informe - Sociedade Rural
Transcrição
informe - Sociedade Rural
informe ª 41 EXPOMONTES PARQUE DE EXPOSIÇÕES JOÃO ALENCAR ATHAYDE MONTES CLAROS - MG Índice Resgate Memorial Festa da cidade 64 92 O objetivo da Sociedade Rural é dividir com a cidade de Montes Claros parte dos documentos que contam a sua história. 07Editorial 08 Diretoria Biênio 2015 / 2016 11 Tempo de união e trabalho 16Programação 18 A arte de crescer 19 Feirão da Safra 20 Milagres do Norte de Minas 21 Relação com o homem do campo 22 Vitrine do agronegócio 24 atendimento de urgência 4 Informe Expomontes 2015 25 PORTAS ABERTAS 26Coopagro 27 Prazo para a recuperação 28 Tecnologia e inovação no campo O COACHING E O DESENVOLVIMENTO 29 LOCAL 30 32 34 CADASTRO AMBIENTAL RURAL Reprodução de Lucros e Qualidade Pecuária de Corte é a vocação do Norte de Minas 35 36 37 38 40 42 44 45 46 Durante dez dias a Feira, movimenta R$ 350 milhões de reais, gera 4 mil empregos, promove 12 shows.. FRIGORÍFICO MINERVA Polpa de citros peletizada na dieta de vacas de leite Genética Bovina Torneio Leiteiro Mais estandes, novos negócios O mundo dos cavalos PESQUISA COM EQUINOS Odontologia Equina CAIXA ACREDITA NO SUCESSO DO AGRONEGÓCIO 47 48 50 51 52 53 54 56 CULTURA DO CÁRTAMO: Vamos mudar o prato? Novas Tecnologias na seleção de embriões Fiemg e AMS Parceria Histórica Sindicato rural O novo desafio rural PROSPERAR NAS ADVERSIDADES : UM DESAFIO 58 Yes, nós temos banana... e muito mais 59 60 62 64 Solução pioneira para irrigação CENÁRIO ECONÔMICO ATUAL FAVORECE COOPERATIVISMO DE CRÉDITO Cápsula do tempo Memorial divulga história da entidade 84 86 FAZENDA DAS QUEBRADAS A PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA DO NORTE DE MINAS X MUDANÇAS CLIMÁTICAS “NOVOS PARADIGMAS” 87EMATER-MG 88 Instituto Mineiro de Agropecuária 90 Senar Minas 91 Nova identidade da Rural 92 Potência no turismo 94 Programação Expomontes 97 Festa de arromba 98 Espaço para o pequeno produtor 100Depoimentos 101 Rádio Expomontes 102No ritmo do campo para todas as 103Adrenalina idades 104Educação rural 107CRMV-MG 108Uma Expomontes mais segura 110 PMMG NA EXPOMONTES 2015: 112 POLÍCIA CIVILl 114Bombeiros 116 Rainhas, Soberanas da Festa Claros 158 anos com 120Montes muita vivacidade! 122O novo olhar para os Gerais acelera 124Câmara desenvolvimento dos Fazendeiros é 127Clube sinônimo de Integração 128Juntos e fortes e lançamento 129Posse prestigiados 135Hora de semear 68MEMÓRIAS DO THEO, UMA 72 BARZINHO TRADIÇÃO DE 30 ANOS 78 A Sociedade Rural e nosso isolamento 80 Curiosidade de Montes Claros História do Distrito de São João da Vereda 82 83 Raízes na Terra Viver no sertão 116 Rainhas w w w.sociedaderural.com.br 5 Expediente Editoria e assessoria de marketing Junia Rebello Editoria e jornalista responsável Andréa Fróes - JP-MG 08153 Reporteres Zana Ferreira Henrique Corrêa Ana Maria Barbosa Fotos Solon Queiroz Junia Rebello Andréa Fróes Zana Ferreira Projeto Gráfico e diagramação Jésus Ricardo de Faria Almeida Revisao ortografica Ana Teresa Rodrigues Impressao Rona Editora e Gráfica Tiragem de 1.500 exemplares Sociedade Rural Av. Geral Athayde, 13.103, Alto São João, Montes Claros, MG. www.sociedaderural.com.br www.facebook.com.br Twitter: @socruralmoc Instagram: @socruralmoc Fotografia: Júnia Rebello Editorial A cada ano a Expomontes se reinventa. A Expomontes é viva! Aos olhos desatentos pode não parecer assim, uma vez que seus propósitos permanecem os mesmos, seus parceiros e suas estruturas se assemelham. Vem como retrato de uma atividade econômica que construiu as estruturas desta cidade e que vai além de suas fronteiras. Tem a intenção de contribuir para o futuro e com seu desenvolvimento. Reúne quem se destaca na agropecuária, mas abre espaço a todos os segmentos de negócio. É palco para quem está crescendo e investindo, mostra como a cidade se movimenta. Expomontes é trabalho, é negocio, é pesquisa e é política no sentido mais amplo da palavra. Vem com o propósito de chamar a atenção de todos para os desafios que encontrados na atividade rural. Tem um discurso progressista, buscando inovações tecnológicas para o campo e difundindo informação aos que querem aprimorar suas atividades. Discute água, energia, políticas públicas para o campo, para as secas e para a viabilidade econômica do norte de Minas. Expomontes é festa que vai além das apresentações artísticas. É festa que acontece na alma das pessoas desta terra, que têm no Parque de Exposições um lugar de saudade e contínuo encantamento. Quando editamos a Revista Expomontes, pitamos um quadro da movimentação que rodeia a maior festa agropecuária do interior mineiro, mas nunca conseguiremos nos aproximar de toda a grandeza que a EXPOMONTES traz consigo. Aqui temos rainhas, temos memória e temos a valorização de muitas parcerias que trabalham junto ao homem do campo. Convidamos os diretores da Sociedade Rural para descreverem suas participações e informar sobre os trabalhos da entidade. Com eles deixamos “registrando” as movimentações durante o ano, as causas que abraçam e os resultados alcançados no dia a dia. Ao entregarmos mais uma edição desta revista, queremos reforçar nosso convite para um olhar diferente a tudo que ocorre no Parque de Exposições nesses dez dias de evento. E para que percebam que a cada edição a EXPOMONTES vem de roupa nova, traz novos sabores, novas possibilidades, novos encontros. Mas traz, cada vez mais, o amor a terra e a Montes Claros. Júnia Velloso Rebello Assessoria de Marketing Sociedade Rural de Montes Claros w w w.sociedaderural.com.br 7 Diretoria Biênio 2015 / 2016 Presidente 1º Vice-Presidente 2º Vice-Presidente 3º Vice-Presidente 1º Secretário 2º Secretário 1º Tesoureiro 2º Tesoureiro Osmani Barbosa Neto José Luiz Veloso Maia Antônio Soares dias José Henrique de Carvalho Veloso Sérgio Ricardo Peres Dias de Figueiredo Durval Nunes Pereira Júnior José Moacyr Guimarães Basso Rodolpho Velloso Rebello Diretoria de Serviços Gerais Diretor de Relações Públicas Diretor de Comunicação Social Diretor de Informações Diretor de Patrimônio Diretor de Social Diretor de Eventos Diretor de Desportos Diretor de Assuntos Creditícios Diretor de Orientação Jurídica Diretor Técnico de Assistência Veterinária Diretor de Pecuária de Corte Diretor de Agricultura Diretor de Pecuária de Leite Diretor de Feiras e Leilões Diretor de Recursos Hídricos e Irrigação Diretor de Difusão de Tecnologia Diretor de Equídeos Diretor de Agroindústria Diretor de Meio Ambiente e Recursos Florestais Diretor de Fruticultura Leonardo Lima de Vasconcelos Alexandre Antônio de Miranda Vianna Leonardo Gentil Rocha Dias Norberto Antônio de Assis Maria Idalina Almeida Souza Arnaldo Gonçalves da Fonseca Oliveira Fernando César dos Santos Moura Rômulo Augusto L’Abbate Marques Renato Alencar Dias Marcos Miguel Mendes Cristina Athayde Rebello Sérgio Rebello Athayde Otaviano de Souza Pires Júnior Avelino Ramalho Murta Geraldo Bernardino Madureira Roberto Murilo Peres Corrêa Machado Rossini de Miranda Viana Crisantino Almeida Borém Filho João Gustavo Rebello de Paula Dirceu Colares de Araújo Moreira Conselho de Sindicância Membro Efetivo Membro Efetivo Membro Efetivo Suplente Suplente Suplente Ricardo Quadros Laughton Silene Maria Prates Barreto Jair de Sá Miranda Bernardo de Pimenta Pinheiro Celmo Bernardino Carlos Alberto Maia Conselho Fiscal Membro Efetivo Membro Efetivo Membro Efetivo Suplente Suplente Suplente Dario Colares de Araújo Moreira Heli de Oliveira Penido Paulo Roberto de Macedo Lúcio Tolentino Amaral Júnior Felipe Drumond de Souza pires Danillo Velloso Ferreira Murta Praça Lindolfo Laughton, nº 1373, Bairro Alto São João 39400-292, Montes Claros - MG www.sociedaderural.com.br • www.facebook.com/sociedaderural 8 Informe Expomontes 2015 Osmani Barbosa Neto José Luiz Veloso Maia Antônio Soares dias José Henrique C. Veloso Sérgio Ricardo Peres Durval Nunes P. Júnior José Moacyr G. Basso Rodolpho V. Rebello Leonardo L.Vasconcelos Alexandre A. M. Vianna Leonardo G. R. Dias Norberto A. Assis Maria Idalina Almeida Arnaldo G. F. Oliveira Fernando C. S. Moura Rômulo A. L’Abbate Renato Alencar Dias Marcos Miguel Mendes Cristina A. Rebello Sérgio Rebello Athayde Otaviano S.Pires Júnior Avelino Ramalho Murta Geraldo B. Madureira Roberto M. P. Corrêa Rossini M. Viana Crisantino A. B. Filho João Gustavo Rebello Dirceu C. A. Moreira Ricardo Q. Laughton Silene Maria P. Barreto Jair de Sá Miranda Bernardo P. Pinheiro Celmo Bernardino Carlos Alberto Maia Dario Colares A. Moreira Heli de Oliveira Penido Paulo R. Macedo Lúcio Tolentino A. Júnior Felipe D. Souza pires Danillo V. F. Murta w w w.sociedaderural.com.br 9 “A participação da Sociedade Rural no desenvolvimento do Norte de Minas é indiscutível.” Osmani Barbosa Neto Tempo de união e trabalho A Sociedade Rural já é uma "senhora" entidade, mas não entrou na 3ª idade. Ao contrário, a cada gestão reorganiza e atualiza suas idéias, revigorando em força e espírito para lutar pela causa do produtor rural. Num momento de adversidades, para avançar é preciso pulso firme, mas sem perder a amabilidade do homem do campo. Com essas características, o presidente Osmani Barbosa segue na luta pelos benefícios para a classe e para o Norte de Minas e fala sobre os desafios e as alegrias de conduzir a entidade em tempos onde a força sertaneja eternizada por Euclides da Cunha se destaca e se faz presente. Ainda hoje, o estilo de vida sertanejo é ligado à terra, seja no cultivo de alimentos ou na criação de animais de corte e de leite. Para vencer o atraso e impulsionar o desenvolvimento da região, os sertanejos do Norte têm a Sociedade Rural de Montes Claros, que trabalha não só nos interesses do homem do campo, mas pelo desenvolvimento de toda a região. b Entrevista Texto: Zana Ferreira Junho, 2015 w w w.sociedaderural.com.br 11 R.E.: Como tem sido o desafio da Sociedade Rural de encampar as lutas dos produtores rurais nesses últimos anos, que têm sido difíceis? Osmani Barbosa: Realmente é grande a preocupação pelos desafios que estamos vivenciando. No ano de 2011 choveu pouco, e aí veio, 2012, 2013, 2014 e 2015, e também as perspectivas não são boas. Então, são anos de muita luta, mas ao mesmo tempo percebemos o quanto somos fortes. O Norte-mineiro é diferenciado. A força do produtor rural daqui da região, com todos os problemas que a gente tem que ainda culminou com essa crise econômica que está no país desde 2014 e em 2015. O Norte de Minas tem um poder de recuperação impressionante. Em outros tempos, vimos oscilações no campo, mas agora temos confiança de que tudo será melhor. Agora, por exemplo, tem sido um ano ruim, seguido complexos. Uma luta tremenda, mas sairemos desse período até mais fortes. Estamos articulando incansavelmente, juntos aos órgãos de fomento, lideranças e governos Estadual e Federal projetos para ajudar a quem está com mais necessidade. Temos aqui na região muitos 12 Informe Expomontes 2015 produtores “com a corda no pescoço”. Dívidas e mais dívidas. Não estamos parados. Tentamos viabilizar novos créditos para o produtor rural. Estamos também auxiliando quem precisa. Temos buscando parcerias até com o Nordeste, pois são regiões muito parecidas, para que possa trabalhar juntos e conseguir a prorrogação dessas dívidas, galgar novos financiamentos. Hoje é um momento difícil, estamos tentando trazer esses benefícios, essas parcerias. Nós precisamos de ações concretas. Não essa “moda” de caminhão-pipa em comunidades rurais. Precisamos de medidas perenes e aplicação de recursos num Centro de Convivência com a Seca, por exemplo. O que nos falta é pesquisa, estratégias que viabilizem nossas produções. Temos os melhores solos, excelente clima. O ideal é organizar o uso de recurso. E como conseguiremos impulsionar a região? Somente com vontade política que acabe com iniciativas “politiqueiras”. É dever de todos reestruturar o Norte de Minas, e a Sociedade Rural vai com força total desenvolver mecanismos para que isso ocorra. R.E.: O Centro de Convivência com a Seca é um desejo de anos. Com essa mudança de Governo, a conversa voltou ao zero? O.B.N.: Acredito que vai começar do zero. Não sei se a gente vai conseguir, mas a saída nossa é esse Centro de Convivência com a Seca, isso é uma demanda antiga e não demanda de alto recurso. Não sei por que motivo ainda não saiu do papel. Não sei porque motivo ainda não temos uma Embrapa aqui na região. Depois da Expomontes – nossa grandiosa vitrine do agronegócio – já temos uma agenda de reuniões e articulações para tentarmos viabilizar esse sonho, que se transformado em realidade pode mudar a vida desse povo sertanejo, que luta de sol a sol para alimentar a nação. Não escolheremos partido, nem autarquia. Vamos atrás de lideres políticos, em Minas, em Brasília-DF. O momento é de mobilização. O Vice-governador do Estado é produtor rural. Creio que ele será um grande parceiro nessa tentativa de alavancar o desenvolvimento do Norte de Minas por meio do agronegócio. Voltando ao Centro de Convivência com a Seca, além de ele ajudar o produtor num momento difícil, fornecendo orientação, uma questão até social para as famílias dos produ- “O momento é de mobilização” tores num momento difícil, ajuda a comercializar os produtos. É a nossa saída. Por exemplo, a Austrália, lá tem região que é muito mais seca que a nossa, mas lá se consegue sobreviver de maneira impecável. R.E.: O fato da crise hídrica ter se instalado no principal centro econômico do país, que é São Paulo, pode fazer com que os governantes se tornem mais sensíveis com essa causa? O.B.N.: Um problema, que era exclusivamente do Norte de Minas, agora afetou todo Estado. Agora, temos um “coro” mais forte e coeso na busca de medidas para solucionar o problema. Mas lembro que cada um de nós deve ser um fiscal da água. Devemos usar o recurso de forma racional. Nada de desperdício. São Paulo sofreu muito por causa da falta de água. Porém lá é uma região que tem bastante registro de chuva. Ano que vem tudo deve ser normalizado, eu acredito. Preste atenção, olhe a forma como São Paulo, ou melhor, o País se mostrou preocupado depois do alerta feito pelos paulistas. E nós? Convivemos desde sempre com a seca e estamos aí, firmes na batalha. Nenhuma parte do Brasil teria condições de sobrevivência como nós e veja bem: precisamos de mais apoio. A seca existe, nós não podemos fazer chover. Temos SIM QUE ELABORAR ESTRATÉGIAS DE CONVIVÊNCIA. O que falta pra dar certo? VONTADE POLÍTICA! É preciso que contemos com apoio governamental, mas, principalmente, nos educarmos para lidar com as intempéries do tempo. Temos um campo rico, só falta água! O pior já passou, vimos muitos problemas e prejuízos, produtores endividados que querem arcar com suas promessas. Precisamos reestruturar o Norte de Minas e essa batalha é nossa. Vamos juntos produtores rurais! A Sociedade Rural tem realizado diversas ações importantes. A Faemg, há três meses, promoveu um grande encontro, em Belo Horizonte. Uma audiência pública para tratar do assunto, onde foram apontadas também as soluções. Não vamos medir esforços para vencer! R.E.: A Rural sempre teve uma característica muito forte que é a de levantar bandeiras que são não apenas dos produtores rurais, mas de toda a região. Quais outras discussões, outras bandeiras a Rural tem discutido em defesa do Norte de Minas? O.B.N.: A participação da Sociedade Rural no desenvolvimento do Norte de Minas é indiscutível. Os principais fatos dos últimos 71 anos têm a participação dessa magnífica entidade, que tem orgulho em representar a produção agropecuária. Ao longo de sete décadas, tivemos homens visionários que fomentaram a região e alimentaram milhares de pessoas através da produção de suas fazendas. A Rural é uma entidade classista que não pensa somente no seu setor de atuação. Somos responsáveis por contribuir com diversos nichos de mercado. Nossas bandeiras reforçam nossa missão, de dar apoio ao homem do campo, prestar assessoria e articular ações, programas e projetos. Novamente, buscaremos a criação do Centro de Convivência com a Seca; atração de pesquisas sobre a região por meio da Fundetec; inovação tecnológica, extensão rural pública e privada eficientes e crédito rural adequado; modernização do crédito rural; implantação de nova legislação para o licenciamento ambiental; reforma das rodovias norte-mineira para escoamento da produção; estudo do potencial de água subterrânea e principais eixos barráveis; fazendeiro produtor de água; e alternativas para exploração sustentável nas regiões semi-áridas –, seguindo exemplos de outros países ou regiões. R.E.: Mas além de desafios, também existem oportunidades no Norte de Minas. Como está a relação da Sociedade Rural com a implantação do Frigorífico do grupo Minerva? O.B.N.: Nós temos um dos melhores plantéis do País. O gado do Norte de Minas “vale ouro” e, por isso, acredito que a região tenha sido escolhida para ter uma planta do Frigorífico. Temos uma excelente relação com os gestores. Antes da implantação eles apresentaram o projeto para nos, produtores rurais. Se bem que chegaram à região num momento complicado, mas cada vez eles têm aumentado o número de abates. Cow w w.sociedaderural.com.br 13 meçaram com 900 cabeças por dia e agora dobraram a produção. Ganhou Janaúba, que recebeu o empreendimento de braços abertos. Ganhamos nós, que agora podemos brigar por preços melhores e ganhou a empresa, que hoje também exporta o gado tipicamente sertanejo para outros Países. A nossa carne é de qualidade inquestionável. Tamanha prova dessa afirmação são os leilões que realizamos na Expomontes. Ao adquirir a planta do frigorífico, o Grupo abriu novas oportunidades. O potencial do Norte de Minas, principalmente na área rural, é violento, é uma coisa fora do comum. R.E.: Uma característica da Sociedade Rural é também a inclusão e valorização nos últimos anos da agricultura familiar? O.B.N.: A Sociedade Rural é uma entidade do produtor rural, sem distinção de tamanho ou mercado que atua. Valorizamos o agronegócio e a agricultura familiar. Essas nomenclaturas criadas pelo Governo são meramente para aguçar a disputa, o que não concordamos. Compartilhamos de ideias de que o pequeno produtor merece e carece de mais incentivo. A agricultura familiar é o homem do campo trabalhando no campo. Da mesma maneira, o agronegócio. Deve ser revista essa divisão. Sabe por quê? Nós temos os problemas e queremos as mesmas coisas. Somos produtores, lidamos com a terra, produzimos. Precisamos de incentivo, de ajuda. Não de medidas que nos separem. Desde 2011, integramos a Feira de Agricultura Familiar a Expomontes. Em parceria com a Emater-MG, cadastramos os agricultores, que demonstram todo seu vigor e força. Objetivamos sanar qualquer aresta de disputa. Entramos na quinta edição da Feira e é com muito orgulho, que lideramos integração, que só trouxe benefícios. Cada ano temos registro de aumento de produtores. Para os próximos anos, acreditamos que o desenho deverá revisto. A demanda é crescente. É uma felicidade que extrapola as porteiras do Parque de 14 Informe Expomontes 2015 Exposições João Alencar Athayde. Companheiros de luta que merecem todo nosso respeito e apoio. [Encerra sorrindo] R.E.: A defesa do produtor é constante para a Sociedade Rural. Quais principais ações realizadas nos últimos tempos? O.B.N.: É importante reconhecer que a nossa força vem da tradição secular. Aliado a isso, temos a importância da nossa região e uma dose bastante significativa de homens visionários, que nunca fugiram à luta. Sempre estiveram à frente dos tempos aqui nas Gerais. Por mais que – muitas vezes - a história não tem sido justa com o sertanejo lutamos, buscamos e assim que prosseguimos. Com os olhos no passado e foco no futuro, estamos construindo nosso presente. Para reforçar nosso grupo ampliamos o quadro social incorporando novos associados; realizamos 251 eventos no Parque de Exposições João Alencar Athayde, demonstrando que temos o melhor e maior complexo de eventos do Norte de Minas; promovemos debate para negociação político-institucional com vistas à prorrogação de débitos de financiamentos rurais vencidos em 2015 e 2016 com consultoria de Edvaldo Brito, especialista em crédito rural e Assessor Técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA; realizamos a festa dos 70 anos da entidade, divulgando a história e seus integrantes; Fizemos a 40ª Expomontes com a presença de chefe de Estado e lideranças político-em- “Ainda hoje, o campo é a maior força produtora deste pais” presariais; Inauguramos o Memorial da Sociedade Rural, com o apoio da Vallée - espaço para referenciar o trabalho do homem do campo por meio de fotografias e objetos que retratam a trajetória da instituição; tivemos o reconhecimento da importância da Rural em todos os veículos de comunicação do Norte de Minas e no Diário Associados, mas foi a Inter TV Grande Minas- afiliada Rede Globo, que produziu uma série de reportagens, com diversos personagens que contribuíram para a história da Sociedade Rural e referendaram sua contribuição para o progresso do Norte de Minas; Buscamos colocar sempre o produtor rural em evidencia; Articulamos junto aos Governos Estadual e Federal medidas que prorroguem as dívidas da classe. A mesma ação foi realizada junto a agentes financeiros; sugerimos alterações nas legislação; fizemos gestão junto a diversas autoridades políticas no sentido da aprovação de Medidas Provisórias, com relação aos endividamentos; Reunimos com autoridades políticas e empresariais buscando melhorias para o ruralista; viabilizamos a instalação de uma agencia do Sicoob/Credinor no Parque; promovemos e participamos de inúmeras reuniões com produtores rurais e integrantes do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Verde Grande objetivando a discussão da cobrança de água do produtor rural;. “sairemos desse período mais fortes!” dos produtores do Nordeste que é uma região parecida com a nossa e cujas dificuldades são as mesmas, para que a gente consiga. R.E.: E mesmo com tantas adversidades você ainda acredita na força da 41ª Expomontes? Honrou-nos presidir a Sociedade Rural de Montes Claros neste ano histórico em que a entidade completou 70 anos e a EXPOMONTES esteve em sua 40ª edição. Para coroar o trabalho de toda equipe, recebemos, em Belo Horizonte, a Medalha da Ordem do Mérito Legislativo, concedida pela Assembleia de Minas Gerais. E nossa luta não acaba. Estamos construindo um documento com proposições e soluções para enviar a Presidente Dilma e ao Governador Pimentel para que eles possam colaborar com o Norte de Minas e para que possamos, num futuro breve, voltar a produzir com abundância. Temos certeza de que logo logo poderemos comemorar nossas conquistas. É importante lembrar que o produtor quer fazer tudo dentro da lei, mas os processos demoram muito a serem liberados para produzir. Acreditamos que o vice-governador de Minas, que é produtor rural, será um aliado na nossa luta. A Ministra da Agricultura, Kátia Abreu, que é do CNA, sempre nos estendeu a mão e esperamos uma audiência para afinarmos algumas demandas sobre a região. Esse ano, é importante ressaltar que a Deputada Federal, Raquel Muniz, tem sido uma grande parceira do homem do campo, viabilizando diversas ações para nossa região. Precisamos de mais pessoas com esse espírito. A luta é de todos. As autoridades devem ser mais sensíveis com as causas do Norte de Minas. R.E.: Nessa questão da representatividade política. Você acredita que a Barragem de Congonhas já poderia estar pronta? O.B.N.: Com certeza, não tenho dúvidas. Com deputados atuantes já teríamos conseguido. A barragem de Congonhas é o projeto mais importante daqui. A barragem vai atender todos os produtores rurais e as populações da cidades do Norte do Estado. E isso ficou muito tempo no papel, nós temos essa pendência. Precisamos ver essa obra pronta. R.E.: Durante a Expomontes é o momento em que se recebem diversas autoridades, não apenas regionais e estaduais, mas também nacionais. O evento dá visibilidade a essas demandas? O.B.N.: Com certeza, é o nosso momento de fazer reivindicações, é o momento certo. Convidamos, inclusive alguns, pessoalmente. Aguardamos todas as autoridades aqui, pois é um momento importante. Divulgamos nossas produções. O Parque se torna o palco das principais discussões do campo. Mas sozinhos a gente não consegue, precisamos ter apoio O.B.N.: Disso nós não temos dúvida. Representamos um povo forte, guerreiro que nunca se abateu com as adversidades. É nesse momento que devemos lutar, mostrar nossa união e provocar mudanças. Algumas pessoas chegaram a nos questionar se era o momento de fazer a Expomontes. Continuamos firmes no propósito. A Exposição é um evento consolidado. Seríamos hipócritas de dizer que está fácil financeiramente. O custo para realizar a Exposição do tamanho da nossa é altíssimo. Não estamos no nosso melhor momento, mas confiamos que faremos bons negócios. A tradição move esse povo forte. Esse é o momento de nós demonstrarmos a nossa força. A qualidade do gado disputa com a qualidade do gado de qualquer outra região do País. Temos grandes leilões, gado de alta qualidade do Brasil todo, isso mostra a nossa potencialidade. Tenham certeza, novamente faremos a melhor de todas as exposições agropecuárias do Brasil. Pretendemos fomentar cada vez mais o desenvolvimento e prosperidade econômica e social da nossa região a partir da Expomontes. O agronegócio mineiro, com todas as suas cadeias produtivas, rende bilhões por ano e não vai ser agora que iremos fraquejar! Animados, potencializaremos nossas ações e a mesa farta do brasileiro é o nosso limite. w w w.sociedaderural.com.br 15 Programação 1º/07 – QUARTA-FEIRA Milha, Appaloosa, Paint Horse 08 às 18 horas: Entrada de animais, exceto Mangalarga Marchador 09 horas: Concurso de Marcha de Muares 02/07 – QUINTA-FEIRA - Prova de Tambor 08 às 18 horas: Entrada de animais, exceto Mangalarga Marchador 11 horas: 5ª Feira da Agricultura Familiar – Emater-MG 18 horas: Abertura Oficial da EXPOMONTES 2015, com a presença de inúmeras autoridades federais, estaduais e municipais. 19 horas: 7º Leilão Qualidade Total – Rodrigo Canabrava 22 horas: show: Skank 03/07 – SEXTA-FEIRA Programação a cargo da Prefeitura de Montes Claros (portões abertos, sem bilheteria) 10 horas: 3ª Etapa Inter TV de Team Penning 11 horas: 5ª Feira da Agricultura Familiar – Emater-MG 22 horas: Show do Michel Telo 04/07 – SÁBADO 08 às 18 horas: Entrada de animais, exceto Mangalarga Marchador – Início do julgamento de equídeos das raças Campolina e Pampa 10 horas: 3ª Etapa Inter TV de Team Penning 11 horas: Abertura Oficial da 5ª Feira da Agricultura Familiar – Emater-MG 13 horas: 4º Leilão Fazenda Bhavnagar e Parceiros 19 horas: Leilão Quarto de Milha 10 horas: 3ª Etapa Inter TV de Team Penning 11 horas: 5ª Feira da Agricultura Familiar – Emater-MG 22 horas: show: Henrique e Juliano 06/07 – SEGUNDA-FEIRA 08 às 18 horas: Entrada de equídeos Mangalarga Marchador - Entrada de animais do Torneio Leiteiro - Saída de equídeos, exceto Mangalarga Marchador 11 horas: 5ª Feira da Agricultura Familiar – Emater-MG 19 horas: Leilão Futuro Novilho Precoce 22 horas: shows do Davidson Silva, da Celina Borges e do Eros Biondine 07 /07 – TERÇA-FEIRA 08 às 18 horas: Entrada de equídeos Mangalarga Marchador 09 horas: Encontro Clientes Média Tensão, vamos falar de energia! – CEMIG 11 horas: 4ª Feira da Agricultura Familiar – Emater-MG 19 horas: 9º Leilão de Touros dos Criadores de Nelore do Norte de Minas 21 horas: Classificação e Esgota dos animais que participarão do Torneio Leiteiro 22 horas: Show: Davi Sacer 08 /07 – QUARTA-FEIRA 22 horas: show: Bruno e Marrone 08 às 18 horas: Início do Julgamento da Raça Nelore e de Caprinos e Ovinos 05/07 – DOMINGO - Ordenhas e Pesagens Torneiro Leiteiro 08 às 18 horas: Continuação do julgamento de equídeos das raças Campolina e Pampa 08 horas: Início do II Workshop Silvicultura e Meio Ambiente – AMS (Associação Mineira de - Início do julgamento de equídeos das raças Quarto de Silvicultura) 16 Informe Expomontes 2015 11 horas: 5ª Feira da Agricultura Familiar – Emater-MG raças de bovídeos 19 horas: Leilão Confboi e Convidados - Divulgação dos resultados e entrega dos prêmios do Torneio Leiteiro 22 horas: Quarta Universitária com É o Tchan 09/07 – QUINTA-FEIRA 11 horas: 5ª Feira da Agricultura Familiar – Emater-MG 08 às 18 horas: Continuação do julgamento da Raça Nelore 11h 30min: Almoço para os Tratadores 13 horas: 22º Leilão Girolando do Norte de Minas - Início do Julgamento da raça Mangalarga Marchador 19 horas: 10º Leilão Norte da Marcha - Ordenhas e Pesagens Torneiro Leiteiro 22 horas: Show: Cabaré (Leonardo e Eduardo Costa) 11 horas: 5ª Feira da Agricultura Familiar – Emater-MG 12/07 – DOMINGO 13 horas: V Dia de Campo da Bovinocultura – AVZ/CRMV-MG com o apoio da 11 horas: 5ª Feira da Agricultura Familiar – Emater-MG UFMG/EMATER/SICOOB-CREDINOR 22 horas: Show: Aviões do Forró 19 horas: 47º Leilão Noite do Nelore Colonial 22 horas: Show do Pablo do Arrocha 10/07 – SEXTA-FEIRA 08 às 18 horas: Continuação do julgamento da raça Mangalarga Marchador - Início do Julgamento das demais raças de Bovídeos - Ordenhas e Pesagens Torneiro Leiteiro 11 horas: 5ª Feira da Agricultura Familiar – Emater-MG 13 horas: IV Atualização Zootécnica – AVZ/CRMV-MG com o apoio da 14 horas: Show Infantil: Pepa Pig e Dora Aventureira 13/07 – SEGUNDA-FEIRA 08 às 18 horas: Saída de animais 14 /07 – TERÇA-FEIRA 08 às 18 horas: Saída de animais LOCAIS DOS EVENTOS: • Palestras: Auditório Osmani Barbosa • Leilões: Tattersall de Leilões Daul Soares Dias e Centro de Eventos Sociedade Rural UFMG/EMATER/SICOOB-CREDINOR • Concurso de Marcha de Murares: Pista Gramada 18 horas: Apartação de Porteira do Mangalarga Marchador • Torneio Leiteiro: Pavilhão de Bovinos 19 horas: Leilão de Corte Especial 22 horas: Show: Sorriso Maroto • Team Penning: Pista de Areia • Julgamentos: Pista Gramada 11/07 – SÁBADO • Parque de Diversões: Praça de Eventos Fernando Re- 08 às 18 horas: Continuação dos julgamentos das raças Mangalarga Marchador e das demais • 5ª Feira da Agricultura Familiar: Quadra Poliesportiva bello Athayde Toninho Rebello w w w.sociedaderural.com.br 17 A arte de crescer V Texto: Zana Ferreira Organização financeira é base do desenvolvimento É consenso entre a diretoria da Sociedade Rural que toda edição da Expomontes começa a ser produzida assim que acaba a edição anterior. Pela responsabilidade e quantidade de trabalho, não há como ser diferente. Para 10 dias de festa, são 355 dias de trabalho para manter girando toda uma imensa engrenagem. E boa parte da energia do motor que conduz essa roda para frente vem dos esforços da diretoria financeira. “A Sociedade Rural é uma entidade privada, mas sem fins lucrativos. Nosso objetivo maior é o fortalecimento dos produtores rurais. Por isso, precisamos ter um equilíbrio entre receitas e despesas, para que possamos representá-los em várias do País, quando necessário, com passagens áreas e estadia; para que possamos ter boas instalações, recebendo autoridades e exercendo representatividade. Organizar palestras e mostras de tecnologia; e para que tenhamos condições de realizar a Expomontes, nosso maior palco de reivindicações de mostra de tecnologia e negócios. Mas os desafios de se fazer isso são ainda maiores quando a instituição não visa o lucro. Para conseguirmos nos manter e crescer a cada ano, é preciso muita organização e visão estratégica”, explica Moacyr Basso, diretor financeiro da Rural. A Expomontes 2014 movimentou R$ 300 milhões, uma cifra volumosa e que enche de orgulho qualquer tesoureiro. Mas ele destaca que a enti- 18 Informe Expomontes 2015 dade precisa de outros recursos para manter suas finanças, uma vez que o valor total da feira não vai exclusivamente para a Rural, mas alimenta toda uma cadeia de negócios. “Existem outros custos também. Um exemplo são os subsídios que damos aos produtores rurais na Exposição. O valor cobrado pela hospedagem e pelos serviços que oferecemos aos animais em exposição é aquém do que os custos reais de manter o animal no Parque durante a Expomontes, mas nosso compromisso é ser um auxílio ao produtor, por isso não abrimos mão de oferecer esse suporte. Queremos, inclusive, poder ampliar esse subsídio num futuro próximo. Para isso, é preciso diversificar nossos negócios e ampliar nossas receitas”, pontua. Uma das maneiras de se alcançar esse objetivo é por meio do aluguel de espaços, como o salão do Clube dos Fazendeiros e o Centro de Convenções. Moacyr ressalta que além de serem espaços bem organizados e bonitos, ainda estão dentro do Parque, oferecendo ainda estacionamento, segurança e conforto. Segundo o diretor, o Centro de Convenções ainda está sendo pago, uma vez que foi construído por meio de financiamento, mas a meta é construir novos espaços assim que o valor for quitado. Os planos voltados para o futuro não implicam em falta de ações no presente que impulsionem as atividades e finanças da Sociedade Rural. Como uma forma de estimular a venda de stands na Ex- pomontes 2015 foi idealizado um novo projeto, o 1º Feirão Rural da Safra, que será realizado em setembro e os expositores do primeiro evento já têm participação garantida no segundo. portante: “A Sociedade Rural é um lugar de idéias e de ações, estamos sempre voltados para melhorar a vida daqueles que vivem do agronegócio. A organização e o bom desempenho financeiro são partes importantes desse processo, mas nunca perdemos de vista o objetivo de transformar o Norte de Minas e fazer nosso povo prosperar”, conclui. “Esse Feirão é uma parceria com a Emater-MG e é voltado mais para o homem do campo, enquanto a Expomontes é uma festa que agrega todo tipo de público. Então, com o mesmo produto que já tínhamos, conseguimos criar novas oportunidades, ampliar nossos negócios e parcerias. É preciso criatividade, organização e compromisso para conseguir estes resultados. Não podemos deixar de trabalhar, pois são muitos aqueles que têm suas vidas girando em torno das nossa atividades”, destaca. “Criatividade, organização e visão de Futuro; O feirão da safra trará novas oportunidades para produtores e parceiros.” Mas, entre planilhas, contas e calculadoras, Moacyr é firme em dizer que os números não são o mais im- $ Feirão da Safra U m olhar sempre para a próxima safra, é assim que trabalha o produtor rural. Com a intenção de ajudar e trazer vantagens para os produtores, a Sociedade Rural em parceria com a Emater-MG realizará o I Feirão Rural da Safra do Norte Minas. “A agricultura e a pecuária são setores importantes da economia do Norte de Minas e seu desempenho tem um reflexo muito forte no bolso de todos. São alimentos que podem ficar mais caros e mais baratos, por isso, o olhar constante nesse grupo”, explica Moacyr Basso, Diretor Financeiro da Sociedade Rural. Nos anos anteriores, a estiagem foi maior no Norte de Minas e isso prejudicou o potencial de produção da região. “O produtor rural não pode deixar de produzir. Isso é um dever que é mais forte que qualquer crise. Essa razão faz com que ele permaneça tentando, mesmo com a falta de planejamento de combate a seca”, afirma Moacyr. O destaque dos números do agronegócio são comprovados pela balança comercial brasileira. No ano passado, esse setor teve um superávit de U$S 80 bilhões de dólares. Já os outros marcaram um déficit de U$S 84 bilhões de dólares, entre eles está a indústria. No País todo, quase 60 milhões de hectares são destinados a plantação de grãos. O Feirão da Safra foi desenvolvido para proporcionar ao homem do campo a oportunidade de adquirir produtos promocionais para o período seguinte. “Expositores da Expomontes terão espaço gratuito e a chance de comercializar e comprar produtos com preços especiais”, explica Mariah Carvalho Marketing de Negócios da Sociedade Rural. A diferença do Feirão da Safra é a oportunidade de qualificar e ajudar os produtores a planejar sua futura produção. Cursos de capacitação farão parte da programação. Também terá a mostra de produtos inovadores e da comercialização de equipamentos. O evento, que será no Parque de Exposições João Alencar Athayde, vai utilizar todo o espaço do Parque com estandes, agricultura familiar, leilão, campeonato de team penning, rodeio, shows e mostras de tecnologia. A previsão de realização do evento é em setembro. w w w.sociedaderural.com.br 19 Milagres do Norte de Minas Leilões movimentam grandes negócios e mostram a força da pecuária da região S e em 2014 os leilões da Expomontes comercializaram 9 mil animais e movimentaram R$ 11 milhões, o diretor Avelino Ramalho Murta considera esses números uma meta a ser superada. “A cada ano queremos fazer mais e melhor, nunca regredir. Se tivemos bons números no ano passado, esse ano queremos ir além. Trabalhamos sempre para isso”, revela. Em 2015 são 10 leilões, todos de animais de excelente qualidade, cujos produtores investem em melhoramento genético. Para o diretor, os leilões da Exposição se tornam ponto de encontro, pois é para onde convergem produtores e compradores. “Quando se fala em gado, não há crise. Investir em boi é seguro e com o preço mais alto como está, dá opção aos produtores de escolher para quem vender. Esse cenário é reflexo do défict de gado no mercado, pois boa parte dos produtores tem preferido exportar, que rende um preço melhor”, explica Vila Murta. 