Construção civil ganha novo laboratório de ensaios
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Construção civil ganha novo laboratório de ensaios
Órgão de Divulgação da Associação Nacional de Fabricantes de Esquadrias de Alumínio I n f o r m a t i v o 03 04 06 07 70 Ano IX - 2006 Jan / Fev / Mar Cursos qualificam profissionais do setor Retrofit, um mercado em crescimento Banco Popular abrirá financiamento Normas Técnicas em preparação Construção civil ganha novo laboratório de ensaios A caba de ser criado o Instituto Brasileiro de Metrologia Aplicada a Construção Civil, o mais novo centro de desenvolvimento de ensaios do país e o primeiro que vai testar, também, fachadas. O instituto é totalmente independente, além de ser completamente neutro, pois não está ligado a nenhuma associação de fabricantes ou empresas. Sendo assim, possui autonomia para emitir relatórios e garantir confiabilidade ao produto testado. Em breve, buscará, também, a acreditação junto ao INMETRO A fundação do instituto se justifica pelo crescente volume de testes promovido pelo setor da construção civil que, no entanto, não dispõe de laboratórios em quantidade suficiente para a realização dos ensaios. Outro objetivo dos sócios fundadores é atender a expectativa dos Programas Setoriais da Qualidade (PSQs), desenvolvidos, principalmente, no âmbito do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade no Habitat (PBQP-H). Atualmente, estão envolvidos no programa nacional 26 itens, parte da cesta básica de materiais de construção. A expectativa é sua O instituto terá condições de ensaiar desde a estrutura de uma casa ou prédio até mobiliário rápida ampliação, através da adesão de novos setores, o que trará a necessidade de centros preparados para testes. “Além do crescimento do número de PSQs, aumenta em cada um deles o número de fabricantes que desejam produzir em conformidade com as normas técnicas. Conseqüentemente, cresce a demanda por testes e o instituto chega para abrandar esse congestionamento”, explica Lage Mourão Gozzi, sócio-fundador do instituto. “O laboratório vem para dar ao fabricante, construtor e ao consumidor mais Edifício sede da Engevix, Barueri, SP, fachada testada. uma opção de onde testar seu produto. Não vamos tratar só de esquadria, mas sim, da construção civil e habitat. Teremos condições de ensaiar desde a estrutura de uma casa ou prédio até o mobiliário ou eletrodomésticos. Com isso, poderemos atender outros Programas Setoriais da Qualidade e, isso, é um grande acontecimento para a indústria da construção civil”, explica Fabíola Rago, diretora-técnica do Instituto. Para Marcos Armani, consultor jurídico, a iniciativa representa o esforço e a abnegação de um grupo de pessoas interessadas no desenvolvimento 1 Editorial Esquadrias arcaicas, retrofit precoce V ivemos um tempo em que a tecnologia da construção civil se renova com grande velocidade. Apropriar-se das inovações e oferecer ao mercado um imóvel de qualidade, que responde as exigências do usuário, transcende a necessidade do investidor e da construtora do sucesso imediato de vendas. É a garantia da não obsolescência do empreendimento, a curto prazo. Sabemos que a maioria dos projetos nasce das pranchetas dos arquitetos com vocação à perfeição. A especificação para o fechamento dos vãos incorpora o melhor: fruto de pesquisas em feiras internacionais, o arquiteto propõe esquadrias de alumínio com tipologias inovadoras de abertura, com vidros duplos termoacústicos e persiana de enrolar motorizada. Depois de muitas idas e vindas, o anseio inicial se vê reduzido e o projeto passa a corresponder à disponibilidade real do investidor e a viabilidade financeira da construtora. Toda a tecnologia da primeira especificação se restringe a uma linha econômica de caixilhos, contratada pelo custo – os perfis de alumínio, antes robustos, afinaram; as exigências de conforto foram abandonadas nos vidros simples, e, sequer é instalado um ponto de elétrica para a instalação futura da motorização. Ao fazer esse tipo de escolha, o empreendedor está projetando e construindo edifícios