Feira de Arte e Antiguidades de Lisboa 2013
Transcrição
Feira de Arte e Antiguidades de Lisboa 2013
LIVRARIA CASTRO E SILVA LIVROS ANTIGOS – RARE BOOKS Rua do Norte, 44 • 1200-286 Lisboa • PORTUGAL Telefone +351 213 467 380 • Telemóvel +351 967 201 362 CATÁLOGO DE LIVROS A APRESENTAR NA Feira de Arte e Antiguidades de Lisboa 2013 Cordoaria Nacional 14 a 21 de Abril Stand nº 30 http://www.castroesilva.com/ • [email protected] Este documento permite visualizar imagens de cada obra do catálogo, clicando sobre o título da mesma. This document allows visualizing images from each of the works present in the catalogue by clicking on the title 1. ABRANCHES. (Joaquim Cândido) ALBUM MICHAELENSE. Por… Typographia de Manoel Corrêa Botelho. Ponta Delgada. 1869. De 25x17 cm. Com xiv-138 pags. Encadernação recente com lombada em pele. Ilustrado um mapa geográfico da Ilha de S. Miguel e 35 estampas (sendo 1 desdobrável com a vista do porto e da cidade de Ponta Delgada) desenhadas por Abranches, e litografado por Serrano, na Litografia Lopes de N. Sra. dos Mártires, em Lisboa. Exemplar com manchas de oxidação próprias do papel. Obra contendo grande número de quadros no texto com dados sobre os transportes, o comércio, e as contas públicas. Inocêncio XII, 30: “Joaquim Candido Abranches, parece que de profissão ourives, por muitos annos residente na ilha de S. Miguel. Publicou: Album michaelense. Ponta Delgada, na typ. de Manuel Correia Botelho, 1869. 8.º gr. de XIV 138 pag., com 35 estampas lithographadas de vistas de monumentos, paizagens e logares notaveis da ilha”. €700 2. ABRUZZES. (S. A. R. le Duc des) EXPÉDITION DE L’ÉTOILE POLAIRE DANS LA MER ARTIQUE 1899-1900. Traduit et résumé par M. Henry Prior. Librairie Hachette et Cª. Paris. 1904. De 25x17 cm. Com 287 pags. Encadernação da época com ferros a ouro na lombada e cantos em pele. Obra impressa sobre papel couché e profusamente ilustrada no texto com: retrato do autor (em anterrosto) e fotografias dos membros da expedição (intercaladas no texto) esboços dos equipamentos mapas do Ártico com rota da viagem recolha fotográfica de cada momento da expedição croquis do interior e do exterior do navio e a da sua nomenclatura panoramas dos acampamentos e dos seus equipamentos metereológicos, fotografias de grupo no exterior e no interior das tendas e das cabanas de inverno, mostrando a arrumação dos materiais e os habitáculos da tripulação. Obra com o relato de S. A. R. Luís Amadeu de Sabóia, Duque de Abruzzes, que comandou da primeira expedição italiana ao ártico atingindo a latitude de 86º34' N. A expedição foi organizada com rigor militar, importantes meios científicos e utilizando trenós de cães. O navio L'Étoile Polaire permaneceu encalhado durante todo um inverno e sujeito às pressões dos gelos. Depois de um longo calvário - e de perdas entre a tripulação - o navio libertou-se dos gelos no Verão e voltou para Itália. Segundo Jean Malaurie foi a primeira vez que o povo italiano 'acantonado' em Itália deste o tempo de Roma antiga empreendeu uma expedição que lhe conferiu o reconhecimento a uma identidade nacional e internacional. Apesar de pouco divulgado o feito do Duque de Abruzzes fez dele um herói incontestável da conquista polar. €300 3. AGOSTINHO, Fr. Francisco de. PHILIPPICA PORTVGVESA, CONTRA LA INVECTIVA CASTELLANA. AL REY NUESTRO SEÑOR DON IVAN EL IV. POR EL P. M. FR. FRANCISCO DE S. AGVSTIN de la Prouincia de S. Antonio. Año de 1645. EN LISBOA. Por Antonio Alvarez Impressor del Rey. In fólio de 25,7x17,5 cm. com [xiv], 287 pags. Encadernação da época inteira de pele. Exemplar um pouco aparado à cabeça. Inocêncio II, 322. “FR. FRANCISCO DE SANCTO AGOSTINHO DE MACEDO, natural, não da cidade de Coimbra, como este diz, mas do logar e freguezia de Botão, que fica duas leguas distante. N. em 1596. Professou primeiramente o instituto jesuitico, entrando na Companhia aos 14 annos; passou depois em 1642 para a Ordem franciscana e provincia de Sancto Antonio dos Capuchos; e d'esta no anno de 1645 para a da Observancia, chamada de Portugal, cujo habito conservou até o fim da vida. - Elrei D. João IV o empregou successivamente nas embaixadas mandadas a França, Roma e Inglaterra, no intento de ser por estas potencial reconhecido como legitimo rei de Portugal. Foi muito acceito ao papa Alexandre VII, que o nomeou Mestre de Controversia no collegio de Propaganda Fide, Lente da Historia Ecclesiastica na Sapiencia de Roma, etc.; mas perdeu depois a graça do pontifice, por não condescender com elle na emenda de uma palavra, que o mesmo queria riscada no epitaphio, que Macedo fizera por sua ordem para o mausoleu de um seu domestico! Passou então para Veneza, onde no anno de 1658 defendeu por tres dias as mui faladas conclusões de Omni scibili, e depois no de 1667 outras, ainda mais famosas, que duraram por oito dias, intituladas Leonis Sancti Marci rugitus litterarii. A Republica lhe conferiu as honras de cidadão veneziano, mandando collocar o seu retrato na bibliotheca de S. Marcos, e lhe deu a cadeira de Philosophia moral na Universidade de Padua, que regeu desde 18 de Dezembro de 1667 até á sua morte, occorrida no 1.° dc Março de 1681. Philippica portuguesa contra la invectiva castelhana. Lisboa, por Antonio Alvares 1645. fol de XXIV 297 pag. Como escresveu este livro contra Filippe IV de Castella, quiz imitar Demosthenes, que intitulou Philippicas as suas eloquentes invectivas contra Philippe, rei de Macedonia. “ €1.200 4. AGUIAR. (Armando de) O MUNDO QUE OS PORTUGUESES CRIARAM. 2ª Edição. Direcção gráfica de Alfredo Calderon Dinis. Desenhos de Fernando Cruz, Luís Osório e José Figueiredo Sobral. Edição da Empresa Nacional de Publicidade. Lisboa. 1954. De 30x24 cm. Com 647 pags. Encadernação editorial em percalina com ferros decorativos a ouro na lombada e em super-libris. Profusamente ilustrado no texto e em extra-textos de colagem. Obra com revisão histórica de Caetano Beirão e uma recolha de imagens e informações sobre locais, sobre pessoas; e sobre comunidades que permanecem como testemunhos e vestígios da diáspora portuguesa. €120 5. ALBUM DE ESTATISTICA GRAPHICA DOS CAMINHOS DE FERRO DO ULTRAMAR. 1903. 3ª Repartição da Direcção Geral do Ultramar. Ministério da Marinha e Ultramar. Typographia da «A Editora». Lisboa. 1905. De 38x27 cm. Com xi páginas e 28 fólios inumerados. Encadernação do editor em cartonado com a lombada em tela. Exemplar com ex-libris oleográficos na pasta anterior e na folha de rosto. Contém um atlas dos caminhos de ferros portugueses e das potências coloniais contíguas aos seus territórios com mapas litografados a cores em dupla página. Ilustrado com mapas geográficos representando toda a topografia das províncias atravessadas pelos caminhos-de-ferro coloniais, respectivamente: de Mormugão até à fronteira inglesa; de Lourenço Marques até à fronteira do Transval; e de Luanda a Ambaca. A extensão total dos caminhos destes caminhos-de-ferro em 1903: Mormugão 82 km; Lourenço Marques 89 km; Luanda a Ambaca 364 km; e Beira a Menini 330 km. €120 6. ALBUQUERQUE, Jerónimo de. MEMORIAS PARA A HISTORIA DA CAPITANIA DO MARANHÃO. Jornada do Maranhão por ordem de S. Magestade feita [por Jerónimo de Albuquerque] o anno de 1614. [Publicada in] COLLECÇÃO DE NOTÍCIAS PARA A HISTORIA E GEOGRAFIA DAS NAÇÕES ULTRAMARINAS, QUE VIVEM NOS DOMINIOS PORTUGUEZES, OU LHES SÃO VISINHAS: PUBLICADA PELA ACADEMIA REAL DAS SCIENCIAS. TOMO I. Num.ro IIII. LISBOA. NA TIPOGRAFIA ACADEMIA REAL DAS SCIENCIAS. 1812. In 8.º (de 21x15 cm) com vii-118 pags. Brochado. Exemplar por abrir. Conjunto de memórias que transcrevem manuscritos, documentos e artigos sobre o Brasil. €300 7. ALDROVANDI, Ulissi. [ORNITOLOGIA] VLYSSIS ALDROVANDI PHILOSOPHI AC MEDICI BONONIENSIS. Historiam Naturalem in Gymnasio Bononiensi Profitentis, ORNITHOLOGIAE HOC EST DE AVIBVS HISTORIAE LIBRI XII. AD CLEMENTEM VIII. PONT. OPT. MAX. CVM Indice Septendecim Lingvarvm copiosissimo. BONONIAE. Apud Franciscum de Franciscis Senensem. CIC. IC. XCIC. [1599]. Svperiorvm Permissv. [Colofón]: BONONIAE Apud Io: Baptistam Bellagambam. 1599. In fólio (37x27 cm) com [xviii], 893, [lv] pags. Encadernação da época em pergaminho rígido com título manuscrito na lombada. Restauro recente com atilhos e guardas novas. Ilustrado com magnifico frontispício com retrato do autor; portada decorativa; e profusamente ilustrado com xilogravuras no texto e em extra-texto com gravuras de aves de todos os continentes, ilhas e terras descobertas. Na categoria de aves encontram-se os morcegos, segundo a classificação da época. As aves são apresentados no ciclo de predação devorando outras aves. Apresentam-se gravuras com a anatomia externa e interna dos orgãos das aves. A obra tem como subtítulo a História das Aves e estas são apresentadas na sua relação material e simbólica com as diferentes sociedades humanas conhecidas, por exemplo, a sociedade quinhentista com os seus elementos heráldicos adoptados no continente europeu; na antiguidade com a representação dos avatares divinos do Egipto; na América com os toucados e o vestuário dos ameríndios; etc. Ulisse Aldrovandi (1522-1605) foi um naturalista italiano. Lineu e Buffon consideraram-no o pai da História Natural.R« Referido na literatura mais antiga como Aldrovandus, o seu nome em italiano é igualmente dado como Aldroandi. Formou-se em medicina e filosofia em 1553 e em lógica e filosofia em 1554 na Universidade de Bolonha. Em 1559 tornou-se professor de filosofia e em 1561 o primeiro professor de ciências naturais em Bolonha. Este 'teatro' de História Natural continha cerca de 7.000 exemplares dos quais ele escreveu uma descrição em 1595. Entre 1551 e 1554 organizou várias expedições para um herbário: as primeiras expedições botânicas. Possivelmente o seu herbário continha cerca de 4760 exemplares em 4117 fólios de 16 volumes, conservados na Universidade de Bolonha. Tinha vários artistas, incluindo Jacopo Ligozzi, Giovanni Neri, e Cornelio Schwindt, fazendo ilustrações de espécimes. A seu pedido e sob a sua direcção foi criado em Bolonha, em 1568, o Jardim Botânico, agora a Orto Botanico dell'Universita di Bologna. Legou a suas vastas colecções de botânica e zoologia, ao Senado de Bolonha. Até 1742 as colecções foram conservadas no Palazzo Pubblico, em seguida, no Palazzo Poggi, e foram distribuídos entre várias bibliotecas e instituições no decorrer do século XIX. Em 1907, uma parte representativa foi reunida no Palazzo Poggi, em Bolonha. Binding: Remake of the contemporary hard parchment, with title written at spine; new endpapers; old dampstains. Profusely illustrated with woodcut prints of birds from places discovered on Earth. In the scientific category of birds bats are included all together. The birds are presented in the cycle of predation devouring other birds. The work displays engravings with the external and internal anatomy of birds. The book is subtitled History of Birds and these are presented in their material and symbolic relationship with the different known human societies, for example: the 16th European society with its heraldic elements; in the antiquity with the representation of the divine avatars in Egypt; in America with headdresses and clothing of the Amerindians; etc. Ulisse Aldrovandi (1522-1605) was an Italian naturalist, Linnaeus and Buffon reckoned him the father of natural history studies. He is usually referred to, especially in older literature, as Aldrovandus; his name in Italian is equally given as Aldroandi. He obtained a degree in medicine and philosophy in 1553 and started teaching logic and philosophy in 1554 at the University of Bologna. In 1559 he became professor of philosophy and in 1561 he became the first professor of natural sciences at Bologna. In the course of his life he would assemble one of the most spectacular cabinets of curiosities. This 'theatre' natural history comprised some 7000 specimens of the diversità di cose naturali, of which he wrote a description in 1595. Between 1551 and 1554 he organized several expeditions to collect plants for a herbarium, the first botanic expeditions. Eventually his herbarium contained about 4760 dried specimens on 4117 sheets in sixteen volumes, preserved at the University of Bologna. He also had various artists, including Jacopo Ligozzi, Giovanni Neri, and Cornelio Schwindt, making illustrations of specimens. At his demand and under his direction a public botanic garden was created in Bologna in 1568, now the Orto Botanico dell'Università di Bologna. His vast collections in botany and zoology he willed to the Senate of Bologna. Until 1742 the collections were conserved in the Palazzo Pubblico, then in the Palazzo Poggi, but were distributed among various libraries and institutions in the course of the nineteenth century. In 1907 a representative part were reunited at Palazzo Poggi, Bologna. €6.000 8. ALMANACH DÉDIÉ AUX DAMES pour l’An 1826. À Paris chez Le Fuel, Lib edi. Et Delaunay, Palais Royal. Junto com: SOUVENIR. À Paris. Chez Le Fuel, Libraire Éditeur. S/d [1826]. In 12.º de 12x7,5 cm. Com 152, [7] pags. Encadernação da época com acabamento em tecido de seda estampado com desenhos neoclássicos coloridos. Corte dourado por folhas. Ilustrado com estampas finamente abertas em chapa de metal, reproduzindo pinturas mitológicas; e um caderno de Souvenir com 12 estampas femininas representando os meses do ano e a restante página em branco destinada a apontamentos. €300 9. ALMEIDA DO AMARAL. (C. M.) CATÁLOGO DESCRITIVO DAS MOEDAS PORTUGUESAS. Museu Numismático Português. Imprensa Nacional – Casa da Moeda. Lisboa. 1977. Obra em 3 volumes. De 27x22 cm. Com 646, 870 e 654 pags. Encadernações editoriais em percalina azul com ferros a ouro nas lombadas e nos super-libris das pastas anteriores. Profusamente ilustrado. Contém as fichas museológicas descritivas das moedas (com a suas fotogravuras frente e verso) estando organizadas por secções de acordo com o critério em que se encontravam expostas nas vitrinas do antigo Museu Numismático da Casa da Moeda, encontrando-se hoje este acervo em depósito nos cofres do Banco de Portugal. €150 10. ALMEIDA E ARAUJO. (Francisco Duarte de) CHRONICA DA RAINHA A SENHORA D. MARIA SEGUNDA. Comprehendendo os documentos do seu reinado de direito e de facto desde 2 de Maio de 1826 até 15 de Novembro de 1853. Por… Editor António José Fernandes Lopes. Typographia de A. J. F. Lopes. Lisboa. 1857, 1859 e 1861. Obra em 3 volumes. De 27x20 cm. Com 429, 444 e 436 pags. Encadernações com lombadas em pele, ferros a ouro nos por nervos e rótulos. Inocêncio IX, 284: “Francisco Duarte de Almeida e Araujo. Nasceu na cidade de Lagos, no Algarve, a 10 de Outubro de 1816. Cavaleiro da Ordem de S. Tiago, por decreto de 22 de Dezembro de 1825, e foi também condecorado com a Ordem de N. S. da Conceição de Vila Viçosa em 1851. Depois de estudar a gramática latina com os Padres do Oratório na casa do Espírito Santo, seguiu e terminou em 1833, com aprovação plena, o curso de estudos secundários estabelecido no mosteiro de S. Vicente de fora, em que se incluía Aritmética, Geometria, Cronologia, Geografia, Historia, Filosophia racional e moral, e Retórica. Cursou também por alguns anos as aulas da Escola Cirúrgica de Lisboa, e de Construção e Arquitectura naval. Trabalhou activamente por muitos e não interrompidos anos nas lides da imprensa periódica, tanto literária e religiosa, como politica, sendo umas vezes redactor principal, outras colaborador de numerosos jornais. Contam-se dos primeiros: O Beijaflor, primeira e segunda epochas; O Pantologo; Jornal da Bibliotheca economica; Archivo familiar; Flora e Pomona, jornal de agricultura; Revista contemporanea; Illustração Luso-brasileira; Illustração popular; Panorama; Amigo da Religião; Jornal catholico, etc. - E dos segundos: Correio portuguez; Correio de Lisboa; Matraca (1846-1847, em collaboração unicamente com Lopes de Lima); Estandarte; Popular; Lei; Imprensa e lei; Parlamento; Jornal do Commercio; Jornal mercantil; Defensor e Periodico dos Pobres (estes do Porto), etc., etc. Da Chronica da rainha a sr.ª D. Maria II (n.º 708), comprehendendo os documentos do seu reinado de direito e de facto, desde 2 de Maio de 1826 até 15 de Novembro de 1853. Lisboa, Typ. de A. J. Fernandes Lopes 1857-1861. 4.º gr. 3 tomos com VIII-430 pag. (e uma de errata), 440 pag. e 436 pag. No fim declara ser o ultimo tomo: porém tanto a historia como os documentos só chegam até Julho de 1833”. €400 11. ALMEIDA. (Fortunato de) HISTÓRIA DA IGREJA EM PORTUGAL. Nova Edição. Preparada e dirigida por Damião Peres Professor da Universidade de Coimbra. Livraria Civilização Editora. Porto. Lisboa. 4 volumes. De 30x22 cm. Com 532, 725, 654, e 444 pags. Encadernações editoriais. Ilustrados em extra-texto com a reprodução de quadros e gravuras. Obra com a história da Igreja desde as suas origens românicas até ao século XX e incluindo a sua presença no Império Ultramarino. Último volume consta de um conjunto de apêndices e anexos aos volumes anteriores com: Estatística dos Autos de Fé celebrados em Portugal; textos das concordatas entre o Estado e a Igreja desde a Idade Média; Catálogo de todas as igrejas, comendas e mosteiros que havia em Portugal nos anos de 1320 e 1321; Rendimentos das comendas das ordens militares em 1823; Documentos concernentes à extinção da Inquisição de Goa; Notícias das Missões de Moçambique referidas ao ano de 1923; Estatística das instituições criadas pela Congregação do Espírito Santo relativa ao ano de 1914; etc. €200 12. ALVARES D’ALMADA, André. TRATADO BREVE DOS RIOS DE GUINE’ DO CABO VERDE DESDE O RIO SANAGÁ ATE’ AOS BAIXOS DE SANT’ANNA &c. &c. Pelo Capitão ANDRÉ ALVARES D’ALMADA, Natural da Ilha de Santiago de Cabo-Verde, pratico e versado nas ditas partes. 1594. Publicado por DIOGO KÖPKE, Capitão da 3ª Secção Exercito, e Lente da Academia Polytechnica do Porto. PORTO: Typographia Commercial Portuense: 1841. In 8º gr. (de 21x13 cm) com xiv-(i)-108-(v)-(i) pags. Encadernação da época inteira de pele (marroquin vermelho) com finos ferros a ouro na lombada e rolados em esquadria nas pastas. Exemplar com título de posse manuscrito na folha de guarda e com ex-libris armoriado. Ilustrado com um mapa desdobrável (de 22x23 cm) com título e legendas: “Guiné Septentrional. Da Conquista, Navegação e Commercio dos Portugueses e dependencia das Capitanias das Ilhas do Cabo Verde. 1594. Kopke del. J. C. V. Villa Nova lith. Porto. 1841”. INOCÊNCIO I, 58. “André Alvares D’Almada, natural de S. Tiago de Cabo Verde. Escreveu no ano de 1594 e dedicou aos Governadores do Reino a seguinte obra: Tratado breve dos rios de Guiné de Cabo Verde, desde o rio do Sanagá até aos baixos de Sant’Anna. Porto, na Typ. Comm. 1841. 8.º gr. de XIV 108 pag. com um mappa geographico. Preço 720 réis. Este escrito tinha sido já publicado por indústria do P. Victorino José da Costa, porém diferindo consideravelmente no estilo, e na ordem que lhe dera seu autor como adverte Barbosa: o titulo dessa antiga e transtornada edição é como se segue: Relação e descripção de Guiné, na qual se tracta de varias nações de negros que a povoam, dos seus costumes, leis, ritos, ceremonias, guerras, armas, trajos; da qualidade dos portos, e do commercio que n'elles se faz: que escreveu o capitão André Gonçalves de Almada. Lisboa, por Miguel Rodrigues 1733. 4.º de IV 62 pag. (Livrarias das Necessidades e do Arquivo Nacional, e tenho também dela um exemplar.) V. neste Dicionário o artigo Diogo Kopke, a cuja diligencia se deve a moderna publicação”. €800 13. ALVARES DA CUNHA, Antonio. OBELISCO PORTVGVES, CRONOLOGICO, GENEALOGICO, E PENAGIRICO, QUE AFECTUOSAMENTE CONSTRUE D. ANTONIO ALVARES DA CVNHA. AO MAIS FAUSTO DIA, QUE EM MUITOS SECULOS VIO LISBOA, NO BAPTISMO DA SERENISSIMA INFANTE D. ISABEL MARIA IOSEPHA, LISBOA. Na officina de Antonio Craesbeeck de Mello, Impressor de Sua Alteza. Anno 1669. In 8.º de 19x15 cm. com [iv], 130 pags. Encadernação da época inteira de pele com nervos e rotulo vermelho na lombada. Exemplar com leve pico de traça marginal e carimbo de posse na folha de rosto. Inocêncio I, 84. “D. ANTONIO ALVARES DA CUNHA, não menos illustre por sangue que esclarecido por seu talento, foi 15.º senhor de Taboa, Ouguella etc., Commendador da Ordem de Christo, Coronel das Ordenanças da Côrte, Guarda mór da Torre do Tombo, um dos fundadores e Secretario da Acad. dos Generosos, etc., etc. - N. em Gôa em 1626, e m. em Lisboa a 26 de Maio de 1690, deixando numerosa descendencia. Obelisco Portuguez chronologico, genealogico e panegyrico, ao fausto dia do baptismo da serenissima infanta D. Isabel Maria Josepha. Lisboa, por Antonio Craesbeeck de Mello 1669. 4.º de 130 pag. - Preço de 240 até 400 réis. Pouco vulgar. O sr. Figaniere possue um exemplar, e eu tenho outro.” €800 14. ALVARES DE CARVALHO. (Bernardo de Teixeira Coutinho) DEFESA DAS THESES DE DIREITO ENFYTEUTICO, QUE SE DEFENDERÃO NO ANNO DE 1789 NA UNIVERSIDADE DE COIMMBRA ESCRITA POR BERNARDO DE TEIXEIRA COUTINHO ALVARES DE CARVALHO, Doutor em Leis. LISBOA NA OFFICINA DE ANTONIO GOMES. M. D. CC. LXXXX. [1790]. In 8º (de 17x11 cm.) com 341-(i) pags. Encadernação da época com lombada em pele. Exemplar com leve mancha de humidade nas primeiras folhas. Inocêncio I, 385 e VIII, 399: “Foi Doutor em Leis, graduado em 1780. Era natural de Basto, e filho de Manuel Teixeira da Cunha e Andrade. Nomeado Presidente da alçada que em 1817 foi mandada a Pernambuco para conhecer dos réus implicados na revolta desse ano, parece que aí se comportara desumanamente, ao que se lê no opúsculo Luis do Rego e a posteridade, do Sr. Cónego Dr. Fernandes Pinheiro, onde vem alguns documentos, que abonam pouco a justiça e carácter do presidente da alçada. Chegou ao elevado cargo de Desembargador do Paço na Corte do Rio de Janeiro, onde vivia ainda em 1820. «Defensa das Theses de Direito Emphiteutico, que se defenderam no anno de 1789 na Universidade de Coimbra. Lisboa, na Off. de Antonio Gomes 1790. 8.º de 341 pag»”. €150 15. ÁLVARES NOGUEIRA. (Pedro) LIVRO DAS VIDAS DOS BISPOS DA SÉ DE COIMBRA. Escrito no século XVI pelo Cónego… lido, prefaciado e publicado por António Gomes da Rocha Madahil Conservador do Arquivo da Universidade de Coimbra. Publicações do Arquivo e do Museu de Arte da Universidade de Coimbra. Coimbra. 1942. De 26x18 cm. Com xlviii268 pags. Encadernação inteira de pele com ferros a ouro na lombada ao gosto do século dezoito. Obra contém transcrição diplomática do manuscrito, não apenas mencionando as biografias dos bispos, mas também contendo dados e reflexões sobre os acontecimentos em Portugal, na Europa e no mundo (com noticias sobre os Descobrimentos) ao tempo dos biografados. No final apresenta um índice cronológico ou relação seriada dos bispos com os locais onde se referem no texto; e ainda 1 índice onomástico e 1 índice topográfico. €90 16. ALVARES, Manuel. EMMANVELIS ALVARI E` SOCIETATE IESV, De Institutione Grammatica Libri Tres. VENETIIS, APVD IACOBVM VITALEM. M. D. LXXV. [1575] In 4.º de 19,5x14,5 cm. Com 526, [ii] pags. Encadernação da época em pergaminho flexível com título caligráfico na lombada. 2ª edição rarísima. Impressão em caracteres itálicos com as insígnias da I.H.S. marca de impressor gravadas na folha de rosto e capitulares. O Padre Manuel Alvares foi um famoso humanista português do século xvi, natural da ilha da Madeira, entra na Companhia de Jesus ainda novo, estuda no colégio de Coimbra línguas eruditas e filosofia com grande êxito. Mais tarde é professor de renome no colégio de Santo Antão em Lisboa e outros. Figura de grande relevo na Companhia de Jesus, é encarregue pelo P. Francisco de Borja de elaborar uma gramática latina, na época fundamental para o ensino nos colégios da Companhia de Jesus. Gramático, poeta latino, numismata e coleccionador de epistolografia dos jesuítas missionários nas Índias e outras regiões do mundo. As suas Instituições Gramaticais publicam-se pela primeira vez em Lisboa no ano de 1572. Curiosamente o mesmo ano da publicação da primeira edição dos Os Lusíadas de Luis de Camões. Conta com grande apoio e a fundamental aprovação de dois colegas jesuítas, também eles oriundos da ilha da Madeira. A gramática de Alvares, é seguramente o livro de um português mais reeditado da história de Portugal, conta com cerca de 400 edições publicadas em todo o mundo, inclusivamente no México, China e Japão, até quase aos nossos dias. A segunda edição é publicada em Itália, Veneza, 1575, marcando a mesma o passo fundamental no êxito editorial internacional. O método gramatical latino de Alvares foi fundamental a uma língua então viva e como tal universalizou-se. O mesmo foi adoptado por Clenardo, tendo resistido inclusivamente às reformas do iluminismo joanino. Em 1972 a Junta Geral do Distrito Autónomo do Funchal publicou uma edição fac-simile comemorativa do IV Centenário da publicação da 1.ª edição, com introdução de José Pereira da Costa. Inocêncio V 352. “P. MANUEL ALVARES (1.º) Jesuita, cujo instituto professou no collegio de Coimbra em 1546. Foi Reitor em varios collegios, e Preposito na casa de S. Roque de Lisboa. - N. na Ribeira brava, logar da ilha da Madeira, e m. em Evora a 30 de Dezembro de 1583, contando 57 annos d'edade. - E. De Institutione Grammatica libri tres. Olyssipone, excudebat Joannes Barrerius 1572. 4.o Parece que esta edição (cujos exemplares são hoje rarissimos) foi a primeira que da famosa Arte se fizera em Portugal. Seguiu se a ella uma infinidade de outras, com additamentos, notas, etc. impressas não só n'este reino, mas nos estrangeiros, onde a mesma Arte foi egualmente adoptada para uso das aulas. A grande nomeada de que este livro gosou no seu tempo e a honra que d'aquella circumstancia nos resulta, exigiam a presente commemoração, podendo os que desejarem melhores esclarecimentos recorrer ao tomo III da Bibl. Lusitana. A sua Arte (n.º 62) foi traduzida na lingua japoneza pelos jesuitas, e d'ella fizeram uma edição em 1593 no seu collegio de Amacusa, no Japão, em papel de seda. Consta que existia d'ella um precioso exemplar na bibliotheca Angelica de Roma. Veja a Memoria para a historia da typogrophia do academico Ribeiro dos Santos, pag. 95.” Second edition of this latim grammar published in Italy, Venice, in 1575, marking its international publishing success. The method of Alvares’ grammar was a key to the Latim language. The same was adopted by Clenardo and resisted the reformation of the university on the Enlightenment period. Tanslated in many languages (more than 400 editions) including to Japanese language. €3.000 17. ALVIA DE CASTRO, Fernando. PEDACOS PRIMEROS DE VN DISCVRSO LARGO en las cosas DE ALEMANIA, ESPAÑA, FRANCIA. En forma de Epitome. CONTIENEN CATOLICO VERDADERO DE ESPAÑA. ENGAÑOS DE FRANCIA, Y DESENGAÑOS. POR DON FERNANDO ALVIA DE CASTRO Cauallero de la Orden de Calatraua, Veedor General de la gente de guerra, y presídios de los Reynos de Portugal. EN LISBOA. Por Lorenço Craesbeeck Impressor de su Magestad. Año MDC.XXXVI. [1636] In 8.º de 19x13,5 cm. Com [viii], 61 [aliás 59] pags. Encadernação recente em tela. Sousa Viterbo. Lit. esp. em Port. (18-19). Arouca C 305. Palau (2a ed.) 1, 284; Adiciones 1, 283. Palau 1990, 60. €900 18. AMORIM GIRÃO. (Aristides de) GEOGRAFIA DE PORTUGAL. Edição ilustrada. [Por]… Professor de Geografia de Portugal na Universidade de Coimbra. [Composto e impresso nas oficinas gráfica da Companhia Editora do Minho, Barcelos]. Portucalense Editora, S. A. R. L. Pôrto. 1941. De 30x21 cm. Com 479 pags. Encadernação editorial em percalina estampada e seco a ouro com motivos decorativos e título em super-libris. Profusamente ilustrado com mapas geográficos completados com informação impressa sobre folhas de papel vegetal; mapas hipsométricos; mapas com as bacias hidrográficas; mapas com os tipos de povoamento; mapas com os tipos de produção; etc. Contém um levantamento das tipologias da habitação rural. Obra com excelente acabamento tipográfico sobre papel de linho creme. €120 19. ANDRADE DE FIGUEIREDO, Manuel. NOVA ESCOLA PARA APENDER A ler, escrever, e contar. OFFERECIDA A’ AUGUSTA MAGESTADE DO SENHOR DOM JOAÕ V. REI DE PORTUGAL PRIMEIRA PARTE. POR MANOEL DE ANDRADE DE FIGUEIREDO, Mestre desta Arte nas Cidades de Lisboa. Occidental, e Oriental. LISBOA OCCIDENTAL, Na Officina de BERNARDO DA COSTA DE CARVALHO, Impressor do Serenissimo Senhor Infante. S./d. [1722] In fólio de [xvi], 156 pags. Encadernação da época inteira de pele com rótulo vermelho na lombada. Ilustrado com 2 gravuras de B. Picart, a primeira é o anterrosto, uma das mais importantes gravuras de Lisboa, antes do terramoto de 1755, representando o escudo real de D. João V, tendo em fundo o rio Tejo, o Palácio Real, o Terreiro do Paço, a Baixa Joanina e o Castelo de S. Jorge. A segunda é o retrato do autor aos 48 anos datado de 1721. Seguem-se 45 estampas decorativas com alfabetos, penas e desenhos caligráficos da autoria de Andrade datadas de 1718. Obra máxima e monumental da caligrafia portuguesa moderna, com a qual Andrade (1673-1735) criou um tipo de letra a que chamaram português. A sua publicação reformou uma arte que não tinha evoluído desde que saio a luz a obra Exemplares de Diversas Sortes de Letras de Manuel Barata, ainda no início do período filipino. Manteve-se actual até ao início do reinado de D. José. Nessa época introduziu-se em Portugal a letra inglesa e francesa. Já no século XIX, Ventura da Silva publica a obra Regras Metódicas e regulariza a letra portuguesa seguindo o método de Andrade. Inocêncio V, 354. “Famoso professor de calligraphia em Lisboa, e natural da capitania do Espírito-santo no estado, hoje império, do Brasil. – Posto que no frontispício se diga ser Primeira parte, a obra está completa, e comprehende em si todas as espécies enunciadas. Tenho visto duas edições diversas, ambas sem declaração do anno, feitas pelo mesmo impressor, com egual numero de paginas, etc e differindo apenas entre si nos characteres typograficos, e no papel, que em uma d’ellas é de maior formato, e mais incorpado que o da outra. É obra digna d’estima. Diz Ventura da Silva «deu á Luz Andrade a sua Arte de Escripta, que enriqueseu d’elegantes abecedários, ornados de engraçadas laçarias.» Antonio Jacinto Araujo, dizendo a respeito deAndrade: «Tirou de Morante algumas idéas engraçadas, as quaes todavia aperfeiçoou. Os seus abecedarios são ornados de elegantes labyrintos, e o bastardo e cursivo é maravilhoso».” Binding: contemporary full calf gilt at spine and label. Illustrated with 2 engravings by B. Picart: the frontispiece with one of the most important images of Lisbon before the 1755 earthquake. The second is a portrait of the author at age of 48 dated 1721. Here are 45 alphabets with decorative letterings, drawings authored by Andrade, dated 1718. Monumental masterpiece. A state-of-theart treatise on Portuguese 18th century handwriting. Andrade (1673-1735) created a font called «Portuguese». Its publication reformed this art still unchangead since Portuguese Filipino period (1580-1640). lyrics. Later, in the 19th Century, Ventura da Silva will publish a new calligrafic work following this method. Andrade´s letterings are decorated with elegant labyrintos, and wonderful cursive. €3.500 20. ANDRADE, Carlos Manuel de. LUZ DA LIBERAL, E NOBRE ARTE DA CAVALLARIA, OFFERECIDA AO SENHOR D. JOÃO PRINCIPE DO BRAZIL, POR CARLOS MANUEL DE ANDRADE, Picador da Picaria Real de Sua Magestade Fidelíssima. LISBOA, NA REGIA OFFICINA TYPOGRAFICA. ANNO M. DCC. XC. (1790) In fólio de 34x23 cm. Com xxvi, 454, [i] de erratas. Encadernação da época inteira de pele com rótulo vermelho e ferros a ouro na lombada. Ilustrado com o retrato de D. João VI em anterrosto, 2 vinhetas e 93 gravuras, algumas desdobráveis, tudo magnificamente desenhado por Carneiro da Silva e gravado por Frois. Exemplar com ex-libris dos marqueses do Lavradio Condes de Avintes, apresentando-se em bom estado de conservação apenas com leves picos ocasionais de oxidação própria do papel. A encadernação foi habilmente restaurada. Obra máxima da tipografia portuguesa do século dezoito, famosa e valiosa internacionalmente, praticamente única no seu género entre nós e possivelmente o melhor tratado equestre da sua época a nível mundial. Na impressão desta obra muito nítida foi utilizado papel de grande qualidade. Tiram-se 1000 exemplares, mas infelizmente muitos foram desfeitos para se emoldurarem as gravuras que são de rara beleza. Inocêncio V, 386. “MANUEL CARLOS DE ANDRADE, Picador da Picaria Real de Sua Magestade Fidelissima. Da sua naturalidade, nascimento, obito e mais circumstancias não me foi até agora possivel colher alguma noticia, posto que empregasse a esse intento as diligencias que estavam ao meu alcance. Luz da liberal e nobre arte da cavallaria offerecida ao sr. D. João principe do Brasil. Parte primeira. Lisboa, na Reg. Offic. Typ. 1790. Fol. maior, de XXVI 454 pag., e mais uma no fim, contendo a errata: illustrada com 93 estampas, e um retrato do principe, delineados pelo habil artista portuguez Joaquim Carneiro da Silva, de quem já fiz menção no Diccionario em logar competente. Posto que no frontispicio se lêa a designação de Parte 1.ª, nem por isso a obra deixa de achar se completa, comprehendendo este volume tambem a Parte 2.ª Esta edicão, que póde equiparar se em nitidez e perfeição typographica ás producções do celebre Ibarra, foi mandada executar por ordem da rainha a senhora D. Maria I sendo a tiragem de mil exemplares, dos quaes se entregaram oitocentos ao auctor, ficando duzentos para serem na officina expostos á venda: e ainda na Imprensa Nacional existe ao presente o resto d'esses exemplares, cujo preço antigo que era de 9:600 réis, foi ha poucos annos reduzido a 7:200 réis. Custou a gravura das chapas, vinhetas e letras iniciaes 4:200$000 réis, e a despeza total da impressão foi de 6:588$000 réis. Alguns pretenderam, não sei se com legitimo fundamento, que o verdadeiro auctor d'esta Arte da Cavallaria fôra o marquez de Marialva D. Pedro de Alcantara de Menezes Coutinho, estribeiro mór da Casa Real e que Manuel Carlos de Andrade não tivera n'ella mais parte que a de collocar o seu nome no frontispicio, porque assim fôra a vontade do marquez. Um dos que ainda ha pouco inculcou esta opinião por verdadeira foi o sr. João Carlos Feo, em uma carta, ou artigo que sahiu inserto no Jornal do Commercio de 28 de Septembro de 1859.” Engraved with portrait of King D. João VI of Portugal, 2 typographical vignetes, and 93 hors-texte plates (21 double page). Folio. Binding: contemporary full calf gilt at spine and label with rolled tools. The binding has been skillfuly restored and the copy is in overall good condition except for a very slight and sprayed foxing due to natural of oxidation. Copy with one ex-libris of the Marquis of Lavradio and Earl of Avintes (Head officer of the Royal Household); and an engraved plate (standing as a simbolic ex-libris showing the a wounded shield of the House os Orleans by a Masonic power, as depicting the fate of the Portuguese Royal family and the Queen dowager Amélia of Orleans). Original edition limited to 1000 copies. Engraved plates (chiefly full or double-page) by Gaspar Fróis Machado, Manuel Alegre and others, after Joaquim Carneiro da Silva; many are equestrian portraits of courtiers. Andrade’s treatise on ‘The Noble Art of Riding,’ is the most beautiful illustrated book published in Portugal in the 18th Century. It is regarded as the most important, complete and detailed, as well as the quintessential description of the practice of horsemanship of its time, and one of the most important sources for the study of classical European manège riding and the origins of modern dressage. It is also the first work in equestrian literature to attempt a fully interdisciplinary scientific approach to training and riding, based on contemporary knowledge of anatomy, behavioral psychology and other fields. An extremely fine, fresh, bright copy, uncut. €12.000 21. ANDRADE. (Ruy de) ALFREDO DE ANDRADE (SUA ACTIVIDADE ARTISTICA). DESENHO E PAISAGEM. [*] Lisboa. 1959. De 40x35 cm. Com cerca de 50 fólios inumerados. Encadernação de inteira de pele marroquim castanho com finos ferros a ouro na lombada e rolados nas esquadrias das pastas. Junto com: QUADROS DE ALFREDO DE ANDRADE. [**] Lisboa. 1955. De 40x35 cm. Com cerca de 25 fólios inumerados. Encadernação de inteira de pele marroquim vermelho com finos ferros a ouro na lombada e rolados nas esquadrias das pastas. Junto com: OUTROS DESENHOS DE ALFREDO DE ANDRADE. [***] Lisboa. 1960. De 40x35 cm. Com cerca de 50 fólios inumerados. Encadernação de inteira de pele marroquim castanho com finos ferros a ouro na lombada e rolados nas esquadrias das pastas. Junto com: ARQUITECTURA DE ALFREDO DE ANDRADE. [****]. Composto e impresso nas escolas Profissionais Salesianas. Oficinas de S. José. Lisboa. 1961. De 40x35 cm. Com cerca de 100 fólios inumerados. Encadernação de inteira de pele marroquim verde com finos ferros a ouro na lombada e rolados nas esquadrias das pastas. Exemplares (2º, 3º, e 4º volumes) com dedicatória ao Cardeal Patriarca de Lisboa. Obra com a actividade artística (esboço, pintura, arquitectura, desenho de interiores, etc) de Alfredo de Andrade desenvolvida toda em Itália durante o século XIX. Mais de 50 anos volvidos verificou-se pouco conhecida em Portugal das gerações do seu tempo e completamente desconhecida das gerações à data da publicação desta obra. O seu filho, Ruy de Andrade, entendendo o “elevado génio artístico” do seu pai resolveu imprimir estes luxuosos álbuns - totalmente impressos sobre papel couché de elevada espessura - reproduzindo a obra gráfica conhecida ou reservada em sua casa. O último volume [****] contém um importante contributo na recuperação arquitetónica dos mais belos castelos e igrejas de Itália; com desenhos da sua situação à data e da sua reconstrução conjectural. €500 22. ANDRESEN LEITÃO. (Ruben) CARTAS DE D. PEDRO V AO PRÍNCIPE ALBERTO. Tradução e estudo de…(Bolseiro da Instituto de Alta Cultura). Fundação da Casa de Bragança. Portugália Editora. Lisboa. 1954. De 25x17 cm. Com 281 pags. Encadernação com lombada e cantos em pele com ferros rolados a ouro. Ilustrado com gravura do Príncipe Alberto. Obra contém índice remissivo e bibliografia. €60 23. ANOS (50) DE HISTÓRIA DO MUNDO. 1900-1950. Editorial 'Século'. Composto e impresso nas oficinas da Sociedade Nacional de Tipografia. Lisboa. 1950. Obra em 2 volumes. De 32x25 cm. Com 1368 pags. Encadernações do editor inteiras de pele decoradas com ferros a ouro e a seco nas pastas e na lombada. Profusamente ilustrados com gravuras no texto, mapas e similigravuras coloridas em extra texto. Exemplar com título de posse sobre as folhas de rosto. €150 24. ARAUJO AFFONSO. (Domingos de) e Ruy Dique Travassos Valdez. LIVRO DE OIRO DA NOBREZA. Apostilhas à RESENHA DAS FAMILIAS TITULARES DO REINO DE PORTUGAL de João Carlos Fêo Cardoso Castelo Branco e Tôrres e Manoel de Castro Pereira da Mesquita. Pelos sócios da Academia Nacional de H. E. G. … e … Prefácio do Dr. José de Sousa Machado. Na Tipografia da «Pax». Braga. MCMXXXII [1932]. Obra em 3 volumes. In 4º (25x18 cm) com 569-i; 542-i; e 997-i pags (Último volume dividido em 2 tomos). Encadernações da época com lombadas e cantos em pele. Tiragem de 300/26 exemplares assinados pelo autor. Exemplar carimbo oleográfico e com vestígios de humidade. Texto primorosamente impresso dentro de quadrilongo tipográfico. Obra de reconhecida autoridade e interesse, disse o Dr. José de Sousa Machado: «Este livro, que em boa hora aparece, enobrecendo a bibliografia genealógica, é indispensável na biblioteca dos genealogistas e no arquivo das mais ilustres famílias portuguesas». €600 25. ARAÚJO GOMES. (Miguel Justino de) [MANUSCRITOS. 3 NOVOS DRAMAS RELIGIOSOS INÉDITOS. BRAGA. 1848-1850]. D. AFONSO OU O TRIUNFO DA CRUS. DRAMA em 5 Actos. Composto por Miguel Justino de Araujo Gomes Monge da extinta Congregação de S. Bento. 1850. Junto com: OS MACHABEUS [Tragédia em 5 actos; sem folha de rosto; sem elenco; e sem data]. Junto com: JOZE NO EGIPTO ou a virtude premiada NOVO DRAMA. Em 4 Epocas ou Actos. E 7 quadros. Composto por Miguel Justino de Araujo Gomes Monge da extinta Congregação de S. Bento. 1848. In 8.º de 21x15 cm. Com 85-41-66 fólios inumerados, apresentando 1 fólio obliterado na 1ª obra; 1 fólio obliterado na 2ª obra; vários fólios com rasgos (recuperáveis e sem afectar leitura do manuscrito) devido a uma avaria antiga na encadernação; e ausência (já mencionada) da folha de rosto e do elenco da segunda obra. Encadernação da época, cansada, inteira de pele com lombada por nervos e ferros a ouro; nas casas abertas e no rótulo verde com o título 'NOVOS DRAMAS'; apresentando as coifas danificadas e com as tranchefilas expostas. Corte por folhas marmoreado. Manuscrito redigido na sua totalidade a uma só mão - possivelmente o próprio autor – manuseado e com anotações corográficas marginais redigidas pela mesma mão; e ainda 7 fólios - encontrando-se 1 fólio danificado - de uma partitura musical pertencente à última obra colacionada: 'José no Egipto'; com partes para piano e partes para canto. Conjunto de importantes obras de teatro ao gosto neo-clássico cuja existência já tinha sido referenciada por Inocêncio Francisco da Silva, em 1862, no Dicionário Bibliográfico Português. Inocêncio VI, 239 e XVII, 58: 'Padre Miguel Justino d'Araújo Gomes Alvares, Presbítero egresso da extinta congregação dos Monges Beneditinos, na qual professou com o nome de Fr. Miguel da Madre de Deus, a 27 de Dezembro de 1825; Mestre de Teologia na sua Ordem, e Professor de Historia Sagrada, Filosofia e Retórica no Seminário Bracarense; Cónego da Sé de Braga, Examinador Sinodal do Arcebispado, e Pregador Régio honorário, etc. Natural de Braga; nasceu a 9 de Maio de 1804. Morreu em Novembro de 1863. A notícia que dou acerca das [suas] obras vai toda fundada sobre informações recebidas; porque não as possuo, nem tive ocasião de examiná-las ocularmente. O autor conservava em seu poder, segundo consta, bom número de poesias no gosto chamado «clássico»; muitos sermões pregados em diversas terras da província do Minho; e alguns dramas bíblicos, que se representaram pelos estudantes no seminário de Braga'. €800 26. ARAÚJO, António Jacinto. NOVA ARTE DE ESCREVER. OFFERECIDA AO PRINCIPE NOSSO SENHOR, PARA INSTRUCÇÃO DA MOCIDADE: COMPOSTA POR ANTONIO JACINTHO DE ARAUJO, Professor d’escripta, e Arithmetica, Correspondente da Academia Imperial das Sciencias em St. Petersbourgo. LISBOA OFFICINA DE ANTONIO GOMES. M. DCC. XC. IV. (1794) De 30x42 cm. Com 25 páginas de texto numeradas e ilustrado com 25 gravuras caligráficas desenhadas pelo autor e abertas a buril por Lucius, sendo que uma delas é uma magnífica alegórica representando a cidade de Lisboa exercendo o seu domínio sobre a arte, a ciência e a família real portuguesa, assinada Hieronym. Barr. inv. Lucius sc. Olisip. 1783. Encadernação da época inteira pele. Exemplar com leves manchas de tinta próprias do uso escolar e duas pequenas falhas de papel marginais sem afectar a mancha tipografica. Obra monumental da tipografia portuguesa reconhecida internacionalmente e que vem na linha da Nova Escola, publicada no reinado de D. João V por Andrade de Figueiredo. Ambas com influencia capital no estilo caligráfico e tipográfico português. Xavier da Costa, Bibliografia Artistica Portuguesa, 124. 'Obra no seu genero muito curiosa e correspondentemente estimada. A 1.ª das 25 gravuras que ela ostenta (Hirony. Barr. inv. olisip. (1783) constitui um lindo ante-rosto alegorico, e as outras (ar. in 1783 (a 1790) Lucius sc. representam diversos espécimens de caligrafia e ornatos habimente desenhados à pena. Rara. Belo exemplar.' Inocêncio I, 157. “ANTONIO JACINTHO DE ARAUJO, professor d'escripta e arithmetica em Lisboa, e membro correspondente da academia imperial de S. Petersburgo. m. em 1797. Tinha reunido e coordenado um curioso gabinete de productos de historia natural, que por seu falecimento foi comprado aos herdeiros, e mandado incorporar no Museu Real, então estabelecido no paço da Ajuda. Tractando [da nova arte de escrever] o insigne professor de calligraphia Joaquim José Ventura da Silva, finado ainda não ha muitos annos, diz o seguinte: «esta arte foi impropriamente intitulada por seu auctor arte de escripta ingleza; porque o caracter de letra que elle apresenta nos seus originaes nunca foi inglez, nem ao menos com elle se parece, nem com qualquer outro caracter definitivo de letra, como se vê da confrontação dos mesmos originaes com os que eu trago na minha arte, ou com outros abertos em Inglaterra. Haja vista sobre tudo ás desusadas letras maisculas das estampas 10, 12, e 13. do que se infere ser a sua letra de curiosidade inventativa, e não imitativa etc.” NOVA ARTE or “NEW ART OF WRITING”. In folio (oblong) 30x42 cm. Binding in contemporary full calf. Copy with light ink stains, due to use at school, and two small marginal dents. Illustrated with 25 numbered pages of text and with 25 engravings of calligraphy drawings by the author; one of which is an allegory representing the city of Lisbon exercising his dominion over the art, the science and the Portuguese Royal Family; signed “Hieronymi. Barr. inv. Lucius sc. Olisipo. 1783”. Monumental work of Portuguese typography internationally recognized and known as New School (Nova Escola) of Writing. This school, or style, started with the works published by Andrade de Figueiredo during the period of King John V reign, as a major influence in the Portuguese calligraphic style. Xavier Costa, Bibliografia Artistica Portuguesa, 124, says: “The 25 prints that it carries represent several specimens of calligraphy and ornamentation cleverly designed. Rare.” Inocêncio I, 157. ' Antonio Jacintho de Araujo died in 1797. The distinguished teacher of calligraphy Joaquim José Ventura da Silva, says [about the New Art of Writing]: «This art was improperly titled by its author the art of English writing, because the character of this hand written letter has never been in English in its original, as seen from the comparison of the same documents that I bring with my art»”. €2.500 27. ARAÚJO. (Luís António) HISTORIA CRITICA DO THEATRO, NA QUAL SE TRATAM AS CAUSAS DA DECADENCIA DO SEU VERDADEIRO GOSTO, TRADUZIDA DO PORTUGUEZ, PARA SERVIR DE CONTINUAÇÃO AO THEATRO DE MANOEL DE FIGUEIREDO, E OFFERECIDA A ELREI NOSSO SENHOR D. PEDRO III. POR LUIZ ANTONIO ARAUJO. LISBOA NA REGIA OFFICINA TYPOGRAFICA. ANNO MDCCLXXIX. [1779]. in 8.º de 19x12 cm. Com 201 pags. Encadernação inteira de pele ao gosto do séc. XVIII. Exemplar com margens por aparar. Inocêncio V, 212 e XV, 219: “Luiz ANTONIO DE ARAUJO (1.º), de quem não sei mais noticia, que a de haver impresso com o seu nome as obras seguintes: 'Historia critica do theatro' e 'Memoria chronologica dos tremores mais notaveis, e irrupções de fogo, acontecidos nas ilhas dos Açores”'. €150 28. AREZ. (Ilda) e outros. VISTA ALEGRE. PORCELANAS. Introdução de Borges de Macedo. Autores Ilda Arez, Maria de Azevedo Coutinho, Conceição Pinto basto e Alberto Faria Frasco. Fotografia Homem Cardoso. Edições Inapa. Lisboa. 1989. De 32x25 cm. Com 267 pags. Encadernação do editor. €80 29. ARGERICH. (FR. BENITO) VIDA INTERIOR, Y CARTAS, QUE ESCRIBIÒ A DIFERENTES PERSONAS FRAY JOSEPH DE Sn. BENITO, RELIGIOSO LEGO EN EL MONASTERIO DE Nra. Sra. DE MONT-SERRAT DEL PRINCIPADO DE CATALUÑA. AÑADESE UNA RELACION DE LA VIDA, Y VIRTUDES de dicho Fr. Joseph de San Benito. HIZOLA El R. P. M. Fr. Benito Argerich, Predicador de la Religion de San Benito. Y Abad del Real Monasterio de San Benito de Bages. DEDICADA AL Rmo. P. EL Mro. Fr. PLACIDO CORTADA, General de la Religion de San Benito, &c. Com Previlegio: En Madrid, por Antonio Marin, año de 1746. In fólio (30x20 cm) com [lxx]– 263 pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada ligeiramente danificada na coifa inferior. Ilustrado com uma magnífica gravura in fólio representando o biografado (e autor das cartas) sentado no scriptorium do mosteiro de Monserrat com uma vista da mesma serra e a imagem da Virgem. Apresenta a seguinte legenda: “Vera effigies FR. IOSEPH A SANCTO BENEDICTO religiosi Laici in Monasterio B. Marie Montis ferrati Ordinis S. S. P. Benedicti”. Texto com diferentes arranjos gráficos em cada uma das suas partes: dedicatória, censura, e dictamens com notas marginais; biografia impressa a duas colunas; e cartas impressas em página inteira, divididas por vinhetas abertas a talhe-doce. Palau I, 106. Binding: in folium with contemporary bound full calf gilt at spine, rubbed at covers, slightly damages at bottom and top of spine. Illustrated with a superb plate (in folium) representing Fray Joseph of S. Benito sitting in the scriptorium of the monastery of Montserrat, with a view of the same mountain range and the image of the Virgin. At the caption: 'Vera effigies FR. IOSEPH the Sancta BENEDICTO Religiosi Laici in Monasterio B. Marie Montis Ferrati Ordinis S. S. P. Benedicti”. Text with different graphic layouts in each of its parts: dedication, censorship, and dictamens with marginal notes; biography printed in two columns, and letters printed in full page divided by vignettes open intaglio. Work with the biography and the letters written by Fray of Joseph S. Benito, containing his philosophical thought about worldliness (casual facts and ocurrencies of his life are at index pages) and thoughts about his inner life. Palau I, 106. €500 30. ARISTOTELES. L'ETHICA. TRADOTTA IN LINGUA VULGARE FIORENTINA ET COMENTATA PER BERNARDO SEGNI. IN FIRENZE M D L. [1550] Lorenzo Torrentino. In 4º de 20,5x15 cm. com 547, [xi] pags. Encadernação do século xviii em pergaminho. Corte das folhas carminado. Magnifico frontispício arquitetónico gravado com pequena vista de Florença. Impressão em caracteres itálicos ilustrada com belas capitulares e diagramas no texto. 1.º edição italiana. First Italian edition. €3.000 31. ARQUITECTURA POPULAR EM PORTUGAL. Edição da Associação dos Arquitectos Portugueses. Lisboa. 1980. De 29x23 cm. Com xxiii-763 pags. Encadernação do editor preservando sobrecapa de protecção. Profusamente ilustrado e com mapas da morfologia, geologia, e tipologia de cada zona estudada. 2ª edição da obra publicada pela primeira vez em 1961, e que se encontrava esgotada desde 1967, lamentando o editor não tendo sido feito qualquer aprofundamento neste estudo. €150 32. ARRIAGA. (José d’) HISTÓRIA DA REVOLUÇÃO DE 1820. Monumental edição nacional illustrada com magníficos retratos dos patriotas mais illustres d’aquella epocha. Livraria Portuense Lopes e Cª – Editores. Porto. 1901, 1888 e 1889. 4 volumes. De 25x18 cm. Com 704, 687-xiii, 710-xiii e 727-xi-7 pags. Encadernações com lombadas e cantos em pele. Ilustrado em extra-texto com retratos compostos por artistas nacionais, entre os quais; João Marques da Silva Oliveira; Caetano Moreira; Joaquim Vitorino Ribeiro; e Columbano Borballo Pinheiro. €400 33. AUGER. (Abbé) HARANGUES [tirées des historiens grecs]. tirées d’Herodote, de Thucydide, des Histoires Grecques de Xénophon, de sa Retraite des Dix mille, et de sa Cyropédie, Inférées dans un abrégé des Histoires de cês mêmes auteurs, avec des Notes sur le texte des Harangues de Thucydide; Traduites par M. l’Abbé Auger, Vicaire-Général de Lescar, de l’Académie des Inscriptions & Belles-Lettres. A PARIS, Chez Nyon l’aîné & fils, Libraires. M. DCC. LXXXVIII. [1788]. 2 volumes. In 8º (grand papier 28x21 cm) com cii-[i] com 447 e 580-[iii] pags. Encadernações da época com lombadas e cantos em pele verde com nervos e ferros a ouro. Exemplar com título de posse manuscrito à cabeça das folhas de rosto: “Conde de Bomfim (José)”. Impressão em papel muito alvo, com margens muito generosas e de uma tiragem muito reduzida (tão reduzida como a de In 4º em papel velino): “Il n’y en a qu’un três-petit nombre tire tant de l’in 8º, grand papier, que de l’in 4º, papier velin”. Obra com o conjunto das principais asserções, argumentos e passagens dos historiadores clássicos gregos, com o título geral: Harangues tirées des historiens grecs' €300 34. AVEIRO. (Frei Pantaleão de) ITINERARIO DA TERRA SANCTA, e suas particularidades, composto por Fr. Pantaleão de Aveiro. Sétima edição conforme à primeira, revista e prefaciada por António Baião. Biblioteca de Escritores Portugueses. Serie B. Imprensa da Universidade. Coimbra. 1927. De 22x16 cm. Com xix-559. Encadernação com lombada e cantos em pele executada por Carmelita do Carmo. Exemplar de uma tiragem especial de 200/71 impressa sobre papel de linho, margens generosas, numerada, rubricada e com o selo branco da Imprensa da Universidade. Transcrição diplomática - segundo Baião 'ipsis verbis' - desdobrando somente as abreviaturas. Obra quinhentista escrita por Frei Pantaleão, franciscano da província dos Algarves. Segundo Inocêncio (VI, 336) ignoram-se as circunstâncias que lhe dizem respeito, constando apenas que fora natural da vila (hoje cidade) do seu apelido, e que fizera a peregrinação aos santos lugares de Jerusalém no ano de 1563, sendo a 1º edição do Itinerário impressa por Simão Lopes em 1593. Junto com o exemplar encontra-se apensa a bela gravura iconográfica “Principais Santuários que se veneram na Terra Santa em Jerusalém” (que pertence à obra de Frei João de Jesus Cristo, Viagem de hum Peregrino a Jerusalem, impressa em 1819). €120 35. AVELLAR, Andre do. CHRONOGRAPHIA OV REPORTORIO DOS TEMPOS: O mais Copioso que te agora sayo a Lvz. Quarta impressam. Lisboa, Iorge Rodriguez, 1602. In 8.º de 19x14 cm. Com [viii], 373 fólios. Encadernação da época em pergaminho flexivel. Ilustrado com numerosas xilogravuras no texto, a primeira encontra-se na folha de rosto, é um globo que representa a Europa, a África, a Asia e parte do continente Americano, a mesma aparece repetida no fólio H5. Exemplar com anotações coevas marginais, falta de 4 (de 8) fólios iniciais não numerados, contendo parte do índice. Apresenta também leves picos de oxidação própria do papel. Trata-se provavelmente da quinta e última edição desta obra que trata principalmente de meteorologia, astrologia e geografia. Todas as edições são de grande raridade. Originalmente era uma tradução livre da obra de Jerónimo Chaves, Cronografia ou Reportório dos Tempos, escrita em castelhano. As edições portuguesas, mais tardias (Lisboa 1585, Coimbra 1590 e 1593, e Lisboa 1594) foram significativamente alteradas, dando especial atenção à América (Brasil, bem como às possessões espanholas), África, Ásia e nas regiões polares. As xilogravuras incluem um globo que representa o Brasil e o Continente Sul Americano, um corte transversal da Terra, cada um dos 12 signos do zodíaco, o sol, a lua e os cinco planetas conhecidos. Um capítulo sobre medicina e astrologia contém três cortes anatómicos (um deles de página inteira). Há também tabelas e diagramas. Este trabalho é de considerável interesse científico, uma vez que é um dos mais antigos almanaques a utilizar e descrever o novo calendário gregoriano, adotado apenas uma década antes da primeira edição desta obra (1593). Avellar dá uma explicação completa do sistema de epacts (fases da lua) que é essencial para a compreensão do novo calendário. O novo calendário não foi completamente explicado até que Clavius publicou seu monumental tratado em 1603. Andre Avellar, foi professor de Matemática na Universidade de Coimbra, sendo o mais notável sucessor português de Pedro Nunes, e um dos cristãos-novos da universidade que foi perseguido pela Inquisição 1616-1626. AVELLAR, Andre do. Chronographia ou repertorio dos tempos …. Lisbon: Jorge Rodrigues por Estevão Lopez, 1602. 8°, contemporary vellum. Woodcut hemisphere on title, repeated on f. H5; numerous woodcut illustrations in text. Copy with minor browning, contemporary notes on a few leaves. Missing 4 unn. inital leaves with part of the indice. Fifth (?) and final edition of this work dealing mainly with astrology, meteorology and geography; all the editions are of great rarity. Originally a free translation of Jeronimo Chaves’ Chronographia o repertorio de los tiempos, the later Portuguese editions (Lisbon 1585, Coimbra 1590 and 1593, and Lisbon 1594) were significantly altered. Attention is given to America (Brazil as well as the Spanish possessions), Africa, Asia and the polar regions. Woodcuts include one of the Earth that shows Brazil and the Southern Continent, a crosssection of the Earth, each of the 12 signs of the zodiac, the sun, the moon and the five known planets. A chapter on medicine and astrology contains three anatomical cuts (one of them full-page). There are also tables and diagrams. This work is of considerable scientific interest, since it is one of the earliest almanacs to use and describe the new Gregorian calendar, adopted only a decade before this work’s first appearance (1593). Avellar gives a complete explanation of the system of epacts that is essential for understanding the new calendar. The calendar was not completely explained until Clavius published his monumental treatise in 1603. Andre do Avellar, professor of mathematics at the University of Coimbra, was the most noteworthy Portuguese successor to Pedro Nunes. He was one of the New Christians at the University who was persecuted by the Inquisition from 1616 to 1626. j Alden & Landis 602/10: citing the BL copy only, with 372 ll. Inocêncio I, 58-9. Pinto de Mattos (1970) p. 47. Palha 450. Barbosa Machado I, 137. Ameal 183. This edition not in JCB, Portuguese and Brazilian Books. Not in JFB (1994), HSA or Ticknor Catalogue. No edition of this work in Azevedo-Samodães. NUC: MH (collating [7 ll.], 373 ll.). Not located in RLIN. OCLC: 560291567 (British Library); 1594 edition is 55803906 (Newberry Library and John Carter Brown). Not located in Porbase, which lists the Lisbon, 1594 edition only, at the Biblioteca Nacional de Portugal. J. Alden & Landis 602/10: cita a cópia BL apenas com 372 ll. Description mostly extracted from Richard Ramer. €2.000 36. AVILA E DE BOLAMA. (General Marquez d’) NOVA CARTA CHOROGRAPHICA DE PORTUGAL. Por… Director geral dos trabalhos geodesicos e topogaphicos. Tomo I: Noticias relativas a trinta das suas folhas. Tomo II: Noticias relativas a vinte e cinco das suas folhas. Tomo III: Noticias relativas a vinte e quatro das suas folhas. Typographia da Academia Real das Sciencias. Lisboa. 1909 – 1914. 3 volumes de 27x18 cm. Com 497, 526 e 514 pags. Encadernação inteira de pele. Ilustrado e contendo desdobráveis com mapas e cartas. Inocêncio XX, 240. “António José de Avila (2.º), marquez de Avila e de Bolama, sobrinho e herdeiro do antecedente, nasceu a 7 de novembro 1842. Assentou praça em 1866 e seguiu com aproveitamento o curso militar para o corpo do estado maior, em que foi promovido até o posto de coronel em 1893. Tem exercido varias commissões militares e civis, entre as quaes a de presidente da camara municipal de Lisboa, director dos serviços da commissão geodesica e outros, deputado ás côrtes nas legislaturas de 1879, 1880 1881, 1882 1884 e 1884 1889. Em 1886, 1890 e 1894 tomou assento na camara dos dignos pares por ter sido nomeado pelos districtos do Porto e de Villa Real; e em 1901 entrou na mesma camara alta por nomeação regia. Fôra agraciado com o titulo de conde de Avila em 1890 e elevado á categoria de marquez de Avila por diploma de 1903. É gran cruz, commendador e cavalleiro de varias ordens militares nacionaes e estrangeiras, e pertence a diversas corporações scientificas. Ha annos recebeu a graduação de general de brigada. E. 0000) Nova carta corographica de Portugal. Tomo I. Noticia relativa a trinta das suas folhas. Lisboa, typ. da Academia Real das Sciencias, 1909. 8.º gr. de 482 pag. Com o retrato do 1.° marquez de Avila e de Bolama, tio do auctor, que lhe fez a dedicatoria affectuosa, e mais 17 estampas. No fim vem desdobravel a carta de Portugal na escala de 1/1.300:000 mostrando a disposição das cartas de 1/60:000 É obra de grande importancia, que tem sido lisongeiramente apreciada, sobretudo por valiosas notas historicas que encerra. O illustre auctor trabalhava na continuação (julho, 1910)'. €200 37. AYRES DE SÁ. PRINCIPE REAL D. LUIZ FILIPE. Por… Parceria António Maria Pereira Livraria Editora. Lisboa. 1929. De 26x20 cm. Com 491-(v) pags. Encadernação editorial inteira de carneira natural com ferros a seco na lombada e (armoriados) em super-libris. Profusamente ilustrado em extra-texto com fotogravuras da vida quotidiana dos monarcas impressas sobre papel couché. €150 38. AYRES DE SÁ. RAINHA D. AMÉLIA. Por... Parceria António Maria Pereira. Lisboa. 1928. De 26x19 cm. Com 374 pags. Encadernação do editor inteira de pele com ferros a ouro na lombada e nas pastas (armoriadas com brasões da Rainha em super-libris). Exemplar dourado à cabeça, com os restantes cortes por aparar. Ilustrado com 53 fotogravuras em extra-texto sobre papel couché. Biografia da Rainha com cartas políticas inéditas e semi-inéditas à época escritas pelos reis D. Fernando II e D. Manuel II. €150 39. AZEREDO. (Francisco) PÁRA-RAIOS. ESTUDO TEÓRICO E PRÁTICO. Typografia de António José da Silva Teixeira. Porto. 1895. De 24x16 cm. Com ix-192 pags. Encadernação da época com lombada em pele. Ilustrado com 11 pranchas extra-texto, contendo 168 figuras com os diversas sistemas de pára-raios (construções, cablagens e acessórios). Exemplar com falta de capas de brochura. €120 40. AZEVEDO FORTES. (Manuel de) EVIDENCIA APOLOGETICA, E CRITICA SOBRE O PRIMEIRO, E SEGUNDO Tomo das Memorias Militares, PELOS PRATICANTES da Academia Militar desta Corte. OBRA UTIL, E PROVEITOSA para todos os Officiaes, que servem a S. Magestade nos seus exercitos, e armadas navaes. LEAM TODOS para evitarem os erros, que tem introduzido a ignorancia, e se servirem dos termos proprios das Artes, que professaõ. LISBOA OCCIDENTAL, Na Officina e Miguel Rodrigues. M. DCC. XXXIII. (1733). In 4.º de 21x15 cm. (xxiv)-271 pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro nas pastas e lombada que apresenta pequena falha de pele. Exemplar de uma tiragem especial com grandes margens e impresso sobre papel de linho muito alvo e encorpado. Obra crítica de outra intitulada memórias militares, do mesmo autor de O engenheiro Português, obra magistral que formava um tratado de fortificação e de ataque e defensa de praças tão completo como os melhores que até aquele tempo se haviam publicado nos países mais cultos da Europa e que juntamente com a lógica racional serviram de instrução nas escolas militares e de engenharia. Inocêncio V, 369. “MANUEL DE AZEVEDO FORTES, Cavalleiro da Ordem de Christo, Sargento mór de batalha, e Engenheiro mór do reino Academico da Academia Real de Historia, etc. - N. em Lisboa no anno de 1660 e fez os seus estudos nas Universidades de Hespanha e França, onde adquiriu amplos conhecimentos não só nas sciencias exactas e naturaes, mas até na theologia. M. a 28 de Março de 1749. - Para a sua biographia vej. o Elogio historico, por José Gomes da Cruz.” €300 41. AZEVEDO FORTES. (Manuel) O ENGENHEIRO PORTUGUEZ: DIVIDIDO EM DOUS Tratados. TOMO PRIMEYRO, QUE COMPREHENDE A GEOMETRIA PRATICA sobre o papel, e sobre o terreno: o uso dos instrumentos mais necessarios aos Engenheiros : o modo de desenhar, e dar aguadas nas plantas Militares e no Apendice a Trignometria rectilínea. TOMO SEGUNDO, QUE COMPREHENDE A FORTIFICAÇAÕ regular, e irregular : o ataque, e defensa das Praças e no Appendice o uso das Amas de guerra. OBRA MODERNA, E DE GRANDE UTILIDADE para os Engenheiros, e mais officiaes Militares : tirada dos mais celebres Authores, e dos Diários das ultimas guerras da Europa. Composta Por MANOEL DE AZEVEDO FORTES. LISBOA OCIDENTAL: Na Officina de MANOEL FERNANDES DA COSTA. M. DCCXXVIII.-M. DCCXXIX. (1728-1729) 2 tomos In 4.º de 21x15 cm. Com [Vol 1]: (lxiv) - 537 [aliás 533] - (3 brancas) - 12 estampas desdobráveis. [Vol 2]: (xvi) - 492 [aliás 494] - (2 brancas) - 22 estampas desdobráveis. Encadernações da época inteiras de pele com ferros a ouro nas lombadas. Exemplar com boas margens e que no primeiro tomo apresenta junto ao pé uma mancha marginal antiga, entretanto desvanecida. O primeiro tomo ilustrado em anterrosto com uma gravura de página inteira representando o retrato do autor assinado «Quillard pinxit de Rochefort Sculp 1729» e 12 estampas com instrumentos e plantas de praças-fortes desenhadas por Paulo Farinha Lopes e abertas por Rochefort abridor do rei e da Academia Real. O segundo tomo ilustrado em anterrosto com uma gravura de página inteira representando a cidade de Albuquerque ao fundo e em primeiro plano os Generais P. Carle, o Conde das Galveias e o Conde de Vila Verde, assinada «de Rochefort fecit 1729» e 24 estampas com canhões e plantas de praças-fortes, desenhadas por Paulo Farinha Lopes e abertas por Rochefort abridor do rei e da Academia Real. Inocêncio V, 369. “MANUEL DE AZEVEDO FORTES, Cavalleiro da Ordem de Christo, Sargento mór de batalha, e Engenheiro mór do reino Academico da Academia Real de Historia, etc. - N. em Lisboa no anno de 1660 e fez os seus estudos nas Universidades de Hespanha e França, onde adquiriu amplos conhecimentos não só nas sciencias exactas e naturaes, mas até na theologia. M. a 28 de Março de 1749. - Para a sua biographia vej. o Elogio historico, por José Gomes da Cruz. – E O Engenheiro portuguez, dividido em dous tratados. Tomo I, que comprehende a geometria pratica sobre o papel, e sobre o terreno: o uso dos instrumentos o modo de desenhar e dar aguadas nas plantas militares: e no appendice a trigonometria rectilinea. Lisboa, por Manuel Fernandes da Costa 1728. 4.º de LXII 537 pag. com onze estampas e o retrato do auctor. Tomo II. Que comprehende a fortificação regular e irregular, o ataque e defensa das praças e no appendice o uso das armas de guerra. Ibi, pelo mesmo 1729. 4.º de XII 492 pag., com um frontispicio gravado, e vinte e duas estampas. Obra magistral, bem escripta e coordenada, e que formava um tractado de fortificação e de ataque e defensa de praças, tão completo como os melhores que até áquelle tempo se haviam publicado nos paizes mais cultos da Europa. Estes livros, juntamente com a Logica racional, serviram por muitos annos de instrucção e premio aos discipulos que mais se distinguiam na eschola militar da engenharia: e essa circumstancia serve para explicar o motivo de apparecerem ainda muitos exemplares enquadernados com apuro notavel, e até as vezes com luxo.” €2.000 42. AZEVEDO TOJAL. (Pedro de) CARLOS REDUZIDO, INGLATERRA ILLUSTRADA. POEMA HEROICO OFFERECIDO A’ SOBERANA MAGESTADE DELREY N. S. D. JOAÕ V. Por maõ Desembargador BERTHOLAMEU DE SOUSA MEXIA, Do seu Conselho, & seu Secretario das Merces, & Expediente, &c. E ESCRITO POR PEDRO DE AZEVEDO TOJAL, Formado na faculdade dos Sagrados Canones. LISBOA, Na Officina de ANTONIO PEDROZO GALRAM, Com todas as licenças necessarias, Anno de 1716. In 4º (de 21x15 cm) com [viii], 408, [viii] pags. Encadernação da época inteira de pele, cansada, com danos nos cantos e falha na lombada por trabalho de traça marginal. Exemplar com falta anterrosto gravado o que é costumes nos exemplares. Inocêncio VI, 395: “Pedro de Azevedo Tojal, Bacharel formado em Canones pela Universidade de Coimbra. Tendo enviuvado por segunda vez, abraçou o estado eclesiástico, e recebeu ordens menores. Foi natural de Lisboa, e morreu na sua quinta do Tojal em 1742. CARLOS REDUZIDO, INGLATERRA ILLUSTRADA. Poema heroico, offerecido á soberana magestade d'el rei nosso senhor D. João V etc. Lisboa, por Antonio Pedroso Galrão 1716. 4.º de VIII 408 pag., e mais oito que contém os indices: 1.º serie ou historia principal do poema. 2.º Dos episódios históricos. 3.º das idéas, imagens, ficções e episódios fabulosos. Este poema, composto de doze cantos em oitavas ritmadas, é escrito conforme as regras da arte, mas sem génio. Poeta erudito, e mais de estudo que de natureza, lido igualmente nos autores italianos e espanhóis não menos que nos clássicos latinos e nos portugueses quinhentistas, Tojal propendeu mais para a escola castelhana, posto que no gosto e estilo participa um tanto de todas. Os seus versos são em geral bem fabricados, e não lhes falta cultura e elegância. Ainda não atingi a razão por que José Maria da Costa e Silva o deixou de fora no Ensaio biogr. e crítico, onde inclui aliás muitos outros poetas, que sob todos os respeitos lhe são conhecidamente inferiores”. €300 43. AZEVEDO. (Carlos de) SOLARES PORTUGUESES. Introdução ao Estudo da Casa Nobre. Livros Horizonte. Lisboa. S/d. [1971]. De 28x21 cm. Com 207 pags. Encadernação do editor em chagrin castanho com ferros a ouro e a seco nas pastas. Ilustrado com 160 gravuras extras texto impressas a p/b sobre papel couché. Obra com um estudo (com figuras e desenhos de pormenores de plantas arquitectónicas) desde a torre medieval até ao solar do século XIX. Contém ainda um roteiro com a ficha descritiva de cada um dos solares mais significativos (incluindo a história e a bibliografia respeitante a cada construção). €90 44. AZPILCUETA NAVARRO, Martinho. ENCHIRIDION. SIVE MANVALE CONFESSARIORVM ET POENITENTIVM, Complectens penè resolutionem omnium dubiorum, quae in sacris confessionibus occurrere solent, circa peccata, absoluciones, restitutiones, censuras & irregularitates; iampridem sermone Hispano compositum, & nunc latinitate donatum, recognitum, decem Praeludijs, & quàmplurimis alijs locupletatum, & reformatum, ab ipsomet Autore MARTINO ab AZPILCVETA DOCTORE NAVARRO. AD S. D. N. GREGORIVM XIII. Materiam hoc voluminae contentorum, versa docet pagina. ROMAE, M. D. LXXIII. [1573, Apud Victorium Romanum]. In 4º ( de 21x17 cm). Com [4], 538, 28 fólios. Encadernação inteira de pele (início do século xx) com finos ferros a ouro rolados na lombada. Exemplar ligeiramente aparado; com títulos de posse manuscritos na folha de rosto; galerias marginais de traça cerca do fólio 57; oxidação natural das folhas cerca do fólio 130 a 150; e manchas de humidade do fólio 301 em diante. Obra Manual de Confessores e Penitentes. Inocêncio VI, 152 e XVI, 372. “Azpilcueta V. a sua biographia e retrato na Collecção dos retratos e elogios de varões e donas, etc., por Pedro José de Figueiredo, e mais resumida nos Estudos biogr. de Barbosa Canaes a pag. 200. - Ha na Bibl. Nacional um seu retrato de meio corpo pintado a óleo.” Palau 1990 I, 150. e 610 (nº 21398); Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira III, 956. “Martinho de Azpilcueta. Celebre jurisconsulto espanhol nascido perto de Pamplona (Navarra) e chamado por isso Doutor Navarro, aparentado com famílias ilustres e antiquíssimas, às quais pertenceu também São Francisco Xavier. Foi convidado pelo governo francês a fazer parte do Parlamento de Paris. Recusando aquela honra. Regressou a Espanha, obtendo a cátedra de Prima Canones na famosa Universidade Salamanca, lugar que desempenhou com um critério tão inovador, que produziu uma verdadeira revolução no que então significavam os estudos universitários. Seguindo o conselho de Carlos V, aceitou o convite de D. João III de Portugal, para reger uma cátedra em Coimbra. Adquiriu grande renome após dezasseis anos de ensino, findos os quais foi reformado com um soldo de 1000 ducados anuais. Em prémio dos seus serviços o rei ofereceulhe o bispado de Coimbra, mas ele não aceitou. Confessor de Dona Joana de Áustria, foi-lhe por esta oferecido o bispado de Santiago de Compostela que também recusou. Filipe II convidou-o para exercer um posto no Conselho do Rei e outro no Tribunal Supremo da Inquisição, mas também não aceitou nenhum deles, preferindo dedicar-se exclusivamente às suas actividades de homem de Direito. Tomou para si a defesa de Frei Bartolomeu de Carranza, processado pela Inquisição, e conseguiu salvá-lo à força de talento e de dialéctica jurídica. Em Roma na intimidade dos papas Pio V, Gregório XIII e Sisto V, que apreciaram muito os seus dotes de talento, viveu ainda 19 anos. Faleceu em Roma em 1586, sendo-lhe prestadas honras soleníssimas por ordem do Papa Sisto V. Recebeu sepultura no templo de Santo António dos Portugueses. A mais importante das suas obras, o Manual de Confesores y Penitentes, foi publicada em Portugal e Espanha simultaneamente, e mais tarde em várias edições em Antuérpia, Roma, Colónia, Paris, Veneza e Wizburgo.” €1.800 45. BAETA, Henrique Xavier. RESUMO DO SYSTEMA DE MEDICINA, E TRADUCÇÃO DA MATERIA MEDICA DO DOUTOR ERASMO DARWIN, COM VARIAS NOTAS POR HENRIQUE XAVIER BAETA, BACHAREL EM PHILOSOPHIA PELA UNIVERSIDADE DE COIMBRA, E DOUTOR EM MEDICINA PELA UNIVERSIDADE DE EDIMBURGO. LISBOA. ANNO DE 1806. NA OFFICINA DE JOÃO RODRIGUES NEVES. In 4º (de 20x14 cm) com vii, 408, [i] pags. Encadernação da época inteira de pele, com ferros a ouro na lombada, cansada e com pequenas falhas. Exemplar com leve mancha na folha de rosto e com título de posse coevo manuscrito no pé da página; trabalho de traça marginal; e vestígio de selo de lacre. Obra contém reflexões sobre o metabolismo humano, nomeadamente perante as alterações provocadas pelo álcool e pelo ópio. Erasmo Darwin (1731-1802) foi a influência cientifica inspiradora do seu neto Charles Darwin (1809-1882) sugerindo nesta sua obra a evolução natural das espécies através da selecção sexual, porém colocando esta evolução baseada em diferentes premissas das do seu neto, as quais importam serem reflectidas ainda hoje. Work contains reflections on human metabolism, particularly in response to changes induced by alcohol and opium. Erasmus Darwin (1731-1802) was the inspiring scientific influence of his grandson Charles Darwin (1809-1882) already appointing the natural evolution of species through sexual selection, but putting this development based on different assumptions from those of his grandson. Inocêncio III, 190: “Henrique Xavier Baeta, Bacharel na Faculdade de Filosofia pela Universidade de Coimbra, e Doutor em Medicina pela de Edimburgo, onde tomou o grau em 1800, tendo para aí emigrado em 1797, receoso da perseguição que em Coimbra se movia contra ele, e outros estudantes, acusados de partilharem as doutrinas da Revolução Francesa. Em Setembro de 1800 veio para Lisboa onde começou a dar-se ao exercício da sua profissão. Sobrevindo a Revolução de 1820 foi eleito Deputado às Cortes, e nelas se distinguiu por suas opiniões liberais. Em 1827 abandonou de todo a clínica, e foi viver na freguesia dos Olivais. Isso não obstou a que em 1831 aí fosse procurado, preso e metido na cadeia, onde esteve até o dia 24 de Julho de 1833. Sendo eleito Deputado no ano seguinte, obteve por esse tempo um lugar de Recebedor de Fazenda que serviu até 1836, em que foi exonerado pela mudança do governo. Viveu o resto dos seus dias retirado de todos os negócios públicos. Tinha nascido em Salvaterra em 1776, e morreu em 1854'. €300 46. BAILLIE, Marianne. LISBON IN THE YEARS 1821, 1822, AND 1823. Second edition in two volumes. London, John Murray, Albermalle - Street, 1825. In - 8º. 2 vols. com 219 e 250 pags. Encadernações da época inteiras de pele com ferros a seco nas pastas. Ilustrado com gravuras coloridas manualmente. Illustrated with 9 hand colored plates. €2.500 47. BAILLON. (H.) ICONOGRAPHIE DE LA FLORE FRANÇAISE. Par… Professor d’histoire naturelle a la Faculté de Médicine de Paris. Octave Doin, Éditeur. [Imp. Zinc. Monrocq]. Paris. S/d. [1885-1894]. 5 volumes. De 19x12 cm. Com 500 fólios soltos. Encadernações editoriais (dossiers) de suporte e acondicionamento. Exemplar com ex-libris oleográficos sobre as folhas de rosto. Obra organizada, segundo o autor, em 5 “centúrias” de acordo e à medida que se efectuou a recolha dos espécimes (começando pela região de Paris) e encontrando-se alguns destes duplamente reproduzidos segundo as estações do ano (flor e fruto), tratando-se de um trabalho baseado no enciclopedismo do conhecimento. Cada fólio cromolitografado foi reproduzido a partir de desenho de plantas recolhidas propositadamente; e os princípios da classificação botânica foram apresentados na obra do autor: Histoire des Plantes. Cada planta encontra-se reproduzida como no herbário. No verso do cada fólio consta a ficha descritiva com os nomes latinos nas referências das várias classificações conhecidas; o nome vulgar em francês; as propriedades da planta; o habitat da planta; a sua frequência na flora de Paris; e as suas aplicações médicas, farmacêuticas e em perfumaria. A primeira centúria começa com uma introdução à obra; e no final da última centúria encontrase um índice alfabético remissivo. €600 48. BALDAQUE DA SILVA. (A. A.) ESTADO ACTUAL DAS PESCAS EM PORTUGAL Comprehendendo a pesca marítima, fluvial e lacustre em todo o continente do reino, referido ao anno de 1886 por… Capitão tenente da armada, engenheiro hydrographo e membro da commissão permanente de pescarias. Edição illustrada com mappas, gravuras e chromos. Imprensa Nacional. Lisboa. 1891. In 4.º de 26x19 cm. Com 515 pags. Encadernação recente com lombada e cantos em pele ao gosto da época. Ilustrado, contém a descrição e o estado de cada espécie capturada acompanhada por uma cromolitografia extra texto com o nome vulgar e nome cientifico. Mapa desdobrável da Carta de Pesca de Portugal realizada pelo autor na escala de 1:1.000.000 com uma legenda com a distribuição das principais artes de pesca. €700 49. BAPTISTA DE CASTRO. (João) MAPPA DE PORTUGAL ANTIGO E MODERNO. Pelo Padre Bautista de Castro Beneficiado da Santa Basilica Patriarchal de Lisboa. 3ª edição revista e accrescentada por Manoel Bernardes Branco. Typ. do Panorama. Lisboa. MCCCLXX [1870]. 4 volumes. In 4º (de 22x16 cm) com viii-288, viii-292, 356-(ii); e 398 pags. Encadernações da época com lombadas em pele. Obra descreve a geografia; a história; a demografia de Portugal, com tabelas (quadros) históricos, político-administrativos, económicos e geográficos para cada região; o comércio e a estrutura industrial do país na época desta edição. Inocêncio III, 171 e 300: 'Mappa de Portugal. Lisboa, por Miguel Manescal da Costa 1745. Em 1870, nova edição, revista e acrescentada pelo sr. Manuel Bernardes Branco, em 4.º, 4 tomos. Com relação a preços, ainda hoje se nota variedade, por modo que a 2.ª edição, em diversos leilões, tem obtido desde 2$200 até 6$500 reis (leilões das bibliothecas de Innocencio e Gubian). No de Castello Melhor appareceram dois exemplares, que foram vendidos por 3$200 e 2$300 réis, sendo este ultimo mais aparado e manchado. João Batista de Castro, Presbytero secular, Beneficiado na Sancta Egreja Patriarchal de Lisboa. Esteve por algum tempo em Roma e visitou várias cidades e terras na Itália. Nasceu em Lisboa a 2 de Fevereiro de 1700, e morreu (segundo diz o auctor da Bibl. Hist. de Portugal) em 1775'. O Roteiro foi repetidas vezes reimpresso em separado, descreve as vias militares e as pontes desde o tempo dos romanos; as viagens de Lisboa para as cidades e vilas do país; e os melhores caminhos de Inverno. A estrutura da obra: Parte I. Comprehende a situação, etymologia, e clima do reino; memoria de algumas povoações que se extinguiram; descripção circular; divisão antiga e moderna, montes. rios, caldas, fertilidade, mineraes, moedas, lingua, genio e costumes portuguezes. Parte II. Contém a origem e situação dos primeiros povoadores da Lusitania, entrada e dominio dos Fenicios, Carthaginezes, Romanos, Godos, e Mouros; erecção da monarchia portugueza, e as principaes acções de seus augustos monarchas, rainhas, principes, e infantes; gouerno da Casa Real; e outras noticias politicas. Parte III. Trata do estabelecimento e processos da religião em Portugal; das ordens militares que n'elle existem, è das que se extinguiram; de todas as ordens religiosas e mais congregações; com a expressão dos conventos e mosteiros que tem cada uma, e annos das suas fundações, pontifices e cardeaes portuguezes varões insignes em santidade e virtude; reliquias notavéis; e imagens milagrosas. Parte IV. Mostra a origem das letras e universidades n'este reino, os escriptores mais famosos que têem havido n'elle em todo o genero de litteratura; o Militar, com os presidios e forças de mar e terra, os varões mais insignes em armas; e algumas victorias assignaladas, que os portuguezes têem alcançado de varias nações. Parte V. Recopila em taboas topographicas as principaes povoações da provincia da Estremadura, e descreve as partes mais notaveis da cidade de Lisboa, antes e depois do grande terremoto. €300 50. BAPTISTA. (J. Renato) CAMINHO DE FERRO DA BEIRA A MANICA. AFRICA ORIENTAL. Excursões e estudos effectuados em 1891 sob a direcção do Capitão de Engenheria… Imprensa Nacional. Lisboa. 1892. De 29x20 cm. Com 121 pags. Encadernação da época com lombada em percalina. Ilustrado com 14 belas estampas extra-texto de página inteira, abertas sobre chapa de aço, reproduzindo fotografias e impressas sobre papel encorpado; e 1 mapa desdobrável com o 'Reconhecimento' (esboçado no mapa) para os estudos do caminho-de-ferro da Beira a Manica. Exemplar com ex-libris e vários carimbos de posse oleográficos; e título de posse manuscrito à cabeça da folha de rosto. €400 51. BARATA. (António Francisco) MEMORIA HISTORICA SOBRE A FUNDAÇÃO DA SÉ DE ÉVORA E SUAS ANTIGUIDADES. Com os Esboços chronologico-biographicos dos Bispos e Arcebispos d’ella. Por… Segunda edição correcta. Minerva Commercial. 1903. Junto com: EVORA ANTIGA. Notícias colhidas com afanosa diligencia. Em favor dos asylos de Infancia Desvalida e Ramalho Barahona. Por… Minerva Commercial, de José Ferreira Baptista. Évora. 1909. 2 obras enc. em 1 volume. De 23x17 cm. Com 144 e 236 pags. Encadernação da época com lombada em pele. Ilustradas com transcrições da epigrafia eborense e fotogravuras em extra-texto impressas sobre papel couché. €150 52. BARBOSA DU BOCAGE. (Manuel Maria de) POESIAS DE... COLLIGIDAS EM NOVA E COMPLETA EDIÇÃO, DISPOSTAS E ANNOTADAS POR I. F. DA SILVA: E PRECEDIDAS DE UM ESTUDO BIOGRAPHICO E LITTERARIO SOBRE O POETA, ESCRIPTO POR I. A. REBELLO DA SILVA. LISBOA. EM CASA DO EDITOR A. J. F. LOPES. MDCCCLIII. (1853). Em 6 volumes. De 20x14 cm. Com lvi-404, 434-v, 420-iv, 382-v, 396-(i), 416-(iv) pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro nas lombadas e nos rótulos. Ilustrado, no primeiro volume, com retrato de Bocage em anterrosto. Exemplar com ex-libris armoriado. A obra contém uma bibliografia bocagiana no último volume fruto do trabalho de investigação de Inocêncio Francisco da Silva. Inocêncio X, 74 e III, 224 “alem d'isto editou algumas obras de escriptores nossos, que se haviam tornado raras, entre as quaes sobresae a edição das obras de Bocage pela nitidez da impressão, e por algumas notas de muita valia, que o editor lhe ajuntou. São egualmente suas a coordenação e disposição da edição em seis volumes, que das poesias de M. M. de Barbosa du Bocage fez em Lisboa em 1853 o sr. Antonio José Fernandes Lopes, mercador de livros, editor que foi do panorama, e ainda é da Illustração Luso-Brasileira. Todos os tomos são acompanhados de notas historicas, criticas e philologicas, fructo de investigação minuciosa e aturada. Foi alli que appareceram pela primeira vez varias poesias não colligidas em nenhuma das edições anteriores. É um trabalho que será sempre reputado util e valioso serviço feito ás Letras Patrias. (v. O que diz o sr. Rivara no panorama, vol. Iii da 3.ª serie, 1854, pag. 216.) O cuidado com que dirigiu e velou esta edição, feita em menos d'um anno; o seu escrupulo na revisão foi tal, qual se póde avaliar pelos erros que lhe escaparam. Constando de mais de 2:500 paginas, apenas a final se lhe descubriram 45 erros, a mór parte d'elles de pouco momento, como se infere da tabella no fim do ultimo volume”. €350 53. BARBOSA MACHADO. Inácio. FASTOS POLITICOS, E MILITARES DA ANTIGUA, E NOVA LUSITANIA EM QUE SE DESCREVEM AS ACÇOENS memoráveis, que na Paz, e guerra obraraõ os Portuguezes nas quatro partes do Mundo. Por IGNACIO BARBOSA MACHADO Ulyssiponense Academico do Numero da Academia Real. Com huma Dissertaçaõ precedente contra o Padre Doutor Lourenço Justiniano da Annunciaçaõ. Tomo I. [único publicado] LISBOA: Na Officina de IGNACIO RODRIGUES. M. D.CC.XLV. [1745]. In fólio de 32x21,5 cm. com [lxxxviii], 741, [iii] pags. Encadernação da época inteira de pele com rótulo vermelho, nervos e ferros a ouro lavrados na lombada, com falha de pele na lombada junto à coifa superior. Obra impressa em papel de linho muito alvo e de grande. Impressão em caracteres rotundos muito esmaltados, a folha de rosto impressa a duas cores, adornada com capitulares no início dos capítulos e ilustrada com duas magnificas vinhetas tendo ao centro as armas da casa real de Portugal, ambas abertas por Debrie. Exemplar com Ex-libris coevo manuscrito no verso em branco do anterrosto tipográfico “Da Livraria do Marquez de Alegrete Ex. 46 na Historia de Portugal. Inocêncio 203. “IGNACIO BARBOSA MACHADO, irmão mais novo de D. José Barbosa e de Diogo Barbosa Machado, todos tres auctores de elocução purissima, e que pódem servir de mestres da lingua portugueza, na phrase do erudito D. Thomás Caetano de Bem. Foi Doutor em Direito Civil pela Universidade de Coimbra, e tendo exercido alguns cargos de magistratura em Portugal e na America, abraçou depois de viuvo o estado ecclesiastico, tomando ordens de presbytero. Foi Desembargador da Relação do Porto, Ministro do Tribunal da Legacia, Chronista geral do Ultramar, e Academico da Academia Real de Historia, etc. N. em Lisboa a 23 de Novembro de 1686, e m. na mesma cidade a 28 de Março de 1766, e não em 1753 como tem erradamente José Carlos Pinto de Sousa na Bibliotheca Historica, n.º 42. Vej. a seu respeito os Estudos biographicos de Canaes, pag. 250. Na Bibl. Nacional existe um retrato seu de meio corpo. Eram distribuidos por mezes, á similhança do Anno historico, excluindo porém tudo o que especialmente dizia respeito ás cousas ecclesiasticas, em harmonia com o titulo adoptado. O primeiro volume comprehende os mezes de Janeiro e Fevereiro. Do segundo não consta se imprimissem mais que 280 pag., que chegam somente até 19 de Março, e estas apparecem poucas vezes, de modo que os exemplares do tomo I andam quasi sempre desacompanhados. A publicação d'esta obra occasionou uma acalorada polemica entre o auctor d'ella, e o continuador e edítor do Anno Historico o P. Lourenço Justiniano da Annunciação; terminando a final com a obra de Machado, que tem por titulo:” €1.200 54. BARBOSA, D. José. ARCHIATHENEUM LUSITANUM SIVE REGALE COLLEGIUM COLLIMBRIENSE. [ILLUSTRISSIMO, ET EXCELENTISSIMO DOMINO NONIO ALVARES PEREIRA DE MELLO JAMII CADAVALLENSIUM DUCIS FILIO Optimae spei adolescenti] D. O. ET C. D. JOSEPHUS BARBOSA. ULYSSIPPONE OCCIDENTALI, Ex Praelo JOSEPHI ANTONII A’ SYLVA, Regia Academiae Typographi. M. DCC. XXXIII. [1733] In-4º de 23x17 cm. com (34)- 281 págs. Encadernação da época inteira de pele mosqueada. Bela impressão com caratéres rotundos muito esmaltados ilustrada com vinhetas, florões de remate e capitulares abertas por Debrie. Exemplar com margens generosas e impresso sobre papel de linho muito alvo e sonante. Obra composta por versos latinos até à pagina 148, daí em diante encontra-se a história da academia e a lista dos reitores, professores dignitários etc etc. Barbosa Machado, II, 829. ”D. IOZÉ BARBOSA filho do Capitaõ Ioaõ Barbosa Machado, e D. Catherina Barbosa meu Irmaõ Aprendeo a Gramatica Latina, e os preceitos da Poezia, e Rhetorica em o Collegio de Santo Antaõ dos PP. Jesuitas donde quando ainda naõ contava completos quatorze annos, e meyo abraçou o sagrado instituto de Clerigo Regular Theatino em a Caza de Nossa Senhora da Divina Providencia desta Corte. Consumada a carreira dos Estudos Escholasticos se dedicou ao mininisterio de Orador Evangelico, que tem exercitado pelo largo espaço de quarenta, e quatro annos nas mayores funçoens assim festivas, como funebres. Prégando em o seu Convento a 10 de Novembro de 1713. de Santo Andre Avellino brilhante astro da Congregaçaõ Theatina, collocado neste anno pela Santidade de Clemente XI. em o Cathalogo dos Santos, teve a sublime honra de ser seu Ouvinte o nosso Serenissimo Monarcha D. Ioaõ V. que para demonstraçaõ do conceito, que formara do Orador o nomeou Chronista da Serenissima Caza de Bragança. Entre os primeiros sincoenta Academicos da Academia Real foy eleito para escrever as Memorias Historicas do Conde D. Henrique tronco dos Monarchas Portuguezes, e de seu augusto filho D. Affonso Henriques cuja primeira incumbencia tem satisfeito com aprovaçaõ da mesma Academia. He Examinador das Tres Ordens Militares, e do Patriarchado de Lisboa. As obras Concionatorias, Historicas, e Poeticas, que tem publicado, saõ as seguintes… Archiatheneum Lusitanum… Consta de 4036. Versos heroicos.” €600 55. BARBOSA, D. José. VIDA DE S. VICENTE DE PAULO, FUNDADOR, E PRIMEIRO SUPERIOR GERAL da Congregaçaõ da Missão, Escrita na língua Castelhana PELO PADRE MESTRE Fr. JOAÕ SO SS.SACRAMENTO, da Ordem de Santo Agostinho da Provincia de Castella. E traduzida em Portuguez POR D. JOZÈ BARBOSSA. LISBOA OCCIDENTAL, Na Officina se JOSEPH ANTONIO DA SYLVA, Impressor da Academia Real. M. DCC. XXXVIII. [1737] In fólio de 33x23 cm. Com [xx], 611 pags. Encadernação da época inteira e pele, cansada. Ilustrado com retrato de S. Vicente de Paulo. Inocencio IV, 262. “Bella e nitida edição, ornada de um retrato do sancto, gravado por Debrie.” €500 56. BARREIRA. (João) ARTE PORTUGUESA. As Artes Decorativas. Arquitectura e Escultura. Pintura. Por... Antigo Professor da Faculdade de Letras de Lisboa e da Escola Nacional de Belas Artes. Tipografia Almeida & Bento, Lda. Edições Excelsior. S/d. [1946-1951]. Obra em 4 volumes. De 30x24 cm. Com 403, 385, 461 e 364 pags. Encadernações do editoriais (excelente estado de conservasão) inteiras de pele natural com ferros decorativos a ouro e a seco. Profusamente ilustrados com gravuras no texto e em extra-texto com quadricromias (entre as quais a reprodução de um quadro Columbano com o retrato do autor). Obra originalmente publicada em fascículos agrupados em: 1 volume dedicado à Arquitectura e Escultura; 1 volume dedicado à pintura; e 2 volumes dedicados às Artes Decorativas. O volume dedicado à Arquitectura e à Escultura aborda o tema dos grandes monumentos e também os temas da habitação tradicional em Portugal e dos presépios de barro. O volume dedicado à pintura (incluíndo em grande parte o estudo dos frescos e das iluminuras de livros) teve a colaboração de Adriano de Gusmão, em Os Primitivos e a Renascença; de Reinaldo dos Santos; em A Pintura na Segunda Metade do Sec XVI ao final do Séc. XVII; de Julieta Ferrão, em A Pintura no século XVIII; de Carlos Passos, em O pintor Vieira Portuense; e de Diogo de Macedo, em A Arte nos Séculos XIX e XX. Os volumes dedicados às Artes Decorativas incidem, entre outros temas, sobre: A Ourivesaria em Portugal (profana e religiosa), por João Couto; Os Pelourinhos e os Cruzeiros, por Luís Chaves; A Cerâmica em Portugal, por Armando Vieira Santos; A Arte Indo- Portuguesa, por Maria Helena Cagigal e Silva; Tapetes de Arraiolos, por Maria José Mendonça; A Arte nos Metais (ferro, bronze, cobre, latão , estanho e lata), por Luís Chaves; o Mobiliário, por Luís Chaves; a Heráldica na Decoração, por António Machado de Faria; Os Azulejos em Portugal, por Armando Vieira Santos; A Ilustração do Livro (retratos, vinhetas, gravadores e técnicas em Portugal), por Ernesto Soares; O Vidro em Portugal, por Armando Vieira Santos; Colchas de Castelo Branco e Rendas de Peniche, por Clementina Carneiro de Moura; Os Bordados da Madeira, por Vasco de Lucena, Os Coches em Portugal, por Armando Vieira Santos, e ainda de salientar um estudo de 90 páginas sobre os Jardins em Portugal (incluindo os jardins públicos, os jardins municipais, os jardins dos palácios do Estado, o Jardim Zoológico, as tapadas, os jardins botânicos, etc), por Armando de Lucena. €500 57. BARROS, Alonso de. PERLA DE LOS PROVERBIOS MORALES DE ALONSO DE BARROS, CRIADO del Rey nuestro señor. Año 1617. IMPRESSOS EM LISBOA, Por Iorge Rodriguez. In 12.º de 13,5x9 cm. com [xii], 54, [ii] fólios. Encadernação recente imitação de inteira de pergaminho. Exemplar com assinatura de posse coeva rasurada na folha de rosto. O penúltimo fólio (não numerado) contém uma bela marca do impressor e o último é em banco. Azevedo Samodães, 327. “As xii folhas preliminares compreendem: «Frontispício». «Licenças». «Aprouaçam». Seis quadras de «Lope de Veja Carpio Al Autor». «Elogio em Alabanza de los Proverbios por Hermano de Soto». «Prologo de Mateo Aleman al letor» e dedicatória a «Don Garcia Loaysa». Edição muito rara.” Palau 1990. I, 181. O autor foi natural de Segovia. Primeira edição com o título Perla. No ano de 1598, saiu em Madrid, a obra com o título Proverbios Morales. €900 58. BASTOS. (Carlos) SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA ARTE ORNAMENTAL DOS TECIDOS. Por… [Impresso na Tipografia Portugália]. Porto. 1954. De 26x32 cm. Com 118 pags. Encadernação com lombada e cantos em pele. Ilustrado em extra texto com fotogravuras impressas sobre papel couché, mostrando padrões de tecidos desde a Idade Média. Obra impressa sobre papel creme de elevada qualidade. €150 59. BATISTA DE OLIVEIRA. (F.) MÉTODO DE CORTE. A arte e a técnica de cortar e provar o vestuário feminino e infantil. Segunda edição. Editorial «O Século» Lisboa. S/d [1959?]. De 24x17 cm. Com 454 pags. Brochado. Profusamente ilustrado com os moldes de confecção do vestuário. €50 60. BAUTISTA DE CASTRO, João. MAPPA DE PORTUGAL ANTIGO, E MODERNO PELO PADRE JOAÕ BAUTISTA DE CASTRO, Beneficiado na Santa Basilica Patriarcal de Lisboa. Nesta segunda edição revisto, e augmentado pelo seu mesmo Author: e contém huma exacta descripção Geografica do Reino de Portugal com o que toca à sua Historia Secular, e Politica. LISBOA, Na Officina Patriarcal de Francisco Luiz Ameno. M. DCC. LXII.- M. DCC. LXIII. [1762-1763] 3 volumes. In 8.º de 20,5x14,5 cm. Com [xvi], 466, [i] – [xii], 480 e [iv], 503, 100 pags. Encadernações da época inteiras de pele com ferros a ouro nas lombadas. As últimas 100 pags. do terceiro volume contêm o Roteiro Terrestre de Portugal, em que se ensinam por jornadas e sumários não só os caminhos e as distancias que há de Lisboa para as principais terras das Províncias deste Reino, mas as derrotas por travessia de umas e outras povoações dele. A primeira edição foi publicada em 1745. Exemplar com: vestígios de humidade; assinatura de posse nas folhas de guarda; e com a falta do mapa que foi publicado para acompanhar esta segunda edição - o mesmo não se encontra presente neste exemplar - o que é costume na maioria dos exemplares, provavelmente porque o mesmo era vendido à parte e a generalidade dos bibliógrafos não acusa a sua existência. Inocêncio III, 300. “ Sahiu de novo este Mappa revisto e augmentado pelo auctor, com o titulo seguinte: Mappa de Portugal antigo e moderno. Tomos 1.°, 2.º e 3.º Lisboa, na Offic. de Francisco Luis Ameno 1762 1763. 3 vol. 4.º Esta é a edição preferida por mais correcta e augmentada. Os exemplares de qualquer d'ellas são hoje mui pouco vulgares, e com tal variedade nos preços que me dispensa de exemplificar cousa alguma quanto a esta parte.” €500 61. BAUTISTA DE CASTRO, João. MAPPA DE PORTUGAL ANTIGO, E MODERNO PELO PADRE JOAÕ BAUTISTA DE CASTRO, Beneficiado na Santa Basilica Patriarcal de Lisboa. Nesta segunda edição revisto, e augmentado pelo seu mesmo Author: e contém huma exacta descripção Geografica do Reino de Portugal com o que toca à sua Historia Secular, e Politica. LISBOA, Na Officina Patriarcal de Francisco Luiz Ameno. M. DCC. LXII.- M. DCC. LXIII. [1762-1763] 3 volumes In 8.º de 20,5x14,5 cm. Com [xvi], 466, [i] – [xii], 480 e [iv], 503, 100 pags. Encadernações da época inteiras de pele com ferros a ouro e rótulos vermelhos nas lombadas. As últimas 100 pags. do terceiro volume contêm o Roteiro Terrestre de Portugal, em que se ensinam por jornadas e sumários não só os caminhos e as distancias que há de Lisboa para as principais terras das Províncias deste Reino, mas as derrotas por travessia de umas e outras povoações dele. 2.ª edição, a 1.ª foi publicada em 1745. Foi impresso um mapa para acompanhar esta segunda edição. O mesmo encontra presente neste exemplar, o que não é costume na maioria dos exemplares. Provavelmente porque o mesmo era vendido à parte, e talvez seja essa a razão porque a generalidade dos bibliógrafos não acusa a existência do mapa. Inocêncio III, 300. “ Sahiu de novo este Mappa revisto e augmentado pelo auctor, com o titulo seguinte: Mappa de Portugal antigo e moderno. Tomos 1.°, 2.º e 3.º Lisboa, na Offic. de Francisco Luis Ameno 1762 1763. 3 vol. 4.º Esta é a edição preferida por mais correcta e augmentada. Os exemplares de qualquer d'ellas são hoje mui pouco vulgares, e com tal variedade nos preços que me dispensa de exemplificar cousa alguma quanto a esta parte.” €900 62. BEIRÃO. (Caetano) EL-REI DOM MIGUEL I E A SUA DESCENDÊNCIA. Resenha Genealógica e Biográfica. Portugália Editora.1943. De 25x18 cm. Com 239 pags. Encadernação com lombada e cantos em pele rolados com ferros a ouro. Profusamente ilustrado com retratos de El-Rei D. Miguel e seus descendentes. Exemplar preserva capas de brochura. €80 63. BEIRÃO. (Caetano) EL-REI DOM MIGUEL I E A SUA DESCENDÊNCIA. Resenha Genealógica e Biográfica. Portugália Editora. 1943. De 25x18 cm. Com 239 pags. Ilustrado com lombada e cantos em pele rolados com ferros a ouro. Profusamente ilustrado com retratos de El-Rei D. Miguel e seus descendentes. Exemplar com falta das capas de brochura. €50 64. BEJA. (José Pinto Cardoso) EXAME DA CONSTITUIÇÃO DE D. PEDRO, E DOS DIREITOS DE D. MIGUEL, dedicado aos fieis portuguezes. Traducção do francez. Por J. P. C. B. F. Lisboa: Na Impressão Regia. 1829. De 23x16 cm. Com 166 pags. Encadernação recente com lombada em pele. Ilustrado com uma gravura de D. Miguel litografada em 1829. Exemplar preservando capas de brochura e apresentando margens generosas com notas marginais impressas na dianteira e em rodapé em reduzidos caracteres tipográficos. Inocêncio V, 103: “José Pinto Cardoso Beja, Bacharel formado em Leis pela Universidade de Coimbra no anno de 1815. Foi natural de villa de Gouveia, e filho de José Pinto de Beja. Exame da Constituição de D. Pedro, e dos direitos de D. Miguel. Traduzido do francez. Lisboa, Imp. Regia 1829. 4.º de VIII 166 pag. e uma estampa. É versão da parte 1.ª de uma obra escripta em francez, e attribuida ao sr. Antonio Ribeiro Saraiva, que se imprimiu com o titulo Légitimité Portugaise: París, Imp. de Pihan Delaforest (Morinval). 8.º gr., contendo XXXIV 752 44 pag. e mais uma d'erratas. No seu aviso ao público declara o traductor: que o livro D. Miguel I, obra a mais completa e concludente, que tinha apparecido na Europa sobre o assumpto é como a primeira parte da sua versão, etc. Com as iniciaes do seu nome. D'este opusculo se tiraram 5:200 exemplares”. €150 65. BELARD DA FONSECA. (António) O MISTÉRIO DOS PAINÉIS. Volume I. O Cardeal D. Jaime de Portugal. Volume II. O 'Judeu', o seu Livro e a Crítica. Lisboa. 1957 e 1958. 2 volumes em 1. De 28x20 cm. Com xxiii-204-227 pags. Encadernação da época inteira de pele de carneira vermelha com finos ferros a ouro na lombada e nas esquadrias das pastas. Profusamente ilustrado no texto e em extra-texto. Sairam mais volumes. Obra que se baseia na decifração do livro pintado nos painéis o qual evoca a memória e o pedido de inumação dos restos mortais do infante D. Pedro de Portugal no mosteiro da Batalha. €150 66. BELEM, Fr. Jeronymo de. OLIVENÇA ILLUSTRADA PELA VIDA, E MORTE DA Grande Serva de Deos MARIA DA CRUZ, Filha da Terceira Ordem Serafica, e natural da mesma Villa de Olivença, Em que se expendem juntamente particulares excellencias da Veneravel Ordem Terceira da Penitencia, com duas respostas apologeticas em defeza da mesma, e em credito da verdade, CONSAGRADA A’SACRATISSIMA, E DOLOROSISSIMA Virgem Maria nossa Senhora debaixo dos prodigiosos titulos da BOA MORTE, E SALVAÇÃO, Collocada na capella dos Irmãos Terceiros da referida Villa, PELAS MÃOS DO N. REVERENDISSIMO PADRE Fr. JOÃO DA TORRE, Leitor Jubilado, Theologo da Magestade Catholica na Real Junta da Immaculada Conceição, e Commissario Geral da Familia Cismontana da Regular Observancia de N. S. P. S. Francisco, PELO PADRE FR. JERONYMO DE BELÉM, Prégador Jubilado, Penitenciario Geral de toda a Ordem, Examinador das Ordens Militares, Consultor da Bulla da Santa Cruzada, e Chronista da Provincia dos Algarves. Dada à luz pelos Irmãos da Meza da Ordem Terceira de Olivença. LISBOA. Na Officina de MIGUEL MANESCAL DA COSTA, Impressor do Santo Officio. M. DCC. XLVII. [1747]. In 4.º de 20x14 cm. Com [xl], lxxxviii, 375 pags. Encadernação do século xix, inteira de pele inteira de pele com rótulo vermelho e ferros a ouro na lombada. Ilustrado com belo frontispicio gravado representando a 'Vera Effigies da Venerável Maria da Cruz' na sua reclusão conventual. Exemplar com mancha antiga de gordura na pag. 85/86 e restauros marginais de amador antigos. Inocêncio III, 258. “Fr. Jeronymo De Belem, Franciscano observante da provincia dos Algarves. Exerceu na sua Ordem varios cargos, e entre elles o de Bibliothecario do convento de Xabregas, e Chronista da provincia. - N. na villa dos Arcos de Val-de-vez na provincia do Minho em 1692. Ignoro a data do seu falecimento, sendo certo que ainda vivia em 1760.” €900 67. BELLEGARDE. (Jean-Baptiste Morvan de) ARTE DE CONHECER OS HOMENS. Escripta em Francez pelo Abbade... e Traduzida na Lingua Portugueza POR AMBROSIO ANTUNES. Presb. Sec. LISBOA. Na Typografia Nunesiana. Anno M.DCCLXXXIX (1789). De 15x10 cm. Com 230 pags. Encadernação da época inteira de pele com nervos e ferros a ouro na lombada. 'Jean Baptiste Morvan de Bellegarde, nascido em 1648 em Pihyriac na diocese de Nantes, tornou-se jesuíta, e continuou ligado aquela sociedade por dezesseis ou dezessete anos. Aparentemente a sua ligação com o cartesianismo forçou-o a sair, e ele dedicou-se vigorosamente à escrita para subsistir. Morreu na comunidade dos padres de São Francisco de Sales, em 1734, com a idade de 86. Escreveu traduções francesas de várias obras de clérigos (São João Crisóstomo, S. Basílio, São Gregório Nazianzeno, Santo Ambrósio, etc.). Há também por ele uma versão de Las Casas, sobre a destruição das Índias, 1697, e várias produções morais, mas as suas reflexões são pouco mais que moralidades triviais, ingénuas e sem profundidade. Uma tradução dos seus 'modelos de conversa' foi publicada em Londres em 1765, o suficiente para mostrar o absurdo de muitos de seus sentimentos, e as improbabilidades de seus fatos históricos.' in Moreri,Great Historical Dictionary. Inocêncio VIII, 57: ‘P. AMBROSIO ANTUNES, Presbytero secular. De suas circumstancias individuaes nada mais consta. Arte de conhecer os homens; escripta em francez pelo Abbade de Bellegarde, e traduzida na linguagem portugueza. Lisboa, na Typ. Nunesiana 1789. 8.º-Sahiu em segunda edição (sem o nome do traductor): ibi, na Typ. Rollandiana 1818. 8.º 2 tomos.’ €150 68. BERNARDES, Diogo. RIMAS VARIAS, FLORES DO LIMA. COMPOSTAS POR DIOGO BERNARDES. LISBOA Na Officina de MIGUEL RODRIGUES. M. DCC. LXX. [1770] In 12.º de 13,5x7 cm. com [viii], 222, [i] pags. Encadernação da época inteira de pele com pequena falha na lombada. Terceira edição. Inocêncio II, 148. 'DIOGO BERNARDES, ao qual o Catalogo chamado da Academia accrescenta o appellido de PIMENTA, que sendo effectivamente de seu pae não ha com tudo memoria de que elle o usasse. Foi natural da villa de Ponte de Lima, se devemos dar credito á declaração exarada no rosto do seu livro das Rimas ao bom Jesus, e ao mais que judiciosamente se pondera no outro Catalogo de auctores, que precede o Diccionario da Ling. Port. da Acad. a pag. LXIX; ficando assim menos provavel a asserção de Barbosa, que o julgou nascido na Ponte da Barca. - Nasceu entre os annos de 1530 e 1540, e com certeza antes d'este ultimo, por ser o do nascimento de seu irmão mais moço Fr. Agostinho da Cruz. Ignoram se quaes fossem os seus estudos e occupação, até que passou á corte de Madrid na companhia de Pedro d'Alcaçova Carneiro, mandado por D. Sebastião na qualidade de seu embaixador a Filippe II. Acompanhou depois o mesmo D. Sebastião na infeliz jornada d'Africa, e foi um dos que ficaram captivos na batalha de 4 de Agosto de 1578. Sendo resgatado voltou á patria onde viveu ainda bastantes annos em situação que, a julgarmos pelas suas queixas, não distava muito do miseravel, trazendo lhe novas difficuldades o casamento que parece contrahira n'esse intervallo. Os poetas contemporaneos de Bernardes, especialmente Antonio Ferreira e Sá de Miranda, falam d'elle com os maiores elogios. O P. Antonio Pereira de Figueiredo dá lhe o outavo logar entre os classicos da lingua, collocando o immediato a Camões. Mas Francisco José Freire é lhe menos favoravel, pois apenas o enumera entre os textos de segunda ordem. Manuel de Faria e Sousa, que não sei porque motivo se quiz mostrar seu accerrimo adversario, não só deprime o seu caracter moral, accusando o de ter roubado a Camões não menos de cinco eclogas, o poema a Sancta Ursula e outros versos que imprimiu como proprios, mas abertamente o qualifica de poeta mediocre, e falto d'ingenho. Á parte porém o plagiato, de que não serei eu quem ouse absolvel o, em vista dos fortes argumentos que n'este pleito se tem produzido contra elle, parece me que ha, no que é innegavelmente seu, merito sufficiente para assegurar lhe um logar distincto entre os poetas da eschola italiana a que pertenceu, e com especialidade entre os bucolicos. Ninguem poderá desconhecer nas suas poesias pureza de linguagem, suavidade de metrificação, e certa natural simplicidade de idéas e conceitos, que lhe conquistam a affeição dos leitores. As diversas edições das suas obras são hoje raras.Rimas varias, Flores do Lima. Lisboa, por Manuel de Lyra 1596. 8.º (Barbosa diz 1597.) - Ibi, por Lourenço Craesbeeck 1633. 32.º E ibi, por Miguel Rodrigues 1770. 12.° de XIV 222 pag. ” €300 69. BERNARDES. (Padre Manuel) OS ULTIMOS FINS DO HOMEM, SALVAÇAÕ, E CONDENAÇAÕ ETERNA. TRATADO ESPIRITUAL, Dividido em dous Livros. NO PRIMEIRO SE TRATA DA SINGULAR PROVIDENCIA de Deos na salvaçaõ das almas; no segundo das causas geraes da perdiçaõ das almas, ou estradas commuas do Reyno da morte. ESCRITO, E DEDICADO A' SOBERANA Rainha dos Anjos. MARIA SANTISSIMA S. N. PELO PADRE MANOEL BERNARDES, da Congregaçaõ do Oratorio de Lisboa. LISBOA OCCIDENTAL, Na Officina de JOSEPH ANTONIO DA SYLVA. M DCCXXVIII. [1728]. De 21x15 cm. Com xii, 467 pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada. Exemplar com leves vestígios de humidade e rótulo da lombada renovado. 1ª edição. Uma das obras onde se pode observar a língua portuguesa no esplendor da sua época clássica. Inocêncio V, 374 e XVI, 133 “P. MANUEL Presbítero da Congregação do Oratório de Lisboa, cuja roupeta vestiu aos trinta anos de idade, sendo já graduado pela Universidade de Coimbra nas Faculdades de Cânones e Filosofia. - Nasceu em Lisboa em 1644, e morreu em 1710. Este escritor, um dos mais afamados clássicos da língua portuguesa, que foi émulo do justamente celebrado Padre António Vieira, e que apesar da enorme fama do seu competidor na tribuna sagrada, o excedeu em muitos pontos na suavidade e na poesia do estilo”. Inocêncio V, 375 - '198) (C) Os ultimos fins do homem; salvação e condemnação eterna. Tractado espiritual, dividido em dous livros, etc. Lisboa, por José Antonio da Silva 1728. 4.º-Ibi, na Reg. Offic. Silviana 1761. 4.º de VIII 467 pag'. €300 70. BETTENCOURT. (E. A. de) DESCOBRIMENTOS GUERRAS E CONQUISTAS DOS PORTUGUESES EM TERRAS DO ULTRAMAR NOS SECULOS XV E XVI. Por… Da Real Associação dos Architectos Civis e Archeólogos Portuguezes, membro fundador da Sociedade de Geographia de Lisboa e Sócio da Associação dos Engenheiros Civis Portuguezes. Lith. Matta & Comp. Lisboa. 1881-1882. De 35x26 cm. Com 412 pags. Encadernação da época com lombada em pele com finos ferros a ouro. Obra de grande originalidade na impressão gráfica baseada no sistema litográfico. Ilustrado com 4 mapas. Nomeadamente: 1 mapa desdobrável com planisfério de 40x60 cm contendo a história gráfica dos principais descobrimentos portugueses; 1 mapa de página dupla de 22x32 cm contendo o mapa da Terra Nova (fac-simile a cores de uma das cartas do Atlas quinhentista de Lázaro Luiz), mostrando a zonas de ocupação espanhola e de ocupação portuguesa desta costa da América do Norte; 2 mapas de página inteira com o fac-simile da Carta Catalana de 1375 com a posição e os nomes atribuídos às Ilhas dos Açores, e a sua comparação com a posição das mesmas ilhas numa carta geográfica actual. €300 71. BIBLIA SACRA [EDIÇÃO HOLANDESA. SÉC. XVII]. TESTAMENTVM VETVS Ab Im. Tremellio et Fr. Ivnio ex Hebreo Latinè redditum, ET TESTAMENTVM NOVVM, à Theod. Beza è Graeco in Latinum versum. Argumentis Capitum additis, versibusqe singulis distinctis et seorsum expressis. Amstelodami. Apud Iohannem Iacobi Schipper. MDCLXIX [1669]. In 12º (de 16x9 cm) com 959 pags. Encadernação da época inteira de pele (marroquin castanho) com nervos, ferros a ouro na lombada, esquadrias com motivos florais e corte dourado por folhas. Ilustrado com frontispício aberto em chapa de metal com motivos decorativos e religiosos, representando os apóstolos na redação dos evangelhos. Biblia em Latim contendo o Velho Testamento traduzido do Hebreu e o Novo Testamento traduzido do Grego. €600 72. BIBLIA SACRA VULGATA EDITIONIS, SIXTI V. & CLEMENTIS VIII. Pontif. Max. Auctoritate recognita, VERSICULIS DISTINCTA: UNA CUM SELECTIS ANNOTATIONIBUS Ex optimis quibusquae Catholicis Interpretibus, & etiam ex Auctoribus Heterodoxis in His, quae Catholicae veritati non sunt contraria, excerptis: Prolegomenis, Novis Tabulis Chronologicis, Historicis et Geographicis illustrata. AUCTORE JO: BAPTISTA DU HAMEL PRESBYTERO, & EXPROFESSORE REGIO, necnon Regiae Scient. Academiae Socio. ACCEDUNT LIBELLI DUO AB ERUDITISSIMO VIRO Francisco Luca Brugensi exarati: Quorum primus Loca insigniora Romanae Correctionis complectitur; alter vero alias Correctionis, quae fieri possent, denotat. EDITIO NOVISSIMA ad ultimam Parisiensem exacta, & summa diligentia a mendis omnibus expurgata. [PARS PRIMA+PARS ALTERA]. BASSANI, MDCCLXXIV [1774]. SED PROSTANT VENETIIS APUD REMONDINI. Obra em 2 volumes. In Folium (de 30x22 cm.) com xlviii-538 e 616 pags. Encadernações da época inteiras de pele de carneira com ferros a ouro na lombada, nos nervos e nos rótulos vermelhos. Corte por folhas carminado. Obra ilustrada com 1 gravura em extra-texto (desenhada por Jo. Baptista Tiepolo e gravada por Francisco Bartolozzi) e gravuras no texto: O Genesis (Vol. I pag. 1); O Exodo (Vol. I pag. 41); O Rei Salomão (Vol I pag. 285); O Templo de Salomão (Vol. I pags. 232 e 233) visto por dentro e por fora no seus vários componentes arquitectónicos; O Profeta Isaías (Vol. II pag. 6); A Natividade (Vol. II pag. 242); A Pregação no Derserto (Vol II, 276); A Via Dolorosa (Vol. II pag. 291); A Ressurreição (Vol. II, pag. 323). Folha de rosto da Pars Prima impressa em duas cores; letras capitais decorativas no início de cada livro bíblico; notas de rodapé com comentários latinos e remissões em língua grega e hebraica, em caracteres de minúscula dimensão tipográfica. €600 73. BLANCHARD. (Pierre) LE PLUTARQUE DE LA JEUNESSE ou abrégé des vies des plus grands hommes de toutes les nations. Par... Nouvelle Édition, corrigée et continuée jusqu'a nos jours. Morizot, Libraire-Éditeur. Paris. S/d. [189?]. De 24x16 cm. Com 504 pags. Encadernação com lombada em pele com finos ferros a ouro por casas fechadas. Ilustrado com gravuras em extra-texto. Exemplar com picos de humidade. €60 74. BLEGNY. (Etienne de) LES ELEMENS OU PRIMIERES INSTRUCTIONS DE JEUNESSE. Par Etienne de Blégny, Expert-Juré Ecrivain pour les Vérifications des Ecritures contestées. Nouvelle Edition, revuë, corrigée & considerablement augmentée. A PARIS, AU PALAIS, Chez Jean de Nully. M.DCC.LI. [1751]. In 8.º de 20x13 cm. Com [xxxii] pags. - [xl] gravuras - 411-[iv] pags. Encadernação da época inteira de pele mosqueada com ferros a ouro na lombada, apresentando-se com cantos das pastas e coifas da encadernação cansados. Corte das folhas marmoreado a azul. Ilustrado com retrato do autor em anterrosto ; e com 40 fólios calcográficos gravados com exemplos caligráficos. Obra dividida em duas partes. Na primeira parte a arte caligráfica ou de escrever e na segunda parte as regras da ortografia francesa. Na primeira parte ensina a maneira de agarrar na pluma e a posição dos dedos, das mãos e dos braços, seguindo-se a diferente maneira de caligrafar a Escrita Francesa e a Escrita Italiana e encontrando-se textos completos nas gravuras apresentadas com exemplos de arte caligráfica francesa. €300 75. BLUTEAU, Rafael. DICCIONARIO DA LINGUA PORTUGUEZA RECOPILADO DOS VOCABULOS IMPRESSOS ATE’ AGORA, E NESTA SEGUNDA EDIÇÃO NOVAMENTE EMENDADO, E MUITO ACCRESCENTADO POR ANTONIO DE MORAES SILVA NATURAL DO RIO DE JANEIRO. LISBOA, NA TYPOGRAPHIA LACERDINA. Anno de 1813. In 4.º de 25x19,5 cm. 2 volumes com xx, xlviii, 806, [ii] e [II], 872 pags. Encadernações da época inteiras de pele com rótulos vermelhos e verdes e ferros a ouro nas lombadas que se encontram com pequenas falhas de pele. Inocêncio I, 209 e XXII, 323: “António de Moraes Silva bacharel formado em Leis pela Universidade de Coimbra, seguiu a carreira da magistratura, e sendo despachado para o Brasil, servia, dizem, o cargo de desembargador na relação da Baía quando, por motivo de desgostos que teve com o chanceler, resignou o lugar, e retirou se pare Pernambuco. Aí adquiriu algumas propriedades, e tornando-se Senhor d'Engenho, teve a patente de Capitão-Mór do Recife e coronel de milícias de Moribeca. Por ocasião da Revolução Republicana em 1817, o povo o nomeou membro do Governo Provisório; porém ele recusou tomar parte nos acontecimentos, conservando se a eles completamente estranho. Foi natural da cidade do Rio de Janeiro, e nasceu provavelmente entre os anos de 1756 e 1758. Morreu em Pernambuco em 1825, contando pelo meu cálculo de 67 a 69 annos. O pouco que há de averiguado para a sua biografia pode ler-se na Revista trimensal do Instituto do Brasil, tomo XV pág. 244”. Borba de Morais, 799. €500 76. BODONI - DE BERNIS, Cardeal François-Joachim de Pierre. LA RELIGION VENGÉE. POEME EN DIX CHANTS. À PARME DANS LE PALAIS ROYAL [Bodoni] MDCCXCV. [1795] In 8.º de 16,5x11 cm. Com [xxviii], 248 pags. Encadernação original em papel marmoreado com lombada e cantos em pele. Exemplar com dedicatória de oferta de D. Domingos de Sousa Coutinho (1760-1833) ao núncio papal em Lisboa D. Lorenzo Caleppi (1741-1817), datada de Londres 1808. Primeira edição. Impressão bodoniana estampada sobre magnifico papel de linho calandrado, muito alvo. FrançoisJoachim de Pierre de Bernis (1715-1794), Cardeal, diplomata e poeta francês, oriundo de importantes famílias nobres sem fortuna. Foi protegido de Madame Pompadour. Como embaixador francês em Roma, contribuiu fortemente para a extinção da companhia de Jesus. Mais tarde foi também forte opositor à política imposta pela revolução francesa relativa à Igreja. A sua obra poética mais extensa e conhecida é a Religião Vingada. Sousa Coutinho e Caleppi são importantes personagens históricas, ambos diplomatas, e foram respetivamente, ministro de Portugal em Londres o primeiro e núncio papal em Lisboa, e depois no Rio de Janeiro o segundo. Em consequência da invasão napoleónica de 1807, comandada por Junot, deu-se a fuga da corte portuguesa para o Brasil. O núncio papal não podendo embarcar na esquadra naval que transportou a família real para o Rio de Janeiro, fugiu para Londres por via marítima e dali partiu para o Rio de Janeiro, acompanhado do seu secretário Camilo Rossi. Com a mudança da corte portuguesa para o Brasil, o papa nomeia pela primeira vez na história um núncio papal geral para a América (Caleppi), criando um precedente que mais tarde vai facilitar o reconhecimento papal da independência do Brasil. D. Domingos de Sousa Coutinho, à época ministro de Portugal em Londres, negociou junto da corte inglesa a proteção prestada por parte de uma importante escolta naval à corte portuguesa na viagem para o Brasil, por contrapartida da crucial abertura dos portos marítimos brasileiros à frota inglesa, dramaticamente pressionada por Napoleão, com o Bloqueio Continental. O ministro português aproveitou a passagem do núncio pela capital inglesa, para lhe oferecer este livro que dedicou à sua memória. Aqui encontramos um exemplo prático e concreto da influência e importância política de uma impressão Bodoniana, não só pelo conteúdo literário da obra, mas também como objeto politico. Brooks 606. First edition. Bodonian masterpiece of contemporary typography printed in linen paper. Binding: finished in contemporary marbled paper with leather spine and corners. Copy with ownership of Papal Nuncio in Lisbon D. Caleppi Lorenzo (1741-1817), dated London 1808, as an offer from D. Domingos de Sousa Coutinho (1760-1833) François-Joachim de Pierre de Bernis (1715-1794), Cardinal, French poet and diplomat, coming from important noble families without fortune. He was a protegé of Madame Pompadour. As French ambassador in Rome he contributed to the demise of the Company of Jesus. Later it was also strongly opposed to the policy imposed by the French Revolution on the Church. His largest (and best known) poetic work is this one. About the ownership: Sousa Coutinho and Caleppi are historically very important. Both diplomats, they and were respectively Minister of Portugal in London and the first Papal Nuncio in Lisbon and in Rio de Janeiro. As a result of the Napoleonic invasion of 1807, commanded by Junot, he gave up and fled with the Portuguese Court to Brazil. However he fled to London by sea and from there went to Rio de Janeiro, accompanied by his secretary Camilo Rossi. With the shift of the Portuguese Court to Brazil, the Pope appoints for the first time in history a general Papal Nuncio to the Americas (Caleppi), creating a precedent that will later facilitate the papal recognition of the independence of Brazil. D. Domingos de Sousa Coutinho, then Minister of Portugal in London, negotiated with the English Court for protection of a major naval to escort the Portuguese Court on the trip to Brazil. He gave as compensation the opening of Brazilian ports to the English commerce, dramatically closed by Napoleon as a Continental Blockade. The Portuguese Minister offered and dedicated this book to Calepi. Here we find a practical and concrete example of the political influence and of a Bodoniana copy, not only for its literary contents, but also as political token. Brooks 606. €1.500 77. BODONI, Giambattista. OFFICIOLUM RECITANDUM PRO DEVOTIONE PER NOVEM DIES NATIVITATEM JESU CHRISTI IMMEDIATE PRAECENDENTES INCIPIENDO A DIE XVI. DECEMBRIS USQUE AD XXIV. EJUSDEM MENSIS INCLUSIVE A C. M. T. M. B. PER ORDINEM DISPOSITUM. [Cólofon] PARMAE IN AEDIBVS PALATINIS MDCCXCIII. [1793] In 4.º de 20x12,8 cm. Com [iv], 276, [ii] pags. Encadernação da época cartonagem editorial [?] original com as pastas em cartão cobertas por papel de guarda colorido. Os cortes das folhas carminados. Magnifica impressão bodoniana dedicada a Carolina Maria Teresa Borbonica, impressa a preto e vermelho, apresentando as linhas com as cores alternadas, utilizando por vezes as duas cores na mesma linha. Estampada sobre magnifico papel de linho calandrado muito alvo. Belo exemplar de uma obra que apenas existe em 4 bibliotecas públicas italianas. Trata-se da variante A com a pag. 255 impressa no fólio 33/1, ou seja a variante em que o caderno 32 apenas apresenta 3 fólios, não existindo o fólio 32/4, mas sendo a paginação seguida. O primeiro fólio em branco encontra-se presente e pertence à edição. Brooks, n.º 523 e fig. XVI. Considera este livro com um dos mais bonitos editados por Bodoni. Binding: contemporary hardcover [original editorial boards?]. Cut of paper edges carmine. Beautiful “bodoniana” print dedicated to Maria Teresa Carolina Bourbon, printed in black and red, featuring rows with alternating colors, sometimes using the two colors on the same line. Printed on special linen paper. Known just available at 4 Italian public libraries. Fine copy. Copy belongs to variant A (with pag. 255 printed on folio 33/1) in which cuaderno 32 has only three folios: absent folio 32/4, and page numbers follow correctly. The first blank folio is present and belongs to this release. Brooks ( n.º 523 e fig. XVI) assumes this book as one of the finest Bodoni editions. €2.000 78. BOMBACI, Gasparo. HISTORIE MEMORABILI DELLA CITTA’ DI BOLOGNA RISTRETTE DA GASPARO BOMBACI Nelle Vite di tre Huomini Illustri Antonio Lamberracci, Nanni Gozzadini, e Galeazzo Mariscotti. IN BOLOGNA M. DC. LXVI. [1676] Presso Gio. Battista Ferroni. In 4.º de 21x15 cm. Com [xii], 376, [xvi] pags. Encadernação da época em pergaminho. Ilustrado com brasões no texto. History of the city of Bologna. Contemporary binding in flexible vellum. Illustrated with coats-of-arms and heraldry on the text. €3.000 79. BOMBARDA. (Miguel) A CONSCIENCIA E O LIVRE ARBITRIO. [Por]... Professor da escola medica de Lisboa, director do hospital Rilhafolles. Livraria de António Maria Pereira - Editor. Lisboa. 1898. De 21x14 cm. Com 352 pags. Encadernação com lombada e cantos em pele, cansada. Exemplar com título de posse da época na folha de rosto. Ilustrado no texto com microscopias do cérebro. €120 80. BORGONZONI MARTELLI, Mariano. LA VERA FELICITÀ. Componimento Drammatico, Da cantarsi Nella Real Villa di Queluz; Per il felice Natale DEL SERENISSIMO REAL PRINCIPE DELLA BEIRA. [Dell’ Abbate MARIANO BORGONZONI MARTELLI, Socio, e Censore dell’ Arcadia Lusitana, &c. Sotto nome di MIRTILLO FELSINEO]. Nella Stamparia di Francesco Luigi Ameno. M.DCC.LXI. [1761]. In 8.º de 22x17 cm. Com 24 fólios inumerados. Encadernação inteira de pele ao gosto da época com ferros a ouro na lombada. Ilustrado com magnífico frontispício alegórico de página inteira; 7 vinhetas e belas letras capitais decorativas gravadas por Debrie; representando Júpiter (Jove) rei dos Numes e estes representados por querubins; vinhetas estas que se encontram também incluídas na obra Arte Poética de Cândido Lusitano, pelo mesmo impressor em 1758. Rarissimo especimen bibliográfico. Exemplar com ex-libris oleográfico no frontíspicio e principais fólios da obra. Libreto composto para ser representado no pequeno Teatro do Palácio Real de Queluz, tendo como personagens Giove, Marte, Amore, Pallade, Coro di Genii. Giove, Marte, Amore, Pallade, Coro di Genii. Com parte musical de David Perez, conforme se encontra mencionado no verso do 5º fólio. Dedicado ao nascimento do Principe da Beira (primeiro deste título, atribuido por D. José I a este seu neto) filho da futura rainha D. Maria I e falecido antes de aceder ao trono. Libreto raríssimo, posteriormente impresso, em 1777, na representação desta obra no Teatro de S. Carlos. Binding: contemporary full calf gilt at spine. Illustrated with beautiful full-page allegorical frontispiece, 7 vignettes and beautiful decorative capital letters engraved by Debrie, representing Jupiter (Jove) King of Numes. Same engraving also included in the famous book “Arte Poética” (same printer) by Candido Lusitano in 1758. Ex-libris (stamped) on the title page and main folios of the book. Very rare bibliographical specimen, later reprinted in 1777 for the public representation of this work at the Teatro San Carlos, in Lisbon. This very rare libretto in Neo-classical style (Arcadian) was represented in the small private theater of the Royal Palace of Queluz (still existing in there), with the characters of Giove, Marte, Amore, Pallade, Coro di Genii. Originally, intended to be represented with a musical part, composed by the famous maestro David Perez, as it is just mentioned in verse of the 5th folio. Dedicated to the birth of the Prince of Beira (the first of this title, awarded by King Joseph I to his grandson) son of the future Queen Mary Ist; he died before accessing the throne. €2.000 81. BOTELHO DE SOUSA. (Alfredo) SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA MILITAR MARÍTIMA DA ÍNDIA. (1585-1669). Por… Capitão-tenente de Marinha, Professor de Arte Militar Marítima na Escola Naval e de Material e Operações Navais na Escola Naval. Vol. I. Imprensa da Armada. Lisboa. 1930. 1 volume (de 4). De 26x18 cm. Com 661 pags. Encadernação artística (meia amador) da época, com lombada e cantos em pele, com ferros a ouro rolados sobre as pastas. Exemplar apenas aparado e dourado à cabeça. Apenas o primeiro de quatro volumes desta obra; compreendendo a história militar marítma entre 1585 e 1605. €120 82. BOTELHO. (3º Visconde do) OS BOTELHOS DE NOSSA SENHORA DA VIDA. Edição do… [Impresso por Ramos, Afonso e Moita, Lda]. Lisboa. 1955. De 30x23 cm. Com xxxvi-584 pags. Brochado. Ilustrado com fotogravuras extra-texto e desenhos de brasões de armas intercalados no texto. Obra impressa em papel creme velino da Companhia de Papel do Prado, contendo genealogias de famílias açoreanas dos primeiros capitães donatários. €300 83. BOURGOING. (Jean François) VOYAGE DU CI-DEVANT DUC DU CHATELET, EN PORTUGAL, OU SE TROUVENT Des détails intéressans sur ses Colonies, sur le Treblement de terre de Lisbonne, sur M. de Pombal et la Cour Revu, corrige sur le Manuscrit, et augmenté de Notes sur la sitution actuel de ce Royaume et de ses Colonies, Par J. Fr. BOURGOING, ci-devant Ministre plénipotentiare de la Republique francaise en Espagne, Membre associé de l’Institut national. Avec la Carte du Portugal, et la Vue de la Baie de Lisbonne. A PARIS, Chez F. Buisson, Imp.-Lib. An VI de la République. (1798) 2 volumes em 1 de 19,5x12 cm. Com (IV)-268 e (IV)-260 pags. Encadernação da época inteira de pele. pastas. Ilustrado com uma bela gravura da margem direita do Rio Tejo, legendada “Vue de la Baie de Lisbonne”, representando ao centro uma armada fundeada junto à torre de Belém e o mosteiro dos Jerónimos ao fundo. Apresenta um excelente mapa de Portugal, desdobrável, ambos gravados por Tardieu l’ainé. Inocêncio XIX, 25. “Na obra Portugal e os estrangeiros, de M. Bernardes Branco, tomo I, de pag. 248 a 252, encontra-se uma versão do livro de Chatelet ácerca do Marquez de Pombal. Dizem que o verdadeiro auctor desta viagem foi o barão de Comartin-Desoteux, que tambem escreveu a da Administration do mesmo Marquez, que ficou ja mencionada no tomo VII deste Dicc..” Xavier Coutinho 675, Duarte de Sousa 93, apenas refere a tradução inglesa publicada em Londres no ano de 1809. L’ écrivain et diplomate J.F. Bourgoing (1748-1811) nous livre, par son importante refonte et actualisation du manuscrit du duc de Chastelet, une remarquable étude du Portugal de la fin du XVIIIème siècle. Climat, géographie, législation, religion, coutumes, population, … €800 84. BRAAMCAMP FREIRE. (Anselmo) NOTICIAS DA FEITORIA DA FLANDRES. Precedidas dos Brandões Poetas do Cancioneiro. Estudos de… Director do Archivo. Edição do Archivo Histórico Português. 1920. De 26x18 cm. Com x-272-(i) pags. Encadernação com lombada e cantos em pele. Exemplar aparado apenas à cabeça. €120 85. BRAAMCAMP FREIRE. (Anselmo) VIDA E OBRAS DE GIL VICENTE “TROVADOR MESTRE DA BALANÇA”. Por … Antigo Presidente da Assembleia Nacional Constituinte da Republica Portuguesa. Com 19 estampas fora do texto. Edição da Revista Ocidente 1944. De 25x18 cm. com 632 pags. Encadernação inteira de pele com ferros a seco nas pastas, executada por Frederico de Almeida. Ilustrado. Exemplar preserva as capas de brochura. €150 86. BRAGA. (Teófilo) BIBLIOGRAPHIA CAMONIANA. Por Theophilo Braga. Imprensa de Christovão A. Rodrigues. Lisboa. MDCCCLXXX [1880]. De 27x18 cm. Com 254, 2 pags. Encadernação da época com lombada em pele (chagrin verde) com nervos e ferros a ouro. Tiragem de 72/325 ex. numerado e assinado por Teófilo Braga. Obra com bibliografia de referência activa e passiva camoniana - impressa com grande qualidade tipográfica para as comemorações centenárias. €400 87. BRAGANÇA. (Rei de Portugal, D. Carlos de) DIÁRIO NÁUTICO DO YACHT «AMÉLIA»: CAMPANHA OCEANOGRÁFICA REALIZADA EM 1897. 3ª Edição. Oficinas gráficas do Instituto Hidrográfico. Lisboa. 1986. De 42x30 cm. Com xxvii pags. e [12] fólios inumerados. Ilustrado com o fac-simile do diário manuscrito, aguarelado e contendo fotogravuras e listagens das capturas da autoria do rei e investigador, entre 5 e 29 de Maio de 1897, recolhidas na zona de Sesimbra e de Tróia. Tiragem de 2000 exemplares não numerados. €100 88. BRANDÃO. (Fr. António) TERCEIRA PARTE DA MONARCHIA LVSYTANA. QUE CONTÉM A HISTORIA DE Portugal, desde o Conde Dom Henrique, atè todo o reynado d’ElRey Don Afonso Henriques. PELO DOUTOR FREY ANTONIO BRANDAÕ, ABBADE DO CONVENTO DE N. SENHORA DO Desterro de Lisboa, da Ordem de S. Bernardo, & Chronista Mór de Portugal. DIRIGIDA AO MUITO ALTO, E MUITO PODEROSO REY, E SENHOR NOSSO D. PEDRO II. LISBOA. Na Impressão Craesbeeckiana. Anno 1690. In fólio de 29x19,5 cm. com (x)-420-(xl) pags. Encadernação inteira de pele da época com rotulo vermelho e nervos na lombada. Segunda edição. Inocêncio I, 98. “FR. ANTONIO BRANDÃO, Monge Cisterciense da Congregação de S. Bernardo em Portugal, cuja regra professou a 27 de Outubro de 1599. Foi Doutor em Theologia pela Univ. de Coimbra, Abbade do mosteiro do Desterro em Lisboa, e exerceu na sua Ordem outros cargos, inclusivè o de Geral para que foi eleito a 1 de Maio de 1636. - Chronista mór do Reino, por carta regia de Filippe III de Portugal de 19 de Maio de 1630. - N. em Alcobaça a 25 de Abril de 1584, e m. no mosteiro da mesma villa a 27 de Novembro de 1637. V. para a sua biographia além das noticias dadas por Barbosa no tomo I, a Memoria ácerca da sua vida e escriptos por Fr. Fortunato de S. Boaventura, inserta no tomo VIII parte II das da Acad. R. das Sciencias. - E. 472) (C) Terceira parte da Monarchia Lusitana, que contém a Historia de Portugal desd’o Conde D. Henrique até todo o reinado d’Elrei D. Afonso Henriques. Lisboa, no mosteiro de S. Bernardo, por Pedro Craesbeeck 1632. fol. de VI 300 folhas sem contar as da taboada que vem no fim. - Reimpressa, ibi, na Imp. Craesbeeckiana 1690. fol. €500 89. BRANDÃO. (Raul) EL-REI JUNOT. [Typ. da Empr. Litter. E Typographica. Porto]. Livraria Brasileira de Monteiro Cª Editores. Lisboa. 1912. De 24x16 cm. Com 344 pags. Encadernação da época com lombada e cantos em pele. Ilustrado no texto. Obra inteiramente impressa sobre papel couché. €150 90. BRAVO. (Pedro) e Duarte de Oliveira. VINIFICAÇÃO MODERNA. Volume I. Fabrico de Vinhos. Volume II. Conservação, doenças, tratamentos e subproductos. 4ª edição. Biblioteca de Instrução Profissional. Livraria Bertrand. Lisboa. S/d [194?]. Obra em 2 volumes. De 18x12 cm. Com 336 e 365 pags. Encadernações do editor. Ilustrado. Exemplar com títulos de posse sobre a folha de rosto. €120 91. BRAZÃO. (Eduardo) O CONDE DE TAROUCA EM LONDRES (1709-1710). [Por]... Licenciado em Direito. [Livraria Bertrand - Depositária]. 