Determinação e diferenciação sexual

Transcrição

Nuno Monteiro Pereira
Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias
Lisboa
© 2000, Nuno Monteiro Pereira
Fertilização
4 horas
8 horas
Fusão pronuclear
12 horas
2 células
8 células
Divisão celular (1º-2º dia)
16 células
Mórula
Divisão celular (3º-4º dia)
Blástula com blastocele
Dia 10-14
Implantação (5º-9º dia)
Vascularização do ovo (10º-14º dia)
4 semanas
3 semanas
Embrião
6 semanas
7 semanas
8 semanas
Embrião
12 semanas
14 semanas
1
Diferenciação sexual cromossómica
Cromossoma
Cromossomas
•
•
•
•
•
Constituídos por DNA em associação com RNA e várias proteínas
Localizados no núcleo celular
Habitualmente só visiveis em células que se preparam para dividir
Existem aos pares, um proveniente do pai o outro da mãe.
Existem 46 cromossomas na espécie humana, com 22 pares de
autosomas e um par de cromossomas sexuais (dois X´s no sexo
feminino e um X + Y no sexo masculino)
• Células que contém pares de cromossomas homólogos são
designados de diplóides
• Nos gâmetas (ovos e espermatozóides) só existe um exemplar de
cada cromossoma (n=23). São chamada células haplóides
Cromossoma X
Cromossoma Y
Cariotipo
Diferenciação sexual cromossómica
Cariotipos femininos
•
•
•
•
46, XX
45, XO
47, XXX
XXX...X
Cariotipos masculinos
• 46, XY
• 47, XXY
• 48, XXXY
•
XXX...Y
Y
CROMOSSOMA
2
Diferenciação sexual gonadal
Diferenciação sexual gonadal
• Produz-se antes dos 3 primeiros meses de vida fetal
• Depende da dotação cromossómica
3 semanas
A importância da dotação cromossómica
• A presença do cromossoma Y é que induz a diferenciação da
gónada masculina
• Deverá existir, pois, um factor determinante testicular (TDF)
• Localizado no ramo curto do cromossoma Y encontra-se o gene
SRY, responsável pela determinação do sexo
• No gene SRY encontra-se codificada uma proteína de 204 aminoácidos que será o hipotético TDF
• Existem também outros genes localizados no cromossoma X
(SOX9, SF-1, WT-1) que permitem a acção determinante do SRY,
desde que este esteja presente.
Estádio indiferenciado da evolução da gónada
Cavidade amniótica
Alantóide
Prega
cefálica
Vesícula
vitelina
Crista genital
com epitélio
germinativo
3 semanas
Estádio indiferenciado da evolução da gónada
Mesonefros
Crista
genital
3 semanas
Mesentério
dorsal
Intestino
Epitélio
celómico
Desenvolvimento do Mesonefros: o canal de Wolf
5 semanas
6 semanas
Glomérulo
Canal de
Wolff
Tubo
Crista
genital
mesonefrótico
Crista genital
Canal de
Muller
Cordões sexuais
Diferenciação ovárica
Canal de Wolff
Canal de Muller
Tubo de
Mihalcovics
Cordões
medulares
Cordões sexuais
8 semanas
Diferenciação ovárica:
corte longitudinal
Cordões sexuais
Cordões
medulares
Rete ovarii
Canal de Wolff
Canal de Muller
8 semanas
Diferenciação testicular
Canal de Wolff
Canal de Muller
Tubo de
Mihalcovics
Tubo seminíparo
Albugínea
8 semanas
Diferenciação testicular
corte longitudinal
Cone
eferente
Rete testis
Tubo recto
Tubo
seminíparo
Albugínea
Canal de Wolff
8 semanas
Canal de Muller
A acção hormonal
Na 8ª semana:
• Diferenciam-se as células de Leydig e as células de Sertoli
Na 9ª semana:
• As células de Leydig iniciam a síntese de testosterona
• Surgem receptores testiculares de LH e de hCG
Na 12ª semana:
• A testosterona aumenta por acção das gonadotrofinas
• As células de Sertoli produz o factor inibidor da meiose
• A rete testis produz o factor indutor da meiose
• Surge a hormona antimulleriana
Diferenciação testicular: a atrofia do canal de Muller
Hidátide de
Morgagni
Uretra
prostática
Utrículo
prostático
Hidátide de Morgagni e hidátide séssil
Diferenciação ovárica:
a atrofia do canal de Wolf
Orgãos de
Rosenmuller
Paroophoron
Trompa
Canal de Wolff
Útero
Vagina
Vestíbulo
Resquícios da diferenciação da gónada
Ducto aberrante superior
Hidátide de
Morgagni
Hidátide séssil
Epoophoron
Paroophoron
Canal de Gartner
Ducto aberrante inferior
3
Diferenciação sexual somática
Diferenciação somática
•
•
•
Produz-se entre o 2º e 7º mês de vida fetal
Depende das hormonas gonadais
Inclui a diferenciação sexual dos genitais internos e externos, do
SNC (hipotálamo)
• Reforça-se na puberdade, com o aparecimento dos caracteres
sexuais secundários
• Determina o sexo fenotípico
A divisão da membrana cloacal
Desenvolvimento do septo perineal
Cavidade
celómica
Esporão
perineal
Tubérculo
genital
Membrana
cloacal
Canal de Wolf
Seio urogenital
Recto
Formação do seio urogenital e do recto
Cordão umbilical
Alantóide
Tubérculo genital
Prato uretral
Seio urogenital
Membrana urogenital
Membrana rectal
Recto
Desenvolvimento do seio urogenital
Ureter
Ureter
C. Wolf
C. Wolf
C. Muller
Tuberculo
genital
Formação da próstata e uretra
Ureter
Canal deferente
Vesícula seminal
Esboço prostático
Uretra peniana
Pavimento uretral
Desenvolvimento do tubérculo genital masculino
Formação da uretra peniana e pénis
Hipóspadias
Glande
Escroto
Anus
Uretra
Hipóspadias balânico
Epispádias e extrofia vesical
Extrofia de bexiga
Glande
Epispádias em duplicidade uretral
Formação da uretra peniana
e glande
Prepúcio
Uretra
endodérmica
Glande
Cordão sólido ectodérmico
Freio do
prepúcio
Uretra
Descida do testículo
Gubernaculum
Testículo
Processus
vaginalis
1
4
2
5
Canal 3
deferente
Tunica
vaginalis
6
Escroto
Envelopes do testículo
Art. umbilical
Art. epigástrica
inferior
Fascia
transveralis
Úraco
Fascia espermática interna
Cremaster
Testículo
Tunica vaginalis
Fascia espermática externa
Dartos
Pele escrotal
Desenvolvimento do seio urogenital feminino
Ureter
Ureter
C. Wolf
C. Wolf
C. Muller
Tuberculo
genital
Formação do útero e vagina
Ureter
Útero
Vagina
Vestíbulo
Tuberculo genital
Formação da vulva e clitoris
Tubérculo genital
Clitoris
Uretra
Peq. lábio
Prega
genital
Vestíbulo
Bordalete
genital
Gr. lábio
Himen
Estado intersexual
Pseudohemafroditismo masculino com vestíbulo fechado
Canal deferente
Clitoris
peniforme
Canal
útero-vaginal
Testículo e
epididimo
Meato uretral
Pseudohemafroditismo masculino com vestíbulo aberto
Trompa
Epididimo
Testículo
Clitoris
hipertrofiado
Útero
Meato uretral
Vagina

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