Tchau, dor de cabeça
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Tchau, dor de cabeça
banco de imagens suplemento especial - 07 de janeiro de 2016 Tchau, dor de cabeça Tratamento com acupuntura é indicado para cefaleias e enxaquecas de origem energética e inflamatória. Eficácia está em seu efeito analgésico e anti-inflamatório, tornando-se uma alternativa ao uso excessivo de medicamentos com bons resultados página 6 2 Protocolos clínicos que salvam vidas Eles permitem que alguns pacientes de alto risco sejam tratados com prioridade, já que a demora nesse atendimento pode levar a resultados catastróficos P arecia mais um dia de trabalho na rotina do soldador Adão Luiz Corrêa, 62 anos, quando, em uma quinta-feira, ele começou a sentir fortes dores no peito e formigamento no braço esquerdo. Os sintomas o levaram a procurar o pronto atendimento do Hospital Unimed Chapecó. Ao chegar no local, o diagnóstico: infarto. “Eu estava me sentindo mal há cerca de 12 horas. Quando cheguei na Unimed já estava com cor diferente e a dor era ainda maior”, relata Adão. A partir da entrada no pronto atendimento, o soldador passou por exames e foi submetido a um processo de cateterismo, pois havia duas veias do coração entupidas. “Todo o processo foi muito rápido. Percebi que tive um atendimento diferenciado devido aos meus sintomas”, destaca, ao lembrar que o processo de atendimento, desde a chegada ao hospital até a realização do cateterismo no Centro Cirúrgico levou apenas uma hora e meia para ser realizado. O caso de Adão é um bom exemplo para explicar o funcionamento dos protocolos clínicos utilizados no Hospital Unimed Chapecó. Os protocolos fazem parte de uma política institucional, que visa um atendimento seguro e de qualidade a todos os pacientes que procuram o Hospital Unimed. “Os protocolos permitem que alguns pacientes de alto risco sejam tratados com prioridade, uma vez que a demora neste atendimento pode levar a resultados catastróficos, seja no atendimento, na realização de exames ou em procedimentos cirúrgicos”, explica o médico cardiologista e coordenador do Núcleo de Segurança Assistencial e Qualidade em Saúde (NSA – NQS) do Hospital Unimed Chapecó, Edson Stakonski. De acordo com o médico, os protocolos são os norteadores para todas as ações envolvidas no atendimento do paciente. Para a implantação dos protocolos são mapeados e identificados todos os recursos necessários para aquele atendimento. A partir disso, são desenhados os fluxos e realizadas as interações entres os processos envolvidos, onde cada um entende seu papel e a importância dele para o melhor resultado. Desta forma, não somente os médicos e enfermeiras do pronto atendimento se envolvem com o paciente, mas sim, toda a equipe de assistência como, laboratório, serviços de imagem, UTI e outros. Dr. Edson explica que, para cada protocolo, existe um fluxo de atendimento já mapeado e organizado, que é revisado e feito o acompanhamento mensal de seus indicadores de desempenho, para que os ajustes necessários sejam feitos. “Os protocolos foram implantados a partir da necessidade de se trabalhar com práticas de atendimento de excelência”, conclui Dr. Edson. REDECOMSC PRESIDENTE Lenoires da Silva diretor de Expansão Ronaldo Roratto diretora administrativa Sonia Balbinot produção arquivo di saúde TIPOS DE PROTOCOLO Atualmente, o Hospital Unimed Chapecó já tem implantado e trabalha fortemente com três protocolos clínicos: dor torácica, AVC e Sepse. O grande benefício deles é o menor tempo na tomada de decisão clínica e, com isso, a redução nas taxas de mortalidade. Outro fator determinante, segundo Dr. Edson, é o tempo que o paciente leva para chegar até o hospital a partir do momento em que começa a sentir os sintomas. “Os pacientes devem procurar o hospital o mais rápido possível após sentirem os primeiros sintomas, pois o tempo é o diferencial para o resultado”, alerta o médico. COMO FUNCIONA? - Protocolo de dor torácica: pacientes com dor no peito. Eletrocardiograma realizado e avaliado pelo médico em no máximo 10 