1935. De 24x18 cm. Com 157 pags. Encadernação da época inteira de percalina vermelha com 2 rótulos em pele. Exemplar com margens generosas e dedicatória do autor, em anterrosto, dirigida ao Conde de Tovar. Obra sobre a acção levada a cabo por D. Luís da Cunha e por João Gomes da Silva (Conde de Tarouca), os quais conseguiram o apoio diplomático e material da Inglaterra a Portugal na última parte da guerra da sucessão espanhola. €60 92. BRITO CAPELLO e Roberto Ivens. ITINERÁRIOS DE VIAGEM. [Execução Gráfica Instituto Hidrográfico]. Edições Culturais da Marinha. Lisboa. 1989. De 17x24 cm (formato oblongo). Com cerca de 135 fólios inumerados. Encadernação editorial. Obra com reprodução fac-simile do caderno de apontamentos, desenhos etnográficos, e esboços geográficos da viagem de exploração no interior do continente africano. €120 93. BRITO. (Bernardo de) SEGVNDA PARTE DA MONARCHIA LVSYTANA. EM QVE SE CONTINVAÕ AS HISTOrias de Portugal, desde o Nascimento de nosso Salvador Iesu Cristo, até ser dado dote ao Conde Dom Henrique. COMPOSTA PELO DOUTOR FREY BERNARDO DE BRITO, CHRONISTA GERAL, E MONGE DA Ordem de S. Bernardo. DIRIGIDA AO MUITO ALTO, E MUITO PODEROSO REY, E SENHOR NOSSO D. PEDRO II. LISBOA. Na Impressão Craesbeeckiana. Anno 1690. In fólio de 29,5x20 cm. Com (viii)-558-(xxx) pags. Encadernação da época inteira de pele com rotulo vermelho ferros a ouro na lombada, com vestígios de traça. Ilustrado com a raríssima gravura alegórica em anterrosto que foi mandada suprimir da edição por ordem régia, pelo facto de apresentar o brasão do impressor em formato maior que o do rei D. Pedro II. Segunda edição. Inocêncio I, 372. €600 94. BROTERO, Felix Avellar. COMPENDIO DE BOTANICA, OU NOÇÕES ELEMENTARES DESTA SCIENCIA, segundo os melhores Escritores modernos, expostas na língua Portugueza. Por FÉLIX AVELLAR BROTERO. PARIS. Vende-se em Lisboa, em casa de Paulo Martin, M,DCC,LXXXVIII. (1788) In 4.º De 20,5x13 cm. 2 volumes com lxxvi, 471 e 411, [v] Obra ilustrada com 31 estampas extra-texto com centenas de plantas, sendo uma desdobrável representando um 'Ramo da Arvore do Chá', dedicada a D. Maria de Noronha e Silva. Encadernações da época inteiras de pele com rótulos e ferros a ouro nas lombadas. Exemplar com margens muito generosas impresso em papel muito encorpado. Apresenta assinatura de posse coeva de Fr. João de S. Pedro Tavares e um pico de traça marginal nas primeiras páginas do volume 1. Inocêncio II, 259. «Cavalleiro da Ordem de S. Bento d’ Avis Doutor em Medicina pela Universidade de Rheims, incorporado em 1791 na de Coimbra, onde lhe foi tambem conferido gratuitamente o capello na faculdade de Philosophia; Lente da cadeira de Botânica e Agricultura, na qual obteve a jubilação depois de vinte annos d’exercicio; Director do Museu Real e Jardim Botânico do Paço d’Ajuda; deputado as Cortes constituintes de 1821; Membro da Sociedade de Horticultura de Londres, e da Linneana de Historia Natural da mesma cidade; Sócio da Academia R. das Sciencias de Lisboa, da de Historia Natural e Philomatica de Paris; da Physiographica de Lunden na Suécia; da de Historia Natural de Rostok, e da Academia Cesarea de Bonn na Allemanha, etc. – N. na freguezia do Tojal, Termo de Lisbo, em 1744, e M: em 1828. A celebridade do nome d’este varão illustre, reconhecido universalmente como o primeiro botânico de Portugal, me dispensa de entrar aqui nos pormenores da sua biografia, que poucos deixaram de ter lido. Esta obra, posto que hoje antiquada á face dos novos descobrimentos e progressos da sciencia, e, na opinião de avaliadores competentes, um modelo do estylo didactico, e a primeira e unica d'este genero, que temos em lingua vulgar. O sr. dr. Antonio Albino da Fonseca Benevides a deu novamente á luz (V. o artigo A, 369) alterada em parte, e addicionando lhe noções extrahidas de botanicos modernos, taes como Mirbel, De Gandolle, Richard e outros. É porem para sentir, que n'esta edição se supprimisse o Discurso preliminar sobre a origem, progresso e estado actual da botanica, collocado pelo dr. Brotero á frente do seu compendio, e que é na opinião dos entendidos uma peça bem escripta, e de grande merecimento.» €1.500 95. BULLAR. (Joseph e Henry) UM INVERNO NOS AÇORES E UM VERÃO NO VALE DAS FURNAS. Tradução do inglês por João Hickling Anglin. Com um prólogo de Arnaldo Côrtes-Rodrigues. Edição do Instituto Cultural de Ponta Delgada. Ilha de São Miguel. Açores. MCMXLIX [1949]. De 23x16 cm. Com xxvii-438-(iv) pags. Encadernação com lombada em pele. €90 96. CADAMOSTO, Luís de. NAVEGAÇÕES DE... [E DE OUTROS] [Publicadas In COLLECÇÃO DE NOTÍCIAS PARA A HISTORIA E GEOGRAFIA DAS NAÇÕES ULTRAMARINAS, QUE VIVEM NOS DOMINIOS PORTUGUEZES, OU LHES SÃO VISINHAS: PUBLICADA PELA ACADEMIA REAL DAS SCIENCIAS. TOMO II.] Segunda edição. Typographia da Academia Real da Sciencias. Lisboa. 1867. In 8º (de 23x17 cm) com xiv, 232 pags. Encadernação recente com lombada em pele. Exemplar por abrir. Conjunto de 6 memórias que transcrevem manuscritos, documentos das viagens, e roteiros da época dos Descobrimentos portugueses, nomeadamente: I- “Navegações de Luis de Cadamosto a que se ajuntou à Viagem de Pedro de Sintra Capitão Português, traduzidas do italiano”; da pag. 1 à pag. 73. II- “Navegação de Lisboa à Ilha de S. Tomé escrita por um piloto português e mandada ao Conde Raymundo de la Torre, gentil-homem veronês, traduzida da língua portuguesa para a italiana e novamente da italiana para a portuguesa”; da pag. 75 à pag. 102. III“Navegação do capitão Pedro Alvares Cabral, escrita por um piloto português, traduzida da língua portuguesa para a italiana e novamente do italiano para o português”; da pag. 102 à pag. 136. IV- “Cartas de Américo Vespucio a Pedro Soderini, Gonfaloneiro Perpétuo da República de Florença, sobre duas viagens feitas por ordem do Sereníssimo Rei de Portugal, traduzidas do italiano”; da pag. 137 à pag. 159. V- “Navegação às Índias Orientais escritas em português por Thomé Lopes, traduzida da língua portuguesa para a italiana e novamente do italiano para o português”; da pag. 151 (aliás 161 por erro na paginação) até à pag. 217. VI- “Viagem às Índias Orientais por João de Empoli, feitor de uma nau portuguesa, armada por conta dos Marchiones de Lisboa, traduzida do Italiano”; da pag. 219 à pag. 232. €300 97. CAGNAT. (Réné) COURS D’ÉPIGRAPHIE LATINE. [Par]... Membre de l'Institut, Professeur d'épigraphie et antiquités romaines au Collège de France. Fontmoing et Cie., Éditeurs Libraires des Écoles Françaises d'Athènes et de Rome. Paris. 1914. De 25x17 cm. Com 504 pags. Encadernação da época com lombada e cantos em pele. Ilustrado no texto com reproduções epigráficas ; quadros de dados e tabelas de interpretação epigráfica ; e ainda ilustrado com 28 fototipias contendo fac-similes dos melhores exemplos epigráficos de cada período. Obra contém a análise de toda a variedade de alfabetos epigráficos (incluindo cursivos, graffitis latinos, e marcas apostas em vários tipos de objectos) e ainda uma tabela analítica das letras compostas, isto é, ligaduras de letras ou palavras. Apresenta-se um capítulo dedicado à cronologia dos imperadores romanos constituído por tabelas que fornecem a cronologia exacta das epigrafias, através da divisão cronológica nos seus títulos, nos seus poderes tribunícios, nos seus consulados e nas suas saudações imperiais. No final da obra encontra-se uma tabela, em forma de dicionário, com a sistematização do significado por ordem alfabética de todas as siglas e abreviaturas (com um anexo em particular para as siglas ou palavras começadas por números). €80 98. CAMACHO DE ABOIM, Diogo Guerreiro. ESCOLA MORAL, POLITICA, CHRISTÃA, E JURIDICA. EM QUATRO PALESTRAS. NAS QUAES LEM DE PRIMA AS QUATRO VIRTUDES CARDEAES. Na primeira, a Prudencia na Cadeira do Entendimento. Na segunda, a Justiça na Cadeira, da Vontade. Na terceira a Fortaleza na Cadeira do Irascivel. Na quarta a Temperança na Cadeira do Concupiscivel, dando Leys a todas as Virtudes, que delas procedem, e confutando todos os vicios, que se lhe oppoem, e dirigindo todos os actos das quatro faculdades da alma, capazes de virtudes, e vicios, Entendimento, vontade, Irascivel, e Concupiscivel, às regras da razaõ; sahindo a Prudencia na primeira Palestra, com hum Ministro prudente; a Justiça na segunda, com hum Ministro justiceiro; a Fortaleza na terceira, com hum Ministro forte, a Temperança na quarta, com hum Ministro temperado. MATERIA UTIL, E NECESSARIA PARA todo o estado, e profissoens de pessoas Ecclesiasticas, e Seculares. COMPOSTA PELO DOUTOR DIOGO GUERREIRO CAMACHO DE ABOYM Familiar do Santo Officio, e Desembargador do Porto. E DEDICADA A ELREY N. SENHOR D. JOAM V. por DOMINGOS GONÇALVES. LISBOA, Na Officina de DOMINGOS GONÇALVES. M. DCC. XLVII. [1747]. In fólio (de 28x21 cm) com [xvi], 514 pags. Encadernação da época inteiras de pele com finos ferros a ouro na lombada e no rótulo. Exemplar com título de posse no pé da folha de rosto: “Joze de Gouveia Ozorio”. Obra impressa a dupla coluna e com folha de rosto impressa a duas cores. INOCÊNCIO II, 159: “Diogo Guerreiro Camacho D'Aboim, natural de Ourique no Alentejo. Formou-se em Direito Civil, e tendo servido varios logares de magistratura, morreu no de Desembargador da Casa da Supplicação em 1709, aos 48 anos de edade. ESCOLA MORAL, politica, christã, e juridica, dividida, em quatro partes, nas quaes lêm de Prima as quatro Virtudes cardeaes. Lisboa, por Antonio de Sousa da Silva 1733. fol. «Titulo tão galante, que faz rir os prudentes e occupar os fanaticos» diz o auctor do Demetrio Moderno, falando desta obra na pag. 164. Saíu em segunda edição: ibi, por Domingos Gonçalves 1747. fol. - e em terceira ibi, por Bernardo Antonio d'Oliveira 1759. fol. Além desta escreveu Guerreiro e publicou varias obras de jurisprudencia em latim, as quaes são bem conhecidas, e foram varias vezes reimpressas. Omitto aqui os seus titulos, que quem quizer poderá vêr na Bibl. de Barbosa”. €300 99. CAMÕES, Luís de. OS LUSIADAS. Poema épico em dez cantos. Por… acompanhado da versão franceza do mesmo poema por Fernando de Azevedo. Precedido de um prologo por M. Pinheiro Chagas sócio effectivo da Academia Real das Sciencias. Desenhos de Soares dos Reis – Gravuras de J. Pedroso. Imprensa Nacional. Lisboa. 1878. In fólio (de 37x29 cm) com xxxii337 pags. Encadernação da época de pele (marroquin verde) com finos ferros a ouro na lombada, e ainda nas esquadrias, filetes e conchas das pastas. Guardas interiores em tecido de damasco verde. Profusamente ilustrado em extra texto com gravuras abertas em chapa de cobre por Pedroso a partir de desenhos do pintor Soares dos Reis. Exemplar apresenta-se com dano na coifa superior da lombada; capa anterior da encadernação solta; e com alguns picos de humidade. €200 100. CAMÕES, Luís Vaz de. LUSIADA POEMA EPICO DE LUIS DE CAMOES PRINCIPE DOS POETAS DE ESPANHA, Com os Argumentos DE JOAÕ FRANCO BARRETO, Illustrado com Varia, e Breves Notas, e com huum precedente Apparao do qe lhe pertence, POR IGNACIO GARCEZ FERREIRA ENTRE OS ARCADES GILMEDO. Em Napoles na Officina Parriniana MDCCXXXI (1731) [Tomo II. Roma, na Offic. de Antonio Rossi. 1732] 2 volumes In 4.º de 25x19,5 cm. Com [xii[, 488 [ii] e [iv], 238 pags. Encadernações recentes ao gosto da época inteiras de pele com nervos e rótulos vermelhos. Ilustrado com um magnifico retrato de Camões aberto por Carlos Allet em 1728 e um mapa desdobrável da Carreira da Índia no seu descobrimento por Vasco da Gama no ano de 1497, aberto por Dom Franceschiní. Inocêncio III, 208. “P. IGNACIO GARCEZ FERREIRA, foi primeiramente Conego secular da congregação do Evangelista (mais conhecidos pelo nome de Loyos) depois Clerigo secular, e a final provido na dignidade de Conego penitenciario da Sé de Lamego em 1733. Pertenceu á Academia dos Arcades de Roma com o nome de Gilmedo. N. na praça de Almeida a 18 de Septembro de 1680. Quanto ao logar e data do seu falecimento, nada nos diz Barbosa. Foi Garcez um dos criticos que tractaram Camões com maior aspereza e severidade; e diz o sr. Visconde que o seu trabalho servíra de muito a José Agostinho na composição da Censura das Lusiadas. - Lusiada, poema epico de Luis de Camões, com os argumentos de João Franco Barreto, illustrada com varias e breves notas, e com um precedente apparato do que lhe pertence. É pouco vulgar esta edição, de que alguns exemplares só venderam em tempo de 3:200 a 3:600 réis. Creio que modernamente tem subido de valor.” 2 volumes. In 4.º de 25x19,5 cm with [xii[, 488 [ii] e [iv], 238 pags. First volume printed in Naples in 1731, and second volume printed in Rome in 1732. Binding: 18th Century replica in full marbled calf (bound at late 19th Century). Illustrated with a superb portrait of Camões, engraved by Allet in 1728, and a folding map of the discovery voyage of Vasco da Gama to India in the year 1497, engraved by Franceschini. Epic poem by Luís de Camões with notes and commentaries of João Franco Barreto. Garcez was one of the critics of Camões who dealt with more severity on his work, and contributed to further critical studies. By the time of bibliographer Inocêncio (III, 208) the copies of this edition were rising in value.' €2.000 101. CAMÕES. (Luís de) LA LUSIADE DE LOUIS CAMOENS, POËME HÉROÏQUE, EN DIX CHANTS. Nouvellement traduit du Portugais, Avec les Notes & la Vie de l’Auteur. À PARIS, Chez NYON aîné, Libraire. M.DCC. LXXVI. [1776]. 2 volumes enc. em 1. In 8º (de 20x13 cm) com 160 e 232 pags. Encadernação da época inteira de pele com finos ferros a ouro na lombada. Exemplar com ex-libris oleográfico na folha de rosto de “Comte Le Gonidec de Penlan, Chateau de Tertre, Falaise”. Inocêncio refere uma edição impressa Paris, no mesmo ano, mas com paginações diferentes e ilustrada com 10 gravuras, não refere o editor. Na BNP não existem exemplares de ambas as edições. Inocêncio V, 270: “D'Hermilly, e Jean François Laharpe: La Lusiade de Louis Camoens, poëme heroique en dix chants, nouvellement traduit du portugais, avec des notes et la vie de l'auteur. Enrichi de figures a chaque chant. París, 1776. 8.º gr. 2 tomos com XXXII 320 pag., e IV 295 pag. O sr. Visconde confere a qualificacão de «bellas» ás dez gravuras que acompanham esta edição. Foi publicada anonyma. S. ex.ª omittiu que d'ella se fez segunda edição em París, 1813, 2 tomos in 12.º, e que a mesma versão anda tambem no tomo VIII das obras de Laharpe, da edição de 1820. A traducção é em prosa, feita litteralmente, isto é, em glosa interlinear por D'Hermilly, e depois affeiçoada á lingua franceza por Laharpe, que ignorava de todo a portugueza. Vej. além dos auctores citados pelo sr. Visconde a pag. 238, a Memoria de Antonio d'Araujo de Azevedo, inserta no tomo VII das de Litteratura da Academia Real das Sciencias. O exemplar da collecção Adamson foi vendido por 4 sh. 6 d., comquanto a edição ande cotada no Manual de Brunet de 6 a 9 francos. €300 102. CAMÕES. (Luís de) OS LUSÍADAS de… Com prefácio e notas de Cláudio Basto. Reprodução facsimilada da 1ª edição de 1572 [Antonio Gõçalues Impressor. 1572, em miniatura]. [Colecção] Cultura Camoniana. Ed. da Revista de Portugal. 1943. De 13x10 cm. Com xiv pags. e 271 fólios. Encadernação artística em pele com ferros a ouro na lombada e nas pastas por esquadrias e super-libris. Ilustrado com retrato de Camões em anterrosto. Exemplar por aparar. €80 103. CAMÕES. (Luís de) OS LVSIADAS DE… [FAC-SIMILE]. Agora de novo impresso, com alguas Annotações, de diversos Autores. [Vinheta: Non vi, sed ingenio et art]. Com licença do Supremo Conselho da Sancta & Geral Inquisição, por Manoel de Lyra. Em Lisboa, Anno de 1584. Bibliarte. Lisboa. 1986. De 15,5x11,5 cm. Com (xii)-280 fólios. Encadernação do editor em pergamóide. Primeira edição anastática de 300 exemplares (na sua maioria encadernados em cartonado) da edição dita ”Edição dos Piscos” reproduzida na Litografia Nacional a partir do original pertencente à biblioteca de Ernesto Martins. €200 104. CAMPOS DE ANDRADA. (Ernesto de) MEMÓRIAS DO MARQUÊS DE FRONTEIRA E D`ALORNA. D. José Trazimundo Mascarenhas Barreto. Ditadas por êle próprio em 1861. Revistas e coordenadas por Ernesto Campos de Andrada. Imprensa da Universidade. Coimbra. 1926, 1928, 1929, 1930 e 1932. 5 volumes de 24x17 cm. Com 487, 395, 378, 507 e 379 pags. Encadernações da época com lombadas em pele. Ilustrados. Memórias de 1802 de 1853, sendo o último volume um apêndice com documentos oficiais e particulares de 1802-1881. Cada volume contém um índice cronológico exaustivo; um índice alfabético de nomes próprios, pessoas, títulos, cargos, etc. e um índice das gravuras em extra texto. A publicação deste importante trabalho histórico suscitou um justificado interesse público na sua época. O segundo volume afirmou a obra como sendo de referência no estudo das guerras da sucessão ao trono e do Cerco do Porto. Os factos são narrados a partir do discurso oral do 7º Marquês da Fronteira (1802-1881), fidalgo liberal, descendente da Marquesa da Fronteira Leonor de Almeida (literariamente conhecida por Alcipe). A sua narrativa testemunhal é fixada a partir de um discurso oral directo, e os episódios são vivos e pitorescos, permitindo ao leitor uma imagem bem contextualizada da sua época. A revisão e coordenação foi feita pelo Dr. Campos de Andrada (1882-1943), considerado um investigador apaixonado e meticuloso e quem acrescentou gravuras que aumentaram o valor documental da obra. Edição completa com os volumes de memórias publicados entre 1926 e 1931 e o volume de apêndice publicado em 1932. €400 105. CAMPOVERDE. (Juan de) DEFENSA CHRISTIANA, POLITICA, Y VERDADERA DE LA PRIMACIA DE LAS ESPAÑAS, QUE GOZA LA SANTA IGLESIA DE TOLEDO, CONTRA VN MANIFESTO, QUE COM TITULO DE MEMORIAL DADO AL REY, HÁ PUBLICADO LA SANTA IGLESIA DE SEVILLA. DIVIDIDA EN TRES PARTES. LA PRIMERA, DECLARA SER EL MANIFESTO MENOS DIGNO DE IGLESIA tan grande. Ser insubsistentes los motivos, que expressa. Ser notoriamente incertas muchas de sus erudiciones. Ser absurdas algunas de sus proposiciones. Ser vna duda, que exita, contraria à la vniversal tradicion, y à la especial, y constante de España, y à la piedad religiosa, y mayor honor de Nacion Española. LA SEGUNDA, TRATA EL PUNTO EN TODA FORMA ESCOLÁSTICA. Contiene diversos Notables, vnos ciertos, y outros, admitimos para la disputa. Refiere vn numero grande de gravíssimos Autores de todas as Naciones, que defienden nuestra sentencia. Propone autoridades constantes, y ciertas de los Reyes de los Sumos Pontífices, y aun de los Concílios Generales. Expressa razones manifiestas, formadas de testimonios, y hechos innegables. LA TERCERA, SATISFACE A TODOS LOS ARGUMENTOS ANTIGUOS, y modernos, y sobre estos previne graves, y muy serias reflexiones. SU AUTOR EL DOUTOR NICASIO SEVILLANO. En Madrid, en la Imprenta Real: Por Joseph Rodriguez de Escobar, Impressor del Rey nuestro Señor, Año 1726. Fólio de 34x22 cm. Belo frontispício gravado delineado por “Narcisus Thome Architec. Mayor. S. Tolet.” e esculpido por “Didacus a Thome Scup. Tolet. Anno 1726.” (XLIV)-558-(II) pags. Magnifica encadernação artística da época de Filipe V. em inteira de marroquim vermelho (tafilete roxo) com nervos, janelas fechadas, ferros a ouro nas pastas (cercadura com filete duplo) e lombada, super-libris cardinalício toledano inspirado no frontispício gravado em ambas nas pastas. Corte dourado por folhas. Guardas em papel decorativo. Exemplar com ex-libris de Vicente La Fuente. Impressão muito nítida sobre excelente papel de linho, muito alvo. Existe um exemplar na Biblioteca nacional de Madrid, com encadernação idêntica, mas com ligeira diferença nos ferros decorativos. Palau 41557. €2.000 106. CANCIO. (Francisco) A FESTA BRAVA Grande edição ilustrada. [Por]… do Instituto de Coimbra, do Instituto Português de Arqueologia, História e Etnografia, e do “Grupo de Amigos de Lisboa”. Ano de 1941. De 29x21 cm. Com 608 pags. Encadernação da época com lombada e cantos em pele. €200 107. CÂNCIO. (Francisco) LISBOA NO TEMPO DO PASSEIO PÚBLICO. [Por]... do Instituto de Coimbra e do Instituto Português de Arqueologia, História e Etnografia. Desenhos de António Figueiredo. Lisboa. 1962-1963. Obra em 2 volumes. De 25x19 cm. Com 557 e 484 pags. Encadernações inteiras de pele com nervos e ferros a ouro nas lombadas. Ilustrados com reproduções de gravuras e esboços. €200 108. CANCIONEIRO DA AJUDA. Fragmento do Nobiliário do Conde Dom Pedro. Edição Fac-similada do códice existente na Biblioteca da Ajuda. Edição realizada com o apoio da Sociedade Lisboa 94 Capital Europeia da Cultura. Edições Távola Redonda. Instituto Português do Património Arquitectónico e Arqueológico. Biblioteca da Ajuda. Lisboa. 1994. De 46x35 cm. Com 128 fólios inumerados. Ilustrado com o fac-simile fotográfico reproduzindo fielmente a cores todo manuscrito iluminado. Encadernação do editor. [Contendo junto: CANCIONEIRO DA AJUDA. Apresentação, Estudos e Índices. Edições Távola Redonda. Instituto Português do Património Arquitectónico e Arqueológico. Biblioteca da Ajuda. Lisboa. 1994. De 30x22 cm. Com 70 pags. Brochado. Ilustrado com organograma da colação e das lacunas existentes do nobiliário e do cancioneiro]. Tiragem de 900/50 ex. assinado pelo editor. Fac-simile primorosamente impresso sobre papel couché mate especial (Sarrió) de 180 gramas, reproduzindo o manuscrito de finais séc. XIII e inícios séc. XIV. Acondicionado dentro de estojo do editor. €200 109. CÂNDIDO LUSITANO. (Francisco José Freire) DICCIONARIO POETICO, Para o uso dos que principiõ a exercitarse na Poesia Portugueza: obra igualmente útil AO ORADOR PRINCIPIANTE. SEU AUTHOR CANDIDO LUSITANO. LISBOA, Na Offic. Patriarcal de Francisco Luiz Ameno. MDCCLXV [1765]. Obra em 2 volumes. In 4º pequeno de 19x13 cm. com [xxxviii], 407 e 343 pags. Encadernações da época inteiras de pele mosqueada com ferros a ouro nas lombadas. Exemplar com ex-libris. Primeira edição deste dicionário, contendo no final do segundo volume um 'Socorro Poético de varios similes e comparações' onde se explicam o sentido poético de várias palavras e expressões nas alegorias dos poetas clássicos. Inocêncio Vol. II, 407 e 408: “Padre Francisco José Freire, mais conhecido pelo nome poético de Cândido Lusitano, que adoptou na Arcádia, da qual foi um dos primeiros e mais conspícuos membros. Muito devem, no meu entender, as letras portuguesas a este laborioso e erudito escritor, que no seu tempo prestou valiosíssimos serviços, trabalhando fervorosa e incansavelmente para reformar o estilo vicioso, e o mau gosto, que dominava até então, e de que ele próprio se não mostrara exemplo, nos escritos que primeiro publicou. A sua conversão literária foi devida ao Verdadeiro Método de Verney, cuja leitura lhe fez conhecer o quanto andava arredado do bom caminho. «É verdade (diz um crítico respeitável) que ele, com outros mestres do seu tempo, estava com toda a sinceridade do seu coração convencido de que a escrupulosa observância das regras clássicas, que então se tratava de ressuscitar, era por si só bastante para formar poetas, oradores, e escritores de consumado gosto em todos os ramos das belas-letras, e que nas regras havia um condão capaz de suprir o próprio engenho. Hoje para qualquer principiante é doutrina corrente que as regras não criam o génio mas ao mesmo tempo bom é não esquecer, que com elas se lhe podem corrigir os erros, e embargar o passo a seus extravios.» Respeitemos pois agradecidos a memória do ilustre filólogo, que tantas e tão diversas composições nos deixou, todas ditadas pelo nobre pensamento de ser útil à sua pátria, promovendo nela os bons estudos, e a educação literária da mocidade'. 'Diccionario Poetico para uso dos que principiam a exercitar se na Poesia portugueza. Obra igualmente util ao orador principiante. Lisboa, por Francisco Luis Ameno 1765;. 8.º 2 vol. Recomenda se aos leitores que não confiem muito na exactidão das notícias acerca de poetas portugueses, que vem a frente desse Diccionario, porque há aí bastantes erros e equivocações, alguns dos quais vão indicados neste meu, nos lugares competentes. A última edição anda nos catálogos dos livreiros cotada em 1:600 réis'. €300 110. CANE, Florance du. THE FLOWERS & GARDENS OF MADEIRA. With sixteen full-page illustrations in colour by Ella du Cane. A. & C Black, Ltd. London. 1926. De 21x13 cm. Com ix-150 pags. Encadernação do editor. Ilustrado com 16 belas gravuras coloridas, por Ella du Cane, intercaladas em extra texto. Exemplar preserva sobrecapa decorativa e de protecção; e carimbo comercial na folha de guarda anterior. Obra com a descrição e a ilustração dos jardins do Funchal, Palheiro, Camacha; e outras gravuras representativas das flores das encostas e das montanhas da Ilha da Madeira. €150 111. CANTOS. (Paulo de) DICIONÁRIO TÉCNICO. Por... Diplomado por Escolas Técnicas e Profissionais, Faculdades, Normal Superior, Especiais e Belas-Artes. Antigo Professor: do Ensino Particular, do Ensino Superior Assistente das Cadeiras de Mecânica, Electricidade, Física Médica, etc.; do Ensino Liceal Reitor. Ex-Adjunto do Tribunal da Tutoria da Infância. Capitão Miliciano de Artilharia Pesada, de Costa. Presidente duma Delegação da Liga dos Combatentes da Grande Guerra. Lisboa. 1942. De 23x12 cm. Com cerca de 100 pags. Encadernação editorial. Ilustrado. €150 112. CAPELLO. (Hermenegildo C. de Brito) e Roberto Ivens. DE ANGOLA Á CONTRA-COSTA Descripção de uma viagem atravez do continente africano comprehendendo narrativas dispersas, aventuras e importantes descobertas entre as quaes figuram a das origens do Lualaba, caminho entre as duas costas, visita ás terras da Garanganja, Katanga e ao curso do Luapula, bem como a descida do Zambeze, do Choa ao oceano. Por… e… Officiaes da Armada Real Portugueza. Edição illustrada com mappas e gravuras. Lisboa. Imprensa Nacional. 1886. Obra em 2 volumes. In 8.º de 24x17 cm. Com xxvii-448-xiii-490 pags. Encadernações do editor. Obra ilustrada no texto e com mapas e quadros de dados desdobráveis. Exemplar em excelente estado de conservação. Inocêncio XI, 261. “Hermenegildo Carlos de Brito Capello, nasceu em 1839. Aspirante a Guarda Marinha em 1853, guarda marinha em 1861, Segundo Tenente em 1863, Primeiro Tenente em 1874, Capitão Tenente supranumerario em 1877, e Capitão de Fragata em 1884. Ajudante de Campo Honorario de Sua Magestade ElRei, commendador da ordem de S. Thiago e condecorado com a medalha da Expedição a Angola em 1860. Em resultado de uma exploração scientifica em Africa, conjunctamente com outro distincto official da marinha de guerra, o Sr. Roberto Ivens, de quem se tratará em logar proprio, escreveu e publicou a seguinte obra: de Benguella ás Terras de Iácca. Lisboa, na Imp. Nacional, 1881.” €500 113. CARDOSO DA COSTA, Vicente José Ferreira. COMPILAÇÃO SYSTEMATICA DAS LEIS EXTRAVAGANTES DE PORTUGAL, OFFERECIDA SERENISSIMO SENHOR DOM JOÃO PRINCIPE DO BRAZIL, SEU AUTHOR VICENTE JOSE’ FERREIRA CARDOZO DA COSTA, Doutor em Leis pela Universidade de Coimbra; Corresponde do Numero da Academia Real das Sciencias de Lisboa; e Juiz de Fóra do Civel da Cidade do Porto. LISBOA NA REGIA OFFICINA TYPOGRAFICA. ANNO M.DCC.XCIX [1799]. In 8º (de 20x14 cm) com [viii], 108 pags. Encadernação da época com lombada e cantos em pele, cansada; precisam ser recolocados papéis decorativos nas pastas. Exemplar com título de posse na folha de rosto. Obra impressa in 8º com margens generosas. INOCÊNCIO VII, 427: “ Vicente José Ferreira Cardoso da Costa. Nasceu na cidade da Baía de todos os Santos, no Brasil, aos 5 de Abril de 1765, e teve por pais o desembargador José Ferreira Cardoso da Costa (natural da cidade do Porto) e D. Clara Joana Teixeira Coelho. Terminados os estudos primários, veio continuar os secundários em Lisboa, nas aulas da Congregação do Oratório, e no ano de 1779 partiu para Coimbra, matriculando se em tempo competente no curso jurídico, e tomando a final o grau de Doutor na sobredita faculdade em 1785. Propondo se entrar na carreira do magistério, obteve ser nomeado Opositor, e como tal regeu extraordinariamente uma cadeira no ano lectivo de 1788 a 1789, tomando para assunto de suas lições o direito enfitêutico, e a jurisprudência portuguesa dos morgados e da sucessão nos bens da Coroa. Trocou depois a vida universitária pela da magistratura, e passado algum tempo foi provido em um lugar de Desembargador da Relação do Porto por decreto de 25 de Maio de 1799, e encarregado de varias comissões do serviço publico. Compreendido em 1810 na denominada Setembrisada é preso e deportado com outros para a ilha Terceira por ordem da Regência do reino, como suspeito de afeição aos franceses, ou tido por jacobino, segundo a qualificação vulgar naquele tempo, foram inúteis as representações que dirigiu ao governo, pedindo ser processado criminalmente, ou que se lhe levantasse o desterro. Conseguiu apenas a permissão de transferir se da ilha Terceira para a de S. Miguel, onde possuía alguns bens. Recolheu se a S. Miguel, e resignou se em fim a viver no seio da sua família, e a cuidar da administração e gerência de sua casa, até que a morte o levou em 1834, quando entrava nos 70 anos de idade. «Foi um jurisconsulto notável entre os do nosso país. Tinha talento, aplicação assídua, e memoria feliz. Possuía um conhecimento profundo da nossa antiga e moderna jurisprudência, e de todos os ramos da ciência que lhe são subsidiários. Tinha feito um estudo particular de todos os códigos da Europa, e fazia deles uma comparação pronta e prodigiosa. COMPILAÇÃO SYSTEMATICA DAS LEIS EXTRAVAGANTES DE PORTUGAL. Offerecida ao ser.m° sr. D. João, principe do Brasil. Lisboa na Regia Offic. Typ. 1799 4.º de VIII 108 pag. - É um discurso preliminar, impresso em separado, e destinado a servir de aparato á obra empreendida com o mesmo título; à qual mais tarde se anexou, quando ela veio a publicar-se passados sete anos, com rosto idêntico, porém em formato mais crescido”. €180 114. CARDOSO, P. Luís. PORTUGAL SACRO-PROFANO, OU CATALOGO ALFABETICO de todas as Freguezias dos Reinos de Portugal, e Algrave, das Igrejas com seus Oragos, do titulo dos Parocos, e annual rendimento de cada huma: dos Padroeiros,que apresentão: juntamente com as leguas de distancia da METROPOLI DO REINO, E da cidade principal, e cabeça do Bispado, com o numero dos fogos. [tomo II e III - Noticia das terras do Reino, que tem Correio, e as que não tem, de que correios se servem.] Composto por Paulo Dias de Niza. LISBOA, Na Officina de Miguel Manescal da Costa, Impressor do Santo Officio. Anno 1767-1768. In 8.º 3 volumes de 16,5x16 cm. Com [i], 340 – [i], 337 e 303 pags. Encadernações da época inteiras de pele com rótulos vermelhos, nervos e ferros a ouro nas lombadas. A encadernação do primeiro volume é ligeiramente diferente. Exemplares com ex-libris de Franco Ramos e títulos de posse manuscritos na folha de rosto: do Coronel João de Mello Pinto; e Teixeira. O terceiro volume raramente aparece junto com os exemplares. Inocêncio V, 278. “P. LUIS CARDOSO, Congregado do Oratorio, e irmão pelo sangue e pelo habito do P. Antonio dos Reis, de quem já fiz menção no tomo I do Diccionario. Foi Academico da Academia Real de Historia, e muito estudioso das antiguidades e cousas de Portugal. - Nasceu em Pernes, logar na provincia da Extremadura, e vestiu a roupeta da Congregação em 1717. - Morreu a 3 de Julho de 1762. - Para a sua biographia vej. os Estudos biographicos de Canaes, pag. 250. - Na Bibliotheca Nacional de Lisboa existe um quadro, representando a sua cabeça.” €800 115. CARITA. (Rui) O LYVRO DE PLANTAFORMA DAS FORTALEZAS DA ÍNDIA da Biblioteca da Fortaleza de São Julião da Barra [cota 1805]. Estudo de… Defesa Nacional - Edições Inapa. Lisboa. 1999. In Fólio (de 42x29 cm). Com 29 pags. de introdução e 127 fólios de fac-simile colorido. Encadernação do editor inteira de pele com ferros a seco gravados nas pastas. Tiragem especial de 75/73 exemplares. €500 116. CARLOS V E SU AMBIENTE. Exposicion homenaje en el IV centenario de su muerte (1558-1958). Segunda Edición, corregida. Toledo. Octubre-Noviembre, 1958. De 24x17 cm. Com 336-ccxcviii pags. Encadernação da época com lombada e cantos em pele. Ilustrado com 1 diagrama desdobrável com a genealogia de Carlos V e 298 lâminas impressas sobre papel couché, reproduzindo os objectos patentes na exposição, nomeadamente: pinturas, esculturas, moedas, medalhas, armas, tapeçarias, manuscritos, livros, esmaltes, relógios, ourivesaria, mobiliário, etc. A obra contém na primeira parte 2 estudos sobre as artes plásticas em Espanha e na Holanda na época do Imperador Carlos V. €50 117. CARNEIRO SOTOMAIOR, Francisco Félix. ORTHOGRAPHIA PORTUGUEZA, OU REGRAS PARA ESCREVER CERTO, Ordenados para uso de quem se quizer applicar, POR FRANCISCO FELIS CARNEIRO SOUTO-MAIOR, FIDALGO DA CASA DE SUA MAGESTADE FIDELISSIMA NOSSA SENHORA, QUE DEOS GUARDE, &c. LISBOA. Na Of.[ficina] Pat.[riarcal] de FRANCISCO LUIZ AMENO. M. DCC. LXXXIII. [1783]. In 8º (de 15x10 cm) com xxxi, 111 pags. Encadernação da época inteira de pele, cansada e com falha na lombada. Exemplar com pequena galeria de traça sem afectar a mancha gráfica e sem folhas de guardas. Inocêncio II, 374: “ Francisco Felix Carneiro Souto Maior, Fidalgo da Casa de Sua Majestade, como ele se intitula no rosto da obra seguinte, pela qual é somente conhecido: 726) Orthographia portugueza, ou regras para escrever certo, ordenadas para uso de quem se quizer applicar. Lisboa, por Francisco Luis Ameno 1783, 8.º de XXXI 111 pag”. Muito Raro. Não existe exemplar na BNP. Obra com a explicação da utilização de cada letra, terminações das palavras, e toda a pontuação. €200 118. CARTA CONSTITUCIONAL DA MONARCHIA PORTUGUEZA. LONDRES: 1832. IMPRESSO POR L. THOPSON, Na Officina Portugueza. In fólio de 36,5x26,5 cm. com 31 pags. Encadernação da época em seda azul. Ilustrada com uma gravura de D. Pedro IV. assinada H. Mayer, e que não consta na edição normal. Contem uma pequena folha volante tipográfica com a inscrição «Offerecida Ao [em branco] por A. A. De Beça», personalização propria para os subescritores da edição. Exemplar da tiragem especial em papel velino de grande formato. Obra publicada pelas forças liberais à época exiladas em Inglaterra. Inocêncio II, 189. “CARTA CONSTITUCIONAL DA MONARCHIA PORTUGUEZA. Londres. 1832. 32.º de 32 pag. D'esta edição feita com caracteres quasi microscopicos, e notaveis por sua belleza, se tiraram exemplares em papel velino magnifico, de grande formato, adornados com um retrato de S. M. I. o Duque de Bragança. Vi na livraria da Imp. Nacional um d'estes exemplares, cujas folhas medem de grandeza treze e meia pollegadas de altura sobre nove e meia ditas de largura, ao passo que a composição das paginas impressas abrange apenas duas e um quarto pollegadas de altura por uma e um quarto ditas de largura. Distingue se entre as multiplicadas edições que da mesma Carta se têm feito.” Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, VII, 505. ”Gorada a segunda tentativa de D. Miguel, (a Abrilada) em 1824, porque D. João VI, refugiado a bordo duma nau de guerra inglesa surta no Tejo, sob a protecção do corpo Diplomático acreditado em Lisboa, repudiou o golpe de Estado e condenou o infante ao banimento, desterrando-o para Viena. Pela morte do monarca, abre-se a querela da sucessão ao trono, que foi, cumulativamente entre nós, uma sangrenta luta de regimes políticos. O primogénito do rei defunto, o príncipe D. Pedro fora aclamado imperador do Brasil mas, alegando os seus direitos de primogenitura para efeitos de sucessão ao trono, outorgou aos Portugueses a Carta Constitucional de 1826, ao mesmo tempo abdicava os seus direitos em sua filha D. Maria da Glória. Para sanar de vez a questão dinástica, reconhecia-se D. Miguel como regente do reino, depois de ter celebrado esponsais com a rainha sua sobrinha. Jura a Carta Constitucional e convoca as Cortes, não segundo aquela mas à moda antiga dos Três Estados (clero, nobreza e povo) as Cortes proclamam-no rei absoluto de Portugal. O novo estado de coisas dura de 1828 até 1834. Este período de realeza miguelista foi cortado por tentativas juguladas de restabelecer a Carta e por fim por uma guerra civil. Com o triunfo dos constitucionalistas e o novo e definitivo banimento de D. Miguel. Entra desde então em pleno vigor a Carta Constitucional de 1826. A Carta Constitucional, diploma de inspiração reconhecidamente inglesa, organizava quatro poderes do Estado: Legislativo, Executivo, Judicial e Moderador. O Poder Legislativo era exercido por duas câmaras – a Câmara dos Deputados e a Câmara dos Pares. A primeira era eleita por sufrágio indirecto dos cidadãos eleitores; a segunda era constituída por pares (correspondentes aos lordes) nomeados pelo rei, sem número fixo, que exerciam as suas funções vitalícia e hereditariamente. O rei interferia na constituição e exercício do Poder Legislativo de duas formas: pelo direito de convocar extraordinariamente as Cortes, de as prorrogar e adiar, e ainda de dissolver Câmara dos Deputados, e, sobretudo pelo veto absoluto, negando a sanção às leis votadas pelas duas câmaras. O poder Executivo era exercido pelo rei, por intermédio dos ministros, que escolhia e demitia livremente. Mas esta liberdade teórica era na prática condicionada pelas chamadas indicações constitucionais. Em regime parlamentar os governos viviam não só da confiança da Coroa, mas também do Parlamento. A carta Constitucional de 26 vigorou essencialmente até à Republica. Mas sofreu a sua vigência uma interrupção duma dezena de anos, que foi a das perturbações do Setembrismo.” €1.500 119. CARTAS INTERESSANTES DO PAPA CLEMENTE XIV. (GANGANELLI) TRADUZIDAS EM PORTUGUEZ. Segunda Edição emendada, e acrescentada de novas Cartas, e da vida do Autor. LISBOA. NA TYPOGRAFIA LACERDINA. Anno M .DCCC. XIV. [1814]. 6 volumes. In 8º (16x10 cm) com xviii-303-(iv), 290-(vi), 244-(iv), 228-(ii), 252 e 235 pags. Encadernações da época inteiras de pele com ferros a ouro nas lombadas e nos rótulos. Obra contém no penúltimo volume : Novas Cartas e no último volume : História da Vida do Papa Ganganelli. Inocêncio IX, 51 : « Estas Cartas, que no mercado de livros têem diminuto valor, são no original reconhecidas geralmente por apocryphas, e attribuidas, se não me engano, ao Marquez de Caraccioli. Ainda ignoro quem fosse o seu traductor”. €200 120. CARVALHO D’ALMEIDA. (J. E.) PLANTAS TROPICAES DE GRANDE CULTURA (Culturas Tropicais). [Por]… Diplomado pela Escola Nacional de Agricultura, Antigo director das escolas móveis agrícolas «Conde de Sucena», «Condessa de Sucena», «Maria Cristina» e «Comércio do Porto», antigo director interino da Escola Agrícola da Paiã, Antigo Senador, Official da Ordem de S. Tiago da Espada. Livraria Popular de Francisco Franco. [Impresso nas Oficinas Tipográficas da Cooperativa Militar]. Lisboa. 1931. De 24x17 cm. Com 787-(9) pags. Encadernação da época com lombada e cantos em pele. Ilustrado. Exemplar com falta das capas de brochura e apresentando pequenos defeitos marginais e vestígios de humidade nas últimas páginas do índice. Obra de compilação de todos os dados disponíveis à data sobre as culturas de plantas tropicais entre as quais: o cafeeiro, o cacaueiro, a bananeira, a cana sacarina, a mandioca, o inhame, a batata-doce, a araruta, o amendoim, a baunilha, e a canforeira, entre outras. €60 121. CARVALHO DA COSTA. (António) COROGRAFIA PORTUGUEZA, e descripçam topografica do famoso reyno de Portugal, com as notícias das fundações das Cidades, Villas, & Lugares, que contem, Varões ilustres, Genelogias das Familias nobres, fundações de Conventos, Catálogos dos Bispos, antiguidades, maravilhas da natureza, edifícios, & outras curiosas observaçoens. [Tomo I offerecido a Elrey D. Pedro II. / Tomo Segundo offerecido ao sereníssimo Rey Dom Joam V Nosso Senhor. / Tomo Terceyro offerecido à Serenissima Senhora Dona Mariana de Austria, Rainha de Portugal]. Author o P. António Carvalho da Costa, Clerigo do Habito de S. Pedro, Mathematico, natural de Lisboa. Segunda edição. Typographia de Domingos Gonçalves Gouvea. Braga. 1868 e 1869. 3 volumes. In fólio (de 31x22 cm.) com (xv)-463-xlviii-(i); viii-421-xl(iii); e (xiv)-461-xvi-(i) pags. Encadernações da época com lombadas e cantos em pele. Exemplares com ex-libris. Inocêncio I, 105 e XX, 189: P. 'António Carvalho da Costa, Presbítero secular, natural de Lisboa onde nasceu em 1650, e morreu em 1715. Não devendo muito á natureza pelo que diz respeito aos dotes físicos, pois todos os seus biógrafos no-lo pintam de pequena estatura, corcovado, e disforme, foi contudo ornado de muito talento, e amor ao estudo, adquirindo copioso cabedal de instrução e conhecimentos nas ciências matemáticas que professou, e na história e topografia do reino, do que dão testemunho as suas obras. Frei Manuel de Figueiredo, na sua alias resumida e acanhadíssima Descripção de Portugal, na pag. XVII, falando da Corographia e do Padre Carvalho diz que este «Empreendendo na composição desta obra uma acção merecedora de muito louvor, seria mais estimável o seu projecto, se tivesse talentos e meios para desempenhar a sem mendigar e crer muito do que mandou estampar». Este juízo do cronista cisterciense há sido confirmado por outros críticos, e ninguém hoje duvida de que a Corographia do P. Carvalho envolva gravíssimos defeitos. Notam se lhe principalmente faltas e erros na parte genealógica, em que parece terem sido muito escassos os seus conhecimentos, recebendo por isso sem critério as noticias que os interessados lhe forneciam, abusando da sua sinceridade, ou talvez da condescendência a que o obrigava a mingua de recursos próprios. Os catálogos dos bispos das catedrais do reino passam também por pouco exactos: e no tocante á origem e fundações das cidades e vilas adopta sem crítica nem exame as opiniões de Fr. Bernardo de Brito, e dos outros escritores do mesmo jaez que em seu tempo andavam em voga, e cujos sonhos corriam ainda como verdades indubitáveis. Tais defeitos todavia não obstam a que esta obra seja estimada e procurada dentro e fora do reino, e os exemplares vão escasseando cada vez mais no mercado, de modo que ao fim de alguns anos terão de tornar se verdadeiramente raros. A Corographia teve 2.ª edição. Braga, typ. de Domingos Gonçalves Gouveia, 1868_1869. 8.o. 3 tomos: I, de 16-463-48_1 pag.; II, de 8-421-40-1-1 pag.; III, de 14-461-16-1 pag'. €600 122. CARVALHO DE ATAÍDE, Manuel de. THEATRO GENEALOGICO QVE CONTEM AS ARVORES DE COSTADOS Das principaes Familias do Reyno de Portugal, & suas Conquistas. TOMO I. [único publicado] PELO PRIOR D. TIVISCO DE NASAO ZARCO, Y COLONA. EM NA.POLES. Por NOVELO DE BONI.S, Anno M. CX. II. (1702). In fólio de 33x20 cm. Com [iv], 231, [i ]b. fólios impressos apenas pela frente com excepção do índice que aparece no terceiro e quarto fólio inumerados. Encadernação da época inteira de pele, cansada. Exemplar com ex-libris manuscrito de Francisco Antonio Marquez Giraldez de Andrade e leves picos de traça marginais. Único tomo publicado. Obra com genealogia da Casa Real foi proibida em 1703, por ordem de D. Pedro II, por “conter notórios erros contra a vontade do facto, não é conveniente que corra, nem que se lhe dê crédito algum.” Nos anos trinta do século XX levantou-se novamente uma discussão em torno do Theatro Genealógico, depois de dois escritores G. L. Santos Ferreira e Saul Santos Ferreira, neto do anterior, pela análise do frontispício do Theatro Genealógico concluírem tratar-se de um texto cabalístico guematrico de sinais hebraicos, cuja complexa decifração empreenderam e por conjugação com o exame do frontispício da Pericope Genealógica de Frei Jerónimo de Sousa, também publicada sob o pseudónimo de D. Tivisco sem data de edição, concluindo que Cristóvão Colombo seria afinal Salvador Gonçalves Zarco, filho bastardo do Infante D. Fernando, Duque de Viseu e de Beja, sobrinho e herdeiro do Infante D. Henrique. Inocêncio V, 387. “MANUEL DE CARVALHO DE ATAIDE, Commendador da Ordem de Christo, e Capitão de cavallaria. Foi pae do primeiro marquez do Pombal Sebastião José de Carvalho e Mello, celeberrimo ministro d'el rei D. José. - N. em Lisboa, e m. a 14 de Março de 1720. - E. Theatro genealogico, que contém as arvores de costados das principaes familias do reino de Portugal e suas conquistas. Tomo I (e unico.) Em Napoles, por Novello de Bonis. Anno M. CXII (sic). Fol. de IV 231 folhas numeradas só na frente. - Sahiu em nome do prior D. Tivisco de Nazao Zarco y Colona. Todas as indicações do frontispicio são suppostas, como facilmente se vê a obra foi impressa em Lisboa, e mal o podia ser na data que se inculca. Barbosa commetteu ao descrevel a na Bibl. não menos de duas flagrantes inexactidões: primeira, indicando a data da impressão em 1692, quando no rosto do volume se lê bem clara a que deixo acima transcripta: segunda, dizendo que o livro fôra publicado em nome de D. Francisco de Nasao, sendo o realmente no de D. Tivisco, como tambem digo acima. Parece que este pseudonymo D. Tivisco etc. não fôra invenção de Manuel Carvalho de Ataide pois que já servíra a Fr. Jeronymo de Sousa (falecido em Madrid a 20 de Fevereiro de 1711) para disfarçar se com elle, publicando, segundo affirmam Barbosa na Bibl. e D. Antonio Caetano de Sousa no Apparato á Hist. geneal. da Casa Real, pag. LXXXV, outra obra do mesmo genero, cuja titulo dizem ser: Pericope genealogica y Linea real, etc. Napoles, por Novello de Bonis, sem designação do anno. 4.º Que relação possa haver entre esta obra e o Theatro genealogico, e entre Fr. Jeronymo de Sousa e o verdadeiro auctor d'este, é o que eu não sei dizer, ao menos por agora. Occorre entretanto rectificar aqui outra equivocação em que incorreu o sr. Conde de Raczynski no seu Diction. Hist. et Art. de Portugal, a pag. 265, julgando que o sobredito pseudonymo (que elle escreve Tivisco de Nasaozarco e ao qual attribue a qualidade de prior de uma ordem monastica), era o nome verdadeiro do auctor do Theatro, dando tambem este inadvertidamente como impresso em 1602, por um descuido que mal poderá explicar se. Barbosa e D. Antonio Caetano confessam haver no Theatro alguns erros, procedidos do individuo que tractou da impressão, a qual se fizera subrepticiamente, e sem obter as licenças necessarias ou porque estas se não pediram, ou porque fossem denegadas: mas dizem elles que taes erros não eram do auctor, «porque este soube muito bem das familias do reino, em que fez estudo com applicação.» O caso é, que em 28 de Agosto de 1713 sahiu um alvará, passado pela Meza do Desembargo do Paço, declarando que o Theatro não tem fé, nem credito e mandando que as justiças em qualquer parte que o acharem o recolham, e o tragam á Meza sobredita, etc. O sr. A. J. Moreira, já muitas vezes citado, possue um exemplar d'este Theatro, addicionado por elle de copiosas notas, colligidas na maior parte de outras manuscriptas que illustravam varios exemplares impressos, que conferiu e teve presentes para esse fim e as restantes fructo de sua pessoal curiosidade ao estudo. Tambem me consta que em Coimbra o sr. Adelino Neves, apaixonado e intelligente bibliophilo, tem em seu poder outro exemplar, sobrecarregado de notas que se dizem preciosas “. €1.200 123. CARVALHO E MENEZES. (J. A. de) DEMONSTRAÇÃO GEOGRAPHICA E POLITICA DO TERRITORIO PORTUGUEZ NA GUINÉ INFERIOR, QUE ABRANGE O REINO DE ANGOLA, BENGUELA, E SUAS DEPENDENCIAS, causas da sua decadência e atrasamento, suas conhecidas producções e seus meios que se podem applicar para o seu melhoramento e utilidade geral da nação. Escrita em Lisboa em 1846. Por… por elle aumentada em 1847 e publicada no Rio de Janeiro em 1848. Typ. Classica de F. A. de Almeida. 1848. De 21x14 cm. Com 206-(i) pags. Encadernação da época com lombada em pele. Exemplar preserva capas de brochura. Inocêncio (XVII, 350) in Bibliografia de Monografias Portuguesas. €300 124. CASSINI. Giovanni. NUOVA RACCOLTA DELLE MEGLORI VEDUTE ANTICHE E MODERNE DI ROMA DISEGNATE ED INCISE DA… L’ ANNO MDCCLXXIX. [1789] Presso Venanzio Monaldini Mercante di Libri in Roma. In fólio oblongo de 27x41 cm. com [iii], 80 fólios. Encadernação da época inteira de pele flexível. Primeira edição. Coleção de 80 belas gravuras de página inteira, frontispício gravado, dedicatória gravada, índice gravado, representando edifícios e monumentos da cidade de Roma. O famoso gravador Giovanni Maria Cassini (ca.1745-1824) foi discípulo de Piranesi, antes de se tornar desenhador e gravador da impressa papal, a Calcografia Camerale. First Edition. Collection of 80 copperengraved plates, and the engraved title, dedication plate, and contents plate. Very finely engraved and beautiful views of Rome. Giovanni Maria Cassini (ca.1745-1824) studied with Piranesi before becoming a painter and engraver for the papal publishing house, the Calcografia Camerale. Contemporary full calf binding. Oblong folio. €3.500 125. CASTELLO BRANCO E TORRES. (João Carlos Feo Cardoso) e Visconde de Sanches de Baêna. MEMORIAS HISTORICO-GENEALOGICAS. DOS DUQUES PORTUGUEZES DO SECULO XIX. Por… Por ordem e na Typographia da Academia Real das Sciencias. Lisboa. 1883. De 28x20 cm. Com 807 pags. Encadernação da época com lombada e cantos em pele. Exemplar com título de posse manuscrito na folha de anterrosto. Contém desdobráveis com árvores de costados de várias famílias aristocráticas. A obra devido à sua extensão ultrapassou a possibilidade material e temporal dos autores; além da genealogia inclui a história e a política portuguesa no século XIX. Após a morte de Feo a obra foi continuada por Sanches de Baena (1822-1909). Natural de Vila do Conde, emigrou para no Brasil onde casou em 1859, voltou a Portugal, e foi feito visconde em 1869 por D. Luís I. A parte mais focada desta obra é a história e a genealogia das casas ducais portuguesas existentes no século XIX que deu a justificação aos autores para escreverem sobre todas as restantes famílias titulares suas contemporâneas no século XIX. Os titulares (marqueses, condes, viscondes e barões) citados ao longo desta extensa obra encontram-se num índice. O 'assunto principal' - os duques portugueses - incluem o Duque de Vitória, descendente de Arthur Wellesly, também duque de Wellington. As outras casas ducais mencionadas são: Cadaval, Lafões, Terceira, Palmela, Saldanha, Loulé e Ávila e Bolama. INOCÊNCIO III, 339 e III, 204: 'João Carlos Feo Cardoso de Castello Branco e Torres, Fidalgo da Casa Real, Commendador da Ordem de Avis, Tenente-Coronel reformado, socio correspondente da Academia Real das Sciencias de Lisboa, etc. Nasceu no 1.º de Outubro de 1798, filho de Luiz da Mota Feo e de sua mulher D. Leocadia Thereza Possidonia de Lima e Mello Falcão Van-Zeller. Morreu em 1868. - Resenha das Familias dos Titulares de Portugal, dos pares do reino e dos fidalgos que têem exercicio no Paço. Acompanhada da descripção historica e genealogica das mesmas familias, etc. Lisboa, na typ. da sociedade typographica franco-portugueza, 1863. 8.º gr. a impressão pela morte do auctor, e pela fallencia dos primeiros editores j. melchiades & c.ª, estabelecidos em lisboa na rua aurea, ficou interrompida desde a pag.736, e comprehendendo as familias dos duques de Lafões, de Cadaval, da Terceira, de Palmella, e de Saldanha. Só faltava no primeiro tomo d'esta obra as dos duques de Loulé e de Avila e Bolama. O Sr. Visconde de Sanches de Baena, um dos mais conscienciosos investigadores genealogicos, propoz-se a continuar o trabalho de Feo, o que a Academia Real das Sciencias aceitou, deliberando que a impressão corresse por sua conta e saísse de seus prelos. A obra, ampliada ou completada pelo sr. visconde, é provavel que sáia com o titulo de Resenha Biographica e Genealogica das Familias de todos os Duques em Portugal, nossos contemporaneos, etc. alguns colleccionadores possuem o trabalho incompleto de Feo, salvo, segundo consta, da venda a peso do papel impresso, que lhe pertencia. Na Bibliotheca Nacional existe um exemplar. No ante-rosto lê-se o seguinte titulo: Resenha das Casas Titulares de Portugal, etc. - Cadaval, Lafões e duques. Houve confusão no modo de descrever a ultima obra impressa de Feo, pela indecisão em que estava o illustre continuador e meu amigo, Sr. Visconde de Sanches de Baena, no titulo com que a publicaria. As folhas impressas pelos editores Melchiades & C.ª, de que se fallou, nada têem de commum com as que a Academia Real das Sciencias mandára imprimir ainda em vida de Feo, e que chegaram até pag. 737. D’ahi em diante é obra do dito sr. visconde e saíu a final sob o titulo de Memorias Historico-Genealogicas dos Duques Portuguezes do Seculo XIX. Lisboa, Por ordem e na Typ. da Academia Real das Sciencias, 1883. 4.º de 807 pag.' €200 126. CASTILHO. (Alexandre Magno) DESCRIPÇÃO E ROTEIRO DA COSTA OCCIDENTAL DE AFRICA DESDE O CABO ESPARTEL ATÉ O DAS AGULHAS. Por… Primeiro Tenente da Armada, Engenheiro Hydrographo no Ministério das Obras Públicas. Lisboa. Imprensa Nacional. 1866. Apenas 1 volume (de 2 publicados). De 22,5x14,5 cm. Com xlviii-362(i) pags. Ilustrado com 8 (de 20) mapas litografados e desdobráveis. Encadernação recente com lombada em pele. Mancha de humidade na folha de rosto, picos de humidade e de manuseamento no miolo. Trata-se um vastíssimo levantamento, histórico e topográfico com fins navais. Cada mapa corresponde a um Capitulo da obra. I - costa de Marrocos. II - costa de Marrocos do Cabo Cantim ao Cabo Bojador. III – costa de Sahara. IV – costa da Senegambia. V – costa de Guiné e de Cabo Verde. VI. Costa de Guiné de Cabo Verde. VII – costa da Serra Leôa. VIII – costa da Malagueta ou de Libéria. [Restantes regiões pertencentes ao 2º volume em falta: IX – costa de Marfim e dos Quaquaas. X – costa da Mina. XI – costa de Benim. XII – costa do Calabar. XIII– costa do Gabão. XIV – costa do Loango. XV costas do Congo e Angola. XVI-1 – costas de Benguela Mossamedes. XVI-2 – costa de Benguela Mossamedes. XVII – costa da Cimbebasia. XVIII – costa dos Hottentotes. XIX – costa do Cabo de Boa Esperança]. Inocêncio VIII, 40 e XX, 133: “Primeiro tenente da Armada Nacional, habilitado com os cursos proprios da sua profissão, e engenheiro da Comissão Geodésica. Nasceu na cidade do Puy, em França, a 4 de Março de 1835, e é filho primogénito do Sr. Conselheiro José Feliciano de Castilho. «Descripção e Roteiro da Costa Occidental de Africa Desde o Cabo de Espartel até o das Agulhas. Lisboa, na Imp. Nac. 1866» 8.º gr. Foi mandado imprimir a expensas do Ministerio da Marinha.” Inocêncio: “foi lente da hydroraphia na Escola Naval, socio da Academia Real das Sciencias de Lisboa, etc. Faleceu na ilha da Madeira a 19 de Janeiro 1871. Tem duas memórias sobre os padrões dos descobrimentos portugueses, que estão publicados nas memórias da Academia Real das Sciencias de Lisboa. Primeiro-tenente e engenheiro hidrógrafo tendo executado a partir de 1861 vários trabalhos de geodesia e hidrografia da costa ocidental de africa. Escreveu, em 1866, esta obra que contém a primeira descrição cartográfica moderna da costa de Angola. Em 1867 deu início à organização de uma livraria e arquivo com obras portuguesas e estrangeiras sobre os descobrimentos, mapas e instrumentos náuticos. Navy Officer and hydrographical engineer, professor of hydrography, and member of the Royal Academy of Science of Lisbon. Castilho did an extensive survey Western African coast. His account is the first modern cartographical study of the coast line of Angola. From 1867 on he organized a library and archive in the Portuguese and foreign account on the discoveries. This book is illustrated with 20 folding maps of the western coast line of Africa, each one accounting to a chapter of the work. Copy bound recently in ½ calf, strong stain at title page, as a well as in several other pages, and generalized foxing and thumbing, else complete text. €150 127. CASTILHO. (Julio de) A RIBEIRA DE LISBOA. Descripção Historica da Margem do Tejo desde a Madre-de-Deus até Santos-o-Velho. Por… Imprensa Nacional. Lisboa. 1893. De 25x16 cm. Com XXII-750 pags. Encadernação da época inteira de pele. Ilustrado com gravuras desdobráveis reproduzindo detalhes de estampas quinhentista com os Paços da Ribeira. Exemplar com título de posse manuscrito à cabeça da folha de rosto; restauro rudimentar de avaria interior da lombada; e vestígios de traça nas páginas inicias e finais do livro. €100 128. CASTILHO. (Júlio de) LISBOA ANTIGA. O BAIRRO ALTO. Por... 3ª edição dirigida, revista e anotada por Gustavo de Matos Sequeira. Lisboa. 1954-1966. 5 volumes. De 22x15 cm. Com 504, 424, 452, 341 e 441 pags. Encadernações da época com lombada e cantos em pele. Ilustrados com gravuras no texto; mapas desdobráveis em extra-texto; e vinhetas decorativas. €300 129. CASTRO DA SILVA CANEDO. (Fernando de) A DESCENDÊNCIA PORTUGUESA DE EL-REI D. JOÃO II. Por... Tenente-Coronel de Infantaria, Comendador da Ordem de Avis, Cavaleiro da Ordem de Christo, Sócio do Instituto Português de Heráldica, etc. Edições Gama. Lisboa. MCMXLV-MCMXLVI. [1945-1946]. Obra em 3 volumes. De 27x19 cm. Com 603, 413 e 479 pags. Encadernações da época inteiras de pele, com lombadas cansadas. Ilustrado com várias estampas em separado, além de numerosas árvores genealógicas em folhas desdobráveis. Obra da maior amplitude e vasta erudição genealógica, é considerado pelo Conde de São Payo, como obra «por certo a mais extensa, volumosa e exaustiva e onde os investigadores encontrarão fartas informações que os haverão de auxiliar e interessar, que marcará a historiografia portuguesa como uma fonte a que o futuro muito se haverá de proveitosamente recorrer». Edição de cuidada execução gráfica impressa em papel de elevada qualidade. €400 130. CASTRO, Padre João Batista de. ROTEIRO TERRESTRE DE PORTUGAL, EM QUE SE EXPOEM, E ENSINAM por jornadas, e summarios naõ só as viagens, e as distancias, que ha de Lisboa para as principaes terras das Provincias deste Reyno, mas as derrotas por travessia de humas a outras povoações delle. Augmentado nesta terceira ediçaõ pelo seu mesmo Author O P. Joaõ Bautista de Castro, Beneficiado na Santa Basílica Patriarchal de Lisboa. COIMBRA, Na Officina de LUIZ SECCO FERREIRA. M. DCC. LXVII. [1767]. In 12.º (de 13x7,5 cm) com (xvii)-186 pags. Encadernação da época inteira de pele. Exemplar com títulos de posse; apontamentos coevos nas folhas de guarda; e dedicatória do autor. 3ª edição de Coimbra que difere (na folha de rosto e nas primeiras páginas inumeradas) de outra também 3ª edição publicada em Lisboa 3 anos antes. Este livro é uma miniatura de bolso para viajantes extraído do roteiro que o autor publicou na obra Mapa de Portugal. Descreve as vias militares e pontes desde o tempo dos romanos. Viagem de Lisboa para localidades da Estremadura, para as principais povoações do Alentejo, para a Província da Beira, Minho Algarve e Trás-os-Montes Roteiro de Lisboa para a cidade de Coimbra. Os melhores caminhos de Inverno. Roteiro de Lisboa para a cidade de Aveiro. Roteiros travessos entre as cidades. Roteiro de Lisboa para a cidade de Lamego. Roteiro de Lisboa para a vila de Pinhel Trancoso Guarda Porto Castelo Branco Covilhã Braga Bragança Faro e tabela das distâncias de Lisboa às terras principais de Portugal. Inocêncio III, 300. “Presbytero secular, Beneficiado na Sancta Egreja Patriarchal de Lisboa. Esteve por algum tempo em Roma e visitou varias cidades e terras na Italia. Nasceu em Lisboa em 1700, e morreu (segundo diz o auctor da Bibl. Hist. de Portugal) em 1775. Tem sido depois repetidas vezes reimpresso em separado, e anda tambem no 3.° tomo do Mappa de Portugal da segunda edição”. €300 131. CASTRO. (D. João de) ROTEIRO DO MAR ROXO DE… Ms. Cott. Tib. DIX [Manuscrito da Cotton Library Tiberius D. IX] da British Library. Introdução de Luís de Albuquerque. Patrocínio da Academia Portuguesa de História. Edições Inapa. Lisboa. 1991. De 37x29 cm. Com 91 pags. Encadernação do editor, acondicionado dentro de estojo editorial. Ilustrado com mapa geográfico do mar Vermelho e o fac-simile integral dos mapas quinhentistas. Exemplar com assinatura de posse no anterrosto. €120 132. CASTRO. (D. João de) TÁBUAS DOS ROTEIROS DA ÍNDIA DE… Fac-simile do Códice 33 do Cofre da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra. Introdução de Luís de Albuquerque. Edições Inapa. Lisboa. 1988. De 43x29 cm. Com 12 pags. Encadernação editorial acondicionada dentro de estojo apropriado. Ilustrado com 29 das 31 tábuas ou gravuras quinhentistas aguareladas sobre papel; e antecedidas de um aparato crítico e da transcrição das legendas. Segundo a tradição universitária tratam-se dos originais encomendados pelo Governador da Índia D. João de Castro a um artista profissional, a partir dos seus próprios apontamentos gráficos, e destinados a ilustrar os textos das suas obras conhecidas por o Roteiro de Goa a Diu e o Roteiro do Mar Roxo. €120 133. CASTRO. (Nuno de) CHINESE PORCELAIN AND THE HERALDRY OF THE EMPIRE. Translated by Ana Madeira. Revised by Roger Fulton Pye. Livraria Civilização Editora. Barcelos. 1988. De 32x23 cm. Com 266 pags. Encadernação editorial. Profusamente Ilustrado. €150 134. CASTRO. (Nuno) A PORCELANA CHINESA E OS BRASÕES DO IMPÉRIO. Livraria Civilização Editora. Barcelos. 1987. De 32x23 cm. Com 266 pags. Encadernação editorial. Profusamente ilustrado. €150 135. CATÁLOGO DO MUSEU DE ARTILHARIA. 5ª Edição.Typografia Bayard. Lisboa. 1910. De 22x16 cm. Com 214 pags. Encadernação inteira de pele com finos ferros a ouro na lombada e nasesquadrias das pastas. Ilustrado no texto e em extratexto com esboços e fotogravuras das peças. Exemplar com estampilha de origem sobre a coroa real da vinheta do rosto. €50 136. CATÁLOGO DOS OBJECTOS D’ARTE DE PEDRO NOLASCO que serão vendidos em leilão com início no dia 1 de Junho de 1961 nos nossos salões de venda. Agentes de Leilões Pintassilgo & Fernandes, Lda. Leiloeiros Antiquarios. Lisboa. 1961. 2 volumes enc. em 1. De 24x18 cm. Com 128-114 pags. Encadernação com lombada e cantos em pele. Ilustrado em extra-texto sobre papel couché. €80 137. CATÁLOGO GERAL DA PRIMEIRA EXPOSIÇÃO DE «EX-LIBRIS» EM PORTUGAL. Efectuada na Imprensa Nacional de Lisboa de 4 a 31 de Outubro de 1927. Imprensa Nacional de Lisboa. Lisboa. 1930. De 33x24 cm. Com 239 pags. Encadernação com lombada em pele. Capas de brochura preservadas. Profusamente ilustrado no texto com reproduções de exlibris. Exemplar de uma tiragem geral de 500 exemplares; e com ex-libris armoriado do Conde de Bobone. €300 138. CAVALHEIRO (O) CHRISTÃO. DIALOGO. [ANÓNIMO] Sobre a vida, virtudes, E Acções Do Senhor MANOEL JOZE’ SOARES DE BRITO. Cavalleiro Professo na Ordem de Christo. LISBOA, Na Officin. de Pedro Ferreira, Impressor da muito Augusta Rainha N. S. Anno 1761. In 8º (de 15x10 cm) com (xxi)-254 pags. Encadernação da época inteira de pele mosqueada com ferros a ouro na lombada e no rótulo amarelo. Ilustrado com folha de rosto impressa a duas cores com vinheta assinada Cap[inetti]. Exemplar apresenta ligeiros picos de traça marginais e não apresenta um “retrato” mencionado por Inocêncio. Obra com importante comentário do bibliógrafo Diogo Barbosa Machado enquanto Censor do Paço e da Academia Real cujo parecer muito favorável se encontra colocado entre as autorizações iniciais da obra. Inocêncio II, 64: “O CAVALHEIRO CHRISTÃO. Dialogo sobre a vida, virtudes e acções do senhor Manuel José Soares de Brito, Cavalleiro professo na Ordem de Christo. Lisboa, na Off. de Pedro Ferreira 1761 8.º de XXI 254 pag., com um retrato gravado pelo artista Carpinetti. Não me parece de todo mal escrito este livro, cujo autor é até hoje anónimo para mim. Não são vulgares os exemplares, e sei que algum se vendeu por 320 réis”. €150 139. CELESTINO SOARES. (Joaquim Pedro) QUADROS NAVAIS OU COLECÇÃO DOS FOLHETINS MARITIMOS DO PATRIOTA. Seguidos de huma epopeia naval portuguesa. Por … Official da Armada. Parte I - Folhetins. Parte II – Epopeia. Segunda impressão. Imprensa nacional. Lisboa. 1861, 1862, 1863, 1869. De 21x14 cm. 4 volumes com xxxv-444-(ii), xiii-557(iii), xviii-601-(i) e (viii)-421-(i) pags. Encadernações da época inteiras de pele com ferros a ouro nas lombadas. Ilustrado com o retrato do autor, 3 estampas em extra-texto (Porta da Fortaleza de Malta ou Porta do Forte Manoel; Estátua de Manoel de Vilhena em Malta; e Largo da Parada do Forte Manoel) e um mapa desdobrável (Mapa das Tropas reunidas no Campo do Quadro). Inocêncio IV, 143 e XII, 123: “Joaquim Pedro Celestino Soares. Nasceu em 1793. Morreu em 1870, em Lisboa, na sua casa da travessa do Pé de Ferro, e jaz sepultado no cemitério Occidental. Era então Contra Almirante, membro do Supremo Conselho de Justiça Militar, director do Museu de Marinha, sócio efectivo da Academia Real das Ciências, do Conselho de Sua Majestade, Cavaleiro das Ordens da Torre e Espada, e de Cristo, Capitão de mar e guerra da Armada Nacional, Director da Eschola Naval, Comandante da Companhia dos Guardas-marinhas, Sócio de mérito da Acad. das Belas-artes de Lisboa; Deputado às Cortes em varias legislaturas, etc. Quadros Navaes, ou collecção dos folhetins maritimos, publicados no «Patriota.» Lisboa, Typ. de Antonio Joaquim da Costa 1845. 8.º gr. de XXVI 186 pag. Tinham saído no Patriota, n.os 529, 534, 537, etc. etc. Veja a respeito desta colecção, e do seu mérito, o que diz a Revista Universal Lisbonense, tomo IV da 1.ª serie a pag. 484”. €300 140. CEREMONIAL DO QUE SE DEVE OBSERVAR, E PRATICAR NA RECEPÇÃO, E PROFISSÃO DOS NOVIÇOS DA ORDEM SERAFICA DA SANTA PROVINCIA DE PORTUGAL. LISBOA, NA REGIA OFFICINA TYPOGRAFICA, M. DCC. LCC. LXXXII. [1782] In-4º. de 28x20 cm. com 96 págs. Encadernação da época inteira de pele. Notas de posse da comunidade da Conceição de Mathosinhos, e outras duas no frontispício. Explicação doutrinária constituída por orações e bênçãos. Ilustrado com pautas musicai. Espécimen raro na bibliografia franciscana, não existe exemplar na B. N. P. €400 141. CERVANTES SAAVEDRA, Miguel de. NOUVELLES DE MICHEL DE CERVANTES, Auteur de l’Histoire DE DON QUICHOTTE. Traduction Nouvelle. Troisiéme Edition. Augmentée de plusieurs Histoires. A AMSTERDAM, Chez N. Etienne Lucas, Libraire. M. DCC. XXXI. [1731]. Obra em 2 volumes. In 12º (de 14x8 cm) com [viii], 412 – [iv], 411 pags. Encadernações da época inteiras de pele de carneira natural mosqueada e com ferros a ouro (por casas fechadas) nas lombadas. Corte por folhas carminado. Ilustrado com gravuras intercaladas em extra-texto abertas a talhe-doce: Volume I – 6 gravuras; Volume II – 7 gravuras. Tradução do Abbé Saint-Martin de Chassonville. A recolha contém 11 novelas precedidas de uma nota do tradutor: L’Illustre Fregonne; Histoire de Ruis Dias; L’Amant liberal; LEgyptienne; La Force du sang; Le Mariage trompeur; Entretiens de Scipion & de Bergance; L’Espagnole angloise; Les Deux Amantes; Le Jaloux d’Estremadure; et Cornelie. Edição mais que completa das Novelas de Cervantes já que a Histoire de Ruis Dias é considerada apócrifa. Traduction par l’Abbé Saint-Martin de Chassonville. Le recueil contient 11 nouvelles, précédées d’un avertissement du traducteur : L’Illustre Fregonne; Histoire de Ruis Dias; L’Amant liberal; LEgyptienne; La Force du sang; Le Mariage trompeur; Entretiens de Scipion & de Bergance; L’Espagnole angloise; Les Deux Amantes; Le Jaloux d’Estremadure, Cornelie. Edition plus que complète, L’Histoire de Ruis Dias étant apocryphe. Palau 1990, Tomo II, pag. 179: 'En la portada se dejó Troisieme Edition, cuando en rigor es sexta, y cuarta de Amsterdam'; Manual del Librero Hispanoamericano, n°53531; RIUS, Bibliografia critica de Miguel de Cervantes, I, 903. €800 142. CERVANTES SAAVEDRA, Miguel de. O ENGENHOSO FIDALGO DOM QUIXOTE DE LA MANCHA. POR... Lisboa. Na typografia Rollandiana. 1794. 6 volumes de In 8.º de 14x10 cm. Com [ii], 315, [iii] - [ii], 313, [viii] - [ii] 298, [vi] [ii] 316, [iv] - [ii] 352, [iv] - [ii], 322, [iv] pags. Encadernação da época inteira de pele com rótulos vermelhos e ferros a ouro nas lombadas. Ilustrado com uma gravura de Cervantes da autoria de Debrie. Primeira edição em português. €1.500 143. CERVANTES SAAVEDRA. (Miguel de) EL INGENIOSO HIDALGO DON QUIXOTE DE LA MANCHA [Fac-simile] Compuesto por…DIRIGIDO AL DUQUE DE BEJAR, Marques de Gibraleon, Conde de Benalcaçar, y Bañares, Vizconde de la Puebla de Alcozer, Señor de las villas de Capilla, Curiel, y Burgillos. Año 1608 [Año 1615]. Con privilegio de Castilla, Aragon, y Portugal. EN MADRID, Por Juan de la Cuesta. 2 volumes. In 8º gr (22x16 cm) com (xii)-277-(ii) e (viii)-280-(iv) fólios. Encadernação do editor: En Barcelona por Montaner y Simon, Editores, 1897. €120 144. CERVANTES SAAVEDRA. (Miguel de) O ENGENHOSO DOM QUIXOTE DE LA MANCHA. Por… tradutores Viscondes de Castilho e de Azevedo. Com desenhos de Gustavo Doré gravados por H. Pisan. Lello & Irmão – Editores. Porto. 1962. De 27x20 cm. Encadernação editorial inteira de pele com ferros a ouro na lombada. Ilustrado. Obra impressa sobre papel bíblia. Exemplar apresenta pequeno risco a caneta sobre o título na página de rosto. €60 145. CERVANTES SAAVEDRA. (Miguel de) THE HISTORY OF DON QUIXOTE. By Cervantes. The text edited by J. W. Clark, M. A. Fellow of Trinity College, Cambridge; and a biographical notice of Cervantes, by T. Teignmouth Shore, M. A. Illustrated by Gustave Doré. Cassel Petter & Galpin: London, Paris & New York. S/d [1870?]. De 30x26 cm. com xxviii-737(iv) pags. Encadernação editorial em percalina com ferros decorativos a seco e a ouro. Profusamente ilustrado com magnificas gravuras extra-texto. €500 146. CESAREIA. (Eusébio de) Hystoria dela Yglesia, que llamã Ecclesiastica y Tripartita. Abreuiada y trasladada de Latin en Castellano, por vn Religioso dela orden de sancto Domingo. Y aora nueuaente reuista y corregida por el mesmo interprete. Año de M. D. LIIII. (1554). Com priuilegio real. (no cólofon) trasladada d(e) latin e(n) romance por el padre frey Juan dela cruz…Fue impressa en la muy noble ciudad de Coimbra, por Juan Aluarez, impressor del Rey nuestroseñor a veinte y siete del mês de Agosto De M. D. L iiii. [1554]. In fólio de 28,5x20 cm. Com (iv)-171-(iii) fólios. Encadernação da época em pergaminho flexível com o titulo caligráfico na lombada. Magnifico frontispício arquitectónico gravado. Impressão em caracteres góticos a duas colunas, com excepção do frontispício, a tabla e os avisos que foram impresso em caracteres itálicos. Exemplar com ex-libris manuscrito no rosto “Dela Libreria del convento de nuestra señora dela Concepcion de Antequera (?)”. Samodães 1553, apresenta a primeira edição de 1541 e descreve a segunda: “RARÍSSIMA, desta excelente e apreciada tradução da «Historia» de Eusébio (262-349) e seus continuadores – Rufino, Socrate, Theodoret, e Sesoméro, - devida ao P Juan de la Cruz, e na verdade tão rara, que a não conheceram Brunet, Salvá e outros distintos bibliógrafos. Inocêncio que dela pôde ver qualquer exemplar, ainda no mesmo século se fez uma segunda edição. É também edição estimada e os exemplares são muito raros.” Inocêncio III, 192: 'Esta obra é sumamente rara'. O Dr. Antonio Ribeiro dos Sanctos a pag. 89, na sua Memoria para a historia da topographia portugueza do seculo XVI faz menção da segunda edição, mas de um modo assás incorrecto, e que mostra bem que não a víra, e que só a citava por tradição: porque em logar do titulo que fica descripto, e que é o verdadeiro, lhe dá o seguinte: Historia de Eusebio de Cesarea, traduzida por Fr. João da Cruz, da Ordem dos Pregadores da provincia de Portugal, induzindo com tal enunciado a julgar que tanto a obra corno o traductor sejam portuguezes quando alias uma e outro pertencem á nação hespanhola. Notarei mais, que na dedicatoria da primeira edição, feita a el-rei D. João III, e datada de 15 de Maio de 1541, o traductor allude bem claramente ao milagre de Ourique o que todavia escapou ás indagações do douto P. Antonio Pereira, pois de outra sorte uso deixaria de citar mais esta auctoridade entre as apontadas na sua dissertação ‑ Novos Testemunhos da milagrosa apparição de Christo a el-rei D. Affonso Henriques, etc. Do exposto se deduz a razão que me levou a incluir no Diccionario este livro, não sendo elle de auctor portuguez, nem escripto em nossa lingua. Anselmo 61. D. Manuel 296. Palau 115185. Palha 2390. “OUVRAGE RARISSIME.” Binding : contemporary flexible vellum with title written at spine. Magnificent architectural frontispiece. Printed in 2 columns, gothic characters (exception of the frontispiece, a tabla and avis in italics). Copy with ownership 'Dela Libreria del Convento de Nossa Senhora della Concepción de Antequera[?]'. Samodães 1551 'very rare and appreciated. Excellent translation of the 'History' of Eusebius (262-349) and his followers - Rufino, Socrates, Theodoret, and Sesoméro - so rare, that is unknown to Brunet, Volley and other distinguished bibliographers. Inocêncio III, 192: 'Extremely rare piece'. Anselmo 61; D. Manuel 296; Palau 115185; Straw 2390: ' Ouvrage rarissime '. €6.000 147. CHAGAS (Franco) e João Soares. QUADROS DA HISTÓRIA DE PORTUGAL. Coordenados por... e... Ilustrações de Roque Gameiro e Alberto de Sousa. Prosa original de Chagas Franco. Edição da Papelaria Guedes. Lisboa. 1917. De 36x45 cm. Com [vi]-138-[vi] pags. Encadernação editorial. Obra profusamente ilustrada e impressa sobre papel couché. Exemplar com folha de guarda editorial especialmente impressa: 'Exemplar de Sua Excelência o Senhor Presidente da República Doutor António José de Almeida'; e dedicatória de Franco Chagas dirigida ao mesmo enquanto 'glória e símbolo da Pátria e da República'. €300 148. CHAGAS, Fr. António das. ESCOLA DE PENITENCIA, E FLAGELLO DE VICIOSOS COSTVMES, Que consta de Sermoens Apostolicos DO MUYTO VENERAVEL PADRE FREY ANTONIO DAS CHAGAS, FRADE MENOR DA REGULAR OBSERVANCIA de Nosso Padre Saõ Francisco; Filho da Santa Provincia dos Algarves; celeberrimo Prégador, Missionario Apostolico, & Instituidor do Seminario de S. Antonio de Varatojo, de Missinarios Apostolicos. Tirados a luz POR Fr. MANOEL DA CONCEYÇAM, Indigno Filho da mesma Santa Provincia, & Missionario no dito Seminario. I. PARTE. [única publicada]. OFFERECIDO AO MUYTO ALTO, E PODEROSO REY, & Senhor Nosso. D. PEDRO II. LISBOA. Na Officina de MIGUEL DESLANDES, & à sua custa Impresso. Anno 1687. In 8º (de 21x15 cm) com [xiv], 516 pags. Encadernação da época em pergaminho flexível com título manuscrito na lombada e vestígios de atilhos na dianteiras das pastas. 1ª edição desta obra clássica da literatura portuguesa; impressa a duas colunas sobre papel de linho muito fino e alvo. Inocêncio I, 110 e VII, 115: Fr. Antonio das Chagas (2.º), chamado no século Antonio da Fonseca Soares, seguiu primeiramente a vida militar, chegando ao posto de Capitão. Depois renunciando o mundo e suas pompas, professou a regra de S. Francisco no convento de Évora, em 1663 quando contava quase 32 anos de idade. Foi Missionário Apostólico, e instituidor do seminário do Varatojo no convento que aí fundara el-rei D. Afonso V, e de que ele e seus companheiros tomaram posse em 1680. Nasceu na vila da Vidigueira, no Alentejo, em 1631, e depois de rejeitar a mitra de Lamego que lhe fora oferecida, morreu com fama de grande santidade no referido seminário do Varatojo em 1682, com pouco mais de 51 anos. Escola de Penitencia, e flagello de viciosos costumes, que consta de Sermões apostolicos etc. tirados á luz por Fr. Manuel da Conceição, Missionario do Varatojo. Lisboa, por Miguel Deslandes 1687. 4.º de XIV 516 pag. A segunda edição da Escola de Penitencia é de Lisboa, por Miguel Rodrigues, 1738. 4.o; devendo por isso contar se como terceira a de 1763. Ainda que estes sermões saíssem póstumos, e não recebessem da mão do autor a última lima, contudo pela alteza dos assuntos, pela solidez e força do raciocínio, e até pela cultura da dicção, gravidade do estilo, e pureza da frase não são menos recomendáveis que as outras obras do respeitável missionário. O sermão preludial e exortatório, que vem no princípio, é todo do editor Padre Conceição, que de si confessa haver acrescentado nos outros muitos lugares e muitas autoridades”. Pinto de Matos 173. Ameal 588. Samodães 1, 720. Monteverde 1586. Cunha, X. Impr. deslandesianas 720. Santos, M. Bibliogr. geral 1, 2777. Nepomuceno 463. Avila Perez 1695. Arouca C 380. Marinha. Impr. séc. XVII 173. €400 149. CHAVES DE ALMEIDA. (Lourenço) OS TÚMULOS DE ALCOBAÇA E OS ARTISTAS DE COIMBRA. Junta de Provincia da Estremadura. Publicações Culturais. Lisboa. 1944. De 26x20 cm. Com 63 pags. Encadernação com lombada em pele executada pelo mestre encadernador Frederico d'Almeida. Profusamente ilustrado em extra-texto. Exemplar com ex-libris. €80 150. CODIGO COMMERCIAL PORTUGUEZ. Seguido de um appendice que contem a legislação que tem alterado alguns dos seus artigos, publicada até ao fim do anno de 1878. Imprensa da Universidade. Coimbra. 1879. De 21x15 cm. Com viii-784 pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada. Exemplar muito limpo. €120 151. COLECÇÃO DE MANUSCRITOS INÉDITOS AGORA DADOS À ESTAMPA [DA] BIBLIOTECA PUBLICA MUNICIPAL DO PORTO. I.O LIVRO DA CORTE IMPERIAL. [Obra com a transcrição de um dos livros que pertenceu à Biblioteca do Rei D. Duarte e através do qual se pode saber o estado do conhecimento dos livros, da cultura, da religião e da filosofia árabe no século XV, em Portugal, numa época em que nos países mais civilizados da Europa era ignorada]. Junto com: II. O LIVRO DA VIRTUOSA BEMFEITORIA do Infante D. Pedro de Portugal. [1ª edição a partir da transcrição e confrontação dos exemplares manuscritos existentes na Biblioteca do Porto, na Academia Real das Ciências em Lisboa, e na Biblioteca de Madrid tendo sido financiada a deslocação e o estudo das obras nos locais pelo Estado português]. Junto com: III. FASTIGIMIA. Por Tomé Pinheiro da Veiga (Turpin). [Obra de cariz crítico, cujo título significa Fastos Geniais, contém a descrição da vida quotidiana durante a quadra pascal de 1605 na corte dos reis de Espanha onde, segundo o autor, se fizeram das Endoenças um Natal e onde se comemorava a festividade das Trevas]. Junto com: IV. ANACRISIS HISTORIAL DEL ORIGEN, Y FUNDACION Y ANTIGUDAD, DE LA NOBILISIMA, Y SIEMPRE LEAL CIUDAD, DE O PORTO. [Seguido de]: EPISCOPOLÓGIO DA LA SANCTA IGLESIA DE O PORTO. Por Manuel Pereira de Novais. [Obra com a história documentada da fundação da cidade e do governo da Igreja do Porto, da vida civil e dos aspectos monumentais da cidade desde o início dos tempos pré-fundacionais; escrita pelo Padre Frei Manuel Pereira de Novais reitor da Universidade Eclesiástica de Santiago de Compostela e do Mosteiro de San Martin El Real, onde hoje é o Seminário. Junto com as biografias de todos os bispos do episcopado do Porto (episcoplógio). Estas duas obras encontradas prontas para impressão são a continuação, ou o complemento, uma da outra “escritas com paciência beneditina e uma assombrosa cópia de conhecimentos, no silêncio inspirador de uma célula dum convento, deixando materiais para a história civil e eclesiástica do Porto e mesmo da história da Igreja na Península Ibérica. O ilustre publicista José Pereira de Sampaio, conhecendo este manuscrito, entendeu, e muito bem, que devia ressuscitá-lo da poeira e do olvido dos arquivos, marcando a sus passagem pela Biblioteca Pública do Porto e prestando um alto serviço a todos os estudiosos…”]. Junto com: V. GEOGRAPHIA D’ENTRE DOURO E MINHO E TRÁS-OS-MONTES. Pelo Doutor João de Barros. [Ilustrado com levantamentos epigráficos. Obra contendo a descrição de todos os mosteiros destas regiões, activos e inactivos, à época do manuscrito, i. e., no reinado de D. João III, circa 1550]. Seguido e junto com: VI. HISTÓRIA DE LA FUNDACION DEL COLLEGIO DE LA COMPAÑIA DE PERNAMBUCO, HECHA EN EL AÑO DE 1576. JHS. MARIA. [Ilustrado com uma página fac-simile do manuscrito não autógrafo, posterior século XVI, escrito por ditado de um original desaparecido. Obra com um prefácio de José Lúcio de Azevedo em modo de aparato crítico à descrição dos primeiros missionários jesuítas, entre quais o padres Manuel da Nóbrega e João Aspilcueta Navarro, que se embrenharam nas selvas em pobreza primitiva, diferente da opulência que o Marquês de Pombal viria a banir no século XVIII]. Biblioteca Pública Municipal do Porto. Tipografia Progresso de Domingos Augusto da Silva. Pôrto. 1910-1919. Colecção completa em 12 volumes. De 24x17 cm. Com [29]-274; [29]-274 ; [44]-374-[8] ; xxx-288[iv]; x-250-[vi]; xxii-400-[vi] ; x-390-[vii]; [xiv]-341-[iv] ; [vii]-254-[iii]; e [vii]-300 ; [iii]-302-[xxxii] ; xix-128-[xvii] ; xii-71 pags. Encadernações com lombadas em pele com nervos e ferros a ouro. Exemplares de oxidação própria do papel afectando apenas as capas de brochura. €800 152. COLLECÇÃO CHRONOLOGICA DOS ASSENTOS DAS CASAS DA SUPPLICAÇÃO E DO CIVEL. Segunda Edição, augmentada com 33 Assentos, e diligentemente emendada dos frequentes erros e faltas da primeira, cuja mor e mais natural parte se refere ao Relatorio, que no fim vai estampado. COIMBRA: NA REAL IMPRENSA DA UNIVERSIDADE. 1817. Por Resolução de S. Magestade de 2 de Setembro de 1786. In 4º (de 21x14 cm) com lvi-571-[vii] pags. Encadernação da época inteira de pele. Contém Colecção de Assentos desde 1603 até 1817, fazendo parte da “Collecção da Legislação Antiga e Moderna do Reino de Portugal. Parte II. Da Legislação Moderna”. €200 153. COMBE, William. A HISTORY OF MADEIRA. With A Series of Twenty-seven coloured Engravings. ILLUSTRATIVE OF THE COSTUMES, MANNERS, AND OCCUPATIONS OF THE Inhabitants of that Island. LONDON: PUBLISHED BY R. ACKERMANN. 1821. In 4.º (de 27x19,5 cm) com v-118-(vi) pags. Encadernação ao gosto da época inteira de pele com ferros a ouro nas pastas, lombada e seixas. Exemplar por aparar apenas dourado por folhas à cabeça. Ilustrado com 27 magnificas águas tintas. Obra publicada sem nome do autor. Cabral do Nascimento, Estampas Antigas da Madeira, 65: “Vinte e seis das gravuras são deliciosas charges, e a última, já sem feição caricatural, representa a fortaleza do Ilhéu, o celebrado Loo Fort dos ingleses. O frontispício da obra tem uma vinheta que mostra uma vista do Funchal. O Sr. Alberto de Sousa, na sua já citada obra «Historia do Trajo Popular em Portugal» inclui vinte destas estampas, assim como duas da colecção Macphail, vilão e viloa, aquele muito no estilo de William Combe.” Binding: full calf replicating contemporary style (red marrocco gilt at spine; at board frames; and at inner edges). Paper edges front and below uncut; and gilt at the top one. Illustrated with 27 aquatint plates. Title page has also an aquatint colored vignette. First edition and printing. Work published anonymously, known written by William Combe, then 79 years old. The text is a critical survey of the costumes, manners and folklore of Madeira Island, illustrated with masterpiece printed drawings on the daily life and public characters. Contents of the survey are embellished with a poem after the initial prose. Together with the aquatints they intend to display character as well as public and private costumes, daily occupations, and promenades not without a deep touch of humor. List of plates: West View of Lee Fort (frontispiece); Inside of a Cottage; Rural Occupations; Peasants going to Market; Manner of Cultivating the Ground; A Farmer & his Daughter going to Town; Rural Toil; Costume peculiar to some of the Western Inhabitants of the Island; Fishermen; Manner of bringing Wine to Town when clear; Manner of drawing Pipes &c. by means of the Sledge; An Accident upon the Road; A Pior of the Order of St. Francis, & a Lay Brother; A Franciscan Friar collecting Donations for his Convent; A Franciscan Father on a Journey; Priests in different Attire; Lay Sisters of the Order of the Lady of Mount Carmel; A Nun and her Attendant; A Lady & her Servant going to Church; Usual Manner of Travelling in Hammocks; Manner of Visiting among the Ladies at Funchal; Members of the Senate; Official Dress of the members of the Camera or Senate on the Death of the King and Accession of his Successor; An Officer & private of the Garrison of Funchal. €6.000 154. COMPILAÇÃO DAS ORDENS DO DIA, DO QUARTEL GENERAL DO EXERCITO PORTUGUEZ, Concernentes a’ Organização. Disciplina, e Economia Militares na CAMPANHA DE 1809. LISBOA, NA IMPRESSÃO REGIA. ANNO 1811. In 12º. De 15x9 cm. Com [iv], 285 pags. Encadernação da época inteira de pele, cansada. Exemplar com carimbos de posse na folha de rosto. É só o primeiro volume de 7. Inocêncio IX, 81.“COMPILAÇÃO DAS ORDENS DO DIA do Quartel General do Exercito Portuguez, concernentes á organisação, disciplina e economia militares nas campanhas de 1809 a 1814, e tambem relalivas ao anno de 1815. Lisboa, na Imp. Regia 1811 a 1816. 8.º, 7 tomos. - Nos respectivos frontispicios vêem-se entrelaçadas em cifra as iniciaes J. J. A., que parece quererem significar o nome de Joaquim José Annaya. empregado que por aquelles annos servia na Repartição do Ajudante general do Exercito, e foi o encarregado d'esta Compilação. Cada um dos volumes tem no fim seu indice dos assumptos contidos por ordem alphabética, e no ultimo o indice geral de todos os septe. Note-se que todas as determinações concernentes ao exercito, mandadas adoptar pelo Marechal general W. C. Beresford, marquez de Campo-maior, e commandante em chefe do mesmo exercito, publicadas nas Ordens do dia de 1809 até 1820, tiveram força de lei, segundo se declara na carta regia de 11 de Novembro de 1811, que anda transcripta na collecção de Delgado, tomo de 1811 a 1820.“ €80 155. COMPROMISSO DA IRMANDADE DO SANTISSIMO SACRAMENTO, SITA NA PAROCHIAL IGREJA DE S. CHRISTOVAÕ, FEITO NOVAMENTE NO ANNO DE 1761, e approvado pelo Eminentissimo e Reverendissimo Senhor Cardeal Patriarcha no de 1763. LISBOA: Na Officina de FRANCISCO BORGES DE SOUSA. ANNO DE MDCCLXIV. [1764]. In fólio (de 30x20 cm) com [vii], 87 pags. Encadernação da época inteira de pele mosqueada, com coifa superior danificada. Ilustrado com vinheta na folha de rosto aberta por Bouteux; e com vinheta e capitular decorativa no início do texto. Inocêncio IX, 82. €600 156. CONSCIÊNCIA. (Padre Manuel) OBSEQUIOS AO FELICISSIMO ESPOSO DE MARIA, Dignissimo Pay Putativo de JESUS, O SENHOR S. JOZE’, PROPOSTO EM ALGUNS BREVES exercícios muy agradáveis ao mesmo Santo, e utilíssimos para alcançar o seu patrocínio na vida, e especialmente na morte; que devem fazer todos os seus devotos, e os que o desejaõ ser. A quem para isso os offerece o menor delles O P. MANOEL CONCIENCIA Da Congregação do Oratorio de Lisboa, Consultor do Santo Officio, e Examinador Synodal do Patriarcado, &c. LISBOA OCCIDENTAL: Na nova Officina de MAURICIO VICENTE DE ALMEIDA, M. DCC. XXXVII. [1737]. In 16º (de 9x7 cm) com 40 pags. Encadernação do século XIX inteira de pele com ferros a ouro na lombada e rolados nas esquadrias das pastas. Obra em miniatura. Contém encadernado juntamente em 12 fólios manuscritos português com uma Ladainha do Senhor S. José. Inocêncio V, 401 e XVI, 156: 'P. Manuel Consciencia, natural de Lisboa. Depois de receber na Universidade de Coimbra o grau de Licenciado em Direito Civil, abraçou o estado eclesiástico, ordenando se de Presbítero, e entrando na Congregação do Oratório de Lisboa em 1698. Morreu em 1739. Obsequios do felicissimo esposo de Maria, o senhor S. Joseph. Ibi, pelo mesmo 1715. 24.º Ibi, por Antonio Pedroso Galrão 1717. 24.º. Dos Obsequios fez se nova edição. Lisboa, na offic. de Domingos Gonçalves, 1760. 16.º de 32 pag. Outra edição: Lisboa, na regia offic. typographica, 1794. 16.º de 32 pag. As obras, todas morais e ascéticas, deste escritor são tidas em algum conceito pelos doutos, no tocante á propriedade e correcção da linguagem. Quem as ler não deixará de notar que ele tomára por guia e mestre no estilo e locução o seu confrade, e contemporâneo P. Manuel Bernardes, de quem se mostra aproveitado discípulo, bem que se lhe possa aplicar com verdade o sequiturque patrem non passibus æquis”. €150 157. CONSTITUIÇOENS DO ARCEBISPADO DE EVORA, Originalmente feitas por Mandado do Illmo. e Rmo. Senhor D. JOAÕ DE MELLO Arcebispo do dito Arcebispado Año de 1565. Novamente impressas por Ordem do Exmo. e Rmo. Senhor D. Fr. MIGUEL DE TAVORA Da Ordem dos Eremitas de S. Agostinho Arcebispo de Evora. EVORA, Na Officina da Universidade Anno M.DCC.LIII. [1753]. In fólio (de 32x23 cm) com [xx], 192, 284, [iii] pags. Encadernação da época inteira de pele, cansada e com cantos e lombada com falhas. Ilustrado com vinheta tipográfica na folha de rosto (brasão eclesiástico armoriado de Távora com coronel de marquês) e com vinhetas xilográficas decorativas no final de cada capítulo. Exemplar apresenta vincos de origem na execução tipográfica da folha de rosto; e manchas de humidade marginais através dos tranchefilas da lombada. Obra contém as Constituições nas primeiras 192 páginas e os Regimentos do Auditório Eclesiástico nas 294 páginas seguintes, com título 'Regimentos da sua Relação e Consultas, a Casa do Despacho, dos Oficiais de Justiça Eclesiástica, do governo do Arcebispado', seguindo-se nomeadamente: o Regimento da Chancelaria; o Regimento do Provisor; o Regimento do Vigário geral; o Regimento do Juiz dos Resíduos; o Regimento do Juiz dos Casamentos; o Regimento dos Desembargadores; o Regimento dos Visitadores; o Regimento do Vigário da Comarca de Beja; o Regimento dos Vigários das Varas; o Regimento do Promotor de Justiça; o Regimento dos Advogados; o Regimento do Escrivão da Casa do Despacho; o Regimento dos Escrivães do Auditório; o Regimento do Meirinho Geral; o Regimento do Escrivão da Vara e Armas; o Regimento do Distribuidor; o Regimento do Inquiridores; o Regimento do Depositário Eclesiástico; o Regimento do Alcaide do Aljube; o Regimento do Porteiro do Auditório; o Regimento do Solicitador de Justiça; o Regimento do Solicitador dos presos; o Regimento das Residências; o Regimento para os Examinadores; do Economo e Depositário; do Escrivão do Depositário; e outros regimentos. Inocêncio II, 101: “As mesmas Constituições e com o mesmo titulo se reimprimiram por ordem do Arcebispo D. Fr. Miguel de Tavora, Evora, na Offic. da Universidade 1753. fol. De xx 192 pag. - A que se ajuntou sob nova numeração de pag. 1 a 287 os Regimentos do Auditorio Ecclesiastico do Arcebispado de Evora e da sua Relação e Consultas etc”. €600 158. CONSTITUIÇÕES SYNODAES DO ARCEBISPADO DE LISBOA, NOVAMENTE FEITAS NO SYNODO DIOCESANO, que se celebrou na Sé Metropolitana de Lisboa o Illustrissimo, e Reverendissimo Senhor D. Rodrigo da Cunha Arcebispo da Mesma Cidade, do Conselho de Estado de S. Magestade, em os 30 dias de Mayo do anno de 1640; CONCORDADAS COM O SAGRADO CONCILIO TRIDENTINO, E COM O Direito Canonico, e com as Constituições antigas, e Extrevagantes primeiras, e segundas deste Arcebispado; Acrescentadas nesta segunda impressaõ comhum copioso Reportorio; LISBOA ORIENTAL, NA OFFICINA DE FILIPPE DE SOUSA VILLELA. MDCC.XXXVII. [1737] In fólio de 29x19,5 cm. com [vi], 666 [aliás 662] pags. Encadernação da época inteira de pele com nervos, rótulo vermelho e ferros a ouro na lombada. Corte das folhas marmoriado. Folha de rosto impressa a duas cores. Inocêncio II, 105. “Constituições synodaes do Arcebispado de Lisboa, novamente feitas no Synodo Diocesano, que celebrou o Arcebispo D. Rodrigo da Cunha aos 30 de Maio de 1640. Lisboa, por Paulo Craesbeeck 1646. fol. - E ibi, 1656, fol. com um copiosissimo repertorio feito por Jorge Serrão. Foram impressas ultimamente, Lisboa Oriental, por Filippe de Sousa Villela 1737. fol. de VI 666 pag., que é a edição mais vulgar, de que possuo um exemplar, e tenho visto outros, comprados por preços de 1:600 a 1:920 réis.” €800 159. CONSTITVIÇOENS SYNODAES DO BISPADO DE LAMEGO, Feitas pello Illustrissimo, & Reverendissimo Senhor D. MIGVEL DE PORTVGAL, PVBLICADAS, E ACEITAS NO SYNODO, que o dito Senhor celebrou em o anno de 1639. E agora impressas Por mandado do illustrissimo, & Reverendissimo Senhor D. Fr. LVIS DA SYLVA, BISPO DO DITO BISPADO DE LAMEGO, do Conselho de S. Alteza. Na Officina de MIGVEL DESLANDES. M. DC. LXXXIII. [1683] In fólio de 27x20,5 cm. Com [viiii], 644 pags. Encadernação da época em pergaminho flexivel. Impressão barroca muito nítida impressa sobre papel de linho muito alvo, adornada com o brasão do bispo de Lamego gravado na folha rosto, vinhetas e capitulares. Exemplar muito limpo, com margens muito generosas e anotações coevas. Edição rara. Inocêncio II, 104. 'Constituições, etc... feitas pelo bispo D. Miguel de Portugal. Lisboa 1683. fol. - Monsenhor Ferreira Gordo teve um exemplar d'esta edição comprado por 3:200 réis.' Pinto de Matos, 176. 'As Constituições do Bispado de Lamego são estimadas e poucas vezes aparecem á venda.' €1.500 160. CORDEIRO. (Luciano) SOROR MARIANNA A FREIRA PORTUGUEZA. Segunda edição. Illustrada correcta e augmentada sobre novos documentos. [Tipografia da Real Academia das Ciências de Lisboa]. Livraria Ferin. Lisboa. S/ d. [1890]. De 21x14 cm. Com 349 pags. Encadernação com lombada e cantos em pele. Ilustrado com gravuras extra-texto e um retrato de Luciano Cordeiro em anterrosto. Exemplar preservando capas de brochura. €90 161. CORREIA DE CAMPOS. (J. A.) ARQUEOLOGIA ÁRABE EM PORTUGAL. Edição do autor. Lisboa. 1965. De 29x21 cm. Com 326 pags. Encadernação do editor. Ilustrado. Exemplar com falta da sobrecapa de protecção. €120 162. CORREIA DE CAMPOS. (José Augusto) IMAGENS DE CRISTO EM PORTUGAL. [Por]… do Instituto de Arqueologia, História e Etnografia. Livraria Bertrand. Lisboa. S/d [1963]. De 25x17 cm. Com xvii-184 pags. Encadernação com lombada e cantos em pele. Ilustrado com 99 estampas em extra-texto impressas sobre papel couché. Exemplar por abrir, com leves manchas de humidade, e com dedicatória do autor. Obra (do mesmo autor de Monumentos da Antiguidade Árabe em Portugal) com a recolha e levantamento no terreno, e com a teorização em importantes capítulos introdutórios sobre a génese da simbologia cristã na Península Ibérica. €80 163. CORREIA GUEDES. (Natália Brito) O PALÁCIO DOS SENHORES DO INFANTADO DE QUELUZ. [Oficinas Gráficas da Editorial Minerva]. Livros Horizonte. 1971. De 29x23 cm. Com 383 pags. Encadernação do editor preservando sobrecapa de protecção. Ilustrado em extra-texto sobre papel couché. Obra impressa em papel creme de elevada qualidade. Estudo orientado pelo Professor Mário de Tavares Chicó. €80 164. CORTE REAL. (Jerónimo) NAUFRAGIO DE SEPULVEDA, COMPOSTO EM VERSO HEROICO, E OITAVA RIMA POR… NOVA EDIÇÃO CONFORME A’ PRIMEIRA DE 1594. LISBOA. MDCCCXL. [1840] NA TYPOGRAFIA ROLLANDIANA. Obra em 2 volumes. In 12º (11x8 cm) com 212 e 212 pags. Encadernações inteiras de pele mosqueada com ferros a ouro na lombada e nos rótulos vermelhos. 3ª edição desta importante obra da poesia portuguesa. Inocêncio III, 262: 'Jeronymo Corte-Real, Senhor do morgado de Palma, e Capitão-mór de uma armada nos mares da India, onde militava pelos annos de 1571, regressando para Lisboa pouco tempo depois; porquanto já aqui se achava, ao que parece, em 1574. Nasceu provavelmente não longe do anno 1540. A sua naturalidade é, quanto eu posso julgar, ainda duvidosa. Alguns o deram nascido em Evora; o P. João Baptista de Castro, não sei com que fundamento, affirma no Mappa de Portugal, tomo IV pag. 84, que fôra natural de Lisboa; e Barbosa no tomo IV da Bibl. colloca o seu nome entre os dos auctores cuja patria se ignora. Diz-se que morrêra nas propriedades do seu morgado em 1593. « Naufragio e lastimoso successo da perdição de Manoel de Sousa de Sepulveda &» D. Lianor de Sá sua mulher & filhos, vindo da India para este Reyno na nao chamada o galião grande S. Ioão que se perdeo no cabo da boa Esperança, na terra do Natal. E a perigrinação que tiuerão rodeando terras de cafres mais de 300 legoas tè sua morte. Composto em verso heroico & octava rima. Na oflicina de Simão Lopez 1594. 4.º de IV-206 folhas, numeradas só na frente. (Sahiu posthumo, por diligencia de Antonio de Sousa genro do auctor. Ha d'esta edição na Bibl. Nacional um exemplar.) Segunda edição; Lisboa, na Typ. Rollandiana 1783. 8.º de XVI-351 pag. (Foi feita por industria do livreiro-impressor Francisco Rolland; e diz este no prologo, que seguíra escrupulosamente a orthographia da primeira edição.) Terceira edição. Ibi, na mesma Typ. 1842. 16.º 2 tomos'. €300 165. CORTE REAL. (Jerónimo) NAUFRAGIO E LASTIMOSO SUCCESSO DA PERDIÇAÕ DE MANOEL DE SOUSA DE SEPULVEDA, E LIANOR DE SÁ, sua Mulher, e Filhos, Vindo da India para este Reyno na Náo chamada o Galiaõ de S. Joaõ, que se perdeu no cabo da Boa-Esperança na terra do Natal; E a Peregrinaçaõ, que tiveram rodeando terras de Cafres, mais de 300 léguas, té sua morte; Composto em Verso heróico e octaua rima [NAUFRAGIO DE SEPULVEDA] POR JERONIMO CORTE REAL. LISBOA, Na Typographia Rollandiana. 1783. In 8º (de 15x10 cm.) com xiv-(i)-351 pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada, cansada e danificada nos cantos e trabalho de traça no interior da pasta posterior. Corte por folhas carminado, Exemplar com títulos de posse de várias épocas manuscritos na folha de rosto e leves vestigios marginais de trabalho de traça. 2ª edição desta importante obra da poesia portuguesa. Inocêncio III, 262: 'Jeronymo Corte-Real, Senhor do morgado de Palma, e Capitão-mór de uma armada nos mares da India, onde militava pelos annos de 1571, regressando para Lisboa pouco tempo depois; porquanto já aqui se achava, ao que parece, em 1574. Nasceu provavelmente não longe do anno 1540. A sua naturalidade é, quanto eu posso julgar, ainda duvidosa. Alguns o deram nascido em Evora; o P. João Baptista de Castro, não sei com que fundamento, affirma no Mappa de Portugal, tomo IV pag. 84, que fôra natural de Lisboa; e Barbosa no tomo IV da Bibl. colloca o seu nome entre os dos auctores cuja patria se ignora. Dizse que morrêra nas propriedades do seu morgado em 1593. « Naufragio e lastimoso successo da perdição de Manoel de Sousa de Sepulveda &» D. Lianor de Sá sua mulher & filhos, vindo da India para este Reyno na nao chamada o galião grande S. Ioão que se perdeo no cabo da boa Esperança, na terra do Natal. E a perigrinação que tiuerão rodeando terras de cafres mais de 300 legoas tè sua morte. Composto em verso heroico & octava rima. Na oflicina de Simão Lopez 1594. 4.º de IV-206 folhas, numeradas só na frente. (Sahiu posthumo, por diligencia de Antonio de Sousa genro do auctor. Ha d'esta edição na Bibl. Nacional um exemplar.) Segunda edição; Lisboa, na Typ. Rollandiana 1783. 8.º de XVI-351 pag. (Foi feita por industria do livreiro-impressor Francisco Rolland; e diz este no prologo, que seguíra escrupulosamente a orthographia da primeira edição.)” €300 166. CORTE REAL. (Jerónimo) SVCESSO DO SEGVNDO CERCO DE DIV. ESTANDO DOM JOHAM MAZCARENHAS POR CAPITÃO DA FORTALEZA. Anno de 1546. Fielmente copiado da Ediçam de 1574. POR BENTO JOSE DE SOVSA FARINHA, Professor Regio de Filozofia, e socio da Academia das Sciencias de Lisboa. LISBOA: NA OFFIC. DE SIMAM THADDEO FERREIRA. Anno M. DCC. LXXXIIII. (1784). De 15x10 cm. Com xvi-436 pags. Encadernação da época inteira de pele. Reedição oitocentista do poema quinhentista em verso endecassilábico dedicada ao Rei Dom Sebastião. Inocêncio III, 262: 'JERONYMO CORTE-REAL, Senhor do morgado de Palma, e Capitão-mór de uma armada nos mares da India, onde militava pelos annos de 1571, regressando para Lisboa pouco tempo depois porquanto já aqui se achava, ao que parece, em 1574. Nasceu provavelmente não longe do anno 1540. A sua naturalidade é, quanto eu posso julgar, ainda duvidosa. Alguns o deram nascido em Evora o P. João Baptista de Castro, não sei com que fundamento, affirma no Mappa de Portugal que fôra natural de Lisboa e Barbosa no tomo IV da Bibl. colloca o seu nome entre os dos auctores cuja patria se ignora. Diz-se que morrêra nas propriedades do seu morgado em 1593. Além da merecida fama que adquiriu de poeta distincto, obteve tambem entre os seus contemporaneos a de mui habil na arte da pintura. Consta o Cerco de Diu de vinte e um cantos, em versos hendecasyllabos soltos. Na opinião dos criticos este poema tem merito pela abundancia e belleza de suas comparações, quasi sempre frizantes e originaes pelas suas descripções, que denunciam no poeta um talento e vocação especial para o genero descriptivo e finalmente pelo vigor do colorido, e fogo militar, que alardêa nas descripções dos combates. A linguagem e em geral pura, e elegante porém o estylo nem sempre é tão poetico como seria para desejar por isso descáe muitas vezes em modos de dizer rasteiros, e menos dignos da magestade da epopéa, e da poesia elevada. Sahiu traduzido em verso castelhano por Fr. Pedro de Rodillas, e foi impresso em Alcalá, l597. Brunet menciona no seu Manual um exemplar d'esta traducção, vendido por 1 £ 14.sh, pertencente á livraria de Heber'. €400 167. CORTESÃO. (Armando) HISTÓRIA DA CARTOGRAFIA PORTUGUESA. Por… Agrupamento de Estudos de Cartografia Antiga. Secção anexa á Universidade de Coimbra. Junta de Investigações do Ultramar. Coimbra. 1969 e 1970. 2 volumes. De 31x22 cm. Com 325 e 481 pags. Encadernações do editor. Ilustrados. Obra impressa sobre papel creme “Porto Cavaleiros”. Contém 2º volume com “História da Náutica” (ou navegação astronómica) por Luís de Albuquerque. €300 168. CORTESÃO. (Armando) HISTORY OF PORTUGUESE CARTOGRAPHY. By… Agrupamento de Estudos de Cartografia Antiga. Secção anexa á Universidade de Coimbra. Junta de Investigaçõs do Ultramar. Coimbra. 1969 e 1971. 2 volumes. De 31x22 cm. Com 323 e 469 pags. Encadernações do editor. Ilustrados. Obra impressa sobre papel creme “Porto Cavaleiros”. Contém 2º volume com História da Náutica (“with two chapters on history of astronomical navigation” by) por Luís de Albuquerque. €300 169. CORTESÃO. (Armando) THE NAUTICAL CHART OF 1424. And Early Discovery and Cartographical representation of America. By… former Counsellor for the History of Science at UNESCO and former vice-president of the International Academy for the History of Science. With a forword by Prof. Dr. Maximiliano Correia Universitatis Rector. University of Coimbra. 1954. De 40x31 cm. Com xix-123 pags. Encadernação editorial acondicionada dentro de estojo. Ilustrado com 31 estampas e mapas desdobráveis (de 1424, de 1439, de 1464, e de 1482) com representações das Antilhas e da América cerca de 100 anos antes da sua identificação oficial. Exemplar nº 231 assinado pelo autor e com ex-libris da Biblioteca Capucho. Obra de grande qualidade tipográfica “printed by the Imprensa de Coimbra Limitada, printers to the University”. Contém quadros com nomes de lugares e ilhas nas costas de Espanha, bem como várias representações das ilhas Canárias. €400 170. CORTESÃO. (Jaime) OS DESCOBRIMENTOS PORTUGUESES. Editora Arcádia. Lisboa. S/d [1958 ]. De 21x24 cm. Com 556 e 443 pags. Encadernações do editor inteiras de pele com ferros a ouro em super-libris. Profusamente ilustrado com mapas e gravuras a cores e a p/b em extra-texto. €200 171. CORTESÃO. (Jaime) PORTUGAL A TERRA E O HOMEM. Apresentação de Urbano Tavares Rodrigues. Ilustrações de Manuel Lapa. Realizações Artis. De 29x21 cm. Com 283 pags. Encadernção editorial. Profusamente ilustrado com fotogravuras extra-texto; vinhetas decorativas; e reproduções de obras de arte portuguesas. €150 172. CORTEZ VALENCIANO. (Jeronymo) O NON PLUS ULTRA DO LUNARIO, E PROGNÓSTICO PERPETUO GERAL, e particular para todos os Reinos, e Províncias. COMPOSTO POR... JERONYMO CORTEZ, VALENCIANO. Emendado conforme o Expurgatorio da Santa Inquisição, e traduzido em Portuguez por ANTONIO DA SILVA DE BRITO. E no fim vai accrescentado co uma invenção curiosa de huns apontamentos, e regras para que se saibão fazer prognósticos, discursos annuaes sobre a falta, ou abundancia do anno, e hum memoravel de remedios universaes para varias enfermedades. LISBOA. Na Officina de DOMINGOS GONSALVES. Anno MDCCLVII. (1757). De 15x10 cm. Com (iv)-316 pags. Encadernação da época inteira de pele. Ilustrado com curiosas vinhetas tipográficas alusivas aos capítulos, aos signos do Zodíaco e aos planetas, capitulares xilograficas, tabelas e figuras para calcular o numero áureo e as letras dominicais. Profusamente ilustrado com vinhetas. Famoso tratado astrológico e de medicina popular em forma de almanaque. Inocêncio I, 269 e VIII, 305. “Antonio Da Silva De Brito, cujas circumstancias pessoaes foram ignoradas de Barbosa, e tambem não vieram ainda ao meu conhecimento. O Non plus ultra do Lunario e Prognostico Perpetuo geral e particular para todos os reinos e provincias, composto por Jeronymo Cortez, Valenciano, emendado conforme o expurgatorio da Santa Inquisição, e traduzido em portuguez. Lisboa, por Miguel Manescal 1703. 8.o‑Coimbra, por José Antunes da Silva 1730. 8.o - Lisboa, 1757. 8.o‑Ibi, por Francisco Borges de Sousa 1768. 8.o de VIII? pag., que é a edição que possuo. - Ibi, por Joaquim Thomás de Aquino Bulhões 1805. 8.o - Ibi, na Imp. Regia 1820 8.o‑Ultimamente accrescentado, ibi, na Typ. de Mathias José Marques da Silva 1850. 8º. Não creio que as sete edições indicadas sejam as unicas que d’este livro se tem feito. É provavel que mais algumas existam, que ainda não viessem á minha noticia. Da obra pode com pouca differença dizer‑se o mesmo que da antecedente. A edição do Non plus ultra do Lunario perpetuo (n.º 1507) citada com a data de 1757, e da Offic. de Domingos Gonçalves, e contém IV? pag.” €300 173. CORTEZ. (Jerónimo) FYSIOGNOMIA E VARIOS SEGREDOS DA NATUREZA. CONTE’M CINCO TRATADOS de differentes materias, revisto, e melhorados nesta ultima impressaõ. COMPOSTO POR JERONYMO CORTEZ, Natural da Cidade de Valença [Valencia, Espanha]. Agora novamente traduzido em Portuguez. POR ANTONIO DA SILVA DE BRITO. LISBOA. Na Officina de Francisco Borges de Sousa. Anno MDCCLXXXXCII. [1792]. In 8º (14,5x10 cm). Com 239 pags. Encadernação da época inteira de pele. Exemplar com pequena falha na coifa inferior da lombada. Inocêncio I, 269: “ANTONIO DA SILVA DE BRITO, cujas circunstancias pessoais foram ignoradas de Barbosa, e também não vieram ainda ao meu conhecimento. Fysionomia e varios segredos da Natureza; contém cinco tractados de differentes materias etc. traduzidos de Jeronymo Cortez, Valenciano. Lisboa, por Miguel Manescal 1699. 8.o. Esta obra, que se tornou popularíssima em Portugal, foi no decurso do século passado [Séc. XVIII] repetidas vezes reimpressa. Dentre todas as edições que dela se fizeram mencionarei só, por tel as agora á vista, a de Lisboa, na Off. de Domingos Gonçalves 1786, 8.o de VII 232 pag., que é talvez das mais correctas, e outra, ibi, na Off. de Francisco Borges de Sousa 1792. 8.o Ainda no século actual [XIX] têm continuado as reimpressões, das quais a ultima que conheço é de Lisboa, na Typ. de Mathias José Marques da Silva 1844. 8.o Bom fora que o seu mérito correspondesse a tão extraordinário consumo; porém desgraçadamente não passa de ser um amontoado de frioleiras e erros grosseiros de toda a espécie, apresentando a cada passo doutrinas, que a ciência tem desde longo tempo desterrado para o país das quiméras”. €300 174. COSTA E SÁ. (Anastasio da) NOVO ATLAS PARA USO DA MOCIDADE PORTUGUEZA, OU PRINCIPIOS CLAROS Para se aprender facilmente, e em pouco tempo A GEOGRAFIA: Com hum TRATADO METHODICO DA ESFÉRA, onde te explica o movimento dos Ástros, os diversos Systemas, e o uso dos Globos. TRADUCÇÃO Accrescentada, corregida, e Adonatada. LISBOA, Na Typografia Rollandiana. 1782. De 15x10 cm. Com xxiv-294-(i) págs. Encadernação da época inteira de pele. Ilustrado com XXIV [24] mapas desdobráveis com o levantamento físico e político enquadrado pelas coordenadas geográficas. A última página inumerada contém o sumário dos capítulos e a confirmação da colocação extra-texto de cada mapa em cada capítulo. Inocêncio IV, 220: 'Sem declaração do nome do tradutor, JOSÉ ANASTASIO DA COSTA E SÁ, Official da Secretaria de Estado dos Negocios da Marinha e Ultramar. Foi natural de Lisboa, e irmão mais novo de Joaquim José da Costa e Sá. Morreu pelos annos de 1820 a 1825'. €300 175. COSTA OLIVEIRA. (Domingos Augusto Alves da) RAÇAS CAVALLARES DA PENINSULA E MARCAS A FERRO que usam nas suas coudelarias os criadores e productores portugueses e hespanhoes. Por... Tenente de Cavalaria. Typographia Belenense de José Maria Borges Lousada. Lisboa. 1906. De 25x16 cm. Com 286 pags. Encadernação recente em percalina vermelha. Profusamente ilustrado com os ferros das coudelarias portuguesas (divididos por localidades) e das coudelarias espanholas (divididos por 'partidos' ou comarcas judiciais). Contém: mapa desdobrável com o povoamento coudélico na península Ibérica, nos Açores e na Madeira; desdobrável com o quadro dos mercados de gado espanhóis; desdobrável com os mercados mensais, especiais e gerais portugueses; desdobrável com genealogia do cavalo Rumboso, campeão português de origem andalusa de Guerrero e Hermanos em Jerez de la Frontera. Obra com a descrição de todas as raças cavalares espanholas e da organização, composição e regulamento dos serviços de remonta do exército espanhol e do exercito português; e a suas presenças nas feiras e pro-formas de aquisição de cavalos. Obra com uma bibliografia baseada em autores e obras esponholas e contando com dados portugueses do Recenceamento Geral de Gados. €300 176. COSTA. (Luiz Xavier) A MORTE DE CAMÕES. Quadro do pintor Domingos Antonio Sequeira. [Por]… sócio correspondente da Academia das Sciências de Lisboa. [Composição e impressão na Imprensa Libânio da Silva]. Lisboa. 1922. De 23x17 cm. Com 250-(ii) pags. Encadernação da época com lombada em pele. Ilustrado no texto e em extra-texto com gravuras sobre papel couché mate encorpado protegidas por folhas de papel vegetal; fac-similes desdobráveis de cartas do pintor Sequeira. Exemplar de uma tiragem 350 exemplares com extensa dedicatória do autor em anterrosto. €100 177. COSTA. (Mário Augusto) DO ZAMBEZE AO PARALELO 22º. Monografia do Território Manica Sofala sob administração da Companhia de Moçambique. [Por]… Capitão de Infantaria. Imprensa da Companhia de Moçambique. Beira 1940. De 25x19 cm. Com 256 pags. Encadernação com lombada e cantos em pele. Profusamente ilustrado com imagens que estabelecem os vários momentos na cronologia do contacto com os povos africanos; vistas aéreas da cidade da Beira e de muitas vilas; panoramas de edifícios públicos existentes e projectados; quadros de dados; e mapas. €150 178. CROOKE Y NAVARROT. (Juan, El Conde Vº de Valencia de Don Juan) CATÁLOGO HISTÓRICO-DESCRIPTIVO DE LA REAL ARMERIA DE MADRID. Por El Conde Vdo. de Valencia de Don Juan. Fototipias de Hauser y Menet. Madrid. MDCCCXCVIII [1898]. De 29x23 cm. Com xv-447-(iii) pags. Encadernação da época inteira de marroquin vermelho com super-libris armoriado da Casa Real espanhola gravado a ouro em ambas as pastas. Ferros rolados a ouro nos filetes e conchas interiores das pastas. Corte das folhas dourado à cabeça. Profusamente ilustrado com o catálogo descritivo das armas, armaduras, selas e freios, troféus militares, etc. Obra organizada por tipos de objectos, épocas, conflitos e batalhas; e com um glossário nas últimas 32 páginas finais. Exemplar número 44 da tiragem especial de 50 exemplares impresso sobre papel japão creme (tipo de papel couché fino acetinado). Exemplar com ex-libris da Biblioteca Capucho. €800 179. CRUZ E SILVA, António Diniz da. O HYSSOPE, POEMA HEROI-COMICO [coleção] De Antonio DINIZ da Cruz e Sylva. EM Londres [aliás, Paris].No Anno de 1802. [S/I.] In 12.° (de 15,5x9 cm) com iv, 115 pags. Encadernação da época inteira de pele, com pequenas falhas na lombada, e as folhas de guardas em papel decorativo com motivos vegetalistas. Junto com: IDEM; DE… LISBOA, NA TYPOGRAFIA ROLLANDIANA. 1808. In 8º pq. (de 17x11 cm) com 128 pags. Encadernação ao gosto da época inteira de pele com finos ferros a ouro na lombada. Exemplar com resumo bibliográfico e cronológico das edições manuscrito pela mão do Prof. Dr. Cortez Pinto: 'Esta edição de 1808, a 2ª que se fez, foi feita durante a Estada dos Franceses em Portugal, sendo os exemplares desta obra recolhidos logo que eles [franceses] foram expulsos'. Junto com: IBIDEM; Nova edição correcta, com variantes, Prefacio, e Notas. PARÎS. Na officina de A. BOBÉE. 1817. In 12º (de 17x11 cm) com xxxiii-(1)-137-(1) pags. Encadernação da época com cantos; coifas e charneiras da lombada reparados. Ilustrado com gravura. Exemplar com acidulação. Junto com: IBIDEM; Nova edição revista, correcta e ampliada de Notas. PARIZ, NA OFFICINA DE P. N. ROUGERON. 1821. In 12º (de 17x11 cm) com xxviii-198-(i) pags. Encadernação ao gosto da época com pastas em papel decorativo e lombada em pele com ferros a ouro. Ilustrado com gravura no ante-rosto. 3ª edição de Paris. Conjunto das primeiras 4 edições de uma das mais significativas obras da literatura portuguesa, proibida em Portugal e sujeita a severas punições, em diversos períodos da nossa história. A licença para publicação em Portugal, terá sido recusada, por isso foi impressa em Paris, com indicação falsa de Londres (prefácio da 3.º edição, Paris 1817). Esta edição 1802 foi proibida de circular em Portugal por um decreto de 18 de abril de 1803, emitido por Pina Manique, Chefe de Polícia, em Lisboa, sob a autoridade do ministro D. Rodrigo de Sousa Coutinho; sob pena de quem se encontra-se em sua posse e não a entrega-se ser condenado a um exílio de 10 anos na África. A segunda edição também rara foi publicada em Lisboa no ano de 1808. A cidade encontrava-se então sob o domínio do exército napoleónico, sendo também proibida a sua venda ou circulação em Setembro de 1808, logo após a expulsão dos franceses. A terceira e quarta edição foram impressas em Paris, 1817 e 1821. Martins de Carvalho enumera 24 edições até ao início do século XX (1921). Cruz e Silva inspirou o seu poema na disputa entre o bispo de Elvas, D. Lourenço de Lencastre, e o deão D. José Carlos de Lara, que ele testemunhou pessoalmente, quando residio em Elvas de 1764 a 1774. Como Bell descreve, Cruz e Silva 'foi chamado para ler a sua sátira ao Marquês de Pombal, na presença do bispo de Elvas D. Lourenço de Lencastre que ficou furioso... o poema foi demais para a gravidade do ministro, que o nomeou juiz no Rio de Janeiro (1776) '(pp. Português Literatura 273-4). O Hyssope mais tarde foi uma fonte de inspiração para o famoso escritor burlesco Francisco de Mello Franco, no seu poema Reino da Estupidez. Martins de Carvalho refere (p. 7) que muitos contemporâneos consideraram O Hyssope 'muito superior' a Pope, no seu Rape of the Lock. De origem humilde (o seu pai era carpinteiro e abandonou a família para emigrar para o Brasil, tendo a sua mãe sustentado a familia trabalhando como costureira), Cruz e Silva (Lisboa 1731-Rio de Janeiro 1799) estudou Direito em Coimbra. Foi co-fundador da Arcadia Ulyssiponense em 1756, serviu como juiz militar e desenvolveu uma reputação formidável como um poeta lírico e satírico. A maioria dos poemas de Cruz e Silva permaneceu inédito até depois de sua morte. Em julho 1790 Cruz e Silva foi enviado novamente para o Brasil, para ajudar no julgamento dos líderes da conspiração republicana em Minas, em que Tomás António Gonzaga, Cláudio Manuel da Costa, Manuel Inácio da Silva Alvarenga e outros homens de letras estavam envolvidos, e em 1792, foi nomeado chanceler da Relação no Rio de Janeiro. Seis anos mais tarde, foi nomeado conselheiro do Conselho Ultramarino, mas não viveu para voltar para a Europa. Inocêncio I, 124 (sem colação): observa que esta edição foi realmente impressa em Paris. Martins de Carvalho, As edições do 'Hyssope,' Apontamentos bibliographicos 1: em 1921 refere esta edição como 'pouco vulgar', e admitindo (p. 5) não possuir um exemplar. Ramos, A Edição de Língua Portuguesa em França (18001850) 2: colaciona iv, 115 pags. Palha 855: colaciona 113 pags. Pinto de Mattos (1970) p. 235: colaciona iv, 115 pags. AvilaPerez 2134. Não pressente em Ameal ou Monteverde. Não presente em Azevedo-Samodães, que cita apenas a Paris, 1817 edição. Bell, Literatura Portuguêsa pags. 273-4. NUC: MH. Ficha extraida em grande parte de Special List 165 - Richard C. Ramer - Old & Rare Books. N.º 172. FIRST EDITION, rare, of this famous burlesque poem on the use of Gallicisms. Contemporary binding with gilt letter, edges of covers milled, text-block edges sprinkled. Small typographical vignetteon title page and one illustrated woodcut at page 100 with terrestrial globe. Permission to print it in Portugal having been refused, it was printed instead in Paris, with a false imprint of London (so noted in the preface to the Paris, 1817 edition). This 1802 edition was forbidden to circulate in Portugal by an edict of 18 April 1803 issued by Pina Manique, Chief of Police in Lisbon, on the authority of Minister D. Rodrigo de Sousa Coutinho; anyone who did not turn in his copy was subject to a 10-year exile in Africa. The second edition, Lisbon, 1808, was forbidden to be sold or circulated in September 1808, after the expulsion of the French, and is also rare. The third and fourth editions were printed in Paris, 1817 and 1821. Martins de Carvalho lists 24 editions by the early twentieth century. Cruz e Silva based his poem on the quarrel between the bishop of Elvas, D. Lourenço de Lancastre, and the dean, D. José Carlos de Lara, which he witnessed first-hand while resident in Elvas from 1764 to 1774. As Bell recounts the tale, Cruz e Silva “was summoned to read his satire to the all-powerful [Marques de] Pombal in the presence of the infuriated bishop … the poem proved too much for the gravity of the minister, who appointed him a judge in Rio de Janeiro (1776)” (Portuguese Literature pp. 273-4). O Hyssope was later a source of inspiration for Francisco de Mello Franco’s well-known burlesque poem Reino da estupidez. Martins de Carvalho notes (p. 7) that many contemporaries considered O Hyssope 'muito superior' to Pope’s Rape of the Lock. Of humble origins (his father was a carpenter who abandoned the family to emigrate to Brazil, while his mother supported them working as a seamstress), Cruz e Silva (Lisbon 1731-Rio de Janeiro 1799) studied law at Coimbra. He co-founded the Arcadia Ulyssiponense in 1756 and, while serving as a military judge, developed a formidable reputation as a lyric poet and satirist. Most of Cruz e Silva’s poems remained unpublished until after his death. In July 1790 Cruz e Silva was sent again to Brazil to assist in trying the leaders of the Republican conspiracy in Minas, in which Tomás António Gonzaga, Claudio Manuel da Costa, Manuel Inácio da Silva Alvarenga and other men of letters were involved, and in December 1792 he became chancellor of the Relação in Rio. Six years later he was named councillor of the Conselho Ultramarino, but did not live to return home. Inocêncio I, 124 (without collation): noting that this edition was actually printed in Paris. Martins de Carvalho, As edições do “Hyssope,” Apontamentos bibliographicos 1: “pouco vulgar” (in 1921), and noting (p. 5) that he did not own a copy. Ramos, A edição de língua portuguesa em França (1800-1850) 2: calling for iv, 115 pp. Palha 855: calling for 113 pp. Pinto de Mattos (1970) p. 235: calling for iv, 115 pp. Avila-Perez 2134. Not in Ameal or Monteverde. Not in Azevedo-Samodães, which cites only the Paris, 1817 edition. Bell, Portuguese Literature pp. 273-4. NUC: MH. Description extracted mainly from Special List 165 - Richard C. Ramer - Old & Rare Books. No. 172. €1.200 180. CRUZ E SILVA. (António Diniz da) ODES PINDARICAS, POSTHUMAS DE ELPINO NONACRIENSE. COIMBRA, na Imprensa da Universidade, 1801. In 16º (de 13x8 cm) com 258-(i) pags. Encadernação da época em pergaminho flexível. Inocêncio I, 123: Antonio Diniz da Cruz e Silva, Cavaleiro professo na Ordem de S. Bento d’Avis, Doutor na faculdade de Direito Civil pela Universidade de Coimbra; seguiu os logares de magistratura até o de Chanceler da Relação do Rio de Janeiro; sendo ultimamente nomeado Conselheiro do Conselho Ultramarino, cargo de que consta tomara posse, mas que não chegou a exercer. Nasceu em Lisboa, na freguesia de Santa Catarina a 4 de Julho de 1731, e morreu no Rio de Janeiro no ano de 1799 ou principio de 1800, sem que todavia seja possível designar a data precisa do seu falecimento. ODES PINDARICAS posthumas d’Elpino Nonacriense. Coimbra, na Imp. da Univ. 1801. 16.º de 258 pag. ODES PINDARICAS de Antonio Diniz da Cruz e Silva, chamado entre os pastores da Arcadia Portugueza Elpino Nonacriense. Londres, na Off. de T. C. Hansard. 1820. 12.º gr. de VI 224 pag. Estas duas edições das Odes pouco diferem entre si. A segunda recomenda-se pela maior nitidez dos tipos. Ambas porém são incompletas, pois compreendem apenas 34 odes em vez das 44 que se acham na edição de Trigoso. Comparando-as vê-se, que nesta última acrescem as odes I, XII, XV, XIX, XXXVII, XXXIX, XL XLI, XLIII, XLIV. Todavia a lição das odes nas edições de Coimbra e Londres e em geral preferível à de Lisboa, porque o editor desta, apesar da sua preconizada erudição, nem sempre foi feliz na escolha das variantes, e aproveitou algumas vezes o pior”. €300 181. CRUZ. (Humberto da) A VIAGEM DO “DILLY” LISBOA-TIMOR-MACAU-ÍNDIA-LISBOA. 25 de Outubro de 1934 21 de Dezembro de 1934. [Por] Tenente-Aviador… Sintra. 1935. De 27x18 cm. Com 271 pags. Encadernação em percalina. Ilustrado com fotogravuras no texto. Exemplar com ex-libris armoriado. Obra com a descrição dos pioneiros da aviação na grande travessia aérea entre Lisboa e Dili em Timor; com passagem por Macau. €80 182. CUNHA RIVARA. (Joaquim Heliodoro da) VIAGEM DE FRANCISCO PYRARD DE LAVAL. Contendo a notícia de sua navegação às Índias Orientais, Ilhas de Maldiva, Maluco e ao Brasil, e os diferentes casos que lhe aconteceram na mesma viagem nos dez anos que andou nestes países (1601 a 1611). Com a descrição exacta dos costumes leis, usos, polícia e governo; do trato e comércio que nelas há; dos animais, árvores, frutas e outras singularidades que ali se encontram. Versão portuguesa correcta e anotada por… Edição revista e actualizada por A. de Magalhães Basto. Biblioteca Histórica Série Ultramarina. Livraria Civilização, Editora. Porto. 1944. Obra em 2 volumes. De 22x16 cm. Com 336 e 375 pags. Encadernações da época com lombadas e cantos em pele. Obra de Pyrard de Laval vem suprir a falta de uma corografia ultramarina quinhentista com a perspicácia de observação, o colorido da narrativa e o pitoresco do pormenor que faltava nas descrições portuguesas suas contemporâneas. €120 183. CUNHA. (Antonio A. R. da) CINTRA PINTURESCA ou Memória Descriptiva das Villas de Cintra e Collares e seus arredores. Nova Edição profusamente illustrada e desenvolvida com muitas annotações. Por… (Membro da Sociedade Litteraria Almeida Garrett). Empreza da História de Portugal Sociedade Editora. Lisboa. 1905. De 28x20 cm. Encadernação da época com lombada em tela. Ilustrado com as imagens da vida quotidiana na região saloia: a saída da igreja; os burriqueiros; os tipos saloios; a estação de caminhos-de-ferro de Sintra; as festas da Senhora do Cabo em 1902; o interior e exterior de vários tipos de casas e cottages, os palácios reais e as cavalariças reais, etc. Exemplar com ex-libris armoriado. €180 184. CURCIUS RUFUS, Quintus. QUINTO CURCIO RUFO, DE LA VIDA, Y ACCIONES DE ALEXANDRO EL GRANDE, traducido de la lengua latina en española por Don Matheo Ibañez de Segovia y Orellana, Marquez de Corpa. Madrid, Lorenço Francisco Mojados,M. DCC. XXIII. [1723] In fólio de 28x20,5 cm. com [xxiv] 363, [v] pags. Encadernação da época inteira de pele mosqueada, corte das folhas carminado. Texto a duas colunas. É a biografia mais clássica do grande Alexandre, numa boa tradução castelhana. Palau 1990, II 350. €1.200 185. CURVO SEMEDO, João. POLYANTHEA MEDICINAL. NOTICIAS GALENICAS, E CHIMICAS, Repartidas em tres Tratados, DEDICADAS A’S SAUDOSAS MEMORIAS, E VENERANDAS CINZAS DO EMINENTISSIMO SENHOR CARDEAL DE SOUSA, ARCEBISPO DE LISBOA, CAPELLAM MO’R do Serenissimo Senhor Rey D. Pedro II, e seu Conselheiro de Estado: POR MÃOS DO EXCELLENTISSIMO SENHOR D: PEDRO ANTONIO DE NORONHA, MARQUEZ, E SENHOR DE ANGEJA, BEMPOSTA, PINHEIRO, e suas dependências, Commendador das Commendas de Aljezur da Ordem de Santiago, S. Salvador de Moycoz, [etc] Vice-Rey que foy no Estado da India, Mestre de Campo General [etc] e agora Vice-Rey do Estado do Brasil, &c. POR JOAÕ CURVO SEMMEDO. Cavaleiro Professo da Ordem de Christo, Familiar do Santo Officio, Medico da Casa Real. QUINTA VEZ IMPRESSA POR SEU FILHO O R. IGNACIO CURVO SEMMEDO. LISBOA OCCIDENTAL, Na Officina dos Herdeiros de ANTONIO PEDROZO GALRAM. M. DCC. XLI. [1741]. In fólio (de 30x22 cm.) com [lx], 879, 11, 32, [iv] pags. Encadernação da época inteira de pele com nervos, rótulo vermelho e belos ferros a ouro na lombada que apresenta pequena falha de pele na coifa superior. Exemplar com leves vestígios de humidade e falta de 3 gravuras (anterrosto gravado, retrato do autor e brasão do Cardeal de Sousa) que normalmente não constam nos exemplares. Obra clássica da ciência médica portuguesa publicada pela primeira vez em 1695. Inocêncio (III, 357 e x, 231) não viu esta edição: “João Curvo Semmedo, Cavalleiro professo na Ordem de Christo, Licenceado na Faculdade de Medicina pela Universidade de Coimbra, Medico da Casa Real, Familiar do Santo Officio (esta distinção foi durante muitos anos solicitada ardentemente pelos nossos médicos, e della se prezavam como de um salvo-conducto, para arredarem de si o labéo de christãos-novos, lançado, com razão ou sem ella, sobre outros seus collegas). Nasceu na villa de Monforte no Alentejo, em 1635, e morreu em Lisboa em 1719. O Dr. Curvo foi no seu tempo médico de grande fama, e experiência, com a qual inventou alguns remédios especiais, e de muita utilidade, menos aqueles sympathicos e antipathicos, que os sabios modernos, fundados em melhores e irrefragaveis experiencias, reprovam como ficções dos antigos. Feijó no tomo I das Cartas eruditas, carta 17.ª, justamente o censura nesta parte, condenando-o tambem de muito crédulo, e sem criterio em muitas cousas: porém no mais é merecedor da estimação que dele se faz. Em todo o caso, é dos nossos antigos autores de medicina o que escreveu com maior correção e propriedade de linguagem, no tocante à sua faculdade; e por isso os críticos o reputam como texto nesta parte. Polyanthea medicinal, noticias galenicas, e chymicas repartidas em tres tractados. Dedicados á saudosa memoria do em.mo sr. Cardeal de Sousa, etc. Lisboa, por Miguel Deslandes 1695. fol., com o retrato do auctor primorosamente gravado. Sahiu segunda vez accrescentada, ibi, por Antonio Pedroso Galrão 1709. fol. Terceira vez impressa e augmentada, ibi, pelo mesmo 1716. fol. N'esta edição (que é a preferida) o retrato differe consideravelmente do da primeira, sendo muito inferior na execução artistica. Sahiu por quarta vez, ibi, pelo mesmo 1727. fol. A edição da Polyanthéa (n.º 700) feita por Antonio Pedroso Galrão, é de 1703 e não de 1709, como erradamente se imprimiu. Parece que a 6.ª edição foi de 1741. Tem exemplares a bibliotheca nacional, d’estas edições, desde a de 1697”. In folio (30x22 cm.) Binding: contemporary full calf gilt at spine with beautiful tools. Small damage at top of spine. Copy with slight traces of moisture and lacking of 3 engravings (anterrosto, engraved portrait of the author, and coat of arms of Cardinal de Sousa) that normally appear in the copies. Under the title “Digest of Galenical and Chemical News” stands a Portuguese classical work on modern medical science, first published in 1695. João Curvo Semedo, Knight of the Order of Christ, master in medicine at the University of Coimbra, Physician to the Royal Household of the Santo Ofício. He was born in the town of Monforte, in Alentejo, in 1635, and died in Lisbon in 1719. Dr. Curvo Semedo was in his time of great fame and experience, and invented some special remedies. He is amongst our ancient authors who wrote on medicine with great accuracy of language, as refered by Inocêncio (III, 357 and X, 231) who did not see this work. €1.200 186. CUVIER. (Georges) QUADRO ELEMENTAR DA HISTORIA NATURAL DOS ANIMAES. POR Mr. CUVIER. TRADUZIDO EM PORTUGUEZ E OFFERECIDO A S. A. R. O PRINCIPE R. N. S. POR ANTONIO D'ALMEIDA, CAVALLEIRO DA ORDEM DE CHRISTO, CIRURGIÃO DA REAL CAMARA, LENTE D'OPERAÇOENS NO HOSPITAL REAL DE S. JOZE EM LISBOA, E MEMBRO EFFECTIVO DO REAL COLLEGIO DOS CIRURGIOENS DE LONDRES. LONDRES: IMPRESSO POR H. BRYER, BRIDGE STREET, BLACKFRIARS. [Anno 1815]. Obra em 2 volumes. In 8.º de 21x12 cm. Com xix-458 e 424-xxix pags. Encadernações da época inteiras de pele com finos ferros a ouro nas lombadas. Profusamente ilustrado com 14 litografias. O 2º volume apresenta um carimbo oleográfico de posse na folha de rosto. As folhas de rosto de ambos os volumes com leves vestígios de acidulação. Ilustrações. No 1º volume: 7 estampas litografadas de J. Walker com aspectos anatómicos que permitem a classificação dos mamíferos e aves 1 tabela desdobrável com a classificação geral das classes dos animais 1 tabela desdobrável com a classificação dos mamíferos 1 tabela desdobrável com a classificação das aves 1 tabela desdobrável com a classificação dos répteis 1 tabela desdobrável com a classificação dos peixes. No 2º volume: 7 estampas litografadas de J. Walker com aspectos anatómicos que permitem a classificação de outros animais, tais como insectos e inclusivamente dos corais 1 tabela desdobrável com a classificação dos moluscos 1 tabela desdobrável coma classificação dos insectos 1 tabela com a classificação dos crustáceos 1 tabela desdobrável com a classificação dos zoófitos incluindo os corais. No final da obra apresentam-se 3 índices das classes, ordens e géneros respectivamente em língua portuguesa em nomes latinos e em língua francesa. A importância desta obra reside exactamente nestes índices e em toda a nomenclatura portuguesa introduzida na obra, que foi da inteira responsabilidade de Félix de Avelar Brotero. Deste modo a obra possui dois prefácios: o prefácio do tradutor António d'Almeida e o prefácio do nomenclador português Avelar Brotero, que “por ordem superior foi encarregado de juntar os nomes portugueses aos nomes franceses e latinos”, tarefa, segundo o mesmo, muito difícil devido ao estado da ciência em Portugal e ao período das Invasões Napoleónicas de que resultava não existirem nem obras portuguesas, nem zoólogos em Portugal, para esta tarefa. A ciência portuguesa tinha-se baseado no profundo conhecimento prático das espécies trazidas das colónias e na sua acumulação em colecções, sendo “arrumadas” o melhor possível dentro das classificações lineanas. Nesta obra Brotero afirma que reviu, corrigiu e anotou esta obra de Cuvier procurando não desfigurar a versão portuguesa com galicismos e efectuando uma investigação aos vocabulários portugueses. Esta obra de Zoologia, publicada em 1797-98 em França, foi a mais reputada na sua época, tendo portanto a sua tradução para português resultado do interesse de António d'Almeida durante o período que residiu em Londres, e do patrocínio régio através do embaixador português em Inglaterra - o Conde do Funchal – que requereu os serviços de Félix Avelar Brotero. Inocêncio I, 83 e II, 262 “ANTONIO DE ALMEIDA, Comendador da Ordem de Cristo, Cirurgião da Real Câmara, Lente de operações no Hospital Real de S. José, Membro do Real Colégio dos Cirurgiões de Londres, etc. - Ignoro por agora o que diz respeito à sua naturalidade e data do nascimento, constando-me apenas que era da província da Beira, filho do Doutor José Diogo e de sua mulher D. Ana de Almeida. Morreu no Campo Grande, próximo de Lisboa, a 30 de Julho de 1822. Quadro Elementar da Historia dos Animauis, por Mr. Cuvier, traduzido em portuguez. Londres, por H. Bryer 1815. 