Isadora Warcman
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Isadora Warcman
COLEGIO ÓFELIA FONSECA Práticas estranhas ao meio ambiente construído da cidade: A experiência do grafite em Nova Iorque na década de 1970 e em São Paulo de 1980 até os dias atuais Isadora warcman São Paulo 2014 Isadora Warcman Práticas estranhas ao meio ambiente construído da cidade: A experiência do grafite em Nova Iorque na década de 1970 e em São Paulo de 1980 até os dias atuais Trabalho realizado e orientado sob a orientação do Professor Renato , da disciplina de educação física Sumario Questão motivadora: Qual o caminho histórico e geográfico que o grafite percorreu desde seu surgimento ? Introdução O grafite é uma arte qual temos seu foco principal em se manifestar em espaços públicos e, conscientemente, modificar, interferir na cidade ou ate mesmo no pais. Ele surgiu na década de 70 na cidade de Nova Iorque chegou ao Brasil no inicio de 80. Ao longo do tempo, foi se modificando e tornando um grafite com um „‟jeitinho brasileiro‟‟, onde, hoje em dia é considerado um dos melhores do mundo.Para chegar ate este nível de grande reconhecimento, ele passou e ainda passa por um processo de preconceito, ou melhor, um processo de comparação com o pich1o, que muitos consideram uma arte vândala. O surgimento da palavra grafite A palavra grafite vem da palavra „graphein‟ em grego que significa escrever, arranhar,sulcar, é também o nome que se da ao material que é feito o lápis o material de carbono. O termo grafito ou grafite vem do italiano graffiti que significa „escritas feitas com carvão‟. O grafite existe desde os primórdios da humanidade. A maioria das figuras, como as encontradas nas Grutas de Lascaux, na França, eram gravadas nas paredes das cavernas com ossos ou pedras.Porém, ao formar silhuetas usando ossos furados para soprar pó colorido em volta das mãos, os primeiros homens também anteciparam a técnica do estêncil e do spray. E em 1904, foi lançada a primeira revista a abordar o grafite de banheiro:Antropophytea. Durante o período da Segunda Guerra Mundial os nazitas faziam propagandas em toda parte das cidades declarando ódio aos judeus, negros, deficientes(quem não pertencia ao povo ariano) escreviam em muros frases impactantes. Durante as revoltas estudantis nas décadas de 1960 e 1970, os manifestantes divulgavam suas ideias com pôsteres e palavras pintadas. Os estudantes franceses utilizavam com frequência uma técnica percussora atual do estêncil, a pochoir (palavra francesa para o graffiti feito com estênceis). O graffiti é uma arte qual tem seu foco principal em se manifestar em espaços públicos e consequentemente modificar, interferir a cidade ou até mesmo o país. Ele surgiu na década de 70 em Nova Iorque e chegou ao Brasil no inicio década de 80 que ao longo do tempo se torna um graffiti do „‟jeitinho brasileiro‟‟ que hoje em dia é considerado um dos melhores do mundo. A arte do graffiti existe já faz tempo, mas só começou a se modernizar no final da década de 60 e a ser reconhecida pela maioria da população nesses últimos anos. Os antigos romanos tinham o costume de escrever manifestações de protestos nas paredes e construções. Tratavam - se de palavras proféticas, ordens comuns e outras formas de divulgação de leis e acontecimentos públicos. Alguns destes ainda podem ser vistos nas catacumbas de Roma e em outros sítios arqueológicos espalhados pela Itália. O grafite moderno teve como pioneiros Cornbread e Cool Ealrn e foi na década de 60, em Filadélfia, que sua primeira aparição ocorreu. O grafite teve uma forte influencia na sociedade em que os jovens e adultos começaram a usa-lo através da arte para demonstrar seus sentimentos e seus ideais. Teve um grande impacto em Nova York, em que muitos dos artistas picharam seus nomes e números nos vagões de metro espalhando sua forma de pensar e sua assinatura pelas cidades. Com essa influencia e esse impacto tão grande, o grafite abriu suas portas pelo país e começou a tomar forma. Em 1972, o prefeito de Nova York, decidiu ir contra os indivíduos seguidores do graffite e declarou a primeira guerra conta ele, mas isso não foi o suficiente para acabar com esta arte tanto que o movimento acabou se espalhando por outro locais e tomando novas formas. E atualmente o grafiti não é considerado um repulso, mas sim uma genuína forma de expressão artística que faz parte da paisagem