ÚLTIMA CEIA Um Jantar Atemporal Aninha Duarte Ceias. São
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ÚLTIMA CEIA Um Jantar Atemporal Aninha Duarte Ceias. São
ÚLTIMA CEIA Um Jantar Atemporal Aninha Duarte1 Ceias. São tantas as ceias, primeiras, últimas e as que estão por vir. Quantas vezes refeitas em nosso imaginário artístico, cristão, crente, não crente. Ceia, do latim Caena, tem, como um de seus significados, refeição da noite. Dentro de um contexto religioso, foi a última refeição feita por Jesus Cristo com seus apóstolos, às vésperas de sua paixão, e durante a qual (conforme a doutrinas católica) ele instituiu o sacramento da eucaristia. A “Ceia” servida nesse ensaio crítico refere-se a um afresco feito pelo artista florentino Leonardo da Vinci2 intitulado “Última Ceia”3. (fig. 1) Figura 1 (detalhe) Fonte: www.davinci,g12.br Essa pintura evidencia o cenário interior de uma sala. Nela estão presentes a imagem de treze figuras humanas masculinas parlamentando, sentadas do lado frontal de uma longa mesa, exceto dois deles que ocupam a posição da “cabeceira”. O centro da mesa está ocupado com a figura principal atribuída à imagem de Cristo, como geralmente vem 1 Artista Plástica graduada pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais, especialista em ensino de arte pelo Departamento de Artes da Universidade Federal de Uberlândia, mestre em História pelo Instituto de História da Universidade Federal de Uberlândia e professora do Departamento de Artes da Universidade Federal de Uberlândia. (Artigo escrito em 02/07/2004) 2 Leonardo da Vinci, nasceu na cidade de Vinci, na Itália (perto de Florença) em 14 de abril de 1452, e faleceu em 1519. Foi considerado um dos principais artista do Renascimento. WOLFFLIN, Heinrich. A Arte Clássica. São Paulo: Martins Fontes, 1990. p. 31. 3 Afresco pintado por Leonardo da Vinci (c. 1495/98), 4,21 x 9,02m. convento de Santa Maria delle Graze (Santa Maria das Graças) em Milão. GUIDO, Ângelo. Símbolos e Mitos na Pintura de Leonardo da Vinci. Porto Alegre: Sulina,1991. p. 11. representado dentro dos traços fisionômicos do mítica católica “oficial”. À sua esquerda e direita estão os discípulos, distribuídos em seis de cada lado. A tomada congelada pelo olhar de da Vinci mostra o momento em que Cristo anuncia a traição de um discípulo: “Em verdade vos digo que um dentre vós me trairá”. De modo bem diferente, podemos perceber que cada figura humana que compõe a mesa assume uma expressão física frente à notícia. O estado psicológico fica evidenciado pela expressão dos gestos corpóreos de cada apóstolo. Cristo faz essa revelação com o olhar para baixo, com um aspecto de serenidade, com as duas mãos para frente do corpo apoiando-se sobre a mesa, como se com esse gesto pudesse dizer: está exposta a verdade. Segundo comentários do próprio artista, ele pretendeu fazer uma representação da humanidade tendo como veículo doze figuras humanas fazendo uma correlação com as doze constelações do zodíaco. Pretexto esse bastante polêmico e divergente entre os muitos estudiosos dessa obra.4 Descrevendo a ocupação espacial e fazendo uma correlação com os “santos” e seus possíveis “signos”, é imprescindível observar o simbolismos de seus gestos (fig. 2) e fisionomias. Figura 2 Fonte: http://galileu.globo.comm/edic/97/conhecimento2.tm acesso 05/07/04 1 Simão, o Zelota - Áries 2 Tadeu - Touro 3 Mateus - Gêmeos 4 Felipe - Câncer 5 Tiago, o Maior - Leão 6 Tomé - Virgem 4 5 7 João - Libra 8 Judas - Escorpião 9 Pedro - Sagitário 