8.º gr. 2 volumes com estampas. - Esta tradução foi empreendida por conselho e a instâncias do Conde do Funchal, embaixador em Londres, onde Almeida também se achava naquele tempo. A nomenclatura portuguesa é toda do Doutor Brotero, que dela se encarregou por ordem superior como ele próprio adverte em uma prefação colocada no princípio do tomo I. - O preço dos exemplares era, ainda não há muitos annos, de 2:400 réis depois, em razão da afluência de grande numero delles que concorreu ao mercado, decresceu consideravelmente, e chegaram então a vender se por 360 a 400 réis! Eu mesmo comprei um por este ultimo preço, porém como essa repentina abundância desapareceu, sustentam-se hoje no de 1:920, quando procurados, o que poucas vezes acontece. BROTERO: Afora estes trabalhos, é sua a Nomenclatura portuguesa, que fez para o Quadro elementar da Hist. natural dos Animaes de Cuvier, traduzido por A. de Almeida” Cordier, BI. 1817. Pritzel 5637. Stafleu-C. 5038. Sousa da Câmara 1738. 'Estimada e pouco vulgar.' €800 187. D' AUCOURT E PADILHA, Pedro Norberto. MEMORIAS HISTORICAS GEOGRAFICAS E POLITICAS OBSERVADAS DE PARIZ A LISBOA E OFFERECIDAS AO SERENISSIMO SENHOR INFANTE D. ANTONIO POR PEDRO NORBERTO D’AUCOURT, E PADILHA. Cavaleiro Professo na Ordem de Christo Fidalgo da Caza de S. Magestade, e Secretario na Meza do Dezembargo do Paço. LISBOA: Na Officina de IGNACIO RODRIGUES. Anno M. D.CC.XLVI. [1746]. In 8º gr. (de 21x14 cm) com [xxxviii], 323, [v] pags. Encadernação do século xix inteira de pele, ao gosto da época, mosqueada com nervos e ferros a ouro. Ilustrado com uma magnífica gravura em anterrosto com o retrato do Infante de Portugal desenhada e gravada por “Olivarius Cor del et Sculp. 1746”; e com belas vinhetas e capitulares no texto gravadas por Debrie. Obra contendo a descrição do percurso, monumentos e memórias da viagem terrestre entre Paris e Lisboa. INOCÊNCIO VI, 436: “Pedro Norberto de Aucourt e Padilha, Fidalgo da Casa Real Cavaleiro da Ordem de Cristo, Secretario da Mesa do Desembargo do Paço, etc. Nasceu em Lisboa no ano de 1704, e vivia ainda em 1759. A data do seu óbito é por ora ignorada. 385) MEMORIAS HISTORICAS, GEOGRAPHICAS E POLITICAS, OBSERVADAS DE PARÍS A LISBOA, e offerecidas ao serenissimo sr. infante D. Antonio. Lisboa, na Offic. de Ignacio Rodrigues 1746. 8.º gr. de XXXVIII 323 pag., e mais seis innumeradas de indice geral; com um retrato do infante. O autor escrevendo neste itinerário a sua jornada por terra de Paris a Lisboa, foi o primeiro que tal assunto tratou, e o fez com muita curiosidade, dando noticias históricas e políticas que ainda hoje podem ser lidas com algum interesse, pelas particularidades que nos dizem respeito. Em 1855 comprei no espolio do finado Rego Abranches um exemplar desta obra, que julgo ser o próprio que seu autor oferecera ao infante a quem a dedicou; acha-se encadernado em marroquim encarnado, dourado nas folhas e nas pastas, e tendo nestas estampadas as armas reais, etc”. €900 188. D’OLLANDA. (Francisco) DE AETATIBUS MUNDI IMAGINES. LIVRO DAS IDADES. Edição fac-similada com estudo de Jorge Segurado [Arquitecto, vice-Presidente da Academia Nacional de Belas Artes e Académico de numero da Academia Portuguesa de História]. Lisboa. Portugal. 1983. De 43x30 cm. Com 491 pags. Encadernação do editor acondicionado dentro de estojo apropriado. Obra impressa sobre papel couché reproduzindo em fac-simile do Códice de Francisco de Holanda existente na Biblioteca Nacional de Madrid. €150 189. DANTAS. (Júlio) LISBOA DOS NOSSOS AVÓS. [Impresso na Gráfica Santelmo]. Lisboa. 1966. De 24x17 cm. Com 280 pags. Encadernação da época com lombada e cantos em pele. Ilustrado com o retrato do autor em anterrosto. 1ª edição desta obra impressa sobre papel couché. €60 190. DARMAS. (Duarte) REPRODUÇÃO ANOTADA DO LIVRO DAS FORTALEZAS. De… por João de Almeida. Editorial Império. Lisboa. 1943. De 21x27 cm. Com 470 pags. Encadernação do editor. Ilustrado com o fac-simile. Obra impressa sobre papel de fabrico especial da Companhia de papel do Prado. €500 191. DEFINIÇÕES E ESTATVTOS DOS CAVALLEIROS & Freires da Ordem de N. S. Iesu Christo, com a historia da origem, & principio da della. EM LISBOA: Por Pedro Craesbeeck, impressor del Rey, Anno M.DCXXVIII. [1628]. In fólio de 26,5x19 cm. com [viii], 274, [xiv] pags. Encadernação do século xviii inteira de pele com nervos, rótulo vermelho e ferros a ouro na lombada. Ilustrado com 2 (de 4) gravuras com as diferentes cruzes da ordem impressas a vermelho. Bela impressão seiscentista com a folha de rosto enquadrada por moldura tipográfica e capitulares xilográficas ao longo do texto. Exemplar da variante com a pag. 215 bem numerada e a 251 mal numerada (253), com ex-libris coevo na folha de rosto “De Fr. Jozé Meis.es[?] gramoxo comprou a Franc. Corte Real da [?] por 500.”, leves manchas de humidade, antigas e marginais. 1.ª edição. Samodães 1016. “Livro estimado. Primeira edição. Muito rara.”. Inocêncio II, 132. “Contem, alem do prologo (onde se transcrevem as bullas da fundação da Ordem, e da união do seu mestrado á Corôa, etc.) quatro livros ou partes; na 1.ª se tracta da fundação e creação da ordem, com o que lhe diz respeito: na 2.ª do provimento das commendas, obrigações dos commendadores, etc.: na 3.ª da jurisdicção ecclesiastica, e modo de a exercitar: na 4.ª dos privilegios da ordem; terminando por um rol de todas as commendas, e designação do rendimento de cada uma.”. €800 192. DEFOE. (Daniel) VIDA E AVENTURAS DE ROBINSON CRUSOË. Versão livre da edição completa inglêsa. Por Agostinho de Sottomayor. Edição enriquecida com muitas gravuras originaes de Alberto Souza. Empresa editora do Atlas de Geographia Universal. Lisboa. 1903. De 26x17 cm. Com 587 pags. Encadernação com lombada em pele. Ilustrado com gravuras extra-texto impressas sobre papel couché. Exemplar sem capas de brochura e com carimbo de posse sobre a página de rosto. €50 193. DELORME COLAÇO, José Maria. GALLERIA DOS VICE-REIS, E GOVERNADORES DA INDIA PORTUGUEZA. Dedicada aos illustres descendentes de taes heroes por... Cavaleiro da Ordem Militar de S. Fernando de 1ª Classe, da americana de Isabel a Catholica, e Capitam de infantaria ajudante d'ordens do Exmo. Barão do Candal, Governador Geral dos Estados da India. Em 1839 e 1840. Typographia de A. S. Coelho. Lisboa. 1841. In fólio de 27x18 cm. Encadernação com lombada e cantos em pele, lavrada com finos ferros a ouro. Ilustrado com 18 litografias, impressas na Litografia de Nossa Senhora dos Mártires, em Lisboa. Exemplar apenas aparado à cabeça (com este corte carminado) e com ex-libris armoriado de Eugenio de Andrea da Cunha e Freitas. Esta Galeria, segundo o autor refere em colofon, é formada pela cópia exacta e minuciosa dos grandes quadros com 8 pés de alto e 4 pés de largo, que existem nas salas do Palácio do Governo em Panguim, na Índia, acompanhada de um resumo histórico em rodapé sobre os factos mais notáveis de cada vice-rei e governador. Inocêncio V, 33 e XIII, 93: José Maria Delorme Colaço, nasceu pelos annos de 1815, parte activa por elle tomada nas luctas politicas do paiz, mormente na de 1846 e 1847, em que serviu sob as bandeiras da Junta do Porto, foi de grande prejuizo para o seu accesso na carreira militar, e influiu talvez para o estado ruinoso de saude, que lhe impediu qualquer ressarcimento de futuro. Accommettido de molestia mental. Morreu a 25 de maio de 1863, com quarenta e oito annos de idade. GALERIA DOS VICE-REIS, E GOVERNADORES: são os retratos lithographados, coloridos, copiados dos quadros ou paineis que se conservam na India, e acompanhados de um brevissimo resumo historico impresso dos factos mais notaveis, que dizem respeito a taes personagens. A publicação ficou suspensa em o n.º 16, por motivo de nova partida do auctor para Goa. Na Revista Universal de 9 de Novembro de 1843 appareceu um annuncio, promettendo a continuação, porém não me consta que ella tivesse logar. Os existentes começam no de D. Francisco de Almeida, e findam com o de D. Affonso de Noronha. A Galeria comprehende 18 retratos. N'um leilão realisado em 1872 obteve 1$500 réis. No catalogo do livreiro o sr. João Pereira da Silva tem o preço de 2$600 réis'. Este exemplar apresenta um ex-libris e encontra-se anotado pelo seu antigo possuidor com a seguinte nota bibliográfica: 'É raro completo com os 18 retratos. Na livraria do Cor. Henrique de Campos Ferreira Lima tinha mais 73 retratos coloridos inéditos. Retrato de António Teles de Meneses em última página'. €300 194. DEPPING. VOCABULAIRE GÉOGRAPHIQUE DE L’ESPAGNE ET DU PORTUGAL SUIVI D’UN ITENÉRAIRE DE CÊS DEUX ROYAUMES TRADUIT DE L’ESPAGNOL; Revu et augmenté d’un APERÇU HISTORIQUE ET GÉOGRAPHIQUE de L’Espagne et du Portugal, Par M. DEPPING; Précéde d’une belle Carte routière de L’Espagne et du Portugal. PARIS, GUILLAUME, MASSON. 1823. In 8. de 20,5x12,5 cm. Com xix, 111 pags. Encadernação da época inteira de pele. Ilustrado com um mapa da península Ibérica desdobrável de 45x60 cm. €600 195. DIÁRIO DA VIAGEM DE VASCO DA GAMA. Fac-simile do códice original. Transcrição e versão em grafia actualizada. Com uma introdução por Damião Peres, Professor da Universidade de Coimbra, leitura paleográfica por António Baião, Director do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, e de A. de Magalhães Basto, Director do Arquivo Distrital do Porto. Texto actualizado por A. de Magalhães Basto. B. H. Série Ultramarina N.º IV. Livraria Civilização Editora. Pôrto. 1945. Em 2 volumes. De 22X15 cm. Com 21-90-150 e 567 pags. Ecadernações interiras de pele com ferros a ouro nas lombadas e rolados nas esquadrias das pastas. Exemplar apenas aparado e carminado à cabeça. Ilustrados com fac-similes dos textos dos diários, com transcrição diplomática confrontada página a página; mapas desdobráveis; e gravura em anterrosto com a reprodução do retrato do navegador executado pela Escola Portuguesa no séc. XVI. €120 196. DIAS. (Jorge) ENSAIOS ETNOLÓGICOS. [Por... Professor do Instituto Superior de Estudos Ultramarinos]. Estudos de Ciências Políticas e Sociais Nº52. Centro de Estudos Políticos e Sociais. Junta de Investigações do Ultramar. Lisboa. 1961. De 26x20 cm. Com 198 pags. Encadernação da época com lombada em pele. Exemplar com assinatura de posse na folha de guarda. €70 197. DICCIONARIO UNIVERSAL DAS MOEDAS ASSIM METALLICAS, COMO FICTICIAS, IMAGINARIAS, OU DE CONTA, E DAS DE FRUCTOS, CONCHAS, &C. QUE SE CONHECEM NA EUROPA, ASIA, AFRICA, E AMERICA. A que se ajunta huma noticia das moedas dos Judeos, Gregos, e Romanos e dois Mappas dos pêsos das principaes CidadeS de Commercio das Medidas d'extensão reduzidas a palmos, covados, e varas e das de capacidade, assim para secos como para molhados. RECOPILADO POR****. LISBOA. M. DCC. XCIII. (1793). Na Of. de Simão Thaddeo Ferreira. In 12.º Dde 14x10 cm. Com 375 pags. Encadernação da época inteira de pele mosqueada com ferros a ouro na lombada e no rótulo vermelho. Obra de autor desconhecido que talvez seja Manuel Luís da Veiga ou de João Baptista Bonavie e de que apenas existe esta edição. No verso do ante rosto lê-se “He este Livro como a continuação ou segunda Parte do Tratado das Partidas Dobradas [de João Baptista Bonavie], reimpresso no anno passado de 1792. que se achará de venda na mesma loja aonde se vende este.” Inocêncio II, 138. €400 198. DINIS. (Júlio) A MORGADINHA DOS CANNAVIAES. (Chronica da aldeia). [Por] Julio Diniz. Edição illustrada. J. Rodrigues & Cª (Editores). Lisboa. 1930. De 25x18 cm. Com 518 pags. Encadernação da época com nervos na lombada e cantos em pele, preservando as capas de brochura. Ilustrado no texto e em extra-texto com litografias a cores de desenhos aguarelados por Roque Gameiro. €60 199. DINIS. (Júlio) AS PUPILAS DO SENHOR REITOR. Chronica da Aldeia. Grande edição de luxo com ilustrações de Roque Gameiro. Typ. 'A Editora'. Lisboa. S/d. [1900]. De 36x26 cm. Com 110 pags. [Peso: 4260 g]. Encadernação editorial. Corte das folhas dourado. Ilustrado com 30 belas gravuras a cores extra-texto do pintor Roque Gameiro. Edição impressa sobre papel couché com separadores de protecção das gravuras em papel vegetal. €200 200. DIONÍSIO. (Mário) A PALETA E O MUNDO. Orientação gráfica de Maria Keil. Publicações Europa-América. Lisboa. 1956 e 1962. De 23x19 cm. Com 428 e 621 pags. Encadernações editoriais inteiras de pele. Ilustrado no texto e em extra-texto. Tiragem de 2000/113 exemplares numerados e rubricados pelo autor. Obra monumental com a análise e com a crítica das artes plásticas no século XX. €200 201. DOLLFUS. (Charles) & Henri Bouché. HISTOIRE DE L’AÉRONAUTIQUE. Texto et documentation de… et… L’Illustration. Paris. 1942. De 38x28 cm. Com xxv-603-(i) pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada. Profusamente ilustrado. Obra inclui informações e gravuras das primeiras experiências dos séculos XVII e XVIII realizadas por Francesco Lana e por Bartolomeu Lourenço de Gusmão e os planos pormenorizados dos primeiros aeróstatos e aeroplanos. €300 202. DORNELLAS. (Afonso) e outros. ARCHIVO DO CONSELHO NOBILIARCHICO DE PORTUGAL. Centro Tipografico Colonial. Lisboa. 1925, 1926 e 1928. 3 volumes [e únicos publicados]. De 29x20 cm. Com 129, 120 e 282 pags. Encadernações da época com lombadas e cantos em pele. Profusamente ilustrados com reproduções de: quadros, pinturas, gravuras, fotografias, páginas dos livros heráldicos, e com esquemas genealógicos desdobráveis. Exemplares com o nº 41 (de uma tiragem de 60 exemplares em papel leorne e 200 exemplares em papel vergé) numerados e assinados por Afonso Dornellas. Obra de referência que trata com profundidade e precisão - em diferentes estudos de vários autores - os principais temas da heráldica e da genealogia portuguesa, nomeadamente: a fundação, as actas e as normas do Conselho Nobiliárquico de Portugal; as Princesas de Portugal que foram soberanas da Europa; a lista e a história genealógica dos portugueses que tiveram o título de Duques em Portugal; os restauradores de 1640 e os seus actuais representantes em Portugal; o Livro do ArmeiroMór; o «Livro Grande» ou tratado da nobreza universal; a lista e a história genealógica dos portugueses que tiveram o título de Marqueses em Portugal; breve notícia sobre a Ordem Pontifícia do Santo Sepulcro; os assentos paroquiais anteriores ao Concílio de Trento; um estudo do Direito Heráldico Português por Dom António Conde de Sampaio; os flamengos na Ilha do Faial e em particular os Utra ou Hurtere que deram o nome à cidade da Horta; etc, etc. €400 203. DUARTE DE ALMEIDA. (A.) A MULHER MEDICA NA FAMILIA. Obra elaborada segundo os melhores trabalhos dos especialistas modernos. Sob a direcção de… Medicina para casos urgentes – Causas symptomas e tratamento de todas as doenças. – Hygiene preventiva e profissional. – Hygiene curativa (alltitudes, praias, sanatórios, massagens, etc). – Hygiene da voz, da vista e do ouvido. – Cuidados especiaes para com as mães e as crianças. – Accidentes, envenenamentos, regimens, aguas mineraes, etc, etc. Hygiene e Medicina Pratica. João Romano Torres & Cª. – Editores. Lisboa. S/d. [1921]. De 24x17 cm. Com 739 pags. Encadernação da época (meia-amador com lombada e cantos em pele) com ferros rolados a ouro nas pastas e na lombada. Corte dourado por folhas. Ilustrado no texto. €60 204. DUARTE. (D.) REI DE PORTUGAL. LEAL CONSELHEIRO o qual fez Dom Eduarte Rey de Portugal e do Algarve e Senhor de Cepta. Edição crítica e anotada organizada por Joseph M. Piel e preparada pela Faculdade de Letras de Coimbra, sob o patrocínio do Instituto para a Alta Cultura. Livraria Bertrand. Lisboa. 1942. De 24x18 cm. Com 426 pags. Encadernação em tela azul. Exemplar com falta da capas de brochura. Esta obra contém a lista dos livros da biblioteca do Rei Dom Manuel I segundo o manuscrito da Biblioteca Nacional. €80 205. ENCADERNAÇÃO ARMORIADA - SÉC. XIX - RELATORIO DA SOCIEDADE PORTUGUEZA DE BENEFICENCIA NO RIO DE JANEIRO Apresentado em assembléa geral no dia 14 de Abril de 1872 pelo Presidente Conde de S. Mamede e Parecer da Commissão de Exame de Contas. Typographia do Commercio de Pereira Braga. Rio de Janeiro. 1872. In 4.º de 27x20 cm. Com 9 pags + 11 quadros desdobráveis apensos + 12 páginas com nomes dos sócios + 5 pags com o Parecer da Comissão de Contas. Encadernação da época em percalina com super-libris armoriado D. Luís I gravado a ouro em ambas as pastas. €300 206. ENCADERNAÇÃO ARMORIADA - ACTAS DAS SESSÕES PUBLICAS [LEGISLATURA DE 1826] NA PRIMEIRA SESSÃO ANNUAL EXTRAORDINARIA DA PRIMEIRA LEGISLATURA. LISBOA: NA IMPRESSÃO REGIA. 1826. In 4º (de 21x15 cm) com 158 pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro da lombada e super-libris armoriado (gravado a seco) apresentando o título (gravado a ouro) sobre rótulo verde colocado igualmente em super-libris. Coifas da lombada um pouco cansadas. Contém transcrições de 40 Actas da 1ª Sessaõ Extraordinária da 1ª Legislatura desde 31 de Outubro de 1826 até 22 de Dezembro de 1826. Periodo da monarquia de D. Miguel, tendo sido otorgada a Carta Constitucional, por D. Pedro, desde Abril de 1826 que vigorará até Maio de 1828. Inocêncio não refere. BNP não menciona. €200 207. ENCADERNAÇÃO ARMORIADA - PUSICH, D. Antónia. BIOGRAFIA DE ANTONIO PUSICH. Contendo 18 documentos de relevantes serviços prestados a Portugal por este illustre varão. RESUMO DA HISTORIA DA REPUBLICA DE RAGUSA e sua antiga litteratura. Por… Lallemant Frères Typ. Lisboa. 1872. In 4.º de 23x16 cm. Com viii-152 pags. Encadernação da época armoriada inteira de marroquin azul escuro com ferros a ouro nas esquadrias das pastas e super-libris armoriado com a Coroa Real de Portugal. Cortes dourados por folhas e as guardas em papel decorativo acetinado. Ilustrado com gravuras extra-texto com os retratos da biografa e do biografado. Exemplar com ex-libris da biblioteca de António Capucho. €600 208. ENCADERNAÇÃO ARMORIADA D. LUÍS I. CASA REAL. - LIGAÇÃO DO OBSERVATORIO ASTRONOMICO DE LISBOA COM A TRIANGULAÇÃO FUNDAMENTAL. Direcção Geral dos Trabalhos Geodesicos do Reino. Typographia da Academia Real das Sciencias. Lisboa. 1886. In 4.º de 29x23 cm. Com 144, [i] pags. Encadernação (vermelha ) da época com lombada em pele, ferros a ouro, esquadrias das pastas; e personalizado com o super-libris armoriado de D. Luís I. encimado com a coroa real portuguesa. Corte dourado por folhas. Obra profusamente ilustrada com quadros de dados e com os desenhos geométricos das triangulações, esclarecendo a denominação dos pontos geodésicos da bacia do Rio Tejo. O prefácio da presente Memória tem 2 páginas da autoria do Director Geral e General de Brigada C. E. de Arbués Moreira, esclarecendo a necessidade de harmonização e actualização “em relação aos grandes trabalhos geodésicos que estão sendo executados na Europa, entre os quais existe uma relação sucessiva”. A obra divide-se em: reconhecimento, escolha e descrição dos pontos geodésicos de mira na margem norte e na margem sul do Tejo, sendo o ponto fundamental a laje perfurada no centro do mirante quadrangular do Castelo de São Jorge, em Lisboa; o método e os instrumentos usados nas observações; os quadros com os resultados das observações nos 7 pontos de orientação; a tabela do excesso esférico; os cálculos das derivadas da compensação da rede trigonométrica; o quadro final das diferenças de nível; o estabelecimento final das coordenadas geográficas do Castelo de S. Jorge com a sua correcção pela tangente do azimute da Polar; e os quadros finais com os dados fundamentais da revolução astronómica sideral observada. Inocêncio não menciona. ARMORIAL BINDING - KING LOUIS I. PORTUGUESE ROYAL HOUSE. - CONNECTION OF THE LISBON ASTRONOMICAL OBSERVATORY WITH THE FUNDAMENTAL [EUROPEAN] TRIANGULATION. Director General of the Geodesic Works. Typographia of the Royal Academy of Sciences. Lisbon. 1886. In 4. º (29x23 cm) with 144, [i] pags. Contemporay armorial binding with leather spine; tools gilt at the folders; and personalized with the armorial super-libris of D. Luis I (Portuguese King) topped with the royal crown of Portugal. Cut of leaves gilt at edges. Illustrated with sketches and data (geographical charts and advanced calculus) with geometric drawings of triangulations, explaining the name of the geodesic points at the basin of the Tejo River. The preface of this memory has 2 pages written by the General Director and Brigadier General C. E. de Arbués Moreira, explaining the need for harmonization and updating 'in relation to major geodesical work being performed in Europe, among which there is [was] a relationship amongst the international studies' The work is divided into: recognition, choice and description of geodesic points sighting at the north bank and at the south bank of the Tagus River; the key point being the stone or slab perforated in the center of the quadrangular tower of the S. Jorge Castle in Lisbon; the method and technical instruments used in the observations; the tables with the results of the observations within the 7 points of local reference; the spherical excess of the calculus; the calculations of the derivatives for the trigonometric compensation network; the final frame of level differences; the final establishment of geographic coordinates at the Castel of S. Jorge, with its correction by the tangent of the azimuth of the Polar star; and the final tables with key data observed for the sideral astronomical revolutions. Inocêncio does not refer this work. €800 209. ENCADERNAÇÃO ARTÍSTICA - CONCEIÇAM, Fr. Apollinario da. DEMONSTRAÇAM HISTORICA DA PRIMEIRA, E REAL PAROCHIA de Lisboa de que he singular Patrona, e Titular N.S. DOS MARTIRES. DEVEDIDA EM DOUS TOMOS, TOMO PRIMEIRO [e único publicado] EM QUE SE TRATA DA SUA ORIGEM, e antiguidade, e se mostra a sua Primasia, a respeito das mais paroquias da mesma Cidade. QUE ESCREVEO, … Religioso Capucho da Provincia do Rio de Janeiro. LISBOA : Na Officina de IGNACIO RODRIGUES. Anno de 1750. In 8º de 20,5x14,5 cm. Com [XXXVI] – 531 pags. Único tomo publicado. Magnifica encadernação da época inteira de chagrin vermelho, fino carmim escuro, decoração a ouro de duas rodas com festões, quatro florões nos cantos das pastas e rosácea ao centro. Lombada ricamente dourada. Corte das folhas brunido a ouro fino e cinzelado. Estimado e muito procurado. Exemplar que pertenceu a Oliveira Martins, com a sua pertença ao alto do frontispício. Curiosamente esta obra escapou ao conhecimento de Borba de Moraes, que descreve outras obras do autor. Samodães 820. “Estimada e pouco vulgar.” Inocêncio: I, 301. “FR. APOLLINARIO DA CONCEIÇÃO, Franciscano da provincia da Conceição do Rio de Janeiro, cujo habito vestiu a 3 de Septembro de 1711. Conservou se sempre no estado de leigo, sem querer receber a ordem sacerdotal: mas foi Procurador Geral, e Chronista da sua Provincia. N. em Lisboa a 23 de Julho de 1692, e parece que ainda vivia no Brasil em 1759. Demonstração historica da primeira e real Parochia de Lisboa de que é singular patrona N. Senhora dos Martyres. Tomo I, O tomo II não se publicou. Das numerosas obras d’este filho de S. Francisco é a Demonstração Historica a mais bem aceita e procurada. Eu tenho d’ella um exemplar comprado por 480 réis, mas sei, que alguns já foram vendidos a 600 e 720 réis; e tambem vi não ha muito tempo vender na feira do campo de S. Anna um por 120 réis, alias soffrivelmente conservado. O estylo e linguagem d’estas obras nem sempre são puros e correctos, como seria para desejar, e bem mostram que seu auctor escrevia de curiosidade, faltando lhe os estudos necessarios. Mas para resgatar este defeito offerecem muitas noticias locaes, e particularidades ás vezes interessantes. Pelo que não pode reputar se inutil a lição d’ellas, tanto para os portuguezes, como para os brasileiros com quem o auctor viveu por muitos annos.” €2.500 210. ENCADERNAÇÃO ARTÍSTICA - CRISTO. (Fr. João de Jesus) VIAGEM DE HUM PEREGRINO A JERUSALEM, E VISITA QUE FEZ AOS LUGARES SANTOS, EM 1817 Fr. JOÃO DE JESUS CHRISTO, INDIGNO FILHO DO SERAFICO PATRIARCHA S. FRANCISCO. TERCEIRA EDIÇÃO MAIS ACCRESCENTADA. LISBOA: NA IMPRESSÃO DE EUGENIO AUGUSTO. 1831. In 8.º De 20x13 pags. Com 308-[3] pags. Encadernação da época inteira de chagrin vermelho com finos ferros a ouro nas cercaduras das pastas e na lombada. Corte dourado por folhas. Magnificas folha de guardas. Ilustrado com uma gravura desdobrável com os principais locais de peregrinação na Terra Santa. Obra com uma descrição da Terra Santa, do Médio Oriente e dos seus povos. No final da obra o autor apresenta o índice toponímico da Terra Santa e a importância relativa dos seus lugares sagrados nas indulgências religiosas. Inocêncio III, 387: 'Frei João de Jesus Cristo, Franciscano observante da provincia de Portugal, de cujas circumstancias pessoaes nada pôde apurar até agora a minha diligencia. Viagem de um peregrino a Jerusalem, e visitas que fez aos logares sanctos. Lisboa, na Imp. Regia 1819. 8.º Ibi, na Typ. da Academia R. das Sciencias 1822. 8º. Terceira edição mais accrescentada. Ibi, na Imp. de Eugenio Augusto 1831. 8º gr. de VIII-308 pag. Quarta edição mais accrescentada. Ibi, na Offic. de Elias José da Costa Sanches 1837. 4.º. A maior parte da edição de 1831 existe intacta, e em papel na Bibl. Nacional de Lisboa, segundo ouvi dizer, tendo ido para alli com os livros dos extinctos conventos, que se recolheram no deposito respectivo. Por falta de conhecimento não posso agora affirmar, se esta mesma Viagem é a que tambem se imprimiu ha annos no Brasil, e de que ha um exemplar na Bibliotheca Fluminense, como vejo do respectivo Catalogo sob numero 3507. Tenho por mais provavel que só haverá differença no titulo, que conforme o dito Catalogo é: A Terra Sancta, ou peregrinação a Jerusalem, e outros logares sanctos da Escriptura Sagrada, etc. Rio de Janeiro, 1851. 24º oblongo'. Artistical binding: contemporary red morocco finely gilt with rolled tools at covers. Papercut gilt at edges. Superb contemporary endpapers. Spine slightly worn out at top and bottom. Illustrated with a folding plate: with biblical engravings depicting the main places of pilgrimage at the Holy Land. Travel book with the description of the Holy Land, the Middle East and its peoples. At the end of the work the author presents an index of places in the Holy Land and the relative importance of their sacred sites in obtaining religious indulgences. Fr. João de Jesus Cristo was a friar of the Franciscan province of Portugal and had his work several times reprinted. Inocêncio III, 387. €800 211. ENCADERNAÇÃO ARTÍSTICA - MARINHA. ESPIRITO SANTO LIMPO, Manoel. PRINCIPIOS DE TACTICA NAVAL POR MANOEL ESPIRITO SANTO LIMPO, Capitão Tenente da Real Armada, Professor de Mathematica na Academia Real da Marinha, e Socio Correspondente das Sciencias. LISBOA NA TYPOG. DA ACAD. R. DAS SCIENC. ANNO M. DCC. XCVII. [1797] In 8.º de 16,5x10 cm. Com xiv, 181, [v] pags. Ilustrado com 11 gravuras desdobráveis com esquemas de evoluções navais. Encadernação da época inteira de marroquim vermelho com ferros a ouro na lombada e pastas. Cortes dourados por folhas. Inocêncio V, 412. “MANUEL DO ESPIRITO SANCTO LIMPO, Tenente-coronel do corpo de Engenheiros, Lente de Mathematica e Navegação na Academia Real da Marinha, e Director do Observatorio astronomico da mesma Academia; Socio da Acad. R. das Sciencias de Lisboa, etc. - Foi natural da villa e praça de Olivença, então, e muitos annos depois pertencente a Portugal. Sendo cabo d'esquadra do regimento de artilharia do Porto foi preso por ordem da Inquisição de Coimbra, juntamente com o infeliz José Anastasio da Cunha, e outros individuos, e com elles processado e penitenciado no auto da fé, que se celebrou na sala da Inquisição de Lisboa a 11 de Outubro de 1778. Isso porém não lhe obstou a que fosse depois convenientemente empregado, e obtivesse honrosas distincções. M. a 29 de Outubro de 1809, morando então na rua da Vinha, freguezia de N. S. das Mercês d'esta cidade. - E.” €800 212. ENCADERNAÇÃO ARTÍSTICA - MINIATURA. BONARELLI. (Guidubaldo De’) FILLI DI SCIRO, Favola Pastorale DEL CONTE GUIDUBALDO De’ Bonarelli. DETTO L’AGGIVNTO, Accademico Intrepido. Da essa Academioa dedicata Al Sereniss. Signor DON Francesco Maria Feltrio Dalla Rovere Duca VI, d’Urbino. In Amsterdam, nella Stamperia del S. D. Elsevier. Et in Parigi si vende. Appresso THOMASSO JOLLY, Nel Palazzo, M. DC. LXXVIII. [1678]. In 12º (de 9x6 cm) com 255 pags. Encadernação da época em marroquin vermelho com ferros a ouro na lombada; sobre as pastas (superlibris de Garnier); e nos filetes e conchas das pastas. Corte dourado por folhas. Ilustrado com frontispício. Exemplar com exlibris de Mathias Lima e títulos de posse da época (de Caroli Francisci Garnier) sobre a página de rosto. Miniature print. Binding: contemporary red morocco gilt at spine and at both folders (with frames and super-libris of Garnier). Paper cut gilt at edges. Illustrated with engraved frontispiece. Copy with ex-libris of Mathias Lima (a Portuguese bibliographer and bookbinding expert) and the ownership signature of (Caroli Franc. Garnier) on the title page. €500 213. ENCADERNAÇÃO ARTÍSTICA - SARMENTO. (Francisco de Jesus Maria) HORAS DA SEMANA SANTA, EMPREGADAS NA LIÇÃO, E MEDITAÇÃO DOS PRINCIPAES OFFICIOS, E SAGRADOS MYSTERIOS DESTE SANTO TEMPO, traduzidos, e expostos na Lingua Portuguesa, COM VARIAS ILLUSTRAÇÕES HISTORICAS, opportunas Reflexões Moraes, e differentes Práticas de Piedade, para melhor intelligencia, devoto exercicio, e espiritual proveito dos Fieis Christãos nestes grandes Solemnes Dias. Segunda Impressão, mais accrescentada, por Fr. Francisco de Jesus Maria Sarmento, Commissario Visitador da Veneravel Ordem Terceira do Convento de N. Senhora de Jesus de Lisboa. LISBOA. NA REGIA OFFICINA TYPOGRAPHICA. ANNO M.DCC.LXXVI. (1776). De 14x8 cm. Com 463-(i) pags. Encadernação da época inteira de pele marroquin vermelho com finos ferros a ouro nos filetes das pastas e na lombada. Exemplar dourado por folhas ilustrado. Inocêncio II, 394: “Fr. Francisco de Jesus Maria Sarmento, natural de Coimbra. Movido das penetrantes vozes do missionario Fr. Manuel de Deus, resolveu se a mudar de estado, professando o instituto da terceira ordem de S. Francisco no convento de Nossa Senhora de Jesus de Lisboa. Desenvolveu grande talento no ministerio do pulpito; a sua gravidade, voz clara, composição de gesto, e a eloquencia conforme ao gosto da epocha, o fizeram bem acceito orador nas funcções mais solemnes e pomposas. Estas qualidades deram causa a que os terceiros seculares o elegessem seu commissario visitador. Foi consultor da bulla da cruzada, e examinador das tres ordens militares. Occupou na sua congregação todos os logares de honra, até ser eleito ministro provincial em 1777. Tudo quanto pôde adquirir por suas composições litterarias, e por seus amigos, empregou no serviço do culto divino, deixando no convento de Lisboa riquissimas peças e alfaias destinadas para o mesmo serviço, e uma boa renda no producto das suas multiplicadas composições, destinado para fundo e subsistencia do collegio da sua ordem em Coimbra. Escrevia com grande facilidade, e posto que por vezes experimentasse as censuras dos criticos, proseguia sempre com imperturbavel serenidade de animo em seus trabalhos litterarios, consagrados exclusivamente a obras de devoção, deixando impressos numerosos livros e opusculos, que o qualificam, quando menos, de escriptor laboriosissimo e applicado. M. no convento de Lisboa a 3 de Junho de 1790 com 77 annos. €200 214. ENCADERNAÇÃO ARTÍSTICA – SÉC. XVIII – SILVEIRA (Frei António) EPITOME DA VIDA DE Sta. JOANNA, PRINCEZA DE PORTUGAL, Religiosa da Ordem de S. Domingos, CHAMADA VULGARMENTE A SANTA PRINCEZA. TRADUZIDO DO ITALIANO em Portuguez, e accrescentado POR HUM SEU DEVOTO. LISBOA: Na Officina de MANOEL SOARES, Anno de MDCCLV [1755]. In 4º (de 20x14 cm) com [xviii], 206 (de 208) pags. Encadernação artística da época em marroquin vermelho com finos ferros a ouro na lombada (por casas fechadas) e nas pastas rolados em esquadria com motivos florais em super-libris. Cortes dourados por folhas. Ilustrado em anterrosto com uma gravura com “o verdadeiro retrato de Sta. Joana…” gravado por Nicos. e impresso por Viana. Exemplar com falta da última folha de texto e com vestígios de humidade. Obra publicada anónima (da autoria de Frei António da Silveira). Inocêncio I, 272: “Fr. Antonio da Silveira, Dominicano, natural do Porto, segundo uns, ou de villa d'Azurara conforme outros, n. em 1721 e m. em 1786. Epitome da vida de Sancta Joanna, Princeza de Portugal, religiosa da ordem de S. Domingos, chamada vulgarmente a Sancta Princeza. Lisboa, por Manuel Soares 1755. 4.o de XX 208 pag. com um retrato. - É tradução do italiano, mas adicionada pelo tradutor, que a publicou ocultando o seu nome. No fim traz uma notícia bibliográfica de todos os escritores naturais e estranhos, que tratarem da vida e acções desta princesa canonizada”. €600 215. ENCADERNAÇÃO ARTÍSTICA - VATICANO - SEC XIX - KELLERHOVEN. (F.) LA LÉGENDE DE SAINTE URSULE Princesse Britannique et ses onze mille vierges. D’Après les anciens tableaux de l’église de Sainte-Ursule a Cologne reproduits en chromolitographie. Publié par… texte par J. B. Dutron. Planches et texte inèdits. Chez l’Auteur. Impressions lithochromiques par Hangard Maugé. Typographie par Simon Raçon. Paris. 1860. In fólio de 30x23 cm. Com 194-[i] pags. Encadernação da época inteira de chagrin vermelho com nervos, finos ferros a ouro na lombada, seixas e as pastas com filtes duplos e ferros rendilhados decorativos tendo ao centro em ambas as pastas o super-libris com o brasão armoriado do Papa Pio IX. (1846-1878) Corte das folhas carminado a azul e sizelado com motivos decorativos dourados. Exemplar preserva a sobrecapa de protecção da encadernação com o interior em camurça. Obra de grande primor no trabalho tipográfico e de encadernação. Valorisada por numerosas cromolitografias impressas em separado, a cores e ouro, ao gosto dos livros de horas iluminados. Todo o texto referente à lenda da princesa e das suas onze mil virgens, esta regrado por uma bela tarja xilografica, onde se conta a história do nascimento e infância da filha Théonoto, rei da Irlanda e que ao longo da sua vida de santidade, se manteve pura, nobre, humilde e com doutissimos conhecimentos das Santas Escrituras. A obra contém um breve com a bênção apostólica do Papa Pio IX dirigido ao autor pelo seu mérito salientando “a paciência, a habilidade e a perfeição na execução desta magnífica obra.” Papa Pio IX. (1792-1878) exerceu o cargo durante 31 anos, o mais longo papado depois de S. Pedro. Book bounded in red marroquin, tooled in the spine and in the framework of folders with double decorative lines and superlibris with armored coat-of-arms of Pope Pius IX (1846-1878) on both folders. Finishing of the leaves with blue and decorative gold. Copy preserves the protective jacket with a suede interior. Masterpiece of typographical work and bookbinding. Chromolithographies printed separately - colored and goldened stamps - inspired on the illuminated books of hours. The story tells the legend of the Eleven Thousand Virgins, which tells the story of the birth and childhood of the daughter of Théonoto of Ireland, and her life of holiness and knowledge of Holy Scripture. The text is ruled by beautiful stripe woodcuts. €800 216. ENCADERNAÇÃO ARTÍSTICA ARMORIADA - D. MARIA I. - SEIXAS BRANDÃO. (Joaquim Inácio de) MEMORIAS DOS ANNOS DE 1775. A 1780. PARA SERVIREM DE HISTORIA A’ ANALYSI, E VIRTUDES DAS AGOAS THERMAES DA VILLA DAS CALDAS DA RAINHA. COMPOSTAS POR … Doutor em Medicina pela Universidade de Montpellier approvado neste Reino, e actualmente primeiro Médico do Hospital Real da mesma villa por Nomeação, e Decreto de Sua Magestade. LISBOA. NA REGIA OFFICINA TYPOGRAPHICA. Anno M.DCC.LXXXI. (1781) De 21x14,5 cm. Com xxxi-xiv-281 pags. Encadernação artística da época inteira de marrroquim vermelho armoreada com super libris de D. Maria I de Portugal e ferros a ouro na lombada e pastasrótulo. Corte das folhas dourado por folhas. Inocêncio IV, 89. “Doutor em Medicina pela Faculdade de Montpellier, Medico do Hospital R. da villa das Caldas da Rainha etc. - N. na provincia de Minas-geraes, no Brasil, e a julgarmos pelo seu appellido, seria talvez parente proximo de D. Maria Joaquina Dorothea de Seixas Brandão, que foi immortalisada pelo celebre e infeliz Gonzaga nas suas lyras sob o nome de Marilia de Dirceu. - E. Memorias dos annos de 1775 a 1780, - São precedidas de uma carta mui erudita, que sobre o assumpto dirigiu ao auctor o seu collega dr. Manuel de Moraes Soares, medico da real camara.” €2.000 217. ENCADERNAÇÃO ARTÍSTICA ARMORIADA - D. MIGUEL. REPERTORIO DAS ORDENS DO DIA DADAS AO EXERCITO PORTUGUEZ DESDE 15 DE MARÇO DE 1809 ATE’ 5 DE ABRIL DE 1830, Concernentes á Organização, Economia, Disciplina, Policia, Serviço, Saúde, Justiça Criminal: acrescentado de muitos e interessantes Artigos de Legislação Pátria, extrahidos das Ordenações do Reino, Cartas de Lei, Provisões, Regimentos, Pragmáticas, Estatutos, Alvarás, Decretos, Regulamentos, Cartas Regias, Resoluções, Portarias, e Avisos com relação ao Estado Militar e presentemente em vigor. DEDICADO, OFERECIDO E CONSAGRADO AO MUITO ALTO [sobrecarga negra omite os títulos e o nome do rei] SENHOR D. MIGUEL I. Pelo Major do Real Côrpo d’Engenheiros, JOÃO CRISOSTOMO DO COUTO E MELO. NA TIPOGRAFIA DE BULHÕES. ANNO 1830. De 20x15 cm. Com 376 pags. Encadernação da época inteira de chagrin vermelho, com finos ferros a ouro na lombada bem como nas cercaduras das pastas com motivos florais e nos respectivos super libris armoriados executados a partir dos punções da Casa Real. Corte dourado por folhas. INOCÊNCIO III, 349 e X, 224: “João Chrysostomo do Couto e Mello, Cavalleiro da Ordem de S. Bento de Avis, Bacharel formado em Mathematica pela Universidade de Coimbra (cujo primeiro anno cursou no de 1799 a 1800) Professor no R. Collegio Militar, Director das Escholas militares de primeiras letras Membro correspondente da Sociedade de Instrucção elementar de Paris, etc. Foi natural de Lamego, e filho de José do Couto n. provavelmente pelos annos de 1778. Tendo-se mostrado partidario das idéas liberaes em 1820, foi depois um dos mais fervorosos defensores da causa do sr. D. Miguel, a quem serviu até á convenção d'Evoramonte. Creio que poucos annos sobreviveu á terminação da lucta civil, falecendo, segundo ouvi dizer, pelos annos de 1838. Acerca dos seus trabalhos e serviços prestados como director das escolas militares, utilissima instituição creada em 1815, veja se o sr. José Silvestre Ribeiro, na Historia dos estabelecimentos scientificos. DIC. BIBLOG. MILITAR: PORTUGUÊS TOMO II, 410: “trata-se de uma colecção de todas ordens do dia referente ao exercito de sua Magestade El-Rei D. Miguel I relativamente ao ano de 1830. Obra deveras importante para a história do exercito português durante a chamada guerra civil entre liberais e miguelistas, que só veio a terminar em 1834. As ordens são emanadas directamente por D. Miguel”. Estas ordens do dia contêm ainda toda a principal legislação respeitante à administração corrente do reino como, por exemplo, a criação da primeira escola veterinária (pag. 323) com todos os seus institutos, regulamentos e funcionamento interno diário. €1.000 218. ENCADERNAÇÃO ARTÍSTICA ARMORIADA – MADEIRA – SÉC. XIX. MASON. (J. A.) A TREATISE ON THE CLIMATE AND METEOROLOGY OF MADEIRA; by the late… M. D. inventor of Mason’s hygrometer; edited by James Sheridan Knowles. To which are attached A Review of the State of Agriculture and of the Tenure of Land; by George Peacock, D. D., F. R. S., &c. &c. Dean of Ely and Lowndean Professor of Astronomy in the University of Cambridge. An Historical and Descriptive Account of the Island, and Guide to Visitors; by John Driver, Consul for Greece, Madeira. London: John Churchill. Liverpool: Deighton and Laughton. M.DCCC.L. [1850]. In 4º (25x16 cm) com xiv-388 pags. Encadernação artística da época inteira de pele (marroquin vermelho) com finíssimos ferros a ouro representando na lombada e nas pastas motivos vegetalistas madeirenses (a cana do açúcar cruzada e entrelaçada com videiras) e brasão armoriado da Ilha da Madeira em super-libris (de ambas as pastas). Corte dourado por folhas. Ilustrado com quadros de dados e 3 pranchas (com 5 gráficos milimétricos) com a comparação das temperaturas e humidade ao longo de um ano em Londres e na Madeira. Muito belo exemplar de grande qualidade e apresentação gráfica. Tratado sobre o clima e a meteorologia da Madeira; um relatório sobre a agricultura e a posse da terra; uma descrição histórica da ilha; e um guia para o visitante. Obra considerada: 'An excessively rare book'. €800 219. ENCADERNAÇÃO ARTÍSTICA ARMORIADA - MANUAL DAS REVOLUÇÕES, SEGUIDO DO PARALELLO DAS REVOLUÇÕES DOS SECULOS PRECEDENTES COM AS DO SECULO ACTUAL. Obra util aos soberanos, ao Clero, á Nobreza, e a todos os honrados Habitantes das Cidades e dos Campos. COMPOSTA POR M. o Abbade de Beuy B. D. L. C. Historiógrafo de França, Membro da Academia Imperial e Real das Sciencias e Bellas Letras de Buxellas, de Rechemont em Verginia, e da Sociedade Real das Antiguidades em Londres. Traduzido do idioma Francez, e offerecido a todos os Verdadeiros Portugueses. Por J. P. M. LISBOA. NA TYPOGRAFIA DE BULHÕES, 1830. De 21x16 cm. Com 95 pags. Encadernação artística da época inteira de marroquim vermelho claro com super-libris (brasão real de D. Miguel I de Portugal) e ferros rolados nas cercaduras, filetes e conchas tudo lavrado a ouro em ambas as pastas. Corte dourado por folhas. Folhas d e guarda da época com um luxuoso padrão dourado. Carimbos oleográficos de posse na margem do pé da página de rosto sem afectar mancha gráfica. Exemplar de encadernação real extremamente raro devido ao curto reinado de D. Miguel I. Obra apologética da estabilidade e da inexistência de revoluções políticas sangrentas em Portugal até esta época, segundo o autor, começada a tradução para português no tempo da Revolução Francesa. Obra presente na BNP, mas de autor e tradutores desconhecidos. Tradutor anónimo desconhecido no Dic. de Pseudónimos de Martinho da Fonseca obra e autor não mencionada por Inocêncio. Sugerimos a possibilidade do autor ser (Inocêncio IV, 145) “Joaquim Pereira Marinho, do Conselho de Sua Majestade, Comendador da Ordem de Cristo, Cavaleiro da de S. Bento de Avis, Marechal de campo reformado Bacharel em Matemática pela Universidade de Coimbra, onde se formou no ano de 1806. Foi natural da cidade do Porto, e nasceu pelos anos de 1782 e morreu em Lisboa a 3 de Janeiro de 1854”. Binding: artistic full morocco calf, superbly gilt on both covers with the Royal Coat-of-Arms of King Miguel of Portugal, and richly tooled. full morocco calf with bright red morocco superlibris. Decorative endpapers with a superb gilt snail design. Ownership stamps at bottom of title without affecting graphic layout. Very rare royal binding due to the short reign of King Miguel. Apologetic work on the stability and the absence of bloody political revolution in Portugal durin the first years of the XIX century and - according to the author - the translation started at the time of the French Revolution. Book present at National Library of Portugal, but author and translator unknown. Anonymous translator unknown at Dic. of Martinho da Fonseca. Work and author not mentioned by Inocêncio. We suggest the possibility that the author is (Inocêncio IV, 145) 'Joaquim Pereira Marinho, from the Council of His Majesty, Commander of the Order of Christ, Knight of St. Benedict of Avis, Field Marshal retired BS in Mathematics from the University of Coimbra, where he graduated in the year 1806. He was born in the city of Oporto in 1782 and died in Lisbon in 1854'. €1.200 220. ENCADERNAÇÃO ARTÍSTICA ARMORIADA DO CONDE DE SUCENA - NUNES. (José Joaquim) CRÓNICA DOS FRADES MENORES (1209-1285). Manuscrito do século XV, agora publicado inteiramente pela primeira vez e acompanhado de introdução, anotações, glossário e índice onomástico por José Joaquim Nunes sócio correspondente da Academia das Sciencias de Lisboa. Imprensa da Universidade. Coimbra. 1918. 2 volumes. In 8º gr. (de 24x16 cm) com lxiii, 436 e 389 pags. Encadernações artísticas armoriadas inteiras de pele ao gosto do século xviii, com finos ferros a ouro nas lombadas e rolados nas esquadrias das pastas (com super-libris armoriado do Conde de Sucena). Corte das folhas carminado à cabeça. Exemplar preserva as capas de brochura e apresenta em ambos os volumes o magnifico ex-libris e o no fim do 1.º volume o registo bibliográfico de entrada na Biblioteca do Conde de Sucena. Obra contém a transcrição do manuscrito quatrocentista; e um extenso glossário e índice onomástico nas últimas 100 páginas do 2º volume. €1.200 221. ENCADERNAÇÃO ARTÍSTICA ARMORIADA. CASA REAL ESPANHA. SÉC. XIX. COHEN. (M. Félix S.) ÉTUDE SUR LES IMPOTS ET SUR LES BUDGETS DES PRINCIPAUX ÉTATS DE L’EUROPE. Par... Auditeur au Conseil d’État. Guillaumin et Cª, Éditeurs. Paris. S/d [1865]. In 4º (de 24x17 cm) com xiii-650 pags. Encadernação artística da época inteira de pele (marroquin negro) com ferros por nervos e a ouro nos super-libris armoriados de ambas as pastas (armas do Rei de Espanha Afonso XIII), e nas conchas interiores das respectivas pastas. Corte finamente dourado por folhas. Obra impressa com grande qualidade gráfica, contendo as noções teóricas e práticas sobre os orçamentos dos Estados europeus e as suas políticas monetárias, financeiras e fiscais (directas e indirectas), nomeadamente em Inglaterra, França, Austria, Prússia, e Rússia. €800 222. ENCADERNAÇÃO ARTÍSTICA ARMORIADA. SÉC. XIX. - COSTA. (Mateus José da) THESOURO DE MENINOS. Resumo da Historia Natural, para uso da Mocidade de ambos os Sexos, e instrucção das pessoas, que desejão ter noções de História dos tres Reinos da Natureza; Obra Elementar. Compilada, e ordenada por Pedro Blanchard; Traduzida do Francez, com muitas correcções e artigos novos. Offerecida a Sua Alteza o Principe Real Do Reino Unido de Portugal, e do Brazil, e Algarves, Duque de Bragança, O Senhor D. Pedro de Alcantara. Por Matheus Jose’ da Costa, Beneficiado, e Mestre de Cerimonias da Santa Igreja Patriarcal de Lisboa. Tomo Primeiro. Cosmografia e Mineralogia. [Tomo Segundo: Botanica. Tomo Terceiro: Zoologia. Mamiferos. Tomo Quarto: Continuação dos Mamiferos e Aves]. Lisboa: na Impressão Regia. 1814, 1813, 1817 e 1817. 5 (de 6) volumes. In 8º (de 17x11 cm.) com 463-(6); 472-(6); (x)-379; 463-(vi) e 448 pags. Encadernações artísticas (dos primeiros 4 volumes) da época inteiras de chagrim vermelho com ferros a ouro na lombada e em ambas as pastas rolados com motivos decorativos e super-libris com as armas reais portuguesas. Quinto volume: encadernação da época inteira de pele. Cortes dourados por folhas. Obra científica publicada em 6 volumes dos quais apenas estão presentes 5 volumes ilustrados com 52 gravuras em extra-texto, representando espécimes observados de facto tal como a foca morta nas praias da Arrábida (pag. 234). Exemplar constituído por volumes da 1.ª edição (alguns com assinaturas de posse nos anterrostos de “Joaquim de Souza Pereira Pato”). O 2 volume foi encadernado com pele castanha, embora apresente os mesmos ferros dourados utilizados nos restantes volumes, possivelmente porque foi publicado em 1813, um ano antes que o 1º, que saiu em 1814, e talvez o proprietário tenha decidido encadernar os restantes a chagrim vermelho. Inocêncio VI, 166 e XVII, 12: 'Padre Mattheus José da Costa, Beneficiado e Mestre de Cerimónias na Igreja Patriarcal de Lisboa. Foi, se não me engano, natural da freguesia de Carnide, subúrbios de Lisboa, e irmão mais velho do coronel José Maria das Neves Costa, de quem já acima fiz menção em lugar competente. Morreu em 1828. Thesouro de meninos: resumo de historia natural para uso da mocidade de ambos os sexos, e instrução das pessoas que desejam ter noções da historia dos tres reinos da natureza. Compilado e ordenado por Pedro Blanchard, e traduzido em portuguez com muitas correcções e artigos novos. Lisboa, na Imp. Regia 8.º 6 tomos com estampas. O tomo 1.º publicado em 1814, contém a Cosmographia e Mineralogia. - O tomo 2.º, 1815, a Botanica. O 3.º, 1817, Zoologia, mammiferos. - O 4.º, ibi, Continuação dos mammiferos, aves. - O 5.º, 1819, Continuação das aves, peixes. - O 6.º, 1830, Continuação dos peixes, crustaceos, testaceos, reptis, vermes, insectos, polypos, zoophitos, etc. - A nomenclatura portugueza adoptada n'esta obra foi disposta pelo insigne Brotero. Este livro foi durante muitos anos adoptado como compendio na maior parte dos colégios e aulas de instrução primaria.' €1.800 223. ENCADERNAÇÃO ARTÍSTICA. Conjunto de 38 Alvarás Régios, Cartas de Lei, Resoluções, Decretos e Determinações relativos á criação e funcionamento do Conselho do Almirantado publicados entre os anos de 1795 e 1798. Fólio de 28x20 cm. Com 133 fólios numerados manualmente. Encadernação da época inteira de pele com super libris real de D. Maria I. cercado com uma coroa de flores com o titulo Conselho do Almirantado. Magnifica encadernação inteira de pele com ferros a ouro nas pastas, seixas e lombada, magnificas guardas em papel decorativo marmoreado. O Conselho do Almirantado foi criado por decreto de 25 de Abril, e 20 de Agosto de 1795, e confirmado por Carta de Lei de 26 de Outubro de 1796. €1.500 224. ENCADERNAÇÃO ARTÍSTICA. SÉC. XIX. MEMORIAS DO BUSSACO. Seguidas de uma viagem á serra da Louzan. Por Adrião Pereira Forjaz de Sampaio. Em casa da Viúva Moré, Editora. Proto e Coimbra. 1864. In 8º (de 18x12 cm) com x, 232 pags. Encadernação artística (da época) inteira de pele com finos ferros a outro na lombada e nas pastas com motivos decorativos (estilo fanfarre) e com um crucifixo em super-libris em ambas as pastas. Trata-se da 2ª edição, sendo a 1ª edição que reune pela primeira vez as duas obras publicadas em separado em 1838. Inocêncio VIII, 9: 'Adrião Pereira Forjaz de Sampaio, do conselho de Sua Magestade, Doutor e Lente de Direito na Univ. de Coimbra, Socio da Acad. R. das Sc. de Lisboa, e do Instituto de Coimbra, etc._ Nasceu em Coimbra a 10 de Fevereiro de 1810. Das Memorias do Bussaco, comprehendendo tambem a Viagem á serra da Louzã (n.os 18 e 19) ha terceira edição, feita no Porto, Typ. Commercial 1864. 8.º De XI_234 pag. €300 225. ENCADERNAÇÃO ARTÍSTICA. SÉC. XX. TEIXEIRA DE CARVALHO. (J. M.) DOMINGOS ANTÓNIO DE SEQUEIRA EM ITÁLIA (1788-1795). Segundo a correspondencia do Guarda-Jóias João António Pinto da Silva. [Por] Dr… Anteprefácio de Manoel de Sousa Pinto. Imprensa da Universidade. Coimbra. 1922. De 24x18 cm. Com 211 pags. Encadernação artística inteira de marroquin vermelho com finos ferros a ouro e nervos na lombada, rolados a ouro nas cercaduras, filetes e seixas das pastas; e em super-libris uma decoração foliada cruciforme. Obra ilustrada. Exemplar apenas aparado à cabeça. €400 226. ENCADERNAÇÃO ARTÍTICA SÉC. XIX. - COLLECÇÃO DAS ORDENS DO DIA DO ILLUSTRISSIMO E EXCELLENTISSIMO SENHOR MARECHAL GENERAL MARQUEZ DE CAMPO MAIOR [BERESFORD, William Carr] COMMANDANTE EM CHEFE DO EXERCITO DE SUA MGESTADE FIDELISSIMA ELREI DO REINO UNIDO DE PORTUGAL, BRAZIL, E ALGARVE. Anno 1817. LISBOA, Por MANOEL PEDRO DE LACERDA. Impressor do QuartelGeneral. 1 volume. In 4º (de 21x15 cm) com 236, [iv] pags. Encadernação da época inteira de pele marroquin vermelho com finos ferros a ouro rolados nas esquadrias das pastas e na lombada. Corte dourado por folhas. Exemplar com vestígios de humidade no interior. Inocêncio IX, 81:'Compilação das Ordens do Dia do Quartel General do Exercito Portuguez, concernentes á organisação, disciplina e economia militares nas campanhas de 1809 a 1814, e tambem relalivas ao anno de 1815. Lisboa, na Imp. Regia 1811 a 1816. 8.º, 7 tomos. - Nos respectivos frontispicios vêem-se entrelaçadas em cifra as iniciaes J. J. A., que parece quererem significar o nome de Joaquim José Annaya. empregado que por aquelles annos servia na Repartição do Ajudante general do Exercito, e foi o encarregado d'esta Compilação. Cada um dos volumes tem no fim seu indice dos assumptos contidos por ordem alphabética, e no ultimo o indice geral de todos os septe. Note-se que todas as determinações concernentes ao exercito, mandadas adoptar pelo Marechal general W. C. Beresford, marquez de Campo-maior, e commandante em chefe do mesmo exercito, publicadas nas Ordens do dia de 1809 até 1820, tiveram força de lei, segundo se declara na carta regia de 11 de Novembro de 1811, que anda transcripta na collecção de Delgado, tomo de 1811 a 1820. V. no tomo VII o artigo Vital Prudencio Alves Pereira, no tomo III João Chrysostomo do Couto e Mello, e no tomo X João José de Alcantara. €300 227. ENNES. (António) A GUERRA DE ÁFRICA EM 1895. (Memórias). 2ª edição, com Prefácio de Afonso Lopes Vieira, um estudo de Paiva Couceiro, e algumas Cartas inéditas. Edições Gama. Lisboa. 1945. De 23x17 cm. Com 522-lxx pags. Encadernação da época com lombada em pele com ferros a ouro. Ilustrado em extra texto sobre papel couché com fotogravuras; mapas dos teatros de operações e fac similes das cartas de Mousinho de Albuquerque. Exemplar preserva capas de brochura. €60 228. ENNES. (António) e outros. HISTORIA DE PORTUGAL. Primeiro volume por António Ennes. Segundo volume por Bernardino Ribeiro e Luciano Cordeiro. Terceiro volume por Alberto Pimentel. Quarto volume por Gervásio Lobato. Quinto volume por Eduardo Vidal. Sexto volume por Pinheiro Chagas. Ilustrações de Manuel de Macedo. Officina Typographica de J. A. de Mattos. / Empreza Litteraria de Lisboa. Lisboa. 1876, e 1877. 6 volumes. De 26x18 cm. Com 331-(iii) 385-(ii), 383, 361(ii), 336-(iii), e 413-(ii) pags. Encadernações da época inteiras de pele. Profusamente ilustrado em extra-texto. €300 229. EPHEMERIDES ASTRONOMICAS CALCULADAS PARA O MERIDIANO DO OBSERVATÓRIO REAL DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA: PARA O USO DO MESMO OBSERVATORIO, E PARA O DA NAVEGAÇAÕ PORTUGUEZA. VOLUME I. Para o anno de 1804. COIMBRA: NA REAL IMPRENSA DA UNIVERSIDADE, 1803. Por Ordem do Principe Regente Nosso Senhor. 1 volume. In 4º (de 21x15 cm) com xvi-240-(i)-xv pags. Encadernação da época com lombada em pele. Ilustrado com duas gravuras desdobráveis com o plano de arquitectura (interiores e exteriores) do observatório no ano de 1792; e um mapa da observação planetária de Marte com legenda dos seus aspectos visíveis. Folha de rosto adornada com um plano da fachada do observatório. INOCÊNCIO (I, 155; II, 228; X, 116; e V, 75) sobre a elaboração e colaboração nas Efemérides Astronómicas: “EPHEMERIDES ASTRONOMICAS para o Real Observatorio da Universidade de Coimbra. Coimbra, na R. Imp. da Univ. 1804. 4.º Continuáram nos anos seguintes até ao de 1828. Ficaram depois interrompidas até que apareceram novamente para o ano de 1841. Vej. a este respeito a Chronica Litter. da Nova Acad. Dramatica de Coimbra, tomo I pag. 319; e acerca do mérito das Ephemerides, e da aceitação e acolhimento que encontraram da parte dos sábios astrónomos franceses e alemães: Vej. também o Primeiro Ensaio sobre a Hist. Litt. de Portugal, por Freire de Carvalho, pag. 217 e 218; bem como o Ensaio Estatístico de Balbi, tomo II pag. 40, a introdução do livro Poésie Lyrique Portugaise etc. por Sané, Paris. 1808, a pag. LXXVII; e o artigo José Monteiro da Rocha, neste Dicionário. A estas Ephemerides convém juntar os seguintes opúsculos, que têm com elas relação imediata: Exposição dos methodos particulares no calculo das Ephemerides. Coimbra, na Imp. da Univ. 1797; e Taboas astronomicas, ordenadas a facilitar o calculo das Ephemerides da Univ. de Coimbra. Ibi, na mesma Imp. 1813. ANTONIO HONORATO DE CARIA E MOURA, Doutor e Lente da faculdade de Matemática na Univ. de Coimbra, Bibliothecario da mesma Universidade e colaborador e revisor das Ephemerides por ella publicadas. JACOME LUIZ SARMENTO DE VASCONCELLOS E CASTRO. Fez o seu doutoramento em 1841. Morreu em Coimbra, depois de prolongada enfermidade, a em 1874. JOSÉ MONTEIRO DA ROCHA, do Conselho de Sua Majestade, Comendador da Ordem de Cristo, Cónego magistral da Sé de Leiria; primeiro Lente jubilado da Faculdade de Mathematica, Director do Observatório astronómico, e Vice-reitor da Universidade de Coimbra; Mestre do Príncipe da Beira (depois D. Pedro IV de Portugal); Sócio e Director de classe da Academia Real das Sciencias de Lisboa, etc”. ASTRONOMICAL EPHEMERIDES CALCULATED FOR MERIDIAN THE ROYAL OBSERVATORY OF THE UNIVERSITY OF COIMBRA: FOR THE USE OF THE OBSERVATORY, AND TO THE PORTUGUESE NAVIGATION. VOLUME I. Year 1804. UNIVERSITY PRESS. COIMBRA. 1803. By Order of the Prince Regent Our Lord. 1 volume. In 4º (21x15 cm) with xvi, 240, (i), xv pags. Contemporary binding with leather spine. Illustrated with two folding engravings with the architectural plan (interior and exterior) of the observatory in 1792, and a map of the planetary observation of Mars with the caption of visible aspects. Cover page with a vignette of the observatory’s facade. Inocêncio (I, 155, II, 228, X, 116, and V, 75) refers on the preparation and collaboration of the Astronomical Ephemeris as a collective work: 'continued in the following years until 1828. They were then interrupted until they appeared again for the year 1841. Work with acceptance on the part of the French and German astronomers. The Ephemerides these must be added the following booklets, which have immediate relationship with them: “Exposure of private methods in calculating the Ephemerides. Coimbra, the Imp. of the Univ. 1797”, and “Astronomical Tables, ordered to facilitate the calculation of the Ephemerides. Univ. Coimbra. 1813. ANTONIO HONORATO DE CARIA E MOURA, Doctor College Mathematics at Univ. Coimbra, and University Librarian of the same contributor and reviewer of the published Ephemerides. JACOME LUIZ SARMENTO DE VASCONCELLOS E CASTRO. PhD in 1841. He died in Coimbra in 1874. JOSÉ MONTEIRO DA ROCHA, of Council of Her Majesty, Commander of the Order of Christ, emeritus of the School of Mathematics, Director of the Astronomical Observatory of the University of Coimbra, etc'. €500 230. ERASMUS ROTERODAMUS, Disiderius. ADAGIORUM GERMANIAE DECORIS, CHILIADES TRES, AC CENTURIAE FERE TOTIDEM. Basileae, Ioannis Frobenii, M. D. XIII. [1513] In fólio (29,5x21,5 cm) com [xlviii], 249, [i] fólios. Encadernação da época em inteira de pele sobre pastas de madeira, com ferros decorativos a seco nas pastas. Fechos metálicos. Cortes das folhas carminados. Magnifico frontispício arquitectónico gravado. Com leves picos de traça, pequenos defeitos e restauros marginais. Adagiorum contém um trabalho de recolha de provérbios alemães e da antiguidade clássica (frases e expressões escritas em língua grega com comentarios de Eramus de Rotherdão) sendo uma das obras mais populares do séc.xvi. Constituem-se como expressões de uma sabedoria intemporal redescobertas pelos autores clássicos as quais obtiveram sucesso pelo espírito do Humanismo e pela facilidade com a qual a tipografia espalhou os textos clássicos, produzindo um quadro mais completo da literatura da Antiguidade, para além do possível ou desejado no período medieval. A primeira edição, intitulada Collectanea Adagiorum, foi publicada em Paris em 1500, in 4º com cerca de 800 provérbios. Por 1508, depois de sua estadia na Itália, Erasmo expandiu a coleção (agora chamado Adagiorum chiliades ou 'Milhares de provérbios ') para mais de três mil entradas, muitos acompanhados por comentários, anotados, alguns dos quais são breves ensaios sobre temas políticos e morais. O trabalho continuou a ser expandido até a sua morte em 1536 (para um total de 4151 entradas) fruto da vasta leitura que Erasmus realizou na literatura antiga. Entre este provérbios temos: Sociedade leonina; Andar na corda bamba; Lágrimas de crocodilo; Tal pai, tal filho; O carro à frente dos bois, etc. Entre as 24 edições da BNP (Biblioteca Nacional de Portugal), esta não está presente (as mais antigas referidas pela BNP são: Estrasburgo, 1510, e Basileia, 1523). Binding: contemporary full calf on wooden boards. Blind tooled on both cover boards, and label gilt at spine. Metal clasps. Papercuts carmine colored. Superb architectural frontispiece engraved with Greek literary allegories. Slight wormed, small defects and marginal repairs. A work of recollection of German and Classical sayings (sentences and phrases written in Greek language with comentaries of Eramus of Rotherdam) is among the most popular works of the 16th Century. These are expressions of a timeless wisdom first uncovered by the classical authors. It was well succeded by the means of new Humanism and typography facililities that spread a broader range of classical texts and produced a much fuller picture of the literature of antiquity, than had been possible or desired in the medieval period. The first edition, titled Collectanea Adagiorum, was published in Paris in 1500, in a slim quarto of around eight hundred proverbs. By 1508, after his stay in Italy, Erasmus had expanded the collection (now called Adagiorum chiliades or 'Thousands of proverbs') to over three thousand items, many accompanied by richly annotated commentaries, some of which were brief essays on political and moral topics. The work, which continued to be expanded right up to his death in 1536 (to a final total of 4,151 essays) is the fruit of Erasmus' vast reading in ancient literature. Among this proverbes we have: Lion society; To walk the tightrope; Crocodile tears; Like father, like son; The cart before the horse; etc. Amongst the 24 editions at BNP (Portugal’s National Library) this one is not present (the oldest refered at BNP are: Strasbourg, 1510; and Basle, 1523). €5.000 231. ESAGUY. (José de) A VIDA DO INFANTE SANTO Ilustrações de Martins Barata. Edições “Europa”. Lisboa. 1936. De 28,5x23 cm. Com 213-(i) pags. Encadernação editorial inteira de pele (marroquin negro) com finos ferros a ouro na lombada e nas esquadrias das pastas. Ilustrado com 88 estampas extra texto sobre papel couché. Obra sob a direcção gráfica e artística de Romeu e Rogelio Marques Cardoso. Fotografias de Jaime Santos, Eleutério Cerdeira, British Museum, Kunsverlag Wolfrum de Viena d’Austria, Mário Catarino Cardoso e Octavio Bobone. Lisboa. €80 232. ESAGUY. (José de) MARROCOS. Lisboa. Edições Europa. 1933. De 29x23 cm. Com 373 pags. Encadernação do editor com lombada em pele. Profusamente ilustrado no texto e em extra texto com gravuras policromas. Obra impressa sobre papel couché. Contém imagens de objectos e monumentos que evocam a presença cultural portuguesa em Marrocos; e a presença das potencias europeias à época desta edição. €150 233. ESTÁCIO DA VEIGA. (Sebastião Philippes Martins) ANTIGUIDADES MONUMENTAES DO ALGARVE. TEMPOS PREHISTORICOS. PALEOETHNOLOGIA. Por… Socio correspondente da academia real das sciencias, e da sociedade de geographia de Lisboa, do instituto e da sociedade broteriana de Coimbra, do imperial instituto archeologico germânico de Roma, da sociedade franceza de archeologia, da real academia da historia de Madrid, da sociedade económica de Malaga, da academia de archeologia da Belgica, do instituto acheologico e geographico pernanbucano, collector e fundador do museu archelogico do Algarve. Imprensa Nacional. Lisboa. 1886, 1887, 1889 e 1891. 4 volumes. De 25x17 cm. Com xvi-[vii]-609, 394 e 346 pags. Encadernações recentes com lombadas em pele. Ilustrado com mapas e 45 estampas extra-texto na sua maior parte desdobráveis. Obra com profusamente ilustrada com levantamentos arqueológicos da escrita (pré-histórica) do Sudoeste Peninsular; e a sua respectiva tentativa de interpretação. Inocêncio XIX, 189: 'Sebastião Philippes Martins Estacio da Veiga, Oficial da Sub Inspecção-Geral dos Correios e Postas do Reino. Nasceu na cidade de Tavira, no Algarve, em 1828. Era moço fidalgo com exercício. Fôra fundador do Museu arqueológico do Algarve, que serviu para a criação do museu arqueológico no edifício dos Jerónimos, em Belém, cuja direcção foi confiada a Leite de Vasconcellos. Morreu em 1891'. €600 234. ESTATUTOS DA PROVINCIA DA CONCEYÇAÕ NO REYNO DE PORTUGAL Ordenados, e Reformados no anno de 1733. Sendo Ministro Provincial Fr. MANOEL DA NATIVIDADE Ex Lector de Theologia e Qualificador do Santo Officio, E sahidos a luz no anno de 1735. Sendo Ministro Provincial Fr. JOAÕ DE SANTA ROZA Ex Lector de Theologia, e Consultor do Santo Officio. COIMBRA. Na Oficina de LUIZ SECO FERREYRA. Anno de M.DCCXXXV. [1735]. In fólio (29x21 cm) com [xiv], 246, [i] pags. Encadernação inteira de pele mosqueada com ferros a ouro na lombada. Exemplar com leves manchas de humidade nas primeiras e últimas folhas; contendo um fólio final inunerado com as erratas, o qual não é mencionado por outros bibliógrafos. A obra não é citada por Inocêncio, nem faz parte da Biblioteca de Samodães, nem de Ameal. Pinto de Matos, 235: 'Um exemplar destes estatutos juntamente com os da Provincia de Santo António dos Capuchos venderam-se por 2$100 reis, Sousa Guimarães'. Monteverde, 230 (2196): 'Título encimado por uma vinheta tendo no alto a imagem da Virgem da Conceição, e por baixo um escudo com as armas de Portugal'. €800 235. ESTATUTOS DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA COMPILADOS DEBAIXO DA IMMEDIATA E SUPREMA INSPECÇÃO DE ELREI D. JOSÉ I. NOSSO SENHOR PELA JUNTA DE PROVIDENCIA LITERARIA CREADA PELO MESMO SENHOR PARA A RESTAURAÇÃO DAS SCIENCIAS, e ARTES LIBERAES NESTES REINOS, E TODOS SEUS DOMINIOS ULTIMAMENTE ROBORADOS POR SUA MAGESTADE NA SUA LEI DE 28 DE AGOSTO DESTE PRESENTE ANNO DE 1772. LISBOA NA REGIA OFFICINA TYPOGRAFICA ANNO MDCCLXXIII. [1773]. Obra em 3 volumes. De 17x11 cm. Com xxii, 374; xiii, 584; e xiv, 399 pags. Encadernações da época inteiras de pele com ferros a ouro e rótulos vermelhos nas lombadas. Obra com a discussão dos conteúdos programáticos, antigos e modernos, das cadeiras leccionadas e a fixação de novos curriculae de acordo com o progresso e o alargamento dos limites das ciências, rerspectivamente: Livro I. Que contém o Curso Theologico. Livro II. Que contém os cursos jurídicos das faculdades de cânones e de leis. Livro III. que contém os cursos das sciencias naturaes e filosoficas. INOCÊNCIO II 236.” Os tres volumes da edição de 8.º, que é a do meu uso, contêm xxii 374; xiii 584; e xiv 399 pag. Cria-se que todas as referidas edições se achavam há anos extinctas. Os exemplares usados que appareciam no mercado corriam por preços mui varios. O que possuo da edição em 8.º custou me 960 reis. Ultimamente verificou se existir ainda no armazem da Imprensa da Universidade boa porção de exemplares, cujos preços foram muito reduzidos no respectivo catalogo, cotando se a edição de 4.º em 900 reis, e a de 8.º em 600 reis. Diversas opiniões se manifestaram ácerca de quem fossem os collaboradores d'estes estatutos. Se devemos porém dar peso ao testemunho do p. Antonio Pereira de Figueiredo, que ninguem deixara de suppor bem informado, foi d'elles principal coordenador o desembargador João Pereira Ramos d'Azeredo Coutinho (coadjuvado, dizem outros, por seu irmão D. Francisco de Lemos) com excepção da parte, que diz respeito ás sciencias naturaes, a qual foi exclusivamente compilada por José Monteiro da Rocha. (v. Elogios dos Reis de Portugal, pag. 259. e tambem podem consultar se ácerca d'este ponto as mem. Da Acad. R. Das Sc., tomo iv, parte i, pag. LXXXV, os cuidados litterarios do bispo de beja, pag. 33; e o discurso sobre delictos e penas de Francisco Freire de Mello.) O mesmo p. Antonio Pereira traduziu em latim estes Estatutos com o titulo de Statuta AcademiÅ“ Cconimbricensis, etc., e sahiram impressos: Lisboa, na Regia offic. Typ. 1773 a 1776. 8.º 3 tomos.” €500 236. ESTATVTOS DA VNIVERSIDADE DE COIMBRA. Confirmados por el Rey nosso Snõr Dom IOAÕ O 4. em o anno de 1653. Impressos por mandado e orde[m] de MANOEL DE SALDANHA do Conselho de sua Magestade Reitor da mesma Vniversidade e Bispo Eleito de Viseo. EM COIMBRA Na Officina de Thome Carualho Impressor da Vniversidade. Anno 1654. In fólio 29,5x20 cm. Com 14, [vi], 330, [vi], 208, 10, [vi] pags. Encadernação do século xviii inteira de pele com nervos na lombada, danificada por falhas de pele. Ilustrado com magnifico frontispício gravado e uma gravura aberta a buril com título dentro de portada gravada, ornada com diversas figuras e encimada pelas armas do reino e a esfera armilar, ambos desenhados por Josefa Ayalla, Óbidos 1653. No fim da obra vêm o Regimento dos Médicos e Boticários Cristãos Velhos, seguido do Reportório do mesmo. A primeira versão impressa dos estatutos da universidade de Coimbra publicou-se em 1591, a presente é a segunda feita seguramente pela necessidade de uma reforma no âmbito da Restauração. No tempo do Marquês de Pombal, com a necessidade de remover a influência dos jesuítas, publicou-se a terceira e última. Inocêncio II, 236. ”Tem frontispicio gravado a buril, com uma elegante portada, e outra estampa que representa a Sabedoria (antiga insignia da Universidade), delineada, como se vê da inscripção, pela insigne pintora Josepha d'Ayalla, mais conhecida pelo nome de Josepha de Obidos. O preço d'estes Estatutos, de que tem apparecido em Lisboa varios exemplares á venda, ha sido ultimamente regulado de 960 a 1:600 réis, e alguns chegaram, creio, a 1:920 reis. Brunet no seu Manual faz menção de dous exemplares, vendidos um por 100 francos, o outro por 24 ditos.” €2.000 237. ESTERMANN. (Carlos) ETNOGRAFIA DO SUDOESTE DE ANGOLA. Volume I. Os povos não-Bantos e o grupo étnico dos Ambós. Volume II. Grupo étnico Nhaneca-Humbe. Volume III. Grupo étnico Herero. [Por] Padre… C. S. Sp. (2.ª edição, corrigida). Memórias: Série Antropológica e Etnológica. Memórias da Junta de Investigações do Ultramar. Lisboa. 1960 e 1961. 3 volumes. De 25x19 cm. Com 285, 299 e 251 pags. Encadernações com lombadas em pele. Ilustrados no texto com desenhos e esboços etnográficos; e em extra texto com fotogravuras sobre papel couché. €300 238. ESTORIL. ESTAÇÃO MARITIMA, CLIMATERICA THERMAL E SPORTIVA. Typ. «A Editora Limitada». Lisboa. 1914. De 21x29 cm (formato oblongo). Com 38 fólios inumerados. Encadernação recente inteira em pele de carneira natural com ferros a ouro em super-libris com o título da obra. Contém fotogravuras, mapas e planos de arquitectura dos edifícios existentes à data e dos edifícios projectados, entre os quais: o antigo Casino do Estoril; as Arcadas; a Estação Marítima; a Estação Termal; o Hotel Palácio Estoril; os Jardins e o passeio marítimo; etc. Obra com no âmbito do projecto oficial e promoção da indústria de turismo em Portugal. €300 239. ESTUDOS CIENTÍFICOS OFERECIDOS EM HOMENAGEM AO PROF. DOUTOR J. CARRÍNGTON DA COSTA. Por ocasião do seu 70º aniversário. Abril de 1961. Junta de Investigações do Ultramar. Lisboa. 1962. De 26x20 cm. Com xxvii-745 pags. Ilustrado. Encadernação da época (meia-amador) com lombada e cantos em pele. Obra com um conjunto heteregénio de estudos, entre os quais: Contribuições para o estudo químico de peixe seco em Angola, por Alfredo e A. J. A. Gouveia; A Lenda das Amazonas por Jorge Dias; Contribuição para o estudo antropológico dos chineses de Macau (residentes no Timor português) por António e Maria Amélia Castro e Almeida; Notas sobre a geologia e petrografia da Ilha de Ataúro (Timor português) por J. de Azeredo Leme e J. Bailim Pissarra; e Contribution a la connaissance de la géologie du District de Ponta Delgada (Açores); etc, etc. €120 240. EXPEDIÇÃO SCIENTIFICA Á SERRA DA ESTRELLA EM 1881. Sociedade de Geographia de Lisboa. Imprensa Nacional. Lisboa. 1883. De 30x24 cm. Com 22-34-26-133-77-122 pags. Encadernação com lombada e cantos em pele. Profusamente ilustrado em extra-texto com mapas desdobráveis, levantamentos arqueológicos, quadros de dados meteorológicos, diagramas oftálmicos, quadros de dispersão arbórea e levantamentos epigráficos. Obra contendo os 6 principais relatórios dos estudos das secções científicas e das suas subsecções científicas, nomeadamente: Secção Arqueológica (Relatório do Dr. Martins Sarmento); Secção Botânica (Relatório do Dr Júlio Augusto Henriques); Secção Etnográfica (Relatório do Sr. Luís Feliciano Marrecas Ferreira); Subsecção de Hidrologia minero-medicinal da Secção de Medicina (Relatório dos Drs. Leonardo Torres e Jacinto Augusto Medina); Subsecção de Oftalmologia da Secção de Medicina (Relatórios do Dr. Fonseca Júnior); Secção de Meteorologia (Relatório o Sr. Augusto da Silva). €400 241. EXPOSIÇÃO DE ALFAIA AGRICOLA NA REAL TAPADA DA AJUDA EM 1898. Documentos. Introducção, programma, regulamento, jurys, catalogo illustrado, lista dos premiados e opinião da imprensa. Commemoração do Quarto Centenário do Descobrimento do Caminho Marítimo da Índia. Real Associação Central da Agricultura Portugueza. Imprensa Nacional. Lisboa. 1898. De 25x17 cm. Com 206 pags. Encadernação recente com lombada em pele. Ilustrado no anterrosto em página dupla com a gravura do Pavilhão Real de Exposições da Tapada da Ajuda; e profusamente ilustrado com todo o tipo de maquinaria agrícola da época. €150 242. FARIA DE MORAIS. (Tancredo Octávio) HISTORIA DA MARINHA PORTUGUESA. DA NACIONALIDADE A ALJUBARROTA. Prefácio de: Jaime Afreixo Vice-Almirante. Texto de: … Capitão de Mar e Guerra da Administração Naval. Ilustrações de: Álvaro Hogan Capitão-Tenente. [Clube Militar Naval]. Editorial Ática. Lisboa. MCMXL [1940]. De 25x19 cm. Com xxxi-234-(vi) pags. Encadernação da época com lombada e cantos em pele. Ilustrado com mapas e gravuras desdobráveis. Exemplar com ex-libris da Biblioteca Capucho. 1º e único volume publicado a partir de estudo patrocinado por despacho de Oliveira Salazar; despacho esse transcrito no prefácio da obra. €60 243. FARIA E SILVA. (José) ARMAMENTO LIGEIRO DA GUERRA PENÍNSULAR 1808 – 1814. (Por)… Jaime Ferreira Regalado. Fronteira do Caos Editores. S-l. 2010. De 31x21 cm. Com 219 pags. Brochado. Ilustrado. €30 244. FARIA E SOUSA. (Manuel de) ÁSIA PORTUGUESA. Por … Cavaleiro da Ordem de Cristo e da Casa Real. Tradução de Isabel Ferreira do Amaral Pereira de Matos, e Maria Vitória Garcia Santos Ferreira Licenciadas em filologia românica. Com uma introdução por M. Lopes d`Almeida Professor da Universidade de Coimbra. Biblioteca Histórica - Série Ultramarina – Nº VI. Livraria Civilização, Editora. Porto. 1943-1947. Obra em 6 volumes. De 23x16 cm. Com xxxii-360, 370, 354, 408, e 642 pags. Encadernações da época com lombadas e cantos em pele. Ilustrados. €300 245. FARINELLI. (Arturo) VIAJES POR ESPAÑA Y PORTUGAL. Desde la Edad Media hasta el Siglo XX. Nuevas y antiguas divagaciones bibliográficas. Reale Accademia d’Italia. 1942-1944. 3 (de 4) volumes. De 25x18 cm. Com 346, 409, e 601 pags. Encadernações inteiras de pele marmoreadas com ferros a ouro nas pastas e nas lombadas, executadas pelo mestre encadernador Frederico de Almeida. Conjunto com falta do 4º volume da obra, publicada em 1979, com as viagens no século XX. €400 246. FEIO SERPA, Joaquim. SEGREDOS DAS ARTES LIBERAES, E MECANICAS, RECOPILADOS, E TRADUZIDOS de vários Authores Selectos, que trataõ de Física, Pintura, Architectura, Optica, Quimica, Douradora, e Acharoado, com outras varias curiosidades proveitosas, e divertidas. SEU AUTOR O LICENCIADO D. BERNARDO DE MONTON. Vertido de Castelhano em Portuguez. Por JOAQUIM FEYO CERPA. LISBOA. Na Offic. de DOMINGOS GONSALVES. M. DCC.XLIV. [1744]. In 8º (de 14x10) cm. Com [xxiv], 176 pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada. Obra com formulas semi-industriais e conceitos pré-científicos. Inocêncio XII, 77. €200 247. FELDE, Johann. COMPENDIUM DOCTRINAE SPHAERICAE. Succinctum & perbreve, Conscriptum à JOHANNE à FELDE H. S. LIPSIAE [Leipzig], Literis LANCKISIANUS, M. DC.LIII. [1653]. In 12º de 12x7,5 cm. com 104, [iv] pags. Encadernação recente em pergaminho ao gosto da época. Exemplar com dois carimbos e uma assinatura de posse coeva de um convento de agostiniano alemão na folha de rosto. Existe um exemplar nas Bibliotecas da Universidade de Standford na coleção Newton. Binding: recent replica of a contemporary parchment. Ownership at title page: 2 stamps and a contemporary signature from a German Monastery. Copy known available in the Newton Collection at Standford University. €1.200 248. FERNANDES, Domingos. EXPOSIÇÃO DOS FASTOS DE P. OVIDIO NASAM, e mais obras do mesmo, com huma breve recopilação das fabulas, e outras noticias muito uteis aos que estudaõ humanidades. Que expoem, dedica e offerece ao meritissimo Senhor Manuel de Almeida de Carvalho. Fidalgo da casa de Sua Magestade, do seu Real Conselho, dezembargador do paço &c. Domingos Fernandes presbytero do habito de S. Pedro, natural da villa de Alvaro, do priorado do Crato. Lisboa. Na officina de Francisco da Silva. Anno de MDCCXLIX (1749). De 20x14 cm. Com (xiv)-371 pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada. Obra impressa em papel de baixa qualidade e por esse motivo apresentando oxidação natural e uniforme. Inocêncio II, 187 “Vi um (exemplar), em poder do Sr. Dr. Barbosa Marreca, e consta me que existe outro na Bibl. Nacional”. Barbosa Machado IV, 108. “Domingos Fernandes, presbytero do habito de S. Pedro, natural da villa de Alvaro do priorado do Crato na provincia da Estremadura. Foy muito, perito nas regras da grammatica latina, e intelligencia dos poetas, e oradores do tempo de Augusto”. €150 249. FERNANDES, Manuel. LIVRO DE TRAÇAS DE CARPINTARIA com todos os modelos e medidas para fazerem toda a navegação, assy de alto bordo como de remo traçado por Manuel Fernandes oficcial do mesmo officio na era de 1616. [Facsimile colorido do manuscrito original existente na Biblioteca do Palácio Nacional da Ajuda] Nota de apresentação de Rogério S. G. Oliveira. Programa Nacional de Edições Comemorativas dos Descobrimentos Portugueses. Impresso na Litografia Tejo, com a tiragem de 2000/184 exemplares em papel vergê especialmente fabricado para esta Edição pela Companhia do Papel de Porto de Cavaleiros, S. A. Encadernação de Paulino Ferreira & Filhos, Lda. Lisboa 1989. Encadernação original inteira de pele com ferros a seco nas pastas. É o principal tratado português de construção naval conhecido e verdadeiro repositório das técnicas de construção naval da época dos descobrimentos. €400 250. FERRÃO. (António) A I.ª INVASÃO FRANCESA. (A Invasão de Junot vista através dos documentos da intendência geral da polícia, 1807-1808). Estudo político e social (2ª volume da colecção de Documentos Inéditos Da História de Portugal mandada publicar pelo Govêrno da República). [Por]… Sócio da Academia das Sciências de Lisboa. Imprensa da Universidade. Coimbra. 1923. De 24x16 cm. Com ccccxvii-474-(i) pags. Encadernação da época com lombada e cantos em pele, com ferros a ouro ao gosto do início do século xix. Obra com o conteúdo da investigação na paginação romana: A Evolução das Instituições policiais; A Criação e a Evolução da Intendência Geral de Polícia; A Vida Política e Social do país após a queda do Marquês de Pombal; A Invasão, a Ocupação e a Dominação francesas; e a Retirada dos Franceses. Contém na segunda parte (474 páginas) as transcrições da documentação da época. €150 251. FERRÃO. (António) O CÊRCO DO PORTO (1832-1833). Por… vogal da Comissão de História Militar. [Tomo] III. Volume I [e único publicado]. Publicações da Comissão de História Militar. Lisboa. 1940. De 26x20 cm. Com x-658-ii pags. Encadernação com lombada e cantos em pele. Obra com a descrição completa dos acontecimentos políticos e militares no Cerco do Porto durante a guerra da sucessão ente liberais e miguelistas. António Ferrão (1884-1961) académico, historiador, bibliografo e inspector das bibliotecas e arquivos. €80 252. FERRÃO. (Carlos) HISTÓRIA DA GUERRA. Organizada por... Colaboração dos Professores Rui Ulrich, Marques Guedes; Doutores Veiga Simões, Vieira de Castro, Lino Franco; Brigadeiro Vasco de Carvalho; Almirante Pereira da Silva; TenenteCoronel Lelo Portela; Capitão-tenente Quelhas de Lima; Major de Infantaria Alexandre de Morais; Primeiro-tenente Valente de Araújo; Jornalistas e escritores Herculano Nunes, Acúrcio Pereira, Amadeu de Freitas, Artur Portela, Augusto Pinto, Correia Marques; Dr. Francisco Veloso; Guedes de Amorim; Leopoldo Nunes; Manuel Rodrigues, Maurício de Oliveira; Dr. Norberto Lopes; e Dr. Ribeiro dos Santos. Editorial “Século”. Obra em 2 volumes. De 1296-38 pags. Encadernações do editor. Profusamente ilustrados com gravuras, mapas e litografias coloridas intercaladas no texto e em extra texto. Contém uma cronologia das várias frentes da Segunda Guerra Mundial nas últimas 38 páginas do 2º volume. €150 253. FERRÃO. (Carlos) HISTÓRIA DA REPÚBLICA. Edição Comemorativa do Cinquentenário da República. Composto e impresso na Sociedade Nacional de Tipografia. Lisboa. 1960. De 32x26 cm. Com 644 pags. Encadernação do editor inteira de pele com ferros decorativos a ouro na pasta anterior e na lombada. Profusamente ilustrado com fotogravuras no texto e similigravuras coloridas extra texto reproduzindo quadros e caricaturas da época. €150 254. FERRÉ. (Pere) ROMANCES TRADICIONAIS. Subsídios para o Folclore da Região Autónoma da Madeira. Com a colaboração de Vanda Anastácio, José Joaquim Dias Marques e Ana Maria Martins. Edição da Câmara Municipal do Funchal. 1982. De 25x18 cm. Com 319 pags. Encadernação com lombada em pele. Obra considerada o único romanceiro de referência da tradição oral madeirense publicado depois do de Rodrigues de Azevedo em 1880. €80 255. FERREIRA BORGES, José. CODIGO COMMERCIAL PORTUGUEZ. LISBOA. NA IMPRENSA NACIONAL. 1833. De 30x20 cm. In fólio (de 32x22 cm) com [13]-316 pags. Brochado, preservando capas de brochuras originais. Exemplar por aparar e com dedicatória do autor na folha de anterrosto. Primeira edição do primeiro Código Comercial português. Obra resultante do estudo, compilação e organização de Ferreira Borges, baseado no aperfeiçoamento de códigos comerciais estrangeiros, dedicado ao Imperador D. Pedro IV de Portugal e I do Brasil, tendo o mesmo decretado pelo Ministro de Estado José da Silva Carvalho “Querendo dar-vos um público testemunho do muito apreço em que tenho o relevante serviço que haveis feito à Nação na obra que felizmente ultimastes: Houve outro sim por bem nomear-vos Supremo Magistrado do Comercio, e Juiz Presidente do Tribunal Comercial de 2ª Instancia, sem prejuízo de qualquer reconhecimento e galardão que as Cortes vos hajão de decretar]…[manda o Duque de Bragança, Regente, em Nome da Rainha, declarar ao Conselheiro José Ferreira Borges que a venda do Codigo Comercial lhe pertence]…[ pelo espaço de quatorze anos] …[ Lei… em 25 de Novembro de 1833]. Inocêncio IV, 327 e 330: “JOSÉ FERREIRA BORGES, Bacharel formado em Canones pela Universidade de Coimbra em 1805: Advogado na cidade do Porto, sua patria, desde 1808 até 1820; Secretario da Junta da Companhia dos vinhos do Alto-Douro em 1818; Membro da Junta provisional do Governo Supremo do Reino, proclamada no dia 24 de Agosto de 1820; para cujos successos concorreu tão activamente como consta das suas biographias, e das Revelações e Memorias do seu consócio Xavier de Araujo; Deputado ás Côrtes constituintes em 1821; Conselheiro de Estado em 6 de Março de 1823; emigrado em Londres desde Junho do mesmo anno até Fevereiro de 1827; e novamente em Fevereiro do anno seguinte até Septembro de 1833; Supremo Magistrado do Commercio, e Juiz presidente do Tribunal Commercial de segunda instancia, por carta regia de 18 de Septembro do mesmo anno; demittido de todos os cargos, por assim o haver requerido, em 19 de Septembro de 1836. Nasceu no Porto a 6 de Junho de 1786, e ahi morreu a 14 de Novembro de 1838, havendo perdido totalmente a vista quatro annos antes. Codigo Commercial Portuguez. Lisboa, na Imp. Nacional 1833. fol. Porto, Typ. de D. Antonio Moldes 1846. 8.o gr. de XVI 477 pag., e mais uma com a errata. Tem tido mais algumas reimpressões. Eis-aqui a opinião que formou a respeito do Codigo o illustre jurisconsulto Manuel Antonio Coelho da Rocha: «N’elle se acha regulado tudo o que diz respeito às pessoas, obrigações, organisação do fôro, e fórma do processo commercial, com uma segunda parte sobre commercio maritimo. Seu auctor compilou as mais providentes disposições dos codigos das nações cultas da Europa, porém acumulando definições e principios geraes, que em obra de tal natureza muito bem se poderiam dispensar. Nota-se-lhe em muitos logares confusão nas materias e irregularidade na redacção, e em outros a insersão de principios deslocados e sem uso.» €300 256. FERREIRA BORGES. (José) DICCIONARIO JURIDICO-COMMERCIAL, Por José Ferreira Borges Conselheiro d’Estado Honorario. Typographia de Sebastião José Pereira. 2ª edição [aliás 3ª edição]. Porto. 1856. De 23x16 cm. Com viii423 pags. Encadernação da época com lombada em pele com finos ferros a ouro. Terceira edição desta obra; tendo sido a primeira publicada em 1839 (presente nos catálogos Castro e Silva, Lda); e a segunda em 1840. Inocêncio (IV, 330): 'José Ferreira Borges bacharel formado em Canones pela Universidade de Coimbra em 1805: Advogado na cidade do Porto, sua pátria, desde 1808 até 1820; secretario da Junta da Companhia dos Vinhos do Alto-Douro em 1818; membro da Junta Provisional do Governo Supremo do Reino, proclamada em 1820; para cujos sucessos concorreu tão activamente como consta das suas biografias, e das revelações e memorias do seu consocio Xavier de Araujo; deputado às Cortes constituintes em 1821; conselheiro de estado em 1823; emigrado em Londres desde Junho do mesmo ano até Fevereiro de 1827; e novamente em Fevereiro do ano seguinte até Setembro de 1833; supremo magistrado do comercio, e juiz presidente do Tribunal Comercial de Segunda Instancia; demitido de todos os cargos em 19 de Setembro de 1836. Nasceu no Porto em 1786, e aí morreu em 1838. Diccionario juridico-commercial. Lisboa, Typ. da Sociedade Propagadora dos Conhecimentos Uteis 1840. 8.º gr. Com o retrato do autor. Segunda edição [aliás 3ª edição] Porto, 1856. 4.º. Por ocasião de anunciar esta publicação, diz a revista literária do Porto, Tomo V, pag. 185: esta obra, que saiu póstuma, e fora coordenada por seu ilustre autor conjuntamente com o código comercial, é de sumo interesse não só para o jurisconsulto, mas para os comerciantes, e em geral para todo aquele que pretenda ter noções exactas dos diversíssimos pontos da jurisprudência comercial, e ainda mesmo de muitos de economia política, e de syntelologia, correlativa com aquela. Os diversos e numerosíssimos artigos de que se compõe são escritos com a clareza e simplicidade que distinguem as produções literárias do autor, e que caracterizam o seu estilo; e ainda que didacticamente redigidos não encerram menos o preciso para darem ao leitor uma cabal ideia do assunto, enriquecendo-o com a legislação respectiva.” €180 257. FERREIRA DE CASTRO. (José Maria) A VOLTA AO MUNDO. Empresa Nacional de Publicidade. Lisboa. 1944. De 31x24 cm. Com 678-16 pags. Encadernação editorial inteira de pele com ferros a ouro e a seco em ambas as pastas e na lombada. Porfusamente ilustrado (p/b e a cores) e com cromogravuras encarceladas em folhas extra texto. Obra começada a imprimir em 1942 e terminada em 1944, contendo a fotoreportagem do autor à volta do mundo. €150 258. FERREIRA DE CASTRO. (José Maria) AS MARAVILHAS ARTISTICAS DO MUNDO OU PRODIGIOSA AVENTURA DO HOMEM ATRAVÉS DA ARTE. EMPRESA NACIONAL DE PUBCICIDADE. LISBOA. 1959-1963. (COPYRIGHT 1958). 2 volumes. De 38x31 cm. com 1052 pags. Encadernações do editor inteira de pele finamente gravada a seco e a ouro com aplicações de estampas coloridas nas pastas e nas lombadas que estão um pouco cansadas. Obra impressa em papel couché de elevada gramagem e profusamente ilustrada em extra texto com gravuras coloridas e encarceladas. José Maria Ferreira de Castro (Ossela, Oliveira de Azeméis, 24 de Maio de 1898 — Porto, 29 de Junho de 1974) foi um escritor português, que aos doze anos de idade emigrou para o Brasil, onde viria a publicar o seu primeiro romance em 1916. Emigrante, homem do jornalismo, mas sobretudo ficcionista, é hoje em dia, ainda, um dos autores com mais obra traduzida em todo o mundo, podendo-se incluir a sua obra na categoria de literatura universal moderna, percursora do neorealismo, de escrita caracteristicamente identificada com a intervenção social e ideológica. €200 259. FERREIRA DE CASTRO. (José Maria) PEQUENOS MUNDOS E VELHAS CIVILIZAÇÕES. Emprêsa Nacional de Publicidade. Lisboa. MCMXXXVII [Março de 1938]. De 30x24 cm. Com 397-16 pags. Encadernação do editor inteira de pele com ferros a ouro na lombada e em cercaduras nas pastas. Profusamente ilustrado com fotogravuras no texto e cromogravuras intercaladas em extra texto de Eduardo Malta, Jorge Barradas e Lino António. Obra monumental contendo 10 capitulos referentes a: Andorra, Rodes, Irlanda, Ilhas de Monte-Cristo e Castelo de If, Baleares, Cartago, Tunis, Corsega, Açores, Madeira, Malta, Pompeia, Nápoles, Monte Carlo, Riviera francesa, Riviera italiana, Palestina, Jerusalém e Egipto. €150 260. FERREIRA DE CASTRO. A SELVA. Romance. Ilustrações de Portinari. Vinhetas de Nobre. Guimarães Editores. Lisboa. 1955. De 27x21 cm. Com 322 pags. Encadernação artística inteira de pele (maroquin vermelho) com finos nervos e ferros a ouro na lombada e em super-libris. Ilustrado e com um desdobrável com as edições desta obra em todas as línguas até esta data. €150 261. FERREIRA DE VASCONCELLOS. (Jorge) MEMORIAL DAS PROEZAS DA SEGUNDA TAVOLA REDONDA. Por… ao muyto alto e muyto poderoso Rey Dom Sebastião prymeiro deste nome em Portugal, Nosso Senhor. Impressa pela primeira vez no anno de 1567. Typ. do Panorama. Lisboa. M DCCC LXVII [1867]. De 22x15 cm. Com viii-368 pags. Encadernação recente em percalina verde preservando capas da brochura no final da obra. Obra clássica da literatura portuguesa. INOCÊNCIO IV, 167 e XII, 179: “Saíu segunda edição em 1867. Lisboa, na typ. do Panorama. 8.º gr. de VIII 368 pag. Dirigiu esta impressão o sr. Manuel Bernardes Branco, segundo se vê da advertencia preliminar por elle assignada. [Sobre o autor] JORGE FERREIRA DE VASCONCELLOS Cavalleiro professo na Ordem de Christo. Escrivão do Thesouro Real e da Casa da India, etc. Pouco se sabe da sua biographia, havendo até duvida sobre a terra onde nasceu, que uns querem fosse Coimbra, e outros Monte-mór o velho. Casou com D. Anna de Sousa, senhora que emparelhava com elle em nobreza e qualidades, da qual houve um filho que morreu na batalha de Alcacerquibir, e uma filha que se desposou depois com D. Antonio de Noronha. Consta que falecera em 1585, e que fôra com sua mulher sepultado no cruzeiro do antigo convento da Trindade de Lisboa. A deliberação que tomou de não declarar o seu nome em nenhuma das obras que compoz e imprimiu, deu logar a que no futuro se levantassem duvidas sobre a paternidade de algumas. [Sobre a obra] MEMORIAL DAS PROEZAS DA SEGUNDA TAUOLA REDONDA. Ao muyto alto e muyto poderoso Rey dõ Sebastião primeyro deste nome em Portugal nosso senhor. Com licença. Em Coimbra. Em casa de Ioão de Barreyra 1567. Barbosa aponta em logar d'esta edição outra, com alguma differença no titulo, e dá-a como impressa no dito anno, pelo mesmo impressor, mas em Lisboa, e no formato de folio. Tudo induz a crer que se enganou em suas indicações, e que jamais existiu essa duplicada edição. Da que fica descripta, e que é rarissima, apenas tenho ao presente noticia da existencia de dous exemplares em Portugal. Oxalá que dentro em pouco tempo não tenhamos a lamentar a perda de algum d'elles, ou ainda a de ambos juntos participando de sorte egual á de outras similhantes preciosidades litterarias que possuiamos, e que vão infelizmente desapparecendo de dia em dia, para mais se não recuperarem!” €120 262. FERREIRA DINIZ. POPULAÇÕES INDÍGENAS DE ANGOLA. Por… Secretário dos Negócios Indígenas e Curador Geral da Província de Angola. Ministério das Colónias. Imprensa da Universidade. Coimbra. 1918. De 26x17 cm. Com 756 pags. Encadernação recente em percalina vermelha. Profusamente ilustrado em extra-texto com mapas de Angola mostrando diferentes aspectos geográficos, políticos, étnicos (mapas étnicos parciais e Carta Etnográfica de 1916); e ilustrado no texto com fotogravuras de tipos nativos em grupos, nas suas actividades quotidianas e cerimónias. Obra com estudo etnográfico de 22 tribos da raça negra; um estudo etnográfico das tribos de raça Boshiman; capítulos com o estudo da origem das populações indígenas; a sua vida material, intelectual, religiosa, e social; e ainda um apenso à obra com toda a legislação e projectos do estatuto civil e jurídico dos indígenas. €400 263. FERREIRA MARTINS. (General Luís Augusto) HISTÓRIA DO EXÉRCITO PORTUGUÊS. Editorial Inquérito Limitada. Lisboa. 1945. De 31x24 cm. Com 576 pags. Encadernação editorial em percalina azul estampada com ferros decorativos a seco e a ouro em super-libris. Obra profusamente ilustrada no texto, e em extra texto, com mapas e gravuras desdobráveis intercalados. Contém as operações do exército português fora do território continental (guerras em África, guerras da Península, guerras na Europa) ilustradas com mapas desses teatros de operações. As armas utilizadas em cada período pelos contendores são reproduzidas em fotografias e gravuras. Grand. Enc. Portuguesa e Brasileira, Vol. 11, 202: “General Luís Augusto Ferreira Martins nasceu em Lisboa em 1875, onde fez o curso liceal de 1885 a 1890, depois a Escola Politécnica de Lisboa, onde tirou os preparatórios de Engenharia e Artilharia para a Escola do Exército, tirando nesta o curso de Artilharia de 1893 a 1895. Tirou ainda o curso do Estado-Maior. Como Tenente de Artilharia fez parte da expedição a Moçambique (1897-98). Em 1906 passou a servir no Estado-Maior. Quando da primeira Grande Guerra foi sub chefe do Estado-Maior do C. E. P. em França de 1916 a 1919. Comandou o Regimento de Infantaria 5 (1923), e a escola Central de Oficiais de 1929 a 1933. Promovido a general por escolha, em 1930, foi administrador geral do Exército de 1936 a 1940”. €350 264. FERREIRA MARTINS. (José F.) OS VICE- REIS DA ÍNDIA 1505-1917. Obra ilustrada com 118 fotogravuras e 106 «facsimiles» de assinaturas. [Por] ... Antigo professor de Liceu, Chefe de Serviços Coloniais, Sócio de diversas sociedades portuguesas e estrangeiras. Imprensa Nacional de Lisboa. Lisboa. 1935. De 25x16 cm. Com 326 pags. Encadernação recente com lombada em pele. Ilustrado. €150 265. FERREIRA, Antonio. LUZ VERDADEYRA, E RECOPILADO EXAME DE TODA A CIRURGIA, AUTOR O LICENCIADO ANTONIO FERREYRA, CIRURGIÃO DA Camera do dito Senhor, sua Guarda, & Hospital Real, dos Carceres do S. Officio, & Familiar delle, & do Tribunal da Relaçaõ desta Corte, Cavalleyro professo da Odem de Nosso Senhor JESU Christo. IMPRESSO TERCEIRA VEZ A CUSTA DO DOUTOR IGNACIO LOPES DE MOURA. LISBOA. NA OFFICINA DE JOAÕ GALRAÕ. ANNO M.DC.XCIII. [1693] In fólio de 28,5x19 cm. Com [xii], [xxii] pags. Encadernação da época inteira de pele, cansada. Exemplar com leves manchas de humidade marginais nas últimas folhas. Folha de rosto impressa a duas cores. Obra muito rara, Inocêncio e os seus continuadores não registam esta terceira edição, apenas a primeira de 1670 e outras posteriores Inocêncio I, 142. “Quanto ao merito do auctor, reproduzirei aqui o que a seu respeito diz um critico da mesma profissão, e que parece falar com imparcialidade e conhecimento da materia. «A. Ferreira deve fazer gloriosa epocha nos annaes da Cirurgia universal, e muito particularmente nos da do nosso Reino, como illustre, sabio, e consumado pratico. Ainda hoje se admiram os seus grandes talentos na sua obra Luz verdadeira etc., que por suas qualidades theorico praticas e pela universal aceitação com que foi recebida, fez esquecer o livro de Cruz, e os de outros hespanhoes que então corriam entre os portuguezes, ficando o Ferreira em tudo e por tudo superior e apreciavel, mesmo em toda a Hespanha. E se a obra tivesse sido escripta em latim, a sua capacidade seria sem duvida mais reverenciada e universalmente conhecida. A cada passo se manifesta não só a varia e vasta erudição de seu auctor, pelo conhecimento das doutrinas de todos os outros estrangeiros que a cada passo cita, mas a infinidade de pensamentos proprios e uteis que se deixam conhecer nos logares onde não usa d’aquellas auctoridades.» Extrahido de Manuel de Sá Mattos, na sua Bibl. Elementar Ciruryica Anatomica, Discurso 3.° pag. 63.” €700 266. FERREIRA. (Luís) e Ferreira de Andrade. ENTRE DOURO E MINHO E OS SEUS DISTRITOS. Um quarto de século da Revolução Nacional. [Oficinas Gráficas da Soc. Astória]. Lisboa. 27 de Abril de 1953. De 31x23 cm. Com cerca de 75 fólios inumerados. Encadernação inteira de pele. Profusamente ilustrado com fotogravuras dos monumentos e edificações entre Douro e Minho. Obra com extensas secções de marketing institucional e anúncios publicitários. €90 267. FICALHO. (Conde de) GARCIA DA ORTA E O SEU TEMPO. Pelo… Lente de Botânica na Escola Polytechnica, sócio effectivo da Academia Real das Sciencias de Lisboa, etc. Imprensa Nacional. Lisboa. 1886. De 24x15 cm. Com vii-392 pags. Encadernação da época com lombada em pele. Exemplar preservando margens apenas aparadas e carminadas à cabeça. Inocêncio XV, 349: “Garcia da Orta e o seu tempo, pelo conde de Ficalho. Lisboa, imp. Nacional. 1886. 8.º grande de XII 392 pag. Veja nas pag. 30, 55, 58, 70, 109, 110, 180, 182, 183, 184, 188 a 190, 192, 205, 211, 212, 213 e 279 as referencias a Camões e aos Lusiadas e a Vasco da Gama; e excerptos dos Lusiadas e das Lyrica'. €180 268. FIGUEIREDO. (José de) ARTE PORTUGUESA PRIMITIVA. O PINTOR NUNO GONÇALVES 1450-1471. (Actividade artística conhecida). Por... [Typ. do Annuario Commercial]. Lisboa. 1910. De 27x22 cm. Com 158 págs. Encadernação da época com lombada e cantos em pele preservando capas de brochura. Ilustrado com 21 estampas extra-texto em papel couché. Exemplar com dedicatória do autor e assinatura de posse sobre a capa anterior de brochura. €80 269. FIGUEIREDO. (Manuel de) DESCRIPÇAÕ DE PORTUGAL, APONTAMENTOS, E NOTAS Da sua Historia Antiga, e Moderna, Ecclesiastica, Civil, e Militar. A[utor] F. M. D F. C. D C. D P. E A, LISBOA Na Offic. Patr. De FRANCISCO LUIZ AMENO. M. DCC. LXXXVIII. [1788]. Junto com: SUPPLEMENTO A’ DESCRIPÇÃO DE PORTUGAL EM SATISFAÇAÕ DA CARTA, que hum Prelado do Reino escreveo ao Author da mesma Obra. F. M. D F. C. D C. D P. E A, LISBOA Na Offic. Patr. De FRANCISCO LUIZ AMENO. M. DCC. LXXXVIII. [1788]. 2 vol. enc 1. In 8º (de 14x10 cm) com xxxii-242-26-(iv) pags. Encadernação inteira de pele com ferros a ouro na lombada. Exemplar com ex-libris armoriado e selo branco de Mazziotti Salema Garção. Inocêncio V, 429: “Estas obras trazem nos rostos as iniciais F. M. D. F. C. DC. DP. EA., que significam «Fr. Manuel de Figueiredo, cronista dos cistercienses de Portugal e Algarves». Há exemplares da mesma edição, com rosto contrafeito, que declara ser impresso na Officina Lacerdina, 1817. Frei Manuel de Figueiredo (3.º), Monge Cisterciense da congregação de Santa Maria de Alcobaça, Cronista da mesma congregação, etc. - Têm sido até agora infrutuosas as minhas diligências para alcançar noticias exactas da naturalidade, nascimento, óbito, etc., deste laborioso e benemérito escritor; colijo apenas por indução bem fundada, que morrera em idade provecta entre os anos de 1792 e 1794. «Homem de luzes e fadigas, digno por certo de mais larga vida e melhor fortuna, pela imparcialidade de seu carácter» lhe chama Frei Joaquim de Santo Agostinho nas Memorias de Litt. da Academia R. das Sciencias”. €300 270. FIGUEIREDO. (Manuel de) OBRAS POSTHUMAS DE MANOEL DE FIGUEIREDO, OFFICIAL DA SECRETARIA DE'ESTADO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS, E DA GUERRA, ENTRE OS ARCADES DE LISBOA LYCIDIAS CYNTHIO. LISBOA. NA IMPRESSÃO REGIA. M.DCCC.IV e M. DCCC. X. [1804 e 1810]. Obra em 2 volumes. In 8º grande (18x12 cm) com (vi)-iv-226-24 e 325-(1) pags. Encadernações da época com lombada e cantos em pele; cansadas e com alguns picos de traça exteriores. Ilustrado com magnífica gravura em anterrosto desenhada por Sequeira, 1º Pintor da Câmara e da Corte de S. A. R. o Príncipe Regente e gravada por G. F. Queiroz; e profusão de belas vinhetas abertas em chapa sobre desenhos de Sequeira e intercaladas no texto. Exemplares dos volumes foram impressos com um intervalo de 6 anos e apresentam diferente tipo de papel: 1º volume em papel de linho muito alvo; 2º volume impresso em papel corrente com oxidação natural. Primeiro volume contém nas últimas 24 páginas e com rosto próprio: 'ELOGIO DA SERENISSIMA SENHORA D. MARIA BARBARA DE PORTUGAL RAINHA DE HESPANHA RECITADO NA ARCADIA LUSITAN POR… [ETC]. LISBOA. NA IMPRESSÃO REGIA. M.DCCC.IV [1804]'. Inocêncio V, 431 e XVI, 214 ' MANUEL DE FIGUEIREDO (4.º), Cavaleiro da Ordem de Cristo, Official maior da Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra; Sócio, e um dos fundadores da Arcádia Ulissiponense com o nome de Lycidas Cynthio, nasceu em Lisboa em 1725, e morreu em 1801. Homem dotado de uma probidade incorruptível e de modéstia exemplar, inimigo do fasto, singelo e afável para com todos, valedor e beneficente, enfim um verdadeiro filósofo prático, de cujas excelentes qualidades depunha com estima e louvor o testemunho de muitos seus contemporâneos com quem falei, e que o viram e trataram de perto. A sua instrução era copiosa e variada, como bebida em boas fontes, pelo conhecimento fundamental que adquirira das línguas latina, italiana, inglesa, espanhola e francesa. Estudou o curso de humanidades nas aulas da Congregação do Oratório. Aprendera a caligrafia com o insigne professor Manuel de Andrade de Figueiredo e o desenho com André Gonçalves, pintor de nome, e muito estimado no seu tempo; e de ambos saiu mui aproveitado discípulo. Villela da Silva, nas suas Observações Criticas a Balbi, pag.17, escreve de Manuel de Figueiredo o seguinte: «Foi um dos que mais contribuíram para a restauração da poesia portuguesa, e que mais honra fazem a nação com os seus escritos. O seu teatro nos manifesta um homem, não só conhecedor da língua em que escrevia, e que mais que nenhum outro soube apropriar a poesia dramática a metrificação que lhe convém: mas um filósofo, que conhecia a fundo o coração humano, e que não ignorava as regras do género da poesia a que se aplicou com especialidade. Tudo quanto nos resta dos gregos e romanos; e tudo quanto neste género tinham até o seu tempo produzido de melhor os franceses, italianos, ingleses e espanhóis, era por ele conhecido, e com mui delicada critica entendido. As suas prefacções ou prólogos são o mais autêntico testemunho desta verdade, e deverão ser tidas em grande apreço por todos os bons entendedores.» (602) Obras posthumas de Manuel de Figueiredo, etc. Lisboa, Imp. Regia 1804 1810. 8.º 2 tomos, o 1.º com VI IV 273 24 pag., e mais uma de erratas, o 2.º com 325 pag. e mais duas de erratas e advertências: ornados de uma estampa alegórica, que tem no centro o busto do autor, e de numerosas e belas vinhetas, executadas sobre desenhos de Sequeira. Compreendem-se nestes volumes poesias diversas, e os discursos recitados na Arcádia, a que já acima aludi: há também os Elogios de D. Fernando Antonio de Lima, e da infanta rainha de Espanha D. Maria Barbara. Este último havia já sido impresso avulso no formato de 4.º. As melhores composições poéticas são, no conceito de alguns, as cinco sátiras literárias que andam no tomo I; distinguindo-se entre elas a terceira, Sobre a indiferença da rima na poesia'. €300 271. FLAMMARION. (Camillo) ASTRONOMIA POPULAR. Descripção geral do céo illustrada com 360 gravuras, estampas lithographadas, mappas celestes, etc. Obra premiada pela Academia Franceza e adoptada pelo Ministro da Instrucção Pública para uso da Bibliothecas Populares. Versão portugueza de Salomão Saragga. Companhia Nacional Editora Sucessora de David Corazzi e Justino Guedes. Lisboa. S/d. [1893]. De 28x19 cm. Com 1.011 pags. Encadernação editorial. Exemplar com pequeno título de posse na margem da folha de rosto. Obra profusamente ilustrada com mapas celestes e lunares desdobráveis; gravuras com reproduções das observações da superficie lunar; das erupções observadas na superficie solar, e da relação gravitacional e magnética do Sol, e das suas manchas, com os restantes planetas do sistema solar. €120 272. FLOREZ. (Fr. Henrique) CLAVE HISTORIAL CON QUE SE ABRE LA PUERTA A LA HISTORIA ECLESIASTICA, Y POLITICA: DESCUBRIENDO LAS CIFRAS DE LA CHRONOLOGIA y Phrases de la Historia, para el facil manejo de los Historiadores. Con la Chronologia de los Papas, y Emperadores, e breve apuntamiento de sus Vidas. TODOS LOS REYES DE ESPAÑA, ITALIA, Y FRANCIA, con los origenes de todas las Monarquias. Concilios, y sus motivos: Hereges, y sus errores: Santos, y Escritores mas clásicos, com los sucessos memorables de cada Siglo. TERCERA EDICION, CORREGIDA Y LIMADA POR SU AUTOR El R. P. M. Fr. Henrique Florez, Doctor y Cathedratico de Theologia de la Universidad de Alcalà, y Ex-Provincial de su Provincia de Castilla de N. P. S Augustin &c. EN MADRID: en la Officina de Antonio Marin. Año de MDCCLIV. [1754] In 4º (21x15 cm) com 395 pags. Encadernação da época mosqueada com ferros a ouro na lombada e no rótulo vermelho. Corte por folhas carminado da época. Texto a duas colunas. Ilustrado com árvore genealógica desdobrável dos imperadores romanos. Contém um índice remissivo no final da obra. Obra impressa pela primeira vez em Madrid em 1743. Palau III, 1990, 252: 'Se reimprimió en 1749, 1754, y aumentada y mejorada en Madrid, Marin, 1760…. Después com retrato y mapa id. 1806' €400 273. FOLQUE. (Filipe) INSTRUÇÕES PARA A EXECUÇÃO, FISCALIZAÇÃO, E REMUNERAÇÃO dos Trabalhos Geodesicos e Chorographicos do Reino. [Por]... Brigadeiro Graduado, Director Geral dos Referidos Trabalhos. Imprensa Nacional. Lisboa. 1858. Com 79 pags. Ilustrado com mapas e esquemas geométricos desdobráveis. Junto com: Instruções pelas quais se devem regular o Director e Officiaes Encarregados dos Trabalhos Geodesicos e Topographicos do Reino. Imprensa Nacional. Lisboa. 1850. Com 15 pags. Junto com: Diccionario do Serviço dos Trabalhos Geodesicos do Reino. Imprensa Nacional. Lisboa. 1864. Com 19 pags. 3 volumes encadernados em 1. De 22x15 cm. Encadernação da época com lombada em pele; e super-libris com título unificado 'Instrucções dos Trabalhos Geodésicos e Chorographicos do Reino'. Exemplar com vestígios de traça e humidade na lombada; e dano na coifa superior da lombada. Contém o Diccionario do Serviço dos Trabalhos Geodésicos com um sistema [de informatização] das rotinas de trabalho, informando-nos como foi executado o trabalho de levantamento geodésico de Portugal. €150 274. FONSECA BENEVIDES. (Francisco da) RAINHAS DE PORTUGAL. Estudo historico com muitos documentos. Por… da Academia Real das Sciencias. Retratos no texto sobre cobre, aço e madeira. Desenhos e gravuras de Abreu, Columbano [e outros]. Lisboa.1878 e 1879. Obra em 2 volumes. De 21x17 cm. Com 365 e 394 pags. Encadernações artísticas inteiras de pele com finos ferros a ouro nas lombadas e e rolados em esquadria de baixo relevo nas pastas anteriores. Super libris nas pastas posteriores com coroa real portuguesa. Exemplar possívelmente pertencente a um dos monarcas portugueses. Ilustrados no texto e em extra-texto com os retratos das rainhas; assinaturas e heráldica da Casa Real. Inocêncio IX, 291 e 292: “Francisco da Fonseca Benevides, natural de Lisboa e nascido em 1835, tendo entrado no serviço da marinha como aspirante em 1851, e concluidos os cursos do lyceu e da eschola polytechnica, seguiu e completou tambem o da Eschola Naval em 1853, fazendo algumas viagens a bordo dos navios de guerra, até dar baixa do serviço effectivo da armada em 1856. Foi em 1854 com precedencia de concurso nomeado lente da cadeira de physica do Instituto Industrial de Lisboa. Teve a graduação de capitãotenente da armada, e foi agraciado com o grau de cavalleiro da Ordem de Christo em 1862, e com o de commendador em 1867, cavalleiro da Ordem de S. Tiago, e socio correspondente da Academia Real das Sciencias de Lisboa desde 1866. Foi pelo governo nomeado membro das commissões encarregadas de estudar as exposições internacional do Porto em 1865, e Universal de París em 1867, e deve-se-lhe a organisação do Museu Technologico do Instituto Industrial de Lisboa, que passa por ser o estabelecimento mais rico que no seu genero existe em Portugal.” €600 275. FONSECA BRANCANTE. (Eldino da) O BRASIL E A LOUÇA DA ÍNDIA. São Paulo. Brasil. 1950. De 24x17 cm. Com 426 pags. Encadernação artística em marroquin verde com ferros a ouro na lombada e motivos decorativos em super-libris preservando capas e sobrecapas de brochura. Profusamente ilustrado com fotogravuras das peças cerâmicas; reprodução de mapas e de gravuras antigas. €300 276. FONSECA HENRIQUES, Francisco da. ANCORA MEDICINAL PARA CONSERVAR A VIDA com saude, ESCRITA PELO DOUTOR FRANCISCO DA FONSECA HENRIQUES, Natural de Mirandella; MEDICO DO AUGUSTISSIMO REY DE PORTUGAL D. JOÃO V. SEGUNDA IMPRESSAM Correcta, e augmentada pelo seu Author. LISBOA. Na Offic. de BERNARDO ANTONIO DE OLIVEIRA. Anno de 1754. In 4º (de 21x15 cm) com 280 pags. Encadernação inteira de pele, cansada e danificada com falhas nos cantos, na lombada e nas dianteiras das pastas. Exemplar com vestígio de oxidação natural do papel, e vestígios marginais de trabalho de traça. Inocêncio II, 377 e IX, 292: 'Francisco da Fonseca Henriques, mais conhecido pelo apelido de Mirandela, Doutor em Medicina pela Universidade de Coimbra, e Medico d'elrei D. João V, etc. Nasceu em Mirandela, na provincia de Traz os Montes, em 1665, e morreu em Lisboa, em 1731. Anchora medicinal para conservar a vida com saude etc. Lisboa, na Offic. da Musica 1721. 8.º Ibi, na Offic. Augustiniana 1731. 4.º e ibi, na Offic. de Miguel Rodrigues, e á sua custa, 1731. 8.º de XVI 536 pag., edição de que tenho um exemplar, e que foi omitida na Bibl. Lus. e no pseudo Catalogo da Academia. Esta obra tem hoje muito pouco valor. Quanto á Anchora medicinal cumpre observar, que em poder do Sr. Dr. Rodrigues de Gusmão existe um exemplar de edição que se diz segunda correcta e augmentada por seu auctor, e feita em Lisboa, por Domingos Gonçalves 1749. Outro meu amigo o Sr. J. da C. Cascaes, possue um exemplar de edição diversa, que também se diz segunda. Lisboa por Bernardo Antonio de Oliveira 1754. 4.º - Como conciliar tudo isto com a reimpressão que eu possuo, feita em 1731, e sendo aliás a primeira edição de 1721? Declaro ingenuamente que não vejo meio de aclarar o enigma. Também pouco se perde, porque a obra está hoje de todo esquecida'. €400 277. FONTOURA DA COSTA. (A.) A MARINHARIA DOS DESCOBRIMENTOS. Por... Imprensa da Armada. Lisboa. 1933. De 26x18 cm. Com 511-ix pags. Encadernação editorial. Profusamente ilustrado com mapas desdobráveis, tabelas, esquemas, gravuras, fac-similes e reproduções de pormenores de mapas e objectos náuticos antigos; fac-simile de folha de rosto das obras náuticas quinhentistas e seicentistas mais relevantes; fac-simile do mapa da barra do Tejo no sec. XVI; fac-similes de manuscritos; etc. Contém a bibliografia náutica portuguesa até 1700. Exemplar da 1ª edição com tiragem de 250 exemplares, da Separata dos 'Anais do Club Militar Naval', com ex-libris de Pastor de Macedo. €200 278. FORAL DA VILA DE OEYRAS [FAC-SIMILE] dado pela Magestade de El-Rey Fidilissimo D. Jose o Primeiro Nosso Snõr no Anno 1760. (aliás 198?) De 36x26 cm. Com 14 fólios. Encadernação editorial em veludo vermelho ao estilo da época com atilhos. Corte dourado por folhas. Obra impressa sobre papel apergaminhado com a reprodução a cores dos fólios iluminados. €60 279. FORAL DE LISBOA. LISBOA NA OFFIC. DE SIMÃO THADDEO FERREIRA. ANNO M. D. CC. LXXXX. [1790] In 4.º 24x17 cm. com [ii], 79 pags. Encadernação da época inteira de pele. Inocêncio II, 308. “Da impressão d'este Foral cuidou o professor Agostinho José da Costa de Macedo, e é sua a prefação collocada é frente do livro. Tenho delle um exemplar.” €500 280. FORJAZ DE SAMPAIO, Albino. HISTORIA DA LITERATURA PORTUGUESA. Ilustrada. Publicada sob a direcção de… da Academia das Sciências de Lisboa. Com a colaboração dos senhores Dr. Afonso Lopes Vieira, Dr. Agostinho Campos, Dr. Fidelino de Figueiredo, Dr. Fortunato de Almeida, Henrique Lopes de Mendonça, Dr. Joaquim de Carvalho, Dr. José de Figueiredo, Dr. José Joaquim Nunes, Dr. José Leite de Vasconcelos, Dr. José Pereira Tavares, Dr. Manuel Oliveira Ramos, Dr. José Bensabat Amzalak, e Dr. Reinaldo dos Santos. Aillaud e Bertrand. Paris e Lisboa. S/d [1929-1942]. Obra em 4 volumes. De 32x25 cm. Com 387, 386, 353 e 378 pags. Encadernações editoriais inteiras de pele (carneira natural) estampada com ferros decorativos a seco e a ouro. Profusamente ilustrado com fotogravuras e fac-similes de frontispícios. €600 281. FORJAZ DE SAMPAIO. (José Maria e Adrião) ALLEGAÇÃO JURIDICA sobre O Decreto de 13 d’Agosto de 1832, en causa de PENSÕES DE QUARTO, Sentenciada no Juizo de Direito da Comarca de Coimbra, contra o A. appelante – José José Maria Pereira Forjaz de Sampaio, e a favor do B. appelado – Anselmo José da Cruz Vieira de Campos, Escrivão – Victor. Pelo Advogado do Appelante. COIMBRA, Na Imprensa da Universidade. 1838. Com 32 pags. Junto com: FORJAZ DE SAMPAIO. (Adrião Pereira) ELEMENTOS DE ECONOMIA POLITICA, traducção livre de J. B. Say: Por Adrião Pereira Forjaz de Sampaio, Lente Substituto Ordinario da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Coimbra, na Imprensa da Universidade. 1839. Com 120 pags. Seguido de: ELEMENTOS DE ECONOMIA POLITICA, por… Lente Substituto Ordinario [etc]… Segunda edição. Reformada e augmentada. Coimbra: na Imprensa da Universidade. 184(?). Com 176 pags. Seguido de: ELEMENTOS DE ECONOMIA POLITICA E ESTADISTICA. Por… Lente Catedrático [etc]. Nova edição. Reformada e augmentada. Coimbra, na Imprensa da Universidade. 1845. Com 195 pags. Seguido de: LIÇÕES DE ECONOMIA POLITICA. Sobre a divisão 3ª da parte 1ª dos Elementos desta sciencia, pelo Auctor dos mesmos Elementos. Coimbra: na Imprensa da Universidade. 1843. Com 216 pags. Junto com: EXPOSIÇÃO DOS PRINCIPIOS SOBRE A CONSTITUIÇÃO CIVIL DO CLERO, Pelos Bispos, Deputados a’ Assemblea Nacional. Vertida em linguagem, E acompanhada d’huma curta noticia dos principaes sucessos que lhe são relativos. Por*** (anno 1836.). Lisboa: Na Typ. de A. S. Coelho & Compª. S/L (Lisboa). Com 55pags. 6 volumes encadernados em 1. In 8º (de 20x13 cm). Encadernação da época com lombada em pele. Inocêncio V, 46 e XX, 91: “ADRIÃO PEREIRA DE FORJAZ DE SAMPAIO. Era filho do desembargador Adrião Pereira Forjaz de Sampaio, fidalgo da Casa Real, do conselho de Sua Majestade, comendador da ordem de S. Tiago, sócio da Academia Real das Ciências, membro do Conservatório da arte dramática, de Lisboa; honorário do Instituto de Coimbra, seu fundador e primeiro presidente; honorário da Associação dos artistas, da Nova academia dramática, de Coimbra; presidente honorário do Asilo de infância desvalida, etc. Foi vogal do Conselho superior de instrução pública. Tinha recebido a jubilação de lente catedrático da Universidade de Coimbra em 1870. Faleceu na Figueira da Foz em 1874” [….] “JOSÉ MARIA PEREIRA FORJAZ DE SAMPAIO, Formado em Direito pela Universidade de Coimbra, antigo Desembargador da Relação do Porto, etc. Morreu octogenário em Coimbra, sua pátria a 20 de Janeiro de 1858. V. o seu necrológio no Jornal do Comercio n.º 1303 de 22 do dito mez. De seus filhos Adrião Pereira Forjaz, e Diogo Pereira Forjaz fica neste Dicionário feita a devida menção em seus lugares. EXPOSIÇÃO DOS PRINCIPIOS SOBRE A CONSTITUIÇÃO CIVIL DO CLERO, pelos bispos deputados á Assembléa Nacional, vertida em linguagem, e acompanhada de uma curta noticia dos principaes successos que lhe são relativos. Por*** Lisboa, na Typ. de Antonio Sebastião Coelho & C.ª 1836. 8.º. O sr. conselheiro dr. Adrião Pereira Forjaz, em carta que teve a bondade de dirigir-me, acaba de aclarar o ponto, certificando que a versão, fora de facto obra sua própria, e não de seu finado pai: e que imprimindo-se em Lisboa, sem que ele revisse as provas, saíra do prelo incorrectíssima”. €300 282. FOTOGRAFIA – BRASIL. 10 DIAPOSITIVOS [CIRCA 1890]. Conjunto de 10 chapas de vidro. De 10x7,5 cm (imagens de 7x8 cm: em 9 chapas p/b; e 1 chapa colorida). Acondicionadas dentro de caixa de chapas fotográficas da época [com instrucções da revelação do produto 'Special Rapid' do fabricante: The Imperial Dry Plate, Co. Ltd. Cricklewood, London, New York]. 10 slides de vidro com molduras em papel e legendas escrita (Série 150; numeradas de Nº1 a Nº10). Com todas as legendas manuscritas pela mesma mão em francês, com os títulos e os locais das tomadas das vistas: Brasil: 5 chapas: [n.º 2] Uma barca-ferry deixando o porto (do Rio de Janeiro?); [n.º 7] Pirâmide de topiária no Passeio Público do Rio de Janeiro; [n.º 8] Fonte de bronze na praça central do Rio de Janeiro; [n.º 9] Cais marítimo do Mercado abastecedor [com público] do Rio; e [n.º 6] Estátua do General Ozório. China: 1 chapa: [n.º 5] Junco de um mandarim. Atenas: 3 chapas: [n.º 1] Rua Kernés; [n.º 3] Vista geral do exterior do Museu Arqueológico; [n.º 4] Vista da colunata do Museu Arqueológico. Local não identificado: 1 chapa colorida: [n.º 10] “Parc du Chateau de la Mère”. Possivelmente Alemanha ou Austria. Set of 10 glass plates. Format 10x7, 5 cm (7x8 inch photograms: containing 9 b/w plates and 1 coloured plate). Packed inside costumized contemporary box [with instructions of photo processing for the product 'Special Rapid' Manufacturer: The Imperial Dry Plate, Cricklewood Co. Ltd., London, New York]. 10 glass slides. Contemporary paper frames and captions written on labels (Series 150, numbered from # 1 to # 10). With all captions handwritten in French by the same hand, with the titles and locations of the views taken in: Brazil: 5 plates: [n. #2] A barge-ferry leaving the port (in Rio de Janeiro?) [N. #7] Pyramid topiary in the Public Promenade of Rio de Janeiro; [n. #8] Bronze fountain in the central square of Rio de Janeiro; [n. #9] Maritime wharf and Grossery Market [with the public] in Rio de Janeiro, and [n.# 6] Statue of General Ozório. China: 1 plate: [n. # 5] Mandarin ship. Athens: 3 plates: [n. # 1] Kernés Street; [n. # 3] General view of the exterior of the Archaeological Museum; [n. # 4] View of the colonnade of the Archaeological Museum. Unidentified location: 1 colored plate: [n. # 10] 'Parc du Chateau de la Mère.' Possibly in Germany or Austria. €3.000 283. FOTOGRAFIA - CINEMA - FELLINI. REPORTAGEM DE PREMIÈRE NO CINEMA SÃO JORGE, LISBOA, 1957. Com 10 fotografias formato 6x9 cm. Junto com: 48 fotografias de 10x16 cm. Revelação de fotografias efectuada na época por Mundial Fotos, Rua Nova do Almada, Lisboa. Reportagem profissional (por fotografo ou fotojornalista) da chegada a Portugal, presença em Lisboa na ante-estreia, e do regresso a Itália do realizador Federico Fellini, para a première de «Noites de Cabiria», com presença deste realizador e de Giulietta Masina no cinema São Jorge, em Lisboa. As Noites de Cabiria (Le notti di Cabiria, Itália, 1957) um dos melhores filmes de Federico Fellini. O filme retrata a sobrevivência na Itália do pós-guerra. A sua personagem principal é interpretada por Giulietta Masina no papel de Maria 'Cabiria' Ceccarelli, uma prostituta que acredita no amor, mas que se ilude com homens mentirosos e sem escrúpulos. O carisma do filme reside na personagem que mesmo sob situações adversas insiste em sonhar. Adaptado à personalidade da actriz este papel tornou-se o mais memorável da sua carreira e deu a Giulietta Masina o prémio do Festival de Cannes. €2.000 284. FOTOGRAFIA - MADEIRA. ALBUM DE FOTOGRAFIAS. SOUVENIR DE VOYAGE. QUINTA DO PALHEIRO. MADEIRA. 1901. De 21x31 cm (formato oblongo). Com 12 fólios (consistindo em passpartouts com esquadrias decorativas gravadas a ouro). Encadernação da época inteira de pele (marroquin azul e de cor natural) executada por Hugh Rees, Ltd Booksellers and Stationers, em Londres; reproduzindo o pavilhão nacional da monarquia portuguêsa; e com ferros a ouro em super-libris (título e bandeiras de honra cruzadas Britânica e Portuguesa). Corte dourado por fólios. Título de posse/oferta manuscrito na folha de guarda anterior: “Quinta do Palheiro, 24 de Junho de 1901. Lembrança de Mrs. Blandy”. Fotografias a preto e branco encarceladas em molduras (15x20 cm) de cada fólio; de grande qualidade (fotográfica) e impressas sobre papel fotográfico super mate e de superfície lisa. Imagens captam os seguintes panoramas: 1. Entrada da Quinta; 2. Araucárias e topiárias do jardim; 3. Ponte e cabana feita a partir de um enorme tronco oco; 4. Ponte sobre o ribeiro (com patos) e capela do jardim; 5. Carro de bois arrastando uma carga de lenha acompanhado dos respectivos boieiros; 6. Vista das estufas, da quinta (em segundo plano), e um enorme plátano; 7. Rebanho a pastar na encosta; 8. Arboreto da quinta com alameda e vasos de palmeiras; 9. Talhões do roseiral com o arboreto em segundo plano; 10. Árvore de grande porte (ulmeiro?) com arruamentos do jardim ladeados por fetos. 11. A floresta laurísilva. 12. Avenida do arboreto. Quinta do Palheiro Ferreiro (Jardins Blandy). A Quinta remonta ao início do século xix, quando o primeiro Conde de Carvalhal comprou o terreno e começou a plantação inicial de arbustos e árvores. Os jardins foram posteriormente melhorados pela família Blandy, que adquiriu a propriedade há pouco mais de um século. Durante cinco décadas a Sra. Mildred Blandy, mãe do actual proprietário, dedicou-se à supervisão de cada talhão e arruamento. Sabemos que nesta data (1901) John Burden Blandy ofereceu um banquete (sob a forma de piquenique) ao Rei Dom Carlos e à Rainha Dona Maria Amélia, ao seu séquito, e aos residentes locais e membros da comunidade inglesa em frente à Casa Velha. O rei chegou à herdade a cavalo e a rainha de carroça. Foi realizado um jogo de ténis entre Dom Carlos e John Ernest Blandy. Quinta do Palheiro Ferreiro (Blandy's Gardens) The Quinta dates back to the early 19th Century when the first Count of Carvalhal purchased the land and began the initial planting of shrubs and trees. The gardens have been further enriched by the Blandy family who acquired the property just over a century ago. During five decades, Mrs Mildred Blandy, mother of the present owner, dedicated herself to the supervision of every bed, border, walk and path. We know that on this date (1901) John Burden Blandy gave a banquet (in the form of picnic) to the King Dom Carlos and Queen Dona Maria Amelia, his entourage, local residents and British community members at the Casa Velha. The King arrived at horseback and the Queen in a carriage. There was a tennis match between Dom Carlos and John Ernest Blandy. €2.000 285. FOTOGRAFIA – MOSTEIRO DA BATALHA. Conjunto de 12 fotografias originais assinadas pelo famoso fotografo profissional Camacho. Lisboa, s./d. (189?) In fólio de 23x17 cm. Montadas sobre cartões de 35,5x29,5 cm. não numeradas, soltas e acondicionadas em estojo próprio em «buckram» azul, com o título Batalha gravado a ouro na pasta anterior e fechando com atilhos. Títulos das fotografias: Batalha – Nave Central. Batalha - Capelas Imperfeitas, interior do pórtico. Batalha – Frente do monumento. Batalha – Vista geral Sul. Batalha – Claustro. Batalha – Jazigos dos Infantes. Batalha – Monumento lado E. Batalha – Janela sobre as Capelas Imperfeitas. Batalha - Capelas Imperfeitas, exterior do pórtico – Batalha - interior das Capelas Imperfeitas. Batalha – Exterior do Claustro. Batalha – Capela do Fundador. €700 286. FOTOGRAFIA – MOSTEIRO DOS JERONYMOS. Conjunto de 7 fotografias originais assinadas pelo famoso fotografo profissional Camacho. Lisboa, s./d. (189?) In fólio de 23x17 cm. Montadas sobre cartões de 35,5x29,5 cm. não numeradas e soltas, acondicionadas em estojo próprio em «buckram» azul com o título Jeronymos gravado a ouro na pasta anterior e fechando por atilhos. Títulos das fotografias: Egreja dos Jeronymos. Jeronymos - Grande pórtico. Jeronymos – Porta principal lado W. Conceição Velha. Jerónimos – Coro. Jeronymos – Corpo da Egreja. Jeronymos – Claustro. €700 287. FOUCHÉ, Joseph. MÉMOIRES DE… Duc d'Otrante, Ministre de la Police Générale. Second Edition. A PARIS, Chez Le Rouge, Libraire, MDCCCXXV [1825]. Obra em 2 volumes. In 4º (de 20 x13 cm) com 253 e 226 pags. Encadernações da época com lombada e cantos em pele com finos ferros a ouro rolados com motivos florais. Corte das folhas carminado e pastas revestidas em papel decorativo. Exemplar com oxidação natural das folhas. Obra com muitas e importantes referências à Guerra da Península e a Portugal, como sendo a falha da estratégica politico-militar que levou ao fim do Império Napoleónico (vide Vol I, pag. 243 e Vol. II, pags 49 a 53). €200 288. FRANCO. (Padre António) PROMPTUARIO DE SYNTAXE DIVIDIDO EM DUAS PARTES; Na primeira se contém a Syntaxe pela mesma ordem da Arte; nos Scholios se põem a significação do nome, ou verbo com o caso cõpetente. NA SEGUNDA SE TRATAM ALGUmas noticias congruentes á mesma Syntaxe, que se podem ver na página seguinte. Pelo P. ANTONIO FRANCO, Da Companhia de JESU, Mestre que foi da primeira classe de Rethorica em a Universidade de Evora. EVORA. Na Officina da Universidade. Anno de 1743. In 8º (de 15x10 cm.) com (viii)-624 pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada e rótulo vermelho. Exemplar com títulos de posse da época manuscritos nas folhas de guarda. Inocêncio I, 145: 'P. ANTONIO FRANCO, Jesuita, insigne Mestre de humanidades, e Reitor no Collegio de Setubal, afora outros cargos que exerceu em Evora, Lisboa, Coimbra e na ilha de S. Miguel, como pode ver_se em Barbosa. Nasceu na villa de Montalvão, bispado de Portalegre, em 1662 e morreu em Évora a 3 de Maio de 1732 com 70 annos d'edade e 55 de Companhia. [Obra]: Promptuario da Syntaxe, dividido em duas partes. Evora, na Off. da Univ. 1699. 8.o - Ibi, 1716. 8.o, que foi já quinta edição, conforme Barbosa. E ainda posteriormente a este anno continuou a reimprimir_se no mesmo logar e officina em 1730, 1743 e 1750, sendo esta a ultima edição que conheço. Hoje nada vale, e apparecem exemplares com abundancia'. €300 289. FREIRE DE ANDRADE, Jacinto. VIDA DE D. IOAM DE CASTRO, Quarto Viso-Rey da India. ESCRITA POR IACINTO FREYRE DE ANDRADE. EM LISBOA. Na Officina de Ioam da Costa. M. DC. LXXI. (1671) In fólio de 28x19,5 cm. Com [viii], 380 pags. Encadernação da época inteira de pele. Ilustrado com um frontispício gravado e um retrato de D. João de Castro. Inocêncio, III e XI, 273 239: “Jacinto Freire de Andrade, Presbytero secular, Bacharel em Canones pela Universidade de Coimbra. Fez acto de formatura na sala grande dos actos publicos da universidade de Coimbra aos 13 de maio de 1618. Consta do assento no tomo XII dos actos e graus da universidade de Coimbra de 1616 a 1619, publicado no Coninmbricense de 1 de outubro de 1861, n.º 802. Abbade de Sancta Maria das Chans no bispado de Viseu, que era então um dos mais opulentos beneficios d'este reino, como diz Barbosa. Rejeitou o bispado de Viseu, para o qual pretendia nomeal-o elrei D. João IV. Foi natural da cidade de Beja, onde n. em 1597, e m. em Lisboa a 13 de Maio de 1657. Esta vida escreveu seu auctor a instancias repetidas do bispo D. Francisco de Castro, neto do heróe. «Assim (diz o bispo de Viseu) o valioso titulo porque mereceu a estimação dos seus naturaes, e porque a sua memoria passou á posteridade, e talvez larga posteridade, foi arrancado á sua indifferença pelas importunações de um amigo”. Barbosa Machado Vol. II, 465: “Vida de D. Joaõ de Castro quarto Vicerey da India. Lisboa na Officina Crasbeeckiana. 1651. fol. & ibi por Ioaõ da Costa. 1671. fol. & ibi pelos herdeiros de Miguel Manescal. 1703. fol. & ibi na Officina da Musica. 1722. 8. & ibi por Antonio Isidoro da Fonceca. 1736. 4. Sahio traduzida na lingua Ingleza por Peter Wichek com este titulo. The life of Dom John de Castro The Fourth Viceroy of India London por Henry Herringman. 1664. fol. e ultimamente na lingua Latina pelo Padre Francisco Maria del Rosso da Companhia de JESUS. Roma ex Typographia Rochi Barnabò. 1727.” Illustrated with engraved frontispiece and a portrait of D. João de Castro, and his coat-of-arms. Engraved plate inside the text (pag. 59) reproduces the Altar of the Apostle S. Thomas in Meliapor, and its inscriptions in Sanskrit language, which existed before the Portuguese arrival in India. A proof of Christianity not related to colonial era. Rare second edition of this book related the Life of the Portuguese Vice-Roy of India, Dom João de Castro, written on demand by Jacinto Freyre de Andrade, was printed by the first time by order of his grandson Bishop Francisco de Castro, in Lisbon, 1651. This book had an English translation by Peter Wichek: The Life of Dom John de Castro The Fourth Viceroy of India London by Henry Herringman. 1664. fol. and lately in Latin by Father Francisco Maria del Rosso of the Society of Jesus. Rome Ex Typographia Rochi Barnabas. 