20 Informe Expomontes 2015 Assim, o sentimento desta Expomontes é de otimismo e de confiança. O diretor de leilões acredita que quando se planta trabalho sério, se colhe resultados positivos. Com esses sentimentos, Vila ressalta que o ambiente durante a Feira não poderia ser outro que de festa. “Tendo bons animais e bons preços, tudo isso reflete no ânimo da região, pois cada produtor quer apresentar um animal melhor que o outro. É uma disputa muito saudável”, destaca. Quem confirma a boa perspectiva é Ailton dos Santos Souza, dono do Confboi Leilões, parceiro da Sociedade Rural e neste ano promove boa parte dos leilões da Mostra. Ele se diz tranquilo em conduzir essa tarefa tão exitosa, pois além de conhecimento das necessidades dos produtores, a Expomontes possui muita credibilidade, transparecendo confiança para todos que estão envolvidos nas transações. “Os produtores querem mostrar Avelino Murta Diretor de leilões Sociedade Rural suas produções, sabem que vender da Expomontes dá visibilidade ao negócio deles para o resto do ano. Temos muitos criadores que não possuem tantos animais em quantidade, mas cuja qualidade é excelente, e mostrar isso faz com que o plantel seja valorizado como um todo”, explica Ailton. Segundo ele, com o melhoramento genético promovido na região, instalou-se uma pecuária de ciclo curto, no qual as vacas estão prontas para emprenhar aos 14 meses e capazes de parir aos 24, e no caso dos bezerros, entre os 18 aos 24 meses já estão prontos para o abate. “Com isso, há um maior rendimento na relação de quilo por hectare, o produtor tem um produto que rende mais. Por isso que hoje um bezerro está na casa dos R$ 1.500, pois a rentabilidade dos animais da região é excelente. Então tanto para quem quer vender, quanto para quem quer comprar, a Expomontes é uma oportunidade ímpar”, define. Relação com o homem do campo H á 22 anos como diretor da Sociedade Rural, Sérgio Rebello Athayde considera que o atual cenário da agricultura representa um desafio para os produtores rurais e para a entidade que luta por eles. A frente da diretoria de agricultura, ele conta que a entidade está motivada em encontrar soluções para aqueles que vivem do campo. Produtor rural desde 1983, Sérgio começou como pecuarista, depois passou a plantar milho, sorgo, feijão até que passou a plantar também banana. A experiência no campo vem auxiliar os trabalhos como diretor da Sociedade Rural, que tem enfrentado o desafio atual com muito diálogo e informação. “Com essa crise hídrica, temos investido na busca pelo cultivo de gramíneas mais resistentes e na reserva de forrageiros, como açúcar, sorgo de sequeiro e milho irrigado para silagem. Temos desenvolvido bons resultados com a irrigação, trabalho nutricional e tratos culturais. Desse modo, tão importante quanto o cultivo é levar informações para os associados para saber a forma mais apropriada de se alcançar esses objetivos”, pontua. Assim, Sérgio destaca que a Sociedade Rural sempre apóia a realização de seminários e palestras que venham agregar novos conhecimentos para se ter êxito nos empreendimentos rurais. Segundo o diretor, os produtos da agricultura norte-mineira têm boa aceitação no mercado, pois são de excelente qualidade, resultado tanto dos bons produtores da região quanto do clima e solo da região, que colaboram com bons resultados. “Temos em nossas mãos os elementos para contornar qualquer adversidade, basta que estejamos unidos e busquemos, juntos, as soluções. E o conhecimento é sempre a chave de sucesso de qualquer empreitada, por isso incentivamos muito para que nossos associados participem de eventos que discutem novas tecnologias”, explica. Para ele, este papel é cumprido integralmente durante a Expomontes, em que os produtores trocam experiências, ganham visibilidade para suas produções e têm a oportunidade de conhecer novas tecnologias. “Estamos muito animados para mais uma edição. A perspectiva é boa sempre, e queremos que mais uma vez o produtor da região possa se enriquecer de informação e mostrar a força dos nossos produtos”, conclui. w w w.sociedaderural.com.br 21 Vitrine do agronegócio Expomontes apresenta demandas do produtor rural norte mineiro M ais que uma festa, a Expomontes é uma vitrine dos produtos da região e o momento de apresentar as demandas dos produtores rurais do Norte de Minas. Para aproveitar ao máximo essas oportunidades, é preciso trazer ao Parque de Exposições João Alencar Athayde personalidades que possam contribuir para valorizar a Feira e que possam auxiliar a Sociedade Rural na luta pelo produtor. Há três anos quem fica a frente de uma tarefa tão importante é o Diretor Executivo Sérgio Peres, que comanda equipe de seis pessoas responsáveis pelo credenciamento dos expositores de gado e de estandes, autoridades civis e militares, imprensa, associados da Sociedade e Sindicato Rural e responsáveis pelas provas funcionais e pelos shows. Para dar conta de tal tarefa, um software foi especialmente desenvolvido para auxiliar os trabalhos e a equipe passa por capacitação todos os anos. “É um grande desafio, pois a emissão e entrega das credenciais acontece em cerca de 15 dias. Mas para conseguirmos isso, o trabalho começa desde o momento em que acaba uma edição da Expomontes, nós já pensamos na edição seguinte. É preciso fazer um trabalho de pré-seleção e então ir trabalhando melhor esses nomes”, explica o diretor. Segundo ele, do público de mais de 300 mil pessoas que passam pela Expomontes todos os anos, apenas 2% é credenciado, por isso, os nomes precisam ser muito bem selecionados, para trazer à Mostra pessoas que contribuam para a causa rural. Dentre as reivindicações, Sérgio destaca a seca, que há anos assola a região e se agravou nos últimos anos, trazendo novos desafios para a entidade e para os produtores. Para enfrentar essa questão, a diretoria da Rural vem se reunindo periodicamente com políticos e outras instituições que possam ajudar na luta. “Aos poucos as soluções vão aparecendo. O produtor rural não quer deixar de pagar nada, quer condições para que possa pagar e trabalhar, e é isso que queremos. Há ainda outras questões relacionadas, como a necessidade que temos de barragens e barraginhas, de diminuição de impostos para a classe e melhores condições de crédito. São assuntos relacionados e que são os anseios da nossa classe, daí a importância de ter os nomes certos credenciados para estarem conosco na Expomontes. Esse é o nosso maior momento de luta e queremos pessoas que possam nos auxiliar nessas conquistas”, finaliza. Maior festa de Montes Claros está preparada para atendimento de urgência A Exposição Agropecuária de Montes Claros chega a sua 41ª edição. Para receber a população diariamente, foi montada uma estrutura com Posto Médico e atendimento do Corpo de Bombeiros, no Parque de Exposições João Alencar Athayde, em Montes Claros. A intenção deste projeto é trazer segurança para os visitantes e profissionais que trabalham na Exposição. A Expomontes, que é realizada desde 1957, é a maior festa de Montes Claros. O Corpo de Bombeiros está totalmente equipado com um Centro Integrado de Comando e Controle Móvel (CICCM) – uma carreta que possui sistema completo de comu- nicação e videomonitoramento. Essa estrutura conhecida também como Carreta Comando foi usada, em Belo Horizonte, durante a Copa do Mundo do ano passado e tem uma plataforma integrada de inteligência para a gestão de grandes eventos e ocorrências. “Essa carreta ajuda no gerenciamento das informações dentro do Parque. Isso é um aperfeiçoamento da participação do grupo da segurança”, afirma o Major Waldeci Gouveia, comandante do 7º Batalhão de Bombeiros. De acordo com ele, as ocorrências que podem surgir durante a Exposição podem ser simples ou de alta complexidade e por isso foi ne- cessário um treinamento. Outro espaço de atendimento é um Posto Médico, que fica próximo a quadra poliesportiva dentro do Parque. De acordo com o médico e diretor da Sociedade Rural, Celmo Bernardino, o espaço que está sinalizado vai oferecer os primeiros socorros em caso de alguma necessidade. “Estamos em um evento de grande porte, nós não queremos que aconteça nada, mas estamos preparados para receber as pessoas em alguma eventualidade e tomaremos as primeiras providências, que são importantes para uma boa recuperação das pessoas”, afirma. PORTAS ABERTAS S ó uma estrutura de 100 mil m² e com esse porte para receber diferentes eventos na programação da Expomontes. Em curtas distâncias, as pessoas saem dos estandes firmando negócios para um auditório com palestras até um tattersall com leilões. O Parque de Exposições João Alencar Athayde foi um presente para Montes Claros, inaugurado no ano do centenário da cidade. “Nosso desejo é oferecer melhores condições a cada ano e estamos fazendo por isso. O ano de 1957 marcou o calendário da cidade. Montes Claros completou seus 100 primeiros anos de progresso com o presente de um grande Parque de Exposições e a primeira Exposição Agropecuária, que tem seu espaço garantido no calendário dos montes-clarenses. “Temos o maior espaço da cidade, isso faz a diferença para nossa maior festa da região. A Expomontes é a nossa grande expressão e que continua se consolidando com o passar do tempo”, afirma o diretor de Eventos, Arnaldo Oliveira. Mas, ao longo do ano, as portas dos diferentes espaços estão abertas para eventos próprios da Sociedade Rural ou são alugados para parceiros em outras feiras, encontros ou festividades. “A entidade recebe no Parque, eventos como a Fenics, campeonatos de team penning, Exposição do Cavalo Mangalarga Marchador, Vaquejada, Exposição do Cavalo Pampa, casamentos, aniversários e diversas ações”, enumera Oliveira. São oito diferentes tipos de espaço que facilitam a pessoa a ter o ambiente adequado para seu evento. A estimativa de público para a 41ª Expomontes é de 380 mil pessoas nos dez dias de evento. Para receber o público o Parque recebeu as manutenções preventivas necessárias. “O espaço que é asfaltado passou por observação para manter um bom nível. A questão elétrica foi revista para evitar falhas de distribuições e lâmpadas dos postes foram trocadas. O objetivo da entidade é oferecer garantia de um bom divertimento e negócios para quem passar por aqui. A estrutura conta no andamento da Exposição”, afirma. Uma nova medida para a Coopagro O Conselho Administrativo da Cooperativa Regional Agropecuária de Montes Claros (Coopagro), depois de realizar diversas reuniões referentes às dívidas da instituição decidiu pela liquidação voluntária da instituição. A medida foi determinante após a consulta às diretorias das entidades classistas rurais e da análise do atual quadro da Coopagro pelo Sistema Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais (Ocemg). A medida adotada implica num divisor de águas para a Cooperativa, explica o Presidente José Luiz Maia. “Não se trata de liquidar a Cooperativa e sim liquidar seus passivos. Ficamos frustrados com os rumos, que tivemos que aceitar para a Cooperativa. Mas vamos recomeçar para voltar à fase de resultados satisfatórios. A liquidez é uma medida legal”, afirma José Luiz Maia. A Coopagro, após a aprovação pela Assembleia Geral Extraordinária da liquidação voluntária, passa a existir dentro de um novo regime jurídico especifico, o que implica em uma série de tratamentos diferenciados. Patrimônio Há um ano e meio a frente da Cooperativa, o presidente afirma que nesse tempo, todas as medidas que possibilitassem a alienação dos imóveis foram tomadas. No primeiro momento, a intenção era saldar as dívidas vendendo parte do patrimônio, avaliado em R$ 80 milhões, mas a 26 Informe Expomontes 2015 insegurança jurídica, aliada ao desaquecimento da economia impediram a venda dos imóveis. Dívidas Hoje, as dividias estão na casa dos R$ 50 milhões de reais. “As dívidas foram renegociadas em 2000, mas sem procurar a sustentação de gerar recursos financeiros para quitá-las no seu vencimento. Só era feita a prorrogação, além disso, precisa também ser resolvido o passivo trabalhista. A forma como as execuções vem acontecendo com a cooperativa levariam os bens da Coopagro para um leilão público por não ter renda para bancar essas dívidas. E todo bem que vai a leilão é vendido por valor inferior ao valor real. A nossa estratégia evitou esse processo e desvalorização”. Assembleia geral De acordo com o Presidente, após quitar os débitos, uma assembleia será convocada pelo liquidante quando então será decidido o futuro da Coopagro. A liquidação das dívidas extra-judicialmente foi aprovada em uma assembleia geral da Coopagro realizada no dia 1º de junho. Segundo o presidente, o processo jurídico é conhecido como liquidação voluntária. “Isso suspende, provisoriamente, todas as execuções judiciais e estabelece um prazo de até dois para que a venda dos imóveis, autorizada judicialmente, ocorram”, explica. Os contratos firmados pela Coopagro permanecem em vigor da forma que foram realizados. Não haverá quebra de contrato. “A cooperativa continua a funcionar normalmente. Constam nas atas das assembléias o compromisso de se manter a unidade de laticínio em funcionamento, que hoje atende a mais de 300 pequenos produtores rurais que fornecem leite a Coopnorte, atual arrendatária da indústria. Os produtos Alvorada continuarão sendo produzidos”, descreve. José esperava mais participação dos 3 mil cooperados. “Algumas pessoas se afastam da cooperativa, mas isso não as deixa fora do que é decidido. Fizemos uma reunião e só 38 participaram, nós queríamos todos. Esse momento é triste, ainda mais para quem conheceu esse projeto nos tempos áureos. A lição foi dada e a conta chegou. Espero que as pessoas não se afastem da entidade. Agora é o momento de esperança e reflexão”, reitera. Associados Atualmente, são 3320 associados. A Cooperativa foi fundada na dia 23 de Outubro de 1954 por 43 produtores rurais que necessitavam de espaço para o beneficiamento da matéria gorda do leite (creme do leite) produzido e o escoamento da produção. Prazo para a recuperação 2015 vai ficar na história do povo brasileiro. Um susto chegou à casa dos moradores da região sudeste do País em decorrência da pouca quantidade de chuva na região. Em São Paulo, reservatórios que abastecem os arredores da capital marcaram índices preocupantes que chamaram a atenção dos paulistanos e brasileiros de todos os Estados. Mas, a preocupação com os baixos índices pluviométricos já é realidade, no Norte de Minas, especificamente, nos quatro últimos anos. No ano passado, o Rio São Francisco, conhecido como o da integração nacional, estampou uma manchete triste. A nascente, que fica na Serra da Canastra, região Centro-Oeste de Minas, secou pela primeira vez. Situação que se repetiu em 200 afluentes em todo seu curso. Os institutos de meteorologia indicam que este ano não será diferente, no que diz respeito à estiagem. O difícil quadro que a seca representa para a região vai permanecer. Segundo o presidente da Sociedade Rural Osmani Barbosa Neto, “os prejuízos são incalculáveis e isso refletiu em dificuldades para pagar as dívidas. Os produtores, em muitos casos, não têm condições de recomeçar as atividades. Um novo prazo não significa pedir para deixar de pagar os acordos, mas trazer condições para que eles possam se recuperar”. De acordo com dados da Faemg, Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais, o agronegócio mineiro emprega 20% da população economicamente ativa e gera anualmente R$ 142 bilhões. Isso significa que um terço do Produto Interno Bruto (PIB) vem do campo. O estado é o maior produtor de café, batata e leite do Brasil. É segundo na produção de cana-de-açúcar, feijão e sorgo. O maior rebanho equino está em pastos mineiros, que também tem o segundo maior rebanho bovino. A entidade ainda cita Minas Gerais como principal estado reflorestador do Brasil. Um documento elaborado pelas entidades ligadas a agricultura e pecuária na área da Sudene destaca que a situação foi irreversível aos produtores “levando muitos a venderem seus rebanhos, reduzirem sua produção de leite, além da perda das lavouras. Estes aspectos negativos afetaram fulminantemente a capacidade de pagamentos destes produtores, que necessitam de um novo alongamento dos seus débitos, levando-se em conta o tratamento diferenciado para a região da Sudene”. Essa afirmação é do assessor especial da Sociedade Rural, Luiz Guilherme Câmara. A maior parte desses débitos está com vencimento para este ano. Em 2012, essa realidade da seca justificou resoluções do Conselho Monetário Nacional para renegociações. A intenção das entidades ligadas ao produtor rural é conseguir um prazo maior para começar a pagar os compromissos. “Solicitamos que todos os pagamentos das parcelas de crédito rural de custeio e investimento vencidas e vincendas em 2012, 2013, 2014 e 2015 sejam reprogramadas para pagamento em 10 parcelas anuais, com o vencimento da primeira parcela fixado para final de 2016”, afirma Rômulo L’Abatte, diretor de assuntos creditícios. Uma resolução de março de 2013, que foi reeditada em 18 de dezembro de 2014, autorizou a renegociação de operações de crédito rurais contratadas até 31 de dezembro de 2008. Essa atitude favoreceu os produtores por não adicionar encargos de inadimplência ou multas. A imprensa destacou a perda de lavouras e rebanho dos produtores rurais em função da seca. Os prejuízos trouxeram dificuldades para arcar com o pagamento das dívidas adquiridas. Hoje, em Minas Gerais, R$ 396 milhões em operações de crédito rural ainda precisam ser regularizadas. Em toda a região abrangida pela Sudene, o valor de operações nessa situação ultrapassa os R$ 6 bilhões. “Somos uma região em que a agricultura e a pecuária, assim como em todo o estado, representa grande parte da economia dos municípios. Essas resoluções são importantes para que o produtor rural consiga regularizar sua situação financeira em relação às dividas de crédito rural”, afirma Luiz Guilherme. Tecnologia e inovação no campo H á cerca de três anos, o produtor rural Renato Alencar Dias, Diretor da Sociedade Rural, estava em uma viagem ao Rio de Janeiro quando recebeu uma ligação do vaqueiro de sua fazenda para conversar sobre uma transação de gado. Após a desligar o telefone, uma pessoa que estava o lado puxou assunto, revelando também ser produtor rural. “Para minha surpresa, ele contou que morava na Capital Carioca e dali mesmo monitorava a propriedade dele que ficava na Jaíba, Norte de Minas, por meio de um sistema de câmeras e de internet. Em tempo real, ele conseguia detectar até mesmo problemas no sistema de irrigação antes dos funcionários da fazenda. Tempos depois tive notícia de que a fazenda dele era uma das mais produtivas da região”, conta Renato. Desde então, não perdeu tempo e acabou por adotar o mesmo sistema. Após um investimento de aproximadamente R$ 20 mil, hoje o criador 28 Informe Expomontes 2015 de gado de corte monitora a propriedade dele de 200 hectares, em São João da Lagoa de modo virtual. Para ele, o sistema representa mais segurança e zelo com o patrimônio, uma vez que o problema da violência expandiu os limites urbanos e já chegou ao campo. “Já existem na região muitos casos de roubo de gado, de assaltos aos moradores rurais. As câmeras não eliminam o risco, mas coíbem a ação de criminosos”, explica. Renato foi um dos primeiros da região a adotar esse sistema de vigilância, mas ele conta que aos poucos a ideia tem conquistado mais adeptos. Também é o que registra a Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese), cujos dados apontam que o setor cresceu em média 10% nos últimos seis anos. No entanto, a tecnologia não anda sozinha na fazenda de Renato, mas caminha lado a lado com velhos hábitos adotados pelos produtores rurais. Além do tradicional cadeado no portão, dez cachorros andam pela fazenda, atentos a qualquer sinal de invasores. Quando alguém aparece, logo no início já é alertado de que a fazenda conta com sistema de vigilância. Renato explica o motivo de tantos cuidados: “É uma forma de prevenção. Por conta da falta de segurança pública na zona rural, acaba que somos nós produtores que temos que nos prevenir e zelar pelas nossas propriedades. Não podemos ficar a espera de uma situação ruim acontecer para só tomar as providências depois. Temos que estar um passo à frente”. Nesse sentido, ele já pensa com os próximos passos. Tendo sua fazenda uma topografia plana, Renato já imagina poder observá-la toda de uma só vez. “Acho que vou construir uma torre e colocar uma câmera para ver em 360º. Vai trazer mais segurança, mas também vai ser uma imagem bonita de se ver”. O COACHING E O DESENVOLVIMENTO LOCAL V Artigo Paulo Cezar Santos Ventura U m fenômeno econômico dos últimos tempos tem sido fomentado pela reunião de empresas, grandes empresas, formando conglomerados que, em princípio, parecem se armar melhor contra as crises que se delineiam pelo mundo afora. Crises de diversos matizes, provocadas por crescimento industrial acelerado, pelas novas tecnologias que colocam um produto proveniente de qualquer lugar do mundo em sua porta poucos dias após a compra, pela manipulação de preços por parte de alguns mercados estrangeiros, entre outras causas. Claro, muitos estão percebendo isso e começando a se movimentar. Em algumas cidades a organização política local começa a se mover para valorizar a produção local, seja ela a carne, o pequi, a cachaça, o queijo, seja ela também constituída de produtos industrializados com grande valor agregado. A facilitação de criação de empresas locais permite maior controle do fluxo financeiro na cidade: aqui se fabrica, claro, dentro da vocação local, aqui se empregam funcionários diversos, aqui se gasta, aqui se acumulam riquezas, aqui se desenvolve. Isso se chama desenvolvimento local. Em resposta a tais crises, esses conglomerados acenam com a globalização da indústria e dos mercados, com a constituição de franquias que banalizam produtos e marcas pelo mundo afora. Essa globalização faz com que os centros de compras do mundo inteiro se pareçam, estejam eles em Manaus, Nova Iorque, Istambul ou Montes Claros. Em quaisquer desses lugares podemos comprar os mesmos produtos, em quaisquer desses lugares podemos comer o mesmo sanduíche insonso em lojas de lanches rápidos, com pães parecidos e de mesmo sabor. Os cinemas são parecidos, os filmes que neles passam são os mesmos, a pipoca que neles se come é parecida. Viajamos milhares de quilômetros para nos sentirmos como se estivéssemos no sofá da sala. É esse movimento que começamos a observar mundo afora, principalmente em cidades pequenas e de porte médio. Favorecer o desenvolvimento local. Mas isso exige uma ação coordenada pelas associações rurais, comerciais e industriais dessas cidades, com apoio, evidentemente, do poder político. Isso exige créditos dos sistemas financeiros locais, exige sensibilidade dos gerentes desses sistemas financeiros. Exige, também, evidentemente, a união de esforços dos homens e mulheres colocados nos ambientes de reunião e de decisão, esforço concentrado, aliás, porque o tempo escoa muito rápido e, se não estivermos unidos e atentos nesse propósito, nem ecos ouviremos. Maravilhoso, certo? Errado. Além de estarmos perdendo o valor da diversidade que nos faz diferentes pelo mundo afora, há um outro fator que não permite que esse cenário seja assim tão romântico: o dinheiro do negócio que realizamos com o comerciante do centro de compras nosso vizinho não fica em nossa cidade. O dinheiro pertence aos conglomerados, então, apesar de ser depositado nas agências bancárias locais, ele vai parar em São Paulo, Nova Iorque, Berlim e, mais recentemente, em Pequim. A globalização cuida dos fluxos financeiros, conduzindo o dinheiro para os bolsos dos donos de empresas unificadas, reunidas, conglomeradas. Irá enriquecer os grandes centros financeiros. E o desenvolvimento local, como fica? Logo, é necessário que as lideranças conversem e, principalmente, se escutem. E essa escuta só será rica e apropriada se todos tiverem o mesmo direito de serem escutados. Essa é a essência do processo de Coaching (empoderamento de sujeitos para a transformação): a escuta clínica, a reunião de processos de transformação e crescimento de sujeitos (pessoas, empresas, instituições e comunidades), a necessidade de crescimento de todos, sem exceção. E esse processo de empoderamento permite que se vislumbre, a curto e médio prazos, o desenvolvimento local, ou seja, o desenvolvimento de sujeitos (pessoas, empresas, instituições e comunidades) locais. E que o dinheiro fique entre nós e deixe de se escoar entre os dedos e ir parar nos cofres de grandes empresas com sede em outros locais, distantes de nós. w w w.sociedaderural.com.br 29 CADASTRO AMBIENTAL RURAL O Cadastro Ambiental Rural (CAR) é um registro público, eletrônico, de abrangência nacional feito junto ao órgão ambiental competente. Criado pelo Novo Código Florestal Brasileiro, Lei n.º 12.651 de 25 de maio de 2012, alterada e complementada pela Lei 12.727 e pelo Decreto nº 7.830, ambos de 17 de outubro de 2012, o registro é obrigatório para todos os imóveis rurais e tem como finalidade integrar as informações ambientais das propriedades e posses rurais, compondo base de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento. No Estado de Minas Gerais, o Cadastro Ambiental Rural (CAR) será feito no SICAR-MG, por meio do Portal SisemaNet (ver bibliografia). A responsabilidade do Cadastro em Minas é da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD), sob a coordenação executiva do Instituto Estadual de Florestas (IEF). Nas propriedades, os produtores rurais têm diferentes tipos e quantidades de vegetação, bem como água nas suas diversas formas de captação, e são eles que conservam o meio ambiente no campo, pois dependem tanto da água como do solo bem conservados para sua subsistência. É importante registar o histórico e as origens do CAR no Brasil, que de 1998 a 1999 no Mato Grosso surge o Sistema de Licenciamento Ambiental de Propriedades Rurais – SLAPR, implementado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). Entre 2005 e 2006 iniciou o Pró-Legal em Goiás através de iniciativas do IBAMA. Iniciativas estaduais também no MT, PA, RO, AC e outros até chegarmos a 2009 quando da edição do Decreto n. 7.029, de 10 de dezembro que instituía o Programa Federal de apoio à Regularização Ambiental de imóveis rurais, denominado de “Programa Mais Ambiente”, que além da regularização tinha como escopo a efetiva recuperação das áreas de preservação permanente e reservas legais. Depois foi criado o Decreto n.15/2010 que institui 30 Informe Expomontes 2015 o Plano de ação para prevenção e controle do desmatamento e queimadas no bioma Cerrado – PPCerrado, a partir daí até a Lei Federal n.12.651, de 25 de maio de 2012 que tramitou por 13 anos no Congresso Nacional, que foi chamada de “novo Código Florestal”, pois o Código anterior com quase 50 anos era de 1965. Em 17 de outubro de 2012 é publicadaa Lei n. 12.727 que dispõe sobre a proteção da vegetação nativa e o Decreto n. 7.830, que dispõe sobre o Sistema de Cadastro Ambiental Rural e estabelece normas de caráter geral aos Programas de Regularização Ambiental. Em Minas Gerais surgi a Lei Estadual n. 20.922, de 16/10/2013 que dispõe sobre as políticas florestais e de proteção à biodiversidade no Estado, ou seja, o “Código Florestal Estadual”. Já em 2014 são editados o Decreto n. 8.235, de 05 de maio de 2014, que estabelece normas gerais complementares aos Programas de Regularização Ambiental. Em fim a Instrução Normativan.2/MMA, de 06 de maio de 2014 que dispõe sobre os procedimentos para a integração, execução e compatibilização do Sistema de Cadastro Ambiental Rural – SICAR e define os procedimentos gerais do Cadastro Ambiental Rural – CAR, e estabelece prazo de 1 ano, prorrogável por mais 1, para inscrição no CAR, contado a partir do dia 06 de maio de 2014, segundo artigo 64. O CAR tem procedimentos simplificados e é gratuito para imóveis com até 4 módulos fiscais. O poder público deverá prestar apoio técnico e jurídico para imóveis de: até 4 módulos (atividades agrossilvopastoris); assentamentos de Reforma Agrária e Terras indígenas demarcadas e áreas tituladas de povos e comunidades tradicionais que façam uso coletivo do seu território. Dessa forma o proprietário fará de maneira declaratória todas as informações exigidas para o cadastramento da propriedade, caso o produtor rural necessite de auxílio poderá contar com órgãos públicos ou contratar profissionais autônomos capacitados por cursos específicos, como o oferecido pela Universidade Federal de Lavras – UFLA, é importante lembrar que esse profissional contratado seja de confiança, a fim de evitar irregularidades e problemas futuros na declaração, pois todas as informações são de responsabilidade do declarante. No site disponibilizado pela SEMAD, o SICAR-MG disponível em:www.sisemanet.meioambiente.mg.gov.br , tem como etapas de preenchimento do CAR: identificação do imóvel, domínio, documentação, mapas, áreas calculadas, informações adicionais e por fim confirmação/recibo. É importante lembrar do georreferrênciamento do imóvel como todo e principalmente das áreas a serem preservadas como: Vegetação Nativa, Uso Restrito,Reserva Legal (RL), APPs Hídricas, APPs de Topo de morro, outras APPs (como veredas e nascentes) e Áreas rural consolidada. No mínimo 20% da vegetação nativa tem que estar preservada e poderá ser colocada como RL. As matas ciliares, aquelas às margens dos rios e córregos tem um detalhamento específico de acordo com o tamanho do imóvel e da largura do rio ou córrego, se ele é perene ou não. Por exemplo, para cursos d’água menores que 10 metros de largura em um imóvel de 1 módulo fiscal (MF) o mínimo é de 5 metros a serem preservados de cada lado do curso d’água, se o imóvel for de 1 a 2 MF passa para 8 metros de mata ciliar, se for de 2 a 4 MF essa mata a margem do rio deverá ser de no mínimo 15 metros de cada lado, se for de 4 a 10 MF, a mata ciliar deverá ter no mínimo 20 metros de largura na margem do rio/córrego. E se essa largura do rio/córrego for maior, ou seja, o rio tiver uma largura superior a 10 metros e assim sucessivamente, haverá variação da área de preservação. É comum encontrarmos cultivos (áreas agricultáveis) nas margens dos rios, principalmente em pequenas propriedades e aquelas de subsistência, para isso existe a possibilidade de manutenção de atividades conforme critérios a serem estabelecidos pelo PRA. Numa perspectiva otimista o CAR contribuirá para a preservação e conservação de áreas nativas, assim mantendo ambientes preservados para espécies vegetais e animais. Após a finalização do Cadastro e envio ao Sistema Nacional (SICAR), será emitido um recibo que servirá como comprovante de inscrição e garantirá a manutenção da regularidade e demais direitos e benefícios. Caso haja passivos ambientais referentes a APP e RL, o proprietário ou possuidor poderá aderir ao Programa de Regularização Ambiental (PRA). Esse programa tem como propósito a regularização das áreas de preservação permanentes, de reserva legal e de uso restrito, que poderá ser efetiva mediante recuperação, recomposição, regeneração ou compensação, sendo a compensação aplicável somente às áreas de reserva legal. De qualquer forma entendemos que o CAR veio para ficar e para preservar áreas que sempre deveriam ter sido preservadas, muitos animais e plantas, toda uma biodiversidade ainda existe pelo pouco que preservamos. Assim conclamamos aos produtores a unir esforços nesta causa que além de tudo é preservacionista e é bom para o futuro dos nossos netos. JOÃO SOARES NETO Zootecnista (2002) é Licenciado em Ciências Agrárias (2006), com mestrado em Produção Animal (2011) pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Também é Técnico em Agropecuária pelo NCA/UFMG em Montes Claros (1994). Filho do Produtor Rural João Soares Fonseca†, conhecido como “João Dionilha” em Brasília de Minas e é de longa data um Produtor Rural na Comunidade Rural de Riacho das Pedras. Tem vários artigos científicos publicados em revistas científicas na área das Ciências Agrárias. Escreveu livro, capítulos de livros e matérias para jornais e revistas. Foi professor em vários Colégios Agrícolas do Estado do Rio de Janeiro, trabalhou por mais de 13 anos como Fiscal Agropecuário na Defesa Agropecuária da Secretária de Estado de Agricultura e Pecuária do Estado do Rio de Janeiro (SEAPEC). Atualmente é Consultor técnico da empresa JD Agronegócios e Professor da área de Zootecnia do IFNMG/ Campus Arinos. CONTATOS:jsn332004@ gmail.com / (038) 9958-2176 / 9131-1351. Bibliografia recomendada: BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Cadastro Ambiental Rural. Instrução Normativa n.2/MMA, de 06 de maio de 2014. SEMAD - Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Sistema Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SISEMA.Disponível em: http://sisemanet.meioambiente. mg.gov.br/mbpo/portal.do SOARES-NETO, J. Proprietários rurais têm até 6 de maio para declarar o CAR. Montes Claros/MG: GAZETA NORTE MINEIRA. Disponível em: gazetanormineira.com.br, Duplicada em 10 de abril de 2015. SODRÉ, A. de A.. Novo Código Florestal comentado. Leme/SP:J. H. Mizuno editora, 2013. 466p. © endostock - Fotolia.com w w w.sociedaderural.com.br 31 #53024902 Reprodução de Lucros e Qualidade Produtores do Norte de Minas implantam técnicas de reprodução assistida e driblam a crise causada pela má distribuição de chuvas na região. “Se fosse em qualquer outro lugar do Brasil, muita gente já tinha morrido. Não tínhamos mais animais. Mas com o poder da terra, do povo norte-mineiro e das ações desenvolvidas nas propriedades, os fazendeiros se mostram fortes diante das adversidades”, afirma Avelino Murta, Diretor de Leilões da Sociedade Rural. E ficiência e boas características no rebanho são os objetivos dos produtores que procuram esses mecanismos para aplicar em suas propriedades. Essa seleção genética permite ganhos especiais na pecuária em áreas menores. “Mas, para que todo trabalho seja eficiente é necessário o acompanhamento de um profissional qualificado para implantar todo o processo”, descreve Osmani Barbosa Neto, Presidente da Rural. Barriga de aluguel Norberto Assis, produtor rural e diretor da Sociedade Rural, afirma que o produtor de leite tem investido cada vez mais na criação de um banco genético. Além de padronizar o plantel, a técnica aumenta o lucro da atividade leiteira. O manejo adequado é muito importante para a produtividade do rebanho. A técnica utilizada é a transferência de embrião. Após a fecundação, é feita a transferência do embrião para uma barriga de aluguel que vai fazer a gestação completa do feto até o nascimento. 