obsoletos, fadados ao retrofit precoce. Optar pelo ‘provisório’ acarreta pesado ônus financeiro – e tantas vezes de imagem - à toda a cadeia produtiva, além de transtornos impagáveis ao proprietário/usuário do imóvel. O fornecedor da esquadria que viu seu produto comprado a quilo e a 50% do valor inicial, terá que adiar, mais uma vez, a renovação tecnológica de sua indústria. Todos perdem! Entre os cerca de dois mil itens de uma construção, as esquadrias têm um peso financeiro importante no custo total da obra: para um prédio residencial, esse percentual pode variar de 8% no médio padrão até 15% no alto luxo; já nas fachadas cortinas de edifícios comerciais, chega a atingir 20%, dependendo da sofisticação do projeto. O brasileiro está se informando e desejando produtos atualizados. Quem estiver construindo com esquadrias obsoletas, estará produzindo imóveis que em breve espaço de tempo ficarão fora, ou, muito à margem do mercado. Roberto Papaiz Diretor-presidente da AFEAL 2 Capa técnico do setor de esquadrias, mas que tem a finalidade de prestar serviços a todo o mercado. “A idéia é que o laboratório atenda outros setores da construção civil, além dos testes de esquadrias e fachadas. É um centro de desenvolvimento de ensaios dos mais diversos”, explica. “Embora seja uma instituição de cunho não-lucrativo, poderá desempenhar atividades econômicas para seu próprio sustento, pois tudo aquilo que gerar como receita será empregado no desenvolvimento tecnológico e em novos equipamentos”, acrescenta Armani. Para garantir que o segmento de esquadrias tivesse um centro de ensaios especializado, mas com ampla atuação no setor da construção civil, buscou-se empresários dispostos a se tornarem sócios-fundadores do instituto. Esse formato legal permitiu que fossem feitas contribuições monetárias, através de cotas pessoais a fundo perdido, ou seja, sem nenhum retorno do dinheiro empregado. “Qualquer um poderá se associar, desde que seja pessoa física e não empresa, evitando qualquer vínculo que possa interferir nos resultados dos testes. O sócio-fundador deixará seu nome consignado em favor da ciência e do desenvolvimento do laboratório de ensaio”, afirma Armani. Paralelamente à fundação do instituto, está se desenvolvendo o Programa Interlaboratorial, destinado a qualificar os laboratórios para que todos apresentem os mesmos resultados nos ensaios - por mais que tenham sido acreditados junto ao INMETRO. “É a primeira vez que se faz esse ajuste. O próprio INMETRO tem programas interlaboratoriais, mas ainda não havia promovido o de esquadrias, em razão do pequeno número de laboratórios disponíveis. O primeiro passo foi montar um interlaboratorial extra-oficial no âmbito da AFEAL, que já mostrou resultados. Agora, iniciamos o oficial”, conta a engenheira Fabíola Rago. Edifício Torre do Almirante, RJ fachada testada. Expediente O “Informativo Afeal” é uma publicação da Associação Nacional de Fabricantes de Esquadrias de Alumínio, AFEAL, dirigida aos associados e entidades do setor da construção civil. Diretoria Presidente - Roberto Papaiz; 1ºVice-presidente - Antonio M. Spina 2º Vice-presidente - Lage Mourão Gozzi Diretor Tesoureiro - Dárcio Gadioli Diretor Secretário - Harry Wottrich R. Dr. Elias Chaves, 122, Campos Elíseos. CEP 01205-010, São Paulo - SP. f:(11)3221-7144 / [email protected] www.afeal.com.br. Editora Responsável: Hosana Pedroso (MTb 11.656) Criação/Diagramação: Claudio Luis Acedo Impressão: Corset Tiragem: 12.000 exemplares Periodicidade:Trimestral Distribuição gratuita Banco Popular abrirá financiamento engº Mário William, diretor da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) é, hoje, um dos maiores experts do Programa Brasileiro da Produtividade e Qualidade no Habitat (PBQP-H). Presidiu e hoje é membro do Comitê Nacional de Desenvolvimento Tecnológico da Habitação (CTECH) - colegiado paritário entre iniciativa privada e governo que traça as políticas do programa. Nesta entrevista ao Informativo AFEAL, William aborda os principais avanços do PBQP-H, que já está no seu oitavo ano e abrange 26 itens, o equivalente a 97% da cesta