urbana de Nova York Com o tempo outros artistas começaram a pichar seus nomes e os números de rua onde moravam em vagões de metrô de toda Nova York. Assim, suas obras viajariam através de Manhattan e áreas próximas, se espalhando rapidamente, se transformando em uma nova arte e começando a ganhar atenção da mídia. Os nova-iorquinos pouco a pouco se tornaram conscientes desse novo meio de expressão e foram exemplos para outras cidades e até mesmo países como o Brasil (especificamente São Paulo). Ao longo da década de 80 o grafite começa a crescer e ser praticado no Brasil( como uma arte primaria, com poucos seguidores e apreciadores, mas com o mesmo objetivo de hoje em dia). Ou seja, o número de artistas começa a aumentar, as técnicas se ajustando e evoluindo, passando de apenas escritas para ilustrações cheias de cenário e personagens, revelando o estilo que marcava cada artista. Desde a década de 70 na cidade de Nova Iorque até os dias atuais na cidade de São Paulo a arte urbana, o graffiti ainda sofre com o „‟preconceito‟‟ de aceitação desta manifestação que quase sempre expressa problemas políticos, sociais, familiares, públicos, que a humanidade vive (isto se enquadra principalmente aos menos favorecidos, pertencentes a classes inferiores, de baixa renda). Com isso, esta manifestação artística serviu e serve para expressar toda a opressão que o homem sofre sobre a sociedade no todo A pesquisadora Raquel Elizabeth de Oliveira Ferreira e o responsável da pesquisa Fábio Lopes de Souza Santos, com o apoio da instituição FAPESP, trata em sua pesquisa de mestrado “Práticas estranhas ao meio ambiente construído da cidade: A experiência do graffiti em Nova Iorque na década de 1970 e em São Paulo de 1980 até os dias atuais‟‟. Nesta pesquisa, a autora afirma que ao mesmo tempo em que o graffiti é uma manifestação ilícita, ele também não esta preocupado com o mercado (que muitas vezes, surge apenas como consequência da boa qualidade das obras). Questiona também a desvalorização dessa arte, já que hoje em dia muitas vezes há toda um complexo histórico preconceituoso, pois há uma comparação com o picho. Em resumo, ela busca entender como, quando, por que e onde o grafite se insere nas Grandes Cidades, como São Paulo e Nova Iorque. Termos utilizados por grafiteiros 3D - Estilo tridimensional, baseado num trabalho de brilho ou sombra das letras. Asdolfinho - Novo estilo de grafite desenvolvido por americanos, no qual é visado a pintura animal. Backjump - Comboio pintado em circulação, enquanto está parado durante o percurso (numa estação por exemplo). Bite - Cópia, influência directa de um estilo de outro writer. Bombing - Grafite rápido, associado à ilegalidade, com letras mais simples e eficazes. Bubble Style - Estilo de letras arredondadas, mais simples e "primárias", mas que é ainda hoje um dos estilos mais presentes no grafite. Cap - Cápsula aplicável ás latas para a pulverização do spray. Existem variados caps, que variam consoante a pressão, originando um traço mais suave ou mais grosso (ex: Skinny", "Fat", "NY Fat Cap", etc). Characters - Retratos, caricaturas, bonecos pintados a grafite. Crew - "Equipa", grupo de amigos que habitualmente pintam juntos e que representam todos o mesmo nome. É regra geral os writers assinarem o seu tag e respectiva crew (normalmente sigla com 2 a 4 letras) em cada obra. Cross - Pintar um grafite ou assinatura por cima de um trabalho de um outro writer. Degradé - Passagem de uma cor para a outra sem um corte directo. Por exemplo uma graduação de diferentes tons da mesma cor. End to end - Carruagem ou comboio pintado de uma extremidade à outra, sem atingir a parte superior do mesmo (por ex. as janelas e parte superior do comboio não são pintadas). Fill-in - Preenchimento (simples ou elaborado) do interior das letras de um grafite. Hall of Fame - Trabalho geralmente legal, mural mais trabalhado onde normalmente pinta mais do que um artista na mesma obra, explorando as técnicas mais evoluídas. Highline - Contorno geral de toda o grafite, posterior ao outline. Hollow - Grafite ou Bomb que nao tem fill (preenchimento) algum e, geralmente, é ilegal Inline - Contorno das letras, realizado na parte de dentro das letras. Kings - Writer que adquiriu respeito e admiração dentro da comunidade do grafite. Um estatuto que todos procuram e que está inevitavelmente ligado à qualidade, postura e anos de