32 Informe Expomontes 2015 Segundo Norberto, é comum essas receptoras serem vendidas prenhes em leilões, com um embrião de alta qualidade genética. Ele se especializou na área. Na fazenda dele, todo trabalho é voltado para a reprodução de embriões através de receptoras selecionadas e sincronizadas, acelerando assim o processo de reprodução. Com isso, aumenta o número de produtos com genética diferenciada. “O uso tem o objetivo de trazer uma melhoria genética que atenda às exigências do mercado, que é crescente na nossa região, pois as tecnologias vão chegando e ficando mais difundidas. Esse é o caminho para melhorar a produtividade num ambiente escasso de água como o nosso”, afirma. Nesse processo, o material genético escolhido é retirado e colocado em outras fêmeas, que emprestam a “barriga de aluguel”. “Assim, uma única vaca pode ter diversos filhotes em um curto espaço de tempo. As vacas que recebem os embriões reproduzirão animais com bom valor de mercado. Oriundos de doadores de alto poder genético, selecionados em rebanhos de seleção tradicional com qualidade superior, o que propicia animais de alta produção com precocidade, tanto para o leite quanto para o corte”, explica Norberto. Assis optou pela criação de vacas da raça Holandesa cruzadas com touros GIR porque são mais comercializáveis. De acordo com ele, os comprados são diversas regiões do Estado. Mas a maioria está no Sul de Minas. “O cruzamos das raças produz animais meio-sangue, gado espe- cializado em produção leiteira. Buscamos matrizes de qualidade que vão repassar as características dos animais para seus óvulos. o controle da ovulação”. Um melhoramento genético pode ser observado com a seleção dos animais. “Esse processo colabora para um rebanho melhor tanto para o produtor leiteiro quanto para corte”. Reprodução por IATF Um modelo de inseminação de animais tem chamado a atenção pela satisfação com os resultados. A IATF, sigla para inseminação artificial em tempo fixo, é explorada em propriedades do Norte de Minas, trazendo facilidade no trabalho e garantia de bons valores no mercado da pecuária. Doutor em medicina veterinária e diretor da Sociedade Rural, Danillo Murta tem acompanhado o desenvolvimento da técnica na região desde 2009 e explica o funcionamento: “As vacas passam por uma ultrassonografia para seleção dos animais aptos a inseminação. Um tratamento hormonal contribui para As taxas de fecundação podem chegar a 90% nesse processo. “Eu acompanhei recentemente um criador que fez a prenha de forma natural. A diferença de resultados é grande. Das 100 vacas que ele possui, só oito vão parir na mesma época. O benefício de definir esses períodos ajuda a padronizar”, conta. De acordo com Danillo, a definição do período de fecundação de todos os animais ajuda a melhorar o trabalho dentro da fazenda. “Com as vacas parindo na mesma época, o produtor consegue sincronizar as atividades na propriedade colocando os esforços”. Para a parte financeira, a vantagem para o produtor é de um rebanho similar na idade e características genéticas para a venda em um mesmo lote. O processo de regularidade ajuda a manter um bom índice reprodutivo dentro da propriedade. “Estamos em uma região em que a chuva fica em um período curto do ano. E os animais precisam de mais alimento durante a reprodução, por isso é importante essa organização”, afirma o veterinário. Guabi Guabi REPRESENTANTES: Montes Claros - Pedro Ernesto www.guabi.com.br SAC: 0800 940 3100 (38) Brasília de Minas - Mark Ezequiel Buenópolis - Luiz Carlos Janaúba - Rodney (38) (38) 9986-9134 (38) 9811-1538 9938-9733 9907-1774 Pecuária de Corte é a vocação do Norte de Minas A pecuária de corte tem atualmente o melhor cenário de médio e longo prazo entre os produtos do agronegócio brasileiro, apontam especialistas. Por causa do cenário de restrição de oferta de carne bovina nos três principais fornecedores mundiais, os Estados Unidos, o Brasil e a Austrália têm sustentado os preços em patamares elevados. O setor é um dos mais exigentes da cadeia produtiva bovina por causa da competitividade do mercado e da demanda por produtos diferenciados. O momento atual é de modernização para não perder espaço nos negócios. A pecuária requer qualidade e viabilidade econômica. Para chegar ao sucesso, o melhoramento genético é fundamental. Mas, a genética só responde quando são oferecidas condições nutricionais, sanitárias e conforto aos animais. Norte de Minas No cenário atual do agronegócio quem comanda é o pecuarista, por mais que a cadeia frigorífica tente intervir, quem dá as cartas é o produtor rural, “principalmente no Norte de Minas, que tem vocação para a pecuária de corte. Pois temos o clima favorável, terras produtivas, temperaturas apropriadas, ambiente. A terra é de primeiríssima qualidade, temos aqui as melhores do país. O 34 Informe Expomontes 2015 animal se adapta muito bem às condições tropicais brasileiras, por possuir excelente capacidade de aproveitar alimentos grosseiros”, afirma Cristina Rebello, Diretora da Pecuária de Corte da Sociedade Rural. O carro-chefe do Norte de Minas é o nelore. O mercado detém reprodutores e matrizes alinhadas aos altos valores genéticos do gado. “Agregamos valor aos animais com aprimoramento genético. Utilizamos técnicas e aplicamos um rigoroso controle de qualidade. O nelore é praticamente um norte-mineiro. É um animal reconhecido pela sua rusticidade, que se adapta ao clima da região. Aqui estão alguns dos melhores rebanhos do país”, descreve Cristina. Animais nelores têm a carcaça leve, robusta e forte, com musculatura compacta e bem distribuída. A masculinidade e a feminilidade são acentuadas. Tem temperamento ativo e dócil. A raça pode ser dividida em animais que apresentam chifres e mochos. Outra característica dos zebuínos é o cupim. Ele tem papel fisiológico fundamental, servindo como reserva de energia em situações emergenciais. “O cenário é bom. O gado segue valorizado, o momento é favorável. O mercado cresce porque há oferta e procura. Apesar das adversidades características da região, o mercado está aquecido e converge para a Expomontes. A Exposição é o divisor de águas no comércio. É na Mostra onde se tem os melhores animais. Tem também avaliação de qualidade e referência de comercial. Por causa dessa referência, há participação de investidores de vários estados do país. A tônica da Expomontes é qualidade aliada a melhoramento genético. Quem compra, volta! Prova do material de excelência que temos”, garante a diretora. Brasil O Brasil lidera o ranking de maior exportador de carne bovina do mundo desde 2008. Em 2014 exportou 1,24 milhões de toneladas de carne in natura, com crescimento de 5% em relação ao ano de 2013, segundo dados da Abiec (Associação Brasileira de Indústrias Exportadoras de Carne). leva a carne do Norte de Minas para o mundo Unidade da empresa em Janaúba (MG) dispõe a carne de alta qualidade da região para o mercado nacional, da Europa, da Ásia e da América do Sul. A pós iniciar a operação na unidade frigorífica com capacidade total de abate e desossa de 900 cabeças de gado ao dia e de produção de 1,8 mil peças por turno na cidade de Janaúba, ao Norte de Minas Gerais, a Minerva Foods produz carne de alta qualidade do gado abatido nesta planta para o mercado interno e países da Europa, Ásia e América do Sul. Para os pecuaristas da região, as atividades na planta se confirmaram como a melhor alternativa para a venda da produção, pois eles não necessitam mais deslocar seus animais para outras localidades, como o Triângulo Mineiro, por exemplo, onde a maioria dos animais era negociada antes de a companhia se instalar na cidade. Assim como todas as unidades produtivas da Minerva Foods no Brasil, Uruguai e Paraguai, a planta em Janaúba também opera com padrões internacionais de qualidade em abate e produção de carne bovina. Em uma área total de 217 mil metros quadrados, dos quais 54 mil metros quadrados de área construída, este frigorífico, que reiniciou suas operações em outubro de 2014, ainda encontra-se no processo de elevação da sua capacidade de abate. Para isso, conta com uma equipe de 530 pessoas, além de gerar grande número de empregos indiretos na região. Os números atuais da produção da Minerva Foods na região e a perspectiva de crescimento do volume de abate fortalecem a atividade econômica da região, sobretudo do agronegócio. Além do incremento no giro de negócios com a disponibilidade de uma planta para abate no local, há impactos positivos em toda a cadeia produtiva, pois a Minerva Foods é uma das maiores exportadoras de carne bovina do Brasil e, consequentemente, prioriza matéria-prima de qualidade em sua produção. Isso demanda maior atenção dos pecuaristas em torno de todas as etapas produtivas para fornecer animais que se convertam em produtos de qualidade, apreciados pelos principais mercados internacionais. retos e pelo impacto econômico que traz para a região”, comenta Iain Mars, diretor de Operações da empresa. Desenvolvimento constante em toda a América do Sul A Minerva Foods se consolidou como uma das líderes na produção e comercialização de carne in natura, gado vivo e seus derivados na América do Sul. Ano passado, as exportações da companhia foram responsáveis por aproximadamente 65% do faturamento total, resultado da administração focada em instrumentos de gestão de risco e da eficiência nos canais de venda em todas as principais regiões do mercado global de carne. Com quase 25 anos de atuação, a trajetória de sucesso da Minerva Foods está atrelada ao desenvolvimento em grande escala do setor, principalmente em razão da sua presença comercial marcante em países dos cinco continentes. Para manter sua posição de destaque e manter o crescimento constante, a empresa oferece um amplo portfólio de produtos, além de dedicar atenção a processos eficientes de logística e distribuição, contar com uma base diversificada de clientes e excelente administração. “A planta da Minerva Foods em Janaúba é moderna, altamente eficiente e temos certeza de que esta operação representa uma importante etapa para o desenvolvimento da região à medida que estimula o aumento da renda por meio da geração de empregos diretos e indiw w w.sociedaderural.com.br 35 Polpa de citros peletizada na dieta de vacas de leite Felipe Drumond de Souza Pires Médico Veterinário, Especialista em Bovinocultura de leite A polpa cítrica é um dos coprodutos industriais que se obtém após a extração do suco de frutas cítricas, principalmente de laranja e limão. O processo industrial de desidratação e peletização proporciona boa forma de conservação e armazenagem da polpa cítrica, além de facilitar o manejo na alimentação dos animais. Segundo HUTTON (1987), a polpa representa cerca de 50 a 60% do peso da laranja, sendo composta de casca (5055%), polpa interna (30-35%) e sementes (0-10%). A polpa cítrica é primariamente um alimento pobre em proteína e com perfil de carboidrato muito diferente dos alimentos normalmente utilizados na alimentação animal. Trata-se de um alimento altamente energético, mas não contém praticamente amido como carboidrato. A polpa é composta de 60% de carboidrato não fibroso (CNF), 12,5 a 40,2% de açúcares solúveis e 25,2 a 43,7% de pectina (Hall, 2001). Os padrões de fermentação desses carboidratos diferem daqueles do amido de milho e podem resultar em diferentes valores de pH ruminal, em decorrência da proporção dos ácidos graxos voláteis (AGV) formados e da velocidade da fermentação (Leiva et al., 2000). O ácido acético, principal produto da fermentação da polpa, é um dos principais precursores da gordura do leite, por isso, sugere-se que a polpa cítrica pode auxiliar na manutenção de altas porcentagens de gordura do leite em condições onde o volumoso é escasso ou de baixa qualidade (Rocha Filho, 1998). A polpa de citros peletizada tem sido utilizada em crescente escala no Brasil para vacas leiteiras, em substituição parcial ou total ao milho. Em alguns estudos (Santos et al., 2001; Nussio et al., 2002) com vacas com produção abaixo de 25 kg de leite/dia, a produção não foi prejudicada pela substituição de 50% do milho por polpa cítrica na dieta. Alguns estudos avaliaram níveis de inclusão de polpa cítrica e seu efeito no consumo de matéria seca. Resultados mostraram que a polpa cítrica não afetou o consumo de nu- 36 Informe Expomontes 2015 Otaviano de Souza Pires Neto Médico Veterinário, Mestre em Zootecnia trientes (Menezes Jr. et al., 2000; Ítavo, 1998). Todavia, Nussio et al. (2000) compararam formas de processamento do grão de milho (grão moído fino e grosso e milho floculado) e a inclusão de polpa cítrica substituindo 50% da matéria seca (MS) do milho moído fino ou floculado em dietas contendo 53% de silagem de milho em dietas de vacas em lactação. A polpa cítrica, associada ao milho floculado, promoveu menor consumo nos animais em relação à substituição parcial do milho moído fino (16,1 vs 19,6 kg de MS). Estes resultados mostram que, dependendo do ingrediente da dieta, a polpa cítrica pode influenciar o consumo dos nutrientes. Assis et al. (2004) avaliaram o consumo de nutrientes, produção de leite e composição do leite de vacas que receberam quatro dietas completas, contendo 0, 33, 67 e 100% de polpa cítrica em substituição ao fubá de milho, na matéria seca (MS). Não encontraram diferença no consumo de matéria seca (MS), proteína bruta (PB) e nutrientes digestíveis totais (NDT) com valores médios de 18,73 kg, 2,86 kg e 13,45 kg respectivamente. Talvez o consumo de MS não tenha diferido entre os tratamentos por estar dentro do nível de inclusão de polpa cítrica de até 30% da MS total da dieta, recomendado por Ammerman & Henry (1991). Para níveis acima de 20%, Carvalho (1995) recomenda analisar a relação cálcio e fósforo da dieta, pois a polpa cítrica é rica em cálcio e pobre em fósforo. Não encontraram diferença na produção de leite (PL) ou produção de leite corrigido para gordura (PLG) para 4% de gordura. Isto pode ser explicado pelo fato de o consumo dos nutrientes não ter sido diferente entre os tratamentos. Quanto à composição do leite, também não encontraram diferença para os tratamentos nos teores de gordura, proteína, extrato seco total e extrato seco desengordurado. Concluímos que o milho grão moído pode ser substituído em até 100% pela polpa de citros peletizada na dieta de vacas leiteiras, desde que não ultrapasse os 20 a 30% na matéria seca total ingerida, não havendo efeitos na produção e composição do leite produzido. Genética Bovina Referência em busca de evolução A ntes, não havia tantos tratores como hoje nas fazendas Brasil adentro. Os mecanismos de reprodução eram escassos, dependendo do ciclo natural dos animais. Ao longo do tempo são grandes as transformações no campo da genética e as evoluções que beneficiaram as criações por todo o País e, por consequência, na nossa região. Essas mudanças, algumas lentas e outras rápidas, trouxeram qualidade para as diferentes produções. “Há 50 anos o trabalho era totalmente oposto. Muitas pessoas não conhecem as mudanças que se passaram. Hoje, não precisamos tratar da importância que esses animais têm, mas o trabalho que levou para esse resultado consolidado”, conta Marcos Miguel Mendes, diretor técnico de Assistência Veterinária da Sociedade Rural. Ele explica a rotina para se chegar a um bom trabalho até a Exposição Agropecuária de Montes Claros. “Antes, era visto de dois em dois anos, uma máquina nova, uma raça que ainda era criada no Norte de Minas. Aqui é uma festa: à noite nós comemoramos o sucesso conquistado durante o dia. A Expomontes acompanhou a evolução junto da região e serve até hoje como vitrine”, afirma. A pecuária é importante para a região. Foi esse setor que interligou as cidades, as trouxe pra o circuito. Isso é um resultado da evolução da genética. Foi a escolha de bons animais que fez o rebanho norte-mineiro ser um dos mais respeitados do Brasil. “Algumas pessoas fazem um esforço para trazer animais à Expomontes. É uma tradição. Referência não se compra”. As raças zebuínas foram importadas da Índia ainda no século XIX. Por terem se adaptado as condições de clima e pasto brasileiros, elas chegam hoje a compor 80% do rebanho nacional. Dados da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu mostraram que em 50 anos o número de abates no país cresceu cerca 571% e o rebanho nacional aumentou 281%. Isso mostra como é eficiente a pecuária brasileira e seu destaque no mundo. Segundo dados do Ministério da Agricultura e Pecuária, o rebanho bovino brasileiro chega ultrapassar 200 milhões de cabeças e hoje é o segundo maior efetivo do mundo. No País, existem dois seguimentos lucrativos: carne e leite. Uma das necessidades, segundo ele, seria trazer uma instituição como a Embrapa para a região para se dedicar em pesquisas para melhorar a região. “Falta uma vontade política e um vínculo das pessoas que estão nessa área com o esse mundo. Muitas pessoas não dão continuidade aos trabalhos e dificultam o desenvolvimento de novidades no setor”, afirma. Na edição de 2014 do julgamento de animais na Expomontes contou com 600 animais inscritos entre equinos e bovinos. “Nossa expectativa é de garantir números semelhantes de inscritos. Os produtores rurais se preparam para vir até a exposição. Existe uma expectativa para ganhar um retorno favorável e querer trazer mais coisas no ano seguinte. Negócios surgem durante todos os dias no parque”, garante Marcos. Minas Gerais Minas Gerais tem vocação para pecuária leiteira e de corte e tem o segundo maior rebanho bovino do país, com 23,63 milhões de cabeças (Instituto Mineiro de Agropecuária – IMA/2014), lidera historicamente a produção de leite e derivados, sendo que ofertou 6,9 bilhões de litros em 2005 e 9 bilhões em 2013, 30,4% a mais. Segundo o IMA, existem 360 mil estabelecimentos rurais com rebanho bovino no estado. A bovinocultura de leite e de corte nas paisagens de Minas ainda tem muito caminho pela frente, no vigor de um século em que a informação circula com espantosa velocidade e com mercados cada vez mais exigentes com a qualidade dos alimentos. A tomada de decisão exige novos conhecimentos, sendo também uma questão de escolhas, ou seja, a ciência/tecnologia a serviço do agropecuarista e das cadeias produtivas do agronegócio. w w w.sociedaderural.com.br 37 Torneio Leiteiro se consolida na Expomontes S ão produzidos, por dia, no Brasil 32 milhões de litros de leite. Em Minas, 1/3 da produção nacional é registrada. “Isso equivale a mais ou menos sete ou oito milhões de litros. No Norte de Minas, são 500 mil litros. Na seca, atual situação que encontramos, varia de 200 a 250 mil litros/dia. O preço variável é de R$ 0,80 e pode chegar a R$ 1,15, conforme a qualidade, logística, volume e outros fatores. 20% desse leite é produzido por 80% dos produtores da região”, afirma Otaviano Pires, Presidente da Associação de Criadores de Gado de Leite (ACGL) e Diretor de Pecuária Leiteira da Sociedade Rural. Toda essa imponência da cadeia se materializa no Torneio Leiteiro durante a 41ª Expomontes. Os criadores assinaram no ato da inscrição um termo de compromisso atestando ciência e concordando com todas as cláusulas do regulamento oficial. “Esse é o único evento desta natureza que temos em Montes Claros. O Torneio avalia o grau de desenvolvimento da pecuária leiteira norte-mineira. Além disso, visa incentivar e promover este segmento, difundindo e incrementando o consumo de leite e seus derivados e promove a reunião de técnicos e criadores, objetivando maior difusão de conhecimento e aperfeiçoamento de métodos destinados ao aumento da produção e da produtividade do rebanho leiteiro norte mineiro”, afirma Otaviano Pires Júnior. 38 Informe Expomontes 2015 Quem pode participar Os produtores rurais aptos a participar devem se dedicar à bovinocultura leiteira com apenas uma inscrição por categoria. Não são aceitos no Torneio animais ainda em produção de colostro. Datas importantes • 06 de Julho de 2015 - entrada dos animais; • Dia 07 de julho, classificação e esgota dos animas a partir de 21h; • Dias 08, 09 e 10 de julho ordenhas e pesagens; • Dia 11 de julho, divulgação dos resultados e entrega dos prêmios. Otaviano Pires lembra que animais sem registro genealógico nos termos de associação de gado leiteiro, a comissão adotará os seguintes critérios: Definição de idade – Exame de arcada dentária; e grau de sangue – Avaliação Zootécnica Visual. Categorias - Segundo o grau de sangue 03 – Categoria Pura/apurada – Serão criadas de acordo com o nº de participantes de cada raça especificamente. - Segundo a idade 01 – Categoria Júnior – Animais que possuam no máximo 04 (quatro) dentes definitivos ou idade registrada de até 36 (trinta e seis) meses. 02 – Categoria Vaca Jovem – Animais com no máximo 08 (oito) dentes definitivos, sendo que os cantos ainda não estejam igualados ou idade registrada de até 60 (sessenta) meses. 03 – Categoria Vaca Adulta – Animais de qualquer idade. 01 – Categoria Meio-sangue Holandês/Zebu; 02 – Categoria Mestiça – Animais com grau de sangue de 3/4 a 7/8; Paragrafo Único: Cada animal poderá participar em uma única categoria. Campeãs A grande campeã de 2014 foi a vaca Pipoca, da Fazenda Barreiro Bonita que produziu 44,93 Kg. A reservada grande campeã, da Fazenda Curral Novo, foi a América que produziu nos três dias uma média de 43,30Kg. Em 2013, O produtor rural, Joseph Ernest Thiemann, foi o dono da grande campeã – Janaúba de 84 meses, que tem gasto com a alimentação R$ 300,00 por mês. Na primeira edição, em 2012, o grande campeão foi o produtor Fábio Lafetá Rebello Filho, que concorreu com uma vaca girolânda. O animal produziu 41 kg de leite/dia. Mais estandes, novos negócios A 41ª Expomontes terá mais empresas trazendo seus produtos e serviços para o público. A novidade vai trazer mais possibilidades de fechar acordos. E quem já vem sempre trazer seu produto, não quer ficar de fora. crise e é assim que temos uma excelente Exposição. Apesar do momento econômico, nossas perspectivas são positivas e não teremos espaços ociosos. Para a nossa grata surpresa 2015 oferece essa mescla de vários segmentos”, conta Mariah. Os olhos de Minas e do Brasil se voltam para o Parque de Exposições João Alencar Athayde durante dez dias. São bons números que enchem de otimismo os empresários. Avaliando os resultados da 40ª Expomontes do ano passado, de acordo com Mariah, um dos setores que se destacou foi o da construção civil. “O campo é o nosso foco de trabalho, mas diferentes mercados estão conosco para mostrar essa integração são os casos de educação e serviços. As pessoas têm uma confiança com a exposição que sempre traz bons resultados”, finaliza. O evento promove uma inclusão social, além de promover o turismo e dar impulso a economia atraindo 380 mil pessoas. “A Expomontes é onde a maioria das empresas tem o primeiro contato com o cliente. Uma importante e valiosa vitrine. Abrimos espaços para diversos produtos. E o resultado é sempre o mesmo: quem vem, volta no ano seguinte porque os negócios foram bastante satisfatórios”, garante Moacyr Basso, diretor Financeiro da Rural. O mercado empresarial valoriza a Expomontes e assim como nas edições passadas, todos os estandes foram vendidos. Mariah Carvalho, Marketing de Negócios da Sociedade Rural, comemora esses resultados na produção da feira. “Com a mudança de algumas posições de estandes, ganhamos mais expositores que passam a ser 80, são dez a mais que 2014. Isso aumenta a diversidade de negócios que podem ser gerados”, afirma. Os estandes são destaques na Mostra, neles estão apresentados os três setores da economia (primário, secundário e terciário). Ano a ano tendem a crescer. Eles fomentam negócios e movimentam milhões de reais, tanto durante a Expomontes quanto ao longo do ano. “O sucesso vem para aqueles que conseguem sobreviver à 40 Informe Expomontes 2015 Minas Stands A empresa responsável pela estrutura física dos estandes é a Minas Stands, que está no mercado há cinco anos. Neste ano, os layouts terão montagens com acabamento em blindex e estande construído em madeira. Ao todo, na Expomontes, serão 3.200 m² de montagem. Segundo SÍlvio Alves Anástacio, a empresa dele tem vasta experiência no setor e já criou estandes para a Fenics, em Montes Claros; Feira do bebê e gestante, no Minascentro, em BH; Assuvap, em Ponte Nova; Feira Mineira de Móveis, em BH; Showroom, na Expominas; UFMG, Congresso da Economia Brasileira; Faitec, em Santa Rita do Sapucaí; Feira da Cachaça, em Salinas; e Expoleste, em Governador Valadares. Sucesso atestado! O empresário Luciano Magalhães, do Gosto Cerrado, considera a Expomontes uma das festas mais importantes da cidade. Nela, ele consegue atender aos clientes, bem como divulgar os produtos da empresa para pessoas que vêm de diversas partes da região e até mesmo do país. Ele investiu em 2014 R$ 10 mil no estande, dispõe de seis profissionais para atender a demanda da Mostra e sempre obtém resultados satisfatórios. “Em 2015, pretendemos contabilizar bons resultados novamente da exposição e ofertar aos clientes e visitantes muitas opções de sorvetes e picolés nativos e naturais, feitos artesanalmente, utilizando matérias primas de qualidade e frutas regionais de maneira sustentável”. Jainy Cordeiro, gerente geral da Orthomontes, informou que a empresa investiu R$ 50 mil na edição de 2014 e colocou 30 profissionais para trabalhar nos dez dias de evento. “A exposição é importante para o fortalecimento de nossa marca. A 40ª Expomontes trouxe notoriedade a nossa empresa, além de promover o marketing institucional de forma bem agressiva. As expectativas de negócios durante o evento foram superadas!”, afirma. A Santa Casa de Montes Claros, sempre envolvida em eventos voltados para a comunidade regional, se orgulha em participar, durante vários LEGENDA Mapa dos Stands IMA ÁREA A STAND 01 AO 21 ÁREA B STAND 22 AO 25 ÁREA C STAND 26 AO 43 ÁREA D STAND 44 AO 50 ÁREA E STAND 51 AO 56 ÁREA F STAND 72 AO 77 ÁREA G STAND 78 AO 80 CURRAL TATTERSALL DE LEILÕES DAUL DIAS PAVILHÃO EQUINOS CURRAL SAÍDA DE EMERGÊNCIA BARES BAR CURRAL G BAR BAR BAR ÁREA G3 G2 G1 BARES W.C. BARES CENTRO DE EVENTOS DA SOCIEDADE RURAL PALCO SAÍDA DE EMERGÊNCIA BARES FAZENDINHA W.C. A1 PRAÇA BARES A2 W.C. A5 E5 E4 ÁREA E PISTA DE AREIA A3 APOIO PM A7 E3 ÁREA A6 A E6 E2 E1 PALCO PISTA DE JULGAMENTO DE ANIMAIS B1 B2 B3 B4 B5 B6 SOCIEDADE RURAL E SINDICATO RURAL C13 D4 ÁREA D D3 D2 RESTAURANTE BNB F1 F C15 ÁREA B ÁREA C C11 C10 D1 ÁREA C14 B7 B8 C12 D5 ACESSO RUA CARLOS PAULINO CARDOSO ARQUIBANCADA A4 C9 F2 BARES C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 CLUBE DOS FAZENDEIROS C1 PISCINA QUADRA COBERTA PISCINA PAVILHÃO BOVINOS W.C. / AMBULATÓRIO PORTARIA OESTE anos consecutivos, da Expomontes, em parceria com a Sociedade Rural de Montes Claros. Durante todo o evento, o hospital disponibiliza ambulância, materiais médico-hospitalares e profissionais de saúde para atender os expositores e o grande público que visita a feira agropecuária. Segundo Heli de Oliveira Penido - Provedor Santa Casa, ao longo dos anos, a Expomontes se consolidou como um dos principais eventos do Estado no setor de agronegócio, recorde de público, mostrando para a sociedade toda a força e a pujança do Norte de Minas. “Para o maior hospital da região, estar presente nessa parceria é de QUADRA RUA CAETÉS fundamental importância, pois evidencia nosso potencial como instituição de saúde, que investe em excelência para melhorar a qualidade de vida da população. Dentre profissionais envolvidos de forma direta e indireta, cerca de 20 pessoas trabalharam durante todos os dias do evento”, descreve. w w w.sociedaderural.com.br 41 ACESSO PRINCIPAL AV. GERALDO ATHAÍDE G5 G4 O mundo dos cavalos N o Norte de Minas existem aproximadamente 100 mil cavalos, representando cerca de 20% do rebanho estadual. Na visão do diretor de equinos da Sociedade Rural, este cenário favorável também é fruto do investimento da entidade ruralista no mercado. Para ele, a Expomontes, por exemplo, dá visibilidade aos animais da região projetando o Norte de Minas no cenário nacional. Além disso, a atuação do Instituto Mineiro de Agropecuária também faz com que os cavalos da região sejam respeitados, uma vez que a instituição faz uma fiscalização rigorosa, tanto nos animais quanto nas propriedades. O médico veterinário do IMA, Guilherme Antunes Vieira dos Reis, alega que para transitarem é exigido a Guia de Trânsito Animal (GTA), que contém documentos que garantem a sanidade e uma boa procedência dos cavalos, a fim de garantir que estes não sejam portadores de nenhuma enfermidade infectocontagiosa. “Como, por exemplo: é obrigatório para emissão desta Guia que o animal apresente exames com resultados negativos para AIE e Mormo, que comprove a vacinação contra Influenza Equina e também é necessário um atestado emitido por Médico Veterinário Autônomo garantindo que na propriedade de origem de onde esses animais estão saindo não ocorreu nenhum surto de doenças infectocontagiosas nos últimos 30 dias”, explica Guilherme. que realiza a 10ª edição do Leilão Norte da Marcha e possui boas expectativas para a 41ª Expomontes: “Há alguns anos o mercado de equinos tem se aquecido na região, com muitos novos criadores, que estão adquirindo animais e também expondo. Com isso, temos ótimas perspectivas para mais esta edição, pois mesmo com a economia nacional num momento delicado, para nós o cenário é muito promissor”. Leilões na Expomontes Animais em alta Nos dias 04 e 11 de julho serão realizados os leilões de cavalos na Expomontes. No primeiro, 50 animais da raça Quarto de Milha estarão disponíveis para lances. Já no segundo, é a vez dos produtores terem a chance de arrematar cerca de 40 animais da raça Mangalarga Marchador. O diretor de equinos da Sociedade Rural, Rossine Miranda, acredita que a 41ª Expomontes tem tudo para repetir os bons números da edição passada. Para Rossine Miranda, o reflexo do bom momento pode ser avaliado pela grande presença de hotéis para cavalos na região. Ele estima que em torno de Montes Claros há cerca de mil animais em haras, movimentando não apenas a hospedagem, mas todo um mercado composto de tratadores, veterinários, lojas de ração, medicamentos, ferragens, arreios, entre outros. Os esportes relacionados a cavalos, como vaquejada e team penning, colaboram para a expansão da comercialização de equinos na região. “Os produtores estão com ótimas expectativas, pois fizemos bons leilões no ano passado e temos motivos para acreditar que este ano será ainda melhor, pois a região vive um grande momento para a compra e criação de cavalos”, destaca. José Henrique Carvalho Veloso é um dos criadores 42 Informe Expomontes 2015 Essa valorização também é destacada por Carlos Alberto Maia, criador de cavalos da raça Mangalarga Marchador há 30 anos: “Os animais da nossa região estão se destacando até num âmbito nacional, isso devido ao melhoramento genético, ao treinamento e adestramento desses animais. Para nossa satisfação ser completa, tudo que a gente precisa é que venha a chuva, para recuperar os pastos e diminuir os custos para o produtor”. Disputas Durante a Expomontes, estão programadas provas realizadas pelo Núcleo do Cavalo Mangalarga Machador. De acordo com Crisantino Borém, “o esporte faz parte do calendário da Exposição e é esperado o ano inteiro”. No domingo, 5 de julho, terá a prova de tambor. No sábado, 9 de julho, haverá a competição de Team Penning do Mangalarga. No dia 10, domingo, terá a prova de apartação. Já entre os dias 3 a 5 de julho é realizado o Circuito Inter TV de Team Penning. Com uma programação diversificada, vários produtores já se preparam para fazer bonito na Expomontes 2015. O Team Penning surgiu nos Estados Unidos, no final do século XIX. Quando chegou ao Brasil, o esporte começou a ser praticado não mais apenas pelos fazendeiros, mas também por seus familiares. Léo Dias, diretor da So- ciedade Rural, afirma que a evolução do esporte é considerável, pois alia esporte e diversão. Projeção nacional Jorge Antônio dos Santos é criador de cavalos há oito anos e ele que inscreveu o cavalo Solan Du, que conquistou o título nacional. Ele conta que o animal da raça Mangalarga Marchador mostrou a potencialidade da região para o País. “A raça nasceu no Sul de Minas e, por isso, gente do Brasil todo se dirige para lá quando quer comprar essa raça. Mas nós conseguimos mostrar que a nossa região também produz bons animais, tanto é que esse cavalo conseguiu fazer o sentido inverso, dessa vez foi um produtor do Sul que veio até o Norte de Minas comprar um Mangalarga Marchador. Primeiro vendemos 50% por R$ 500 mil, e depois os 50% restantes vendemos por R$ 800 mil. Depois desse cavalo, o comércio de cavalos na região triplicou”, relata o criador. Para a Expomontes desse ano, Jorge quer repetir bons feitos, inscreveu cerca de 20 animais e quer novamente levar troféus de campeão para casa. Animais esportivos Durval Nunes Pereira Junior é outro criador apaixonado por cavalos. Ele cria animais das raças Quarto de Milha, Apaloosa e Paint Horse, por considerar que estes são animais mais adequados para a prática esportiva. “Além de serem mais rápidos e mais fortes, essas raças são os únicos que conseguem apoiar todo o seu peso nas patas posteriores e ainda rodar e guiar. São animais muito inteligentes, que são facilmente guiados, podendo realizar qualquer manobra de bom grado”, revela. w w w.sociedaderural.com.br 43 PESQUISA COM EQUINOS SUBMETIDOS À PROVA DE TEAM PENNING DEMONSTROU ALTERAÇÕES NO SANGUE DOS ANIMAIS A intensidade e o estresse do exercício físico em equinos podem causar alterações patológicas de gravidade variável. Animais participantes de provas de Team Penning, uma das modalidades esportivas equestres que mais cresce no Brasil, são caracterizados como atletas submetidos ao desempenho de alta intensidade em tempo curto. Sendo assim, é fundamental aprimorar o condicionamento físico desses para garantir o máximo bem-estar e performance. Para monitorar as possíveis alterações, exames hematológicos são fundamentais, pois permitem acompanhar o desempenho de cavalos atletas. Dessa forma, objetivou-se determinar o perfil sanguíneo de equinos antes e após participações em provas de Team penning. A pesquisa foi realizada em haras próximo a Montes Claros, Norte de Minas Gerais, sendo avaliados 18 animais machos, adultos, de composição racial e idades variadas. Foram coletados 15 mL de sangue por punção da veia jugular em dois tempos, antes e depois da última entrada em pista. As avaliações foram realizadas em laboratório e os dados foram tratados estatisticamente. Para esses animais as participações em prova de Team Penning ocasionaram alterações hematológicas após o exercício, mesmo com os parâmetros do hemograma dentro da faixa de normalidade para a espécie, pois quando avaliadas as atividades das enzimas, os animais apresentaram maior concentração da enzima creatina quinase sérica, relacionada ao estresse muscular. Apesar de futuros estudos serem necessários para ampliar o número de animais avaliados, os resultados preliminares demonstram que podem ocorrer lesões causadas por esforço físico em equinos. Portanto, treinar os animais com antecedência, realizar acompanhamento criterioso do desempenho individual dos equinos e dos possíveis sintomas, além de análises sanguíneas é imprescindível para garantir a saúde e o