10 André - Capricórnio 11 Tiago, o Menor - Aquário 12 Bartolomeu - Peixes5 Disponível em: http://galileu.globo.com/edic/97/conhecimento2.tm acesso / 05/07/04 1- Simão (áries) - em postura enérgica sempre disposto a brigar pelos seus princípios. Importante observar que os discípulos talvez não estejam representando especificamente somente esses “santos”. De acordo com as características que lhes foram atribuídas, o seu conjunto contempla, possivelmente, muitas das atitudes da natureza humana. Nesse contexto, cada signo possui peculiaridades ao nascimento da cada pessoa, endereçando-nos analisar também as múltiplas características de cada apóstolo, que pode remeter aos comportamentos de homens terrenos do século XV, bem como fazer uma analogia com os conflitos dos homens do séc. XXI. Para além dessas inter-relações sígnicas, chama-nos a atenção o planejamento dessa composição. Os apóstolos, dispostos em quatro grupos de três, que vão se encaixando num entrelaçar de corpos, como se o artista estivesse fotografando para que todos pudessem ser 2- Tadeu (touro) - tem como órgão representativo a garganta, é o símbolo do dinheiro 3- Mateus (gêmeos) - apresenta-se gesticulando, comunicando com as mãos e os braços, gêmeos é o signo da comunicação e tem a capacidade de explicar e ensinar. 4- Felipe (câncer) - com as mão sobre o peito, sentimental, acolhedor , maternal , abriga as lembranças do passado. O seu olhar mostra sinceridade. 5- Tiago (leão) - aponta enquanto gesto para o coração, ele é um líder natural, intuitivo e dominador, demonstrando auto-confiança. 6- Tomé (virgem) - aponta o dedo em risge, ele é aquele que mostra o erro e preocupa-se com os mínimos detalhes, analítico, exigente e muitas vezes cético. Lado esquerdo 7- João (libra)- numa atitude mansa, aparece inclinado, disposto a ouvir a todos, ponderado procura conciliar os pareceres opostos. 8- Judas (escorpião) - é administrador aparece com um saquinho de dinheiro na mão. 9- Pedro (sagitário) é político, confabula e escolhe candidatos, organiza as sociedades tanto fisicamente quanto psicologicamente, faz as leis, e apresenta conceitos religiosos. Sua natureza é compreender o ser humano e se identificar com a sua cultura. 10- André (capricórnio) - coloca as mãos a sua frente, num sinal de decisão, mostrando sua capacidade de administrar e concretizar as coisas de forma durável e estável. 11- Tiago, o menor (aquário) - sempre pronto para atos de fraternidade sem preconceitos ou limitações. 12- Bartolomeu (peixes)- parece escutar a todos, procura não criticar, somente compreender com enorme compaixão. (o signo de peixes está relacionado com a cerimônia de lava-pés da igreja católica, onde o perdão as faltas passadas é simbolicamente lavado - talvez seja por isso que só esse apóstolo mostra os pés nessa imagem. vistos de frente, pela lente de uma grande angular. A ocupação espacial aludida pela perspectiva e o espaço de estruturação composicional das figuras humanas masculinas são marcadas pela verticalidade, causando de maneira harmônica com a movimentação superior dos corpos vistos por trás da horizontalidade da grande mesa que corta quase todo espaço inferior do plano. (fig. 3) Figura 3 (detalhe) Fonte: Guido Ângelo, op. cit. p. 20 – Gráfico I A discussão dentro desses pequenos grupos de três, denota uma troca de pareceres entre cada um dos pequenos nichos, um falar com os olhos e principalmente com as mãos. Mesmo todos estando com as bocas fechadas, podemos perceber que é uma obra “polifônica”, um