experiência. Outline - Contorno das letras cuja cor é aplicada igualmente ao volume das 3 Maiores grafiteiros do mundo 1- Os Gêmeos; Otavio e Gustavo Brasileiros 2-Banksy Inglês 3- Kurt Wenner Norte Americano 4-Eric Grohe Norte americano 5- Smug Escocês 6-Edgar Mueller Alemão 7- Belin Alemão 8-Aryz Espanhol Os gêmeos Os irmãos Otavio e Gustavo Pandolfo mais conhecidos como gêmeos nasceram no ano 1974 e foram criados na cidade de São Paulo no bairro do Cambuci,desde de criança sempre trabalharam juntos, tendo o apoio dos pais. No fim dos anos 80 a dupla assumia a identidade do hip hop quando grafitavam no Cambuci, porem ao adquirirem mais bagagem os rumos mudaram e o hip hop passou a não ser uma característica tão forte dos irmãos. Formados em desenho de comunicação, assim procuravam unir elementos urbanos com o folclore e historias populares. Desse modo o grafite que fazem são coloridos e feitos em muros,prédios ou ate mesmo em trens e carros e são feitos em painéis grandes espalhados pela cidade. Os trabalhos dos gêmeos apresentam criticas sociais, com os seus personagens quase sempre de pele amarela e com muitos acessórios de diferentes estilos. Eles não são reconhecidos somente pelo grafite , atualmente em suas exposições pelo mundo são reconhecidos pelas suas grandes esculturas. Os gêmeos já são conhecidos em vários países como Estados Unidos,Chile,Portugal e Grecia. Foi nos estados unidos que os gêmeos tiveram a recente polemica envolvendo seu trabalho. Em Boston os irmãos Otavio e Gustavo grafitaram um painel que tinha nome “The Giant Of Boston”, que retratava um garoto simples, com uma camisa envolta da cabeça mostrando somente os olhos e estava descalço.Vários cidadãos que moravam próximos achavam que o desenho feito esta associado a um terrorista, com isso muitos queriam retirar a obra daquele local.Os gêmeos receberam muitas criticas porem continuaram a fazer a arte pelo mundo. Com um olhar reflexivo, começando com um aprofundamento e o ciclo desta arte, será apresentado o tema a seguir. Mas afinal como esta arte surgiu? Porque será que ainda sofre este preconceito mesmo depois de algumas décadas? Para entendermos este trabalho, é importante iniciar com a diferenciação entre o graffiti e o picho. Ressaltar que a diferença entre eles vem do simbolismo e da mensagem que traz. A Pichação O picho são “rabiscos” principalmente de tintas pretas, feitos sobre monumentos, edifícios ou muros com o objetivo de se manifestar para/com o povo ou com outros pichadores, usando símbolos da pichação incompreensíveis aos não adeptos. Ele é uma forma de fazer arte (lembrando que tudo que deseja passar uma mensagem e/ou tem um significado, pode ser considerado uma manifestação artística). Infelizmente, muitos não concordam, pois não é uma arte que tem o objetivo de ser visivelmente bonita aos homens, causando então uma poluição visual, sendo chamada de vandalismo. É uma arte underground (marginal) usada para criar um ambiente com manifestações culturais que fogem dos padrões comerciais, dos modismos e das convenções que a própria sociedade estipulam como limites do bom senso. O picho é uma manifestação artística que não é bem mostrado na mídia, por ser uma agressão aos ambientes públicos que muitas vezes são preservados, já que seu foco não é impressionar quem observa, mas sim se posicionar e dizer algo sobre alguma coisa. Mas será que essas expressões culturais, são reflexo da vida que os Pichadores tiveram desde jovens até o momento em que cometiam esses atos de vandalismo? Talvez, o meio social em que eles eram incluídos, socialmente e economicamente inferiores, não apresentava regras como o respeito e a consideração com o patrimônio coletivo, resultando nessa banalização de locais e objetos comuns. Desde os anos 80 até os dias atuais, constantes mudanças relativas à sua forma e aos seus adeptos, os valores entre os próprios pichadores mudaram bastante, já que as vontades deles em relação ao grafite e o que deveria ser expresso mudaram também. O aparecimento de desenhos geométricos. Em São Paulo, o picho se intensificou bem mais do que em outros lugares do mundo e tem atualmente uma definição diferente. Com muitos objetivos e metas distintas, essa arte tornouse uma competição interna entre os mesmos, onde as gangues lutam entre si por espaços, locais e poder. Além disso, essa forma de fazer arte vem se tornando um pouco mais