1727. €1.200 290. FREIRE DE ANDRADE. (Jacinto) VIDA DE DOM IOÂO DE CASTRO QUARTO VISO-REY DA INDIA, Escrita por JACINTO FREYRE DE ANDRADA, Impressa por ordem de seu Neto o Bispo DOM FRANCISCO DE CASTRO, Inquisidor Geral neste Reyno, do Conselho de Estado de Sua Magestade, E agora terceira vez impressa. EM LISBOA, Na Officina Real dos Herdeiros de Miguel Deslandes. Anno 1703. Á custa de António Leyte Pereyra, Mercador de Livros. In fólio de 28x20 cm. Com [viii]-490 pags. Encadernação recente inteira de pele com ferros a ouro na lombada. Exemplar com falta da gravura de D. João de Castro e com o frontispício gravado reproduzido em desenho. Inocêncio III, 239: “JACINTO FREIRE DE ANDRADE, Presbytero secular, Bacharel em Canones pela Universidade de Coimbra, e Abbade de Sancta Maria das Chans no bispado de Viseu, que era então um dos mais opulentos beneficios d'este reino, como diz Barbosa. Rejeitou o bispado de Viseu, para o qual pretendia nomeal-o el-rei D. João IV, allegando «que não queria gosar de uma dignidade em leite, pois não podia ser em carne». Alludia á repulsa do papa em confirmar os bispos apresentados por aquelle monarcha depois da sua elevação ao throno portuguez. Foi natural da cidade de Beja, onde n. em 1597, e m. em Lisboa a 13 de Maio de 1657. Vida de Dom João de Castro, quarto viso-rei da India. Offerecida ao ill.mo e rev.mo sr. D Francisco de Castro, do Conselho geral do Sancto Officio, e de Sua Alteza, etc. Lisboa, na Offic. Craesbeeckiana 1651. fol. de VIII 444 pag., afóra o indice, que tem 48 pag. não numeradas. É ornada de um elegante frontispicio gravado, além do rosto impresso. Segunda edição, ibi, por João da Costa 1671. fol. Terceira edição, ibi, pelos herdeiros de Miguel Deslandes 1703. fol. de VIII-490 pag”. €300 291. FREIRE DE ANDRADE. (Jacinto) VIDA DE DOM JOAÔ DE CASTRO, QUARTO VISO REY DA INDIA. Por JACINTO FREYRE DE ANDRADA. NOVA EDIÇAÔ, ACRESCENTADA DA VIDA DO AUTOR COM FIGURAS. PARIS, Vende-se em Lisboa em casa de Bonardel & Dubeux, Mercador de Livros. M. DCC. LIX. [1759]. In 8º (de 17x10 cm) com xx-483 pags. Encadernação da época inteira de pele mosqueada com ferros a ouro na lombada. Ilustrado com 3 gravuras, sendo 1 gravura em anterrosto com o retrato do biografado; 1 gravura desedobrável em extra-texto na página 107 com D. João de Mascarenhas; e uma gravura com o retrato de Coja Sofar (Coge Çofar) na página 92. Em colofón : « PARIS, Na Officina de Franc. Ambr. Didot.». Exemplar com 2 ex-libris e títulos de posse da época manuscritos na folha de rosto sem afectarem a mancha gráfica. Inocêncio III, 239: “Jacinto Preire de Andrade, Presbytero secular, Bacharel em Canones pela Universidade de Coimbra, e Abbade de Sancta Maria das Chans no bispado de Viseu, que era então um dos mais opulentos beneficios d'este reino, como diz Barbosa. Rejeitou o bispado de Viseu, para o qual pretendia nomeal-o el-rei D. João IV, allegando « que não queria gosar de uma dignidade em leite, pois não podia ser em carne». Alludia á repulsa do papa em confirmar os bispos apresentados por aquelle monarcha depois da sua elevação ao throno portuguez. Foi natural da cidade de Beja, onde nasceu em 1597, e morreu em Lisboa a 13 de Maio de 1657”….” Depois de cinco edições, mencionadas por Barbosa, continuou a ser muitas vezes reimpressa, por exemplo: Lisboa, por Domingos Rodrigues 1747. 4.° de IV 371 pag. París, na Offic. de Francisco Ambrosio Didot 1759. 12.º Ibi (acrescentada da vida do auctor) na Offic. de Stoupe 1779. 8.º de XX 484 pag. Lisboa, na Offic. de Antonio Gomes 1786. 8.º Ibi, na Offic. de Simão Thaddeo Ferreira, 1798. 8.º Ibi, na Imp. Regia 1804. 8.º Madrid, 1804. 8.º París, na Offic. de J. Smith 1818. 12.º Lisboa, na Typ. Rollandiana 1786, 1815, 1822, 1834, e 1839. 8.º Pernambuco, 1844. 8.° etc, etc”. Coja Sofar, cujo retrato figura nesta obra, era senhor de Cambaia e aliado aos turcos de Sulimão Paxá. Foi derrotado pelos portugueses no segundo cerco de Diu, comandados em terra por D. João de Mascarenhas e por mar por D. João de Castro. Pereceu nesta luta o próprio Coja Sofar e D. Fernando de Castro, filho do Vice-Rei português. €150 292. FREIRE, Francisco José. MEMORIAS DAS PRINCIPAES PROVIDENCIAS QUE SE DERAÕ NO TERRAMOTO, que padeceo a Corte de Lisboa no anno de 1755, ORDENADAS, E OFFERECIDAS A’ MAGESTADE FIDELÍSSIMA DE ELREY D. JOSEPH I. NOSSO SENHOR. POR AMADOR PATRÍCIO DE LISBOA. M. DCC. LVIII. (1758) In fólio de 33x23 cm. Com [xxx], 355 pags. Encadernação da época inteira de pele com nervos e rótulo vermelho na lombada, que apresenta pequena falha de pele. Obra impressa sobre magnifico papel de linho em que se utilizaram belos caracteres redondos, vinhetas, e florões decorativos. A proximidade da data do terramoto, o facto de não apresentar local de edição nem impressão e ainda o grande tamanho do prelo utilizado levam-nos a pensar que terá sido impresso em França, tendo utilizando-se caracteres da Academia Real da Historia. Inocêncio I, 53. “AMADOR PATRICIO DE LISBOA. Sob este pseudonymo se publicou: Memorias das principaes providencias que se deram no terremoto que padeceu a Corte de Lisboa no anno de 1755. Ordenadas e offerecidas á Magestade Fidelissima d’Elrei D. Joseph I. Sem logar, nem nome do impressor 1758. fol. de XXX-355 pag. - A similhança dos typos e vinhetas d’este livro com os da Vida do Infante D. Henrique que no mesmo anno se imprimiu em Lisboa na Off. de Francisco Luiz Ameno, me levam a crer que d’esta Officina sahiram tambem as Memorias. Não faltou quem em tempo attribuisse ao primeiro Marquez de Pombal a composição e coordenação d’esta obra mas tem prevalecido, e com melhor fundamento, a opinião que a atribue ao P. Francisco José Freire (Candido Lusitano.) V. a Bibl. Hist. de Portugal e seus Dominios, pag. 326 da segunda edição. É estimado este livro, e de valor historico pelas muitas particularidades que encerra, sendo o que de mais amplo se publicou relativo áquelle infausto e lamentavel acontecimento e ás suas consequencias: a parte narrativa é feita em phrase limpa e estylo corrente, e os numerosos documentos que a acompanham e lhe servem de confirmação realçam o merito da obra, dando-lhe um caracter authentico e official. Seu preço no mercado regula de 600 a 960 réis, e ás vezes 1:200. (V. Francisco José Freire.) P. FRANCISCO JOSÉ FREIRE, mais conhecido pelo nome poetico de Candido Lusitano, que adoptou na Arcadia, da qual foi um dos primeiros e mais conspicuos membros. Foi natural de Lisboa, e n. a 3 de Janeiro (outros dizem de Septembro) de 1719, sendo filho de Joaquim Freire Bellas e de Joanna Maria Joaquina Corsini. Depois de concluir os estudos de humanidades, que cursou parte nas aulas do collegio de Sancto Antão, da Companhia de Jesus, e parte na casa de S. Caetano, dos clerigos Theatinos, esteve durante alguns annos como familiar, ou gentil-homem em casa do cardeal patriarcha de Lisboa, D. Thomás dAlmeida. Movido de superior impulso, ou por ventura de algumas causas hoje ignoradas, resolveu-se a deixar o serviço daquelle prelado, e foi vestir a roupeta dos Congregados de S. Filippe Nery na casa do Espirito Sancto de Lisboa. Elle mesmo diz em uma sua obra inedita, que entrára na Congregação em 1751, o que accusa inexactidão da parte de Barbosa, e de outros que têem indicado o anno de 1752 como o da entrada. Achando-se na villa de Mafra foi atacado de paralysia, molestia de que faleceu a 5 de Julho de 1773, sendo enterrado no claustro do convento da mesma villa, a esse tempo occupado pelos conegos regentes de Sancto Agostinho. Muito devem, no meu entender, as letras portuguezas a este laborioso e erudito escriptor, que no seu tempo prestou valiosissimos serviços, trabalhando fervorosa e incansavelmente para reformar o estylo vicioso, e o mau gosto, que dominavam até então, e de que elle proprio se não mostrára exemplo, nos escriptos que primeiro publicou. A sua conversão litteraria foi devida ao Verdadeiro Methodo de Verney, cuja leitura lhe fez conhecer o quanto andava arredado do bom caminho. «É verdade (diz um critico respeitavel) que elle, com outros mestres do seu tempo, estava com toda a sinceridade do seu coração convencido de que a escrupulosa observancia das regras classicas, que então se tractava de resuscitar, era por si só bastante para formar poetas, oradores, e escriptores de consumma do gosto em todos os ramos das bellas lettras, e que nas regras havia um condão capaz de supprir o proprio ingenho. Hoje para qualquer principiante é doutrina corrente, que as regras não criam o genio mas ao mesmo tempo bom é não esquecer, que com ellas se lhe pódem corrigir os erros, e embargar o passo a seus extravios.» Respeitemos pois agradecidos a memoria do illustre philologo, que tantas e tão diversas composições nos deixou, todas dictadas pelo nobre pensamento de ser util á sua patria, promovendo nella os bons estudos, e a educação litteraria da mocidade.” €1.500 293. FREIRE. (António Jorge) PLANO DE DEFEZA SANITARIA permanente contra a invasão e diffusão de doenças infecciosas comprehendendo a Reorganização da Beneficencia Publica. Tentativa por António Jorge Freire Official de S. Tiago, engenheiro do Posto de Desinfecção Pública de Lisboa, e das Thermas dos Cucos. Imprensa de Libanio da Silva. Lisboa. 1900. De 22x14 cm. Com 346 pags. Encadernação artística da época inteira de pele (marroquin vermelho) com finos ferros a ouro nas esquadrias das pastas; com título e motivos ornamentais em super-libris. Corte dourado por folhas. Impresso com grande mestria gráfica sobre papel creme de elevada espessura e qualidade. Obra contendo um projecto de defesa sanitária e um levantamento demográfico extensivo às regiões de Espanha; com maior detalhe de dados populacionais nas comarcas judiciais junto à fronteira portuguesa. €150 294. FREIRE. (Francisco José) ou Cândido Lusitano. O SECRETARIO PORTUGUEZ COMPENDIOSAMENTE INSTRUIDO no modo de escrever Cartas POR MEYO DE HUMA INSTRUCC,AM Preliminar, regras de Secretaria, Formulario de tratamentos, e hum grande numero de Cartas em todas as especies, que tem mais uso. ESCRITO, E CONSAGRADO. AO EMINENTISSIMO, E REVERENDISSIMO SENHOR CARDEAL PATRIARCA Primeiro de Lisboa, Do Conselho de Estado, e Capellaõ Mòr POR SEU CRIADO FRANCISCO JOZE’ FREIRE Ulyssiponense. LISBOA: Na Officina de ANTONIO ISIDORO da Fonseca. Anno M. DCC. XLV. [1745] In 4º (21x15 cm) om (lxv), 439 pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro e nervos na lombada. Folha de rosto impressa a duas cores. 1.ª edição. A grande quantidade de edições que se imprimiram até ao século dezanove demonstra importância e singularidade desta obra que é um repositório arqueológico único da língua e da sociedade portuguesa do século dezoito. Inocêncio I, 53. “P. Francisco José Freire, mais conhecido pelo nome poético de Cândido Lusitano, que adoptou na Arcádia, da qual foi um dos primeiros e mais conspícuos membros. Foi natural de Lisboa, nasceu em 1719. Depois de concluir os estudos de humanidades, que cursou parte nas aulas do colégio de Santo Antão, da Companhia de Jesus, e parte na casa de S. Caetano, dos clérigos Theatinos, esteve durante alguns anos como familiar, ou gentil homem em casa do Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Thomás d'Almeida. Movido de superior impulso, ou por ventura de algumas causas hoje ignoradas, resolveu se a deixar o serviço daquele prelado, e foi vestir a roupeta dos Congregados de S. Filipe Nery na casa do Espirito Santo de Lisboa. Ele mesmo diz em uma sua obra inédita, que entrára na Congregação em 1751, o que acusa inexactidão da parte de Barbosa, e de outros que têm indicado o ano de 1752 como o da entrada. Achando-se na vila de Mafra foi atacado de paralisia, moléstia de que faleceu a 5 de Julho de 1773, sendo enterrado no claustro do convento da mesma vila, a esse tempo ocupado pelos cónegos regentes de Santo Agostinho. Muito devem, no meu entender, as letras portuguesas a este laborioso e erudito escritor, que no seu tempo prestou valiosíssimos serviços, trabalhando fervorosa e incansavelmente para reformar o estilo vicioso, e o mau gosto, que dominavam até então, e de que ele próprio se não mostrára exemplo, nos escritos que primeiro publicou. A sua conversão literária foi devida ao Verdadeiro Método de Verney, cuja leitura lhe fez conhecer o quanto andava arredado do bom caminho. «É verdade (diz um critico respeitável) que ele, com outros mestres do seu tempo, estava com toda a sinceridade do seu coração convencido de que a escrupulosa observância das regras clássicas, que então se tratava de ressuscitar, era por si só bastante para formar poetas, oradores, e escritores de consuma do gosto em todos os ramos das belas letras, e que nas regras havia um condão capaz de suprir o próprio engenho. Hoje para qualquer principiante é doutrina corrente, que as regras não criam o génio; mas ao mesmo tempo bom é não esquecer, que com elas se lhe podem corrigir os erros, e embargar o passo a seus extravios.» Respeitemos pois agradecidos a memoria do ilustre filólogo, que tantas e tão diversas composições nos deixou, todas ditadas pelo nobre pensamento de ser útil á sua pátria, promovendo nela os bons estudos, e a educação literária da mocidade. O Secretario Português, compendiosamente instruído no modo de escrever cartas; por meio de uma instrução preliminar, regra de secretaria, formulário de tratamentos, e um grande numero de cartas em todas as especies que tem mais uso. Lisboa, por Antonio Isidoro da Fonseca 1745. 4.° Foi reimpresso em 1759, 1786, 1801, etc. O Sr. P. Roquete na prefação ao seu Código epistolar faz desta obra um juízo critico, talvez severo em demasia, concebido nos termos seguintes: «Mui bom livro para os tempos escolásticos, e para o século das lantejoulas, mas um verdadeiro anacronismo em nossos dias, pela inexactidão de muitas de suas regras, por seu estilo inchado, encomiástico, e por vezes servil, e pelo conhecido mau gosto que nele domina.» Bom foi que a obra do ilustre crítico ficasse exempta de todos estes defeitos.” €300 295. FREIRE. (Francisco José) VIDA DO INFANTE D. HENRIQUE Escrita, e dedicada A’ MAGESTADE FIDELISSIMA DE ELREY D. JOSEPH I. NOSSO SENHOR POR CANDIDO LUSITANO. LISBOA. Na Officina Patriarcal de FRANCISCO LUIZ AMENO. M. DCC. LVIII. [1758]. In fólio (28x21 cm.) com [xv]-393-[ii] pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada. Ilustrado com uma gravura em frontípicio com um retrato imaginário do Infante assinado C. Baquoy Sculp.; vinhetas e letras capitais decorativas no inicio do texto. Exemplar com boas margens, apresentando-se: com leves restauros marginais nas primeiras 18 páginas (incluindo a folha de rosto). Inocêncio II, 407: “O livro é mui bem impresso, e gosou sempre de bom crédito e estimação, entre nacionaes e estrangeiros. Mr. Adamson na sua Bibl. Lusit. pag. 34, fala d'elle com muito louvor. Mas perdeu bastante da antiga importancia, depois que se descubriu e publicou a citada Chronica de Guiné, por Azurara, a qual o P. Freire mostra não ter conhecido. (V. o Manuel de Bibl. Univ. do Roret, tomo n pag. 511.) Foi traduzido em francez pelo Abbade de Cournand, e sahiu impresso, Lisbonne (Paris) 1781. 12.º. O preço regular dos exemplares bem acondicionados tem sido de 960 a 1:600 réis”. €1.200 296. FROTA DE PESCA DO BACALHAU. Album organizado pelo Grémio dos Armadores de Navios da Pesca do Bacalhau. [Composição, impressão, desenho, gravuras e encadernação da Papelaria Luso-Brasileira Abel d’Oliveira, Lda. Lisboa]. Progredior. 1946. De 21x28 cm. Com 42 fólios ilustrados. Encadernação do editor em álbum com ferragens; de forma a receber ou trocar fólios. Contém as fichas de identificação de todos os navios da famosa “Frota Branca” da pesca longínqua, célebres em todo o mundo pela sua pintura branca e letreiros nos cascos que lhes asseguraram a neutralidade durante a 2ª Guerra Mundial. Cada ficha contém fotografia e perfil do navio; tipo da embarcação, ano e local da construcção; praça do seu registo; nome do armador e sua bandeira colorida; dimensões, tonelagem, motor (tipo, marca, potência, misto ou sem motor); com/sem frigorifico; material da construção do navio; capacidade de pesca, altura dos mastros e distintivo internacional. Entre estes navios encontram-se as fichas dos famosos: Creoula, Santa Maria Manuela, e Argus (construídos em 1937 e 38 em Lisboa); e o Gazela Primeiro (construído em 1883 em Cacilhas). €150 297. FULLER. (Thomas) PHARMACOPOEIA EXTEMPORANEA sive PRAESCRIPTORUM SYLLOGE, in qua REMEDIORUM Elegantium & Efficacium Paradigmata, ad omnes fere medendi intentiones accomodata, candide proponnuntur: Una cum Viribus, operandi ratione, Dosibus, & Indicibus annexis. Per THOMAM FULLER, M. D. EDITIO SEXTA, CASTIGATIOR. AMSTELAEDAMI, Prostat apud WETSTENIOS. cIc Ic cc ix [1709]. In 12º (de 16x10 cm) com [xvi]-319 pags. Encadernação da época inteira de pele com feros a ouro na lombada. Exemplar com ex-libris oleográfico na folha de rosto. 2ª edição desta obra em latim (a primeira edição latina foi publicada no ano anterior, 1708, em Londres) Thomas Fuller (1654-1734), médico britânico, publicou esta obra em língua inglesa em 1710. €300 298. GALLOIS. (Emile) LE COSTUME EN ESPAGNE ET AU PORTUGAL. Quarente-huit planches en couleurs. Henri Laurens, Editeur. Paris. S/d (193?). De 35x26 cm. Pasta editorial (cansada) com 4 fólios iniciais de texto (por abrir) e 48 estampas impressas com desenhos de costumes portugueses de Emile Gallois (1882-1965), aguareladas manualmente pelo editor. €200 299. GALVÃO. (António) TRATADO DOS DESCOBRIMENTOS. Terceira edição. Minuciosamente anotada e comentada pelo visconde da Lagoa, com a colaboração de Elaine Sanceau. Reprodução diplomática da raríssima edição Princeps, com versão actualizada por César Pegado, primeiro bibliotecário da Universidade de Coimbra, e um estudo bio-bibliográfico de [sobre] António Galvão pelo visconde de Lagoa. Biblioteca Histórica – Série Ultramarina. Livraria Civilização, Editora. Porto. 1944. De 22x15 cm. Com 505 pags. Encadernação inteira de pele com finos ferros a ouro na lombada e nas cercaduras das pastas. Ilustrado com os fac-similes das folhas de rostos da 1ª edição de 1563, e da 2ª edição de 1731. €80 300. GALVÃO. (Duarte) CHRONICA DO MUITO, E MUITO ESCLARECIDO PRINCIPE D. AFFONSO HENRIQUES PRIMEIRO REY DE PORTUGAL, COMPOSTA POR DUARTE GALVAÕ. Fidalgo da Casa Real, e Chronista Mor do Reyno. FIELMENTE COPIADA DO SEU ORIGINAL, QUE se conserva no Archivo Real da Torre do Tombo. OFFERECIDA A’ MAGESTADE SEMPRE AUGUSTA DELREY D. JOAÕ V. NOSSO SENHOR POR MIGUEL LOPES FERREYRA. LISBOA OCCIDENTAL. Na Officina FERREYRIANA. M. DCC. XXVI. [1726] Com todas as licenças necessárias. In fólio (de 29x20 cm) com [xxiv], 95 pags. Encadernação da época em pergaminho fléxivel com título manuscrito na lombada. Ilustrado com belas vinhetas e capitulares decorativas xilografadas. Exemplar da proveniente da aprovação oficial da obra pelo Santo Ofício com todas as licenças necessárias manuscritas e assinadas sobre a página de anterrosto: “Concorda com o original…”; “Visto colar conforme o original pode correr…”, “Pode correr Lisboa Occª 29 de Janeiro de 1727” (Com 7 assinaturas: Alencastre, Cunha, Teixeira, Silva, Cabedo, e outros); e vestígios de lacre sobre o escudo real na folha de rosto (possível vestígio do protocolo da concessão de autorização). Exemplar com leves manchas de humidade. Inocêncio II, 207: “Duarte Galvão, Fidalgo da Casa d'elrei D. Manuel, e por elle enviado por seu Embaixador às cortes de Roma, Alemanha e França, e ultimamente ao Imperador dos Abexins, mais conhecido entre nós pelo nome de Preste João. O cargo de Cronista mór do reino, que Barbosa e outros pretenderam attribuir-lhe, fica mais que duvidoso em presença dos argumentos que para lho negar emprega Fr. Manuel de Figueiredo na sua Dissertação sobre os Chronistas Móres, pag. 7 a 9. Nasceu em Évora, ao que se julga pelos anos 1445, e morreu na ilha de Camaram, no mar da Arábia, quando ia desempenhar a sua missão a Abyssinia, carregado (diz João Pinto Ribeiro) de anos, de prudência e de autoridade. É muito instructivo e digno de ler-se o que a seu respeito e da sua Crónica, que em seguida menciono, escreveu o academico Pedro José da Fonseca a pag. cxxiij do Catalogo dos Auctores, que antecede o primeiro e unico tomo do Diccionario da Academia, por vezes citado. Chronica do muito alto e muito esclarecido principe D. Affonso Henriques, primeiro rei de Portugal, composta por Duarte Galtão, fidalgo da Casa Real, e chronista mór do reino. Fielmente copiada do seu original que se conserva no Archivo Real da Torre do Tombo... por Miguel Lopes Ferreira. Lisboa Occidental, na Offic. Ferreiriana 1726. fol. de XXVI 95 pag. Há tambem exemplares que trazem no frontispício 1727 sendo aliás da mesma e única edição, como já verifiquei. Esta Crónica anda comummente junta às dos cinco seguintes reis, escritas por Ruy de Pina, e publicadas também pela primeira vez pelo mesmo editor, formando todas um volume, cujo preço regular é de 1:600 ate 2:400 reis. Quanto ao valor histórico da Crónica, diz o Marquez de Alegrete, que além de ser muito breve, conta entre as acções de D. Afonso Henriques, algumas tão inverosimeis que a fazem merecedora do pouco crédito que os homens prudentes lhe dão nesta parte. Isto refere-se principalmente, creio, aos quatro capítulos, que a Inquisição mandou riscar na Crónica, ao dar a licença para a sua impressão, que vem a ser os XXI, XXII, XXIII e XXIV do original, os quaes foram efectivamente omitidos nos exemplares communs. Digo comuns, porque consta pelo testemunho do nosso celebre cavalheiro Francisco Xavier de Oliveira, haver dois da dita Crónica, da citada edição de 1726, onde esses capitulos foram textualmente impressos. Um destes exemplares possuía o o proprio Oliveira, como se vê de um curioso e recomendável artigo por ele escrito, e que se pode ler no jornal o Popular, impresso em Londres, 1825, no vol. II, pag. 161; e aí mesmo se encontram algumas espécies, que D. Francisco de S. Luís pareceu ignorar, quando tratou deste assumpto. (Vej. o Panorama, vol. III, 1839) pag. 330) qualificando de estranhos, inverosímeis e absurdos os factos narrados naqueles capitulos, e decidindo que elles foram com razão refugados, por serem indignos de mais figurar na história de Portugal. De opinião bem diversa parece ter sido o literato, que na Revista Litteraria do Porto, tomo II, pag. 322 ate 334, reproduziu e deu à luz os sobreditos capítulos inéditos, copiando os para esse fim de um códice manuscripto, que pertencera ao convento de Santa Cruz de Coimbra, e se julga existir hoje na Bibl. Pública do Porto”. €800 301. GALVÃO. (Duarte) CRONICA DELREY DOM AFFOMSSO HAMRRIQUES. Primeiro Rey destes Regnos de Portugall por Duarte Galluam Fidalgo da Casa DelRey e do seu Conselho. M. D. V. [1550]. Publicada pelo bacharel Manuel de Castro Guimarães Conde de Castro Guimaraes em comemoração da morte do cronista. [Impresso na Editora, Lda]. S/L [Cascais]. 1918. De 29x21 cm. Com xxxix-(i)-216 pags. Encadernação inteira de pele maroquin beje com finos ferro a ouro na lombada. Ilustrado com uma página fac-simile do manuscrito quinhentista iluminado. Obra impressa a duas cores sobre papel de linho e de uma tiragem 200/61 assinado pelo publicador; o Conde de Castro Guimarães. Exemplar apresenta-se afectado por picos de humidade. €120 302. GALVÃO. (Henrique) ANTROPOFAGOS. Ilustrações de José de Moura. Editorial “Jornal de Notícias”. Impresso nas oficinas gráficas de Bertrand Irmãos, Lda. Gravuras de Mário Nunes. Lisboa. 1947. De 23x17 cm. Com 323-(vii) pags. Encadernação da época com lombada e cantos em pele com ferros. Profusamente ilustrado a preto/branco e com gravuras a cor em extra texto. Contém 7 páginas inumeradas com índice e uma bibliografia. Obra sobre o tema da antropofagia em todo o mundo e particularmente na África ocidental. Fotografia do autor em conferência com um soba em que se fala de antropofagia. €150 303. GALVÃO. (Henrique) e Carlos Selvagem. IMPÉRIO ULTRAMARINO PORTUGUÊS. Monografia do Império. Empresa Nacional de Publicidade. Lisboa 1950-53. 4 volumes. De 23x15 cm. Com 407, 421, 474 e 440 pags. Encadernações com lombadas e cantos em pele. Ilustrado. €300 304. GALVÃO. (Henrique) OUTRAS TERRAS OUTRAS GENTES. (VIAGENS EM ÁFRICA). Litografia Nacional. Emprêsa do Jornal de Notícias. Pôrto. S/d [1944 - 1947]. 2 volumes. De 29x22 cm. Com 617 pags. Encadernações da época inteiras de pele mosqueada (ao gosto antigo do séc. xviii) com finos ferros a ouro nas lombadas e nas esquadrias das pastas. Profusamente ilustrado no texto e em extra-texto com similigravuras e litografias coloridas reproduzindo pinturas e aguarelas de Eduardo Malta e de outros artistas plásticos. Colaboração artística de José Américo Pires de Moura, Fausto Sampaio, Neves e Sousa, Martins Barata, António Ayres, Rui Filipe, e outros. A maior parte do documentário fotográfico desta obra – publicada inicialmente em fascículos no inicio dos anos de 1940 - foi realizado pelo Dr. Elmano da Cunha e Costa. €400 305. GALVÃO. (Henrique) RONDA DE AFRICA. (Outras terras, outras gentes: viagens em Moçambique). Editorial “Jornal de Notícias”. Porto. Realização de Neogravura Ltda. Lisboa. S/d [1948]. 2 volumes. De 30x23 cm. Com 609 pags. Encadernações inteiras de pele com finos ferros a ouro nas lombadas e rolados nas esquadrias das pastas. Profusamente ilustrado com fotogravuras recolhidas pelo autor; reproduções de mapas e reproduções de esboços, desenhos e quadros em extra-texto, nos quais colaboraram e ilustraram artisticamente José Américo Pires de Moura e Fortunato Anjos. Obra com a memória da viagem do autor desde o Lobito até Lourenço Marques (Maputo) através do Mapa Côr de Rosa; grande quantidade de percursos na antiga Rodésia; um capítulo sobre Lourenço Marques (Maputo); a Província a Sul do Save; a Província de Manica e Sofala; a Província da Zambézia; e a Província do Niassa. Contém no final da obra um índice das centenas de gravuras apresentadas no texto. €400 306. GALVÃO. (Henrique), Teodósio Cabral e Abel Pratas. DA VIDA E DA MORTE DOS BICHOS. (Subsídio para o estudo da fauna de Angola e notas de caça). [Por]… Antigo Governador da Huíla,…. Antigo Fiscal Geral de Caça em Angola,… Chefe dos Seviços de Pecuária de Angola. Livraria Popular de Francisco Franco. Lisboa S/d (196?). 5 volumes encadernados em 2 volumes. (Exemplares, respectivamente, das 6ª, 3ª, 5ª, 4ª e 3ª edição). De 24x17 cm. Com 246, 217, 233, 234, 234 pags. Encadernações inteiras de pele marroquin castanho com finos ferros a ouro nas lombadas e nos títulos em super-libris. Ilustrados com fotogravuras, mapas desdobráveis e esboços. Exemplar com título de posse na folha de guarda. €500 307. GARCIA DE MEDRANO. LA REGLA Y ESTABLECIMIENTOS DE LA CAVALLERIA de Santiago del Espada, com la Historia del origen y principio della. [cólofon] COMPVESTO Y ORDENAdo por el Licenciado don Garcia de Medrano, del Consejo de las Ordenes, Auiendo sido nombrado Assessor del Capitulo General por su Magestade, el qual se lo cometio. Y fue impresso en Madrid, en casa de Luís Sanchez. Año M. DC.XXVII. (1627) In fólio de 29x20 cm. Com (vi)-200(xvii) fólios. Encadernação da época em pergaminho flexível. Ilustrado com um magnífico frontispício arquitectónico gravado tendo a centro as armas reis de Espanha, uma gravura com a cruz de Santiago de Espada impressa a vermelho e uma gravura de Santiago Mata-Mouros em combate. Exemplar com leves picos de traça marginais e alguns fólios com acidez própria do papel. Binding: contemporary flexible vellum with handwritten title at spine. Illustrated with a superb architectural frontispiece engraved with the coat-of-arms arms of the Kings of Spain; the cross of Santiago de Espada printed in red; and the image of Santiago [St. James] Mata-Moors in battle. Copy with slight foxing and some folios with stains due to natural acidity of the paper. €5.000 308. GARNIER. (Édouard) HISTOIRE DE LA CÉRAMIQUE. Poteries, Faiances et Porcelaines. Chez tous les peuples depuis les temps anciens jusqu’a nos jours. Par… ancien attaché a la conservation du Musée de Sèvres (1871-1879) secrétaire de la section de céramique au Musée des Artrs Décoratifs, attaché a la Direction des Beaux-arts. Préface de M. Paul Gasnault. Illustrations d’après les dessins de l’auteur. Gravure de Trichon. Alfred Mame et Fils Éditeurs. MDCCCLXXXII [1882]. De 26x18 cm. Com xv-576 pags. Encadernação editorial gravada a seco, a ouro e a cores. Profusamente ilustrado com gravuras no texto e em extra texto. Obra impressa sobre papel couché. €150 309. GIACOMETTI. (Michel) CANCIONEIRO POPULAR PORTUGUÊS. [Por]... com a colaboração de Fernando LopesGraça. Círculo de Leitores. Lisboa. 1981. De 27x20 cm. Com 343 pags. Encadernação do editor. Profusamente ilustrado com fotogravuras a cores dos instrumentos musicais e partituras com levantamento das músicas populares. Exemplar preserva sobrecapa de protecção ilustrada. €120 310. GIARDINI, Joannes. PROMPTUARIUM ARTIS ARGENTARIAE EX QUO, CENTUM EXQUISITO STUDIO INVENS, DELINEATIS, AC IN AERE INCISIS TABULIS PROPOSITIS, ELEGANTISSIMAE, AC INNUMERAE EDUCI POSSUNT NOVISSIMAE, IDEAE AD CUJUSCUMQUE GENERIS VASA ARGENTEA, AC AUREA INVENIENDA, AC COFICIENDA. OPUS NON MODO ARTIS TYRONIBUS, VERUN ETIAM PROVECTIS MAGISTRIS SANE PERUTILE INVENIT, AC DELINEAVIT JOANNES GIARDINI AC DUAS PARTES DISTRIBUIT. ROMAE ANNO MDCCL. [1750] Sumptibus Fausti Amidei Bipliopolae in Via Cursus. In fólio de 39,5x27,5 cm. 2 partes com: [ii] pags., 50 gravuras + [ii] pags., 50 gravuras assinadas Ioañ. Giardini Foroliuis Inuen. Et delin. Maxi.s Ioseph Limpach Pragensis Scup. Romae. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada. Obra publicada em duas partes apresentando cada uma frontispício próprio. Elaborado estudo em forma de catálogo de ourives com 100 gravuras com peças de prata, muitas para uso eclesiástico, todas desenhadas por Giardini e gravadas por José Maximo Limpach. Segunda edição desta obra publicada pela primeira vez em Praga no ano de 1714 com o titulo Disegni diversi. É considerada uma das melhores coleções de desenhos do século XVIII para ourivesaria. Giardini (1646-1728), italiano famoso desenhador, ourives, entalhador e escultor em bronze e pedra. Trabalhou para a corte pontifícia como principal fundidor de bronze e executou algumas encomendas importantes para altos dignatários da sua época. Infelizmente poucos foram os seus trabalhos em prata para igrejas que escaparam à voraz rapina napoleónica. No entanto a reputação de Giardini deve-se sobre tudo à publicação da sua obra Disegni diversi, Praga 1714. As peças desenhadas por Giardini refletem a influência da escultura e da arquitectura do barroco tardio, especialmente de Bernini e Borromini, nas suas curvas e no seu repertório de ornamentos naturais. Os desenhos de Giardini embora apresentem puros caprichos muito difíceis de realizar com metais preciosos foram a principal fonte de inspiração para a produção artística Romana no trabalho da prata ao longo do século XVIII. Biding: Contemporary full calf gilt at spine. Pattern-book with designs and studies prepared in the form of goldsmiths catalog with 100 engravings with pieces of silver, many for church use and all designed by Giardini and engraved in Rome by Maxi.s Ioseph Limpach Pragensis. Second edition of this work. Considered one of the best collections of jewelry drawings of the 18th Century craftsmanship. Giardini (1646-1728), Italian draughtsman, silversmith, bronze-caster and gem-carver. He worked for the Pontifical court as the main bronze-caster and accomplished some important orders for high dignitaries of his time. Unfortunately few silver works escaped the ravenous prey of Napoleon from churches. However Giardini's reputation is established from the publication of this work, Disegni diversi, printed in Prague, 1714. The pieces designed by Giardini reflect the influence of sculpture and architecture of the late Baroque, especially from Bernini and Borromini in its curves and its repertoire of natural decorations. Giardini‘s drawings with difficult details although very difficult to accomplish with precious metals were the main source of inspiration for artistic production in the work of Roman silver in the long eighteenth century. €4.000 311. GIL. (Stélio) GUIA TÉCNICO DE HOTELARIA. Conhecimentos dos Serviços de: Direcção – Recepção – Portaria – Economato - Rouparia – Andares – Balcão – Bar – Cafetaria – Copa – Cozinha e Pastelaria – Mesa e Bandeja. Edição do autor. [Composto e impresso no Centro Tipográfico Colonial]. Lisboa. 1952. De 25x19 cm. Com 448 pags. Encadernação do editor. Profusamente ilustrado e com secções de anúncios comerciais. Ilustrações de Décio Lobato e fotografias de Horácio Novaes. Obra contém toda a terminologia utilizada na restauração e hotelaria, como por exemplo: molhos, condimentos, cortes da carne, diversidade das bebidas, etc. €80 312. GODINHO, Consuelo. ALPHABETO ABOIM Composto Desenhado e Gravado pella Calligrapha Consuelo Godinho. S./l. (Lisboa?) S./d. (187?). In fólio oblongo de 22,5x31,5 cm. Álbum caligráfico composto por folha de rosto com uma fotografia original da autora, ao centro, e 26 litografias coloridas com as letras do abecedário. Encadernação do editor. Totalmente ilustrado reproduzindo trabalhos de desenho e caligrafia da autora com um tema para cada letra. Referência bibliográfica: Henrique Ferreira Lima, Subsídios para um Dicionário de Calígrafos Portugueses, p. 38. Composite drawings engraved in calligraphy by Consuelo Godinho. In oblong folio of 22.5 x31, 5 cm. Circa 1870. Binding of the publisher. Album composed of calligraphic title page with an original photography of the author, at center, and 26 colored lithographs with the letters of the alphabet. Fully illustrated reproducing designs of caligraphlical works by the author with a theme for each letter. References: Henrique Ferreira Lima, Subsídios para um Dicionário de Calígrafos Portugueses, p. 38. €800 313. GODINHO. (António) LIVRO DA NOBREZA E PERFEIÇAM DAS ARMAS [DOS REIS CHRISTÃOS E NOBRES LINHAGENS DOS REINOS DE PORTUGAL, FEITO POR ANTÓNIO GODINHO, ESCRIVÃO DA CAMARA D’EL-REI D. JOÃO 3º]. Fac-simile do MS.164 da Casa Forte do Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Introdução, notas, direcção artística e gráfica de Martim de Albuquerque e João Paulo de Abreu e Lima. Sob o patrocínio da Academia Portuguesa de História. Edições Inapa. Lisboa. 1987. In fólio (de 44x32 cm). Com 75 pags e 50 fólios inumerados. Encadernação artística em tela com aplicação armoriada e motivos florais em super-libris. Ilustrado com polocromias sobre papel couché. Edição bilingue em português e inglês. Exemplar nº 1056 da tiragem comercial de 3000 exemplares. The “Livro da Nobreza e Perfeiçam ds Armas” is a manuscript reproduced using electronic and off-set printing. This XVIth Century codex started before 1517, was completed before September, 1541. It opens a catalogue of the coats-of-arms titled with decorative gothic letters. This codex is a treasure of the Portuguese National Archives. €180 314. GÓIS. (Damião de) CHRONICA DO SERENISSIMO SENHOR REI D. EMANUEL ESCRITA Por DAMIÃO DE GOES, Dirigida ao Sereníssimo Príncipe Dom Henrique, Infante de Portugal, Cardeal do Titulo dos Santos Quatro Coroados filho deste felicíssimo Rei. COIMBRA: Na Real Officina da Universidade, Anno de MDCCLXXXX. (1790) In 8.º de 20,5x14,5 cm. 2 volumes com (iv)-488 e(iv)-664 pags. Encadernações da época inteiras de pele com ferros a ouro nas lombadas, um pouco cansadas. Inocêncio II, 123. “DAMIÃO DE GOES, Commendador da Ordem de Christo, Guarda mór da Torre do Tombo, e Chronista mór do Reino, conforme a opinião de alguns (hoje mais que duvidosa, em presença dos argumentos produzidos pelo critico cisterciense Fr. Manuel de Figueiredo a pag. 10 da sua Dissertação para apurar o catalogo dos Chronistas mores). Nasceu, segundo dizem os seus biographos, na villa de Alemquer pelos annos de 1501, e sendo admittido no paço ao serviço d'elrei D. Manuel quando contava nove annos de edade, ahi permaneceu até á morte d'este monarcha occorrida em 1521. Desejoso de instruir se e dilatar os seus conhecimentos, sahiu de Portugal em 1523, com annuencia d'elrei D. João III, e por elle incumbido de tractar em Flandres negocios do Estado. Occupado successivamente n'esta e n'outras importantes commissões e aproveitando os intervalos livres do serviço em digressões instructivas, percorreu a maior parte da Europa, convivendo amigavelmente, ou correspondendo se por cartas com os homens mais sabios e notaveis do seu tempo. Foi bem aceito a varios soberanos, dos quaes recebeu honorificas mercês e distincções. Recolhendo se afinal á patria, onde já estava em 1546, foi lhe em 1548 encarregada a serventia do cargo de Guarda mór do Real Archivo, que parece teve depois em propriedade: e no anno de 1558 lhe commetteu o cardeal D. Henrique a composição da Chronica d'elrei seu pae, que elle concluiu e deu á luz. ” €400 315. GÓIS. (Damião de) CRÓNICA DO FELICÍSSIMO REI D. MANUEL composta por… Nova Edição conforme a primeira de 1566. Acta Universitatis Conimbrigensis. Por ordem da Universidade. Coimbra. 1949, 1953, 1954 e 1955. Obra em 4 volumes encadernados em 2. De 26x21 cm. Com 266, 158 309 e 292 pags. Encadernações inteiras em pele marroquin vermelho, com finos ferros a ouro nas lombadas e nas esquadrias das pastas, executadas pelo mestre encadernador Frederico d'Almeida. Ilustrado com folha de rosto da edição princeps. Exemplar por abrir; apenas aparado e carminado à cabeça. A primeira edição foi publicada em 1566; da qual a presente edição é uma transcrição diplomática com um índice analítico no último volume. €300 316. GOMES DA CRUZ. (José) DISCURSO APOLOGETICO, CRITICO E CHRONOLOGICO que escreveo Joseph Gomes da Cruz sobre as excommunhoens, interdictos, e cessação à divinis, com que procedeo o Reverendo Doutor Joseph Gomes Dias, com o pretexto de juiz apostolico de Sua Santidade, contra o illustrissimo cabido da Santa Sé Metropolitana de Lisboa Oriental. Dedicado ao dito Illustrissimo cabido. Lisboa Occidental. Na officina de Joseph Antonio da Sylva, impressor da Academia Real. M. DCC. XXXV. (1735). De 23x16 cm. Com (lxii)-190 pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada. Exemplar com corte dourado por folhas. Inocêncio IV, 360: “É precedido o discurso de uma advertencia preliminar que occupa 38 pag. innumeradas; e antes d’esta vem dedicatoria, licenças, indice, etc., que á sua parte preenchem com o rosto 28 pag., tambem sem numeração. José Gomes da Cruz, cavalleiro professo na Ordem de Christo, e natural de Lisboa, baptisado na egreja parochial de N. S. dos Martyres em 10 de Dezembro de 1683. Aprendida a lingua latina quando contava nove annos de edade, matriculou-se aos treze no curso de direito canonico da Universidade de Coimbra, e n’elle fez acto de formatura, recebendo o grau de bacharel n’aquella faculdade. Aos dezenove annos foi despachado juiz de fóra de Cezimbra, e serviu depois outros cargos na magistratura durante um intervalo de dezoito annos, findos os quaes resolveu trocar a vida de juiz pela de advogado, estabelecendo-se como tal em Lisboa. Por mais de quarenta annos continuou em exercicio, grangeando grandes creditos como jurisconsulto, e sendo não menos respeitado por sua erudição e saber. Foi academico da Academia R. de Historia Portugueza, e encarregado de proseguir as memorias ecclesiasticas do bispado da Guarda, do ponto em que as deixára o seu antecessor Manuel Pereira da Silva Leal: Porém nada consta do seu desempenho, quanto a esta incumbencia. Sabe-se que vivia em 1761, ignorando-se ainda a data certa do seu falecimento.” €200 317. GOMES DA CRUZ. (P. Fr. Jozé) HISTORIA DA PRODIGIOSA VIDA E ADMIRAVEL MORTE E MILAGRES DO GLORIOSO PADRE S. FRANCISCO DE PAULA. Brilhante luz de Calabria, portento maravilhoso da graça, escolhido plenipotenciario de Deos e grande chanceller de sua caridade soberana, único fundador e patriarca da esclarecida Ordem dos Minimos. Primeiro e sem segundo instituidor do penitente voto da vida quaresmal. Composta pelo… lente de prima e regente dos estudos em o Collegio dos Minimos de Salamanca. Corrector que foy do ditto collegio e filho da muy observante e illustre provincia de Castella. Traduzida da lingua castelhana no idioma portuguez e offerecida ao muito alto e muito poderoso Rey D. João V nosso senhor. Pelo Padre Fr. Marcos Gonçalves da Cruz. Pregador jubilado, missionario apostolico, vigario provincial e presidente do hospicio que a sua religião tem nesta corte. Lisboa Occidental. Na Officina de Pedro Ferreira. Anno 1731. In 4º (de 20x15 cm) com 575 pags. Encadernação da época inteira de pergaminho. Ilustrado com uma gravura de S. Francisco de Paula. Folha de rosto a duas cores e texto impresso em dupla coluna. Inocêncio XII, 347. “Em uma nota de Innocencio leio o seguinte: «deve se advertir que este nosso escriptor é diverso de Fr. José Gomes da Cruz, de nação castelhano, que escreveu a historia da prodigiosa vida e admiravel morte e milagres de S. Francisco de Paula, traduzido do castelhano por Fr. Marcos Gonçalves da Cruz. Lisboa, 1731. 4.º e para que se não confundam os dois, como já aconteceu ao Sr. J. das N. Gomes Elyseu, que julgou serem ambos um só individuo, faça se esta menção.” €300 318. GOMES DE BRITO. (Bernardo) HISTORIA TRAGICO-MARITIMA. Compilada por… com outras notícias de naufrágios. Bibliotheca de Clássicos Portuguezes. Proprietário e fundador - Mello D’Azevedo – Escriptorio. Lisboa. 19041909. Obra em 12 volumes encadernados em 3 volumes. De 20x14 cm. Com 155, 159, 161, 133, 87, 105, 91, 139, 128, 188, 80 e 82 pags. Encadernações da época com lombada em percalina e pastas em papel decorativo. Exemplar com oxidação do papel e apresentando 2 ex-libris em anterrosto. Bernardo Gomes de Brito (v. Inocêncio I, 377) natural de Lisboa e nascido em 1688, com louvavel curiosidade e diligencia reuniu uma ampla colecção de relações e notícias de naufrágios e successos infelizes acontecidos aos navegadores portuguezes, escritos por diversos autores, anteriormente impressos soltos ou mantidos apenas em manuscritos, e dividindo-os em cinco volumes de que só publicou os primeiros dois, ignorando se o destino que tiveram os restantes, os quais Barbosa afirmou acharem-se no seu tempo prontos para a impressão. Esta obra muito conhecida compreende as relações seguintes: 1. Relação da mui notavel perda do galeão grande S. João, em que se contam os grandes trabalhos e lastimosos successos do Capitam Manuel de Sousa de Sepulveda. 2. Relação da viagem que fez Fernão Alvares Cabral, até que se perdeu no Cabo de Boa Esperança. 3. Relação do naufragio da nau Conceição, de que era Capitão Francisco Nobre 4. Relação da viagem e successos que tiveram as naus Aguia e Garça, vindo da India; 5. Relação do naufrágio da nau Sancta Maria da Barca, de que era Capitão D. Luis Fernandes de Vasconcellos. 6. Relação da viagem e naufragio da nau S. Paulo. No tomo II incluem-se: 1. Relação do naufragio que passou Jorge de Albuquerque Coelho, vindo do Brasil. 2. Relação do naufragio da nau S. Tiago, e itinerario da gente que d’ella se salvou 3. Relação do naufragio da nau S. Thomé na terra dos Fumos e trabalhos que passou D. Paulo de Lima Pereira. 4. Relação do naufragio da nau Sancto Alberto no penedo das Fontes. 5. Relação da viagem e successos da nau S. Francisco, em que ia por Capitão Vasco da Fonseca. 6. Tractado das batalhas e successos do galeão S. Tiago com os hollandezes na ilha de S. Helena. €150 319. GOMEZ ORTEGA, Casimiro. TABLAS BOTÁNICAS, [TABULAE BOTANICAE] EN QUE SE EXPLICAN SUMARIAMENTE LAS CLASES, SECCIONES Y GÉNEROS DE PLANTAS QUE TRAE TOUNEFORT EN SUS INSTITUCIONES : Á QUE SE AÑADEN EN CADA GÉNERO los nombres Españoles de muchas especies de vegetables, y la explicacion de algunas voces facultativas. PARA EL USO DE VARIAS LECCIONES Y HERBORIZACIONES BOTÁNICAS. POR EL DOCTOR D. CASIMIRO GOMEZ ORTEGA, Primer Catedrático del Real Jardin Botánico, Numerario de la Real Academia de la Historia y de la Medicina de Madrid, é Individuo de la de Florencia, da la del Instituto de Bolonia, de la de Ciencias de Paris, y de la Real Sociedad de Lóndres. EN MADRD. EN LA IMPRENTA REAL. M. DCC. LXXXIII. [1783]. In 8º gr. (de 18x12 cm.) com [xvi]-167-[69] pags. Encadernação da época inteira de pele. Ilustrado com diagramas e esquemas da organização das classes botânicas. Obra bilingue latim e castelhano. 2ª edição, a 1.ª foi publicada in 4º em 1773, só em latim. A segunda parte da presente obra (69 páginas inumeradas) contém um dicionário das palavras, expressões e conceitos botânicos destinadas à correcta elaboração das descrições das plantas no terreno. Palau, 1990, III, 362. €700 320. GONÇALVES TORMENTA. (Filipe) FABRICO DO AZEITE. Dissertação Inaugural apresentada por… Instituto de Agronomia e Veterinária. Typographia Castro Irmão. Lisboa. 1908. De 23x17 cm. Com 175 pags. Encadernação da época com lombada em pele. Exemplar com título de posse coevo sobre a folha de rosto. €150 321. GONÇALVES. (Estevão) MISSAL PONTIFICAL. [Fac-simile integral]. Pontificales Missae ex missali romano, iuxta decretum sacrosancti Concilij Tridentini restituto. 1610. Lith. F. Appel. Paris. S/d [193?]. De 45x32 cm. Com 48 fólios inumerados. Ilustrado com o fac-simile reproduzido em similigravuras coloridas. BNP não menciona. €400 322. GONÇALVES. (Júlio) OS PORTUGUESES E O MAR DAS ÍNDIAS. [Por]… Capitão de fragata médico. Livraria LusoEspanhola, Lda. Lisboa. 1947. De 20x14 cm. Com 787 pags. Encadernação inteira de pele marroquin azul com finos ferros a ouro na lombada e nas esquadrias das pastas. Ilustrado com fotogravuras e mapas com esboços da divisão dos antigos reinos indianos. Obra com recolha (nas primeiras 318 páginas) da história, da filosofia e da mitologia indiana anterior à chegada e ao contacto dos portugueses. €80 323. GONZAGA. (Frei Francisco) ANTIPHONA, Y ORACION A MARIA SANTISSIMA Sra. Nra. contra la Peste, y todas enfermedades contagiosas. Dase en Romance para el bien publico de todos los Fieles, del Latine en que se escribe en las Cronicas de la Orden Seraphica de N. S. P. S. Francisco, escriptas por el R. P. Francisco Gonzaga, General de dicha Orden, Parte tèrcera, de la Provincia de Portugàl, Monasterio octavo. El caso fuè este: Padeciendo una gravíssima Peste toda la Ciudad de Coimbra [etc]. S/L [Espanha]. S/d [séc. XVIII]. 1 fólio (de 21x15 cm) impresso frente e verso. Encadernação recente com lombada em marroquin vermelho. Impresso com texto em frente e verso dentro de orla ou quadrilongo decorativo xilografado. Não consta em Palau. Não consta na BNP. €300 324. GORMICHO BOAVIDA. (Joaquim) ROTEIRO DE PESCA DE ARRASTO DO CABO JUBY E DO CABO BRANCO. Imprensa Libânio da Silva. Lisboa. 1950. De 25x19 cm. Com 324 pags. Encadernação em percalina bordeaux. Ilustrado com cartas náuticas desdobráveis, perfis da costa, perfis, esboços e localização geográfica dos pesqueiros. Exemplar não apresenta capa de brochura, nem folha de rosto. Obra que representa um grande esforço de investigação e de referência técnica da situação original dos pesqueiros, contendo boletos a enviar ao Gabinete de Estudos das Pescas para recepção de adendas e suplementos em anos subsequentes. Contém guias práticos da localização exacta dos pesqueiros; e uma descrição geográfica e histórica da costa africana (descrição física, da ocupação humana e das facilidades comunicação e de acostagem, de amaragem e de aterragem ao longo da costa ocidental de África). €120 325. GOUTTIÈRE. (Edmond) e J. van Driesten. ORDRES CIVILES ET MILITAIRES: PORTUGAL. Par… Officier de l’Instruction Publique. Illustrations de … Imp. Monroccq. Paris. 1896. De 31x24 cm. Com 29 pags. Encadernação da época com lombada e cantos em pele. Ilustrado com 14 lâminas extra-texto contendo os desenhos de todas as condecorações, à época, da monarquia portuguesa. Apresenta gravuras e vinhetas de grande beleza gráfica tais como o retrato do rei D. Carlos em anterrosto; e o Brasão da Casa de Bragança com o respectivo mote. €300 326. GOYA Y LUCIENDES, Francisco. LOS PROVERBIOS. [DISPARATES] Coleccion de diez y ocho láminas inventadas e grabadas al agua fuerte POR DON FRANCISCO GOYA. Publícala la R! Academia de Nobles Artes de San Fernando. MADRID 1864. Lit. de J. Aragon, Urosas 10. In fólio oblongo de 31,5x42,5 cm. Com (i)-[frontispício litografado) + 18 gravuras. Encadernação inteira de chagrin preto com nervos e filetes nas pastas. Guardas em damasco com motivos decorativos vegetalistas, enquadradas por magnificas seixas triplas douradas. Trabalho executado na Biblioteca Nacional de Lisboa em 1923, por J. A. da Fonseca, dourador A. Pinheiro. Trata-se da segunda edição ou tiragem (com numeração no canto superior direito) da mais importante série de gravuras do autor. As chapas abertas a água-tinta, buril e ponta seca entre 1816 e 1823, só foram publicadas em série em 1864 com tiragem de 250 exemplares. Exemplar com leves picos marginais de acidez (foxing). Palau 1990, III 388. Vindel, 34. Harris III, 248 - 265. In oblong folium (31,5x42,5 cm) with (i)-(lithographed frontispiece) + 18 plates. Binding: artistic black morocco bound in 1923 at The Lisbon National Library bookbinder workshop masterbinder J. A. da Fonseca and gilt by A. Pinheiro – gilt at spine with small tools; gilt frame at boards slightly worn out; triple gilt stripes produced by rolled tools at inner boards; endpapers finished with red silk embroided fabrics [damasco] with floral patterns. Second edition or print release (numbered at upper right corner) of the most outstanding plates by the author. Engraved aqua-tint plates circa 1816-1823 and published for the first time in a serial, in 1864, with a release of 250 copies. Copy with light marginal foxing in some plates. €40.000 327. GRACIAN, Lorenzo. OBRAS DE…, DIVIDIDAS EN DOS TOMOS, EN EL PRIMERO CONTIENE El Criticòn, tratando en la primera Parte de La Niñez, y Juventud: en la segunda de Varonil Edad: en la tercera de la Vejez. El Discreto. El Politico Fernando el Catholico. El Heroe. EN EL SEGUNDO, La agudeza y Arte de Ingenio. Oraculo manual y arte de prudencia. EN EL FIN AÑADIMOS, El Comulgatorio de varias Meditacione de la Sagrada Comunión, por el P. BALTAZAR GRACIAN. EN AMBERES, En Casa de Iuan baptista Verdussen, Impressor y Mercader de libros. M. D. CCII. (1702) 2 volumes In 4.º de 22x 17 cm. Com [viii], 1-116-[viii]-239-[viii]-388-[iv]-447-[ii]-502 e [viii], 372, [iv] pags. Encadernação em 1 volume em inteira de pele da época com ferros lavrados a seco nas pastas e nervos na lombada. Ilustrado com frontispício alegórico, folha de rosto impressa a duas cores. Impressão a duas colunas. Exemplar com leve pico de traça marginal. Palau 1990, III 389. €2.000 328. GRAVURAS DE PORTUGAL. MONUMENTOS. 2ª Série. S/L. S/d. [195?]. De 35x25 cm. Com 50 estampas fac-similadas. Encadernação inteira de pele de (carneira marmoreada) com ferros a ouro na lombada e super-libris com título da obra e armoriado com o brasão real. Editor João Rentagua? €120 329. GREY, Sophie. PORTUGAL BEING SOME ACCOUNT OF LISBON AND ITS ENVIRONS AND OF A TOUR IN ALENTEJO. From a journal kept by a lady three year’s actual residence. London Harvey and Darton. 1830. In 8.º de 18x10,5 cm. Com iv-275-[xvi] pags. Encadernação da época com lombada e cantos em pele. Ilustrado com 4 gravuras coloridas manualmente apresentado as mesmas 8 vistas panorâmicas. Illustrated with 4 hand colored plates with 8 views. €2.000 330. GUEDES. (Rui) FLORBELA ESPANCA. FOTOBIOGRAFIA. Por… [2ª edição]. Publicações dom Quixote. Lisboa. 1999. De 30x21 cm. Com 261 pags. Encadernação inteira de pele chagrin azul com ferros a seco a ouro na lombada e nas pastas. Ilustrado com fotogravuras proveniente de grande diversidade de colecções e arquivos. €80 331. GUERRA JUNQUEIRO. A VELHICE DO PADRE ETERNO. Editores Alvarim Pimenta e Joaquim Antunes Leitão. [Typ. Universal de Nogueira & Caceres]. Porto. 1885. De 22x15 cm. Com 211 pags. Encadernação da época com lombada em pele. Primeira edição da obra. Exemplar com falta das capas de brochura. €60 332. GUEVARA. (Antonio de) EPISTOLAS FAMILIARES DE DON ANTONIO DE GVEVARA, OBISPO DE MONDOÑEDO, PREDICATOR, CHRONISTA, y del cosejo sel Emperador Don Carlos: En las quales ay cosas notables, Razonamientos muy altos y curiosos, con Exposiciones de Figuras, Autoridades, Medallas, Letreros, Histórias, Epitaphios Sepulturas: Leyes, Costumbres antiguas, Doctrinas y Exemplos para todo estado de gente. Edition vltima y corrigida. PARTE PRIMERA [+ PARTE SEGVNDA]. En Anveres. En casa de Iacobo Mevrcio. Año 1665. 2 volumes em 1. In 16º (16x11 cm) com 400, [vi], 383,[v] pags. Encadernação da época em pergaminho flexível, as folhas das guardas recentes. Exemplar com vestígios trabalho de traça (entre as pags. 91 e 140) apresentando restauros grosseiros. Obra da autoria do cronista do Imperador Carlos V. Palau 1990, Tomo III, 423: 'Se reimprimió a plana y renglón...' €800 333. GUEVARA. (D. António de) MONTE CALVARIO, PRIMERA, Y SEGVNDA PARTE, A LA EXCELENTISSIMA SEÑORA D. LVISA MARIA de Meneses, MARQVESA DE GOVVEA, Y Condeça de Portalegre, &c. COMPUESTO POR EL ILUSTRE SEÑOR D. ANTONIO DE GVEVARA, OBISPO de Mondoñedo, Predicador, y CHRONISTA MAYOR DEL IMPERADOR CARLOS QUINTO, y de su Consejo. TRATA DE TODOS LOS MYSTERIOS DEL MONTE Calvario, desde que CHRISTO fuè a muerte condenado por Pilato, hasta que por Joseph, y Nicodemos fuè metido en el sepulchro e de las siete Palavras que el Señor dixo en el Arbol de la Cruz. LISBOA, Con las licençias necessárias. A despesa de ANTONIO CRAESBEECK DE MELO, Impressor de la Casa Real. Anno M. DC. LXXVI. [1676]. 2 volumes. De 20x15 cm. com [xvi]312-[i]-[x]- 362 pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada. Texto a duas colunas. Palau, 1990, vol. III, 425 e 426: “Se dice que la primera edición se hizo en Valladolid, por Nicolás Tierry, 1529, fol. pero no conocemos ejemplares.” Frei António de Guevara (1480-1545) foi um dos escritores mais populares do Renascimento, sendo publicado mais de 600 vezes em toda a Europa. Procedia de uma família nobre das Astúrias e graças aos bons ofícios do seu tio entrou na Corte onde foi um escudeiro da rainha Isabel, a Católica. Ele era o protector de Soria, em 1518, e o Definidor da Província em 1520 esteve com o Imperador Carlos I durante a Guerra das Comunidades de Castilla, recompenso-o nomeando-o Pregador Real em 1521. Guevara acompanhou o seu amo na viagem a Inglaterra em Junho de 1522 - o que influencia nas suas obras - e em Maio de 1523 participou do capítulo geral da sua ordem em Burgos. Durante os anos seguintes, percorreu várias cidades de Castela com o Imperador participou na guerra contra os mouros e foi ferido em 1526. No início de 1527, Carlos V nomeou-o seu historiador oficial e mudou-se para o Valladolid em Junho para participar na reunião dos 24 de teólogos que se decidiram sobre as obras de Erasmo de Rotterdam. É muito possível que ele escrevesse os discursos importantes do Imperador pois acompanhou-o na canpanha da Tunísia, entre 1535 e 1536, e neste ultimo ano esteve em Roma na coroação do Imperador. Proferiu a oração fúnebre da Imperatriz (Toledo, 1538) e em 1537 foi proclamado bispo de Mondoñedo. Guevara morreu em sua diocese e foi sepultado na catedral. Fray Antonio de Guevara 1480 1545), Spanish writer and ecclesiastic, one of the most popular Renaissance writers (his works were published more than 600 times throughout Europe). He proceeded from a noble family of Asturias. Thanks to the good connections of his uncle he could raise into the Royal Court as a squire of Queen Isabella the Catholic. He was the keeper of Soria in 1518, and the Definidor of the province in 1520. He was with Emperor Charles I during the War of the Communities of Castilla, who rewarded him by naming him Royal Preacher in 1521. He accompanied his master on his trip to England in June 1522 (that trip later influenced his works) and in May 1523 attended the general chapter of his order in Burgos. During the years following toured various cities of Castile with the Emperor, participated in the war against the Moors and was wounded in 1526. At the beginning of 1527 Charles V appointed him his official historian and he moved to Valladolid on June to participate in the meeting of 24 theologians who would decid about the works of Erasmus of Rotterdam. It is very possible that he wrote the important speeches of the Emperor and accompanied him in the campaign of Tunisia - between 1535 and 1536 - and during this year he was in Rome in the coronación the Emperor. He acted as preacher at the funeral of Empress (Toledo, 1538) and in 1537 he was proclaimed Bishop of Mondoñedo. He died in his diocese and was buried in the cathedral. €800 334. GUIA DO VIAJANTE EM PORTUGAL E SUAS COLONIAS EM AFRICA. Empreza Nacional de Navegação. Lisboa. 1907. De 21x15 cm. Com 382-[10]-xliii pags. Encadernação do editor, manuseada, com pastas cartonadas com motivos decorativos a seco. Ilustrado. Exemplar com fotogravura de uma rua de Lisboa colada, em memorabilia, na folha anterior de guarda. Ilustrações constam de 9 fotogravuras extra-texto dos principais portos de escala (Lisboa, Funchal, S. Vicente, S. Tomé - Baía de Ana Chaves, Luanda, Benguela, Moçamedes, Lourenço Marques (Maputo) e Quelimane; e com 5 mapas desdobráveis (Portugal continental, 3 Mapas de Lisboa, 1 Mapa de África (contendo 3 mapas de pormenor com os itinerários das carreiras da África Ocidental e Oriental com primeira escala na Madeira, circum-navegação da Ilha de S. Tomé, Itinerário da Costa de Angola, e Itinerário da carreira entre as ilhas de Cabo Verde e Guiné); e ainda os croquis desdobráveis dos conveses e cabines dos vapores “Luzitania”, “África”, e “Portugal”. A obra ultrapassa o objectivo de um guia das cidades portuárias e inclui a descrição em versão de almanaque das principais cidades continentais: Lisboa (e cada um dos seus locais notáveis); Sintra; Cascais; Mafra; Batalha; Tomar; Coimbra; Penacova; Porto; Braga; Guimarães; as principais termas no continente e as suas características termais. Segue-se, então, a descrição pormenorizada das “Possessões Portuguesas em África” pela seguinte ordem: Madeira, Cabo Verde (S. Vicente, S. Tiago, S. Nicolau, Sal e Brava); Guiné (Bissau e Bolama); Ilhas de S. Tomé e do Principe; Provincia de Angola (Cabinda, Sto António do Zaire, Ambriz, Luanda, Novo Redondo, Lobito, Benguela, e Moçamedes). Na África meridional inglesa: Porto Alexandre; Baía dos Tigres e Cape Town). Na Província de Moçambique encontra-se a descrição de Lourenço Marques, Beira, Inhambane, Chinde, Quelimane, Quelimane, Porto Amélia e Ibo. As fotogravuras das localidades portuárias são de grande qualidade gráfica e documental. €150 335. GUIMARÃES FILHO. (Luís) FRA ANGELICO. [Por]... da Academia Brasileira de Letras, da Academia das Sciencias de Lisboa, da Academia Espanhola. 10º Milheiro. Editora Vozes, Ltda. Petropolis. Est. do Rio. De 23x16 cm. Com 272 pags. Encadernado em pele marroquin vermelha com finos ferros a ouro na lombada e nas esquadrias das pastas. Ilustrado com retrato do autor no anterrosto e reproduções de pinturas renascentistas em extra-texto. Exemplar com assinatura de posse no anterrosto. €50 336. GUSMÃO NAVARRO. (A. de) TOMBO HISTORICO E GENEALOGICO DE PORTUGAL. IIª Série. [Completa] Nº 1, 2, e 3. [Por]… dos Archeologos Portuguezes. Lisboa. 1928. 3 fascículos. De 26x19 cm. Com 76 pags. Brochados e acondicionados dentro de caixa simulando encadernação com lombada em pele e título gravado: 'Tombo Histórico...II Série'. Ilustrado. Tiragem de 400 ex. em papel vergé. Apenas os fascículos da 2ª série. BNP refere esta IIª série com 3 números, como sendo tudo o que se publicou nesta mesma série. €120 337. GUSMÃO. (Armando) SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE ÉVORA. Parte primeira (1499-1567). Évora. 1958. De 25x20 cm. Com 209 pags. Encadernação inteira de pele. Ilustrado. Exemplar assinado pelo provedor da Santa Casa. €120 338. HARDING. (Bertita) O TOSÃO DE OURO. A História dos Habsburgos. Tradução de R. Magalhães Junior. Capa de Santa Rosa. Livraria José Olympio Editora. Rio de Janeiro. S/d [1940]. De 22x15 cm. Com 397 pags. Encadernação da época com lombada e cantos em pele, executada por Raúl de Almeida. Obra publicada com o título original: Golden Fleece. The Story of Franz Joseph & Elisabeth of Austria. €50 339. HARRISON, W. H. JENNING’S LANDSCAPE ANNUAL, OR TOURIST IN PORTUGAL, FOR 1839. OPORTO, BATALHA, &c. BY W. H. HARRISON, AUTHOR OF “TALES OF A PHYSICIAN,” &C. &C. ILLUSTRATED FROM PAINTINGS BY JAMES HOLLAND. [PRINTED BY MAURICE, CLARK, AND CO.] LONDON: ROBERT JENNINGS. NEW YORK. D. APPLETON. [1839]. In 8.º de 20x13 cm. com xi-290-(ii) pags. Encadernação recente inteira de pele com nervos e ferros a ouro na lombada e pastas, cortes dourados por folhas, executada pelo mestre Frederico de Almeida. Ilustrado com 17 gravuras magnificamente coloridas manualmente. Obra em forma de guia para viagem de um estrangeiro em Portugal, que começa na cidade do Porto e segue por Coimbra, Pombal, Leiria e Batalha. A obra inicia com um capitulo sobre os reis portugueses, desde D. Afonso Henriques a D. Maria I. Apresenta um capitulo sobre a história do marques de Pombal e que descreve também o terramoto de 1755. Illustrated with 17 hand colored plates. €2.000 340. HENRIQUES. (Júlio A.) A ILHA DE S. TOMÉ SOB O PONTO DE VISTA HISTORICO-NATURAL E AGRICOLA. Imprensa da Universidade. Coimbra. 1917. De 26x18 cm. Com 208 pags. Encadernação da época com lombada em pele. Profusamente ilustrado com: fotogravuras mostrando todos os aspectos da plantação, colheita e processamento do cacau; belas fotogravuras das paisagens naturais de S. Tomé; microscopias das recolhas mineralógicas coladas nos respectivos locais do texto; aspectos gerais e de pormenor das instalações das roças; e quadros de dados. Obra pelo mesmo autor de “Agricultura Colonial”. €200 341. HISTOIRE DES INAUGURATIONS DES ROIS; EMPEREURS; ET AUTRES SOVERAINS DE L'UNIVERS; DEPUIS LEUR ORIGINE JUSQU’Á PRÉSENT. Suivie d’un précis de l’etat des Arts & des Sciences sous chaque Regne: des principaux faits, moeurs, coutumes & usages les plus remarquables des François, depuis Pepin jusqu’à Louis XVI. Par M. ***. A PARIS, Chez Moutard, Libraire de la Reine, rue du Hurepoix. M. DCC. LXXVI. In 8.º de 21x13 cm. Com xvi – 559 pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada. Ilustrado com 14 gravuras intercaladas em extratexto representando trajos franceses desde a Idade Média até 1776. Binding: contemporay full calf gilt at spine worned at top. Titlepage wormed at top and ownership signature at bottom. Illustrated with 14 plates depicting fashion and French styles from Middle Ages until 1776. €200 342. HISTORIA JOCOSA DOS TRES CORCOVADOS DE SETUBAL. LUCRECIO, FLAVIO, E JULIANO. Onde se descreve a equivoção graciosa das suas vidas. LISBOA Na Officina de FRANCISCO BORGES E SOUSA. Ano de MDCCLXXXIX. [1789] In 8.º de 21x14 cm. Com 16 pags. Encadernação em pergaminho da época. Ilustrado com uma xilogravura na folha de rosto. Folheto de cordel. Muito raro. €150 343. HOLANDA. (António) e Simão Benig. A GENEALOGIA DO INFANTE DOM FERNANDO DE PORTUGAL. Facsimile do Ms. da British Library ADD.12531. Introdução, notas, direcção artística e gráfica de Martim de Albuquerque e João Paulo de Abreu Lima. Edição sob os auspícios do Comissariado para a XVII Exposição Europeia de Arte Ciência e Cultura. Os Descobrimentos Portugueses e a Europa do Renascimento. Conselho da Europa. Sob o patrocínio do Banco Borges e Irmão no âmbito das comemorações do seu primeiro centenário graças à cortesia da British Library. Londres. Porto. Lisboa. Portugal. 1984. De 49x33 cm. Com 107 pags. Encadernação editorial. Ilustrado com a fac-simile reproduzindo a cores os 13 fólios iluminados. Obra com a reproducção as páginas finamente iluminadas por uma oficina flamenga com o propósito inacabado de mostrar a união das Casas Reais portuguesa e espanhola, na pessoa do Infante Dom Fernando antepassado de D. Manuel e igualmente descendente do Conde Dom Henrique e de seu pai o Rei Santo Estevão da Hungria. Exemplar de uma tiragem 2514/177 em papel couché com assinaturas dos directores desta edição. €200 344. HORTA OSORIO. (Antonio) HISTORIA DO CRIME. O caso do Banco Angola e Metropole. Resposta aos agravos dos arguidos: José Bandeira, Antonio Bandeira, Adriano Silva, Justino de Moura Coutinho, Avelino Teixeira. Estamparia do Banco de Portugal. Lisboa. 1928. De 28x22 cm. Com 479 pags. Encadernação com lombada e cantos em pele. Exemplar com mancha de humidade afectando a folha de rosto. Peça jurídica onde consta toda a história detalhada do Caso Alves dos Reis, nomeadamente o grande «petit contract» de 11 de Fevereiro de 1925 na divisão e destino do papel-moeda emitido em Inglaterra. Peça do processo de julgamento da burla de Alves dos Reis. €60 345. HYDE. (J. A. Lloyd) e Ricardo R. Espirito Santo Silva. CHINESE PORCELAIN FOR THE EUROPEAN MARKET. Water colors and descriptions by Eduardo Malta. Editions R. E. S. Lisbon. 1956. De 47x35 cm. Com 105 pags. Encadernação editorial. Profusamente ilustrado. Exemplar apresenta sobrecapa exterior em papel um pouco danificada. Edição em língua inglesa da obra “Porcelana da China ao Gosto Europeu”, publicada na mesma data, com aguarelas, desenhos e descrição das peças por Eduardo Malta. €400 346. IMPÉRIO (O) PORTUGUÊS. ALBUM-CATÁLOGO OFICIAL. NA PRIMEIRA EXPOSIÇÃO COLONIAL PORTUGUESA. Realizada no Palácio de Cristal do Pôrto de Junho a Setembro do ano de 1934. Documentário histórico, agrícola, industrial e comercial – paisagens, monumentos e costumes. Direcção literária do Dr. Alberto Pinheiro Torres. Editores – concessionários Mário Antunes Leitão e Vitorino Coimbra. Porto. 1934. De 25x19 cm. Com 457 pags. Profusamente ilustrado e com secções de anúncios comerciais. Obra com a história do «movimento pró-colonial» [sic] que promoveu as exposições coloniais em Portugal. €200 347. IN MEMORIAM DE CAMILLO. Coordenado por E. A. e V. A. Direcção artística de Saavedra Machado. Casa Ventura Abrantes Livraria Editora. Lisboa. MCMXXV. [1925]. De 34x 23 cm. Com 851 pags. Encadernação da época com lombada e cantos em pele. Ilustrado. Exemplar de uma tiragem não justificada; impressa em papel creme; e diferente arranjo gráfico com o texto dentro de quadrilongos vermelhos. €200 348. ISAÏE. TRADVIT EN FRANÇOIS. Avec une explication tirée des SS. Peres, & des Auteurs Ecclesiastiques. A PARIS, Chez Lambert Roulland, Imprimeur & Libraire Ord. de la Reyne [etc]. M.DC. LXXV [1675]. In 8º (18x12 cm) com [xx]-614-[xvi] pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada. Corte por folhas carminado. Exemplar com fortes manchas de humidade e danos na lombada. €80 349. JACKSON. (Lady Catharina Carlota) A FORMOSA LUSITANIA. Por… Versão do inglez, prefaciada e annotada por Camillo Castello Branco. Livraria Portuense Editora. Porto. 1877. De 25x17 cm. Com 448 pags. Encadernação do editor em percalina estampada a seco, a preto e a ouro com título e motivos decorativos alegóricos e super-libris armoriado. Ilustrações intercaladas em extra-texto. Exemplar com excelente apresentação e qualidade gráfica impresso em papel couché fino e muito alvo. €200 350. JACOU, Francisco de Paula. DICCIONARIO CLASSICO HISTORICO-GEOGRAFICO-MYTHOLOGICO [PORTUGUEZ] PARA USO GERAL, E PARTICULARMENTE PARA SEMINARIOS, COLLEGIOS, AULAS, &c, &c, &c. QUE CONTEM:…….. OBRA ORIGINAL, PUBLICADA ULTIMAMENTE EM INGLATERRA, ONDE GOZA UMA ESTIMAÇÃO UNIVERSAL, PELA SUA RECONHECIDA UTILIDADE. TRADUZIDA EM PORTUGUEZ POR FRANCISCO DE PAULA JACOU. LISBOA: NA OFFICINA DE JOAQUIM RODRIGUES D’ANDRADE. 1816. In folio (de 29x21 cm) com 558 páginas inumeradas. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada. Impressão do texto a duas colunas. Primeira e única edição desta obra de referência na onomástica e na geografia clássica. Inocêncio III, 24: 'FRANCISCO DE PAULA JAKU, de quem não ha sido possivel descubrir a naturalidade, e mais circumstancias que lhe dizem respeito. Diccionario classico Historico _ Geopraphico _Mythologico, que contém tudo o que é essencial para a intelligencia dos auctores classicos; os nomes e resumo historico de todos os heroes e homens celebres da antiguidade os nomes de todas as cidades do mundo conhecido; a explicação de todos os termos da mythologia, nomes dos deuses, semideuses e heroes fabulosos, etc. Traduzido do inglez. Lisboa, 1816. fol. É livro ainda ás vezes procurado, e cuja edição se acha exhausta desde alguns annos'. €300 351. JESUS MARIA, P. Fr. Joaõ de. PHARMACOPEA DOGMATICA MEDICO-CHIMICA, E THEORICO-PRATICA. DIVIDIDA EM DUAS PARTES: NA PRIMEIRA TRACTA DAS PRINCIPAES PARTES E OPERACOENS da Pharmacologia Galenico-Chimica, com as mais particularizadas Compoziçoens Antigas, e Modernas, exaggeradas com as anotaçoens, e expurgaçoens do melhor Methodo: NA SEGUNDA SE DAÕ AS NECESSARIAS NOTICIAS MUITO EXACTAS dos usuaes Animaes, Minerais, e Vegetaes, que ha, e póde haver neste Reyno; udo instruído de razões, e experimentos, chegados ao MODERNO Século, e repartido em 5. Tractados dispersos em 2 Tomos com extenso numeroo de exquesitos remedios de reconhecido effeito manifesto. OBRA UTILISSIMA A qualquer Professor de Medicina, e particularmente precisa aos Pharmaceuticos. DEDICADA AO ABADE GERAL DE S. BENTO AUTOR O P. Fr. JOAÕ DE JESUS MARIA, Monge da mesma Congregaçaõ, e Administrador da Botica do Reformado, e antiquíssimo Mosteiro de Santo Thyrso. PORTO: Na Officina de ANTONIO ALVARES GUIMAR: Anno de M. DCC. LXXII. [1772] In fólio de 33x21 cm. Com [x], 420, [ii] e 323, [ii] pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro, nervos e rótulo vermelho na lombada. Exemplar com ligeira acidez própria do papel e 2 fólios (pags. 1 a 4 da 1º parte) mais curtos junto ao pé, provenientes de outro exemplar. Inocêncio III, 387. “É obra hoje de todo esquecida, e de que não tenho visto algum exemplar, para dar aqui a seu respeito mais miuda indicação.” €900 352. JESUS, Frei Tomé de. TRABALHOS DE JESV. SEGVNDA PARTE. QVE PASSOV DESDE O ORTO de Gethsemani, atè sua morte, q[ue] saõ os trabalhos de sua sacratíssima payxaõ. Continuaõ se nesta segunda parte os capítulos, & exercícios dos trabalhos do señor pella orde da primeira começando no trabalho 26. até os 50. Composta por Frei Thomè de IESV Portugues da Prouincia de Portugal da orde dos Eremitas de S. Agostinho, & captivo em Berberia. Aos 50.annos de seu degredo da Patria Celestial. Impresso co liceça da S. Inquisição: Em Lisboa. Por Vicente Aluarez. Anno 1609. In 8º (de 14x10 cm) com [viii], 407 pags. Encadernação da época em pergaminho flexível, com restauro da pasta anterior. Ilustrado com vinheta na folha de rosto; capitulares decorativas no início da protestação e do início do texto; e uma bela marca de impressor no colofón em forma de sinete da inquisição com motivos agostinianos. 1.ª edição. Trata-se da segunda parte de uma obra clássica da literatura portuguesa, da qual se publicou separadamente a primeira parte em 1602. Sendo a mesma impressa por diferente impressor, Pedro Craesbeeck. Considerando-se por isso especimen bibliografico indepêndente. Inocêncio VII, 359: 'FR. THOMÉ DE JESUS, Eremita Augustiniano, cujo instituto professou no convento da Graça de Lisboa, a 27 de Março de 1544. Foi o primeiro fundador da reforma dos chamados Agostinhos descalços, mais vulgarmente conhecidos pela denominação de Grillos; reforma que todavia só se realisou depois da sua morte. _ N. em Lisboa, pelos annos de l529, filho de Fernão Alvares de Andrade, thesoureiro mór de el_rei D. João III; e teve por irmãos, alem de outros, o theologo Diogo de Paiva de Andrade, e Francisco de Andrade, chronista_mór (dos quaes se fez menção n'este Diccionario nos artigos competentes), e D. Violante de Andrade, que foi condessa de Linhares pelo seu casamento com o segundo conde do mesmo titulo. Chamado por el_rei D. Sebastião para o acompanhar na infeliz jornada de Africa, ahi ficou ferido e captivo na batalha de Alcacer, sendo conduzido para Maquinez, onde foi cruelmente atormentado, e jazeu por muito tempo em uma escura masmorra, até que por diligencias e instancias do embaixador de Portagal o mandaram transferir para Marrocos. N'esta cidade manifestou os mais heroícos sentimentos de charidade christã, regeitando a pousada que se lhe offerecia, para ir lançar_se no carcere onde estavam os captivos de inferior condição, a fim de os servir e confortar em suas tribulações, querendo antes padecer com elles do que acceitar o resgate que seus parentes por vezes lhe offereceram. N'este exercicio se lhe aggravaram os padecimentos causados pelo duro tractamento que supportára em Maquinez, e depois de penosa enfermidade succumbiu emfim aos 17 de Abril de 1582, quando contava 53 annos de edade, e quasi quatro de captiveiro. Para a sua biographia vej. a Vida que d'elle escreveu o arcebispo D. Fr. Aleixo de Menezes, impressa em algumas edições dos Trabalhos de Jesus; _ E tambem os Retratos e Elogios de Varões e Donas etc. Ahi se declara a razão por que o seu retrato, hoje existente na Bibl. Nacional de Lisboa, apparece com o habito de Agostinho reformado. Ha ainda um interessante artigo a seu respeito no Panorama, n.° 49 da 1.ª serie, a pag. 108; e outro nos Estudos biograph. de Barbosa Canaes, pag. 197, etc. Em uma curta noticia, que no Murmurio, periodico de Braga, n.º 15, columna 1.ª, lê_se com manifesta equivocação que elle falecêra em Lisboa, quando a verdade é que morreu em Marrocos, como dito fica. As obras em portuguez que nos ficaram de Fr. Thomé de Jesus, compostas no seu captiveiro, são as seguintes: 360 235) (C) Trabalhos de Jesus. Parte I. Lisboa, por Pedro Craesbeeck 1602. 8.º de XV_-554 folhas, assim numeradas: porém vê_se pelo decurso do livro uma contínua irregularidade, havendo varias duplicações de numeros, e faltas de outros. _A publicação posthuma verificou_se por diligencia de Fr. Manuel da Conceição, que sobre ser religioso da mesma ordem, era tambem sobrinho do auctor. (Vej. no Diccionario, tomo V, pag. 399). _ A Parte II só se imprimiu passados septe annos, Lisboa, por Vicente Alvares 1609. 8.º de VIII_-407 folhas, tambem numeradas só na frente, como as da primeira parte. _ Esta edição da Segunda parte vem erradamente indicada por Barbosa na Bibl. como feita por Pedro Craesbeeck; erro que (é para admirar!) se emendou no pseudo _Catalogo da Academia, restituindo_se a dita parte ao seu verdadeiro impressor Vicente Alvares. Sahiram os Trabalhos em segunda edição, contendo ambas as partes: Lisboa, por Domingos Carneiro 1666. 4.º 2 tomos _ e em terceira, ibi, na Offic. Augustiniana 1733. 4.º 2 tomos, com LVI-_708 pag., e 599 pag. _ N'esta edição accrescentou_se a Vida do servo de Deus, por D. Fr. Aleixo de Menezes. €900 353. JEU DE BOG. Jogo do Bog. Junto com /Together with: RÈGLE DU JEU DE BOG. Regra do Jogo do Bog. Imp. A. Wittersheim, rue Montmorency, 8. Coqueret, Éditeur. S/d [189?]. Paris. Contém uma mesa de jogo em cartolina desdobrável. Acondicionado dentro de caixa do editor e junto com folheto de instruções. Folheto de instruções esclarece que para efectuar este jogo de sociedade joga-se com 5 ou 6 pessoas (32 cartas para 5 pessoas) de onde se retiram os setes e os oitos, procurando formar conjuntos de cartas idênticas de todos os naipes. €300 354. JOÃO III. [Rei de Portugal, 1521-1557] LEI SOBRE O TEMPO QUE HÃO DE ESTUDAR [NA UNIVERSIDADE DE COIMBRA] OS LETRADOS que houverem de servir a El-Rei como juízes, advogados ou procuradores. [cólofon] Foy impressa esta Ley per mandado del Rey nosso Senhor na çidade de Lixboa per Germão Galharde emprimidor. A. xviij dias do mês de Janeyro do dito anno de mil quinhentos y trinta y noue ãnos.Lisboa, Germão Galhardo 1539. In fólio de 27x19 cm. 2 fólios com 4 páginas. Encadernação recente em pergaminho com o título gravado a ouro na pasta anterior. Impressão em caracteres góticos, adornada com a capitular D xilográfica no início do texto. Anselmo 616A. D. Manuel II, 352. BDMII [Ruas], 373. Inocêncio XIII, 294. Palha, 275. Dom Joam per graça de deos rey de Portugal… Faço saber q[ue] querendo eu dar ordem como os Letrados de q[eu] me eu ouuer de servir: assi[m] de meus desembargadores: como de corregedores: ouuidores das comarcas y juizes de fora: y assi[m] outros quaesquer Letrados que em meus reynos y Senhorios ouuerem de ter alguu[m] officio de julgar: auogar ou procurar sejam soficientes pera os ditos carregos: Segundo a cada huu[m] deles conuem: ordenando o tempo que ajam de ter destudo pera poderem servir y vsar dos ditos carregos: ouue por bem de o determinar y declarar per esta Ley: pera os que estudarem saberem ho tempo ham de ter destudo: segundo o carrego em que cada huu[m] esperar de seruir. Pelo qual ordeno que os letrados que daqui em diante ouuer de tomar pera me seruire[m] de desembargadores tenham estudado em direyto çiuil ou canonigo: ou em ambos os ditos derieitos: doze ãnos ao menos na vniversidade da çidade de Coymbra: depois de sere[m] gramáticos: ou os que teuere[m] estudado oyto annos na dita vniversidade: y depois de seruirem quatro anos ao menos de juyzes de fora: ouuidores ou corregedores: ou forem procuradores na casa da soplicaçã[o] os dito quatro anos ao menos… Aqual Ley Ey por bem y mando que se cumpra y goarde como se nella contem. E mando ao chanceler moor que a pobrique y enuie o tre[s]lado della aos corregedores y ouuidores das comarcas assinadas per elle. Aos quaes corregedores y ouuidores mando que as façam poblicar em todos os lugares de suas comarcas pera a todos ser notório. Dada em a cidade de Lixboa: aos xiii. de Janeyro. Anrique da mota a fez. Anno do nacimento de nosso Senhor Jesu christo. de Mil y quinhentos xxxix. annos. + E foy poblicada esta Ley pelo chançeler moor na chancelaria aos xiiii dias do mês de janeyro do dito anno. E não se poderá imprimir nem vender per nenhu[m]a pessoa: saluo per Afonso loure[n]ço liureyro morador nesta çidade de Lixboa… E sera assinada cada hu[m]a dellas pelo ditto chãçeler moor: não sendo por elle assinada não lhe sera dada fee algu[m]a ne[m] credito. [Cólofon] Foy impressa esta Ley per mandado del Rey nosso Senhor na çidade de Lixboa per Germão Galharde emprimidor. A. xviij dias do mês de Janeyro do dito anno de mil quinhentos y trinta y noue ãnos. +.+. +. [assinatura do chanceler-mor] Alvaro Fernandes. Na BNP encontram-se 3 variantes: PORTUGAL. Leis, decretos, etc. [Lei sobre os anos de estudo que devem ter os ministros e letrados]. - Lixboa : per Germao Galharde, 18 Ianeyro 1539. - [2] f. ; 2º (30 cm). - Título factício. - Começo: 'Dom Ioam per graça de deos...'. - Lei de D. João III. - Anselmo 616 (nota a seguir à descrição). - D. Manuel 352. – Exemplar em consulta digital: http://purl.pt/14852 [Trata-se da mesma variante que apresentamos, o cólofon acaba também com a data escrita por extenso. A única diferença é o exemplar ser assinado pelo chanceler-mor Ioan Paez.] PORTUGAL. Leis, decretos, etc. [Lei sobre os anos de estudo que devem ter os ministros e letrados]. - Lixboa : per Germão Galharde, 18 Ianeyro 1539. - [2] f. ; 2º (30 cm) Anselmo 616. D. Manuel 351. http://purl.pt/14675 [Trata-se da variante em que o cólofon acaba com a data em numeração romana. O exemplar é assinado pelo chanceler-mor Ioan Thome.] PORTUGAL. Leis, decretos, etc. [Lei sobre os anos de estudo que devem ter os ministros e letrados. - S.l. : s.n.,, depois de 13 de Janeiro de 1539]. - [1] f. ; 2º (29 cm). - Título factício. - Começo : 'Dom Ioam per graça de Deos...'. - Lei de D. Joäo III de 13 de Jan. 1539. - Anselmo 1109. - Gusmão 514. Exemplar em consulta digital: http://purl.pt/21772 [Trata-se de um espécimen bibliográfico tipograficamente totalmente diferente. Provavelmente oriundo de uma edição com compilação de leis. O exemplar não e esta assinada pelo chanceler mor] Na FCB – cat. BDMII [Ruas] encontram-se duas variantes n.º 372 e 373: PORTUGAL. Leis, decretos, etc. [Lei sobre os anos de estudo que devem ter os ministros e letrados]. - Lixboa : per Germão Galharde, 18 Ianeyro 1539. - [2] f. ; 2º (289 mm). Anselmo 616. D. Manuel 351. Simões 654. [Trata-se da variante em que o cólofon acaba com a data em numeração romana. O exemplar é assinado pelo chanceler-mor?] PORTUGAL. Leis, decretos, etc. [Lei sobre os anos de estudo que devem ter os ministros e letrados]. Lixboa : per Germão Galharde, 18 Ianeyro 1539. - [2] f. ; 2º (282) Anselmo 616 (nota). D. Manuel 352. Simões 655. – Var. de Anselmo 616 pois o colophon parte de modo diferente e tem a data final por extenso. [Trata-se da mesma variante que apresentamos. O exemplar é assinado pelo chanceler-mor ?] Inocêncio [aliás Brito Aranha] descreve e reproduz o fac-simile do (rosto e verso) de uma quarta variante especial com 6 fólios de impressão acrescentada pelo impressor, sendo dois fólios suplementares com gravuras (rosto e verso) e ainda diz ainda (sem especificar a variante) que existia outro exemplar impresso em pergaminho na Biblioteca da Universidade de Coimbra. Ao que parece será a mais (ou das) antiga Lei gótica impressa descrita na bibliografia portuguesa? Inocêncio XIII, 294. “LEYS AVULSAS (v. Dicc. tomo V, pag. 184). A collecção mais preciosa, que se conhece presentemente em Portugal, é a que possue o sr. conselheiro João José de Mendonça Cortez, de quem tratei no tomo X, pag. 286 a 288. N'esta ultima pagina veja as linhas 6.ª a 12.ª São mui apreciaveis para a bibliographia todas as que appareceram em gothico, e especialmente se tiverem frontispicios gravados. Innocencio indicou algumas, a datar de 1541, e chama para ellas a attenção dos amadores de livros. Por favor do sr. Lino Cardoso pude ver, examinar e mandar tirar o fac simile das duas formosas gravuras, que acompanham uma lei do tempo de el rei D. João III, impressa em 1539: uma do rosto e outra no verso d'este. A lei tem o titulo: 971)Ley que despõe quanto tepo e onde hão de estudar os letrados em dereito pera nestes reynos e seus senhorios poderem vsar de suas letras.:. MDXXXIX. 4.º de 6 pag. - No fim: Foy impressa esta Ley per mandado del Rey nosso senhor na çidade de Lixboa per Germão Galharde empremidor. A. XVIIIJ dias do mes de Janeyro do dito anno de mil e quinhentos e trinta e noue ãnos.. - Caracteres gothicos. As gravuras têem: a primeira, ou principal, 0m,285 de altura e 0m,185 de largura; e a segunda, 0m,25 de altura e 0m,165 de largura… Note se, todavia, que ambas as gravuras, revelam o gosto e o mimo com que eram executadas as obras de arte no seculo XVI; e que a do frontispicio tambem é recommendavel pela circumstancia, que não se dá em muitas d'aquella epocha feitas em Porlugal, de apresentar a sigla F D, evidentemente do desenhador e porventura tambem gravador, á esquerda; e a data 1534 á direita, no termo das columnas do portico. No reinado de D. João III houve um pintor, colorista e miniaturista, afamado, que fez trabalhos para o convento de Christo, em Thomar e que se chamava Fernão Domingues, ou Domingos Fernandes. Que os desenhos das gravuras, citadas, que reproduzo, deviam de ser de um artista de primeira ordem, n'aquella epocha, não me resta duvida alguma. Se seriam de Fernandes ou Fernão Domingues, como indicam as iniciaes, é que não tenho base segura para o affirmar. No entretanto, os specimens, que mandei reproduzir, são dos mais interessantes que conheço para a historia da imprensa e da bibliographia em Portugal. Esta portada foi empregada pelo impressor nos Capitolos de côrtes, etc., do reinado de el rei D. João III. Tem portada igual, segundo pude examinar no exemplar existente na copiosa e importante bibliotheca real da Ajuda, as Constituições do bispado de Evora, edição de 1534, descripta no Dicc., tomo IX, pag. 88 e 89. O exemplar citado foi vendido pelo sr. Lino ao distincto bibliophilo e meu favorecedor, sr. João Antonio Marques, a quem o Dicc. deve poder contar entre os seus bellos specimens o do rosto da Grammatica de João de Barros, reproduzido no tomo X. Na bibliotheca da universidade de Coimbra existe a Ley dos letrados impressa sobre pergaminho.” GELB vol. 11, 96. 'Álvaro Fernandes, Jurisconsulto do séc. XVI, que foi Chanceler-mor de D. João III. A 29-XI-1538 publicou as trinta e seis leis chamadas Leis das Côrtes, juntamente com duzentos e catroze capítulos e suas respostas. Esta colecção de legislação só se acabou de imprimir em Lisboa a 3-III-1539, sendo já o chanceler o dr. João Pais.' €7.000 355. JUSTINO, Marco Juniano. JUSTINO clarissimo abreuiado dela historia general del famoso y excellente historiador Trogo Pompeyo: en la qual se cõtienen todas las cosas notables y mas dignas de mermoria que hasta sus tempos han succedido en todo el mundo: agora nueuamente traduzido en Castellano y dirigido al Illustrissimo señor Don Pedro Hernandez de Velazco Condestable de Castillla, &c. Alcala de Henares: Juan de Brocar, 1540 [8 de Abril]. In 4.º de 26x19 cm. Com [xii], 117 fólios. Encadernação recente inteira de pele [executada pelo mestre encadernador Império Graça] com nervos, rótulo vermelho e ferros a ouro na lombada. Magnifica impressão gótica com belo frontispício gravado ilustrado com cenas bíblicas, apresentando o título ao centro impresso a duas cores. Capitulares xilográficas a logo do texto. Exemplar com leves e ocasionais restauros marginais no texto, sendo mais fortes nos dois últimos fólios. Primeira edição, raríssima, da tradução da obra de Justino, o historiador, com um resumo da obra perdida por Trogo Pompeu que descrevia a história do mundo. Segundo Palau, foi traduzida por Jorge de Bustamante, encarregue pelo livreiro Juan de Medina da tradução das obras ‘Dialogo Re Militari’, ‘Guerras Civiles’ de Apiano e desta obra de Justino. Esta a tradução foi incluída no índice expurgatório, obrigando todas as seguintes edições a serem realizadas fora de Espanha. Palau, IV, p. 149. Binding: full calf, recent replica on 18th Century style [bookbinder Império Graça] gilt at spine and tooled with frames at boards. Superb gothic print; frontispiece engraved with biblical scenes, presenting the central occiali printed in two colors. At the beginning of each chapter (libro) comes an historiated capital letter. Copy with some restorations at frontispiece; in the text, and specially in the last two folios. Rare first edition of the translation of the work of Justino, with a summary of the work lost by Pompey Trogo describing the history of the World. According to Palau it was translated by Jorge Bustamante, tasked by the bookseller Juan Medina of the translation of the works ‘Dialogo Re Militari’, ‘Guerras Civiles’ of Apiano of this of Justino. This translation was included in the “index Expurgatorium”, forcing all of the following editions to be printed outside Spain. Palau, IV, p. 149. €6.000 356. KEIL. (Alfredo) TOJOS E ROSMANINHOS. Contos da Serra. «A Editora». Lisboa. 1907. De 36x26 cm. Com 151 pags. Encadernação da época com lombada e cantos em pele. Profusamente ilustrado com retrato do autor (solto) e reproduções de desenhos e aguarelas executadas pelo mesmo. Obra de poesia, prosa e desenho; finamente impressa sobre papel couché. €150 357. KNOOP, Johann Hermann. (1700-1769) POMOLOGIA, DAT IS BESCHRYVINGEN EN AFBEELDINGEN VAN DE BESTE ZORTEN VAN APPELS EN PEEREN, welke in Neder- en Hoog-Duitschland, Frankryk, Engeland en elders geagt zyn, en tot dien einde gecultiveert worden..- Te Leeuwarden: By A. Ferwerda en G. Tresling, S/d. (1758) In fólio de 33x20,5 cm. Com (ii)-36 pags. Ilustrado com 20 gravuras desdobráveis coloridas manualmente. [Junto com:] FRUCTOLOGIA, OF BESCHRYVING DER VRUGTBOMEN EN VRUGTEN die men in de hoven plant en onderhout... Te Leeuwarden: By A. Ferwerda en G. Tresling, S/d. Com (iv)-70 pags. Ilustrado com 19 gravuras desdobráveis coloridas manualmente. [Junto com] DENDROLOGIA, BESCHRYVING DER PLANTGIEGEWASSEN, die men Tuinen cultiveert, zo wel om te dienen tot cieraad om daar van Allés...- Te Leeuwarden: By A. Ferwerda en G. Tresling, S/d. (1763). In folium. Com (iv)-87-[v] pags. Encadernação da época com lombada e cantos em pele, um pouco cansada. Conjunto completo, constituído por três obras holandesas sobre o cultivo de árvores de fruto, em primeiras edições, publicadas respectivamente em 1758 (Pomologia) e 1763 (Fructologia & Dendrologia) e que habitualmente aparecem encadernadas juntas. Knoop (1700-1769) foi jardineiro-mor, responsável pelos jardins da princesa Maria Luísa de Nassau, em Leeuwarden, na Frísia (Holanda), e também professor de matemática. As duas primeiras obras (a terceira não é ilustrada) apresentam um total de 39 gravuras desdobráveis a talhe-doce, cuidadosamente coloridas à mão (na época), representando grande variedade de frutos (maçãs, peras, pêssegos, ameixas, cerejas, etc.) todos devidamente identificados. Nissen, 1078 (Pomologia) e 1077 (Fructologia). Pritzel, 4755 (Dendro) In folium with (iv) -87 - [v] pags. Binding: contemporary ¾ calf, slightly rubbed. Very clean and uncut copy preserving ALL engravings with the correct foldings. Complete set, formed by three Dutch works on the cultivation of fruit trees. First editions published respectively in 1758 (Pomologia) and 1763 (Fructologia & Dendrologia) that usually come together bound. Knoop (1700-1769) was chief gardener, responsible for the gardens of Princess Marie Louise of Nassau, in Leeuwarden, Friesland (Netherlands), and professor of mathematics also. The 2 first works have a total of 39 engravings intaglio (the third is not illustrated), contemporary hand-colored, representing a great variety of fruits (apples, pears, peaches, plums, cherries, etc.). All fruits properly identified. Nissen, 1078 (Pomologia) e 1077 (Fructologia). Pritzel, 4755 (Dendro) €5.000 358. LACERDA. (Aarão de) O PANTEOM DOS LEMOS NA TROFA DO VOUGA. Edição do Vouga. Pôrto. 1928. De 29x23 cm. Com 95 pags. Encadernação recente ao gosto da época. Profusamente ilustrado com fotogravuras e mapas em extra texto sobre papel couché. Obra impressa sobre papel de linho de linho de elevada espessura e apresentando oxidação. Exemplar com ex-libris e de uma tiragem especial de 100/81; com dedicatória do autor sobre a folha de rosto. €150 359. LACOMBE. (Jacques) ESPECTACULO DAS BELLAS ARTES, OU CONSIDERAÇÕES A’cerca da sua natureza, dos seus objectos, dos seus effeitos, e das suas regras principaes, COM OBSERVAÇÕES Sobre o modo de as considerar, sobre as disposições necessarias para cultivallas, e sobre os meios próprios para as entender, e as aperfeiçoar. Por M. LACOMBE. ADVOGADO, Traduzido em Portuguez por… PORTO: Na Officina de Antonio Alvarez Ribeiro. Anno de 1786. In 8º (17x11 cm) com xvi-311 pags. Encadernação da época inteira de pele. Obra com história e filosofia da arte contendo um capítulos em torno dos conceitos de cultura, e de cultivar as artes, tais como a música, a pintura, a poesia, o teatro, e o respectivo desenvolvimento dos talentos. €150 360. LAFITAU, Joseph François. HISTOIRE DES DÉCOUVERTES ET CONQUESTES DES PORTUGAIS Dans le Nouveau Monde, avec des Figures en taille-douce, Paris, Saugrain, MDCCXXXIII. [1733]. 2 vols. In-4º de 25x19 cm. com [vi], 616, [xlviii] e 693 [lxxxvi] pags. Encadernações da época inteiras de pele, com nervos, rótulos vermelhos e ferros a ouro nas lombadas. Corte das folhas carminada a vermelho. 1.ª edição, a mais apreciada. Obra ilustrada com um frontispício gravado com uma magnífica vista de Lisboa, com a frota da Índia, fundeada no Tejo, assinado J. B. Scotin Sculp., vinhetas, capitulares, um mapa-mundo desdobrável e catorze gravuras alusivas aos descobrimentos e seus heróis, com plantas das cidades indianas. Duarte de Sousa, 1, 456. “As grav. A talha doce são, na maior parte, plantas das seguintes terras: Ilha de Moçambique, Sofala, ilha e cidade de Goa, Mombaça, Quíloa, S. Jorge da Mina, Aden, ilha e cidade de Ormuz, Calecut, Diu, Malaca, Chaúl, Baçaim, Damão, Mangalor, Onor, Bracalor, etc. 2 volumes. In 4 ° (25x19 cm) with [vi], 616, [xlviii] e 693 [lxxxvi] pags. Bindings: contemporary full calf gilt at spines and in compartments, slightly rubbed and corners bumped. Papercut colored carmine. First edition and the most appreciated one. Work illustrated with a frontispiece engraved with a magnificent view of Lisbon with India's Fleet standing at anchor in the River Tagus, signed J. B. Scotin Sculp.; a folding world map and 14 extra-text engravings with maps and panoramas of Goa and other Indian cities; and portraits of portuguese navigators. Duarte de Sousa, 1, 456. 'The woodcut plates or intaglio are for the most part, maps of the following lands: Island of Mozambique, Sofala, Island and city of Goa, Mombasa, Kilwa, S. Jorge da Mina, Aden, Island and city of Ormuz, Calicut, Diu, Malacca, Chaúl, Bassein, Daman, Mangalore, Onor, Bracalor, etc.. €3.000 361. LAFUENTE FERRARI. (Enrique) ICONOGRAFÍA LUSITANA. Retratos grabados de personajes portugueses. Por… Vocal de la Junta. Junta de Iconografía Nacional. Madrid. 1941. De 25x18 cm. Com 169 pags. Encadernação da época com lombada em percalina. Ilustrado em extra-texto com 60 fólios com reproduções de gravuras dos mais destacados portugueses (na política, nas artes, nas letras, na religião e na diplomacia). Exemplar com leves de oxidação na folha de rosto. €120 362. LAGÔA. (Visconde de) FERNÃO DE MAGALHÃIS. (A SUA VIDA E A SUA VIAGEM). [Por]... da Comissão de História da Sociedade de Geografia de Lisboa, do Instituto Português de Arqueologia, História e Arqueologia. Com um estudo náutico do roteiro, pelo Almirante J. Freitas Ribeiro. Prefácio do Dr. António Baião. Seara Nova. Lisboa. 1938. 2 volumes. De 26x20 cm. Com 347 e 326 pags. Encadernações inteiras de pele com finos ferros a ouro nas lombadas e nas cercaduras das pastas. Ilustrado com fotogravuras; mapas dobráveis e fac-similes de documentos. Exemplar preserva as capas de brochura e com título de posse sobre folhas de rosto. €300 363. LAGÔA. (Visconde de) FERNÃO DE MAGALHÃIS. (A SUA VIDA E A SUA VIAGEM). [Por]... da Comissão de História da Sociedade de Geografia de Lisboa, do Instituto Português de Arqueologia, História e Arqueologia. Com um estudo náutico do roteiro, pelo Almirante J. Freitas Ribeiro. Prefácio do Dr. António Baião. Seara Nova. Lisboa. 1938. 2 volumes encadernados em 1. De 26x20 cm. Com 347 e 326 pags. Encadernações da época com lombada e cantos em pele. Ilustrado com fotogravuras; mapas dobráveis e fac-similes de documentos. Exemplar com falta das capas de brochura. €150 364. LAPA. (Albino) LIVRO DE EX-VOTOS PORTUGUESES. [Impresso em Off-Set nas oficinas gráficas de Mirandela e Irmão, Cª]. Lisboa. 1967. De 26x19 cm. Com xxii-[124] fólios ilustrados. Encadernação inteira de pele com nervos e ferros a ouro na lombada e ferros a seco nas cercaduras das pastas. Exemplar sem capas de brochura. Obra constituída por levantamento fotográfico e comentários aos ex-votos. Exemplar contém envelope junto com nota e dedicatória ao Cardeal Patriarca, assinada pelo patrocinador da obra o Dr. José Soares da Fonseca. €80 365. LARANJO COELHO. (Possidonio M.) CARTAS DE EL-REI D. JOÃO IV PARA DIVERSAS AUTORIDADES DO REINO. Publicadas e prefaciadas pelo académico titular fundador… Academia Portuguesa de História. [Editorial Ática]. Lisboa. MCMXL [1940]. De 32x25 cm. Com xiii-587 pags. Encadernação da época com lombada em pele. Ilustrado com frontíspicio alegórico ao gosto do século XVI da autoria de Martins Barata. Impresso sobre papel de linho. Obra com a transcrição das cartas do Rei (datadas entre 14 de outubro de 1645 e 1 de Setembro de 1651) para os seus governadores, corregedores, provedores, donatários, cabidos, bispos, auditores, marechais, embaixadores, juízes, sargentos móres, ouvidores, ministros, fidalgos e homens bons do povo; com a finalidade de as suas ordens serem executadas com cuidado e sem atraso. €120 366. LARRAÑAGA. (Victoriano) LA ASCENCIÓN DEL SEÑOR EN EL NUEVO TESTAMENTO. Por el Padre… Doctor en Ciências Bíblicas, Professor de Sagrada Escritura en el Colegio Máximo de Oña. Patronato «Raimundo Lulio». Instituto «Francisco Suárez». Consejo Superior de Investigaciones Cientificas. Madrid. 1943. Obra em 2 volumes. De 25x18 cm. Com 323 e 314 pags. Encadernações da época inteiras de pele com super-libris em ambas as pastas. O super-libris armoriado nas pasta santeriores contêem as armas do Cardeal Manuel Gonçalves Cerejeira (1888-1977), Patriarca de Lisboa, com o mote “Adveniat Regnum Tuum”; e os super-libris nas pastas posteriores pertencem ao Consejo Superior de Investigaciones Cientificas. €90 367. LAS CASAS, Bartolomeu de. ISTORIA ò breuissima relatione DELLA DISTRVTTIONE dell’Indie Occidentali DI MONSIG. REVERENDISS. Don Bartolomeo dale Case, ò Casaus, Siuigliano dell’ Ordine de’ Predicatori; & Vescouo di Chiapa Città Regale nell’ Indie. CONFORME AL SVO VERO ORIGINALE Spagnuolo, già stampato in Siuiglia. Tradotta in Italiano dall’ Eccell. Sig. Giacomo Castellani già sotto nome di Francesco Bersabita. IN VENETIA Presso Marco Ginammi. M DC XXX. [1630] In 4.º de 20x14 cm. com [xvi], 150, [ii] pags. Encadernação da época em pergaminho flexível. Terceira edição espanhola (a primeira foi publicada em 1552) e segunda italiana (a primeira foi publicada em 1626). Edição bilingue castelhano-italiano traduzida para italiano por Giacomo Castellani. Impressão a duas colunas adornada com bela marca tipográfica gravada na folha de rosto, vinhetas e capitulares. Obra fundamental para a história da colonização hispânica da América. Las Casas foi o primeiro autor a relatar as chacinas dos conquistadores e a defender os direitos dos índios americanos, fundando o conceito a que atualmente chama-mos direitos humanos. Esta obra foi muito divulgada e publicada (de forma interesseira) em países europeus que não descobriram a América, mas que mais tarde a colonizaram. Second Italian edition after the first was printed in 1626 in Venice and with the translation by Giacomo Castellani. Contemporary full vellum binding. Text in Italian and Spanish print in two columns. Second Italian edition the first was published in 1626 and the third Spanish edition the first was published in 1552. «This is one of the most gruesome books ever written, and one of the boldest works that ever issued from the press. It gives a short account of the cruelties of the Spaniards in each of the colonies, including Jamaica, Trinidad, Florida, Rio de la Plata and Peru.» Graesse, p. 60-61. Sabin 11243. Palau 46955. Brunet ne cite que l'édition de 1630. €4.000 368. LAVANHA. (João Baptista) NOBILIARIO DE D. PEDRO CONDE DE BARCELOS HIJO DEL REY D. DIONIS DE PORTVGAL. ORDENADO Y ILVSTRADO COM NOTAS Y INDICES POR IVAN BAVTISTA LAVAÑA CORONISTA MAYOR DEL REYNO DE PORTVGAL. En Roma por Estevan Paolmio MDCXL. (1640) In fólio de 40x27,5 cm. Com (I) frontispício gravado - (XII)–402–(XXXVI) pags. Junto com: SELVA REAL. Barbosa Machado II, 600. “Consta de diversas Arvores Genealogicas de muitos Reys, e grandes da Europa abertas em primorosas laminas de cobre, que se conservão no Archivo Real as quais mandou Carlos II. dar a D. Luiz Salazar de Castro seu Bibliothecario, famoso Genealogista da nossa idade, como escreve Frankeneau Bib. Hisp. Gen. Herald. Pag. 211.” Encadernação da época em pergaminho rígido. Raríssima colecção de 22 gravuras que ficaram por terminar devido ao falecimento do autor. Inocêncio III, 307. “D. PEDRO, Conde de Barcellos, filho natural d'el rei D. Diniz, havido em D. Gracia, senhora da ribeira de Sacavem. Seu pae lhe conferiu o titulo de conde, e o cargo de Alferes mór do reino em o 1.º de Março de 1304. Foi casado, segundo alguns, até tres vezes, e de nenhuma de suas mulheres houve descendencia. Morreu em 1354. Dizem as chronicas antigas, que era de estatura mais que agigantada, pois media onze palmos e meio, isto é, noventa e duas pollegadas (!!!), noticia que o abbade Barbosa com a sua habitual ingenuidade nos transmitte como certa e indubitavel. O Nobiliario que se lhe attribue, e de que existe no Archivo Nacional da Torre de Tombo uma copia que se julga do seculo XV, foi publicado na forma em que o dispozera e coordenara João Baptista Lavanha, com o titulo seguinte: Nobiliario de D. Pedro, conde de Bracelos (sic), hijo delrey D. Dionis de Portugal. Ordenado y ilustrado con notas y indices, por Juan Bautista Lavaña, coronista mayor del reyno de Portugal. En Roma, por Estevan Paolinio 1640. Fol. gr. de XII (innumeradas) 402 pag., a que se seguem os indices dos titulos, dos appellidos e dos nomes proprios das pessoas conteúdas no Nobiliario. Com uma bella estampa emblematica no frontispicio, a qual todavia falta ás vezes nos exemplares. Posto que o titulo seja em castelhano, o livro é escripto em linguagem portugueza, com excepção das notas marginaes de Lavanha, que são tambem em hespanhol. Impressas no mesmo formato costumam andar annexas, e enquadernadas juntamente no proprio volume Notas de Felix Machado da Costa e Silva, marquez de Monte bello, de pag. 1 a 20 ditas de Alvaro Ferreira de Vera, de pag. 21 a 32 ditas de Manuel de Faria e Sousa, de pag. 32 a 46: seguindo se tres indices de appellidos e solares, respectivamente relativos a cada uma d'estas series de notas. Creio que o referido Lavanha fez, além desta edição portugueza, outra toda em castelhano, e d'ella me parece haver visto em tempo um exemplar: porém não estou de presente habilitado para particularisar mais este ponto. Manuel de Faria e Sousa traduziu tambem á sua parte o Nobiliario, e o publicou com o titulo seguinte: Nobiliario de D. Pedro, conde de Barcelos, etc. Traduzido y ilustrado por Manuel de Faria y Sousa. Madrid, por Alonso de Paredes 1646. Fol. de 725 paginas. Esta edição foi sempre bibliographicamente mui menos estimada que a de Roma, cujos exemplares se vendiam de ordinario por 12:000 réis, ao passo que os da de Madrid creio não excederam jámais a 4:000 réis. Lavanha coordenando o Nobiliario, na fórma em que sahiu á luz quinze annos depois da sua morte, por diligencia de D. Manuel de Moura Corte real, marquez de Castello Rodrigo (vej. no Diccionario tomo III, o n.º J, 405), não só alterou consideravelmente o contexto da obra em muitos logares, com liberdade indesculpavel, mas supprimiu de todo os titulos 1.º e 2.º, e os primeiros quinze paragraphos do 3.º, taes como estavam no original de que se serviu, que era, segundo elle diz, «copia authentica do que se guardava na Torre do Tombo de Lisboa». Desde muito tempo haviam os criticos reconhecido que essa mesma copia existente na Torre do Tombo estava mui longe de poder julgar se conforme ao texto primitivo do conde de Barcellos. Faria e Sousa assim o confessa na sua traducção, da mesma opinião e o Marquez de Alegrete, e outros academicos seus collegas na Academia Real de Historia. Tractou mais de espaço este ponto D. José Barbosa no Catalogo das Rainhas de Portugal, pag. 222 a 230 e ultimamente o outro benemerito theatino D. Thomás Caetano de Bem, nas suas Mem. Hist. e Chron. dos Clerigos regulares, antiloquio ao tomo II, pag. XXXIII a XXXIII fez largas e eruditas considerações sobre o assumpto, pondo em evidencia os anachronismos e erros palpaveis, e mostrando com argumentos concludentes que a obra fôra addicionada em uns logares e deturpada n'outros, á vontade de seus incognitos continuadores. Á parte as adulterações, todos concordavam em conceder de bom grado ao Conde de Barcellos as honras da paternidade do famoso livro, a ponto de que o citado Marquez de Alegrete falando do conde D. Pedro o proclama em termos absolutos: no mais antigo historiador que tem Portugal, e o mais antigo e auctorisado genealogico (excepção feita aos sagrados) que tem o mundo erudito». Porém o sr. A. Herculano em uma Memoria sobre a origem provavel dos livros de Linhagens, lida na Acad. das Sciencias em 1853 e inserta no tomo I, parte I das respectivas Memorias (Nova serie, classe 2.ª), de pag. 35 a 47, fundamenta sobre factos e raciocinios de grande peso uma conclusão totalmente opposta. Segundo elle «O livro das linhagens, chamado do conde D. Pedro, é o livro não de um homem, mas sim de um povo, e de uma epocha: é uma especie de registo aristocratico, cuja origem se vai perder nas trevas que cercam o berço da monarchia... E talvez no estado em que hoje o vemos, seja aquelle a quem se attribue o que n'elle tenha mais diminuto quinhão». Mais tarde, o nosso illustre academico reforçou esta opinião, adduzindo novos argumentos para corroboral a na doutissima prefação por elle collocada á frente dos Livros de Linhagens, que formam o segundo e terceiro fasciculos da collecção Portugaliæ Monumenta Historica, vol. I (Scriptores), impressos em 1860 e 1861. Ahi é que de pag. 230 a 390 apparece pela primeira vez publicado, na sua integra, segundo se affirma, e conforme em tudo ao codice existente no Archivo Nacional, o Nobiliario attribuido ao Conde de Barcellos, mui diverso das mutiladas e infieis edições de Lavanha e Faria. Como especie que poderá ser de algum proveito para os que se dedicarem a este genero de estudos, e tiverem meios de emprehender a confrontação que hoje se torna mais facil, indicarei aqui a existencia de tres transumptos do mesmo Nobiliario que mereciam talvez ser examinados. Seja o primeiro um que existe na Livraria da Acad. R. de Historia de Madrid, com a numeração C 9, pertencente n'outro tempo ao celebre genealogico D. Luis de Salazar e Castro. «copiado (segundo se diz) dos codices mais antigos, e muito differente da edição de Roma». O segundo, outro no mesmo local, numerado R 59, que fôra egualmente de Salazar, e contém muitas emendas e correcções, como de quem se propunha publical o assim reformado. Tambem differe consideravelmente da edição de Lavanha. Ambas estas copias são de letra do seculo XVII. O terceiro é o que se conserva na Bibliotheca Imperial de Paris com a indicação Sr. Gn. n.º 1585 (apontado no Manuel de Bibliogr. Univ. da collecção Roret, tomo II, pag. 506). Diz se ser «copia feita sobre o original da Torre do Tombo de Lisboa, de Julho a Novembro de 1606». E baste por agora quanto ao Nobiliario.” Barbosa Machado, II 598. “JOÃO BAPTISTA LAVANHA, Cavalleiro da Ordem de Christo, Cosmographo-mór do reino, e Chronista-mór de Portugal. N. em Lisboa, de certo antes de 1555, por ser n'esse anno que faleceu seu pae. M. em Madrid em 1625, sendo então de edade mui provecta, segundo diz Barbosa. Nobiliario de D. Pedro, conde de Barcellos, hijo del Rey D. Dionis de Portugal ordenado y illustrado con notas y indices, etc. Roma, 1640. (Barbosa tem, por erro typographico, 1740.) fol.gr. (V. D. Pedro, Conde de Barcellos.). O Nobiliario foi publicado depois da morte de Lavanha por D. Manuel de Moura Côrte-real, marquez de Castello-Rodrigo, servindo-se para isso de uma copia, que se guardava no mosteiro do Escurial. O autographo de Lavanha, diz Barbosa que existia na livraria do Marquez de Gouvêa, depois Duque d'Aveiro justiçado em 14 de Janeiro de 1759 como conspirador contra a pessoa d'el-rei D. José. Pela confiscação da casa d'este fidalgo deveria passar o dito autographo para a Bibl. Real, onde não sei se com effeito existe, ou não. Diz-se que differia em alguns pontos da copia que sahiu impressa.” Contains 2 works in 1 volume. Good copy with generous margins fine engraved full page allegorical frontispiece [with shortened title showing the Greek goddesses Athena and Minerva obviously drawing up the genealogical history of Portuguese Kings in front of an Egyptian Temple, witnessed by Hermes and Poseidon]. Text printed in columns inside frames dividing the metal-types. Manuscript title-page to the work coming together: SELVA REAL (a follow-up addenda with the genealogical charts to the Lavanha’s royal Iberian genealogy “NOBILIARIO DE D. PEDRO”). Binding: contemporary full hard vellum with ties. Professionally restored with recent antique endpapers. Text and plates are generally in good condition, but with few leaves slightly browned, occasional foxing, some water-stains in the fore-edge, and occasional thumbed. The most valuable edition of the NOBILIARIO, printed in Rome. The front page of the SELVA REAL [meaning forest of royal genealogical trees], written in contemporary French: «S’ENSUIVANT Les Arbres Genealogiques des Princes Don’t le Roy Philippe IV possede les Estats, dressez par Jean Baptiste Lavaña maistre aux Mathematiques de sa Mãté [Magesté] et illustrateur du predecent Nobiliaire du Conte Don Pedro inserez par le mesme Lavaña dans le Livre non imprimé, qu’il composa sur ce subjet pour le mesme Roy Philippe IV. intitulé El Libro del Rey, ou Le Livre du Roy, conservé en Bibliotheque particuliere de sa Magesté au Palais de Madrid, lequel j’ai vu en original et qui eu de la grandeur de tous ce Volume. Jules Chiflu abbé de Balerne.» [underlined in the original handwritten title-page]. Followed by: Family Trees of Princes from whom King Philip IV owns the Estates, made by Jean Baptiste Lavaña master of Mathematics for his Magesty and illustrator of the previous Nobililiario de Don Pedro and inserted in the same unprinted Book of Lavaña that he wrote on the subject to the same King Philip IV and entitled El Libro del Rey, or King's Book, kept in the private Library of His Magesty, in his Palace of Madrid, from which I saw the original that had the same size of the present volume. [Signed] Jules Chiflu Abbot of Balerne”. Dom Pedro de Barcelos [Earl Peter of Barcelos], son of King Dinis [Dionisios] of Portugal, and grandson of King Alfonse X of Spain is considered the oldest historian in Portugal, and in Spain, by having the authorship of the oldest genealogical book. Inocencio III, 307. 'Herculano [the most oustanding historian of the XIXth century] wrote a memoir about the probable origin of this lineage book, presented to the Royal Academy of Sciences of Lisbon, in 1853, and inserted a text in Volume I. According to him 'The Book of Lineages, called “of Conde D. Pedro” [Earl Peter of Barcelos] is not a single man’s book, but a book produced during a long period of time. It is a kind of an aristocratic register, whose origin is lost in the darkness of time and about the genesis and birthplaces of the monarchy (excluding the Holy Scriptures)... and maybe in the shape in which we see it [D. Pedro] the author ascribed nowadays has the smallest share on it”. Barbosa Machado II 598. 'The Nobiliario was published after the death of Lavanha. D. Manuel de Moura Corte-Real, Marquis de Castello-Rodrigo, using a copy which was kept in the monastery of the Escorial. Autograph of Lavaña, Barbosa says that existed in the library of Marquez de Gouveia, then Duke of Aveiro (executed on January 14, 1759 as a conspirator against the King D. Joseph) and then confiscated from the house of this gentleman. It is said that it had some different points from the copies printed”. As we mentioned previously this copy of the NOBILIARIO is coming together with SELVA REAL. (Barbosa Machado II, 600). 'It consists of several family trees of many kings and of Royal European Families in exquisite plates of copper, which are preserved at Real Archivo by order of Charles II of Spain. They were given to D. Luiz Castro Salazar, his librarian, famous genealogist of our age, as it is written by Frankeneau, in Bib. Hisp. Gen. Herald. Pag. 211'. €12.000 369. LE VACHER DE CHARNOIS, Jean. RECHERCHES SUR LES COSTUMES ET SUR LES THÉATRES DE TOUTS LES NATIONS, TANT ANCIENNES QUE MODERNES, OUVRAGE utile aux Peitres, Statuaires, Architectes, Décorateurs, Comédiens, Costumiers, en un mot aux Artistes de tous les genres; non moins utile pour l’étude de l’Histoire des temps reculés, des Moeurs des Peuples antiques, de leurs Usages, de leurs Loix, et nécessaire à l’Education des Adolescens. Avec des Estampes en couleur et au lavis, dessinées par M. CHÉRY, et gravées par P. M. Alix. A PARIS, Chez M. Drouhin, 1790. In 4.º de 25,5x20 cm. 2 volumes com [ii], 8, 150, [i] e [i], 183 pags. Encadernação da época inteira de pele com rótulos verdes e finos ferros a ouro nas lombadas e pastas. Cortes das folhas marmoreados. Ilustrado com o retrato do autor e 55 gravuras águas-tintas coloridas manualmente. Work on the research of the costumes and theaters all old and modern nations, useful to Painters, Statuary, Architects, Designers, Actors, in a word for Artists of all kinds, not less useful for the study of the history of ancient times, the ancient peoples, their uses, their laws, etc. Bindings: contemporary calf gilt at spines and folders. Paper cuts colored as marble. llustrated with the author's portrait and 55 engravings (hand colored in aquarelle). €2.000 370. LEAL, José Francisco. INSTITUIÇÕES OU ELEMENTOS DE FARMACIA, Extrahidos dos de Baumé, e reduzidas a novo methodo pelo Doutor. JOZE’ FRANCISCO LEAL Lente de Matéria Medica, e de Instituições Medico-Cirurgicas na Universidade de Coimbra, para uso das suas Prelecções Academicas, e em beneficio dos Alumnos de Medicina e Farmacia da mesma Universidade, illustradas e acrescentadas com a vida do sobredito Professor, e publicadas por MANOEL JOAQUIM HENRIQUES DE PAIVA. Medico em Lisboa, &c. LISBOA. NA OFFICINA DE ANTONIO GOMES. ANNO M. DCC. XCII. [1792]. In 8º (de 16x10 cm) com 481-[iv] pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada. Ilustrado em anterrosto com um retrato do Doutor José Francisco Leal (1744-1786). Exemplar com leves picos de traça marginais. Inocêncio IV, 341 e VII, 139: 'José Francisco Leal, Doutor e Lente de Physiologia, Materiamedica, e Instituições medico-cirurgicas na Universidade de Coimbra, etc. (O Dr. Benevides, na sua Bibl. Medico-portugueza, tomo XVI do Jornal da Sociedade das Sciencias Medicas, pag. 294, faz d’elle um pharmaceutico: porém não soube onde praticára a pharmacia!!) Nasceu. no Rio de Janeiro em 1744, e morreu em Coimbra em 1786. Instituições ou elementos de Pharmacia, extrahidos dos de Baumé e reduzidos a um novo methodo, etc. Lisboa, na Offic. de Antonio Gomes 1792. 8.o de 481 pag., além do rosto, e de quatro pag. não numeradas, que contêem o indice. Esta obra foi publicada posthuma pelo dr. Manuel Joaquim Henriques de Paiva, e sahiu precedida no mesmo volume de uma Noticia da vida e obras do Dr. Leal, escripta por Francisco Luis Leal (talvez seu proximo parente?). Juntamente vem um retrato do dr. Leal, gravado em chapa de cobre. Inocêncio VI, 12. “MANUEL JOAQUIM HENRIQUES DE PAIVA, Fidalgo da C. R., e Cavalleiro professo na Ordem de Christo, Doutor em Medicina pela Universidade de Coimbra... N. em Castello branco a 23 de Dezembro de 1752. Foi seu tio paterno o celebre medico Antonio Nunes Ribeiro Sanches, de quem se fez menção no tomo I d'este Diccionario. Cultivou com assiduidade e proveito os estudos proprios da sua profissão, merecendo ser tido de justiça por um dos mais intelligentes e laboriosos entre os medicos portuguezes seus contemporaneos.” €500 371. LEÃO X, Papa. Bulla absolutionis Concilii Lateranen[sis] cum decreto expeditionis in Turchos generalis: ac imposition[is] Decimar[um] per trienniu[m]: lecta in duodecima et ultima sessione p[er] R. P. Patriarcham Aquilegien[sem]. S/l. S./I. [Roma, M. Silver, depois de 17 de Abril de 1516. Secretários] Bembus e F. de Vega. In 8º de 20x13,5 cm. com [iv], fólios. Ilustrado com o brasão do papa Leão X, um Médicis. Exemplar com alguns defeitos e restauros marginais afetando um pouco a mancha tipográfica na última folha. O Quinto Concílio de Latrão [1511-16], convocado pelo papa Júlio II [1503-13], foi o mais extenso dos concílios ecumênicos medievais. O pontificado de Leão X [1513-1521] ficou especialmente marcado pela cisão protestante, iniciada por Martinho Lutero em 1517. A presente Bula visava restabelecer a paz nos reinos católicos da europa, ficando o papa com a decisão final sobre os conflitos, criando também um imposto de um dízimo por três anos, permitindo assim concentrar os esforços militares numa cruzada contra o poderoso sultão otomano Selim I, que ameaçava preocupantemente com o seu exército as fronteiras europeias, tendo mesmo conquistando a Hungria. Inglaterra, Espanha e Portugal deviam fornecer uma armada e forças militares para conquistar Constantinopla. A décima segunda sessão e última do Quinto Concílio de Latrão, realizada a 16 de Março de 1517, foi presidida por Leão X. “Estavam presentes 18 cardeais, três patriarcas latinos, cerca de 80 arcebispos e bispos, os habituais funcionários da Cúria, e os embaixadores residentes em Roma… Marino Grimani, o novo patriarca de Aquileia, leu a bula Constituti justa verbum prophetae [aqui impressa], que reviu o trabalho do concílio, que o papa Júlio II tinha convocado, e das quais apenas realizou as primeiras cinco sessões; o papa Leão X continuou o seu trabalho através das sessões restantes. O cisma Galicano tinha sido encerrado, as perspetivas de paz na europa pareciam boas, e preparavam-se os planos para a reforma da Cúria Romana. Mas um dos principais objetivos do concílio dizia-se, tinha sido o de lançar uma cruzada contra os turcos. Desde a queda de Constantinopla no tempo de Nicolau V, os antecessores de Leão X tinham planeado uma expedição para vingar a derrota então infligida à fé católica e para reprimir a fúria dos infiéis. Agora por sua vez, Leão X cria um imposto de um dízimo por três anos a ser cobrado para a cruzada em todo o Universo Orbe (mundo católico), a ser pago pelas igrejas, mosteiros e titulares de benefícios eclesiásticos. A bula termina com uma advertência para os príncipes da Europa manterem a paz, dispensando Leão X os patriarcas presentes para regressarem às suas igrejas” In (Setton, The papacy and the Levant (1204–1571), vol. III pp. 169–70). LEO X, Pope. 8vo, ff. [4], Illustrated with woodcut papal arms on title. Some spotting, some marginal defects, restorations to inner margin and last folio with slight loss of text. One of two editions of this papal bula. The other, printed by Etienne Guillery, is dated 28 July 1517. The Fifth Lateran Council [1511-16], summoned by Pope Julius II [1503-13], was the most extensive of medieval ecumenical councils. The pontificate of Leo X [1513-1521] was especially marked by the Protestant split, begun by Martin Luther in 1517. This Bula aimed at establishing peace in the Catholic kingdoms of Europe, leaving the pope with the final decision on the conflict and also creating a tithe for three years, allowing to concentrate military efforts on a crusade against the powerful Ottoman Sultan Selim I, who threatened worryingly with his army the European borders, even conquering Hungary. England, Spain and Portugal should provide a fleet and military forces to conquer Constantinople. The twelfth and last session of the Fifth Lateran Council, 16 March 1517, was presided over by Leo X. ‘There were eighteen cardinals present, three Latin patriarchs, some eighty archbishops and bishops, the usual curial officials, and the ambassadors resident in Rome... Marino Grimani, the new patriarch of Aquileia, read the bull Constituti juxta verbum prophetae [printed here], which reviewed the work of the council. Julius II had convoked it and held five sessions; Leo had continued its work through the remaining sessions. The Gallican schism had been sealed, the prospects for peace looked good; and plans were being made for the reform of the Curia. But one of the prime objects of the council, it was said, had been to launch a crusade against the Turks. Since the fall of Constantinople in the time of Nicholas V, Leo’s predecessors had planned an expedition to avenge the injury then inflicted upon the faith and to repress the fury of the infidels. Now Leo in his turn imposed a three years’ tithe to be levied for the crusade in Universo Orbe. It was to be paid by churches, monasteries, and holders of ecclesiastical benefices. With a final admonition to the princes of Europe to keep the peace, Leo dismissed the attending fathers to return to their churches’ (Setton, The papacy and the Levant (1204–1571), vol. III pp. 169–70). Göllner 83. OCLC records one copy only (Bayerische Staatsbibliothek). Bookseller Inventory # I680 €3.000 372. LEITÃO COUTINHO, Dionysio Miguel. COLLECÇÃO DOS DECRETOS, RESOLUÇÕES E ORDENS DAS CÔRTES GERAES, EXTRAORDINARIAS E CONSTITUINTES DA NAÇÃO PORTUGUEZA, [EXTINCTAS, QUE HOUVE EM PORTUGAL NOS ANNOS DE 1821 E 1822.] DESDE A SUA INSTALAÇÃO EM 26 DE JANEIRO DE 1821; Comprehendendo não só o que diz respeito em geral á Nação, mas também a alguma Classe della, ou em particular em objecto mais notável: COM O Reportorio ao Diario das mesmas Côrtes, que mostra onde se achão as Sessões, Projectos, Indicações, Propostas, Pareceres, Debates e Deliberações, que motivárão a Legislação inserta nesta Collecção. [Redigido pelo Doutor Dionysio Miguel Leitão Coutinho, Juiz da Ordem de Christo e Prior de Alvaiazere]. Coimbra, na Imprensa da Universidade. 1822 e 1823. Obra em 2 volumes. In fólio (de 31x21 cm) com xxiii, 340, 644, xxviii pags. Encadernações da época inteiras de pele com ferros a ouro nas lombadas e nos rótulos [encadernações iguais no tamanho, porém diferentes no acabamento dos ferros das lombadas]. INOCÊNCIO II, 179 e V, 132: “ Dionysio Miguel Leitão Coutinho, Freire Conventual da Ordem militar de Christo. Doutor em Theologia pela Universidade de Coimbra; ignoro ainda a sua naturalidade e mais circumstancias. Collecção da Legislação das Cortes Ertraordinarias e Constituintes da Nação Portugueza no primeiro anno da sua legislatura, etc. Redigida cronologicamente. Lisboa, 1822. 4.º Saíram (que eu saiba) quatro cadernos, e creio que ahi parou, interrompida a publicação pelas mudanças políticas do anno seguinte. Fóra a edição incompleta da Collecção de Legislação em 4.º, de que tive um exemplar… noticia de outra, que parece completa, e hoje rara por se haverem vendido para embrulhos todos os exemplares que restavam. O título é como se segue: Collecção dos decretos, resoluções e ordens das Cortes geraes, extraordinarias e constituintes da Nação portugueza, desde a sua installação em 24 de Janeiro de 1821, etc. Coimbra... Fol”. €1.200 373. LEITÃO E CARVALHOSA. (Manuel Francisco, 2º Visconde de Santarém) MEMORIAS E ALGUNS DOCUMENTOS PARA A HISTORIA E TEORIA DAS CÔRTES GERAES Que em Portugal se celebrarão pelos tres Estados do Reino, ordenadas e compostas em 1824 pelo 2º Visconde de Santarém. Nova edição publicada pelo 3º Visconde de Santarém em 1924, precedida dum estudo de António Sardinha. Composto e impresso na Imprensa da Portugal-Brasil. Lisboa cclxxii-vi(vi)-46-96-109-322 pags. Encadernação com lombada em pele.Exemplar por aparar. Conjunto completo com a transcrição dos 4 volumes originais. Ilustrado com reprodução das folhas de rosto da edição de início do séc. XIX. Inocêncio V, 435: “Manuel Francisco de Barros e Sousa de Mesquita de Macedo, segundo visconde de Santarém, e Alcaide Mor da mesma vila; Senhor de vários morgados; Grã Cruz das Ordens de Cristo em Portugal, e de Carlos III de Espanha; Comendador da Torre e Espada, e de S. Tiago; Oficial da do Cruzeiro no Brasil; Oficial Mor da Casa Real Portuguesa; Ministro de Estado Honorário, Guarda-Mor do Real Arquivo da Torre do Tombo; Sócio das Academias Reais das Ciências de Lisboa, e Berlim, do Instituto de França, das Sociedades de Geografia de Berlim, Frankfurt, Londres, Paris e S. Petersburgo; do Instituto Histórico e Geográfico do Brasil. Nasceu em Lisboa (?) a 18 de Novembro de 1791, e morreu em Paris a 18 de Janeiro de 1856, segundo se lê no Almanach de Portugal do referido ano, ao passo que em alguns artigos necrológicos vi, ao seu falecimento, a data de 17 de Dezembro de 1855. No Dictionnaire Général de Biographie et d'Histoire de MM. Dezobry et Bachelet, tomo II, pag. 2392, vem uma curta notícia a seu respeito, e nela se encontram entre outras inexactidões, a de que fora nomeado Ministro de Estado em 1828 pelo sr. D. Miguel, quando é certo que este só o conservou como já era desde 1827, durante o regimen da Carta. A propósito do seu ministério, é notável o parecer dado por ele em ofício de 24 de Março de 1833 (transcrito depois na Crónica Constitucional de Lisboa, de 17 de Setembro do mesmo ano) dirigido ao Duque de Lafões, e concernente ao modo de realizar um projecto de capitulação, de que houvera ideia por parte do Duque de Bragança, e do seu exército então estreitamente sitiados no Porto'.€200 374. LEITÃO. (Comd. Humberto) e Comd. J. Vicente Lopes. DICIONÁRIO DA LINGUAGEM DE MARINHA ANTIGA E ACTUAL. [1ª Edição]. Centro de Estudos Históricos Ultramarinos da Junta de Investigações Cientificas do Ultramar. Lisboa. 1963. De 24x17 cm. Com xx-431 pags. Encadernação artística inteira de pele marroquin preta com finos ferros a ouro na lombada e nas cercaduras das pastas (em esquadrias estilizando cordas e nós). Ilustrado com figuras com nomenclaturas de navios e dos seus cabos. €120 375. LEITÃO. (Humberto) DICIONÁRIO DA LINGUAGEM DE MARINHA ANTIGA E ACTUAL. Pelo Comandante… com a colaboração do Comandante José Vicente Lopes (3ª Edição). Centro de Estudos Históricos e Cartografia Antiga. Edições Culturais da Marinha. Lisboa. 1990. De 24x18 cm. Com xxvii-548 pags. Encadernação com lombada e cantos em pele ao gosto do séc. XVIII. Obra de referência, incluindo as últimas actualizações efectuadas pelo autor. €80 376. LEITÃO. (Humberto) OS PORTUGUESES EM SOLOR E TIMOR DE 1515 A 1702. Pelo Comandante… Subsidiada pelo Instituto para a Alta Cultura. Tip. da Liga dos Combatentes da Grande Guerra. Lisboa. 1948. De 26x20 cm. Com 299 pags. Encadernação com lombada e cantos em pele. Ilustrado com mapas desdobráveis. €90 377. LEITÃO. (Joaquim) CRÓNICA DE SÃO JOÃO DE BRITO. Por … da Academia das Ciências de Lisboa, da Academia Brasileira de Letras. Lisboa. 1948. De 40x30 cm. Com 210 pags. Encadernação com lombada e cantos em pele. Ilustrado com os retratos de Oliveira Salazar e Óscar Carmona. Gravuras extra texto em tetracromia, apensas aos fólios, entre as quais as do Papa Pio XII. Profusamente ilustrado com imagens de Roma, do Vaticano e da Itália em geral; fotografias das embaixadas portuguesas, civis e religiosas, junto do Papa Pio XII; imagens panorâmicas do interior da Basílica de São Pedro durante as cerimónias; e duas fotogravuras finais com a Delegação de Timor a ser apresentada ao Presidente do Conselho; e Salazar falando perante as delegações ultramarinas. €90 378. LEITE DE VASCONCELLOS. (Dr. José) LIÇÕES DE FILOLOGIA PORTUGUESA. Terceira edição [capa de brochura menciona 4ª edição] comemorativa do centenário do nascimento do autor. Enriquecida com notas do Autor, prefaciada e anotada por Serafim Silva Neto [Professor Catedrático da Universidade do Brasil e da Universidade de Lisboa]. Colecção Brasileira de Filologia Portuguesa. Livros de Portugal. Rio de Janeiro. 1959. De 26x20 cm. Com xxix-488 pags. Encadernação com lombada em pele. Ilustrado com retrato do autor em anterrosto. €120 379. LEITE DE VASCONCELLOS. (José) ESTUDOS DE PHILOLOGIA MIRANDESA. (Por) ... Professor do curso superior de Bibliotecario-archivista, Conservador da Bibliotheca Nacional de Lisboa. Quarto Centennario do descobrimento da India. Contribuições da Sociedade de Geographia de Lisboa. Imprensa Nacional. Lisboa. 1900. 2 volumes. De 24x16 cm. Com 488 e 344 pags. Encadernações com lombadas em pele. Exemplar com ex-libris da Biblioteca Capucho. €300 380. LEITE DE VASCONCELLOS. A BARBA EM PORTUGAL. Estudo de Etnografia Comparativa. Por… Imprensa Nacional. Lisboa. 1925. De 25x17 cm. Com 189 pags. Encadernação com lombada e cantos em pele. Profusamente ilustrado. Exemplar aparado apenas à cabeça e com capas de brochura preservadas. €150 381. LEITE DE VASCONCELOS. (José) RELIGIÕES DA LUSITANIA na parte que se refere principalmente a Portugal por… Professor da Bibliotheca Nacional de Lisboa, Director do Museu Ethnologico Português. S. S. G. L. Imprensa Nacional. Lisboa. 1897, 1905 e 1913. 3 volumes. De 24x16 cm. Com xl-440, xviii-372 e xviii-636 pags. Encadernações com lombadas e cantos em pele com pequenas falhas de pele nas coifas. Profusamente ilustrado. Exemplar preserva capas de brochura. 1ª edição. Obra considerada como fundamental para o conhecimento das crenças religiosas, das condições de vida, da geografia e da história da Lusitania nos seus periodos pré-históricos, proto-históricos e históricos. Contém o estudo dos cultos das divindades nativas no tempo da romanização. O autor recorre a uma vasta recolha epigráfica e comparativa com outras recolhas efectuadas na Europa e América no final do século XIX. 1st edition. A reference study regarded as central to the knowledge of religious beliefs, living conditions, geography and history of the Lusitania (Southwest Iberian Peninsula) in their prehistoric, proto-historic and historical periods. It has a very detailed approach of the native cults and deities in the time of Roman occupation. The author collected a wide collection of epigraphic and established a comparative study with other findings from Europe and America in the late 19th Century. €500 382. LEMOS. (Maximiano) CAMILO E OS MÉDICOS. Separata dos «Arquivos de Historia de Medicina Portuguêsa». Typ. a vapor da Encyclopedia Portuguesa. Porto. 1921. De 24x17 pags. Encadernação (meio amadora) com lombadas e cantos em pele com finos ferros a ouro. Ilustrado com retratos intercalados em extra-texto. €200 383. LEPIERRE. (Charles) A INDUSTRIA DO SAL EM PORTUGAL. INQUÉRITO. Por… Engenheiro E. P. C. I. – Paris. Professor do Instituto Superior Técnico. Universidade Técnica Portuguesa. Lisboa. 1935. De 26x20 cm. Com 341-lix pags. Encadernação inteira de pele com ferros a ouro na lombada. Exemplar com assinatura de posse na página de rosto ; dedicatória do autor na página de anterrosto ; e um ex-libris na folha de guarda. Profusamente ilustrado no texto e em extra-testo com mapas gerais e de pormenor das zonas de exploração de sal ; quadros de dados, esboços e esquemas ; fotogravuras dos processos de extracção ; amostras das patologias das salinas ; e os processos de armazenamento, transporte e carga a bordo de navios bacalhoeiros e de cargueiros. €150 384. LEPIERRE. (Charles) ESTUDO CHIMICO E TECHNOLOGICO SOBRE A CERAMICA PORTUGUEZA MODERNA. Por… Professor de chimica da Escola industrial «Brotero», Socio correspondente da academia real das sciencias de Lisboa, Official da ordem de S. Thiago, etc. Trabalho effectuado no laboratório chimico da Escola Industrial «Brotero» em Coimbra. Imprensa Nacional. Lisboa. 1899. De 24x15 cm. Com 241 pags. Encadernação da época com lombada em percalina. Ilustrado em extra-texto com desdobrável contendo as configurações organológicas dos fornos tradicionais e industriais existentes em várias regiões de Portugal. Obra que incide sobre os aspectos físico-químicos das matérias-primas que constituem as pastas cerâmicas e os seus vários métodos e técnicas de combinação no processo de obtenção dos produtos finais na indústria cerâmica em Portugal continental e nas ilhas adjacentes. €150 385. LESAGE. (Alain-René) HISTORIA DE GIL BRAZ DE SANTILHANA. Por… Traducção portugueza de Julio Cesar Machado. Edição monumental illustrada com perto de 400 gravuras intercaladas no texto e 30 oleographias em separado. Segunda edição. David Corazzi – Editor. Lisboa. 1885 e 1886. 