bom retorno dos animais nas provas equestres. Antes de entrar em pista, zele pela saúde do seu animal. Quem ama, cuida! Silene Maria Prates Barreto coordenadora da pesquisa Médica Veterinária, Professora da FUNORTE [email protected] Neide Judith Faria de Oliveira redação do texto e membro da equipe do projeto Médica Veterinária, Professora do Instituto de Ciências Agrárias - ICA/UFMG [email protected] Odontologia Equina A odontologia equina é uma área da Medicina Veterinária em expansão, que já é rotina nos principais centros hípicos e haras. Muitos proprietários e treinadores buscaram e comprovaram os efeitos favoráveis da manutenção e correção dentária nos equinos. Afecções odontológicas têm sido reconhecidas como uma possível causa de problemas de saúde e de comportamento em cavalos. A domesticação e confinamento cada vez mais precoce dos equinos e as modificações dos hábitos alimentares comprometem a formação dentária natural. Os animais afetados apresentam dificuldade na apreensão e deglutição de alimentos, emagrecimento e queda no seu desempenho. Estas características geralmente são mais observadas em reprodutores e “cavalos atletas”, não pelo fato de serem os mais afetados, mas sim pelo fato de que são os animais que os proprietários dão maior importância e cuidados. Sabe-se que dentes de cavalos crescem por volta de 0,4 mm ao ano, portanto, ao final de um ano a somatória do crescimento dos dentes superiores e inferiores resultarão em quase um centímetro, mas graças ao desgaste diário que acontece pela mastigação, os dentes se mantêm com o tamanho normal. Entretanto, devido às mudanças alimentares, ocorre a modificação dos movimentos da mastigação provocando formação de pontas afiadas ao longo das extremidades dos dentes. Estas devem ser grosadas para impedir cortes nas bochechas e língua, que futuramente poderão evoluir para feridas e úlceras muito dolorosas. Cavalos com pontas dentárias trituram mal os alimentos, possuem digestão demorada resultando em emagrecimento progressivo e predispondo a quadros de síndrome cólica. O uso de embocaduras predispõe ao aparecimento de lesões intraorais, como úlceras, lesões de língua e fratura de dentes. Os primeiros pré-molares, chamados de “dentes de lobo”aparecem nos animais a partir dos 6 meses de idade e é de fácil remoção desde que o profissional tenha as ferramentas corretas. São geralmente pequenos, localizado entre o canino e o segundo pré-molar, entretanto, não são todos os cavalos que apresentam este dente. Quando ocorre, frequentemente está associado a problemas de adaptação à embocadura, motivo pelo qual recomenda sua extração. Os problemas odontológicos dos equinos devem ser considerados de grande importância por causar prejuízos a saúde oral na condição corporal, desempenho físico e comportamento do cavalo. A manutenção dentária conveniente fará com que o animal responda melhor aos comandos, além disso, uma boa oclusão dentária auxiliará na trituração adequada e melhor digestão dos alimentos. Desta maneira, a rotina odontológica deve ser uma parte essencial da avaliação periódica feita por um Médico Veterinário. O resultado é um cavalo mais saudável, com melhor performance e maior estimativa de vida. Rosa Beatriz Ribeiro Aquino CRMV-MG 15485 [email protected] (038) 9995 - 7720 w w w.sociedaderural.com.br 45 CAIXA ACREDITA NO SUCESSO DO AGRONEGÓCIO E INVESTE NA EXPOSIÇÃO AGROPECUÁRIA EM MONTES CLAROS Banco vai disponibilizar recursos para o agronegócio durante a Expomontes A Caixa Econômica Federal reforça sua parceria com a Sociedade Rural de Montes Claros ao confirmar presença na 41ª Expomontes que acontece no período de 02 a 12 de julho de 2015, no Parque de Exposições João Alencar Athayde, em Montes Claros (MG). Acreditando no sucesso do evento, o banco confirma seu patrocínio e oferece, no próprio parque, serviços bancários, com atendimento rápido, ágil e diferenciado aos produtores rurais e a todas as empresas expositoras. O foco principal é o Crédito Rural, disponibilizando diversas linhas de financiamento como: investimento para aquisição de máquinas e equipamentos, implementos agrícolas, tratores; investimento para compra de animais; correção de solo; formação de pastagens, além de custeio agrícola; pecuário e comercialização. Segundo o gerente regional da CAIXA, Leonardo Rodrigues Mendes, “a disponibilidade de recursos apresentados pela CAIXA, é um diferencial importante e competitivo no cenário atual”, acrescentando que a presença do banco no local do evento é importante para promover a aproximação com clientes e diversas entidades, que já atuam nos segmentos do crédito rural para fomento das demais empresas Já o superintendente regional, Gustavo Sampaio, destaca a importância do Agronegócio e mira na aposta que a CAIXA faz ao simplificar a burocracia, sem perder de vista a segurança. “Se o produtor estiver com toda a documentação em mãos, pode obter até R$ 500 mil de crédito (ao custeio agrícola ou pecuário) de forma rápida e segura”, diz Sampaio. Isso é possível porque a proposta do produtor (orçamento, plano simples ou projeto, dependendo da complexidade do crédito) é avaliada tempestivamente. Crédito Rural: A carteira de Crédito Rural da CAIXA ultrapassou o montante de R$ 5,4 bilhões de saldo em operações ativas. Para a safra 2014/2015, a previsão do banco é investir volume superior a R$ 6 bilhões em recursos aplicados nas operações destinadas a produtores, cooperativas e agroindústrias. A CAIXA iniciou a sua atuação no financiamento ao agronegócio, em setembro de 2012, com um projeto piloto, desenvolvido em 62 agências de oito estados. A partir de julho de 2013, o banco ampliou sua atuação 46 Informe Expomontes 2015 no segmento e conta hoje com mais de mil unidades habilitadas que podem ser consultadas no sítio www. creditoruralcaixa.com.br Extensão Rural: Por intermédio de convênios com empresas de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), a CAIXA também atua na formação de uma rede de profissionais habilitados a elaborar orçamentos, planos e projetos de custeio, investimento e comercialização agropecuários, para atendimento aos produtores rurais que financiem suas lavouras ou criações por meio do Crédito Rural CAIXA. Serviço: Caixa Econômica Federal acredita no sucesso da 41ª Expomontes Data: de 02 a 12 de julho de 2015 (quinta-feira a domingo) Hora: das 16h às 22h nos dias úteis e 12h às 22h aos sábados e domingos Local: Parque de Exposições João Alencar Athayde – Montes Claros (MG) 24/06/2015 Assessoria de Imprensa da CAIXA Regional Norte de Minas (MG) (38) 3218-9800 www.caixa.gov.br/agenciacaixadenoticias @imprensaCAIXA CULTURA DO CÁRTAMO: UMA PROPOSTA REALISTA PARA O NORTE DE MINAS O Norte de Minas Gerais apresenta, na sua trajetória histórica, forte ligação com o Nordeste: a ocupação, o povoamento, as ligações inter-regionais; tudo isso aponta para a continuidade entre ambos. O fator marcante dessas regiões corresponde ao fenômeno das secas, que, periodicamente, lança o homem do Norte de Minas, assim como os nordestinos, a uma luta pela sobrevivência. A economia, por sua vez, embora tenha incorporado benefícios de órgãos governamentais, ainda se ressente da ausência de capitais, da falta de padrão tecnológico regional e da má distribuição de renda. Essa mesorregião ocupa uma área de 120.701 km2, correspondente a 20,7 % da área total do Estado. Possui 86 municípios e população de 1.416.334 de habitantes. Incluindo a população do semiárido no Vale do Jequitinhonha, a população total atinge 2.202.013 de habitantes, pertencentes a 140 municípios, compreendendo 10,46 % da população do semiárido brasileiro. A maior parte dos municípios é de pequeno porte, com economia local baseada em atividades agropecuárias e extrativistas do semiárido. Assim, foi incorporada à área de atuação da SUDENE (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste), com o intuito de se programar políticas governamentais que pudessem promover o seu desenvolvimento. Estas políticas, entretanto, privilegiaram apenas alguns setores, gerando disparidades que vem se intensificando nas últimas décadas, na medida em que o Estado foi perdendo a capacidade de investimento. Em decorrência da grande demanda mundial por espécies bioenergéticas, a cultura do cártamo (Carthamus tinctorius L.) surge como uma importante alternativa para regiões áridas e semiáridas. As sementes possuem teor de óleo elevado (em torno de 50%), rico em ácidos linoléico e oléico, com diversas aplicações na alimentação humana e indústria. No Brasil, porém, esta espécie ainda não é explorada comercialmente. Um trabalho de pesquisa do Instituto de Ciências Agrárias da Universidade de Federal de Minas Gerais (ICA/UFMG) vem sendo conduzido com o apoio de das agências de fomento CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e FAPEMIG (Fun- dação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais), além do aporte de equipamentos e ferramentas do Laboratório de Biotecnologia. O trabalho pretende identificar genótipos potencialmente produtivos e adaptados ao Norte de Minas Gerais. Inicialmente serão avaliados 300 acessos por meio de marcadores moleculares ISSR (“Inter Simple Sequence Repeat”). Um fato interessante é que o cártamo possui seu centro de diversidade localizado na Etiópia. A ênfase do melhoramento genético destas plantas foca no aumento da produção de sementes. Após avaliações morfoagronômicas e hibridações pertinentes (cruzamentos entre diferentes plantas), o cártamo poderá ser introduzido no Norte de Minas Gerais como uma cultura viável à produção de óleo de qualidade. Pretende-se, com a pesquisa, desenvolver estratégias para obtenção de híbridos, com potencial impacto nas indústrias cosmética, alimentícia e de biocombustíveis. Dessa forma, poder-se-á traçar correlações entre fases vegetativas e qualidade de óleo, bem como sua produção em detrimento de diferentes locais de cultivo (interação genótipos por ambientes). Não obstante, o cártamo é uma planta que co-evoluiu em condições de estresse hídrico e salino, o que aumenta sobremaneira as expectativas de obtenção de linhagens com adaptação ao semiárido mineiro. Prof. Demerson A. Sanglard D. Sc. Genética e Melhoramento Instituto de Ciências Agrárias - ICA Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG Av. Universitária, 1.000, Bairro Universitário, Montes Claros - MG, CEP: 39.404-547 Tel: (38) 2101-7755 Cel: (38) 9223-1206 Vamos mudar o prato? Carneiro conquista produtores rurais do Norte de Minas C Idalina Almeida diretora da Rural cria e faz delicia com a carne de carneiros “Pensamos em mostrar para quem ainda não conhece que existe esta opção exitosa”, afirma Idalina Almeida, produtora e diretora Social da Sociedade Rural. 48 Informe Expomontes 2015 om uma produção rentável e a procura aumentando, os produtores estão satisfeitos com resultados e desejam que mais pessoas aceitem esse sabor da carne de carneiro no prato. O produtor rural sempre está atento às diferentes formas de produção e o que ele pode oferecer para os consumidores. Hoje, a criação de carneiros é uma oportunidade que está em desenvolvimento na região. “Pensamos em mostrar para quem ainda não conhece que existe esta opção exitosa”, afirma Idalina Almeida, produtora e diretora Social da Sociedade Rural. Ela explica que a criação de caprinos se torna viável pela economia: “O que uma vaca come da para dez cabras e a carne está valorizada”. Ela também alerta sobre os primeiros passos: “É preciso adaptar no começo para receber esses animais. Gastar com uma grande estrutura no começo é atrasar a chegada dos resultados. O crescimento deve ser organizado. Nós vendemos o animal de qualidade, antes da estrutura”. Para o Norte de Minas, o cruzamento de duas raças favorece no tamanho e porte dos animais. “O cruzamento tem um beneficio genético, a raça Santa Inês é grande, rústica que atende as demandas da região. A outra é a doppler, que tem mais carcaça, o pernil é maior”. Os caprinos são adaptados a extremas condições climáticas e por isso não sofrem com longos períodos de estiagem. De acordo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a Embrapa, os animais estão classificados como de alimentação mista. Os caprinos possuem a capacidade de consumir tanto alimentos de maior valor nutritivo, como os concentrados e capins, que são ricos em fibras. Isso contribui, por se conciliarem as modificações na alimentação. Em uma expansão na região, a produção de carneiro sempre cativou o público para experimentar receitas com a carne durante a Ex- propriedade vem aumentando. “Antes existia um preconceito com a carne, mas as pessoas estão conhecendo e comprando. Com o tempo, eu espero que melhore e a procura aumente. Isso vai fazer bem a quem cria”. Entusiasmada com os resultados, Idalina comenta que o momento é favorável e ainda pode melhorar: “O mercado está ficando aquecido. Estou comprando animais na região e com preços rentáveis para quem compra e vende”. Ela também já informa quais os próximos passos para continuar esse crescimento: “Um frigorífico de Montes Claros já está se adequando para abater os animais, isso vai facilitar na chegada da nossa produção até o consumidor”. Depois que este frigorífico entrar em atividade, o passo seguinte é chegar até o consumidor. “Nós queremos incentivar o consumo e que as donas de casa coloquem na mesa a carne de carneio ao menos uma vez na semana”. pomontes. Entre os petiscos encontrados estão o quibe e a paçoca. Hoje, essa oportunidade está presente ao longo do ano no Borregos aberto dentro do Parque de Exposições João Alencar Athayde. “Já estou próximo de completar um ano de aberto e está funcionando muito bem”. Entre os benefícios de consumir o carneio está a redução do colesterol ruim. De acordo com Hortogantino Lopes, presidente da Accomontes, os produtores não estão abaixando a cabeça com as longas estiagens. “Dificuldades existem e algumas pessoas acabam tendo prejuízos, mas isso foi geral. Agora, quem deixou de criar está voltando e estão acompanhando o crescimento”. Há três anos, o engenheiro agrônomo e produtor rural, Carlos Monteiro comprou uma propriedade e começou a sua criação de ovinos. “Um beneficio para esse meio é o animal ficar pronto para o abate em menos tempo. Em sete meses, já se pode preparar para o abate, diferente de quem cria gado que precisa esperar dois, três anos”, explica. “Hoje, estamos caminhando para difundir mais nesse mercado. Precisamos de mais frigoríficos, que é uma maneira de valorizar o preço da carne e o trabalho do criador”. Outro criador de caprinos do Norte de Minas é o Luiz Geraldo Ribeiro. Com uma fazenda na região ele concorda que o ambiente favorece o desenvolvimento dos animais. “O clima é bom para os carneiros e a criação responde bem ao nosso trabalho. Eu sigo o que meu sogro fazia e estou satisfeito com a situação”. Ele explica que começou de forma bem pequena, mas o número de carneiros na Carlos entrou no ramo carneiro esta animado com o setor E fazer essa troca e aumentar a variedade de carnes na dieta faz bem a saúde. É o que explica a nutricionista Gabrielle Alcântara e o que a Organização Mundial da Saúde orienta. “Todos os tipos de carnes são fontes importantes de proteínas de valor biológico. Elas oferecem aminoácidos essenciais ao corpo, ferro e vitaminas. Quando se faz a variação do consumo de carnes garantimos um equilíbrio de nutrientes”. CORDEIRO ENSOPADO INGREDIENTES: • 1 folha de louro; • 3 kg de carne de cordeiro; • 1 colher de chá de pimenta do • 3 cebolas; • 6 dentes de alho; • 3 colheres de sopa de tempero vermelho para carne; • 1 maço de cebolinhas; reino; • 2 limões; • 1 colher de alecrim seco; • 3 batatas; • 2 cenouras; • 1 colher de chá de colorau; Modo de fazer: Com o cordeiro previamente cortado lave-o com água de limão. Em seguida, frite as cebolas, os dentes de alho. Coloque o colorau e a folha de louro. Misture os temperos a carne, deixe “marinar” e ponha para cozinhar por mais ou menos uma hora. Quando estiver cozido, acrescente as verduras previamente cozidas por cima. Para decorar, enfeite o prato com pimentão e cebolinha. w w w.sociedaderural.com.br 49 Novas Tecnologias na seleção de embriões AMARAL, L. T. Influência Do Sêmen Do Touro Na Produção In Vitro De Embriões Com Ovócitos Provenientes De Punção Folicular Guiada Por Ultra-Som Em Vacas. Monografia – Universidade de Uberaba – UNIUBE, Uberaba-MG, 26 p. 2004. O conhecimento das características do sêmen congelado de diferentes touros assim como a influência na cinética de desenvolvimento dos embriões in vitro permitirá a predição de resultados de prenhezes em programas de PF-FIV de larga escala. tendência negativa entre a proporção de Blastocisto Inicial e taxa de desenvolvimento de embriões viáveis, r= -0,48 (p<0,05). O desenvolvimento de embriões Bi, BL e BX é uma característica de grande interesse para núcleos de seleção que utilizam a tecnologia de produção in vitro. Os resultados obtidos no presente trabalho demonstraram que os touros diferem na taxa de desenvolvimento de embriões e seus respectivos estágios às 168 horas após a FIV. O objetivo deste trabalho foi testar a hipótese de diferença entre touros na taxa de desenvolvimento de embriões in vitro processados de ovócitos colhidos por Punção Folicular guiada por ultrassom e avaliar se há influência do touro na proporção de diferentes estágios morfológicos. O desenvolvimento médio de embriões foi de 35,76% (1113/3112) com amplitude mínima de 17,07% e máxima de 44,44%. Aferiu-se que há diferença entre os touros (p<0,05; gl = 18) no desenvolvimento embrionário. Afere-se que os touros diferem na proporção dos estágios morfológicos observados Bi, BL e BX de seus embriões totais (p<0,05; gl =18). Há uma Correlação positiva foi notada entre a taxa de desenvolvimento de embriões e a proporção de Blastocisto, r=0,59 (p<0,05). Três touros se enquadram em baixa proporção de Blastocistos (< 50%) no total de seus embriões obtidos (N, A, G) enquanto que sete touros possuem alta proporção desta categoria morfológica (>70%) sobre os embriões desenvolvidos (H, J, O, C, K, R e M). Lucio Tolentino Amaral Junior Médico Veterinário CRMV - 7946 Pós Graduado – Biologia Molecular e Biotecnologia Animal Pós Graduado – MBA – Gestão Empresarial Diretor Reprograma – reprodução animal Figura 3. Proporção de Blastocistos por Touro 168 horas pós FIV. Fiemg e AMS promovem II Workshop Silvicultura e Meio Ambiente A Fiemg Regional Norte, em parceria com a Associação Mineira de Silvicultura (AMS) e com o apoio da Sociedade Rural e do Sindicato Rural de Montes Claros, promove no dia 08 de julho, em Montes Claros, o II Workshop Silvicultura e Meio Ambiente. O evento, que é gratuito, tem como público alvo a agroindústria, indústrias que possuam florestas plantadas, silvicultores e setor agrícola. O Workshop acontecerá no auditório Osmani Barbosa, do Parque de Exposições João Alencar Athayde, das 08hs às 17hs, e tem como objetivo abordar temas importantes para o setor do agronegócio como: Uso Racional da Água no Semi-Árido, “Implantação dos Corredores Ecológicos do Espinhaço Norte” - Plantando Vida, Colhendo Água; Combate a Incêndios Florestais; Tecnologias na Aplicação de Iscas Formicidas no Controle de Formigas Cortadeiras; Convivência entre o Eucalipto e as Redes Elétricas; Cadastro Ambiental Rural e Tecnologia; Inovação e Novas Tendências de Utilização da Madeira de Eucalipto. O evento é gratuito e as inscrições podem ser feitas através do link: http://goo.gl/forms/Ui8vUyXgDl. O acesso ao Parque, onde estará sendo realizada a 41ª Expomontes, será por portão pré-determinado com lista de participantes na portaria. Programação: 8:00 - 9:00 CAFÉ DE BOAS VINDAS E CREDENCIAMENTO ABERTURA AMS - Antônio Tarcizo de Andrade e Silva | Diretor Superintendente FIEMG Regional Norte - Adauto Marques Batista | Presidente 9:00 - 9:30 Instituto Estadual de Florestas - Adriana Araújo Ramos | Diretora-Geral Sociedade Rural - Osmani Barbosa Neto | Presidente Sindicato Rural - Ricardo Quadros Laugthon | Presidente Palestra: Uso Racional da Água no Semiárido 9:30 - 10:10 FLÁVIO PIMENTA FIGUEIREDO | Professor do ICA/ UFMG 10:10 - 10:30 COFFEE-BREAK 10:30 - 11:10 Palestra: Implantação dos “Corredores Ecológicos do Espinhaço Norte” - Plantando Vida, Colhendo Água ANELIZA DE ALMEIDA MIRANDA MELO | Chefe do Escritório IEF Regional Norte 11:10 - 11:50 Assessoria de Comunicação 24/06/2015 11:50 - 12:20 Palestra: Combate a Incêndios Florestais: Gestão Estratégica e Operacional MAJOR BM WALDECI GOUVEIA RODRIGUES | Comandante do 7º Batalhão de Bombeiros Militar Palestra: Tecnologias na Aplicação de Iscas Formicidas no Controle de Formigas Cortadeiras GABRIEL BIAGIOTTI | UNIBRÁS Agroquímica Ltda. 12:20 - 14:00 ALMOÇO 14:00 - 14:40 Palestra: Convivência entre o eucalipto e as redes elétricas PEDRO MENDES CASTRO| CEMIG Palestra: Cadastro Ambiental Rural (CAR) - Importância e Instrumento de Controle 14:40 - 15:20 VINÍCIUS RESENDE DE CASTRO | Eng. Florestal / Diretor Técnico e Científico da ARBOTEC Soluções Ambientais e Florestais Palestra: Tecnologia, Inovação e Novas Tendências de Utilização da Madeira de Eucalipto 15:20 - 16:00 JOSÉ DE CASTRO SILVA | Professor da UFV / Diretor Executivo da ARBOTEC Soluções Ambientais e Florestais 16:00 - 17:00 DEBATE E ENCERRAMENTO w w w.sociedaderural.com.br 51 Sociedade Rural e Sindicato Rural: Parceria Histórica S ociedade Rural e o Sindicato Rural são duas entidades irmãs, uma parceria constante em busca de melhores con dições para o homem do campo. A fren te do Sindicato está Ricardo Laughton, que em seu terceiro mandato também acumula o posto de vice-presidente da Federação dos Agricultores de Minas Gerais (FAEMG), parti cipando ativamente da defesa dos interesses dos produtores rurais. Filho de um dos fundadores da Sociedade Rural, desde a década de 1970 Ricardo este ve presente como diretor de uma ou ambas as instituições, sempre visando mais con 52 Informe Expomontes 2015 quistas para a classe rural, até ser convidado à presidência do Sindicato Rural. Para melhor conduzir os trabalhos, no ano passado o Sindicato Rural realizou reforma das instalações do prédio da entidade. A obra, orçada em R$ 150 mil, valorizou a instituição e contribuiu para maior conforto dos associados e trabalho dos diretores e colaboradores. A Sociedade Rural contribuiu para o projeto, cedendo os lucros de um leilão, avaliado em 17,9 mil, para a finalização da reforma. Veja a seguir os melhores momentos da reinauguração do Sindicato Rural durante a Expomontes 2014. Sindicato rural w w w.sociedaderural.com.br 53 O novo desafio rural Roberto Simões Presidente do Sistema Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) O s produtores rurais, cuja importância no desenvolvimento econômico e social do Brasil não comporta discussões, estão sendo convocados a participar de mais um desafio, desta vez para consolidar, em tempos de ameaçadora escassez de água, outro papel que já desempenham, muitas vezes sem reconhecimento da sociedade, de guardiões dos recursos naturais. Numa iniciativa do Sistema Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), o programa Nosso Ambiente está sendo dinamizado para tornar mais expressiva a participação rural na defesa, preservação e consumo racional da água e demais recursos naturais. A indiscutível força dos agricultores, que não param de bater recordes de produção de alimentos, será testada no desempenho de atividades mais amplas. É no campo que se observa, na plenitude, a estrita relação de recursos naturais e sistemas produtivos. No caso de Minas Gerais, quase 75% de seu vasto território são áreas rurais (vegetação nativa e atividades agropecuárias). Essa expressiva extensão de terras recebe e armazena água das chuvas, o que assegura ao estado estratégica participação na oferta hídrica e de energia elétrica ao país. Atualmente, os tempos são de incertezas sobre gestão da água e segurança hídrica para usos múltiplos – produção, consumo humano, geração de energia e manutenção de ecossistemas, entre outros. Já se espalham pelo país conflitos envolvendo a irrigação agrícola, geração de energia e consumo industrial e humano da água. Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, o racionamento e a cobrança de tarifa de contingência ameaçam milhões de consumidores. Nas bacias que abastecem a região, as vazões outorgadas para consumo humano e abastecimento público correspondem a 62% e 44%, respectivamente, nos rios das Velhas e Paraopeba. À irrigação cabem as parcelas de 27% e 16%, enquanto o consumo industrial representa 10% e 40% das 54 Informe Expomontes 2015 vazões. A economia de água e o combate ao desperdício, além da adoção de sistemas e equipamentos eficientes de distribuição, ganham destaque paralelamente às técnicas de reuso e ampliação do alcance de tecnologias de uso racional dos recursos hídricos. A gestão da água, porém, não se limita à redução do consumo e à questão dos conflitos de uso: é fundamental considerar também a oferta como prioridade. O que envolve correta reservação da água e controle da erosão e sedimentos, entre outras ações, e o reconhecimento do produtor rural como provedor de serviços ambientais. Para completar, avulta a necessidade de aplicação e respeito à legislação ambiental. Na complexa equação, o programa Nosso Ambiente organizará projetos e seminários e promoverá capacitações. Seu diversificado conteúdo contempla a gestão ambiental da propriedade rural, proteção de nascentes e replantio de matas ciliares, saneamento rural, práticas conservacionistas e manejo de irrigação. O treinamento de produtores, a capacitação de sindicatos e a formação de líderes rurais em assuntos ligados às técnicas de preservação e defesa de recursos ambientais completam o programa. O objetivo é dinamizar a já ampla ação ambiental coordenada há anos pela Faemg. Já em 2015, Ano Internacional dos Solos, declarado pela Organização das Nações Unidas (ONU), o programa multiplicará os projetos ambientais em Minas. De longo prazo, o desafio exige a colaboração de diversos atores institucionais e apoio empresarial. As primeiras iniciativas estão previstas para as nascentes das bacias dos rios Doce e das Velhas e do entorno do Lago de Furnas, e propriedades rurais cadastradas no Sistema Faemg. O sucesso do trabalho depende da indispensável participação dos agricultores e dos sindicatos rurais, para consolidar a relevância do campo na gestão das águas e o papel estratégico do produtor como guardião dos recursos naturais, mais do que nunca ameaçados pela ganância do homem. PROSPERAR NAS ADVERSIDADES : UM DESAFIO “H ipóteses Fascinantes”, é uma obra de Dr. Elizeu Alves, ex-presidente da EMBRAPA e um dos responsáveis pelo grande desenvolvimento da agropecuária brasileira nos últimos 40 anos. No artigo, ele mostra as consequências da formulação de suposições erradas no desenvolvimento de um país. Tive a oportunidade de viver esse período de 1969 quando me formei em Agronomia em Viçosa, até hoje, e dar meu testemunho. Na década de 1940 até 60,formulou-se a hipótese de que havia um grande estoque de conhecimento nas universidades e entidades de pesquisas e que esse conhecimento não chegava até os produtores porque não havia um serviço de extensão rural eficiente. Rômulo Augusto L ´Abbate Marques Diretor da Sociedade Rural e Conselheiro da FUNDETEC . Pesados investimentos foram feitos no sistema ACAR em MG, inclusive com apoio da Fundação Ford, uma ação do governo americano contra a expansão do comunismo no fértil meio rural, durante a guerra fria. Descobriu-se posteriormente, que não havia o sonhado conhecimento técnico estocado, sobretudo para agricultura tropical, pois o país continuava a importar alimentos: milho, feijão, arroz, carne, leite, etc. Em meados da década de 70 o Presidente Geisel, chamou sua equipe e propôs uma solução para esse lastimável quadro: um país continental como o Brasil a importar alimentos de primeira necessidade. Na época era governador de Minas o Rondom Pacheco, e o Alisson Paulinelli era Secretario de Agricultura, que fazia um excelente trabalho. Ao ser questionado para dar uma solução, o Paulinelli, convidado para Ministro da Agricultura, propôs que fossem enviados ao exterior, nas melhores Universidades do mundo,cerca de 1000 técnicos para aprenderem ciência e desenvolverem no Brasil uma inédita tecnologia tropical, e tirar a Embrapa da gaveta. Isso foi feito e se hoje o Brasil é um dos maiores da agropecuária mundial,foi graças à iniciativa e a visão daqueles homens. Acontece que a maior parte da tecnologia tropical desenvolvida, foi direcionada para a região dos cerrados e sul do Brasil onde normalmente chove regularmente. Já tentamos, trazer para a região parte do banco de germoplasma dos panicuns e das brachiarias existentes na Embrapa, CNPGC, em Campo Grande. Fomos informados de que todas as mais de 700 cultivares e acessos dos dois gêneros existentes foram coletadas na 56 Informe Expomontes 2015 África onde chove acima de 800 mm. Se chover menos,vão morrer todas. tes, segurar a inflação, e ainda gerar saldos positivos nas nossas exportações. Qual a solução: temos que desenvolver nossa tecnologia para o semiárido. Extensão rural sem inovação revelou-se completamente inócua. Crédito rural sem inovação quebra o produtor. A propósito , precisamos modernizar o crédito rural. Torná-lo mais ágil, mais simples, capaz de atender o produtor a tempo e a hora, com prazos e juros compatíveis com sua atividade. Os reembolsos devem ser de acordo com a capacidade de pagamento do negócio. Por que limitar os reembolsos em 12 anos se determinada atividade requer 25 anos? Como? Por exemplo,mandar técnicos na África, nas regiões lindeiras do deserto de Saara, na Etiópia (ILRI- International Livestock Research Institute,em ADIS ABEBA) e buscar gramíneas resistentes à seca (e elas existem e são muitas), desenvolver cultivares transgênicos resistentes à seca, pesquisar leguminosas regionais, avançar nas pesquisas Integração Lavoura Pecuária Florestas com exploração da incalculável riqueza de nossas plantas nativas e exóticas (madeiras nobres, fitoterápicos, etc.), inúmeras outras tecnologias, sobretudo aquelas aplicadas à preservação de nossos recursos hídricos e exploração sustentável da agricultura irrigada. Mas, para que isso aconteça temos de ter uma estrutura de pesquisas focada nos problemas regionais, que sobreviva em que pese a existência dos governos de plantão. Pesquisa não dá voto. Há governos que apoiam outros, além de não apoiarem, destroem trabalhos de longos anos. Por isso, e com uma visão de longo prazo foi constituída a FUNDETEC: Fundação para o Desenvolvimento Técnico e Cientifico da Agropecuária do Norte de Minas, cujo propósito é atrair o conhecimento técnico e cientifico para a região semiárida e dar sustentação política e institucional aos órgãos de pesquisas regionais. Conta hoje com mais de 40 empresas, Universidades, entidades de pesquisas,e prefeituras no seu conselho curador. Procura trabalhar em parceria, identificando, através dos Seminários Temáticos, os principais entraves ao desenvolvimento regional, incentivando a elaboração dos projetos de pesquisas, aproveitando as estruturas já existentes. Assumiu agora a coordenação da incubadora de empresas de Montes Claros com apoio do Prefeito Ruy Muniz e dos secretários Reinaldo Landulfo Teixeira e Guilherme Veloso. Inovação tecnológica, extensão rural pública e privada eficientes e credito rural adequado – essa trilogia que levou a Brasil a ser o maior produtor e exportador mundial de alimentos, fibras e energia, capaz de alimentaruma população de 200 milhões de habitan- Nós é que temos de criar as condições de sobrevivência numa região cujas condições climáticas são adversas. Não há o que esperar de governos, muito mais interessados em se perpetuarem no poder do que realmente resolver de maneira sustentável os problemas regionais. É claro que receberemos de braços abertos e saberemos reconhecer aqueles que nos darão apoio. E aqui cabe ressaltar os instrumentos de que dispomos para avançar: Uma cooperativa de crédito cada vez mais sólida e a atuante como o Sicoob Credinor, liderada pelos seus atuais dirigentes, Dario Colares, Alexandre Viana e Carlos Genuíno. Uma Cooperativa de produção e apoio a comercialização de insumos e produtos, como a COOPAGRO que vem sendo soerguida a duras penas pela atual diretoria liderada pelo José Luís Maia. Uma entidade para cuidar das inovações tecnológicas, sobretudo aquelas de convivência com a seca e preservação dos recursos hídricos, como a FUNDETEC- Fundação para o Desenvolvimento Técnico e Cientifico da Região Norte de Minas, atualmente liderada pelo seu atual presidente Otaviano Pires, e os diretores Flavio Gonçalves e Virgílio Gomes. E para coordenar as ações politicas e institucionais, de fundamental importância nos regimes democráticos, a Sociedade Rural de Montes Claros e o Sindicato Rural de Montes Claros, liderados pelos seus atuais presidentes Osmani Barbosa Neto e Ricardo Laughton. Na medida do reconhecimento, e do apoio de cada um de nós a essas entidades, temos todas as condições de superar as dificuldades, e prosperar nas adversidades. w w w.sociedaderural.com.br 57 Yes, nós temos banana... e muito mais Com grande rentabilidade, fruticultura nortemineira se destaca pela qualidade O Norte de Minas tornou-se polo da bananicultura e líder da produção de banana no Estado, sendo responsável por mais de 50% da produção. O Brasil ocupa atualmente a terceira posição do ranking mundial. A fruta produzida no Brasil tem alta qualidade nutricional e sensorial, porém ainda nos falta melhorar o aspecto visual, característica muito importante quando se pensa em exportação. Em 2015, a estimativa é produzir mais de sete milhões de toneladas, sendo que a maior parte é para abastecer o mercado interno. A banana é cultivada em todos os estados brasileiros, com expressividade socioeconômica para o país, com geração de 1,3 milhão de empregos. Minas Gerais é o terceiro Estado produtor do Brasil. As principais regiões são o Sul e o Norte de Minas, sendo que no Sul predomina o cultivo em sequeiro e, no Norte, a fruticultura irrigada, que é a principal geradora de empregos na região. O Norte de Minas responde por mais de 50% da produção do Estado. Dos 15 principais municípios produtores de banana em Minas, oito estão na região Norte. Por ser um Estado de grande extensão territorial, com diversidade de clima e solo, as técnicas de cultivo devem ser regionalizadas para obter sucesso. Fruticultor desde 1994 e um dos pioneiros na região, Geraldo Ber- 58 Informe Expomontes 2015 nardino Madureira não tem dúvidas sobre as vantagens de se produzir frutas no Norte de Minas: “É o melhor negócio que está tendo no momento, não tenho dúvidas. É a rentabilidade que tenho com a fruticultura que tem me ajudado a levar em frente outras produções que tenho”. Trabalhando com banana prata e manga palmer, ele vende para regiões como Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Brasília. Segundo ele, alguns dos compradores de outras regiões poderiam encontrar os mesmos produtos mais próximos a eles, mas a qualidade das frutas norte-mineiras é diferenciada. “O calcário presente no solo aqui dá um produto melhor, a polpa da manga fica mais firme, é uma característica da nossa região”, afirma. O diretor de fruticultura da Sociedade Rural, Dirceu Colares, reafirma a qualidade da produção regional e destaca que a adoção de novas tecnologias também tem sido importante para os resultados. Produtor de banana prata e nanica, ele diz que os produtores da região, mesmo trabalhando exclusivamente com fruticultura irrigada, também sentem o peso da seca prolongada ao longo dos últimos anos. Para ele, é preciso enfrentar a situação investindo em tecnologia. “Temos trabalhado e incentivado os