legível aos olhos de não entendedores, já que com o contexto em que vivemos, de Revoltas e Manifestações contra o Sistema e o Poder Político no país, em algumas situações, os pichadores criam mensagens de insatisfação. Um exemplo foi que com o aumento do bilhete do Transporte Publico, os manifestantes se organizaram através de redes sociais e picharam a mesma coisa em locais diferentes. Era isto: Existe também uma prática característica da cidade, que teve todo um processo de criação e evolução. Por essa intensificação tão grande criam-se uma solução criativa para evitar a pichação, transformar os muros de edifícios em telas de arte. E para acabar de vez com a pichação, incentivava-se os pichadores para conhecer a arte bela, aquela que é bonita e aceita pelo público, mas muitos decidem ficar nesta arte, pois não concordam com esta iniciativa e decidem mostrar que o picho é do „‟bem‟‟ já outros vão praticar o graffiti, mas não se esquecem do picho. Nesse momento de transição de transformar os muros de edifícios em telas de arte, surge o grafite. Muitos dos Grafiteiros saem da pichação e vão praticar a nova arte que no começo não era aceita pelos não entendedores, mas era reconhecido por algumas pessoas como arte, já que é de fácil visualização, pois não tem um caráter ofensivo e ao mesmo tempo não deixa de ser uma arte alegre, colorida, ou seja, uma arte contemporânea. Esta arte carrega consigo desenhos e escritas capazes de um entendimento geral e de fácil acesso para todos . É uma manifestação artística sobre o mundo com uma forma expressiva, cores alegres e que sempre está querendo nos dizer algo tanto para coisas boas e ruins. Não deixa de ser uma arte frágil, devido à facilidade e rapidez que ela pode ser criada e ao mesmo tempo apagada por uma outra camada de tinta sobre a arte, ou seja, uma arte efêmera. Arte contemporânea É necessário entender que o que a separa de uma parede branca, são apenas segundos, onde uma tinta pode fazer toda a diferença e sumir com a mensagem da arte. Ela faz parte do meio urbano, e o meio urbano é quem faz o grafite ganhar sua valorização, pois tem um fácil acesso. É considerada por muitos apreciadores uma arte urbana, com traços e desenhos típicos da nossa era contemporânea. Era essa que permite a liberdade de atuação do artista, que não tem ais –n6 institucionais que o limitem, portanto pode exercer seu trabalho sem se preocupar em imprimir nas suas obras um determinado foco religioso, político ou social. Uma pessoa de décadas anteriores, que vivia em uma outra fase da arte não compreenderia talvez a mensagem que a imagem cria. Isso acontece devido a necessidade da própria arte de se adaptar aos desejos dos cidadãos, adequando-se a geração do momento. Mesmo assim, o grafitti encontra dificuldades de aceitação total, praticada por membros da sociedade que continuam considerando esta arte uma simples adaptação do picho, sem trazer consigo um simbolismo maior e mais profundo. Preconceito artístico O graffiti ainda sofre o preconceito ao ser comparado com a pichação pelo simples motivo que ele é uma evolução da pichação. Resultado de um processo histórico e preconceituoso do homem, que não amplia a sua visão de arte. Então olha-se para ele e começa-se a comparar e criticar afirmando que esta pintura só serve para estragar o meio ambiente. Esta critica é tão comum no nosso dia a dia que até mesmo o próprio governo apaga a arte por achar que a mesma é uma pichação, já que a própria constituição brasileira considera a arte de pichar ilegal, constado na lei LEI Nº 12.408 e aprovado no dia 25 de maio de 2011. (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12408.htm) No dia 22 de abril uma obra dos grafiteiros irmãos “Gêmeos” no Viaduto do Glicero, centro de São Paulo, foi apagada por estar escrita a seguinte frase: “Sr. Prefeito: nessa cidade existem muitos problemas sérios que precisam de resultados! Não gaste tempo e $ apagando graffiti das ruas!”