silêncio cheio de sons, indagações, dúvidas e conflitos. Por meio dos rasgos fisionômicos - olhares, gestos -, da Vince mostra-nos o estado psicológico, emocional dessas figuras humanas, humanizadas numa mistura de homens/santos homens/não santos. Essa ceia bíblica pode nos conduzir para a existência da interseção do universo terrestre com o celeste e vice-versa. O tratamento pictórico é executado com pinceladas alisadas, característica predominante no Renascimento. Mostra um temperamento atmosférico revestido de sobriedade que está presente nas cores usadas nas vestimentas, carnação das figuras humanas e arquitetura de interior, fazendo jus à notícia decisiva anunciada por Cristo. O ambiente distribui uma iluminação aparente. Nas laterais temos oito formas que remetem a tapetes escuros, que contrastam com duas janelas e uma porta aberta no fundo, por onde entra a claridade na imagem, que contorna a cabeça de Cristo como se fosse uma grande auréola quadrada, que por sua vez dilui a força do ponto de fuga que gerencia toda a composição, banhada de estudos de perspectiva de interior. Essas formas geométricas, além de marcarem a frontalidade do fundo da composição, parecem fazer passagens também entre o mundo interior e o exterior. Um mundo protegido e outro exposto às mazelas dos prejuízos políticos e religiosos daquela época. Por um caminho otimista, podemos receber essas duas janelas e uma porta como a entrada de luz, claridade espiritual. Em muitas das pinturas de Leonardo da Vince, há essa comunicação do “dentro” com o “fora”, numa conversa de figura e fundo, fronteira do aberto e do fechado. O artista cria espaços nada claustrofóbicos. São arejados pelas frestas claras de um simulacro de inventiva paisagem. Tomemos como exemplo desta afirmativa três outras obras do autor: em São Jerônimo, em Anunciação e, principalmente, em Virgem dos Rochedos, presentifica uma sintonia que veicula o olhar para o que está dentro e o sinal da continuidade do mundo do lado de fora. (fig. 4) Figura 4 (detalhe) Anunciação. 1442 - 1475 – têmpera na madeira – 98 x 217 cm. Galeria Degli Uffizi, Florença Fonte: http//cgfa.sunsite.dk/vince/index/html Desprovida de autonomia até o séc. XVII, a paisagem como imagem não formava um gênero autônomo. Sua participação fazia presença nas cenas de retratos. Outras vezes aparecia de forma secundária para fazer fundo a cenas principais. Possivelmente, encontramos o “germe” da priorização da paisagem de forma autônoma na obra “A Agonia no Horto”6, do artista italiano Andrea Mantegna (1430 – 1506). (fig. 5) 6 Revista Os Grandes Artistas, n.36. Leonardo Da Vince. São Paulo: Nova Cultura, 1986. Figura 5 (detalhe) Andrea Mantegna Agonia no Horto. 1460 – Tempera s/ madeira. – 63 x 80 cm Museu Nacional, Londres Fonte: www.Ssão Borja.com.br/lardesus/pintura. Antes da ceia davinciana, haviam sido pintadas as ceias dos artistas Andréa Del Castagno e Ghirlandaio.7 (figs. 6, 7) A “Última Ceia”, principalmente após o afresco de Leonardo da Vince, tornou-se uma imagem sacralizada pela igreja e pela arte, e engendrou, de forma mitificadora, nossos imaginários. Como pensar uma outra Ceia depois de ter visto a Ceia de da Vince? Será que se conseguiria uma “imagem mental” isenta dos resíduos dessa grande mesa de Cristo com os apóstolos, sem o legado desse artista florentino? Figura 6 (detalhe) Ultima Ceia - 1445/50 – Fresco Museu de Sant Apollonia. Florença Fonte: www.wga.hu 7 BÉRECE, Fred. Leonardo Da Vinci. SãoPaulo: Editorial Verbo, 