2 volumes. In folio (de 36x28 cm.) com 431-(iv) e 462-(v) pags. Encadernações da época em percalina estampada a seco; e lombadas em pele com ferros a ouro. Profusamente ilustrado no texto; em extra-texto; e com vinhetas e capitulares decorativas e historiadas. Exemplar com ex-libris. Obra de grande beleza gráfica com capas de brochura cromolitografadas e com gravuras oleográficas coloridas, incluindo o magnífico frontispício no primeiro volume. Gil Blas de Santillana é uma novela francesa no estilo dito picaresco, que ganhou uma grande tradição na literatura ocidental com heróis como D. Quixote, Hudibras, Tom Sawyer e outros. No enredo - sempre actual - um jovem no início da sua vida vai estudar para a Universidade de Salamanca, mas é coagido a ajudar um grupo de salteadores que lhe aparecem. Ao longo da sua vida vai sendo testemunha de muitas situações, mas graças à sua inteligência e muita esperteza vai terminar a sua vida como amigo do rei e gozando a sua fortuna num confortável castelo. €200 386. LIMA FELNER. (Rodrigo José) SUBSIDIOS PARA A HISTORIA DA INDIA PORTUGUEZA Obra subsidiada pelo Governo de Portugal. Contendo: I. O LIVRO DOS PESOS, MEDIDAS E MOEDAS, por António Nunes; II. O TOMBO DO ESTADO DA INDIA, por Simão Botelho; III. LEMBRANÇAS DAS COUSAS DA INDIA EM 1525. Publicados de ordem da Classe de Sciencias Moraes, Politicas e Bellas-Lettras da Academia Real das Sciencias de Lisboa e sob a direcção de… Sócio Effectivo da mesma academia. Typographia da Academia Real das Sciencias. Lisboa. MDCCCLXVIII (1868). De 28x22 cm. Com xxxii-42-259-56-30 pags. Encadernação de elevada qualidade com lombada e cantos em pele. Exemplar preserva capas de brochura com excelente impressão em papel de linho. €120 387. LIMA, Francisco Bernardo. GAZETA LITERARIA, OU NOTICIA EXACTA DOS PRINCIPAES ESCRIPTOS MODERNOS, Confórme a Analysis, que delles fazem os melhores Criticos, e Diaristas da Europa. Obra periódica para o anno de 1761. De que he Protector O EXCELLENTISSIMO SENHOR JOAM DE ALMADA E MELLO, Governador General da Cidade do Porto, do seu Partido, e de toda a marinha da Beira Baixa, &c. &c. &c. VOLUME PRIMEIRO. POR FRANCISCO BERNARDO DE LIMA. PORTO: Na Officina de FRANCISCO MENDES LIMA; M. DCC. LXI. [1761]. In 4º gr. (de 21x18 cm) com [xvii], 410, [vii] pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada, cansada, e com falhas nas coifas. Exemplar com leves manchas de humidade. Obra com a reunião de um jornal científico e cultural periódico com as principais notícias (resumos científicos) dos países europeus. Nomeadamente entre outros temas - França: História da Rússia no Governo de Pedro o grande por Voltaire. Inglaterra: Dois diálogos sobre o comércio que se faz dos homens; Discursos do Dr. J. Targioni Tozzetti sobre a Agricultura Toscana. Alemanha e Suíça: Breve discurso sobre a literatura Alemã. Holanda: Tratado sobre a natureza e a cura das febres intermitentes e remitentes por Tronchin. Dinamarca: História natural da Ilha da Islândia. Suécia: Tratado sobre a decadência das fábricas da Suécia. Rússia: Notícias literárias da Rússia sobre o frio artificial. Espanha: História Natural e Civil da Califórnia por M. Venegas. Portugal: Instrução sobre os corpos celestes, principalmente sobre os Cometas por F. H. Ahlers; Efemérides dos sucessos Portugueses desde o terramoto de Lisboa até à expulsão dos Jesuítas; Tratado Fisiológico da Circulação do Sangue, por A. Cunha; Discurso sobre a Agricultura; etc. Contém folha de rosto própria para a Parte II do Volume Primeiro (apenas esta Parte desde o Numero I do Volume I de Julho de 1761 até ao Número 26 de Dezembro de 1761. Segundo Inocêncio foi publicado o Tomo II em Lisboa, por Miguel Rodrigues, em 1762). BNP não menciona o segundo tomo. Inocêncio II, 352: “P. Francisco Bernardo de Lima, Cónego secular do S. João Evangelista, nasceu na cidade do Porto em 1727, e morreu em 1764, conforme a Bibl. Cirurg., ou em 1770 segundo a Descrição do Porto de Agostinho Rebello da Costa. Para a sua biografia vej. a referida Bibl. Cirurgica de Manuel de Sá Mattos, a pag. 145, na qual se encontram espécies aproveitáveis. 598) Gazeta Litteraria, ou Noticia exacta dos principaes escriptos modernos.. Obra periodica. Tomo I. Porto, por Francisco Mendes Lima 1761. 4.° Parte 2.ª Lisboa, sem nome do impressor 176l. 4.° Tomo II. Lisboa, por Miguel Rodrigues 1762, 4.º. Principiou a publicação d'estas Gazetas em Janeiro de 1761, e findaram em Junho de 1762. No primeiro ano foram semanais, porem no Segundo passararn á ser mensaes. A maneira por que são redigidas da claro testemunho da universalidade de conhecimentos e erudição do autor. Contém, afóra outros artigos, muitos juízos críticos e bem ajustados de varias obras portuguesas sabidas por aquele tempo. O exemplar que possuo destas Gazetas custou me 600 réis”. €400 388. LINDLEY CINTRA. (Luís Filipe) CRÓNICA GERAL DE ESPANHA DE 1344. Edição crítica do texto português pelo Académico Correspondente Luís Filipe Lindley Cintra. [Colecção] Fontes Narrativas da história Portuguesa. Academia Portuguesa de História. Lisboa. MCMLI, MCMLIV e MCMLXI [1951, 1954 e 1961]. Obra em 3 volumes. De 26x20 cm. Com dxcix, (23)-483 e xxv-454 pags. Encadernações com lombadas e cantos em pele com ferros a ouro ao gosto do século XVIII. Exemplar com ex-libris da Biblioteca Capucho. Obra fundadora da historiografia peninsular, contendo um estudo e aparato crítico nas 599 páginas do 1º volume, constituindo a tese doutoramento em Filologia Românica do autor, pela Univ. de Lisboa, em 1953. €200 389. LINNÉ, Carl von. [Linnaeus, Carolus / LINEU, Carlos. SPECIES PLANTARUM] CAROLI LINNAEI EQUITIS AUR. STELLA POLARI, Archiatri Regii, Med. & Botan. Profess. Upsal. Acad. Paris. Upsal. Holmens. Petropol. Imperial. Bernens. Londin. Anglic. Edenburg. Monspel. Tolos. Florent. Soc. SPECIES PLANTARUM, EXHIBENTES PLANTAS RITE COGNITAS AD GENERA RELATAS, cum Differentiis Specificis, Nominibus Trivialibus, Synonymis Selectis, Locis Natalibus, Secundum SYSTEMA SEXUALE DIGESTAS. Editio Tertia. VINDOBONAE. Typis JOANNIS THOMAE de TRATTNER, CAES. REG. AULAE. TYPOGRAPHI ET BIBLIOP. M. DCCLXIV. [1764]. Obra em 2 tomos divididos em 4 volumes. In 4º (de 20x12 cm) com (xiv), 1682, (lxiv), (i) pags. Encadernações da época inteiras de pele com ferros a ouro na lombada. Exemplar apresenta: pastas com cantos cansados; coifas com pequenas falhas, e 2 ex-libris oleográficos sobre as folhas de rosto, sendo um deles armoriado Casa de Lafões. Obra impressa em Viena de Áustria contendo a classificação das espécies botânicas baseada nas características sexuais das plantas estudadas por Lineu. Para Lineu as espécies correspondem aos nomes triviais das plantas que conhecemos e que diferenciamos, sendo depois várias espécies agregadas em géneros (que são as selecções principais e mais gerais). Contém nas últimas 64 páginas inumeradas um índice remissivo da classificação por géneros de plantas; um índice remissivo de sinónimos; e ainda um índice de nomes vernáculos latinos, ou triviais na tradição romana (nomina trivialia), que são a base etimológica de muitos vocábulos portugueses. Carolus Linnaeus, em português Carlos Lineu, nome sueco após nobilitação Carl von Linné (n. Råshult, Småland, 1707, m. Uppsala, 1778) foi um botânico, zoólogo e médico, criador da nomenclatura binomial e da classificação científica, sendo assim considerado o 'pai da taxonomia moderna'. Lineu um dos fundadores da Academia Real das Ciências da Suécia e o botânico mais reconhecido da sua época sendo, no entanto, também conhecido pelos seus dotes literários. €600 390. LINNÉ, Carl von. [Linnaeus, Carolus / LINEU, Carlos. TERMINI BOTANICI]. CARLI a LINNÉ, M. D. EQUITIS AURATI DE STELLA POLARI, ARCHIATRI REGIS SUECIAE ACDD. SIENT. FERE OMNIUM MEMBRI, FUNDI HAMMARBY DOMINI, REL. TERMINI BOTANICI CLASSIUM METHODI SEXUALIS GENERUMQUE PLANTARUM CHARACTERES COMPENDIOSI. RECUDI CUM INTERPRETATIONE GERMANICA. DEFINITIONUM TERMINORUM CURAVIT PAULUS DIETERICUS GISEKE M. D. PHYS. PROF. IN GYMNASIO HAMB. ET BIBLIOTHECAR. SECUNDUS, INSTITUTI REGII HISTORIARUM GOETTING. ET SOCIET. ELECTOR. LIPS. SODALIS. EDITIONI HUIC ALTERI ACCESSERUNT FRAGMENTA ORDINUM NATURALIUM LINNAEI, NOMINA GERMANICA PLANERI GENERUM, GALLICA ET ANGLICA TERMINORUM, ET INDICES. HAMBURGI. SUMPTIBUS B. CHR. HEROLDI VIDUAE. EXCUDIT CAR. WILH. MEYN. MDCCLXXXVII. [1787]. In 4º (de 20x12 cm) com [xx], 396 pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro por casas fechadas. Ilustrado com 2 quadros desdobráveis com a “chave” do sistema classificatório de Lineu em latim e em alemão: Clavis systematis sexualis” e “Schlüssel des Sexual Systems. Exemplar com 2 ex-libris oleográficos sobre a folha de rosto, sendo um deles armoriado da Casa de Lafões. Obra em Latim com prefácio em língua alemã; e 2 índices dos géneros de plantas, em Latim e Alemão. Obra impressa em Hamburgo contendo a classificação botânica baseada nas características sexuais das plantas e com os resumos fundamentais para a compreensão da taxonomia criada por Lineu. Carolus Linnaeus, em português Carlos Lineu, nome sueco após nobilitação Carl von Linné (n. Råshult, Småland, 1707, m. Uppsala, 1778) foi um botânico, zoólogo e médico, criador da nomenclatura binomial e da classificação científica, sendo assim considerado o 'pai da taxonomia moderna'. Lineu um dos fundadores da Academia Real das Ciências da Suécia e o botânico mais reconhecido da sua época sendo, no entanto, também conhecido pelos seus dotes literários. €400 391. LISBOA, Frei Marcos de. TERCERA PARTE DE LAS CHRONICAS DE LA ORDEN DE LOS FRAYLES Menores del Seraphico Padre S. Francisco. Dedicadas al señor don Duarte Patron de la prouincia del Algarue. CVENTA DE LA REFORMACION Y OBSERVANCIA DE LA misma Ordem, y su augmento, la qual començo poco antes del año de mil y quatrocientos, y crescio hasta el de mil quinientos e veynte. ORDENADA Y SACADA DE LOS LIBROS, Y MEmoriales de la Orden, por el P. fray Marcos de Lisboa, frayle Menor de la Obseruancia de Portugal, y Obispo del Porto. Agora nuevamente impressa y emendada por el Padre fray Luis de los Angeles, frayle Menor de la prouincia de los Algarues, reuedor, e calificador del Consejo general del Santo Officio. ESTA DIVIDIDA ESTA PARTE EN DIEZ LIBROS, PARA MAyor claridad de la historia, como en la buelta desta hoja se vera. Con las licencias necessárias. En Lisboa, En la officina de Pedro Crasbeeck. 1615. A costa de la Religion, y de Thome del Valle mercader de libros. In fólio (de 27x20 cm). Com [viii], 290, [xviii] pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro no rótulo da lombada e com ferro “nº3”. Corte das folhas levemente carminado. Exemplar com leves manchas de humidade na folha de rosto e pequeno ex-libris oleográfico. Frontispício com quadrilongo decorativo xilogravado e vinheta com iconografia de S. Francisco. Texto impresso a duas colunas. Reimpressão da edição de 1570, sendo cada uma destas partes impressas em locais diversos: Primera parte, Madrid, 1574; Segunda parte, Alcalá de Henares, 1577, e finalmente esta Tercera parte em Lisboa, 1615. Palau 1990, IV, 245: “De estas diversas tiradas se hacen juegos de las tres partes… Lo corriente es ver anunciadas las dos primeras partes”. Inocêncio IV, 129: «D. FR. MARCOS DE LISBOA, ou de Bethania, Franciscano da província de Portugal, e dela passou para a reformada de Santo Antonio, mais conhecida pela denominação de Capuchos. Foi eleito Bispo de Miranda, e depois do Porto em 1582, governando esta diocese por mais de nove anos, com fama de muito esmoler e caritativo para com os pobres. Nasceu em 1511, e morreu no Porto em 1591. Há na Biblioteca Nacional de Lisboa o seu retrato de meio corpo, sendo ainda religioso franciscano. A propósito de Fr. Marcos de Lisboa, e principalmente das suas Crónicas, diz o douto arcebispo D. Rodrigo da Cunha: «Em toda esta Crónica fala sempre Fr. Marcos com tanto espírito e desejo de aproveitar, que com facilidade se nota a quem a lê ser este só seu intento: é no historiar aprazível, e para os tempos em que escrevia elegante; sagaz em saber descobrir a verdade, agudo na prova dela, e judicioso em a saber determinar, etc.» €1.200 392. LIVRO (O) AZUL OU CORRESPONDENCIA RELATIVA AOS NEGOCIOS DE PORTUGAL. APRESENTADA EM AMBAS AS CAMARAS INGLEZAS. TRADUZIDO DO INGLEZ. Tipographia de Borges. Lisboa. 1847. In fólio (de 30x20 cm) com 368 pags. Encadernação da época com lombada em pele. Corte das folhas marmoreado. Edição in-fólio; tendo sido publicada pela mesma Tipografia de Borges 'Nova edição correcta' in 4º no mesmo ano. O Ministério Britânico apresentou à Câmara dos Comuns na sessão de 9 de Junho de 1847 os documentos acerca da “questão portuguesa”; que são um conjunto de informações, interceptadas pelos Serviços de Inteligência ingleses em Portugal, transcritos no presente volume denominado “Livro Azul”. À 'questão portuguesa' chamamos em Portugal Insurreição ou Revolução da Patuleia, ou ainda Guerras das Patuleias. Os governos de Costa Cabral (1842-1846) reprimiram a Carta Constitucional de 1826 que conservava nas mãos da Rainha o poder moderador e o executivo. Só em 1847 a situação interna se normaliza após a intervenção da Espanha, da França e da Inglaterra que levou à celebração da Convenção de Gramido. Este Livro Azul é uma importante fonte, com 336 documentos para a história deste período, começando em 8 de Outubro de 1846; encontrando-se ainda vários anexos com os tratados entre Portugal e a Grã-Bertanha, começando pelo tratado assinado em Londres em 1373. Relativamente à Questão Portuguesa ou Patuleia: em Janeiro de 1847 teve origem em sucessivas suspensões das garantias constitucionais. O general Póvoas é nomeado comandante dos Patuleias, e comandante militar das duas Beiras, aliando-se a Sá da Bandeira. A esquadra Cartista, comandada por Soares Franco, bloqueia o Porto. Em Fevereiro há a remodelação governamental. Os comerciantes de Lisboa aplaudem a chegada do ministro Tojal à Fazenda. Os funcionários públicos não eram pagos desde Outubro. O exército da Patuleia comandado pelo Conde de Melo ataca Estremoz. Em Abril Sá da Bandeira desembarca no Algarve e inicia a sua marcha para Lisboa. Chega a Setúbal e junta-se às tropas do Conde de Melo e às guerrilhas do sul. Há tumultos em Lisboa, onde estacionam tropas inglesas e espanholas. Sá da Bandeira detém-se em Setúbal. Perde 500 homens no combate do Alto do Viso. Há uma nova remodelação governamental. Novos tumultos dos Patuleias em Lisboa. Em Maio, Sá da Bandeira, depois do combate do Alto do Viso, aceita o armistício. A esquadra britânica bloqueia o Douro impedindo a saída da esquadra do Conde das Antas em socorro do Exército do Sul. Em Junho o exército espanhol ocupa o Porto. Sá da Bandeira aceita submeterse. Assina-se a Convenção de Gramido (em Gondomar) em 29 de Junho de 1847 com o objectivo de pôr fim à insurreição da Patuleia. A convenção foi assinada entre os comandantes das forças militares espanholas e britânicas, que tinham entrado em Portugal ao abrigo da quádrupla aliança, dezassete dias depois destes documentos serem apreciados pela Câmara dos Comuns inglesa. Traduzidos em português por Eduardo de Faria, fidalgo da Casa Real e Cavaleiro. Inocêncio II, 220. €300 393. LIVRO JAPONÊS. SÉC. XVIII. Autor desconhecido. Título desconhecido. Conteúdo desconhecido. S/L. [Japão]. 1887. De 26x18 cm. Com 45 fólios. Brochura original com capas revestidas em percalina amarela. Ilustrado com 10 gravuras no texto representando a entrada de Confúcio no Paraíso. Obra impressa impressa no século xix (possivelmente redigida no século dezoito) e impressa sobre papel de arroz em folha simples (e não dupla) em frente e verso. Apresenta título, colofón; rótulo sobre a capa de brochura; e título de posse (ou assinatura do impressor) na contracapa. €500 394. LOBATO. (Alexandre) LOURENÇO MARQUES, XILUNGUÍNE. Biografia da cidade. Tomo I. A Parte Antiga. AgênciaGeral do Ultramar. Lisboa. 1970. De 24x20 cm. Com 307 pags. Encadernação do editor com sobrecapa de protecção. Completamente ilustrado com uma fotobiografia da cidade - actual Maputo - Moçambique, desde o inicio do sec. XIX até perto da descolonização. Contém reproduções de postais, fotografias e mapas antigos desdobráveis. €80 395. LOBO RAMALHO. (Robélia de Sousa) GUIA DE PORTUGAL ARTÍSTICO. Coordenado por… Direcção, edição e propriedade de M. Costa Ramalho. Composição e impressão: oficinas gráficas da Sociedade Astória, Limitada. Lisboa. 19331947. 13 volumes encadernados em 4. De 24x16 cm. Com 96, 48, 91, 129, 68, 78, 66, 46, 62, 54, 52, 75, 70, e 84 pags. Encadernações em percalina vermelha. Profusamente ilustrados com gravuras no texto e em extra-texto; e secções comerciais ilustradas. Obra com artigos históricos e artísticos essencialmente sobre Lisboa, Coimbra, Açores; e sobre a escola de pintura portuguesa do século XV. €200 396. LOBO, Pe. Álvaro. MARTYROLOGIO ROMANO ACCOMODADO Atodos os dias do Anno conforme à noua ordem do Calendario, que se reformou por mandado do Papa Gregorio XIII. Tresladado de Latim em Portugues por alguns Padres da Companhia de IESV. No fim deste Martyrologio vay o Calendario dos Santos naturaes deste Reyno, e dos que nelle particularmente se celebrão. Impresso em Coimbra com licença da Santa Inquisição e do Ordinario. Em casa de António de Maris, Impresor da Vniversidade. Com Privilegio Real 1591. In 8.º de 12,5x9,5 cm. Com [lxiv], 279 fólios. Encadernação em pergaminho não contemporânea (sec. xviii). Exemplar um pouco aparado à cabeça, por vezes afectando ligeiramente os títulos, e com pequena mancha de tinta no frontispício. Ex-libris manuscrito na folha de rosto “Livr.a publica del Roque”. Primeira edição desta obra quinhentista portuguesa atribuída por Barbosa Machado e Inocêncio da Silva ao Pe. Álvaro Lobo, Jesuíta, natural de Vila Real de Trás os Montes em 1551. Este exemplar (como é referido por Inocêncio) não apresenta no fim a peça bibliográfica independente «Martyrologio dos Sanctos de Portugal, e Festas geraes do Reino». Publicada em 1592, pelo mesmo impressor e que consta de 23 fólios. Esta última por vezes aparece junto com o presente Martirologio Romano Acomodado. Isto porque muito provavelmente a partir da publicação (posterior) da segunda obra pelo mesmo impressor, um ano mais tarde, as duas seriam vendidas pelo mesmo em conjunto. Anselmo 898. Barbosa Machado I, 106. Inocêncio I, 47. “P. ALVARO LOBO, Jesuita, cujo instituto professou a 28 de Fevereiro de 1566. Cursou os estudos em Coimbra, e foi mestre de Philosophia em Evora. Exerceu tambem o cargo de Regente nos Collegios de Braga e Lisboa, e o de Reitor no do Porto. - N. em Villa Real de Traz os Montes, e m. em Coimbra a 23 de Abril de 1608 com 57 annos d’edade. - E. 258) (C) Martyrologio Romano accommodado a todos os dias do anno conforme a nova ordem do Calendario, que se reformou por mandado do Papa Gregorio XIII. Trasladado de Latim em portuguez por alguns Padres da Companhia de Jesus. Coimbra, por Antonio de Maris 1591. 8.º E no fim vem: Martyrologio dos Sanctos de Portugal, e Festas geraes do Reino; recolhido de alguns auctores e informações por alguns Padres da Companhia de Jesus. Coimbra, pelo mesmo 1591 [aliás1592]. - Contém ao todo o volume LXIV folhas não numeradas, a que se seguem 279 21, numeradas só na frente, e depois uma taboada, e tabella geral d’erratas, que não apparece em alguns exemplares. D’esta edição, que é rara e estimada, possuo um exemplar, comprado por 800 réis, e tenho visto outros na Bibl. Nacional de Lisboa, na Livraria do extincto Convento de Jesus, e em mão de alguns particulares. Possuo egualmente a segunda edição.” €1.800 397. LOPES CABRAL. (Fr. António) PANCARPIA, OU CAPELLA FLÓRIDA, Matizada, & odorifera, Tecida com dezoito Sermões differentes, & INTITVLADOS Guarnecida com flores Panegyricas, Moraes, & Metaphoricas DEDICADA Ao Taumaturgo Lusitano S. ANTONIO, Para Diadema fragrante de seus inclytos meritos Escrita, & prègada por Fr. ANTONIO LOPES CABRAL, Freyre professo da Ordem de Christo, Capellaõ do numero, & serviço delRey D. PEDRO II. Chantre, & Cantor de sua Capella Real, & Beneficiado nas tres Igrejas Matrizes das notaveis Villas de Niza, Thomar, & Ponte de Lima, &c. Em LISBOA, Na Officina de MIGUEL DESLANDES, Impressor de Sua Magestade. Anno de 1694. In 4.º De 20x15 cm. Com (xxiv)-435 pags. Encadernação da época em pergaminho flexível. Magnifico frontispício decorativo gravado por Clemente Billingue. Inocêncio I, 186 “FR. ANTONIO LOPES CABRAL, Freire da Ordem Militar de Christo, Capellão cantor da Capella real d'Elrei D. Pedro II, Academico da Academia dos Singulares etc.-N. em Lisboa em 1634, e m. a 26 de Dezembro de 1698. São pouco vulgares estes sermões.” €200 398. LOPES DE MENDONÇA. (Henrique) ESTUDO SOBRE NAVIOS PORTUGUEZES NOS SECULOS XV E XVI. Por… Capitão-Tenente da Armada, sócio correspondente da Academia Real das Sciencias de Lisboa. Lisboa. Typographia da Academia Real das Sciencias. 1892. De 30x23 cm. Com 119 pags. Encadernção inteira de pele sintéctica. Ilustrado. “Henrique Lopes de Mendonça (Lisboa 1856-1931) militar, historiador, arqueólogo naval, professor, conferencista, dramaturgo, cronista e romancista português. Em 1900 foi eleito membro efectivo da Academia das Ciências de Lisboa e, em 1915, foi nomeado seu presidente. Em 1922 foi nomeado presidente da comissão destinada a perpetuar a Viagem Aérea Lisboa-Rio de Janeiro. €80 399. LOPES MENDES. (A.) A INDIA PORTUGUEZA. Breve descripção das Possessões Portuguezas na Asia. Dividida em dois volumes. Illustrados com 382 gravuras e 7 mappas. Por… Agronomo, socio da Sociedade de Geographia de Lisboa, da real sociedade Asiatica (secção de Bombay), da sociedade geographica Argentina, da real associção de agricultura portugueza, e antigo deputado da nação pelo circulo de Mapuçá, Damão e Diu, etc. [Obra] publicada por ordem do Ministério da Marinha. [Edição da] Sociedade de Geographia de Lisboa. Imprensa Nacional. Lisboa. 1886. De 22x15 cm. Com xxvii-281 e xii-313 pags. Encadernações recentes com lombadas em pele. Profusamente ilustrado e com mapas geográficos em extra texto coordenadas pelo próprio autor e litografadas na Imprensa Nacional em 1865, 1870 e 1871. Gravura do autor em corpo inteiro na página de anterrosto. Gravura alegórica da Sociedade de Geografia de Lisboa no final do segundo volume, indicando o futuro império luso-africano. Gravuras assinadas pelo próprio autor e por Pastor, Nenton, R. Christino, Alberto, Cazellas e outros. As gravuras reproduzem palácios, templos, residências particulares, a reunião da assembleias dos governos locais, os costumes e os dignatários locais, a flora local, a iconografia e os deuses do panteão indiano. A obra enquadra-se na divulgação das explorações cientificas coloniais patrocinadas pelo governo português e pela Sociedade de Geografia. Inocêncio XX, 373 “Antonio Lopes Mendes era natural de traz-os-montes, nasceu em 1834. Cursou os preparatórios no liceu de Vila Real, seguiu outros estudos superiores na Escola Politécnica do Porto e depois veio matricular-se em Lisboa no Instituto Agrícola, onde obteve o diploma de médico-veterinário-lavrador. Serviu por algum tempo como ajudante do professor de desenho do mesmo instituto. Em 1857 foi nomeado adjunto á comissão dos estudos agrícolas no continente e em Outubro 1859 recebeu a nomeação de administrador da coudelaria do Crato. Em 1862 assinou contrato no Conselho Ultramarino, para exercer as funções de veterinário-lavrador no Estado da Índia, para onde partiu a 11 de Agosto do mesmo ano, seguindo viagem pelo Mediterrâneo, e aportou a Goa em 1 de Outubro. Além dos trabalhos inerentes á sua profissão desempenhava muito bem, como se verá, diferentes comissões de serviço público do que faço menção á vista da exposição endereçada ao governo da metrópole em 1867, reclamando para que, quando atingisse os 16 anos de serviço do ultramar, lhe fosse concedida a graduação de capitão para gozar a reforma no posto imediato. Eis o que consta dessa exposição: em Outubro 1862 encarregado de inspeccionar, com um membro da Junta de Saúde, o trigo que as padarias consumiam no fabrico do pão para o consumo dos habitantes. Em Janeiro 1863 foi nomeado para a comissão incumbida do estudo das florestas nacionais da Índia Portuguesa e redigir o regulamento florestal em harmonia com as necessidades do país. Em Fevereiro 1865 foi nomeado vogal da comissão encarregada de coligir e coordenar os produtos agrícolas e industriais para serem enviados á exposição internacional de Paris; em Março 1865 foi nomeado vogal da comissão encarregada da demarcação dos terrenos de Satary, que tinham sido arrendados a colonos estrangeiros; em Dezembro 1865 recebeu o processo de aforamento pedido por Diogo Bernardo de Saldanha e outros, para informar, depois de pessoalmente examinar o terreno situado em Massaim de Bardez, se esse terreno podia ser concedido para construção de casas. Em Dezembro do mesmo ano foi encarregado, finalmente, da administração da 2.ª divisão e da presidência da comissão da demarcação dos terrenos de Satary, durante o impedimento do respectivo administrador fiscal. Além das comissões mencionadas Lopes Mendes desempenhou outras por encargo das autoridades civis e judiciais, com acceitação do governo geral e applauso das respectivas auctoridades e dos particulares, quando chamado para exercer a clínica veterinária, sem que recebesse remuneração alguma pelo seu trabalho médico. Foi procurador á Junta Geral do Districto pela 4.ª divisão das Novas Conquistas, exercendo as funções no respectivo biénio, eleito presidente do município na capital do estado, vogal substituto do conselho do governo, etc. Levantou, balizou, desenhou, as plantas topográficas das doze aldeias de Satary, assim como coordenou a carta topográfica da mesma província, adaptada a representar os terrenos arrendados a colonos estrangeiros, que ofereceu ao então governador geral conselheiro José Ferreira Pestana, para servir de guia na resolução das questões de limites suscitadas por nacionais ou por estrangeiros. Era sócio da Sociedade de Geografia de Lisboa e de outras sociedades. Tem artigo biográfico de A. C. da Silva Matos no periódico política liberal. Faleceu a 31 de Janeiro 1894.” €300 400. LÓPES, Tomás. MAPA GENERAL DEL REYNO DE PORTUGAL: COMPREHENDE SUS PROVINCIAS, CORREGIMIENTOS, OIDORIAS, PROVEEDURIAS, CONCEJOS, COTOS, &C. DEDICADO AL ILUSTRISIMO SEÑOR DON PEDRO RODRIGUEZ CAMPOMANES, Caballero de la Distinguida Orden de Carlos III. Del Consejo y Camara de S. M., Director de la Real Academia de la Historia &c. POR DON TOMÁS LÓPES, Geografo de los Dominios de S. M. de sus Reales Academias de Historia, de S. Fernando, de las buenas letras de Sevilla, y de Sociedad Bascongada de los Amigos del Paiz. Escala: [circa 1: 450.000]. Graduações: «Léguas comunes de Portugal, de las que entran 18 en un Grado» [12 léguas portuguesas=16 centimetros na graduação]; «Leguas llamadas de una hora de camino: comprehende cada una 6626 varas Castellanas, de las que entran 20 en un Grado» [13 Léguas Castelhanas=15,5 cm na graduação] e outras graduações. Madrid. S/d [circa 1780]. «Se hallará este [mapa] com todas las obras del autor; en Madrid, en la Calle de las Carreteras, entrando por la Plazuela del Angel»; «Em Lisboa vende-se nas lojas da Gazeta, na de Carvalho aos Martyres, na do Madre de Deos ao Rocio &c. e no Porto, Coimbra, e Elvas». 1 mapa desdobrável com 18 pranchas montadas em tela. Mapa de 140x82,5 cm. Cada prancha 23x27.5 cm. Gravado a chapa e colorido manualmente na época. Acondicionado dentro de caixa-estojo, da época, revestida a papel decorativo; com rótulo recortado e ex-libris no verso. 3º estado do Mapa de Portugal de Tomás Lópes, 1ª edição com a toponímia em português completamente adaptada à geografia de Portugal. DESCRIÇÃO [vide: Mayayo e Ballester, Madrid, 2002]: Orientado. Margens graduadas «longitud Oriental del Pico de Teyde llamado comunmente de Tenerife» (margem superior). Escala expressa em várias unidades. Relevo dos montes de perfil e sombreado. Rede hidrográfica e de caminhos. Arvoredos. Divisões administrativas diferenciadas por cores. Povoações representadas mediante conjuntos de edificações e pequenos planos de fortificações segundo a importância. Na margem esquerda figura a legenda do mapa em castelhano e português «Explicación de señales» e «Explicação dos signaes deste mappa» indicando a divisão de Reinos, Provincias e Comarcas, assim como «Ciudad, Villa, Lugar, Corregimiento, Oidura, Proveeduria, Bahetria, Concejo, Coto, Plaza, Fuerte, Baños, Minas …, Arzobispado, Obispado, Colegiata, Ermida, Encomiendas en la Orden de Aviz, en la Orden de Malta…, Ducados, Marquesados, Condados…». Contém pequenas notas explicativas. No canto superior esquerdo encontra-se o título dentro de uma cartela com espirais tipográficas que o rodeiam. Sobre a cartela encontra-se uma tabela de duas entradas com as distâncias das principais cidades portuguesas. O mapa está dedicado a Dom Pedro Rodriguez Campomanes (1723-1808) Conde de Campomanes, político, jurisconsulto, diplomata, economista, e Director da Real Academia de História. HISTÓRIA TIPOGRÁFICA: Este mapa pode ser considerado o terceiro “estado” de utilização da lâmina ou chapa original, publicada por Tomás Lópes em 1778. Apresenta alterações importantes relativamente à lâmina original e por isso foi considerado no catálogo de Mayayo e Ballester [La Obra de Tomás Lópes, Imagen Cartografica del Siglo XVIII, Madrid, 2002, Pags 391-393] como uma nova entrada e não como uma variante do mapa publicado em 1778. As alterações são, nomeadamente: A) modificação da disposição e da grafia da cartela e do texto contido na dita cartela; B) desaparecimento do lugar e da data da impressão do mapa; C) a morada do estabelecimento cartográfico é a mesma da do mapa de 1778, mas inclui as moradas de aquisição do mapa no território português; D) a chapa ou lâmina central do mapa é a mesma utilizada na edição de 1778 tal como consta na nota no canto inferior esquerdo em português: «Este Mappa vae melhorado e corregido com todas as Estradas que lhe faltavão na Edição de Madrid de 1778, e com as legoas que distão hum lugar do outro nas estradas principaes, e caminhos traversos»; E) modificação da tipografia dos topónimos localizados nas costas marítimas; F) supressão da referência aos documentos utilizados na realização do mapa, os quais Tomás Lopes inclui sempre nas outras edições [e substituição pela referência ao roteiro português de João Baptista de Castro - ver nossa referência 1210JC139 - o qual se baseia em Resende, nas Antiguidades Lusitanas; em Alvares Seco; e em Frei Bernardino]; G) o mapa é completamente colorido, e não apenas com os limites administrativos delineados nas edições anteriores; H) foi anexada uma segunda nota, também em português, que faz referência às distancias utilizadas nos caminhos para uso das pessoas que não sabem utilizar as escalas; H) a legenda com a explicação dos sinais tem o mesmo texto da edição anterior, mas acrescenta um texto correspondente em português. Mayayo e Balester (Madrid, 2002) referem a existência na Biblioteca Nacional de Madrid de um exemplar deste mapa - um fólio solto - montado em tela e dividido em 'cuarterones'. €900 401. LOPES. (David) HISTÓRIA DE ARZILA DURANTE O DOMÍNIO PORTUGUÊS (1471-1550 e 1577-1589). Por... Sócio Efectivo da Academia. Academia das Sciências de Lisboa. Imprensa da Universidade. Coimbra. 1924. De 22x14 cm. Com xxxix-491 págs. Encadernação com lombada e cantos em pele, um pouco cansada. €120 402. LOPES. (Duarte) & Filippo Pigafetta. RELAÇÃO DO REINO DE CONGO E DAS TERRAS CIRCUNVIZINHAS. [Tradução]. Tradução de Rosa Capeans. Divisão de Publicações e Biblioteca. Ministério do Ultramar. Agência Geral do Ultramar. Lisboa. MCMLI [1951]. De 24x17 cm. Com [xiii]-148-[xiii] pags. Encadernação inteira de pele de carneira com ferros a seco na lombada e nas esquadrias. Ilustrado com 7 gravuras fac-similadas extraídas da tradução latina da obra intitulada 'Regnum Congo', editada pelos Irmãos De Bry em 1598, e apresentando o frontispício da edição latina, impressa em Roma por Bartolomeu Grassi em 1591. Exemplar com alguns sublinhados marginais a tinta. Obra traduzida com a finalidade de acompanhar o fac-simile integral com mapas e gravuras. €80 403. LOPES. (Joaquim José Pedro) HISTORIA SECRETA DA CORTE, E GABINETE DE S. CLOUD, OU DE BUONAPARTE. Em huma serie de Cartas, escritas durante os mezes de Agosto, Setembro e Outubro de 1805 por hum sujeito residente em Paris a hum Nobre de Londres. TRADUZIDA DO INGLEZ EM PORTUGUEZ POR JOAQUIM JOZÉ PEDRO LOPES. LISBOA, Na Offic. De Joaquim Rodrigues d’Andrade. 1810. 2 volumes. In 4º (20x13 cm) com 276 e 296 pags. Encadernações da época inteiras de pele com finos ferros a ouro ao estilo francês. Tradução da obra de Lewis Goldsmith The Secret Histoy of the Cabinet of Napoleon que foi uma publicação famosa na sua época. Inocêncio (I, 380, IV, 107) menciona a existência de várias edições desta obra: 292) Historia secreta da corte e gabinete de S. Cloud etc. Traduzida em portuguez. Londres, 1810? 8.º gr. - Sahiu sem o seu norne, e é differente de outra versão que d’esta mesma obra de Goldsmith fez, e imprimiu em Lisboa, Joaquim José Pedro Lopes. 502) Historia secreta do gabinete de Napoleão Bonaparte, por Lewis Goldsmith, traduzida em portuguez por *** Londres, impressa por H. Bryer 1811. 8.º gr. Ha outras versões desta obra em portuguez A publicação d'esta obra deu logar a um aviso notavel, mandado expedir pela Regencia do reino á Meza do Desembargo do Paço, em consequencia das ordens que a mesma Regencia recebêra da côrte do Rio de Janeiro. O conhecimento d'esta peça inedita não será desagradavel aos que pretenderem havel o do modo como em Portugal se regulava, e exercia n'aquelles tempos a censura dos livros. Transcrevel o hei pois, á vista de uma copia que possue o sr. A. J. Moreira, de letra do nosso mui conhecido bibliographo José da Silva Costa. « Ill.mo e ex.mo sr. - Tendo apparecido na corte do Rio de Janeiro alguns exemplares de duas obras publicadas n'esta capital, na Imprensa Regia, com licença da Meza do Desembargo do Paço; a primeira, uma traducção da obra, que se publicou sobre o gabinete secreto de S. Cloud em que se lê a carta 27, excessivamente injuriosa ao caracter de sua magestade a Rainha de Hespanha, e que apregoa todas as calumnias que se publicaram contra a mesma augusta e infeliz senhora; a segunda, um pamphlet, ou brochura, em que se expõem com as mais brilhantes côres a belleza da constituição ingleza, e que quasi se propõe á adopção dos povos, como se fosse possivel largar o governo, que cada nação tem, e abraçar outro sem os maiores inconvenientes: e sendo muito perigoso em momentos tão calamitosos expôr aos olhos das nações quadros verdadeiros, mas de que nenhuma applicação util se póde deduzir: manda o Principe Regente nosso senhor immediatamente declarar á Meza do Desembargo do Paço quanto lhe foi desagradavel, que ella desse licença para se Imprimirem as mencionadas obras; e ordena, que d'aqui em diante não só estabeleça maior vigilancia sobre esta materia, escolhendo para censores homens de luzes, e que tenham vistas de uma sã e illuminada politica, mas que deve ficar na intelligencia, que não deve permittir: 1.°, a publicação de obras, ou originaes ou traduzidas, em que se insulte a memoria ou represensação de soberanos em geral, e muito particularmente dos que são, ou parentes, ou alliados da sua real familia; 2.º, em que se ataque directa ou indirectamente a religião do estado, ou ainda as outras seitas do christianismo estabelecidas nos grandes estados da Europa; 3.º, em que se tracte de constituições politicas dos estados da Europa, ou formas dos governos, e nas quaes haja analyses e discussões em tal materia, de maneira que possa vir a occupar os animos dos povos, que incapazes de discorrer sobre taes objectos com a devida reflexão, dão facilmente em desvarios, que fazem depois a sua infelicidade por longos annos; 4.º, que se deve promover a publicação das obras em que se tracte do adiantamento das sciencias das artes e industria em geral, de bons principios de administração, de melhoramentos e reformas uteis, muito interessantes, susceptiveis de fazerem as nações os maiores bens, que jámais lhes pódem fazer mal algum; antes no momento actual, pelo enthusiasmo que pódem produzir, divertem o povo de idéas, das quaes seguramente jámais lhe ha de vir bem algum, e que finalmente, é debaixo d'estes principios que a Meza deve estabelecer a censura dos livros, tendo tambem em «vista o evitar, que por via da imprensa se publiquem factos calumniosos contra os individuos, de que pódem resultar graves inconvenientes; sendo escusado lembrar, que o mesmo senhor tem prohibido, que sobre as côrtes de Hespanha se publique cousa alguma a favor ou contra: e que sobre estas materias nada deve publicar se nas imprensas d'este reino, pois que S. A. R. está convencido, que de taes publicações pódem resultar grandes males, e nenhum bem ao povo portuguez. O que tudo v. ex.a fará presente na Meza do Desembargo do Paço, para que assim o fique entendendo e execute, e faça executar com a mais escrupulosa exacção. Deus guarde a v. ex.ª Palacio do Governo, em 5 de Outubro de 1811. = Alexandre José Ferreira Castello. = Sr. Francisco da Cunha e Menezes.» “JOAQUIM JOSÉ PEDRO LOPES, Oficial da Secretaria d'Estado dos Negócios Estrangeiros, nomeado ainda em 1823, ou no ano imediato; Deputado da Junta dos juros dos Reais Empréstimos; Correspondente da Academia Real das Ciências de Lisboa, etc. Presumo que nasceu em Lisboa pelos anos de 1778, pouco mais ou menos… Morreu em 1840, morando na rua dos Lagares, freguesia de N. S. dos Anjos. Consta que no seu tracto íntimo era ameno e familiar, e homem de severa probidade. As obras de J. J. P. Lopes, mais consideráveis pelo numero que pelo mérito, compõe-se na quase totalidade de periódicos e traduções. Imprimiu também avulsamente muitos versos, destinados a solenizar os acontecimentos públicos do seu tempo. A sua versificação é sempre correcta, e vê-se que ele não ignorava as regras e preceitos clássicos”. €400 404. LORENA E LENCASTRE, Leonor d'Almeida Portugal. OBRAS POETICAS DE… MARQUEZA D'ALORNA, CONDESSA D'ASSUMAR, E D'OEYNHAUSEN, CONHECIDA ENTRE OS POETAS PORTUGUEZES PELO NOME DE ALCIPE. LISBOA, NA IMPRENSA NACIONAL. 1844. Obra em 6 tomos encadernados em 3 volumes. In 8º gr. (de 23x15 cm) com xlviii, 307, [vi]; 383, [ix]; 299, [iii]; 283, [iii]; 330, [iii]; e 527, [v] pags. Encadernações da época com lombadas e cantos em pele com finos ferros rolados a ouro. Ilustrado com vinhetas decorativas no texto e a gravura em anterrosto com o retrato da autora em meio-corpo; gravada por Sendim na Litografia dos Mártires em Lisboa a partir de um retrato feito em 1781. €400 405. LUCENA, João de. HISTORIA DA VIDA DO PADRE FRANCISCO XAVIER, E do que fizerão na India os mas Religiosos da Companhia de Iesu, Composta pelo Padre Ioam de Lucena da mesma Companhia Portugues natural da Villa de Trancoso. Impresso per Pedro crasbeeck Em Lisboa. Anno do Senhor 1600. In fólio de 26x16 cm. Com [iv], 908, [xxxviii] pags. Encadernação recente ao gosto da época inteira de pele com ferros a seco nas pasta. Ilustrado com frontispício gravado; uma gravura com o túmulo de S. Francisco Xavier; e dois retratos do mesmo apóstolo. Impressão a duas colunas. Exemplar com leves restauros marginais e falta da folha com a licença régia (que foi retirada da maioria dos exemplares na época) adicionada em fac-simile. Primeira edição. Obra muito rara e importante para a história da expansão portuguesa na Ásia. Azevedo e Samodães, 1856. «Obra de muito merecimento para a história das missões e do nosso domínio nas Índias Orientais durante a segunda metade do século xvi. Seu autor é considerado como um dos melhores clássicos da nossa língua, e isso muitíssimo contribui para a grande e justificada fama bem justificada estima que o livro desfruta, não só nos escritores e bibliófilos nacionais, mas também estrangeiros. Os exemplares desta edição primitiva, bela e primorosamente impressa, são raríssimos.» Inocêncio III, 399. “P. JOÃO DE LUCENA, Jesuita, natural da villa de Trancoso, n. em 1550, e m. em Lisboa na casa professa de S. Roque em 1600, contando por conseguinte 50 annos d'edade. Historia da vida do Padre Francisco de Xavier, Pedro Craesbeeck. Em Lisboa. Anno do Senhor 1600. fol. Tem, afóra o frontispicio, mais dous retratos gravados em chapas de metal, os quaes todavia faltam em varios exemplares que tenho visto. Foi traduzida em italiano, e sahiu impressa em Roma, por Zannetti 1613. 4.º, e em castelhano, Sevilha, por Francisco de Lyra 1619. 4.º Ibi, 1699; e dizem que o fôra tambem em latim. A edição portugueza de 1600 é pouco vulgar, e assás estimada. D'ella fez Bento José de Sousa Farinha uma segunda edição, que elle dá por mui fiel, e sahiu: Lisboa, na Offic. de Antonio Gomes 1788. 8.º 4 tomos. Com esta historia o P. Lucena abriu-se praça entre os mestres mais insignes da pureza da nossa lingua. Suave no estylo, loução e polido no dizer, grave nas sentenças, e escrupuloso na escolha das palavras, tem sido universalmente respeitado pelos nossos criticos e philologos, todos concordes em reconhecerem e apreciarem o seu grande merecimento. Para confirmar este juizo, transcreverei aqui dous testemunhos, cuja competencia não deve ser contestada. Seja o primeiro o do P. Francisco José Freire, nas Reflexões sobre a Ling. Portug., parte 1.ª Diz elle: «O P. João de Lucena merece occupar logar na classe dos mestres da primeira nota: porque a sua vida de S. Francisco Xavier é escripta com tal propriedade, energia, e pureza de lingua, que os muitos elogios com que os sabios honram a sua memoria não são os que bastam para quem tanto honrou com a sua pura locução aquella linguagem portugueza, que a critica só reconhece por genuina. Foi injustamente arguido de usar de diversos termos destituidos de classica auctoridade, mas o certo é que de todos os que lhe arguem ha exemplos seguros, como facilmente mostrariamos, se fosse nosso assumpto fazer aqui a apologia do P. Lucena.» Seja o segundo o do P. José Agostinho de Macedo, no seu opusculo Os Frades, ou reflexões philosophicas, etc., a pag. 67, onde fallando de Lucena se exprime nos termos seguintes: «É um dos nossos melhores classicos, e muito seguro texto; e sendo por este lado tão digno do nosso respeito e reconhecimento, ainda o considero mais por outro lado, e vem a ser: pelas noções que nos dá, e pelas noticias que só elle, entre todos os viajantes, nos dá dos costumes, das leis, da religião de muitos povos do ultimo oriente, isto é, dos habitantes das ilhas que formam o imperio do Japão, e de muitas outras do Oceano Pacifico, por onde S. Francisco Xavier levado pelos portuguezes, estendeu a sua vastissima e apostolica missão. São dignos do verdadeiro philosopho os maravilhosos quadros daquellas disputas e altercações, em que o sancto com os sagacissimos bonzos de continuo entrava, onde estão expostos os principios da theologia natural, por onde sempre começava a convencel-os da necessidade da divina revelação. E estão estas grandes cousas como escondidas e ignoradas no mundo, no canto incognito de um livro portuguez, e o peior é, que de todo ignoradas, ou não attendidas pelos mesmos portuguezes.... Se os francezes tivessem feito aquelle livro, teria mais edições do que tem uma folhinha, ou de porta ou de algibeira; e ha quasi trezentos annos tem tido duas em Portugal!»” History of the life of Father Francisco Xavier and the religious fathers of the Society of Jesus. Lisbon. 1600. In folio (26x16 cm) with [iv], 908 [xxxviii] pags. Binding: a beautiful full calf replica tooled bind at covers and gilt at spine. Illustrated with one engraved frontispiece; one engraved plate from the tomb of St. Francis Xavier; and two portraits of the same apostle. Printed in two columns. Copy with minor renovations, and lacking page with the royal license (which was withdrawn from most of the copies at the time) which is added on a facsimile. First edition of a very rare and important history of Portuguese expansion in Asia. Azevedo e Samodães, 1856: 'Work of much merit for the history of our field missions and the East Indies during the second half of the sixteenth century. Its author is considered one of the best classics of our language, and this greatly contributes to the large and well-justified reputation justified estimates that enjoys the book, not only in national writers and bibliophiles, but also foreigners. The original copies of this edition, beautiful and exquisitely printed, are very rare'. Inocêncio III, 399. 'Padre João DE LUCENA, was born in 1550, and died in Lisbon in 1600. This work was translated into Italian, and printed by Zannetti in 1613; in Spanish, Seville, by Francisco de Lyra, in 1619 and 1699, and also in Latin. The Portuguese edition of 1600 is unusual and fairly estimated. Smooth style, and polished in the telling, in severe sentences, and careful choice of words, has been universally respected by our critics and philologists, all agreed to recognize and appreciate their great merit. P. Francisco José Freire says: 'Fr João de Lucena deserves to occupy a place among the masters because his life of S. Francis Xavier is written with such property, energy, and purity of Portuguese language. He was unjustly accused of using various terms devoid of classical authority. Worthy of our respect and appreciation for the notions that gives us, and the news that he alone among all travelers, gives us the customs, laws, and religion of many peoples of the Far East, and the inhabitants of the islands that form the Empire of Japan, and many others from the Pacific Ocean. They are worthy of the true philosopher the beautiful paintings of those disputes and altercations with the holy gurus and bonzes, exposing the principles of natural theology, which began convincing them of the necessity of the divine revelation. And these are big things hidden and ignored in the World, contained in a unknown corner of a Portuguese book - at all ignored or missed by the Portuguese themselves. If the French had done that book, would have more issues than a pocket leaflet; and nearly three hundred years after it had just two editions in Portugal. ' €12.000 406. LUCENA. (Armando de) A ARTE SACRA EM PORTUGAL. Empresa Contemporânea de Edições. Lisboa. 1946-1950. 2 volumes. De 28x22 cm. Com 283 e 275 pags. Encadernações da época com lombadas e cantos em pele. Profusamente ilustrados com gravuras no texto e em extra-texto. Exemplar com carimbos de posse. Obra impressa em sépia e com gravuras colocadas em locais apropriados no texto, mostrando todas as principais igrejas, conventos, mosteiros e peças sacras existentes em Portugal. €200 407. LUMBIER. (Raymundi) NOTICIA DE LAS SESENTA Y CINCO PROPOSICIONES nuevamente condenadas POR N. SS. P. INNOCENCIO XI. mediante su Decreto de 2 de Mayo del Año 1679. PUBLICALA EL REVERENDISSIMO P. M. Fr. RAYMUNDO LVMBIER, Cathedratico de Prima de la Vniversidad de Saragoça, Examinador Sinodal de su Arçobispado, Calificador de la Santa Inquisicion de Aragon, y de la Suprema, Predicador de su Magestad, y dos vezes Exprovincial de la Provincia de Aragon, del Orden de Nuestra Señora del CARMEN. RECONOCIDA POR SU AUTOR: DE NUEVO condenadas, y en muchas partes nuevamente añadidas. SETIMA IMPRESSION, AÑADIDAS LAS QVArenta, y cinco Proposiciones de Alexandro VII. LISBOA. Na Officina de Domingos Carneyro. Anno de 1683. In 4º (de 20x14 cm) com xii336 pags. Encadernação da época em pergaminho flexível. Obra impressa a duas colunas, folha de rosto a duas cores com cercadura decorativa. Exemplar com títulos de posse coevos rasurados na folha de rosto, apresentando manchas de humidade entretanto já desvanecidas pelo tempo. Trata-se provavelmente da primeira edição de duas publicadas em castelhano. Palau e Samodães referem ambos a obra com [xii] pags. preliminares inumeradas e 316 pags. de texto numeradas. O único exemplar existente na BNP apresenta menos 2 fólios preliminares inumerados [viii] mas confere com o nosso nas 336 pags. numeradas de texto. Palau 1990, IV, 299. Monteverde 3235. Samodães 1, 1866. Arouca L 386. €400 408. LUZ SORIANO, Simão José da. HISTÓRIA DO CERCO DO PORTO. Por … Bacharel formado na Faculdade de Medicina. Nova edição ilustrada. Precedida da biographia do auctor. Porto 1889 e 1890. A. Leite Guimarães – Editor. Obra em 2 volumes. De 31x23 cm.Com xxxvi, 886 e 889 pags. Encadernações da época com lombadas em pele. Ilustrado com gravuras coloridas litografadas sobre papel couché em extra-texto representando os uniformes militares; gravuras p/b com retratos dos comandantes militares e políticos de ambas as partes em confronto (das quais destacamos o retrato do Rei D. João VI); e com mapas desdobráveis do teatro de operações. Segunda edição e de luxo. Inocêncio VII, 278 e XIX, 223. “Luz Soriano, Bacharel formado em Medicina pela Universidade de Coimbra, Oficial-maior graduado da secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar, e chefe da secção de Marinha; deputado às Cortes pela Província de Angola nos anos de 1853 e seguintes, etc. Era estudante na universidade em 1828, quando se ligou á revolução constitucional do Porto, proclamada em 16 de Maio. Pelo malogro dessa revolução emigrou com os corpos que a sustentavam para Espanha, fazendo parte do batalhão de Voluntários Académicos, e de lá para Plymouth, onde ele e seus camaradas se viram reduzidos a condição de simples soldados, dando-se-lhes para quartel um casarão sem vidraças, e servindo-lhes de cama alguma palha nos primeiros dias. De Inglaterra passou para a ilha Terceira em Fevereiro de 1829, vindo depois na expedição ao Porto em 1832; em cujo cerco serviu militarmente, até entrar como amanuense de primeira classe na secretaria de Estado dos Negócios da Marinha em Dezembro do mesmo ano, e a esse respeito faz ele bem amargas considerações de pag. 532 a 536 do já citado livro. Poderia contudo moderar o seu justo ressentimento, consolando-se com a ideia de que não foi ele o único em quem se dessem então, e ainda hoje, iguais motivos de queixa; pois que nada tem sido infelizmente mais comum nesta nossa malfadada terra, que ver esquecidos e postergados mérito e serviços reais em graça daqueles, que mal poderiam alegá-los com verdade, se de tais provas carecessem para obter os favores da ventura. História do Cerco do Porto, precedida de uma extensa notícia sobre as diferentes fases políticas da monarquia, desde os mais remotos tempos até ao ano de 1820; e desde este mesmo ano até ao começo do sobredito cerco. A propósito desta obra lê-se na revista universal lisbonense: «o estilo é belo e corrente; adicionou muita coisa ao que já sobre a matéria se havia escrito, distinguindo-se principalmente por uma melhor critica que a dos seus antecessores. Contudo o autor não conseguiu elevar-se acima dos afectos de homem e de contemporâneo. Fazendo para isso esforços, só conseguiu mostrar que não era para a sua organização comportar alma tão vigorosa, qual as circunstâncias requeriam para depurar a verdade, e só a verdade... Enfim, afigura-se-nos que ainda não é este o livro sine ira et studio de que tanto carecemos» (este artigo é anónimo). O Duque de Palmela D. Pedro de Sousa Holstein, julgando que varias alusões e referências que no primeiro tomo desta obra se faziam à sua pessoa, e a actos por ele praticados, careciam de comentário ou rectificação, escreveu ou ditou para ser anexo àquele volume um opúsculo neste sentido. Solicitou do autor da história a permissão de que fosse nesta incorporado o dito opúsculo; e como ele a isso se prestasse, chegou a imprimir-se…” €400 409. MACEDO. (Diogo de) MACHADO DE CASTRO. Tipografias Silvas, Lda. Realizações Artis. Lisboa. 1958. De 31x26 cm. Com 148-vi pags. Encadernação inteira de pele com ferros a seco e rolados na lombada e nas cercaduras das pastas. Ilustrado no texto e com cxvii [117] estampas em extra-texto contendo um breve resumo das obras do escultor setecentista. Obra impressa sobre papel creme de elevada espessura. Exemplar de uma tiragem 1200/276. €300 410. MACEDO. (Diogo de) OS ROMÂNTICOS PORTUGUESES. Por… [Editora] Realizações Artis. Lisboa. 1961. De 31x26 cm. Com 128-ix pags. Encadernação do editor com lombada e cantos em pele. Profusamente ilustrado em extra texto com xcix [99] gravuras a p/b e a cores reproduzindo pinturas do século dezanove. Tiragem de 1100/416 exemplares. €120 411. MACHADO DE CASTRO. (Joaquim) ANALYSE GRAFIC’ORTHODOXA, E DEMONSTRATIVA, De que sem escrúpulo do menor erro Theologico, a Escultura, e Pintura podem, ao representar o sagrado Mysterio da Encarnação, figurar vários Anjos: DEDICADA AO PRINCIPE REGENTE NOSSO SENHOR PELO AUTHOR DA MESMA OBRA JOAQUIM MACHADO DE CASTRO, PROFESSO NA ORDEM DE CHRISTO, ESCULTOR DA CASA REAL, E OBRAS PUBLICAS, E POR SUA ALTEZA REAL DIRECTOR DE TODA A ESCULTURA DO SEU NOVO REAL PALACIO, E MAIS OBRAS REAES, O qual expõe fielmente os motivos que teve para projectar dous Anjos acompanhando a imagem de N. Senhora da Encarnação, que executou no principio do anno de 1803 para a Freguesia do mesmo título: declarando a causa de omittir os ditos Anjos, e mostrando ser erro d’Arte achar-se nesta configuração (segundo o sítio e circunstancias delle) hum só Anjo: e não ser erro de Religião esculpirem-se dous Anjos, não obstante declarar o Evangelho só o Arcanjo S. Gabriel. Allegando em apoio da sua idèa as regras das Artes Graficas, e algumas razões Theologicas de congruência, inclusas nas Santas Escrituras, authoridades de alguns Santos Padres, e Sagrados Expositores, etc. E para declaração de circunstancias acompanham esta Obra duas Estampas gravadas ao boril. LISBOA NA IMPRESSÃO REGIA. ANNO 1805. POR ORDEM SUPERIOR. In 4º (de 21x16 cm) com [xvi]-77 pags. Brochado precisa ser encadernado. Ilustrado com 1 (de 2) gravuras. Exemplar com falta de uma das gravuras mencionadas; pequena rasura da época na descrição do número de estampas que acompanham a obra, e apresentado leve pico de traça da página de rosto. Inocêncio IV, 125 e 126: “Analyse graphicoorthodoxa, e demonstrativa de que sem escrupulo do menor erro theologico, a esculptura e pintura podem, ao representar o sagrado mysterio da Encarnação, figurar varios anjos, etc. Lisboa, na Imp. Regia 1805. 4.º gr. de XVI 77 pag., com duas estampas” €300 412. MACHADO. (José Pedro) e Viriato Campos. VASCO DA GAMA E A SUA VIAGEM DE DESCOBRIMENTO. [Por]... e ... Com o patrocínio da Sociedade de Língua Portuguesa. Edição da Câmara de Lisboa. Lisboa. De 24x18 cm. Com xii-271 pags. Encadernação em marroquin vermelho com finos ferros a ouro na lombada e nas cercaduras das pastas. Ilustrado. Exemplar de uma tiragem nº 600/3 ex. destinados a ofertas especiais do Presidente da Câmara Municipal de Lisboa: e com dedicatória do mesmo dirigida ao Cardeal Patriarca de Lisboa. Obra com a leitura actualizada e estudo crítico do relato anónimo da viagem da descoberta do caminho marítimo para a Índia. €80 413. MADUREIRA FEIJÓ. (João de Morais) ORTHOGRAPHIA, OU ARTE DE ESCREVER, E pronunciar com acerto A LINGUA PORTUGUEZA. PARA USO DO EXCELLENTISSIMO DUQUE DE LAFOENS. PELO SEU MESTRE JOAÕ DE MORAES MADUREIRA FEYJÓ, Da Nobilissima Casa dos Morgados de Parada, Solar dos Madureyras Feyjós deste Reyno, Bacharel em Theologia, e Prior que foi da Igreja Parochial da Villa de Ansaã. Divide-se em tres Partes, a primeira de cada hua das letras, e da sua pronunciaçaõ. Das vogaes, e Dithongos. Dos accentos, ou tons da pronunciaçaõ. A segunda de como se dividem as palavras. Da pontuaçaõ, alguas abbreviaturas, conta dos Romanos, e Latinos, Calendas, Nonas, e Idos. A terceira dos erros do vulgo, e emendas da Orthographia, no escrever, e pronunciar toda a lingua Portugueza, verbos irregulares, palavras dubias, e as suas significaçoens. Huma breve instrucçaõ para os Mestres das Eschólas. Segunda Impressaõ. COIMBRA: Na Officina de LUIS SECCO FERREIRA, Anno de 1739. In 4º (de 21x16 cm) com [vii], 548, [ii] pags. Encadernação da época inteira de pele. INOCÊNCIO III, 422: 'João de Morais Madureira Feijó, Jesuíta, Bacharel em Teologia pela Universidade de Coimbra, e Prior na vila de Ançã, bispado da mesma cidade. Nasceu nas proximidades de Bragança, na freguesia de S. Gens de Parada, em 1688, e morreu em 1741. O Padre Madureira tem sido sempre reputado por um dos mais conspícuos expositores do método gramatical do jesuíta Manuel Alvares, porque em seu tempo se ensinava nas escolas de todo o reino. Veja-se porém, no que diz respeito à inutilidade da Arte, e ao detrimento que ela viera causar aos estudos da boa latinidade o que diz João Pedro do Valle (isto é, o professor Antonio Félix Mendes) na terceira carta das que publicou com o título Memorias para a historia literaria de Portugal. «ORTHOGRAPHIA, ou arte de » [etc] Lisboa, por Miguel Rodrigues 1734. Segunda edição, Coimbra, por Luis Secco Ferreira 1739. 4.º de VIII 548 pag. Multiplicaram-se depois as edições sucessivamente, sempre com a indicação de mais correctas, ate á decima, que é de Lisboa, 1824. Depois desta saíram ainda não sei quantas. Uma que tenho presente, com a designação de nova edição mais correcta é de Lisboa 1836. O caso é que todas se acham hoje exaustas, por modo que se trata de publicar com toda a brevidade uma, que me dizem estar no prelo'. €300 414. MAFFEI, Giovani Pietro. LE ISTORIE DELLE INDIE ORIENTALI DEL REV. P. GIOVANI PIETRO MAFFEI DELLA COMPAGNIA DI GIESV. TRADOTTE DI LATINO IN LINGVA TOSCANA da M. Francesco Scradonati Fiorentino. Con vna scleta di littere scritte dell’Indie, fra le quali v ene sono molte non più stampate, tradotte dal medesmo. COM INDICI COPIOSI. IN FIORENZA, PER FILIPPO GIVNTI M. D. LXXXIX. [1589] In 4.º de 21,5x15 cm. com [L], 930, [vi] pags. Encadernação da época em pergaminho flexível. Impressão em caracteres rotundos sem parágrafos. A primeira edição desta obra foi publicada em Florença 1588. O P. Maffei esteve doze anos em Portugal, a recolher elementos para escrever esta obra, parece que se baseou no manuscrito de inédito de Acosta. Obra que relata os descobrimentos portugueses e os trabalhos das missões jesuíticas na Índia, Índias Orientais, América, Pérsia Japão, China, Brasil (com três capítulos) e outras partes da América. A segunda parte trata das cartas de S. Francisco Xavier, inclui no final cartas de Luís de Almeida, de Luís Frois do Japão e Francisco Henriques do Brasil. Azevedo-Samodães 1934. Descreve uma edição de Antuérpia 1605. “Esta História das Índias do P.e Maffei, autor italiano mas que escreveu em latim, é muito para estimar. O sr. Pinheiro Chagas na sua «Historia de Portugal» tomo 4. pag. 325, confessando não a possuir, exprime-se a seu respeito desta forma: «dos escritores estrangeiros foi Maffei que tratou especialmente do descobrimento da Índia pelos portugueses, e veiu a Portugal de propósito para colher informações fidedignas.» A obra compreende também uma parte consagrada ao [Japão e] Brasil.' Classical work on the history of discovery and mission in America, India and Japan, assembled in Lisbon from original sources. 'Writes extensively about Brazil, describing it very accurately' (BdM).Fr. Maffei was twelve years in Portugal in order to gather information to write this book. I it seems that he relied on the unpublished manuscript of Acosta. In his work he reported the Portuguese discoveries and the of the missions of the Jesuit in India, East Indies, America, Persia, Japan, China, Brazil (three chapters) and other parts of America. The second part deals with the letters of S. Francisco Xavier, including the final two letters of Luís de Almeida and Francisco Henriques coming from Brazil. The first edition of this work was published in Florence, in 1588. Azevedo-Samodães, 1934, describes a copy from Antwerp, 1605: 'The History of the Indies of Father Maffei, Italian author who wrote in Latin and deserves to be taken in account. Mr. Pinheiro Chagas in his 'Historia de Portugal' (Volume 4. pag. 325) expresses himself in this way: 'amongst the foreign writers who studied the discovery of India by the Portuguese, was particularly Maffei who came to Portugal on the purpose to gather reliable information. The book also includes a part concerning to [Japan and] Brazil.' €3.000 415. MAGALHÃES. (João Jacinto) NOVO EPITOME DA GRAMATICA GREGA DE PORTO REAL. ACOMODADO NA LINGUA PORTUGUEZA PARA UZO DAS NOVAS ESCOLAS. POR MANDADO DE SUA MAGESTADE FIDELISSIMA EL REI D. JOZÉ O I. NOSSO SENHOR. LISBOA. M.DCC.LX. [1760]. In 8.º de 18x10 cm. Com (xvi) -382 pags. Encadernação da época inteira de pele. Exemplar com vestígios de traça marginais nas primeiras páginas sem afectar a mancha tipografica. Inocêncio III, 385: “João Jacinto de Magalhães, um dos portuguezes que no seculo XVIII se tornaram conhecidos na Europa por suas producções scientificas, foi natural da cidade de Aveiro, e não de Lisboa como alguem erradamente affirmou. Nasceu em 1722, e aos onze annos d'edade entrou na congregação dos Conegos regulares de Sancto Agostinho, onde depois professou, tomando o nome de D. João de Nossa Senhora do Desterro. Descontente ao que parece do estado que abraçára, solicitou e obteve da Curia Romana um breve de secularisação, e sahiu de Portugal para Inglaterra pelos annos de 1764, segundo se diz. Alli se applicou com feliz resultado aos estudos da physica, para cujos progressos concorreu notavelmente, como se vê das obras que publicou. Foi Membro da Sociedade Real de Londres, e Socio da Academia das Sciencias de París, das de Madrid, S. Petersbourg, e de outras mais, etc. Depois de viajar por algum tempo em diversos paizes da Europa, fixou a sua residencia em Londres, e a final morreu em Islington a 7 de Fevereiro de 1790'. €150 416. MAIS. (S. P. B.) MADEIRA HOLIDAY. With a diary by Gillian Mais. Alvin Redman Limited. London. 1951. De 21x14 cm. Com 207 pags. Encadernação do editor. Ilustrado com fotogravuras em extra-texto. Obra autobiográfica e de viagens turísticas, contendo imagens da Madeira e do grupo de amigos e familiares da autora. Exemplar preserva sobrecapa decorativa de protecção. €80 417. MALHEIRO DIAS. (Carlos) HISTÓRIA DA COLONIZAÇÃO PORTUGUESA DO BRASIL. Primeira parte: O Descobrimento. Volume I - Os precursores de Cabral. O Descobrimento. Volume II - A Epopeia dos Litorais. Segunda parte: A Colonização. Volume III - A Idade Média Brasileira (1521-1580) Edição monumental comemorativa do primeiro centenário da independência do Brasil. Direcção e coordenação literária de Carlos Malheiro Dias e Jaime Cortesão. Direcção cartográfica do Conselheiro Ernesto de Vasconcelos. Direcção artística de Roque Gameiro. Litografia Nacional: Porto. MCMXXIV [1924]. Obra em 3 volumes. De 39x28 cm. Com 275, 458 e 395 pags. Encadernações da época inteiras de pele com ferros seco nas pastas e nas lombadas. Profusamente ilustrado a cores com gravuras em extra-texto e no texto reproduzindo desenhos do pintor Roque Gameiro. Exemplar com título de posse e de arrumação sobre as folhas de rosto. Obra monumental sobre a presença portuguesa no Brasil, colaborada pelos principais autores portugueses da época, Júlio Dantas, Luciano Pereira da Silva, Duarte Leite, Jaime Cortesão, Carlos Malheiro Dias, Carolina Michaelis de Vasconcelos, António Baião, Francisco Maria Esteves Pereira. Contém capítulo com uma importante e muito detalhada explicação sobre astrolábios náuticos, quadrantes, balestilhas, tabelas e regimentos solares e estelares usados nas navegações quinhentistas. €300 418. MALON. (Benoît) LE SOCIALISM INTÉGRAL. I. Histoire des Théories et Tendances Générales. II Deuxiéme partie: Des Réformes possible et des moyens pratiques. Par B. Malon. Félix Alcan Libraire-Éditeur. Librairie de la «Revue Socialiste». Paris. 1894. Obra em 2 volumes. De 23x16 cm. Com 465 e xx-460 pags. Encadernações da época com lombada em pele. Ilustrado com um retrato do autor em anterrosto. €120 419. MANFREDI, Girolamo. Opera nuoua intitulada il Perche vtilissima ad intendere le cagioni de molte cose: y maximamente alla conseruatione della sanita: Et phisionomia. Et virtu delle berbe. Nouamente stampata. M.D.XXXVI. [1536] COLOFON: Stampato in Venetia per Francesco bindoni & Mapheo pasini cõpagni: Nel ano del Signore. 1526. Adi. 18. del mese di Setembre. In 8.º de 15x10,5 cm. Com [15], 128 fólios. Encadernação recente inteira de pele com ferros a seco nas pastas. Impressão adornada com xilogravura com a marca do impressor na folha de rosto, uma capitular de belo efeito, no texto utilizaram-se caracteres rotundos (perguntas) e góticos (respostas). Edição do século XVI desta popular obra de Girolamo Manfredi, impressa pela primeira vez em 1474, em Bolonha. Dividida em dois livros, trata no primeiro da forma de conservar a saúde e no segundo sobre assuntos vários, principalmente sobre a anatomia do corpo humano. Escrita em forma de perguntas e respectivas respostas, é composta por um total de 565 perguntas. A data do frontispício difere da do colofón, constando no primeiro a data de 1536 em numeração romana e no segundo, a de 1526. Exemplar com leves picos traça marginais. Muito raro. Girolamo Manfredi (Bologna, 1430-1493) foi um dos maiores mestres da Universidade de Bologna, na segunda metade do século XV. Médico e astrólogo bolonhês, rapidamente alcançou uma grande reputação que atravessou as fronteiras da universidade. Entre os seus concidadãos, era especialmente famoso pela sua fecunda atividade no campo das previsões astrológicas. Foi médico pessoal de grandes figuras da sua cidade. Ficou conhecido para a posterioridade pelo extraordinário sucesso da sua obra Il Perche, tratado com uma compilação enciclopédica original dos conhecimentos médicos da sua época, reeditado até o século XVII. Foi também autor de um tratado sobre a peste e um trabalho sobre anatomia. Binding: recent replica of contemporary style (full calf) blind tolled at folders. Illustrated with woodcut printer's device at the title page, and ornamental initial . Copy with slight marginal worming. Very rare. Text printed with rotund characters (questions) and gothic characters (responses). Comprises a total of 565 questions. Edition of this popular 16th century work of Girolamo Manfred first printed in 1474 - in Bologna. Divided into two books: the first is the way of maintaining health; and in the second book various issues on the anatomy of the human body. The date differs at the frontispiece and colophon: the first dates 1536 in Roman numerals and the second 1526. Girolamo Manfredi (Bologna, 1430-1493) was one of the greatest masters of the University of Bologna in the second half of the 15th Century. Doctor and astrologer, he quickly achieved a reputation that crossed the boundaries of the university. He was especially famous for his fruitful activity in the field of astrological predictions. He was a personal physician of the great families of his city. He was known to posterity by the extraordinary success of his work Il Perche, treated with an encyclopedic compilation of original medical knowledge of his day, reprinted until the 17th Century. He was also the author of a treatise on the plague and a work on anatomy. €3.000 420. MANUSCRITO - COSTUMES DO REAL MOSTEIRO DE BELEM - 1745. Costumes do Real Mosterº de Bellem Dos quaes ainda algum defira accidentalm[ente], do que na mesma materia dispoem, e ensina o nosso Ordinario, que aqui por muytas vezes se alêga, reformado pelo Revmo. Fr. Martin de la Vera, e impresso em Madrid no anno de 1636, que he o que devemos observar; se advirta que este mesmo Rituâl da Ordem recomenda repetidas vezes que em nada altêrem, antes estejam todos peloque for costume em cada Caza: e os Costumes, q[ue] nesta hà, e nam estàm antiquados sam os que os que aqui se escrevéram por Ordem do Revmo. Pe. Fr. Manoel de Sto. Antonio, sendo Prior Gerál no anno de 1745. In fólio (de 28x22cm) com [ii], 94 pags. Encadernação [original] da época inteira de pele marmoreada com nervos e ferros a ouro na lombada (representando querubins); e ferros rolados nas esquadrias das pastas. Corte das folhas carminado. Apresenta carimbo comercial do século XIX na folha de guarda [Livraria Antiga e Moderna, Rua de São Nicolau, 113, Lisboa]. Título unificado no rótulo da lombada: CVST DO O DEBEL [Costumes do Convento de Bellem] Manuscrito a uma só mão, firme e legível, composto em várias etapas (nuances da tinta) e com as 2 páginas iniciais inumeradas acrescentadas no final da sua execução. No início de cada capitulo apresenta os respetivos títulos. Manuscrito contendo a Regra interna ou regulamento do ritual e da vida monástica dos monges jeronimitas do Mosteiro de Santa Maria de Belém ou, vulgo, Mosteiro dos Jerónimos. Não são conhecidas outras referências a manuscritos ou obras impressas com este tema da organização quotidiana da vida desta 'Comunidade' tal como é referida em cada capítulo. Existe contudo na BNP outro manuscrito contemporâneo do presente, contendo a orgânica do Capítulo [Assembleia Geral] do Mosteiro dos Jerónimos, complementar das regras da presente obra, guardado [Título: Compendio das ceremonias do capítulo geral dos Monges]. O Mosteiro dos Jerónimos é um mosteiro manuelino, testemunho monumental da riqueza dos Descobrimentos portugueses. Situa-se em Belém, Lisboa, à entrada do Rio Tejo. Constitui o ponto mais alto da arquitectura do manuelino, sendo o mais notável conjunto monástico do século XVI em Portugal e uma das principais igrejas-salão da Europa. Destacam-se no mosteiro o seu claustro completado em 1544, e a porta sul de complexo desenho geométrico. Os elementos decorativos são repletos de símbolos da arte da navegação e de esculturas de plantas e animais exóticos. O Mosteiro dos Jerónimos foi reconstruído e ampliado para exercer funções civis no final do século XIX; declarado Monumento Nacional em 1907; e em 1983 a UNESCO classificou-o como 'Património Cultural de toda a Humanidade'. Em 2007 foi eleito como uma das sete maravilhas de Portugal. No Mosteiro dos Jerónimos encontram-se entre outros os túmulos dos reis D. Manuel I e sua mulher, D. Maria, D. João III e sua mulher D. Catarina, D. Sebastião e D. Henrique, de Vasco da Gama, de Luís Vaz de Camões, de Alexandre Herculano e de Fernando Pessoa. Em 2010 teve 644729 visitantes, sendo 92 % estrangeiros. O mosteiro deve o nome à Ordem de São Jerónimo aí estabelecida até 1834. Para perpetuar a memória do Infante D. Henrique, pela sua grande devoção a Nossa Senhora, e ainda pela crença em S. Jerónimo, o rei D. Manuel I decidiu fundar o Mosteiro de Sta. Maria de Belém, perto da cidade de Lisboa nos últimos anos do século XV. Os monges teriam como funções, entre outras, de rezar pela alma do rei e prestar assistência espiritual aos navegadores que da praia do Restelo partiam para descoberta do mundo. A Ordem de São Jerónimo é uma ordem religiosa contemplativa. A jornada do monge jerónimo é dedicada ao trabalho, a tarde é dedicada a exercícios próprios da vida contemplativa e intelectual (oração, leitura, estudo, etc.). A leitura desta regra costumeira informa-nos que, no decurso do dia e da noite, santificando cada hora, os monges celebravam cantando a Liturgia das Horas e participavam na missa e em várias procissões conventuais reunidos em comunidade, sujeitando-se a uma estrita hierarquia e a um minucioso ritual litúrgico. O mosteiro, bem como esta sua regra interna, sobreviveram ao Terramoto de 1755. O manuscrito não apresenta um indice das matérias, que no entanto aqui reunimos: COSTUMES DO CORO, E IGREJA: Matinas Cantadas; Laudes cantadas; Capas em vésperas e Laudes de 1ª Classe; Vesporas de 2ª Classe; Vesporas de Duples Mayores; Vesperas de Duples Menores; Vesperas Semiduples; Completas Cantadas; Oraçam Mental; Missas Cantadas; Missa Ultima; Missa post Majorem; Missa da Prima; Renovaçam; Comunham da Escola e dos Monges que nam sam sacerdotes; Procissões; Procissam do Corpo de Deos; Procissam do Enterro. OFFICIOS DO MOSTEIRO E SUAS OBRIGAÇÕES: Obrigações do Nosso Reverendo padre Prior Geral; Obrigações do Reverendo Padre Vigário; Obrigações do Padre Subvigário ou Assignado; Mestres das Cerimonias; Hebdomadario; Diácono; Subdiácono; Acolitos; Thuribulario; Cantor; Responsoria; Correitores do Canto; Correitores da Letra; Mestre da Cappella; Organista; Lucernario do Coro; Correitores do Refeitorio; Sacristão môr; Sacristão menor; Mestre dos Novicios; Porteiro Mayor; Procurador de Fora; Procurador de Margaride; Procurador da Caza; Padre Cerqueiro; Quinteiro da Palmeyra; Arqueiros; Celeiro e Adegueiro; Pomeiro do pomar grande; Pomeiro do pomar pequeno; Hortulam [hortelão]; Roupeiros Môr e Menôr; Enfermeiros Môr e Menor; Barbeiro; Lucernais do Dormitório; Sineyro e Relogieiro; e Campos. Seguidamente transcrevemos algumas passagens do manuscrito, como exemplos, referentes aos aspectos do protocolo da oração, da leitura, do estudo, e do trabalho: 'Missa Ultima: A missa ultima se deita por taboa aos Padres Confessores que tendo de 40 anos de habito para baixo até 30, e vai do Coro no fim da Gloria, e da Sacristia ao Ofertório da Missa do dia, e o Padre Sacristão terá como cuidado prover Acolito para ajudar. Esta missa se diz no Altar de Nossa Senhora, ou no Altar do Nosso Padre, para que a ouçam do Ante-coro os Monges enfermos, que não puderem ir abaixo nem tiverem comudidade para ouvir outra. Sendo a Missa de Defuntos sai esta ao introito dela'. Arqueiros: O Padre Arqueiro mór é eleito pela Comunidade, ou com o consentimento desta, o nomeia em Capitulo o Prelado, e por tábua nomeia o menor. A Arca tem três chaves, cada um dos Arqueiros tem uma, e o Prelado outra. Nela se guarda o dinheiro e as peças de ouro, e prata mais preciosa do Mosteiro, e em saco próprio se guarda também o dinheiro ao Quindénio [semana]. Ambos os ditos Arqueiros devem saber, e dar relação de todas as graças e previlégios concedidos ao Mosteiro, e também de todas as escrituras e arrendamentos não estando a outrem encomendada esta obrigação. Não podem ambos ir fora; indo um deve ficar em casa o outro, e o que vaqi deixa a chave da arca ao prelado, para que sendo assim preciso chame algum monge que supra a sua falta. No domingo assistem ambos em arca com o Prelado a tomar contas ao Procurador; e as tomam a todos os que as devem dar em arca. Os Livros de Receita; e Despesa corre por contas de ambos guarda-los na arca com cuidado em forma que se não rompam, nem se lhe arranque ou risque alguma folha. Para certeza e cautela das contas devem somar com cuidado as semanas, e os meses, fechando-os em cada ano de per si; por desta sorte, um ano ensinna, e pede contas ao outro, e fica-lhe mais fácil, e segura em o fim a soma de todo o trienio'. Correitores da Letra: Também se nomeiam dois monges, que frequentem o coro, e sejam destros na Gramática para emendarem os erros que se derem no Latim, e também na pausa ao dizer as Lições, no Coro a cuja leitura assiste o Correitor primeiro, e em sua falta o segundo. (...) Todas as vezes que o Correitor emendar algum erro, o que o deu, sem repugnancia, nem replica alguma repita a emenda, e sendo o Correytor, o que errou, apenas que conhecer o erro, diga logo sua culpa, e assim como nisto mostra humildade, também da mesma deve usar, e de grande modéstia quando emenda' [etc]. Cerqueiro: O Padre Cerqueiro tem a seu cargo tudo o que pertence à Lavoura, e abegoaria do cerco, tanto no governo como na despesa e receita de tudo, de que dá contas em arca ao Prelado todos os anos. Por sua conta corre hoje pagar aos Criados do cerco, e despedi-los e recebe-los, conforme a experimenta, que´é mais util ao serviço do mesmo cerco' [etc]. €3.600 421. MANUSCRITO - GENEALOGIA. QUEIRÓS E VASCONCELLOS, António Peixoto. NOBILIÁRIO DAS FAMÍLIAS ILUSTRES DE PORTUGAL ordenado por… S/d [Séc. XVIII]. 3 volumes. De 34x23 cm. Encadernações da época com lombadas em pele. Tomos manuscritos a duas mãos firmes e regulares. Conjunto de 3 volumes desta notável genealogia setecentista que Eduardo Azevedo Soares (Carcavelos) na sua importante e competente “Bibliografia Nobiliarquica Portuguesa” classifica como trabalho de “muito merecimento” acrescentando que alguns volumes apresentam a data de 1775. O mesmo bibliógrafo refere ainda que a obra seria composta de pelo menos 27 volumes dos quais a maior parte “pertencem à Livraria do Conselheiro Alexandre Ferreira Cabral Paes do Amaral e os restantes à Torre do Tombo”. Hoje em dia confirma-se na Torre do Tombo a presença de 14 volumes. Descrevem-se os rostos dos volumes aqui presentes: Tomo 3º da Letra C, que contém o Título de Cunhas; Cavalgantes; Cazaes; Cabraes; Camões; Coimbras; Cottas; Carvalaes; Codornigas; Couros; Cadenas; Carregueiros; Carreiros; Corrutelos; Casqueiros; e Covas. Com 259 fólios numerados. Exemplar apresentando remoção de ex-libris no interior da pasta de encadernação. Tomo 1º da Letra F (Letra F. Tomo 1º) [Com os títulos de]: Freires; Figueiras; Figueiroas; Falcoens; Freitas; e Farias. Com 363 fólios numerados. Exemplar com título de posse na folha de guarda: “Desembargador Henriques F”. Tomo 2º da Letra S, Título da Familia de Souzas; Soares de Alb[ergaria]; Salazares; Seabras; Seixas; e Simas. Com 276 fólios numerados. Ilustrado com um esboço a carvão de uma embarcação “Muleta do Seixal” precedendo o título Seixas (fólio 201 verso). €1.200 422. MANUSCRITO - MACEDO RIBEIRO, José. LIVRO DOS SOLDOS DOS RECRUTAS. LAMEGO. 28 DE MAIO DE 1798 – 20 DE NOVEMBRO DE 1798. De 29x20 cm. Com 61 fólios numerados e rubricados conforme fecho do livro. Em colofón: “Tem este livro sessenta e uma meias folhas - – de papel com esta do encerramento que todas vão numeradas e rubricadas o meu sobrenome de Macedo o que fiz em Virtude da Comissão que me foi dada no principio deste mesmo. Lamego 30 de Maio de 1798. Jozé de Macedo Ribeiro”. Encadernação da época inteira de pele com ferros a seco nas pastas e nervos na lombada. Volume completamente preenchido com dois manuscrito a duas mãos sobre papel timbrado. O manuscrito B apresenta falta devido a rasgo dos fólios ou meias folhas (da nº 29 à nº 33 inclusivé), no entanto o texto encontra-se completo, pois quando estes fólios em branco foram retirados ainda não se tinha escrito o segundo manuscrtio. A) Manuscrito original com folha de rosto que antecede o primeiro fólio numerado e rubricado, apresentando o título de abertura: “Dou Comissão ao Tabelião Jozé de Macedo Ribeiro para que no meu impedimento numere e rubrique este Livro, que há-de servir para o pagamento dos Soldos dos Recrutas, mandados fazer por Ordem do Principe Nosso senhor expedidas pela Intendencia Geral de Policia da Corte e Reino, e no fim fará encerramento. Lamego 28 de Maio de 1798”. Tendo o manuscrito inicial perdido a sua função em 1799, foi aproveitado em 1860 o restante papel em branco para um manuscrito [B], contendo apontamentos de jurisprudência, e aproveitando todas as páginas remanescentes em branco. A folha de rosto do manuscrito B encontra-se no fólio 15: 'Apontamentos feitos por Arthur H. Ribeiro Vaz de Carvalho, Bacharel formado em Direito. Começados em 3 de Junho de 1860', os quais começam aproveitando a folha de guarda, com os seguintes títulos, entre outros: 'Conhecimento do Imposto de Permutação e trocas'; 'Assento de... 1817'; Será Válida a legação de coisa alheia? Resposta de Gouveia Pinto'; 'Se a coisa legada estava empenhada. Quid juris?'; 'Assento da Casa da Suplicação de 14 de Julho de 1820'; Serão incapazes de receber por testamento os filhos de certo danado?'; 'Proposta de Lei com o Competente Relatório sobre vinhos apresentado ás Cortes pelo ministro das obras publicas, Comércio e industria António de Serpa Pimentel' [parece não ter seguimento no texto]; 'Petição de abolição de atravessadouro'; 'Embargo de obra nova'; 'Acção de foros'; 'Petição de assistência'; 'Artigos de habilitação', Duas questões resolvidas por C[orreia?] Telles acerca de testamentos'; 'Será sustentável em Direito a substituição nos prazos de livre nomeação'; 'Casos que exigem presunção especial'; 'Públicas Formas'; etc, etc. €300 423. MANUSCRITO – METHODO DE ENSINAR CAVALLOS – SÉC. XVIII. ANÓNIMO. Interpretaçaõ do Segundo Livro de Novo Methodo de ensinar Cavallos composto pelo Príncipe Guilherme Marques e Conde Neucáste [William of Newcastle, 1592-1676] com hum appendice de Addicoes e Reflexões, que o mesmo Autor addicionou à sua obra [1667], em que se ensina a trabalhar os Cavallos seg[undo] a ordem da Natureza. E aperfeiçoar a natureza com a subtileza da Arte. S/L [Vila Real ou Bragança?]. S/d. [circa 1740-1760]. De 21x15 cm. Com 80, [iii] fólios. Encadernação da época inteira de pele [restaurada com folhas de guarda novas e rótulo novo] com nervos e ferros a ouro na lombada. Profusamente ilustrado com 24 figuras desenhadas no texto [esquemas da colocação das mãos e pés do cavalo nas pistas em movimentos de espádua adentro]. Manuscrito de Manejo, ou Alta Escola Equestre, com exercicios ilustrados para 2 e para 4 pistas. Obra escrita a uma só mão firme e regular, utilizando sempre a mesma nuance de tinta; fólios numerados e colofón (Finis Laus Deo). Título de posse após o colofón (Este libro he de Manoel António de Figueiredo Sarmento). Últimos 3 fólios constituem aproveitamento das folhas de guarda para apontamentos apócrifos (com receitas de bolos, xaropes e bebidas), i. e. não relacionados com a obra. O primeiro parágrafo informa-nos genericamente do conteúdo do manuscrito, e o segundo parágrafo das razões da sua produção: “O ter sido tão geralmente aceite este Novo Método e Arte de Cavalaria, faz com que não pareça ociosa esta interpretação e mesmo atentamente a ler se descobrirá o grande merecimento do seu Autor [William of Newcastle] que sendo já tão ponderado em tanto Mundo, não será em Portugal que principia a continuar o mesmo aplauso à Lição que se fez do Segundo Livro, e Apendice, pois foi por ele se inclinar nestas duas partes, o mais preciso, fundamental, e proveitoso desta Grande Arte: Exposto que todo o Corpo da obra como produção do mesmo elevado Espírito enorme e excelentes Doutrinas; naquelas Duas partes se contem as de que mais principalmente se deve instruir um novo, e valoroso Cavaleiro: nem o interprete se atreveria a passar destes Limites, por não exceder os termos da própria experiência [etc]'. O manuscrito não contém indicação do autor ou escriba do mesmo, no entanto supomos - através do título de posse, e da utilização da letra b por v - ter sido elaborado no norte de Portugal, possívelmente em Vila Real ou Bragança que são localidades do seu possuidor, e onde na mesma época (1762) Paiva e Pona, Monteiro-mór de Vila Real, foi autor da obra «Manejo Real, Escola Moderna da Cavallaria de Brida. Para os Cavalleiros conseguirem esta scientifica faculdade : Novo Methodo para Desembaraçar os Potros, unir os Cavallos, vencer os resabiados, e reduzillos a huma total obediência». Sendo este tema da obediência do cavalo a continuação do colofón do manuscrito: “Como um Cavaleiro logo concluo ser preciso que o cavalo saiba que o cavaleiro é o seu Senhor, isto é que tema, e logo o cavalo lhe obedecerá e nestes termos já se pode chamar ensiná-lo. Finis Laus Deo”. O manuscrito não apresenta um índice das matérias, que no entanto aqui reunimos: Introdução. Cap. 1º Do perfeito assento e das acções do Cavalo, Assento da sela, Postura e firmeza do corpo, Pés nos Estribos, Lugar da mão, Proporção da Vara, Postura da Vara, Repreende-se a afectação, Aprova-se o assento. Cap. 2º Das Acções ou movimentos do Cavalo em todos os seus passos naturais; Definição do passo, Definição do trote, Definição da andadura, Definição do galope, Definição da carreira, Reprova-se a andadura, Condena-se ir o cavaleiro falso no galope; Primeiro modo de ir falso. Cap. 3º Dos Movimentos artificiais das pernas e mãos de um cavalo. Cap. 4º Do modo com que costumo prender as rédeas no cabeção de que costumo servir-me; Utilidades deste modo de cabeção. Cap. 5º Como se deve manejar a primeira vez um cavalo bruto para o montar para a mão direita por um círculo largo com o cabeção referido; Ajuda do ombro…sendo as duas espáduas do cavalo trabalhadas deste modo; Primeira lição para um Potro ou Cavalo Novo a trote para a mão direita; Primeira Lição para um Potro trotar para a mão esquerda. Cap. 6º Quando e como se deve galopar um cavalo; Galope para a mão direita; Postura do cavalo no galope; A Ajuda da Rédea, e Perna; Galope para a mão esquerda; Cap. 7º Como se deve parar um Cavalo; Advertências para recuar; Fundamento de todos os Manejos. Segunda ordem de Lições – Cap. 8º Método de Trabalhar a garupa de um Cavalo para a mão direita. Cap. 9 Como se deve trabalhar a garupa de um cavalo para a parte esquerda. Cap. 10º Método Novo e verdadeiro de trabalhar a garupa de um cavalo a passo, que é a acção do trote, a garupa próxima ao centro que é o pilão. Cap. 11º Para trabalhar um Cavalo na passage, ou passo que é a acção do trote para a mão esquerda. Cap. 12º Para trabalhar a mão direita do Cavalo, ou a garupa do Cavalo da parte de fora. Cap. 13º Para trabalhar à mão esquerda do Cavalo, ou a garupa do Cavalo da parte de fora; Cap. 14º Para trabalhar para a mão direita um cavalo em seu comprimento, no passo, ou passagem que é a acção do trote; Cap. 15º Para trabalhar um cavalo para a mão esquerda em seu comprimento, no passo, ou passagem que é a acção do trote. Cap. 16º Novo, e verdadeiro método de ensinar um cavalo a andar terra a terra. Cap. 17º Terra a terra para a mão esquerda. Capº 18º Para meter um cavalo entre dois pilões pelo método antigo. Capº 19º Lição excelente para todos os cavalos assim pesados, como ligeiros de rédea. Terceira continuação das Lições, a qual trata do conhecimento do freio - Cap. 20º Do modo e Arte como se ensina ao Cavalo o conhecimento do freio. Cap. 21º Para trabalhar um Cavalo terra a terra para a mão direita, o cabeção preso na maça da sela, e a rédea na mão esquerda. Quarta Continuação das Lições – Cap. 22º Para trabalhar um cavalo com falsas rédeas. Quinta Continuação das Lições - Cap. 23º Para trabalhar um Cavalo com a Rédea só, andando as rédeas separadas nas duas mãos. Sexta Continuação das Lições que serve para trabalhar um Cavalo com a Rédea na mão esquerda somente – Cap. 24º para trabalhar um Cavalo com a Rédea na mão esquerda somente… e assim obedecendo às rédeas, como às pernas, está perfeitamente dominado. Cap. 25º Para trabalhar um Cavalo terra a terra com a Rédea na mão esquerda somente. Cap. 26º Dos passos que faz quando cumprimenta do muro, ou passagem com as rédeas do freio somente, e outras muitas instruções; Para mudar sobre as voltas terra a terra. Cap. 27º O triunvirato das Lições para trazer um cavalo perfeitamente em Manejo. Capº 28º Para terra a terra; Prossegue-se a mesma matéria; Aditamentos; Para terra a terra sobre as voltas; Advertência muito importante para a Mão da Rédea. Seguem-se umas Lições importantíssimas e cheias de grande Reparo – Advertencias; da Espora; Da Ajuda da Espora chamada toque; Outra Ajuda da Espora; Da Rédea da parte de dentro presa ao Cepilho da Sela; Da importância da boca do cavalo; Do Terra a terra; Curvetas sobre as Voltas; e Passagens. MANUSCRIPT ON HORSEMANSHIP. 18th Century. Anonimous. Book (manuscript) of the New Method for teaching Horses composed by the Prince William of Newcastle, [1592-1676]. Binding: contemporary full calf [restored with new endpapers and a new label at spine]. Illustrated with 24 figures drawn in the text with equestrian exercises (2 to 4 tracks) of the 'barroque riding school'. Written in Portuguese language with one caligraphic hand, steady and regular, always using the same ink; folios numbered and colophon (Finis Laus Deo). Ownership at colophon (Manoel Antonio de Figueiredo Sarmento). Last 3 folios are not related to the work (with recipes for cakes, syrups and drinks). The first paragraph tells us the general content of the manuscript, and the second paragraph of the reasons for its production: 'What has been so generally accepted that New Method and Art of Horsemanship, ...the merit of its author [William of Newcastle] that is already so weighted in both Worlds, not in Portugal that begins to learn the same lesson... of this Great Art... [etc.] '. The manuscript contains no indication of the author, although we assume it is was writen in northern Portugal (possibly Vila Real or Braganza) locations of the owner, and where at the same time (1762) Paiva e Pona wrote a book on barroque horsemanship. €3.600 424. MANUSCRITO - OLIVEIRA CHAVES. (Joaquim d') MISCÊLLÂNÊAS POÉTICAS De… 1840. In fólio (de 30x21 cm) com 340 fólios inumerados. Ilustrado com um frontíspicio desenhado à pena pelo autor representando uma Musa em defesa da arte poética. Apresenta folhas de guarda com dedicatórias de oferta e poemas sem relação com a obra. Códice com cerca de 680 páginas manuscritas a uma só mão firme e muito regular. Trata-se da colecção da obra completa de um trabalho individual, buscando inspiração na poesia neo-cássica de final do século XVIII. Contém um índice resumido do conjunto poético, entre os quais: 46 sonetos em verso heroico; 110 décimas em glosas e improvisos líricos; 13 improvisos em quadras; 3 suras; 1 prosa; 1 metamorfose heróica; 3 sonhos; 4 ecoglas; 5 odes anacreônticas; 1 ode lírica; 16 odes heróicas; 38 odes do livro 1º de Horácio; 3 elegias; 3 Os Tristes em Livros; 15 guistolas; 1 drama; 1 rima liberal cantos heroicos; 1 limoneirada (?); etc. Inocêncio e BNP não mencionam este autor. €300 425. MANUSCRITO - SÉC. XVI – REGRA DE SANTA CLARA – VILA DO CONDE. 1576. Começase a confirmaçam da segunda regra de Scta. Clara, pollo papa Urbano.// Urbano bispo seruo dos seruos de deos [etc]. De 22x17 cm. Com 32 fólios inumerados. Encadernação artística da época inteira de pele com ferros por nervos, a ouro e a seco nas pastas e super-libris florais cruciformes. Corte por folhas dourado e cizelado. Contém 2 ex-libris: de Gabriel Augusto Mendes; e da Biblioteca Capucho. Manuscrito do século xvi com uma caligrafia bela e bem executada pelo religioso Frei António de Tomar, nascido no início do século de quinhentos, contendo indicação de antigo possuidor: “Original e inédita”. Tradução portuguesa da Regra da Irmãs Clarissas aprovada por Urbano IV, redigido a uma só mão firme e regular, iluminada com pequenas capitulares a tinta preta, vermelha e azul. Títulos e resumos marginais dos parágrafos em letra de menor dimensão pela mesma mão. Parágrafo em colofón: “Acabase a confirmaçam da segunda regra das freiras e sorores da ordem de Santa Clara. Tirada do latim em liguage[m] e aqui escrita por o pobre e[m] tudo frei Antº de tomar , sendo já de LXX anos a reqrimto [requerimento] da Sora Dona Violante Pereira abbã [abadeça]. No anno do Sõr de 1576.//” €3.600 426. MANUSCRITO ÁRABE – MUHAMMAD, ALCORÃO – SÉC. XVIII. S/L. S/D. [final do século XVIII da E. C.]. In 8º (de 16x11 cm) com cerca 600 pags. Encadernação inteira de pele ao estilo islâmico (com dobra dianteira) e super-libris em ambas as pastas com elementos de decoração vegetalista. Manuscrito a tinta negra (com divisões dos versículos pontuados em dourado e vermelho) e texto dentro de tarja com filete dourado. Apresenta frontispício e folha de rosto iluminadas com cercaduras vegetalistas dentro de carcelas douradas. Manuscrito em caligrafia arábica clássica, diminuta, bela e muitio regular. Manuscrito apresenta título de posse, na folha de guarda final, datado do ano de 1217 da Égira (1803 da Era Cristã) pelo que este ms. deverá ser anterior. <p class='MsoNormal'> Binding: full calf with front fold of skin(in Islamic style) blind tooled in both folders with floral elements. Handwritten in black ink (with divisions of verses punctuated in gold and red) and text within golden frames. Displays a beautiful title page and frontispiece illuminated with gilt abstract and floral elements. Manuscript in classical Arabic language - complete Holy Koran – in a miniature calligraphy, regular and beautiful. Undated: possibly from the second half of the 17h Century of the Christian Era; with ownership signature dating from the year 1217 Égira (1803 of the Christian Era), so this manuscript must be earlier. €1.500 427. MANUSCRITO ÁRABE – MUHAMMAD, ALCORÃO (3ª Parte) – SÉC. XVIII. S/d. S/L. De 11x9,0 cm. Com 76 fólios inumerados. Encadernação da época inteira de pele ao estilo islâmico (com dobra dianteira) com ferros decorativos a seco. Apresenta cadernos soltos da encadernação e vários fólios finais danificados. Manuscrito em árabe clássico apenas com a 3ª Parte do Corão. Apresenta a característica de não apresentar a divisão dos versículos e apenas salientar a divisão em capítulos, sendo os mesmos antecedidos de um prólogo e seguidos de comentários aos preceitos do Profeta, adequando cada capítulo aos momentos pessoais da vida quotidiana do muçulmano; e aos preceitos éticos do dia-a-dia em sociedade. Outra particularidade é constar no início de cada capítulo um epíteto sagrado ao nome de Alá. Sem data, sendo possivelmente do início do séc. XVIII da Era Cristã. Binding: full calf with front fold of skin (in Islamic style) blind tooled in both folders with floral elements. Loose binding and several final folios damaged by intensive handling. Manuscript in classical Arabic language (only the 3rd Part of the Holy Koran). Has the characteristic of not presenting the division of the verses and just highlighting the chapters. These are preceded by a prologue and followed by commentary to the precepts of the Prophet, adapting each chapter for personal moments of daily life of the Muslim, and the ethical day-to-day social behavior. Another particular feature is the titling at the beginning of each chapter with a special epithet to the sacred name of Allah. Undated: possibly from the first half of the 17th Century of the Christian Era. €300 428. MANUSCRITO ÁRABE – TRATADO DE ÉTICA. – SÉC. XVIII. S/L. 1169 (Égira), 1756 (Era Cristã). In 4º (de 22x16 cm) com cerca de 250 páginas numeradas. Encadernação inteira de pele ao estilo islâmico (com dobra dianteira danificada e falha de pele) com ferros a seco em ambas as pastas com elementos de decoração vegetalista. Manuscrito em árabe clássico a tinta negra e vermelha, apresentando fólios soltos da encadernação e falta da folha de rosto. Colofón com indicação deste manuscrito ter sido terminado na 4ª Feira, 10º dia do Ramadão, do Ano 1169 da Égira (1756 da Era Cristã) sem indicação de local. Consta de um tratado de ética, de autor desconhecido e com falta do título, apresentando entre outros temas as teorias de como um muçulmano deve fazer negócios das mais variadas espécies de produtos e artigos; como deve fazer casamentos; e como deve trabalhar no dia-a-dia, etc. Binding: full calf with front fold of skin (damaged) in Islamic style blind tooled in both folders with floral elements. Manuscript in classic Arabic language written in black and red ink; loose folios (lack of title page or initial page, although might be mixed with a loose folio). Colophon stating this manuscript was finished in Wednesday the 10th day of Ramadan, the Year of 1169 Égira Calendar (1756 of the Christian Era) without indication of place. It consists on a treatise of ethics (unknown author and title) featuring among others the theories of how a Muslim should do business with many different kinds of products and articles; and also the arrangement of weddings should do; and how to work in a daily basis; etc. €800 429. MANUSCRITO CALIGRÁFICO - PARIS - ENGENHARIA. LAZCANO, Francisco de. PROYECTO DE UNA NUEVA MAQUINA para abrir canales limpiar y dar direccion á los rios ahondar baias y barras aplicable á los caminos PROPUESTO AL GOVERNO EN 15 DE ABRIL DE 1825 para ejecutar un modelo EL CUAL DEMONTRASE PRATICULARMENE sus buenos resultados Por D. Francisco de Lazcano año 1826. Acompaãnan dos planos com 26 figuras dibujadas poe el mismo: su descripcion y cálculos de la potencia, velocidades y resistencias com los tres impulsos, vital, del viento, y vapor: el tiempo y el costo que son necessarios para cada légua de 20 (…) pies com el ancho de 50 varas y 30 pies de fondo: una tabla que manifesta las ventajas de este proyeto respecto los pontones usados hasta aqui, com mas una comparacion de lo que se ha tardado y gastado en hacer todos los canales existentes en Inglaterra, y el que se emplearia com este: una adicion sobre el modo de ahorrar la mitad de la potencia com la misma corriente: y por ultimo, las explicaciones de cada plano em separado. S./l. (Espanha) 1826. In fólio de 37x24 cm. Com 26 fólios de texto e ilustrado 3 com folios desdobráveis ilustrados e coloridos manualmente a água-tinta. Encadernação da época com lombada e cantos em pele vermelha, com ferros a ouro nas pastas que são revestidas de marroquim azul. Cortes dourados por folhas. Guardas em papel marmoreado. [Junto com:]PROYECTO PARA LA EXCAVACION DEL CANAL MARITIMO DE PARÍS (CÓNCAVO) BAJO LAS DIMENSIONES QUE PROPONE D. FRANCISCO LAZCANO EN SU PROSPECTO DE … DE AGOSTO DE 1826. Secciones que determinan los planos perpendiculares del canal de PARÍS y de la COSTA: Superficies cuadradas de cada seccion y la mediana de ambas : metros cúbicos matéria que contiene la excavacion en toda su extencion: numero de maquinas, y calculo del tiempo y coste que son necessários para concluirlo sin compreender las obras de albananileria, ni de la piedra que se halle… S./l. (Espanha) 1826. 1 fólio solto desdobrável manuscrito ilustrado e colorido manualmente a água-tinta. Com as dimensões de 40,5x90 cm. Até à data, não encontrámos quaisquer referências biográficas ou bibliográficas, referentes ao autor D. Francisco Lazcano, assim como aos seus dois projetos para a construção da máquina e da abertura dum canal desde Paris, até à costa atlântica. Calligraphic Manuscript – Paris, France - Engineering Project from Francisco Lazcano. Project for a new machine to open channels, to give direction to the rivers, and deepen bays and roads, April 15, 1825. Together with description and calculations. Spain, 1826. In folio 37x24 cm. With 26 folios of text and illustrated folios manually colored aquatint. Binding: contemporary blue morocco. Gilt paper edges. Endepapers in decorative paper. [Together with:] Project to the Maritime Canal excavation to Paris. August 1826: sections, plans, surfaces, all excavation, number of machines, calculating cost, and time and finalize that is necessary to these work. S / L. Spain. 1826. 1 manuscript folding folio (hors-text) engraved and hand colored (aquatint). Dimensions: 40.5x90 cm. We have not found any biographical or bibliographic references to the author, D. Francisco Lazcano, as well as his two projects to build a machine and opening of a channel from Paris to the Atlantic coast. €22.000 430. MANUSCRITO CALIGRAFO OFICIAL DA CHANCELARIA RÉGIA - CASA REAL. REGIMENTO DA CHANCELLARIA MOR DA CORTE, E REINO. LISBOA. Anno de 1769. In fólio (de 34x25 cm). Manuscrito a duas mãos com 139 páginas numeradas. Encadernação da época inteira de pele com finos ferros a ouro na lombada com rótulos vermelho e verde. Corte das folhas marmoreado em azul. Fronstíspicio ilustrado na folha de rosto com magnífico desenho à pena em trabalho de fino exercício caligráfico, representado o Rei D. José I, o seu Escudo Real e uma alegoria com a Justiça e a Fortuna. Ao centro o título a tinta vermelha. Mudança de mão caligráfica na página 50, respeitando a caligrafia anterior. O texto começa com a letra capitular. D esboçada a lápis, mas não terminada a tinta. Restante texto aparece completo. O Regimento da Chancelaria-Mor da Corte e Reino fornece-nos toda a estrutura, funções e encargos da Corte e do aparelho do Estado português no século XVIII, não existindo qualquer outro exemplar conhecido (manuscrito ou impresso) deste regimento/regulamento régio. Contém (até à página 91) a transcrição daquele que é conhecido como o Regimento dos Velhos Direitos, dado na cidade de Lisboa a 16 de Janeiro de 1589, com os seguintes títulos : Dom Phellipe &c Faço saber aos que este Regimento virem… ; Título dos dias em que se háde fazer Chancelaria, e horas que se háde começar ; Título da Casa e Mesa da Chancellaria ; Título da Ordem do Despacho ; Termo de Juramento ; Título dos papéis retardados ; Título da caza do Registo, e Ordem que nisto háde haver ; Título da Caza, que háde ter o Escrivam da Chancelaria para recolhimento dos livros dela, e seu despacho ; Título das Dignidades Seculares ; Título dos Offícios grandes do Reyno, e de outros Officios que têm o nome de Móres ; Título dos Officios Grandes e outros da Caza ; Título dos Officios da Cappella ; Título dos Officios que pertencem à governança da Justiça ; Título de outros officios de minha Fazenda, e que pertence a ella ; Regras gerais do que se háde pagar de ordenado de todos os mais Oficios que não vão declarados, nem taxados neste Regimento ; Título das Capitanias do Reino e Ilhas, e de outros Oficios das mesmas Ilhas, e das Ilhas de Cabo Verde, e São Tomé e do Principe, Mina e Arguim ; Regra Geral dos Officios de todas as Ilhas ; Título dos Lugares de África, e Feytoria de Andaluzia ; Título das Capitanias e os Officios das Partes do Brazil ; Título das Partes da Índia ; Título das seis Cidades e Fortalezas principais da Índia, a saber, Goa, Sufalla, Ormuz, Diu, Chaúl, e Malaca ; Título dos direytos que se hão de pagar em minha Chancelaria das mercês e Doações que eu fizer ; Título das Doações por mercê nova ; Confirmaçoens por Sucessão ; Confirmaçoens de Rey a Rey ; Das Cartas que se hãode sellar com sello de chumbo ; Título dos Privillegios, e Liberdades ; Título de outras Cartas, Alvarás, e Provisoens diferentes ; Título das Cartas da Justiça, de que se hãode pagar na Chancellaria dez reis ; Título das Cartas da Justiça, de que se hãode pagar na Chancellaria vinte reis ; Título das Cartas de que se hãode pagar trinta reis… e outras que se pagão setenta, e quarenta reis ; Título e Regra de outras Cousas da Chancellaria ; Título das Cartas de que se não paga Chancellaria para Minha Fazenda, mas aos Officiaes sempre se pagarão seus Direitos ; Título do que se hãode Levar os Officiaes da Chancellaria ; Título do que o Chanceller-Mór hade Levar das Cartas, e Provizoens, alem dos prestimos atras declarados ; Titulo do que hade Levar o Escrivão da Chancellaria ; Título do que hade Levar o Porteiro da Chancellaria ; Título das Dizimas, que se hãode pagar na Chancellaria. Segue-se o « Regimento dos Novos Direitos » : Alvará que se mandou Registar neste Regimento sobre a forma em que Sua Magestade manda sejão aprovadas as pessoas, que houverem de entrar em Capitanias das Fortalezas da Índia, por renunciaçoens que nellas de fizerem. Segue-se : Copia de hum termo no Regimento da Chancellaria nas Lembranças da Letra de Gaspar Maldonado Avó do Vedor da Chancellaria Dom Gaspar. Seguido de : Mais Lembranças sobre algumas couzas, que não estão no Regimento. Seguido de : Cópia do Alvará de Dom Gaspar Maldonado de Espeleta para se intitular ; e usar do Título de Vedor da Chancellaria-Mor da Corte, e Reyno. Seguem-se : várias petições Sobre de novo se mandar pelo Concelho da Fazenda, que os Cargos que até agora pagavão por Marcos na forma deste Regimento, paguem o que for avaliado na Fazenda ; com seus Despachos e Respostas : Seguem-se : Varios Despachos que vieram do Concelho da Fazenda. Segue-se : Mais Cargos da Índia por Resolução Vocal do Chanceller-Mór João Velho Barreto, e Vedor da Chancellaria Dom Gaspar Maldonado pela faculdade do Regimento e outros papéis. As últimas 3 páginas manuscritas são cópias imperfeitas da página 37 e seguintes colocadas no final como guardas. A história administrativa e as atribuições da Chancelaria-Mor da Corte e Reino e do seu titular, o Chanceler-Mor, estão detalhadamente expostas no site do Arquivo Nacional da Torre do Tombo. À Chancelaria-Mor da Corte e Reino foi dado Regimento em 16 de Janeiro de 1589. O presente manuscrito informa-nos da mesma data. O cargo de chanceler-mor encontrava-se consignado em vários códigos e compilações legislativas, nomeadamente nas Ordenações Afonsinas, Liv. I, tít. 2, nas Ordenações Manuelinas, Liv. I, tít. 2, nas Leis Extravagantes, Parte I, Liv. I, lei 1 e nas Ordenações Filipinas, Livro I, tít. 1.; tal como aparecem neste Regimento manuscrito. O Regimento da Chancelaria-Mor da Corte e Reino especifica que as partes interessadas haviam de pagar determinados direitos pelas cartas de dignidades e de ofícios, pelas cartas de doações, tenças e outras mercês, pelas cartas de padrão, pelas cartas de confirmação, por sucessão em bens da Coroa, por cartas de privilégios e liberdades, e, ainda, os direitos de mercês e doações (proporcionais aos valores doados) e os direitos das cartas de justiça (cartas de citação, cartas testemunháveis, cartas de inquirição, ou de exame). Na hierarquia da autoridade era a mais importante repartição pública e responsável por uma considerável fonte de receita, uma vez que a passagem e autenticação das cartas pela Chancelaria-Mor obrigava sempre ao pagamento de direitos. Competia ao chanceler-mor fazer registar os actos públicos de especial relevância, receber o juramento dos mais altos funcionários do Estado, entre os quais o de Condestável, de regedor da Casa da Suplicação, de vedores da Fazenda, de Almirantes e de Marechal, de bem e fielmente cumprirem seus ofícios, e julgar possíveis ilegalidades cometidas por desembargadores do Paço, vedores e conselheiros da Fazenda, conselheiros Ultramarinos, e ainda de outros funcionários. Por costume, desde o século XVI, era Chanceler-mor do Reino o mais antigo desembargador do Paço. Outra função cometida ao chanceler-mor era a da publicitação das leis: estas eram registadas e anunciadas no próprio dia da sua emissão, enviando-se o respectivo traslado, com o sinal do chanceler-mor e selo régio, aos corregedores das comarcas, passando as mesmas leis a vigorar plenamente depois da respectiva publicação na Chancelaria-Mor. O exame das leis destinava-se a impedir que as decisões contrariassem as Ordenações ou o Direito. Caso se verificasse a colisão de alguma carta contra o direito vigente, o chanceler-mor não a mandaria selar e redigiria sobre ela o seu parecer negativo, posteriormente julgada em Mesa pelo chanceler e desembargadores do Paço, sendo imediatamente anulado o diploma em causa. Se nada de ilegal estivesse contido no diploma, o chanceler-mor mandá-lo-ia selar com o selo régio e fá-lo-ia entregar às partes interessadas, que o levantariam, mediante o pagamento de certos direitos. Competia ao chanceler-mor, segundo as Ordenações Filipinas, examinar os despachos, decisões ou sentenças emanados do rei, desembargadores do Paço, vedores e conselheiros da Fazenda, provedormor das Obras Reais e restantes oficiais-mores da Casa Real. Por seu exame passariam, mais tarde, as provisões e sentenças de todas as juntas e conselhos régios, formados posteriormente à entrada em vigor das Ordenações Filipinas, e que não dispusessem de chancelaria própria, tais como a Junta dos Três Estados, o Conselho de Guerra, o Conselho Ultramarino, a Junta do Tabaco e outras instituições entretanto criadas. Tal não sucedia com a Mesa da Consciência e Ordens, a Casa das Rainhas, a Casa do Infantado e a Casa de Bragança, que dispunham de chancelaria própria. A Chancelaria-Mor do Reino (como aparece referida na legislação de extinção) foi extinta por Decreto de 19 de Agosto de 1833, ficando o Governo responsável pela publicitação das leis, por meio de um periódico oficial, entregando-se às respectivas autoridades as atribuições judiciárias exercidas pelo Chanceler-mor. A parte da documentação relativa ao funcionamento burocrático e fiscal da Chancelaria-mor, considerada como 'livros e papéis da Repartição', constituía o próprio cartório da instituição. Apesar do texto do Decreto de 19 de Agosto de 1833 e de uma respectiva portaria regulamentar com a mesma data, os quais se referiam indistintamente ao envio de 'todos livros e papéis findos', só alguns livros de registo de leis e de registo de mercês, doações e ofícios deram entrada nessa altura na Torre do Tombo. PORTUGUESE ROYAL CHANCELLOR. The Law of the Kingdom, and its Court. Ancient and Modern. Lisbon. 1769. Portuguese royal manuscript (two handwritings) with 139 numbered pages. Binding : contemporary full calf gilt at spine with red and green labels, slightly bumped at corners. Papercut marbled in blue at edges. Frontispiece (title page) illustrated with a magnificent calligraphical represented King Joseph I of Portugal, the royal coat-of-arms, and an allegory with Justice and Fortuna. Title at center in red color. Change in calligraphical writing on page 50, respecting the previous handwriting style. The text begins with a capital D sketched in pencil but not finished. Remaining text appears to be complete. The Rules of the Court and Royal Chancellor provides us with all the structure, functions and obligations of the Portuguese state in the 18th Century. There is no other known specimen (printed or handwritten) of this royal regulation. Contains (up to page 91) the transcript of what is known as the “Old Rights”, issued in the city of Lisbon, on January 16, 1589. [We stress some chapters or “titles”]: Schedule and appointments of the Chancellor Office; Statement of Oath; collection of the books of the Chancery; Secular Dignities and Titles, Titles the Governance of Justice; Payrolls declared and not to be declared nor taxed in the Rules; Titles of the Captaincies of the Kingdom in the: Islands of Cape Verde, São Tomé and Principe, Arguim and Mina; Title of the outposts in Africa ; Title of the captaincies of Brazil; Title of India; Title of the Six Main Cities and fortresses of India, namely: Goa, Sofalla, Ormuz, Diu , Chaúl, and Malacca; Title of Rights that the Chancellery will pay; Title of new Donations and Mercies; Laws on Succession; “Confirmaçoens” of the King; Documents due to have royal stamps and seals; Title of “Privillegios” or Grants; Title on Titles of Nobility and Patent Letters; Title of the Charters of Justice; Title of the “Provizoens”. It is followed by the 'Rules of the New Rights'; including Copies of the Memoires in the Chancellor's letter of Gaspar Maldonado and Chancellor Don Gaspar. Including: More Memoires. Including: A copy of the Permit of Don Gaspar Maldonado Espeleta. Followed by: 3 manuscript pages (bound at the end: they are imperfect copies of page 37). The administrative history and functions of the Chancery of the Kingdom and Court are exposed in detail at the site of Archives/Torre do Tombo. The office of Chancellor-in-chief found himself consigned to various legislative pieces scattered at: in Ordenações Afonsinas, Liv. I, tít. 2; in Ordenações Manuelinas, Liv. I, tít. 2; in Leis Extravagantes, Parte I, Liv. I, lei 1 and in Ordenações Filipinas, Livro I, tít. 1. The Rules of the Court and Royal Chancellor provides us with detailed information letters, patent letters, certain rights and dignities, petitions, letters for donations, grants, charts and marks, the letters of confirmation, the succession in the properties belonging to the Crown; rights, favors and gifts (proportional to the amounts donated) and the rights of justice letters (letters of summons, witnessed letters, letters of inquiry or examination). In the hierarchy of authority it was the most important governmental office and responsible for a considerable source of revenue, since the grants and letters patent always required the payment of fees. Competed the Chancellor-in-chief to record the public events of special importance; receive the oath of the highest state officials, including the Constable, the Mayor of the Court House; Finance Officers, Admirals; Marshals; and judging possible illegalities committed by members of the Royal Palace, debtors and directors of Finance, overseas counselors, and even minor employees. From the 16th Century onwards, the Chancellor was the Fiscal Judge of the Palace. Another task of the Chancellor was the publication of laws: these were recorded and announced on the day of issue, by sending their transfer with the Sign of the Chancellor and the Royal Seal, and being effective after the publication in the Chancery. The examination of laws intended to ensure that decisions would not contradict the ordinary law (Ordenações). In his examinations were included “Bureau of the Three States” (Junta dos Três Estados), the War Council; the Overseas Council; the Bureau of the Commerce of Tobacco and many other institutions as the Bureau of Military Orders, the Household of the Queens, The Household of the Princes; and House of Braganza. Royal Chancellor was dissolved by decree of August 19, 1833, leaving the government responsible for publicizing laws through an official journal. The part of the documentation relating to the functioning, bureaucracy and fiscal Chancellery, known as 'livros e papéis da Repartição'' books and papers of the Bureau, are the remaining of this institution. Although a regulation in the same date ordered “send all books and papers ended' in Torre do Tombo; just some books were sent and this manuscript chart (Rules of the Court and Royal Chancellor) was not among them. €5.000 431. Manuscrito D. Filipe I de Portugal - Carta Régia de Confirmação do Donatário e Capitão-Mor do concelho de Felgueiras, dada em 22 de Novembro de 1584, por el-rei D. Filipe I de Portugal, a D. Francisca da Silva Coelho. Documento redigido em português sobre 4 fólios de pergaminho de 36x26,5 cm. Escrito com letra gótica cursiva da chancelaria régia, muito regular, bastante harmoniosa e pouco cerrada. Selo pendente em chumbo com as armas reais, assinado por Filipe I de Portugal, II de Espanha e vários chanceleres e tabeliães. Encadernação caixa estojo artística recente ao gosto do século XVI com nervos na lombada, ferros decorativos lavrados a seco e a ouro nas pastas. Magnifico trabalho da autoria do famoso mestre encadernador e restaurador Império Graça. Trata-se da confirmação de um título dado originalmente por D. João I em 1385, mais tarde confirmado por D. Manuel I em 1510 e aqui por finalmente confirmado por D. Filipe I. Contêm a genealogia da família titular, refere e relaciona genealogicamente entre outros factos Egas Moniz, a batalha de Alfarrobeira, Inês de Castro, os descobrimentos dos caminhos marítimos para a Índia e Brasil, e ainda Batalha de Alcácer-Quibir. Em 8 do 7 de 1385 deu D. João I o concelho de Felgueiras por serviços na guerra a Gonçalo Pires Coelho (1385-1417 1.º donatário) e Capitão-mor por Carta Régia. Descendente de Egas Moniz e filho de Pêro Coelho, implicado na morte de D. Inês de Castro e no qual se vingou el-rei d. Pedro I. Em 2 do 5 de 1433 el-rei d. João I confirma a Fernão Coelho (1417-1449 2.º donatário) Alcaide-mor do castelo de Guimarães, era filho varão do anterior. em 17 do 7 de 1459 el-rei d. Afonso V confirmou a Martin Coelho (1456-1483 3.º donatário) combateu na batalha de Alfarrobeira tendo de se exilar no norte de África, era filho primogénito do anterior e tio do navegador Nicolau Coelho. El-rei D. Manuel I confirma primeiro a Gonçalo Pires Coelho (1483-1510 4.º donatário) por carta régia e depois a seu filho Aires Coelho (1510-1533 5.º donatário) em 21 do 6 de 1510 essa doação, com todos os direitos, menos os da correição e alçadas, é dada por falecimento de seu irmão e varão, o navegador Nicolau Coelho, que comandou a nau Bérrio na frota com que Vasco da Gama descobriu o caminho marítimo para a Índia. Depois comandou uma nau da frota com que Pedro Alvares Cabral descobriu o Brasil. Vindo a falecer quando regressava da sua terceira viagem á índia, em Janeiro de 1504, no trágico naufrágio que vitimou todos os três navios da frota em que ao serviço D’el-rei D. Manuel I acompanhava o regresso a Portugal do vice-rei D. Francisco de Albuquerque. El-rei D. João III confirma por carta régia de 1 do 8 de 1533 a Gonçalo Coelho da Silva (1533-1584 6.º donatário) participou na batalha de Alcácer-quibir em 1579. Em 1529 el-rei D. João III confirma a Aires Gonçalves Coelho, (1540-1579 7.º donatário) filho do anterior e que faleceu na batalha de Alcacér-quibir em 1579, em que foi combater na companhia de seu pai. em 1584, el-rei d. Filipe I confirma por via hereditária a D. Francisca da Silva Coelho, filha de Aires Gonçalves coelho e esposa de Francisco Pinto da Cunha (1579-1615 7.º donatário) que por via do casamento é reconhecido Sétimo e último donatário do concelho Felgueiras e alcaide-mor do castelo de Celorico de Basto. Documento de enquadramento transversal na história de Portugal e Universal, que abrange directamente os séculos xiv a xvi (1385-1584) em que constam não só os factos aqui descritos como certamente muitos outros ainda por revelar. Verdadeira fonte autenticadora de factos que contem dados históricos, genealógicos, cronológicos, jurídicos, filológicos, de diplomática, etc. etc. este documento foi citado ao longo dos séculos através de cópias das chancelarias régias e outros arquivos por diversos autores, historiadores, genealogistas, etc. etc. bibliografia consultada Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. Felgueiras de ontem e de hoje, M. António Fernandes. Royal document signed by King Philippe the Second of Spain together with His Royal Seal granting to Dame Francisca da Silva Coelho her rights and heritage to Captain Mayor of the County of Felgueiras (Northern Portugal) written in Portuguese and coming in a luxury box outfitted as a contemporary full calf binding. This chart constitutes a document of royal affidavit stating in a very meticulous way the genealogy of the Coelho family. The chart states all the historical deeds on the lives of the previous Captain Mayors reporting the genealogy to Gonçalo Pires Coelho (1385-1417) (1st Donation of Felgueiras) who was the son of the executioner of Agnes de Castro as Lieutenant of the King (her father-in law). Earlier, as it is said, this genealogy was dating back to the Knight Commander Egas Moniz (a founding father of the Portuguese nationality). It is charted the 2nd Donation to Fernão Coelho (1417-1449) by King John I of Portugal. It is also assured by the chart the 3rd Donation to Martin Coelho who fought on the civil war that ended at the Battle of Alfarrobeira. The document describes with great accuracy the descent from Nicolau Coelho, and states that he made part of the fleet that arrived in India in 1498 under the command of Vasco da Gama, as Captain of the ship Bérrio, and later, he was a Captain in on the voyage of discovery to Brasil, in 1500, under the command of Pedro Álvares Cabral. It states also he sank with his ship, in 1504, while under the orders of King Emmanuel I to escort the Vice-Roy D. Francisco de Albuquerque on the way back from India to Portugal. For the sake of this tragedy the chart of the king was granted to the collateral lineage of Gonçalo Pires Coelho (1483-1510), the 4th Donation, and Aires Coelho (1510-1533), the 5th Donation, in Juin 21, 1510. The chart also mentions that Gonçalo Coelho da Silva (15331584), the 6th Donation, fought at the Battle of the Four Kings (known also as Battle of Alcácer-Quibir) in 1579 and finally mentions his daughter, Dame Francisca da Silva Coelho, to whom is recognized this genealogy and family history by the King of Spain and therefore given to her and to her husband the Royal Grand and Chart as Captain Mayor of Felgueiras. €8.000 432. MANUSCRITO DO SÉCULO XVIII. - CARTA DE BRASÃO, ELMO E TIMBRE de Diogo de Araújo Rodrigues Machado da Silva, cavaleiro da Ordem de Cristo, Capitão-Mor dos Coutos de Moure e Cervães e morador na sua quinta & solar da Camara de Moura. In fólio com 7 fólios de 29x20 cm. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada e pastas. com roda em esquadria nos dois planos idênticos e rectângulo central com pequeno florão. Falta dos atilhos de seda e das guardas volantes. Manuscrito sobre pergaminho, caligrafado e iluminado. Todos os fólios apresentam molduras pintadas com motivos e cores diferentes, na frente e verso (o último apenas na frente); uma grande inicial (D[om] Ioao [V]) pintada e “filigranada” e mais oito capitulares pintadas. Na frente do sexto fólio, as armas do requerente, com a respectiva descrição na página oposta: escudo esquartelado com as armas dos Machados, Câmaras, Pereiras e Silvas, elmo e paquife. Na frente do último fólio, o termo de encerramento: dado em Lisboa, aos doze dias do mês de Maio do ano de 1745. Assinaturas autografas: Hilário da Costa Barreyros, (escudeiro e escrivão da nobreza) - P. Rey darmas Pal. [Manuel Pereira da Silva, Principal Rei darmas Portugal No verso, dois registos no Livro dos Brasões da Nobreza de Portugal, e no Livro do Registo do Senado da Câmara. Manuscrito com ligeiro manuseamento e alguns sinais de abrasão. O armigerado era descendente da Casa de Entre-Homem-e-Cávado. As cartas de brasão portuguesas são hoje extremamente raras, especialmente quando preservam a encadernação original. A presente carta de brasão embora sóbria apresenta uma beleza extraordinária, sendo as cores vivas empregues extremamente harmoniosas. MANUSCRIPT - GRANT OF ARMS: SHIELD, HELMET AND CREST- King of Arms Portugal. 1745. Warrant and Achievements granted to Diogo de Araújo Rodrigues Machado da Silva, knight of the Order of Christ, Captain of Moure e Cervães and resident in his palace at Camara de Moura, Freguesia de S. Martinho de Moure. Size 29x20 cm. With 7 folios. Binding: contemporary (original) full calf artistically gilt with rolled tools at both covers. Remains of silk ties. Calligraphic manuscript on parchment and illuminated with all colors and metals. All pages have frames painted with different design patterns and colors; a large initial (D [om] Ioao [V]). The sixth folio has a full page illuminated with the granted achievement (shield, helmet, crest, torse, banner and mantling with the predominantly red and blue colors) with its heraldic description on the opposite (previous) page. Dated May, 12th 1745. Handwritten signatures of Manuel Pereira da Silva, King of Arms Portugal. On the back, two records of official transcripts in the Book of Nobility of Portugal, and the Book of Registration of the Senate Chamber. The Portuguese Grants of Arms are now extremely rare, especially when preserving the original binding, as this one.This letter has a sober, although extraordinary beauty, with all the bright colors and metals employed in an extremely harmonious document. €3.000 433. MANUSCRITO ILUMINADO - LIVRO RELIGIOSO TAILANDÊS. [Phra Malai] [ ]. [ ]. In Fólio de 68x15x10 cm. Com 49 fólio duplos + 1 fólio simples, desdobráveis em forma de acordeão. Tailândia. Circa final do século XVIII, início do século XIX. Texto a duas colunas, cada uma com cinco linhas, em frente e verso de cada fólio duplo. Pastas finais encadernação cartonada com acabamento da época dourado, com falhas. Ilustrado com 5 conjuntos de 2 desenhos com temática da religião budista. Boa qualidade da execução dos desenhos que apresentam as dimensões 29x20 cm; ocupando em altura um fólio duplo. Vestígios de humidade em cerca de 14 dos fólios iniciais e finais sem afectar a mancha gráfica. Manuscrito tailandês (Thai) em papel cartonado contendo 100 folhas (49 fólios duplos e 1 fólio simples) em ligação tipo concertina. Manuscrito com 5 linhas por página divididas em 2 colunas. Ilustrado com 10 ícones: em aguarela ou guache coloridos e dourados, representando várias cenas de monges, divindades e histórias fabulosas. Contém sermões budistas, possivelmente no idioma Thai em escrita Khmer. Este manuscrito iluminado do início do século XIX conta a história do santo budista Phra Malai de uma forma acessível e permanece popular na Tailândia e no Sudeste da Asiático. O texto - denominado segundo este santo budista conhecido por suas viagens lendárias entre o inferno e o céu - figura em destaque nos tratados religiosos, obras de arte, e rituais, particularmente aqueles associados com a vida após a morte. Os primeiros exemplos destes manuscritos tailandeses datam do final do século 18, sendo a história muito mais antiga, baseada num texto Pali do Sri Lanka e mencionado numa inscrição birmanêsa do século XIII. No século XIX tornou-se um texto muito popular cantando em casamentos e funerais. A lenda descreve as visitas Phra Malai ao céu e ao inferno e os poderes por ele alcançados através da meditação. Posteriormente ensinou aos leigos e aos monges os efeitos cármicos de acções humanas e o que aprendeu no seu encontro com o Buda Maitreya no céu. Foi através dessas narrativas que a mensagem do Buda; a esperança num melhor renascimento; e a possibilidade de atingir o Nirvana foi transmitida. Os manuscritos Phra Malai foram frequentemente produzidos e doados aos mosteiros budistas como promessas e objectos de aparato. RELIGIOUS THAI MANUSCRIPT. Phra Malai [ ][ ]. Harmonica style (folding concertina manuscript). Bound: 68x15x10 cm. With 49 foldout folios + 1 single fólio, text in black ink recto/verso. Thailand. Early 19th Century. Beautiful 10 miniature paintings (5 paired illustrations 29x20 cm) in watercolours. Contemporary gilt boards. Thai manuscript on paper, 100 leaves in concertina binding, 5 lines to the page, two sections per page with a central margin marked with florets. With 10 illustrations: color aquarelle/gouache ink and gold, made on thick paper, depicting various scenes of monks, godesses and stories from fables. Cover boards worn. Each fold measures 15 x 68 cm. Buddhist sermons. The text is probably in Pali language written in Khmer (Khom) script in black ink. This illuminated 19th century Thai manuscript tells the story of the Buddhist saint Phra Malai in an accessible way and remain popular in Thailand and Southeast Asia to this day. The text named after this Buddhist saint known for his legendary travels to heaven and hell, has long figured prominently in Thai religious treatises, works of art, and rituals, particularly those associated with the afterlife. The story is one of the most popular subjects of 19th Century illuminated Thai manuscripts. The earliest examples of these Thai manuscripts date to the late 18th century, though it is assumed that the story is much older, being based on a Pali text from Sri Lanka. Phra Malai is mentioned in a Burmese inscription from the 13th century, and anonymous Northern Thai versions of the story may go back to the 16th century. In 19th Century Thailand, it became a very popular chanting text for weddings and funerals. The legend describes Phra Malai’s visits to heaven and hell by the powers he achieved through meditation and great merits. Afterwards he teaches the laity and fellow monks about the karmic effects of human actions, which he learned about when meeting Buddha Maitreya in heaven. It was through these narratives that the Buddha’s message of hope for a better rebirth and for attaining nirvana was conveyed. Phra Malai manuscripts were frequently produced and donated to Buddhist monasteries as acts of merit. €12.000 434. MANUSCRITO MUSICAL - ANTIFONÁRIO DE CATERINA DE CARVALHO. SEC. XVI-XVII. S/L. [Portugal] S/d. [circa 1600]. In 8.º de 19x12 cm. Com 63 fólios sobre papel. Encadernação da época em inteira de pele com filete duplo enquadrando inscrição gravada a ouro nas pastas com o nome da proprietária original e eventual autora: “Caterina de Carvalho”. Corte dourado por folhas e cinzelado. Manuscrito com cercadura enquadrando pauta com notação musical de cinco linhas, escrita a tinta negra e vermelha, acompanhada da letra gregoriana em latim. Ilustrado com dezenas de belas letras capitulares iluminadas e coloridas, decoradas com figuras de fantasia, figuras humanas, animais e motivos vegetalistas, destacando-se duas de grande beleza e maior dimensão (6x5 cm). Sobre Caterina de Carvalho, ou Catharina de Carvalho, sabemos da existência de uma homónima, no final do século XVI e início do século XVII, casada com Felício Rodrigues, e mãe do Provedor do Hospital das Caldas da Rainha Frei Jorge de Brito, que se chamava no século Jorge de Carvalho, vide: Jorge de S. Paulo, in História da Rainha D. Leonor e da Fundação do Hospital das Caldas. Manuscript with 63 folios on paper. Binding: contemporary full leather gilt with double fillet. Cartouche with inscription engraved in both folders with owner’s or eventually author’s name: 'Caterina de Carvalho'. Papercuts gilt at edges. Manuscript with musical notation (5 lines), written in black and red ink. Illustrated with dozens of beautiful and colorful illuminated capital letters, decorated with fantasy figures, human figures, animals and plant motifs, highlighted with two letters of greater beauty and size (6x5 cm). About Caterina de Carvalho, or Catharina de Carvalho, we know the existence of the same name in the late sixteenth and early seventeenth century, married to Felício Rodrigues, mother of the Provedor (Director) of the Hospital das Caldas da Rainha Frei Jorge de Brito, born as Jorge de Carvalho [see: Jorge de S. Paulo, in História da Rainha D. Leonor e da Fundação do Hospital das Caldas]. Obra com cânticos gregorianos da Missa Solene de Domingos de Ramos, entre os quais: Pueri hebreorum tollents ramos olivarum obviaverunt Domino, clamantes et dicentes Osana in excelsis. [Hebrew children bearing olive branches, went forth to meet the Lord, crying out and saying: 'Hosanna in the highest.']. Pueri hebreo cum vestimenta prosternabant in via et clamabant Osana filio David benedicto qui venit in nomine Domini. [Hebrew children spread their garvestiments in the way, and cried out, saying: 'Hosanna to the Son of David: Ho-blessed is He that cometh in the name of the Lord]. Occurrunt turbee cum floribus et palmis redemptori obviam: et potenti triumphatori dignat obsequia filium dei ore gentes predicant: et in laude Christi voces tonant per nubile, Osana! [The multitude goeth forth to meet our Redeemer with flowers and palms, and payeth the homage due to a triumphant Conqueror the Gentiles proclaim the Son of God: and their voices thunder through the skies in praise of Christ: 'Hosanna!']. Gloria laus et honor tibi sit rex christe redemptor cui puerili decus promsit osanna pium. [All glory, praise, and honor to Thee, Redeemer, King, to whom the lips of children made sweet Hosannas ring]. Israel es tu rex davidis et inclita proles nomine qui in domini rex benedicto venis. [Thou art the King of Israel, Thou David's royal Son, Who in the Lord's Name comest the King and blessed One]. Altus in excelsis te laudat coelitum omnis et mortalis homo et cuncta creata simul. Gloria. The company of Angels are praising Thee on high, and mortal men and all things created make reply. Gloria]. “Gloria, Laus et Honor” foi um hino composto por São Theodolfo de Orléans, em 810, com elegias latinas, de que o Missal Romano usa as primeiras seis para o hino durante a procissão do Domingo de Ramos. O primeiro par de elegias é cantado pelos cantores dentro da igreja (depois da porta ter sido fechada), e é repetido pelo coro da procissão fora da igreja. O coro responde com o refrão do primeiro par, e assim por diante até o subdiácono bater à porta. A porta é aberta, o hino cessa, e a procissão entra na igreja. [Notas marginais neste manuscrito a tinta vermelha regulam o cerimonial: « Introitum ad ecclesiae abbae inponat si ibi adfuerit]. Este hino foi baseado no Salmo 23:7-10 Vulgata, Salmo 117:26, Mateus 21:1-16, Lucas 19:37-38. €1.500 435. MANUSCRITO RÉGIO SÉC. XVII - FILIPE IV DE ESPANHA, III DE PORTUGAL. 1 fólio duplo (26,5x32 cm). Lisboa. 