min. - Protocolo de AVC: pacientes com sintomas de Acidente Vascular Cerebral devem vir ao hospital no menor tempo possível, pois há apenas 4h30 para o processo de tratamento estar concluído. - Protocolo de Sepse: identificação precoce da Sepse (infecção) e início imediato do tratamento. projeto gráfico Tainá Bueno [email protected] (49) 3361-4570 diagramação revisão Tainá Bueno e Jandir Marciniak [email protected] Diulia Soares Avenida Porto Alegre, 455 E Centro - Chapecó/SC CEP: 89802130 Telefone: (49) 3361- 4570 www.redecomsc.com.br Anúncios Departamento Comercial [email protected] (49) 3361-4570 3 Calor pede cuidado redobrado para o corpo se manter hidratado Principal maneira de evitar a desidratação é bebendo muito líquido e consumindo alimentos ricos em água, como frutas e vegetais C om as altas temperaturas e o ar abafado do verão, é comum sentir mal-estar causado pela perda de líquidos e sais minerais do corpo. Essa perda, chamada de desidratação, pode afetar as pessoas de diversas maneiras. "A desidratação, quando é moderada, começa com sintomas como boca seca, sede e pele ressecada. A pessoa passa a urinar um pouco menos e pode ter dor de cabeça e tontura. Já em casos de desidratação severa, o indivíduo apresenta uma sede extrema, fica sonolento, com os olhos fundos, confuso, irritado, com a pressão baixa e a frequência cardíaca alta. Também pode ter febre, entrar em delírio e ficar inconsciente", explica o chefe do Serviço de Controle de Infecções do Hospital Celso Ramos, o médico Valter Araújo. A principal maneira de evitar a desidratação é bebendo muito líquido e consumindo alimentos ricos em água, como frutas e vegetais. "O mais importante é se deixar guiar pela sede. Toda vez que a pessoa sentir sede ela deve beber água", destaca Araújo. É recomendado que se beba ao menos três litros de água por dia, mas essa quantidade varia de pessoa para pessoa. Também é importante se manter em ambientes ventilados e frescos, + protegidos do sol e calor excessivos. Trabalhadores que fazem muito esforço físico ao ar livre ou em ambientes em que estão muito expostos ao calor devem redobrar os cuidados com a hidratação. A água deve estar sempre à mão. Em caso de desidratação, o ideal é procurar um médico. Se não for possível, alguns cuidados e mudanças na alimentação podem contribuir com a recuperação. "Como na maioria dos casos a desidratação é discreta, o mais importante é repor os líquidos perdidos. Isso depende da idade da pessoa, da severidade da desidratação e da causa. No caso das crianças, existem as soluções hidratantes, que são distribuídas pela saúde pública. Se a criança ainda se alimenta do leite materno, ela deve continuar sendo amamentada. Adultos, principalmente se estiverem com diarreia, devem evitar alimentos e bebidas que podem piorar o quadro, como refrigerantes, café, leite e derivados, frituras e bebidas alcoólicas. Também é importante manter uma dieta leve, à base de arroz, caldos de carne, maçã, banana e torradas, bebendo sempre muita água, chá, suco ou água de coco", explica Araújo. Trabalhamos para seu bem estar! + Medicina Ocupacional + PPRA + PCMSO + LTCAT + CIPA (49) 3323.2115 Rua Uruguai, 51-E | Chapecó | SC foto: copo dágua mages arquivo de fotos 2016 freei- 4 saiba como evitar a intoxicação alimentar A boa qualidade dos alimentos levados à mesa é uma das condições essenciais para prevenir a intoxicação alimentar, principalmente durante a estação mais quente do ano, o verão. A ingestão de alimentos mal cozidos ou que tenham tido manuseio ou conservação impróprios provoca a maioria dos casos. De acordo com Vanessa Vieira da Silva, responsável pela Gerência de Doenças Imunopreveníveis da Dive/SC, o principal cuidado que se deve tomar é não consumir alimentos de procedência duvidosa e manter os alimentos sempre bem refrigerados. "Quando vamos para a praia precisamos estar atentos, principalmente, para sacolés, raspadinhas e sucos, pois é difícil saber se a água utilizada era de boa procedência, por exemplo", alerta. Os sintomas da intoxicação alimentar, em