. Mas como já disse não serviu de nada, já que as autoridades se sentiram no direito e obrigação de apagar esta manifestação contra o governo. Os grafiteiros insistiram, foram até o Viaduto e escreveram: “Sr. Prefeito: Apagar arte é apagar cultura, apagar cultura é desrespeitar o povo”. Entretanto em menos de 24 horas a frase foi coberta novamente com tintas da cor cinza. Assim eles voltaram e fizeram somente um desenho sem escritas, sem nada. Em nota, Os Gêmeos afirmam que há mais de 25 anos o grafite vem trazendo reconhecimento nacional e internacional para artistas brasileiros. “A arte de rua vem sendo apagada na cidade ao longo do tempo. Esperamos com este alerta que a Prefeitura de São Paulo e seus órgãos competentes parem definitivamente de apagar os grafites e respeitem e preservem a arte de rua em todos os seus segmentos.” Mas isso não ocorreu, eles continuam apagando grafites. Até mesmo quando o grafite não era aceito, ele era uma arte muito difícil de se sustentar, pois apenas pintando muros, não havia lucro algum. E de tempos pra cá ele entrou no modismo, as pessoas começam a descobri-lo e gostar, pois além de estarem em contato em regiões diferentes diariamente, é uma arte muito bela, alegre e expressiva. Com isso os grafiteiros começaram a ser chamados para além de pintarem vias públicas, também decorar muros particulares e assim ganhava-se mais lucro. Com todo esse reconhecimento da arte, particulares começam a querer adquiri-las e então surge a ideia de reproduzir trabalhos em telas ou objetos ( violão, caixas, lixos, lonas de caminhão, madeiras, etc) para atingir diretamente o mercado de consumo, e dessa forma conseguir ganhar espaço em lojas, galerias, papelarias ficando cada vez mais conhecidas. Para acabar com esse preconceito, a melhor coisa a fazer é não parar de produzir esta arte, para criar um desconforto as autoridades e acostumar o público. É importante promover eventos, exposições, palestras, programas de televisão, algo que chame a atenção e desperte a curiosidade de cada um, para conseguirem entender esta arte urbana que cada vez mais esta crescendo e conquistando a admiração e respeito de todos os tipos de público, até dos mais conservadores. Este mérito se deu através de muito esforço e trabalho, sendo inspiração até para os jovens, que desejam mudar o mundo. “Com pequenas ações, se move uma montanha.” E você, o que fez para mudar o mundo hoje? CONSIDERAÇÕES FINAIS A arte produzida de materiais básicos (tintas e sprays), tem surgido com grande força em locais inesperados do país ( topo dos prédios, lojas, escolas), trazendo mais cor as cidades. Inicialmente algo exclusivo no bairros de classe baixa, o grafite não possuía o prestígio e expressividade apresentado hoje, sendo até julgado como ato de criminalidade. Originalmente do período moderno ( pichação), essa expressão artística era obra de jovens da periferia como forma de "fugir" de sua realidade injusta e seus anseios gerados por um sociedade iníqua. A mudança que abriu novos caminhos ao grafite apenas ocorreu com a junção de artistas com ideologias e propostas em comum, buscando novos públicos que a apreciassem. Hoje esse movimento artístico deixou de ser artifício de pessoas economicamente mais desprovidas, podendo ser encontrada em meios de divulgação como galerias, local onde era indesejado, além de ser oferecidos cursos para o aprendizado desta arte. Porém, mesmo com tantos avanços apresenta a mesma função que a de sua origem, o grafite trabalha como mediador entre artista e população, pois está presente na visão do dia a dia das pessoas. Assim é possível concluir que o grafite contemporâneo assume inúmeras vertentes, dependendo do contexto histórico-social na qual o artista vive e na mensagem que deseja consolidar e expressar. Como em outras formas artísticas, sua função é ser intimista com o público e transmitir sensações e sentimentos profundos de seus produtores, então o conteúdo da obra se forma a partir das ideologias do artista como indivíduo, expressando suas opiniões Bibliografia http://pipaodospobres.pbworks.com/w/page/41190215/Surgimento%20do%20Grafitte http://vejasp.abril.com.br/materia/grafite-os-gemeos-glicerio http://en.wikipedia.org/wiki/Graffiti_in_New_York_City http://www.folhadaregiao.com.br/Materia.php?id=279414 http://augustasp.com/ruaaugusta/05/osgemeos-protestam-contra-prefeitura-de-sp-apos-grafiteapagado/ http://www.streetartutopia.com/?p=7899 http://obviousmag.org/archives/2010/05/gustavo_e_otavio_-_os_gemeos_grafiteiros.html http://www.hypeness.com.br/2011/08/graffiti-brasileiro-nas-maos-do-artista-cranio/ http://www.quebrandogalho.com.br/os-10-melhores-grafiteiros-do-mundo/ http://www.osgemeos.com.br/pt/biografia/ IMAGEM http://slowpainting.wordpress.com/2012/08/17/giant-of-boston/
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