8 de Junho de 1623. Assinatura [firma] régia. Documento notarial manuscrito sobre pergaminho com a carta de quitação [ou recibo] relativa ao pagamento da renda a pagar ao rei pela exploração agrícola de um paul. Apresentando-se com dano (corte) na dobra sem perda de suporte ou texto e com falta habitual do selo régio pendente de chumbo, referido no documento. Acondicionado dentro de lâmina dupla de acrílico. Transcrevemos o documento com ortografia adaptada / actualizada: Dom Philippe per graça de deos Rey de Portugal e dos Algarves e dallem mar em Africa Snr de Guine e da Conquista navegação e Comercio de Ethiopia, Arabia, pérsia e da India Eu faço saber a quantos esta minha carta de quitaçaõ Virem que eu mandei tomar conta em meus contos do Pagtº e casa a Francisco Petis Aranha que servio...do paul da sequa … os anos de seicentos e dezoito seiscentos e dezanove e pela Recadação dela se mostra receber nos ditos dous annos oitenta e nove mil e duzentos e sessenta rs. & de trigo noventa e nove mil e vinte oito alq[ueires] de trigo & cinquenta e cinco moyos trinta e seis alqueires de cevada [etc, etc.]. O que tudo dispendeu entregou sem ficar a dever cousa alguma se vio pela dita conta que se lhe for tomada pelo contador Francisco Cabral Godinho Vista pelo Provedor Bertolomeu Sueiro, pelo que quedou por quite e livre ao dito Francisco Petis Aranha e a todos os seus herdeiros e sucessores do dito dinheiro e mais coisas assina no encerramento da dita conta declaradas para que nunca algum por isso sejam requeridos nem demandados em meus Cons[selhos] nem fora deles por de tudo ter dado com entrega como dito é. E mando aos Vedores de minha Faz[enda] e ao meu contador mor dos ditos contos a[ssim] a todos os corregedores, ouvidores, juizes, justiças oficiais e pessoas a que pertencer comprar. E guardem e façam inteiramente cumprir e guardar esta minha carta de quitação que por fineza de todo lhe mandei dar por mim assinada e selada com o meu selo pendente, a Francisco Leitão [Debrie?] escrivão dos ditos contos a fez em Lxª [Lisboa] aos oito de junho Ano do nascimtº de nosso senhor jesus cristo de mil seiscentos vinte e tres anos. EL REI F[elipe].:.- No rosto verso exterior do documento encontra-se o Visto e a assinatura de Bartolomeu Soeiro [Berlameu Sueiro F&]. €800 436. MANUSCRITO SEC. XIX. – MOÇAMBIQUE. António Norberto de BARBOSA TRUÃO. PLANO para hum Regimento, ou nova Constituição Economica da Capitania de Rios de Senna, com todas as observaçoens e informaçoens necessarias para o referido fim. Organizado Pelo Governador da mesma Colonia Antonio Norberto de Barbosa de Villasboas Truão No anno de 1806. [Segue-se da folha 61 em diante no mesmo livro manuscrito, uma cópia de diferente mão com] Ofícios e Provisões do Conselho de Ultramar, de vários governadores da colonia de Moçambique, desde Baltazar Manoel Pereira do Lago [1777] a António Norberto de Barbosa Truão [1803]. In fólio de 34x22 cm. Com 123 fólios numerados. Encadernação da época em papel decorativo com falta da lombada. A partir deste manuscrito publicou-se um estrato em 1889, com o título: Estatistica da Capitania dos Rios de Senna do anno de 1806 / pelo governador da mesma capitania António Norberto de Barbosa de Villas Boas Truão. Lisboa : Imp. Nacional, 1889. 29 p. ; 24 cm. “António Norberto de Barbosa Vilasboas Truão - (Coimbra, 1764 - Chicova, 08/11/1807) - Oficial do Exército Português (Capitão de Cavalaria). Formado em Matemáticas e Filosofia, pela Universidade de Coimbra aos vinte e três anos, acaba por seguir a carreira militar. Em 1802 é nomeado, a seu pedido, Governador da Capitania de Rios de Sena. Desembarca, em 1803, em Moçambique e, no ano seguinte, instala-se em Tete, sede do Governo. No decurso do seu mandato criou conflitos com a sociedade civil, militar e religiosa, fruto do seu carácter inflexível, o que lhe granjeou várias inimizades. Em 1807, já terminada a sua comissão como Governador e enquanto aguardava substituto, resolveu [empreender uma expedição militar] contra o Régulo Chimatanga, na Marávia, avassalado ao Monomotapa Chofombo, expedição esta que, no entanto, tinha motivações pessoais, pois o Régulo albergava um Soldado português (José Félix Rocha) que traíra o Governador em negócios escusos, recusando-se o Régulo a entregá-lo. Em Outubro de 1807, após várias dificuldades, forma uma coluna militar tendo como intérprete e guia António José da Cruz*. No mês seguinte, tendo estacionado em Chicova*, acaba prisioneiro das forças do Monomotapa Chofombo e, traído por António José da Cruz* que se conluiara com as forças do Monomotapa, acaba assassinado, juntamente com o resto da expedição. Deste desaire apenas escaparam com vida António José da Cruz e o seu irmão Agostinho José da Cruz. In Historiando Moçambique Colonial.” €3.000 437. MANUSCRITO SEC. XVIII - SALES, Alberto Zacarias de. TRATADO DE ARITEMETICA E PRINCIPIOS DE MATTEMATICA PARA USO DO COMMERCIO, escrito por Jacarias (sic) . S.l., s.d. (final do séc. XVIII). In-fólio de 35x23 cm com 149 fls. nums. Encadernação em cartonagem da época, pintada a imitar coiro. Lombada em coiro composta a partir de quatro encadernações de diários eclesiásticos, mas com furos de traça vários. Título da obra escrito a tinta dentro de cartela barroca, gravada a água forte e colada sobre a 2ª folha branca, à laia de frontispício. Letra muito legível deste raro manuscrito matemático da época. O seu autor foi Alberto Zacarias de Sales, lente suíço da Aula de Comércio. Com várias operações, tabelas, etc., terminando com os quebrados decimais, e concluindo a Arithmetica, deixando para uma outra ocasião o ensino do Cálculo Comparativo. Peça muito rara, pois só circulou em manuscrito, provavelmente do final do séc. XVIII, começos do séc. XIX. MANUSCRIPT – 18th century - Alberto Zacharias of SALES. TREATY ON ARITHMETICAL PRINCIPLES FOR THE COMMERCE, written by Jacarias (sic). No location. No date (possibly end of the 18th century). Folio (35x23 cm) with 149 pgs . Comtemporary binding in hard board, painted to replicate leather. Leather spine with several moth holes. Title of the work written in ink inside of a baroque cartouche, engraved on the 2nd sheet as a frontispiece. Very readable handwriting. Its author was Zacarias Alberto de Sales, was a Swiss Scholar of Commerce. Work with various operations, tables, etc.., Ending with decimals, and completing the Arithmetic, leaving for another work the teaching of comparative calculation. This is a very rare manuscript on mathematics, since only circulated in manuscript, probably at the end of the 18th century. €600 438. MANUSCRITO SÉC. XVIII. - SORTES CURIOZAS [AOS DADOS] com as quais cada hum com facilidade pode achar a boa, ou má sorte, que tem. S/L [Lisboa?]. S/d. [circa 1760]. De 21x15 cm. Com 65 fólios manuscritos. Encadernação da época inteira de pele com nervos e ferros a ouro. Manuscrito redigido a uma só mão em caligrafia firme, legível e sem erros ortográficos. Exemplar com leves vestígios marginais de humidade. Contém 22 sortes sobre a Diana. 11 casas florais. 11 graças. 22 locais amenos ou poéticos (montes). 22 estâncias em cada local. As páginas encontram-se “numeradas” com a saída das sortes de 2 dados (d6). Como instrução para iniciar o jogo, por ex: tentar obter [.] [.] que na 2ª Sorte “que ventura terá aos amores”, ocorrerá, por exemplo ao 8º lançamento e portanto será colocada/o na casa dos Junquilhos; assim o novo lançamento deverá ser [::] [::] na “Diana entre os Junquilhos”; que, por exemplo, poderá ocorrer ao 17º lançamento, onde Clio entrará Octávia (tendo esta última obtido a sua conjunção ao fim de 4 lançamentos); e para Clio se reunir com Octávia terá que obter […] [..] no 4º lançamento; residindo Octávia no Gargano na 12ª estância: então a resposta é: «Um sorte explica anos | muito mais firme que vos | já que saber perguntais | muito menos vós o amais». 18th Century manuscript. A dice-riddle book. €800 439. MANUSCRITO SÉC. XX. - ALBUM CALLIGRAFICO DE LUCINA PEREIRA BORGES. PROVAS COLLECCIONADAS EM ALBUM CALLIGRAPHICO EXECUTADAS Á PENNA POR LUCINA PEREIRA BORGES. Dedicado a Luiz Adelino Lopes da Cruz Decano dos calligraphos portugueses e meu digníssimo Professor de Calligraphia. Porto 26 de Julho de 1908. Prova calligraphica depois do curso. Porto, Instituto Calligraphico Luiz Adelino. 29 de Fevereiro de 1908. In fólio (de 44x28 cm) com 11 fólios manuscritos apenas na frente. Ilustrado com o retrato fotográfico (original) da autora executado pelo retratista Emilio Biel & Cª no Porto. Encadernação da época sintética com ferros a ouro na pasta anterior. Ilustrado com vários tipos de letra caligráfica: no frontispício ou Fólio 1 título decorativo; no fólio 2 moldura caligráfica com motivos vegetalistas enquadrando fotografia da autora; no fólio 3 dedicatória; no fólio 4 carta autografa anterior ao curso (e que serve de comparação com os resultados óbitos posteriormente); no fólio 5 prova caligráfica com letra cursiva de menor formato; no fólio 6 prova caligráfica com letra cursiva de maior formato; no fólio 7 em letra ronde; no fólio 8 em letra gótica itálica com um pensamento feminista; no Fólio 9 com um pensamento em letra gótica germânica; no fólio 10 um soneto de Bocage “Liberdade querida e suspirada… “ em letra tipo imprensa; e Fólio 11 apresenta um alfabeto de fantasia. €300 440. MANUSCRITO. [Carta de Privilégio]. DOÑA PETRONILLA Y DOÑA FRANCISCA DE SALCEDO Y LAS MEMORIAS QUE DEXO PARA CASAR HUERFAÑAS EL DOCTOR EL DOCTOR FRANCISCO DE SALCEDO SU TIO. lxjU dccclxxxvii iiire d.rxiiii. [1589]. Dada en nome del-Rei D. Phillippe II de Espanha e I de Portugal. Madrid, em 12 de Dezembro de 1589. In fólio [de 33x23 cm] com 6 fólios duplos, apresentando 12 páginas folhas manuscritas em pergaminho. Pergaminho com o título aqui transcrito sobre a capa anterior. Apresenta duplo cor cordão vermelho e amarelo unindo as folhas falta do selo de chumbo uma vez pendente. Apresenta lombada restaurada e um ex-libris da biblioteca de António Capucho. Texto em língua castelhana redigido em letra gótica minúscula, ou redonda, ilustrado com uma letra iluminada e algumas letras maiúsculas a tinta preta dividindo as várias partes do texto. Manuscrito com um valioso testemunho da caridade cristã peninsular da era de quinhentos, tomando o seu conteúdo a seguinte sequência: “En el nombre de la santissiama Trinidad y de la eterna unidad padre y el ijo y espirito santo que son tres personas y un solo dios]…[ Don philippe por la agracia de dios Rey de Castilla de Leon de aragon de las dos cecilias de Jerusalem de Portugal de navarra de granada de Toledo de valencia de galicia de mallorcas]…[ Deixou con condicion que los primeros previlegios que se dieren de los dichos maravedis de juro de qual quier de ellos a quales quier yglesias y monasterios y hospitales y consejos y colegios y universidades y personas particulares]…[yo bartolome portillo thesorero general del Rey nuestro senñor digo que me doy por contento y pagado]…[Sepan quantos esta carta de poder vieren como yo geronimo de salazar vezino de la villa de valladolid como testamentario que soy del doctor francisco de salcedo abogado en la Real chancilleria del rey nuestro senor]…[En la villa de madrid a doze dias del mês de diziembre de mil y quinientos e ochenta y nueve años ante mi gaspar fernandez escrivano del Rey nuestro señor]…[ Otrosive la escriptura de testamento de que haze mencion en las dichas esctripturas]…[y ten mando quinientos ducados a dona francisca y otros quinientos a dona petronilla hijas de luís de salcedo qu’este en gloria y de dona juana godinez maldonado su mujer para que se casen o entren enrreligion y entrando enrreligion sean para ellas perpetuamente y para el dicho monesterio y en caso que se cassaren y no tubieren hijos]…[E cumplido y pagado e feccho todo lo assi]…[E agora porquanto por parte de voz las dichas dona petronilla y dona francisca de salcedo sobrinas del dicho doctor de salcedo difunto y de la memoria de cassar o meter en religion dos doncellas pobres virtuosas y rrecogidas]…[me fue suplicado que confirmando e aprovando]…[para agora y para siempre jamas las dichas cartas de pago de lo dicho thesorero bartolome portillo]… [De la dicha ciudad de guadalajara y su tierra y partido pague de su cargo]…[ y no entrando enrreligion ni dexando hijos los ayan y sean para la dicha limosna de pobres enbergonçantes y de los dichos trinta y dos mil y quatrocientos cinquenta y ocho maravedis rrestantes vos la die la dicha memoria de casar o meter enrreligion dos doncellas pobres virtuosas y recogidas en cada un año todo ello conforme a las dichas clausulas de testamento y a las dichas escrituras]…]mande dar esta en carta de previlegio esenpta en pagamento y sellada com un sello de plomo pendiente en filo de seda colorada y librada de uns contadores mayores y de otros oficiales]…[dada en la villa de madrid a doze dias del mês de diziembre ano del nascimiento de nuestro salvador Jesus Cristo de mil quinientos y achenta e nueve anos. El Licenciado Escobar, El Licenciado Saavedra. Yo Juan de […] notário mayor del Reyno de Aª, lo hize escribir. Por Mando del Rey nuestro Señor”. Manuscript writen in Spanish. XVIth Century. Binding : contemporary soft cover made in flexible vellum with caligraphic title red and yellow thread tied at spine edge and royal seal missing. External folder skillfully restored at spine and ex-libris from the library of António Capucho. Grant of heritage regulated by this royal spanish chart, signed in behalf of King Philippe II of Spain (Philippe I of Portugal), in Madrid, on December 12, 1589. In folio [33x23 cm] : 6 folded parchment sheets 12 foliae, featuring amongst them 12 pages handwritten. Castilian language text written in Gothic minuscule, or round, illustrated with a letter E (Openning chapter) and black ink capital letters dividing the chapters of the text. Manuscript constitutes a valuable proof of the noble Christian charity from the 16th Century. €2.000 441. MANUSCRITO. SEC XVI. REGRA DA ORDEM DE CRISTO. TOMAR. REGVLA FRATRVM REGVLArium Ordinis dominini nostri Iesu Christi, ex magna Regula gloriosi patris Benedicti desumpta. In 4.º 24x17 cm. Com [ii], 48, [vi] fólios. Encadernação da época inteira de pele sobre tábuas de madeira com ferros (florão e cercadura) a ouro em ambas as pastas, cansadas, e com fechos metálicos. Ilustrado com capitulares e algumas passagens redigidas a vermelho. Os últimos 6 fólios sem numeração apresentam uma “tabella temporia litterarii Martyrologii” e um cerimonial com as indicações em português e as orações e cantos em latim. Manuscrito português do final do século XVI, redigido em latim sobre pergaminho, posterior à “desmilitarização” da ordem no ano de 1529, “quando a comunidade viria a sofrer uma reforma imposta pela Coroa, que encarregou (1529) o antigo provincial dos Jerónimos, Frei António de Lisboa, de fazer respeitar a observância da Regra de Calatravra. O Prior e os freires, que se tinham oposto ao projecto, foram colocados em igrejas da Ordem, sendo substituídos por 12 noviços (1532), que se sujeitaram a uma regra reformada, e obrigados a viver como monges de clausura” [Vasconcelos e Sousa, Ordens Religiosas em Portugal das origens a Trento, pag. 499]. Concordante com a leitura do final da introdução epistolar do documento: “omniaque verba qua a nobis latine sunt reddita, consona esse ijsdim qua in vulgari sermone à frate Alfonso Provinciali Jeronimiano, et nuper ex decreto summi Pontifiis Gregorii XIII, confirmata sunt.”: 'todas as palavras em latim são traduzidas por nós em linguagem vulgar de acordo com o Irmão Afonso e Provincial da Ordem dos Jerónimos, e confirmadas por decreto do Sumo Pontífice Gregório XIII.' [Papa desde 1572 até à data da sua morte]. Contém, pela mesma mão do texto, notas marginais manuscritas remetendo esta regra resumida para a Grande Regra (Magna Regula) de São Bento. Apresenta manuseamento e notas coevas de diferentes mãos. Contém uma “Forma Absolutionis” manuscrita nas folhas de guarda com cariz apócrifo, e a introdução epistolar “Obsernatissimis fratribus, ordinis domini nostri Iesu Christi”, ou dedicação, redigida nas primeiros 2 fólios numerados, contextualizando a razão pela qual foi executado este documento: “Illud etiam Observatione dignu duxi: mi hoc nomime (Prior nimirum) usu fuisse, quod omnibus (quib uis ordine praeficiuntur) communius vidi batur: licit in Conventu Tomeriensi, cum consuetudini cum etiam statutis”. ORDEM DE CRISTO: Fundada pela Bula Ad ea ex quibus de João XXIII (14-3-1319) em resultado de uma longa negociação sobre o destino dos bens do Templo (Templários) em Portugal. Tendo-se evitado, em 1312, quando se extinguiu a Ordem do Templo, que os seus bens na Península fossem entregues aos Hospitalários, o monarca português insistiu (1313-1318) no vínculo dos Templários ao serviço do rei à defesa do reino. Talvez influenciado pela solução encontrada em Aragão, com a criação da Ordem de Montesa, optou por suplicar (1318) a criação de uma nova milícia de Cristo, sediada em Castro Marim junto à fronteira marítima com as terras dos mouros. Com recurso às novas soluções técnicas trazidas da Palestina, ergueu-se em Tomar o castelo (1160-1171), por certo pensado para albergar o convento da Ordem. Foi construída uma igreja poligonal, a charola, que seguia de perto a igreja do Santo Sepulcro. Igreja dotada de um selo próprio (1181) e por vezes citada como o mosteiro da Ordem (1209) devia hospedar uma comunidade numerosa, ainda que não se conheça a sua dimensão efectiva. Talvez não andasse longe de 30 professos, como mais tarde sucederia com o convento da Ordem de Cristo. Regra de S. Bento, abreviada, adaptada e acrescentada a partir da Regra Maior, conforme título no terceiro fólio: 'REGULA FRATRUM REGULArium Ordinis dominini nostri Iesu Christi, ex magna Regula gloriosi patris Benedicti desumpta': Regra dos Freires Regulares da Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo resumida da Grande Regra do glorioso padre São Bento. Règle régulière des Frères l'Ordre de notre Seigneur Jésus-Christ ; prises hors de la grande règle du glorieux père Saint Benoît. Rule of the Regular Friars of the Order of our Lord Jesus Christ, abridged from the Great Rule of the glorious father Saint Benedict. In 4º (24x17 cm) with [ii], 48 [vi] folios. Binding: contemporary goat skin over wooden boards, worn out and bumped at corners. Gilt with a decorative super-libris on in both folders. Furniture with metal clasps. Capital letters written in red. Last 6 unnumbered folios have a add on “tabella temporia litterarii Martyrologii” and a ceremonial with Portuguese and Latin chants and prayers. Portuguese manuscript written in Latin, on parchment, of the late 16th century, after the 'demilitarization' of the Military Order of Christ, in 1529, 'when the community went into a reform imposed by the Crown, who commissioned (1529) the Jeronimites Friars and the Provincial Father Antonio de Lisboa, to enforce the observance of the Rule of Calatravra. The Prior and friars who opposed the project were placed in churches of the Order, being replaced by 12 novices (1532), which have been forced to live like cloistered monks” [in Vasconcelos e Sousa, Ordens Religiosas em Portugal das origens a Trento, pag. 499]. In accordance we find at the epistolary introduction of this document: “all Latin words would translated in vulgar language, according to Brother Alphonsus and Provincial of the Order of Jerónimos, and confirmed by decree of Pope Gregory XIII. [Pope from 1572 until his death]. ORDER OF CHRIST: Founded by Bula Ad ea ex Quibus of Pope John XXIII (14-3-1319) as a result of long negotiations over the assets of the Order of the Temple (Templars) in Portugal. In 1312, when the Order of the Temple was abolished its goods were intended to be handed over to the Order of the Hospital. The Portuguese monarch insisted (13131318) in the bond of the Templars to the service of the king and protection of the kingdom. Perhaps influenced by the solution found in the kingdom of Aragon - with the creation of the Order of Montesa - he opted to plead (1318) the creation of a new militia of Christ, based in Castro Marim near the maritime border with the lands of the Moors. The castle in Tomar (11601171) was built with use of new technical solutions brought from Palestine, and became residence of the first masters of the Order. A polygonal church was built - the Charola (or rotunda) – a copy of the Church of the Holy Sepulchre, in Jerusalem. The Church had his own seal (1181) and was referred to as the monastery of the Order (1209). It hosted a community - even though we do not know their actual size - maybe not far from 30 friars, as later in the convent of the Order of Christ.[in Vasconcelos e Sousa, Ordens Religiosas em Portugal das origens a Trento, pag. 465-499]. €12.000 442. MARCH. (Charles Wainwright) SKETCHES AND ADVENTURES IN MADEIRA, PORTUGAL, AND ANDALUSIAS OF SPAIN. By the author of “Daniel Webster and his Contemporaries”. Harper & Brothers. New York. 1856. In 4º (de 20x14 cm) com iv-442-(8) pags. Encadernação da época em percalina vermelha. Ilustrado com uma gravura da Baía do Funchal em anterrosto e vinhetas com tipos populares abertas no texto. Exemplar com título de posse da época sobre a folha de rosto 'Frederich Barne, 1860' e ex-libris armoriado de 'Barne'. Obra contém descrição da Madeira até à página 97, seguindose um importante capítulo com a descrição da viagem da Madeira para Lisboa. €300 443. MARIANO VELOSO, Fr. José. DESCRIPTIO ET ADUMBRATIO PLANTARUM CLASSE CRIPTOGAMICA LINNEI, LICHENES DICUNTUR. VOLUMEN SECUNDUM. AUCTORE D. GEORG. FRANC. HOFFMANN MED. DOCT. MEDC. PROFES. PUBL. ORDINAR. HOR. R. BOTAN. PRAEFECTO, SOC SCIENT. GOTTING. LUG. PHYSIOGR. LUND. HIST. NAT. PARIS. ALIARUMQUE MEMER. LUSITANORUM BOTANICORUM IN USUM, CELSISSIMI AC POTENTISSIMI LUSITANIAE PRINCIPIS REGENTIS DOMINI NOSTRI, ET JUSSU, ET AUSPICIS DENEO TYPIS MANDATUM CURANTE Fr. JOSEPHO MARIANO VELOSO. ULYSIPONE, TYPOGRAPHIA DOMUS CHALCOGRAPICAE, TYPOPLASTICAE AC LITTERARIAE AD ARCUM CAECI. M. DCCCI. [1801] In 8.º de 19,5x14 cm. Com [iv], 93, [iii] pags. Encadernação da época com lombada e cantos em pele, um pouco cansada. Ilustrado com magnifico frontispício aberto a buril com putti analisando fungos com instrumentos de óptica, em moldura oval, assinado “Romão Eloy Sculp. No Arco Cego” (folha de rosto adornada com gravura xilográfica com o escudo das armas reais de Portugal) e 24 gravuras com vários tipos de fungos, todas elas coloridas manualmente e assinadas “Almda. F. no Arco Cego” numeradas de 25 a 48. Trata-se apenas do 2.º volume de dois, o primeiro volume foi publicado em 1800. Curiosamente em bibliotecas publicas de portuguesas, apenas existe um exemplar do primeiro volume na BNP, que pode ser consultado em formato digital em: http://purl.pt/11990. Obra publicada originalmente em 3 volumes em Leipzig na Alemanha, entre 1790 e 1801. A edição portuguesa foi impressa na efémera, mas famosa, artística e inovadora impressão do Arco do Cego, que em apenas dois anos de existência (1800-18001) produziu 83 obras-primas da nossa bibliografia científica, esforço notável que mesmo com tiragens muito reduzidas nos colocou entre os primeiros países com tipografia científica de referência internacional. Exemplar com tenue assinatura de posse do Eng. Agrónomo Romão dos Passos na folha de rosto. Blake 5, 69. Borba de Moraes. Bibliogr. Bras. Período Colonial 401. Borba de Moraes. Bibliogr. Bras. 2, 897. Arco do Cego, 38. Inocêncio V, 54. “FR. JOSÉ MARIANNO DA CONCEIÇÃO VELLOSO, Franciscano da provincia da Conceição do Rio de Janeiro, d'onde veiu para Portugal, ao que supponho, em companhia de Luis de Vasconcellos e Sousa, vice rei que fôra no Brasil, quando este se recolheu do seu governo. Foi em Lisboa Director da Typographia Chalcographica, Typoplastica e Litteraria do Arco do Cego, creada em 1799 sob os auspicios de D. Rodrigo de Sousa Coutinho, então ministro d'estado. Sendo este estabelecimento pouco tempo depois mandado incorporar na Imprensa Nacional por decreto de 7 de Dezembro de 1801, que se designava a esse tempo pelo titulo de Regia Officina Typographica, e passou a ter o de Impressão Regia, foi o P. Velloso nomeado para o logar de Director litterario da mesma juntamente com os professores Custodio José de Oliveira e Joaquim José da Costa e Sá, e o brasileiro Hypolito José da Costa, mencionados todos no presente Diccionario. Em remuneração dos servicos alli prestados e dos seus trabalhos botanicos, recebeu de D. João VI, então principe regente, a graduação ou patente de Padre ex provincial da sua provincia, e uma pensão de 500$000 réis. Foi durante algum tempo Socio effectivo da Academia Real das Sciencias de Lisboa; porém desintelligencias que teve com aquella corporação fizeram que ella o riscasse do numero dos seus membros (vej. a este respeito o Investigador Portuguez n.º LXV, a pag. 22). Partindo para o Brasil em 1807 com a familia real, viveu ainda alguns annos no Rio de Janeiro, sempre entregue aos estudos botanicos, pelos quaes se tornou celebre. - N. na villa de S. José, comarca do Rio das Mortes, districto da capitania, hoje provincia de Minas geraes, em 1742, segundo a melhor opinião, posto que alguns o dão nascido em 1732. M. a 14 de Julho de 1811. Na contadoria da Imprensa Nacional, Livro do registo de informações e officios, a fol. 30, existe registada uma conta dada ao governo em 10 de Março de 1813 pelo então administrador geral Joaquim Antonio Xavier Annes da Costa, que, a ser verdadeiro o que n'ella se expõe, não depõe muito a favor do zêlo e diligencia com que o P. Velloso se houvera no tempo em que dirigiu aquella casa.” €1.000 444. MARIÉ DAVY. (H.) MÉTÉOROLOGIE. LES MOUVEMENTS DE L’ATMOSPHERE ET DES MERS. Considérés au point de vue de la prévision du temps. Par… Docteur-medecin, Docteur ès sciences, agrégé de l’Université, Astronome, Chef de la division Météreologie de l’Observatoire Impérial de Paris. Avec 24 cartes tirées en couleur et de nombreuses figures dans le texte. Victor Masson et Fils. Paris. MDCCCLXVI. [1866]. De 24x17 cm. Com iv-498 pags. Encadernação da época com lombada em pele. Corte dourado por folhas. Ilustrado com mapas, gravuras e quadros de dados. €150 445. MARINHO DE AZEVEDO, Luiz. FUNDAÇAÕ, ANTIGUIDADES, E GRANDEZAS DA MUI INSIGNE CIDADE DE LISBOA, E SEUS VAROENS ILLUSTRES em Santidade, Armas, e Letras. CATALOGO. de seus Prelados, e mais cousas Ecclesiasticas, e Politicas até o anno 1147. em que foi ganhada aos Mouros por El-Rey D. Affonso Henriques. I. PARTE OFFERECIDA A’ FIDELISSIMA, E AUGUSTISSIMA MAGESTADE DEL-REY D. JOSEPH I. NOSSO SENHOR por seu mínimo vassalo MANOEL ANTONIO MONTEIRO DE CAMPOS, e á sua custa impressa ESCRITA PELO CAPITAM LUIZ MARINHO DE AZEVEDO, natural da mesma cidade. LISBOA, na Officina de MANOEL SOARES. Anno de MDCCLIII. [1753]. II PARTE. Na Officina de Domingos Rodrigues. Anno de MDCCLIII. [1753]. 2 partes em 1 volume. In 4º (de 21x15 cm) com (xxvii)-169-118-266 pag. Encadernação recente inteira de pele com ferros a ouro na lombada ao estilo do século dezoito. Exemplar com leves títulos e posse da época manuscritos na página de rosto. A primeira parte desta obra encontra-se dividida em dois capítulos. O primeiro contém a Introdução e situação geográfica de Lisboa. O segundo contém o mito da fundação de Lisboa (Ulissipo) durante a Guerra de Tróia: Ulisses encontra Aquiles em Lisboa no Templo das Vestais, aí escondido por sua mãe Tétis, a deusa do mar, para fugir da Guerra de Tróia. A obra contém no início a lista dos autores, cujas referências bibliográficas são judiciosamente colocadas em notas de rodapé em cada página do texto . INOCÊNCIO V, 303 e XVI, 48: LUIS MARINHO DE AZEVEDO, Capitão, Commissario militar e Secretario do Conde de S. Lourenço, quando este governava as armas na provincia do Alemtejo nas campanhas subsequentes á acclamação d'el rei D. João IV. Foi natural de Lisboa, e faleceu n'esta cidade em 1652. Foi reimpressa por industria de Manuel Antonio Monteiro de Campos, com o titulo de Fundação, antiquidades e grandezas, etc., e sahiu: 1.ª Parte. Lisboa, por Manuel Soares 1753. 4.o de XXVIII 169 118 pag. - 2.ª Parte. Lisboa, por Domingos Rodrigues 1753. 4.o de 266 pag. N'esta obra copiou, sem exame nem critica, todas as noticias fabulosas que encontrava, relativas á historia antiga da Lusitania. A obra é comtudo estimada, e da primeira edição tenho visto raros exemplares vendidos de 2:400 réis até 3:200. Os da segunda, que são mui pouco vulgares, reputam se por 1:200 réis, e algumas vezes mais, segundo creio. Acerca da obra Primeira parte da fundação, antiguidades e grandezas da mui insigne cidade de Lisboa, etc., é necessario advertir o seguinte: Ha d'esta obra duas edições totalmente diversas, ambas com a indicação de impressas em 1753, em 4.º Uma d'ellas não tem nome do impressor, e indica simplesmente no rosto: « A custa de Luiz de Moraes, mercador de livros á praça da Palha. Lisboa, 1753». Com dedicatoria assignada por Luiz de Moraes a el-rei D. José I. A outra tem no frontispicio: «Offerecida á fidelissima e augusta magestade de el-rei D. José I por Manuel Antonio Monteiro de Campos, e á sua custa impresso». A primeira parte, ou tomo, é impressa em Lisboa na officina de Manuel Soares, 1753; e a segunda parte impressa tambem em Lisboa por Domingos Rodrigues, 1753. Note-se que a dedicatoria a el-rei, assignada por Manuel Antonio Monteiro de Campos é sem a menor alteração a mesma que na outra edição se lê com a assignatura de Luiz de Moraes. Note-se igualmente que as licenças para a impressão da publicada por Monteiro de Campos tem as datas de maio e junho de 1753; e as da que publicou Moraes são datadas de setembro do mesmo anno. E todavia é esta ultima que se declare no frontispicio:.«Segunda edição correcta e emendada». A outra não tem declaração alguma, parecendo aliás que saíu primeiro. Os caracteres typographicos, o papel e a impressão, differem em ambas, sendo a edição [a consta neste catálogo] feita por Monteiro de Campos superior á de Moraes, quando menos n'estas circumstancias. A numeração é que varia de uma para a outra, porque a de Campos tem ao todo nos dois tomos XXVIII-169-118-266 pag.; e a outra tem XXVIII-288266 pag., provindo a differença de que n'aquella os livros I e II no tomo I são numerados cada um separadamente e na outra não o são. Innocencio possuia um exemplar da edição de Monteiro de Campos. O conselheiro Figanière e Teixeira de Vasconcellos possuiam exemplares da de Moraes. Foi este ultimo escriptor e illustre jornalista, um dos primeiros bibliophilos em notar as differenças das duas edições. Os exemplares da primeira edição, 1652, tem variado de preços: no leilão de Figueira chegou a 3$550 réis, no de Gubian subiu a 15$000 réis, no do visconde de Juromenha desceu a 2$800 réis por não estar em bom estado de conservação. No catalogo da livraria Bertrand & C.ª, successores Carvalho & C.ª, está annunciada por 1$600 réis. No leilão de Innocencio foi vendido um exemplar por 1$300 réis, e no de Vaz de Abreu outro por 320 réis'. €300 446. MARJAY. (Dr. Frederico) SALAZAR NA INTIMIDADE. Texto e realização de… Edição Dr. Marjay. Lisboa. 1954. De 28x22 cm. Com 16-56-(iii) pags. Encadernação da época em percalina. Exemplar sem capas de brochura e sem sobrecapa de protecção. Obra com um texto apologético e 56 gravuras a preto e branco em extra texto com um índice final de 3 páginas inumeradas. Várias gravuras mostrando e com legenda: “Salazar com Christine Garnier, escritora francesa. Deste convívio surgiu o livro «Férias com Salazar»”. €60 447. MARNOCO E SOUZA. (Dr.) DIREITO ECCLESIASTICO PORTUGUÊS. Prelecções feitas ao curso do 3º ano jurídico do anno de 1909-1910. [Por]… Lente da Faculdade de Direito. F. França Amado, Editor. Coimbra. 1910. De 24x15 cm. Com 555 pags. Encadernação em percalina branca com finos ferros a ouro na lombada. Obra contendo na Segunda Parte o “Sistema de relações entre a Igreja e o Estado” anterior à Primeira República. €120 448. MARQUES ABREU. ARTE: ARCHIVO DE OBRAS DE ARTE. Director e gravador... Redacção e Administração. Ateliers de Photogravura e Simili-gravura, de Marques Abreu. Composto e impresso na Papelaria e Typographia Academica. Porto. 1905-6-7. Contém 36 (de 96) fascículos. De 31x25 cm. Com 72 fólios inumerados. Encadernação da época (editorial?) inteira de pele com finos ferros a ouro na lombada e na pasta anterior ao estilo Arte Nova. Profusamente ilustrado e com vinhetas decorativas. Impresso sobre papel couché espesso. Apenas os 3 primeiros anos desta publicação mensal; de um total de 96 fascículos publicados até 1912. Obra da máxima qualidade tipográfica e de fotogravura obtida nesta época com 2 fólios por fascículo editados em cada mês. €300 449. MARQUES FERREIRA. (Feliciano António) VIAGEM DA CORVETA DOM JOÃO I Á CAPITAL DO JAPÃO NO ANNO DE 1860. Por Feliciano Antonio Marques Pereira Capitão e comandante da mesma corveta. Lisboa. Imprensa Nacional. 1863. De 22x15 cm. Com 221 pags, um índice e um mapa. Encadernação da época com lombada em pele. Ilustrado com um mapa monocromático e desdobrável do Japão (36x40 cm) impresso na litografia da Imprensa Nacional e o título “Carta do Império do Japão copiada por Siebolds correcta e adicionada pelos pelos Srs. Maury e Silas Bent officiaes da marinha americana, 1855”. Exemplar preserva as capas de brochura e com ex-libris recente na folha de guarda. Importante livro de viagens escrito com o motivo, expresso pelos autores no prefácio, de satisfazer a falta deste género de literatura e baseando-se na obra americana de Francis Hawks de 1852 - descreve a expedição do Comodoro Perry por ordem do governo dos E. U. A. dez anos antes da viagem deste navio português. Ainda que conscientemente atrasado no tempo e no armamento este navio e a sua tripulação produzem o primeiro testemunho português de forma vivida e documentada da abertura forçada do Japão ao Ocidente e o fim da sua era feudal. O livro divide-se em 3 partes: a viagem e notícia geral do Japão; as antigas relações dos portugueses com o Japão; e o relatório apresentado ao Ministro da Marinha pelo comandante deste navio. Os capítulos do livro analisam temas tão variados como as negociações diplomáticas para o tratado de comércio; a descrição das cidades japonesas; os usos e costumes; o poder e intrigas da aristocracia no qual reside a força militar do império japonês; a literatura e belas artes no Japão; e a história da igreja católica no Japão baseada no livro de Crasset de 1754; e o capitulo V baseado na obra de Hawks. Inocêncio II, 255 e IX, 208 “Feliciano António Marques Pereira tendo sido promovido a Capitãode-Fragata, morreu a 13 de Junho de 1864. Comendador da ordem de Avis, e cavaleiro da de N. S. da Conceição, Capitãotenente da Armada Nacional, ex-Intendente da Marinha em Goa; vêm a seu respeito alguns apontamentos biográficos na Gazeta de Portugal n.º 472, de 17 do dito mês. Deles consta que assentara praça no Corpo da Armada Nacional em 1821, falecendo com 62 anos de idade e 43 de serviço”. Narrative of the voyage around the world of a Portuguese tree masts rigged warship, in the years 1859 to 1862, to the China Seas and Japan by the order of the portuguese government and under the command of Captain Marques Pereira - the author (and commander of the corvete). He makes a parallel between his voyage and inspires his book after the work of Hawks on the expedition of Commodore Perry to Japan. These international movements to influence the Japanese government to establish diplomatic relations and cease the isolationist policy, by a strong display of naval force, is accurately analyzed by the Portuguese author and commander. The most important result of these expeditions was the collapse of the Japanese feudal government, and the modernization of Japan, although the Portuguese sailing warship is consciously considered an outdated vessel by the time. €200 450. MARQUES PEREIRA. (Alberto Feliciano) A ARTE EM MOÇAMBIQUE. ART IN MOZAMBIQUE. A ARTE EM MOÇAMBIQUE. ART IN MOZAMBIQUE. 1ª Parte de: A Arte e a Natureza em Moçambique. Part one of Art and Nature in Mozambique. [Por]… Professor do Instituto S. de Ciências Sociais e Política Ultramarina. Versão em inglês do Professor do I. S. C. S. P. U. Dr. Joaquim da Silva Godinho. Lisboa. MCMLXVI [1966]. De 35x25 cm. Com 559 pags. Encadernação do editorial. Profusamente ilustrado. Edição bilingue português-inglês. Obra sobre arte pré-histórica; arte nativa e arte colonial. €300 451. MARQUES PEREIRA. (Alberto Feliciano) GINÁSTICA INFANTIL. LIVRO I: O CONTO-LIÇÃO DE GINÁSTICA INFANTIL. Prefácio do Dr. José Salazar Carreira Inspector dos Desportos da D.G.E.F.D.S.E. Lisboa. 1947. Junto com: LIVRO II: A MÚSICA NA GINÁSTICA INFANTIL. Lisboa. 1947. Junto com: LIVRO III: A LIÇÃO DE GINÁSTICA NA PRÓPRIA AULA. Prefácio de Ayala Botto Inspector dos Desportos da D.G.E.F.D.S.E. Lisboa. 1947. Junto com: LIVRO IV: A LIÇÃO DE GINÁSTICA POR MEIO DE JOGOS. Prefácio do Prof. Doutor Mendes Correia Director da Escola Superior Colonial. Lisboa. 1948. Junto com: LIVRO V: O VALOR MORAL DA EDUCAÇÃO FÍSICA. GINASTICA INFANTIL: A LIÇÃO DE GINÁSTICA COM APARELHAGEM. Prefácio do Prof. Doutor Marcello Caetano. Lisboa. 1949. Obra em 5 volumes encadernados e 1. De 24x20 cm. Com 93, 33, 64, 136, e 175 pags. Encadernação da época, preservando as capas de brochura de cada livro, e com título de conjunto nos ferros a ouro em super-libris: “Manual de Ginástica Infantil”. Profusamente ilustrado com desenhos dos exercícios físicos e outras gravuras alusivas aos ideais de cultura física e moral da Mocidade Portuguesa, inspirados nos valores nacionalistas e na ética do movimento escutista (vide Livro V, pag. 33). €80 452. MARTINEZ DE MARCILLA. Lorenço. CRONICON DE CHRISTIANO ADRICOMIO DELFO. TRADUCIDO DE LATIN EN Español por Don Lorenço Martinez de Marcilla, Cavallero de la Orden de Calatrava, Conde de Montoro, Virrey, y Capitan General del Reyno de Mallorca, &c. Año 1679. EN MADRID: En la Imprenta Imperial. A costa de Juan Martin Merinero, Mecader de Libros. In 8.º de 20x15 cm. Com [viii]-284-[xxii] pags. Encadernação da época em pergaminho flexível com vestígios de atilhos e título manuscrito na lombada. Obra contém a história universal até ao século primeiro da era cristã tal como era entendida pela Igreja Católica Romana. Nas últimas [xxii] páginas apresenta uma cronologia resumida dos factos históricos, desde o “principio do mundo” até Cristo, quando tinham passado apenas 3960 anos ou, segundo o Génesis, 4089 anos. Além da cronologia desde Adão até a morte do apóstolo João no ano 109 d. c. esta obra também fornece uma descrição da Palestina e das antiguidades de Jerusalém. Christian Van Kruik Adrichem, padre católico e teólogo, nasceu em Delft em 1533 e morreu em Colónia em 1585. Ordenado em 1566 foi superior do Convento de Santa Barbara em Delft até à sua expulsão pela Reforma. Outras obras do mesmo autor: 'Vita Jesu Christi' (Antuérpia, 1578) e 'Theatrum Terrae Sanctae et Biblicarum Historiarum' (Colónia, 1590). Palau 1990, tom. I, pag. 16. Christian Kruik Van Adrichem, catholic priest and theological writer, born at Delft, in 1533, and died at Cologne in 1585. He was ordained in 1566 and was Director of the Convent of St. Barbara in Delft till expelled by the Reformation. His other works are: 'Vita Jesu Christi' (Antwerp, 1578) 'Theatrum Terrae Sanctae et Biblicarum Historiarum' (Cologne, 1590). The present work gives a description of Palestine of the antiquities of Jerusalem and a chronology from Adam till the death of John the Apostle, in a.d.109. €700 453. MARTINEZ FERRANDO. (J. Ernesto) TRAGEDIA DEL INSIGNE CONDESTABLE DON PEDRO DE PORTUGAL. Consejo Superior de Investigaciones Cientificas. Instituto Jeronimo Zurita. Madrid. 1942. De 26x19 cm. Com 364 pags. Encadernação com lombada e cantos em pele. Ilustrado com gravuras extra-texto. Obra com a biografia de D. Pedro - aclamado conde de Barcelona em 1464 - filho do Infante D. Pedro de Portugal e neto do rei D. João I de Portugal. €150 454. MARTINEZ-FERRANDO. (J. Ernest) PERE DE PORTUGAL «Rei Dels Catalans» vist a travers dels registres de la seva cancelleria. Memòries de la Secciò Historico-Arqueologica, VIII. Institut d’Edtudis Catalans. Barcelona. 1936. De 27x21 cm. Com 278 pags. Encadernação em percalina verde. Ilustrado em extra-texto com os locais onde viveu D. Pedro em Portugal e na Catalunha. €90 455. MARTINS CAMINHA. (Gregório) TRACTADO DA FÓRMA DOS LIBELLOS, das allegações judiciaes, do processo do juizo secular e ecclesiastico, e dos contractos, com suas glossas, do licenciado Gregorio Martins Caminha. Reformado com addições e annotações de João Martins da Costa, Advogado na Corte e Casa da Supplicação. Coimbra, Na Real Imprensa da Universidade. Impresso à custa de João António dos Reis, Reitor de Verim. 1824. In 8º gr. (de 21x15 cm) com viii-328 pags. Encadernação da época com lombada e cantos em pele. Exemplar com título de posse manuscrito no anterrosto; da última edição referida por Inocêncio (III, 164 e IX, 430) do tratado jurídico clássico português, impresso pela primeira vez em 1558, e sucessivamente reimpresso até ao século XIX. €120 456. MARTINS ZUQUETE. (Afonso Eduardo) A NOBREZA DE PORTUGAL E DO BRASIL. Bibliografia. Biografia. Cronologia. Filatelia. Genealogia. Heráldica. História. Nobiliarquia. Numismática. [Direcção, coordenação e compilação] de… Editorial Enciclopédia. Lisboa. Rio de Janeiro. 1960-1961. 3 volumes. De 25x19 cm. Com 766, 766 e 766 pags. Encadernações do editor gravadas a seco e a ouro. Profusamente ilustrados. Obra de referência na genealogia e heráldica lusobrasileira. €300 457. MARTIRES, António dos. FARMACOPEIA BATEANA, AUGMENTADA COM OS SEGREDOS Goddardianos DE JONATHAN GODDARDO, Medico celebérrimo Londinense, COM O APPENDICE A’ MESMA FARMA de Thomás Fuller; E ACCRESCENTADA Com hum Additamento de varias Fórmas, ou Receitas, e composiçoens de Joaõ Junchero, e Francisco Paulino Touquet, e outros: Obra utilíssima para o bem commum, escripta por ordem alfabética; E DADA A’ LUZ POR HUM PROFESSOR da mesma Arte. PAMPLONA: Por los HEREDEROS de Martinez, y à su Costa, Año 1763. In 8º gr. (de 20x15 cm) com 337, 220 pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada. Exemplar apresentando oxidação natural do papel, picos de humidade, e danos nas últimas 4 páginas de texto (perfurações de corrosão). Inocêncio I, 205: D. Antonio dos Martyres, Cónego regrante de S. Agostinho, tido em conta de insigne farmacêutico no seu tempo. Nasceu em Coimbra em 1698, e morreu em 1768. “Pharmacopéa Bateana, augmentada com os segredos Goddardianos... e accrescentada com um additamento de varias formas ou receitas... Dada á luz por um Professor da mesma arte. Pamplona, por los Herederos de Martinez 1763. 4.º de 337 220 pag. (Diz o autor da Coimbra Gloriosa que são falsas estas indicações, e que a obra fora impressa em Coimbra, por Luis Secco Ferreira.) Entre centenares de remédios e medicamentos exóticos que apresenta, dá na pag. 195 uma receita para curar diarreias, que por sua originalidade me pareceu dever aqui transcreve-la, não só como specimen da ciência do autor, mas para que dela possam aproveitar-se os que a quiserem usar com a confiança que de certo inspire. Ei-la: «R. Pello branco de lebre, do que nasce debaixo do ventre, e do rabo, cortados miudamente escropulo um; laudano opiado, grãos dous: - arrobe de cerejas quantum satis: misce pro dos, e se acaso for a diarrhéa escorbutica, a triaga dita dada em agua antiescorbutica fria, tendo na mão ortigas ou sangue do enfermo quanto satis, molhe se uma penna n'ella de palha de colmo, e escrevam lhe na fronte as letras seguintes O. I. P. V. C. V. e cessará o fluxo por modo de milagre!»” €500 458. MARTYROLOGIVM ROMANVM, Ad nouam Kalendarij rationem, & Ecclesiasticae historiae veritatem restitutum. Gregorij XIII. Pont. Max. Inssueditum. LVGDVNI [Lyon], Apud Gulielmum Rouillium. M. D. LXXXIII. [1583]. In 8º (19x13 cm) com 316 pags. Com [xvi], 316 pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a seco com motivos florais nas esquadrias de ambas as pastas, cantos cansados. Ilustrado com tabelas do número áureo e das festividades dos santos. Exemplar com vestigios marginais de trabalho de traça em alguns cadernos; e títulos de posse manuscritos na folha de rosto. Obra impressa a duas cores (vermelho e negro) pelo célebre impressor lionês Guillaume Roille. 1ª edição do martirológio oficial da Igreja Católica Romana, sobre dias festivos e santos, publicada logo após o decreto da revisão do calendário juliano (de Júlio César, em 46 a.C.) que sofreu a sua última modificação em 1582, pelo Papa Gregório XIII, dando origem ao calendário gregoriano que foi adoptado progressivamente pelos países ocidentais. Binding: contemporary full calf blind tooled at folders with floral elements. Corners bumped. Illustrated with charts of the «Aureo Numero»; and the festivities of the saints. Copy with marginal wormholes and ownership at title page. Book printed in two colors (red and black) by the famous Lyonnais printer Guillaume Roille. 1st official edition of the Roman Catholic church's calendar on holydays, published soon after the decree revising Julian Calendar (Julius Caesar, 46 BC), who suffered their last change in 1582 by Pope Gregory XIII, giving place to the Gregorian Calendar which was gradually adopted by Western countries. €1.500 459. MASCARENHAS BARRETO. TOUROS EM PORTUGAL. Realização artística e texto de... Colaboração fotográfica especial de Ezequiel Teixeira de Sousa. Editorial Aster. Lisboa. 1962. De 30x22 cm. Com 112 pags. Ilustrado. Album com 125 fotogravuras comentadas em português, espanhol, francês e inglês. Obra sobre as várias artes do toureio: a cavalo; a pé e forcados, e ainda com imagens da criação ganadeira. €80 460. MASCHER, Girolamo. IL FIORE DELLA RETORICA DI MESSER GIROLAMO MASCHER Mantouano, in quatro libri ; NE’ QVALI SI COMPRENDONO I PRECETTI VTILIE necessarii a ciascun buon’ Oratore, E massimamente di Palazzo secondo l’uso de’ moderni tempi. In Vinegia per Giouanni Bariletto, M D LX. [1560] In 8.º de 15x10 cm. com 252, [iv] fólios. Encadernação da época em pergaminho. Bela marca de impressor gravada no rosto. Digest of the best rethoric works - of Mr. Girolamo Mascher, of Mantua - a must needed knowledge for those who want to master the political speech. €1.200 461. MASSEI, Giuseppe. VITA DI S. FRANCESCO SAVERIO Della Compagnia di Giesù APOSTOLO DELL’INDIE DESCRITTA DAL P. GIVSEPPE MASSEI Della medesma Compagnia. IN MILANO, 1701. Nelle Stampe dell’ Agnelli. In 12.º de 14x8 cm. com 451, [v] pags. Encadernação da época em pergaminho. Ilustrado com uma gravura com o retrato de S. Francisco Xavier. Obra com muito interesse para a história da chegada dos primeiros ocidentais à China e ao Japão. Exemplar com leves manchas de humidade nas últimas páginas. In 12º (14x8 cm) with 451, [v] pags. Binding: contemporary flexible vellum. Small recoverable dent at spine vellum. Copy with some foxing and slight stain at last pages. Illustrated with frontispiece portrait of Saint Francis Xavier. Work with great interest to the history of the arrival of the first westerners to China and Japan. €900 462. MATIAS LIMA. A ENCADERNAÇÃO EM PORTUGAL. (Subsídios para a sua História). Por... Titular da Associação dos Arqueólogos Portugueses do Instituto de Coimbra, etc. Estudos Nacionais sob a égide do Instituto de Coimbra. Edições Pátria. Gaia. Portugal. MCMXXXIII [1933]. De 25x18 cm. Com 76 pags. Encadernação com lombada em pele. Ilustrado com XLV estampas extra-texto. Com um anexo ilustrado das marcas de encadernadores. €200 463. MATOS SEQUEIRA. (G. de) DEPOIS DO TERRAMOTO. Subsídios para a história dos bairros ocidentais de Lisboa. [Por]… da Academia das Ciências de Lisboa, e da Associação dos Arqueólogos Portugueses. Academia das Ciências de Lisboa. 1967, 1922 e 1934. 4 volumes. De 23x16 cm. Com xv-515, viii-563, 531, e viii-638 pags. Encadernações com lombadas e cantos em pele com ferros a seco. Corte por folhas carminado. Ilustrados com mapas, esquemas genealógicos e gravuras em extra-texto. Exemplares do 1º e do 2º volume pertencem à reimpressão da obra, mantendo igual aspecto e arranjo gráfico da edição original à qual pertencem os 2 últimos volumes; todos preservam as capas de brochura. €500 464. MATOS. (Artur Teodoro de) O ESTADO DA ÍNDIA NOS ANOS DE 1581-1588. Estrutura Administrativa e Económica. Alguns elementos para o seu estudo. Universidade dos Açores. Ponta Delgada. 1982. De 26x20 cm. Com 209 pags. Encadernação com lombada e cantos em pele. Ilustrado com quadros de dados e mapas no texto e extra-texto desdobráveis. €50 465. MATTOS E SILVA. (João de) CONTRIBUIÇÃO PARA O ESTUDO DA REGIÃO DE CABINDA. Memória apresentada por… S. S. G. L. Congresso Colonial Nacional. Typographia Universal (Imprensa da Casa Real). Lisboa. 1904. De 24x16 cm. Com 403 pags. Encadernação da época com lombada em pele. Ilustrado com fotogravuras extra-texto impressas sobre papel couché e um mapa desdobrável, de 45x40 cm: 'Carta dos Territorios de Cabinda em 1903. Escala 1:200.000. Coordenada segundo a Carta da Commissão de Carthographia'. €200 466. MATTOS. (Armando de) PEDRAS-DE-ARMAS DE PORTUGAL. Vol. I [e único publicado]. Por… Bolseiro do Instituto para a Alta Cultura. Licenciado em Ciências Históricas e Filosóficas (FLUC), Professor da Escola de Belas-Artes do Porto, da Ordem Militar de Santiago da Espada, Vogal secretário da Comissão Provincial de Etnografia e Historia do Douro-Litoral, do Instituto de Coimbra, Associação dos Arqueólogos Portugueses, Instituto Português de Arqueologia, História e Etnografia, Real Academia da História de Madrid, Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Instituto Heráldico Romano, Sociedade Suíssa de Heráldica, etc. Edição de Fernando Machado & Cª. Lda. Instituto para a Alta Cultura. Porto. De 28x22 cm. Com 563 pags. Encadernação com lombada e cantos em pele. Profusamente ilustrado com as fotogravuras dos brasões de armas do Minho (localizados em palácios e jazigos) com as respectivas fichas de levantamento e a leitura dos mesmos. Exemplar de uma tiragem 750/48 numerados e rubricados pelo autor. Obra consistiu na tentativa de cartografar toda a heráldica portuguesa. €300 467. MATTOS. (Júlio de) HISTORIA NATURAL ILLUSTRADA. Compilação feita sobre os mais auctorizados trabalhos zoologicos. Por… Livraria Universal de Magalhães e Moniz – Editores. Porto. 1880. Obra em 6 volumes. De 27x19 cm. Com 557, 590, 498, 588, 573 e 622 pags. Encadernações do editor. Ilustrados com centenas de cromolitografias, intercaladas em extra-texto, primorosamente desenhadas por Traviès e impressas em Paris por Lamoureaux com a excelência da qualidade gráfica da época. €600 468. MAZE-SENCIER. (Alph.) LE LIVRE DES COLLECTIONNEURS. Les Ébéniste. Les Ciseleurs-bronziers. L’Horelogerie. La Céramique. Les Peintres en miniature. Les Sculpteurs en ivoire. Les Terres cuites. Les Modeleurs en cire. Bagard, de Nancy. Bonzanigo et son école. Les Jarretières. Les Boutons d’habit. Les Boîtes à mouches. Les Éventails. Les Autographes. Les Timbres-poste. Etc. Etc. Par… Ancien Inspecteur des Musées de Saint-Étienne (Loire) et fondateur du Musée de Céramique de cette ville. Librairie Renouard. Paris. MDCCCLXXXV [1885]. De 25x16 cm. Com x-878 pags. Encadernação do editor. Ilustrado no texto. Obra contém a história da adesão ao colecionismo dos objectos do quotidiano (p. ex: botões, caixas de pó-de-arroz, miniaturas, etc). €50 469. MEIRELES. (Frei António da Assunção) MEMÓRIAS DO MOSTEIRO DE POMBEIRO. Escritas por… Publicadas e prefaciadas pelo Academico titular fundador António Baião. - LEITUÁRIO DA SÉ DE LAMEGO publicado pelo académico titular fundador Alfredo Pimenta. Academia Portuguesa de História. Lisboa. 1942. De 32x24 cm. Com xvi-255 pags. Encadernação da época com lombada e cantos em pele. Contém duas obras oriundas das transcrições de dois manuscritos diferentes; sendo a primeira a crónica do Mosteiro de Santa Maria de Pombeiro (um dos mais importantes mosteiros Beneditinos de Entre-Douro-e-Minho, sito cerca de Felgueiras) nas primeiras 225 páginas; e a segunda, a relação dos privilégios da Sé de Lamego, nas últimas 30 páginas. N. B. exemplar com título equivocado na lombada da encadernação: 'Memórias do Mosteiro de Lamego'. €150 470. MELLO DE CASTRO, Julio de. HISTORIA PANEGYRICA DA VIDA DE DINIS DE MELLO DE CASTRO, PRIMEYRO CONDE DAS GALVEAS. Do Conselho de Estado e Guerra dos Serenissimos Reys D. Pedro I. e D. João V. ESCRITA POR… Seu Sobrinho. Offerecida a Elrey Nosso Senhor D. JOAM V. LISBOA, Na Officina de ANTONIO DUARTE PIMENTA. Anno M. DCC. XLIV. (1744) In 8.º de 19x14 cm. Com XL-438 pags. Encadernação da época inteira de pele com rótulo vermelho e nervos na lombada. Rosto impresso a duas cores. Ilustrado com a gravura do retrato de meio corpo de D. Dinis de Mello em uma oval sobre o seu escudo de armas, e apresentando um carimbo oleográfico de posse na folha de anterrosto. Esta obra trata das batalhas da Restauração da Independência incluindo as campanhas de D. João de Áustria em Portugal. Inocêncio V, 162. “um dos primeiros cincoenta academicos da Academia Real de Historia Portugueza, e o primeiro que faleceu logo no anno seguinte ao da organisação d'aquelle corpo. - M. a 17 de Fevereiro de 1721, contando 63 annos de idade. Tinha nascido em Goa, no tempo em que seu pae Antonio de Mello e Castro governava aquelles estados. - E. 5068) Historia panegyrica da vida de Diniz de Mello, primeiro conde das Galvêas do conselho de estado e guerra dos reis D. Pedro II e D. João V. Lisboa, por José Manescal 1721. fol. de XLII-498 pag., com o retrato de Diniz de Mello. - E segunda vez impressa, ibi, na Offic. de Antonio Duarte Pimenta 1744 (e não 1745 como se lê na Bibl. de Barbosa) 4.º de XL-438 pag. Sahiu terceira vez, á custa de Luis de Moraes e Castro, ibi, 1752. 4.º. «Esta Vida (diz o P. Francisco José Freire, nas suas Reflexões sobre a lingua portugueza, parte 1.ª) é um arremedo da que nos deixou Jacinto Freire de Andrade. Tem polimento e pureza de phrase, mas commummente revestida de tanta pompa de palavras, que quem ler este escriptor logo o ha de julgar por poeta porque conceitua a cada passo, como homem arrebatado de enthusiasmo. Porém isto mais pertence ao estylo do que á simples locução.» D. Thomás Caetano de Bem qualifica Julio de Mello de «auctor de elocução purissima, e um dos que podem servir de mestres da lingua portugueza». E comtudo, o collector do Catalogo chamado da Academia recusou-lhe”. €200 471. MELLO DE CASTRO. (Julio de) HISTORIA PANEGYRICA DA VIDA DE DINIS DE MELLO DE CASTRO, PRIMEYRO CONDE DAS GALVEAS. Do Conselho de Estado e Guerra dos Serenissimos Reys D. Pedro I. e D. João V. ESCRITA POR… Seu Sobrinho. Offerecida a Elrey Nosso Senhor D. JOAM V. LISBOA, Na Officina de ANTONIO DUARTE PIMENTA. Anno M. DCC. XLIV. (1744) De 19x14 cm. Com XL-438 pags. Encadernação da época inteira de pele com rotulo vermelho e nervos na lombada. Ilustrado com um anterrosto gravado reprentando o escudo de armas da casa real portuguesa enquadrado numa tarja e uma gravura de com o retrato de meio corpo de D. Dinis de Melo em uma oval sobre o seu escudo de armas. Esta obra trata das batalhas da restauração da independência incluindo as campanhas de D. João de Áustria em Portugal. Rosto impressos a duas cores. Exemplar com ex libris dos Agostinhos descalços do Mont-Olivet. e do Paço de S. Cipriano. Inocêncio V, 162. “um dos primeiros cincoenta academicos da Academia Real de Historia Portugueza, e o primeiro que faleceu logo no anno seguinte ao da organisação d'aquelle corpo. - M. a 17 de Fevereiro de 1721, contando 63 annos de idade. Tinha nascido em Goa, no tempo em que seu pae Antonio de Mello e Castro governava aquelles estados. - E. 5068) Historia panegyrica da vida de Diniz de Mello, primeiro conde das Galvêas do conselho de estado e guerra dos reis D. Pedro II e D. João V. Lisboa, por José Manescal 1721. fol. de XLII-498 pag., com o retrato de Diniz de Mello. - E segunda vez impressa, ibi, na Offic. de Antonio Duarte Pimenta 1744 (e não 1745 como se lê na Bibl. de Barbosa) 4.º de XL-438 pag. – Sahiu terceira vez, á custa de Luis de Moraes e Castro, ibi, 1752. 4.º. «Esta Vida (diz o P. Francisco José Freire, nas suas Reflexões sobre a lingua portugueza, parte 1.ª) é um arremedo da que nos deixou Jacinto Freire de Andrade. Tem polimento e pureza de phrase, mas commummente revestida de tanta pompa de palavras, que quem ler este escriptor logo o ha de julgar por poeta; porque conceitua a cada passo, como homem arrebatado de enthusiasmo. Porém isto mais pertence ao estylo do que á simples locução.» D. Thomás Caetano de Bem qualifica Julio de Mello de «auctor de elocução purissima, e um dos que podem servir de mestres da língua portugueza». E comtudo, o collector do Catalogo chamado da Academia recusou-lhe” €500 472. MELLO E MENEZES. (Diogo) GRAMMATICA RACIONAL DA LINGUA LATINA. Dedicada ao Heroe Portuguez sua Magestade Imperial o Senhor Dom Pedro, Duque de Bragança Libertador, e Regente de Portugal. Para uso dos Alunnos da Real Casa Pia de Belem. Lisboa. Na Imprensa Nacional. 1835. De 22x13 cm. Com 77 pags. Brochado. Ilustrado com uma bela litografia representando um busto de D. Pedro ladeado por D. Maria II e o autor. Magnifica impressão a preto, verde e azul. Exemplar por aparar, praticamente todo por abrir e preservando a capas brochura originais. Com falta de uma tira de papel marginal no pé da folha de rosto, sem afectar a mancha tipografica, feita certamente para remover assinatura de posse, perfeitamnete restauravel. Inocêncio II, 163. 'Fr. DIOGO DE MELLO E MENEZES Monge de S. Jerónimo, Professor regio de Grammatica Latina no mosteiro de Belém._N. em Morilhe, logar sito na margem direita do Douro, a 22 de Dezembro de 1751, e m. em Lisboa a 27 de Janeiro de 1847, contando por conseguinte 95 annos._ V. a sua necrologia, inserta no Diario do Governo n.° 29 do anno de 1847. E. / 185) Novo Epitome da Grammatica latina moderna. Lisboa, 1795._ Esta obra foi pelo auctor successivamente reimpressa em diversas epochas, e sempre com differentes titulos, introduzindo em cada uma das novas edições os melhoramentos e correcções que teve por convenientes. Assim a segunda edição sahiu com o titulo: Arte grammatico_philosophica, etc. Lisboa, 1803._A terceira: Grammatica philosophica da lingua latina, reduzida a compendio. Lisboa, 1823. 8.º - E finalmente a ultima: Grammatica racional da lingua latina dedicada ao heroe portuguez S. M. I. o senhor D. Pedro Duque de Bragança, Libertador e Regente de Portugal. Para uso dos alumnos da Casa Pia de Belem. Lisboa, na Imp. Nacional 1835. 8.º gr. de 79 pag. com uma estampa. Traz no fim transcriptos os louvores, que esta obra na sua primitiva apparicão obteve de alguns jornaes estrangeiros. Apezar d'estes louvores, a Grammatica do P. Mello não achou acolhimento favoravel entre os seus collegas no magisterio; e alguns se declararam formalmente contra o seu methodo e doutrina. ou fosse por emulação, ou porque realmente não achavam nas suas regras a exactidão e generalidade que elle pretendia attribuir_lhes. D'aqui provieram graves contestações, manifestadas por occasião de uns exames, a que elle concorreu juntamente com o professor que então era no denominado Real Estabelecimento do Bairro de Belem, Manuel Francisco de Oliveira. Este, e os que o defendiam, fizeram publicar um livro, em que as doutrinas grammaticaes de Fr. Diogo eram confutadas, e declaradas erroneas. (V. no tomo I do Diccionario, n.° A, 1045.) Fr. Diogo pretendeu responderlhes, e para o fazer mais a seu salvo, e sem dependencia da censura, que não deixaria de cercea lhe algumas phrases inconvenientes, e mordazes de que se servia, mandou imprimir a sua resposta em Madrid, a qual sahiu sem o seu nome e com o titulo seguinte: 164 186) Guerra grammatico_critica, declarada por dous Professores a um, ou o arguente das conclusões atacado e desatacado: que para divertimento do publico da á luz á sua custa J. D. (João Dubeux, mercador de livros.) Madrid 1807. 4.º de 139 pag. Poucos terão hoje nsto estes livros, e menos terão talvez noticia d'esta controversia em que os contendores sustentaram suas opiniões com bastante tenacidade, escrevendo_se ainda por uma e outra parte alguns papeis que ficaram até agora manuscriptos.' €200 473. MELLO FRANCO. (Francisco de) TRATADO DA EDUCAÇAÕ FYSICA DOS MENINOS, PARA USO DA NAÇAÕ PORTUGUEZA. PUBLICADO POR ORDEM DA ACADEMIA REAL DAS SCIENCIAS DE LISBOA. POR FRANCISCO DE MELLO FRANCO, MEDICO EM LISBOA, CORRESPONDENTE DO NUMERO DA MESMA SOCIEDADE. LISBOA. NA OFFICINA DA ACADEMIA REAL DAS SCIENCIAS. ANNO M.DCC.XC. [1790]. In 8º (de 20x14 cm) com viii-119-(iv) pags. Encadernação da época inteira de pele. Exemplar com ex-libris. Inocêncio III, 11: “Francisco de Mello Franco, Bacharel formado em Medicina pela Universidade de Coimbra, Medico honorário da câmara d'elrei D. João VI, Sócio da Academia Real das Ciências de Lisboa, etc. Nasceu em Piracatu, na província de Minas Gerais em 1757. Tendo feito os primeiros estudos no seminário de S. Joaquim do Rio de Janeiro, veio para Portugal, onde concluiu os preparatórios, matriculando-se depois na faculdade de Medicina. Acusado (ao que parece caluniosamente) de seguir ideias irreligiosas, foi lançado nos cárceres da Inquisição, e aí jazeu por alguns anos, sendo a final posto em liberdade. Voltou então a concluir os seus estudos, e recebido o grau, estabeleceu-se em Lisboa, e nesta capital exerceu por muitos anos a sua profissão com grande crédito e proveito. Em 1817 foi por ordem d'elrei D. João VI chamado para acompanhar ao Brasil a arquiduquesa D. Maria Leopoldina, destinada esposa do Príncipe Real. Não encontrou porem na Corte o acolhimento que era de esperar, chegando a ser-lhe vedada a entrada no paço, onde os recentes acontecimentos de Pernambuco traziam os ânimos convulsos e irritados contra as doutrinas liberais, a que Mello Franco era reconhecidamente afeiçoado. Perdida toda a sua fortuna, pela quebra fraudulenta de um negociante, em cujas mãos pusera o produto das suas economias e dos bens, que antecipadamente havia vendido em Portugal, viu desaparecer desta sorte os seus recursos, e o património de seus filhos. Quebrantado de ânimo com estes desgostos, e estranhando talvez a mudança do clima, sentiu-se atacado de uma febre consumptiva, a cujos progressos se opuseram debalde os socorros da ciência. Voltando de uma digressão que fizera á província de S. Paulo, no intento de procurar algum alívio em sua enfermidade, ao chegar a altura de Ubatuba, conheceu ser chegado o seu último termo. Pediu que o transportassem de bordo para terra, e ali acabou a 22 de Julho de 1823, debaixo de uma palhoça”. €800 474. MELO DE MATOS. (Gastão de) NOTÍCIAS DO TÊRÇO DA ARMADA REAL (1618-1707). Por… Subsidios para a história dos corpos de infantaria de marinha em Portugal. Imprensa da Armada. Lisboa. 1932. De 26x19 cm. Com 196 pags. Encadernação com lombada e cantos em pele; com finos ferros decorativos a ouro por casas fechadas na lombada e rolados nas pastas. Exemplar com ex-libris. €120 475. MELO. (D. Francisco Manuel de) CARTAS FAMILIARES DE D. FRANCISCO MANOEL, ESCRITAS A VARIAS PESSOAS sobre assumptos diversos; Recolhidas, e publicadas em cinco Centurias Por ANTONIO LUIZ DE AZEVEDO Professor de Humanidades; OFFERECIDAS AO ILLUST. E VER. SENHOR JOAÕ DE MELLO PEREIRA DE SAMPAYO, Do Conselho de sua Magestade, Fidalgo de sua casa, Beneficiado da Igreja de Santiago de Torres-Novas, e Prelado da Santa Igreja Patriarcal de Lisboa, &c. POR LUIZ DE MORAES E CASTRO; e á sua custa impressas: mais correctas; e de novo illustradas com seu Index proporcionado. LISBOA: Na Offic. dos Herd. de ANTONIO PEDROZO GALRAM: Anno M. DCC. LII. [1752]. In 4º (20x15 cm) com (22)-559 pags. Encadernação de final do século XIX inteira de pele mosqueada com finos ferroa a ouro na lombada. Exemplar apresenta forte oxidação generalizada devido à qualidade do papel; e folha de rosto com título de posse com perfuração da oxidação da tinta do mesmo (sem afectar a mancha gráfica). Inocêncio II, 437 e 442: 'D. Francisco Manuel de Mello nasceu em 1611, de família mui nobre. Fez os seus estudos no colégio de Santo Antão com os jesuítas, e aí concluiu com grande distinção o curso de humanidades, tornando-se igualmente perito na filosofia e teologia. Aos 17 anos, por morte de seu pai, determinou seguir a vida militar, e passando a Castela fez varias campanhas navais e terrestres, chegando ao posto de Mestre de Campo, e servindo como tal nas guerras de Flandres e Catalunha. Culpado na morte de um indivíduo que apareceu assassinado, teve de jazer nove anos sucessivos nas prisões da torre de Belém, e da torre Velha. Não foram bastantes as diligências, que durante este tempo empregou para justificar-se do crime que lhe assacavam, chegando até a interessar em seu favor el-rei Luís XIII de França, que escreveu ao de Portugal uma carta, datada de 6 de Novembro de 1648, em termos assaz significativos, empenhando se pela liberdade do preso. A final depois de tão longos e penosos sofrimentos, foi-lhe ainda imposta a pena e degredo temporário para o Brasil, a qual cumpriu com paciente resignação. Voltando para a Europa, fez uma digressão á Itália, e assistiu em Roma durante alguns anos, começando aí em 1664 uma edição completa de suas obras, que por motivos ignorados não prosseguiu. Recolheu-se por último a Lisboa, onde faleceu em 1666. Há segunda edição das Cartas, feita em Lisboa 1752, 4.º Nela se fez substituir a carta última por outra mui curta, e destituída de todo interesse, com a qual se completou a centúria 5ª. Esta edição é feita em mau papel, e inferior em tudo à de Roma. Todavia, no mercado corre quase pelos mesmos preços, e eu paguei há anos por um exemplar 1:200 réis'. €400 476. MEMORIAS DE LITTERATURA PORTUGUEZA, PUBLICADAS PELA ACADEMIA REAL DAS SCIENCIAS DE LISBOA. TOMO VIII. PARTE I. LISBOA. NA OFFICINA DA MESMA ACADEMIA. Anno M. DCCC. XII. [1812]. In 4º (de 22x16 cm) com 229-(vi) pags. Encadernação recente com cantos e lombada em pele. Exemplar com ex-libris. Tomo das Memórias da Academia essencialmente tratando sobre a tipografia (locais e impressores) no século XV e XVI; e com uma memória sobre os matemáticos em Portugal. Inocêncio III, 193 e VI, 200: “As Memorias de Litteratura Portugueza, também em 4.º, que deviam abranger todos os trabalhos acerca da língua e historia portuguesas, consideradas em todos os possíveis aspectos e relações. Acabaram com o tomo oitavo, que saiu em 1814. Segundo o primitivo plano adoptado pela Academia, quando se determinou a publicar as suas Memórias em quatro classes separadas - isto é, de Ciências Naturaes e Exactas, Economia e Industria, Agricultura e Litteratura Portugueza – consideraram-se pertencentes a esta última classe os escritos que tivessem por assunto «a língua, e a história portuguesa consideradas em todos os possíveis aspectos e relações.» Isto mesmo se declara na advertência preliminar do secretário, colocada á frente do volume I das sobreditas Memorias. Tomo VIII. Parte 1.ª (1812): 1.ª Memoria sobre as origens da typographia em Portugal no seculo XV, por A. R. dos Sanctos, da pag. 1 à 76. 2.ª Memoria para a história da tipografia portuguesa do século XVI pelo mesmo, pag. 77 a 147. Acerca desta e da precedente veja o artigo especial que em seguida destino á correcção e reparo de muitos pontos, em que o autor tropeçou quer por descuido próprio, quer por deficiência de informações, ou por falta de revisão das provas da imprensa, que já não poude fazer pessoalmente pelo estado de cegueira a que chegara. 3.ª Memoria sobre alguns matemáticos portugueses e estrangeiros, domiciliários em Portugal, ou nas conquistas, pelo mesmo, pag. 148 a 229'. €200 477. MENA, Fernando de. LA HISTORIA DE LOS DOS LEALES AMANTES THEAGENES Y Chariclea. TRASLADADA DE LATIN en Romance, por Fernando de Mena vezino de Toledo. Vista y corregida por Cesar Ovdin, Secretario Interprete, del Rey nuestro Señor en las léguas, Alemana Italiana y Española. EN PARIS, En la Emprenta de Pedro Le-Mvr. M. DCXVI. [1616] In 8.º de 14x9 cm. com 240 fólios. Encadernação da época em pergaminho. €3.000 478. MENASSEH BEN ISRAEL. (Hacham) THESOVRO DOS DINIM Que o povo de Israel, he obrigado saber, e observar. Composto por... Amsterdam. 5470 [1710]. In 8.º (18x12 cm) com (v)-201-(iv) fólios. Encadernação da época inteira de pele. 2ª edição rarissima do único tratado de leis e costumes hebraicos, escrito em lingua portuguesa e impresso para uso do sefarditas portugueses. Frontispicio gravado. Contém rosto próprio para a Parte Terceira ('Das festas e jejuns, de todo o anno, que o povo de Israel he obrigado a guardar'); e para a última parte ('Na qual se comtem todos os preceitos, ritos e cerimonias que tocão a huma perfeyta ECONOMICA Dedicada aos muy nobres e magnificos Senhores Abraham e Ishak Israel Pereyra'). Menasseh ben Israel nasceu em Lisboa em 1604 e muito jovem foi para Amesterdão com seu pai, Joseph ben Israel. Em 1622 foi nomeado professor da comunidade judaica portuguesa e quatro anos depois fundou a primeira tipografia hebraica em Amesterdão; imprimindo pequenos (mas valiosos) livros em Português, Espanhol e Hebraico. Também teve uma contribuição decisiva na reabertura da Inglaterra aos judeus, impedidos de aí entrar desde a época do Rei Eduardo I. Viajou pessoalmente a Londres e manteve conversações com Cromwell que lhe deu uma pensão honorífica da qual nunca usufruiu, pois morreu no regresso em 1658. Menasseh foi retrato por Rembrant. Inocêncio VI, 211. “N'um livreiro, cujo principal commercio tem sido de livros antigos e usados encontrei, ha alguns annos, um exemplar completo do Thesouro dos dizimos [erro do impressor: Dinim] pelo qual elle pediu 36$000 réis, e creio que vendeu por essa quantia, pouco mais ou menos. Nunca vi outro.” Very rare 2nd second edition of the only treatise on Hebrew laws and customs written in Portuguese language and printed for the Portuguese Sephardic communities in Northern Europe. Treasure of Jewish Laws that the people of Israel must know and observe composed by Rabbi Hacham Menasseh ben Israel in Amsterdam, 1st edition 1647; and this 2nd edition in 1710. In 8. º (18x12 cm) (v) -201 - (iv) folium. Contemporary full calf gilt at spine. Engraved frontispiece. Contains titlepage to Third Part (Of feasts and fasts throughout the year, the people of Israel must know and observe) and the Last part (in which contains all the precepts, rites and ceremonies concerning to a perfect economy dedicated to the very noble and magnificent lords Abraham and Ishak Israel Pereyra). MENASSEH BEN ISRAEL was born in Lisbon in 1604. Very young of age he went to Amsterdam with his father, Joseph ben Israel, and became a disciple of Haham Yshac Uziel. In 1622 he was appointed professor of the Portuguese Jewish community in Amsterdam and, four years later, he founded the first Hebraic typography in Amsterdam; printing small books in Portuguese, Spanish and Hebrew languages. Menasseh had a decisive contribution in reopening England to the Jewish people, closed since the time of King Edward Ist. He went personally to London and had talks with Cromwell who gave him an honorific pension he never profit of. Menasseh died in 1658 after returning from London. He was portrait by Rembrant. Inocêncio VI, 211. 'In a bookdealer which trade was new and old books, I found a complete copy of the Treasure. I've never seen another. ' €6.000 479. MENDES CORRÊA. RAÇAS DO IMPÉRIO. [Por]... Professor da Universidade do Pôrto. Portucalense Editora. Pôrto. 1943. De 31x22 cm. Com 625 pags. Encadernação do editor. Obra monumental que pretende demostrar a diversidade do ser humano com recurso à antropologia física. Ilustrado com estampas extra-texto reproduzindo em desenho etnográfico os objectos da cultura material de vários povos do Império Português, e de outras recolhas, como por exemplo os objectos e informações sobre a ilhas Salomão, Bismark e Nova Guiné presentes em museus portugueses. Obra com recolha de imagens das Exposições Colonial do Porto de 1934 e da Exposição do Mundo Português de 1940, e contendo reproduções de objectos presentes nas mesmas. Exemplar n.º 0483. €300 480. MENDES DE CASTRO. (MANOEL) - REPERTORIO DAS ORDENAÇONS DO REYNO DE PORTVGAL NOVAMENTE RECOPILADAS. COM AS REMISSOENS DOS DOUTORES TODOS do Reyno, que as declaram, & concordia das Leys de partida de Castella. COMPOSTO PELO LICENCIADO MANOEL MENDES DE CASTRO, Lente, que foy de huma Condura de Leys na Universidade de Coimbra, por sua Magestade, & seu Procurador, & advogado nos Concelhos de Castella, & da Casa da Suplicaçam, com tença, e alvarà de lembrança do dito Senhor. E AGORA NOVAMENTE ACRESCENTANDO, E ADDICIONADO, NESTA quinta impressam pelo Licenciado Martim Alveres de Castro advogado da Casa da Suplicaçam filho do Autor. EM COIMBRA Na Officina de ANTONIO SIMOENS Impressor da Universidade: Anno do Senhor de 1699. In folio 28x19 cm. Encadernação da época inteira de pele. €600 481. MENDES PINTO. (Fernão) PEREGRINAÇÃO. Por… nova edição, conforme a de 1614. Preparada e organizada por A. J. da Costa Pimpão, professor da Universidade de Coimbra e César Pegado, 1º bibliotecário da Biblioteca da Universidade. Portucalense Editora. Porto. 1944 – 1946. De 23x15 cm. Em 7 volumes. Encadernações da época inteiras de pele de carneira com com nervos e finos ferros a ouro nsa lombadas e nas esquadrias das pastas. No último volume entre a página 93 e a 186 consta um vocabulário fundamental para a perfeita compreensão da obra. €300 482. MENEZES, D. Luís de. COMPENDIO PANEGIRICO DA VIDA, E ACÇOENS DO EXCELLENTISSIMO SENHOR LUIS ALVAREZ DE TAVORA Conde de S. Ioão, Marquez de Tavora, Gentilhomem da Camara de S. Alteza, do Conselho de Guerra, & Governador das Armas da Provincia de Tras os Montes. ESCRITO POR… ORAÇAM FUNEBRE, Que pregou nas suas Exequias o ILLUSTRISSIMO SENHOR DOM FREY LUIS DA YLVA Bispo de Tripoli, Deão da capella se S. A. VARIOS VERSOS DEDICADOS AO MESMO ASSUMPTO. EM LISBOA, Por ANTONIO RODRIGVEZ D’ABREV. Anno 1674. In 8.º de 20x14,5 cm. Com [viii], 195 pags. Encadernação da época em pergaminho. Exemplar com falta (como é habitual na maioria dos exemplares) do frontispício gravado e do retrato do Conde de S. João. Apresenta ex-libris de Luiz Pastor de Macedo. Inocêncio XVIII, 295. Não refere o frontispício e o retrato. ” De pag. 5 a 43 vem um bom quadro dos successos da campanha, em que tão brilhante e gloriosamente entrou o general Conde de S. João, marquez de Tavora, como governador das armas na provincia de Trás os Montes, 1658 a 1672. O auctor d'este livro é o que escreveu o Portugal Restaurado, indispensavel para os que tiverem que estudar tão importante periodo da historia patria.” €800 483. MENEZES, Dom Luiz de. HISTÓRIA DE PORTUGAL RESTAURADO, EM QUE SE DA’ NOTÍCIA DAS MAIS GLORIOSAS acçoens assim politicas, como militares, que obráraõ os Portuguezes na restauraçaõ de Portugal, desde o primeiro de Dezembro de 1640, até ao principio de 1643. ESCRITA POR D. LUIZ DE MENEZES, CONDE DA ERICEIRA, DO CONSELHO DE ESTADO de Sua Magestade, seu Védor da Fazenda, e Governador das Armas da Provincia de Traz os Montes, &c. Terceira vez impressa, e emendada. PARTE PRIMEIRA: [Tomo I] LISBOA: Na Offic. de DOMINGOS RODRIGUES. Anno de M.DCC.LI. [1751] - [Tomo II] LISBOA: Na Officina de ANTONIO VICENTE DA SILVA. Anno de M. DCC LIX. [1759] - [Tomo III] PARTE SEGUNDA: LISBOA: Na Officina de JOSEPH FILIPPE. Anno M. DCC LIX. [1759] - [Tomo IV] LISBOA Na Offic. de IGNACIO NOGUEIRA XISTO. Anno de M.DCC.LIX. [1759]. 4 volumes. In 4º (de 21x16 cm) com [xx], 494, [vi], 598, [viii], 520, [v], 608 pags. Encadernações da época inteiras de pele com finos ferros a ouro nas lombadas, apresentando pequenas falhas nas coifas inferiores e com rótulos de arrumação nas coifas superiores. Obra contém a história da Guerras da Restauração da Independência desdo o ano de 1640 (1º volume) até ao ano de 1668 (final do 4º volume). Inocêncio V, 307: “D. Luis de Menezes, terceiro Conde da Ericeira, Comendador da Ordem de Cristo, General de Artilharia, e Védor da Fazenda no reinado d'Elrei D. Pedro II, cujo partido seguira nas discórdias e intrigas palacianas, que originaram a deposição de D. Afonso VI. - Nasceu em Lisboa em 1632. Suicidou-se, precipitando se de uma das janelas que caíam para o jardim do seu palácio, em 1690. A sua paixão pelas artes febris e industriais, e o impulso que deu á introdução delas neste reino, valeram-lhe a denominação de Colbert português. Muitos o confundiram erradamente com seu filho, o conde do mesmo título D. Francisco Xavier de Menezes. Esta edição, que Barbosa não acusa, foi feita por indústria do livreiro Luis de Moraes e Castro, e por ele dedicada a D. José Mascarenhas, então Marquez de Gouveia, e depois Duque de Aveiro, rodado e queimado na praça de Belém em 1759. - Saiu terceira vez: Tomo I. Lisboa, na Offic. de Domingos Rodrigues 1751 (aliás 1759, como consta das licenças) 4º Tomo II, ibi, na Offic. de Antonio Vicente da Silva 1759. 4º Tomo III, ibi, na Offic. de José Filippe 1759. 4º - Tomo IV, ibi, na Offic. de Ignacio Nogueira Xisto 1759. 4º '. Nota: As licenças são de 1750/1751 no Tomo I; e de 1759 nos Tomos II; III e IV. Borba de Moraes, Bibliogr. Bras. 2, 566-567: 'The licences of Volume I are dated 1750 and those of other volumes 1759. Volume II covers the years 1643 to 1656. Volume III the years 1657 to 1662, and Volume IV, 1663 to 1668'. €900 484. MENEZES, Francisco Luís de. - ANCHIETA, José de. [TRATADOS E RELAÇÕES DA ÍNDIA E DO BRASIL] [Publicadas in] COLLECÇÃO DE NOTÍCIAS PARA A HISTORIA E GEOGRAFIA DAS NAÇÕES ULTRAMARINAS, QUE VIVEM NOS DOMINIOS PORTUGUEZES, OU LHES SÃO VISINHAS: PUBLICADA PELA ACADEMIA REAL DAS SCIENCIAS. TOMO I. Num.os I. II, e III. LISBOA NA TIPOGRAFIA DA MESMA ACADEMIA. 1812. In 8º (de 21x15 cm) com viii-[ii]-178-(i)-[iv] pags. Brochado. Exemplar por abrir. Conjunto de 3 memórias que transcrevem manuscritos, documentos e artigos sobre o Brasil e a Índia, nomeadamente: I- “Breve Relação das Escrituras dos Gentios da Índia Oriental, e dos seus Costumes”; da pag. 1 à pag. 59. II- “Notícia Sumária do Gentilismo da Ásia”; da pag. 61 à pag. 125. III- “Joseph de Anchieta: epistola quamplurimarum Rerum Naturalium, quae S. Vicenti (nunc S. Pauli) Provinciam incolunt, sistens descriptionem”; da pag. 127 à pag. 178. €300 485. MENEZES, Manuel de. CHRONICA DO MUITO ALTO, E MUITO ESCLARECIDO PRINCIPE D. SEBASTIAÕ DECIMO SEXTO REY DE PORTUGAL, COMPOSTO POR D. MANOEL DE MENEZES, Chronista mor do Reyno, e General da Armada Reál, &c. PRIMEIRA PARTE, Que contém os sucessos deste Reyno, e Conquistas em sua menoridade. OFFERECIDA A´ MAGESTADE SEMPRE AUGUSTA DELREY D. JOAÕ V. NOSSO SENHOR. LISBOA OCCIDENTAL, NA OFFICINA FERREYRIANA. M. DCC. XXX. [1730]. De 30x21 cm. Com [xxii]-392 pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada e no rótulo vermelho. Obra impressa a duas colunas e folha de rosto impressa a duas cores. Ilustrado com belas vinhetas e letras capitais abertas a talhe doce (armas reais de D. João na página de rosto e armas reais de D. Sebastião na primeira folha com dedicatória do impressor, seguido de grande capital decorativa com letra A). Contém a crónica dos primeiros anos do reinado de D. Sebastião ocorridos durante a sua menoridade. Os bibliógrafos Inocêncio e Barbosa atribuem esta crónica a José Pereira Baião. INOCÊNCIO V, 97: “Chronica do muito alto e muito esclarecido principe D. Sebastião, decimo rei de Portugal. Primeira parte, que contêm os successos deste reino e conguistas em sua menoridade. Lisboa, na Offic. Ferreiriana 1730. fol. - Segunda parte, etc. Ibi, na mesma Offic. 1730. fol. Chegou a impressão sómente até a pag. 169. Logo que esta chronica se publicou em nome de D. Manuel de Menezes foi reconhecida a fraude, e presumiu se que era, senão toda, na maior parte, da propria lavra do seu publicador Bayão. Teve este de soffrer provavelmente algumas invectivas, que o obrigaram a levantar mão da empreza, e em logar de concluir a impressão da segunda parte, houve por melhor refazer de novo a obra, mais accrescentada e dal a á luz em seu nome. BARBOSA MACHADO III, 310: “Chronica delRey D. Sebastiaõ. M. S. Esta obra que determinava publicar seu Autor a deixou imperfeita obrigado do preceito Real, como escreve D. Francisco Manoel Epanaf. de var. Hist. p. 268. e della faz memoria o Licenciado Jorze Cardoso. Agiol. Lusit. Tom. 2. p. 451. letr. G. O Original se conserva no Real Convento de Alcobaça donde trascreveu muitas noticias o P. Fr. Manoel dos Santos Monge Cisterciense Chronista do Reyno na sua Historia Sebastica, principalmente a pag. 58. 74. 90. 108. e 205. em que allega com os capitulos da dita Chronica. No anno de 1730. sahio huma Chronica delRey D. Sebastiaõ, impressa na Officina Ferreiriana com o nome de D. Manoel de Menezes naõ sendo certamente sua, mas do P. Jozé Pereira Bayaõ formando este volume de diversas memorias que juntou, até que no anno de 1737 sahio com a Historia delRey D. Sebastiaõ, que intitulou Portugal Cuidadoso, ee Lastimado, &c. como em seu lugar se fez mençaõ, e nella collocou os successos, ee outras mais noticias que tinhaõ sido impressos na Chronica de D. Sebastiaõ falsamente atribuida a D. Manoel de Menezes”. €700 486. MENEZES. (Alberto Carlos de) PLANO DE REFORMA DE FORAES, E DIREITOS BANNAES, FUNDADO EM HUM NOVO SYSTEMA EMPHYTEUTICO NOS BENS DA COROA, DE CORPORAÇÕES, E DE OUTROS SENHORIOS SINGULARES, DIVIDIDO EM NOVE PARTES COM HUM NOVO ARREDONDAMENTO DE COMARCAS PARA OS FORAES DO PATRIMONIO DA COROA, Pelo Ex-Deputado da Junta dos Foraes, O DESEMBARGADOR Alberto Carlos de MENEZES. LISBOA: NA IMPRESSÃO REGIA. ANNO 1825. In 4º (de 21x15 cm) com xxxv-384 pags. Brochado preservando capas de brochura da época. Exemplar com pequeno título de posse manuscrito sobre a folha de rosto; e apresentando-se por aparar. Ilustrado com um mapa desdobrável de Portugal com a proposta da divisão administrativa comarcã, cabeças de correição, e distribuição civil do território para o Tombo dos Forais, completando os quadros de dados contidos no texto com o número de famílias e os donatários de cada couto em cada província. Inocêncio I, 23; VII, 23 e XX, 111: “Alberto Carlos de Menezes, Bacharel formado em Leis pela Univ. de Coimbra, Desembargador da Relação do Porto, Superintendente geral de Agricultura, etc., etc. Não ha sido possivel apurar até agora as demais circunstancias pessoais que lhe dizem respeito, constando me apenas que falecera em Lisboa, depois de 1837. Foi desembargador da relação e casa do Porto. Nomeado superintendente da agricultura da margem esquerda do Tejo nas três comarcas de Évora, Setúbal e Santarém, por despacho de 6 de Agosto 1814, de cuja comissão tomou posse pouco depois, dando conta superiormente em Fevereiro 1819, depois de ter visitado as localidades das três comarcas indicadas e os terrenos incultos que encontrara nela. Foi no ano de 1822 eleito Deputado ás Cortes ordinárias da nação, nas quais tomou assento, sendo um dos que assinaram o protesto final com que este congresso se separou em Junho de 1823. A data do seu falecimento é posterior a 1837”. €200 487. MEYRELLES DO SOUTO. (A.) O LIVRO DOS IRMÃOS DA CONFRARIA DO BEMAVENTURADO SANTO AMARO. I. Abertura e notas de… da Academia Portuguesa da História). Estudos Olisiponenses. Lisboa. 1971. De 29x20 cm. Com xxi-244 pags. Encadernação inteira de pele (executada pelo mestre encadernador Frederico de Almeida) com finos ferros rolados a ouro na lombada; nas conchas; e nas esquadrias das pastas. Ilustrado. Edição com um estudo preliminar; com um facsimile do compromisso manuscrito original; e a capa de brochura reproduzindo a encadernação original da obra. Impresso sobre papel couché. €120 488. MICHAËLIS DE VASCONCELLOS. (Carolina) URIEL DA COSTA. Notas relativas à sua vida e às suas obras. Instituto de Estudos Históricos e Filosóficos. Imprensa da Universidade. Coimbra. M.DCCCC.XXII [1922]. De 29x18 cm. Com 180 pags. Encadernação da época com lombada e cantos em pele. Ilustrado. €80 489. MIRÉNE. TESOURO DAS COZINHEIRAS. Porto Editora. Porto. 1991. De 23x18 cm. Com 1071 pags. Encadernação editorial. Ilustrado. Obra contendo capitulos finais dedicados à confecção de: pães e brioches, doces e conservas, bombons, sorvetes e gelados e bebidas diversas. €50 490. MISCELÂNEA. 12 FOLHETOS. CULTURA DO ARROZ. CONSELHOS AOS ORIZICULTORES. Edição da Comissão Reguladora do Comércio de Arroz. Lisboa. 1935. Com 33 pags. Junto com: CONSIDERAÇÕES ÀCÊRCA DO MELHORAMENTO DO ARROZ. Por João de Carvalho e Vasconcellos Engenheiro-Agrónimo, Professor do Instituto Superior de Agronomia. Comissão Reguladora do Comércio de Arroz. Lisboa. 1941. Com 33 pags. Junto com: O MELHORAMENTO DO ARROZ. Aspectos do momento. Por João de Carvalho e Vasconcellos Comissão Reguladora do Comércio de Arroz. Lisboa. 1941. Com 14 páginas. Comissão Reguladora do Comércio de Arroz. Lisboa. 1941. Junto com: FORMAS CULTIVADAS DE ARROZ EXISTENTES EM PORTUGAL (Seu estudo botânico e classificação) Apendice I e Apendice II. Por... Comissão Reguladora do Comércio de Arroz. Lisboa. 1941 e 1945. Com 34 e 20 pags. Junto com: ASPECTOS DA TECNOLOGIA DO ARROZ. Por António BarbaS Monteiro Torres. Engenheiro-Agrónimo, Chefe da Secção técnica da Comissão Reguladora do Comércio de Arroz. Lisboa. 1941. Com 15 pags. Junto com: ASPECTOS FISIOLÓGICOS NO MELHORAMENTO DO ARROZ. Por João de Carvalho e Vasconcellos Engenheiro-Agrónomo, Professor do Instituto Superior de Agronomia. Comissão Reguladora do Comércio de Arroz. Lisboa. 1944. Junto com: FORMAS CULTIVADAS DE ARROZ EXISTENTES EM PORTUGAL (Seu estudo botânico e classificação) Reimpressão do trabalho publicado em 1939. Por João de Carvalho e Vasconcellos Comissão Reguladora do Comércio de Arroz. Lisboa. 1944. Com 107 pags. Junto com: A HIBRIDAÇÃO ARTIFICIAL NO ARROZ (Trabalhos realizados desde 1942 na Estação Agricola Nacional). Por M. Vianna e Silva e E. Oliveira e Sousa Engenheiros Agrónomos. Comissão Reguladora do Comércio de Arroz. Lisboa. 1945. Com 20 pags. Junto com: A INFLUÊNCIA DA IDADE DA SEMENTE NA GERMINAÇÃO DOM ARROZ. Por Manuel Vianna e Silva Engenheiro Agrónomo. Comissão Reguladora do Comércio de Arroz. Lisboa. 1947. Com 16 pags. Junto com: Revista da Comissão Reguladora do Comércio de Arroz. Lisboa. Nº1 e nº 2. Maio e Outubro de 1937. Junto com: ARROZAIS E PRADOS. RELATÓRIO DUMA MISSÃO DE ESTUDO ÀS REGIÕES DO LEVANTE DE ESPANHA E NORTE DE ITALIA. Por Carlos Ernesto Helbing, Engenheiro Agrónomo e António Trigo Morais, Egenheiro Civil. Boletim do Ministério da Agricultura. Direcção Geral do Ensino e Fomento. Direcção Geral do Ensino e Fomento. Lisboa. 1926. Com 93 pags. Ilustrado. €150 491. MISSÃO DO VISCONDE DE SAN JANUARIO NAS REPUBLICAS DA AMERICA DO SUL. 1878 e 1879. Imprensa Nacional. Lisboa. 1880. De 24x16 cm. Com 391 pags. Encadernação recente com lombada e cantos em pele. Exemplar com dedicatória do autor e apresentando restauros marginais da capa de brochura; do anterrosto; e do rosto; sem afectar mancha gráfica, porém afectando ex-libris armoriado colocado no verso do anterrosto. €200 492. MODES ET COSTUMES HISTORIQUES. Dessinés et graves par Pauquet Frères d’après les meilleurs maitres de chaque époque et les documents les plus autentiques. Aux Bureau des Modes et Costumes Historiques. Pauquet Frères. René Pincebourde. Paris. S/d [1864?]. In fólio (de 31x26 cm). Ilustrado com 96 litografias coloridas. Encadernação de final séc. xix (meia-amador) com lombada e cantos em pele. Exemplar com ex-libris armoriados da Livraria de J. G. Mazziotti Salema Garção. €800 493. MODESTO. (Maria de Lourdes) GRANDE ENCICLOPÉDIA DA COZINHA. Direcção de… [Composto e impresso na Tipografia de L. Henry Gris]. Editorial Verbo. Lisboa. S/d [1965]. 2 volumes. De 29x23 cm. Com 442 e 452 pags. Encadernações da época com lombadas e cantos em pele. Profusamente ilustrado no texto e em extra-texto com fotogravuras a cores impressas sobre papel couché. Exemplar com falta das capas de brochura. Obra com entradas dos nomes, expressões, conceitos e receitas culinárias por ordem alfabética. €180 494. MONTALBO, Fray Francisco de. HISTORIA DE LAS GVERRAS DE VNGRIA DESDE EL ANO DE 82. HASTA EL DE 88. ESCRIBIA EL MAESTRO FRAY… EN PALERMO, Por Pedro Copula, 1693. In fólio de 28,5x20 cm. com [xxii], 454, [xx] págs. Encadernação da época inteira de pele mosqueada, com nervos, rótulo vermelho, finamente dourada na lombada e com o super-libris falante «C. da Ega» (Conde da Ega), a ouro na pasta anterior. Corte das folhas marmoriado. Ilustrado com um belo anterrosto gravado com as armas da Hungria. Exemplar com assinatura de posse de António Lomellino de Vasconcellos, apresenta restauros antigos e rudimentares no canto inferior direito (marginal) do frontispício e em duas páginas do texto. Obra rara, apreciada e clássica da história húngara, escrita por um teólogo hierosolimita. Palau 1990, V 220. €3.000 495. MONTALVOR. (Luís de) HISTORIA DO REGIMEN REPUBLICANO EM PORTUGAL. Publicada por…, Edição da Emprêsa Editorial Ática. Lisboa. 1930-35. 2 volumes. De 31x23 cm. Com 387 e 416 pags. Encadernações da época [meiaamador] com lombadas e cantos em pele. Ilustrado em extra-texto a cores e preto e branco; e com vinhetas e aberturas de capítulos de Continelli Telmo. Obra monumental colaborada por Jaime Cortesão, Agostinho Fortes, Joaquim de Carvalho, F. Reis Santos, Manuel Maria Coelho, Lopes de Oliveira, Luz de Almeida e Bourbon e Meneses. €300 496. MONTALVOR. (Luís de) HISTORIA DO REGIMEN REPUBLICANO EM PORTUGAL. Publicada sob a direcção de … e ilustrada com vinhetas e aberturas de capítulos de Continelli Telmo, Edição da Emprêsa Editorial Ática. Lisboa. 1930-35. 2 volumes de 31x23 cm. Com 387 e 416 pags. Encadernações do editor. Ilustrado em extra-texto a cores e preto e branco. Obra monumental colaborada por Jaime Cortesão, Agostinho Fortes, Joaquim de Carvalho, F. Reis Santos, Manuel Maria Coelho, Lopes de Oliveira, Luz de Almeida e Bourbon e Meneses. €300 497. MONTE OLIVETE. (Fr. Manuel do) EXPLICAC,AM DA SEGVNDA REGRA DE S. CLARA. COMPOSTA PELO P. F. MANOEL de Monte Oliuete, Lector jubilado, & filho da sancta Prouincia de Portugal, da Regular Observancia, da Ordem de N. Glorioso & Seraphico Padre S. Francisco. EM LISBOA. Por Pedro Craesbeck Impressor delRey. 1621. In 8º (de 15x10 cm) com (iv)-283-(vi) fólios. Encadernação (do séc. XX) inteira de pele ao gosto da época, cansada. Cortes das folhas carminado. 1ª edição. Exemplar com leves picos de acidez próprio do papel e corte das folhas carminado. Inocêncio VI, 62 e XVI, 271: “ Fr. Manuel do Monte Olivete, Franciscano da provincia de Portugal, Leitor jubilado em Theologia, Definidor e Custodio da provincia, etc. Foi natural de Villa do Conde, na provincia do Minho, e morreu em 1635”. €500 498. MONTEIRO DA ROCHA, José. TRATADO DE HYDRODYNAMICA POR M. BOSSUT DA ACADEMIA REAL DAS SCIENCIAS de Parîs, Examinador dos Ingenheiros &c. &c. TRADUZIDO E ABREVIADO do Francez. [Por…] COIMBRA NA REAL OFFICINA DA UNIVERSIDADE. M.DCC.LXXV. (1775] In 8.º 20x13 cm. com xv, 320 pags. Encadernação da época inteira de pele com nervos e ferros a ouro na lombada. Cortes das folhas carminados. Ilustrado com xiv gravuras desdobráveis com representação de experiências e de aparelhos científicos. Gravura com as armas reais portuguesas (D. José) na folha de rosto. Obra publicada à luz da reforma pombalina da universidade de Coimbra e dos estudos em Portugal. Nas folhas iniciais constam um privilégio régio e respetivo alvará assinado pelo próprio marquês de Pombal, retirando ao colégio dos Nobres as faculdades do ensino dos estudos e da impressão dos livros clássicos matemáticos, transferindo as mesmas em exclusivo para a universidade de Coimbra. Obra rara. Primeira edição, desconhecida por Inocêncio que apenas refere edições oitocentistas. Inocêncio V, 75. ”JOSÉ MONTEIRO DA ROCHA, do Conselho de Sua Magestade, Commendador da Ordem de Christo, Conego magistral da Sé de Leiria; primeiro Lente jubilado da Faculdade de Mathematica, Director do Observatorio astronomico, e Vice reitor da Universidade de Coimbra; Mestre do principe da Beira (depois D. Pedro IV de Portugal); Socio e Director de classe da Academia Real das Sciencias de Lisboa, etc. etc. - N. em Canavezes, villa situada na margem direita do Tamega, proxima d'Amarante, a 25 de Junho de 1734. Diz se que sendo levado ainda na infancia para o Brasil, cursára os estudos no collegio dos Jesuitas da Bahia; que alli professára o instituto de Sancto Ignacio; e que por occasião da expulsão d'estes regulares em 1759 elle preferira abandonar os seus consocios, deixando se ficar na mesma cidade, onde o governador que então era o encarregára da educação de seus filhos. Outros pretendem que, tendo entrado na ordem em Portugal, só depois da expulsão d'ella fosse parar á Bahia, d'onde voltou para o reino ao fim de alguns annos. Conta se como certo, que no tempo em que o Marquez de Pombal projectava a reforma da Universidade, o mandára chamar, em razão das informações que obtivera da sua capacidade e sciencia, achando se elle ainda então no Brasil, segundo uns e conforme outros em Coimbra, já de volta da Bahia. Parece que não fôra sem grande receio que o ex jesuita comparecêra perante o ministro, o qual recebendo o com affabilidade lhe perguntou: «Qual das cadeiras da Universidade se julgava apto para reger?» - A isto respondeu modestamente o interrogado: «Aquella que os mais não quizerem.» Então o marquez, batendo lhe amigavelmente com a mão no hombro, lhe disse: «Socegue, que ha de ser empregado!» Tractando se para logo da reforma, foi lhe incumbida, e por elle organisada e redigida a parte dos novos Estatutos da Universidade que diz respeito ás sciencias naturaes, e á mathematica. (V. o Ensaio de Historia Litter. de Portugal por Freire de Carvalho, a pag. 370). Traduziu e preparou depois alguns compendios para uso das aulas respectivas, como abaixo se dirá. A sua fama de mathematico insigne não ficou concentrada nos dominios portuguezes; espalhou se pela Europa, onde o seu nome é conhecido e mencionado com honra. Pouca lhe fez, todavia (a ser exacto o que se affirma, e parece comprovar se de modo irrecusavel) a perseguição suscitada contra o infeliz José Anastasio da Cunha, em que lhe coubera não pequena parte. (Vej. no Diccionario, tomo IV, a pag. 222.) D. João VI, quando principe regente, o chamou para a côrte, nomeando o Mestre do principe D. Pedro, e mais infantes, cargo que desempenhou até á sahida da familia real para o Brasil em 1807. Tendo comprado uma quinta no sitio de S. José de Ribamar, proximo de Lisboa, alli viveu os seus ultimos annos, falecendo em 11 de Dezembro de 1819. - Vej. a seu respeito a obra já citada de Freire de Carvalho, pag. 237 e 421; Balbi, no Essai Statistique, tomo II, pag. xl; o livro Poesie lyrique portugaise etc. por A. M. Sané (Diccionario, tomo I, pag. L.) a pag. LXXVII; e um artigo biographico pelo sr. Martins Bastos, na Instrucção Publica, tomo IV (1858) a pag. 20. José Monteiro da Rocha legou por morte á Academia das Sciencias todos os seus manuscriptos, os quaes foram mandados entregar a esta corporação pela Secretaria dos Negocios do Reino, contidos em um caixote, a cuja abertura se procedeu em o 1.° de Março de 1825. Tive occasião de examinar o inventario que d'elles se formou, e que existe ainda archivado na Academia. Versam pela maior parte sobre assumptos proprios das sciencias mathematicas, principalmente da astronomia, havendo entre elles varias memorias incompletas. Havia tambem alguns Sermões, Oracções latinas, etc. e uma Collecção de pareceres sobre a renuncia universal das boas obras e suffragios a favor das sanctas almas do purgatorio, comprehendendo vinte e nove cadernos de papel em folio! - Dizem que em poder de Manuel Francisco de Oliveira, professor de latinidade em Belem (do qual tractarei em seu logar), ficaram outras Orações latinas. Foi lhe mandado conferir o grau de doutor por portarias do marquez de Pombal, de 3 e 7 de outubro de 1772.” €900 499. MONTEIRO DE MENDONÇA. (Henrique José) A ROÇA BOA ENTRADA. S. TOMÉ. África Occidental Portugueza. Typographia 'A Editora”. Lisboa. 1906. De 26x20 cm. Com 63-[i] pags. Encadernação com lombada e cantos em pele. Ilustrado com 31 gravuras extra-texto impressas sobre papel couché com todos os aspectos da cultura do cacau: recolha e transporte do cacau, oficinas, fábricas, ferrovias, hospital, sanzalas, grupos de trabalhadores, habitações principais etc. e com quadros de dados da contabilidade da roça monografada. Exemplar por abrir. €150 500. MONTEIRO, Pedro. HISTORIA DA SANTA INQUISIÇAÕ DO REYNO DE PORTUGAL, e suas Conquistas. PRIMEIRA PARTE. DA ORIGEM DAS SANTAS INQUISIÇOENS DA CHRISTANDADE, e da Inquisiçaõ antiga, que houve neste Reyno com os seus Inquisidores Geraes. OFFERECIDA AO MUITO ALTO, E PODEROSO REY D. JOAÕ V. NOSSO SENHOR. COMPOSTA PELO PADRE Fr. PEDRO MONTEIRO ULYSSIPONENSE, Doutor, e Mestre da Sagrada Theologia, Consultor da Santa Inquisiçaõ, Prégador do numero do Senhor Infante D. Francisco, Examinador Synodal do Arcebispado de Lisboa, das Igrejas do Infantado, e das do grande Priorado do Crato, e Academico do numero da Academia Real, Religioso da Sagrada Ordem dos Prégadores.LIVRO SEGUNDO, Da Santa Inquisiçaõ antiga, que houve neste Reyno desde o Senhor Rey D. Afonso II até o governo do Senhor Rey D. Joaõ III., e nos mais de Hespanha até o del-Rey Catholico D. Fernando, e dos Concilios Geraes, scismas, e heresias, que por estes tempos houveraõ na Igreja. LISBOA, Na Regia Officina SYLVIANA, e da Academia Real. M. DCC. L. [1750]. In fólio (de 28x21 cm) com [ix], 544 pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada. Ilustrado com vinhetas e capitulares decorativas nas primeiras páginas. Obra da qual apenas se publicou a primeira parte dividida em 2 livros ou volumes [1º e 2º] com titulos diferentes. É apenas o 2º volume ou livro (no ano anterior publicou-se outro volume com a 1ª Parte) Exemplar com leves vestígios de humidade. Corte das folhas carminado. Obra com um índice alfabético das coisas mais notáveis deste livro, das quais destacamos: “Judeus. O como viviam em Portugal. Alguns foram preferidos para os ofícios públicos. Privilégios que lograram. O seu juramento. Chamavam ao Pentateuco Tora. Quando algum se convertia era tratado com muita caridade. Não podiam sair da Judiaria depois das Ave Marias. Contra os que depois de baptizados caiam nos antigos erros procedeu o Inquisidor D. Fr. Soeiro Gomes. O mesmo fez o segundo inquisidor o B. Gil. Os que converteu S. Vicente Ferreira. Os que se apresentaram na nova Inquisição de Espanha. Os convictos e pertinazes que foram queimados. São expulsos dos Reinos de Castela. Entram em Portugal. Seus filhos são mandados a povoar a Ilha de S. Tomé. O como com eles se houve El-Rei D. Manuel. Nunca tiveram privilégio dos Reis de Portugal para não serem castigados pelos Inquisidores. Motim, que contra eles se levantou em Lisboa”. INOCÊNCIO VI, 434: “Frei Pedro Monteiro, Dominicano, Mestre em Artes, e Lente de Teologia; Académico da Academia Real de Historia, e afamado pregador no seu tempo. Nasceu em Lisboa em 1662, e morreu no convento da Batalha em 1735. Livro 1.º Em que se mostra a origem da Sancta Inquisição e seu primeiro Inquisidor geral, o patriarcha S. Domingos, e de como este impugnou e destruiu a heresia dos albigenses; de outras Inquisições que fez; e Inquisidores da sua ordem que nomeou. Lisboa, na Offic. Silviana 1749. 4.º gr. HISTORIA DA SANCTA INQUISIÇÃO, ETC. LIVRO 2.º Da Sancta Inquisição antiga que houve n'este reino, desde o sr. rei D. Affonso II até o governo do sr. rei D. João III e nos mais de Hespanha até o d'el rei catholico D. Fernando, e dos concilios geraes, scismas e heresias, que por estes tempos houveram na igreja. Ibi, na mesma Offic. 1750. 4.º gr. Nesta obra, que só veio a publicar se póstuma, como se mostra pela data, deu o autor novas provas de que lhe faltou a melhor parte dos requisitos necessários e indispensáveis ao bom historiador. Abundam estes volumes em erros e equivocações de toda a espécie. Ainda muito antes de impressa, isto é, logo que foi apresentada á Academia, a confutou vigorosamente o outro académico Frei Manuel de São Dâmaso na sua Verdade elucidada e depois de publicada escreveu largamente contra ela o P. José Caetano d'Almeida, bibliotecário d'el rei D. João V, nas suas Memorias manuscritas, que se conservam autografas na livraria da Academia Real das Ciências. Aí se encontram repetidas provas da ignorância e falta de averiguação com que Frei Pedro Monteiro escrevera a sua Historia. Os dois tomos desta obra têm sido vendidos por preços entre 1:600 e 2:400 réis'. €600 501. MONTEIRO. (Manuel) IGREJAS MEDIEVAS DO PORTO. [Por]… da Academia das Ciências de Lisboa, da Academia Nacional de Belas Artes. (Obra póstuma). Marques Abreu Editor. Porto. 1954. De 34x27 cm. Com 89-(vi)pags. Encadernação da época com lombada e cantos em pele. Ilustrado com 61 estampas com fotogravuras dos monumentos e dos seus pormenores arquitectónicos. Contém plantas das igrejas em extra-texto. €300 502. MONTEMAYOR, Jorge de. LOS SIETE LIBROS DE LA DIANA DE GEORGE DE MONTEMAJOR. Ou sous le nom de Bergers & Bergeres sont compris les amours des plus signalez d'Espagne. Traduicts d'Espagnol en Francois, et conferez és deux langues. P.S.G.P. [par Simon George Pavillon. Traduction revue par Bertranet]. A PARIS, Chez Rolet Boutonné, [1613] In 8º de 16,5x11 cm. Com [iii], 347, [x], [i branco] fólios. Encadernação da época em pergaminho flexível com pequenos defeitos. Exemplar com alguma acidez própria da qualidade do papel, manchas antigas de humidade e leves picos de traça marginais. Edição bilingue castelhano-francês impressa a duas colunas, apresenta vinheta xilográfica na folha de rosto. Obra principal do escritor português Jorge de Montemor (1520-61), famoso também como poeta, músico e aventureiro. Nascido nos arredores de Coimbra, passou a Espanha, inserido no séquito da Rainha D. Maria de Portugal. Rara edição bilingue castelhanofrancês, a primeira foi publicada em 1559. Este romance quinhentista de estilo bucólico ou novela pastoril, foi escrito originalmente em castelhano, como era costume deste estilo literário, naquela que foi a época áurea da literatura portuguesa. Foi inspirado na literatura italiana renascentista e influenciou decisivamente a literatura espanhola do século de ouro. €900 503. MONUMENTO NACIONAL A CRISTO REI. Memória Histórica 1936-1959. Coordenada e editada pelo Secretariado Nacional do Monumento. Lisboa. 1965. De 25x20 cm. Com 237 pags. Encadernações inteiras em pele marroquin vermelho, com ferros a ouro nas lombadas, nas esquadrias das pastas e conchas interiores, executada pelo mestre encadernador Frederico d’Almeida. Corte dourado por folhas. Ilustrado com cerca de 100 páginas extra-texto com o Documentário Gráfico, contendo aspectos do sistema de contrução das fundações, do plinto e da figura. Exemplar com falta das capas de brochura. €150 504. MORAES SILVA. (António de) HISTÓRIA DE PORTUGAL COMPOSTA EM INGLEZ POR HUMA SOCIEDADE DE LITTERATOS, TRASLADADA EM VULGAR COM AS ADDIÇOENS DA VERSÃO FRANCEZA, E NOTAS DO TRADUTOR PORTUGUEZ, ANTONIO DE MORAES SILVA, NATURAL DO RIO DE JANEIRO. LISBOA Na Offic. Da ACADEMIA REAL DAS SCIENC. ANNO M. DCC. LXXXVIII. - M.DCCC.II. [1788-1802]. Obra em 4 tomos encadernados em 3 volumes. In 12.º (de 14x10 cm) com xxxii, 339, 371, 419, e 80 pags. Encadernações da época com lombadas em pele com ferros a ouro. Exemplar ligeiramente aparado; com ex-libris do Visconde da Foz d'Arouce; e com falta do mapa (desdobrável) de Portugal. Primeira edição desta História de Portugal várias vezes reimpressa e produzida pelo famoso dicionarista luso-brasileiro. Inocêncio I, 209 “António de Moraes Silva bacharel formado em Leis pela Universidade de Coimbra, seguiu a carreira da magistratura, e sendo despachado para o Brasil, servia, dizem, o cargo de desembargador na relação da Baía quando, por motivo de desgostos que teve com o chanceler, resignou o lugar, e retirou se pare Pernambuco. Aí adquiriu algumas propriedades, e tornando-se Senhor d'Engenho, teve a patente de Capitão-Mór do Recife e coronel de milícias de Moribeca. Por ocasião da Revolução Republicana em 1817, o povo o nomeou membro do Governo Provisório porém ele recusou tomar parte nos acontecimentos, conservando se a eles completamente estranho. Foi natural da cidade do Rio de Janeiro, e nasceu provavelmente entre os anos de 1756 e 1758. Morreu em Pernambuco em 1825, contando pelo meu cálculo de 67 a 69 annos. O pouco que há de averiguado para a sua biografia pode ler-se na Revista trimensal do Instituto do Brasil, tomo XV pág. 244”. Bindings: contemporary half calf. An interesting translation of a foreign contemporary History of Portugal stamped at the Royal Academy of Sciences in Lisbon. €200 505. MORAES. (Inácio Paulino de) ITINERARIO LISBONENSE OU DIRECTORIO GERAL DE TODAS AS RUAS, TRAVESSAS, BECOS, CALÇADAS, PRAÇAS, &c. Que se comprehendem no recinto da cidade de Lisboa, com seus próprios nomes, principio, e termo, indicados os lugares mais conhecidos, e geraes, para utilidade, uso, e commodidade dos estrangeiros, e nacionaes. TERCEIRA EDIÇAÕ. LISBOA, 1824, NA TYPOGRAPHIA ROLLANDIANA. In 12.º (de 15,5x11 cm.) com viii-[ii]-142 pags. Brochado. Exemplar por aparar; com as capas de brochura originais; e mancha de humidade nas últimas páginas. Inocêncio (III, 213) não menciona esta edição: 'Itinerario Lisbonense, Lisboa, Imp. Regia 1804. 8.º Ibi, na Imp. de João Nunes Esteves 1825. 12.º de VIII 136 pag. Sahiu sem o nome do auctor. Creio que ambas as edições são conformes entre si. Sufficientemente exacto no tempo em que foi escripto, este Itinerario é hoje de menor prestimo, em razão das successivas alterações occorridas na capital d'então até agora'. €200 506. MORAIS, Inácio Paulino de. ITINERARIO LISBONENSE OU DIRECTORIO GERAL DE TODAS AS RUAS, TRAVESSAS, BECOS, CALÇADAS, PRAÇAS, &c. Que se compreendem no recinto da cidade de Lisboa, com os seus próprios nomes, principio, e termo, indicados os lugares mais conhecidos, e geraes, para utilidade, uso, e comodidade dos estrangeiros, e nacionais. Terceira edição. Na Typographia Rollandiana. Lisboa, 1824. De 15x10 cm. Com viii, [i], 142 pags. Encadernação da época com lombada em pele. Inocêncio III, 213: “Ignacio Paulino de Moraes, cuja naturalidade e mais circunstancias se conservam ainda ocultas à minha investigação. Vivia em Lisboa no princípio do seculo XIX. Suficientemente exacto no tempo em que foi escrito, este Itinerário é hoje de menor préstimo, em razão das sucessivas alterações ocorridas na capital de então até agora”. €150 507. MORATO ROMA, Francisco. LUZ DA MEDICINA, PRATICA RACIONAL, E METHODICA, GUIA DE INFERMEIROS, DIRECTORIO DE PRINCIPIANTES. [Vinheta do autor, armoriada e com moto: «fortuna volare impedit»]. Anno 1686. AVTOR O DOVTOR FRANCISCO MORATO Roma. Medico, Medico da Camara de S. Magestade, & do S. Officio da Inquisiçaõ, Cavaleiro professo da Ordem de Christo. LISBOA. Na Officina de DOMINGOS CARNEYRO. In 8º gr. (de 20x15 cm) com [xxiv], 428 pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada, com ligeiros trabalhos de traça e dano na coifa inferior. 3ª edição de conhecidas desta obra. Trata-se do primeiro tratado de enfermagem escrito em português. Inocêncio III, 17: “Francisco Morato Roma, Cavalleiro da Ordem de Christo, Formado em Medicina pela Universidade de Coimbra, e Medico da camara dos reis D. João IV e D. Affonso VI, etc. N. em Castello de Vide, na provincia do Alemtejo, a 4 de Outubro de 1588, e m. em Lisboa, com 80 annos no de 1668. Luz da Medicina pratica, racional e methodica, guia de enfermeiros, dividida em tres partes. Lisboa, por Henrique Valente de Oliveira 1664. 4.º Ibi, por Antonio Craesbeeck de Mello 1672. 4.º Coimbra, por João Antunes 1700. 4.º Ibi, no Real Collegio das Artes 1726. 4.º Ibi, por Francisco de Oliveira 1753. 4.º de VIII 488 pag. (Esta ultima impressão contém de mais um Tratado das sezões perniciosas, e o Compendio de varios remedios de cirurgia, por Gonçalo Rodrigues de Cabreira, que tambem já fôra addicionado na edição antecedente de 1726.) Da Luz da Medicina (n.º 1527) vi ainda mais outra edição, Coimbra por João Antunes 1712. 4º '. €900 508. MOREIRA DAS NEVES. (Padre) O CARDEAL CEREJEIRA PATRIARCA DE LISBOA. Editorial Pro-Domo. Lisboa. S/d. [1948]. De 31x22 cm. Com 475 pags. Encadernação da época com lombada em pele. Profusamente ilustrado com fotogravuras e fac-similes de documentos académicos. Contém fotogravura com a Casa dos Grilos em Coimbra assinalada (pag. 170) com os quartos contíguos de Oliveira Salazar e do cardeal Cerejeira enquanto académicos. Obra fotobiográfica com excelente aparato gráfico e impressa a duas cores. Contém a história do Patriarcado de Lisboa - ilustrado com os seus Prelados e Patriarcas – e apresentando as fundações dos novos seminários e a recuperação dos antigos seminários, tal como o de São Paulo em Almada com imagens das suas instalações. Fotobiografia inclui gravuras e imagens da sua aldeia natal (Lousado, Famalicão, Minho) e da sua família; sendo a restante obra repartida pelas reportagens das suas viagens no continente, nas colónias portuguesas, no Brasil e em Roma. €150 509. MOUTA. (F.) e H. O’Donnell. CARTE GÉOLOGIQUE DE L’ANGOLA. (1/2.000.000). Notice Explicative par… et… Ingénieurs I. S. T. , Géologues du Service Géologique de l’Angola, Collaborateurs des «Serviços Geológicos de Portugal». Colónia de Angola. República Portuguesa. [Composto e Impresso por Oficinas Gráficas do Anuário Comercial; e por Ramos, Afonso & Moita, Limitada]. Lisboa. 1933. Junto com: NOTÍCIA EXPLICATIVA DO ESBOÇO GEOLÓGICO DE ANGOLA. (1/2.000.000). (com tradução francesa do autor). Junta de Investigações do Ultramar. Ministério do Ultramar. Lisboa. 1954. 2 volumes enc. em 1. De 32x25 cm. Com 87 e 148 pags. Encadernação da época com lombada e cantos em pele. Profusamente ilustrados com fotogravuras extra-texto com micas de sobreposição em papel vegetal com legendas; e mapas desdobráveis acondicionados dentro das bolsas das capas de brochura. Segundo volume publicado 20 anos depois da primeira publicação, e unicamente da autoria de F. Mouta. €300 510. MOZART, Wolfgang Amadeus. DIE ZAUBERFLOETE. [A Flauta Mágica] Grand Opéra composée par M. MOZART arrangée pour le Clavecin, ou Piano Forté, avec Violon obligé, par Jean André. Seconde edition. Nº 1742. A Offenbach s/M, Chés J. André. S/d. [circa 1794]. 2 volumes. De 32x24 cm. Com 50 e 23 pags. Brochados (apresentando capas de brochura da época em papel decorativo com rótulos manuscritos); e acondicionados em estojo-encadernação do século XIX com lombada e cantos em pele. Contém 2 partituras musicais separadas: a parte de piano forte com o arranjo das várias partes da ópera; e a parte da abertura para violino. Wolfgang Amadeus Mozart (27 de Janeiro, 1756 - 5 de Dezembro 1791). Die Zauberfloete [A Flauta Mágica] ópera de inspiração maçónica e iluminista, estreou-se em Viena em 30 de Setembro 1791, no Freihaus Theater auf der Wieden. Mozart dirigiu a orquestra, Schikaneder, que escreveu o libreto, publicado pela primeira vez em 1814, interpretou ele mesmo Papageno, enquanto o papel da Rainha da Noite foi representado pela cunhada de Mozart Josepha Hofer. Esta ópera foi bem recebida, e embora não houvesse comentários dos primeiros desempenhos, foi imediatamente evidente que Mozart e Schikaneder tinham alcançado um grande sucesso. Esta ópera, atraindo multidões, atingiu centenas de apresentações durante a década de 1790. O sucesso de A Flauta Mágica levantou o moral de Mozart que tinham caído doente poucas semanas antes. Comemorou o seu centésimo desempenho em Novembro de 1792, mas Mozart não teve o prazer de testemunhar esse marco, tendo morrido em 5 de Dezembro de 1791. Desde a sua estreia A Flauta Mágica sempre foi uma das obras mais queridas do repertório operático e é actualmente a quarta ópera mais representada a nível mundial. Wolfgang Amadeus Mozart (27 January 1756 – 5 December 1791). Die Zauberfloete was premiered in Vienna on 30 September 1791 at the suburban Freihaus Theater auf der Wieden. Mozart conducted the orchestra, Schikaneder who wrote the libretto played himself Papageno, while the role of the Queen of the Night was sung by Mozart's sister-in-law Josepha Hofer. On the reception of the opera, although there were no reviews of the first performances, it was immediately evident that Mozart and Schikaneder had achieved a great success, and the opera drawing immense crowds and reaching hundreds of performances during the 1790s. The success of The Magic Flute lifted the spirits of its composer, who had fallen ill while in Prague a few weeks before. The opera celebrated its 100th performance in November 1792. Mozart did not have the pleasure of witnessing this milestone, having died of his illness on 5 December 1791. Since its premiere, The Magic Flute has always been one of the most beloved works in the operatic repertoire, and is presently the fourth most frequently performed opera worldwide. €1.000 511. MUELLER. (Barão Fred. von) DICCIONARIO DE PLANTAS UTEIS. [1ª edição]. Próprias para cultura principalmente nas regiões extra-tropicaes com as indicações de cada uma e de muitas applicações que d’ellas se podem fazer pelo Barão Ferd. von Mueller Botânico official em Victoria (Austrália). Traduzido e annotado no que se refere a Portugal pelo Dr. Júlio A. Henriques Professor de Botânica na Universidade de Coimbra e Director do Jardim Botânico da mesma cidade. Edição da Gazeta das Aldeias. Porto. 1905. De 24x17 cm. Com xv-317 pags. Encadernação recente com lombada em pele. Ilustrado com os retratos do autor e do tradutor em meio corpo. Este dicionário está organizado pelas entradas dos nomes científicos das plantas em latim, pelos nomes científicos alternativos em latim, e ainda pelas designações mais usuais nas línguas vernáculas nativas e coloniais (português, inglês, francês,etc). €150 512. MUÑOZ, M. D. Francisco. FUNICULO AUREO, TRIPLICE INDISSOLUBLE EL MUY ALTO, Y PODEROSO SEÑOR DIGNISSIMO REY de Portugal, la Serenissima SEÑORA D. MARIANNA VICTORIA CON EL SERENISSIMO SIEMPRE MAXIMO SEÑOR. DON JOSEPH PRINCIPE DEL BRASIL, Y LA SERENISsima Princesa Nuestra Señora DOÑA MARIA BARBARA GLORIA DE PORTUGAL, HONOR DEL Austria, con el Serenissimo Señor Principe de Asturias, DON FERNANDO. CANTE EUROPA, COMPITIENDOLE PROFUNDOS GOZOS A LA REAL Casa de Castilla; sea índice de tanta universal alegria la que al glorioso nombre del Serenissimo PRINCIPE DEL BRASIL CONSAGRA UN INGENIO ANDALUZ. LISBOA OCCIDENTAL, EN LA PATRIARCAL IMPRESSION DE LA MUSICA, M. DCC. XXVII. [1727]. In-4º de 21X15,5 CM. Com [lxxx], 267 pags. Encadernação da época inteira de pele. Exemplar com margens generosas e papel muito sonante, assinatura de posse na folha de rosto. Obra de grande erudição e poesia, dedicada aos casamentos reais e à época pacífica que se atravessava então na Península Ibérica. Palau 1990, V 265. €500 513. MURALHA. (Pedro) TERRAS DE AFRICA. MOÇAMBIQUE E RAND. Composto e impresso na Publicitas. Lisboa. S/d. [1925]. De 23x16 cm Com 412-viii pags. Encadernação da época com lombada e cantos em pele. Profusamente ilustrado. Exemplar com capa de brochura. Obra com importantes apontamentos e recolhas fotográficas de África incluindo a África do Sul; Moçambique e o Transvaal. Contém análise das principais culturas e produções (açúcar, do algodão, etc) e quadros de dados. €200 514. MURALHA. (Pedro) TERRAS DE AFRICA. S. TOMÉ E ANGOLA. Composto e impresso na Publicitas. Lisboa. S/d. [1925]. Junto com: TERRAS DE AFRICA. MOÇAMBIQUE E RAND. Composto e impresso na Publicitas. Lisboa. S/d. [1925]. 2 obras enc. em 1 volume. De 23x16 cm Com 455-viii-412-viii pags. Encadernação recente com lombada em pele. Profusamente ilustrado no texto com fotogravuras e alguns fac-similes de notas de banco. Exemplar com falta de capas de brochura e oxidação natural do papel. Obra com importantes apontamentos e recolhas fotográficas de África incluindo a África do Sul; Moçambique e o Transvaal. Contém um capítulo sobre a depreciação da moeda e a subida generalizada dos preços em Angola durante os anos de 1920; as produções das culturas do açúcar, do algodão; e quadros de dados das principais produções. €300 515. MUSITANO. (Carlo) R. D. CAROLI MUSITANI PHILOSOPHIAE, AC MEDICINAE Doctoris Clarissimi DE MORBIS MULIERUM TRACTATUS CUI QUAESTIONES DUAE, ALTERA De Semine cum Masculeo, tum Foemineo, altera de sanguine menstruo, ut pote ad opus aptè facientes sunt praefixae. QUAE AD EARUNDEM NATURAM MULIERUM, Anatomen, conceptum, uteri gestationem, foetus animationem, & hominis ortum attinent, ubertim simul explanantur. OMNIA JUXTA RECENTIORUM PHILOSOPHIAE PRINCIPIA, & Medicorum Experimenta, sedulò enucleata. Cum Indicibus Capitum, Rerum, & Materiarum locupletissimis. COLONIA ALLOBROGUM. [Genébra, Suíça]. Sumptibus Choüet, G. De Tournes, Cramer, Perachon, Ritter, & S. De Tournes. M. DCCIX. [1709]. In 4º (de 22x18 cm) com [viii]-240 pags. Encadernação da época inteira de pele com resturo na lombada e no rótulo. Ilustrado com um retrato do autor 1635-1714 (aos 63 anos de idade) em anterrosto. Obra impressa a duas colunas. Exemplar com títulos de posse coevos sobre a folha de rosto e apontamentos nas margens do texto. Tratado em um único livro sobre as doenças venéreas (femininas), contendo um receituário oficinal farmacológico. €200 516. MUZIO. (Jerónimo) BATTAGLIE DI HIERONIMO MVTIO Giustinopolitano, Per diffesa dell’Italica lingua, CON ALCVNE LETTERE A gl’infrascritti nobili spiriti: cioè, Al Cesano, & Al Caualcanti, Al Signor Renato Tiuultio, & Al Clariss. Signor Domenico Veniero: col quale in particolare discorre sopra il Corbaccio. Com vn Trattato, intitolato la Varchina: doue se correggono com molte belle ragioni, non pochi errori del Varchi, del Casteluetro, & del Ruscelli. Et alcune bellissime Annotationi sopra il Petrarca. CON PRIVILEGIO. [Vinheta do impressor]. In Vinegia, Apresso Apresso Pietro Dusinelli. 1582. In 8º (de 16,5x11 cm) com [xxii]- 216 pags. Encadernação inteira de pele restaurada. Ilustrado com vinheta do impressor na folha de rosto, e capitulares decorativas abertas a talhe doce. Exemplar com assinatura coeva de posse na de rosto. Binding: full calf remake with the remains of the original 18th Century hardcover material. Illustrated with woodcut device on title page, set in italic letter throughou: a good and clean copy €900 517. NAPOLÉON III. (Imperador dos Franceses) ATLAS POUR L’HISTOIRE DE JULES CÉSAR. Par... [Editor] Henri Plon, Paris, 1865. In fólio de 36x27 cm. Com 4-32 fólios. Ilustrado com 4 mapas litografados coloridos do Império Romano; e 32 gravuras com cartas geográficas e planos das batalhas de Júlio César. Encadernação da época inteira de chagrin verde com nervos, ferros a ouro nas pastas e seixas. Dourado por folhas. O quarto mapa colorido é a carta da península de Peniche. Tratase apenas do atlas da obra, constando a mesma de 2 volumes: Atlas+Texto. Obra da autoria de Napoleão III, sobrinho de Napoleão Bonaparte, que tal como o seu tio foi um admirador do estilo e das conquistas imperiais de Júlio César. Contém vários estudos e levantamentos arqueológicos de campos de batalha; reconstituindo os entrincheiramentos, abatizes, e fortificações provisórias dos romanos, e tentando compreender a capacidade de vencer uma guerra de sítio. €500 518. NIEREMBERG Y OTIN. (Juan Eusebio) FRAGOA DO AMOR DE MARIA MAY DE DEOS, E RAINHA dos Anjos; Composta em lingua Espanhola pelo Padre JOAM EUSEBIO NIEREMBERG, E taduzida no Portuguez, por hum escravo da Virgem o qual o accrescentou com o Rozario da mesma Senhora, meditado sem contas, com a Ladínha, vertida de Latim ao Portugues, e com outras maes particulares devoções. DEDICADO Á SENHORA D. HELENA LUIZA DE NORONHA, E LIMA POR JOAM FERREIRA, E impresso á sua custa. LISBOA: Na Officina PINHEIRENSE da Musica, e da Sagrada Religião de Malta. S/d [1747]. In 8º (de 15x10 cm) com [xvi]-288 pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada e rótulo vermelho. Ilustrado com vinheta colorida manualmente na época. Exemplar com nota coeva manuscrita na folha de guarda: 'Concedo licença ao meu Leitor Frei José de Varge para que possa usar deste livro. Convento de N. S. da Consolação do Bosque [Borba, Alentejo] 14 de Abril de 1826. Frei João de Fronteira'. Inocêncio não menciona. Palau 1994, V, 300-304: não menciona. Existe exemplar na BNP, em Lisboa. Juan Eusebio Nieremberg y Otin, (1595-1658), teólogo nascido em Madrid de pais alemães, tendo estudado os clássicos e o Direito Canónico em Alcalá e em Salamanca, onde entrou para a Companhia de Jesus em 1614. Estudou grego e hebraico no Colégio de Huete, artes e teologia em Alcalá, e foi ordenado em 1623, fazendo sua profissão em 1633. No Colégio Imperial de Madrid, ensinou ciências humanas, história natural e Sagrada Escritura. Foi nomeado pelo confessor real da Duquesa de Mântua, neta de Filipe II. Notável pela sua vida exemplar, e pelas suas orações, foi um dos mais prolíficos escritores de seu tempo com 73 obras impressas e 11 obras manuscritas. As suas obras destacam-se pela sua erudição, pela nobreza e pureza de dicção, e pela concisão e estrutura das frases. €150 519. NIEUHOFF, J. LEGATIO BATAVICA AD Magnum Tartaria Chamum SUNGTEIUM, Modernum Sinae Imperatorem. HISTORIARUM NARRATIONE, QUAE Legatis in Provinciis Quantung, Kiangsi, Nanking, Xantung, Peking, & Aula Imperatoriâ ab Anno 1655 ad annum 1657 obtigerunt, ut & árdua Sinensium in bello Tartarico fortunâ, Provinciarum accurata Georaphia, urbium delineatione, NEC NON Artis & Natura miraculis ex Animalium, Vegetabilium, Mineralium genere per centum & quinquaginta aneas figuras passim illustrata & conscripta vernacule PER JOANNEM NIEUHOVIUM, Primum Legationis Aulae magistrum, jam Coylana Prafectum. LATINITATE DONATA Per Clarissimum Virum GEORGIUM HORNIUM, Historiarum in celeberrrimâ Lug. Batv. Acad. Prof. AMSTELODAMI, Apud Jacobum Meursium, MDC LXVIII. [1668] In fólio de 31,5x20 cm. Com [x], 184, 172, [viii] pags. Encadernação da época inteira de pele com nervos e ferros a ouro na lombada. Ilustrado com 1 frontispício gravado, 1 retrato do autor, 1 mapa da China desdobrável, 35 gravuras (33 são desdobráveis e 2 de página dupla), 1 vinheta gravada na folha de rosto e 109 gravuras no texto. Exemplar com leves manchas marginais de humidade. Obra especialmente importante por conter algumas das primeiras ilustrações com vistas das principais cidades das China. Primeira edição latina publicada no século xvii, época em que o latim era ainda a língua fundamental das universidades e dos meios intelectuais, foi traduzida do holandês por George Horn, professor na universidade de Leyden. A esta edição foi acrescentada uma gravura da cidade de Paolinx que não consta na primeira edição holandesa de 1665. Em 1667 e 1669 publicaram-se as versões francesa e inglesa. Nieuhof (1618-1672) foi um dos homens mais viajados do século XVII. Nascido em Westphalia, viveu por nove anos (1640-1649) no Brasil e também visitou a Índia, Sri Lanka, Indonésia e em partes da África. Serviu como secretário na missão 1655-1657 holandesa enviada de Cantão a Pequim para garantir um acordo comercial com o imperador chinês, Shunzhi. Iniciou a sua carreira como agente da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais e, mais tarde emissário da rica e poderosa Companhia das Índias Orientais. Foi morto por membros da tribo malgaxes enquanto investigava oportunidades comerciais em Madagáscar. Em termos comerciais, a missão à china não foi um sucesso retumbante. Em vez da troca rápida de bens que esperavam, os embaixadores holandeses apenas obtiveram permissão para enviar quatro navios mercantes, uma vez a cada oito anos. Ainda assim, a obra de Nieuhof descreve as maravilhas que podiam ser vistas na China, excitado a imaginação dos leitores em toda a Europa. Grande parte das informações em seu texto foram plagiadas dos escritos anteriores feitos por missionários jesuítas, como Nicholas Trigault, Martini Martino e Álvaro Semedo, mas o que distingue o livro Nieuhof é a sua grande riqueza de ilustrações efetuadas com base nos desenhos que ele próprio fez a aguarela durante a viagem. Illustrated with engraved title, portrait of the author, folding map, 33 folding and 2 double-page plates, 109 engraved text-illustrations, engraved device to title, engraved and woodcut initials, woodcut tailpieces, Full contemporary calf, red label gilt on top of spine. Occasional very light marginal dampstain on text. First latin edition, containing the plate of 'Paolinx' not found in the first Dutch edition of 1665. A French translation appeared in 1667 and an English version in 1669. The edition in Latin made in the seventeenth century still a vital language understood by a majority of scholars, it was translated from the Dutch by George Horn, a professor at Leyden University. Initially an agent for the Dutch West India Company and later and emissary for the richer and more powerful East India Company, Jan (or, in Latinised form, Johannes) Nieuhof (1618-1672) was among the most travelled men of the seventeenth century. Born in Westphalia, he lived for nine years (1640-1649) in Brazil and also visited India, Sri Lanka, Indonesia and parts of Africa. He served as secretary on the 1655-1657 Dutch mission from Canton to Beijing to secure a trading agreement with the Chinese emperor, Shunzhi. He was killed by Malagasy tribesmen while investigating commercial opportunities in Madagascar. In mercantile terms, the Chinese mission was not a resounding success. Instead of the brisk exchange of goods they hoped for, the Dutch ambassadors merely obtained permission to send four trading ships once every eight years. Still, Nieuhof’s account of the wonders to be seen in China excited the imaginations of readers throughout Europe. Much of the information in his text was cribbed from earlier writings by Jesuit missionaries, such as Nicholas Trigault, Martino Martini and Alvaro Semedo, but what distinguished Nieuhof’s book was its wealth of illustrations (thirty-five plates, one hundred and eight text-engravings and a folding map), based on the acutely observed drawings he made during the journey. The first Dutch edition was published in 1665. Cordier Sinica 2346-7; Löwendahl I, 137. €12.000 520. NOBRE. (António) SÓ. Livraria Tavares Martins. Porto. 1950. De 22x16 cm. Com 221 pags. Encadernação inteira de pele com ferros a ouro na lombada e seixas, guardas em seda, apenas aparado à cabeça e dourado por folhas. Edição comemorativa do cinquentenário da morte do poeta. €60 521. NORDENSKIÖLD, A. E. VOYAGE DE LA VEGA AUTOUR DE L'ASIE ET DE L'EUROPE Accopagné d'un résumé des voyages précédemment effectués le long des cotes septentrionales de l'ancien continent. Ouvrage Traduit du Suédois avec l'autorisation de l'auter par Mm. Charles Rabot, membre de la Société de Géographie de Paris et Charles Lallemand ingénieur au Corps des Mines. Contenant 293 gravures sur bois, 3 gravures sur acier et 18 cartes. Librairie Hachette et Cie. Paris. 1883. 2 volumes de 28x20 cm. Com 481 e 478 pags. Encadernação em percalina azul com lombada em pele. Exemplar com leves picos de acidez própria do papel e com carimbo oleográfico de posse na folha de rosto de ambos os volumes. Profusamente ilustrado e com mapas desdobráveis. €800 522. NORONHA (Eduardo de) HISTORIA DAS TOIRADAS Por… Direcção Artística de Roque Gameiro. Contém importante numero de factos historicos, alguns dos quaes absolutamente ineditos; trinta e tres estampas devidas ao lapis de Manuel de Macedo, Roque Gameiro, Alfredo Moraes e Alberto Sousa; anecdotas; narrativas de corridas de sensação; tragedias succedidas na arena, desde o seculo XII até nossos dias; definições de sortes; principios e regras de toireio, a pé e a cavallo; biographias de cavalleiros, bandarilheiros e forcados portuguezes, amadores e de profissão, creadores de gado bravo em Portugal, espadas, novilheiros, bandarilheiros e picadores hespanhoes, sauteurs e écarteurs francezes; descripções das praças do paiz, públicas e particulares; resenhas de rêzes, seus estados na lide, etc. Secção Editorial da Companhia Nacional Editora. Lisboa [e] Rio de Janeiro. 1900. De 21x29 cm. Com [2]-394-[2] pags. Formato oblongo. Encadernação do editor. Ilustrado com 33 estampas coloridas intercaladas no texto e impressas sobre papel couché. Texto impresso a duas colunas. Exemplar com miolo solto da capa de encadernação. Obra fundamental da bibliografia tauromáquica portuguesa, com elevado interesse técnico no estudo da lide portuguesa e ilustrada com reproduções de aguarelas de Roque Gameiro, além de outros artistas mencionados no índice de gravuras da obra. €400 523. NOTAS SOBRE PORTUGAL. Exposição Nacional do Rio de Janeiro em 1908. Secção portuguesa. Imprensa Nacional. Lisboa. 1903. Obra em 2 volumes encadernados em 1. De 25x17 cm. Com viii-814 e xvi-292 pags. Encadernação da época com lombada em pele. Profusamente ilustrado gravuras e mapas desdobráveis. Exemplar com carimbo de posse. Obra contendo uma extensa antologia de estudos efectuados pelos mais conceituados autores com o objectivo de transmitir ao exterior uma imagem global sobre o Portugal da sua época. €120 524. NUNES DA CUNHA, João. EPITOME DA VIDA, E ACC,OENS DOM PEDRO ENTRE OS REYS DE CASTELLA o primeiro deste nome. OFFERECIDO AO MVITO ALTO, E MVITO PODEROSO REY D. AFFONSO VI. NOSSO SENHOR. ESCRITO POR IOÃO NVNEZ DA CVNHA VISO-REY DA INDIA, E GENTIL-OMEM DA CAMERA DE SVA ALTEZA. LISBOA. Com todas as licenças necessárias. Na Offi cina de Antonio Craesbeeck de Mello, Impressor de SVA ALTEZA. Anno 1666. In 4º (de 20x14 cm) com [ii], 124 pags. Encadernação da época em pergaminho flexível com vestígios de atilhos. Exemplar com ex-libris oleográfico na primeira folha de texto. Referências: Ameal, 436; Samodães 2-2239; Pinto de Matos, 427; e Arouca C775. Inocêncio III, 427: “João Nunes da Cunha, 1.º Conde de S. Vicente, do Conselho de Estado e do de Guerra, Comendador da Ordem de Cristo, Vice-rei da Índia, etc. Foi natural de Lisboa, e morreu em Gôa em 1668, contando apenas 49 anos de idade. Panegyrico ao serenissimo rei D. João o IV, restaurador do reino lusitano. Lisboa, por Antonio Craesbeeck de Mello 1666. 4.º de IV 84 pag. Epitome da vida e acções de D. Pedro, entre os reis de Castella o primeiro d'este nome, etc. Ibi, pelo mesmo 1666. 4.