15/16 - AGR BRASIL

AGR BRASIL
8 Outubro 2015
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** Relatório diário - AGR BRASIL**
** Cotações fechamento CHICAGO**: SOJA novembro em BAIXA de 9 pontos à $8,81; MILHO dezembro BAIXA de 4 pontos
a $3,91, TRIGO dezembro BAIXA de 5 pontos à $5,11 e ALGODÃO dezembro BAIXA de 0,33 pontos à 61,72 centavos/libra.
** DÓLAR: A moeda americana fechou cotada à R$ 3,81, registrando baixa de 1,6% no dia.
** EXPORTAÇÕES SOJA EUA **
EXPORTAÇÕES SOJA EUA - SAFRA 2015/16
MTs
3,000,000
Quantidade semanal necessária
para atingir 80% da estimativa do
USDA até Dezembro
2,500,000
2,000,000
1,500,000
1,000,000
500,000
0
4-Sep-14
11-Sep-14
18-Sep-14
25-Sep-14
2-Oct-14
9-Oct-14
16-Oct-14
23-Oct-14
30-Oct-14
6-Nov-14
13-Nov-14
20-Nov-14
27-Nov-14
4-Dec-14
11-Dec-14
18-Dec-14
25-Dec-14
1-Jan-15
8-Jan-15
15-Jan-15
22-Jan-15
29-Jan-15
5-Feb-15
12-Feb-15
19-Feb-15
26-Feb-15
5-Mar-15
12-Mar-15
19-Mar-15
26-Mar-15
2-Apr-15
9-Apr-15
16-Apr-15
23-Apr-15
30-Apr-15
7-May-15
14-May-15
21-May-15
28-May-15
4-Jun-15
11-Jun-15
18-Jun-15
25-Jun-15
2-Jul-15
9-Jul-15
16-Jul-15
23-Jul-15
30-Jul-15
6-Aug-15
13-Aug-15
20-Aug-15
27-Aug-15
3-Sep-15
3-Sep-15
10-Sep-15
17-Sep-15
24-Sep-15
-500,000
O relatório semanal de exportações norte-americanas de hoje não teve maiores surpresas. As exportações de milho
e trigo continuam desapontando, com as exportações de soja sazonalmente fortes, mas abaixo do ritmo necessário
para atingir a média histórica necessária para justificar as atuais estimativas de exportações totais do USDA. Esta
semana os norte-americanos venderam 1,28 MTs de soja, no entanto, precisam vender em torno de 1,42 MTs de
soja por semana até o final do ano para atingir a média histórica de 80% da safra vendida até 31 de dezembro.
A AGR BRASIL está de olho nesta relação, pois terá efeito direto nas estimativas de exportação do USDA nos
próximos relatórios. Caso o ritmo de vendas semanal do país não fique consistentemente acima da linha traçada no
gráfico acima até o final de novembro, é bem provável que o USDA comece à fazer reduções em suas estimativas
de exportações de soja, o que adicionaria aos números de estoques.
À nível de comparação, até agora os EUA venderam 21,9 MTs de soja para exportação, 7,7 MTs ou 26,1% abaixo
do nível de vendas da mesma época no ano passado (29,6 MTs). Para igualar o ritmo de exportações semanais do
ano passado (recorde histórico), da semana que vem até o final do ano, o país precisará vender 1,03 MTs por
semana ou 13,5 MTs totais em 13 semanas! Lembrando, tal ritmo apenas manteria a diferença de 7,7 MTs à menos
vendidas em relação ao ano passado! O USDA atualmente estima que o país exportará 3 MTs à menos em 15/16
do que em 14/15, isto ainda deixaria um ‘rombo’ de 4,7 MTs abaixo da estimativa atual do USDA.
*A situação nas exportações de MILHO é semelhante...
Resumo: mesmo igualando o ritmo recorde de exportações do ano passado nas próximas semanas, os norteamericanos terão enorme dificuldade em atingir as estimativas atuais de exportação do USDA. A AGR BRASIL
está atenta e vem relatando este tema desde Abril, para que nossos clientes fiquem cientes que a demanda
este ano bem provavelmente terá um efeito baixista para preços, ao contrário da tendência dos últimos
quase 10 anos!! O que significa que tentativas de alta nos preços com foco em ‘oferta’ terão dificuldades em
serem sustentados...
AGR BRASIL
8 Outubro 2015
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** COMENTÁRIO **
O mercado operou o dia todo sob pressão, com os players se posicionando com cautela antes da divulgação do
relatório do USDA amanhã. Conforme a estamos escrevendo em nossos relatórios, os rallys que aconteceram nos
últimos dias foram baseados em critérios técnicos e não fundamentais, que por sua vez não mudaram. Amanhã tudo
pode acontecer, o USDA pode soltar uma surpresa que venha mudar pelo menos temporariamente o cenário atual.
No entanto, com base nos fundamentos atuais, preços de milho e soja se encontram em patamares relativamente
elevados. Existe sim uma expectativa de corte de área de plantio pelo USDA, mas a possibilidade de aumento na
produtividade e possível corte nos dados de demanda podem ‘anular’ tais cortes, deixando estoques relativamente
estáveis.
Com preços acima de $8,80 para SOJA e $3,90 para o MILHO, a AGR BRASIL acredita que o relatório de amanhã
precisa ser decididamente altista para atrair novo volume de compras. Caso as estimativas apresentadas ontem
para SOJA e na próxima página hoje para o MILHO, estejam próximas ao que venha a ser relatado pelo USDA, os
dados serão vistos como neutros/baixistas podendo trazer novo movimento de recuo nos preços...