básica de materiais de construção. O PBQP-H está completando oito anos. É possível dizer que o consumidor está mais consciente? A população brasileira ainda compra preço e não qualidade. Para mudar essa cultura, o programa utiliza algumas ferramentas coercitivas, mas que são adequadas e necessárias. É o caso do poder de compra exercido pela Caixa Econômica Federal ao financiar obras e do convênio que a PBQPH estabeleceu com o Banco Popular do Brasil, a ser operado em breve. Trata-se do financiamento de materiais de construção conformes à população de baixa renda. Como vai funcionar? Vamos lembrar que o Banco Popular do Brasil é 100% coligado ao Banco do Brasil e tem como finalidade levar crédito e transações financeiras a pessoas de baixa renda. Realizamos, em 2005, dois projetos pilotos – um na Zona Leste de São Paulo e o outro em Foz do Iguaçu. O funcionamento é simples: o consumidor encontra na loja de material de construção um posto do banco, onde abre uma conta e recebe um cartão já com um crédito de R$ 600 para comprar somente produtos fabricados em conformidade com as normas técnicas. No projeto piloto, esse valor teve validade para cada CPF, sem a necessidade de comprovação de renda. Quando esse projeto deixará de ser piloto? O resultado foi tão bom que despertou o interesse do Banco Mundial, com quem estamos articulando um convênio para a implantação do projeto em todas as cidades do país, ainda no início deste ano. Já temos uma rede de lojistas credenciados para esse programa de micro crédito para materiais de construção. É possível medir a evolução do PBQP-H? A evolução tecnológica e da qualidade, estimulada pelo CTECH, levou ao crescimento da competitividade dos materiais da cesta básica. O que pode ser medido da seguinte maneira: a mesma casa padrão de 42 m2, com dois quartos, sala, cozinha e banheiro, que se construía em 1998. Hoje é feita em uma semana, com mais qualidade e custo cerca de 25% menor. O que derruba o mito de que o programa encarece o material. Os índices de conformidade dos materiais melhoraram? Em 1998, 40% dos materiais eram nãoconformes. Um índice altíssimo! A meta foi aumentar, significativamente, a conformidade dos materiais. E conseguimos chegar a 70%. Hoje, temos produtos como o cimento, o aço e o PVC que estão acima de 90% de conformidade. O PBQP-H influenciou a atualização e criação de normas técnicas? Nos últimos anos, 95% das atualizações das normas da construção civil foram feitas no âmbito dos PSQs, o que fez crescer a competitividade do mercado. A fase atual Relatório Setorial nº 12 site do Ministério das Cidades (www. cidades.gov.br/pbqp-h) colocou no ar, em janeiro último, o Relatório Setorial nº 12 do PSQ de Esquadrias de Alumínio. Nele, aparecem as cinco empresas fabricantes de janelas de alumínio em conformidade com as normas técnicas. Abaixo, a relação dessas e, também, das indústrias em fase de qualificação junto ao programa. Empresas Credenciadas 2006 O Ibrap/Esaf Jap Sasazaki Trifel Papaiz Engº Mário William, diretor da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) é bastante interessante, pois a avaliação de conformidade já entrou no piloto automático, ou seja, ter qualidade e atender as normas é obrigação de qualquer fabricante. A proposta, hoje, é uma integração horizontal dos PSQs. O que isto significa? Trata-se de integrar os vários elos da cadeia produtiva para desenvolvimento de kits ou sistemas, tornando a construção totalmente industrializada. A casa será montada como um lego, sem resíduo – o que colabora com o meio ambiente -, em curtíssimo prazo e ótima qualidade. Em que fase está esse desenvolvimento? Cada segmento terá, agora, que padronizar seus produtos e desenvolver o seu kit. Isto resultará em vários subsistemas, como o de caixilhos. É preciso aprimorar mais a idéia, pois queremos dar opções para o consumidor escolher o que ele quer. Por isso, o CTECH fomentou a criação do grupo da norma de Desempenho de Sistemas Construtivos, em funcionamento no âmbito da ABNT. É uma norma indispensável à inovação tecnológica. Empresas em Credenciamento Jan/2006 O Alumasa