º de IV 124 pag. Estas duas obras, da segunda das quais dizia D. Francisco Manuel, que sendo pequena, fazia competência a todos os grandes livros, costumam andar encadernadas juntas em um só volume, cujo preço regula de 480 a 600 réis”. €900 525. NUNES DE LEÃO. (Duarte) DVARDI NONII | LEONIS IVRISCONSVLTI | LVSITANI CENSVRAE IN LIBEL- | LVM DE REGVM PORTVGALIAE | ORIGINE, QVI FRATIS JOSEPHI TEIXERAE NOMINE CIRCVM- | FERTUR. | Item de vera Regum Portugaliae Ge- | nealogia liber. AD SERENISSIMVM PRINCIPEM ALBERTVM ARCHIDVCEM AVSTRIAE, S. R. L. CARDINALEM. Olisipone, Ex officina Antonij Riparij | Typographij Regij. ANNO MDLXXXV. [1585]. In 4º (de 20x14 cm) com [iv], 64, 49 fólios. Encadernação da época em pergaminho rígido, com título manuscrito na lombada: “Nonii De Regum Port”. Exemplar com leves manchas de humidade na folha de rosto e nas primeiras páginas. Corte das folhas carminado. Obra com a origem genealógica e a história dos reis de Portugal. O autor analisa várias fontes, referindo e refutando as versões mais hipotéticas da história de Portugal. Inocêncio II, 210: 'Duarte Nunes de Leão, Licenceado em Direito Civil e Desembargador da Casa da Supplicação, escriptor mui laborioso e applicado, como se vê pelas muitas obras que compoz, imprimindo algumas em sua vida, e deixando outras ainda ineditas: na reunião de Portugal á corôa de Hespanha por morte do cardeal rei abraçou calorosamente os interesses de Filippe II, cujo pretendido direito de successão defendeu por escripto contra os que o impugnavam. _Foi natural d'Evora, e faleceu em Lisboa, d'edade mui provecta ao que parece, no anno de 1608'._ Binding: contemporary hard parchment, with title on manuscript at spine: “Nonii De Regum Port”. Copy with slight damp stains on the title page and several initial pages. Paper edges colored carmine. Work on genealogical origin and history of the kings of Portugal. The author analyzes various sources of Portugal's history, refuting to the most hypothetical ones. Inocêncio II, 210: 'Duarte Nunes de Leão, Civil Law Judge, writer leaving many works unpublished. He warmly embraced the interests of Filippe II of Spain, whose right of succession defended against those who were challenging him'. €5.000 526. NUNES DE OLIVEIRA. (Domingos) DISCURSO JURIDICO ECONOMICO-POLITICO. EM QUE SE MOSTRA A origem dos Pastos que neste Reino chamão Communs, Sua differença dos Publicos e os Direitos porque deverião regular-se sem offender os da Propriedade, e Dominio dos Particulares a beneficio da AGRICULTURA EM GERAL. e em particular para a Comarca de Castello-Branco e das mais em que houver semilhantes pastos. OFFERECIDO AO EXMO. E ILLMO. SENHOR D. FR. VICENTE FERRER DA ROCHA do Conselho de Sua Magestade, Bispo de Castello-Branco. POR DOMINGOS NUNES DE OLIVEIRA. Lisboa. Na Typografia Morazziana. Anno M.DCC.LXXXVIII. (1788). De 20x15 cm. Com 239 pags. Encadernação da época inteira de pelea. Exemplar com assinatura de posse na folha de rosto. Inocêncio II, 195. “Domingos Nunes de Oliveira Bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra, e Corregedor da Comarca de CastelloBranco. Foi natural de Pedrogão, no bispado da Guarda, e morreu na aldea de Sancta Margarida em 1807.” €300 527. NUNES ESTEVES, João. HISTORIA DAS REVOLUÇÕES PORTUGUEZAS. Desde 24 de Agosto de 1820 até hoje: e a biografia de vivos e mortos, que nellas mais figurarão; Tudo extrahído de Papeis autênticos, que sahirão nas suas differentes Épochas: quando se tratar das Biografias respeitarei a sua vida particular: leva algumas notas, para mais illucidar a Historia, e fazer conhecer o fim de todos os Revolucionarios, ou Regeneradores, que tem apparecido desde 24 de Agosto de 1820. Escripta por João Nunes Esteves. 5 Annos na Rua dos Capelistas, Nunes Sem Filho. [Vinheta com esquadro invertido] Posto ás avessas, he Arma perfurante. Direito, he sempre Divisa de Pedreiros. Typographia de Elias Jose’ da Costa Sanches. Lisboa. 1844. In 4º (de 20x15 cm) com xii, 269, iv pags. Encadernação da época com lombada em pele. Eventualmente apenas o primeiro volume de uma obra que Inocêncio (III, 428) refere, no conjunto, como sendo um “grosso volume”: 'João Nunes Esteves, Tipografo e vendedor de livros em Lisboa, onde teve por muitos anos o seu estabelecimento na Rua Nova d'El-rei, vulgo dos Capelistas n.º 31 B, pela numeração seguida nessa epocha. A perda de um filho, que sendo soldado do 15.º batalhão da Guarda Nacional, pereceu desgraçadamente no respectivo quartel, vítima da comoção política do dia 13 de Março de 1838, deu lugar a certas disposições ou tendências monomaniacas, a que, segundo ouvi, era já propenso antes daquele facto. O certo é, que lhe chegou o prurido de ser escritor, e deu ao prelo durante alguns anos na sua oficina uma numerosa quantidade de papeis soltos, que intitulava Jornais de Anúncios, Ordens do dia, etc., os quais eram por ele distribuídos gratuitamente às pessoas que os pediam. Muitos curiosos fizeram colecções deles, e de outras coisas que publicou, entre as quais avulta pelo tamanho a seguinte: 1074) Historia das Revoluções portuguezas desde 24 de Agosto de 1820 até hoje, [etc]. Um grosso volume. Tudo isto apresenta vestígios característicos do seu desarranjo mental, e seria escusado buscar nestas produções ordem, nexo, coerência de ideias ou de doutrina, nem ainda a observância dos mais simples preceitos gramaticais, que o autor postergava a todo o momento, inteiramente falto como era dos primeiros rudimentos literários”. €120 528. OLIVEIRA PARREIRA. (António Maria de) OS LUSO-ARABES. (Scenas da vida mussulmana no nosso país). I. IBNAMMAR. II. AL-MOTAMID. Typographia e Stereotypia Moderna. Lisboa. 1898. 2 volumes em 1. De 20x14 cm. Com 363316 pags. Encadernação com lombada e cantos em pele. Exemplar preserva capa anterior de brochura do 1º volume. Exemplar apresenta pags. 115 a 120 com restauro marginal afectando o texto encontrando-se manuscrita a parte em falta. Obra com o romance histórico do principal episódio do período clássico da cultura árabe em território actualmente português e efectuado a partir de uma recolha criteriosa em termos filológicos. Oliveira Parreira (1836-1918). €60 529. OLIVEIRA PIMENTEL. (Júlio Máximo, Visconde de Villa Maior). O DOURO ILLUSTRADO. Album do Rio Douro e Paiz Vinhateiro. Contendo: introducção historica e descriptiva do paiz vinhateiro. Descripção das principaes quintas e dos trabalhos vinicolas usados no Douro, nota sobre o commercio dos vinhos do Porto, serviço e trabalho dos armazens. Livraria Universal de Magalhães & Moniz, Editores. Porto. 1876. In fólio (26x36 cm) formato oblongo. Com [8], 226, [2] p.: [25] gravuras, 1 mapa; 26x35 cm.- E. Edição trilingue (português, francês e inglês) impressa a três colunas e com três folhas de rosto. Especialmente interessantes as 25 gravuras abertas em madeira por J. Pedrozo, que representam fielmente aspectos do Douro há mais de um século. Exemplar com falta do mapa desdobrável, alguns picos de acidez e uma gravura vincada. Encadernação original, cansada e manchada, com a lombada em marroquim. Inocêncio XIII, 263: 'O Douro illustrado. Porto, editores Magalhães & Moniz, 1876. Fol. alongado em tres columnas: primeira em portuguez, segunda em francez e terceira em inglez. Com gravuras separadas do texto, e um mappa em grande formato. [...] JULIO MAXIMO DE OLIVEIRA PIMENTEL Nasceu em 1809. Tenente coronel reformado, lente jubilado da escola polytechnica, Reitor da Universidade de Coimbra, Par do Reino desde dezembro de 1862; socio da Sociedade de Geographia de Lisboa, do Instituto de Coimbra, da «Society of Arts» de Londres, da Academia de Agricultura de Florença, etc. Agraciado com o titulo de Visconde de Villa Maior. Morreu em Coimbra a 20 de Outubro de 1884. V. os jornaes do dia seguinte, e especialmente o Conimbricense, n.os 3:879 e 3:880. de 21 e 25 de outubro; a Correspondencia de Coimbra e o Diario illustrado (com retrato) de 21 do mesmo mez; a Mosca (com retrato) de 2 de novembro; e o Commercio do Porto, n.o 261, todos de 1884. Para a sua biographia v. tambem o Instituto, de Coimbra, artigo do sr. A. A. da Fonseca Pinto, vol. XVI, n.o 7 (1872), pag. 166; a Revista contemporanea (com retrato), artigo do sr. Latino Coelho, tomo II, pag. 439 a 455, e 559 a 570; e tomo III, pag. 11 a 17; Bibliographia da universidade, d o sr. Seabra de Albuquerque (annos 1872 e 1873, e 1874 e 1875); Grand dictionnaire universel du XIX siècle, de Larousse, etc. 264 Em a nota biographica do sr. Fonseca Pinto lê_se: «Julio Pimentel foi dos mais briosos e valentes soldados de D. Pedro no cerco do Porto, onde militou (com o n.o 121) no glorioso batalhão academico. No dia 20 de outubro de 1832 foi ferido gravemente na defeza da serra do Pilar, o famoso dia da Iliada liberal, e por este motivo condecorado com a fita da Torre e Espada, do valor, lealdade e merito... e como homem de sciencia tem grande reputação, grangeada já pelo ensino, já pelas suas obras, que o abonam principalmente como chimico excellente. É d'aquelles raros varões, que, na phrase do nosso epico, «N'uma mão sempre a espada, n'outra a penna.» No artigo commemorativo do Conimbricense lê_se: «... exerceu varias e importantes commissões de serviço publico, tanto em Portugal, como no estrangeiro. Ainda ultimamente tinha sido encarregado de apresentar um projecto de reforma da instrucção superior do reino, para o que foi visitar fóra d'este paiz muitos estabelecimentos scientificos. Do resultado dos seus trabalhos estava a escrever um relatorio, que se havia de imprimir na imprensa da universidade.» €800 530. OLIVEIRA. (Francisco Manuel) ESCOLHA DAS POESIAS ORIENTAES, QUE O INSIGNE CAVALHEIRO INGLEZ GUILHERME JONES, Presidente das Justiças em Bengala, traduzio daquelles idiomas em verso rimado Inglez, e ornadas agora em Portuguez, E OFFERECIDAS À MEMORIA DO SAUDOSISSIMA SENHOR D. JOSE’, PRINCIPE DO BRASIL, QUE SANTA GLORIA HAJA, REPRESENTADA NA REAL PESSOA DO SERENISSIMO PRINCIPE O SENHOR D. JOÃO, SEU DIGNO IRMÃO, E HERDEIRO DO MESMO PRINCIPADO, QUE DEOS NOS CONSERVE, POR FRANCISCO MANOEL DE OLIVEIRA, Professor Regio de Filosofia Racional na Ilha da Madeira. LISBOA. M. DCC. LXXXXIII. [1793]. NA OFFICINA DE SIMÃO THDDEO FERREIRA. Obra em 2 volumes. In 8º (de 17x11 cm) com xiii, 130 e 173 pags. Encadernações da época em carneira natural com ferros a ouro na lombada. Obra raríssima. O segundo volume com rosto próprio contém as poesias neo-clássicas do autor: COLLECÇÃO POETICA DE… Professor de Filosofia, na Ilha da Madeira. Para servir de continuação das Poesias Orientaes, Lisboa, 1794”. Inocêncio II, 457 e IX, 336: “ Francisco Manuel de Oliveira, Professor Regio de Filosofia na cidade do Funchal, nomeado pela resolução regia de 10 de Novembro de 1771. Parece que foi natural da ilha da Madeira, e diz-se que falecera em Lisboa. Em 1809 ainda vivia, achando-se já por esse tempo jubilado. ESCOLHA DAS POESIAS ORIENTAES, que o insigne cavalheiro inglez Guilherme Jones traduziu d'aquelles idiomas em verso rimado inglez e ornadas agora em portuguez, seguidas de outras varias rimas. Lisboa, na Off. de Simão Thaddêo Ferreira 1793. 8.º Até pag. 61 contém três peças, que se dizem trasladadas das línguas orientais; daí por diante sob nova numeração são composições originais do tradutor Oliveira, a saber: 9 odes, 2 idílios, uma epistola, uma elegia, um prólogo, e um drama heróico, Pisistrato, em três actos, escrito em versos hendecasilabos pareados. COLLECÇÃO POETICA tomo II. Ibi, na mesma Offic. 1794. 8.º de 173 pag. É como continuação do volume antecedente, e contém além de várias poesias originais, as traduções de oito odes de Horácio”. €300 531. OLIVEIRA. (Maurício) ARMADA GLORIOSA. A Marinha de Guerra Portuguesa no século XX (1900-1936). Parceria A. M. Pereira Livraria Editora. Lisboa. 1936. De 26x20 cm. Com 326 pags. Encadernação do editor cartonada. Profusamente ilustrado com gravuras impressas sobre papel couché legendadas em extra texto e uma caricatura do autor por Francisco Valença. Impresso na Sociedade Industrial de Tipografia sobre papel creme de elevada qualidade. Obra com todas as unidades navais, as suas operações e seus almirantes neste período. Homenagem à Marinha Inglesa com o retrato do almirante John Jellycoe. Retrato do Contra-Almirante Ivens Ferraz, chefe das Forças Navais Portuguesas no Extremo Oriente durante a guerra civil na China em 1925 a 1927. Lista dos navios desarmados e abatidos neste período. Lista dos navios da Armada à data desta publicação. Várias fotogravuras do combate com o submarino alemão; e a última fotografia dos oficiais do «Augusto de Castilho» a bordo do seu navio na baía do Funchal. €80 532. OLIVENÇA. MANUSCRITO. SÉC. XVIII. ALEGA-SE O DIREITO POR PARTE DE D. DOROTHEA DE MENEZES SUCEDER EM O MORGADO DE CORCHO, sito no termo da Vila de Alconchel, no Reino de Castela, e a fronteira portuguesa. [Transcrevemos seguidamente com ortografia actualizada] em que seu avô D. João de Menezes foi o último possuidor, iure próprio, et propria vocatione, ainda que sua mãe fosse filha natural do dito seu avô. Três pontos trato nesta alegação de direito, o primeiro contem os nomes dos primeiros possuidores, e assim os dos mais descendentes até a dita neta D. Doroteia por linha direita, e em que ano se instituiu o dito morgado, e com que condições e clausulas. O segundo contém a doutrina verdadeira, e opiniões de doutores, que em virtude das ditas clausulas, e qualidades da dita mãe admitem á dita neta iure próprio, et propria vocatione à sucessão deste morgado, primo et principaliter, et ante omnes colateralis. O terceiro trata dos argumentos contra esta doutrina, e resposta a eles com conclusão desta, que fica a dita neta admitida na dita sucessão, a indiq proveniat a medio inhabili, et a matre ilegitima; et ideo exclusa. 1º Ponto: Do morgado de Corcho sito no termo da Vila de Alconchel no Reino de Castela foram os primeiros instituidores D. Manuel de Meneses e sua mulher D. Brites de Vilhena, fazendo-se a escritura da instituição dele em o ano de 1569 vinculando as terras de ambos e as legítimas de seu filho legitimo D. João de Meneses e o que não coubesse se restituiria [continua] In fólio de 30x21 cm. S/D. (170?) S/L. Com 45 fólios soltos por cadernos. Manuscrito do início do século XVIII, escrito a várias mãos em caligrafias cursivas e legíveis. Documento com manchas de humidade e falhas de papel à cabeça nos primeiros folios. No final do manuscrito encontra-se a transcrição de “Carta que escreveu a Majestade Real de Sabóia à Rainha de Portugal Sua Irmã” (igualmente sem data, tal como todas as partes deste manuscrito). Trata-se de uma Alegação jurídica com introdução histórica e genealógica seguida de um estudo comparativo com as respectivas referências bibliograficas e documentos relativos. €1.200 533. ORICO. (Osvaldo) À SOMBRA DOS JERÓNIMOS. Diário de uma Viagem ao Portugal de Oito Séculos. [Impresso na Imprensa Portugal-Brasil]. Lisboa. 1940. De 27x19 cm. Com xi-196 pags. Encadernação artística, da época, inteira de pele de carneira natural com finos ferros a seco e a ouro na lombada e nas pastas em super-libris do Cardeal Cerejeira. €150 534. ORLEANS, Pierre Joseph d’. VITA DI MARIA DI SAVOIA REINA DI PORTUGALLO E DELL’INFANTE ISABELLA SUA FIGLIUOLA. Scritta in lingua Francese del P. D’ORLEANS della Compagnia di GESU. E trasportata nell’Italiana dal P. Carlo Giacinto Ferrero della medesima Compagnia. DEDICATA A MADAMA REALE. IN TORINO, 1698. Nella Stampa do Gio. Battista Fontana. In 8º (de 16x10 cm.) com [viii]-303-[iv] pags. Encadernação inteira de pele com ferros a ouro na lombada e nos rótulos vermelhos. Exemplar com restauro marginal à cabeça da folha de rosto. Obra em língua italiana impressa em Turim, com a biografia da Rainha de Portugal (entre 1666 e 1683) Maria Francisca Isabel de Sabóia e da sua filha Isabel Luísa Josefa de Bragança (1669-1690). Dona Maria Francisca Isabel era descendente do Duque de Nemours e de Isabel de Vendôme ; casada primeiramente com o Rei Afonso VI de Portugal e posteriormente com o seu irmão o Rei D. Pedro III; viveram num período caracterizado pela instabilidade na sucessão política devido a problemas relacionados com a fragilidade física dos monarcas e pela forte influência externa da política continental nos assuntos internos portugueses. In 8º (16x10 cm) with [viii] -303 - [iv] pags. Binding: full mottled calf gilt at spine and red labels. Copy with marginal restoration at head of title page (without loss of text). Work printed in Turin, Italy, with the biography of the Queen of Portugal (between 1666 and 1683) Maria Francisca Isabel of Savoy and her daughter Isabel Luisa Josefa of Braganza (1669-1690). Dona Maria Francisca Isabel was a descendant of the Duke de Nemours and Isabel de Vendome, married first to King Alfonso VI of Portugal and later with his brother King Peter III, lived in a period characterized by political instability in succession due to problems related to the physical fragility of monarchs and the strong French influence in external Portuguese political affairs. €800 535. OROZCO, Pedro. INSTRVCCION Y OBLIGACION DEL CHRISTIANO FVNDADA En los siete Sacramentos de la Iglesia POR Fr. Pedro de Orozco hijo de la Sta. Prouª de S. Ioseph de Descalços Franciscos de Espãna, Padre de la de la Austria. y comº genl. De Jerusalem en Alemania DIRIGIDA AL EXº. Sr. D. SANCHO DE MONROY Y CVNIGA Marqs. de Castañeda del Consejo supremo de Guerra del Rey de las Espãnas Philippo IV, nro Señor su Embajador ordinário a la Magd. Ces. y Maiordomo de la Reyna D. Isabel de Borbon nuetra Señora. Com licencia de los Superiores en Vienna [de Austria] anno 1635. [en la Emprenta de Matheo Formica]. In 8º (de 16x11 cm) com [xxxiv], 672 pags. Encadernação da época em pergaminho rígido com falha na lombada. Ilustrado com frontispício gravado em chapa de cobre a talhe-doce. Obra muito rara. Publicou-se uma edição em latim no mesmo ano. O autor não consta da edição de 1990 de Palau. Salvà I 382, refere o autor no índice, mas por erro tipografico no nosso exemplar deste grande bibliografo não consta impressa página a respectiva à decrição do livro em causa. €1.200 536. ORTEGA, Giovanni. SPHERA VOLGARE NOVAMENTE | TRADUTTA CON MOLTE NOTANDE | ADDITIONI DI GEOMETRIA, COSMO= | GRAPHIA, ARTE NAVICATORIA, ET | STEREOMETRIA, PROPORTIONI, ET | QVANTITA DELLI ELEMENTI, DISTAN | ZE, GRANDEZE, ET MOVIMENTI DI | TVTTI LI CORPI CELESTI, COSE CER | TAMENTE RADE ET MARAVIGLIOSE. | AVTORE M. MAVRO FIORENTINO | PHONASCO ET PHILOPANARETO. | A MESSER GIOVANOR’ORTEGA | Di Carion Burgense Hispano, & Dino | Compagni Patritio Fiorentino, | Mathematici. | [Colofón]: Anno salutis nostre. M. D. XXXVII. [1537]Mense Ottobri, &c. | Impresso in Venetia per Bartholomeo Zanetti ad instantia & requisitione | di M. Giouann’ Orthega Di Carion Burgense Hispano | Comorante in Firense. | In 4º (de 20x16 cm) com fólios inumerados. Encadernação restaurada ao gosto e com material da época em pergaminho rígido. Profusamente ilustrado: com frontíspicio decorativo armoriado e colofón também armoriado. Exemplar apresenta os últimos 12 fólios reproduzidos em fotocópia. €4.000 537. OSORIO, Jerónimo. D. HIERONYMI OSORII LVSITANI EPISCOPI SYLVENSIS. DE REGIS INSTITVTIONE ET DISCIPLINA. LIB VIII. AD SERENISSIMVM ET INVICTISSIMVM PORTVGALIAE REGEM. SEBASTIANVM, E. N. I. Cum gratia & Priuilegio Regum. SEBAS. R. POR. ET PHI. R. CATHO. OLYSIPPONE, Ex officina Ioannis Hispani. 1571. Tassado em papel. [cólofon:] EXCVDEBAT FRANCISCVS CORREA AMPLISS. ET SERENISS. Cardi. Infan. Typogra. A. 1572 M. Ianu. D. 22. In 8.º de 19x13 cm. Com 308 pags. Encadernação do sec. xviii com rótulo vermelho, nervos e ferros a ouro na lombada. Exemplar com assinaturas de posse e visto de expurgo inquisitorial [162?] na folha de rosto, anotações marginais coevas e ocasionais rasuras inquisitoriais. Leves vestígios de humidade marginais, restauros grosseiros marginais, as folhas de rosto e de cólofon parcialmente espelhadas, leves vestígios marginais de trabalho de traça. 2 cadernos encadernados fora da ordem. Obra mandada imprimir pelo Cardeal Príncipe D. Henrique [futuro Rei de Portugal 1578-80] na qualidade de Inquisidor-Mor e com licença assinada por Bartolomeu Ferreira, censor dos Lusíadas. 1ª edição de uma obra raríssima que foi reeditada em várias cidades europeias. Impressão em caracteres rotundos sem parágrafos. Adornada com 12 capitulares xilogravadas no início de cada capítulo. Esta edição foi incluída no Index Proibitorum publicado em 1624 e mandada expurgar segundo o mesmo. Existem alguns exemplares desta edição que apresentam no fim mais 2 fólios volantes com o aviso do tipógrafo e erratas. Possivelmente adicionados numa eventual segunda tiragem ou acrescentados aos exemplares que ficaram na loja do editor. Obra publicada no mesmo ano da primeira edição de Os Lusíadas, que influenciou tratado homólogo de Juan Mariana (1537-1624) e terá sucessivas edições em Colónia, 1572, 1574 e 1614, e Paris, 1583, sendo considerada um dos principais livros do Renascimento. 'De regis institutione et disciplina, dedicado em 1572 a D. Sebastião (segundo resumo de Nair Nazaré de Castro Soares, na sua tese de doutoramento sobre esta obra) segue as normas ético-jurídicas da teorização aristotélico-tomista, imbuída do idealismo ético de Platão - síntese digna de um Cícero. Não fora o célebre bispo de Silves intitulado, sobretudo pelo colorido e vigor da sua frase límpida e ritmada, o Cícero português! Assim se compreende que a obra deste autor, humanista corresponsável na condução da respublica e orientação do seu príncipe, se torne o modelo paradigmático do ideal de príncipe, no século áureo da nossa história. Em suma, o De regis institutione et disciplina, verdadeiro espelho das realidades sociais e políticas do tempo, revela-nos a dimensão do humanismo estético-ideológico de um autor representativo de uma época, a sua concepção de príncipe ideal e a sua forma de encarar a problemática do homem, enquanto ser social e político, e enquanto pessoa, na sua finitude e transcendência'. Anselmo 503. BDMII. 330. Inocêncio 372. “D. JERONYMO OSORIO, natural de Lisboa, filho primogenito de João Osorio da Fonseca, Ouvidor geral que foi da India, nos primeiros annos depois da conquista. [No catalogo dos bispos do Algarve, que vem no fim das Instituições synodaes de D. Francisco Barreto (Dicc., tomo II, pag. 98), diz a pag. 15 que: «D. Hieronymo Osorio foi natural de um logar do bispado de Leyria do reino de Portugal». Que esclareçam esta informação os que melhor podérem estudar a vida de D. Jeronymo Osorio]. Frequentou com grande aproveitamento as Universidades de Salamanca, Paris e Bolonha, e mereceu por suas obras latinas ser honrosamente cognominado o Cicero portuguez. Foi Secretario particular do infante D. Luis, e Mestre de D. Antonio, prior do Crato; Prior das freguezias de Sancta Maria de Tavares e S. Salvador de Travanca, no bispado de Viseu; Arcediago do bago da cathedral de Evora, de que tomou posse a 30 de Março de 1560, e nomeado Bispo de Silves em 1564, cuja cathedral se transferiu no seu tempo para Faro em 1577. Morreu em Tavira a 20 de Agosto de 1580, com 74 annos de edade, se devemos estar pelas contas de Barbosa, que todavia parece haver padecido algumas equivocações n'esta parte a ponto de serem inconciliaveis entre si as datas da primeira quadra da vida d'este insigne varão, e doutissimo prelado. As obras de D. Jeronymo Osorio, em que se fundamentou a sua fama de escriptor, e pelas quaes é geralmente conhecido e apreciado no mundo litterario, são todas na lingua latina. Quem quizer vêr os titulos parciaes de cada uma, póde recorrer á Bibl. Lus. tomo II pag. 514 a 516, onde as achara descriptas miudamente D'ellas se fez uma collecção por diligencia de seu sobrinho, chamado tambem Jeronymo Osorio, conego da sé de Evora, que as imprimiu reunidas em quatro tomos de folio, Romæ, apud Bartholomæum Bonfadini 1592. A maior parte haviam sido já publicadas em separado durante a vida de seu illustre auctor.” Binding: later 18th Century full calf gilt at spine and red label. Copy with ownership signatures o and a visa of the Inquisition purge [162?] on title page. Handwritten notes in marginalia and erasures of text from inquisitorial officers. Slight stains, coarse marginal restorations, title page and colophon partially “mirrored” on paper, light traces of worming. Two octavos bound out of order. Political work which influenced Juan Mariana and had with successive editions in Cologne, 1572, 1574 and 1614, and Paris, 1583. Considered one of the top books of the Renaissance, De regis institutione et disciplina, dedicated in 1572 to the Portuguese King Sebastian (after resume of Nair Nazaré Soares de Castro, in his doctoral thesis on this work) follows the ethical and legal standards of Aristotelian-Thomist theory. The colorful, clear and rhythmical Latin fluency of the Bishop of Silves makes him considered the Portuguese Cicero! The author, a humanist co-responsible for the guidance of his prince, builds the paradigmatic model of the ideal prince. In short, it is a true mirror of the social and political realities of the time, on his conception of an ideal prince and his way of looking at problem of man as a social and political, and as a person in its finitude and transcendence. €3.600 538. OVIDIUS NASONIS, P. Fastorum lib. VI. Tristium libri V. De ponto lib. IIII. Adiecimus quoque in Fastorum libros scholia Philippi Melanchthonis. Item clavdii ptolemai in errantium Stellarum significations, per Nicolaum Leonicum è Graeco translate. XII Romanorum menses, in ueteribus monimentiis Roma reperti. Sex priorum mensium digest, ex Sex Ouidii Fastorum libris excerpta. Adiecimus quoqz in Fastorum libros Scholia Phippi Melanchthonis. –IN P. OVIDII NASSONIS MEtamorphosin, Henrici Glareani Annotationes haud uulgares, ad illustrem Principem D. Popponem, Comitem ab Hennenberg. BASILEAE. PER HENRICHVM Petri. Anno Salutis, M. D. XLVIII. [1548] In 8-º de 15,5x11,5 cm. Com 465, [lxiii], 91, [v] pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros decorativos a seco nas pastas, com fechos metálicos (1 em falta). Contém, entre outras obras: os Fastos de Ovidio Nasão; as observações de Ptolomeu sobre o movimento estelar e o significado do movimento celeste; e ainda (com folha de rosto própia e colofón com marca do impressor) As Metamorfoses de Henrique Glareani. Binding: contemporary calf on wooden boards. Blind tooled on both cover boards, and title handwriten at spine. Metal clasps (one is missing). Floral and allegorical figures tooled, on both cover boards, with titles: Spes, Charitas, Fides, etc. Poetical works of Ovideo; Ptolomei's astronomical work on the observation of the celestial motion; and together with separated print (own title page, no printer, no date, with a printer's device at colofon: 'hamering a mountain'): The Methamorphosis of Henrici Glareani. €3.600 539. PACHECO DE NARVAEZ. (Luís) NVEVA CIENCIA, Y FILOSOFIA DE LA DESTREZA DE LAS ARMAS SV TEORICA, Y PRACTICA. A LA MAGESTAD DE FELIPE QUARTO, REY, Y SEñO.R NVESTRO DE LAS ESPAñAS, Y DE LA MAYOR parte del Mundo. POR DON LVIS PACHECO DE NARVAEZ SV Maestro y Mayor en todos sus Reynos y Señorios. COM PRIVILEGIO. En Madrid: Por Melchor Sanchez. Año de 1672. A costa de Manuel de Sossa, Assentista de su Magestad. In 8º (de 21x15 cm) com [xvi], 766, [xvii] pags. Encadernação da época em pergaminho flexível com vestígios de atilhos nas pastas. Exemplar com leve mancha marginal na folha de rosto e nas primeiras 15 páginas. Contém tratado de ciência e técnicas militares no uso de espadas, alabardas, montantes e outras armas; e também da destreza a cavalo durante as batalhas (tanto no ginete como na brida, pag. 693). Palau 1990 VI, pags. 7: 'Obra postuma publicada por quién prometió una segunda edición que no tuvo efecto. Se han observado ejemplares con diferente portada e tipos. 60 fr. Heredia 300 marcos Rosenthal. 160 pts. Vindel'. €3.000 540. PACHECO PEREIRA. (Duarte) ESMERALDO DE SITU ORBIS DE... [COMENTADO POR JOAQUIM BARRADAS DE CARVALHO]. (Edition critique et commentée). Serviço de Educação. Fundação Calouste Gulbenkian. Lisboa. 1991. De 25x19 cm. Com 868 pags. Encadernação do editor inteira de tela com o título dourado na lombada e revestido de sobrecapa de protecção.Impresso em papel creme de elevada qualidade, em Janeiro de 1992, nas oficinas G. C. de Coimbra, com uma tiragem de 1500 exemplares. Exemplar com ex-libis; apontamentos a lápis no texto; e a caneta nas folhas de guarda. Obra contendo o primeiro grande roteiro das costas da África Ocidental, essencialmente da zona de florestas costeiras; razão pela qual alguns autores atribuem a colocação da palavra esmeraldo no título, enquando outros afirmam tratarse da junção da palavra Emanuel com a palavra Duarte. Pacheco Pereira produziu este levantamento cosmográfico para o Rei Dom Manuel I que se manteve secreto e apenas manuscrito até 1892, pois o soberano considerou tão valiosas as informações náuticas, geográficas e econômicas reunidas na obra, que jamais permitiu que na sua época viesse a público. Inocêncio II, 212: Inocêncio II, 212: 'DUARTE PACHECO PEREIRA, cognominado por Camões Achilles Lusitano, natural de Santarem, famosissimo capitão na India, e depois Governador do castello de S. Jorge da Mina, d'onde veiu preso para Lisboa, em consequencia das accusações que seus inimigos levaram dolosamente contra elle aos ouvidos d'elrei D. Manuel. Posto que ao cabo de alguns annos de prisão conseguisse justificar-se, e provar a sua innocencia, isso não obstou a que morresse pobre e miseravelmente, deixando aos vindouros mais um exemplo das inconstancias da fortuna, e uma nodoa indelevel na fama do monarcha, que recompensou com tamanha ingratidão os seus assignalados serviços. O cantor dos Lusiadas lhe assegurou porem a immortalidade, vingando-o das injurias da sorte nas memoraveis oitavas 13 até 25 do canto x, que serão sempre lidas e decoradas, em quanto durar no mundo a lingua portugueza. Este heróe, não menos destro nas artes da milicia, que versado nos estudos das sciencias nauticas e na cosmographia, escreveu ao que parece em 1505, e deixou manuscripta a obra seguinte, que por nossa imperdoavel incuria se conserva até agora [Séc. XIX] inedita'. €60 541. PAIS. (Baltazar) - SERMÕES DA SEMANA SANTA, QVE PREGOV O DOVTOR FREY Balthazar Paez Prégador de S. Magestade, & Padre de Prouincia da Ordem da Sanctissima Trindade. NOVAMENTE ACCRESCENTAdos com algûs Sermoês do mesmo Autor, & com todos os Indices. DIRIGIDOS A DOM GREGORIO de Castelbranco, Conde de Villanoua, Senhor das Casas da Sortelha, & Goes: Guarda Mòr de Sua Magestade. EM LISBOA, Por Lourêço CraesbeecK Impressor delRey. Anno M.DC.XXXIIII. (1634) De 19x14 cm. Com (viii)- 733-(lii) pags. Encadernação da época em pergaminho flexível. impressão a duas colunas. BARBOSA MACHADO I, 455 e IV, 65. “Fr. BALTHESAR PAES quando contava quinze annos de idade, assentou Praça de Soldado, e embarcando-se na Armada, que Filippe II. mandou a Inglaterra, aprendeo do infausto successo que teve, a deixar o mundo, e recolherse ao Claustro da Religiaõ da Santissima Trindade. Foy com tal excesso devoto de Maria Santissima, que pelo espaço de vinte annos lhe cantava Missa em o Sabbado. Para que se fizessem os Officios Divinos com perfeiçaõ, ainda sendo Provincial chegava à estante com os Musicos, e tangia o orgaõ com summa destreza. Introduzio na Provincia o Lavapés dos pobres em Quinta Feira mayor, aos quaes servia à mesa com grande consolaçaõ do seu espirito.' €200 542. PAIS. (Pêro) HISTÓRIA DA ETIÓPIA. Reprodução do códice coevo inédito da Biblioteca Pública de Braga. Com uma introdução por Elaine Sanceau. Nota bio-bibliográfica por Alberto Feio - director da Biblioteca e Arquivo Distrital de Braga. Leitura paleográfica de Lopes Teixeira - Conservador do Arquivo de Braga. B. H. Série Ultramarina - n.º V. Livraria Civilização-Editora. Porto. 1945/46. 3 volumes. De 23x16 cm. Encadernações (meias-amadoras) com lombadas e cantos em pele. €150 543. PAIVA DE ANDRADE. (Diogo) CASAMENTO PERFEYTO, EM QUE SE CONTEM Advertencias muyto importantes para viverem os casados em quietação, e contentamento E MUYTAS HISTORIAS, e acontecimentos particulares dos tempos antigos, e modernos: DIVERSOS COSTUMES, LEYS, e ceremonias, que tiveram algumas nações do mundo: com varias sentenças, e documentos de Autores Gregos, e Latinos, declarados em Portuguez tudo em ordem ao mesmo intento. Por DIOGO DE PAYVA DE ANDRADA. LISBOA OCCIDENTAL, Na Officina de MIGUEL RODRIGUES, E impresso à sua custa. M. DCC. XXVI. [1726]. De 15x9 cm. Com xv-416 pags. Encadernação da época inteira de pele com as charneiras e coifas da lombada cansadas. Inocêncio II, 160: 'Casamento perfeito em que se contém advertencias, etc. Lisboa. por Jorge Rodrigues 1630 (posto que o pseudo Catalogo da Academia diga erradamente 1638). Ibi, por Miguel Rodrigues 1726. É livro mui curioso, e que encerra bom numero de documentos da vida civil e domestica, e noticias mui variadas. A primeira edição, que é rara, vale de 1:200 a 1:600 reis. Diogo de Paiva, além de ser contado entre os classicos da lingua pelo que escreveu em prosa portugueza, foi tambem bom poeta latino'. €300 544. PAIVA E MORAES PONA, Joseph de Barros. MANEJO REAL, ESCOLA MODERNADA CAVALLARIA DE BRIDA. Em que se propoem os documentos mais solidos, para os Cavalleiros conseguirem esta scientifica faculdade : NOVO METHODO PARA DESEMBARAC,AR OS POTROS, unir os Cavallos, vencer os resabiados, e reduzillos a huma total obediencia : EXTRAHIDOS E RECOPILADOS DOS MAIS selectos Authores Estrangeiros, que tem escrito na Europa sobre a estimavel arte da Cavallaria : OFFERECIDO AO ILLUSTRISSIMO, E EXCELLENTISSIMO SENHOR HENRIQUE JOSEPH DE CARVALHO E MELLO. Por seu Author JOSEPH DE BARROS PAIVA E MORAES PONA, Cavalleiro professo na Ordem de Christo, e Monteiro mór da Comarca de Villa Real, natural da Cidade de Bragança. LISBOA Na Officina Patriarcal de Francisco Luiz Ameno M.DCC.LXII (1762) Com as licenças necessárias. In 8º de 19x14 cm. com [xxxii], 296 pags. Ilustrado com 16 estampas em extra-texto e 6 xilogravuras no texto. Encadernação da época inteira de pele com nervos, ferros a ouro e rótulo na lombada. Exemplar com vestígios de humidade, manuseamento e danos com reparação grosseira com fita-cola nas páginas 81-82. Obra clássica da temática da equitação e da tauromaquia, muito rara, especialmente quando apresenta as 16 gravuras (os exemplares normalmente só têm 15 gravuras). Inocêncio, JOSÉ DE BARROS PAIVA E MORAES PONA, Cavalleiro da Ordem de Christo, Monteiro-mór na comarca de Villa-real. Foi natural de Bragança: ignoro porém as datas do seu nascimento e obito, etc. este autor, foi natural de Bragança, Cavaleiro da Ordem de Cristo e Monteiro Mor, na comarca de Vila Real. Muito raro e procurado. €400 545. PAIVA E PONA, António de. ADDICC,OENS A’ ORPHANOLOGIA PRATICA, OBRA POSTHUMA, QUE DEIXOU composta na Lingua Latina o Dezembargador ANTONIO DE PAYVA, E PONA, TRADUZIDA POR JOZE’ DE BARROS PAYVA, E MORAES PONA, Cavalleiro professo na Ordem de Christo, e Monteiro-Mór da Comarca de Villa Real, Filho do Author. OFFERECIDA AO EXCELLENTISSIMO, E REVERENDISSIMO SENHOR D. Fr. ANTONIO DE SOUSA, ExProvincial dos Eremitas da Ordem de Sancto Agostinho; Bispo do Porto, e do Conselho de Sua Magestade, &c. PORTO. Na Offic. Episc. do Cap. Manoel Pedroso Coimbra. M. DCC. LXI [1761]. In 4º (19,5x15 cm) com (viii)-318 pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada, cansada. Impressão a duas colunas. Adição à obra inicialmente publicada em 1713. Inocêncio I, 218: “António de Paiva e Pona, Bacharel em Leis pela Universidade de Coimbra. Serviu alguns cargos de Magistratura, e era Provedor da Comarca de Évora em 1728. Foi natural de Bragança, e nasceu em 1665. Ignoro a data do seu óbito, que todavia foi anterior ao ano de 1759. «Esta obra [Orfanologia Prática] é a delícia de todos os sciolos»; diz falando dela o autor do Demétrio Moderno a pag. 152. Hoje não tem no mercado mais que um valor insignificante, apesar de ser considerada clássica em linguagem por andar mencionada no Catalogo da Academia.” €300 546. PAIVA E PONA. (António de) ORPHANOLOGIA PRACTICA, EM QUE SE DESCREVE TUDO O que respeyta aos inventarios, partilhas, & mais dependencias dos pupillos OBRA BREVE, MAS MUYTO UTIL NAÕ so para os Juizes, & advogados letrados, mas tambem para os illetrados, Partidores, & os mais que conhecem, & intervem nas dittas partilhas, OFFERECIDA AO DOUTOR GREGORIO PEREYRA, FIDALGO DA SYLVEIRA, CAVALLEIRO DA Ordem de Christo, do Concelho de S. Magestade, & Fidalgo de sua Casa, dignissimo Dese[m]bargador do Paço, & Presidente da Junta dos Missionarios, AUTOR ANTONIO DE PAYVA E PONA, Familiar do S. Officio, Procurador fiscal, que foy na Comarca de Bragança, & ao presente Provedor da Cidade de Miranda. LISBOA. Na Officina de JOSEPH LOPES FERREYRA, Impressor da Augustissima Rainha nossa Senhora, & à sua custa. Anno M.DCCXIII. [1713]. In 4º (e 21x15 cm) com (xvi)-371 pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada. Encadernação com títulos de posse manuscritos na folha de rosto. Esta obra teve edições em 1713, 1759 e 1761. O presente exemplar apresenta uma colação diferente de outro impresso na mesma data, bem como algumas variantes no título da folha de rosto. Inocêncio I, 218: “ANTONIO DE PAIVA E PONA, Bacharel em Leis pela Universidade de Coimbra. Serviu alguns cargos de Magistratura, e era Provedor da Comarca d’Evora em 1728. - Foi natural de Bragança, e n. em 1665. Ignoro a data do seu obito, que todavia foi anterior ao anno de 1759. «Esta obra é a delicia de todos os sciolos» diz falando d’ella o auctor do Demetrio Moderno a pag. 152. Hoje não tem no mercado mais que um valor insignificante, apesar de ser considerada classica em linguagem por andar mencionada no Catalogo da Academia.” €300 547. PALMA. (Luis de la) HISTORIA DE LA SAGRADA PASSION, SACADA DE LOS quatro Evangelios. POR EL PADRE LVIS DE LA Palma, Prouincial de la Compañia de Iesvs, en la Prouincia de Toledo, y natural de la misma Ciudad. [49 e vinheta da Companhia de Jesus]. Año 1653. Com Privilegio, En Madrid: Por Pablo de Val, A costa de Francisco Robles Mercader de libros. In 4º (de 20x15 cm) com [viii]-376-[vii] pags. Encadernação da época em pergaminho flexível com vestigios de atilhos e título manuscrito na lombada. Exemplar da 1º edição apresentando ligeira acidez. Obra com a unificação dos relatos da Paixão de Cristo, apresentando remissões bibliográficas marginais referentes às diversas passagens do Novo Testamento sobre cada passo. Palau 210255 e Palau 1990, VI, 20: “Esta obra fué muy leída, y de consiguiente se imprimió multitud de veces. Conocemos: Mexico, 1695; Barcelona 1701, 1704, 1880. La de Madrid, 1724, siguen Viena, 1733, Barcelona, 1762, Madrid 1762, 1786, 1849, [etc]”. €400 548. PARK. (James Allan) SYSTEMA DA LEY SOBRE SEGUROS MARITIMOS &cª. &cª. Pelo Juiz… em dois volumes. Traduzido do inglêz, Da Septima Ediçaõ, e offerecido a Sua Magestade Fidelissima El-Rey Nosso Senhor; por António Julião da Costa. Impresso por F. B. Wright. Liverpool. 1821. 2 volumes. De 22x13 cm. Com xliviii-762 pags. Encadernações da época inteiras de pele marroquin com finos ferros a ouro nas lombadas, nas cercaduras e filetes das pastas. Corte por folhas marmoreado. Exemplar com falta no 2º volume de: 4 páginas iniciais; pags. 759 a 760; pags. 763 a 769; e 4 páginas finais. Inocêncio I, 182: 'ANTONIO JULIÃO DA COSTA, Consul da Nação Portugueza em Liverpool. Allen Park, Systema de Lei sobre seguros maritimos, traduzido do inglez da septima edição. Liverpool, 1822. 8.º gr. 2 tomos'. €120 549. PAUTA E ALVARÁ DE SUA CONFRMAÇÃO DO CONSULADO GERAL DA SAHIDA, E ENTRADA NA CASA DA INDIA, com a assistência dos Escrivães do mesmo Consulado, Homens de Negocio da Meza do Bem-Comum os mais peritos, e assistência do Corretor da Fazenda Real, que há de ter principio no primeiro de Janeiro do anno de 1744. LISBOA NA REGIA OFFICINA TYPOGRAPHICA. Anno M. DCCC. [1800]. In fólio (28x20 cm) com 73, [iii], 12 pags. Encadernação da época com lombada em pele. As úlimas 12 páginas contêm um acrescentamento à pauta de 19 e Setembro de 1774. Contém lista alfabética com todos os artigos e produtos, nacionais e estrangeiros, passados pela alfândega da Casa da Índia, nomeadamente entre outras: Fazendas da China e da Índia; Drogas, compostos e tintas; Sedas, Madeiras; Papelarias; etc. Inocêncio XVII, 159 refere uma pauta idêntica, mas não a descreve. BNP não refere. €600 550. PEACHEY. (John) PROMPTUARIUM Praxeos Medicae. SEU Methodus Medendi, praescriptis celeberrimorum Medicorum Londinensium concinnata. Et in ordinem Alphabeticum digesta. A JOANNE PECHEY, M. A. Collegii Medicorum Londinensium Collega. AMSTELODAMI. Juxta Exemplar Londinense, M. DC. XCIV. [1694]. In 12º (de 13x8 cm) com 302(x) pags. Encadernação do sec. XIX inteira de pele. Obra com tratado médico contendo receituário e fórmulas de medicamentos. O livro termina com um anúncio (comercial) de uma pílula destinada a várias doenças - entre as quais as doenças venéreas como a gonorreia - vendida em sua casa em Basing Lane, Londres. : Promptuarium Praxeos Medicæ is a Latin compendium of medicine with many prescriptions given in full. The book ends with an admonition or puff of ‘Pilulæ catharticæ nostræ,’ which ‘venales prostant’ at his own house in Basing Lane. PECHEY, JOHN (1655–1716), medical writer, whose name is also spelt Peachey and Peche. He entered at New Inn Hall, Oxford, in 1671, and graduated B.A. in 1675, M.A. in 1678. €200 551. PEDROSO. (João) A GRAVURA DE MADEIRA EM PORTUGAL. Estudos em todas as especialidades e diversos estylos. Por… com artigos descritivos por Brito Aranha. Lisboa. 1872. Empreza Horas Romanticas editou. 2 volumes in Fólio (de 36x26,5) [Volume I] (1ª série) com 8 páginas de texto. Ilustrado com 26 fólios com litografias (algumas são cromolitografias). [Volume II] 2ª serie… Lallemant Frères. Lisboa. 1876. Com 26 fólios de texto e ilustrado com 26 litografias (algumas são cromolitografias). Encadernações editoriais com ferros a seco e a ouro nas pastas. Corte das folhas dourado no primeiro volume. Obra única no seu género e importante para a história da tipografia portuguesa, profusamente ilustrada com litografias executadas por J. Pedroso representando monumentos, localidades e personagens célebres, etc, etc. do século XIX. Exemplar em excelente estado de conservação. €500 552. PERDIGÃO. (Henrique) DICIONÁRIO UNIVERSAL DE LITERATURA. (Bio-bibliográfico e cronológico). 2ª edição, ilustrada. Edições Lopes da Silva. Porto. 1940. De 24x17 cm. Com xxxv-1038 pags. Encadernação da época (meia-amador) com lombada e cantos em pele. Ilustrado no texto a duas colunas. €80 553. PEREA, Daniel. A LOS TOROS. ALBUM compuesto de 28 acuarelas originales del reputado pintor de escenas taurinas. [Desenhado por] DON DANIEL PEREA con la explicación de cada suerte en español, francés e inglés conteniendo además LA MARCHA DE LA MANOLERÍA de la Zarzuela PAN Y TOROS ilustrada por el mismo artista. Litografía y Encuadernaciones HERMENEGILDO MIRALLES BARCELONA S/D. [circa 1900] In fólio oblongo de 25,5x77 cm. Com [iv], 4, 28 cromolitografias acompanhadas de 25 [de 28 ?] folhas de papel Japão com as respetivas explicações trilingues impressas em castelhano, francês e inglês. Encadernação do editor estampada com ferros a ouro, a seco e a cores na pasta anterior, assinada J Pascó. Guardas em papel colorido acetinado com padrões de tecido dos xairéis. A obra contém uma partitura da “Marcha de la Manoleria” da zarzuela “Pan y Toros”. Oblong folio. Binding stamped blind, gold and color with an image of a laced fan with cameos, a bull and two toreadors, pink and green carnations accented in gilt, lettering in gilt and black, with binding's signature J. Pascó. Endpapers with elaborate traditional fabric patterns. Illustrated with 28 full page lithographic plates in color. With 25 [of 28 ?] pages of commentaries to the plates printed in 3 languages. The book also contains four pages music notations for “Marcha de la Manoleria” from the zarzuela “Pan y Toros”. €500 554. PEREIRA COUTINHO. (António Xavier) A FLORA DE PORTUGAL. (Plantas Vasculares). Disposta em chaves dichotomicas. Por... Professor de Botanica na Universidade de de Lisboa e do Instituto Superior de Agronomia, Director do Jardim Botânico de Lisboa. Aillaud, Alves e Cª. Lisboa. 1913. De 24x16 cm. Com 752 págs. Encadernação da época com lombada e cantos em pele. Ilustrado. €300 555. PEREIRA COUTINHO. (António Xavier) TRATADO ELEMENTAR DA CULTURA DA VINHA. (Cêpas europêas e cêpas americanas, grangeios, doenças da videira). Por…Agrónomo, Lente de Botânica no Instituto de Agronomia e Veterinária e na Escola Polytechnica, Socio effectivo da Academia Real das Sciencias, etc. 2ª Edição. (Em harmonia com os progressos actuaes da viticultura). José António Rodrigues & Cª – Editores, Livraria Nacional e Estrangeira. Lisboa. 1904. De 19x13 cm. Com 562 pags. Encadernação com lombada em pele. Profusamente ilustrado no texto com gravuras das cepas e dos processos mecânicos de plantação e de tratamento das vinhas; gravuras dos pulgões e filoxeras; e gravuras com esquemas de enxertias e seus instrumentos. €150 556. PEREIRA DA SILVA. (Luciano) A ARTE DE NAVEGAR DOS PORTUGUESES. Desde o Infante a D. João de Castro. [Por]… Professor da Universidade de Coimbra. Litografia Nacional. Porto. 1922. Junto com: PEREIRA DA SILVA. (Luciano) DUARTE PACHECO PEREIRA PERCURSOR DE CABRAL. Litografia Nacional. Porto. 1923. 2 volumes em 1. De 36x27 cm. Com 76 e 31 pags. Encadernação editorial cartonada. Profusamente ilustrados com gravuras no texto e intercaladas em extra-texto, com instrumentos náuticos fielmente reproduzidos. Obra impressa a duas cores. Ambos exemplares das obras com dedicatórias do autor. €150 557. PEREIRA DA SILVA. (Luciano) A ASTRONOMIA DOS LUSÍADAS. Por... Professor Universitário de Coimbra. Imprensa da Universidade. Coimbra. 1915. De 29x18 cm. Com xv-228 pags. Encadernação da época com lombada e cantos em pele. 1ª edição. Ilustrado no texto e em extra-texto sobre papel couché com fac-similes de gravuras; regimentos astronómicos quinhentistas; e aparelhos de observação que permitem reproduzir a forma como Vasco da Gama e outros navegadores efectuaram o cálculo das latitudes geográficas. €150 558. PEREIRA DE ALMEIDA. (Alberto) PORTUGAL ARTISTICO E MONUMENTAL. (Inventário de suas obras de arte). Por… Bacharel formado em Direito pela Universidade de Coimbra. Tipografia do Anuário Comercial. Lisboa. S/d. [192?]. De 32x26 cm. Com 1020-[xi] pags. Encadernação editorial em percalina vermelha estampada com ferros decorativos. Exemplar com cantos das pastas cansados. Obra monumental com uma extensa recolha fotográfica que apresenta variados monumentos em época anterior às intervenções da D. G. E. M. N. ; e um índice final com todos os monumentos notórios do património artístico português. €200 559. PEREIRA DE FIGUEIREDO, António. A SANCTA BIBLIA: contendo O VELHO E O NOVO TESTAMENTO. Traduzidos em portuguez. Pelo Padre… Londres: impressa na officina de B. Bensley. 1821. 2 volumes em 1. De 22x14 cm. Com 925 e 251 pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a seco nas esquadrias pastas. Exemplar com ex-libris armoriado. Contém rosto próprio para O NOVO TESTAMENTO. Inocêncio XX, 259: 'Antonio Pereira de Figueiredo (1.°) Note-se que apareceu mais a seguinte edição, impressa no estrangeiro, do texto falsificado, mas sob a indicação de ser feita em Lisboa, como se vê: 4803) O novo testamento de Jesus Christo, traduzido em portuguez segundo a vulgata latina. Lisboa, 1877. 8.º peq. (a duas colunas)'. €200 560. PEREIRA DE FIGUEIREDO, António. ANONYMI ROMANI QUI DE PRIMATU PAPAE NUPER SCRIPSIT VANA RELIGIO, ET MALA FIDES: HOC EST DEFENSIO TENTAMIS THEOLOGICI DE AUTORICTATE EPISCUPORUM TEMPORE SCISSURAE ADVERSUS ITALICUM LIBELLUM RAVENAE SEU VERIUS ROMAE NUPER EVULGATUM. SCRIBEAT ANTONIUS PERERIA FIGUEREDIUS REGIAE CURIAE CENSORIAE DECEMVIR ORDINARIUS REGISQUE FIDELISSIMI AB EPISTULIS LATINIS. OLISIPONE. EX TYPOGRAPHIA REGIA. Anno MDCCLXX.[1770]. In 8º gr. (de 20x14 cm) com lv-367 pags. Encadernação inteira de pele com ferros a ouro na lombada, com falta do rótulo. Corte das folhas carminado. Obra sobre o primado jurídico do Papa e das leis canónicas. Obra muito rara BNP não refere. Inocêncio I, 223. “P. Antonio Pereira de Figueiredo (1.º), da Congregação do Oratório de Lisboa, da qual saiu em 1769 para o estado de Presbítero secular, Deputado da Real Mesa Censória, Sócio da Acad. Real das Ciências de Lisboa, havido por um dos maiores latinistas da Europa no século passado, e célebre pelos seus escritos teológicos e por sua incontestável e profunda erudição, nasceu na Vila de Mação, comarca de Tomar, em 1725. Morreu em 1797, na Casa de N. S. das Necessidades, onde já vivia recolhido como hóspede desde 1785”. €400 561. PEREIRA DE FIGUEIREDO, António. DEMONSTRAÇÃO, THEOLOGICA, CANÓNICA, E HISTÓRICA DO DIREITO DOS METROPOLITANOS DE PORTUGAL PARA CONFIRMAREM, E MANDAREM SAGRAR OS BISPOS SUFFRAGANEOS NOMEADOS POR SUA MAJESTADE: E DO DIREITO DOS BISPOS DE CADA PROVINCIA PARA CONFIRMAREM, E SAGRAREM OS SEUS RESPECTIVOS METROPOLITANOS, TAMBÉM NOMEADOS POR SUA MAJESTADE, AINDA FÓRA DO CASO DE ROTURA COM A CORTE DE ROMA. SEU AUTHOR ANTONIO PEREIRA DE FIGUEIREDO Deputado Ordinario da Real Meza Censoria, e Official de Linguas da Secretaria de Estado dos Negocios Estrangeiros. LISBOA NA REGIA OFFICINA TYPOGRAFICA. Anno MDCCLXIX. [1769]. In 4º (de 23x17 cm) com xliv, (iii), 473 pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada (por casas fechadas) e com falta do rótulo. Cortes das folhas marmoreado. Exemplar com leve mancha marginal de humidade nas primeiras folhas. INOCÊNCIO I, 229: 'Demonstração Theologica, Canonica e Historica do direito dos Metropolitanos de Portugal para confirmar e mandar sagrar os Bispos suffraganeos nomeados por Sua Magestade. Lisboa, na Reg. Off. Typ. 1769. 4.o de XLVII_474 pag,. - Reimpressa em Veneza, 1771. Veja_-se a respeito desta obra o citado Catálogo das Obras de Pereira, no qual se conta como elle a havia pela mais trabalhada e mais farta de erudição de quantas n’aquelle genero tinha publicado. As duas obras Tentativa e Demonstração, postoque não possam dizer_se raras, sustentam todavia os seus preços custando aquella com o Appendix de 1:600 a 1:920 réis, e esta de 960 a 1:200'. €300 562. PEREIRA DE FIGUEIREDO. (António) COMPENDIO DAS EPOCAS, E SUCCESSOS MAIS ILLUSTRES DA HISTÓRIA GERAL. POR ANTONIO PEREIRA DE FIGUEIREDO, DEPUTADO ORDINARIO DA REAL MEZA CENSORIA. LISBOA NA REGIA OFFICINA TYPOGRAFICA. ANNO M.DCC.LXXXII. [1782]. In 8º (15x10 cm) com[viii]-410-(ii) pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada, cansada e danificada na coifa superior. Obra com cronologias da História Universal segundo o autor baseadas em: Usser Arcebispo de Armagnac; P. Petau; Abade Lenglet; das Crónicas do Reino de Portugal; da Historia do Padre Marianna; das Tábuas do Padre Musansi; e no Abade Millot. Primeira edição desta presente cronologia que começa com a criação do Mundo, por Deus, no ano de 4004 antes da Era Cristã. Inocêncio I, 226: “Compendio das epocas e successos mais illustres da Historia Geral. Ibi, na Reg. Off. Typ. 1782. 8.o de VIII 410 pag. - Segunda edição revista e retocada pelo auctor. Ibi, na Typ. da Acad. R. das Sciencias 1800. 8.o Terceira edição, ibi. PADRE ANTONIO PEREIRA DE FIGUEIREDO (1.º), da Congregação do Oratorio de Lisboa, da qual sahiu em 1769 para o estado de Presbytero secular, Deputado da Real Meza Censoria, Socio da Acad. Real das Sciencias de Lisboa, havido por um dos maiores latinistas da Europa no seculo passado, e celebre pelos seus escriptos theologicos e por sua incontestavel e profunda erudição, nasceu na Villa de Mação, comarca de Thomar, em 1725. Morreu em 1797, na Casa de N. S. das Necessidades, onde já vivia recolhido como hóspede desde 1785'. €200 563. PEREIRA DE FIGUEIREDO. (António) ELOGIOS DOS REIS DE PORTUGAL, EM LATIM, E EM PORTUGUEZ, ILLUSTRADOS DE NOTAS HISTORICAS E CRITICAS, POR ANTONIO PEREIRA DE FIGUEIREDO, Deputado Ordinário da Real Meza Censoria, E OFFICIAL DAS CARTAS LATINAS DA RAINHA FIDELISSIMA. LISBOA: Na Officina de Simão Thaddeo Ferreira. ANNO M. DCC. LXXXV. [1785]. In 4º (de 21x15 cm) com 328 pags. Encadernação da época inteira de pele mosqueada com ferros a ouro na lombada por casas fechadas; coifas danificadas. Corte das folhas carminado. Exemplar com nota manuscrita na guarda interior mencionando ter sido comprado no Leilão da Biblioteca do Conde de Samodães em 21 de Novembro de 1922. Esta obra está escrita em latim e português - com o texto bilingue confrontado página a página - descrevendo os feitos principais dos vários monarcas portugueses desde D. Afonso Henriques até D. Maria I. Samodães II, 109 nº 2408; P. Matos, 450; Sousa da Cãmara, 315, nº2214; Ameal 466, nº1760. Inocêncio I, 227. O padre António de Figueiredo nasceu na vila de Mação em 1725 e morreu em Lisboa em 1797. Inocêncio I, 227: “Elogios dos Reis de Portugal, em latim e portuguez, illustrados de notas historicas e criticas. Ibi, na Off. de Simão Thaddeo Ferreira 1785. 4.o de 328 pag. - Chegam até o reinado da sra. D. Maria I. Preço de, 360 a 480 réis, e até 600 réis”. €400 564. PEREIRA DE FIGUEIREDO. (P. António) OBSERVAÇOENS SOBRE A LINGUA E ORTHOGRAFIA LATINA, Tiradas dos Marmores, Bronzes, e Medalhas dos antigos Cezares, principalmente desde Augusto até os Antoninos. LISBOA, Na Officina Patriarchal de Francisco Luiz Ameno. MDCCLXV. (1765) In 4.º de 24x17 cm. Com (xx)-180 pags. Encadernação da época inteira de pele com rótulo vermelho, nervos e ferros a ouro na lombada. Corte das folhas pintado a vermelho. Exemplar da tiragem especial com grandes margens. Inocêncio I, 225. “«Aureo tractado, phenix das obras (sendo tantas) d’este preclaro phenix dos ingenhos, e a quem todo o louvor é menor que o seu merecimento.» São palavras de D. Thomás Caetano do Bem, nas Mem. Hist. e Chron. dos Clerigos Regul. tomo II, na Carta a um amigo, pag. VI - O seu preço regula de 480 a 600 réis, e ás vezes mais.” €300 565. PEREIRA DE MATTOS. (A.) A MARINHA DE GUERRA. Estudo por… Instrutor da Escola de Alumnos Marinheiros do Porto, [etc]. Prefaciado pelo Exmo. Senhor Capitão de mar e guerra Conselheiro Francisco Joaquim Ferreira do Amaral Ministro de Estado Honorario [etc]. Magalhães & Moniz, Editores. Porto. 1897. De 24x16 cm. Com xxxii-590 pags. Encadernação inteira de pele marroquin azul com finos ferros a ouro na lombada e nas esquadrias das pastas. Exemplar com falta das capas de brochura. Ilustrado em extra-texto: fotogravuras e desenhos de arquitectura naval com diversos tipos de navios couraçados. €150 566. PEREIRA, António. COMPENDIO, & DECLARAC,ÃO DA REGRA: & ESTATVTOS DA ORDEM MILITAR DE SANTIAGO. AO ILLVSTRISSIMO, E Reverendissimo Senhor D. Manuel de Noronha Prior da mesma Ordem, do Conselho de Sua Magestade, Bispo eleito de Viseo. PELLO P. ANTONIO PEREIRA Freire Conuentual de Santiago, Rector do Real Collegio das Ordens Militares da Vniversidade de Coimbra. EM COIMBRA. Na officina de Manoel Dias Impressor da Vniuersidade, 1659. In 8º (de 15x10 cm) com [xv]-333-[x] pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada. Exemplar com assinatura de posse da época sobre a folha de rosto “Dona Francisca da Silva”, provavelmente a mesma que se casou com D. Sancho de Noronha, 3º Conde de Odemira. Inocêncio I, 221: “António Pereira (1.º), Freire Conventual da Ordem de S.Tiago, cujo habito recebeu no convento de Palmella a 4 de Novembro de 1629. Foi Prior da egreja de S. Paulo de Almada, Reitor do collegio das Ordens Militares em Coimbra, e Governador do respectivo bispado. - Nasceu na villa do seu appellido, situada entre Ovar e Aveiro, na provincia da Beira, e m. em Coimbra a 10 de Maio de 1671. Compendio e declaração da Regra e Estatutos da Ordem Militar de S. Tiago da Espada. Coimbra, por Manuel Dias, 1659. 8.o de XVI 333 pag. - Este livro, que bem poderia ter entrado no Catalogo da Academia, por ser escripto em mui correcta phrase, e com sciencia da materia, é hoje mui pouco vulgar. Julgo que o seu preço regular será de 300 a 400 réis, postoque o meu exemplar me custasse menor quantia. €700 567. PEREIRA. (Eduardo C. N.) ILHAS DE ZARGO. Por… da Academia de Ciências, Letras e Artes de S. Fernando (Cadiz, Espanha), e dos Institutos Genealógico Brasileiro de S. Paulo e Instituto Português de Arqueologia, História e Etnografia. 2ª Edição. Edição da Câmara Municipal do Funchal. 1956 e 1957. Obra em 2 volumes. De 24x17 cm. Com 1393 pags. Encadernações editoriais inteiras de pele com finos ferros a ouro. Profusamente ilustrado e com o armorial da nobreza insular. Obra com cariz de conhecimento enciclopédico acerca da Madeira. €120 568. PEREIRA. (Eduardo C. N.) ILHAS DE ZARGO. Por… do Instituto Português de Arqueologia, História e Etnografia. Edição da Câmara Municipal do Funchal. S/d. [1940]. Obra em 2 volumes. De 21x15 cm. Com 871 pags. Encadernações da época inteiras de pele com ferros a ouro nas lombadas. Profusamente ilustrado e com o armorial da nobreza insular. Obra com cariz de conhecimento enciclopédico acerca da Madeira. Exemplar da 1ª edição, preservando capas de brochura, e com dedicatória do autor no anterrosto do primeiro volume. €80 569. PEREIRA. (Gabriel) ESTUDOS EBORENSES. História e Arqueologia. [2ª edição intergral]. Edições Nazareth. Évora. 1947, 1948 e 1951. Obra em 3 volumes. De 23x16 cm. Com 399, 343, e 397 pags. Encadernações com lombadas e cantos em pele com finos ferros rolados a ouro. Ilustrado com retrato do autor em anterrosto no primeiro volume. Obra publicada pela primeira vez em 1894 compreendendo estudos sobre monumentos, temas e personalidades da história de Évora, nomeadamente: Cardeal D. Henrique; Clenardo; Frei Manuel do Cenáculo; Évora Romana; Os Conventos de Freiras; A Restauração em Évora; O Mosteiro do Espinheiro; o Arquivo da Santa Casa da Misericórdia; Évora nos Lusíadas; as Caçadas; as Questões do Pão; Ibn-Abdun, os Mouros, etc. Gabriel Victor do Monte Pereira (1847-1911) foi o autor desta obra já disputada pelos bibliógrafos na época da sua publicação; tradutor de Plínio e de Estrabão; Director da Biblioteca Nacional; da Associação dos Arqueólogos Portugueses; e Inspector dos Arquivos e Bibliotecas. €200 570. PERES. (Damião) HISTÓRIA DOS DESCOBRIMENTOS PORTUGUESES. [Por]... Professor da Univesidade de Coimbra. Portucalense Editora. Pôrto. 1943. De 25x20 cm. Com 515 pags. Encadernação artística editorial em percalina azul estampada coom motivos dwecorativos a seco e a negro nas pastas e na lombada. Profusamente ilustrado com mapas, gravuras e fac-similes de cartas régias e cartas de doação do Infante Dom Henrique. €60 571. PEREYRA. (BENEDICTO) THESOURO DA LINGVA PORTUGUEZA. [in] PROSODIA IN VOCABVLARIVM BILINGUE, LATINUM ET LUSITANUM DIGESTA, IN QUA DICTIONUM SIGNIFICATIO, ET SYLLABARUM QUANTITAS EXPENDITUR. OPUS OMNINO NECESSARIUM PROFESSORIBUS SACRARUM, Et Humaniorum Literatum, Medicis, Juristis, & omnibus cujuscunque facultatis Studiosis tum propter innumeras dictiones, quas à Sacris, & profanis Auctoribus decerptas exponit tum propter recondita carmina omnium veterum Poetarum, & Recentiorum clari nominis, quos omnes Auctor ad expendendas sylabas perlegit. AUCTORE DOCTORE P. BENEDICTO PEREYRA SOCIETAT. JESU, Portucallensi, Borbano, in Eborensi Academia Primário olim Rhetorices Professore, & tandem en eadem Academia S. Theologiae Professore Primário. SEPTIMA EDITIO AUCTIOR, ET LOCUPLETIOR AB ACADEMIA EBORENSI. [etc. etc. etc.]. EBORAE, Cum facultate Superiorum, ex Typographia Academiae. Anno Domini M. DC. XC. VII (1697). De 34x23 cm. Com (viii)-736-123-98 pags. Encadernação da época inteira de pele. Exemplar apresenta a folha de rosto com vários títulos de posse manuscritos da época. Barbosa Machado Vol. I, 508-510: “P. BENTO PEREIRA. Naceo na Villa de Borba da Provincia do Alentejo, no anno de 1605. em cujo louvor como agradecido à May que lhe dera o berço, e a dous seus Tios maternos o P. Bento Fernandes insigne Escriturario, de que jà se fez mençaõ, e o P. Bento Fernandes Deixada a Casa de seus Pays Francisco Pereira, e Catherina Rodrigues buscou na tenra idade de 15. annos a Companhia de JESUS na qual se alistou em Lisboa a 27. de Junho de 1620. donde passando ao Collegio de Evora, e aprendendo as letras humanas, e Filosofia, em o de Coimbra dictou com universal applauso naõ somente estas sciencias, mas a mayor de todas qual he a de Theologia por espaço de vinte annos em cuja Sagrada Faculdade se graduou Doutor em a Academia Eborense a 24. de Fevereiro de 1647. Sendo Qualificador do Santo Officio passou a Roma para ser Revisor dos livros dos Authores da Companhia donde voltando foy Reytor do Collegio dos Irlandezes em Lisboa, aos quaes instruyo com a Theologia especulativa, e Moral. Naõ sómente foy insigne nesta faculdade mas na Jurisprudencia Civil, e Canonica por onde se dilatou a sua penna com igual profundidade, e erudiçaõ. Assim como era incansavel no estudo, era inculpavel na vida regulando as acçoens pelas severas maximas do seu Instituto. Na ultima idade perdeu de tal sorte a memoria, que até ignorava muitas vezes o seu cubiculo, e sómente respondia com acerto quando lhe fallavaõ em materias espirituaes. Ao tempo de cumprir 76. annos de idade e 61. de Religiaõ passou desta vida caduca para a eterna em o Collegio de Evora em 4. de Fevereiro de 1681. Vir fuit immortaliter meritus de Republica litteraria diz o P. Franco Ann. Glorios. S. J. in Lusit. pag. 61. e no Synops. Annal. S. J. in Lusit. pag. 368. n. 2. floruit plurimùm tum virtutibus, tum litteris, e ultimamente na Imag. da Virt. do Novic. de Evora. pag. 965. Homem de costumes inculpaveis. P. Francisc. de Fons. Evor. Glorios. pag. 427. Heróe benemerito da Republica litteraria pelo muito, que a illutrou, e enriqueceo com os seus multiplicados, e eruditos escritos. Portug. de Donat. Reg. Part. 2. liv. 1. cap. 22. n. 4. doctissimus. Na Allegac. de direit. pelo Senhor D. Pedro de Lancastr. n. 52. Com seu infatigavel estudo benemerito dos naturaes, e estranhos. Paulo Ignacio de Dalmasses Dissertac. Histor. por la Patria de Orosio. cap. 5. §. 3. e cap. 2. §. 5. o intitula doctissimo. Joan. Soar. de Brit. Theatr. Lusit. Litter. lit. B. n. 29. Nicol. Ant. Bib. Hisp. Tom. 1. pag. 166. e Tom. 2. pag. 285. e a Bib. Societ. pag. 113. col. 1. Compoz. Prosodia in Vocabularium trilingue Latinum, Lusitanum, et Castellanum digesta. Eborae apud Emanuelem Carvalho. 1634. fol. Ulyssip. apud Paulum Crasbeeck 1643. fol. & ibi per eumdem. 1656. fol. No fim desta ediçaõ està a Oraçaõ funebre que fez na lingua Latina em a Universidade de Evora em as exequias do Serenissimo Princepe D. Theodosio a 17. de Novembro de 1653. Sahio a Prosodia correcta, e muito addicionada Ulyssipone apud Antonium Crasbeeck de Mello. 1669. fol. & ibi per eumdem 1661. e 1674. fol. e Eborae Typis Academicis. 1697.” O “Thesouro da Lingva Portugueza” é uma obra considerada por muitos autores como o primeiro dicionário ciêntifico e sistemático da língua portuguesa com justificações etimológicas. €500 572. PEREZ DE BARRADAS. (José) COLOMBIA DE NORTE A SUR. Por... Edition del Ministerio e Asuntos Exteriores. Relaciones Culturales. Madrid. 1943. 2 volumes. De 36x26 cm. Com 173 e 213 pags. Encadernações artísticas inteiras de pele (marroquin) com ferros rolados a ouro nas lombadas, nos filetes, nas seixas, e nas cercaduras das guardas interiores das pastas em seda. Corte dourado por folhas à cabeça. Ilustrado com 233 páginas extra-texto com fotogravuras. Exemplar nº 686 de uma tiragem não justificada. Obra profusamente ilustrada no texto e em extra-texto com mapas de pormenor, esboços e levantamentos de folhas arqueológicas e de objectos das civilizações ameríndias pré-colombianas. €300 573. PETRARCA, Francisco. IL PETRARCHA COM L’ESPOSITIONE D’ALESSANDRO VELLVTELLO E COM MOLTE ALTRE VTILIS SIME COSE IN DIVERSI LVOGHI DI QVELLA NVOVAMENTE DA LVI AGGIVNTE. M D XXVIII. [1528] [Colofón]: Stampati in Venegia per Maestro Bernardino de Vidali Venetiano del mese di Febraro L' anno del Signore Mille cinquecento uentioto. In 8.º de 19x12,5 cm. Com [xi], 185, [li] fólios Encadernação do século xviii inteira de pele com nervos e ferros a ouro na lombada. Ilustrado com um mapa de página dupla. Exemplar com ex-libris manuscrito na folha de guarda de Francisco de Mello Cogominho e ex-libris de Camilo Monteiro. Obra impressa em duas caixas de letra: versos em cursivo; e texto com comentarios em caixa muito pequena. Segunda edição impressa em caracteres itálicos deste famoso comentário à obra poética de Petrarca, a primeira saiu em 1525. Acompanhada de uma biografia do autor e um ensaio sobra a identidade de Laura, a musa do poeta, e o local em que se passou o romance na região de Avinhão. O mapa que facilita a compreensão das duas viagens do poeta em busca da amada à mesma região. Brunet IV, 548. Binding: 18th Century full calf gilt tooled at spine. Illustrated with a double page map. Copy with ownership signature of Francisco de Mello Cogominho; and ex-libris of Camilo Monteiro at end papers. Work printed in two lettering fonts: verses in cursive, and commentaries in a very small font. Beautiful typographical work. Second edition of this famous commentary - in Italian language - to the poetry of Petrarch; the first came out in 1525. Accompanied by a biography of the author and an essay on the identity of Laura, the muse of the poet, and the place where the romance in the region of Avignon. The map that facilitates understanding of both the poet's travels in search of his beloved to the same region. Brunet IV, 548. €3.000 574. PIAMONTE. (Monte Real) GUIA DE CONTADORES E INVENção noua de contas, polla qual hum com sò conhecer os numeros, poderà fazer qualquer genero de contas facilmente, sem ajuda de tinta, & pena. COMPOSTO POR Monte Real Piamonte. AGORA NOVAmente emmendado, & traduzido de Castelhano em Portugues, & muytas cousas necessarias acrescentadas & hua Tabuada no cabo. Com licenças necessarias, Em Lisboa, Por Mattheus Pinheiro. Anno 1632 Com Privilegio Real. In 12º de 14x7 cm. com 90 fólios inumerados. Encadernação da época em pergaminho flexível. Exemplar com título de posse da época manuscrito na folha de guarda anterior: 'He de Bernardo Lopez'. Edição muito rara e de que não existe exemplar na BNP. Inocêncio III, 168 e IX, 365 desconheceu esta edição; mencionando edições e transcrições posteriores em 1683, 1749 e 1816. Não consta em Palau. Obra contém nas últimas 5 páginas a explicação da equivalência das medidas de peso e de capacidade (almudes, alqueires, arrobas, etc) e das moedas (portuguesas, coloniais e espanholas); das mercadorias correntes; das especiarias; dos metais e pedras preciosas; e outros artigos importados das colónias portuguesas e exportados para Espanha. €600 575. PIEL. (Joseph M.) LIVRO DA ENSINANÇA DE BEM CAVALGAR TODA SELA que fez El-Rey Dom Eduarte de Portugal e do Algarve e Senhor de Ceuta. Edição Crítica. Acompanhada de notas e dum glossário por... Livraria Bertrand. Lisboa. 1944. De 23x17 cm. Com 160 pags. Encadernação inteira de percalina vermelha com ferros a ouro. Obra com a primeira transcrição diplomática do primeiro livro de equitação europeu (excluindo os clássicos gregos de Xenofonte) também conhecido por Livro de Cavalgar. €80 576. PIMENTEL. (Alberto) HISTORIA DO CULTO DE NOSSA SENHORA EM PORTUGAL. Livraria Editora Guimarães, Libanio & Cª. Lisboa. S/d. (1899). De 25x19 cm. Com 501 pags. Encadernação da época com lombadas em pele. Profusamente ilustrado com reproduções da iconografia mariana no texto, e em extra texto sobre folhas de papel couché. €150 577. PINA LEITÃO, Antonio José Osório de. ALFONSIADA POEMA HEROICO DA FUNDAÇÃO DA MONARQUIA PORTUGUEZA PELO SENHOR REY D. ALFONSO HENRIQUES. POR ANTONIO JOSÉ OSORIO DE PINA LEITÃO. Cavalleiro da Ordem de Christo, Dezembargador da Relação da Bahia. BAHIA: Na typog. de Manoel Antonio da Silva Serva. Anno de 1818. In 8.º de 19,5x13,5 cm. Com 278 pags. Encadernação da época inteira de pele. Ilustrado com 3 gravuras com os retratos de D. João VI, D. Afonso Henriques e Pina Leitão, assinados A. do Carmo del. J. J. de Souza sulp. Não referido por Borba de Morais, Inocêncio I, 174. “ANTONIO JOSÉ OSORIO DE PINA LEITÃO, Cavalleiro da Ordem de Christo, Bacharel formado em Direito pela Univ. de Coimbra. Seguiu a carreira da magistratura, e passando para o Brasil, era em 1820 Desembargador da Relação da Bahia. Por occasião da declaração da independencia, ficou ao serviço do Imperio, e considerado como brasileiro.-N. nos suburbios de Pinhel a 12 de Março de 1762, e m. depois de 1840, segundo creio, posto que ignoro a data precisa. - Este poema compõe se de doze cantos, e é escripto em outava rima. Se havemos de estar pelo voto do sr. Ferdinand Denis no seu Résumé de l'Histoire Litter. du Portugal, pag. 487, este poema offerece alguns episodios notaveis. Comtudo parece me que poucos leitores terão tido a paciencia necessaria para o levarem ao fim. O seu preço nominal é de 480 réis.” €900 578. PINA MARTINS. (José V. de) UM GRANDE PORTUGUÊS D. MANUEL II. 1889-1932. ATRAVÉS DE ALGUNS LIVROS DA SUA BIBLIOTECA. SÉCULOS XV E XVI. Por... Professor da Universidade de Lisboa e Sócio efectivo da Academis de Ciências de Lisboa. Fundação Casa de Brangança. 1989. De 25x18 cm. Com 224 pags. Encadernação com lombada e cantos em pele. Ilustrado com os fac-similes dos frontíspicios das obras. Exemplar preserva capas de brochura originais. €80 579. PINELLI, Bartolomeo. Nuova Raccolta DI CINQUENTA COSTUMI PITTORESCHI incisi all’ acqua forte da Bartolomeo Pinelli Romano. ROMA 1816 Presso Nicola de Antoni e Ignazio Pavon. In fólio oblongo de 26x37 cm. Com [I], 50 fólios. Encadernação da época com lombada e cantos em pele. Exemplar com ex-libris heráldico hebraico na guarda anterior. Magnifica impressão romana de 50 gravuras abertas a água-forte com trajos e costumes. Landscape folio (26 X 37cm), engraved title-page, 50 engraved plates; light spotting. Contemporary binding. Fresh copy of the first edition of this work by the prolific Pinelli (1771-1835), well representative of his charming style. Colas 2378; Lipperheide 1263. Bookseller Inventory # 86423 €3.500 580. PINHEIRO CHAGAS. (F.) HISTORIA DE PORTUGAL. Desde os tempos mais remotos até à actualidade. Escripta segundo o plano de F. Diniz por uma sociedade de homens de letras. [Typographia Franco-Portugueza e Lallement Frères]. Escriptorio da Empreza. Lisboa. S/d [1900?]. Obra em 8 tomos encadernados em 4 volumes. De 23x16 cm. Com 347-359, 352-348, 332-368-(ii), e 351-(iv)-377-(vi) pags. Encadernações da época inteiras de pele marmoreadas com ferros a ouro nas lombadas. €200 581. PINHEIRO CHAGAS. (Manuel) BIOGRAPHIA DO GENERAL JOÃO DE GOUVEIA OSORIO. Pelo Conselheiro… Typographia da Companhia Nacional Editora. Lisboa. 1889. De 24x17 cm. Com 212 pags. Encadernação da época com lombada em pele com ferros a ouro na mesma e em super-libris decorativo. Corte por folhas dourado. Ilustrado com o retrato do biografado, reproduzindo em cromolitografia um quadro a óleo apresentando a meio corpo o general em grande uniforme das Campanhas Peninsulares. Exemplar apresenta cartão de oferta de Raul Pinheiro Chagas datado de 1891 e apenso no verso da folha de rosto. Obra sobre a acção do General Gouveia Osorio durante as Invasões Napoleónicas. €120 582. PINHEIRO FREIRE DA CUNHA, João. BREVE TRATADO DA ORTOGRAFIA PARA OS QUE NAÕ FREQUENTÁRÃO OS ESTUDOS, OU DIALOGOS Sobre as mais principaes Regras da Orthografia uteis para o Povo menos instruído, que dezeja acertar na praxe sem grande multiplicidade de preceitos, que naõ lhe saõ fáceis de compreender, e muito mais proveitózos aos Meninos, que frequentão as Escolas. SEU AUTHOR JOAÕ PINHEIRO FREIRE DA CUNHA, Professor Público de Grammática Latina, e Portugueza. Septima Impressaõ mais acrescentada. LISBOA. Na Officina de Antonio Gomes. M. D. CC. XCII. [1792]. In 8º (15x10 cm) com vi, 298, [xxix] pags. Encadernação da época inteira de pele, com pequenos trabalhos exteriores de traça na lombada. Exemplar com título de posse da época sobre a folha de rosto (Bartolomeu José Manuel Cardoso Giraldes de Meneses); e profusamente anotado com comentários coevos e especializados de interesse filológico. €200 583. PINTO RIBEIRO. João. OBRAS VARIAS SOBRE VARIOS CASOS COM TRES RELACOENS DE DIREITO E LUSTRE ao Dezembargo do Paço, às Eleyções, Perdões & pertenças de sua Jurisdição. Compostas pelo doutor… DEZEMBARGADOR DO PAÇO DO CONSELHO de sua magestade accrescentado COM OS TRATADOS, SONHO POLITICO, BREVE DISCURSO DAS PARTES de hum Juiz perfeito & Obras Metricas. pelo Doutor DUARTE RIBEYRO DE MACEDO DEZEMBARGADOR DOS AGGRAVOS E DO CONSELHO de sua Magestade. [PARTE SEGUNDA]. CONTEM OS TRATADOS DA UZURPACAM RETENCAM E RESTAURAÇÃO DE PORTUGAL, das Injustas sucessoens dos Reys de Leão & Castella, & Izenção de Portugal. a reposta sobre o elogio de D. João de Castro, escrito pelo doutor Simão Torrezão Coelho, Collegial do Collegio mayor de S. Pedro, Lente de Canones na Universidade & Deputado da Meza da Consciencia & Ordens: demonstração sobre a Preferencia das Letras às Armas. de que a acção de acclamar El Rey D. João o IV. foy mais glorioza que a dos que o seguirão acclamado: carta sobre os Titulos da Nobreza de Portugal & seus Privilegios. Relação feyta ao pontifice sobre a confirmação dos Bispos de Portugal. e o Dezengano do parecer emganozo que se deu a ElrRy de Castella D. Phelippe IV contra Portugal. EM COIMBRA. Na Officina de JOSEPH ANTUNES DA SYLVA. 17291730. In fólio de 31x21 cm. 2 partes em 1 volume. Com I - (8), 144, (2), 83, (7), 28 p. II –(8), 165 (aliás 265), 44 pags. Encadernação da época inteira de pele. Inocêncio IV, 22. €400 584. PINTO. (Fr. Heitor) F. HECTORIS PINTO LVSITANI ORDInis D. Hieronymi in Esaiam Prophetam Commentaria. Omnia iudicio & correctioni sancta Romana & vniuersalis Ecclesia subiecta sunto. ANTVERPIAE, In adibus Vidua & Haeredum Ioan. Stelsij. M. D. LXXII. (1572) In 8.º de 16x10 cm. Com (xiv)-419-(i) folios. Encadernação do século xviii inteira de pele com ferros a ouro na lombada e rotulo vermelho. Marca do impressor na folha de rosto. Impressão cuidada e adornada de capitulares xilogravadas. Inocêncio III, 175. “FR. HEITOR PINTO, natural da villa da Covilhã (outros dizem que da de Mello, qualquer d'ellas na provincia da Beira), professou o instituto de S. Jeronymo no mosteiro de Belem a 8 de Abril de 1543. Foi doutor em Theologia pela Universidade de Siguença, e Lente da cadeira d'Escriptura na de Coimbra, Reitor no collegio da mesma cidade, e Provincial da Ordem em Portugal, eleito em 1571. A opinião vulgar o dá falecido em Castella no anno de 1584 com suspeitas de veneno, mandado propinar por Filippe II; e o auctor do Anno Historico chega até a assignar-lhe positivamente o dia do obito em 19 d'Agosto do dito anno. porém o conego Villela, nas Observações criticas a Balbi, pag. 29, affirma que elle fôra, com outros religiosos que tambem nomêa, preso na vespera de natal do anno de 1587 por ordem do Governo castelhano. Se não ha aqui erro typographico, de certo aquelle conego teve fundamento positivo, posto que de mim ignorado, que o levou a apartar-se da geral opinião quanto á referida data. Ácerca de Fr. Heitor Pinto podem consultar-se, além da Bibl. de Barbosa, o Catalogo dos Auctores que antecede o Diccionario da Lingua Portugueza da Acad. a pag. CXXXIII, e os Estudos biographicos de Canaes pag. 199. Na Bibl. Nacional existe um seu retrato de corpo inteiro. Falando do merecimento de Fr. Heitor Pinto, diz o nosso grande philologo Francisco Dias Gomes (Obras Poeticas pag. 29): «Quem quer vêr uma verdadeira imagem da eloquencia do divino Platão, e do eloquentissimo Cicero, lêa os Dialogos d'este auctor. Além da mais pura e sancta moral christã, que constitue o fundo especial dos ditos dialogos, n'elles admirará quem os lêr em grau superior todas as graças do estylo, o mais puro e correcto. » Não são menores os louvores que lhe dá o outro benemerito philologo Agostinho de Mendonça Falcão: «A suavidade (diz elle) e amenidade de sua linguagem enleva a alma, e faz que se lhe affeiçoe o leitor d'ella maravilhado, que sempre descobre novos primores em sua leitura, e ninguem ha a quem não maravilhem suas comparações saborosas, e espante a superabundante copia de erudição sagrada e profana. » O P. Antonio Pereira de Figueiredo, com quanto o colloque no logar decimo-outavo da serie por elle formada dos classicos portuguezes, ainda assim o antepõe a Fr. Luis de Sousa, Lucena, Freire d'Andrade, Vieira e Bernardes. Omitto aqui, pela causa sobredita, a enumeração das obras theologicas de Fr. Heitor Pinto, escriptas na lingua latina, as quaes gosavam, e gosam ainda de muita estimação no seu genero, até entre os estrangeiros.” €900 585. PINTO. (Frei Heitor) IMAGEM DA VIDA CHRISTAM, ORDENADA POR DIALOGOS: COMO MEMbros da sua composiçam. O primeiro he, da verdadeyra Philosophia. O segundo, da Religião. O terceyro, da Iustiça. O quarto, da Tribulação. O quinto, da Vida Solitaria. O sexto, da Lembrança da Morte. COMPOSTOS PELO R. P. F. Hector Pinto, da Ordem de S. Hieronymo: & por elle acrescentados nesta vltima impressam. EM EVORA. Impresso por Manoel Lyra. Com licença do S. Officio: Anno 1603. In 12º de 13x8 cm. com [iv], 252 [ii] fólios. Encadernação da época em pergaminho flexível com título manuscrito na lombada. Ilustrado com um selo a talhe-doce na última página do prólogo: “I. H. S. MEO. EXULTABO. IN. DEO. IESU”. Ornada com vinhetas capitulares. Rara impressão eborense saída do prelo do mesmo impressor e impressa com os mesmos caracteres da famosa edição dos 'piscos', Os Lusíadas, Lisboa 1584. Contendo um importante capítulo final (que não consta no sumário inicial) com a descrição simbólica do brasão de cidade de Coimbra, explicando a importância do seu conhecimento, como fonte do saber. Inocêncio III, 175: “ FR. HEITOR PINTO, natural da villa da Covilhã (outros dizem que da de Mello, qualquer d'ellas na provincia da Beira), professou o instituto de S. Jeronymo no mosteiro de Belem a 8 de Abril de 1543. Foi doutor em Theologia pela Universidade de Siguença, e Lente da cadeira d'Escriptura na de Coimbra, Reitor no collegio da mesma cidade, e Provincial da Ordem em Portugal, eleito em 1571. A opinião vulgar o dá falecido em Castella no anno de 1584 com suspeitas de veneno, mandado propinar por Filippe II. Imagem da vida christam, ordenada per dialogos, como membros de sua composiçam. O primeyro he da verdadeyra philosophia. O segundo da religiam. O terceyro da justiça. O quarto da tribulaçam. O quinto da vida solitaria. O sexto da lembrãça da morte. Impressos em Coimbra per João de Barreira 1563. 8.º Segunda edição, ibi, pelo mesmo 1565. 8.º E novamente, Braga, por Antonio de Mariz 1567. 8.° Lisboa, por Antonio Ribeiro 1580. 8.º Ibi, por Antonio Alvares 1591 e 1592. Evora, por Manuel de Lyra 1603. 8.º… Depois de tantas e tão successivas reimpressões, que bem mostram o acolhimento e estima que esta obra mereceu desde o seu apparecimento, sahiram a final as duas partes reunidas em um só volume, Lisboa, por Miguel Manescal 1681. 4.º Tenho noticia de alguns exemplares d'esta ultima, vendidos de 960 a 1:200 réis. Todas as referidas reimpressões fazem consideraveis differenças entre si, e nenhuma concorda com as primeiras, porque os editores foram alterando de cada vez o que bem lhes pareceu. Falando do merecimento de Fr. Heitor Pinto, diz o nosso grande philologo Francisco Dias Gomes (Obras Poeticas pag. 29): «Quem quer vêr uma verdadeira imagem da eloquencia do divino Platão, e do eloquentissimo Cicero, lêa os Dialogos d'este auctor. Além da mais pura e sancta moral christã, que constitue o fundo especial dos ditos dialogos, n'elles admirará quem os lêr em grau superior todas as graças do estylo, o mais puro e correcto. » Não são menores os louvores que lhe dá o outro benemerito philologo Agostinho de Mendonça Falcão: «A suavidade (diz elle) e amenidade de sua linguagem enleva a alma, e faz que se lhe affeiçoe o leitor d'ella maravilhado, que sempre descobre novos primores em sua leitura, e ninguem ha a quem não maravilhem suas comparações saborosas, e espante a superabundante copia de erudição sagrada e profana. » O P. Antonio Pereira de Figueiredo, com quanto o colloque no logar decimo-outavo da serie por elle formada dos classicos portuguezes, ainda assim o antepõe a Fr. Luis de Sousa, Lucena, Freire d'Andrade, Vieira e Bernardes. Os Dialogos foram traduzidos nas linguas castelhana, franceza e italiana, e em todas lograram varias reimpressões. Aquelles que tiverem a curiosidade de as conhecer, podem consultar a Bibl. de Barbosa. Não as transcrevo aqui, por não tornar mais diffuso este artigo. José Agostinho de Macedo (em uma sua carta inedita, que possuo, dirigida a Fr. Fortunato de S. Boaventura) affirma como cousa certa que o dialogo da Vida solitaria é fiel traducção de outro de Petrarca. Quem quizer poderá verificar a exactidão d'esta afirmativa, confrontando entre si os dous auctores, o que eu não hei tido occasião de fazer. Omitto aqui, pela causa sobredita, a enumeração das obras theologicas de Fr. Heitor Pinto, escriptas na lingua latina, as quaes gosavam, e gosam ainda de muita estimação no seu genero, até entre os estrangeiros”. €1.200 586. PIRES DE CARVALHO. (Lourenço) EPITOME DAS INDULGENCIAS, E PRIVILEgios da Bulla da Santa Cruzada, Repartido para mayor clareza em títulos pelas indulgencias, & diversas faculdades, que contèm, com algumas advertencias no principio; Accrescendo nesta segunda impressaõ cõ a praxe da commutaçaõ dos votos & algumas declaraçoens, com os casos reservados nos Bispados, feyto por LOVRENÇO PIRES CARVALHO, Do Conselho de Sua Magestade, seu Submilher de Cortina, Deputado da Mesa da Consciencia, & Ordens, & da Junta dos três Estados, Commissario Géral da Bulla da S. Cruzado nestes Reynos, & Senhorios de Portugal, &c. LISBOA: Na Officina de MIGUEL DESLANDES. Anno de 1697. De 14x10 cm. Com (xv)-204-(iv) pags. Encadernação da época em pergaminho flexível com falhas marginais na capa anterior, na lombada e vestígios de traça. Ilustrado com bela folha de frontispício apresentando as armas heráldicas dos Carvalhos (familiar do futuro Marquês de Pombal?). Exemplar com picos de traça no interior sem afectar a leitura. Inocêncio V, 198 e XIII, 319: “O Epitome das indulgências foi depois condenado em Roma e appareceu incluido no Índice [Expurgatório] publicado em 1835. Lourenço Pires de Carvalho, Doutor em Canones, Desembargador da Casa da Supplicação, Deputado da Meza da Consciencia e Ordens, e Commissario geral da Bulla da Cruzada por breve de 20 de Novembro de 1694. Nasceu em Lisboa a 2 de Janeiro de 1642, e morreu a 16 de Dezembro de 1700”. €200 587. PIRES DE LIMA. (Américo) O DOUTOR ALEXANDRE RODRIGUES FERREIRA. Documentos coligidos e prefaciados por… Agência Geral do Ultramar. 1953. De 23x16 cm. Com 426 pags. Encadernação da época com lombada em pele. Obra contém 33 páginas iniciais com a biografia do naturalista e pioneiro dos estudos cientificos da Amazónia; e nas restantes 400 páginas contém o resumo de cartas, documentos, oficios, recibos, missivas, petições, etc. respeitantes à sua correspondência em Portugal e no Brasil. €60 588. PIRES DE LIMA. (Fernando de Castro ) A ARTE POPULAR EM PORTUGAL. Direcção de… Editorial Verbo. S. d (ca.1960). De 31,5x24 cm. 3 volumes. Meias encadernações francesas de pele azul, cansadas. Colaboração de António Cruz, Ernesto Veiga de Oliveira, Eugénio Andrea da Cunha e Freitas, Fernando Castello Branco, Fernando Galhano, Fernando de C. Pires de Lima, Guilherme Felgueiras, Jaime Brasil, Luís Chaves, Maria Madalena Cagigal e Silva, Mário de Sampayo Ribeiro e outros. Profusamente ilustrado. Ocasionais picos de humidade. €150 589. PIRES DE LIMA. (Fernando de Castro) A ARTE POPULAR EM PORTUGAL: ILHAS ADJACENTES E ULTRAMAR. Direcção de... Editorial Verbo. Lisboa. 1968, 1970 e 1975. Obra em 3 volumes. De 30x23 cm. Com 388, 447 e 441 pags. Encadernações editoriais inteiras de pele, preservando sobrecapas de protecção com fotogravura decorativa alusiva (máscara africana). Profusamente ilustrado no texto e em extra-texto. Obra publicada com o alto patrocínio da Junta de Investigações e da Agência Geral do Ultramar, apresentando o mesmo título de outra obra congénere e dirigida pelo mesmo autor, porém sendo esta exclusivamente dedicada às ilhas adjacentes (Madeira e Açores) e às antigas colónias portuguesas. Enquanto na obra anterior os capítulos se encontram divididos pelas produções da cultura material (habitação, mobiliário, metais cestaria, medicina, etc) na presente obra a divisão geral é carácter de geográfico e a subdivisão particular nos domínios mais relevantes da cultura material de cada território. Assim: Volume I – Ilha da Madeira; Açores; e Cabo Verde; Volume 2 – Guiné ; São Tomé e Príncipe e Angola; Volume 3 – Moçambique; Índia; Macau; e Timor. €600 590. PIRES DE LIMA. (Fernando de Castro) A VIRGEM E PORTUGAL. Direcção literária de... [Orientação gráfica de Amandio Silva. Composto e impresso na Tipografia Rocha. Vila Nova de Gaia]. Edições Ouro, Lda. Porto. 1967. 2 volumes. De 32x25 cm. Com 1020 pags. Encadernações do editor com lombadas em pele. Profusamente ilustrado com fotogravuras e fac-similes a cores reproduzindo quadros, gravuras e frontispícios. €150 591. POETICA DE HORATIO, E O ENSAIO SOBRE A CRITICA DE ALEXANDRE POPE. Em portuguez. Dedicado a preciosa Memoria d’el Rey D. Joaõ IV. Por huma Portugueza. Londres: Na oficina de T. Harper. 1812. De 20x13 cm. Com 171 pags. Encadernação da época inteira de pele com finos ferros a ouro na lombada e no rótulo vermelho. Exemplar com nota marginal de arrumação na página de rosto; e sublinhados a lápis no interior. Inocêncio não refere. Autora desconhecida. €120 592. PORRAS HUIDOBRO. (Facundo de) DISERTACION SOBRE ARCHIVOS, Y REGLAS DE SU COORDINACION, útil para todos los que los tienen o manejan: CON UN APÉNDICE, noticia original y curioso de la estimacion que tuvo el maravedí y otras monedas que corrieron en Castilla: POR D. Facundo de Porras Huidobro, Revisor de Letras antíguas por S. M., Individuo de la Real Academia de la Historia, y Archivero de la Inspeccion general de Instruccion pública del Reyno. Imprenta de D. Leon Amarita. Madrid: 1830. In 4º (de 21x15 cm) com 140 pags. Encadernação da época inteira de pele. Corte das folhas carminado. PALAU 1990, VI, pag. 143. €300 593. PORTA, Giambattista della. DE HVMANA PHYSIOGNOMONIA IOANNIS BAPTISTAE PORTAE NEAPOLITANI. LIBRI IV. QVI ab extremis, quae in hominum corporibus conspiciuntur signis, ita eorum naturas, mores, & consilia (egrejiis ad viuum expressis Iconibvs) demonstrant, vt intimus animi recessus penetrare videantur. Omnibus omnium ordinum studiosis lectu utiles, maximeque incundi. Nunca ab inumeris mendis, quibus pacim Neapolitana scatebat editio emendadti primunq; in Germania in Lucem editi. Cum luplice rerum & Verborum Indice longolocupletissimo [Vinheta do impressor]. M. D. C. I. [1601]. VRSELLIS. Typis Cornelii Sutori, sumptibus Ion[a]e. Rosae Fr. In 8º [de 18x12 cm) com [xiv], 534, xlix pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada. Ilustrado com gravuras no texto representando as analogias metonímicas das características somáticas entre homens e animais. Exemplar com acidulação natural e generalizada do papel; e vestígios de trabalho de traça no interior sem afectar a leitura do texto. Binding: contemporay full calf gilt at spine. Copy with general paper foxing due to quality of paper; and marginal worming. Illustrated with engravings on the text depicting human / animal somatic characters. Diamond 23.5: “Porta's PHYSIOGNOMONIA is also often a very amusing work, and its charming illustrations which explore the analogies between the various human types and their animal counterparts, can deliver many a bracing gasp of recognition, and more than a chuckle or two Third (?) edition, preceded by the editions of 1586 and 1593”. €1.800 594. PORTE. (Mr. de la) GUIA DE NEGOCIANTES, E DE GUARDA-LIVROS, OU TRATADO SOBRE OS LIVROS DE CONTAS EM PARTIDAS DOBRADAS: Com huma Instrucção geral para os guardar, segundo o verdadeiro Methodo Italiano, e como está hoje em uso entre os Negociantes os mais consideraveis de todas as Praças; e com as mais essenciaes Qustões, e suas Soluções, e Respostas sobre toda a qualidade de Negociações, que possão fazer os Mercadores, Banqueiros, ou outros quaisquer Negociantes. COMPOSTO NA LINGUA FRANCEZA POR Mr. DE LA PORTE. TRADUZIDO NA VULGAR. SEGUNDA EDIÇAÕ. LISBOA. ANNO M. DCCCII. [1802]. Na Offic. de João Procopio Correa da Silva, Impressor da Santa Igreja Patriarcal. In 8º (de 16x10 cm) com xv, 171 pags. Encadernação da época inteira de pele. Exemplar com evnetual falta das páginas i até iv (correspondentes às licenças da obra). INOCÊNCIO XIII, 46: 'JOSÉ JOAQUIM DA SILVA PERES DE MILÃO, antigo aluno da aula do commercio, etc.[Primeira edição]: Guia de negociantes e de guarda_livros, [etc]. Lisboa, na regia offi. typ. 1794. 8.º, de XV_171 pag. €200 595. PORTFOLIO DE FOTOGRAFÍAS DE LAS CIUDADES, PAISAJES Y CUADROS CÉLEBRES. Forma una curiosa y escogida colección de vistas fotográficas del natural y de obras artísticas en el mundo entero. Com reproducción y descriptión de los tesoros más notábles de Euriopa, Asia, África, América del Norte y América del Sur, ó sea sel Antiguo y Nuevo Mundo. Establecimiento Tipográfico Sucesores de Rivadeneyra. Madrid. S/d [1896]. De 28x33 cm (formato oblongo). Com (4) pags e 320 fotogravuras de página inteira. Obra com prólogo de várias cartas dirigidas ao editor abonando a favor da qualidade da obra, sendo uma de Emílio Castelar, falando da singularidade da obra pela imensa recolha de imagens que nos informam da geografia humana e física no final do século de oitocentos. €200 596. PORTO (O) DE LISBOA. Estudo de História Económica seguido de Catálogo Bibliográfico e Iconográfico. Quinto Centenário do Infante D. Henrique. Edição da Administração Geral do Porto de Lisboa. MCMLX [1960]. De 33x26 cm. Com 405 pags. Encadernação em pergamoide com título em super-libris, preservando sobrecapas decorativas. Profusamente ilustrado com gravuras coloridas; fac-similes com mapas desdobráveis; tabelas de dados económicos e aduaneiros desde o século XVI; gráficos do movimento marítimo desde o século XVII; e mapa desdobrável do avanço das construções do Porto de Lisboa sobre o Rio Tejo. €150 597. PORTO. (Fr. Rodrigo do) Manual de comfessores & penitentes, que clara & breuemente contem a vniuersal & particular decisão, de quasi todas as duuidas, q nas cõfissõessoem occorrrer dos pecados, absoluições, restituições, censuras & irregularidades: Cõposto antes por hum religioso da ordem de S. Francisco da prouincia da piedade. E visto & em alguns passos declarado pólo muy famoso Doutor Martim de Azpilcuta Nauarro, cathredatico iubilado de prima em Cânones na vniuersidade de Coimbra. E depois cõ summo cuidado, diligencia & estudo, tã reformado & acrecentado pólo mesmo Author & o dito Doutor em materias, sentenças, allegações & estilo, q pode parecer outro, com reportório copioso no cabo. Anno de M. D. LII. (1552) Vendense em Coimbra a cento & sessenta reaes, em papel. [cólofon] In inclyta ConimBRICA IONNES BARRERIVS, ET IOANNES ALVAREZ Regii Typographi excudebãt. In 12.º de 14x9,5 cm. Com (viii)-953-(xxxviii) pags. Encadernação do século xviii inteira de pele. Exemplar alguns restauros marginais que por vezes atingem levemente a mancha tipográfica e com falta das páginas 465/466 e 479/480. Portada com cercadura tipográfica, impressão em caracteres góticos com letras capitulares xilograficas e notas impressas nas margens. D. Manuel 73 “ 33 e linhas –caracteres góticos, excepto as notas marginais, que são em caracteres redondos, e a parte das peças preliminares e finais- sem reclamos.” Anselmo 292. Palau 21282. Barbosa Machado III, 642. Inocêncio VII, 181. “Fr. Rodrigo do Porto. (V. Dicc., tomo VII, pag. 181). Franciscano da provincia da Piedade, natural da cidade do seu appellido. - Viveu no seculo XVI, porém não constam as datas precisas do seu nascimento e obito. O Manual (n.º 370) é em gothico. Camillo Castello Branco dizia que tinha comprado um exemplar da edição de 1549 por 800 réis e o vendera por 4$500.” Pinto de Matos, 47. “É livro estimado e pouco vulgar.” Inocêncio VI, 152 e XVI, 372. “Azpilcueta V. a sua biographia e retrato na Collecção dos retratos e elogios de varões e donas, etc., por Pedro José de Figueiredo, e mais resumida nos Estudos biogr. de Barbosa Canaes a pag. 200. - Ha na Bibl. Nacional um seu retrato de meio corpo pintado a óleo.” Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira III, 956. “Martinho de Azpilcueta. Celebre jurisconsulto espanhol nascido perto de Pamplona (Navarra) e chamado por isso Doutor Navarro, aparentado com famílias ilustres e antiquíssimas, às quais pertenceu também São Francisco Xavier. Foi convidado pelo governo francês a fazer parte do Parlamento de Paris. Recusando aquela honra. Regressou a Espanha, obtendo a cátedra de Prima Canones na famosa Universidade Salamanca, lugar que desempenhou com um critério tão inovador, que produziu uma verdadeira revolução no que então significavam os estudos universitários. Seguindo o conselho de Carlos V, aceitou o convite de D. João III de Portugal, para reger uma cátedra em Coimbra. Adquiriu grande renome após dezasseis anos de ensino, findos os quais foi reformado com um soldo de 1000 ducados anuais. Em prémio dos seus serviços o rei ofereceu-lhe o bispado de Coimbra, mas ele não aceitou. Confessor de Dona Joana de Áustria, foi-lhe por esta oferecido o bispado de Santiago de Compostela que também recusou. Filipe II convidou-o para exercer um posto no Conselho do Rei e outro no Tribunal Supremo da Inquisição, mas também não aceitou nenhum deles, preferindo dedicar-se exclusivamente às suas actividades de homem de Direito. Tomou para si a defesa de Frei Bartolomeu de Carranza, processado pela Inquisição, e conseguiu salvá-lo à força de talento e de dialéctica jurídica. Em Roma na intimidade dos papas Pio V, Gregório XIII e Sisto V, que apreciaram muito os seus dotes de talento, viveu ainda 19 anos. Faleceu em Roma em 1586, sendo-lhe prestadas honras soleníssimas por ordem do Papa SistoV. Recebeu sepultura no templo de Santo António dos Portugueses. A mais importante das suas obras, o Manual de Confesores Y Penitentes, publicada em Portugal e Espanha simultaneamente, e mais tarde em várias edições em Antuérpia, Roma, Colónia, Paris, Veneza e Wizburgo “Azevedo e Samodães 2535. “A composição tipográfica, embelezada de varias letras iniciais de desenhos de fantasia (gravura em madeira), foi executada com caracteres redondos e itálicos de vários corpos, e ainda com algum gótico. Terceira edição do Manual de Confessores de fr. Rodrigo do Porto, reformado e largamente ampliado pelo célebre catedrático da Universidade de Coimbra dr. Martim de Azpilcueta Navarro. Os exemplares são presentemente muito raros.” Binding: 18th Century full calf bound. Bibliographer Inocêncio (VI, 152 ; XVI, 372) Frei Rodrigo Porto lived in the sixteenth century. Camillo Castello Branco, a famous Portuguese writter said he had bought a copy of the edition of 1549. Bibliographer Pinto de Matos, (47) says: 'It is an estimated book and unusual.' Dr. Martin de Azpilcueta Navarro’s Handbook of Confesores Y Penitentes - the most important of his works - was published simultaneously in Portugal and Spain, and later in several editions in Antwerp, Rome, Cologne, Paris, Venice and Witzburg. Azevedo and Samodães (2535): 'The typesetting, embellished many of the initial letters of fantasy drawings (woodcut), were performed with round and italic characters of various bodies, and even with some Gothic. In the third edition of the Manual for Confessors, Fr. Rodrigo Oporto largely expanded by the famous work of Martin de Azpilcueta Navarro professor the University of Coimbra. Copies are now very rare'. €700 598. PORTUGAL (D. Pedro, Condestável de) TRAGÉDIA DE LA INSIGNE REINA DOÑA ISABEL. 2.ª edição. Revista e prefaciada por D. Carolina Michaëlis de Vasconcelos. Imprensa da Universidade. Coimbra. 1922. De 24x17 cm. Com 167 pags. Encadernação da época com lombada e cantos em pele com finos ferros a ouro, e ferros rolados a seco nas pastas. Tiragem de 100/79 exemplares numerados e rubricados pelo editor. Estudo elaborado na análise da obra escrita por um príncipe da Ínclita Geração e apenas dada à luz em 1899. €80 599. PORTUGAL. (D. Pedro, Infante de) O LIVRO DA VIRTUOSA BEMFEITORIA DO INFANTE DOM PEDRO. 2ª edição comemorativa dos centenários com um introdução e notas por Joaquim Costa Director da Biblioteca. Reprodução de manuscritos. Biblioteca Pública Municipal do Porto. Imprensa Portuguesa. Porto. 1940. De 25x17 cm. Com cxv-345 pags. Encadernação da época com lombadas e cantos em pele. Ilustrado. €150 600. PORTUGAL. (D. Pedro, Infante de) O LIVRO DA VIRTUOSA BEMFEITORIA. Do… [In] COLECÇÃO DE MANUSCRITOS INÉDITOS AGORA DADOS À ESTAMPA. II. Biblioteca Pública Municipal do Porto. Composto e Impresso na Oficinas do «Commercio do Porto». Porto. 1910. De 24x17 cm. Com [29]-274 pags. Encadernação com lombadas em pele com nervos e ferros a ouro. Exemplar com picos de humidade na capa de brochura e carimbo de oferta na folha de anterrosto. 1ª edição a partir da transcrição e confrontação dos exemplares manuscritos existentes na Biblioteca do Porto, na Academia Real das Ciências em Lisboa, e na Biblioteca de Madrid tendo sido financiada a deslocação e o estudo das obras nos locais pelo Estado português. €150 601. PORTUGUESES (OS) NA MARINHA DE GUERRA DO BRASIL. Contribuição comemorativa dos Centenários de Portugal (1139-1640). Comissão Brasileira dos Centenários Portugueses. Estados Unidos do Brasil. Rio de Janeiro. 1940. De 34x24 cm. Com 413 pags. Encadernação da época com lombada e cantos em pele. Texto impresso dentro de cercaduras (quadrilongos) com motivos náuticos decorativos. Obra com descrições pormenorizadas das condições de vida a bordo dos navios no tempo das grandes navegações de descoberta. €150 602. POYARES, Frei Pedro. DICCIONARIO LVSITANICO-LATINO DE NOMES PROPRIOS De regioens; Reinos, Provincias; Cidades; Villas; Castellos; Lugares; Rios; Mares; Montes; Fontes; Ilhas, Pensinsulas; Isthmos; &c. Com nome Latino, dando a esse nome latino o vulgar que hoje tem, pera boa intelligencia de Livros Sagrados, & Prophanos. Em Lisboa. Na Officina de IOAM DA COSTA, M. DC. LXVII. [1667]. In-8º gr de [xxviii],488 págs. De 18,5x14 cm. Encadernação recente inteira de pele mosqueada bem dourada na lombada e com filete nas pastas. Exemplar com assinatura de posse na folha de rosto de A. P. Fernandes Thomaz e ex-líbris de Victor Avila Perez. Inocêncio VI, 444. “Fr. PEDRO DE POYARES, Franciscano da provincia da Piedade, Prégador, e Lente de Theologia no convento de S. Francisco d'Elvas, etc. - Foi natural do logar do seu appellido, no termo da villa de Barcellos, e m. em Braga no anno de 1678. Os que desejam escrever com propriedade, e segundo a legitima pronunciação portugueza, têem n'este livro um guia seguro, e na sua lição subsidios de valia, para evitar os erros grosseiros, em que miseravelmente incorre a maior parte dos nossos modernos traductores, não só de romances, mas de obras scientificas, e até alguns auctores originaes, que transportam ás vezes para a nossa lingua os nomes do vocabulario geographico de modo que causam lastima aos sisudos, e provocam o riso aos eruditos de genio malicioso.” €300 603. PROPRIUM SANCTORUM ORDINIS S. P. BENEDICTI PORTUGALENSIS. ULYSSIPONE, Ex Typographia Antonij Pedrozo Galraõ. M. DCC. (1700) In 4.º de 24x17 cm. Com [viii], 92 pags. Encadernação da época em pergaminho proveniente de uma folha de um cantochão. Obra totalmente impressa a negro e vermelho, adornada com uma gravura de S. Bento na folha de rosto e um florão de remate no verso do último fólio. Não existe exemplar na Biblioteca Nacional de Portugal. €500 604. PRUDHOMME. (Louis) REVOLUTIONS DE PARIS DÉDIÉS A LA NATION ET AU DISTRICT DES PETITS AUGUSTINS Publiées par le sieur Prudhomme [Imprimerie des Révolutions de Paris] à lépoque du 12 Juillet 1789. AVEC GRAVURES et Cartes dês Départemens du Royaume. 1789. Obra com 91 (de 225) números de um jornal, encadernados em 7 volumes In 8º gr. de 20x13 cm. Encadernações da época inteiras de pele com ferros a ouro nos rótulos das lombadas. Ilustrados com: gravuras (algumas desdobráveis) intercaladas em extra-texto; quadros de dados; mapas; e índices. Exemplar com cantos e coifas das lombadas cansadas. O texto - no formato jornalístico da época - narra os factos do dia-a-dia cronologicamente; ilustra com gravuras os principais momentos da Revolução Francesa; enuncia os detalhes das ocorrências; e ainda com uma secção contendo anúncios publicitários. 91 numbers, bound in 7 volumes (out of 225 numbers from July 1789 to April 1791). 8vo. Contemporary calf, spines gilt with raised bands, labels with gilt lettering (all volumes with identical labels), a bit rubbed top at bottom of spines. With engravings and maps. Tourneux 10249; Hatin 147-149; Martin & Walter 1299; Rétat 163. All published. Famous journal, founded and edited by L. Prudhomme. Among the collaborators were Elysée Loustalot, Sylvain Maréchal, Chaumette, Fabre d'Egelantine. This newspaper provided interesting critiques and an immense volume of information concerning political activity in Paris. “C'est le tableau le plus exact, le plus complet et le plus impartial des agitations de la capitale pendant les premières et les plus dramatiques années de la Révolution. On ne trouverait nulle part ailleurs des matériaux aussi abondantes et aussi sûrs pour l'histoire de la période quelle embrasse' (Hatin). Tables a la fin de chaque volume. Les 91 premiers numéros de ce journal; soit les trois premiéres années jusq’au 9 Avril 1791 (complet en 225 numeros parus entre juillet 1789 et fevrier 1794). Notre serie comprend tous les textes du n°1, du 12 au 17 juillet 1789, au n°91 du 12 au 9 Avril 1791, avec planches gravées et cartes. Le premier volume, qui porte un titre grave, s'ouvre avec la Prise de la Bastille. Louis Prudhomme, papetier avant la Revolution, avait joint a son commerce primitif, au moment de la convocation des États Generaux, le debit fructueux des brochures de circonstances. €800 605. PSALTERIUM ROMANUM DISPOSITUM PER HEBDOMADAM, Ad normam Breviarii EX DECRETO SACROSANCTI Concilii Ridentini restituti S. PII V. PONTFICIS MAXIMI jussu editi, CLEMENTIS VIII. AC URBANI VIII. auctoritate recogniti; Cum omnibus, quae pro Psalmis, Antiphoniis, tam Beatae Maria virginis, quam Defunctorum , ac Responsoriis, ceterisque in Diurno Officio modulandis necessaria sunt, praecipua cura emendatum, & excussum. VENETIIS, MDCCLIX [1759]. In fólio maximo (de 48x36 cm). Com 472 pags. Encadernação da época inteira de pele sobre pranchas de carvalho, com ferragens nos cantos e super libris das pastas; com vestigios de fechos; apresentando os tranchefilas expostos por falta da lombada. Exemplar com vestígios de humidade nas primeiras 14 páginas e vestígios de ferrugem na última página derivado à oxidação das tachas da encadernação. Missal com música coral segundo a tradição da Igreja Católica Romana. €3.000 606. QUEIROZ VELLOSO. (J. M. de) O REINADO DO CARDEAL D. HENRIQUE. A perda da independência. Volume I. Por…professor jubilado da Universidade de Lisboa, sócio efectivo da Academia das Ciências de Lisboa, académico de número da Academia Portuguesa de História e correspondente da Real Academia da História de Madrid. Empresa Nacional de Publicidade. Lisboa. 1946. De 21x14 cm. Com 439 pags. Encadernação da época com lombada e cantos em pele. €80 607. QUESTÃO (A) IBÉRICA. Integralismo Lusitano. O Território e a Raça [por] António Sardinha; A Lingua e a Arte [por] Hippólyto Raposo; Musica e Instrumentos [por] Luís de Freitas Branco; Aspectos Económicos [por] José Pequito Rebello; Colonizações Ibéricas [por] Ruy Ennes Ulrich; Direito e Instituições [por] A. Xavier Cordeiro; Aspectos Político-Militares [por] Vasco de Carvalho; Lição dos Factos [por] Luis de Almeida Braga. [Tipografia do Anuário Comercial]. Depositários Almeida, Miranda e Sousa, Lda. Lisboa. 1916. De 25x17 cm. Com 352 pags. Encadernação da época com lombada e cantos em pele. €150 608. QUEVEDO DE VILLEGAS, Francisco de. OBRAS DE DON FRANCISCO DE QUEVEDO Villegas, Cavallero de la Orden de Santiago, Señor de la Villa de la Torre de Juan-Abad. DIVIDIDAS EN TRES TOMOS. Nueva Impression corregida y ilustrada com munchas Estampas muy donosas y apropriadas à la matéria. EN AMBERES. Por la VIUDA de HENRICO VERDUSSEN Año M. DCC. XXVI. [1726] Junto com: TOMO QUARTO EN EL QUAL CONTIENE Su vida y Obras posthumas, de la Providencia de Dios tratados tres, com el tratado de la Introducion à la vida Devota. Aqui antes nunca impresso ni en la impression de Bruselas, ni en la de Amberes. EN AMBERES. En Casa de BAUTISTA VERDUNSSEN, 1726. In 4. º de 22,5x17,5 cm. 4 volumes com: I - [viii], 542, [ii] pags. [xiv grav.]. II - [iv], 472, [iv grav.]. III - [iv], 592, [xiv, ii b.], pags. [9 grav.]. IV - [viii], 405, [iii] pags. [ii grav.] Encadernações da época inteiras de pele [um pouco cansadas) com rótulos vermelhos, nervos e ferros a ouro lavrados nas lombadas, cortes das folhas. marmoreados. Obra com folhas de rosto impressas a duas cores e ilustrada com 29 gravuras de página inteira, incluindo 2 retratos do autor e um fólio desdobrável com um epitáfio. Edição que apresenta pela primeira vez o quarto volume da obra, este aparece por vezes junto da edição anterior que é tipograficamente quase igual, mas publicada em Bruxelas pelo impressor Folpens em 1660-61. Palau 1990, VI 188. “Bella e acreditada edicion.” €3.600 609. QUIRINO DA FONSECA. (Henrique) MEMORIAS DE ARQUEOLOGIA MARITIMA PORTUGUESA. Recolhidas por… Capitão-tenente. Tip. de J. F. Pinheiro. Lisboa. 1915. De 22x16 cm. Com 224 pags. Encadernação artística inteira de pele (chagrin azul) com finos ferros a ouro na lombada e nas esquadrias das pastas com motivos náuticos. Exemplar com dedicatória do autor (na cabeceira de folha de rosto) dirigida a Afonso de Ornellas e indicação manuscrita pelo autor (na folha de guarda posterior, após a pag. 224 que é interrompida a meio de uma frase) de que esta publicação seguiria nos Anaes do Club Militar Naval. Exemplares da Biblioteca Central de Marinha seguem até à página 278. €150 610. RAIMONDI, Eugenio. DELLE CACCIE DI EUGENIO RAIMONDI BRESCIANO LIBRI QUATTRO AGGIUNTOUI 'N QUESTA NUOUA 'MPRESSIONE IL QUINTO LIBRO DELLA VILLA. IN NAPOLI, PER Lazaro Scoriggio. M. DC. XXXVI. [1626] In 4.º de 20,5x14,5 cm. Com [lvi], 635 pags. Ilustrado com frontispício gravado e 19 gravuras (8 são repetidas) com cenas venatórios. Encadernação da época em pergaminho flexível. Exemplar com ex-líbris de Salema Garção. Contemporary flexible vellum. Illustrated with 19 engravings (8 are repeted scenes) with big game hunting. Copy with an ex-libris of the portuguese bibliographer Salema Garção. €5.000 611. RAMALHO ORTIGÃO. (Joaquim da Costa) BANHOS DE CALDAS E AGUAS MINERAES. Com uma introducção de Julio Cesar Machado e desenhos de Emilio Pimentel. Livraria Universal de Magalhães & Moniz – Editores. Porto. 1875. De 22x15 cm. Com 135-(v) pags. Encadernação recente inteira de pele de vitela em cor bordeaux. Ilustrado com vinhetas, gravuras extra texto e quadros com dados estatísticos. Exemplar com o carimbo (ex-libris oleografico) do próprio autor sobre a folha de rosto. Inocêncio XII, 374 “Joaquim da Costa Ramalho Ortigão, nasceu no Porto em 16 de Fevereiro de 1843; filho de Joaquim da Costa Ramalho Ortigão, oficial de artilharia, e depois director do Collegio de Nossa Senhora da Lapa, naquela cidade; e neto paterno de José da Costa Leal e Brito, de uma antiga família do Algarve. Destinado á vida comercial, partiu para o Rio de Janeiro em 1856, e passados dois anos, com 23 de idade apenas, pela sua applicação e pelo seu proceder estava sócio gerente de uma importante casa de comissões de café. A sua educação litteraria, embora limitada, levou-o naturalmente a associar-se ao grupo de portugueses que naquela época lançavam os fundamentos de associações literárias e cursos de ensino nocturno, iniciando um movimento de propaganda sã e benemérita a favor da instrução popular na capital do império. Tomou parte na direcção de algumas dessas associações, sendo presidente da Caixa de Soccorros de D. Pedro V, em 1871; secretario da memorável Comissão Portugueza de Soccorros às Victimas da Febre Amarela, em 1873; e desde 1879 exerceu o lugar de director, primeiro secretário, do Gabinete Português de Leitura”. €200 612. RAMOS-COELHO. (José) HISTORIA DO INFANTE D. DUARTE IRMÃO DE EL-REI D. JOÃO IV. Por… Sócio correspondente da Academia Real das Sciencias de Lisboa, e da Real Academia de Lucca, sócio do Instituto de Coimbra, e sócio honorário do Gabinete Português de Leitura do Maranhão. Obra fundada em numerosíssimos documentos e com desenhos do architecto milanês o sr. Lucas Beltrami e phototypias do sr. Carlos Relvas. Por Ordem e na Typographia da Academia Real das Sciencias. Lisboa. 1889 e 1890. 2 volumes. De 23x15 cm. Com xxi-740 e 898 pags. Encadernações com lombadas e cantos em pele, com ferros a ouro ao gosto do século XVIII. Ilustrados com reproduções fac-similes de gravuras, mapas, retratos e manuscritos realizadas por Carlos Relvas e impressas em extra texto sobre papel de elevada qualidade e espessura. Obra fundada em numerosos documentos e com desenhos do architecto milanês o Sr. Lucas Beltrani. Apenas 2 volumes de uma obra em 3, tendo sido o 3º volume publicado 30 anos depois, em 1920, e contendo 126 páginas. Na sua época este príncipe suscitou muita simpatia entre os portugueses, porém a sua história foi completamente esquecida. Duarte de Bragança (1605-1649) filho de Teodósio II, Duque de Bragança, e irmão do futuro D. João IV de Portugal deixou o reino em 1634 para servir o Imperador Fernando III da Germânia na Guerra dos Trinta Anos. Em 1638 visitou Portugal quando lhe foi pedido tomar o comando da revolta que conduziria à Restauração da Independência. Quando a notícia chegou à Alemanha o infante escreveu ao irmão (em 12 de Janeiro de 1641) a dizer-lhe que voltaria ao reino assim que pudesse, mas Espanha obteve por via diplomática que o imperador prendesse o infante na fortaleza de Passau, de onde transitou para a fortaleza de Graz, no sul da Áustria. D. João IV ordenou aos embaixadores que usassem de todos os meios para libertarem o irmão e pediu ajuda ao papa Inocêncio XII sem êxito. D. Duarte foi vendido aos espanhóis e encerrado no castelo de Milão, onde morreu após oito anos de cativeiro, em 3 de Setembro de 1649. Although at the time Prince Duarte (Edward) arised much sympathy among the Portuguese and other nations his history has been completely forgotten. Duarte de Bragança (1605-1649) son of Theodosius II, Duke of Bragança, and brother of the future King John IV of Portugal left the kingdom in 1634 to serve the Emperor Ferdinand III, Holy Roman Emperor, in the Thirty Years War. In 1638 he visited Portugal when he was asked to take command of the uprise that would lead to the restoration of independence. When the news arrived in Germany he wrote to the brother (on January 12, 1641) to telling him that he would return to the kingdom so that he could. But Spain got his arrest through the diplomatic channels and the emperor held the prince in the fortress of Passau, and later in the fortress of Graz in southern Austria. D. John IV ordered the ambassadors to use every means to free his brother and sought help from Pope Innocent XII unsuccessful. D. Duarte was sold to the Spanish and ended at the castle of Milan, where he died after eight years of captivity, on September 3, 1649. €200 613. RAPOSO. (Hipólito) DONA LUISA DE GUSMÃO. DUQUESA E RAINHA (1613-1666). Empresa Nacional de Publicidade. Lisboa. 1947. De 23x15 cm. Com x-485 pags. Encadernação com lombada e cantos em pele e ferros a ouro na lombada feita no Seminário das Missões em Cucujães. Profusamente ilustrado com pranchas extra-texto e com uma reprodução a cores do retrato da Rainha D. Luisa de Gusmão existente no museu dos coches na folha de anterosto. €90 614. RASTEIRO. (Joaquim) QUINTA E PALÁCIO DA BACALHOA EM AZEITÃO. Monographia Histórico-Artística. Inícios da Renascença em Portugal. Por… Membro da commissão dos monumentos nacionaes. Imprensa Nacional. Lisboa. 1895. de 27x17 cm. Com 97 pags. Junto com: PALÁCIO E QUINTA DA BACALHOA. AZEITÃO. DESENHOS DE A. BLANC. Inícios da Renascença em Portugal. S/L .[Lisboa?]. 1898. De 30x24 cm. Encadernação do da época com lombada em pele. Ilustrado com mapa da quinta; e LIV [54] estampas coloridas com panorama da quinta numa aguarela; busto de Afonso de Albuquerque Filho; pedra de armas do palácio; medalhões de pedra da Galeria Norte; estampas coloridas com os painéis de azulejos; tarjas e azulejos dos vários locais do palácio; painéis de azulejos dos pavilhões do jardim (Douro, Nilo, Eufrates, roubo da Europa, Susana surpreendida no banho, etc); revestimentos dos alegretes; medalhões do lago; medalhões da rua que vai do palácio ao lago; e vários fragmentos de azulejos. Inocêncio XVII, 352 e XX, 386: ' Monografias Portuguesas. A monographia do sr. Joaquim Rasteiro é acompanhada de um album chromo-lithographico com 54 estampas, reproducção de azulejos, etc'. Obra com os dois volumes de tamanhos diferentes de origem, sendo o primeiro o texto e o segundo as ilustrações. €200 615. REBELLO DA SILVA. (Luiz Augusto) HISTORIA DE PORTUGAL NOS SECULOS XVII E XVIII. Por... Socio effectivo da Academia Real das Sciencias. Imprensa Nacional. Lisboa. MDCCCLX [1860] -MDCCCLXXI [1871]. Obra em 5 volumes. De 22x14 cm. Com 565, 661, 579, 660, e 614 pags. Encadernações da época inteiras de pele com 2 rótulos vermelhos. Inocêncio XIII, 350: 'Luiz Augusto Rebello da Silva, nascêra em 1822. Digno par do reino, ministro e secretario d'estado dos negocios da marinha e do ultramar em 1870; professor da primeira cadeira do curso superior de letras, vogal da junta consultiva do ultramar, grande official da ordem de S. Mauricio e S. Lazaro. gran-cruz da ordem de Carlos III, commendador das ordens de S. Thiago e de Christo; official da ordem da Torre e Espada, etc. Collaborador do Archivo pittoresco, e do Annuario do mesmo Archivo; do Jornal do commercio, etc'. €300 616. REBELLO DA SILVA. (Luiz Augusto) VARÕES ILLUSTRES DAS TRES EPOCHAS CONSTITUCIONAES Collecção de esboços e estudos biographicos por… Lisboa. Livraria de Antonio Maria Pereira – Editor. 1870. De 21x14 cm. Com 267 pags. Encadernação com lombada e cantos em pele. Ilustrado em extra texto com as gravuras dos políticos constitucionais antecedendo a respectiva biografia: o Duque de Palmela, Manuel Fernandes Thomaz, Mouzinho da Silveira, José da Silva Carvalho, José Estevão e Manuel da Silva Passos. Inocêncio XII, 350 “Luiz Augusto Rebello da Silva, nascêra em 1822. Digno par do reino, ministro e secretario d'estado dos negocios da marinha e do ultramar em 1870; professor da primeira cadeira do curso superior de letras, vogal da Junta Consultiva do Ultramar, Grande Official da Ordem de S. Mauricio e S. Lazaro. Gran Cruz da Ordem de Carlos III, Commendador das Ordens de S. Thiago e de Christo; Official da Ordem da Torre e Espada, etc. Collaborador do Archivo Pittoresco, e do annuario do mesmo archivo; do Jornal do Commercio, etc. Morreu em Lisboa em 1871”. €90 617. REGIMENTO DA COBRANÇA DAS DÉCIMAS PARA AS DESPESAS DA GUERRA DA RESTAURAÇÃO. [Colofón]: Regimento da forma, & ordem, porque se hão de cobrar as décimas, que os tres Estados offereceraõ em Cortes, para a despeza da guerra. Impresso este Regimento por mandado Del Rey nosso Senhor. Em Lisboa. Por António Aluarez Impressor de Sua Magestade. Anno de 1643. In 4º (de 27x18 cm) com xxxiv páginas inumeradas. Encadernação recente com ex-libris de Manuel R. Pereira da Silva. Exemplar com restaurados marginais. Inocêncio não menciona. BNP menciona edições posteriores. €150 618. REGIMENTO DA CRIAÇAM DOS CAVALLOS. Impresso por decreto de Sua Magestade, de Abril de 1645. EM LISBOA. Por Antonio Aluarez Impressor Del Rey N. S. Anno de 1645. In fólio de 27x18,5 cm. Com [ii], 20 pags. Encadernação recente inteira de pele. Folha de rosto com tarja tipográfica e ao centro uma gravura com as armas de D. João IV. Raríssimo espécimen bibliográfico, desconhecido de Inocêncio e do qual apenas existe um exemplar na rede pública de bibliotecas portuguesas, presente na Biblioteca João Paulo II da Universidade Católica Portuguesa. Decreto no âmbito do rearmamento Português durante a Guerra da Independência com a Espanha - tratado de paz assinado em 1668 – momento em que existiu uma necessidade urgente da contribuição de todo o cidadão capaz de criar cavalos com as éguas disponíveis; para o qual foram regulados requisitos, exames e registos; afim de se obterem poldros apropriados para as coudelarias nacionais. Decree (regimento) printed by order of the King of Portugal on the rules of the horse breading. Lisbon, April 1645. Due to the Portuguese rearmament during the Independence War with Spain (peace treaty signed in 1668) there was an urgent need of a contribution from any available private citizen to bread a stallion out of an available mare; for which was a scrutiny, and registration, in order to give an appropriate foal to be given to the national studs. In folio 27x18, 5 cm.; [ii], 20 pags. Binding in recent full calf gilt with title on the front board. Title page edged by a typographical frame and the royal coat-of-arms of King D. John IV at the center. Bibliographic rare specimen unknown to Portuguese bibliographer Inocêncio. Only one copy exists at public libraries in Portugal (present in the Library John Paul II, Catholic University, Lisbon). €3.000 619. REGIMENTO DA REPARTIÇAM, EXTRACÇAM, E ARRECADAÇAM DOS DEREYTOS DO SAL DAS VILLAS DE SETUBAL, & ALCACERE. [Vinheta com as Armas Reais]. EM LISBOA. Na Officina de MIGUEL MANESCAL, Impressor do Sancto Officio, & da Serenissima Casa de Bragança. Anno de 1703. In fólio (de 28x19 cm) com 73, [i] pags. Encadernação de final da época inteira de pele com nervos, ferros a ouro na lombada e rótulo vermelho. Exemplar com títulos de posse manuscritos sobre a folha de rosto: “Pertence a Jerónimo Tavares da Cunha, ano de 1728”; assinatura de posse do engenheiro agrónomo António de Passos de final do séc. xix (na folha de rosto e em várias páginas interiores de forma indelével); e ex-libris oleográfico armoriado do Duque de Lafões (séc. XVIII) colocado no verso da folha de rosto (losango levemente desbotado na página de rosto). Obra de extrema raridade. Inocêncio não menciona, bem como a generalidade dos bibliógrafos portugueses. Regulamento com a criação do cargo de Superintendente do Sal; com procedimentos para a exploração durante toda a vida útil e económica das marinhas de sal; e para o conhecimento das normas durante o carregamento e despacho do sal em navios (patachos e caravelas, sic) com destino à exportação. Reliure: plein veau moucheté de l'époque, dos à nerfs ornés de filets, fers dores et pièce de titre rouge. Exemplaire avec ex-libris manuscrit de l'époque sur la page de titre: «Il appartient à Jérôme Tavares da Cunha, l'année de 1728', la signature possession de l’agronome António dos Passos (fin du siècle. xix : dans la page de couverture et les pages intérieures plusieurs indélébile); et ex-libris du Duc de Lafões (XVIII siècle) sur le verso de la feuille de couverture (légèrement défraîchi sur la page de couverture). Pièce de extrême rareté bibliographique. Bibliographe Inocêncio Francisco da Silva ne mentionne pas, ainsi que la généralité des bibliographes portugais. Règlement de création du poste de Directeur du Sel, avec des procédures d'exploitation au cours de la durée de vie des marais salants, et pour la connaissance des normes lors du chargement et de l'expédition des navires cargo du sel (pataches et caravelles, sic) destination à l’exportation. €1.500 620. REGIMENTOS DO AVDITORIO ECCLESSIASTICO DO ARCEBISPADO D’EVORA, E DA SVA RELAÇAM E CONsultas, & casa do Despacho, & mais oficiais de justiça Ecclesiastica, & a ordem que se tem nos exames, & em outras cousas que tocão ao bom governo do dito Arcebipado, tirados dos antigos, & acrescentados, & mudados, conforme ao tempo, & larga experiencia, que se teue, & ao sagrado Concilio Tridentino. Por mandado do reuerendissimo em CHRISTO padre dom Theotonio, filho dos duques de Bragança dom Iames quarto, & dona Ioanna de Mendoça, Arcebispo de d’Euora. Impresso em Euora por Manuel de Lyra, por mandado do dito Reuerendissimo em Christo padre. ANNO DE M.D.LXXXXVIII. [1598] In fólio de 26x18,5 cm. Com [iv], 164 fólios. Encadernação da época inteira de pele com ferros a seco nas pastas. Bela impressão com o brasão de D. Teotónio na fola de rosto, uma gravura de página inteira com Cristo cruxificado, capitulares xilográficas decorativas ao longo do texto, vinhetas de remate decorativas. Exemplar com ocasionais e ténues manchas de humidade, dois fólios um pouco aparados junto ao pé. O fólio 152 em branco está encadernado fora do devido lugar, encontra-se a seguir ao fólio 106. Anselmo 775. Barbosa III, 735. Inocêncio VIII, 91. Palha 363. D. Manuel II 269. Barbosa Machado III, 719. Pinto de Matos, 78. Neponuceno 1412. Azevedo e Samodães 2643. “Na impressão, nítida e embelezada de vinhetas ornamentais e de grandes letras iniciais de desenho de fantasia (gravura em madeira), aplicaram-se caracteres redondos e itálicos: os primeiros no texto compacto do Regimento, e os segundos nas epígrafes dos vários títulos em que o Regimento é dividido. Livro no seu género, interessante e de muito apreço. Edição primitiva, e única que isoladamente o Regimento teve. Os exemplares são RARISSIMOS.” €7.000 621. REGLA, Y CONSTITVCIONES DE LAS RELIGIOSAS Primitiuas Descalças de la Orden de la gloriosíssima Virgen Maria del Monte Carmelo. LISBOA. Com todas las licencias [O]fficina Craesbeeckiana. 1653. In 16º (de 10x7 cm) com [viii], 172, [iv] fólios. Encadernação da época inteira de pele sobre tábuas de madeira, cansada, com falhas e trabalhos de traça nas pastas e na lombada. Exemplar com título de posse coevo: 'He pª ouso das Relij. Carmelitas Descalças de Lx' (É para uso das Religiosas Carmelitas Descalças de Lisboa). Impressão em miniatura. Obra muito rara. €800 622. REGO. [Francisco Xavier do] TRATADO COMPLETO DA NAVEGAÇÃO QUE CONTEM AS PROPOSIÇOENS, E PRATICAS DA GEOmetria, hum Tratado da Esfera, e Astronomia, as Taboadas do Movimento do Sol, de sua declinação, e ascensaõ recta; as do seu nascente, e poente, como também a sua amplitude, e outras que são necessárias na Navegaçaõ; o modo de as calcular, e reformar; a construção e uso dos instrumentos de observar as alturas dos Astros, da variação da Agulha magnética, e os modos de a observar; as regras geraes da Navegaçaõ pelas cartas Hydrograficas, ou de Marear, pelo Quarto de redução, pelos senos, e logarithmos: tudo claramente demonstrado, explicado. LISBOA, Na Officina de Antonio Vicente da Silva. Anno MDCC.LXIV. [1764] In 4º de 20,5x14 cm. com [xvi], 504 pags. Encadernação inteira de pele, cansada. Ilustrado com 9 gravuras desdobráveis. Exemplar com pequena falha de papel marginal no canto superior externo das páginas 275 a 304 sem afetar a mancha tipográfica. 1ª edição a 2ª é de 1787. Obra raríssima, na rede pública de bibliotecas portuguesas apenas existe um exemplar com falta de 7 gravuras e fólios preliminares, encontra-se na Biblioteca Central de Marinha. Inocêncio III, 93. “FRANCISCO XAVIER DO REGO (2.º), do qual não achei até agora noticia alguma, com respeito á sua profissão e mais circumstancias pessoaes. E. 2022) Tratado completo da navegação, que contém as proposições e praticas da geometria; um tratado da esphera e astronomia; as taboadas do movimento do sol, sua ascensão recta e declinação; as do seu nascente, e poente; como tambem as da sua amplitude, e outras que são necessarias na navegação; o modo de as calcular, e reformar, etc., etc. Offerecido a elrei N. S. D. José I. Lisboa, na Offic. de Antonio Valente da Silva 1766. 4.º com 9 estampas.” Binding: contemporary full calf, slightly worn and cracked at spine. A Complete Treatise on Navigation, Geometry, a Treaty of the Sphere and Astronomy, tables of the Movement of the Sun, its declination and right ascension; latitude and longitude and how to calculate them; the construction and use of instruments to observe the stars and planets; the variation of the magnetic compass; logarithms, etc. All that is needed for navigation. Illustrated with 9 engravings, for the navigation across the oceans, geometrical cases; logarithmical tables; chart of deviation; 2 folding maps of the Atlantic navigation (the Golf of Biscay, and the South Atlantic to Brasil); navigational tools (the astrolabe and its theoretical versions). €3.000 623. REGRA DO GLORIOSO PATRIARCHA S. BENTO. TIRADA DE LATIM EM LINGOAgem portuguesa. POR INDVSTRIA DO REuerendissimo P. Fr. Thomas do Socorro Geral nesta Congregação de Portugal, segunda vês impressa. Impressa em Coimbra em casa de Nicolao Carualho Impressor da Vniversidade no Annode 1632. A custa da Congregação de S. Bento. In 8.º de 17x12 cm. Com [iv], 47 fólios. Encadernação da época em pergaminho. Impressão adornada com capitulares xilograficas. Inocêncio VII, 60 '(Note-se que nada tem que ver esta Regra com a que traduziu Fr. Isidoro de Barreira, que descrevi no Diccionario, tomo III, n.º J, 159; sendo uma destinada para os monges benedictinos, outra para os freires da Ordem de Christo.)' €500 624. REGULAMENTO DO COMMISSARIADO DE VIVERES, E TRANSPORTES PARA O EXERCITO PORTUGUEZ. Na Impressão Regia. Por Ordem de S. A. R. Anno 1812. De 16x10 cm. Com 125 pags. Encadernação moderna com folha de rosto colada na pasta anterior. Com quadros de dados desdobráveis. Regulamento contendo importantes dados da administração militar sobre rações, viveres e preços e outros abastecimentos. €200 625. REGVLA SANCTISSIMI BENEDICTI MONACHORVM OMNIVM PATRIS ALMIFICI. Cum facultate supremi Senatus Sanctae & generalis Inquistionis, & Ordinarij. Execudebat Antonius Riberius Olysippone, expensis Congregationis sacti Patris Benedicti. 1586. In 8.º com 18x13,5 cm. Com [vi], 68 fólios. Impressão adornada com capitulares xilográficas, duas imagens diferentes de S. Bento, na folha de rosto e no último fólio e um escudo tipográfico também no último fólio. Primeira edição. Licença dada por Bartolomeu Ferreira, censor de Os Lusíadas. Anselmo 973. D. Manuel 190. [Junto com:] REGRA DO GLORIOSO PATRIARCHA SAM BENTO, TIRADA DE Latim em ligoajem Portuguesa, por industria do muito R. P. F. Plácido Villalobos Geral nesta Congregação de Portugal. Foi impressa em Lisboa, com licença do Supremo conselho da Sancta Inquisição, por Antonio Ribeiro, á custa da Congregação de Sam Bento. 1586. In 8.º com [iv], 49, [i] fólios. Encadernação do final do século xviii. Tradução de Fr. João Pinto. Primeira edição. Licença dada por Bartolomeu Ferreira, censor de Os Lusíadas. Impressão adornada com capitulares xilográficas, duas imagens diferentes de S. Bento, na folha de rosto e no último fólio, e uma gravura de pagina inteira no verso do último fólio, nesta gravura utilizou-se as mesmas xilogravuras com se imprimiu a folha de rosto da primeira edição de Os Lusíadas, o que talvez permita desfazer a ideia de que a chapa se estragou e que por isso se utilizou uma chapa diferente na tiragem B. Exemplar com antigos restauros marginais (à cabeça e no pé) nas folhas de rosto para remoção de assinaturas de posse. Estas duas primeiras edições da regra de S. Bento, embora publicadas em simultâneo são dois especímens bibliográficos diferentes. Anselmo 972. D. Manuel 191. Rules of the Benedictine Chapter in Latin language, 1586. Together with: Rules of the Benedictine Chapter in Portuguese language, 1586. In 8. º (18x13, 5 cm) with [vi], 68 folios; together with [iv], 49 [i] folios. Binding: ¾ calf bound by the end of the 18th Century. These two first editions of the Benedictine Rules, though published at the same time; they are two different bibliographical specimens. Latin text with the Rules of the Chapter is illustrated with woodcuts, two different images of S. Benedict, on the title and the last folio and a typographical devise also in the last folio. License to print given by Bartholomew Ferreira (the same censor of the poem Lusíadas). Translation of Fr. João Pinto. The Portuguese text of the Rules of the Chapter are illustrated on the last folio or colophon (actually it is a full page “frontispiece” on the verse of last folio). On this engraving the printer used the same intaglio printed at the frontispiece of the first edition of The Lusíadas (pelican head to the left) which is a proof that the intaglio was not lost or damaged between the first and the second edition of the Lusíadas. Copy with marginal old restorations (head and foot of titlepage) for the removal of ownerships. Anselmo 973. D. Manuel 190. Anselmo 972. D. Manuel 191. €9.000 626. REIS-SANTOS. (Luís) OBRAS-PRIMAS DA PINTURA FLAMENGA DOS SÉCULOS XV E XVI EM PORTUGAL. Por... Director do Museu Machado de Castro, de Coimbra. Apresentação pelo Dr. Ricardo Espírito Santo Silva. Prefácio do Dr. Max Friedländer. Lisboa. 1953. De 34x30 cm. Com 124 pags pags. Encadernação executada pelo mestre encadernador Frederico de Almeida. Ilustrado com 60 reproduções de pinturas flamengas e ficha completa de cada obra; com as referências e o contexto de cada autor e de outras obras relacionadas presentes em museus internacionais. Exemplar de uma tiragem 192/500 assinado e numerado pelo autor de uma edição impressa sobre papel avergoado 'WSH & Co. British Hand Made'. €250 627. RELAÇAM, E NOTICIA DO FAMOSO FENOMENO QUE APARECEO NO REYNO DE INDOSTAN sobre a Cidade de Agra Corte do Gram Mogor em o mez de Agosto de 1748. COIMBRA: Anno M.DCC:XXXXIX. [1749] In 4.º de 19x13 cm. Com 11 pags. Encadernação recente com lombada em tela. Ilustrado no rosto com uma gravura xilográfica do cometa. Não existe copia na BNP. Não referenciado por Inocêncio. €1.500 628. RESENDE. (André de) VIDA DO INFANTE DOM DUARTE. PELO MESTRE ANDRÉ DE REZENDE, MANDADA PUBLICAR PELA ACADEMIA DAS SCIENCIAS DE LISBOA. LISBOA. Na Offic. da ACADEMIA REAL DAS SCIENCIAS. ANNO M. DCC.LXXXIX. (1789) In 8.º de 19x12,5 cm. Com (viii)-63 pags. Encadernação recente com lombada e cantos em pele. 1.ª edição. Inocêncio I, 67. “321) (C) Vida do Infante D. Duarte, mandada publicar pela Acad. Real das Sciencias de Lisboa. Lisboa, na typ. da mesma Acad. 1789. 4.º de VIII 63 pag. - Traz uma prefação de José Corrêa da Serra, que foi o encarregado de dirigir esta edição, feita sobre uma copia que existia no collegio dos Benedictinos de Coimbra, e que á Academia franqueou o seu socio Fr. Joaquim de Sancta Clara, que morreu Arcebispo d’Evora. - Passados mais de cincoenta annos, no de 1842, appareceu dada novamente á luz a Vida do Infante D. Duarte inserta no tomo IX da Revista Litteraria do Porto, 1842 de pag. 433 a 467 (e julgo que tambem se tiraram exemplares em separado). Pelo que ahi diz o editor, esta nova edição foi feita sobre o proprio original que era de Montarroyo, segundo Barbosa, e que hoje existe no Archivo Nacional da Torre do Tombo. Confrontada porém com a da Academia, vê se que as variantes são em pequeno numero, e de mui pouca consideração.” €200 629. REVISTA DOS CENTENÁRIOS. Nº 1 (31 de Janeiro de 1939) ao Nº 24 (31 de Dezembro de 1940). Edição da Comissão Nacional dos Centenários. Lisboa. 