem
ser solicitados exames complementares para avaliar a possibilidade
da existência de lesões expansivas
retro-cocleares como o neurinoma
do nervo acústico ou outros tumores do ângulo pontocerebelar. Os
exames mais importantes nesse
caso são a Ressonância Nuclear
Magnética de crânio e a audiometria de tronco cerebral (BERA).
Embora ainda não exista cura
para os casos mais graves de zumbidos, algumas medidas podem e
devem ser tomadas no sentido de
promover a sua diminuição, e o tratamento da doença que o provoca,
quando possível, é imprescindível.
Outras medidas também são importantes, como tranqüilizar o paciente, evitar ambientes ruidosos,
não abusar de cafeína, chocolate,
chá preto, chimarrão, refrigerantes
tipo cola, álcool e fumo. Também
deve-se evitar medicamentos que
contém ácido acetilsalicílico e outras substâncias ototóxicas.
É importante a atuação nos fatores potencialmente contribuintes
para o incômodo gerado pelo zumbido, como bruxismo, alterações da
articulação têmporo-mandibular e
doenças como depressão e ansiedade. O tratamento medicamentoso também pode ser instituído, com
respostas variáveis para cada caso.
As substâncias mais comumente
usadas são a flunarizina, pentoxifilina, betaistina, ginkgobiloba, benzodiazepínicos e antidepressivos.
Outras duas alternativas em uso
atualmente para a diminuição ou
eliminação do zumbido são o enriquecimento sonoro e TRT e o uso de
aparelhos de amplificação sonora.
A TRT (TinnitusRetrainingTherapy)
é uma modalidade terapêutica que
utiliza um som neutro de menor intensidade que o zumbido, de modo
que os dois possam ser percebidos
pelo paciente. O tratamento necessita de profissional capacitado, de
boa adesão do paciente e de tempo
para o aparecimento dos resultados
(de 6 a 18 meses). A melhora dos
zumbidos ocorre em 80 % dos casos, sendo que pode haver abolição
completa em alguns deles.
Também se preconiza o uso de
aparelhos de amplificação sonora
individual (as próteses auditivas)
para o controle do zumbido nos
pacientes que apresentam algum
grau de perda auditiva, em muitos
casos com melhora significativa dos
sintomas.