Alutec (BH) Aliança Atlântica Alubril Angular Decolores Esquadribelli Esquadrifaz Esquadriret Facce Integral Pisobox Prado Zona Sul 6 Lembrete construtor A fase de instalação das esquadrias de alumínio exige da construtora e dos fornecedores alguns cuidados que, se levados a sério, evitam futuros problemas. Armazenar as esquadrias na obra em local seguro, protegido dos materiais comuns nesse tipo de ambiente; Quando utilizam vidros laminados, é preciso armazenar os caixilhos em local seco, pois a umidade pode danificar o PVB (polivinilbutiral); Distribuição das esquadrias nos pavimentos de acordo com o número a ser instalado; Programar a instalação dos caixilhos para a fase em que o ambiente já esteja livre da execução de argamassa, pintura ou gesso; Verificar e adequar o nível e prumo do vão e, posteriormente, da própria esquadria instalada; Exigir do fornecedor o uso de parafusos de aço inoxidável; Fazer a revisão final dos arremates e parafusos; Calçar o vidro de acordo com os critérios da norma técnica; O engenheiro responsável pela obra deve realizar a vistoria final de todos os itens. Cursos Cursos qualificam profissionais do setor A AFEAL qualificou, nos últimos anos, mais de 200 profissionais em seus mais diversos cursos e, também, através da parceria com o Senai. No curso do “CEM”, que acontece na própria sede da entidade, foram formadas 21 turmas, com a participação de 220 alunos de 90 diferentes empresas do setor. O Senai dará prosseguimento ao curso de ‘Desenho de Esquadrias’, na unidade do Tatuapé, que já formou duas turmas num total de 105 profissionais. A 6a edição terá início em fevereiro de 2006, simultaneamente ao curso de Serralheria em Alumínio, que foi totalmente readequado, com novo conteúdo, nova apostila e oficinas com novas máquinas. As aulas são ministradas nas unidades do Senai Tatuapé e de Vila Leopoldina. Neste momento, está sendo estruturado o tão esperado curso de Instalação de Esquadrias, que deverá ser anunciado, oficialmente, neste primeiro semestre. Normas Técnicas Três temas em estudo Estão em estudo na AFEAL os textos de três normas técnicas envolvendo guarda-corpos, acessórios e Tratamento de Superfície do Alumínio e Suas Ligas - Colagem Estrutural de Vidros. A norma de Guarda-Corpos em revisão recebe, neste momento, as devidas correções técnicas na ABNT que, logo, a colocará sob apreciação pública, pelo período de três meses. Em seguida, a AFEAL incorpora as modificações que considerar pertinentes e envia novamente para a aprovação na ABNT. Outro estudo que está caminhando a passos largos é o da Norma de Tratamento de Superfície do Alumínio e Suas Ligas - Colagem Estrutural de Vidros. Esse projeto de norma está sob a responsabilidade do CB 35, coordenado pela Associação Brasileira do Alumínio (ABAL). A AFEAL solicitou um prazo para propor suas contribuições ao texto. As reuniões para discussão deste tema são quinzenais e têm contado com o empenho de consultores, fabricantes de esquadrias e de sistema de vedação. “Os encontros têm sido produtivos e dinâmicos. Tudo o que discutimos é encaminhado para uma lista de interessados, inclusive para a ABAL”, explica Fabíola. Até 30 de junho as propostas serão encaminhadas para a associação do alumínio, que vai julgar e enviar para ABNT aprovar. Uma das tendências desse texto é prever as condições técnicas ideais para a colagem de vidros em perfis de alumínio com selante estrutural”, diz Fabíola Rago, consultora técnica da AFEAL. De forma mais tímida, porém não menos atuante, teve início o estudo da Norma de Acessórios. Trata-se de uma minuta de projeto de norma, já que o item ‘Acessórios’ ainda não está oficialmente presente no CB2. Segundo a consultora, os fabricantes do produto procuraram a associação ao constatarem que existem muitos acessórios de má qualidade no mercado e nenhuma norma técnica que sirva como parâmetro. “Numa primeira etapa, pensamos em revisar a norma de caixilhos, fazendo alterações no item ‘resistência às operações de manuseio’ para deixá-lo mais voltado à avaliação dos acessórios. Porém, o grupo percebeu que era preciso algo mais, por