1939-1940. 24 fascículos em 1 volume. De 29x24 cm. Com cerca de 1500 páginas. Encadernação em percalina verde. Profusamente ilustrado e com um mapa desdobrável da Exposição do Mundo Português. Obra completa desta publicação peródica conténdo no final uma bibliografia das obras editadas pela Comissão dos Centenários da Independência e da Restauração de Portugal; e uma bibliografia (discoteca) de música tradicional portuguesa. €200 630. RIBEIRO DE MACEDO, Duarte. OBRAS DO DOUTOR… , Cavalleiro da Ordem de Christo, do Conselho de Sua Magestade, e de sua Real Fazenda, Enviado que foi ás Cortes de Pariz, Madrid, e de Torim. LISBOA, Na Officina de Antonio Rodrigues Galhardo. Anno MDCCLXVII [1767]. 2 volumes em 1. De 20x15 cm. Com viii-289 e vii-327 pags. Encadernação da época inteira de pele mosqueada com ferros a ouro na lombada. Inocêncio II, 215: “Duarte Ribeiro de Macedo, Cavaleiro da Ordem de Cristo, Doutor em Direito pela Universidade de Coimbra, do conselho d'El-Rei D. Pedro II, Desembargador e Conselheiro da Fazenda; Secretario da Embaixada que na regência da rainha D. Luísa foi a França em 1659 e depois Ministro enviado á mesma Corte e a de Espanha. Posto que Barbosa e os outros seus biógrafos o fizessem natural da vila do Cadaval, ele próprio nos diz de si expressamente que nasceu em Lisboa. OBRAS DO DOUTOR DUARTE RIBEIRO DE MACEDO. Lisboa por Antonio Isidoro da Fonseca 1743. 4.º 2 tomos. E novamente: Lisboa, por Antonio Rodrigues Galhardo 1767. 4.º 2 tomos o I com VIII 290 pag. o II com VIII 327 pag”. €300 631. RIBEIRO DE SAMPAIO, Francisco Xavier. ROTEIRO DA VIAGEM DA CIDADE DO PARÁ ... - REBELLO, Gabriel. INFORMAÇÃO DAS COUSAS DE MALUCO... <strong></strong>[Publicado in] COLLECÇÃO DE NOTÍCIAS PARA A HISTORIA E GEOGRAFIA DAS NAÇÕES ULTRAMARINAS, QUE VIVEM NOS DOMINIOS PORTUGUEZES, OU LHES SÃO VISINHAS: PUBLICADA PELA ACADEMIA REAL DAS SCIENCIAS. TOMO VI. Typographia da Academia. Lisboa. 1856. In 8º de 23x17 cm. com 312 pags. Encadernação recente com lombada em pele. Exemplar por abrir. Conjunto de 2 memórias que transcrevem manuscritos, documentos e artigos sobre o Brasil e o Extremo Oriente, com os seguintes títulos de: I- “Roteiro da viagem da cidade do Pará até às últimas colónias dos domínios portugueses em os rios Amazonas e Negro. Ilustrado com algumas notícias, que podem interessar a curiosidade dos navegantes, e dar conhecimentos das suas Capitanias do Pará, e de S. José do Rio Negro; da pag. 1 à pag. 85. II- Apendix do mesmo roteiro que fez o Ouvidor e Intendente Geral Francisco Xavier Ribeiro de Carvalho no ano de 1775-1775”; da pag. 87 à pag. 142; e com 6 quadros de dados desdobráveis. III- Informação das coisas de Maluco, dadas ao senhor Dom Constantino, em que se tratam algumas novidades da natureza, e sucintamente de seu descobrimento por Portugueses e Castelhanos, e de todas as armadas suas que lá foram até Rui Lopes de Villa Lobos, e a destruição das fortalezas de Geilolo e Todore, em que se recolhiam, composto por Gabriel Rebello”; da pag. 145 à pag. 312. €300 632. RIBEIRO DE VASCONCELOS. (António Garcia) SÉ-VELHA DE COIMBRA. (Apontamentos pra a sua história). Pelo Professor Dr... (Colecção) Subsídios para a história da Arte Portuguesa. Imprensa da Universidade. Coimbra. MDCCCCXXX. [1930] e MDCCCCXXXV. [1935]. Obra em 3 volumes encadernados em 2. De 22x17 cm. Com 489, 399-138 e 36 pags. Encadernações com lombada em pele cansada. Ilustrados no texto e em extra texto com fac-similes de manuscritos, epigrafia, e fotogravuras da Catedral antes e depois do restauro. Exemplares (incluído o Suplemento ao 2º Volume) encontram-se com dedicatórias autografas. Exemplar do 1º volume com falta de capa anterior de brochura. €100 633. RIBEIRO. (Aquilino) AVENTURA MARAVILHOSA DE D. SEBASTIÃO, REI DE PORTUGAL, DEPOIS DA BATALHA COM O MIRAMOLIM. Romance por…4ª edição. Livraria Bertrand. Lisboa. De 19x12 cm. Com 317 pags. Encadernação da época com lombada e cantos em pele. €80 634. RIBEIRO. (Bernardim) VERSOS DE... Typographia Elzeviriana. Lisboa. 1886. De 29x20 cm. Com 150 pags. Encadernação com lombada em pele e ferros a ouro. Exemplar com ex-libris. Obra impressa sobre papel couché mate com texto a duas cores dentro de quadrilongos decorativos, destinado a 'florilégio de bibliófilos'. Esta edição consta unicamente de 111 exemplares todos em cartolina imperial acetinada numerados no prelo, e assinados tanto pelo revisor como pelo editor. Exemplar nº 39, preservando as capas de brochura. €80 635. RIBEIRO. (Manuel) VIDA E MORTE DE MADRE MARIANA ALCOFORADO. (1640-1723). [Por]… [Com uma tradução nova das Cartas Portuguesas]. Livraria Sá da Costa Editora. Lisboa. 1940. De 23x16 cm. Com 332 pags. Encadernação da época com lombada e cantos em pele. Ilustrado. Exemplar autenticado com rubrica do autor e dos editores. €90 636. RIBEYROLLES. (Charles) BRASIL PITORESCO. História – Descrição – Viagem – Colonização – Instituíções. Ilustrações com gravuras de vistas, panoramas, paisagens, costumes, etc. Por… Tradução e notas de Gastão Penalva. Prefácio de Afonso d’E. Taunay. Biblioteca Histórica Brasileira. VI. Direção de Rubens Borba de Moraes. Livraria Martins. S. Paulo. 1941. 2 volumes. De 25x19 cm. Com xiv-241 e 188 pags. Encadernações da época com lombadas em pele. Ilustrados em extra-texto. €200 637. RIDINGER, Johann Elias. VORSTELLUNG UND BESCHREIBUNG DERER SCHUL UND CAMPAGNE Pferden nach ihren Lectionen, In was vor gelegenheiten solche können gebraucht werden.- REPRESENTATION ET DESCRIPTION DE TOUTES LES LECONS DES CHEVAUX DE MANEGE ET DE LA CAMPAGNE, dans quelles occasions on s'en puisse servir. Heraus gegeben von Johann Elias Ridinger Mahler und Kupferstecher, auch der Augspurgishen Kunst und Mahler Academie Director. Augsburg, Ridinger, 1760. In 4.º de 28,5x22 cm. com [ii], 35 pags. [de texto] + 46 gravuras [de página inteira] Encadernação da época inteira de pele com nervos na lombada. Impressão a duas colunas com texto bilingue em alemão e francês. Obra clássica da equitação, muito rara quando completa e em bom estado, tal como o presente exemplar. As gravuras são assinadas pelo autor. Mennessier de la Lance II, 429. - Nissen, Zool. 3415 und 3416. Classical work on European horsemanship. Superb copy: very rare book when complete such as this one. Binding: contemporary full calf. Contains the presentation the Baroque riding school and the description of all the lessons needed to reach such equestrians performances. Edited by Johann Elias Ridinger; painter and engraver. Illustrated with 46 full page engravings signed by the author. Bilingual: printed in two columns of text, German and French. €6.000 638. RIGAUD, Lucas. COZINHEIRO MODERNO, OU NOVA ARTE DE COZINHA, ONDE SE ENSINA PELO METHODO maís facil, e mais breve o modo de se prepararem varios majares, tanto de carne, como de peixe: Mariscos, legumes, ovos, lacticinios: Varias qualidades de massas para pães, empanadas, tortas timbales, pasteis, bôlos, e outros pratos de entremeio: Varias receitas de caldos para differentes sopas: Caldos para doentes, e hum caldo portativo para viagens longas. Com huma observaçaõ sobre algumas frutas; o tempo de se colherem, tanto para se comerem na sobre mesa, como para doces, e se conservarem para o Inverno. DADO Á LUZ Por LUCAS RIGAUD Hum dos Chefes da Cozinha de Suas Magestades Fidelíssimas, &c. Segunda Edição correcta e emandada. LISBOA Na Officina de LINO DA SILVA GODINHO. M. DCC. LXXXV. [1785] In 8.º de 14,5x9,5 cm. Com 469 pags. Encadernação recente inteira de pele ao gosto da época. Inocêncio V, 203. “estrangeiro, como bem o indica o seu appellido, mas domiciliario por algum tempo em Portugal, onde se declara «um dos Chefes da cosinha de Suas Magestades Fidelissimas», compoz, ou como elle diz, deu á luz a obra seguinte: Cosinheiro moderno, ou nova arte de cosinha, Terceira edição correcta e emendada. Lisboa na Offic. de Simão Thaddeo Ferreira 1798. 8.º de VIII 461 pag. É esta a edição que possuo, e ainda não tive opportunidade de examinar as anteriores. Depois se fizeram mais algumas, e a ultima de que hei noticia é de 1846. O auctor declara, que o motivo de emprehender esta publicação fôra «ver que um pequeno livro que até então corria impresso entre nós, com o titulo de Arte de cosinha (vej. Domingos Rodrigues), era tão defeituoso, que se devia rejeitar inteiramente como inutil, e incompativel com os ajustados dictames da mesma arte.»” €600 639. RITCHIE, Leitch. TRAVELLING SKETCHES ON THE SEA-COASTS OF FRANCE, WITH BEAUTIFULLY FINISHED ENGRAVINGS, FROM DRAWINGS BY CLARKSON STANFIELD. LONDON: LONGMAN, REES, ORME, BROWN, GREEN, AND LONDMAN, 1834. In 8.º de 19,5x12,5 cm. com [x], 246, [ii] pags. Encadernação do editor inteira de pele vermelha com ferros a ouro e a seco na lombada e pastas. Ilustrado com 21 gravuras. 8vo, hardcover, original red roan with sides bordered in blind, gilt wreath to centre, spine lettered and decorated in gilt 'Heath's Picturesque Annual 1834'. All edges gilt, cream endpapers. [10], 256, [2, blank] pp. Frontispiece and engraved title before letterpress title and 19 other fine steel engraved views inserted, all with tissue guards. €300 640. ROCHA MARTINS. (Francisco) LISBOA HISTÓRIA DAS SUAS GLÓRIAS E CATÁSTROFES. [Por]… da Academia de Ciências de Lisboa. Edição Comemorativa do 8º Centenário da Capital. Editorial Inquérito Limitada. Lisboa. 1947. Obra em 2 volumes. De 25x19 cm. Com 1407 pags. Encadernação com lombadas do editor. Profusamente ilustrado e com gravuras desdobráveis. €150 641. ROCHA MARTINS. (Francisco) VERMELHOS, BRANCOS E AZUIS. Homens de Estado, Homens de Armas, Homens de Letras. Portugal nos nossos dias. De… da Academia das Ciências de Lisboa. Vida Mundial Editora, Organizações Crisalis. Lisboa. 1948, 1950 e 1951. 4 volumes enc. em 2. De 25x18 cm. Com 320-383 e 415-407 pags. Encadernações do editor. Profusamente ilustrados com retratos de pessoas e acontecimentos e fac-similes de obras e missivas com as principais ideias politicas e culturais dos biografados. Obra com as biografias de; Conselheiro João Franco; Dr. Magalhães Lima; Cardeal Mendes Belo; Conselheiro Aires de Ornelas e Vasconcelos; Contra-Almirante Machado dos Santos; Conde de Sabugosa; ViceAlmirante Cândido dos Reis; Tenente Frederico Pinheiro Chagas; Doutor Teófilo braga; Doutor António Granjo; Doutor António José de Almeida; Conselheiro Teixeira de Sousa; Brigadeiro João Tamagnini Barbosa; Conselheiro João de Azevedo Coutinho; Comandante José Carlos da Maia; Carlos Malheiro Dias; Conselheiro Júlio de Vilhena; Marechal Gomes da costa; Doutor Álvaro de castro; Comandante Paiva Couceiro; e D. João da Câmara. €400 642. ROCHA MARTINS. D. CARLOS. História do seu reinado. Edição do autor. Composto e impresso nas Oficinas do «ABC» MCMXXVII. (1926). De 38x28 cm. Com 603 pags. Encadernação do editor em percalina azul com super libris armoriado sobre a pasta anterior. Ilustrado. €150 643. ROCHA MARTINS. D. MANUEL II, HISTÓRIA DO SEU REINADO E DA IMPLANTAÇÃO DA REPÚBLICA. [Por]… da Academia das Sciências de Lisboa. Edição do autor. Composto e impresso nas oficinas do «ABC». Lisboa. MCMXXXI [1931]. De 36x29 cm. Com 674 pags. Encadernação do editor. Profusamente ilustrado com fotogravuras no texto e em extra-texto; e reproduções fac-similes de documentos, pinturas e fotografias em tricromias extra-texto, entre as quais a aclamação do rei no Parlamento. Junto com 1 fascículo-especimen de apresentação da obra. €300 644. ROCHA MARTINS. EPISODIOS DA GUERRA PENINSULAR. AS TRÊS INVASÕES FRANCESAS. Por… (da Academia das Ciências de Lisboa). Publicado em folhetins no Jornal do Comércio. Lisboa. 1944. 3 volumes enc. em 1. De 16x12 cm. Com 220-228-232 pags. Encadernação inteira de pele preservando capas de brochura. €150 645. ROCHA MARTINS. GRANDES VULTOS DA RESTAURAÇÃO DE PORTUGAL. [Por]… da Academia das Ciências de Lisboa. Obra comemorativa do Tricentenário da Independência. Edição da Empresa Nacional de Publicidade. 1940. De 31x25 cm. Com 483 pags. Encadernação editorial. Profusamente ilustrado com reprodução de retratos da época da Restauração. €200 646. ROCHA MARTINS. LISBOA HISTÓRIA DAS SUAS GLÓRIAS E CATÁSTROFES. [Por]… da Academia de Ciências de Lisboa. Edição Comemorativa do 8º Centenário da Capital. Editorial Inquérito Limitada. Lisboa. 1947. Em 2 volumes. De 25x19 cm. Com 1407 pags. Encadernação do editor. Profusamente ilustrado e com gravuras desdobráveis. €150 647. RODRIGUES CHAVES. (João) HISTORIA ECCLESIASTICA, E CHONOLOGICA Da primeira Idade do Mundo. FLORES HISTORICAS, MORAES, e Criticas, PRODUZIDAS ENTRE OS VICIOSOS ESPINHOS que brotaraõ os primeiros Seculos. Offerece-as AO EMINENTISSIMO SENHOR NUNO DA CUNHA DE ATAIDE, Presbitero Cardeal da Santa Igreja de Roma, do Titulo de Santa Anastacia, do Conselho de Estado, e Inquisidor geral destes Reynos, &c. SEU AUTHOR JOAÕ RODRIGUES CHAVES. TOMO I. [e único publicado]. LISBOA. Na Regia Officina SYLVIANA, e da Academia Real. M. DCC. XLIV. [1744]. De 21x16 cm. Com [xlvi]-573 pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro. Exemplar com leve pico de traça nas primeiras folhas. Ilustrado com quadro cronológico desdobrável dos acontecimentos do início do mundo (desde a Criação até ao Dilúvio; 1656 anos) e conhecidos na época desta obra. Inocêncio IV, 29: “João Rodrigues Chaves, cujo estado e profissão se ignoram, constando apenas que nascêra em Lisboa em 1704. Historia ecclesiastica e chronologica da primeira edade do mundo; Flores historicas, moraes e criticas, etc. Tomo I. Lisboa, na Regia Offic. Silviana 1744. 4.º de 573 pag. Diz Barbosa, que os tomos II e III estavam prontos para a impressão. Não sei contudo que chegassem a ver a luz. O tomo impresso, apesar de incluído no chamado Catálogo da Academia, nem por isso goza de particular estimação. Eu comprei um exemplar por 240 réis”. €200 648. RODRIGUES DE BRITO, Joaquim José MEMORIAS POLITICAS SOBRE AS VERDADEIRAS BASES DA GRANDEZA DAS NAÇÕES, E PRINCIPALMENTE DE PORTUGAL : OFFERECIDAS AO SERENISSIMO PRINCIPE DO BRAZIL NOSSO SENHOR POR JOAQUIM JOSÉ RODRIGUES DE BRITO, Lente da Faculdade de Leis na Universidade de Coimbra. LISBOA. M.DCCC.III. [1803], e 1805. NA IMPRESSÃO REGIA. 3 volumes. In 8º gr. (de 21x15 cm) com xxxvi-[v]-78-62-49, [v]-112-150, e xxxi-[iv]-332-[i] pags. Encadernações da época com lombada e cantos em pele. Exemplar com margens generosas. Tratado sobre ecónomia. J. J. Rodrigues de Brito, Évora 1753-1831, economista português e professor da universidade de Coimbra. Defendeu a agricultura como prioridade e a liberalização económica como instrumento de um processo de desenvolvimento, em contraposição às mudanças provocadas pela Revolução Francesa. Inocêncio IV, 111 e XII, 94: « Joaquim José Rodrigues de Brito, Doutor e Lente da Faculdade do Leis na Universidade de Coimbra, etc. Nasceu em Évora, e foi baptisado a 5 de Maio de 1753. Teve por irmão o desembargador João Rodrigues de Brito, do qual já fiz menção em seu logar. Recebêra o grau de doutor a 8 de julho de 1787; fôra despachado lente substituto da Faculdade de Leis da Universidade de Coimbra em 19 de Agosto de 1803, lente cathedratico em 2 de Janeiro de 1816, e jubilado em 1823. Morreu em Coimbra a 20 de Novembro de 1831. Memorias politicas sobre as verdadeiras bases da grandeza das nações, principalmente de Portugal. Lisboa, na Imp. Regia 1803. 4.º, 3 tomos ». €700 649. RODRIGUES DE MELLO, José. DE RUSTICIS BRASILIAE REBUS CARMINUM LIBROI IV. ACCEDIT PRUDENTII AMARALII BRASILIENSIS DE SACCHARI OPIFICIO CARMEN. ROMAE. Ex Typographia Fratrum Puccinelliorum MDCCLXXXI. (1781) In-8º de VII, 206 págs. [IV gravuras desdobráveis] Encadernação ao gosto da época inteira de pele. Ilustrada com quatro gravuras em folhas desdobráveis, abertas a buril em chapa de cobre, com representação da mandioca, sua plantação e distribuição e um moinho de açúcar. Posteriormente esta obra tornou-se conhecida sob o nome de Geórgicas Brasileiras. Primeira edição de extrema raridade. Contém poesias sobre a plantação dos arbustos da mandioca e do tabaco, da autoria do José Rodrigues de Melo, natural do Porto. Em 1739 chegou à Bahia e tornou-se posteriormente professor de ciências humanas nos colégios de Santos e Paranguá. Na época das perseguições aos jesuítas foi banido primeiro para o Rio de Janeiro e mais tarde para Lisboa. De lá, dirigiu-se a Roma, onde morreu em 1789. Obra com um poema sobre a fabricação do açúcar brasileiro de Prudêncio do Amaral, do Rio de Janeiro, reimpresso aqui pela segunda vez. Exemplar com dois carimbos de posse no frontispício e em algumas folhas do texto um deles da Biblioteca Vittorio Emanuele em Roma. Com restauros marginais. Binding: full calf 18th replica finely gilt at spine. Illustrated with four folding copper plate engravings with representations of cassava plantation, sugar mill, and its industrial processing. Copy with several stamps at bottom of titlepage (duplicate copy ownership of Italy National Library Vittorio Emanuele II in Rome) and on some leaves of text. Slight repairs, but overall in good condition. This work later became known under the name of Brazilian Georgics. Contains poems about planting shrubs cassava and tobacco, written by José Rodrigues de Melo, a native of Oporto. In 1739 he arrived in Bahia and later became professor of humanities in the schools of Santos and Paranguá. At the time of the persecutions to the Jesuits he was banished to Rio de Janeiro and later to Lisbon. From there he went to Rome, where he died in 1789. Contains a poem about the manufacture of sugar written by Prudencio do Amaral of Rio de Janeiro, and hereby second time reprinted. GMBH Biblioteca Brasiliana, 234; Borba de Moraes, pág. 552/553; Blake, Vol. V, pág. 164. €3.000 650. RODRIGUES. (Manuel Amândio) O PRESIDENTE CRAVEIRO LOPES NO ARQUIPÉLAGO DA MADEIRA. 30 de Maio – 2 de Junho de 1955. Edição da Comissão Distrital da União Nacional do Funchal publicada pela SPUL – Sociedade de Publicidade Ultramarina. Lisboa. 1957. De 30x24 cm. Com 75 pags. Encadernação da época com lombbada e cantos em pele. Profusamente ilustrado. Contém reportagem dia-a-dia com itinerário; texto com descrição; e fotogravuras correspondentes. €150 651. RODRÍGUEZ CAMPOMÁNES. (Pedro) NOTICIA GEOGRAFICA DEL REYNO, Y CAMINOS DE PORTUGAL. EN MADRID. En la Officina de Joachin Ibarra, MDCCLXII. [1762]. In 8º (de 15x10 cm) com 226 pags. Encadernação da época reencadernada e restaurada. Exemplar apresenta dano restaurado no pé da página de rosto; e as últimas 4 páginas da obra fac-similadas. Impressão executada com texto dentro de esquadrias tipográficas (quadrilongos). Contém roteiro ou itinerário das estradas e caminhos de Portugal, segundo informações de obras similares da época, e destinado a acompanhar mapa geográfico. €120 652. ROMA ANTICA, MEDIA, E MODERNA, o si a GUIDA PER LA CITTÁ DI ROMA Divisa in Dieci Giornate Per osservarne le sue Magnificenze, Sagre, e Profane CIOE’ Chiese, Monasteri, Ospedali, Collegi, Tempj, Teatri, Anfiteatri, Naumachie, Fori, Curie, Palazzi, Statue, Librarie, Musei, Pitture, e Sculture, ed i Nomi degli Artefici. IN QUESTA NUOVA IMPRESSIONE Si è aggiunto il nuovo Museo Clementino, ed altre Fabbriche, che fino al presente si veggono. ED ARRICCHIATA DI VARIE FIGURE. IN ROMA 1775. Dalle Stampe del Casaletti a Snt’Eustachio. In 8º (de 17x11 cm) com 219 pags. Encadernação do séc. XX (ao gosto da época) inteira de pele com ferros a ouro na lombada e nas esquadrias das pastas, executada pelo mestre encadernador Frederico d’Almeida, e preservando as capas de brochura da época em papel decorativo. Ilustrado com um frontispício alegórico e com gravuras de edifícios e praças romanas no texto. Work divided in ten trips observing both civilian and religious buildings of Rome: its Monateries, Theaters, Circus, Palaces, Statues, Libraries, Museums, etc. Illustrated with a frontispiece and engravings of the Roman buildings and squares in the text. Binding: 20th Century replica (full calf gilt at spine and at the boards: a work by the late masterbinder Frederico D'Almeida), and preserving the contemporary paperback covers in decorative paper. €900 653. ROMERO. (Jerónimo) MEMÓRIA ÀCERCA DE CABO DELGADO. Por Jeronymo Romero Segundo Tenente da Armada. Imprensa Nacional. Lisboa. 1856. De 24x16 cm. Com 40 pags. Encadernação com lombada em pele decorada com finos ferros a ouro. Ilustrado com um mapa desdobrável [de 65x28 cm] com a representação da “Costa Oriental da África desde Cabo Delgado até à Ilha de Moçambique”, mostrando todo o recorte do litoral, das suas ilhas e das suas baías situadas nessa rota, entre as quais a baía de Pemba. Obra com um levantamento inicial do território e da presença portuguesa efectuada pelo governador desta região situada entre 10º e 13º graus de latitude sul. Junto com: ROMERO. (Jerónimo) SUPLEMENTO À MEMÓRIA DESCRIPTIVA E ESTATÍSTICA DO DISTRICTO DE CABO DELGADO. Com uma notícia acerca do estabelecimento da Colónia de Pemba. Por Jeronymo Romero. Typographia Universal. Lisboa. 1860. De 23x14 cm. Com viii-164 pags. Encadernação com lombada em pele decorada com finos ferros a ouro. Ilustrado com quadros de dados da exploração da colónia nos anos que mediaram desde a primeira Memória acerca de Cabo Delgado e contendo um mapa desdobrável [de 60x45 cm] com topografia da região “Carta da Baía e Território de Pemba”, encontrando-se primorosamente desenhados o território; as fortificações coloniais; e a escuna Angra. Obras com o primeiro trabalho aprofundado sobre a colonização de Cabo Delgado (costa norte de Moçambique); iniciando-se com o diploma do ministro Marechal Sá da Bandeira sobre as disposições legais e as condições fornecidas pelo Estado português para a constituição da colónia em 1857. €300 654. ROSA PINTO. (António Augusto da) ORNITOLOGIA DE ANGOLA. (Non Passeres). Volume 1. [e único volume publicado]. Por … Investigador do Instituto de Investigação Científica de Angola. Colaborador do Centro de Zoologia do I. I. C. T. Com prefácio do Prof. Fernando Frade. Ilustrações de Alfredo da Conceição. Introdução traduzida para o inglês por John Voice. Instituto de Investigação Científica Tropical. Lisboa. 1983. De 31x24 cm. Com cxxxvi-695 pags. Encadernação do editor com sobrecapa decorativa. Ilustrado em extra-texto com belas gravuras coloridas impressas sobre papel couché. €80 655. ROSA. (João) ICONOGRAFIA ARTÍSTICA EBORENSE. Subsídios para a história da arte no Distrito de Évora. Com um prefácio do Dr. Manoel de Sousa Pinho. Imprensa Nacional. Lisboa. 1926. De 26x20 cm. Com vii-260-35 pags. Encadernação em percalina. Tiragem de 500/406 exemplares numerados e rubricados pelo autor. Profusamente ilustrado com gravuras no texto e cromogravuras em extra-texto. Obra com um minucioso arranjo tipográfico a duas colunas com textos e gravuras enquadradas por quadrilongos e tarjas decorativas. €150 656. ROSA. (José António da) COMPENDIO DAS MINAS, COMPOSTO POR, Sargento Mor, e Lente de Artilheria na Real Academia Militar. Segunda Impressaõ. LISBOA: M.D. CC. XCIV. (1794) Na R. Typ. de João António da Silva Impressor de Sua Magestade. In 8.º de 20x13 cm. Com (vi)-268-(vi) págs. +15 gravuras desdobráveis. Encadernação da época inteira de pele. Inocêncio IV, 246. “JOSÉ ANTONIO DA ROSA, Tenente general, Conselheiro de guerra, e Commandante geral da Artilheria Deputado ás Côrtes constituintes de 1821, etc. Foi, segundo creio, natural de Lisboa, e parece ter falecido pelos annos de 1831 ou 1832. Na Galeria dos Deputados das referidas Côrtes, já por vezes citada, lê-se a respeito d'elle o juizo seguinte: «Homem probo, de rectas intenções, e sabedor de sua profissão militar, porém quasi nullo em materias politicas, o illustre deputado Rosa tem sido regular nas votacões, e guardado um supersticioso silencio.» Compendio das minas, dedicado ao serenissimo sr. D. João, principe do Brasil. Lisboa, na Offic. de João Antonio da Silva 1791. 4.º de VI 268 pag. com quinze estampas. O auctor compoz esta obra para servir de texto ás lições na Academia Real de Fortificação, onde elle então era Lente.” €300 657. ROSA-LIMPO. (Bertha) O LIVRO DE PANTAGRUEL. [27º edição]. Por… com a colaboração de seus filhos Jorge Brum do Canto e Maria Manuela Limpo Caetano. Edição cuidadosamente revista pelos autores. Editorial «O Século». Lisboa. 1973. Obra em 2 volumes. De 25x19 cm. Com 1281-[42]-[22] pags. Encadernações em tela preservando sobrecapas de protecção, acondicionadas dentro de caixa editorial. Profusamente ilustrada com fotogravuras; desenhos; vinhetas artísticas e com um retrato da autora. Exemplar conforme edição assinado pela autora. Obra dividida em dois volumes: Cozinha e Doçaria. €90 658. ROTEIRO DA COSTA DE PORTUGAL. 1ª Edição. Direcção de Hidrografia. [Impresso nas Oficinas Gráficas de Ramos, Afonso e Moita, Lda]. Lisboa. 1952. De 24x16 cm. Com 333 pags. Encadernação do editor. Profusamente ilustrado com mapas, cartas meteorológicas e 131 vistas panorâmicas com fotogravuras do litoral de Portugal. €120 659. S. FRANCISCO. (Frei Luís de) QVARTETOS E SEXTILHAS EUCHARISTICAS, cantadas pela solfa de discursos predicatiuos, sobre os dous Hymnos das matinas, & Vesporas da Solemnidade de Corpus Christi, no Triduo Annual Festiuo que se faz ao desagrauo do Santissimo Sacramento pello desacato que contra elle se cometeo na Freguesia de Odiuelas, em o anno de 1675. A qual Festa faz todos os annos a Irmandade dos Escrauos defensores do Altissimo Mysterio da Fee, erecta por esta ocasião em o Real Conuento de S. Francisco do Porto. DISCVRSOVOS nos sobreditos Triduos Festiuos das Tardes de cada anno o M. R. P. M. FR. LVIS DE S. FRANCISCO, Prègador, & Leitor Apostolico de Moral no dito Conuento, & Commissario Visitador da Sagrada Ordem Terceira da Penitencia, em todo o Bispado do Porto, filho da Santa Prouincia de Portugal do Seraphico P. S. Francisco, & natural da Cidade, & Corte de Lisboa, com outros vários Sermoens que vão juntos. MANDOUOS DAR A IMPRESSAM POR SUA ORDEM & à sua custa João Baptista Ribeyro mercador de Liuros, & filho da dita Ordem 2. [residente] na dita cidade do Porto, & em sua casa se vendem. EM COIMBRA, Com todas as licenças necessárias. Na Officina de JOSEPH FERREYRA, Impressor da Universidade: Anno de 1682. In 4º (de 19x15 cm) com [iv]201-[viii] fólios. Encadernação da época em pergaminho flexível. Exemplar apresenta o fólio 1 solto; e leves vestígios de humidade e de trabalho de trabalho de traça marginal sem afectar a leitura. Ilustrado com vinhetas decorativas no fecho dos capítulos e capitulares decorativas abertas a talhe-doce no início dos mesmos. Inocêncio V, 289: “FR. LUIS DE S. FRANCISCO, chamado no século Luis Pinheiro, Franciscano observante da província de Portugal, cujo instituto professou em 1652, sendo já a esse tempo Desembargador da Relação do Porto. Foi natural de Lisboa, e filho do memorável Procurador da Corôa, e Chanceler-mór do Reino, Tomé Pinheiro da Veiga. Morreu em 1696- Eis aqui por extenso o titulo desta obra, segundo a indicação que dele me enviou ultimamente o Sr. Pereira Caldas: Quartetos e sextilhas eucharisticas, cantadas pela solfa de discursos predicativos sobre os dous hymnos das matinas e vesperas da solemnidade de Corpus Christi, no triduo annual festivo, que se faz ao desaggravo do Sanctissimo Sacramento pelo sacrilego desacato que contra elle se commetteu na freguezia de Odivellas no anno de 1675: a qual festa faz todos os annos a irmandade dos Escravos defensores do altissimo mysterio da fé, erecta por esta occasião no real convento de S. Francisco do Porto. Coimbra, na Offic. de José Ferreira 1682. 4.º de VII (inumeradas) 402 pag., e mais XV inumeradas de índice. Consta esta obra (que todos presumiriam ser livro de poesias!) de sermões do Sacramento, em número de sete; cinco ditos das sextilhas; e seis do santos”. €150 660. S. JOSÉ DO PRADO, Frei João de. MONUMENTO SACRO DA FABRICA, E SOLEMNISSIMA SAGRAÇAÕ Da Santa Basílica do Real Convento, que junto á Villa de MAFRA. dedicou a N: SENHORA, e SANTO ANTONIO A Magestade Augusta do Maximo Rey D. JOAÕ V. ESCRITO POR Fr. JOAÕ DE S. JOSEPH DO PRADO, Religioso da Província da Arrábida, e primeiro Mestre das Cerimonias da dita Basílica. LISBOA. Na Officina de MIGUEL RODRIGUES, Impressor do Eminent. Senhor Card. Patriarca. M. DCC. LI. (1751). In fólio de 31x21 cm. Com [xxiv], 152 pags. Encadernação da época em inteira de pele, um pouco cansada. Ilustrado com 3 gravuras desdobráveis, executadas por Labouteux, contendo as plantas e os alçados da arquitetura do Convento de Mafra. O texto contém no início duas vinhetas decorativas gravadas, uma assinada por Le Bouteux, a outra por Debrie, e duas belas vinhetas também executadas por Debrie, em 1735 e 1740, representando o rei de Portugal, D. José I e o seu escudo real. Obra de grande aparato gráfico, única no seu género entre nós, descreve a faustosa inauguração, a arquitetura e o funcionamento eclesiástico do majestoso convento de Mafra. Hoje monumento nacional, foi mandado edificar por D. João V, na época auria da exploração portuguesa dos recursos minerais do Brasil colonial. Este magnífico monumento destacasse sobretudo pelo seu enorme tamanho, a preciosa biblioteca e seu conjunto único de carrilhões. Inocêncio III, 391: “FR. JOÃO DE S. JOSEPH DO PRADO, Franciscano da província da Arrábida, cujo instituto professou no convento de Alferrara a 19 de Março de 1706. Foi Mestre de Cerimónias no real convento de Santo António de Mafra. Sabe-se que nascera em Lisboa, porém ignoro ainda as datas do seu nascimento e morte. Monumento Sacro…com três estampas, sendo uma destas descritiva da fachada ou frontispício do convento. Para corrigir algumas faltas, e adicionar varias noticias, que o autor omitiu n'esta obra, consulte-se o tomo VIII do Gabinete Histórico de Fr. Cláudio da Conceição. É de todas as do autor a que ainda hoje se procura pela curiosidade do assunto, e creio que os exemplares bem tratados têm chegado ao preço de 960 réis.” Contemporary binding. Illustrated with 3 folding plans of the Monastery of Mafra in Portugal. 2 engraved vignettes by Debrie (1735 e 1740) with the portrait of King Joseph I. Work commemorating and giving the account of the Grand Opening of the Monastery of Mafra. €1.800 661. SÁ DE MENESES, Francisco de. MALACA CONQUISTADA PELO GRANDE AFFONSO DE ALBUQUERQUE, POEMA HERÓICO DE FRANCISCO DE SÁ DE MENESES; COM OS ARGUMENTOS DE D. BERNARDA FERREIRA. Terceira Impressaõ mais correcta que as precedentes. LISBOA Na Offic. de JOZE’ DE AQUINO BULHOENS. Anno M.DCC.LXXIX. [1779]. In 4º (20x14 cm) com (8)-461 pags. Encadernação da época inteira de pele mosqueada com ferros a ouro na lombada e no rótulo vermelho. Corte por folhas marmoreado. Exemplar com ex-libris oleografico no canto superior direito da folha de rosto. 3ª edição do poema clássico português, em verso endecassilábico, em 12 cantos, sobre a conquista de Malaca por Afonso de Albuquerque. Inocêncio III, 52 e IX, 370: “FRANCISCO DE SÁ DE MENEZES, Comendador da Ordem de Cristo, e natural da cidade do Porto. Depois de viúvo professou na Ordem de S. Domingos, entrando no Convento de Benfica, com o nome de Fr. Francisco de Jesus, e morreu piamente, segundo dizem, no ano de 1664. MALACA CONQUISTADA… Ha terceira edição, mais correcta que as antecedentes. Lisboa, na Offic. de José de Aquino Bulhões 1779. 4.º de VIII-461 pag. Depois de ser vulgar por muitos anos, e o seu preço 960 réis, acha-se hoje exausta, e só aparecem á venda exemplares já usados. Não têm sido concordes os juízos dos críticos acerca do mérito deste poema. José Maria da Costa e Silva o tinha em grande conta, e afirma que « pelo bem arquitectado de sua fabula, variedade e bem sustentado dos caracteres, movimento dramático, rica invenção dos seus episódios, formosura de suas descrições, e poesia verdadeiramente épica, lhe cabe de justiça o primeiro lugar entre os nossos épicos, depois de Camões». Francisco Dias Gomes é-lhe menos favorável. «Este poema (diz ele) tem tido seus panegiristas, apesar dos defeitos que desfiguram o plano da sua invenção como epopeia, das frequentes incorrecções da sua dicção, e do pouco conhecimento que teve o seu autor das cesuras, que constituem a harmonia métrica do idioma.» (Obras poeticas, pag. 40.) E n'outro logar (pag. 296) afirma positivamente: «que a Malaca é a mais inferior das nossas epopeias regulares, sem que contudo sirva de descrédito ao nosso idioma.» Um dos críticos, que não só pretende emparelhar este nosso epico com Luis de Camões, mas quase o julga superior, e considera a sua Malaca conquistada ao menos como a nossa segunda epopeia nacional, é Bartolomeu Soares de Lima Brandão. (V. nas suas Obras poéticas a nota a pag. 116).” €300 662. SÁ DE MIRANDA, Francisco. AS OBRAS DO DOVTOR FRANCISCO DE SAA de Miranda. Agora de nouo impressas. LISBOA Antonio Leite, M.DC.LXXVII. [1677] In 16.º de 13x7 cm. com [xxxii],346 pags. Encadernação da época em pergaminho flexível. 4.ª edição. Impressa em formato de bolso. Muito rara. Inocêncio III, 53. “Francisco Sá de Miranda, doutor em Direito Civil pela Universidade de Coimbra, commendador da Commenda das Duas-Egrejas, da ordem de Christo, e senhor da casa e quinta da Tapada, junto a Ponte de Lima, que é ainda hoje solar dos seus descendentes. Discorreu durante algum tempo pelas cidades mais notaveis de Hespanha e Italia, com o fim de adiantar e polir os seus conhecimentos, e é tido de justiça como o primeiro fundador entre nós da eschola poetica italiana. n. Em Coimbra, a 27 de Outubro de 1495; e m. na sobredita quinta, onde vivia retirado desde muitos annos, no de 1558. As obras de Sá de Miranda, que passo a descrever, foram todas publicadas posthumas, não constando que imprimisse cousa alguma em quanto viveu. Eil-as aqui, pela mesma ordem que as encontro em Barbosa na Bibl. Lus. As Obras do celebrado Lusitano, o doctor Francisco de Sá de Miranda. Lisboa, por Manuel de Lyra 1595. 8.º Barbosa dá esta edição em 4.°, As obras do doctor Francisco de Sá de Miranda. Lisboa, por Vicente Alvares 1614. 4.° Barbosa aponta mais duas edições d'estas Obras, a saber: a terceira, Lisboa, por Paulo Craesbeeck 1632. 32.º; a quarta, ibi, por Antonio Leite Pereira 1677. 8.º Declaro que ainda não tive opportunidade de encontrar alguma d'ellas.” €900 663. SÁ DE MIRANDA. (Francisco de) OBRAS COMPLETAS. Texto fixado, notas e prefácio pelo prof. M. Rodrigues Lapa. Colecção de Clássicos Sá da Costa. (Edição Miniatura). Sá da Costa, Editora. Lisboa. 1944. Obra em 2 volumes encadernados em 1. De 8,8x6,5 cm. Com xxi-328-xv-294 pags. Encadernação da época com ferros a ouro na lombada e cantos em pele. Ilustrado com um retrato do autor em anterrosto. Obra impressa em «Offset» na tipografia Costa e Valério, Lda; e com fotolitos executados por Fotogravura Nacional, Lda. €80 664. SÁ DE MIRANDA. (Francisco de) OBRAS DO DOCTOR ... NOVA EDIÇÃO CORRECTA, EMENDADA, E augmentada com as suas Comedias. LISBOA, Na Typografia Rollandiana. 1784. Obra em 2 volumes. In 8º (de 15x10 cm) com xxxii, 290, [vi] e 293, [ii] pags. Encadernações da época inteiras de pele mosqueada com ferros a ouro nas lombadas. Corte das folhas marmoreado. €250 665. SÁ E COSTA. (Luís Moreira de) DESCENDÊNCIA DOS 1º MARQUESES DE POMBAL. Edição, composição e impressão da Tipografia Costa Carregal. Pôrto. 1937. De 26x19 cm. Com xxxii-462 pags. Encadernação (meia-amador) com lombada e cantos em pele, com finos ferros rolados a ouro. Ilustrado em extra-texto com retratos dos ascendentes das principais linhas genealógicas. Tiragem de 700/530 exemplares (numerado e rubricado pelo autor) de uma tiragem completamente subscrita de acordo com a lista dos possuidores que consta no fim da obra; sendo o exemplar da reserva do próprio autor. €300 666. SÁ E COSTA. (Luís Moreira de) DESCENDÊNCIA DOS 1º MARQUESES DE POMBAL. Edição, composição e impressão da Tipografia Costa Carregal. Pôrto. 1937. De 26x19 cm. Com xxxii-462 pags. Brochado com capas de brochura plastificadas. Ilustrado em extra-texto com retratos dos ascendentes das principais linhas genealógicas. Tiragem de 700/527 exemplares (numerado e rubricado pelo autor) de uma tiragem completamente subscrita de acordo com a lista dos possuidores que consta no fim da obra; sendo o exemplar da reserva do próprio autor. €180 667. SABUGOSA (Conde de) O PAÇO DE CINTRA. Desenhos de Sua Magestade a Rainha a Senhora Dona Amelia. Apontamentos históricos e archeologicos do Conde de Sabugosa. Collaboração artística de E. Casanova e R. Lino. Imprensa Nacional. Lisboa. 1903. De 31x23 cm. Com 274 pags. Encadernação da época com lombada e cantos em pele, apresentando título em super-libris na dianteira da lombada. Exemplar com ligeira mancha de humidade em rodapé. Profusamente ilustrado no texto com desenhos da Rainha Dona Amélia realizados nos últimos anos do século XIX, quando ainda era apenas a Duquesa de Bragança, em torno dos quais se situam os apontamentos arqueológicos do Conde de Sabugosa, e através dos quais é feita a visita descritiva a cada uma das dependências palácio real. Capitais decorativas em cada capítulo, segundo os motivos moçarabes e manuelinos do palácio. A obra contém várias gravuras extra texto desdobráveis entre os quais: uma cromolitografia com a reprodução do tecto da Salas dos Brasões no Real Palácio de Sintra com a planta da localização e a ampliação de cada brasão; levantamento dos azulejos moçarabes; planta do Palácio da Vila de Sintra realizada em 1902; levantamento de uma extensa colecção de siglas maçónicas pertencentes ao palácio de Sintra. Estas siglas segundo os autores desta obra “era um sinal gravado em cada pedra pela mão do canteiro, com um fim ou maçónico, que servia para os adeptos se corresponderem misteriosamente, ou com um fim apenas industrial e económico para cada um marcar o seu trabalho e ser pago por ele. O emprego destes sinais foi efectivamente no começo, exclusivo dos livre maçons, corporações de construtores e operários que na idade média trabalhavam na construção das grandes catedrais e dos edifícios de carácter civil”. €250 668. SABUGOSA. (Conde de) GENTE D`ALGO. As musas de D. Diniz – A mysteriosa Beatriz Duquesa de Borgonha – Imperatriz de Allemanha a excellente senhora. - A côrte em Setubal e os porquês anonymos. - Uma noiva do Prior do Crato – Matronas de 1640. - A freira portugueza – A Condessa da Ericeira. - Academicas – Duas realezas. Livraria Ferreira. Lisboa 1915. De 23x17 cm. Com 350 pags. Encadernação da época com lombada em pele e rolada com ferros a ouro nas pastas. Exemplar com falta da capa de brochura. €60 669. SACROBOSCO, Joannis. Sphaera IOANNIS DE SACRO BOSCO, EMENDATA. In eandem Francisci Iunctini Florentini, Eliae Vineti Santonis, & Alberti Heronis Scholia. Caetera pagina sequens indicabit. ANTVERPIAE, Apud Ioannem Bellerum, ad insigne Aquilae aureae. M. D. LXXXII. [1582]. In 8º (de 15x10 cm) com [xvi], 327 pags. Encadernação posterior (séc. xviii) inteira de pele com ferros a ouro na lombada. Profusamente ilustrado e com um fólio desdobrável contendo os desenhos das peças ou partes para a construção de um planetário (com caractéres móveis tipo “pop up”) segundo Apiano. Exemplar com fortes manchas de humidade, sem afectar a leitura; e ex-libris da Biblioteca Capucho. €1.800 670. SALAS, Ramon. LIÇÕES DE DIREITO PUBLICO CONSTITUCIONAL PARA AS ESCOLAS DE HESPANHA. Por… Doutor de Salamanca; Traduzidas, e dedicadas por D. G. L. D’Andrade: Com o mesmo objecto á Regenerada Naçaõ Portugueza e OFFERECIDAS AOS SEUS DIGNOS REPRESENTANTES. LISBOA NA TYPOGRAPHIA ROLLANDIANA. 1822. In 8.º de 18,5x12 cm. Com xlv, 217, [iii] pags. Encadernação da época com lombada e cantos em pele. Corte das folhas marmoriado. Exemplar com mancha marginal nas primeiras páginas. Inocêncio II, 159 e IX, 125. “DIOGO DE GOES LARA DE ANDRADE, Bibliothecario da Bibl. Publica do Porto, Juiz da Alfandega da ilha do Fayal, e ultimamente Director das Alfandegas do sul do reino. Tenho procurado, até agora debalde noticias da sua naturalidade e mais circumstancias, e sei apenas que morreu em Setubal a 3 de Abril de 1844. Lições de Direito publico Constitucional para as escolas de Hespanha, por Ramon Salas, Dr. de Salamanca. Traduzidas em portuguez com varias notas. Lisboa, na Typ. Rollandiana 1822. 8.º gr. de XLV 217 pag. Ha uma reimpressão, feita depois de 1833, de que não posso dar agora as indicações precisas. O sr. Varnhagen me affirmou ter ouvido da bôcca do proprio Lara de Andrade, a declaração de que nascera no Rio de Janeiro. Das Lições de Direito Constitucional se fez no Brasil uma nova edição, offerecida aos estudantes dos cursos juridicos de S. Paulo e Olinda. Rio de Janeiro, Typ. de R. Ogier 1831. 4.º de XXXVIII-183 pag. e mais uma de indice.” €300 671. SALAZAR DE MENDOÇA. ORIGEN DE LAS DIGNIDADES SEGLARES DE CASTILLA Y LEON COM RELACION Summaria de los Reyes de estos Reynos: de sus actiones: casamentos: hijos muretes: sepultura DELOS QVE HAN CREADO y tenido y de muchus Ricos Homes. Confirmadores de priuilegios. POR EL DOCTOR Salazar de Mendoça. EN TOLEDO Por Diego Rodriguez de Valdiuielso, Impressor de el Rey. MDC. XVIII. [1618] In fólio de 30x21 cm. Com [iv], 189, [i] fólios. Encadernação da época em pergaminho flexível. Magnifico frontispício arquitetónico gravado. €3.000 672. SALMON, Tomás. LO STATO PRESENTE DEL REGNO DI SPAGNA. [IN] LO STATO PRESENTE DI TUTTI I PAESI, E POPOLI DEL MONDO NATURALE, POLITICO, E MORALE, COM NUEVE OSSERVAZIONI, E CORREZIONI DEGLI ANTICHI, E MODERNI VIAGGIATORI. VOLUME XIV. IN VENEZIA, Presso Giambatista Albrizzi q.Gir. MDCCXLV. (1745) In 8.º De 18x12 cm. Com (xiv)-464 pags. Encadernação da época inteira de pergaminho com nervos, rótulo dourado na lombada, e ferros lavrados a seco nas pastas. Ilustrado com: um frontispício gravado, um mapa desdobrável da península Ibérica 22 gravuras desdobráveis: vista da cidade de Madrid panorama da Praça Mayor Vista do Palácio Real vista do Buen Retiro o Grande Lago do Buen Retiro a igreja de Sto António no Buen Retiro vista de S. Paulo no Buen Retiro o Real Palácio del Pardo a entrada principal do Escorial o pátio do Escorial o claustro do Escorial vista do palácio de Aranjuez panorama da fonte de Aranjuez Vista da Catedral de Toledo panorama da cidade de Sevilha vista da Catedral de Sevilha e da Torre da Giralda vista do Mosteiro da Praça de S. Francisco em Sevilha vista do Palácio Real de Sevilha vista do Palácio Real na Grande Praça de Cádis vista do Pátio dos Banhos na Alhambra de Granada vista do Pátio dos Leões na Alhambra de Granada. Importante livro de viagens em Espanha. Apresenta uma descrição histórica e geográfica de todas as suas províncias. Single volume. Binding: later contemporary vellum (pigskin fashioned at the style of an earlier period) finished on hard paperboards, blank tooled at covers, and gilt on spine labels. Illustrated with a frontispiece engraved cooper plate and 22 folding engravings: view of the city of Madrid, panorama of the Plaza Mayor, view the Royal Palace, view of the Buen Retiro, the Great Lake of the Buen Retiro, the church of St. Anthony in the Buen Retiro, view of S. Paul in the Buen Retiro the Royal Palace del Pardo the main entrance of Escorial, the courtyard of Escorial, the cloister of Escorial view of the Palace of Aranjuez, panorama of the Aranjuez Fountain, view of the Cathedral of Toledo panorama of Seville view of the Seville Cathedral and Giralda Tower, view from the Square of the Monastery of St. Francis in Seville, view the Royal Palace of Seville, view the Royal Palace in the Great Square of Cadiz view of a courtyard in the Alhambra of Granada, seen from the of the Lions Courtyard in the Alhambra of Granada. €2.500 673. SAMPAIO. (Gonçalo) ICONOGRAFIA SELECTA DA FLORA PORTUGUESA. Lisboa. 1949. De 39x29 cm. Com 16 pags. inums. de texto e 150 estampas a p/b de página inteira com a respectiva nomenclatura em latim. Meia encadernação inglesa de pele azul com lombada e cantos em pele, preservando capas de brochura. €200 674. SANCEAU. (Elaine) D. JOÃO DE CASTRO. Tradução do inglês por António Álvaro Dória. Revista pela autora. Biblioteca Histórica - Série Ultramarina. Livraria Civilização - Editora. Porto. 1946. De 22x15 cm. Com 413 pags. Encadernação da época com lombada e cantos em pele. Ilustrado €80 675. SANNINO. (Dr. F. A.) TRATADO DE ENOLOGÍA. Por el professor… Director de la Real Escuela de Viticultura y Enologia de Alba (Cuneo). Versón de la 2ª edición italiana por el ingeniero Arnesto Mestre, Jefe del Sevicio Agronómico de las Baleares. Gustavo Gili, Editor. Barcelona. MCMXXV [1925]. De 25x17 cm. Com vi-920 pags. Encadernação do editor. Ilustrado. Exemplar com título de posse na página de rosto. €150 676. SANTA BÁRBARA. (Frei António) RELAÇÃO DA SOLEMNE ACÇÃO DE GRAÇAS QUE O CORPO DO COMMERCIO DA CIDADE DO PORTO ORDENOU SE RENDESSE AO ALTISSIMO NO DIA 22 DE OUTUBRO, PELA FELIZ UNIÃO DO SUPREMO GOVERNO DO REINO COM O GOVERNO INTERINO DE LISBOA. [VERIFICADA NO Iº DE OUTUBRO DE 1820]. NA REAL IMPRENSA DA UNIVERSIDADE. COIMBRA. 1821. De 26x20 cm. Com 47 pags. Encadernação sintética recente com título em super-libris. Exemplar apresenta ex-libris de Luís de Sttau Monteiro. O texto inclui o sermão que recitou Frei António de Santa Bárbara da Congregação dos Agostinhos Reformados, Bacharel em Filosofia e Matemática pela Universidade de Coimbra, e professor Régio de Filosofia. Este sermão; o seu prólogo e os seus Esclarecimentos (a partir da página 35) fornecem o enquadramento político, social e económico, bem como a esperança num novo governo na perspectiva dos apoiantes da Revolução de 1820. Inocêncio VIII, 98: “FR. ANTONIO DE SANCTA BARBARA, da Ordem dos Augustinianos reformados (Grilos), Bacharel em Philosophia e Mathematica pela Universidade de Coimbra, etc. Inutilmente procurei haver notícias da sua naturalidade, nascimento e mais circunstâncias”. €60 677. SANTA CATARINA. (Fr. Lucas) O RACIONAL DA GRAC,A TREZENA PREDICATIVA DE S. ANTONIO REPARTIDA EM TREZE DISCURSOS dos dias de sua celebridade OFERECIDA AO ILLUSTRISSIMO SENHOR JOAÕ CARLOS CEZAR DE MENEZES. Deaõ da Santa Sé Metropolitana Oriental. POR Fr. LUCAS DE Sta. CATHARINA Chronista Mòr da Ordem dos Prègadores nesta Provincia de Portugal, e Académico do numero da Academia Real. LISBOA OCCIDENTAL. Na Officina da MUSICA debaixo da protecçaõ dos Patriarcas S. Domingos, e S. Francisco. M.DCC. XXXV. [1735]. In 4º (de 20x14 cm) com [xxii], 249 pags. Encadernação da época inteira de pele. Folha de rosto impressa a duas cores. Obra de grande raridade. Inocêncio V, 202: 'Fr. Lucas de Sancta Catharina, Dominicano, Chronista da sua provincia, Academico da Academia Real de Historia, etc. Nasceu em Lisboa no anno de 1660, e morreu em 1740. O Racional da Graça: trezena predicativa de Sancto Antonio, repartida em treze discursos dos dias da sua celebridade. Lisboa, na Offic. da Musica 1735. 4.º de XXII-249 pag. - Não julgo que o preço d'este volume excedesse nunca de 480 réis'. €600 678. SANTA MARIA ROSA. (Fr. Bernardo de) AVE MARIA PONDERADA, NOVENA Da Immaculada CONCEYÇAÕ DA SEMPRE VIRGEM MARIA, Mãy, e Protectora dos Frades Menores: Diligenciada pelo Menor dos seus Frades O P. Fr. BERNARDO DE SANTA MARIA ROSA, Prégador, e Mestre das Cerimonias do Real Convento de S. Francisco da Cidade do Porto. Para uso dos seus Frades, e Confrades, nos cultos, que lhe consagraõ com affectivo rendimento. Dada a luz pelos Devotos da mesma Novena. COIMBRA: Na Officina de Antonio Simoens Ferreyra Impressor da Univers. Anno de 1747. In 8º (de 15x10 cm) com 119 pags. Encadernação da época inteira de pele com finos ferros a ouro na lombada. Profusamente ilustrado com partituras musicais intercaladas no texto e uma gravura em frontíspicio, ou anterrosto, gravado por De Brie em 1744, representando a Imaculada Conceição. Exemplar com ex-libris oleográfico na folha de guarda. BNP não refere. Inocêncio (I, 381) não refere a obra, apenas refere o autor: “Fr. Bernardo de Sancta Maria Rosa, Franciscano da província de Portugal, e Mestre de cerimónias no convento da sua Ordem na Cidade do Porto. Nasceu em Mesão Frio, na província do Minho, em 1714. A data da sua morte é ainda ignorada”. €300 679. SANTA MARIA, Fr. Agostinho de. HISTORIA TRIPARTITA COMPRENDIDA COMPREHENDIDA EM TRES TRATADOS. NO PRIMEYRO Se decrevem as Vidas, & os gloriosos Triumphus dos Santos Martyres, Veríssimo, Máxima, & Júlia, suas Irmãas Padroeyros de Lisboa, & do Real Mosteyro de Santos. NO SEGUNDO Se dá noticia da vinda, & Prégaçaõ do Apostolo Santiago às Hespanhas, & do principio, & origem de sua esclarecida Ordem & de seus nobilíssimos Mestres até a sua separaçaõ, & eleyçaõ dos Mestres Portuguezes. NO TERCEYRO Se descrevem os principios do Real Convento de Santos, & a noticia de suas Illustres Comendadeyras, desde o Anno de 1212. atè os nossos tempos. QUE C. D. & O. Ao Sereníssimo & muito Augusto Senhor ElRey DOM JOAÕ O V. Mestre da mesma Illustrissima Ordem de Santiago. Fr. AGOSTINHO DE S. MARIA. Exvigario Géral da Congregaçaõ dos Agostinhos Descalços de Portugal, Natural da Villa de Estremoz. LISBOA OCCIDENTAL, Na Officina de ANTONIO PEDROZO GALRAM. Anno de 1724. In 8.º de 20x15 cm. Com (xx) 609 (ii) pags. Encadernação da época inteira de pele. Obra com interesse para a olisipografia e para a história da ordem militar de S. Tiago em Portugal. O autor publicou em dez volumes a famosa obra Santuário Mariano. Barbosa Machado I, 71. Pinto de Matos, 510. Inocêncio I, 18. “Fr. Agostinho de Santa Maria, chamado no Seculo Manuel Gomes Freire, natural da villa de Extremoz, n. a 28 de Agosto de 1642. Professou a regra dos agostinhos Descalços, e exerceu na ordem varios cargos, inclusivè os de Chronista, e Vigario Geral da sua congregação em Portugal. Morreu na provecta edade de 86 annos a 3 de Abril de 1728 no convento da Boahora de Lisboa. na bibl. nac. d'esta cidade existe um seu retrato de meio corpo. (v. Canaes, Estudos Biographico, pag. 256) foi laborioso e fecundissimo escriptor, como se vê das muitas obras que compoz e publicou, alem das que por sua morte ficaram ineditas, e provavelmente se extraviaram.” Binding : contemporary full browned calf gilt to spine and label. Spine worn to top, cover edges bumped, calf missing to rear cover at the lower edge. Missing blank endpages. Contemporary signatures to title page. Good copy inside leaves are clean, sound and crispy. Work containing 3 books : FIRST the description of lives and martyrdom from the 3 founder saints of christianity in the actual territory of Portugal: Veríssimo, Maxima and Julia. SECOND preaching to the Apostle Santiago in Spain, & the beginning of the Order of Santiago & their most noble Masters until their separation from their Portuguese branch. THIRD describes the principles of the Royal Monastery of Santos and their abbesses from the year 1212 until 1724. An outstanding work of historical research to the origins of Lisbon connected to the history of the Military Order of St. Tiago in Portugal. Barbosa I, 71 Pinto de Matos, 510 and Inocêncio (I, 18): “Fray Agostinho de Santa Maria, whose name was Manuel Gomes Freire, was born in Estremoz, in 1642, became the official historian his congregation in Portugal. He was laborious and very fertile writer as we can see from the many works that published, besides those that remained unpublished at his death, and probably went astray.' €1.200 680. SANTA ROSA DE VITERBO. Fr. Joaquim de, ELUCIDARIO DAS PALAVRAS, TERMOS, E FRASES, QUE EM PORTUGAL ANTIGUAMENTE SE USÁRÃO, E QUE HOJE REGULARMENTE SE IGNORÃO: OBRA INDISPENSAVEL PARA ENTENDER SEM ERRO OS DOCUMENTOS MAIS RAROS, E PRECIOSOS, QUE ENTRE NÓS SE CONSERVÃO: PUBLICADO EM BENEFICIO DA LITERATURA PORTUGUEZA POR Fr. JOAQUIM DE SANTA ROSA DE VITERBO. LISBOA NA OFFICINA DE SIMÃO THADDEO FERRREIRA. M. DCC. XCVIII. (1798) In fólio de 29,5x20,5 cm. Com [iv], 484, [ii] e 416, 62, [i] pags. Encadernação da época inteira de pele com rótulo vermelho. Ilustrado no texto com assinaturas, selos, epigrafia romana símbolos régios e templários e 5 gravuras em extra-texto com paleografia clássica e portuguesa (abreviaturas e acrónimos). Exemplar com insignificantes vestígios de traça. Obra clássica fundamental e única na cultura portuguesa. Inocêncio IV, 152. “Franciscano da provincia da Conceição, Prégador na sua Ordem, Chronista da provincia, Notario apostolico, Correspondente da Academia Real das Sciencias de Lisboa, etc. N. na povoação de Gradiz, bispado de Viseu, conselho de Aguiar da Beira, a 13 de Maio de 1744. Aprendida a lingua latina, tomou o habito religioso, professando a regra de S. Francisco em 7 de Septembro de 1760. Era dotado de rara memoria, e levava a maior parte do seu tempo a ler e escrever. Com quanto se applicasse a diversas materias scientificas, parece comtudo que a sua paixão predominante era o estudo da historia e antiguidades, particularmente das do nosso paiz, e n'elle se tornou tão versado como bem se deixa ver dos seus escriptos. Viajou por diversas partes do reino, para indagar inscripções e monumentos romanos, gothicos e mouriscos, esquadrinhando as livrarias e archivos publicos e particulares, para o que estava munido de uma ordem regia. As copias de manuscriptos antigos tirados por elle ficavam valendo como originaes, em virtude de privilegio real que assim o mandava: por isso varios sujeitos o encarregaram de pôr-lhes em ordem os seus cartorios; e tambem fez no mesmo sentido importantes trabalhos no da Torre do Tombo. «Obra utilissima, de que muito carecia a litteratura portugueza» chamou a este trabalho Francisco Manuel, remettendo para ella os seus leitores em uma das notas que ajuntou na segunda edição ao prologo da sua versão do Oberon. Viterbo reconheceu a conveniencia de resumir a sua obra, supprimindo as digressões e documentos, e limitando-se só ao necessario para os que pretendessem entender com acerto os monumentos anteriores, ou coevos dos primeiros seculos da monarchia, e os manuscriptos ou impressos dos auctores que floreceram até o seculo XVI. N'este sentido refundiu e abbreviou o Elucidario, preparando uma nova edição, que a morte o impediu de dar á luz, mas que veiu pouco depois a publicar-se posthuma, com o titulo seguinte: Diccionario portatil das palavras, termos e phrases, que em Portugal antigamente se usaram, e que hoje regularmente se ignoram: resumido, correcto e addicionado pelo mesmo auctor do Elucidario a beneficio da litteratura portuguesa. Coimbra, na Imp. da Universidade 1825. 4.º. €600 681. SANTA THEREZA. (Fr. Lourenço de) SERMOENS VARIOS MYSTICOS, E DOUTRINAES. DO PADRE MESTRE... LEYTOR JUBILADO EXAMINADOR SYNODAL DO Bispado de Miranda, Missionario Apostolico, Penitenciario geral de toda a Ordem Seraphica, Alumno da Real Academia de N. Senhora, e Santo Antonio junto de Mafra, Filho da Santa Provincia de Portugal da Regular Observancia e natural da cidade do Porto. PRIMERA PARTE [SEGUNDA PARTE | TERCEIRA PARTE], OFFERECIDA, E DEDICADA AO SENHOR PEDRO PEDROSSEN DA SILVA, Fidalgo da Casa de Sua Magestade Cavaleiro Professo na Ordem de Christo, e Cidadaõ da Cidade do Porto &c. LISBOA: Na Offic. de FRANCISCO BORGES DE SOUSA. ANNO MDCCLX. [1760]. MDCCLXI [1761] e MDCCLXIII [1763]. 3 (de 4) volumes. In 4º (de 20x15 cm) com 503, 383 e 443 pags. Encadernações da época inteiras de pele com ferros a ouro nas lombadas, sendo a do 2º volume ligeiramente diferente. Exemplar com titulos de posse da época nas folhas de guarda. Obra impessa em coluna dupla. Apenas os 3 primeiros volumes desta obra. €150 682. SANTARÉM. (2º Visconde de) OPUSCULOS E ESPARSOS. Colligidos e coordenados por Jordão de Freitas. Novamente publicados pelo 3º Visconde de Santarém. Imprensa Libanio da Silva. Lisboa. 1910. Obra em 2 volumes. De 29x21 cm. Com xi-478 e 492 pags. Encadernações da época (meia-amador) com lombadas e dianteiras das pastas em pele gravadas com finos ferros a ouro. Corte das folhas aparado à cabeça. Ilustrado com os fac-similes dos frontispícios das obras reunidas. €200 683. SANTARÉM. (Pedro de) TRATATUS DE ASSECURATIONIBUS ET SPONSIONIBUS, NUNC PRIMÉRUM LUCEDONATUS. [Por] Petro Santerna Lusitano. Edição do Grémio dos Seguradores. Lisboa. 1961. De 19x13 cm. Com 517 pags. Encadernação artística da época em inteira de pele executada pelo mestre encadernador Frederico d'Almeida. Exemplar com o ex-libris da Biblioteca do Grémio dos Seguradores (encadernação gravada em super-libis com o mesmo logótipo do Grémio dos Seguradores). Tiragem de 850/02 exemplares. Contém com o fac-simile integral (em latim) da obra portuguesa quinhentista sobre seguros; seguido das versões portuguesa, inglesa e francesa. €120 684. SANTIAGO. (Diogo) POSTILLA RELIGIOSA, E ARTE DE ENFERMEIROS, Guarnecida com eruditos conceitos de diversos Authores, facundos, Moraes, e Escriturarios PELO PADRE Fr. DIOGO DE SANT-IAGO, RELIGIOSO DE S. JOAÕ DE DEOS, com que educou, e praticou aos seus Noviços, sendo Mestre delles no Convento de Elvas, para perfeição da vida Religiosa, e voto da Hospitalidade, DEDICADA AO REVERENDISSIMO PADRE Fr. JOZÉ DE JESUS MARIA, Dignissimo Provincial Apostolico da mesma Provincia. LISBOA OCCIDENTAL. Na Officina de MIGUEL MANESCAL DA COSTA, Impressor do Santo Officio. Anno MDCCXLI. [1741]. In 8º (20x15 cm) com [xxxi], 300 pags. Encadernação ao gosto do séc. xviii inteira de pele mosqueada, com ferros a ouro e nervos na lombada. Exemplar com ligeiros vestígios de humidade e com título de posse manuscrito na página de rosto: «Ex-libris Congregationis Missionis Eborensis». Obra com o primeiro tratado de enfermagem escrito em português por Frei Diogo de Santiago mestre de noviços da mesma ordem no Coventto de Elvas. Em 2005 foi publicado um fac-simile desta obra com apresentação do Prof. Luís Graça e uma introdução do Padre Aires Gameiro. Inocêncio IX,131: 'Frei Diogo S. Tiago, Religioso da Ordem dos Hospitaleiros de S. João de Deus, e a cujo respeito póde consultar-se a Bibl. Lusitana no tomo IV. - E. 473) Postilla religiosa e arte de enfermeiros, guarnecida com eruditos conceitos de diversos auctores, facundos, moraes e escripturarios. Lisboa, por Miguel Manescal da Costa 1741. 4.º de XXXII-300 pag. Na Bibl. Lusit. acha-se errada a indicação do formato d'este livro, que alli se diz ser 8.º. Se a obra tem prestimo ou valia, é problema que não me atrevo a resolver: mas que os exemplares são raros, posso attestal-o de facto proprio, pois nunca encontrei de venda no mercado mais que um ou dous exemplares, além do que possuo'. €400 685. SANTO ESTEVÃO, Gomes de. INFANTE D. PEDRO. LIVRO DO INFANTE D. PEDRO DE Portugal, o qual andou nas Sete partidas do Mundo. Feyto por Gomes de Santo Estevaõ, hum dos doze que foraõ em sua companhia. LISBOA. Na Officina de Domingos Carneyro. Anno 1698. In 8.º de 19x14,5 cm. com 31 pags. Encadernação recente inteira de pele com ferros a ouro nas pastas. Ilustrado com bela vinheta tipográfica com as armas reais portuguesas gravadas na folha de rosto. Exemplar com ex-libris oleográfico da coleção Rocha Madahil, manchas de humidade e leves restauros marginais. Obra muito famosa especialmente no estrangeiro, para tal bastante contribui-o ter sido escrita em estilo popular. Relata as viagens do Infante D. Pedro de Portugal, efetuadas entre 1424 e 1428. O mesmo foi o 2.º filho de D. João I Mestre de Avis e primeiro Duque de Coimbra. O infante D. Pedro foi regente de Portugal durante a menoridade de D. Afonso V, filho de D. Duarte, seu sobrinho. Morreu na Batalha de Alfarrobeira, travada contra os partidários de D. Duarte. As edições desta obra (cento e doze em português e castelhano 1520-1912) são e sempre foram muito raras e procuradas, de grande curiosidade bibliográfica pois apresentam muitas variantes tipográficas. Sobre esta quarta edição em português Inocêncio diz ser a mais antiga que viu, mas a primeira em português publicou-se em 1602. Francis M. Rogers, List of Editions of the Libro… n.º 34. “Copy in the Greenlee Collection of Newberry Library. There are also copies in Torre do Tombo, the library of Comandante Ernesto Vilhena, [extinta] and with minor differences on title-page, the library of Visconde da Trindade, [extinta]. The edition is mentioned, among other places, in the Catálogo Biblioteca Tavares de Macedo, [extinta]. Livraria Biblarte, cat. I, 318. [Lisboa 1956. Muito Raro 1.500$00]” Inocêncio III, 149. “GOMES DE SANCTO ESTEVAM, que se diz ter sido um dos doze criados que acompanharam o infante D. Pedro, filho d'el-rei D. João I, em suas longinquas peregrinações, começadas segundo a opinião vulgar dos nossos historiadores em 1424 (mas que o sr. Abbade de Castro, sem duvida mais bem informado, faz datar de 1416). Livro do infante D. Pedro que andou as quatro partidas do mundo. Lisboa, por Antonio Alvares 1554. 4.º. Anda aqui dobrado engano, porque o impressor Antonio Alvares não exercia ainda por este tempo a arte typographica, e só principiam a apparecer edições suas muitos annos depois do indicado. Observarei a proposito, que José Soares da Silva (nas Mem. d'elrei D. João I, tomo I, pag. 318) diz mui claramente, que a edição mais antiga que encontrára do Auto d o Infante D. Pedro (que de certo assim se intitulou nas primeiras que sahiram, e pelo que vejo foi Barbosa o primeiro que mudou este titulo no de Livro) fôra uma traducção castelhana, impressa em Burgos em 1564, por Filippe Junti: tudo isto torna para mim problematica a existencia da tal edição de 1554, em quanto não descobrir exemplar d'ella, com que possa resolver as duvidas que me occorrem. Pela minha parte declaro, que ainda não consegui ver edição d'este papel, mais antiga que a de Lisboa, por Domingos Carneiro, 1698. 4.º de 31 pag. Depois d'esta vi outra, ibi, por Manuel Fernandes da Costa 1739. 4.º de 31 pag. Outra, ibi, por Francisco Borges de Sousa 1767. 4.º de 20 pag. Outra, ibi, por Simão Thaddeo Ferreira 1794. 4.º e outras já do presente seculo, de que não tenho tomado nota por falta de opportunidade. Quanto ás traducções castelhanas (se é que não foi n'esta lingua, que a obra se imprimiu originalmente) acho apontadas em Barbosa a sobredita edição de 1564, o mais duas, ambas feitas ao que parece em Sevilha, por Domingos de Robertis 1595. 4.º, e 1626. 4.º No catalogo da livraria de Lord Stuart, vejo tambem citada outra com o titulo: Historia del infante D. Pedro de Portugal, el qual anduvo las siete partidas del mundo. Sevilha, sem anno, 4.º; edição differente das indicadas por Barbosa, e talvez mais antiga que ellas. As edições que vi, e comparei entre si, têem muitas variantes, e differem notavelmente em vocabulos e phrases, porque cada um dos editores foi emendando a seu gosto, e accrescentando o que lhe pareceu, de modo que julgo se não acharão talvez duas inteiramente conformes. A primeira alteração ou mudança que se nota, é no proprio titulo, que sendo em principio Auto (ou Livro?) do Infante etc., que andou as quatro partidas do mundo, depois lhe puzeram septe partidas em vez das quatro, talvez para tornal-o mais apparatoso e retumbante! Já o academico Soares da Silva, e com elle Barbosa, advertiram que as mesmas quatro partidas não deviam entender-se das quatro partes, em que o mundo se dividia, pois que ao tempo a que o livro se presume composto não era ainda descoberta a America. Talvez terei de tocar novamente estas especies no artigo D. Pedro, infante de Portugal. Entretanto remetto os leitores para o que a respeito da obra, e do seu titulo diz Manuel de Faria e Sousa nos Commentarios aos Lusiadas, canto VIII, est. 37.ª.” €1.500 686. SANTOS SIMÕES. (J. M. dos) AZULEJARIA EM PORTUGAL NO SÉCULO XVIII. Edição revista e actualizada. [In] CORPUS DA AZULEJARIA PORTUGUESA. Fundação Calouste Gulbenkian. Lisboa. 2010. De 30x25 cm. Com 728 pags. Encadernação editorial em tela com sobrecapa de protecção. Ilustrado com catálogos de padrões e anexos com estampas, contendo fotogravuras p/b e a cores. Último volume (da obra de referência da azulejaria portuguesa em 6 volumes) reeditado, revisto e actualizado. €120 687. SANTOS SIMÕES. (J. M.) AZULEJARIA PORTUGUESA NO BRASIL (1500-1822). Corpus de Azulejaria Portuguesa. Fundação Calouste Gulbenkian. Lisboa. 1965. De 30x25 cm. Com 459 pags. Encadernação editorial em tela com sobrecapa de protecção plastificada. Ilustrado com Catálogo de Padrões e um anexo com 67 estampas com fotogravuras p/b e a cores. Obra de referência da azulejaria portuguesa. €150 688. SANTOS. (Henrique Matheus) MONOGRAPHIA HISTORICA DE CERNACHE E APONTAMENTOS BIOGRAPHICOS. Lendas – Annexos. Por… Estamparia do Banco de Portugal. Lisboa. 1921. De 28x21 cm. Com 125-(iii) pags. Encadernação (meia-amador) com lombada e cantos em pele. Ilustrado com retrato do autor em anterrosto e gravuras intercaladas em extra-texto. Exemplar de uma tiragem de 200/77 ex. numerados e com ex-libris armoriado de A. Ramel. Obra impressa sobre papel couché; finamente apresentada no seu arranjo gráfico com esquadrias e quadrilongos decorativos a duas cores. €300 689. SANTOS. (Reinaldo dos) A ESCULTURA EM PORTUGAL. Séculos XII a XV. Séculos XVI a XVIII. Impresso nas oficinas gráficas de Bertrand (Irmãos), Lda. Academia Nacional de Belas Artes. Lisboa. 1948 e 1950. Obra em 2 volumes. De 37x29 cm. Com 66-CLXVI e 74-CLXXIX páginas e estampas. Encadernações da época com lombadas e cantos em pele. Obra de grande aparato, qualidade gráfica e excelente fotocomposição. Exemplar com extensa dedicatória do autor na página de anterrosto. €500 690. SANTOS. (Reinaldo dos) O ESTILO MANUELINO. Por… Impresso na Oficinas Gráficas Bertrand, Lda. Academia Nacional de Belas Artes. Lisboa. 1952. De 35x25 cm. Com 67 pags. Encadernação da época com finos ferros a ouro sobre lombada e cantos em pele. Ilustrado com 119 estampas em extra-texto. €200 691. SANTOS. (Reinaldo dos) OS PRIMITIVOS PORTUGUESES. (1450-1550). 3.ª Edição, corrigida e aumentada. Lisboa. 1958. De 32X25 cm. Com 68-190 pags. Encadernação do editor inteira de pele com ferros a ouro na lombada e em super libris. Profusamente ilustrado com 142 estampas (p/b e cromogravuras) com reproduções da pintura primitiva portuguesa da Idade Média e da Renascença, entre as quais os painéis de São Vicente de Fora. Exemplar com extensa dedicatória do autor sobre a folha de anterrosto. €300 692. SANTOS. (Reynaldo dos) e Irene Quilhó. OURIVESARIA PORTUGUESA NAS COLECÇÕES PARTICULARES. Por… e… Edição dos Autores. Lisboa. 1959. 2 volumes. De 32x23 cm. Com 112 e 130 pags. Encadernações editoriais. Profusamente ilustrados. Contém o resumo de cada uma das principais obras das colecções particulares e o contexto decorativo dos interiores das residências históricas. €200 693. SANTOS. (Reynaldo dos) O AZULEJO EM PORTUGAL. Fotografia de Mário Novais. Editorial Sul Limitada. Lisboa. 1957. De 33x24 cm. Com 170 pags. Encadernação meia-amadora (lombada larga e cantos em pele) com finos ferros a ouro em casas fechadas na lombada. Profusamente ilustrado. Exemplar apenas aparado à cabeça. Obra com o estudo da azulejaria portuguesa e a comparação das peças com outras existentes no estrangeiro - nomeadamente em Espanha e Itália - contendo elaborados índices: cronológio das peças datáveis; onomástico; toponímico; índice dos desenhos; índice das fotogravuras e índice dos extra-textos a cores. €400 694. SANTOS. (Reynaldo dos) OITO SÉCULOS DE ARTE PORTUGUESA. História e espírito. [Por]… Presidente da Academia Nacional de Belas-Artes. Empresa Nacional de Publicidade. Lisboa. S/ d. (196?). Obra em 3 volumes. De 30x24 cm. Com 381, 310 e 480 pags. Encadernações editoriais inteiras de pele; excelente exemplar. Profusamente ilustrado com fotogravuras p/b e a cores, na sua maioria de uma recolha fotográfica de Mário Novais, começada nos anos de 1950, em conjunto com o autor. Obra impressa sobre papel couché com excelente acabamento gráfico. €500 695. SÃO JOÃO DE DEUS. Homenagem de Portugal ao seu glorioso filho. 1550-1950. Bertrand, Irmãos, Lda. Lisboa. 1950. In fólio (de 41x30 cm). Com 308-i pags. Encadernação com lombadas e cantos em pele. Profusamente ilustrado com fotogravuras, mapas e reproduções de gravuras e documentos da época. €120 696. SÃO JOSÉ. (Frei António de) VIDA DA SERAPHICA MADRE SANTA TERESA DE JESUS, DOUTORA MYSTICA, E Fundadora dos Carmelitas Descalços, ESCRITA PELA MESMA SANTA, Agora traduzida de lingua Castelhana em nossa Portugueza: E DILUCIDAÇOENS, Para melhor intelligencia de quem ler: Escritas pelo menor de seus Filhos O PADRE Fr. ANTONIO DE S. JOZÉ, Prior do Santo Deserto do Busaco. Offerecida A’ SOBERANA IMMACULADA IMPERATRIZ do Ceo, e Terra MARIA SANTISSIMA MAY DE DEOS, E SENHORA NOSSA DA VISITAÇAÕ, QUE SE VENERA EM HUMA IGREJA EXTRA-MURAS da Villa de Monte mor o novo Pelo seu mais indigno escravo LUIZ ANTONIO ALFEIRAÕ. LISBOA: Na Officina de ANTONIO VICENTE DA SILVA. Anno de MDCCLXI. [1761]. In 4º (de 21x15 cm) com [viii]-499 pags. Encadernação da época inteira de pele com lombada restaurada. Inocêncio não refere. €150 697. SÃO JOSÉ. (Frei João de) CEREMONIAL MODERNO DA PROVINCIA DA ARRABIDA, SEGUNDO O RITO ROMANO, e Serafico : distribuído em nove Tratados do Coro, e Altar; e de algumas acções particulares dirigidas á Refórma da mesma Provincia. OFFERECIDO A’ MAGESTADE FIDELISSIMA DE ELREY D. JOZE’ I. NOSSO SENHOR. COMPOSTO PELO PADRE Fr. JOAÕ DE S. JOZE’ DO PRADO, Primeiro Mestre de Cerimonias da Real Basilica de Mafra. LISBOA: NA OFFICINA DE FRANCISCO DA SILVA. Anno de MDCCLII. [1752]. In fólio de 31x21 cm. Com [xxviii]-440 pags. Encadernação da época inteira de pele cansada nas coifas da lombada. Exemplar com leves manchas de humidade. Ilustrado com vinhetas e letras capitais decorativas com motivos florais. Obra do mesmo autor do livro “Monumento Sacro… junto à Villa de Mafra”. Encontra-se dividida em 9 tratados, a saber: do modo de assistir aos oficios divinos; dos oficios em particular; dos oficios divinos quanto ao coro; da celebração da Missa; dos oficios do coro e do Altar no tempo do Advento, da Quaresma e outras solenidades; das procissões e preces; do modo de receber as pessoas insignes nos Conventos; do modo de administrar os Sacramentos e as Exéquias; e um tratado final com várias temas (miscelânea) tais como o do Oficio do Relojoeiro. Contém um índice final remissivo com os assuntos e os temas mais importantes do cerimonial franciscano da Arrábida, entre os quais: absolvições; comemorações, comunhões, disciplina e penitência, hebdomadário e calendários, a Missa e os seus ritos comparados com outros cerimoniais como p. ex. o de Xabregas; modo de professar os noviços desta ordem, etc. Inocêncio III, 391 “Fr. João de S. Joseph do Prado, Franciscano da provincia da Arrabida, cujo instituto professou no convento de Alferrara a 19 de Março de 1706. Foi Mestre de Ceremonias no real convento de Sancto Antonio de Mafra. Sabe-se que nascêra em Lisboa, porém ignoro ainda as datas do seu nascimento e morte”. €500 698. SÃO MAMEDE. (2º Conde de) DON SÉBASTIEN ET PHILIPPE II. Exposé des négociations entamées en vue du marriage du roi de Portugal avec Marguerite de Valois. Par Le comte de São Mamede, Docteur ès lettres, Attaché à la Légation de Portugal en Allemagne. A. Durand & Pedone-Lauriel, Éditeurs. Paris. 1884. De 24x16 cm. Com 129 pags. Encadernação com lombada e cantos em pele. Exemplar com dedicatória do autor e cartão de visita do mesmo, apenso na folha de guarda da encadernação. €150 699. SAXONIA, Ludolphus de. Vita Jesu christi domini ac salvatoris nostri ex evangelio & approbatis ab ecclesia catholica doctoribus sedule collecta per Ludolphum de Saxonia candidissimi chartusianorum ordinis servantissimum: et accurate per Jodocum badium ascensium annotata: atque alphabetico indicio ac vita sancte Anne: atque laudibus divi Joachim aucta : diligenterque rursus Lugdunum impressa 1510. Claude Davost (para) Stephanus Gueynard (Etienne Gueynard, dit Pinet) In fólio de 25x18 cm. Com 428 fólios sem numeração. Encadernação da época em pergaminho flexível com o título caligráfico na lombada. Bela impressão pós incunabular em caracteres góticos, frontispício gravado com cenas bíblicas, o titulo a duas cores. Texto impresso a duas colunas com belas capitulares. Ilustrado com uma gravura xilográfica inicio do texto representado o presépio. Importante obra sobre a vida de Cristo, comentário devocional aos evangelhos com citações da literatura patrística e medieval. Principal texto do autor, monge cartuxo natural de Estrasburgo (1295-1378), impresso pela primeira vez em 1474, na cidade natal do autor. Esta foi a primeira obra ilustrada impressa em Portugal (1495) e a terceira impressa em língua portuguesa, tendo considerada a primeira até cerca de 1965. Binding: in a contemporary flexible vellum with calligraphic title on the spine. Calf ties remains. Very fine post incunabular print in Gothic characters, frontispiece engraved with biblical scenes, and title page printed in two colors. Text printed in two columns with beautiful capital letters containing biblical scenes. Title page with an engraved woodcuts (beginning of the text) representing the Nativity. Very important devotional book - devotional commentary to the Gospels with citations from literature patristic and medieval - printed in Lyon in 1510 from the Carthusian monastery Marienburg, near Duelmen, for Stephanus Gueynard (Etienne Gueynard, dit Pinet), 29 July 1510. (Main text of the author, a native of Strasbourg Carthusian monk (1295-1378), first printed in 1474, in the hometown of the author). In 4to. Title (printed in red and black) beginning with a woodcut initial (V), underneath a woodcut of 122x 124mm. with Maria and the infant Christ sitting on a pillow and holding a large cross at the right probably the publisher is praying framed by woodcut borders of portraits of saints at the left, of five angels and saints, below and six separate woodcuts of ca. 32x20mm of angels and saints at the right together in a second border of floral and decorative woodblocks. An interesting and beautiful woodcut of the birth of Christ in a fantasized architectural setting (98x75mm), flanked by three woodcuts of angels and saints (ca.32x20mm) at either side, in a border of floral woodcut blocks at the beginning of the text. Headline and beginning of the text printed in red. Many small woodcuts (ca.32x20mm) with biblical scenes and saints at the beginning of each chapter (some are bigger) and many woodcut initials. The artist who made these cuts is the famous Lyonese woodcutter G. Leroy II (Baudrier, IX, p. 172). The book is rubricated throughout. (12), (416) leaves. Very rare lavishl y illustrated re-edition of the Lyonese edition printed by Etienne Gueynard and Martin Bouillon in 1507. This time the book was printed, as stated in the colophon on f. 2E7v by Claude Davost for Gueynard. The edition is sometimes dated '1514' in the bibliographies as the date in the colophon reads: 'M. quingentesimodecimo: quarto Kal. Aug.' Etienne Gueynard (1460-1525) was active as a printer in Lyon from 1485 onwards. This famous devotional work mostly referred to as the Vita Christi, is the main work of the Carthusian monk Ludolphus de Saxonia (ca.1295-Stassburg 1378). In fact it is a commentary on the four Gospels interspersed with citations from patristic and medieval literature. The result is a continuing story of the life of Jesus that has been very influential for, among others, Ignatius of Loyola (see: H. Böhmer, Loyola und die deutsche Mystik (1921)). The editio princeps of the Vita was published in Strassbourg in 1474, with another edition in the same year in Schletstadt. The standard modern edition is by L.M. Rigollot (1878). On the verso of the title page is the dedicatory letter of Josse Badius Ascensius to Petrus Rostanus, dated 27.11.1507 (the date of the first Gueynard edition), followed by a poem 'ad studiosos lectores'. The 'Tabula' is on the next 11 leaves. The 'Prologus'of Ludolphus' Vita Christi is on f. 1-4r the first part on f. 4r-217r and the second part on f. 217r-412r.f. 412v-413v: Petrus Dorlandus, Vita gloriosissime matris Anne.f. 414r : Jodocus Bessellius, Rosarium de Sancta Anna.f. 414v-415r: Laudes et hymni (a.o. a hymn by Jacobus Keimolanus). f. 415r-v: Guillermus Bibaucius, Octo epigrammata. f. 415v: two poems by Robertus Baguinus the colophon and a 'Tetrasticon' to the reader by Josse Badius Ascensius.f. 416r: the often lacking 'Registrum' (list of the quires verso: blank). Very good copy of this important devotional work complete with the last leaf containing the list of quires ('Registrum') BM STC French, p. 292 Graesse IV, 291 Baudrier, XI, p. 172 and 223-4 BSB, 24, p.230 (this ed.?) Renouard, Josse Badius Asc., III, p.33-4 I. Schunke, Die Schwenke Sammlung, II, p.276 M.I. Bodenstedt, The Vita Christi of Ludolphus the Carthusian (1944) not in the BN, Paris. [This file was extracted mostly from Antiquariatt FORUM / Esta ficha foi extraída em grande parte de Antiquariatt FORUM]. €4.000 700. SCEVOLE, Lovis DE SAINCTE-MARTHE. A Genealogical History of the KINGS OF PORTUGAL. And of all those Illustrious Houses that in Masculine Line are branched from that Royal Family. Containing A DISCOURSE Of their several Lives, Marriages, and Issues, Times of Birth, Death, and Places of Burial. With their Armes and Emblazons according to their several alterations, as also their Symboles and Mottoe. All Engraven in Copper-Plates. Written in French by Scevole and Lovis De Saincte-Marthe, Brethren, and Advocates in the Court of Parliament of Paris, Unto the Year, M. DC. LXII. By Francis Sandford, Rouge-Dragon, Pursuiuant of Arms. LONDON, Printed by E. M. for the Author, Anno, 1662. In fólio de 32,5x21,5 cm. com [xii], 141,[iii], [ii], 53 pags. Encadernação recente inteira de marroquim verde com super-libris a ouro de José Pinto Leite 2.º conde de Olivais e Penha Longa em ambas as pastas. Cortes dourados por folhas. Ilustrado com duas gravuras em separado (anterrosto alegórico gravado e gravura com emblemas e motos), no texto brasões. In folio. Binding: later 19th/20th Century full calf (dark green morocco) gilt tooled in both folders with armorial super-libris of José Pinto Leite 2º Count of Penha Longa. Paper cuts gilt at edges. Illustrated with two hors-text engravings (allegorical frontispiece with Portugal's coat-of-arms; and a panoplia with 10 emblems and mottoes of the most important kings of Portugal) and heraldry concerning each royal ruler. €6.000 701. SCHAEFER. (Henrique) HISTORIA DE PORTUGAL. Desde a Fundação da Monarquia até à Revolução de 1820 vertida fiel, integral e directamente por F. de Assis Lopes continuada, sob o mesmo plano, até aos nossos dias por J. Pereira de Sampaio (Bruno). Escritorio da Empreza Editora. Porto. 1893, 1893, 1895, 1898, 1899. 5 (de 7) volumes. De 23x16 cm. Com [xiii]-527, 472, 518, 740, 891 pags. Encadernações da época com lombadas em pele. Exemplar de trabalho com vestígios de manuseamento, sublinhados e notas marginais a tinta. Obra foi impressa na Livraria Civilização e na Typographia da Empreza Litteraria e Typographica, no Porto. Monumental tradução portuguesa da obra do historiador alemão Heinrich Schäfer, Geschichte von Portugal von der Entstehung des Staates bis zum… Hamburg, 1836, considerada por Brito Aranha como uma das fontes históricas de Alexandre Herculano (Inocêncio XXI, 112 e 113) : 'Muito se tem discreteado a fim de estabelecer os guias, que Alexandre Herculano poderia haver escolhido para as suas composições historicas. Parece ate que por parte de certos esmerilhadores emeritos ha um malicioso prazer em descobrir os escritores, que acaso serviram de norma ao nosso historiador, julgando assim os que sentem tão mesquinina satisfação apoucar-lhe a personalidade literaria com o mal intencionado proposito de reconstituir a genealogia da sua obra. Por isso é farta a lista dos nomes que aparecem indicados á guisa de paraninfos da Historia de Portugal. Nomeia um Guizot; apresenta outro Thierry; outro ainda lembra-se de Savigny ou de Rancke. Apontam-se Schaefer, Rosseeuw Saint-Hilaire e Macaulay, como fontes proximas onde ele foi com abundancia beber. […] Assim vê-se que conhecia: Rancke o historiador do papado; Wilken, o historiador das cruzadas; Raumer, o historiador das Hohenstauffen, Eichhorn, o historiador do direito alemão; Pfister, o historiador dos teutões; Lapenberg, o historiador da Inglaterra, Schaefer, o historiador de Portugal; Lembke. o historiador da Hespanha; Niebuhr, o historiador de Roma, Savigny, o historiador do direito romano na idade media; e ainda outros que sou forçado a calar, por não querer demais alongár-me'. Exemplar não contém os dois últimos volumes, da autoria de José Agostinho, com continuação no período de 1820 até 1910. €150 702. SCHLEGEL. (H.) e A. H. Verster de Wulverhorst. TRAITÉ DE FAUCONNERIE. [Fac-simile]. [Par]… et… publié à Leyde et Düsseldorf em 1844-1853. Nouvelle édition integrale. Hermann Éditeur des Sciences et des Arts. Paris. 1980. De 43x30 cm. Com 90-viii pags. Encadernação do editor, um pouco manchada de humidade. Ilustrado com 1 frontispício e 12 estampas coloridas, representando as várias espécies de aves utilizadas; cenas de montarias; e utensilagem da falcoaria. Exemplar de uma tiragem de 500 exemplares sobre papel Euri mate fabricado por Dujardin. €150 703. SEANCE DE LA COUR DES MONNOIES DE LYON. Du Mercredi deuxiéme May 1764. Et PROCEZ-VERBAL de ce qui s’est passé le meme jour, au sujet de la retraite de Monsieur le Premier President en la Cour des Monnoies, Sénechaussée & Siege Présideal de Lyon: Avec les Discours prononcés à cette occasion. Le tout imprimé par les soins de Mes. Henry Nompere & Philibert-Auguste Delarue, Procureurs aux Cours de Lyon, & Sindics de la Communauté des Procureurs de la même Ville. A LYON, De l’Imprimerie de J. J. BARBIER, sur le Quai des Célestins. M. DCC. LXIV. (1764). In 4.º ee 27x21 cm. Com 48 páginas. Encadernação da época inteira de pele cansada. Ilustrado com magnifico retrato gravado a buril na página de anterrosto. A obra transcreve os discursos pronunciados na audiência da Comissão de Moeda e Valores da cidade de Lyon em homenagem ao seu Primeiro Presidente o Senhor Barthelemy Jean Claude Pupil e documenta como, ao longo de mais de cem anos, duas famílias aliadas, os Sêve e os Pupil controlaram a bolsa de valores Franco-Lionesa. A bolsa de valores de Paris tinha sido amputada pela criação da bolsa de Lyon em 1704 a qual controlava o Definado, a Provença, o Auvergne, o Languedoc e Bayonna até à região de Gex. Esta bolsa Lionesa foi suprimida em 1771 e os seus arquivos trazidos para Paris, onde ainda hoje se encontram. O retrato de Barthelemy Jean Claude Pupil gravado por Tardieu é idêntico ao quadro de Nicolas de Largillierre (1656-1746) pintado a óleo sobre tela, em 1729, onde o retratado tem o vestuário e a cabeleira de juiz. Este quadro encontra-se na The Putnam Foundation, no Timken Museum of Art, em San Diego, USA. Contemporary full calf binding worn at spine and edges. Report of Lyon Stock Exchange commemorating the retirement of its president Barthelemy Jean Claude Pupil and containing his engraved portrait copied from an existing painting oil in canvas dated from 1729. €300 704. SECO FERREIRA (Luís) OPUSCULO THEOLOGICO DAS CONSTITUIÇÕES, OU Bullas, Cartas circulares, e Decretos Apostólicos DO SANTISSIMO PADRE BENEDICTO PAPA XIV. Elucidadas com várias Resoluções Moraes, e Juristas, utilissimas aos Parochos, Confessores, Religiosos, e Ministros, COMPOSTO PELO LICENCIADO ANTONIO FERREIRA, Comissario do Santo Officio, Conego Magistral na Cathedral do Bispado de Lamego, e Examinador Synodal, OFFERECIDO A’ GLORIOSISSIMA V. MARIA Mãy do Eterno Verbo, Emperatriz dos Ceos, Rainha dos Anjos, e Senhora do Universo. COIMBRA: Na Officina de LUIS SECCO FERREIRA, Anno M.DCC.LIX. [1759]. In 4º (De 20x15 cm) com xxviii-543 pags. Encadernação da época inteira de pele. Lombada com ferros a ouro por nervos e casas fechadas. Inocêncio VIII, 146 “ANTONIO FERREIRA (4.º) Nada mais consta de suas circumstancias pessoaes. [2464] Opusculo theologico das constituições, bullas, cartas circulares, e decretos apostolicos do SS. P. Benedicto XIV, elucidado com varias resoluções moraes etc. Coimbra, na Offic. de Luis Secco Ferreira 1759. 4.º - Menciono este livro, por não acha-lo descripto na Bibl. Lus., onde, segundo a data, devera ter entrado”. €300 705. SEGURADO. (Jorge) LISBOA NO PASSADO E NO PRESENTE. Direcção de... Prefácio do General França Borges. Edições Excelsior. [Composto e impresso na Gráfica Brás Monteiro]. Lisboa. 1971. De 32x23 cm. com 368 pags. Encadernação do editor inteira de pele com ferros a seco e a ouro nas pastas, preservando sobrecapa de protecção. Ilustrado com reprodução de gravuras e quadros intercalados em extra-texto. Obra de grande aparato gráfico com mais de 150 trabalhos fotográficos dos principais fotografos lisboetas, entre os quais: Horácio Novais, Reis Balsinha, Almeida Junior e outros. €150 706. SEGURADO. (Jorge) LISBOA NO PASSADO E NO PRESENTE. Direcção de… Prefácio do General França Borges. Edições Excelsior. Lisboa. 1971. De 35x25 cm. Com 368-xxii. Encadernação com lombada e cantos em pele. Profusamente ilustrado com fotogravuras e similigravuras de quadros de fotógrafos e artistas plásticos que retrataram Lisboa. €150 707. SEMEDO, Alvaro. IMPERIO DE LA CHINA Y CULTURA EVANGELICA EN EL, Por los Religiosos de la Compañia de JESUS, Sacado de las noticias del Padre Alvaro Semmedo de la propria Compañia. POR MANUEL DE FARIA Y SOUSA, Cavallero de la Orden de Christo, y de la Casa Real. LISBOA OCCIDENTAL, EN LA OFFICINA HERRERIANA. M. DCC.XXXI. [1731] In fólio menor de 29x20 cm. Com [xviii], 252 pags. Encadernação da época inteira de pele com rótulo vermelho, nervos e ferros a ouro na lombada. Folha de rosto impressa a duas cores adornada com o escudo real de D. João V, a quem é dedicada a obra. Exemplar com assinatura de posse do bibliógrafo Pinto de Matos no verso da folha de rosto; e ex- libris do Dr. José Bayolo Pacheco de Amorim. Segunda edição em castelhano, a primeira publicou-se em Madrid no ano de 1642. Inocêncio I, 50. “Imperio de la China y cultura evangelica en el, por los religiosos de la Compañia de Jesus. Sacado de las noticias del P. Alvaro Semmedo de la propria Compañia. Madrid, por Juan Sanchez 1642. 4.º - É dividida em tres partes, das quaes a. I tracta geralmente da descripção do paiz, e de suas provincias, sitio, e qualidades: a II do seu governo, e do tocante ás pessoas e costumes de seus habitadores: a III emfim do que diz respeito á cultura evangelica, e introducção do christianismo no imperio. Foi tão bem aceita esta relação, que todas as nações da Europa se apressaram a transportal a para os seus idiomas, o que se prova pelas traducções que d’ella se fizeram, a saber: Em italiano com o titulo: Relazione della grande monarchia della Cina, Roma 1643. 4.º, adornada com o retrato do auctor, e reimpressa ibi, 1653. 4.º - Em francez, com o titulo Histoire universelle du grand royaume de la Chine composée en italien par le P. Alvares de Semmedo, et traduite en notre langue par L. Coulon. Paris 1645. 4.° Reimpressa em Lyon 1667. 4.°, da qual tinha um exemplar o cav. Francisco José Maria de Brito. - Em inglez: History of the grande and renowed monarchy of China. London 1665 fol. illustrada com mappas, e retrato do auctor, da qual Barbosa declara ter tido um exemplar. Reimpressa ibi, 1665 fol., se é exacto o que diz Mr. Ternaux Compans na sua Bibliotheque Asiatique et Africaine n.º 2001.[O] original manuscripto, tal como o escrevera o P. Semmedo, e que parece ter estado em poder de Manuel de Faria, que por elle fez a sua versão, esse original é mais que raro, e mesmo se ignora, creio, o destino que levou: A traducção de Faria (n.º 265) sahiu novamente com o mesmo titulo, Lisboa Occidental, na Off. Herreriana 1731. fol. de XVII 252 pag., por diligencia de Miguel Lopes Ferreira, a quem muito se deve pelo serviço prestado ás lettras nas varias publicações que fez de alguns ineditos, e nas reimpressões de livros antigos e estimaveis que se iam tornando raros. SEMEDO, Alvaro. (1586-1658) [Empire of China and the Christian culture of the Society of Jesus, taken from the accounts of P. Alvaro Semmedo]. Second Edition in Spanish. Small Folio. Conteporary Period gilt tooled full calf with a red gilt morocco label. A very good copy. Rare work. Semedo was the Portuguese Jesuit “Procurador General” for China. This is a general description of Chinese society which describes the foreign missions and the Manchu campaigns. The manuscript was written by Semedo in Goa in 1638 and contains the first description of tea in a European work on China. 'Semedo first arrived in China in 1613, and worked there for the next twenty-four years. During this time he was associated with Johann Adam Schall von Bell, whom he joined at Xian in 1628, and was responsible for the first European translation of the engraved pillar commemorating the arrival of the Nestorian Alopen. Sent back to Europe as procurator in Rome for the China mission, he called at Goa, where in 1638 he completed his Relacao da propagacao de fe no regno da China e outras adjacentes, a valuable account of the conditions in China at the end of the Ming dynasty. The Portuguese original of the work eventually reached the hands of the Portuguese historian, Manuel Faria y Sousa, who edited it into an historical form and had it translated into Spanish' (Howgego S81). 'This work gives a long account of China, its various provinces, inhabitants and their manners and customs, Government and Military Art, propagation of the Gospel, and more particularly an account of the labours of the Jesuits there' (Cox. I, p. 323); Cordier Sinica 23-24; 'On 29 March 1608, [Semedo] left for Goa and the Far East aboard Na. Sra. Do Vencimento. He arrived to Macau in 1610, and to Nanjing in 1613. Along with another Jesuit, Alfonso Vagnoni, he was imprisoned during an anti-Christian campaign in Nanjing in 1616, and then sent back to Macau, where he stayed till 1621. As the persecution campaign in the mainland China abated, Fr. Semedo changed his Chinese name from Xie Wulu to Zeng Dezhao and re-entered China, now working in Jiangsu and Jiangnan provinces. He spent most of his term in China in the central and southern provinces; perhaps his only trip north was the one he made to Xi'an in 1625, during which he was the first European to see the recently unearthed Nestorian Stele'. Work divided into three parts, of which the 1st is the description of China and its provinces: the 2nd of his government, the people, and customs: the 3rd concerns the evangelical culture, and introduction of Christianity in the Chinese Empire. It was so well accepted that all the nations of Europe translated it into their languages, namely, in Italian under the title: Relazione della grande monarchia della Cina, Roma 1643, reprinted in 1653. – In French Histoire Universelle du grand royaume de la Chine composée en italien par le P. Alvares de Semmedo, et traduite en notre langue par L. Coulon. Paris 1645. Reprinted in Lyon 1667; and in English: History of the grande and renowed monarchy of China. London 1665 €3.000 708. SEMEDO, Álvaro. RELATIONE DELLA GRANDE MONARCHIA DELLA CINA DEL P. ALVARO SEMEDO PORTVGHESE DELLA COMPAGNIA DI GIESV. In Roma, et In Bologna 1678. Per Gio. Recaldini. In 12.º de 14x7 cm. com [xii], 506, 160 pags. Encadernação da época em pergaminho flexível. Inocêncio I, 49. “P. ALVARO SEMMEDO, Jesuita, cujo instituto professou a 30 de Abril de 1602, quando contava 17 annos de edade. Partindo pouco depois para o Oriente, e tendo estado alguns annos em Goa, conseguiu penetrar no imperio da China, onde missionou por largos annos com muito fructo, soffrendo porém grandes trabalhos e perseguições, como contam os seus biographos. Tendo vindo á Europa na qualidade de Procurador das Missões, voltou concluidos os seus negocios para a China, e ahi faleceu no exercicio dos cargos de Provincial e Visitador. - Foi natural da villa de Niza, no Alemtejo, e m. na cidade de Cantão a 6 de Maio de 1658, com 73 annos de edade. - Das noticias adquiridas e observações feitas pessoalmente em vinte e dous annos de assistencia continuada na China, formou este padre e concluiu no de 1637 a sua Relação, que Manuel de Faria e Sousa verteu em castelhano, e publicou com o titulo seguinte: 265) Imperio de la China y cultura evangelica en el, por los religiosos de la Compañia de Jesus. Sacado de las noticias del P. Alvaro Semmedo de la propria Compañia. Madrid, por Juan Sanchez 1642. 4.º - É dividida em tres partes, das quaes a. I tracta geralmente da descripção do paiz, e de suas provincias, sitio, e qualidades: a II do seu governo, e do tocante ás pessoas e costumes de seus habitadores: a III em fim do que diz respeito á cultura evangelica, e introducção do christianismo no imperio. Foi tão bem aceita esta relação, que todas as nações da Europa se apressaram a transportal a para os seus idiomas, o que se prova pelas traducções que d’ella se fizeram, a saber: Em italiano com o titulo: Relazione della grande monarchia della Cina, Roma 1643. 4.º, adornada com o retrato do auctor, e reimpressa ibi, 1653. 4.º - Em francez, com o titulo Histoire universelle du grand royaume de la Chine composée en italien par le P. Alvares de Semmedo, et traduite en notre langue par L. Coulon. Paris 1645. 4.° Reimpressa em Lyon 1667. 4.°, da qual tinha um exemplar o cav. Francisco José Maria de Brito. - Em inglez: History of the grande and renowed monarchy of China. London 1665 fol. illustrada com mappas, e retrato do auctor, da qual Barbosa declara ter tido um exemplar. Reimpressa ibi, 1665 fo.l A traducção de Faria (n.º 265) sahiu novamente com o mesmo titulo, Lisboa Occidental, na Off. Herreriana 1731. fol. de XVII 252 pag., por diligencia de Miguel Lopes Ferreira, a quem muito se deve pelo serviço prestado ás lettras nas varias publicações que fez de alguns ineditos, e nas reimpressões de livros antigos e estimaveis que se iam tornando raros.“ Álvaro Semedo (1586-1658), Portuguese Jesuit Missionary, lived and worked in China for over 20 years (1617-37). This account deals with the provinces, inhabitants, manners and customs, language, government, military art, etc. Work divided into three parts, of which the 1st is the description of China and its provinces: the 2nd of his government, the people, and customs: the 3rd concerns the evangelical culture, and introduction of Christianity in the Chinese Empire. It was so well accepted that all the nations of Europe translated it into their languages, namely, in Italian under the title: Relazione della grande monarchia della Cina, Roma 1643, reprinted in 1653. – In French Histoire Universelle du grand royaume de la Chine composée en italien par le P. Alvares de Semmedo, et traduite en notre langue par L. Coulon. Paris 1645. Reprinted in Lyon 1667; and in English: History of the grande and renowed monarchy of China. London 1665 Palau 307309. NUC NS 409902. €2.000 709. SENNA FREITAS. (Bernardino José de) MEMORIAS DE BRAGA. Contendo muitos e interessantes escriptos extrahidos e recopilados de differentes archivos, assim de obras raras, como de manuscriptos ainda ineditos e descripção de pedras inscripcionais. Obra posthuma do Commendador Bernardino José de Senna Freitas. Imprensa Catgholica. Braga. 1890. 5 volumes. De 21x15 cm. Com 429-[xiv], 463-[vii], 465-[vi], 465-[v] e 465-[v] pags. Encadernações da época inteiras de pele. Inocêncio I, 365 e VIII, 385: 'Bernardino José de Sena Freitas, Oficial da Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar, Associado provincial da Academia Real das Ciências de Lisboa, e Membro de outras Corporações científicas e literárias. Nasceu no Rio de Janeiro em 1812. Viveu alguns nas ilhas dos Açores. Escreveu «Uma Viagem ao valle das Furnas, na ilha de S. Miguel em Junho de 1840», obra foi impressa com esmero”. Relativamente às «Memorias de Braga», tanto Inocêncio como a GEPB (Vol. 28, pag. 259) são omissos. Obra não republicada em Portugal. €300 710. SENTENÇA PROFERIDA A FAVOR DE JOAÕ INFANTE DE LACERDA, CORONEL DO REGIMENTO DE MILICIAS DA VILLA D’ALCACER, PELO CONSELHO DE GUERRA, A QUE SE PROCEDEO EM JANEIRO DE 1810. De 29x21 cm. Com 24 pags. Encadernação recente em percalina vermelha com título em super-libris. Exemplar com ex-libris de Sttau Monteiro. Inocêncio XIX, 202: 'Sentença crime de absolvição proferida em conselho de guerra a 18 de janeiro de 1810, a favor de João Infante de Lacerda, coronel de milicias de Alcacer do Sal, accusado de abusos de auctoridade, e outros crimes civis e militares'. €150 711. SERPA PINTO. (Alexandre Alberto) COMO EU ATRAVESSEI ÀFRICA do Atlantico ao mar indico, viagem de Benguela á contra-costa. A-travès regiões desconhecidas; determinações geográphicas e estudos ethnographicos. Por… Dois volumes. Contendo 16 mappas e facsimiles e 133 gravuras feitas dos desenhos do autor. [Volume Primeiro. Primeira Parte – A Carabina d’El-Rei. Volume segundo. Segunda Parte – A Familia Coillard]. Londres; Sampson Low, Marston, Searle, e Rivington, Editores, Feet Street. Londres. 1881. Obra em 2 volumes. De 23x15 cm. Com xxiv-336 e vi-340 pags. Encadernações do editor com belas decorações. Profusamente ilustrado e com mapa (de 70x100 cm) desdobrável, colocado em estojo apropriado dentro da guarda posterior do primeiro volume. Mapa com o título “AFRICA TROPICAL E AUTRAL MOSTRANDO A VIAGEM DE EXPLORAÇÃO DO MAJOR SERPA PINTO DE 1877 A 1879” na escala de 11 cm=250 milhas inglesas (sendo 1 milha inglesa=1609 metros), colorido com as poucas fronteiras coloniais portuguesas e inglesas da época, apresenta o percurso do explorador delineado e a escala vertical do percurso com altitudes em metros, desde Benguela na costa atlântica até Durban na costa índica. O mapa foi impresso na imprensa da mesma casa editora da obra e apresenta rasgos nas dobras sem qualquer perda gráfica. Obra sobre a viagem que Serpa Pinto iniciou em 1877 com os oficiais da marinha portuguesa Capelo e Ivens com o objectivo de reconhecer o interior do continente africano. Partiram de Benguela, na Costa Atlântica e - enquanto Capelo e Ivens seguiram pelas regiões a norte - Serpa Pinto seguiu para sudoeste e atingiu, atravessou o rio Cuando em 1878 e atingiu Barotze no Zambeze onde obteve ajuda do missionário François Coillard. Este apoio (profusamente descrito e ilustrado na segunda parte da obra) permitiu-lhe chegar às cataratas Vitória e daí continuar para sul onde chegou a Durban em 1879. 2 volumes. Editor’s bindings; together with map of Central Africa [70x100 cm]. Superb edition on the account of the journey of Major Serpa Pinto’s African exploration from coast to coast. In 1877 Serpa Pinto together with the Portuguese naval captains Capelo and Ivens were sent to explore the southern African interior. They left Benguela where they parted company. Soon after, Capello and Ivens turned northward, whilst Serpa Pinto continued eastward. He crossed the Cuando river in 1878 and reached the Barotse on the Zambezi. There he received assistance from the missionary François Coillard (2nd volume is dedicated and illustrated to the Coillard family) enabling him to continue his journey along the Zambezi to the Victoria Falls. He then turned south and arrived at Durban in 1879. €600 712. SEVERIM DE FARIA, Manuel DISCVRSOS VARIOS POLITICOS POR MANOEL SEVERIM DE FARIA Chantre & Conego na Santa Sê de Euora. EM EVORA. Impressos por Manoel Carvalho. Impressor da Vniversidade. Anno 1624. De 19x13 cm. Com 185 fólios. Encadernação da época inteira de pele, com ferros a ouro na lombada. Rara impressão eborense, adornada com o escudo gravado com as armas do autor e tarja tipográfica no rosto. Ilustrado com o magínifico primeiro retrato impresso de Luís de Camões, assinado Aidus Sculp. Todos os fólios com cercadura xilográfica dupla. Primeira edição. Exemplar com falta das 2 raríssimas gravuras com os retratos de João de Barros e Diogo do Couto, o que geralmente acontece aos exemplares desta edição. O discurso primeiro trata do muito que importará para a conservação da Monarquia de Espanha, assistir sua Magestade com sua Corte em Lisboa. Vida de João de Barros. Discurso II: Das partes que á de haver na linguagem para ser perfeita, e como a Portuguesa as tem todas, e algumas com eminência de outras línguas. Vida de Luís de Camões. Discurso com que condições seja louvável o exercício da caça. Vida de Diogo do Couto. Discurso quarto sobre a origem e grande antiguidades das vestes que usa por hábito Eclesiástico o clero de Portugal. Inocêncio XVI, 106. “Escreveu Severim de Faria grande numero de obras estimaveis em diversos generos, pela maior parte illustradoras da historia patria, cujos titulos pódem ver-se extensamente na Bibl. Lus. As que ficaram manuscriptas passaram depois do seu falecimento, juntamente com a sua copiosa e escolhida livraria, a enriquecer outra, ainda mais abundante e numerosa, qual era em Lisboa a do Conde do Vimieiro, riquissimo thesouro litterario, que foi como tantos outros reduzido a cinzas pelo incendio subsequente ao terremoto de 1755. - As que hoje se conservam, por terem gosado do beneficio da impressão, ainda em vida do auctor, são as seguintes:1290) (C) Discursos varios politicos. Evora, por Manuel Carvalho 1624. 4.º de VI-185 folhas, numeradas por uma só face. - Ahi se comprehendem tambem as vidas de Luis de Camões, João de Barros e Diogo do Couto acompanhadas as duas primeiras de retratos, que serviram de typo ou modelo para os que posteriormente se gravaram, tanto do famoso poeta, como do insigne historiador.” Azevedo e Samodães, 3167. “Na composição, embelezada de varias letras iniciais de desenho de fantasia, cabeções e florões decorativos e vinhetas ornamentais (gravura em madeira), aplicaram-se caracteres redondos e itálicos de vários corpos, sendo os de menor nas notas e citações marginais que acompanham o texto. Além do mencionado, o volume tem tambem a ilustrá-lo os (3) retratos, colocados em frente das Vidas respectivas destes escritores. Os retratos são gravados a buril em chapa de cobre, tendo os últimos as rubricas dos artistas que os executaram. Por o que fica transcrito se avalia facilmente do muito merecimento do livro, realmente notável a muitos respeitos. O autor é considerado um dos nossos bons clássicos seiscentistas. Edição primitiva, sem duvida a melhor e por isso a mais estimada. Os exemplares são actualmente MUITO RAROS, mormente quando completos e perfeitos como está o nosso, que contem os tres mencionados retratos, o que rarissimamente se vê, pois quasi sempre falta o de Diogo do Couto.” €5.000 713. SEVERO, Sulpício. SULPICI SEVERI Presbyteri OPERA OMNIA. Editio Tercia. Autior et Emendatior Giorgio Hornio. Amstelodami, Apud Elzeviros. Lugd[unum]. Bat[avorum]. Et Roterod[amu]. Apud Hackios. Aº. 1665. In 8.º de 19x12 cm. Com [xxxii]-578-[xxx] pags. Encadernação recente ao gosto da época: inteira de pele com nervos, ferros a ouro na lombada, e ferros rolados a ouro nas esquadrias das pastas. Corte das folhas carminado. Ilustrado com frontispício gravado. Exemplar com título de posse da época manuscrito na folha de guarda 'de Jozé Caetano de Mesquita e Quadros, Professo na Ordem de Cristo, Conego da Basilica de Sta. Maria.' Obra com comentário aos textos bíblicos, contém um quadro cronológico da história universal e um índice final. €300 714. SHAKSPEARE. (William) THE HANDY-VOLUME SHAKSPEARE. [] Bradbury, Evans and Co. London. 1868-1870. Obras em 13 volumes. De 12x8 cm. Com 233, 275, 285, 306, 299, 327, 337, 372, 349, 351, 346, 356 e 355 pags. Encadernações do editor inteiras de pele (marroquin verde) com ferros decorativos a seco nas pastas. Cortes dourados por folhas. Conjunto das obras completas do autor em edição completa em 13 vols. impressos em formato de miniatura ou de bolso, com um glosário no fim. Complete works of Shakspeare in a miniature complet set of 13 volumes, including an glossary at the end. Original green morroco calf; blind stamped at flexible covers. Paper cuts gilt. €150 715. SILVA COUVREUR. (Guilherme António da) MANUAL DO VIAJANTE. Em que por jornadas que se conhecem não só as distancias que ha de Lisboa para as principais terras do Reino; mas também as que se fazem de humas para outras Provincias, especificando o numero de habitantes que contém os Povos por onde as estradas tocão, e bem assim os rios que lhe ficão proximos. Por G. A. da S. C. Lisboa. Na Imprensa Nevesiana. 1845. De 16x11 cm. Com xxiv-236 pags. Encadernação da época com lombada e pequenos cantos em pele. Inocêncio XI, 432 “é actualmente General de Brigada reformado, e secretario da Eschola do Exercito. Além do n.º 195, attribue-se-lhe o seguinte, publicado com as iniciaes G. A. S. C.” €100 716. SILVA FERRÃO. (Francisco António Fernandes da) REPERTORIO COMMENTADO SOBRE FORAES E DOAÇÕES REGIAS. Por… Ministro e Secretário de Estado Honorario, Conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça, Membro Honorario do Tribunal do Thesouro Publico, etc. Lisboa. Na Imprensa Nacional. 1848. 2 volumes em 1. De 22x16 cm. Com lvi-216-327 pags. Encadernação da época com lombada em pele. Obra de consulta juridica histórica facilitada pela descrição dos temas e das noções por ordem alfabética. Inocêncio II, 338: “Francisco Antonio Fernandes da Silva Ferrão, Grão cruz da Ordem de S. Tiago da Espada, Comendador da de Cristo, Par do Reino, Ministro de Estado honorario, Conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça, antigo Procurador geral da Fazenda, Doutor em Direito pela Univ. de Coimbra, Sócio da Academia Real das Ciências de Lisboa, etc. Nasceu em Coimbra, pelos anos de 1798. Repertorio commentado sobre foraes e doações regias. Lisboa, na Imp. Nacional 1848. 4.° 2 tomos com LVI 216, e 327 pag. Refere se á carta de lei de 22 de Junho de 1846, e mais determinações posteriores correlativas, as quais vêm descritas por ordem alfabética, e acompanhadas de elucidações e notas, para facilitar a sua inteligência e aplicações”. €300 717. SIMÃO MACHADO, Boaventura. COMEDIAS PORTUGUEZAS, Feytas pelo excellente Poeta SIMAÕ MACHADO. Comedias do Cerco de Dio, primeyra, & segunda parte. Comedias da Pastora Alfea, primeyra, & segunda parte. Neste terceyra impressaõ emendadas, & acrescentadas, dous Entremeses, & quatro Loas famosas. LISBOA, Na Officina de ANTONIO PEDROZO GALRAM. Anno de 1706. Com todas as licenças necessárias. A custa dos herdeiros de Domingos Carneyro. In 4º (de 19x14 cm) com 212 pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada. Exemplar com título de posse da época sobre a folha de rosto. INOCÊNCIO I, 388: “Frei Boaventura Machado, Franciscano, chamado no século Simão Machado, nome pelo qual ficou sendo entre nós mais conhecido. Foi natural de Torres Novas. Professou a regra de S. Francisco em Castela, no convento de Barcelona. Vê se que ainda vivia em 1632, pois nesse ano imprimiu a obra que logo mencionarei. O pouco que dele se sabe acha-se também consignado no Ensaio biográfico crítico de Costa e Silva, tomo VI de pag. 106 a 153, onde vem longamente analisadas as comédias que dele nos restam. «COMEDIAS PORTUGUEZAS feitas pelo excellente poeta Simão Machado. A Dom Francisco de Saa de Menezes, Conde de Penaguyão, Camareiro mór de Sua Magestade etc. Comedias do Cerco de Dio, primeira e segunda parte. Comedias da Pastora Alfea, primeira e segunda parte. N’esta segunda impressão emendadas e acrescentados dous entremeses, e quatro loas famosas. Lisboa, por Antonio Alvares 1631. 4.º As loas e entremezes acrescentados são escriptos em castelhano». Saíram novamente em terceira impressão, Lisboa, por Antonio Pedroso Galrão 1706 4.º de IV 212 pag. Barbosa indica uma primeira edição, mas só das comedias de Dio, feita em 1601 por Pedro Craesbeeck, a qual ainda não tive ocasião de ver. A edição de 1631, que é a mais estimada, tem valido de 1:600 réis até 2:400. A de 1706, feita em péssimo papel, maus tipos, e sobremaneira incorrecta, é contudo procurada na falta da anterior, e tem se tornado pouco menos rara que ela. Possuo um exemplar comprado por 800 réis, porém sei que alguns se venderam até por 1:200. José Maria da Costa e Silva ao terminar a sua análise das comédias de que se trata, diz a respeito delas e do seu autor: «Simão Machado foi um génio eminentemente dramático, igual a Gil Vicente na facilidade do diálogo, e muito superior a ele na contextura dos dramas, na variedade dos lances, e no desenho e desempenho dos caracteres. As comédias de Alphea executadas por bons actores, e decoradas com o necessário aparato por maquinistas hábeis, e boas pinturas, ainda hoje seriam muito aplaudidas no teatro como dramas mágicos. Foi na verdade uma desgraça para a cena portuguesa que ele a abandonasse tão cedo para meter-se frade. Se tivesse continuado na carreira encetada, emestrado pelo uso, e pela experiencia, quem sabe até onde um génio tão raro poderia levantar o vôo?». É para lamentar que este nosso dramático não seja mais conhecido, e que ainda se não empreendesse uma edição correcta e aprimorada das obras que dele nos restam, trabalho que nínguem deixaria de ter por um serviço de grande valia as nossas letras, tornando assim mais vulgar a leitura destas peças, que hoje estão ao alcance de muito poucos”. €900 718. SIMÕES. (João Gaspar) VIDA E OBRA DE FERNANDO PESSOA. História de uma geração. Por… [Composto e impresso na Imprensa Portugal-Brasil. Lisboa]. Livraria Bertrand. S/L [Lisboa]. S/d [1951]. 2 volumes. De 24x17 cm. Com 310 e 390 pags. Encadernações com lombada e cantos em pele com finos ferros a ouro. Ilustrado em extra texto com fotogravuras e fac-similes impressos sobre papel couché. Exemplar apenas aparado e carminado à cabeça. 1ª edição desta obra biográfica de referência. 1º volume: infancia e adolescência; 2º volume: maturidade e morte. €150 719. SLEIDANUS, Joannis. De Statu religionis et reipublicae, Carolo Quinto Caesare, Commentarii. Addita est apologia ipso authore conscripta. Argentorati. [Estrasburgo W. Rihels Erben] Anno M. D. LVII. [1557] In 4.º de 20x13,5 cm. Com [viii], 491, [xx] fólios. Encadernação da época em pele de porco com ferros decorativos a secos nas pastas, com fechos metálicos. Frontispício arquitetónico gravado, capitulares e marca de impressor no cólofon coloridos manualmente na época. Contemporary work on the political state of public affairs and religion at the time of the Emperor Charles V (1519-1556). Binding: contemporary pigskin tooled with decorative blind irons on folders. Metal furniture and fastening device. Engraved architectural frontispiece, ornamental initials and printer’s device (logo) hand colored. €3.600 720. SMITH, E. G. A PANORAMIC VIEW OF THE CITY OF FUNCHAL, in the island of Madeira: Sketched on the Spot by Mrs. Reginald Southwood Smith, of Stafford Rectory, Dorset: Executed in the Tinted Style of Lithography, by L. Haghe, Esq., Lithographer to the Queen. Weymouth: B. Benson, 1844. Second Edition. In fólio oblongo de 32x43 cm. Com 3 fólios com folha de rosto, dedicatória, lista de subescritores da obra e texto. Ilustrado com uma magnifica litografia de 120x30 cm. com a vista panoramica do Funchal. Oblong folio. 4 leaves of text and index. Illustrated with a folding Lithographed Panorama of Funchal approx. 120x30 cm. Original dark brown quarter sheep with cloth boards and gilt tooled sheep label. €3.000 721. SMITH. (Robert C.) NICOLAU NASONI ARQUITECTO DO PORTO. Livros Horizonte. Lisboa. 1966. De 32x23 cm. Com 225 pags. Ilustrado com 175 fotogravuras e inúmeros planos de arquitectura (a maioria a 3 dimensões) impressos em extra-texto sobre fólios cartonados desdobráveis. Obra sobre a produção artística do arquitecto da Torre dos Clérigos. €150 722. SOARES. (Ernesto) EVOLUÇÃO DA GRAVURA DE MADEIRA EM PORTUGAL. Séculos XV a XIX. Lisboa. 1951. De 30x24 cm. Com 65 pags. Encadernação da época [meia-amadora] com ferros rolados a ouro na lombada e nas pastas. Ilustrado com 50 gravuras extra-texto. €150 723. SOARES. (Ernesto) ICONOGRAFIA DO INFANTE D. HENRIQUE. Lisboa. 1959. De 29x23 cm. Com 161 pags. Encadernação com lombada e cantos em pele. Profusamente ilustrado. Exemplar de uma tiragem de 150 exemplares assinados pelo autor. €150 724. SOARES. (Ernesto) INVENTÁRIO DA COLECÇÃO DE REGISTOS DE SANTOS. Organizado e prefaciado por… [Composição e impressão de Ramos, Afonso e Moita, Lda]. Biblioteca Nacional. 1955. De 30x22 cm. Com xxxvi-491pags. Encadernação inteira de pele com nervos, rótulos vermelos e finos ferros a ouro na lombada. Ilustrado no texto com fac-similes de registos de santos. €200 725. SOKOLOFF. (Valentin A.) NAVIOS DA CHINA. SHIPS OF CHINA. Tradução Contra-Almirante Manuel Vilarinho. Fotocomposição e impressão Tipografia Macau Hung Heng. Macau. 1990. Edição Museu e Centro de Estudos Marítimos de Macau. 1982. De 41x26 cm. Com 53 fólios. Encadernação do editor. Edição bilingue comemorativa dos 125 anos do Banco Nacional Ultramarino, S. A. €90 726. SOLANO, Francisco Inácio. EXAME INSTRUCTIVO SOBRE A MUSICA MULTIFORME, METRICA, Y RYTHMICA, No qual se pergunta, e dá resposta de muitas cousas interessantes para o Solfejo, Contraponto, e Composição, Seus termos privativos, Regras, e Preceitos, segundo a melhor Pratica, e verdadeira Theorica, OFFERECIDO A SUA ALTEZA REAL O SENHOR D. JOÃO PRINCIPE DE BRAZIL POR SEU AUTHOR FRANCISCO IGNACIO SOLANO. LISBOA, NA REGIA OFFICINA TYPOGRAFICA. Anno M. DCC. XC. [1790]. In 8º (15x10 cm) com [xviii]-289-[i] pags. Encadernação da época inteira de pele apresentando falha sobre a pasta anterior e falta do rótulo na lombada. Corte por folhas marmoreado. Ilustrado com tabela de dados musicais. Contém ao longo do texto um léxico das expressões musicais (e dos seus sinónimos) utilizadas em língua portuguesa. Inocêncio II, 392 e IX, 308: “FRANCISCO IGNACIO SOLANO, foi no seu tempo mestre distinto e compositor músico, e Professor da mesma arte no Seminário de Lisboa. Diz Fétis que ele nascera em Lisboa em 1727, e que já era falecido em 1764, quando se publicou a sua Nova Instrucção musical (n.º 827). Esta última asserção é evidentemente falsa, pois que ele vivia ainda em 1793, ano em que deu á luz as Vindicias do tono (n.º 831). Quanto á data do nascimento, bem poderá ser exacta, com quanto d'ella não encontre mais prova que o dito daquele escritor, em quem, força é dize-lo, não confio demasiadamente á vista das muitas inexactidões em que o tenho achado. 829) Exame instructivo sobre a musica multiforme, metrica e rythmica, no qual se pergunta e dá resposta de muitas cousas interessantes para o solfejo, contraponto e composição. Ibi, na Regia Oific. Typ. 1790. 8.° de XVIII 289 pag”. €400 727. SOUSA COSTA. DONA CATARINA DUQUESA DE BRAGANÇA. Rainha de Portugal à face do Direito. [Por]... da Academia das Ciências de Lisboa. Fundação da Casa de Bragança. 1958. De 25x22 cm. Com 365 pags. Encadernação com lombada e cantos em pele. Exemplar com dedicatória do Presidente do Conselho de Administação da Casa de Bragança. €90 728. SOUSA COSTA. FAVORITAS E FAVORITOS CÉLEBRES. Por… da Academia das Ciências de Lisboa. Direcção artística e desenhos de Fernando Carlos. Papelaria Fernandes, Editora. Lisboa. 1954. De 31x24 cm. Com 632 pags. Encadernação do editor. Profusamente ilustrado com reproduções fac-simile (e similigravuras a cores) de quadros e frontispícios com os retratos das amantes e amigos dos reis europeus. €80 729. SOUSA COSTA. GRANDES DRAMAS DA HISTÓRIA. Editorial “O Século”. Lisboa. 1940. De 31x25 cm. Com 394-3 pags. Encadernação inteira de pele com ferros a ouro na lombada e em super-libris. Profusamente ilustrado no texto e com similigravuras encarceladas em extra-texto. €150 730. SOUSA COSTA. GRANDES DRAMAS JUDICIÁRIOS (TRIBUNAIS PORTUGUESES). [Por]… da Academia de Ciencias de Lisboa. Editorial “O Primeiro de Janeiro”. Porto. 1944. De 31x26 cm. Com 395 pags. Encadernação com lombada e cantos em pele. Profusamente ilustrado e com gravuras e vinhetas de Fernando Carlos. €120 731. SOUSA DE CASTELO BRANCO. (Pedro de) ELEMENTOS DE HISTORIA, OU O QUE HE NECESSARIO SABERSE Da Chronologia, da Geografia, do Brazaõ, da Historia universal, da Igreja do Testamento velho, das Monarquias antigas, da Igreja do Testamento novo, e das Monarquias novas, ANTES DE LER A HISTORIA PARTICULAR PELO ABBADE DE VALLEMONT, Traduzida da língua Franceza na Portugueza, e accrescentada com algumas noticias de Portugal [de que trata, até o anno de 1750]. Por PEDRO DE SOUSA DE CASTELLOBRANCO, Senhor do Concelho de Guardaõ, Commendador na Ordem de Christo, General de Batalha dos Exercitos de Sua Magestade, e Governador da Praça de Setubal &c. Quinta impressão accerscentada com huma explicaçaõ de medalhas Imperiaes desde Julio Cesar até Heraclito. LISBOA: NA OFFICINA DE ANTONIO VICENTE DA SILVA. Anno de MDCCLXVI –MDCCLXVII [1766-1767]. 5 volumes in 8.º de 21x15 cm. Com [xxiv]-419, [xxvii]-299, 327-[ii], 324-[iv] e 335-[iii] pags. Encadernações da época inteiras de pele com ferros a ouro nas lombadas. Inocêncio VI, 448: “Pedro de Sousa de Castello Branco, Comendador da Ordem de Cristo, e senhor do Guardão. Depois de ocupar vários nossos maiores no exército e na armada, chegou ao de General de batalha, e foi Governador da praça de Setúbal. Nasceu em Lisboa em 1678 e morreu em 1755. Foi pai de Fr. Pedro de Sousa de quem tracto no artigo precedente. Elementos da historia, ou o que é necessario saber se da chronologia, da geographia, do brazão, da historia universal, da egreja do testamento velho, das monarchias antigas, da igreja do testamento novo, e das monarchias novas, antes de ler a historia particular: pelo Abbade de Vallemont. Traduzida da lingua franceza na portugueza, e accrescentada com algumas noticias de Portugal. Lisboa, na Offic. de Miguel Rodrigues 1734 a 1751. 4.º 5 tomos com estampas. E novamente, Quinta impressão accrescentada com uma explicação de medalhas imperiaes desde Julio Cesar até Heraclio. Lisboa, na Offic. de Antonio Vicente da Silva 1767. 4.º 5 tomos, com XXIV 419 pag., XXVIII 299 pag., 329 pag., 328 pag., e II 338 pag., inclusive as dos índices finais. Creio que a indicação de quinta edição é feita com referência às do original francês pois não sei que haja da tradução portuguesa mais que as duas que ficam mencionadas sendo destas a primeira em tudo preferível à segunda, cujo preço nos Catálogos da casa da Viúva Bertrand & Filhos é ainda hoje de 3:000 réis. Tem esta obra muita analogia e semelhança com a Política moral e Civil de Damião António de Lemos publicada pelo mesmo tempo. A ordem ou disposição das matérias é contudo diversa, como se verá da seguinte resenha dos títulos dos nove livros em que se divide, a saber: Tomo I. - Livro 1.º Contém os princípios da cronologia. Livro 2.° Princípios de geografia. Tomo II - Livro 3.º Princípios do brasão. Livro 4.º Princípios da história universal. Livro 5.º Historia da Igreja do testamento velho. Tomo III. - Livro 6.º Historia das monarquias antigas, isto é, que floresceram antes do nascimento de Cristo. Tomo IV. - Livro 7.o Historia da Igreja de Jesus Cristo. Tomo V. - Livro 8.º Historia das monarquias novas. Livro 9.º Continuação das monarquias novas. O tradutor, para tornar a obra de maior utilidade para os seus patrícios, introduziu nela vários aditamentos originais, que respeitam particularmente à história de Portugal. Tais são: no tomo I a Cronologia de Portugal desde a fundação do reino, continuada em cinco épocas. (Da pág. 91 à 112 na edição de 1767.). Descrição de Portugal, repartido em três governos, eclesiástico, civil e militar com os catálogos dos Vice-reis e Governadores -gerais da Índia e do Brasil dos Capelães-móres, Inquisidores gerais, Reitores da Universidade, Presidentes do Desembargo do Paço, e mais tribunais civis, Governadores do Algarve, etc. (Dito tomo, da pág. 277 à 352). Descrição dos escudos de armas das famílias portuguesas. (Tomo II de pág. 14 até 84). Catálogo dos Reis e sucessos de Portugal, continuados de 1734 até 1750”. Bindings: contemporary full calf gilt to spine. An interesting translation of a French contemporary World History. €500 732. SOUSA DE MACEDO, António de. EVA, E AVE, OU MARIA TRIUNFANTE. THEATRO DA ERUDIÇAÕ, e Filosofia Christãa. Em que se representaõ os dous estados do mundo: CAHIDO EM EVA, E LEVANTADO EM AVE. PRIMEYRA, E SEGUNDA PARTE, OFFERECIDA AO EMINENTISSIMO SENHOR NUNO DA CUNHA DE ATTAIDE, Presbytero Cardeal da Santa Igreja de Roma, Bispo Inquisidor Géral, Capelaõ mór de S. Magestade, do seu Conselho de Estado, e do seu Despacho, &c. ESCREVIA ANTONIO DE SOUSA DE MACEDO. DECIMA IMPRESSAM, A CUSTA DE JOSEPH LEITE PEREIRA, Cavaleiro Professo na Ordem de Christo, e Familiar do Santo Officio &c. LISBOA. Na Officina de FRANCISCO BORGES DE SOUSA. Anno de MDCCLXVI. (1766). De 29x21 cm. Com (xxxii)- 610 pags. Encadernação da época inteira de pele ferros a ouro na lombada com falta de rótulo. Ilustrado com o retrato gravado de Sousa de Macedo. Exemplar com ocasionais e leves manchas de humidade nas últimas páginas, de resto miolo limpo e sólido. António de Sousa de Macedo (1606-1682) foi Residente de Portugal em Londres de 1642 a 1646) depois de ter sido secretário na Embaixada da que D. João IV mandara a Londres. No conflito entre Carlos I e o Parlamento auxiliou o soberano mostrando-se muito firme com os parlamentários; falava como se fosse representante de uma poderosa nação, contando com a possibilidade de represálias dos comerciantes ingleses em Portugal. No ano de 1652 estava de regresso a Lisboa e então dedicou se a redigir a Arte de Furtar, que se manteve anónima. Nos seus últimos anos dedicou-se a escrever obras de carácter religioso como Eva e Ave. (Enciclopédia Portuguesa Brasileira, Vol.29, 861 a 865) Inocêncio Vol. I, 276 Eva e Ave, ou Maria triumphante. Theatro da erudição e philosophia christã, em que se representam os dous estados do mundo, cahido em Eva, e levantado em Ave 1.ª e 2.ª parte. Lisboa, por Antonio Craesbeeck de Mello 1676 fol. - Ibi, por Miguel Deslandes 1700 fol. de 499 pag. - Ibi, na Off. Deslandesiana 1711 fol. - Ibi, por Paschoal da Silva 1716 fol. (augmentada com o Dominio sobre a Fortuna) - Ibi, por Antonio Pedroso Galrão 1720 fol. de XXII 610 pag. O preço d’este livro é assás variavel, e tem corrido de 600 ou 720 réis até 1:440. Eu comprei um exemplar da edição de 1716 por 700 réis. Ha d’elle uma versão hespanhola, por Diogo Soares de Figueirôa, Madrid 1731 fol. Todas as obras portuguezas d’este nosso classico são estimadas, e dignas de muito apreço, não só pela riquesa de noticias que n’ellas ha, mas por sua pureza e elegancia de phrase. No que diz respeito a erudição e saber, poucos são os contemporaneos que possam levar lhe vantagem.” Inocêncio deu mais tarde conta desta 10ª edição no seu Vol. VIII, página. 312. €200 733. SOUSA DE MACEDO, António. DOMINIO SOBRE A FORTVNA, E TRIBVNAL DA RAZAÕ. EM QUE SE EXAMINAM AS FELICIdades, & se beatifica a vida NO PATROCINIO DA VIRGEM MÃY da Graça, HOROSCOPO da Constellaçaõ melhor afortunada. ESCRIVIA ANTONIO DE SOVSA DE MACEDO &c. LISBOA. Na Officina de MIGVEL DESLANDES. A custa de Antonio Leite Pereira. M.DC.LXXXII. [1682]. In 4º (de 19x14 cm) com (xvi)- 230-(xviii) pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada e no rótulo vermelho. Exemplar apresenta folha de rosto com título de posse da época. Obra escrita pelo mesmo autor de “Flores de España, Excelencias de Portugal”; “Eva e Ave, ou Maria triumphante”;” Mercurios Portuguezes, com as novas da guerra entre Portugal e Castella”; e muitas outras obras importantíssimas. Barbosa Machado I, 401. Pinto de Matos, 592. Inocêncio I, 276: “Antonio de Sousa de Macedo, Fidalgo da Casa Real, Commendador das Ordens de Christo e S. Bento de Avis, Doutor em Direito Civil pela Univ. de Coimbra, Desembargador da Casa da Supplicação, Secretario de Embaixada na Côrte de Londres, e Embaixador aos Estados de Hollanda, Secretario d’Estado d’Elrei D. Affonso VI, etc. etc. Foi oriundo da villa de Amarante, mas nascido na cidade do Porto, e ahi baptisado na freguezia de N. S. da Victoria (segundo diz Barbosa) a 15 de Dezembro de 1606. Depois de prospera e adversa fortuna veiu a falecer em Lisboa no 1.º de Novembro de 1682”… “Dominio sobre a Fortuna, e Tribunal da Razão em que se examinam as felicidades, e se beatifica a vida. Lisboa, por Miguel Deslandes 1682. 4.o - Sahiu tambem no fim da Eva e Ave nas edições de 1716 e 1720”. €400 734. SOUSA DE MACEDO. (António) EVA, E AVE, OU MARIA TRIUNFANTE. THEATRO DA ERUDIÇAM, & filosofia Christã. Em que se representaõ dous estados do Mundo: CAHIDO EM EVA, E LEVANTADO EM AVE. PRIMEYRA, E SEGUNDA PARTE, OFFERECIDA AO EMINENTISSIMO SENHOR NUNO DA CUNHA ATTAIDE, Presbytero Cardeal da Santa Igreja de Roma, Bispo Inquisidor Geral, Capelaõ mór de S. Magestade, do seu Conselho de Estado, e do seu Despacho, &c. ESCREVIA ANTONIO DE SOUSA DE MACEDO Accrescentado nesta quinta impressaõ com o Dominio sobre a Fortuna. LISBOA OCCIDENTAL, Na Officina de ANTONIO PEDROZO GALRAM. M. D. CC. XXXIV. (1734) A’ custa de Miguel de Almeida de Vasconcellos, Livreyro das Tres Ordens Militares. De 30x21 cm. Com (xxxii)- 610 pags. Encadernação de época inteira de pele com rótulo vermelho ferros a ouro na lombada um pouco cansada. Ilustrado com o retrato gravado de Sousa de Macedo. Exemplar com leves manchas de humidade nas primeiras paginas. Enciclopédia Portuguesa Brasileira, Vol. 29, 861 a 865. “António de Sousa de Macedo (1606-1682) foi Residente de Portugal em Londres de 1642 a 1646 depois de ter sido secretário na Embaixada da que D. João IV mandara a Londres. No conflito entre Carlos I e o Parlamento auxiliou o soberano mostrando-se muito firme com os parlamentários falava como se fosse representante de uma poderosa nação, contando com a possibilidade de represálias dos comerciantes ingleses em Portugal. No ano de 1652 estava de regresso a Lisboa e então dedicou se a redigir a Arte de Furtar, que se manteve anónima. Nos seus últimos anos dedicou-se a escrever obras de carácter religioso como Eva e Ave.” Inocêncio Vol. I, 276. “Eva e Ave, ou Maria triumphante. Theatro da erudição e philosophia christã, em que se representam os dous estados do mundo, cahido em Eva, e levantado em Ave 1.ª e 2.ª parte. Lisboa, por Antonio Craesbeeck de Mello 1676 fol. - Ibi, por Miguel Deslandes 1700 fol. de 499 pag. - Ibi, na Off. Deslandesiana 1711 fol. - Ibi, por Paschoal da Silva 1716 fol. (augmentada com o Dominio sobre a Fortuna) - Ibi, por Antonio Pedroso Galrão 1720 fol. de XXII-610 pag. O preço d’este livro é assás variavel, e tem corrido de 600 ou 720 réis até 1:440. Eu comprei um exemplar da edição de 1716 por 700 réis. Ha d’elle uma versão hespanhola, por Diogo Soares de Figueirôa, Madrid 1731 fol. Todas as obras portuguezas d’este nosso classico são estimadas, e dignas de muito apreço, não só pela riquesa de noticias que n’ellas ha, mas por sua pureza e elegancia de phrase. No que diz respeito a erudição e saber, poucos são os contemporaneos que possam levar-lhe vantagem.” €300 735. SOUSA PINTO. (Manoel) RAPHAEL BORDALLO PINHEIRO. Desenhos escolhidos por Manoel Gustavo Bordallo Pinheiro. Com um estudo de.... Livraria Ferreira. Lisboa. 1915. De 29x23 cm. Com lxxxvii-153 pags. Encadernação com lombada e cantos em pele rolados com finos ferros a ouro. Profusamente ilustrado no texto e em extra texto. Exemplar com assinatura de posse sobre a folha de rosto. Obra completamente impressa sobre papel couché e com um estudo nas primeira 77 páginas com o seguinte índice: Ao Fundador da dinastia; Primeiras afirmações; do 'Calcanhar de Aquiles' ao 'Binóculo'; das 'Bodas D'Aldeia à Lanterna Mágica'; Bordallo no Brasil; o 'Antonio Maria' e o 'Album das Glórias'; e dos 'Pontos nos ii's' à 'Paródia'. €120 736. SOUSA VITERBO. CRUZEIROS DE PORTUGAL. Contribuições para o seu Catalogo Descritivo. Primeira [e segunda] série. Separata do Boletím da Real Associação dos Architectos Civies e archeologos Portuguezes. Lisboa, Typ. Lallemant 1907. De 27x19 cm. 2 volumes com 78 e 53 pags. Encadernação meia amador (com nervos, ferros a ouro na lombada e cantos em pele. Exemplar preserva capas de brochura. Ilustrado. €200 737. SOUSA VITERBO. DICCIONARIO HISTORICO E DOCUMENTAL DOS ARCHITECTOS, ENGENHEIROS E CONSTRUCTORES PORTUGUEZES OU A SERVIÇO DE PORTUGAL. Coordenado por… Lisboa. Imprensa Nacional. 1899, 1904 e 1922. Obra em 3 volumes. De 24x17 cm. Com 584, 547e 491-14 pags. Encadernações da época com lombadas e cantos em pele. Obra publicada por indicação da Comissão dos Monumentos. Contém nas últimas 16 páginas do último volume (póstumo): 'Notas sobre alguns engenheiros nas praças de África' coligidas por Henrique Lopes de Mendonça. 1ª edição. €600 738. SOUSA, Fr. Antonio de. VERDADERO ORIGEN DEL TRIBUNAL DEL SANTO OFICIO DE LA INQUISICION EN LOS REYNOS DE PORTUGAL CONTRA LA FABULOSA HISTORIA DE su falso Nuncio: ESCRITO EN LATIN EN EL AÑO DE 1628 por el M. R. P. Fr. Antonio de Sousa, del Orden de Predicadores, Maestro de Sagrada Teologia, y Consejero en el de la Suprema y General Inquisicion de dicho Reyno. Traducido e añadido con varias Notas y un Discurso, por el Dr. D. Josef Marcos Hernandez, Abogado de los Reales Consejos, y del Colegio de esta Corte. Con licencia en Madrid, en la Oficina de AZNAR. Año 1789. De 15x10 cm. Com 279 pags. Encadernação inteira de pele com ferros a ouro na lombada e etiqueta vermelha. Inocêncio I, 295 'FR. ANTONIO DE SOUSA (2.º), sobrinho do antecedente, e como elle religioso Dominicano, Mestre na sua provincia, Deputado da Inquisição de Lisboa e do Conselho geral do Sancto Officio. - Foi natural de Lisboa, e m. em 1632.'. Barbosa I, 398. Obra publicada originalmente em latim com o título 'Aphorismi inquisitorum in quatuor libros distributi. Cum vera historia de origine S. Inquisitionis Lusitanae [sic], & quaestione de testibus singularibus in causis Fidei... / authore P. Fr. Antonio de Sousa Ulyssiponensi Ordinis Predicatorum' 1628. €900 739. SOUSA, Francisco de. ORIENTE CONQUISTADO A JESU CHRISTO PELOS PADRES DA COMPANHIA DE JESUS da Provincia de Goa. PRIMEYRA PARTE, Na qual se contèm os primeiros vinte, & dous annos desta Provincia. SEGUNDA PARTE, Na qual se contèm o que se obrou desdo anno de 1564. até o anno 1585. LISBOA, Na Officina VALENTIM DA COSTA DESLANDES. M. DCCX. [1710] 2 volumes. In fólio de 30x20 cm. Com [xxxvi], 895 e [xxviii], 620 pags. Ilustrados com 2 frontispícios gravados e 2 gravuras. Encadernação em pergaminho ao gosto da época. Bela impressão ilustrada com 4 gravuras, as folhas de rosto de ambos os volumes impressas a duas cores. O P. Francisco de Sousa foi nomeado cronista da companhia de Jesus e encarregue, por superiores da companhia de Jesus em Roma, de escrever a biografia de S. Francisco Xavier. Segundo ele, S. Francisco Xavier nutria grande estima aos portugueses, especialmente aos que o acompanharam na sua epopeia, como por exemplo Fernão Mendes Pinto, e assim não fazia sentido escrever a obra em outra língua que não a portuguesa. O P. Franc