Trabalhos Científicos - quarta-feira - dia 10/05
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Trabalhos Científicos - quarta-feira - dia 10/05
Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” Trabalhos Científicos Apresentados Quarta-feira - dia 10/05 01 Título do trabalho Condições microbiológicas da superfície de carcaças bovinas após as etapas de lavagem e refrigeração E-mail [email protected] Eixo Temático medicina veterinária preventiva e saúde pública Autor Cristianne Lino Fontoura Instituição UNESP-Jaboticabal Observações Introdução A carne assim como seus derivados apresentam grande valor na alimentação humana e se enquadram entre os alimentos de origem animal mais perecíveis principalmente pela sua variedade e riqueza nutricional. Por suas características intrínsecas , como composição química, elevadas atividade de água e pH próximo da neutralidade, é um ótimo meio para o desenvolvimento dos microrganismos (PARDI et. al., 2001). Com exceção da superfície externa, trato digestivo, cavidade naso-faríngeas e porção final do trato urogenital, os tecidos dos animais sadios podem ser considerados estéreis, portanto a partir do abate e do processamento, inicia-se a sua contaminação (GIL, 2000). Esses microrganismos poderão ser saprófitos e ou patogênicos, colocando em risco a saúde do consumidor ou deteriorando o alimento, diminuindo dessa forma a qualidade e o período de conservação. Objetivos Em vista a importância da preservação da qualidade e ao risco que representa à saúde do consumidor a presença de microrganismos heterotróficos psicrotróficos e bactérias do gênero Salmonella nos alimentos, idealizou-se o presente estudo. Aplicabilidade dos Resultados controle de qualidade das carcaças bovinas nos frigoríficos para com a saúde pública Material e Métodos Estudou-se a superfície muscular de 40 meias carcaças logo após a lavagem e após 24 horas em câmara de resfriamento a 0oC. As amostras foram obtidas através de suabes aplicados na região do coxão, lombo e ponta de agulha. Para a contagem padrão de microrganismos heterotróficos psicrotróficos e para o isolamento de bactérias do gênero Salmonella utilizou-se à técnica recomendada pela APHA (2001) e ICMSF (2000). Resultados e Conclusões RESULTADOS Verifica-se que a grande maioria das amostras, tanto daquelas colhida pós-lavagem (32/80%) quanto daquelas colhidas após 24 horas sob refrigeração (28/70%), apresentou populações de microrganismos heterotróficos psicrotróficos inferiores a 10 UFC/cm2 e entre 10 e 100 UFC/cm2. Bactérias do gênero Salmonella não foram encontradas em nenhuma das amostras. CONCLUSÃO A alta perecibilidade da carne e de seus derivados exige uma manipulação higiênica, para manter a contaminação microbiana tão baixa quanto possível, portanto conhecer os microrganismos que encontram na carne um ambiente propício para a sua proliferação constitui um dos fatores determinantes para a preservação de sua qualidade e conseqüentemente menor risco a saúde pública. Palavras-chave carcaças bovinas, Psicrotróficos, Salmonella. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 02 Título do trabalho PREVALÊNCIA DE BRUCELOSE EM TRABALHADORES DE INDÚSTRIAS FRIGORÍFICAS, NO MUNICÍPIO DE VÁRZEA GRANDE-MT E-mail [email protected] Eixo Temático Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Pública Autor Schneider, R.C. Instituição Médico Veterinário, Coordenadoria de Doenças dos Animais do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso, Rua Bernardo Biancardini, 125, Cuiabá/MT CEP 78030-055. [email protected].; Observações Santos, M.D. Médico Veterinário, Dr em Zootecnia, Prof. Faculdade de Medicina Veterinária -Universidade de Cuiabá - UNIC, Rua das Pérolas n 184, Apto 703 B , CEP 78.050090. e-mail [email protected] ; Miotto, F.A. Farmacêutico e bioquímico, Prof. Faculdade de Farmácia -Universidade de Cuiabá - UNIC, e-mail [email protected] ; Schein, F.B. Médico Veterinário, Prof. Faculdade de Medicina Veterinária -Universidade de Cuiabá - UNIC, e-mail [email protected] ; Melo, R.M. Médica Veterinária, Laboratório de Apoio a Saúde Animal do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso, rua Luiz de Matos, 247, Cidade Alta, Cuiabá/MT [email protected] ;Sousa, F.T. Médica Veterinária, Laboratório de Apoio a Saúde Animal do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado do Mato Grosso, Av. 8 de abril s/nº Cond. 8 de abril, bloco A-11 apto. 103 78000-000 [email protected] ; Introdução A brucelose é uma zoonose que acomete seres humanos e animais, tendo como agente etiológico a bactéria do gênero Brucella. A doença é transmitida para os seres humanos a partir de animais contaminados, via consumo de leite cru ou derivados não pasteurizados, por outras formas de contato com o agente infeccioso e por exposição ocupacional. Anticorpos contra Brucella abortus foram identificados em funcionários de dois matadouros do município de São Luís do Maranhão, observou-se que seis pessoas (10,2%) foram positiva à prova de fixação de complemento, com maior ocorrência nos setores de matança e evisceração. Os seres humanos acometidos por brucelose podem apresentam mal-estar, calafrios, sudorese, cansaço, fraqueza, febre, mialgia, anorexia, perda de peso, artralgia e orquite. Nos animais o aborto é o principal sintoma da doença, pode acarretar endometrite com redução da fertilidade. No macho, observa-se epididimite, vesiculite e orquite e até necrose testicular. Objetivos Estudar a prevalência de brucelose em trabalhadores de indústrias frigoríficas do estado de Mato Grosso e identificar fatores de risco associados à sua transmissão. Aplicabilidade dos Resultados Os resultados obtidos são importantes para sensibilizar os proprietários e funcionários das indústrias frigoríficas sobre a importância da brucelose como zoonose e da necessidade de adoção de medidas preventivas e de utilização de equipamentos de proteção individual por pessoas que trabalham em setores de risco. Alertar também as autoridades sanitárias sobre a prevalência de brucelose humana em indústrias frigoríficas do estado de Mato Grosso. Material e Métodos O estudo foi realizado em duas indústrias frigoríficas no município de Várzea Grande-MT. Após sensibilizar proprietários e funcionários dos frigoríficos A e B e obter anuência formal para realização do trabalho, 76 e 58 amostras de sangue foram devidamente coletadas de 100% dos funcionários dos frigoríficos A e B, respectivamente, identificando-se os setores de trabalho e possíveis fatores de risco, por meio de questionário aplicado individualmente. Utilizou-se como triagem a prova do Antígeno Acidificado Tamponado e as amostras reagentes serão submetidas posteriormente ao teste de ELISA. Os dados foram analisados utilizando-se estatística descritiva. Resultados e Conclusões quatro pessoas (5,3%) dos 76 funcionários e seis pessoas (10,3%) dos 58 funcionários dos frigoríficos A e B, respectivamente, reagiram positivamente ao exame. No frigorífico A, os quatro funcionários eram do sexo masculino e trabalhavam na função de S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” magarefe, no frigorífico B, as seis pessoas também eram do sexo masculino, sendo que cinco trabalhavam na função de magarefe e uma na função de serviços gerais, contudo, 10 meses antes, a referida pessoa trabalhou em outro frigorífico na função de magarefe. Esta função por proporcionar maior contato das pessoas com aerossóis, sangue, vísceras e fluídos de animais contaminados, é um importante fator de risco para a transmissão da brucelose na indústria frigorífica. CONCLUSÕES Todos os funcionários soropositivos para brucelose das indústrias A e B haviam trabalhado ou trabalhavam na função de magarefe. Medidas preventivas como a utilização de equipamentos de proteção individual (EPI) e palestras para sensibilização dos trabalhadores com relação as principais zoonoses, devem ser adotadas para melhoria da qualidade da saúde e de vida dos trabalhadores da indústria frigorífica. Palavras-chave Brucelose, frigorífico, magarefe, zoonose. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 03 Título do trabalho CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DE LEITE INTEGRAL E BEBIDA LÁCTEA PROCESSADOS POR UAT (ULTRA ALTA TEMPERATURA)NO FINAL DO PERÍODO DE VALIDADE E-mail [email protected] Eixo Temático Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Pública Autor Karina Paes Bürger Instituição FCAV/UNESP/Jaboticabal/SP Observações Bürger, Karina Paes ; Carvalho, Angela, C. F. Banzatto; Coleone, Ana Carla; Vidal-Martins, Ana Maria Centola; Cortez, Ana Lígia Lordello; Saba, Rachel Zoccal Introdução O leite e a bebida láctea UAT são submetidos ao mesmo tratamento térmico, mas são produtos diferentes, já que na bebida láctea é permitido a adição de até 50% de soro lácteo. A duplicidade de tratamento térmico (pasteurização e tratamento por UAT) empregada ao produto atua desfavoravelmente em relação às propriedades físico-químicas responsáveis pela manutenção do equilíbrio físico do leite. Objetivos O presente trabalho teve como objetivo estudar as características físico-químicas de diferentes marcas de leite UAT e bebidas lácteas, sendo 25 de cada uma e de cinco marcas, no final do período de validade. Aplicabilidade dos Resultados Tais resultados devem servir de alerta para a necessidade de fiscalização mais rigorosa do leite e da bebida láctea UAT, pois não atenderam a alguns parâmetros estabelecidos pela legislação. Material e Métodos Estas amostras foram submetidas à determinação da acidez titulável, densidade, teor de gordura, extrato seco total (EST) e desengordurado (ESD), ponto crioscópico, pH, à prova da estabilidade ao álcool 68% e também à pesquisa das enzimas peroxidase e fosfatase alcalina (BRASIL, 1981). Resultados e Conclusões Os resultados obtidos evidenciaram que a média da acidez encontrada no leite UAT foi 16ºD enquanto na bebida láctea foi 13ºD, a do pH foi de 6,8 e 6,73, a da densidade de 1027,2 g/L e 1024,2 g/L, respectivamente. Todas as amostras demonstraram-se estáveis ao álcool 68% e com ausência de peroxidase e fosfatase alcalina. A média do teor de gordura para o leite foi de 2,9%, sendo que três marcas apresentaram todas as amostras acima de 3,0%, já para bebida láctea a média foi de 1,7%. Para o EST a média foi de 10,62% para o leite e 13,32% para a bebida láctea e a média do ESD foi de 7,64% e 11,66%, respectivamente. E o ponto crioscópico apresentou média de -0,536 para o leite e de 0,532 para a bebida láctea. Palavras-chave Segundo a legislação, as amostras de leite UAT não atenderam ao estabelecido para os parâmetros gordura e ESD. Perante a legislação da bebida láctea tais parâmetros não são exigidos, sendo estes resultados relevantes para demonstração de que trata-se de produtos muito diferentes. Assim sendo, alerta-se para necessidade de uma fiscalização mais rigorosa do leite UAT, pois este não atendeu a dois dos quatro parâmetros estabelecidos pela legislação vigente. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 04 Título do trabalho PREVALÊNCIA DE BRUCELOSE BOVINA EM MACHOS DESTINADOS À REPRODUÇÃO E-mail [email protected] Eixo Temático Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Pública Autor Germano Knychala Faria Instituição Faculdade de Medicina Veterinária - Universidade Federal de Uberlândia Observações Anna Monteiro Correia Lima, FAMEV-UFU; Danilo Guedes Junqueira Júnior, FAMEV-UFU. Introdução No Brasil existem cerca de 185 milhões de bovinos, criados tanto extensiva ou intensivamente, que estão vulneráveis a muitas doenças. A brucelose bovina é uma dessas e corresponde a uma doença infecciosa causada por bactérias da espécie Brucella abortus, que afeta principalmente a reprodução. Este agente localiza-se de preferência nos órgãos genitais de fêmeas e machos. A brucelose no touro causa orquite, epididimite e induz a subfertilidade ou infertilidade. O tratamento do animal não é recomendado, sendo indicado o descarte dos animais positivos ao exame sorológico. Segundo o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT), os dados de notificações oficiais indicam que a prevalência de animais soropositivos para brucelose no Brasil, no período de 1988 a 1998, esteve entre 4% e 5%. Em um relato de 2005, a prevalência aparente no Triângulo Mineiro foi de 3,7%, pelo Antígeno Acidificado Tamponado (AAT). Vale salientar que os estudos anteriores não discriminaram o número de positivos entre machos e fêmeas Objetivos Conhecer a prevalência de brucelose bovina em machos destinados à reprodução com idade superior a 08 meses na microrregião de Uberlândia-MG e destacar a importância. Aplicabilidade dos Resultados Com base nos resultados encontrados salienta-se a importância da realização de exames em machos para brucelose bovina e detecção de animais positivos com uma maior frequência para diminuir sua disseminação nos rebanhos brasileiros. Material e Métodos Foram utilizadas noventa e três amostras de soros de bovinos (machos) destinados à reprodução, procedentes de sete propriedades diferentes. As amostras de soro foram submetidas ao AAT, para triagem. Aquelas positivas ao AAT foram submetidas ao teste confirmatório, 2-Mercaptoetanol (2-ME). Resultados e Conclusões Das noventa e três amostras de soro testadas, duas foram consideradas positivas nos dois testes (AAT e 2-ME). Isso correspondeu a 2,15% dos animais testados, procedentes de 02 propriedades diferentes.A prevalência em machos destinados à reprodução, foi 2,15% para brucelose bovina. O médico veterinário e os proprietários precisam estar atentos para o fato de realizar com mais periodicidade estes exames em machos, pois os animais positivos podem contaminar o rebanho. Palavras-chave Brucelose bovina, Zoonose. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 05 Título do trabalho O PAPEL DO MÉDICO VETERINÁRIO NA VIGILÂNCIA AMBIENTAL EM SAÚDE - A EXPERIÊNCIA DA SUPERINTENDÊNCIA DE EPIDEMIOLOGIA DA SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DE MINAS GERAIS E-mail [email protected] Eixo Temático Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Pública Autor Cristiana Ferreira Jardim de Miranda Instituição Superintendência de Epidemiologia- SESMG Observações Valéria de Melo Rodrigues e Oliveira; Liz Adhara Bavaresco de Naveda; Márcio Heitor Stelmo; Michael Laurence Zini Lise. Introdução A vigilância primária procura detectar fatores de risco do ambiente que possam produzir efeitos deletérios na população, quer seja em ambientes naturais, com alterações antrópicas ou por catástrofes naturais. A ação do epidemiologista Veterinário em equipes multidisciplinares na elaboração de programas de vigilância eficazes e eficientes é aplicada com sucesso em Minas Gerais já que, historicamente, a prevenção à saúde da população humana e animal baseada em ações primárias preventivas é um aspecto fundamental na formação profissional do Médico Veterinário. Objetivos Elaborar programa de Vigilância Ambiental em Saúde. Aplicabilidade dos Resultados Implantação e implementação de programas de prevenção a fatores de riscos ambientais. Material e Métodos Na SE/SESMG, a vigilância ambiental ampliou suas ações a partir de 2003, com a introdução na equipe de Veterinários que passaram a elaborar programas que possibilitassem a detecção precoce de alguns fatores de riscos ambientais relacionados ao saneamento, presença de animais sinantrópicos em áreas urbanas e rurais, reservatórios silvestres e fatores inerentes à produção animal. Resultados e Conclusões Nestes três anos de atuação foi implantado um programa específico de vigilância de quirópteros com o objetivo de monitorar colônias de morcegos e prevenir agravos provocados por eles, sem a exterminação da colônia evitando, com isto, a dispersão de espécimes doentes para outras áreas. Apesar de já se ter detectado vários morcegos positivos para raiva, não houve ocorrência de casos humanos onde foi implantada a vigilância. Em processo de elaboração, estão a vigilância de primatas que visa a detecção de doenças relacionados a este reservatório e da sensibilidade destes animais a alguns fatores químicos e a vigilância de animais de produção, necessidade detectada a partir de surtos de glomerulonefrite pós-estreptocócicas e de poxvírus ocorridos no Estado. Em saneamento, está em andamento o segundo inquérito sobre a qualidade da água para consumo humano em áreas urbanas. Há participação na investigação de surtos quando há evidências de fatores ambientais como causa primária ou de dispersão de agentes.Concluindo, a introdução do médico veterinário na SE/SESMG foi fundamental para o sucesso obtido neste processo, quer por elaboração de medidas e pesquisas em serviço, como componente da equipe de Epidemiologia Estadual. Palavras-chave Palavras-chave vigilância ambiental, saúde pública; ação do médico veterinário S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 06 Título do trabalho AGRESSÕES CANINAS A SERES HUMANOS E A POSSIBILIDADE DE TRANSMISSÃO DA RAIVA UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA E-mail [email protected] Eixo Temático Medicina Veterinária preventiva e saúde pública Autor Marilda Oliveira Ávila Instituição Instituto de Saúde Coletiva/ UFMT Observações Mundim A.P.M.1; Scatena J.H.G.Fernandes, C.G.N. Introdução Existe preocupação por parte dos profissionais em saúde pública, com os acidentes humanos envolvendo animais em virtude da possibilidade de transmissão da raiva. Epizootias urbanas colocam em risco segmentos populacionais especialmente os que habitam periferias de cidades, onde cães errantes se reproduzem com rapidez e vivem em situação de grande proximidade com o homem. No Brasil, houve redução dos casos de raiva humana e animal, mas não do número de tratamento anti-rábico pós-exposição. A agressividade canina pode ser desencadeada por dominação, medo, proteção, predação ou encefalopatias. Faz-se necessário maior conhecimento acerca das agressões para determinação com maior segurança de prescrições e orientações a serem seguidas. Objetivos Caracterizar o perfil epidemiológico de vítimas humanas e de animais domésticos envolvidos em agressões passíveis de transmissão da raiva urbana, bem como as medidas preventivas relacionadas à doença. Aplicabilidade dos Resultados Material e Métodos Estudo observacional descritivo com base em dados secundários oriundos das fichas utilizadas pelo Programa de Controle da Raiva (VE - 7), dados das fichas do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). O universo da pesquisa correspondeu a população de Cuiabá, que procurou atendimento devido a agressões por animais, e que tenha sido inserida em um dos sistemas de informação que registram esses agravos, e os animais relacionados àquelas agressões. Resultados e Conclusões As informações sobre o mesmo assunto nem sempre foram coincidentes, no entanto elas estiveram de acordo com o fato de que o principal agressor foi o cão, que de junho a outubro ocorreu maior procura aos serviços de Profilaxia da Raiva e que a maior freqüência de agressão foi em áreas populosas. As demais informações são complementares, o SINAN detalha melhor o perfil da vítima, da agressão, do animal agressor e tratamento, enquanto o VE - 7 e do CCZ apresentam a observação do agressor, do diagnóstico laboratorial, captura e eutanásia. Nenhum dos instrumentos registra a situação de domiciliamento do animal agressor.A agressão ocorreu mais por ferocidade ou em atividades de lazer do cão do que por raiva. Dentre agressores suspeitos de raiva, poucos são encaminhados para confirmação laboratorial. É desconhecido o número de agressões por animais errantes. Entre as estratégias de vacinação animal, a campanha de vacinação é a que atinge maior parcela da população animal. Em Cuiabá, as fichas VE-7 e do CCZ, informam melhor do que o SINAN. Palavras-chave Agressão canina; Raiva; Atendimento profilático anti-rábico; SINAN. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 07 Título do trabalho Controle da Cisticercose Efeito do Vinagre sobre a Viabilidade de Cisticercos E-mail [email protected] Eixo Temático Saúde Pública Autor Alves, R. L.1 Instituição Faculdade de Medicina Veterinaria da Universidade Federal de Uberlandia-MG Observações Almeida, P. L.2 . Faculdade de Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia-MG; Silva, C. F.3 . Faculdade de Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia-MG; Neves, G. E. J.4 . Faculdade de Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia-MG. Borges, D. T.5 . Faculdade de Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia-MG. Introdução A infecção pela Taenia solium e Taenia saginata está amplamente difundida nos países da América Latina. O complexo teníase-cisticercose tem sido considerado uma das mais importantes zoonoses conhecidas, não apenas pelos agravos à saúde animal e conseqüentes implicações econômicas, mas também pela ação prejudicial ao homem. Objetivos Avaliar a eficácia da utilização de vinagre na inativação de cisticercos. Aplicabilidade dos Resultados Este trabalho contribui para elucidar uma das possibilidades do uso de tratamentos quimicos para controle da cisticercose através da inviabilização de cisticercos por meio do uso de vinagre. Contribui, ainda, para o avanço no conhecimento cientifico sobre o complexo teníase-cisticercose. Material e Métodos Para este trabalho, foram coletados 39 cistos viáveis, dos quais 25 foram submetidos a solução de vinagre comercial no tempo de 1 hora, 7 foram testados no tempo de 1 hora e 30 minutos, sendo que os outros 7 serviram de controle. Após o tempo de exposição, os cisticercos foram retirados das postas de carne, suas membranas pericísticas removidas e imersos em bile, \"in natura\", para testar a viabilidade dos mesmos por um período de 1 hora. Resultados e Conclusões Obteve-se que dos 25 cistos submetidos durante 60 minutos ao vinagre, 36% (9/25) eclodiram e 64%(16/25) morreram. Dos 7 cistos testados por um período de 90 minutos, 42,8% (3/7) eclodiram e 57,2% (4/7) morreram. Todos os cistos controles eclodiram. Pode-se concluir que o vinagre é ineficaz na inativação dos cisticercos nos intervalos de tempo adotados para esta pesquisa. Palavras-chave Cisticercose, Controle, Zoonoses, Inviabilização de cisticercos. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 08 Título do trabalho LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA RELATO DE CASOS E-mail [email protected] Eixo Temático Clínica de pequenos animais Autor Barros M. M. Instituição Acadêmica do Curso de Medicina Veterinária, FAMEV-UFMT Observações Sousa V. R. F. Depto Clínica Médica Veterinária, FAMEV-UFMT Av. Fernando Corrêa s/n 78069-900, Cuiabá, MT, Almeida A. B. P. F. Depto Clínica Médica Veterinária, FAMEV-UFMT; Turbino N. C. R. M. Setor de Clínica Médica Veterinária, HOVET-UFMT ; Antoniassi N. B. Acadêmica do Curso de Medicina Veterinária, FAMEV-UFMT; Colodel E. M. Depto Clínica Médica Veterinária, FAMEV-UFMT . Introdução A Leishmaniose é uma protozoonose causada por parasitos intracelulares do gênero Leishmania transmitidos por dípteros da família Psychodidade. A leishmaniose visceral em cães é observada como doença debilitante crônica, febre intermitente, perda de peso progressiva, anemia, leucopenia, linfadenomegalia, hepato-esplenomegalia e dificuldade para cicatrização. Freqüentemente a infecção causa a morte. Objetivos Comparar os achados clínicos, sorológicos e patológicos de dois cães com leishmaniose visceral atendidos no Hospital Veterinário (HOVET) da UFMT. Aplicabilidade dos Resultados Alertar a unidade veterinária quanto ao risco da Leishmaniose Visceral, principalmente no estado de Mato Grosso, que é uma região endêmica. Material e Métodos No HOVET-UFMT foram atendidos dois cães, machos, com suspeita de leishmaniose. O primeiro, da raça labrador com dois anos de idade, ao exame físico notou-se linfadenomegalia dos pré-escapulares, hepatomegalia, seborréia, alopecia na região cervical, membros, região periocular, úlceras na ponta da orelha e opacidade bilateral da córnea e crises convulsivas. O segundo, um Dobermann de oito anos de idade, apresentava-se prostrado e magro. Ao exame físico tinha mucosas hipocoradas, uveíte bilateral com vascularização da córnea, emaciação, úlceras cutâneas, descamação epitelial no dorso e região sacral, pelame seco, linfadenomegalia do pré-escapular, claudicação e atrofia do músculo temporal. Para ambos foi realizado hemograma completo, análise bioquímica sérica, pesquisa de hematozoários, sorologia para leishmaniose e aspirado de medula óssea, linfonodos e no segundo animal, da pele, para confirmação da leishmaniose. Confirmada a doença, os animais foram eutanasiados e necropsiados. Resultados e Conclusões O primeiro cão apresentou anemia normocítica normocrômica e neutrofilia relativa, sendo detectada Anaplasma platys no esfregaço sanguíneo. Os dois animais apresentaram formas amastigotas de Leishmania sp na citologia dos aspirados de medula óssea, linfonodos e, no segundo cão, pele. Na sorologia, o primeiro animal apresentou sorologia reagente para Leishmania no método ELISA, e o segundo foi considerado suspeito. Microscopicamente, ambos apresentaram inflamação granulomatosa na pele, fígado, linfonodo, baço e medula óssea com formas amastigotas livres ou em macrófagos, morfologicamente similares à Leishmania sp. De acordo com os resultados encontrados o diagnóstico clínico foi de leishmaniose visceral. CONCLUSÕES Baseados nos achados clínicos, sorológicos e patológicos, a Leishmaniose Visceral foi caracterizada como a causa do quadro clínico e patológico nestes cães. Palavras-chave: Leishmaniose Visceral, cães, sinais clínicos. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 09 Título do trabalho Diagnóstico sorológico de erliquiose canina com antígeno brasileiro de Ehrlichia canis E-mail [email protected] Eixo Temático Medicina Veterinaria Preventiva Autor Daniel Moura de Aguiar Instituição Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios Observações Taís Berelli Saito - FMVZ/USP; Mitika Kuribayashi Hagiwara - FMVZ/USP; Rosângela Zacarias Machado - FMVZ/USP; Marcelo Bahia Labruna - FMVZ/USP. Introdução O gênero Ehrlichia atualmente compreende as espécies Ehrlichia canis, E. chaffeensis, E. ewingii, E. muris e E. ruminantium. São bactérias gram-negativas, parasitas intracelulares obrigatórias de células mononucleares, granulocíticas e endoteliais. No Brasil, a única espécie descrita até o momento é E. canis, considerada endêmica nas áreas urbanas, onde abundam populações do carrapato Rhipicephalus sanguineus. A E. canis tem sido cultivada in vitro em células DH82 (dog histiocytosis) sendo a base para produção de antígenos a serem aplicados em testes sorológicos como a Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI). Objetivos O presente trabalho objetivou relatar o cultivo in vitro de um isolado de E. canis em células DH82 e a padronização da RIFI para diagnóstico sorológico da erliquiose canina no Brasil. Aplicabilidade dos Resultados Com o resultado deste trabalho pretende-se iniciar a produção de antígenos de E. canis de origem brasileira. Também facilitará a obtenção de informações genéticas sobre o isolado nacional propagado em cultivo celular. Espera-se com isso gerar novos conhecimentos e estudos epidemiológicos sobre a erliquiose canina brasileira. Material e Métodos Leucócitos de uma cadela experimentalmente infectada com o isolado Jaboticabal de E. canis foram inoculados em cultivo de células DH82 mantidas a 37oC e 5% de CO2, com meio Dulbecco´s Modified Eagle´s (Sigma Aldrich®) acrescido de 5% de soro de bezerro (Bovine Calf Serum; Hyclone ®), renovado parcialmente a cada 3-4 dias. O inoculo foi monitorado a cada 5-6 dias por exames citológicos e pela Reação em Cadeia pela Polimerase (PCR) de um fragmento do gene dsb de Ehrlichia para confirmação da infecção. Quando o cultivo apresentou 90% de infecção, as células foram utilizadas para confeccionar lâminas de imunofluorescência a fim de avaliar soros sangüíneos de 30 cães suspeitos de erliquiose, atendidos no Hospital Veterinário (HOVET) da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da Universidade de São Paulo (USP). Resultados e Conclusões A cultura apresentou-se positiva aos 27 dias pós-inoculação pela PCR e aos 28 dias pela citologia. No 33o dia pós-inoculação observou-se 20% de células infectadas e aos 53 dias, 60% de infecção. Atualmente, o isolado encontra-se estabelecido em células DH82, com várias passagens atingindo 90-100% de células infectadas entre 7-10 dias após a inoculação. Após o seqüenciamento do produto de PCR, o isolado apresentou-se 100% similar a seqüência correspondente de E. canis depositada no GenBank. Após a padronização da RIFI (≥ 40), 80%(24/30) dos soros foram reagentes com títulos variando de 40 a 81.920. Destaca-se nesta pesquisa, a manutenção contínua do isolado Jaboticabal de E. canis em células DH82 e consequentemente sua utilização na produção de antígenos para o diagnóstico complementar da erliquiose canina brasileira. Esta amostra de E. canis, adaptada a cultivo celular, encontra-se depositada e disponível na Coleção de riquétsias e erlíquias do Laboratório de Doenças Parasitárias da FMVZ/USP. Palavras-chave Ehrlichia canis, isolamento, DH82, Imunofluorescência, sorologia. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 10 Título do trabalho Prevalência, Tipo e Localização de Neoplasias em bovinos abatidos em um Matadouro Frigorífico do Triangulo Mineiro. E-mail [email protected] Eixo Temático Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Publica Autor Marcos Dias Moreira Instituição Universidade Federal de Uberlândia - Docente FAMEV Observações Claudesina Rodrigues Leite - Médica Veterinária - Secretaria Municipal de Agropecuária/Uberlândia; Cristiane de Fátima Pereira - Médica Veterinária -SENAI/ CETAL Uberlândia/MG; Laerte Pereira de Almeida - Universidade Federal de Uberlândia - Docente FAMEV; Nilander Machado de Oliveira - Universidade Federal de Uberlândia - Graduando. Introdução Neoplasias são massas teciduais que excedem e escapam do controle dos tecidos normais e persistem, mesmo após o termino do estimulo que causou a alteração. São achados macroscópicos que não podem ser generalizados quanto ao aspecto, podendo ter diferentes dimensões, variando quanto a forma, consistência e superfície de corte. Os tumores malignos apresentam células com características anaplásicas ou atípicas, com pouca diferenciação celular, que sofrem metástases e invadem os tecidos visinhos provocando sua destruição, gerando necrose e hemorragias. Os benignos são bem diferenciados, crescem lentamente por expansão e não invadem os tecidos atravessando as membranas basais, sendo geralmente encapsulados. O linfossarcoma é uma neoplasia maligna do tecido linfóide, produzida pelo vírus VBL (Vírus da leucose bovina), do tipo retrovirus (RNA vírus), similar a outros agentes virais oncogenicos. Objetivos Determinar a prevalência dos casos de neoplasia, bem como o tipo e o local da lesão, e a porcentagem de carcaças condenadas em bovinos abatidos no Município de Uberlândia/MG. Aplicabilidade dos Resultados Ampliar o conhecimento sobre a neoplasia bovina na Região do Triangulo Mineiro e verificar sua ocorrência Material e Métodos Os dados foram obtidos nos arquivos Serviço de Inspeção da Secretaria de Agropecuária de Uberlândia-MG, a partir de mapas estatísticos de ocorrências higiênicosanitárias, no período de cinco anos (2000-2004). Resultados e Conclusões Nesses cinco anos foram abatidos um total de 161.838 bovinos, sendo que 94 deles ou 0,06% das carcaças apresentaram lesões típicas de neoplasias. Todos os diagnósticos foram confirmados histopatologicamente pelo laboratório de patologia da Faculdade de Medicina Veterinária (FAMEV) da Universidade Federal de Uberlândia. No que se refere ao ano de 2000 a doença foi confirmada em 0,16% dos animais abatidos. Nos anos subseqüentes, os relatos foram de 0,054% em 2001, 0,036% em 2002, 0,033% em 2003 e 0,032% em 2004. Os tipos de neoplasias encontradas foram diversos, sendo o linfossarcoma o grupo mais representativo com 87,4% de todas as lesões. Em seguida vieram os adenocarcinomas com 5,4%, os feocrocitomas com 3,6%, os mesoteliomas com 1,2% e por ultimo os adenomas, os fibrosarcomas, miossarcomas e fibromas com 0,6% cada. Dentre os linfossarcomoas, o linfonodo mais acometido foi o retro-mamário com 26,7%. Verificou-se também que no mínimo 84% dos animais neoplásicos eram fêmeas e 72,3% das carcaças afetadas foram condenadas. Palavras-chave Neoplasias, Prevalência, Linfossarcoma, Inspeção. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 11 Título do trabalho DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO DA LEPTOSPIROSE NA POPULAÇÃO CANINA NO BAIRRO PRAEIRINHO EM CUIABÁ-MT. E-mail [email protected] Eixo Temático Leptospirose canina Autor Darci Lara Perecin Nociti Instituição Universidade Federal do Mato Grosso -UFMT Observações João Garcia CARAMORI JÚNIOR; Rodrigo Berguio VIDOTTI; Luciana Cabral de SOUZA; Maria Odilene DAMASCENO; Robson REVERDITO, Introdução A Leptospirose é uma zoonose causada por uma bactéria espiroqueta do gênero Leptospira, de ampla distribuição geográfica, no entanto a sua ocorrência é favorecida pelas condições climáticas, vigentes nas regiões de clima tropicais e subtropicais (MORSHED, 1994), onde a elevada temperatura e os períodos do ano com altos índices pluviométricos favorecem o aparecimento de surtos epidêmicos de caráter estacional, acometendo os animais e o homem, representando um ponto de preocupação para os profissionais envolvidos com a saúde animal e saúde pública. Para a profilaxia, é necessário que as ações atuem diretamente sobre o animal, como a imunoprofilaxia, pela utilização de vacinas, como aquelas dirigidas para o controle de seus reservatórios, sejam os próprios animais infectados, bem como os roedores e o ambiente (Manual de Leptospirose, 1995). Objetivos Diagnosticar o agente etiológico, observar as formas de ocorrência da leptospirose canina mais freqüente e verificar as características imunológicas da população canina frente à ocorrência desta enfermidade num bairro periférico de Cuiabá - MT. Aplicabilidade dos Resultados Por ser a leptospirose uma enfermidade causadora de grandes problemas à saúde animal e pública, demonstrando com isso seu caráter zoonótico, tendo em vista a próxima convivência entre homem e cão, enfatizando este aspecto como importante fator epidemiológico na transmissão desta zoonose, considerando também os fatores ambientais, os culturais, envolvendo os sócio-econômicos as precárias condições de saneamento básico do bairro Praeirinho, como predisposições fundamentais para o aparecimento desta moléstia na baixada cuiabana. Material e Métodos Este trabalho foi realizado no bairro Praeirinho (bairro periférico e ribeirinho) da cidade de Cuiabá-MT. A coleta foi realizada em 50 cães do bairro supracitado de forma aleatória, utilizando-se 3ml de soro sangüíneo livre de hemólise congelado e devidamente identificados da população canina. O método de diagnóstico foi a soroaglutinação microscópica. O laboratório de referência para a realização do diagnóstico foi o LASA (Laboratório de Apoio à Saúde Animal INDEA). Para coleta de informações, foi aplicado questionário na população humana no momento da coleta com o intuito de caracterizar a população canina quanto ao seu estado sanitário (vacinado ou não contra leptospirose), comportamento (contato com roedores ou não; domiciliação permanente ou não) além das informações básicas sobre a identificação do animal (sexo, raça, idade, etc.). Resultados e Conclusões RESULTADO Das cinqüenta amostras examinadas, três (3) amostras foram reagentes (6%) sendo uma canicola 100; uma australis 100 e outra australis 200 e shermani 200. Segundo informações prestadas pelos proprietários, os animais foram vacinados apenas contra raiva, são domiciliados, mas com livre acesso à rua, com contato com outros animais e possivelmente com roedores. CONCLUSÕES Conforme os dados obtidos no presente trabalho, apesar da prevalência estar em níveis baixos, foi possível constatarmos a presença das leptospiras circulantes entre os cães e diante das condições favoráveis à manutenção e transmissibilidade tanto entre os próprios animais como para o homem, se faz necessário maior acompanhamento sorológico, educativo e preventivo. Palavras-chave Leptospirose, cão, roedores, zoonoses. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 12 Título do trabalho PREVALÊNCIA DE BRUCELOSE EM TRABALHADORES DE INDÚSTRIAS FRIGORÍFICAS, NO MUNICÍPIO DE VÁRZEA GRANDE-MT E-mail [email protected] Eixo Temático Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Pública Autor Schneider, R.C. Instituição Médico Veterinário, Coordenadoria de Doenças dos Animais do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso, Rua Bernardo Biancardini, 125, Cuiabá/MT CEP 78030-055. [email protected].; Observações Santos, M.D. Médico Veterinário, Dr em Zootecnia, Prof. Faculdade de Medicina Veterinária -Universidade de Cuiabá - UNIC, Rua das Pérolas n 184, Apto 703 B , CEP 78.050090. e-mail [email protected] ; Miotto, F.A. Farmacêutico e bioquímico, Prof. Faculdade de Farmácia -Universidade de Cuiabá - UNIC, e-mail [email protected] ; Schein, F.B. Médico Veterinário, Prof. Faculdade de Medicina Veterinária -Universidade de Cuiabá - UNIC, e-mail [email protected] ; Melo, R.M. Médica Veterinária, Laboratório de Apoio a Saúde Animal do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso, rua Luiz de Matos, 247, Cidade Alta, Cuiabá/MT [email protected] ; Sousa, F.T. Médica Veterinária, Laboratório de Apoio a Saúde Animal do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado do Mato Grosso, Av. 8 de abril s/nº Cond. 8 de abril, bloco A-11 apto. 103 78000-000 [email protected] . Introdução A brucelose é uma zoonose que acomete seres humanos e animais, tendo como agente etiológico a bactéria do gênero Brucella. A doença é transmitida para os seres humanos a partir de animais contaminados, via consumo de leite cru ou derivados não pasteurizados, por outras formas de contato com o agente infeccioso e por exposição ocupacional. Anticorpos contra Brucella abortus foram identificados em funcionários de dois matadouros do município de São Luís do Maranhão, observou-se que seis pessoas (10,2%) foram positiva à prova de fixação de complemento, com maior ocorrência nos setores de matança e evisceração. Os seres humanos acometidos por brucelose podem apresentam mal-estar, calafrios, sudorese, cansaço, fraqueza, febre, mialgia, anorexia, perda de peso, artralgia e orquite. Nos animais o aborto é o principal sintoma da doença, pode acarretar endometrite com redução da fertilidade. No macho, observa-se epididimite, vesiculite e orquite e até necrose testicular. Objetivos Estudar a prevalência de brucelose em trabalhadores de indústrias frigoríficas do estado de Mato Grosso e identificar fatores de risco associados à sua transmissão. Aplicabilidade dos Resultados Os resultados obtidos são importantes para sensibilizar os proprietários e funcionários das indústrias frigoríficas sobre a importância da brucelose como zoonose e da necessidade de adoção de medidas preventivas e de utilização de equipamentos de proteção individual por pessoas que trabalham em setores de risco. Alertar também as autoridades sanitárias sobre a prevalência de brucelose humana em indústrias frigoríficas do estado de Mato Grosso. Material e Métodos O estudo foi realizado em duas indústrias frigoríficas no município de Várzea Grande-MT. Após sensibilizar proprietários e funcionários dos frigoríficos A e B e obter anuência formal para realização do trabalho, 76 e 58 amostras de sangue foram devidamente coletadas de 100% dos funcionários dos frigoríficos A e B, respectivamente, identificando-se os setores de trabalho e possíveis fatores de risco, por meio de questionário aplicado individualmente. Utilizou-se como triagem a prova do Antígeno Acidificado Tamponado e as amostras reagentes serão submetidas posteriormente ao teste de ELISA. Os dados foram analisados utilizando-se estatística descritiva. Resultados e Conclusões quatro pessoas (5,3%) dos 76 funcionários e seis pessoas (10,3%) dos 58 funcionários dos frigoríficos A e B, respectivamente, reagiram positivamente ao exame. No frigorífico A, os quatro funcionários eram do sexo masculino e trabalhavam na função de S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” magarefe, no frigorífico B, as seis pessoas também eram do sexo masculino, sendo que cinco trabalhavam na função de magarefe e uma na função de serviços gerais, contudo, 10 meses antes, a referida pessoa trabalhou em outro frigorífico na função de magarefe. Esta função por proporcionar maior contato das pessoas com aerossóis, sangue, vísceras e fluídos de animais contaminados, é um importante fator de risco para a transmissão da brucelose na indústria frigorífica. CONCLUSÕES Todos os funcionários soropositivos para brucelose das indústrias A e B haviam trabalhado ou trabalhavam na função de magarefe. Medidas preventivas como a utilização de equipamentos de proteção individual (EPI) e palestras para sensibilização dos trabalhadores com relação as principais zoonoses, devem ser adotadas para melhoria da qualidade da saúde e de vida dos trabalhadores da indústria frigorífica. Palavras-chave Brucelose, frigorífico, magarefe, zoonose. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 13 Título do trabalho LEVANTAMENTO DE CASOS DE DERMATOFITOSE EM HUMANOS E SUA RELAÇÃO COM ANIMAIS DOMÉSTICOS NA CIDADE DE JUPI, PERNAMBUCO. E-mail [email protected] Eixo Temático Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Publica Autor Silva, C. A.1 Instituição 1- Méd. Veterinária. da Pref. Mun. de Jupi e São Bento do Una - PE – Observações Silva, J. S. (2*) 2*- Médica Veterinária, MSc., Departamento Estadual de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (DEAGRO). Aracaju, Sergipe. *[email protected] Gameleira, J. O. (3); 3- Méd. Veterinária Autônoma; Albuquerque, M. P. (4); 4- Médico, Residente em Cirurgia Geral no Hospital Estadual do RN. Introdução A Dermatofitose é uma infecção fúngica, causada por um grupo de fungos classificados em três gêneros Trichophyton, Epidermophyton e Microsporum que têm a capacidade de invadir os tecidos queratinizados (pele, pêlo e unha) de animais e humanos. A infecção é caracterizada como uma importante zoonose, sendo considerada o terceiro distúrbio de pele mais comum em crianças menores de 12 anos e o segundo da população adulta. Apesar de escassos os dados epidemiológicos referentes ao alcance da doença entre os animais, a literatura relata ser bastante comum esta enfermidade entre cães e gatos. A transmissão entre as espécies se dá rapidamente, sendo os animais considerados responsáveis por 80% das dermatofitoses humanas. O diagnóstico da dermatofitose baseia-se na evidência da infectividade, na aparência das lesões características e por exames laboratoriais, onde a cultura fúngica é o mais preciso. Objetivos Verificar a ocorrência da dermatofitose em humanos no município de Jupi e a importância das diversas espécies animais na transmissão desta. Aplicabilidade dos Resultados Clínica Médica de Pequenos Animais, Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Publica, Dermatologia Veterinária e Humana Material e Métodos A pesquisa foi realizada em três postos de saúde (dois na zona rural e um na área urbana) e na Unidade Municipal de Saúde de Jupi. Foram avaliadas as fichas do período de março de 2003 a março 2004. Considerou-se como universo amostral, 390 fichas médicas ambulatoriais de pacientes atendidos no período citado, com dermatopatias, sendo separadas aquelas com diagnóstico de dermatofitose. Nestas foram analisados os históricos e a anamnese, avaliando-se coabitação, métodos de higiene, contato dos pacientes com animais domésticos e a sintomatologia apresentada, ponto relevante para obtenção do diagnóstico, diante da falta de condições deste postos realizar exames laboratoriais de modo rápido e sem custos. Resultados e Conclusões RESULTADOS Das 390 fichas estudadas com dermatopatias, em 69 foram verificados casos de dermatofitoses, a maioria (78,26%) foi em crianças e jovens; e em todos os casos diagnosticados havia a citação do Médico responsável pelo atendimento de alguma espécie animal envolvida na transmissão, e entre estas a mais citada como provável transmissora desta enfermidade foi a canina, citada em 85,51% das fichas. CONCLUSÕES A análise das fichas médicas revelou que a maioria dos casos de dermatofitose foi diagnosticada em crianças e jovens; e entre as espécies envolvidas na transmissão, a canina foi a mais responsabilizada. É importante ressaltar que nas fichas analisadas faltam subsídios que comprovem a real importância dos animais domésticos no processo de transmissão destas dermatofitoses, pois os diagnósticos efetuados pelos médicos responsáveis pelos atendimentos foram baseados no histórico, no relato da presença de animais domésticos no mesmo ambiente do paciente e na sintomatologia clínica apresentada por este. Não foram efetuados exames laboratoriais nos pacientes que comprovassem a presença de fungos nas dermatites e nem nos animais responsabilizados pela transmissão destes dermatófitos. Palavras-chave Dermatofitose, zoonose, dermatite. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 14 Título do trabalho Contaminação por ovos de Ancylostoma sp nas praças públicas de Cuiabá, Mato Grosso. E-mail [email protected] Eixo Temático Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Pública Autor Arleana do Bom Parto Ferreira de Almeida Instituição Pós-graduanda em Clínica e Cirurgia de Pequenos Animais - HOVET/UFMT Observações Valéria Régia Franco Sousa -Professora Adjunto I -CLIMEV/UFMT; Luciana Dalcin - Graduanda do Curso de Medicina Veterinária –UFMT; Christiano Henrique da Silva Justino - pós-graduando em Ciências da Saúde - UFMT. Introdução INTRODUÇÃO As praças e parques públicos contaminados por fezes de cães constituem uma importante via de transmissão de zoonoses parasitárias. O crescente número de cães domiciliados, peridomiciliados e errantes e o acesso destes a locais públicos tem aumentado o risco de contaminação ambiental e infecção, especialmente para as crianças, por zoonoses, como a Larva Migrans Cutânea (LMC). A LMC é causada pelo Ancylostoma sp, helminto que parasita cães e gatos e, ocasionalmente os seres humanos, através da penetração da larva infectante (3º estádio larval) pela pele. Após penetração, essas larvas fazem migração pelo tecido subcutâneo acarretando reações inflamatórias caracterizadas por prurido intenso e erupção linear e tortuosa da pele, observadas principalmente nos membros inferiores. Essa dermatose tem sido observada em pacientes que tiveram contato com areia de praias, de depósitos peridomiciliares ou de áreas de recreação. Objetivos OBJETIVO Investigar a contaminação por ovos de Ancylostoma sp nas praças públicas de Cuiabá, Mato Grosso. Aplicabilidade dos Resultados Aplicabilidade dos Resultados Aplicação de medidas de controle do número de cães nas praças públicas de Cuiabá e prevenção para a ocorrência de zoonoses parasitárias transmitidas através das fezes destes animais. Material e Métodos MATERIAL e METODOS No presente estudo foram pesquisadas 55 praças do município de Cuiabá, Mato Grosso. As visitas às praças ocorreram de agosto a novembro de 2005, sempre no período da manhã. As amostras de fezes caninas encontradas foram armazenadas em sacos plásticos e mantidas sob refrigeração até o momento do processamento. Para a pesquisa foram realizadas as técnicas de Willis-Mollay e Hoffmann, Pons e Janer, 1934, sendo confeccionadas uma lâmina de cada amostra. As lâminas obtidas foram examinadas em microscopia óptica para a presença de ovos de Ancylostoma sp. Os resultados obtidos foram analisados pelo método não paramétrico do qui-quadrado, através do programa Epi info versão 3.3.2. Resultados e Conclusões RESULTADOS Das 55 praças visitadas, 40 possuíam amostras de fezes caninas, sendo 33 localizadas na periferia e sete no centro da cidade. Ao todo foram coletadas 121 amostras fecais. Em 76 não foram verificados ovos de helmintos, e em 45 amostras observou-se a presença destes ovos. Das 45 amostras positivas, 38 (84,4%) apresentaram ovos de Ancylostoma sp. Quanto à contaminação das praças segundo a sua localização, constatou-se que das 121 amostras fecais, 22 encontravam-se nas praças centrais e destas, 03 foram positivas para ovos de Ancylostoma sp. As 99 amostras restantes encontravam-se nas praças periféricas, sendo 42 positivas para ovos de helmintos, e em 35 (83,3%) constatou-se ovos de Ancylostoma sp. Não houve diferença significativa (p>0,05) entre a contaminação das praças de bairros periféricos em relação às centrais de Cuiabá. CONCLUSÃO O presente estudo revelou alta contaminação de praças públicas da cidade de Cuiabá por ovos de Ancylostoma sp, o que indica risco de transmissão ao homem, sendo necessário a implementação de medidas preventivas e de controle. Palavras-chave Palavras-chave Ancylostoma sp., praças públicas, zoonose. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 15 Título do trabalho PREVALÊNCIA DE Contracaecum sp EM PEIXES TELEÓSTEOS MARINHOS COMERCIALIZADOS EM NITERÓI - RJ E-mail [email protected] Eixo Temático MEDICINA VETERNÁRIA PREVENTIVA E SAÚDE PÚBLICA Autor Marcus de Freitas Ferreira Instituição Universidade Federal Fluminense Observações Marcus de Freitas Ferreira - Universidade Federal Fluminense; Sérgio Carmona de São Clemente - Universidade Federal Fluminense; Francisco Carlos de Lima - Universidade Federal Fluminense; Rogério Tortelli - Universidade Federal Fluminense; Elmiro Rosendo do Nascimento - Universidade Federal Fluminense; Aline de Resende Lima - UNIGRANRIO Introdução A anisakiose é uma infecção parasitária que ocorre após o consumo de peixe marinho cru ou insuficientemente salgado, defumado ou cozido e infectado com larvas de anisakídeos. Os sinais clínicos da infecção incluem dor abdominal e vômito. O abdômen apresenta-se distendido próximo ao intestino cuja parede do jejuno encontra-se espessada. O jejuno apresenta ainda uma área localizada de serosite com edema na mucosa e um abcesso na submucosa rico em eosinófilos que envolvem o parasito. Na medida em que aumenta a popularização da ingestão de peixes crus, a anisakiose deve ser diagnosticada com uma maior freqüência (Couture et al. 2003). Apesar dos nematóides chamados anisaquídeos que causam infecção nos seres humanos serem normalmente identificados após remoção cirúrgica, os laboratoristas devem estar atentos às suas similaridades em relação a outros nematóides (Olson Jr. et al. 1983). Diante do exposto, evidencia-se a importância do estudo da presença de anisaquídeos em peixes marinhos ingeridos pela população. Objetivos Verificar a prevalência do anisaquídeo Contracaecum sp em duas espécies de peixes marinhos comercializados em Niterói-RJ. Aplicabilidade dos Resultados A alta prevalência parasitária de Contracaecum sp, associada à cada vez crescente ingestão de carne de peixe não submetida à cocção, defumação e salga eficientes, determinam a importância desta parasitose para a saúde pública. Material e Métodos Foram necropsiados sessenta peixes pertencentes a duas espécies diferentes visando o estudo da prevalência da larva de Contracaecum sp. As larvas presentes na serosa da cavidade abdominal dos peixes foram coletadas, fixadas e preparadas para exame ao microscópio óptico para observação de suas estruturas e correta identificação. Resultados e Conclusões Dos sessenta peixes examinados, vinte e três (38,33%) apresentaram positividade para Contracaecum sp. Das espécies de peixes estudadas, o pargo (Pagrus pagrus) foi a que apresentou maior prevalência (76,67%) e média de intensidade de infecção (16,67 parasitos por peixe). No xerelete (Caranx latus) não foi encontrado nenhum Contracaecum sp. Comparando as duas espécies de peixes estudadas, a que possui a maior possibilidade de transmitir a anisakiose é o pargo (P. pagrus) e a menor é o xerelete (C. latus). Palavras-chave Contracaecum sp, Peixes, Zoonose, Parasitose. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 16 Título do trabalho IMUNIDADE NATURAL E ADQUIRIDA AO PARVOVÍRUS SUÍNO EM REBANHOS DO ESTADO DA BAHIA E-mail [email protected] Eixo Temático Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Pública Autor Isa Maria Sousa Trindade Instituição ADAB-Laboratório de Virologia-Instituo de Ciências da Saúde-UFBA Observações GÚBIO SOARES CAMPOS- Laboratório de Virologia - Instituto de Ciências da Saúde – UFBA; RITA DE CÁSSIA SANTOS PIMENTEL Laboratório de Virologia - Instituto de Ciências da Saúde –UFBA; ANTÔNIO CARLOS ALVES DOS SANTOS JR. - Médico Veterinário; JOSÉ CARLOS DE ANDRADE MOURA - Escola de Medicina Veterinária-UFBA; SÍLVIA INÊS SARDI- Laboratório de Virologia- Instituto de Ciências da Saúde-UFBA . Introdução A Parvovirose suína, doença causada pelo Parvovírus suíno (PVS), caracteriza-se por transtornos reprodutivos, tais como fetos mumificados, mortalidade neonatal, dentre outros. Portanto, as fêmeas deveriam estar protegidas contra o PVS antes do início da sua vida reprodutiva. A imunidade humoral é a principal responsável por eliminar a infecção pelo PVS, sendo que os titulos de anticorpos por vacinação assim como por infecção natural alcançam níveis de proteção. Objetivos Este trabalho, primeiro voltado para este agente na região Nordeste do Brasil, teve como objetivo pesquisar a resposta imune natural e adquirida ao Parvovírus suíno em rebanhos localizados no Estado da Bahia Aplicabilidade dos Resultados A imunidade natural detectada nos animais confirma a circulação do vírus no campo, a qual dependerá do manejo sanitário empregado. A imunidade adquirida por vacinação mostra o nível de proteção dos animais e a eficácia do esquema vacinal utilizado. Material e Métodos Foram utilizadas fêmeas suínas (n=348) vacinadas ou não vacinadas, entre 8 meses e 5 anos de idade, criadas em regime de confinamento, provenientes de 11 municípios da Bahia. Foram coletadas das fêmeas, amostras de soro que foram submetidas a técnica de Inibição da hemoaglutinação(IHA) para detecção de anticorpos contra o PVS. Resultados e Conclusões Os resultados obtidos mostraram que 98,34% dos animais vacinados e não vacinados foram soropositivos com títulos de anticorpos até ≥ 10.000 IHA. A imunidade natural detectada em animais sem vacinação, mostrou títulos médios desde 195 até o máximo de 48.488 IHA. Por outro lado, os animais vacinados segundo o esquema de uma dose após cada parto (até 7 doses) alcançaram títulos protetores já na segunda dose de vacina, desde 410 ate 820 IHA. Questiona-se a necessidade de revacinações após a 4ª ou 5ª doses nestes animais, já que os títulos de anticorpos alcançados neste momento ≥ 1.000 IHA podem até prejudicar uma resposta imune subseqüente.Experimentos com animais vacinados ou não vacinados que possuíam altos títulos de anticorpos contra PVS demonstraram, que nestes animais a vacinação seria desnecessária. Com relação aos problemas reprodutivos se discute que altos títulos de anticorpos contra PVS, não estariam relacionados a presença do vírus nas granjas em estudo. Apoio Financeiro FAPESB Palavras-chave Parvovírus suíno, anticorpos, imunidade, vacinas. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 17 Título do trabalho INFECÇÃO EXPERIMENTAL EM SUÍNOS JOVENS COM Leptospira interrogans sorovar wolffi DETERMINAÇÃO DE PARÂMETROS BIOQUÍMICOS. E-mail [email protected] Eixo Temático Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Pública Autor José Carlos Rende Instituição Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias-UNESP/Jaboticabal-SP Observações RIGOBELO, E. C. (1), MALUTA, R. P. (1), STELLA, A. E. (1), MARIN, J. M. (1), DRUBI, M.J. (1), ÁVILA, F. A (1). 1 Programa de Pós-graduação em Microbiologia Agropecuária da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias-UNESP, Via de Acesso Prof. Paulo Donatto Castellane, s/n, CEP 14884-900, Laboratório de Microbiologia Veterinária, Jaboticabal-SP. Auxílio financeiro CAPES, CNPq e FAPESP Introdução A infecção por leptospiras tem sido relatada em seres humanos, bovinos, suínos, eqüinos, caprinos cães, roedores e em diversas espécies de animais silvestres no Brasil e no mundo. (SCHENCK, 1976; TRAGLIABUE & FARINA, 1995). Segundo RAMOS et al., (1981), esta doença pode-se tornar crônica após esse período, e nos últimos 30 anos, os suínos têm sido apontados como os mais importantes animais domésticos portadores de leptospira, sendo responsabilizados por ocorrências epidêmicas no homem e em outras espécies domésticas. Objetivos Considerando a alta incidência do sorovar wolffi relatado após um levantamento sorológico, em suínos com histórico de falhas reprodutivas, realizado em Minas Gerais por AVILA et al., (1977), o presente trabalho teve como objetivo relacionar os resultados bioquímicos com a infecção induzida por este sorovar. Aplicabilidade dos Resultados Material e Métodos Estudo sobre infecção experimental foi realizado em oito suínos, com aproximadamente 90 dias de idade, machos, da raça Wessex e distribuídos em dois grupos de quatro suínos cada. Durante 36 dias foram analisadas as alterações bioquímicas nos soros dos suínos dos dois grupos. O Grupo I foi mantido como testemunho e recebeu 5,0 mL de solução fisiológica estéril por via intra venosa (veia cava craniana) e no Grupo II os suínos foram inoculados pela mesma via com 5,0 mL de cultura de Leptospira interrogans sorovar wolffi , amostra L-10 selvagem isolada de tatu (Dasypus novemcinctus), contendo 1,0 x 108 leptospiras/mL. A partir do terceiro dia após a inoculação e em intervalos de 72 horas até o décimo oitavo dia, foram feitas coletas de sangue, sem anticoagulante, dos animais inoculados e testemunhos. Os parâmetros bioquímicos analisados foram bilirrubina total, direta e indireta, ácidos graxos, glicose e proteínas plasmáticas. Resultados e Conclusões Foi detectado um aumento da bilirrubina direta no terceiro dia e um aumento no sexto dia da bilirrubina total e indireta após a inoculação. As dosagens da glicose, ácidos graxos e proteínas plasmáticas apresentaram uma diminuição a partir do terceiro dia da inoculação. Com os resultados obtidos pode-se concluir que o aumento das taxas de bilirrubinas levam a uma definição de um diagnóstico de hemólise aguda, e que a hipoglicemia, a hipolipidemia e a hipoproteinemia podem estar relacionadas com lesões hepáticas e a uma septcemia.Todas as dosagens em todos os animais retornaram aos seus valores normais a partir do décimo quinto dia. Palavras-chave Infecção experimental, suíno. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 18 Título do trabalho ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS E SUSCETIBILIDADE A ANTIMICROBIANOS DE ESCHERICHIA COLI O157 H7 E OUTROS SOROGRUPOS ISOLADOS DE FEZES DE BOVINOS LEITEIROS, ÁGUA E LEITE NA REGIÃO DE RIBEIRÃO PRETO-SP, BRASIL. E-mail [email protected] Eixo Temático Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Pública Autor Ariel Eurides Stella Instituição Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias-UNESP/Jaboticabal-SP Observações RIGOBELO E. C. (1) , MALUTA R. P. (1) , MARIN J. M.(1), DRUBI M.J.(1) ÁVILA, F A. (1) 1 Programa de Pós-graduação em Microbiologia Agropecuária da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias-UNESP, Via de Acesso Prof. Paulo Donatto Castellane, s/n, CEP 14884-900, Laboratório de Microbiologia Veterinária, Jaboticabal-SP. Financiamento FAPESP CAPES, CNPq. Introdução Vários surtos e casos esporádicos de doença em humanos causada pela E. coli O157H7 , O157 -H ( não móvel) e outros isolados não sorotipados para o antígeno H oriundos de fazenda leiteiras, enfatizam o papel do leite cru como um importante veículo de transmissão (REITSMA & HENNING, 1996). No Brasil, a E. coli enteropatogênica, é um dos principais microrganismos responsável por quadros de diarréia em crianças de até 1(um) ano de idade (GOMES et al., 1991). As EPEC podem causar sérios surtos de infecção diarréica, principalmente em crianças, uma vez que já foram isoladas de alimentos e produtos lácteos (SILVA, 2001). Objetivos Caracterizar os principais sorogrupos de Escherichia coli enteropatogênicas (EPEC) clássicas presentes nas fezes de bovinos leiteiros, água e leite, bem como a frequência da Escherichia coli O157H7. Também foi objetivo evidenciar a susceptibilidade das amostras identificadas a diferentes antimicrobianos. Aplicabilidade dos Resultados Material e Métodos Foram colhidas 19 amostras de água, sete amostras de leite de conjunto e 466 amostras de fezes de bovinos leiteiros de sete propriedades, da região de Ribeirão PretoSP. Para o isolamento da Escherichia coli as amostras foram semeadas diretamente em ágar MacConkey (24h/370C). As colônias suspeitas foram identificadas bioquimicamente como pertencentes a espécie e semeadas em placas de ágar MacConkey Sorbitol. As amostras sorbitol negativo foram submetidas a teste de aglutinação em lâmina com anti-soro específico (Probac do Brasil) para a detecção da E. coli O157. Todas as cepas de E. coli isoladas foram sorotipadas para a detecção de sorogrupos de EPEC. As amostras positivas no teste de soroaglutinação com o anti-soro O157, foram enviadas ao Instituto Adolfo Lutz em São PauloSP , com o intuito de serem sorotipadas para a detecção do antígeno flagelar H7. Teste de suscebtibilidade à antimicrobianos foi realizado para os seguintes antimicrobianos, segundo BAUER et al., (1966) ampicilina (10mg), cefalotina (30mg), cloranfenicol (30mg), enrofloxacina (05mg), eritromicina (15mg), estreptomicina (10mg), gentamicina (10mg), neomicina (30mg), novobiocina (30mg), penicilina (10mg), sulfametrim (25mg), tetraciclina (30mg) e trimetropin (05mg). Resultados e Conclusões Das amostras de EPEC isoladas, 88 (20%) foram caracterizadas em nove diferentes sorogrupos, sendo que os mais freqüentes foram O158 e O55. Uma quantidade maior, de diferentes sorogrupos, foi encontrada nos animais adultos (vacas), ao passo que nos animais jovens (bezerros), a variação de sorogrupos foi menor. O sorogrupo O157 foi o de maior freqüência entre os bezerros e, somente foi isolado nesta categoria animal. Duas cepas foram positivas para o sorotipo O157 H7, obtendo-se uma freqüência de S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 0,43%. As cepas de E. coli apresentaram maior resistência frente aos antibióticos penicilina G (100%) e novobiocina (100%), e foram mais sensíveis aos antibióticos cloranfenicol (96.6%) e gentamicina (89,8%). Todas as cepas analisadas (100%) apresentaram multi-resistência. Observou-se que os bovinos albergavam estirpes de E. coli que possivelmente poderiam provocar doenças no homem, caracterizando os rebanhos analisados como fontes de infecção e de contaminação ambiental. Devido a possível transmissão destes agentes aos seres humanos, são necessárias medidas de controle e contenção dos níveis de contaminação nas propriedades e nos produtos de origem animal. Palavras-chave Escherichia coli O157 H7, Epidemiologia, Sorogrupos. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 19 Título do trabalho FATORES DE VIRULÊNCIA DAS AMOSTRAS DE Escherichia coli ISOLADAS DE BEZERROS COM DIARRÉIA. E-mail [email protected] Eixo Temático Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Pública Autor Everlon Cid Rigobelo Instituição Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias-UNESP/Jaboticabal-SP Observações MALUTA R. P.(1), STELLA A. E.(1), RICCARDI K.(2), MARIN, J. M(1) AMBROSIN J A. (3) DRUBI M J. (1) ÁVILA F A. (1) 1 Programa de Pós-graduação em Microbiologia Agropecuária da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias-UNESP, Via de Acesso Prof. Paulo Donatto Castellane, s/n, CEP 14884-900. [email protected] 2 Aluno de graduação da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias-UNESP/Jaboticabal-SP. 3 Médico Veterinário. Auxílio financeiro CAPES, CNPq e FAPESP. Introdução Escherichia coli é um patógeno importante em bezerros, capaz de causar infecções intestinais e extra-intestinais. Amostras de origem bovina podem produzir Shiga toxinas (Stx) e enterotoxinas termo-lábil (LT) ou termo-estável (ST) (Gay e Besser, 1994). Infecção pela E. coli (ETEC) produtora de enterotoxina , resulta em secreções de diarréicas devido à ação de uma ou mais enterotoxinas, e pode levar a desidratação e morte. Estas bactérias podem produzir enterotoxinas termo-lábil (LT-I e LT-II) e termo-estável (STa e STb) (Butler e Clarke, 1994). Toxina LT-I não acorre em amostras bovinas (Blanco et al., 1993). Objetivos O presente estudo teve como objetivos isolar E. coli de bezerros com diarréia e determinar a presença de possíveis fatores de virulência produtores de doença, como também possíveis fontes de infecção para humanos. Resistência antimicrobiana também foi testada a fim de se caracterizar as cepas isoladas. Aplicabilidade dos Resultados Material e Métodos Cento e setenta e três cepas de Escherichia coli isoladas de bezerros com diarréia provenientes da região noroeste do estado de São Paulo foram examinadas para a produção de enterotoxinas termolábil (LT) e termoestável (ST), e examinadas quanto à presença de fatores de virulência associados a colibacilose bovina. Todas as cepas de E. coli foram submetidas a teste de sensibilidade frente aos seguintes antibióticos e quimioterápicos ampicilina (AMP, 10μg), estreptomicina (STR, 30mg), canamicina (KAN, 10mg), tetraciclina (TET, 30mg), trimetoprim-sulfadiazina (TMP, 25mg), gentamicina (GEN, 10mg), ácido nalidixico (NAL, 10mg), cefalotina (CEP, 30mg), neomicina (NEO, 25mg), e nitrofurantoina (NIT, 30mg). Resultados e Conclusões Oitenta e cinco (49,1%) das cepas de E. coli produziram toxinas, 53 cepas foram detectadas como produtoras de toxina STa, e nove dessas cepas também produziam toxina LT. Foram identificadas pela relação da polimerase em cadeia 23 cepas portadoras do gene LT-II. Nove (5,2%) das cepas apresentavam os genes de toxina Shiga quatro o gene stx 2, quatro o gene stx 1 e uma cepa apresentava os dois genes. Três das cepas que apresentavam o gene stx1 também possuiam o gene eae. Entre as cepas de E. coli examinadas quanto à susceptibilidade a 10 agentes antimicrobianos, a resistência à cefalotina (46,1%) foi a mais comumente observada, seguida pelas resistências a tetraciclina (45,7%), trimetropima-sulfadiazina (43,3%) e ampicilina (41,0%). Todas as cepas isoladas apresentaram resistência a pelo menos dois antimicrobianos, sendo a multirresistência detectada em elevada freqüencia. Algumas toxinas e fatores de virulência, produzidos por essas cepas de E. coli podem estar envolvidos em doenças humanas. O alto nível de resistência a agentes antimicrobianos, apresentados pelas cepas isoladas, constitue motivo de preocupação em saúde pública. Palavras-chave Bezerros, Escherichia coli, Diarréia. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 20 Título do trabalho ESTUDO DE ESTAFILOCOCOS ISOLADOS DE PORTADORES HUMANOS E FÔMITES EM HOSPITAL VETERINÁRIO E DETERMINAÇÃO DO PERFIL DE SUSCETIBILIDADE A DIFERENTES ANTIMICROBIANOS. E-mail [email protected] Eixo Temático Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Pública Autor Renato Pariz Maluta Instituição Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias-UNESP/Jaboticabal-SP Observações RICCARDI K.(2), STELLA A. E.(1), DRUBI M.J. (1),ÁVILA F. A (1) RIGOBELO E. C. (1) 1 Programa de Pós-graduação em Microbiologia Agropecuária da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias-UNESP, Via de Acesso Prof. Paulo Donatto Castellane, s/n, CEP 14884-900. [email protected] 2 Aluno de graduação da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias-UNESP/JaboticabalSP. Auxílio financeiro CAPES, CNPq , FAPESP e IMEVE Introdução Embora tenham sido alvos de estudos há várias décadas em hospitais humanos, poucos estudos têm sido feitos em relação às infecções nosocomiais (hospitalares) em ambiente veterinário. Desde a introdução dos antimicrobianos em medicina humana, os estafilococos têm mostrado um rápido e freqüente desenvolvimento e propagação de resistência bacteriana, particularmente em infecções nosocomiais. Infelizmente, esse desenvolvimento não tem sido documentado continuamente no campo veterinário (WERCKENTHIN et al., 2001; BOERLIN et al., 2001; WEESE et al., 2005). Objetivos Isolar Staphylococcus sp de portadores (médicos veterinários, estudantes e funcionários), de fômites (estetoscópios), mesas e canis do Hospital Veterinário da FCAVUNESP, e determinar o perfil de resistência dos estafilococos coagulase positivos a antimicrobianos de uso comum na prática veterinária. Aplicabilidade dos Resultados Material e Métodos Essa pesquisa foi realizada no Hospital Veterinário (HV) da FCAV-UNESP Campus de Jaboticabal - SP. Foram isoladas 144 cepas de estafilococos das mãos do pessoal (Médicos Veterinários, estudantes e funcionários) do HV, de estetoscópios, de mesas e de canis. Essas cepas foram identificadas através do aspecto colonial, coloração de Gram, testes da catalase, da fermentação do manitol, de Voges-Proskauer, da DNAse, da coagulase em lâmina e da coagulase em tubo. As cepas identificadas como estafilococos coagulase-positivos foram submetidas a testes de disco-difusão em placas (antibiogramas) segundo BAUER et al., (1966). Resultados e Conclusões A porcentagem de estafilococos isolada foi de 85% do pessoal do hospital, 71% de mesas, 74% de canis e 69% de estetoscópios o que corresponde a 78% do total de amostras examinadas. Das cepas coagulase positivas (41) foram realizados testes de sensibilidade a diversos antimicrobianos através do método de Kirby-Bauer. O perfil de resistência de S. aureus e S. intermedius isolados foi de respectivamente amicacina (42 e 0%), ampicilina (77 e 80%), cefalexina (48 e 20%), cefalotina (35 e 20%), cefazolina (42 e 10%), ciprofloxacina (39 e 20%), enrofloxacina (42 e 40%), eritromicina (77 e 70%), doxiciclina (48 e 50%), gentamicina (32 e 40%), lincomicina (94 e 90%), sulfametoxazol/trimetoprim (39 e 60%) e vancomicina (39 e 60%). Os resultados mostram que medidas de prevenção e controle de infecções nosocomiais devem ser tomadas urgentemente em hospitais veterinários. Palavras-chave Estafilococos, Hospital veterinário, Antibiograma. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 21 Título do trabalho PREVALÊNCIA DA BACTÉRIA STREPTOCOCCUS SUIS TIPO II EM SUÍNOS PORTADORES ABATIDOS NO ESTADO DO MT E-mail [email protected] Eixo Temático Preventivo Autor Instituição Observações Faria, G.; Cardoso, R.L; Caramori Jr, J.G.; Maia, F.; Oliveira, R.; Vicentin Jr, N.; Silva, M.C.; Boa Sorte, E.; Nakazato, L.; Dutra, V. Introdução As infecções causadas pela bactéria Streptococcus suis (S. suis) são muito comuns em países onde a indústria de carne suína é desenvolvida. Estas infecções estão relacionadas a casos clínicos de broncopneumonia, meningite, artrite, pericardite, miocardite, endocardite, poliserosite fibrinosa, septicemia, rinite. A maior fonte de disseminação da doença são os próprios suínos portadores que albergam nas amígdalas e, ocasionalmente, na mucosa nasal a bactéria. Quando infectados esses animais podem permanecer portadores por até 6 meses. Nos rebanhos confinados a fonte de infecção é desconhecida, mas desde que o homem pode ser infectado pelo S. suis tipo II, é possível que portadores humanos possam introduzir o agente no rebanho. Objetivos Determinar a prevalência da bactéria Streptococcus suis tipo II em suínos portadores abatidos sob fiscalização federal no estado de Mato Grosso. Aplicabilidade dos Resultados Considerando a importância deste agente como causador de prejuízos para a suinocultura, o seu caráter zoonótico, a grande fase expansão da atividade suinícola no estado do Mato Grosso faz-se necessária a intensa investigação desta enfermidade, visto que não existem dados de prevalência de doenças que acometem esta espécie e o impacto neste setor produtivo. Material e Métodos Foram coletadas 300 amostras de amígdalas de suínos abatidos em três frigoríficos com inspeção federal no do estado do Mato Grosso e remetidas ao Laboratório de Microbiologia Veterinária da UFMT, sendo até o momento processadas 87 amostras. As amostras foram semeadas em ágar Sangue Azida, ágar sangue e ágar Mac Conkey e incubadas a 37º C por até 48 horas. As colônias compatíveis com a bactéria foram submetidas à coloração de gram e a caracterização bioquímica. Resultados e Conclusões Das 87 amostras analisadas até o momento, 29 (33,33%) das amostras isoladas foram compatíveis com S. suis tipo II através da caracterização bioquímica. CONCLUSÕES Esse trabalho vem reforçar a predominância, do Streptococus suis tipo II em amígdalas de suínos portadores no Estado do Mato Grosso, e alertar para o risco da ocorrência desta enfermidade em suínos no estado, acarretando perdas a produção animal, bem como o problema em saúde pública como agente zoonótico. Palavras-chave Streptococcus suis tipo II, meningite, suinos. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 22 Título do trabalho OCORRÊNCIAS DE PATOLOGIAS EM SUÍNOS ORIUNDOS DE GRANJAS DE QUALIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO E-mail [email protected] Eixo Temático Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Pública Autor Schneider, R.C. Instituição Coordenadoria de Doenças dos Animais do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso, Rua Bernardo Biancardini, 125, Cuiabá/MT CEP 78030-055. [email protected]. Observações Santos, M. D2., Médico Veterinário, Dr em Zootecnia, Prof. Faculdade de Medicina Veterinária -Universidade de Cuiabá - UNIC, Rua das Pérolas n 184, Apto 703 B , CEP 78.050-090. e-mail [email protected] ; Côrtes. J.A.3, Médico Veterinário, Prof. da Faculdade de Medicina Veterinária da USP, São Paulo, Cidade Universitária, São Paulo, SP. Schein, F.B.4, Médico Veterinário, Prof. Faculdade de Medicina Veterinária -Universidade de Cuiabá - UNIC, e-mail [email protected] ; Freitas, S.H.5, Médico Veterinário, Msc em Ciências Veterinária, Professor da Faculdade de Medicina Veterinária - UNIC, Cuiabá-MT, email [email protected] ; Camargo, L.M.6, Médico Veterinário, Msc em Ciências Veterinária, Professor da Faculdade de Medicina Veterinária - UNIC, Cuiabá-MT, e-mail [email protected] . Introdução A prevenção de doenças veiculadas por alimentos é um processo complexo e de grande importância à saúde pública. O estudo de patologias em suíno e de toxinfecções microbianas veiculadas pela carne são responsáveis por muitos danos à saúde da população. A utilização de matadouros como pontos estratégicos de investigação epidemiológica para determinadas patologias, tem oferecido valiosos subsídios para numerosas investigações tanto de natureza econômica como epidemiológica, liberando para o consumo produtos de qualidade e com segurança alimentar. Objetivos Estudar a ocorrência de patologia na carne de suínos oriundos de granjas de qualidade no estado de Mato Grosso. Aplicabilidade dos Resultados Os resultados obtidos são importantes para alertar e sensibilizar as autoridades sanitárias sobre a prevalência de patologias encontradas em carcaça de suínos oriundos de granja de qualidade. Mostrar a importância da inspeção sanitária para obtenção de carne de qualidade a ser consumida pela sociedade. Material e Métodos Utilizaram-se informações do exame de inspeção sanitária de 227.472 carcaças de suínos abatidos em dois frigoríficos sob Inspeção Federal, oriundos de 22 municípios do estado de Mato Grosso. O trabalho foi realizado no período de 01 de agosto de 1999 a 31 de Julho de 2000. Os animais apresentavam condições satisfatórias para abate no exame ante-mórtem. O recurso utilizado para detecção das patologias constituiu-se no procedimento usual de julgamento adotado pelo Médico Veterinário Inspetor. Resultados e Conclusões RESULTADOS Constatou-se a ocorrência de 42.174 (14,8%) de nefrite, 16.245 (5,7%) de Pneumonia enzoótica, 8.518 (3,0%) casos de lesão por migração larvária, 3.115 (1,1%) de pneumonia, 1.685 (0,6%) de pericardite, 108 (0,04%) de hidatidose e cinco (0,002%) de cisticercose. CONCLUSÕES O diagnóstico de patologias realizado pelo serviço de inspeção sanitária em frigoríficos é um importante instrumento de vigilância epidemiológica, podendo retratar o perfil sanitário dos rebanhos suínos oriundos de Granja de Qualidade. Permitiu também alertar as autoridades sanitárias sobre as principais patologias observadas e respectivas localizações epidemiológicas, garantindo a qualidade e segurança da carne suína inspecionada oferecida à população. Palavras-chave Patologia, inspeção sanitária, suinocultura. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 23 Título do trabalho PREVALÊNCIA DE CONDENAÇÕES DE MIÚDOS DE BOVINOS EM UM MATADOURO-FRIGORÍFICO SOB SERVIÇO DE INSPEÇÃO FEDERAL LOCALIZADO NO ESTADO DE MATO GROSSO E-mail [email protected] Eixo Temático Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Pública Autor Mello C.A.¹ Instituição 1 Professora da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Cuiabá, Cuiabá, MT - [email protected] Observações Chagas M.T.C.² & Costa F.M.C.³; 2 Médico Veterinário Autônomo, Cuiabá, MT [email protected]; 3 Médico Veterinário do Serviço de Inspeção Federal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Várzea Grande, MT. Introdução Na prática da inspeção sanitária, a ocorrência de lesão na carcaça e órgãos dos animais abatidos os sujeita ao julgamento, decisão sanitária e adequado destino dos mesmos por parte do Serviço de Inspeção Federal (SIF), prevenindo os riscos à saúde do consumidor, já que estes podem ter alterações patológicas, que quando entregues ao consumo humano, configuram riscos em potencial, o que evidencia que o SIF constitui relevante instrumento para a vigilância epidemiológica, permitindo o diagnóstico de enfermidades, entre elas as de caráter zoonótico, e possibilitando a elaboração de programas de controle e erradicação destas enfermidades. O aproveitamento integral dos subprodutos oriundos do abate de animais de açougue reveste-se de uma importância econômica muito grande num matadouro, pois o valor comercial de uma carcaça é insuficiente para cobrir as despesas de abate, deixando aos subprodutos a incumbência de equilibrar a balança econômica dos matadouros. No Brasil, dentre os miúdos mais apreciados pelo consumidor e com alto valor comercial estão o fígado, o coração e a língua e segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC), há mercado no exterior para estes produtos nacionais e, não apenas para a carne bovina in natura, e ainda, é intenção do Brasil ampliar cada vez mais as vendas de produtos de maior valor agregado. Além do valor comercial, os miúdos de bovinos constituem excelente alimento pela sua riqueza em componentes essenciais da dieta como aminoácidos, vitaminas e sais minerais. No entanto, para suas utilizações para consumo humano, os miúdos devem ser obtidos mediante rigorosa inspeção higiênico-sanitária, garantindo sua inocuidade para os consumidores. Objetivou-se levantar o número de corações, fígados e línguas condenados pelo SIF para proceder ao cálculo de prevalência das causas de condenações e compará-las com a literatura encontrada, observando a freqüência e a distribuição dos eventos, informando a magnitude e a importância dos danos à saúde da população. Considerando-se o crescente número de alterações destes e outros miúdos que implicam em suas condenações acarretando prejuízos econômicos, além de uma vigilância acentuada durante a inspeção post-mortem, os dados visam a contribuir com o SIF a fim de impedir que esses miúdos cheguem ao consumidor e comprometam sua saúde. As amostras utilizadas foram miúdos comestíveis condenados de um total de 47554 bovinos abatidos em um matadouro-frigorífico sob Serviço de Inspeção Federal, localizado no estado de Mato Grosso, no período de dezembro de 2003 a dezembro de 2005, sendo um total de 1656 corações, 4449 fígados e 856 línguas condenadas. Os métodos utilizados para a realização deste trabalho foram baseados na legislação vigente, no que concerne às técnicas oficiais de inspeção post-mortem (BRASIL, 1952), que se utilizam de exames visuais, palpação e incisão dos linfonodos regionais e parênquima dos órgãos, a fim de julgar e destinar os miúdos para o consumo humano. As condenações foram anotadas em papeletas específicas e trabalhadas matematicamente para a obtenção da Taxa de Prevalência. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” Houve predominância de condenações de fígados, onde de um total de 47554 bovinos abatidos, 4449 fígados foram condenados, representando uma prevalência de 9,3%, com perda de aproximadamente 20020 quilos de fígados, tendo sido as causas de condenações a teleangiectasia (4,1%), seguindo-se de abscessos (3,4%); cirrose (0,8%); peri-hepatite e peritonite (0,4%); hidatidose (0,1%) e esteatose (0,02%). Com relação às condenações de corações, 3,5% foram condenados, e as causas de condenações foram relacionadas à pericardite (2,1%) e cisticercose (1,3%), representando perda de aproximadamente 2318 quilos de coração. Do total de línguas inspecionadas, a freqüência de condenações foi de 1,8%, sendo que a causa predominante foi a cisticercose (1,3%), seguida de contaminação (0,5%), o que representou perdas de 1113 quilos de língua. * Com relação às taxas de condenações de órgãos comestíveis, as maiores causas se restringiram à telangectasia no fígado; pericardite no coração e cisticercose na língua; * Com relação a cisticercose, uma das maiores preocupações do SIF, os valores obtidos apresentam-se muito abaixo do encontrado na literatura, indicando que os municípios de procedência dos animais possuem educação sanitária, já que o homem é o hospedeiro definitivo da Taenia saginata, sendo o responsável direto pela contaminação do bovino; * As condenações do estabelecimento somaram uma perda de aproximadamente 20020 Kg de fígado, 2318 kg de coração e 1113 kg de língua, representando prejuízo econômico, principalmente para o Mato Grosso que ocupa o terceiro lugar no ranking de animais abatidos no país sob regime de inspeção federal; * Como não foram isolados os agentes causais das patologias, pode-se dizer que provavelmente todas as alterações de fígados, coração e língua diagnosticadas pelo SIF poderiam comprometer a saúde pública caso fossem destinadas ao consumo, ressaltando a importância do SIF com relação aos produtos inócuos que chegam ao consumidor, lembrando que o mesmo não ocorre em abates clandestinos. Objetivos Objetivou-se levantar o número de corações, fígados e línguas condenados pelo SIF para proceder ao cálculo de prevalência das causas de condenações e compará-las com a literatura encontrada, observando a freqüência e a distribuição dos eventos, informando a magnitude e a importância dos danos à saúde da população Aplicabilidade dos Resultados Considerando-se o crescente número de alterações destes e outros miúdos que implicam em suas condenações acarretando prejuízos econômicos, além de uma vigilância acentuada durante a inspeção post-mortem, os dados visam a contribuir com o SIF a fim de impedir que esses miúdos cheguem ao consumidor e comprometam sua saúde. Material e Métodos As amostras utilizadas foram miúdos comestíveis condenados de um total de 47554 bovinos abatidos em um matadouro-frigorífico sob Serviço de Inspeção Federal, localizado no estado de Mato Grosso, no período de dezembro de 2003 a dezembro de 2005, sendo um total de 1656 corações, 4449 fígados e 856 línguas condenadas. Os métodos utilizados para a realização deste trabalho foram baseados na legislação vigente, no que concerne às técnicas oficiais de inspeção post-mortem (BRASIL, 1952), que se utilizam exames visuais, palpação e incisão dos linfonodos regionais e parênquima dos órgãos, a fim de julgar e destinar os miúdos para o consumo humano. As condenações foram anotadas em papeletas específicas e trabalhadas matematicamente para a obtenção da Taxa de Prevalência. Resultados e Conclusões Houve predominância de condenações de fígados, onde de um total de 47554 bovinos abatidos, 4449 fígados foram condenados, representando uma prevalência de 9,3%, com perda de aproximadamente 20020 quilos de fígados, tendo sido as causas de condenações a teleangiectasia (4,1%), seguindo-se de abscessos (3,4%); cirrose (0,8%); perihepatite e peritonite (0,4%); hidatidose (0,1%) e esteatose (0,02%). Com relação às condenações de corações, 3,5% foram condenados, e as causas de condenações foram relacionadas à pericardite (2,1%) e cisticercose (1,3%), representando perda de aproximadamente 2318 quilos de coração. Do total de línguas inspecionadas, a freqüência de S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” condenações foi de 1,8%, sendo que a causa predominante foi a cisticercose (1,3%), seguida de contaminação (0,5%), o que representou perdas de 1113 quilos de língua. Conclusões * Com relação às taxas de condenações de órgãos comestíveis, as maiores causas se restringiram à telangectasia no fígado; pericardite no coração e cisticercose na língua; * Com relação à cisticercose, uma das maiores preocupações do SIF, os valores obtidos apresentam-se muito abaixo do encontrado na literatura, indicando que os municípios de procedência dos animais possuem educação sanitária, já que o homem é o hospedeiro definitivo da Taenia saginata, sendo o responsável direto pela contaminação do bovino; * As condenações do estabelecimento somaram uma perda de aproximadamente 20020 Kg de fígado, 2318 kg de coração e 1113 kg de língua, representando prejuízo econômico, principalmente para o Mato Grosso que ocupa o terceiro lugar no ranking de animais abatidos no país sob regime de inspeção federal; * Como não foram isolados os agentes causais das patologias, pode-se dizer que provavelmente todas as alterações de fígados, coração e língua diagnosticadas pelo SIF poderiam comprometer a saúde pública caso fossem destinadas ao consumo, ressaltando a importância do SIF com relação aos produtos inócuos que chegam ao consumidor, lembrando que o mesmo não ocorre em abates clandestinos. Palavras-chave Miúdos, bovino, patologia, condenação. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 24 Título do trabalho CARACTERIZAÇÃO DAS CACIMBAS UTILIZADAS COMO BEBEDOUROS DE BOVINOS E-mail [email protected] Eixo Temático Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Pública Autor Souza, A. M. Instituição UFG Observações Dutra, I. S.2; Marques, D., F.3 2. UNESP - Campus de Araçatuba/SP 3. AGRODEFESA - Secretaria da Agricultura de Goiânia-GO Introdução O sistema de produção animal implantado no Vale do Araguaia, Goiás, Brasil, compõe parte significativa da bovinocultura goiana. Com os diversos programas de incentivo governamental em décadas passadas, a ocupação da área para a atividade agropastoril foi favorecida pelas suas particularidades climáticas, topográficas e pedológicas. Uma característica bastante marcante da região onde o presente trabalho foi desenvolvido é a existência de poucos mananciais hídricos, na forma de rios e córregos, impondo, assim, restrições iniciais na destinação da área à bovinocultura extensiva, pelas dificuldades na obtenção d'água de dessedentação para os bovinos. Essa situação limitante inicial foi superada pela prática de construir bebedouros artificiais denominados de cacimbas (poços cavados no solo, em local plano, geralmente em baixadas úmidas, nos quais a água se acumula). Objetivos Estudar caracterização das cacimbas utilizadas como bebedouros de bovinos em pastagens no Vale do Araguaia, Estado de Goiás, Brasil. Aplicabilidade dos Resultados Material e Métodos Foi realizado um estudo em 300 cacimbas de 130 propriedades rurais localizadas em 12 municípios, nos anos de 1998 e 1999. Estudaram-se as características físicas das cacimbas quanto à forma, área, profundidade, nível d'água e idade. Resultados e Conclusões RESULTADOS Com relação à forma foi constatado que 154 (51,33%) das cacimbas foram construídas na forma circular; 139 (46,33%), na forma retangular; quatro (1,33%), na forma quadrada e três (1%) na forma irregular. A área média foi de 482,29m2. A profundidade média foi de 3,79m. Já o nível d'água teve uma média de 5,58m. Quanto à idade das cacimbas houve uma variação de um a 25 anos. Dez tinham um ano, cinco um, 49 dez, 15 12, 132 15, 89 20 e 14 25 anos. CONCLUSÃO Considerando que as cacimbas viabilizam a criação de bovinos na região estudada, recomendamos que se os pecuaristas optarem pela continuidade do uso das cacimbas como bebedouro para bovinos em suas propriedades, sugere-se que elas sejam construídas de forma circular, de maneira a compactar o solo em sua periferia, evitando assoreamento e impedindo que os animais fiquem atolados e dessa forma, facilitando a sua distribuição ao redor das cacimbas para beberem água. Deve haver um controle mais eficiente das cacimbas, que precisam ser limpas periodicamente, para melhorar a qualidade da água das cacimbas, utilizadas na dessedentação de bovinos no Vale do Araguaia. Palavras-chave Cacimba, Caracterização, Bebedouro, Botulismo. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 25 Título do trabalho CONTROLE DA RAIVA ANIMAL EM APARECIDA DE GOIÂNIA-GO E-mail [email protected] Eixo Temático Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Pública Autor Souza, A. M. Instituição Observações Jayme, V. S.2, Tomaz, L. A. G.3, Rabuske4, F. F. P., Souza, A. C. G.5, Campos, A. M.6 2. Departamento de Medicina Veterinária, Escola de Veterinária, Universidade Federal de Goiás - Campus II Caixa Postal 131, Goiânia, GO 3. Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução Universidade Federal de Goiás, ICB ICampus Samambaia, Goiânia, GO 4. Centro de Controle de Zoonoses - Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia. 5. Acadêmica de Enfermagem - UNB 6. Acadêmica de Medicina Veterinária-UFG Introdução Aparecida de Goiânia fica localizada na Região Metropolitana de Goiânia, com uma superpopulação de cães estimada em 80.000 animais. O Centro de Zoonoses foi inaugurado no final de 1996, mas desde 1978, em setembro, é realizado em Aparecida de Goiânia, a Campanha de Vacinação Anti-Rábica Canina. Objetivos Envolver os segmentos ensino, pesquisa e extensão da Universidade Federal de Goiás, com o intuito de controlar a Raiva Animal no Município de Aparecida de Goiânia Aplicabilidade dos Resultados Material e Métodos São desenvolvidas as seguintes atividades prioritárias para o estabelecimento de um sistema eficiente de controle da raiva animal vacinação dos animais; vigilância epidemiológica e educação em saúde animal. Resultados e Conclusões RESULTADOS De 1993 a agosto de 2002 verificou-se um grande número de animais vacinados Em 1993 27.091; 1994 31.827; 1995 52.675; 1996 101.906; 1997 69.102; 1998 87.744; 1999 81.035; 2000 87.825; 2001 65.819; 2002 67.622; 2003 74.493; 2004 e 74.563. De 1993 a agosto de 2002 verificou-se um grande número de animais capturados. Em 1993 66; 1994 169; 1995 377; 1996 783; 1997 5.268; 1998 3.619; 1999 2422; 2000 2.911; 2001 3.073; 2002 2.042; 2003 925 e 2004 7.209 De 1993 a agosto de 2003 verificou-se uma incidência variável de casos positivos para raiva de materiais enviados para diagnóstico laboratorial. Em 1993 38,71%; 1994 38,30%; 1995 35,58%; 1996 46,53%; 1997 17,93%; 1998 3,12%; 1999 0,15%; 2000 0,85%; 2001 0%; 2002, 2003 e 2004 0%. No período de 1993 a dezembro de 2003 verificou-se uma incidência variável de casos de raiva animal. Em 1993 33 canina, 2 felina, 1 equina, 1 primata, 1994 35 canina, 1 bovina; 1995 90 canina, 5 felina; 1996 177 canina, 8 felina, 2 bovina, 1 primata; 1997 88 canina, 6 felina; 1998 21 canina; 1999 não houve casos; 2000 6 canina; 2001 1 canina; 2002, 2003 e 2004 não houve casos. CONCLUSÃO Com condução de medidas de promoção da saúde e proteção específica verificou-se uma diminuição de diagnósticos laboratoriais positivos para a raiva animal no município de Aparecida de Goiânia, com ausência de casos no último triênio. Palavras-chave Raiva animal, Vírus rábico, Controle, Saúde pública. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 26 Título do trabalho AVALIAÇÃO IN VITRO DA RESISTÊNCIA DE LARVAS DE Contracaecum sp. (NEMATODA ANISAKIDAE), AO ÓLEO ESSENCIAL DE CITRONELA (Cymbopogon sp) E-mail [email protected] Eixo Temático Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Pública Autor Justino, C. H. S. Instituição Universidade Federal de Mato Grosso,Pós-graduação em Ciências da Saúde, Faculdade de Ciências Médicas Av. Fernando Corrêa da Costa S/N, 78069-900, Cuiabá, MT, [email protected] Observações Barros, L. A. Universidade Federal de Mato Grosso,Depto de Produção Animal, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária Av. Fernando Corrêa s/n 78069-900, Cuiabá, MT, [email protected] Introdução Introdução O estudo de zoonoses parasitárias transmitidas por pescado torna-se fundamental do ponto de vista sanitário e saúde pública, uma vez que o homem pode assumir o papel de hospedeiro acidental no ciclo biológico de algumas parasitoses, muitas vezes com manifestações clínicas relevantes, onde a falta de conhecimento mais aprofundado sobre métodos de diagnóstico e tratamento, são agravantes à importância destas parasitoses. Em Mato Grosso verificaram-se altas prevalências de parasitismo por larvas de Contracaecum sp. em peixes como piraputanga (Brycon microlepis), piranha (Serrassalmus sp.), cachara (Pseudoplatystoma fasciatum), e traíra (Hoplias malabaricus) (REGO et al., 1988). A ação de larvas de Contracaecum sp. sobre a mucosa gástrica de coelhos, foi demonstrada por BARROS et al.(2004), caracterizando o potencial patogênico deste nematóide para mamíferos. Estes autores alertam para a possibilidade de infecção humana. O uso in vitro de compostos monoterpênicos de citronela sobre larvas de Anisakis sp., foi descrito por HIERRO et al.(2004), observando sua ação após quatro horas de contato com o produto. Visando maior conhecimento da utilização de citronela e da busca por tratamentos alternativos, este trabalho visa testar a ação do óleo essencial de citronela sobre larvas de Contracaecum sp. Objetivos Objetivos Verificar a resistência in vitro de larvas de nematóides encontrados em traíras (H. malabaricus), ao óleo essencial Cymbopogon sp. Aplicabilidade dos Resultados Tendo em vista a utilização de extratos de plantas para o tratamento de parasitos em diferentes espécies animais, este trabalho visa contribuir com maiores esclarecimentos sobre a utilização do óleo essencial de citronela sobre outros nematóides da família Anisakidae, bem como a busca pela utilização de métodos alternativos para o tratamento e controle de helmintoses de importância zoonótica transmitidas por peixes, oferecendo subsídios para impedir a contaminação humana, quer seja pelo uso de extratos de plantas em rações industrializadas destinadas à piscicultura, ou à alimentação humana em populações onde o consumo de pescado infectado seja constante. Material e Métodos Material e métodos Para o experimento, foram utilizados 38 exemplares de traíras (H. malabaricus) provenientes de Barão de Melgaço, os quais foram submetidos a exames pós-mortem, para a coleta de larvas de Contracaecum sp. nas vísceras, cavidade celomática e musculatura esquelética, examinadas segundo PAVANELLI et al. (1998), posteriormente a musculatura foi "filetada" e examinada à mesa de luz. As larvas colhidas foram colocadas em solução fisiológica (0,8% NaCl) e avaliadas quanto à viabilidade. O óleo essencial utilizado no experimento foi adquirido em farmácia de manipulação, com níveis de pureza garantidos através de análises sensorial e física. As larvas, foram divididas em seis Placas de Petri, sendo quatro testes (numeradas de T 1 a T 4), uma controle, e outra contendo larvas destinadas à diagnóstico taxonômico, cada uma com dez larvas. A cada placa teste, foi adicionado 5 ml de óleo de citronela, e ao controle o mesmo volume de solução fisiológica, e S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” levadas a câmara de incubação B.O.D. com temperatura média de 28,4° C e umidade relativa de 62%. A cada hora, uma placa teste foi retirada, as larvas eram lavadas com solução fisiológica e examinadas com auxílio de estereomicroscópio, tendo por parâmetros a motilidade e integridade estrutural. O grupo controle também foi observado a cada hora durante todo o experimento. Todas as larvas foram posteriormente fixadas em formalina 10%, e processadas segundo as técnicas histológicas descritas por PROPHET (1992), em seguida emblocadas em parafina e feitos cortes em micrótomo (5µm), os quais foram corados por hematoxilina-eosina (ALLEN, 1992) e observados à microscopia óptica, avaliando possíveis danos microscópicos. As larvas destinadas à identificação taxonômica, foram fixadas e processadas segundo AMATO et al. (1991) e identificadas segundo ANDERSON et al. (1974). Para avaliar o desempenho da Citronela, foi realizado o Teste de Fisher monocaudal, utilizando-se o programa estatístico Epi InfoT 6.0. Resultados e Conclusões Resultado Observou-se após uma hora de contato com o produto, que apenas quatro larvas permaneciam vivas, revelando eficácia de 60% na ação larvicida deste produto. Após duas horas, constatou-se que todas as larvas estavam mortas, assim como nas placas T 3 e T 4, as quais foram examinadas respectivamente com três e quatro horas após o início do experimento. Observou-se ainda, um aumento do volume corporal das larvas em espessura. As larvas da placa controle permaneceram viáveis por todo o experimento. Durante a avaliação microscópica dos grupos testes, observou-se ruptura cuticular e lise de parede intestinal, com eventual projeção de órgãos para o exterior do parasito, causando protuberâncias, mais evidentes com o passar do tempo. Ao comparar a taxa de mortalidade das larvas, foi demonstrada a eficiência do tratamento com Citronela em relação aos parasitos não tratados (p=0,04). Conclusão No presente estudo foi utilizado o produto puro, o que justifica a ação larvicida em menor espaço de tempo, quando comparado aos resultados obtidos por HIERRO et al. (2004), que utilizou diferentes produtos monoterpênicos, diluídos em diferentes concentrações, sobre larvas de Anisakis sp., observando morte total das larvas em quatro horas de ação do produto. Resultados diferentes podem ser esperados, não só devido ao uso do produto não diluído neste experimento, assim como devido ao uso de espécies de parasitos diferentes. O óleo essencial de citronela é eficaz contra as larvas de Contracaecum sp., no entanto, testes utilizando-se diferentes diluições, bem como a busca pelo isolamento dos diferentes compostos constituintes do óleo essencial puro, através da cromatografia gasosa, são objetivos de novas investigações sobre o uso de compostos de citronela para o tratamento de parasitoses da família Anisakidae. Palavras-chave Palavras Chave Contracaecum, Anisakidae, Cymbopogon, citronela. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 27 Título do trabalho LEVANTAMENTO SOROLÓGICO DA LEISHMANIOSE CANINA EM MATO GROSSO E-mail [email protected] Eixo Temático Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Pública Autor Maria José Paes Santos Instituição Universidade Federal de Mato Grosso Observações Paes M.J1; Gaspar E.B.2; Neves R.C.S.M.3; Sousa V.R.F.1; Costa S.C.G.4; Lemos R.F.5 & Souza U.N.6; 1 Professor Adjunto I da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) - Av. Fernando Corrêa s/n 78069-900, Cuiabá, MT, [email protected]; 2 Doutorando da Escola Paulista de Medicina - Laboratório de Parasitologia; 3 Médico Veterinário do Hospital Veterinário (HOVET) da UFMT; 4 Pesquisador do Departamento de Protozoologia da FIOCRUZ; 5 Professor da Fundação Educacional de Cuiabá; 6 Professor do Centro Federal de Educação Tecnológica de Cuiabá (CEFET-Cuiabá) Introdução A ampla distribuição pelo território nacional e com ocorrência de algumas formas clínicas graves são fatores que, associadas às dificuldades referentes tanto ao diagnostico como o tratamento, colocam a leishmaniose tegumentar americana (LTA) entre as endemias de maior importância em saúde pública no Brasil. Apesar de ser uma zoonose originalmente silvestre, a LTA causada pela a Leishmania (Viannia) (braziliensis), tem sido descrita por diversos autores como ocorrente em ambientes domésticos e peridoméstico, locais em que o cão estaria funcionando como importante fonte de infecções. Objetivos Registrar a ocorrência de cães soro-reagentes ao teste de IFI e ELISA para leishmaniose visceral canina. Aplicabilidade dos Resultados Advertir aos clínicos e médicos veterinários a necessidade de serem delineadas medidas de controle da leishmaniose canina e que levem em conta as diferenças micro-ambientais de cada região. Material e Métodos Visando a obtenção de informações a respeito das condições de vida da população analisada, foi realizado questionário epidemiológico em três municípios de Mato Grosso. Foram pesquisados 39 cães de Campo Verde, 47 de Cuiabá e 26 da Serra de São Vicente (Santo Antônio de Leverger), totalizando 112 animais. Por venopunção, utilizando-se o sistema vacuntainner, foram obtidas amostras individuais de 5 mL de sangue. Os tubos foram submetidos a uma inclinação de 45º e, em seguida, centrifugado para favorecer a retração do coágulo. Posteriormente, os soros foram armazenados a -20º C até a realização dos testes sorológicos. Os testes IFI e ELISA foram conduzidos em parceria com o Laboratório de Imunomodulação do Departamento de Protozoologia da FIOCRUZ no Rio de Janeiro. Resultados e Conclusões Os resultados obtidos evidenciaram 2,7% de prevalência da leishmaniose visceral nos animais. Comparando a procedência dos infectados, observou-se que, independente da origem municipal, os cães de guarda peridomiciliar e as fêmeas foram os mais prevalentes, respectivamente. Entretanto, incursões teóricas mais profundas apontaram à necessidade de um delineamento experimental que previsse a detecção precoce dos animais infetados e que, além disso, identificasse, dentro da população canina, os animais que possivelmente desenvolverão a doença. Fica estabelecido que a metodologia preconizada apresenta baixa sensibilidade e especificidade, acontecendo taxa de infecção subestimada e, consequentemente, permitindo a manutenção de animais infectantes. Palavras-chave Leishmaniose, cão, sorodiagnóstico, Mato Grosso. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 28 Título do trabalho ESTUDO DA SENSIBILIDADE "IN VITRO" AOS ANTIMICROBIANOS DE STAPHYLOCOCCUS SPP. ISOLADOS DE CASOS DE MASTITE BOVINA NO MUNICÍPIO DE HOLAMBRA, ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL. E-mail [email protected] Eixo Temático Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Pública Autor SOUTO, L. I. M.1*; GARBUGLIO, M. A.2;; MANGIERI JÚNIOR, R.3; BENITES, N. R.4 Instituição Observações 1* Doutorando em Epidemiologia Experimental e Aplicada às Zoonoses, Laboratório de Doenças Infecciosas/NAPGAMA, VPS/FMVZ/USP. E-mail [email protected] 2 Graduando em Medicina Veterinária, Faculdade Anhembi-Morumbi, estagiário Laboratório de Doenças Infecciosas/NAPGAMA, VPS/FMVZ/USP. 3 Médico Veterinário, Mestre em Epidemiologia Experimental e Aplicada às Zoonoses, FMVZ/USP. 4 Professor Associado do Departamento de Medicina Veterinária PreventIva e Saúde Animal, FMVZ/USP, Laboratório de Doenças Infecciosas/NAPGAMA, VPS/FMVZ/USP. Introdução Mastite é uma doença que afeta rebanhos bovinos leiteiros, provocando prejuízo econômico pela diminuição da produtividade animal. A doença provoca alteração na composição do leite, causando diminuição do teor de lipídios, caseína e lactose. O tratamento com antibióticos adequados na secagem é indicado por diversos trabalhos, para se diminuir o índice de mastite em rebanhos. Objetivos Testar a suscetibilidade "in vitro" de Staphylococcus spp. isolados de casos de mastite a diferentes antimicrobianos. Aplicabilidade dos Resultados Material e Métodos Foram feitos Testes da Caneca de Escuro e CMT (Califórnia Mastitis Test) de todos os animais em produção de três propriedades leiteiras do Município de Holambra, Estado de São Paulo. Para cada quarto positivo a um dos Testes, foi coletado uma amostra de leite do quarto afetado de aproximadamente 5 mL em tubo estéril e armazenada sob refrigeração (7 ± 1ºC) em caixa isotérmica, e chegando-se ao Laboratório, as amostras eram congeladas (-12º ± 1ºC) por um período máximo de 30 dias. O exame microbiológico era realizado em Agar Sangue com adição de sangue de carneiro 5%, incubado em estufa bacteriológica a 37 ± 1ºC e foram feitas leituras em 24, 48 e 72 horas para se verificar a presença de algum microrganismo. Todos os microrganismos do gênero Staphylococcus isolados de cada propriedade foram testados em pool a diferentes antimicrobianos. A sensibilidade foi determinada através de tamanho de halo de crescimento para cada antimicrobiano especificamente, como S (Sensível), I (Intermediáiro) e R (Resistente). Resultados e Conclusões Dos 15 antimicrobianos testados, Staphylococcus spp. apresentaram os seguintes perfis de susceptibilidade Cefalotina 100% S; Clindamicina 100% R; Amoxicilina 100% I; Tetraciclina 100% R; Oxacilina 33,33% S, 33,33% I e 33,33% R; Penicilina 100% R; Cefoxitina 66,66% S e 33,33% R; Vancomicina 100% S; Ampicilina 100% R; Eritromicina 33,33% S e 66,66%R; Sulfazotrin 66,66% S e 33,33% R; Gentamicina 100% S; Nafpenzal 66,66% S e 33,33% I; Cefquinome 100% S; e Neomicina+Bacitracina+Tetraciclina 100% S.. Dos antimicrobianos testados in vitro, Staphylococcus spp. apresentaram-se Sensíveis em 51,11% dos casos, Intermediários em 11,11% e Resistentes em 37,78%. Palavras-chave Realizado com apoio financeiro do CNPq (processo nº 141536/2002-0) e FAPESP (processo nº 03/04785-0). Palavras-chave mastite, antimicrobianos, Holambra. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 29 Título do trabalho ÍNDICE DE MASTITE EM REBANHOS LEITEIROS BOVINOS NO MUNICÍPIO DE HOLAMBRA, ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL. E-mail [email protected] Eixo Temático Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Pública Autor SOUTO, L. I. M.1*; GARBUGLIO, M. A.2;; MANGIERI JÚNIOR, R.3; BENITES, N. R.4 Instituição Observações 1* Doutorando em Epidemiologia Experimental e Aplicada às Zoonoses, Laboratório de Doenças Infecciosas/NAPGAMA, VPS/FMVZ/USP. E-mail [email protected] 2 Graduando em Medicina Veterinária, Faculdade Anhembi-Morumbi, estagiário Laboratório de Doenças Infecciosas/NAPGAMA, VPS/FMVZ/USP. 3 Médico Veterinário, Mestre em Epidemiologia Experimental e Aplicada às Zoonoses, FMVZ/USP. 4 Professor Associado do Departamento de Medicina Veterinária PreventIva e Saúde Animal, FMVZ/USP, Laboratório de Doenças Infecciosas/NAPGAMA, VPS/FMVZ/USP. Introdução Mastite é o processo inflamatório da glândula mamária. A principal causa de acometimento deste processo é provocado pela presença de agentes infecciosos que colonizam a glândula mamária. A doença causa diminuição de produção e prejuízos a atividade pecuária leiteira. Objetivos Pesquisar o índice de mastite em rebanhos leiteiros bovinos no Município de Holambra, Estado de São Paulo. Aplicabilidade dos Resultados Material e Métodos Foram realizados Testes da Caneca de Escuro e CMT (Califórnia Mastitis Test) de todos os animais em produção de três propriedades leiteiras do Município de Holambra, Estado de São Paulo. Para cada quarto positivo a um dos Testes, foi coletado uma amostra de leite do quarto afetado de aproximadamente 5 mL em tubo estéril e armazenada sob refrigeração (7 ± 1ºC) em caixa isotérmica, e chegando-se ao Laboratório, as amostras eram congeladas (-12º ± 1ºC) por um período máximo de 30 dias. O exame microbiológico era realizado em Agar Sangue com adição de 5%c de sangue de carneiro, incubado em estufa bacteriológica a 37 ± 1ºC e foram feitas leituras em 24, 48 e 72 horas para se verificar a presença de algum microrganismo. Resultados e Conclusões Os índices gerais de mastite, avaliados pelo CMT foram 21,88, 36,36 e 36,47%. Não se verificou nenhum caso de mastite clínica (representado pela Caneca de Fundo Escuro). Os microrganismos mais freqüentes foram Staphylococcus spp. 4,69, 14,77 e 5,88%; Streptococcus spp. 3,13, 9,09 e 15,29%; Corynebacterium spp. 17,19, 21,59 e 8,24%; e duas amostras de Enterobactériaceae (1,14%) em uma das propriedades. O índice médio de mastite subclínica foi de 31,57% nas propriedades estudadas demonstrando que os índices de mastite clínica e subclínica, bem como os gêneros de microrganismos mais freqüentes isolados foram semelhantes aos encontrados em outros trabalhos em diferentes regiões do país. Palavras-chave Realizado com apoio financeiro do CNPq (processo nº 141536/2002-0) e FAPESP (processo nº 03/04785-0). Palavras-chave mastite, rebanhos bovinos leiteiros, Holambra. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 30 Título do trabalho IDENTIFICAÇÃO DE Struthiolipeurus rheae (HARRISON, 1916) EM EMA (Rhea americana), CUIABÁ, MT, BRASIL. E-mail [email protected] Eixo Temático Animais Silvestres Autor Lisiane Pereira de Jesus (membro comissão científica) Instituição UNIC Observações JESUS L.P. 1, MOURA S.T. 1, COLVARA I.G. 1, CARVALHO M.B. 2, VICCINI F. 2, GONÇALVES M.G. 2 1. Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade de Cuiabá Av. Beira Rio, nº 3100, Cuiabá, MT, Brasil, [email protected] 2. Acadêmicos do Curso de Medicina Veterinária, Universidade de Cuiabá, MT, Brasil. Introdução A ema é uma ave que não voa do grupo das ratitas. As ratitas são consideradas as aves atuais mais primitivas do ponto de vista filogenético, sendo as emas e os avestruzes consideradas as aves ratitas mais \"especializadas\". No entanto, sabemos que é um animal que data dos tempos pré-históricos, tendo sido achados fósseis de ema compatíveis com a ossatura do animal atual datados do período Terciário Inferior (Eoceno) com idade superior a 40 milhões de anos. Além disso, por todo o Brasil onde quer que haja pinturas rupestres (do Piauí ao Paraná e ao Mato Grosso), encontra-se a figura da ema. A ema é uma ave genuinamente brasileira e sul-americana. O nome científico da subspécie \"Ema comum\" (também chamada de \"Ñandú grande\" em espanhol e de \"Greater Rhea\" em inglês), que é a subspécie mais difundida e criada em cativeiro, é Rhea americana americana. As emas pertencem à ordem Rheiforme e à família Rheidae. São aves de grande porte, com ampla distribuição geográfica e poucas diferenciações sexuais. A ema e onívora, isto é, come de tudo de vegetais a pequenos animais como preás, lagartos, ratos e insetos. Também come pequenas cobras, embora não sejam sua especialidade. Objetivos Este estudo teve por objetivo obter informações referentes a Fauna Parasitológica de Rhea americana. Aplicabilidade dos Resultados Expandir conhecimentos a respeito da fauna parasitológica de Rhea americana. Material e Métodos Procedendo-se o Exame Externo de uma ave atendida no Hospital Veterinário da Universidade de Cuiabá coletou-se vários exemplares de Piolhos que foram encaminhados ao Laboratório de Parasitologia para posterior identificação. Os exemplares foram conservados em solução de álcool à 70% e observados ao microscópio. Resultados e Conclusões RESULTADOS Após avaliação dos exemplares identificou-se a espécie Struthiolipeurus rheae. CONCLUSÃO A espécie identificada tem sido relatada por outros autores como parasitos de emas. Palavras-chave Palavras-chaves Ema, Piolhos, Struthiolipeurus rheae. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 31 Título do trabalho IDENTIFICAÇÃO DE Toxocara mystax (ZEDER, 1800) EM JAGUATIRICA (Felis pardalis), CUIABÁ, MT, BRASIL. E-mail [email protected] Eixo Temático Animais Silvestres Autor Lisiane Pereira de Jesus (membro comissão científica) Instituição UNIC Observações JESUS L.P. 1, MOURA S.T. 1, COLVARA I.G. 1, GRECCO F.B. 2, NADAF K.L. 3, FISHER I.G. 3 1. Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade de Cuiabá Av. Beira Rio, nº 3100, Cuiabá, MT, Brasil, [email protected] 2. Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade Federal de Pelotas, Campus Capão do Leão, Pelotas, RS, Brasil. 3. Acadêmicos do Curso de Medicina Veterinária, Universidade de Cuiabá, MT, Brasil. Introdução INTRODUÇÃO Os animais carnívoros, especialmente os felinos, em função de seus hábitos alimentares ocupam os níveis mais elevados da teia alimentar, fato que aliado à necessidade de grandes extensões territoriais para seu suprimento alimentar, faz com que sejam os primeiros a sofrerem com as alterações em seus habitats. Na Família Felidae (Mammalia - Carnívora) existem ao redor de 37 espécies distribuídas por quase todo planeta, sendo que 8 tem destas espécies tem sido registradas no Brasil, entre elas, Leopardus pardalis (Jaguatirica) ocorrendo na Amazônia, Cerrado, Floresta Atlântica e Pantanal. A Jaguatirica consta na Lista Oficial de Espécies Ameaçadas de Extinção em virtude da constante remoção destes animais da natureza, caça predatória indiscriminada, dificuldade em conseguir sua reprodução em cativeiro além de outros fatores como atropelamentos e tráfico de animais. Objetivos OBJETIVO Através deste estudo propomo-nos a obter informações pertinentes a biologia desta espécie no que se refere a Fauna Parasitológica visando complementar estudos previamente realizados. Aplicabilidade dos Resultados Contribuir com registros sobre fauna parasitológica de Felis pardalis. Material e Métodos MATERIAL E MÉTODOS O modelo utilizado no presente estudo foi a carcaça de uma Jaguatirica adulto, macho, vítima de atropelamento enviado ao Laboratório de Patologia do Hospital Veterinário da Universidade de Cuiabá para realização de necropsia. Resultados e Conclusões RESULTADOS O Exame Externo excluiu a presença de ectoparasitos. O Exame Interno revelou a ocorrência de uma espécie de Cestódeo e um exemplar de Acantocéfalo ainda não identificados. Durante abertura do intestino delgado constatou-se a presença de Nematódeo posteriormente identificado como da espécie Toxocara mystax (Zeder, 1800) ao Exame em estereomicroscópio e microscópio. CONCLUSÃO Toxocara mystax, parasito do intestino delgado de felinos, assemelha-se morfologicamente ao Toxocara canis (Werner, 1782) diferindo apenas por apresentar a extremidade anterior côncava ventralmente. Apresenta expansão cervical estreita anteriormente conferindo-lhe aspecto de flecha. A ocorrência deste nematódeo vem sendo freqüentemente relatada em estudos envolvendo Felídeos silvestres. Palavras-chave Palavras-chaves Jaguatirica, Parasitologia, Toxocara. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 32 Título do trabalho OCORRÊNCIA DE Amblyomma dissimile KOCH, 1844 (ACARIIXODIDAE) EM Boa constrictor amarali STULL,1932 em CUIABÁ, MT, BRASIL E-mail [email protected] Eixo Temático Animais Silvestres Autor Lisiane Pereira de Jesus (membro comissão científica) Instituição UNIC Observações JESUS L.P.1 ,MOURA S.T.1, MENDONÇA F.S. 1, COLVARA I.G.1, AMORIM K.C. 2, STRITAL A.D. 2 1. Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade de Cuiabá Av. Beira Rio, nº 3100, Cuiabá, MT, Brasil, [email protected] 2. Acadêmico do Curso de Medicina Veterinária, Universidade de Cuiabá, MT, Brasil. Introdução INTRODUÇÃO As jibóias (Boa constrictor) são serpentes de médio a grande porte, podendo atingir 4 m de comprimento. Seu corpo é cilíndrico, ligeiramente comprimido nas laterais, evidenciando sua forte musculatura constritora. Alimentam-se basicamente de aves e de pequenos e médios mamíferos que matam por constrição. Vários estudos têm demonstrado a ocorrência de ácaros ixodeos parasitando estes répteis. Objetivos OBJETIVO o presente estudo tem por objetivo registrar a ocorrência de Amblyomma dissimile parasitando jibóia pertencente ao Núcleo de Ofiologia do Estado de Mato Grosso, localizado no município de Cuiabá, MT, Brasil. Aplicabilidade dos Resultados Contribuir com registros sobre fauna parasitológica de Boa constrictor. Material e Métodos MATERIAL E MÉTODOS Durante a realização de aula prática de acadêmicos do curso de Medicina Veterinária da Universidade de Cuiabá, em visita ao Centro de Ofiologia coletou-se exemplares de Ixodideos encontrados parasitando Boa constrictor amarali. Os exemplares foram acondicionados em recipiente contendo solução de álcool 70º GL e devidamente identificados com etiqueta mencionando coletor, hospedeiro, local de coleta e ano. O material foi fixado através de técnica própria para fixação de ácaros no Laboratório de Parasitologia do Hospital Veterinário da Universidade de Cuiabá para posterior identificação. Resultados e Conclusões RESULTADOS A identificação da espécie foi realizada utilizando-se chave dicotômica para separação de carrapatos da Família Ixodidae já registrados no Brasil e através da confrontação com a descrição específica e estampas de figuras. CONCLUSÃO Amblyomma dissimile é comumente encontrado parasitando sapos e cobras, embora o espectro de hospedeiros seja muito maior, envolvendo outros répteis e anfíbios, havendo até mamíferos citados. Palavras-chave Palavras-chaves Boa constrictor amarali, Ixodideos, Amblyomma dissimile. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 33 Título do trabalho REGISTRO DE OVOS DE ANCILOSTOMÍDEOS EM FEZES DE GATOPALHEIRO (Oncifelis colocolo), CUIABÁ, MT, BRASIL. E-mail [email protected] Eixo Temático Animais Silvestres Autor Lisiane Pereira de Jesus (membro comissão científica) Instituição UNIC Observações JESUS L.P. 1, MOURA S.T. 1, COLVARA I.G. 1, MARTINS M.V. 2, PIONA M.N.M. 3 1. Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade de Cuiabá Av. Beira Rio, nº 3100, Cuiabá, MT, Brasil, [email protected] 2. Responsável Técnica, Guarany Agroindustrial, BR 163/364 Km 431, Várzea Grande, MT, Brasil. 3. Acadêmico do Curso de Medicina Veterinária, UNIC. Introdução INTRODUÇÃO O Gato - palheiro, Gato-dos-Pampas ou Gato-peludo como é vulgarmente conhecido Oncifelis colocolo é muito semelhante a um gato doméstico (Felis domestica). Possui cabeça larga e orelhas mais pontiagudas que outros gatos sulamericanos. Seu pelo é longo e as cores padrões variam bastante, podendo ser escura com pintas vermelho-acinzentadas ou cinza prateado claro. Vivem em lugares abertos, pasto com capim alto e poucas árvores, possuem hábitos noturnos e alimentam-se de aves e roedores.Podem ser encontrados em vasta região estendendo-se por toda parte Oeste e grande área central da América do Sul. Há registros nos Estados da BA, DF, GO, MG, MS, MT, PI, RS, SP e TO. Objetivos OBJETIVO Este estudo teve por objetivo registrar a ocorrência de ovos de Ancilostomídeos em fezes de Gato-Palheiro pertencente ao Criadouro Comercial de Animais Silvestres da Agroindustrial Guarany, Várzea Grande, MT. Aplicabilidade dos Resultados Incrementar registros de ocorrência de Ancilostomídeos parasitando Oncifelis colocolo em Cuiabá, MT, Brasil. Material e Métodos MATERIAL E MÉTODOS as fezes foram coletadas através de sonda introduzida no reto do animal, tendo sido posteriormente realizado Exame Direto ao microscópio. Resultados e Conclusões RESULTADOS Observou-se a presença de ovos típicos de Ancilostomídeos. CONCLUSÃO Vários estudos envolvendo Gatos silvestres relatam a ocorrência de parasitos da Família Ancylostomatidae nestes animais (WATSON, T.G. et al., 1981; HEIDT, G.A. et al., 1988; PATTON & RABINOWITZ, A.R., 1994; PENCE, D.B. et al., 2003). Palavras-chave Palavras-Chave Gato-Palheiro, Parasitos, Ancilostomídeos. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 34 Título do trabalho USO DE ISOFLUORANO EM ANESTESIA INALATÓRIA DE CANÁRIO BELGA (Serinus canarius) - RELATO DE 3 CASOS E-mail [email protected] Eixo Temático Animais Silvestres Autor Pires M.A.M1 Instituição 1Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Cuiabá - UNIC R Itália s/n, Jardim Europa, Cep. 78065-420, Cuiabá - MT, [email protected]. Observações Stragliotto A2, Freitas S.H1, Sanches B.L1, Scapucin P1 & Yamanaka A.R.1 1Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Cuiabá - UNIC R Itália s/n, Jardim Europa, Cep. 78065-420, Cuiabá - MT, [email protected]; 2Médica Veterinária, Pós-graduanda em Acupuntura Veterinária pela Universidade Estadual Paulista - UNESP Campus Botucatu. Introdução O cuidado ao manusear estas aves, é de extrema importância, visto que, durante a contenção física, estressam com facilidade, liberam muita catecolamina (adrenalina e noradrenalina), aumentando a freqüência cardíaca, e levando a diminuição do fluxo no átrio e ventrículo, consequentemente, diminuição do débito cardíaco e pressão arterial (Massone,2003). Produz excelente anestesia a curto ou longo prazo em aves e répteis. Não sensibiliza o miocárdio às catecolaminas (Slatter, 1998). Objetivos Testar a eficácia da anestesia inalatória por isofluorano em canários belgas, onde qualquer outro tipo de anestesia poria em risco a vida das aves, devido à fragilidade de seu porte. Aplicabilidade dos Resultados Dos três animais anestesiados com agente inalatório isofluorano, os três (100%) animais tiveram uma indução e uma recuperação tranqüila, não sendo observado qualquer tipo de excitação. Em apenas um (33,33%) animal pudemos observar que em alguns momentos da cirurgia houve movimentos em ambas as patas. Os três animais (100%) tiveram um tempo médio de indução de 1,5 minutos, e um tempo médio de recuperação de 2 minutos. Em apenas 3 minutos os três (100%) canários estavam empoleirados em suas gaiolas definitivas. Material e Métodos Foram atendidos no Hospital Veterinário da Universidade de Cuiabá, três canários belgas (Serinus canarius) apresentando folículo de penas nas asas. Foi necessário a contenção química a base de isofluorano para a drenagem deste abscesso. Como seu porte é muito frágil e pequeno existe uma falta de materiais para a anestesia, sendo improvisado uma câmara de gás com o auxílio de um tambor para gazes de inox com aeração para esterilização. Pelas aberturas para esterilização foi adaptada a mangueira de saída de gazes do aparelho de anestesia inalatória, assim que a ave perdia a coordenação era retirada do tambor e passa a receber oxigênio com o agente inalatório diretamente pelo bico com o auxílio da mangueira de saída de gazes do aparelho de anestesia inalatória. Resultados e Conclusões O isofluorano promove indução e recuperação rápida, não produz lesões hepáticas, devido a baixa biotranformação, e por metabólitos intermediários não serem hepatotóxicos; diminue o fluxo renal, os fluoretos inorgânicos obtidos na biotransformanção são insuficientes para causar nefrotoxicidade. Desta maneira provamos que o isofluorano é muito seguro e tranqüilo de se realizar em canários-belgas. Palavras-chave Canário-Belga, isofluorano, anestesia inalatória. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 35 Título do trabalho ANESTESIA EM PIAUÇU (Leporinus macrocephalus)UTILIZANDO HALOTANO DILUÍDO EM ÁGUA E-mail [email protected] Eixo Temático Animais Silvestres Autor Pires M.A.M1 Instituição 1Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Cuiabá - UNIC R Itália s/n, Jardim Europa, Cep. 78065-420, Cuiabá - MT, [email protected]. Observações Stragliotto A2., Freitas S.H1., Scapucin P1., Yamanaka A. R1. & Moussalem M.P1. 1Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Cuiabá - UNIC R Itália s/n, Jardim Europa, Cep. 78065-420, Cuiabá - MT, [email protected].; 2Médica Veterinária, Pós-graduanda em Acupuntura Veterinária pela Universidade Estadual Paulista - UNESP Campus Botucatu. Introdução Os anestésicos são importantes na piscicultura para reduzir o estresse e a mortalidade no manejo, bem como para a realização de pequenas cirurgias, já que a criação de peixes vem aumentando, inclusive ornamentais(Silva, 2002). O halotano (tritrifluorclorobromoetano) foi preparado em 1956 por Raventos e, no mesmo ano, posto em uso clínico por Johnstone. Objetivos Determinar a eficácia de halotano em peixes, principalmente em procedimentos cirúrgicos. Estabelecer a melhor diluição de halotano em água, assim como determinar um protocolo anestésico para esta espécie animal. Aplicabilidade dos Resultados Foi determinado que a melhor concentração de halotano diluída em água é de 1000 mg para cada litro de água, com aproximadamente 2,5 minutos para indução anestésica, com tempo hábil de recuperação de aproximadamente 3,7 minutos. Maior concentração debilita severamente o animal estando muito próximo dos limites de óbito. Concentração menor o tempo para indução é muito longo, onde ultrapassa os 7 minutos deixando os peixes extremamente irritados, dificultando assim sua manipulação. Material e Métodos Foram utilizados 50 piauçus (Leporinus macrocephalus), pesando em média 575 gramas, medindo em média 42 cm, divididos em 5 grupos. A) controle, B) 250 mg de halotano por litro de água, C) 500 mg de halotano por litro de água, D) 1000 mg de halotano por litro de água, E) 1500 mg de halotano por litro de água. Aclimatados em aquários de 500 litros com sistema de aeração e alimentação a base de ração fornecida pelo pesque-pague por 7 dias. Os testes foram conduzidos em aquários de 70 litros. Um aerador posicionado na boca do peixe aumentava o fluxo de água que passava pelas guelras, permanecendo até que o peixe ficasse em decúbito ventral e a abertura opercular ficasse com aproximadamente 30 movimentos por minuto, indicando assim um estado anestésico. Segundo WOODY et al. (2001), o estágio anestésico em peixe é adquirido quando o peixe perde completamente o equilíbrio e se torna inapto a retornar a posição normal. Após este período eram removidos da solução anestésica e colocados em um aquário de 70 litros. Eram considerados recuperados quando retornavam seus movimentos e nadavam ativamente pelo aquário. Resultados e Conclusões O Halotano foi eficaz na anestesia em Piauçu (Leporinus macrocephalus), proporcionando aproximadamente 3,5 minutos para realização de procedimentos cirúrgicos, sua recuperação é tranqüilo sem qualquer tipo de excitação. Palavras-chave Halotano, Anestesia em peixes, Piauçu. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 36 Título do trabalho ECTOPARASITOSE POR Tunga penetrans em Tapirus terrestris (Anta) - Relato de Caso E-mail [email protected]. Eixo Temático Animais Silvestres Autor Pires M.A.M1 Instituição 1Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Cuiabá - UNIC R Itália s/n, Jardim Europa, Cep. 78065-420, Cuiabá - MT, [email protected]. Observações Stragliotto A2., Freitas S.H1., Scapucin P1., & Camargo L.M1 1Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Cuiabá - UNIC R Itália s/n, Jardim Europa, Cep. 78065-420, Cuiabá - MT, [email protected]. 2Médica Veterinária, Pós-graduanda em Acupuntura Veterinária pela Universidade Estadual Paulista - UNESP Campus Botucatu. Introdução A tungíase é uma ectoparasitose causada pela Tunga penetrans, um inseto hematófago pertencente à família Tungidae, conhecida popularmente como \"bicho do pé\". Espécie de pulga, que apresenta maior importância em saúde pública, por atingir tanto humanos quanto animais (Sobestiansky et al., 1999). A fêmea fecundada penetra profundamente na epiderme, que reage tornando-se espessa (Fortes, 1997 Objetivos Quantificar e avaliar os tipos de lesões causadas pela T. penetrans e estabelecer um tratamento eficaz sem esquecer que é um animal silvestre agressivo que não permitirá longos pós-operatórios e deverá voltar o mais rapidamente ao seu meio ambiente (soltura). Aplicabilidade dos Resultados A retirada de sessenta e três T. penetrans resultou em uma melhora na locomoção deste animal. A cicatrização se tornou completa em 15 dias, não sendo mais necessário pós-operatório. Foi encaminhada novamente ao Batalhão de Polícia Ambiental de Mato Grosso para a realização de sua soltura, na mesma região onde foi apreendida. Material e Métodos Uma Anta, Tapirus terrestris, fêmea de 56 quilos oriunda de apreensão, foi levada pelo Batalhão da Polícia Ambiental de Mato Grosso até o atendimento de animais silvestres do Hospital Veterinário da Universidade de Cuiabá, apresentando uma intensa claudicação nos membros posteriores e uma claudicação mais branda nos membros anteriores. Após rigoroso exame clínico foi constatada intensa infestação por inúmeras T. penetrans. O animal foi sedado pelo serviço de Anestesiologia do Hospital Veterinário, pois a manipulação provocava dor. Foi realizada a retirada de todos os parasitas com auxílio de agulhas 30X08. Uma camada de nitrofurazona pomada foi administrada no local das lesões coberta com gazes, uma atadura de crepon finalizou o curativo permitindo assim sua locomoção. Os curativos eram substituídos de 48 em 48 horas para não estressar em demasia o animal e não atrapalhar na cicatrização. A administração de flunixina meglumina se fez necessária para minimizar a dor causada pela retirada dos parasitas. Resultados e Conclusões Ficou determinado que a retirada dos parasitas foi necessária para evitar lesões de maiores proporções aos membros. Lembrando que a T. penetrans é um inseto hematófago que parasita animais e humanos levando a grandes prejuízos para criadouros comerciais de animais silvestres. Palavras-chave Tunga penetrans, lesão, Tapirus terrestris, extração cirúrgica. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 37 Título do trabalho DRENAGEM CIRÚRGICA DE OTITE UNILATERAL EM TARTARUGA TIGRE D'ÁGUA (Trachemis dorbigni) - Relato de Caso E-mail [email protected]. Eixo Temático Animais Silvestres Autor Pires M.A. M1 Instituição 1 Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Cuiabá - UNIC R Itália s/n, Jardim Europa, Cep. 78065-420, Cuiabá - MT, [email protected]. Observações Stragliotto A2, Freitas S.H1 & Camargo L.M1 1Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Cuiabá - UNIC R Itália s/n, Jardim Europa, Cep. 78065-420, Cuiabá - MT, [email protected].; 2Médica Veterinária, Pós-graduanda em Acupuntura Veterinária pela Universidade Estadual Paulista - UNESP Campus Botucatu. Introdução A otite externa é geralmente definida como inflamação dos condutos auditivos. Clinicamente, esta definição também tende a incluir a inflamação que envolve a parte proximal da pina. Os sinais clínicos associados à otite externa são agitação de cabeça, prurido, dor, odor e exsudação em graus variáveis. (ETTINGER, 1997) Os diversos fatores envolvidos no desenvolvimento da otite externa podem ser melhores descritos como primários, predisponentes e perpetuantes. Os fatores primários como atopia, corpos estranhos são capazes de iniciar a inflamação em ouvidos que estão normais. (ROSYCHUK, 1997) Objetivos Estabelecer uma drenagem cirúrgica eficaz para o tratamento de otite em tartaruga tigre d'água, pois esse animal produz uma otite com material purulento caseoso, se não ocorrer à drenagem cirúrgica o animal fica impossibilitado desta drenagem sozinho. Aplicabilidade dos Resultados A drenagem cirúrgica de abscessos caseosos em otites de tartarugas tigre d'água é altamente eficaz, pois compreende em um procedimento cirúrgico simples com resultados finais muito satisfatórios. Sabendo que os abscessos por sua extensão incomodam mais aos proprietários do que os respectivos animais. Material e Métodos Uma tartaruga tigre d'água, Trachemis dorbigni, adulta, foi levada até o atendimento de animais silvestres do Hospital Veterinário da Universidade de Cuiabá, apresentando um grande aumento de volume na região lateral da cabeça direita. Ao término do exame clínico constatou-se a presença de otite purulenta caseosa com inchaço rígido. O animal teve que ser anestesiado pelo serviço de Anestesiologia do Hospital Veterinário. Após incisão cirúrgica com lâmina de bisturi número 11 o conteúdo purulento pode ter drenado. É muito importante nestes casos a lavagem do conduto auditivo com solução salina estéril, evitando assim a presença de resíduos que contenham contaminações. Duas suturas simples interrompidas foram aplicadas na pele com fio de ácido poliglicólico 2-0. Resultados e Conclusões Ficou provada a eficácia da drenagem cirúrgica em tartarugas tigre d'água. Procedimento simples, considerado ambulatorial onde poucos clínicos e cirurgiões realizam devido à falta de informações tanto em anestesiologia quanto em particularidades da espécie reptiliana. Não podemos esquecer que é crescente o aumento das pessoas que criam tartarugas e outros répteis como animais pet. Palavras-chave Otite, tartaruga, drenagem cirúrgica, tigre d'água. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 38 Título do trabalho ASPECTOS PRELIMINARES DE MIXOSPORIDIOSE EM PEIXE TELEOSTEO DA COSTA PARAENSE E-mail [email protected] Eixo Temático Aquicultura e extensão rural Autor Marcela Nunes Videira Instituição Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) Observações EDINALDO SILVA FERREIRA, Bolsista, Laboratório de Pesquisa Carlos Azevedo (LPCA) - UFRA; FÁBIO EDIR AMARAL ALBUQUERQUE,Bolsista, Laboratório de Pesquisa Carlos Azevedo (LPCA) - UFRA; MÁRCIA NAZARÉ SACCO DOS SANTOS, PESQUISADORA, Laboratório de Histologia de Animais Aquáticos (LHAA)- UFPA; PATRÍCIA SANTOS MATOS,PESQUISADORA, Laboratório de Histologia de Animais Aquáticos (LHAA)- UFPA; EDILSON RODRIGUES MATOS, PESQUISADOR, chefe do Laboratório de Pesquisa Carlos Azevedo (LPCA) - UFRA. Introdução Os mixosporidios ocorrem nos mais diversos meios aquáticos, sendo parasitas pertencentes ao Phylum Myxozoa, e constituem grupo heterogêneo com cerca de 120 espécies, para o gênero Henneguya . São na maioria patogênicos, localizados em diversos tecidos e/ou órgãos, como rim, brânquias, gônadas e outros, produzindo alterações nos tecidos onde se desenvolvem. A espécie Lutjanus sp. é uma das que apresentam potencial para o comércio de peixes ornamentais marinhos , sendo bastante susceptíveis a agressões parasitárias. Objetivos Este trabalho busca esclarecer aspectos sobre as relações de parasitismo que ocorrem com esta espécie, a fim de evitar a propagação de doenças parasitárias por meio da sua comercialização. Aplicabilidade dos Resultados A ocorrência e descrição de mixosporidios em peixes da região amazônica têm relevância para o estudo do estado ictiossanitário, visto que uma enorme variedade de espécies é fonte na alimentação, enquanto outras são utilizadas para fins de comercialização de uso ornamental. Material e Métodos Para este estudo foram utilizados 30 exemplares da espécie Lutjanus sp. Bloch, 1790 encontrados na ilha de Algodoal, litoral paraense (00035'38"S 47035'00"W). No Laboratório de Pesquisa Carlos Azevedo LPCA/UFRA foram mantidos em aquários, anestesiados e sacrificados para observação. Vários órgãos foram observados em estereoscópio e analisados a fresco em microscópio óptico. Para microscopia eletrônica de transmissão (TEM), foram colhidos pequenos fragmentos das regiões estudadas, processados até inclusão em Epon. Para observação em Microscopia Eletrônica de Varredura (SEM), esporos isolados ou pequenos fragmentos de tecidos parasitados foram fixados e desidratados de acordo com as técnicas utilizadas pelo LPCA. Resultados e Conclusões A presença de esporos de mixosporidios é facilmente observada em microscopia óptica, principalmente e exclusivamente na fase de esporo. Os cistos encontrados nesta espécie de peixe estavam localizados na região branquial, envolvido por fibras nervosas, variando de dimensão e apresentando coloração esbranquiçada. Os esporos dos parasitas, apesar de apresentarem formas diferentes, possuem duas valvas e no interior duas cápsulas e uma célula esporogênica, geralmente binucleada. Este estudo em ME são apresentados como dados preliminares. Nas observações em microscópio óptico constatou-se que os esporos possuíam duas caudas como prolongamento das valvas. Esta particularidade específica permitiu identificar os parasitas, como pertencentes ao gênero Henneguya Thélohan, 1892. As observações estruturais das células e dos tecidos hospedeiros sugerem que estes parasitas poderão ser letais para os seus hospedeiros, devido ao aspecto lítico de suas células. Quanto ao parasita, há necessidade de maiores detalhes em SEM e TEM, para que se possa identificar a espécie, assim como, estabelecer medidas profiláticas para que esta espécie de peixe possa ser comercializada. Palavras-chave Sanidade, Ictioparasitologia, Peixes ornamentais, Henneguya. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 39 Título do trabalho ESTUDO PRELIMINAR DE MIXOSPORIDIOS PRESENTES EM CAVIDADE NASAL E OCULAR DE PEIXE AMAZÔNICO E-mail [email protected] Eixo Temático Aquicultura e extensão rural Autor Marcela Nunes Videira Instituição Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) Observações FÁBIO EDIR AMARAL ALBUQUERQUE,Bolsista, Laboratório de Pesquisa Carlos Azevedo (LPCA) - UFRA; JOSÉ MAURO VIANNA DA SILVA, Estagiário, Laboratório de Pesquisa Carlos Azevedo (LPCA) - UFRA; MICHELE VELASCO OLIVEIRA, Estagiária, Laboratório de Pesquisa Carlos Azevedo (LPCA) - UFRA; PATRÍCIA SANTOS MATOS,PESQUISADORA, Laboratório de Histologia de Animais Aquáticos (LHAA)- UFPA; EDILSON RODRIGUES MATOS, PESQUISADOR, chefe do Laboratório de Pesquisa Carlos Azevedo (LPCA) - UFRA. Introdução Os microrganismos pertencentes ao Phylum Myxozoa formam um heterogêneo grupo capaz de causar lesões em qualquer cavidade ou tecido, sendo responsáveis por mortalidade de peixes. Uma das espécies de peixes acometidas por esses parasitos é Metynnis maculatus (pacuzinho), a qual é de considerável importância para o comércio de peixes ornamentais na Amazônia. Objetivos Este estudo pretende avaliar o grau de sanidade de uma das espécies ornamentais da enorme diversidade ictiológica da região amazônica, utilizada na comercialização. Aplicabilidade dos Resultados A maioria dos animais é proveniente da extração no ambiente natural e comercializada sem que haja qualquer controle do seu estado ictiossanitário, representando sério risco à atividade, com a possibilidade de disseminação de doenças parasitárias por meio do comércio de exportação de peixes ornamentais. Material e Métodos Foram utilizados 30 exemplares de peixe M. maculatus, coletados no rio Peixe Boi (01011'30"S 47018'54"W), acondicionados em sacos plásticos com aeração, trazidos para Belém/PA, e no LPCA/UFRA foram realizadas as análises laboratoriais. Vários órgãos foram analisados e observados em microscópio estereoscópico. Alguns cistos foram identificados na cavidade nasal e ocular, ligeiramente recobertos pelo tegumento, retirados e analisados em microscopia de luz (ML) a fresco. Foram também coletados e preparados fragmentos parasitados para microscopia eletrônica de transmissão (TEM) e de varredura (SEM) de acordo com a técnica de rotina utilizada no Laboratório. Resultados e Conclusões Os cistos encontrados na cavidade nasal e ocular de M. maculatus pertencem ao gênero Myxobolus. A única fase do ciclo de vida destes parasitas evidenciável na microscopia de luz é a de esporo, sendo necessária a análise em microscopia eletrônica para a identificação da espécie. A morfologia do esporo obedece, em todos os mixosporidios, a uma organização específica e a identificação dos gêneros e das espécies varia com um conjunto de características do ciclo de vida e do esporo, somente evidenciados através a microscopia eletrônica de transmissão. As observações estruturais das células e dos tecidos hospedeiros sugerem que estes parasitos agem causando a morte do hospedeiro, devido a produção de toxinas patogênicas, inviabilizando a utilização da espécie M. maculatus como peixe ornamental, desde que não sejam adotadas medidas profiláticas, a fim de evitar a disseminação de doenças. Palavras-chave Ictioparasitologia, sanidade, protoparasitas, Myxobolus. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 40 Título do trabalho ASPECTOS PRELIMINARES DE MIXOSPORIDIOSE EM CARATAÍ Centromochlus sp. DO RIO TOCANTINS, CAMETÁ/PA E-mail [email protected] Eixo Temático Aquicultura e Extensão Rural Autor Marcela Nunes Videira Instituição Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) Observações JOSÉ MAURO VIANNA DA SILVA, Estagiário, Laboratório de Pesquisa Carlos Azevedo (LPCA) - UFRA; FÁBIO EDIR AMARAL ALBUQUERQUE,Bolsista, Laboratório de Pesquisa Carlos Azevedo (LPCA) - UFRA; WANDERSON RAFAEL SILVA HOLANDA, Bolsista, Laboratório de Pesquisa Carlos Azevedo (LPCA) - UFRA; PATRÍCIA SANTOS MATOS,PESQUISADORA, Laboratório de Histologia de Animais Aquáticos (LHAA)- UFPA; EDILSON RODRIGUES MATOS, PESQUISADOR, chefe do Laboratório de Pesquisa Carlos Azevedo (LPCA) - UFRA. Introdução Peixes são freqüentemente parasitados por mixosporidios que constituem grupo importante de parasitas celulares, sendo que grande maioria pode ser letal para o hospedeiro. Dentre estes parasitas, o gênero Myxobolus Butschli, 1882 inclui mais de 450 espécies, caracterizando um importante agente patogênico que acomete animais, tanto de água doce e marinha. Dentre estes hospedeiros está o Centromochlus sp. uma das muitas espécies de peixes amazônicos que possui potencial para aquariofilia. Objetivos Com este estudo pretende-se esclarecer possíveis danos e ações patogênicas que estes microrganismos poderão causar ao seu hospedeiro. Aplicabilidade dos Resultados As observações estruturais das células e dos tecidos hospedeiros sugerem que estes parasitas poderão ser letais para os seus hospedeiros, podendo causar prejuízos econômicos àqueles que venham a utilizar o carataí como espécie ornamental. Material e Métodos Para este trabalho foram utilizados 30 exemplares de Centromochlus sp. encontrados no rio Tocantins, município de Cametá/PA (02°14`54\"S 49°30`12\"W). No Laboratório de Pesquisa Carlos Azevedo LPCA/UFRA foram mantidos em aquários, anestesiados e sacrificados para observação. Vários órgãos foram observados em estereoscópio e analisados a fresco em microscópio óptico. Alguns fragmentos das regiões estudadas, brânquias, foram colhidos e fixados em Davidson para análise em microscopia de luz (ML), corados pela hematoxilina-eosina e Gutierrez. Para microscopia eletrônica de transmissão (TEM), foram também colhidos pequenos fragmentos da região estudada, e processados até sua inclusão em Epon. Para observação em Microscopia Eletrônica de Varredura (SEM), esporos isolados ou pequenos fragmentos de tecidos parasitados foram fixados e desidratados de acordo com as técnicas utilizadas pelo LPCA. Resultados e Conclusões Os esporos do gênero Myxobolus foram evidenciados sob microscopia de luz, formando cistos localizados nas brânquias, e/ou isolados dos tecidos, por camadas de fibras conjuntivas. As células vizinhas circundantes apresentam alterações morfológicas, sugerindo reação do hospedeiro. A morfologia do esporo obedece, em todos os mixosporidios, uma organização específica e a identificação do gênero e da espécie variam com um conjunto de características do ciclo de vida e do esporo. Todos os esporos são formados por uma célula uninucleada/binucleaada que possui como caracteres específicos do grupo, as cápsulas polares, as células valvogênicas e o esporoplasma. A ocorrência de esporos de mixosporidios é observada com facilidade nas amostras coletadas em ML, sendo, necessária a análise em microscopia eletrônica para a identificação da espécie, assim como estabelecer medidas profiláticas para que esta espécie de parasito não venha a se tornar um entrave para a comercialização de peixes ornamentais, devido a legislação pertinente. Palavras-chave Ictioparasitologia, Amazônia, patogenia, Myxobolus. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 41 Título do trabalho NOVA OCORRÊNCIA DE ARGULUS JUPARANAENSIS NO ESTADO DO PARÁ E-mail [email protected] Eixo Temático Aqüicultura Autor Marcela Nunes Videira Instituição Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) Observações EDINALDO SILVA FERREIRA, Bolsista, Laboratório de Pesquisa Carlos Azevedo (LPCA) - UFRA; FÁBIO EDIR AMARAL ALBUQUERQUE,Bolsista, Laboratório de Pesquisa Carlos Azevedo (LPCA) - UFRA; AUGUSTO SOLANO LOBO PERALTA, veterinário, pesquisador do Laboratório de Pesquisa Carlos Azevedo (LPCA) - UFRA; PATRÍCIA SANTOS MATOS,PESQUISADORA, Laboratório de Histologia de Animais Aquáticos (LHAA)- UFPA; EDILSON RODRIGUES MATOS, PESQUISADOR, chefe do Laboratório de Pesquisa Carlos Azevedo (LPCA) - UFRA. Introdução Peixes pertencentes à ordem Gymnotiformes (Teleostei Ostariophysi) são notórios primariamente devido à sua morfologia especializada e sua capacidade de gerar e perceber campos elétricos. A espécie Sternopygus macrurus, é uns dos representantes com larga distribuição geográfica, o que facilita também ter uma vasta diversidade parasitária. Dentre esses parasitas que acometem tal espécie, estão incluídos os crustáceos da subclasse Branchiura, que podem ser encontrados parasitando várias espécies de peixes silvestres e cultivados, aderidos à superfície corporal, às nadadeiras e/ou às brânquias e na cavidade oral. Neste tipo de parasito o macho é de vida livre, enquanto a fêmea vive fixada no corpo do hospedeiro, esta não pratica hematofagia e se alimenta de muco e células epiteliais, possuindo poderosas mandíbulas e um estilete capaz de perfurar o tegumento do peixe para se alimentar. Objetivos O presente trabalho tem por objetivo, analisar as características morfológicas desses crustáceos em associação com os efeitos patogênios causados pelo parasitismo. Aplicabilidade dos Resultados Esses parasitas são vetores de bacterioses e viroses de importância em piscicultura., provocando lesões causadas tanto pela agressão por fixação quanto pelas decorrentes infecções secundárias. Em infestações mais intensas onde as lesões são mais graves pode ainda ocorrer problemas de osmorregulação provocados pela perfuração do tegumento. Material e Métodos Foram analisados 50 peixes da espécie S.macrurus, popularmente conhecidos como Ituí, capturados no Rio Murinin, Benevides/PA (01º 18' 38" S 48º 18'10" W). Os animais foram trazidos vivos para o LPCA/UFRA em Belém/PA. No laboratório, os exemplares foram examinados, onde se observou a presença de ectoparasitas, os quais foram removidos e examinados em estereomicroscópio óptico. Estes foram sacrificados em etanol 70% aquecido a 40 ºC e conservados em álcool glicerinado a 5%, para análise e identificação do ectoparasita. Resultados e Conclusões Os parasitos examinados mostraram características de crustáceos pertencentes à sub-classe Branchiura e com estudo mais detalhado, chegou-se a identificação de argulídeos. Foram observados atributos morfológicos inerentes a espécie Argulus juparanaensis, as características morfológicas observadas são cefalotórax arredondado, de comprimento e largura quase iguais, tendo o comprimento longitudinal maior; lóbulos da carapaça arredondados, segundo e terceiro pares de patas maiores que o primeiro; olhos pequenos; olho de nauplius; dentes da segunda maxila espatulados e largos; ventosas relativamente pequenas, com costelas de sustentação em forma de retângulos alongados, dispostos em fileira de quatro. A presença do parasito provocou hiperplasia das células da mucosa, que se traduz por hipertrofia do epitélio de revestimento. Focos de necrose nos locais agredidos também podem ser observados. Palavras-chave Sanidade, ictioparasitologia, argulose, parasitismo. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 42 Título do trabalho OCORRÊNCIA DE Lernaea sp. COPEPODA CYCLOPOIDA EM TILÁPIAS DO NILO (Oreochromis niloticus) EM ESTAÇÃO EXPERIMENTAL DE PISCICULTURA DO ESTADO DO PARÁ. E-mail [email protected] Eixo Temático Aquicultura Autor Fábio Edir Amaral Albuquerque Instituição Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) Observações MARCELA NUNES VIDEIRA, Estagiário, Laboratório de Pesquisa Carlos Azevedo (LPCA) - UFRA; KELLY CRISTINY GOMES DA PAIXÃO, Estagiária, Laboratório de Pesquisa Carlos Azevedo (LPCA) - UFRA; WANDERSON RAFAEL SILVA HOLANDA, Bolsista, Laboratório de Pesquisa Carlos Azevedo (LPCA) - UFRA; PATRÍCIA SANTOS MATOS,PESQUISADORA, Laboratório de Histologia de Animais Aquáticos (LHAA)- UFPA; EDILSON RODRIGUES MATOS, PESQUISADOR, chefe do Laboratório de Pesquisa Carlos Azevedo (LPCA) - UFRA. Introdução A lerneose é uma das mais importantes parasitoses de peixes de água doce. O agente etiológico é um crustáceo copépode chamado Lernaea sp. Este gênero é composto de aproximadamente 44 espécies, sendo a maioria delas endêmicas da África e da Ásia, e hoje já adaptada às condições climatológicas e ambientais na Amazônia. A Lernaea cyprinacea Linnaeus, 1758 é uma das espécies mais importante e mais difundida pelo mundo. Objetivos O estudo desta parasitose vem enriquecer a literatura sobre esse patógeno que é responsável por grandes mortalidades em sistemas de cultivo. Aplicabilidade dos Resultados A maioria dos peixes examinados se encontravam com lesões no tegumento, provocando infecções secundárias, e os filamentos branquiais parasitados observados ficavam sem funcionalidade pela ação do parasita, dificultando as trocas metabólicas. Material e Métodos Em uma estação experimental de Piscicultura que fica no município de Castanhal/PA, foi colhida uma amostragem de 30 exemplares de Tilápia (Oreochromis niloticus), usando rede de arrasto. Eles foram acondicionados em sacos plásticos contento oxigênio e 1/3 de água do viveiro, e transportados para Belém ao Laboratório de Pesquisa Carlos Azevedo-LPCA/UFRA. Com o auxílio de um microscópio estereoscópio foi observada a fresco, realizada raspagem para retirada dos ectoparasitos que não se encontravam fixos no tegumento e nas câmaras branquiais do hospedeiro, e nos fixos, a retirada foi feita com pinça de dissecação, sendo coletado o tecido junto com o parasita e colocado em solução de hidróxido de potássio a 20% durante três dias, até que a retirada do parasita não danificasse o órgão de fixação. Resultados e Conclusões Os sinais clínicos da lerneose eram clássicos, com vários filamentos aderidos ao corpo e nadadeiras dos peixes, com presença de lesões após o desprendimento do parasito. As partes tegumentares dos peixes ficaram avermelhadas devido a hemorragias, pois a alimentação desse copépode é baseada em eritrócitos e fragmentos de tecidos, ocasionando perdas energéticas e, conseqüentemente, deficiência imunológica. Observou-se uma dificuldade de movimentação na maioria dos peixes, que ficaram enfraquecidos devido à anemia. Os copepoditos também causaram grande irritação nas brânquias dificultando as trocas metabólicas e criando uma entrada secundaria para outros parasitos oportunistas agravando ainda mais o quadro clínico.O estudo realizado observou a presença maciça de crustáceo ectoparasito identificado como Lernaea sp. A ocorrência deste organismo patogênico na estação de piscicultura ocasionou grande mortalidade nos peixes cultivados e conseqüentes ações sanitárias. Palavras-chave Copépode, Lerneose, Tilápia, parasitismo. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 43 Título do trabalho MIXOSPORIDIOSES PRODUZIDAS POR HENNEGUYA E MYXOBOLUS EM TAMBAQUIS CULTIVADOS NO ESTADO DO PARÁ. E-mail [email protected] Eixo Temático Aquicultura Autor FÁBIO EDIR AMARAL ALBUQUERQUE Instituição Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) Observações MARCELA NUNES VIDEIRA, Estagiário, Laboratório de Pesquisa Carlos Azevedo (LPCA) - UFRA; KELLY CRISTINY GOMES DA PAIXÃO, Estagiária, Laboratório de Pesquisa Carlos Azevedo (LPCA) - UFRA; WANDERSON RAFAEL SILVA HOLANDA, Bolsista, Laboratório de Pesquisa Carlos Azevedo (LPCA) - UFRA; PATRÍCIA SANTOS MATOS,PESQUISADORA, Laboratório de Histologia de Animais Aquáticos (LHAA)- UFPA; EDILSON RODRIGUES MATOS, PESQUISADOR, chefe do Laboratório de Pesquisa Carlos Azevedo (LPCA) - UFRA. Introdução Os mixosporidios formam um heterogêneo grupo capaz de causar lesões em qualquer cavidade ou tecido do corpo do animal. Dentre os órgãos e tecidos mais afetados encontramos as brânquias, sistema tegumentar, cérebro, fígado, intestinos, músculo e cartilagem, podendo causar a formação de reação hospedeira, com presença de cistos ou não, na dependência da ação parasitaria e da especificidade do hospedeiro. O microorganismo parasito encontrado e evidenciado pelo aspecto morfológico neste trabalho é denominado de Henneguya e de Myxobolus, importantes agentes patogênicos tanto para peixes de água doce como marinha. Objetivos Este trabalho evidencia a importância e especificidade desses patógenos para piscicultura brasileira. Aplicabilidade dos Resultados As elevadas densidades e falta de boas práticas de manejo, incluindo as técnicas para a sanidade, podem levar a morte os animais, atingindo desde o estado de alevino até os adultos. Material e Métodos Neste trabalho foram utilizados 30 exemplares de tambaqui Colossoma macropomum (Cuvier, 1818) e realizadas as analises laboratoriais no Laboratório de Pesquisa Carlos Azevedo LPCA/UFRA. Os animais foram mantidos em aquários, anestesiados e sacrificados para observação em estereoscópio, e analisados a fresco em microscopia de luz (ML). Alguns fragmentos das regiões foram colhidos e fixados em Davidson para análise em ML. Foram também colhidos e processados fragmentos para microscopia eletrônica de transmissão (TEM), de acordo com a técnica utilizada e padronizada no Laboratório. Resultados e Conclusões A presença de esporos de mixosporidios é facilmente observada em ML. O gênero Myxobolus é encontrado em cistos nos órgãos, isolados dos tecidos, por fibras conjuntivas. Estes esporos, cujas células valvogênicas, em número de duas, lhes dão o formato elipsóide e/ou arredondados, envolvem um par de células capsulogênicas espiraladas, e o esporoplasma (Casal et. al. 1994). O gênero Henneguya encontra-se como no caso de H. amazônica (Rocha, Matos e Azevedo, 1992) formando cistos. Os esporos de Henneguya apresentam-se constituídos por duas células valvogênicas, de formato elipsóide, que se prolongam de modo a formar um par de caudas. Estas células envolvem as células capsulogênicas espiraladas, e um esporoplasma. Os cistos deste parasito foram evidenciados nas brânquias, ocorrendo também na musculatura intestinal, causando pequena reação tecidual, com moderada hiperplasia de células branquial epiteliais e ligeira reação inflamatória com infiltrado celular na região intersticial, principalmente das brânquias. Apesar da reação inflamatória que estes parasitos causam em ambientes de cultivo, e ainda não terem sido totalmente elucidados, nas grandes infestações, podem causar sérios prejuízos aos piscicultores, inclusive com a morte dos hospedeiros. Palavras-chave Myxobolus, Henneguya, Tambaqui, piscicultura. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 44 Título do trabalho PARASITISMO SIMULTÂNEO DE MONOGENÉTICO E MIXOSPORIDIO EM ALEVINOS DE TAMBAQUI Colossoma macropomum NO ESTADO DO PARÁ. E-mail [email protected] Eixo Temático PARASITISMO SIMULTÂNEO DE MONOGENÉTICO E MIXOSPORIDIO EM ALEVINOS DE TAMBAQUI Colossoma macropomum NO ESTADO DO PARÁ. Autor FÁBIO EDIR AMARAL ALBUQUERQUE Instituição Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) Observações MARCELA NUNES VIDEIRA, Estagiário, Laboratório de Pesquisa Carlos Azevedo (LPCA) - UFRA; WANDERSON RAFAEL SILVA HOLANDA, Bolsista, Laboratório de Pesquisa Carlos Azevedo (LPCA) - UFRA; KELLY CRISTINY GOMES DA PAIXÃO, Estagiária, Laboratório de Pesquisa Carlos Azevedo (LPCA) - UFRA; PATRÍCIA SANTOS MATOS, PESQUISADORA, Laboratório de Histologia de Animais Aquáticos (LHAA)- UFPA; EDILSON RODRIGUES MATOS, PESQUISADOR, chefe do Laboratório de Pesquisa Carlos Azevedo (LPCA) - UFRA. Introdução A facilidade de produção de alevinos e o rápido crescimento fizeram do tambaqui um dos peixes mais populares da piscicultura brasileira, sendo a principal espécie amazônica cultivada no Brasil. No entanto, em grande parte desses cultivos não há qualquer controle ictiosanitário, o que representa um sério risco à atividade, com a possibilidade de disseminação de doenças parasitárias. Os monogenéticos e os microrganismos pertencentes ao Phylum Myxozoa formam um grupo capaz de causar lesões em qualquer tecido ou órgão, podendo ser patogênicos e responsáveis pela mortalidade de peixes, tanto em cativeiro como no ambiente natural. Objetivos Este estudo permitirá avaliar o estado sanitário da piscicultura na comercialização de alevinos para piscicultores, relacionando o custo/benefício. Além disso, permitirá sugerir a certificação ictiosanitária, tão importante na comercialização do produto. Aplicabilidade dos Resultados Há necessidade de serem estabelecidas medidas profiláticas para que essa espécie de peixe seja cultivada e comercializada adequadamente, observando-se o estado ictiosanitário. Com esta medida e diminuindo a presença de monogenéticos e de mixosporidios, haverá menor perda econômica para a piscicultura. Material e Métodos Foram utilizados 30 alevinos de tambaqui Colossoma macropomum Cuvier, 1818 provenientes de uma piscicultura no nordeste paraense. No Laboratório de Pesquisa Carlos Azevedo LPCA/UFRA foram mantidos em basquetas plásticas, anestesiados e sacrificados para observação. Vários órgãos foram observados em estereoscópio e analisados a fresco em microscopia de luz (ML). Alguns fragmentos das regiões estudadas foram, colhidos e fixados em Davidson para análise em ML, desidratados em concentrações crescentes de álcool, diafanizados, incluídos em parafina e corados pela hematoxilina-eosina e Gutierrez. Resultados e Conclusões Os animais observados mostraram uma grande infestação de monogenéticos nos filamentos branquiais, causando danos às células de revestimento, com possibilidades de presença de infecção secundária produzida pela descamação e/ou rompimento de células epiteliais de revestimento. A presença de cistos de mixosporidios produziu intensa reação inflamatória, hiperplasia e hipertrofia do epitélio branquial, sendo perceptível a fusão das lamelas branquiais, inviabilizando a plena fisiologia do órgão, levando invariavelmente os alevinos a morte. A fase esporal permitiu também, identificar os mixosporidios como pertencentes ao gênero Myxobolus sp., havendo necessidade de observação em microscopia eletrônica de transmissão, para determinação da espécie infestante.As observações estruturais das células e dos tecidos hospedeiros sugerem que estes parasitos poderão ser letais para os alevinos possivelmente com sistema imunológico debilitado, podendo causar prejuízos econômicos, pelo alto grau de mortalidade. Haverá necessidade de maiores detalhes em microscopia eletrônica de transmissão e de varredura, para identificar as espécies. Palavras-chave Monogenéticos, mixosporidios, Myxobolus, alevinos. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 45 Título do trabalho ANISAQUIDEOS EM GOETES (CYNOSCION JAMAICENSIS) E ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS E-mail [email protected] Eixo Temático Aquicultura Autor Agar Costa Alexandrino de Pérez (Palestrante) Instituição Instituto de Pesca - Santos / SP Observações NEIVA, C.R.P. 1; FURLAN, E.F. 1; TOMITA, R.Y. 1; LEMOS NETO, M.J. 1; LÔBO, A.M.C. 1;OKUMURA, M.P.M.2; RODRIGUES, M.V.3; PÉREZ, A.M.3. ¹ Laboratório de Tecnologia do Pescado - Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica do Agronegócio do Pescado Marinho/ Instituto de Pesca, Santos, SP. 2 Universidade Bandeirante - UNIBAN e Universidade Paulista - UNIP /SP 3 Acadêmicos de Medicina Veterinária Introdução As zoonoses parasitárias transmitidas pelo pescado, cada vez mais vem chamando atenção de pesquisadores e autoridades sanitárias no mundo inteiro, por serem causas de problemas de saúde pública na população, a qual se infecta pelo consumo de pescado cru ou insuficientemente cozido (OKOMURA, PEREZ, ESPINDOLA,1999). A anisaquíase pode ser considerada uma zoonose emergente no Brasil, principalmente em razão da vulgarização e do aumento do consumo do pescado marinho cru, sob forma de sushi e sashimi, em restaurantes orientais e em fast-food (GERMANO & GERMANO, 1998). No Brasil, o relato de anisaquíase é pouco comum, devido a não ocorrência de notificações da doença (SÃO CLEMENTE et al, 1996) e principalmente por apresentar sintomas inespecíficos como dor abdominal, vômito e náusea, sendo a maior parte dos casos com evolução aguda (BARROS et al, 1992). Objetivos Determinar a incidência e o grau de infestação, provocados por larvas de nematódeos da família Anisakidae em amostras de goete (Cynoscion jamaicensis), coletados pelos Serviços de Inspeção nos diferentes locais (barcos, entrepostos, indústrias, mercados, supermercados, feiras-livres e peixarias) da cadeia produtiva na Baixada Santista, no período de julho a setembro de 2005. Aplicabilidade dos Resultados A presença de larvas de anisaquídeos em goetes será objeto de notificação as autoridades competentes assim que terminarem as identificações dos parasitas. Além de que abre um campo para novas pesquisas, por se tratar de uma zoonose. Material e Métodos Para este trabalho, foram realizadas seis amostragens no período de três meses, perfazendo um total de 102 exemplares da espécie goete (C. jamaicensis) em diferentes locais de coleta, sendo encaminhados para o Laboratório de Tecnologia do Pescado do Instituto de Pesca - Santos, para serem necropsiados e posteriormente filetados para serem observados através da mesa de inspeção candling table e microscópio óptico. Para classificar o peixe como infectado, considerou-se suficiente à presença de apenas uma larva na cavidade abdominal e ou tecido muscular. Resultados e Conclusões De um universo de 102 peixes inspecionados e necropsiados, setenta e oito exemplares (76,47%) apresentaram positividade para o nematódeo da família Anisakidae e freqüentemente encontravam-se encistados no mesentério e próximo ao fígado. Quando se observou à musculatura destes peixes na mesa de inspeção o resultado foi negativo para 100% das amostras. Em função do risco no consumo de goetes, é recomendável que o pescado seja submetido à cocção ou ao congelamento a -20ºC por 24 horas, inativando os possíveis parasitas. Palavras-chave Peixe, Zoonose, Anisaquídeo. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 46 Título do trabalho COLHEITA DE MATERIAL PARA O DIAGNÓSTICO DE DOENÇAS DE PEIXES E-mail [email protected] Eixo Temático Aquicultura Autor Agar Costa Alexandrino de Pérez 1* (Palestrante) Instituição Instituto de Pesca - SAA - APTA - São Paulo - SP Observações ARAUJO, A. P. ²; CARVALHO Fº, A. C.¹ 1 Instituto de Pesca - SAA - APTA - São Paulo - SP 2 Médica Veterinária - Acquapiscis S/C LTDA - São Paulo - SP * Presidente do Colégio Brasileiro de Aqüicultura Introdução A colheita de material em qualquer espécie animal para remessa laboratorial é sem dúvida o ponto mais importante para um diagnóstico preciso. Este conceito é totalmente válido para animais aquáticos. Nesse sentido e devido a poucos trabalhos nessa área, foi elaborado um manual de procedimentos de colheita para exames microbiológicos, parasitológicos, hematológicos, toxicológicos e anatomopatológicos. Neste manual são descritas técnicas de contenção física e química dos peixes para que a colheita seja realizada com segurança para o profissional e de maneira a não causar sofrimento ao animal. Objetivos Dar condições técnicas para o profissional realizar colheitas, evitar contaminação que compromete o material e ainda, minimizar o sofrimento do animal. Aplicabilidade dos Resultados Dar condições aos Médicos Veterinários de realizarem colheitas de materiais de peixes, a fim de viabilizar com sucesso o diagnóstico das doenças. Material e Métodos O material colhido deve ser de peixes moribundos ou recém-mortos a fim de se evitar processo de decomposição, pois os peixes apresentam autólise muito rapidamente. Para cada análise é importante realizar o procedimento adequado para a elaboração de um diagnóstico correto. Os peixes devem ser submetidos a métodos de contenção física ou química, dependendo do tamanho do animal e a destinação da amostra. Resultados e Conclusões As amostras destinadas a exames bacteriológicos e micológicos devem proceder somente de indivíduos moribundos e serem colocadas em estufas apropriadas de 15 a 22ºC para ocorrer crescimento bacteriano. Para exames virológicos, as amostras podem ser colhidas de peixes moribundos, recém-mortos, refrigerados ou mortos-congelados. As amostras para exames parasitológicos devem proceder de peixes vivos ou mortosrefrigerados. Os congelados servirão apenas para pesquisa de endoparasitos. Para colheita de sangue e outras secreções o peixe deve estar vivo e deve ser sedado. Para exames toxicológicos, as amostras podem ser de peixes moribundos, recém-mortos, mortoscongelados e/ou refrigerados. Para os exames anatomopatológicos a colheita deve ser sempre realizada em animais moribundos, recém-mortos e mortos-resfriados, sendo que em alguns casos pode se enviar exemplares inteiros ou tecidos fixados em formol. A importância desses procedimentos é proporcionar o correto diagnóstico das doenças de peixes a fim de se formar um banco de dados epidemiológicos, além de permitir a prevenção e o controle, bem como realizar tratamento terapêutico e orientação aos piscicultores. Palavras-chave Peixes, Colheita, Material, Diagnóstico. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 47 Título do trabalho DETECÇÃO DE TRIPANOSOMATÍDEOS EM BOVINOS DA REGIÃO DE UBERABA-MG ANÁLISE CLÍNICA E LABORATORIAL. E-mail [email protected] Eixo Temático Med Veterinária preventiva Autor Bittar J.F.F.1, Moura D.M.2, Amâncio, N.P.3 Santos, C.G.Y.4, Menezes, M.C5. & Bittar E.R.6 Instituição Universidade de Uberaba Observações Joely F. Figueiredo Bittar - 1 Instituto de Estudos Avançados em Veterinária. Universidade de Uberaba. Av Nenê Sabino 1801 B. Universitário. 38055-550, Uberaba, MG, [email protected]; Dênia Monteiro de Moura. 2 Bolsista Iniciação Científica CNPq. Medicina Veterinária UNIUBE. Instituto de Estudos Avançados em Veterinária; Neíza Pinti Amâncio - Médica veterinária. Residente em patologia clínica Hospital Veterinário de Uberaba. Instituto de Estudos Avançados em Veterinária; Carlos Gabriel Yokota dos Santos. 4 Médico Veterinário autônomo; Márcio de Castro Menezes 5 Médico Veterinário. Hospital Veterinário de Uberaba. Instituto de Estudos Avançados em Veterinária; Eustáquio Resende Bittar -6 Instituto de Estudos Avançados em Veterinária. Universidade de Uberaba. Av Nenê Sabino 1801 B. Universitário. 38055-550, Uberaba, MG, [email protected] Introdução A infecção por Trypanosoma é responsável por perdas econômicas à bovinocultura de áreas tropicais, como África, Ásia, América Central e América do Sul, podendo levar à diminuição da produção, infertilidade, aborto, retardo no crescimento e mortalidade. Trabalhos realizados no Brasil revelam que esta parasitose está presente nas regiões do Pantanal Mato grossense, e nos estados do Pará, Amapá e região amazônica sendo responsável por perdas econômicas à bovinocultura. Em Minas Gerais não há trabalhos que relatam a presença desse protozoário, entretanto, foi observado a presença de Tripanosomatídeo no sangue periférico de uma vaca da região de Uberaba. Sabendo-se que a região de Uberaba comporta uma das maiores associações de criadores de gado zebu do mundo e a importância da região no contexto pecuário nacional no que diz respeito a criação, melhoramento genético e comercialização de animais geneticamente superiores torna-se importante o estudo parasitológico e clínico em relação a este protozoário para posterior análise do seu impacto na criação de bovino da região de Uberaba. Objetivos Detectar tripanosomatídeos em bovinos infectados naturalmente e observar alterações clínicas e hematológicas. Aplicabilidade dos Resultados Material e Métodos Para este trabalho, sangue de 45 bovinos, foi colhido em tubos contendo anticoagulante EDTA para detecção de animais positivos para Trypanosoma através do método de esfregaço sanguíneo e da técnica de microhematócrito e buffy coat. O hemograma foi realizado utilizando o contador automático CELM DA 500. Os esfregaços sanguíneos foram feitos a partir de uma gota de sangue colocada em uma lâmina a uma distância de aproximadamente 2-3 cm. de um lado final. A gota foi espalhada até o lado final oposto, com auxílio de outra lâmina num ângulo de 45º. No método de microhematócrito e buffy coat, para cada animal ou amostra sanguínea, um tubo capilar foi preenchido em aproximadamente 2/3 do seu volume total sendo sua extremidade posterior selada com chama e posteriormente centrifugado para obtenção da papa de leucócitos (Buffy Coat). A montagem da lâmina foi feita quebrando o capilar na parte onde se divide a parte líquida com a parte celular, colocando uma ou duas gotas deste material na lâmina e fazendo logo o esfregaço. Os esfregaços foram corados pelo Kit Panótico rápido e examinados em microscópio ótico com objetiva de imersão. Resultados e Conclusões Durante as colheitas de sangue alguns animais apresentavam S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” estado nutricional regular, mucosas geralmente coradas e alguns deles mucosas hipocoradas, corrimento vaginal discreto, olhos lacrimejantes Dos 45 bovinos examinados, 17 apresentaram a forma tripomastigota de Trypanosoma somente pelo método do microhematócrito e buffy coat. Na análise do hemograma foi observada uma variação no número de eritrócitos de 6 a 9 milhões de hemácias/mm³ de sangue, hematócrito variou de 28 e 45% e hemoglobina de 7,7 a 15,7 g/dL. CONCLUSÕES A prevalência da tripanossomíase na região de Uberaba-MG é de 37,7%. O método do Buffy coat é mais indicado para o diagnóstico da tripanossomíase bovina que o esfregaço sanguíneo. Os animais infectados não tinham manifestação evidente de qualquer sintomatologia relacionada à tripanossomíase. Palavras-chave Realizado com apoio financeiro do PAPE-UNIUBE, CNPq Palavras-chaves Trypanosoma, Bovino, Diagnóstico. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 48 Título do trabalho DIVERSIDADE DE MORCEGOS EM TRÊS ÁREAS DE CERRADO NA REGIÃO DE NIQUELÂNDIA, ESTADO DE GOIÁS RESULTADOS PRELIMINARES E-mail [email protected] Eixo Temático Ensino e Pesquisa Autor Tomaz, L. A. G. Instituição Observações Zortea, M.2, Souza, A. M.3 2 Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução Universidade Federal de Goiás, Campus de Jataí, Br 364 Km 192, Jataí, Goiás, GO 3 Departamento de Medicina Veterinária, Escola de Veterinária, Universidade Federal de Goiás - Campus II Caixa Postal 131, Goiânia, GO Introdução A ordem Chiroptera é a segunda maior ordem do mamíferos, atualmente, são conhecidas mais de mil espécies de morcegos distribuídos em 186 gêneros e 18 famílias. Em Goiás são registradas 81 espécies que representam 42% dos mamíferos do cerrado. A crescente preocupação com a degradação do Cerrado e a necessidade de novas estratégias para sua preservação assinalam para a importância da investigação científica que priorize estudos de diversidade num variado número de regiões desse bioma. Objetivos Levantar as espécies de morcegos que ocorrem em uma região do cerrado goiano comparando a diversidade em ambientes distintos, cerrado Strictu sensu, campo sujo antropizado e mata ciliar. Aplicabilidade dos Resultados Material e Métodos Foram realizadas duas expedições no período chuvoso na fase de lua nova. Os morcegos foram capturados com redes de neblina, ao nível do solo, utilizando-se 10 redes de náilon de malha fina, de tamanho 3,0 m x 12,0 m dispostas ao longo da vegetação. As redes foram abertas no crepúsculo e permaneceram abertas por um período de cinco horas, sendo vistoriadas a cada 30 minutos ou uma hora. Resultados e Conclusões RESULTADOS Até o presente momento foram capturados até o momento 235 de 10 espécies, distribuídos em três famílias. A família Phyllostomidae representou 94,5% das capturas, a família Mormoopidae 5,1% e Molossidae apenas 0,4%. Carollia perspicillata foi a espécie mais comum somando 71,1% da amostra, seguida por Glossophaga soricina (14%). A pesquisa relevou ainda a presença Lonchophylla dekeyseri, espécie constante da lista atual de espécies brasileiras ameaçadas de extinção (Brasil, 2004). Artibeus planirostris, Desmodus rotundus e Molossops temminckii contribuíram igualmente com 0,4% da amostragem cada um. CONCLUSÕES A baixa diversidade pode ser atribuída à completa dominância da abundância por C. perspicillata. Apesar da baixa diversidade alfa, este estudo mostrou um significativo turnover de espécies entre os três ambientes amostrados, o que pode estar revelando a importância das fitofisionomias do cerrado para a manutenção de uma significante riqueza de espécies. Não obstante, mais dados são necessários para afirmar sobre a importância dos hábitats inventariados para a manutenção da diversidade regional de espécies. Palavras-chave Morcegos, Cerrado, Diversidade, Abundância. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 49 TÍTULO DO TRABALHO RELAÇÃO ENTRE INDÍVIDUOS HIV+ E ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO A PERCEPÇÃO DE ESTUDANTES DE MEDICINA VETERINÁRIA E-mail [email protected] Eixo Temático Saúde Pública Autor Braga, S.J.1 Instituição Faculdade de Medicina Veterinaria da Universidade Federal de Uberlandia-MG Observações Borges, D.T.2 . Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia-MG; Alves, L.3 . Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia-MG; Almeida, P.L.4 . Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia-MG. Introdução Os animais de estimação são de grande importância para o convívio com seres humanos, principalmente, no plano emocional para indivíduos portadores de doenças socialmente estigmatizadas. Os indivíduos portadores do HIV, que devido a sua condição imunológica estão sob maior risco de adquirirem infecções e muitas vezes são privados do convívio com seus animais por preconceito ou desinformação ou então, ficam expostos a riscos desnecessários devido à falta de orientação. Objetivos Investigar a percepção de estudantes de Medicina Veterinária em relação ao convívio entre indivíduos HIV+ e seus animais de estimação. Aplicabilidade dos Resultados Os conhecimentos produzidos por esta pesquisa podem ser utilizados como subsidio para formação curricular de cursos de veterinária, além de apontar para a necessidade de fortalecimento de conteúdos da área de zoonoses. Material e Métodos Foram entrevistados cento e trinta e cinco (135) estudantes matriculados no 7º, 8º e 9º períodos do curso de Medicina Veterinária. Sendo utilizado um questionário, prétestado e padronizado para a obtenção dos dados. Após a coleta, os dados foram digitados para um banco de dados e posteriormente analisados. Resultados e Conclusões Os resultados mostraram que dos 135 indivíduos entrevistados, 37 (27,40%) eram naturais de Uberlândia-MG, 69 (51,11%) do sexo feminino e a idade média igual a 20 anos. Com relação ao contato profissional, 56 (42,09%) dos entrevistados disseram que conversam freqüentemente a respeito de zoonoses com os proprietários de animais; 55 (40,07%) referiram sentirem-se bastante confortáveis ao serem abordados por um indivíduo HIV+ com relação ao risco de transmissão de zoonoses de seu animal de estimação. Em relação ao risco de adquirir zoonoses de seus animais de estimação, 66 (48,88%) dos entrevistados incriminaram os filhotes de gatos como de risco moderado. E, 46 (34,07%) não souberam avaliar o risco de contato com relação a répteis. Com base nos resultados obtidos pode-se afirmar que, embora os entrevistados tenham referido sentirem-se confortáveis com relação à abordagem do tema indivíduos HIV+ e riscos de animais de estimação, as respostas demonstraram que eles não estão preparados para lidar com questionamentos advindos dessa convivência. Palavras-chave Zoonoses, Animais de estimação, Indivíduos HIV+, Saúde Pública. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 50 TÍTULO DO TRABALHO OCORRÊNCIA DE TUBERCULOSE CAUSADA POR MYCOBACTERIUM BOVIS EM BOVINOS ABATIDOS EM FRIGORÍFICOS NO ESTADO DE MATO GROSSO, BRASIL. E-mail [email protected] Eixo Temático saúde pública Autor Fernando Henrique Piovezan Salazar Instituição Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso Observações F.H.P. Salazar1, P.P. Pires2, O. C. Ribeiro3, C. Q. F. Leite4, A. L. A. R. Osório5, K. S. G. Jorge5, R. A. A.Lemos5, E.B. Guimarães5.1Programa Mestrado em Ciência Animal UFMS 2Embrapa-Centro Nacional de Gado de Corte - Campo Grande/ MS 3Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal 4Faculdade de Ciências Farmacêuticas - Unesp - Araraquara/SP 5Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - UFMS Introdução A tuberculose bovina causa prejuízos à pecuária e risco à saúde pública Objetivos Este trabalho objetivou associar recursos diagnósticos complementares ao exame post mortem Aplicabilidade dos Resultados Os resultados obtidos permitem concluir que a tuberculose causada por Mycobacterium bovis está presente em bovinos de corte do Estado de Mato Grosso. Também evidenciam a necessidade de otimização das técnicas de isolamento em cultivo, pesquisa de BAAR em granulomas, além da necessidade de padronização dos métodos moleculares para estabelecimento de diagnóstico definitivo a partir de amostras clínicas Material e Métodos Foram examinados 57641 animais abatidos entre novembro de 2004 e agosto de 2005 em três matadouros-frigoríficos sob Inspeção Estadual, dos quais 27 (0,05%) foram condenados por apresentarem linfonodos com lesões sugestivas de tuberculose, que foram avaliados histopatológica, bacteriológica e molecularmente Resultados e Conclusões A histopatologia revelou lesões granulomatosas características de tuberculose em 23 (85,2%) das amostras. Entre 24 a 87 dias de cultivo, seis (22,2%) amostras apresentaram isolamento de colônias com morfologia compatível com Mycobacterium bovis. A reação em cadeia da polimerase (PCR) e análise da PCR por enzimas de restrição (PRA) possibilitaram identificar o gênero Mycobacterium em todas as seis amostras isoladas, sendo quatro (66,7%) amostras, a espécie Mycobacterium bovis, e uma, a subespécie Mycobacterium paratuberculosis. Em nenhuma das 27 amostras clínicas foi determinada a etiologia pela PCR. Os resultados permitem concluir que a tuberculose causada por M. bovis está presente em bovinos de corte do Estado de Mato Grosso. A otimização das técnicas de isolamento e de padronização dos métodos moleculares para estabelecimento de diagnóstico definitivo a partir de amostras clínicas é uma área demandante de pesquisa. Palavras-chave Histopatologia, isolamento bacteriano, reação em cadeia da polimerase, Mycobacterium paratuberculosis e Mycobacterium bovis. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 51 TÍTULO DO TRABALHO DETECÇÃO DE MYCOBACTERIUM BOVIS EM LEITE BOVINO ATRAVÉS DA REAÇÃO DA POLIMERASE EM CADEIA E-mail [email protected] Eixo Temático Inocuidade e Segurança Alimentar Autor FIGUEIREDO, E.E.S.1 Instituição Universidade Federal do Rio de Janeiro Observações SILVA, M.G.2; FONSECA, L.S.2; SILVA, J.T.1; PASCHOALIN, V.M.F.1;1 Instituto de Química, 2 Centro de Ciências da Saúde Universidade Federal do Rio de Janeiro Introdução Mycobacterium bovis é o agente causador de uma importante zoonose denominada tuberculose bovina que é transmissível através da via aerógena e pela ingestão de leite e produtos lácteos não pasteurizados oriundos de animais doentes. Técnicas microbiológicas convencionais seguidas de testes bioquímicos continua sendo a metodologia padrão-ouro de isolamento e identificação de M. bovis em amostras clínicas como tecidos, mucosa nasal, leite, sangue e amostras do meio ambiente. Devido a semelhança genética e variabilidade bioquímica, a detecção confiável de M. bovis é demorada e de difícil execução. Objetivos Foi desenhar e validar uma metodologia rápida e segura de detecção de M. bovis em amostras de leite por técnica de PRA-PCR. Aplicabilidade dos Resultados Detectar por metodologias moleculares a presença de M. bovis em leite sem haver a necessidade do isolamento microbiológico. Material e Métodos Amostras de 1 mL de leite cru foram contaminadas artificialmente com linhagens isoladas de M. bovis, em concentrações que variavam de 100.000.000 a 1 célula. O DNA das amostras foi extraído e purificado com lisozima, proteinase K, solução fenolclorofórmio-álcool isoamílico e isopropanol. O DNA obtido foi utilizado em reação de PCR para amplificação de uma seqüência do gene HSP65 usando como primers os oligonucleotídeos tb11 (5'-ACCAACGATGGTGTGTCCAT) e tb12 (5'-CTTGTCGAACCGCATACCCT). O amplicon obtido (441bp) foi digerido com BSTE II (60ºC) e HAE III(37º) para a visualização do perfil de bandeamento das espécies pertencentes ao complexo tuberculosis. Uma segunda reação de PCR com os oligonucleotídeos jb21 (5'-TCGTCCGCTGATGCAAGTGC - 3)' jb22 (5'TCGTCCGCTGATGCAAGTGC - 3') foi realizada para amplificação de uma região do gene RvD1-Rv2031c (500pb) presente somente em M. bovis e M. bovis BCG. Resultados e Conclusões Nas condições utilizadas, amplicons de 441bp foram obtidos a partir do DNA extraído de amostras de leite artificialmente contaminadas com até 10 células de M. bovis e, quando digeridos, estes amplicons apresentaram o perfil de bandeamento característico para membros do complexo tuberculosis (245pb 125pb 80 pb) com BsteII e (160pb 140pb 80pb) para Hae III. A partir da mesma amostra, também foi amplificada a região espécie específica presente apenas em M. bovis e M. bovis BCG (500pb). A metodologia empregada permitiu detectar M. bovis em amostras de leite contaminadas artificialmente, tendo como limite inferior a concentração de 10 células por mL. O método empregado apresentou sensibilidade, especificidade e rapidez podendo ser aplicado na investigação de rebanhos leiteiros afetados por tuberculose, substituindo ou auxiliando as metodologias convencionais usadas atualmente no programa de certificação de propriedades isentas desta enfermidade. Palavras-chave identificação, M. bovis, leite, pra-pcr. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 52 Título do trabalho ANÁLISE DA PRESENÇA DE COCCÍDIOS EM MOLUSCOS BIVALVES CONSUMIDOS NO ESTADO DO PARÁ E-mail [email protected] Eixo Temático INOCUIDADE E SEGURANÇA ALIMENTAR Autor Marcela Nunes Videira Instituição Universidade Federal Rural da Amazônia Observações FÁBIO EDIR AMARAL ALBUQUERQUE,Bolsista, Laboratório de Pesquisa Carlos Azevedo (LPCA) - UFRA; WANDERSON RAFAEL SILVA HOLANDA, Bolsista, Laboratório de Pesquisa Carlos Azevedo (LPCA) - UFRA; KELLY CRISTINY GOMES DA PAIXÃO, Estagiária, Laboratório de Pesquisa Carlos Azevedo (LPCA) - UFRA; PATRÍCIA SANTOS MATOS,PESQUISADORA, Laboratório de Histologia de Animais Aquáticos (LHAA)- UFPA; EDILSON RODRIGUES MATOS, PESQUISADOR, chefe do Laboratório de Pesquisa Carlos Azevedo (LPCA) - UFRA. Introdução O Phylum Apicomplexa inclui várias espécies de parasitas de moluscos bivalves de importância comercial. Entre eles, o gênero Nematopsis Schneider, 1892, se distribui em quase todas as áreas geográficas, parasitando numerosas espécies de moluscos. Em estudos realizados na região do estuário paraense verificou-se a presença de oocistos de Nematopsis sp. em Protothaca pectorina (Lamark 1818), molusco bivalve conhecido popularmente como sarnambi, que vive enterrado em fundos arenosos/lodosos. Objetivos O presente trabalho tem por objetivo, mostrar a necessidade de se fazer um levantamento da ocorrência de parasitas nos moluscos bivalves presentes em nossos estuários, e dos aspectos de sanidade que envolvem a malacocultura no Estado do Pará. Aplicabilidade dos Resultados A transferência de espécies destinadas ao cultivo, entre regiões, sem uma prévia avaliação sanitária, poderá provocar disseminação de parasitas, sem uma avaliação sanitária. Animais produtores de toxinas, quando ingeridas pelo humano, pode acarretar sintomas diversos, como hipertermia, cefaléia e distúrbios gastrointestinais, que na dependência da sensibilidade individual podem variar de intensidade, podendo levar ao quadro de desidratação. Material e Métodos Moluscos bivalves da espécie P. pectorina foram coletados no município de Maracanã (vila de Algodoal 00º 35' 38" S 47º 35' 00" W ), transportados em sacos plásticos com oxigênio e 1/3 de água do ambiente em que se encontravam, até o LPCA-UFRA em Belém/PA distante aproximadamente em 260 km; em seguida foram anestesiados, sacrificados e analisados com o auxílio de microscópio estereoscópio. Pequenos fragmentos de tecidos, especialmente do pé, das brânquias e das gônadas foram examinados a fresco entre lâmina e lamínula. Constatada a presença de parasitas, os fragmentos foram fixados em Formol aquoso 10%, desidratados em série crescentes de álcoois, diafanizados em xilol e montados em lâminas com entellan, seguida de observação em microscópio óptico. Resultados e Conclusões Nas lâminas analisadas foram observados oocistos isolados ou em grupos, onde a maioria apresentava-se localizado possivelmente em fagócitos, dentro de vacúolos parasitóforos, e onde se observou a célula hospedeira com aspecto de lise celular, dando indicação da produção de toxinas patogênicas, por parte do parasita e/ou reação das células do hospedeiro. Observou-se também, que os oocistos são constituídos por uma parede espessa, mergulhados em um vacúolo parasitóforo conforme os achados de Azevedo & Matos, 1999. A presença do coccidio poderá levar a morte do hospedeiro, ocasionar a castração parasitária, impedindo seu ciclo biológico, interferindo dessa forma no equilíbrio do ecossistema, podendo contribuir para o surgimento de novas doenças para a população amazônica. A presença de lise nas células infectadas dos hospedeiros em estudo sugere a produção de toxinas patogênicas, o que poderá levar a morte o hospedeiro. Palavras-chave Molusco, Coccidiose, Apicomplexa, Nematopsis. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 53 Título do trabalho ATIVIDADE PROTEOLÍTICA DA K-CASEÍNA DE LEITE INTEGRAL E BEBIDA LÁCTEA PROCESSADOS POR UAT (ULTRA ALTA TEMPERATURA) NO FINAL DO PERÍODO DE VALIDADE. E-mail [email protected] Eixo Temático Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Pública Autor Karina Paes Bürger Instituição FCAV/UNESP/Jaboticabal/SP Observações Bürger, Karina Paes - FCAV/UNESP/Jaboticabal/SP; Carvalho, Angela, C. F. Banzatto - FCAV/UNESP/Jaboticabal/SP; Coleone, Ana Carla - FCAV/UNESP/Jaboticabal/SP; Vidal-Martins, Ana Maria Centola - med veterinária; Cortez, Ana Lígia Lordello FCAV/UNESP/Jaboticabal/SP; Almeida, Adriana Oliveira - FCAV/UNESP/Jaboticabal/SP; Izidoro, Thiago Braga - med veterinário. Introdução As bactérias psicrotróficas não resistem ao tratamento térmico, porém, produzem enzimas lipolíticas e proteolíticas termoresistentes, que mantém sua atividade após a pasteurização ou mesmo ao tratamento por UAT, limitando a vida de prateleira dos produtos lácteos devido a alterações no sabor e odor, assim como na textura desses produtos. Estas proteases podem, hidrolisar a caseína presente no leite em peptídeos, causando o aparecimento de sabor amargo e a geleificação durante a vida de prateleira do leite UAT. Objetivos Idealizou-se o presente trabalho, com o objetivo de estudar o índice proteolítico de diferentes marcas de leite UAT e bebidas lácteas. Foram analisadas 50 amostras (25 de cada produto), sendo de cinco diferentes marcas, no final do período de validade. Aplicabilidade dos Resultados Tais resultados servem para monitoramento dos níveis de ácido siálico no leite e na bebida láctea, indicando indiretamente a integridade da k-caseína. Material e Métodos As análises foram feitas através da determinação do índice proteolítico (presença de GMP livre, glicomacropeptídeo) por espectrofotometria a 470nm. Esse método permite a quantificação da liberação da fração GMP (ou ácido siálico) da κ-caseína, conseqüentemente permitindo uma estimativa indireta das alterações do índice de proteólise sofridas pela amostras. Resultados e Conclusões Os resultados para o leite UAT na abertura das caixas (T0) apresentaram valores de 6,4 até 14, 18, com média de 10,72µg de ácido siálico/mL, com 24 horas de refrigeração (T24) variaram de 6,75 a 16,18, com média de 11,86 µg de ácido siálico/mL e com 48 horas de refrigeração os valores foram de 6,22 a 26,13, média de 12,91 µg de ácido siálico/mL. Já para a bebida láctea estes valores foram bem superiores, no T0 variaram de 14,71 a 28,62, média de 21,49 µg de ác. siálico/mL, no T24 foram de 18,9 a 21,91, com média de 20,28 µg de ácido siálico/mL e no T48 foram de 16,77 a 28,91, média de 21,14 µg de ácido siálico/mL. O leite UAT apresentou índice proteolítico aumentado durante o período de refrigeração, porém para bebida láctea UAT observou-se outro comportamento após a refrigeração, com uma diminuição e logo após aumento, com valores bem superiores aos do leite. Através dos resultados pode-se concluir que, durante o armazenamento sob refrigeração tanto do leite UAT quanto da bebida láctea ocorreu um aumento no índice proteolítico, evidenciando assim a atuação de proteases bacterianas sobre as proteínas do leite, mesmo que armazenados de maneira correta. Palavras-chave leite UAT, bebida láctea UAT, proteólise da k-caseína. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 54 Título do trabalho CARACTERÍSTICAS MICROBIOLÓGICAS DE LEITE INTEGRAL E BEBIDA LÁCTEA PROCESSADOS POR UAT (ULTRA-ALTA TEMPERATURA), NO FINAL DO PERÍODO DE VALIDADE. E-mail [email protected] Eixo Temático Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Pública Autor Karina Paes Bürger Instituição FCAV/UNESP/Jaboticabal/SP Observações Bürger, Karina Paes - FCAV/UNESP/Jaboticabal/SP; Carvalho, Angela, C. F. Banzatto - FCAV/UNESP/Jaboticabal/SP; Coleone, Ana Carla - FCAV/UNESP/Jaboticabal/SP; Vidal-Martins, Ana Maria Centola - med veterinária; Cortez, Ana Lígia Lordello FCAV/UNESP/Jaboticabal/SP; Fontoura, C. L. - FCAV/UNESP/Jaboticabal/SP Introdução É crescente a preocupação do consumidor brasileiro com relação à qualidade dos alimentos e a conseqüente redução dos riscos à sua saúde. A utilização do tratamento térmico na garantia da qualidade dos alimentos tem ocupado um espaço relevante na evolução da tecnologia alimentar. Dentro deste segmento, o leite UAT tornou-se um produto de destaque e de fácil comercialização e consumo, fatores estes atribuídos à sua tecnologia. O leite e a bebida láctea UAT aparentemente semelhantes, diferem, uma vez que na bebida láctea é permitida a adição de até 50% de soro lácteo. Objetivos Idealizou-se o presente trabalho com o objetivo de estudar as características microbiológicas de diferentes marcas de leite e bebida láctea processados por UAT nofinal do período de validade, de acordo de a legislação vigente. Aplicabilidade dos Resultados Tais resultados devem servir de alerta para a necessidade de fiscalização mais rigorosa do leite e da bebida láctea UAT, pois não atenderam a alguns parâmetros estabelecidos pela legislação. Material e Métodos Foram analisadas 50 amostras (25 de cada produto), sendo de cinco diferentes marcas, no final do período de validade. Avaliou-se a qualidade microbiológica, quanto ao padrão estabelecido, do leite e bebida láctea UAT, que estabelece que após a incubação da embalagem fechada à 37ºC por 7 dias nenhuma de 5 amostras pode apresentar mais de 100 UFC/mL de mesófilos, e quanto a presença de microrganismos psicrotróficos, no momento e após 24 e 48 horas da abertura (conservados sob refrigeração). Resultados e Conclusões Os resultados obtidos através da análise do leite variaram de <1,0 a 4,0 x 10 UFC/mL para a contagem mesófilos, da bebida láctea de <1,0 a 6,8 x 103 UFC/mL. Com relação a contagem de psicrotróficos no leite UAT; no momento da abertura das caixas (T0) apresentaram valores inferiores a 1,0 x 10 a 5,1 x 104UFC/mL, com 24 horas de refrigeração (T24) variaram de <1,0 x 10 a 6,8 x 104 UFC/mL e depois com 48 horas de refrigeração (T48) variaram de <1,0 x 10 a 6,6 x 104 UFC/mL. Para a bebida láctea no T0 variaram de <1, 0 x 10 a 2,7 x 103 UFC/mL, no T24 de <1,0 x 10 a >2,5 x 105 UFC/mL e no T48 de <1,0 x 10 a >2,5 x 105 UFC/mL. Através dos resultados obtidos pode-se concluir que 9 amostras da bebida láctea UAT estavam em desacordo com o estabelecido para mesófilos. As indústrias preconizam que após a abertura das embalagens, o produto deve ser conservado sob refrigeração e consumido em 48 horas, porém ao se realizar a contagem de microrganismos psicrotróficos pode-se observar que este número aumentou no decorrer do armazenamento, tanto do leite UAT quanto da bebida láctea, demonstrando assim a necessidade de preocupação com a qualidade microbiológica de tais produtos após a abertura. Palavras-chave leite UAT, bebida Láctea UAT, microbiologia, mesófilos, psicrotróficos. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 55 Título do trabalho TITULAÇÃO EM BLOCO DE SOROS E CONJUGADO NO IMMUNOBLOT PARA O DIAGNÓSTICO DA CISTICERCOSE BOVINA E-mail [email protected] Eixo Temático Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Pública Autor Pinto P. S. A.1 , Girotto A.2, Dias J. C. O.3, Chaves L. S.4, Ferreira F. C.5 Instituição 1,2,3,4,5 Departamento de Veterinária, Universidade Federal de Viçosa-UFV, 36.570-000 Viçosa/MG Observações 1,2,3,4,5 Departamento de Veterinária, Universidade Federal de Viçosa-UFV, 36.570-000 Viçosa/MG. Introdução A cisticercose bovina é uma doença do complexo teníase-cisticercose que também atinge o homem por meio da ingestão da carne bovina infectada com larvas de Taenia saginata (cisticercos), desenvolvendo a teníase. Os testes imunológicos, sobretudo o immunoblot, ainda não estão bem consolidados como recurso rotineiro de diagnóstico da cisticercose bovina e requerem ajustes em sua padronização de forma a aumentar a sua eficácia na detecção anticorpos anti-cisticercos. Objetivos Avaliar o desempenho do immunoblot no diagnóstico da cisticercose bovina variando as diluições de conjugado e de soros-controle positivos e negativos para a cisticercose. Aplicabilidade dos Resultados Os resultados desta pesquisa podem ser utilizados para orientar novos ensaios de padronização do immunoblot para o diagnóstico da cisticercose bovina, visando aumentar a sua eficácia. Material e Métodos Os ensaios iniciais seguiram a base proposta por Pinto et al (2001), utilizando o antígeno de larva de Taenia crassiceps e a técnica básica de immunoblot desenvolvida para o diagnóstico da cisticercose suína. As diluições testadas na titulação em bloco foram 112,5, 125 e 150 para os soros-controle e 11.000, 12.000 e 15.000 de conjugado, empregando-se três soros-controle positivos e três negativos. Foi verificada a capacidade dos peptídeos antigênicos de reagirem com os anticorpos dos soros-controle de bovinos infectados ou não com cisticercos, os quais foram identificados ao exame post-mortem; tais peptídeos foram considerados específicos, quando foram revelados apenas nos soros de animais positivos. Resultados e Conclusões Cinco peptídeos de massa molecular nas faixas de 12-15, 28-30, 44-46 e 66-84 kD mostraram um poder de discriminar soros de animais positivos dos soros de animais negativos. Observou-se que tanto as diluições 112,5, 125 e 150 de soros e 11.000, 12.000 e 15.000 de conjugado mostraram-se capazes de diferenciar soros-controle positivos dos negativos. As diluições 112,5 para soros e 11.000 para conjugado se destacaram entre as demais, pois foi a combinação de diluições que mostrou maior nitidez das bandas consideradas mais específicas com menor coloração de fundo (testes preliminares, resultados não relatados) nas matrizes de nitrocelulose. As bandas correspondentes aos ensaios envolvendo maiores concentrações de reagentes foram mais numerosos e mais nítidas, entretanto aumentaram-se, nessas condições, a coloração de fundo e o número de bandas inespecíficas (soros-controle negativos). Por isso justifica-se a necessidade de se estabelecer um ponto de equilíbrio na padronização do immunoblot, para se confirmar a metodologia que confira um melhor desempenho do referido teste no diagnóstico da cisticercose bovina. Os resultados obtidos permitiram identificar estes blocos de diluições como um ponto de partida para o desenvolvimento de novos ensaios de aperfeiçoamento do immunoblot para o diagnóstico da cisticercose bovina. Financiamento FAPEMIG Palavras-chave Cisticercose bovina, Immunoblot, Padronização. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 56 Título do trabalho EFICIÊNCIA DA INSENSIBILIZAÇÃO E INCIDÊNCIA DE LESÕES EM CARCAÇAS DE BUBALINOS ABATIDOS NO PANTANAL SUL MATO-GROSSENSE E-mail [email protected] Eixo Temático Inocuidade e Segurança Alimentar Autor Andrade E. N.1, Silva R. A. M. S.2, Roça R. O.3, Gonçalves H. C.4 Instituição UNESP - Campus de Botucatu Observações Andrade E. N.1, Silva R. A. M. S.2, Roça R. O.3, Gonçalves H. C.4 1 Acadêmico de pós-graduação, - Bolsista CNPq - Brasil, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia de Botucatu - UNESP. Caixa Postal 237 - 18603-970 - Botucatu - São Paulo. E-mail [email protected]; 2 Pesquisador, Embrapa Pantanal, Rua 21 de Setembro, 1880, CEP 79320900, Corumbá, MS, E-mail [email protected]; 3 Departamento de Gestão e Tecnologia Agroindustrial - FCA - UNESP, Caixa Postal, 237, 18.603-970 - Botucatu - SP Fone (14)3811-7200; Fax (14) 3815-5467, [email protected]; 4 Departamento de Produção e Exploração Animal - UNESP - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia. E-mail [email protected]. Introdução O búfalo, assim como os bovinos, são classificados zoologicamente na família Bovidae e na Subfamília Bovinae. Os bubalinos são animais da espécie Bubalus bubalis, a qual possui três subespécies bubalis, kerebau e fulvus. A introdução de búfalos no Brasil foi iniciada em fins do século passado, na região Norte do País, a partir da Ilha do Marajó, com animais das raças do Sudeste Asiático e da Itália (Carabao e Mediterrâneo). O búfalo foi introduzido no Pantanal como uma alternativa à criação do gado Nelore, a raça mais comum na região. Pelo menos quatro populações de búfalos selvagens estão estabelecidas na planície pantaneira. O abate de búfalos é um processo traumático, em virtude da particularidade da estrutura óssea do crânio. Objetivos Avaliar a eficiência de insensibilização de bubalinos abatidos no Pantanal Sul Matogrossense, influência do transporte fluvial e rodoviário na ocorrência de lesões em carcaças de bubalinos e quantificar as perdas econômicas. Aplicabilidade dos Resultados Frigoríficos Material e Métodos Utilizaram-se como animais experimentais cinqüenta e quatro búfalos, provenientes de 3 regiões localizadas em diferentes sub-regiões do Pantanal. O grupo experimental era composto por 21 machos não castrados com idade média de 7 anos, 25 fêmeas adultas com idade média de 7 anos , 8 fêmeas jovens com idade média 2,5 anos. Todos animais foram criados em regime extensivo. Os números de aplicação de dardos cativos foram anotadas no boxe de atordoamento. Foi usado um boxe de atordoamento inteiramente metálico, destinado a receber um animal de cada vez e as aplicações foram feitas contra o osso frontal da cabeça. As identificações das lesões foram realizadas, logo após as avaliações das carcaças. As lesões foram removidas (toalete), conforme o procedimento do frigorífico. Resultados e Conclusões RESULTADOS Na insensibilização, os cinqüenta e quatro búfalos receberam em média 8,26 aplicações, demonstrando ineficiência do processo. Verificou-se que do total de cinqüenta e quatro carcaças avaliadas, 11 (20,37%) tiveram uma ou mais lesões, totalizando 17 lesões que resultaram na remoção de 4,429 kg de carne, com média geral de 0,082 kg por animal ou 0,402 kg por animal considerando-se apenas os animais que tiveram lesões. CONCLUSÕES Houve imperícia do operador quanto ao local correto de aplicação do dardo para insensibilização, proporcionando maior esforço físico, sofrimento e estresse aos animais. O equipamento utilizado demonstrou ser ineficiente para o abate de búfalos. A incidência de contusões na carcaça foi de 20, 37%. Palavras-chave Palavras-chaves Insensibilização de búfalos, manejo pré-abate. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 57 Título do trabalho EFEITO DO TEMPO DE ARMAZENAMENTO SOBRE AS CARACTERÍSTICAS HIGIÊNICAS DA CARNE BOVINA E-mail [email protected] Eixo Temático Inocuidade e Segurança Alimentar Autor Manço M. C. W.1, Roça R. O.2, Corrente J. E. 3, Ramiro J.4, Canizares G. I. 5 Instituição Unesp - Campus de Botucatu Observações Manço M. C. W.1, Roça R. O.2, Corrente J. E. 3, Ramiro J.4, Canizares G. I. 5. 1 Zootecnista. E-mail [email protected]; 2 Depto de Gestão e Tecnologia Agroindustrial da FCA - UNESP, Caixa Postal, 237. CEP 18.603-970. Botucatu. SP. E-mail [email protected]; 3 Depto de Bioestatística do IBB - UNESP. E-mail [email protected]; 4 Aluna 4°ano Agronomia da FCA - UNESP, Botucatu; 5 Aluno do curso de Mestrado da Pós-graduação em Zootecnia da FMVZ - UNESP, Botucatu. Introdução A carne mais vendida pelo Brasil é a carne resfriada sem osso. As 85.091 toneladas vendidas em 2001 passaram para 183.360 toneladas em 2004, consolidando o 1° lugar no ranking mundial de exportação de carne bovina. Para produtos resfriados a vida útil é menor quando comparados aos produtos congelados. Por isso para produtos resfriados o tempo e as condições de transporte são fundamentais para garantir a qualidade do produto final. A extensão da vida útil do produto também depende da contagem inicial de bactérias, do saneamento das instalações, das temperaturas de manipulação e de armazenamento. Essas características associadas a cor da carne e a maciez são fatores importantes que interferem diretamente na decisão do consumidor no momento da compra e do consumo do produto. Objetivos O presente trabalho teve como objetivo monitorar possíveis alterações nas condições microbianas de carne bovina resfriada armazenada por 49 dias. Aplicabilidade dos Resultados Frigoríficos Material e Métodos Foram utilizados 20 bovinos machos castrados abatidos com 2 e 3 anos de idade. Após 24 horas de resfriamento o contrafilé (Longissimus dorsi) foi desossado e 11 amostras foram retiradas de cada animal. As amostras foram embaladas a vácuo e permaneceram sob refrigeração (0 a +1°C) até o momento da análise. As análises realizadas aos 2, 7, 14, 21, 28, 35, 42 e 49 dias post-mortem foram contagem total de bactérias, contagem de psicrotróficos e contagem de Enterobacteriaceae. Resultados e Conclusões RESULTADOS Quando avaliada a contagem total de bactérias em função do tempo de armazenamento observou-se um aumento no crescimento microbiano no período de 49 dias, porém o ritmo de crescimento foi baixo considerando que ocorreu aumento de dois ciclos logarítmicos na contagem total de bactérias. A contagem inicial associada às temperaturas de manipulação, armazenamento e transporte podem diminuir a duração da fase lag de crescimento microbiano e antecipar a fase exponencial caracterizada por rápido crescimento e, conseqüentemente, altas contagens e uma menor vida de prateleira da carne. A baixa taxa de crescimento de bactérias do gênero Enterobacteriaceae observada ao longo do período de armazenamento foi um indicativo de que os procedimentos higiênicos adotados ao longo de todas as etapas de manipulação do produto foram adequados. Quando comparadas as médias de contagem de psicrotróficos em função dos dias armazenamento foi observado um crescimento do número de UFC/g das amostras ao longo do período, sendo evidente o início da fase logarítmica de crescimento no período entre 7 e 14 dias de armazenamento. Na contagem de psicrotróficos, os valores médios de 1,410 log10UFC/g nas amostras armazenadas por 2 dias passaram para 3,522 log10UFC/g aos 14 dias e para 5,421 após 49 dias de armazenamento num aumento total de três ciclos logarítmicos. Houve diferença estatística significativa na contagem de psicrotróficos entre 7 e 14 dias, entre 14 e 35, e entre 35 e 49 dias, sendo que a maior diferença foi observada entre 7 e 14 dias de armazenamento. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” CONCLUSÕES Os valores médios encontrados para contagem total de bactérias, contagem de Enterobactereaceae e de psicrotróficos, nas amostras de carne bovina resfriada armazenada por 49 dias indicam que a carne apresenta padrão de contagens microbianas adequado para o consumo. Palavras-chave microbial evaluation and chilled meat S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 58 TÍTULO DO TRABALHO INCIDÊNCIA DA TUBERCULOSE BOVINA EM ANIMAIS ABATIDOS NA REGIÃO DO TRIANGULO MINEIRO. E-mail [email protected] Eixo Temático Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Publica Autor Marcos Dias Moreira Instituição Universidade Federal de Uberlândia - FAMEV Observações Débora Natario Rodrigues - Universidade Federal de Uberlândia - Acadêmica. Laerte Pereira de Almeida - Universidade Federal de Uberlândia - Docente Carlos César Gomes dos Santos- Médico Veterinário do Serviço de Inspeção Federal Nº 504 CPF Ana Carolina Silva Dias Moreira - Universidade Federal de Viçosa - Acadêmica. Introdução A tuberculose é uma doença infecciosa crônica que ocorre no homem, nas aves, mamíferos domésticos e na maioria dos animais selvagens. É causada pelo Mycobacterium tuberculosis, com suas variedades hominis, bovis e avium. É uma doença de distribuição mundial, concentrando-se principalmente em paises em desenvolvimento e em criações intensivas, como em bovinos leiteiros e confinamentos de gado de corte. O risco para a saúde publica através da ingestão de produtos cárneos contaminados não deve ser desconsiderado, já que ainda é grande o numero de abates clandestinos no Brasil e também o abate de animais descartados de rebanhos positivos em Matadouros Municipais que não possuem um efetivo Serviço de Inspeção. Objetivos Determinar a incidência de tuberculose em bovinos abatidos em um matadouro frigorífico do estado de Minas Gerais, sob Inspeção Federal; verificar o comportamento da doença neste período de 5 anos; determinar em qual ano e mês deste período estudado a incidência da doença foi maior, relacionando os dados obtidos com programas de melhoria na sanidade dos rebanhos e época do ano. Aplicabilidade dos Resultados Ampliar o conhecimento sobre a tuberculose bovina na Região do Triangulo Mineiro, verificar sua ocorrência e seu comportamento através da avaliação de sua incidência ao longo de cinco anos e avaliar os programas governamentais de controle e erradicação da tuberculose bovina. Material e Métodos Os dados foram obtidos no Serviço de Inspeção Federal Nº 504 do Matadouro Frigorífico Bertin, no Município de Ituiutaba-MG, a partir de mapas estatísticos de ocorrências higiênico-sanitárias, no período de cinco anos (1998-2003). Resultados e Conclusões Foi encontrado um índice de tuberculose de 0,18% no período estudado. O ano que teve maior incidência da doença foi 1999 (0,4371%), sendo que neste mesmo ano os meses com maior incidência foram Outubro e Novembro.A tuberculose bovina em animais de abate continua sendo uma das zoonoses que mais preocupam os órgãos de fiscalização sanitária e de prevenção da saúde publica. Palavras-chave Tuberculose bovina; Inspeção; Incidência. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 59 Título do trabalho PREVALÊNCIA DE Cryptococcus neoformans ISOLADOS EM FEZES DE ANIMAIS SILVESTRES NO ESTADO DO MATO GROSSO E-mail [email protected] Eixo Temático Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Pública Autor Instituição Observações PAULA, D.A.J.1, CARMO, K.L.1, LOPES, P.M.1, DAMIN, C.2, SILVA, M.C.3, NAKAZATO, L4, DUTRA, V.4. 1 - Graduanda, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária (FAMEV) - UFMT , Av. Fernando Correa da Costa, s/n, Cuiabá - MT, Bolsista PIBIC-CNPq. E-mail [email protected] 2 - Graduanda, FAMEV – UFMT; 3 - Mestranda, Pós-graduação em Ciência Animal, FAMEV – UFMT; 4 - Docente, Depto Clínica Médica Veterinária, FAMEV - UFMT Introdução O Cryptococcus neoformans é a forma asssexuada do basidiomiceto Filobasidiella neoformans, levedura encapsulada de grande importância na micologia médica por ser agente etiológico da cryptococose em humanos e animais. A variedade neoformans, encontrada em fontes ambientais, é importante causa de mortalidade em indivíduos imunodeprimidos em todo mundo. A infecção ocorre pela inalação de partículas infecciosas (leveduras ou basidiósporos) a partir do ambiente, primariamente causando infecção no pulmão, que pode se disseminar para outros órgãos e tecidos, em especial para o sistema nervoso central, onde pode causar quadros de meningite, meningoencefalite ou encefalite e em casos severos até a morte. Objetivos Analisar a prevalência de C. neofromans em amostras ambientais de fezes de animais silvestres no Estado de Mato Grosso. Aplicabilidade dos Resultados Adotar medidas de higiene, limpeza de excretas e monitoração dos locais de circulação pública em cidades do estado, a fim de minimizar o risco de exposição ao C. neoformans. Material e Métodos Foram coletadas, até o momento 31 amostras de fezes de animais silvestres tais como cachorro-vinagre, psitacídeos, pombos, macacos e tucanos de diferentes regiões do estado de Mato Grosso e remetidas ao Laboratório de Microbiologia da UFMT. O processamento das amostras foi feito utilizando-se 1,0 a 2,0 gramas de fezes, ressuspendidas em 10ml de solução salina 0,9% estéril pH 7,0 suplementada com 0,05g/ml ampicilina e semeadas em Agar Niger. As colônias compatíveis com o fungo foram submetidas à coloração com tinta da china para detecção de cápsula polissacarídica e a testes bioquímicos de assimilação de nitrato, de compostos de carbono e produção de urease. Resultados e Conclusões Das 31 amostras processadas, 8 isolados (25,8%) apresentaram colônias lisas, úmidas, brilhantes, de coloração marrom sugerindo a presença do fungo. A produção de urease foi positiva em 6 (75%) isolados, 2 (25%) isolados foram negativos para assimilação de nitrato, foram testados 10 fontes de carbono, onde 6 (75%) isolados assimilaram a esculina, 2 (25%) assimilaram manose, manitol, maltose, lactose, rafinose e sacarose, 4 (50%) assimilaram a glicose e nenhum isolado assimilou o sorbitol. Os resultados obtidos neste estudo sugerem a presença do agente fúngico C. neoformans em grande percentagem de fezes de animais silvestres no Estado de Mato Grosso. Realizado com apoio financeiro do CNPq Palavras-chave Animais silvestres, criptococose, levedura, Cryptococcus neoformans. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 60 Título do trabalho DIAGNÓSTICO ATRAVÉS DE ESFREGAÇO SANGUÍNEO DE Leishmania sp RELATO DE DOIS CASOS E-mail [email protected] Eixo Temático Autor Kátia Gouveia Sales Instituição Laboratório de Análises Clínicas do Hospital Veterinário da Universidade de Cuiabá Rua Itália s/n, 78.015-480, Cuiabá, MT. Observações Saulo Teixeira de Moura - Médico Veterinário Professor Doutor da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Cuiabá - Setor de Parasitologia Rua Itália s/n, 78015-480, Cuiabá, MT. Fábio de Souza Mendonça - Professor Mestre da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Cuiabá - Setor de Anatomia Patológica Rua Itália s/n, 78015-480, Cuiabá, MT. Introdução Os protozoários do gênero Leishmania são causadores de enfermidades zoonóticas que acometem o sistema monocítico fagocitário (SMF) de cães que, por suas características clínicoepidemiológicas, podem ser classificadas como leishmaniose cutânea, cutâneo-mucosa ou mucocutânea, cutânea difusa e visceral. A Leishmaniose visceral canina é uma importante zoonose, podendo ser fatal para o homem. Em cães, a sintomatologia clínica sugestiva inclui lesões de pele, onicogrifose, emagrecimento progressivo e caquexia, porém não necessariamente os sinais clínicos são observados, podendo ser a patologia assintomática. O diagnóstico pode ser imunológico, molecular e parasitológico, sendo o último considerado definitivo. O diagnóstico definitivo consiste na observação do parasito na forma amastigota em células do SMF através de aspirado de linfonodos e medula óssea, ou ainda, raramente em células de sangue periférico, e ainda a identificação do parasito através de histopatologia de órgãos linfóides. Objetivos Relatar os casos de dois pacientes caninos infectados com Leishmania sp. demonstrando a forma de diagnóstico através da observação dos parasitas em esfregaço sanguíneo. Aplicabilidade dos Resultados Material e Métodos Dois pacientes caninos, SRD, foram atendidos no Hospital Veterinário da Universidade de Cuiabá, onde um apresentava clinicamente pequenas lesões alopécicas nos membros, onicogrifose e mucosas hipocoradas e as outras mucosas ictéricas e presença de secreção nasal purulenta, pelas alterações clínicas apresentadas em ambos pacientes, foi instituída a suspeita de hemoparasitose, sendo assim submetidos a exames laboratoriais (hemograma completo e pesquisa de hematozoários). Após instituído o diagnóstico de Leishmaniose ambos pacientes foram submetidos citologia aspirativa de medula óssea e posteriormente a eutanásia e realizada a necrópsia e histopatologia de baço, fígado e linfonodos. Resultados e Conclusões Ambos pacientes apresentaram no hemograma uma anemia levemente regenerativas discretas alterações em leucograma e presença de monócitos ativados. A pesquisa de hemoparasitas do sangue periférico demonstrou-se positivo com a presença de formas amastigotas de Leishmania sp em células do SMF. A citologia aspirativa de medula óssea demonstrou a presença de Leishmania sp em apenas um dos pacientes. A necropsia demonstrou hepato e esplenomegalia em um dos pacientes e a histopatologia não demonstrou a presença do parasita nem alterações significantes nos órgãos examinados de ambos pacientes. CONCLUSÃO o diagnóstico parasitológico através da observação de Leishmania sp em esfregaço de sangue periférico não é um achado comum o que, juntamente com a não observação do parasita nos órgãos linfóides, sugere uma infecção inicial uma vez que o parasita ainda não atingiu órgãos linfóides. É importante ainda sugerir que devido a presença da forma infectante para o vetor o sangue de ambos paciente é fonte potencial de infecção para Leishmaniose. Palavras-chave Cão, hemoparasitose, leishmaniose, diagnóstico. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 61 Título do trabalho IMPACTO DO MYCOBACTERIUM AVIUM NA SUINOCULTURA BRASILEIRA E-mail [email protected] Eixo Temático Inocuidade e Segurança Alimentar Autor Patrícia Alves Teixeira (TEIXEIRA,P.A.) Instituição Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Observações Juliana Roland Teixeira, Universidade Federal de Uberlândia; TEIXEIRA, J. T; Márcia Carolina Otoni Resende, Universidade Federal de Uberlândia; RESENDE, M.C.O. Introdução O Mycobacterium avium pertencente ao complexo MAIS (Mycobacterium avium intracellulare scrofylacium) é o principal agente de lesões de linfadenite granulomatosas em suínos, estima-se que no sul do Brasil o M. avium é responsável por 96,4% das ocorrências de micobacteriose. A linfadenite granulomatosa trata-se de uma doença de evolução crônica, em que as lesões são visualmente identificadas somente de 2 a 4 meses depois que a contaminação ocorreu. A infecção nos suínos não apresenta sinais clínicos, sendo detectada somente ao abate, pelo serviço de inspeção de carnes. A linfadenite granulomatosa é uma doença que se destaca pelas perdas econômicas que ocorrem devido às condenações das carcaças por apresentarem lesões granulomatosas nos linfonodos e pelo seu potencial zoonótico. Objetivos O objetivo deste trabalho foi identificar as perdas econômicas devido às condenações das carcaças por apresentarem lesões granulomatosas, causadas pelo M. avium. Aplicabilidade dos Resultados Material e Métodos Artigos Científicos, Revistas, Livros, Revistas Eletrônicas. Resultados e Conclusões Concluimos através deste trabalho que as perdas econômicas causadas por essa bacteria são significativas. Palavras-chave Palavra-chave Mycobacterium avium, suínos e linfadenite granulomatosa. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 62 Título do trabalho INFLUÊNCIA DO FERRO NA AÇÃO DA ENZIMA PEROXIDASE SOB DIFERENTES TEMPERATURAS NO LEITE E-mail [email protected] Eixo Temático Inocuidade e Segurança Alimentar Autor Roberto Takanobu Ishikawa Instituição Coordenadoria de Desenvolvimento dos Agronegócios - SAA/SP Observações Silvio Manginelli; Agar Costa Alexandrino de Perez ;Dionice Alves Pereira; Priscila Monteiro. Introdução O leite é considerado um alimento quase completo para a raça humana, sendo amplamente comercializado e consumido pela população, especialmente crianças e idosos, porém pobre em ferro e vitamina (GARRIDO, et al. 20001). O Projeto Estadual do Leite "VIVALEITE" teve início em outubro de 1993, cujo objetivo, oferecer um complemento alimentar seguro e de alto valor nutricional às crianças de baixa renda de 6 mês a 6 anos de idade, que vivem em situações de risco nutricional, auxiliando na prevenção da anemia ferropriva, e das hipovitaminoses A e D. Participam, hoje, do Projeto, cerca de 4.000 (quatro mil) entidades da sociedade civil sem fins lucrativos na Capital e Região Metropolitana, e 606 (seiscentos e seis) municípios do interior do Estado, o que se traduz em um atendimento a 720.000 (setecentos e vinte mil) beneficiários, para os quais são distribuídos cerca de 11.000.000 (onze milhões) de litros de leite mensalmente. O ferro é um dos micronutrientes mais estudado e melhor descrito na literatura, desempenhando importantes funções no metabolismo humano, tais como transporte, armazenamento de oxigênio, co-fator de algumas reações enzimáticas e entre outras funções. Objetivos O presente estudo teve por objetivo verificar a ação do ferro adicionado no leite sobre a enzima peroxidase em diferentes temperaturas, através do teste da peroxidase. Aplicabilidade dos Resultados Este trabalho fornece subsídios para o uso do ferro, dentro das concentrações utilizadas, sem interferência na ação de peroxidase, que é uma enzima indicadora da qualidade do leite. Material e Métodos As amostras de leite foram colhidas diretamente da indústria, participante do Projeto Estadual do Leite "VIVALEITE", situada em São Paulo-SP, em dezembro de 2004. Para análise foram utilizadas as seguintes amostras de leite amostra 1 leite pasteurizado Tipo "C" padronizado fonte de ferro, vitaminas A e D - Projeto Vivaleite e amostra 2 leite pasteurizado Tipo "C" homogeneizado. As amostras foram transportadas em recipientes térmicos com gelo, até ao laboratório do Instituto Adolfo Lutz. Sendo que as temperaturas das amostras na hora da colheita, transporte e recebimento no laboratório não ultrapassavam de 10ºC. A colheita e o recebimento foram realizados no mesmo dia e a análise era realizada no dia seguinte. As análises físico-químicas (teste da peroxidase) foram realizadas utilizando-se metodologia oficial exigida pela legislação vigente (BRASIL, 2003). As amostras 1 e 2 foram submetidas às temperaturas de 70º, 75º e 80ºC, durante 20 segundos; temperatura ambiente do laboratórios (23ºC) durante 16h; ambiente refrigerado (19ºC) durante 16 h e geladeira (5ºC) também por 16h. Resultados e Conclusões Das amostras analisadas 1 e 2, não foram evidenciadas alterações por conta da ação do ferro sobre a enzima peroxidase. CONCLUSÃO A avaliação obtida na análise da peroxidase das amostras 1 e 2, demonstraram-se de acordo com os padrões estabelecidos pela legislação vigente, que mesmo submetidas as diferentes temperaturas, apresentaram resultados satisfatórios. Palavras-chave Leite, Ferro e Peroxidase S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 63 Título do trabalho ENUMERAÇÃO DE COLIFORMES TERMOTOLERANTES E OCORRÊNCIA DE Salmonella sp. EM AMOSTRAS DE QUEIJO RALADO COMERCIALIZADO EM FEIRAS LIVRES NO MUNICÍPIO DE CUIABÁ, MT E-mail [email protected] Eixo Temático Inocuidade e Segurança Alimentar Autor Instituição Observações MARTINS, R.P1, CAPISTRANO, D.1, SIGARINI, C.O.2 1- Graduando, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária - FAMEV, UFMT. Av. Fernando Correa da Costa, s/n. Cuiabá, MT. E-mail [email protected] 2- Docente, Dpto. de Produção Animal, FAMEV, UFMT. Introdução O queijo ralado é o produto obtido pelo esfarelamento ou ralagem da massa de uma ou até quatro variedades de queijo de baixa umidade aptos para o consumo humano. Mesmo com o advento da pasteurização, a transmissão de patógenos via leite e seus derivados representa um risco devido a eventuais falhas neste processo e principalmente no nicho de mercado informal, cujos produtos são comercializados sem qualquer tratamento térmico ou controle laboratorial. Logo, o consumo de queijos provenientes do comércio informal pode trazer graves conseqüências para a população sendo, portanto, um problema de saúde pública. A Resolução RDC nº 12, de 02 de janeiro de 2001 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), prevê para o queijo ralado o limite de 103 NMP/g para coliformes termotolerantes e ausência de Salmonella sp./25g do alimento. Embora o queijo ralado seja um dos produtos mais fraudados no Brasil, existem poucos trabalhos na literatura científica que abordem a sua qualidade. Objetivos Verificar o nível de contaminação por coliformes termotolerantes e Salmonella sp. em amostras de queijo ralado comercializado em feiras livres situadas no município de Cuiabá, MT, de acordo com os limites estabelecidos pela RDC nº 12 (ANVISA). Aplicabilidade dos Resultados Esclarecimento da população quanto ao risco do consumo de queijos obtidos no comercio informal e adoção de medidas que melhorem as condições higiênico-sanitárias deste produto. Material e Métodos Coletou-se uma amostra de queijo ralado em 20 diferentes pontos de comercialização situados em feiras livres no município de Cuiabá, MT, durante o período de fevereiro a março de 2006. Cada amostra foi submetida à enumeração de coliformes termotolerantes e detecção de Salmonella conforme o Compendium of Methods for the Microbiological Examination of Foods (1992). Resultados e Conclusões Do total de amostras analisadas, 65% foram consideradas impróprias ao consumo humano por apresentarem contagens de coliformes acima do limite previsto pela legislação nacional vigente e 5% por serem positivas ao isolamento de Salmonella sp. Conclui-se que o queijo ralado comercializado em feiras livres no município de Cuiabá, MT representa um risco à saúde pública, sendo necessária a adoção de medidas que visem melhorar as condições higiênico-sanitárias durante a produção e comercialização desse alimento. Palavras-chave queijo ralado, feira, coliformes, Salmonella. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 64 Título do trabalho AVALIAÇÃO DA LISTERIA MONOCYTOGENES INOCULADA EM CARNE DE ATUM ESTOCADA REFRIGERADA EM ATMOSFERAS MODIFICADAS E-mail [email protected] Eixo Temático Inocuidade e Segurança Alimentar Autor Edivaldo Almeida Filho Instituição Universidade Federal de Mato Grosso Observações Juliana Comar Bonfochi, Medica Veterinaria,; Luis A. T. Oliveira, Sergio B. Mano, Depto de Tecnologia de Alimentos, Faculdade de Veterinária, Universidade Federal Fluminense, Rio de Janeiro, RJ; Juliana F. Costa,Aluna Pibic de Medicina Veterinária da UFF; Wagner Guedes, Medico Veterinário. Introdução O pescado é sensível à deterioração, oxidação, lipólise e à alteração por microrganismos, devido a sua composição biológica (Ashie et al, 1996). O uso de técnicas de conservação, como embalagem em atmosfera modificada, aliadas ao uso do frio, mostra-se eficiente na inibição da microbiota presente no alimento, aumentando de 50% a 400% seu "shelf life", além de inibir o crescimento de patógenos (Stammen et al,1990). O gênero Listeria inclui 6 espécies diferenciadas por suas características bioquímicas e sorológicas. Destas, apenas L. monocytogenes e L. ivanovii são patogênicas, e L. monocytogenes possui importância sanitária para o homem (Ryser e Donnelly, 2001). Objetivos Verificar o comportamento do patógeno emergente L. monocytogenes inoculado em carne de atum (Thunnus albacares) frente à estocagem refrigerada em diversas atmosferas modificadas. Aplicabilidade dos Resultados O uso da técnica de conservação, embalagem em atmosfera modificada, aliada ao uso do frio, mostra-se eficiente na inibição da microbiota presente no alimento, aumentando de 50% a 400% seu "shelf life", além de inibir o crescimento de patógenos (Stammen et al,1990). Material e Métodos Foram utilizados 2 exemplares de atum, de 25 kg em média, e 1m de comprimento, submetidos à inspeção, segundo o artigo 442 do Regulamento Industrial e Sanitário de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (RIISPOA) (Brasil, 1997). Foram efetuadas as medições de temperatura das amostras com resultados de +10C. Os peixes foram capturados na bacia de Campos, RJ e, estes foram acondicionados em caixa de polímeros isotérmicos contendo gelo e transportados ao laboratório de microbiologia da Faculdade de Veterinária da UFF, Niterói, para a execução dos procedimentos de envase em atmosfera modificada (vácuo, ar, 40/60 CO2/N2, 80/20 CO2/N2 e 100% CO2) e análises bacterianas. Resultados e Conclusões O patógeno apresentou inibição durante o experimento, com redução de dois a quatro ciclos logarítmicos ao longo da estocagem, não representando, portanto risco sanitário ao homem. Esta inibição foi causada por uma combinação de fatores, como a ação do CO2, a ausência ou diminuição do O2, a baixa temperatura (0o C), e provavelmente a competição bacteriana. Tendo como prazo de "shelf life" verificado 13 dias na amostra controle e 16 dias na amostra inoculada com L. monocytogenes. Palavras-chave atmosfera modificada; L. monocytogenes; pescado. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 65 Título do trabalho AVALIAÇÃO DE DIFERENTES VOLTAGENS DURANTE PROCESSO DE INSENSIBILIZAÇÃO NO ABATE DE FRANGOS DE CORTE E-mail [email protected] Eixo Temático Autor Lucas Hunhoff Instituição UFMT Observações Wilton Rogério Santos Maciel – UFMT; Luciana Jardim - UNIRP Introdução A insensibilização, uma etapa importante do processo de sacrifício das aves, deve provocar estado de insensibilidade e não promover a sua morte, mantendo as funções vitais até a sangria, que deve ser realizada o mais rápido possível após o atordoamento. A intensidade varia de 10 a 80 volts, de acordo com o tipo de produto e o mercado de destino. Ao contrário da Europa, no Brasil e nos EUA são utilizadas baixas voltagens. Segundo a portaria 210, Anexo II, Item 4.2 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a insensibilização deve ser preferencialmente por eletronarcose sob imersão em líquido, cujo equipamento deve dispor de registros de voltagem e esta deverá ser proporcional à espécie, tamanho e peso das aves, considerando-se ainda a extensão a ser percorrida sob imersão, e não deverá promover em hipótese alguma a morte das aves, devendo ser seguida de sangria no prazo máximo de 12 (doze) segundos e tempo mínimo de 3 (três) minutos. Objetivos Determinar a voltagem mais adequada para o processo de insensibilização em frangos de corte quanto à presença ou ausência de hemorragias. Aplicabilidade dos Resultados Divulgar a voltagem ideal para o processo de insensibilização, já que o MAPA não preconiza a voltagem ideal para as indústrias frigoríficas brasileiras. Material e Métodos Foram utilizadas 800 aves, com peso médio de 2,3 kg, sendo 4 lotes com 200 aves cada. As aves foram atordoadas com 20V, 40V, 60V, e 80V por 7 segundos. Após passar pelo processo de sangria, escaldagem e depenagem, as aves foram retiradas da linha de abate e avaliadas quanto à presença de hemorragia nas asas. Resultados e Conclusões Observou-se que com a voltagem de 20V, 31,5% das asas apresentaram hemorragia; com 40V - 38% com hemorragia; com 60V - 53% com hemorragia e com 80V - 74,5% com hemorragia. O atordoamento dos animais representa apenas uma etapa do processo dentro da indústria, e uma falha ou demora pode afetar todo o restante do processamento, gerando também alguns prejuízos desnecessários. A voltagem de 20V demonstrou ser mais adequada quanto ao aparecimento de hemorragia nas asas, ressaltando a sua importância em deixar as aves inconscientes, e facilitar a sangria, o que irá influenciar diretamente na qualidade da carne, portanto o seu monitoramento pelo controle de qualidade da indústria avícola é fundamental para garantir um abate humanitário e uma boa qualidade final de produto. Palavras-chave Hemorragia, Atordoamento, Voltagem, Insensibilização. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 66 Título do trabalho E A CARNE SUÍNA EM CUIABÁ, HEIM? INQUÉRITO SOBRE COMO E ONDE OCORRE A SUA COMERCIALIZAÇÃO. E-mail [email protected] Eixo Temático Inocuidade e Segurança Alimentar Autor Saulo Teixeira de Moura Instituição UNIVERSIDADE DE CUIABÁ - UNIC Observações Vanessa Marques de Siqueira - UNIVERSIDADE DE CUIABÁ - UNIC Rita de Cássia Alves - UNIVERSIDADE DE CUIABÁ - UNIC Introdução A população da cidade de Cuiabá caracteriza-se por cultivar o hábito de comprar em feiras livres. Nesses ambientes algumas mercadorias são comercializadas sem cuidados de higiene e segurança alimentar, ressaltando-se os produtos de origem animal, que podem servir como fontes de infecção de inúmeras zoonoses. Objetivos Diante dessa realidade, realizou-se um inquérito com objetivo de registrar os pontos de comércio de carne suína na área urbana, identificando a existência ou não do serviço de vigilância sanitária sobre esses produtos Aplicabilidade dos Resultados Identificar os principais pontos de comércio varejista de carne suína, e sempre que possível associá-los às suas origens, o que poderia auxiliar às ações de vigilância sanitária de alimentos nessa cidade. Material e Métodos Diante da variedade de pontos de comercialização de carnes nessa cidade, foram selecionados dois supermercados, quatro casas varejistas e uma feira livre de grande porte. Aplicaram-se questionários aos responsáveis pela compra, recebimento, estocagem e exposição da carne, baseando-se nos preceitos de higiene sanitária de produtos de origem animal. Realizou-se também o registro fotográfico de alguns locais de comércio, bem como de pequenos criadores que distribuem, por encomenda, a carne de suínos abatidos em suas propriedades. Quando possível, foram identificadas as origens dos produtos cárneos com inspeção sanitária estadual ou federal. Resultados e Conclusões Na feira livre e varejista ficou impossibilitada a identificação dos fornecedores devido à clandestinidade do seu comércio, por razões como ausência de embalagens, de rotulagens, acondicionamento precário e higiene inadequada, o que leva o comerciante a omitir tal informação. Concluiu-se que nas áreas visitadas nesse trabalho, foram registrados locais de comércio ilegal de carne suína atuando livremente em Cuiabá, sem a devida identificação da sua origem, o que corrobora na importância vital de novos inquéritos e pesquisas sobre este assunto, sendo eles de iniciativa oficial ou não. Palavras-chave Segurança Alimentar; Saúde Publica; Cuiabá; Carne Suína. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 67 Título do trabalho AVALIAÇÃO DA QUALIDADE SANITÁRIA DAS HORTALIÇAS IN NATURA COMERCIALIZADAS EM FEIRAS E SUPERMERCADOS DA CIDADE DE JATAÍ-GO E-mail [email protected] Eixo Temático Controle da Qualidade de Alimentos Autor Lílian Nery de Assis - [email protected] Instituição Universidade Federal de Goiás (UFG)/Campus Avançado de Jataí (CAJ)/Centro de Ciências Agrárias e Biológicas (CCAB) Observações Larissa de Assis Lima; Ivone Santos Siqueira; Erivone Santos Siqueira; Eduardo Rodrigues Silva; Prof. Drª Carla Afonso da Silva Braga Bitencourt; Prof. Dr. Silvio Luiz de Oliveira; todos UFG/CAJ/CCAB. Introdução No país, freqüentemente as verduras são adubadas com dejetos humanos ou irrigadas com águas contaminadas com matéria fecal. Soma-se a este fato o hábito alimentar de consumir hortaliças in natura, possibilitando a exposição da população às formas de transmissão desses parasitas. Vários autores têm realizado estudo da ocorrência de coliformes, Salmonella e enteroparasitas em hortaliças, vinculando seu consumo à transmissão dos mesmos. As helmintoses intestinais apresentam distribuição mundial e, no Brasil, assumem papel relevante pelos elevados coeficientes de prevalência, e pelas implicações clínicas e sociais que originam. Dentre os parasitos que adquirem relevância na contaminação do homem e dos animais, destacam-se Ascaris spp, Strongiloides sp, Ancilostoma sp, Toxocara spp, Ameba e o Toxoplasma. Os índices de infecção por parasitos intestinais são importantes, pois, podem refletir as condições sócio-sanitárias e econômicas de uma população, que muitas vezes utiliza o solo como depósito habitual de fezes. Esses índices geralmente estão diretamente relacionados às práticas higiênicas em torno da produção, armazenamento e comercialização dos alimentos. Objetivos - Pesquisar qualitativa e quantitativamente a presença de formas de transmissão de helmintos de interesse médico em amostras de alfaces lisa e crespa, rúcula e salsinha, provenientes de produtores do município de Jataí-GO e detectar os possíveis focos de contaminação destas verduras. Aplicabilidade dos Resultados - Identificar a origem dos problemas e oferecer soluções, através do desenvolvimento de ações educativas em saúde (higienização das hortaliças antes destas chegarem aos consumidores), enfocando assim a promoção, prevenção, assistência e reabilitação da saúde. Material e Métodos Foram utilizadas até o momento 15 amostras de cada tipo de hortaliça alfaces (Lactuca sativa) crespa e lisa, rúcula (Eruca sativa) e salsinha (Anacacia xanthorrhisa), perfazendo um total de 60 amostras. As amostras de cada hortaliça foram coletadas semanalmente, em diferentes áreas, sendo então levadas ao Laboratório de Microbiologia do CCAB/CAJ da UFG, onde foram analisadas posteriormente. Após a colheita, as amostras serão acondicionadas individualmente em sacos de polietileno estéreis, devidamente identificadas e enviadas ao Laboratório de Microbiologia do CCAB e CAJ, para análise. A análise microbiológica será fundamentada na determinação de bactérias do grupo coliforme fecal (NMP/g), segundo metodologia preconizada pela American Public Health Association (1992) e de acordo com a legislação brasileira em vigor. Conforme portaria Divisão Nacional da Secretaria de Vigilância Sanitária (ANVISA) (1998) estabelece para hortaliças frescas, refrigeradas ou congeladas, um limite de tolerância do NMP de coliformes fecais em até 200/g. Resultados e Conclusões As análises microbiológicas realizadas até o momento, indicam que o limite de tolerância de coliformes fecais e Salmonella, estão dentro dos padrões estabelecidos pela ANVISA. Palavras-chave Higiene Alimentar, Saúde Pública, Hortaliças, Coliformes, Helmintoses. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 68 Título do trabalho AVALIAÇÃO HIGIÊNICO-SANITÁRIA DE AÇOUGUES DO MUNICÍPIO DE JATAÍ-GO, BRASIL. E-mail [email protected] Eixo Temático Clínica de Pequenos e Grandes Animais Autor Cláudia Bueno Alves Instituição Universidade Federal de Goiás - UFG Observações Melo K. O.¹, Moraes G. G.¹; Kanahiro T. C. B.2, Leão. F. H. ², Silva T. D. P. ², Almeida A. P. F. ² Introdução A indústria da carne ocupa relevante posição na produção de alimentos. As condições físicas estruturais dos estabelecimentos que comercializam estes produtos, bem como a higiene dos mesmos e das pessoas que as manipulam, nem sempre são satisfatórias, podendo acarretar a deterioração e/ou redução da vida útil deste alimento, bem como a veiculação de microrganismos que podem ocasionar danos à saúde do consumidor. Vários são os fatores que estão relacionados com a qualidade da carne, destacando-se a estrutura física adequada, proteção contra entrada de insetos e roedores, guarda adequada dos utensílios, higiene e conservação do estabelecimento, paramentação adequada do manipulador, ambiente resfriado para o manuseio da carne, assim como a certificação da inspeção sanitária do produto pelo órgão competente, dentre outros fatores. Objetivos Este estudo teve como objetivo avaliar as condições higiênico-sanitárias de açougues do município de Jataí - GO. Aplicabilidade dos Resultados Material e Métodos Para este trabalho utilizou-se Check List, baseado no Termo de Ajustamento de Conduta (T. A. C) celebrado entre os proprietários de açougues do município de Jataí e o Ministério Público do Estado de Goiás em 26 de outubro de 2005, o que foi efetuado por meio de um roteiro de inspeção para verificação do cumprimento das exigências pactuadas no referido termo. Fizeram parte desse estudo 36 açougues situados em diferentes bairros da cidade de Jataí. Para efeito de avaliação dos estabelecimentos estudados utilizou-se um modelo de pontuação previamente definido que considerou como Bom, o estabelecimento que cumpriu acima de 80% das exigências sanitárias pactuadas no Termo, Regular aquele que cumpriu de 60 a 80% e Ruim, o que cumpriu abaixo de 60%. Resultados e Conclusões Dos 36 açougues estudados, 31 (86,11%), apresentam boas condições higiênico-sanitárias e cinco (13,89%) condições regular; dez (27,78%) não possuem sala de desossa, sendo este procedimento realizado à temperatura ambiente; 13 (36,11%) não apresentam aberturas teladas e proteção contra insetos e roedores; 27 (75,00%), não possuíam armários com portas para a guarda de utensílios; cinco (13,89%) não apresentavam higiene e conservação adequadas; em quatro açougues (11,11%), os manipuladores não estavam paramentados adequadamente e em sete (19,44%), inexistia Notas Fiscais e Atestadas de Inspeção Sanitária das carnes adquiridas, o que pode sugerir clandestinidade das mesmas. Com relação às variáveis estudadas, a maioria dos estabelecimentos estava adequada conforme a legislação vigente. Aos que apresentavam irregularidades, foram lavrados documentos, com prazos definidos para a correção das mesmas. Ressalta-se que ações de educação continuada junto a este setor são de suma importância para garantir a manutenção da qualidade e segurança dos produtos disponibilizados para o consumidor e que os estabelecimentos em desacordo com os aspectos higiênico sanitário, comprometem gravemente a saúde da população. Palavras-chave Higiênico-sanitária, Açougues, Carne. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 69 Título do trabalho DEFICIÊNCIAS DAS INFORMAÇÕES TÉCNICAS (BULAS) EM PRODUTOS PARA TRATAMENTO DE MASTITE COMO FATOR PREDISPONENTE PARA A OCORRÊNCIA DE RESÍDUO DE ANTIMICROBIANO NO LEITE E-mail [email protected] Eixo Temático segurança alimentar Autor RAIA,R; COSTA, E.O. Instituição NAPGAMA/USP Observações RAIA, ROBERTO1; COSTA, ELIZABETH.OLIVEIRA; 1PESQUISADORES NAPGAMA/USP. Núcleo de Apoio à Pesquisa em Glândula Mamária e Produção Leiteira.Universidade de São Paulo. e-mail [email protected] Introdução: O tratamento da mastite bovina é um fator de impacto econômico, representado pelo custo com os medicamentos, mão de obra e descarte do leite. Na prática é realizado por via sistêmica ou por via intramamária ou, ainda, pelas duas vias concomitantemente. Objetivos OBJETIVO O objetivo deste estudo foi comparar as formulações de medicamentos com indicação para tratamento de mastite bovina disponíveis no Brasil e verificar se as recomendações técnicas fornecem subsídios suficientes para a orientação de tratamento e descarte subseqüente do leite de animais, estabelecendo de forma clara os períodos de carência. Aplicabilidade dos Resultados EVITAR ERROS NA ADMINISTRAÇÃO DOS MEDICAMENTOS E RISCO DE RESÍDUOS DE ANTIMICROBIANOS NO LEITE Material e Métodos MATERIAL E MÉTODOS Foram analisadas as informações que constam do manual de produtos veterinários Sindan 2003 -2004 e de bulas que acompanham os medicamentos mais utilizados no tratamento da mastite bovina por via sistêmicas e intramamária de 121 produtos veterinários, destes, 28 para uso intramamário e 93 para uso sistêmico. Os medicamentos foram separados de acordo com os grupos farmacológicos de seus princípios ativos. Também, foram analisadas quanto ao período de carência as recomendações técnicas de algumas bulas. Resultados e Conclusões RESULTADOS De um total de 28 medicamentos para tratamento por via intramamária 28,6% eram aminoglicosídeos, 35,7% betalactâmicos e 10,7% eram associações de betalactâmicos e aminoglicosídeos. Em relação aos 93 medicamentos para tratamento por via sistêmica 7,5% eram aminoglicosídeos, 8,6% betalactâmicos e 31,9% eram associações de beta e aminoglicosídeos. A situação brasileira se diferencia do observado internacionalmente onde predominam os betalactâmicos para o tratamento de mastite, sendo que em alguns países o tratamento desta afecção é restrito ao uso destes antimicrobianos. Em relação às análises de bulas encontram-se informações deficientes como "Não administrar em animais com hipersensibilidade à penicilina", referindo-se a um produto a base de gentamicina e, ainda "...descartar o leite durante 72 horas após a última aplicação ou as primeiras 6 ordenhas" o que não corresponde ao mesmo período, pois, nem todas propriedades leiteiras adotam o sistema de duas ordenhas diárias, algumas só uma e outras ordenham três vezes ao dia. CONCLUSÕES Ao contrário de muitos outros países nos quais predominam os betalactâmicos utilizados no tratamento da mastite bovina, no Brasil além dos betalactâmicos são também muito utilizados aminoglicosídeos, assim como associações de betalactâmicos e aminoglicosídeos. Em relação às informações técnicas, algumas geram dúvidas quanto à utilização do medicamento e período de descarte do leite, durante e após o uso terapêutico. Os fatos observados podem constituir um importante fator de risco em relação à qualidade de leite, podendo contribuir para a presença de resíduos de antimicrobianos no leite de consumo. Palavras-chave Palavras-chaves antimicrobianos, mastite, bula, tratamento, descarte do leite. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 70 Título do trabalho POTENCIAL RISCO DE RESÍDUOS DE ANTIMICROBIANOS NO LEITE TRATAMENTO INTRAMAMÁRIO DE NOVILHAS PRIMÍPARAS NA PREVENÇÃO DE MASTITE E-mail [email protected] Eixo Temático Inocuidade e Segurança Alimentar Autor FAGUNDES, H1; GARINO JR, F.2; COSTA, E.O3 Instituição NAPGAMA/USP Observações FAGUNDES, H1; GARINO JR, F.2; COSTA, E.O3; 1 Pósgraduanda FZEA/USP 2,3 PESQUISADORES NAPGAMA/USP; Núcleo de Apoio à Pesquisa em Glândula Mamária e Produção Leiteira.Universidade de São Paulo. e-mail [email protected] Introdução INTRODUÇÃO A ocorrência de mastite, ao parir ou logo após ao parto, em novilhas primíparas já foi demonstrado no Brasil e em diferentes países. Alguns animais apresentam infecções intramamárias e mesmo mastite clínica em um ou mais quartos. Os principais agentes etiológicos são microrganismos do gênero Staphylococcus, muito embora outros microrganismos, como Streptococcus ssp e Corynebacterium bovis tenham também sido descrito na etiologia das infecções intramamárias (IMM) em primíparas. Esse processo compromete o desempenho dos animais, e pode representar fonte de infecção para o plantel em lactação. Em propriedades onde o problema ocorre com maior freqüência tem sido utilizado o tratamento intramamário em todas as novilhas nos últimos trinta dias antes do parto. Objetivos OBJETIVO Foi objetivo desta pesquisa avaliar o tratamento utilizado em relação ao risco representado pela presença de resíduo de antimicrobiano, após a liberação do leite para consumo no pós-parto. Aplicabilidade dos Resultados Segurança alimentar avaliar e evitar risco de antimicrobianos no leite de consumo. Material e Métodos MATERIAL E MÉTODOS Em propriedade leiteira, produtora de leite tipo A, foram avaliados 28 novilhas primiparas da raça Holandesa tratadas por via intramamária com produto comercial anti-mastitico (Mamizin Vaca Secaâ, Boehringer Ingelhein 100 mg de hidroiodeto de penetamato 105.800 UI + 280 mg de penicilina benetamina 304.920 UI + 100 mg de sulfato de framicetina). Foram colhidas 96 amostras de secreção látea, antes do tratamento e após o parto, para exames microbiológicos e pesquisa de resíduo de antimicrobianos, utilizando-se Delvotest®. Resultados e Conclusões RESULTADOS Foram detectados, no exame realizado em amostras colhidas 10 dias após o parto, resíduos de antimicrobianos em 10,3 % dos quartos avaliados após 60 dias do tratamento. A presença de processo inflamatório nos quartos que apresentaram resíduos positivos de antimicrobianos (25%) foi extremamente significante (P= 0,0079) quando comparados com as glândulas mamárias sem mastite (5%) positivas para resíduos de antimicrobianos. CONCLUSÃO Muito embora o tratamento de novilhas para prevenir infecções intramamárias, seja prática recomendada em propriedades que apresentam o problema, dever-se-á considerar a possibilidade de que até 60 dias depois do tratamento intramamário e 10 dias após o parto o leite apresentar resíduos de antimicrobianos, constituindo, portanto, um risco de contaminação para o leite de consumo. Palavras-chave Palavras-chaves novilhas primiparas, tratamento, antimicrobianos, pré-parto, resíduo, leite. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 71 Título do trabalho CONTAGEM DE MICRORGANISMOS PSICROTRÓFICOS AERÓBIOS ESTRITOS E FACULTATIVOS VIÁVEIS EM PROPRIEDADES LEITEIRAS DO ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL. E-mail [email protected] Eixo Temático Inocuidade e Segurança Alimentar Autor SOUTO, L. I. M.1*; GARBUGLIO, M. A.2; GONÇALVES, F.2; MINAGAWA, C. Y.3; SAKATA, S. T.4; BENITES, N. R.5 Instituição Inocuidade e Segurança Alimentar Observações 1* Doutorando em Epidemiologia Experimental e Aplicada às Zoonoses, Laboratório de Doenças Infecciosas/NAPGAMA, VPS/FMVZ/USP. E-mail [email protected] 2 Graduando em Medicina Veterinária, Faculdade Anhembi-Morumbi, estagiário Laboratório de Doenças Infecciosas/NAPGAMA, VPS/FMVZ/USP. 3 Mestranda em Epidemiologia Experimental e Aplicada às Zoonoses, Laboratório de Doenças Infecciosas, VPS/FMVZ/USP. 4 Graduanda em Medicina Veterinária, FMVZ/USP, Laboratório de Doenças Infecciosas/NAPGAMA, VPS/FMVZ/USP. 5 Professor Associado do Departamento de Medicina Veterinária PreventIva e Saúde Animal, FMVZ/USP, Laboratório de Doenças Infecciosas/NAPGAMA, VPS/FMVZ/USP. Introdução O leite é um alimento de alto valor nutritivo e muito propício ao desenvolvimento de bactérias. A quantidade de microrganismos psicrotróficos no leite cru pode refletir condições de higiene e armazenamento do produto até o momento de seu processamento. Objetivos O objetivo deste trabalho foi investigar a quantidade de microrganismos psicrotróficos no leite cru. Aplicabilidade dos Resultados Material e Métodos Foram coletadas amostras de 36 propriedades leiteiras localizadas no Estado de São Paulo, Brasil. Amostras de aproximadamente 200 mL foram coletadas após homogeneização, armazenadas em caixas isotérmicas a temperatura de refrigeração (7 ± 1ºC) até a chegar ao Laboratório. No Laboratório refrigerou-se (7 ± 1ºC) por um período máximo de 18 horas, realizando-se as diluições decimais até 10-5 e técnica de Contagem em superfície em Agar para Contagem Padrão em Placas, acrescido de uma solução de TTC a 1% (Cloreto de Trifeniltetrazolio). As placas foram incubadas em aparelho refrigerador (12 ± 2ºC) por 7 dias, quando foi feita a contagem total de microrganismos presentes. Resultados e Conclusões A mediana das contagnes foi 4,05 x 105 UFC/mL (2,2 x 102 - 1,38 x 108). A Legislação Brasileira não estabelece limite para Contagem de microrganismos psicrotróficos aeróbios estritos e facultativos viáveis para leite cru. Porém, quando se compara com o padrão estabelecido pela Instrução Normativa Nº 51/2002, onde o limite para Contagem de microrganismos mesófilos aeróbios estritos e facultativos viáveis é de 1,0 x 106 UFC/mL, das 36 amostras analisadas 16 (44,44%) apresentaram contagem acima da permitida. O leite pesquisado apresentou alta carga microbiana que pode ser aumentada no processo de estocagem e transporte do produto, o que poderia implicar em diminuição da vida de prateleira do produto e coagulação do leite pela presença de enzimas psicrotróficas. Palavras-chave Realizado com apoio financeiro do CNPq (processo nº 141536/2002-0) e FAPESP (processo nº 03/04785-0). Palavras-chave leite cru, microrganismos psicrotróficos. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 72 Título do trabalho ENUMERAÇÃO DE COLIFORMES TOTAIS, TERMOTOLERANTES E ISOLAMENTO DE Escherichia coli EM QUEIJO RALADO OBTIDO NO COMÉRCIO INFORMAL DE CUIABÁ - MT E-mail [email protected] Eixo Temático Inocuidade e segurança alimentar Autor Instituição Observações MARTINS, R.P.1, CAPISTRANO, D.1, SIGARINI, C.O.2 1- Graduando, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária - FAMEV, UFMT. Av. Fernando Correa da Costa, s/n. Cuiabá, MT. E-mail [email protected] 2- Docente, Dpto. de Produção Animal, FAMEV, UFMT. Introdução A Escherichia coli, bactéria comum do trato intestinal do ser humano e dos animais, tem sido classicamente utilizada como indicador de contaminação fecal em água e alimentos. Entretanto, a busca por agilidade e simplicidade deu lugar à utilização disseminada do grupo coliformes e mais tarde dos coliformes fecais na avaliação das condições higiênico-sanitárias desses produtos. A indicação de contaminação através dos coliformes fecais tem sido amplamente questionada, uma vez que o teste de termotolerância acaba por incluir algumas espécies de origem não exclusivamente fecal, principalmente do gênero Klebsiella, podendo resultar em até 15% de resultados falsos positivos. Embora ainda não existam substitutos à altura, o emprego indiscriminado dos coliformes como indicadores de contaminação pode levar à super ou subavaliações da segurança ou dos riscos à saúde pública, associados a um alimento. Objetivos Verificar o nível de contaminação do queijo ralado obtido em feiras livres localizadas no município de Cuiabá-MT por coliformes totais e termotolerantes, bem como avaliar o percentual de isolamento de E. coli dentre as amostras com valores acima do previsto pela RDC n. 12 (ANVISA) para coliformes termotolerantes. Aplicabilidade dos Resultados Avaliação da enumeração de coliformes e isolamento de E. coli como indicadores da qualidade microbiológica do queijo ralado e esclarecimento da população quanto ao risco do consumo de queijo obtido no comercio informal. Material e Métodos Foram utilizadas 20 amostras de queijo ralado obtidas no comércio informal da cidade de Cuiabá - MT durante o período de fevereiro a março de 2006. Realizouse a enumeração de coliformes totais e termotolerantes pela técnica de número mais provável (NMP) e a identificação de E. coli conforme o Compendium of Methods for the Microbiological Examination of Foods (1992). Resultados e Conclusões Do total de amostras analisadas, 95% foram positivas para os coliformes totais, apresentando valores à enumeração que variaram de 4 x 101 à maiores que 2,4 x 106 NMP. Tal achado é um indicativo de condições higiênico-sanitárias insatisfatórias durante a produção e comercialização do produto analisado. Quanto aos coliformes termotolerantes, 65% das amostras apresentaram valores acima de 103 NMP sendo, portanto, consideradas inaptas ao consumo humano pela legislação nacional vigente (RDC n. 12 ANVISA). Destas, isolou-se E. coli em 53,8%. Embora não sejam delimitados valores para E. coli em queijo ralado na legislação, observou-se que das amostras que se encontravam dentro dos limites previstos para coliformes termotolerantes, nenhuma foi positiva à presença de E. coli. Palavras-chave queijo ralado, coliforme, Escherichia coli. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 73 Título do trabalho ÍNDICE DE GESTAÇÃO DE NOVILHAS NELORE SUBMETIDAS A INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM TEMPO FIXO E-mail [email protected] Eixo Temático reprodução animal Autor Christiane Silva Lima Instituição Universidade Federal de Goiás Observações Sílvio Gondim Dutra; Maria Lúcia Gambarini; Ludmyla Nágila Borges Introdução As fêmeas zebuínas apresentam a particularidade de curta duração do ciclo estral, em torno de 11 horas em média, associada à alta incidência de estros noturnos, que dificultam a detecção do estro e prejudicam a implantação de programas convencionais de inseminação artificial (IA). Para contornar este entrave, foram desenvolvidos os protocolos de sincronização de ovulação que permitem realizar a IA em tempo pré-determinado (IATF), sem necessidade de detecção do estro. Os progestágenos são empregados nesses programas com objetivo de mimetizar o ciclo estral curto que normalmente ocorre após a puberdade (BARROS et al.,2000). O estrógeno, quando associado ao progestágeno induz o crescimento de uma nova onda folicular entre quatro e cinco dias após a injeção.(BÓ et al., 2003). Objetivos O objetivo deste estudo foi avaliar a eficiência reprodutiva relativa ao índice de gestação de novilhas nelore após sincronização de ovulação e inseminação artificial em tempo fixo (IATF). Aplicabilidade dos Resultados Os resultados dos índices de gestação em novilhas de corte traduzem a eficiência produtiva da propriedade na atividade de cria, pois a redução do tempo entre os partos corresponde à redução dos custos de produção e possibilidade de concentração de nascimentos das crias e posterior comercialização. Material e Métodos A pesquisa realizou-se em propriedade localizada no município de Aparecida do Rio Doce - GO, na região Centro-Oeste do Brasil, com estações seca e chuvosa bem definidas. A estação de monta (EM-120 dias) teve início em outubro de 2004 e a IATF realizou-se em abril de 2005, após o diagnóstico de gestação por palpação retal de todas as fêmeas da propriedade.O estudo foi conduzido com 75 novilhas nulíparas Nelore, com idade média de 29 meses, que não ficaram gestantes na estação de monta de 120 dias.Elas estavam lotadas em pastagem de Brachiaria brizantha recebendo suplemento mineral e água ad libitum. Realizou-se sincronização de ovulação segundo o protocolono dia o(DO), foi colocado o dispositivo intravaginal impregnado com progestágeno e aplicado 2 mL de benzoato de estradiol intramuscular(IM),pela manhã.No D7, foi retirado o implante e aplicado 2 mL de cloprostenol sódico(IM). No D8 foi aplicado 1 mL de BE intramuscular. Fez-se a IA 30 horas após a aplicação de BE, e após 60 dias procedeu-se o diagnóstico de gestação por palpação retal em todas as novilhas. Resultados e Conclusões O índice de gestação das novilhas foi de 20%(n=15), discordando dos achados de VOGG et al.(2004), que obtiveram 95% de gestações em novilhas Angus sincronizadas, sugerindo que o progestágeno pode ter inibido a manifestação do estro nas novilhas ou a reposta à sincronização foi devida ao retardo no ciclo estral (pós puberdade) em novilhas que receberam o cloprostenol (análogo da prostaglandina) pelo aumento do diâmetro folicular.Os índices de gestação podem ter sido afetados ainda pelo início da estação de monta em outubro, ainda no fim da estação seca. Porém, existem as diferenças na dinâmica folicular associadas ao estágio de maturidade reprodutiva no início da EM (WOOD-FOLLIS et al.,2004), juntamente com a duração do tratamento com progestágeno, fatores genéticos e ambientais, manejo, estágio do ciclo estral ao início do tratamento e o tempo entre a ovulação e a IA (CAVALIERI et al.,1997).Os índices de gestação foram baixos em novilhas, subetidas à sincronização de ovulação e IATF, demonstrando menor eficiência reprodutiva desta categoria com o tratamento após a estação de monta de 120 dias Palavras-chave benzoato de estradiol, cloprostenol, estação de monta, prenhez, progesterona, sincronização de ovulação. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 74 Título do trabalho USO DE POLIHEXAMETILENO BIGUANIDA E SORBATO DE POTÁSSIO NO CONTROLE DO DESENVOLVIMENTO DE MOFO EM QUEIJOS ARTESANAIS E-mail [email protected] Eixo Temático Inocuidade e Segurança Alimentar Autor Ana Paula Zardini de Araujo Lima Instituição UFMS Observações Lima, A. P1.Z. A. Oliveira E. O2, Oliveira J. V3. Oliveira M. O.4. 1,2.3 Departamento de Tecnologia de Alimentos - UFMS, Av. Costa e Silva CP 549 Campo Grande – MS; 1,3,4 Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal Mestrado Profissionalizante em Produção e Gestão Agroindustrial. Introdução Alguns queijos levam em sua formulação o conservante sorbato de potássio, para ajudar no controle de fungos. Já os queijos coloniais geralmente são produzidos de forma artesanal não sendo permitido em sua formulação qualquer tipo de conservante Objetivos O presente trabalho buscou avaliar a eficiência do sanitizante Polihexametileno biguanida e do conservante Sorbato de Potássio na prevenção do aparecimento de fungos na superfície dos queijos artesanais. Aplicabilidade dos Resultados na garantia da vida de prateleiras dos queijos artesanais. Material e Métodos Foram coletadas 36 amostras de queijo "Minas" e frescal no comércio de Campo Grande-MS que foram divididos em quatro grupos e três tratamentos controle, sem tratamento, salmoura com 0,3% de Polihexametileno biguanida e salmoura com 0,05% de Sorbato de Potássio. Os queijos foram armazenados em câmara fria a 15°C durante 20 dias e em temperatura ambiente (para simular as condições artesanais). A cada 5 dias foi realizada contagem de fungos. Resultados e Conclusões Após 10 dias, os resultados apresentaram contaminação por fungos naqueles que aparentemente não apresentavam formação na superfície. Após 20 dias de armazenamento, os queijos frescais não apresentaram contaminação por fungos, mas foram contaminados por bactérias psicrófilas contribuindo para sua deterioração. Dentre os queijos "Minas", o primeiro grupo não apresentou contaminação, já as análises do segundo grupo mostraram que, após dez dias de estocagem, ocorreu contaminação por fungos. O sub-lote do segundo grupo já estava contaminado por fungos e os tratamentos não foram eficazes neste aspecto. De modo geral, não houve diferenças entre os queijos tratados e não tratados bem como de um tratamento para o outro indicando que, para o referido período, não é necessário o uso do sanitizante e nem do conservante. Palavras-chave fungos, queijos, sanitizante, conservantes. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 75 Título do trabalho PARÂMETROS SEMINAIS DE OVINOS CRIADOS NA BAIXADA CUIABANA - RESULTADOS PRELIMINARES. E-mail [email protected] Eixo Temático Reprodução Animal Autor Maísa Fernanda Campos Minosso Instituição Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária (FAMEV). Observações MINOSSO, M. F. C.1 ; MICHELETTI, M. V.2 ; CONSENTINO, P. N.3 ; MARINHO, W. A. S. 2; MACIEL, W. R. S. 2 ; SILVA JÚNIOR, L. S. 3 ; DALCIM, L. 2 ; CABRAL, L. S.4; HATAMOTO, L. K5. 1 Aluno do Curso de Medicina Veterinária, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária (FAMEV), Laboratório de Biotecnologia e Reprodução Animal, E-mail [email protected] 2 Aluno do Curso de Medicina Veterinária, FAMEV-UFMT, Laboratório de Biotecnologia e Reprodução Animal. 3 Aluno do Curso de Pós Graduação em Ciência Animal, FAMEV-UFMT, Laboratório de Biotecnologia e Reprodução Animal. 4 Professor Adjunto, DZER-FAMEV-UFMT, Setor de Ovinocultura, Fazenda Experimental 5 Professor Adjunto, CLIMEV-FAMEV-UFMT, Laboratório de Biotecnologia e Reprodução Animal Introdução Introdução O Brasil possui um rebanho caprino e ovino estimado em oito milhões de cabeças, dos quais 439.683 concentram-se na região Centro-Oeste, ocupando assim o terceiro lugar em população ovina. Devido o crescente desenvolvimento da ovinocultura houve a necessidade da utilização de biotecnologias aplicadas em reprodução, tais como a inseminação artificial, buscando o melhoramento genético e maior qualidade do sêmen a ser usado tanto a fresco como para conservação por resfriamento ou congelamento. Na região da baixada Cuiabana o melhoramento genético tem como objetivo escolher as raças adequadas às condições ambientais locais, prevenindo a queda da qualidade do sêmen do rebanho, devido ao estresse calórico Objetivos Objetivo Avaliar a qualidade do seminal de ovinos criados na baixada cuiabana. Aplicabilidade dos Resultados Avaliar a adaptabilidade dos animais na região da baixada Cuiabana para confirmar possibilidades de utilização do sêmen para inseminação artificial usando o sêmen fresco ou congelado. Material e Métodos Material e Métodos Foram utilizados dez animais SRD, criados na Fazenda Experimental da UFMT na região de Santo Antonio do Leverger - MT. Foram realizadas duas coletas de sêmen através de eletro-estimulação. Imediatamente após a coleta foram avaliados volume e cor do ejaculado, motilidade, vigor e turbilhonamento espermáticos, e preparadas amostras para posterior análise da concentração, morfologia e viabilidade espermáticas (eosina nigrosina). Resultados e Conclusões ResultadosAtravés dos resultados encontrados médias obtidas foram volume do ejaculado que de 1,41ml , motilidade 75%, vigor 3,11 , turbilhonamento 2,73, concentração de 93,20 x 106 espermatozóides/ml, viabilidade espermática 97,1% e morfologia espermática que apresentou 8,23% de defeitos maiores , 5,35% de defeitos menores e 13,59% de defeitos totais. Os valores dos exames quase não fugiram dos padrões seminais ideais para ovinos que são volume do ejaculado de 0,5 a 2,0 ml, motilidade 75%, vigor 3, turbilhonamento 3, concentração 2,64x106 spz/ml, morfologia espermática ≥10% de defeitos maiores, ≥ 20% de defeitos totais e viabilidade espermática que deve ser acima de 70%. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” Conclusão Baseando-se nos parâmetros seminais preconizados pelo Colégio Brasileiro de Reprodução Animal, verifica-se que, apesar da elevada temperatura da região não se observou grandes alterações na qualidade do sêmen, indicando boa adaptabilidade dos animais e reais possibilidades de inseminação artificial usando o sêmen fresco ou congelado desses ovinos. Palavras-chave PALAVRAS CHAVE ovinos parâmetros seminais S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 76 TERAPIA ACARICIDA COM IVERMECTINA “PER OS” EM CASOS DE ESCABIOSE FELINA Eixo temático Clínica de Pequenos Animais Maruyama S1. , Fernandes C.G. N2. , Avila.M.O3. , Melo M. M4. 1 Médica Veterinária Clínica Veterinária Clin Dog Av. Fernando C. da Costa,3667,CEP 78070001, Cuiabá, MT, [email protected] 2,3 Profª Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Cuiabá (UNIC) Av. Beira Rio, 3100, CEP 78015-480, Cuiabá, MT; 4 Acadêmico - Faculdade de Medicina Veterinária - UNIC INTRODUÇÃO A sarna notoédrica ou escabiose felina decorrente do parasitismo pelo Notoedres cati se constitui em importante antropozoonose e ergodermatose. No Brasil, pela magnitude de sua ocorrência, assume papel substancial na clínica dermatológica de felinos, mormente dentre aquelas de causas parasitárias. Trata-se de enfermidade muito contagiosa, podendo acometer indivíduos de quaisquer idade, sexo ou raça. O quadro sintômato-lesional assesta-se nas regiões céfalo-cervical, de membros e sacro-coccígea, traduzindo-se por prurido, alopecia, deposição escamo-crostosa por sobre área ceratótica. O diagnóstico é estribado em anamnese, aspectos clínicos e no exame parasitológico do raspado cutâneo (EPRC). Como terapêutica usual preconiza-se a utilização de produtos acaricidas tópicos ou sistêmicos. OBJETIVO Avaliar a eficácia da ivermectina, via oral, como terapia única no tratamento da sarna notoédrica. MATERIAL E MÉTODOS A amostragem englobou 19 animais, com faixa etária de 2 a 48 meses, com predominância de 78 % daqueles de até 12 meses. Cem porcento destes gatos apresentava pelame curto e não tinha perfeita definição racial, sendo 68 % fêmeas. O diagnóstico etiológico foi estabelecido, pelo EPRC, em clínica privada de Cuiabá (“Clínica Veterinária Clin Dog”). Uma vez obtida a autorização dos proprietários foi proposta a utilização “per os” de ivermectina (250 mcg/Kg/SID), sob a forma de solução aquosa (1 mg/mL), a cada sete dias, durante três semanas. RESULTADOS Constatou-se pela negativação do EPRC e recuperação sintômato-lesional a eficácia do protocolo já no primeiro retorno, decorridos sete dias da primo-aplicação. Não se verificaram efeitos adversos (sistêmicos ou tegumentares). CONCLUSÕES A ivermectina administrada pela via oral, mostrou-se plenamente eficaz, na concentração e posologia empregada, bastante segura por ter sido desprovida de efeitos colaterais, pouco custosa (R$ 0,17/mL), e bastante prática para empregar-se, principalmente, em gatos escabióticos de gatis e abrigos de felinos. Palavras-chave Gatos, Zoonose, Sarna notoédrica, Notoedres cati. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 77 Título do trabalho DISTRIBUIÇÃO DA RAIVA BOVINA NAS DIFERENTES FASES LUNARES NO ESTADO DO MATO GROSSO, BRASIL, DURANTE PERÍODO DE 2002 A 2004. E-mail [email protected] Eixo Temático raiva em herbívoros Autor Darci Lara Perecin Nociti Instituição Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT Observações Robson Reverdito; Adolorata Aparecida Bianco de Carvalho Introdução A raiva paralítica de bovinos foi diagnosticada no Brasil pela primeira vez por CARINI (1911) no Estado de Santa Catarina, quando corpúsculos de Negri foram visualizados nos tecidos nervosos de cérebros de bovinos mortos por uma doença misteriosa (ITO, 2005). Atualmente no Brasil, a raiva dos herbívoros pode ser considerada endêmica e em graus diferenciados, de acordo com a região. Na região centro oeste, da qual Mato Grosso faz parte, o número de casos diagnosticados de raiva tem aumentado gradativamente e a porcentagem de animais vacinados se mantido constante. Em relação às medidas relativas ao controle populacional de morcegos, pode-se afirmar que estas não têm sido prioritariamente utilizadas (MARQUES & KOTAIT, 2001). Objetivos Relacionar os casos de raiva em herbívoros ocorridos no Estado de Mato Grosso no período de 2002 a 2004 com as diferentes fases lunares. Aplicabilidade dos Resultados Praticamente nada se conhece sobre a biologia dos morcegos, tornando urgente o direcionamento de pesquisas sobre a fauna quiropterana da região, que devem ser incentivadas. Material e Métodos O material estudado foi obtido de 654 cérebros de bovinos machos e fêmeas de diversas raças e idades, encaminhado ao laboratório oficial do Estado Laboratório de Sanidade Animal (LASA) do Instituto de Defesa Agropecuário de Mato Grosso - INDEA/MT proveniente de 101 municípios no período de 2002 a 2004. Os fragmentos de cérebros para o diagnóstico com suspeita clínica de raiva, foram submetidos, a Imunofluorescência Direta e inoculação intracerebral em camundongos para confirmação na prova biológica. Para organização dos dados, levou-se em consideração os registros do livro do próprio laboratório e o banco de dados foi organizado seguindo o calendário lunar. Resultados e Conclusões RESULTADOS Das seiscentos e cinqüenta e quatro amostras examinadas, duzentas e trinta (35%) apresentaram positividade. Das duzentas e trinta amostras positivas, setenta e cinco ocorreram no ano de 2002, setenta e seis no ano de 2003 e setenta e nove no ano de 2004. No ano de 2002, a distribuição dos casos positivos de acordo com as fases lunares foi de vinte e cinco casos na lua Cheia, vinte e dois na Nova, dezoito na Minguante e dez na Crescente. No ano de 2003, foi treze na lua Cheia, vinte e três na Nova, vinte e três na Minguante e dezessete na Crescente. Em 2004, houve a ocorrência de vinte e quatro casos positivos na lua Cheia, dezenove na lua Nova, vinte na Minguante e dezesseis na Crescente. Das duzentas e trinta amostras positivas no período de 2002 a 2004, sessenta e duas ocorreram na lua Cheia, sessenta e quatro na Nova, sessenta e uma na Minguante e quarenta e três na Crescente. CONCLUSÕES Não houve diferença significativa na ocorrência dos casos de raiva dos bovinos ocorridos nas fases da lua Cheia, Nova e Minguante. No entanto, na lua Crescente, houve uma ocorrência bem menor de casos (aproximadamente 30%), justificado talvez por essa fase ocorrer depois da lua Nova, fase caracterizada por noites completamente escuras, facilitando a saída do morcego e conseqüentemente seu ataque à presa. Diferente do que ocorre na fase Minguante que apesar de apresentar a mesma luminosidade da lua Crescente, ela ocorre depois da lua Cheia, caracterizada por noites completamente iluminadas quando o morcego evita se expor refletindo numa restrição alimentar. Palavras-chave Raiva, Bovinos, Morcegos hematófagos, Zoonose, Mato Grosso. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 78 Título do trabalho OCORRÊNCIA DA BRUCELOSE OVINA CAUSADA POR Brucella ovis EM OVINOS EM SERGIPE. E-mail [email protected] Eixo Temático Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Publica Autor Silva, J.S.(1*) Instituição 1*- Médica Veterinária, MSc., Departamento Estadual de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (DEAGRO). Aracaju, Sergipe. *[email protected] Observações Silva; J. R. (2); 2- Médica Veterinária Autônoma; Vieira, S. D. (1); 1- Médica Veterinária, MSc., Departamento Estadual de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (DEAGRO). Aracaju, Sergipe; Melo, C. B (3); 3- Médico Veterinário, Dr., Professor Adjunto, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Universidade de Brasília (UNB), Brasília, Distrito Federal; Nunes, A. L. (2); 2- Médico Veterinário Autônomo. Introdução O desenvolvimento da ovinocultura na região Nordeste do Brasil é severamente afetado por inúmeros fatores, entre eles a ocorrência de enfermidades. A Brucelose é uma doença infecciosa causada por bactérias do gênero Brucella. Trata-se de uma doença de importância mundial que acomete várias espécies animais. A brucelose ovina é uma doença transmissível provocando epididimite, infertilidade e abortamento em ovinos e caprinos, não sendo, entretanto, uma zoonose. Para a identificação de animais soropositivos à presença de anticorpos contra B. ovis são utilizados testes de Fixação de Complemento (FC), Imunodifusão em Gel de Ágar (IDGA) e ELISA. O teste de IDGA tem demonstrado uma sensibilidade e especificidade semelhante ao FC, com a vantagem de ter um menor custo e ser mais fácil de realizar. O animal infectado é a principal fonte de infecção. A difusão do agente ocorre, principalmente, por eliminação vaginal e através do esperma durante o coito, o que torna as épocas de parição e cobertura momentos decisivos para a disseminação no rebanho. No Brasil não existe vacina autorizada pelo Ministério da Agricultura para ser utilizada contra brucelose ovina sendo, portanto, indicado como métodos de profilaxia, submeter o reprodutor aos exames clínico e sorológico antes de iniciar o serviço de monta, eliminar os carneiros positivos ou utilizar inseminação artificial. A brucelose em ovinos foi relatada na maior parte das principais regiões produtoras de ovinos do mundo. No Brasil sua presença foi descrita no Rio Grande do Sul, Pernambuco, Rio Grande do Norte e no Maranhão. Em Sergipe as pesquisas relacionadas sobre a sanidade do rebanho ovino ainda são escassas, não tendo sido encontrado informações sobre a situação da brucelose ovina. Objetivos Verificar a ocorrência de B. ovis em rebanhos ovinos de Sergipe. Aplicabilidade dos Resultados Medicina Veterinária Preventiva, Defesa Agropecuária, Reprodução Material e Métodos Foram coletadas no período de outubro a dezembro de 2003, 173 amostras de soro sangüíneo de animais adultos de ambos os sexos, de raça pura e SRD pertencentes a 16 rebanhos localizados em cinco municípios de Sergipe. As amostras foram submetidas ao teste de IDGA. Resultados e Conclusões Dos 173 animais testados, 15 (8,67%) apresentaram-se sororreagentes, sendo observado animais soropositivos para B. ovis em quatro dos cinco municípios pesquisados. Foi utilizado o teste qui-quadrado e não foi observado associação significativa (P>0,05) entre as características sexo, grupo genético e resultado positivo. CONCLUSÕES Com base nos resultados deste trabalho conclui-se que existem animais soropositivos para B. ovis em rebanhos ovinos de Sergipe. Recomenda-se a adoção de maiores pesquisas e medidas profiláticas para evitar a disseminação desse agente no Estado. Realizado com apoio do Laboratório TECPAR e do DEAGRO (Departamento Estadual de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe). Palavras-chave Ovinos, B. ovis, ocorrência. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 79 TÍTULO DO TRABALHO SITUAÇÃO DA RAIVA DOS HERBÍVOROS EM MATO GROSSO E-mail [email protected] Eixo Temático Defesa Sanitária Animal Autor Lopes I. F. Médica veterinária Instituição Instituto de Defesa Agropecuária - Indea/MT Observações Silva R. R. P; Médico veterinário, Instituto de Defesa Agropecuária -Indea/MT e-mail [email protected] Introdução A raiva é uma enfermidade infecciosa aguda causada por um vírus que afeta o Sistema Nervoso Central de várias espécies, inclusive seres humanos.Ocorre em todos os estados do Brasil, sendo uma das viroses mais importantes para a pecuária devido aos prejuízos econômicos causado pela morte de bovinos e gastos indiretos representados pela vacinação e tratamento pré-exposição de humanos. No Brasil, a raiva, na maioria das vezes, é transmitida por morcegos hematófagos da espécie Desmoduns rotundus, existindo relatos da transmissão da doença por outros morcegos hematófagos (Diphila ecaudata e Daemos youngii) assim como os cães que continua sendo a principal espécie transmissora da raiva ao ser humano. Isolamentos do vírus da raiva já foram descritas em animais silvestres, tais como as raposas, guaxinins, sagüis, cachorro-do-mato e morcegos não hematófagos. Objetivos Avaliar a distribuição dos focos da raiva nos municípios de Mato Grosso permitindo o conhecimento da dinâmica da doença, fundamental na análise epidemiológica. Aplicabilidade dos Resultados Repensar as ações de vigilância epidemiológica e controle da doença no estado de Mato Grosso Material e Métodos Para descrever a distribuição da raiva nos municípios de Mato Grosso foram utilizadas informações obtidas da Coordenadoria de Controle das Doenças dos Animais, de cento e trinta e nove minicípios com Unidades Locais de Execução do Indea/MT no período de janeiro de 2004 a dezembro de 2005. O banco de dados utilizados foi criado em planilha no Excel na qual as informações trabalhadas foram número de focos de raiva em bovinos, eqüinos, suínos, caprinos e ovinos por mês, ano e municípios atingidos. Resultados e Conclusões Resultados O número de focos notificados de raiva bovina mantevese baixo, com registro em trinta e dois municípios em 2004 e trinta e um em 2005, perfazendo um total de municípios atingidos de 23% e 22% respectivamente.Em 2004 verifica-se que houve maior notificação de focos nas Unidades Locais de Execução vizinhas à Rondonópolis, Cuiabá, Barra dos Bugres e Barra das Garças. Em 2005 o maior registro de focos ocorreu nas Unidades Locais de Execução vizinhas à Cuiabá, Rondonópolis, Cáceres e Alta Floresta. Ocorreu notificação de focos em municípios onde não houve registro da doença em 2004 como as regiões vizinhas à Lucas do Rio Verde, Matupá, Sinop e Pontes e Lacerda. Em relação as outras espécies ocorreu notificação de surtos esporádicos em diversas regiões sendo um caso em suíno e um em eqüino em 2004, e sete casos em eqüinos, um em suíno e dois em ovinos em 2005.Conclusão O registro de casos notificados em poucos municípios se deve a subnotificação ao escritório local de casos clínicos de doenças nervosas e até mesmo a falta de médicos veterinários em alguns municípios resultando em pequena quantidade de amostras enviadas ao laboratório.Desta forma, a subnotificação dos casos de raiva dificulta uma análise mais exata da situação epidemiológica da doença especialmente quanto à mortalidade dos bovinos e outras espécies. Palavras-chave Epidemiologia, Focos de raiva, Raiva dos herbívoros, Subnotificação. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 80 TÍTULO DO TRABALHO SUSPEITA DE LÍNGUA AZUL E/OU DOENÇA EPIZOÓTICA HEMORRÁGICA EM MAZAMA GOUAZOUBIRA FISCHER, 1814 DE VIDA LIVRE NO BRASIL - RELATO DE CASO E-mail [email protected] Eixo Temático patologia Autor Líria Queiroz Luz Hirano Instituição Universidade Federal de Uberlândia Observações Oliveira, E.F.1;Jacintho, M.F.L. 1;Silva, E.V. 1; Szabó, M.P.J.2; 1 -Graduandos em Medicina Veterinária / FAMEV - UFU; 2 - Docente Orientador / Faculdade de Medicina;Veterinária - UFU. Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia. Av. Pará, 1720, Campus Umuarama - Bloco 2T Uberlândia - MG, CEP 38400-902. E-mail [email protected] Introdução Língua Azul (LA) e a doença epizoótica hemorrágica (DEH) são doenças virais infecciosas, não contagiosas, transmitidas por insetos e que acometem ruminantes domésticos e silvestres. Utiliza-se o termo genérico de doença hemorrágica para caracterizar estas doenças, quando não há o reconhecimento do agente etiológico. A síndrome de doença hemorrágica em cervídeos é geralmente atribuída ao VLA (Vírus da Língua Azul) e ao VHDEH (Vírus da doença epizoótica hemorrágica) (Roughton,1975) e usualmente segue curso hiperagudo levando à morte (Stott &Gibbs,1992). Os animais são encontrados mortos ao redor das fontes de água (Duarte, 1997). Objetivos Relatar um possível caso de doença hemorrágica em Mazama gouazoubira de vida livre. Aplicabilidade dos Resultados O diagnóstico de suspeita de doença hemorrágica através da necropsia auxilia no maior conhecimento da técnica e em maiores dados sobre a ocorrência dessa doença em animais de vida livre. Material e Métodos Um exemplar de veado catingueiro (Mazama gouazoubira) de vida livre, macho e adulto, foi encontrado na Fazenda Capim Branco, município de Uberlândia, MG no dia 28 de março de 2006. O animal se encontrava abrigado em um arbusto, próximo a um riacho, em decúbito lateral, agonizante, apresentando sialorréia e hemorragia na mucosa bucal e língua. Aplicou-se corticóide, porém o animal foi a óbito em poucos minutos e foi transportado para o setor de Patologia da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia onde foi realizada a necrópsia. Resultados e Conclusões À necropsia observou-se uma solução de continuidade de aproximadamente 1cm no focinho. A extremidade da língua apresentava-se arroxeada e mais caudalmente, na base dessa, observou-se inúmeros diminutos pontos de cor vermelho intensa. Havia a presença de um edema subcutâneo submandibular caracterizado pela presença de um material gelatinoso. Constatou-se, também, hidropericárdio, hidroperitôneo e hidrotórax, entretanto, com pequena quantidade de líquido vermelho escuro. O animal apresentou intensa hemorragia endorcárdica, congestão esplênica e hepática, hiperemia de mucosa ruminal e petéquias na serosa. Amorte aguda do animal e as lesões, notadamente na lígua e as hemorragias sugerem que o animal apresente doença hemorragia. O material foi colhido para diagnóstico molecular. Palavras-chave Mazama gouazoubira, doença hemorrágica, necropsia. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 81 Título do trabalho O BERRANTE, UM RESGATE CULTURAL QUE CORROBORA COM O BEM-ESTAR ANIMAL E-mail [email protected] Eixo Temático Defesa Sanitária Animal Autor Ana Maria de Andrade Mitidiero Instituição CIDASC/SC Observações Introdução Introdução O Berrante é um instrumento musical, feito com chifres de bovinos emendados, contorcidos, que aumenta seu diâmetro até seu final e de tamanho variado. Tocase assoprando no bocal com os lábios entreabertos e com pressão. Ele é revestido de couro nas emendas e nas extremidades, possui uma alça para ser pendurado nos ombros do berranteiro. Com o instrumento consegue-se produzir sons, desde o agudo ao grave. Como o mais agradável aos ouvidos dos bovinos é o grave, este é o mais utilizado para conduzi-los. Antes do berrante já era usado na Índia, o Ransinghá, instrumento mais rústico, antigamente usado nas batalhas e atualmente nas danças folclóricas. No Brasil é usado há 3 séculos. O berrante foi muito utilizado pelas comitivas de gado durante a condução de boiadas, seja dentro de fazendas ou fora, em longas viagens. A comitiva é formada por um grupo de pessoas, geralmente homens que conduzem a boiada. É composta por um chefe, um cozinheiro, às vezes um auxiliar e os outros que se revezam indo à frente do gado, atrás e dos lados para não deixarem os animais se espalharem. Na maioria das vezes o que vai à frente(ponteiro) é o berranteiro. Vários sons são utilizados pelas comitivas e cada um tem seu significado, como hora de parar, chamar, perigo, almoço, dentre outros. Em função da maior utilização do transporte rodoviário este instrumento entrou em desuso. Objetivos Durante o experimento, na fazenda Santa Hermínia no município de Brasnorte em Mato Grosso durante os anos de 2000 - 2001, para a avaliar a viabilidade da produção do boi orgânico, resolveu-se propor a volta do uso do berrante na condução dos animais dentro da fazenda. Aplicabilidade dos Resultados Proporcionar bem-estar aos animais durante o manejo, diminuindo o estresse. Material e Métodos Matérias e MétodosDurante o manejo do rebanho pertencente a um experimento que realizávamos na fazenda, foi observado que os peões, conduziam(tocavam) o gado até o curral e manejavam dentro do curral com gritos e assobios agudos, fazendo com que os animais ficassem muito agitados e provocando diarréias. Em uma reunião com os empregados, foi descrito o comportamento dos animais e, em especial, de como os bovinos têm intolerância ao som agudo, conforme constatou Pajor, Rushen, Passillé (2003). Assim foi sugerido o uso do berrante. Houve muito boa receptividade por parte dos peões, pois todos relembraram experiências com o uso do instrumento e de como achavam bonito o som produzido. Resultados e Conclusões Resultados Foi constatado, quando ao chegarmos à beira da cerca de cada um dos pastos e se produziu um som grave e longo, semelhante ao berrante, que todos os animais se aproximaram, apresentando comportamento bastante dócil. Diante do resultado, resolveu-se pela volta do uso do berrante como facilitador do trabalho, pois este produz um som agradável aos animais podendo contribuir com o seu bem estar.Conclusão O resgate do uso do berrante na condução dos animais corroborou para o bem-estar animal, além de trazer satisfação aos funcionários, pelo resgate das suas tradições com a volta da utilização de um instrumento que estava em desuso nas suas atividades de trabalho(lida). Palavras-chave Palavras-chaves Berrante Bem-estar animal, boi orgânico. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 82 Título do trabalho AVALIAÇÃO DA SANIDADE E VIABILIDADE DA PRODUÇÃO ORGÂNICA DE BOVINO DE CORTE NA REGIÃO NOROESTE DO MATO GROSSO E-mail [email protected] Eixo Temático Defesa Sanitária Animal / Produção Animal Autor Ana Maria de Andrade Mitidiero Instituição CIDASC/SC Observações 2 Roberto Franciosi - Produtor Rural - Fazenda Hermínia 3 Luciano Emanoel Moraes - Médico Veterinário Especialista em Reprodução Animal Introdução Introdução Com o aparecimento da doença da vaca louca na Europa, é crescente a demanda por produtos de origem animal oriundos de criações a pasto, que evite o uso de drogas alopáticas, contemple o bem-estar animal e que se suplementados, o sejam com produtos orgânicos. Objetivos Objetivos Conhecer a viabilidade da produção orgânica de bovinos de corte era eminente em Mato Grosso, pois é um estado tradicionalmente de pecuária a pasto. Aplicabilidade dos Resultados Aplicabilidade dos ResultadosOs proprietários fizeram a conversão de todo o rebanho e certificaram a propriedade. Material e Métodos Matérias e Métodos O experimento foi realizado na fazenda Hermínia, no município de Brasnorte em Mato Grosso, no período de agosto de 2000 a outubro de 2001. Foram utilizados 140 bovinos machos da raça Nelore com idade média de 8 meses, cujas mães recebiam há 6 meses homeopatia(bioterápicos) para endo e ecto parasitas. Estes foram divididos aleatoriamente em 2 tratamentos orgânico e convencional. Cada lote foi colocado em piquete de 25 hectares com pastagem de Brachyaria sp, e faziam o rodízio entre 2 piquetes, sendo os piquetes do lote orgânico mais arborizados para lhes proporcionar melhor bem-estar. Durante o período experimental foram realizadas 9 pesagens, realizados 3 exames para contagem de ovos de parasitas por amostragem(10animais por lote), pelo método de MAC-MASTER(GORDON & WHITLLOCK, 1988), observada a presença da Haematobia irritans(mosca dos chifres), e o comportamento dos animais em relação ao estresse e espaço de fuga. O lote orgânico recebeu tratamento homeopático (bioterápico) para endo e ecto parasitas no suplemento mineral e fitoterápico para tratamento local, a base de Stryphodendron barbatimao, óleo de neem e creolina. Os animais do lote convencional receberam tratamento alopático para endo e ecto parasitas a base de ivermectina e cipermetrina. Durante os 3 primeiros meses os dois lotes receberam suplemento alimentar isoproteico e isoenergético, com a diferença que um recebeu produtos orgânicos e o outro recebeu produtos convencionais com a inclusão de nitrogênio não protéico(uréia). Resultados e Conclusões Resultados A infestação por endoparasitas se manteve em níveis considerados compatíveis com um bom desempenho animal, abaixo de 400 OPGs e sem diferença entre os tratamentos. O mesmo foi observado em relação aos ectoparasitas. O lote orgânico apresentou menor estresse dentro do curral quando se aproximava do rebanho a pé, permitindo maior aproximação, menor espaço de fuga. Os animais do lote convencional apresentaram mais estressados no curral e maior espaço de fuga. Os dois lotes não apresentaram diferença significativa em ganho de peso.Os animais do lote orgânico tiveram uma perda de peso significativamente menor aos do lote testemunha nas duas últimas pesagens, nos meses de agosto e outubro, atribui-se esta diferença ao conjunto de procedimentos adotados no lote orgânico (uso de homeopatia/fitoterapia, sombreamento e exclusão do nitrogênio não protéico da suplementação) (p < 0,05). Conclusão A produção orgânica de bovinos de corte no Estado do Mato Grosso se mostrou altamente viável, o uso de homeopatia e fitoterapia se mostraram eficientes e de fácil utilização. Palavras-chave Palavras-chaves Boi orgânico, Sanidade, Homeopatia. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 83 Título do trabalho SURTO DE BOTULISMO NO MUNICÍPIO DE BANDEIRANTES, MS RELATO DE CASO E-mail [email protected] Eixo Temático Tratamento de Botulismo Autor Oliveira S.M. Instituição Observações Marques V.S. & Lemos R.A.A. Introdução INTRODUÇÃO Há mais de três décadas o botulismo é relatado no Brasil inicialmente no Estado do Piauí. Surtos de botulismo ocorrem em variadas de condições divididos em duas categorias associadas à deficiência de fósforo e osteofagia, e o hídrico tem como fontes de intoxicação bebedouros com água estagnada. A intoxicação pelo Clostridium botulinum tem sido responsável por elevada mortandade em bovinos na região Centro Oeste. Objetivos Acompanhar evolução clínica da enfermidade e tratamento com diferentes doses da antitoxina C e D. Aplicabilidade dos Resultados Material e Métodos Fez-se o acompanhamento de um surto em Bandeirantes, MS num lote de 140 bovinos nelores machos, peso médio de 400kg/PV, criados extensivamente dentre os quais 16 bovinos apresentaram sintomatologia nervosa sugestiva de contaminação por Clostridium botulinum. Os dados foram coletados com a verificação in loco do manejo sanitário e nutricional, exames clínicos e necropsia em diferentes datas da evolução do surto. Foram colhidas amostras para exames laboratoriais todas com resultados negativos. Fez-se o tratamento com soro antibotulínico em doses variando entre 25.000UI a 150.000UI, em diferentes fases clínicas da doença, associados a outros fármacos como a acetilmetionina, cloreto de colina, inusitol (hepatoprotetores/antitóxicos), penicilinas, estreptomicina, sulfato de magnésio, vitaminas do Complexo B (B1 e B12), Vit. K. Resultados e Conclusões Dos dezesseis bovinos acometidos, nove receberam soro antibotulínico a partir do 2º dia após manifestação dos sintomas, quando já se encontravam em decúbito. O primeiro animal acometido veio a óbito 15 horas após, sem receber tratamento, o segundo bovino acometido recebeu 25.000UI, o terceiro 50.000UI, o quarto 75.000UI, o quinto 250.000UI, o sexto bovino recebeu 75.000UI antes do decúbito, do sétimo ao nono 75.000UI e o décimo 50.000UI, estes animais com exceção do sexto animal foram a óbito num período variável entre 1 e 8 dias, do décimo primeiro ao décimo sexto animal receberam dose única de 150.000UI do soro antibotulínico no primeiro dia de manifestação dos sintomas antes do decúbito, estes animais recuperaram satisfatoriamente após sete dias. O diagnóstico da contaminação pelo Clostridium botulinum baseou-se no histórico e no quadro clínico epidemiológico apresentado pelo bovino, e resultados negativos em todos os outros exames. Os animais que receberam tratamento no dia da manifestação dos sinais clínicos associados à alta dose da anti-toxina, evoluíram satisfatoriamente para recuperação e cura. Ao contrário dos que receberam o tratamento a partir do segundo dia, cujo quadro clínico já estava mais avançado, em sua maioria foram a óbito. A utilização desta opção de terapêutica deve ser ponderada e justificada devido ao seu custo elevado.O tratamento com soro antibotulínico em dose única de 150.000UI/animal, demonstrou ser eficiente quando realizado logo após o aparecimento dos primeiros sinais clínicos, antes do decúbito. Palavras-chave Palavras-chave Botulismo, Toxina, Tratamento. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 84 Título do trabalho CHECK-UP TOOL GESTÃO DE RISCOS DO AGRONEGÓCIO E-mail [email protected] Eixo Temático Defesa Sanitária Animal Autor Edgard Costa Oliveira Instituição Módulo Security Solutions S.A. Observações Coutinho D. 1, Diniz M. A.1, Bastos A. 2, Ciattei E. 2, Coura P.2, Oliveira E. C.2, Niehues A3., Olavarria, R. 3; 1-INDEA/MT - Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso. CPA Av. B, s/n Ceres, Cuiabá-MT, CEP 78050-960; 2-Módulo Security Solutions, SCS Qd 5 bl. A Torre Sul, sl 1109, Brasília, DF, CEP 70715-900; 3-CEPROMAT - Centro de Processamento de Dados de Mato Grosso. Introdução A atividade agropecuária está submetida a uma série de fatores que podem prejudicar a sua plena execução. Dentre eles destacamos questões epidemiológicas, como doenças animais e vegetais, efeitos naturais como enchentes, seca, e químicos, como qualidade do solo, uso de agrotóxicos, etc. Para que os riscos referentes a esses elementos sejam monitorados, considerando-se a quantidade de fatores que possam influenciar na identificação e tratamento dos riscos, é fundamental que o controle desses fatores seja feito de uma forma organizada e automatizada. Objetivos Desenvolver uma tecnologia de gestão de riscos do agronegócio, visando conceder às propriedades rurais selos de qualidade com relação ao nível de cuidados que os produtores têm com relação ao manejo da produção. Aplicabilidade dos Resultados Apoio á tomada de decisão na defesa agropecuária, por meio de diagnóstico do risco de contaminação do vírus da febre afotsa e demais ameaças aos objetivos do agronegócio, com base em dados estatísticos emitidos por local, município, região ou estado. Material e Métodos Durante os meses de junho e novembro de 2005, as equipes do projeto se empenharam em desenvolver os elementos abaixo listados. Os produtos resultantes dessa fase de trabalho foram validados no I Projeto Piloto para Implementação da Solução de Gestão de Riscos do Agronegócio, ocorrida em novembro de 2005. Nessa ocasião, foram testados os produtos e foi realizada uma análise de riscos real, envolvendo 8 estabelecimentos agropecuários. O resultado do piloto comprovou a funcionalidade da solução proposta, tanto de hardware, de software, conhecimento gerado e de relatórios de resultados das análises de riscos. Resultados e Conclusões RESULTADOS i) infra-estrutura tecnológica para implementação do ambiente de gestão de riscos, baseada no Cepromat; ii) escritório de gestão de riscos para o gerenciamento da estrutura projetada, no Indea/MT; iii) Base de conhecimento da febre aftosa conjunto de 700 recomendações para controle e prevenção da aftosa, organizada por meio de trabalho técnico junto a médicos veterinários do Indea/MT; iv) software Check-Up Tool Agronegócio de análise de riscos em versão para desktop e para palmtop, a ser usado nas análises em campo junto aos estabelecimentos agropecuários; v) política de segunança de como se administrar a tecnologia implementada com segurança das informações; vi) metodologias de gestão e tratamento de riscos, para a padronização da gestão de riscos no estado, realizada pelas diversas partes envolvidas; vii) treinamento de gestão e análise de riscos, a ser ministrado para os fiscais do Indea, responsáveis pela defesa agropecuária no estado; viii) apoio à implementação da solução acompanhamento do Indea durante os primeiros meses de produção, com infra-estrutura de suporte às análises de risco em campo e à tecnologia desenvolvida, de hardware e software. CONCLUSÕES o trabalho realizado provou a possibilidade de se associar tecnologia de gestão de riscos com a defesa agropecuária, partindo-se da automatização das ações de controle e prevenção a ameaças, como a aftosa, por exemplo. A execução desse projeto coloca o Estado de Mato Grosso na posição de liderança no país quanto à tecnologia de processos de gestão do conhecimento, análise, comunicação, monitoramento e tratamento de riscos, necessários para o sucesso da atividade agropecuária e para o desenvolvimento do agronegócio no Brasil. Palavras-chave Febre Aftosa, Gestão de Riscos, Gestão do Conhecimento. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 85 Título do trabalho BASE DE CONHECIMENTO PARA O CONTROLE E PREVENÇÃO DA FEBRE AFTOSA E-mail [email protected] Eixo Temático Defesa Sanitária Animal Autor Edgard Costa Oliveira Instituição Módulo Security Solutions S.A. Observações Coutinho D. 1, Diniz M. A.1, Moretto F.1, Freitas J. 1, Oliveira E. C.2& Costa F.H.2, Serra Freire, N.M.3; 1-INDEA/MT - Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso. CPA Av. B, s/n Ceres, Cuiabá-MT, CEP 78050-960; 2-Módulo Security Solutions, SCS Qd 5 bl. A Torre Sul, sl 1109, Brasília, DF, CEP 70715-900; 3-Depto Entomologia, Instituto Oswaldo Cruz-RJ Av. Brasil s/n, CEP 78000-000 - Universidade Estácio de Sá, RJ. Introdução O trabalho de defesa agropecuária contra a febre aftosa envolve mais de 200 legislações e milhares de páginas sobre as melhores práticas nacionais e internacionais. Essas informações nem sempre estão ao alcance de todos os envolvidos e responsáveis pelo processo de prevenção, dos produtores aos fiscais de defesa, o que torna mister o pleno conhecimento dos procedimentos necessários para evitar a reintrodução de vírus no Estado de Mato Gross, livre de aftosa há 10 anos. Objetivos Organizar o conhecimento necessário para a fiscalização estadual e para os estabelecimentos agropecuários desempenharem ações inerentes à defesa agropecuária em Mato Grosso, e prover uma arquitetura de informações organizada para a gestão de riscos da aftosa. Aplicabilidade dos Resultados O trabalho resultou na compilação e organização de todos os procedimentos necessários para a manutenção da condição de zona livre de febre aftosa com vacinação no Estado de Mato Grosso, que são utilizados na gestão de riscos para o controle e prevenção da febre aftosa. Material e Métodos O projeto iniciou-se com a pesquisa e coleta de todas as informações e legislações existentes sobre o controle da febre aftosa, leitura e análise, assim como relatos das melhores práticas no estado que hoje é líder na prevenção do vírus. Em seguida os assuntos foram discutidos em um conjunto de reuniões técnicas, ao longo de 3 meses de trabalho, e organizados em uma arquitetura de informações em forma de organograma, editado em WBSChartPro (sistema de organização de estruturas analíticas). O organograma permitiu a identificação dos atores responsáveis pela execução das atividades, entre eles, a unidade central do Indea, as unidades locais e regionais de execução, os postos de fiscalização fixos e móveis, os proprietários rurais, os locais de aglomeração de animais e as revendas de produtos veterinários. Com essa estrutura, os assuntos foram organizados nas seguintes categorias cadastro, vacinação, trânsito, vigilância da propriedade, controle de revenda e aglomeração, atendimento a foco, formação de recursos humanos e educação sanitária. Cada assunto foi sub-relacionado às atividades específicas para se atingir a condição de zona livre de febre aftosa sem vacinação, que o estado apresenta hoje. O trabalho gerou um conjunto de mais de 100 controles necessários para serem implementados por esses elementos, e 700 recomendações específicas de como se implementar esses controles. Os controles são listados em conjunto com as suas respectivas definições e justificativas, as ameaças existentes e que podem explorar a ausência do controle, assim como uma pontuação de probabilidade da ameaça se concretizar, a severidade de suas consequências assim como a relevância do impacto para o objetivo da defesa sanitária. Resultados e Conclusões RESULTADOS a base de conhecimento da febre aftosa foi utilizada no projeto piloto de análise de riscos em 2005 com uso do Check-Up ToolTM (ferramenta de gestão de riscos) via palmtops, a partir de entrevistas em campo e com participação de 30 S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” entrevistados de estabelecimentos agropecuários da região de Cuiabá. O trabalho foi apoiado por um conjunto de procedimentos organizacionais presentes em metodologias de gestão de riscos, e gerou um conjunto de relatórios com recomendações de como se implementar as ações necessárias. CONCLUSÕES O piloto revelou tecnicamente que é possível realizar a gestão de riscos a partir da base de conhecimento elaborada, e epidemiologicamente que existe um baixo risco de contaminação do vírus da febre aftosa na região analisada, comprovando a eficácia das ações do programa de erradicação da aftosa no estado de MT. Palavras-chave Febre Aftosa, Gestão de Riscos, Gestão do Conhecimento. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 86 TÍTULO DO TRABALHO TRATAMENTO DA PAPILOMATOSE CANINA COM PRODUTO A BASE DE ALGA MARINHA - RELATO DE CASO E-mail [email protected] Eixo Temático Sanidade Animal Autor Lílian Nery De Assis Instituição Universidade Federal de Goiás (UFG)/Campus Avançado de Jataí (CAJ)/Centro de Ciências Agrárias e Biológicas (CCAB) Observações Larissa de Assis Lima; Fabiano Rodrigues de Souza; Prof. Drª Carla Afonso da Silva Braga Bitencourt; UFG/CAJ/CCAB Introdução São infermidades infecto-contagiosas crônicas, de caráter tumoral, sendo os tumores localizados na pele e/ou mucosas. A papilomatose é causada por DNA - vírus da família Papovaviridade, gênero Papilomavirus. A papilomatose oral dos cães ainda foi estudada quanto à transmissão do vírus, e não infecta outros tecidos senão as mucosas bucal e faríngea. Entre cães os casos de ocorrência são isolados devido ao tipo de criação e manejo individual, porém uns canis demonstram sua contagiosidade. Há animais em que as verrugas evoluem espontaneamente em alguns meses e nelas se nota degeneração das células epiteliais, em outros casos permanece cronicamente sem tendência à cura. Objetivos Este estudo teve por objetivo avaliar a eficácia de produto a base de algas marinhas nos casos de controle e/ou cura da papilomatose canina. Aplicabilidade dos Resultados - Tratamento alternativo para papilomatose canina. Material e Métodos Os animais analizados neste tratamento são da raça Fox Hound (Americana). Para a realização deste estudo, foram analisados dois cães, machos, sendo um com 8 meses (Animal 1) e outro com 9 (Animal 2), ambos com papilomas na mucosa bucal, tecido epitelial da região abdominal (Animal 1) e frontal (Animal 2). Os dois animais foram tratados com o pó de algas marinhas (Litothamnium calcarium), na quantidade de 15 g para o animal 1 e 30g para o animal 2, misturado ao alimento dado aos animais. O tratamento do animal 1 teve duração de 15 dias e do animal 2 de 45 dias. Resultados e Conclusões Ao término do tratamento obeteve-se 100% de cura. Até a presente data, não se observou nenhuma reincidência da infecção nestes animais; deve-se acrescentar que não houve qualquer alteração no manejo dos animais antes, durante ou após o tratamento. Palavras-chave Papilomatose canina, alga marinha. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 87 Título do trabalho RETROSPECTIVA DA COMERCIALIZAÇÃO DE VACINAS OBRIGATÓRIAS PARA BOVINOS NO ESTADO DE MATO GROSSO ENTRE 2002 E 2005 E-mail [email protected] Eixo Temático Defesa Sanitária Animal Autor Robson Cardoso Instituição Médico Veterinário Autônomo. Observações (1) Cardoso, R. - Médico Veterinário Autônomo; (2) Reverdito, R. - Discente da Universidade Federal de Mato Grosso; (3) Amado, S. - Professor Adjunto CLIMEV/FAMEV/UFMT. Introdução A vacina é o elemento fundamental como medida de profilaxia. A vacinação é fundamental para baixar a incidência de muitas doenças e diminuir as possibilidades de surtos. É uma medida-chave no controle da Brucelose, Raiva dos herbívoros e Febre Aftosa. Segundo Lyra et al. (2004), a partir do aumento da qualidade da vacina contra Febre Aftosa e da disponibilidade das mesmas houve reflexo direto no controle da enfermidade, reduzindo o número de focos no Brasil. Como a população bovina mato-grossense é uma das maiores do país, podemos ressaltar que os gastos com vendas de vacinas podem movimentar enorme volume de recursos no estado, mas muitas vezes, há questionamentos sobre o custo-benefício desse procedimento em cada Programa Sanitário, em cada região brasileira. Objetivos Apresentar um histórico da comercialização de vacinas obrigatórias para bovinos no estado de Mato Grosso, com base em dados oficiais, considerando os anos de 2002 a 2005. Aplicabilidade dos Resultados Estudos demonstrativos da comercialização e cobertura vacinais são úteis para o planejamento de ações sanitárias, considerando as diferenças logísticas e epidemiológicas de cada estado. Material e Métodos Este trabalho foi desenvolvido através de levantamento de dados, do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (INDEA-MT), e teve como área de estudo o Estado de Mato Grosso e considerados 139 municípios. Foi descrito o número de vacinas (B19) contra Brucelose, comercializadas no município de Cuiabá-MT, entre os anos de 2004 e 2005. As vacinas comercializadas contra Raiva dos herbívoros e Febre Aftosa tiveram área de estudo em todo o estado. A utilização de vacinas contra raiva foi descrita entre os anos de 2003 a 2005, enquanto para Febre Aftosa considerou-se o período de 2002 a 2005. Outros indicadores estudados foram a estimativa da população bovina existente no estado e a cobertura vacinal para a Febre Aftosa, entre os anos de 1994 a 2005. Resultados e Conclusões O rebanho bovino apresentou crescimento por volta de 1 milhão de cabeças a cada ano, no período compreendido de 2003 a 2005. No caso da imunização para a Brucelose, foi observado um aumento significativo na comercialização da vacina B19 nos quatro semestres estudados, culminando com o registro de cerca de 395 mil doses, no segundo semestre de 2005. As maiores comercializações da vacina contra Raiva dos herbívoros foram nos anos de 2004 e 2005, atingindo 6,76 e 6,56 milhões de doses comercializadas, respectivamente. Já a comercialização de vacina contra Febre Aftosa, em 2005, movimentou cerca de R$ 44,51 milhões em todo o estado de Mato Grosso, considerando a venda de 42,39 milhões de doses. O índice de vacinação para Febre Aftosa no estado elevou-se após 1998, quando contemplava 92,27%, alcançando em 2005 a taxa de 99,45%. Em Mato Grosso, o comércio de vacinas contra Febre Aftosa e Brucelose continua em expansão. Considerando a tendência histórica de aumento da população bovina, percebe-se que a cobertura vacinal vem se mantendo estável nos últimos anos, com taxas acima de 98%. Palavras-chave Febre Aftosa, Raiva, Brucelose, População bovina. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 88 Título do trabalho DISTRIBUIÇÃO DO ANTÍGENO NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC) DE HERBÍVOROS INFECTADOS PELO VÍRUS RÁBICO, DETECTADO PELA IMUNOFLUORESCÊNCIA DIRETA (IFD) E-mail [email protected] Eixo Temático sanidade Autor Eurípedes Batista Guimarães1; Ricardo Antônio Amaral de Lemos1; Véronique Micheline Claude Louvet Cortada2; Ademar Etiro Mori 2; Danielle Ahad das Neves2-3; Ana Paula Antunes Nogueira4; Luiz Gonzaga Bussinati junior4;João Crisóstomo Mauad Cavalléro2,5; Elvio Patatt Cazola5 Instituição =UFMS; 2=Agencia Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal de MS-IAGRO; 3=Programa de Mestrado em Ciência Animal/UFMS; 4=Discente de graduação/programa PBIC/CNPq/UFMS 5= Superintendência Federal de Agricultura de MS -SFA/MAPA Observações Introdução Objetivos Aplicabilidade dos Resultados Material e Métodos Resultados e Conclusões As enfermidades que cursam com sinais neurológicos são muito prevalentes em bovinos de corte ou leite e o primeiro diagnóstico diferencial obrigatório é o da raiva, que deve ser realizado em todo animal morto que apresentou sintomas nervosos. Esta enfermidade afeta herbívoros na maioria dos Estados brasileiros causando prejuízos anuais da ordem de 22,5 milhões de dólares à Nação. Em Mato Grosso do Sul, estimou-se que, em 2004, morreram em torno de 6.200 bovinos, com prejuízo aproximado de R$2.500.000,00. Além disso, a raiva é uma zoonose endêmica, responsável por 40.000 a 100.000 óbitos anuais de humanos em todo o mundo. O agente etiológico é um vírus RNA da família Rhabdoviridae, gênero Lyssavirus, sensível a pH baixo e a solventes lipídicos. O vírus afeta animais de sangue quente, com susceptibilidade variável entre as espécies, sendo rara em aves. Entre os mamíferos silvestres, os morcegos hematófagos Desmodus rotundus, Diaemus youngi e Diphphylla ecaudata além de adoecerem, são potenciais transmissores, mas, no Brasil, somente o D.rotundus tem importância na epidemiologia da doença. A principal forma de transmissão se dá pela mordedura de um animal portador, doente ou não, que inocula, no animal sadio, o vírus presente na saliva. Em bovinos, quando a raiva é transmitida por morcegos, é mais freqüente a ocorrência da forma paralítica da doença que se manifesta depois de um período de incubação variável de 25 - 150 dias. Os animais afetados se isolam do lote e geralmente apresentam pêlos arrepiados, sonolência, letargia, secreção nasal, lacrimejamento e dilatação pupilar. Os acessos de fúria são raros, mas podem ocorrer tremores musculares, inquietação e prurido no local da inoculação do vírus. A enfermidade evolui para incoordenação, principalmente, dos membros posteriores e contrações tônico-clônicas de músculos do tronco e extremidades. Há dificuldade de deglutição bem como, parada da ruminação e, 2-3 dias depois, os animais caem e permanecem em decúbito até a morte. O tempo de sobrevivência é de 2-5 dias, podendo estender-se até 8-10 dias. Os sinais clínicos em eqüinos, ovinos e caprinos são semelhantes aos apresentados pelos bovinos. Os achados patológicos de importância se restringem à microscopia do SNC, caracterizando uma ganglioneurite e encefalomielite não supurativa que, em bovinos e eqüinos, são mais proeminentes no tronco encefálico e medula espinhal. Há também meningite crânio-espinhal com infiltrado mononuclear, manguitos perivasculares, principalmente de linfócito e proliferação S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” glial difusa. Um achado característico, em torno de 70% dos casos positivos, é a presença de corpúsculos de inclusão de Negri. Atualmente, os métodos de diagnóstico da raiva, reconhecidos pelos órgãos oficiais de defesa animal é a Imunofluorescência Direta (IFD) e a Prova Biológica (PB) com inoculação intracerebral de macerado do SNC, em camundongos. Esta última, apesar de altamente específica, tem como desvantagem a demanda de tempo, retardando o diagnóstico definitivo em 30 dias. A tabulação dos resultados emitidos pelo laboratório de diagnóstico de raiva da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal IAGRO/LADDAN evidenciou que, no período de 1º de janeiro a 30 de junho de 2004, 1,2% dos materiais recebidos foram IFD negativos e PB positivos, apresentando na histopatologia meningoencefalite não supurativa, compatível com um quadro de raiva. Em 0,6% dos casos foi também observada a presença de inclusões intracitoplasmáticas de Negri, mais evidentes nas células de Purkinje do cerebelo. Estes resultados sugeriram que, entre outras hipóteses, a IFD foi realizada em segmento do SNC isento de antígeno e, a histopatologia em estruturas com abundância de partículas víricas. Para esclarecimento desta dúvida, o presente trabalho propôs mapear, através da IFD, a distribuição do vírus rábico no SNC de herbívoros acometidos de raiva. As amostras de SNC de herbívoros acometidos de raiva, colhidas por médicos veterinários de campo, durante o período de 08/2005 a 03/2006, foram remetidas ao Laboratório do IAGRO/LADDAN sendo examinadas as regiões do córtex frontal, córtex lateral, hipocampo, tálamo, cerebelo, e medula espinhal empregando-se o protocolo oficial do Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (MAPA) e Conjugado produzido pelo Instituto Pasteur. Durante este período o laboratório recebeu 77 materiais provenientes SNC de herbívoros que morreram apresentando sintomatologia nervosa. Destes, 27 (35,1%) resultaram positivos na IFD, mas somente 13 (48,2%) dos positivos foram remetidos completos. Os demais (51,8%) não atenderam aos objetivos do trabalho. Os resultados parciais dos casos positivos completos mostraram que 100% das amostras de tálamo e medula espinhal foram positivas na IFD. O hipocampo e o cerebelo evidenciaram 84,6% e 76,9% de positividade respectivamente e, somente 69,2% do córtex frontal e córtex lateral foram positivos. Os resultados parciais do presente trabalho demonstram que a medula espinhal e o mesencéfalo, na região correspondente ao tálamo, são os segmentos do SNC, de eleição para realização de IFD. Estes resultados parciais permitem as seguintes conclusões a) em se tratando de herbívoros mortos com sintomatologia nervosa, é imprescindível a colheita da medula espinhal e do mesencéfalo para IFD.; b) a falta desses segmentos no material colhido pode resultar em falsonegativo. c) para aumentar o grau de confiabilidade do resultado, deverão ser examinadas pelo menos quatro lâminas de cada material, na seguinte ordem de importância Medula espinhal, tálamo, hipocampo e cerebelo; d) considerando que mais de 50% dos materiais colhidos chegaram incompletos ao laboratório, fica evidente a necessidade de reciclagem dos médicos veterinários da defesa sanitária animal, no que diz respeito à colheita de materiais para exames laboratoriais. Palavras-chave Palavras chave- Viroses, Zoonose, Imuno-diagnóstico. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 89 Título do trabalho ENSINO DE CLÍNICA MÉDICA DE GRANDES ANIMAIS APLICADO AOS ALUNOS DO QUINTO ANO (INTERNATO) DA FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA DA UNIVERSIDADE DE CUIABÁ - MT. E-mail [email protected] Eixo Temático Ensino e pesquisa Autor GODOY, R.F. Instituição UNIC Observações Schein, F.B. UNIC; Camargo, L.M. UNIC. Introdução A clínica médica de grandes animais se constitui em uma área de grande procura pelos acadêmicos e é uma preocupação nos mais variados tipos de debates que envolvem a formação do Médico Veterinário. Cada instituição, independentemente do caráter público ou particular, possui seu método de ensino da disciplina umas utilizam métodos mais tradicionais e outras buscam formas mais modernas. Objetivos Demonstrar uma nova tática de ensino Aplicabilidade dos Resultados O modelo pode ser aplicado em outras universidades Material e Métodos Os alunos de Medicina Veterinária ao ingressarem no quinto ano são divididos em cinco grupos proporcionais e distribuídos em cinco áreas distintas, sendo uma dela a prática em clínica médica de grandes animais. Cada grupo fica na área por um período de dois meses, onde são reciclados conceitos de terapêutica, patologias de grandes animais e métodos auxiliares de diagnóstico. Nessa prática, os alunos têm acesso ao fluxograma e funcionamento do hospital veterinário (recepção, prontuários e arquivos veterinários, rotina do hospital veterinário e conhecimento ao bloco de clínica de grandes animais). Os alunos acompanham os animais no atendimento (anamnese, exame clínico do paciente, colheita de material para exame complementar, acompanhamento de exames radiológico e ultrasonográfico, diagnóstico de patologias, noções de farmacologia e terapêutica dos fármacos utilizados no tratamento). Na necessidade de internamento do animal acompanham e realizam o tratamento e evolução dos animais. No caso de animais que não são internados ou por ocasião da alta têm informações sobre prescrição de fármacos. Os alunos ainda acompanham a rotina dos laboratórios de apoio diagnóstico parasitologia, microbiologia, análises clínicas e necropsia e histopatologia. Nesse período há reuniões apresentação e discussão de casos, elaboração de relatórios e avaliações teórica e prática. Resultados e Conclusões RESULTADOS Em apenas um ano de trabalho, os resultados foram surpreendentes, onde se notou o amadurecimento profissional dos alunos, deixando-os mais preparados e seguros para o mercado de trabalho e para a vida. CONCLUSÃO Esse método de ensino proporciona bons resultados, tanto pela parte dos professores quanto pelos alunos. È bom lembrar que é muito trabalhoso, porém satisfatório. Palavras-chave ensino, clínica, grandes animais, internato. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 90 Título do trabalho CIRURGIA VETERINÁRIA APLICADA AOS ALUNOS INTERNOS DO QUINTO ANO DA FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA DA UNIVERSIDADE DE CUIABÁ (UNIC) - MT. E-mail [email protected] Eixo Temático Ensino e Pesquisa Autor Silvio Henrique de Freitas Instituição Universidade de Cuiabá - UNIC. Faculdade de Medicina Veterinária, Rua Itália, SN, CEP 78065-420, Cuiabá, MT, Brasil. E-mail [email protected] Observações Freitas, S. H.1, Godoy, R. F.1, Pires, M. A. M.1 & Camargo, L. M.1 1 Universidade de Cuiabá - UNIC. Faculdade de Medicina Veterinária, Rua Itália, SN, CEP 78065-420, Cuiabá, MT, Brasil. E-mail Introdução INTRODUÇÃO O ensino de cirurgia veterinária foi e continua sendo uma preocupação nos mais variados tipos de debates que envolvem a formação do Médico Veterinário. Cada instituição, independentemente do caráter público ou particular, possui seu método de ensino da cirurgia; umas utilizam métodos mais tradicionais e outras buscam formas mais modernas. Objetivos OBJETIVO Apresentar a forma de ensino de cirurgia veterinária do internato da faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Cuiabá - UNIC Aplicabilidade dos Resultados Ter um aluno mais preparado para trabalhar com cirurgia e anestesiologia veterinária Material e Métodos MATERIAL E MÉTODOS Os alunos de Medicina Veterinária ao ingressarem no quinto ano são divididos em cinco grupos proporcionais e distribuídos em cinco áreas distintas, sendo uma dela a prática cirúrgica. Cada grupo fica na prática cirúrgica por um período de dois meses, onde são reciclados conceitos de técnica cirúrgica, anestesiologia e cirurgia. Nessa prática, os alunos têm acesso ao fluxograma e funcionamento do hospital veterinário (recepção, prontuários e arquivos veterinários, rotina do hospital veterinário e conhecimento ao bloco cirúrgico). Os alunos acompanham os animais no pré-operatório (recepção do paciente, exame clínico do paciente, colheita de material para exame complementar, acompanhamento de exames radiológico e ultra-sonográfico, diagnóstico de patologias tratáveis, noções básicas de aplicação de pré-anestésicos e de anestesia geral e paramentação, instrumentação e assepsia). No trans-operatório acompanham e realizam os procedimentos cirúrgicos da rotina. No pós-operatório os alunos aplicam medicamentos, realizam curativos e bandagens, removem pontos e têm informações sobre prescrição de fármacos. Nesse período há reuniões apresentação e discussão de casos, elaboração de relatórios e avaliações teórica e prática Resultados e Conclusões REULTADOS Em apenas um ano de trabalho, os resultados foram surpreendentes, onde se notou o amadurecimento profissional dos alunos, deixando-os mais preparados e seguros para o mercado de trabalho e para a vida. CONCLUSÃO Esse método de ensino proporciona bons resultados, tanto pela parte dos professores quanto pelos alunos. È bom lembrar que é muito trabalhoso, porém satisfatório. Palavras-chave Alunos, Cirurgia e Ensino. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 91 Título do trabalho AVALIAÇÃO QUALITATIVA DE PIGMENTOS DE HEMOSSIDERINA EM PARÊNQUIMA ESPLÊNICO DE RETOS APÓS CLAMPEAMENTO DA VEIA PORTA HEPÁTICA E-mail [email protected] Eixo Temático Ensino e Pesquisa Autor Silvio Henrique de Freitas Instituição Universidade de Cuiabá - UNIC. Faculdade de Medicina Veterinária, Rua Itália, SN, CEP 78065-420, Cuiabá, MT, Brasil. E mail [email protected] Observações Freitas, S. H.1, Evêncio Neto, J.2 , Santos, M. D.1, Simões, M. J.1, Camargo, L. M.1 & Rondon, A. S.1 1 Universidade de Cuiabá - UNIC. Faculdade de Medicina Veterinária, Rua Itália, SN, CEP 78065-420, Cuiabá, MT, Brasil. 2 Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE Introdução INTRODUÇÃO O baço é um órgão linfóide composto de uma cápsula fibroelástica por onde partem trabéculas que servem para conduzir os vasos e nervos, e por um estroma formado por uma rede de fibras e células reticulares que sustenta o parênquima esplênico. A polpa branca é formada por um conjunto de nódulos linfáticos apresentando um centro germinativo, acúmulo de células linfóides que se localizam ao longo das arteríolas esplênicas. Já a polpa vermelha representa a maior parte do baço que é constituída de sinusóides sangüíneos, separados por cordões celulares esplênicos representados por fibroblastos, leucócitos, eritrócitos e macrófagos. A oclusão total da veia porta hepática pode resultar em congestão esplâncnica que poderá causar sérios problemas nos órgãos drenados por ela Objetivos OBJETIVO Observar a concentração de hemossiderina no parênquima esplênico após clampeamento da veia porta. Aplicabilidade dos Resultados Avaliar da concentração de pigmentos de hemossiderina que por ventura poderá causar danos ao animal após procedimento cirúrgico. Material e Métodos MATERIAL E MÉTODOS Foram utilizados 40 ratos (Rattus norvegicus albins), Wistar, machos, de três meses de idade e peso médio de 295 gramas. Os animais foram divididos em quatro grupos Controle (C) e Experimentos (E1, E2 e E3). Todos animais foram anestesiados, utilizando uma associação de xilazina e quetamina, na mesma seringa, nas dosagens de 25 mg/k e 50 mg/kg, respectivamente, pela via intramuscular, na região posterior da coxa. Após tricotomia e anti-sepsia, realizou-se uma incisão mediana pré-retro umbilical com um bisturi de (6cm), onde identificou-se veia porta. Nos animais do grupo C, não se realizou o clampeamento da veia porta, apenas os dos grupos Experimentos tiveram suas veias porta clampeadas, utilizando uma pinça de clampeamento vascular. Os animais do grupo C tiveram seus baços coletados no 300 minuto, enquanto os dos grupos (E1, E2 e E3), tiveram seus pedículos clampeados nos100, 200 e 300 últimos minutos respectivamente. Em seguida fragmentos de baços foram coletados e mergulhados em formol a 10%, incluídos em parafina, realizados cortes de 7m de espessura e corados pelo Ferrocianeto-Férrico e analisados em microscópio de luz. Resultados e Conclusões RESULTADOS Ao exame microscópico, notou-se pigmentos de hemossiderina (grânulos azulados) nos parênquimas esplênicos dos animais dos grupos Controle C, E1, E2 e E3. CONCLUSÃO Os dados obtidos permitiram concluir que aos 10o minuto já começa haver aumento de pigmentos de hemossiderina, e que no 30o minuto essa concentração e bem intensa. Palavras-chave Hemossiderina, Baço, Rato. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 92 Título do trabalho ASPECTOS RADIOGRÁFICOS DE IMPLANTE ÓSSEO HETERÓLOGO APLICADO NA METÁFISE PROXIMAL DE TÍBIA DE COELHO E-mail [email protected] Eixo Temático Ensino e Pesquisa Autor Silvio Henrique de Freitas Instituição Universidade de Cuiabá - UNIC. Faculdade de Medicina Veterinária, Rua Itália, SN, CEP 78065-420, Cuiabá, MT, Brasil. E mail [email protected] Observações Freitas, S. H. 1, Evêncio Neto, J. , Godoy, R. F.1, Santos, M. D.1, Rondon, A. S.1, Camargo, R. A.3; 1 Universidade de Cuiabá - UNIC. Faculdade de Medicina Veterinária, Rua Itália, SN, CEP 78065-420, Cuiabá, MT, Brasil; 2 Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE; 3 Acadêmico da Faculdade de Medicina da Universidade de Cuiabá UNIC Introdução INTRODUÇÃO A reposição de tecidos ósseos nos casos de fraturas com perda de tecido ósseo é de fundamental importância, visto que preenche os espaços vazios e diminui o tempo de consolidação. O preenchimento dessas falhas óssea pode ser conseguido com material do próprio animal, de outros animais da mesma espécie ou de espécie diferente ou ainda utilizando polímeros sintéticos Objetivos Avaliar a eficiência do implante ósseo heterólogo como substituto ósseo na reparação de defeitos ósseos Aplicabilidade dos Resultados Utilizar esse material em fraturas com perda de tecido ósseo Material e Métodos MATERIAL E MÉTODOS O implante ósseo cortical foi coletado da diáfise de cães (Canis familiares), cadáveres, adultos politraumatizados que não apresentavam sinais evidentes de qualquer patologia oriundos do Hospital Veterinário da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Cuiabá -MT. Esse material foi mantido em glicerina a 98% à temperatura ambiente, por um período não inferior a 30 dias. Momento antes da cirurgia o implante foi retirado do frasco de glicerina e reidratado com solução fisiológica à temperatura ambiente e triturado em fragmentos ósseos de aproximadamente 1 mm de diâmetro com auxílio de grau metálico. Utilizou-se 9 coelhos Novazelândia machos com idade média de quatro meses. Os animais foram anestesiados com quetamina (50mg/kg) e xilazina (25mg/kg), por via intramuscular na região posterior da coxa. Após tricotomia e antissepsia com iodo povidona, criou-se uma incisão na região metafisária medial da tíbia esquerda e direita de aproximadamente dois centímetros, onde, com auxílio de uma trefina de 3,0 mm de diâmetro acoplada em uma perfutriz de baixa rotação foram criados dois orifícios no cortex, sem invasão medular. O sítio receptor da tíbia esquerda foi preenchido com implante, enquanto a da tíbia direita não recebeu nenhum tratamento. A pele foi aproximada com um padrão de sutura simples separado com poliamida. As feridas foram tratadas pomada à base de nitrofurasona, uma vez ao dia, por sete dias. Foram realizadas avaliações radiográficas imediatamente após a cirurgia e aos 20°, 40° e 60° dias de pós-operatório Resultados e Conclusões RESULTADOS Ao exame radiológico notou-se radiotransparência no local do defeito na tíbia direita com evolução da opacidade e radiopacidade na tíbia esquerda implantada, a qual foi reduzindo até assemelhar-se ao osso normal, aos 60 dias. CONCLUSÃO O tecido ósseo heterólogo pulverizado e conservado em glicerina, nas condições em que foi desenvolvido esse experimento, mostrou ser eficiente nas reparações cirúrgicas de fraturas com perdas ósseas. Palavras-chave Implante ósseo, Canino, Coelho. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 93 Título do trabalho ESTUDO ANATÔMICO COMPARATIVO DOS OSSOS DA MÃO DE Panthera leo EWER, 1973 E Felis catus domesticus LINNAEUS, 1758 (CARNIVORA, FELIDAE) E-mail [email protected] Eixo Temático Ciências Básicas Autor André Luiz Quagliatto Santos Instituição Universidade Federal de Uberlândia Observações Raiza Roberta Roldão, Universidade Federal de Uberlândia, Elicéia Meireles Gomes, Universidade Federal de Uberlândia, Flávia Audine Rodrigues Resende, Universidade Federal de Uberlândia, Introdução A espécie P. leo é um mamífero da ordem carnívora, família felidae e gênero Panthera. Nos leões a cabeça e o corpo medem de 1400 a 2500 mm e o peso entre 80 e 250 Kg. Nos gatos domésticos a cabeça e o corpo medem 460 mm e o peso varia entre 3,3 e 4,5 Kg. Estes são considerados animais solitários quanto a sua organização social, já o leão é considerado um animal social, sendo comum observar grupos de 5 a 10 animais. Objetivos Comparar os ossos da mão de P. leo com os de Felis catus domesticus, analisando suas características anatômicas. Aplicabilidade dos Resultados As informações geradas a partir deste estudo proporcionarão elementos para a clínica médica, radiologia e outros exames utilizando imagens, bem como para a área de cirurgia em felídeos selvagens. Material e Métodos Foram utilizados ossos do carpo, metacarpos e falanges de um leão macho, adulto, do zoológico "Parque do Sabiá", de Uberlândia, M. G. e ossos análogos de gato doméstico do LAPAS/FAMEV/UFU. Os ossos passaram pela técnica de maceração em água corrente. Usou-se um paquímetro com precisão de 0,05 mm para a realização das medidas. Resultados e Conclusões O leão e o gato possuem sete ossos cárpicos, sendo três na fileira proximal denominados, mediolateralmente, de intermedioradial, ulnar e acessório, e quatro na fileira distal, denominados de ossos cárpicos I, II, III e IV. Por serem carnívoros, o leão e o gato possuem cinco metacarpos, medindo na ordem I, II, III, IV e V, no leão (comprimento x diâmetro), respectivamente, 42,85 ± 0,63 mm x 11,625 ± 0,10 mm, 108,275 ± 0,60 mm x 14,95 ± 0,35 mm, 119,825 ± 0,38 mm x 13,175 ± 0,24 mm; 113,55 ± 3,60 mm x 14,975 ± 0,31 mm e 98 ± 0,07 mm x 12,12 ± 1,59 mm, e no gato 11,55 ± 1,55 mm x 3,35 ± 0,35 mm, 25,025 ± 0,03 mm x 2,75 ± 0,21 mm; 30,85 ± 0,63 mm x 2,90 ± 0,14 mm, 30,975 ± 2,93 mm x 3,30 ± 0,14 mm e 26,55 ± 2,75 mm x 3,45 ± 0,35 mm. Nos metacarpos do leão observamos inúmeros forames na face palmar da extremidade distal e o IV apresentou na face palmar uma grande rugosidade, estruturas ausentes no gato. No leão a falange proximal I apresentou diversos forames na superfície dorsal, ao contrário das demais. No gato estes forames não eram bem evidentes e seu número era reduzido. As medidas (comprimento x diâmetro) das falanges proximais na ordem I, II, III, IV e V no leão, foram respectivamente, 32,05 ± 0,21 mm x 9,975 ± 0,38 mm, 48,075 ± 2,43 mm x 11,80 ± 0,91 mm, 50,90 ± 0,91 mm x 10,525 ± 0,10 mm, 51,75 ± 0,28 mm x 10,825 ± 0,225 mm, 43,75 ± 0,14 mm x 11,30 ± 0,63 mm e no gato 8,875 ± 0,03 mm x 3,20 ± 0,70 mm, 14,325 ± 0,38 mm x 3,05 ± 0,21 mm, 13,80 ± 1,65 mm x 2,65 ± 0,07 mm, 16,925 ± 0,81 mm x 2,80 ± 0,14 mm, 13,65 ± 1,48 mm x 2,90 ± 0,42 mm. Todas as falanges médias do leão possuíam um forame na porção média da superfície palmar e vários outros na concavidade da extremidade proximal da face palmar. Não se observou tal estrutura no gato. Não há falange média no primeiro dígito. As medidas (comprimento x diâmetro) das falanges médias na ordem II, III, IV e V no leão foram respectivamente 38,375 ± 0,45 mm x 10,825 ± 1,16 mm, 41,85 ± 0,42 mm x 9,90 ± 0,14 mm, 38,35 ± 2,33 mm x 8,90 ± 0,14 mm e 40,675 ± 0,95 mm x 9,15 ± 0,14 mm e no gato 9,40 ± 0,35 mm x 3,10 ± 0,21 mm, 11,05 ± 0,21 mm x S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 2,80, 9,70mm x 2,50mm, 8,75mm x 2,35mm. Também nas falanges distais do leão havia uma grande quantidade de forames, que no gato eram inexistentes. A superfície solear sustenta um tubérculo flexor e em cada lado deste há um forame. As medidas (comprimento x largura x espessura) das falanges distais na ordem I, II, III, IV e V no leão, foram respectivamente 40,175 ± 0,24 mm x 53,675 ± 2,36 mm x 16,225 ± 0,74 mm, 32,175 ± 2,15 mm x 47,95 ± 0,35 mm x 12,925 ± 0,74 mm, 29,60 ± 2,47 mm x 41,325 ± 3,92 mm x 13,675 ± 3,07 mm, 25,10 ± 0,14 mm x 38,60 ± 1,76 mm x 10,55 ± 0,21 mm e 21,375 ± 0,45 mm x 34,25 ± 2,33 mm x 11,10 ± 0,84 mm e no gato 4,525 ± 0,53 mm x 7,65 ± 2,33 mm x 2,825 ± 0,74 mm, 4,45 ± 0,21 mm x 7,55 ± 0,77 mm x 2,775 ± 0,31 mm, 4,275 ± 0,24 mm x 7,65 ± 0,35 mm x 2,275 ± 0,17 mm, 4,575 ± 0,17 mm x 8,80 ± 0,84 mm x 3,375 ± 0,17 mm e 3,55mm x 6,70mm x 2,45mm. Palavras-chave Panthera leo; Felis catus domesticus; ossos; Anatomia. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 94 Título do trabalho ASPECTOS ESTRUTURAIS DAS VILOSIDADES INTESTINAIS APÓS O CLAMPEAMENTO TOTAL DO PEDÍCULO HEPÁTICO DE RATOS E-mail [email protected] Eixo Temático Ensino e Pesquisa Autor Lázaro Manoel de Camargo Instituição Universidade de Cuiabá Observações Evêncio Neto, J.2, Freitas, S.H.1, Sébe, A. A.3 Simões, M. J.3, Camargo, R.A.4 1 Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Cuiabá - UNIC, Rua Itália s / n. cep 78015-480, [email protected] 2 Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE 3 Faculdade de Medicina da Universidade de Cuiabá- UNIC.. 4 Acadêmico da Faculdade de Medicina da Universidade de Cuiabá - UNIC Introdução INTRODUÇÃO Com o advento das pesquisas na área de cirurgia hepática, vários modelos experimentais tem sido proposto para minimizar lesões ao parênquima hepático. Além dos transplantes hepáticos, esses modelos podem ser utilizados em inúmeras outras situações, como em ressecções hepáticas, trauma com lesão hepática e choque hemodinâmico Objetivos OBJETIVO Estudar através de microscopia óptica a arquitetura das vilosidades intestinais de ratos após diferentes tempos de clampeamento total do pedículo hepático durante procedimentos cirúrgicos do fígado. Aplicabilidade dos Resultados Aplicação em cirurgias experimentais envolvendo fígado. Material e Métodos MÉTODOS Foram utilizados 40 ratos, machos, divididos em quatro grupos de 10 animais cada um. O grupo Sham não foi submetido a isquemia. Os grupos E1, E2 e E3 sofreram isquemia de 10, 20 e 30 minutos, respectivamente. Ao final do experimento, fragmentos do intestino delgado (íleo) foram retirados e mergulhados em formol a 10%, incluídos em parafina, realizados cortes de 7µm e corado pela hematoxilina eosina (H&E). Resultados e Conclusões RESULTADOS Os animais dos grupos Sham e E1 mantiveram as arquiteturas dos vilos preservados. Já os do grupo E2 tiveram as bases dos vilos aumentadas de volume e os do grupo E3 além da base enlarguecida, tiveram um despreendimento do revestimento epitelialdas . CONCLUSÕES o clampeamento total do pedículo hepático provoca congestão esplâncnica, sendo que aos 30 minutos nota-se alargamento da base e descolamento das células epiteliais. Palavras-chave Dalavras-chaves Isquemia. Intestinos. Ratos. Ultra-estrutura. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 95 Título do trabalho COMPORTAMENTO DA ARTÉRIA AORTA E SEUS RAMOS EM Bothrops moojeni Spix, 1824 (Ophidia -Viperidae) E-mail [email protected] Eixo Temático Ciências Básicas Autor André Luiz Quagliatto Santos Instituição Universidade Federal de Uberlândia Observações Hirano, L. Q. L.1; Kaminishi, A. P. S.1; Silva, J. M. M.1 Universidade Federal de Uberlândia Introdução O Gênero Bothrops é composto por mais de 30 variedades de cobras que apresentam cores e desenhos diferentes pelo corpo, variando do verde ao negro. Apresentam cabeça triangular, fosseta loreal, cauda lisa e presa inoculadora de veneno. Esse gênero possui grande destaque, uma vez que representa 90% dos acidentes ofídicos no Brasil (Bicudo 1994). A criação de ofídios vem se tornando muito popular no país, seja como animal de estimação ou para fins farmacêuticos. Mesmo com o crescente interesse nestes répteis, poucos são os trabalhos realizados a cerca da anatomia do seu sistema circulatório (Caselani et al., 2005). Objetivos Este trabalho tem como objetivo descrever a origem, trajetória e ramificação da artéria aorta de Bothrops moojeni, colaborando com o detalhamento do sistema circulatório desta espécie. Aplicabilidade dos Resultados O maior conhecimento sobre a anatomia vascular de Bothrops moojeni permite o aprimoramento da área clínica destes répteis. Material e Métodos Utilizaram-se dois exemplares fêmeas de Bothrops moojeni, que foram disssecados, após injeção vascular arterial de látex corado e fixação com formol a 10%. Resultados e Conclusões Observou-se a presença de dois arcos aórticos, direito e esquerdo. Do arco aórtico direito originam-se duas artérias carótidas comuns, sendo que em um dos exemplares a esquerda se apresentou mais calibrosa do que a direita e em ambas a esquerda se originou antes da direita. A união dos dois arcos aórticos ocorre lateralmente ao terço cranial do fígado e para este órgão são enviados vários ramos. Para o estômago, a artéria aorta emite três ramos principais artérias gástricas cranial, média e caudal, além de outros pequenos ramos acessórios. Durante todo seu trajeto, a artéria aorta emite, de sua superfície dorsal, inúmeros ramos parietais ímpares, que se distribuem nas paredes do corpo, a partir da coluna vertebral. Dorsalmente ao piloro, encontra-se a origem da artéria mesentérica cranial (AMCr), que origina três ramos (cranial, médio e caudal). O ramo cranial da AMCr distribui-se pelo pâncreas, baço e vesícula biliar, além disso, supre o tecido adiposo presente, em grande quantidade, na região ventral ao intestino e ainda, irriga a superfície ventral do intestino delgado (ID). O ramo médio distribui-se na porção inicial do ID e o ramo caudal segue pela superfície dorsal do ID. Caudalmente à AMCr, a artéria aorta envia um outro ramo que se distribui na porção final do intestino delgado. O intestino grosso recebe número variável de ramos da aorta. Observou-se a presença de dois pares de artérias gonadais e uma média de 5 pares de artérias renais, no terço distal da cavidade celomática. A artéria aorta mostrou comportamento semelhante nos dois exemplares de Bothrops moojeni, sendo originada da união de dois arcos aórticos, emite três artérias gástricas (cranial, média e caudal), ramos parietais ímpares, artéria mesentérica cranial com seus ramos cranial, médio e caudal, dois pares de artérias gonadais e 5 pares de artérias renais. Palavras-chave Bothrops moojeni, Artéria Aorta, Viperidae, Anatomia. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 96 Título do trabalho ECOMORFOLOGIA DE PIRANHAS VERMELHAS Pygocentrus nattereri Kner, 1858 (Characiformes - Characidae) DO RIO ARAGUAIA, ESTADO DE GOIÁS Email [email protected] CPF 02847822895 Eixo Temático Ciências Básicas Autor André Luiz Quagliatto Santos Instituição Universidade Federal de Uberlândia Observações Jacintho, M.F.L. 1; Hirano, L.Q.L.1;Silva, J. M. M.1; Vieira, L.G.2; Santos, A.L.Q.3; Souza, A. G.2 Universidade Federal de Uberlândia Introdução Popularmente conhecida como piranha-vermelha ou piranha-caju, a Pygocentrus nattereri, está amplamente distribuída pelos rios da região central e nordeste da América do Sul, a leste do Andes, incluindo rios costeiros das Guianas e do Brasil (Fink, 1993). Ela é caracterizada por apresentar perfil dorsal convexo, focinho curto e arredondado com mandíbula volumosa e prognata. Seu corpo tem um perfil arredondado e padrão colorido cinza-prateado, com o dorso mais escuro e região antero-ventral alaranjada a avermelhada. No ambiente natural, se reproduzem nas planícies de inundação. Em aquários já foi verificada a postura de até 5.000 ovos a cada duas semanas durante a época de reprodução.São peixes temíveis pela sua voracidade, principalmente se o cardume é grande. Objetivos Aprimorar os conhecimentos a cerca da morfologia funcional da espécie, para posteriores estudos mais detalhados. Aplicabilidade dos Resultados O conhecimento aprofundado sobre a ecomorfologia de Pygocentrus nattereri fornece informações sobre seu comportamento e enriquecem dados sobre o manejo dessa espécie. Material e Métodos Foram utilizados 150 exemplares coletados em lago marginal do rio Araguaia, estado de Goiás, próximo ao distrito de São José dos Bandeirantes. Esses foram pescados com o auxílio de caniço e anzol e as medidas corporais realizadas com o auxilio do paquímetro (precisão de 0,05 mm). Posteriormente os exemplares foram congelados e transportados para o laboratório de pesquisa em animais silvestres (LAPAS) da FAMEV-UFU. Resultados e Conclusões As médias das medidas corporais permitiram obter Índice de Compressão Lateral 3,326mm (±0,176); Altura Relativa do Corpo 0,490mm (±0,021); Comprimento Relativo do Pedúnculo Caudal 0,662mm (± 5,990); Índice de Compressão do Pedúnculo Caudal 1,707mm (± 0,293); Configuração da Nadadeira Peitoral 1,804mm (±0,312); Comprimento Relativo da Cabeça, 0,362mm (±0,102); Posição Relativa do Olho 0,696mm (±6,025); Largura Relativa da Boca 0,167mm (± 0,045); Altura Relativa da Boca 0,9869mm (± 9,700). CONCLUSÕES Analisando-se o fenótipo, a partir das médias obtidas, pode-se concluir que devido aos altos índices de comprimento relativo da cabeça e largura e altura relativas da boca, a P. nattereri é capaz de capturar presas grandes. Analisando-se também as médias da altura relativa do corpo e do comprimento relativo do pedúnculo caudal, esses peixes podem caçar presas com certo grau de velocidade. Palavras-chave Ecomorfologia, Pygocentrus nattereri, Characidae. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 97 TÍTULO DO TRABALHO A REDUÇÃO DO NÚMERO DE ANIMAIS UTILIZADOS EM PESQUISAS PROBLEMAS E PERSPECTIVAS. E-mail [email protected] Eixo Temático Ensino e Pesquisa Autor Carlos Alberto Müller Instituição Fundação Oswaldo Cruz Observações Rita Leal Paixão-Universidade Federal Fluminense Introdução Introdução Nas últimas décadas, os "3Rs" (replace, reduce, refine) propostos por Russel e Burch em 1959, tornaram-se uma realidade, em termos de diretrizes para a experimentação animal, em âmbito científico nacional e internacional. É possível observar que, a partir de diversos tipos de controle (leis, comissões de ética), visa-se promover a busca de alternativas ao uso de animais, a redução de seus números e o mínimo sofrimento. No entanto, a "redução" tem sido apontada como uma das mais difíceis de serem avaliadas. De fato, as iniciativas propostas tem reduzido o número de animais usados pela ciência? Quais os problemas apontados? Quais as perspectivas? Objetivos Objetivos É neste contexto, que o presente trabalho pretende 1- abordar a evolução do debate sobre a "redução" do número de animais usados em atividades científicas; 2identificar e analisar os números referentes ao uso de animais em experimentação no mundo, incluindo as principais espécies utilizadas e as principais áreas de pesquisa; 3- apontar e analisar os principais problemas e desafios relacionados a " redução" do uso de animais e 4apontar as perspectivas futuras no campo da "redução" do número de animais. Aplicabilidade dos Resultados Material e Métodos Material e Métodos A partir de uma revisão da literatura científica sobre os "3Rs" e de literatura específica sobre "números de animais utilizados" foi realizada uma avaliação dos artigos científicos e documentos encontrados, a fim de serem apontadas as questões científicas e éticas em debate. Foram buscadas, na internet, as estatísticas de uso de animais em atividades científicas, em diversos países que mantém esse registro. Resultados e Conclusões Resultados e Conclusões Foram encontrados registros sobre o número de animais utilizados pela ciência nos seguintes locais União Européia (diversos países membros individualmente e coletivamente), Reino Unido, Estados Unidos da América, Austrália e Japão. A ausência de registros ou a inadequação de alguns registros em diversos países refletem o problema da abordagem da "redução". Dentre os desafios apontados, destaca-se a questão do uso de animais geneticamente modificados. O debate apresentado revela que é essencial um adequado registro sobre o uso de animais, assim como o desenvolvimento de políticas que valorizem as estratégias de "redução", pois nem sempre os números da experimentação apontam para um declínio. Palavras-chave experimentação animal, ética, 3Rs, redução do uso de animais. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 98 Título do trabalho EDUCAÇÃO ATRAVÉS DOS ANIMAIS COMO INSTRUMENTO DE CIDADANIA E-mail [email protected] Eixo Temático Ensino e pesquisa Autor Maria de Fátima Martins Instituição Departamento de Nutrição e Produção Animal da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo Observações Otávio José Sírio - Departamento de Nutrição e Produção Animal da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo Introdução A presença de animais nas escolas de ensino fundamental e médio representa uma possibilidade de ação e isto significa construir, estabelecer relações, respeitar as diferenças entre as espécies, direcionando o nosso olhar para a construção de conhecimentos que vão além dos tradicionais, ou seja, abrangendo temas como a natureza, cidadania e respeito a todas as formas de vida. Objetivos O trabalho desenvolvido na Faculdade de Medicina Veterinária da USP em parceria com escolas na cidade de Pirassununga teve como objetivo introduzir diferentes animais (cães, pássaros, escargots, coelhos e animais de biotério), com o propósito de demonstrar que, por intermédio destes, é possível avaliar o aprendizado cognitivo e afetivo das crianças e realizar intervenções para desencadear a busca de equilíbrio afetivo para com os animais e o meio ambiente, favorecendo o desenvolvimento da cidadania. Aplicabilidade dos Resultados Os resultados obtidos demonstraram como os animais podem auxiliar as crianças a desenvolver habilidades e atitudes empreendedoras com todas as formas de vida e com o ambiente no qual vivem. Sem este tipo de pesquisa, dificilmente os animais serão utilizados nas escolas nas situações tradicionais de ensino, portanto os animais representam um instrumento inovador nos ensinos fundamental e médio. Material e Métodos Como suporte metodológico foi utilizada uma adaptação do método clínicocrítico desenvolvido por Jean Piaget (1926), o qual consiste no desenrolar do pensamento da criança, adaptando-as às questões formuladas às suas ações e às suas respostas, possibilitando a expressão livre e pessoal de suas idéias. Resultados e Conclusões A presença de animais nas escolas contribuiu para o desenvolvimento integral e harmonioso da criança; melhorou o relacionamento da criança com o grupo; elaborou novas visões dos animais despertando o caráter de respeito e bem estar aos mesmos; auxiliou no processo educativo e terapêutico e favoreceu para um bom desenvolvimento intelectual, emocional e físico. Os resultados obtidos desta interação criança-animal ressaltaram a importância da presença dos animais no aprendizado, constituindo um importante catalisador de desenvolvimento afetividade e socialização, além de integrar o ensino universitário à realidade do ensino fundamental, encurtando distâncias. Palavras-chave Crianças, Animais, Aprendizado. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 99 TÍTULO DO TRABALHO ESTUDO DE UMA DIETA À BASE DE CONFREI, SUA ABSORÇÃO NO MUCO DE CARACÓIS DO GÊNERO ACHATINA E SEU EFEITO EM FERIDAS PROVOCADAS EM CAMUNDONGOS E-mail [email protected] Eixo Temático Reprodução e Biotecnologia Autor Maria de Fátima Martins Instituição Departamento de Nutrição e Produção Animal da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo Observações 1. Otávio José Sírio - Departamento de Nutrição e Produção Animal da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo - 311927718-50 2. Mamie Misuzaki Iyomasa - Departamento de Morfologia, Histomatologia e Fisiologia da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo - 780968558-91 3. Adriana Tarlá Lorenzi - Departamento de Nutrição e Produção Animal da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo - 27494261893 Introdução Os caracóis terrestres são animais capazes de produzir através de suas glândulas, uma secreção denominada muco, que dentre outras funções, apresenta poder antibacteriano. Este poder pode auxiliar nos processos de reparação de feridas, pois a infecção constitui a causa mais importante de retardo da cicatrização. Estes animais possuem a capacidade de reter em seus corpos substâncias presentes em sua dieta, como demonstrou GOMOT (1997) em seus ensaios com caracóis. O Confrei (Symphytum officinale) é uma planta cultivada em todo o país e possui em sua composição química de elementos que em união conferem à planta propriedades curativas (cicatrizantes). Objetivos O presente trabalho teve como objetivo verificar, após a ingestão de uma ração contendo em sua formulação o Confrei, a absorção de substâncias presentes neste vegetal e verificar o efeito potencializador deste vegetal no muco de caracóis em processos cicatrizacionais. Aplicabilidade dos Resultados Elaboração de fármacos à base do muco de caracóis para o reparo de feridas cutâneas, criando desta forma novos nichos de pesquisa. Material e Métodos Foram analisados mucos de 60 animais, sendo 30 Achatina fulica e 30 Achatina monochromatica, que foram retirados através de estimulação manual da glândula podal dos moluscos. Camundongos foram submetidos à cirurgia e aplicado muco contendo ou não confrei, nas feridas epidérmicas. Resultados e Conclusões Os animais que foram submetidos à dieta com Confrei, apresentaram a coloração do muco mais esverdeada quando da retirada do mesmo, o que não ocorreu com os animais que não se alimentaram com esta ração. Foi observado que os camundongos submetidos à cirurgia, macroscopicamente apresentavam melhor cicatrização quando tratados com o muco que continha Confrei, fato este que ocorreu mais lento para os camundongos que foram tratados com muco sem este vegetal e grupo controle. Estes resultados foram também observados histologicamente, pois a formação dos tecidos era mais organizada, contendo vários infiltrados inerentes ao processo de cicatrização. Os resultados poderão vir a fornecer o desenvolvimento de produtos, tendo por base o processo de cicatrização, haja vista que o mesmo é complexo e os insucessos relacionados ao tratamento de feridas, principalmente em eqüinos, cães, etc, continuam sendo um problema clínico importante, principalmente para a Medicina veterinária de pequenos e grandes animais. Palavras-chave Caracóis terrestres, Camundongos, Cicatrização. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 100 Título do trabalho TERAPIA ATRAVÉS DOS ANIMAIS UMA PROPOSTA COMPLEMENTAR PARA IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS E-mail [email protected] Eixo Temático Ensino e Pesquisa Autor Maria de Fátima Martins Instituição Departamento de Nutrição e Produção Animal da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo Observações 1. Janaína Picineli Neto -Departamento de Nutrição e Produção Animal da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo - CPF 221171988-05 2. Vinícius Fava Ribeiro - OBIHACC - São Paulo - CPF 303903148-11 3. Pamela Alves - Departamento de Nutrição e Produção Animal da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo - CPF 229577768-20 4. Frederico Franco Bourroul Neves - Departamento de Nutrição e Produção Animal da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo - CPF 31902018893 Introdução Entre o nascimento e o envelhecer, o organismo humano possui uma lógica biológica, uma organização, um calendário maturativo e evolutivo, e profundas modificações ocorrem de acordo com a faixa etária e se tornam cada vez mais variadas, completas e complexas. A presença dos animais nos asilos pode representar um método terapêutico educacional e socializador e neste estudo, utilizamos cães, pássaros e escargots dentro de uma abordagem interdisciplinar, nas áreas de Fisioterapia, Psicologia e Medicina Veterinária, buscando o desenvolvimento biopsicosocial de idosos institucionalizados apresentando vários tipos de limitações como impossibilidade de andar, demências, mal de Parkinson, apatia, etc. Objetivos Determinar como diferentes animais (cães, escargots e aves) podem ser mediadores no desenvolvimento da afetividade, segurança e sociabilidade de idosos, além de formar equipes inter, multi e transdisciplinares e estimular a parceria da Universidade Pública com asilos, gerando pesquisas acadêmicas de forma responsável, participativa, educativa e afetiva. Aplicabilidade dos Resultados A presença dos animais no cotidiano dos idosos representa quebra da rotina, estímulo para recordar bons momentos vivenciados com os animais que possivelmente passaram por suas vidas e pela receptividade e comportamento dos idosos participantes a presença dos animais tem servido de base para uma abordagem mais humanitária nos cuidados aos idosos institucionalizados. Material e Métodos Participaram desta pesquisa 30 idosos, com idade média de 69 anos, de ambos os sexos. As atividades propostas com os animais foram quinzenais, envolvendo atividades orientadas, contato direto com diferentes animais, treinamento cognitivo (jogo de memória envolvendo comedouros, bebedouros, coleiras, guias e gaiolas), orientação da realidade, recreação, festas comemorativas como Natal e Carnaval junto com os animais, e passeios no corredor do asilo com os idosos e os animais. Os participantes foram avaliados em todas as atividades através da mensuração da pressão arterial e questionários direcionados. Resultados e Conclusões Os resultados obtidos mostraram maior participação comunitária de idosos, partilhando experiências e dificuldades, redução do isolamento social, integração dos animais com idosos, ficando claro que sua presença dos nos asilos trouxe muitos benefícios, os quais foram além do que se esperava, uma vez que é difícil, mesmo teoricamente, mensurar aspectos físicos separados dos psíquicos, cognitivos e sociais. É uma pesquisa semeadora, necessitando de integração de diferentes profissionais como o Médico Veterinário, Fisioterapeuta, Psicólogo, etc; e que estejam familiarizados com a realidade do comprometimento cognitivo e comportamental de idosos e que tenham empatia por animais e acima de tudo, interessados em ações inter, multi e transdisciplinares. Palavras-chave Terapia, Idosos, Animais. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 101 TÍTULO DO TRABALHO DISTRIBUIÇÃO DE MÉDICOS VETERINÁRIOS TREINADOS PELA UFMT E HABILITADOS JUNTO AO PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE E ERRADICAÇÃO DE BRUCELOSE E TUBERCULOSE, NO ESTADO DE MATO GROSSO, A PARTIR DE 2004. E-mail [email protected] Eixo Temático Ensino Autor Robson Reverdito Instituição Discente da Universidade Federal de Mato Grosso Observações (2) Cardoso, R. - Médico Veterinário Autônomo CPF 850.912.781-68; (3) Amado, S. - Departamento de Clínica Médica Veterinária, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária-UFMT- CPF 460.417.531-49; (4) Santos, C. E. P. Departamento de Clínica Médica Veterinária, Faculdade de Agronomia e Medicina VeterináriaUFMT-CPF 378.612.801-44; (5) Nociti, D. L. P. - Departamento de Clínica Médica Veterinária, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária-UFMT-CPF 005.420.988-90; (6) Caramori Júnior, J. G. - Departamento de Produção Animal, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária-UFMT-CPF 109.014.678-71. Introdução A Brucelose e a Tuberculose são zoonoses de impactos negativos em saúde pública e limitam o comércio exterior de produtos bovinos. O MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) instituiu em 2001 o PNCEBT (Programa Nacional de Controle e Erradicação de Brucelose e Tuberculose), objetivando controlar e erradicar aquelas enfermidades. Para a atuação no diagnóstico e no controle dessas enfermidades, todos os Médicos Veterinários deverão ser treinados para padronização das técnicas e procedimentos. A Universidade Federal de Mato Grosso foi à única instituição a oferecer os treinamento em Mato Grosso, a partir de 2004. Objetivos Demonstrar o número e a distribuição de Médicos Veterinários treinados pela UFMT e habilitados junto ao PNCEBT em Mato Grosso, a partir de 2004. Aplicabilidade dos Resultados Estudos demonstrativos da abrangência de Médicos Veterinários treinados e habilitados atores fundamentais junto ao PNCEBT, são úteis para avaliação das metas e planejamento de ações logísticas para o desenvolvimento do Programa, em cada estado. Material e Métodos Para este trabalho, foram obtidas informações junto à Coordenação dos treinamentos da FAMEV/UFMT. Também foram pesquisadas junto ao banco de dados do INDEA-MT e MAPA (superintendência de Mato Grosso) informações sobre o número de Médico Veterinários credenciados e habilitados, respectivamente. Estes dados foram analisados e expressos no mapa do Estado de Mato Grosso, identificados por municípios. Resultados e Conclusões Dos setecentos e oitenta e um Médicos Veterinários cadastrados no INDEA-MT, trezentos e quinze (40,33%) foram treinados pela UFMT, estando aptos a serem habilitados pelo MAPA, para ingressar no PNCEBT. Destes treinados, apenas cento e treze (14,47%) se encontram habilitados para atuar nesse programa. O número de Médicos Veterinários treinados pela UFMT mostrou distribuição uniforme no território do Estado, contemplando todas as regiões de exploração pecuária. No entanto, o número de Médicos Veterinários habilitados e a sua distribuição no Estado precisam ser expandidos para acelerar a adesão ao PNCEBT e intensificar as medidas de certificação e saneamento das propriedades no estado. Palavras-chave Zoonoses, Bovino, Programa Sanitário, Ensino Superior. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 102 Título do trabalho EFEITO DO ESTRESSE SOBRE OS PARÂMETROS SEMINAIS DE OVINOS CRIADOS NA BAIXADA CUIABANA - RESULTADOS PRELIMINARES E-mail [email protected] Eixo Temático Reprodução e Biotecnologia Autor Lourival de Souza e Silva Júnior Instituição Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT Observações Marcos V. Micheletti; Walter A. S. Marinho; Patrícia N.Cosentino; Wilton R. S.Maciel; Maisa F. C.Minosso; Luciana Dalcim; Luciano S.Cabral; Luciana Keiko Hatamoto Introdução O testículo é muito sensível a condições adversas como calor, estresse, tóxicos, hipóxia, radiação e anormalidades genéticas fugindo assim de sua homeostasia. Estas condições podem influenciar o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal levando a um aumento da atividade desse eixo acarretando numa alteração endócrina e metabólica do organismo como a redução da secreção e ação de GnRH (hormônio liberador de gonadotrofinas) sobre a hipófise sendo ele muito importante na produção de espermatozóides. A produção espermática em ovinos dura em média 53 dias e fatores externos e/ou internos podem alterar a formação do espermatozóide e posterior capacidade de fecundação ou até mesmo levar a uma taxa zero de produção. Objetivos Verificar se o estresse interfere negativamente sobre os parâmetros seminais de ovinos criados na Baixada Cuiabana Aplicabilidade dos Resultados Encontrar a existência ou não da influência do estresse na produção espermática de ovinos para adequar novas técnicas de manejo e instalações de reprodutores. Material e Métodos Foram utilizados para este trabalho, 15 ovinos machos SRD, criados na Fazenda experimental da FAMEV-UFMT. Os animais foram divididos em dois grupos T1 - com estresse (estresse social associado ao estresse ambiental) e T2 - controle (sem estresse). Antes de cada coleta foram mensurados o perímetro escrotal (cm) e a consistência testicular (1-5), para coleta de sêmen foi utilizado o método de eletro-ejaculação. Os parâmetros seminais avaliados foram motilidade (%), vigor (1-5), turbilhonamento (1-5), concentração (x106espermatozóides/mL), viabilidade (%) e morfologia espermáticas (%). Foram realizadas duas coletas com um intervalo de uma semana entre elas. Resultados e Conclusões Resultados Os animais T1 e T2 apresentaram, respectivamente, os seguintes resultados para circunferrência escrotal 27,79±2,07 e 25,86±3,38; consistência testicular 2,86±0,38 e 3,19±0,37; motilidade 71,25±22,95 e 76,88±17,92; vigor 3,00±1,10 e 3,19±0,75; viabilidade espermática 96,00±1,19 e 97,20±1,01; concentração 40,38±18,10 e 147,88±88,50; defeitos maiores 11,55±16,14 e 9,12±14,78; defeitos menores 3,87±3,44 e 8,39±15,06; defeitos totais 15,41±16,25 e 17,51±27,29. Ocorreu influência do estresse sobre a concentração (p=0,0046) e uma tendência de efeitos (p=0,1078) sobre a variável consistência testicular. CONCLUSÕES O estresse interfere nos parâmetros seminais de ovinos criados na baixada cuiabana. Palavras-chave Parâmetros seminais, ovinos, estresse. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 103 Título do trabalho: MONITORAMENTO SANITÁRIO DE BRUCELOSE E TUBERCULOSE NO NÚCLEO DE CONSERVAÇÃO IN SITU DO BOVINO PANTANEIRO. Email: [email protected] Eixo Temático: Defesa Sanitária Animal Autor: Juliano, R.S.(1), Instituição: 1Pós-graduação em Ciência Animal, EV/UFG. Cx Postal 131, CEP 74970-001, Goiânia-GO Observações: Fioravanti, M.S.(2), Sereno, J.R.B.(3) & Abreu, U.G.P.(4) 2Depto. de Medicina Veterinária EV/UFG. Cx Postal 131, CEP 74970-001, Goiânia-GO 3Embrapa Cerrados, Br 020, Km 18 - Cx. Postal. 08223, CEP 73310-970, Planaltina, DF. > 4Embrapa Pantanal, R: 21 de Setembro 1880 Cx. Postal 109, CEP 79320-900, Corumbá, MS. Introdução: A brucelose é uma doença infecto-contagiosa provocada por bactérias do gênero Brucella e por estar associada a abortos e distúrbios reprodutivos torna-se muito importante o seu controle dentro do rebanho. Essa doença produz infecção característica nos animais, podendo infectar o homem. Por se tratar de uma zoonose de distribuição universal, acarreta problemas sanitários importantes e prejuízos econômicos vultosos, nos rebanhos onde se encontra instalada. No Mato Grosso do Sul, a prevalência estimada em 1998 foi de 6,3%, enquanto a prevalência de animais positivos no Brasil manteve-se entre 4% e 5% no período entre 1988 e 1998. Infelizmente, existem poucos relatos sobre a prevalência desta enfermidade no Mato Grosso do Sul, especialmente no Pantanal. Estimativas mostram que a brucelose é responsável pela diminuição de 25% na produção de leite e carne, bem como a redução de 15% na produção de bezerros. A tuberculose é uma enfermidade infecto-contagiosa causada por bactérias do gênero Mycobacterium. O M. bovis tem um amplo espectro de patogenicidade para as espécies domésticas e silvestres, principalmente bovinos e bubalinos, podendo participar da etiologia da tuberculose humana, daí a sua importância como zoonose. Estima-se que os animais infectados por esta doença percam de 10% a 25% de sua eficiência produtiva. Existe ainda a perda de prestígio e credibilidade da unidade de criação onde a doença é constatada. A Embrapa Pantanal vem conservando o bovino Pantaneiro há mais de 20 anos, sendo este rebanho atualmente constituído de 210 animais. Estes animais foram introduzidos no Brasil pelos colonizadores portugueses na época do descobrimento do Brasil. Após três séculos de seleção natural encontram-se bem adaptados ao ecossistema do Pantanal, onde utilizam áreas alagadas de difícil acesso pelas demais raças. Atualmente, existem apenas três núcleos de conservação desta raça na região, tornando-se de extrema importância o conhecimento e monitoramento do status sanitário destes animais com vistas a garantir a sua conservação, multiplicação e difusão da raça. Objetivos: Conhecer a prevalência da tuberculose e brucelose no Núcleo de Conservação In Situ da fazenda Nhumirim - propriedade da Embrapa Pantanal. Aplicabilidade dos Resultados: Conhecendo os aspectos sanitários do rebanho é possível traçar estratégia de controle das enfermidades e garantir que os animais a serem preservados e difundidos para outras regiões são hígidos e não representam risco na disseminação de doenças. Material e Métodos: Para a prevalência da Tuberculose foram utilizados 150 animais, machos e fêmeas, com idade variando entre 2,5 e 14 anos, nos quais foram realizadas provas intradérmicas simples na prega ano-caudal com PPD bovina. Para a prevalência da Brucelose foi realizada a sorologia pelo método de aglutinação em placa com antígeno acidificado tamponado em 83 animais, incluindo machos e fêmeas com idade entre 3 e 14 anos. Resultados e Conclusões: A prevalência para a Tuberculose foi zero, pois os resultados da tuberculinização não apresentaram positividade, evidenciando que estes animais mantém-se isolados geograficamente de rebanhos infectados e isso proporcionado tem grande importância S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” na manutenção da saúde do rebanho. O mesmo não foi observada para a brucelose, que apresentou prevalência de 1,9 % (n=4), considerada baixa e passível de solução imediata já que as fêmeas estão sendo vacinadas entre 5 e 8 meses de idade. CONCLUSÕES: A tuberculose não se mostrou como um problema sanitário no rebanho avaliado. A brucelose apresentou prevalência abaixo dos índices divulgados pelo Ministério da Agricultura, entretanto, deve ter seu diagnóstico definitivo confirmado antes de proceder o descarte dos animais, por se tratar de um importante patrimônio genético. Palavras-chave: Realizado com apoio financeiro do Ministério da Integração Nacional Palavras-chave: Recursos genéticos animais, raças naturalizadas, Brucelose, Tuberculose. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 104 Título do trabalho : PREVALÊNCIA DE BRUCELOSE EM FÊMEAS BOVINAS, ANALISADAS NO LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA DO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UNIVERSIDADE DE CUIABÁ, MATO GROSSO Email: [email protected] Eixo Temático: Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Pública Autor: Avila, M.O1 Instituição: Acadêmica Faculdade de Medicina Veterinária- Universidade de Cuiabá Observações: Santos, M.D2.; Schein, F.B3.; Souza, D.R.D Introdução: A Brucelose bovina é provocada por bactérias do gênero Brucella abortus, sendo uma enfermidade de ocorrência endêmica, caracterizando-se sobretudo pela ocorrência de aborto após o quinto mês de gestação. O feto após ser abortado deixa retenção placentária e nas células cotiledonárias podem ser observadas imensas quantidades do agente. Após o aborto muitas vacas apresentam endometrite de longa duração, que interfere com a fertilidade e fecundidade. A Brucelose é responsável por implicações econômicas que geram barreiras internacionais ao comércio de produtos de origem animal. Objetivos : determinar a prevalência de brucelose em fêmeas bovinas, de acordo com a idade e estado imunológico dos animais Aplicabilidade dos Resultados : Material e Métodos : Foram recebidas no Laboratório de Microbiologia do Hospital Veterinário da Universidade de Cuiabá 1210 amostras sangüíneas de fêmeas bovinas com idade superior a 24 meses, provenientes da região de Cuiabá e municípios do interior do estado, sendo estes, Colider, Jangada, Mimoso, Poconé , Chapada dos Guimarães, Várzea Grande, Acorizal, Rosário Oeste, Planalto da Serra, São José do Rio Claro e Toroxoréu. No laboratório as amostras foram centrifugadas para separação do soro sangüíneo, no qual posteriormente foi realizado exame de Brucelose; utilizando-se a Prova do Antígeno Acidificado Tamponado. A execução da prova bem como sua interpretação seguiram as normas estabelecidas pelo Ministério da Agricultura. Resultados e Conclusões : Das 1210 amostras 76 (6,3 %) resultaram positivas e 1134 (93,7%) negativas. Levando-se em conta a idade dos animais, 66 (7,7%) dos animais positivos apresentava idade entre 24 e 36 meses, 10 (2,8%) acima de 36 meses. Também foi realizada classificação das fêmeas de acordo com o estado imunológico, ou seja, fêmeas vacinadas contra Brucelose entre 3 e 8 meses de idade; fêmeas não vacinadas. Com base nestes dados evidenciou-se que 74 (16,4%) das fêmeas não vacinadas reagiram positivamente e 2 (0,3%) fêmeas vacinadas foram positivas. Na amostra analisada observou-se que a prevalência de Brucelose bovina foi maior em fêmeas na faixa etária de 24 a 36 meses; bem como que a vacinação de fêmeas é eficiente para conferir proteção ao animal contra a infecção pela B. abortus. Em vista dos resultados obtidos torna-se necessária a sensibilização de proprietários e profissionais quanto à importância da Brucelose na economia, uma vez que o prejuízo gerado é muito grande e justifica investimento em vacinação das fêmeas e testes sorológicos para detecção dos animais positivos e afastamento dos mesmos do rebanho, evitando deste modo a disseminação da enfermidade. Palavras-chave : Prevalência, Brucelose, Bovina, Vacinação S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” Trabalhos Científicos Apresentados Quinta-feira - dia 11/05 01 Título do trabalho: CARACTERIZAÇÃO ULTRAESTRUTURAL DE OÓCITOS DE GATAS DOMÉSTICAS ASPIRADOS APÓS OVARIOHISTERECTOMIA. E-mail: [email protected] Eixo Temático: Reprodução e Biotecnologia Autor: Paz, R.C.R. Instituição: Laboratório de Biotecnologia Animal, FAMEV/UFMT: Fernando Corrêa s/n CEP 78069900, Cuiabá, MT Observações: Barnabé, R.C. Departamento de Reprodução Animal, FMVZ/USP: Orlando Marques de Paiva, 87 CEP 05508-900, São Paulo, SP Introdução: Muitos estudos têm abordado a fertilização e os estágios embrionários em gatos domésticos in vivo e in vitro. No entanto, estes estudos sempre são realizados utilizando esteriomicroscópio ou microscópio de luz para avaliar a qualidade dos oócitos. Objetivos : Descrever os aspectos morfológicos e ultraestruturais de oócitos de gatas domésticas aspirados após a ovariohisterectomia. Aplicabilidade dos Resultados: Os gatos domésticos são utilizados como modelos experimentais para felinos selvagens. O conhecimento da ultraestrutura de gametas nessa espécie pode ser utilizado como referência para a aplicação de técnicas de reprodução assistida como a fertilização in vitro e a injeção intracitoplasmática em felinos ameaçados de extinção. Material e Métodos: Os folículos dos ovários de 4 fêmeas adultas foram aspirados em meio 199 (Nutricel) e avaliados ao esteriomicroscópio. Um total de 225 oócitos foram coletados e classificados como Bons (73), Regulares (55) e Degenerados (89), sendo que 8 foram perdidos durante a manipulação, antes que pudessem ser classificados. Apenas os oócitos classificados como Bons foram fixados em glutaraldeído 2% tampões fosfato (0,2M; pH 7,2 a 7,4) e mantidos sob refrigeração à 5°C para processamento. Para análise, os oócitos foram lavados 3 vezes, durante 5 minutos, em solução salina 0,9%, colocados em tetróxido de ósmio a 1% e armazenados por 24h à 5ºC. Após esse período mais 3 lavagens em solução salina 0,9%, durante 5 minutos, foram realizadas. Acetato de uranila foi adicionada e o material permaneceu por mais 24h à 5ºC. Para a desidratação foram utilizadas séries crescentes de acetona: 30, 50, 70, 90 e 100%, 10 minutos em cada concentração. A embebição foi realizada em séries decrescentes de acetona e resina nas proporções 3:1, 1:1, 1:3 até resina pura, onde permaneceu em estufa a 37ºC por 1h. A inclusão foi realizada com a colocação dos oócitos em cápsulas preenchidas com resina pura e deixadas em estufa a 60ºC por 3 dias para solidificação. Secções ultra-finas de 80nm de espessura, colhidas em telas de cobre de 200 mesh, coradas com acetato de uranila 0,5%, foram examinadas em Microscópio Eletrônico de Transmissão. Resultados e Conclusões : A análise ultraestrutural dos oócitos foi realizada por meio da descrição do material fotodocumentado, onde os oócitos apresentaram citoplasma homogêneo e zona pelúcida compacta, com grande quantidade de grânulos corticais e gotas lipídicas, distribuídos por todo o citoplasma. Nenhum núcleo ou mitocôndria pode ser visualizado. Esse resultado demonstra que a estrutura biológica dos oócitos de felinos segue o mesmo padrão morfológico e ultraestrutural de mamíferos de maneira geral, o que nos permite concluir que a morfologia dos oócitos de gatas domésticas é semelhante à da maioria das espécies de mamíferos já estudadas. Palavras-chave: Microscopia eletrônica de transmissão, oócitos, gato doméstico. Agradecimentos ao Prof. Dr. Idércio Luiz Sinhorini e a Técnica Shirley Meire da Silva - FMVZ/USP. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 02 TÍTULO DO TRABALHO: UTILIZAÇÃO DE ÁGUA DE COCO EM PÓ (ACP) COMO DILUENTE SEMINAL NA FECUNDAÇÃO DE ÓVULOS DE TAMBAQUI COLOSSOMA MACROPOMUM CUVIER, 1818. E-mail: , [email protected] Eixo Temático: reprodução animal Autor: José Ferreira Nunes Instituição: Universidade Estadual do Ceará Observações: Feitosa Vieira M. J. da A, Universidade Estadual do Ceará Matos A.R. B.3,Departamento Nacional de obras Contra as Secas Salgueiro C. C. de M , Universidade Estadual do Ceará Oliveira .C. M. A. de Introdução: INTRODUÇÃO: Devido aos excelentes resultados obtidos com os primeiros estudos com a água de coco "in natura" na conservação principalmente de células espermáticas realizados pelo pesquisador José Ferreira Nunes durante as décadas de 80 e 90, elaborou-se um meio de conservação à base de água de coco em pó (ACP). A invenção está baseada na padronização e estabilização da água de coco na forma de pó e na subseqüente formulação de meios de conservação específicos. Uma vez que a água de coco esteja na forma de pó (ACP), acrescentam-se aditivos específicos segundo o tipo de material a ser trabalhado.O produto básico (líquido endospérmico do coco), em sua forma processada, confere estabilidade e longevidade de prateleira, sem problemas de acondicionamento e supera toda e qualquer outra tecnologia de conservação, uma vez que mantém as propriedades inerentes do produto original. A técnica de diluição do sêmen em ACP já sendo testada para varais espécies como caprinos e ovinos. Salgueiro et al. (2004). A técnica de indução hormonal em peixes é bastante usada pelas fazendas produtoras de alevinos e também difundida nos meios científicos. Embora, a maioria dos trabalhos de fertilização artificial utilizem sêmen fresco e sem diluição, neste trabalho utilizou-se uma técnica comum a outras espécies, como caprino e ovino. Woynarovich (1986) considera que o desenvolvimento gonadal deixa alguns sinais visíveis externamente que auxiliam no diagnóstico dos estágios de maturação conhecimento necessário para indução hormonal. Técnicas como a sondagem ovariana através de biopsia de material para otimizar a hipofisação fazendo uso de hipófise de carpa (Cyprinus carpio) melhorara a eficiência desta técnica (Kovacs, 1991 Objetivos : A hipofisação deste experimento comparou duas técnicas de fecundação de óvulos de tambaqui Aplicabilidade dos Resultados : a diluição do sêmen em solução de ACP permitirá uma otimização na utilização do sêmen, possibilitando assim que um maior número de fêmeas sejam fecundadas com o sêmen de um único reprodutor, possibiltando uma redução no plantel de machos. Material e Métodos : MATERIAL E MÉTODOS: A fêmea utilizada pesou 11,2 kg e recebeu extrato de pituitária na quantidade de 6mg/kg de peso vivo, dividida em duas doses. Na primeira dose recebeu 10 % da dose total que teve a função de provocar a maturação dos óvulos e foi aplicada às 9:30 horas do dia 11/01/2006, em seguida foi aplicada a segunda dose que corresponde a 90 % da dose total e que tem a função de expulsar todo o conteúdo ovariano e foi aplicada às 01:30 horas do dia 12/01/2006. A extrusão ocorreu às 10 horas do dia 12/01/2006, oito horas e meia após a segunda dose. Os resultados foram os seguintes: a desova rendeu como produto 950 gramas de óvulos que foram divididos em dois recipientes para serem fecundados respectivamente com o sêmen diluído em (ACP) e diluído apenas em S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” água Resultados e Conclusões : RESULTADOS: A fecundação nos óvulos que foram fertilizados com sêmen diluído em (ACP) foi de 95% contra os 97% de óvulos fecundados com sêmen diluído em água mostrando assim que a fecundação utilizando a ACP para diluir o sêmen aponta perspectivas alentadoras para conservação e diluição de sêmen de peixes. Uma vez que a concentração espermática no tambaqui é muito elevada 35x107 espermatozóides /ml, a diluição do sêmen em solução de ACP permitirá uma otimização na utilização do sêmen, possibilitando assim que um maior número de fêmeas sejam fecundadas com o sêmen de um único reprodutor. CONCLUSÕES: A fecundação com sêmen diluído em (ACP) apresentou resultados compatíveis com a fecundação tradicional despontando como um produto alternativo na tecnologia do sêmen de peixes. Palavras-chave: Hipofisação, diluente, ACP, Tambaqui, Sêmen. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 03 Título do trabalho : EFEITO DO PROBIÓTICO NO PESO, CIRCUNFERÊNCIA ESCROTAL E CARACTERÍSTICAS DO SÊMEN DE TOUROS DA RAÇA TABAPUÂ E-mail: [email protected] Eixo Temático: Reprodução Animal Autor: Gabriella Biondi de Godoy Instituição: UNOESTE Observações: Marcelo George Mungai Chacur - UNOESTE - 118250168-01 Valéria da Silva Gandolfo - UNOESTE - 335559028-22 Andrea Marisol Novoa Castillo OLiveira - UNOESTE - 231512068-32 José Ricardo .C.Macedo Rodrigo.A.C. Vampieri Sandro Eduardo Arenas José Luis Zanesco Sérgio do Nascimento Kronka. Introdução: INTRODUÇÃO: As características do sêmen de touros vêm sendo objetivo de vários estudos, contribuindo para a seleção de animais férteis, sendo um fator importante para o criador que deseja melhorar seu rebanho. O incremento do manejo moderno abrange a nutrição adequada dos animais, sendo a utilização dos probióticos alvo de várias investigações para o ganho de peso e aumento da produção de carne e leite, bem como para o incremento dos índices reprodutivos em touros e vacas. Objetivos : Objetivos: investigar em touros da raça Tabapuã o efeito do probiótico sobre o peso, circunferência escrotal e qualidade do sêmen. Aplicabilidade dos Resultados : Aplicabilidade dos resultados: A utilização do probiótico nos touros, não revelou efeito positivo sobre o peso, circunferência escrotal e qualidade do sêmen. Material e Métodos : MATERIAL E MÉTODOS: Para este trabalho foram utilizados 24 touros da raça Tabapuã, com idades médias de 30 meses, criados extensivamente na região de Presidente Prudente, SP. Os animais foram divididos em dois grupos, G1=12 animais (grupo controle) e G2=12 animais (tratados com 4g / animal / dia de probiótico, adicionado ao sal mineral), criados em Brachiaria decumbens com água ad libitum. Tendo os parâmetros peso, circunferência escrotal (CE) e análise do sêmen, obtidos antes da oferta do probiótico e após 150 dias do início do fornecimento do mesmo, para todos os touros. Resultados e Conclusões : RESULTADOS: Houve diferença significativa (p<0,01) entre as colheitas 1 e 2, nos grupos 1 e 2, respectivamente. Com as seguintes médias e desvios padrão para CE, peso e vigor espermático. Sendo CE: 30,50±2,10; 33,55±2,10; 29,90±2,10 e 34,30±2,10 cm, peso: 362,70±36,38; 509,60±36,38; 355,50±36,38 e 509,10±36,38 kg, vigor: 2,04±0,23; 1,80±0,23; 2,09±0,23 e 1,76±0,23. Para os defeitos menores (Dm) e totais (Dt) houve diferença significativa (p<0,05). Sendo Dm: 13,84±7,06; 21,79±7,06; 14,99±7,06; e 20,84±7,06 % e Dt: 22,29±9,17; 29,24±9,17; 25,14±9,17 e 32,81±9,17 %. Não houve diferença significativa (p>0,05) para as colheitas em relação aos grupos para volume, motilidade e defeitos maiores. CONCLUSÕES: Neste trabalho conclui-se que a utilização do probiótico não influenciou nos parâmetros avaliados: peso, circunferência escrotal e quadro seminal. Palavras-chave: Palavras-chaves: Tabapuã, Probiótico, Peso, Circunferência escrotal, Sêmen. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 04 TÍTULO DO TRABALHO : APLICAÇÃO HORMONAL NA SINCRONIZAÇÃO ESTRAL E OVULAÇÃO DE BOVINOS E-mail: [email protected] Eixo Temático: Biotecnologias aplicadas à reprodução em bovinos Autor: Bueno, C.P. (Cristiano Pereira Bueno) Instituição: UFU - Universidade Federal de Uberlândia Observações: Introdução: Na última década, a melhor compreensão da fisiologia do crescimento folicular ovariano permitiu o desenvolvimento de tratamentos hormonais capazes de controlar o momento da ovulação e desta forma possibilitou a utilização de tecnologia como a inseminação artificial em tempo fixo. O objetivo de um bom programa de sincronização é o controle preciso do estro, que possibilita, por exemplo, protocolos reprodutivos como a inseminação artificial em tempo fixo (IATF) sem detecção do cio sendo necessário altos índices de fertilidade no estro ou na ovulação sincronizados. Objetivos : O objetivo desta revisão da literatura é reunir e disponibilizar resultados de pesquisas de toda a comunidade científica na área de biotecnologias aplicadas à reprodução em bovinos. A utilização hormonal na sincronização estral e ovulação de bovinos, é bastante discutida, portanto os resultados de pesquisas são imprescindíveis para tanto. Aplicabilidade dos Resultados : REVISÃO DE LITERATURA De acordo com Thatcher et al.(2004) as estratégias de programação da ovulação têm-se baseado no controle do tempo de vida do corpo lúteo com prostaglandinas, na indução da ovulação com hormônio liberador de gonadotropinas (GnRH) ou no impedimento do estro com o uso de tratamentos à base de progestágenos. Day (2005) relata que os tratamentos que levam a um aumento das concentrações de progesterona antes da ovulação, aumento da secreção de LH durante o período pré-ovulatório e um maior crescimento folicular (mas controlado) e secreção de estradiol antes da indução do pico pré-ovulatório de gonadotropina são necessários para induzir com sucesso um ciclo estral de duração normal e fertilidade aceitável. Segundo o autor, tanto antes como depois do prétratamento com progestina, um aumento de secreção de LH foi identificado como uma ação primária pela qual este tratamento induz a retomada de cistos. Diz ainda que um aumento na secreção de LH durante o proestro em resposta ao pré-tratamento com progestina, entretanto, não assegura que a ovulação venha a ocorrer. Conforme Lamb (2004) destaca, os primeiros protocolos de sincronização do estro focavam a alteração do ciclo estral através da regressão do CL após uma aplicação de PGF2α seguida da detecção do estro entre 18 e 80 horas após a sua administração. Ele diz ainda que após ocorrer uma mudança nesse cenário com a disponibilização do GnRH, os pesquisadores tiveram a oportunidade de direcionar seus esforços para a sincronização da ovulação e não mais apenas do estro. Segundo Pursley et al.(1995), quando o GnRH é administrado em estágios aleatórios do ciclo estral, causa ovulação do folículo dominante e induz a emergência de uma nova onda de crescimento folicular dentro de 2 a 3 dias após o tratamento. Assim, 6 a 7 dias mais tarde a maioria dos animais estarão em estágio de desenvolvimento folicular similar no momento da administração de PGF2α e, consequentemente, haverá melhor sincronização do estro. Pursley et al.(1995) diz ainda que a administração de uma segunda dose de GnRH 1 a 2 dias após a PGF2α, sincroniza o momento da ovulação e os animais podem ser, por exemplo, inseminados com horário predeterminado. Santos e Chebel (2005) relatam que de maneira geral, apenas folículos maiores que 10 mm de diâmetro respondem ao GnRH e sofrem ovulação. Portanto, quando a primeira injeção de S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” GnRH é administrada no metaestro (1 a 4 dias após estro), folículos pequenos presentes nos ovários não sofrem ovulação ou luteinização, e não há recrutamento de uma nova onda folicular. Dessa forma, a segunda injeção de GnRH promove a ovulação de um folículo envelhecido, comprometendo a qualidade do ovócito e, consequentemente a viabilidade embrionária (SANTOS; CHEBEL, 2005). Segundo Barros et al (2000), outra forma de sincronizar a ovulação é através do uso de benzoato de estradiol (BE) associado com GnRH. Neste caso, após a luteólise induzida pela PGF2α, o BE, por meio de retroalimentação positiva no hipotálamo/hipófise, induz o pico pré-ovulatório de LH cerca de 40 a 44 horas após sua administração, ou seja, cerca de 10 a 12 horas mais tarde do que quando se utiliza GnRH. De acordo com Barros et al.(2005), existem produtos que são implantados nas orelhas (via subcutânea), com a finalidade de manter níveis sangüíneos elevados de um progestágeno (norgestomet) e, desta forma, diminuir a liberação endógena do hormônio luteinizante, estimulando a fase lútea do ciclo estral. O autor explica que a regressão do CL é alcançada pela aplicação de valerato de estradiol no início do tratamento ou pela administração de PGF2α no momento da remoção do implante. Cavalieri et al. (1997) verificaram que o tratamento com gonadotrofina coriônica eqüina (eCG) promove maior sincronização do pico de LH e da ovulação em vacas tratadas com implantes de norgestomet. Os autores sugerem que a utilização de eCG pode melhorar a eficiência de tratamentos de sincronização da ovulação para IATF. Nos últimos anos tornaram-se disponíveis vários dispositivos intravaginais liberadores de progesterona (P4), que associados à administração de BE constituem um dos tratamentos mais utilizados para a IATF de bovinos, promovendo melhoras significativas no crescimento folicular e na sincronização da ovulação. (BARROS et al. 2005). Thatcher et al.(2004) explica que o uso da progesterona pode melhorar a sincronia do estro através da sincronização do desenvolvimento e da ovulação dos folículos da primeira onda, evitar a ocorrência prematura de estro, além de garantir uma taxa elevada de renovação folicular quando associada com GnRH e estimular o estro em animais em anestro. O hormônio do crescimento (GH) ou somatotropina (ST) também são capazes de alterar a função lútea (FONSECA et al. 2001). Foi demonstrado que o GH potencializa a diferenciação de células da granulosa (cultivadas in vitro) estimuladas pelo hormônio folículo-estimulante (FSH) e aumenta a secreção in vivo de fator de crescimento semelhante à insulina-I (IGF-I) (HERRLER et al., 1994) e de P4 em novilhas (LUCY et al. 1994a,b). A somatotropina bovina recombinante (rbST) elevou o peso e a esteroidogênese do corpo lúteo (CL), o que pode ter ocorrido em função de mudanças celulares induzidas por esse hormônio durante fases iniciais de desenvolvimento do CL (antes do nono dia), por efeito direto da rbST sobre o CL maduro (após o nono dia), ou ainda por uma combinação destes efeitos durante os dois períodos (FONSECA et al. 2001). Notavelmente, a rbST aumentou a freqüência de pulsos de LH e a produção de P4 em vacas lactantes 10 dias após o parto, mostrando mais uma via pela qual pode haver aumento de função lútea (SCHEMM et al., 1990). Material e Métodos: Resultados e Conclusões : A variedade de produtos e protocolos hormonais são bastante amplos, sendo que a escolha do tratamento mais apropriado dependerá da relação custo/benefício para cada situação relacionada ao manejo da fazenda e à condição reprodutiva dos animais. À medida que o conhecimento sobre a utilização hormonal na reprodução de bovinos avança, novos tratamentos serão desenvolvidos para aumentar a eficiência e facilitar, cada vez mais, a utilização de biotécnicas como a inseminação artificial, transferência de embriões e produção in vitro de embriões. Palavras-chave: Sincronização estral, hormônios na reprodução, sincronização da ovulação, reprodução de bovinos. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 05 Título do trabalho : EFEITO DO MANEJO DIFERENCIADO DE NOVILHAS PRIMÍPARAS SOBRE A TAXA DE PRENHEZ, EM PECUÁRIA EXTENSIVA DE CORTE E-mail: [email protected] Eixo Temático: Med. Vet. Preventiva e Saude Pública Autor: Ernest Schillings Neto Instituição: Med. Vet. Autônomo Observações: Schillings Neto E.1, Cucco, M.A., Sereno, J. R.3, Juliano, R. S.4, Jacomini, L.A.5 1 Medico Veterinário Autônomo: Alameda Antonio Costa Santos nº. 1340 CEP 79-750-000, Nova Andradina, MS, [email protected] (CPF 854340271-91) 2 Médico Veterinário Autônomo. Quintino Bocaiúva 1547, Campo Grande, MS, CEP 79100-000 3 Médico Veterinário Pesquisador, Embrapa-CPAC, BR 020 Km 18, Rodovia Brasília-Fortaleza - Cx. Postal 08223, Planaltina, DF, CEP 73310-970 (224518114-04) 4 Médica Veterinária Doutoranda em Sanidade Animal, EV/UFG, Cx. Postal 131, CEP74001970, Goiânia-GO.(CPF 481507381-34) 5 Graduando em Medicina Veterinária, EV/UFG, Cx. Postal 131, CEP74001-970, Goiânia-GO. (CPF 005243841-42) Introdução: A eficiência reprodutiva é uma característica complexa que envolve nutrição, genética, sanidade e manejo do rebanho. Em um sistema de produção de vacas de corte, o objetivo principal a produção de um bezerro desmamado a cada ano, para cada matriz em reprodução. Isso implica em evitar desperdícios; reduzir custos e aumentar a lucratividade e eficiência da atividade pecuária para cumprir os fundamentos de um sistema de produção que queira competir no ambiente globalizado (FRIES,1999).A taxa de reposição no rebanho de corte é próxima a 20%, isto significa que a cada ano serão introduzidos no sistema produtivo, uma categoria animal (novilhas) que apresenta exigências diferenciadas para um melhor desempenho produtivo e conseqüentemente pode representar um ponto de estrangulamento na avaliação da eficiência reprodutiva do rebanho. Objetivos : Este trabalho teve por objetivo, relatar o efeito da aplicação de manejo diferenciado de primíparas, em um sistema de produção pecuária de corte, sobre a taxa de prenhez (TP). Aplicabilidade dos Resultados : Alterações simplificadas de manejo reprodutivo e nutricional podem aumentar a taxa de prenhêz de novilhas primíparas. Material e Métodos : Foi avaliada a taxa de prenhes (TP) de 200 novilhas de primeira cria, em estação de monta (EM) anterior e posterior à adoção de medidas de manejo diferenciado, incluindo separação de lotes por categoria animal, suplementação alimentar com sal mineral protéico-energético (10%PB, 690kcal/kg de energia e 60g/kg de P) 90 dias antes e após o parto , fornecimento de pastagens de melhor qualidade em lotação de 0,9UA/ha, controle de endoparasitas e entouramento precoce (15 dias antes das multíparas) de primíparas com 280kg de peso vivo.Os animais eram criados em sistema extensivo de produção de carne, em uma propriedade situada no Estado de Mato Grosso do Sul, com área total de aproximadamente 3400 hectares, divididos em piquetes de 40 hectares formados com Brachiaria decumbens e Brachiaria humidicula em sistema de pastejo rotacionado. Resultados e Conclusões : Os resultados revelaram um aumento de 24% na TP. As alterações sugeridas foram favoráveis e aplicáveis como forma de melhorar os íncices produtivos dessa categoria animal. Palavras-chave: Bovino de Corte, Taxa de Prenhês, Primiparas S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 06 Título do trabalho : PROTOCOLO CURTO DE SINCRONIZAÇÃO DE ESTRO EM CABRAS E-mail: [email protected] CPF: 111.591.678-50 Eixo Temático: Reprodução e biotecnologia Autor: Kelma Costa de Souza Instituição: Universidade Estadual Vale do Acaraú Observações: Alice Andrioli - Embrapa-Caprinos Introdução: A sincronização de estro é uma importante prática de manejo, já que concentra ainda mais a estação de nascimentos. Porém os protocolos de sincronização do estro apresentam resultados variados. Objetivos: Avaliar protocolo curto de sincronização hormonal do estro em cabras SRD com inseminação artificial (IA) e avaliar o efeito do uso de rufião (serviço estéril - SE) nos parâmetros reprodutivos. Aplicabilidade dos Resultados: Estabelecer protocolo de sincronização do estro e inseninação artificial em caprinos, visando promover melhor manejo reprodutivo. Material e Métodos: Foram utilizadas 27 cabras SRD divididas em dois grupos um de 13 animais com realização do SE pelo rufião e 14 onde não se permitiu a monta. No dia zero foi realizada a introdução das esponjas impregnadas com 60mg de acetato de medroxiprogesterona e aplicação de 50g de cloprostenol (PGF2alfasintética) mais 1mg de ciprionato de estradiol (ECP). No quarto dia aplicou-se 250UI eCG e no quinto dia retirou-se as esponjas; no sexto foi feita nova aplicação de 1mgECP. Todos as aplicações hormonais foram realizadas pela manhã. A detecção do estro pelos rufiões iniciou-se 8 horas após a retirada da esponja, e daí em diante a cada 12 horas até 84 horas. Ressaltamos que um grupo de fêmeas era realizada o SE e no outro não era permitida a monta. Após a manifestação do estro foram realizadas as IA`s, com dupla deposição, a primeira com 12h após o início do estro e a segunda 12h após a deposição anterior. Resultados e Conclusões : Das 27 cabras tratadas 24 (88,9%) apresentaram estro enquanto 3 (11,1%) não. Dos animais que manifestaram sintomas de estro 70,4%, 14,8% e 3,7% apresentaram estro com 24h, 36h e 48h, após a retirada das esponjas, respectivamente. Na maioria das cabras (83,3%) o estro teve ao redor 84h de duração. As cérvices apresentaram-se pouco dilatadas sendo que nenhuma inseminação foi intra-uterina. No geral, as IA`s foram realizadas nas seguintes proporções, duas (7,1%) vaginais, 17 (60,7%) cervical superficiais e 9 (32,2%) cervical profundas. No grupo onde ocorreu o SE não houve deposição vaginal e tivemos 8 IA`s cervical superficiais (57%) e 6 cervical profundas (42,8%). Das 14 em que não se permitiu a monta, 2 tiveram deposição vaginal (14,3%), 9 cervical superficiais (64,3%) e 3 cervical profundas (21,4%). As IA`s no grupo que tiveram SE observou-se uma tendência de serem mais profundas, com relação ao outro grupo, indicando que o estímulo da monta poderá favorecer uma maior abertura cervical, porém as IA`s, no geral, não foram satisfatórias pois houve dificuldade em realiza-las mais profundamente, ideal para o sucesso da técnica. A sincronização apresentou resultado satisfatório quanto o início do estro, porém, a duração foi muito longa, assim não recomendamos este método de sincronização do estro. Realizado com apoio financeiro do BNB e a FUNCAP. Palavras-chave: Caprino sincronização do estro, inseminação artificial e comportamento. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 07 TÍTULO DO TRABALHO : PADRONIZAÇÃO E UTILIZAÇÃO DO TESTE HIPO-OSMÓTICO COMO MÉTODO DE AVALIAÇÃO DA INTEGRIDADE DA MEMBRANA ESPERMÁTICA DE OVINOS - RESULTADOS PRELIMINARES E-mail: [email protected] Eixo Temático: biotecnologia e reprodução animal Autor: Walter Augusto dos Santos Marinho Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária (FAMEV), Laboratório de Biotecnologia e Reprodução Animal. Observações: MACIEL, W. R. S. 1,4; MINOSSO, M. F. C. 1,4; SILVA JÚNIOR, L. 2,4; COSENTINO, P. N. S2, 4; MICHELETTI, M. V. 1,4; DALCIM, L. 1,4; CABRAL, L. S. 3,5; HATAMOTO, L. K. 3,4 1. Discente do curso de Medicina Veterinária FAMEV-UFMT, Av. Fernando Correa da Costa s/n, Cuiabá-MT 2. Discente do curso de Pós-graduação em Ciência Animal FAMEV-UFMT 3. Professor Adjunto do curso de Medicina Veterinária FAMEV-UFMT 4. Laboratório de Biotecnologia e Reprodução Animal 5. Setor de Ovinocultura Introdução: Introdução: O teste hipo-osmótico (HIPO) é utilizado para avaliar a integridade da membrana espermática. Quando o espermatozóide é exposto a condições hipo-osmóticas há entrada de água pela membrana espermática, numa tentativa de atingir um equilíbrio osmótico entre os compartimentos intracelular e extracelular. Este influxo de água aumenta o volume da célula e provoca a dilatação da membrana plasmática, enrolando-se o flagelo no seu interior. A cauda é a região espermática mais susceptível a esta condição, torcendo-se em helicoidal (reação positiva). Esta reação indica que a membrana está bioquimicamente ativa, ou seja, a membrana espermática está intacta. Objetivos: O presente trabalho teve como objetivo determinar qual a melhor solução hipoosmótica para avaliar a integridade da membrana espermática de ovinos. Aplicabilidade dos Resultados: método para avaliar a integridade da membrana espermática de semen fresco de ovinos Material e Métodos: Material e métodos: Foram utilizados 12 carneiros SRD, sendo feitas duas coletas de sêmen por eletro-estimulação, com intervalo de uma semana entre as coletas. O HIPO foi realizado segundo JEYENDRAN et al. (1984). Imediatamente Após a coleta, alíquotas de 100 µL do sêmen fresco foram homogeneizadas e incubadas em 1,0 mL de solução isoosmótica (300 mOsm) e soluções hipo-osmóticas de 50, 100, 150 e 200 mOsm. As amostras foram então incubadas a 37ºC por 30 minutos. A seguir adicionou-se 100 µl de formol salino para que a atividade da membrana espermática fosse interrompida. As amostras foram analisadas em microscópio por contraste de fase, pelo método de câmara úmida, contando-se 200 células, sendo estas classificadas em espermatozóides normais ou espermatozóides com cauda fortemente enrolada. Resultados e Conclusões : Resultados: a porcentagem de espermatozóides com cauda fortemente enrolada nas soluções foram: 3,76% (300mOsm), 10,48% (200mOsm), 26,58% (150mOsm), 26,59% (100mOsm), 20,61% (50mOsm). As soluções de 150 e 100 mOsm promoveram maiores porcentagens de enrolamento de cauda (p=0,0031, p=0,0020, respectivamente). Conclusões: O HIPO pode ser utilizado para a avaliação do sêmen fresco ovino. E as melhores soluções hipo-osmótica para avaliar a integridade da membrana espermática de ovinos foram as de 150 e 100 mOsm. Palavras-chave: Palavras chave: sêmen, ovinos, teste de membrana. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 08 Título do trabalho : UTILIZAÇÃO DO TESTE HIPO-OSMÓTICO COMO EXAME COMPLEMENTAR NA AVALIAÇÃO DA FERTILIDADE DE OVINOS - RESULTADOS COMPLEMENTARES E-mail: [email protected] Eixo Temático: reprodução e biotecnologia Autor: Patricia Nunes Cosentino Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso Observações: Luciana Dalcim (1,2,5);Wilton Rogério Santos Maciel (1,2,4,5); Walter Augusto dos Santos Marinho (1,2,5); Marcos Vinícius Micheletti (1,2,5); Maísa Fernanda Campos Minosso (1,2,5); Lourival Souza e Silva Júnior (1,2,6); Luciano da Silva Cabral (1,3,4); Luciana Keiko Hatamoto (1,2,4). 1 Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária (FAMEV). Av. Fernando Correa da Costa s/n, Cuiabá MT. 2 Laboratório de Biotecnologia e Reprodução Animal. 3 Setor de Ovinocultura, Fazenda Experimental FAMEV-UFMT. 4 Professor Adjunto. 5 Aluno do Curso de Medicina Veterinária, FAMEV-UFMT. 6 Aluno do Curso de Pós Graduação em Ciência Animal, FAMEV-UFMT. Introdução: A avaliação da fertilidade de ovinos é de extrema importância para determinar os animais aptos à reprodução. Os testes usados normalmente são os que avaliam a motilidade e a morfologia dos espermatozóides, detectando a presença ou não de patologias espermáticas. Porém, não são suficientes para determinar a real fertilidade dos machos, por isso há a necessidade de se desenvolver testes que melhorem esta avaliação. O teste hipo-osmótico (HOST) é uma alternativa que vem sendo utilizada em algumas espécies; ele avalia a integridade da membrana plasmática do espermatozóide. Objetivos: O objetivo deste trabalho foi verificar se existe correlação entre o resultado do HOST com os parâmetros seminais avaliados no espermograma padrão. Aplicabilidade dos Resultados: Avaliar se o HOST pode ser usado como teste complementar de avaliação da integridade de membrana plasmática dos espermatozóides. Material e Métodos: Foram utilizados 12 ovinos machos, pertencentes à Fazenda Experimental da Universidade Federal de Mato Grosso, localizada no município de Santo Antônio do Leverger-MT. Foram feitas duas coletas de sêmen através de eletro-estimulação. Foram avaliados os seguintes parâmetros: circunferência (cm) e consistência (1-5) testicular, volume do ejaculado (mL), motilidade (%), vigor (1-5), turbilhonamento (1-5), viabilidade espermática (%, eosina-nigrosina), e retirada uma alíquota para posterior avaliação da morfologia (%) e concentração (x106 espermatozóides/mL) espermáticas. O HOST foi realizado segundo a metodologia de Jeyendran et al. (1984). Resultados e Conclusões : Os resultados médios encontrados foram: circunferência escrotal: 26,57 cm; consistência testicular de 2,93; volume do ejaculado: 1,41 ml; motilidade: 75%; vigor: 3,11; turbilhonamento 2,73; viabilidade: 97,01%; concentração: 93,20 x106espermatozóides/ml; defeitos menores, maiores e totais, respectivamente: 5,35%; 8,23%; 13,59%; e porcentagem de células com membrana íntegra observada no HOST 22,81%. Não foi possível demonstrar interação entre o HOST e os parâmetros seminais avaliados. Devem ser feitas mais pesquisas para que se possa avaliar se o HOST pode ser utilizado como um teste complementar para avaliar a qualidade do sêmen fresco de ovinos. Palavras-chave: Reprodução, Ovinos, Sêmen, Hipo-Osmótico. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 09 Título do trabalho : PREVALÊNCIA DE HIPOPLASIA GONADAL HEREDITÁRIA EM VACAS AZEBUADAS ABATIDAS NA ZONA DA MATA DO ESTADO DE RONDÔNIA E-mail: [email protected] Eixo Temático: Patologia da Reprodução Animal Autor: PELLIZARI, F.M Instituição: Universidade de Cuiabá Observações: 2MENDONÇA F.S., 3DINIZ, M.S, 3CAMARGO L.M, 4SIMÕES M. J., 5EVÊNCIONETO J. 1 Médica Veterinária. Pós-Graduanda - Universidade de Cuiabá - UNIC. Av. Beira Rio, 3100, Cuiabá, MT. 2. Orientador. Médico Veterinário, Área de Anatomia Patológica, Professor da Faculdade de Medicina Veterinária - UNIC, Cuiabá - MT. 3 Médico Veterinário, Professor da Faculdade de Medicina Veterinária - UNIC, Cuiabá - MT. 4 Médico Veterirário, Professor Adjunto do Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal, Universidade Federal Rural de Pernambuco. Rua Dom Manoel de Medeiros s/n, CEP 52171900, Dois Irmãos, Recife, PE 5 Médico. Professor Titular do Departamento de Morfologia da Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo. Rua Botucatú, 740, CEP 04023900, São Paulo, SP. Introdução: A hipoplasia gonadal hereditária ocorre em várias espécies e constitui-se em importante causa de falha reprodutiva em vacas taurinas e zebuínas. Através de um estudo clássico em bovinos Highland Settergrens em 1964, Lagerlof & Boyd (1953), descreveram três tipos de hipoplasia gonadal hereditária: total, parcial e transacional. Tanto em vacas taurinas quanto em vacas zebuínas a hipoplasia gonadal hereditária é geralmente bilateral, mas varia consideravelmente em severidade e simetria. Em associação com a hipoplasia ovariana, geralmente há um infantilismo relacionado ao restante do trato genital. O infantilismo genital ocorre mais freqüentemente em fêmeas jovens associadas a má nutrição, tornando os ovários monofuncionais (Jubb & Kennedy). Objetivos: A hipoplasia ovariana constitui-se em importante causa das falhas reprodutivas em fêmeas domésticas, principalmente em vacas taurinas. Considerando-se a pouca freqüência dos relatos de dados sobre esta importante doença no Estado de Rondônia, propusemo-nos a realizar o presente estudo, que teve como objetivo relatar a prevalência de hipoplasia gonadal hereditária em vacas azebuadas na Zona da Mata do Estado de Rondônia. Aplicabilidade dos Resultados: Os resultados são aplicados para o conhecimento da prevalência desta doença em bovinos na Zona da Mata do Estado de Rondônia. Material e Métodos: 109 gônadas foram coletadas na linha de inspeção apropriada, retirados os tecidos adjacentes, os ovários foram medidos com paquímetro e posteriormente mergulhados em líquido de Boüin, permanecendo neste fixador por oito horas Após esses procedimentos, os fragmentos foram cortados e preparados segundo técnica histológica usual para inclusão em parafina. Os cortes histológicos foram submetidos à coloração pela hematoxilina-eosina para posterior análise morfológica em microscópio de luz. Resultados e Conclusões : Observou-se que houve maior freqüência de hipoplasia ovariana na gônada esquerda. No ovário hipoplásico encontrado identificou-se redução do tamanho, superfície de aspecto liso, formato fusiforme e com a presença de pequenos sulcos longitudinais em sua superfície. Os ovários direitos apresentaram maior largura (18,9 mm) em relação aos ovários esquerdos (17,2 mm). O único ovário hipoplásico encontrado mediu 19 milímetros de comprimento e 7,1 milímetros de lagura. Diante do exposto e baseados em nossos resultados podemos concluir que a prevalência de hipoplasia gonadal hereditária em vacas abatidas na Zona da Mata do Estado de Rondônia é de 0,9%. Os resultados sugerem que esta alteração é mais freqüentemente encontrada no ovário esquerdo. Palavras-chave: Gônadas, infertilidade, bovinos. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 10 Título do trabalho : PREVALÊNCIA DE VESICULITE SEMINAL EM BOVINOS ABATIDOS NA ZONA DA MATA DO ESTADO DE RONDÔNIA E-mail: [email protected] Eixo Temático: Patologia da Reprodução Animal Autor: OLIVEIRA, H. K. F. Instituição: Universidade de Cuiabá Observações: 2 MENDONÇA F. S., 3 DINIZ, M. S., 3 CAMARGO L. M., 4 EVÊNCIO-NETO, J., 5 SIMÕES M. J. 1 Médica Veterinária. Pós-Graduanda - Universidade de Cuiabá - UNIC. Av. Beira Rio, 3100, Cuiabá, MT. 2. Orientador. Médico Veterinário, Área de Anatomia Patológica, Professor da Faculdade de Medicina Veterinária, UNIC: [email protected] 3 Médico Veterinário, Professor da Faculdade de Medicina Veterinária - UNIC Cuiabá - MT. 4 Médico Veterirário, Professor Adjunto do Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal, Universidade Federal Rural de Pernambuco. Rua Dom Manoel de Medeiros s/n, CEP 52171900, Dois Irmãos, Recife, PE 5 Médico. Professor Titular do Departamento de Morfologia da Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo. Rua Botucatú, 740, CEP 04023900, São Paulo, SP. Introdução: Pouco diagnosticada, a vesiculite seminal é muito freqüentemente causa de infetilidade em touros. Esta importante doença do sistema reprodutor do macho pode ser caracterizada de acordo com o tempo de evolução em aguda ou crônica, variando por conseguinte, de acordo com a etiologia da inflamação. Dependendo do estágio da inflamação, as seqüelas podem variar desde queda na qualidade do sêmen até a fibrose glandular, interferindo diretamente no desempenho reprodutivo animal (EMBRAPA, 2005). A patogenia também é incerta. Infecções ascendentes, infecções descendentes, disseminação hematógena, malformações congênitas que impedem a excreção de fluidos e espermatozóides e o refluxo de espermatozóides ou urina para as glândulas têm todos sido propostos como participantes da patogenia (Acland, 1998). Objetivos : Considerando a baixa freqüência dos relatos de casos desta importante doença do sistema reprodutor de bovinos realizamos o presente estudo que teve por objetivo estabelecer a prevalência da vesiculite seminal em bovinos na Zona da Mata do Estado de Rondônia. Aplicabilidade dos Resultados : Os resultados são aplicados para o conhecimento da prevalência desta doença na Zona da Mata do Estado de Rondônia. Material e Métodos : Um total de cento e quinze bovinos, inteiros e castrados, provenientes de fazendas de gado de corte do da Zona da Mata do Estado de Rondônia foram abatidas em um abatedouro comercial, de acordo com a metodologia usual. As glândulas seminais foram coletadas na linha de inspeção apropriada. Retirados os tecidos adjacentes, as glândulas foram examinadas macroscopicamente e posteriormente mergulhadas em líquido de Boüin, permanecendo neste fixador por 8 horas. Após esses procedimentos, os fragmentos foram cortados e preparados com técnica histológica usual. Os cortes histológicos foram submetidos à técnica de coloração pela hematoxilina-eosina para posterior análise morfológica em microscópio de luz. Resultados e Conclusões : No presente estudo, dois casos de vesiculite seminal foram identificados. Macroscopicamente as glândulas afetadas estavam aumentadas de volume, mais consistentes que o normal e apresentavam ainda aderências aos órgãos adjascentes, como o reto e o tecido adiposo pélvico. Ao microscópio óptico, os alvéolos e o estroma das glândulas afetadas apresentavam-se com níveis diferenciados de inflamação purulenta. Sendo que em um caso já havia fibrose tecidual. Neste caso, evidencia-se um processo inflamatório crônico, onde a presença de faixas irregulares de tecido conjuntivo colagenoso foi identificado substituindo o parênquima secretório. Baseados em nossos resultados e de acordo com o exposto podemos concluir que a prevalência de vesiculite seminal na Zona da Mata do Estado de Rondônia foi de 1,74%. Palavras-chave: Gônadas, infertilidade, bovinos. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 11 Título do trabalho : EFEITO DO ESTRESSE TÉRMICO SOBRE OS PARÂMETROS SEMINAIS DE SUÍNOS CRIADOS NA BAIXADA CUIABANA - RESULTADOS PRELIMINARES E-mail: [email protected] Eixo Temático: Reprodução e Biotecnologia Autor: Instituição: Observações: OLIVEIRA FILHO, J. X.1*, MARTINS, R. P.2, GONÇALVES, M. A.3, PEREIRA, D. F. C.2, MACIEL, W. R. S.2, HATAMOTO, L. K.4, CARAMORI JÚNIOR, J. G.5 1. Graduando, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária (FAMEV), Bolsista Pibic-CNPq, Av. Fernando Correa da Costa s/n, Cuiabá-MT [email protected] 2. Graduando, FAMEV-UFMT, Bolsista Pibic-CNPq 3. Graduando, UFMT-FAMEV, Bolsista de Extensão 4. Professor CLIMEV, Lab. de Biotecnologia e Reprodução Animal-UFMT 5. Professor DPA, Setor de Suinocultura, UFMT Introdução: Para se obter índices elevados de produtividade em uma granja de suínos, é necessário a realização de um manejo adequado dos reprodutores, dando-se atenção especial aos cachaços. A fertilidade do cachaço depende de vários fatores, entre os quais se incluem o comportamento sexual, a capacidade em realizar a monta e sua capacidade de produzir espermatozóides em quantidade e qualidade adequada. Na Baixada Cuiabana as temperaturas variam de 25º à 36 ºC durante os meses de setembro a março. Quando os cachaços são expostos a temperaturas superiores à 29°C, verifica-se um comprometimento na qualidade do sêmen, resultando no aumento de formas anormais espermáticas, acrossomas alterados, diminuição da capacidade de conservação das doses seminais, diminuição da motilidade, vigor e volume do ejaculado. Objetivos : Avaliar os efeitos do estresse térmico sobre os parâmetros seminais de suínos criados na Baixada Cuiabana. Aplicabilidade dos Resultados : O presente trabalho mostra a necessidade de realizar manejos adequados na granja, proporcionando ao cachaço um microclima favorável ao seu desempenho reprodutivo, melhorando a produtividade na granja. Material e Métodos : Utilizou-se 2 cachaços de linhagem terminal, com 13 meses de idade, alojados em baias individuais na Fazenda Experimental da UFMT em Santo Antônio do Leverger-MT. No período de Setembro de 2005 a Fevereiro de 2006 foram realizadas 2 coletas semanais de sêmen, feitas através da técnica de mão enluvada com auxílio de manequim. Os parâmetros avaliados foram: temperatura ambiental (TEMP, °C), volume (VOL, mL), concentração do ejaculado (CONC, x106espermatozóides/mL.), motilidade (MOT,%), vigor (VIG,1-5), aglutinação (AGLUT,1-3) e morfologia espermática (DEFT, %). Resultados e Conclusões : As temperaturas máximas observadas no período variaram de 28 a 36°C. Os valores médios obtidos para os parâmetros avaliados nos meses de outubro, novembro, dezembro, janeiro e fevereiro foram, respectivamente: TEMP 28,33; 28,89; 26,57; 28,32; 32,00; VOL 373,67; 302,19; 283,75; 255,91; 263,33; CONC 161,65; 132,5; 111,55; 133,50; 177,50; MOT 72,67; 80,94; 80,63; 78,64; 78,13; VIG 2,73; 3,73; 3,06; 3,27; 3,02; AGLUT 1,62; 1,72; 2,14; 2,00; 2,13; DEFT 4,72; 5,72; 6,64; 7,46; 5,38. Observou-se significância estatística de efeito do mês sobre TEMP (p=0,00026) e DEFT (0,04864). Conclui-se que o estresse térmico influencia os parâmetros seminais sendo DEFT o parâmetro mais sensível. Realizado com apoio financeiro UNISELVA e CNPq Palavras-chave: Qualidade, Sêmen, Suíno, Estresse. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 12 Título do trabalho : EFEITO DE DIETA CONTENDO GOSSIPOL SOBRE A MORFOLOGIA DO EPIDÍDIMO DE TOUROS DA RAÇA NELORE E-mail: [email protected] Eixo Temático: Reprodução e Biotecnologia Autor: PORTILHO, F. K. B. C. (1) Instituição: (1) Médico Veterinário. Pós Graduando - Universidade de Cuiabá - UNIC, CUIABÁMT. Observações: DINIZ, M. S. (2), SIMÕES, M. J. (3), MENDONÇA F. S. (4), FREITAS, S. H. (4), CAMARGO, L. M. (4), RONDON, A. S. (5). (2) Médico Veterinário. Orientador. Professor da Faculdade de Medicina Veterinária - UNIC, CUIABÁ-MT. (3) Médico, Professor Titular Departamento de Morfologia, EPM - UNIFESP. (4) Médico Veterinário, Professor da Faculdade de Medicina Veterinária - UNIC, Cuiabá-MT. (6) Bióloga. Professora da Universidade de Cuiabá-UNIC. Introdução: O algodoeiro não é somente uma planta fibrosa e oleaginosa mas também, produtora de proteína de qualidade, podendo funcionar como suplemento protéico na alimentação animal e humana, na ausência de gossipol (Embrapa, 2003). O gossipol é um pigmento polifenólico amarelo tóxico produzido nas glândulas pigmentares da raiz, folha, caule, semente e no farelo de algodão (Randel et al., 1992). As limitações de uso dos subprodutos, são devidas ao fato da presença do gossipol. Os suínos são bastante sensíveis a esse pigmento tóxico, podendo intoxicar-se com níveis tão baixos quanto 0,002% de gossipol livre na ração. Os sintomas de intoxicação variam de leves tremores até a morte, em casos severos, devido aos danos causados no fígado e no coração. Em geral, bovinos e carneiros não são muito afetados, porém coelhos e porcos morrem ao serem alimentados com freqüência, com torta ou farelo de algodão. Em ruminantes a desintoxicação ocorre no próprio rúmen, pelo fato do gossipol se ligar a proteínas solúveis ou pela diluição no local (Embrapa, 2003). Objetivos : O presente estudo teve como objetivo avaliar o efeito da dieta contendo gossipol sobre a morfologia do epidídimo de touros da raça nelore. Aplicabilidade dos Resultados : Os resultados se aplicam a reprodução de bovinos pois revelam dados sobre modificações histológicas epidídimicas de animais submetidos a dietas contendo gossipol. Material e Métodos : 16 touros da raça Nelore, com 30 meses, 442 kg, forma distribuídos em dois grupos: T1, oito touros submetidos a dieta contendo 14% de caroço de algodão (gossipol) (2,2 kg/animal/dia) com base na matéria natural e T2, oito touros submetidos a dieta isenta de gossipol. As dietas foram formuladas para ganhos estimados de 1.200 g/animal/dia. Em função do teor de caroço de algodão do T1, o nível de extrato etéreo estimado foi de 8% e no T2 foi de 6%. As dietas foram reformuladas após 41 dias do início do experimento para atender às exigências dos animais. Os testículos foram fixados em liquido de Bouin e processados para inclusão em parafina, segundo as técnicas histológicas de rotina. Cortes com 5 micrômetros de espessura foram obtidos e corados pela hematoxilina e eosina. As lâminas foram analisadas em um analisador de imagens da Carl Zeiss com programa AxionVision Rel-4.2 da Zeiss. A altura do epitélio do epididimo foi obtida medindo-se 10 locais de cada epidídimo, tomando-se o cuidado de obter sempre medidas na menor espessura do corte transversal. Os dados obtidos foram submetidos a analise de variância, sendo a rejeição de hipótese de nulidade menor que 5%. Resultados e Conclusões : Os epidídimos dos animais pertencentes ao grupo T1 encontravam-se constituídos por túbulos enovelados com paredes formadas externamente por fibras musculares lisas, dispostas de forma helicoidal e internamente por um epitélio pseudoS Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” estratificado com estereocílios, apresentando no seu lúmen, inúmeros espermatozóides. No grupo T2 observou-se a mesma arquitetura histológica observada no grupo controle, no entanto, identificamos menor concentração de espermatozóides no seu interior e epitélio pseudo-estratificado menos desenvolvido. A média, em micras, da altura do epitélio do epidídimo no grupo T1 foi de 65,20 micrômetros. No grupo experimental este valor foi de 25,78 micrômetros. De acordo com o exposto e baseados em nossos resultados podemos concluir que os testículos dos animais tratados com gossipol apresentaram epitélio luminal mais delgado do que nos animais pertencentes ao grupo controle. Palavras-chave : Nutrição, algodoeiro, epidídimo, bovinos. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 13 Título do trabalho: VARIAÇÃO SAZONAL DAS PROTEÍNAS DO PLASMA SEMINAL DE CAVALOS PANTANEIROS. (Seasonal variation of seminal plasma proteins in Pantaneiro's horses) E-mail: [email protected] Eixo Temático: Reprodução animal Autor: José Antonio Silva Ribas Instituição: UNIC Observações: José Frederico Straggiotti Silva - UENF Isabel Candia Nunes da Cunha – UENF; Cláudio Retamal – UENF; Célia Raquel Quirino UENF Introdução: INTRODUÇÃO: Os constituintes do plasma seminal dos eqüinos, podem sofrer variações nas diferentes estações do ano, devido a sazonalidade reprodutiva da espécie. Dentre os constituintes que sofrem variações pode-se citar as proteínas, que as apresentam tanto na quantidade, quanto na qualidade, dependendo do estado reprodutivo em que os animais se encontram. As proteínas do plasma seminal têm diversas funções como: evitar a aglutinação "cabeça com cabeça", melhorar a viabilidade espermática, manter a integridade da membrana espermática após a ejaculação, diminuir a resposta inflamatória uterina ao sêmen e reduzir a ligação de polimorfonucleares aos espermatozóides, ou seja, estão associadas a qualidade seminal. Objetivos : OBJETIVOS: O presente estudo objetivou correlacionar as mudanças protéicas quantitativas e qualitativas do plasma seminal de cavalos Pantaneiros nas duas diferentes estações do ano no Pantanal Mato-Grossense: cheia e seca. Aplicabilidade dos Resultados : Material e Métodos : MATERIAL E MÉTODOS: No município de Poconé/MT, limite norte do Pantanal Mato-Grossense (Latitude -16o 15' S, Longitude - 56o 37' W, e altitude de 80 m) foram realizadas em cada estação, cinco colheitas de sêmen de sete garanhões da raça Pantaneira. Após serem adicionados inibidores de proteases, centrifugou-se o sêmen (3000 g/20 min.). No sobrenadante dosaram-se as proteínas totais do plasma seminal das duas diferentes estações através do método do biureto. Para observar-se o perfil protéico utilizou-se eletroforese SDS/PAGE. Os geis de cada estação foram fixados e corados com solução de Azul Brilhante de Coomassie R-250 e logo após descoloridos, escaneados, digitalizados a uma resolução de 300 dpi e analisados pelo programa GEL-PERFECT (BOZZO e RETAMAL, 1991). Resultados e Conclusões : RESULTADOS: Observou-se que a concentração total de proteínas do plasma seminal variou significativamente entre as estações (p≤ 0,05), apresentando-se mais alta na estação da seca (cheia:10,6 ± 4,0, seca: 12,7± 4,4), embora tenha-se encontrado valores elevados e normais para eqüinos nas duas estações. Constatouse também, que as proteínas entre 32,1 e 62,5 kDa e duas acima dos 66,0 kDa estavam presentes na seca e ausentes na cheia. Outras apresentaram variações percentuais entre as estações. As de pesos moleculares entre 20,0-30,0 kDa variaram cerca de 2,1% (seca- 14,3%, cheia- 11,3%), a de 14,0 kDa apresentou um aumento de 2,4 % na estação seca (seca- 4,2%, cheia- 1,8%) as de pesos moleculares entre 18,0-19,5 kDa apresentaram um aumento de 1,4 % na estação da cheia (seca- 13,5%, cheia- 14,9%), e as de baixo peso molecular (polipeptídeos) apresentaram maiores percentuais (diferença de 8,3%) na estação da cheia (seca- 20,5%, cheia- 28,8%). CONCLUSÃO: Os cavalos Pantaneiros, no Pantanal MatoGrossense apresentaram pequenas variações na quantidade e qualidade das proteínas do plasma seminal, o que pode levar a uma melhora discreta na qualidade seminal na estação da seca. Palavras-chave: Palavras - chave: Cavalo, sazonalidade, sêmen, proteínas. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 14 Título do trabalho : ESTUDO MORFOLÓGICO E MORFOMÉTRICO, DO SISTEMA REPRODUTOR DE ESCARGOT DAS ESPÉCIES Achatina fulica E Achatina monochromatica E-mail: [email protected] Eixo Temático: Reprodução Biotecnologia Autor: Maria de Fátima Martins Instituição: Departamento de Nutrição e Produção Animal da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo Observações: 1. Pedro Pacheco - Departamento de Nutrição e Produção Animal da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo - CPF: 360137819-15 2. Flávia Aparecida Macedo Caetano - Departamento de Reprodução Animal da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo - CPF: 213626958-58 3. Adriana Tarlá Lorenzi - Departamento de Nutrição e Produção Animal da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo - CPF: 274942618-53 4. Otávio José Sírio - Departamento de Nutrição e Produção Animal da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo - CPF: 311927718-50 Introdução: O interesse pela criação de moluscos, em particular escargots, vem sendo divulgado por criadores na expectativa de colaborar com o desenvolvimento da helicicultura brasileira. Desta forma, foram realizados estudos anatômico, genético e histológico de alguns órgãos reprodutores dos moluscos Achatina fulica e Achatina monochromatica. Objetivos : Estabelecer parâmetros morfológicos macro e microscópico, bem como morfométricos comparativos do sistema reprodutor das espécies de escargots Achatia fulica e Achatina monochrmatica com o intuito de contribuir para um melhor conhecimento destes. Aplicabilidade dos Resultados : Contribuir no processo de seleção e aperfeiçoamento de linhagens sob o ponto de vista do melhoramento genético helicícola. Material e Métodos : Foram estudados 30 exemplares das espécies Achatina fulica e Achatina monochromatica coletados em diferentes regiões da cidade de Pirassununga. Foram então pesados e medidos, sendo realizados estudos macroscópico e microscópico. Resultados e Conclusões : A análise estatística demonstrou diferenças entre as duas espécies, em relação ao desenvolvimento e biometria dos órgãos reprodutores selecionados, apesar da localização dos mesmos ser idêntica. No estudo microscópico não foram observadas diferenças nos segmentos, porém nos ovotestis de Achatina fulica foi encontrada maior quantidade de células com pigmento no epitélio germinativo quando comparada ao Achatina monochromatica. Ambas as espécies produziram descendentes viáveis, sendo que a fecundação cruzada foi dominante em ambas as espécies. Houve variação da biometria dos órgãos reprodutores das espécies. A organização morfológica do sistema reprodutor de A. fulica e A. monochromatica exibem diferenças macroscópicas em seus vários segmentos. O estudo histológico do reprodutor de A. fulica e A. monochromatica não evidenciou diferenças em seus segmentos, contudo no ovotestis de A. fulica há maior quantidade de células com pigmento no epitélio germinativo em comparação com A. monochromatica. Palavras-chave: Reprodutor, Caracóis terrestres, Achatina. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 15 Título do trabalho: ANÁLISE COMPARATIVA DO APARELHO REPRODUTOR DO MOLUSCO Achatina fulica CRIADO EM CATIVERIO E ASSELVAJADO E-mail: fmartins @usp.br Eixo Temático: Reprodução e Biotecnologia Autor: Maria de Fátima Martins Instituição: Departamento de Reprodução Animal da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo Observações: 1. Flávia Aparecida Macedo Caetano - Departamento de Reprodução Animal da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo - CPF: 213626958-58 2. Pedro Pacheco - Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo - CPF 360137819-15 3. Maria Cristina Baptistela Faracini - Departamento de Nutrição e Produção Animal da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo - CPF: 310702118-00 Introdução: As características climáticas do litoral, os elevados níveis de umidade relativa, a alta temperatura e o solo arenoso, aliado ao fato de que em áreas urbanas os caracóis terrestres se vêm abrigados e sem predadores naturais, favoreceram às explosões populacionais destes moluscos no território brasileiro, que foram jogados na natureza por criadores devido a não comercialização de sua carne. Considerando o trato reprodutivo destes moluscos e seu pseudohermafroditismo e a ignorância dos órgãos de defesa sanitária, faz-se necessário desenvolver pesquisas e estudos acerca de sua biologia e principalmente de seu aparelho reprodutor, hábitos e comportamentos reprodutivos, para que possamos obter informações que respaldem no estabelecimento de programas de controle e erradicação focados nas diferenças entre animais de cativeiro e asselvajados. Objetivos : Comparar caracóis Achatina fulica asselvajados na área urbana com caracóis da mesma espécie oriundos de cativeiro, quanto à sua potencialidade reprodutiva. Aplicabilidade dos Resultados : A obtenção destes dados pode vir a contribuir para o estabelecimento de um programa de erradicação da espécie em questão, que vem sendo foco de inúmeros alardes e descontentamento da população em diversas regiões do país, em particular no litoral. Material e Métodos : Foram estudados 80 caracóis da espécie Achatina fulica divididos em grupos de procedência asselvajada e de cativeiro. Os animais foram abatidos por resfriamento e submetidos a dois tipos de avaliação: externa e interna. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, sendo que cada grupo de animais oriundos de locais diferentes foi considerado uma unidade amostral. Resultados e Conclusões : Os animais criados em cativeiro apresentaram médias de peso corporal, comprimento e largura superior àqueles com idades similares do que os que se encontram asselvajados. O percentual de carne em relação ao resto da carcaça não apresentou diferença entre os animais reprodutores, sejam originários de cativeiro ou asselvajados. Os ovos dos animais de cativeiro eram brancos e os dos asselvajados eram amarelo-esverdeados. A glândula de albumina variou em sua cor e forma, dependendo do estadio reprodutivo dos reprodutores. Foram encontradas diferenças reprodutivas entre os caracóis criados em cativeiro e aqueles asselvajados. Esta diferença pode ser entendida pelo fato do animal asselvajado ter se alimentado de diferentes tipos de alimentos em função do local onde se encontravam, ou seja, abandonados em pomares, hortas, entulhos, enquanto que os animais de cativeiro foram alimentados com dieta balanceada. As variáveis temperatura e umidade também são consideradas fatores que afetam o processo reprodutivo e que devem ser levadas em consideração na avaliação das diferenças encontradas para o aparelho reprodutor destes animais. Palavras-chave: Caracóis terrestres, Asselvajados, Reprodutor. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 16 Título do trabalho : PADRONIZAÇÃO DO TESTE HIPO-OSMÓTICO PARA SÊMEN FRESCO SUÍNO - RESULTADOS PRELIMINARES E-mail: [email protected] Eixo Temático: Reprodução e Biotecnologia Autor: Wilton Rogério Santos Maciel (MACIEL, W. R. S.) Instituição: Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade Federal de Mato Grosso (FAMEV-UFMT) Observações: Danilo Francisco Campos Pereira (PERERA, D. F. C.); João Xavier de Oliveira Filho (OLIVEIRA FILHO, J. X.); Marcelo Augusto Gonçalves (GONÇALVES, M. A.); Rodrigo Prado Martins (MARTINS, R. P.); Luciana Keiko Hatamoto (HATAMOTO, L. K.); João Garcia Caramori Júnior (CARAMORI JÚNIOR, J. G.) Instituição de todos: Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade Federal de Mato Grosso (FAMEV-UFMT) Introdução: Dentre todos os aspectos morfológicos estruturais dos espermatozóides, a integridade da membrana plasmática é de crucial importância para o funcionamento da célula espermática, sendo um dos meios mais eficientes para avaliar a fertilidade de machos em diversas espécies. O teste de expansão hipo-osmótico (HIPO) se baseia no fato de que quando uma célula é exposta às condições hipo-osmóticas, a água passa através da membrana, para tentar equilibrar as osmolaridades intra e extra-celulares. Este influxo de água aumenta o volume espermático e a membrana plasmática "incha", sendo a cauda do espermatozóide mais sensível às condições hipo-osmóticas, mostrando-se enrolada. Objetivos : Padronizar o HIPO através da determinação da melhor solução hipo-osmótica para avaliação da integridade da membrana espermática do sêmen suíno a fresco. Aplicabilidade dos Resultados : Divulgar a solução hipo-osmótica mais adequada para a avaliação da integridade de membrana espermática, podendo este teste ser uma alternativa de exame complementar a ser utilizado na rotina laboratorial e pelos profissionais autônomos. Material e Métodos : Foram feitas 5 coletas de 3 machos suíno através do método da mão enluvada. Para a avaliação do HIPO utilizou-se a metodologia descrita por JEYENDRAN et al (1984). Imediatamente após a coleta, alíquotas de 100 µl do sêmen foram adicionados a 1,0 mL de solução iso-osmótica (300 mOsm) e soluções hipo-osmóticas de 50, 100, 150 e 200 mOsm. As amostras foram então incubadas a 37ºC por 30 minutos. A seguir adicionou-se 100 µl de formol salino para interromper a atividade espermática. As amostras foram mantidas a 5ºC até o momento das análises. Para a avaliação das soluções utilizou-se a preparação úmida e objetiva de imersão, aumento de 1000 vezes. Avaliou-se 200 células que foram classificadas como espermatozóide normal ou espermatozóide com cauda fortemente enrolada. Os dados foram analisados através do programa SAS. Resultados e Conclusões : Estatisticamente as soluções que apresentaram maior porcentagem de enrolamento de cauda foram as soluções hipo-osmóticas de 150 mOsm (p = 0,0124) e 100 mOsm (p = 0,0000). Os resultados deste trabalho demonstraram que o meio de 100 mOsm foi o que apresentou maior proporção de espermatozóides com cauda enrolada, sugerindo que este seja o meio hipo-osmótico mais adequado para avaliação da integridade da membrana espermática em suínos. Palavras-chave: Suínos, Sêmen, Membrana espermática, Teste hipo-osmótico. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 17 Título do trabalho: PRODUTIVIDADE DE EMBRIÕES BOVINOS APARTIR DE OVÁRIOS COLETADOS EM FRIGORÍFICO E PRODUZIDOS In Vitro (PIV). E-mail: [email protected] Eixo Temático: Reprodução e Biotecnologia Autor: Wilton Rogério Santos Maciel (MACIEL, W. R. S.) Instituição: Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade Federal de Mato Grosso (FAMEV-UFMT) Observações: Luciana Keiko Hatamoto (HATAMOTO, L. K.) Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade Federal de Mato Grosso (FAMEV-UFMT) Introdução: As técnicas de produção in vitro (PIV) têm sido utilizadas nos diferentes seguimentos da reprodução assistida das áreas humanas e animal. A PIV de embriões bovinos envolve as etapas de colheita, maturação (MIV) e fecundação (FIV) de oócitos, bem como cultivo ou co-cultivo (CIV) de zigotos e estruturas embrionárias. Esta biotecnologia tem por objetivo a produção de animais geneticamente superiores associado ao rápido melhoramento genético do rebanho. Objetivos : Determinar o índice de produtividade de embriões bovinos através da produção in vitro, a partir de ovários coletados em frigorífico, no Laboratório de Biotecnologia e Reprodução Animal (LABRA), da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária (FAMEV), da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Aplicabilidade dos Resultados : Divulgar a biotécnica de PIV de embriões bovinos como alternativa para multiplicação de animais de elevado padrão zootécnico e acelerar a produção de animais geneticamente superiores. Material e Métodos : Foram coletados 715 ovário dentro da planta frigorífica. Imediatamente após a coleta eles foram transportados e mantidos em solução fisiológica a 38,5ºC até serem aspirados. O aspirado folicular foi transferido para tubos de 15 mL onde foi mantido em "banho maria" a 38,5ºC. Após 5 minutos aspirou-se o sedimento, que foi imediatamente colocado em palcas de petri junto com solução para lavagem (LAV). As placas foram observadas em lupa, sob aumento de 40 vezes, onde realizou-se a separação e classificação dos oócitos. Em seguida estes foram lavados em 3 gotas de 200 µl de meio para maturação (MIV) e transferidos para a placa de maturação onde serão incubados a 38,5ºC, atmosfera controlada em 5% de CO2, por um período de 18 a 22 horas. Passado este período os oócitos já maturados foram novamente lavados em 3 gotas de meio para fertilização (FEC) e transferidos para a placa de fertilização onde ocorrera a inseminação de cada gota com sêmen previamente descongelado, analisado e capacitado. Após 18 a 22 horas, os oócitos foram lavados em meio para cultivo (CIV) e transferidos para placa de cultivo celular onde permaneceram até o final do processo. Avaliou-se as estruturas celulares no sétimo dia após a transferência para a placa de cultivo in vitro onde foram classificadas em: blastocisto inicial, blastocisto e blastocisto expandido. Resultados e Conclusões : Foram cultivados 2.607 oócitos, no período de maio de 2003 a setembro de 2005, que resultaram em 921 estruturas embrionárias prontas para serem transferidas para receptoras ou congeladas para transferência posterior, o que nos garante um índice de produtividade de 35,32 %. Os resultados deste trabalho demonstraram que numericamente a produtividade da PIV ainda se encontra baixa, porém por ser uma biotecnologia ampla, complexa e laboriosa, este índice de produtividade indicam bons resultados e perspectivas para o aprimoramento da técnica, além de ser um importante instrumento para a pesquisa e compreensão dos mecanismos fisiológicos, bioquímicos e biotecnológicos durante a fase embrionária nas diversas espécies. Palavras-chave: Oócitos, Embriões, PIV, Produtividade. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 18 Título do trabalho : BIOMETRIA TESTICULAR DE TOUROS DA RAÇA CRIOULA LAGEANA E-mail: [email protected] Eixo Temático: Reprodução e Biotecnologia Autor: Instituição: Observações: Cardoso C. P.1, Martins E.2, Martins V. M. V.3, Colodel M. M. 4, Giacomini K.5 1,3,4,5 Depto de Clínicas e Patologia, Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV), Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Av. Luiz de Camões, 2090, 88520-020, Conta Dinheiro, Lages, SC, [email protected] 2 EPAGRI, Estação Experimental de Lages, Rua João José Godinho, S/N, Caixa Postal 181, CEP 88502-970, Lages, SC. Introdução: A raça Crioula Lageana foi por longo tempo o esteio da pecuária dos campos de cima da serra do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A partir do final do século passado, os bovinos crioulos passaram a ser cruzados com animais de raças européias e zebuínas, esses cruzamentos trouxeram bons resultados, favorecendo a importação de reprodutores de outras raças. Isto acarretou no desaparecimento quase que total da raça que esteve ameaçada de extinção e hoje se encontra em processo de recuperação através de uma associação de criadores. Objetivos : Estudar os parâmetros morfológicos testiculares de touros da raça bovina Crioula Lageana. Aplicabilidade dos Resultados : Material e Métodos : O experimento foi realizado nos rebanhos de preservação genética da raça, vinculados à Associação Brasileira de Criadores de Bovinos da Raça Crioula Lageana, localizados na região dos Campos de Lages, Estado de Santa Catarina, onde foram examinados 60 animais com idade entre 18 e 144 meses. Os animais foram agrupados em quatro tratamentos de acordo com a idade, sendo o Tratamento I formado por animais de 18 meses de idade, o Tratamento II por animais de idade entre 24 e 36 meses, o Tratamento III por animais com idade entre 48 e 60 meses e o Tratamento IV por animais com idade de 72 meses ou mais. Os parâmetros estudados foram: a) circunferência escrotal (CE); b) comprimento e largura testicular; c) volume testicular e d) formato testicular. Resultados e Conclusões : As médias para os parâmetros estudados foram de 29,50 + 2,94; 33,68 + 2,52; 35,16 + 2,83 e 36,62 + 3,19cm para a CE; 9,49 + 0,85; 10,79 + 1,00; 11,70 + 1,58 e 12,13 + 1,91cm para comprimento testicular; 5,80 + 0,70; 6,47 + 0,58; 7,12 + 0,74 e 7,15 + 0,68cm para largura testicular e 510,05 + 147,86; 720,96 + 181,82; 957,43 + 315,45 e 992,09 + 262,64cm³ para volume testicular, respectivamente para os grupos I, II, III e IV. Quanto ao formato prevaleceu o longo-moderado, seguido do formato moderado-oval, longo e ovalesférico, respectivamente com 60,83%; 30%; 7,5% e 1,67%.O maior aumento na CE foi observado em animais com idade entre 18 e 24 meses. Os testículos apresentaram aumento de volume até os cinco anos de idade. O formato testicular mais freqüente em touros da raça Crioula Lageana é o longo-moderado em todas as faixas etárias avaliadas. Os parâmetros morfológicos avaliados indicam que os testículos dos touros da raça estudada assemelham-se aos descritos em zebuínos e raças sintéticas obtidas de cruzamentos de zebuínos e taurinos. Palavras-chave: Circunferência escrotal, Biometria testicular, Bovino. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 19 Título do trabalho : ESTUDO DOCUMENTAL DA GENEALOGIA E PARÂMETROS REPRODUTIVOS EM UM NÚCLEO DE CONSERVAÇÃO DE RECURSOS GENÉTICOS DE BOVINOS DA RAÇA CRIOULA LAGEANA E-mail: [email protected] Eixo Temático: Reprodução e Biotecnologia Autor: Instituição: Observações: Martins V. M. V.1, Martins E.2, Giacomini K.3, Cardoso C. P.4, Colodel M. M.5, Corrêa A. L.6 1,3,4,5 Depto de Clínicas e Patologia, Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV), Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Av. Luiz de Camões, 2090, 88520-020, Conta Dinheiro, Lages, SC, [email protected] 2 EPAGRI, Estação Experimental de Lages, Rua João José Godinho, S/N, Caixa Postal 181, CEP 88502-970, Lages, SC. 6 Curso de Medicina Veterinária, Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV), Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Av. Luiz de Camões, 2090, 88520-020, Conta Dinheiro, Lages,SC. Introdução: A proteção de recursos genéticos animais é um desafio que ultrapassa as fronteiras conceituais e internacionais, sendo um consenso crescente, uma vez que os mesmos são elementos fundamentais para uma pecuária sustentável. Quando a velocidade de desaparecimento de uma raça ultrapassa a sua criação, ocorre a deterioração genética da diversidade da espécie, sendo motivo de preocupação. Objetivos: Estudar a genealogia e parâmetros reprodutivos em um núcleo de conservação "in situ" de bovinos da raça Crioula Lageana. Aplicabilidade dos Resultados: Material e Métodos: Foram coletadas informações acumuladas durante trinta anos, extraídas de documentos manuscritos, disponibilizados pelo criador. As informações foram armazenadas em um programa de gerenciamento pecuário, de onde foram extraídos dados para o estudo genealógico, intervalo de partos e idade à primeira cria. Resultados e Conclusões : Pela avaliação da genealogia foram identificadas sete famílias de acordo com as linhagens paternas. A idade à primeira cria foi de quatro anos e o intervalo de partos de 650 dias. A idade à primeira cria, neste rebanho, foi decorrente do manejo tradicional utilizado no estabelecimento, em que as novilhas são acasaladas aos três anos de idade. O longo intervalo de partos pode estar relacionado com deficiências alimentares e nutricionais no período de inverno, uma vez que o sistema de criação neste núcleo de conservação é feito exclusivamente em campos naturais, que oferecem baixa disponibilidade alimentar neste período. O resgate documental com a determinação da genealogia será útil para orientação de acasalamentos e distanciamento entre famílias, para a manutenção da variabilidade genética. Palavras-chave: Bovinos Recursos genéticos, Genealogia. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 20 Título do trabalho : CONCENTRAÇÕES SÉRICAS DE TRIIODOTIRONINA (T3) E TIROXINA (T4) EM OVELHAS DA RAÇA CRIOULA LANADA DURANTE A GESTAÇÃO E-mail: [email protected] Eixo Temático: Reprodução e Biotecnologia Autor: Instituição: Observações: Colodel M. M.1, Martins E. 2, Martins V. M. V.3, Giacomini K.4, Cardoso C. P.5 1,3,4,5 Depto de Clínicas e Patologia, Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV), Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Av. Luiz de Camões, 2090, 88520-020, Conta Dinheiro, Lages, SC, [email protected] 2 EPAGRI, Estação Experimental de Lages, Rua João José Godinho, S/N, Caixa Postal 181, CEP 88502-970, Lages, SC. Introdução: Durante a gestação ocorrem mudanças no apetite, na condição corporal, no consumo de energia e no metabolismo para assegurar o aporte adequado de nutrientes, oxigênio e água ao feto em desenvolvimento. Para o início e manutenção destas adaptações homeostásicas é necessário o envolvimento de mecanismos endócrinos e neuro-endócrinos, dos quais os hormônios sintetizados pela tireóide exercem importante papel como reguladores. Alguns estudos sobre a dinâmica dos hormônios da tireóide em ovinos mostram que existem variações de acordo com a raça, idade e estado fisiológico. Entretanto, em ovelhas da raça Crioula Lanada os valores basais ainda não foram determinados. A disponibilização de parâmetros endócrinos raciais poderá contribuir para o conhecimento do potencial produtivo e reprodutivo da população de ovinos crioulos e auxiliar em programas de melhoramento genético. Objetivos : Determinar concentrações séricas de triiodotironina (T3) e tiroxina (T4) em ovelhas da raça Crioula Lanada durante a gestação. Aplicabilidade dos Resultados : Material e Métodos : Os efeitos da gestação sobre a dinâmica dos hormônios tireoidianos T3 e T4 foram avaliados em ovelhas da raça Crioula Lanada na região do Planalto Serrano Catarinense. Foram utilizadas 24 (vinte e quatro) ovelhas distribuídas aleatoriamente em dois grupos que constituíram os tratamentos I e II. O Tratamento I foi formado por 12 ovelhas gestantes. O tratamento II foi formado por 12 ovelhas não gestantes. Foram colhidas amostras sanguíneas no primeiro, segundo e terceiro terço da gestação e ao parto. As concentrações de T3 e T4 foram determinadas por radioimunoensaio (RIA). Os dados obtidos por RIA foram submetidos à análise de variância e as médias dos tratamentos comparadas pelo teste "t de Student" ao nível de significância p  0,05. Resultados e Conclusões : As ovelhas gestantes apresentaram concentrações séricas de T3 e T4 inferiores àquelas não gestantes. Ao parto, não houve diferença significativa nas concentrações de T3 e T4 entre ovelhas gestantes e não gestantes. A gestação interfere diminuindo as concentrações séricas de T3 e T4 em ovelhas da raça Crioula Lanada. Palavras-chave: Ovinos crioulos, Tireóide, Gestação. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 21 Título do trabalho : PUBERDADE EM NOVILHAS DA RAÇA CRIOULA LAGEANA E-mail: [email protected] Eixo Temático: Reprodução e Biotecnologia Autor: Instituição: Observações: Giacomini K.1, Martins V. M. V.2, Martins E.3, Cardoso C. P.4, Colodel M. M.5 1,2,4,5 Depto de Clínicas e Patologia, Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV), Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Av. Luiz de Camões, 2090, 88520-020, Conta Dinheiro, Lages, SC, [email protected] 3 EPAGRI, Estação Experimental de Lages, Rua João José Godinho, S/N, Caixa Postal 181, CEP 88502-970, Lages, SC. Introdução: As novilhas da raça Crioula Lageana empiricamente são conhecidas por apresentarem maturidade sexual tardia, provavelmente pela exposição ao processo de seleção natural pelo qual passaram. No sistema de criação convencional do Planalto Serrano Catarinense, os bovinos crioulos, são mantidos em campos naturais durante o ano inteiro, sendo submetidos à escassez de alimento durante o inverno. Objetivos : Avaliar a idade à puberdade de novilhas da Raça Crioula Lageana submetidas a dois sistemas de alimentação após o desmame na região do Planalto Catarinense. Aplicabilidade dos Resultados : Material e Métodos : O estudo foi composto por dois tratamentos onde, no Tratamento I, foram avaliadas 9 novilhas mantidas em pastagens cultivadas durante o período de inverno e no Tratamento II, 9 novilhas que permaneceram durante todo o período de experimento em campos naturais, com ambos os tratamentos recebendo suplementação mineral. Observações diárias de comportamento de estro foram realizadas. Todas as novilhas foram submetidas à palpação transretal, exame ultra-sonográfico, colheitas de amostras sangüíneas semanais e pesagens mensais. A puberdade foi caracterizada pelo primeiro estro ovulatório, acompanhado ou não de sinais externos de comportamento de estro, confirmado pela formação de corpo lúteo e concentrações plasmáticas de progesterona determinadas por radiominunoensaio (RIA) acima de 1 ng/mL, em duas colheitas consecutivas. A idade à puberdade, medida em meses e peso à puberdade em quilogramas foram avaliados estatisticamente por análise de variância. As médias obtidas entre os tratamentos I e II foram comparadas entre si pelo Teste t "de Student", ao nível de significância p≤0,05. Resultados e Conclusões : A idade à puberdade de 15,31±1,19 meses das novilhas mantidas em pastagem anual de inverno foi menor (p<0,01) do que daquelas mantidas em pastagens formadas exclusivamente por campos naturais que atingiram a puberdade aos 23,44±4,39 meses. O peso à puberdade foi de 297,48±29,53 Kg e 308,53±28,91 Kg para os tratamentos I e II, respectivamente. Para escore de condição corporal à puberdade houve diferenças significativas entre os dois tratamentos (p<0,01). Sinais de comportamento de estro foram encontrados em todas as novilhas de ambos os tratamentos por ocasião da puberdade. Houve desenvolvimento de folículos ovarianos no período peripuberal, presença de corpos lúteos e tonicidade de cornos uterinos. As concentrações séricas de P4 detectadas por RIA estiveram acima de 1 ng/mL nas novilhas que apresentaram corpo lúteo. A suplementação alimentar com pastagens cultivadas de inverno para novilhas Crioulas Lageanas após o desmame, antecipou a idade à puberdade. Novilhas da raça Crioula Lageana com 15 meses de idade e aproximadamente 300 kg de peso vivo estão aptas à reprodução. A idade à puberdade é o melhor parâmetro para mensurar a fertilidade inerente a uma fêmea bovina e a eficiência reprodutiva de um rebanho. Palavras-chave: Puberdade, Novilhas, Progesterona. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 22 Título do trabalho : UTILIZAÇÃO DA COLORAÇÃO DE PANÓTICO COMO UMA ALTERNATIVA NA AVALIAÇÃO ESPERMÁTICA DE SUÍNOS E-mail: [email protected] Eixo Temático: Reprodução e Biotecnologia Autor: Danilo Francisco Campos Pereira (PEREIRA, D. F. C) Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso Observações: PEREIRA, D. F. C.1,2,3,4,6, GONÇALVES, M. A.1,2,3,4 , OLIVEIRA FILHO, J. X .1,2,3,4, MARTINS, R. P.1,2,3,4, MACIEL, W. R. S.1,2,3, CARAMORI JÚNIOR, J. G.1,4,5, HATAMOTO, L. K.1,3,5 1Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT- Av. Fernando Correa da Costa, s/n, Coxipó, Cuiabá-MT 2 Discente do curso de Medicina Veterinária - UFMT 3 Laboratório de Biotecnologia e Reprodução Animal - UFMT 4 Setor de Suinocultura Fazenda Experimental - UFMT 5 Docente do curso de Medicina Veterinária - FAMEV - UFMT 6 [email protected] Introdução: A microscopia de contraste de fase de preparados úmidos é o método de eleição para o exame da morfologia, no entanto a utilização de corante panótico para detectar anormalidades espermáticas se reveste de grande importância, visto que este tipo de avaliação é um método barato, simples e não necessita de equipamentos sofisticados podendo ser uma alternativa para maioria dos andrologistas veterinários que trabalham em condições de campo. Objetivos : Verificar utilização da coloração de panótico rápido para visualização da morfologia espermática de suínos. Aplicabilidade dos Resultados : A utilização de coloração de panótico rápido como uma alternativa na avaliação de morfologia espermatica de suinos para maioria dos andrologistas veterinários que trabalham a campo, visto que é um método simples, barato e não necessita de eqipamentos sofisticados. Material e Métodos : Foram utilizados 2 suínos de 13 meses idade, devidamente condicionados e submetidos a duas coletas semanais. Após a coleta e avaliação do sêmen, uma alíquota de 20µl era conservada em 2000µl de formol-salino para avaliação da morfologia espermática na preparação úmida, outra gota (20µl) era depositada sobre uma lâmina para a confecção de um esfregasso que depois de seca era corada pela coloração de panótico rápido (Instant - Prov/ Newprov, Produtos Laboratoriais). Em ambas as técnicas foram avaliadas 200 espermatozoides quanto a sua morfologia e as alterações foram subdivididas em defeitos maiores (DEFMA,%), defeitos menores (DEFME,%) e defeitos totais (DEFTOT,%). Resultados e Conclusões : O valores médios e respectivos desvios padrões encontrados para defeitos maiores, defeitos menores e defeitos totais, em preparação úmida e panótico, foram, respectivamente, 4,06 ± 4,44, 2,00 ± 1,88 e 6,06 ± 4,41, e, 4,59 ± 4,42, 1,22 ± 1,22 e 5,81 ± 4,84. Diferença estatística entre as colorações só foi encontrada quanto a variável DEFME. Então a coloração de panótico pode ser usada em alternativa ao método de contraste de fase para avaliação do sêmen suíno sem que haja comprometimento da avaliação da morfologia espermática. Palavras-chave: Coloração de panótico, preparação úmida, morfologia espermática, suína. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 23 Título do trabalho : MORFOMETRIA DE OVÁRIOS DE FÊMEAS ZEBU BOS TAURUS INDICUS COLETADOS EM MATADOURO E-mail: [email protected] Eixo Temático: Reprodução Animal Autor: Chacur M. G. M. , Valentim N. V. , Martinez A. I. S. , Godoy G. B. , Instituição: UNOESTE Observações: Marcelo George Mungai Chacur, UNOESTE, 11825016801 Nayara Valentim Coutinho Ana Ines Sanchez Martinez Raimundo Alberto Tostes Sérgio do Nascimento Kronka Introdução: INTRODUÇÃO: As mudanças cíclicas que ocorrem no ovário em função da formação e regressão de corpos lúteos e do surgimento das ondas de crescimento folicular podem dificultar a interpretação dos achados clínicos no exame ginecológico. O estudo da morfometria ovariana está diretamente ligado as suas aplicações práticas para realizar e interpretar os achados dos exames ginecológicos em vacas. Objetivos: OBJETIVO: O objetivo desse trabalho foi estudar as características morfométricas de ovários de vacas zebu não prenhes, criadas na microrregião de Presidente Prudente-SP. Aplicabilidade dos Resultados: Os resultados desse trabalho colaboram para uma melhor interpretação dos achados clínicos durante o exame ginecológico. Material e Métodos: MATERIAL E MÉTODOS: Foram coletados 114 pares de ovários em abatedouro, de fêmeas zebuínas não prenhes, sendo transportados em solução fisiológica a 37°C até o laboratório de Reprodução Animal, sendo mensurados com o auxílio de paquímetro quanto a sua espessura, comprimento, largura e volume, esse último aferido em uma proveta graduada; diâmetro e volume do folículo, e diâmetro e área do corpo lúteo. Resultados e Conclusões : RESULTADOS: Foi observada diferença significativa para largura (1,95 cm e 1,83 cm) e volume (7,26 mL e 6,23 mL) dos ovários esquerdo e direito, respectivamente. Para o tamanho e volume dos folículos; e diâmetro e área dos corpos lúteos, não houve diferença significativa entre os lados. Houve correlação positiva (p<0,01) entre o volume do ovário esquerdo e a área do corpo lúteo. Na presença de folículos com diâmetro igual ou superior a 9 mm, o corpo lúteo do tipo maciço e protruso presente em 43,39% dos 53 ovários, predominou em relação ao tipo cavitário e incluso. Dos 84 ovários com corpos lúteos 26,20% eram do tipo incluso. CONCLUSÕES: Conclui-se que a presença de corpos lúteos inclusos, nas vacas zebu, pode resultar em falha durante o exame de palpação retal para estimar a atividade ovariana. Palavras-chave: Palavras-chave: morfometria ovariana, Bos taurus indicus, folículo, corpo lúteo. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 24 Título do trabalho : INFLUÊNCIA DA AMAMENTAÇÃO CONTROLADA SOBRE O ESTRO EM VACAS DE CORTE E-mail: [email protected] Eixo Temático: produção animal e agronegócios Autor: Ana Paula Nicolini Instituição: UFMT Observações: Nome: Alessandro Freiberger Instituição: Vaccinar Indústria e Comércio Ltda Introdução: A interrupção temporária do aleitamento visa antecipar o estabelecimento da atividade ovariana pós-parto, aumentando o índice de estro do rebanho e contribuindo para um aumento na eficiência reprodutiva, além de outros benefícios como formação de lotes homogêneos e melhor manejo sanitário e nutricional dos animais. Assim, tem-se estudado a relação amamentação-atividade ovariana pós parto, e observado uma relação positiva entre freqüência da amamentação e tempo de permanência do bezerro junto à vaca, com a duração do anestro pós parto (Mancio et. al, 1999). No entanto, vários fatores interferem na duração desta fase, dentre os quais estão a raça, o tipo de produção (leite ou corte), a idade, o número de partos, o grau de dificuldade do parto, a condição corporal ao parto, o manejo nutricional e reprodutivo durante o pós-parto, a estação climática em que ocorreu o parto, o nível de produção de leite, a amamentação e as doenças puerperais (Gonzáles, 2002). Objetivos: Analisar a influência da amamentação controlada sobre o estro em vacas de corte no cerrado mato-grossense. Aplicabilidade dos Resultados: O estudo visa orientar produtores a utilizar técnicas de manejo de baixo custo, como a amamentação controlada, para aumentar seus índices zootécnicos. Material e Métodos: Foi realizado um experimento na Fazenda Duas Barras, localizada no município de Cáceres-MT, no período entre 01 de dezembro de 2003 a 06 de janeiro de 2004, onde se estudou o efeito da amamentação controlada sobre o estro em vacas de corte sob condições naturais de pastagem. Foram utilizadas quatrocentos e oitenta e duas fêmeas da raça nelore, pré-selecionadas, de acordo com a data do último parto (agosto e setembro de 2003) e escore corporal três (Wright & Russel, 1984). Estes animais foram distribuídos em dois lotes , com dois tratamentos para cada lote. No primeiro tratamento (T1), não houve restrição alguma a amamentação; no segundo tratamento (T2), as vacas foram submetidas a apenas uma amamentação diária, no período da tarde, por apenas uma hora. Resultados e Conclusões : No Lote 1 composto por 174 fêmeas, 154 (88,5%) manifestaram cio e 20 (11,50%) não manifestaram cio e no Lote 2 composto por 308 fêmeas, 252 (81,81%) manifestaram cio e 56 (18,18%) não manifestaram cio, não ocorrendo diferença significativa entre as médias dos lotes pelo teste x² (P<0,05). Estes dados estão de acordo com o esperado, e indicam que ambos os lotes tiveram as mesmas influências. Quando analisado a média de estro ao dia entre os tratamentos o T1 e T2 obteve-se respectivamente 6,71 (2,85%) e 9,45 (9,69%) de fêmeas em estro por dia, sendo evidenciado pelo teste T, uma diferença significativa (p<0,05), portanto a amamentação controlada (T2) uma hora por dia teve efeito positivo sobre o índice de estro das vacas, mostrando que essa prática de manejo é eficiente para melhorar o desempenho reprodutivo de vacas de corte. Palavras-chave: Amamentação controlada, Influência no estro. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 25 Título do trabalho : METAS PARA GANHO DE PESO EM BOVINOS DA RAÇA NELORE NA REGIÃO DO TRIÂNGUILO E-mail: [email protected] Eixo Temático: Melhoramento Animal Autor: Gilberto Henrique Simões Instituição: Universidade Federal do Paraná Observações: Juliana Toscano Moser1; Juliane Ostapechen1; Pedro Henrique Nicolau Pinto1; Viviane Ruviero1, Luiz Otávio Campos da Silva2, Paulo Bahiense Ferraz Filho3, José Antônio de Freitas4 e Júlio César de Souza4,5 1. Acadêmicos de Medicina Veterinária UFPR - Campus Palotina 2. Pesquisador da Embrapa - Gado de Corte - CNPGC 3. Professor Adjunto - UFMS 4. Professor Adjunto - UFPR 5. Orientador dos alunos de graduação Introdução: O Brasil, com grande extensão territorial e detentor de considerável efetivo bovina, dispõe de condições suficientes para suprir as necessidades internas de consumo de carne bovina e também contribui significativamente para a exportação e o abastecimento do mercado externo. A prática de seleção de gado de corte tem sido freqüente pelos produtores, e determinar as características mais importantes a serem selecionadas assim como as de maior valor econômico é uma necessidade. Vários critérios tem sido utilizados no melhoramento de bovinos de corte nesse sentido. Fries et al. (1996) propuseram utilizar o número de dias para atingir determinado peso, ao invés de perseguir o maior peso em volume absoluto, dirigido esforços e pressão de seleção para aumentar a unidade de peso, em termos de menor período de tempo possível. A busca da competitividade e produtividade na pecuária bovina requer uso crescente de tecnologias confiáveis. Nesse aspecto, as avaliações genéticas de reprodutores tornam-se essenciais para otimização de ganhos genéticos (FERRAZ et al, 2002 e MALHADO, 2003). = Objetivos : O objetivo desse trabalho é estimar os parâmetros genéticas relacionados a dias para atingir 160 e 240 quilos. Aplicabilidade dos Resultados : Estimativa de parâmetros genéticos Seleção de gado de corte Avaliação de precocidade Iniciação ciêntífica Material e Métodos : Os dados utilizados nesse estudo foram provenientes do controle de desenvolvimento ponderal da raça Nelore, convênio entre a Embrapa Gado de Corte - CNPGC e a da Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ). Os animais foram criados em regime de pasto, nascidos no período de 1975 a 2001 na região do Triangulo Mineiro, MG Brasil. O número de dias para o animal ganhar 160 kg do nascimento ao desmame foi calculado da seguinte forma: D160 = 160kg / GND, em que: GND = ganho de peso médio diário do nascimento ao desmame. O número de dias para o animal ganhar 240 kg na pós desmama foi obtido pela seguinte formula: D240= 240kg / GDS, em que: GDS = ganho de peso médio diário de desmama ao sobre ano. Os grupos contemporâneos (GC) foram formados levando em consideração o ano e estação de nascimento do bezerro, fazenda, sexo. Para obter as estimativas das (co)variâncias e dos valores genéticos empregou-se a metodologia da Máxima Verossimilhança Restrita Livre de Derivada (DFREML), por meio de modelos animais uni-característica, usando o aplicativo Multiple Tratis derivate Free Restrict Maximum Likelihood (MTDFREML). O critério de convergência adotado foi 10-6. A cada convergência o programa era reiniciado utilizando como valores iniciais aqueles obtidos na analise anterior, até que o S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” valor -2 log L não se reduzisse mais, alcançado a convergência global. Para ambas as características, foram incluídos os efeitos aleatórios genéticos, direto e materno, além do efeito fixo de grupo contemporâneo e da covariável idade da vaca ao parto (efeito linear e quadrático). Resultados e Conclusões : Resultados e Discussão As médias estimadas de dias para ganhar 160 e 240 kg foram, 252,67 e 684,41 dias, respectivamente. Os ganhos médios diários do nascimento ao desmame e do desmame ao sobreano foram, 0,670 kg (D160) e 0,430 kg (D240), respectivamente. Parâmetros Genéticos Apesar de o valor da herdabilidade ter sido baixo, o componente aditivo direto revela a presença de variabilidade entre os indivíduos, figura 1. O efeito de ambiente apresentou bastante influência em ambas as características estudadas. O valor encontrado para herdabilidade direta, para a característica D160 foi baixo, 0,13 ± 0,02 (tabela 1), concordando com ORTIZ PENA (1998), GARNEIRO (1999) e MUNIZ et al. (2001). Para D240, a herdabilidade direta estimada foi de 0,08 ±0,016 (tabela 1), valor considerado baixo e inferior aos valores encontrados por OLIVEIRA (2003), 0,23 e ORTIZ PENA(1998), 0,18. A estimativa do valor da herdabilidade materna encontrado para a característica dias para 160 kg foi de 0,06 ±0,024 e está de acordo com ALBUQUERQUE e FRIES (1996), GARNEIRO (1999) e MUNIZ et al (2001). Para a característica dias para 240 kg, o valor encontrado para esta mesma herdabilidade foi de 0,01 ±0.019, de acordo com os valores de BARROS et al. (2003). Porém indica pequena resposta à seleção para esta característica. A correlação entre os valores direto e materno foram iguais a -0,39 ± 0,169. Para MAGNABOSCO et al. (1996), a correlações altas e negativas obtidas entre estes efeitos, relativamente comuns na literatura, seriam devido a inadequação dos modelos de análises estatísticas, do que a uma explicação biológica. Tabela 1 - Herdabilidade e parâmetros genéticos, estimados para dias para ganhar 160 (D160) e 240 kg (D240), para animais da raça Nelore criados na região do Triângulo Mineiro. Parâmetros Genéticos D160 D240 Herdabilidade direta 0,13 ± 0,024 0,08 ±0,016 Herdabilidade maternal 0,06 ± 0,024 0,01 ±0,019 Correlação entre h2d e h2m -0,39 ±0,169 Efeito Aditivo Direto 492,67 4.323,94 Efeito Aditivo Materno 209,00 433,70 Covariância direto maternal -123,87 -1.338,89 Efeito de ambiente permanente 209,76 2.486,62 Variância ambiental 2.889,13 51.579,82 Variância fenotípica total 3.676,70 5.404,93 Conclusões Os valores obtidos para as estimativas de herdabilidades foram baixos em ambas as características, mostrando que a seleção massal pode não ser um bom indicador para se realizar seleção. Palavras-chave: parâmetros genéticos, dias para atingir 160 e 240 quilos, herdabilidade. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 26 Título do trabalho: AVALIAÇÃO DA PREVALÊNCIA DE TUMOR VENÉREO TRANSMISSÍVEL EM CÃES DE RUA DO MUNICÍPIO DE JATAÍ - GO CONSIDERANDO FATORES E RISCO COMO IDADE, SEXO E RAÇA. E-mail: [email protected] Eixo Temático: TVT Autor: RAPOSO, Hugo Ramos1 Instituição: Universidade Federal de Goiás Observações: CARVALHO, Tatiane Furtado de; MORAIS, Michele; SOARES, Luana Queiroz; BRAGA, Carla Afonso da Silva Bitencourt ; SANDRINI, Cecília Nunes Moreira MORTATE, Louise Pereira; MARINHO , Hugo Murilo Toledo; BERNARDO, Arianny Campos; RAPOSO, Hugo Ramos. Universidade Federal de Goiás Introdução: O Tumor Venéreo Transmissível (TVT) é um tumor proliferativo vaginal e vulvar transmitido durante o contato sexual ou social através do transplante direto de células neoplásicas . A cópula entre animais da espécie canina, devido ao contato prolongado, favorece transplante das células tumorais. Os sinais clínicos genitais são percebidos através da lambedura da genitália externa, com presença de massa tumoral, secreções vaginais e prepuciais sanguinolentas, disúria, cistite, prostatite, fimose e parafimose. O diagnostico é feito mais comumente pelo exame físico onde se observa o tumor na genitália externa, além do exame citológico é mais seguro e pode ser feito através de esfoliação ou por aspiração com agulha fina . Objetivos : Objetivo deste trabalho foi determinar a prevalência de Tumor Venéreo Transmissível (TVT) em cães errantes capturados no município de Jataí - GO pelo Centro de Controle de Zoonoses correlacionanado fatores de risco. Aplicabilidade dos Resultados : Dentre os 459 animais examinados foram diagnosticados 7,18% (33/459) de casos de TVT, com 66,6% (22/33) dos casos ocorridos em fêmeas e 33,3% (11/33) em machos. A maioria dos casos 78,8% (26/33) aconteceram em animais com idade entre 1 a 5 anos; e somente dois casos com idade superior a 5 anos e 5 animais sem idade definida. A maior incidência foi observada em cadelas que vivem abandonadas nas ruas. Verificou-se também que a predominância era de cães sem raça definida (SRD). Fazem parte do grupo de risco cães que habitam áreas de alta densidade e com alta prevalência de animais abandonados, predominando nestes casos, cães sem raça definida (SRD), o que reflete a natureza dos animais pertencentes ao grupo de estudo. Material e Métodos : Através de visitas semanais realizadas ao Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) no município de Jataí - GO no período de dezembro de 2002 a junho de 2005. Todos os animais foram submetidos a exame físico e laboratorial, onde através do exame físico foi realizado o diagnóstico presuntivo de TVT . Para confirmação, foi realizada a colheita de espécime clínico pelo método aspirativo utilizando agulha fina para a realização da citologia. Neste exame, a classificação tumoral se fez por meio da detecção de células redondas e ovóides características do TVT. Resultados e Conclusões : Como a disseminação do TVT ocorre tanto por contato sexual como por meio de lambedura do tecido alterado, nota-se facilidade na transmissão da doença entre os cães de rua, conforme verificado pela alta prevalência encontrada em nosso estudo. Assim, torna-se importante evitar que animais domiciliados fiquem soltos pelas ruas, reduzindo, desta forma a possibilidade de contato social com animais errantes potencialmente contaminados. Palavras-chave: TVT, Cães, Jatai-GO. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 27 Título do trabalho : REFERÊNCIAS EPIDÉRMICAS PARA IDENTIFICAÇÃO MICROSCÓPICA DE GRAMÍNEAS FORRAGEIRAS E-mail: [email protected] Eixo Temático: Produção Animal e Agronegócio Autor: Maristela de Oliveira Bauer Instituição: UFMT Observações: SILVA, E.A.M.1, GOMIDE, J.A.2 & CHICHORRO, J.F.3 1 Professor aposentado do Departamento de Biologia Vegetal - UFV. Viçosa-MG 2 Pesquisador IA do CNPq, Departamento de Zootecnia - UFV. Viçosa-MG 3 Professor do Departamento de Engenharia Florestal - FENF/UFMT. Cuiabá-MT Introdução: Nos últimos 70 anos, têm-se utilizado as características anatômicas para a identificação de plantas, pela técnica microhistológica, em amostras coletadas no esôfago, rúmen ou nas fezes de animais silvestres e domésticos. Esta técnica, baseia-se na montagem dos padrões histológicos das espécies da área de pastejo e na identificação dessas espécies na dieta. É provável que o processo digestivo altere as características das epidermes e prejudique a identificação das plantas, pois o reconhecimento das plantas é a chave para o sucesso desta técnica. Objetivos : Caracterizar as epidermes adaxial e abaxial de quatro gramíneas e verificar o efeito da digestão microbiana sobre as mesmas. Aplicabilidade dos Resultados : Manejo de pastagens Material e Métodos : As epidermes adaxial e abaxial dos capins gordura, sapé, jaraguá e braquiária, foram avaliadas antes e após a digestão in vitro, por meio de técnicas de microscopia de luz e eletrônica de varredura. As amostras foram destinadas à técnica de digestão in vitro por 0, 48 e 72 horas, utilizando-se 0,3 g de fragmento, com 4 mm de comprimento, tomados na porção mediana da lâmina foliar, e três repetições. Para microscopia de luz, os fragmentos foram fixados em FAA, desidratados em série alcoólica progressiva, corados e montados em lâminas histológicas e para microscopia de varredura foram fixadas em glutaraldeído, pós-fixadas com tetróxido de ósmio, desidratadas em série alcoólica progressiva e metalizadas. Com base nas fotomicrografias, eletromicrografias e nas observações microscópicas realizaram-se as descrições das epidermes e a avaliação do processo de digestão. Resultados e Conclusões : Os caracteres mais importantes para a epiderme na separação das espécies foram o formato e o volume ocupado pelas fileiras das células buliformes, a presença e a densidade de micropêlos e o formato e a distribuição das células silicosas. Na epiderme abaxial, destacam-se a disposição e a densidade dos estômatos; a forma das células subsidiárias e o comprimento das células interestomatais; a largura e o comprimento das células epidérmicas (células longas); a densidade de pêlos; a densidade e posição das células silicosas, na região intercostal; e a presença de papilas. Os formatos dos corpos silicosos, na região costal, são caracteres interessantes, mas foram bastante variáveis. Os capins gordura e braquiária foram os mais sensíveis ao processo de digestão, enquanto que nos demais observaram-se pequenas fendas. Independente das espécies, o tempo de digestão interferiu nos danos às epidermes. Dada diferença entre as duas faces da folha é fundamental a descrição das duas epidermes; a colonização foi diferente entre as superfícies epidérmicas; a digestão alterou as características das epidermes; a intensidade da digestão foi maior nas áreas próximas à invasão dos microrganismos; os estômatos foram vias de penetração dos microrganismos no interior da partícula e os capins gordura e braquiária foram as espécies mais susceptíveis à digestão. Palavras-chave: anatomia vegetal, digestão in vitro, técnica micro-histológica. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 28 Título do trabalho : LIPÍDIOS SÉRICOS E PARÂMETROS DE CARCAÇA DE FRANGOS DE CORTE SUBMETIDOS A DIETAS COM DIFERENTES MISTURAS DE ÓLEO DE SOJA E SEBO BOVINO E-mail: [email protected] Eixo Temático: Produção Animal e Agronegócio Autor: Ferreira J.Z. (1) Instituição: Acadêmica de Medicina Veterinária, FAMEZ/UFMS, Caixa Posta 549, 79070-900, Campo Grande,MS, Bolsista IC - PIBIC/CNPq/UFMS Observações: Carrijo A.S.(2), Prof. Dr. Deptº de Zootecnia, FAMEZ/UFMS, Campo Grande,MS Fascina V.B. (3), Mestrando em Ciência Animal, FAMEZ/UFMS, Campo Grande, MS 292263758-10 Souza K.M.R. (3), Mestranda em Ciência Animal, FAMEZ/UFMS, Campo Grande, MS 900202431-20 Introdução: Os avanços genéticos dos frangos de corte tornaram as aves mais exigentes nutricionalmente. Os requerimentos protéicos e energéticos são difíceis de serem supridos com os alimentos tradicionais. O estudo de variáveis bioquímicas em aves pode ser uma ferramenta alternativa para medir os efeitos dessa mudança nutricional com relação às características de carcaça e ao padrão de deposição lipídica nos tecidos. Objetivos : Avaliar o efeito da inclusão de óleo de soja, sebo bovino e de suas misturas sobre os lipídios séricos e composição centesimal de carne de frangos de corte. Aplicabilidade dos Resultados : O aumento dos lipidios séricos de pior qualidade nos frangos de corte podem influir na alimentação humana. Material e Métodos : Utilizou-se 200 aves distribuídas em cinco tratamentos e quatro repetições de 10 aves. Os tratamentos foram: inclusão de 6% de óleo de soja e sebo bovino nas proporções de 0:100; 25:75; 50:50; 75:25 e 100:0. No 42o dia duas aves por repetição foram retiradas aleatoriamente, e colhida amostras de sangue de uma ave para análise de colesterol, lipoproteína de alta densidade (HDL), lipoproteína de baixa densidade (LDL), lipoproteína de muito baixa densidade (VLDL) e triglicérides totais. A outra ave foi sacrificada para análise da composição centesimal dos cortes comerciais (coxa+sobrecoxa e peito). Foi efetuada análise de variância e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey. Resultados e Conclusões : Observou-se que não houve diferença significativa entre os valores de VLDL nas diferentes dietas. Para o HDL os resultados foram significativos, sendo que, o maior valor ocorreu no tratamento com óleo de soja. As misturas de óleo de soja + sebo bovino nas proporções de 0:100 e 25:75 apresentaram resultados significativos para LDL em comparação com as demais misturas. Para triglicérides e colesterol não houve diferença entre os tratamentos. Na análise de composição centesimal de coxa+sobrecoxa e peito, verificou-se que ambos os cortes apresentaram significância para porcentagem de umidade, matéria seca, proteína bruta e extrato etéreo. Observou-se que houve diferença significativa na análise de cinzas para coxa+sobrecoxa. O maior valor obtido foi com a mistura de 50% de óleo de soja e sebo bovino na dieta. Concluiu-se que a inclusão de 6% de óleo de soja ou de sebo bovino pode aumentar os níveis sanguíneos de HDL e LDL em frangos de corte. Palavras-chave: Analise sérica, Composição centesimal, Gorduras. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 29 Título do trabalho : ANÁLISE EM MICROSCOPIA DE LUZ DO EFEITO DO VAPOR DE FORMALDEÍDO SOBRE A INTEGRIDADE EPITELIAL DAS VIAS RESPIRATÓRIAS DE PINTAINHOS E-mail: [email protected] Eixo Temático: Produção animal e agronégocio Autor: Rocha J.V. Instituição: Faculdade de Medicina Veterinária: Av. Pará 1720 38400-902, Uberlândia, MG, [email protected] Observações: Beletti M. E., Instituto de Ciências Biomédicas: Av. Pará 1720 38400-902, Uberlândia, MG, [email protected]; Freitas A. G.,Faculdade de Medicina Veterinária: Av. Pará 1720 38400-902, Uberlândia, MG, [email protected]; Silva P.L4, Faculdade de Medicina Veterinária: Av. Pará 1720 38400-902, Uberlândia, MG, [email protected] Júnior A. M. C, Faculdade de Medicina Veterinária: Av. Pará 1720 38400-902, Uberlândia, MG, [email protected]; Gustin P.C, Granja Planalto: Rua Dos Bálsamos 294 38406-362, Uberlândia, MG, [email protected]; Neves A.C.R.S Granja Planalto: Rua Dos Bálsamos 294 38406-362, Uberlândia, MG, [email protected] Introdução: A incubação artificial foi um avanço tecnológico que propiciou à avicultura uma rápida multiplicação das aves e em larga escala. Um dos seus maiores problemas, tanto nos primeiros dias de incubação como nos últimos já na máquina de eclosão, é a presença de microrganismos potencialmente patogênicos. O vapor de formaldeído nesta fase do desenvolvimento da ave é o desinfetante mais utilizado com o objetivo de reduzir a pressão de contaminantes dentro das incubadoras e máquinas de eclosão. Porém, há relatos que o vapor de formaldeído pode causar irritação no trato respiratório de animais, quando inalado. Objetivos : Avaliar a influência do vapor de formaldeído utilizado na máquina de eclosão sobre a integridade epitelial das vias respiratórias de pintainhos. Aplicabilidade dos Resultados : Estipular uma a melhor concentração de formaldeído, na qual a atividade antimicrobiana não seja comprometida e ao mesmo tempo não cause alterações na integridade epitelial das vias respiratórias dos pintainhos, possibilitando um melhor aproveitamento para as granjas. Material e Métodos : Foram utilizados 57600 ovos sendo distribuídos em quatro tratamentos com 14400 ovos cada. No primeiro tratamento (T1) a troca da solução de formalina da máquina de eclosão foi feita a cada seis horas, no segundo (T2) a cada doze horas, no terceiro (T3) a cada vinte e quatro horas e no quarto (T4) não se utilizou formalina. Estes tratamentos foram dispostos no delineamento inteiramente casualizado, com 8 repetições (8 pintainhos) cada. Após trinta minutos da introdução da solução de formaldeído, foi realizada a medição da concentração do gás dentro das máquinas. Ao final das trinta e seis horas, foram retirados ao acaso oito ovos bicados com os pintainhos ainda vivos, de dentro da máquina de eclosão de cada tratamento. Amostras de traquéia e pulmões foram coletadas e processadas histologicamente. Resultados e Conclusões : Ocorreram lesões e alterações ciliares no pulmão, traquéia e presença de heterófilos em todos os tratamentos porém, não foram observadas diferenças significativas entre eles. As alterações ciliares, no pulmão, ocorreram diferenças significativas entre o T1 e T4, não sendo observadas diferenças entre lesões na traquéia quando comparados os tratamentos.Essas alterações entre T1 e T4 observadas no pulmão quando comparados os tratamentos, pode ser devido a maior intensidade de exposição do T1 ao formaldeído, que obteve uma média de concentração do gás dentro da máquina de 3,7 ppm, quando comparado com o T4, em que a média foi de 1,25 ppm. As lesões, alterações ciliares e presença de heterófilos observadas no T4, podem ser relacionadas com a utilização de S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” paraformaldeído na incubação, ou seja, os ovos são expostos ao gás de formaldeído antes mesmo de serem transferidos para máquina de eclosão. Portanto, vapor de formaldeído, na máquina de eclosão, causa alterações no trato respiratório de pintainhos na fase final de seu desenvolvimento embrionário. Deve-se ressaltar que a utilização de formaldeído na incubadora também pode causar estas alterações. Palavras-chave: formaldeído, pintainhos, pulmão, traquéia. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 30 Título do trabalho: ENSILAGEM DE CAPIM ELEFANTE COM NÍVEIS CRESCENTES DE CASCA DE SOJA PARA USO EM ASSENTAMENTOS RURAIS NA PARTE ALTA DO PANTANAL. E-mail: [email protected] Eixo Temático: Produção Animal e Agronegócio Autor: Instituição: Observações: Messias, E.A.C.1, Tomich, T.R.2 & Sereno, J.R.B.3 1 Faculdade de Zootecnia - Instituto de Ensino Superior do Pantanal (IESPAN) - Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) - Campus Corumbá, MS. E-mail: [email protected] 2 Embrapa Pantanal, CEP:79320-900, Corumbá, MS. 3 Embrapa Cerrados, CEP:73310-970, Planaltina, DF - Bolsista do CNPq Introdução: Na região de Corumbá, MS, a pecuária é uma das principais atividades desenvolvidas com o objetivo de geração de renda para cerca de 1.200 famílias de produtores rurais de pequena escala, cujas propriedades estão situadas em projetos de assentamentos rurais nas proximidades das cidades de Corumbá e Ladário, na parte alta do Pantanal. OBJETIVO: O presente trabalho teve como objetivo estudar os efeitos da adição de diferentes níveis de casca de soja (0%; 2,5%; 5,0%; 10% e 20%) sobre os parâmetros de MS, PB, pH e N-NH3/NT da silagem confeccionada com o terço superior das plantas de crescimento pleno de capim-elefante, cultivar napier. Objetivos: O presente trabalho teve como objetivo estudar os efeitos da adição de diferentes níveis de casca de soja (0%; 2,5%; 5,0%; 10% e 20%) sobre os parâmetros de MS, PB, pH e N-NH3/NT da silagem confeccionada com o terço superior das plantas de crescimento pleno de capim-elefante, cultivar napier. Aplicabilidade dos Resultados: A utilização das silagens confeccionadas com terço superior das plantas de capim-elefante de crescimento pleno somente deve ser indicada quando existir a possibilidade de insegurança alimentar para o rebanho e for necessário colher toda a capineira como estratégia de manejo. No caso de ser necessário confeccionar a silagem do terço superior das plantas de capim-elefante de crescimento pleno, indica-se que seja realizada sem o uso dos aditivos e dos níveis de inclusão testados neste trabalho. Material e Métodos: A forragem foi colhida manualmente, com corte rente ao solo, em três parcelas de 9 m2 (3 m x 3 m) representativas de uma capineira de capim-elefante (cultivar Napier) de crescimento pleno, estabelecida a cerca de 20 anos na área experimental. Todo o material cortado em cada parcela foi pesado e o resultado utilizado para o cálculo das produtividades de matéria verde e de matéria seca. Parte da forragem colhida foi picada em partículas com tamanho médio de 2 cm, utilizando-se uma picadeira estacionária. Outra porção da forragem foi separada em dois terços inferiores e terço superior das plantas, que também foram picadas como descrito anteriormente. Todos os tipos de forragens produzidos foram amostrados como forragem verde, coletando-se cerca de três kg por tipo de forragem. A forragem picada produzida com o terço superior das plantas foi utilizada para a produção de silagens com níveis crescentes de adição de casca de soja peletizada adquirida no mercado de produtos agropecuários da cidade de Corumbá, compondo os seguintes tratamentos: Tratamento 1 - Sem aditivo (Testemunha); Tratamento 2 - Adição de 2,5% de casca de soja; Tratamento 3 - Adição de 5% de casca de soja; Tratamento 4 - Adição de 10% de casca de soja; Tratamento 5 - Adição de 20% de casca de soja. A ensilagem foi realizada utilizando-se silos experimentais confeccionados com tubos PVC de 0,4 m de comprimento e 0,1 m de diâmetro, com a capacidade de armazenagem de 0,00314 m3 de forragem, dotados de válvula tipo bunsen para permitir a saída dos gases produzidos na fermentação. Foram S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” confeccionados quatro silos por tratamento. Para proceder às avaliações do material original, os distintos tratamentos também foram amostrados antes da ensilagem. As amostras de forragens verdes e de materiais originais foram congeladas para análises posteriores. Os dados obtidos para as silagens foram analisados utilizando o programa Sistema para Análises Estatísticas e Genéticas (SAEG). Resultados e Conclusões : Na produção das silagens a compactação variou de 447,2 kg/m3 a 500,2 kg /m3. O teor de MS aumentou em função dos níveis crescentes de casca. O teor de PB (3,7%) da silagem de forragem fresca sem casca de soja foi inferior aos 6,7% verificados na silagem com 20% de casca de soja, valor abaixo do mínimo de 7% requerido para uma efetiva fermentação no rumem do animal. Os valores de pH foram menores para as silagens com maior índice de casca, estimando-se 4,5 para os níveis de 10% e 20% de casca. A silagem com adição de 20% de casca de soja apresentou o menor valor de N-NH3/NT com a média de 9,1%. Os demais tratamentos apresentaram valores entre 11,5% e 13,1%, verificando-se tendência de redução nos valores desse parâmetro à medida que se aumentava o nível de casca de soja. Palavras-chave: Nutrição animal, forrageiras, volumosos, aditivo, alimentação alternativa. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 31 Título do trabalho : ANÁLISE DO POTENCIAL MERCADOLÓGICO DA CARNE DE E-mail: [email protected] Eixo Temático: Produção Animal e Agronegócio Autor: Instituição: Observações: Rocha, D.H.C.1, Lara, J.A.F.2, Sereno, J.R.B.3 1 Faculdade de Zootecnia - Instituto de Ensino Superior do Pantanal (IESPAN) - Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) - Campus Corumbá, MS. E-mail: [email protected] 2 Embrapa Pantanal, CEP:79320-900, Corumbá. MS. 3 Embrapa Cerrados, CEP:73310-970, Planaltina, DF - Bolsista do CNPq Introdução: A cadeia produtiva da carne representa uma das atividades mais importantes do agronegócio do Pantanal, uma vez que a pecuária representa a maior atividade econômica da região. Infelizmente, por questões logísticas e dificuldades de utilização efetiva de tecnologias esta área ainda não desenvolveu este potencial em sua totalidade. No entanto, percebe-se nitidamente a necessidade de agregação de valor ao produto local com vistas à geração de novos empregos e manutenção da atividade na região. Objetivos: Este trabalho teve como objetivo analisar o mercado da carne de vitelo pantaneiro na sub-região da Nhecolândia, Corumbá (MS), como uma alternativa para o agronegócio local. Aplicabilidade dos Resultados: Existe potencial para a exploração e comercialização da carne de vitelo na cidade de Corumbá, MS. No momento, a oferta do produto ainda não é constante, sendo a mesma ofertada a população quase exclusivamente em festas ou ocasiões especiais. Observou-se falta de articulação política por parte dos pecuaristas e demais envolvidos no mercado de carne local com vistas à expansão deste mercado. Há necessidade de criação de uma associação de criadores de carne de vitelo pantaneiro para fomentar a criação e estabelecer o mercado local, bem como a sua expansão na região. Material e Métodos: Foram aplicados questionários semi-estruturados, com questões abertas e fechadas a 100 consumidores de carne, 15 produtores rurais da sub-região da Nhecolândia, 10 açougues, 10 churrascarias-restaurantes, um serviço de buffet, 10 supermercados e um frigorífico. As entrevistas foram aplicadas entre os meses de setembro a outubro de 2005, totalizando 147 entrevistas realizadas com os diferentes públicos-alvo. Resultados e Conclusões : 85% dos consumidores entrevistados responderam que já tinham ouvido falar do vitelo através de festas, televisão, rádio, conversa entre amigos, outras cidades fora de Corumbá, frigorífico, fazendas, país vizinho (Bolívia), palestras, almoços beneficentes, etc. Entretanto, apenas 37% destes consumidores afirmaram já ter provado o produto. Os demais entrevistados da cadeia produtiva, tais como: produtores rurais, açougues, churrascarias-restaurantes, serviço de buffet, supermercados e frigorífico observaram potencial para incremento da produção e comercialização do produto na região com vistas a atender o mercado interno, externo, bem como promover o desenvolvimento local. Finalmente, estes consumidores sugeriram a necessidade de desenvolvimento de maiores estudos sobre a padronização da produção e oferta sazonal do produto para a implantação e expansão segura deste mercado na região. Palavras-chave: Bezerros, novilhos precoce, consumidor, varejo, carne bovina. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 32 Título do trabalho : CARACTERIZAÇÃO FENOTIPICA DE OVELHAS ADULTAS E-mail: [email protected] Eixo Temático: Produção Animal e Agronegócio Autor: Instituição: Observações: Ojeda Filho, S.C.F.1, Oliveira, M. F.1, Hernandez, I.2, Souza, J.C.3, Storck, D.E.4, Barros, L.1 , Abreu, U.G.P. 5 & Sereno, J.R.B.6 1 Faculdade de Zootecnia - Instituto de Ensino Superior do Pantanal (IESPAN) - Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) - Campus Corumbá, MS. E-mail: [email protected] 2 Universidad Autónoma de Puebla, Tecamachalco, México. 3 Prof. Dr. Universidade Federal do Paraná - Campus Palotina, PR. 4 Méd. Vet. - Associação Brasileira de Criadores de Caracu - Palmas, PR. 5 Pesquisador da Embrapa Pantanal - CEP:79320-900 - Corumbá, MS. 6 Pesquisador da Embrapa Cerrados, CEP:73310-970 - Planaltina, DF - Bolsista do CNPq. Introdução: No Brasil, são escassos os estudos que visam à avaliação fenotípica de ovinos e os efeitos que estes diversos fatores podem exercer sobre os mesmos. Entre esses fatores estão os pesos de abate associado com a genética, a qual deve ser direcionada para obtenção de animais resistentes e produtivos. O município de Corumbá, MS, representa um dos maiores criatórios de ovinos do estado, necessitando urgentemente de informações técnicas para fomentar a criação, principalmente na parte alta do Pantanal, local onde a criação mais se expande. Objetivos: Este trabalho teve como objetivo caracterizar fenotipicamente as ovelhas adultas da raça Santa Inês, criadas na parte alta do Pantanal. Aplicabilidade dos Resultados: Estes resultados preliminares indicam que há necessidade de se aumentar o tamanho da amostra com o objetivo de se obter maior confiança nos valores destas medidas morfométricas para a raça Santa Inês na região. Material e Métodos: Este trabalho foi conduzido na fazenda Band'Alta, propriedade do colégio Salesiano de Santa Teresa ou MSMT, campus Corumbá, MS, localizada na parte alta do Pantanal a 20 km da cidade de Corumbá, (Latitude 19°05\'S, Longitude 57°30\'W, alt. 130 m). Foram utilizadas medidas fenotípicas de 139 fêmeas adultas, da raça Santa Inês, com diferentes faixas etárias. Foram tomadas as seguintes medidas corporais e informações sobre os animais e/ou propriedade: número do animal, sexo, raça, idade (número de dentes), TO = tamanho das orelhas (média, pequena ou grande), DO = direção das orelhas (erguidas, horizontais ou caídas), CO = consistência das orelhas (rígidas ou pendentes), PC = perfil cefálico (côncavo, reto, convexo, sub-convexo), TU =Tipo de Úbere (globoso, tipo bolsa ou carnudo), DT = direção das tetas (paralelas ou divergentes), TS = tetas supranumerários (duas ou mais) e a Cc = condição corporal. Para a realização das medidas morfométricas (CCab = comprimento da cabeça, LCab = largura da cabeça, CC = comprimento do corpo, AC = altura da cernelha, PT = perímetro torácico, PC = perímetro da canela, DCostal = diâmetro entre costelas, DDesternal = diâmetro dorso-esternal, AP = altura da garupa, CG = comprimento da garupa, LG = largura da garupa, LA = largura entre ancas e LII = largura entre as pontas ísquios). Os dados foram tabulados em uma planilha do programa Excel e as análises estatísticas obtidas pelo programa SAS (SAS, 2001). Resultados e Conclusões : Os resultados mostraram diferença significativa (P = 0,0001) com relação à faixa etária das ovelhas adultas utilizadas neste experimento, onde mais de 90% das ovelhas possuíam mais de dois anos de idade, sendo que a maioria (44,60%) encontrava-se entre quatro e seis anos de idade. Observou-se variação no tamanho das orelhas e perfil cefálico. Entretanto, para as varáveis direção e consistência das orelhas, formato de úbere, S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” direção das tetas e presença de tetas supranumerárias não houve nenhuma variação. A análise estatística dos dados mostrou que a maioria das variáveis apresentou coeficiente de variação baixo, em torno de 5%, com exceção das seguintes medidas: largura da garupa, largura entre ancas e pontas dos ísquios. As demais medidas corporais mostraram grande variabilidade, podendo ser utilizadas em programas de melhoramento genético da raça em condições ambientais do Pantanal. Palavras-chave: Ovinos raças naturalizadas, medidas morfométricas, produção animal, pequenos ruminantes. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 33 Título do trabalho : PRODUÇÃO DE CARNE BOVINA ORGÂNICA NO ESTADO DE MATO GROSSO: UMA AVALIAÇÃO DA FAZENDA AO FRIGORÍFICO E-mail: [email protected] Eixo Temático: PRODUÇÃO ANIMAL E AGRONEGÓCIO Autor: HEITOR DAVID MEDEIROS Instituição: SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO RURAL - MT Observações: Introdução: A bovinocultura de corte orgânica certificada, onde os animais são criados de forma natural, em sistemas de pastagens extensivas, com rígido controle de origem e conformidade dos processos de produção, está adquirindo grande importância mundial, em razão da preocupação crescente dos consumidores com a qualidade (segurança alimentar, ambiental e social) dos alimentos. Em todo o mundo e especialmente, no Brasil a pecuária bovina orgânica Certificada é uma atividade recente. O Estado de Mato Grosso, com o maior rebanho bovino do País, apresenta-se como um dos pioneiros nesta nova forma de manejo. Objetivos : Conhecer e avaliar, de acordo com os métodos propostos, a produção orgânica de bovinos de corte, da primeira propriedade rural do Estado de Mato Grosso, à destinar bovinos de corte orgânicos Certificados, para o abate. Aplicabilidade dos Resultados : No conhecimento e desenvolvimento da bovinocultura de corte orgânica. Na contribuição e estímulo à realização de pesquisas e práticas sustentáveis, na cadeia produtiva da pecuária de corte bovina. Na abertura e crescimento de mercados para a carne bovina, com certificações de qualidade, produzida no Estado de Mato Grosso e no Brasil. Material e Métodos : Para este trabalho foram utilizados os dados e informações da Fazenda São Marcelo, localizada em Tangará da Serra-MT, com acompanhamento desde o nascimento até o abate dos bovinos, com ênfase nos fatores ante mortem e post mortem (embarque, transporte, abate) de dois lotes (51 nelore e 86 cruzados Nelore/Raça Européia) de bovinos orgânicos certificados. Critérios de avaliação: Certificação Orgânica; Serviço de Inspeção Federal (SIF); Auditoria de bem estar animal; Tipificação, Classificação das Carcaças; medição do pH das carcaças, 24 horas, após o abate e comparação entre os dois lotes. Resultados e Conclusões : RESULTADOS: Foram cumpridos os procedimentos e normas da produção orgânica, desde o nascimento até o abate, em todos os bovinos estudados, certificados pelo Instituto Biodinâmico (IBD). O SIF garantiu os aspectos relacionados à Inspeção desde o desembarque dos animais até a expedição da carne produzida. Os testes microbiológicos (Salmonelas e E. coli) realizados nos dois lotes atestaram a eficiência do Programa de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC), implantado pela indústria frigorífica. Os dois lote de animais foram aprovados na Auditoria de Bem Estar Animal que atestou a eficiência do abate humanitário, através do controle dos seguintes procedimentos: Atordoamento; vocalizações; animais sensíveis; animais arrastados; caídas e escorregões e uso de bastões. O lote de Nelores apresentou as seguintes médias de resultados na tipificação de carcaças: Cobertura de gordura: 2,49 mm; peso vivo: 446,39 Kg; peso da carcaça: 230 Kg; rendimento de carcaça: 51,84%. O lote de cruzados apresentou as seguintes médias de resultados: Cobertura de gordura: 2,26 mm; peso vivo: 445,22 Kg; peso da carcaça: 221,05 Kg; rendimento de carcaça: 49,59. Os valores médios de pH medidos 24 horas após o abate foi de 5,78 para os Nelores e de 5,82 para os Cruzados. A análise estatística apresentou os seguintes resultados: Não houve diferença estatística significativa nas variáveis: Cobertura de gordura, rendimento de carcaça e pH; houve diferença estatística entre os dois lotes nas variáveis: Peso vivo e peso da carcaça. CONCLUSÕES: A bovinocultura de corte orgânica certificada pode ser realizada em áreas de Florestas e Cerrados; os controles de qualidade dos fatores ante mortem e post mortem, estudados, são compatíveis com os mais S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” exigentes requisitos mundiais de qualidade na produção e manipulação de carne bovina; os dois lotes de bovinos se enquadraram na classificação Cota Hilton e conseqüentemente, na denominação novilho precoce; as carcaças dos bovinos cruzados apresentaram média de pH acima de 5,8, não podendo ser destinadas à exportação. Palavras-chave: Carne bovina orgânica, Certificação, Tipificação, pH, Cota Hilton. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 34 Título do trabalho : EFEITO DA ADIÇÃO DE MANANOLISSACARÍDEO E/OU ENZIMAS NA RESPOSTA DE ANTICORPOS CONTRA GUMBORO EM FRANGOS E-mail: [email protected] Eixo Temático: Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Pública Autor: Renatta Pereira Pacheco Instituição: Universidade de Rio Verde Observações: Maria Cristina de Oliveira - Fac. Zootec. da Univ. de Rio Verde - 505.180.116-15; André Henrique Turra Molero - Fac.Med. Veterinária da Univ. de Rio Verde; Daniel Emygdio de Faria Filho - Univ. Estadual Paulista - 272.099.638-63; Denise Fontana Figueiredo - Univ. Estadual Paulista - 022.948.259-77; Vera Maria Barbosa de Moraes - Univ. Estadual Paulista 032.801.558-00 Apoio financeiro: FAPESP, FUNDUNESP e Alltech do Brasil Agroindustrial Ltda. Introdução: Mananoligossacarídeo (MOS) equilibra a microflora intestinal e age como imunomodulador. Respostas imunes inflamatórias estão associadas com a mobilização de nutrientes do crescimento e redução do consumo e, assim, imunomoduladores que aumentem a imunidade humoral e minimizem o estresse imunológico afetarão o desempenho de forma positiva. As enzimas melhoram o aproveitamento dos nutrientes e diminuem a competição bacteriana com o hospedeiro por nutrientes. A doença de Gumboro é uma infecção viral aguda e contagiosa de aves jovens, que afeta a Bursa de Fabricius (células do tipo B - linfócitos). Os níveis de anticorpos maternais contra Gumboro em aves de um dia de idade são altos e são mantidos até 7 dias de idade e então declinam até os 35 dias de idade. Objetivos : Avaliar os efeitos do MOS e/ou enzimas na dieta de frangos sobre a cinética dos títulos de anticorpos contra a doença de Gumboro. Aplicabilidade dos Resultados : O MOS e as enzimas, utilizados em substituição aos antibióticos promotores de crescimento nas dietas para frangos, melhoram a resposta imune aos vírus vacinais da doença de Gumboro comparado com os resultados obtidos com dietas sem antibióticos, MOS e/ou enzimas. Material e Métodos : Foram utilizadas 750 aves em delineamento inteiramente casualizado e arranjo fatorial 2 x 2 + 1 - dois níveis de MOS (0 e 0,1% de 1 a 21 dias e 0 e 0,05% de 22 a 42 dias de idade), dois níveis das enzimas celulsase, protease e amilase (0 e 0,05%) e uma dieta controle positivo (125 ppm de sulfato de colistina e 10 ppm de virginiamicina), totalizando cinco tratamentos e cinco repetições. As aves eram originárias de reprodutoras vacinadas contra Gumboro (14, 25 e 36 dias, 10ª, 15ª e 22ª semana) e receberam a vacina aos 7 (vírus vivo atenuado, amostra Lukert) e 21 dias de idade (vírus vivo, amostra forte, cepa V877), via água. Foram colhidas amostras semanais de sangue de duas aves de cada repetição, escolhidas aleatoriamente. A primeira colheita ocorreu quando as aves tinham 7 dias e a última, aos 42 dias de idade. As amostras de sangue foram centrifugadas e os soros obtidos foram congelados para posteriores análises. Os resultados de densidade óptica de cada uma das amostras foram utilizados para o cálculo dos títulos de anticorpos, sendo o resultado transformado em log10X. A cinética semanal dos títulos de anticorpos foi avaliada separadamente para cada tratamento. Resultados e Conclusões : Os títulos de anticorpos não variaram (P>0,05) nas aves que receberam MOS e/ou enzimas. Isto significa que as aves responderam de forma adequada aos vírus vacinais e que o título não diminuiu entre as duas doses vacinais ou até o final do período experimental. Já as aves alimentadas com dietas contendo antibióticos apresentaram título de anticorpo menor (1,92) na 4ª semana, indicando que houve redução dos títulos sete dias após a 2ª dose, porém, na 5ª e 6ª semanas os títulos se mantiveram altos. Nas aves que ingeriram dietas sem antibióticos, MOS ou enzimas os títulos diminuíram na 2ª, 3ª e 4ª semanas e S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” voltaram a aumentar na 5ª semana, o que correspondeu à resposta a 2ª dose da vacina. CONCLUSÃO: Tanto o MOS quanto as enzimas melhoraram a resposta ao vírus vacinal da doença de Gumboro em frangos de 1 a 42 dias de idade. Palavras-chave: imunidade, nutrição animal, probiótico. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 35 Título do trabalho : EFEITO DO PRODUTO DIFLY NO DESENVOLVIMENTO DO BESOURO Digitonthophagus gazella (Coleoptera, Scarabaeidae) EM LABORATÓRIO(1) E-mail: [email protected] Eixo Temático: Ensino e Pesquisa Autor: Américo Iorio Ciociola Jr. Instituição: EPAMIG/CTTP, Uberaba, MG Observações: João Gilberto Ripposati - Técnico, EPAMIG/CTTP; CPF: 248.358.036-04 Diogo Heitor Souto - Aluno de Agronomia da FAZU (Faculdades Associadas de Uberaba); CPF: 70863180191. Introdução: A atividade hematófoga da mosca-dos-chifres representa seu aspecto mais nocivo. As picadas dolorosas, repetidas muitas vezes ao dia, deixam os animais nervosos e irritados, causando perda de peso na produção de leite e diminuição da atividade reprodutiva, entre outros danos. A mosca-dos-chifres (Haematobia irritans) se desenvolve nas fezes de bovinos. Uma das formas de controle é utilizar besouros africanos, que rapidamente reviram as fezes e incorporam este excremento de bovinos ao solo, especialmente nos meses quentes do ano. Esta ação, de enterrar as fezes, além de impedir a multiplicação da mosca-dos-chifres e exercer também um efeito anti-helmíntico, melhora absorção e retenção no solo, de nitrogênio volátil e água, bem como outros constituintes do esterco. Esta espécie de besouro africano, Digitonthophagus gazella foi introduzida no Brasil através do CNPGC/EMBRAPA, em outubro de 1989, por importação dos E.U.A. Em 1991, a EPAMIG/CTTP em Uberaba-MG, recebeu matrizes deste besouro para multiplicação e dissiminação na região, sendo a responsável pela distribuição de casais do besouro aos produtores, Após quatorze anos deste trabalho, constata-se que este é o mais eficiente dos coprófogos no combate à mosca-dos-chifres. Para o controle de H. irritans, quando se usa o controle tradicional, muitas vezes os produtos usados são agressivos ao besouro, afetando o seu desenvolvimento. Objetivos : O presente projeto de pesquisa, teve como objetivo avaliar o efeito do produto DIFLY no desenvolvimento do besouro D. gazella. Aplicabilidade dos Resultados : Possibilitar o manejo do gado com a utilização do produto Difly sem afetar a população do besouro africano, Digitonthophagus gazella existente no campo. Material e Métodos : CAMPO: O trabalho de campo foi realizado em uma área de gado da EPAMIG/CTTP em parceria com a FAZU(Faculdades Associadas de Uberaba), no município de Uberaba-MG. Dois lotes de 10 cabeças de gado Gir foram separados em diferentes piquetes. No piquete 1, apenas o sal mineral foi colocado no cocho e no piquete 2, o sal foi misturado como produto DIFLY na proporção de 15g/30kg de sal e oferecido ao gado. O sal mineral contendo Difly foi oferecido ao gado 8 dias antes de se iniciar a coleta das fezes, para se ter a certeza de que o resíduo de Difly estaria nas fezes coletadas. Amostras de fezes foram recolhidas ao acaso nos dois piquetes e trazidos para laboratório de criação de D. gazella da EPAMIG/CTTP.LABORATÓRIO: 5 casais do besouros africano foram criados/balde. Baldes plásticos com capacidade de 15 litros foram preenchidos com terra e tampados com tampa telada para evitar a fuga dos besouros. A cada 3 dias, os besouros foram alimentados com aproximadamente 400g de fezes frescas/balde, colhidas nos dois piquetes. Foram utilizados 10 baldes de criação para cada tratamento, totalizando 20 baldes. Uma vez a cada 4 dias, os baldes foram umedecidos. O experimento foi realizado de Janeiro a Abril de 2005. O delineamento foi o inteiramente ao acaso, com 2 tratamentos e dez repetições. As médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Os parâmetros avaliados foram: fecundidade e razão sexual dos descendentes. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” Resultados e Conclusões : A utilização do produto Difly causou uma redução populacional de descendentes na ordem de 21%. Esta redução em termos práticos não é importante, pois se for adotada uma escala de seletividade do IOBC/WPRS (International Organization of Biological Control), esta redução ficará na classe 1 de seletividade ou seja: inócuo ao inseto. A classe de seletividade aceita pela IOBC é: 1 = 0 - 30% (inócuo); 2 = 31-79% (levemente nocivo); 3 = 80-99% (moderadamente nocivo) e 4 = > 99% (tóxico). No entanto, ainda não existe uma escala pré-definida para avaliação de seletividade de inseticidas em relação ao besouro africano, Digitonthophagus gazella. Os descendentes obtidos no tratamento com Difly (F1), foram novamente cruzados e o número de descendentes deste novo cruzamento (F2), produziram outra geração sem afetar o número de descendentes. A razão sexual do tratamento com Difly foi de 0,51 e da testemunha foi de 0,50. Portanto, pode-se observar que não houve diferença neste parâmetro avaliado. O número de fêmeas produzidas não foi afetado no tratamento com Difly. Em contrapartida, o número de machos sofreu uma redução, porém sem maiores conseqüências para a população, como foi citado anteriormente. (1) Trabalho apresentado em parceria da EPAMIG/CTTP com a FAZU (Faculdades Associadas de Uberaba). Palavras-chave: Controle biológico, besouro africano, coprófago, mosca-dos-chifres. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 36 Título do trabalho : EFEITO DO MANANOLIGOSSACARÍDEO E/OU ENZIMAS SOBRE ANTICORPOS CONTRA NEWCASTLE E-mail: [email protected] Eixo Temático: Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Pública Autor: André Henrique Turra Molero Instituição: Universidade de Rio Verde Observações: Maria Cristina de Oliveira - Fac. Zootec. da Univ. de Rio Verde - 505.180.116-15; Renatta Pereira Pacheco - Fac. Med. Veterinária da Univ. de Rio Verde - 017.027.101-30; Denise Fontana Figueiredo - Univ. Estadual Paulista - 022.948.259-77; Daniel Emygdio de Faria Filho Univ. Estadual Paulista - 272.099.638-63; Vera Maria Barbosa de Moraes - Univ. Estadual Paulista 032.801.558-00 Introdução: O MOS é derivado da parede celular de leveduras e seu mecanismo de imunomodulação não é totalmente entendido. O MOS age como sítio de aderência para bactérias com fímbrias tipo I e ajuda na resistência à colonização por patógenos. Fibras são polissacarídeos não-amiláceos e o amido não-digerido no íleo terminal é denominado de amido resistente, sendo ambos utilizados como substrato para bactérias. O uso de enzimas melhora a digestibilidade destes nutrientes e diminui a concentração de bactérias no intestino. A doença de Newcastle é uma infecção viral contagiosa e fatal causada pelo vírus Paramyxovirus aviário sorotipo 1. Anticorpos (Ac) maternos protegem a ave durante suas primeiras semanas de vida e podem interferir com o desenvolvimento em longo prazo da imunidade humoral, mas não evitam o rápido estabelecimento de proteção vacinal. Objetivos: Avaliar os efeitos do MOS e/ou enzimas na dieta de frangos sobre a cinética dos títulos de Ac contra a doença de Newcastle. Aplicabilidade dos Resultados: O MOS, utilizado como substituto aos antibióticos promotores de crescimento em dietas para frangos, aumentou a resposta imune aos vírus vacinais da doença de Newcastle comparado com os resultados obtidos em aves alimentadas com dietas contendo antibióticos, enzimas ou sem aditivos. Material e Métodos: Foram utilizadas 750 aves em delineamento inteiramente casualizado e arranjo fatorial 2 x 2 + 1 - dois níveis de MOS (0 e 0,1% de 1 a 21 dias e 0 e 0,05% de 22 a 42 dias de idade), dois níveis das enzimas celulase, protease e amilase (0 e 0,05%) e uma dieta controle positivo (125 ppm de sulfato de colistina e 10 ppm de virginiamicina), totalizando cinco tratamentos e cinco repetições. As aves eram originárias de reprodutoras vacinadas contra Newcastle aos 14 e 36 dias e 10ª, 15ª e 22ª semanas, sendo que todas as vacinas continham vírus vivos, com exceção da aplicada na 22ª semana que continha vírus inativado. As aves deste experimento receberam vacina contra a doença de Newcastle (vírus vivo, tipo B1, amostra B1) aos 14 dias de idade, via água. Foram colhidas amostras semanais de sangue de duas aves de cada repetição, escolhidas aleatoriamente. A primeira colheita ocorreu quando as aves tinham 7 dias e a última, aos 42 dias de idade. As amostras de sangue foram centrifugadas e os soros obtidos foram congelados para posteriores análises. Os resultados de densidade óptica de cada uma das amostras foram utilizados para o cálculo dos títulos de Ac, sendo o resultado transformado em log10X. A cinética semanal dos títulos de Ac foi avaliada separadamente para cada tratamento. Resultados e Conclusões : Aves alimentadas com dietas contendo antibióticos, MOS ou MOS e enzimas apresentaram título de Ac menor (P<0,006) na 3ª semana, porém, na 4ª semana de idade (14 dias após a vacinação) os títulos aumentaram e permaneceram altos até a 6ª semana. Nas aves que ingeriram dietas sem aditivos ou somente com enzimas, os títulos diminuíram (P<0,001) na 2ª e só aumentaram novamente na 6ª semana de idade, 21 dias após a vacinação. CONCLUSÃO: O MOS melhorou a resposta ao vírus vacinal da doença de Newcastle em frangos, sendo a resposta comparável àquela obtida com as aves do tratamento com antibióticos. Já as enzimas não foram capazes de aumentar os títulos de Ac logo após a vacinação. Palavras-chave: imunidade, nutrição animal, probiótico. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 37 Título do trabalho : VARIAÇÃO SAZONAL DA QUALIDADE SEMINAL DE MACHOS SUÍNOS CRIADOS NA BAIXADA CUIABANA - DADOS PARCIAIS E-mail: [email protected] Eixo Temático: Reprodução e Biotecnologia Autor: Instituição: Observações: MARTINS, R.P.1, OLIVEIRA FILHO, J.X.2, GONÇALVES, M. A3, PEREIRA, D.F.C.2, MACIEL, W.R.S.2, HATAMOTO, L.K.4, CARAMORI JÚNIOR, J.G.5 1 - Graduando, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, UFMT, Av. Fernando Correa da Costa, s/n, Cuiabá - MT, Bolsista PIBIC-CNPq. E-mail: [email protected] 2 - Graduando, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, UFMT - Bolsista PIBIC-CNPq. 3 - Graduando, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária,UFMT 4 - Docente, Depto Clínica Médica Veterinária/FAMEV-UFMT 5 - Docente, Depto de Produção Animal/FAMEV-UFMT Introdução: As linhagens de suínos exploradas comercialmente descendem de suínos europeus selvagens, cujo ciclo reprodutivo possui uma marcada sazonalidade. Devido a esse fato, observa-se a ocorrência de algum grau de sazonalidade em linhagens suínas modernas, caracterizado pelo decréscimo da fertilidade de machos e fêmeas durante um período do ano. As mudanças sazonais na reprodução de varrões são influenciadas principalmente pelo fotoperíodo e temperatura. Em regiões tropicais, pela pequena variação no comprimento do fotoperíodo durante as estações do ano, atribui-se ao aumento de temperatura a diminuição sazonal da produção e qualidade do sêmen. A exposição à elevadas temperaturas (33-35ºC) e à altas taxas de umidade têm sido demonstradas como causas da redução da concentração espermática e aumento das formas anormais nos ejaculados. Objetivos : Verificar a variação sazonal da qualidade seminal de suínos criados na região da Baixada Cuiabana. Aplicabilidade dos Resultados : Elaboração de estratégias que minimizem o efeito da variação sazonal da qualidade seminal sobre a produtividade das granjas suinícolas. Material e Métodos : Foram utilizados neste estudo 2 suínos de mesma linhagem e 18 meses idade, alojados em baias individuais no Setor de Suinocultura da Fazenda Experimental da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, UFMT. Realizou-se 2 coletas de sêmen por semana no período de setembro de 2005 a fevereiro de 2006 (primavera e verão) pela técnica de mão enluvada com auxílio de manequim. Os parâmetros avaliados foram: volume (mL) do ejaculado, motilidade (%), vigor (1-5), concentração (x106espermatozóides/mL) e patologia espermática (%). Os dados foram analisados através da análise de variância. Resultados e Conclusões : Os valores médios obtidos para os parâmetros avaliados durante a primavera e o verão foram, respectivamente, para o volume 340 e 252 mL; motilidade 77,21 e 78,96%; vigor 2,93 e 3,19; concentração 28,25 e 29,20 x106espermatozóides/mL; defeitos maiores 3,27 e 4,87%; defeitos menores 1,99 e 1,87% e defeitos totais 5,26 e 6,73%. Observou-se o efeito da estação do ano sobre a porcentagem de defeitos menores (p=0,02237) e defeitos totais (p=0,00362). Conclui-se que a qualidade seminal de suínos criados na baixada cuiabana sofre influência da sazonalidade sendo a morfologia espermática o parâmetro mais afetado. Palavras-chave: Parâmetros seminais, sazonalidade, suínos. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 38 Título do trabalho : Efeito da exposição ao formaldeído sobre a performance de frangos de corte (Gallus gallus) E-mail: [email protected] Eixo Temático: Produção Animal e Agronegócio Autor: Rocha J. V1, Instituição: 1 Faculdade de Medicina Veterinária: Av. Pará 1720 38400-902, Uberlândia, MG Observações: Beletti M. E2, Instituto de Ciências Biomédicas: Av. Pará 1720 38400-902, Uberlândia, MG, [email protected]; Freitas A. G3,Faculdade de Medicina Veterinária: Av. Pará 1720 38400-902, Uberlândia, MG, [email protected]; Silva P.L4, Faculdade de Medicina Veterinária: Av. Pará 1720 38400-902, Uberlândia, MG, [email protected]; Júnior A. M. C5, Faculdade de Medicina Veterinária: Av. Pará 1720 38400-902, Uberlândia, MG, [email protected]; Gustin P.C6, Granja Planalto: Rua Dos Bálsamos 294 38406-362, Uberlândia, MG, [email protected]; Borges M.S7, Granja Planalto: Rua dos Bálsamos 294, 38406-362,Uberlândia, MG. Introdução: A avicultura, hoje, representa um dos setores de maior expansão dentro do complexo carne. O melhoramento genético, associado a técnicas eficientes de manejo e a novas tecnologias são os fatores que permitem esta expansão. Entre essas tecnologias, uma de grande importância é a incubação, pois permite uma rápida e eficiente multiplicação das aves. Um grande problema da incubação é seu elevado índice de contaminação que requer o uso de desinfetantes para diminuí-la e um dos mais utilizados é o formaldeído, porém sabe-se que ele é extremamente tóxico para as espécies que o inalam. Objetivos : O objetivo do presente trabalho foi verificar os efeitos do formaldeído sobre o desempenho zootécnico de aves expostas a ele na máquina de eclosão. Aplicabilidade dos Resultados : Estipular a concentração de formaldeído mais eficiente de forma que não prejudique sua atividade antimicrobiana e nem cause alterações nos índices zootécnicos. Possibilitando um melhor aproveitamento para o setor avícola. Material e Métodos : O experimento foi conduzido no Centro de Pesquisa da Granja Planalto e teve duração de 42 dias. Foram utilizados 720 aves sexadas da linhagem Avian 48. As aves foram divididas em quatro tratamentos, com seis repetições de 30 aves, sendo 50% de machos e 50% de fêmeas, em boxes de dois por três metros. Os tratamentos foram dispostos no delineamento inteiramente casualizado. O tratamento (TMT ) 1 continha aves que estavam na máquina de eclosão e que teve a solução de formaldeído trocada de 6/6 horas, TMT 2 de 9/9 horas, TMT 3 de 24/24 horas e TMT 4 sem uso de formaldeído. Durante o desenvolvimento das aves utilizou-se rações pré-inicial, inicial, engorda e abate. As aves foram abatidas ao final de 42 dias. Na análise estatística foi realizado o teste de Kolmogorov- Smirnov para verificar se a distribuição dos dados era normal. Quando houve distribuição normal utilizou-se o teste estatístico T-Student (α = 0,05) para verificar diferenças entre médias. Quando a distribuição não foi normal utilizou-se teste não paramétrico de Wilcoxon (α = 0,05) para verificar diferença entre grupos. Resultados e Conclusões : O peso médio das aves no final de 42 dias no TMT1 foi de 2796,40 gramas, no TMT4 2792,03, no TMT3 2771,91 e no TMT2 2751,17. O ganho de peso diário no TMT1 foi de 66,58, no TMT4 66,48, no TMT3 66,00 e no TMT2 65,50. A conversão alimentar apresentou os seguintes resultados TMT4 1,72, TMT2 1,73, TMT3 1,77 e TMT1 1,78. Na mortalidade os valores observados foram TMT2 5,00, TMT4 6,11, TMT3 6,67 e TMT1 7,78. Já o índice de eficiência produtiva (IEP) apresentado no final de 42 dias foi TMT4 362,00, TMT2 360,00, TMT3 350,40 e TMT1 346,66. Após a aplicação dos testes estatísticos não foi verificada diferença entre os tratamentos.Portanto, a exposição de pintainhos ao formaldeído na máquina de eclosão não influencia o desempenho zootécnico destas aves. Palavras-chave: Formaldeído, índices zootécnicos, alterações, eficiência produtiva. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 39 Título do trabalho : TAXAS DE DIGESTÃO RUMINAL DOS CARBOIDRATOS DE ALIMENTOS UTILIZADOS NA DIETA DE OVINOS NA BAIXADA CUIABANA E-mail: [email protected] Eixo Temático: Produção Animal e Agronegócio Autor: Marcos Vinícius Micheletti Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT Observações: Micheletti M. V.1,2,3, Oliveira A. L. F.4, Carvalho H. P.1,2, Assad L. V. F. 1,2, Martins R. V. 1,2, Marinho W. A. S. 1,2, Zervoudakis J. T.5, Cabral L. S.5. 1.Departamento de Produção Animal (DPA) Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária (FAMEV), Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT): Av. Fernando Corrêa da Costa s/n 78069900, Cuiabá, MT. 2.Discente de graduação em medicina veterinária - UFMT. [email protected] 4.Mestrando em Produção animal, UNESP. 5.Docente do DPA-FAMEV-UFMT. Introdução: INTRODUÇÃO: A ovinocultura tem aumentado nos últimos anos no estado de Mato Grosso, caracterizando-se pela utilização de raças deslanadas, criadas em propriedades de pequeno e médio porte. Nestas, a deficiência nutricional é a principal causa da ocorrência de doenças e de limitações das funções produtivas e reprodutivas nos rebanhos. Neste sentido, há uma busca constante pela utilização de alimentos convencionais e alternativos. Desta forma, a avaliação destes alimentos para a alimentação de ovinos torna-se vital. Considerando que o rúmen é o principal local da digestão nos ruminantes, a avaliação de alimentos com a presença da microbiota ruminal é fundamental. Objetivos : OBJETIVO: Determinar as taxas de digestão dos carboidratos de alimentos utilizados na dieta ovinos por intermédio da técnica de produção de gases in vitro. Aplicabilidade dos Resultados : Viabilizar a formulação de dietas equilibradas e com baixo custo para ruminantes. Material e Métodos : MATERIAL E MÉTODOS: Foram avaliados: resíduo úmido de cervejaria; Leucena; capim elefante; silagem de cana; folha de siriguela; Brachiaria brizantha; folha de mandioca; capim Tanzânia; capim Andropogon; gérmen de milho; feno de Brachiaria Humidicola; pata de vaca; cana; resíduo de soja; e folha de bananeira. As amostras foram obtidas em propriedades rurais da baixada cuiabana e, foram pré-secas (60 ºC), moídas em moinho com peneiras de 1 mm e incubadas in vitro a 39 ºC com meio de cultura e inóculo ruminal de ovinos, sob anaerobiose, em frascos hermeticamente fechados. A incubação teve duração de 72 horas, na qual foram feitas leituras do volume de gás por meio de uma seringa de vidro de 10 mL. Com isto, montaram-se as curvas de produção de gás e as taxas de digestão dos carboidratos. Resultados e Conclusões : RESULTADOS: Foram estimados os valores de 10,78, 9,80, 8,36, 9,26, 14,96, 14,52, 19,29 e 10% / hora, para a taxa de digestão dos carboidratos não fibrosos para o resíduo úmido de cervejaria, a Leucena, o capim elefante, a folha de siriguela, a folha de mandioca, a pata de vaca, a cana e o resíduo de soja, respectivamente. Para a taxa de digestão dos carboidratos fibrosos foram estimados os valores de 2,00, 2,51, 2,54, 2,12, 2,47, 3,43, 2,51, 3,16, 3,52, 2,28, 1,75, 1,70, 2,11 e 2,66% / hora, para o resíduo úmido de cervejaria, leucena, capim elefante, silagem de cana, folha de siriguela, Brachiaria brizantha, folha de mandioca, capim Tanzânia, capim Andropogon, gérmen de milho, feno de humidicola, pata de vaca, cana e o resíduo de soja, respectivamente. CONCLUSÕES: A pata de vaca e a cana-de-açúcar destacaram-se pela elevada taxa de digestão dos carboidratos não fibrosos e o Brachiaria brizantha e o capim Andropogon pela elevada taxa de digestão dos carboidratos fibrosos. O feno de Brachiaria humidicola e a pata de vaca destacaram-se pela reduzida taxa de digestão dos seus carboidratos fibrosos. Palavras-chave: PALAVRAS-CHAVE: carboidratos fibrosa, cinética digestiva, digestão ruminal, FDN. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 40 Título do trabalho: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS ORGANISMOS PATOGÊNICOS: O DEBATE SOBRE A CULTURA FUNDAMENTAL EM EPIDEMIOLOGIA E INFECTOLOGIA VETARINÁRIAS. E-mail: [email protected] Eixo Temático: Ensino e Pesquisa Autor: SAULO TEIXEIRA DE MOURA Instituição: UNIVERSIDADE DE CUIABÁ - UNIC Observações: Introdução: Dentro de uma visão contemporânea, a formação do Médico Veterinário contempla aspectos primordiais no desenvolvimento de um profissional cidadão, como uma visão generalista, humanista, crítica e reflexiva, sempre conectada às mudanças sociais e tecnológicas, e apto a compreender e traduzir as necessidades de grupos sociais e comunidades. Desta forma, o estudante das ciências veterinárias necessita capacitação adequada tanto no âmbito de seus campos específicos de atuação, como na virtude de ser sujeito da sua história pesoal e profissional. É com esta diretiva que buscou-se criar, através da interdisciplinaridade e da multidisciplinaridade, um momento eficiente em que se pudesse discutir com o recém-ingresso na Medicina Veterinária aspectos fundamentais inerentes às bases das ciências médicas como ecologia, epidemiologia, imunologia, histologia, parasitologia, microbiologia, patologia e semiologia. E como exercício prático e avaliativo, o emprego de interpretação de textos técnicocientíficos, valorizando capacidade de raciocínio lógico, de observação, de interpretação e de análise de dados e informações, bem como os conhecimentos essenciais de Medicina Veterinária, para identificação e resolução de problemas. Objetivos : Desenvolver, a partir da sala de aula, uma visão global do processo saúde-doença que envolva bioagentes patogênicos, criando desta forma uma cultura científica que seja compartilhada por discentes e docentes do Curso de Medicina Veterinária. Aplicabilidade dos Resultados : O processo educativo é dinâmico e auto-regulador. A discussão de temas que primariamente poderiam ser rotulados como de cunho \"profissional\", numa fase adjetivada como sendo \"básica\", viria facilitar o debate educador-educando quando da retomada de assuntos analisados na disciplina em questão. Material e Métodos : Tendo como temática principal o estudo das doenças transmissíveis, elaborou-se uma disciplina formativa tratando dos aspectos principais em ecologia e saúde, epidemiologia descritiva, patologia geral, microbiologia e parasitologia. A carga horária foi prevista para 40 horas/semestre, com aulas dialogadas e expositivas ocupando 60-70% desse total. O restante do tempo sendo ocupado por análises de textos técnico-científicos e avaliações formais, que podem ser substituídas por discussão de casos, seminários, ou até mesmo work-shops. A disciplina foi denominada de \"Introdução ao Estudo dos Organismos Patogênicos\". Resultados e Conclusões : Essa disciplina foi introduzida no primeiro semestre de 2004, dentro de uma nova grade curricular, em que se procurou priorizar as principais metas debatidas e sugeridas pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária, na busca de um perfil mais moderno do profissional das ciências veterinárias. No segundo semestre deste ano se realizará a primeira avaliação do processo educativo iniciado em 2004, pois estaremos reencontrando a primeira turma de acadêmicos que ingressaram com a nova grade em vigor. Preliminarmente temos prenúncios de alguns avanços, como os depoimentos de alunos satisfeitos com o formato da disciplina, que só poderão ser computados realmente mais à frente, dentro de um estudo mais criterioso, pois sabemos que a academia que forma o S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” profissional médico veterinário possui características conservadoras, dificultando mudanças e maior oxigenação em sua essência. E como prova desse diagnóstico exemplificamos a nossa própria dificuldade na implantação desse projeto, que inicialmente foi pré-julgada como desnecessária, porém aconteceu por demandar pouco tempo e investimento por parte da Faculdade. Palavras-chave: Fundamentos em Epidemiologia; Organismos Patogênicos; Multidisciplinaridade; Interdisciplinaridade. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 41 Título do trabalho : AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CENTESIMAL E INDICADORES MICROBIOLÓGICOS DA MULTIMISTURA (ALTERNATIVA ALIMENTAR) NO MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE - MS E-mail: [email protected] Eixo Temático: Inocuidade e Segurança Alimentar Autor: Elizabeth Osmar de Oliveira Instituição: Departamento de Tecnologia de Alimentos - UFMS Av. Costa e Silva CP549, Campo Grande- MS Observações: Oliveira E. O1, Oliveira J.V2. Oliveira M. O.3. Introdução: O alimento não é só essencial, mas também a única forma eficaz de fornecer ao organismo os nutrientes em quantidades e qualidades de acordo com as necessidades diárias de cada ser humano para formação, manutenção e desenvolvimento. A multimistura é um composto de diversas fontes de cereais sendo utilizada no combate a fome em todo o país através da Pastoral da Criança, possui uma característica regional, portanto com diferentes composições de acordo com as disponibilidades em cada região, fugindo aos padrões alimentares tradicionais, utilizando produtos que não entram na composição diária de uma dieta. Objetivos : O objetivo do nosso trabalho foi de avaliar o padrão de qualidade da multimistura, através de análise físico química e microbiológica e verificar se o padrão de identidade e qualidade da multimistura atende a legislação do Ministério da Saúde. Aplicabilidade dos Resultados : garantia da qualidade da multimistura distribuida as crianças debilitadas Material e Métodos : Foram colhidas amostras da formulação da multimistura, 1 kg em cada embalagem, procedente de uma cozinha da Diocese de Campo Grande, cuja fonte abastece 34 Unidades de Saúde do Município de Campo Grande, e que são consumidas por crianças de dois a cinco anos. As amostras foram analisadas conforme a metodologia descrita pela ASSOCIATION OF OFICCIAL ANALITICAL CHEMISTS e pelo INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Resultados e Conclusões : Concluímos que em relação ao teor nutricional das amostras foi evidenciado uma quantidade de proteína, glicídios e lipídios, satisfatório para ser utilizado como complemento alimentar. De acordo com os resultados das análises microbiológicas e físico químicas, a multimistura esta dentro dos padrões de qualidade exigida pela legislação, (RDC 53) exceto o resíduo mineral fixo, que deve ser de 5,5% e o encontrado na multimistura regional de Campo Grande, foi de 2,27%. Palavras-chave: multimistura, microbiologia, padrão. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 42 Título do trabalho : PROJETO DE IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA APPCC (ANÁLISE DE PERIGOS E PONTOS CRÍTICOS DE CONTROLE) NA PRODUÇÃO DE PEIXE E-mail: [email protected] Eixo Temático: Inocuidade e Segurança Alimentar Autor: Elizabeth Osmar de Oliveira Instituição: Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal Mestrado Profissionalizante em Produção e Gestão Agroindustrial Observações: Oliveira E. O.1, Oliveira J.V.2, Oliveira M. O.3, Pinheiro L. E. L.4. Introdução: O Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) vem sendo adotado pelo segmento industrial em várias partes do mundo, não só por garantir a segurança dos produtos alimentícios, mas também por reduzir os custos e aumentar a lucratividade, com o objetivo de estabelecer a segurança na produção primária de peixes, construiu-se um projeto voltado à implantação de Análises de Perigos e Pontos Críticos de Controle (PCC) na produção de alevinos, e peixes incluindo o transporte até o frigorífico, Objetivos : O presente trabalho trata-se de uma pesquisa exploratória-descritiva, com busca de antecedentes para maior conhecimento, no sentido de aumentar a experiência em torno de problemas relacionados com a qualidade de alimentos, levantando dados essenciais para construção de um projeto APPCC a nível de campo no Estado de Mato Grosso do Sul. Aplicabilidade dos Resultados : garantia na origem de peixes destinados ao abate em frigorificos. Material e Métodos : A Aplicação dos proncipios do APPCC, foram buscados em manuais técnicos e legislações editadas. As revisões básicas foram extraídas no sistema APPCC, desenvolvido inicialmente para a indústria de alimentos, adaptando-o e desenvolvendo uma metodologia voltada para produção de peixes. Através de um diagrama decisório, este trabalho introduz os elementos necessários à identificação, avaliação e controle de perigos potenciais à qualidade e à segurança do alimento, indicando a monitorização de cada Ponto Crítico de Controle. Resultados e Conclusões : O monitoramento de pontos criticos de Controle, e ações corretivas, tornam-se, assim, os elementos necessários para impedir os desvios dos limites críticos estabelecidos nas etapas do processo de desenvolvimento de alevinos recria, engorda e transporte. Após a aplicação do diagrama decisório no fluxograma da produção primária, foram estabelecidos os seguintes PCCs: Raceway I, Race-way II, Transporte, Recepção, Recria e Engorda. Palavras-chave: APPCC, peixe, alevinos, certificação. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 43 Título do trabalho: AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DE SUÍNOS SUPLEMENTADOS COM PAS-TR PROBIÓTICO* , COMO ALTERNATIVA PARA SUBSTITUIR PROMOTORES DE CRESCIMENTO. E-mail: [email protected] Eixo Temático: Produção Animal e Agronegócio Autor: Everlon Cid Rigobelo Instituição: Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias-UNESP/Jaboticabal-SP Observações: RICCARDI K.(2), MALUTA R. P.(1), STELLA A. E.(1), PADOVANI E. L.(3), DRUBI M.J. (1) ÁVILA F. A (1) 1 Programa de Pós-graduação em Microbiologia Agropecuária da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias-UNESP, Via de Acesso Prof. Paulo Donatto Castellane, s/n, CEP 14884-900. [email protected]; 2 Aluno de graduação da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias-UNESP/Jaboticabal-SP; 3 Zootecnista IMEVE. Auxílio financeiro: CAPES, CNPq, FAPESP e IMEVE Introdução: A proteção de probióticos contra a colonização do trato intestinal por microrganismos patogênicos é denominada exclusão competitiva. Os principais componentes deste mecanismo são feitos por receptores na parede intestinal, produção de ácidos graxos voláteis e ou outras substâncias antimicrobianas produzidas pela microbiota anaeróbia (Fuller, 1989). De acordo com Vambelle et al. (1990) os probióticos podem ser utilizados na profilaxia de infecções bacterianas e como promotores de crescimento para os suínos. Objetivos : Este trabalho teve como principal objetivo avaliar o aditivo PAS-TR Probiótico (Bacillus subtilis 4,0 x 108 UFC/g, Bacillus toioy 4,0 x 108 UFC/g) como alternativa na suplementação de suínos. Aplicabilidade dos Resultados : Material e Métodos : Foram utilizados 123 suínos, machos e fêmeas, das raças Landrace e Large White, com um dia de idade, divididos em três grupos de 41 animais cada. O Grupo I recebeu ao nascimento 5 g de PAS-TR Probiótico pasta; a partir do 6o. dia de idade 2 kg de PAS-TR Probiótico/ton de ração farelada até 28o. dia de idade. Após o desmame, 3 kg de PAS-TR Probiótico/ton em ração peletizada até 150 dias de idade. O Grupo II recebeu também até o 5o. dia de idade 5 g de PAS-TR pasta, e a partir do 6o., 50 ppm de olaquindox + 50 ppm de lincomicina por tonelada de ração farelada até o final do experimento. O Grupo III foi mantido como controle, sem aditivo na ração, durante todo o experimento. Os tratamentos foram distribuídos em delineamento completamente casualizado (DCC). Água limpa e ração foram fornecidas à vontade para os três grupos. A análise estatística foi feita para as variáveis com efeito significativo do tratamento através do teste de Tukey para comparação das médias (P<0,05). Resultados e Conclusões : Esse experimento permitiu comprovar estatisticamente a eficácia do PAS-TR Probiótico como aditivo em ração farelada e peletizada para substituir a utilização de ionóforos como o olaquindox + lincomicina, na dosagem de 50 ppm cada, como promotor de crescimento para suínos. Isto, deveu-se aos seguintes parâmetros ponderais: melhor Ganho Peso Diário, menor Consumo Diário e melhor Conversão alimentar em relação aos outros grupos (II e controle). Este fato torna-se a utilização deste Probiótico um substituto importante de promotores de crescimento para suínos devido às exigências do mercado importador de carne. Palavras-chave: Suíno, Probiótico. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 44 TÍTULO DO TRABALHO : EFEITO DA RESTRIÇÃO NUTRICIONAL DAS OVELHAS SOBRE O DESEMPENHO DE CORDEIROS ATÉ O DESMAME E-mail: [email protected] Eixo Temático: Ciências Básicas Autor: Robson Reverdito Instituição: UFMT Observações: José Ricardo de Souza, UFMT Luciano da Silva Cabral, UFMT; Vivian Christina Costa Ochove, UFMT; Luciana Dalcin, UFMT; Wilton Rogério Santos Maciel, UFMT; Mauro Lemos de Almeida, UFMT; Giselle Abadia, UFMT; Indira Messias, UFMT; Magna M. C. Fonseca Passos, UFMT; Patrícia Christina Lisboa, UFMT; Egberto Gaspar de Moura, UFMT Introdução: A desnutrição é marcadamente um dos fatores que mais contribuem para um balanço energético negativo nos ovinos, principalmente nos momentos mais críticos da vida, ou seja, na gestação e na lactação. Objetivos : objetivou-se com o presente trabalho avaliar os efeitos da restrição calórica e protéica de ovelhas em lactação sobre o desenvolvimento dos seus cordeiros. Aplicabilidade dos Resultados : A partir dos resultados obtidos intervir mais adequadamente na fisiopatologia da desnutrição durante a lactação. Material e Métodos : O trabalho foi realizado no Setor de Ovinocultura da Fazenda Experimental da UFMT, a partir de um delineamento inteiramente casualizado utilizando 15 ovelhas mestiças deslanadas, as quais foram distribuídas em três tratamentos, com cinco repetições: grupo controle (C), restrição calórica (RC) e restrição protéica (RP). O grupo controle recebeu uma dieta a base de silagem, cana-de-açúcar e concentrado para o atendimento dos seus requisitos nutricionais para mantença e lactação, de acordo com o NRC (1985). O grupo RC recebeu 50% da quantidade de dieta do grupo C, enquanto que o RP recebeu 1/3 da proteína do grupo C (5% da proteína bruta na dieta). As ovelhas e os cordeiros foram pesados em balança digital após o jejum sólido de 16 horas a cada 15 dias, durante os 60 dias de lactação. Resultados e Conclusões : os cordeiros do grupo RP tiveram baixos desempenhos no peso corporal já a partir dos 15 dias da lactação com média de 4,92 Kg de peso corporal, que se estendeu até os 60 dias (p < 0,05), enquanto que os cordeiros do RC e C tiveram 6,11 Kg e 7,13 Kg de peso corporal, respectivamente. Neste mesmo período, o ganho de peso no grupo RP foi de apenas 0,77 Kg, enquanto o RC e o C tiveram 1,42 Kg e 2,79 kg, respectivamente. Já o grupo RC só apresentou menor desempenho a partir dos 30 dias (p < 0,05), ou seja, no pico da lactação, cujo resultado foi de 7,02 Kg de peso corporal contra 9,29 Kg do grupo C. O ganho de peso no mesmo período foi de 4,95 Kg para o grupo controle, enquanto os grupos RC e RP tiveram 2,33 Kg e 1,5 Kg, respectivamente. A partir dos 30 dias da lactação não houve diferença nas médias de peso entre os grupos RC e RP (p < 0,05), que seguiram tendo um desempenho insatisfatório para ganhos de peso até os 60 dias da lactação. A restrição nutricional das ovelhas na lactação reduz o desempenho dos cordeiros, quando comparado ao grupo controle, sendo a restrição protéica a que causa maior prejuízo ao desenvolvimento destes animais. Palavras-chave: PALAVRAS-CHAVE: restrição nutricional - lactação - cordeiros - desempenho Financiamento: FAPEMAT, CAPES, CNPq e FAPERJ. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 45 Título do trabalho : AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DE AVES (FRANGO DE CORTE) SUPLEMENTADAS NA RAÇÃO COM DBA PROBIÓTICO* COMO ALTERNATIVA PARA SUBSTITUIR PROMOTORES DE CRESCIMENTO (ANTIBIÓTICOS) E-mail: [email protected] Eixo Temático: Produção Animal e Agronegócio Autor: Everlon Cid Rigobelo Instituição: Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias-UNESP/Jaboticabal-SP Observações: MALUTA R. P. (1) , RICCARDI, K. (2) , STELLA, A. E. (1) , PADOVANI, E. L. (3), DRUBI, M. J (1), ÁVILA, F. A (1) 1Programa de Pós-graduação em Microbiologia Agropecuária da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias-UNESP, Via de Acesso Prof. Paulo Donatto Castellane, s/n, CEP 14884-900, Laboratório de Microbiologia Veterinária, Jaboticabal-SP, [email protected] 2 Aluno de graduação da FCAV-UNESP/Jaboticabal-SP. 3 Zootecnista IMEVE. Auxílio financeiro CAPES, CNPq, FAPESP e IMEVE* Introdução: Probióticos têm sido usados há muitos anos como drogas para tratamentos de diarréias em homens e animais dométicos. O mecanismo básico de ação dos probióticos é suprimir o crescimento de enteropatógenos no trato digestivo. Objetivos : Avaliar o aditivo DBA Probiótico (Lactobacillus acidophilus 3,5 x 1011 UFC/kg, Streptococcus faecium 3,5 x 1011 UFC/kg e Bifidumbacterium bifidum 3,5 x 1011 UFC/kg), indicado para melhorar o desempenho das aves, como alternativa na alimentação de frangos de corte que não recebem promotores de crescimento (antibióticos) na alimentação. Aplicabilidade dos Resultados : Material e Métodos : Foram utilizados 360 pintos de um dia da linhagem Cobb500 divididos em três grupos. O Grupo I recebeu 7,5 ppm de virginiamicina, durante 42 dias. Grupo II recebeu 2 kg de DBA Probiótico/ton de ração também por 42 dias e o Grupo III foi mantido como controle negativo, recebendo ração sem aditivo durante o mesmo período de tempo. Para cada tratamento, com 40 aves cada, foi realizado três (3) repetições. Os tratamentos foram distribuídos em delineamento completamente casualizado (DCC). Todos os grupos foram vacinados contra doença de Gumboro (duas doses intermediárias e uma forte). e coccidiose. Para atender as exigências nutricionais das aves, o período de criação foi dividido em duas fases: inicial (1, 7 e 21 dias) e final (22 a 42 dias). Água e ração foram fornecidas à vontade. As rações foram formuladas para conter 20,2% de proteína bruta e 2.930 kcal de energia metabolizável (EM) por quilograma de ração na fase inicial, e 18,5% de proteína bruta e 2.990 kcal de EM por quilograma de ração, fase final. Foram utilizadas nove unidades experimentais e em cada uma foram alojados 20 machos e 20 fêmeas. Resultados e Conclusões : Aos 7 dias não houve diferença significativa entre os grupo I, II e III para ganho de peso (GP), consumo de ração (CR) e conversão alimentar (CA). Aos 21 dias, para o GP, os grupos e III não diferenciaram entre si, havendo diferença significativa para o grupo II em relação aos grupos I e III. Com relação ao (CR), aos 21 dias, os três grupos apresentaram diferenças entre si, sendo que o grupo I apresentou menor consumo em relação aos grupos II e III. A CA, não apresentou diferença, aos 21 dias, entre os grupos I e II. Entretanto, estes grupos (I e II), apresentaram diferença significativa em relação ao grupo III. Ao final do experimento (42 dias), para o GP, houve diferença significativa entre os grupos I, II e III, apesar do grupo I ter terminado o experimento com média maior. O CR, também apresentou diferença significativa entre os grupos. No entanto, o grupo II apresentou menor S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” consumo. Com relação a CA, houve diferença significativa entre todos os grupos, sendo que o grupo II apresentou a melhor CA. A análise estatística foi feita para as variáveis com efeito significativo do tratamento através do teste de Tukey para comparação das médias (P<0,05). Esse experimento permitiu comprovar estatisticamente a eficácia do DBA Probiótico como aditivo para substituir a utilização de antibióticos como promotores de crescimento em aves de corte. Palavras-chave: Aves, Probióticos, Ração. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 46 Título do trabalho : COMPOSIÇÃO BROMATOLÓGICA DE BRACHIARIA BRIZANTHA DURANTE ÉPOCA DAS ÁGUAS NA SUB-REGIÃO DA BAIXADA CUIABANA1 E-mail: [email protected] Eixo Temático: Produção animal e agronegócio Autor: Instituição: Observações: Martins R.V.2, Carvalho H.P.3, Zervoudakis J.T.4, Cabral L.S.5, Ubiali D.G.6 1 - Trabalho realizado com apoio financeiro do CNPq 2 - Graduando em medicina veterinária FAMEV/UFMT, Bolsista PIBIC/CNPq: Av. Fernando Correia s/n, CEP 78069-900, Cuiabá-MT 3- Graduando em Medicina Veterinária FAMEV/UFMT, Bolsista PIBIC/CNPq 4 - Zootecnista, Ds, Professor Adjunto DPA/FAMEV/UFMT 5 - Zootecnista, Ds, Professor Adjunto DZO/FAMEV/UFMT 6 - Graduando em Medicina Meterinária FAMEV/UFMT Introdução: As gramíneas do gênero Brachiaria são predominantes na composição das pastagens brasileiras devido a sua alta produção de Matéria Seca (MS), boa estabilidade, adaptabilidade, persistência e valor nutritivo. No período das águas, a Brachiaria apresenta melhores teores de MS, Proteína Bruta (PB) e disponibilidade de massa, obtendo melhor aproveitamento na produção animal por área de pastejo quando comparado com o período seco do ano. Objetivos : Avaliar a composição bromatológica de Brachiaria brizantha coletada na baixada cuiabana no período das águas. Aplicabilidade dos Resultados : No manejo de pastagens. Material e Métodos : As amostras de B. brizantha foram coletadas em uma área de 1,6 ha, sob pastejo de 5 bovinos mestiços, machos, com idade média de 3 anos. Foram realizadas 4 coletas entre os meses de novembro/2005 e janeiro/2006, na Fazenda Experimental em Santo Antonio de Leverger-MT. As amostras foram coletadas via simulação de pastejo e encaminhadas ao Laboratório de Tecnologia de Alimentos e Nutrição Animal para análise bromatológica segundo Silva e Queiroz (2002). Resultados e Conclusões : RESULTADOS: Na determinação de MS verificou-se uma média de 29,8%, enquanto que Sobrinho et al.(2005) encontraram 29,18%, comprovando o bom rendimento de MS em pastagens de B. brizantha. Quanto aos teores de PB quantificou-se uma média de 7,82% contrastando com Thiago et al.(2000) que descreveram média de 10,1% para B. brizantha no período das águas, o teor de PB mostrou-se baixo para o período possivelmente devido ao acúmulo de massa em conseqüência da baixa pressão de pastejo, resultando em alta taxa de folhas velhas com menor teor protéico que folhas novas oriundas da rebrota que apresentam maiores teores de PB. O teor de Fibra em Detergente Neutro (FDN) apresentou valores médios de 70,22%, inferior ao relatado por Guedes et al.(2000) que verificaram 72,70% no mesmo período do ano, o que representa boa qualidade da gramínea, visto que menores níveis de FDN atestam melhor digestibilidade do capim. Constatou-se também nas amostras obtidas 8,08% de Matéria Mineral (MM) e 1,53% de Extrato Etério (EE). CONCLUSÕES: A composição bromatológica da B. brizantha na sub-região da baixada cuiabana assemelha-se às avaliações feitas em outras regiões, devido à boa adaptabilidade desta gramínea predominante nas pastagens brasileiras, tendo no período das águas maior expressão em termos de produção quantitativa e qualitativa. Palavras-chave: Bovinos, pastagem, pastejo. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 47 Título do trabalho : ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A COMERCIALIZAÇÃO DE BOVINOS NO PANTANAL DURANTE O PERÍODO DE 1997 A E-mail: [email protected] Eixo Temático: Produção Animal e Agronegócio Autor: Instituição: Observações: Barros, B.V.1, Chalita, L.V.A.S.2, Abreu, U.G.P. 3 & Sereno, J.R.B.4 1 Faculdade de Zootecnia - Instituto de Ensino Superior do Pantanal (IESPAN) - Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) - Campus Corumbá, MS. E-mail: [email protected] 2 Profa. Dra. Depto. Bioestatística -IB - Unesp Botucatu - Rubião Júnior, Botucatu, SP. 3 Pesquisador da Embrapa Pantanal - CEP:79320-900 - Corumbá, MS. 4 Pesquisador da Embrapa Cerrados, CEP:73310-970 - Planaltina, DF - Bolsista do CNPq. Introdução: Atualmente, a bovinocultura de corte pantaneira especializou-se na fase de cria, sendo considerada a região de maior produção de bezerros de corte do Brasil. Após a introdução das empresas de leilões na região, aliada a facilidade de acesso ao transporte terrestre efetuada por grandes caminhões a comercialização e transporte dos animais no Pantanal sofreu modificações significativas a partir da década de 90. No entanto, fatores tais como: logística da propriedade, padrão racial, manejo: sanitário, reprodutivo e melhoramento genético, condições corporais, estado físico e nutricional desses animais ainda representam importantes pontos de estrangulamento ou limitações para o crescimento e expansão da atividade na região. OBJETIVO: Este trabalho teve como objetivo estudar a comercialização de bovinos da sub-região da Nhecolândia, município de Corumbá, MS, após a introdução dos leilões na região durante o período de 1997 a 2005. Objetivos : Foram utilizados 1946 registros de bovinos comercializados em leiloes da fazenda Novo Horizonte, curva do Leque, durante o período de 1997 a 2005. Os dados foram digitados, tabulados e analisados em planilhas eletrônicas do tipo Excel, fazendo-se analise descritiva (media e desvio padrão) das diferentes categorias animais e sexos durante os diferentes períodos estudados. Aplicabilidade dos Resultados : O estabelecimento de leilões para comercialização de animais na sub-região da Nhecolândia, não só dinamizou como também sociabilizou a compra e venda de animais do Pantanal, trazendo maior segurança nas atividades comerciais para todos os pecuaristas da região. Foi possível identificar os produtores que incorporavam tecnologias de manejo animal no Pantanal através do estudo da comercialização realizada em leilões regionais. Observaram-se preços significativamente superiores para os produtores que utilizavam modernas técnicas de manejo de gado de corte em detrimento daqueles tradicionais, evidenciando-se assim a necessidade de maiores investimentos em tecnologia para a manutenção e expansão da pecuária local. Material e Métodos : Foram utilizados 1946 registros de bovinos comercializados em leiloes da fazenda Novo Horizonte, curva do Leque, durante o período de 1997 a 2005. Os dados foram digitados, tabulados e analisados em planilhas eletrônicas do tipo Excel, fazendo-se analise descritiva (media e desvio padrão) das diferentes categorias animais e sexos durante os diferentes períodos estudados. Resultados e Conclusões : Apesar da flutuação observada nos preços os valores médios comercializados para as diferentes categorias animais tiveram o mesmo comportamento devido às altas e baixas do mercado, no entanto, mantiveram-se as diferenças de valores médios, conforme a idade ou sexo do animal ao longo do período estudado. Observou-se que em alguns meses não houve oferta de algumas categorias ou o volume de vendas foi muito S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” pequeno devido à falta de produto no mercado. A arroba e o preço do dólar tiveram o mesmo comportamento durante o período avaliado, ora em alta ora em baixa. Durante os leilões pôdese observar diferenças nos preços de animais da mesma categoria, que se diferenciavam basicamente pelo manejo a que foram submetidos nas suas respectivas propriedades de origem, destacando-se especialmente o padrão racial destes animais através do uso de touros geneticamente superiores. A diferença entre alguns lotes de fazendas que utilizavam tecnologias e de outras que continuavam utilizando o sistema tradicional praticado de forma totalmente extensiva é considerável e significativo. Apesar das dificuldades financeiras que vem surgindo na cadeia produtiva da carne recomenda-se que o pecuarista se organize e transforme sua fazenda em uma empresa rural, aderindo a novas práticas de manejo e tecnologias disponíveis no mercado com vistas à melO estabelecimento de leilões para comercialização de animais na sub-região da Nhecolândia, não só dinamizou como também sociabilizou a compra e venda de animais do Pantanal, trazendo maior segurança nas atividades comerciais para todos os pecuaristas da região. Foi possível identificar os produtores que incorporavam tecnologias de manejo animal no Pantanal através do estudo da comercialização realizada em leilões regionais. Observaram-se preços significativamente superiores para os produtores que utilizavam modernas técnicas de manejo de gado de corte em detrimento daqueles tradicionais, evidenciando-se assim a necessidade de maiores investimentos em tecnologia para a manutenção e expansão da pecuária local.horia do padrão racial e aumento da produtividade. Palavras-chave: Venda, gado de corte, leilões, análise econômica, transporte de animais. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 48 Título do trabalho: EFICÊNCIA DO \"MANEJO SELECT\" ADMINIDTRADO À BOVINOS, DESTINADO À MINERALIZAÇÃO E COMO AUXILIAR NO GANHO DE PESO. E-mail: [email protected] Eixo Temático: Ciências Básicas Autor: CABRAL,A.D. ; CABRAL,D.D. Instituição: Universidade Federal de Uberlândia Observações: Aline Diniz Cabral - acadêmcia Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia Introdução: No \"Manejo Select\", temos uma mistura de microminerais com Cloreto de sódio, e outra mistura de maminerais (P, Ca, Mg, S), fornecidos separadamente. Fica demonstrada que a disponibilidade dos microminerais quando misturados ao macromineral fósforo, tem sua absorção prejudicada. Nesta mistura a disponibilidade dos elementos é maximinizada, o que acarreta em um menor consumo com uma eficência maior. Objetivos : Testa a eficiência dos produtos Select micro, Select fósforo e Cloreto de sódio (sal comum) na mineralização de bovinos; e como auxiliar no ganho de peso . Aplicabilidade dos Resultados : Melhoria na qualidade de vida dos ruminantes. Material e Métodos : Foram utilizados 80 bovinos, fêmeas cruzadas, com idade de 18 a 30 meses, no período de fevereiro a maio de 2004, em uma propriedade do município de Uberlândia, MG. O grupo I constituído de 40 animais receberam o produto Select micro, pronto para o uso, seguindo as recomendações do fabricante (Champion Farmoquímico Ltda). O produto Select micro foi misturado ao Cloreto de sódio na proporção de 1 Kg para 100 Kg. Esta mistura foi fornecida à vontade aos animais, em cochos coberto, e dividido ao meio onde foi colocada na outra parte o produto Select fósforo. Os dois produtos não devem ser misturados, e sim devem ser deixados no mesmo cocho, porém separados. O grupo II foi utilizado em suplemento mineral contendo 90 g de fósforo por Kg, pronto para uso, adquirido no comércio (controle). Resultados e Conclusões : O grupo tratado no Manejo Select, obteve ganho de peso em média de 40 Kg acima do lote controle que recebeu suplemento mineral pronto para uso adquirido no mercado local. É um sistema que não requer investimentos, pois o produtos utiliza os mesmos cochos presentes na propriedade, além de que foi comprovado um consumo de 50% menor em relação ao produto fornecido ao lote controle, justamente pela alta disponibilidade dos minerais. Palavras-chave: Manejo Select, mineralização, bovino. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 49 Título do trabalho : CARACTERÍSTICAS DE CARCAÇAS DE SUÍNOS SUBMETIDOS A RAÇÕES COM NÍVEIS CRESCENTES DE FARELO DE CEVADA ÚMIDO E-mail: [email protected] Eixo Temático: Produção Animal e Agronegócio Autor: Lourival de Souza e Silva Júnior Instituição: Universidade Federal de mato Grosso- UFMT Observações: Danillo Salgado Barros; João Garcia Caramori Junior; Sávio Amado Introdução: A qualidade de carcaça vem sendo adotada no Brasil, visando auxiliar na comercialização de suínos. Carcaça de boa qualidade bonifica o produtor sendo esta relacionada com o maior percentual de carne magra e peso de carcaça quente. Hoje existe grande número de pesquisas sobre a utilização de alimentos alternativos na substituição ao milho que visam diminuir os custos de produção no setor suinícola havendo grande parte desses pesquisadores preocupados com as alterações que esses alimentos alternativos possam causar na qualidade de carcaça. Já se concluiu a viabilidade da inclusão de níveis crescentes de farelo de girassol na ração de suínos em até 16%, como substituto da soja, sem afetar as características de carcaça, e também a inclusão de até 100% do sorgo na ração de suínos, como substituto do milho, sem afetar o desempenho da carcaça. Objetivos : O trabalho visa de forma inédita avaliar as características de carcaça (peso vivo, peso de carcaça quente, peso de carcaça resfriada, espessura de toucinho, área de olho de lombo e peso de carne) de suínos em fase de crescimento submetidos a rações com níveis crescentes de inclusão de farelo de cevada úmido (0, 10, 20,30%) como substituto ao milho. Aplicabilidade dos Resultados : Diminuir os custos da produção de suínos mantendo a mesma qualidade da carcaça. Material e Métodos : O experimento foi realizado na Fazenda Experimental da FAMEV - UFMT. Foram utilizados 40 leitões da linhagem Dalland, com idade de aproximadamente 60 dias e peso vivo variando entre 25 a 30kg. Os leitões foram distribuídos ao acaso em 8 baias, sendo cinco leitões por baia e utilizando duas baias por tratamento. Os tratamentos utilizados foram: A  0% de adição de farelo de cevada úmido (FCU),grupo controle; B  10% de adição de FCU; C  20% de adição de FCU; D 30% de adição de FCU. Os leitões receberam ração à vontade durante todo o experimento (60 dias). Para a análise das características da carcaça, três animais de cada tratamento foram escolhidos ao acaso, deixados em jejum, pesados, abatidos por atordoamento e em seguida eviscerados, para então adquirir o peso da carcaça quente, a espessura de toucinho, a área de olho de lombo (AOL) e após 24 horas o peso da carcaça resfriada. O peso de carne resfriada e a porcentagem de carne foram obtidos através das seguintes fórmulas: .Libras de músculo (carne) = 7,23 + 0,437 (X1) + 3,877 (X2) -18,746 (X3), onde X1 é o peso da carcaça (em libras = 0,454 g); X2 é a AOL entre a 10ª e a 11ª costelas (em polegadas quadradas = 64,51 cm2 ); e X3 é a espessura de toucinho entre a 10ª e a 11ª costelas (em polegadas = 2,54 cm); .Porcentagem (%) de músculo (carne) = libras de músculo X 100/ Peso (libras) de carcaça. Resultados e Conclusões : Não houve diferença estatística significante (p0,05) entre os tratamentos A, B e C com relação ao peso vivo, peso de carcaça quente, peso de carcaça resfriada, espessura de toucinho, área de olho de lombo e peso de carne. Portanto na comparação entre os grupos A e D, tiveram diferença significativa em relação às médias apresentadas para os seguintes índices zootécnicos: Peso Vivo (0,003955), Peso da Carcaça Quente (0,012314) e Peso da Carcaça Fria (0,010007). Entre os tratamentos A e D não houve diferença significativa (p0,05) ao se analisar espessura de toucinho, área de olho de lombo e peso de carne.A inclusão de farelo de cevada úmido em até 20% nas rações de suínos em fase de crescimento não afetou as características de carcaça dos animais. Palavras-chave: Peso; Carcaça; Suíno; crescimento. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 50 Título do trabalho: EFEITO DE DIFERENTES INOCULANTES SOBRE A ESTABILIDADE AERÓBICA E CONTAGEM MICROBIANA EM SILAGENS DE BAGAÇO DE LARANJA E DE MILHO, APÓS EXPOSIÇÃO AERÓBICA. Pinto, A.P.2, Mizubuti, I.Y.3*, Hirooka, E.Y.4*, Ribeiro, E.L.A.3*, Pereira, E.S.5, Mizubuti, G. B.6, Stella, T.R.6, Spegiorin, M.R. 6, Matsubara, M.T. 6 1. Projeto financiado pelo CNPq; 2. Aluna de doutorado do Programa de Pós Graduação em Ciência Animal da Universidade Estadual de Londrina (UEL), bolsista da CAPES. E-mail: [email protected]; 3. Docentes do Depto de Zootecnia, CCA, UEL; 4. Docente do Depto de Tecnologia de Alimentos e Medicamentos, CCA, UEL; 5. Docente do Curso de Zootecnia, UNIOESTE, Marechal Cândido Rondon, PR. 6. Alunos de graduação. Bolsistas de iniciação científica, CNPq. *. Pesquisadores bolsistas do CNPq Introdução: O processamento de diversos produtos origina altas quantidades de resíduos ao longo do ano, que, na maioria das vezes, podem ser aproveitados na alimentação animal, reduzindo a contaminação ambiental e, ao mesmo tempo, os custos de produção animal. A substituição da silagem de milho pela silagem de bagaço de laranja tem sido uma opção para baratear os custos de produção. Objetivos : Este experimento foi realizado com o objetivo de estudar a digestibilidade "in vitro" (DIV) de silagens de bagaço de laranja (SBL) e milho (SM) preparadas com diferentes inoculantes. Aplicabilidade dos Resultados : Os resultados poderão contribuir na decisão de utilização de aditivos em silagens de milho e de bagaço de laranja. Material e Métodos : As silagens de bagaço de laranja e de milho foram confeccionadas em mini-silos experimentais, no Laboratório de Nutrição Animal da Universidade Estadual de Londrina, utilizando-se potes de plástico, com capacidade para 3,6 kg, em delineamento experimental inteiramente ao acaso, distribuídos em arranjo fatorial 2 x 6, sendo duas silagens e seis tratamentos (T0= sem inoculante; T1= com inoculante microbiano; T2= com inoculante microbiano e enzimático; T3= com inoculante enzimático; T4= com ácido propiônico a 15 % e T5= com ácido acético a 15 %), com três repetições. As amostras para análise foram retiradas aos 90 dias após o fechamento dos silos. Todas as amostras foram incubadas em líquido de rúmen, conforme metodologia do equipamento DAISY, para determinação da digestibilidade "in vitro" da matéria seca (DIVMS) e da parede celular (DIVPC). A proteína bruta (PB) foi determinada segundo as metodologias descritas por A.O.A.C. (1990). Resultados e Conclusões : A silagem de bagaço de laranja apresentou maior digestibilidade "in vitro" da matéria seca, parede celular e proteína bruta quando comparada à silagem de milho em todos os tratamentos, variando de 96,01 a 98,11%, enquanto a SM variou de 67,86 a 80,38. Para a SBL, o T3 apresentou menor DIVMS (96,01%), não diferindo do T0 (97,03%), do T4 (96,63%) e do T5 (97,27%). Para a silagem de milho, observou-se menor DIVMS para o tratamento sem aditivo (67,86%). A DIVPC da SBL variou de 97,43 a 98,11%, não diferindo entre os tratamentos. O tratamento com inoculante microbianona na SBL apresentou maior DIVPB (97,32%), não diferindo do T2 (97,20%), T3 (96,70%) e T4 (96,90%). Para a SBL, o tratamento com inoculante microbiano (T1) apresentou maior DIVMS e DIVPB, o mesmo não sendo observado para silagem de milho. Entretanto, para SBL, a DIVMS e DIVPC do T1, não apresentou diferença da silagem S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” controle. Conclui-se que a silagem de bagaço de laranja apresenta boa digestibilidade "in vitro", podendo ser bem utilizada sob a forma de silagem, sem necessidade da utilização de aditivos. Palavras-chave: ácido acético, ácido propiônico, inoculante enzimático, inoculante microbiano. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 51 EFEITO DE DIFERENTES INOCULANTES SOBRE A DIGESTIBILIDADE “IN VITRO” DA SILAGEM DE BAGAÇO DE LARANJA E SILAGEM DE MILHO1 Pinto, A.P.2, Mizubuti, I.Y.3,1, Ribeiro, E.L.A.3,1, Rocha, M.A.3 Moreira, F.B. 3, Ramos, B. M. O. 2, Katsuki, P.A2. 1. Projeto financiado pelo CNPq; 2. Aluna (o) de doutorado do Programa de Pós Graduação em Ciência Animal da Universidade Estadual de Londrina, bolsista da CAPES. E-mail: [email protected]; 3. Docentes do Depto de Zootecnia, CCA, Universidade Estadual de Londrina; 3,1. Pesquisadores bolsistas do CNPq. Introdução: O processamento de diversos produtos origina altas quantidades de resíduos ao longo do ano, que, na maioria das vezes, podem ser aproveitados na alimentação animal, reduzindo a contaminação ambiental e, ao mesmo tempo, os custos de produção animal. A substituição da silagem de milho pela silagem de bagaço de laranja tem sido uma opção para baratear os custos de produção. Objetivos : Este experimento foi realizado com o objetivo de estudar a digestibilidade "in vitro" (DIV) de silagens de bagaço de laranja (SBL) e milho (SM) preparadas com diferentes inoculantes. Aplicabilidade dos Resultados : Os resultados poderão contribuir na decisão de utilização de aditivos em silagens de milho e de bagaço de laranja. Material e Métodos : As silagens de bagaço de laranja e de milho foram confeccionadas em mini-silos experimentais, no Laboratório de Nutrição Animal da Universidade Estadual de Londrina, utilizando-se potes de plástico, com capacidade para 3,6 kg, em delineamento experimental inteiramente ao acaso, distribuídos em arranjo fatorial 2 x 6, sendo duas silagens e seis tratamentos (T0= sem inoculante; T1= com inoculante microbiano; T2= com inoculante microbiano e enzimático; T3= com inoculante enzimático; T4= com ácido propiônico a 15 % e T5= com ácido acético a 15 %), com três repetições. As amostras para análise foram retiradas aos 90 dias após o fechamento dos silos. Todas as amostras foram incubadas em líquido de rúmen, conforme metodologia do equipamento DAISY, para determinação da digestibilidade "in vitro" da matéria seca (DIVMS) e da parede celular (DIVPC). A proteína bruta (PB) foi determinada segundo as metodologias descritas por A.O.A.C. (1990). Resultados e Conclusões : A silagem de bagaço de laranja apresentou maior digestibilidade "in vitro" da matéria seca, parede celular e proteína bruta quando comparada à silagem de milho em todos os tratamentos, variando de 96,01 a 98,11%, enquanto a SM variou de 67,86 a 80,38. Para a SBL, o T3 apresentou menor DIVMS (96,01%), não diferindo do T0 (97,03%), do T4 (96,63%) e do T5 (97,27%). Para a silagem de milho, observou-se menor DIVMS para o tratamento sem aditivo (67,86%). A DIVPC da SBL variou de 97,43 a 98,11%, não diferindo entre os tratamentos. O tratamento com inoculante microbianona na SBL apresentou maior DIVPB (97,32%), não diferindo do T2 (97,20%), T3 (96,70%) e T4 (96,90%). Para a SBL, o tratamento com inoculante microbiano (T1) apresentou maior DIVMS e DIVPB, o mesmo não sendo observado para silagem de milho. Entretanto, para SBL, a DIVMS e DIVPC do T1, não apresentou diferença da silagem controle. Conclui-se que a silagem de bagaço de laranja apresenta boa digestibilidade "in vitro", podendo ser bem utilizada sob a forma de silagem, sem necessidade da utilização de aditivos. Palavras-chave: ácido acético, ácido propiônico, inoculante enzimático, inoculante microbiano. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 52 Título do trabalho : MORTALIDADE E INCIDÊNCIA DE DIARRÉIA EM LEITÕES CRIADOS AO AR LIVRE E EM CONFINAMENTO E-mail: [email protected] Eixo Temático: Medicina Veterinária Preventiva Autor: Laerte Francisco Filippsen Instituição: INSTITUTO AGRONÔMICO DO PARANÁ - IAPAR Observações: JOSEANE RIBEIRO, ex-bolsista PIBIC/CNPq/IAPAR DENISE MARIA GALVÃO LEITE, Instituto Agronômico do Paraná Introdução: A diarréia é um dos principais problemas que acometem os suínos, sendo um dos entraves na sua exploração. O controle dessa enfermidade contribui para sua maior rentabilidade. O sistema de criação de suínos ao ar livre (SISCAL) tem sido utilizado para a criação de leitões, apresentando um bom desempenho técnico, com baixo custo de investimento e manutenção, favorecendo também o bem-estar animal. Objetivos: O objetivo do presente trabalho foi determinar os índices de mortalidade e de diarréia em leitões criados ao ar livre (SISCAL) e em confinamento (SISCON) na região sudoeste do Paraná, Brasil. Aplicabilidade dos Resultados: Os resultados serão aplicados nas regiões suínicolas como alternativa para redução dos custos da exploração e de sua manutenção, além de contribuir para o controle de algumas das principais enfermidades que acometem os suínos. Material e Métodos: Foram acompanhados, em uma propriedade situada na região sudoeste do Paraná, um total de 647 leitões no SISCON e de 559 leitões no SISCAL. Todas as ocorrências de doenças observadas durante todo o período do estudo foram registradas. Os animais mortos no período, além de um leitão por lote, sacrificado aos 28 dias pós-desmame, foram necropsiados. Resultados e Conclusões : As mortalidades dos leitões nascidos vivos até o desmame foram de 13,45% e 15,2%, no SISCON e SISCAL, respectivamente. As principais causas de mortalidade em leitões lactentes, em ambos os sistemas, foram o esmagamento e a inanição/hipotermia. No SISCON, a ocorrência de diarréia nos leitões criados ao ar livre foi de 0,18%, enquanto que no SISCON foi de 9,12%. Conclui-se que o sistema de criação de suínos ao ar livre é uma opção de baixo custo de investimento inicial e de produção que poderá ser adotada pelos produtores da região estudada, contribuindo, também, na redução de algumas das enfermidades que acometem os suínos. Palavras-chave: SISCAL, SISCON, diarréia, suínos. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 53 Título do trabalho : ESTUDO COMPARATIVO DAS QUALIDADES ORGANOLÉPTICAS DE DUAS ESPÉCIES DE ESCAGOTS COMESTÍVEIS E-mail: [email protected] Eixo Temático: Produção Animal e Agronegócio Autor: Maria de Fátima Martins Instituição: Departamento de Nutrição e Produção Animal da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo Observações: 1. Mariana Simões Larraz Ferreira - Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo; 2. Pedro Pacheco - Departamento da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo; 3. Otávio José Sírio Departamento de Nutrição e Produção Animal da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo 4; Adriana Tarlá Lorenzi - Departamento de Nutrição e Produção Animal da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo. Introdução: Os escargots aparecem na alimentação humana desde os primórdios da humanidade. Em nosso país, a maior parte da população vê os escargots como alimento de elite, entretanto, na Europa, é uma alimentação tradicional. As qualidades e propriedades da carne do escargot são um tanto desconhecidas do público brasileiro, devido à falta de informação e tradição de consumo. Objetivos: As características organolépticas de duas espécies de escargots comestíveis foram comparadas concluindo-se a existência de diferenças quanto ao odor, aparência, sabor e textura. Aplicabilidade dos Resultados: Proporcionar novas perspectivas aos criadores brasileiros de escargots através da desmistificação do consumo da carne deste molusco. Material e Métodos: As amostras de escargots foram cozidas e preparadas na forma de patê e analisadas por degustação pelos alunos e estagiários da Disciplina de Helicicultura os quais responderam a questionários direcionados quanto ao odor, aparência, sabor e textura. Resultados e Conclusões : Houve divergências quanto ao sabor das espécies sendo que para a Achatina fulica 83,5% dos degustantes acharam-na suculentas e macias, e a Achatina monochromática 41,3% classificaram-na como dura e borrachuda. Achatina fulica tem qualidades comestíveis palatáveis superiores quando comparada ao Achatina monochromática. Palavras-chave: Escargots, Degustação, Achatina. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 54 Título do trabalho : TEOR DE PROTEÍNA BRUTA DE CULTIVARES DO GÊNERO Brachiaria sp E-mail: [email protected] Eixo Temático: Produção Animal e Agronegócio Autor: PACHECO, L. P. A.1 Instituição: 1 Acadêmicos do Curso de Medicina Veterinária/UFMT. Bolsista do CNPq Observações: BAUER, M. O.2, CHICHORRO, J.F.3, VASCONCELOS, L.V.1, SOUZA, J. P. 4, SILVA, G.S.4 1 Acadêmicos do Curso de Medicina Veterinária/UFMT. Bolsista do CNPq 2 Depto de Zootecnia e Extensão Rural, FAMEV: Av. Fernando Corrêa s/n 78069-900, Cuiabá, MT, 3 Professor do Departamento de Engenharia Florestal - FENF/UFMT. Cuiabá-MT 4 Acadêmicos do Curso de Medicina Veterinária Introdução: As pastagens são a base da produção de carne e leite nas regiões tropicais. No Brasil mais de 80% do rebanho nacional utilizam as pastagens como principal componente nutricional. Esse sistema de produção vem ganhando importância devido às complicações que outros sistemas e outras pecuárias vem passando, como por exemplo, vaca louca e gripe aviária. A proteína presente nas gramíneas é, senão o principal, um dos principais componentes essenciais para manutenção da vida, funções vitais e produção (carne e leite). Objetivos : Esta pesquisa teve como objetivo avaliar o teor de proteína bruta de forrageiras do gênero Brachiaria sp irrigadas sob sete regimes de cortes. Aplicabilidade dos Resultados : Estes são resultados parciais da avaliação de espécies forrageiras do gênero Brachiaria, que auxiliarão no manejo das forrageiras e indicarão a necessidade de suplementação. Material e Métodos : O experimento foi conduzido no Viveiro Experimental da FAMEV, pertencente à Universidade Federal de Mato Grosso, durante o período de julho de 2004 a dezembro de 2005. As forrageiras foram implantadas em canteiros de 3 m2 irrigados (próximo à capacidade de campo) e o solo foi corrigido e adubado no plantio e em cobertura, segundo a análise de solo e exigências das forrageiras. O delineamento experimental foi blocos ao acaso no esquema de parcela subdividida, no qual testou-se as forrageiras B. brizantha cv. Marandu, B. brizantha cv. MG5, B. decumbens, B. ruziziensis, B. hibrida cv. Mulato, submetidas a sete cortes, a uma intensidade de corte de 20 cm do solo e a uma freqüência de 30 dias. Para quantificação do teor de proteína bruta na matéria seca foi utilizado o método de Kjeldahl, as médias de tratamento foram comparadas pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade. Resultados e Conclusões : As forrageiras não apresentaram diferenças, quanto ao teor de proteína bruta, os valores variaram de 11,2 a 9,6%. Porém, entre os cortes, os teores de foram crescentes (P<0,05) até o 4o corte (mês de julho), com registros de 10,2 a 15,8%, e decrescentes nos cortes subseqüentes (11; 7,5 e 5,7). Os valores encontrados nas forrageiras foram bem próximos daquele necessário (12%) para produção máxima de um rebanho de bovino de corte, para todos os propósitos. Durante o período de março até julho, seguramente os conteúdos de proteína das forrageiras atenderiam essa exigência, porém apartir do mês de setembro, seria necessária uma suplementação da dieta, para atender a demanda por proteína, uma vez que os teores (<7%) mal atenderiam as demandas para mantença do animal. As forrageiras apresentaram teores de proteína bruta similares. Os teores de proteína apresentaram sazonalidade. Palavras-chave : valor nutritivo, forrageira S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 55 Título do trabalho: ESTUDO COMPARATIVO DE PARÂMETROS SANGÜÍNEOS DE AVES NORMAIS E PORTADORAS DA SÍNDROME ASCÍTICA. E-mail: [email protected] Eixo Temático: Produção animal Autor: Bittar E.R.1. Amâncio, N.P. 2, Fialho, D. 3 & Bittar J.F.F. 4 Instituição: Universidade de Uberaba Observações: Bittar E.R.1. Instituto de Estudos Avançados em Veterinária. Universidade de Uberaba. Av Nenê Sabino 1801 B. Universitário. 38055-550, Uberaba, MG, [email protected]; Amâncio, N.P. 2, Médica veterinária. Residente em patologia clínica Hospital Veterinário de Uberaba. Instituto de Estudos Avançados em Veterinária.Fialho, D. 3 Médico Veterinário autônomo; Bittar J.F.F. 4 Instituto de Estudos Avançados em Veterinária. Universidade de Uberaba. Av Nenê Sabino 1801 B. Universitário. 38055-550, Uberaba, MG, [email protected]. Introdução: O desenvolvimento da avicultura e os avanços nas áreas de melhoramento genético e nutrição possibilitam o abate de aves cada vez mais precoce, com melhor peso e eficiência alimentar, o que acaba induzindo custos metabólicos elevados e, para a obtenção de tais índices, as reações metabólicas ocorrem próximas ou até ultrapassam seus limites críticos. Quando isso ocorre, as aves podem apresentar várias alterações metabólicas, entre as quais, podemos destacar a síndrome ascítica. O fato da síndrome ascítica ser de origem metabólica e estar relacionada com a baixa pressão parcial de oxigênio ressalta a importância de estudá-la sob o enfoque hematológico, no intuito de se conhecer os processos desencadeadores. A pressão de seleção decorrente dos programas de melhoramento genético aos quais as aves são submetidas e a associação da síndrome ascítica com uma incapacidade de oxigenação dos tecidos, torna importante o estudo dos parâmetros sangüíneos de diversas linhagens comerciais e verificar se o aparecimento da síndrome ascítica esta relacionada à presença de alterações hematológicas. Objetivos: Verificar a existência de alterações hematológicas em aves ascíticas. Aplicabilidade dos Resultados: Material e Métodos: As aves foram obtidas na granja da Faculdade de Agronomia e Zootecnia de Uberaba. O trabalho foi realizado no Laboratório de Química e de Análises clínicas da Universidade de Uberaba. Sangue e soro foram colhidos de um total de 60 aves, sendo 30 aves normais e 30 aves ascíticas por de punção da veia braquial utilizando agulha e tubos com e sem EDTA (vacutainer). Posteriormente o material foi transportado para o laboratório de análises clínicas veterinária do Hospital Veterinário de Uberaba para obtenção do hematócrito, contagem total de eritrócitos, dosagem total de hemoglobina: A análise estatística dos resultados foi feita através do teste de X2. Resultados e Conclusões : Os de resultados da dosagem de hemoglobina 9,1 + 1,2 g/dL para aves normais e 10,2 + 1,6 g/dL para aves ascíticas não apresentaram diferenças estatísticas significativas (p < 0,05). Na contagem de eritrócitos, os valores encontrados para aves normais e ascíticas foram estaticamente diferente, 1,9x106 + 5,8x105 cel/mm3 (normais) e 4,2x106 + 4,7x105 (ascíticas). Este resultado pode ser explicado como sendo uma tentativa da medula óssea em compensar as dificuldades de oxigenação dos tecidos que as aves ascíticas normalmente apresentam. Na determinação do hematócrito de aves ascíticas foi encontra o valor 41,3 + 6,8 e aves normais 28,9 + 3,2. Este resultado assim como o da contagem de eritrócito provavelmente e reflexo da dificuldade de oxigenação dos tecidos presente nas aves ascíticas. - As aves ascíticas e normais apresentam valores semelhantes na dosagem de Hemoglobina. CONCLUSÕES: Para os valores referentes à contagem de eritrócitos e hematócrito as aves ascíticas apresentam valores substancialmente mais elevados que as aves normais. Palavras-chave: Realizado com apoio financeiro do PAPE-UNIUBE. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 56 Título do trabalho: TRONCO DE CONTENÇÃO DE BAIXO CUSTO PARA OVINOS. E-mail: [email protected] Eixo Temático: Aqüicultura e Extensão Rural Autor: Wilton Rogério Santos Maciel (MACIEL, W. R. S.) Instituição: Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade Federal de Mato Grosso (FAMEV-UFMT) Observações: Walter Augusto dos Santos Marinho (MARINHO, W. A. S.) Luciana Keiko Hatamoto (HATAMOTO, L. K.) Luciano da Silva Cabral (CABRAL, L. S.) OBS: Todos pertence a Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade Federal de Mato Grosso (FAMEV-UFMT) Introdução: Apesar de a espécie ovina apresentar pequeno porte em relação à espécie bovina, é comum a realização de práticas diárias de manejo que envolvam a imobilização parcial e/ou total destes animais. O uso de tronco de contenção para ovinos possibilita a realização de casqueamentos, exames andrológicos, exames ginecológicos, procedimentos cirúrgicos, coleta de material para exames laboratoriais (sangue, urina, fezes, raspados, entre outros), biópsias e tratamento de outras enfermidades, além de reduzir o gasto com a mão de obra e promover maior segurança e qualidade de trabalho para o funcionário da propriedade. Objetivos: Baseado nos modelos tradicionais de contenção de bovinos objetivou-se projetar uma estrutura de baixo custo que possibilite a imobilização para práticas de manejo e contenção de ovinos. Aplicabilidade dos Resultados: Divulgar para pequenos produtores uma alternativa artesanal de baixo custo para aquisição de tronco de contenção para ovinos. Material e Métodos: A matéria prima para sua fabricação foi madeira no formato de ripas (3 x 5 cm), caibros (5 x 6 cm), vigas (5 x 16 cm), e tábuas (30 x 100 cm). O tronco de contenção foi projetado na forma de cubo, onde o animal passando pelo seu interior será imobilizado através de duas forquilhas de madeira. Para montagem do mesmo gastou-se um dia. Resultados e Conclusões : As suas dimensões foram de: um metro e cinqüenta centímetros de comprimento (1,50 m), um metro de largura (1,0 m) e um metro e trinta centímetros de altura (1,30 m). Ocupa uma área de 1,50 metros quadrados (1,50 m²) e contém na sua parte superior dois suportes para apoio de materiais e utensílios utilizados durante o procedimento a ser realizado, um em cada extremidade do mesmo. A sua utilização permitiu adequada contenção dos animais (carneiros), praticidade e segurança durante os trabalhos e ainda, ocupam pequeno espaço no curral de manejo ou aprisco, além de permitir o seu deslocamento de um lugar para outro. O custo total do projeto foi de 25% do valor dos troncos tradicionais para ovinos. Este tipo de tronco de contenção representa uma saída de baixo custo para a sua construção e posterior manutenção. É de fácil limpeza, prático, duradouro, funcional, além de ser resistente e promover uma adequada imobilização dos animais. Palavras-chave: Tronco, Contenção, Ovinos, Imobilização. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 57 Título do trabalho : AVALIAÇÃO DOS PARÂMETROS SEMINAIS DE SUÍNOS CRIADOS NA BAIXADA CUIABANA - RESULTADOS PRELIMINARES E-mail: [email protected] Eixo Temático: Reprodução e Biotecnologia Autor: GONÇALVES, M. A. Instituição: UFMT- Universidade Federal de Mato Grosso Observações: PEREIRA, D. F. C., OLIVEIRA FILHO, J. X ., MARTINS, R. P, MACIEL, W. R. S., CARAMORI JÚNIOR, J. G., HATAMOTO, L. K. Introdução: A interferência climática na atividade suinícola tem importante destaque nas estratégias de manejo. O cachaço tem grande influência no desempenho reprodutivo do plantel por atender a um número elevado de matrizes tanto na monta natural (mais comum na Baixada Cuiabana) como nos programas de inseminação artificial, onde isso é mais evidenciado. Temperaturas acima da zona de conforto desta categoria animal (15-20°C) têm sido evidenciadas como fator negativo sobre os parâmetros seminais, levando a falhas na espermatogênese, alterações morfológicas, diminuição da motilidade e concentração espermática, além da redução da libido, da atividade física e do consumo de ração. Na Baixada Cuiabana, durante a primavera e o verão, as temperaturas podem atingir até 37° C, mesmo no interior das instalações, considerando assim um fator prejudicial à produção de sêmen suíno. Objetivos: objetivo deste trabalho foi o de avaliar as características seminais de cachaços criados na Baixada Cuiabana. Aplicabilidade dos Resultados: A variação da qualidade espermática de suínos criados sob condições climáticas acima da zona de conforto desta espécie, pode ser usada como parâmetro para seleção de reprodutores mais adaptados à essas condições, além da análise da viabilidade da continuidade da produção ou até mesmo a implantação de Centrais de Inseminação Artificial na Baixada Cuiabana. Material e Métodos: Foram utilizados dois cachaços de raças híbridas, com 13 meses de idade alojados em baias individuais de 10,5 m2. O trabalho foi desenvolvido na Fazenda Experimental da UFMT, município de Santo Antônio de Leverger e no Laboratório de Biotecnologia e Reprodução Animal - UFMT, durante os meses de setembro de 2005 a fevereiro de 2006. Os dados foram obtidos em duas coletas semanais de sêmen utilizando o método da mão enluvada. Os parâmetros analisados foram: a motilidade (%), vigor (1-5), aglutinação (1-3), volume (mL), concentração (espermatozóides/mL), morfologia (%), viabilidade espermáticas (%, coloração de eosina/nigrosina), libido (1-3), consistência testicular (1-5) e pH (1-14). Os resultados serão apresentados na forma de média e desvio padrão. Resultados e Conclusões : De um total de 79 ejaculados somente 58 foram utilizados devido a problemas com as amostras. A motilidade encontrada foi de 77,93% ± 9,64, o vigor de 3,03 ± 0,54, a aglutinação 1,86 ± 0,75, volume 305,30 ± 32,57, a concentração de 143 x 106 espermatozóides/mL, a viabilidade 94,47% ± 3,51 , a morfologia espermática foi dividida em defeitos maiores 3,93% ± 3,86, defeitos menores 1,94% ± 1,69 e defeitos totais 5,87% ± 3,98, libido 1,94 ± 0,83, consistência testicular 2,94 ± 0,30 e pH 7,65 ± 0,52.Sendo assim, os cachaços criados na Baixada Cuiabana apresentaram parâmetros seminais normais para a faixa etária e para espécie, com exceção da concentração por ml que estava abaixo do normal. Palavras-chave: Qualidade seminal, suíno, bioclimatologia, clima tropical. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 58 Título do trabalho : SENSIBILIDADE E RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA DE Corynebacterium bovis ISOLADOS DE MASTITE SUBCLÍNICA BOVINA E-mail: [email protected] Eixo Temático: Medicina Veterinária Preventiva Autor: Laerte Francisco Filippsen Instituição: INSTITUTO AGRONÔMICO DO PARANÁ - IAPAR Observações: Valéria Aparecida Menosso; médica veterinária, ex-bolsista PIBIC/CNPq/Iapar; Fernanda de Barros Moreira; médica veterinária, UEL, ex-bolsista PIBIC/CNPq/Iapar; Adauto Taiti Sakashita; médico veterinário, ex-bolsista PIBIC/CNPq/Iapar; Daniela Regina Bittencourt,; médica veterinária, ex-bolsista PIBIC/CNPq/Iapar. Introdução: A mastite bovina é considerada um dos maiores entraves à exploração lucrativa da pecuária leiteira, devido a diminuição na produção de leite, aumento dos custos de reposição, descarte de leite, depreciação da qualidade nutritiva, custo de atendimento veterinário e laboratorial e perdas no potencial genético. Além disto, aumenta seriamente os riscos à saúde pública, através dos microrganismos/toxinas veiculados pelo leite de vacas com mastite. Diversos microorganismos são citados como agentes etiológicos da mastite, dentre eles o Corynebacterium bovis. Este microorganismo tem sido considerado como um moderado agente patogênico, sendo capaz de ocasionar infecções intramamárias com um aumento leve na contagem de células somáticas e leve redução na produção de leite. As fontes de Corynebacterium bovis são a glândula mamária e os canais dos tetos infectados. A infecção ocorre de animal para animal através da ordenha. Objetivos: O presente trabalho teve como objetivo verificar a sensibilidade e a resistência antimicrobiana de Corynebacterium bovis isolados de mastite subclínica bovina de rebanhos leiteiros localizados em propriedades na região norte do Paraná. Aplicabilidade dos Resultados: Os resultados poderão ser aplicados pelos técnicos e produtores de leite para a redução e controle da mastite subclínica bovina causada pelo Corynebacterium bovis. Material e Métodos : Foram examinados 514 amostras de Corynebacterium bovis pertencentes ao Laboratório de Microbiologia Animal, Área de Sanidade Animal, do Instituto Agronômico do Paraná, localizado em Londrina, Paraná. Todas as amostras foram isoladas do leite de vacas com mastite subclínica, identificadas pelo teste CMT (California Mastitis Test). Os Corynebacterium bovis foram isolados e identificados como únicos agentes presentes nas amostras de leite desses animais com mastite subclínica. O teste de sensibilidade antimicrobiana foi realizado segundo a técnica de Kirby-Bauer. Resultados e Conclusões : A prevalência do Corynebacterium bovis nos rebanhos leiteiros com mastite subclínica foi de 40%. A análise do perfil antimicrobiano mostrou que 68% das cepas de Corynebacterium bovis foram resistentes a penicilina e ao ácido nalidíxico, 54% a novobiocina, 43% a nitrofurantoína e 41% ao cloranfenicol. Os princípios ativos que apresentaram maior atividade antimicrobiana foram gentamicina, eritromicina, bacitracina, tetraciclina, canamicina e estreptomicina com, respectivamente, 78%, 71%, 69%, 68%, 67% e 60% das amostras estudadas apresentando sensibilidade. A resistência ao cefadroxil foi observada somente em 4% das amostras isoladas. Conclui-se que o uso indiscriminado e irresponsável de antimicrobianos tem contribuído para o aparecimento de resistência em microorganismos, trazendo sérios prejuízos ao controle da mastite bovina nesses rebanhos leiteiros. A desinfecção dos tetos das vacas após a ordenha com germicidas apropriados e o tratamento no período seco com antimicrobianos eficazes podem contribuir no controle da mastite bovina causada pelo Corynebacterium bovis. Palavras-chave: mastite bovina, Corynebacterium bovis, antimicrobianos. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 59 Título do trabalho: REGISTRO DE INFECÇÃO PURA POR Strongyloides papillosus (WEDL, 1856) EM OVINOS CRIADOS EM SISTEMA DE CONFINAMENTO EM CUIABÁ, MT, BRASIL. E-mail: [email protected] Eixo Temático: Ciências Básicas Autor: Lisiane Pereira de Jesus (membro comissão científica) Instituição: UNIC Observações: MOURA S.T.1, JESUS L.P.1, SCHEIN F.B. 1, GODOY R.F. 1, MOREIRA J.S.2, PIONA M.N.M.2 1. Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade de Cuiabá: Av. Beira Rio, nº 3100, Cuiabá, MT, Brasil, [email protected] 2. Acadêmico do Curso de Medicina Veterinária, Universidade de Cuiabá, MT, Brasil. Introdução: INTRODUÇÃO: Parasitoses causadas por Strongyloides sp. são freqüentemente observadas em associação com outras nematodioses comuns em ovinos. Normalmente infecções por nematódeos são diagnosticadas em animais criados extensivamente devido à facilidade de propagação das formas infectantes através das pastagens, mantendo assim o potencial infectivo entre os animais. Objetivos: OBJETIVO: Este estudo tem por objetivo registrar a a ocorrência de infecção pura por Strongyloides papillosus em animais mantidos em regime de criação intensiva no Hospital Veterinário da Universidade de Cuiabá, Mato Grosso, Brasil. Aplicabilidade dos Resultados: Registrar casos de Infecção Pura de Ovinos confinados por Strongyloides papillosus. Material e Métodos: MATERIAL E MÉTODOS: Coletaram-se fezes de oito animais criados em regime de confinamento no Hospital Veterinário. Esse material foi encaminhado s ao Laboratório de Parasitologia onde realizou-se exame das fezes pela técnica de Gordon e Whitlock modificado. Resultados e Conclusões : RESULTADOS: As amostras pertencentes a dois dos oito animais examinados resultaram em 450 e 600 ovos/g de fezes. Observou-se infecção pura por Strongyloides papillosus, sem registro de nenhuma outra nematodiose em todos os animais testados, o que não é freqüentemente observado. CONCLUSÃO: Essa espécie de nematóide costuma ser incriminado por casos graves de perturbações digestórias em animais jovens. Nesse estudo os ovinos eram adultos e arraçoados com feno de alfafa, o que distoa um pouco do que é citado na literatura. Registra-se que um dos animais havia sido integrado ao plantel cerca de 60 dias anteriores aos exames, o que provavelmente explicaria esse tipo de infecção, as suas características e as prováveis formas de dispersão entre o grupo de animais. Palavras-chave: Palavras-chaves: Strongyloides papillosus, Ovinos, Confinamento, Infecção Pura. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 60 Título do trabalho: CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E EPIDEMIOLÓGICAS DA PITIOSE EQÜINA NO ESTADO DE MATO GROSSO - BRASIL. E-mail: [email protected] Eixo Temático: CLÍNICA DE EQÜINOS Autor: MARTINS, E.A.N.¹ Instituição: ¹ Professor. Centro Universitário Moura Lacerda - Ribeirão Preto - SP / Centro Universitário Anhanguera - Leme - SP/ Doutorando FMVZ - USP. Observações: FONTES, C.J.C²., GRECCO, F.B. ³, RIBAS, J.A.S. ³, SCHEIN, F.B. ³, DANTAS, A.F.M.4. ² Acadêmica. Faculdade de Medicina Veterinária - Universidade de Cuiabá - MT ³ Professor. Faculdade de Medicina Veterinária - Universidade de Cuiabá - MT 4 Professor. Faculdade de Medicina Veterinária - Universidade Federal da Paraíba - PB Introdução: A pitiose ocorre em regiões de clima tropical, subtropical e temperado, tendo sido descrita nas Américas, alguns países europeus e sudeste asiático. O Pantanal brasileiro é provavelmente o local de maior ocorrência de Pitiose eqüina do mundo. Objetivos : Este trabalho tem como objetivo relatar as características clínicas e epidemiológicas da pitiose, em eqüinos atendidos no período de cinco anos, no estado de Mato Grosso - Brasil. Aplicabilidade dos Resultados : Este trabalho se aplica à Clínica de Eqüinos, demonstrando as características da pitiose eqüina no estado de Mato Grosso. Material e Métodos : Foram levantadas as fichas clínicas de 17 eqüinos atendidos no Hospital Veterinário da Universidade de Cuiabá no período de fevereiro de 1998 a dezembro de 2002 com diagnóstico histopatológico de pitiose. Os seguintes dados foram analisados: idade, sexo, raça, pelagem, peso, origem do animal, época do ano em que os animais foram atendidos, número, localização e características das lesões, comprometimento linfático, ocorrência de prurido e tempo de evolução da doença. Resultados e Conclusões : RESULTADOS: Dos 17 animais atendidos a idade variou entre sete e 120 meses (média 49,94 meses), sete animais eram machos (41,1%) e 10 eram fêmeas (58,9%), 11 animais eram Sem Raça Definida, dois da raça Quarto-de-Milha, dois da raça Pantaneira, e dois da raça Árabe. A pelagem predominante foi a Alazã (35,2%), seguida da Castanha (29,4%), Pampa (11,8%), Lobuna (11,8%), Baia (5,9%) e Pedrês (5,9%). O peso dos animais variou entre 100 e 396 kg (média 263,52 kg). Os animais eram originados de diferentes localidades, sendo seis de Cuiabá, três de Barão de Melgaço, três de Poconé, dois de Santo Antonio de Leverger, um de Livramento, um de Figueirópolis do Oeste, e um animal de Rosário do Oeste. No período de 1998 a 2002, 12 animais (70,6%) foram atendidos no primeiro semestre, e cinco animais (29,4%) no segundo semestre. Quanto ao número de lesões e localizações, 15 animais (88,2%) apresentaram lesões únicas, distribuídas nas seguintes localizações: em dois casos no Membro Torácico esquerdo (MTE) (um no metacarpo e um no boleto), em dois casos no Membro Torácico Direito (MTD) (um no boleto e um no metacarpo), em quatro casos no Membro Pélvico Direito (MPD) (um na tíbia, um na quartela, dois no metatarso), em dois casos no Membro Pélvico Esquerdo (MPE) (um no metatarso e um na tíbia), em um caso no abdome ventral, em dois casos na região torácica ventral, em um caso na cabeça, e em um caso na cavidade oral. Dois animais (11,8%) apresentaram lesões múltiplas: em um caso no MPE (boleto) e no MTD (boleto); em um outro caso se localizavam na região ventral do abdome, no MPE (tíbia) e no MPD (tíbia). O tamanho das lesões variou entre oito e 40 centímetros de diâmetro. O comprometimento de gânglios linfáticos foi detectado em quatro animais (23,52%), sendo em um caso no linfonodo inguinal esquerdo, em um caso no linfonodo mandibular, em um caso nos linfonodos inguinal direito e pré-femoral direito, e em outro caso no linfonodo pré-femoral esquerdo. Foi observado prurido intenso em S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” sete casos. O período de evolução da doença variou entre 10 e 240 dias (média 87,4 dias). CONCLUSÕES: A pitiose eqüina não tem predisposição por idade, sexo, raça e pelagem do animal. A maior ocorrência de atendimentos (70,6%) se concentrou no primeiro semestre dos cinco anos analisados. A maioria das lesões (70%) foi única e ocorrem com maior freqüência em membros. O tamanho da lesão é variável e depende do tempo de evolução da doença. Palavras-chave: pitiose, eqüino, epidemiologia, ferida. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 61 Título do trabalho: CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DE EQÜINOS COM PITIOSE, RESPONSIVOS E NÃO RESPONSÍVEIS AO TRATAMENTO - ANÁLISE RETROSPECTIVA. E-mail: [email protected] Eixo Temático: CLÍNICA DE EQÜINOS Autor: MARTINS, E.A.N.¹ Instituição: ¹ Professor. Centro Universitário Moura Lacerda - Ribeirão Preto - SP / Centro Universitário Anhanguera - Leme - SP/ Doutorando FMVZ - USP. Observações: FONTES, C. J.C. ², GRECCO, F. B. ³, RIBAS, J.A.S. ³, SCHEIN, F. B. ³ ² Acadêmica. Faculdade de Medicina Veterinária - Universidade de Cuiabá - MT. ³ Professor. Faculdade de Medicina Veterinária - Universidade de Cuiabá - MT Introdução: O Pythium insidiosum é um pseudo-fungo aquático que causa doença granulomatosa crônica em animais e humanos por todo o mundo. Objetivos : Este trabalho tem como objetivo analisar as características clínicas de eqüinos com pitiose que responderam e não responderam ao tratamento medicamentoso e/ou cirúrgico. Aplicabilidade dos Resultados : Este trabalho se aplica à clínica de eqüinos, enfocando a importância dos achados clínicos no estabelecimento do prognóstico e na efetividade de alguns tratamentos. Material e Métodos : Foram levantadas as fichas clínicas de 17 eqüinos que apresentaram diagnóstico histopatológico de pitiose e foram atendidos no Hospital Veterinário da Universidade de Cuiabá no período de fevereiro de 1998 a dezembro de 2002. Os animais foram distribuídos em dois grupos e os dados analisados de maneira comparativa entre os que responderam (RT) e os que não responderam ao tratamento (NRT). Resultados e Conclusões : RESULTADOS: Dos 17 animais deste estudo, dois foram excluídos desta análise por apresentaram sorologia positiva para Anemia Infecciosa Eqüina e em outros dois casos os proprietários não despenderam recursos para o tratamento e optaram pela eutanásia. Referente ao número de lesões por animal, o grupo RT apresentaram lesões únicas, e no grupo NRT, sete apresentaram lesões únicas, um animal apresentou duas lesões e um outro animal apresentou três lesões. No grupo RT, a ferida se localizava em um caso no Membro Torácico Esquerdo (MTE) (metacarpo), em um caso no Membro Pélvico Esquerdo (MPE) (tíbia), em um caso no abdome ventral, e em um caso na cabeça. No grupo NRT as feridas estavam em um caso no MTE (boleto), em dois casos no MTD (1 metacarpo e 1 boleto), em três casos no MPE (1 metatarso, 1 tíbia, 1 boleto), em três casos no MPD (1 tíbia, 2 metatarso e 1 quartela), em um caso no tórax ventralmente, e em um outro caso na cavidade oral. Quanto à característica das lesões, no grupo RT todos animais apresentaram drenagem de secreção serosanguinolenta pela ferida, presença de kunkers e tecido de granulação, sendo que em um caso este tecido era exuberante. No grupo NRT, oito animais apresentaram drenagem de secreção serosanguinolenta, presença de kunkers e tecido de granulação, cinco animais apresentaram claudicação, três animais apresentaram linfangite, em três casos houve comprometimento ósseo, sendo um na cavidade oral, e dois em MPE (boleto), e em um caso houve comprometimento articular (jarrete). Quanto a comprometimento linfático, no grupo RT nenhum animal apresentou alterações em linfonodo, já no grupo NRT quatro animais apresentaram aumento de volume, sendo em um caso no linfonodo inguinal esquerdo, um caso no linfonodo mandibular, em um caso no pré-femoral esquerdo, e em um caso no linfonodo inguinal direito e pré-femoral direito. Quanto ao tempo de evolução da lesão, no grupo RT a média foi de 60 dias, enquanto para o grupo NRT a média foi de 69,33 dias. Referente ao tipo de tratamento, no grupo RT dois animais foram submetidos apenas a ressecção cirúrgica da lesão, e os outros dois animais foram submetidos a ressecção cirúrgica e terapia com Iodeto de potássio (67 mg/kg/dia) via oral. Já no grupo NRT, em três casos os animais foram submetidos S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” apenas uma vez a ressecção cirúrgica; em um caso a três ressecções cirúrgicas; em um caso a uma ressecção cirúrgica e terapia oral com iodeto de potássio (67 mg/kg/dia); em um caso a três ressecções cirúrgicas e terapia oral com iodeto de potássio (67 mg/kg/dia); em um caso à ressecção cirúrgica e a três doses de vacina com intervalo de 15 dias uma da outra; e em dois casos apenas a terapia oral com iodeto de potássio (67 mg/kg/dia). Quanto aos resultados do tratamento, no grupo NRT seis animais foram submetidos a eutanásia e três vieram a óbito natural. Dos três animais que vieram a óbito natural, todos apresentaram lesões extensas, com mais de 20 centímetros de diâmetro e se apresentavam debilitados. CONCLUSÕES: Quanto maior a extensão da lesão em tecido mole associada a estruturas linfáticas, ósseas, articulares, e/ou tendíneas, menor é a resposta ao tratamento. Palavras-chave: Pitiose, eqüinos, cirurgia, iodeto de potássio. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 62 Título do trabalho : VOLUME CORPUSCULAR MÉDIO E TAXAS SÉRICAS DE URÉIA E CREATININA EM EQÜINOS PORTADORES DE HEMORRAGIA PULMONAR INDUZIDA PELO EXERCÍCIO SUBMETIDOS A TREINAMENTO INTENSO TRATADOS OU NÃO COM FUROSEMIDA E-mail: [email protected]. Eixo Temático: CLÍNICA DE EQÜINOS Autor: COELHO, C. S. ¹ Instituição: 1- Professor Mestre Centro Universitário Monte Serrat (UNIMONTE), Santos. Observações: GOMES, R. M. H. ²; MICHIMA, L.E.S³; SOUZA, V.R.C(4); FONTES, C.J.C. (5); FERNANDES, W.R(6). 2-Aluna de graduação de Medicina Veterinária, Centro Universitário Monte Serrat (UNIMONTE), Santos; 3 - Doutoranda de Clínica Veterinária, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo (FMVZ-USP); 4 - Doutorando de Imunologia, Instituto de Ciências Biomédicas, USP. 5 - Aluna de graduação de Medicina Veterinária, Universidade de Cuiabá, MT; 6 - Prof. Associado. Livre Docente. Departamento de Clínica Veterinária. FMVZ - USP Introdução: A hemorragia pulmonar induzida pelo exercício (HPIE), ou doença do cavalo sangrador, é uma condição na qual ocorre um sangramento pulmonar, variando desde a apresentação clínica de epistaxe até a detecção de eritrócitos e/ou hemossiderófagos no lavado traqueal, como conseqüência de exercício moderado e intenso. A causa não é completamente entendida, mas é considerada uma lesão de cavalos atletas. Uma grande variedade de drogas tem sido utilizada na tentativa de prevenir a HPIE, dentre elas a furosemida, também usada em outras condições clínicas como a falência renal e a deficiência cardíaca congestiva. Objetivos : Avaliar os efeitos da administração de furosemida sobre o volume corpuscular médio e as concentrações séricas de uréia e de creatinina em eqüinos portadores de hemorragia pulmonar induzida pelo exercício submetidos a treinamento intenso. Aplicabilidade dos Resultados: Na clínica médica de eqüinos de esporte para minimizar o quadro de hemorragia pulmonar. Material e Métodos: Para este trabalho, nove animais, da raça Puro-Sangue-Inglês, foram distribuídos por três grupos experimentais, a saber: grupo controle formado por 3 eqüinos sadios (sem HPIE); grupo 1 formado por 3 eqüinos portadores de HPIE não tratados com furosemida antes do treinamento; grupo 2 com 3 eqüinos portadores da doença tratados com furosemida na dose de 1 mg/kg de peso vivo, via intravenosa, 4 horas antes da atividade atlética. As amostras de sangue foram obtidas antes (24 horas antes do treinamento), logo após (tempo 1) e com 30 minutos (tempo 2), 1 hora (tempo 3) e 2 horas (tempo 4) após a atividade física. A atividade física consistiu em submeter os eqüinos a um aquecimento ao passo durante cinco minutos seguido do galope forte na pista de areia do Jockey Club de São Vicente (1600 metros), totalizando duas voltas completas. Resultados e Conclusões : RESULTADOS: Apesar de não apresentar diferenças estatisticamente significativas (p > 0,05), os valores médios encontrados para o volume corpuscular médio e taxas séricas de uréia e creatinina apresentaram oscilações ao longo do período estudado, sendo maiores nos animais do grupo 2, mas sem diferenciar dos valores considerados fisiológicos. Isto provavelmente ocorreu devido a hemoconcentração maior neste grupo provocada pela ação conjunta da desidratação pós-exercício e efeito diurético da furosemida. CONCLUSÕES: Numa avaliação preliminar, apesar da desidratação maior observada nos eqüinos do grupo 2, evidenciada pelos maiores valores do hematócrito e taxas séricas de uréia e de creatinina, a furosemida não provocou lesão renal. Palavras-chave: Eqüinos, hemorragia pulmonar, furosemida. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 63 TÍTULO DO TRABALHO : MORAXELLA SPP - OCORRÊNCIA DE UM SURTO DE CERATOCOJUNTIVITE INFECIOSA EM OVINOS E-mail: [email protected] Eixo Temático: Clinica e cirurgia de pequenos e grandes animais Autor: Nilo Sérgio Troncoso Chaves Instituição: Escola de Veterinária - Universidade Federal de Goiás Observações: Andréia Vitor do Couto Amaral; Aline Maria Vasconcelos Lima Escola de Veterinária /UFG. Introdução: A Ceratoconjuntivite infeciosa é uma doença cosmopolita, de natureza infeciosa, causada Moraxella spp que é um diplococo gram-negativo. Possiu alta morbidade, porém baixa mortalidde, embora cause grandes prejuízos econômicos. Acomete bovinos, ovinos e caprinos, sendo descrita, também no homem. Os animais coprometidos apresentam lacrimejamento, fotofobia, ingurgitamento dos vasos episclerais, leucoma com o sem úlceras de córnea.O controle desta enfermidade requer envolve um protocolo de tratamento higiênico, medicamento, profilático e cirúrgico Objetivos : O objetivo deste trabalho, além de ter identificado o agente infeciosa responsável pela patologia, foi também descrever a interveção do Médico Veterinário num surto de ceratoconjuntivite infeciosa em ovinos, através de medidas sanitárias, para minimizar os danos patológicos provocados pela doença nos animais e financeiros para o criador. Aplicabilidade dos Resultados : O controle adequado sobre todo ecossistema envolvido com a ceratoconjuntivite infeciosa ovina, permitiu a recuperação dos doentes, evitou novos casos e perdas econômicas. Material e Métodos : O serviço de Oftalmologia do Hospital Veterinário da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Goiás recebeu uma ovelha, sem raça definida proveniente de um surto de ceratoconjuntivite que ocorreu na Fazenda Raio de Sol, no município de Quirinópolis, de propriedade de João Leôncio Figueredo Filho. A atividade consiste em pecuária de corte e criação de ovinos. Existem 140 cabeças de ovinos e apenas eles adoeceram. Foram 100 animais acometidos, sem distinção de sexo e idade. No animal que se encontrava no Hospital Veterinário foi colhido por meio de zaragatoa estéril amostras dos sacos conjuntivais e processadas em dois laboratórios de microbiologia, que após as provas realizadas, ambos identificaram a Moraxella spp. Este mesmo animal apresentava lacrimejamento, fotofobia, ingurgitamento dos vasos episclerais e leucoma sem úlceras de córnea, sintomas também relatados em outros animais da fazenda. Foi tratado com solução de NaCl 0,9% para lavagem dos olhos e pomada de tetraciclina, ambos duas vezes por dia. No surto foi adotado o isolamento dos enfermos, aplicação de uma dose de terramicia LA nos animais sadios e doentes, uso de pomada de tetraciclina nos olhos dos doentes duas vezes por dia e vacinação de todo o rebanho com vacina comercial. Resultados e Conclusões : Após o uso das medidas sanitárias para o isolamento do foco em questão. Aqueles animais doentes na propriedade se recuperaram sem recindivas e ocorreram casos esporádicos. Após o tratamento preconizado o animal que estava no Hospital também se recuperou. Palavras-chave: Moraxella spp, ovinos, ceratoconjuntivite. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 64 Título do trabalho : AMPUTAÇÃO PARCIAL DE PENIS EM MUAR À CAMPO E-mail: [email protected] Eixo Temático: Clínica de pequenos e grandes Animais Autor: GODOY, R.F. Instituição: UNIC Observações: Neto, A.C.; Neto, C.M.T.; Brolim, W.C. Alunos da UNIC Introdução: A amputação de pênis é indicada para a remoção de neoplasias, granulomas, tecido de cicatrização ou espessamento crônico da membrana prepucial que impedem o retraimento do pênis. As lesões circunscritas do anel prepucial poderão somente exigir uma reação cirúrgica simples e sutura das bordas da pele. Lesões mais extensas provocam deformidades e conseqüentemente um anel completo de tecido retirado (TURNER; MCILWRAIGTH, 198?). Objetivos: Relatar a amputação de pênis em muar à campo Aplicabilidade dos Resultados : Utilização da técnica cirúrgica à campo Material e Métodos : Foi atendido um muar, SRD, macho, com três anos de idade, que sofrera um acidente há vinte dias, ficando preso durante seis horas em uma cerca de arame liso. O animal sofreu uma lesão entre a bolsa escrotal e o prepúcio, envolvendo o pênis, impedindo sua retração e ocasionando necrose do mesmo e outra lesão na região perineal. A cicatrização da lesão perineal ocasionou uma estenose da uretra, e o animal apresentava disúria. Foram recomendadas a amputação parcial do pênis e a desobstrução uretral. Após jejum alimentar de doze horas, foi realizada uma tranquilização com acepromazina (0,1mg/ kg, por via intravenosa). Após 10 minutos, foi aplicado cloridrato de cetamina (2 mg/kg, por via intravenosa). O animal foi mantido sob infusão intravenosa contínua de cloridrato de cetamina. O animal foi posicionado em decúbito dorsal e o pênis foi exposto. Após a limpeza e assepsia do pênis e prepúcio, uma pipeta de inseminação artificial foi passada na uretra como sonda. Aplicou-se um garrote no pênis acima do ponto de incisão. Incidiu-se no pênis em formato de triângulo com o ápice voltado para a região escrotal. Foi feita a divulsão cuidadosa até a visualização da uretra. Foi realizada uma incisão na parede uretral, fixando sua mucosa ao pênis com auxílio de duas pinças Allis. A sonda foi retirada e realizou-se a amputação de toda a porção necrosada pênis. A mucosa da uretra foi suturada à mucosa peniana com pontos simples separados com náilon 0,60. Foi realizado um segundo procedimento cirúrgico para desobstrução da uretra na região perineal. Incidiu-se na região da lesão e identificou-se a uretra. A uretra foi aberta e debridou-se o tecido fibrose que havia se formado em seu interior e externamente. Fixou-se uma sonda manufaturada à partir do corpo de uma seringa de 10 mL, que foi cortado, lixado e recebeu dois orifícios em cada extremidade. Tal artefato foi posicionado no interior da uretra e suturado, em seus orifícios à parede uretral. A uretra e a pele foram suturadas de maneira rotineira. O pós-operatório constituiu de antibioticoterapia com penicilina benzatina (40000 UI/kg) e curativo local com pomada à base de colagenase. Resultados e Conclusões : O animal teve uma recuperação bem sucedida, tendo sua função urinária restabelecida e não apresentando quaisquer seqüelas.Hoje em dia o mesmo já se encontra realizando sua atividade de trabalho com o gado.A amputação de pênis pode ser utilizada com sucesso à campo, desde que respeite seu protocolo e as limitações de cada animal, se mostrando de forma útil e prática. Palavras-chave: amputação de pênis, muar, cirurgia a campo. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 65 Título do trabalho : BÓCIO CONGÊNITO EM OVINOS E-mail: [email protected] Eixo Temático: Clínica de pequenos e grandes Animais Autor: GODOY, R.F. Instituição: UNIC Observações: Moussalem M. P. UNIC; Zanette R. UNIC; Filgueira D. M. UNIC; Schein F.B. UNIC. Introdução: O bócio é uma deficiência alimentar primária ou secundária de iodo. A causa mais comum dessa deficiência em animais é o fornecimento insuficiente de iodo na dieta. A importância da deficiência subclínica de iodo como causa da mortalidade neonatal pode ser muito maior do que a doença clínica. Animais jovens têm mais probabilidade de gerar filhotes com bócio do que os mais velhos. A deficiência de iodo provoca diminuição na produção de tiroxina e no estímulo à secreção do hormônio tireotrópico pela hipófise. Geralmente, isso resulta na hiperplasia do tecido tireóideo e considerável aumento da glândula. A maioria dos casos de bócio em recém-nascidos é desse tipo. O iodo é um elemento essencial à formação do cérebro fetal e desenvolvimento físico dos ovinos. Uma acentuada deficiência de iodo em ovelhas prenhes causa redução do tamanho do cérebro fetal e do peso corpóreo dos setenta dias de gestação até o parto. Alta incidência de natimortos e animais recém-nascidos fracos é a manifestação mais comum da deficiência de iodo. Alopecia parcial ou generalizada e aumento palpável da tireóide são outros sinais que ocorrem, com freqüência variável, nas diferentes espécies. Os animais que sobreviveram ao período pós-nascimento podem recuperar-se, embora haja persistência parcial do bócio. O tratamento do neonato, com evidência clínica clara de deficiência de iodo, não é, normalmente, tentado devido à alta taxa de mortalidade. Quando ocorrem surtos de deficiência de iodo em neonatos, o importante é fornecer iodo adicional às gestantes (RADOSTITS et al., 2002). Objetivos : Relatar um caso de bócio congênito em ovinos Aplicabilidade dos Resultados : Demonstrar a possibilidade do tratamento eficaz de um ovino neonato com bócio congênito. Material e Métodos : Uma fêmea ovina da raça Santa Inês com um dia de idade foi atendida no Hospital Veterinário da Universidade de Cuiabá (UNIC) com um aumento de volume de aproximadamente dez centímetros de diâmetro na região da tireóide e apresentava fraqueza física geral. Sua mãe apresentava alopecia nas regiões da orelha e pescoço. O proprietário relatou que não suplementava os animais com sal branco. No neonato, foi utilizado iodo por via intramuscular uma vez ao dia. Na ovelha foi utilizada a suplementação oral com sal branco. Resultados e Conclusões : Após sete dias de tratamento, o aumento da região da tireóide era de apenas quatro centímetros de diâmetro e com dez dias de tratamento, houve remissão quase completa da alteração, evidenciando a melhora clínica significativa com a instituição do tratamento precoce. O tratamento do bócio congênito é possível se esse for instituído precocemente. A glândula tireóide regride praticamente ao seu tamanho normal. Devemos sempre recomendar que os animais da propriedade sejam suplementados com sal branco para evitar novos casos da afecção. Palavras-chave: bócio, iodo, tireóide, ovinos. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 66 Título do trabalho : CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS EM EQUINO EM CUIABÁMT E-mail: [email protected] Eixo Temático: Clínica de pequenos e grandes Animais Autor: GODOY, R.F. Instituição: UNIC Observações: Fontes, C.J.C. UNIC; Sansão, D.Q. UNIC; Freitas, S.H. UNIC; Pires, M.A.M. UNIC; Baialardi, C.E.G. Médica Veterinária autônoma. Introdução: O carcinoma de células escamosas pode ocorrer em qualquer parte da pele. É a lesão mais comum, atingindo as pálpebras e o globo ocular de eqüinos e acomete também a glande do pênis e o prepúcio de eqüino idosos. Em geral, a lesão tem aspecto erosivo e ulcerativo. A invasão de tecidos moles e ossos orbitários adjacentes é possível. Se o tumor não for tratado podem ocorrer mestástases em linfonodos locais e mediastínicos cranianos, glândulas parótidas, salivares e cavidade torácica em 10 a 15% dos pacientes (REED; BAYLY, 2000; RADOSTITS et al., 2002). Objetivos : Relatar um caso de carcinoma de células escamosas em equino em Cuiabá Aplicabilidade dos Resultados : Material e Métodos : Foi doado pela CCZ - Várzea Grande ao Hospital Veterinário da UNIC (MT) um eqüino, SRD, macho, com aproximadamente 8 anos de idade, pesando 264Kg, de pelagem tordilha, que foi capturado em terreno baldio. Ao exame clínico, foi verificada uma lesão no lado esquerdo da face, abaixo dos olhos e acima das narinas, com crosta e secreção serosanguinolenta. Na região da terceira pálpebra do olho esquerdo foi verificada uma lesão granulomatosa apresentando aproximadamente 10 centímetros de diâmetro, com secreção serosanguinolenta. Os linfonodos submandibular e pré-escapular se encontravam infartados, em ambos os lados. O animal ainda apresentava uma lesão de aproximadamente 2 centímetros de diâmetro no prepúcio. O animal foi encaminhado ao Serviço de Clínica Cirúrgica de Grandes Animais para a excisão da massa ocular. O animal foi submetido à tranquilização com 0,7 mg/kg de xilasina IV, depois foi aplicado midazolan na dose de 0,2 mg/kg IV. O animal foi posicionado em um colchão e foi aplicado 1 g de tiopental sódico IV. A anestesia foi mantida com aplicações de tiopental sódico. A massa foi dissecada e retirada, verificando-se que havia envolvimento da pálpebra inferior e da terceira pálpebra. O olho se encontrava intacto. Após a retirada da massa, institui-se tratamento sistêmico com flunexim meglumine (1 mg/kg IM a cada 24 horas), penicilina benzatina (30000 UI/kg IM a cada 48 horas), pomada oftálmica à base de retinol e cloranfenicol duas vezes ao dia nos dois olhos. O tratamento local consistiu de limpeza da ferida e utilização de pomada cicatrizante. Resultados e Conclusões : RESULTADO: O material foi enviado para exame histopatológico. As alterações macroscópicas verificadas foram cordões irregulares de células epidérmicas que proliferam para o interior, invadido a derme, com formação de queratina, "pérolas de queratina", mitose e atipia, concluindo-se tratar-se de um caso de carcinoma de células escamosas. Após três meses, o animal apresentou metástases na pele em várias partes do corpo. Ao exame clínico, o animal apresentava pneumonia, suspeitando-se de metástase pulmonar. O animal foi eutanasiado. Na necropsia, macroscopicamente foram observadas pequenas massas no pulmão, linfonodos aumentadas com massa irregular, adicionalmente verificou-se a massa prepucial. DISCUSSÃO E CONCLUSÕES: O carcinoma de células escamosas em eqüino é o tumor mais comum dos olhos e órbita, porém com taxa de prevalência baixa. A freqüência é maior em animais com ausência de pigmentação periocular, sendo mais comum em eqüinos apaloosa, albinos e de cor clara, que era o caso deste animal. A idade acometida dos animais é de oito a dez anos, corroborando nosso achado. Esse tipo de neoplasia tem uma taxa muito S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” baixa de remissão e os melhores resultados de tratamento são conseguidos com cirurgia precoce seguida por tratamento clínico com radiação (REED; BAYLY, 2000; RADOSTITS et al., 2002). Nesse caso não foi possível estimar o tempo que o tumor existia e nem foi possível o tratamento com radiação, o que pode ter influenciado na baixa sobrevida do animal. Palavras-chave: Carcinoma de células escamosas, eqüinos. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 67 Título do trabalho : MASTECTOMIA TOTAL EM OVINOS E-mail: [email protected] Eixo Temático: Clínica de pequenos e grandes Animais Autor: GODOY, R.F. Instituição: UNIC Observações: Souza, A.M. UNIC; Sansão, D.Q. UNIC; Porto, F.J.S. UNIC; Freitas,S.H. UNIC; Pires, M.A.M. UNIC. Introdução: De acordo com RADOSTITS et al. (2002), a mastite caseosa e a linfadenite são as lesões supurativas causadas pelo Actinomyces pseudotuberculosis. Tais lesões freqüentemente são encontradas na glândula mamária ovina, contudo as alterações geralmente são restritas aos linfonodos supramamários. Não existe mastite verdadeira, embora a função da glândula possa ser perdida, caso ocorra a disseminação da infecção, à partir do linfonodo, para todo tecido mamário. Objetivos : Relatar um caso de mastite caseosa em uma ovelha, causada por Actinomyces pseudotuberculosis, e descrever o procedimento de mastectomia total em ovinos, que foi o tratamento de eleição. Aplicabilidade dos Resultados : Técnica de mastectomia em ovelhas Material e Métodos : Uma ovelha da raça Santa Inês, com 5 anos de idade, com 60 kg de peso corpóreo, que apresentava aumento nos linfonodos retroferíngeos, foi encaminhada ao Hospital Veterinário da Faculdade de Medicina Veterinária-Unic, Cuiabá-MT. Ao exame clínico notou-se aumento de volume bilateral, nos linfonodos retrofaríngeos, bem como nos linfonodos supramamários, embora a glândula mamária se apresentasse aparentemente normal. Diagnosticou-se um caso de linfadenite caseosa. Os linfonodos foram drenados e tratados diariamente com iodo 2% tópico. Após 3 meses, a ovelha pariu e não produziu leite, porém a glândula mamária se apresentou muito aumentada e com consistência endurecida. O neonato foi aleitado artificialmente. A ovelha foi encaminhada para o tratamento cirúrgico para a realização de mastectomia total. A ovelha foi tranqüilizada com 0,2 mg/kg/I.V. de xilazina (Virbaxyl 2%®). Foi realizada a anestesia epidural no espaço lombo sacro, com 2 mL de lidocaína (Lidocaína 2%®). Após tricotomia e preparo do campo operatório, foi realizada uma incisão circular, ao redor da glândula mamária, preservando-se aproximadamente 10 cm de pele. O subcutâneo foi divulsionado em direção proximal, até que toda a glândula fosse isolada. As artérias e veias pudendas foram localizadas e ligadas por transfixação com categute 0, e o nervo genitofemural foi seccionado. Para a retirada completa da glândula se fez necessária a secção das duas lâminas laterais do aparelho suspensor, rente ao tendão da sínfese. Foi realizada a sutura de pele com padrão Sultan, com fio náilon 0,50. Após a síntese da pele, foram aplicados alguns pontos padrão Wolff nas regiões em que a pele foi solta da glândula mamária, ancorando-a na musculatura, com intuito de reduzir o espaço morto. Durante o período pós-operatório foi realizada antibioticoterapia com 30000 UI/kg de penicilina benzatina (Pentabiótico Reforçado®), a cada 48 horas, durante 07 dias, e curativo local diário com iodo povidine. A sutura de pele foi retirada após dez dias. Resultados e Conclusões : RESULTADOS: A ovelha que passou pelo procedimento teve uma boa recuperação pós-cirúrgica. CONCLUSÕES: A mastectomia total em ovinos é um procedimento cirúrgico de fácil execução. Neste caso, a realização do procedimento permitiu prolongar a vida útil da ovelha. A mesma será utilizada em aulas práticas na disciplina de clínica médica e cirúrgica de grandes animais. Palavras-chave: Mastectomia, ovinos, linfadenite caseosa. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 68 Título do trabalho : ENTERÓLITOS NO CÓLON MENOR EM EQUINOS: RELATO DE CASO EM CUIABÁ-MT E-mail: [email protected] Eixo Temático: Clínica de pequenos e grandes Animais Autor: GODOY, R.F. Instituição: UNIC Observações: Teixeira, C.A. UNIC; Matos, L.T. UNIC; Soares, R.V. Autônomo; Freitas, S.H. UNIC; Pires, M.A.M. UNIC. Introdução: Os enterólitos, causadores de muitos processos obstrutivos nos intestinos de cavalos adultos, são estruturas geralmente esféricas, formadas no cólon dorsal direito, por deposição de minerais, tendo como núcleo materiais diversos (MAIR et al., 2002). Muitos enterólitos permanecem no intestino grosso do cavalo por longos períodos não associados com os sintomas clínicos da doença. Uma vez que tenha ocorrido a completa obstrução luminal, os sintomas são típicos de crise abdominal aguda (SMITH, 1990). Objetivos : Descrever um caso de enterólito em cólon menor em equino em Cuiabá Aplicabilidade dos Resultados : Mostrar a sobrevida nos casos de enterólitos Material e Métodos : Um eqüino, da raça Paint Horse, com 05 anos de idade, foi encaminhado ao Hospital Veterinário da UNIC com sintomas de abdômen agudo há aproximadamente 06 horas, não havendo remissão dos sintomas com tratamento clínico. Ao exame clínico, o animal encontrava-se em estação, mas demonstrava desconforto e distensão abdominal bilateral. Foi realizada punção de líquido peritoneal, este ligeiramente turvo. À sondagem nasogástrica obteve-se refluxo espontâneo com o volume em torno de 5 litros com pH 9. À auscultação intestinal, havia atonia nos quatro quadrantes. A palpação retal não foi possível pela intensa distensão da alças intestinais. O exame clínico indicou um caso cirúrgico e o animal foi encaminhado ao centro cirúrgico. O animal foi submetido à anestesia geral inalatória. Após preparo cirúrgico da região ventral do abdômen, procedeu-se a laparotomia exploratória. Durante a exploração, o ceco e cólon maior se mostraram repletos de gás e o mesmo foi aspirado. Ao explorar o cólon menor, observou-se uma área distendida por conteúdo de consistência dura e levemente hiperêmica. Concluiu-se que se tratava de um enterólito, que estava causando uma obstrução simples. Incidiu-se na face anti-mesentérica do cólon menor e o enterólito foi retirado. Foram realizados dois planos de sutura para a enterorrafia. Primeiro um plano com padrão Schimieden, com vicril 0 e depois um plano com padrão Cushing, com o mesmo fio. As alças intestinais foram reposicionadas em seu local anatômico e a cavidade foi irrigada com 05 litros soro fisiológico com 10 % de dimetilsulfóxido (DMSO). A parede abdominal foi suturada de maneira rotineira. O pós-operatório consistiu em fluidoterapia diária, administração de DMSO (500 mL/dia) e cálcio (200 mL/dia) diluídos no soro. Além disso, realizou-se a antibioticoterapia com 40.000 UI/kg de penicilina benzatina IM a cada 48 horas e gentamicina 4,4 mg/kg IM, uma vez ao dia. Ainda administrou-se 0,05 mg/kg de acepromazina e 0,25 mg/kg de flunexin meglumine para combater a endotoxemia e previnir a laminite, complicação comum das cirurgias de cólica. Foi realizado curativo local com iodo 2% diariamente. Resultados e Conclusões : RESULTADOS: Ao corte do enterólito, observou-se um núcleo de tecido. O animal se recuperou muito bem, e após 10 dias, os pontos foram retirados e o animal retornou ao haras. CONCLUSÃO: A enterotomia feita em cavalos com obstruções causadas por enterólitos no cólon menor é o tipo de tratamento mais adequado para este tipo de enfermidade. Pois a mesma tem evolução progressiva e pode levar a ruptura do cólon menor causando morte do animal. Palavras-chave: enterólito, eqüinos, abdômen agudo, cólon menor. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 69 Título do trabalho : REDUÇÃO DE FRATURA DE TÍBIA EM POTRO UTILIZANDO FIXADOR EXTERNO E-mail: [email protected] Eixo Temático: Clínica de pequenos e grandes Animais Autor: Matos, L.T. Instituição: UNIC Observações: Fontes, C.J.C. UNIC; Freitas, S.H. UNIC Pires; M.A.M. UNIC. GODOY, R.F. UNIC. Introdução: Embora sejam relativamente incomuns em grandes animais, as fraturas acima do carpo ou tarso requerem uma avaliação cuidadosa para se obter sucesso com o tratamento. As fraturas de tíbia em potro apresentam um prognóstico favorável, podendo o animal se tornar um esportista no futuro. Esse tipo de fratura em potros geralmente é devido a traumas pela mãe ou outro acidente. As fraturas de tíbia fechadas, oblíquas ou transversas, envolvendo o terço médio são as melhores candidatas à cirurgia. O tipo de tratamento recomendado para a redução de fraturas no terço médio da tíbia é a colocação de placas no aspecto craniolateral e no aspecto craniomedial (ROSS; DYSON, 2003). Objetivos : Relatar um caso bem-sucedido de redução de fratura de tíbia em um potro Aplicabilidade dos Resultados : Descrever um método alternativo para fixação das fraturas de tíbia em equinos Material e Métodos : Trata-se de uma potra da raça Quarto de Milha, com 4 meses de vida, encaminhado ao Serviço de Clínica Cirúrgica de Grandes Animais para avaliação do membro pélvico esquerdo (MPE), que se apresentava com falta de apoio há um dia. À inspeção notouse que o MPE encontrava-se suspenso. À palpação do MPE foi detectada mobilidade e crepitação no terço médio da tíbia. O animal foi encaminhado ao Serviço de Radiologia, onde foram realizadas radiografias da região média do MPE. O exame radiográfico evidenciou uma fratura completa oblíqua, com esquírola, do terço médio da tíbia esquerda. Diante deste quadro foi sugerida a redução cirúrgica da fratura. Após realização dos procedimentos pré-cirúrgicos preliminares e da administração da medicação pré-anestésica, o animal foi mantido em anestesia inalatória com halotano. O acesso à fratura foi craniomedial, através de uma incisão de pele longitudinal ao eixo maior da tíbia. Os fragmentos foram alinhados e a fratura foi fixada com fixador externo. Foram passados, transversalmente à tíbia, quatro pinos de Steimann número 5, sendo dois proximais e dois distais à fratura. Os pinos em sua porção externa, tanto medial, quanto lateralmente, foram dobrados em 90 graus e receberam uma massa de metilmetacrilato autopolimerizável. Foi realizada a sutura da musculatura, do subcutâneo e da pele. No pós-operatório o animal foi submetido a curativos diários e antibioticoterapia à base de cefalotina sódica. Resultados e Conclusões : RESULTADOS: Após uma semana da cirurgia, realizou-se exame radiográfico, o qual mostrou os fragmentos estavam devidamente alinhados. Após 60 dias, os pinos externos foram retirados da potra sob tranquilização e a mesma retornou à propriedade, sem claudicação. Seis meses após a alta, o proprietário relatou que a potra se encontrava normal, sem claudicação e sem sinais da cirurgia. Nesta ocasião foi realizada uma radiografia da tíbia, mostrando um remodelamento da mesma CONCLUSÃO: Em eqüinos, o reparo cirúrgico de uma fratura é considerado bem-sucedido se ocorre a união óssea de modo que o animal possa ser usado para a reprodução ou esporte. Embora neste caso não tenha sido utilizado o tratamento sugerido por Ross e Dyson (2003) houve sucesso no reparo, com consolidação óssea e remodelamento da tíbia. Palavras-chave: potro fratura, tíbia, fixação externa. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 70 Título do trabalho : PERFIL SANITÁRIO DE BOVINOS DA RAÇA CURRALEIRO:SOROLOGIA PARA LEUCOSE ENZOÓTICA BOVINA E-mail: [email protected] Eixo Temático: sanidade animal Autor: Raquel Soares Juliano Instituição: Universidade Federal de Goiás Observações: Raquel Soares Juliano UFG; Maria Clorinda Soares Fioravanti UFG Wilia Marta Elsner Diederichsen de Brito UFG CPF 29229944068 Christiane Silva Lima UFG CPF 84047127191 Introdução: A ameaça de extinção de raças naturalizadas no Brasil, como o curraleiro, tem despertado interesse no desenvolvimento de pesquisas para que não haja significativa perda genética para a ciência. A leucose enzoótica bovina (LEB) é uma infecção oncogênica viral que acomete o tecido linfático de bovinos, ovinos e bubalinos, causada por um retrovírus do gênero Deltaretrovirus. O vírus infecta animais de todas as idades sendo que a transmissão pode ser horizontal, pelo contato com o sangue, saliva, contato íntimo, ou vertical por infecção placentária ou através leite. Clinicamente é caracterizada pelo aparecimento de neoplasias em linfonodos, abomaso, coração, útero, baço e rins, além de alterações hematológicas, perda de peso, distúrbios digestivos e neurológicos (Emanuelsson et al.,1992). Objetivos : realizar levantamento sorológico para a LEB em bovinos da raça curraleiro em municípios de Goiás Aplicabilidade dos Resultados : Os resultados sugerem a necessidade de aplicação de medidas de vigilância epidemiológica de infecções específicas, pela localização dos rebanhos portadores dos agentes infecciosos,de doenças que provocam graves efeitos sócioeconômicos. Material e Métodos : Foram colhidas 229 amostras de sangue, por punção da veia jugular, de animais de diferentes idades e ambos os sexos, em três rebanhos de gado curraleiro, nos municípios de Leopoldo de Bulhões, Roselândia e Pirenópolis, Goiás, no primeiro trimestre de 2006. A pesquisa de anticorpos foi realizada pela técnica de imunodifusão em ágar gel, usando "kit" comercial (Tecpar®) conforme indicações do fabricante. As lâminas foram incubadas em câmara úmida, em temperatura ambiente, e as reações de precipitação foram observadas após 24, 48 e 72 horas. Resultados e Conclusões : Nenhum dos animais amostrados apresentava sinal clínico compatível com BLV no momento da coleta. Das 88 amostras colhidas em Leopoldo de Bulhões, 3,40% (n= 3) foram positivas; dos 49 animais de Roselândia, 12,24% (n=6) mostraram reação ao teste e dos 92 animais de Pirenópolis, 2,17% (n=2) foram reagentes. Os índices encontrados podem ser considerados baixos quando comparados com dados da literatura, mas indicam que os animais mantiveram contato com o agente em algum momento de sua vida. Os animais com LEB são portadores do vírus pelo resto da vida, apesar de que não necessariamente irão desenvolver a doença.Pelos resultados obtidos, conclui-se que a prevalência de LEB nos animais amostrados é baixa. Esse fato pode ser explicado pelo tipo de manejo, já que esses animais tendem a ser mantidos num sistema fechado de produção. Palavras-chave: neoplasia, doença viral, curraleiro. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 71 Título do trabalho : AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DO DIFLUBENZURON A 25% COMO LARVICIDA NO CONTROLE DA MOSCA Haematobia irritans E-mail: [email protected] Eixo Temático: Autor: Gomes, A. G., Rocha R. M. S. Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIAS - UFG - IPTSP Observações: Gomes, A. G.1, Rocha R. M. S.2 1 Depto de Microbiologia, Imunologia, Parasitologia e Patologia Geral, Universidade Federal de Goiás, UFG: Rua 235 s/n, Setor Universitário, Goiânia - GO, CEP 74605-050, [email protected]; 2 Champion Farmoquímico Ltda: Distrito Agroindustrial de Anápolis DAIA, Via Principal Lt 12 CEP:75133-600, Anápolis – GO Introdução: A presença da H. irritans no Brasil foi detectada nos fins da década de 70 e se propagou rapidamente para todo o território nacional. Estimativas dos prejuízos causados por esta mosca, estão em torno de 150 milhões de dólares. Para o seu controle, o uso indiscriminado dos inseticidas convencionais, tais como piretróides, organofosforados, carbamatos e outros, têm proporcionado o surgimento de populações resistentes além da contaminação do ambiente, presença de resíduos nos alimentos e intoxicação humana. Desta forma, é necessário o estudo para identificar novos produtos, formulações e forma de administração como alternativa ao controle da H. irritans. Objetivos: Estudar a eficácia do produto diflubenzuron a 25% a campo e o percentual de eclosão de ovos em laboratório, em infestações naturais de H. irritans em bovinos. Aplicabilidade dos Resultados: Controle da H. irritans (mosca-do-chifre) em bovinos de corte e leite Material e Métodos: O experimento foi realizado em duas propriedades vizinhas, Fazenda Rosal e Santo Antonio, localizadas no município de Ouro Verde, no estado de Goiás, no período de Setembro de 2004 a Fevereiro de 2005. Em cada propriedade foram selecionados aleatoriamente 20 animais para o experimento. Os animais da Fazenda Santo Antonio não receberam tratamento e os da Fazenda Rosal receberam diflubenzuron a 25%, na dosagem de 0,5g/kg de sal mineral pronto para uso, na forma de pó, fornecido pela empresa Champion Farmoquímico Ltda. A contagem de mosca nos animais no início do experimento, nas duas propriedades variaram de 200 a 700 moscas. Foi também realizada a verificação da eclosão de larvas de moscas nas fezes dos animais das duas propriedades. Resultados e Conclusões : Nas condições em que foi realizado este experimento pode-se concluir que os resultados obtidos tanto a campo, quanto no laboratório mostrou alta eficácia do diflubenzuron no controle de H. irritans. O produto adicionado ao sal mineralizado facilita a sua administração diminuindo os custos com manejos, acidentes e mão de obra. Palavras-chave: Palavras-chaves: H.irritans, controle, diflubenzuron. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 72 Título do trabalho : ESTUDO DE DIFLUBENZURON A 6% NO CONTROLE DO CARRAPATO Boophilus microplus E-mail: [email protected] Eixo Temático: Autor: Gomes, A. G.1, Rocha R. M. S.2 Instituição: Observações: 1 Depto de Microbiologia, Imunologia, Parasitologia e Patologia Geral, Universidade Federal de Goiás, UFG: Rua 235 s/n, Setor Universitário, Goiânia - GO, CEP 74605-050, [email protected]; 2 Champion Farmoquímico Ltda: Distrito Agroindustrial de Anápolis - DAIA, Via Principal Lt 12 CEP:75133-600, Anápolis - GO. Introdução: O carrapato B. microplus, é o principal ectoparasito de bovino no Brasil e em todos os países tropicais e subtropicais. A ocorrência e a dispersão deste carrapato são favorecidas por fatores climáticos e pela maior disponibilidade de raças sensíveis, como é o caso das raças européias e suas cruzas. Os prejuízos causados por este artrópode no Brasil estão estimados em dois bilhões de dólares. Atualmente, o controle do carrapato do bovino se tornou um desafio para a pecuária brasileira, pois este desenvolveu resistência à praticamente todas as bases disponíveis no mercado, fazendo-se necessário o estudo e desenvolvimento de novos produtos. Objetivos : Estudar a eficácia da formulação de Diflubenzuron a 6% misturado ao sal mineral sobre o controle do B. microplus. Aplicabilidade dos Resultados : Controle do carrapato (Boophilus microplus) em bovinos de corte e leite. Material e Métodos : O diflubenzuron a 6% foi misturado ao sal mineral na proporção de 5g/kg e fornecido à vontade aos animais. Dois grupos de 10 animais mestiços (holandês x zebu) foram utilizados para cada experimento. Faziam parte do primeiro grupo animais naturalmente infestados, dos quais cinco receberam sal mineralizado mais diflubenzuron e cinco receberam sal mineralizado. O segundo grupo constitui-se de 10 animais livres de carrapato e foram utilizados para o teste de estábulo, com infestação artificial de 7.500 larvas por animal (cinco tratados com sal mais diflubenzuron e cinco somente com sal. O experimento foi realizado na primavera de 2005. Resultados e Conclusões : no primeiro experimento, com infestação natural, os bovinos que receberam sal mineralizado mais diflubenzuron, o peso médio das teleóginas observadas durante cinco dias ficaram abaixo de 160 mg, enquanto os que receberam somente sal mineralizado a media variou de 199 a 299 mg. O numero de ovos de B. microplus do grupo tratado foi de 900 ovos e o dos não tratados 2.600 ovos. Os resultados do segundo experimento, teste de estábulo, tanto com relação ao peso das teleóginas como o número de ovos não variaram significativamente do primeiro experimento com animais naturalmente infestados. Nas condições que foram realizados este trabalho conclui-se que tanto o experimento com animais naturalmente infestados, como no teste de estábulo houve diminuição do peso e da postura das teleóginas dos animais tratados com sal mineralizado mais diflubenzuron. E que esse na dosagem formulada pode ser indicado no controle do carrapato B. microplus. Palavras-chave : Palavras-chaves: Boophilus microplus, controle, diflubenzuron. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 73 TÍTULO DO TRABALHO : EFEITO DO PRODUTO DIFLY NO DESENVOLVIMENTO DO BESOURO AFRICANO, DIGITONTHOPHAGUS GAZELLA (COLEOPTERA: SCARABAEIDAE) EM LABORATÓRIO E-mail: [email protected] Eixo Temático: ensino e pesquisa Autor: Américo Iorio Ciociola Junior Instituição: EPAMIG/CTTP Observações: João Gilberto Ripposati - EPAMIG/CTTP Introdução: A atividade hematófoga da mosca-dos-chifres representa seu aspecto mais nocivo. As picadas dolorosas, repetidas muitas vezes ao dia, deixam os animais nervosos e irritados, causando perda de peso na produção de leite e diminuição da atividade reprodutiva, entre outros danos. A mosca-dos-chifres (Haematobia irritans) se desenvolve nas fezes de bovinos. Uma das formas de controle é utilizar besouros africanos, que rapidamente reviram as fezes e incorporam este excremento de bovinos ao solo, especialmente nos meses quentes do ano. Esta ação, de enterrar as fezes, além de impedir a multiplicação da mosca-dos-chifres e exercer também um efeito anti-helmíntico, melhora absorção e retenção no solo, de nitrogênio volátil e água, bem como outros constituintes do esterco. Esta espécie de besouro africano, Digitonthophagus gazella foi introduzida no Brasil através do CNPGC/EMBRAPA, em outubro de 1989, por importação dos E.U.A. Em 1991, a EPAMIG/CTTP em Uberaba-MG, recebeu matrizes deste besouro para multiplicação e dissiminação na região, sendo a responsável pela distribuição de casais do besouro aos produtores, Após quatorze anos deste trabalho, constata-se que este é o mais eficiente dos coprófogos no combate à mosca-dos-chifres. Para o controle de H. irritans, quando se usa o controle tradicional, muitas vezes os produtos usados são agressivos ao besouro, afetando o seu desenvolvimento. Objetivos: O presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito do produto DIFLY no desenvolvimento do besouro D. gazella. Aplicabilidade dos Resultados: Possibilitar a interação entre o produto Difly e o besouro africano no manejo da mosca-dos-chifres. Material e Métodos: CAMPO: O trabalho de campo foi realizado em uma área de gado da EPAMIG/CTTP, no município de Uberaba-MG. Dois lotes de 10 cabeças de gado Gir foram separados em diferentes piquetes. No piquete 1, apenas o sal mineral foi colocado no cocho e no piquete 2, o sal foi misturado como produto DIFLY na proporção de 15g/30kg de sal e oferecido ao gado. O sal mineral contendo Difly foi oferecido ao gado 8 dias antes de se iniciar a coleta das fezes, para se ter a certeza de que o resíduo de Difly estaria nas fezes coletadas. Amostras de fezes foram recolhidas ao acaso nos dois piquetes e trazidos para laboratório de criação de D. gazella da EPAMIG/CTTP. LABORATÓRIO: 5 casais do besouros africano foram criados/balde conforme metodologia desenvolvida por (Fazolin, 1997). Baldes plásticos com capacidade de 15 litros foram preenchidos com terra e tampados com tampa telada para evitar a fuga dos besouros. A cada 3 dias, os besouros foram alimentados com aproximadamente 400g de fezes frescas/balde, colhidas nos dois piquetes. Foram utilizados 10 baldes de criação para cada tratamento, totalizando 20 baldes. Uma vez a cada 4 dias, os baldes foram umedecidos. O experimento foi realizado de Janeiro a Abril de 2005. O delineamento foi o inteiramente ao acaso, com 2 tratamentos e dez repetições. As médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Os parâmetros avaliados foram: fecundidade e razão sexual dos descendentes. Resultados e Conclusões : A utilização do produto Difly causou uma redução populacional de S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” descendentes na ordem de 21%. Esta redução em termos práticos não é importante, pois se for adotada uma escala de seletividade do IOBC/WPRS (International Organization of Biological Control), esta redução ficará na classe 1 de seletividade ou seja: inócuo ao inseto. A classe de seletividade aceita pela IOBC é: 1 = 0 - 30% (inócuo); 2 = 31-79% (levemente nocivo); 3 = 80-99% (moderadamente nocivo) e 4 = > 99% (tóxico). No entanto, ainda não existe uma escala pré-definida para avaliação de seletividade de inseticidas em relação ao besouro africano, Digitonthophagus gazella. Os descendentes obtidos no tratamento com Difly (F1), foram novamente cruzados e o número de descendentes deste novo cruzamento (F2), produziram outra geração sem afetar o número de descendentes. A razão sexual do tratamento com Difly foi de 0,51 e da testemunha foi de 0,50. Portanto, pode-se observar que não houve diferença neste parâmetro avaliado. O número de fêmeas produzidas não foi afetado no tratamento com Difly. Em contrapartida, o número de machos sofreu uma redução, porém sem maiores conseqüências para a população, como foi citado anteriormente Palavras-chave: Controle biológico, besouro africano, coprófago, mosca-dos-chifres. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 74 Título do trabalho : EFICÁCIA DA IVERMECTINA E MOXIDECTIN EM EQUINOS NATURALMENTE INFECTADOS COM Strongyloides sp E-mail: [email protected] Eixo Temático: Med. Vet. Preventiva e Saude Pública Autor: Ernest Schillings Neto Instituição: Med. Vet. Autônomo Observações: Schillings Neto E.1, Sereno, J. R.2, Juliano, R. S.3, Jacomini, L.A.4 1 Medico Veterinário Autônomo: Alameda Antonio Costa Santos nº. 1340 CEP 79-750-000, Nova Andradina, MS, [email protected]; 2 Médico Veterinário Pesquisador, EmbrapaCPAC, BR 020 Km 18, Rodovia Brasília-Fortaleza - Cx. Postal 08223, Planaltina, DF, CEP 73310-970; 3 Médica Veterinária Doutoranda em Sanidade Animal, EV/UFG, Cx. Postal 131, CEP74001-970, Goiânia-GO; 4 Graduando em Medicina Veterinária, EV/UFG, Cx. Postal 131, CEP74001-970, Goiânia-GO. Introdução: Com a utilização de anti-parasitários benzimidazóis na década de 60 e a introdução dos tratamentos com ivermectinas na década de 80, houve uma diminuição na ocorrência de verminose causada por Strongylus spp em eqüinos e um aumento da prevalência de cyanosthominos nessa espécie, em decorrência do uso inadequado de anti-helmínticos e do aumento da resistência desse parasita às drogas mais comumente aplicadas. Conseqüentemente temos um impacto importante desses parasitas nos eqüinos, determinando principalmente queda na performance, perda de peso, diminuição da taxa de crescimento e manifestações clínicas de cólica e diarréia crônica em situação de alta infestação (Kaplan, 2002).OBJETIVO: Avaliar o efeito de uma única dose de anti-helmintico, sobre a contagem de OPG, em eqüinos naturalmente infectados por Strongyloides sp. Objetivos : Avaliar o efeito de uma única dose de anti-helmintico, sobre a contagem de OPG, em eqüinos naturalmente infectados por Strongyloides sp. Aplicabilidade dos Resultados : Os resultados podem servir de subsídio para a elaboração de programas integrados de controle parasitário. Material e Métodos : O experimento foi realizado em uma propriedade que cria animais da raça Quarto de Milha, em sistema de pastejo em piquetes. Foram selecionados aleatoriamente 14 animais adultos, divididos em três grupos e submetidos e tratados com três produtos comerciais, seguindo a dose sugerida pelo fabricante: G1-Moxidectin (n=4), G2-Ivermectina (n=4) e G3-Ivermectina (n=6). O grau de infestação foi avaliado pelo exame de OPG, em um momento antes do tratamento e mensalmente durante 4meses após o tratamento dos animais. O cálculo da eficácia utilizou a seguinte fórmula: média de opg antes da vermifugação - média de opg após tratamento / média de opg antes da vermifugação X100. Resultados e Conclusões : Todos os tratamentos apresentaram eficácia próxima de 100% até 73 dias após sua aplicação, decaindo seu desempenho nas coletas de opg seguintes (103 e 133 dias pós- tratamento). O G1 apresentou melhores resultados de eficácia nesse período (93,3% e 84,3%), o G2 obteve 78% e 62% e o G3 apresentou resultados bastante insatisfatórios (26% e 18%).Diante dos relultados obtidos nas condições em que foi realizado esse trabalho é possível concluir que a eficácia do tratamento realizado no G1 (moxidectin) apresentou eficácia satisfatória por um período de 103 dias após uma única dose, enquanto que o tratamento realizado com ivermectinas só obteve eficácia satisfatória até os 73 dias póstratamento. A eficácia dos produtos anti-helminticos devem servir como ferramenta na elaboração de um sistema de controle parasitário em eqüinos, associado a outras técnicas, evitando o surgimento do mecanismo de resistência por parte do parasita. Palavras-chave: Ivermectina, Moxidectina, eqüinos, Strongyloides spp. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 75 TÍTULO DO TRABALHO : AGENTES CAUSADORES DE PNEUMONIA ENZOOTICA CRONICA EM OVINOS DA RACA SANTA INES NO MUNICIPIO DE PETROPOLIS/RJ Email: [email protected] Eixo Temático: Sanidade Animal Autor: Manuel Pedro Figueiro Dornellas Instituição: Faculdade de Medicina Veterinaria (UNIC) Observações: Introdução: Ovinos Santa Inês com pneumonia enzoótica crônica em Petrópolis/RJ, onde foram isolados agentes patogênicos a partir de swab de traquéia, como Klebsiela pneumoniae, Proteus sp, Pasteurella sp. . Todos esses agentes estavam correlacionados com excesso de animais numa pequena área, por um erro de manejo. O problema foi resolvido com a diminuição da densidade populacional, isolamento dos animais acometidos, melhoria na nutrição e tratamento dos positivos. A dispnéia e a tosse são os achados clínicos mais prováveis na suspeita da possível presença de doença no sistema respiratório. Objetivos : Através do swab de traquéia, descobrir os principais agentes que estavam acometendo os ovinos, com cultura e posteriormente o antibiograma para analisar a sensibilidade e resistência aos antibióticos. Aplicabilidade dos Resultados : Esse trabalho mostrou que os ovinos da raça Santa Inês são extremantes sensíveis a stress, seja ele ambiental, nutricional, manejo, sanitário, mostrando então a importância do acompanhamento médico veterinário no desenvolvimento da criação. Mostrou também uma grande resistência a maioria dos antibióticos encontrados no mercado, onde apenas a amoxilina se encontrou sensíveis a todos os agentes em comum. Material e Métodos : Foram avaliados 200 ovinos da raça Santa Inês em Petrópolis-RJ, animais apresentando pneumonia enzoótica crônica. Foram feitos swabs de traquéia e foram isolados os seguintes agentes patogênicos Klebsilea pneumoniae, Proteus sp, e de maior importância clínica ao agente Pasteurella sp, que levou a morte de dois animais. Os diagnósticos eram feitos principalmente através da auscultação e da percussão, e posteriormente o exame laboratorial. Resultados e Conclusões : Resultados: Dos 200 animais acometidos, apenas dois animais vieram a óbito, onde esses dois animais apresentaram características de pneumonia por Pasterurella sp, sendo confirmado pela histologia grandes infiltrados de células inflamatórias nos pulmões. Essas alterações causam interferência no fornecimento de oxigênio e na eliminação de dióxido de carbono no epitélio alveolar, caracterizando-se por: alvéolos cheios, pneumonia e edema pulmonar. Os animais forma tratados com amoxilina (10mg/Kg) IM com três aplicações com intervalos de 48/48h; bromexina (0,5 mg/Kg), IM com três aplicações com intervalos de 48/48h; e paracetamol nos animais que apresentavam febre. Conclusões: Concluímos neste trabalho que o stress da criação tem que ser minimizado ao máximo, pois bactérias próprias dos animais em desequilíbrio fazem o animal sair do estado fisiológico para o estado patológico de doença, onde acarreta vários prejuízos a criação animal pelo excessivo custo com medicamentos. Palavras-chave: Pneumonia enzoótica, Ovinos, Pasteurella sp, Stress ambiental. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 76 TÍTULO DO TRABALHO : TUMOR NA GLÂNDULA MAMÁRIA DE UMA VACA: RELATO DE CASO E-mail: [email protected] Eixo Temático: Autor: Esteves, G.I.F2., Guimarães, C.O2.; Barbosa, V.T2.;Abud. L.J.2, Costa, G.L.2 Silva, L.A.F1; Instituição: Universidade Federal de Goiás Observações: Esteves, G.I.F - CPF: 014944331-50, Guimarães, C.O; Barbosa, V.T; Abud. L.J; Costa, G.L; Silva, L.A.F; Introdução: As neoplasias da glândula mamária bovina de maior ocorrência são carcinoma, papiloma, hemangioma, linfoma e metástases linfóides. Objetivos : Este estudo teve por objetivo relatar um caso de carcinoma de célula basal do tipo sólido em glândula mamária de uma vaca, mestiça (Zebu x Europeu), de oito anos de idade, e peso aproximado de 400 quilos. Aplicabilidade dos Resultados : Este trabalho objetiva direcionar os clínicos veterinários em relação ao resultados dos exames laboratorias relacionando com outros achados, bem como auxiliar nas medidas a serem tomadas diante do diagnóstico. Material e Métodos : O animal foi atendido no Hospital Veterinária da UFG, sendo informado pelo proprietário no momento da anamnese, que o curso da enfermidade era de aproximadamente 12 meses. Ao exame clínico, os parâmetros fisiológicos encontravam-se dentro da normalidade e, no úbere, foi possível identificar massa tumoral arredondada, diâmetro de aproximadamente 30 cm, com áreas ulceradas e com presença de necrose e presença de miíases. Para exames complementares coletou-se sangue, urina e fragmentos do úbere. A coleta do sangue foi realizado por meio de punção da veia coccígea acondicionando a amostra em dois tubos, sendo que o primeiro com anticoagulante e o segundo sem. As amostras foram encaminhadas para o laboratório de Patologia Clínica do Hospital Veterinário da Escola de Veterinária da UFG, onde realizou-se leucograma, hemograma com pesquisa de hematozoário e bioquímica sérica. A urina foi coletada por micção espontânea desprezando-se os primeiros jatos em um volume de 20 ml. Por meio de biopsia, foram retirados fragmentos de 2x3 cm, envolvendo tecido saudável e lesado que foram acondicionados em frascos contendo formol a 10%. O material foi encaminhado ao laboratório de patologia animal da Escola de Veterinária da UFG para se realizar o exame histopatológico. Resultados e Conclusões : Observou-se alterações no leucograma com reticulócitos, bastonetes e fibrinogênio aumentados. Na bioquímica pode-se observar alteração da concentração de aspartato transaminase (AST) e na bilirrubina indireta que estavam aumentadas. Com o resultado da urinálise foi possível detectar a presença de cilindros raros e a microbiota bacteriana apresentava-se escassa. A proteína de Bence-jones estava ausente. Os exames histopatológicos revelaram presença de células acantolíticas, fibroplasia de parênquima glandular, com característica de carcinoma. O diagnóstico foi carcinoma de célula basal tipo sólido. Como a mastectomia é uma cirurgia delicada, sempre ocorrendo muita hemorragia e a massa tumoral apresenta volume expressivo e optou-se pela eutanásia do animal. Palavras-chave: câncer, mama, bovino. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 77 Título do trabalho : PAPILOMATOSE CUTÂNEA BOVINA: EFEITO DA ASSOCIAÇÃO DE DIMETIL BENZIL, AMÔNIO A 50%-0,40% ASSOCIADO AO FORMALDEÍDO 37% E ETOXILADO (AVALIAÇÃO PRELIMINAR) E-mail: [email protected] Eixo Temático: Clínica e patologia Autor: Esteves, G.I.F., Guimarães, C.O.; Barbosa, V.T.; Bernardes, K.M.; Abud. L.J., Costa, G.L. Silva, L.A.F; Instituição: Universidade Federal de Goiás Observações: Esteves, G.I.F; Guimarães, C. O; Barbosa, V.T; Bernardes, K.M; Abud. L.J; Costa, G.L; Silva, L.A.F. Introdução: A papilomatose cutânea bovina, também conhecida como verruga, figueira, verrucose, fibropapilomatose e epitelioma contagioso é causada por um vírus que pertence à família Papovaviridae, gênero Papilomavírus, que possui DNA fita dupla de genoma circular, não envelopado com capsídio icosaédrico e caracteriza-se pela presença de lesões tumorais localizadas na pele, mucosas e em alguns órgãos. Além do problema ser cosmopolita, acomete principalmente bovinos jovens, de diversas raças, idades e sem distinção com relação ao sexo. A prevalência geralmente é alta, os prejuízos econômicos são significativos e os papilomas pedunculares apresentam melhor resposta aos tratamentos do que a forma plana. A enfermidade acomete principalmente bovinos leiteiros, mas pode ocorrer também em bovinos de aptidão para. É uma doença importante economicamente por causar desvalorização dos animais a serem comercializados, prejudicando a aparência estética e causando depreciação do couro dos animais afetados. Dependendo da intensidade das lesões, poderá ocorrer debilitação e alterações funcionais orgânicas em decorrência dos tumores Objetivos : Este estudo teve como objetivo avaliar a ação do Dimetil Benzil, Amônio a 50%0,40% associado ao Formaldeído 37% e Etoxilado, Essência de Pinho, Corante e água qsp para 500ml de solução, no tratamento da papilomatose cutânea bovina. Aplicabilidade dos Resultados : Os resultados obtidos podem auxiliam os profissionais da área no tratamento da papilomatose, buscando melhor eficiência do mesmo. Material e Métodos : Utilizou-se no estudo 24 bovinos de faixa etária e sexos diferentes, sendo 12 portadores de papilomatose na forma pedunculada e 12 plana. Após jejum completo de 12 horas os bovinos foram tranqüilizados com cloridrato de xilazina a 2%, na dose de 0,2 mg/Kg e contidos em decúbito, para, em seguida proceder a escarificação dos papilomas empregando raspadeira de alumínio própria para animais. O protocolo constou de quatro aplicações da solução, por meio de pulverização, a cada sete dias, ocasião que eram realizadas avaliações do comportamento dos papilomas frente ao tratamento. Resultados e Conclusões : Após a segunda aplicação do protocolo terapêutico foi possível observar papilomas com comportamento e sinais de desvitalização, como presença de crostas, destacando com facilidade da pele e se desintegrando com facilidade. As avaliações realizadas sessenta dias após inicio do tratamento, indicaram recuperação completa de todos (100%), dos animais portadores de papilomatose pedunculada e de apenas 6 (50%), na forma plana. Concluiu-se que o protocolo terapêutico utilizado pode ser indicado no tratamento da papilomatose cutânea bovina, apresentando os melhores resultados para a forma pedunculada. Palavras-chave: fibropapiloamtose, tratamento, interação. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 78 TÍTULO DO TRABALHO: ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DA BRUCELLA SP. EM EQUINOS DE TRAÇÃO NO MUNICÍPIO DE CUIABÁ, MATO GROSSO, BRASIL Email: [email protected] Eixo Temático: Autor: Darci Lara Perecin Nociti Instituição: Universidade Federal do Mato Grosso - UFMT Observações: Denise Senna; Aline Conceição Schmitt; Ana Paula Miranda Mundim; Isana Souza Silva; Maria Odilene Damasceno; Robson Reverdito Introdução: A Brucelose é uma doença infecto-contagiosa causada por uma bactéria chamada Brucella sp (Rigos, 2002). Conhecida nos eqüinos como mal da cernelha, mal das cruzes e mal da nuca é manifestada comumente por uma bursite fistulosa (Acha,1986). A brucelose também atinge os seres humanos que lidam diretamente com os animais ou se alimentam de derivados de animais contaminados (Rigos, 2002). Como medida profilática, deve-se realizar testes sorológicos periódicos para o diagnóstico da brucelose eqüina em todos os animais da propriedade, exigir atestado contra a brucelose de todos os animais que forem entrar na propriedade, desinfetar rigorosamente os estábulos, cochos e todos os locais onde tenha ocorrido um caso de aborto, não utilizar agulhas, seringas e material cirúrgico não esterilizado (Blood & Radostits,1991). Objetivos : Estudar a prevalência da Brucella sp. nos eqüinos de tração de diferentes sexo e idades nos diversos bairros do município de Cuiabá. Aplicabilidade dos Resultados : Não havendo nenhuma informação oficial ou cadastramento destes animais, segundo comunicação pessoal do médico veterinário Ediberto (INDEA - MT) no ano de 2001 no município de Cuiabá estimava-se que havia aproximadamente 300 eqüinos de tração. Assim, também os dados referentes à presença da Brucella sp. em animais de tração, no município de Cuiabá, são desconhecidos Material e Métodos : A pesquisa foi realizada em diversos bairros do município de Cuiabá - MT, dos quais se extraiu um inquérito epidemiológico e uma amostragem de soro sanguíneo de 44 eqüinos de diferentes raças, sexo e idade que transitavam pelas vias públicas. As amostras sangüíneas foram centrifugadas a 1600 rpm por 10 minutos no Laboratório de Doenças Infecciosas do Hospital Veterinário - UFMT (HOVET/UFMT), e os soros foram enviados para o Laboratório do Instituto de Defesa Animal (INDEA - MT) o qual se utilizou das provas de soroaglutinação lenta em tubos (SLT) descrita por Wright e a prova do 2- Mercaptoetanol descrita por Alton et al, (1988). Resultados e Conclusões : Das 44 amostras, 0,44% (uma) foi positiva para a presença de anticorpos anti-Brucella sp. CONCLUSÃO: Uma vez que existe a situação de disseminação da bactéria nos locais de pastagem onde os animais transitam e a importância desta bactéria como causadora de enfermidade em humanos, salienta-se a importância do controle da população eqüídea a nível municipal, através do cadastramento pelo Centro de Controle de Zoonoses de Cuiabá (CCZ/ Cuiabá), bem como orientação sobre a doença e a importância do exame sorológico para o diagnóstico da Brucelose Eqüina. Palavras-chave: Brucella sp, eqüinos, bursite fistulosa, 2-mercaptoetanol. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 79 Título do trabalho : ASPECTOS CLÍNICOS E EPIDEMIOLÓGICOS DA HEMONCOSE EM OVINOS E-mail: [email protected] Eixo Temático: Autor: Costa M. C. (1) Instituição: Observações: Flaiban K. K. M. C.(1), Miyakawa V. I.(2), Borgesan A. C.(2), Balarin M. R. S.(3), Lisbôa J. A. N.(3); (1) Programa de Pós-graduação em Ciência Animal, CCA, UEL, Campus Universitário, 86051-990, Londrina, PR, [email protected]; (2) Residência em Clínica Médica, Cirúrgica e Reprodução de Grandes Animais, DCV, UEL; (3) DCV e DMVP, CCA, UEL. Introdução: INTRODUÇÃO: O parasitismo gastrintestinal, notadamente a hemoncose, é seguramente o principal dentre os problemas de sanidade em ovinos no Brasil. O seu controle acarreta elevação nos custos de produção e os prejuízos econômicos devem-se à redução na produtividade, morte de animais e gastos com o tratamento. Informações a respeito da doença, suas manifestações, evolução e prognóstico possuem importância prática. Objetivos : OBJETIVO: Investigar aspectos clínicos e epidemiológicos da hemoncose em ovinos naturalmente acometidos. Aplicabilidade dos Resultados : Material e Métodos : MATERIAL E MÉTODOS: Realizou-se um estudo retrospectivo levantando-se informações nos prontuários de 122 ovinos portadores de hemoncose, atendidos pelo serviço de Clínica Médica de Grandes Animais do Hospital Veterinário da UEL, no período entre 1995 e 2004. O diagnóstico baseou-se na concomitância de dois critérios: anemia e contagem elevada de ovos por grama (OPG) de fezes. Os animais foram acompanhados com exame físico, hemograma e contagem fecal de OPG, e medicados com princípios antihelmínticos variados. A transfusão sangüínea foi realizada em somente 20 ovinos. Resultados e Conclusões : RESULTADOS: A hemoncose foi a doença de maior prevalência entre os ovinos atendidos no período estudado (39,6% dos casos); mais freqüente em jovens do que em adultos; e sem predileção por sexo ou padrão de sazonalidade. Destacam-se as seguintes manifestações ao primeiro exame físico: temperatura corporal 38,8 ± 1,6 ºC, freqüência cardíaca 115,7 ± 31,8 bpm, freqüência respiratória 38,2 ± 24,9 mpm, hipomotilidade ruminal (4,3 ± 2,7 MR/5 min.), magreza (68% dos casos), em estação (58%) ou em decúbitos esternal (22%) e lateral (20%) permanentes, apatia (68%) e mucosas brancas (92%). Edema submandibular (40%) e diarréia (31%) foram menos freqüentes. Os resultados hematológicos caracterizaram anemia normocítica e hipocrômica, a inversão da relação N:L, a ausência de eosinofilia e a hipoproteinemia. A morte ocorreu em 50% dos casos e a taxa de sobrevivência foi menor nos ovinos apáticos (35%), em decúbito lateral permanente (21%) e inversamente proporcional à intensidade da anemia. A transfusão sangüínea não elevou a probabilidade de cura, provavelmente em função da natureza crônica do processo. Os valores medianos da contagem de OPG eram mais elevados nos ovinos que morreram (16.425) do que nos que se recuperaram (8.600). Não se observou correlação significativa entre valores de OPG e das variáveis hematológicas. CONCLUSÕES: A hemoncose é uma doença de prevalência elevada em ovinos, particularmente os jovens, com prognóstico reservado e probabilidade de cura inversamente proporcional à intensidade da anemia. A transfusão sangüínea não aumentou a chance de recuperação. Palavras-chave: Hemoncose, ovinos, valores hematológicos, sintomas. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 80 Título do trabalho : RESULTADOS PRELIMINARES DO DIAGNÓSTICO E ANTIBIOGRAMA DA METRITE EM BOVINOS DESTINADOS AO ABATE EM BELÉM-PA E-mail: [email protected]; [email protected] Eixo Temático: Reprodução e Biotecnologia Autor: Almeida¹, P.M.; Pauxis¹, D.R.; Reis¹, W.M.; Santo¹, A.T.; Silva¹, A.S.; Segadilha¹, M.C.; Moreira², V.M.T.S.; Vieira², C.M.A.; Casseb², A.R. E-mail: [email protected] Instituição: ¹Acadêmicos de Medicina Veterinária da Universidade Federal Rural da Amazônia ²Docentes do Instituto da Saúde e Produção Animal - Universidade Federal Rural da Amazônia: Av. Pres. Tancredo Neves, s/nº. Bairro: Terra Firme. CEP 66077-530. Belém-PA. Observações: Pauxis¹, D.R; Reis¹, W.M; Segadilha¹, M.C; Moreira², V.M.T.S; Casseb², A.R. Introdução: Metrite é a inflamação de todas as camadas da parede uterina causada principalmente por agentes infecciosos como: Staphylococcus aureus, Estreptococcus spp, Escheria coli, Fusobacterium necrophorum, Haemophillus somnus, Klebesiella spp, Proteus spp e Arcanobacterium pyogenes. A evolução da metrite aguda gera um quadro crônico da doença, geralmente levado pela ineficácia do tratamento quando realizado. Esta patologia tem grande relevância no manejo reprodutivo, pois causa lesões deletérias sobre o endométrio, impedindo o prosseguimento da gestação. Objetivos : O objetivo deste trabalho é fazer uma amostragem das principais bactérias causadoras de metrite em gado de corte proveniente de diferentes regiões do Estado do Pará, bem como dos antibióticos mais adequados e eficazes para seus respectivos tratamentos. Aplicabilidade dos Resultados : De acordo com os resultados, poderão ser diagnosticadas as principais bactérias causadoras de metrite e o tratamento mais eficaz para o combate desta patologia de acordo com o microorganismo que se apresenta. Material e Métodos : Para esta pesquisa, a princípio, foram examinados dois úteros provenientes do matadouro da SOCIPE (região metropolitana de Belém), através de punção estéril do muco purulento da cavidade uterina. As amostras foram inoculadas em caldo cérebro-coração por 24 horas, a 37ºC em condições de aerobiose. Após isso foi feita a bacterioscopia pelo método de Gram com aumento de 1.000 vezes, sendo realizada, por conseguinte, a prova da catalase e culturas em ágar sangue de carneiro a 5% desfibrinado e ágar cérebro-coração por 48 horas, a 37ºC em condições de aerobiose. O antibiograma das amostras foi feito pelo método de difusão em discos. Os antibióticos testados foram: Ácido Nalidíxico, Amoxicilina, Ampicilina, Benzilpenicilina, Cefalexina, Cloranfenicol, Estreptomicina, Gentamicina, Norfloxacina, Sulfonamidas e Tetraciclinas. Resultados e Conclusões : Observaram-se pela microscopia bactérias Gram positivas pleomórficas, catalase negativa. O crescimento em meio de cultura só foi observado em ágar sangue em forma de colônias puntiformes, sendo que em uma amostra houve a formação de um halo claro de beta-hemólise denotando cepas diferentes de uma mesma bactéria. Pelas características morfológicas, de coloração, cultura e prova bioquímica foi isolada a bactéria Arcanobacterium pyogenes de ambas as amostras. Esta se mostrou sensível ao Cloranfenicol, às Sulfonamidas, à Tetraciclina e à Cefalexina. Apesar do pequeno numero de amostras analisadas, parece que a bactéria Arcanobacterium pyogenes é um importante causador de metrite em bovinos abatidos em frigorífico no município de Belém. Palavras-chave: Palvras-chave: Metrite bovina, Arcanobacterium pyogenes, Cultivo microbiológico, Antibiograma. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 81 TÍTULO DO TRABALHO : PRODUÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE ANTICORPOS MONOCLONAIS E POLICLONAIS CONTRA O VIRUS DA ARTRITE ENCEFALITE CAPRINA E-mail: [email protected] Eixo Temático: Medicina Veterinaria Preventiva e Saude Publica Autor: Silvia Ines Sardi Instituição: Laboratorio de virologia-Instituto de ciencias da Saúde-Universidade Federal da Bahia Observações: Ana Carolina Requiao Silva -Laboratorio de virologia-Instituto de Ciências da Saúde-Universidade Federal da Bahia Dellane Martins Tigre-Laboratorio de virologia-Instituto de Ciências da Saúde-Universidade Federal da Bahia-CPF 889945465-53 Gubio Soares Campos-Laboratorio de virologia-Instituto de Ciências da Saúde-Universidade Federal da Bahia-CPF-090842665 Introdução: Os anticorpos monoclonais e policlonais são excelentes ferramentas de diagnostico, entretanto sua produção com antígeno viral purificado é demorada e pode ter perda substancial da estrutura viral e infectividade desse antígeno. A precipitação viral com Polietilenoglicol (PEG) pode ser uma alternativa na obtenção de antígeno purificado para a produção de reagentes de diagnóstico Objetivos: Neste trabalho utilizamos o vírus da Artrite encefalite caprina (CAE), que causa uma doença viral crônica e progressiva em cabras jovens e adultas, para obter imunoreagentes de diagnóstico para esta doença. Aplicabilidade dos Resultados: Imunoreagentes de referência para o diagnóstico da doença que acomete em cabras produzida pelo virus da Artrite Encefalite Caprina Material e Métodos: O vírus da CAE foi submetido à precipitação com PEG 8% durante toda a noite e após sucessivas centrifugações foi obtido o pellet contendo uma massa antigênica viral suficiente para ser inoculada em coelhos e cobaios na produção de soro policlonal; e em camundongos Balb/c para a produção de anticorpos monoclonais. Resultados e Conclusões : A massa antigênica viral assim obtida e inoculada em camundongos foi capaz de produzir 6 Anticorpos monoclonais com características bioquímicas variadas quando avaliados pelas técnicas de ELISA indireto, Western-blot, Imunofluorescência indireta e Dot-blot. Por outro lado, os anticorpos policlonais obtidos em coelhos e cobaios tiveram altos títulos de anticorpos no ELISA indireto assim como a técnica de Western-blot mostrou os padrões de resposta sorológica às proteínas virais.Concluímos que utilizando esta metodologia, a massa antigênica viral obtida e a conservação do padrão viral, possibilitou a obtenção de imunoreagentes de qualidade para sua aplicação no diagnostico da CAE. Apoio Financeiro: FAPESB-CAPES-FUNDECI Palavras-chave: Artrite encefalite caprina-diagnóstico-anticorpos monoclonais-anticorpos policlonais S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 82 TÍTULO DO TRABALHO : DETECÇÃO DE ANTICORPOS CONTRA O VIRUS DA ARTRITE ENCEFALITE CAPRINA UTILIZANDO UM TESTE DE ELISA INDIRETO E-mail: [email protected] Eixo Temático: Medicina Veterinaria Preventiva e Saúde Pública Autor: Silvia Ines Sardi Instituição: Laboratório de Virologia-Instituto de Ciências da Saúde-Universidade Federal da Bahia Observações: Juliana Alves Torres-Laboratório de Virologia-Instituto de Ciências da SaúdeUniversidade Federal da Bahia; Camila Fonseca Lopes Brandão-Laboratório de VirologiaInstituto de Ciências da Saúde-Universidade Federal da Bahia; Dellane Martins TigreLaboratório de Virologia-Instituto de Ciências da Saúde-Universidade Federal da Bahia; Gubio Soares Campos-Laboratório de Virologia-Instituto de Ciências da Saúde-Universidade Federal da Bahia. Introdução: O vírus da Artrite-encefalite caprina (CAE) causa uma doença severa e progressiva caracterizada pelas manifestações clínicas de encefalomielite, mastite, pneumonia e artrite. O diagnóstico pode ser baseado na detecção de anticorpos contra o vírus através das técnicas de Imunodifusão em Gel de Agarose (IDGA) ou Enzime linked immunosorbent assay (ELISA). Objetivos: O objetivo deste trabalho foi utilizar células da membrana sinovial de cabras infectadas com o vírus da CAE como antígeno viral para detecção de anticorpos, utilizando um teste imunoenzimático (ELISA indireto). Aplicabilidade dos Resultados: Obtenção de um teste diagnóstico mas sensível para detecção de anticorpos que o atualmente utilizado Imunodifusão em gel de Agarosa Material e Métodos : Para este trabalho foram coletadas amostras de soros (n=100) provenientes de cabras clinicamente sadias, de 1 a 4 anos, provenientes de diferentes rebanhos. Os soros foram submetidos às técnicas de IDGA, ELISA e Western-blot. Resultados e Conclusões : A técnica de ELISA indireto detectou 43% (43/100) de animais soropositivos para o vírus a CAE enquanto a técnica de IDGA detectou 24% (24/100) de amostras positivas, o índice к mostrou uma concordância moderada (к=0,464) entre essas técnicas. A técnica de Western-blot mostrou os padrões de resposta imune às proteínas virais destes soros, justificando possivelmente as diferentes respostas entre as técnicas. Maiores estudos estão em andamento, mas para a detecção de anticorpos contra a CAE a técnica de ELISA indireto seria uma opção pela melhor sensibilidade e possibilidade de processar um numero maior de amostras. Apoio Financeiro: FAPESB-FUNDECI (BNB) Palavras-chave: Artrite encefalite caprina-diagnóstico-ELISA. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 83 Título do trabalho : RABDOMIOSSARCOMA EM REGIÃO LOMBAR DE UM BOVINO Relato de Caso E-mail: [email protected] Eixo Temático: Ciências básicas Autor: Fernando Henrique Furlan Instituição: universidade do estado de Santa Catarina - UDESC Observações: Vanessa Borelli, Universidade do estado de Santa Catarina – UDESC; Joelma Lucioli, Universidade do estado de Santa Catarina – UDESC; Ricardo Evandro Mendes, universidade do estado de Santa Catarina – UDESC; Sandra Davi Traverso, universidade do estado de Santa Catarina – UDESC; Aldo Gava, universidade do estado de Santa Catarina – UDESC. Introdução: Rabdomiossarcoma é o nome dado às neoplasias malignas originadas de células que se diferenciam em músculo estriado. Esse tumor pode se originar a partir dos mioblastos ou das células satélites. A localização é variada podendo se desenvolver em qualquer local do corpo, mesmo em áreas que possuam pouca musculatura estriada. Esses tumores são localmente invasivos e tendem a fazer metástases precocemente. Os rabdomiossarcomas são classificados histologicamente em 4 tipos: embrionário, botrióide, alveolar e pleomórfico. Embora conhecido em muitas espécies animais esses tumores são infreqüentes. O rabdomiossarcoma é mais comumente encontrado em cães, mas pode também afetar com menor freqüência bovinos e eqüinos Objetivos : Este trabalho tem por objetivo relatar o caso de um rabdomiossarcoma na região lombar de bovino da raça Charolês, enviada ao Laboratório de Patologia Animal CAV/UDESC Aplicabilidade dos Resultados : Material e Métodos : Bovino, fêmea, da raça charolês, com aproximadamente cinco anos de idade, apresentando emagrecimento progressivo e aumento de volume ulcerado na região lombar foi enviado ao Laboratório de Patologia CAV/UDESC para necropsia. Fragmentos de órgãos e da massa tumoral foram coletados e fixados em formalina tamponada 10% . As amostras foram desidratadas em álcool, clarificadas em xilol, incluídas em parafina histológica e cortadas em micrótomo na espessura de 3 micrometros. As lâminas foram coradas através do método de Hematoxilina e Eosina (H&E) e observadas ao microscópio óptico. Resultados e Conclusões : À necropsia observou-se caquexia marcante, aumento de volume da região lombar, dorso-cranial ao sacro e lateralmente à espinha dorsal, com aproximadamente 20 cm de diâmetro de consistência firme e com leve flutuação. A massa era ulcerada e ao corte amarelada. Microscopicamente, observaram-se em algumas áreas células com núcleo arredondado, de cromatina dispersa e nucléolo evidente com o diâmetro nuclear variável; o citoplasma é abundante e por vezes, com grandes vacúolos. Outra área é formada por células estreladas e células arredondadas de tamanhos variados, em arranjo mixóide, na área central desse arranjo as células possuem núcleo com cromatina dispersa e nucléolo evidente, e nas células da periferia a cromatina é mais condensada. Células estriadas estão distribuídas difusamente e por vezes formam fibras musculares longas, bem diferenciadas de diâmetro reduzido. O padrão histológico das células neoplásicas caracteriza a massa tumoral como um rabdomiossarcoma do tipo pleomórfico. Esse tumor é infreqüente em bovinos, apesar de alguns casos já terem sido registrados na literatura. Devido à ausência de lesões significativas em outros órgãos, pode-se supor que o emagrecimento progressivo apresentado pelo animal deva-se à produção de fator de necrose tumoral (TNFα) pelos macrófagos ativados pela presença do tumor. Palavras-chave: Neoplasia, bovino, rabdomiossarcoma. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 84 TÍTULO DO TRABALHO : CARCINOMA HEPATOCELULAR EM OVINO - DESCRIÇÃO DE CASO E-mail: [email protected] Eixo Temático: Clínica de pequenos e grandes Animais Autor: Fernado Henrique Furlan Instituição: Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC Observações: Joelma Luciolo – UDESC; Dadoni C. Machado - Universidade do Contestado (UNC); Célso Pilati – UDESC; Ricardo Evandro Mendes - UDESC Introdução: : Os carcinomas hepatocelulares são neoplasias malignas de hepatócitos, e têm sido identificados em numerosas espécies de animais, sendo mais freqüentemente observada em caninos. Geralmente são solitários, bem demarcados e envolvendo todo um lobo hepático. O tumor é compressivo e pode invadir o fígado adjacente. As células podem estar dispostas em padrão trabecular ou acinar, ou em combinação desses dois padrões. Em alguns casos, as placas celulares podem ter apenas algumas células de espessura, sendo separadas por sinusóides. Objetivos: Descrever aspectos clínicos e lesionais observados em um ovino diagnosticado com carcinoma hepatocelular. Aplicabilidade dos Resultados: Registro na literatura de um caso clínico de encefalopatia hepática em ovino oriundo de uma neoplasia hepática. Material e Métodos: Uma ovelha foi trazida para atendimento clínico no Hospital Veterinário da Universidade do Contestado - UNC. Foi necropsia três dias após, fragmentos dos órgãos foram colhidos, fixados em formol a 10% e processados rotineiramente para exame histológico. Resultados e Conclusões : Uma ovelha, SRD, com dois anos de idade apresentou encefalopatia hepática. Observou-se salivação, movimentos angulares da mandíbula (trismas), elevação da cabeça seguida de torcicolo, marcha retrógrada e queda ao solo, quando levantava permanecia com a cabeça baixa para depois retornar a marcha normal. Apresentava normotermia, morrendo três dias após. Na necropsia observou-se intensa congestão e edema pulmonar. O fígado apresentou uma massa de aproximadamente 10 x 15 cm com superfície multilobular e irregular, protruindo na superfície. Apresentava-se manchada com áreas brancas amareladas a acinzentadas, intercaladas com áreas vermelho escuras e outras com aparência de fígado normal. A consistência era macia e friável. O sistema nervoso central apresentou intensa congestão. No exame microscópico obsevou-se a presença de um carcinoma hepatocelular com proliferação de células hepáticas, além de cordões de hepatócitos espessados e irregulares. A massa tumoral apresentava padrão lobular sendo delimitada por fina cápsula de tecido conjuntivo. Apresentou ainda, extensas áreas de hemorragia e de necrose com calcificação. O SNC com intensa congestão e pequenos focos hemorrágicos. De acordo com as lesões patológicas encontradas conclui-se tratar-se de encefalopatia hepática decorrente de carcinoma hepatocelular. Palavras-chave: Carcinoma Hepatocelular. Ovino. Encefalopatia hepática. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 85 Título do trabalho: PARÂMETROS HEMATOLÓGICOS E OPG (OVOS POR GRAMA DE FEZES) DE CAPRINOS DA RAÇA BOER EM SOBRAL - CEARÁ. E-mail: [email protected] Eixo Temático: Produção Animal e Agronegócio Autor: Francisco Selmo Fernandes Alves Instituição: EMBRAPA Caprinos Observações: Maria Rosalba Moreira das Neves Universidade Estadual Vale do Acaraú; Francisca Geovânia Canafístula de Sousa Universidade Estadual Vale do Acaraú; Raymundo Rizaldo Pinheiro EMBRAPA Caprinos. Introdução: Os caprinos da raça Boer, nativos da África do Sul, foram introduzidos no Brasil, para fins de melhoramento dos rebanhos destinados a produção de carne. Estes animais apresentam potencial em condições de manejos adequados, entretanto não existem relatos sobre a raça Boer quanto a parâmetros fisiológicos no Brasil, sendo necessário estudos para obter estas informações. Objetivos: O objetivo do experimento piloto foi avaliar os parâmetros: hematócrito e o número de eosinófilos em relação ao OPG de animais da raça Boer. Aplicabilidade dos Resultados: Avaliar parâmetros fisiológicos da raça Boer na região semiárida do Nordeste com objetivo de melhorar as condições de adaptabilidade e manejos desses animais. Material e Métodos: Foram utilizadas 22 fêmeas com idades de 12 a 48 meses em condições do Nordeste Brasileiro no período de janeiro a fevereiro de 2006. Os animais eram manejados em sistema semi-intensivo, alimentados em vegetação nativa (caatinga) mais sal mineral e água ad libidum. As coletas de sangue e fezes foram realizadas nos animais em duas amostragens, com intervalo de quinze dias. Resultados e Conclusões : Os resultados obtidos foram descritos em forma de médias referentes a cada coleta: 1ª coleta - hematócrito (~17,9 ± 4,7%), número de eosinófilos (~278,98) e OPG (~2.741). Após a 1ª coleta os animais foram vermifugados, utilizando princípio ativo closantel sódico. Cinco dias após a vermifugação, verificou-se os seguintes resultados: hematócrito (~22,09 ± 4,13%), número de eosinófilos (~189) e OPG (~689). Os dados de OPG e o número de eosinófilos reduziram, entre a 1ª e a 2ª coleta, em torno de 75% e 32%, reOs achados são condizentes com a literatura. A partir dos resultados obtidos, conclui- se que o manejo adequado, uma vermifugação correta, é essencial na melhora do parâmetro hematológico, diminuindo então perdas no rebanho e uma melhor produtividade.spectivamente, enquanto o hematócrito elevou-se 23%. Palavras-chave: Boer, OPG e Hematologia. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 86 TÍTULO DO TRABALHO : HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO RELATO DE CASO E-mail: [email protected] Eixo Temático: Clinica de pequenos animais-diagnóstico por imagem Autor: Amanda cavalheiro Cândida Instituição: UFMT Observações: Letícia Lopes Leite - graduanda UFMT; Celso Tarso Rodrigues Viana-graduando UFMT; Glaucenyra C. P. da Silva-graduanda UFMT; Alessandra Moresco-professora da climevufmt; Marilda O. Taffarel-professora da climev UFMT. Introdução: O termo hérnia designa a situação em que órgãos estão deslocados da posição anatômica normal. Essa patologia pode ser de origem congênita ou adquirida A hérnia diafragmática é diagnosticada normalmente através da radiografia torácica. As alterações radiográficas encontradas variam de acordo com a víscera herniada. Qualquer víscera abdominal pode estar envolvida, mas existe uma predisposição anatômica de ser encontrada estômago, fígado, baço, intestino delgado e omento. Quando ocorre herniação do omento ou casos de pneumotórax e /ou efusão pleural concomitante o diagnóstico radiográfico pode ser inconclusivo sendo necessários exames contrastados ou ultrassonografia. O tratamento constitui em estabilização do paciente através de suporte ventilatório adequado (oxigênio terapia), fluidoterapia, analgesia. O tratamento definitivo se dá por reconstrução cirúrgica do diafragma. A abordagem cirúrgica é realizada por celiotomia pré-umbilical, toracotomia ou esternotomia. O suporte ventilatório com ventilação artificial é imprescindível para a realização do procedimento cirúrgico. Objetivos : Relatar um caso de hérnia diafragmática ressaltando aspectos diagnósticos e o tratamento. Aplicabilidade dos Resultados : Avaliação pelos demais clínicos da viabilidade cirúrgica de uma animal com hérnia diafragmática na ausência de anestesia inalatória. Material e Métodos : Animal atendido no HOVET-UFMT felino, macho de sete meses SRD que havia sido atropelado no dia anterior apresentando taquicardia, dispnéia, hematúria, anorexia e polidpsia. Foi realizada radiografia torácica do animal. Resultados e Conclusões : Ao exame radiográfico foi detectada presença de estômago em cavidade torácica e desvio dorsal do coração e da traquéia. Alterações radiográficas compatíveis com hérnia diafragmática. Após a estabilização do paciente, o mesmo foi encaminhado para procedimento cirúrgico para redução da mesma. A abordagem escolhida foi por celiotomia mediana pré-umbilical sendo realizada reparo do diafragma. O protocolo anestésico constituiu de pré-anestésico com levomepromazina 0,5mg/kg e a indução e manutenção da anestesia utilizou-se tiletamia e zolazepam, na dose de 5mg/kg. A escolha do protocolo com anestesia dissociativa se deu devido à falta de outros recursos disponíveis. O animal foi ventilado durante todo o procedimento cirúrgico. Para o diagnóstico da hérnia diafragmática foi essencial a realização da radiografia sendo esse método simples barato e de fácil acesso. A radiografia apresentou visualização incompleta do diafragma com o estômago e o fígado projetados para o interior da cavidade torácica. A hérnia diafragmática não foi causada por um traumatismo por queda, o que normalmente ocorre com gatos, mas sim por atropelamento. A cirurgia foi realizada com sucesso corrigindo a hérnia e o animal obteve melhoras. Palavras-chave: hérnia diafragmática – radiologia, diafragma. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 87 Título do trabalho : CRIOCIRURGIA NO TRATAMENTO DE CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS VULVAR EM CABRA E-mail: [email protected] Eixo Temático: Clínica cirúrgica de pequenos ruminantes Autor: MARTINS, E.A.N.¹ Instituição: ¹ Professor. Centro Universitário Moura Lacerda - Ribeirão Preto - SP / Centro Universitário Anhanguera - Leme - SP/ Doutorando FMVZ - USP. Observações: FONTES, C.J.C. ²; ² Acadêmica. Faculdade de Medicina Veterinária Universidade de Cuiabá – MT. Introdução: A criocirurgia é um método de tratamento pelo frio, indicado para lesões benignas, pré-malignas e malignas. O nitrogênio líquido é o agente criogênico mais efetivo para uso clínico. A remoção efetiva do tecido maligno requer temperaturas entre 40 e 50º C. Ocorrem lesões irreversíveis no tecido tratado devido a formação de cristais de gelo intracelular. A inflamação desenvolve durante 24 horas após o tratamento, contribuindo para destruição do tecido através de mecanismos mediados imunologicamente. Objetivos : Devido a escassez de literatura sobre neoplasias e as formas de tratamento nos pequenos ruminantes, este trabalho tem como objetivo relatar um caso de carcinoma de células escamosas na região vulvar de uma cabra tratado por criocirurgia. Aplicabilidade dos Resultados : Na clínica cirúrgica dos pequenos ruminantes. Material e Métodos : Foi encaminhada ao Hospital Veterinário uma cabra sem raça definida, cinco anos de idade, com histórico de neoformação nos lábios vulvares, evoluindo a aproximadamente 60 dias. A fêmea recusava o macho durante a monta e conseqüente dificuldade em emprenhar. Durante exame físico, foi observado na região proximal da vulva uma neoformação de coloração avermelhada, de superfície irregular, com três cm de diâmetro e que abrangia cerca de 50 % dos lábios vulvares, com leve sangramento e exsudato de aspecto amarelado, além de acúmulo de sujidades. Havia grande sensibilidade na região durante palpação. Optou-se pelo procedimento cirúrgico como forma de tratamento. Previamente ao ato operatório, o animal permaneceu em jejum hídrico de seis horas e sólido de 18 horas. A sedação foi com xilazina a 2% na dose de 0,05 mg/kg, via intramuscular profunda. A cabra foi posicionada em decúbito esternal para realização da anestesia epidural baixa com lidocaína a 2%, num volume total de 1ml. O procedimento cirúrgico constou de ressecção da neoformação com preservação do tecido sadio adjacente à neoformação. Sobre o local da cirurgia e nas bordas, foi aplicado nitrogênio líquido pela técnica de spray direto em três sessões de congelamento / descongelamento. No pós-operatório instituiu-se terapia antimicrobiana com penicilina benzatina na dose de 20.000 UI a cada 48 horas, totalizando três aplicações. Como terapia analgésica, foi utilizado o flunixin meglumine na dose de 2,2 mg/kg, uma vez ao dia, durante três dias. O tratamento local constou de anti-sepsia diária e uso de repelente. Resultados e Conclusões : RESULTADO - A análise da massa no exame histopatológico resultou em carcinoma de células escamosas. Logo após o procedimento cirúrgico a coloração da vulva se tornou hiperêmica. Até o terceiro dia do pós-operatório a ferida apresentava exsudação de coloração escura. Do quarto ao oitavo dia ficou recoberta por tecido de coloração enegrecida, que foi se desprendendo nos dias subseqüentes conforme eram realizados os curativos. O leito cirúrgico foi substituído por tecido de coloração avermelhado (granulação) e logo se observou a epitelização. A retração total da ferida foi observada no trigésimo quinto dia do pós-operatório. Houve perda de ¼ dos lábios vulvares na área proximal, porém, permaneceram justapostos. No início do pós-operatório, foi observado acúmulo de fezes no local da cirurgia, que após completa cicatrização da ferida não mais ocorreu. Após o S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” tratamento a fêmea emprenhou e pariu normalmente. Não houve recidiva da neoplasia após um ano do tratamento. CONCLUSÃO - A criocirurgia deve ser indicada como alternativa ao tratamento das neoplasias vulvares em pequenos ruminantes. Palavras-chave: Criocirurgia, carcinoma de células escamosas vulvar, neoplasias, pequenos ruminantes. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 88 Título do trabalho : TRATAMENTO DA ESTEFANOFILARIOSE EM VACAS LEITEIRAS RESULTADOS PRELIMINARES E-mail: [email protected] Eixo Temático: clinica de grandes animais Autor: Miyakawa V. I.(1) Instituição: (1) Médica Veterinária Autônoma, Itaporanga, SP, [email protected] Observações: Reis A.C.F.(2), Lisbôa J.A.N.(2) (2) DCV e DMVP, CCA, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR. Introdução: INTRODUÇÃO: A estefanofilariose nos bovinos é uma dermatite crônica localizada no úbere de vacas leiteiras, causada pelo nematódeo Stephanofilaria sp., mais prevalente no verão e transmitida por moscas hematófagas. Diversas alternativas de tratamento já foram testadas em outros países e os resultados relatados são, geralmente, muito variáveis. No Brasil, muito poucos estudos foram publicados sobre essa doença. Objetivos: OBJETIVO: Confrontar dois métodos de tratamento para a estefanofilariose em fêmeas bovinas produtoras de leite naturalmente acometidas. Aplicabilidade dos Resultados: Material e Métodos: MATERIAL E MÉTODOS: Oito vacas portadoras de ferida característica no úbere decorrente de infecção natural por Stephanofilaria sp. foram distribuídas por dois grupos de tratamento. Metade dos animais (GI) foi tratada com ivermectina 1% comercializada como pasta oral para vermifugação de eqüinos (Ivermic, Microsules). A pomada era aplicada topicamente recobrindo a ferida, duas vezes ao dia. As demais (GT) receberam tratamento tópico com triclorfon 6% (Neguvon, Bayer) veiculado em vaselina em pasta; mistura preparada na proporção de 6 partes de triclorfon para 94 partes de vaselina. A pomada era aplicada diretamente na lesão, duas vezes ao dia.. Os dois grupos foram tratados até a completa reepitelização da ferida. Antes da aplicação do medicamento procedeu-se à limpeza e secagem das lesões, com água e papel toalha. O tamanho das feridas foi medido no dia do início do tratamento e semanalmente até o dia da cicatrização completa. Resultados e Conclusões : RESULTADOS: O tamanho médio inicial das feridas foi de 11,08cm² variando de 8,58cm² até 17,67cm² nos animais que receberam tratamento com ivermectina (GI) e de 11,63cm² com variação de 1,95cm² até 20,64cm² no tratamento com triclorfon (GT). O tempo médio da completa reepitelização foi de 64 dias no GI e 38,5 dias no GT. Semanalmente houve uma redução gradativa no tamanho das lesões. A comparação direta entre os dois grupos com feridas de tamanho semelhante demonstrou os seguintes resultados: no GI lesões com 9,24cm², 11,88cm² e 17,67cm² (média de 12,93cm²) apresentaram tempo de reepitelização de, respectivamente, 61, 50 e 78 dias (média de 63 dias). No GT nas feridas com medidas de 6,72cm², 17,2cm² e 20,64cm² (média de 14,85cm²) o tempo para a cicatrização completa foi de 50, 47 e 42 dias, respectivamente (média de 46 dias). CONCLUSÕES: O resultado geral demonstrou que o tratamento tópico com triclorfon 6% foi mais efetivo do que o tratamento com ivermectina 1%, pois resultou em menor tempo necessário para a cicatrização das lesões cutâneas. Outros tratamentos capazes de promover a cura mais rapidamente devem ser testados para essa doença. Palavras-chave: Estefanofilariose, bovinos, triclorfon, ivermectina. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 89 Título do trabalho : INVERSÃO TÉRMICA COMO CAUSA DE MORTALIDADE DE BOVINOS NO ESTADO DE MATO GROSSO. E-mail: [email protected] Eixo Temático: Clínica de Grandes e Pequenos Animais Autor: Colodel, EM. Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso UFMT Observações: Angreves, G, M¹., Alberton, E. L; 1; Wutker, R.M.M²; Santos, C.E.P³; Nakazato; 1 Mestrando - Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal - UFMT [email protected]; 2 Médico Veterinário Autônomo. Rondonópolis, MT. 3 Departamento de Clínica Médica Veterinária, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária: Avenida Fernando Corrêa s/n 78069-900, Cuiabá, MT. Introdução: Mortalidade por frio em bovinos, especialmente zebuínos, tem sido frequentemente observada. Normalmente ocorrem variações térmicas de 20-25 graus em dias precedentes aos de ocorrência de mortalidades. São acometidos bovinos jovens sem reserva corporal de gordura e em períodos de carência nutricional. Os maiores índices de mortalidade são observados em áreas mais altas e em piquetes onde não há área de mata para abrigo dos animais. Objetivos : Descrever a mortalidade de bovinos nelores que ocorreu na região do Planalto do município de Santo Antônio de Leverger, Mato Grosso, relacionada à inversão térmica durante o mês de setembro 2005 Aplicabilidade dos Resultados : Material e Métodos : Os dados clínicos e epidemiológicos foram obtidos junto aos proprietários e durante visita à propriedade. Foram necropsiados 4 bovinos afetados. Amostras de vísceras foram coletadas para exames histológicos e toxicológicos. Resultados e Conclusões : De acordo com responsáveis pelo manejo dos bovinos na propriedade a mortalidade inciou após mudança brusca de temperatura com queda de aproximadamente 20ºC. Morreram entre 5 a 20% dos animais em diferentes lotes de bovinos com idade entre 18 e 60 meses principalmente naqueles até 1 ano de idade. Vários bovinos foram encontrados com aparente cegueira e andar atáxico e outros permaneciam em decúbito com intensa fraqueza, tendo dificuldade para manter a posição do pescoço que normalmente ficava inclinada, voltada para a região costal e apoiada ao chão (posição pleurótona) por vezes com flacidez de língua. As fezes eram escassas e ressecadas normalmente com estrias de mucos e sangue. Não houve resposta ao tratamento com energéticos e fluidoterapia. Nesses lotes faltou suplementação alimentar e mineralização por um curto período 4 dias antes do problema. Todos os bovinos com quadro clínico estavam magros em escore corporal entre 1-2 (variação 1-5). Aproximadamente 160 bovinos morreram. Na necropsia foram encontradas petéquias e equimoses pleural, pericárdica e peritonial; Havia também marcado edema tecidual e cavitário, principalmente no saco pericárdico e cavidade torácica e ausência acentuada de reserva corporal de gordura. Foram negativas as análises para toxina botulínica em amostras coletadas durante a necropsia de bovinos afetados. Histologicamente eosinofilia neuronal cortical difusa foi achado constante. DISCUSSÃO: Este surto de mortalidade foi associado à brusca variação térmica ocorrida na região no mês de setembro de 2005 com base nas evidências epidemiológicas, patológicas e na exclusão de outras causa de mortalidade que poderiam cursar com quadro clinico similar, como botulismo, descarga elétrica, intoxicação alimentar. Eventos bioquímicos devem ser investigados para esclarecer a patogenia dessas mortalidades. Acredita-se que além de melhorias no manejo alimentar a conservação de áreas de matas para abrigo de animais podem minimizar esse problema. Palavras-chave: inversão térmica, patologia de bovinos, epidemiologia. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 90 Título do trabalho: OCORRÊNCIA DE HIPOPLASIA DE OMASO EM BOVINOS NO ESTADO DE SANTA CATARINA. E-mail: [email protected] Eixo Temático: Clínica de pequenos e grandes Animais Autor: Fernando Henrique Furlan Instituição: Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC Observações: Algo Gava – UDESC; Joelma Lucioli – UDESC; Célso Pilati – UDESC; Ricardo Evandro Mendes – UDESC. Introdução: : Hipoplasia do omaso pode ocorrer durante o período de crescimento, pré ou pósnatal. Suas causas ainda não foram definidas, podendo ser por: defeitos genéticos, falha da embriogênese, ou mesmo certos agentes infecciosos ou tóxicos. A hipoplasia de omaso já foi citada por Nieberle & Cohrs (1970), Van Der Luer (1978) e Santos (1979). Geralmente encontrada em bovinos com crescimento retardado, magros e doentes. Objetivos : Descrever aspectos clínicos e lesionais observados em cinco bovinos com hipoplasia de omaso. Aplicabilidade dos Resultados : Registrar na literatura a ocorrência de Hipoplasia de omaso em bovinos, assim como orientar clínicos e patologiastas para o diagnóstico dasta doença. Material e Métodos : Cinco bovinos foram trazidos ao Laboratório de Patologia Animal para necropsia entre os anos de 1996 e 2006 para necropsia. Fragmentos dos órgãos foram colhidos, fixados em formol a 10% e processados rotineiramente para exame histológico. Resultados e Conclusões : Os cinco bovinos tinham idades que variavam entre 9 e 15 meses, sendo um deles da raça Normanda, um ½ sangue Charolês, dois ½ sangue Devon e o outro sem raça definida. O quadro clínico apresentado pelos animais iniciava-se no desmame e consistia de retardo do desenvolvimento, pelos arrepiados, timpanismo recidivante, com diarréia intermitente. O quadro era crônico e a condição corporal dos animais agravou-se progressivamente. Através de necropsia, a principal alteração encontrada foi atrofia de omaso, que nos cinco animais o tamanho variava entre 10 e 15 centímetros. As pregas omasais quando presentes eram pequenas medindo entre 1 e 5 centímetros. O rumem em todos os casos encontrava-se distendido, e em um bovino havia áreas depressivas na mucosa, indicativas de cicatrizes secundárias a ulceras. Na microscopia óptica, observou-se no omaso, principalmente atrofia das papilas, cuja mucosa era composta por uma camada de 2 a 4 células epiteliais e hipoceratinização. A hipoplasia de omaso ocorre com certa freqüência em bovinos e é responsável por produzir um quadro clínico caracterizado por pouco desenvolvimento corporal e timpanismo crônico. Esta manifestação de timpanismo ocorre rapidamente após a ingestão da alimentos sólidos e provavelmente deve-se a alterações do pH ruminal, devido a mistura entre o conteúdo do rúmen, omaso e abomaso. Palavras-chave: Hipoplasia, Omaso, Bovino. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 91 Título do trabalho : MORTALIDADE DE BOVINOS POR NEFROPATIA DA REGIÃO DE NOVA BRASILÂNDIA - MT E-mail: [email protected] Eixo Temático: Clínica de pequenos e grandes Animais Autor: Carlos Eduardo Pereira Instituição: Dpto. de Clinica Medica Veterinária, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, UFMT Observações: Dieneson Bourscheid, graduando em medicina veterinária-UFMT; Fabiana Marques Boabaid, graduanda em Medicina Veterinária-UFMT; Nádia Aline Bobbi Antoniasse, graduanda em Medicina Veterinária-UFMT; Liana Cristina de Moura Soares, graduanda em Medicina Veterinária-UFMT; Edson Moleta Colodel, Depto de Clínica Médica Veterinária, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária: Av. Fernando Correa da Costa s/nº, Cuiabá – MT; Luciano Nakazato, Depto de Clínica Médica Veterinária, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária: Av. Fernando Correa da Costa s/nº, Cuiabá – MT; Carlos Eduardo Pereira,Depto de Clínica Médica Veterinária, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária: Av. Fernando Correa da Costa s/nº, Cuiabá - MT. Daniele C. Borges, Médica Veterinária autônoma; Andre Mendes Resende Correia, Doutorando, Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinária, UFRGS, Porto Alegre, RS. Introdução: Grande amplitude dos casos de nefrose são causados por toxinas exógenas ou endógenas. No Brasil, em bovinos, são descritas nefropatias em bovinos relacionadas à ingestão de plantas como Thiloa glaucocarpa e Amaranthus sp. Alguns casos de nefropatia tóxica são descritas afetando bovinos sem que se tenha a etiologia definida. Objetivos : Descrever um surto de nefrose tóxica que acometeu bovinos, no período de novembro de 2003, no município de Nova Brasilândia/MT. Aplicabilidade dos Resultados : Material e Métodos : Os dados epidemiológicos e clínicos foram obtidos mediante visitas a propriedade, sendo que alguns animais afetados foram avaliados clinicamente, por exames post-mortem além de análises bioquímicas e microscópica. Resultados e Conclusões : De um lote com aproximadamente 2000 bovinos nelore e misto, criados em condições extensivas, 30 animais morreram , no período de novembro de 2003, durante as primeiras chuvas após longo curso de estiagem. Segundo informações os animais que adoeceram apresentavam sinais clínicos similares caracterizados por emagrecimento progressivo rápido, edema na região da barbela e períneo e morriam em torno de 20 a 30 dias após. Alguns apresentavam fezes aderidas na cauda com muco sanguinolento. Foram feitas coletas de sangue para perfil enzimático de 05 animais caquéticos, apresentando elevação significativa nos níveis séricos de uréia e creatinina e destes, dois foram necropsiados, sendo que as lesões envolviam edema e hemorragia perirenal, acúmulo de líquido no tórax e abdômen, edema de mesentério, múltiplas ulceras na cavidade oral, língua, esôfago, rúmen e abomaso. Na análise histológica verificou-se no rim necrose tubular tóxica, caracterizada por, vacuolização, necrose e desaparecimento do epitélio tubular e acúmulo de restos celulares amorfos na luz dos túbulos, entremeadas a material proteináceo hialinos. Nas investigações a campo não foram encontradas plantas comumente envolvidas em nefropatias, sendo a escassez de forragem muito marcante, com consumo de diversas plantas do cerrado em brotação nas áreas recém formadas. Plantas da área problema, com aparente consumo pelos bovinos, como a Waltheria communis e Curatella americana foram administradas por via oral na dose de 70g/kg..Conclusões: Apesar da caracterização clínica e morfológica da nefropatia neste surto de mortalidade não foi possível até o momento estabelecer a etiologia desta patologia. As principais dificuldades envolvem as características de algumas propriedades no S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” Estado de Mato Grosso, onde as pastagens são extensas e muito invadidas por vegetação nativa que são vastamente consumidas em situações de fome. As plantas experimentadas não reproduziram o quadro clínico. Investigações estão sendo conduzidas visando validação das causas desta nefropatia de provável origem fitógena. Palavras-chave: Nefrose, nefropatia e bovinos. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 92 Título do trabalho : RESULTADOS PRELIMINARES DO USO DO SUCO DE NIM(Azadiracha indica A de Jussieu)A 5% NA PREVENCAO E CONTROLE DE PARASITAS GASTRINTESTINAIS QUE ACOMETEM BEZERROS BUFALOS E-mail: [email protected] Eixo Temático: TERAPEUTICA ANIMAL Autor: Moreira, V. M. T. S.1; Bittencourt, R. H. F. P. M. 1; Benígno, R. N. M.1; Gouveia, I. M.2; Andrade, E. N. L2.; Cardoso, E. C. 1. Instituição: 1 Docentes - Instituto da Saúde e Produção Animal, Universidade Federal Rural da Amazônia: Av. Tancredo Neves, 2501 - Terra Firme - CEP 66.077-530 - Belém - Pará. Observações: Moreira, V. M. T. S.1; Bittencourt, R. H. F. P. M. 1; Benígno, R. N. M.1; Gouveia, I. M.2; Andrade, E. N. L2.; Cardoso, E. C. 1. Introdução: A Azadiracha indica A de Jussieu, conhecida popularmente por Nim, tem uma vasta aplicação na cura de enfermidades que acometem os humanos. Na pecuária brasileira, essa planta tem sido reportada como carrapaticida, bernicida e vermicida, sendo utilizado o suco de suas folhas no controle de infecções parasitárias Objetivos : Esta pequisa teve como objetivo avaliar a utilização do suco do Nim a 5% na dose de 10mL/38kg, VO, como preventivo e/ou curativo de parasitas gastrintestinais em bezerros búfalos. Aplicabilidade dos Resultados : PARA PREVENÇÃO E CONTROLE DE PARASITAS GASTRINTESTINAIS QUE ACOMETEM BEZERROS BÚFALOS (Bubalus bubalis, Lin.). Material e Métodos : Utilizou -se sete animais, pesando aos 15 dias de nascimento em média 34,428 kg. Amostras fecais foram colhidas diretamente do reto dos animais, acondicionadas em sacos plásticos, identificadas e processadas no Laboratório de Parasitologia do ISPA, utilizando-se as técnicas de McMaster (OPG) e de sedimentação simples, ao mesmo tempo em que recebiam o suco de nim. Tanto a colheita como a administração do suco de Nim foram realizadas aos 15, 30, 60 e 90 dias de idade, período em que os animais foram avaliados quanto a presença de parasitas gastrintestinais. Resultados e Conclusões : Em três animais o suco do Nim a 5% mostrou ação preventiva, já que, durante o período experimental os seus exames foram negativos. Aos 30 dias, um animal (07) apresentou infecção por Toxocara vitulorum (ovos freqüentes); aos 60 dias, o animal experimental nº 05 também apresentou infecção por T. vitulorum (ovos abundantes) associada a infecção pelo coccídio Eimeria spp.(oocistos freqüentes), e, aos 90 dias quatro animais estavam positivos, sendo um, o 05 com infecção por Strongyloides spp. (OPG=1750), três com infecção por T. vitulorum associada ou não ao coccídio Eimeria spp. Nestes, o T. vitulorum estava presente em infecção simples no animal 03 (ovos raros), e nos animais 04 e 07 (ovos raros) estava associada a infecção por Eimeria spp. (oocistos freqüentes). Estes resultados sugerem que o suco de Nim a 5% nas condições experimentais utilizadas, apresenta efetividade nas infecções por coccídios e nas infecções por T. vitulorum com baixa carga parasitária. Palavras-chave: Parasitas gastrintestinais, Azadiracha indica, Nim, Búfalos. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 93 Título do trabalho : ISOLAMENTO, IDENTIFICAÇÃO E TESTE DE SENSIBILIDADE AOS ANTIMICROBIANOS DE BACTÉRIAS ENCONTRADAS EM VACAS COM MASTITE SUBCLÍNICA NA ESCOLA AGROTÉCNICA FEDERAL DE CUIABÁ-MT E-mail: [email protected] Eixo Temático: Autor: Darci Lara Perecin Nociti Instituição: Universidade Federal do Mato Grosso - UFMT Observações: NOCITI, D. L. P.1; SCHMITT, A. C. .2 ; LEMOS, A. R. 2; MARTINS, E.B. P2.; MARQUES, R. P2; REVERDITO, R.3. 1 Docente CLIMEV/FAMEV/UFMT; Depto de Clínica Médica Veterinária, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária: Av. Fernando Corrêa s/n 78069-900, Cuiabá, MT, [email protected] 2 Médico (a) Veterinário (a); 3Graduando em Medicina Veterinária da UFMT. Introdução: A mastite caracteriza-se em um processo inflamatório da glândula mamária. Além da causa infecciosa há também outras causas como: traumática, metabólica, fisiológica (nos primeiros dias de lactação e na interrupção da mesma), alérgica e até mesmo psicológica, decorrente, por exemplo, da retenção de leite pela fêmea zebuína ou mestiça na ausência do bezerro (Costa, 1991). Entretanto, dentre todas as causas de mastite, a infecciosa é a mais importante por causar grandes prejuízos econômicos, e também por representar um risco potencial à saúde do consumidor por veicular agente etiológicos de zoonoses. Além disso, a mastite não é auto limitante, podendo evoluir para um quadro de septicemia, apresentando baixa porcentagem de cura espontânea (Costa, 1998). Philpot (1984) afirmou que para cada caso de mastite clínica, existem de 15 a 40 casos de mastite subclínicas. Objetivos: Avaliação microbiológica, identificação dos principais agentes microbianos causadores de mastite no rebanho leiteiro da ETF de Cuiabá e determinação da sensibilidade dos agentes isolados aos microbianos mais usados no tratamento de vacas com mastite. Aplicabilidade dos Resultados: Conhecer o estado sanitário do rebanho, o agente microbiano de maior ocorrência, sensibilidade desses microrganismos aos antimicrobianos e através desses dados utiliza-los na prevenção e tratamento dos animais acometidos. Material e Métodos: A pesquisa foi realizada em 40 vacas em lactação criadas em regime semiintensivo com sistema de ordenha mecânica, realizada duas vezes ao dia. A média de produção varia entre sete a doze litros de leite por vaca por dia. Como teste de triagem foi realizado o "Califórnia Mastit Test" (CMT). Os animais tiveram o leite coletado, dos respectivos quartos mamários, sendo a coleta feita em frasco estéril tomando-se todos os cuidados de assepsia, acondicionando-o em caixa isotérmica a aproximadamente 5ºC e levado ao laboratório de Microbiologia da FAMEV/UFMT para isolamento e identificação microbiana. No laboratório, cada amostra foi semeada em Agar Sangue e Agar Mac Conkey e incubadas em aerobiose a 37oC com a verificação do crescimento de colônias bacterianas em 48, 72 e 96 horas. Para a identificação da espécie bacteriana foram realizadas colorações de Gram, além de teste de sensibilidade do microrganismo aos antimicrobianos Resultados e Conclusões : Das quarenta vacas submetidas ao CMT, dezessete (42,5%) reagiram positivamente. Das dezessete positivas ao CMT, em nove (52%) houve crescimento bacteriano. Os microrganismos encontrados foram: Staphylococcus sp (38%); Micrococcus sp (25%); Acinetobacter sp (19%); Streptococcus sp (12%) e Corynebacterum sp (6%). No teste de sensibilidade, encontramos amostras resistentes a Penicilina, Oxociclina, Nitrofurantoína, Vaneomicina e Bacitracina; e amostras sensíveis ao Bacitracina, Eritromicina, Tetraciclina, Vaneomicina, Nitrofurantoína e Oxociclina. CONCLUSÕES: Staphylococcus sp foi o microrganismo encontrado em maior porcentagem, a sensibilidade do CMT em identificar S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” mastite subclínica nos quartos mamários produziu resultados falso-positivos em 48% das vacas estudadas para isolamento bacteriano. Palavras-chave: Mastite subclínica, CMT, Bactérias, Antimicrobianos. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 94 Título do trabalho : POLIENCEFALOMALACIA DIAGNOSTICADA DURANTE ESTUDOS DE DOENÇAS NEUROLÓGICAS EM BOVINOS NO ESTADO DE MATO GROSSO NO PERIÓDO DE ABRIL DE 2005 À MARÇO DE 2006 E-mail: [email protected] Eixo Temático: Clínica de pequenos e grandes Animais Autor: Dieneson Bourscheid Instituição: Depto. de Clínica Médica Veterinária, FAMEV/UFMT Observações: Fabiana Marques Boabaid, Graduação em Medicina Veterinária- UFMT. Nádia Aline Bobbi Antoniassi, Graduação em Medicina Veterinária – UFMT; Liana Cristina de Moura Soares, Graduação em Medicina Veterinária - UFMT; Francisca Teresa Sousa, Laboratório de Apoio a Saúde Animal (LASA-INDEA-MT) Av. Jurumirim s/n - Planalto - Complexo do INDEA - Cuiabá, MT; Giovana Campos de Almeida, Laboratório de Apoio a Saúde Animal (LASA-INDEA-MT) Av. Jurumirim s/n - Planalto - Complexo do INDEA - Cuiabá, MT; Edson Moleta Colodel, Depto. de Clínica Médica Veterinária, FAMEV/UFMT. Av. Fernando Corrêa s/n 78069-900, Cuiabá, MT; Luciano Nakazato, Depto. de Clínica Médica Veterinária, FAMEV/UFMT. Av. Fernando Corrêa s/n 78069-900, Cuiabá, MT.. Introdução: A Polioencefalomalacia (PEM) ou necrose cerebrocortical são termos patológicos utilizados para descrever necrose da substância cinzenta do córtex cerebral. A etiologia da PEM não está esclarecida, acredita-se em distúrbios do metabolismo de tiamina, intoxicação por cloreto de sódio/privação hídrica e intoxicação por enxofre pode estar envolvida. Objetivos : Descrever a dados epidemiológicos, sinais clínicos e alterações patológicas de 7 casos de PEM diagnosticados pelo Laboratório de Patologia Veterinária-UFMT (LPV-UFMT) durante levantamento patológico de doenças que afetam o SNC de bovinos. Aplicabilidade dos Resultados : Material e Métodos : Informações epidemiológicas, clínicas, patológicas e SNC que fizeram parte deste estudo foram obtidas durante necropsias de bovinos no LPV-UFMT e encaminhadas por veterinários ao mesmo, ou pelo LASA-INDEA-MT. Para exame histológico 5 fragmentos de encéfalo incluindo córtex cerebral sob o corpo estriado e tálamo, mesencéfalo, cerebelo e medula oblonga sob o óbex foram rotineiramente processadas, cortadas em 5mm, coradas pela técnica de HE e analisados por microscopia ótica. Resultados e Conclusões : De 144 amostras, 7 casos tinham lesões caracterizadas como PEM. Os casos ocorreram em 7 diferentes municípios de Mato Grosso, não foi notado sazonalidade. Foram afetados bovinos de 1 a 3 anos sendo 3 machos e 4 fêmeas, na qual 5 eram da raça nelore e 2 eram de raça mista. Os principais sinais clínicos observados foram incoordenação motora, cegueira, nistagno, ataxia, paralisia de membros posteriores, opistótono, movimentos de pedalagem e morte. A evolução dos casos variou de 2 a 4 dias. Os achados macroscópicos durante as necropsias não foram significativos. Em um dos casos notou-se coloração difusamente amarelada na superfície do córtex cerebral que ao corte estava finamente granular e por vezes com linha de separação entre córtex e substância branca. Histologicamente, as lesões consistiam em vacuolização moderada de camadas corticais cerebrais profundas, eosinofilia neuronal cortical difusa e infiltrado perivascular mononuclear com células Gitter. A PEM representou 4,86% dos casos de enfermidades de bovinos diagnosticadas pelo LPV-UFMT e deve ser considerada no diagnóstico de enfermidades de bovinos que cursa com sinais clínicos nervosos. O diagnóstico diferencial deve levar em conta outras doenças como o botulismo, raiva, e meningoencefalite por herpesvírus bovino tipo 5 (HVB-5). Uma vez que a etiopatogenia não está devidamente esclarecida, as medidas de controle e prevenção ficam prejudicadas. Deve-se ter cuidado com alterações do manejo, como privação de água e alimentos em animais transportados que também são incriminadas como causa da PEM. Palavras-chave: Polioencefalomalacia, necrose cerebrocortical e bovino. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 95 Título do trabalho : ASPECTOS CLÍNICOS E PATOLÓGICOS DA CALCINOSE ENZOÓTICA DE ETIOLOGIA DESCONHECIDA EM REBANHOS DE OVINOS NO ESTADO DE MATO GROSSO E-mail: [email protected] Eixo Temático: Clínica de pequenos e grandes Animais Autor: Fabiana Marques Boabaid Instituição: Depto. de Clínica Médica Veterinária, FAMEV/UFMT Observações: Dieneson Bourscheid,Graduação em Medicina Veterinária- UFMT; Nádia Aline Bobbi Antoniassi, Graduação em Medicina Veterinária- UFMT; Liana Cristina de Moura Soares, Graduação em Medicina Veterinária- UFMT; Edson Moleta Colodel, Depto. de Clínica Médica Veterinária, FAMEV/UFMT. Av. Fernando Corrêa s/n 78069-900, Cuiabá, MT; Luciano Nakazato, Depto. de Clínica Médica Veterinária, FAMEV/UFMT. Av. Fernando Corrêa s/n 78069-900, Cuiabá, MT; Carlos Eduardo P. dos Santos, Depto. de Clínica Médica Veterinária, FAMEV/UFMT. Av. Fernando Corrêa s/n 78069-900, Cuiabá, MT. Introdução: A calcinose enzoótica, doença com quadro de calcificação sistêmica, já foi relatada em diversas regiões associada ao consumo de plantas. No Brasil já foram encontradas a Nierembergia veitchii acometendo ovinos no Rio Grande do Sul e a Solanum malacoxylon que é responsável pelo "espichamento" em bovinos no Pantanal do Mato Grosso. O princípio ativo da S. malacoxylon é atribuído a um glicosídeo com atividade análoga ao metabólito da vitamina D3, levando a um quadro de calcificação disseminada dos tecidos moles. Objetivos : Descrever os aspectos ambientais, clínicos e patológicos da calcinose enzoótica que acomete ovinos criados extensivamente em áreas de cerrado no Estado de Mato Grosso. Aplicabilidade dos Resultados : Material e Métodos : O Laboratório de Patologia Veterinária da UFMT acompanha, em duas propriedades nos municípios de Poconé e de Nova Brasilândia, o quadro clínico e patológico da calcinose enzoótica em ovinos da raça Santa Inês, criados extensivamente. O histórico foi obtido junto aos proprietários. Foram necropsiados 6 animais e fragmentos de vísceras foram encaminhadas para exame histopatológico. Plantas com evidência de consumo e que predominavam nos piquetes, como Sida spinosa, S. cerradensis, Mimosa hirsutissima, M. pellita, Desmodium barbatium, Bawhinia acuminata, Annona dióica, foram administradas na dose de 20g/kg por 30 dias para ovinos diferentes e à vontade (dose média diária 25 g/kg) para coelhos. Ao final do experimento os animais foram eutanasiados e necropsiados. Resultados e Conclusões : Nas duas propriedades os ovinos recebem sal mineral adequado e água de açude de boa qualidade. A doença é observada anualmente após o início do período de chuvas. A morbidade chega a 25% e a letalidade está próxima de 90%. Os ovinos afetados apresentam quadro de emagrecimento progressivo, andar rígido, arritmias cardíacas e respiratórias, dificuldade para voltar à estação quando em decúbito e morte. Por vezes são descritas mortes súbitas. Na necropsia há mineralização difusa, principalmente na parede da aorta, na medula do rim, nos tendões e no músculo. No pulmão há calcificação multifocal com metaplasia óssea, no coração calcificação da válvula mitral e endocárdio atrial e ventricular esquerdo. Nas duas propriedades não foram encontradas plantas conhecidas como causadoras de calcinose. Experimentalmente não foi reproduzido o quadro de calcinose com as plantas ofertadas aos ovinos e coelhos. O diagnóstico da intoxicação por planta calcinogênica fundamentou-se nos achados clínicos, epidemiológicos e patológicos nas duas propriedades estudadas. O aparecimento de casos em áreas que não fazem parte do pantanal e a sazonalidade, vem reforçar a idéia de que uma planta calcinogênica desconhecida seja responsável por esta patologia. Novos experimentos continuam sendo executados com o intuito de elucidar a etiologia destes casos de calcinose enzoótica. Palavras-chave: Calcinose enzoótica, calcificação metastática, plantas calcinogênicas. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 96 Título do trabalho : MENINGOENCEFALITE EM BOVINOS RELACIONADO AO HERPESVIRUS BOVINO DIAGNOSTICADA DURANTE ESTUDOS DE DOENÇAS NEUROLÓGICAS EM BOVINOS NO ESTADO DE MATO GROSSO NO PERIÓDO DE ABRIL DE 2005 À MARÇO DE 2006 E-mail: [email protected] Eixo Temático: Clínica de pequenos e grandes Animais Autor: Nadia Aline Bobbi Antoniassi Instituição: Dpto. De Clinica Medica Veterinária, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, UFMT, Observações: Dieneson Bourscheid,Graduação em Medicina Veterinária- UFMT; Fabiana Marques Boabaid, Graduação em Medicina Veterinária- UFMT; Liana Cristina de Moura Soares, Graduação em Medicina Veterinária- UFMT; Frascisca Teresa Sousa, Laboratório de Apoio a Saúde Animal (LASA-INDEA-MT) Av. Jurumirim s/n - Planalto - Complexo do INDEA Cuiabá, MT; Giovana Campos de Almeida, Laboratório de Apoio a Saúde Animal (LASAINDEA-MT) Av. Jurumirim s/n - Planalto - Complexo do INDEA - Cuiabá, MT; Luciano Nakazato, Depto. de Clínica Médica Veterinária, FAMEV/UFMT. Av. Fernando Corrêa s/n 78069-900, Cuiabá, MT; Edson Moleta Colodel, Depto. de Clínica Médica Veterinária, FAMEV/UFMT. Av. Fernando Corrêa s/n 78069-900, Cuiabá, MT. Introdução: O herpesvírus bovino tipo 5 (BHV-5) é um alfaherpesvírus, causador de meningoencefalite em bovinos. Doença geralmente fatal com sinais neurológicos e que afeta principalmente bovinos jovens. Histologicamente no encéfalo associado à infecção pelo BHV-5, há reação inflamatória não purulenta, áreas de necrose, podendo ocorrer inclusões virais eosinofílicas em astrócitos e neurônios. A doença é normalmente esporádica, por vezes ocorrem surtos com morbidade baixa e alta letalidade. Objetivos : Relatar os aspectos clínicos e patológicos de 14 casos de meningoencefalite associado à infecção por BHV-5 em amostras de encéfalo de bovinos encaminhadas para o Laboratório de Patologia Veterinária da UFMT (LPV-UFMT) no período de janeiro de 2005 á fevereiro de 2006, Aplicabilidade dos Resultados : Material e Métodos : Foram encaminhadas 134 amostras de encéfalos bovinos do LASA/INDEA-MT ou por veterinários para LPV-UFMT para exame histológico. O histórico clínico foi fornecido pelo proprietário ou veterinários. Todas as amostras foram rotineiramente submetidas ao diagnóstico de Raiva no LASA/INDEA-MT. Para exames histológicos o encéfalo foi fixado em formol 10%. Secções de medula oblonga sobre o óbex, cerebelo, córtex cerebral, e corpo estriado foram rotineiramente processados, corados pela técnica de H.E. e analisados em microscopia ótica. Resultados e Conclusões : Quatorze casos, das 134 amostras, tinham no estudo histológico do encéfalo, meningoencefalite necrosante que foi associada a infecção pelo BHV-5. As amostras foram oriundas de treze diferentes municípios. Foram acometidos bovinos de 2 á 24 meses de idade. Os principais sinais clínicos descritos foram alterações neurológicas como anorexia, sialorréia, febre, diminuição do tônus lingual, andar em círculos, mioclonia de músculos faciais, paresia de membros posteriores, incoordenação, ataxia, tremores, opistótono, nistagmo, cegueira, opacidade de córnea, decúbito lateral com movimentos de pedalagem e morte. A evolução clínica, variou em torno de 02 á 10 dias. Na necropsia ausência de alterações significativas, foi o relato mais comum. Os principais achados microscópicos foram, infiltrado inflamatório, principalmente mononuclear, perivascular e meningeano, em córtex cerebral, medula oblonga, e cerebelo, corpúsculos de inclusão eosinofílicos intranucleares em S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” astrócitos e neurônios e áreas multifocais de malácia principalmente em córtex cerebral. Os casos de meningoencefalite em bovinos associados ao herpesvírus representam 10,4% dos casos de encefalopatias em ruminantes analisados no LPV-UFMT em Mato grosso. Estes dados demonstram a importância desta doença para bovinos no Estado portanto em casos de doenças com sinais clínicos neurológicos a possibilidade de infecção pelo BHV-5 deva ser considerada. O diagnóstico diferencial deve incluir principalmente enfermidades como raiva, polioencefalomalacia, listeriose, febre catarral maligna Palavras-chave: Herpesvírus Bovino, Meningoencefalite necrosante, BHV-5, encefalite herpética. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 97 TÍTULO DO TRABALHO: MIOPATIA TÓXICA EM BOVINOS A CAMPO NO MUNICÍPIO DE CUIABÁ, MT ASSOCIADA AO CONSUMO DE SENNA SP (LEG. CAESALPINOIDEAE). E-mail: [email protected] Eixo Temático: Clínica de pequenos e grandes Animais Autor: Carlos Eduardo Pereira dos Santos Instituição: Departamento de Clínica Médica Veterinária, FAMEV/UFMT Observações: Borges, D. C.², Hofmeister, K.S¹; Mutzenberg, E.R.¹; Ferreira, E.V.¹; Nakazato, L.³; Colodel, E.M.³; 1- Graduação em Mediciana Veterinária, FAMEV/UFMT; 2- Médico Veterinário Autônomo; 3- Depto de Clínica Médica Veterinária, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária: Av. Fernando Correa da Costa s/nº, Cuiabá – MT. Introdução: A ingestão de Cassia occidentalis (=Senna occidentalis) planta herbácea, anual, da família Caesalpinoideae, conhecida como "fedegoso", induz em algumas espécies animais quadros de intoxicação caracterizados por miopatias ou cardiomiopatias degenerativas. Casos espontâneos de intoxicação têm sido descritos em bovinos, principalmente na época de escassez de pastagem, em situação de invasão maciça e quando a forragem está seca, por apresentar maior palatabilidade. Experimentalmente a toxicidade foi descrita em diversas espécies, sendo que todas as partes da planta são tóxica, especialmente as sementes. Outras espécies de Cassia são suspeitas de causar miopatias em bovino Objetivos : Descrever um surto de intoxicação espontânea por Cassia sp. em bovinos de corte na região de Cuiabá, MT Aplicabilidade dos Resultados : Material e Métodos : Os dados epidemiológicos e clínicos foram obtidos mediante visitas a propriedade. Foi analisada a atividade sérica de enzimas de função muscular. Dois bovinos afetados foram avaliados clinicamente e posterirmente necropsiados. Amostras de vísceras foram coletadas para exame histologico. Resultados e Conclusões : De um lote com aproximadamente 300 bovinos cruzados (Limousin e Angus) criados em condições extensivas, 3 adoeceram em intervalo de dois dias após serem introduzidos em piquete invadido por Cássia. Esta planta estava intensamente consumida em algumas áreas. Dos bovinos que adoeceram, dois com 18 meses de idade, foram clinicamente avaliados. Os bovinos ficavam em decúbito abdominal, alerta e com quadro de tetraparesia flácida com sensibilidade a dor. A bioquímica sangüínea revelou expressivo aumento das enzimas CPK e LDH. Ambos foram eutanasiados. Na necropsia havia lesões na musculatura dos membros posteriores, que apresentavam áreas pálidas e amareladas em alguns segmentos. Não foi notado alteração de coloração da urina. Microscopicamente principalmente nas áreas pálidas do músculo esquelético havia variáveis graus de necrose hialina e flocular. Não foram encontradas lesões em outros órgãos. O quadro clínico, epidemiológico, achados de necropsia, histopatologia e perfil enzimático foram compatíveis com intoxicação por Cassia sp. Ressalte-se da importância da investigação a campo, principalmente acerca da epidemiologia, visando diagnóstico diferencial de paresias/paralisias em bovinos, com envio de materiais ao laboratório pertinentes a suspeita clínica, incrementando padrões de diagnóstico em animais de produção. Palavras-chave: Cassia sp, miopatia nutricional, planta tóxica, necrose muscular, patologia de bovinos. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 98 Título do trabalho : VARIÁVEIS HEMOGASOMÉTRICAS DE EQÜINOS DESTREINADOS SUBMETIDOS A EXERCÍCIO SUBMÁXIMO EM ESTEIRA ROLANTE E-mail: [email protected] Eixo Temático: Clínica de Grandes Animais Autor: Marco Augusto Giannoccaroda Silva Instituição: UNESP - JABOTICABAL Observações: Carla Braga Martins; Lina Maria Wehrle Gomide; Raquel Mincareli Albernaz; Gesiane Ribeiro; Cesar Andrey Galindo Orozco; Fabiana Garcia Christovão; Flora Helena de Freitas D\'Angelis; Eduardo Villela Vilaça Freitas; José Corrêa de Lacerda Neto. Introdução: Durante exercício submáximo caracterizado por longa duração e baixa intensidade, como as provas de enduro, a elevada produção de calor provoca a ativação de mecanismos fisiológicos para sua dissipação, dos quais a hiperventilação pulmonar e a sudação são os mais importantes, sendo que, a sudorese agrega maiores perdas de eletrólitos. Apesar de numerosos fatores contribuírem para o desenvolvimento de fadiga, o principal desafio para um desempenho constante durante exercício prolongado de resistência, é o progressivo esgotamento do fluido corpóreo e eletrólitos pelo suor. Os eqüinos perdem através da sudação quantidades significativas de eletrólitos, especialmente o cloro. A saída de cloro estimula a mobilização de íons bicarbonato na tentativa de manter a eletronegatividade do meio, como um mecanismo compensatório à perda de cloro. Além disso, outras variáveis hemogasométricas, tais como pHv, PvCO2, PvO2, excesso de base e anion gap, podem se alterar em decorrência das elevadas necessidades do tecido muscular, fornecendo importantes informações sobre o status cardiopulmonar do animal. Objetivos : Avaliar as possíveis alterações venosas nos gases sangüíneos, hemoglobina e hematócrito de eqüinos destreinados submetidos a exercício submáximo em esteira rolante. Aplicabilidade dos Resultados : Os resultados deste estudo poderão ser utilizados por Médicos Veterinários a campo e para pesquisas futuras, pois nos fornece dados importantes sobre a capacidade atlética do animal e o melhor entendimento da fisiologia eqüina durante atividade física. Material e Métodos : Foram utilizados onze eqüinos da raça Puro Sangue Árabe, machos e fêmeas, os quais passaram por um período prévio de três dias de adaptação à esteira rolante e em seguida realizaram um exercício teste (ET) onde as velocidades e tempos utilizados foram os seguintes: 5 min a 2 m/s; 10 min a 3 m/s; 10 min a 5 m/s; 10 min a 4 m/s; 5 min a 2 m/s; 5 min a 4 m/s; 10 min a 3 m/s e 5 min a 5 m/s, totalizando 60 minutos. As colheitas de amostras foram realizadas com os animais em repouso, imediatamente e 30 minutos após o término do exercício através de venopunção jugular. O processamento das amostras foi realizado em um analisador de gases, eletrólitos e hemoglobina total, OMNI C - Roche, determinando-se a pressão parcial de dióxido de carbono (PvCO2), pressão parcial de oxigênio (PvO2), pH sanguíneo (pHv), bicarbonato (HCO3), hemoglobina total (Hb), hematócrito (Ht), ânion gap (AG) e excesso de base (EB). Os valores obtidos foram submetidos à análise estatística pelo programa computacional SAS (Statistical Analysis System). Foi realizada a análise de variância (ANOVA), e as comparações das médias obtidas para as diferentes características estudadas foram feitas pelo teste Tukey ao nível de 5% de probabilidade (p<0,05). Resultados e Conclusões : RESULTADOS: Neste estudo, a análise dos gases sangüíneos revelou um pHv sangüíneo de 7,46 logo após o término do exercício, não sendo observado qualquer alteração nas concentrações de HCO3. Significativo aumento foi observado com relação ao PvO2 e excesso de base. CONCLUSÕES: Apesar de a literatura citar a estreita relação existente entre a concentração sangüínea de HCO3 e o pH, em nosso estudo não encontramos alterações nas concentrações de HCO3 embora o pH tenha sofrido alteração S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” significativa. Ainda, sendo o evento primário da alcalose metabólica o aumento nas concentrações de HCO3, podemos portanto afirmar baseados nos dados deste trabalho, que os animais não apresentaram quadro de alcalose metabólica como descrita e caracterizada por muitos autores em cavalos realizando exercício submáximo. Palavras-chave: gases sangüíneos, alcalose metabólica, exercício aeróbios, eqüinos. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 99 Título do trabalho : HEMOGASOMETRIA VENOSA DE EQÜINOS DESTREINADOS SUBMETIDOS A EXERCÍCIO MÁXIMO EM ESTEIRA ROLANTE E-mail: [email protected] Eixo Temático: Clínica Médica de Grandes Animais Autor: Marco Augusto Giannoccaro da Silva Instituição: UNESP-JABOTICABAL Observações: Carla Braga Martins-00424328712; Lina Maria Wehrle Gomide; Raquel Mincareli Albernaz; Gesiane Ribeiro; Cesar Andrey Galindo Orozco; Fabiana Garcia Christovão; Flora Helena de Freitas D\'Angelis; Eduardo Villela Vilaça Freitas; José Corrêa de Lacerda Neto. Introdução: Embora existam inúmeros estudos sobre as alterações fisiológicas que ocorrem nos animais durante a atividade física e trabalhos científicos que abordam especificamente algumas das respostas bioquímicas, sangüíneas e da homeostasia de gases e eletrólitos, poucas pesquisas tem sido realizadas abrangendo conjuntamente essas variáveis. A manutenção dos componentes físicos e químicos do organismo dentro de uma estreita faixa de valores, mesmo quando ocorrem modificações acentuadas no ambiente externo, é denominada homeostasia. Eventualmente, estas variáveis sofrem alterações provocadas por condições como calor, frio e jejum, mas, certamente, é o exercício o principal modificador de tais componentes. Objetivos : Determinar a concentração venosa dos índices hemogasométricos, hemoglobina e hematócrito de eqüinos destreinados submetidos a exercício máximo em esteira rolante. Aplicabilidade dos Resultados : Os resultados deste estudo poderão ser utilizados por Médicos Veterinários a campo e para pesquisas futuras, pois nos fornece dados importantes sobre a capacidade atlética do animal e o melhor entendimento da fisiologia eqüina durante atividade física Material e Métodos : Foram utilizados onze eqüinos da raça Puro Sangue Árabe, machos e fêmeas, com aproximadamente 30 meses de idade. Os animais passaram por um período prévio de três dias de adaptação à esteira rolante e após mostrarem-se adaptados foi realizado um exercício teste (ET) onde as velocidades e tempos utilizados foram os seguintes: 2 min à 2m/s; 2 min a 4m/s; 2 min a 6m/s; 2 min à 8m/s com 3% de inclinação; 2 min a 10 m/s com 3 % de inclinação e 1 min à 12m/s, num total de 11 minutos. As colheitas de amostras foram realizadas com os animais em repouso, imediatamente e 30 minutos após o término do exercício através de venopunção jugular. O processamento das amostras foi realizado em um analisador de gases, eletrólitos e hemoglobina total, OMNI C - Roche, determinando-se a pressão parcial de dióxido de carbono (PvCO2), pressão parcial de oxigênio (PvO2), pH sanguíneo (pHv), hemoglobina total (Hb), saturação de oxigênio (SatvO2), hematócrito (Ht), osmolalidade (Osm), ânion gap (AG) e excesso de base (EB). Os valores obtidos foram submetidos à análise estatística pelo programa computacional SAS (Statistical Analysis System). Foi realizada a análise de variância (ANOVA), e as comparações das médias obtidas para as diferentes características estudadas foram feitas pelo teste Tukey ao nível de 5% de probabilidade (p< 0,05). Resultados e Conclusões : RESULTADOS: O pH do sangue venoso usualmente é considerado normal entre 7,32 e 7,42. Neste estudo, a análise dos gases sangüíneos revelou um pHv sangüíneo de 7,39 logo após o término do exercício. Grande e significativo decréscimo foi observado com relação ao íon bicarbonato, PvCO2 e excesso de base, que se somando aos valores obtidos de pHv, sugerem um processo de acidose metabólica. Já para o AG verificou-se um aumento significativo logo após o término do exercício. Observa-se ainda, com relação ao pH, PvCO2, HCO3-e excesso de base que estes tenderam ao restabelecimento 30 minutos após o cessar da atividade física. CONCLUSÕES: considerando os dados deste S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” estudo conclui-se que o uso da hemogasometria venosa é um ótimo modelo na análise das alterações do equilíbrio ácido-base em eqüinos atletas e que o exercício de característica máxima resulta em marcante alteração nas tensões dos gases sanguíneos e pH associada à acidose metabólica. Palavras-chave: gases sangüíneos, acidose metabólica, exercício anaeróbios, eqüinos. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 100 Título do trabalho : DETERMINAÇÃO DE ELETRÓLITOS E OSMOLALIDADE EM EQÜINOS SUBMETIDOS A PROVA DE ENDURO DE 40 km E-mail: [email protected] Eixo Temático: Clínica Médica de Grandes Animais Autor: Thiago Horwath Instituição: UNESP - JABOTICABAL Observações: Julhiano Baldan Rossini; Alessandra do Carmo; Marco Augusto Giannoccaro da Silva; Lina Maria Wehrle Gomide; José Corrêa de Lacerda Neto. Introdução: Os enduros se caracterizam pelo desenvolvimento de exercício muscular em velocidade moderada durante períodos prolongados de tempo. Apesar de numerosos fatores contribuírem para o desenvolvimento de fadiga, o principal desafio para um desempenho constante durante exercício prolongado de resistência, é o progressivo esgotamento do fluido corpóreo e eletrólitos pelo suor. Perdas marcantes de água, sódio, cloro, potássio e cálcio ocorrem no plasma e compartimentos extracelulares durante o exercício prolongado, sendo que a maior parte destas perdas se dá no início do exercício. Objetivos : Avaliar as modificações que ocorrem nas concentrações dos eletrólitos sanguíneos venosos, bem como na osmolalidade, em animais submetidos á prova de longa distância. Aplicabilidade dos Resultados : Os resultados deste estudo poderão ser utilizados por Médicos Veterinários a campo e para pesquisas futuras, pois nos fornecem dados importantes sobre a capacidade atlética do animal e o melhor entendimento da fisiologia equina durante atividade física. Material e Métodos : Foram utilizados oito eqüinos da raça Árabe, com sete anos de idade e 380 kg de peso médios. Os animais foram previamente treinados durante 12 semanas, realizando-se ao final deste período uma prova de enduro eqüestre. A velocidade média em prova foi de 13,5 km/h num trajeto de aproximadamente 40 km de distância, dividido em dois segmentos (anéis) de 26,4 e 13,6 km, respectivamente. Foram realizadas coletas de sangue por meio de venopunção jugular com os animais em repouso, imediatamente após o término de cada anel e 30 minutos após o término da prova. O processamento das amostras foi realizado em analisador de gases, eletrólitos e hemoglobina total, OMNI C - Roche, determinando-se as concentrações de sódio (Na+), potássio (K+), cloro (Cl-) e osmolalidade (Osm). Os valores obtidos foram submetidos à análise estatística pelo programa computacional Sigma Plot, comparando-se as médias obtidas para as diferentes características estudadas nos grupos experimentais, através do teste t pareado, ao nível de 5% de probabilidade (P<0,05). Resultados e Conclusões : RESULTADOS: No transcorrer da competição houve aumento significativo nas concentrações sangüíneas de Na+ entre o momento da largada e o final do primeiro anel, mantendo-se a partir de então inalterados. Em relação ao potássio K+, foi observada diminuição significativa entre a largada e o final do segundo anel, acentuando-se após 30 minutos de repouso. Quanto à concentração do ânion Cl-, diminuição significativa foi determinada ao final da segunda etapa da prova, mantendo-se em valores constantes, porém baixos até completar 30 minutos de recuperação. No que se refere a osmolalidade, foi observado aumento significativo no intervalo entre a largada e o final do primeiro anel, mantendo-se, a partir de então, constante, porém não mais significativo, até o final da prova, quando retornou ao valor basal. CONCLUSÕES: As diminuições de K+ e Cl- estão associadas à elevada produção de suor ocorrida no transcorrer da prova de enduro como forma de dissipação de calor, uma vez que o suor de eqüinos contém elevadas concentrações destes elementos. O aumento na concentração de Na+ foi relacionado à perda de água por meio da sudação e pela ativação de mecanismos renais de reabsorção de Na+. O aumento da Osm está diretamente associado à elevação da concentração de Na+, visto ser este cátion o principal regulador da osmolalidade sangüínea. Palavras-chave: equilíbrio hidroeletrolítico, eletrólitos, eqüinos, exercício aeróbio. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 101 Título do trabalho : HEMOGASOMETRIA DE EQÜINOS SUBMETIDOS À PROVA DE ENDURO DE 40 km E-mail: [email protected] Eixo Temático: Clínica Médica de Grandes Animais Autor: Thiago Provasi Scaramuza Instituição: UNESP-JABOTICABAL Observações: Miguel Frederico Fernandez Alarcon; Marco Augusto Giannoccaro da Silva; Raquel Mincareli Albernaz; Fabiana Garcia Christovão; Nara Saraiva Bernardi; Jóse Corrêa de Lacerda Neto. Introdução: Os enduros se caracterizam pelo desenvolvimento de exercício muscular durante períodos prolongados de tempo. Durante estes eventos, a falta de informação e preparo têm levado ao cometimento de alguns excessos, levando alguns animais à exaustão ou outros problemas clínicos. A adequada homeostase das trocas fisiológicas, induzidas por este tipo de estresse, constitui a base para alcançar uma boa posição de chegada associada ao menor desgaste físico do cavalo. Objetivos : Avaliar as alterações de gases sangüíneos venosos em eqüinos previamente treinados, submetidos a exercício de longa duração. Aplicabilidade dos Resultados : Os resultados deste estudo poderão ser utilizados por Médicos Veterinários a campo e para estudos futuros, pois nos fornecem dados importantes sobre a capacidade atlética do animal e o melhor entendimento da fisiologia equina durante atividade física. Material e Métodos : Foram utilizados oito eqüinos da raça Puro Sangue Árabe com aproximadamente sete anos de idade e peso médio de 380 kg. Os animais passaram por um programa de treinamento constituído de duas etapas com seis semanas de duração cada, sendo que ao final deste período foi realizada uma prova de enduro eqüestre, onde os animais percorreram um trajeto de 40 km, dividido em duas etapas (anéis) de 26,4 e 13,6 km, respectivamente, à velocidade média de 13,5 km/h. As colheitas de amostras sangüíneas foram realizadas com os animais em repouso, imediatamente após o término de cada anel e 30 minutos após o término da prova, através de venopunção jugular. O processamento das amostras foi realizado em um analisador de gases, eletrólitos e hemoglobina total, OMNI C Roche, determinando-se a pressão parcial de dióxido de carbono no sangue venoso (PvCO2), pressão parcial de oxigênio no sangue venoso (PvO2), pH sanguíneo venoso (pHv), excesso de base (EB), concentrações de ânion gap (AG) e de bicarbonato (HCO3). Os valores obtidos foram submetidos à análise estatística pelo programa computacional Sigma Plot. Foram realizadas as análises de variância (ANOVA) e as comparações das médias obtidas para as diferentes características estudadas nos grupos experimentais, feitas pelo teste t pareado, ao nível de 5% de probabilidade (P<0,05). Resultados e Conclusões : Aumento significativo do pH foi observado no período entre a largada e as etapas inicial e final da prova de resistência. Relativamente ao HCO3, aumento significante foi observado apenas ao final do segundo anel. A PvO2 não apresentou diferenças significativas nos períodos avaliados. A PvCO2 apresentou diminuição significativa ao término do primeiro, bem como após o segundo anel. Para o EB observaram-se aumentos significativos ao final tanto do primeiro como do segundo anel. O AG apresentou aumento significativo após o término do segundo anel mantendo-se constantes até 30 minutos após o término da prova. CONCLUSÕES: Com base nos resultados obtidos, pode ser dito que a avaliação de componentes ligados ao equilíbrio ácido-base sangüíneo durante e após prova de enduro, fornece dados importantes sobre a condição e a capacidade atlética do animal e mostra ainda a eficiência dos mecanismos homeostáticos durante exercícios de longa duração. A tendência S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” ao desenvolvimento de quadro de alcalose metabólica foi associada a elevações do pH e da concentração de HCO3, além de aumento no excesso de base, registrados neste estudo. Uma tendência ao desequilíbrio ácido-base misto também foi detectada, estando esta associada ao desenvolvimento concomitante de alcalose respiratória. Esta última condição caracterizou-se pela diminuição da PCO2, ocasionada pelo aumento da ventilação pulmonar que ocorre como mecanismo termorregulatório compensatório. Palavras-chave: alcalose metabólica e respiratória, gases sangüíneos, eqüinos, exercício aeróbio. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 102 Título do trabalho: EFICIÊNCIA DO USO DE ALGAS MARINHAS NO TRATAMENTO DA PAPILOMATOSE BOVINA DO TIPO PEDUNCULADO E PLANO E-mail: luannaqsoaresbol.com.br Eixo Temático: papilomatose bovina Autor: Luanna Queiroz Soares Instituição: UFG Observações: Ester Ferreira Campos- UFG; Michele Moraes- UFG; Tatiane Fernandes Carvalho- UFG; Thays do Nascimento- UFG; Lilian Nery de Assis- UFG; Larissa Assis LimaUFG;Cecilia Nunes Moreiira Sandrini- UFG; Carla Afonso Silva Bintecourt Braga- UFG Introdução: INTRODUÇÃO: A papilomatose é uma doença infecciosa e tem como agente causal um vírus, DNA fita dupla, que induz nas células epiteliais modificações de caráter proliferativo, resultando em neoplasias benignas na pele e em mucosas. Vários tratamentos são propostos, como medicamentoso, cirúrgico, autohemoterapia e homeopatia Objetivos : O objetivo deste trabalho foi propor um tratamento alternativo da papilomatose bovina com uso de produto à base de algas marinhas adicionada a ração Aplicabilidade dos Resultados : Material e Métodos : Para a realização deste trabalho foram utilizados 37 animais, onde 25 apresentavam papiloma do tipo plano (Grupo I) e 12 do tipo pedunculado (Grupo II). Os dois grupos apresentavam animais jovens e adultos assim como machos e fêmeas. Ao exame físico os animais apresentavam-se com aspecto saudável e os papilomas acometiam principalmente as regiões do pescoço, cabeça, barbela e ubere. Foi administrado diariamente para os animais 50 gr do produto misturado em 1 kg de ração durante cinco meses para o Grupo I, e para o Grupo II o tratamento foi de doze meses, sendo que a dosagem inicial foi igual a do Grupo I. Entretanto, como não estava havendo resposta clínica nos animais do Grupo II com a dosagem inicial, foi necessário aumentar a dosagem para 100 gr no oitavo mês, e 150 gr Para a realização deste trabalho foram utilizados 37 animais, onde 25 apresentavam papiloma do tipo plano (Grupo I) e 12 do tipo pedunculado (Grupo II). Os dois grupos apresentavam animais jovens e adultos assim como machos e fêmeas. Ao exame físico os animais apresentavam-se com aspecto saudável e os papilomas acometiam principalmente as regiões do pescoço, cabeça, barbela e ubere. Foi administrado diariamente para os animais 50 gr do produto misturado em 1 kg de ração durante cinco meses para o Grupo I, e para o Grupo II o tratamento foi de doze meses, sendo que a dosagem inicial foi igual a do Grupo I. Entretanto, como não estava havendo resposta clínica nos animais do Grupo II com a dosagem inicial, foi necessário aumentar a dosagem para 100 gr no oitavo mês, e 150 gr Para a realização deste trabalho foram utilizados 37 animais, onde 25 apresentavam papiloma do tipo plano (Grupo I) e 12 do tipo pedunculado (Grupo II). Os dois grupos apresentavam animais jovens e adultos assim como machos e fêmeas. Ao exame físico os animais apresentavam-se com aspecto saudável e os papilomas acometiam principalmente as regiões do pescoço, cabeça, barbela e ubere. Foi administrado diariamente para os animais 50 gr do produto misturado em 1 kg de ração durante cinco meses para o Grupo I, e para o Grupo II o tratamento foi de doze meses, sendo que a dosagem inicial foi igual a do Grupo I. Entretanto, como não estava havendo resposta clínica nos animais do Grupo II com a dosagem inicial, foi necessário aumentar a dosagem para 100 gr no oitavo mês, e 150 gr no nono mês. Resultados e Conclusões : No grupo I obteve-se resposta satisfatória a partir de 30 dias de tratamento, com recuperação total de um animal. Entre 60 e 90 dias mais dez animais tiveram recuperação total, e com 150 dias o ultimo animal, que se encontrava extremamente comprometido, não apresentava nenhum papiloma. Já no grupo II, o tratamento teve doze meses de duração. Clinicamente foi observada uma pequena resposta clínica em todos os S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” animais, que pôde ser observada com a queda dos papilomas principalmente da região da orelha. Mas esta resposta não evoluiu e a maioria dos papilomas permanecia. Diante deste fato, a quantidade de produto ministrada foi aumentada para 100gr no oitavo mês, e novamente pode-se observar uma ligeira melhora clinica a qual posteriormente foi mais uma vez paralisada. A partir do nono mês, passou-se a ministrar 150 gr de alga marinha por animal, até completar doze meses. Quando a dosagem alcançou 150 gr a palatabilidade do alimento diminuiu sendo necessário acrescentar, à alimentação, silagem de milho para que os animais pudessem ingerir toda a alga adicionada à ração. Entretanto, a resposta clínica não foi satisfatória. CONCLUSÃO: Ao término do tratamento pode-se notar que a alga marinha é eficaz para o tratamento de papiloma pedunculado, porém para o papiloma do tipo plano não houve uma resposta clínica satisfatória, não sendo recomendada para o tratamento deste tipo de papiloma. Palavras-chave: pailomatose bovina tratamento. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 103 TÍTULO DO TRABALHO : AVALIAÇÕES BIOQUÍMICAS DE CONSTITUINTES SÉRICOS DE VACAS NELORE NÃO GESTANTES E-mail: [email protected] Eixo Temático: Autor: Camila Ematné do Amaral Instituição: Universidade Estadual de Londrina Observações: GASTE,L.; ANGELI,J.L.; MARÇAL,W.S.;ASO,A.N. Introdução: As determinações bioquímicas dos soros dos animais domésticos têm alcançado progressos diante da necessidade constante,que o clínico veterinário tem, para elucidar uma série de diagnósticos e presumir a evolução de diferentes estados patológicos.A importância de se conhecer os teores de elementos do soro de animais é , destacadamente, reconhecida nas rotinas de Patologia clínica . Objetivos : Esse estudo têm como objetivo a saúde e o bem estar animal em que através da mensuração dos nivéis séricos de proteinas, triglicerides ,lipideos totais e globulinas permite ao clínico chegar em um diagnóstico precocemente assim como atuar na prevenção e tratamentos mais adequados. Aplicabilidade dos Resultados : Os resultados apresentados são os valores médios de 3 colheitas com intervalo de 7 dias cada.Os valores encontrados foram de 178,74+/- 24,43mg/dl para o colesterol;348,60+/-51,38mg/dlpara lipídeos totais;24,94+/-9,28mg/dlpara triglicerídeos ;7,73+/-0,35mg/dl para proteínas totais ;3,50+/-0,28g/dl para albuminas e 4,32+/-0,38g/dl para globulinas. Material e Métodos: Neste estudo foram quantificados os teores séricos do colesterol . lipídeos totais ,triglicerídeos , proteíns totais ,albumina e globulina de 27 vacas nelore , com idade entre 37 a 60 meses , pesando de 390 a 435Kg , duranteo pós -parto de 40 a 67 dias ; sem a presença de touros . Os animais foram alimentados em pasto de braquiária e suplementados com sal mineral, ad libitum, em cochos cobertos.Todos animais foram considerados sádios e com bezerro ao pé.O sangue foi colhido diretamente da veis coccígea e o soro foi obtido, após coagulação do sangue, poe centrifugação e posteriormente submetidos ás análises quantitativas pelos métodos de kits específicos. Resultados e Conclusões : Considerando que , na literatura consultada , não há citações dos teores dos alementos analisados em vacas Nelore,não prenhes . durante o pós-parto e alimentadas exclusivamente á pasto , ressalta-se o valor destas informações no dia a dia do labor clínico. Palavras-chave: S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 104 Título do trabalho : USO DA ALBUGÍNEA PENIANA BOVINA CONSERVADA EM GLICERINA A 98% COMO BIOIMPLANTE NA TENOPLASTIA DO TENDÃO CALCÂNEO COMUM DE CÃES. E-mail: [email protected] Eixo Temático: Clínica de Pequenos e Grandes Animais Autor: Rogério Elias Rabelo Instituição: Universidade Federal de Goiás - UFG Observações: Caroline Rocha de Oliveira Lima - Universidade Federal de Goiás – UFG. Introdução: As lesões dos tendões podem ser parciais ou completas, estando relacionadas à ação de objetos cortantes ou agudos e as lacerações em decorrência de acidentes automobilísticos (Clarck, 1993) e brigas (Butler, 1985). Dentre as diversas técnicas utilizadas na reconstrução dessa estrutura destacam-se as tenorrafias e as tenoplastias. Os bioimplantes têm finalidade de fornecer um arcabouço para o desenvolvimento de novo tecido, restabelecendo a estrutura do órgão afetado (Costa Neto, 1997). A preservação do material pode ser feita por congelamento ou métodos químicos, como soluções mercuriais, glutaraldeído (Vámhidy et al., 1990) e glicerina a 98% (Rabelo, 2002). Objetivos : Avaliar clínica e histologicamente a viabilidade da albugínea peniana bovina conservada em glicerina a 98% como implante na tenoplastia do tendão calcâneo comum de cães. Aplicabilidade dos Resultados : Utilização do implante albugínea peniana na correção cirúrgica de traumatismos do tendão calcâneo comum de cães na rotina da clínica de pequenos animais. Material e Métodos : Foram utilizadas duas cadelas SRD, adultas, de 13 e 15 Kg. Realizou-se de exames clínico e hematológico encaminhando os animais à anestesia e preparo do campo operatório. Efetuou-se incisão cutânea e isolamento do tendão calcâneo para remoção de um fragmento de 2,5 cm de extensão. Procedeu-se a reconstrução do tendão com implante de albugínea peniana bovina conservada em glicerina a 98% por 60 dias previamente reidratada, com sutura tipo Bunnell com fio de poliamida. Posteriormente, imobilizou-se a articulação tarsotibial com pino, sendo este removido após 20 dias. O pós-operatório constou de antibioticoterapia, antiinflamatórios e pomadas auxiliares da cicatrização. Os cães foram avaliados quanto aos aspectos de cicatrização e claudicação. Aos 60 e 90 dias foram feitas biópsias para avaliar o comportamento histológico do implante. RESULTADOS: As cirurgias foram de fácil execução e os animais apresentaram 100% de cura clínica aos 55 dias da intervenção cirúrgica. O cão submetido à biópsia aos 60 dias apresentou fistulação no sítio de implantação. Macroscopicamente, notou-se incorporação dos tecidos receptor e implantado, sem indicação de rejeição, além de pequena quantidade de fibrina no subcutâneo. Histologicamente percebeu-se infiltrado inflamatório intenso, misto, com neutrófilos, macrófagos, linfócitos e plasmócitos localizados entre o implante e o tendão. Notou-se ainda, remanescentes de fios de sutura entre os tecidos ligados e o infiltrado, bem como, capilares neoformados em áreas adjacentes aos bioimplantes. Aos 90 dias observou-se infiltrado inflamatório discreto a moderado mononuclear constituído por macrófagos, linfócitos e plasmócitos, entre as fibras conjuntivas (albugínea) e colágeno (tendão). Resultados e Conclusões : A albugínea peniana bovina mostrou-se nesse estudo viável na tenoplastia do tendão calcâneo de cães, por ser material de baixo custo, fácil aquisição e manipulação. A histologia sugeriu incorporação da albugínea peniana ao tendão sem reação alérgica, com exceção do animal avaliado aos 60 dias, que possivelmente sofreu contaminação bacteriana. Palavras-chave: Tenoplastia, tendão calcâneo comum, implante, cão. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 105 Título do trabalho: ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DAS PRINCIPAIS ENFERMIDADES DIGITAIS QUE ACOMETEM O REBANHO BOVINO LEITEIRO NO MUNICÍPIO DE JATAÍ - GO. E-mail: [email protected] Eixo Temático: Clínica de Pequenos e Grandes Animais Autor: Rogério Elias Rabelo Instituição: Universidade Federal de Goiás - UFG Observações: Thaís Cristina Ballestero Kanashiro: Cinthya Alves Parreira; Caroline Rocha de Oliveira Lima; Sílvio Luís de Oliveira Introdução: O reflexo negativo das afecções de casco sobre a produção animal é considerado um problema grave, tendo em vista o impacto econômico no sistema de produção leiteira, podendo inviabilizar a atividade. Objetivos: realizar levantamento epidemiológico dos principais fatores relacionados às doenças podais que afetam o rebanho bovino leiteiro; avaliar dois protocolos de tratamento dessas lesões e conscientizar os criadores sobre essas enfermidades. Aplicabilidade dos Resultados: Material e Métodos: Utilizaram-se 11 propriedades destinadas à criação de animais mestiços de aptidão leiteira, no ano de 2005. Aplicou-se questionário visando realizar levantamento das injúrias podais, visando buscar informações sobre assuntos relacionados ao tempo de atividade, mão de obra, assistência técnica, manejo nutricional, medidas de biossegurança, dentre outras. Após avaliação clínica dos bovinos que apresentavam alteração morfológica ou funcional dos "pés", efetuou-se a correção cirúrgica das lesões, utilizando, independente do tipo e gravidade das lesões, dois protocolos (P1 e P2). O P1 constou de intervenção cirúrgica, antibioticoterapia a base de florfenicol (Nuflor - 20mg/kg/IM) perfazendo duas aplicações 48/48h, antiinflamatório à base de flunixina meglumina (Banamine- 1mg/Kg/IM) perfazendo duas aplicações e passagem dos animais em pedilúvio com solução a base de sulfato de cobre a 4%. O P2 diferenciou-se do P1 somente pela ausência do antiinflamatório e pelo não uso do pedilúvio. Resultados e Conclusões : O número de animais acometidos totalizou 100 bovinos, dos quais 98% apresentavam claudicação de diferentes graus de severidade. Quanto ao membro afetado, pôde-se observar que em 87% dos animais as lesões se encontravam nos membros pélvicos e 13% nos membros torácicos. Verificou-se que em 100% das propriedades as medidas de biossegurança, eram desconhecidas ou efetuadas incorretamente. Com relação ao diagnóstico das lesões, constatou-se que a dermatite digital foi à enfermidade mais encontrada (31,48% das lesões), seguida pela pododermatite séptica (16,66%). No P1 notou-se 100% de cura clínica, observando melhora na claudicação já nos dez primeiros dias. Em relação ao tempo de recuperação observou-se, conforme a gravidade da lesão, cicatrização completa no período máximo de 70 dias após as intervenções. No P2 a cura clínica ocorreu somente em 65% dos animais, melhora na claudicação entre o trigésimo e sexagésimo dias e o tempo de cicatrização completa de forma mais tardia, entre 40 e 90 dias. O estudo elucidou que a dermatite digital e a pododermatite séptica foram às enfermidades mais comuns em nossa região, bem como evidenciou a carência de informações técnicas do produtor, principalmente das medidas de biossegurança, fato esse que foi contornado por meio de palestras e treinamentos. Também se constatou que os usos do pedilúvio associados ao flumixina meglumina mostraram-se mais eficientes, contribuindo para uma recuperação mais rápida e melhora das claudicações. Palavras-chave: Podologia, Pedilúvio, Tratamento. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 106 Título do trabalho : AVALIAÇÃO CLÍNICA E HISTOLÓGICA DO USO DA ABRAÇADEIRA DE NÁILON COMO MATERIAL ALTERNATIVO NA CASTRAÇÃO DE ÉGUAS E-mail: [email protected] Eixo Temático: Clínica de Pequenos e Grandes Animais Autor: Rogério Elias Rabelo Instituição: Universidade Federal de Goiás - UFG Observações: Marco Antônio de Oliveira Viu; Hélida Fernandes Leão; Sílvio Luís de Oliveira; Fabiano José Ferreira de Sant´Ana; Caroline Rocha de Oliveira Lima; Julciléia Prado Introdução: A esterilização cirúrgica de éguas é indicada nas neoplasias e cistos ovarianos, na supressão do estro regular, na preparação de animais "masculinizados", dentre outras. Poucos são os relatos a cerca da utilização de materiais alternativos para fins de hemostasia, bem como seu comportamento após a implantação. Objetivos: Avaliar o efeito hemostático da abraçadeira de náilon na ovarioectomia em éguas, sua utilização visando a isquemia e atrofia desta estrutura quando não se efetua a remoção ovariana, bem como o comportamento desse material após a implantação. Aplicabilidade dos Resultados: Uso de material de baixo custo na ovarioectomia em éguas. Material e Métodos: O estudo foi realizado na Fazenda Escola do Campus Jataí/UFG de agosto a dezembro de 2005. Foram utilizados quatro éguas, sem raça definida (SRD), adultas, de diferentes escores corporais. Efetuou-se abordagem bilateral pelo flanco (França, 2005), sendo a remoção do ovário esquerdo promovida após hemostasia do pedículo utilizando a abraçadeira de náilon, previamente autoclavada. Procedimento semelhante se deu no ovário direito, porém realizou-se a ovariectomia. O pós-operatório constou de antibioticoterapia e antiinflamatórios. Visando avaliar o comportamento desse material após a implantação, efetuou-se, aleatoriamente, abate dos animais em frigorífico destinado ao abate de eqüinos aos 15, 30, 45 e 60 dias, onde procedeu-se avaliação macroscópica e colheita do material no sítio de implantação para fins histológicos. Resultados e Conclusões : A abraçadeira de náilon mostrou-se resistente, de fácil manuseio, permitiu uma hemostasia eficiente após a remoção dos ovários. Como complicações pósoperatórios notou-se edema leve em todos os eqüinos e área de enfisema subcutâneo no flanco direito em dois animais por volta do 10º dia. No abate aos 15 dias, não se evidenciou sinais de intolerância 'a abraçadeira, notando-se atrofia do ovário direito que não sofreu exérese. Já nos animais abatidos aos 30, 45 e 60 dias notou-se ovários atrofiados, que na superfície de corte apresentavam áreas multifocais e irregulares de necrose. Mesmo com áreas de atrofia, esses ovários apresentavam foliculogênese. Nos lados onde houve exérese ovariana, os pedículos apresentavam-se como nódulos firmes, irregulares e esbranquiçados, de 0,5 a 1,0 cm de diâmetro junto à abraçadeira. Histologicamente, esses nódulos correspondiam a granulomas caracterizados por infiltrado inflamatório mononuclear, multifocal, rico em macrófagos envolto por tecido conjuntivo fibroso. Notou-se áreas de hemossideroses e infiltrado discreto de neutrófilos e eosinófilos. A abraçadeira de náilon mostrou-se ser uma alternativa viável na ovariectomia de éguas, sendo efetiva no controle de hemorragia, de baixo custo e fácil aquisição. Porém, o procedimento mostrou-se ineficaz quando não se efetivou a ovariectomia. Embora não tenha sido comprovado, acredita-se que a chegada de sangue ao ovário não removido, com conseqüente foliculogêneses, pode ser em virtude de uma anastomose com neoformação arterial e venosa. Palavras-chave: ovariectomia, esterilização, eqüinos, abraçadeira de náilon. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 107 TÍTULO DO TRABALHO : PERFIL DE SUSCEPTIBILIDADE À PRÓPOLIS DO S. AUREUS ISOLADOS DO LEITE DE VACAS COM MASTITE CLÍNICA E-mail: [email protected] Eixo Temático: Sanidade Animal Autor: Larissa de Assis Lima - [email protected] Instituição: Universidade Federal de Goiás (UFG)/Campus Avançado de Jataí (CAJ)/Centro de Ciências Agrárias e Biológicas (CCAB) Observações: Larissa de Assis Lima; Lílian Nery de Assis; Caroline Rocha de Oliveira Lima; Prof. Drª Carla Afonso da Silva Braga Bitencourt, UFG/CAJ/CCAB. Introdução: É do conhecimento geral que paralelamente ao uso de agentes químicos em terapêutica humana e veterinária, sempre houve a chamada medicina popular em que os usuários se utilizam de produtos naturais, geralmente de fácil obtenção e com resultados satisfatórios. Atualmente, uma preocupação quanto ao tratamento de doenças infecciosas é o crescente número de linhagens bacterianas resistentes às drogas antimicrobianas tradicionais. Com isso, aumentou-se a procura por novas drogas, que sejam eficientes e baratas. Nessa linha de pesquisa a própolis têm se destacado a suas inúmeras propriedades biológicas, incluindo a atividade antimicrobiana. Segundo a literatura relacionada é possível destacar as seguintes atividades: antibacteriana, antifúngica, antiparasitária, antiinflamatória, antioxidante, analgésica, entre outras.A primeira investigação sistemática sobre a propriedade antibacteriana da própolis foi realizada em 1948 por Kivalkina, quando ficou estabelecida sua ação bacteriostática sobre o Staphylococcus aureus e outras bactérias. A partir desta, muitos outros testes foram realizados, utilizando própolis nas mais variadas origens e formas de preparo do extrato. Objetivos : Assim sendo, objetivamos nesse estudo comparar a atividade antibacteriana de extrato alcoólico de própolis (EAP), através da Concentração Inibitória Mínima (CIM). Para isso, foram testadas linhagens de Staphylococcus aureus, isoladas do leite de vacas que apresentavam mastite clínica. Aplicabilidade dos Resultados : - Tratamento alternativo contra a mastite clínica. Material e Métodos : Foram isoladas e mantidas em ágar nutriente para utilização em todos os ensaios, 22 linhagens de S. aureus. A própolis verde, ficou acondicionada em sacos plásticos e utilizada na forma bruta. Em seguida fez-se o preparo dos respectivos extratos alcoólicos de própolis (EAP), na concentração 30% e em seguida, fez-se a determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM). Resultados e Conclusões : Em relação ao controle do efeito inibidor do álcool, verificou-se para S. aureus, nenhuma inibição ao crescimento bacteriano. Assim é possível concluir que a atividade antibacteriana, verificada nos ensaios com esta linhagem, deve-se exclusivamente aos componentes da própolis.De acordo, com os cálculos da atividade antibacteriana da própolis, tem-se então que 0,39 % v/v, é a Concentração Inibitória Mínima (CIM), para inibir 50 % das linhagens de S. aureus, assim como 0.9 % v/v, é a CIM para inibir 90% dessa mesma linhagem. Palavras-chave: Mastite clínica, própolis verde, Concentração Inibitória Mínima (CIM). S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 108 TÍTULO DO TRABALHO: HEMATÚRIA ENZOÓTICA DE BOVINOS :AS CONDUTAS E CRENDICES DOS PRODUTORES RURAIS DOS MUNICÍPIOS DE SAPOPEMA E SÃO JERÔNIMO DA SERRA - ESTADO DO PARANÁ SOBRE ESTA ENFERMIDADE. E-mail: [email protected] Eixo Temático: Autor: Camila Ematné do Amaral Instituição: Universidade Estadual de Londrina Observações: HINO ,R.N.;GASTE , L. Introdução: A hematúria enzoótica dos bovinos é uma doença não infecciosa ,crônica , caracterizada pelo desenvolvimento de lesões hemangiomatosas na parede da bexiga , que se traduz clinicamente por hematúria intermitente ,anemia e emagrecimento progressivo levando a morte .A causa primária é a ingestão contínua da samambaia, Pteridium aquilinum. Objetivos: Este trabalho foi desenvolvido no período de abril de 2003 a março de 2004 .È um estudo que tem como objetivo mensurar a relação da doença e o nível de informação das pessoas diretamente envolvidas com casos de hematúria em animais das propriedades rurais dos municípios de Sapopema e São Jeronimo da Serra, no estado do Paraná. Aplicabilidade dos Resultados: As faixas etárias dos animais acometidos distribui-se na seguinte ordem, para fêmeas até 2 anos (0,8%), de 2 até 5 anos ( 58,3%) de 5 a 6 anos (21,7%) e acima de 6 anos (14,7%). Sendo a ocorrência em machos até 2 anos (0,8%), de 2 até 5 anos (1,9%) e acima de 6 anos (0.7%). Material e Métodos: Foram realizadas 63 entrevistas em diferentes propriedades que tivessem obrigatoriamente , animais com hematúria.Utilizou-se de um questionário previamente elaborado para enquete com os proprietários ou responsáveis pelos bovinos.Os animais eram alimentados a pasto , predominantemente em 97% com a braquiaria sp consorciada ou não com outro tipo de gramínea.Dos 63 entrevistados 65% não faziam qualquer tipo de suplementação e 35% responderam que suplementavam com cana de açucar ou rolão de milho somente quando as vacas estavam produzindo leite.Dos ani,ais doentes (258) 96% apresentavam sinais clínicos de hematúria e 4% além de hematúria tinham rouqueira, provavelmente carcinoma de células epidermóides em orofaringe. Resultados e Conclusões : Frente aos resultados desta pesquisa, propoem-se com urgência a adoção de medidas pelo setor público estadual, que visem a conscientização desses criadores de que não compensa utilizarem tratamentos para os casos de hematúria;precisa- se fazer a recuperação das pastagens infestadas pela samambaia e previsionar alimentos evitando a fome e superlotação de animais no pasto. Palavras-chave: hematúria enzoótica, samambaia, Pteridium aquilinum, bovinos, entrevistas. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 109 Título do trabalho : AVALIAÇÃO DO HEMATÓCRITO, PROTEÍNA PLASMÁTICA TOTAL, HEMOGLOBINA E PESO CORPORAL DE CAVALOS SUBMETIDOS A PROVA DE ENDURO E-mail: [email protected] Eixo Temático: Pesquisa em clinica médica Autor: Fabiana Magdalena de Gaspari Instituição: Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - Unesp/Jaboticabal Observações: Fabiana Magdalena de Gaspari; Miguel Frederico Fernandez Alarcon; Miguel Piva Fioravante Júnior; Marlizi Marineli Moruzzi; César Andrey Galindo Orozco; Carla Braga Martins; José Corrêa de Lacerda Neto. Todos pertencentes a FCAV-Unesp/Jaboticabal. Introdução: Os enduros eqüestres se caracterizam pelo desenvolvimento de exercício muscular em velocidade moderada durante períodos prolongados de tempo. No decorrer do exercício de baixa intensidade ocorre diminuição do volume plasmático e desenvolve-se desidratação intensa. A diminuição da volemia com conseqüente aumento da viscosidade sangüínea constitui um dos fatores na predisposição à fadiga. Aproximadamente 60% do peso corporal do adulto são constituídos de água, dos quais 40% estão distribuídos no espaço intracelular e 20% no extracelular (5% no plasma e 15% no meio intersticial). Nas provas de resistência, os cavalos chegam a perder entre 4 e 6% do peso corporal. Estima-se que 90% dessas perdas possam ser atribuídas à água eliminada através da sudação e respiração. Objetivos : Avaliar as mudanças que ocorrem no hamatócrito (Ht), proteína plasmática total (PPT), hemoglobina (Hb) e peso corporal (PC), em eqüinos antes, durante e depois de uma prova de enduro. Aplicabilidade dos Resultados : As alterações observadas para as variáveis estudadas nesta pesquisa foram significantes, sendo seus resultados úteis para interpretação clínica, condicionamento físico, e as alterações metabólicas que se desenvolvem durante este tipo de atividade. Material e Métodos : Foram utilizados oito eqüinos da raça Puro Sangue Árabe de aproximadamente sete anos de idade e peso médio de 380 kg. Os animais foram submetidos a 12 semanas de treinamento, realizando-se ao final deste período uma prova com características similares às competições oficiais de enduro eqüestre. A velocidade média em prova foi de 13,5 km/h por um trajeto de 40 km de extensão, dividido em dois segmentos (anéis) de 26,4 e 13,6 km, respectivamente. Foram realizadas colheitas de sangue por meio de venopunção jugular com os animais em repouso, logo após o término de cada anel e 30 minutos após o término da prova. Foram realizadas análises de variância (ANOVA) e comparações das médias para as diferentes características estudadas, feitas pelo teste t pareado, ao nível de 5% de probabilidade (P<0,05). Resultados e Conclusões : O Ht aumentou progressiva e significativamente em cada um dos tempos analisados, desde o valor basal de 39,6%, passando nos primeiro e segundo anéis para 48,5% e 50%, respectivamente, alcançando 54% após 30 min do término da prova. A média para PPT basal foi de 6,85g/dL, aumentando significativamente ao final do primeiro anel para 7,95g/dL, mantendo-se então inalterada ao final do segundo anel e após 30 min do término da prova, com concentrações de 8,02 e 7,82g/dL, respectivamente. Elevações significantes foram registradas para a Hb, cujo valor basal foi de 13,8g/dL, atingindo 16,8g/dL e 17,4g/dL ao final do primeiro e segundo anéis, respectivamente e 19,6g/dL após 30 min do término da prova, todos estatisticamente diferentes entre si. O peso corporal médio dos cavalos antes da competição foi de 398,4 kg, registrando-se ao final do primeiro anel valor de 378,8 kg e ao término do segundo anel caiu para 370 kg, significativamente menor que o peso basal. A perda média de peso registrada para os cavalos foi de 24,6 kg. As variáveis analisadas apresentam importância na avaliação da volemia de cavalos realizando provas de resistência. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” Mesmo considerando que este estudo foi realizado durante prova de resistência de extensão considerada curta para eventos de enduro, as alterações observadas nas variáveis estudadas nesta pesquisa foram significantes e suficientes para indicar a ocorrência de perdas de água pela sudação e o conseqüente desenvolvimento de quadro de hemoconcentração, condição característica de desidratação. Palavras-chave: Enduro, eqüinos, hematócrito, proteína plasmática total, hemoglobina. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 110 TÍTULO DO TRABALHO: MESOTELIOMA MALIGNO EM BOVINO: RELATO DE CASO. E-mail: [email protected] Eixo Temático: Clínica de pequenos e grandes Animais Autor: Nadia Aline Bobbi Antoniassi Instituição: Graduação em Medicina Veterinária-FAMEV-UFMT Observações: Paulo Ricardo Dell\'Armelia Rocha, Graduação em Medicina Veterinária-UFMT; Fabiana Marques Boabaid, Graduação em Medicina Veterinária-UFMT; Carlos Eduardo Perreira dos Santos, Departamento de Clínica Médica Veterinária, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária: Av. Fernando Corrêa s/n 78069-900, Cuiabá, MT. Edson Moleta Colodel, Departamento de Clínica Médica Veterinária, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária: Av. Fernando Corrêa s/n 78069-900, Cuiabá, MT. Introdução: Mesoteliomas são neoplasias originárias das células mesoteliais que revestem as cavidades torácica, pericárdica e abdominal. Os mesoteliomas são incomuns ocorrendo com maior freqüência em cães e bovinos. Em bovinos frequentemente são congênitas e diagnosticadas em animais jovens. Este tumor pode causar o acúmulo de grande quantidade de líquidos intersticiais e cavitários, resultando em ascites, hidrotórax, insuficiência e tamponamento cardíaco e dificuldade respiratória. Objetivos : relatar o quadro clínico e patológico de mesotelioma maligno em um bovino. Aplicabilidade dos Resultados : Material e Métodos : O histórico foi obtido junto ao proprietário. O bovino foi examinado clinicamente e devido à debilidade e progressão insatisfatória, foi eutanasiado e necropsiado. Durante a necropsia os ovários foram retirados e aspirados. Fragmentos de vísceras foram coletados e conservados em formol 10%, processadas rotineiramente, coradas pela técnica de HE e analisadas microscopicamente Resultados e Conclusões : Foi examinado um bovino da raça nelore, fêmea, de 8 anos de idade, de alto valor zootécnico doadora de embriões,, apresentando aumento acentuado de volume abdominal progressivo há 2 meses e ao toque retal com massa firme e de crescimento progressivo há 6 meses na cérvix. À paracentese havia acúmulo de liquido abdominal de coloração avermelhada. Na necropsia apresentou edema em partes ventrais do corpo, ascite acentuada com acúmulo de aproximadamente 200 litros de líquido avermelhado. No revestimento seroso da cavidade abdominal havia múltiplos nódulos, medindo entre 2 a 10 mm de diâmetro, coloração variando de brancacento a avermelhado. Ocasionalmente havia coalescência destes nódulos formando placas irregulares extensas na superfície peritoneal, especialmente no diafragma, omento, rumem e fígado. Nos ovários havia folículos de tamanho variado (3-5mm), que aspirados, resultaram em 14 ovócitos, 8 deles viáveis, sendo 2 conceptos fêmeas. Ao exame histológico os nódulos e placas peritoniais havia proliferação de células de aspecto epitelial cuboidal, com núcleo central vesiculoso e com nucléolo evidente. O citoplasma era vacuolizado basofílico. Na maior parte das áreas analisadas têm padrão acinar, sustentada por massiva rede de tecido conjuntivo, padrão caracterizado como mesotelioma maligno. Os achados clínicos e patológicos foram consistentes com o diagnóstico de mesotelioma maligno. Mesoteliomas precisam ser diferenciados de adenocarcinomas, e inflamações granulomatosas como tuberculose particularmente na forma perolada. Clinicamente efusões cavitárias, como a ascite acentuada nesse caso, são comuns em animais com mesotelioma abdominal, sendo explicadas pela excessiva produção de líquido pelas células tumorais e por defeitos na reabsorção ou circulação linfática devido a obstruções por crescimento ou metástases do tumor. Possivelmente não houve alterações da atividade cíclica ovariana neste bovino, associada ao desenvolvimento do tumor, baseados na viabilidade dos ovócitos coletados logo após a morte do bovino. Palavras-chave: mesotelioma, bovino, peritoneo. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 111 TÍTULO DO TRABALHO : EFEITO DA RESTRIÇÃO NUTRICIONAL DE OVELHAS NO ERITROGRAMA E-mail: [email protected] Eixo Temático: Ciências Básicas Autor: Luciana Dalcin Instituição: UFMT Observações: José Ricardo de Souza, UFMT; Luciano da Silva Cabral, UFMT; Adriane Jorge Mendonça, UFMT; Robson Reverdito, UFMT; Vivian Christina Costa Ochove, UFMT; Wilton Rogério Santos Maciel, UFMT; Bruno Tsuneda, UFMT; Karl Hermann Bertogna Degenhard, UFMT; Magna M. C. Fonseca Passos, UERJ; Patrícia Christina Lisboa, UERJ; Egberto Gaspar de Moura, UERJ. Introdução: Os períodos de seca afetam diretamente a qualidade nutricional das pastagens e o status produtivo e reprodutivo da ovinocultura brasileira. Neste contexto, uma das causas da anemia e do baixo desempenho é a desnutrição. Objetivos : Procuramos demonstrar os efeitos da restrição nutricional durante a lactação no perfil hematológico de cordeiros ao desmame. Aplicabilidade dos Resultados : A partir dos resultados obtidos intervir mais adequadamente na fisiopatologia da desnutrição durante a lactação. Material e Métodos : Este trabalho foi realizado no Setor de Ovinocultura da Fazenda Experimental da UFMT e os hemogramas no Laboratório de Patologia Clínica Veterinária do HOVET/UFMT. A partir de um delineamento inteiramente casualizado foram utilizadas 15 ovelhas mestiças deslanadas, as quais foram distribuídas em três tratamentos, com cinco repetições: grupo controle (C), restrição calórica (RC) e restrição protéica (RP). O grupo C recebeu uma dieta para mantença na lactação, conforme recomenda o NRC (1985). O RC recebeu 50% da quantidade de dieta do grupo C e o RP recebeu 1/3 da proteína do grupo C (5% proteína bruta na dieta). As colheitas de sangue foram realizadas em tubos vacuntainer com EDTA através de venopunção da veia jugular após jejum sólido de 16 horas aos 60 dias da lactação. Resultados e Conclusões : o número médio de eritrócitos das ovelhas dos grupos RC e RP foi menor que C (6,96x106/mm3, 5,79x106/mm3 e 8,6x106/mm3, respectivamente, p<0,05). A concentração de hemoglobina foi menor no RP que os grupos C e RC (7,30 g/dL, 10,18 g/dL e 8,74 g/dL, respectivamente p<0,05). O hematócrito foi menor no RP e RC comparados ao C (21,6%, 25,0% e 30,8%, respectivamente, p<0.05). Ao comparar estes resultados com valores normais de referência para numero de eritrócitos, concentração de hemoglobina e hematócrito, constatou-se que os grupos RC e RP apresentaram anemia. Em cordeiros do grupo RP o número de eritrócitos foi menor que os grupos RC e C (7,62x106/mm3, 9,14x106/mm3 e 9,6x106/mm3, respectivamente, p<0.05). Não houve diferença significativa para a concentração de hemoglobina e do hematócrito entre os grupos. Não houve variação significativa para VGM e CHGM para ovelhas e cordeiros entre os grupos estudados.A restrição protéica na lactação causa maior modificação no perfil hematológico tanto na ovelha, quanto em sua prole, resultando em anemia, apenas nas ovelhas. A RC só afeta as ovelhas, porém a modificação é menos acentuada que no grupo RP. Palavras-chave: PALAVRAS-CHAVE: restrição nutricional - lactação - eritrograma - cordeiros Financiamento: FAPEMAT, CAPES, CNPq e FAPERJ. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 112 Título do trabalho: INTOXICAÇÃO NATURAL POR ENTEROLOBIUM SPP. EM UMA NOVILHA NELORE. E-mail: [email protected] Eixo Temático: Clínica Autor: Cunha, P.H.J.; Machado, M. A; Abud, L.J.; Guimarães, C. O; Esteves,G. F. I.; Costa, G. L. Instituição: Universidade Federal de Goiás Observações: Cunha, P.H.J.Instituição: Universidade Federal de Goiás; Machado, M. A./Instituição: Universidade Federal de Goiás; Abud, L.J./Instituição: Universidade Federal de Goiás; Guimarães, C. O./Instituição: Universidade Federal de Goiás; Esteves,G. F. I./Instituição: Universidade Federal de Goiás; Costa, G. L./Instituição: Universidade Federal de Goiás. Introdução: INTRODUÇÃO Diversas espécies de Enterolobium (fam. Leg. Mimosoideae) são descritas como tóxicas para os bovinos (Riet-Correa et al., 2001). As favas do \"tamboril\" além de serem comumente responsabilizadas por abortos em vacas, às vezes também são acusadas de causar fotossensibilização hepatógena (Tokarnia et al, 1999). Objetivos : OBJETIVOS O estudo objetivou relatar os achados epidemiológicos, clínicos e necroscópicos de um bovino, da raça Nelore, fêmea, com aproximadamente dezoito meses apresentando um quadro de fotossensibilização hepatógena. Aplicabilidade dos Resultados : A aplicabilidade esta associada a possibilidade de novas linhas de pesquisa referentes a avaliação da capacidade de intoxicação da planta que é bastante comum na regiao, visto que a literatura com relação a ingestao do frutos ainda é bastante escassa e há poucas pesquisas realizadas com essa planta Material e Métodos : MATERIAL E MÉTODOS Foi realizada uma inspeção na propriedade para identificação da presença de possíveis fatores de risco como presença de possíveis plantas hepatotóxicas. No Hospital Veterinário da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Goiás foi examinada uma novilha procedente da fazenda, mas durante o exame clínico a mesma veio a óbito, sendo realizado em seguido a necropsia Resultados e Conclusões : RESULTADOS O histórico da propriedade estava associado com mortes de bovinos há dois anos nos meses de julho e agosto com quadro clínico de fotossensibilização hepatógena, ocorrendo os óbitos sempre nos mesmo pasto. Durante a inspeção da propriedade observou extrema escassez de pasto e presença de favas de tamboril (Enterolobium sp.), inclusive alguns animais estavam ingerindo-as. Ao exame físico identificou-se apatia, lesões gangrenosas e eritematosas de pele, localizadas principalmente nas orelhas, base da cauda e na região axilar. Também se identificou icterícia acentuada das mucosas (oculares, oral e vulvar) e das escleras, com grau de desidratação em torno de 10%, aferido pelo turgor de pele, tempo de preenchimento capilar (TPC), brilho e umidade das mucosas. As fezes encontravam-se ressecadas. Não havia motilidade rumenal. E à auscultação apresentava estertores pulmonares. À necropsia, observou-se intensa icterícia da carcaça, das escleras, das mucosas, das vísceras abdominais e da aorta abdominal. Havia ascite e hidropericárdio, além de hepatomegalia. Ao corte transversal verificou-se um aspecto amarelado do fígado com estase biliar ao teste da compressão da vesícula biliar e abaulamento das bordas hepáticas. A vesícula biliar encontrava-se repleta e, ao corte, percebeu-se o extravasamento de conteúdo altamente viscoso e de coloração amarelada-enegrecida. Os rins estavam de tamanho normal, contudo, S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” apresentavam coloração enegrecida e aspecto de palhiçada à secção transversal dos lóbulos renais. Observaram-se ainda áreas de congestão pulmonar e edema na traquéia e brônquios. As principais alterações histológicas do fígado foram: proliferação de células epiteliais de ductos biliares; degeneração e necrose massiva de hepatócitos, acentuada bilestase e moderada proliferação de tecido conjuntivo fibroso na zona periportal. Estes achados são compatíveis com hepatopatia crônica de origem tóxica. Os achados inerentes aos rins foram: cilindros hialinos em quantidade acentuada e difusa; degeneração e necrose multifocal da região cortical e pigmentos biliares em quantidade acentuada no citoplasma das células epiteliais tubulares. O exame histológico do coração revelou áreas multifocais de necrose de cardiomiócitos, associado à moderada proliferação de tecido conjuntivo fibroso e mineralização no centro das áreas necróticas. CONCLUSOES Os achados epidemiológicos, clínicos e necroscópicos foram compatíveis com fotossensibilização hepatógena ocasionado por Enterolobium spp., popularmente conhecido como tamboril. Palavras-chave: Palavras-chaves: bovino, Enterolobium spp; intoxicação. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 113 Título do trabalho : OCORRÊNCIA DE CINOMOSE POR MEIO DE DIAGNÓSTICO CLÍNICO DE CÃES CAPTURADOS PELO CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES DO MUNICIPIO DE JATAÍ-GO E-mail: [email protected] Eixo Temático: Cinomose Autor: MORTATE, Louise Pereira Instituição: Universidade Federal de Goiás Observações: CARVALHO, Tatiane Furtado de1; MORAIS, Michele1; SOARES, Luana Queiroz1; BRAGA, Carla Afonso da Silva Bitencourt 2; SANDRINI, Cecília Nunes Moreira2; Louise Pereira 1; MARINHO , Hugo Murilo Toledo; BERNARDO, Arianny Campos1; RAPOSO, Hugo Ramos1; Universidade Federal de Goiás Introdução: A cinomose é uma enfermidade infecto-contagiosa, causada por um RNA-vírus, da família Paramoxyviridae, gênero Morbilivírus. Possui distribuição mundial e sem predominância sexual. Os sinais clínicos podem ser influenciados por fatores como idade, condição, estado imune e cepa viral. A doença é mais diagnosticada na forma nervosa, onde são observadas mioclonias, paralização de membros e sinais associados a distúrbios orgânicos. Objetivos : Este trabalho objetivou observar a ocorrência de cinomose no município de JataíGO onde avaliou-se os cães que deram entrada no Centro de Controle de Zoonozes (CCZ) no período de novembro de 2002 a junho de 2005. Aplicabilidade dos Resultados : Foram realizados os diagnósticos clínicos presuntivos da forma crônica progressiva de encefalite da cinomose. A ocorrência de cinomose nos animais dentro do grupo de estudo foi de 4,27% (18/421), sendo que dos animais acometidos 16,67% (3/18) apresentavam idade inferior ou igual a 6 meses; 33,33% (6/18) de 7 meses a 1 ano; 38,88% (7/18) de 1,5 anos a 3 anos; 5,56% (1/18) de 8 anos e 5,56% (1/18) sem identificação de idade. Material e Métodos : Os animais foram submetidos a exame clínico geral, onde foram observados os parâmetros das funções vitais e analisados os sinais que correspondem a alterações indicativas de cinomose como: febre, depressão, inapetência, vômito, tosse, diarréia, secreção oculonasal, caracterizando rinite e conjutivite, pústulas abdominais, linfadenopatia, hiperqueratose dos coxins plantares, convulsões, mioclonias, incordenação motora, movimentos repetidos dos maxilares, dentre outros. Resultados e Conclusões : Foram realizados os diagnósticos clínicos presuntivos da forma crônica progressiva de encefalite da cinomose. A ocorrência de cinomose nos animais dentro do grupo de estudo foi de 4,27% (18/421), sendo que dos animais acometidos 16,67% (3/18) apresentavam idade inferior ou igual a 6 meses; 33,33% (6/18) de 7 meses a 1 ano; 38,88% (7/18) de 1,5 anos a 3 anos; 5,56% (1/18) de 8 anos e 5,56% (1/18) sem identificação de idade. Palavras-chave: Cinomose, Cães, Jatai-GO. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 114 Título do trabalho : AVALIAÇÃO DO PERFIL HEMATOLÓGICO DE CÃES ERRANTES DO MUNICIPIO DE JATAÍ - GO E-mail: [email protected] Eixo Temático: Hemograma Autor: BERNARDO, Arianny Campos Instituição: Universidade Federal de Goiás Observações: CARVALHO, Tatiane Furtado de1; MORAIS, Michele1; SOARES, Luana Queiroz1; BRAGA, Carla Afonso da Silva Bitencourt 2; SANDRINI, Cecília Nunes Moreira2; MORTATE, Louise Pereira 1; MARINHO , Hugo Murilo Toledo; BERNARDO, Arianny Campos1; RAPOSO, Hugo Ramos1; Universidade Federal de Goiás Introdução: O hemograma resulta da análise das células sangüíneas como as hemácias, leucócitos e plaquetas, podendo incluir vários testes, mas, em geral, consistem de Hematócrito (Ht), contagem de hemácias (He), contagem total e diferencial de leucócitos, exame visual do esfregaço corado, fibrinogênio e proteínas totais. A maioria dos diagnósticos é feita baseandose na história, sintomatologia e achados hematológicos servindo para detectar anormalidades que nos ajudam no diagnóstico das anemias, infecções, doenças crônicas, entre outras. Com os resultados desses testes em conjunto com o Hematócrito foi permitida a obtenção dos índices hematimétricos como VCM (Volume Corpuscular Médio) e CHCM (Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média) Objetivos : Este trabalho teve por objetivo realizar uma avaliação do perfil hematológico de cães errantes em relação à série vermelha considerando-se fatores como: raça, sexo e idade. Aplicabilidade dos Resultados : Os resultados obtidos mostram que a maioria dos animais avaliados estavam anêmicos. Esta condição pode estar associada a doenças como a Cinomose e má nutrição, visto que são animais errantes. Em relação às Hemácias e Hematócrito, os valores obtidos tanto no número total de animais, quanto em ambos os sexos estão dentro dos parâmetros normais . Material e Métodos : Foram avaliados 52 cães doados ou capturados pelo CCZ, submetidos ao exame clínico geral. Para a determinação do volume globular, fibrinogênio, proteínas plasmáticas e hemograma, foram obtidos dois ml de sangue, a colheita foi feita por punção venosa ,através da veia jugular e/ou radial. O hematócrito foi realizado pelo método do microematócrito que utiliza pouca quantidade de sangue e fornece resultado preciso As proteínas séricas foram determinadas por refratometria. A contagem das hemácias foi realizada em câmaras de Neubauer. Resultados e Conclusões : Podemos concluir e caracterizar com base nos resultados obtidos no perfil hematológico, que é imprescindível o conhecimento dos valores dos mesmos referentes à nossa região, pois variações climáticas e raciais podem interferir nos valores hematológicos padrões para cada região. Palavras-chave: Hemácias, Cães, Jatai-Go. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 115 Título do trabalho : DIAGNÓSTICO DE MASTITE BOVINA SUBCLINICA BOVINA: SENSIBILIDADE, ESPECIFICIDADE E ANÁLISE DE CONCORDÂNCIA (KAPPA) ENTRE CONTAGEM ELETRÔNICA DE CÉLULAS SOMÁTICAS (CCS) E CMT E-mail: [email protected] Eixo Temático: MEDICINA VETRINÁRIA PREVENTIVA E SAÚDE ANIMAL Autor: COSTA, E.O 1;. MÁRMORE, C 2.; SANTOS, F.G. B. 3 ARCARO, J 4.; PERES, A.A. de C5;, RAIA, R.6 Instituição: NAPGAMA/USP Observações: COSTA, E.O1; MÁRMORE, C. 2; SANTOS, F.G. B. 3; ARCARO, J 4; PERES, A.A. de C5; RAIA, R.6;1,5 Pesquisadores NAPGAMA/USP; 4,5 Pesquisadores IZSP (Instituto de Zootecnia, Secretaria do estado São Paulo); 2,3 pósgraduandos ICB/USP NAPGAMA/USP Núcleo de Apoio à Pesquisa em Glândula Mamária e Produção Leiteira.Universidade de São Paulo (e-mail: [email protected]) Introdução: INTRODUÇÃO: A mastite bovina é enfermidade de alta prevalência e grande importância econômica devido aos prejuízos causados pela redução na produção de leite, gastos com medicamentos, assistência veterinária, descarte do leite. No tecido mamário determina alteração dos principais componentes do leite, ocorre elevação no número de células somáticas presentes em virtude da intensidade da resposta inflamatória à infecção. A quantificação de células somáticas visa à detecção de leite anormal devido à mastite, pode ser realizada por métodos diretos de contagem celular (microscópico, eletrônico) ou indiretos, CMT. Objetivos : OBJETIVO: Foi objetivo da pesquisa analisar sensibilidade, especificidade e concordância entre contagem eletrônica de células somáticas (CCS) e CMT utilizados no diagnóstico de mastite. Aplicabilidade dos Resultados : CCS É UM DOS PARÂMETROS INTERNACIONAIS DE QUALIDADE DO LEITE. CMT É O MAIS USADO MÉTODO PARA DIAGNÓSTICO A CAMPO DE MASTITE. É DE GRANDE RELEVÂNCIA PRÁTICA CONHECER A SENSIBILIDADE E ESPECIFICIDADE E O NÍVEL DE CONCORDÂNCIA ENTRE ELES PARA ORIENTAR A INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS. AO ESTABELECER O LIMIAR DE POSITIVIDADE PARA CCS MAIS ADEQUADO POSSIBILITOU-SE AUMENTAR A SENSIBILIDADE SEM PERDER A ESPECIFICIDADE DO MÉTODO NO DIAGNÓSTICO DA MASTITE SUBCLÍNICA. Material e Métodos : MATERIAL E MÉTODOS: Foram analisadas 933 amostras de leite de 236 vacas da raça Holandesa e animais mestiços, em diversos estágios de lactação de duas propriedades de exploração leiteira. Foram realizados testes de Tamis para diagnóstico de mastite clínica e o CMT (California Mastitis Test), para o detecção dos casos subclínicos e concomitantemente, foram colhidas amostras individuais de 25 mL de leite de todos os quartos mamários para realização da Contagem de Células Somáticas (CCS). A CCS foi realizada em equipamento SOMACOUNT IBC (Bentley®, Canadá). Resultados e Conclusões : RESULTADOS E DISCUSSÃO: Estudos internacionais realizados nos Estados Unidos e na Holanda vacas referiram que 200 x 103 células/mL seria o nível adequado de CCS para diagnóstico de mastite. As análises efetuadas no presente estudo demonstraram, entretanto, que ao se estabelecer como limiar de positividade 200 mil células/mL para o diagnóstico de mastite, a sensibilidade de CCS foi 54 % e a especificidade 98%, enquanto que, CMT apresentou 98% de sensibilidade e 61% de especificidade. A concordância entre os testes foi Kappa= 0,48, esse nível é interpretado como de uma concordância média ou moderada. Com limiar de positividade para CCS de 100 mil células /mL e CMT a partir do escore 1+, a sensibilidade apresentada com CCS foi de 72% e a especificidade de 92%. Enquanto que, CMT apresentou sensibilidade de 92% e especificidade S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” de 71%. A concordância entre os testes para esse limiar foi de Kappa = 0,62, classificada como concordância muito boa (concordância substancial varia de Kappa= 0,61-0,8). CONCLUSÕES: Os resultados obtidos demonstraram que 100 mil células/mL de CCS é um limiar de diagnóstico de mastite mais adequado. Quanto à sensibilidades e especificidade verificou-se que em qualquer dos dois limiares adotados para CCS (200 mil células/mL ou 100 mil células /mL ) CMT apresentou sensibilidade mais alta, embora a especificidade tenha sido mais baixa, portanto CMT continua sendo um bom teste de triagem a ser usado a campo, pode ser utilizado como teste de rotina, para avaliação do processo inflamatório em amostras individuais dos quartos mamários.Realizado com apoio financeiro do CNPq e FAPESP Palavras-chave: Palavras-chaves: mastite bovina, CCS, CMT, concordância, sensibilidade. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 116 Título do trabalho: Utilização de antimicrobianos como promotores de crescimento e resistência de isolados de enterobacteriaceae em suínos em diferentes fases do crescimento Email: [email protected] Eixo Temático: Inocuidade e Segurança Alimentar Autor: Juliana Roland Teixeira Instituição: Universidade Federal de Uberlândia Observações: Patrícia Alves Teixeira - Márcia Carolina Otoni Resende - Prof. Dr. Paulo Pinto Gontijo Filho. Introdução: Dentre os gêneros da família Enterobacteriaceae reisitentes aos antimicrobianos destacam-se: Salmonella, Escherichia, Shigella, Yersinia, sendo as duas primeiras de amior relevância em virtude de implicações com morbidade, mortalidade mais expressivos e custos tanto na área de doenças infecciosas em humanos quanto em animais. No Brasil a administração de aditivos, incluindo antimicrobianos, à ração de suínos é comum.. Entre as vantagens atribuídas à esta prática destacam-se o aumento da produtividade, redução na mortalidade, a prevenção de infecções e o bloqueio dos processos microbiológicos que resultam em um melhor aproveitamento da ração. A adição de antimicrobianos à ração reduz o número de bactérias junto à mucosa intestinal e a competição com o hospedeiro por nutrientes, bem como diminui a produção de toxinas e amônia, que prejudicam a absorção. Conseqüentemente há menor número de células inflamatórias na parede intestinal e os processos de descamação e renovação das vilosidades intestinais se fazem com menor freqüência. Entretanto o uso crescente e indiscriminado destas substâncias em suinocultura industrial, como promotores de crescimento, favorece a seleção e emergência de cepas resistentes incluindo de espécies patogênicas. Objetivos : Verificar o impacto do uso de antimicrobianos como promotores de crescimento em rações utilizadas para suínos, quanto à presença de isolados de Escherichia coli e Salmonella spp. e outras espécies/ gênero de Enterobacteriaceae lactose negativas e positivas na microflora fecal de suínos, durante vários estágios do ciclo de engorda de leitões e verificar o espectro de resistência destes isolados às diferentes classes de antimicrobianos. Aplicabilidade dos Resultados : Esta investigação tem como propósito disponibilizar ao produtor resultados que comprovem uma possível resistência das Enterobacteriaceae frente aos antibióticos adicionados à ração por ele utilizadas. Material e Métodos : 1)Coleta do material: Foram coletadas amostras de feses, em diferentes baias e transportadas em tubos contendo solução de salina estéril ao Laboratório de Microbiologia da UFU, em tempo inferior a duas horas. 2) Isolamento e Identificação: Foi preparado uma suspensão a 1% de salina; volumes de 0,1 ml foram inoculados em Ágar MacConkey, incubadas a 37ºC, por 24 a 48 horas. Após o crescimento as colônias lactose positivas e lactose negativas foram inoculadas em meio estoque e encubadas, por 24 a 48 horas e posteriormente identificadas através dos testes bioquímicos de produção de indol, H2S e motilidade. 3) Antibiograma: O teste de susceptibilidade aos antimicrobianos será realizado pela técnica de difusão em gel de acordo com as recomendações do NCCLS. Os isolados de fezes previamente identificados serão subcultivados em TSA e posteriormente as colônias serão semeadas em caldo TSB. A suspensão resultante será diluída em salina estéril para a obtenção de colônias isoladas, e padronizada de acordo com a escala 0,5 de Mc Farland, correspondente a dez a oitava ufc/ml e semeada em Ágar mueller Hinton seguindo a aplicação dos seguintes discos antimicrobianos: Aampícilina, Cefepime, Cloranfenicol, Trimetoprim, Gentamicina, Imipenem e |Tetraciclina. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” Resultados e Conclusões : *Não houve produção de H2S em nenhum dos tubos. * Houve produção de indol em todos os tubos. * Em nenhum tubo houve produção de gás. * TSI > Ácido/Ácido positivo para todos. O trabalho ainda está em andamento. Palavras-chave : Palavras-chave : Antimicrobianos, Enterobactireaceae, suínos S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 117 Título do trabalho : Ovariectomia em novilhas Nelore x Angus (Bos taurus indicus x Bos taurus taurus) Email: [email protected] Eixo Temático: Reprodução Animal Autor: Chacur M.G.M.1 Instituição: UNOESTE Observações: Marin M.F.2, Godoy G.B. 2, Kronka S.N.3 Introdução: INTRODUÇÃO: A atividade pecuária no estado do Mato Grosso do Sul vem passando por transformações devido à elevação do preço da terra e a entrada de novas culturas agrícolas, forçando os criadores a intensificar o modelo de produção de carne. Uma das alternativas é a castração de machos e fêmeas que na opinião da maioria dos criadores leva ao aumento do ganho de peso. A avaliação do efeito da ovariectomia no ganho de peso em novilhas é importante como alternativa de manejo para os criadores. Objetivos : OBJETIVO: O objetivo do trabalho foi de comparar o ganho de peso de novilhas meio sangue Nelore x Angus, castradas e inteiras submetidas aos regimes de criação a pasto e confinamento. Aplicabilidade dos Resultados : Os resultados obtidos fornecem informações para a interpretação dos achados clínicos durante a realização do exame ginecológico. Material e Métodos : MATERIAL E MÉTODOS: Foram utilizadas 60 novilhas Nelore x Angus, com idades de 18 meses, divididas em grupo 1 = 30 fêmeas inteiras e grupo 2 = 30 fêmeas ovariectomizadas via flanco. Os animais foram mantidos em pastagem de Brachiaria decumbens e pesados aos 39 e 75 dias. No dia seguinte foram transferidas para o confinamento permanecendo por 144 dias, com realização de nova pesagem. Resultados e Conclusões : RESULTADOS: Houve diferença significativa (p<0,01) para o ganho de peso entre os grupos aos 39 e 75 dias, com média de ganho de peso diário de 0,51 kg para o grupo 1 e de 0,65 kg para o grupo 2, aos 75 dias. No dia seguinte, todas as novilhas foram transferidas para o confinamento, permanecendo durante 144 dias. Houve diferença significativa (p<0,01) para o ganho de peso médio diário, sendo de 0,73 kg para o grupo 1 e de 0,58 kg para o grupo 2. O emprego da ovariectomia em novilhas é aconselhável pois as fêmeas castradas podem ser manejadas com outras categorias de animais. CONCLUSÕES: A castração de novilhas promove um maior ganho de peso em regime de pasto, porém revela ganhos inferiores às inteiras, quando mantidas em confinamento. A ovariectomia via flanco mostrou-se de fácil realização, sendo uma técnica segura. Palavras-chave : Palavras-chaves: novilhas mestiças, ovariectomia, ganho de peso, pastagem, confinamento. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 118 Título do trabalho: EFEITO DA INCLUSÃO DE NÍVEIS CRESCENTES DE FARELO DE CEVADA ÚMIDO EM RAÇÕES PARA SUÍNOS EM FASE DE CRESCIMENTO Email: [email protected] Eixo Temático: Produção Animal e Agronegócio Autor: Danillo Salgado de Barros Instituição: UFMT Observações: Lourival de Souza e Silva Júnior; João Garcia caramori júnior; Sávio Amado - FAMEV – UFMT; Ednaldo Miranda Pereira. Introdução: A suinocultura é uma atividade que se destaca no setor agropecuário brasileiro, já que nos últimos 14 anos houve um acréscimo nas exportações de carne suína no valor de 296,95%, ocupando 13,67% do mercado mundial de carne suína em 2004. No entanto, os custos de produção têm aumentado em uma velocidade extrema, sendo esses custos atribuídos principalmente a nutrição de leitões em fase de crescimento. Como o milho representa o ingrediente de maior quantidade na ração de suínos, há vários estudos sobre a utilização de alimentos alternativos na substituição do milho a fim de diminuir os custos de produção. Objetivos : Verificar a eficiência do farelo de cevada úmido (FCU) como substituto do milho nas rações de suínos em fase de crescimento sobre o desempenho (consumo de ração, ganho de peso e conversão alimentar). Aplicabilidade dos Resultados : Diminuir os custos na produção de suínos em fase de crescimento. Material e Métodos : O experimento foi realizado na Fazenda Experimental da FAMEV - UFMT, localizado no município de Santo Antônio de Leverger -MT. Foram utilizados 40 leitões da linhagem Dalland (Large White x Pietran), com idade de aproximadamente 60 dias e peso vivo variando entre 25 a 30kg. Os leitões foram distribuídos ao acaso em 8 baias, sendo cinco leitões por baia e utilizando duas baias por tratamento (10 leitões por tratamento), os quais receberam os seguintes tratamentos: Tratamento AGrupo controle (0% de adição de farelo de cevada úmido (FCU); Tratamento B10% de adição de FCU; Tratamento C 20% de adição de FCU; Tratamento D30% de adição de FCU. Os leitões receberam a ração à vontade durante todo o experimento (total de 60 dias) com abastecimento manual às 6:30h e 17:00h. Os leitões foram pesados no início do experimento (60 dias de idade), trinta dias após e no final do experimento (120 dias de idade). Em cada pesagem foi registrado o peso de cada leitão para se calcular o ganho de peso. Diariamente pela manhã era registrado o peso das sobras do dia anterior para posterior cálculo do consumo de ração. Foi calculado o consumo de ração nos três períodos do experimento (1º , 30º e 60º dia). Em cada período do experimento também foi realizada a conversão alimentar (C A). Os cálculos estatísticos foram realizados com base nos testes F e T utilizando o programa "STATISTICS: BASIC STATISTICS" e análise de regressão. Resultados e Conclusões : Os resultados sobre o consumo médio de ração no presente experimento mostraram que na comparação entre os diferentes tratamentos, não houve diferença significativa nos dois momentos de avaliação( 1º- 39º dia; 39º- 56º dia) (p>0,05). Com relação ao ganho médio de peso dos leitões, foi possível demonstrar diferença estatística significante entre o tratamento controle (A) e o tratamento D (p=0,0043) pelo teste T nos dois períodos de avaliação, porém quando se comparou o tratamento controle com os tratamentos B e C não houve diferença significativa entre esses diferentes tratamentos (p>0,05). A conversão alimentar estatisticamente não foi prejudicada ao incluir o farelo de cevada úmido em diferentes níveis de substituição ao milho. CONCLUSÂO: A inclusão do farelo de cevada úmido em até 20% em substituição ao milho, não interfere no ganho médio de peso e consumo de ração dos leitões em fase de crescimento. Palavras-chave : substituição; milho; ganho; peso. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 119 Título do trabalho : AVALIAÇÃO DO PERFIL BIOQUÍMICO (CREATININA PLASMÁTICA E URÉIA PLASMÁTICA) DOS CÃES ERRANTES DO MUNICÍPIO DE JATAÍ - GOIÁS Email: [email protected] Eixo Temático: Bioquimica Autor: MARINHO , Hugo Murilo Toledo Instituição: Universidade Federal de Goias Observações: CARVALHO, Tatiane Furtado de1; MORAIS, Michele1; SOARES, Luana Queiroz1; BRAGA, Carla Afonso da Silva Bitencourt 2; SANDRINI, Cecília Nunes Moreira2; MORTATE, Louise Pereira 1; MARINHO , Hugo Murilo Toledo; BERNARDO, Arianny Campos1; RAPOSO, Hugo Ramos1 Universidade Federal de Goias Introdução: As determinações bioquímicas no sangue podem incluir a mensuração de qualquer uma das diversas substâncias encontradas no plasma sanguíneo (BUSH, 2004). A uréia é amplamente excretada pelos rins, embora cerca de um quarto seja excretado pelo intestino, o qual é convertido em amônia e, absorvido e reconvertido em uréia (BUSH, 2004). A creatinina é uma substância presente no músculo que esta envolvida na estabilização de ligações de fosfato de alta energia não necessárias para o uso imediato (KERR, 2003). Objetivos : : O objetivo deste trabalho foi avaliar a função renal através da mensuração de Uréia Plasmática e Creatinina Plasmática, considerando a prevalência quanto à raça, o sexo, a idade e os principais sinais clínicos (desidratação e alterações cardíacas) de cães errantes capturados ou doados pelo Centro de Controle de Zoonoses . Aplicabilidade dos Resultados : foram avaliados 22 animais quanto a dosagem de Uréia Plasmática e 16 quanto a dosagem de Creatinina Plasmática. Os resultaos foram: Creatinina Plasmática (0.77mg/dL±0.35) e Uréia Plasmática (29.35mg/dL±7.03). De acordo com o sexo, nos machos foram obtidas as seguintes médias: Creatinina Plasmática (0,8mg/dL±0,16) e Uréia Plasmática (21.24mg/dL±7.51). E nas fêmeas: Creatinina Plasmática (0,69mg/dL±0,5) e Uréia Plasmática (30.82mg/dL±6.56). Em relação à idade foram obtidas as seguintes médias: de zero a um ano de idade: Creatinina Plasmática (1,05mg/dL±0,96) e Uréia Plasmática (35.45mg/dL±9.42); De um a três anos de idade: Creatinina Plasmática (0,65mg/dL±0,25) e Uréia Plasmática (24.24mg/dL±9.95); E mais de três anos de idade: Creatinina Plasmática (0,84mg/dL±0,13) e Uréia Plasmática (26.55mg). Quanto aos sinais clínicos foram avaliadas desidratação e alterações cardíacas. Quanto à desidratação em relação à raça (SRD) e geral foram obtidas as seguintes médias: Creatinina Plasmática (0.92mg/dL0.48) e Uréia Plasmática (35.02mg/dL5,07); Quanto às alterações cardíacas obteve-se as seguintes médias; quanto à raça (SRD) e geral: Creatinina Plasmática (0.37mg/dL) e Uréia Plasmática (38.06mg/dL6,84). Material e Métodos : Para a realização das provas bioquímicas foram colhidas quatro ml de sangue em tubo vacutainer. de 16X125 mm, descartáveis, de vidro, siliconizado, com tampa e sem anticoagulante. Resultados e Conclusões : Conclui-se que apesar dos animais avaliados serem cães de rua, estes não apresentaram alterações significantes nas bioquímicas avaliadas. Provavelmente isto se deve a alimentação e água que esses animais obtêm na rua. Alterações cardíacas são raramente Palavras-chave : Bioquimica,Avaliação,Cães S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 120 Título do Trabalho: IDENTIFICAÇÃO DE Mycobacterium bovis POR PRAPCR E-mail: [email protected] EixoTemático: Zoonose Autor: Eduardo Eustáquio de S. Figueiredo. Observações: Luciana Golinelli Pacheco1; Marlei Gomes da Silva2, Leila Souza Fonseca2, Joab Trajano Silva,Vânia M. Flosi Paschoalin1 Instituição: Instituto de Química, 2 Centro de Ciências da Saúde Universidade Federal do Rio de Janeiro. Introdução: O Mycobacterium bovis é o agente causador de uma importante zoonose denominada tuberculose bovina a mesma é transmissível através da via aerógena, leite e derivados não pasteurizados. A demora no seu isolamento e identificação conduziu este estudo a ter como objetivo, identificar com rapidez e segurança o M. bovis através da reação da polimerase em cadeia (PCR) e por análise de fragmentos de restrição (PRA). M. tuberculosis H37rv ATCC 27294 e M. tuberculosis H37ra ATCC 25177 e colônias isoladas de lesões típicas de tuberculose bovina foram usadas na extração do DNA genômico por lise térmica. Foi procedido uma PCR utilizando os oligonucleotídeos tb11 (5’ACCAACGATGGTGTGTCCAT) e tb12 (5’-CTTGTCGAACCGCATACCCT), nas seguintes condições foram feitos 10 min a 95°C, 45 ciclos de amplificação de 1 min a 94°C, 1min a 65°C e 1min a 72°C seguida de uma extensão final de 7 min a 72°C, e o amplificado foi digerido com as enzimas de restrição (BstE II e Hae II). Realizou-se outra PCR utilizando jb21: (5’-TCGTCCGCTGATGCAAGTGC – 3)’ jb22: (5’- CGTCCGCTGACCTCAAGAAG - 3’) nas seguintes condições 5 min a 94°C, 30 ciclos de 1min a 94°C, 1min a 68°C e 1min a 72°C seguida de uma extensão de 10 min a 72°C. Os amplificados e os fragmentos de restrição foram visualizados em gel de agarose e corados com brometo de etídeo. Com o (tb11/tb12) obtivemos um fragmento de 441pb do gene hsp65 que é conservado em todas as micobactérias. A digestão deste fragmento resultou no seguinte perfil de bandeamento BstE II: 245pb, 125pb, 80pb e Hae III: 160pb, 140pb, 70pb resultado este já esperado para amostras pertencentes ao complexo tuberculosis a qual o M. bovis faz parte. Ao utilizar (jb21/jb22) foi possível amplificar um fragmento de 500pb apenas na amostra suspeita, o que demonstra a eficiência do teste em identificar e diferenciar o M. bovis de outras espécies do mesmo complexo como o M. tuberculosis que chega a apresentar 99,95% de homologia ao M. bovis. A PRA e a PCR foram capazes de identificar o gênero Mycobacterium, o complexo tuberculosis e a espécie M. bovis ou M. bovis BCG. Trabalhos Científicos Apresentados S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” Sexta-feira - dia 12/05 01 Título do trabalho: REGISTRO DE INFECÇÃO NATURAL POR Platynosomum concinnum EM GATO DOMÉSTICO NA ÁREA URBANA DE CUIABÁ, MT, BRASIL. Email: [email protected] Eixo Temático: Ciências Básicas Autor: Kemmel Lucas Nadaf Instituição: Universidade de Cuiabá - UNIC Observações: MOURA S.T. 1, JESUS L.P. 1 , YAMANAKA A.R. 1, RODRIGUES K.C.2, BATISTA R.A.2, NADAF K.L.2 1. Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade de Cuiabá: Av. Beira Rio, nº 3100, Cuiabá, MT, Brasil, [email protected] 2. Acadêmico do Curso de Medicina Veterinária, Universidade de Cuiabá, MT, Brasil. Introdução: INTRODUÇÃO: O Trematódeo do Gênero Platynosomum é um parasito dos ductos biliares de felinos. Seus ovos são eliminados nas fezes do hospedeiro definitivo, ingeridos por moluscos que desenvolvem cercarias em seu interior. Estas por sua vez abandonam o molusco e são ingeridas por lagartixas. As cercarias atravessam o tubo digestivo da lagartixa e passam à metacercária, que é acidentalmente ingerida pelo hospedeiro definitivo. As metacercárias saem do intestino e vão se localizar no fígado, onde as formas jovens migram e atingem os ductos biliares onde se tranformam em adultas. A presença dos parasitos determina dilatação dos canais biliares e espessamento de suas paredes com proliferação de epitélio e conseqüente hipertrofia do fígado. Pode ocorrer diarréia, vômito e icterícia progressiva. O diagnóstico reside na realização de Exame de Fezes através de Técnicas de flutuação e sedimentação para observação de ovos. Objetivos: OBJETIVO: O presente estudo teve por objetivo registrar a infecção natural de um gato doméstico atendido no Hospital Veterinário da Universidade de Cuiabá, MT, Brasil , por trematódeo do gênero Platynosomum concinnum diagnosticado a partir de Exame de Fezes pela Técnica de Sedimentação. Aplicabilidade dos Resultados: Registrar ocorrência de Infecção por Platynossomum através de exame de fezes pela técnica de sedimentação. Material e Métodos: MATERIAL E MÉTODOS: um felino, adulto, macho, da raça Siamês, 3 anos, deu entrada no Hospital Veterinário apresentando diarréia esverdeada, além de quadro compatível com Síndrome Urológica Felina. As fezes do animal foram coletadas e enviadas ao Laboratório de Parasitologia do referido Hospital. Durante atividade prática com alunos do Internato as fezes foram processadas e submetidas a diversas repetições de exames através das técnicas de Flutuação (Método de Willis - Mollay) e Sedimentação (Método de Hoffmann). Resultados e Conclusões : RESULTADOS: Os resultados dos Exames realizados através da técnica de flutuação foram todos negativos, já através da técnica de sedimentação foi possível constatar a presença de ovos de Platynosomum concinnum. CONCLUSÃO: tem sido relatada a ocorrência de Platynosomum concinnum através de exames de fezes de gatos domésticos processadas através de técnicas de flutuação e sedimentação. Porém, neste caso a técnica de flutuação não detectou a presença do parasitismo sendo este confirmado através de técnica de sedimentação. Este fato salienta a importância em adotar Técnicas como esta na rotina laboratorial. Palavras-chave: Palavras-chaves: Gato Doméstico, Parasitos, Trematódeos, Platynosomum sp. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 02 TÍTULO DO TRABALHO : REVISÃO BIBLIOGRÁFICA DO EFEITO ANALGÉGICO E ANTIINFLAMATÓRIO DO CARPROFENO EM OSTEOARTRITES DE CÃES E-mail: [email protected] Eixo Temático: Clínica de pequenos e grandes animais Autor: BRAGA E. M.1, CARNEIRO J. S.2 Instituição: 1- Residente de cirurgia no Hospital Veterinário da Universidade de Uberaba, na Av. Tutunas 720 Uberaba - M.G; Observações: 2- CARNEIRO J. S., Professora Titular de Farmacologia do Istituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal de Uberlândia. Introdução: O carprofeno, um fármaco testado há alguns anos, tanto nos Estados Unidos como no Canadá, mostrou ser um bom analgésico e antiinflamatório em várias situações. Contudo sua ação em tecidos duros como ossos e cartilagens ainda se encontra bastante controversa, como no caso da osteortrite canina(OA). Objetivos : O propósito deste trabalho é realizar uma revisão de literatura sobre os efeitos analgésicos e antiinflamatórios do Carprofeno, no tratamento sintomático de OA em cães. Aplicabilidade dos Resultados : Avaliar a eficácia do carprofeno nos tratamentos sintomáticos de doenças inflamatórias agudas e crônicas em animais. Material e Métodos : Revisão Bibliográfica do carprofeno nos últimos 10 anos. Resultados e Conclusões : O uso do Carprofeno em animais com OA reduziu as mudanças estruturais parcialmente, como: diminuição no crescimento de osteófitos, na severidade de lesões de cartilagem, e no remodelamento de ossos subcondrais. Porém não houve alteração da mataloprotease(MMP) em geral e das atividades de colagenase diretamente em cartilagem, contudo modificou os níveis de uPA e IGF-1 em osteoblastos, sugerindo um efeito direto em tecido ósseo. Em modelos de OA, os fármacos que reduziram a progressão de lesões de cartilagem, também diminuíram a síntese de MMP. Como todos os estudos consultados mostraram que o Carprofeno não reduziu a atividade de MMP em cartilagens sinoviais, resta a dúvida; o Carprofeno induz a um efeito curativo ou apenas conservador. No caso de tecidos duros, não foi comprovada sua eficácia como agente de regressão das lesões, porém, em função de seu evidente efeito condroprotetor, como também do osso subcondral, é aceitável seu uso nas OA. Palavras-chave: Osteoartrite, Carprofeno, AINES. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 03 Título do trabalho: LEVANTAMENTO DE DERMATÓFITOS E OUTROS FUNGOS PATOGÊNICOS ISOLADOS DE CÃES ATENDIDOS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UNIVERSIDADE DE CUIABÁ, ESTADO DE MATO GROSSO. E-mail: [email protected] Eixo Temático: Ciências básicas Autor: Avila M. O Instituição: Universidade de Cuiabá - Faculdade de Med. Veterinária Observações: Fernandes, C.G. N2; Souza, D.R.D.3 Introdução: Os cães albergam fungos sapróbios em suas coberturas pilosas e pele. Dermatófitos também são isolados dos pêlos e da pele de cães clinicamente saudáveis, mas há dermatopatias como as micoses superficiais que são causadas por fungos dos gêneros Microsporum e Trichophyton, que além de sua freqüência na clínica médica de pequenos animais, constituem importante fonte de estudo para saúde pública. A Malassezia pachydermatis faz parte da microbióta fúngica normal da pele, comportando-se de maneira saprófita, porém alterações do microambiente local, como aumento da temperatura, umidade e substrato determinam a proliferação da levedura. No meato acústico, a secreção de grande quantidade de cerúmen favorece o desenvolvimento da M. pachydermatis exageradamente, determinando quadros clínicos de otite externa. Objetivos : realizar leventamento de dermatófitos e outros fungos patogênicos em animais atendidos no Hospital Veterinário da Universidade de Cuiabá, apresentando alterações cutâneas compatíveis com micose superficial. Aplicabilidade dos Resultados : Material e Métodos : No período de maio de 2000 a dezembro de 2005 foram coletadas 479 amostras de pêlos e descamação cutânea e realizadas 239 impressões em lâmina de vidro para microscopia sobre a pele em cães que apresentavam alterações dermatológicas e/ou otológicas compatíveis com dermatomicose. No Laboratório de Microbiologia do Hospital Veterinário da UNIC, realizaram-se técnicas de isolamento e caracterização fúngica a partir das amostras de pele e pêlos, bem como exame citológico nas impressões em lâmina de vidro pela técnica de PAS e coloração de Gram. Resultados e Conclusões : Das 479 amostras de pêlo e descamação cutânea, 81 resultaram positivas para Trichophyton mentagrophytes, sendo que em nove amostras foi observada também a presença de Scopulariopsis brevicaulis. Quarenta e sete amostras resultaram positivas para Microsporum canis, perfazendo um total de 128 amostras positivas para dermatófitos. Evidenciou-se também a presença de outros fungos, sendo respectivamente, Histoplasma capsulatum (0,8%), Curvularia sp. (0,4%), Sporothrix schenkii (0,2%), Geotrichum sp. (0,2%), Cladosporium sp. (0,2%), Sepedonium sp. (0,2%). Dos 239 exames citológicos 147 apresentaram mais de dez células leveduriformes características de M. pachydermatis por campo, sendo consideradas positivas. Os resultados encontrados no presente levantamento e no período estudado permitem concluir que a ocorrência de dermatófitos envolvidos em casos de dermatomicose superficial canina foi elevada; a freqüência de isolamentos de Trichophyton foi maior em relação ao gênero Microsporum, sendo evidenciada também a associação de Scopulariopsis brevicaulis com Trichophyton mentagropytes; a freqüência de M pachydermatis em cães, pelo exame citológico foi elevada. Palavras-chave: Cães, Dermatofitose, Malasseziose, Fungos. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 04 Título do trabalho : LEVANTAMENTO DE BACTÉRIAS PRESENTES NO CONDUTO AUDITIVO EXTERNO DE CÃES COM SINTOMATOLOGIA CLÍNICA DE OTITE, ATENDIDOS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UNIVERSIDADE DE CUIABÁ, ESTADO DE MATO GROSSO E-mail: [email protected] Eixo Temático: Ciências Básicas Autor: Avila, M.O. Instituição: 3 Acadêmica Faculdade de Medicina Veterinária- UNIC Observações: Fernandes, C.G.N2; Souza, D.R.D.3 Introdução: A otite externa é uma afecção de elevada freqüência em cães, acometendo o conduto auditivo externo de forma uni ou bilateral, perpetuada por diversos agentes patogênicos envolvidos e fatores predisponentes que se relacionam com a infecção. A resposta ao tratamento pode ser complicada devido às etiologias multifatoriais que concorrem para o estabelecimento das lesões, sendo a identificação do agente patogênico de relevante importância ao sucesso terapêutico. Objetivos : identificar as bactérias envolvidas em processos de otite externa em cães atendidos no Hospital Veterinário da Universidade de Cuiabá, que apresentavam alterações clínicas compatíveis com otite externa. Aplicabilidade dos Resultados : Material e Métodos : Foram obtidas 174 amostras de secreção auricular de 87 animais, colhidas por meio de zaragatoa estéril, friccionada à parede do conduto auditivo externo. As amostras foram acondicionadas em caldo BHI "Brain Infusion Heart" até chegada ao Laboratório de Microbiologia do Hospital Veterinário da UNIC, onde foram semeadas em placas contendo Agar Sangue e Agar MacConkey, incubadas em estufa a 370 C durante 24 horas. Após o desenvolvimento das colônias bacterianas, realizou-se coloração de Gram, para identificação de bactérias Gram positivas e Gram negativas. Posteriormente foram realizadas provas complementares e baterias bioquímicas visando à caracterização da espécie bacteriana em estudo. Resultados e Conclusões : Evidenciou-se desenvolvimento bacteriano em 73 animais (83,9%), sendo respectivamente Staphylococcus epidermidis (28,7%) Proteus vulgaris (15,1%) Proteus mirabilis (15,1%) Pseudomonas aeruginosa (15,1%) Klebsiella sp. (8,2%) Staphylococcus aureos (8,2%), Bacillus sp. (5,5%), Staphylococcus saprophyticus Os resultados encontrados no presente levantamento e no período estudado permitem concluir que a ocorrência de otite bacteriana em cães com sintomatologia sugestiva atendidos no Hospital Veterinário da UNIC foi elevada; evidenciou-se maior freqüência de isolamento para bactérias do gênero Staphylococcus. Palavras-chave: Otite, Bactérias, Cães, Infecção. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 05 HIDRONEFROSE E OBSTRUÇÃO INTESTINAL SECUNDÁRIA A GRANULOMA POR FIO DE SUTURA APÓS OVARIOSSALPINGO-HISTERECTOMIA EM CÃO – RELATO DE CASO Eixo Temático: Clínica de Pequenos Animais. Wimmer, H.C.R.1; Scapucin, P.2; Assis, C.J.3; Siqueira, K.B.4; Silva, M.A.5; Benetti, A.H.6 1,3 Médico Veterinário Autônomo. Av. Carmindo de Campos, 520, Cuiabá-MT, e-mail: [email protected]; 2,6 Professora MSc. da Faculdade de Medicina Veterinária/Universidade de Cuiabá: Av. Beira Rio, 3100, Cuiabá-MT; 4,5 Médica Veterinária Residente da Clínica Médica de Pequenos Animais da Faculdade de Medicina Veterinária/Universidade de Cuiabá: Av. Beira Rio, 3100, Cuiabá-MT. INTRODUÇÃO: Hidronefrose é a dilatação da pelve renal devido à obstrução do fluxo eferente da urina e está associada a aumento da pressão e dilatação da pelve e atrofia progressiva do parênquima renal. A aparência do parênquima e o grau de dilatação da pelve variam com o tempo da obstrução e o fato de ser completa ou parcial. A obstrução pode ser em conseqüência de tumores da bexiga urinária, uretra e próstata, envolvendo o trígono vesical, além de inflamações, cálculos, massas extrínsecas, como granuloma por fio de sutura em fêmeas castradas ou estenose. RELATO DE CASO: Um canino da raça Poodle, fêmea, foi atendida junto à Clínica Veterinária Top Quality, em Cuiabá-MT, apresentando episódios eméticos há dois meses e emagrecimento, quadro iniciado após o animal ser submetido à ovariossalpingo-histerectomia de conveniência. Ao exame físico, constatou-se a presença de fístula abdominal localizada na região cranial lateral direita. O hemograma não demonstrou qualquer alteração significativa e as funções renal e hepática estavam normais. Realizou-se exame ultra-sonográfico abdominal, que demonstrou perda total da identificação da arquitetura interna do rim direito, com pequena porção da região cortical, pelve e sistema coletor completamente dilatados com acúmulo de conteúdo líquido, demonstrando hidronefrose severa. Dilatação exacerbada de segmento intestinal por conteúdo alimentar adjacente ao rim direito foi visibilizada. O animal foi, então, submetido a laparotomia exploratória, onde pôde-se confirmar o diagnóstico de hidronefrose do rim direito e obstrução intestinal devido a aderência do mesmo associada à granuloma por fio de sutura após ovariossalpingo-histerectomia. Realizou-se a nefrectomia do rim direito, tratamento de escolha no caso de hidronefrose unilateral, seguida de enterectomia do segmento intestinal obstruído e posterior enteroanastomose. O animal, até o presente momento, encontra-se bem e não apresentou mais episódios eméticos desde o pós-operatório. A fístula teve sua cicatrização completa. Achou-se conveniente o relato deste caso, como uma forma de contribuição ao diagnóstico de hidronefrose e como alerta aos médicos veterinários para a importância de uma ovariossalpingo-histerectomia cautelosa. Palavras-chave: hidronefrose, ovariossalpingo-histerectomia, ultra-sonografia, cão. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 06 MIOCARTITE LINFOPLASMOCITÁRIA EM CÃO ATENDIDO NO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UNIVERSIDADE DE CUIABÁ – UNIC Eixo Temático: Clínica de Pequenos Fernandes C.G.N.1, Scapucin P.2, Ferreira A.M.R.3, Almeida E.C.P.4, Souza D.R.D.5, Silva J.A. 6 1,2 Profª Faculdade de Medicina Veterinária/Universidade de Cuiabá: Av. Beira Rio, 3100, Cuiabá-MT - [email protected] 3 Profª Faculdade de Veterinária/Universidade Federal Fluminense: Av. Ari Parreiras,s/n , Niterói-RJ; 4 Médica Veterinária Patologista/Diagnovet-RJ; 5,6 Acadêmicos Faculdade de Medicina Veterinária-UNIC INTRODUÇÃO: A miocardite é definida como mudanças inflamatórias do músculo do coração e é caracterizada por infiltrado de células mononucleares intersticiais com necrose de miócitos que na maioria dos casos pode ser causada por infecção viral, embora possa ser bacteriana, fúngica ou por protozoários. RELATO DE CASO: Um canino da raça Blue Hiller, fêmea de 17 meses deu entrada no Hospital Veterinário apresentando aumento de volume na região abdominal e dificuldade respiratória, o que levou a proprietária a suspeitar de uma possível prenhez. O animal vivia em fazenda com outros cães. Sua alimentação baseava-se na ração da linha Premium e segundo a proprietária, a paciente estava com a imunização básica completa e desverminada. No exame físico foi detectada dispnéia. Foram solicitados exames complementares como: hemograma, perfil bioquímico de função renal e hepática e dosagem de albumina pesquisa de microfilárias e urinálise. Realizou-se também abdominocentese para exame do líquido ascético, RX de tórax e eletrocardiograma (ECG). Os resultados dos exames mostraram-se normais, exceto pela hipoalbuminemia e hematúria intensa. O RX revelou aumento global de silhueta cardíaca, deslocamento dorsal da traquéia e padrão pulmonar intersticial surgindo edema pulmonar. Ao ECG percebeu-se braquicardia intensa. Administrouse furosemida 4mg/kg por via intravenosa para controle sintomático da ascite. Seis dias após, retornou em estado de choque com hipotermia (34,1ºC), extremidades frias, FC 12 bpm, dispnéia mais intensa e com ascite. O procedimento de emergência consistiu na administração 0,044mg/kg de atropina por via intravenosa; aminofilina 10mg/kg (diluído em solução fisiológica); 150 mg/kg de hidrocortizona por via intravenosa, 4 mg/kg de furosemida e oxigenoterapia. Quatro horas depois a paciente apresentou parada cardíaca, tendo sido aplicados cuidados convencionais com sucesso. No dia seguinte, a proprietária solicitou eutanásia. Posteriormente o coração foi enviado para exame anatomopatológico no serviço de Anatomia Patológica da Universidade Federal Fluminense-UFF, onde constatou-se miocardite linfoplasmocitária. Palavras-chave: cão – cardiopatia – miocardite linfoplasmocitária. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 07 Título do trabalho: MICROBIOTA DA MUCOSA VAGINAL DE FÊMEAS CANINAS CLINICAMENTE SAUDÁVEIS ATENDIDAS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UNIVERSIDADE DE CUIABÁ, MT. E-mail: [email protected] Eixo Temático: Ciências Básicas. Autor: Alarcon, L.F Instituição: Faculdade de Medicina Veterinária-UNIC Observações: Avila, M. O; Fernandes, C.G.N.2; Souza, M.A;Monteiro, A.O.N Introdução: Para caracterizar uma infecção bacteriana deve-se inicialmente estabelecer quais os padrões de normalidade de uma espécie, isto é, sua microbiota normal. As infecções bacterianas do sistema urogenital são freqüentes e geralmente são causadas por bactérias constituintes da microbiota normal do intestino e trato urogenital inferior. A vulvovaginite é a manifestação inflamatória e/ou infecciosa do trato genital inferior, ou seja, vulva, vagina e epitélio escamoso do colo uterino, que ocorre em fêmeas inteiras ou castradas de qualquer idade ou raça, durante qualquer estágio do ciclo reprodutivo. Quase sempre são causadas por agentes patogênicos (transmitidos ou não pelo coito), mas também podem relacionar-se a fatores físicos, químicos, hormonais e anatômicos que agem, ora de forma predisponente, ora desencadeando o processo. Objetivos: Identificar as bactérias presentes na mucosa vaginal de cadelas clinicamente saudáveis. Aplicabilidade dos Resultados: Material e Métodos: A amostragem englobou 30 cadelas, com faixa etária variável, de diversas raças, clinicamente saudáveis, durante o período de 01 de fevereiro a 15 de Março de 2006, no Hospital Veterinário da Universidade de Cuiabá. As amostras foram obtidas por meio de zaragatoa estéril friccionada à mucosa vaginal das cadelas, e armazenada em caldo BHI "Brain Infusion Heart" até a chegada ao Laboratório de Microbiologia do Hospital Veterinário da Universidade de Cuiabá, onde posteriormente foram semeadas em Ágar Sangue e Ágar Mac Conkey, incubado a 37° C durante 24 horas. Após o isolamento realizaram-se colorações de Gram, provas específicas e baterias bioquímicas para identificação da espécie bacteriana Resultados e Conclusões : Evidenciou-se desenvolvimento bacteriano em 24 animais (80%), sendo respectivamente Proteus vulgaris (13,3%), Escherichia coli (10%), Pseudomonas aeruginosa (10%), Staphylococcus aureos (10%), Proteus mirabilis (6,7%), Enterobacter sp. (6,7%), Klebsiella sp. (6,7%), Shiguella sp. (6,7%), Citrobacter sp. (6,7%), Streptococcus sp. (3,2%). Os resultados encontrados permitem concluir que a presença de bactérias na vagina de cadelas clinicamente saudáveis ocorreu em um número elevado de animais, evidenciou-se maior freqüência de isolamento para enterobactérias, principalmente do gênero Proteus sp. Palavras-chave: Cadela, Vulva, Vagina, Bactérias. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 08 Título do trabalho : EXAMES ECODOPPLERCARDIOGRÁFICOS DE CÃES ATENDIDOS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UFMG E-mail: [email protected] Eixo Temático: CLÍNICA VETERINÁRIA Autor: ARAÚJO,R.B., SILVA,E.F., MUZZI,R.A.L., ARAÚJO,L.R. Instituição: ESCOLA DE VETERINÁRIA - UFMG, DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA - UFLA Observações: ROBERTO BARACAT DE ARAÚJO – UFMG; EULER FRAGA SILVA – UFMG; RUTHNÉA APARECIDA LÁZARO MUZZI – UFLA; LEONARDO RODRIGUES DE ARAÚJO – UFMG. Introdução: Entre os diversos métodos de avaliação diagnóstica das patologias cardíacas, a ecocardiografia, técnica mais recente na Medicina Veterinária, tem sido um método fundamental, por ser dinâmico e não invasivo, permitindo avaliação da anatomia e fisiologia cardíaca. Uma das principais contribuições da ecodopplercardiografia é a possibilidade do diagnóstico e quantificação da disfunção ventricular. O conhecimento da prevalência das principais doenças cardíacas é fundamental para o clínico no estabelecimento de protocos terapêuticos eficientes. Objetivos : O objetivo deste trabalho é apresentar a prevalência das afecções cardíacas entre os cães atendidos pelo serviço de ecodopplercardiografia do Hospital Veterinário da Universidade Federal de Minas Gerais, ressaltando a importância deste exame no diagnóstico preciso das patologias cardiovasculares. Aplicabilidade dos Resultados : Material e Métodos : Foram avaliados 266 cães (122 fêmeas e 144 machos), com idades compreendidas entre 3 meses e 19 anos, atendidos no Hospital Veterinário da UFMG, no biênio 2001-2003. A metodologia dos exames e os valores de referência utilizados seguiram os preconizados pela literatura. Todos os exames foram gravados em videoteipe, o que permitiu o estudo retros pectivo dos mesmos. Resultados e Conclusões : A distribuição racial estudada foi a seguinte:Poodle (28,9%); Cães sem raça definida (SRD), (11,3%); Cocker Spaniel Inglês (10,5%); Pinscher (9,8%); Yorkshire (7,9%); Boxer (5,6%); Pastor Alemão (5,4%);Schnauzer (4,4%); Terrier (3,2%); Pequinês (2,0%); Bichon Frizé (1,1%); Spitz Alemão (1,1%); Outras raças (5,6%). As alterações mais frequentes foram: Doença valvular adqüirida (64,7%), observada principalmente nas raças de pequeno e médio porte. Apenas três animais de raças maiores apresentaram esse dianóstico; Cardiomiopatia dilatada (15,3%), sendo observada com mais frequência em cães machos de raças de grande porte; Alterações congênitas (9,8%):sendo as mais frequentes, estenose pulmonar (diagnosticada em cães das raças Poodle, Schnauzer e Pastor Alemão); Persistência de ducto arterioso (Pastor Alemão e Pinscher) e Defeito de septo ventricular e septo atrial, em menor número de casos.A hipertrofia concêntrica do ventrículo esquerdo foi diagnosticada em 5,1% dos animais estudados, e, em menor escala outras alterações, como hipertensão pulmonar e efusão pericárdica.CONCLUSÕES:as doenças valvulares são as afecções de maior prevalência, principalmente nas raças de pequeno e médio portes.A ecodopplercardiografia é uma técnica fundamental que possibilita o diagnóstico preciso de várias alterações cardíacas. Palavras-chave: S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 09 Título do trabalho : TÉCNICAS ORTOPÉDICAS UTILIZADAS NO TRATAMENTO DE FRATURAS DE ANIMAIS SILVESTRES E-mail: [email protected] Eixo Temático: Clínica de pequenos e grandes Animais Autor: Silvio Henrique de Freitas Instituição: Universidade de cuiabá - UNIC Observações: Pires,M. A. M., Bouer, A., Scapucin, P., Santos, M. D. & Schein, F, B. Universidade de cuiabá -UNIC Introdução: INTRODUÇÃO: A cicatrização óssea é um processo biológico que ocorre após solução de continuidade do osso e tem como objetivo restabelecer o tecido lesado para que o animal retorne às suas funções normais, obtendo dessa forma aparência cosmética aceitável. A consolidação óssea tem uma sequência de eventos celulares e bioquímicos dependentes de fatores biológicos e mecânicos para que a mesma se realize. Com o intuito de contribuir com a cicatrização óssea, vários dispositivos de fixação de osso, internos e externos, têm sido utilizados para estabilizar as fraturas. A maioria dessas técnicas são empregadas na redução e estabilização de fraturas de animais domésticos. Atualmente esses procedimentos também estão sendo aplicados para tratamento da maioria das fraturas dos animais silvestres, após várias pesquisas dos médicos veterinários sobre anestesiologia desses animais, facilitando dessa forma o tratamento das fraturas. Objetivos : OBJETIVO: Apresentar as técnicas cirúrgicas ortopédicas mais utilizadas no tratamento de fraturas de animais silvestres Aplicabilidade dos Resultados : Tratamento de fratura de animais sivestres Material e Métodos : Os animais silvestres (aves, canídeos, cervídeos e quelônios) tratados no Hospital Veterinário da Universidade de Cuiabá - UNIC, tiveram procedência do batalhão da polícia ambiental, IBAMA e de criadores credenciados. As seguintes técnicas ortopédicas foram utilizadas nesses animais: talas; pino intramedular; fixador externo e pino intramedular associado a fio de aço ortopédico. Em um caso, além do pino intramedular e fio de aço ortopédico, também foi utilizado fixador externo como método auxiliar de fixação Resultados e Conclusões : RESULTADO: Os dispositivos de fixação após serem aplicados nos animais diminuíram os movimentos dos fragmentos, contribuindo com a estabilização do foco da fratura. CONCLUSÃO: Independentemente da espécie silvestre tratada, concluiu-se que os métodos de tratamento utilizados para redução e estabilização de fraturas dos animais domésticos, podem ser aplicados para tratamento de fraturas dos animais silvestres. Palavras-chave: Animais silvestres, tratamento, fratura. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 10 TÍTULO DO TRABALHO : OBSTRUÇÃO URETRAL POR TUMOR VENÉREO TRANSMISSÍVEL CANINO E-mail: [email protected] Eixo Temático: Clínica de pequenos e grandes animais Autor: Nívea Clarice Monteiro Rocha Turbino Instituição: HOVET/UFMT Observações: Arleana do Bom Parto Ferreira de Almeida - HOVET/UFMT; Vânia Villa Real CLIMEV/UFMT; Kátia Gouveia Sales - Laboratório de Patologia Clínica Veterinária/UNIC; Andréia Straglioto - Médica Veterinária; Patrícia LAzari - Médica Veterinária. Introdução: INTRODUÇÃO: O Tumor Venéreo Transmissível Canino (TVTC) é uma neoplasia contagiosa que atinge a genitália externa de machos e fêmeas. No macho ocorre em qualquer local da mucosa peniana ou do prepúcio, na fêmea pode alojar-se na junção vestíbulo-vaginal, local anatômico da abertura da uretra, podendo provocar sua obstrução. É um tumor de baixa ocorrência de metástase, friável, multilobulado, papilar, nodular, peduncular ou em forma de couve-flor, que pode variar de 5 mm a 10 cm, onde sua origem é ponto ainda de controvérsias. O diagnóstico é fortemente sugerido pelos sinais clínicos e confirmado pela citologia ou histopatologia, o tratamento são sessões de quimioterapias ou radioterapia. Objetivos: OBJETIVO: Relatar um caso de TVTC, com obstrução uretral. Aplicabilidade dos Resultados: Aplicabilidade dos Resultados: Necessidade de investigação clíniaca e precocidade no tratamento de neoplasias consideradas comuns e não complicadas. Material e Métodos: MATERIAL E MÉTODOS: Foi atendido no HOVET-UFMT uma fêmea, da espécie canina, raça Cocker spaniel, dez anos de idade, cuja queixa principal era relacionada ao aumento de volume abdominal, há aproximadamente dois meses. Ao exame físico, apresentava mucosas normocoradas, uma massa circular na vulva com aproximadamente 2,0 cm de diâmetro, massa circular não aderida com aproximadamente 1,0 cm de diâmetro entre as mamas abdominal cranial e inguinal direita; massa circular aderida de 1,0 cm de diâmetro na mama cranial esquerda, arritmia cardíaca, bradpnéia, abdômen distendido e tenso à palpação, presença de secreção vaginal amarelada, linfoadenopatia e presença de carrapatos. Foi realizado hemograma completo, pesquisa de hematozoários, citologia aspirativa com agulha fina, bioquímica sérica e radiografia abdominal. As suspeitas clínicas foram de piometra e neoplasia uterina. Foi indicado celiotomia exploratória onde no ato cirúrgico visualizou distensão vesical, e massa no corpo do útero de aproximadamente 7,0 cm de diâmetro, comprimindo a uretra, de onde foi retirado um fragmento e enviado para a histopatologia. Resultados e Conclusões : RESULTADOS: O hemograma apresentou monócitos ativados e neutrófilos hipersegmentados na bioquímica sanguínea, elevação nos níveis de uréia onde os demais estavam dentro do padrão normal. A radiografia demonstrou radiopacidade difusa no abdome a qual existia devido à presença da bexiga que se encontrava extremamente repleta e distendida, sendo constatado através da celiotoma. O diagnóstico foi confirmado através do exame histopatológico da massa e o tratamento estabelecido por quimioterapia semanal com Sulfato de Vincristina na dosagem de 0,025mg/kg. CONCLUSÃO: O TVTC é uma neoplasia comum em cães e apesar de seu tratamento ser simples e efetivo, quando não tratado pode levar a complicações graves e até mesmo fatais. Palavras-chave: PALAVRAS - CHAVE: TVTC, fêmea, obstrução uretral. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 11 Título do trabalho : USO DE SERINGA REVESTIDA COM LUVA DE LATEX (DISPOSITIVO RETAL) EM HERNIORRAFIA PERINEAL TRADICIONAL E-mail: [email protected] Eixo Temático: Clínica de pequenos e grandes Animais Autor: Silvio Henrique de Freitas Instituição: Universidade de Cuiabá - UNIC. Faculdade de Medicina Veterinária, Rua Itália, SN, CEP 78065-420, Cuiabá, MT, Brasil. E mail: [email protected] Observações: Freitas, S. H.1, Matheus Junior, A.2, Oliveira, D. C.2, Pazete, E. R.2, Tocantins, L.1, Marques, V. S. C.2 1 Universidade de Cuiabá - UNIC. Faculdade de Medicina Veterinária, Rua Itália, SN, CEP 78065-420, Cuiabá, MT, Brasil ues, V. S. C.2; 2 Alunos da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Cuiabá – UNIC. Introdução: INTRODUÇÃO: A hérnia perineal resulta quando os músculos que compõe o diafragma pélvico (músculos coccígeos e músculos elevadores anais) falham, permitindo o deslocamento do conteúdo retal, pélvico e/ou abdominal para região perineal. Essa patologia é pouco compreendida, porém acredita-se que está relacionada com hormônios masculinos, principalmente em cães idosos entre 6 e 14 anos, resultando no enfraquecimento muscular ou atrofia. Ela pode ser uni ou bilateral, sendo na maioria dos casos indicado o tratamento cirúrgico Objetivos : OBJETIVO: Apresentar uma técnica que facilite a visualização do reto e identificação do músculo esfíncter externo durante a reconstituição cirúrgica do diafragma pélvico Aplicabilidade dos Resultados : Facilitar o tratamento cirúrgico de hénea perineal Material e Métodos : MATERIAL E MÉTODOS: Foram tratados cirurgicamente três caninos machos com hérnia perineal. Para confecção do dispositivo (seringa e dedo de luva de latex) que irá identificar o reto e o músculo esfíncter externo foi utilizado seringa e luva de látex de procedimento. O tamanho da seringa foi baseado no peso do animal (pequenos animais seringa (1 a 3ml), médios animais - seringa de (5 ml) e grandes animais - seringa (10 a 20ml). A seringa foi totalmente introduzida num dedo da luva e fixada com fio de náilon para garantir a sua permanência. Após anti-sepsia da região perineal, o dispositivo foi lubrificado e introduzido no reto e fixado com um padrão de sutura em bolsa-de-fumo durante a reconstrução do diafragma pélvico Resultados e Conclusões : RESULTADOS: O dispositivo permaneceu dentro do reto durante todo o procedimento cirúrgico, contribuindo dessa forma com a visualização do reto e músculo esfíncter externo. CONCLUSÃO: Essa técnica foi imperativa durante o procedimento cirúrgico de redução de hérnia perineal, pois facilitou as manobras do cirurgião durante a reconstituição do diafragma pélvico, impedindo que as suturas penetrassem a luz do reto. Palavras-chave : Hérnia perineal, Caninos, Reto. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 12 Título do trabalho: LUXAÇÕES COXOFEMORAL EM PEQUENOS ANIMAIS TRATADA CIRURGICAMNTE COM IMPLANTE DE NÁILON (poliamida) - estudo epidemiológico de 23 casos. E-mail: [email protected] Eixo Temático: Clínica de pequenos e grandes Animais Autor: Lílian Tocantins Matos Instituição: Universidade de Cuiabá - UNIC. Faculdade de Medicina Veterinária, Rua Itália, SN, CEP 78065-420, Cuiabá, MT, Brasil. E mail: [email protected] Observações: Tocantins, L.1, Freitas, S. H. 2, Godoy, R. F.2, Pires, M. A. M.2, Dias, H. M.3 & Camargo, L. M.1; 1 Acadêmico da Faculdade de Medicina da Universidade de Cuiabá - UNIC, Rua Itália, SN, CEP 78065-420, Cuiabá, MT, Brasil; 2 Professor da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Cuiabá – UNIC; 3 Acadêmico da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Cuiabá – UNIC. Introdução: INTRODUÇÃO: a luxação coxofemoral é uma patologia freqüente em cães e gatos. Aproximadamente 90% das luxações ocorrem nesta articulação, tendo como causa principal o traumatismo, principalmente o automobilístico, onde há comprometimento dos tecidos que estabilizam a articulação, resultando em desarticulação da cabeça do fêmur com o acetábulo. O diagnóstico primário da luxação coxofemoral de pequenos animais se baseia na avaliação clínica e radiográfica e o tratamento pode ser conservador, nos casos agudos em que não há sérios comprometimento dos tecidos adjacentes da articulação, ou abertos, através de procedimentos cirúrgicos, onde a articulação será reduzida e estabilizada cirurgicamente. Objetivos : Estudar epidemiologicamente 23 animais com luxação coxofemoral tratados cirurgicamente. Aplicabilidade dos Resultados : Para que o médico veteínário tenha mais informação dessa patologia Material e Métodos : MATERILA E MÉTODOS: Foram tratados cirurgicamente 23 animais (cão e gato) no Hospital Veterinário da Faculdade de Medicina veterinária de Cuiabá - UNIC, com luxação coxofemoral, dos quais 21 eram da espécie canina e 2 da felina, com idade e peso variando entre 11 meses à 11 anos e 3,1 à 10,5Kg, respectivamente. As luxações foram cirurgicamente reduzidas e estabilizadas pela substituição dos remanescentes dos ligamentos redondos por nylon (poliamida) Resultados e Conclusões : RESULATDOS: dos 23 animais tratados cirurgicamnete (100%), 21 eram caninos (91,3%) e 2 eram felinos (8,7%). Dos 21 caninos (100%): 14 eram machos (66,7%) e 7 fêmeas (33,3%), 12 Poodle (57%), 2 Dash (9,5%), 1 Fox paulistinha (4,8%), 1 Pinscher (4,8%), 1 Pastor alemão(4,8%), Pit bul (4,8%), 1 Boxer (4,8%) e 2 sem raça definida (9,5%). Dos 2 felinos (100%): 2 eram macho (100%) e 2 sem raça definida (100%). As causas das luxações (23 animais) foram: 18 traumatismo (78,3%), 4 sem causa definida (17,4%) e 1 briga com outro animal (4,3%). Os membros acometidos dos 23 animais (100%) foram: membro esquerdo 12 animais (52,2%), membro direito 10 animais (43,5%) e 1animal (4,3%) teve ambos os membros acometidos. Dos animais tratados 2 (8,7%) tiveram recidiva. CONCLUSÕES: os animais da espécie canina (91,2%) foram os mais acometidos pela patologia, prevalecendo os machos (66,7%) e os da raça Poodles (57%). A causa prevalente foi o traumatismo (78,3%) e o membro esquerdo o mais acometido (52,2%). O tratamento foi satisfatório, pois 21 (91,3%) retornaram às suas atividades normais. Palavras-chave: Luxação coxofemoral, Caninos, Felinos, Tratamento. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 13 Título do trabalho: OCORRÊNCIA DE DEMODICIOSE CANINA EM CUIABÁ, MT: UMA ANÁLISE PRELIMINAR. E-mail: [email protected] Eixo Temático: Clínica de Pequenos Animais Autor: Marilda Oliveira Ávila Instituição: Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Cuiabá (UNIC) Observações: Maruyama S;Fernandes C.G. N;Melo M. M Introdução: A demodiciose canina ou sarna demodécica, eliciada pelo ácaro Demodex canis, se constitui em dermatose assaz freqüente. Sua forma generalizada é considerada ainda hoje, como uma das mais severas doenças cutâneas caninas, reputada como frustrante para o clínico e desalentadora para o proprietário, mormente quanto ao seu tratamento e prognóstico. O quadro sintômato-lesional manifesta-se de forma bastante diversa - sendo mais comumente confinado às regiões cefálica, cervical e de membros torácicos e, em alguns casos por toda superfície corpórea. O diagnóstico é firmado através da identificação do ácaro mediante o exame parasitológico do raspado cutâneo (EPRC), sendo essenciais os dados anamnésticos, assim como os aspectos clínicos. Atualmente, a terapêutica preconizada envolve uma gama de produtos, desde os acaricidas tópicos até os medicamentos de ação sistêmica, como as lactonas macrocíclicas. Objetivos : Determinar a ocorrência e a caracterização epidemiológica da demodiciose canina em Cuiabá-MT Aplicabilidade dos Resultados : Material e Métodos : Do total de 111 cães que buscaram atendimento dermatológico, no período de 13 de setembro de 2005a 13 de fevereiro de 2006 na Clínica Veterinária Clin Dog, 13,5% deles eram portadores do D. canis, cujo diagnóstico foi estabelecido através do EPRC. Observou-se predominância da enfermidade naqueles animais de perfeita definição racial (84,3%), 66,6% machos, 100% de pelame curto, com faixa etária de 3 a 40 meses, sendo a maioria (86,6%) de até 18 meses de vida. Resultados e Conclusões : Notou-se evidente predisposição dos animais de raça definida como Pit bull (33,3%), Rottweiler (20%), Boxer (6,6%), Fila Brasileiro (6,6%), Labrador (6,6%) e Teckel (6,6%) evocando a herança genética como importante fator etiopatogênico. Através da análise dos dados, verificou-se que a casuística cuiabana acerca da demodiciose canina, corrobora com os vários trabalhos publicados nas mais diversas localidades do mundo. Estes são resultados parciais de um estudo maior que pretende abranger um maior período de tempo e outros distritos sanitários da capital matogrossense. Palavras-chave: Cães, Demodex canis, Dermatopatias, Doenças parasitárias. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 14 Título do trabalho : PERFIL HEMATOLÓGICO DE CASOS DE PIOMETRA EM FÊMEAS CANINAS ATENDIDAS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UFMT E-mail: [email protected] Eixo Temático: Clínica médica de pequenos animais Autor: Barros M. M. Instituição: Acadêmica do Curso de Medicina Veterinária da UFMT Observações: Martins R. P. Acadêmico do Curso de Medicina Veterinária da UFMT; Nicolini A. P. Acadêmica do Curso de Medicina Veterinária da UFMT; Arruda L. P. Acadêmica do Curso de Medicina Veterinária da UFMT; Almeida A. B. P. Depto de Clínica Médica Veterinária, FAMEV - UFMT. Av. Fernando Corrêa s/n 78069-900, Cuiabá, MT; Mendonça A. J. Depto de Clínica Médica Veterinária, FAMEV - UFMT. Introdução: A piometra é uma das condições patológicas mais comuns que acometem o trato genital de fêmeas adultas caracterizada pela inflamação do útero com acúmulo de exsudatos que ocorre na fase lútea do ciclo estral e que pode ser disseminada por vários sistemas do organismo. Os exames hematológicos podem demonstrar leucocitose, neutrofilia com desvio à esquerda e monocitose. O número leucocitário geralmente excede 30.000/μL sangue em casos de piometras fechadas, e pode ficar tão elevados quanto 100.000 a 200.000/μ L. No entanto, observa-se freqüentemente um número leucocitário normal em casos de piometras abertas. Uma leucopenia pode indicar infecção maciça ou septicemia, ou pode ser secundária a um seqüestro uterino de neutrófilos. Também pode ocorrer anemia não-regenerativa e normocrômica. Septicemia ou toxemia associada com a síndrome pode ser supressora da medula óssea e isso é observado com o desvio dos neutrófilos à esquerda e anemia não regenerativa. Objetivos : Avaliar as principais alterações hematológicas de fêmeas caninas atendidas no HOVET-UFMT com quadro de piometra. Aplicabilidade dos Resultados : Avaliação do quadro clínico, auxiliar no diagnóstico, monitoramento e prognóstico. Material e Métodos : Foram avaliados os prontuários e hemograma de 18 fêmeas caninas com diagnóstico de piometra no período de 2000 a 2005 atendidas no HOVET-UFMT. Resultados e Conclusões : Das dezoito fêmeas caninas, 5,56% (1) apresentaram hipoplasia medular. Apenas uma apresentou piometra fechada e o número leucocitário não excedeu 100.000/μL sangue. Das fêmeas caninas, 44,44% (8) não apresentaram anemia, 50,0% (9) apresentaram anemia normocítica normocrômica e 5,56% (1) apresentaram anemia normocítica hipocrômica. Foi observada leucocitose em 94,44% (17) que variou entre 20 e 83,2 x 103/μL sangue, neutrofilia em 83,33% (15), 64,28% (9) apresentaram desvio à esquerda leve, 28,58% (4) com desvio à esquerda moderado, 7,14% (1) com desvio à esquerda acentuado, monocitose em 44,44% (8) e presença de neutrófilos tóxicos em 27,77% (5). CONCLUSÕES: No presente estudo todas as fêmeas caninas com piometra apresentaram alterações do perfil hematológico, caracterizados por anemia (50%), leucocitose (94,44%), neutrofilia (83,33%) com desvio à esquerda (77,77%) e monocitose (44,44%). Palavras-chave: Hemograma, fêmeas caninas, piometra, leucocitose. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 15 Título do trabalho : ESTUDO RETROSPECTIVO DE CASOS DE PIOMETRA EM FÊMEAS CANINAS E FELINAS ATENDIDAS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UFMT E-mail: [email protected] Eixo Temático: Clínica médica de pequenos animais Autor: Barros M. M. Instituição: Acadêmica do Curso de Medicina Veterinária, FAMEV-UFMT Observações: Martins R. P. Acadêmico do Curso de Medicina Veterinária, FAMEV-UFMT; Nicolini A. P. Acadêmica do Curso de Medicina Veterinária, FAMEV-UFMT; Arruda L. P. Acadêmica do Curso de Medicina Veterinária, FAMEV-UFMT; Almeida A. B. P. Depto Clínica Médica Veterinária, FAMEV-UFMT: Av. Fernando Corrêa s/n 78069-900, Cuiabá, MT; Sousa V. R. F. Depto Clínica Médica Veterinária, FAMEV-UFMT. Introdução: O complexo hiperplasia endometrial cística, piometra, é uma desordem uterina mediada pela progesterona. Durante a fase luteal do ciclo estral, a progesterona suprime a resposta leucocitária no útero, diminui a contratilidade miometrial e estimula o desenvolvimento e atividade secretória das glândulas endometriais, predispondo a infecção bacteriana secundária. A piometra é freqüente em cadelas nulíparas e acomete fêmeas entre 7 a 10 anos, sendo mais comum em cadelas do que em gatas. No entanto, a piometra pode ocorrer em animais mais jovens que tenham recebido estrógenos ou progestágenos exógenos. Objetivos : Este estudo teve por objetivo relacionar os principais achados clínicos em cadelas e gatas com piometra. Aplicabilidade dos Resultados : Estabelecer medidas preventivas para a piometra. Material e Métodos : Os prontuários de 62 cadelas e 11 gatas atendidas no HOVET-UFMT, no período de 2000 a 2005 com suspeita clínica de piometra foram analisados quanto a idade, raça, uso de anticoncepcional e achados clínicos utilizando-se exames complementares, como radiografia e/ou ultras-som. Resultados e Conclusões : Foram firmados como piometra 31 casos, sendo 90,32% (28) em cadelas e 9,68% (3) em gatas. As raças caninas acometidas foram sem raça definida 35,71% (10), Pinscher e Rottweiler 14,29% (4) e outras 35,71% (10) e as gatas sem raça definida foram a maioria. Quanto à idade das fêmeas caninas, observou-se que 64,28% (18) apresentavam idade inferior a 7 anos, 28,58% (8) entre 7 a 10 anos e 7,14% (2) acima de 10 anos. Quanto às gatas, todas apresentavam idade inferior a 7 anos. Dos proprietários, 39,29% (11) relataram a administração de anticoncepcional nas cadelas, 21,42% (6) negaram e 39,29% (11) não informaram. Das gatas, apenas um proprietário relatou o uso de anticoncepcional. Corrimento vaginal foi observado em 92,85% (26) das fêmeas caninas, depressão e inapetência/anorexia em 57,14% (16), distensão abdominal e emese em 14,28% (4), desidratação e febre em 10,71% (3), polidipsia em 7,14% (2) e poliúria em 3,57% (1). Nas gatas foram observados corrimento vaginal em todas, 66,66% (2) inapetência/anorexia e 3,57% (1) depressão, polidipsia e distensão abdominal. CONCLUSÕES: A maioria das cadelas e gatas com piometra não possuíam raça definida com idade inferior a sete anos. No entanto, novos estudos devem ser realizados para verificar a influência desses fatores na incidência de piometra. Palavras-chave: Piometra, cadelas, gatas. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 16 Título do trabalho : NEOPLASIA MAMÁRIA CANINA E FELINA NO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UFMT E-mail: [email protected] Eixo Temático: Clínica médica de pequenos animais Autor: Barros M. M. Instituição: Acadêmica do Curso de Medicina Veterinária, FAMEV-UFMT Observações: Martins R. P. Acadêmico do Curso de Medicina Veterinária, FAMEV-UFMT; Lopes L. Acadêmica do Curso de Medicina Veterinária, FAMEV-UFMT; Moresco A. Depto Clínica Médica Veterinária, FAMEV-UFMT: Av. Fernando Corrêa s/n 78069-900, Cuiabá, MT; Sousa V. R. F. Depto Clínica Médica Veterinária, FAMEV-UFMT. Introdução: As neoplasias mamárias são mais comuns em animais idosos, com faixa etária média de 10 anos e é mais freqüente em cadelas do que em gatas. Fêmeas inteiras e submetidas a ovário-histerectomia tardia são as mais predispostas. As raças caninas mais suscetíveis são Poodle, Dachshund, Samoiedas e raças esportivas. Os tumores mamários são raros em machos e em animais jovens de ambos os sexos. Aproximadamente 35 a 50% dos tumores mamários caninos e 90% dos tumores mamários felinos são malignos. Os tumores mamários malignos disseminam-se pelos vasos linfáticos e sanguíneos, linfonodos regionais e pulmões, e em menor freqüência para as glândulas adrenais, rins, coração, fígado, ossos, cérebro e pele. As massas mamárias podem ter tamanhos variados (2mm até 8 cm), sendo as glândulas mamárias caudais as mais acometidas e a maior parte das neoplasias mamárias podem ser evitadas se a ovario-histerectomia for realizada antes de um ano de idade. Objetivos : Este estudo teve como propósito relacionar os principais achados clínicos e radiográficos em cães e gatos com neoplasia mamária. Aplicabilidade dos Resultados : Prevenir complicações e estabelecer diagnóstico precoce das neoplasias mamárias. Material e Métodos : Os prontuários de 25 cadelas, 1 cão e 4 gatas atendidas no HOVET-UFMT, no ano de 2005 com suspeita clínica de neoplasia mamária foram analisados quanto à idade, raça, uso de anticoncepcional e achados clínicos utilizando radiografia e exame histopatológico. Resultados e Conclusões : O único cão acometido era da raça Boxer, a maioria das cadelas eram sem raça definida 40% (10), Cocker Spaniel 20% (5), Pinscher e Poodle 16% (4) e outros 4% (1). A maioria das gatas eram sem raça definida. Quanto à idade, o cão tinha 6 anos, a maioria das cadelas tinham idade inferior a dez anos 44% (11), com idade igual a dez anos 25 (5) e acima de dez anos 36% (9). A maioria das gatas tinham idade inferior a 10 anos. Dos proprietários, 48% (12) não informaram o uso de anticoncepcional nas cadelas, 28% (7) negaram e 24% (6) confirmaram. Foi administrado anticoncepcional em todas as gatas. Das cadelas, 24% (6) não haviam sido ovário-histerectomizadas, 8% (2) haviam e 68% não informaram. Das gatas, 75% (3) não haviam sido ovário-histerectomizadas. O tamanho das massas mamárias variaram entre 0,5 a 20 cm de diâmetro nas cadelas, 3 a 5 cm nas gatas e 15 cm de diâmetro no cão. A mama acometida no cão foi a torácica cranial esquerda, nas gatas, as inguinais e abdominais caudais foram mais acometidas, e nas cadelas, as inguinais seguida das abdominais caudais. As complicações não foram muito freqüentes. Apresentaram dispnéia uma gata e duas cadelas e uma cadela apresentou edema de membros. A metástase pulmonar foi diagnosticada por radiografia em uma gata e duas cadelas, já os nódulos cutâneos foram observados em uma gata e 6 cadelas. Foram realizados poucos exames histopatológicos e neles foram encontrados hemangioma, adenocarcinoma sebáceo, fibrosarcoma e adenocarcinoma. CONCLUSÕES: A maioria das gatas e cadelas eram sem raça definida e com idade inferior a 10 anos. As mamas mais acometidas foram as caudais e as complicações não foram muito freqüentes. Palavras-chave: Neoplasia mamária, cadelas, gatas. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 17 Título do trabalho : VARIÁVEIS HEMOGASOMÉTRICAS DE EQÜINOS DESTREINADOS SUBMETIDOS A EXERCÍCIO SUBMÁXIMO EM ESTEIRA ROLANTE E-mail: [email protected] Eixo Temático: Clínica de Grandes Animais Autor: Marco Augusto Giannoccaroda Silva Instituição: UNESP - JABOTICABAL Observações: Carla Braga Martins; Lina Maria Wehrle Gomide; Raquel Mincareli Albernaz; Gesiane Ribeiro; Cesar Andrey Galindo Orozco; Fabiana Garcia Christovão; Flora Helena de Freitas D\'Angelis; Eduardo Villela Vilaça Freitas; José Corrêa de Lacerda Neto. Introdução: Durante exercício submáximo caracterizado por longa duração e baixa intensidade, como as provas de enduro, a elevada produção de calor provoca a ativação de mecanismos fisiológicos para sua dissipação, dos quais a hiperventilação pulmonar e a sudação são os mais importantes, sendo que, a sudorese agrega maiores perdas de eletrólitos. Apesar de numerosos fatores contribuírem para o desenvolvimento de fadiga, o principal desafio para um desempenho constante durante exercício prolongado de resistência, é o progressivo esgotamento do fluido corpóreo e eletrólitos pelo suor. Os eqüinos perdem através da sudação quantidades significativas de eletrólitos, especialmente o cloro. A saída de cloro estimula a mobilização de íons bicarbonato na tentativa de manter a eletronegatividade do meio, como um mecanismo compensatório à perda de cloro. Além disso, outras variáveis hemogasométricas, tais como pHv, PvCO2, PvO2, excesso de base e anion gap, podem se alterar em decorrência das elevadas necessidades do tecido muscular, fornecendo importantes informações sobre o status cardiopulmonar do animal. Objetivos : Avaliar as possíveis alterações venosas nos gases sangüíneos, hemoglobina e hematócrito de eqüinos destreinados submetidos a exercício submáximo em esteira rolante. Aplicabilidade dos Resultados : Os resultados deste estudo poderão ser utilizados por Médicos Veterinários a campo e para pesquisas futuras, pois nos fornece dados importantes sobre a capacidade atlética do animal e o melhor entendimento da fisiologia eqüina durante atividade física. Material e Métodos : Foram utilizados onze eqüinos da raça Puro Sangue Árabe, machos e fêmeas, os quais passaram por um período prévio de três dias de adaptação à esteira rolante e em seguida realizaram um exercício teste (ET) onde as velocidades e tempos utilizados foram os seguintes: 5 min a 2 m/s; 10 min a 3 m/s; 10 min a 5 m/s; 10 min a 4 m/s; 5 min a 2 m/s; 5 min a 4 m/s; 10 min a 3 m/s e 5 min a 5 m/s, totalizando 60 minutos. As colheitas de amostras foram realizadas com os animais em repouso, imediatamente e 30 minutos após o término do exercício através de venopunção jugular. O processamento das amostras foi realizado em um analisador de gases, eletrólitos e hemoglobina total, OMNI C - Roche, determinando-se a pressão parcial de dióxido de carbono (PvCO2), pressão parcial de oxigênio (PvO2), pH sanguíneo (pHv), bicarbonato (HCO3), hemoglobina total (Hb), hematócrito (Ht), ânion gap (AG) e excesso de base (EB). Os valores obtidos foram submetidos à análise estatística pelo programa computacional SAS (Statistical Analysis System). Foi realizada a análise de variância (ANOVA), e as comparações das médias obtidas para as diferentes características estudadas foram feitas pelo teste Tukey ao nível de 5% de probabilidade (p<0,05). Resultados e Conclusões : RESULTADOS: Neste estudo, a análise dos gases sangüíneos revelou um pHv sangüíneo de 7,46 logo após o término do exercício, não sendo observado qualquer alteração nas concentrações de HCO3. Significativo aumento foi observado com relação ao PvO2 e excesso de base. CONCLUSÕES: Apesar de a literatura citar a estreita relação existente entre a concentração sangüínea de HCO3 e o pH, em nosso estudo não encontramos alterações nas concentrações de HCO3 embora o pH tenha sofrido alteração S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” significativa. Ainda, sendo o evento primário da alcalose metabólica o aumento nas concentrações de HCO3, podemos portanto afirmar baseados nos dados deste trabalho, que os animais não apresentaram quadro de alcalose metabólica como descrita e caracterizada por muitos autores em cavalos realizando exercício submáximo. Palavras-chave: gases sangüíneos, alcalose metabólica, exercício aeróbio, eqüinos. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 18 Título do trabalho : ACUPUNTURA NO TRATAMENTO DE LESÃO IATROGÊNICA DO NERVO CIÁTICO EM CÃO - RELATO DE CASO E-mail: [email protected] Eixo Temático: Clínica de Pequenos e Grandes Animais Autor: Stragliotto A1 Instituição: 1 Médica Veterinária, Pós-graduanda em Acupuntura Veterinária UNESP- Botucatu. Av. Eurico Gaspar Dutra 444 Ipase 78168-132, Várzea Grande, MT, [email protected]; Observações: Pires M. A. M2 Cápua M.L.B3 Scapucin P2. & Yamanaka A. R2 2Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Cuiabá - UNIC: R: Itália s/n, Jardim Europa, Cep. 78065-420, Cuiabá – MT; 3Pós-graduanda do Depto de Clínica e Cirurgia Veterinária da FCVA/UNESP, Jaboticabal, SP. Introdução: O traumatismo dos nervos periféricos é a causa mais comum de neuropatia em animais. As lesões do nervo ciático são freqüentes e estão comumente associadas a fraturas do íleo ou da porção proximal do fêmur, devido a retração em cirurgias da coxa ou por injeções intramusculares inadequadas nos músculos semitendinoso e semimembranoso. O tratamento convencional inclui programas de fisioterapia para o caso de lesões reversíveis, e neurólise e anastomose cirúrgica nos casos mais graves, sendo o prognóstico reservado. De acordo com a Medicina Tradicional Chinesa, as manifestações que ocorrem ao longo dos Meridianos podem ser um importante auxílio para o diagnóstico, e uma lesão no nervo ciático pode estar relacionada com alterações nos Meridianos da Bexiga e Vesícula Biliar, que correspondem, respectivamente, ao trajeto anatômico dos nervos ciático e fibular. Objetivos : Proporcionar um tratamento complementar a um animal que sofreu um trauma no nervo ciático causando a paresia do membro posterior direito. Aplicabilidade dos Resultados : Após a quarta sessão de Acupuntura, a paciente já apoiava o membro normalmente, respondendo adequadamente aos reflexos espinhais testados. Material e Métodos : Uma Lhasa Apso de 4 meses de idade com diagnóstico de lesão iatrogênica do nervo ciático direito foi submetida a sessões de Acupuntura e Farmacopuntura a cada 3 dias. Foram utilizados os seguintes pontos de Acupuntura: Yin Tang, Bai Hui, VB 29, VB 30, VB 32, VB 34, E 36, B40, B60, R3 e F3. As agulhas de Acupuntura foram deixadas nos pontos por 30 minutos e em seguida foi administrado 0,1ml de vitamina B12 nos mesmos pontos com auxílio de seringa e agulha 15 x 7. Resultados e Conclusões : O tratamento através da Acupuntura foi eficaz na recuperação da função de um membro previamente paralisado em decorrência de uma neuropatia traumática, proporcionando um rápido retorno da função normal do membro e da qualidade de vida do animal, demonstrando mais uma indicação para o tratamento utilizando uma terapia complementar. Palavras-chave: Acupuntura, lesão, nervo ciático, Meridiano. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 19 Título do trabalho : USO DE FIXADOR EXTERNO UNILATERAL-UNIPLANAR TIPO I EM FRATURA MULTI-FRAGMENTAR DE ÚMERO DE VEADO CATINGUEIRO (Mazama gouazoubira) - RELATO DE CASO E-mail: [email protected] Eixo Temático: Animais Silvestres Autor: Pires M.A.M1 Instituição: 1Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Cuiabá - UNIC: R: Itália s/n, Jardim Europa, Cep. 78065-420, Cuiabá - MT, [email protected]. Observações: Stragliotto A2, Freitas S.H1; Sanches B.L1; Scapucin P1 & Camargo L.M.1 1Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Cuiabá - UNIC: R: Itália s/n, Jardim Europa, Cep. 78065-420, Cuiabá - MT, [email protected]. 2Médica Veterinária Pós-graduanda em Acupuntura Veterinária pela Universidade Estadual Paulista - UNESP Campus Botucatu. Introdução: Os fixadores unilaterais do tipo I podem ser aplicáveis em todos os ossos longos (Piermattei e Flo, 1999). As principais indicações para a utilização de fixação esquelética externa são: fraturas expostas, fraturas estáveis e instáveis, fraturas produzidas por projéteis de arma de fogo (Piermattei e Flo, 1999) Objetivos : Avaliar a eficácia da utilização do fixador externo unilateral-uniplanar tipo I em úmero de veado catingueiro com fratura multi-fragmentar de úmero causada por projétil de arma de fogo. Aplicabilidade dos Resultados : Após trinta e duas horas da realização cirúrgica ficou em pé, mas o membro operado estava suspenso. Dez dias após a intervenção cirúrgica já apoiava o membro com delicadeza. Com trinta dias realizou-se o primeiro controle pós-operatório observando uma intensa reação óssea no foco de fratura. Sessenta dias pós-cirúrgico o fixador externo foi retirado do animal e encaminhado até o Batalhão de Polícia Ambiental de Mato Grosso. Material e Métodos : Um veado catingueiro macho foi levado pelo Batalhão da Polícia Ambiental de Mato Grosso até o atendimento de animais silvestres do Hospital Veterinário da Universidade de Cuiabá, apresentando uma lesão de tecidos moles e fratura multi-fragmentar de úmero direito causada por projétil de balística. Após estar em plano anestésico pela anestesia geral inalatória, foi realizada a incisão lateral ao úmero direito chegando rapidamente aos fragmentos ósseos causado pelo caminho percorrido do projétil de arma de fogo. Dois pinos de steinmann foram introduzidos em um ângulo de 45º na porção proximal do úmero, sendo repetida esta manobra na região distal. Os pinos foram dobrados em direção ao foco de fratura, recebendo por cima dos pinos uma mistura de resina de metilmetacrilato, proporcionando assim uma maior estabilidade do fixador externo. Resultados e Conclusões : A utilização do fixador externo unilateral uniplanar em veado catingueiro foi totalmente eficaz, lembrando que a fratura foi causada por projéteis de arma de fogo, tornando assim esta fratura suja e contaminada, aumentando assim o risco de infecções pós-operatórias. A fixação esquelética externa proporciona uma total estabilidade dos focos de fratura, com formação precoce de calo em ponte para a estabilização da fratura e para possibilitar a continuidade da consolidação (Piermattei e Flo, 1999). Palavras-chave: Veado Catingueiro, fixador externo, fratura multi-fragmentar. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 20 Título do trabalho : ESTUDO RETROSPECTIVO DO TUMOR VENÉREO TRANSMISSÍVEL (TVT) EM CÃES ATENDIDOS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO (HOVET-UFMT) E-mail: [email protected] Eixo Temático: Clínica de pequenos e grandes Animais Autor: Ana Paula Nicolini Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso Observações: Laura Peixoto de Arruda, UFMT; Rita de Cássia da Silva Machado Neves, Hospital Veterinário da UFMT; Valéria Régia Franco Sousa, UFMT. Introdução: O tumor venéreo transmissível (TVT) é uma neoplasia contagiosa, sexualmente transmissível que afeta somente cães. Possui localização principalmente genital, mas também pode ser encontrado em outros órgãos (Bassani, 2005). Ocorre como massa solitária ou lesões múltiplas, em formato de couve-flor, ou como formas pendulares, nodulares, papilares ou multilobulares, com tamanho variável (Erünal Maral et al, 2000). As primeiras lesões observadas são pequenos nódulos friáveis, que dão origem a nódulos mais firmes, que sangram ao menor toque. A cadela apresenta evolução lenta, com sinais de corrimento sanguinolento e deformação da vagina e dos lábios vulvares. Os sinais no macho inicialmente são discretos, notando-se nódulos sobre os bulbos eréteis, com posterior deformidade do prepúcio (Mialot,1984). A ocorrência de metástases do TVT é rara, mas podem ocorrer em linfonodos regionais, escroto, área perineal e outros órgãos. Como método diagnóstico pode-se usar citologia e histopatologia (Sousa et al., 2000). Objetivos : Determinar a ocorrência de TVT em cães atendidos no HOVET-UFMT, relacionando aos aspectos clínicos. Aplicabilidade dos Resultados : Determinar o perfil dos cães portadores de TVT atendidos no HOVET-UFMT, bem como a confecção de material explicativo sobre a doença a ser distribuído no próprio HOVET-UFMT. Material e Métodos : Um estudo retrospectivo com cento e vinte e oito cães provenientes do Setor de Clínica Médica foi realizado no HOVET-UFMT, no período de janeiro de 2001 a janeiro de 2006. O estudo se baseou nos dados de prontuários clínicos dos animais, sendo analisados quanto ao acesso à rua, sexo, raça, faixa etária, localização e tamanho do tumor. O diagnóstico baseava-se no aspecto morfológico do tumor e com menor freqüência no exame citopatológico. Resultados e Conclusões : Dos cento e vinte e oito casos de TVT estudados, 84 (65,625%) eram fêmeas e 44 (34,375%) machos, constatando uma maior incidência em fêmeas. Os cães examinados apresentavam a seguinte distribuição com relação à raça: 53,125% sem raça definida; 11,719% poodle; 7,031% pinscher; 4,688% boxer e 23,437% eram de diversas raças. Houve uma maior incidência em cães sem raça definida e que possuíam acesso à rua. Dentre os animais analisados, 72,66% eram adultos (2 a 7 anos), 20,31% idosos (7 a 13 anos) e 7,03% jovens (1 a 2 anos), portanto, os animais adultos foram mais acometidos. Quanto à localização do tumor, 95,40% dos casos em fêmeas eram na vagina e/ou vulva, enquanto que 4,60% envolviam regiões extragenitais. Nos machos, o tumor se localizava 93,33% no pênis e prepúcio, enquanto que 6,67% eram em regiões extragenitais. A maior importância quanto à localização deste tumor está relacionada com a região genital. Palavras-chave: Tumor venéreo, canino, achados clínicos. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 21 TÍTULO DO TRABALHO: INCIDÊNCIA DE FRATURAS DE RÁDIO E ULNA ENCAMINHADAS AO SETOR DE RADIODIAGNÓSTICO DO HOVET - UFMT. Email: [email protected] Eixo Temático: Clínica de pequenos animais-Diagnóstico por imagem Autor: Celso Tarso Rodrigues Viana Instituição: Graduando UFMT Observações: Amanda Cavalheiro Cândida-Graduanda e monitora de radiologia da UFMT; Glaucenyra C. Pinheiro da Silva-Graduanda UFMT; Letícia Leite Lopes-Graduanda UFMT;Alessandra Moresco-Professora do departamento de clínica médica da UFMT. Introdução: As fraturas do rádio e ulna representam percentagem significativa (17 a 18%) de todas as fraturas em cães e gatos. Essas fraturas freqüentemente, envolvem tanto o rádio como a ulna. A maioria das fraturas resulta de um traumatismo automobilístico; no entanto, as fraturas nas raças toy resultam freqüentemente de saltos ou quedas. Objetivos : O presente trabalho tem como objetivo avaliar os aspectos radiográficos e clínicos das fraturas de rádio e ulna atendidas no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Mato Grosso (HOVET) no período de março de 2005 a março 2006. Aplicabilidade dos Resultados : Os resultados aqui expostos poderão ajudar demais clínicos veterinários na formulação de suspeita clínica da patologia levando em consideração aspectos da história clínica, raça e alterações esperadas. Material e Métodos : Foram avaliadas radiografias de 142 animais arquivadas, no setor de radiologia do Hospital Veterinário da UFMT, no período de março de 2005 a março de 2006. Além da incidência dados como raça, porte, idade, sexo e etiologia da lesão foram confrontados. As fraturas foram classificadas quanto ao local em metafisárias, epifisárias e diafisárias. E quanto ao tipo de fratura em transversal ou oblíqua. Resultados e Conclusões : Segundo dados da anamnese 80% revelaram um histórico de traumatismo e em 20% a causa era desconhecida. Das fraturas ocasionadas por traumatismo, 50%ocorreram por queda, 25% por acidente automobilístico e por pisoteio representaram 25% . 80% dos animais acometidos por fraturas de rádio e ulna eram cães e 20% gatos. Dentre os cães, 60% eram da raça pinscher e 40% eram SRD. Dentre os gatos 100% eram SRD. Quanto ao porte dos animais, 40% eram de porte médio, 60% eram de pequeno porte e nenhum animal de grande porte apresentou fratura de rádio e ulna. Quanto à idade apenas 20% possuíam mais de um ano, enquanto 80% possuíam menos de um ano. Quanto ao sexo 80% eram machos e 20% eram fêmeas. Quanto ao local da fratura 20% eram em metáfise distal do rádio e ulna, 60% na diáfise distal do rádio e ulna e 20% na diáfise distal do rádio e metáfise distal da ulna. Em 100% dos casos as fraturas envolviam tanto o rádio como a ulna. CONCLUSÃO: Das fraturas diagnosticadas no Hospital eterinário da UFMT 41,6% eram de rádio e ulna, incidência superior à descrita na literatura e representam 17,24% de todas as alterações do sistema locomotor Observou-se também que a fratura é freqüentemente ocasionada por queda e em animais de pequeno porte especialmente os da raça pincher com menos de um ano, machos, foram mais acometidos. As fraturas diafisárias distais apresentaram maior ocorrência. Estudos maiores devem ser realizados a fim de avaliar a grande incidência na raça em questão. Palavras-chave: Fratura, radiologia, rádio e ulna. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 22 Título do trabalho : ATRESIA ANORRETAL COM FÍSTULA RETOVAGINAL EM POODLE relato de caso E-mail: [email protected] Eixo Temático: Clínica de pequenos animais Autor: Freitas, S. H Instituição: Universidade de Cuiabá - UNIC Observações: Dias, H. M.¹, Matheus, A. J.¹, Oliveira, D. C.¹, Pacheco, V. S. C. M.¹, Pazete E. R.¹; 1 - Alunos da Faculdade de Medicina Veterinária - UNIC Introdução: INTRODUÇÃO: Os casos de atresia anal são anormalidades embriológicas incomuns do reto e do ânus. Animais com ânus imperfurado, com ou sem fístula retovaginal, são frequentemente normais até 2 a 4 semanas de idade, quando se revelam sinais clínicos de distensão abdominal, intranqüilidade, anorexia e ausência de defecação. Podem-se utilizar radiografias para determinar o grau do megacólon e a localização da extremidade terminal do reto. A fístula retovaginal é a comunicação entre o reto e a vagina, podendo ser oriunda de fator congênito e possibilitando disgenia cloacal ou duplicação do reto e sigmóide. Objetivos : OBJETIVO: Restabelecer a comunicação normal do trato digestório de animais com atresia anal Aplicabilidade dos Resultados : Dar condição de vida ao animal protador de atresia anal. Material e Métodos : Um animal da espécie canina, fêmea, da raça poodle, de um mês de idade, pesando 300g, foi atendido no Hospital Veterinário da Universidade de Cuiabá - UNIC, com história clínica de defecação pelo vestíbulo vaginal, devido a não formação do ânus. O animal foi levado para a cirurgia, através da qual, criou-se um orifício onde normalmente deveria se encontrar o ânus e fixaram-se as bordas do reto com ponto simples separado com fio inabsorvível; e episotomia, fechamento da fístula retovaginal, também com ponto simples separado e fio inabsorvível. Resultados e Conclusões : RESULTADOS: Após o procedimento cirúrgico, o paciente obteve o reestabelecimento de suas funções fisiológicas normais, passando a defecar pelo orifício criado no ato cirúrgico e não tendo mais saída de fezes pela vagina. CONCLUSÃO: O ato cirúrgico foi decisivo, pois proporcionando uma melhora substancial na qualidade de vida do mesmo já que este apresentava atresia conjuntamente com fistula retovaginal. Palavras-chave: Palavras-chaves: Canino, atresia anorretal, fístula retovaginal. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 23 Título do trabalho : OSTEOSSARCOMA CANINO - RELATO DE CASO E-mail: [email protected] Eixo Temático: Clínica de pequenos e grandes animais Autor: Vânia Villa Real Instituição: UFMT Observações: Edson Moleta Colodel - CLIMEV/UFMT; Arleana do Bom Parto Ferreira de Almeida - HOVET/UFMT; Marilda Onghero Taffarel - CLIMEV/UFMT; Alessandra Moresco CLIMEV/UFMT. Introdução: INTRODUÇÃO: Osteossarcoma é a neoplasia óssea primária mais comum em cães, pode acometer o esqueleto apendicular e axial. Essa enfermidade ocorre com maior freqüência na região metafisária dos ossos longos, podendo se expandir para ossos adjacentes. Histologicamente se subdivide nos tipos osteoblástico, condroblástico, fibroblástico, osteoclástico, pobremente diferenciado e telangiectásico. Tumores que afetam o esqueleto apendicular geralmente cursam com claudicação e os axiais normalmente se apresentam, à palpação, como uma tumefação firme. Sinais de afecção sistêmica são incomuns no estágio agudo da doença. O exame clínico e estudo radiográfico são auxiliares no diagnóstico a confirmação deve ser feita por exame histológico da lesão. Radiograficamente há variados padrões de lise e proliferação óssea e aumento de volume de tecidos moles circunjacentes. As metástases são as causas mais comum de morte do paciente. A terapia indicada é a amputação do tumor primário e quimioterapia, a sobrevida do animal é curta devido às metástases, geralmente pulmonar. Objetivos : OBJETIVO: Relatar um caso de osteossarcoma em cão da raça Pastor Alemão de 8 anos de idade. Aplicabilidade dos Resultados : Aplicabilidade dos Resultados: Conduta clínico-laboratorial adequada para diagnóstico de neoplasias ósseas. Material e Métodos : MATERIAL E MÉTODOS: Foi atendido, no HOVET-UFMT, um cão, macho, Pastor Alemão, oito anos, apresentando quadro de claudicação e aumento de volume na região proximal do úmero no membro torácico esquerdo de 12 centímetros de diâmetro, consistência firme e superfície regular,. Os exames complementares solicitados foram hemograma completo, análise bioquímica, raio-x do membro e tórax, citologia aspirativa e exame histológico. Com o agravamento do quadro clínico o cão foi eutanasiado e necropsiado. Resultados e Conclusões : RESULTADOS: No cão relatado, suspeitou-se clinicamente de neoplasia óssea, não havia alterações torácicas ou abdominais no estudo clínico e radiológico A citologia aspirativa com agulha fina não foi conclusiva. A análise histológica após biópsia incisional do tecido ósseo revelou osteossarcoma condroblástico. A proposta de amputação do membro foi rejeitada pelo proprietário que após 24 dias da obtenção do diagnóstico, optou pela eutanásia devido a piora do quadro clínico. Sendo relatado pelo proprietário relutância em se movimentar, dor, diminuição do apetite e apatia. E observado ao exame físico no momento da eutanásia observou-se crescimento da neoformação medindo-se aproximadamente 14 cm de diâmetro, firme à palpação e de superfície regular. Na necropsia notaram-se metástases em rins, baço e pulmão. CONCLUSÃO: Os achados deste cão corroboram que nas patologias ósseas, com aumento de volume de ossos longos, principalmente em cães de grande porte as neoplasias devem ser investigadas clínica e patologicamente. O osteossarcoma é uma neoplasia com prognóstico desfavorável uma vez que um número considerável de cães apresenta metástases. Apenas 10% dos cães com osteossarcoma apresentam lesões pulmonares radiograficamente detectáveis na primeira avaliação. Palavras-chave: Palavras-chave: osteossarcoma condroblástico, Pastor Alemão,esqueleto apendicular. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 24 TÍTULO DO TRABALHO : IMPORTÂNCIA DA CITOLOGIA ASPIRATIVA NO DIAGNÓSTICO DO LINFOMA CANINO E-mail: [email protected] Eixo Temático: Clínica de pequenos e grandes animais Autor: Maria Luísa Buffo de Cápua Instituição: UNESP-Jaboticabal Observações: Maria Luísa Buffo de Cápua, UNESP-Jaboticabal; Mariane Fráguas, UNESPJaboticabal; Sabryna Gouveia Calazans, UNESP-Jaboticabal; Flávia Eiras Dela Coleta UNESPJaboticabal; Aureo Evangelista Santana UNESP-Jaboticabal; Carlos Roberto Daleck UNESPJaboticabal; Andréia Stragliotto. Introdução: O linfoma é a neoplasia hematopoética que mais comumente afeta a espécie canina, caracterizando-se pela proliferação de linfócitos malignos nos órgãos linfóides, especialmente linfonodos, medula óssea e baço. O diagnóstico definitivo desta neoplasia requer avaliação citológica e/ou histológica dos tecidos afetados. A Citologia Aspirativa por Agulha Fina (CAAF), e subseqüente exame citoscópico, é um método pouco invasivo e de baixo custo, capaz de fornecer um diagnóstico preciso. O diagnóstico citológico bem sucedido depende de procedimentos inter-relacionados tais como a obtenção de uma amostra representativa, preparação adequada da lâmina, coloração apropriada e utilização de um microscópio de qualidade. Objetivos : Avaliar o uso e a eficácia da CAAF como método diagnóstico do linfoma canino. Aplicabilidade dos Resultados : Promover o uso de uma ferramenta diagnóstica precisa e fornecedora de resultados rápidos. Material e Métodos : Foram avaliados 56 animais com suspeita de linfoma, atendidos junto ao Hospital Veterinário "Governador Laudo Natel" da FCAV/UNESP - Campus de Jaboticabal. As amostras foram obtidas por meio de CAAFs de linfonodos (n=35), nódulos cutâneos (n=11), efusões intracavitárias (n=8), baço (n=1) e nódulo anorretal (n=1). As preparações em lâminas foram coradas com May-Grunwald-Giemsa. Resultados e Conclusões : Dos 56 exames citológicos realizados, 48 (85,7%) forneceram diagnósticos precisos da referida neoplasia, colocando em evidência inúmeros critérios de imaturidade e anormalidade celulares; 6 (10,7%) sugeriram a doença, ensejando necessidade de confirmação histopatológica e 2 (3,57%) mostraram-se inconclusivos. Nestes dois últimos casos, as amostras apresentaram grande contaminação sanguínea, com pequena quantidade de células linfóides. As amostras cujos diagnósticos foram conclusivos revelaram celularidade densa e monomórfica de células arredondadas, exibindo critérios cariocitoplasmáticos verdadeiramente neoplásicos tais como anisocitose e anisocariose, relação núcleo:citoplasma variável, citoplasma basofílico, cromatina grosseira, macronucléolos, nucléolos múltiplos, nucléolos angulares de forma e tamanho variáveis. Também foram visualizados, no fundo das preparações citoscópicas, corpúsculos linfoglandulares, conseqüentes à ruptura de linfócitos. CONCLUSÕES: O estudo demonstra a importância da CAAF no diagnóstico do linfoma canino, evidenciando sua eficiência e praticidade no fornecimento de resultados rápidos e precisos, contribuindo para que o tratamento seja prontamente instituído. Palavras-chave: cão, citologia aspirativa por agulha fina (CAAF); linfoma. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 25 TÍTULO DO TRABALHO : DIAGNÓSTICO RADIOGRÁFICO NA LUXAÇÃO DE PATELA-3 CASOS E-mail: [email protected] Eixo Temático: Clinica de pequenos animais-diagnóstico por imagem Autor: Glaucenyra Cecília Pinheiro da Silva Instituição: UFMT Observações: Amanda Cavalheiro Cândido- graduanda UFMT; Celso Tarso Rodrigues Vianagraduando UFMT; Letícia Lopes Leite- graduanda UFMT; Alessandra Moresco- professora da climev-ufmt. Introdução: Os distúrbios da articulação do joelho são causas freqüentes de claudicação do membro pélvico. O diagnóstico mais comum é a luxação patelar medial congênita ou evolutiva em cães de pequeno porte. O distúrbio varia desde a luxação completa e irredutível da patela e claudicação grave, até instabilidade inapiente sem sinais clínicos associados. A luxação pode ser intermitente, lateral ou medial, traumática ou evolutiva. Há necessidade de cuidadoso exame físico, para que seja caracterizada a instabilidade patelofemoral, e que seja descartada a possibilidade de ruptura do ligamento cruzado. O exame radiográfico é útil para confirmação diagnóstica, bem como para estabelecer o prognóstico e seu tratamento. Luxações intermitentes podem ser reduzidas durante exame radiográfico apresentando radiografias normais. As radiografias podem documentar a luxação, tendo utilidade na determinação da extensão da deformidade óssea e das alterações articulares degenerativas. Objetivos : O presente trabalho tem por objetivo realizar um estudo retrospectivo dos casos de luxação de patela encaminhados ao setor de radiodiagnóstico do HOVET-UFMT no período de março de 2005 a março de 2006, ressaltando a importância do exame radiográfico nessa patologia. Aplicabilidade dos Resultados : Os dados encontrados poderão ser utilizados por demais profissionais interessados no assunto sobre incidência dessa patologia na cidade de cuiabá e real necessidade da radiografia para diagnóstico definitivo. Material e Métodos : Radiografias de 142 animais arquivadas durante um ano serviram como base para busca dos casos. Dessa totalidade foram encontrados três animais com diagnóstico de luxação de patela. Foram avaliados aspectos radiográficos, espécie, raça, idade e etiologia da lesão. Resultados e Conclusões : A confirmação diagnóstica foi dada pelo desvio patelar medial bilateral encontrado nas radiografias dos três animais .Em 1 caso o exame radiográfico apresentou desvio varo da tíbia uma das possíveis complicações da luxação de patela. Com relação ao sexo, 66% dos casos eram fêmeas e 33% machos, mesmo parecendo ser uma diferença significativa esta não deve ser considerada devido ao número amostral ser pequeno. Quanto a espécie acometida observou-se que sua totalidade eram de caninos todos de pequeno porte. Todos os pacientes foram encaminhados para correção cirúrgica. Luxação patelar medial representou 10,3% dos distúrbios que acometeram o sistema locomotor no referido, período e local. A luxação patelar medial é mais comumente encontrada, principalmente em cães de pequeno porte jovens devido a algum trauma. A patologia deve fazer parte do diagnóstico diferencial de todos os animais que aparentarem sintomas de afecções na articulação tíbio-femuro-patelar devido a alta incidência. A radiografia é um exame complementar indispensável para estabelecer o diagnóstico e a conduta cirúrgica bem como possíveis complicações ósseas. Palavras-chave: luxação de patela- radiologia- patela. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 26 TÍTULO DO TRABALHO : ESTUDO RETROSPECTIVO DA CONTRIBUIÇÃO DA RADIOLOGIA NO DIAGNÓSTICO DA PIOMETRA CANINA E-mail: [email protected] Eixo Temático: Clinica de pequenos animais-diagnóstico por imagem Autor: Letícia lopes Leite Instituição: UFMT Observações: Amanda Cavalheiro Cândido- graduanda UFMT; Celso Tarso Rodrigues Vianagraduando UFMT; Glaucenyra C. P. da Silva- graduanda UFMT; Alessandra Morescoprofessora da climev-ufmt. Introdução: A piometra é um distúrbio diestral hormonalmente mediado, caracterizado por endométrio anormal com infecção bacteriana secundária. As cadelas com idade superior a sete ou oito anos são mais predispostas à infecção. O resultado encontrado é a cérvix fechada, com sinais de doença sistêmica, que progridem para septicemia e morte. Um corrimento vulvar purulento esta presente nos animais com piometra tipo aberta. Letargia, depressão, anorexia, vômitos e diarréias são mais comuns em animais com piometra fechada. O diagnostico é obtido através da observação dos sinais clínicos, hemograma completo, perfil de bioquímica sérica e urinálise. Embora o aumento uterino possa ser palpável, e a história e sinais clínicos sugestivos de Piometra, a doença pode ser confirmada de uma forma mais segura por meio de exame radiográfico ou ultrassonográfico. Radiografias abdominais podem ser empregadas para confirmação de aumento uterino. É importante lembrar que sinais clínicos parecidos aos de Piometra podem aparecer em cadelas prenhes, com infecções placentárias, fetais ou uterinas. Animais com idade gestacional inferior a 45 dias ao exame radiográfico,devido a falta de calcificação fetal apresentarão aumento uterino podendo ser confundido com piometra. Objetivos : Dessa forma o objetivo do presente trabalho foi relatar os casos de piometra abordando principalmente a utilização de radiografias abdominais para confirmação de diagnóstico. Aplicabilidade dos Resultados : Avaliação pelos clínicos de pequenos animais da utilização da radiografia para diagnóstico de piometra. Material e Métodos : Foram atendidas no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Mato Grosso, 11 cadelas de variadas raças e idades com suspeita de Piometra no período de março de 2005 a março de 2006. Os animais foram encaminhados ao setor de radiodiagnóstico para confirmação de aumento uterino. Os sinais apresentados eram de corrimento vaginal e aumento de volume abdominal. De acordo com os sinais clínicos suspeitou-se de Piometra. Além de raiox foram realizados exames de Hemograma e Bioquímica sérica. Resultados e Conclusões : Os exames radiográficos relataram que dos 11 casos atendidos com suspeita de Piometra, 64% (sete casos) apresentaram aumento de volume uterino. A principal alteração radiográfica encontrada foi aumento de radiopacidade em região ventral do abdome, (topografia de útero). A alteração radiográfica somada a sinais clínicos e exames complementares foi decisiva no diagnóstico final. Não apresentaram indícios de aumento uterino ou diagnosticaram outras patologias como gestação e feto enfisematoso 36% dos casos (4). Conclusão: Os achados radiográficos foram importantes para o diagnóstico, porém outros exames complementares devem estar associados. Todos os animais apresentavam corrimento vaginal caracterizando piometra aberta. A boa sensibilidade que encontramos para o exame radiográfico no diagnóstico de piometra pode estimular a continuidade do emprego dessa técnica em situações em que o exame ultrassonográfico não está prontamente disponível. Palavras-chave: piometra- diagnóstico por imagem- radiologia S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 27 TÍTULO DO TRABALHO : TETANO CANINO - RELATO DE CASO E-mail: [email protected] Eixo Temático: Relato de caso - regional Autor: Denise Senna Instituição: Autonoma Observações: Roberta Ferro de Godoy; Profa Mestra do departamento de Clinica e Cirurgia de Grandes Animais-UNIC -Cuiabá. Introdução: Tetano Canino - relato de caso Objetivos : Relatar um caso de tétano canino diagnosticado no município de Poconé - MT Aplicabilidade dos Resultados : O presente estudo visa revisar e discutir metodos de diagnostico precoce, tratamentos e higiene adequada do ambiente. Material e Métodos : Foi atendido numa residência em Poconé - MT, um animal da espécie canina, fêmea, da raça Pit Bull com seis meses de idade apresentando apatia, rigidez muscular, anorexia/disfagia, com histórico prévio de "brincadeiras" e ingestão de gravetos há dez dias. Ao exame físico apresentava mucosas hipocoradas, taquicardia, taquipnéia, orelhas eretas, cauda em bandeira, protrusão da terceira pálpebra, riso sardônico, enoftalmia, hipersensibilidade a ruídos ou ao toque e opistótono. O diagnóstico foi realizado através do histórico de uma ferida nos membros e ingestão de gravetos e sinais clínicos característicos. Foi instituídos tratamento suporte com fluidoterapia, antibioticoterapia com penicilina G procaína (20000U/kg BID IM), soroterapia com antitoxina tetânica eqüina (5000 UI IV), repouso em local silencioso e acolchoado, para evitar escaras de decúbito. O animal apresentou melhora do quadro após 4 horas do início da terapia, se alimentou e ingeriu água. Foi aplicada mais antitoxina tetânica eqüina (5000 UI IV) em conjunto com a fluidoterapia. Após 6 horas o animal entrou e convulsão e morreu de parada respiratória. Resultados e Conclusões : O intuito do relato é salientar a importância dos cuidados de limpeza com o ambiente, visto que neste caso, a afecção pode ter sido decorrente da contaminação através da ingestão com ferimentos dos gravetos. O tétano é uma enfermidade grave, tendo um prognóstico desfavorável à medida de que se demora a diagnosticar e tratar adequadamente a doença. Palavras-chave: Tétano, Tétano canino, Clostridium tetani. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 28 TÍTULO DO TRABALHO : CRIPTOCOCOSE CANINA: RELATO DE CASO Email: [email protected] Eixo Temático: Clínica de Pequenos Animais Autor: Ana Helena Benetti Instituição: UNIC- Universidade de Cuiabá / MT Observações: Benetti, A.H.1; Gouveia, C.S.B.2; Scapucin, P.3; Siqueira, K.B.4 1,3 Professora MSc. da Faculdade de Medicina Veterinária/Universidade de Cuiabá: Av. Beira Rio, 3100, Cuiabá/MT; 2 Médica Veterinária Autônoma. Rua Sgto Manuel Barbosa da Silva, 323. São Paulo/SP; 4 Médica Veterinária Residente da Clínica Médica de Pequenos Animais da Faculdade de Medicina Veterinária/Universidade de Cuiabá: Av. Beira Rio, 3100, Cuiabá/MT. Introdução: INTRODUÇÃO: A criptococose é uma micose sistêmica decorrente de infecção por leveduras do gênero Cryptococcus. Como causas predisponentes nos animais são citadas imunossupressão iatrogênica, infecções virais ou riquetsianas, neoplasias e diabetes mellitus. As manifestações clínicas em cães incluem doenças do sistema nervoso central, do olho, da cavidade nasal, lesões cutâneas e envolvimento dos linfonodos. Para se estabelecer o diagnóstico, além da anamnese e dos achados do exame físico, recorrem-se a exames complementares como: citológico, sorológico e histológico de tecidos colhidos. Como protocolos de terapia recomendados são citados antifúngicos sistêmicos, isoladamente ou em associações. Objetivos : Aplicabilidade dos Resultados : Material e Métodos : RELATO DE CASO: atendeu-se na Clínica Veterinária "Tiffany´s", localizada na zona leste da cidade de São Paulo, uma cadela da raça fox paulistinha, dois anos de idade, criada em casa com quintal ladrilhado. Mantinha estreito contato com outros cães hígidos. Na residência permanente, observava-se grande quantidade de pombos (Columba lívia). Quando da primeira consulta, a proprietária referia que o quadro evoluía há cerca de 90 dias, e de início, evidenciava-se apenas aumento de volume da fossa nasal esquerda, que evoluíra para a fossa contralateral, com visível deformidade facial acima do plano nasal. O animal era devidamente vacinado e recebia alimentação à base de ração comercial, de boa qualidade. Ao exame físico evidenciou-se também linfonodos (mandibulares e poplíteos) enfartados e eritema gengival. A consecução do diagnóstico obedeceu ao protocolo habitualmente empregado na clínica privada citada, aliando a confirmação dos achados do exame físico com exames complementares, sendo, neste caso, a citologia aspirativa, feita pelo "NÚCLEO - Diagnóstico Veterinário", sugerindo a presença de Criptococcus neoformans. Preconizou-se terapia com itraconazol, na dose de 9 mg/Kg a cada 24 horas. Com cerca de 30 dias de terapia, havia melhora de 50% da lesão, com evidente redução da deformidade facial. Após pouco mais de três meses de terapia, a melhora era de 95%, com total regressão lesional. Resultados e Conclusões : CONCLUSÕES: o presente relato se justifica pela pequena existência na bibliografia veterinária brasileira de descrição de quadro canino secundário a criptococose-doença evidenciada no animal vivo, e pela resposta à terapia instituída. Palavras-chave: Palavras-chave: criptococose, cão. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 29 TÍTULO DO TRABALHO : ENCEFALOMALÁCIA SIMÉTRICA FOCAL ASSOCIADA AO USO DE DIACETURATO DE DIMENAZENO EM CÃO E-mail: [email protected] Eixo Temático: Clínica de pequenos e grandes Animais Autor: Eduardo Viana Ferreira Instituição: Graduação em Medicina Veterinária-UFMT Observações: Emmanuelle Rosa Mutzenberg, Graduação em Medicina Veterinária – UFMT; Katiane dos Santos Hofmeister, Graduação em Medicina Veterinária-UFMT; Paulo Ricardo Dell\'Armelina Rocha, Graduação em Medicina Veterinária-UFMT; Anderson Barbieri Barros, Médico Veterinário Autônomo; Edson Moleta Colodel, Professor-Departamento de Clínica Médica Veterinária, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária; Luciano Nakazato, Professor-Departamento de Clínica Médica Veterinária, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária. Introdução: O Diaceturato de dimenazeno (DD) é uma diamidina aromática eficaz para tratamento de algumas protozoóses de animais pecuários. Para cães, no entanto, é de baixo índice terapêutico oferecendo risco a saúde quando administrado pela via parenteral. Por vezes doses terapêuticas causam intoxicação em cães levando à alterações neurológicas agudas, especialmente após a repetição de doses. Objetivos : Relatar o quadro clínico e lesional de um caso de encefalomalácia simétrica focal após o uso de DD em filhotes de cães que apresentaram episódios de ataxia, convulsões e morte 24 horas após o tratamento Aplicabilidade dos Resultados : Material e Métodos : O histórico clínico relacionado à mortalidade de filhotes após o uso de DD foi obtido junto ao proprietário e veterinário. Um dos cães após 2 dias de evolução clínica foi encaminhado para o Laboratório de Patologia Veterinária (LPV) do Hospital Veterinário da UFMT (HOVET/UFMT) para eutanásia e necropsia. Durante a necropsia fragmentos de vísceras e encéfalo foram coletados, fixados em formol 10%, processados rotineiramente para exame histológico e analisados em microscopia ótica. Resultados e Conclusões : Em uma ninhada com 4 filhotes, Rottweiler, com 50 dias de idade, após quadro de anemia foi diagnosticado babesiose em pesquisa microscópica. Os filhotes receberam a dose terapêutica, única, de 3,5mg/kg de Diaceturato de diazoaminodibenzamidina (Diaseg®). Após 24 horas do tratamento os filhotes apresentaram ataxia com andar cambaleante, convulsões, sendo que dois morreram e um foi encaminhado ao LPV-HOVETUFMT em aparente estado comatoso, nistágmo, e rigidez com extensão dos membros. Na necropsia as principais alterações foram notadas no encéfalo e consistiam de áreas de aproximadamente 1cm de diâmetro, simétricas, avermelhadas, deprimidas principalmente no tálamo e menos evidentes na medula oblonga e substância branca cerebelar. Microscopicamente, nestas áreas, havia extensas áreas de malácia associada com infiltrado de células polimorfonucleares e mononucleares. Notava-se também edema e degeneração fibrinóide da parede de vasos, glóbulos eosinofílicos perivasculares, tumefação de prolongamentos neuronais, gliose e eosinofilia neuronal. Os demais órgãos não tinham lesões significativas. O histórico, sinais clínicos e patológicos sugerem que a encefalomalácia simétrica descrita neste cão assim como a morte dos outros cães desta ninhada, estejam relacionados ao uso do DD. Uma vez a prescrição terapêutica do DD para cães pode trazer riscos, causando danos neurológicos letais, deve-se evitar o uso deste medicamento para esta espécie. Palavras-chave: Diaceturato de dimenazeno, encefalomalácia simétrica focal, patologia do sistema nervoso central e doença de caninos. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 30 Título do trabalho : LINFOMA MULTICÊNTRICO CANINO EM GRAU IV: RELATO DE CASO E-mail: [email protected] Eixo Temático: Autor: Kátia Gouveia Sales Instituição: Hospital Veterinário da Universidade de Cuiabá - Setor de Análises Clínicas: Rua Itália s/n, 78.015-480, Cuiabá, MT Observações: Fábio de Souza Mendonça - Professor Mestre da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Cuiabá - Setor de Anatomia Patológica: Rua Itália s/n, 78015480, Cuiabá, MT, [email protected]; Andréia Rizzieri Yamanaka - Professora Especialista da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Cuiabá - Setor de Clínica Médica de Pequenos Animais: Rua Itália s/n, 78015-480, Cuiabá, MT, [email protected] Introdução: O linfoma é uma neoplasia com origem nos tecidos hematopoiéticos sólidos e é um dos tumores mais freqüentes em cães (5 a 10%). A classificação clínica de linfoma mais utilizada em medicina veterinária é baseada na localização das massas tumorais, isto é: multicêntrico, mediastínico, alimentar e misto. A etiologia do linfoma canino tem sido exaustivamente investigada e sabe-se que ele não é induzido por vírus nessa espécie. O linfoma multicêntrico acomete os linfonodos superficiais e profundos, baço, fígado, podendo acometer medula óssea. Os sinais clínicos incluem anorexia, caquexia, desidratação, edema, linfoadenomegalia, hepatomegalia e esplenomegalia. As alterações laboratoriais estão diretamente relacionadas à localização anatômica do tumor e a gravidade dos sinais sistêmicos, bem como a apresentação de síndromes paraneoplásicas. O diagnóstico conclusivo dá-se através da citologia aspirativa com agulha fina em órgãos linfóides e/ou histopatologia. Objetivos : Relatar o caso de um paciente canino com Linfoma Multicêntrico em Grau IV e demonstrar alterações clínicas e laboratoriais dessa patologia. Aplicabilidade dos Resultados : Material e Métodos : Um canino, SRD, 12 anos de idade, macho, atendido no Hospital Veterinário da Universidade de Cuiabá, com histórico de anorexia, alteração urinária e linfoadenomegalia, submetido a exames laboratoriais (hemograma completo, perfil bioquímico sérico - dosagem de transaminase pirúvica (TGP), fosfatase alcalina (FA), proteínas totais, albumina, uréia, creatinina e cálcio sérico - e exame citológico de linfonodos e baço). Após instituído o diagnóstico o animal foi submetido a eutanásia e realizada a necrópsia e histopatologia de linfonodos, baço e fígado. Resultados e Conclusões : O hemograma demonstrou anemia normocítica normocrômica, leucocitose por neutrofilia com desvio a esquerda leve regenerativo, linfopenia, monocitose absoluta, trombocitopenia e icterícia no plasma. A TGP encontrava-se aumentada em 113,7%, a FA aumentada em 838,1%, o cálcio sérico em 100% e a albumina diminuída em 57%, os outros exames encontravam-se com valores dentro da normalidade. A citologia demonstrou presença de células neoplásicas em linfonodos submandibular e poplíteo e baço. À necropsia foi observado infarto ganglionar generalizado, esplenomegalia com congestão e nodulações difusas de coloração amarelo-esbranquiçadas no parênquima do órgão, fígado enrijecido e de coloração amarelada. À histopatologia demonstrou linfócitos anaplásicos em linfonodos, baço e fígado com degeneração hidrópica difusa e infiltrado de linfócitos neoplásicos. As alterações clínicas, hematológicas e bioquímicas sérica sugeriram Linfoma multicêntrico em grau IV, complicado por hepatopatia e síndrome paraneoplásica do paratormônio, sendo o caso confirmado na citologia aspirativa com agulha fina como Neoplasia linfóide de alta malignidade e classificado pela histopatologia como Linfoma de mescla de células pequenas e grandes não clivadas. Palavras-chave: Cão, linfoma canino, oncologia. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 31 Título do trabalho : DIAGNÓSTICO ATRAVÉS DE ASPIRADO DE MEDULA ÓSSEA DA COINFECÇÃO DE Ehrlichia canis e Trypanosoma evansi: RELATO DE CASO E-mail: [email protected] Eixo Temático: Autor: Kátia Gouveia Sales Instituição: Hospital Veterinário da Universidade de Cuiabá - Setor de Análises Clínicas: Rua Itália s/n, 78.015-480, Cuiabá, MT. Observações: Saulo Teixeira de Moura - Médico Veterinário Professor Doutor da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Cuiabá - Setor de Parasitologia: Rua Itália s/n, 78015480, Cuiabá, MT; Karina Bezerra - Médica Veterinária Residente da Clínica Médica de Pequenos Animais do Hospital Veterinário da Universidade de Cuiabá: Rua Itália s/n, 78015480, Cuiabá, MT; Manuela de Arruda e Silva - Médica Veterinária Residente da Clínica Médica de Pequenos Animais do Hospital Veterinário da Universidade de Cuiabá: Rua Itália s/n, 78015-480, Cuiabá, MT. Introdução: A Ehrlichia canis é uma rickettsia transmitida por carrapatos que causa progressiva pancitopenia, epistaxe e marcada trombocitopenia. Nos cães, a E. canis, é transmitida pelo Rhipicephalus sanguineus, e multiplica-se em leucócitos mononucleares, disseminando-se por vários órgãos como baço, linfonodos, fígado e medula óssea. Durante a fase aguda da infecção, pode ser detectada, através de esfregaços sangüíneos corados, no citoplasma de monócitos e linfócitos circulantes, apenas durante um curto período de tempo. Os animais que sobrevivem à fase inicial de infecção permanecem portadores, mas o parasita dificilmente é detectado em esfregaços sangüíneos sendo mais facilmente observado em aspirado de medula . O Trypanosoma evansi é um protozoário cuja transmissão é mecânica por moscas hematófagas direto da forma tripomastigota não havendo desenvolvimento cíclico no vetor. Na fase inicial faz parasitemia e invade órgãos linfóides para desenvolvimento cíclico. Em ambas hemoparasitoses os sinais clínicos são de apatia, anemia progressiva, febre intermitente, linfoadenomegalia e alterações hemostáticas. Alterações hematológicas incluem anemia arregenerativa e/ou hemolítica, trombocitopenia e hiperproteinemia. Objetivos : Relatar o caso de um paciente canino co-infectado com T.evansi e E.canis demonstrando a forma de diagnóstico através da observação dos parasitos em aspirado de medula óssea. Aplicabilidade dos Resultados : Material e Métodos : Um canino da raça Labrador, 3 anos de idade, macho, atendido no Hospital Veterinário da Universidade de Cuiabá, com histórico de apatia, emagrecimento progressivo e lesões de pele. Ao exame clínico observou-se desidratação, mucosas hipocoradas, linfoadenomegalia, múltiplas lesões alopécicas e eritrematosas e taquipnéia. O animal foi submetido a exames laboratoriais de rotina - hemograma completo, dosagem de alanina-aminotransferase (ALT) e uréia - e citologia aspirativa de medula óssea devido a suspeita de Leishmaniose. Resultados e Conclusões : O hemograma demonstrou anemia normocítica hipocrômica arregenerativa, neutrofilia com desvio à esquerda leve regenerativo, eosinopenia e linfopenia relativas e hiperproteinemia. A ALT encontrava-se normal e a uréia aumentada em 43,2%. O aspirado de medula óssea demonstrou a presença de E. canis em macrófago e T. evansi. As alterações clínicas indicaram um quadro infeccioso hemoparasitário, as alterações em hemograma sugeriram uma infecção crônica e imunossupressora e desidratação coerente com a elevação por causa pré-renal da uréia. A presença de E. canis e T.evansi apenas no aspirado de medula óssea indicou a cronicidade do processo. A presença do T. evansi no aspirado provavelmente ocorreu pela contaminação com sangue periférico da amostra, porém é S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” importante considerar que não foram observados os parasitos em esfregaço de sangue periférico, demonstrando assim a importância da realização de exames mais específicos para diagnósticos precisos e confirmatórios. Palavras-chave: Cão, hemoparasitose, erliquiose, tripanossomíase. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 32 TÍTULO DO TRABALHO : BAIXA TEMPERATURA COMO CAUSA DE MORTALIDADE EM ZEBUÍNOS - RELATO DE CASO E-mail: [email protected] / [email protected] Eixo Temático: Ciências Básicas Autor: Joelma Lucioli Instituição: Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC Observações: Fernando Henrique Furlan - Universidade do Estado de Santa Catarina; Ricardo Evandro Mendes - Universidade do Estado de Santa Catarina; Vanessa Borelli - Universidade do Estado de Santa Catarina; Sara Mezaroba - Universidade do Estado de Santa Catarina; Sandra Davi Traverso - Universidade do Estado de Santa Catarina; Aldo GAva - Universidade do Estado de Santa Catarina. Introdução: A inversão térmica aliada à falta de resistência pode causar mortalidade em zebuínos. A ausência de gordura corporal torna os animais sensíveis a variações de temperatura e, uma vez debilitados, sua capacidade de defesa, principalmente a dos animais mais jovens, fica comprometida Objetivos : Descrever três surtos de morte por frio em bovinos da raça Nelore, ocorridos nos anos de 2004 e 2005, no mês de setembro. Aplicabilidade dos Resultados : Material e Métodos : Os dados clínicos e epidemiológicos foram obtidos junto aos proprietários e mediante visita às propriedades. Oito animais foram necropsiados, com coleta de fragmentos de órgãos, os quais foram acondicionados em formol a 10%, processados rotineiramente, corados pela técnica de H&E e leitura em microscopia óptica. Resultados e Conclusões : Um surto ocorreu no município de Pinhalzinho (SC). De um total de 250 animais, morreram em uma noite 39 cabeças. Um segundo surto, foi verificado na região sudeste do Paraguai. De um total de 370 animais, morreram 120 cabeças. Em ambos os surtos, os animais encontravam-se em áreas de pasto, totalmente desprovida de árvores ou galpões. O terceiro surto foi diagnosticado no município de Brusque (SC). Neste, os animais eram mantidos em um piquete desprovido de vegetação, e como único abrigo um galpão, aonde os animais não deitavam devido a grande quantidade de barro. Os dois primeiros surtos ocorreram em setembro de 2004, e o terceiro em setembro de 2005. Todos os animais mortos eram zebuínos jovens da raça Nelore. Nos três surtos, a noite em que ocorreram as mortes foi precedida por vários dias de chuva fina e vento, com variação de temperatura de 30ºC para 3ºC. Pela necropsia foram observadas, em todos os animais, hemorragias equimóticas no epicárdio, edema moderado de mesentério e pregas do abomaso, e quantidade moderada de Haemochus sp na luz abomasal. Nos demais órgãos não foram observadas lesões. Pela microscopia observou-se apenas edema acentuado na submucosa do abomaso. Zebuínos com baixo estado nutricional, mantidos em locais desabrigados, se expostos a baixas temperaturas (próximas a 0ºC) e estas forem acompanhadas de chuvas e vento, podem morrer em poucas horas. A confirmação do diagnóstico deve ser feita levando-se em consideração os fatores climáticos, o local de permanência dos animais e os achados de edema nas pregas do abomaso e mesentério, sem outras lesões aparentes. Palavras-chave: Frio, Bovinos, Mortalidade. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 33 TÍTULO DO TRABALHO : OTITE EXTERNA CAUSADA POR OTODECTES CYNOTIS EM CÃES ATENDIDOS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO (HOVET-UFMT) Email: [email protected] Eixo Temático: Clínica de pequenos e grandes Animais Autor: Laura Peixoto de Arruda Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso Observações: Ana Paula Nicolini, UFMT; Valéria Régia Franco Sousa, UFMT; Rita de Cássia da Silva Machado, HOVET-UFMT. Introdução: A otite externa é uma inflamação dos componentes de tecido mole do meato auditivo externo. Estima-se que a otite afeta 5 a 20% da população canina e 2 a 6% da população felina. Os diversos fatores envolvidos no desenvolvimento da otite externa podem ser descritos como primários, predisponentes e perpetuantes. Os fatores primários são capazes de iniciar a inflamação em ouvidos que, sob outros aspectos, estão normais, como é o caso das infestações por sarna otodécica. O parasita Otodectes cynotis é transmitido pelo contágio de um animal são com outro parasitado. É responsável por aproximadamente 5 a 10% dos casos de otite em cães. Alguns pacientes podem ser portadores do ácaro, mas permanecem assintomáticos. Os principais sinais são meneios da cabeça, arranhaduras das orelhas por causa do prurido, presença de massas ceruminosas fétidas no canal auditivo e, à inspeção de casos graves, otorréia e ulceração do canal auditivo. Pode haver secreção purulenta por infecção bacteriana secundária (Scott et al., 1996). Objetivos: Determinar a ocorrência de otite externa causada pelo parasito O. cynotis em cães atendidos no HOVET-UFMT, relacionando os aspectos clínicos. Aplicabilidade dos Resultados: Estabelecer medidas preventivas para otite causada por Otodectes cynotis; Dar continuidade ao estudo da ocorrência deste parasito em cães atendidos no HOVET-UFMT correlacionando posteriormente estes dados aos fatores climáticos locais. Material e Métodos: Foi realizado no HOVET-UFMT um estudo retrospectivo com cinqüenta animais que possuíam otite causada pela sarna otodécica, no período de dezembro de 2002 a dezembro de 2005. O estudo se baseou na análise dos prontuários clínicos dos animais, sendo analisados quanto ao sexo, idade, raça e sinais clínicos. O diagnóstico foi realizado por otoscopia, sendo que em alguns casos foi solicitado o exame parasitológico para identificação do ácaro no Laboratório de Doenças Parasitárias do HOVET-UFMT. Resultados e Conclusões : Dos cinqüenta casos de otite externa parasitária, 56% foram machos e 44% foram fêmeas. Em relação à idade, 42% eram adultos (2 a 7 anos), 15 (30%) eram filhotes (0 a 1 ano), 16% eram jovens (1 a 2 anos) e 12% idosos (acima de 7 anos). De acordo com a raça, 22% dos animais não possuíam raça definida, enquanto que 78% possuíam padrão racial, sendo Poodle, Fila Brasileiro e Rottweiler as raças mais acometidas. Quanto aos sinais clínicos, 82% apresentavam otite bilateral, 14% possuíam otohematoma, e com relação à secreção auricular, 70% apresentavam secreção enegrecida e 30% apresentavam secreção purulenta, devido à infecção bacteriana secundária, onde as bactérias do gênero Staplylococcus foram mais representativas. Conclusões: De acordo com o estudo realizado, não houve predisposição sexual ou etária. Houve uma incidência maior em animais de raça pura. Em relação aos sinais clínicos, a otite causada por sarna otodécica possuía como características principais o acometimento de ambos os condutos auditivos, prurido e a presença de secreção enegrecida. Palavras-chave: Otodectes cynotis, cães, prurido auricular. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 34 Título do trabalho : TRATAMENTO DE DEMODICIDOSE CANINA GENERALIZADA EM JATAÍ - GO COM USO DE LACTONAS MACROLÍDICAS Email: [email protected] Eixo Temático: Clínica de pequenos e grandes animais Autor: Mariana Brito Lobo Instituição: Universidade Federal de Goiás Observações: Lobo M. B.1, Romani A. F.2, Silva C. C.1, Banys V.3, Domingues N. F. A.1 & Braga C. A. S. B.3; 1.Acadêmicas de Medicina Veterinária UFG/CAJ. [email protected], [email protected], [email protected] 2.Prof.ª MSc. da Universidade Federal de Goiás - Campus de Jataí (UFG/CAJ). [email protected]; 3.Prof.ª Dr.ª da UFG / CAJ. [email protected], [email protected] Introdução: A demodicidose é uma das dermatopatias mais comuns na prática veterinária (Muller, 2004). Segundo Olivry et al. (2004), as lesões mais comuns são alopecia, eritema, crostas, tampões foliculares, hiperpigmentação e pioderma secundário. No tratamento, Delayte (2002) utilizou ivermectina (0,6 mg / kg por via oral, diariamente), com eficácia em 89,6% dos casos e ao empregar a moxidectina (0,5 mg / kg por via oral, a cada 72 horas) recuperou 93,5% dos cães tratados. Objetivos : Contribuir para o estudo do tratamento da demodicidose canina com o uso da ivermectina e da moxidectina, por meio de avaliações hematológicas, parasitológicas e clínicas. Aplicabilidade dos Resultados : Desta forma será possível determinar a segurança do emprego destas lactonas macrolídicas no tratamento da acariose Material e Métodos : O estudo foi realizado entre julho de 2005 e fevereiro de 2006 no Ambulatório Veterinário, do Campus Jataí da Universidade Federal de Goiás e em uma Clínica particular. Os animais acometidos foram divididos aleatoriamente em dois grupos, sendo que no Grupo 1 (G1) os cães foram tratados com moxidectina na dose de 0,4 mg/kg a cada 72h por via oral, e no Grupo 2 (G2), com ivermectina na dose de 0,4 mg/kg a cada 24h por via oral. Todos os cães foram submetidos ao tratamento de suporte com cefalexina (30 mg/kg a cada 12h por via oral) e banhos com xampu a base de peróxido de benzoíla a 2,5%. A fim de comprovar a eficácia e segurança do tratamento os animais foram reavaliados quinzenalmente, por meio de hemograma, raspado cutâneo e exame dermatológico. Os resultados dos hemogramas foram analisados através do programa SAS (Statistical Analisys System). Resultados e Conclusões : Foram atendidos 422 animais e a prevalência geral de dermatopatias foi de 23,4%. Foram diagnosticados 14 casos de demodicidose generalizada e houve interesse de tratamento dos animais por parte de proprietários de oito cães. Destes, cinco foram tratados com moxidectina (G1) e três com ivermectina (G2). Quatro animais no G1 se recuperaram e dois no G2. Na análise estatística não houve diferença significativa (p<0,05) entre os tratamentos propostos. Os resultados encontrados por ocasião do hemograma não revelaram nenhuma alteração hematológica digna de nota, apresentando-se dentro dos parâmetros normais. O tempo médio para obtenção de cura parasitológica, analisada por raspados cutâneos negativos consecutivos, foi de 35,6 dias nos cães do G1 e de 40 dias no G2. A evolução clínica foi satisfatória em ambos os Grupos, com resolução de infecção bacteriana secundária e redução das lesões. CONCLUSÕES: O emprego da moxidectina e da ivermectina no tratamento de cães portadores de demodicidose generalizada tem culminado em resolução clínica adequada, ausência de alterações hematológicas indesejáveis ou de efeitos colaterais. Portanto, tais lactonas macrolídicas têm se revelado opções viáveis até o momento. Palavras-chave: Demodicidose, Tratamento, Cães. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 35 Título do trabalho : EMPREGO DO ULTRA-SOM TERAPÊUTICO (3 MHz) EM FERIDA SÉPTICA CANINA Email: [email protected] Eixo Temático: Clínica de pequenos e grandes Animais Autor: Giselle Bonifácio Neves Instituição: Escola de Veterinária da Universidade Federal de Goiás Observações: Giselle Bonifácio Neves - Fisioterapeuta e Acadêmica do Curso de Medicina Veterinária da EV / UFG; Elisa Maria Rennó Azevedo - Acadêmica do Curso de Medicina Veterinária da EV / UFG; Alessandra Nascimento de Souza - Acadêmica do Curso de Medicina Veterinária da EV / UFG; Larissa Vitória Cardoso Cusielo - Acadêmica do Curso de Medicina Veterinária da EV / UFG; Lucas Jacomini Abud - CPF:005243841-42 - Acadêmico do Curso de Medicina Veterinária da EV / UFG; Rosângela de Oliveira Alves - Professor Adjunto Doutor Departamento de Medicina Veterinária - EV / UFG. Introdução: O ultra-som terapêutico há muito tempo tem sido utilizado no tratamento de afecções músculo-esqueléticas, ósteo-articulares, dores reumáticas e no tratamento de feridas (Greca, F. H. et al, 1999). É definido como vibrações mecânicas acústicas de alta freqüência, que produzem efeitos fisiológicos térmicos e não térmicos. Em um estudo recente, Candido (2006) relata desinfecção profunda, debridamento mecânico seletivo do material necróticofibrinoso, pH neutro no leito da ferida e aceleramento da neoangiogênese como vantagens em sua utilização, isto porque ele pode funcionar em várias etapas da cicatrização. Na fase inicial diminui edemas, desencadeia a degranulação de mastócitos e aumenta o fluxo sanguíneo, aumentando o aporte de oxigênio e macrófagos para a região. Na fase tardia pode estimular a deposição de colágeno e sua remodelação (Byl et.al, 1992). As freqüências variam de 0,7 a 3,0 MHz conforme os propósitos terapêuticos. Objetivos : Este trabalho teve como objetivo relatar um caso de cicatrização de duas feridas sépticas por meio da utilização do ultra-som terapêutico. Aplicabilidade dos Resultados : Os resultados são plenamente aplicáveis nas áreas de clínica médica e cirúrgica de pequenos animais, no que é pertinente à cicatrização de feridas contaminadas, como uma alternativa aos tratamentos atualmente preconizados. Material e Métodos : Foi atendido um cão, da raça Pit Bull, com nove meses de idade, no Hospital Veterinário/EV/UFG, apresentando duas feridas lineares, profundas, na face caudal do jarrete esquerdo, sem causa definida, há cerca de 24 horas. A mais proximal possuía vinte milímetros (20 mm) de comprimento e a distal vinte e três milímetros (23 mm), ambas com bordas eritematosas, edemaciadas, com aumento de temperatura local e sensibilidade ao toque. Após lavagem em abundância com solução fisiológica foi utilizado, por meio de aplicação direta, o ultra-som (Avatar I - Esthétic- KLD) com freqüência de 3 MHz, no modo pulsado, intensidade de 1,0 W/cm², por seis minutos ao redor das lesões, nas primeiras cinco sessões, a cada 24 horas. Da sexta à décima sessão, o emprego do ultra-som foi a cada 48 horas, alterando apenas o modo, que passou do pulsado para o contínuo. O tratamento foi realizado durante um período de quinze dias. Resultados e Conclusões : Ao término de duas sessões as feridas apresentavam bordas sem eritema, edema, aumento de temperatura e havia ausência de sensibilidade ao toque, caracterizando a resolução da fase inflamatória ou exsudativa. Na quinta sessão, era possível notar a redução na profundidade e no comprimento das lesões, passando as mesmas a medir quatorze milímetros (14 mm) e dezesseis milímetros (16 mm) de comprimento, proximal e distal respectivamente. Na oitava sessão, a ferida proximal já estava epitelizada e a distal medindo cerca de sete milímetros de comprimento. Após os quinze dias verificou-se a completa epitelização de ambas, com ausência de aderências cicatriciais. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” CONCLUSÕES: Concluiu-se que o emprego do ultra-som foi um método terapêutico eficaz na cicatrização de feridas sépticas profundas, uma vez que antimicrobianos não foram utilizados, contribuindo para a melhora do bem-estar do animal. Palavras-chave: Cão, Cicatrização, Ultra-som. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 36 TÍTULO DO TRABALHO: INTOXICAÇÕES EXÓGENAS EM ANIMAIS DE COMPANHIA OCORRRIDAS EM CUIABÁ-MT NO ANO DE 2004 E-mail: [email protected] Eixo Temático: Clinica de Pequenos Animais Autor: Cintya Caroline Vieira Instituição: UFMT Observações: Carlos Eduardo Pereira dos Santos-UFMT Introdução: Intoxicações envolvendo animais de companhia de modo geral tem alta representação em rotinas ambulatoriais em Medicina Veterinária. Objetivando investigar o perfil destas ocorrências em Cuiabá, Estado de Mato Grosso. Objetivos : pesquisar os agentes tóxicos que acometem os animais de companhia atendidos em estabelecimentos que visam saúde animal. Aplicabilidade dos Resultados : Material e Métodos : O estudo foi realizado através de inquéritos a Médicos Veterinários, acerca dos casos atendidos em Hospitais e Clínicas Veterinárias envolvendo intoxicação exógena no ano de 2004 Resultados e Conclusões : Foram avaliados 62 (sessenta e dois) casos, sendo a espécie canina a mais acometida com 91,9% e a espécie felina com 8,1%. Produtos veterinários foram os agentes que mais provocaram acidentes, representando aproximadamente 35%. A utilização do mesmo sem orientação ou acompanhamento de profissional qualificado, aumenta o potencial de risco de intoxicações, seja por circunstâncias terapêuticas ou acidentais. Palavras-chave: Intoxicação, cães, gatos, Amitraz. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 37 Título do trabalho: AVALIAÇÃO CLÍNICO-PATOLÓGICA DO USO DA ABRAÇADEIRA DE NÁILON E DO FIO DE ALGODÃO COMO MÉTODOS ALTERNATIVOS NA OVARIOHISTERECTOMIA EM CADELAS - DADOS PRELIMINARES. E-mail: [email protected] Eixo Temático: Clínica de Pequenos e Grandes Animais Autor: Rogério Elias Rabelo Instituição: Universidade Federal de Goiás Observações: Hélida Fernandes Leão; Caroline Rocha de Oliveira Lima; Sílvio Luís de Oliveira; Fabiano José Ferreira de Sant'Ana; Talita Dayane Pereira e Silva; Ana Paula Franco de Almeida. Introdução: O crescimento desordenado da população canina e felina vem se intensificando e gerando preocupação às autoridades sanitárias, uma vez que os animais domésticos desempenham um papel fundamental no ciclo biológico das zoonoses. As medidas de controle populacional de animais errantes adotadas no Brasil estão relacionadas principalmente às medidas de captura e sacrifício dos animais. Porém, tal procedimento não representa uma solução eficaz, visto que não atua na essência do problema, ou seja, a procriação excessiva. Brun et al. (2000) mencionaram a ovariohisterectomia como alternativa viável no controle populacional de animais de companhia, entretanto, ressaltou o alto custo do procedimento cirúrgico. Silva et al. (2004) citaram a abraçadeira de náilon como alternativa economicamente viável e eficaz na ligadura das artérias e veias do pedículo ovariano em cadelas. Objetivos : Avaliar a viabilidade do uso da abraçadeira de náilon e do fio de algodão como métodos alternativos na ligadura do pedículo ovariano e coto uterino na ovariohisterectomia em cadelas. Aplicabilidade dos Resultados : Utilização de material de baixo custo na castração de animais de companhia de famílias de baixa renda. Material e Métodos : O estudo esta sendo realizado no Ambulatório Veterinário do CampusJataí/UFG. Foram utilizadas dez cadelas adultas, S.R.D., não gestantes, sendo estas divididas aleatoriamente em dois grupos. Os procedimentos de ovariohisterectomia foram realizados segundo Slatter (1998). Nos cães do grupo 1 (G1) utilizou-se a abraçadeira de náilon na hemostasia dos pedículos ovarianos e coto uterino, enquanto que, no grupo 2 (G2) as ligaduras foram realizadas com fio de algodão nº 0. Ressalta-se que os materiais foram previamente autoclavados por ocasião das cirurgias. O pós-operatório constou de antibioticoterapia, analgésicos e pomadas auxiliares da cicatrização. Realizou-se eutanásia em um animal de cada grupo aos 15, 30, 45, 60 e 75 dias respectivamente, a fim de avaliar o comportamento dos materiais utilizados nas ligaduras. Resultados e Conclusões : Os cães de ambos os grupos tiveram boa recuperação clínica, não sendo observada hemorragia pós-cirúrgica tanto nos animais do G1 como nos do G2. As complicações pós-operatórias descritas, nos dez primeiros dias, sugeriram apenas um discreto edema na região periférica à incisão cutânea em dois animais de G1 e em uma cadela de G2. Por ocasião da necropsia aos 15 dias, observou-se macroscopicamente, um discreto aumento de volume adjacente à região do implante, apenas no animal do G1. Aos 30 dias, os resultados demonstraram discreto aumento de volume da região implantada também no animal do G1. Tendo em vista os resultados preliminares, tanto a abraçadeira de náilon como os fios de algodão, mostraram-se alternativas eficientes na ligadura dos pedículos ovarianos e do coto uterino durante os procedimentos de ovariohisterectomia em cadelas, caracterizando material de baixo custo, fácil aquisição, promovendo uma hemostasia eficaz e não suscitando em reações indesejáveis, tais como rejeição e formação de granulomas. Palavras-chave: Ovariohisterectomia, abraçadeira de náilon, fio de algodão, cadelas. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 38 TÍTULO DO TRABALHO: A UTILIZAÇÃO DE TERAPIA FOTODINÂMICA EM ADENOMA DE GLÂNDULA HEPATÓIDE, EM UM CÃO. RELATO DE CASO. Email: [email protected] Eixo Temático: Ensino e Pesquisa Autor: Gouvêa, A.H.M.² Instituição: Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica. Instituto de Física de São Carlos (USP). Observações: Bagnato, Vanderlei Salvador. 2; - Diretor do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica-Cepof- Instituto de Física - USP - São Carlos; Kurachi, Cristina; Cepof- Instituto de Física - USP - São Carlos; Ferreira, Juliana; Cepof - Instituto de Física - USP - São Carlos; Martins, E.A.N.; Centro Universitário Anhanguera - UNIFIAN -Leme Brunelli, A.T.J.; Centro Universitário Anhanguera - UNIFIAN -Leme Gomes, V.; Centro Universitário Anhanguera - UNIFIAN -Leme Contieri, M.B.; Centro Universitário Anhanguera - UNIFIAN -Leme Ramalho, M.F.P.D.Centro Universitário Anhanguera - UNIFIAN -Leme. Introdução: A Terapia Fotodinâmica consiste basicamente na utilização de um fotossensibilizador com afinidade por células malignas, uma fonte de luz de comprimento de onda adequado e oxigênio molecular. O fotossensibilizador, ativado pela luz, reage com oxigênio celular, transformando-o em uma espécie altamente reativa, que induz a morte celular por apoptose ou necrose. A TFD é comumente indicada no tratamento local de neoplasias. Objetivos : O trabalho objetivou avaliar a eficácia da terapia fotodinâmica em adenoma de glândula hepatóide, em um cão. Aplicabilidade dos Resultados : O excelente resultado obtido na resolução do adenoma hepetóide em canino, nos incentiva a intensificar a pesquisa em terapia fotodinâmica em pequenos animais, na Medicina Veterinária. Material e Métodos : Um animal da espécie canina, macho, sem raça definida, 20 anos de idade foi atendido no Hospital Veterinário do Centro Universitário Anhanguera, campus LemeSP, apresentando há três semanas aumento de volume na região da mucosa anal e sangramento intenso. Ao exame clínico, observaram três massas infiltradas, ulceradas, localizadas no epitélio anal, nas posições de 1, 3 e 6 horas de um relógio, com aproximadamente, 1,0; 0,5 e 1,0 centímetro de diâmetro, respectivamente. O histopatológico revelou adenoma de glândula hepatóide. Foi administrado 1,5 mg/kg (5,2 ml) de hematoporfirina (Photogem®- HpD) diluída em solução fisiológica, por via intravenosa lenta. Decorridas 14 horas, o animal foi submetido à irradiação com LED (diodos emissores de luz). Após jejuns hídricos e alimentar de 8 horas, o animal foi pré-medicado com acepromazina (Acepran® 0,2%), na dose de 0,1 mg/Kg de peso corpóreo, por via intravenosa. Posteriormente, recebeu propofol (Diprovan®), na dose de 5 mg/Kg de peso corpóreo, intravenoso, para indução da anestesia geral inalatória, que foi mantido com anestésico halogenado (Fluotane®) e oxigênio, por inalação, em circuito semi-fechado, no 3°plano do 3° estágio de anestesia (GUEDEL, 1952). Resultados e Conclusões : O animal exibiu recuperação satisfatória havendo redução significativa das massas após 7 dias a aplicação da irradiação, não havendo necessidade de outra aplicação da terapia fotodinâmica. A evolução clínica foi acompanhada durante 5 meses após a aplicação do LED. Não houve qualquer reação à aplicação da TFD ou do fotossensibilizador. Conclusão: A terapia fotodinâmica mostrou-se eficaz no tratamento do adenoma de glândula hepatóide, em cão. Palavras-chave: Neoplasias, terapia fotodinâmica, adenoma de glândula hepatóide. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 39 Título do trabalho : ESTUDO RADIOGRÁFICO DE HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA DE ORIGEM TRAUMÁTICA EM UMA CADELA - RELATO DE CASO. Email: [email protected] Eixo Temático: Clinica de pequenos e de grandes animais Autor: Simone Tigusa de Melo Miyake Instituição: Universidade Federal Rural da Amazônia Observações: Simone Tigusa de Melo Miyake (Universidade Federal Rural da AmazôniaUFRA); Vívian Tavares de Almeida; Daniel Stangarlin de Camargo; Joicy Cortez de Sá (UFRA); Erika Feitosa Pamplone da Silva (UFRA); Frederico Ozanan Barros Monteiro CPF: 484792843-15 (UFRA). Introdução: A hérnia diafragmática caracteriza-se pela perda de continuidade do músculo diafragma, resultando na ausência de separação entre as cavidades torácica e abdominal, com conseqüente protrusão das vísceras abdominais no tórax. O tipo traumático consiste em uma falsa hérnia devido à ausência de saco herniário. Nesse, há perda da pressão intratorácica negativa resultando na diminuição da expansão pulmonar Objetivos : Avaliar o estado clínico do animal mediante a realização de exames radiográficos, visando identificar a gravidade e o prognóstico do quadro Aplicabilidade dos Resultados : Clínica e Cirurgia de Pequenos animais Material e Métodos : Uma cadela da raça Poodle com sete anos de idade, apresentando histórico de trauma anterior (aproximadamente seis anos) e manifestações intermitentes de tosse, foi conduzida ao Hospital Veterinário da Universidade Federal Rural da Amazônia, para avaliação clinica. O animal foi avaliado por técnicas semiológicas (inspeção, auscultação, palpação, percussão e termometria), sendo submetido posteriormente a exame radiográfico simples e contrastado (esofagoframa com sulfato de bário a 100%). Após 10 dias da realização do primeiro esofagograma, procedeu-se um segundo exame radiográfico objetivando avaliar o trânsito gastrintestinal. Resultados e Conclusões : A inspeção revelou um animal responsivo, com freqüência cardiopulmonar normal e alteração da capacidade respiratória pela ausência de sons pulmonares normais, associados ao relato de tosse intermitente. Ao estudo radiográfico toraco-abdominal, observou-se interrupção da sombra diafragmática normal, deslocamento cranial de órgãos abdominais e evidência de sombra gasosa compatível com presença de alças intestinais e estômago na cavidade torácica. Não foi observado deslocamento do fígado para o interior do tórax, entretanto uma pequena porção herniada desse órgão pode escapar à detecção radiográfica. A análise do segundo exame radiográfico demonstrou presença de contraste em alças intestinais, mesmo após 10 dias da realização do primeiro exame radiográfico, configurando alteração no trânsito digestivo. Apesar da cronicidade do problema, a protrusão das vísceras para cavidade torácica não representou, até o momento, danos significativos ao quadro clínico ou às funções digestivas desta paciente. Entretanto, o caso merece ser constantemente reavaliado, visando o monitoramento do processo anatomo-patológico. Palavras-chave: Hérnia diafragmática, Protrusão de vísceras, Exame radiográfico. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 40 Título do trabalho : ISOLAMENTO DAS BACTÉRIAS Staphylococcus sp e Proteus sp EM UM CÃO COM OTITE, E TRATAMENTO COM CICLOREXIDINA ( USO TÓPICO ) E AMICACINA ( USO SISTÊMICO ) E-mail: [email protected] Eixo Temático: Clínica de Pequenos e de Grandes animais Autor: Vívian Tavares de Almeida Instituição: Universidade Federal Rural da Amazônia Observações: Simone Tigusa de Melo Miyake (Universidade Federal Rural da AmazôniaUFRA); Joicy Cortez de Sá (UFRA); Daniel Stangarlin de Camargo (UFRA); Vânia Maria T. S. Moreira (UFRA); Alexandre R. Casseb (UFRA) Introdução: A otite é uma inflamação aguda ou crônica do conduto auditivo, caracterizada por eritema, aumento da descamação do epitélio e graus variados de dor e prurido, apresentandose de três formas: otite externa, média e interna. Dados referentes aos principais estados brasileiros demonstram que cerca de 8-15% dos atendimentos de cães estão relacionados com quadros de otite externa clínica. Objetivos : A pesquisa em questão teve como objetivo identificar o agente causador da otite em um cão doméstico no município de Belém, e a sensibilidade dos microrganismos a antibióticos para posterior tratamento da enfermidade. Aplicabilidade dos Resultados : Clinica de pequenos animais. Material e Métodos : Foi analisada uma amostra de secreção otológica de um cão adulto, da raça Poodle. A mesma, foi coletada de forma asséptica e transportada, imediatamente, em tubos de ensaio contendo solução fisiológica estéril para o Laboratório de Microbiologia da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), onde foi inoculada nos meios de cultura: ágar sangue, ágar Chapman, ágar MacConkey, TSI e mantida em estufa bacteriológica a 37º C por 24h. O antibiograma foi realizado pelo método de difusão em disco, após a determinação do gênero envolvido, para selecionar o fármaco adequado. Resultados e Conclusões : O resultado da bacterioscopia direta pelas características morfotintoriais mostrou bacilos gram - negativos (BGN) e coccus gram - positivos (CGP), e os da cultura pelas características de colônias de Proteus sp para os BGN, e bioquímica por catalase positiva, identificou Staphylococcus sp para os CGP no ouvido esquerdo e direito respectivamente. No antibiograma, o Proteus sp mostrou-se resistente a todos os antibióticos testados, enquanto que o Staphylococcus sp mostrou-se parcialmente resistente a Vancomicina. Como terapia alternativa foi adotado a Ciclorexidina (uso tópico) demonstrandose eficaz para Staphylococcus sp e parcialmente eficaz para Proteus sp. Mediante a melhora no quadro do animal foi realizado novo antibiograma resultando em uma sensibilidade da bactéria Proteus sp ao fármaco Amicacina, sendo esta adotada para tratamento com resultado satisfatório. A amicacina, assim como outros Aminoglicosídios são bactericidas e atuam inibindo a síntese de proteínas bacterianas. O resultado sugere que o combate desta doença deve ser feito de forma objetiva no sentido de se evitar a cronicidade do quadro ou mesmo o agravamento do estado de saúde atual do animal. O controle da otite deve ser baseado no cuidado adequado do animal, principalmente às raças que apresentam predisposição a esta enfermidade. Palavras-chave: Otite, Staphylococcus sp, Proteus sp, antibiograma, cães. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 41 Título do trabalho : OBSTRUÇÃO INTESTINAL POR CORPO ESTRANHO EM UM CÃO: RELATO DE CASO Email: [email protected] Eixo Temático: Autor: Barbosa, V. T1; Soares, L. K1; Guimarães, O. C1; Esteves, G. I. F1, Costa, A. C1; Bernardes, K. M1; Silva, L.A. F2 Instituição: Universidade Federal de Goiás Observações: Introdução: Corpos estranhos como bolas, plásticos, ossos, entre outros, causam a maioria das obstruções intestinais em pequenos animais, podendo causar perfuração intestinal e peritonite. A ocorrência é maior nos cães do que nos gatos devido ao seu menor grau de seletividade alimentar Objetivos : Este estudo objetivou relatar um caso de obstrução intestinal por corpo estranho em um cão Aplicabilidade dos Resultados : Material e Métodos : Um cão sem raça definida (SRD), na faixa etária de três anos e peso aproximado de 25 quilos, foi atendido no Hospital Veterinário da U.F.G. O proprietário afirmou na anamnese, que há seis dias o animal vinha apresentando vômito, sinais de constipação e não se alimentava. No vômito, foi observado três sementes de cajamanga. Ao exame clínico, os parâmetros fisiológicos encontravam-se dentro da normalidade, mas ainda apresentava vômitos e sinais de desidratação. À palpação abdominal foi possível identificar aumento de volume intra-abdominal de aproximadamente 4cm de diâmetro. Colheu-se sangue, por meio de punção da veia cefálica acondicionando-as em dois tubos, com e sem anticoagulante, para exames complementares. Estas foram encaminhadas ao laboratório de Patologia Clínica do Hospital Veterinário da Escola de Veterinária da U.F.G., realizando hemograma com pesquisa de hematozoário e bioquímica sangüínea (uréia, creatinina, ALT e FA), além do exame ultrasonográfico. O animal foi internado e submetido a uma terapia de suporte com glicose 5%, ringer simples e antiemético a base de cloridrato de metoclopramida, para posterior realização de uma laparotomia exploratória. Durante a laparotomia foi necessário realizar uma enterotomia no intestino delgado para averiguar o aumento de volume. No pós-operatório o cão foi medicado com enrofloxacina na dose de 0,25 mg/kg e 2,2 mg de cetoprofeno por kg de peso corporal/dia e mantido no ringer simples. Resultados e Conclusões : O hemograma revelou leucocitose com neutofília e desvio regenerativo à esquerda e também uma monocitose absoluta. A bioquímica sangüínea observou que a uréia, creatinina e alanina aminotransferase estavam aumentadas. Pelo exame ultra-sonográfico foi visualizado segmentos de alças dilatados (3,45 cm de diâmetros), com conteúdo aneicóico e pontos ecoluscentes em suspensão, sugerindo obstrução, e uma estrutura hiperecóica, formadora de sombra acústica posterior, de formato oval medindo 4,94 cm x 3,71 cm, sugerindo corpo estranho. Durante a laparotomia exploratória localizou-se um corpo estranho no intestino delgado, onde então, foi realizada uma enterotomia para sua retirada. Foi retirada uma semente de aproximadamente 6 cm e 25cm de alça intestinal que já estava comprometida apresentando áreas de necrose. Porém o animal veio a óbito um dia após o procedimento.CONCLUSÕES: Concluiu-se que em casos de obstrução intestinal por corpo estranho em cães, quando o diagnóstico é realizado tardiamente, as complicações podem resultar em prognóstico desfavorável. Palavras-chave: obstrução, cão, enterotomia. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 42 Título do trabalho : EFEITO DA SUPLEMENTAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS NA REPRODUÇÃO DE COELHOS Email: [email protected] Eixo Temático: Reprodução e Biotecnologia Autor: Fabiano Rodrigues de Souza Instituição: UFG - Campus Jataí Observações: Silvio Luiz de Oliveira - UFG/Campus Jataí-GO; Rogério EliasRabelo UFG/Campus Jataí-GO; Raphael Guimarães Duque- UFG/Campus Jataí-GO 999772491-72 Introdução: A nutrição exerce uma importância relevante sobre a qualidade espermática de todas as espécies de mamíferos domésticas, inclusive nos coelhos. Atualmente vários estudos têm sido realizados para avaliar o efeito da suplementação de ácidos graxos na reprodução de fêmeas e machos, sendo observado que ácidos graxos essenciais (ω-3 e ω-6) exercem influência no metabolismo, e na qualidade das membranas dos gametas. O estudo dos efeitos dos lipídeos sobre parâmetros seminais em coelhos podem contribuir para avanços na inseminação artificial e no melhoramento genético nesta espécie. Objetivos : avaliar o efeito da suplementação de ácidos graxos essenciais (ω-3 e ω6) sobre qualidade espermática de coelhos reprodutores através do fornecimento de óleo de peixe, óleo de canola e óleo de soja em suas dietas alimentares. Aplicabilidade dos Resultados : Os resultados podem auxilar na escolha de fontes de óleos na alimentação de coelhos sobre o desempenho reprodutivo desta espécie. Material e Métodos : Utilizou-se 15 coelhos machos reprodutores, adultos (7 meses de idade), mestiços (Nova Zelândia x Califórnia), com peso inicial médio de 2,86 kg, submetidos a 03 tratamentos (fontes de óleos: 1- óleo de peixe; 2- óleo de canola 3- óleo de soja) com 05 repetições em um delineamento em blocos ao acaso (peso inicial dos coelhos). Os animais receberam uma ração comercial para reprodutores e eram suplementados diariamente com 02 ml das fontes de óleos, por via oral, com auxílio de seringas. Após um período de 60 dias de fornecimento das rações e suplementações de ácidos graxos, iniciou-se a coleta de sêmen dos animais, através do uso de manequim e vagina artificial. Os ejaculados de cada animal foram avaliados durante quatro semanas, em um regime de coleta única para cada animal por semana e observados os seguintes parâmetros seminais: motilidade, vigor espermáticos, volume, concentração e número total de células dos ejaculados, com auxílio de microscópico óptico. Resultados e Conclusões : Foram coletados 60 ejaculados dos reprodutores e após análise de variância e teste de qui-quadrado, observou-se que não houve diferenças significativas (P>0,05) entre as dietas suplementadas com as fontes de óleos de peixe, canola e de soja, diariamente, sobre os parâmetros seminais analisados. Embora a literatura enfatiza que ocorra um predomínio de ácidos graxos de cadeia longa e poliinsaturada da família ω-6 nas membranas espermáticas de coelhos, o uso destas 03 fontes distintas de óleos com concentrações variáveis de ácidos graxos ω-3 e ω-6, por 60 dias, não foram capazes de alterar as características seminais avaliadas. Nestas condições experimentais não foi encontrado nenhuma vantagem da suplementação de uma fonte de óleo sobre a outra em relação à reprodução de coelhos machos reprodutores. Palavras-chave : Ácidos graxos, Coelhos, Qualidade espermática. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 43 TÍTULO DO TRABALHO : AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DE NOVILHOS NELORE RECRIADOS EM PASTAGENS DE ANDROPOGON OU BRACHIARIA DECUMBENS E TERMINADOS EM SEMI-CONFINAMENTO1 Email: [email protected] CPF: 69965749191 Eixo Temático: Produção Animal e Agronegócio Autor: Liane Ferreira Costa Instituição: Universidade Federal de Goiás - Campus Jataí Observações: Costa, L. F2.; Rosa, B. C3; Freitas Neto, M. D4; Sandrini, C. N. M.5; Banys, V. L.6; Castro, A. L. A. de7; Souza, F. R.8; (1) Projeto financiado pelo CNPq; (2) Acadêmico do Curso de Medicina Veterinária UFG/CAJ, Rod. BR 364, Km 192, Jataí/GO, ([email protected])99787920159; (3) Acadêmico do Curso de Medicina Veterinária UFG/CAJ, bolsistas PIBIC/CNPq,91858666104; (4) Acadêmico do Curso de Medicina Veterinária UFG/CAJ, bolsistas PIVIC/CNPq [email protected])92235042104; (5) Professor Adjunto do Curso de Medicina Veterinária da UFG/CAJ e doutoranda da UFG/Goiânia; (6) Professor Adjunto do Curso de Medicina Veterinária da UFG/CAJ ([email protected])69355835604; (7) Doutoranda pela Universidade Federal de Lavras DZO/UFLA, bolsista da CAPES ([email protected])26743780855 (8) Acadêmico do Curso de Medicina Veterinária UFG/CAJ, monitor da disciplina Tecnologia e Inspeção de Leite ([email protected])69965749191. Introdução: Apesar da forragem ser considerada como alimento mais barato, ela apresenta na região Centro-oeste, entre os meses de junho e setembro, baixo crescimento, elevado teor de fibra e redução do percentual de nutrientes, principalmente de proteína bruta, comprometendo o ganho em peso dos animais mantidos exclusivamente a pasto neste período (Reis et al., 1997).. Objetivos: Objetivou-se com este experimento avaliar o desempenho de novilhos Nelore da recria até o abate, mantidos em pastagens de Andropogon e Braquiária, por serem estas forrageiras representativas do bioma Cerrado Aplicabilidade dos Resultados: Produção de bovinos em pastagem de Brachiaria decumbens e Andropogon, que correspondem a 28% das pastagens do Brasil Central Material e Métodos : O experimento foi realizado em uma propriedade privada situada no Município de Jataí, Goiás utilizando 38 bezerros Nelore machos inteiros desmamados aos nove meses de idade com peso médio a desmama de 251,42 ± 24,6 kg. Os animais foram separados em dois lotes de 19 bezerros de acordo com o peso buscando uniformidade entre os mesmos, sendo os tratamentos pastagem de Andropogon ou de Braquiária, predominando de Brachiaria decumbens. Ao longo do experimento foram realizadas 14 pesagens em 31 meses, de maio de 2003 a dezembro de 2005 em balança mecânica com precisão de 1 kg. Após a coleta dos dados os mesmos foram arquivados em planilha Excel e analisados em delineamento inteiramente casualizado utilizando-se o pacote estatístico SAEG descrito por Euclydes (1983) onde foram submetidos a análise de variância e ao teste de F ao nível de 5% de significância. Resultados e Conclusões : Apesar dos bezerros serem desmamados com peso médio de 252,84 kg, superior a média 190 kg de peso a desmama citado por Aguiar (2004) e Burgi (2004), os mesmos ainda encontravam-se no período de estresse pós-desmama e, por isso, praticamente mantiveram o peso corporal observado até a entrada da seca. Além disso, no período seco os animais, foram manejados em pastagens de baixo valor nutritivo e sem suplementação e ainda, no ano de 2003 houve um prolongamento do período seco resultando no menor ganho em peso anual encontrado nesses animais de 51g/dia. Com o melhoramento S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” do valor nutritivo e o aumento da oferta das pastagens proporcionado pelo início das chuvas, aliado ao grande potencial genético dos animais, observou-se ganho compensatório, resultando em ganho razoável. No ultimo ano obteve médio ganho de 490 g/dia devido a suplementação utilizada, apesar de ser necessário, neste período maior quantidade de concentrado, por ser, a mantença dos animais nesse período (terminação) maior do que a mantença no período da recria, onde não foi usado suplementação.A disponibilidade, logo após a desmama, de pastagens de baixo valor nutritivo, e a não adoção de suplementações estratégicas durante o período seco comprometeu o ganho dos animais durante a recria. Entretanto, a baixa disponibilidade de forragem para os animais mantidos sobre Braquiária fez com estes não apresentassem ganho equivalente reduzindo o seu potencial de ganho até o abate. Palavras-chave: forragem, ganho em peso, período das águas, seca. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 44 Título do trabalho: PANCREATITE EXÓCRITA AGUDA: ANÁLISE RETROSPECTIVA DE 1 ANO. Email: [email protected] Eixo Temático: Clínica de pequenos e grandes Animais Autor: Eros Luis de Sousa Instituição: Observações: SCHRAPPE, Débora - Centro Médico Paranaense para Animais de Companhia. Curitiba-PR CAESAR, Calyne - Centro Médico Paranaense para Animais de Companhia. Curitiba-PR MILIETTI, Marchioro Monica - Autonoma. Curitiba-PR Introdução: Introdução A pancreatite exócrina aguda pode ser definida como a inflamação do pâncreas de surgimento súbito. Acredita-se que esta classificação da pancreatite se desenvolva ao ocorrer a ativação das enzimas digestivas no interior da glândula havendo resultante autodigestão pancreática. O evento que inicia a ativação das enzimas intrapancreaticas é a conversão do tripsinogênio em tripsina e vários são os fatores para que isto ocorra. Apesar de seu crescente conhecimento, sua etiologia ainda não esta claramente definida e numerosos procedimentos experimentais têm sido utilizados para seu estudo. As características clínicas típicas são cães de meia-idade ou idosos sem predileção sexual, porém com predisposição para animais castrados. A maioria são obesos e a história clinica muitas vezes esta relacionado com o consumo recente de alimentação rica em gordura. Os sinais clínicos variam de acordo com o estagio da doença e podem variar de anorexia e depressão com dor abdominal a vômitos agudos graves, diarréia hemorrágica, choque e morte nos animais mais gravemente acometidos. O perfil bioquímico sérico demonstra detecção de azotemia pré-renal pela perda de volume pelos vômitos, falta de ingestão de líquidos e extravasamento para o terceiro espaço, hiperglicemia moderada pela liberação de maior quantidade de glucagon que de insulina pelo pâncreas inflamado. Certos graus de hipoalbuminemia podem resultar de extravasamento vascular e peritoneal. Aumento da atividade sérica de fosfatase alcalina de duas a dezessete vezes e da ALT normal a oito vezes são os achados mais freqüentes em cães com pancreatite. Objetivos : Durante o período de março de 2005 a março de 2006 sete casos de pancreatite exócrina aguda foram diagnosticadas entre os pacientes atendidos no serviço de clinica médica do centro médico paranaense para animais de companhia. Destes, apenas um diagnosticado através de sinais clínicos clássicos e exames complementares, seis demonstravam apenas emese esporádica e apatia sem apresentação dos demais sinais clínicos compatíveis com a literatura tendo elevação de fosfatase alcalina no perfil bioquímico. Os exames ultrassonograficos eram característicos da afecção. O sexo não foi fator determinante nesta análise, mas a incidência em fêmeas foi destaque da amostragem. Outro destaque foi de que a maioria dos animais acometimento não eram castrados. A raça que demonstrou maior acometimento foi o poodle. A idade média acometida foi de sete anos. A referida análise conclui que não houve apresentação da sintomatologia clássica em considerável porcentagem de pacientes, conforme as literaturas consultadas citavam. Aplicabilidade dos Resultados: Material e Métodos: Materiais e métodos O serviço de clínica médica recebeu os pacientes no período de março de 2005 a março de 2006, estes, foram diagnosticados com pancreatite exócrina aguda. Foi observado apenas um paciente canino com diagnóstico através de sintomatologia clássica, exames laboratoriais e ultrassonografico conforme descrito na literatura, ou seja, 14,2% da amostra avaliada, os S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” demais cães apresentavam apenas histórico compatível, emese intermitente, apatia e hipertermia, sem dor abdominal craneal, posição de alívio, nem mesmo diarréia. O perfil bioquímico destes pacientes demonstrava apenas aumento da enzima FA sem alterações enzimáticas de ALT E GGT ou demais componentes, porém o diagnóstico por imagem de ultrassom demonstrava alterações em região do pâncreas, o qual totalizou 85,8% da amostragem. Dos pacientes encaminhados ao serviço três foram submetidos a laparotomia exploratória confirmando a presença de quadro inflamatório em pâncreas dos quais foram realizados citologia aspirativa cujo resultado obtido foi somente de células inflamatórias. A distribuição do diagnóstico de pancreatite caracterizou-se da seguinte forma: um paciente com sinais clássicos e perfil bioquímico compatível com a literatura; e seis pacientes sem sinais de descrição literária. A incidência racial não foi clara nesta amostra. Quanto ao sexo e idade dos acometidos observa-se prevalência de fêmeas com 80% dos indivíduos sendo somente uma das pacientes castrada. Já a idade média respeita a literatura com sete anos de idade. Resultados e Conclusões : Conclusão Conclui-se através deste levantamento, que o diagnóstico da pancreatite exócrina canina num determinado período deste serviço, não respeitou a sintomatologia compatível conforme a literatura consultada. Estes dados conferem ao leitor a importância da abordagem diagnóstica da pancreatite exócrina aguda em cães que por muitas vezes é subestimada pelo clínico veterinário, pois conforme demonstrado em pacientes que foram acometidos em nossa rotina nem sempre há a apresentação da sintomatologia clássica sugerida pela literatura. É importante que o médico veterinário ao se deparar com o rotineiro quadro de emese inclua em seu diagnóstico diferencial a pancreatite exócrina aguda mesmo que a sintomatologia clássica não esteja presente, pois este fator irá refletir nas condutas dos procedimentos diagnósticos e terapêuticos. Palavras-chave: Palavras chave: Pancreatite exócrina, Aguda, Cães. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 45 Título do trabalho: REGISTRO DE CASOS DE NEUROCISTICERCOSE NO ESTADO DE MATO GROSSO. Email: [email protected] Eixo Temático: Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Pública Autor: ROUSIMEIRE DA SILVA FREITAS RICARDI Instituição: UNIVERSIDADE DE CUIABÁ - UNIC Observações: SAULO TEIXEIRA DE MOURA - UNIVERSIDADE DE CUIABÁ/UNIC Introdução: O processo teníase-cisticercose caracteriza-se como uma zoonose clássica de importância para a saúde pública, pois é naturalmente transmitida entre os homens e os animais, sendo o homem hospedeiro definitivo da Taenia solium. A transmissão da cisticercose se dá através da contaminação por via fecal - oral, e o homem pode se tornar um hospedeiro acidental da forma jovem deste cestódeo. Objetivos: A presente pesquisa teve como objetivo principal registrar casos de neurocisticercose diagnosticados no município de Cuiabá e no estado de Mato Grosso. Aplicabilidade dos Resultados: Descrição da ocorrência de neurocisticercose no estado de Mato Grosso e possíveis fatores associados à essa morbidade. Material e Métodos: A metodologia adotada foi um levantamento epidemiológico baseada na pesquisa documental em prontuários arquivados em um centro de diagnósticos por imagem na cidade de Cuiabá, do periodo de julho de 2004 a julho de 2005. Foram analisados alguns aspectos associados aos indivíduos com diagnóstico positivo para neurocisticercose através de exames de ressonância magnética e/ou tomografia computadorizada. Resultados e Conclusões : Dentro das condições pesquisadas, os resultados demostraram maior prevalência do diagnóstico dessa enfermidade em pessoas do sexo feminino. A faixa etária mais acometida compreendia indivíduos com idades entre 31-40 anos. Pode-se notar também que a maioria dos casos diagnosticados de neurocisticercose na cidade de Cuiabá envolvia pessoas residentes em bairros de classe média. Conclui-se que, além da ocorrência significante da neurocisticercose nesse estado e na sua capital, medidas efetivas de vigilância sanitária e educação em saúde sejam realizadas visando a redução do número de casos dessa antropozoonose. Palavras-chave: Neurocisticercose, T. solium, Cysticercus cellulosae, Estado de Mato Grosso. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 46 TÍTULO DO TRABALHO : AVALIAÇÃO DE PASTAGENS DE BRACHIARIA DECUMBENS E ANDROPOGON NO PERÍODO DAS CHUVAS E SECA NO SUDOESTE GOIANO1 Email: [email protected] Eixo Temático: Produção Animal e Agronegócio Autor: Marcondes Dias de Freitas Neto Instituição: Universidade Federal de Goiás - Campus Jataí Observações: Freitas Neto, M. D2; Duque, R. G.3; Costa, L. F4; Sandrini, C. N. M.5; Banys, V. L.6; Castro, A. L. A. de7; Souza, F. R.8 (1) Projeto financiado pelo CNPq; (2) Acadêmico do Curso de Medicina Veterinária UFG/CAJ, Rod. BR 364, Km 192, Jataí/GO, bolsistas PIVIC/CNPq ([email protected])92235042104; (3) Acadêmico do Curso de Medicina Veterinária UFG/CAJ, bolsista da Prefeitura Municipal de Jataí ([email protected])99977249172; (4) Acadêmico do Curso de Medicina Veterinária UFG/CAJ, ([email protected])99787920159; (5) Professora do Curso de Medicina Veterinária da UFG/CAJ e doutoranda da UFG/Goiânia; (6) Professora Adjunto do Curso de Medicina Veterinária da UFG/CAJ ([email protected])69355835604; (7) Doutoranda pela Universidade Federal de Lavras - DZO/UFLA, bolsista da CAPES ([email protected])26743780855; (8) Acadêmico do Curso de Medicina Veterinária UFG/CAJ, monitor da disciplina Tecnologia e Inspeção de Leite ([email protected])69965749191. Introdução: O Brasil Central possui 60 milhões de ha de pastagem, sendo 3% de Andropogon e 25% de Brachiaria decumbes, base para criação de, aproximadamente, 58 milhões de cabeças bovinas - Macedo (2005). A B. decunbens possui boa produtividade nas condições de solos ácidos e de baixa fertilidade e pastagens de Andropogon são utilizadas em solos pobres, com baixa fertilidade, principalmente em áreas pedregosas. Objetivos: Objetivou-se com esse trabalho a avaliação da produção de matéria seca e dos teores de proteína bruta das pastagens de B. decumbens e Andropogon. Aplicabilidade dos Resultados: determinação do valor nutritivoe pastagens de Brachiaria decumbens e Andropogon no período das chuvas e seca no Sudoeste Goiano Material e Métodos: O experimento foi conduzido em propriedade privada no Município de Jataí/GO entre maio/2003 e dezembro/2005, para avaliar pastagens de Andropogon e B. decumbens submetidas a pastejo contínuo sem adubação. O material coletado pelo método do quadrado (corte manual), constituiu-se de 4 amostras oriundas de 5 sub-amostras/quadrante da área das pastagens, resultando 20 amostras por período (chuvoso e seco). As amostras foram identificadas e, no Laboratório de Bromatologia do CCA/CAJ/UFG, secas em estufa de circulação forçada de ar (65ºC) por 72 horas e moídas em moinho de martelo com peneira de 1 mm para as determinações de proteína bruta (PB) e matéria seca (MS). Os dados foram analisados pelo pacote estatístico SAEG (1983) Resultados e Conclusões : No Brasil Central, devido a fatores climáticos, 70 a 80% da produção forrageira concentra-se no período das chuvas/verão e 20 a 30% no período seco/inverno (Santos et al., 2004). A quantidade e o valor nutritivo da forragem podem variar, dependendo da fertilidade do solo, condições climáticas, idade fisiológica e manejo a que esta é submetida (Leite et al., 1994). Foram relatadas produções de 1 a 36 t de MS/ha/ano (Ghisi & Pedreira citados por Leite et al., 1994). Euclides (2003) encontrou produção média de MS de 33,7 t para a B. decumbens e, neste experimento encontrou-se produção média de 1,08 t MS/ha/ano. Vilela (2005) e Carneiro (1995) encontraram, respectivamente, produções semelhantes de 8 a 14 t MS/ha/ano e 10 t MS/ha/ano. As pastagens avaliadas apresentaram baixa produção devido, provavelmente, ao superpastejo e ao pastejo contínuo não permitindo o S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” restabelecimento das reservas da forrageira. Encontrou-se valor médio de PB para a B decumbens de 6,33%, sendo 7,20% no período das águas e 5,41% na seca, valores inferiores aos relatados por Euclides et al. (2003), respectivamente de 9,65; 10,68 e 7,00%. O teor médio de PB no Andropogon foi 9,93; 10,9 e 8,95% para os períodos de água e seca, respectivamente. As pastagens avaliadas estão mantidas sob superpastejo e sem reposição de nutrientes e, devido a essa degradação, observa-se teores de PB abaixo dos citados por Euclides et al. (2003). Concluiu se que o manejo inadequado das pastagens desencadeia a degradação das mesmas e conduzindo a redução da sua capacidade produtiva observada pela produção da matéria seca/ha/ano e pelo valor nutritivo da forragem produzida. Palavras-chave: degradação, forrageira, material seca, valor nutritivo. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 47 Título do trabalho : TERAPIA ASSISTIDA COM CÃES À CRIANÇAS INSTITUCIONALIZADAS E-mail: [email protected] Eixo Temático: Interação homem x animal Autor: barros M. M. Instituição: Acadêmica do Curso de Medicina Veterinária, FAMEV - UFMT Observações: Eilert M. I. R. P. Enfermeira e Médica Veterinária - SES / HOVET – UFMT; Cardoso R. L. Acadêmicas do Curso de Medicina Veterinária, FAMEV – UFMT; Dahroug M. A. A. Acadêmicas do Curso de Medicina Veterinária, FAMEV – UFMT. Introdução: A Terapia Assistida Animal (TAA) se define como a utilização de animais a curto ou longo prazo a fim de obter benefícios físicos ou psicológicos, para uma pessoa ou grupo de pessoas institucionalizadas ou não. Ela é empregada em asilos, sanatórios, hospitais psiquiátricos, lares de deficientes físicos, escolas, instituições, prisões e locais que trabalham com crianças e adolescentes com dificuldades de sociabilização e comunicação assim como comportamentos indesejados (medos, fobias, traumas, etc.). Entre os benefícios estão a redução da ansiedade e conseqüentemente dos níveis de cortisol, o responsável pelo estresse tornando o ambiente mais humanizado. Também melhora a interação equipe institucional e crianças. Objetivos : Promover a redução da ansiedade, melhorar a auto-estima, a qualidade de vida e a comunicação entre as equipes das instituições atendidas e os pacientes e crianças promovendo a humanização do ambiente hospitalar e a diminuição do tempo de permanência institucional. Aplicabilidade dos Resultados : Incentivar a criação de novos grupos que visem a inclusão social do indivíduo promovendo o bem-estar. Material e Métodos : O projeto de extensão Terapia Assistida com Cães aos Pacientes Pediátricos do Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM) e Lar da Criança, realizado no período de 09/03/2003 a 17/12/2005, utilizou cães das raças Golden Retrevier, Poodle toy, Schnauzer, Shitzu e Yorkshire terrier, saudáveis, limpos e aptos à participação na terapia, com duração das visitas em média de 40 minutos e quinzenalmente. A socialização e o aspecto psicológico também foram avaliados através de depoimentos dos familiares e análise qualitativa das fotografias de cada visita, anotações feitas nos prontuários e das observações de efeitos fenomnológicos. Resultados e Conclusões : Participaram da terapia 528 crianças no HUJM e 69 no Lar da Criança, totalizando 66 visitas, distribuídas semanalmente em todas as terças e quintas-feiras, com intervalo de quinze dias. As análises das observações ocorriam nas reuniões que aconteciam nos intervalos das visitas, onde era analisado o progresso do projeto. Em relação às crianças do Lar, observou-se a dissipação do medo, agressividade, egoísmo, ocorreu aumento da auto-estima, melhora na afetividade, preocupação das crianças com os animais e melhor comunicação entre as equipes institucionais e as crianças. Na ala pediátrica constatouse melhoria na qualidade do sono, no apetite e na interação pessoal entre os profissionais de saúde, pacientes e seus familiares. CONCLUSÕES: Houve melhora da qualidade de vida do paciente hospitalizado e institucionalizado, pois houve redução da ansiedade e do estresse, melhora da auto-estima e na interação entre as equipes institucionais e as crianças. No lar da Criança foram observadas alterações no comportamento, como a diminuição da agressividade e da fobia de algumas crianças, harmonizando o convívio entre elas. Palavras-chave: Cão, terapia, crianças. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 48 Título do trabalho : CONSIDERAÇÕES PARA ESCOLHA DO CÃO TERAPEUTA E EFICÁCIA DA TERAPIA ASSISTIDA COM CÃES E-mail: [email protected] Eixo Temático: Interação homem x animal Autor: Barros M. M. Instituição: Acadêmica do Curso de Medicina Veterinária, FAMEV - UFMT Observações: Eilert M. I. R. P. Enfermeira e Médica Veterinária - SES / HOVET – UFMT; Cardoso R. L. Acadêmica do Curso de Medicina Veterinária, FAMEV – UFMT; Dahroug M. A. A. Acadêmica do Curso de Medicina Veterinária, FAMEV – UFMT. Introdução: A terapia assistida com cães é caracterizada pela introdução de um animal de estimação no ambiente de um grupo ou indivíduo, tendo como finalidade propiciar interações físicas, psico-sociais e emocionais terapêuticas. Os cães utilizados para a terapia são aqueles que se adaptam facilmente ao ambiente, são calmos, tolerantes e amigáveis. As raças que apresentam esse temperamento são Poodle, Shitzu, Lhaza apso, Yorkshire terrier, Poodle toy, Golden retriever, Schnauzer, Pastor Alemão, entre outras. Objetivos : Selecionar cães terapeutas levando em consideração fatores como o grupo a ser trabalhado, o ambiente, duração da terapia, transporte e condições fisiológicas do cão para eficácia da terapia. Aplicabilidade dos Resultados : Constituir as referências bibliográficas na área e divulgar a outras instituições a experiência adquirida pelo projeto. Material e Métodos : O projeto de extensão Terapia Assistida com Cães aos Pacientes Pediátricos do Hospital Universitário Júlio Müller e Lar da Criança, realizado no período de 09/03/2003 a 17/12/2005 utilizou cães das raças Shitzu, Yorkshire terrier, Golden retriever, Poodle toy e Schnauzer após cuidados médico-veterinários em visitas com duração em média de 40 minutos, quinzenalmente. Resultados e Conclusões : Os grupos pacientes pediátricos e crianças de abrigo constituíam populações diferentes. Os pacientes hospitalizados tinham preferência por cães calmos e com adereços coloridos, já as crianças do abrigo, pelos mais brincalhões. Foi verificado que o trabalho utilizando grupos pequenos de crianças e com a mesma faixa etária obteve mais sucesso. No caso das crianças de abrigo, as maiores apossavam-se dos cães dificultando a terapia com as crianças menores. O ambiente interferiu muito nas atividades sendo que a temperatura local elevada foi um fator que diminuiu a duração de algumas visitas pois estressou as crianças e os cães. Foi observado que o espaço muito amplo a ser ocupado para a realização das atividades comprometia a observação das crianças pela equipe terapeuta e o ambiente fechado intimidava as crianças. Estas se sentiam melhor em ambientes com acesso ao ar livre, onde passeavam com os cães. Também foi observado que durante a visita não podem ocorrer outras atividades paralelas para não desviar a atenção das crianças. A terapia era encerrada logo que as crianças e os cães apresentavam cansaço, nunca excedendo mais que uma hora de duração. O transporte era confortável para não causar estresse ao animal para não atrapalhar a terapia. As condições fisiológicas como estro e prenhez dificultaram as atividades. A fêmea em estro desviava a atenção de outro cão terapeuta e a fêmea em período de gestação ficava mais estressada e agressiva impedindo a realização da terapia. CONCLUSÕES: Embora existam raças específicas para a realização da terapia assistida com cães, fatores como o grupo a ser trabalhado, o ambiente, duração da terapia, transporte e condições fisiológicas do cão devem ser considerados na escolha do cão terapeuta e para a eficácia da terapia. Palavras-chave: Terapia, cães, crianças. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 49 TÍTULO DO TRABALHO : UROLITÍASE VESICAL CANINA: RELATO DE CASO. E-mail: [email protected] Eixo Temático: Clinica de pequenos animais-diagnóstico por imagem Autor: Valéria Régia Souza Instituição: Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) Observações: Alessandra Moresco, Professora climev-UFMT; Vânia Vila Real ,Professora climev-UFMT; Ana Jaqueline O. R. Campos, graduanda-UFMT; Manoel Bento S. S. Júnior, graduando-UFMT; Nelson Lopes Filho, graduando-UFMT. Introdução: Vários tipos de composição química podem estar presentes nas urolitíases caninas. O fosfato amoníaco magnesiano (estruvita) representa a maior incidência seguida pelo de oxalato de cálcio. Urólitos compostos são formados por uma matriz de um mineral circundado por outro mineral, esse tipo de urólito representou apenas 6% do total, em pesquisa realizada com mais de 16000 casos de urolitíases. O pH urinário, a radiopacidade e os tipos de cristais são frequentemente utilizados para concluir a composição química e consequentemente a conduta terapêutica necessária. Porém a radiopacidade não é um indicador confiável de sua composição. Objetivos : Relatar um caso de litíase vesical por urólito composto em um cão da raça Pastor Alemão atendido no Hospital Veterinário (HOVET) da UFMT, Mato Grosso. Aplicabilidade dos Resultados : Servir de dados sobre urólitos compostos na região de Cuiabá. Material e Métodos : Foi encaminhado ao Setor de Clínica Médica do HOVET, um cão da raça Pastor Alemão, macho, com três anos de idade apresentando disúria, estrangúria, polaciúria e hematúria, além de perda de peso, depressão e desidratação. A proprietária informou que há cerca de um ano o cão demonstrava dificuldade para urinar, com agravamento dos sinais há dois meses. Ao exame físico do abdome, constatou-se massa de consistência firme, ovalada, medindo cerca de 12 x 8 cm na região da bexiga. A suspeita clínica elencada foi urolitíase vesical, sendo realizados cistografia simples e com contraste negativo, hemograma, urinálise e análise sérica de uréia e creatinina. Além da análise química do urólito. Resultados e Conclusões : A partir dos sinais clínicos sugestivos de doença do trato urinário inferior, urolitíase. A análise radiográfica concluiu a presença de estrutura radiopaca no interior da bexiga. No hemograma observou-se discreta anemia normocítica normocrômica. A concentração sérica de uréia e creatinina encontravam-se dentro da normalidade. E a análise do urólito revelou ser composto de carbonato e oxalato de cálcio, ácido úrico, amônia e magnésio. No presente caso devido ao tamanho do urólito e a doença do trato urinário instalada o procedimento cirúrgico foi necessário para remoção do urólito. A análise demonstrou ser um urólito composto. Palavras-chave: Urólito composto, cão, Pastor Alemão. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 50 Título do trabalho : ESTUDO CLÍNICO - LABORATORIAL DAS ALTERAÇÕES HEPÁTICAS DE BOVINOS ALIMENTADOS COM CAPIM Braquiaria e Andropogon E-mail: [email protected] Eixo Temático: esporidesminotoxicose Autor: NASCIMENTO, Thays Costa Instituição: Universidade Federal de Goias Observações: ;CARVALHO, Tatiane Furtado de1; MORAIS, Michele1; SOARES, Luana Queiroz1; BRAGA, Carla Afonso da Silva Bitencourt 2; SANDRINI, Cecília Nunes Moreira2; MORTATE, Louise Pereira 1; MARINHO , Hugo Murilo Toledo; BERNARDO, Arianny Campos1; RAPOSO, Hugo Ramos1. Universidade Federal de Goias Introdução: A maioria dos casos de esporidesminotoxicose descritos no Brasil ocorre em bovinos em pastos de Brachiaria decumbens, pois o capim favorece a esporulação do fungo Pithomyces chartarum que produz a micotoxina esporodesmina, causando intoxicação. Em relação ao hemograma dos animais, é observado que em diversos experimentos que induzem lesões hepáticas ocorrem diminuição do número de células vermelhas sangüíneas e dos níveis de hematócrito e hemoglobina, mas quanto ao leucograma, poucas alterações são esperadas. Objetivos : Neste trabalho foi verificado se a presença de alterações no hemograma de bovinos estva relacionada com o tipo de capim ingerido, podendo com isso acarretar alterações hepáticas e comprometer o desenvolvimento ponderal de bovinos Aplicabilidade dos Resultados : Os resultados obtidos com este trabalho, quando avaliadas as médias gerais das 4 coletas e das coletas individualmente, indicam que não houve diferença significativa nos seguintes parâmetros hematológicos: hematócrito (HT), hemácia (HE), hemoglobina (HB), leucócito (LE) e proteínas plasmáticas totais (PT). As médias encontradas somadas as 4 coletas foram: HT do grupo da braquiária (32,14 ±), e variaram de 30% a 49% e no grupo do andropogon (38,6±2,5), e variaram de 30% a 49%; HE da braquiária (9,45x106/mm3±0,65 x106/mm3), e variaram de 6,15 x106/mm3 a 14,64x106/mm3 e HE do andropogon (9,12x106/mm3± 0,96x106/mm3), e variaram de 4,68x106/mm3 a 13,43x106/mm3; HB da braquiária (14,89 g/dl ±1,67 g/dl), onde variaram de 9,33 g/dl a 29,24 g/dl e a HB do andropogon (15,85 g/dl ±1,55g/dl), e variaram de 8,63 g/dl a 33,55 g/dl. LE da braquiária (12324 2038), e variaram de 4100 a 21050, do andropogon (11472,4 1845,08), e variaram de 4500 a 19450. PT da braquiária (8,26g/dl0,31g/dl), e variaram de 7,2g/dl a 9,4g/dl, do andropogon (8,29g/dl0,26g/dl),e variaram de 7,4g/dl a 9,4g/dl. Houve diferença significativa quando comparada as médias das 4 coletas entre os grupos estudados quanto ao fibrinogênio, onde os valores no grupo da braquiária foi 624,64g/dl ± 207,11g/dl, e variaram de 100g/dl a 2800 g/dl e no grupo do andropogon foi de (534,68 g/dl) e variaram de 33 g/dl a 1200 g/dl. Material e Métodos : Os animais utilizados foram provenientes de uma propriedade rural situada na região Sudoeste do Estado de Goiás, num total de 50 bovinos da raça Nelore. Um dos lotes foi alimentado exclusivamente com braquiária (Brachiaria decumbens) e o outro lote com andropogon (Andropogon gayanus). Avaliações na propriedade foram realizadas de 60 em 60 dias, perfazendo um total de 4 coletas. A cada visita efetuou-se a coleta das amostras sangüíneas para realização das provas de função hepática e hemograma. Resultados e Conclusões : Apesar de algumas alterações ocorridas, não podemos afirmar com certeza que as alterações ocorridas possam vir a comprometer o desenvolvimento ponderal dos animais do lote mantido no pastejo exclusivo de braquiária quanto ao lote mantido sob pastejo exclusivo em andropogon. Palavras-chave: esporodesminotoxicose, bovinos, brachiaria, hemograma. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 51 Título do trabalho : RETÍCULOESPLENITE TRAUMÁTICA EM BOVINO: RELATO DE CASO E-mail: [email protected] Eixo Temático: Ciências Básicas Autor: Goiozo. P. F. I. Instituição: 1 Depto de Clínica Veterinária - Serviço de Patologia Veterinária, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - UNESP - Campus de Botucatu. Distrito de Rubião Júnior, S/N CEP 18.618-000 - 2 Sanidade Animal - Embrapa Gado de Corte - Campo Grande MS. BR 262, Km 4 Cx. Postal 154, CEP 79002-970 Observações: Pires, P. P. - Sanidade Animal - Embrapa Gado de Corte - Campo Grande MS. BR 262, Km 4 Cx. Postal 154, CEP 79002-970; Costardi, M. L. Sanidade Animal - Embrapa Gado de Corte - Campo Grande MS. BR 262, Km 4 Cx. Postal 154, CEP 79002-970 - 3 Depto de Medicina Veterinária - Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Cidade Universitária, Cx. Postal 549, CEP 79070-900 Gomes, A. 2 Sanidade Animal - Embrapa Gado de Corte Campo Grande MS. BR 262, Km 4 Cx. Postal 154, CEP 79002-970 Introdução: A presença de corpos estranhos é comum no rúmem e retículo de bovinos. A ingestão de corpos estranhos, como farpa de madeira ou arame resultam em reticulopericardite, devido as contrações vigorosas do retículo no sentido antero-ventral. Raramente ocorre a perfuração lateral, que resulta em reticuloesplenite. Quando ocorre a perfuração do baço ou do fígado por corpos estranhos, o prognóstico é grave devido às possíveis formações de abscessos e, conseqüentes disseminações hematógenas de agentes infecciosos resultando em endocardite, arterite, nefrite, abscessos pulmonares e hepáticos. Objetivos : A presente descrição visa adicionar dados referentes a este processo na literatura nacional, tendo em vista a raridade do caso e a escassez de informações referentes à esta afecção Aplicabilidade dos Resultados : Clínica Médica de Bovinos; Anatomia Patológica Veterinária. Material e Métodos : Foi necropsiado, seguindo as técnicas rotineiras do Laboratório de Patologia Animal do Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Corte (Embrapa), um bovino, fêmea, com aproximadamente cinco anos de idade, sem raça definida e com histórico de emagrecimento progressivo, anorexia, apatia, bradicardia e taquipnéia. Resultados e Conclusões : Observou-se petéquias no peritônio e na serosa intestinal, além de discreta peritonite focal. No fígado foram observados inúmeros abcessos. Ao separar o baço dos compartimentos gástricos, notou-se a presença de um pedaço de arame perfurando o baço produzindo um abscesso conseqüente à lesão perfuro-contusa e, ao examiná-lo quanto ao tamanho, posição e direcionamento, pôde-se observar que este, provinha do retículo. Notou-se uma pequena cicatriz na região próxima ao arame. Os rins estavam pálidos com áreas de infarto e ao corte observou-se nefrite trombo-embólica. No exame das cavidades torácica e dos órgãos, notou-se sinéquias pleurais, pneumonia gangrenosa, além de dilatação cardíaca direita, hipertrofia cardíaca esquerda, petéquias e sulfusões no epicárdio e endocárdio, além de abscessos no miocárdio. CONCLUSÕES: Com base nas descrições supracitadas, pode-se afirmar que o animal sofreu um quadro de retículoesplenite traumática, e teve como conseqüências esplenite abscedante, hepatite abscedante, nefrite trombo-embólica, pneumonia gangrenosa e miocardite abscedante devido à trombos bacterianos, culminando com septicemia causando petéquias e sulfusões nas serosas, conseqüentemente, choque toxêmico e posterior edema pulmonar agudo. Palavras-chave: Bovino, Reticuloesplenite traumática, corpo estranho. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 52 Título do trabalho : COMPARAÇÃO ENTRE A TÉCNICA DE NÚMERO MAIS PROVÁVEL (NMP) PARA QUANTIFICAÇÃO DE COLIFORMES FECAIS POR SEMEADURA DIRETA E MÉTODO TRADICIONAL DE AMOSTRAS DE LEITE CRU E-mail: [email protected] Eixo Temático: Inocuidade e Segurança Alimentar Autor: SOUTO, L. I. M.1*; GARBUGLIO, M. A.2; GONÇALVES, F.2; MINAGAWA, C. Y.3; SAKATA, S. T.4; BENITES, N. R.5 Instituição: Observações: 1* Doutorando em Epidemiologia Experimental e Aplicada às Zoonoses, Laboratório de Doenças Infecciosas/NAPGAMA, VPS/FMVZ/USP. E-mail: [email protected] 2 Graduando em Medicina Veterinária, Faculdade Anhembi-Morumbi, estagiário Laboratório de Doenças Infecciosas/NAPGAMA, VPS/FMVZ/USP. 3 Mestranda em Epidemiologia Experimental e Aplicada às Zoonoses, Laboratório de Doenças Infecciosas, VPS/FMVZ/USP. 4 Graduanda em Medicina Veterinária, FMVZ/USP, Laboratório de Doenças Infecciosas/NAPGAMA, VPS/FMVZ/USP. 5 Professor Associado do Departamento de Medicina Veterinária PreventIva e Saúde Animal, FMVZ/USP, Laboratório de Doenças Infecciosas/NAPGAMA, VPS/FMVZ/USP. Introdução: : Coliformes fecais é grupo de microrganismo encontrado em alimentos indicativo do grau de contaminação por bactérias de origem fecal. Para a quantificação destes agentes, o Ministério da Agricultura recomenda a técnica de Número Mais Provável (NMP) em Caldo Bile Verde Brilhante (BVB) ou Caldo Escherichia coli (EC) e prova do Indol em banho-maria a 44,5 ± 1ºC por 24-48 horas, a partir de tubos positivos na técnica do Número Mais Provável de coliformes totais em Caldo BVB incubados em banho-maria a 36 ± 1ºC por 24-48 horas. Objetivos : Observar se existe correlação entre a técnica de NMP para coliformes fecais, comparando-se resultados da metodologia tradicional e resultados de tubos incubados em Caldo BVB, diretamente de amostras de leite cru em condições de temperatura e tempo estabelecidas para técnica de coliformes fecais. Aplicabilidade dos Resultados : Obter uma metodologia de quantificação de NMP para coliformes fecais em um tempo inferior a técnica tradicional. Material e Métodos : Foram utilizadas 8 amostras de leite cru de propriedades leiteiras. As amostras foram diluídas até 10-5, e de cada diluição transferiu-se 1 mL para um tubo contendo 9 mL de Caldo BVB com tubo de Durhan invertido, em triplicata. Uma seqüência com 18 tubos (diluição de 100 a 10-5 em triplicata) seguiu a metodologia tradicional e foi incubada em banhomaria a 36 ± 1ºC por 42-48 horas, e transferiu-se uma alçada de cada tubo positivo (turvação e produção de gás no tubo de Duhran) para um tubo de Caldo EC e um tubo com Caldo Tiptona e incubados a 44,5 ± 1ºC por 42-48 horas, quando realizou-se a leitura dos tubos, considerando-se resultado positivo para o Caldo EC tubo com turvação e produção de gás no tubo de Duhran e produção de Indol no tubo com caldo Triptona. A outra seqüência com 18 tubos de Caldo BVB foi incubada diretamente a 44,5 ± 1ºC por 42-48 horas e os tubos que apresentaram turvação e produção de gás no tubo de Durhan, foram considerados positivos. Comparou-se o resultado dos dois testes por Correlação de Pearson, utilizando-se o Software MINITAB 14. Resultados e Conclusões : A mediana do NMP de coliformes fecais pela técnica tradicional foi 2,9 x 100 NMP/mL (<3 x 10-1 - 9,3 x 103) e para a técnica direta 1,5 x 100 NMP/mL (<3,0 x 101 - 1,1 x 104). A Correlação de Person para as duas técnicas foi igual a 1,0 (p<0,01), mostrando correlação positiva perfeita. A técnica de NMP para coliformes fecais pode ser S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” usada diretamente a partir de amostras de leite cru para se obter resultado da quantificação de microrganismos deste grupo, tendo-se o resultado de 24 a 48 horas antes da técnica tradicional. Palavras-chave: Realizado com apoio financeiro do CNPq (processo nº 141536/2002-0) e FAPESP (processo nº 03/04785-0). Palavras-chave: NMP, coliformes fecais, leite cru. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 53 Título do trabalho : ASPECTOS HISTOPATOLÓGICOS DA MASTITE MILIAR TUBERCULOSA BOVINA E-mail: [email protected] Eixo Temático: Patologia Animal Autor: Mendonça, F. S. Instituição: 1 Médico Veterinário. Professor da Área de Anatomia Patológica, Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade de Cuiabá - UNIC: Av. Beira Rio, 3100, Cuiabá, MT. Observações: 2 SHEIN F.B., 2 JESUS, L. P., 3 SIMÕES M. J., 4 EVÊNCIO-NETO J., 5 BARATELLA-EVÊNCIO, L; 2 Médico Veterinário. Professor da Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade de Cuiaba - UNIC, Cuiabá, MT; 3 Universidade Federal de São Paulo, Escola Paulista de Medicina, Departamento de Morfologia, Rua Botucatú, 740, CEP 04023900, São Paulo, SP; 4 Universidade Federal Rural de Pernambuco, Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal, Rua Dom Manoel de Medeiros s/n, CEP 52171900, Dois Irmãos, Recife, PE; 5 Universidade Federal de Pernambuco, Departamento de Histologia e Embriologia, Av. Professor Moraes Rego, 1235, CEP 506070901, Cidade Universitária, Recife, PE. Introdução: A tuberculose é uma doença infecciosa crônica, de distribuição mundial, que afeta humanos e animais. A mastite tuberculosa existe em três formas: miliar, orgânica e caseosa (Carlton, 1998). Todas elas envolvem os ductos. Na vaca, Mycobacterium bovis provavelmente chega a mama por via hematógena. Segundo Cullor (1990) na grande maioria dos casos, a lesão ocorre primariamente nos alvéolos, com posterior disseminação aos ductos. Na tuberculose miliar, o hospedeiro torna-se hipersensibilizado à micobactéria. Este fato aumenta a resposta imune mediada por células, destruindo os tecidos do hospedeiro, resultando em necrose caseosa (Jones, 2000). Objetivos: Descrever as lesões histológicas encontradas na glândula mamária bovina com diagnóstico positivo para tuberculose. Aplicabilidade dos Resultados: Os resultados são aplicados no reconhecimento histológico das lesões resultantes da infecção pelo Mycobacterium bovis na glândula mamária bovina. Material e Métodos: Para este trabalho, duas vacas com diagnóstico positivo para tuberculose, atendidas no Hospital Veterinário da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Cuiabá foram utilizadas. As glândulas mamárias foram examinadas macroscopicamente, quanto a presença de lesão inflamatória, presença de material caseoso e necrose tecidual. Fragmentos dos tecidos mamários e de linfonodos regionais foram coletados, fixados em solução de formol a 10% tamponado com fosfato a 4% e enviado para o processamento histopatológico de rotina, para posterior análise em microscopia de luz. Resultados e Conclusões : Nos casos estudados a lesão mamária do tipo miliar foi caracterizada pela presença de nódulos amarelo-claros que se encontravam com menos de 1 cm, todos caseocalcários. Necrose tecidual e secreção caseosa do tecido alveolar e ductal foram marcadamente evidenciada em um caso estudado. Linfadenopatia granulomatosa, com áreas de hemorragia petequiais e nódulos caseocalcários, todos com menos de 1 cm de comprimento, foram observados. Os achados microscópicos observados na mastite miliar consistiram em tubérculos clássicos com zona de caseificação central, cercada por uma zona de inflamação, com linfócitos, macrófagos epitelióides, megacariócitos e áreas de fibroplasias periféricas. Nossos resultados corroboram com a descrição da mastite tuberculosa bovina descrita na literatura. Os principais achados foram caracterizados por reação inflamatória granulomatosa e necrose de caseificação do tecido alveolar e ductal, além de linfadenopatia. Os achados evidenciados mostram a importância da prevenção e do diagnóstico precoce desta doença, extremamente importante para a saúde pública Palavras-chave: Inflamação granulomatosa, glândula mamária, Mycobacterium bovis. S Secretaria: Rua Alberto Velho Moreira, 259 – Bandeirantes – Cuiabá – MT – 78010-180 Fone/ Fax (65) 3324-2565 – [email protected] Realização 9 a 12 de maio de 2006 Cuiabá – Mato Grosso – Brasil “Desafios e oportunidades da Medicina Veterinária” 54 Título do trabalho : Avaliação de carrapaticidas comerciais utilizados nos rebanhos bovinos do Sudoeste goiano Email: [email protected] Eixo Temático: Produção Animal e Agronegócio Autor: Raphael Guimarães Duque Instituição: Universidade Federal de Goiás - Campus Jataí Observações: Duque, R. G.2; Costa, L. F3; Neves Neto, J. T4; Castro, A. L. A. de5; Banys, V. L.6; Gomes, A. G.7 (1) Projeto financiado pela Prefeitura Municipal de Jataí; (2) Acadêmico do Curso de Medicina Veterinária UFG/CAJ, Rod. BR 364, Km 192, Jataí/GO, bolsista da Prefeitura Municipal de Jataí ([email protected])99977249172; (3) Acadêmico do Curso de Medicina Veterinária UFG/CAJ ([email protected])99787920159; (4) Acadêmicos do Curso de Medicina Veterinária UFG/CAJ, bolsistas PIBIC/CNPq([email protected])71082409120. (5) Doutoranda pela Universidade Federal de Lavras - DZO/UFLA, bolsista da CAPES ([email protected])26743780855; (6) Professor Adjunto do Curso de Medicina Veterinária da UFG/CAJ ([email protected])69355835604; (7) Professor Adjunto da UFG/IPTSP13659103187. Introdução: O carrapato bovino causa redução na produção de carne, leite, couro, aumento nos gasto com medicamentos e intensificação do manejo. O uso de carrapaticidas, além de danos ambientais, causa resistência aos princípios ativos. Objetivos : Objetivou-se avaliar a sensibilidade dos carrapatos da região do Sudoeste goiano aos princípios ativos testados a partir do biocarrapatograma, para o seu controle estratégico. Aplicabilidade dos Resultados : Controle estratégico do carrapato Boophilus microplus Material e Métodos : No Município de Jataí/GO foram selecionadas oito propriedades cuja principal atividade é a pecuária leiteira. Coletaram-se 80 teléoginas e, no laboratório de Parasitologia da UFGCampus Jataí, foram pesadas, divididas em grupos homogêneos (peso) e emergidas por cinco minutos em 250 mL de calda, preparada de acordo com a recomendação do fabricante. Em seguida foram fixadas em placas de Petri identificadas e acondicionadas em estufa BOD por 15 dias, à temperatura de 27ºC e U.R. de 80% para avaliar a postura. Os ovos foram pesados e retornados para a estufa em condições idênticas para a avaliação da eclodibilidade (Drummond et al., citados por Campos Júnior et al., 2005). Resultados e Conclusões : Os resultados revelaram que, dentre os produtos comerciais testados, o de número 6 (Diclorvos 60% - 1.500ppm + Clorpirifós 20% - 500 ppm) apresentou maior eficiência média (78%), com eficiência máxima (100%) em três propriedades e mínima (38,5%) em uma propriedade (p < 0,05). Em ordem decrescente de eficiência média pode-se apresentar os produtos 5 - Triclorfon 77,6% (3880 ppm) + Coumafós 1% (50 ppm) + Cyfluthrin 1% (50 ppm)- (73,6%); 3 - Cipermetrina 15% (187,5 ppm) + Clorpirifós 25% (312,5 ppm) + Citronelal 1% (concentração 12,5 ppm) - (67,5%); 7 - Ethion 60% (600 ppm) + Cipermetrina 8% (80 ppm)- (47,3%); 2 - Amitraz 12,5% (250 ppm) - (29%); 4 - Deltametrina 2,5% (25 ppm) - (27,7%) e 1 - Cipermetrina 75% (750 ppm) - (24,9%), sendo que a eficiência máxima e mínima do último (70 e 0%) foi constatada em uma propriedade. Quanto à postura, verificou-se maior eficiência (p < 0,05) no produto 6, que proporcionou peso médio de ovos de 0,28 g (máximo de 0,8 g e mínimo de 0 g) seguido pelo peso médio de postura dos produtos 5 (0,37 g), 3 (0,4 g), 7(0,47 g), 2 (0,53 g), 1 (0,71 g) e 4 (0,73 g), com peso máximo de 0,4 g e mínimo de 1,2 g. Quanto à eclodibilidade, o produto 6 mostrou-se superior (p < 0,05) aos demais, com eclosão média de 35,6% da postura, com efciência máxima de 20% e a mínima de 80%, seguido pelos produtos 5 (45%), 3(51,25%), 4 (64,3%), 7 (71%), 1(76,25%) e 2 (94,3%), sendo o menor percentual de eclosão de 60%. Entretanto, houve 100% de eclosão dos ovos em seis propriedades. O produto 2 apresentou eficiência negativa em duas propriedades (-12,5 e -10%), e o produto 4 obteve eficiênc