isso, estamos trabalhando para ter uma norma para cada tipo de acessório”, finaliza. Detalhe da Norma de Guarda Corpos 3 Matéria Técnica Retrofit, um mercado em crescimento Antes Depois E mbora ainda tímido, o mercado de retrofit no Brasil começa a dar sinais de crescimento, especialmente nas grandes capitais. “Nos Estados Unidos, o segmento responde por cerca de 20% do volume total de obras, enquanto que, aqui, é estimado entre 3% e 4%”, diz Antonio B. Cardoso, da ACD Consultoria. Entusiasta desse filão, ele identifica nos projetos de reforma uma excelente oportunidade de ampliação de mercado para as indústrias de esquadrias e fachadas. “Proprietários de edifícios e administradoras começam a perceber que atualizar o patrimônio tem custobenefício muito favorável”, diz ele. A arquiteta Telma Fattori Nunes, gerente de projetos da Cushman & Wakefield Semco – empresa especializada em gerenciamento de imóveis – considera que, hoje, necessitam de atualização os prédios comerciais construídos desde o início do século XX até mais ou menos Proprietários de edifícios e administradoras começam a perceber que atualizar o patrimônio tem custobenefício muito favorável 1980. Para se ter uma idéia da amplitude desse mercado, estudos permanentes da empresa revelam que 50% dos 1084 edifícios comerciais localizados nas principais regiões da cidade de São Paulo - Centro, Paulista, Jardins, Faria Lima, Itaim, Vila Olímpia, Berrini, Chácara Santo Antônio e Marginal Pinheiros -, não possuem sistema de ar condicionado. Esse é, segundo Telma Fattori, o item que mais se sobressai em um retrofit parcial. Daí que, o bom retrofit considera todos os aspectos na busca do equilíbrio entre o custo e o benefício, para se chegar à decisão mais acertada do ponto de vista do cliente, e a mais equilibrada sob a ótica do mercado. Alguns ‘cases’ comprovam o poder de um projeto de retrofit de tornar o imóvel mais competitivo, com ou sem alteração de seu uso. É o caso do edifício comercial Yerant Kissajikian, na rua Augusta, em São Paulo, reformado integralmente a um custo de R$ 3 milhões. “O investimento deverá au- 4 Edifício da IBM, SP: retrofit em execução. mentar em até 40% o valor comercial do edifício, o que pressupõe retorno financeiro entre 24 e 36 meses”, explica o engenheiro Gustavo Loureiro, do Grupo Induscred, proprietário do imóvel. “A restauração completa, inclusive a atualização das fachadas, tornaram o prédio comercialmente mais competitivo, bem próximo do valor de mercado de um imóvel novo. Ficou muito mais fácil e rápido alugar”, diz o engenheiro. Ali, foi empregado pela primeira vez o Sistema Retrofit desenvolvido pela Kiir, empresa especializada em reforma da fachada. Neste momento, o sistema, que tem custo equivalente a cerca de 35% do praticado para a substituição total de uma fachada, está sendo instalado no edifício Novavenida, na avenida Paulista, num total de 4.7 mil m2 de fachadas. Já a IBM optou por substituir, quase que integralmente, a fachada de seu edifício-sede, no bairro paulistano do Paraíso, realizando a maior obra de retrofit de fachadas já feita no país. São 40 ton de alumínio que darão ao edifício uma estética renovada, passando do sistema ‘steack’ para o ‘structural glazing’. Segundo Amílcar Crosera, titular da Kiir, apenas as colunas originais foram mantidas e recobertas, internamente, dando uniformidade ao conjunto. Numa verdadeira aula sobre os aspectos técnicos e mercadológicos do retrofit, a arquiteta Telma Fattori lembra que, quando um edifício é lançado, seu valor se acomoda no prazo de, aproximadamente, dois anos. “Nos primeiros dez anos, o valor se equipara ao dos edifícios novos. Mas, caso a manutenção seja inadequada, a edificação vai perdendo valor, dando início à sua depreciação. A partir do décimo ano, o empreendimento já pede um retrofit parcial, diante das novas exigências do mercado e do desgaste natural dos materiais. É o momento de rever e até substituir os sistemas elétrico, hidráulico, de condicionamento de ar, segurança ou, até, de uso. Com 20 anos o prédio, necessariamente, tem que ser submetido a um retrofit, porque