Hoje é a vez de esclarecermos nosso posicionamento em relação ao quadro norte-americano de oferta x demanda
para o MILHO. A tabela na página seguinte inclui os dados do mais recente relatório do USDA (de 11 de setembro)
na primeira coluna, assim como o que a AGR BRASIL acredita que pode ser anunciado pelo USDA amanhã na
coluna verde do meio. Já a última coluna representa a visão da equipe da AGR BRASIL sobre o balanço de oferta x
demanda do grão norte-americano para os próximos meses, não só para amanhã.
Perceba como, assim como no caso da SOJA, a maior diferença entre as análises da AGR BRASIL e do que é
relatado pelo USDA no momento se encontra no lado da demanda. Já explicamos em detalhes nos recentes
relatórios e comentários o porquê desta visão. Dentro do cenário atual da falta de competitividade do milho norteamericano no mercado global (até USD 30 por tonelada mais caro que ofertas sul-americanas para os próximos
meses), e da abundância de milho no mundo a AGR BRASIL vê exportações de milho norte-americanas em torno
de 4 MTs abaixo da estimativa atual do USDA. Este dado é o maior responsável pelo diferencial nas estimativas
atuais do USDA e da AGR sobre estoques finais do grão (USDA 40,4 MTs e AGR 45,8 MTs).
Lembrando que de acordo com fontes da AGR BRASIL, Taiwan fechou compras de 2 navios de milho por mês do
Brasil para entrega entre agosto de 2016 e janeiro de 2017. Isto é mais uma clara indicação da posição invejável do
Brasil em relação aos EUA na competição pela demanda global do cereal.
A AGR BRASIL não acredita em maior redução da área de colheita de milho no relatório de amanhã; caso ocorra,
ele deve ser mínima e não mais que 200.000 hectares. Já no quesito produtividade, a AGR BRASIL vê a média
americana relativamente estável em relação ao último relatório do USDA, com provável pequena redução à ser
anunciada amanhã. Apesar disso, não nos surpreenderia se o USDA mantivesse as estimativas de produtividade
estáveis.
Por fim, também acreditamos em demanda doméstica norte-americana levemente menor para 2015/16 do que
atualmente estimado pelo USDA, principalmente com alguns confinadores do sul dos EUA já trazendo milho
brasileiro para cá devido à margens econômicas favoráveis.
Confira todos os dados em unidades internacionais e unidades métricas na página seguinte...
Estaremos atualizando as tabelas nos comentários de amanhã com os novos dados do USDA
AGR BRASIL
8 Outubro 2015
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BALANÇO MILHO EUA
MILHO
15/16
15/16
15/16
11 SETEMBRO '15
9 OUTUBRO '15
30 SETEMBRO '15
Semeado (acres)
Área Colhida (acres)
Produtividade (bushels/acre)
Produção (milhões de bushels)
Estoque inicial (MBs)
Importação (MBs)
Oferta total
Ração / Residual
Ind. / Sementes / Alimentação
Etanol
88.9
81.1
167.5
13,585
1,732
30
15,347
5,275
1,380
5,250
88.9
81.1
167
13,546
1,732
30
15,308
5,275
1,380
5,250
88.9
81.1
166.5
13,505
1,732
30
15,267
5,225
1,365
5,200
Exportação
1,850
1,825
1,675
Uso total
13,775
13,730
13,465
Estoque final
1,592
Estoque/Uso
11.6%
1,578
11.5%
1,802
13.4%
EM 'UNIDADES BRASILEIRAS'
MILHO
15/16
15/16
15/16
11 SETEMBRO '15
9 OUTUBRO '15
30 SETEMBRO '15
35.98
32.82
10.514
345.1
44.0
0.8
389.8
134.0
35.1
133.4
35.98
32.83
10.483
344.1
44.0
0.8
388.8
134.0
35.1
133.4
35.98
32.83
10.451
343.0
44.0
0.8
387.8
132.7
34.7
132.1
Exportação
47.0
46.4
42.5
Uso total
349.9
348.7
342.0
Estoque final
40.4
Estoque/Uso
11.6%
40.1
11.5%
45.8
13.4%
Semeado (milhões hectares)
Área colhida (milhões hectares)
Produtividade (tons/ha)
Produção (milhões toneladas)
Estoque inicial (MTs)
Importação (MTs)
Oferta total
Ração / Residual
Industrial / Sementes
Etanol
AGR BRASIL
8 Outubro 2015
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** CLIMA BRASIL **
Os três principais modelos meteorológicos globais (americano, europeu e canadense), os quais também monitoram
a região da América do Sul sofrem leves alterações em relação a cobertura de chuvas para as microrregiões dentro
do período dos próximos 15 dias.
No primeiro intervalo do dia 8 a 13 de outubro é quando os modelos mais se diferem entre si e entre as projeções
anteriores. Para este período, a atualização do órgão Americano mostra menores ou nenhum índice pluviométrico
para grande parte de Goiás e Noroeste do país e a progressão em curso de nuvens carregadas de chuvas. No
entanto, o modelo europeu (que é historicamente o mais preciso), mostra chuvas razoáveis de 20-40mm podem
regar a maioria da parte leste do Mato Grosso e o extremo sul de Goiás.
Entre 13 e 18 dente mês, os modelos se mostram bastante fiéis as leituras passadas. No entanto totais foram
racionados ao final da semana que vem. Com a maior parte da chuva das projeções passadas transferidas para
períodos mais curtos. Segundo os modelos, grande parte do leste do Centro Oeste poderá passar por dias com
chuvas abaixo do normal.
Para a terceira semana de outubro, chuvas foram adicionadas para grande parte da região central do país. Os totais
da região Sul e Sudeste do país foram levemente reduzidas, no entanto continuam significantes e, se confirmado,
todo o Centro Oeste brasileiro poderá se favorecer com totais num raio de 5-25 mm.