1973. p.123. Figura 7 (detalhe) Ultima Ceia - 1476 - Fresco Fonte: www.wga..hu Atuando em sintonia com todos os tempos, essa tão vista cena é re-significada por incontáveis artistas de tempos e espaços distintos, onde cada um, a seu modo, a recria. Tomemos alguns exemplos: a Ceia servida por Jacopo Tintoretto (1518-1594) recusando as regras renascentistas de equilíbrio formal. O artista pintou esse tema diversas vezes. Dentre os elementos que estruturam a composição, a mesa tem uma função de grande ousadia, cortando o espaço do plano em esguelha, dando a impressão de que vai “vazar” o espaço do fundo. As figuras humanas são exploradas com intensidade de contrastes e antíteses características do estilo barroco, fazendo uma divisa dicotômica. Do lado esquerdo estão os apóstolos e do lado direito estão os “seres humanos”. A cena se compõe de seres alados, Cristo, apóstolos e pessoas. Em ritmos de cotidiano, se misturam num mesmo espaço, como se estivessem numa grande festa, mais profana do que sagrada. Os doze apóstolos diferenciam-se dos demais seres terrestres pela presença de sutis auréolas. E Cristo, com um invólucro um pouco maior, participa dessa festa de pé, como estando servindo alguma bebida para João (se é que Tintoretto seguiu, a mesma disposição usada por da Vince, pois suas gesticulações, em muitos momentos apresentam grandes divergências. Divergências essas que muito contribuíram para as analises formais feitas por Heinrich Wölfflin8 sobre o Renascimento e o Barrroco. (Fig .8) 8 Sobre analise formal de Henrich Wofflin ver: ARGAN, Guilio, FAGIOLO,Mauricio. Guia de História da Arte.Lisboa: Estampa, 1994. p. 92 Figura 8 (detalhe) Ultima Ceia. 1592/94 Óleo sobre Tela, 365x568 cm. San Giorgio Maggiore, Veneza Fonte:LOPERA, José. PinturaII. Espanha; DelPrado, 1995, p. 43. Em momento mais próximo de nós, outra imagem que evidenciamos é a Ceia de José Gomide (fig.9). Nessa composição podemos ver um grande fundo azul, iludindo a idéia de perspectiva: doze taças e um pão. Na “representação” desses objetos, temos a presença ausente das doze figuras humanas. Por meio delas podemos localizar e até darmos os nomes dos apóstolos e também do Cristo, os quais Gomide parece querer re-significá-los. Dentro desse mesmo contexto de análise, pontuada por objetos sígnicos, reforçamos essa interlocução com a Ceia proposta pela artista plástica contemporânea Águeda Dicancio, que, no nosso entender, traz um diálogo direto com a Ceia proposta por Gomide. (Figura 10) Figura 9 (detalhe) Fonte : www.artcult.com Figura 10 (detalhe) Fonte : www.artcult.com Ao longo da História da Arte encontramos uma diversidade de linguagens relativas à Última Ceia, externadas pelo imaginário de vários artistas de tempos e espaços distintos (vide anexos). Dentro dessa temática perguntamos: qual seria a ligação direta entre cear, morrer, nascer. São motivos diferentes de comemorações. No imaginário cristão, a última ceia antecede ao sacrifício da morte. Por outro lado, comemora-se o rebento da vida. Em quantos natais ceamos em mesas longas de da Vinci com a família em volta de toda a mesa, numa movimentação que talvez mais lembre a barroca ceia de Tintoretto! Quantas vezes nessa mesma data vemos a tristeza, a ausência da mesa ou a presença de um só pão como mostra a ceia de Solange Botelho (vide anexo). Vemos ainda a solidão de muitas ausências pela solitária imagem de José Gomide. Quantos mistérios continuamos encontrando advindos do ritual dessa ultima ceia de quinta-feira à noite! Quantas matérias foram transubstanciadas nesse pão nosso de cada dia, “Tomai e comei: Isto é o meu corpo {...