já apresenta enormes diferenças em relação às novas edificações”, ensina. A qualquer momento o proprietário pode avaliar a possibilidade de um retrofit para a mudança de uso, se constatado que a função atual do imóvel já não se adequa àquela região ou mercado. A metodologia do retrofit utilizada pela arquiteta envolve sete etapas. Tem início com a análise mercadológica e financeira, incluindo valores, estudo vocacional e viabilidade comercial. Segue com a definição do conceito do projeto, o que envolve análise das possibilidades de expansão de área x legislação; plano jurídico; e critérios de reaproveitamento de materiais e sistemas. Vem, em seguida, o diagnóstico – etapa que considera elementos como a história da edificação; estudo de arquitetura e eficiência da laje; análise das condições de sistemas e equipamentos. Na fase do prognóstico, são feitas as propostas de implementação, incluindo vários cenários, entre eles, da arquitetura, elétrica, dados, voz, elevador e fachada. O cronograma de implantação e a análise financeira correm paralelos a todas essas análises. E, por fim, vem a comercialização. Curtas Acontece no Setor Festa de confraternização da AFEAL por2005 um mundo novo. Um mundo bom. “Lutemos Que a todos assegure o ensejo de trabalho. Que dê futuro a mocidade e segurança a velhice”. Esse trecho do monólogo de Charlie Chaplin, no filme O Grande Ditador, de 1940, interpretado pelo ator André Pires durante a festa de confraternização da AFEAL, deu o tom exato e a mensagem precisa aos que participaram do encontro. O evento aconteceu em dezembro último, no Vilarejo SP, onde os convidados ficaram à vontade em meio aos carros de época e a decoração voltada para a antiga Cidade de São Paulo. Uma noite inesquecível recheada de descontração entre associados, diretoria e profissionais do mercado. Roberto Papaiz (AFEAL), Eduardo José Lopes (Inox Par), Laerte de Almeida (Udinese), Luis (Inox Par) e Carlos Z. de Almeida (Belmetal) Darcio Gadioli (IGÊ), Durval Cerri (Cerri Esquadrias) e Douglas Ribeiro(Aluservice) Linhas acentuadamente curvas, lembrando as ondas do mar da Barra da Tijuca, marcam a arquitetura de Sérgio Dias para os 17 edifícios, de 12 pavimentos, que vão compor a Vila dos Jogos Panamericanos, no Rio de Janeiro. Até mesmo a caixilharia acompanha as curvas das varandas em estilo mediterrâneo. São 175 ton de alumínio da linha Classic Line, da Belmetal, com design especialmente desenvolvido para o projeto. A competição acontecerá em julho de 2007 e, até lá, estarão em construção o Complexo Esportivo no bairro do Engenho de Dentro e a Vila Olímpica, na Barra, condomínio que receberá completa infra-estrutura cultural e de serviços. Jorge H. Sato (YKK), Severino de Lima (Itefal), Miguel (convidado) e José Sabioni de Lima (Itefal) A grande novidade da VI FESQUA – Feira Internacional de Esquadrias, Ferragens e Componentes, que acontece de 18 a 21 de outubro, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo, é o concurso voltado a arquitetos e estudantes de arquitetura. A direção da feira em conjunto com o Instituto para o Desenho Avançado (IDEA) preparam, neste momento, o edital de seleção dos trabalhos. O concurso tem como foco o projeto de fachada e será patrocinado por empresas expositoras da Fesqua, criando uma interatividade entre os fabricante de sistemas e os arquitetos. O primeiro colocado na categoria profissional será contemplado com um carro zero quilômetro e o vencedor da categoria estudante ganhará uma viagem a Paris, além de € 1 mil para despesas. Outras informações no site www.fesqua.com.br 5 Mercado Novos acionamentos Somfy Imperial Max 35, da Belmetal Sistema Retrofit na segunda obra Os controles remotos ganharam novo design, com formato arredondado, que traduz maior modernidade às peças. As extremidades foram emborrachadas para aumentar a resistência a choques. Foram criadas novas opções de cores que se adaptam com mais facilidade a qualquer tipo de ambiente. Outra novidade da linha é a tecla “My” criada especialmente para permitir o acionamento da persiana até uma posição específica pré-programada, de