fruticultores a trabalharem com novas tecnologias que otimizem a nossa produção. Novos insumos, novas técnicas, mas principalmente incentivando que os produtores adotem uma gestão mais profissional na hora de gerenciar seus negócios. Um exemplo é o uso do tensiômetro, um aparelho que aponta a quantidade necessária de irrigação na produção, de modo que só se utiliza a quantidade adequada de água. É bom para a qualidade das frutas e bom para o bolso do produtores”, destaca Dirceu. No entanto, o cenário atual oferece desafios para o fruticultor. Em 160 hectares, Rodolpho Rebello produz banana prata, mas ele aponta questões que têm dificultado a vida dos produtores. “Nossa produção é 100% irrigada, mas além do problema da seca que tem secado rios e diminuído a vazão dos poços, ainda tem o aumento na conta de energia. Antes o produtor rural tinha desconto de 90% a 75% , mas isso acabou, e ainda teve esse aumento de 40% no custo da energia com a bandeira vermelha. Então o produtor tem sofrido muito, o governo precisa se sensibilizar com a nossa situação, estamos sendo muito penalizados”, pondera Rodolpho. Ele aponta que o crescimento dos negócios fica comprometido no cenário atual. Vendendo mercadoria para diversas regiões do país, ele conta que exportar pode ser um plano futuro, mas é preciso mudanças nas condições do produtor. “Do jeito que está, nossas frutas têm qualidade, mas devido aos altos custos, perdemos competitividade no meio internacional. Precisamos de incentivo para podermos ir além. Bons produtos nós temos”, concluiu. Solução pioneira para irrigação Injeção de CO2 impede entupimento do sistema de irrigação localizada A irrigação localizada é consolidada pela grande economia de água e energia, como o modelo de fornecimento de água mais eficiente na agricultura. No entanto, a utilização de águas subterrâneas para irrigação localizada em regiões com água calcária, como é o caso da Região Norte de Minas Gerais, leva ao rápido entupimento dos emissores de água. Com isso, muitos agricultores deixam de usar esse sistema. Pensando em resolver esse problema, os pesquisadores da UFMG, Francinete Veloso Duarte e Edson de Oliveira Vieira (UFMG/Campus Montes Claros) e Wilfrid Keller Schuwabe (UFMG/Campus Belo Horizonte) criaram um sistema de injeção de CO2 na água de irrigação localizada. Inédita, a tecnologia tem um importante apelo ambiental porque pode evitar que os agricultores abandonem a irrigação localizada, comprovadamente mais econômica e mais eficiente do que a irrigação convencional. A água que tem alta concentração de carbonato de cálcio e magnésio (água dura), na agricultura, leva a entupimento frequente dos bicos de gotejamento dos sistemas de irrigação localizada. O sistema fica todo comprometido, uma área pode receber mais água do que a outra. O produtor acaba por ter que trocar os gotejadores, o que gera uma rejeição por esse sistema. No método localizado, a água chega diretamente ao pé da planta de acordo com sua necessidade, com uma eficiência de até 80%, economizando água e energia. A irrigação localizada é a segunda mais utilizada no Brasil. As injeções de CO2 serão a alternativa para os produtores que utilizam a irrigação localizada e necessitam fazer a troca contínua dos gotejadores. Também vão beneficiar os produtores rurais que querem fazer a irrigação localizada, mas que não a utilizam temendo os problemas advindos da água calcária. Outro grupo seriam os agricultores que não têm água em quantidade suficiente para irrigação convencional. A tecnologia com gás carbônico pode ampliar o uso da irrigação por gotejamento. A injeção sempre é feita em ambiente aberto, por isso é um processo seguro. Outra vantagem da adoção do sistema de injeção de gás carbônico é que, de acordo com alguns estudos da área ciências do solo, o CO2 reduz a utilização de água pelas plantas em regiões semiáridas. Além disso, na irrigação localizada o gás não penetra no solo abaixo de 15 centímetros, por isso não provoca o deslocamento de minerais (lixiviação) para o lençol freático. A tecnologia, inédita, está protegida na modalidade segredo industrial. O mercado alvo são propriedades com médios e grandes sistemas de irrigação em regiões de águas calcárias. CENÁRIO ECONÔMICO ATUAL FAVORECE COOPERATIVISMO DE CRÉDITO A tuante, estruturado e fundamental para a economia do país, o sistema cooperativista tem por objetivo ser cada vez mais conhecido e compreendido como um modelo integrado e forte. Embora no Brasil as cooperativas possuam legislação própria, as cooperativas de crédito são equiparadas às instituições financeiras e seu funcionamento deve ser autorizado e regulado pelo Banco Central do Brasil. O país figura atualmente como o 16º colocado no ranking de volume de ativos administrados pelas cooperativas de crédito. As mais de 1.400 unidades existentes administram ativos em torno de US$ 16 bilhões, oriundos de seus quase quatro milhões de associados. Esse dado, no entanto, representa apenas uma pequena porcentagem do mercado e deixa um universo aberto para a expansão do setor. Para Dario Colares, presidente do conselho de administração do Sicoob Credinor, a expansão das cooperativas de crédito implica em crescer como empresas sólidas e confiáveis, mas também em expandir a sua capacidade de atuação, buscando a adesão de novos membros, difundindo as práticas do sistema. “São visíveis os ganhos que temos quando trabalhamos com uma cooperativa de crédito. É preciso que sejam conhecidos as diferenças e os benefícios de pertencer a uma instituição, para que mais pessoas usufruam dela”, afirma o presidente. Diferenças entre bancos e cooperativas de crédito A cooperativa de crédito é uma Instituição Financeira onde o cooperado é dono e cliente ao mesmo tempo. Diferente dos bancos, os clientes de uma cooperativa, são donos da instituição . Nos bancos, os acionistas priori60 Informe Expomontes 2015 zam o capital e querem maximizar o lucro. Nas cooperativas de crédito, por sua vez, tudo tem foco no cliente (cooperado) e as sobras (assim chamadas, porque Cooperativas não tem fins lucrativos) são revertidas para todos os asso- ciados conforme suas movimentações financeiras. Carlos Genuíno de Quadros, diretor financeiros do Sicoob Credinor explica que estas diferenças se apresentam em muitos pontos, sempre com vantagens para os associados. “Nas cooperativas de crédito temos boas taxas de aplicação, menores taxas nos empréstimos e financiamentos, cartão de crédito e cheque especial com juros menores que nos bancos, além do direito às sobras, apuradas no final de cada exercício, “explica. retor administrativo da Credinor, a Assembleia votou e por unanimidade acolheu a sugestão do Conselho de Administração que era de distribuir 100% das sobras líquidas aos associados. “Conforme aprovado na Assembleia Geral Ordinária, 60% das sobras serão incorporadas ao capital social e os 40% restantes serão creditados em conta corrente. Sendo assim, pelo segundo ano consecutivo os associados da Credinor receberão em conta corrente, os resultados de sua cooperativa”, explica o diretor. O diretor ainda ressalta que a parceria construída entre os associados e a Credinor tem trazido benefícios visíveis. “São pequenos ganhos em operações que quando somadas, se tornam grandes diferenças”. Uma diferença substancial do sistema cooperativo de crédito é que os associados decidem os destinos da sua cooperativa. Prova disso é que, na Assembleia Geral Ordinária de 2015, foram apresentados os resultados do último ano do Sicoob Credinor e votado pelos associados o destino das sobras. Segundo Alexandre Vianna, di- w w w.sociedaderural.com.br 61 Paulo Macedo Cápsula do tempo U ma entrada para a história das conquistas do homem do campo. E foi para essa viagem que o Informe Expomontes convidou Pedro Roberto Macedo para uma visita ao Memorial da Sociedade Rural. Ainda jovem, ele acompanhou o pai, também produtor rural, José Prudêncio Macedo, nos trabalhos da entidade. “Eu estive em visitas de autoridades ao parque e conheci as antigas sedes da Sociedade Rural”, conta. Já na entrada do Memorial, encontramos a Ata de fundação da antiga Sociedade Agropecuária de Montes Claros. “No começo, quando ainda não tinha o Parque, o escritório ficava no Centro da cidade, no prédio da Associação Comercial”. Macedo participou de manifestações em favor dos produtores na extinta UDR, União Democrática Ruralista. “Foi o primeiro movimento ao qual me dediquei. Logo depois, quando me tornei realmente um fazendeiro, me associei e logo depois ingressei na diretoria”-, relembra. Inaugurado nas comemorações dos 70 anos da Sociedade Rural, durante a 40ª Expomontes, o Memorial guarda fotos, objetos e cartazes que lembram eventos realizados dentro do Parque; visitas, reuniões e as várias edições da Exposição Agropecuária, que possui seu espaço no calendário montes-clarense. “No começo, as exposições eram a cada dois anos, quando passou a ser um evento anual foi uma alegria. Esse é um momento de conhecer outros produtores, comercializar e ver o que tem de melhor na região”, recorda Macedo ao ver o material. Na entrada, o cartaz da primeira Exposição Agropecuária de Montes Claros. “Isso é uma relíquia. São poucas pessoas que ainda 62 Informe Expomontes 2015 têm alguma lembrança assim. Um dia mexendo nas coisas do meu pai, eu encontrei um catálogo distribuído naquele ano. Tem todos os nomes de quem participou da organização, dos eventos que aconteceram”. Entre as imagens, também encontramos seu Paulo Macedo: “Desde 1965, eu participo de comissões aqui na Sociedade Rural. Hoje, sou membro do conselho fiscal. Vi o crescimento dessa obra”. Sobre a história da classe ele ressalta: “Eu me lembro da inauguração do Parque de Exposições. Hoje, não dá para imaginar tudo que as reuniões discutiam. A Sociedade Rural teve importância para quem trabalha no meio rural, mas também para cidade. Conquistas como a chegada, da companhia telefônica, agências bancarias, de faculdades. Tem muita realização que possui a marca da Rural” Uma revolução para a qualidade da produção originada aqui foi o Frigonorte, estampando em uma das imagens. “Eu trabalhei no escritório do Frigonorte. Isso foi um pulo para a pecuária daqui”. Em meio às fotos expostas, encontramos visitas presidenciais ao Parque de Exposições João Alencar Athayde. Um dos primeiros registros foi a foto do mineiro Juscelino Kusbitschek, que na época era presidente da República. “Ele veio aqui no ano da inauguração do Parque. Período de festa pra cidade”. Outra foto encontrada foi a do presidente Castello Branco. “Eu participei da comissão de recepção desse chefe de Estado. Eu me lembro da chegada da equipe de segurança dele. Rapidamente, eles montaram equipamentos e já falavam com Brasília. Isso em 1966”. Ao fechar as portas do Memorial, Paulo Macedo diz só começar a viagem: “Pra quem está dentro da Sociedade Rural isso é um pedaço do que vivemos. A gente se lembra das dificuldades, dos parceiros, dos amigos, da história, da vida que segue...”. Reconhecimento do trabalho “A Sociedade Rural sempre atuou à frente de questões importantes para o grupo de produtores rurais e para as pessoas do meio urbano. Os benefícios que chegaram a Montes Claros e ao Norte de Minas levaram a trazer novas maneiras de explorar essa região”, relata o diretor de Relações Públicas da entidade, Leonardo Vasconcelos. O diretor de Relações Públicas nomeia como ponte o trabalho da instituição: “A Rural faz o papel de interlocutora e une diferentes grupos nas discussões. A entidade aproxima o produtor rural, dos políticos, das instituições que trabalham com o meio rural”. Ele diz que são atitudes que adiantaram o desenvolvimento na região. “Essa é uma entidade que coopera com Montes Claros e está marcada na história da cidade”, ressalta Leonardo. w w w.sociedaderural.com.br 63 Memorial divulga história da entidade O objetivo da Sociedade Rural é dividir com a cidade de Montes Claros parte dos documentos que contam a sua história. O espaço, no próprio Parque de Exposições João Alencar Athayde, reúne cópias de documentos, estatutos, atas que falam dos movimentos da cidade para a vinda da Sudene, bancos de fomento e escolas. O acervo também é composto por imagens e objetos que retratam as Exposições agropecuárias e as transformações ocorridas na atividade durante os últimos 70 anos. “Aqui está presente apenas 30% das fotografias e objetos históricos ” afirma Osmani Barbosa Neto, Presidente da Rural, que também declara: “Nossa intenção é recolher mais registros e objetos que falam da evolução na agropecuária, que documentem as conquistas da nossa entidade e que representem a história de Montes Claros.” De acordo com Júnia Rebello, Assessora de Marketing da Sociedade Rural, “O Memorial não foi feito para destacar ninguém, mas sim, para mostrar que é através de associações que as causas serão fortalecidas”. Segundo ela, existe dentro da própria entidade a intenção de perpetuar seus valores e relembrar as contribuições de seus associados, reverenciando a memória de muitos homens que contribuíram para o desenvolvimento da cidade. A Vallée S.A. foi parceira da Rural na construção do Memorial. De acordo com o diretor técnico da empresa, Otto Mozzer, “é muito importante para nós sermos parceiros da Sociedade, e oferecer este Memorial, que é de grande importância para a cidade, ao público. A 64 Informe Expomontes 2015 Vallée trabalha junto com a Rural desde que chegamos a Montes Claros e esperamos que, além das lembranças, o Memorial seja um instrumento de conhecimento para as próximas gerações. Esperamos que o Memorial nos inspire nos desafios que temos pela frente”, conclui. O prefeito do Município, Ruy Muniz, que também marcou presença na inauguração deu seu depoimento sobre o Memorial. “Esta é uma iniciativa muito importante, pois mostra para as gerações atuais que nada surge do nada. Aqui, vemos a construção do Parque de Exposições João Alencar Athayde e a passagem de pessoas ilustres pela nossa cidade. Este é um Museu da história e da imagem da Sociedade e da Expomontes”, diz. Para Dezinho Dias, presidente da Instituição de 1964 a 1970, “tudo aqui foi feito pela Associação Rural, e expressa a evolução da entidade”, diz. Para a professora da Universidade Federal de Minas Gerais, Júlia Maria de Andrade, “o Memorial mostra porque a agropecuária é a base de Montes Claros. É preciso valorizar a classe rural, e é isso que a Sociedade Rural fez ao inaugurar este espaço. Aqui, temos um marco no fortalecimento da agropecuária, além de uma fonte de informações e pesquisa”, afirma. “Novamente, a entidade dá um presente para a cidade. Agora os norte mineiros poderão conhecer homens guerreiros que viabilizaram o desenvolvimento regional. Visitamos a história nesse espaço, lembrando que: “Os homens passam. As instituições é que devem “permanecer”, afirma Osmani Barbosa Neto. © endostock - Fotolia.com w w w.sociedaderural.com.br 65 #53024902 “Aqui se sabe, de quando em quando, como anda a economia regional” Foto: Solon Queiroz THEODOMIRO PAULINO MEMÓRIAS A Nos meus 12 anos sonhando em ser fazendeiro. Baile realizado no Clube M Claros por ocasião da I Exposição de M Claros. Na mesa Osmane Barbosa, Dr Alvaro Marcílio e João A Athayde. Exposição Agropecuária de Montes Claros entra na 41ª Edição e festeja também os 71 anos da Sociedade Rural. Por isso mesmo, estou dedicando essas páginas a momentos inesquecíveis que marcaram essa grande festa, bem como esse Parque de Exposições João Alencar Athayde, que sempre marcou a história dos nossos Montes Claros. Num trabalho de pesquisa, conseguimos essas raríssimas fotos, que são, sem sombras dúvidas verdadeiros documentos de uma época. Chegada das Autoridades no parque na VI Exposição 1966. Consegui identificar Lindolfo Laughton e Dezim Dias. Chegada de Aureliano Chaves sendo recebido por Antonio L Rebello quando foi presidente da Rural. JK tornou o Centenário de Moc inesquecível. Por onde passava, fazia a festa. Aqui ele está inaugurando o Parque João Alencar Athayde. Nesta foto. Sua majestade Eliana Neto, Rainha da VI Exposição Agropecuária de MOC, em 1966. Este cavalo se chamava Sumaré, era de propriedade de Dr. Arnaldo. Sr Osmane Barbosa com o seu filho Malaquias recebendo o troféu das mãos do Dr Geraldo Athayde no encerramento da I Exposição. 68 Informe Expomontes 2015 Lilia Quintino e todo seu charme, desfila na pista do Parque de Exposições. Em evento no Parque de Exposições, Fernanda Veloso Rebello com seu pai João Athayde Rebello e Air Lellis Vieira. Encoberta parcialmente, Margaret. Governador Antonio Carlos Magalhaes, Fabio L Rebello e Governador Rondon Pacheco. Ainda Juscelino, desta feita inaugurando o Parque de Exposições. João Alencar Athayde em primeiro plano, seguido de Geraldo Athayde, Gerardo. Dr. Hermes e Dona Josefina - Baile do Centenário, em 1957. Também por aí, Neusa Athayde e Yolanda Pereira. Festa de Exposição em MOC - Um grupo de recepcionistas formado por Beth Mesquita, Walquíria Aquino e Cristina Tolentino. Flagrante de um grupo de senhoras, de nossa melhor sociedade em 1957. Carmélia Barbosa de cigarro na mão, Cilse Athayde, Nenzinha Athayde, Terezinha Wanderley, Clarice Athayde, Rita Athayde e Maria Augusta Athayde, dentre outras. O Deputado Edgar Pereira, Afonso Brant Maia, Oswaldo Souto e Dezinho Dias, recepcionam o Presidente Médici, que veio prestigiar a Exposição Agropecuária na Rural. No Parque de Exposições, Júnia Campos, Denise Valle, Theodomiro Paulino, Carlota Dumont e Kira Márcia Valle, década de 70. Em 1957, na inauguração do Parque de Exposições João Alencar Athayde. Mário Pacini (Diretor do BB), Hamilton Lopes, Coronel Coelho, Gov. Rondon Pacheco, Afonso Brant e Osvaldo Souto, em solenidade no Parque de Exposições. Clarete Nobre Baleeiro, na década de 70, no Parque de Exposições João Alencar Athayde. No Parque de Exposições o então Prefeito Moacir Lopes, almoçando com Afonso Brant Maia e o comandante do Batalhão daquela época, Vicente Mota. Petronílio Narciso, Quinca Zuba e Ronaldo Tanajura, no Parque de Exposições. Denise Valle, no Parque de Exposições. No Parque de Exposições, em 04-06-1966. Aury Rocha,Tida Alcântara, Tatá Vieira, Toninho Barbosa e Fabíola de Paula. Inauguração do Parque de Exposições - D. Nazaré Sobreira, Dr Newton Sobreira e Eloá Sobreira aparecem nesta foto. Um grupo de recepcionistas na IX Exposição Agropecuária e Industrial de Montes Claros reuniu muitas garotas bonitas, a exemplo de Thais Batista. w w w.sociedaderural.com.br 69 NO BAILE DO FAZENDEIRO Gualter Athayde com a filha, Cecilia e Dario Colares. NO CLUBE do parque Paulo Guimarães, Daul Dias, jairo Athayde e Jair Miranda. NO CLUBE DO PARQUE este jornalsita com Mércio e Fernanda Lanza Pereira. RECEPCIONISTAS Marilda Veloso, Lili Brant, Mirian Milo, Regina Malveira, Geralda Magela e Luiz Brant. Dário. SÉRGIO e Carla Sampaio Athayde. TAMBÉM no Baile do Fazendeiro Silvia e Ana Elisa Marcondes emolduradas por Wilson parrela. Vejam a espontaneidade de Afonso Brant Maia, Geraldo Figueiredo, Quincas Queiroz e Antonio Dias, no Parque de Exposições. Bailes animados da Exposição Agropecuária de Montes Claros. Nadla Braga quando foi rainha da exposição, ao lado da princesa Adriana Santiago. Na Foto Nozinho Colares com o filho Carlinho, Air Vieira e Nivaldo Maciel no primeiro de Julgamento de Animais da Exposição. TAMBÉM no Baile Isabela, Fábio e medeleine Rebello. Rogério Silva Guerra no desfile de encerramento da exposição com um cavalo pequira de propriedade de Edmundo Queiroz. Evento no Parque de Exposições. Seu patrono, João Alencar Athayde, aparece em primeiro plano. JoséMaria Tolentino ao lado de Bento Nunes e Pa. Zilda Prates e Andréa Laughton entre outros na VIII Exposição Agropecuária. O menino seria Paulo Dias. 70 Informe Expomontes 2015 O INESQUECIVEL Fernando Athayde recebendo das mãos de Andrea o troféu Fazendeiro do Ano. DAUL DIAS também recebeu o troféu de FAZENDEIRO DO ANO num dos bailes que realizei no Clube do Parque, das mãos de Camila Mauricio Costa. QUANDO era governador, Aécio neves veio visitar a Exposição e entregou o então presidente Alexandre Vianna, a camiseta de PAZ NO CAMPO. A INESQUECIVEL Dorinha Pimenta com... Lucas Elmo Pinheiro e Fernando Rebello Athayde. No Parque de Exposições, Air Lélis Vieira, Afonso Brant, José Avelino Pereira e sua sobrinha Heleninha Pereira. Governador Francelino Pereira, Daul S Dias e Antonio L Rebello, durante almoço na XIII Exposição. Beatriz Maia Velloso, em tempos de exposição agropecuária. Uma bonita foto, provavelmente de 1968, no Parque de Exposições em Montes Claros, na qual se veem, Juarez, peão de rodeio da companhia de Edmundo. Quando promoviamos o Baile do Fazendeiro Sílvia Marcondes hoje Senhora Lintton Guedes foi Rainha. Este jornalista quando entregou para o inesquecível pecuarista ANTONIO AUGUSTO ATHAYDE ao lado da esposa Lúcia, o troféu de FAZNDEIRO DO ANO. POR MUITOS ANOS promoveu no Clube da Rural o BAILE DOS FAZENDEIROS e na oportunidade era escolhida a RAINHA DOS FAZENDEIROS. Vejam ai Silvia Marcondes recebendo a faixa das mãos do então Governador Francelino Pereira. Quando faziamos a lista das dez mais elegantes. Milene Maurício e Clarice Sarmento no Curral do Parque de Exposições João Alencar Athayde. NATÁLIA ALVIM SANTOS também já foi RAINHA DO CERTAME e ai está com os papais Zé Ricardo e Claudia Alvim Santos. LILI BRANT, hoje senhora Heli Penido, quando foi recepcionista da festa agropecuária. ANA ELISA Marcondes quando foi Rainha da Exposição. O INESQUECIVEL pecuarista Dirceu Braga com Alcione e os filhos, sempre eram presenças marcantes. w w w.sociedaderural.com.br 71 BARZINHO DO THEO, UMA TRADIÇÃO DE 30 ANOS D THEODOMIRO PAULINO esde a época em que as barraquinhas eram montadas com tábuas e cobertas com palhas, existe no Parque de Exposições João Alencar Athayde, o famoso BARZINHO DO THEO, que é o QG dos amigos norte-mineiros e de outras partes do País, que visitam a nossa Expomontes. Estou ilustrando estas páginas com algumas das presenças do ano passado. FACHADA. GERALDO e Maria Lúcia Sarmento, Fátima Turano e Eliziário resende. A JUVENTUDE sempre presente. Alan Alencar Paulino e Mayra Nassau. ANDREY George e Alessandra Ribeiro. ANTONIO SILVEIRA e Mardete. BRENDDA Teixeira, Handrey e Sterphanie Paulino. Carlos Alberto e jussara Lins Maia, Dirceu e Alice Angélica Rocha Colares,. CHRISTIAN Vieira e Renato Guerra sempre bem acompanhados. CIBELE Macedo, Selma Dias e Caico Siufi. Cidia Macedo e Oneide Torres. ANDRÉ e Ayesca Muratori e Lenira Barbosa. Cenário do Barzinho. CLAUDIA Paulino Ramos com seu filho Handrey. 72 Informe Expomontes 2015 EDUARDO e Ludmila Muratori Coelho, Clelio e sua mãe Lenira barbosa Muratori. FÁBIO e Lillian, Ricardo e Angela Laughton, Cidia e Paulinho Macedo. COM Sérgio e Carla Sampaio Athayde e Dona Lourdinha Sampaio. COM Talita Kfuri. COM leandro e Leticia Turano Oliveira. CRISTINA Peres Amaral, Antonio Soares Dias e Rosangela Peres. DALTON e Dario Colares e Márcio Athayde. DAWSON e Karla Malveira com os filhos Heitor e Mateus. EDUARDO Guedes, Rejane Mota, Cristiane e Lucas Pinto,Maria Thereza Figueiredo Braga Moura, Raphael Mourão e Fernanda , Hércules e Adriana Costa EMOLDURADO por Carolina Figueira Costa, Isabela e Bárbara leal Paulino e Samantha Paulino. EUNICE Rocha Sousa Santos com a filha Cecilia e o genro Danilo. COM o casal prefeito Ruy e Raquel Muniz. FRANCO e Melissa Macedo Simões. FAMILIA SEMPRE unida trabalhando no Barzinho. GABRIEL e Matheus Muniz. GENESIO e Marisa Nobre Tolentino. GERALDO Braga, Mirian Campos e Márcia Vieira. w w w.sociedaderural.com.br 73 GRAZIELA Ferraz e Nádia Mota. GUSTAVO César Oliveira, Fernando Macedo, Athos Avelino e Vera Pereira. GUSTAVO Cesar Oliveira, Rosangela Silveira, Leila Paculdino e Dolores Alkmim. Hércules e Adriana Costa Figueira com Fernanda e Rafael Mourão, Vinicius e Andrea Teixeira. JACKSON E SANDRA MADUREIRA com os filhos João Pedro e Caio e os amigos Denise e Eduardo Veloso. JAIR E INÊS Sá Miranda, Luiz e Thelma Pompeu Gusmão. JOÃO e Claudia Alkmim Fleury Teixeira. NEWTON E ELIZENA PINTO FIGUEIREDO com a filha Amanda eas netas Júlia,Paula e Anelisa LEO e Lucinea Pereira, Maria Thereza Braga Moura, Luis e Cinthia Bernadino. LEO e Maithê Colares, Tonyato e Melissa narciso Alvarenga. LUANA Tavares e Sterphanie Paulino. HELI e Lili Penido, Fabinho e Maria Thereza Rebelo com os filhos. JOSÉ ANTONIO e Rosane Colares Rodrigues. LELEO e Tatiane Caribé Paulino Lacerda com os belos filhos. 74 Informe Expomontes 2015 JOÃO LÚCIO e Maura Kfuri com a filha Talita e Paulo Cesar Santiago. LUCAS, Jota e Evandro Avelino Pereira. LUCIANA Couri e Maria Thereza Sã Guimarães. Luis e Cinthia Moreira Bernadino. MANOEL Boaventura, Hamilton Trindade, Pancho Silveira e Maçarico. Mauricio Silva e Aline Guedes Peixoto e Silva, Ruy Muniz. MAÇARICO, Arnaldo Mendes e pancho Silveira MAÇARICO, Fernando Macedo, e Reinine Canela. MÉRCIO e Fernanda lanza Vieira Pereira, Geraldo Júnior e Ludmila. NELSON Rocha e Lunna Costa, Sterphanie Paulino e Luana Tavares. O CASAL PREFEITO Ruy e Raquel Muniz e Paulo César Santiago. O PRESIDENTE DO SINDICATO RURAL de Janauba Zé Aparecido comandou um grupo daquela cidade. Orlando Walter Camargo com a inesquecivel Janete e Arnaldo Mendes. Léo Mendes e Marcelo Torres com suas belas esposas Cecília e Ana Amélia. MAÇARICO, Mário Alaor, Pancho Silveira, Márcia Vieira, Reinine Canela e Paulo César Santiago. JOÃO LUCIO e Maura Kfuri com os amigos Marilza Melo e Gilson Oliveira. w w w.sociedaderural.com.br 75 OSMANI e Gisele Barbosa, Sérgio e Renata Peres Figueiredo . FERNANDO e Thânia Vita com os filhos. PAUL Miranda,renata Fernandes, Jair e Inês Sá Miranda e Pávilo Miranda. Paulinho e Paulo César Santiago, Álvaro guilherme Matos, Lucas Pinto e Hércules Costa. LUCAS e Jota Avelino, Danilo Ladeia, este jornalista, Nádia Mota e Graziella Ferraz; PAULO Elmo e Juliene , Wilson e Eva Andrade Borges e Mirna Avelino Pereira. RECEBENDO o ex-governador Alberto Pinto Coelho. REININE Canela , Rosangela Silveira. REJANE Mota, Clareth e Marta Gomes e Marisa Tolentino. RICARDO e Ariane Marlu Oliveira , RONALDO e Tininha Veloso. RICARDO e Angela Maia Laughton com Rick e a namorada. Ricardo e Barbara Marine e Christian e Emanuele Alvarenga. PAULINHO Aquino com o filho Paulo , Claudi Aquino, Abel Sena. RAQUEL Muniz, Karla e Dawson Malveira. RENATA Frota, Lillian Fernandes Andrade e Lilian Pinheiro Macedo. 76 Informe Expomontes 2015 RICARDO e Bárbara Peixoto Marini. OS IRMÃOS Vitor, Jota e Lucas Avelino , Guilherme Dal Fior , Paulo Aquino Filho e e Anderson Araújo. UM GRUPO ANIMADO. RICARDO e Mônica Santos Pitangui com os filhos . RICK Laughton com a namorada Raissa Nobre, Lenira Barbosa Maratori, Angela e Ricardo Laughton. RONALDO E RAILDA Mourão, Carlos Almeida e Luisa ,Rodrigo e Luiciana Paulino Mourão. VIVALDO e Maria Helena Lopes Macedo, Cibele Macedo. WALDEIR e Kátia Barreto, Murilo Maciel e Dailva. SÉRGIO e Carla Sampaio Athayde. RONALDO E Thelma Fialho. AS IRMÃS Fátima e Manoel Boaventura. OSMANI e Gisele Barbosa. JOAQUIM MANOEL e Luciana Athayde Oliveira com as filhas Manoela com o namorado João Pedro Santos Canela, Luisa e Bel. Luiz e Cinthia Bernadino, Maria de Lourdes Blum, Maria Thereza Braga Moura, Lucinea e leonardo Pereira. NOASSES e taiza de Castro Diamantino. YURI Millo Christoff e Lucineia. Izabella Rocha e Renato Mourão. RENATO e Denise Godinho. w w w.sociedaderural.com.br 77 A Sociedade Rural e nosso isolamento Marcelo Valmor Paculdino Ferreira Professor e jornalista P ara a atriz Fernanda Montenegro, quando se viaja ao sul do país, a impressão que se tem é de estar na Europa, enquanto que ao chegar à Bahia, África. Brasil mesmo, segundo ela, seria quando vem a Minas Gerais. E como Minas é sertão, sertão pede terra boa, que pede pasto e que, por isso mesmo, pede boi. Essa é a vocação da região norte mineira, que sofreu tentativa de interrupção em 1736 quando o governo português à época impôs a todos nós um isolamento que duraria décadas. Afinal, e depois de tributar toda a capitania com o imposto da capitação que substituiria o quinto, cobrado sobre os mineradores, a revolta foi geral. E liderados por Maria da Cruz, a região pegou em armas, pois até então não conhecia nenhuma importância por parte do povo de lá. O comércio, até então feito entre o nordeste e a região mineira fora desviado, saindo do rio São Francisco, norte de Minas, agora passando pelo Rio de Janeiro. Os Motins do São Francisco, por isso, é peça de mestrados e doutorados, e ficaram conhecidos na história brasileira como movimentos de reação aos desmandos monárquicos. Esse isolamento só seria rompido em 1926, quando os dormentes do trem de ferro chegaram a Montes Claros, e foi saudado como o ano mais importante da nossa história pelo memorialista Hermes Augusto de Paula (1909-1983). Certamente que contribuíram para isso a união da elite local, representada, sobretudo por seu setor agropecuário. Afinal, a partir do trem foram criados os “especiais”, partidas ferroviárias levando bois para todo o sudeste sem a necessidade de uma nova engorda na cidade de Curvelo-MG, a chegada de órgãos públicos, além de vários outros investimentos. Esse foi o primeiro pacto intra-elite, o que possibilitou um acordo ao nível estadual e nacional. Mas as nossas demandas cresceram, e a necessidade de novos investimentos também. Nesse sentido, novamente a elite local dá as mãos, e ao fundar a atual Sociedade Rural em 21 de junho, às 20h no antigo Clube Montes Claros, aponta para a necessidade de refundar o pacto político/econômico. Para tanto, uma festa do Centenário da cidade foi inventada por Hermes de Paula em 1957, e para cá vieram políticos, com destaque para a inauguração do Parque João Alencar Athayde no mesmo ano, e que contou com a presença do presidente Juscelino Kubistchek. JK cortou a fita, abriu o espaço da cidade não só para a região, como para todo o país, e foi embora. Sem verbas, a classe produtora refez o esforço, e descobriram a possibilidade de incluir a região no projeto SUDENE. A partir daí,nossos índices de desenvolvimento econô78 Informe Expomontes 2015 mico foram comparados com os do nordeste, e diante da mais absoluta proximidade, e o empenho de ruralistas e políticos, alinhada a região com a autarquia criada pelo ex-ministro Celso Furtado (1920-2004). Novamente a união fez a diferença, e estava, por isso mesmo, selado um novo acordo, feito de forma informal, evidentemente, mas que na prática garantiria a Montes Claros e região a chegada de investimentos em monta, convertidos em indústrias e projetos agropecuários, e amplamente amparados pela ligação da cidade ao Complexo de Três Marias, garantindo energia certa e abundante, a pavimentação da BR 135, inaugurando o asfalto entre a região e a capital mineira, distância criticada por nossas autoridades, pois os 418 km vencidos na terra faziam da viagem uma verdadeira odisseia. Um segundo pacto político/econômico, portanto, estava fundado. Agora, em 2015, toda a classe política, mas, principalmente, a classe produtora e empresarial, estaria diante de um novo quadro e que requer intervenção urgente de nossas autoridades. Afinal, o trem já não existe, enquanto a SUDENE não cumpre mais o seu papel inicial. Portanto, um novo pacto político merece e precisa ser feito. Nesse sentido, o Centro de Convivência com a Seca, com amplo amparo de recursos e a negociação dos débitos dos pequenos, médios e grandes proprietários com os bancos, devem sair do papel e colocados em prática. O próprio governo estadual já sinalizou com tal importância, percebida e assumida essa bandeira pela atual diretoria da Sociedade Rural, representada pelo seu presidente, Osmani Barbosa Neto. Esse seria o novo pacto, capaz de garantir não a solução para o problema da seca, mas, e de forma definitiva, adequar a região para conviver com ela. Sempre é preciso lembrar que Montes Claros não exerce liderança no norte de Minas Gerais somente por conta de sua localização geográfica. Exerce, também,e principalmente, por conta da união da sua classe produtora, que deu as mãos quando foi preciso a canalização de recursos para a cidade e região, e também para a solução de nossos problemas. Para o povo dessa terra, portanto, riqueza é gerada a partir de pessoas,não de capitais. Por isso, nosso maior patrimônio é sua gente, da que tangeia gado àquela que frequenta gabinetes de governadores e presidentes para que não permita que tão nefasto isolamento, que nos retirou a convivência por décadas com o restante produtivo do país, se mantivesse e se mantenha nos dias atuais. Curiosidade de Montes Claros História do Distrito de São João da Vereda Marta Verônica Vasconcelos leite Maria Amélia de Oliveira Mota Vasconcelos O Distrito de São João da Vereda situa-se a oeste de Montes Claros, próximo à cidade de Coração de Jesus. Foi criado pela Lei Mineira de 27/12/1948, porém, segundo os registros de Hermes de Paula, em sua obra: “Montes Claros, sua história, sua gente, seus costumes” (2007, p. 277), a capela de São João Batista foi construída em 1883, quando a localidade era conhecida por Rebentão da Vereda, por José Francisco da Motta. A origem do atual Distrito está diretamente ligada ao mesmo José Francisco da Motta, conhecido como Juca da Motta; que veio com a esposa Angélica, do Tijuco, hoje Diamantina, no início do século XlX, com o objetivo de ali formar fazendas. Fundando então a Fazenda Cana Brava. Em seguida vieram Fernandes e Vicença, que fundaram a Fazenda Coqueiro. Há 6 kms dessas fazendas, às margens do Rio Pacuí. Vindos de Jequitaí, fixaram-se Caetano e Maximiliana Fonseca, fundando a Fazenda Cachoeira. Mais tarde, com a morte de Caetano, Maximiliana, conhecida como neném, casou-se com Firmino Gonçalves Pereira, conhecido como Firmino de Policácio, vindo da Fazenda Santa Cruz, às margens do Rio Verde. Após o casamento eles formaram outra Fa- 80 Informe Expomontes 2015 zenda, um pouco acima da Fazenda Cachoeira e lhes deram o nome de Fazenda Pacuí. Juca da Motta e Angélica tiveram os filhos: Pedro, Paulo, Rosa, Francisco, Catarino, Saturnino, Felipe, João e Cecília da Mota. Juca se tornou fazendeiro abastado, dono de muitos escravos, muitos deles fugiram de sua fazenda dando origem ao Caiau, pequeno povoado, na época uma espécie de quilombo. Os escravos fugiam para além de um morro muito alto, que deram o nome de Morro do Espia, onde mantinham um guarda em constante vigia Conta a tradição oral, que uma escrava da Fazenda Cana Brava, desgostosa com sua triste sina, saiu para apanhar lenha e chegando debaixo de um grande pequizeiro, ela se enforcou com a corda que levara para amarrar a lenha. Foi encontrada no dia seguinte por outro escravo que estava à procura de um boi fujão. Juca da Motta a enterrou ali mesmo e em seguida mandou construir, no local, uma Capela, tendo por padroeiros: São João e Nossa Senhora da Conceição. A imagem da padroeira era bem pequena (20 cm mais ou menos), ela foi roubada há vários anos, já a imagem de São João ainda se encontra na Capela. A partir da construção da Capela, começaram a chegar famílias de vários locais, forman- do o Povoado do Rebentão, mais tarde, o Sr. Paulo Motta, filho de Juca da Motta, muda o nome para São João da Vereda. Além das famílias Motta, Gonçalves, Fonseca, Soares e Brito, chegaram os Rodrigues, Froes, Honório e muitas famílias mais, vindas da Bahia, no período da grande seca, na década de 30. O Sr. Paulo Motta casado com Amélia Fernandes de Oliveira, vinda de Matozinhos/MG, fundaram a Fazenda Engenho Velho e construíram a primeira escola, sendo ele diretor da mesma até a sua morte. Segundo sua neta, Maria Amélia Mota, ele foi um benfeitor, tendo em sua morte o caixão coberto pela bandeira nacional. Uma data marcante para os simples habitantes locais. Com a abolição da escravidão, Juca da Mota doou suas terras