geral, são náuseas, fraqueza, dor abdominal e palidez. O maior risco é a desidratação decorrente de uma possível diarreia ou vômito. Por isso, é importante ingerir líquidos, especialmente água. Em algumas situações, é necessária a reposição hídrica por meio de soro e, por isso, é muito importante procurar um médico. freeimages Entre os cuidados, verificar a procedência dos alimentos e mantê-los sempre bem refrigerados Como evitar 1 - Não consuma alimentos que estejam fora do prazo de validade estabelecido pelo fabricante, mesmo que sua aparência seja normal; 2 - Mesmo dentro do prazo de validade, não consuma alimentos que pareçam deteriorados, com aroma, cor ou sabor alterados; 3 - Não consuma alimentos em conserva cujas embalagens estejam estufadas ou amassadas; 4 - Não misture alimentos de origens diferentes, como carnes e verduras, em cima da pia, por exemplo; 5 - Lave bem as mãos antes das refeições ou ao lidar com alimentos; 6 - Embale adequadamente os alimentos antes de colocá-los na geladeira; 7 - Lave os utensílios de cozinha, especialmente depois de ter lidado com alimentos crus; 8 - Evite comer carne crua e mal passada, qualquer que seja sua procedência; 9 - Só tome leite fervido ou pasteurizado; 10 - Mergulhe verduras e hortaliças que serão ingeridas cruas numa solução de água com hipoclorito de sódio ou preparada com uma colher de água sanitária para cada litro de água. 5 desintoxique o organismo após as festas de fim de ano Nutricionista dá dicas e cita alimentos que podem ajudar nesse processo após os excessos dessa época DI saúde/arquivo *Cibele Regina Laureano Gonsalves D urante o período de festas de fim de ano é comum as pessoas exagerarem na alimentação, afinal é difícil dizer não aos vários convites para as confraternizações de amigos-secretos, festas da empresa, reuniões familiares, enfim, fica difícil resistir ao peru, arroz com castanhas, taças de espumante e por aí vai. A preocupação com a dieta e os efeitos do exagero logo aparecem. A mesa da ceia bem servida e com fartura esconde vilões como sal, gordura, com destaque para a gordura saturada e o açúcar. No dia seguinte é comum acordar com sinais de inchaço, cansaço, dores de cabeça, desconforto abdominal e gases. Esses efeitos se devem ao acúmulo de toxinas no corpo. A alimentação adequada no período pós-festas é fundamental para auxiliar o organismo a eliminar essas toxinas e garantir o restabelecimento do bom funcionamento das funções orgânicas e evitar o tão temido ganho de peso deste período de festas. Além de uma alimentação balanceada, rica em nutrientes e uma boa hidratação, algumas atitudes potencializam a eliminação dessas toxinas. Pela manhã, tome uma xícara de chá de água morna com limão espremido dentro e uma raspinha de gengibre. Mantenha sua alimentação diária saudável, comendo em intervalos regulares de três em três horas e não fique em jejum. Aumente o consumo de verduras e legumes que aumentam a detoxificação: brócolis, couve-flor, couve, repolho, agrião, rúcula, alface, chicória, brotos e folhas de mostarda, pois estimulam enzimas no fígado responsáveis pela eliminação de toxinas de maneira mais rápida. As verduras amargas, como o agrião e a rúcula, ativam o funcionamento do fígado e da vesícula biliar e auxiliam na eliminação de toxinas, além de ajudar no processo de digestão. Aumente a hidratação, consuma pelo menos 10 copos de água por dia nos intervalos das refeições, e consuma alimentos ricos em potássio, como: banana, mamão, ameixa, melão, frutas secas. O consumo frequente desses alimentos aliado ao aumento da hidratação auxilia na diminuição de retenção de líquido (inchaço). Confira alguns alimentos que não são recomendados nesse período • Evite o café neste período de detoxificação. A cafeína prejudica o processo de eliminação das toxinas. E pode diminuir o sono. • Prefira consumir carnes magras como peixes e frango sem pele, dando preferência às formas de preparo grelhada, assada, cozida. • Corte refrigerante e as bebidas alcoólicas. Essas bebidas contêm corantes e