A Última Ceia (Leonardo da Vinci)

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A Última Ceia (Leonardo da Vinci)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A Última Ceia (em italiano L'Ultima Cena e também Il
Cenacolo) é uma pintura de Leonardo da Vinci para de seu
protetor, o Duque Lodovico Sforza. Representa para alguns,
a cena da última ceia de Jesus com os apóstolos antes de ser
preso e crucificado como descreve a Bíblia. É um dos
maiores bens conhecido e estimado do mundo. Ao contrário
de muitas outras valiosas pinturas, nunca foi possuída
particularmente porque não pode ser removida do seu local
de origem já que esta pintada sobre a parede do refeitorio do
convento.
Índice
A Última Ceia
Leonardo da Vinci, 1495-1497
Mista com predominância da têmpera
e óleo sobre duas camadas de preparação
de gesso aplicadas sobre reboco(estuque)
460 × 880 cm
Refeitório de Santa Maria delle Grazie (Milão)
1 Histórico
2 Técnica
3 Descrição da Pintura
4 Personagens
4.1 Desenhos preparatórios
4.2 Outras Últimas Ceias da época
5 Outras interpretações
6 Referências
7 Ver também
8 Bibliografia
9 Ligações externas
Histórico
O trabalho se encontra no convento de Santa Maria delle Grazie em Milão que o Duque mandou construir para,
entre outras coisas, servir de lugar para sepultar seus familiares. O tema era uma tradição para refeitórios, mas a
interpretação de Leonardo deu um maior realismo e profundidade ao lugar.
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Leonardo da Vinci passou grande parte destes três anos
dando atenção integral a esta pintura o que era fato raro
para um pintor versátil e do seu quilate.
Sofreu agressões ao longo do tempo desde a abertura de
uma porta pelos padres até ao bombardeio aéreo na Segunda
Guerra Mundial.
Técnica
Parcialmente pintada na forma tradicional de um afresco
com pigmentos misturados com gema de ovo ao reboco
úmido incluindo também um veículo de óleo ou verniz. Da
Vinci testou uma nova técnica à solução das tintas com
Estudo de Leonardo para a "Santa Ceia", contendo o
nome de cada um dos apóstolos
predominância da têmpera não sendo muito feliz. Não foi
testada suficiente não se ajustando as condições climáticas
da região e antes que o painel estivesse pronto, apareceram
pontos deteriorados que se agravaram durante os anos. A
humidade natural da parede, diluindo as tintas, vem
causando danos a esta obra-prima.
Descrição da Pintura
Esboço a carvão para a pintura da Última Ceia, por
Leonardo
Quando o Leonardo escolhe essa pintura, que está baseada
em João 13:21, no qual Jesus anuncia aos doze apóstolos
que alguém, entre eles, o trairia. Essa pintura, na história
evangélica, é considerada a mais dramática de todas.
Ao centro, o Cristo é representado com os braços abertos, em um gesto de resignação tranqüila, formando o
eixo central da composição. São representadas as figuras dos discípulos em um ambiente que, do ponto de vista
de perspectiva, é exato.
Personagens
Os apóstolos se agrupam em quatro grupos de três, deixando Cristo relativamente isolado ao centro. Da
esquerda para a direita (do ponto de vista de quem está diante da pintura), segundo as cabeças, estão no
primeiro grupo: Bartolomeu, Tiago Menor e André; no segundo grupo Judas Iscariotes (cabelo e barba negra),
Simão Pedro e João, este o único imberbe do grupo; Cristo ao centro; Tomé, Tiago Maior e Filipe (este também
imberbe) e no quarto grupo estão Mateus (aparentemente com barba rala), Judas Tadeu e Simão Cananeu
também chamado de Simão, o Zelote, por último. Estas identificações provêm de um manuscrito autógrafo de
Leonardo encontrado no século XIX [1]
Desenhos preparatórios
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Estudo para a Ùltima
Ceia, um dos
apóstolos.