do Calhau a seus escravos, construindo também ali uma capela, dedicada a Santo Antônio e São Benedito, mais tarde os moradores incorporaram a imagem de Nossa Senhora Aparecida. O nome do Distrito São João da Vereda, portanto, está diretamente ligado ao padroeiro e as belas veredas que cercam o povoado, com suas muitas nascentes e seus belos e altos pés de buritis. As festas tradicionais são as juninas, as festas da colheita, com especial destaque para o São João, no dia 24 de junho. Também o mês de maio dedicado a Nossa Senhora da Conceição, com a tradição das coroações, casamentos e batizados. O ciclo do Natal sempre foi festejado com as famílias armando seus presépios, onde era rezado o terço que culminava com os cânticos natalinos e o tradicional café com quitandas. Um artesão se destacava na confecção das peças do presépio, seu nome era Amadeus, infelizmente não recebeu o reconhecimento devido por seu trabalho. Uma outra tradição é presente na memória de quem cresceu em São João da Vereda, as famosas penitências pedindo chuvas para salvar as lavouras e o gado. Carregavam pedras e latas d’águas nas cabeças, enquanto iam em procissão até os cruzeiros no alto dos morros de Bom Jesus e São Geraldo, rezando e cantando: “Santo Barnabé que nasceu lá na serra, pedimos misericórdia pra mandar chuva na terra”. Além de pedras e água, os penitentes também levavam galhos verdes para bater nas cruzes dos mortos espalhadas pelo caminho, pedindo a Deus que diminuísse as penas das almas do purgatório. Alfredo Soares da Motta e Guilhermina Gonçalves da Fonseca, ele filho de Paulo Motta e Amélia (Fazenda Engenho Velho) e ela filha de Firmino e Maximiliana (Fazenda Pacuí), quando se casaram, tornaram-se os novos líderes de São João da Vereda. Alfredo, fazendeiro e comerciante, era também farmacêutico, professor autodidata e delegado, quando necessário. Hoje empresta seu nome à Escola Municipal de 1º e 2º graus, Guilhermina cuidava de uma numerosa prole e mais de uma dezena de afilhados, fazendo um trabalho social junto a pobres e doentes. Seus filhos: Odete, Francisco, Maria Amélia, Jonas, Jorge, Lucília, Altair, Paulo e Pedro Mota se tornaram fazendeiros e comerciantes dando sequência a essa história. Na década de 60, quase todos se mudaram para Montes Claros, como os demais jovens locais, em busca de estudo ou trabalho, levando o Distrito a um longo período de estagnação. Hoje, com os meios de transporte e comunicações, um novo tempo se inicia para as novas gerações de São João da Vereda. Entrevista com Maria Amélia de Oliveira Mota Vasconcelos, bisneta de Juca da Motta; e Marta Verônica Vasconcelos Leite, descendente da Família Mota e Professora do Departamento de História da Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes. Referência Bibliográfica: PAULA, Hermes de. Montes Claros, sua história, sua gente, seus costumes. Coleção Sesquicentenária. Montes Claros: Editora Unimontes, 2007. w w w.sociedaderural.com.br 81 Raízes na Terra U m homem com ideais em defesa do homem do campo. Esta é uma definição para Antônio Soares Dias. Formado em Direito, pela UFMG, enxerga com orgulho sua trajetória atrelada as conquistas do meio rural ao longo de suas fases da vida. Hoje, Dias é segundo vice-presidente da Sociedade Rural e se orgulha de ter convivido com os presidentes da entidade. Voltando no tempo, quando ainda era universitário, Antônio acompanhava as mobilizações realizadas pela então Associação Rural. “Aqui estão os representantes do homem da roça. O Brasil é um País do campo. São os pequenos produtores, os médios e grandes fazendeiros que colocam comida na mesa da população. Nosso alimento sai desse chão e precisa ser valorizado do tamanho da importância que tem. Eu participei de diversas reuniões quando ainda era estudante”, relembra. Depois de formado, Dias entra na sua segunda fase de trabalho: a política. Filiado ao Arena - Aliança Renovadora Nacional, um dos dois partidos que existiam na época no país, ele construiu uma carreira sólida e exitosa. O ano era 1968 e Antônio foi eleito deputado estadual. Na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, ele chegou a uma marca pessoal. “Fui representante dos produtores. No meu terceiro ano do mandato fui eleito pelos outros parlamentares Presidente da ALMG. Eu tinha 31 anos e fui o mais novo a ocupar essa cadeira”, afirma. Depois de cumprir mandato no legislativo estadual, Antônio concorreu a deputado federal e foi eleito. Em Brasília, continuou perseverante pela causa rural. “Levei o olhar do Norte de Minas para a comissão de agricultura do congresso. Reivindiquei as neces- 82 Informe Expomontes 2015 sidades do nosso grupo, batalhei bastante. O campo é uma força para o destino do Brasil. Do pouquinho que um faz junto com o outro chega aos grandes resultados”. Dias confirma a importância da agricultura e pecuária para o PIB - Produto Interno Bruto. De acordo com ele, essas atividades econômicas são pilares para o país. “Esse trabalho é indispensável, não pode ficar fora de investimentos e ser prejudicado por corrupções”, afirma. Quando ele voltou a Montes Claros, decidiu caminhar para uma terceira fase dessa vida ligada a discutir o trabalho do campo. E esse membro da Sociedade Rural e o político deram espaço para mais um homem. É chegado o momento de abrir caminho para o comunicador Antônio Dias. “Eu voltei para prosseguir junto da Sociedade Rural e trabalhar com a comunicação social. Eu me mantenho a disposição para defender quem produz”. Há 25 anos, Antônio colocava no ar, pelas ondas da AM, uma emissora de rádio. O nome faz referência a sua inspiração de trabalho: “a rádio se chama Terra, que é chão, é forte”. O objetivo desse trabalho está em abrir um canal direto com o público. “As pessoas perguntam se a rádio é minha, eu respondo que é do povo. Eu coloco um veículo de comunicação social que tem o dever de abrir espaço para o povo. Tem a notícia, que nem sempre é boa, mas é necessária. E sempre tem o espaço para o lado bom, como a música”. Dias caminhou por diferentes meios mantendo um foco. Seja nas reuniões na Sociedade Rural, nas tribunas parlamentares ou na comunicação, ele quer mostrar que o homem que está na roça é uma referência para o desenvolvimento do País. Viver no sertão Carlos Eduardo Alvim S ob o sol forte e com suor - fruto do trabalho e esforço - escorrendo pelo rosto, o povo sertanejo constrói a sua história. Quem tem a oportunidade de percorrer os cantões dessa Gerais desconhecida e pouco explorada, se depara com homens e mulheres que lutam diariamente para construir “esse mundo”, como bem definiu Guimarães Rosa. Viver no sertão é viver de sentidos e sensações. É experimentar sabores, gostos e um jeito tão típico e tão rico de celebrar o que se tem. São ritos e manifestações culturais que valorizam essas terras. Fitas que colorem as ruas no mês de agosto, preces que clamam por chuva, alvoradas que saúdam o dia e temperos que sustentam a missão dessa gente. Ser “estranho” nessa cultura tão particular é um convite diário. O norte de Minas é uma expedição infinita, onde cada passeio sempre proporcionará novas descobertas. Afinal, caminho é por onde se passa. A flor que desabrocha depois da chuva passageira, a cachoeira que chora entre as montanhas da paisagem e o brilho no olhar de um povo hospitaleiro e acolhedor. Experiências que tenho a oportunidade de viver há quase dois anos. Na travessia por essas terras, jamais me esquecerei das Marias e Joãos com quem me encontrei - nas mais diversas situações. Personagens de carne e osso, que constroem o enredo da vida real com alegrias e decepções. Estão sempre aqui e ali, firmes e fortes, sem entregar os pontos. Um clímax eterno. Por aqui o tempo corre diferente, o pouco tem valor de muito e o simples dá um tom transformador. Como poetizou o compositor Marcus Viana, “se o mundo é grande demais, sou carro de boi. Sou canção é paz. Sou montanha entre a terra e o céu. Sou Minas Gerais”. O norte de Minas é tudo isso e muito mais. É difícil encontrar palavras para descrever esses dias por aqui. O povo sertanejo não se define. O sertão simplesmente é. Treinamentos de Alta Performance Liderança Vendas de Alto Valor Agregado Oratória Gerenciamento e Direção Confira em nosso site os depoimentos mastermindminas.com.br 38 9977.4177 Tania de Miranda Gestora para Norte de Minas [email protected] FAZENDA DAS QUEBRADAS O caso do Bispo e Pedro Veloso Lucas Elmo Pinheiro Produtor rural Ex-presidente da Sociedade Rural e Sindicato Rural A Fazenda das Quebradas era um reduto onde Montes Claros mostrava sua hospitalidade sem paralelo. Tive o privilégio de ser amigo íntimo de meus padrinhos de casamento, Tia Arinha e Pedro Cristino Veloso. Seu Pedro tinha uma personalidade singular. Simples, sertanejo sabido, caçador de veados e perdizes. Exímio pescador, conhecedor das manias do sertão, voz metálica, porte ereto, firme, tez curtida pela inclemência do sol e portador de uma prosa das mais encorpadas e agradáveis. Quem teve o ensejo de conhecer o ambiente afável das Quebradas, de seus donos e seu entorno tem muita saudade e belas recordações. Certa feita o querido casal recebeu num domingo ensolarado, a visita do Bispo Dom José, para um almoço. Seu Pedro, como de costume, havia saído bem cedo para caçar perdizes. Tia Arinha era a anfitrioa, de inigualável delicadeza no trato. Desconheço simpatia qui nem, a carinha mais boa e a face sem uma ruga sequer...aquele sorriso meigo era muito acolhedor. Não consigo entender ate hoje como Tia Arinha conciliava a recepção das visitas e a regência da cozinha. Ali se preparava as iguarias mais deliciosas de que já me fartei em tamanha demasia. Ela sabia fazer isso com tal maestria, que os presentes não tinham ideia de outra coisa, senão a beleza do ambiente aconchegante daquele casarão soberbo. Tudo era limpíssimo, assoalho bem encerado e rodeado pelos jardins floridos, o rego de águas cristalinas, os patos nadando, os buritis e macaúbas do outro lado, a passarada a cantarolar e a meninada correndo... Gilberto, Lucy, Tião e os filhos naquela alegria contagiante! Em dado momento chega o Bispo. Tia Arinha faz as mesuras de praxe. É acolhida a visita mais importante daquele dia. Seu Pedro ainda não havia chegado da caçada. Lá pelas tantas aparece o caçador com os exemplares da bem sucedida expedição. Fez as mesuras, também de praxe e foi se desfazer de sua tralha. Após um lapso de tempo aparece recomposto e contando os feitos daquela agradável e proveitosa diversão com seus cachorros americanos. O proseado é deveras agradável e todos se deliciam com os causos e peripécias narradas pelo dono da Fazenda. O Seu Pedro não deixava barato. Era de seu feitio exagerar nas vantagens de seus feitos. Valorizava sem quan84 Informe Expomontes 2015 tia. De vez em quando ou de quando em vez, Tia Arinha passava um rabo de olho que era correspondido pela cara metade e às vezes o rabo de olho era acompanhado por uma raiadinha, com a finalidade de amenizar os exageirinhos. Havia o entendimento do recado e o enquadramento nos conformes... A autoridade da dona da casa era inquestionável. Seu Pedro sabia muito bem até onde poderia cavalgar, mesmo que fosse em pelo...As arremetidas do dono do pedaço se dilatava mais um pouco quando a patroa dava uma ida à cozinha para espiar se estava tudo nos trinques. E o proseado se encaminhava dos mais animados. O Bispo se distraia e interagia com a animação da roda. É hora de dizer que Dom José, ao chegar, após uma espiada geral e meticulosa pela casa e ao redor, se instalou numa cadeira da linda mesa. Esta, compunha o mobiliário da sala de jantar, ou melhor, de almoço. A referida cadeira era a última, ou primeira, a depender do ângulo de visão. Era ao lado da parede, que ficava de frente para o fundo da casa. Ou seja, dava vista para a porta de vidro de onde se avistava as palmeiras e o pessegueiro. A cadeira era forrada com uma almofada amarronzada, diferenciando das demais. O Bispo não reparou. Os outros presentes sabiam que ali era o acento de Seu Pedro. A prosa prosseguia. O proseado tava bão. Seu Pedro estava muito incomodado. Ao aproximar de servir o almoço, iniciando a colocação dos talheres, a incomodação do anfitrião ia se intensificando.Tia Arinha e os demais notavam o desconforto do dono do lugar aposseado Seu Pedro era sertanejo de boa cepa, educado, voz grave, possante e direto no trato. O Bispo de nada desconfiava. Ao seu lado havia uma cadeira vaga, já previamente disponível para uma solução amena. No entanto, Seu Pedro ensejando ser o mais educado possível, mas na sua ligeireza e sem rodeio ou floreado virou-se para o Bispo e disparou: O Sr. não se incomodaria de sentar na cadeira ao lado? É que nessa cadeira o único fedaputa que senta sou eu! O Sr. não repara não!!! Foi uma risada, sem graça, geral. Houve uma descontração e todos deram continuidade ao almoço. Não sei o que aconteceu depois, a patroa deve ter formulado algum sermão ao patrão.... Parabéns, Montes Claros! Para a VLI, fazer parte da história dessa cidade é mais que um motivo de orgulho, é uma razão para agradecer. Esperamos que a cada ano nossos caminhos continuem se cruzando e continuemos a transformar juntos a logística do Brasil. Com você, crescemos juntos. A PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA DO NORTE DE MINAS X MUDANÇAS CLIMÁTICAS “NOVOS PARADIGMAS” A o contrário do que a maioria pensa, não esta chovendo menos no Norte de Minas quando consideramos a média histórica dos últimos anos, mesmo levando em conta este período de seca que atravessamos, quando registramos no ano agrícola 2014/2015 apenas 679 mm de chuvas, para uma média histórica de 1150 no município de Montes Claros. Contudo, ninguém tem dúvida quanto à veracidade das mudanças climáticas e seus efeitos maléficos nas distribuições das chuvas que aqui ocorrem, criando veranicos duradouros e com alta intensidade de insolação, sobretudo nos últimos anos, e sabemos que este quadro veio para ficar, cabendo a nós, nos adaptarmos e convivermos “bem” com ele. Faz-se necessário então, que busquemos novos modelos de produção, com total atenção a conservação do solo e água, e uso de alternativas para produção e estocagem de alimentos para o período seco. É aí que velhos” Paradigmas” necessitam ser “quebrados”, como: - Ser contra a construção de barramentos! Dentro de uma nova concepção de forma sustentável, pequenos e médios barramentos são indispensáveis para a viabilidade regional - Responsabilizar toda e qualquer irrigação como responsável pela falta de água! O que é um equívoco, obviamente desde que esta seja implantada de forma racional, respeitando as limitações ambientais, com a metodologia adequada, e reconhecendo-a como grande fonte geradora de alimentos, de geração de empregos, que são itens indispensáveis para a qualidade de vida da população regional. Mas para que este modelo adequado se aperfeiçoe 86 Informe Expomontes 2015 e se expanda, faz-se necessário um profundo estudo dos aquíferos subterrâneos na região, para que estes sejam explorados com segurança sem ficarem comprometidos. A irrigação de forrageiras para a alimentação do rebanho no período seco tem assegurado viabilidade da atividade! - Um novo modelo de financiamento rural! Será necessário um financiamento com vistas a recuperação da atividade, mas contendo, obrigatoriamente, inversões em conservação do meio ambiente, como: terraceamento, barraginhas, cercamento de nascentes e matas ciliares, e estes ajustados a prazos maiores, de 15 a 20 anos, permitindo assim o acesso aos produtores que muitas vezes já têm as suas garantias limitadas a novos financiamentos. -Novos cultivares de pastagens necessitam ser desenvolvidos através de melhoramento genético, assegurando as mesmas, características de convivência com estas grandes estiagens com as quais temos convivido Certamente não temos em mãos a receita pronta e muitos outros procedimentos nos ajudarão a convivermos com estes novos tempos, e dentro do próprio Norte de Minas modelos diferentes se adéquam, devido a grande diversidade, mas mudanças são necessárias e urgentes, na busca da viabilidade da produção da região. Ricardo Demicheli Gerente Regional Emater-MG Montes Claros EMATER-MG de Montes Claros A EMATER-MG está em Montes Claros desde 1962, quando se instalou primeiramente no Parque João Alencar Athayde. Na época era denominada ACAR e foi acolhida pela própria Sociedade Rural, que se mobilizou para trazer para a cidade a Empresa. De lá para cá, se solidificou como parceira dos Sindicatos Rurais, Prefeitura e Câmara Municipal de Vereadores em prol do desenvolvimento rural de Montes Claros. Composta por uma equipe técnica de sete extensionistas, para atender uma área de 3568,9 km² de extensão territorial, além de seus distritos, aproximadamente 170 associações comunitárias rurais, cuja população rural, segundo o IBGE, totaliza 17488 habitantes, representando 4,88% da população total. As ações de assistência técnica e extensão rural realizadas pela empresa são pautadas na Produção agropecuária com inclusão socioeconômica e produtiva de agricultores e jovens rurais; assessoramento técnico às unidades individuais e coletivas de beneficiamento e processamento de alimentos; organização e fortalecimento das formas associativistas de grupos de interesse, associações, cooperativas e conselhos de gestão; acesso às políticas públicas voltadas para o desenvolvimento rural; comercialização da produção com inserção da agricultura familiar no Mercado; preservação do meio ambiente e educação ambiental; segurança alimentar e nutricional das famílias; gestão dos empreendimentos familiares e coletivos; implementação de políticas públicas com aplicação de recursos para melhoria de vida do agricultor familiar. Resultados No ano de 2014 foram atendidos 2385 agricultores familiares, 165 jovens rurais, 147 produtores de médio e grande porte, 80 as- sociações comunitárias assistidas. Liberação de 96 projetos de crédito rural para um montante de recursos de R$ 3.190.000,00 aplicado, tendo o PRONAF a atenção especial. As atividades principais contempladas com o crédito rural foi a pecuária de leite com uma produção aproximada de 6.300.000 litros anual, pecuária de corte com uma produção de 3.300 toneladas de carne e a produção de hortifrutigranjeiros oriunda do cinturão verde de Montes Claros, alcançando uma produção média de 9.150 toneladas anual. Políticas públicas vêm sendo trabalhadas como fontes de mercado para a comercialização da produção da agricultura familiar, dentre elas o PAA – Programa de Aquisição de alimentos e o PNAE – Programa Nacional de Alimentação Escolar atendendo um montante aproximado de 550 famílias para um montante de R$ 2.000.000,00 de reais. Tais políticas públicas vêm contribuindo ainda para regulamentação de preços no mercado local, uma vez que essa produção não chega ao CEANORTE, sacolões e feiras livres. Ações voltadas para a convivência com a seca: Realização de campanhas educativas de preservação ambiental nas escolas urbanas e rurais, cursos, seminários e palestras realizados com agricultores sobre conservação de solo, curvas de nível, plantio em nível. Apoio na elaboração de projetos de revitalização de sub bacias hidrográficas, desdobrando em ações de cercamento de nascentes, confecção de terraços, cercamento de matas ciliares, construção de bacias de captação de água de enxurradas realizados no Planalto Rural com agricultores produtores de hortaliças com projeto contemplado pela Fundação Banco do Brasil e ASPROHPEN – Associação de Produtores de Hortaliças da Região do Pentáurea. Implementação das mesmas ações na região do Riachão através de projeto em parceria com o Governo federal por intermédio da CODEVASF e RURALMINAS. w w w.sociedaderural.com.br 87 Instituto Mineiro de Agropecuária A Coordenadoria Regional do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) de Montes Claros, atua diretamente em 12 Escritórios Seccionais (Esecs), 13 municipais e 14 Postos de Atendimento. A Campanha de 2014 foi encerrado com 1.690.000 bovinos existentes. A Defesa Sanitária Animal trabalha na prevenção e controle de Doenças e Zoonoses com foco principal na Febre Aftosa, atendendo também as demais enfermidades de grande importância para o agronegócio como a Brucelose , a Tuberculose, a Raiva, a Anemia Infecciosa Equina, o Mormo, a Peste Suína Clássica, New Castlé, dentre outras. São realizados cadastros de abrigos e capturas de morcegos hematófagos (vampiros transmissor da raiva), cadastro de propriedades, fiscalização de eventos pecuários de revendas de vacinas e produtos veterinários, etc, sempre buscando garantir a sanidade do rebanho e a saúde pública. Treinamento PASA ATIVIDADES EDUCATIVAS DA COORDENADORIA REGIONAL DO IMA EM MONTES CLAROS Projeto Sanitaristas Mirins O projeto tem por objetivo promover o aprendizado rural (Higiênico- sanitário) de estudantes, criando expectativa de influenciar positivamente seus comportamentos futuros, bem como de seus familiares em relação aos cuidados com a sanidade animal, vegetal, ambiental e segurança alimentar, orientando para sua permanência e sustentação no campo. PASA O PASA - Programa de Apoio à Saúde Agropecuária, visa o estreitamento entre o IMA e o pequeno produtor rural nos temas ligados à saúde agropecuária. De caráter inovador, o Programa de Apoio à Saúde Agropecuária é altamente capaz de gerar inclusão social, ocupação e complementar a renda dos pequenos agricultores.Em 2015 o programa será realizado em parceria com o SENAR. Agroindústria Familiar São políticas públicas, para que junto aos agricultores familiares no Norte de Minas possam ser incluídos nos processos de agroindustrialização de sua produção, gerando emprego e renda a partir da oferta de produtos de origem animal, cadastrados pelo sistema SIM/ SIE/SISBI-POA com qualidade para os mercados estadual e nacional Alunos do Projeto sanitarista Mirim em uma vacinação assistida contra Febre Aftosa 88 Informe Expomontes 2015 IMA ÁREA VEGETAL Monitoramento de Pragas: • Emissão da Permissão de Trânsito de Vegetais (PTV), obrigatória para o transporte de vegetais hospedeiros de pragas regulamentadas. • Coleta de amostras para exame laboratorial oficial, e definição de normas para a erradicação de plantas e interdição de propriedades. Fiscalização de Agrotóxico • Fiscalização dos estabelecimentos comerciais e prestadores de serviço registrados no IMA. • Fiscalização de propriedades rurais (uso) Realizada nas propriedades rurais selecionadas onde verifica-se o cumprimento das exigências legais previstas (uso de E.P.I.s e destino das embalagens vazias). • Coletar e remeter amostras para análises laboratoriais - Resíduos de agrotóxicos Comércio de Sementes e Mudas: Todo comerciante de sementes e mudas, pessoa física ou jurídica, deve ser inscrito no Registro Nacional de Sementes e Mudas (Renasem). Para solicitar o registro deve procurar o escritório do IMA. Produção Integrada de Frutas: Com intuito de conquistar novos mercados (interno e externo) aponta a origem, a qualidade e a rastreabilidade que são vistos como exigência comercial para os produtos agropecuários. Como consequência, a certificação se tornou um quesito decisivo na relação com os consumidores atentos aos processos produtivos que atendam às normas sanitárias, ambientais, trabalhistas e sobretudo a origem e qualidade. w w w.sociedaderural.com.br 89 Foram realizados nos últimos 10 anos no Norte de Minas cerca de 9.500 eventos e treinamentos. Senar Minas, parceiro do homem do campo A tuando no Norte de Minas há mais de 20 anos, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, Senar Minas, capacita mão-de-obra nas mais diversas áreas, formando gestores e lideranças rurais. A gerência regional de Montes Claros é responsável pelo atendimento de 72 municípios, por meio de 29 entidades cooperadas como sindicatos de produtores, trabalhadores, cooperativas e associações rurais. A entidade oferece, gratuitamente, capacitação profissional e promoção social aos produtores, trabalhadores rurais e seus familiares. Também proporciona programas como Gestão com Qualidade no Sindicato, Cidadão Rural, Família na Praça, Jovem no Campo, Negócio Certo Rural, Leite Legal, Alimentos Seguro, Esporte na Escola, Encontro das Famílias Rurais, entre outros. Anualmente, o Senar capacita em Minas Gerais cerca de 140 mil pessoas nas mais diversas áreas de atuação. Para isso, a entidade conta com instrutores capacitados de acordo com a metodologia, em que 90 Informe Expomontes 2015 o treinante “aprende a fazer fazendo”, desenvolvendo assim, as competências e habilidades necessárias para o exercício da ocupação e melhoria da qualidade de vida. Hoje, o Senar Minas oferece mais de 300 cursos e treinamentos para atender às necessidades do mercado de trabalho rural e realizar a promoção social das famílias rurais. Segundo o Gerente Regional, Dirceu Martins, isso reforça o crescimento do agronegócio na região e o reconhecimento do setor produtivo sobre a qualidade dos serviços oferecidos, que contam com a certificação ISO 9001. Segundo o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Montes Claros, Ricardo Laugthon, o Senar tem sido um grande parceiro do produtor e trabalhador rural, tem contribuído efetivamente na qualificação da mão de obra, no aumento da renda das famílias e consequentemente com a melhoria da qualidade de vida no campo, colaborando, assim para o desenvolvimento do agronegócio da região. Sendo 6.200 de Formação Profissional Rural, com capacitação de mão de obra de 78.600 trabalhadores. Nos Eventos de Promoção Social foram realizados 3.125 cursos, com atendimento de 45.620 trabalhadores, produtores rurais e suas famílias. Ao todo foram atendidos nos últimos 10 anos cerca de 152.000(cento e cinquenta e duas mil pessoas) Nova identidade da Rural A marca Sociedade Rural, acompanhando a evolução da entidade, que completou 71 anos, apresentou a logomarca da entidade. O conceito acolhe a linha reta, clássica, o que facilita a leitura. O S da palavra Sociedade no símbolo se alia ao chapéu, ícone do meio rural para representar umas das instituições mais sólidas de Montes Claros. O verde foi mantido, como representação de prosperidade, fertilidade e crescimento. Potência no turismo Expomontes é lembrada por turistas como destaque em Montes Claros D esde 2006 a Secretaria de Estado de Turismo realiza pesquisas com o objetivo de traçar o perfil turístico de alguns municípios mineiros. No fim de maio foi divulgado o resultado da pesquisa referente a 2014, quando 22 cidades mineiras foram analisadas em relação ao motivo de atração de turistas e a satisfação destes com a receptividade do local. Para aqueles que visitaram Montes Claros no ano passado 86% tiveram suas expectativas plenamente atendidas com a viagem. Pelos dados da pesquisa, o primeiro motivo de atração é visita a amigos e parentes que residam na cidade e logo atrás vem o turismo de negócios, que caracteriza o setor na cidade. Como polo industrial, universitário e de serviços, Montes Claros recebe pessoas interessadas em fazer compras, fechar negócios, tratar a saúde e estabelecer rede de contatos profissionais. Para a jornalista e turismóloga Gal Bernardo, esse é um potencial que precisa ser mais explorado e divulgado na cidade. “Montes Claros já possui boa rede hoteleira e ainda deve inaugurar mais dois hotéis 5 estrelas 92 Informe Expomontes 2015 nesse ano, mas é preciso uma maior conscientização turística da própria população. Se o turista chega e pergunta o que há de bom para se fazer na cidade, a maior parte da população não sabe falar bem dos nossos atrativos. Temos na cidade o maior parque urbano da América Latina, que é o Parque Estadual da Lapa Grande, mas quantos sabem e divulgam isso? Este é o ponto onde precisamos nos desenvolver”, analisa Gal. Dentre os pontos destacados na pesquisa, a gastronomia foi o ponto mais bem avaliado pelos turistas. Para a turismóloga, isso reflete o modo de ser do norte-mineiro: “Nossa culinária não é a mesma da cozinha mineira tradicional. Nosso forte é a carne de sol, o pequi, o requeijão, o que nos diferencia do resto do estado e cativa os turistas”. Para ela, toda essa produção norte-mineira é encontrada na Expomontes, a maior Feira Agropecuária da região. “A Expomontes resume tudo aquilo que nós somos e produzimos no Norte de Minas. É um evento ímpar que destaca e desenvolve o nosso turismo. Não apenas porque atrai pessoas para fazerem negócios ou curtirem as atrações da feira, mas porque mostra todas as riquezas e potencialidades que temos”, explica Gal Bernardo. Exatamente pelos fatores apontados pela turismóloga, a Expomontes e o Parque de Exposições João Alencar Athayde apareceram na pesquisa sendo lembrados pelos turistas como atrativos de Montes Claros. Com tantos bons motivos para curtir a Princesa do Norte, não é a toa que quem conhece se apaixona pela cidade: entre os entrevistados pela pesquisa, 87% pretendem retornar nos próximos dois anos. Se vierem em julho, podem comprar o passaporte da Expomontes e curtir a estadia! Durante dez dias a Feira movimenta R$ 350 milhões de reais, gera 4 mil empregos, promove 12 shows, tem 70 estandes para expositores, cerca de 1 mil animais inscritos para comercialização e julgamento, 10 mil animais em 10 leilões, 80 barracas de produtos da agricultura familiar, 20 brinquedos no Ita Parque, lazer, entretenimento, produção de conhecimento, formação, visibilidade, visitas técnicas, Dia de campo, Inclusão social, Mini-fazenda, turismo e impulso da economia, atraindo a atenção de 380 mil pessoas. “Não é a toa que a Expomontes foi um dos grandes destaque da pesquisa. Não tínhamos dúvidas, trabalhamos muito. É um feira que completa 58 anos. A cada ano aperfeiçoamos mais e buscamos melhorar nossos serviços”, afirma Moacyr Basso, Diretor da Sociedade Rural. Programação Expomontes A Expomontes, este ano em sua 41ª edição, reúne números que justificam o título de uma das maiores feiras agropecuárias do Norte de Minas Gerais. Cerca de 380 mil pessoas devem passar pelos portões do Parque de exposições João Alencar Athayde durante a Expomontes, muitas delas atraídas pelos shows com os artistas que estão em evidência Brasil afora. A Cia Promoções é a grande parceira da Sociedade Rural de Montes Claros na realização da feira agropecuária. Segundo o diretor Leonardo Andrade, a diretoria e a coordenação do evento trabalham em sintonia para garantir uma grade de shows diversificada e que agrade os mais variados públicos, passando por todos os gêneros musicais. “Nosso propósito é oferecer entretenimento de qualidade, trazendo para a Expomontes os nomes em evidência no cenário musical. Aliamos nossa experiência em promo94 Informe Expomontes 2015 ção de eventos à tradição de um dos eventos mais importantes da região. Priorizamos a excelência para oferecer o que há de melhor e mais atual e os resultados atestam esta meta”, avalia Leonardo Andrade. Os shows da Expomontes são uma realização da Cia Promoções em parceria com o empresário João Wellington e Na Caixa Promoções. São apresentadores dos shows a Orthomontes, Faculdades Integradas Pitágoras-Fip-Moc, Vivo e Brahma; patrocinadores: Gamma, Uai Tintas, Apolo Fitness Academia, Print Comunicação Visual, Albedo Uniformes e Celsom e apoio da Rádio Educadora AM, Rádio Itatiaia, Rádio Montes Claros 98 FM, Rádio Transamérica FM e Rádio 93 FM Cia Promoções traz para a Expomontes uma programação de shows que garante sucesso de público Shows para todos os estilos Os shows estão entre os grandes atrativos da 41ª Expomontes. Para atender ao exigente público, a diretoria da Cia Promoções investiu, mais uma vez na diversidade e trará desde o tradicional e bom sertanejo, passando pelo melhor do pop rock, pagode e forró, além de grandes nomes da música católica e gospel. Nesta edição, o objetivo é consolidar a parceria de sucesso com a Sociedade Rural, iniciada em 2011 e superar as expectativas do público com shows de ponta que garantem o entretenimento dos visitantes. Quinta e Sexta 2/7 A banda Skank faz a abertura da exposição no dia 2 de julho e na sexta-feira, dia 3, Michel Teló faz o show de comemoração dos 158 anos de Montes Claros, numa promoção da Prefeitura Municipal. Segunda 5/7 A programação de shows continua no dia 6, com o show católico em parceria com a Santa Casa de Montes Claros, cuja renda será revertida para a aquisição de compra de respiradores para o CTI Neonatal da Santa Casa. O evento contará com os artistas Davidson Silva (ganhador do prêmio Louvemos 2015, na categoria de melhor intérprete), Celina Borges (uma das grandes vozes da musica católica) e participação especial de Eros Biondini. Sábado 3/7 Muito romantismo na noite de sábado com a dupla Bruno e Marrone, sucesso em todo o Brasil com 28 anos de carreira. A dupla já lançou 17 CDs e 6 DVDs, totalizando mais de 11 milhões de cópias vendidas, três discos de platina, um platina duplo, um de ouro e um de diamante.ut faceped errorum. Terça 6/7 No dia 7, o público gospel promete lotar o parque para receber o cantor Davi Sacer, compositor, produtor musical e multi-instrumentista cristão. Em mais de dez anos de carreira profissional como músico, Davi Sacer vendeu mais de quatro milhões de cópias, além de ter se apresentado em todo o Brasil e no exterior. Foi indicado ao Troféu Promessas e vencedor três vezes no Troféu Talento. Quarta 7/7 Domingo 4/7 No domingo, dia 5, o público jovem vibrará com as músicas de Henrique e Juliano, os irmãos que vem sendo o xodó nacional com sucessos na lista das mais tocadas em todo o país, como “Cuida bem dela” e “Suíte 14”. A beleza e energia de Alline Rosa e do cantor Linnoy esquentam a noite de quarta-feira, dia 8. A baiana Alline Rosa começou a carreira cantando em bandas de forró e de axé, já foi vocalista da banda Cheiro de Amor e hoje segue carreira solo. Depois de rodar todo o Brasil à frente da banda Os Sungas, com hits como “Domingo de Manhã”, Linnoy se reinventa com uma proposta completamente moderna. Assim como toda a música baiana, o cantor é plural e investe na mistura de ritmos nessa nova fase de sua carreira. Sexta 8/7 Pagode, samba e o charme da banda Sorriso Maroto no dia 10. Sorriso Maroto é originário do Rio de Janeiro. Fundado em 1997, o grupo já vendeu mais de 2 milhões de discos, entre CDs e DVDs. As músicas do grupo têm letras que falam principalmente sobre amor e paquera de forma divertida e atual. Entre os maiores sucessos do grupo estão as músicas “Assim Você Mata o Papai”, “Clichê”, “5 Estrelas”, “Perdas E Danos” e “Pôr Do Sol”. w w w.sociedaderural.com.br 95 Quinta 9/7 O público pediu e a Cia Promoções atendeu. O “rei da sofrência” Pablo vai fazer muita gente chorar de amor no show da quinta-feira, 9 de julho. Considerado um fenômeno da música romântica, Pablo já vendeu milhões de CDs e conquista, a cada dia que passa, um número maior de fãs. Sábado 10/7 E o fim de semana que encerra a Expomontes vai levantar poeira no Parque João Alencar Athayde. Um dos pontos altos da festa será o show “Cabaré”, que reúne no mesmo palco Leonardo e Eduardo Costa. O show “Cabaré” traz clássicos que fizeram sucesso nas décadas de 80 e 90 nas vozes de Waldick Soriano, Reginaldo Rossi, João Mineiro e Marciano, Amado Batista, Trio Parada Dura e de expressivas duplas do cancioneiro popular brasileiro. Nas vozes de Leonardo e Eduardo Costa, as músicas ganharam uma nova roupagem e interpretações impecáveis. Aliadas ao restante da concepção artística, o projeto leva o público ao delírio num verdadeiro cabaré. Domingo 11/7 No domingo, tem atração especial para o público infantil, às 17 horas. É a peça teatral Dora Aventureira e Peppa Pig para mexer com a imaginação das crianças e garantir entretenimento e lazer para as famílias. U m dos diferenciais na Expomontes é o Camarote Oficial, nos dias 02, 04, 05, 09, 10, 11 e 12 de julho. Neste espaço, quem curte a boa música apreciará os shows com localização privilegiada, com mais conforto e segurança – bares e banheiros exclusivos, além de uma programação exclusiva de pockets shows antes e depois dos shows principais, até às 3 horas. O ingresso do Camarote será separado do show artístico. “Quem vai para a Expomontes encontra uma grande festa repleta de atrativos e quem vai pro Camarote, encontra uma festa dentro de uma festa maior”, comenta Thiago Rezende, coordenador dos shows da Expomontes. As atrações já confirmadas são Sérgio e Rodrigo, Gorilla Groove, João Vitor e Matheus, DJ Samira Lima, Tabu, Lucas e Eduardo, Bárbara Lopes, B.N.B.C, Patrick Dias e DJ Pablo Ribeiro. 