acordo com a preferência do usuário. Além disso, foi desenvolvido um novo controle que permite acionar até 20 grupos diferentes de produtos. A constante inovação é marca registrada da Somfy. Consulte: (11) 6161 6613 www.somfy.com.br Imperial Max 35 é a nova linha de perfis, da Belmetal, para a construção de janelas maxim-ar de grande porte. O conceito é de um agradável design arredondado, compatível com os produtos já consagrados da linha Imperial Line de portas e janelas de correr. Possibilita a construção da janela com apenas dois perfis: um para a folha e outro para o marco. O projeto da Max 35 eliminou a tradicional pingadeira, incorporando o duplo perímetro de gaxetas na própria folha, o que cria o efeito escotilha de pressão, distribuída uniformemente. O braço de articulação também foge do convencional, projetando a folha paralelamente para fora no estágio inicial. Consulte: (11) 3879 3200 www.belmetal.com.br O sucesso do Sistema Retrofit, desenvolvido pela Kiir em 2005, garantiu sua adoção pela segunda obra, em tempo recorde. Desta vez, está sendo instalado no edifício Novavenida, na avenida Paulista 2313, num total de 4.7 mil m2 de fachadas. A nova tecnologia trata de revestir os antigos perfis de alumínio por novos. Permite, de uma só vez, modernizar e renovar esteticamente o prédio, a um custo equivalente a 35% do praticado para a substituição total da fachada, além de realizar com eficiência a vedação contra água - problema comum em edifícios com mais de 20 anos. A Kiir tem 15 anos de existência e mais de 1 milhão m2 de fachadas e esquadrias recuperadas. Consulte: (11) 4612 5000 [email protected] Promel lança fecho concha Day Brasil - obra Recife Udinese indicada a ISO 9001 A Promel desenvolveu o FEC–749, fecho tipo concha em alumínio com chave de metal para portas e janelas de correr. Tem design arredondado e ergonômico, seguindo as atuais tendências da arquitetura. A nova solução veio para atender a demanda do mercado por um produto que reunisse, a um só tempo, alto desempenho e beleza. Sua aplicação é universal, podendo ser instalado nas linhas convencionais ou sistemas, e utilizado com ou sem chave. A Promel atua no segmento de acessórios desde 1954, investindo permanentemente em novos desenvolvimentos para atender consumidores cada vez mais exigentes. Consulte: (11) 6605 3000 www.promel.com.br O Extrabom, rede de supermercados com mais de dez lojas em Recife, vem investindo na reformulação das fachadas de algumas unidades. Em dezembro, os arquitetos Carlos Lippo e Ilton Costa entregaram mais uma obra, no bairro de Boa Viagem. Emprestando à marca a sofisticação dos seus clientes de alta renda, o projeto procurou encobrir o arco e a beira da telha de amianto, e camuflou o paredão de alvenaria frontal. Para isso, foram aplicadas à fachada chapas de policarbonato alveolar, da Day Brasil, na cor azul. O totem com a marca do cliente também ganhou atenção especial com placas TecBond®. Refletores de luz iluminam de baixo para cima, toda a fachada, permitindo a identificação da loja à distância. Consulte: (11) 3613 7614 www.daybrasil.com.br A Udinese acaba de ser recomendada para receber a certificação de qualidade NBR ISO 9001:2000, comprovando mais uma vez seu pioneirismo e padrão mundial de qualidade. A empresa, que sempre buscou a modernização de todos seus processos e a utilização de tecnologia de ponta, é a primeira fabricante de componentes para esquadrias a obter esta certificação. A indicação não é apenas uma confirmação de que a Udinese sempre esteve à frente em seu segmento, mas, também, comprova que todos os seus parceiros e fornecedores estão comprometidos com o mais alto padrão de qualidade. Consulte: 0800-194443 www.papaiz.com.br 7 Associados AFEAL ANOBEL ESQUADRIAS DE ALUMÍNIO LTDA. Alumínio Composto e Chapas São Paulo ARTE FERRO ESQUADRIAS LTDA.-EPP A.G. ALUMÍNIO LTDA. CONTINENTAL ESQUADRIAS DE ALUMÍNIO LTDA. ADALUME ESQUADRIAS METÁLICAS LTDA. ESQUADRIAS DE ALUMÍNIO DIPLOMATA LTDA. ALQUALI ESQUADRIAS DE ALUMINIO LTDA. Mato Grosso do Sul ALUMINY ESQUAD. 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