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Estudo sobre o rosto de Esboço do rosto de
Cristo.
Filipe.
Judas.
Outras Últimas Ceias da época
É possível fazer a comparação da versão de Leonardo com outras renascentistas imediatamente anteriores, para
observar as inovações que Leonardo introduz no tema. Em ambas se verifica a postura tradicional de Judas
Iscariotes de costas e separado do resto.
Nos desenhos preparatórios Leonardo
copiou inclusive a posição de um dos
apóstolos debruçado sobre a mesa,
possivelmente triste ou abatido ou, na
descrição da cena nos Evangelhos,
recostado sobre o colo ou ombro de Cristo
que segundo exegetas seria João e que foi
também o primeiro a saber da futura traição
de Judas.
Última Ceia, de Andrea del Castagno, 1445-1450, afresco, 453 × 975
cm, Cenáculo de Santa Apolônia, Florença.
Outras interpretações
Uma outra interpretação vem sido
disseminada por Dan Brown, autor do livro O
Código Da Vinci, de que o discípulo à direita de
Jesus Cristo, João, seria na verdade Maria
Madalena. Suas feições femininas e traços delicados
seriam indicações disso.
Pela simetria nas roupas de Jesus e de Maria, os dois
(Jesus e Maria Madalena) poderiam formar um
casal. Segundo ele, notar-se-ia que as cores das
roupas de Maria e Jesus são opostas: Maria (São
João Evangelista) usa um vestido azul e uma manta
vermelha e Jesus uma veste vermelha e uma manta
azul, o que, segundo alguns, pode ter semelhanças
com a representação oriental do Yin-Yang, o
equilíbrio entre o masculino e feminino. Ao lado de
Última Ceia, Ghirlandaio, 1480, afresco, no Museu Nacional
de São Marcos, Convento de São Marcos, Florença.
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Maria Madalena, Pedro estaria curvado de uma maneira ameaçadora, e a mão em direção ao pescoço dela seria
um gesto negativo ou de morte, outra teoria seria que Pedro, através de um gesto de amizade, pedir a São João
Evangelista para que perguntasse a Cristo quem o trairia. Outra interpretação é que simplesmente se trata da
introdução do Santíssimo Sacramento notado pela presença do pão e do vinho nas mãos de Jesus. Esta suposta
simetria pode ser desmentida por ser contrária à proposta formal de Leonardo. Por sua vez, similar à já
empregada em "A adoração dos reis magos", onde divide a cena em dois volumes simétricos. É exatamente o
que se dá aqui, notando-se que o centro absoluto da obra é Cristo, e os outros personagens formam um cenário
simétrico.
Dan Brown busca deixar dúvidas no ar sugerindo que Pedro sentia ciúmes pelo fato de Jesus confiar a Maria
Madalena mais responsabilidade que aos seus apóstolos. Pode-se notar inclusive (na imagem ampliada) que ao
centro, há uma mão segurando um punhal, que supostamente pertence a Pedro (Pedro está com a sua mão
direita, com o punhal, estendida para trás, como se quisesse escondê-la), embora alguns especialistas digam que
este punhal está de maneira aleatória, não pertencendo a nenhum dos apóstolos. Segundo estudos, tal punhal
seria uma alusão a São Simão, o zelota, que era partidário do levante armado para libertar a Judéia do domínio
romano.
Dan Brown deixa claro, também, que a imagem da suposta Maria Madalena, se recortada em um programa de
edição de imagens, e movida de modo a ficar à direita de Jesus, demonstra uma precisão incontestável na pose
que se forma. Tanto em graus quando na sobreposição, fica nítida a imagem de Maria Madalena com a cabeça
apoiada sobre o ombro de Jesus, como um casal. Além disso, supõe-se que o espaço entre Maria e Jesus na
figura original foi pintado propositalmente para insinuar um símbolo que se parece com uma letra "V", símbolo
do sagrado feminino (também chamado de Cálice (Wicca)). Indo mais a fundo, podemos enxergar uma letra
"M", formada pela letra "V" anteriormente citada junto à duas hastes laterais, formadas pelas laterais dos corpos
de Jesus e Maria. Esse "M", segundo Brown, seria uma abreviatura de Maria Madalena.