}”9 de forma simbólica essa eucaristia é talvez a extensão dividida do sacrifício da última ceia à sobrevivência desse episódio humano agora tão auto-ameaçador. Ceias, pinturas, objetos, vídeos, instalações. Ceias e mais Ceias. Quais os sabores e os dissabores que encontramos em nossas ultimas alimentações noturnas, feitas por nós, homens do século vinte e um? Qual o cheiro que poderiam ter essas ceias? Quantas ceias estarão por vir? Aumentou a quantidade de “Judas”? Teríamos ceias compostas também por doze mulheres? Última ou Santa Ceia? 9 Bíblia Sagrada. Mateus, 26, 26. Qualquer reposta pareceria insólita, porém o que possivelmente poderíamos nos arriscar a dizer é que a “Última Ceia” de Leonardo da Vince deixou impregnada em nosso imaginário, nem primeira, nem ultima, nem santa, e sim a atemporalidade da arte, da pintura. Bibliografia ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 1988. ARGAN, Giulio Carlo, FANGIOLO, Maurizio. Guia de História da Arte. Lisboa: Estampa , 1992 CAMPOS, Jorge Lúcio. Do virtual ao simbólico. São Paulo, Perspectiva, 1996 de Semiótica. São Paulo: Cultrix, 1985. CHEVALIER, Jean. Et al. Dicionariário de simbolos: mitos, sonhos, costumes, gestos; formas ,figuras, cores, números. Rio de Janeiro: José Olympio, 1988. FRANCASTEL, Pierre. A Ralidade Figurativa. São Paulo: Perspectiva,1973. NETTO, Teixeira. Semiótica Informação e Comunicação. São Paulo: Perspectiva,1996. NOTH, Winfried. Panorama da Semiótica. De Platão a Pierce. São Paulo, Anna Blume, 1995. PANOFSKY, Erwin. Iconografia e Iconologia: uma introdução ao estudo da renascença. In: Significados das Arte Visuais . São Paulo, Perspectiva p. 47-87 PAZ, Otávio. Signo em Rotação. São Paulo: Perspectiva, 1986. PIGNATARI, Décio. Informação linguagem Comunicação. São Paulo: Perspectiva, 1976. SANTAELLA, Lúcia, NÖTH, Winfried. O Que é Semiótica. São Paulo, editora Brasiliense, 1983 WÖLFLLIN, Heinrich. Conceitos Fundamentais da Historia da Arte: o problema da evolução dos estilos na arte recente. São Paulo. Martins Fontes,1984. Endereço Eletrônico – Acesso 05/07/2004 www. Paleta.gr/artit.asp – Brecheret, Antonio Gomide www.mac.usp.br – Leiner www.artenex.com- Guido Viaro www,pr.gov.br-celeporwww.mecenas.com.br/santaceia www.unifeo.br – Antônio Poteiro www.artcult.com – José Gomide www.artornet.com.br www.terravita .pt www.fflch.usp.br wwwseculodario.com.br. www.miguelanselmo.arq.br www.britocimino.com.br wwwconfrat.com.br www.negallery.com.br www.potiguarte.com.br. Anexos Dentro de múltiplas experimentações estéticas e poéticas de forma sintética servimos e resumimos outras dez ceias: 01- Ceia (1796) tridimensionalizada de Aleijadinho e policromada por Ataíde (detalhe) 02- Ceia (1925) inflada e temperada pelos volumes de Vicente do Rego Monteiro (detalhe) 03- Ceia (1930) terracota de Victor Brecheret - (detalhe) 04- Ceia(1955) metafísica de Salvador Dali (detalhe) 05- Ceia (1960) de rígidos “bustos manequins” de Miguel Anselmo (detalhe) 06- Ceia (1974) paz e amor de crianças brincando de ceia de W.Virgolino (detalhe) 07 - Ceia (1988) colorista de José da Silva (detalhe) 08- Ceias (1990) servidas em cenários cheios de flores de Nelson leirner (detalhe) 09- Ceia (1997) de chocolate pela materialidade de Vick Muniz (detalhe) 10- Ceia (1999) de cristo e apóstolos crianças de Solange Botelho (detalhe) 01 02 04 05 07 09 08 10 03 06
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