96 Informe Expomontes 2015 Hamilton Trindade Educador e professor Festa de arromba U ma festa se diz de arromba quando é muito maneira e muito grande e muito boa! Olhando os vários significados de arromba - cantiga ruidosa para a viola; excelente; grandioso; assombroso, de espantar; uma festa de arromba; liquidação de arromba. Arromba é isso. O que nos chama a atenção, e muito. O que nos contamina. O que nos prende a visão. O que nos cativa. O que nos permite a admiração. É assim a festa que vivenciamos em dez dias, em Montes Claros. E, porque não dizer, no Norte de Minas. E, mais, em Minas Gerais. Uma festa das maiores do Brasil. De arromba, a festa. Que nos faz, individualmente e em multidão. Dia após dia. Gente de todos os tamanhos, de todas as raças e cores, de todos os segmentos da sociedade. Embevecidos e vibrantes e conviventes. Reunidos no mesmo espaço, ou em todos os espaços do seu espaço, de festa de arromba. Os que a organizaram, somados aos colaboradores e a todos que lhe são causa e razão, ali estão. Proclamando e fazendo expor uma das maiores e mais sedimentadas fontes de riquezas e da produção e dos produtos de Montes Claros e do Norte de Minas. A exuberância do agronegócio, em todas as suas mais diversificadas vertentes. Demonstração inconteste da força do campo. Agronegócio. Agroindústria. Agropecuária. Agricultura e pecuária. Os produtores, o grupo de técnicos e colaboradores e agregados de alta capacidade e tenacidade, ímpares. Leilões e exposição de todo este setor da economia e do desenvolvimento e, gosto mais de dizer, da produção do campo. Equinos e bovinos de alta linhagem. Chaman- do a atenção de todo o País. Os bancos de fomento e de financiamentos, também presentes e atuantes. Lado a lado, com o grande número de expositores de maquinários, implementos e veículos, os mais modernos e de acentuada tecnologia. Na grande festa de arromba. A 41a Exposição Agropecuária de Montes Claros. Os shows, dessa vez, consagração da música apropriada, contaminantes e efervescentes, compatíveis com a festa, fizeram uma multidão estar presente. Em convivência de admiração, vibração e harmonia. Restaurantes, bares e barracas/ quiosques davam o tom da culinária, com as suas formas e fórmulas e apresentações, as mais diversas e variadas. O parque de diversões e de brinquedos, com as cores de balões e das guloseimas apropriadas, entre elas a pipoca e o algodão doce, fizeram o encantamento da criançada e dos seus pais e avós. Da família, enfim. De fato, uma festa de arromba. Um brado de louvor e agradecimentos a este bravo povo que produz, do campo, com a sua força, vigor e tenacidade, o desenvolvimento que alimenta o corpo, a alma e os negócios. Como um dos maiores fatores da economia. Segmento que, modernizado e com alta tecnologia, produz. É de fato a força do campo para a cidade. Uma festa de arromba, construída com a determinação, o heroísmo, a dedicação, a competência e o dinamismo do homem e da mulher do campo! 41ª Exposição Agropecuária, no Parque de Exposições João Alencar Athayde. Uma festa de arromba. Feira da agricultura familiar Espaço para o pequeno produtor “Se o homem do campo não roça, a cidade não almoça; se o homem do campo não planta, a cidade não janta” Com pequenas produções e muito trabalho em família, os agricultores familiares mostram a qualidade e o desejo de trazer novidades para a 5ª Feira de Agricultura Familiar durante a Expomontes, realizada pela Sociedade Rural, EmaterMG e Prefeitura de Montes Claros. C ada agricultor planta uma semente na roça e depois colhe muitos frutos em conjunto. Essa é a perspectiva dos participantes da Feira de Agricultura Familiar, que ocorre na 41ª Exposição Agropecuária de Montes Claros. Já se passaram quatro anos desde a primeira investida nesse setor durante a Exposição. “A cada edição a importância da atividade fica maior tanto para quem visita quanto para quem traz as novidades”, conta Reinaldo Nunes, coordenador técnico regional da Emater. Segundo o extensionista, são 40 famílias dividias em 35 barracas com produtos como mel, rapadura, doces, verduras, arroz com pequi, beiju, entre outras delicias que fisgam o público que passa pelo local. Outro destaque é o artesanato que encanta os olhos com diferentes trabalhos artísticos. “A Emater faz um apanhado do que tem de melhor e vem se destacando para chegar a Expomontes com variedade de produtos”. O presidente de Rural, Osmani Barbosa Neto, idealizador deste projeto, afirma que o objetivo é agregar todos os setores da agropecuária, é o papel da Sociedade Rural. 98 Informe Expomontes 2015 “Formamos um único time, independente do tamanho da contribuição, e cada um vence com sua ferramenta, mostrando seu potencial. Esse espaço dedicado ao trabalho em família mostra a diversidade da nossa região”, afirma Osmani Barbosa Neto, presidente da Sociedade Rural. Eugênio Ferreira vem pelo terceiro ano com a família vender produtos da Feira. “Nós vamos vender arroz com pequi, paçoca, suco. Depois que participei pela primeira vez, o resultado mudou bastante, hoje levo minhas verduras para a Ceanorte”. Além das comidas prontas, ele venderá hortaliças fruto do trabalho dele, da esposa e de um sobrinho. “É um trabalho que não para. Quando eu não estou lá, eles fazem o serviço”. “Esse trabalho com agricultura parece recente pelo olhar que está acontecendo agora, mas o empenho desses agricultores vem do Brasil Colonial. São muitos anos de trabalho. Antigamente, essas pessoas viviam do pouco que produziam. Agora, elas fazem para consumo próprio e gerar renda”, relata Reinaldo. De acordo com a Emater, hoje a agricultura familiar é responsável por 70% da pro- “Aqui é um meio de fazer propaganda, por isso tem que ter produto suficiente pra atender o volume de pessoas que passam pelo evento”. Robson Ferreira também é extensionista da Emater. Ele conta que um dos focos de trabalho desses produtores é chamar atenção durante a exposição para ganhar novos clientes durante o ano. “Muitos dos que vêm aqui para expor seus produtos pela primeira vez já saem pensando em como melhorar ainda mais os produtos. O contato com outros agricultores facilita nessa troca de experiência. Aqui tem uma diversidade do campo e os agricultores são valorizados”, afirma. dução hortifrutigranjeiro do município de Montes Claros. Esse é o resultado do trabalho de 4.200 famílias de agricultores em 150 comunidades. “Trazemos aqui a união dos pequenos que juntos ficam grandes. Antes esses produtores ficavam mais escondidos. A Expomontes trouxe um novo olhar para eles e beneficiou a produção”, destaca Reinaldo. Das terras destinadas a agricultura familiar, elas estão dividias em maior parte para as pastagens e lavouras mostrando que são os pequenos os responsáveis por grande parte da alimentação. “As grandes lavouras no país destinam muito seus produtos para exportação, como a soja. Quem garante a maior parte da alimentação básica é o pequeno agricultor, que planta milho, mandioca, feijão e tantos outros alimentos”, reitera Reinaldo. Os agricultores selecionados são de comunidades rurais de Montes Claros e de municípios da região. “Os produtores vem com força e ficam satisfeitos com os resultados. Eles ficam com vontade de retornar no ano seguinte. Quem toma interesse por um doce especifico compra e leva o telefone para ligar e comprar mais. A Emater oferece a consulta técnica para melhorar o produto. A consequência do trabalho é ampliar o mercado deles, que estão preparados para deixar o telefone, dizer como encontrar o produto e até fazer encomendas.”, explica Robson. Quem vem expor pela primeira vez é a Sandra Brito com seus peixes ornamentais. Ela fala que já veio ver como funciona a Feira como visitante e agora a ansiedade toma conta. “Eu estou como uma criança esperando o dia do aniversário. Estou concentrada para dar tudo certo”. Ela conhece os bons resultados que outros produtores tiveram e espera conseguir o mesmo. “Quero que sirva como um cartão de visitas para o restante do ano. Trabalho com o meu marido e queremos crescer”, conta. Dados da Emater mostram que em Montes Claros existe uma área plantada de 4.488 hectares com os produtos arroz, feijão, milho, mandioca, sorgo, frutas em geral, cana de açúcar para uma produção estimada em 49.851 toneladas/ano. São as maiores plantações as de milho com 2.500 hectares plantados e feijão com 800 hectares. Reinaldo explica que são escolhidas as famílias depois de uma seleção. “O trabalho da Emater é ajudar os produtores a beneficiar o que produzem. O valor de algo in natura é inferior, depois de beneficiar agregamos mais. Agora, para chegar até a Expomontes, eles precisam estar de acordo com padrões de higiene e qualidade”. Outro fator importante é a quantidade que vai ser ofertada: CONHECIMENTO Paralelo a Feira, ocorrerá um ciclo de palestras e um dia de campo para que os participantes recebam treinamentos técnicos e gerenciais para aplicar em sua atividade. A agricultura familiar consiste em um meio de organização das produções agrícolas que são gerenciadas e operadas por uma família e, predominantemente dependentes de mão de obra familiar. w w w.sociedaderural.com.br 99 Feira da agricultura familiar Depoimentos Coco macaúbas e gamelas – As mulheres apresentadas por Magda Suely Lopes nascem de seu poder de observação e de sua veia criativa, quando monta as personagens cheia de detalhes, representando as lutadoras do campo. Brincos e lenha recebem o mesmo detalhamento, fazendo-as únicas e encantando os visitantes. Doces de frutas e leite – O casal Liiz Carlos de Oliveira e Celeste Oliveira sempre trabalhou no campo. As hortas, gado e aves deram lugar aos tachos e ao cheiro doce do açúcar. Depois do treinamento junto ao EMATER o empenho em trabalhar da maneira correta mudou o cenário no sítio da família. Encomendas de toda parte, ampliações no espaço e uma marca que já faz sucesso em outras feiras de agricultura familiar pelo pais. Caso de sucesso a ser provado na Expomontes. 100 Informe Expomontes 2015 Arte funcional – A rudeza do trabalho diário não afastou João Tadeu Gomes do seu dom. Com pequenos talhos de madeira, ele é capaz de fazer obras admiráveis de design sem ter tido uma orientação para isso. Gamelas, tábuas, carros de boi e pilões bem acabados ladeiam frutas de madeira, bichos e flores, causando verdadeiro encantamento. Surpreende o jogo de cores, as formas e a beleza da madeira trabalhada. Diversidade e acabamento – Flores e folhas nas hortas, mudas cultivadas no jardim e fitas de cetim no ateliê de costura. Ligia Gomes Ribeiro sempre procurou o colorido das flores para repeti-las nas suas fitas. Com arcos e arte, o trabalho feminino e criativo completa a renda da família que vive numa pequena comunidade. Rádio Expomontes Rádio serve para divulgar o melhor da Mostra em dez dias A Rádio Expomontes é o canal mais eficiente de comunicação da 41ª Expomontes, dentro do Parque de Exposições João Alencar Athayde, em Montes Claros. Fundada há mais de 40 anos tem como premissa divulgar produtos e serviços da agropecuária. A Rádio atual é mais arrojada, com estúdio e cabine próprios e três locutores. Diariamente são notícias, dicas para o produtor rural, minuto no campo, informações de agronegócios, dicas de meio ambiente , informações dos shows, leilões, Hora certa e músicas de sucesso. Além de avisos de utilidade pública, crianças perdidas e documentos abandonados. “O retorno para os clientes é 100%. Quem anuncia, tem um excelente resultado. Já temos uma carteira de clientes fixa para a Exposição. É gratificante ver o empresário investindo nessa área”, comemora Célia Caldeira, que coordena o trabalho há 13 anos. A Rádio funciona das 8h às 22h, possui 44 caixas de som e 2,2 mil metros de cabos espalhados pelo maior complexo de eventos do Norte de Minas. História O ofício de anunciar o que acontece era de responsabilidade do saudoso Elias Tavares. A Rádio fica embaixo do Palco principal na Cabine Elias Tavares, que voltou a funcionar em 1994 e leva o nome do precursor na locução de pista dentro do Parque. Foi ele quem criou o sim interno e viabilizou o formato da rádio, que inicialmente, era somente para divulgar pessoas e ou objetos desaparecidos. Informações (38) 9979 1288 w w w.sociedaderural.com.br 101 No ritmo do campo Artistas da terra se apresentam na Agricultura Familiar D esde 2011 a Feira da Agricultura Familiar é um sucesso dentro da Expomontes. Seja na alimentação ou no artesanato, neste espaço o público tem acesso à produção que remete às raízes do nosso povo. Não por acaso, o espaço fica sempre cheio durante a festa. Neste ano, o local terá ainda mais motivos para atrair multidões. Quem for comprar um doce cristalizado, comer um beiju ou apreciar a arte feita pelos agricultores familiares poderá ainda desfrutar da música sertaneja de raiz que vai embalar a realização da 5ª edição da feira. Há 50 anos trabalhando no meio musical, o radialista Zé Vicente foi convidado pelo presidente Osmani Barbosa para coordenar as atrações musicais da feira. “É como se diz no ditado popular: juntou a fome com a vontade de comer. A nossa culinária e artesanato têm tudo a ver com a música de raiz, que é a que nós privilegiamos. Essas três coisas simbolizam muito o nosso povo, o qual queremos sempre valorizar”, comemora Zé Vicente. Na parte da manhã, a cada dia devem passar pelo palco da feira dois artistas, mas o radialista destaca o caráter interativo da atração. “Em todo canto tem um cantor escondido, alguém que gosta de cantar. A intenção é poder dar espaço também para essas pessoas do público, para mostrar de verdade os dons e talentos da nossa terra”, destaca. 102 Informe Expomontes 2015 Adrenalina para todas as idades P ara quem gosta de muita adrenalina não vai faltar opção no Ita Park, responsável pelo Parque de Diversões da Expomontes, que este ano traz para o evento brinquedos apropriados para todas as idades. O parque de diversões é uma porta para toda a alegria e aventura para todos os visitantes da Exposição. Eloene Azevedo é mãe de dois filhos: Luana, de 7 anos e João Pedro, de 6 anos. Ela sabe que quando vier ao Parque de Exposições João Alencar Athayde, uma parada obrigatória é nos brinquedos. “Eles ficam loucos [risos]. Não cansam”. E vai ser preciso energia. São 18 equipamentos este ano. Os conhecidos: carrossel, bate-bate entre outros. “A bateria de uma criança não tem fim em quando eles veem tudo isso não querem parar de brincar!”, afirma Eloene. Para quem quiser ter uma aventura dentro da Exposição, entre as novidades desse ano está o “Fly Zone”, que é sucesso fora do Brasil. Outro brinquedo novo, é o “Terminator”, que vai deixar os corajosos de cabeça para baixo! De acordo com César Adriano, da Itapark, a expectativa “como nos anos anteriores é de sucesso. São mais de 50 anos de funcionamento e há 16 na Expomontes”. Para garantir a segurança de quem quiser se aventurar, os brinquedos passaram por manutenções preventivas diariamente. “Todos os brinquedos possuem atestado de responsabilidade técnica e laudos, de montagem e execução, que foram apresentados ao Corpo de Bombeiros”, afirma César. O Itapark funcionará durante toda a 41° Expomontes. Fazendinha Educação rural A Mini Fazenda Pequi Nino chega à quinta edição na 41ª Expomontes. Mais de 20 mil crianças de 02 a 10 anos já participaram das atividades do projeto, que visa levar educação rural ao público urbano. Cláudio Costa é pedagogo e considera importante trazer conteúdos assim para a vivência das crianças. "O convívio da criança com os animais é instigante na concepção de descobrir mais sobre a vida e até cuidados necessários na criação. Os bichinhos na mini fazenda ajudam de forma lúdica e ajuda na imaginação, que é muito importante nessa fase de descobertas do mundo", explica. E as novidades para as crianças trazem benefícios para o convívio social. "A interação também pode ser promovida pelos contatos com os animais e crianças na educação infantil, aprendendo a se relacionar e estimulando os conceitos de responsabilidade, amor e respeito", afirma Cláudio. De forma simples e trazendo conhecimento em formato de diversão a visita oferece um mundo distante para muitas crianças hoje em dia. “Queremos que a garotada tenha vivência de como a comida chega à mesa da gente. O bife não 'nasce' na prateleira do supermercado. Na roça está a nossa origem. É de lá que vem toda a comida e nesse mundo frenético atual coisas simples, básicas mesmo, estão sendo deixadas de lado. A ideia principal é mostrar que existe vida fora do urbano e que o rural é imprescindível para a nossa sobrevivência", garante o presidente da Sociedade Rural, Osmani Barbosa Neto. As visitas monitoradas são nos turnos matutino e vespertino e são promovidas de 06 a 10 de julho. O design da área foi alterado para que toda a comunidade seja atendida. Estarão em exposição pôneis, vacas, 104 Informe Expomontes 2015 pássaros, coelhos, perus, galos gigantes e outros. Além dos animais reais, a decoração será com lindos animais de fibra feitos pelo artista plástico Cláudio de Souza, móveis rústicos e paisagismo. Kelly Cardoso coordena a Fazendinha. Ela afirma que a expectativa de 2015 é que os conceitos ensinados sejam absorvidos pela criançada. “Cada escola é recebida com personagens da Mini Fazenda "Pequi Nino". O Pequi gigante é o anfitrião das crianças que percorre diversas áreas do Parque até a Fazendinha. Estamos animados e acreditamos em recorde de público. A Mini Fazenda é para toda família”, garante Kelly Cardoso. Novidades A professora da Geografia, Gisele Petroni, além de ministrar aulas, desenvolve trabalhos voluntários na área rural. Em 2015, ela integra o Projeto da Fazendinha, que considera de extrema importância. “É importante que crianças compreendam a prática agrícola, principalmente na nossa região onde a maior parte da nossa economia vem da agropecuária. Vamos trabalhar com os estudantes, desde como é a formação dos solos à importância da produção de alimentos e a preservação da natureza. A ideia é que eles entendem que podemos produzir bem e ao mesmo tempo preservar, como as revitalizações das nascentes e olhos d’água, a proteção das partes que são reservadas e a produção para a população alimentar”, afirma a educadora. Ela também descreve que está à disposição do público todos os tipos de criação e plantações. “E esse ano temos várias novidades, entre elas, as plantações de sementes de várias espécies e como cuidar de uma planta, regando, adubando de forma consciente e sabendo reaproveitar o solo. As sementes plantadas serão doadas durante a 41ª Expomontes”, divulga. Espaço Kids Outra sensação desse ano é o Espaço Kids, voltado para crianças de 2 a 10 anos, onde os pais podem deixar as crianças aos cuidados dos monitores nos dias de shows e finais de semana. São oferecidos brinquedos pedagógicos, oficinas criativas, brincadeiras, tatuagens e desenhos para pintar e colorir de animais de fazenda e personagens infantis. w w w.sociedaderural.com.br 105 A CIA agradece aos seus parceiros: FACULDADES INTEGRADAS PITÁGORAS 106 Informe Expomontes 2015 CRMV-MG PARTICIPA DA 41ª Expomontes O Conselho Regional de Medicina Veterinária de Minas Gerais (CRMV-MG), entidade responsável pela fiscalização do exercício profissional dos Médicos Veterinários e Zootecnistas de Minas Gerais, novamente integra o grupo de expositores da Mostra. Durante a Exposição, serão realizadas ações de promoção das duas profissões, dentro da política de Valorização e Respeito Profissional do Conselho. No estande, são atendidos visitantes e profissionais, onde todos terão oportunidade de conheceras ações desenvolvidas pelos Médicos Veterinários e Zootecnistas em suas diferentes áreas de atuação e a contribuição que este trabalho traz à sociedade. Objetiva-se ainda a disseminação de informações o Conselho de Classe, as profissões, dentre outros assuntos. Estão programados, também, a realização do curso de IV Atualização Zootécnica e o V Dia de Campo da Bovinocultura, eventos voltados para a capacitação contínua dos profissionais. No dia 09 será realizado o Dia de Campo da Bovinocultura, que contará com palestras sobre controle zootécnico, criação de bezerros, produção em pequenas áreas irrigadas, manejo nutricional e seleção de touros para inseminação artificial. Já no dia 10, acontecerá a IV Atualização Zootécnica, com palestras sobre alimentos alternativos para rações concentradas de animais e também sobre manejo preventivo de diarréia e cólica equina. Esta participação do Conselho de Classe na 41ª Expomontes é o resultado de uma parceria entre o CRMV-MG e a Sociedade Rural, coordenada pela Dra Silene Barreto, delegada regional do CRMV-MG em Montes Claros. Conta, também, com a importante contribuição de outros parceiros, como as Instituições de Ensino de Medicina Veterinária e de Zootecnia da região, da AVZ Norte de Minas (Associação dos Médicos Veterinários e Zootecnistas do Norte de Minas), Sicoob/Credinor e da Emater-MG. w w w.sociedaderural.com.br 107 Uma Expomontes mais segura D epois de avaliações dos trabalhos da edição 2014 da Expomontes órgãos de segurança pública e organizadores definiram estratégias para a 41ª Exposição Agropecuária de Montes Claros. Junto da Sociedade Rural, que realiza o evento, se reuniram as Polícias Militar, Civil e Federal, Ministério Público, Bombeiros, a Cia Promoções e a Prefeitura de Montes Claros. terno do Parque por meio dessas parcerias importantes. Nossa intenção é oferecer uma Expomontes melhor a cada ano e um evento desse porte merece atenção especial na área de segurança”, afirma o diretor da Sociedade Rural Bernardo Pinheiro. “Cada vez mais queremos avançar, melhorar o trabalho que nos propomos a fazer”, afirma Osmani Barbosa Neto, presidente da Sociedade Rural. A Expomontes movimenta R$ 350 milhões de reais e gera 4 mil empregos. “Sofremos no planejamento para evitar contratempos ao longo do evento. Queremos repetir o que funcionou no ano passado nas diferentes áreas e pensamos em novas possibilidades para melhorar as prioridades”, afirma o Major Rômulo Gonçalves, da Polícia Militar. “Somos nós, produtores rurais, que sonhamos o ano todo com a Feira. A Exposição é a ‘menina dos olhos de cada homem do campo’. É para lá que levamos o nosso melhor produto e é para lá que voltamos nossos olhos”, diz o diretor da Sociedade Rural Sérgio Peres. A Exposição é uma dos maiores da sua categoria no País. Manter o conforto e integridade das pessoas que passam pelo Parque de Exposições João Alencar Athayde e seu entorno é o objetivo do grupo, que definiu as estratégias e atitudes a serem tomadas em caso de eventualidades. “Vamos manter o controle interno e ex108 Informe Expomontes 2015 Um circuito interno de segurança foi implantado com câmeras nas principais vias de acesso, além dos portões de entrada. Posto de Comando Unificado Um Posto de Comando Unificado terá representantes de diversos órgãos de segurança pública, agentes da Prefeitura Municipal, MCTrans, Polícia Militar, Agentes Penitenciários, Cemig, Profissionais de Segurança privada, representantes da Sociedade Rural, Cia Promoções e Total Eventos. O Conselho Tute- lar também está todos os dias da exposição. “Nosso objetivo é reunir responsáveis diretos ou indiretos com a Expomontes para que possamos antecipar atividades e definir as responsabilidades para o êxito do evento. Focamos na prevenção, na coesão dos esforços para oferecermos uma melhor prestação de serviços”, concluiu o coronel César Ricardo, da Polícia Militar. “Aumentamos a quantidade de profissionais capacitados com o treinamento prévio do Curso Básico de Sistema de Comando de Operações (SCO). Em 2014, foram 300, agora foram 500. Traçamos ações de resposta com vistas a minimizar os possíveis dados em situações críticas, caso ocorram”, afirma Waldeci Gouveia Rodrigues, Major BM, Comandante do 7º Batalhão de Bombeiros Militar. Carreta Comando A novidade no termo de segurança é a presença de uma Carreta Comando. Esse veículo é destinado a acompanhar a movimentação em grandes eventos e conta com câmeras de segurança para o controle de tumultos. Para manter a segurança de quem estiver na Expomontes, além do acompanhamento das Polícias Militar, Civil e Bombeiros, a organização do evento vai disponibilizar 1.250 seguranças particulares. Médicos e socorristas também estão à disposição. Venda de bebidas Uma das deliberações da cúpula de segurança foi a tolerância zero com a venda e consumo de bebidas alcoólicas para menores de 18 anos. A comercialização, que é proibida por lei, ganhou destaque por meio de anúncios visuais e ao longo do dia pela Rádio Expomontes. Bebidas em garrafas de vidro também não serão permitidas no interior do Parque. “Vamos fazer o que está dentro da nossa responsabilidade para evitar que jovens menores de 18 anos comprem qualquer tipo de bebida”, afirmou Juliano Dias, que é representante da empresa responsável pelas barracas de alimentação. Trânsito e estacionamento O trânsito na região do Parque de Exposições também receberá atenção especial nos dez dias do Expomontes. Medidas preventivas são tomadas pela MCTrans para facilitar o fluxo de veículos. A Ferrovia Centro Atlântica determinou que o terreno do entorno do Parque de Exposições seja cuidado pela Guarda Mirim. O valor arrecadado nos dias de Expomontes será destinado a entidade. Meio Ambiente O Conselho Municipal de Defesa e Conservação do Meio Ambiente (Codema) de Montes Claros aprovou, por unanimidade, a extensão de horário dos shows realizados durante a 41ª Expomontes. A legislação de meio ambiente do Município determina que os eventos de grande público finalizem às 23h59. As atrações da Exposição poderão ser apresentar até às 0h59, conforme deliberação do Órgão Máximo de meio ambiente do Município. w w w.sociedaderural.com.br 109 PMMG NA EXPOMONTES 2015: PARCERIA DE SUCESSO A Polícia Militar de Minas Gerais, cujas origens históricas remontam os idos de 1775, comemorou, no dia 9 de junho de 2015, mais um ano de existência, constituindo-se na mais antiga fração de tropa paga do país, tendo como missão precípua a atividade de segurança pública. Em seus 240 anos, a PMMG sempre pautou suas atividades na busca incansável pela produção de segurança pública com qualidade, respeitando valores como lealdade, disciplina, ética, justiça, hierarquia e representatividade trabalhando, diuturnamente, somando esforços junto à comunidade para aumentar, cada vez mais, a sensação de segurança da sociedade a que pertence, e a quem tem a honra de servir, visando cumprir a sua missão constitucional de manutenção da ordem pública, por intermédio do policiamento ostensivo promovendo, assim, a tão sonhada paz social. Todo o contexto até aqui exposto resume-se no lema adotado pela instituição quando do seu aniversário: “valorizar o nosso policial militar e somar esforços para a construção de uma ambiente mais seguro”. Neste ano de celebração, a Décima Primeira Região da Polícia Militar de Minas Gerais, sediada em Montes Claros, participa, mais uma vez, da Exposição Agropecuária de Montes Claros, uma das maiores festas de agronegócios do país. Esta parceria de sucesso estabeleceu-se desde a primeira edição do evento, com a Polícia Militar assegurando a segurança de todos os presentes nesse grande evento que atrai pessoas de todas as Gerais e movimenta grandes somas em dinheiro e negócios. Objetivando o sucesso do evento no que se refere à segurança, foram realizadas várias reuniões, com todos os envolvidos, para planejamento de ações voltadas à plena e satisfatória execução do policiamento no decorrer dos doze dias em que acontecerá a Expomontes, tanto no interior quanto no exterior do Parque de Exposições. Para o ano de 2015, inovações serão implementadas pela PMMG com vistas a garantir a criação de uma ambiente seguro no Parque João Alencar Athayde, local de realização do evento, bem como em seu entorno, sen110 Informe Expomontes 2015 do que os postos policiais funcionarão 24h para atendimento às demandas da comunidade. O policiamento contará com um grande efetivo nos doze dias de exposição e será incrementado pela Plataforma de Observação elevada – POE-, utilizado pela Polícia Militar pela primeira vez na Copa do Mundo do Brasil, em 2014, e, de maneira inédita, será utilizada em evento no norte de minas. O POE é uma central moderna de videomonitoramento, montada em um caminhão que possui uma torre de câmeras a ele acopladas, permitindo aos policiais militares empregados nesse tipo de policiamento, uma ampla visão de todo evento. A Polícia Militar também estará presente no Sistema de Controle de Operações – SCO – no interior do Parque, que se destinará à atuação, caso haja a ocorrência de uma situação adversa que se transforme em uma situação crítica, exigindo uma metodologia integrada, congregando os vários atores do Sistema de Defesa Social. Nos telões, localizados no interior do parque, serão veiculados vídeos animados contendo dicas de autoproteção, com vistas a auxiliar os presentes quando a adoção de condutas que inibam a ocorrência de crimes a sua consequente vitimização. A Polícia Militar, em parceria com a Sociedade Rural, realizadora do evento, estão envidando todos os esforços necessários para fazer desta edição da Expomontes verdadeiramente Surpreendente em segurança, tranquilidade e diversão sadia, transformando o Parque João Alencar Athayde em um ambiente verdadeiramente seguro. w w w.sociedaderural.com.br 111 Registro de perda de documentos e outras ocorrências são facilitados pela Delegacia Virtual Número de ocorrências já supera o das delegacias físicas da PC, no primeiro ano de funcionamento A Delegacia Virtual proporciona mais celeridade no atendimento das delegacias físicas de todo o Estado, desde 2014 quando o sistema foi lançado pela Polícia Civil. A modalidade virtual está apta a registrar cinco tipos de ocorrência, sendo eles os acidentes de trânsito sem vítima, perda ou extravios de documentos, extravio de objetos pessoais, comunicação de pessoa desaparecida e crimes de danos simples, facilitando os registros que podem ser feitos por todos com acesso a internet pelo computador ou pelo aplicativo. Veja dados registrados pela Delegacia Virtual: Para a superintendente adjunta de Informações e Inteligência Policial, Yukari Miyata, uma das responsáveis pelo sistema, com mais de um ano do serviço a Delegacia Virtual já desonera os serviços das delegacias físicas. Durante o balanço de um ano do serviço a delegada observou essa melhora “Acho que esse balanço de um ano é extremamente positivo. Desoneramos os registros da Polícia Militar e Civil em cerca de 25% e já ultrapassamos os 170 mil registros”, destaca Miyata. Minas Gerais Montes Claros 52475 772 Pessoa extraviada ou desaparecida 376 4 Dano 958 12 111262 2433 7759 164 172830 3385 Acidente de trânsito sem vítima Extravio de documentos Extravio de objetos pessoais Total 112 Informe Expomontes 2015 Como funciona Com acesso por meio do endereço www.delegaciavirtual.sids.mg. gov.br, a Delegacia Virtual tem links de atalho também nos sites do Detran (www.detran.mg.gov.br) e da Polícia Civil de Minas Gerais (www. policiacivil.mg.gov.br). O registro de ocorrências é feito por meio do preenchimento de formulários que são apresentados, gradativamente, na tela. Após o envio dos dados ao sistema, a ocorrência passa por uma triagem. Em até quinze minutos, é emitida uma mensagem, informando o número do Registro de Evento de Defesa Social (REDS), bem como a forma de acessá-lo no site do Sistema Integrado de Defesa Social (SIDS), para imprimi-lo. O documento pode ser usado para fins de acionamento da seguradora, comprovação de extravio de documentos e outros fins. Uma equipe de 16 policiais/ analistas trabalha em esquema de plantão, na sede da Superintendência de Informações e Inteligência Policial (SIIP), atuando 24 horas na triagem dos registros recebidos e também para tirar dúvidas dos usuários. Reforço na segurança Além dos benefícios que a Delegacia Virtual proporciona aos cidadãos, ela permite ainda que as policiais Civil e Militar economizem em insumos, energia e materiais utilizados para a confecção de registros presenciais. Combate também a subnotificação de ocorrências de crimes e ainda libera policiais militares para policiamento ostensivo e civis para produção de inquéritos, investigação e atendimento de registros de maior urgência. Aplicativo para celulares Desde o dia 20 de janeiro de 2015 foi disponibilizada a versão da Delegacia Virtual para dispositivos móveis que utilizam a plataforma android e iOS. Desde então, usuários de smartphones, tablets, e iphones podem realizar solicitações de registros através do aplicativo da Delegacia Virtual, nos casos de acidentes de trânsito sem vítimas e de perda e extravio de documentos e objetos pessoais. Tal recurso permite também que o usuário obtenha informações de localização por meio do Sistema de Posicionamento Global (GPS) e que possa acionar a câmera de seu aparelho para anexar imagens e filmes em uma ocorrência. Os outros serviços da Delegacia Virtual serão inseridos gradativamente no aplicativo. Assessoria de comunicação 7º BBM Bombeiros Bombeiros capacitam 500 profissionais para a 41ª Expomontes Treinamento Durante 10 dias do mês de Junho o 7º Batalhão do Corpo de Bombeiros realizou treinamento com profissionais que atuarão na Expomontes 2015 e em ocorrências de grande complexidade que podem ocorrer a qualquer momento, utilizando a ferramenta denominada “SCO” - Sistema de Comando em Operações. O SCO propõe o gerenciamento e comando unificado para gestão de grandes eventos ou catástrofes, utilizando todas as forças de segurança pública tais como Corpo de Bombeiros, Exército Brasileiro, Polícia Militar, Samu, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal, Ministério Público, Hospitais, Guarda Municipal, McTrans, Defesa Civil, Agentes Penitenciários, CEMIG, Profissionais de Segurança particular e realizadores do evento. O treinamento prévio dos agentes objetiva traçar ações de resposta e minimizar os possíveis dados em situações críticas. O Comandante do 7º Batalhão, Major Gouveia ressalta a importância da ministração desse tipo de treinamentos, "No que tangem as operações em grandes eventos, o treinamento e a capacitação promovem segurança para toda a população, pois caso ocorra necessidade de alguma ação, os profissionais estarão aptos a darem as respostas corretas". No curso foram habilitadas cerca de 500 pessoas dos diversos órgãos de segurança. 