outras substâncias artificiais que prejudicam o processo de limpeza do seu organismo, mesmo as diet, light, zero. • Enriqueça a alimentação com alimentos termogênicos, que auxiliam na aceleração do metabolismo, como: gengibre, canela, chá verde, pimenta vermelha. Essas atitudes são fáceis de seguir e auxiliam você a manter o corpo mais equilibrado, garantindo mais pique para as atividades do dia-a-dia e maior qualidade de vida. Vale lembrar que o que realmente nos engorda é o período entre o Ano Novo até o próximo Natal, e não apenas nessa semana de festa, afinal não se pode culpar uma semana pelo que se faz ao longo de um ano. O profissional nutricionista é o mais indicado para te acompanhar e orientar para que você tenha mudanças de hábito alimentar de forma saudável. Sempre siga orientações nutricionais de um profissional nutricionista. *Cibele Regina Laureano Gonsalves é nutricionista e diretora do Departamento de Nutrição – SOCESP. 6 Acupuntura é opção de tratamento para dores de cabeça e enxaquecas Terapia oriental pode ajudar pacientes com dores crônicas P oucas pessoas podem dizer que nunca sofreram com uma dor de cabeça. Algumas cefaleias, inclusive, chegam nas horas mais inapropriadas. Porém, para alguns essas dores podem comprometer o dia a dia, condicionando-os constantemente a tomar medicações e se ausentar da rotina. Nestes casos, a acupuntura pode ser a resposta para obter melhor qualidade de vida. O tratamento com acupuntura é indicado para cefaleias e enxaquecas oriundas de origem energética (alteração nos meridianos de acupuntura) e inflamatória. A eficácia do método está em seu efeito analgésico e anti-inflamatório, tornando-se uma alternativa ao uso excessivo de medicamentos com bons resultados. Segundo a médica acupunturista e diretora do Center AO, Dra. Márcia Lika Yamamura, um cuidado a ser tomado é não colocar todos os tipos de cefaleias na mesma categoria. “Existem inúmeras causas para a dor de cabeça, desde estados emocionais, cansaço, fadiga, sono, estresse, tensão, fome, até ser sintoma que acompanha outras doenças como hipertensão, diabetes ou tumores. Quando é consequente a uma doença de base, esta deve ser tratada primariamente” explica. Com o diagnóstico em mãos, segue-se o tratamento. Em casos comuns ou dores crônicas, as sessões são realizadas semanalmente, em condições agudas ou severas, as sessões podem ser feitas até três vezes por semana e normalmente duram entre 30 e 50 minutos. Segundo a Dra. Márcia, com um mês de tratamento o paciente sente melhora em seu dia a dia e com seis meses os resultados podem ser sentidos de forma permanente. “Todos os tipos de dores de cabeça não podem e não devem ser encaixados em um mesmo diagnóstico. A acupuntura tem um bom resultado na enxaqueca, por exemplo. No entanto, devem-se realizar outros diagnósticos diferenciais para descartar doenças graves que cursam com enxaqueca”, explica. banco de imagens Saiba como a acupuntura atua nos tipos de dores de cabeça Indicada para diversos tipos de dores de cabeça, confira abaixo como a acupuntura pode atuar e melhorar as dores de cabeça mais comuns: Enxaqueca Com crises que podem durar de 4 a 72 horas com característica pulsátil e dor moderada, a enxaqueca pode ser tratada pela acupuntura e trazer bons resultados. Neste caso, a sessão de acupuntura dura de 30 a 50 minutos, em geral é feita uma vez por semana. Casos mais urgentes podem ter retorno de duas a três vezes na semana na fase mais aguda. Tensional Contração muscular ou mesmo tensões emocionais podem desencadear a cefaleia e provocar dores leves ou moderadas devido à compressão de artérias, o que pode gerar um processo doloroso para o paciente. A acupuntura pode ajudá-lo a melhorar o quadro das dores e sua qualidade de vida, além de ser uma aliada para o tratamento junto com mudança de hábitos. Estresse Raiva, preocupação, alterações de humor, ansiedade, medo, irritabilidade entre outras causas podem desencadear a dor de cabeça por estresse. Para combater e aliviar dores, a acupuntura pode ser uma grande aliada para tratamentos de cefaleias que podem ter causas emocionais. Na Medicina Chinesa, as emoções podem ser associadas à desarmonia e, neste caso, a acupuntura é uma das alternativas para regular as funções energéticas do corpo, além de ajudar o paciente a relaxar. 