Há somente treze figuras na pintura: estaria faltando um "discípulo", o que seria pouco provável no ponto de
vista histórico, mas à luz de uma leitura mais cuidada dos textos e da intenção de Leonardo Da Vinci aquando
da realização desta obra prima, a razão para tal poderia ser a seguinte:
O discípulo em falta seria Judas Iscariotes que saiu prematuramente da sala onde decorria a ceia (João 13:30
"Ele, tendo recebido o bocado, saiu logo. E era noite.") ficando então apenas 13 elementos à mesa, sendo,
segundo o escritor, o elemento em causa a própria Maria Madalena, que, segundo Dan Brown, poderia ser a
companheira de Jesus Cristo.
Um artigo interno do site português A Página, que trata da hipótese de que cada apóstolo representa um signo do
zodíaco traz a seguinte idéia:
"Jesus é o centro e não possui signo mas as qualidades de todos eles. Com a mão esquerda ele oferece energia
ou atividade para os signos da primavera e do verão, representado por Da Vinci através da forma viva e
expressiva dos seis primeiros apóstolos, e com a sua mão direita recolhe a energia ou experiência através dos
signos do outono e do inverno, representado pela forma observadora e fria dos últimos seis apóstolos."
A mão esquerda de Jesus está em posição realmente de quem oferece, enquanto a direita tem a posição de quem
irá pegar algo. Outra coisa bastante provável para essa teoria é que a parede esquerda do quadro, onde estão os
apóstolos com posturas mais frias, encontra-se negra, escura, enquanto a parede direita, onde os apóstolos dali
estão mais compreensiveis, está branca, limpa.
Tais interpretações alternativas podem ser contestadas [2] com sucesso com a comparação de propostas formais
e estruturais empregadas por Da Vinci em outras obras; no caso da última ceia, a leitura da passagem bíblica na
qual o quadro baseou-se(Evangelho de João, capítulo 13) comprova convincentemente que as interpretações
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mais difundidas academicamente não são apenas mais fundamentadas, como mais lógica e racionalmente
explicáveis tendo em vista o texto referencial como modelo. Fica claro ao leitor que é não apenas mais simples,
mas também mais razoável observar a coerência da composição do quadro com a passagem em questão.
Fontes dessa seção: O Código Da Vinci - Dan Brown Outras, a citar.
Referências
1. ↑ Manuscrito de Leonardo (http://www.gutenberg.org/etext/5000)
2. ↑ Refutação gráfica da teoria de Brown (http://www.leonardo3.net/leonardo/home-brown.htm) (em
italiano)
Ver também
Eucaristia
Leonardo da Vinci
Bibliografia
"Leonardo", Los grandes genios del arte, n.º 17, Eileen Romano (dir.), Unidad Editorial, S.A., 2005, ISBN
84-89780-69-2
Pijoán, J., "Los últimos cuatrocentistas", en Summa Artis, Antología, V, Espasa, pág. 62; ISBN
84-670-1356-7
Walther, I.F. (dir.), Los maestros de la pintura occidental, Taschen, 2005. ISBN 3-8228-4744-5, pág. 161
Ligações externas
A Última Ceia (http://www.haltadefinizione.com/en/) (em inglês) Versão digital em alta resolução da
pintura.
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/A_%C3%9Altima_Ceia_(Leonardo_da_Vinci)"
Categorias: Afresco | Arte cristã | Jesus na Arte | Pinturas de Leonardo da Vinci
Esta página foi modificada pela última vez às 10h08min de 19 de dezembro de 2008.
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