114 Informe Expomontes 2015 Assessoria de comunicação 7º BBM CARRETA COMANDO Waldeci Golveia Rodrigues, Major BM Comandante do 7ºBBM A grande novidade do Corpo de Bombeiros para a Expomontes 2015, utilizada em Belo Horizonte durante a Copa do Mundo, é o Centro Integrado de Comando e Controle Móvel (CICCM) – uma carreta que possui sistema completo de comunicação e videomonitoramento, além de uma plataforma integrada de inteligência para a gestão de grandes eventos e ocorrências. “2015 será melhor porque somaremos a experiência do ano passado. As discussões hoje foram muito proveitosas. Revimos os erros cometidos e reafirmamos as boas práticas. O Posto de Comando é uma boa prática que será mantida, agora com uma novidade. Teremos uma CARRETA COMANDO.'' w w w.sociedaderural.com.br 115 w Rainhas Soberanas da Festa R ostos que encantam, olhares precisos, gestos meigos. Cinco garotas chegam com a imponência dos chapéus que as coroam e a delicadeza real. Elas mostram a juventude da nossa gente e embelezam as entidades que representam. São rostos de meninas que marcam presença como Rainhas da 41ª Expomontes. Elas foram clicadas pelo fotógrafo Solon Queiroz, que está há mais de 20 anos no mercado. O profissional tem experiência em fotografia jornalística e antropológica em veículos de Montes Claros e Belo Horizonte. Seu trabalho já fez parte de exposições nacionais e internacionais. Sua relação com a Sociedade Rural começou em 2000. “Já tenho uma intimidade com a entidade e com a Expomontes que fotografo há 15 anos. Eu tenho raízes no meio rural e conheço a importância deste ambiente e, em 2015, tive um novo desafio: fotografar as Rainhas. Meu objetivo foi contextualizar a identidade rural com a presença das garotas usando um novo olhar. Elas uniram a beleza e a sensibilidade feminina com a fibra da mulher do campo”, afirmou. 116 Informe Expomontes 2015 Rainha sociedade rural Yasmin Gonçalves Pai: Andrei Nobre Guimarães Mãe: Ana Paula Gonçalves Aniversário: 24/10/1997 Hobby: desenhar Você pode se definir em uma palavra? Calma Música preferida: vento no litoral , Renato Russo Comida Preferida: são tantas , mas acho que comida japonesa se destaca Que série você cursa: 3º ano do ensino médio Qual faculdade você vai fazer? Estou em dúvida entre engenharia civil e arquitetura Por que ser Rainha? Porque eu cresci no meio rural e ser rainha é um grande orgulho para mim e minha família. Qual a importância em representar a instituição? A Sociedade Rural é de grande importância para o Norte de Minas, uma instituição séria, consolidada que tem missão e busca sempre ajudar ao produtor rural. Qual a viagem que mais te marcou? As viagens que faço para visitar meus familiares são todas marcantes. Mas a viagem dos meus sonhos está por vir Qual seu maior sonho? Passar na faculdade e viajar pelo mundo Qual a sua relação com a entidade que você representa? Por meus familiares fazerem parte do meio rural , sinto-me ligada diretamente a ela . O que você espera do seu reinado? Representar minha entidade da melhor forma possível. Quero participar de tudo, com responsabilidade. Uma mistura de sentimento passa pelo meu coração. Qual a sua história com o campo? Meu pai é zootecnista e fazendeiro, me ensinou, desde pequena, a me apaixonar por fazenda e por animais e essa paixão foi apenas aumentando A minha história Os finais de semana em que eu não vou para fazenda e ando a cavalo são raros. A fazenda é minha segunda casa. Acordar cedo e ver o brilho nos olhos do meu pai faz com que os meus brilhem também. Essa paixão permite que eu me apaixonasse pelo campo cada vez mais. Hoje , por estar no terceiro ano , estou focada nos estudos e me dedicando ao máximo. Pretendo entrar em uma faculdade no próximo ano e realizar meu sonho de conhecer novos lugares. O campo sempre vai estar ligado a mim e pretendo transferir essa paixão ao meus filhos , assim como meu pai fez comigo. Rainha Coopagro de de conhecer Bonito e também o Paraguai. Karolina Campos Sampaio Lopes Qual a sua relação com a entidade que você representa? Minha família lida por um bom tempo com leite e todos têm uma relação de amizade e admiração pela Coopagro devido a sua participação junto com os seus cooperados. Pai: Cléber Sampaio Lopes Mãe: Gláucia Mariza de Souza Campos Sampaio Lopes Data de nascimento: 02/06/1998 Hobby: Competir a cavalo (Team Penning e Três Tambores) e tocar violão Você pode se definir em uma palavra? Determinada Música preferida: Pura Emoção- Chitãozinho e Xororó Comida Preferida: Peixe Frito e comida japonesa Que série você cursa: 3° ano do ensino médio Qual faculdade você vai fazer? Medicina Por que ser Rainha? Ser rainha é poder realizar um sonho! Porque ser rainha é ocupar um posto de destaque e de muita responsabilidade na Expomontes e como amo tudo que é ligado ao campo, especialmente a criação de cavalos, sinto-me muito à vontade, honrada e preparada para assumir esse título. Qual a importância em representar a instituição? É um de valor e de uma responsabilidade muito grande, pois a Coopagro é uma importante cooperativa de grande referência para os produtores de leite, não apenas em nosso Município, mas também em nosso Estado. Qual a viagem que mais te marcou? A viagem de 2013 ao Mato Grosso do Sul quando tive a oportunida- Qual seu maior sonho? Crescer profissionalmente e ser bem sucedida no que eu fizer. O que você espera do seu reinado? Espero poder representar a minha entidade, a Coopagro, com a gratificação merecida, e que as rainhas da 41°EXPOMONTES sejam bem unidas e que possamos aproveitar bastante o nosso reinado, pois é uma experiência única que temos em nossas vidas . Qual a sua história com o campo? Meus avós paternos eram administradores de fazenda em São Paulo onde meu pai foi criado. Hoje possuímos uma fazenda aqui no Norte de Minas onde criamos cavalos e gado. A minha história esta vem de muito longe. Corre no meu sangue o amor pelos campo, pela terra! A minha história Sou de família tradicional do campo. O amor pelo campo foi passado de geração em geração. Meus bisavós paternos trabalhavam com produção de café e de leite no Sul de Minas e meus avós paternos eram administradores de fazenda no interior de São Paulo. É tradição que não acaba. Atualmente, meu pai cria cavalos da raça Quarto de Milha e gado em nossa fazenda. E o amor se transforma e aumenta a cada dia. Hoje, eu e meu pai disputamos provas de “team penning” e de três tambores. Sou uma eterna apaixonada pelo campo e pretendo continuar a passar esse amor que minha família me ensinou para meus futuros familiares. w w w.sociedaderural.com.br 117 Rainha Credinor Qual seu maior sonho? Tornar-me uma médica competente e dar continuidade a tradição pecuarista da minha família Angélica Freitas Qual a sua relação com a entidade que você representa? Uma história de décadas. Meu pai é associado dessa grandiosa entidade, que é também um ponto de apoio para o produtor rural. O Sicoob é local de troca de experiência, é onde se sabe como está a economia, vendas de animais, dentre outros aspectos. Pai: José Antonio de Freitas Reis Mãe: Aldete Pereira Santos Aniversário: 25/02/1999 Hobby: Andar a cavalo Você pode se definir em uma palavra? Compaixão Música preferida: Lost Stars Comida Preferida: Bacalhau Que série você cursa: 2º ano do ensino médio Qual faculdade você vai fazer? Medicina Por que ser Rainha? Sempre admirei muito as rainhas e tinha vontade de um dia poder representar alguma entidade e chegou a minha vez. Qual a importância em representar a instituição? A instituição que represento, o Sicoob Credinor, tem um papel social e econômico dos mais importantes no desenvolvimento do Norte de Minas. A cooperativa de crédito surgiu para sanar barreiras existentes entre o produtor rural e os bancos. Hoje é um dos mecanismos mais importantes que dá voz e vez ao homem do campo. Qual a viagem que mais te marcou? Quando fui aos Estados Unidos, aos 15 anos, com uma turma de amigas. Rainha Sindicato Rural O que você espera do seu reinado? Espero que seja um reinado que possa marcar a minha vida de forma significativa e que eu esteja representado bem a entidade. Qual a sua história com o campo? Venho de uma família tradicional em que são 13 irmãos nascidos no campo. Todos são fazendeiros, incluindo as mulheres. Espero dar continuidade a essa tradição, pois me identifico bastante com o campo, onde fui criada. A minha história Nasci em Janaúba, Norte de Minas. Aos 10 anos me mudei para Montes Claros, onde fiz vários ciclos de amizades e hoje aos 16 anos, estudo no colégio Marista São José. Costumo frequentar as fazendas do meu pai e acompanhá-lo sempre que possível, aos leilões, eventos pecuaristas, até mesmo em seus negócios, isso desde pequena, certamente criando uma admiração pela sua profissão e pelo campo. Sonho em me tornar médica, por me identificar muito nessa área, pois tenho uma enorme vontade de servir e ajudar ao próximo. Ao mesmo tempo, quero dar continuidade aos negócios do meu pai. liares e amigos Qual seu maior sonho? Viajar pelo mundo Raquel Corrêa Machado Qual a sua relação com a entidade que você representa? Minha família quase toda é da área rural e estão ligados ao campo. Meu avô é filiado ao Sindicato. Ele tem história com o setor. Pai: Fabio Soares Caldeira O que você espera do seu reinado? Divulgar e passar aos convidados as realizações da entidade Mãe: Celina Rabelo Corrêa Machado Data de nascimento: 12/02/1999 Qual a sua história com o campo? Nasci em uma família de produtores rurais e comerciantes do setor agropecuário e sempre tive contato com o meio rural. Hobby: Ler Você pode se definir em uma palavra? Uma só é difícil mas acho que otimista Música preferida: I’m yours ( Jason Mraz) Comida Preferida: Churrasco Que série você cursa: 2º ano Qual faculdade você vai fazer? Direito Por que ser Rainha? Por ser uma honra representar a classe rural e minha entidade Qual a importância em representar a instituição? Divulgar o Sindicato Rural para os participantes da festa da Expomontes de 2015 Qual a viagem que mais te marcou? A viagem para Morro de São Paulo que fui com meus fami- 118 Informe Expomontes 2015 A minha história Nasci no ano de 1999, no dia 12 de fevereiro, em Montes Claros. Estou cursando 2º ano do Ensino Médio e pretendo fazer do curso de Direito. Sou muito apaixonada por viajar e pretendo conhecer o Brasil e o exterior. Nosso País tem uma diversidade cultural e gostaria de conhecer algumas dessas culturas e também as belezas naturais - consideradas as mais belas do mundo. A minha vida no campo foi muito marcada pelas diversas idas às fazendas de minha família e do grande entrosamento com o meio rural. Sinto uma paz profunda quando estou em contato com a natureza e espero continuar tendo convívio com isso tudo. Rainha Núcleo do Cavalo Mangalarga Marchador Jullie santos Pai: Jorge Antônio Dias Santos Mãe: Joana Darc´k Soares Santos Aniversário: 17/04/1994 Hobby: Costurar Você pode se definir em uma palavra? Feliz Música preferida: Como é grande o meu amor por você (Roberto Carlos) Comida Preferida: Bata frita, feijão tropeiro , salpicão, Arroz carreteiro, bife a milanesa. Que série você cursa: Conclui o ensino médio Qual faculdade você vai fazer? Engenharia ambiental Por que ser Rainha? Ser rainha é algo muito importante e gratificante, mas também envolve grandes responsabilidades que promovem o conhecimento e crescimento. Se bem administrado, o reinado traz grandes alegrias e satisfações. Qual a importância em representar a instituição? Com muita alegria represento esta importante instituição, que é o Núcleo do Cavalo Mangalarga Marchador que vem crescendo a cada ano e vem defendendo, divulgando e ofertando aos criadores condições de levar a raça à frente. Representar o Núcleo, é uma grande responsabilidade. Qual a viagem que mais te marcou? Viagem de fim de ano 2014, para cidade de Francisco Sá, entre amigos e familiares todos juntos e alegres. Qual seu maior sonho? Casar Qual a sua relação com a entidade que você representa? Meu Pai tem uma relação mais forte e sólida. Eu, aos poucos, na medida do possível, vou conhecendo e me apaixonando pelo excelente trabalho do Núcleo. O que você espera do seu reinado? Sempre positivo!! melhorias positivas serão sempre bem vindas, inovações. Vai fazer a diferença no meu ano! Qual a sua história com o campo? Desde bem cedo, gosto do campo, de animal e gosto de montar, entretanto vida urbana com suas muitas atividades te obriga a distanciar do que é o seu real desejo, mas me entreguei a esse desejo há cinco anos, que veio mais forte ainda. O nosso canto no campo traz paz e é gratificante. Para mim, é e sempre será o melhor lugar do mundo! A minha história Tenho apenas 18 anos, trabalho desde os 16. Concluí aos 17 os cursos de técnico de segurança do trabalho,informática e costura.Vou prestar vestibular em 2015 para Engenharia Ambiental. Sou noiva, gosto muito de andar a cavalo, passear pelo campo, sozinha com meus pensamentos. Gosto de malhar, dançar e costurar nas horas vagas. Minha família é meu mundo, meus pais são separados, mas tenho muito amigos, graças a Deus. Tenho três irmãos que amo muito:um de 25 anos, uma de 14 anos e um de 10 anos. Sou de pouco amigos, porém os que tenho protejo e amo muito. Meus pais são meus maiores exemplos! Sonho em me casar. Cada momento de minha vida foi e é muito especial, o reto está nas mão de Deus. Montes Claros 158 anos com muita vivacidade! 120 Informe Expomontes 2015 O novo olhar para os Gerais Sistema Sedinor/Idene quer diminuir as diferenças sociais e econômicas existentes entre as regiões do estado P romover e coordenar as ações voltadas para o desenvolvimento sustentável e a redução das desigualdades que ainda separam as Minas dos Gerais. Essa é a missão da Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Integração do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Sedinor), que atua em 258 municípios do Norte, Noroeste e vales do Jequitinhonha, Mucuri e Rio Doce. Com o Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Idene), braço operacional da Sedinor, programas sociais estão sendo ampliados e fortalecidos, ações do governo estão sendo potencializadas, além do incentivo a novos investimentos para a geração de emprego, renda e a consequente melhoria da qualidade de vida das pessoas. No Estado, o Sistema Sedinor/ Idene também atua como articulador junto às demais secretarias e órgãos estaduais, garantido intervenções efetivas que melhorem a infraestrutura hídrica e a integração socioeconômica da sua área de abrangência. Entre as ações desenvolvidas pelo Sistema Sedinor/Idene destacam-se: Brasil Alfabetizado O programa de alfabetização de jovens e adultos é uma porta de acesso à cidadania e o despertar do interesse pela elevação da escolaridade. O público-alvo são pessoas analfabetas com 15 anos ou mais. A iniciativa é desenvolvida em parce122 Informe Expomontes 2015 ria com o governo federal e, nesta nova fase em Minas Gerais, vai envolver também os municípios, por meio de suas secretarias de educação, além de associações comunitárias entre outras entidades. Nesse mês de junho, o Sistema Sedinor/Idene retomou o programa no estado, ampliando o benefício para toda a área de abrangência da Secretaria. A iniciativa, que contemplava 160 municípios do Norte de Minas e vales do Jequitinhonha e Mucuri, agora vai atender 258 municípios, chegando também ao Vale do Rio Doce e ao Noroeste de Minas. O número de vagas passará de 30.136 para 80 mil, sendo que para o Norte de Minas a meta é de aproximadamente 32 mil pessoas beneficiadas. Água para Todos Visa à universalização do acesso à água para o consumo humano e para a produção agrícola e alimentar em áreas rurais. Os investimentos globais previstos somam R$ 540 milhões, sendo R$ 400 milhões especificamente do Água para Todos e R$ 140 milhões do PAC 2. Até o momento foram investidos R$ 170 milhões, aproximadamente, em várias tecnologias: cisternas de polietileno, cisternas de placas para consumo humano, cisternas de placas para produção agrícola, barreiros, pequenas barragens e sistemas coletivos de abastecimento de água. A iniciativa conta com a parceria do governo federal. Ao todo serão beneficiados 184 municípios dos vales do Jequitinhonha e Mucuri e do Norte de Minas, incluídas todas as 91 cidades da área de abrangência da Diretoria Norte do Idene, com investimentos da ordem de R$ 320 milhões especificamente nesta região. Ao final de todas as intervenções previstas, serão beneficiadas 521,6 mil pessoas. Hoje, o número de atendidos chega a 137,5 mil habitantes. Já foram instaladas cerca de 9.000 cisternas de placas e 24.000 cisternas de polietileno, que permitem a captação de água de chuva para ser utilizada durante o período de estiagem. Em parceria com o Ministério da Integração Nacional, serão investidos cerca de R$ 100 milhões na construção de 962 pequenas barragens que, somadas à implantação de 133 barreiros (R$ 8 milhões), contemplam todos os 168 municípios da chamada área mineira da Sudene. Classificadas entre as intervenções de atendimento coletivo, as barragens terão capacidade de 87.000 m³, tendo custo unitário médio de R$ 100 mil. A Sedinor está articulando junto ao governo federal o repasse dos recursos para dar início às licitações e às obras. Entre as obras do PAC 2, incluem-se a barragem de Mato Verde e a ampliação do Sistema de Abastecimento de Água de Montes Claros. A primeira representa um investimento de R$ 48 milhões, beneficiando mais de 12 mil pessoas nos municípios de Mato Verde e Catuti, e com previsão de conclusão em 18 meses. Já em Montes Claros serão investidos R$ 90 milhões, sendo que as obras em andamento beneficiarão 370 mil habitantes, com previsão de entrega em 12 meses. Ambos os empreendimentos têm a Copasa como executora. Um Leite pela Vida O programa tem como objetivo contribuir para o combate à fome e à desnutrição de cidadãos que estejam em situação de vulnerabilidade social e/ou em estado de insegurança alimentar e nutricional – por meio da distribuição gratuita de leite. Além disso, visa fortalecer o setor produtivo local, especialmente a agricultura familiar. Desenvolvido em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e a Emater-MG, o programa tem como beneficiários crianças de 2 a 7 anos, idosos a partir de 60 anos, gestantes e nutrizes, além de entidades socioassistenciais. O volume distribuído, que em janeiro de 2015 era de 75 mil litros/dia, já se aproxima dos 100 mil litros. A meta é chegar a 150 mil litros/ dia. No Norte de Minas, 65 cidades são atendidas pelo programa “Um Leite pela Vida”, com cerca de 77 mil beneficiários. Recentemente, o Sistema Sedinor/Idene retomou os 193 Comitês Gestores do Leite que estavam paralisados há cerca de dois anos. O objetivo desses comitês é envolver a comunidade e todos os órgãos e entidades ligados ao setor visando o fortalecimento do programa e maior eficiência nas ações. A nova gestão do programa também está possibilitando que municípios que estavam desabastecidos voltem a receber o leite. Combate à Pobreza Rural acompanhar o funcionamento de todas as unidades produtivas e buscar reparar possíveis falhas de implantação e gestão ocorridas nos últimos anos. Artesanato em Movimento Dirigidas aos municípios da área de abrangência do Sistema Sedinor/Idene, as políticas para o artesanato visam à promoção dos canais de comercialização dos produtos artesanais e inserção no mercado. A finalidade é contribuir para o reforço da imagem e identidade do artesanato do Norte e Nordeste de Minas Gerais. Com apoio na promoção e na comercialização em feiras e eventos, o programa fomenta a abertura de novos mercados, criando demandas e fortalecendo a atividade. “A nossa luta é pela igualdade. Precisamos reduzir as diferenças históricas que existem entre as Minas e os Gerais. Vamos fazer com que os 258 municípios que hoje compõem o Sistema Sedinor/Idene sejam protagonistas do desenvolvimento do nosso Estado. Vamos ampliar e fortalecer os programas sociais, potencializar as ações do governo, mas também incentivar novos investimentos para a geração de emprego, renda e a consequente melhoria da qualidade de vida das famílias. São muitas as distorções que precisam ser corrigidas, mas, com união e determinação, é possível transformar a realidade da nossa região. É isso que estamos buscando! Paulo Guedes – secretário da Sedinor O Projeto de Combate à Pobreza Rural (PCPR) caracteriza-se por apoiar investimentos comunitários, não reembolsáveis, visando reduzir a pobreza rural por meio da geração de trabalho e renda. O programa que estava praticamente paralisado, com o orçamento reduzido a apenas R$ 300 mil por ano, também está sendo retomado. Em 2015, o Governo do Estado pretende investir R$ 15 milhões em ações do PCPR. Além de viabilizar novos investimentos comunitários, o Sistema Sedinor/Idene pretende 123 Câmara acelera desenvolvimento Fotos: Nascimento Silva A Câmara Municipal trabalha de diferentes formas, com o objetivo de potencializar o desenvolvimento de Montes Claros, com reflexos diretos nos demais Municípios do Norte de Minas. Além da produção permanente de leis que impactam na vida do cidadão, ela articula junto ao governo estadual e federal para que atenda às reivindicações do município no tocante às obras físicas e sociais. Agora mesmo, cobrou do governador Fernando Pimentel, do PT, durante visita à cidade no dia 11 de junho, que tire do papel o projeto de construção do Hospital Regional do Trauma, fundamental para melhorar a saúde pública regional. Presidente da Câmara, o vereador Marcos Nem, do PSD, participou da solenidade de lançamento do Projeto Fórum Regional, lançado em Montes Claros pelo governador e o entregou documento assinado pelos 23 vereadores, pedindo-o para acelerar o processo de construção do hospital. Lembra que trata-se de obra relevante para melhorar a prestação de serviços à população da área mineira da Sudene e até de parte da Bahia, pelo fato de a cidade ser referência no setor. Além do que, viabilizar o projeto foi um dos compromissos assumidos por Fernando Pimentel, de público, durante a campanha eleitoral, ao visitar a cidade. O presidente lembra que a Câmara dá sua efetiva parcela de colaboração à construção do hospital ao aprovar, no mandato passado, projeto do Executivo doando terreno no bairro Planalto para esta finalidade. Contudo, para materializá-lo, depende do governo do Estado. E não se viu até agora, ações concretas nessa direção. Com investimentos estimados em R$ 135 milhões, o hospital disponibilizará 200 leitos, amenizando o problema da falta de vagas para internamentos em Montes Claros. “Um dos sonhos antigos de nossa região é justamente a construção do Hospital do Trauma, que já possui terreno disponibilizado, porém, ainda não foram iniciados os trabalhos para sua construção. Sabedores da preocupação de Vossa Excelência com a melhoria das condições de vida da população, pedimos que sejam adotadas as medidas necessárias 124 Informe Expomontes 2015 Marcos Nem destaca a atuação da Sociedade Rural em prol do progresso do Norte de Minas e imediatas para o início das obras do Hospital, que certamente acarretará uma significativa melhora nas condições de vida e atendimento de toda a população do Norte de Minas e dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e até de parte da Bahia”, diz um dos trechos do documento entregue pessoalmente pelo presidente ao governador. SEGURANÇA - Além da saúde, a Câmara Municipal também defende segurança pública de qualidade, preocupada com o elevado índice de violência e criminalidade no município. Para tentar amenizar o quadro, a Comissão de Segurança e Direitos Humanos, presidida pelo vereador Cláudio Prates, do PTB, secretário da Casa, e integrada pelos vereadores Edwan do Detran, do PV e Oliveira Lega, do DEM, cobram ao governo do Estado ações concretas para dotar as Polícias Militar e Civil de estrutura suficiente para combater a criminalidade com resultados mais positivos. O Legislativo tem realizado audiências públicas e constatado que a situação se agrava na zona urbana e rural, com o aumento do tráfico de drogas e o registro de crimes de toda ordem. Os assaltos à mão armada estão se tornando recorrentes também no campo, para o desespero da população. A Câmara Municipal trabalha para ajudar a consolidar o desenvolvimento de Montes Claros em menor espaço de tempo. Sociedade Rural constrói o progresso Apesar de enfrentar dificuldades de toda ordem, ao longo de 70 anos, a Sociedade Rural participa da construção do progresso de Montes Claros e dos demais Municípios da região. A observação é do vereador Marcos Nem, presidente da Câmara Municipal, que acompanha a trajetória da entidade, presidida pelo pecuarista Osmani Barbosa Neto. A diretoria da entidade, compromissada com a classe rural, não mede esforços para solucionar os problemas que se lhe apresentam no cotidiano, por meio de ações concretas de suas lideranças junto ao governo estadual e federal. E a Exposição Agropecuária, realizada anualmente, é o coroamento deste trabalho. Para o vereador, o trabalho da entidade é extremamente relevante, diante das dificuldades cada maiores enfrentadas pela classe rural na região para se manter na atividade. A seca, que afeta todos os setores, prossegue, é um dos maiores problemas, mas a entidade tem cobrado do poder público, em nível estadual e federal, a adoção de medidas que atenuem a situação. “Temos que cumprimentar o Presidente Osmani e toda sua diretoria pela eficiente atuação em defesa do homem do campo. É um trabalho intenso, feito no dia a dia, com competência e compromisso e que apresenta resultados altamente significativos. A enti- dade se consolidou, há anos, como verdadeira representante da classe rural”, sustenta o vereador. Com o estímulo à produção, a Sociedade Rural tem papel preponderante na construção do desenvolvimento de Montes Claros e toda a região. E um dos marcos da entidade, de acordo com o presidente da Câmara Municipal é a Exposição Agropecuária, realizada anualmente, de uns tempos para cá, no Parque João Alencar Athayde. Para ele, trata-se de uma das maiores mostras do gênero do Estado, que atrai expositores de diferentes regiões do País, com reflexos direitos na economia como um todo. “A Exposição Agropecuária é a marca registrada da Sociedade Rural para ajudar a potencializar a economia e acelerar o progresso regional”, sustenta. O vereador chama a atenção para o fato de que a Sociedade Rural completou 71 anos de intenso e eficiente trabalho desenvolvido em prol da região, o que considera uma das marcas mais significativas. E este ano realiza a 41ª Exposição Agropecuária com a garantia de sucesso absoluto, em termos de negócios e de público. Segundo Marcos Nem, mesmo com a crise econômica que atinge a todos os setores, a entidade viabiliza a mostra na certeza de que corresponderá às expectativas em todos os sentidos. © endostock - Fotolia.com w w w.sociedaderural.com.br 125 #53024902 Clube dos Fazendeiros é sinônimo de Integração T ão importante quanto produzir os alimentos que chegam às mesas dos brasileiros ou ainda lutar por melhores condições para levar essa produção adiante é também poder usufruir momentos de descontração que revigorem as energias e unam mais os produtores. Assim, o Clube dos Fazendeiros desde a sua criação se tornou ponto de encontro e confraternizações entre os associados. A estrutura vem sendo permanentemente melhorada de modo a atender com qualidade e proporcionar bons momentos aos produtores rurais e suas famílias. Para o diretor de desportos da Sociedade Rural, Fernando César Moura, mesmo um espaço de lazer como o clube reflete os valores da entidade. “Em tudo que fazemos procuramos excelência. Em minha opinião, temos a piscina mais limpa e bem cuidada da cidade. Queremos que em cada detalhe os associados se sintam acolhidos e valorizados, por isso não paramos de trabalhar nunca, para que os associados possam desfrutar de bons momentos aqui”, pontua. Dessa forma, periodicamente a estrutura do local passa por intervenções em melhorias. No primeiro semestre de 2015 as quadras de tênis passaram por reformas, no segundo semestre, será a vez das quadras de peteca. Além disso, a promoção de campeonatos esportivos traz os membros para apreciar os espaços e interagirem entre si. “Esse ano já fizemos o campeonato de tênis, mas vão vir outros. A disputa traz aquela competição saudável e divertida, e no final reunimos as famílias num churrasco para confraternizar. Esses momentos são importantes e não abrimos mão de proporcioná-los aos nossos associados”, destaca o diretor. Novidade O Parque de Exposições João Alencar Athayde ganhou melhorias na sua estrutura física no último ano. Um dos locais que recebeu diversas intervenções foi o Clube Social, que foi todo climatizado com equipamentos modernos que transformaram o ambiente de luxo num lugar ainda mais agradável. Na área de lazer, foi construída uma churrasqueira, que hoje atende às demandas dos associados e da entidade. O salão menor da parte baixa do Clube agora é Casa Amaral Parque. De acordo com Roney Amaral, toda a estrutura foi revitalizada. “Instalamos ar condicionados e cortinas de ar, reformamos os banheiros e toda área que atenderá nossos clientes. O restaurante ficará aberto sempre aos finais de semana e feriados. Oferecemos nesse novo empreendimento os mesmos serviços de boa qualidade da comida e excelente atendimento”, afirma. w w w.sociedaderural.com.br 127 Diretoria Social Juntos e fortes Diretoria social fortalece laço entre os associados S e a Expomontes naturalmente atrai milhares de pessoas ao Parque de Exposições João Alencar Athayde, no restante do ano as demais festas promovidas pela Sociedade Rural não se fazem sozinhas, mas precisam de uma equipe focada em manter firmes os laços entre os associados. Seja para realizar a Festa do Dia das Mães, dos Pais, do Sócio-Remido ou mesmo o Lançamento da Expomontes, todas os eventos promovidos pela entidade são marcadas pelo cuidado e zelo de Maria Idalina Almeida, diretora social da Sociedade Rural. Há cinco anos no cargo, mas diretora desde 2002, ela se orgulha de poder colaborar com a instituição. “Muitas vezes um detalhe faz toda a diferença, seja para o lado bom ou ruim, portanto me esforço para que cada mínimo detalhe esteja perfeito, em qualquer evento que fazemos. A mesma atenção e dedicação que fazemos para um evento exclusivo para os sócios também dedicamos aqueles eventos em que recebemos as autoridades, como representantes de outras entidades e políticos. Em todos os casos, é o nome da entidade que está em jogo”, destaca. Sendo a Rural uma entidade sem fins lucrativos, realizar todos os eventos sem grandes verbas exige a construção de parcerias, que são fundamentais para o sucesso de cada ocasião. Além do suporte de toda a diretoria, outros apoios de entidades e empresas parceiras da Rural são essenciais para o sucesso em cada empreitada. E em dias de Expomontes, a dedicação faz com que mude até de casa. “Eu venho cedo e já trago roupa, toalha, sapato... Fico praticamente o tempo todo no Parque, com muita satisfação. O importante é dar o máximo para que tudo saia perfeito. Eu costumo dizer que aprendo com os carneiros, que andam em bando para se fortalecerem. Da mesma forma sou eu, quero que todos fiquemos sempre juntos para estarmos sempre mais fortes”, conclui. A seguir, confiram os registros dos eventos da Sociedade Rural! 128 Informe Expomontes 2015 w Diretoria da Sociedade Rural Posse e lançamento prestigiados A Diretoria da Sociedade Rural de Montes Claros, Biênio 2015/2016 foi empossada, em março de 2015. O evento foi realizado no Centro de Eventos do Parque de Exposições João Alencar Athayde e contou com a presença de 650 convidados, dentre eles autoridades políticas, empresários, produtores rurais e a imprensa. Na mesma data, ocorreu o lançamento comercial da 41ª Expomontes. Com um discurso otimista, o Presidente da Sociedade Rural, Osmani Barbosa Neto, que está na sua terceira gestão, agradeceu a confiança dos ruralistas nele depositada. Também afirmou que, depois de todos os prejuízos causados pelos três anos de seca, o momento é de união. Para ele, é da dificuldade que se tira a força, o aprendizado. “O campo sempre fez a sua parte. E nós, ruralistas, não fugimos à luta. É hora de demonstrar toda a nossa força. A força que vem da terra. A força que faz a terra e que da terra produz e alimenta esta nação. Economicamente, é o momento dos empresários recuperarem as turbulências do mercado. A Expomontes é época de conquista de novos parceiros e clientes e, claro, atração de investimentos para a sobrevivência de seus negócios”, concluiu. De acordo com o Prefeito de Montes Claros, Ruy Muniz, a Prefeitura prossegue com a mesma parceria com a Rural para a Exposição Agropecuária. “Teremos um mega show, com o Michel Teló. Viva o homem do campo, viva Montes Claros, viva a Expomontes”, encerrou. O Diretor Financeiro da entidade, Moacyr Basso, descreveu que a Expomontes segue uma trajetória ascendente e que embora haja di- w w w.sociedaderural.com.br 129 ficuldades econômicas, a Sociedade Rural não se furtará em promover cada vez mais oportunidades para apoiar o produtor. “Como algumas das novidades, teremos a abertura de uma churrascaria permanente no Parque, a ampliação da mostra de gado em formato de exposição de genética com o gado das fazendas e a progênie; aumentaremos o número de baias para a permanência dos equinos de esporte durante todo o evento, permitindo a realização de provas equestres durante toda a exposição. Daremos um grande passo para fortalecer as nossas parcerias”, afirma. 130 Informe Expomontes 2015 w w w.sociedaderural.com.br 131 132 Informe Expomontes 2015 w w w.sociedaderural.com.br 133 Hora de semear Osmani Barbosa Neto Presidente Q uando buscamos na literatura, encontramos sempre o sertão como a terra de um povo forte e aguerrido, capaz de lidar com as dificuldades e vencer. Somos um povo que sabe se refazer. Um povo que ri mesmo quando sofre, que canta mesmo diante das adversidades. Que olha para o alto, reza por chuvas, mas que não fica parado à espera do milagre divino cair do céu. Roçamos a terra e fazemos a nossa parte, a espera dos dias melhores. Já faz três anos que não recebemos as chuvas que gostaríamos, mas é justo na dificuldade que nos esforçamos mais. Lutamos mais. Nós não vivemos de desculpas, vivemos de trabalho e determinação. Começa mais uma Expomontes. É sinal de que não deixamos a terra e hoje apresentamos o que melhor sabemos fazer nela: produzir. É agora a hora de comemorarmos mais um ano de luta que deu frutos, assim como é a hora de semear outra vez. É quando nos mostramos juntos que temos mais força de nos fazermos ver. Queremos que as autoridades vejam o que temos para mostrar, mas queremos que saibam o quão mais podemos fazer se nos derem condições. Nossas reivindicações não são novas. Ao contrário, reforçamos a cada ano. Crédito, investimentos, renegociação das nossas dívidas... Acima de tudo, precisamos manter por meio de barragens e cisternas a água que já cai do céu. Pode não ser o tanto que precisamos, mas mesmo essa pode ser melhor aproveitada. Como sempre, nunca paramos de trabalhar. Prova disso é mais esta Exposição. Esperamos que ao longo do caminho que temos até a próxima edição, muitas outras mãos se juntem à nossa. Que cada produtor possa se sentir amparado nas suas dificuldades para seguir firme. Que na mão que segura a enxada ou coloca sal para o gado, possam vir outras mãos que deem condições para que essas pessoas possam fazer o que mais sabem: produzir.Queremos que a sociedade e o governo nos abracem nessa empreitada. É certo que a Sociedade Rural estará ao lado dos produtores, defendendo-os e lutando por eles. Seja grãos, frutas, verduras, leite ou carne, nosso intuito é poder fazer sempre mais! Quanto ao dia de hoje, só podemos nos orgulhar. Com aquela força característica do sertanejo, enfrentamos todo tipo de dificuldades e hoje podemos nos alegrar de realizar mais uma exposição. Nossas baias estão cheias de animais, no parque está cheio de gente, Montes Claros está cheia de vida com a 41ª Expomontes! Com fé e força, juntos seremos sempre mais fortes e iremos muito além!. Nossos Parceiros
Documentos relacionados
Baixar - Sociedade Rural
época ele disse: "agora você não sai mais". Porque quando você entra na diretoria tem que ter comprometimento. Depois de Dario veio Rômulo L’abate, também grande presidente, que me convidou para a ...
Leia mais