7 Mitos e verdades sobre a ALERGIA RESPIRATÓRIA Gerente Médica do Aché Laboratórios dá dicas impor tantes para reduzir os episódios da doença E m época de tempo seco, as crianças são as que mais padecem com o excesso de poluição e baixa umidade do ar. Narinas congestionadas e com secreção, além de tosse seca e constante, são os maiores incômodos sofridos pelos pequenos. “Alguns podem apresentar a rinite alérgica, uma inflamação da mucosa do nariz que tem como sintomas coceira, espirros, nariz entupido e coriza. A rinite alérgica é menos comum nos primeiros dois anos de vida e começa a tornar-se mais prevalente em crianças na idade pré-escolar e escolar”, explica a gerente médica da unidade MIP (Medicamento Isento de Prescrição) do Aché Laboratórios Farmacêuticos, Dra. Talita Poli Biason. A rinite alérgica pode trazer algumas consequências para as crianças. Os problemas vão desde alteração da qualidade de vida até a predisposição a quadros de infecções como otite (infecção de ouvido) e sinusite. A Dra. Talita esclarece agora alguns mitos e verdades sobre alergia respiratória infantil. Confira: 1) Lavagens nasais podem ser realizadas regularmente. Verdade. A lavagem nasal auxilia na remoção de antígenos (partículas ou moléculas) que, ao entrarem em contato com a mucosa nasal, colaboram para o desencadeamento de crises alérgicas. Além disso, auxilia na retirada do excesso de muco. Para as lavagens, faça o uso de uma solução nasal de cloreto de sódio 0,9%, pois fluidifica a secreção nasal sem agredir o nariz. O ideal é fazer a higienização de duas a três vezes ao dia. 2) As alergias respiratórias arquivo Di Saúde só ocorrem em dias mais frios. Mito. As crises de alergias respiratórias ocorrem em qualquer época do ano. Porém, nas estações mais frias (outono e inverno) o aumento dos sintomas acontece devido ao ar seco e temperatura mais baixa. Nessa época do ano, também há aumento da exposição aos ácaros e fungos como a que ocorre pelo maior contato com as roupas de frio e cobertores que são retirados do armário. 3) Produtos com cheiros fortes devem ser evitados. Verdade. Os perfumes, mesmo os de fixação mais leve como águas de colônia, precisam ser evitados pelos alérgicos, inclusive, por parentes próximos. Os produtos de limpeza, também devem ser utilizados longe da presença da criança para evitar as crises alérgicas. 4) Rinite Alérgica tem cura. Mito. A rinite alérgica não tem cura definitiva. Porém, é possível mantê-la sob o controle através do emprego de um tratamento adequado e, claro, evitando o contato com agentes alergênicos, como, por exemplo, poeira doméstica. 5) Alérgicos podem praticar esportes. Verdade. As crianças alérgicas podem e devem praticar esportes. No entanto, recomenda-se conversar com o médico na hora de escolher o melhor esporte para cada uma. Além disso, é preciso seguir alguns cuidados: nos dias muito quentes e de baixa umidade do ar os exercícios devem ser evitados; crianças devem ter atenção redobrada na hidratação durante a prática de esportes e vestir roupas leves e confortáveis. Saiba mais A previsão da Organização Mundial da Alergia (WAO, do nome em inglês) é que o número de asmáticos chegue a 400 milhões em todo o mundo, em 2025. De acordo com a WAO, entre 30% e 40% da população mundial têm rinite alérgica. A incidência está aumentando em função do crescimento da poluição. A doença, que atinge 67% de pessoas na América Latina, tornou-se uma preocupação global e um problema de saúde pública. Segundo a WAO, o custo mundial da rinite alérgica é US$ 20 bilhões. A rinite não causa risco para a vida do paciente, mas diminui muito a qualidade de vida, fazendo com que as pessoas passem a dormir mal, faltem ao trabalho, tenham obstrução nasal com espirro e coriza, podendo levar à sinusite e a complicações. O principal fator desencadeante das alergias no Brasil é a poeira, que contém ácaros, seguida dos fungos e da poluição atmosférica. 8 Atenção ao zumbido nos ouvidos O Zumbido pode e deve ser investigado, pois pode ser causado por várias doenças, inclusive tumorais MB Comunicação Dr. Marcos José Karpinski, médico otorrinolaringologista zumbido, ou barulho nos ouvidos, é uma sensação auditiva desconfortável e representa uma das queixas otorrinolaringológicas mais comuns na atualidade, interferindo de maneira variável na qualidade de vida das pessoas acometidas. Em torno de 10% da população adulta apresenta queixa de zumbido, aumentando com o passar dos anos e chegando a 30% da população idosa. Em cerca de 80% dos casos o zumbido é leve e intermitente, não trazendo maiores consequências à vida da pessoa. Entretanto, quando se manifesta de maneira importante, pode prejudicar a sua qualidade de vida, afetando seu sono, sua concentração, seu equilíbrio emocional e até sua atividade social, incapacitando-o de realizar suas atividades normais. Frequentemente um paciente ouve de seu médico que “não há nada que possa ser feito” ou “precisa aprender a conviver com o zumbido”. Isso ocorre provavelmente porque o zumbido é uma percepção auditiva fantasma, na grande maioria dos casos percebido apenas pelo paciente, impossível de ser mensurada objetivamente. Mas o zumbido pode e deve ser investigado, pois pode ser causado por várias doenças, inclusive tumorais, e o tratamento para atenuação ou supressão dos sintomas tem sido realizado cada vez com mais sucesso. Na maioria dos casos, o zumbido está associado à perda auditiva secundária à exposição ao ruído intenso, envelhecimento ou uso de substâncias ototóxicas, mas também pode ser causado por alterações odontológicas, neurológicas, metabólicas, cardiovasculares e psicológicas. Sempre que o zumbido for unilateral, associado ou não à perda auditiva assimétrica, devem ser solicitados exames complementares para avaliar a possibilidade da existência de lesões expansivas retro-cocleares como o neurinoma do nervo acústico ou outros tumores do ângulo pontocerebelar. Os exames mais importantes nesse caso são a Ressonância Nuclear Magnética de crânio e a audiometria de tronco cerebral (BERA). Embora ainda não exista cura para os casos mais graves de zumbidos, algumas medidas podem e devem ser tomadas no sentido de promover a sua diminuição, e o tratamento da doença que o provoca, quando possível, é imprescindível. Outras medidas também são importantes, como tranqüilizar o paciente, evitar ambientes ruidosos, não abusar de cafeína, chocolate, chá preto, chimarrão, refrigerantes tipo cola, álcool e fumo. Também deve-se evitar medicamentos que contém ácido acetilsalicílico e outras substâncias ototóxicas. É importante a atuação nos fatores potencialmente contribuintes para o incômodo gerado pelo zumbido, como bruxismo, alterações da articulação têmporo-mandibular e doenças como depressão e ansiedade. O tratamento medicamentoso também pode ser instituído, com respostas variáveis para cada caso. As substâncias mais comumente usadas são a flunarizina, pentoxifilina, betaistina, ginkgobiloba, benzodiazepínicos e antidepressivos. Outras duas alternativas em uso atualmente para a diminuição ou eliminação do zumbido são o enriquecimento sonoro e TRT e o uso de aparelhos de amplificação sonora. A TRT (TinnitusRetrainingTherapy) é uma modalidade terapêutica que utiliza um som neutro de menor intensidade que o zumbido, de modo que os dois possam ser percebidos pelo paciente. O tratamento necessita de profissional capacitado, de boa adesão do paciente e de tempo para o aparecimento dos resultados (de 6 a 18 meses). A melhora dos zumbidos ocorre em 80 % dos casos, sendo que pode haver abolição completa em alguns deles. Também se preconiza o uso de aparelhos de amplificação sonora individual (as próteses auditivas) para o controle do zumbido nos pacientes que apresentam algum grau de perda auditiva, em muitos casos com melhora significativa dos sintomas.